NOVO DIGCIONiRIO
DA
língua portugueza.
o m lum í m (ometii Bt ms os mmim m n pciucm.
COIVTEMOO
TODAS ÁS YOZES DA LÍNGUA PORTUGUEZA, ANTIGAS OU MODERNAS, COM AS SUAS VARIAS ACCEPÇÕES ACCKNTOAOAt
CONFORME Á MELHOR PRONUNCIA, E COM A INDICAÇÃO DOS TERMOS ANTIQUADOS, LATINOS, BÁRBAROS OV
TICIOSOS.— OS NOMES PRÓPRIOS DA GEOGRAPHIA ANTIGA E MODERNA. — TODOS OS TERMOS PBOPRIOB
BAS SCIENCIAS, ARTES, OFFICIOS, ETC, E SUA DEFINIÇÃO ANALTTICA.
SEGUIDO DE UM
iiiiiiiiili ii Sfiiifiii.
POR
écmama ac ^'arca.
Flclalso Ca^alleiro da €aza «Be Sua llageniade 0 Cavalleiro
da Ordem de Cbi'i«ito.
SEGUNDA EDIÇÃO.
TYJ^OGRAPHIA UNIVERSAL,
RUA DOS CALAFATES N.* 114.
1853.
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DA
língua fostugdeza.
o
o, a quarta das vogaes e decima quinta
letra do alphabeto Portuguez.
Tem Ires sons ; forte como em dó, lô, pó,
mór; brando e longo, como em dôr, côr, pôr;
e surdo e breve como o final em do, choro, la-
do, talo.
o, letra numeral entre os Romanos, valia
II, e com um traço por cima 1 1,000. Na nu-
meração arábica é o zero.
Os antigos Romanos a usaram primitiva
mente em vez de w.
o, adj. articular ou artigo masculino (do
Gr. ho, como o escreviam os nossos antigos
autores, v. g. ho homem), f. a, pi. os, as.
O, adj. articular de que usamos para desi-
gnar particularizando cousa, pessoa, ideia ou
nome coUectivo, v. g.o rio Tejo; o imperador
da China; o colosso de Rhodes; o século de
Augusto ; o projecto de fazer communicar o
mar Roxo como o Mediterrâneo ; o descobri-
mento da America ; a China, as Índias, as fei-
ções do sujeito ; as pyramides do Egypto ; a
invenção da pólvora, da typographia ; o ho-
mem, o género humano ; as mulheres.
o, A. usado como relativo, referem -se a no-
me substantivo, a um adjectivo ou a phraze
attributiva : ex. este homem não é o que hon-
tera vi em tua casa. Este cavallo não ó o que
ganhou o priímio nas corridas. A boa fortuna
não o ensoberbeceu ; a má não o desalentou,
t %\\p. A ojbra qão é qual eni 9 esperara, ou
qual a representaram os amigos do autor. Es-
ta mulher não ó tão formosa como a pintam.
Este oílicial não é tão valente como o repre-
sentam.
o, substantiva os infinitivos, adjectivos e
phrazes inteiras, tanto como artigo, como em
qualidade de relativo, ex. o ser douto, valen-
te, discreto, virtuoso, isto é, o facto, o dom de
ser douto, etc. As feias nem por o serem dei-
xam de serem estimáveis se tem virtudes, pe-
lo facto ou defeito de serem feias- « Não sabia
que era vossa esposa ; se soubera que o era,
seria mais obsequioso, » o facto de ella ser es-
posa do sujeito. « Ia todos os dias ver a sepul-
tura de seu irmão, e que o havia de ser sua. »
Nesta ultima phraze o denota o destino futu-
ro da sepultura. Morrem, soffrem, padecem
muitos, que o não merecem, que não mere-
cem essa sorte. Ha verdades que a nós não o
parecem, não parecem taes ou ser verdades.
o, artigo, não se usa com nomes próprios de
homens, excepto quando se particularisa o
individuo, v, g. Camões é o Virgílio portu-
guez. O nosso Camóes, o Camões, isto é, o
poeta ou o celebre vate.
o, por lhe, aelle, & eWe. Nãoopode{[hQ\
resistir. Ella o queria perdoar, a elle.
ó, abreviação de Ao, encontra-se nos po^
tas, e até nos prosadores antigos, e em Vieira-
Pergunto ó (ao) mar. Vk ó (aos) pés. Ó m$-'
nosy ao menoflit %
OBD
OBE
ó 1 ou OH í interjeição de exclamar, cha-
mar, admirativa ou de magoa, desejo, ironia,
etc. O Pedro ! ô filho l ó que maravilha I
ó Deus !
ós, s. m.pl. beberetes e merendas que se
davam nas calhedraes, coliegiadas e mostei-
ros nos sete dias antes do Natal, começando
no dia de Nossa Senhora denominada do 0.
OAKAM, (geogr.) cidade de Inglaterra, ca-
pital do condado de Rutland , a 7 léguas
S. de Leicester ; 2,000 habitantes.
OAKHAMPTON, (geogr.) cidado de Inglater-
ra, a 8 léguas 0. d'Esceter, sobre o Oak ;
2,100 habitantes.
OANNES, (myth.) deus chaldeo, civilisador
da huacanidade nascente, era meio homem,
meio peixe; saiu do marErythes para en-
sinar aos homens as artes, a agricultura e
as leis.
OARACTA, (geogr.) ilha da Ásia antiga, no
golpho pérsico.
OASis, (geogr.) nome dado a diversos lo-
gares que no meio dos desertos de areia de
Africa ou da Ásia, oíTerecem agua e vege-
tação e são uma espécie de ilhas de verdu-
ra. Os principaes Oásis são : i.'' o Grande
Oasis\ow. Oásis de Thebas, Oásis magria,
hoje El-Ouah ou El-Khargeh, a O. do Nilo,
e a sete jornadas de Thebas e d'Abjdos ;
2.° o pequeno Oásis , Oásis parva , hoje
El-Ouah-cl-Dahrijeh, ao N. da procedente
na região do antigo lago Moeris ; 3.*^ Oasis
d'Ammon hoje Sionah, a O. do Nillo, e na
parte da Ljbya, situada ao S. daGyrenaica,
4.** Oasis interior ou occidental, Oasis in-
terior, hoje Dakhel a O. do Grande Oasis.
OAXACA ou GUAJACA, (gcogr.) cidadc da
America do Norte, capitai do Oaxaca, sobre
o Rio-Verde, a 90 léguas SE. do México ;
24,000 habitantes.
OAXACA (Estado de) (geogr.) um dos Es-
tados da confederação mexicana, tem por
limites os Estados dê Puebla ao N. e aO. de
Vera Cruz ao NE. de Guatemala a E. e o
Grande Oceano ao S. 6C0.O00 habitantes.
Capital Oaxaca.
oií, (ant.) V. Oa.
OB, prefixo e preposição latina, que designa
opposição, situação opposta, contra. Vem do
Egypcio oube, contra, formado de ouei, estar
distante, distancia, e he, face. V. Obvio, Obs-
táculo.
DBA. V. Opa.
obcecação, s. f. V. Cegueira.
OBCECAR, V. a (Lat. obca^co, are.) (ant.) V.
Cegar.
OBDORiA, (geogr.) nome antigo de uma
região da Sibéria , ôituada na embocadura
do Obi, designava as peninsulas entre os
golphos de Kara o de Obi. Está coberta de
gí^lo quasi todo o anno. Este paiz está hoje
compreendido no governo de Tobolsk. Per-
tence aos gran-duques da Rússia desde o
século XV.
OBDORSK. (geogr.) cidade da Rússia Asiá-
tica, na Sibéria, sobra o Obi. E' a cidade
mais septentrional da Sibéria.
OBDUCTO, A, adj. (Lat, obductus, p. p. de
obduco, ere, pôr, couduzir contra.) (ant.) co-
berto, tapado.
OBEDECER, V. tt- (Lat. obcdio, ire, que os
os etymologistas derivam de ob , defronte,
diante, e audire, ouvir. Creio que vem de edi-
co, ere, publicar edictos.) ceder, submeller-
se á ordem, preceito, executara ordem, o pre-
ceito, o mandado ; reconhecer-se vassallo,
prestar vassallagem, v. g. os Circassianos o6«-
decem hoje á Rússia. — a febre, a doença,
ceder aos remédios.
Alguns autores, como Vieira, usaram deste
verbo em sentido activo, v. g. para obedecer o
que nos mandares, em vez de no que, como
hoje dizemos. Melhor os obedeceram, em vez
de lhes. Não ha razão para que os imitemos.
Obedecer-se a si mesmo, [loc. p. us.) ceder á
consciência, á razão.
OBEDEENÇA, (aut.) V. Obediência.
OBEDIÊNCIA, s. /". (Lat. O bedicH tia. ) s\ihmiS'
são á vontade de outrem, superior em autori-
dade ou em poder ; cumprimento das ordens
delle. — , sujeição, dominio, v. g. sujeitou
estes povos á sua — . Ter debaixo da sua — .
Dar, fazer — , mostrar fazer, dar mostras de
obediente Levantar a — a alguém, dispen-
sa-lo delia. Levantar alguém a — , faltar a
ella, rebsUar-se. — , pequeno mosteiro, ca-
sa de residência religiosa, mosteirinho. Dar
— , diz-se do prelado que manda a um frade
que vá residir em algum convento, ou que fa-
ça alguma cousa por obediência.
Syn. comp. Obediência, submissão, kobe'
diencia ó a acção de obedecer, e a disposição
habitual a obedecer.
Neste ultimo sentido é que são synonymos
a obediência e a submissão, com a diíferença
que obediência indica particularmente o cos-
tume de obedecer ás ordens, aos mandados,
do mesmo modo que são dictados ; e submis-
são indica uma disposição geral e perma-
nente, não só para executar as ordens e os
mandados, senão também para conformar-
se com todas as vontades, desejos e incli-
nações dos outros de qualquer modo que se
dêem a conhecer.
Pela obediência se executam as ordens que
se recebem : pela submissão estamos natu-
ralmente dispostos a executal-as. A obediên-
cia recae sobro a acção mesma ; a submissão
sobre a disposição interior do animo.
Uma pessoa pôde obedecer sem estar sub-
missa, isto é, sem dobrar sua vontade á de
outro ; neste caso a obediência é inVolun-
OBS
ObL
taria e forçada , a subjnissão ao contrario
suppõe sempre a disposição á obediência e
a promette.
OBEDiENCiAL, adj . dos 2 g. Potencia — ,
(theol.) capaz de effectuar o que parece con-
trario ás leis da natureza, v. g. ado fogo pa-
OBFIRMADO, A,~p, p. de obfirmar, adj. (p .
us.) firme, conòtanto, renitente.
OBFIRMAR, V. a. (Lat. obfirmaré), (p. us.)
porfiar, ser renitente.
ÓBIDOS, (geogr.) \illa daprovincia doPa
rá no Brazil, na margem esquerda do rio
ra abrasar as almas dos condemnados no in- , das Amazonas, perto ^do contluente do rio
terno. — , s. m. (ant,) qualquer official de j Oriximina, 180 léguas com pouca differen-
um convento, v. g.o procurador, enfermeiro,
sacristão. — , o cónego que repartia aos ou-
tros o dinheiro que se lhe dá cada dia a mati-
nas, no coro. — , cónego regrante, que está
com licença fora do claustro.
OBEDIENTE, ãdj . dos 2 g. (Lat. obediensjis,
p. a. de de obedio, ire.) submisso ; (fig.) que
cede, V. g. o navio — ao leme. Signo — , (as-
trol.j o que declina para o sultanto como o
imperante para o norte.
OBEDIENTEMENTE , adv. [mente suff.) com
obediência, com submissão.
OBEDIENTÍSSIMO, A, ttdj . superl. de obe-
diente. Súbditos , filhos — .s, mui submis-
sos.
OBEID-ALLAH-AL-MAHDY , (hist.) fuudador
da djnastia dos califas fatimitas, nasceu em
88Í, e pertendia descender de Ali e de Fá-
tima, donde provém os nomes deAlidasou
Fatimitas dados a seus descendentes. Pos-
tando-se á frente dos restos dos Karmathas,
que se julgavam anniquillados, tomou em 908
o titulo de emir-al-moumenim (commenda-
dor dos fieis) fundou Al-Mahdyab, que fez
capital do seu futuro império, acabou o do-
mínio dos Aglabitas destruiu o império dos
Edrisitas , tentou debalde a conquista do
Egypto e assollou as costas da Calábria.
Morreu em 934.
OBELiscAL, adj. dos 2 g. de obelisco, «•
g. forma — .
OBELISCOS, (hist.) pyramides quadrangu-
lares muito communs entre os Egypcios. A
sua altura varia de 20 a 40 metros. Muitos
dos obeliscos eram monolithos. O seu logar
ordinário era pouco adiante dos grandes
templos. Do cume á baze os obeliscos estão
cobertos de hieroglyphos. Augusto e outros
imperadores fizeram transportar muitos obe-
liscos para Roma. Hoje ainda ha treze nes-
ta cidade.
OBÍLO, s. m. signal orthographico com
qne os antigos copistas marcavam as passa-
gens alteradas dos autores ; era um / atra-
vessado.
OBKRADO, V. Onerado, Gravado, Empe-
nhado, j
OBERAR, V. a. (Fr. obérer ) V. Onerar, |
Empenhar.
ça ONE da cidade de Belém;, e 16 ao OE.
de Alemquer.
OBiTO, s. m. (pron, óbito. Lat, obiíus ,
de obeo, ire, ob pre., contra, e ire, ir. O
termo equivale a que vai adiante, que pre-
cede os que ficam vivos), fallecimento, mor-
te. Livro dos — , em que o parocho lança
os nomes dos defuntos da sua parochia.
OBJECÇÃO, s. f. (Lat. objectatio, onis] ,
(fig.) argumento, razões com que se com-
bate, argumento, opinião, doutrina, com
que se procura dissuadir de projecto, em-
preza.
OBJECÇÕES, s. f. pi. (ant.) pertenças, de-
pendências de uma herdade.
OBJECTADO, A, p.p. de objcctar, ad/. op-
posto, produzido contra.
OBJECTAR, V. a. fLat. objectare, frequen-
tat. de objicere, ob pref. contra, e jacio,
ere, lançar), oppor razões, continuar, im-
pugnar.
OBJECTIVAMENTE, adj. (mente suíf.) de
modo objectivo, em respeito ao objecto.
OBJECTIVO, A, adj. Lente — , nos óculos
é o vidro que se volta para o objecto. O
— , subst., o vidro — .
OBJECTO, s. m. (Lat. objectus), tudo o
que se põe diante de alguém, de modo a
ser percebido ; tudo aquillo que os senti-
dos podem attingir ou a que tendemos, v.
g.o — do meu amor, do meu desejo. —
(fig.) tudo o que se apresenta ao entendi-
mento ; (fig.) matéria, sujeito, assumpto, ex.
O — que tenho em vista. O — da delibe-
ração, da questão. Os nossos órgãos são —
dos corpos. Os ouvidos são — do som, lo-
cuções de Barros, hoje desusadas com ra-
zão, porque os órgãos considerados como
formando parte do nosso individuo só po-
dem ser olhados como objecto de intelli-
gencia externa, v. g. das settas, dos tiros
lançados por alguém contra nós, e não dos
agentes naturaes, como o ar.
OBLAÇÃO, s.f. (Lat. oblatio, onis), o ac-
to de offerecer a Deus ou aos santos ; of-
ferta, a cousa oífereciíla. Altares cobertos
de — .
Stn. comp. Oblação, offerenda. Ambas es-
tas palavras vem do verbo latino offero, oífe-
OBESiDADK, s. f. fLat. obcsitãs, tis) (med.)' recer, porém differençam-se em que offeren^
nimia gordura. í da é o que se offerece a Deus, a seus san-
OBEso, A, adj. (Lat. obesus.) (med.) ex-1 tos, a seus ministros ; oblação não se diz
cessivamente gordo. | sen&o do que se offerece a Deus com certas
2 *
8
OBO
OBR
ceremonias estabelecidas pela igreja. A o/fe-r redondado, de maneira que representa o
renda do pão e do vinho no sacrifício da | plano de um ovo cuja ponta mais estreita
Missa é uma oblação. Os presentes que os í estivesse para baixo.
cathdicos fazem 80 altar eiii proveito dos
sacerdotes ou das igrejas são offerendas e
não oblações. Toda a oblação é pois offeren-
da ; porem nem toda offerenda é oblação.
OBLADAGEM, s. f. (aut.) oblatas, oflertas
de pão, etc. que os fieis levavam á igreja
em certos dias de anno.
OBLATA, s. f. (do Lat. oblatus, p. p. de
offero, oíferecer), offerta no altar; o vinho,
hóstia e agua da missa antes de consagra-
ção.
OBLATO, s. m. nos mosteiros benedictinos
menino oíferecido ao abbade, para a reli-
gião; o leito ou donato que se oíTerecia pa-
ra o serviço religioso.
CBLiDAR, (ant.) V. Obrigai. Creio que é
erro typcgraphico.
OBLiGAÇÃo, (ant.) V. Obrigação.
OBLiGAR, (ant.) V. Obrigar.
OBLiGAÇOM, (ant.) Y. Obrigação.
OBLIQUAMENTE^ ttdv. [mente suíí.), em di-
recção obliqua, de modo obliquo.
OBLIQUAR, V. a. [obliquo, ardes, inf.), dar
direcção ou movimento obliquo , torcer. —
em sentido abs., obrar tortuosamente.
OBLiQUiDADE, 5. f. (Lat. obliquitas, atis),
direcção obliqua í — da ecliptica, (astron.)
O angulo que faz a ecliptica com o equa-
dor.
OBLIQUO, A, adj. (Lat. obliquus ; de oò ,
diante, contra, e liquo, ere, correr), incli-
nado para um lado. de soslaio, deviez; (fig.)
indirecto. Meios, louvores — ,
OBLITERADO, p. p. de oblitcr^r ; adj. apa-
gado ; (fig.) destruído, que não deixou tra-
ços. V. g.Os órgãos da geração — s.
OBLITERAR, V. a. (Lat. oblitere, are ; ob,
contra, e litera), apagar, fazer desapparecer
as letras de escriptura riscando-as ou bor-
rando-as , (fig.) destruir: v.g. — os órgãos
da geração ; — do coração o instincto mo-
ral, a sympathia.
OBLONGO, A, adj. (Lat. oblongus ; 06 pref
6 longus) , (geom ) que é mais comp>rido V. Oblata, Offerta.
OBRA, s. f. (Lat. opera, trabalho, opera-
ção, obra ; do Egypc» hob que corresponde
ao Lat. opus), operação; producto natural
ou artificial; acção, acto. — s boas; — s
de caridade ; execução, effeito : pôr em ou
por — ; fazer — . — , feitio, lavor. A — ex-
cedia a matéria, ex. « Edifício da — . » Lu-
cena. — litteraria, livro, producção do en-
genho. — prima ou de examinação, a peça
que faz o aprendiz para seradmittido a mes-
tre ; (fig.) obra mui perfeita, apurada. —
feita, diz-se do oflTicial mechanico, v. g. de
sapateiro, alfaiate. — , mão, diligencia, v.g.
Por — delle. — , estructuj-a , edifício, e em
geral tudo o que a industria e trabalho áó
homem compõe, fabrica, v.g. A — vai adian-
tada. Fazer — , produzir eíTeito. '^.5'. o pur-
gante, a bateria, frz muita — . Mestre de — 5.
o que dirige na construcção de edifícios os pe-
dreiros, carpinteiros. — s, acções : — pias,
esmolas, missas, preces, orações, jejuns, etc.
— de misericórdia, em auxilio do próximo.
— s, trabalho no proseguimento de edifício.
v.g. As obras da cidade. — s mortas, (naut )
tudo o que no navio fica da coberta para cima.
— (^theol.) as acções que seriam meritórias
se quem as faz não estivesse em peccado
mortal. — s vivas, (naut.) a parte do navio
desde a quilha até á primeira coberta. — ,
usado adverbialmente , perto , cerca. — de
vinte pessoas, de trinta embarcações. Será
— de vinte léguas.
Syn. comp. Obra, producção A obra é o
resultado do trabalho de um agente, d'um
obreiro. A //ro(/«cfão é o que uma cousa tira
de si mesma por sua própria eíTicacia v. g.
as producçõcs da terra, as producções do
entendimenro, do génio. O universo é a pro-
ducção d'uma potencia infínita que o tirou
do seu seio ; é a obra de uma intelligencia
infínita, que deu ã matéria suas formas e sua
coUocação primitivas.
OBRAÇÃo, s. f. (alterado de oblação] (ant.)
que largo e não anguloso
OBNOxio, A, flí/y. (Lat. obnoxius', 06 pref.
enoxius, culpado, criminoso), receoso por
ter consciência da culpa ou crime commet-
tido. — sujeito ao castigo.
OBOÉ, s. m. (t. Ital. V. Boé], instrumento
musico de sopro ; (fig.) tocador de oboé. v.g.
é o primeiro — da capella.
OBOLO, s. m. (pron. 060/0 : Gr. óbolos) ,
moeda grega, de prata que valia ít centis
francezes. ící» iív.í
OBOMBRAR. V. Obumbrar.
OBOVAL, adj. di2-se de uma parte muís
coBQj)rJda que larga, e f^tijo coíítorho é ai*-
OBRADA, (ant.). V. Oblata.
OBRADAçÃo, (ant.) e hoje provinciaL T.
Oblata. ^•
OBRADAR. (ant.) V. Offertar, fazer obla-
çãOo
OBRADEiRA, s. f. (ant.) ferpo de fazer Hós-
tias.
OBRADO, p. p. de Obrar ; adj. executado ,
feito, operado.
OBRADOR, s. m. o que obra, executa, au-
tor : V g. — de grandes feitos, — de mila-
gres.
OBR AGEM, s. f. (ant.) I (do Fr. ouvrage) ,
trabalho, lavor.
OBR'
'<^ OBRANTE, adj. dos 2 g. (Lat. operans, tis^
p. a. de opero, are, obrar.) (p. us.) que ope-
ra, executa.
OB^ÁRi f).a. (Lat. opero, are; de opus, obra,
Eg\ ' "'.) executar, produzir eíreito, v. g.
— ;, ,, ,;ias, milagres. — , portar-se, ha-
ver-se, conduzir-se, v. g. — bem, boas ac-
ções.— «ia/, más acções. — , ter evacuação
alvina. — , fazer o seu effeito. O remédio
obrou, produziu o desejado effeito, ou o6rou
por cima, fazendo vomitar, ou por baixo,
purgando. Obrar tem o o mudo excepto no
prés. indic. eu obro, as, a, elles obram ;
no subj. obre, es, e, obrem, enoimperat.
obra, obrem.
OBREA. V. Obreia.
OBRECflT, (hist ) sábio francez, nasceu em
16Í6, morreu em 1701 ; viajou na Allema-
nha. Deixou : Alsaticarvm rerum prodro-
mus; De legibus agrariií populi romani.
OBREGÃo, s. m. (ant.) homem que por ca-
ridade se dedicava ao serviço do hospital.
OBREGON (Bernardino) , (hií^t ) instituidor
dos Armãos-enfermeiros-menores , os quaes
tractatn dos doentes nos hospitaes de Iles-
panha, nasceu em Las lluelgas em 1540
morreu em 1599.
OBREíA, s. f. (B. Tat. oblia, Fr. ant. oblie
ou oublie.) folha delgada de massa de fari-
nha'de trigo cozida em ura f'3rro para hóstias
na missa, e para fechar cartas. — 5 doces, em
que se mistura assucar.
OBREiEiRO, s. m. (des. eiró.) homem que
^""oiíírEiRA. V. Obreiro.
OBRKiRO, s. m. (des. eiro.) operário, arti-
Ace, iraualhador. — evangélico, missionário.
ORRKPçÃo, jí. f. (Lat. obrepíio, onis.) fjur.)
o acto de expor falsamente o facto ou alguma
(\ps circuuistancias delle, v. g. — e subre-
pção.
OBREPTicio, A, adj. (I at. obreptitius.J em
que ha ou houve obrepção ; conseguido por
obrepção, v. g. graça, decreto, breve.
OBR'DAÇOM, (ant.) V. Obrigação.
OBRiDAR, (ant.) V. Obrigar. '
OBRIGA, s. f. (ant.) V. Obrigação.
OBRIGAÇÃO, s. f. (Lat. oblígaíio,onis,ob
pref., e ligatio, ligação.) vinculo, necessi-
dade moral de cumprir com algum precei-
to, dever,© ^. temos — de soccorrer os des-
graçados, — de educar os filhos, de defender
a pátria. Fazer a sua— , cumprir com, de-
sempenhar os deveres. —naíwra/, a que li-
ga no foro interno. — civil, que obriga no
foro civil, estabelecida pela lei. — , escripto
pelo qual alguém confessa dever, e se obriga
a pagar a outrem. Ter—, estar em — a ai-
gyiem, deve-lhn favor. «. gr. devo-lhe muitas
'garões. Pessoas da sua — , da sua fami-
Homem de muitas obrigações, de mui-
VilL. IV.
tos encargos, deveres. Palavras de mulfc^--^
obrigatórias , obsequiosas. Prometer cork
grandes obrigações, com clausulas mói oljri-
gatorias. \^ ' "' '^ '.'"\,'^ !
Syn. comp. Obrigação, ^Sèter. Bctier^'\%
Trévoux, é aquillo a que estamos obrigados
pela lei, pelo costume, (pelo decoro. H^çíc-
veres da vida civil, de amisade, de attenção,
de politica.
A lei impõe-nos a obrigação, e a obrigação
gera o dever. Estamos ligados pela obrigação^
e somos obrigados a um dever. A obrigação
designa a autoridade que liga, e o dever o su-.
jeito que é ligado. O dever presuppõe a obri-
gação. Temos obn</afão|de fazer uma cousa,
nosso dever é fazel-a ; a obrigação é quem
nos liga, e ao deceréque ella nos liga. "t
Barbeyrac estabelece por principio de o6"n-
gamo propriamente dita a vontade de um
superior a quem se reconhece e se obedece,
Burlamaqui observa que a rasão deve apj)ro-
var e reconhecer o rfeeer, pois sem, isto não
seria mais que violência. . j
A obrigação não pôde estender-se além da
autoridade do superior que manda : nem o
dever além dos meios e forças do inferior
que obedece. Não ha obrigação se a cousa
não podia ser mandadaj; nem dever se não
pode ser executada.
Onde ha obrigações ha deveres, e onde ha
deveres hà obrigações; porém a obrigação é
sempre o principio do dever, \ '
OBRiGADissiMO, A, odj . superl. áeohvigà-^^
niioamAnto "I^i^^^cA^,?!: A^^^^-^e famihar e elli-^
pucamente no sentido de : jicu-mo rr..,it^
obrigado, por favor recebido de alguem:^«
OBRIGADO , A , p. p. de obrigar ; adj.
constrangido physica ou moralmente, re-
conhecido, grato por favor ou serviço rece-
bido, V. g. eslou-Ihe, íico-lhemuilo— . Nas
sjmphonias dá -se o nome de obrigado ao
instrumento que não pôde dispensar-se na
execução da partitura. — , (jur.) hypothe-
cado, dado em penhor, v. g. prédio— pela
divida. — , que licou por fiador, v. g. fico —
pela divida do amigo. — , (p. us.) sujeito, ex*^^
posto. si
OBRiGADOR, A, adj. quo obríga.
OBRiGAMENTO, s. m. (|). US.) obrigação á^>
divida. — , o obrigar-se a pagar. '^
OBRiGANTE, adj, dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. em ans, tis.) que obriga, obsequeia.
OBRIGAR, V. a. (Lat. obligo, ar*,' cingir,
atar á roda, enlaçar, ob, contra, e ligo, are]
ligar) constranger physica ou moralmente,
V. g. obrigou-o à ajoelhar, a levar a carga /
ás costas; — a servir no exercito, a fugir.n
Obrigou a guarnição a render-se. — por}
justiça, demandar, exigir a execução de con^u
tracto, pacto, promessa. — 05 bens, hypo-
Iheca-Ios, dá-los em penhor. En vo&obri-
3
i
10
0B&
go minha fé^ ou palavra, empenho. — aí-
guem, obsequia-lo, render-lhe serviço pelo
qual a pessoa fica obrigada. — a vida, empe-
nha-la.— SE, 13. r. comprometter-se, contrair
obrigação. — por alguém, responder por el-
le, ticar por seu fiador, dar-se por obrigando,
e portar-se como tal. '..,
Syn. comp. Obrigar, precisar, forçar,
violentar. Obrigar éum acto de poder que
impõe um dever ou uma necessidade. Pre-
cisar é um acto deoppressão pelo qual se
pôe a uma pessoa na precisão de fazer uma
cousa contra sua vontade. Forçar é um ac-
to de potencia e de vigor, que por sua ener-
gia destroe a de uma vontade opposta. Vio-
lentar é um acto de violência ou de bru-
talidade, o que emprega o mais forte para
lograr o que de outro modo não podéra al-
cançar.
OBRIGATÓRIO, A, adj . (des. dno.) que en-
cerra obrigação, que obriga, v. g. contra-
cto—; clausulas— s. — , (p. us.) annexo ,
V. g. trabalhos tão — ávida. «Tudo o que
tendes haveis por — ao vosso estado. » in-
dispensável.
OBRiNGUS ou OBRiNCA, (geogr.) hoje Ahr,
rio da Gallia, separava a Germânia Supe-
rior da Germânia inferior.
OBRiNHA, s. f. diminuí, de obra.
OBROTSiTES, (gcogr.) nomo de uma tribu
slava da Germânia, fazia parte dos Weudes
e Venédos, habitava as margens do Alto-
Oder, no paiz, que forma hoje o Meclem-
burgo.^Tinhamj)or^r^^^ com
obscenidade. j ^
OBSCENO, A, adj. (Lat. obsc<Bnus, áeccB-
num sujidade, cousa immunda, impureza,
Gr koinos, impuro, e opis, aspecto, appa-
rencia Talvez venha de kuôn, cão, donde se
deriva' Cl/nico.) impuro, torpe ; sensual, im-
Ldico ,%. 9- pensamentos, amores, ditos,
gestos -s. Partes—, as da geração.-, as
^^SYN^comp Obsceno, deshonesío Desho-
nesto no sentido próprio diílere inteiramen-
te de obsceno, e no fig. refere-se ao quee
contra o decoro, a decência, sem designar
com especialidade a lascívia ou torpeza sen-
"""oBSCURAMENTE , adv. [mente suff,) com
obscuridade; sem lustre, sem esplendor, em
situação obscura, v. g. viveu e morreu
OBSCURECER, i;. a. [obscuro, des. incepU-
va ] fazer, tornar obscuro, escurecer. Lo
mesmo verbo que escurecer, mas usa-se de
preferencia no sentido moral, v. gf. — a la-
ma, o merecimento.
Íbscubidade, s. f. escuridade. €sa.se
mais no sentido fig., falta de lustre, de es-
OBS
plendor. — do nascimento, — do estylo,
falta de clareza.
OBSCURO, A, adj. [Ldt. obscurus,] escuro,
mais usado no sentido fig., «. //. Otrigeqç^in-»
nascimento, estylo — . \ . Escuroy.^^ . > r.'':5
OBSECRAÇÃo, s. f. (Lai. obsecratJQ,oni&^
rogo humilde e aílectuoso aos deuses.
OBSECRADO, A, p. p. de obsecrar; adj. sup-
plicado.
OBSECRAR, V. a.(Lat. obsecro, are; ob pref.^)
e sacer, .sacra, um, sagrado.) supplicar hu-
mildemente, com reverencia.
OBSEQUENS (JuHo), (hist.) autor latino, \'i^^
via no aiino 388 de Jesu-Christo. E' co-«i
nhecido por uma compilação De prodigiis,
tirada de Tito-Livio.
OBSEQUENTE, ttdj . dos%g. (Lat. obsequens,
íú.jque acompanha como servidor; obsequiori
so, dócil. — , obediente. rr
OBSEQUENTissmo, A, adj. superl. de obse-
quente.
OBSEQUIADO, A, p. p. de obscquiar; adj.
tratado com obsequio.
OBSEQUIADOR, A, s. pesgoa amiga de obr-
sequiar.
OBSEQUIAR, V. a. (Lat. obsequor, i, acom-
panhar.) tratar com agrado, fazer cousa agra-
dável, V. g. — alguém.
OBSEQUIAS. V. Exéquias.
OBSEQUIO, s. m. (Lat. obsequium.) acção
ou expressões dirigidas a obter o agrado, a
benevolência de alguém, v. g. fez-lhe muitos
~!^.... -...,. , --_
obsequio, de modo obsequioso.
OBSEQUIOSO, A, adj. (des. oso.\ disposto
a obsequiar, amigo de fazer obsequio, v. g.
anhno, vontade—. Palavras, maneiras —*
Syn. comp. Obsequioso, officioso, servi-
çal, prestadio. Obsequioso é o. que está dis
posto a fazer obsequias que o relacionam
com a pessoa a quem os faz, obrigando-a
a que por sua parte lhe pague com uma ex-
pressão de benevolência, de aífecto, de agra-
decimento. Olficioso é o que tem natural-
mente a disposição de fazer bons ojjicios,
isto é, serviços uteis e agradáveis. Serviçal
éo que está prompto a servir a outro n'uma
occasião em que o necessite, como o pôde
fazer um criado a um amo. Pr estádio é o
que tem préstimo e so presta de bom grado
ao que lhe pedem.
O obsequioso lisonjea-se etera prazer em
servir a alguma pessoa ; porém sempre as-
pirando a uma recompensa. O officÁoso pro-
cede com aífecto e zelo, ajuda aquelle por
quem se interessa, porém pôde ser interes-
seiro. O serviçal folga de ser útil ; tudo o que
pôde fazer por si só o faz ; mas por circutn6>-
tancias, e por caracter e costume é interes-
seiro. O jjresíadio talvez ache prazer em que
(m
OBS
iX
digam o que é, mas não obra por interes-
se, e não espera ou lia paga senão a reci-
procidade e o reconhecimento.
OBSRRVAÇio, s. f. (Lat. observatio, onis.)
acto de observar ; exposição dos factos ob-
servados, V. g. observações — s. — , (p. us.)
observância.
Syn. comp. Observação, experiência. No
sentido physico, observação é a acção de ob-
servar, islo e, de examinar altentauiente os
phenomenos da natureza. Experiência é a
acção de fazer apparecer por industria e
artificio nosso alguns phenomenos, que^^^m
elles não seriam conhecidos. \;j',
A astronomia está fundada na observação
a chimica n&experencía. Aquella deu nas-
cimento a muitas artes ; esta as alimenta e
aperfeiçoa. O curso dos astros, a apparição
dos meteoros, a vegetação das plantas, a ge-
ração dos animaes, etc, são objectos da 06-
servoção ; os phenomenos da electricidade,
do magnitismo, do galvanismo, da pilha vol-
taica, etc; são resultados da ejr;>mew cia.
No sentido vulgar não é menor a diíTe-
recça que ha entre estes dous vocábulos. Ob-
servamos o que se ])assa fora de rós e está ao
alcance de nossos sentidos ; experimentamos
o que se passa em nós, o que nos toca ph;ysica
ou moralmente. PtJa oòseriofâo adquirimos
noticia e conhecimento de muitas cousas; pe-
la experiência aprendemos a saber usar d'el-
las, por isso disse o Séneca Portuguez :
o que não experimentares
Não cuides que o sabes bem.
Syn. comp. Observação^ observância. Não
obstante virtm eslas duas palavras do veibo
observar, tem cada uma d'ellas tão diíTerente
significação que apenasse podem chamar sy-
nonjmas. Observação é aíicção úe observar,
no sentido de olhar attentamcnte e examinar
os phenomenos naturacs, e tudo que é ou se
passa fora de nós ; ao que exerce esta acção
chama-se observador. Observância é a acção
de observar, no sentido de cumprir exacta-
mente uma lei ou mandado ; ao que assim pre-
cede se chama observante. JVJuitos philosophos
são cuidadosos na observação dos phenome-
nos da natureza, e poucos são exactos na ob-
servância da lei de seu autor.
OBSERVADO , A , p. p. de obscrvar ; adj.
considerado attentamente.
OBSERVADOR, A, s. pessoê quG obscrva. — ,
ac(y', que observa, habituado a observar, há-
bil em observar, v. g. espirito — .
OBSERVÂNCIA, s. /. O acto dc cumprir; cum-
primento das leis, decretos, instituto. — , vida
reformada, consciência escrupulosa. Porem
— , fazer executar.
O psiRVAME, adj. dos^g. (Lat. Qbservans
tis, p. a. de observo, are.) que observa, guar-
da a regra, v. g. Frauciscanos — s.
OBSERVANTiNo , A , adj. qjio jespoita aos
Franciscanos observantes. ^^ ^
OBSERVANTissiMO, A, aáj . superl. deobhf.)
servante. ♦
OBSERVAR, t». a. (Lat. observo, are; ob pref
e servo, are, conservar.) olhar, notar com,
continuada attenção, v. g. — o movimento
dos astros. — , guardar, cumprir, v. g. — as
leis, a regra, o instituto. — , ponderar, refle-
ctir, fazer reparo, reflexão. — se, v. r. tomar
cuidado.
. OBSERVATÓRIO, s. w. (dcs. ório.) cditício
construído expressamente para observar o
movimento dos astros, v. g. — astronómico.
OBSERVÁVEL, adj. dos 2 </. (des. atei.) que
pode observar-se.
OBSESSÃO, s. /". (Lat. o6^6.ssio,om5.) vexa-
ção do demónio feita a pessoa endemoninha-
da (segundo a opinião do vuJgo supersticioso).
OBSESSO, A, adj. (Lat. obsessus.) possesso^j
veiado do demónio. .
OBSU, .. /. (ant.) V. Ussia, capella-mór.
OBSiDENTE, adj. dos 2 g. (Lat. obsidens^y,
tis.) sitiante, que põe cerco, assédio. {
OBSiDiANA, s. f. (do Gr. o/?s, O olho, 6 éi-
dos, forma, apparencia.) pedra preciosa mui
cristallina com apparencia de vidro.
OBSiDioNAL, adj, dostg. (lat. obsidiona-
lis.) de assédio. Coroa — , a que os antigo^
Romanos concediam ao chefe mihtar que ti^.j
nha feito levantar o cerco p^slp por inimigo «a
cidade ou fortaleza. " ?i.h,i- ->
OBSOLETO, A, adj. (Lat. ohsoleíus.) desusa-
do, que cniu em desuso, v. g. termo — . Lo-
cução — .
OBSTACLLO, s. m. (de obstar.) impedimen-
to, estorvo, embaraço, jhjsico ou moral; tu-
do o que se oppõe, obsta a ajguni fim, ol3Je-
clo, designio.
Syn. comp. Obstáculo, dijficuldade. O o6«- a
ta cu lo faz a cousa impraticável, a difliculda- '
de fa-la difficil, árdua. Em quanto duram
as difjlcuidades adianta-se pouco ; em quantoi,'.
subsistem os obstáculos não se adianta nada, '•
porque o que chamámos vencer um obstáculo,
é evita-lo, ou destrui-lo ; e em tal caso, o ser , .
a operação praticável consiste em que o 0;6sía- ;
culo não existe já ; porém a dificuldade pôde
vencer-se sem que deixe de existir, empre-
gando meios superiores a ella. lia dijjiculda-,,^
de em andar por um máo caminho, no meio de i
precipícios, porém pouco a pouco se vai adian- {,
te. -Lm grosso tronco derribado atravez da es- ?j
trada, uma cheia que cobre as pontes, podem -3
ser obstáculos que nos não permittam coa- ■
linuar a viagem. ;.
OBSTANCA, í. f. {]^. MS.) Y. Obstáculo. j
OBSTANTE, adj. dos 2 g. (Lat. obstans y j
iiSf. p. a. de ohtare.) queob&ta; só usado bo-
3 *
f
^
0Í¥^
oèe
<»
je côm á negativa : não — éssá raíãrt/ esâa
desculpa, essa consideração, n?io obstando,
a despeito, a pezar de.
OBSTAR, V. a. ou n. (Lat. obstare, de ob
diante, e síare, estar.) oppôr-se, formar es-
torvo, embaraço, empecer,' d. ^í. a essa pre-
tenção obsta a lei expressa. A essa resolu-
ção obstam mil objecções.
OBSTINAÇÃO, s. /'. (Lat. obstinatio, onis.) o
obstinar-se , teima, affinco na opinião, no
propósito.
OBSTINADAMENTE, ttdv. [mente suff.) com
obstinação.
OBSTiNADissiMAMENTE,adí). supcvl. de Obs-
tinadamente.
obstinadíssimo , adj. superl. de obsti-
nado.
OBSTINADO, A, p. p. do obstinar; adj. tei-
moso, aferrado á sua opinião, ao propósito.
obstinar, í). a. (Lât. obstino, are, de ob,
contra, diante, e sto, are, estar firme.) (p.
us.) fazer teimar, emperrar. — se, v. r. tei-
mar-se, emperrar-se.
obstrucção, s. f. (Lat. obstructio, onis.)
(med.) embaraço, encalhe do sangue ou de
humores nos vasos ou no tecido orgânico,
enfarte.
OBSTRUÍDO, a, p.p, de obstruir; adj. em-
baraçado, impedido; enfartado.
OBSTRUIR,» a. (Lat. obstruo, ere, ob, pref.,
diante, contra, estruo, ere, amontoar.) em-
baraçar; enfartar. — o fígado, o baço; (fig.)
impedir, estorvar, v. g. — o passo, — a cir-
culação das fazendas.— se, V. r. tapar-se, en-
fartar-se, v. g. — o fígado, o baço.
OBTENiMENTO, s. m. [mento suff.) (ant.) V.
Obtensão,
OBTENSÃo, s. f. (Lat. obtentio, onis.) con-
seguimento.
OBTER, V. a. (Lat. obtinere, ob pref., dian-
te, e teneo, ere, ter, haver.) alcançar, conse-
guir, V. g, — emprego, cargo, graças, atten-
ção, approvação.
Syn. comp. Obter, conseguir, impetrar.
Obter é alcançar uma cousa que se preten-
do, ou deseja, ou nos é grata. Conseguir
é alcançar o que se diligenciava, e após de
que se andava. Impetrar é alcançar do su-
perior a graça que se havia sollicitado. 06-
tem-se cargos, dignidades, favores, atlen-
ções, etc. ; tudo o que nos é honroso, útil,
agradável ; « se obtém de iguaes, de supe-
riores, de inferiores. Consegue-se o que com
diligencia e perseverança se busca, ou se pre-
tende. Vê-se pois que este vocábulo tem si-
gnificação menos genérica que o precedente,
e mais restricta a tem ainda o terceiro, pois
só impetrámos graças de um superior, pre-
tendendo-as e sollicilando-as com rogos e sup-
plicas.
OBTESTAR, «. a. (Lat. obstesíor, ari; ob
pref., étestor, ari, testemunhar.) protestar;
rogar, supplicar, rogar conjurando.
OBTIDO, A, p.p. de obter; aí/j. alcançado,
havido á mão, conseguido.
OBTRO, (ant.)V. Outro.
OBTUNDiR , V. a. (Lat. obtundo, ere, ob
pref., e tundo, ere, bater, pisar.) (med. ant.)
corrigir a acrimonia dos humores, que os an-
tigos médicos attribuiam á agudeza das partí-
culas.
0BTUSAN6UL0, ttdj . w. que tem angulo ob-
tuso.
OBTUSO, A, adj. (Lai. obtusus, de obtundo,
ere.) abolado, não agudo. Angulo — , maior
que o recto. Homem — , (fig.) tolo, de escassa
intelligencia, que penetra diíficilmente.
OBUMBRAR, V. a. (Lat. obumbro, are; ob
pref., diante, e umbra, sombra.) nublar, tol-
dar, assombrar.
OBUZ, s. m. (Fr. obus, do Lat. objicio, ere,
lançar contra.) bomba sem azas. — , morteiro
que lança obuzes.
OBuzEiRo, s. m. (Fr. obusier.) morteiro que
lança obuzes.
OBVIADO, A, p. p. de obviar; adj. que se
obviou, atalhou ; atalhado.
OBVIAR, V. a. [obvio, ar des. inf.) atalhar,
estorvar, prevenir.
OBVIO, A, adj. (Lat. obvius; o&pref., dian-
te, e via, caminho.) manifesto, patente; (fig.)
fácil de achar, v. g. o sentido — das palavras.
Espécies — s, fáceis de achar, não recôndi-
tas.
OBYDIENTE OU OBYINTE , abrOV. V. OÔC-
diente.
OCA, s. f. (doltal. oca, ganso.) Jogo da — ,
do ganso. Joga-se com dados sobre um papel
com casas ou rfipartimentos pintados.
OCA (Serra de), (geogr.) Idubeda mons ,
a paríe mais septentrionol dosjncontes Ibé-
rios na Hispanha, são unidos com a ver-
tente meridional dos montes Cantabrios, na
provincia de Falência, entre as nascentes
do Kbro e do Pisuerga, dirige -se ao S. na
provincia de Burgos, e vae unir-se com a
serra de S. Millan.
OCANA, (geogr.) hoje Althcea ou Olcania ci-
dade de Hispanha, a 3 léguas do Tejo, a
10 NE. de Toledo; 5,(JO0 habitantes.
ocANA, (geogr.) villa da Nova-firanada ,
sobre o Rio de Ouro ; a 100 léguas JNE.
de Bogotá.
OCAR, V a. fazer ôco ou ouço.
OCCA, s. f, V. Oca.
OCCAM, (hist.) celebre escolástico inglez ,
da ordem dos Carmelitas, nasceu em 1280,
morreu em 1343. Estabeleceu-se em faris,
e tomou a defesa de rhilippe-o-5e//o con-
tra Bonifácio VIII, atacou com violência as
pretenções e vicios dos pjipas, pelo que foi
0XC9mmuQg«do em 1330. Os principaes es-
occ
occ
N
criptos de Occam sao : Super quatuor li-
hros sententiarum ; summa logicce ', Quod-
liheta ; super potestate summi ponti fieis.
occASiÃo, s f. (Lat. occaíio, onis; oc por
06, diante, e casns, caso.) opportunidade de
lugar ou de tempo, ensejo, v. g. boa — de ou
para fazer alguma cousa. — , causa. «Foi —
da sua ultima ruina. » Xtraes. Estar em —
próxima de pecar, mui propenso, arriscado.
Por — , (loc. adv.) por acaso. — menstrual, a
regra, o fluxo menstrual das mulheres.
Syn. comp, Occasião, ensejo, opportuni-
dade, conjuncção, azo. Occasião, segundo
sua etymologia de occido, occasum, é o caso
de que podemos lançar mão. Ensejo é a occa-
sião ou yezoi)\)OTtunSi. Opportunidade éboa
occasião , commudidade de tempo e lugar
conveniente Conjuncção é concurso simul-
tâneo de circumstancias favoráveis ou desfa-
voráveis para alguma cousa, izo é occasião
commoda, geitosa para o que se intenta.
A occasião e a conjuncção podem ser boas
ou más, próprias ou impróprias, por isso se
diz : Vir em boa, vir em má occasião, etc. O
ensejo, a opportunidade, o azo sempre são a
propósito, a geito, a tempo para o intento de
quem delles sabe aproveitar-se.
occAziÃo , (myth ) divindade allegorica ,
que presidia ao momento favorável de ope-
rar. Era representada na forma de uma mu-
lher nua, encabellada por diante e calva
por detraz, com um pé no ar e oputro so-
bre uma roda. ' ;
occAsioNADOR, A, s.o que occasiona, cau-
sa, o que deu occasião.
OCCASIONAL, adj. dos2g. (Lat. occasiona-
lis.) que succede por occasião, sem connexão
immediata ; accidental. Causas occasionaes,
que dão occasião á acção das que produzem
immediatamente um effeito.
occAsioNALiDADE, s. f. O sev occasional.
OCCASIONALISTA, s. dos 2 g. pcssoa que se-
gue a doutrina que pretende attribuir as nos-
sas percepções a uma harmonia preestabe-
lecida, e não ao influxo directo dos órgãos
seusorios. . R/yib •
GCCASioNALHtiNTE,' adv. [mente suff.) por
occasjão, accidentalmente.
occasionar, V. a. (do Lat. occasionem,
acc. de occasio, onis, ardes, inf.) dar occa-
sião, causar accidentalmente. Aferida Iheoc-
casionou a morte, isto é, morreu por occasião
delia, mas não foi a morte eífeito necessário.
— alguém a trabalhos, a ganhar fama, (é
loc. ant.), assim como a seguinte : occasiona-
rem-no (o bom ladrão na cruz) ao perdão das
culpas, dar occasião , crucificando-o com
Jesus. — SE, V. r. succeder, verificar-se, ter
lugar, V. g. deste successo se lhe occasioíiow'
grande desgosto.
occAso, s. m. (Lat. occasus, queda, baixa,
VOL. IV»
acçSo de baixar, de occidere; oc pref., "pòflít^','
contra, e caderCf cair.) o occidente; o pôr-sèí
o sol. , K :•> ^
ocCHiALr, (hist.) renegado calabrez, apri-
sionado muito moço pelos Turcos , foi pi-
rata ás ordens do Dragot , elevou-se aos
primeiros postos da marinha ottomana, dis-
tinguiu-se em 1571 na batalha de LepantQ,
conduziu os restos da esquadra turca a
Constantinopla , foi nomeado por Selim íl
capitão-pachá, tirou aos liispanhoes Gour
letta (forte de Tunis) e morreu cheio de
gloria em 1577.
OCCIDENTAL, adj.dos2g. [Lai. occidenta-
lis.) do occidente, v. g. terras occidentaes.
OCCIDENTE , s. m. (Lat. occidens, tis.) ]
a parte occidenlal do céu e do globo terjra-.^'
queo.
OCCIDENTE (Império do), (geogr.) um dos '
dous impérios, formados do império romã-'
no, por partilha entre Valenciano e Valen-
te em 3fi4, e depois pela partilha diíHniliva
entre Honório e Arcádio em 3J5. Na pri-''
meira época não compreendia senão 5 dio-
ceses (Britannia, Gallia, Hispanha, Itália, e' *
Africa. Ni» segunda epocha, a diocese de
Ulyria foi dividida em duas, e da mesma,
sorte a diocese de Itália , vindo por esta"**
forma a ter sette dioceses o império do Oc-
cidente. Acabou depois de ter perto de um,
scculo de existência, no reinado de Rómulo''*
Augustulo em 476. Desde 408 foi perden-^^
do províncias ou por invasão dos barba-'^
ros, ou por abandono voluntário. Milào, '.
depois Ravenna foram, depois de lloma, "
as capitães do império do Occidente. Cha-"
mou-se segundo império do Occidente aqueíle
que foi fundado por Carlos-Magno em 800'^ ^
e que acabou em 911, por morte de Luií'^
iV, o Menino, ultimo dos Carlovingios ; foi^'*
substituido pelo império de Allemanha, cons-
tituído em 962 por OÚiko-o- Grande.
OCCIDENTE (Igreja do), (hist.) nome dado''^
á igreja latina, por opposiçào á igreja gre- "
ga ou igreja do Oriente, foi empregado, de- ,
pois do começo do scisma do Oriente, para ''
designar todas as igrejas, que na Europa ,
e mesmo na Africa, reconheciam a auto-. '"^
ridade do papa. ''^
occiDuo, A, adj. (Lat. occiduus.) Occiden-
tal. Amplitude — , (aslr.) arco do horizonte'*"
comprehendido entre o verdadeiro ponto dé
oeste, é aquelle em que o sol se põe. V. Oc-
caso.
occiPiciAL. V. Occipital.
occipicio, s. m. (Lat. occipitium.) (anat.) c
parte posterior da cabeça.
OCCIPITAL, adj (Lat. occipitalis.) áo occi-
picio. O osso — , ou subst. o — , o que forma
a parte posterior do craneo.
ocCTPUT,' s. mi. parte posterior inferior d a' *^^'
14
occ
OCE
cínteça dês do meio do vertex até ao, gran-
de Duraco occipital. fV.(v".'i'í
occisÃo, s. m. (Lat. occisio, onisj dè occi~
do, ere, matar.) o acto de matar.
occisivo, A, adj. (des. ivo.) (p. us ) que
mata ; seguido ou acompanhado de morte.
occiTANFA, (geogr.) nome dado muitas ve-
zes ao Languedoc e mesmo a todo o litto-
ral írancez do Mediterrâneo, durante a ida-
de media.
occoEMBRO, s. m. (t. Brasil.) herva do Bra-
sil também chamada pelos indígenas embuia-
embo.
occoRRER, V. a. oun.{L&t. occurro, ere,
oc por 06, diante, e currere, correr.) vir ao
encontro; (fig.) offerecer-se, vir á memoria,
ao pensamento, v. g. occorreu-me um argu-
mento, um expediente. — , acudir, prevenir,
V. g. — ás necessidades. — , (ant.) cair, ex.
« se no dia octavo — festa de primeira classe.
— , adj. occorrido.
occuLTAçÃo, s. f. acção de occultar, ou de
se occultar.
occuLTADO, A, p,p. de occultar; adj. es-
condido, encoberto.
occuLTADOR, A, s. pessoa que occulta.
occuLTAMENTE, adv. [mente sufí.) escondi-
damente, a furto, secretamente, v. g. ir, en-
trar, vender — .
OCCULTAR, V. a. (Lat. occulto, are,oci[iOv
ob, diante ; oculus, olho, e tollo, ere, tirar.)
esconder, encobrir, v. g. — alguém; — a ver-
dade, os pensamentos, o segredo; — os fur-
tos de outrem. — os bens, para os sonegar no
inventario, ou evitar penhora. — se, v. r. en-
cobrir-se; esconder-se.
occuLTissiMO, A, adj. superl. de occulto.
occuLTO,A, adj. [LsLt.occultus.) escondido,
encoberto, não sabido, v. g. caminho — , pro-
jectos, designios. Homem — , que se não dá a
conhecer, que anda mcognito.
occuPAçÃo, s. f. (Lat. occupatio, onis.) ac-
ção de occupar ou de ser occupado ; emprego
de tempo em algum negocio, trabalho; oíTicio,
modo de vida, profissão, v. g. — da praça pe-
las tropas inimigas.
OCCUPADO, A, p.p.de occupar; adj. de que
se tomou posso, v. g. foi a praça — pelo ini-
migo. Os Mouros, depois de — a Hespanha,
tomada, conquistada. Homem muito — , em
negócios , ou no seu officio .
occuPADOR, A, adj. ^•. queoccupa.
OCCUPAR, V. a. [L&j/ occupare;oci^OT ob,
diante, e eapio, ere, Aomar.) encher, tomar
algum espaço, v. g/ — a área, o recinto, a
praça. O exercito occwpow o canapo inimigo ;
(fig.) preencher, v. g. — um lugar, cargo,
emprego, posto. — , tomar, apoderar-se, v.
g. os Árabes occuparam a Hispanha ; o temor
occupa o animo. — alguém, dar-lhe occupa-
çào, dar-lhe (jue faier^dar-lbe ol^ra, trabalho
a executar. — . rogar a alquem que se interes-^
se a nosso favor. — se, v. r. dar-se a traba-r\
lho, empregar utilmente o tempo, v. g. — em
estudar, escrever.
occuRRENCiA, s. f. succcsso quo occorre,
conjunctura de tempo, de negócios.
occuRRENTE, adj. dos 2 </, (Lat. occurrens,
tis, p. a, deoccurro, ere.) que occorre.
occuRRENTES, s. f. pi. V. Occurvencia.
occuRSAR, V. a ou n. V. Occorrer.
occussE , (geogr.) districto maritimo da
Ilha de Timor, situado ábeira-mar, e dis-
tante de Dilly 8 dias de jornada, 29,000,
habitantes. Seu regulo sempre foi isemptQg
de pagar tributos. b
OCEANIA, (geogr.) quinta parte do mundo, ^
é composta de ilhas espalhadas no Grande
Oceano; o seu comprimento é pois de 174)
gráos ; a sua largura vai diminuindo gra-^t
dualmente conforme se avança para este. A
Oceania é dividida em três regiões, subdi-
vididida cada uma, como se segue, em ar-
chipelagos ou grupos :
q
p
.11
MALAISIA ou NOTASIA A O.
Archipelago de Sonda.
Grupo de Sumatra.
Grupo de Java.
Archipelago de Sumbava-Timor.
Archipelago das Molucas.
Grupo das Molucas. u
Grupo de Celèbes. 'p
Grupo deBorneo
Archipelago das Philippinas.
AUSTRÁLIA (nO MEIO).
Ausfralia propriamente dieta , chamada
também continente central da Nova-Hollan-
da.
Archipelagos.
Grupo de Papouasia.
Archipelago da Luisiada.
Archipelago da Nova Bretanha.
Archipelago de Salomão.
Archipelago de Pfirouse
Archipelago de Qiiiros.
Grupo da Dieraenia.
Grupo da Nova Caledónia.
Grupo de Norfolk.
Grupo de Tasmanw, -y
oa^í
OCE
Viii
«
POLTNESIA OU MICRONÉSIA (a E.)
Polynesia Boreal.
Archipelago de Mossonia Volcanica.
Archipelago das Mariannas.
Archipelago de Palaos.
Archipelago das Carolinas.
Sporades Boreaes.
Archipelago central ou de Mulgrave.
Polynesia Austral,
Archipelago de Viti.
Archipelago de Tonga ou dos Amigos.
Archipelago d'Ou3-Horn.
Archipelago d'Hainoa ou de Bougainville.
Archipelago de Kermadec.
Archipelago de Cook.
Grupo de Toubouai.
Archipelago d'Otabiti.
Archipelago Paumalou,
Archipelago de Mendana.
Archipelago de Hawaii ou das ilhas
Sandwich.
Sporades austraes.
A Oceaniá tem poucas montanhas, exce-
pto nas ilhas occidentaes. O clima é quente
e húmido ; o solo muito fértil ; o mar abun-
da em peixes, moUuscos ezoophitos. Os ha-
bitantes são ou malaisios ou negros, e em
geral pouco civilisados. Só no principio do
século afetual se teve a ideia de fazer da
Oceania uma parte do mundo. Deve-se o
conhecimento d<;ste paiz as descobertas de
Cook.
OCEANIA poRTUGUEZA, (geogr.) noffle que
so pôde dar ao grupo de ilhas de que pos-
suímos a soberania na quinta parte do Mun-
de ; è de que as principaes são : Timor ,
Flores, que também se chama Solor novo,
e Knde ou Oende, Solor velho ou f)eque-
no, Alíor grande, e Allor pequeno , EndeS
ou Oende meilor, e Adonare, além d'outrá,
de menor importância, 2!lH,5lO habitantes.
OCEÂNICO, A, adj. do oceano.
OCEANIDES ou OCEANITlDES, (myth.) dctí-
sas subalternas dos mares, filhas do Ocea-
no e de Thetys, eram mais de 3,000.
ocRANo, (myth.) deus do mar entre os pa-
gãos, irmão e esposo de Tethys, e pae das
Oceanides.
OCEANO, A, adj, do oceano, v. g. s>s —s Òh-
das. '^.'^ 't'
OCEANO, (geogr.) é assim (íhamlbffá á itó-
mensa extensão dè ítgtfét salgada, que cobfe
a maior parte do globo ; e dividido em 5
gran^èíí teères ()fiftetí>ae^: 1." o Gfaíidé-
Oçeano enm H Aíí!éHcêl> é hm # « ífdfiá-iiía-
nada; 2.** o Oceano Atlântico entre a Eu'
ropa, a Africa e a America; 3.** o Oceano
índio entre as índias, a Africa e a Nova-
HoUanda ; 4.^ e 5.° o Oceano glacial Ár-
ctico, e o Oceano glacial antárctico entre
os dous poios.
OCEANO (Grande-), (geogr.) chamado tam-
bém Oceano Pacifico e impropriamente mar
do Sul. Este immenso Oceano, limitado ao
N. e ao S. pelos dous mares polares, a E.
pelas costas occidentaes da America, a 0.
pelas costas orientaes da Ásia, separa-se do
Atlântico ao SE. por uma linha, que par-
tindo do caboHorn, segue o meridiano de
t9o 40' long. O. Ao SO. o meridiano dé
145® long. E. e o separa do mar das índias.
Na sua parte Occidental, onde estão os di-
versos archipelagos da Oceania, este Oceano
toma diversos nomes, taes como o de mar
das Molucas, de Celébes , de Mindana, de
Java, de Sonda ; mais ao norte distingue-sé
o mar da China, o mar Amarello, a Mancha
de fartaria, e o mar d'Okhotsk : ao N. ó
mar de Behring faz communicar o Grande
Oceano com o Oceano glacial árctico ; 6- '
nalmente a E. acha-se o golpho da Cali-.
fornia, ou mar Vermelho.
Syn. comp. Oceano, mar. « O ocmwo, diz
Vieira, é aquelle pego vastíssimo e immenso,
que elle só é todo o elemento da agua; e es-
tendendo seus infinitos braços, está receben-
do como nas pontas dos dedos o tributo de to-
dos os rios do universo (II, 20). O que antiga-
mente se conhecia com o nome de rriar, e nas ,
Escripturas se chamava mdre magnum, era o .
Mediterrâneo; mas depois qué se descubriu ó ]
Mundo-Novo, logo se conheceu também que
não era aquelle o m,ar, senão um braço delle,
e o mesmo nome , que injustamente tinha ij
usurpado , se passou sem controvérsia aó
Oceano , que é só o cjue por sua immensa ^
grandeza absolutamente, e sem outro sobre-.,
nome, se chama mar (IV, 498). i >
Diz-se mar simplesmente para significar a
vasta extensão dg agua que oceupa uma gran-
de parte do globo que habitámos, fazendo op-
pOsição a terra. O oceano encerra em si uma,(
ideià mais particular, e diz-se dò maf em ge- ;
ral, por opposição aos mares compreíiendidos
ehtre terras. (3 oceano rodèiá igualmente Oji
ttiundo novo e o antigo; porém nos mar«ç.j
eíidetràdos èm certos espaços de terra, ono- ;
íne oceano não exprime de todo esta ideia. Áp.,
oceano póde-sç chamar mar, por^m ao BJedi-jj
4erraneo, aò Báltico, etc., hão se pôde pha-
mar oceano. . ...^ ' ^ i >
ocello m LÚCANU , (hist.) philosopbq,^
grego, nasceu na Lucania^ florecia noannoj
i>00 àtiies de Jesu-ChristQ , e pertencia ^/i
escòlá pythágorica. tla.^cqip o sçu nomi^
iim í>é(jiiénd itmkdo íútltutâcíô : miiaiu"
4 *
%
|0C1,-„|
àvi*
re;^0 do Univer.so^ eoi que tracta de tudo.
'^o,ç,í;i^LopuRUM, (geogr.) cidade de Hispa-
im;^^y entre os. Vacceos , hoje Zamora ou
^,.j(j)CELí>uij[ OU OCELUM, (geogr.) hoje Oulx
òii Usseaux, cidade da Gallia transpadana,
capital dos Garoceles , servia no tempo de
César de limite á Ilalia , depois foi com-
preendida nella.
OCHARIA. Y. Uçharia.
\çcEAS,s. f. (do Fr, ant. oche, corte, golpe;
ochier, ochir, ferir, malar, do Lat. occido,
ere.j Andar ás — s, litigar, contender.
OCHAVA s. f. feminino AQOchavOf ant. a oi-
tava^parte.
pCHAViLHA. V. Ochava.
l"' ÒCHAVO, A, adj. V. Oitato.
'' OCHER, (geogr.) rio de Allemanha, nasce
no reino de Ilanover, rega parte do ducado
de Brunswick e lança-se no Aller. Nas mar-
gens do Ocher ha uma villa do mesmo no-
me, que pertence em commum a Brunswi-
ck e ao Hanover.
''.ocHLOCRATico, A, ttdj . da ochlocracia.
'ocHMíANA, (geogr.) cidade da Rússia Eu-
ropea, a 14 léguas SE. de Yilna ; 4,000
habitantes.
pcHOsiAS , (hist.) rei de Israel em 888 ,
seguiu os exemplos do impio Achab, seu
pae e seu predecessor, consultou sobre a
sua sorte a Belzebuth, deus d'Áccaron , e
morreu pouco depois.
ocHOsiAS, (hist.) rei de Judá, filho de Jorão
e de Athalia, subiu ao trono em 877, uniu-
sé com Jorão , rei de Israel, para faz:er
guerra a Hazael, rei da Syria, e foi morto
por ordem de Jehu, seu general, em 876.
ÒCHRE, s. m. (o eh sôa k : do Gr, okhros,
pallido,) oxydo de- ferro de varias cores, usa-
do por pintores : o mais vulgar é amarello.
'ÒCHRiDA, (geogr.) Lychnidus , cidade da
TWquia europea, capital de livah, na mar-
gem N. do lago Ochrida, a 45 léguas N.de
Janina ; 2,300 habitantes. O lago d'Ochrida,
Lychnidus lacus, na Roumelia, é atraves-
sado pelo Drui.
"òcHRORiA,(bot ) género de plantas da fami-
liêf das Apocyneas. E' um arbusto da ilha
Mascarenhas.
ocHs, (hist.) doutor em direito, nasceu em
Bile em 1749, seguiu o partido da demo-
cracia na Suissa, tomou parte na revolução
helvética em 1798, e foi nomeado membro
dóDirectorio. Morreu em 1808. Deixou: His-
toriei da cidade e território de Bale.
"òbiENTE. V. Occidente.
ocio, s. m. (Lat. otium, que Court de Gé-
bélin deriva de ol, que diz significar tempo.
Cí:êiO que vem do Egypc. oçk, tardar, demo-
raír-sé, formado de ceou ou ciou tempo, e khe, ,
périnanecer.) folga, tempo de folga, desoccu-
0c3b0
pação, estado de quem não trabalha; (fig,) oc-
cupação divertida , desenfado, passatempo.
« Estás com as musas em honesto — occupa-
do. » Ferreira.
OCIOSAMENTE, flcíf. {meute suíf.) em ocio ;
com negligencia.
OCIOSIDADE, s. f. ocio habitual, negligen-
cia, vida ociosa.
OCIOSO, A, adj. {LdX.otiosus.) que se não dá
a trabalho útil, negligente. Homem — , vadio.
— , desoccupado, de folga, sem emprego ac-
tual, V. g. tropas — .9-
ncLASiR, (geogr.) cidade da índia ingleza,
no Guzzerate, a 2 léguas SE. de Baroutch ;
8,900 habitantes.
ôco ou ouço. A, adj. (Moraes o deriva do
Gall. ou Celt. ogo. Creio que vem do Gr. an-
gos, vaso.) vão, vasado, não solido; (fig.) fú-
til. Cérebro — . phantasia, desvairada.
o'coNNOR, (hist.) nome de uma dynastia
de reis Irlandezes, que reinava no Connau-
ght ou Connacia, antes da conquista da Ir-
landa pelos Inglezes ; os mais conhecidos
são : Turlogh 0'Connor-o-Grande, que nas-
ceu em 10H8 e morreu em 1156, fez esfor-
ços para dominar em toda a ilha e teve por
principal adversário 0'Brien ; e lioderik
0'Connor, que reinava em Il7i, época em
que Henrique dlnglaterra se apoderou da
Irlanda.
ocoNTECER. V. Aconteccr.
OCRE. V. Ochre.
OCTACORDO , s. m. um instrumento mu-
sico de oito cordas.
OCTAEDRO ou OCTOHEDRO, S. m. [octo, OÍtO,
e hedra, assento.) (geom.) solido de oito lados
iguaes.
ocTAGENARio. V. Octogenario.
OCTAGESiMO. V. Octogesimo.
OCTAVIA, (hist.) irmã d'Augusto, casou em
primeiras núpcias com M. Cláudio Marcello,
e em segundas com António, cuja affeição
não pode caplivar apezar das suas virtudes
ebelleza. A morte dojoven Marco-llo, fructo
do primeiro matrimonio, aííligiu-a tanto que
lhe abbreviou os dias. Morreu no 4 anno
depois de Jesu-Christo.
OCTAVIA, (hist.) filha do imperador Cláu-
dio, eirmã de Britannico, foi dada em ca-
samento a Nero, o qual a repudiou para ca-
sar com Poppêa. Esta mandou-a matar no
anno 62. Octavia tinha 20 annos.
OCTAVIANO, (hist.) foi cstc O uome que Oc-
távio tomou depois da ser adoptado por Ju-
ho César.
OCTAVO. V. Outavo ou Oitavo.
ocTEviLLE, (geogr.) cidade de França, a
meia légua SO Cherbourg ; 1,500 habitan-
tes.
OCTODURUS, (geogr.) cidade dos Helvécios, ^
capital áos Ver ag ri, hoje Martigny. ,o
osm
ODl
17
OCTOGENÁRIO, A,adj. (Lat. oetogenarius.)
que tem oitenta annos de idade. Pode usar-se
adjectivamente. Uma pessoa — .
OCTOGÉSIMO , A , o,dj . (Lat. octogesimus.)
que corresponde ao numero 80.
ocTOGONO, A, aâj. (octo, oito, egonia, an-
guio.) (geom.) que tem oito ângulos.
ocTONARio, A, adj. (Lat. octonarius] de
oito, v.g. numero — .
ocTOPODES, (h. n.) uma das divisões dos
Molluscos, que são diíTerençados pelo nume-
ro dos braços. Os Decapodes são aquelles,
que teem dez braços.
OCTOSYLLABO, A, adj, que tem oito syllabas.
oCTURfDADE. V, Autoridãde,
OCULAR, adj. dos 2 g. (Lat. ocularis; de
ocuhis, o olho.) do olho, da vista. Lente — ,
a que seapplica ao olho. Espectros — . Tes-
temunha — , de vista.
ocuLARMENTE , ãdv. {men(e suff.) com os
olhos, pelos próprios olhos, v. ^.averiguar
ocuLATissi5io,A,ac(/ superl. desus. e Lat.,
mui attento. mui vigilante.
OCULISTA, s. m (des. Í5ía.) cirurgião que
se dedica exclusivamente ao tratamento das
doenças dos olhos.
ÓCULO, s. m. (pron. óculo : do Lat. oculus,
olho.) instrumento de um|Ou mais vidros com
que se ajuda a vista. — de punho, — de ver ao
longe, longamira. — s, dois vidros encaixilha-
dos que se põe sobre o nariz, ou se seguram
diante dos olhos por hastes que cingem a ca-
beça, e que facilitam a vista, corrigindo a ni-
mia convexidade ou o achatamento da cór-
nea. Caixa de — s, estojo. — , (chul.) homem
sem prest-mo, v. g. é boa caixa de — s.
ocuLOSo , A , adj. (des. oso) , que tem
muitos olhos. ex. « O oculoso pastor. » Bo-
cage.
OCULTAR e deriv. V. Occultar.
OCUPAÇÃO. V. Occupação.
OCUPAR. Y. Occupar.
ocuTiNA, (h. n.) género dePolypo;"os da
ordem dos madrepérolas.
ODA, V. Ode.
ODE, s. f. (Gr. ódé , canto , canção , de
aeidôj cantar) , poema lyrico em que se
cantam louvores , amores , etc, v. g. Odes
pindaricas, anacreonticas.
ODENATO (Septimio), (hist.) princepe ára-
be, era filho de um cheik das tribus sarra-
cenas de Palmyrena, também tinha o titulo
de senador da colónia romana de Palmyra,
Depois da morte do usurpador Jotspiano, em
quanto diversos competidores disputavam o
Oriente , elle conservou-se independente.
Ajudou Sapor nos seus ataques na Syria, de-
pois perspguiu-o na retirada. Todavia sollici-
tou o seu auxilio quando Valeriano caiu nas
mãos domonarcha Sassanida» masrecebçar:
TOL. IV.
do delle uma repulsa injuriosa, lançou-se
nos braços dos Romanos, bateu Sapor nas
margens doEuphrates, eobrigou-o a retro-
ceder até Ctésiphonte ; marchou depois coa-'
tra os tyrannos, que tinham tomado a pur-
pura por morte de Macriano e desbaratou-os
todos, llalliano recompensou-o com o titu-
lo degenerai de todo o Oriente, mas pouco
contente com este posto subalterno, tomou a
purpura e obrigou o imperador a reconhe-
ce-lo por coUega. Morreu assassinado em
tmeso no anuo 267.
ODENSEA, (geogr.) cidade de Dinamarca,
no centro da ilha" deFionia, sobre o Odense,
a 35 léguas SO. de Copenhague ; 8 300 habi-'
tanles. f'
ODEO ou ODEON, s. Tti. (do mesmo rad.
que ode, V.), theatro, logar onde se canta
e toca.
ODER, (geogr.) Viadrus e Guttalus, rio
de AUemanha, nasce na Moravia, rega a Sile-
sia, o Brandeburgo, a Pomerania, divide-se
perto de 'iartz em 4 braços, mas reune-os
todos depois e cae no mar Báltico.
CDERZO, (geogr.) Opitergium, cidade do
reino Lombardo Veneziano, sobre oMunti-
cano, a 6 léguas NE de Trevizo ; 4,600 ha-
bitantes. '^'
ODESSA, (geogr.) cidade da Rússia euro-
pea, a 42 léguas OSO. de Kherson, sobre o
ipar Negro; 40,000 habitantes ; muitos del-
les Gregos. Porto franco. Cidadella. '\
ODESSus, (geogr.) hoje Varna, cidade da^--
Mesia Inferior, sobre o Ponto Euxino, era
nma colónia de Mileto. i
ODEYPOR, (geogr.) cidade da índia ingle-^
za mediata, no antigo Adjmir, capital de um
principado do mesmo nome. O estado de
Odeypor , chamado também Mewar ou
Miouar, occupa aparte SO. do Adjmir, e ó ,
cercado por montanhas ; solo fértil, mas mal •
cultivado.
ODi (corrupção do Arab. uad, rio e não
guadi, como pretende D, Tiunes de Leão. i
Não vem, como inculca Moraes, do Fr. caw, !)
agua, que sôa ô), prefixo de nomes de rios '
í). ^. Odiana, hoje Guadiana.
ODiÁ, 5, m. (t. Asiat,), presente, mimo. F.
Mendes Pinto, cap. 64.
ODIADO, p. p. de Odiar ; adj. detestado, :.
aborrecido. pri
ODIAR, V. a. [ódio, ar des. inf.) detestar, 7
ter ódio, aborrecer : — alguém ; — umapes- \
soa com outra, inimiza-las. — se, v. r. fa-sn
zer-se odioso, aborrecido.
ODIENTO, A, adj. que conserva ódio, ran- .
coroso.
ODiLA (S.), (hist.) patrona da Alsacia, fi- u.
lha de um duque d' Alsacia, abbadessa de
iloiíeuburgo, morreu em 690, é festejada *x>'
43 dciuzembro. ; > W^o eá
19
ODI
ODO
ODTLLON (S.), (hist.) abbade de Cluny, nas-
ceu no Auvorgne em França no anno 952, teve
relações com o imperador S.Henrique, com os
reis de França Hugo ('apeto, Roberto e Henri-
que í, com o rei de Borgonha, Rodolpho, com
Cazimiro do Polónia, e todDs estes monar-
chas o veneravam muito. Recusou o arcebis-
pado deLyão. Morreu em 1048. E' comme-
morado no 1 de Janeiro. ; ^í^-') hí
ODiN, (myth.) Wodan em allemão, o maior
dos deuzes scandinavos, era considerado pae
dos deuzes edo mundo. Era também o deus
dos combates. Tomou por mulher a Frigga,
filha de Fiorquino, e teve delia Thor, Balder,
etc. Habitava o palácio de ValhoU ou Valhalla
na região do ceu ou das nuvens, e ahi rece-
bia assombras dos bravos mortos nas bata-
lhas. E' crivei que uma grande parte dos
acontecimentos attribuidos a Odin e de que
andam cheias as lendas pertençam á vida
de um antigo chefe , que conduziu os
Scandinavos da Ásia á Scandinavia, e que se
suppõe ter vivido /O annos antes de .íesu-
Christo. Representam Odin, montado em um
cavallo de outo patas, com lança na mão, c
nos hombros d(jis corvos seus mensageiros,
ODio, s, m. (Lat. cdlum, Lat. odi ou hodi'
aborreço; Sax. hatian, em Goth. halyan;
em Ingl. hate ; em Fr. hair , ant. oir ,
aborrecer. Nenhum etyraologista acertou com
a origem deste vocajjulo , nem do corres-
pondente (ir. oduné, dô,, odussó, irar-se.
Ambos, a meu ver, (vem do Egyf)C. Iii ou
hit, lançar, arremessar, e het, animo , co-
ração), aversão enlranh^ivel, desejo que ve-
nha mal á pessoa a quem criámos aversão.
Syn. comp. Ódio, aborrecimento, rancor.
O ódio é a ira inveterada, diz Cicero ; é uma
paixão cega e arraigada no coração viciado
pelo capricho, pela inveja, pelas paixões, e
em nenhum caso deixa de ser baixa e indigna
de um aniiuo honrado e generoso. (X aborre-
cimento é ura affecto nascido do conceito que
forma nossa imaginação das más qualidades
do objecto aborrecido, e compatível com a
honra e probidade quando seu objecto é o
vicio. ./5nf.Jbfj;í? ' ;;• i ,"?»!;
Daqui vem que' cha*nilâm6s Implacável ao
ódio, e não applicâmos ordinariamente este
adjcelivo ao aborrecimento , porque olhámos
áquelle como uma paixão cega, que nunca
perdoa, antes degenera em rancor e anda
acompanhada da má vontade; e ao aborreci-
mento o olhámos como eífeito de uma persua-
são, que a razão ou o desengano podem che-
gar a destruir. O rancor é ódio inveterado e
occulto, e por isso mais vil e traiçoeiro que ú
ódio
Um hometh honrado perdoa a oífensade
um traidor, de um assassino, porque não ca-
be qUo em sua aobre çousidera^âd ; por ém
não pôde deixar de aborrecer tão execráveis
monstros da sociedade. O malquerente, o ira-
cundo ferido de inveja, arde em rancores, e
aguarda o momento em que possa dar pasto a
sua vil paixão.
O aborrecimento faz -nos olhar com des-
gosto a seu objecto; o ódio no-lo faz olhar
com ira ; e o rancor, com animo malévo-
lo.
ODIOSAMENTE, adv. (mmíe]suíf.) de modo
odioso.
ODiosiDADE, s. f. qualidade odiosa, cara*
cter odioso. A — d'esta calumnia.
odiosíssimo, a, adj. superl. de odioso.
ODIOSO, A, adj. (Lat. odiosus.) que causa
ódio, aversão ; que indica ódio, v.g.toáoo
privilegio é — . — calumnia. Fez-se — pe-
las suas injustiças. Modo — .
ODO, s. m. (t. Asiat.) arvore sagrada en-
tre osCanarins.
odoacro, (hist ) conquistador de Itália, era
íilho de ura ministro de Attila. Perdeu seu
pae em 465, andou algum tempo na Mo rica
vivendo de roubos ; depois foi admittido com
seus companheiros na guarda imperial em
Ravenna, e foi assim chefe dos Herulos a sol-
do do império. Revoltou-se contra o imppra-
dor Augustulo, ao qual destronou sem diíTi-
culdade, supprimiu o titulo de imperador do
Occidente e contentcu-se em governar a Itá-
lia com o titulo de patrício. Distribuiu aos
seus companheiros o terço das terras conquis-
tadas ; todavia tornou-se estimado pela sua
moderação, virtudes e pelas reformas úteis
que fez ; aífastou das suas fronteiras os po*<ii
vos bárbaros da Gallia e da Germânia; batean
osRagios em >ôrica esubmetteu a Dalma**--
cia. Era 489, Theodorico, seguido de quasi
toda a nação dos Ostrogodos invadiu a Itália
e bateu-o, até o obrigar a encerrar-se em
Ravenna, onde Odoacro se deíTendeu mais
de dous annos, e só entregou a cidade com
a condição de reinar com o princepe godo.
Mas alguns dias depois de abertas as portas
da cidade Theodorico mandou-o matar em
um banquete.
ODON (S.), (hist.) nasceu em Inglaterra no
fim do iX século, de paisdinamarqnezes, foi
empregado pelos reis Alfredo e Eduardo
em negócios muito importantes, fo' capellão
do rei Athelstan, depois bispo de Wilton, e
a final arcebispo de Cantorbery. Morreu em
961. E' cnmmemorado a 4 de Julho. Outro >
S. Odon, deTours, abbade de Cluny de 92 /ob
a 942, écomraemorado a 18 de Novembro.
ODON DE DEUiL, (híst.) Odo dc Díoffifo,
nasceu no começo do XH século em Deuil, no
valle de Montmorency, morreu em 1162, foi
capellão de Lui2-o-vtoço, acompanhou-o i
Terra Santa, e quando voltou foi nomeado
fbbacte íje S. Djni». ^«ortte^ : fíe Ludòvloi
(ED
(EK
ODONTALGiA, s. f. (Lat. do Gr. odontes, ge-
nit. de odoús, dente, e algheôy sentir dôr.)
(med.) dôr de dentes.
ODONTOLOGIA, s. f. (med.) tratado sobre
os dentes.
ODONTOLOMA, (bot.) genero de plantas da
familia das Synaalhereas e da Syngenesia
igual, L.
ODOR, s. m. (Lat. odor, de óleo, ere, chei-
rar ; 1 gypc. scholem, cheirar.) (p. us.) chei-
ro, aroma. V. Cheiro.
ODORADO, por ÁdooradOf Doente.
OBORATissiMO, A, adj. superl. alatinad»,
muito cheiroso.
ODORÍFERO, A, adj, (Lat. odoriferus.)Qhm-
roso, que oxhala cheiro grato, resceadente ;
(fig. e p. us.) Fama — , boa.
onoRiFUMAiSTE. adj. dos l g. (poet.j cujo
fumo lança bom cheiro, aroma. O vinho, o
incenso — .
ODOROSo, A, adj. (Lat. odorus.) fragante,
que exhala cheiro, rescendente.
ODRE, s. m. (Lat. uter, utris. Creio que
vemdoEgypcio hot, odre.) a pelle inteira do
bode, curada e feita em sacco atado na boc-
ca, para conter vinho, azeite, etc.
ODREiRO, í. m. (des. eivo) homem que faz
odres ou os vende.
ODRiNHO ou ODREZiNHO, s. w. dimínut. de
odre.
ODKTSES, (hist.) povoda Thracia, habita-
va O centro deste paiz, nas margens do liei-
ro, da Agrianes e do Contadesdo. Os poetas
designam algumas vezes, toda a Thracia com
o nome de Odrysia Tellus.
(EASO (promontório), (geogr.) hoje cabo
Machicaco, promontório deliispanha, per-
to de Fontarabia. Perto delie encontra -se
uma ilha, chamada Hea ou Ea.
íEBALiA, (geogr.) (Ebalia, nome dado á
Saxoiia, em honra de (Ebalo, um dos seus
antigos reis; ' ' 7fni[ s;-
(echaÍia, (geogr.) Carpenitza, cidade da
Thessalia, era a morada de Euryte, pai de
lolo ; foi tomada e assolada por Hercules,
que levou delia lolo.
ffiCOLAMPADB, (hist.) uM dos autofcs da
Reforma, nasct^u em 1682 em Weinsberg,
depois^ de tomar ordens no convento d'Al-
ton»jdeclarou-se abertameate pela llijforma,
cazMM-se e a final seguiu a doctrina de Zwin-
gle. Beixou Commeiítarios sobre diversos
livros do antigo e novo Testamento ; um
tratado De vero intelteetu vérbo^um, ele.
•KoeMA, s. f. (med.) humor dilluso, sem
rubí)r, nem tensão, nem dor, cedendo á
pressão do dedo, e conservando-a durante
algum tempo : formadO' por seroeidade in-
filtrada no tecido oellular,
Vil Francorumreyis, profectionein O rien- \symptomas inflamatórios, distingue o (Bde*f.
tem. ma do phlegmão.
(EDENBURGO, (geogr.) Soprony em húnga-
ro, Sempronium dos antigos cidade dos Es-
tados Austríacos, capital da província de
(Edenburgo ; 13,000 habitantes.
(EDENBURGo(provincia de) (geogr.) na Hun-
gria, além «lo Danúbio, entre a Áustria ao
N. e a 0., o governo de Wieselburgo ao N.
e a E., e o de Eisenburgo^ao S ; 190,000
habitantes.
(EDERA, (bot.) genero de plantas dafami-'
lia das Synanthereas e da Syngenesía su--
perflua.
(ÉDIPO, (hist.) rei de Thebas, íilho de Laio
e de Jocasta, vivia no século XIV antes de
Jesu-Christo ; foi exposto logo depois de
nascido porque um oráculo tinha predicto
que elle havia de ser o matador de seu
pai e marido de sua mãi, foi salvo por um
pastor de Polybo, rei de Corintho, e edu-
cado na corte deste príncipe como seu pro- '
prio íilho. Quando depois soube a fatal pre- •
dição do oráculo, apartou-se daquelle, que-í
jilgava seu pai, mas o destino fe-lo encon- '
trar com Laio, ao qual matou sem o co-
nhecer Decifrou o enigma do Sphinge, en-
tão flagello dos Thebanos, e recebeu em re-
compensa a mão de Jocasta e o trono de
Thebas. Etéocle efolynice, Antigono e Is-
mene deveram a vida a esta união inces-
tuoza. Instruído depois sobre o seu fatal en-
gano (Édipo vazou os olhos e viveu retira-
do no seu palácio ; foi expulso por seus fi-
lhos, levou vida errante sob a guarda de
Antigono, que nunca o quiz abandonar, e
morreu em Colones , território da Atti*
ca. ■ ■'■
(EHRiNGEN, (gcogr.) cídadc do reino deWuf-
temberg, a 13 legoas ao NE. de Stuttgard-j
5,760 habitantes. ■■■'': ori
OEIRAS, (geogr.j villa de Angola, onde exis-
te um bom estabelecimento de fundição de
ferro, que foi fundado em 1767, e para o
qual foram em 17H8 quatro mestres bis- '
cainhos, que morreram no anno seguinte
sem deixar discípulos.
osLAND, (geogr.) ilha da Suécia, no Bál-
tico, perto da costa de Calmar, da qual é
separada polo estreito de Calmar ; 30,000"
habitantes. Capital Borkholm.
(ELS, (geogr.) ekfede dos Esta'dos prussia-
nos, a 6 léguas NE. de Breslau ; 6,000' ha-
bitantes, 'jni ,<T!> '!fl»ft! ■-!• •!•'!
OKNAUTE OU oÉifAÍfTHÍ, é. m. (Lat. dbOr.
olnos, vinho,! e aní/ios, fter.)plarita de has-
tes quadradas e nodosas, e de' folhas miúdas,
repartidas de três cm três ; dá flores azues
e sementes coma a^seirtonas.
GENEO, (hist.) rei de Calydon, teve do AU '
A ausência dos^tije*, &m ]»r«iei»a ésjwza, Méléap\> e M-'
Kl
-OtS^
OFF -
janira ; de Peribea, a segunda, Tydéo, pae
de Diomedes.
CENOMAUS, (hist.) rei de Pisa, pai d'Hip-
podamia e sogro de Pelops,
cEríONA, (myth.) nyrapha do monte ida,
foi amante de Apollo (do qual recebeu o
dom de predizer) e depois de Pan, que a
abandonou. Predisse a este ulliajo que um
dia a viria procurar, e com effeito assim
succedeu, quando elle foi ferido por Phi-
loctetes com uma das settas de Hercules.
CEnona tentou em vão cural-o, e depressa
o seguiu ao tumulo.
cENOPiDEs, (hist.) philosopho peripatetico
de Chios, contemporâneo d'Anaxíigoras (no
século Vantes de Jesu-Chrisjo). Attribuem-
Ihe muitas descobertas malhematicas e ana-
tómicas ; elle dava ao anno 36j dias e 8
horas
(ENOTRiA. (geogr.) um dos antigos nomes
da Itália meridional, assim chamada em me-
moria da emigração de (Enotro aos logares
outora habitados pelos Gusanos. Extende-
se algumas vezes o nome de QEnolria a toda a
Itália,
CENOTRO, (hist.) o mais moço dos filhos
de Lyconte, rei de Arcádia, estabeleceu-se
na Itália meridional, no anno 1710 antes
^ de Jesu-Christo, e deu o seu nome a este
paiz. Alguns auctores affirmam que GEno-
tro era rei dos Sabinos, e querem que se-
ja o mesmo que Jano.
OEREBRO, (geogr.) cidade da Suécia, ca-
pital do Lan ou governo de ffirebro, sobre
O lago d'Hielraâr, a 14 léguas ao O. de Sto-
ckholmo; 3,400 habitantes.
OERHAUSEN, (geogr.) villa da Baviera, ai
légua e um quarto ao SO. de INeuburgo,
perto do Danúbio.
OESEL, (geogr.) ilha da Rússia europêa,
no mar Báltico, na entrada do golpho de
Livonia; 35,000 habitantes. Capital Arens-
burgo
OESNORoiísTE, s. w. pouto do ceo, e ven-
to que medeia entre o noroeste e o oeste.
OESOPHAGO, s. m. conductor cylindrico,
musculo membranoso, fazendo parte do ca-
nal alimentar, e estendendo-se da pharyn-
ge até ao estômago, ao qual conduz os
alimentos ; situado no pescoço, adiante e um
pouco á esquerda do corpo das vértebras
cervicaes, atraz da parte esquerda da tra-
chea-arteria ; alojado depois na separação
posterior do mediastino, inclinando-se da
esquerda para a direita desde a quarta ou
quinta vértebra dorsal ate á nona, para dar
lugar á costa; d'ali se encaminha da direi-
ta para a esquerda e dé traz para diante até
a abertura do diaphragma, que o transmit-
te ao abdómen.
OESSUDUÉSTE, í. w. ponto dohorizontc, e
vento que medeia entre o oeste e o sudués-
te.
OESTE, s. m. (do Teutonieo vest ou uest,
cuja origem ainda ninguém deu com acerto.
Vera de este, em AU. ost, com o prefixo v o«i
w era Allemão, contracção de wider, contra
widrig, opposto. 'V. Este. Ilorne Tooke en-
ganou-se derivando-o do Anglo-Saxão uesan^
em Ingl. wet, molhar, porque, diz elle, o
vento oeste traz sempre chuva.) ponto do ceo
opposto ao de este. occaso, lugar do pôr do
sol; vento que sopra d'este ponto.
OESTERSUND, (geogr.) cidade, da Suécia
capital da prefeitura d'Iamtland ; 200 ha-
bitantes.
OESTRYMNicus siNus, (gcogr.) golpho do
Oceano Atlântico, hoje golpho de Gasco-
nha.
OETA, s. f. (Fr. ouaíe, primeira seda que
se colhe dos casulos do bicho da seda. M.
Sonnini deu a verdadeira origem d'este ter-
mo, que ó Syriaco derivado do Egypcioe si-
gnifica lanugem mui longa e fina que cobre
as sementes da asclepias eque ócomo seda.
Orad. Egypc. éo«í^, semente, ehit, lançar.)
carepa densa, ou lanugem que nasce sobre
alguns fructos do oriente, segundo Bluteau,
mas engana-se ; o termo tem as significações
acima apontadas. Os Francezes o tiraram da
Syria e doEgypto.
OETA, (geogr.) hoje monte Commaita ou
o Katavothra, monte situado nos confins
da Grécia ])ropria e da Thessalia, perto do
golpho Maliaco e dos Thermopylas, e no meio
da Dorida.
OETiNGER, (hist.) sabío wurtemburguez,
nasceu em 1702, morreu em 1782. Tradu-
ziu as obras mysticas de Swedenborg.
OETTiNGEN, (geogr.) cidadc da Baviera a
15 léguas ao SO. de Nuremberg, 2,300
habitantes.
OFANTO, (geogr.) o antigo Aufide, rio do
reino de Nápoles, nasce no principado ul-
terior, separa esta província de Bassilicalo,
corre a E. depois ao ^ilí, e cae no Adriá-
tico entre Branlelta e o lago de Salpi.
OFEN ouoE-BUDA, (geogr.) villa da Hun-
gria, ao N. de Buda, e sobre a margem direi-
ta do Danúbio ; 8,000 habitantes.
OFFA, (hist.) rei de Mercia, o maior dos
reinos da Heplarchia, reinou de 757 a 796,
juntou a seus Estados o reino de Est-Anglia,
matando o rei Ethelberto, foi depois a Ro-
ma implorar o perdão do papa e foi a*^sol-
vido.
OFFACiNO. V. Omphacino,
OFFEGAR, V. n. (t. da Beira) anhelar aço-
dado, respirar com difficuldade. Do Fr. ant.
ofegar, deriv. do Lat. sufjocare.
OFFEGO, s. m. respiração curta, cansa-
da. '
OFF:
oprn<)
«f
OFFEGUENTO, A, adj . anhelante, queres-v
pira com difiiculdade.
OFFENBACH, (gcogr.) cidadc do gran-du-
cado d'Hesse-Darmstadt, sobre o Meno, a 1
léguas ao Slí. de Francfort-sobre-o-Meno ;
V,OnO habitantes.
OFFENBURGO, (gcogr.) cidade do gran-du-
cado de Bade, a IG léguas ao S. de Carls-
ruche ; 3,0U0 habitantes.
OFFENDEDOR, A, adj. 6 5. pessoa queoífen-
de.
OFFENDER, V. a. [Lãi. offeYido, ere, áeob,
e /indere, fender.) causar dôr, desprazer,
causar mal physico ou moral, v. g. a nimia
brancura, a luz mui viva o/fende avista, os
olhos, A discordância das vozes, a obscenida-
de das expressões ofjendem o ouvido. — ,
lesar, não guardar a justiça, faltar á urbani-
dade, desaltender, v. g. — alguém. — a
Deus, peccar. Em sentido abs. é ant. e des-
usado, dar topada, ex. «Uma pedra em que
muitos gentios offenderam e empeçaram. »
Paiva, Serm.
OFFENDicuLO, s. w. V. Obstãculo, Em-
baço. Impedimento.
OFFENDiDo, A, p. p. dc offeuder ; adj. que
recebeo ou que fez oíTensa, lesão.
OFFENSA, s. f. (Lat. offensio.] actodeoffen-
der ; lesão, mal physico ou moral a alguém,
aíTronta. Receber, fazer — . (íig.) ressenti-
mento de damno ou injuria recebida. — de
Deus, peccado. Sem — dos ouvidos, sem os
offender.
OFFENSÃo, s. f. (Lat. offensio, onis.) (p.
us.) ataque; oppõe-se a defensão.
OFFENSivo, A, adj. (dcs. ivo.) que oíTen-
de. Armas — s. Guerra — , de agressão. Chei-
ro — , queincommoda o olfacto.
OFFENSO, A, adj. (Lat. offensus.) (p. us.)
offendido, losado.
OFFKNSOR, s.m,. O quo oíTendeu.
OFFERECEDOR, A, adj. pessoa que offere-
ce.
OFFERECER, V. a. (lat. o/fcro, rre; de of
por 06 diante, efero, erre, levar.) apresen-
tar alguma cousa a alguém para qne a acei-
te gratuitamente ou por preço, v. g. — di-
nheiro, o seu préstimo, a casa, a filha para
casar ; — preço ; — pazes. — batalha, apre-
sentar-se. — se, v. r. expor-se, v. g. — á
morte, a morrer pela pátria. Offereceu-se oc-
casião, occorreu, apresentou-se.
OFFERECíDO, A, p. p. dc oífcrecer ; adj que
se oífereceu, queoffereceu. — , (ant.) peita-
do, a quem se offereceu peita ; exposto, ar-
riscado, cx. «Andam sempre — s áscalum-
nias e perseguições. » Tinha — dadivas, o
resgate. Tinha-se — occasião opportuna.
OFFERECiMENTO, s. m. [mento suíT.) acto
de ufferecer ou de ser offerecido ; cousa offe-
recida, v. g. íez-me graudes — s,
YOL. IV.
OFPERENDA. V. Ofjrenda.
OFFERENTE, adj. dos 2 g. (Lat. ofJerenSt'
tis, p. a, de o/ferre.) (p. us.) que offerece.
OFFERTA, s. f. oblação, dom que se offe-
rece a Deus, ou aos sacerdotes. Pôr d — ,
imagem ou reliquia do santo, expo-la ao pu-
blico, para coihf^r esmolas. -
Syn corap. Offerta, promessa. A offerta é
uma demonstração de desejo que temos, ou
affectamos ter, de que se receba ou acceite o
serviço ou a cousa que oíferecemos. A pro-
messa é uma obrigação que nos impomos de
fazer algum serviço, ou de dar alguma cousa.
O que offerece com pouca vontade de dar, ex-
põe-se a que lhe acceitem a offerta. O que
pramette com vontade , ou sem ella , deve
cumprir sua promessa. Acceita-se com agra-
decimento a offerta ; e exige-se o cumpri-
mento da promessa.
Wa palavra offerta só se descobre a vontade
do que offerece ; na palavra promessa desoo-
bre-se a acceitação daquelle a quem se pro- '
metteu. Fulano o/?'erecew-mea suacasa, po- '
rém eu não a acceitei ; prometeu-me vir á
minha, e espero que não faltará á sua pala-
vra.
OFFERTADO, A, p.p. de offertar ; adj. dado
em offerta ou oblação.
OFFERTAR, V. a. fazcr offerta, oblação, of-
ferecer.
OFFERTAZiNHA, s. f. diminut. do offcrta.
OFFERTORio, s. w, (dcs. ório.] a parte da
missa em que o sacerdote offerta a Deus a
hóstia e o caliz. f
OFFiciADO, A, p. p. de officiar ; adj. em '
que se faz oofticio divino.
OFFiciADOR, s. m. 0 quo ofíicia.
OFFiciAL, s. dos 2 g. [ofjicio, des. ai.)
homem ou mulher que exerce officio manual
e mecha nico ; também se contrapõe a mestre
para quem trabalha o official, v.g. — desa--
pateiro, carpinteiro. — , pessoa empregada
no serviço do estado, civil, administrativo,
judicial, militar, etc, v.g. of^ciaes da jus-
tiça, da fazenda, das secretarias. Of^ciaes ^
superiores, — inferiores, das tropas de '
terra e de mar. — da relação, desembarga-
dores. — da camará, vereadores, etc. —
de justiça, alcaide. Officiaes da alma, sa-
cerdotes.
Acha-se usado no f. ex. tu E'hodi official. y>
Jorge Ferreira, Aulegr.
OFFICIAL, adj.dos^g. feito por officio ou
obrigação. Devassa — . Despacho — , de mi- "^
nistrode estado, diplomático, ou escripto por
official militar superior, ou pelo general.
OFFiciALiDADE, s. f. O corpo dos officiaes
militares.
OFFiciALMENTE, adv. [meiíte suff.) de of-
ficio, por officio authentico. v. g. Noticia — '■
participada.
e
^
OFP
OGY
OFFiciANTE, s. m. (des. do p. a. Lat. em jardeg. inf. E' formado á maneira do Latim),
ans, tis)r o sacerdote que faz algum oíTicio fazer fusco, escurecer, v. g. o nevoeiro,'!^
divino GIL ecclesiastico. fumo do carvão de pedra offusca o ar, os
OFFiciAR, V. a. [officio, ar ães. iní) Officiar' olhos, avista. — o entendimento, a ver-^
amissa, 9]aàar a celebra-la. — em sentido dade, escurecer. — se, v. r. obscurecer-se,'
abs.. hoje muito us., participar de officio. v.g.
OÍBciou á sua corte.
OFFiCNA, s. f. (Lat. átíopus, efacio, faço),
casa onde se executa trabalho mechanico, v.
g. — de boticário, typographica, de ferreiro.
— - s de convento, refeitório, cozinha, etc. —
(fig.) logar onde se elabora alguma cousa, v.
g. o cérebro é — do entendimento, o fígado
da bilis. O claustro é — de maldades. As cor-
tes são — s da tyrannia. — s da morte, chd^-
ma Fernão Mendes Pinto a certas forcas.
OEFiciNAL , adj. dos 2 g. de ofticina. —
pharmaceutico. v.g. Remédios, preparações
oííicinaes. Plantas — , empregadas na medi-
cina.
OFFICIO, s.m, (Lat. ojpxium; de opus, obra,
e facere, fazer), arte mechanica, occupação,
modo de vida, v. g, — de sapateiro, alfaiate,
marceneiro ; cargo, emprego publico, civil,
administrativo, de fazenda, justiça, militar,
etc. ex. «O — e dignidade de rei. » Leão. O
— de escrivão, de porteiro de tribunal. —
obrigação, dever. O — do rei é fazer seus
vassallos felizes. Fazer — de amigo. Fazer
bons ou maus — s a alguém, dar boas ou
más informações delle, obrar em abono ou
desabono. — , carta , despacho oíTicial de
chefe militar, de ministro de estado ou di-
plomático. Ex — , loc. latina, por obrigação,
dever, em qualidade oíTicial. — s divinos ,
— de Nossa Senhora, rezas em louvor de Deus
da Virgem, etc. — de defuntos, preces pelas
almas delles. O Santo — , a inquisição* — ,
entre sapateiros, alcofa ou a banca da ferra-
menta. — s, oíTicinaa, v.g. — do paço, ucha-
ria, mantearia, etc. — nome de um jogo em
que cada pessoa representa um oíiicio me-
chanico.
OFFiciosAMENTE, [acíw. por officiosidade, por
obsequio, e não por obrigação ; de modo
officioso,
OFF ciosiDADE^ s. /".. disposição officiosa ;
obra, acto, serviço voluntário e não obriga-
tório.
OFFICIOSO, A, adj. (Lat. ojficiosus) , que
faz bons oíTicios a outrem, amigo de obse-
quiar.
OFFRANviLLE, (gcogr.) cid^dc de França,
a 4 léguas ao S. de Dieppe ; 1,700 habi-
tantes. ' 'l; .,
OFFRENDA, s. f. i^Ff. offrande] , oíferta ,
oblação, oblata.
OFFRENDAR. V. Offertar.
OFFuscADO, p.p. de OíTuscar; aí(;'.| obs-
curecido, deslumbrado.
OFFuscAB, v.a. (o/"poro6, diante, fif>9co,
deslumbrar-se com outra luz mais viva. A»
estrellas menos brilhantes ofJ'uscam-se com
a esplendor das maiores, isto é, perdem do'
seu brilho. :
OFREÇOM. V. Ofjferta.
OG, (hist.) rei de Basan, era da raçadoS'
Gigantes, foi atacada e exterminada jeom
lodo o seu povo pelos Israelitas conduzidos '
por Moysés. '
OGANHO e OGANO, ttdv. (doLat. hoc, anno}i
neste anno. '''■''
OGE, (ant.) V. Hoje.
ÓGEA ou OJA, s. f. ove de rapina do ta- '
manho do francelho ; vive de passarinhos.
OGER-O-DINAMARQUEZ OU OGIER, (hist.) 0^
verdadeiro nome deste individuo é Autcairv^
guerreiro da Austrasia, celebre nos romances*
de cavallaria como um dos mais bravos pa- '-
ladinos de Carlos Magno ; cançado de com-
bater retirou-se á abbadia de Meause, on-
de morreu no meado do século iX.
OGERiZA, s. /. (Cast. ojeriza.) V. Antipa- '
thia.
OGHAM, (myth.) em latim Ogmius, deus *
gaulez, ao qual representavam velho, calvo,
armado de arco ede aljava, puchando a si •'
os homens com filetes de ouro e de âmbar, '^
que saiam da sua bocca. Este deus parece
ser o symbolo da força eda eloquência. Os
antigos chd.mh\&m-\he) Hercules gaulez. Tem ^
muita analogia com o Hermes dos Gregos.
OGILBY ou ooavY, (hist.) escriptor esca^»b
cez, nasceu em 1600, morreu em 167H. Dei-t
xou muitas traducções em verso, entre el-
las da Eneida, da Ilíada, da Odyssea
OGLio, (geogr.) Ollius, rio do reino Lom-
bardo-Veneziano, nasce na província de Ber-
gamo, atravessa o lago de Iseo, e junta-ser»j
com o Fó ; abaixo de Borgoforte. •> ^ •
OGNATE, (geogr.) cidade de llispaHha a 11
léguas ao SE., de S. Sebastião ; 4,250 ha-
bitantes, v .» ,r
oGYGEs; (hist.) rei de Attica, e da Beó-
cia, no século XIX antes de Jesu-Christo,
passava por filho de Neptuno ; edificou a
cidade d'Eleusina. No seu reinado teve lo- *
gar o diluvio, que é conhecido pelo seu no*»"»
me, o qual invadiu todos os seus estados^
Querem que este diluvio acontecesse 250 an- >•
nos antes do de Deucalião, no anno 1832
antes de Jesu-Christo. Segundo alguns au-
tores Ogyges não é mais do que o diluvio
personificado.
OGYGiA, (geogr.) 0<7?/^ia, terra fabuloza, on-
de reinada Cahpso, e da qual fazem uma
i;lba próxima ás^ £osta$ de Itália. Também
, :/, - ,■ ^^
OIS
OKH
i»
se deu o nome ãeOgygm ao paiz, emqnoi
reinava Ogyges, e que foi depois a Altica
ou a Beócia.
oii ! interjeição instincliva, a qual segun-
do a entoação da voz denota alegria, admi-
ração, espanto, ou dôr, magoa, indignação,
desprezo e outros affectos. Oh lá ! para cha-
mar. Oh bemaventurados os surdos ! Oh
desgraça ! Oh que maravilha! « Oh que não
sei de nojo como o conte 1 » Tamões, Lu-
siad., V. 56.
OHio, (geogr.) grande rio dos Estados Uni-
dos, é formado pela reunião do Alleghany,
e do A^onongahela em PittsJ3urgo.
OHIO (Estado de) (geogr.) um dos Estados-
Unidos da America da norte, a O. da Pen-
silvânia e da Virginia, ao S. do lago trié
edo território doMichigan; l,5iy,AòO ha-
bitantes. Capital éColumbus, .mas a sua ci-
dade principal é Cincinnali. E dividido em
l'à condados.
OHLAU, (geogr.) cidade murada dos Esta-
dos prussianns, a 6 léguas ao NE., de Bres-
lau ; 3,05t> habitantes.
OHoi) (monte), (geogr.) próximo de Medi-
na a O., onde Mahomet foi vencido pelos
de Meca em 625.
OHRDRUF, (geogr.) cidade murada do gran
ducado de Saxe-botha, sobre e Ohra, a 3
léguas ao SE., de Got-ha ; tem 4,500 habi-
tantes.
01, diphtongo, que muitos, conformando-
se com a pronunciação, tem substituido a
€u, V. g. oiro, moiro, por ouro, mouro.
Rão ha inconveniente nesta substituição.
oiGNON, (geogr.y rio de França, no dis-
tricto do Alto-Laona , e separa-o dos dis-
Irictos de Doubs e do Jura, ecaenoLaona,
abaixo de Pontaillier.
oiGouRS, (geogr.) povo tártaro da familia
ouralianna, o mesmo talvez qne os Húnga-
ros ou Hunogouses, emigrou da Ásia para a
Europa no V século da nossa era. Este povo
era celebre na idade media pela sua cruel-
dade, e a palavra ogre. tão famosa nos con-
tos das fadas, é sem duvida derivada delle.
oiLEO, (hist.) rei dos Locrios, foi o pae de
um dos Ajax ; também foi um dos Argonau-
tas.
OIRO. V. Ouro.
oiBSCHOOT, (geogr.) cidade dallollanda, a
3 léguas e meia WO. d'Enidhoven : 5,200
habitantes,
oisB, (geogr.) ffisií, jTsara, rio de França,
nasce na Bélgica, atravessa Guise, la Fere,
Compiegne, Pontoise e cae no Sena em Con-
flans-Santa Hanorina.
oisE (departamento de), (geogr.) um dos
districtos de França, entfe os de Somme ao
N., d'Acine a E., de Serra e Marne, ao S.,
d'£ure e do Sena Inferior a O. ; 368,640
habitantes. Capital Beauvais. Foi formado da!
ilh'i de França e da;Picarrfia. • '
oiSESíONT, (geogr.) villa de França, a 10
léguas 0^ de Arniens ; 1,700 habitantes.
oiSEAU, (geogr.) cidade de França, a 2 Ití^-
guas NO. deMayenne ; 3,860 habiiantes. ' '
OTSSEL-LA-RiviERE, (gcog.) cidade de Frah- '
ça, a 3 léguas S. de Rouen ; 3,190 habi-
tantes
OITAVA, s. f. (subst. da des. f. de oiíaw.)
a oitava parle ; oitava parte da onça, ou
três escropulos, drachma ; estancia de oito
versos ; o dia oitavo de alguma festa ou so-
lemnidade, v.g. a — da Paschoa, do Natal.
OITAVADO, A, p. p. de oitavar; adj. de
oito lados, V g. mesa, salla, edifício — .
OITAVAR, v.a. [oitavo, ar des. inf.) fazer-
de oito lados, v. g. — a mesa, a salla; — 0''^
cano da espingarda. — , impor o ónus do
oitavo ; repartir em oito partes, para cobrar
d'ellas o oitavo dos fructos da terra.
oiTA VARIO, s. m. (des. ário.) o espaço de
oito dias de festa ou solemnidade de san-
to.
oiTAVEiRO, A, adj. obrigado a dar ou a
pagar de oito um. Terra — , que paga o oi-
tavo ao proprietário.
OITAVO, s. f. a oitava parte ou porção, v.
g. dos fructos do prédio.
OITENTA, adj. dostg.iiu r&iral, oito ve-
zes dez, ou dez vezes oito. ■
oiTicuRÓ, s.m. (t. Brasil.) fruta do Brazil '
de casca parda, áspera e tosca, e mui gosto-
sa. , ■
oiTiTURUBA, s.f. (t. Brasíl.) fruta do Bra-
zil do tamanho de uma laranja ; tem um ca-
roço preto de um lado, que reflecte a luz co-
mo um espelho. <• "^
OITO, cidj. numeràTãòi'^ g. (Lat. octo^
Gr. oktô, Sanscrit axta. Persa, hext, cuja
origem ninguém que eu saiba tem tentado ;
dar. Talvez venha do tgypcio phtou, qua- '
tro, e ke duas vezes.) duas vezes quatro.
oiTOCENTESiMO, A, adj. nuM. ordin. o nu-
mero que na serie se segue ao 799.
OITOCENTOS, AS, adj. oito centenas , oito
vezes cera.
oiTONAL. V. Outonal.
oiTONo. V. Outono.
OJEDA, (hist.J aventureiro hispanhol, nas-
ceu no XV século, acompanhou a expedi-
ção de tolombo, e commandou a expedição ,.
de 1499, aquella feita á custa de Américo . '
Vespucio. Ujeda passou por uma iníinidada ^^
de aventuras extraordinárias e morreu em
extrema pobreza.
OKA, (geogr) rio da Rússia europea, nas-
ce nos governos d'Orel, e rega osdeToula, '
Kalouga, Riazan, Tambor, Vladimir, ejun-
ta se como Volga emNijnei-Novogorod.
OKHOTSK, (geogr.) cidade da Rússia Asia-^
p 4i
^
ou
0LD5!T0
tica, capital do dislricto de Okhotsk ; 2,000
habitantes.
OKHOTSK (districto de), (geogr.) uma das
sete divisões da Rússia Axiatica, a E. da
província de lakoutsk, a 0. dos mares de
Okhotsk, e ao S. do Oceano glatúal Árcti-
co ; 19,00U habitantes.
OKHOTSK (mar de), (geogr.) vasto golpho,
do grande oceano Boreal, entre o Kamtchatka
6 o districto Okhotsk.
OKNA, (geogr.) nome de duas villas, uma
na Moldávia, o cutro na Valachia,
OKTAi, (hist.) gran-khan dos Tártaros Mo-
goes, 3.*^ íiiho d(; Gengiskhan, succedeu-lhe
em 1227, conquistou o norte da China e
da Arménia, apoderou-se de Moscou, da Po-
lónia, da Hungria e fez tremer a christanda-
de. Morreu em 1241.
ÓLÁ ! intcrj. (d ou oh, e lá) de chamar pes-
soa que está em alguma distancia mas que
pode ouvir a nossa voz.
OLA, s. f. (t. Asiat.), palmeira. — folha de
palmeira em que os Asiáticos escrevem depois
de lhe dar certo preparo. Também se cobrem
casas com ola.
OLAN, (geogr.) monte do França, entre os
dislrictosde Isere e dos Altos Alpes.
OLANDAOu HOLLANDA, s, f. uome de paiz ;
(fig ) lençaria fina de linho que vem de liol-
landa e fabricada lá. v, g. Mal de — , (alveit.)
glândulas que vam aoscavallos. E' corrupção
de landoa, já alterado áe glândula.
OLANDiLHA, s. f. dimin. de Ulanda ; (fig.)
panno, de linho grosso engommado ou ence-
rado, que serve para entretelas de vestidos.
OLANDiLHAS, s. w. pi. (do precedentcj, (fig.)
forricocos de procissão, que levam túnicas de
Olanda azul. roxa, etc, com capuz que cobre
o rosto, e abertos no lugar dos olhos.
OLARGUEs, (geogr.) cidade de França, sobre
o mar, a 4 léguas WE. de S. Pont ; 1,300 ha-
bitantes.
OLARIA, s, f. (Lat. olla, pote, panella), offi-
cinade fazer louça, vasos de barro. Devera
escrever-se ollaria.
OLARSO, (gíjogr.) cidade de Hispanha, en-
tre os Vascões, junto aos Pyrineos, é hoje
Oyarzo.
OLAUsouoLOF, (hist.) nome commum a 5
reis da Noruega, a :i da Dinamarca e a 1 da
Suécia.
OLAUS. (hist.) rei da Suécia , nasceu em
984, morreu em IO26, foi o primeiro prín-
cipe deste paiz, que tomou o titulo de rei,
e também o primeiro que abraçou o christia-
nismo.
OLAUs I, (hist.) rei de Dinamarca , e só
reinou na Jutia ou Jutland, e morreu em 814
em um combate entre os Francos. Olaus II,
terceiro filho de Sanson II; e successor de
Canulo IV reinou de 1086 a 1095.
OLAUS 1, (hist.) rei da Noruega, subiil ao
trono era 994. Foi elle que introduziu o chris-
tianísmo na Noruega, na Islândia e no Groen-
land ; morreu no anno lOOO. Olaus II, cha-
mado o Gordo ou o Sancto, subiu ao trono
em 1017, e foi destronado em 1030, morreu
em 1032. Olaus III, o Pacifico reinou com
seu irmão Magnus II de 1066 a 1068 e só de
1068 a 1087 ; protegeu muito a religião.
Olaus IV, filho do Magno IIÍ, reinou com seus
dous irmãos, Sigurd e Eystein, de 1103 a
a 1116. Olaus V nasceu em 1370, neto de
VValdemar, succedeu a seu avô em 1376 no
trono de Dinamarca, a seu pai no trono da
Noruega em 1380, e teve pretenções ao trono
da Suécia. Morreu em 1387.
OLAViDA, (hist.) estadista hispanhol, nas-
ceu em 1725. Tendo proclamado a sua adhe-
são ás doctrinas philosophicas, que domina-
vam em França, foi accusado de heresia ao
tribunal da Inquisição, mas teve d eio de se
retirar a França para escapar ao castigo. No
fim da sua vida converteu-se , escreveu o
Triumpho da Fé, e regressou a Hispanha
onde morreu em 1803.
OLAYA ou OLAIA, s. /. [Idit. ligustrum per-
sicum ou lybiacum), arvore de Judéa que
dá flores em ramalhetes arroxadas, azueis,
cinzentas ou brancas.
OLBERS, (hist.) medico e astroDomo alle-
mão, nasceu em 1758, morreu em 18^0, tor-
nou- se celebre pela descoberta dos cometas
Palias e Vesla e muitos outros. Deixou um
methodo para o calculo dos cometas.
OLBiA, (geogr.) chamada também Borijs-
thenis ou MHetopolis, cidade da Scythia eu-
ropêa, sobre o tíorysthenes, perto da sua
juncção com o Hypanis, era colónia dos Mi-
letos, efoi muito florescente nos séculos IV
V antes de Jesu-Chrislo.
OLDENBURGER, (hist.) pubUcísta allemão,
morreu en 1678. Deixou entre outras obras
uQi Thesaurus rerumpublicarum totius or-
bis.
OLDENBURGO, (geogr.) Oldeuburg, cidade
d'Allemanha, capital do ducado d Oldenbur-
go, a 7 léguas 0. deBreme; 5,800 habitan-
tes. Foi fundada em 1155 pelo conde Ghris-
tiano l.
OLDENBURGO (ducado de), (geogr.) estado
da Confederação Germânica , fica encravado
aoS. aO.eaE.no reino deHanovre, masé
limitado ao N. pelo mar; 2f)5,000 habitan-
tes. Capital Oldenburgo. E' dividido em 6 cír-
culos.
OLDENBURGHO , (híst.) phísico allcmão ,
morreu em 1678, era secretario da Socieda-
de Real de Londres, da qual foi um dos pri-
meiros membros. Pubhcou Transacções phi-
losophicas.
OLDENLANPiA, (bot.) genero de plantas da
OLE
OLB
n
família das Rubiaceas e da Tetandria Mono-
gjnia ; é um pequeno arbusto originário da
índia.
OLDHAM, (geogr.) cidade de Inglaterra, a 2
léguas JNE. de Manchester; 32,000 habitan-
tes.
ÓLÍ / interj. de quem se admira.
OLEADO, A, p. p. de olear; adj. embO"
bido em óleo, com certa tempera, para não
deixar passar a agua, t?. ^f. pano, tafetá — .
Usa-se como subst. por eUipse, subentendido
estoiro, pano, etc.
-♦OLEAGNEO, A, aJj. (Lat. oleaginus, ouolea-
gineus.) de oliveira, de azeitona.
OLEAR, V. a. [óleo, ar des. inf.) untar, em-
beber de óleo, v. g. — a madeira, panos, ta-
fetás, ele.
OLEARius, (hist.) sábio allemão , nasceu
em 1600, morreu em 1G71. Deixou Viagens
d Moscotia, Tartaria e Pérsia.
OLEARIUS (Godofredo), (hist.) escriptor al-
lemãr, nasceu em 1672, morreu em 1715.
Traduziu em Latim a Historia dapliiloso-
phia de Stanley , e compnz uma Historia
romana e de Allemanha,
OLEG, (hist,) segundo gran-duque de Mos-
co via, de 879 a 915. Concorreu muito pa-
ra o augmento da Rússia com as suas con-
quistas.
OLEKMA. (geogr.) rio da Rússia asiática >
sao dos montes Stanovoi, corre ao Í1. e cae
no Sena.
OLEIRO ou antes OLLEiRO, s. m. [Lai. olla,
pote, panella.) o que fabrica louça de barro.
OLEN , (hist.) antigo poeta e pontífice
grego, anterior a^Orpheo, era da Lycia,
e, segundo outros , de Sarmacia. Can-
tavam-se em Delphos e em Delos, nas fes-
tas solemnes, hyranos compostos por elle
Também sejulga que foi Uien que estabe-
leceu o oráculo de ApoUo em Delphos.
OLENUS, (geogr) cidadeda Achaia, aoNO.
sobre o mar de Crissa, entre Dimes a O. e
Patrus a E. foi construida por Oléna, filha
de Júpiter. Era uma da 1^ cidades da con-
federação achaiahna.
OLEo, s m. (Lat. oleum, óleo, olea, olivei-
ra, Gr. elaia, oliveira, azeitona. Em Egypcio
lale significa untar, o / radical denota cousa
escorregadia, lúbrica.) liquido unctuoso que
se extráe das frutas e outras partes das plan-
tas, dos animaes e de algumas substancias mi-
neraes, v. g. — de azeitonas, de nozes, de
amêndoas, de linhaça ; — animal, — de pe-
tróleo. — , (íig.) uncção Os santos — s, de que
se usa no bapiisrao, chrisma, nas ord-nsec-
clesiasticas, naexlrema-uncção, etc. O — da
graça, virtude, influxo. « Uaspar o — e chris-
ma de quem é, » (loc. ant.) fazer cousa que
desdoura, deshonra a pessoa.
OLEOGiNOSO. V. Oleoso,
YOL. IV.
0LE0.S0, A, adj. (Lat. o/tf05uá.) unctuoso,
que contêm óleo, v. g. sementes — s. As par*
tes — s da transpiração, da gordura.
OLERiA. V. Ollaria ou Olaria.
OLERON ou CASTELLO d'oLERON, (geOgr.)
cidade de França, sobre a costa E. da ilha
d'Oleron, a 2 léguas de Masennes ; 2,640
habitantes.
OLERON (ilha de), (geogr.) Uliarus e Olaria
ilha de França, no Oceano, defronte das em-
bocaduras do Sendre e do Charente ; 19,000
habitantes.
OLESNiKi, (hist.) celebre Polaco, nasceu
em 1389, morreu em 145S. foi secretario
de Ladislau 11 ao qual salvou a vida ; foi
bispo de Cracóvia, cardeal e embaixador.
Em 143i fez eleger Ladislao III era Posen ;
em 1444 annulou a eleição de Boleslao e
fez eleger Cazimiro IV.
OLKTTA, («eogr.) cidade de França , a 3
léguas. SO. de Bastia ; 901} habitantes.
OLETTE, (geogr.) villa de França a ó lé-
guas SO. de Prades; 700 habitantes, l
o'FACTivo, adj. que tem relação com o
olfacto.
OLFACTO, s. m. (Lat. ol/actus, deolfacio,
ere, dar cheiro, cheirar, tomar o cheiro; rad.
óleo, ere, cheirar.) o órgão por meio do qual
percebemos o cheiro dos corpos odoríferos; é
mui connexo ao do paladar, e forma a parte
a mais delicada do sabor.
Syn. comp. Olfacto, c/í-«tro. Um dos sen-
tidos do homem, cujo órgão é o nariz, e pelo
qual elle percebe os cheiros, é o olfacto. A
i;npressão que os effluvios dos corpos fazem
no olfacto, é o cheiro. Ao que perdeu o olfa-
cto nada lhe fede, nem lhe cheira.
OLFATO. V. Olfacto.
OLFEGO. V. Ofjfego.
OLGA, .9. f. courela de terra própria pa-
ra dar cânamo.
OLGA , (hist.) mulher do gran-duque da
Rússia Igor ; era de baixa origem. Foi re-
gente depois da morte de seu esposo, vin-
gou sua morte sobre os Drcdios, depois en-
tregou o governo a Sviatoslav l seu íilho.
Foi baptisada em Constantinopla cora o no-
me de Helena ; morreu em 968. E' conside-
rada como sancta pelos Gregos.
OLGiRRD, (hist.) gran-duque de Lithuania
de 1330 a 1381, era filho de Ghedimin.
Destronou seu irmão Javnut. Vingou a mor-
te de seu pae sobre a ordem teutonica, á
qual tomou as conquistas feitas na Samo-
gicia ; tirou aos Tártaros a Podolia , duas
vezes foi aprisionado pelos cavalleiros teu-
tonicos e d'ambas se escapou por estrata-
gema, e impediu que a Ordem se estabe-
lecesse na Lithuania. Morreu em 1381.
OLHA, 5. f. (Cast. olla, pron. olha , do
Lat, olla, panella.) o caldo grosso, a gordu-
7
OLH
OLH
ra do caldo de carne cozida ao lume com adn-
bos. Tirar a — á panella. — podrida, caldo
feito com carne de boi, de p< -rco, com perdi-
zes, carneiro, etc. — , a panella que contêm
o caldo e a carne posta ao lume.
OLHADO , A, p. j). de olhar ; adj. fitado
os olhos, V. g. — com attenção. Tinha —
para o mar. Bem — , ou mal — , bem ou
mal YÍsto, reputado. — com inveja. Cousa
mal — , desapprovada, censurada. — , (p. us.)
que tem olhos.
OLHADO, s. m. quebranto, doença que o
Tulgo crédulo e supersticioso attiibue ao
olhar malfazejo de bruia ou feiticeira.
OLHADOR, s. m. observador. — , uranós-
copo.
OLHADURA , í. /. (dos. uva.) acto de
olhar.
OLHAL, s. m. {olho, des. ai.) yão dos ar-
cos de ponte ou de arcada.
ÔLHALEGRE, adj. dos 2 g. [olho e alegre.)
que tem olhos alegres.
OLHALVA , s. f. no termo de Leiria, é a
terra que se lavra duas vezes no anno, e que
dá duas novidades.
OLHÃO, s. m augment. de olho
OLHAR, V. a. [olho, ar des.) (p. us.) en-
carar, -c. g. — alguém com favor, amor, ira.
« A fortuna invejosa olha a virtude com torci-
dos olhos. — o bem publico, considerar. « Ce-
gais a quantos olhos olhais.» Camões, Se-
leuco. — , pôr os olhos, dirigir a vista. — pa-
ra alguém ou alguma cousa ; — para si, cui-
dar nos seus negócios, attender aos próprios
interesses, examinar-se. — por alguma cou-
sa, attender a ella, — ao diante, cuidar no
futuro. — por si, vigiar-se, acautelar-se. —
pelo bem, pela fazenda, vigiar. — para uma
mulher, requesta-la. — a despezas, reparar,
orçar, regrar. — , estar defronte. Cidade que
olha ao oriente, estar voltado, -y. ^. os dentes
do elephante olham para baixo. — se, v. r.
considerar-se, ver-se ao espelho.
Syn. comp. Olhar, ver, esguardar. avis-
tar, enxergar, lobrigar , divisar. Olhar é
lançar os olhos ; applicar o órgão da vista.
Vêr é o effeito do olhar : é apprehender
com a vista o objecto, a que se lançaram os
olhos : é sentir a impressão, que o objecto
fez no órgão da vista.
Esguardar é olhar e ver attentamente :
«er examinando, attentando, reflectindo.
Avistar é chegar a ver ; alcançar com a
vista ; encontrar com os olhos, ou o objecto
que está ao longe, ou o que passa rapidamen-
te, ou o que quasi nos escapa no meio da
multidão.
Enxergar éfcr apenas; rèr quanto basta
para perceDer o objecto, sem divisar ou dis-
tinguir as suas particularidades ; entre-
ver.
Lobrigar é amstar, ou enxergar no meio
da escuridade, ou da confusão.
Divisar é ver discernindo, e distinguindo.
Olhamos, v. g. para o mar com o fim de
vermos e observarmos oquenelle se passa ;
avistamos ao horisoníe alguns corpos flu-
ctuantes, e d'ahi a pouco enxergamos a sua
forma, e o seu velame, e reconhecemos que
são navios. Aproximando-se mais, começa-
mos a divisar cada uma das suas partes, a
figura dos vasos, a forma e cores das bandei-
ras, o trajo dos marinheiros, e outras parti-
cularidades, que nos dão a conhecer se os na-
vios sã® mercantes, ou de guerra, a que na-
ção pertencem, etc, e talvez no meio da con-
fusão da chusma lobrigamos alguma pessoa
que nos é conhecida, etc.
OLHEiRÃo, s. m. augment. de olho. Uns
olheirões de agua, nascentes que brotam da
terra.
OLHEIRAS, 5. f. pi. [olho.) circulo livido
por baixo dos olhos com alguma incitação,
causado por insomiiia, magoa, choro, etc.
OLHEIRO, s. m. o que vigia, inspector, v.
g. de trabalhadores, oíTiciaes mechanicos,
obreiros. — s, olhos de agua.
OLHiBRANCO , A , adj. quo tem os olhos
brancos.
OLHiNEGRO , A , adj. quo tem os olhos
negros.
OLHiNHO, s. m. diminui, de olho, peque-
no olho. — s, (fig.) olhos lindos.
OLHiZAiNO, A, adj. que olha atravessado.
V. Zaino.
OLHizARCo, A, adj. que temos olhos zar-
cos. V. Zarco. P
OLHO, s. m. (Lat. oculus, e antigamente
ochus ; Gr. ops ; Sanscrit. acxi. Em Proven-
çal ou lingua dos trovadores huelh, oili, em
Catalão ull ; Fr. ml. Parece-me derivado do
Gr. Ulos, o olho, de illô, volver. Oculus, ant.
ochus e os seus análogos acxi, augo, og, eg,
nas línguas do norte, parecem-me referir-se
ao rad. Egypcio ouonk, manifestar, paten-
tear.) órgão da vista situado na orbita, e de
forma mais ou pienos globular, no homem,
nos quadrúpedes, nos pássaros, peixes, etc.
Os olhos nas classf s de animaes apontadas são
dois, um em cada orbita ; no homem, e no
macaco e em alguns oufros animaes situados
de modo a poderem ambos fitarem ura mes-
mo objecto posto em cerla distancia, se bem
que de ordinário fixemos com um só olho ca-
da objecto. Menina do — , a pupilla. — , (fig.)
vista, Ter bom — , ter vista penetrante, ver
bem. — , ter penetração, perspicácia. Ter os
— s abertos ; abrir os — s, (fig.) vir no claro
conhecimento dos desígnios de quem procu-
ra illudir-nos. Abrir os — s a alguém, tira-lo
do engano em que estava. — os olhos , (loc.
íamil.) morrer. Fechar os — s sobre os actos
OLH
OU
de alguém, não attender, ou affectar que nSo
vê o que é reprehensivel ; usar de conniven-
cia. — ao perigo, nào attender a elle. En-
cher os — , alegrar a vista. Levantar os — s
a Deus, para o implorar. Abater, abaixar
os — s, fiia-los no chão. Ter os — s cheios
de pessoa ou cousa , rever-se nella , sentir
grande satisfação em a contemplar. Passar ou
correr os — s por papel escripto ou bvro ,
ler rapidamente, sem attenção e não seguida-
mente. Correr com os — s algum lugar, exa-
minar, considerar de passagem. Estar com
ou ter os — s em alguma cousa , tê-la em
vista, attentar nella. Ter diante dos — 5, ter
presente, considerar. Pôr diante dos — s de
alguém , representar-lhe. Estar com os — s
longos, desejar com ardor. Caírem os — s
com somno, (íig.) fechareuí-se as palpebris.
— s, (Hg.) pessoas que olham, ex, « todos
os — s da náu correram a ver o monstro ma-
rinho. Os — s do entendimento , a intelli-
gencia. — do coração, o sentimento. Ver
com os — s do interesse, da concupiscência,
do ciúme, ser dirigido, excitado por estes
aíTectos. Os — s da cauda do pavão, os cír-
culos que a ornam. Os — s do queijo, cír-
culos oucos que forma a massi. Olhos do
sol , os raios que peneiram por greta ou
resquício. Olhar ou ver com bons — s, favo-
ravelmente. Com maus — s , desfavora-
velmente. A —s vistos, locução vulgar e usa-
da por Barros : « ella (a náu) aos olhos vis-
tos se ia ao fundo. » Dec. 2, 2, 8. Moraes
censura a expressão e quer que vistos concor-
de com a cousa que se vê, e por conseguinte
Barros devia ter dito « ella (a náu) aos — s vis-
ta, etc. » Mas quem errou foi Moraes e nào
Barros, que sabia bem a lingua Moraes não
comprehendeu a força do termo «isío, que
nesta phraze tem sentido activo. A — s vis-
tos equivale a : com olhos que fixam o ob-
jecto. Saltar, vir aos — s; metter-se pelos
— s, ser manifesto. Valer, custar os — sda
cara ; dar os — s na cara, fazer grande, o
maior sacrificio. Ter sangue nos — s, brio,
pundonor, coragem. Tirar os — s a alguém
por alguma cous > , insistir muito, importu-
nar muito. Meus — s expressão carinhosa. Os
— s da alma, (fig.) sentimento profundo. Ter
— , attender, vigiar, v. g. — á sua utilidade.
Ter em — pessoa ou cousa, observar. Tra-
zer alguém de — , ou em — , vigia-lo An-
dar com o — sobre o hombro, andar alerta,
acautelar-se. Dar de — , acen r, fazer si-
gnal com o olho. A — , (loc. adv ) visivel-
mente, V. g. crescer, emmagrecer — . Ven-
der a — , a esmo. Fechar o — , morrer. Ven-
to pelo — , ponteiro, pela proa. Ao — do sol,
bem defronte delle, v. g. pôr-se ao — do sol.
Pôr alguém no — da rua, (loc. pleb.) ex-
pulsar da casa, pôr no meio da rua. — de
agua, nascente que rebenta da ferra. -^<fo
planta, gommo, renovo, grelo. — da ponte,
do arco, olhai. — , aro em que se mette ca-
bo, V, g. — do machado, da enxada, do al-
vião, da pedra de amolar. — de boi, negrume
que precede o tufão. — , espécie de maçã. — ,
pampilho, herva. — de gaio, onyx, pedra
preciosa. — de lebre, — de gallo, plantas as-
sim denominadas.
OLHO d'agua, (geogr.) serra da província
dos Alagoas, no Brazíl, 6 léguas ao ft. do sal-
to de Paulo Affonso no rio de São Francis-
co.
OLHUDO, A, adj. que tem grandes olhos.
OLiBANO, s. m. (Lat. o/i6anum.) incenso
macho, o primeiro que decorre da arvore.
OLiERGUES, (geogr.) cidade de França, a
4 léguas 1^0. de AmDert ; 1,900 habitantes.
OLiGANTHES, (bot.) genero de plantas da
família das Synanthereas , e da Syngenesia
egual.
OLiGARCHiA, s. f. (Gr. oUgos, pouco, ar-
chia suíf.) governo de um pequeno n umero
de magnates.
OMGARCHico, A, adj . coucemente á oli-
garchía, v. g. governo — .
OLiGOSPERMO, adj ,{hot.) diz-se de um fructo
que contém só um pequeno numero de se-
mentes.
OLINDA, (geogr.) praso da Coroa Portugue-
za, no dístricto de Quílamane, de que se não
sabe a extensão e limites. E' abundante em
todo o genero de mantimentos, e tem muita
caça.
OLINDA, (geogr.) uma das mais antigas ci-
dades do Brazíl ; 3,000 habitantes.
OLisippo, (geogr.) Felicitas Júlia, hoje Lis-
boa, cidade da Lusitânia, assim chamada ,
diziam os antigos, por ter sido fundada por
Ulysses.
OLiTE, (geogr.) cidade de Hispanhâ, alO
léguas S. de Pampelona ; 2,9(J0 habitantes.
OLIVA, s. f. azeitona.— , (alv.) tumor que
vem ás bestas entre a queixada e o pesco-
ço. V. Óleo e Oliveira.
OLITA, (geogr.) villa dos Estados prussia-
nos, a 2 léguas KO. de Dantzick ; 600 ha-
bitantes.
OLiYA , (geogr.) ad Statuas , cidade de
Hispanhâ, a 4 léguas NO. de Denia ; 5,600
habitantes.
OLIVAL, s. m. (des. collectiva a/.)matade
oliveiras, v. g. os olivaes são muiproducti-
vos.
•LivARES, (geogr.) villa de Hispanhâ , a
6 léguas e meia E. de Yalladolíd ; 600 ha-
bitantes.
OLivARES (Gaspar Gusmão , conde de) ,
(hist.) celebre ministro hispanhol, nasceu
em Koma em 1587, ganhou a confiança do
infante^ depois Philippe IV, ^ quando este
28
OLl
OiO
príncipe subiu ao trono, nomeou-o seu pri-
meiro ministro e duque de S. Lucas. Conce-
beu gigantescos projectos para elevar a His-
panha, que descaia sensivelmente. Tentou
animar a industria ; tramou diversfs intri-
gas com os Calvinistas francezes , e travou
guerra com a França ; a lucta ao princi-
pio favorável a llispanha tornou-se des-
vantajosa ; a insurreição da Catalunha e a
revolução de Portugal era 1640 deram-lhe
golpes terríveis, que tornaram inevitável a
queda do ministério. Perseguido por mil
inimigos morreu de pesar em 1643.
OLivEDO, s. m. (Lat. olivetum ) olival.
OLIVEIRA , (bot.) género da familia das
Jasmineas e da Diandria Monogynia ; é a ar-
vore mais útil e de mais valor, e é o sym-
bolo da paz.
OuvE'RA (Christovão Rodriguez de), (hist.)
escriptor portuguez, natural de Lisboa, vi-
■?ia no reinado de el-rei l). João III }.elos
annos 15ul. Escreveu: Summario.emque
se contém algumas causas, que ha na ci-
dade de Lisboa.
oLrvEiRA, (geogr.) antiga povoação e nova
villa da província de Minas-Geraes, no Bra-
2Í1, na comarca do liío Grande, 10 léguas ao
S. da villa de Tamanduá ; 1,600 habitan-
tes.
OLIVEIRAS (o monte [das), (geogr.) hoje
DJebel-tor, montanha situada a E. de Je-
rusalém, e separada desta cidade pela tor-
rente do Cedron e o valle de Josaphat. lia-
ria nesta montanha um sitio, onde cresciam
muitas oliveiras. Foi para|elle que Jesu-
Christo se retirou algumas vezes com os seus
discípulos; foi lambem no monte das Oli-
veiras, que Jesu-Christo foi agarrado pela
traição de Judas para ser entregue a Pilatos.
OLIVEIRINHA, s. f. diminut. de olivei-
ra.
OLiVEL, s. m. V. Nivel, e Livel.
OLiVELAR. V. Nivelar.
OLIVENÇA, (geogr.) cidade de nispanba, a
6 léguas S. de Badajoz; 10,500 habitantes.
Praça d'armas notável; pertencia a Portu-
gal e foi cedida á Hispanha em 1801.
OLIVENÇA , (geogr.) villa da província da
Bahia, noBrazil, vantajosamente situada per
to do mar n'uma collina entre duas ribeiras
de desigual cabedal, 3 léguas ao S. da villa
de São Jorge; 1,500 habitantes.
OLiVET, (geogr.) cidade de França, a uma
légua e um quarto S. de Urleans ; 3,380
habitantes.
OLivET, (hist.) celebre grammalico francez,
nasceu em 16 2, morreu em l768. Publi-
cou : Historia da Academia Franceza ; Tra-
ctado da Prosódia ; Ensaios de Gramma-
tica, etc.
OLiYíio, (geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, a 11 léguas SO. de Matera ; 6,200 ha-
bitantes.
OLiviER, (hist.) elymologista francez, nas-,'
ceu em 1756, morreu era 1815. As suas
principaes obras são: Memorias sohre & eij^i
mologia, agricultura e botânica ; Historia
natural dos Cleopteros, etc,
OL'A, s. f. (Lat. olla, panella.) panella.
V. Ola.
OLLARiA, s. f. (des. ia.) fabrica de lou-"
ça de barro.
OLLEiRO, s. m. (Lat. ollarius.) o que fa-
brica louça de barro.
OLLERiA, (geogr.) cidade de Hispanha, a 2
léguas e um quarto de S. Philippe; 3,700
habitantes.
OLLiouLES, (geogr.) cidade de França a 2
léguas O. de Toulon ; 3,130 habitantes.
OLMAFi. V. Marfim.
OLMEA, s. f. nome de uma droga.
OLMEDAL, s. m. (dcs. collcctiva aí.) bos-
que de olmeiros.
OLMEDO, s. m. V. Olmedal.
OLMEDO , (geogr.) cidade murada de His-
panha , a 6 léguas SK. de Medina-del-
Campo ; ^,150 habitantes.
OLMEIRO ou OLMO, s. wi. ^Lat. ulmus.) ar-
vore vulgar. V. Ulmo.
OLMETO. (geogr.) cidade de França, a 14
léguas de Sarténe; 1,4. O habitantes.
OLMi-E-CAPELLA, (gcogr ) vil!a de França,
a 6 léguas e meia E. de Calvi ; 750 ha-
bitantes.
OLMUTz, (geogr.) Holomauc em moravio,
Eburum em latim, cidade dos Estados Aus-
tríacos sobre o March, capital d'um circulo, a
1 6 léguas E. deBrunn; 19,000 habitan-
tes.
OLNEY, (geogr.) cidade de Inglaterra a 4
léguas e meia SE. de Morthampton ; 3,000
habita-.tes.
OLÓGRAPHO, ou antes hológrapiio, a, adj.
(Gr. holos, todo, e graphosuíí.) Testamen-
to — , escripto todo da própria mão do tes-
tador.
OLOR, s. m. (Lat. olor.) cheiro.
OLONA, (geogr.) rio aífluente do Pó, pas-
sagem Milão; dava o seu nome a um distri-
cto francez, que tem por capital Milão.
OLONETz ou OLONEJE, (gcogr.) cidade da
Rússia europea, a 4 léguas S, de Petroza-
vodsk ; 8,000 habitantes.
OLONNE, (geogr.) villa de França, sobre o
mar, a uma légua N. de Sables-d'01onne;
2,400 habitantes.
OLOSZAC, (geogr.) cidade de França, a 6
léguas S. de S. Pons ; 1 ,200 habitantes.
OLORON ou OLFRON. (gcogr.) lluro, cida-
de de França, a 8 léguas SO. de Pau ; l620
habitantes.
OLORON, (geogr.) rio de França, é íormíi-
?í-,
•f !"
■•*JM<:
?^í:^]>
OLt
OMi
0^
dò pela reunião dos rios Ossau e d 'Aspe ,
corre ao NO. e lança-se em Pau, um pou-
co acima do Peyrehorade.
OLOROSO, A, adj clitíiroso.
OLor, (geogr.) cidade de Hispanha, a 5
léguas Kj. de Girnna ; 13,9'JO habitantes.
OLTEN, (geogr.) JJltinum, cidade daSuis-
sa, sobr.^ o Aar ; a 8 léguas NE. de So-
leure; 1,300 habitantes.
OLVERA, (geogr.) llipa, cidade de Hispa-
nha, a 5 léguas emeiaSO. d'Ossuna ; 6,000
habitantes.
OLVIDADO, A, p. p. de olvidar ; adj. es-
quecido.
OLVIDAR, V. a. V. Esquecer.
OLVIDAK-SE , V. í. (p. US.) V. EsqUC-
cer-se.
OLVIDO , s. m. (Cast. olvido, Fr. oubli.)
(p. US.) V. Esquecimento.
OLYBRio (Anicio), (hist.) esposo de Placi-
dia, filha de Valentiniano 111 [e general de
Leão 1 ; foi enviado ao Occidente para sus-
tentar o imperador Aolhémio contra o re-
belde Ricimes ; mas elle aceitou a purpu-
ra das mãos deste ultimo , o qual passado
algum tempo marchou para Roma, lomou-a
e matou Anthemio, cm ^72. Oljbrio reinou
poucos mezes e morreu no mesmo anno.
OLYMPIA OU OLYMPIADA (Sauota) , (hist.)
nasceu em HtJ8, morreu em 410, foi casada
com Nebrido, prefeito de Constantinopla ;
enviuvou depois de 20 annos de casamen-
to ; viveu praticando todas as virtudes chris-
taas; é festejada a .7 de dezembro. Uma
outra sancta Olympia é festejada a 12 de
janeiro.
OLYMriA, (geogr.) hoje Miraka ou Lou-
genico, legar da Elida, aO. e perto de Pisa,
era celebre pelos jogos olympicos, que lodos
os 4 anros se davam em honra de Júpiter
olympico, pelo soberbo templo consagrado a
este deus, pelos bosques sagrados , que o
cercavam, finalmente pelo numero extraor-
dinário de estatuas, que decoravam o bos-
que, o templo e o Stadio.
OLYMPIADA, (hist.) ospaço de quatro anuos,
que decorriam entre as duas celebrações
consecutivas dos Jogos Olympicos. Um sé-
culo corresponde pois a 2o Olympiadas. A
primeira Olympiada começou no anno 776
antes de Jesu-Christo, anno, em que os jo-
gos foram organisados e onde Corcebus foi
vencedor; a ultima -em 2^)3.
OLYMPiAs, (hist.) filha de Neoptolemo, rei do
Epiro, mullier de Philippe II, rei de Mace-
dónia, mãe de Alexandre-o- (iVandc, foi re-
pudiada no anno 33B, antes de Jesu-Chris-
to, retirou-sc ao Epiro, e, provavelmente ,
fez mover o braço, que matou Philippe ,
Toltou á Macedónia depois da morte deste
principe, fez grandes honras á memoria do
VOL. IT.
fii
assassino e obrigou Cleópatra, sua rival, a
enforcar-se. Não soíTreu quasi mal algum
durante a ausência de Alexandre, mas nem
por isso deixou de fazer mal a Antipatro, a
quem Alexandre tinha confiado o governo
da Macedónia. Retirou-se immediatacr.ente
ao Epiro depois da morte de seu filho ; to-
mou todavia parte nas guerras macedonicas,
uniu-se com Iloxane , voltou a Macedónia
depois da morte de Antipatro, e fez morrer
Eurydice e Arrhidea, e deu assim o exem-
plo para se derramar o sangue da família
de Alexandre. Foi morta em um tumulto
em 317.
OLYMPICOS (Jogos), (hist.) festas celebradas
em Olympia, em honra de Jupiíer Olympio,
eram feitos de quatro em quatro annos. Es-
tes jogos os mais magnificos de quantos se
celebravam na Grécia, tinham sido instituí-
dos por Hercules , muita* vezes interrom-
pidos, foram renovados por Pelops , depois
por Iphito, legislador de Elido , no anno
884 antes de Jesu-Christo e receberam um.
novo regulamento em 7/6.
OLYMPIO, A, adj, de Olympia.
OLYMPiODORO, (hist ) philosopho platónico,"
que ensinou em Alexandria, no principio do
VI século. Deixou um Cowimeníario sobre o'
primeiro Alcebiades, precedido da Vida de
Platão. V'"'
OLYSiPO. fgeogr.) Olympus, nome commum
a duas celebres cordilheiras, uma entre a
Macedónia e a Thessalia (hoje Lacha), ou-
tra na Bythinia Occidental, nos confins da
Phyrgia e da Mysia (hoje o Hechich Dagh
ou a montanha do monge). Á. primeira é a
mais elevada e os antigos faziam delia a
habitação dos deuses.
OLYNTHO , (geogr.) Olynthus, cidade da
Chalcidia, não era mais do que uma mise-
rável villa, quando o rei de Macedónia Per-
diccas II a deu aos emigrados das colónias
athenienses da Chalcidica, no anno 433 an-
tes de Jesu-Christo Olyntho dentro em pou-
co se tornou poderosa, estendeu o seu do-
mínio sobre 30 cidades circumvisinhas, es-
capou aos Athenienses e aos Spartiatas, mas
foi reduzida por Philippe e reunida á Ma-
cedónia.
OM, (hist.) syllaba mystica, que precede
todas as orações e invocações dos índios,
tmlingua sanscrita, escreve-se Aum, por-
que esta lingua não tem vogal simples para
o som O. Estas três lettras representam a
trindade indiana. A Vichnou ; U Siva ; 3f
Brahma.
OM, (geogr.) rio da Rússia asiática, na Si-
béria, vem da Steppe deBaraba, corre a O.
e cae noirtich em Omsk.
oiA, (geogr.) uma das Molucas, tem por
capitai a forte Zelândia ; 5,000 habitantes.
8
b
30
0MB
OMM
OMAGH, (geogr.) cidade da Irlanda, capital
do condado de Tyroner, a 9 loguas NE. d'En-
niskillen.
OMALiso, (h. n.) género d'insectos da or-
dem <los Toléopteros, secção dos Pentamé-
ros, familia dos Serricornes, tribu dos Lam-
py rides.
OMAN, (geogr.) uma das cinco regiões da
Arábia, a mais ao SE., sobre ogolpho Pérsi-
co, e sobre o mar d'Oman, compreende en-
tre outros estados o iraamato de Mascate o o
Estado deBelua-Ser, queoutr'ora dependia
de Mascate.
OMAN ou SOHAR, (geogr.) cidade da Ará-
bia, a 55 léguas NO. de Mascate.
OMAN (mar de), (geogr.) porto de mar da
índia, que rega as costas da Arábia ; com-
munica com o golpho Pérsico pelo estreito de
Ormuz.
OMAR I (Abou-Hafsa-Ibu-al-Khattab), (his.)
segundo califa, era primo em terceiro gráo
de Mahomet, e foi ao principio ardente per-
seguidor do islamismo, converteurse em 615,
foi um dos principaes apóstolos do prophe-
ta , foi cbanceller d'Abou-Bekr 1." califa,
succedeu-lhe em 634, augmentou muito os
limites do império árabe, e foi morto por um
fanático em 644.
OMAR (Abou-Hafs-al-tialedh-Ben-Schoaib),
(hist.) nasceu nos arredores de Córdova, re-
voltou-se contra Abderrame II, foi batido, fu-
giu, percorreu o Mediterrâneo como pirata,
conquistou Creta, onde construiu um forte
que chamou El-Rhandak , foi este forte a
origem do nome Cândia.
OMAR-AL-MOTAWAKEL-AL-ALLAH (AboU Mo-
hammed), (hist.) chamado El-Aftas, ultimo
rei mouro de Badajoz, reinou de 1079 a 1094
foi celebre pelas suas riquezas, prosperida-
de ebom gosto pelas artes. ,.
OMAXEM. V. Imagem. . hííí^ ; . ■
OMBAY, (geogr.) uma das ilhas àa Sonda
em Malaisa, ao N. de Timor.
OMBELLTFERAS, (bot.) nome de uma da fa-
milia as mais naturaes do reino vegetal.
OMBOs, (geogr.) hoie el-Boueth ou Koum-
pwòo*, cidade do Egypto, na Thebaida, na
margem oriental do Nilo, entre Syena e Apol-
Hnopoli-a-Grande, era celebre pelo culto,
que nella se rendia aos crocodilos, e pelo seu
ódio a Tentyra, que despresára este culto.
Defronte de Ombos, do lado opposto do Nilo
ficava Contra-Ombos.
OMBRADOR, s M evà officio antigo da ca-
sa real de Portugal. Moraes crè que é cor-
rupção de alfombrador ou alfombreiro.
OMBREIRA, s. f. Y. Hombreiías.
OMBRiA , s, f. (do Lat. umbra, sombra.)
a parte da montanha que está da parte da
sombra ou do poente.
OVBRTA, ^geogr.) Úm.bria, região da Itália
antiga, entre aEtruria, oPicenum e o paíz
dos Sabinos Fulginium era a sua cidade prin-
cipal. Os Umbrios, seus habitantes (cujo no-
me deriva á^Ombra, homem forte, em cél-
tico) eram Gaulezes de origem e muito bár-
baros. Tomaram parte nas grandes guerras
dos Etruscos e Samnitas (contra os Roma-
nos. Foram snbmettidos em 280.
OMERiDADE. V. Hombridade.
OMBRiNA, s. f. nome de um peixe.
OMBRios ou PLUVIALIA, (geogr.) uma das
ilhas Afortunadas, a ilha de Ferro actual.
OMBRO. V. Hombro.
OMBRONiA, (geogr.) Umbro, rio do gran-
ducado de Toscana, nasce nosApennmos, a
5 léguas E. de Srenne, cae ao S. e lança-se no
Mediterrâneo.
OMBRUDO. V. Hombrudo.
OMEGA, s. m. (pron. J/we^a. por uso. De-
vera ser oméga, nome da ultima letra do al-
phabeto grego, o longo [m,egas, grande) ;
(fig.) o ijltimo, o fim, v.g. o alpha eome-
ga. ' '*'
OMEM. V. Homem.
OMENAGEM. V. Homenagem.
OMENTO, s. m. (Lat. omením», do Gr. /lo-
moein, unir, ligar.) (anat.) o epiploon, re-
denho, membrana pingue que cobri3 ante-
riormente os intestinos.
OMER (S.), Audomarus, era monge de Lu-
xeud, foi depois bispo do Therouanna em
637. Morreu em 670 ; a Igreja commemo-
ra este santo a9 de Septembro.
OMESSA, (geogr.) villa da Córsega, a 2 lé-
guas NE. de Corte ; 800 habitantes.
OMEZTO ou OMiZTO.V. Homizío.
OMicio. V. Homicidio, Homizio.
OMiCRON , s. m. (o e mikros, pequeno.)
nome do O breve, no alphabeto Grego.
. OMiLiA. V. Homilia.
\ ,. OMíNADO. V. Augurado, Agourado.
OMINOSO, A, adj. (Lat. ominosus, áeomen,
agouro.) que contêm agouro, agourenlo,
OMISSÃO, s. f. (Lat. omissio, onis.) o ac-
to de omittir, de não fazer menção, ou de
deixar de fazer alguma cousa, v. g. pecado
de — .
OMiSTiQuio, orth. ant. e barbara. V. He~
mistichio.
OMITTIR, V. a. (tat. omittOf ere ; o por ob,
diante, contra, e mittere, pô,.) deixar de
mencionar, ou de fazer alguma cousa, pas-
sar em silencio.
OMiziAR, OMizio e dériv. V. Homiziar ,
Homizio.
OMMIADES; (hist.) celebre dynastia árabe,
subiu ao trono de Damasco em 661 por mor-
te de Ah, na pessoa de Moawiah, descendente
d'Ommiah, reinou esta dyuastia alé 749 ;
destronado nesta epocha pelos Abbassidas,
foi então ^ffitia^ jfii|^s|)ãniia, onde debaixo
OMP
01!D
8»
do nome do Califado de Córdova , formou um
império novo. Este segundo califado come-
çou a descair no anno 1000 ; o ultimo Om -
miade deixou de reinar em 1031.
OMMíAH, (hist.) princepe da tribu dos Ko-
raichitas, que dominou em Meca, morreUno
principio do Vil século, antes queMahomet
pregasse.
OMNiA, s. f. (Lat. omnia, pi. n. de om-
nis, tudo.) pomar, ou horta de muitos e
vários fructos. E p. usado.
OMNIMODO, A, adj. (Lat. omnimodus .) de
todos os modos, v. g. historia, autorida-
de— . ,,^ ..
OMNiPARENTE, adj. dos 2 g. (Lat. omnis,
todo.) (poet ) pai universal, v. g. Deus — .
OMNiPATENTE, ãdj . dos 2 g. (Lat. omnis,
todo.) (poet.) patente a todos, aberto, ex-
posto por todas as partes, v. g. o ar — . .
oaNiPOTENGiA, s. f. O poder sem limite,
V. g. di — de Deus.
OMNIPOTENTE, adj. dos2 g. [iâX. omnis,
todo.) todo poderoso. De^^s — , ou subst.
O—. \;;':; .
omnívoro, a, adj. (Lat. omnis, todo, e
voro, are, devorar.) que se sustenta de to-
da a sorte de alimentos.
OMO-HYOiDEO, s. m. (auat.) nome d'um
musculo colocado obliquamente sobre os la-
dos e adiante do pescoço, e que se estende
do bordo superior da omoplata, ao bordo in-
ferior do corpo do osso hyoide.
OMONiNO. V. Homónimo.
OMOPLATA, s. m. (Gr. òmos, hombro , e
platus, chato.) (anat.) osso que forma o hom-
bro, ou a espadoa.
OMOBCA, (myth.) divindade chaldaica, era,
segundo Bervie, mulher de Baal, eco-existia
na eternidade -com este deus ; quando che-
gou o tempo da creação, foi cortada em dous
pedaços por seu marido ; a parte superior
formou o céu, a inferior foi a terra. Da ca-
beça d'Omorca nasceu a raça humana.
OMPHACiNO, A, adj [Làt omphacinus, áo
Gr. omphax, uva azeda.) Óleo — , de azeito-
nas verdes
OMPHALE, (hist.) rainha da Lydia, esposa
de Tmolo, ficou senhora do trono depois da
morte deste príncipe. Comprou Hercules,
quando em expiação dos roubos e homecidic)S,
com que se manchou, foi vendido por àler-
curio. O seu maior desejo era encadear este
heroe a seus pés. Concebeu porelle grande
amor e teve dellc um filho, Agelau ou La-
mòn. Segundo alguns mythologistas, Hercu-
les^ passando pela Lydia, viu Omphale, evo-
luntariasnente se tornou seu esci-avo. Uma
dynastia de reis lyHios pertendia descf.ncfpr
de Hercules e de Omphale e toicavír o nome!
de lleraclidas.
^^JiptlALOCECR, s. m. Tir. qmfhafo.s^eivv
bigo, e kdé, tumor.) (med.) hérnia umbili-
cal.
ONA. V. Alna, vara franceza.
ONAGRA. s. f. nome de uma planta ame-
ricana, espécie de lysimachia.
ONAGRE , s. m. (Lat. onager.) nome de
uma machina antiga de guerra, que lançava
grandes pedras.
ONAGRO, s. m. (Lat. onager, do Gr. onos,
burro, e agros, campo.) jumento bravo.
ONAGRO, (bot.) género de plantas da famí-
lia das Onagrarias e da Octandria Monogy-
nia, L.
ONAN, (hist. s.) filho de Judá e marido de
Thamar, entregou-se a um vicio infame e
morreu subitamente, amaldiçoado porDeuç.
ONASTRO, (ant.) V. Asneirão.
ONÇA. s. f. (Lat. uncia, peso romano de
sólidos e líquidos equivalente a 24 escropu-
los ; pollegada, de unguis, uoha.) peso de
oito oitavas ou drachmas, a li* parte da li-
bra ou arrátel, ou lo*, conformo as libras.
Comer por — -9, mui poaco.
ONÇA, s. f. (corrupção de lynce.) animal
feroz da Africa e America meriodinal, lyn-
ce, espécie de panthera pequena.
ONÇA, (geogr.) povoação da província de
Minas-Geraes no Brazil, no districto de São
João d'El-Rei. ., .^^
ONÇA, (geogr.) ilha do ríó Quajuà na pro-
víncia do Pará, no Brazil, no districto da ci-
dade de Belém , povoada dlndios civiliza-
dos.
ONCHESTE, (hist.) antiga cidade da Beócia
sobre o lago Copais, perto de Haliartes, foi
fundada por um filho de Neptum ; desde o
tempo de Pausanias que estava em ruínas.
ONCO. V. Anco.
ONDA, s. f. (Lat. unda, de udus, húmi-
do , ou de eundo, gerúndio de ire, ir.) a
porção de agua que se levanta acima da su-
perfície do mar, lago ou rio. A — de fer-
vura, as bolhas, —s do ar, porção delle
agitadas. — s que faz a labareda, ondula-
ções. — s de gente, ffig.) tropel ondulante.
— da soberba, da ira, agitações. — s das
roupas, dos cabellos, fofos, dobras em for-
ma de ondas. — da seda, do mármore, veios
circulares. — s da paixão, da concupiscên-
cia , (fig.) Ímpetos, impulsos. « — s se me
vão, — s se me vem, » sinto impulsos suc-
cessiVos.
Syn. comp. Ondas, vagas. Significam es-
tas duas palavras as diversas elevações que
formam as aguas agitadas, mas com as se-
guintes differenças. ,
As ondas são as men^^res destas elevações ;
são o eíTeito natural de Pua fluidez , e se
elevara pouco por. cima de .«^ua superíiúe ,
!iv»bro (> rr.ar. '^iill^.' ns ljijg.>á solfí^u i/S rios.
4ij !ii,i ;<ç':t jy;..: r.alc-.55ou,ít^í^e|(|eiop ven-
#
ONÍÍ^*>
0)SI
tos'Í ffipb^tà'áésf forma as' »if<;«/,''qíie sSÓ'
ondas empoladas e montuosas que correm
para o lado a que os ventos as impellein ,
rolam á praia, e com ruido se despedaçara
contra os rochedos. Um navio com as velas
enfunadas sulca as ondas ; muitas vezes em
arvore secca 6 balido pelas vagas, e corre
á mercê delias e do vento.
ONDA, (geogr.) Oronda, cidade de ílispa-
nba, sobre o Mijares, a 6 léguas N. de Ségor-
be; 5,200 habitantes.
ONDAS, (^eogr.) pequeno íio da província
da Bahia no Brazil, nasce perto do Sobrado,
corre rapidamente em sentido contrario e para
o S., evai-se ajuntar com o rio Grande, 5 lé-
guas abaixo do confluente do das Eemras.
ONDADo, A , adj. da feição de ondas, v.
g. cabello — . Roupas, sedas, labnredas — s.
ONDE , adv. (do Lat. unde, do lugar cm
que, se fez por corrupção o M^e, que corres-
ponde ao Lat. ubi, em Fr. ou, do Gr. ho-
thi, ubi. Parece-me vir de eô, adv., alli,
para alli, naquelle lugar e da prep. de.) o
sitio em que, qual lugar O lugar —estou,
no qual sitio. — vás ? para que silio^ lugar?
i)' — vens, de que sitio, luga/ ? Por — ca-
minhaste? por que caminho? Onde não é
articular relativo como quer Moraes, e si-
gnilica unicamente o Ivgar, o sitio deter-
minado.
Syn. comp. Onde, donde. Onde é o ubi
lalitio, e donde, ou d'onde, é o unde. Erra-
ram muitos de nossos clássicos ^confundindo
estes dous advérbios do logar, sem duvida
por seguirem a língua castelhana, em que
donde corresponde a vbi. Não assim Vieira
que bem positivamente fixou o respectivo uso
destes advérbios, dizendo : « ?ião só diz Deus
o lugar onde o poz (David), senão também
o lugar donde o tirou : o onde e mais o
donde... Lembrar-se-ha donde o tirei, e onde
o puz ; e logo lhe pareceram grandes as
mercês. Fstes ondes e estes dondes não se cos-
tumam registrar nos livros das mercês 11
308). » ^ •
ONDEADO, A, p. p. de oudcar ; adj. mo-
vido, agitado em ondas; feito em forma de
ondas, v. g. sedas, tecidos, mármores — s.
ONDEANTE , adj. dos 2 g. (des. po p. a.
L^t. em ans, tis.) que faz, forma ondas,
ondulante. O cabello — . Á chamma , as
roupas — , fluctuantes.
ONDEAR , V. a. {onda, ar des. inf.) fazer
ondas. — os cabellos. as roupas, dar feição
de ondas, v.g. —os estoíTos. A natureza on-
dca os mármores. — os estandartes, fazer
fluctuar , agitar. « Ondeou-lhe natura as
tranças de ouro. — , fluctuar, formar on-
das. Ondêa a labareda. « Ondeam as rou-
pas, os cabellos. «Sentia — no coração o
rM. "^ft. V:1fiÍ6toSr;'áÍírèV^èéfíP8iíí
dulações.
ONDE-QUER-QUE, tidv. comp. em qualquer
lugar.
diminuí, de onda.
f. movimento semelhante
Undalação.
p. de onerar ; adj. car-
ONDINHA, s. f.
ONDULAÇÃO, S.
ao das ondas. V.
ONERADO, A, p.
regado, gravado.
ONERAR, V. a. (Lat. onerare, de onus^
peso, gravame.) carregar, gravar, v.g. —
de impostos, tributos, obrigações, deveres.
ONDiNOS, (myth.) génios elementares, ima-
ginados pelos cabalistas, e que segundo elles,
habitam as profundidades dos lagos, dos rios
e do Oceano, de que elles são guardas.
ONEGA, (geogr. J rio da Rússia europea,
nasce no governo d'Olonetz, o qual rega as-
sim como o d'ArkhangC'l, corre ao NE. depois
ao NO. ecaenogolpho do mar Branco, cha-
mado golpho d'Onega.
ONEGA, (geogr.) lago da Rússia Europea,
entre o lago Ladoga eomar Branco.
ÓNETDA, (geogr.) lago dos Estados-Unidos,
communica com o Ontário pelo Oswego.
ó'neili- ouó'nial, (hist.) antigo rei da Ir-
landa, reinou sobre a Momonia de 379-a-
402 da Jesu-Christo, reuniu-se com os Pi-
ctas e com os Scotos contra os Romanos, con-
tribuiu muito para expulsar os Romanos da
Bretanha, e invadiu a America em 3b8. Mor-
reu, assassinado por Eocha, princepe de uma
província dlrlanda. Os descendentes de
0'Neill reinaram na Irlanda 500 annos.
oneille, (geogr.) Oneglia era italiana, ci-
dade dos Estados Sardos, capital de uma pro-
vinda do mesmo nome, a 15 léguas NE. do
Nice ; 5>000 habitantes.
ONEROSO, A, adj. (Lat. onerosus.) gravo-
so, pesado ; que impõe ónus, v. g. contra-
to— . Doação — . Clausulas, estipulações,
condições — . Impostos — s.
ONEsiCRiTO, (hist.) historiador grego , de
Egira, seguiu Alexandre áAsia, como com-
mandantedos triremes, e escreveu uma //is-
toria da expedição deste princepe, espécie de
romance, interessante pelos factos relativos
ágeographia e historia natural das índias.
ONEsiMO (S.), (hist.) discípulo de S. l'aulo,
era escravo de Philémon, rico habitante de
Colosses, fugiu de casa de seu senhor depois
de otfr roubado. S. Paulo converteu-o, es-
creveu a seu senhor uma carta para o des-
culpar, e teve-o corasi^ro para que o servisse.
Onésimo soffreu omartyrio em 95. £' com-
memorado a 16 de Fevereiro o a 10 de Abril.
ONESTAR. V. Honestar.
ONESTO, (ant.) V. Honesto.
ON'Ão. V. União.
ONíAS, (hist.) nome de quatro grandes sa-
Espirito Santo com abundante graça. » Ar-'cnficadores de Judea. Oniasl reinou de 327-
omr«>
ONZ
33
a-300 antes de Jesu-Christo', Onias lí de
241-a-'í29; Onias III succedeu em 200 an-
tes de Jesu-Christo a seu pae Simão II, go-
vernou cora sabedoria, ale que foi deposto
por Antiocho Epiphanes, e foi assassinado por
ordem de Andronico ; Onias IV, filho d'Onias
III, não reinou na Judea, mas obteve de Pto-
tolomeo IV autorisação para construir um
templo judeu perlo de Bubaslis, e de neiia
viver como soberano. Onias foi morto por
Physcon.
ONísco. V. Onyx.
ONKiLOS, (hist.) rabbino ao qual se attri-
buc o Targum (paraphrase chaldaica ào
Pentaleuco) foi, segundo uns discipulo de
Gamaliel e condiscípulo de S. Paulo, e segun-
do outros, é o mesmo que Aquila, autor de
uma traducção grega do antigo testamento,
e contemporâneo d'Adriano. '
ONNAiNG, (geogr.) villa de França , a 2
léguas de Valenciennes , 2,786 habitan-
tes,
ONOCENTAURO, s. m. (Gr. OHOS, jumento,
e ccníatiro.) monstro fabuloso que diziam
nascido do homem e da burra.
ONODROTALO , s. m. (Gr. óhos, burro, o
królos, ruido.) nome que os Gregos davam
ao pelicano, cuja voz arremeda o zurro.
ONOLZBACn, (geogr.) cidade da Baviera, a
mesma que Anspach.
OKOsiACRiTA, (hist.) poeta e adivinho de
Athenas, é considerado como autor das Poe-
sias, que seattribuem a Orpheo eaMuseo;
florescia no anno 516 anles de Jesu-Chris-
to.
ONOMATScrA, s. f. [ánoma, nome, e man-
eia.) adivinhação da fortuna de alguém, ti-
rada das letras do nome.
ONOMARCO, (hist.) general phocio, com-
mandou primeiramente com seu irmão Phi-
lomelo, durante a guerra Sagrada, depois da
morte de seu irmão ticou único chefe do eior-
cilo phocio. Tomou Thrnnium, Amphissum
e as cidades principaes da Dorida, invadiu a
Beócia, e baleu duas vezes Philippe naThes-
salia. Foi mandado justiçar por Pheres em
85J. . J V F
osoíASTico, A, adj. em que se explicam
os nomes, v. g. vocabulário — .
ONOMATOPEiA, s. f. {ónoma, poieô, fazer.)
vocábulo que imita o som natural da cou-
sa significada, v. g. tinir, sussurrar, sumi-
do, bomba, trom.
ONOMATOPico , A , adj. que encerra ono-
matopeia, imitativo do som da cousa signi-
ficada , V. g, os primeiros sons proferidos
pelo homem foram — s, v. g. vocábulo — .
ONONiMO, (ant?) V. Homónimo.
ONONis , s. m. ("Gr. ónos, burro.) planta
espinhosa de que os burros gostam muito.
ONopoRDO, (bot.) género de plantas da fa-
VOL. IV.
milia das Synanthereas, tribu das Carduaceas
e da Syngenesia igual, L.
oifORE ou HANAWAR , (geogr.) cidado da
índia ingleza, a 45 l 'guas de Mangaloro, per-
lo domarUman. Pertenceu aos Portuguezes
no XV século.
ONOSANDRO , (hist.) oscriptof grego, que
vivia, segundo sejulga, no reinado de Cláu-
dio, no 1 século de Jesu-Christo. E' autor de
um livro intitulado , Slrategikos-logos^ ou
Sciencia áo chefe do exercito.
ONOSERiDK, (bot.) geuoro de plautas da fa-
milia das Synanthereas e da Syngenesia su-
pérflua.
ONossiA. (bot.) género de plantas da fa-
mília das Borragineas e da Pentandria Mono-
gynia.
ONRA ou oXRRA 6 defiv. V. Houra, etc.
ONTÁRIO, (geogr.) lago da America do Nor-
te, entre os Eslados-Unidos e o Canada, é
o mais oriental dos cinco grandes lagos. Com-
munica pelo Niagara com o lago Erié, como
mar por S. Lourenço.
ONTEM. V. Iloniem.
ONTENiENTE, (geogr.) cidade de Hispanha,
a 5 léguas e meia ao SO. de S. Philippe,
12,000 habitantes.
o.NuPHis OU OMpn^s, (hist.) um dos três
bois sagrados do Kgypto (os outros dous são
Adis e Muevis) ; é uma das encarnações ani-
mães de Osiris.
ONUPHis, (geogr.) cidade do Baixo Egypto,
era no reino Atarbechite do Nilo. entre Bou-
to ao N. e o Isidis oppidiim ao S.
ONUSTO, A, adj (Lat. onustus, de ónus,
peso.) (p. us.) excepto em poesia, carrega-
do, cheio.
ONZANEíRO, (ant.) V. Onzeneiro.
ONZE, adj. dos 2 g. numeral (Lat. ííti- .
decim, unus, um, e decem, dez.) uma de-
zena com a addição de um, dez mais um.
ONZENA, s. J. [onze, des. da Lat. enus,
a.) o numero onze. — , usura excessiva, on-
ze por cento.
Syn. comp. Onzena, Usura. Onzena ex-
prime usura immoderada e illegilima.
Usura não involve necessariamente a idéa
da illegitimade do lucro. Onzena encerra
necessariamente essa idéa.
Usura é por consequência empregado
muitas vezps em bom sentido. Onzena sem-
pre significa uma acção criminosa.
Usura exprime em geral o avantajado lu-
cro, que se tira do uso de alguma cousa, e
mais em particular o avantajado lucro, que
se tira de alguma negociação, e especial-
mente do dinheiro, que se dá a outrem a
ganho. *
ONZENAR, V. a. (onzena, ar des, inf.) exi-"
gir {.rande usura, ganhar, lucrar como usu-
rário ; ' ar dinheiro a usura excessiva ; (tíg.)'
9
«r
OPE
opn
lucrar mais do que é jusio. « Os príncipes
nas honras e satisfações dos vassallos on-
zenam serviços,» lucram serviços, que va-
lem muito mais que as recompensas.
ONZENARio, A, ad!;". (des. ário.} usurário^
de onzena, muito usurário, v. g. contra-
to—.
ONZENEAR. V. Onzenar.
ONZENEIRO, A, s. homem ou mulher ex-
cessivamente usurário.
ONZENEIRO , A, ãdj . ouzenarío, usurário.
— 0NZENO, A, adj [onze, dos. da Lat. enus.)
undécimo.
ONYX , s. m. (Gr. onyx , unha.) agala
opaca.
oosTERHOUT, (geogr.) cidade deHoUanda
a 2 léguas ao INE. de Breda ; 6,300 habi-
tantes.
ooTMARSLM, (geogr.) cidade deHollanda,
a 4 léguas ao E. de Almeloo ; 4,500 ha-
bitantes.
OPA, s. f. (do Fr. aube.) vestidura solta
e comprida ; manto régio ; e (fig.) o rei ,
porque a veste. — , capa de irmandade
OPACIDADE, s. f. (Lat. opaciías, íii.) qua-
lidade opaca, V. g. a — .
OPACO, A, adj. (Lat. opacus, cuja origem
nenhum etjmologista tem achado. Creio que
vem do Gr. phakos, lentilha, mancha, ne-
gra.) que não se deixa atravessar pela luz
Os corpos — s, faltos de transparência; (iig.)
escuro, sombrio.
Syn. comp. Opaco, Sombrio No sentido
recto, opaco é o corpo que não ó transparen-
te, que impede o passo á luz ; no sentido
figurado, confunde-se com escuro, sombrio.
que em sentido próprio significa o em que
falta o dia, em que não penetra a luz. Uma
taboa. uma lousa, etc. éo/?aca, sem sev som-
bria, uma selva, uma gruta, etc. é sombria,
e pôde também dizer-se opaca.
OPADO, A, a (/j. (alterado de oppí7ado.)op-
pilado, inchado.
OPALA, s. f. ou or ALO, s, m. (Lat. opa-
lus OVL opalum,, do Gr. phalós, luzente.) pe-
dra preciosa matizada de varias cores.
OPALANDA , s. f. fFf . houpclande.) opa
grande , roupa longa , talar com mangas
Barros traz oparlanda.
OPÇÃO, s. f. (Lat optio, onis.) acto de
escolher entre diversas propostas ; direito
de optar.
. OPERA, s. f. (pron. ópera, d(> Ild.) dra-
ma em musica : — italiana. — , ihjntro on-
de se representam e cantam opora.s.
OPERAÇÃO, s. f. [hdil. operai io. anis.) slc-
to de obrar, acção de um agente, v. g. as
operações das causas naturaes ; — do enten-
dimento, Por — da electricidade. — , obra,
acção acompanha-la de effcito, v. g. a — da
purga, do vomitório. - -, calculo arithmeti-
00 ou algébrico. — cirúrgica, appHcação de
meios mechanicos para curar doenças lo-
caes ao alcance de mão ajudada de instru-
mentos cortantes, perfurantes , comprimen-
tes, etc. Operações mi/iíares, as do exercito
em campanha. — mercantis, negociações.
OPERADOR , s. m. cirurgião que faz ope-
rações.
OPERANTE , adj. dos 2 g. (Lat. operanSf
tis, p. a. de operor. ari.) que opera.
OPERAR , V. a ou n. (Lat. operor, ari ;
de opus, eris, obrar.) obrar, exercer oíTicio;
fazer operação cirúrgica. Nesta accepção
usa-se ás vezes como v. a. , v. g. o cirur-
gião operou o doente. O remédio operou a
cura. A purga operou bem, teve bom ef-
feito.
OPERÁRIO, s. m. (Lat. operarius.) obrei-
ro, trabalhador, artífice. — , (p. us.) re-
presentante em operas, dramas. As classes
— s, industriosas, occupadas na agricultu-
ra, nos odicios mechanicos, nas fabricas.
OPERATIVO , A, adj. próprio a operar, a
executar acção, movimento. A parte — da
cirurgia, a que ensina a fazer operações.
OPERCULARIA, (bot.) gcncro de plantas da
família das Rubiaceas e da Pentandria Dy-
gynía.
OPERCULO, s. m. (bot.) espécie de tampa
que fecha a urna dos mugos ; em ichthyo-
logia, um apparelho ósseo composto de qua-
tro peças que em muitos paizes cobre e pro-
tege as guelras.
OPERLANDA. V. Opalauda.
OPEROSO, A, adj. (Lat. operosus.) traba-
lhos.— , que tem effeito, í). ^. suíTragío — ,
o do sacrificio da missa, efficaz.
oPHiASis, s. f. (do Gr. óphis, serpente.)
calricie, doença que faz cair o cabello dei-
xando a cabeça em calvas serpeantcs.
OPfiioPHAGO, A, adj. (Gr. orphis, serpen-
te,e phagô, comer. )que se nutre de serpentes.
OPHTALGIA, (med.) nome que seda a to-
das as dores dos olhos sem inflamoiação,
mas particularmente á nevralgia ocular.
OPHTHALMiA, s. f. (Lat do Gr. ophthalmos,
olho.) (med.) inflammação dos olhos.
opHTHALMico, A, adj. coucerneute á oph-
thalmia.
OPHTALMOTOMIA, (auat.) parte da anatomia
que tem por objecto a dissecção do olho.
Extirpação do olho.
OPHIR, (geogr.) paiz oriental, ao qual as
frotas de Salomão iam buscar ouro ; para
lá irem erabarcava-se no porto de Asion-
bager, e desembarcavam no golpho arábi-
co ; os sábios coUocaram Ophir, uns na Afri-
ca oriental, outros na índia, ou nas ilhas
de Sumatra, Java, ele.
OPHIR. (geogr.) monte da ilha de Suma-
tra, (juazi debaixo do Equador,
OPI
im
35
opHiusA, (geogr.) Fòrmentera, uraa das
Baleares ao S., era infestada de serpentes
(em grego Ophis) d'onde deriva o seu no-
me.
OPHRIDA, (bot.) género de plantas da fa-
mília dosOrchideas edaGynandria Monan-
dria*
opiADO, A, adj. {ópio, des. adj. ado.) (med.)
em que entra ópio, v. g. emulsão — .
OPíATO, A, adj. V. Opiado.
OPIATO, s. m. (subst. do precedente) pre-
paração pharmaceutica em que entra ópio.
opiCA, (geogr.) Opica, nome dado a uma
grande parte da Itália do S. edo centro no
tempo dos antigos. Os habitantes de Opica
chamavam -se O picos, Opoci, Oscos.
opiFCE, s. m. (Lat. opifex, de opus, obra,
efacio, faço.) V. Artífice.
opiFicio, s. m. (Lat. opificium.) (p, us.)-
fabricação, trabalho de operário.
opiLAÇÃo. V. Oppilação.
opiLAR. V. Oppilar.
N. B. Moraes diz que estes termos vem
doFrancez, hngua em que se escrevem por
um s6p; mas não advertio que vem do Lat.
oppilare, e que em Latim opilio significa um
pastor.
opiMio, (hist.) romano celebre pela sua
lucta contra C. Graccho, foi eleito cônsul
no anno 121 antes de Jesu-Christo, e em-
preendeu fazer cessar as leis agrarias dadas
pelos Gracchos. Tendo experimentado algu-
ma resistência, fez com que o senado lhes
de-se poderes illimitados, citou Graccho pe-
rante o seu tribunal, e como ellenão appa-
recesse atacou-o por tal forma que o obri-
gou a matar-se ; depois fez construir um
templo á Concórdia. Opimio morreu dester-
rado e miserável em Dyrrachio ; tinha-se
deixado corromper por Jugurtha, contra o
qual fora mandado.
opiMO, A, adi. {Lnt.opimus, de opes, ri-
quezas.) rico ; fértil, abundante. Despojos
— s, ricos, ex. « A terra responde com fru-
ctos — 5. » Insul. — s parreiras. « Tu, Mi-
nho alegre, que com vêa — . » Mousinho.
OPiMos, (Despojos) (hist-) dava-se este no-
me em^Horaa aos despojos tomados pelo ge-
neral em chefe dos romanos ao general era
chefe dos inimigos, eram consagrados a Jú-
piter Feretrio. A histeria romana só nos apre-
senta três exemplos de despojos opimos, fo-
ram alcançados, por Rómulo sobre Acron-
te, por Cornelio Cosso sobre Lars Tommio,
e por Marcello sobre Viridimare.
OPINADO, A, p. p. de opinar ; adj. ava-
hado, julgado.
OPiNANTE, s.m. [LSii. opinans, tis, p. a.
áeopinor, ari.) o que opina, vota, diz o seu
parecer.
OPINAR, V. n. (Lat. opinar, ari, do Gr,
ops, a Toz humana.) votar, dar o seu voto
ou parecer. — , avaliar, reputar, julgar.
OPINATIVO, A, adj. que se funda na opi?;
nião particular de alguém, em quequalquet
pode dar a sua opinião, v. </. questões — s.
OPINAVEL, adj. dos^g. (Lat. o/íinaòi/is.)
que se pode decidir segundo a oj)inião de cada
um.
OPINIÃO, s. f. [Lat. op imo, onis, áe opi-
nar, ari.) parecer, juizo, dictame, persua-
são intima, crença. Na minha — , segundo
creio. — , voto. Dar, dizer a sua — . — ,
conceito, reputação, boa ou má. Homem de
— , bem conceituado na opinião do publico.
Opinião de si, presumpção. Desistir da — ,
da empreza, do projecto meditado, resolvi-
do. Fazer — , fazer timbre, pundonor. — ,
fazer autoridade, ser homem cuja opinião,
cujas decisões são acolhidas com respeito.
Andar em opiniões, ser controverso ; ter re-
putação duvidosa.
Syn. corap. Opinião, parecer, dictame,^
Tem-se a opinião, dá-se o parecer ouodi«
ctame. Aquella só explica o juizo que se
forma n'um assumpto, em que ha razões pró
e contra ; estes explicam a exposição da
opinião. — Fulano tem sua opinião, porém
não a manifesta. Dou meu parecer, ou meu
dictame, segundo a opinião que tenho.
Entre os vocábulos parecer e dícíame ha a-
differença que o primeiro applica-se com mais
propriedade quando se trata da existência
de uma cousa, da asserção de um facto ; e o
segundo quando se trata do que se deve
executar, do partido que se deve preferir. O
'parecer do medico recai sobre os symptomas
e conhecimento da doença ; o dictame, so-
bre a resolução que deve tomar-se para
cural-a, os remédios que se derem tomar^
ou preferir.
OPINIÁTICO, A, adj. presumpçoso, presu-
mido, que faz de si grande conceito ; obsti-
nado. — , (p. us.) amigo de novas opiniões.
opiNioso, A, adj. Y. Opiniático.
opio, s. m. (Lat. opium, do Gr. ópion^ de
ópos, sueco.) sueco das papoulas espesso,
muito usado na mçdicina como soporifico,
e calmante. — , (fig. e famil ) logração, v. g.
pregar um — . Dar — , lograr.
opio, (hist.) pintor de Historia inglez,
nasceu em 1761, morreu em 1807, era fi-
lho de um carpinteiro e foi primeiramente
destinado ao estado de seu pai. Os seus prin- .
cipaes quadros são : a Morte de Rizzio, a
Morte de laques I , a morte de Zaphira.
OPIO, (bot.) é um sueco gomono-resmo-
zo, sobido. oxtraido da papoula somnifera.
[Papaver somni/erum.)
opiopHAGO, A, (opio, e pft-a^d, comer.) ha-
bituado a tomar opio, ex. os Turcos ricos e
OS Chins são — s.
,af*
* Í1'í
OPP
ÔHparò, a, adj . {Ldit. opiparus ; àeopeSy
riquezas.) custoso, rico, magnifico, v. g, ban-
quete — , mesa — .
opis, (myth ) divindade schyta, provavel-
mente a maior de todas, e aquella a quem
em Taurida sacrificavam viclimas huma-
nas. Os gregos idjnlificaram-a com a sua
Diana.
opiSTHOTONO , s. m. (Gr. ópisthen, para
trás, e tonos, tensão.) (med.) tétano que faz
dobrar o corpo para trás.
opiTZ, (bist.) Opiíius em latim, poeta e
litterato allcmão, nasceu em 1597, morreu
em 1638, passou vida muito vagabunda,
viajou por quasi toda a Allemanha. Escre-
veu em todos os géneros litterarios, sobre
tudo em poesia didactiva.
*'opiTz (Henrique) (hist.) orientalista alle-
itião, nasceu em 1652, morreu em 1712.
Lente de iheologia e hebreo, era um dos
mais sábios protestantes do seu tempo. Pu-
blicou entre outras obras uma Diblia he-
braica muito estimada,
OPOBALSAMO, s. m. (do Gr. ópos, sueco, e
bálsamo.) bálsamo liquido e puro, mui aro-
mático.
OPONTE, igeogv.) Opus, hoie Talanti, ci
dâde da Grécia, capital do pequeno estado
dos Larios Oponlios, perto do mar de Eu-
bea.
;^ OPOPANACo. V. Opoponaco.
OPOPuNACo, s. m. (Lat., e Gr opoponax;
ópos, sueco, pán, tudo, e aheô, curar.) sue-
co resinoso, gommoso, extrahido da pana-
céa, planta umbellifera do levante, o a que
os antigos atribuíam grandes virtudes cura-
tivas.
' OPPA, fgeogr.) rio de Allemanha, aííluen-
te do Oder, separa a Silesia de Mora via.
■ OPPELN, (geogr.) Oppolia em polaco, ci-
dade dos Estados prussianos, capital da re-
gência de Oppoin, aliloguassE. de Bres-
lau ; 5,000 habitantes.
^ OPPELN (regência de), (geogr. )parte meri-
dional da Silesia prussiana, é maior do que
o antigo principado deOpp(;ln. Capital Op
pcln. É dividida em 16 círculos.
opPENriEiii, (geogr.) Z?o7iconica, cidade do
gran-ducado de Ilesse-Darmstadt, sobre o
ílheno. a 4 léguas ao NE. de Reggio ; tem
8,00o habitantes. Bispado. Ha outra cida-
de do mesmo nome no reino de Wapoles ;
"Opinum dos antigos ; a 6 léguas ííO. de Po-
tenza ; 2.0U0 habitantes.
oppjDOLO, (geogr.) Mamertum^ cidade do
reino de Nápoles, a 9 léguas ao NE. de
lU-ggio; 8,0(.«j habitantes. Bispado.
oppiDOLo, (geogr.) capital da ilha Para-
tellaria, a i^ léguas ao SO de Girgenti ;
3,400 habitantes.
oppíENO, (hi»t.) poeta- grego de Anazarbe
na Cilicia. Consagrou-se á poesia e soube
agradar a Caracalla. Deixou dous poemas
didactivos, a Ptsca [Halieutica] e a Caça,
(Gynegetica.)
oppiLAçÀo, s, f. (Lat. oppilatio, onts),
(med.) enfarte, obstrucção dos vasos secre-
torios : — do figádo, do baço.
oppiLADo, A, p. p. de oppilar, adj. obs-
truído, enfartado , doente de obstrucção.
OPFILAR, v.a. (Lat. oppilare', ojsporoò,
diante, contra, e pilo, are, pôr, metler),
obstruir, tapar os vasos secretorios.
oppio, (hist.) tribuno do povo no anno 21 5
antes de Jesu-Christo. Em consequência das
desgraças cauzadas pelas vidorias de Anni-
bal, fez publicar uma lei que punha limi-
tes ao luxo das mulheres. Esta lei produziu
grande descontentamento entre as damas
romanas, e 13 annos depois, conseguiram
faze-la revogar, apezar da resistência de Ca-
lão.
OPPOEPíTE, s.m. (contracção de of)j(iionen#,
tis, Lat.) litigante, adversário, opponente ;
— , oppositor a cadeira de universidade, a
cargo, beneficio.
OPPÔR, V. a. (Lat* opponere, op, contra,
diante, e pono, ere, pôr), pôr, ou dirigir '
contra, com o fim de obstar a golpe, perigo
ou acto hostil, v. g. — o escudo á lança do
contrario ; — fortes baterias aos ataques dos
inimigos ; — um poderoso exercito ás armas
invasoras. — , objectar, v. g. — aos argu-
mentos do adversário ponderosas razões, im-
pugnar, V. g. — os embargos. —SE, v. r.
resistir; — ao inimigo; — com embargos,
allega-los, — a cadeira, a beneficio, ser op-
positor.
oppoRTUNA (Santa), (hist.) era abbadessa
de Montreuii no VIIÍ século ; morreu em
770 É commemorada a 22 de abril.
oppoRTUNAMENTE, adv. (men íe suff.), com
opportaniJade, em tempo opportuno.
nppoRTUNiDADE, s. f. (Lat. opporlunitas,
tis), occasião opportuua, tempo próprio,
conveniente.
oppoRTUNissiMO, A, ãdj . superl. de oppor-
tuno.
OPPORTUNO, A, adj. (Lat. opporlunus, de
ops, soccorro, e porto, are, levar, dar), ada-
ptado, conveniente para se fazer alguma cou-
sa, ou que vem em tempo conveniente. Oc-
casião—. Chuva — .Soccorro—, que che-
ga a tempo de salvar. Tempo e lugar — .
Sitio opportuno para fundar uma cidade.-
GPPOSiçÃo, s. f. (Lat. oppositio, onis), po-
sição defronte, opposta, v. g. — da terra,
da lua, que causa os eclipses do sol, ou da
lua. A lua está em — , defronte do sol. — ,
o acto de se oppôr, de resistir, contrariar,
impugnar, resistência; —á codpira, argu-
imento em concurso para obter cadeii^á em
OfiP
universidade ou eschola. O partido da — ,
(nas assembleas legislativas) os membros ou
vogaes que atacam o ministério e votam con-
tra clle.
OPPOSiTO, A, adj. (Lat. oppositus, p. p.
de oppcnere, oppôr), opposto, em — , defron-
te. £ desusado.
OPPOSíTOR, s. m. o que pretende cadeira
de lente, ou beneficio ecclesiaslico.
opposiTORiA, s. f. casa de conversação na
universidade de Coimbra onde concorrem
os oppositores.
opposTAMENTE, adv. [mente suff.), com
opposição, em contrario.
OPPOSTO, A, p. p. de oppôr, adj. situa-
do defronte, contra ; que se oppôz ; que op-
poz ; contrario, adverso, v. g. He-me op-
posto.
oppRESSÃo, s. f. (Lat. oppresio, anis], o
acto de opprimir ; o vexame da pessoa op-
primida ; peso incommodo, v g. — da res-
piração, do estômago.
oppRESSo, A, adj. (Lat. oppressus^ p. p.
de opprimare, opprimir), oppimido : v. g.
— de dôr, de misérias, — dos inimigos, —
de diviias.
oppREssoR, s. m. (Lat.) o que opprime,
Texa.
OPPRiMiDissiMO, A, ttdj . superl. de oppri-
mido.
oppRiMiDO, A, p. p. de opprimir, adj. que
soífreu oppressão ; que opprimio ; violenta-
do, forçado, ex. « A mãi de Platão foi — . »
Arraes.
OPPRIMIR, 15. a. (Lat. opprimo, ere, op,
contra, diante, e premo, ere, apertar), ve-
xar, molestar, affligir.
OPPROBRio , s m. (Lat. opprobrium ; de
opproboy are ; probrum., deformidade, des-
honra, eop, diante), deshonra, infâmia, igno-
minia, aíTronla, injuria.
oppROBRioso, A, adj. (des. aso), que traz,
causa opprobrio , que serve de oppro-
brio.
OPPUGNAçÂo, s.f. (Lat. oppugnatio, onis),
o acto de oppugnar, ataque, combate para
render.
oppuGNADO, p. p. de oppugnar; adj. ata-
cado, combatido.
OPPUGNADOR, s. Til. (Lat. oppiíguator), o
que ataca, combate praça para a render.
OPPUGNAR, V. a. (Lat. oppugnare ; op, con-
tra, e pugno are, pugnar, combater), atacar,
combater : — a praça, para a render.
Syn. comp. Oppugnar, expugnar, Oppu-
gnar é atacar com força para render uma
praça, uma fortaleza, ctc. ; expugnar é to-
mar uma praça á força de armas. Todas as
praças e fortalezas se podem oppugnar ; mas
algumas são inexpugnáveis. Gibraltar foi
oppugnado pelos Hespanhoes, porém nSo
YOL. ir.
(m
8f:
foi expugnado , pelo que se diz inexpi
gnavel.
ops, (myth.) grande deusa itálica doíJtem-i
pos primitivos, passava por mulher de Sa-
turno, foi identificada com Rhea, Cybele e
a Terra. O seu nome quer dizer terra, e
é o mesmo que Opes (riquezas) como se es-
ta divindade fosse a riqueza por excellen-
cia.
OPSLO, (geogr.) cidade da Noruega, con-
tigua á Chrisliania, a E. É cidade muito
antiga e residência do bispo de Christia-
nia.
0PS0P0£us, (hist.) pbilologo allemão, nas-;<
ceu no século XV, morreu em 154ii. Dei-
xou notas sobre Demosihenes e um peque-
no poema de Arte bihendi, etc.
OPTALMiA. V. Ophthalmia.
OPTATIVO, adj. (do Lat. opto. are, dese-
jar), que exprime desejo, v. g. Modo — ,
(gram. grega e latina), cujas variações en-
cerram desejo. Eui portuguez os 'tempos do
subjunctivo supprem o optativo, ea?. Tenhas
tu a fortuna que mereces. Gozasse ella de
prospera sorte. O — , subst. , o modo ou
tempo optativo.
ÓPTICA, s. f. (Fr. optique. do Gr. optomai,
ver), parle da physica que ensina as leis da
visão directa.
OPTATO, (Santo), (hist-j Optaíus, bispo de
Milevo na Numidia, no século IV, morreu
em 384. Deixou um tratado De schismate
Donatistarum. É commemerado a 4 de ju-
nho.
OPTACIANO , (hist.) Publius Porphyrius
Opiatianus, poeta latino, vivia no reinado
de Constantino. Deixou um Panegyrico de
Constantino.
ÓPTICO, A, aí/J. concernente ao olho, e á
vista. V. g, O nervo — , cuja expansão forma
a retina, órgão immediato da vista. — perito
na óptica, instrumentos — , que auxiliam e
facilitam a vista. Eixo — visual, linha que
passa pelo centro do objecto e do olho.
OPTiMATES, s.m.pl. [Lai. de opiimus), os
principaes, os grandes da nação ou da corte.
ÓPTIMO, A, adj. (Lat. optimus, superl. for-
mado de opto, are, escolher), o^melhor, o mais
excellente ; muito bom. ;
OPULÊNCIA, s. f. [Lai. opulentia. de opes,.
riquezas), grande riqueza, com fasto, osten-
tação.
Syn. comp. Oppulencia, riqueza. Oppuleu"
cia é grande riqueza com ostentação, e tal-
vez com poder, credito, inQuencia.
Riqueza é superabundância de bens de
fortuna — de cousas que tem um valor pe-
cuniário. vV
OPULENTAMENTE , adv. [mente sufif.), com
opulência, magnificência, v. g. Viver, tratar-
íe — .
10
S8
€»à
ORA
opulentíssimo, a, adj. superl. de Opulen-
to, muito rico. v. g. Cidade — . Nação — ,
Commercio — , de grande producto.
OPULENTO, A, adj. (Lat. opulentns], muito
rico, V. g. Homem, estado — . Cidade — .
OPLNTiA ou OPUNCIA, s. f. (t. Lat. botau.),
figueira da índia.
OPÚSCULO, s. m (Lat. opusculum, dim. de
opus), (fig ) pequeno escripto, folheto, obra
litteraria de pouca extensão.
OQUE. V. Ochre.
OQUEA, s. f. (t. Asiat.) moeda da índia que
valia um cruzado no tempo de Fernão Mendes
Finto.
OR, des. verbal masculina, ora f. Latnia.
Vem do Gr. orò. impellir, excitar, e denota
agente, cíc. autor, amador, atirador, arma-
dor, namorador , fiador. É substantiva , e
adjectiva.
OR, (geogr.) rio da Rússia europea, nas-
ce nos Kirfjhiz, corre ao N. depois a E. e
desagua no Ourai.
ORA. V. Hora.
ORA, adv. (do Lat. hora), agora, já, neste
momento. — logo, portanto, nesse -caso. v. g.
— admittido este principio, segue-se. — , re-
petido em duas phrases consecutivas ó dis-
tribuitivo, e equivale a umas vezes. Ex. — um
— outro. — acommettia com fúria, — simu-
lava retirada.
ORAÇÃO, s. f, (Lat. oratio, nis, de orare,
orar), discurso eloquente no foro, em as-
sembléa publica , accusando , defendendo
pessoa ou opinião, ou em louvor de alguém.
— preces, supplicas a Deus, resa, acto de
orar, rezas: v.g. — de cego, discurso sem
affectos, sem tom oratório. — (gram.) phrase,
sentença que exprime um sentido completo.
ORAçoEiRO, s.m. (ant.) livro de preces, de
orações.
ORAcuLAR, adj.dos2g. próprio de orácu-
lo ; dito em tora de oráculo, mysterioso. v.g.
Templo — , onde havia oráculo.
ORÁCULO, s. m. (Lat oraculum, de os. oris,
hocca, G caleo, ere, aquecer), resposta, quasi
sempre mysteriosa dada pelos sacerdotes ou
sacerdotisas que o vulgo tinha por inspirados
pelo influxo divino, a quem os consultava so-
bre o futuro ; sanctuario onde residiam os
sacerdotes e onde elles davam estas respos-
tas, ■y.^. O — de Delphos. F aliar de — , em
tom dogmático e mysterioso. — , resposta
»mphibologica , com ar mysterioso. — (fig.)
pessoa cuja opinião, cujas decisões são res-
peitadas como infalliveis. — verdade infalli-
vel ; a verdadeira religião revelada. — , des-
pacho verbal que dá o papa. v g. Os — de
Roma, os summos pontifices. — (ant.) orató-
rio.
ORÁCULOS, (myth.) Oracula^ estabeleci-
mentos sagrados entre os pagãos, onde eram
consultados os deuzes sobre o futuro ; aai
respostas, que elle* davam também tinham
o nome de oráculos. A Ásia Menor, a Gré-
cia, a Itália tinham muitos oráculos. As res-
postas obtiíiham-se de diversas maneiras.
Em Delphos eram dadas por uma sacerdo-
tiza chamada pythonisa ; em Dodona eram
dadas ou por mulheres, ou por pombas, e
até pelo ruido das arvores ; no antro de
Ttophonio o deus fallava aos fieis em so-
nhos, etc. Os oráculos foram acabando á
medida que diminuiu a idolatria e que o
Christianismo fez progressos.
ORADOR, s. m. (Lat. orator), o que ora, fal-
ia em publico, no foro, no senado, no púl-
pito ; o que reza, faz preces a Deus.
ORADOUR-suR-VAYREs. (gcogr.) ciilade de
França, a 3 léguas ao SE. de Rochechouart ;
3,340 habitantes
ORAGO, s. m. (de oráculo), int. oráculo. — ,
santo a que uma igreja é dedicada. — (p. us.)
agouro, cousa que prediz, vaticina, v. g. — s
de infortúnios.
ORAL, adj. dos ''lg. (do Lat. os. oriSj .^bocca,
des. adj. aí),xleviva voz, vocal. v. g. Lei tra-
dição — .
ORAN, (geogr.) portusmagnus, cidade ma-
ritima da Africa franceza, capital do gover-
ne de Oran, a 9C^ léguas ao SO. de Alger,
13,618 habitantes. O governo d'Oran, um
dos três de Algéria compreende toda a parte
Occidental da regência desde a embocadura
de Tunnis até ás fronteiras do império de
Marrocos.
ORANG, (h. n.) espécie de macaco, o maior
desta familia, e muito parecido com o ho-
mem dos bosques.
ORANGE, (geogr.) Arausio, cidade de Fran-
ça, perto de Aygues, a 5 léguas e meia N.
de Avinhão : 8,870 habitantes.
ORANGE (principado de), (geogr.) parte 36^
Baixo Delphinado encravado por todos os
lados no condado Yenesino. Cidades prin-
cipaes : Orange (capital), Courteson, Causans.
Quatro cazas reinaram successivamente nes-
te principado alê que foi reunido á Fran-
ça : a caza de Giraud d'Adhemar ; á de
Baux ; a de Chalons, e de INasseau.
ORANGE, (geogr.) nome de muitos condá^'
dos dos Estados Unidos, nos Estados da Ca-
rolina do Norte, de Indiana, de Vermorit^P
da Virgínia e de New- York ; este ultimo ó
o mais importante ; conta 60,000 habitan-
tes
ORANGE ou GARiEP, (geogr.) rio da Africa
austral, é formado pordous braços, o Ga'^''''-
riep ou Rio Amarello. que nasce entre os ■
Caffres, e oiVoro Gariep ou Rio Negro, do'
qual não se conhece exactamente a nascen-
te, desagua no Atlântico.
ORAWGE (Pbiliberto de Chalon, príncipe''
on
CHftfi
»
de), (hist.) grande capitão do século XVI,
nasceu no castello de Nozeroy em 1502.
Sendo-lhe confiscado o seu principado por
não querer reconhecer a suzerania de Fran-
ça retirou-se para a corte de Carlos V, que
lhe deu o condado de S. Pol. Aprizinado
pelos Francezes em 1525 ficou preso até
1027; acompanhou depois o cardeal de Bour-
bon ao cerco AeBoma, apoderou-se do cas-
tello de S.Angelo. Foi nomeado vice-rei de
ffapoles em 1518, mas deshonrou-se neste
cargo pela sua crueldade. Encarregado do
commando do exercito imperial, cercava
Florença em 1530, quando foi morto com
28 annos de idade.
ORANGiSTAS, (hist.) Oraugemcn, nome de
desprezo, que pela primeira vez em í689
foi dado aos protestantes de Irlanda, que
reconheciam a usurpação de Guilherme de
Orange, pelos catholicos que se conserva-
ram lieis á canza deJacques II. Esta deno-
minação ficou depois aos protestantes, du-
rante as luctas que alíligiram a Irlanda até
ao bill d'emancipação dos catholicos. Hoje
o partido orangista está confundido com o
partido tory. Na Bélgica chamam orangis-
tas aos partidários da caza de Orange, que
antes de 1830 reinava nos Paizes-Baixos.
ORANiEisBAUM, (gcogr.) cidade da Rússia
europea, a 8 léguas SO. de S. Petersburgo,
l,50u habitantes.
ORAR, v.n. (Lat. oro, are, de os, oris, boc-
ca, ro em Egypcio), fallar em publico, defen-
dendo causa no foro, opinião no senado ou
outra assembléa deliberante ou no púlpito.
v.g. Cicero orou no senado contra Catilina. O
pregador orou com grande eloquência. — ,
dirigir preces a Deus, fazer oração rehgiosa.
— em espirito, sem palavras, com o pensa-
mento.
ORAR, V. a. (p. us.) pedir, supplicar. ex.
« Oraram e exoraram a vossa piedade.» Viei-
ra, p. p. de orado.
ORA sus 1 inter j., eia pois I ex. « — I gen-
te forte. » Camões.
ORATES, s. m. (do Gr. orô, incitar, per-
turbar), homem estouvado, doido. v. g. Casa
dos — , dos doidos.
ORATÓRIA, s. f. (Lat.) arte do orador, ar-
te de orar.
ORATORiAMENTE, acíu. (mcníe suff.) segun-
do as regras da arte oratória.
ORATÓRIO, s. m. quarto da casa particu-
lar com imagem de santo, onde se ora, reza
e muitas vezes com altar onde se diz mis-
sa.— , camará na cadeia onde se encerram
os réos condemnados á morte para orarem
a Léus. Estar no—, (fig.) em grande an-
gustia. — , drama de ordinário em musica,
cujo assumpto é tirado da escriptura sa-
grada.
ORATÓRIO, A, ac(j. [Lat. oraíorius), de ora-
dor. V. g. Estylo, discurso—. Arte orato-(
ria.
ORATÓRIO (padres do), (hist.) congrega-
ção fundada em Roma por S. Philippeííe-
ri em 1550, teve ao principio o nome da
Confraria da Trindade, o foi destinada a
dar soccorros aos estrangeiros, levados a Ro-
ma pela devoção, depois teve a cargo a edu-
cação da mocidade. Na sua origem era com-
posta de 15 membros, mas dentro em pou-
co augmentou ; a sua sede era a egreja de
N.S. de \ alWceWdi, ChiesaNuova. Esta con-
gregação foi-se depois organisando em diver-
sos reinos da Europa.
ORATORiozmno, s. m. diminuí, de ora-
tório.
ORBA ou ORB, (gcogr.) cidade da Baviera,
a li Ipgoas ao NE. de Wurtzurgo, í,500
habitantes.
ORBE, s. m. (í.at. orhis, cousa redonda,
circulo, disco ; de or ou hor. o sol), a es-
phera celeste; o globo terrestre, todo o uni-
verso, — , orbita.
ORBE, (geogr.) Orbea on Orbacn em al-
lemão^ Vrba em latim, cidade da Suissa ; a
6 léguas O., deLansanna; 2,101) habitan-
tes.
ORBEC, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas e meia SE. de Lisieux ; 3,200 ha-
bitantes.
ORBEGA, (geogr.) rio deHispanha no rei-
no de Lfão.
ORRELUS, (geogr.) hoje o Árgtntaro, mon-
te da Macedónia, nos limises da Macedoni*:
e da Thracia.
ORBEY, (geogr.) villa do departamento do
Alto-Rheno, em França, a 4 legoas ao NO.
de Colmar ; ?,5U0 habitantes.
ORBiBULAR, adj . dos 2g. (Lat. orbicula-
ris), redondo, espherico, circular, v. g. Mus-:
culo — , um dos que levantam e abaixam as
pálpebras. — , v. n. T. Gyrar.
ORBITA, s. f. {orbe, a des. de ilum, sup.
de eo, ire, ir), cavidade do olho : — dos pla-
netas, o circulo em que se movem.
ORBiTELLO , (gcogr.) cidadc d'Italia, no
grau ducado de Toscana, a 25 léguas SE. dôs
Sienna ; 3,000 habitantes.
oRBivAGO, A, adj. que vaga pelo orbe,
vagamundo.
ORCA, s. f. peixe monstruoso, inimigo da
baleia.
OUÇA, s. f. Meter á—, (naut.) iráboli^i
na, mui chegado ao vento. V. Orçar. . :,i
ORCADES, (geogr.) Orkney em inglez Or*
cadesemlaúm, grupo de ilhas aoN. da ponta
seplentrional da Escócia ; São 3o, 2t) delias
habitadas ; 2H,000 habitantes. As Orcades
juntas ao Shetland formam um dos condados
d« Escócia, de queKirkwall é capiíaliè -^ «*•
10 *
4a
0RC
ORD
ORCADES AUSTRAES , ( geogr.) chamadas
timbem Novas Orcades e Peivel, grupo ã%
ilbas do grande Oceano Austral, ao SK. da
America, e a tNE. do Archipelago daNova-
Shetland. São áridas e desertas.
0Rç\D0, A , p. p. de orçar; adj. esma-
do, avaliado. — , metido á orça.
ORÇADOR, s. m. o que orça, far orçamen-
to, esmador.
ORÇAMENTO, s. m. [meiíto suíf.) acto de
orçar, esmo, estimativa, v. ^.— dasdespe-
zas do estado.
ORÇAR, V. a. (do Lat. orsa, orum , pro-
jecto , desígnio , de orsus, começado.) es-
mar, avaliar, fazer estimativa. — adespeza,
os gastos.
CRÇAR, V. n. (de ora, borda, extremida-
de. Gr. horas, limite.j governar o navio de
modo que indo á bolina se cinja ao ven-
to.
ORCHA, (geogr.) cidade da Rússia europea,
sobre oDniepr, a 18 léguas N. deMohilev;
1,900 habitantes.
ORCHATA, 5. f. (do Fr. orgcat, orge, ce-
vada.) bebida feita com as quatro sementes
frias , amêndoas doces pisadas, assucar e
agua.
ORCHESTRA, s. f. (prou. ch sôa k : do Ital.
do Gr. orkheistai, dansar.) os instrumen-
tos músicos que acompanham as vozes dos
cantores, e os passos dos bailarinos.
ORCHiDEAS, (bot.) família de plantas mono-
cotyledones, de estames épygynes ; apresen-
ta formas e uma organisaçào muito natu-
ral.
ORCHiES, (geogr.) Origiacum, cidade de
França, aAleguaslNE. deDonai; 3,840 ha-
bitantes.
ORCHiMONT, (geogr.) villa da Bélgica, so-
bre o Semoy, perto da fronteira de França ;
300 habitantes.
ORCHis, s. f. (Lat., do Gr. or/íTi is, testí-
culo.) satyrião, planta cujas raizes duplica-
das tem alguma semelhança com os testí-
culos.
ORCHOMÉNE, (geogr.) Orchomenus, nome
de muitas cidades gregas, as mais celebres
são : Orchomene d' Areadia, hoje Helpaki,
ao W. deMantinea ; Orchomene dosMingos,
ou Orchomene da Beócia, hoje Scripou, ao
N.e perto de Lebadea, não longe d'um lago
do mesmo nome.
ORCiÉRES, (geogr.) cidade de França, so-
bre oDrad, a 4 léguas N.d'£mbrun; 1,700
habitantes.
ORCO, s. m. (Lat. orcus, do Gr. oryssó,
enterrar.) (poet.) a região dos mortos ; a
morte.
ORCO, (myth.) nome de Plutão entre os Ro-
manos. Deriva- se do latim urgeo apertar,
do grego eiorgo encerrar, ou então á'orkos
juramento, porque Plutão era invocado quan-
do se prestavam juramentos.
ORDAUA ou ORDEAL, (híst.) do saxonío 'or-
dal, o mesmo que wrí/iei7, julgamento, nome
dado algumas vezes ás provas judiciarias.
ORDEDURA. V. Ordidura. .
ORDEM, s. f. (Lat. ordo, inis, do jr. or-
thos, direito, orl/id, pôr direito, erigir.) dis-
posição, collocação das cousas no lugar que
lhes compete, serie regular, v. g. a — da
natureza. Tudo está em — ou em boa — .
Pôr em — . — , modo, maneira de proceder,
teor. Viver com — , regradamente. — , cou-
sa que o superior manda executar, mando,
V. g. dar ordens, uma — - Ajudante úe or-
dens. V. Ajudante. — , divisão, categoria de
cidadãos. A — equestre, dos cavalleíros na
antiga Roma. Ordens religiosas, commu-
nidades. — , em historia natural, subdivi-
são das classes. — , um dos sete sacramen-
tos da Igreja pelo qual se conferem ao sa-
cerdote os diversos graus de poder eccle-
siastíco. Ordens sacras, as de missa. — , na
architectura, certa disposição nas proporções
e ornatos das columnas, suas bases, capi-
téis, frisos, etc, v. g. — ionica, dórica, co-
rinthia, compósita.
ORDENAÇÃO, s. f. leí, do,creto, alvará com
força de lei. A — , o corpo de leis do reino,
código : — Affonsina, Manuelina, Filippi-
na. — , o acto de conferir o sacramento da
ordem»
ORDENADA, s. f. (math ) linha perpendi-
cular tirada do ponto da curva ao seu eixo.
ORDENADAMF.NTE , adv. [mente SUÍF.) com
ordem, por sua ordem, em boa ordem. — ,
(ant.) ordinariamente.
ORDENADÍSSIMO, A, adj, supcvl. de orde-
nado.
ORDENADO, A, p. p. de Ordenar; adj. pos-
to em ordem. — , estabelecido, constituído.
— , mandado, prescripto por ordem, orde-
nança. Exercito — , pcsto em ordem de ata-
que e de defesa. « Iam — s para andarem
da armada com Affonso de Albuquerque. »
« Os reis foram — s por Deus, » Barros, ins-
tituídos. Assim foi — pelo senado. — , a quem
se conferiu o sacramento da ordem.
ORDENADO, s. m. O salarío certo ordena-
do por decreto, lei ou regimento, a empre-
gado publico.
ORDENADOR, s. wi. O que Ordena, dis-
põe.
ORDENAMENTO, s. m. [mento suíf.) (ant.)
ordem, disposição, mandado ; — , ordena-
ção, estatuto, lei, regimento.
ORDENANÇA, $. f. lei, ordenflção, disposi-
ção, ordem de corpo de tropas, do exern,
cito, da batalha ; exercício militar. Trojoa,
gente de — , ou as ordenanças, mihcia ir-
re guiar, que só se disciplina em tempo d*í
ORÍ)
guerra pá fá defesa do território. '».g. A —
prussiatia, fí-aiiceza, o regulamento do eícer-
cicio railit.ir. — , disposição, forma da lei ;
— , ordem, estylo, v.g. — de architectura.
Por — moderna.—, exi)cdiento regular de
despacho, estabelecido em rrgra.
Ordenando, s. m. (des. do p fut. Lat ),
O que está para tomar ordens sacerdo-
taes.
ORDENAisTE, s. wi. (des. do p. a. Lat. em
ans, tis), o que confere o sacramento da
ordem. Acha-se erradamente usado por or-
denando.
ORDENAR, V. tt. ( at. ordinare, de ardo,
inu, ordem), pôr, disporem ordem, porem
seu lugar, collocarcom concerto, regra, me-
thodo, V. g. — as tropas, — o processo, fa-
ze-lo segundo a ordem judicial; — versos,
compor regularmente, segundo as regras
da metrificação. — , mandar por lei, decre-
to, ordem. — . dirigir, regular, d. g. — , a
vida. — , dispor, traçar, — uma festa, um
enterro, — enganos, ciladas, a morte a al-
guém.— , conferir o sacramento da ordem,
as ordens sacras. — , construir, ex. « Sem
rendas com que se possam — as oílicinas e
cerca do convento.» Carla do cardeal D. Hen-
rique no tlucidario. È antigo. — se, r. r.
tomar ordens sacras. — , dispor-se, appare-
Ihar, V. g. — para o combate.
ORDENAVEL, ãdj . dos 2 g. capaz de ser
ordenado, disposto, dirigido.
ORDENHADO, A, f>. f. de ordenhar, adj.
mungido.
ORDENHADOR, A, s. pessoa quc ordenha,
munge as vascas, cabras; ovelhas, etc.
ORDENHAR, V. a. (do (ir. orros, leito, e
Wrto, correr, manar), mungir as vaccas, ove-
lhas, cabras, etc.
ORDERic VITAL, (hist.) historiador inglez,
nasceu em 1075, morreu em 1 50. Deixou
uma Historia ecclesiastica desde o nasci-
mento de Jesu-Christoaté aoanno de 1141.
ORDiAiRO ou ORDiAYRO. V. Ordinário.
ORDiDO, A, p. p. de ordir; adj. dispos-
to o urdume no tear; (fig.) tramado, arma-
do^ V. g, tinha — a intriga.
ORD'L0R, A, s. pessoa que urde.
ORDiDURA , s. f. ordume ; (íig.) disposi-
ção, entrecho, v. g. — da historia escripta.
ORDiM. V. Ordem.
ORDiMENTO, s. TH. [mcnío suff.) O acto do
ordir ; (fig ) principio, começo, v. g. — de
nova vida.
ORDINAL, adj. dos 2 g. (Lat. ordinalis.)
qufe oxprime ordem, lugar de uma serie, r.
g. adjectivos ordinaes, primeiro, decimo.
GROiNAR, V. a. (ant.) V. Ordenar.
ORDINÁRIA, s. f. (subst. da des. f. de or-
dinário.) pensão alimentaria, ração diária,
mensal ou annual. — magna, um dos actos
VOL. IV.
OAP ijji
(Jue se faziam na universidade de Coimbra
antes da reforma de l772.
ORDINARIAMENTE, adv. [meute sufí.) de ot'
din\rio, commummenle, as mais das vezes.
Syn. comp. Ordinariamente commum-
mente. Commummente refere-se á multi-
dão de pessoas que fazem a mesma cousa ;
ordinariamente, á multidão de vezes que
acontece a mesma cousa. Tal porto é or-
dinariamente frequentado de navios ; quer
dizer, é qua?i sempre frequentado de na-
vios. Os militares são commummente pou-
co religiosos, isto é, são quasi todos ou pela
maior parte pouco religoos.
Casos ha em que as duas expressões se-
jam exactas, posto que em sentido diífe-
rente. O vulgo erra ordinariamente ou
commummente em seus juízos, isto é, erra
quasi sempre, ou erram quasi todos os que-
se incluem na denominação de vulgo.
ORDINÁRIO, A, adj. (Lat. ordinarius, de
ordo. inis, ordem.) usual, regular, v. g.o
curso — do processo; a marcha — do nego-
cio. O preço — deste género. Homem — ,
plebeu. — , vulgar, de qualidade inferior.
Pano — . Comida — , grosseira, como a do
povo, do commum da gente. Acção ou tia
— , no foro, a que segue a forma regular
prescripta pelas leis. Juiz — , nomeado pe-
la camará municipal, juiz não letrado, juiz
leigo. O — , em direito canónico, o bispo,
arcebispo ou prelado. De — , loc. adv. or-
dinariamente. O — , a comida ou o tratamen-
to quotidiano. Um — , correio, portador de
cartas.
ORDiNHADO. V Ordenado, clérigo. Elu-
cidário.
ORD R , (Lat. ordior, iri, de oriri, nas-
cer.) dispor no tear o ordume ou primei-
ros fios da têa ; (fig ) traçar, armar, v. g.
— enganos, intrigas, enredos.
Syn. comp. Ordir, tramar , tecer , ma-
quinar. Se os primeiros três vocábulos con-
servassem rigorosa analogia no sentido fi-
gurado com as suas significações no senti-
do próprio, ordir seria lançar as primeiras
linhas d'um enredo ; tramar exprimiria o
enlaçamenlo do enredo, a acção do lhe dar
força e consistência ; e tecer, exprimiria am-
bas as cousas, isto é, começar e proseguir
uma t'iia de enredos , ele. Com tudo tra-
mar é o termo que vulgarmente se usa
como mais enérgico para exprimir a astú-
cia e ardil com que se preparam e concertam
enredos, enganos, para lograr o fim que so
intenta.
Ifa^ttinar tem mais ampla significação, e
vale o mesmo que traçar artificiosamente,
idear na phanlasia com sublilesa e astúcia ;
por isso se diz í «Maquinar a ruina da pá-
tria ; maquinar contra a republica; » e
11 '
éi
om
<m.
neste easa nHo • §ô . Rwieriar dizer í^úh/rtaf,»
que parece íér pj^«r^Q estreita- cora<enpedòs'
ee^g-aaos. , ,
qjRDO.^ .^,,j^^^lt^U hordeum.} (aEtt.) V.
5, m.
OBPUJiE ,,. s, m. (de ordir.). os primeir-osí
^ós ^ da , têa lançados ^no tear. ;. (íig.) cpri^po-
sfçab impepfèita-,» esÉpço. ;, - . ,
È.pet.jl ij^oJfiÉ^s dos Jbosqwes e dos mon-
' :0r|6ap^ 5. ih. (Lat. on^num, do/ioí^a^,'
mofatè^ e ^(ínos^a|{3gria\),espeGÍedB mange-
fona" que se dá" nas monta nba§.
OREGpN ou coLUMl5iA^.(geogT.) rio dos" Es-
tados l5nidos, no território,, a que dá o seu'
nÒBÇie, iiasee iios montes Pedrègosps, e kn-
çlji-se hp Ôceanp, ^ , . ..
' ò*REÚ.LY, (íist.)' general irlante^ a& ger?-"
viijo' de. jâisj^ntó r nasceu^ em 1 To5y mprpeui
rí/'94. Serviu primeiramente na França^
['ante. a guerra' dos Se-te Anno&. Sai-vouí
a Yida,'^ ao rèi Carlos líí em utoa rf^volta'
siispiiada- em Madrid em I76(>;r obteve a|
amisadè deste príncipe qjue o mandou to-
mar posse da JLuiziania cedida- pela Fraiiça'
áí Hispanhã, foi encarregado em l774- de
uma expedição contra Àlger, ficou' mal nes-
ta empresa, e foi supplantado na graça dc^
mbnajrcfia alf 1786.
OR«L ou ORLaw, (geogr.) cidade' da Ruâ-
sià Êuropeai capitai do governo d'OrôlvSO-
ÉrejO Oka^ ^ a Mrli]£ ;. t^^COÚ' habita«tes.»
0^ governo diDrel situado entr^- os- de^ fca»-'
longa eftíulaaoN., Smolensk e Tcherni^v'
a U. conta l,350,.0(iO' hateitairtesv Capital^
Órel. , . ,
„0RELH4, s.' f. [úo 1^&,- çreille, pron,. dre-
tRe, .do Lat. aviriçuh^^ dim. áorãwfU. Creio'
que àuhs yein do- Gr. o»*e^d,>esiendeP.):ex-
pansãò cartilagiEpsa eni toftap' do meato au-
di.tÍY0 externo ;; (íig. ) a puvidov i>aT -s,» ou-
vidos, escutar. Faze-r-^s- de v. ercador^. ou
ç^uvir cain —s 5*t.rrfcs,(loe. íamil ),íifigjrque
não ouve,: não dar ouvidos. Buttr ?l«— ,i
agradar, pelo som . Quebrai as — *-,' ©'^fodaV,'
com pratica impertinento- Traura^—-oóm-
•gridof sohr& algu&m, (loc. p'.> us.-) a«d8!< es-;
cutandp A que elle diz. To/rotr & — , (fig'.)
sçTi&^^eT-ser. Ficar Comr às — s 6ma?cís,'hu-
ipilhado.' Abanar as — -s,- ncgér o que se
pede. — do martello,' a parte- fendida delle
çpm que-, se arraflcam pi^iégos. — efe itrso ,
planta, e-peci^e de denl,uí>'a.> Viiikod^ — ,■
(ant.) Íx)m.' Uisipo. Esta locução é tirada do'
Fr. ce vin a un oreille, cujo sentido é-ttial^
exf4ícado pelos- commé ntador es dei4 a bela is,
diz^ndp'. q*>e; o bom vinho faz abanar uma
of^hfr Çt p-.ffláUr du-as. A. pbraze signitíêa
que o bOBv vinho faa dt)rmip i^ooegedo toda
a tioiteí^ &(^re''uoQa s6 orelbtt> Í9tO' é, com'
somao: profandò-, sei* tó. volts*: M^catr'
mav. . ^.;r ■ V .-■■■• -- ■■:■■■■ ■
■ ouBLHADO, A,. «(/;'(. V. O rilhado'.-
ORcuHÃo,^ s f. (Fr. oréUion ,■ aúgni.rdô
oreilkf orelhai.) puxão de orelhas — , peií-
xe grande do mar que tem* grandes* barba-
tanas como orelhas.—, (fortif.) obra avan-
çada de forma cireulap na- e>paldadosba^
tiões para cobrir a ai filharia.
Of^«l.nÃo,i, A, aájl. \ . Orelhudo:
OR€*,»EhaA,. s. /.orelha d-e porco guisa-
da. — s, brincos, pingentes das orelhaSv .
ORELHINHA, s. f. diminut. de orelha..
OREi^flUBO , A, adjt. (des,. udo.) qjie, tem
(grandes orelhas.- .i
PRELLANAy (hist.) v-iajante hispanfeol, nafr-
.ceu no pri'ncipio dp- XVI seculoy morreu em
,i,54yv segiiiu Uizarrp, desceu â. coerente do
|pio das- Amazonas,* e «on&e^uiu desçobiir a
-embocadura deste rio, qae depois tomou o
iseu nomo. ,
I . OREMÁwÁos,^ (geogf.j, grande nação de'iii-
,dios da- Guiana l^azileif a- :■ dominava nas
,margen6í dos rios Negroy Caburi, Brancp,
IChiuTa. e outros, tributários do rio Negroi
.tgnora-^se quaes fossom os seus costumes:,
.hoje acham- se civilizados,' e povoam coca
.0 nome de Manáos as diíferentes villas e
.povoares que banha o mencionado rio Ne-
gro-
- 0Kf:N«i!RGO, (geogp.) cidade forte da Rús-
sia europea, no governo de OrenburgOv na
.direita- do GU-ral; 4,000 haÉitantos. .
ORENRURGo OU ouFA (governo de)„ (geogr.*)
,um dos governos orienVaes da Rússia EufO-
pea,- confina com a Ásia, aoS. ficamosge^-
tvepuips de Saralo e Astrakhau ; 1 , 1 00,,(J00
.habitantes-, i apitai Ou'fa.
ORENoco, (geogr.) Orinoco pm, bispanhoP,
gráíide rio da America do Sul, nasce nos
imonttísdéPãrimo, corre ao Pit.ea E. e lanç*-
.se no Atlântico. j
. óítENoGO (departamento de}v (geogr.) na
republica;, de Venezuela , outr'ora parte da
.Goiud;bias> é divididb om três províncias
.(.Vari-nas;. Apure e Guyana) tem pop capital
Varinas. O rio Amazonas separa-o do Brazil' ;
18(\O0OKebitanteS', ... ,,,,
. , OBK&ME,' (hist.) eseriptPr trancez, nasceu,
.em 1320, morreu em 1 '82-; .foi enoarreg^^
do em l^tO da educação doDel^^him (depois
■Carlos V.)'.e em l;j/7 foi nomeado bispo do.
;Sisieux.
ORESSA, 5. f. (do Lat aura.) [i.- daBpi*
ijra). virado.
, OR«ST€S,í(myth.) Orestes, filho d'igame-
mnoh e;deCl^l.emnestra, passou a sua mo^
cidade com o rei da Tho-ida, Strophio, seu
tio;- dépoiS; dá morto d'Agamerr)non, con-
ttè-iijcom Pylades, a amizade, que os tornou
cetebreá. Vingou o morte' d&scu pai com a
OHG
oirô
dos'dDtiS'ass?issino?^,mfts poTico f1epoÍ!í'fbi*pe>-
se^uido pelas farias;c foi atormentado porto-
da a parle pelos remorsos e pela demencia-.Foi
á Attica onde o Areópago e Minerva o rerebe-
ram, a Trézóna, eáTaurida onde acabou dé
se purificar com risco d« sua vida, e onde
encontrou sub irmã Jphigenía", Voltando' á
Grécia, deu Electra, sua^ irmã mais' velha,
em casamento a Pyladps; matou Pyrrbòeni
Delphos, casoii com Hermione , e morreu
picado por uma serpente com mais de ÍJO
annos. • ■
CRESTES, (bist;) Orestes', pai doimperador
Augustulo, era um dos rbagnates da corte
d'Altila. Indo viver nat Itália tornou-se mui-
to poderoso no reinado doiulperador Julió
^epote,•mas dentro em pouco deslroiiou este
printíipe e deu a coroa a seu' filho em'47L». Foi
morto por Odoacro em 47ÍÍ.
DRETUM, (geogr.) cidade de Hispanba-, para
o lado das nascentes do Anãs ((»uadiana), ca-
pital dos Oretani , hoje Calatrava, ou N.
Senhora dè Oreto.
OBFA , (geogr.) primitivanáeilte Callirhòè
Edessn dos antigos Gregos e Cruzadt)s, cha-
mada algumas vezes Antiochia , cidade' da
Turquia Asiática, perto' do lago Ibrahim-el-
Kalil; a 45 léguas SO. de Diarbefcir.
ORFÃA, dRPHÃv orphaN. V. Orphãa.
ORFANDADE.' V. Orphatxdade; _
ORFANO, (geogr.) cidade dií- Turquia. V.
Contesm, •
OHFANO, (^Ipho de)v (geogr.) Strymoni-
óus sinus, golpbo do Archipélago, nas cos-
tas do livah- de Salonica. Assim chamado da
cidade de Orlano, que fica nas suas margens.
[*, oRFÃo. V. Orphão.
ORFl^DADE,■ (ant.) V. Orphanctade .
ORFORD, (geògi'.) cidade de Inglaterra-, a'
(5 léguas E. de Ipswich ; 1,2€(^ habitan-
tes.
ORGAWEiRO, s. w. oíTicial qué faz-otgãos.
ORDANico ,' A , cdj. da organisação, dos
órgãos da corpo animal otí vegetal, v. g.
iisovimentos — s." Estructura — .
ORCANiSAÇÃo, s. f. disposição, contextu-
ra e nexo dos oi^ãos do corpo atiimal ou^
vegetal; (fig.) norma, systema regular, v.
g.-^àò governo, doexercito.
' ORGAWiSADO, ir, f. p. de órganisar ; adj.
coDÒposto de órgãos eonnexos. A natureza
-^. Os corpos— s, animaes e vegetaes. — ,
(fig ) disposto de modo regular. Tinha— a
adminisiraçúo, o governo, o exerciw, no-
meado as pessoas qne o deviam reger eas^
signado «~ catlã' unf o-sèu poíto e TJe^vBres. :
ORGANiSADOR, s. m, O qub' org^isa . i
■ ORGANiSAMfeNTO , s. m V. Orgànisaçâo.
. orpawiSar ou crgatíízar. V,- a.' [orgúo ,
era Lat. organum, nome genérico de ins- j
trumentios músicos >e outros, des. isor ou'
imr.) fbnWai* e dispAr cofiv^ieYHterflênfe os
mçmhíos ôii'org;&os dOs atíimsft^sôuVegetaes.
<í I><Bus qoíe org-úmisou 6' horiâeíri' de b&ffò,
os animaies, a^ plantará — , (fig.) dái' ftif-
ma reguiír, itasliluir, «. ^.-^ o' exército, o
govéf'río,> a marinhai — óí? eécnâos de afrnã^,
segundo as regras do brazão. — itrn} jna'ão
forte, dar-lhfi o soA db ôt^glo portínièiode
canudos", ere^í silos.
1 organismo, s'. m. (adat^j úniHó' das pattes
qiíe constituem um- ente vivo, paYteis arratt-
jadasí segundo rnna oi'dém regititoa utóa^' a
respeito das outras,- e dotadas' díeforças' psef-
ticuiarés, das qtra^s cadn^ uma serve- para o
totío,é dominada por elle"; e s6 t^tó^poder de
obrar por que Ihfe perteníce.
' ORGANISTA', s.- w. locíádoir dfe orgào,iâS-
ittuBQento musico. -'' '* - ,
OIÍGANSIM ou ORGXlíZm!; 'í. ?n*.'(ír. OY^fí'
■sin ; ital. òrgansiJnó.) seda* torcida e prepa-
rada para ordume;. " ; ^"
orgão, s. m. (Lat. organum,áo^T ò^-
gmvón V rád. or^crjzd', iVicilar, ariitíráí.) ins-
trumento musico de canudos e registos'.- ^tórí-
to de — ■; a>coiíipfeinhathj pêlo oi^gão.-^,» par-
le dislincta do corpo' aniibal* ou Vegetal, v.
g: membro, entranha, apparelho (ífegéntíl',
segregar, etc,,- v. ^. o -^ào ouvido'. ôff-^«
da geração.' — / páú fo\\x^o.—^d;téstêi(fe'if6,
onde prende a cabeceira da'téa'.--^ rfe^íVtí^,
em que se eiivôlve' o' pano- tecido;— ,• na
adega,' é o syphãó piifeumaticó' pormetó'cío
qual se transvasa o vinho de uma vasifba
^ara outra, -^s ,^ na fortificâçãl>, mâd^éiros
•ferrados nas extremidísdes qufe se suspeiír-
dem no alto das poUas, por coifas, qaé,
cortadas, os ^deixam cair para atalhar o pas-
iso ao initeigo.' -' ^ ^ .. ' ■•••-
ORG-Ãos, (gdogr.j cordilheira' do BrâíSiqiife
se estende pela beitamar de leste a' su^fó^
estfe-,' nas provincias dt) Rio de Jatiéíro, ^.
Paulo e Santa-Caiharina'. O rio Pafahiba tífe
província de S. laulb, e d Parahibiltia' na
do Rio de' Janeiro, dividem esta serrania dh
do sertão appellidadB da Mantiqueira.
ORbÃos (Serra dós), (geogt.) i*attrtydá cor-
dilheira deste noitoe, na província do I\iio'd]B
Janeiro, no Brazil, ja 12 léguas distantte da
bahia dbMtberôhi. É separada da còrdilhéifa
dbs Aimorés- pelo rib Macácú', e vetii à s^
a estrema da corda de serras dn* mesmo ilttí-
me que se dilata para o sul, até á'pro\Hn-
cia de Santa Calharina. -^
ORGASMO, s. m- (Lat.- é Çit. à^òt^àxâ,
incitar,' animar.) (med.) agitação dbshuiút^
res-etensãt) dos- Vasos.- • - : r
• òirGAZ,' (geogr .|7l-Ai/tírâ, cidade' d'e^lfis|)i^
nha, a tj leguas-e meik-^f.-de-fotedôí 2;^2!)
habitantes, . '• " ■ ' — ''■""'
ORGE, s^. ff (Fr. or^;- do' Lat. tòJettewwr)
(flui;), y. dévada: -^.'^ .. . .
11 ♦
44
ôna
oní .
ORGE, (g60g^.) pequeno rio de França, nas-
ce perlo de Rambouillet, atravessa Arpajon,
passa perlo de Juvisy, e lança-se no Sena,
ao SE. de Yilla-Nova de S.Jorge.
ORGELET, (geogr.) cidade de França, a h
léguas S. de Sens-le-Saulnicr ; 2,300 ha-
bitantes.
0RGÍÍ.RES, (geogr.) villa de França, a 7 lé-
guas e de Chaleaudun; 400 habitantes.
ORGETORix, (hist.) rico Helvécio, decidiu
os seus companheiros a lançarem-se sobre
aGallia, no anno 61 antes de Jesu-Christo;
para que o seu plano fosse bem succedido fez
uma convenção com o Sequanez Caslico e
com o Eduo Dumnorix, induzindo-os a lor-
narem-se senhores do poder cada um na sua
republica, promettendo-lhes fazer o mesmo
entre os Helvécios. Estes, advertidos de tal
plano, citaram Orgetorix para ser julgado.
Orgetorix escapou ao julgamento mas mor-
reu pouco depois. Julga-se que se suici-
.dou.
(dRG^vÃo, s. m. (Lat. veròena.) planta me-
dicinal.
ORGHO, (Lat. hordeum.) V. Cevada.
ORGIAS, (hist.) Lat. Orgiae; festas em hon-
ra de Baccho, eram as mesmas que as Dio-
niziacas ou Bacchan^es, e devem o seu no-
me ao furor sagrado {orge] de que eram
transportados os celebrantes.
ORGON, (geogr.) cidade de França, sobre o
Durance, a 9 léguas NE. de Aries ; 2,040 ha-
bitantes.
ORGULHAR-SE, V. r. [orgulho, ar áes.int.)
encher-se de orgulho, ensoberbecer-se: os
antigos diziam argulhar-se.
ORGULHO, s. m. (Fr. orgueil, Uai. orgo-
glio, do Gr. orghilos, irado, colérico, ou
de orgaôf intumescer.) grande conceito in-
timo que alguém faz de si, ufania, sober-
ba, altivez. — , (volateria) estado do falcão
bem nutrido e indócil, bravio.
Syn. comp. Orgulho, vaidade , presum-
pçãOf altivez, vangloria. O orgulho é a
opinião vantajosa que formámos de nosso
merecimento. A vaidade é o desejo de ins-
pirar esta opinião &os outros. Xpresumpção
é a demasiada confiança era nós mesmos. A
altivez é a isenção de toda a baixeza o toda
a idéa humilde. A vangloria é a jactância do
próprio saber ou obrar.
O orgulhoso considera- se com suas pró-
prias idéas, e vive satisfeito de si mesmo.
O vaidoso considera- se com relação aos ou-
tros ; cobiça sua estima, e deseja viver no
pensamento de todos. O presumpçoso pre-
snaie muito de si, de suas prendas, e jul-
ga-se capaz de grandes cousas, e apto para
tudo. O altivo tem idéas elevadas, e se
não pratica a humildade tão pouco conhe-
ce a baixeza. O vanglorioso desvanece-se
facilmente dô gloria sem fundamento, oíi
se jacta de cousas que não dão yerdadeira:
gloria.
A vaidade deseja as honras ; a presum-
pção julga-se digna delias ; a altivex não
as pretende nem as refusa -, o orgulho affe •
cia desdenhal-as ; a vangloria abusa del-
ias quando as adquiriu.
Syn. comp. Orgulho, soberba, arrogân-
cia. Orgulho, como acabámos de vit, ó
uma alta opinião de si mesmo. Soberba é
a manifestação deste orgulho, por meio de
acções, modos, palavras e movimentos exa-
gerados. O orgulho nem sempre se dá a co-
nhecer, e algumas vezes se disfarça com a
mascara da humildade ; a soberba não se
esconde, nem se peja de ostentar seu ar
entonado e desdenhoso. O or</M//io pôde mo-
dificar se ; a soberba não sabe conter-se.
Arrogância é a soberba atrevida e inso-
lente.
ORGULHOSO, A, adj . (des. oso.) cheio de
orgulho, brioso, mui soberbo. Mar — , (fig.)
túmido, agitado, ex. «Ser Deus tão— anos
obrigar ao servir.» Paiva, Serm. Eloc. ob-
soleta.
ORi , s m. (t. Asiat.) na Ásia Portugue-
za, os ganhos das tangas, ou jonos.
ORiA ou URiTANA, (gcogr.) cidadc do Tcino
de Nápoles, a 8 léguas E. de Tarento ; 4,800
habitantes. Bispado.
ORIA , (geogr.) cidade de Hispanha, a 5
léguas e meia E. de Baza ; 0,200 habitantes.
ORiBASo, (hist.) de Pergamo, medico do
imperador Juliano, seguiu este príncipe á
Gallia, onde facilitou a sua elevação o im-
pério , e acompanhou-o na expedição da
Pérsia. Juliano linha-o nomeado questor
do palácio ; Valenciano e Valente tiraram-lho
este emprego e desterraram-o. Oribaso al-
cançou grande fama entre os povos bárba-
ros. Afinal foi recompensado pelo imperador,
(.ompoz, entre outras obras, um grande re-
latório, em 70 livros, das passagens impor-
tantes dos antigos médicos ; restam-nos 22
somente em grego publicadas com o titulo
Collectanea artis medicae.
ORiCALCo ou ORiCHALCo. V. Âurichalco.
ORicuM, (geogr.) cidade e porto doEpiro,
sobre o mar Adriático no fim de um golpho,
que serve de limite ao Kpiro e á Ulyria.
ORIENTADO , A , p. p. ôe Orientar ; adj.
dirigido bem a um ponto. A náu ia bem
— , com rumo certo, com as véks bem dis-
postas.
ORIENTAL, adj. dos 2 g. {Lat. orientalis.)
do oriente. Igreja — , a que segue o rito
grego. Línguas orientacs, o Arábico, Chal-
daico , Hebraico , Syriaco, etc. Pérola — ,
que tem oriente.
ORIENTAR , V. a. [orienlc, ar des. inf. ,
OKI
moderno adoptado do Fr. orienier.) dirigir
i'em, indicar o rumo, a direcção, o norte.
— o navio, pólo no rumo. — as velas, á'\S'
pô-las do melhor modo para seguir a der-
rota. — SE, ti. r. certilicar-se do caminho ,
da direcção, do ponto, e (fig.) tomar o nor-
te, inteirar-se da marcha a seguir era algum
negocio.
ORIENTE, 5. m. (Lat. oriens, tis, p. a. de
orior, iri, nascer, rad. or ou hor, o sol.)
ponto do horizonte onde nasce ou se levan-
ta o sol, levante, nascente. O — das pêro
las, o reflexo nitido com aguas e visos de
vermeliio que distingue as mais bellase esti-
madas.
ORi^ENTE , adj. dos 2 g. nascente : o sol
— . E p. us.
ORIENTE (Fernão Alvares do], (hist.) um
dos nossos elegantes escriptores do século
XVI. Foi natural de Goa, e serviu na ín-
dia, sondo capitão de uma fusta da arma-
da, com que o vice-rei D, António de No-
ronha sahiu em 1572 em soccorro do Da-
mão. Temos delle a Lusitânia transforma-
da, em que prova o seu claro engenho. Os
seus versos, ainda que em parte diíTusos c
intrincados de conceitos, são de grande do-
çura e suavidade.
ORIENTE (império do), (hist.) cham.ida rle-
ipois Baixo Império, Império Grego ou By-
zantino, Império de Constantinopla, nome
do império, de que Constantinopla foi sem
interrupção a capital, e qu?, começando na
morte de Tht odosio, acabou com a tomada
de Constantinopla, em 1453. A verdadeira
data do principio do império do Oriente é
395. Tinha havido no anno antecedente,
uma partilha oíTicial do império entre Valenti-
cianue Valente; a mesma tetrarchia de Dio-
cleciano havia estabelecido uma divisão real
em império do Occidente e império do Orien-
te, mas esta divisão nã'! foi completa e difini-
tiya senão depois da morte detheodosio. A
Historia do império do Oriente é dividida em
seis periodos. Durante ol.*' (395-565), de
que Justiniano éa personagem principal, o
império grego depois de ter soíTrido as asso-
lações dos Hunos, o perdido quasi toda a Ar-
ménia, vê acabar o império do Occidente ;
mas não tardou a recuperar alguns dos seus
despojos. íSo 2."" periodo (565-717) começa a
sua decadência. Com o 3.^ periodo (717-867)
começa a dynastia isauriana, que se prolonga
até 802 , e cujo zelo inoclausta causa a
perda de quasi tudo o que restava aos Gre-
gos na Itália. A djnaslia macedonica, preen-
che o 1.° periodo (867-lOM)), sustem o im-
pério na sua qu(.'da e apresenta alguns reina-
dos_ notáveis. >o começo do 5 ° periodo
(1056- 12u0) os Seldjoucidas apoderam-se
do resto da Ásia Menor. O 5.° imperador de
voL. nr.
CRI
tò
Nicea, Miguel Paleologo cômeçíP d S,^ pé-"
riodo cora a tomada de Constantinopla e
com o estabelec-mento da dynastia dos Pa-
leologos. Depois de muitos esforços e revezes
dos príncipes desta dynastia, Mahomet 11 to-
ma Constantinopla apesar da heróica resistên-
cia do ultimo dos Constantinos, e a tomada
da capital é seguida da submissão dos pe-
quenos Estados do Danúbio, e da Morea e
Trebizoiída. O império do Orient'3 é no-
tável p''l.i .«^ui longa duração; os seus an-
naes fó aos oíTorecera uma serie de crimes,
de tr-igòes e de b^iixezas; sempre occupa-
dos (• !:ii questõus theologicas, os imperado-
res liào sabem resistir aos Bárbaros , e a
finnl, o império, enfraquecido de dia em
dia ptl.is invasõí^s, pelas dissensões intesli-
nr.s e pel'»s vicios dos príncipes, morro de
dL-crppitnde.
As províncias do império do Oriente, de
395 a 534, são pouco mais ou menos as mes-
mas, que no império romano, compunham
as doas perfeituras da lllyria Oriental e do
Oriente propriamente dito. As conquistas dos
imperadores foram de dia para dia alargan-
do os domínios deste império. No momen-
to da tomada de Constantinopla , todas as
possessões gregas consistiam nesta cidade,
com 20 on 30 villas visinhas o dous di3-
triclos na .Morea.
Imperadores do Oriente.
\.^ Dynastia Theodosiana.
Arcádio.
Theodosio lí
Pulchena só... . .
Fulcheria e Marciano
.Marciano só
2.^ Dynastia da Thracia.
Leão I
Leão II
Zenão, pela 1
Basilisco.,.
Zenão, pela 2.
Anastácio I ..
vez
vez.
'«V
r95
408
450
450
453
457
474
474
47[»
477
491
3° Dynastia de Justiniano e seus annexos.
Justino I ,
Justiniano I ■
Justino II
Tibério II
Maurício
Phocas
4,° Dynastia de Heraclio, etc.
Hcraclio I
62i7
565
578
582
602
610
,d
4(f
op
Her^çlio Çonstffi.,^^,
Con«it|iu]le 11 ... , ... _.^.. ...
Lesmm '"■ .V \v ••• ••/
Tit^rípffl ._,,.., ...
Iusti^ia,pjp 11, i^pT. ... ....
Phi^f^ic|9 óíi í^hffiRí^ÇP ....
Anji^tócio H .,.. ... ... ...
Thçp|o^9 ly(l.. ,..,. .... \..
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,695
7u5
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í>rPm^âí{^\k^wiW'f^^ 0^ ,3 ^^m$
Le|fO 3.°, jQl^ji*r,p,,
Cq^stantípò p. ...
JL6jlO jl^..» ... .'.
Irene ...
Staur^ç ... ...,.
''•^n 'úl
' .11.
717.
74á;
775.
Í8.Q;
797
,811
JmU\
Tftçc^nilQ
-^•^ Pyfif^?' Mm^domeí.'
Basílio I.,
842
»^>7
Constantino VI com Basilio seu pae. 868-87K
Leão VI o P^ç^çphfp ..
Alexandre
Constantino VH, primeiramente só,
^d^pois com Romano I Lecapeno,
^ ,^eus três filhos <'hrisíovào^ E§-
(^v|io e Ccnstantino VIil ... ...
Cq^s^ntinó Vil, só, de ^iXO ...
Rqiijqiino ÍI ... ... ...
Basiiio II e Constâncio IX ... ...
copp N^coph(9J:o lI^J^i\c((ças
com João I Zimiscès .,.
sós ambos
Ccjp^tantino IX, só
Rcjçpfi^no III ,
Mig\i^l IV, o Paphlagonio
Mig\iel V ... ,... ...
Zoe çom Constantino X. ... ...
Theodora
886
911
ORÍ>,
1 4ív}^bÇ>ro l\^ fi ríicfí{^ço jiy ,^.u
.qqmpfiUd^r... ... .. J078
íA;leixç)^ I. Wl
joãp II (J<^9j rÇómqenft) .... ... UlB
JVÍanuél 1 1143
Aileixo 11, .... ... .„ .^.. ... 1180
Aji^djççiniçó )I... l;I8j
)Isaac ill, pel^ d*? ve^ (11^5
Aleixo III 14J95
J^a^c H, 2. ?.V;ez, coça Aleijo ly, seu
filho ... ■ 1203
Ateo y ... 4Z04
., (,
j8.? 05 GrfigQ^ .reia^ííJiw ,em Mcea , £m
.ÇonstaminopiU . 1204-1261
J^er,a4çres Lçítjims .
iljaldjí^iiío ri 4e jFluiiLdrias/
ilenrique de Flandres ...
.1 ,ed i;9 ^Id Ç9u,rtenay
R oh^to ^ e . Co yrt^p^ ...
Baldjij^o 1,1 ... . ... .
Jo|i9 ;de^4qnpe,itut<>r, ,(^epo(Í5 .im-
perador
iy'J70iíV
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, '/i^ CommenoSf Ducas e Auges, qnt&f
'' aAleixos.
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fi I Comméno : ... 1^57
Cc^Jantino XI Ducas ;)^59
Ew][9:|LÍa com Miguel VII, Androni-
co e Constantino XI duas vezes
(todos tcBS P^Çft^) ... .. .. 1067
Romano ÍV e Eudoxia.V. •• .•• 1068
Migv^l Vil, .2.« vez e só WH
1206
1216
laiB
1228
1231
!9.° Py,vi,as,Ufl dqs J^,aleolog,as , depois delles
Migjjpl fat, '^^i^logo, ,ou ftUguel
Anprpjn,i,ço l . ... ...;, ... ... 1261
An^ronico "1,1 ,s(^ .. ... ,,<5»wij ^ft. tS^
Au^ron^ç fll ^e V-íigUAl í?^'«.V." i... Í?93
A,n|jrofl|Íço li só.pel^ 2.^ yez ... 1329
A,ndronií}'9 JÍI, .o Moço (PftleolQgo), 1328
Jloãio y PMeylpjgo..'^, 13 ti
João yjt.Cçvi;^t,acvízei^()(eíroão V Pa- ;
iepl^go. [ .....* .... ... ... ..: 13W
João V^ , ]y^âtí\etif ,CantaQgze«o e .,., :
.4q|io y, .,'..' ..."■ ,.' 1355
Jo|i6 V, .^(J ;.. ... ... ... ... 135,U
Maçuel ^^ Paleplqgo 1391
Jojio, VIJ, I^aleoio^o ... 1399
JopÒ Vlli Pja,^^]q,g9 ..,.,, ... ,1425
'(^ia^fi^^^o j^íi jPrapQses Pal^ 14^
oi^iESíVfL (càboj , {geogj'.) extremidade
NE 4a ,As^, dejÇrpu^te 4^ caibo occidental ^
i^a America ^o Norte
x«iipíiT^ ,(iWar), (geogr.) Toung-Hai,em
^VWÇZ» j>Míe 4o «çMvr da -China, eatrp «^
ClwíMi, Formosa, as "ilhas Lieou-tieoa, e o
Jal^riõ* ' ' •• ' ' • -^ ^' ' ;:"^
ORIFÍCIO , í. m. [lat. orifíctunij dè' Òs,'
ons, b(3ca , abertura .) buraquinho, poío; ,ey-'
tradà mui estreita, t?. 5^. 'O — daurèthráí;
do sacco lacrymal.
ORIFLAMA ou ORIFÍ AMMA , S. f. (Ff. "OTjf-
flamme ) estandarte bordado de ouro, de qhe
os arrtigos reis de' Françi usavapi nagttjr-'
ra. ílra vermelho ou cor de fogo e senieàdo de
charamas de ouro, 110 seu "principio era a
bandeira da abbadia de S'. Diniz. 'Gomo pa-
tronos da a'bba<iia os condes do Ve'scino le-'
vavám-o á guerra ; quando Phflip.pel, em
10H2 reuniiio Vessinó ao dòmiiiiò 'dácõrôíií,
herdou tãra4)em o^fiireito de levar ^guerra b
oriílamma Foi Luiz 'Vi o que primeiro o íèt
levar á frente do exercito francez em 1 í'^4,"
avançando para oflheno corílra ò imoperadòr'
Henriqu'! V; nunca mais tornoíi a appacecer
depois na baíal-ha tí'Az:inconrt em 1415. "
ORiGAN, (bot:) generõ de plantas da fa-
milk das Sabiadas eda Dydirianiià^yínflos-
per«iica. . / .<
orWem; s. 'f. ttat. oriíio, ini^,'d^]^riòr,
tri, nascer ) ponto; lugar doado alguma coiji-
sa 'brota , na^sce , mana , cresce ; cotn'éÇ0 ," '
principio ; font«, 'nascente, loãi donde naáce'
rio, ribeiro, 'inrinancial, x>.'g ^- de timpt na.-'
ção. A. ^ das' palavras: — ,' causa, v. g-Á-a
guerra, das discórdia"?; dos erros, abusos. ''
or. GENES, (hist.) celebre doutor da igreja,
nasceu em Alexandria em 18), viu cortar a
cabeça, em 2(t?, a seu pai Leonidas, que era
chnstão ; ensinou grarama-tica para~j)fover
ás ftécessidadps dasuafamilia, substituiu 'S.'
Clemente, seu mestre; na d^irec^ãp -da escoía'
ebristà de Alexandria , assignalou'-se efrtão
por uma rigi''ez de rrincipios, que levou a
ponto de se mutilar para escaparás tentações,
deu licçõps publicas em Cesárea na Syria,
foi « Mhenas para soceor^^r as igrejas de
Acfeaia e recebeu ordens em íerusrfíenl' ént
23§. fhirante a perseguição de Decio, Orige-
nesfoi preso, ca-rregado de ferros e pÂsto
a tormentos. Morren em 553, 'l^eixou rnui-
tos "esc-ripto:? em gr^o , entre éiiestíistin-
guemse os seus Cemmentarios ísg^ívô toda (£'
Èscriptnra Sagrada, e as suas Hexaplas.
OR-iREWSTAS, (hist.) Home dado aos seeta -
rios de ôrigenes. Eram rnuito nu-mérosos h^
Egypto e na 'Nuina í^s setts erros foram cofl-
demnados em Alexandria om '99, c rto -èe^
gundo €oncitto de "Constíftrtinopia em 55-Í-;
até -101 p.rohibida é ieitiíra' dos li-ifíOs d^-ôiti- '
genes. ■ • ■ ' "
OR>Gi^Ai>o, A, p. p. de oi4gHíar-se';^í^jf.'
nascido, causado, procedido.' " ' -'
ORtciNADOfr , A, «. (Hl €í4j. ^ne deu oi4--
gere, oaasador.' "
(m
5?
^PfWíitivo, (^e 0Fiçea\. Ojpiecado — ^^çc^mm^t-
■tido ^0 primeiro hpria^mXájiriràeii^^^
4her; (Àg.) víôio geral, bprpmyi'ipy— ^' i.'^/,
■o escripto primeiro dçqpe depois ^e ííiò-
'ram cópias', v. g. o — éreKÔ.*— , còtisa 'í^i^
'quer se' tirou còpra. " '' •" "' '"
' OR^GiríALiDADE , s. f. quallijade Originai,].
U —date pensamento, concepção .originai.
'— , singularitade.
ORrG[XALMf;];í;i;E, adv. (wen^ stí-tT.j ^rin\t- '
tLvamemte, em sua origem. — ,i[p. lís.*) cba-,
forme o .original. J-
originar-se, p. r. (do Lat. ,origp, in'§\
des. ar:) rtyisçer, pi:oQeder,\ser causaáp, .t>.^
\g. da insaciável çirtjiça se on5''i?taM §1 à.ecá-
nenfia dè IVoma. Ha .nossa lyraHma e mfí'
a<^mim'straçâo' sé originou a peq^Ja ' das imf
portantes ponguyistas ^e 'havi^imps íeltó tí^í
A.sia. .,:'■.■. r . .
' ORibiNARíOj A , ,arf/. (des ário ,) ^yte dá
origetp] ,íj. g. fonte -^ donde os yicjpSDi^o-
çédem. — , provêm, tira a 'sua oi^igem. —
4^ Frç,fifía. Nobre^k'—:,'Qxie xenpi feànte^
passados: ' \ ■^-' -'í "» «^ *- ' ' '' '[^
ORiHL^ELA, (^ep2;^r.) OrcdU, cidade tíe^.is-
panha, §pt)|re o Segura, a t kguas NÍ.. 4é'
■Murciâ ; 2ft,G00 'hàb\twtes'* 'Bispà^ » ^ trçsj
u^iiversidadas. ' ' ,' ' ..., ,
o R y o N ES, s m . pl{ iapit .«)^ 'pécegps|^(3C|i^'
dós ao sor e feitos em' doíié.-'' ■'■-''
ORiíjiApo, $. m. Ido C^t.oriUa, bord^^
ourelo. J tecido grosseiro ^e Jà^ .usa^p jjn-
ti^a mente em vestidos 'de luto.
or'[Lh'as, s: f. pi. {'óúvljrí) as Í)ppiias (ip"^
engaste; os'aÍtos que forííiam k 'cerlcádu/j«
' orfna e íleriv. V. Oiirina, etc. _ ^
' ORiNE, (^epgr.) hoje Da^aíàc,j\hà dÒ'Í[Pi-
pfio arábico, na òo^ta da-^thíppfa. '''^
ORio, (Jesinencia, da l.íii,. orius.' Í'em d^'
des. verbal or, 'que (?értot;vagénté^ e"eí);'írfi
iji ex. amatprio, isujdatprio, Or,at0rl6.
ORio. y, Úemda. "^
ORÍON, -{mytli;^ jftlhd t(^^yfiêp/ .segu];i.çlp a
■fabula saiu da heííe de uraà' ntívíthàj ^acrif
' -Çcadâ 'jior seú pai axjis deuses (IVèptv^pp, "IVl^arr-.
çurio e ítipiteri. Era íiabll'£ jnjfaí.ig^y^l (;a^
.çadoí". ^Diijçpii de^çfiçr Irtanâ, òu &&^u9dp.oiiJr
trps,' dèsdèrVhbu o.seiu ^mo^,. Â'dey.5^ P9rá'p;
piinir fez cpm qxie v^m escòr|^ãò ó pip^^^e,,
depois inconsolável p^i.a sua inórt^ ^pbt^^^v^e
gije •fpssètrasl^^adó ivarji i0^'ôe,u,'píi(je for-
ma lima di»^ rríáis bnttiapíes ',ç<;^^1táçQQSjj
As re^açpps .depj|ic(á e'd*0.r;òa'.teíi dad.o l.ij.-
gfl^r asuppôr qdè p fift^b de JíJTjep tií^^
'^gqsi^o ÉQuito v1vpji3à 'astr9.ii9^i5ti<ai . ^^
o^ísÒT^fE. y^.'^rl%ont§: , . - , '
0R*i9áX'òu 'ÒRrçÀH, fgieòg?^') antiga proviri-
(5ifi do Indostão, entre Bengaja ao N. ç .ps Çir-
'ça,re aoS., 1 .ebO^t^éÕMljítanjle?. .?,^^^^^
a'çapi4aj. Hoje j^iéft^ic^ aos Xíigle^íes, ,è|p^
'^f .Jítftt. mÀginaUèij ma *f> districtos da presidência de Cjflcutta, ^
12
CAL
ôRistANOOuORiSTAGNi, (geogr.)cidade dos
Estados Sardos, na ilha de Sardenha, a 19
léguas de Cagliari e de Sassari, porto do Tir-
so , 5,600 habitantes.
ORIUNDO, A, adj. (Lat. oriundus.) nasci-
do cm um paiz, originário, v. g. — de Fran-
ça, da Grécia.
ORix, s. m. (Lat., do Gr. de oroí, monte. j
cabra montez.
ORiZABA, (geogr.) cidade do México, a 22
léguas 80. de Vera-Crnz ; 8.000 habitan-
tes.
ORiZES-PROCAZES, (geogr.) tribus de Ta-
puias, intrépidos guerreiros que viviam nas
serras da provincia da Bahia, noBrazil, no
lugar onde jaz presente Santo António das
Queimadas, nas cabeceiras do Ilapicurú.
ORjAVÀo. V. Orgevão.
ORKHAN, (hist.) segundo sultão ollomano,
filho de Oihman I, ia apoderar se da Prús-
sia cm 1325, quando foi chamado ao thro-
no. Escolheu para ministro o sábio Ala-Ed-
djn, conquistou a Bithynia, submelleu os
principados de Carasi e assolou os arrabaldes
de Constantinopla. Deu leis e instituições ao
seu império, e formou os Janizaros. Cazou
com Theodora, filha do imperador J. Canla-
cuzeno. Morreu em 1360.
ORKHON, (geogr.) rio da Mongólia, entre
osKhalkhas, corre ao NE. e lança-se no Se-
lenga.
ORLA , s. f. (do Fr. orle, filete, do Lat.
ora, borda.) borda da vestidura. — , no bra-
zão, cercadura do escudo. — da moeda ,
borda onde vai o nome de quem a mandou
cunhar.
ORLADO, A, p. p. de orlar ; ad^ guarne-
cido de orla, debruado.
ORLADURA, s. f, oila, debrum.
ORLAR, V. a. [orla, ar des. inf.) debruar;
pôr orla, guarnição, cercadura.
ORLEANEZ , (gcogr.) antiga provincia e
grande governo de França antes de 1789, ti-
nha por limites; ao N. a ilha de França,
ao S. o Berry e a Turena ; a O. a Normandia,
Perche e o Maine ; a E. o Nivernez e Cham-
panha. O Orleanez forma hoje o departamen-
to de Loir o Cher, quasi lodo o d'ture-e-
ioire, e grande parte do de Loiret.
ORLEANs, (geogr ) iwrtf/tani em latira, ci-
dade da França, capital do departamento do
Loiret, na direita do Loire/ a 56 léguas SO-
de Paris ; 40,270 habitantes.
ORLEANS (Nova), (geogr.) cidade dosEsta-
dos-Unidos, capital do Estado deLuisiania,
na direita do Mississipi, em uma ilha, a 40
léguas do mar do México ; 102,190 habitan-
tes.
ORLEANS (reino de), (geogr.) reino forma-
do duas vezes pelos desmembramentos que
tiveram lugar pela parte de Clóvis e pela de
Clotario I. Da primeira vez, de 511-a-í;33,
compreendeu o Marne, o Anjou, a Torena o
o Berry; dasegunda, de561-a-59 5, f 3Íau-
gmentada com o reino de Borgonha, e a ca-
pital foi Chalous-sur-Saone, em logar d'Or-
leans.
ORLEANS (condado e ducado de), (geogr.)
feudo francez, não foi primeiramente mais
do que um condado do império carlovingio,
e quando Carlos-o-Calvo fez renascer os du-
cados, Orleans fez então parte de ducado de
França, e por consequência pertoncente á co-
roa. Mas cl'ahi a pouco, em 923 Roberto I
era conde defaris e d' Orleans, ao mesmo
tempo que duque de França. Hugo-o-Gran-
de e Hugo a Capeto herdaram o ducado. Fo-
ram estas bases do novo dominio e por
consequência do poder real. O condado de
Orleans não foi separado da coroa no tempo
dos Capetos directos, mas depois delles mui-
tas vezps foi alienado; 1.° Philippe VI eri-
giu-o em ducado para Philippe, seu 4 " fi-
lho; 2.^ Carlos V deu otilulo a seu 2.<* fi-
lho; 3.°LuizXIll alienou-o em favor de seu
irmão Gastão ; 4.*' passou depois ao irmão
de Luiz XIV, Philippe. Luiz Philippe, 5." des-
cendente deste ultimo rei, subiu ao tro-
no de França em lb30 e deixou o titulo de
duque d'Orleans a seu filho primogénito Fer-
nando-Philippe. A seguinte é a lista genealó-
gica das duas principaes cazas d'Orlcans :
1.^ Casa.
Luiz I filho de Carlos V 1392
Carlos 1407
Luiz II (depois rei com o nome
de Luiz XII) 1465
2.^ Casa.
Philippe I (irmão de Luiz XIV).,. 1661
Philippe II (regente) 1701
Luiz I 1723
Luiz Philippe I 1752
Luiz José Philippe 1785
Luiz Philippe U (rei em 1830) ... 1795
Fernando Phihppe 18JU
ORLEANS (Luiz I, duquc de), (hist.) tron-
co da primeira casa d'Orleans, era o ?." fi-
lho de Carlos V, e irnão de Carlos VI. Repre-
sentou um dos primeiros papeis durante a
demência de seu irmão, e morreu assassina-
do, por ordem de João-sem-Medo, duque de
Borgonha, seu rival.
ORLEANS (Carlos de), (hist.) conde d'Aa-
goulerae, filho do precedente e de Valentina
de Milão, nasceu emlH9l ; fez todos os es-
forços para vingar a morte de seu pai. Dis-
tinguiu-se em 1415 na batalha d'AzÍ!icourt,
ORL
i
onde foi ferido e feito prizioneiro. Oá Ingle-
zes conservaram-no preso 25 annos. Voltan-
do a França, debalde tentou lomar posse do
ducado de Milão, que lhe pertencia por par-
te de sua mãi; morreu cm 146 j. Deixou al-
gumas poesias, compostas durante o seu ca-
ptiveiro.
ORLEANS (Gastão duque de], (hist.) nasceu
era 1608, filho de Henrique IV e irmão de
LuizXlII, foi o objecto constante dociumee
desconfiança deseu irmão. Entrou nascons-
pirações formadas contra Richelieu, e viu
morrer os seus ndherentes Montmorency e
Cin-Mars, por elle abandonados á vingan-
ça do implacável ministro. Ganhou alguma
gloria nas campanhas de 1644, 45, 46, mas
representou um triste papel durante a Fron-
da. Morreu em 1660.
ORLEANS (Phihppe í, duque de), (hist.)
ramo da 2.'* casa d'Orleans, irmão de Luiz
XIV, nasceu em 1640, morreu em 1701, ca-
sou pela primeira vez em 1661 com Henri-
queta d'Inglaterra, e pela segunda em 1671
com Carlota Izabel de Baviera, fez as campa-
nhas dos Paizes-Baixos, bateu o princepe de
Orange e inspirou alguma desconfiança a
Luiz XIV, que nunca mais lhe deu comman-
do.
ORLEANS (Philippo II duque de), (hist.)
chamado o Regente, filho do precedente, nas-
ceu em 16y4 Dotado do talentos brilhantes,
distinguiu-se nas campanhas de i^dó. AíTas-
tado dos exércitos entregou-se ao estudo das
sciencias naturaes. Todavia alguns annos de-
pois foi encarregado do commando na Itália
e na Ilispanha. Testemunha da fraqueza de
PhilippeV, aspirou ao trono de Ilispanha, e
desde esta occasião jamais deixou de ser olha-
do com repugnância por Luiz XlV. Nomea-
do em 1715 presidente do conselho da regên-
cia, o duque d'Orleans logo fez mudar a face
da França • os Stuarts deixaram este reino :
os Jesuítas perderam o seu poder, foram li-
cenciados 25,000 soldados, e as dividas fo-
ram extinctas. Philippe d'Orleans morreu em
172J.
ORLEANS (Luiz, 3.°duquede), (hist.)íilho
de precedente, deu exemplos do virtude e pie-
dade, passou os seus últimos annos na abba-
dia de Santa Genoveva, protegeu os sábios,
e adquiriu reputação pelo estudo da língua
hebraica. Era jansenista e deixou algumas
obras do devoção, que íicaram manuscrip-
tos.
OALEANS (Luiz Philippe, ^i.° duque de),
(hist.) filho do precedente, tomou parte nas
campanhas de 1742, 43, 44, foi tenente gene-
neral, governador do Delphinado, protegeu
a introducção da vaccina em França, passou
os seus últimos annos na sua diliciosa casa
deBagnolet. protegendo os sábios e repre-
vut. IV,
sentando comedias. Foi casado secretamente
com a senhora de Montesson.
ORLEANS (Luiz Philippe José, 5.° duque de),
(hist.) filho do precedente), nasceu om 1747;
fez sempre opposição á corte. Commandou
em 1778 uma esquadra no combate d'Oues-
sant. Desde 1 785 o duque d'Orleans foi o pro-
tector dos inimigos da corte, e não foi estra-
nh) aos acontecimentos, que prepararam a re-
volução, nem nos seus primeiros actos. Em
í 7^7 declarou nos Estados lleraes que elles se
liuiiam o din iio de votar os impostos. Era
178'.) foi deputado aos 1 stados Geraes pela
nobreza de Pari/, pronunciou-se no sentido
das ideas novaò, e íoi do numero dos nobres
qiii; duram o exemplo de se reunirem ao ter-
ceiro estado. Foi membro da Convenção, to-
mou nesta assembleia o titulo de Pkilippe-
Egualdade, ligou-se com o partido da Monta-
nha, evolou pela morte do rei. Apesar das
suas ideas exaltadas não deixou de ser ao-
cusado ; foi guilhotinado a 6 de .Novembro de
179 J. Seu lilho primogénito, Luiz Philippe
d'Orleans, nasceu em i ^73, teve primeira-
mente o titulo de duque de Charles, e depois
odeOrlears, e foi proclamado rei dos fran-
cezes em 1810. O titulo dMUuquo d'Orleans
passou em 1830 para o filho deste príncipe
Fernando I'hilippe Luiz ('arlos Henrique.
ORLO, s. m. (t. Asiat.) instrumento mu-
sico Fern. Mendes.
ORME, (hist.) historiador inglez, nasceu em
1728, morreu em 1801. Deixou : Historia
da guerra dos Inglezes no Indostão. Histo^
ria das guerras da! adia.
ORMEA, (gêogr.) eid.ide dos Estados Sardos,
a 7 léguas S. de Mondovs ; 5,230 habitan-
tes.
ORMESSON, (geogr.) aldeia de França, a lé-
gua e meia ISO de S.Diniz.
ORiíiNio , s. m. (Lat. orminium.] planta
semelhante á salva, nas folhas.
ORMOND, (geogr.) cantão dlrlanda, no con-
dado de Tipperary.
ORMORiA, (bot.) género de plantas da famí-
lia das Leguminosas e da Decandria Monogy-
nia.
ORMSKiRK, (geogr.) cidade d'ínglaterra, a
5 léguas NE. de Liverpool; 4,2J0 habitan-
tes.
ORMUZ ou nORsiuz , (geogr.) Annuzia,
Ogyris, cidade e porto da Ásia, na costa NE.
da ilha d'Ormus, não longe da costa de Fars,
á entrada do golpho pérsico, que une o es-
treito d^Ormuz com o mar Oman; 300,000
habitantes. A ilha d'Ormus era outr'ora o cen-
tro das ricas pescarias dos arredores ; tinha
algumas forteticações, que passavam por inex-
pugnáveis, todavia foi tomada porAífonsode
Albuquerque em 1514, e foi uma das pri-
laiirits estações portuguezas no Oriente.
13
m
4)m^^f ^im-yÚi.lo.Oromaeo .dôs Gregos, o f
bom principio entre -ostPersas, era lem tudo
antaganista d'Ahrijja«n, e o immediMo xíq
de^us ?(?r,vâíie A-k/erepe. Miltherçi é a sua enr
cafoçição ;n'uma esphera dníerior. Foi elle
que QrQOu o oaundo ,e todo o.exeroito das Es-
Irelílas, é quem espalha a luz e o caior, quem
luQta contra o espiralo das trevas , éelle (jue
cQTÔa os reis, o que armou os Djemchid eos'
Feiíidoun, e o que inspirou Zoroastro.
ORíiuziANO, A, adj. e s. -natural de Or-
rojiikz , pertencente -a Ormuz , cidade da
Asiip.
ORNA, ^. /. (it. Asiat.) cffl do 4o 'legume
chamado tori. Gouto, Dec. Vlll.
•OiRNAiBO, A, p p. de orpar; aá;. adorna-
do, composto, enfeitado.
OR^"AnoR, <s. m. o que orna.
4í)R;]jíAiN, (geogr ) TÍo de França, nasce no
capitão deSailIy , ao SE. de ílomviíle, rega
Geondrecourt, Ligny, Bar-k-í^uc elança se
noMarne
ORijíAMENTO, A, f. p. de Ornamentar; ad^.
adornado, enfeitado.
rORNAMENTAR , fC. 61. [omamento , ar des.
iof.) adornar, enfeitar, paramentar.
''.ORNAMENTO, s. 17!. (Lat. omameníum.)
ornato, adorno.
ORNANO^ (geogr.) villa da €orsega, a31e-
gu-as SE. á' Vj.iccio.
OKNANo, (hist.) faruilia originaria da Cór-
sega, a que perteftcerara dous marechaes e
muitos outros officiaes distinctos
ORNAíís, (geogr.) cidade de França, so-bre
o Lone, a '> leguasSE. deBesançon; ,3>^G96
haj>itantes. ,
ORNA-R, V. a. (Lat. ornare,,'áoCiT:'4re6,
ter cuidado, ôra, cuidado.) compor, enfei-
tar, aformosnar cora enfeites, atavios, ador-
r.os. — o discurso, (fig.) com flores da elo-
quência
ORNATO, s. w;,ft>t; ornaíiis) adorno, en-
feito do corpo, .dôfbra de arfíhitectiira,e;>-
culí)tura , pintura , de jardins, e (íig.) do^
discurso. , . ■ ■, ■
€R^E, (geogr.) -Oiiiia, rio de 'França, nas-'
ce no departaraerito, a que dá o seu nome,
corre ao NO., depois a INE. iè ]ança-se na
Mancha. , ■ ■, '^-'^-^^ l-''.^--'^;!; /^ '
ORNE (departamento de),' (geogr.) deparla-f
mento da França, -entreis Calva dos aoN..
deMayennee de í-arllieao S. daManch-a^aO.,
de Eure e Eure Loir a E. ; 443, €8 J habitan-
tes. Capital Aílençon.
ORNEAR, y. Ornejar. i
■o.RNEJADOR , A, -adj . que or-fieja, «tírra'.
ORiNEJAR , V. a. ou n. (do ]>at orneus ,
Gr. ornem, berrar.) zUirrar o >burr0.
OJRNiTHOLOGiA , s. f: (do 'Gr oríds, or^i
ni4hQ^, ave, .pássaro, e íogfía.) part« (S«'lpris-
pria naturai <jwe iffifa 4^ ayes.
0R0„
ORNifl"EKna&iG0, A, aify'. <5oncftcnente á oc-
nitlidogia, ívtejTsado na ornithiilogia ;
ORM-TiíOMANCiA, s. f. [maneia su€.) adi-
rinhação pelo vôo dos pássaros. V. Orni-
thologia.
ORNiT;H0MYA, (h. «.) geuero dUnsoctos da
ordem dos Dipléros, familia dos Pupipares,
Aribu dos Çuriaçeos.
OiRÓ. V. lOri.
«ROBALÃO, s. m. (t. Asiat.) Os -orobalões
■de Malaca, iiomens >nobres, íiàalgos. — d*
mamlha de ouro, -são os nMcis nobres.
«ROBio (Isaac), (hist.) escriptor Judeu, nas-
ceu em Hispanha jk)'XWI século, linha si-
do educado no christianismo. Foi lente de
mathematicas na univ6rsidadtí-de<Sâ:lamanca.
Morreu em il6'87. As suas principaes obras
são : Certamen philosopkicum adversus Bre-
denhorgium et Spinosam ; í),e teriitaíe rcli-
gionds christian(B .eollaíio cum Judaa.
OROBO , s. m. ('L»t. orobus ) (bot:) plan-
ta -medicina»! da familia das i^eguminosas e
da Diadelpbia iDecand.ria. : ' ■
oíi^BO, (geogr.) antiqmssima Aldeia da pro*
vincia do Espirito Santo, no Brazil,' funda-'
da no século XVI pelos jesuítas, a 3 'léguas
do mar, nasxiabeceiras dorio Reritigbá.
ORÓBO (geogr.) serra da província da Ba-
hia ;no ;Brazil, na •antiga comarca de Jaco-
bina.
OROÇA, vem no Elucidário, e em Moraes
erradamente por coí-.ofo, e não é mero erro
'tyi:iGgraphico porque é seguido de uma ex-
plicação em que se ^repele duas vezes oro-
ça: citarei a passagem de Moraes. « Ser
— , como capa de simonia,'qual era o apre-
sentado em beneficio, que o servia, conten-
do o apresentante^ renda. Beneficio ern^^^'
o que andava Heste modo. » Elucidar.
ORODES , (hist •) rei dos Parthos no í se-'
culo antes de Jesu-Christo, filho de Phraato
II!, foi atacado por Crasso, tnasSurena, ,gh'=;-
neral partho, venceu e matou o general ro-^-
mano na batalha deCarrbes, L3íanno5, An-
tes ide JesunGhT-isto. Orodes foi depois bati-
do por Ventidio, general romano, -i.' annOS
•antes de Jesu-Christo. Morreu pouco -depois
assassinado por seu filho,
OROMOLASSAS, (expr.plebêa corruptn e des-
usada), em muito má hora.
ORONTE, {^Q<ò^>c.) Orontes, o\x Avcius,^ "k^e
Aasi, rio da Syria, sae do l.i'bano, rega An-Í
tioch ia, .depois cae no Mediterrâneo.
OROPEL. V. Ouropel.
OROPESA, (geogr.) cidade da Bolivia, ca-
pital da província de Cocha hanjbia, a 8 léguas
N. <le Cochabamba ; !l7,.0(K) habilanttis; Baa
Hispanha bamuiloslugar.es com «ste no-
me, í
OROPiWENT-E. W^. Oiuropimcntf
OROSf/Opo. y. Uorosec^o.
^ORO^AZA, (geogr.) qida^e d^,H\}í]gi;^, .a
1 llQgua? SÔ . de Be|íe3 ,; Ç,QOO,haÍ)ilanti^. ,
ÓROSO, (hist.j historiador catalão, no im
doiy s^ç\ilo de ^esu-Çhristo foi 4iscipulpde
Santo Agostinho, ezelozo autagoi;iista doPer,
legianismo, e ejxí^ortpu p Santo Doutor a com-
bater esta he^cegi^, cpntra a qual , escreveu :
Apole,getic;u.s de arbitrai libertaste. ^
ORÒSPEDA, (geogr.) cordilheira de monta- j
nl\,as 4^/Uisp?inha, separava a. Betica.çlaTer-
raconeza.
^ç^ioTAVf, (^eo^r.) ovitr'ora /aorp, cidade
da ilha de Tenerife, a 8 léguas 0. de Santa
Criiz ; 6,^00 Habitantes.
OROT^VA (pprtp de), (^epgr.) çic^ade e por.-;
lo, aliegi^ 4a .precedente ; 3.800 habita n.-|
tes. ' \
PRPRÃA, ORpnà .ou pB|PHApr, $. f. (subst. ^
do adj.) pessoa do sexo fe.ínininp «ujo paij
e mãi mprreram. r~ de dois filhos, a mãi
privada deUeg.
ORPHANDA,DE, 5. f. cstado dp orphão; (fiff.)
dpsamparo, por falta dos pais ou protecto-
res. * ,
Pr,piia]S.ití:s ,pu íOrphãos, (hlst.) seita do
Bussiias,.quedeppis damorte de Ziska, prp-
fessa.ndo profunda admiração pela sua me
morÍ3, não quizeram dar-lhe successores ,e
confiariam a direcção dosqegocips aumcon-
selhp. Precopio-b-Pequenp alcançou sobre
ellesrnuità influencia. Os Orphanites era o
partido hussita ,mais forte depois dos tabo-
ritas.
ORPiiÃo, AN, fláj. (Lat. orphanus, do (jT.
orp^anos, ,rad. orphnos, tenebroso, privado,
de luz.) que perdeu pai e mãi, ouumdel-j
les. lie .ordinário se diz de pessoas em ten-'
ra idade ; (íig.J privado, v. g. a mulher — .
de dois filhos. — , ,s. pessoa em estado de;
orphaçdade. Juizo d^s—s. .()<?^j\,- .éu os'
meninos — s. ' ' '■
ORpriERiqp,;^,- adj, de Qrpheo, mui sua-
ve ao ouvido, V. g. — suavrdade.
ORPiiiío, (myth.) Orp/ieus, segundo a my-
tholpgia é um poeta da Thracia, filho do rei
CEagroe da musa Calliope, segundoputros, é
filho de Apollp e de Clio ; viveu- um século an-
tes da guerra de Tróia, foi discípulo de Lino,
tomou parte na expedição dos Argonautas,
viajou no Egyplo, onde sua esposa Eurydice
foi mordida no calcanhar por, ijtria serdenle,
ou.zpu descer aos infernp$ para a pedir a Pl^i-
tãp; ob^çve-á mas com a condfiçãp.de não olhar
para ella em quanto nçio saisse dos mfprnos,
infr^i^iu p .ajuste eperdeu-se para ^pçppre.
Voltou então á Thracia, ao pçiiz dos Cico-
nes, viveu reliradp nos ,I?psques, desabafan-
do" a sua dôr em , canto? fu,ne.l;H-es ; ao
som ^e sua vp;z os.ajiimaes ferpzeç cprxif^m
submissos, e as^arvores agitavam os ;sens rçi-
mos com cadencia. As ínu^te^^s 4.a íUr.a-
ORT U
W
cia tenta.çftm em ,yão faz^r-lhp .esquecer op
seus ^pQzares, .furipzas pelo seu desdém,
despèd/içaram-o.
ORPHiNDADE. V. Qrphandçicle.
^pR^iA, vem no Elucidário , por hora. Dev^
ser erro do Documento por ora.
QRRACA ou ARRACA, s. f. (t. (la Asia),yiv
nho de jagra usado na Ásia. — , aguarden-
te de cOco.
ORREpoR, erro vulgar por Arredor.
ORRETA, s. f. (do Gr. oros, monte.) valle
mui apertado entre dois montes ,çom ppu-
co arvoredo.
ORSEOLO, (hist.) nomecpmmum a 3 doges
.de Veneza : PedçoOrseolo, successpr de Gaur
dianoIV, de 976 a 978; Pedro OrseololI,
,doge de 991 a 1009, Olhpn tÒrseolp, doge
do iL09 a 1023, morreu em C4onslantino-
.pl^ em 1032.
ORsiNro.n.psuRSiNOs, (hist.) Celebre famí-
lia dosestadosromanos, rival da dos Çplonna,
tanto pela grandeza das suas ppssesões, como
por partido politico. Era gueífa e sustentava
a causa dos papas e a iridep''ndencia italiana.
O primeiro Orsi^i conhecidp é Jordano Orsini
que fez, como general, grandes. serviços a Uo-
ma foi feito cardeal em IH 5, e enviado co-
mp legado ao i aperador Conrado em 1152.
QRsiNi (Fulvio), (hist ) Fulvius Ursenius,
antiquário ephilolpgo, filho natural de um
comirieniador de .\'alla, nasceu em Roma
em 1.529, foi abandonado por seu pai, ven-
ceu todiis os obstáculos, qne lhe oppunha
a miséria, e tornou- se unidos homens mais
eruditos ilo seu tempo; morreu em 1660.
Deixou: De verborum siijuificatione;. Vir-
gilius collatione scriptorum grcecoram il-
lustratus, etc.
ORSKALA^ (geqgr.i) forte da Rússia, a i5
léguas ao E. deOrenhurgo ; 2, OíiO habitan-
tes.
ORSOVA, (geogr.) nome de dups cidades
da Hussia situadas perto da embocadura de
la Çuserna no Danúbio; também ha , uma
Volha-Orsova, na margem esquerda do Da-
núbio, no banato Valachio, a 15 léguas SE.
de ^Veiss-Kirchcn.
oitsoY, (geogr ) cidade daPrussia rhcna-
na, a 10 léguas ao SE. de Cleves, na es-
querda do llheno,
- ORTA. V. Horta.
ORTA (QçLTcia 4a), (hist) celebre medico
portuguez, nasceu na cidade de Elvas em
1534, frequentou as universidades de M-
,€alá e Salamanca aonde recebeu o grau ^e
doutor em Medecina; foi lente de jP.hilosp-
phia na de Lisboa até ão auno de 1534,
em que se embarcou pai;a a Ipdia , onde
fallqceu e,ni larga idade. AppliWíi--:5e ,fi jn-
yestj^^ção da virtude das ,planta$ e.he^ya^,,
,|ue produziam as regiões orientaes, íiojjrç
14 •
ont
o que escreveu uma excellente obra em
Latim, que depois traduziu em Porluguez,
e publicou em Goa em 156), cora o titulo
de Colloquios dos simpíices e drogas e cou-
sas medicinaes da índia e fructas nella
achadas. Esta obra de grande mérito teve
a maior acceitarão e foi traduzida em vá-
rios idiomas.
ORTA, (geogr.) cidade do Estado da igre-
ja, a 6 léguas e meia INE. do Viterbo, so-
bre o Tibre.
ORTA, (lago de), (geogr.) lago dos Esta-
dos Sardos, a 0. do lago maior.
ORTALiÇA. V. Hortaliça.
ORTAR, ORTADO. V. Hortar, Horlado.
ORTEGAL, (cabo), (geogr.) o cabo mais se-
ptentrional de Hispanha.
ORTELÃA, ORTELÃ OU ORTELAN , S. f. (de
hortus, horta, jardim.) herva hortense mui
verde, crespa e aromática, com que se tem-
pera a olha. — sylvestre, mentraslo Sym-
bolicamente ortelan é crueza.
ORTELÃo. V. Horielão.
ORTELio, (hist.) célebre geographo fran-
cez, nasceu em Antuérpia em 1527, morreu
em 1698, viajou muito pela Europa. Compoz
o primeiro Alias conhecido, e outras obras.
ORTELSPiTZE, (gcogr.) vulgarmente Orílcr
montanha do império austríaco, a mais alta
dos Alpes rheticos, nos limites do Tyrol e
do reino Lombardo-Yeneziano, perto de Bor-
mio.
ORTEVIELLE OU ORTHEVIELLE, (geOgr.) cha-
mado também Aorte, villa de França, no
canlão de Peyrehorade, a 6 léguas ao S. de
Dax ; 900 habitantes-
ORTHEs ou ORTHEE, (gcogr.) Horthesium
na idade média, porto de França, a 10 le-
guasaoNO de I au ; 7,860 habitantes.
ORTEio , do (ir. orthos , recto , direito,
prefixo que entra na composição de alguns
termos scienlilicos.
ORTHODOXiA , s. f. [ortko pref., e doxa,
opinião. 'conformidade com a verdadeira dou-
trina religiosa, isto é, com a que domina em
um paiz.
ORTnoDoxo, A, adj, conforme á doutrina
reputada a única verdadeira.
ORTHODROMÍA, s. f. [ortho pref., e dro-
mos, carreira.) (naut.) derrota direita do na-
vio.
ORTiiOGONAL, adj. dos 2 g. (orí Ao pref.,
e goniay angulo.) Linha — , a que no pla-
no cáo rectamente sobre a que lhe fica per-
pendicular.
ORTnoGRAPHiA, s. f. (l.at., do Gr. ortho
pref., c graphô , escrever) escriptura cor-
recta. - -, (forl.) perfil.
ORTiioGRAPHico, A, aá/. concemante á or-
thographia, v. g. Systema, methodo—. Re-
gras — s.
ORT
^7í
ORTnÓGRAPHO , s. m. O que sabe ortho-
graphia ; que escreve uma lingua correcta-
mente.
ORTHOMETRIA, s. f. [oTtho prcf., e metria.)
medida certa, recta, exacta.
ORTHOPNÉA, s. f. [ovtho pref., direito, e
pncô, respirar.) (med.( respiração laborio-
sa, excepto estando o doente na posição ere-
cta.
ORTHOPTEROs, (h. u.) é Rssim chamada
a quinta ordem da classe dos insectos.
ORTIGA ou URTIGA, s. f. (Lat. urtica, de
uro, ere, queimar.) herva cujas folhas ap-
plioadas á pelle picam, ou causam um pru-
rido com ardor. — s no peito, na consciên-
cia, fllg.) remorsos, cuidados pungilivos. — ,
género de plantas que deu o seu nome á
familia natural das Urbiceas, coUocado na
Monoecia Tétrandria.
ORTiGAoo, A, p. p. de ortigar ; adj. pi-
cado, esfregado, açoutado com ortigas.
ORTIGÃO, s. m. augment. de ortiga.
ORTIGAR, V. a. [ortiga, ar des. inf.) pi-
car, esfregar, açoutar com ortigas,
ORTiLA ou ORSiLA, s. /". hcrva que SB cda
na borda do mar, e serve na tinturaria.
ORTivo , A, adj. (Lat. orlivus, de orior,
i, nascer.) (astr.) oriental. Amplitude—, ar-
co do horizonte entre o verdadeiro ponto do
leste e o ponto donde o astro nasce qual-
quer dia.
ORTO, s. m. (Lat. ortus.) (astr.) nascimen-
to, apparição de astro acima do horizonte.
— , couve de folha miúda que lança mui-
tos ramos, e tem mais de um côvado de
altura.
ORTOCiDAS, (hist.) isto é filho dô Ortoky
djnastia turcomana do século XI, que em
1U82 se estabeleceu na Syria ena Arménia.
iMtílik-Chah abandonou Jerusalém aos Orto-
cidas ; mas estes foram despojados pelos
Fatimitas por occazião da primeira cruza-
da.
ORTOGRAFIA. V. Orthographitt.
N. B. João áò Parros, na sua grammali-
ca, diz que, a p3sar da etymologia, deve
escrever-se ortografia, porque assim pronun-
ciamos. É escusado refutar tão absurda opi-
nião, e só direi que por es.se mesmo princi-
pio é que elle escrevia frol, que o vulgo
ignorante perverteu de flor.
ORTONA, (geogr.) nome de duas cidades
no reino de Nápoles; i.° Ortona-a-Mare ;
a 3 léguas e um quarto ao M. de Lhieti,
7,000 habitantes; 2.° Ortona-a-Marsi, ali
leguai d'Aquila.
ORTYGiA, (myth.), Ortygia, nome célebre
era mylhologia, parece ter sido dado a mui-
tas ilhas ou terras por cauza da abundân-
cia de codornizes [Ortijges], que nellas sç
encontravam. Delos Içve este nome.
OSÍ,
'Af
OS^
a*
ôftuçií, s. m. (t. Brasil.) abelha granda e
brava do Brasil, que dá muito mel.
GRUGA, s. /. (Lat. eruca.) nome de uma
herva.
ORURO, (geogr.) cidade da America do Sul,
capital de província, a 25 léguas SO. de
Oropeia ; 5,000 habitantes.
ORVALHADA, s. f. (subst. da des. f. de or-
valhado,) o orvalho que cáe de manhã.
ORVALHADO, A, p. p. deorvalhar; adj. es-
pargido, borrifado com orvalho ou em for-
ma de orvalho.
ORVALHAME, adj. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. em ans^ lis.) que orvalha.
ORVALHAR , V. Q. [orvallio, ar des. inf.)
borrifar, molhar com orvalho, ou a modo de
orvalho. — , cair orvalho. — se , v. r. (p.
us ) desfazer-se em orvalho ; cobrir-se de
orvalho.
ORVALHO, s. m. (do Lat. rora/ú, orvalho-
so, de ros, roris, orvaiho.) vapor conden-
sado em gotas ténues que cáe da atmosphe-
ra á noite e de madrugada; (lig.) influxo
benéfico, como o é ás plantas o orvalho, v. g.
o — da graça, dos benefícios.
ORVALHOSO, A, adj. (des. oso.) coberto de
orvalho, que esparge orvalho. Manhãs — s.
ORViETAN, (geogr.) antiga província dos
Estados ecclesiaslicos tinha por capital Or-
vieto, e hoje está compreendida nas dele-
gações d'Orvieto e de Viterbo.
ORViETO, (geogr.) Urbs vetus ou Ilerba-
num, cidade dos Kstados ecclesiasticos a 9
léguas N. de Viterbo; 4,000 habitantes.
Bispado. Capital da delegação de Orvieto.
ORViLLE, (hist.) sábio hollandez, nasceu
em 1G90, mcrreu 1751, viajou muito. Foi
collaborador de Burmann nas Observatio-
nes inisccllaneae.
ORYO. V. Cevada ou Arroz.
ORYX, s. m. V. Orix.
ORZECHOwsKi, (hist.) Orichoviíis em la-
tim, historiador polaco do século XVI. As-
sistiu como núncio á dieta de 1501. Deixou:
Annaes da Polónia ; Annacs do reinado de
Segismundo- Augusto, etc.
ORZi-Nuovi, (geogr.) cidade do reino Lom-
bardo Veneziano, perto do Ogiio, a '/ lé-
guas ao SO. de Brescia ; tem 4,800 habitan-
tes.
ôs DA BOCA, {do Lnt. os, oris, boca, en-
trada.) (ant.) V. Epiglote.
ós, contracção de aos, usatía anligamen
te pelos poetas, e hoje na conversação.
OSADAS, s. {. A — , (ant.) ousadamente.
á fé, certamente ; confiadamente.
OSAGE, (geogr.) rio dos Estados Unidos,
o qual se perde noMissori, juncto a Jaffer-
son.
OSAGES, (hist.) tribu americana, que faz
parte da familia Sioux-Osage, parte d'ella ha-
VOL. IT.
bíta no districlo de Osage, e os resto nas
marg<ms dos confluentes do Arkansas, efa-^
zem continua guorra aos selvagens occiden-
taes. Esta tribu valente e guerreira era nu-
raeroza ni^s antigos tempos, hoje está redu-
zida a 7,000 indivíduos. Começou a civi-
lizar-se e occupam duas grandes cidades.
OSAKA, (geogr.) cidade do Japão na cos-
ta SO , 'da ilha de Mphon, uma das cinco
cidades imperiaes, a 10 léguas ao SO. de
Miyako ; conta 80,000 homens em estado
de pegarem em armas.
OSANA, s. m. (do Hebr. hosanna, que si-
gnifica : Senhor, salvai-nos !) louvor, invo-
cação a Deus. — s, usado no feminino, os
ramos que se distribuem nas igrejas no do-
mingo de Ramos.
os.iR. V. Ousar,
osAS. V. Ossas.
oscA, (geogr.) hoje Iluesca, cidade de
Hispanha, entre os Iteryeles, ao ISO. de
Cissarea Augusta (hoje Saragossa).
ORCUATz, (geogr.) cidade murada do rei-
no de Saxe. a 13 léguas INO. de Dresde ;
3,400 habitantes.
oscHERSLEBEN. (geogr.) cldade da Prússia,
capital de circulo, a 7 léguas ao SO. de
Magdeburgo, 3,100 habitantes.
osciLLAÇÃo , s. f. (Lat. oscillatio, onis.)
movimento libratorio de corpo suspendido
como pêndulo. Centro de — . — , abalo de
corpo agitado, v. g. da terra, por convulsão
volcanica ou terremoto. — , (fig.) variação,
inconstância, estado volúvel, v. g. oscilla-
ções do animo volúvel, de coração leviano.
— de doutrinas.
osciLLÂDo, A, p.p. de oscillar, posto em
oscillaçào, vibrado, librado.
osciLLAu, V. a. ou n. (Lat. oscillum. ca-
beça do ariete de bater.) fazer oscillações,
vibrar, librar-se.
osciLLATORio, A, adj. (des oVío.) quo Vi-
bra , oscilla , V. g. movimento — do pên-
dulo.
osco, A, adj (ant.) V, Embuçado, En-
capotado.
ospiTAçoM , s. f. obrigação de hospe-
dar.
oscos , (hist.) Osci , povo indígena da
Campania, e que mesmo depois da conquista
da Etruria formou a maior parte da popula-
ção do paiz. Os Oscos não são mais do que
uma fracção da grande população opica, a
primeira que habitou na Itália. A língua
Osca também foi uma das linguas primiti-
vas de Itália ; diíferia muito do velho latim,
assim como do etrusco.
OSCULAR, V. a. V. Beijar.
oscuLATORio, s. m. (des. drío.) portapaz,
reliquario com que se dá a paz na missa of-
ficiada em algumas igrejas.
14
osd^
osC^co, s. m. (ppóti. ósculo', h&t. osct^-'
lum, dim. dé o^, boca.) beijo.
Syn. coiíip OscnJo, beijf). Ainbíts ostas
palavras significam a mesma cousa ; toda-
via á primeira anda annrxa a idéa de de-
cência, de amisadn, do respeito , por isso
se. diz o osculo de paz, etc. ; á segunda"
anda annexá a idéa de amor lascivo, como
se vê em Camões :
No ar lascivos IjeijoS se vão dando.
Ôh que famintos beijos na ííoresta, .,
(l'os;, IX, á4'e'23:)
OSENA. V. Ozena.
osio, (bist ) o primeiro dos propbetas me-
nores, viveu no reinado d*Orias e seus suc-
cessores até Ezecbias, e morreu no anno 722
antes de Jesu-Christo. A sua prophecia com-
põe se de 4 capítulos, e tem por objecto
principal a ruina do reino de Jerusalém.
osERO. (geogr.) Apsorus, ilha dos Esta-
dos austríacos, no Adriático ; ao SO. de
Cherso ; 3,05(i habitantes. Capital Lussin-
Piccolo.
osGA, s f. espécie de lagartixa veneno-
sa. Por modo de—, (phr. chula) com dissi-
mulação, para lograr.
osíANA ou LOANDA^ (gcogr.) cidade da ( ap-
padocia sepentrional, hoje Inzghat.
osiAiSDER,(hist.) tíipologo prolcstante, nas-
ceu tm 1498, morreu em 11552. Foi dos pri-
meiros a adoptar a Reforma de Luthero, e
teve parte na confissão de Fé chamada Coji-
fisião d'Augsburgo.. Das suas muitas' obras
a mais conhecida é Uarmonice evangéli-
ca.
OSTÇOM , s. f. (do Fr. ant. ussir, Ital.
uscire, sair, do Lat. exire.) saida, appari-
ção. Woraes não entendeu a significação drs-
te vccíibulo, que suppÕe sei- supposição na
passagem que cila : «A noute era mui cla-
ra, porque entam fora o dia da — da lua.»
Ined., ]]], ÍHb. E sjunta. « Será opposição
da lua com píol ?».
osíLO, (geogr.) Ericenum de Ptolomeu,
cidade da Sardenha, a 2 léguas deSassari ;
5,tí00 habitantes.
osíMO, (geogr.) Âiiximum, cidade dos Es-
tados ecchsiasticcs, sobre oMasene, a A lé-
guas ao S. d'Atcona ; li, 700 habitantes.
oslo^ V. Úvsio, Ovsadia.
osíBis, (mjth.) chen ado Hysiris, Lirius
Âisat, (m Igjpcio Oi/s?i, e (Jmhti, dcLs
egípcio, nascido desiite^iro, teve por mu-
lher Íris, e por filho Or(u Horus; lodos
três junclos repreí^tntam o btm principio,
ou « reunião das influencias benéficas, e
se cppõem ao piír malévolo Typhon e ^ef-
tè, Osiris todavia teve, sem o querer, com-
luercio com ^efté, a qual deu ao miindo
Atíbo' ou^A^nubis'. OSiíi^is foi CT.Viliíãdor ^éònr^^i
quistadnr. Em' quanto' íris itaiciílva oâEg|y*-
pcios na agricultura, édiíícaVa- ao mbsmo
tempo Thebas instituía leis, estabeleÒia o
caz''imonto, faVia conhecer asártos ; depois
disto pôz-se em march.-í para' E. é subttiéf'-
teu tudo até ao nislr Erythreo e á ín-
dia. ÍVa sua volta e no meio do' tr^ium^ho^,.,
foi nfiorto por Typhoíi, ^Uii" abàridonòu ò '
seu cadavef á corrente do Nilo ; Íris pro-
cúrou-o e eriterrou-o ; mafe' Ty*phon ábrtã
a sepultura, cortou o corpo de Osíris éíh
14 pedaços e espalhOu-óá' por todao Egyp-
to. Isis tornou a acha-los, exfcépto' uni e
de novo lhe deu- sepultura. Era uma ideia
popular no Egypto qué a alma de Ofeiris" tí^
nha passado para úm boi ; ôsta éá origéín
do culto rendido so boi A pis, qUie sé acre-
ditava ser o próprio Osíris.
osrsMir, (gfogr.) povo da Gallia Lyoriesa
3.* tinham o mar a O, e ao N.; os Curios<^
lites a E. os Cnrisopites aoS.-; Virgaríiv^th
era a sua capital.
OSKOL, (geogr.) duas cidades da Ilussia',
europea. Staroi-Oskol, a 30 léguas ao SE',
de Hoursk ; 6,0;HÍ habitantes; outra, No-
Toi-OskoL- a. ■'ib léguas ao SE. de Roursh';
f>,600 habitantes.
OSMA. V. Bando, Parcialidade.
oSma, (geogr.) cidade de Hispanha, anti-
gamente Uscama, a 13 Icguas do SO. de
Soria'; 1,000 habitantes.
, osMANLis, (hist ) nome dado tnuitas ve-
zes aos Ottomanòs, é derivado dé* Osíii/iil',
fundador do se^u império
OSMAR. V. Esmar, Conjecturar.
oso, desinência, em lat. OsUs, qud de»-
nota pleriitude, posse plena. Em E^ypc.òtl-
ci significa plenitude, e encher.- Ex. gosto-
so, amoroso, ditoso, furioso.
osMOisD (S.) (hist.) filho do conde deSáez;
seguiu (luílhermé o Conquistador* a Itlgla-
tf rra ; morreu em 1099. Foi canonizado; e
é com memora]:! o a 4 de derembro.-
OSMOND, (hist.) nobre e antiga cacada
Normandia ; data do século XII, os seus
chefes- tinham o titulo' de ma^quèzes".
OSNOBRLCK, (géogr.) cidade do reino db
Ilanovei', capital do governo d'Usiiabruck',
sobre o Base, a Í9 léguas ao O. de Ilano-
ver ; 11,500 Jiabitantes.
osNABRLCK, (govcmo do), (gcogf.) dívíslíò
do reino de Hanover, compreende a antiga
Frisa oriental, ettm por limites, a O. o rei-
no de lloUanda, aoN. ogoverno d'Aiirich ;
conta 240,000 habitantes. Capil&l Osna-
bruçk.
osoBio (D. Jeronymo) , (hist.) distinctís-
simo historiador porluguez do século XVR
Fqí bispo de Silves. Eiscrev.ôu em liaiím a
Vivia à'elrei B MaMud', e'<mtní$ otóraí'clÇ
08S
089^v
»■
grande erndicçío c eloquência , qne Ib 6
grangeafam o titulo de Ctcero Christâo.
osPEDE. V. Hospede.
OSPEDAR. V. Hospedar.
osQuiDATES, (gf^ogr.) povo da Gallia, na
Novenipopulania ao S., tinha por cidades
principaes Beneharnurri e Ihro.
OSROEISE, (geogr.) região da Ásia limita-
da ao ri. pelo Tauro, ao S. eaE.peloCha-
boras, a O. pelo Éuphrates ; foi cOnquisla'-
da por Trajano.
ossÀ, s. f. V. tlrsa.
ossA, (geogr.) cordillieira de montanhas
no Alémtéjo de Portugal que se estende de
E. a O. pouco ao N. d'Evora, cuja alt^ura
mediana nunca excede 2,(30 pés acima do
nivel do mar, e as suas ramilicações se vãb
perder no Guadiana, havendo percorrido os
terrenos de Estremoz, Villa-"Viçosa, Alan-
droal, Évora -Monte, etc.
ossA, (geogr.) hoj^ Èissabo ou Kissovo,
pequena cordilheira de montanhas de Thes-
saUa, na Wagnesia, sobre o golpho Ther-
maico ; é céíebre em mylhologia como ha-
bitação dos Centauros, e como uma. das mon-
tanhas, de que os gigantes se serviram pa
ra escalarem o ceo.
OSSADA, s. f. o esqueleto desfeito. A —
de uma ndu, os destroços e fragmentos da
náu naufragada. Fazer a ndu a — , nau-
fragar. .1 — da cidade, os alicerces e mi-
nas.
ossAiA, (geogr.) cidade de Toscana, a 2
léguas ao ínE do lago de Perouse,; tira o
seu nome da grande quantidade de ossos
humanos, que nella se descobriram.
ossARiA, s. f. (des. ária.) multidão de
ossos em campo ou ossário.
OSSÁRIO, s. m. (Lat. ossuarmw.) casa de
ossos de finados,
ossASi 5. f. (aut.) dom que os noivos fa-
ziam ás noivas,' e as noivas aos noivos.
ossAU, (geogr.) lio de França, nasce no
pincaro do Meio iDia, ejunta-se com o As-
pe em Oleron.
ossELLA, (geogr.) aldêa de Portugal, con-
celho de Oliveira d'Azemeis, a 12 léguas de
Coimbra, ctntém alguns rtstos de antigui-
dades mouriscas , e cerca de 1,200 habi-
tantes.
ÓSSEO, A, adj. (Lat. osseus.) da nature-
za de OSSO, duro como osso.
ossETEs, (geo{^r.) povo da Rússia cauca-
siana, muito grosseiíoe ladrão ; habita des-
de DarielatéKaitlíaour ; conta 10,OOU guer-
reiros. O seu principal chefe reside em Kat-
bek. j' .' ^
ossiAN. (híst.) célebre bardo escocez do
século 111, teve por paiFingal, rei deMor-
vén, ppr mulher Everallina. e por filho Os-
car, ia umr seuHlào á bt^UaMaivina ecoan-
do o vín morrer. Para- cumuto de dèggía-
ça, o ve'ho perdeu a vista ,. Malsina ficíHi
com oljo, mas o infeliz leve a dôr de lhe
sobreviver e foi o ultimo da sua raça, que
norreu Ossian espalhava as suas magoaô,
cantando os seus feitos d'armas e as desgra-
ças da sua familia e dos seus compatriotas.
ossicos, s. m. diminut. de ossos, os os-
sinhos.
ossiFiCAÇÃo, s. f, (iat. osmfcatio, onis.),
a conversão dos partes priraitivamjente moMes
em osso, v. g. — das suturas ; — das carti-
lagens, das artérias, na velhice
oss^FiCADO, p. p. de ossificar ; adj. con-
veríido em osso, endurecido,
ossiFiCAR, v.a. (Lat. mod. oss^ificare)^ con-
verter em osso as partes primitivamen-to
molles. — SE, V. r. converter-se em osso. v.g.
>'as crianças depressa se ossificam as saturas
do crânio ; na velhice osmficam-se as car-'
tilagens, as artérias, etc
ossifino s. m. diminut. de osso, pequeno
osso. , , ,
osso, s. m. (Lat. os, ossis^ Gr. osteon^ em
I-gypc./ía.s) parte solida, dura e mais ou ma-
nos branca do esqueleto humano e dos qua-
drúpedes, das aves e dos cetáceos, tj-gí, — de
correr, o de boi que tem tutano. Em carne e
— , vivo, pessoa viva. Mochos — s, pisar com
pancadas. — ceuslicar, importunar. Roer os
— s, (íig.) íicar frustrado do ganho e lucro de
al^umseryiço, e onerado das obrigações db
emprego; não tirar senão jnui ténues luc os
de cousa em que outros se enriqueceram.
v.g. Carne sem — , (lig ], proveito sem in-
commodo ou risco Em,—, sem sella ou al-
barda, c.^í. Montar em -?^,
ossoLA, (geogr.) província dos Estados sar-
dos, na intendência de Novara, entre a Suis-
sa e a provinda de Pallanza, tem por ca-
pital Domo d'0?sola. e conta 35,000 habi-
tantes.
ossoNOBA, (geogr.) cidade da Lusitânia,
no Cuneus, (Algarve), na embocadura do
Solves. ,
ossuARio. V. Ossário.
OSSUDO, A, adj. (des. udo) que tem ossos
grandes, grossos.
ossuN, (geogr.) cidade de França, a 2
lepuas e meia ao SU. de tarbes ; 1,800 ha-
bitantes.
ossuNA (duque de), (hist.) celebre esta-
dista hispanhol, nasceu em 1579, foi vice-
reida Sicilia e de Nápoles, desenvolveu gran-
des tabntns nestas duas praças, bateu os
Venezianos e relirou-se a estabelecer a in-
qui?ição I o reino de >apoles. Morreu em
16:4, preso no castello d-í Almeida, pelí>'
criflpé de pretender tornar independente jo^
reino de Kapoles.
OSSUNA, (geogr.) UrsoovLGenm Ursorúm
i4 #
^
OâJU^
OSÍ
cidade de llíspanha, a 20 léguas E. de Se-
vilha ; 16,000 habitanles,
ossuoso. V. Ossudo.
osTAES, s. m, pi. (Ingl. staijs ; do Fr. ciai,
(ant.) estai', esteio, escora ; raJ. Lat. sto,
are, estar fixo), (naut.) cabos grandes que
vem dos calcezes dos mastros, e se^íiiam na
proa por seus cadernaes. Outros escrevem
estaes.
OSTAGAS, s. f. pi. {V. o precedente), (naut.'
cabos que sustentam as vergas cm uns moi-
tÕ3S chamados de coroa, e vem por cima da
pega.
osTARiA, 5. f. (Do Fr. ant. ostelerie.) V.
Estalagem, Casa de Pasto.
OSTE, s. m. (do Ital. oste) , (naut. ant.)
vela d' — , vela latina do mastro grande.
OSTE. V. Hoste.
osTAKOV, (geogr.) cidade da Rússia euro-
pea, capitcil de dislricto, sobre o lago Seli-
goner; 7,0OJ habitantes.
OSTENDE, (geogr.) (isto é , extremidade
oriental) cidade de Flandres, a 5 léguas O.
de Bruges, sobre o mar do Norte ; 1 1 ,0U0 ha-
bitantes.
osTEDA, s. f. estoffo antigo de Ostende
ou de França.
osTENDER, (Lat. osteudere, mostrar, de os,
e tendere.) (ant.) V. Mostrar.
OSTENSIVEL, ttdj . dos 2 g. (do Fr. osten-
sihle, do Lat. ostendere, mostrar.) que pô-
de mostrar-se, que é para semoslrar; os-
tensivo. E moderno, adoptado do Francez,
e escusado.
osTENSivELMENTE , adv. [mente suíT ) de
modo ostensivel, por mostra, em apparen-
cia. Ostensivamente seria mais Portuguez.
OSTENSIVO, A, adj. (do Lat, ostensio, onis,
mostra.) destinado a mostrar-se, i?.^. carta
— . Poderes —s. Instrucções — s. Oppõe-se
a confidenciaes, secretas.
osTENSOR, s. m. o que mostra, cousa que
mostra.
OSTENTAÇÃO, s. f. (Lat. cstentatio, onis.)
mostra fastosa, vaidosa, de riqueza, saber,
dotes da natureza, etc. — . mostra de saber
em universidade, dissertação improvisada em
concurso de oppositores a cadeira.
OSTENTADO , A , p. p. de osteutaf ; adj.
alardeado, assoalhado por vangloria.
OSTENTADOU , A , adj. 6 s. quc ostenta,
alardêa.
OSTENTANTE, adj. dos 2 g. ou s. V. Os-
tentador.
OSTENTAR, V. tt. (Lat. osteuto, are, fre-
quent. de osicndere, mostrar.) mostrar, fa-
zer mostra, assoalhar, alardear por vanglo-
ria, V. g. — as suas riquezas, perfeições, do-
tes, saber ; — numero, comitiva. — , em sen-
tido abs., fazer ostentação académica. Os-
tentou em theologia.
ostentativa, 3. f. y. Ostentação,
osTENTATivo, A, adj. costumado a osteií-
lar, inclinado a ostentar.
OSTENTOSAMENTE, ttdo. [mânte suff.) com
ostentação, alardeando.
OSTENTOSO, A, adj. (des. oso.) d*i osteri-'
tacão, magnifico, que annuncia grancíeza, f .
g. palácios, obras — 5. Victoria — .Discur-
so— , pomposo. Génio, espirito — , bri-
lhante. Occasião — .
osTEOCOPA, s. f. (Gr. osteon, osso, e ko-
ptô, ferir.) (med.) dôr nos ossos.
OSPEOGRAPHIA, s. f. [graplúa suffs) des-
cripção dos ossos do esqueleto.
OSTEOLOGIA , s. f. (mesmo radical, e lo-
gia suff.) conhecimento dos ossos do esque-
leto, principalmente do homem.
osTEOTOMiA, s. f. (mcsmo rad. , e íomia.)
dissecção dos ossos. V. Anatomia.
OSTERODE, (geogr.) cidade murada do lla-
novre, no antigo principado de (irubenha-
gen e no governo actual de Ilildesheim, a 2
léguas emeia SJ. de Klansthal; 4,400 ha-
bitantes.
osTUEiJí, (geogr.) cidade dogran-ducado
de Saxe-Weimar, a 25 léguas SO. de NYei-
mar ; 2,400 habitantes.
OSTÍA. V. Hóstia.
OSTIA, (geogr.) Ostia, villa do Estado ec-
clesiastico, na embocadura do Tibre, a 5 lé-
guas Sl). de Roma.
osTiAKS, (geogr.) povo da Sibéria, forma
três tribus, quedifferem pela sua linguagem,
equeteem os nomes de Ostiaksdo Obi, Os-
tiaks do Jenissei, Ostiaks de Torgovut.
osTiARiATO , s. m. a. ordem do ostiario,
uma das quatro menores.
OSTIARIO, s. m. (Lat. ostiarius, deostium,
porta.) porteiro. Uma das quatro ordens me-
nores ecclesiasticas.
osTiGLiA, (geogr.) Hostilia, cidade do rei-
no Lombardo-Veneziano, sobre o Pó a 7 lé-
guas SO. deMantua; d, 150 habitantes.
OSTINAÇÃO. V. Obstinação.
OSTINGAR. V. Estingar.
OSTINGUES e OSTINQUES. V. Estingucs.
osTPiiALiA, («eogr.) nome vago dado nos
séculos VII e VIU á parte da Saxonia situada
a E. do Weser ; oppunha-se á Westpbalia si-
tuada a 0. do mesmo rio.
OSTRA, s. f. (Lat. ostrea, do Gr.ostreou,
formado de osteon, osso, e keô, abrir, fen-
der ) marisco de concha, vulgar e excel-
lente para comer. — , pedra preciosa da fei-
ção da concha das ostras.
OSTRACISMO, (hist.) ospccie de julgamento
muito usado em Athenas : consistia em pro-
nunciar por meio do suffragio universal e sem
forma de processo, sobre oexilio de um ci-
dadão, cujo poder ou ambição inspirava re-
ceio, oexilio devia durar 10 anãos. Os ci.
OSY ■
OTH
isf
dadãos davam o seu voto escrevendo em uma / em Thebas no inlervalio do século XV aa
f. pedra da feição de os-
conchn (era grego, ofttraçon) o nome do ia
dividuo que quMriam banir. O ostracismo foi
instituído no anno 509 antes du Jesu-Lhris-
to.
osTRACiSTA. s. TO (des. ista.) approvador
do ostracismo.
OSTRACITES, S
tra.
osTRARiA , s. f. (des. (iria.) lugar alis-
trado de ostras , camadas naturaes de os-
tras.
OSTRAS (riodas), (geogr.) pequeno rio da
província do Itio de Janeiro, no Brazil, no
dislricto de Macalié ; tem apenas 2 léguas
do curso.
OSTREIRA , s. f. lugar onde se criam
e se apanham ostras , viveiro de ostras
Ostreira , mulher que vende ostras e as
abre.
osTRiNHO. s. m. pequeno marisco menor
que a ostia.
OSTRO, s. m. (Lat. osti-um.) a purpura ;
a tinta de que ella se faz, e que é extraí-
da de ura marisco chamado em Lat. os-
trum.
osTROG, (geogr.) cidade da Rússia euro-
pea, na Volhynia ; 4,(5' K) babilanies. Foi nes-
ta cidade que se imprimiu apriuieira bíblia
esclavotiia.
osTRononos, (gpogr.) Ostrogotiii, nome
dado áqnelles «iodos, que se achavam ao
oriente dos outros.
osTROGOJSK, (geogr.) ciílade da Rússia eu-
ropea, a 23 léguas S de Veronéjo ; 11,000
habitantes.
osTROLENKA, (geogr.) cidado da Uussia eu-
ropea, a 35 léguas NK.dePlok, sobre o Na-
rew ; 1,9 'O habitantes.
osTROvsKi, (hist.) celebre general polaco,
foi derrotado e aprisionado pelos Russos na
batalha d« Vedrokha em 1500; regeitou os
offerecimentos que llie fez Ivan III pa'"a o re-
solver a entrar no seu serviço; derrotou em
1514 os llnssos em Orja; alcançou bril», antes
victorias sobre os Turcos, Mdldavos, Tárta-
ros daCrimea, e ficou victorioso eraOlche-
nica, onde livrou mais de 40,000 prisionei-
ros chrístãos
osTLNi, (geogr.) Ostunum, cidade do rei-
no de Nápoles, a 9 léguas KO. de Brindigi,
perto domar Adriático.
oswALD, (hist.) escriptor escocezdoXVIll
século, seguiu o caminho traçado por Reid
e Beattie eapoiu-se sobre o senso commum
para combater as doctrinas paradoxaes ou
perigosas de l oke e de llume.
oswF.STRY, (geogr.) cidade de Inglaterra,
a 7 legoas ao NL de Shrewsbury ; 4,000 ha-
bitantes.
osyMANDTAs, (hist.) rei do Egypto, reinou
voL. n.
XVII, e, .«ei?undo Diodoro, prf cedeu o rei
Uchoreo em outo geraçõ''S. i.evou as suas
armas até á Hactriana ; é sobre tudo cele-
bre pela su^ Bibliothcca publica, intitulada
Hemedios da alma, e pelo seu tumulo, em re-
dor do qual, dizem os antigos, estava coK
locado um circulo de ouro de ò65 cova-
dus.
OTAH TI ou TAiir, (geogr.) a Saggitaria
de Qiiiros, a Nova-Cythera de BogaiaviUe,
a raaior das ilhas da Sociedade, e uma das
maiores da i'ol}'nesia, é formada de duas pe-
nínsulas , o conta 7,000 habitantes, ts-
tá debaixo da protecção da França desde
18^2.
OTAHiTi, (archipelago de) , (geogr.) no-
me proposto por alguns geographos pa-
ra designar o grupo de ilhas da socie-
dade.
OTAi.GiA, s. f. (Lat., do Gr. ótos, geni-
tivo de oúas, ouvido, ea/^/ied, soíTier dôr.)
(med.) dôr de ouvidos
OTALGico, A, adj. atacado de otalgia.
OTAVALO, (geogr.) cidade da republicado
Equador, na província de Imbabura, a J4
léguas ao INE. de Quito; conta 15,000 ha-
bitantes.
OTE, desinência diminutiva, v. g. peque-
note, rapazote.
OTFRiD, (hist.) theologo aísaciano do iX
século, é conhecido pela sua traducção do
Evangelho, em versos tudescos, traducção.
que é o primeiro monumento desta lín-
gua.
OTiiÃo. (hist.) Marcus Salvius Olho, im-
perador romano, nasceu no anno 32 de Je-
su-Christo, tinha sido favorito de Nero, e
o primeiro marido da celebre Poppéa. Nero
obrigou-o a ceder esta mulher, que elle
amava e enviou- o como questor á Lusitâ-
nia. Othão foi um dos primeiros a decla-
rar-se por (ialba, esperando ser adoptado
por este ancião, mas como se visse prefe-
rido por Písã'>, excitou uma rt^volta , em
que este e (ialba foram mortos, e fez-^e pro-
clamar imperador. Alarchou depois contra
Vitellio, acciamado pelo exercito da Germâ-
nia, e depois de algumas victorias, perdeu
a batalha de BeJriac, e pelo desgosto de a
perder matou-se em 69.
OTHÂo I, (hist.) o Grande , imperador de
Allemanha da 2.^ dynastia saionia, nasceu
em 912, foi eleito rei da Germânia em 396,
batteu em muitos encontros os Hunos e os
Húngaros, tornou a Bohemía tributaria da
Germânia, fez guerra a Luiz-d'-Alemmar ;
tornou á França em i 46 . como alliado de
Luiz contra IIutíO-o-Grande ; casou em 951
com Adelaide viuva de Lothario, rei dos Lom-
bardos, e em consequência deste casamen-
15
OTO!
OtT
to entrou na Ttalia, onde foi coroado em 961,
reunindo este reino á Aliem anha. Morreu em
993.
OTHÃo II, O RuiviO, fiilio e successor de
Othão i, nasceu em 9:>5 , foi proclamado
imperador da Germânia em 973, teve por
competidor a Henrique de Baviera, o qual
batteu, teve guerra com Lolbario , rei de
França, e penetrou até Paris, entrou depois
na Itália, restituiu Benedicto 11 ao troiio
pontifical ; tomou Nápoles, Saierno, Tarento
e depois foi battido, e com diíTiculdade es-
capou aos Gregos, que o tinham aprisiona-
do. Morreu em lioma em 98 5.
OTHÀo III, (hist.) filho e successor d'Othão
II, nasceu em 980. Depois de uma regência
agitada, durante a sua menoridade, passou os
Alpes, tomou Milão, voltou á Allemanha
para se oppor aos Slavos e morreu em
1002.
OTHÃo IV, (hist.) nasceu em 1175, 3."
filho de Henrique de Baviera e de Malhilde,
foi eleito imperador de Allemanha em 1198,
uniu-se com João Sem-Terra para fazer
guerra a Philippe-Augusto, conduziu Ii00*i0
homens a Flandres, foi batido e morreu em
1218.
OTHÃO DE NORDHEiM, (hist.) duquo de Ba-
viera, príncipe saxonio, foi creado duque
de Baviera em 1061 pe a imperatriz re-
gente Ignéz ; mãi de Henrique IV, todavia
conspirou contra a sua bem feitora e apos-
sou-se do poder imperial. Henrique IV ti-
rou-lhe o ducado, mas depois reconciliou-
se com elle , foi morto na batalha de
Volksheim.
OTHÀO DE wiTTELSBACH, (hist.) duque de
Baviera, descendente de Àrnaldo-o- ^''ao ,
da antiga casa de Baviera, serviu fielmen-
te, e com gloria, a Frederico Barba-Uoxa,
o qual o recompensou com o ducado de
Baviera.
OTHÃO DE FREISINGEN , (hist ) chrouisla ,
filho de Leopoldo, marquez d'Austria , e
de uma filha de Henrique IV. Morreu em
1158, deixando uma Chronica desde Adão
até ao anno 1147.
OTHE, (geogr.) antigo e pequeno paiz de
França, no Senonez, hoje compreendido ao
NE. do díslriclo de Yonne e no 80. do de
Aube. Logar principal Aix-en-Othe.
OTHMAis, (hist.) 3.'^ califa, reinou de 644
a 656. Era piedoso, humano , mas pouco
capaz de governar, foi apunhalado por
Mohammed, filho deAbouhekr. l o seu rei-
nado foi destruído o 2.° império dos Per-
sas.
OTHMAN I, (hist ) chamado El Ghazi (o
Victorioso) fundador do império dos Turcos
Ottomanos, nasceu em Soukout em 1259,
£ugrandeceu-se á custa dos Estados visi.
nhos conquistou Kara-Híssar, e morréta em
32í3.
OTHMAN II, (hist.) foi coUocado no trono
em 1618, concluiu paz com a Pérsia , foi
batido })elos Polacos, e foi assassinado pe-
l'S Janissaros em 1022.
othomano ou ottomano, a, aij. perten-
cente ao império turco. O vocábulo vem de
Qlhman, celebre imperador dos Turcos.
oiHONiEL, (hist.) primeiro juiz dos israe-
litas de()OÍs de Josué, t©mou Karial-Se.'her,
livrou os seus compatriotas da escravidão,
governou-os 40 annos e morreu era 151».
othonna , (bot.) género de plnntas da
família das Sjnanlhereas e da Syngenesia
^ecess<^ria.
0T0RGA. V. Outorga.
otorgar. V. Outorgar.
OTRANTO, (geogr,) Hydruntum dos anti-
gos, cidade do reino de Nápoles, sobre o
Adríatico, a 9 léguas SE. de Lecce, 2,500
habitantes.
OTRANTO (terra de( , (geogr.) Terra di
Otranto, Japygia dos antigos, província do
reino de Nápoles, a mais a E. sobre o Adriá-
tico e o golpho de Torento ; 3J0,0h0 ha-
bitantes. Capital Lecce.
OTRicoLi, (geogr.) Oíricw/wm, villadoEs"
lado Ecclesiasiico, a 7 léguas NO. de Rieti-;
800 habitantes.
OTT (P. Carlos, barão de), (hist.) feld-ma-
rechal austríaco, nasceu na Hungria, dis-
tingiiiu-se contra os Turcos em 1^89, entrou
nas campanhas de Itália, commaiidou o
r*erco de Génova em 1799, morreu em
1809.
OTTA, (geogr ) ppquena povoação de Por-
tugal, 1 légua emeia aoN. d' ilemquere lO
de Lisboa, situada nas faldas da serra do
mesmo nome, ramo da de Montejunto.
OTTAWA ou GRANDE RIO, (gcogr.) Great-
River, rio ila America do Norte, no Cana-
dá, nasce no Lago Superior, separa o Alto
doBaixo-Canadá, e juncla-se com o S. Lou-
renço defronle da ilha Montreal.
oVtawas, (geogr.) tribu da America do
.Norte, habita no Estado d'Ohio e o terri-
tório de Michigan, na margem occidental
do lago Michigan.
OTTOKAR I, (hist.) duque de Bohemia em
lli»2, foi deposto em llb3, restabelecido
em 1197, nomeado rei pelo imperador Thi-
lippe de >uabia em IIUV*, e reconhecido
como tal por Olhão iV e iimocencio Hl em
12(13.
OTTOKAR II, (hist.) O Victorioso, succes-
sor de Venceslao III, reuniu á Bohemia a
Austría e a Stjria em 1253, fundou cida-
des, protegeu a exploração f^as minas, obte-
ve por testamento a Corinthia e a Carniuia,
protestou contra a eleição de Kodolpho dç
OUB
OEN
59
Absburgo. Morreu na batalha de Laa em
1278.
OTTOMANO (Império) , (hist.) Porta otto-
aana. Sào designadas com este nomo as
possessõt^s do Gran -Senhor. Compreendem
a Turquia europea,a Turquia asiática com
as ilhas do Mediterrâneo, com o Egypto, o
Hedjaz, Tunis, Tripoli, ele. Kstas ultimas
províncias só nominalmente dependem da
Turquia.
OTTOMANos, (hist.) nome dado 3 um tron-
00 da naçào turcomana , é derivado de
Othman I, fundador do império turco.
OTTUMBA , (geogr ) cidade do México , a
11 léguas Nli. do México; 5,000 habitan-
tes.
OTUS, (myth.) gigante, filho de Keptuno e
de Jphira dia, mulher d'Al<>éus.
OTWAY , (hist.) poeta inglez nasceu em
1()51, morreu em 1685, foi actor. Us in-
glezes dão-lhe o primeiro logar depois de
Sbakspeare. As suas melhores peças são :
D. Carlos, Caio Mário , a Otphã, Veneza
salva.
ou (Fr. ou, Lat. aut, Gr. eite. Vem to-
dos do rad. Egypc. eí, separar, de íoi, por-
ção, parte, dar, repartir ; cttoi, dado, re-
partido.) co"juncção disjuncliva e alterna-
tiva, V, g. isio ou aquillo ; este ow aquelle
homem. Morrer ou viver. O vicio om a vir-
tude.
ou, (ant ) (do Fr. ou.) onde; por ao.
ou, diphthongo, que usualmente se pro-
nuncia e se escreve oí', v. g. ouro, doudo,
louro, ou oiro, díido, loiro.
ouAHOu, (geogr.) Woahou dos Inglezes ,
uma das ilhas Sandwich , ao NO. da ilha
de Onhyhea ; 60,i'00 habitantes.
OUALO, (geogr.) Whalo dos inglezes, rei
de Senegambia, sobre o Oceano Atlântico ,
entre o Trarzas ao iN., o Cayor ao S. ;
40,O(!O habitantes.
ouA^DJPOLR, (geogr.) cidade da Ásia cen-
tral, no Boutan.
ouAKKARA, (gcogr.) divisão da Africa Oc-
cidental, compreende os reinos de JNifé, de
Yarriba, de lounda, de Benin, etc.
OUAOUA, (geogr.) cidade da Nigricia, ca-
pital do remo de Mobba ou Bergon.
ouARAKSKNis, (g<'0gr.) montaiihas de Al-
géria, no meio do Atlas, ao SE. de Oran.
OUAR, (geogr.) cidíide da ^igricia , ca-
pital do reino de Ouari, a 15 léguas S. de
Benin; 3,(00 habitantes.
OLRi ;reino de), (gtogr. na Guiné septen-
trionid sobre ogolpho de Benin; IJ.IOO ha-
bitantes.
OUBOLCBA, (hist.) khan mogol, era ocheí-
fe da giftnde iriLu dos Eleuihs Torgouls ,
não podendo accommodar-se com as ins-
tituições, que os Kussos queriam estabele-
cer entre a sua tribu , deixou o paiz en-
tre Don e o Nolga, atravessou durante 8
me7.es. os desertos do Turkestan, chegou ás
margens do Ili, e foi muito bem recebido
lío t( rritorio chinez. Ouboucha recebeu
muitas honras e presentes da corte de Pe-
kin, a qual, provavelmente, tinha aconse-
lhado esta emigração.
OUÇA , s. f. (du Fr. ant. oucin, do Lat.
uncinus, uncus, curvo.) peça de páu atra-
vessada na ponta do timão ; serve de ter
mão nos tanoeiros.
ouçÃo, s. m. (do Lat.- uncus, curvo, de
gancho.) bichinho da forma do lêndea. Fa-
zer de um — um cavalleiro , (expr. prov.)
exaggerar muito.
OUÇAS, s. f. (de ouço, ouça, do v ou-
vir.) Ter boas — s, (ant.) ouvir bem.
ouCENÇA. V. Ouiença.
ouCHE (paiz de) Uticum, parte da Alta-
Normandia, entre o Rilíe e o^Carentone.
ouciDENTE e ouciENiE. V. Occideute.
OUDDEN , (geogr.) cidade do Yemen na
Arábia, residência d'um cheik, a li léguas
No. de Taus; 600 casas.
OUDENARDE OU AUDENARDE, (geOgr.) Al-
denardum em latim, Oudenaarden em fla-
mengo, cidade da Bélgica, a 7 léguas S. de
Gand ; 4,61*0 habitantes.
ouDENDORP, (hist.) phílologo hollaudoz ,
nasceu em lhD6, morreu em 1761, foi rei-
tor das escolas de Nimegue e de llarlem.
Deixou edições estunadas de Júlio Obseque-
nor, deLucano, Frontino, etc,
ouDiN, (biiit.) jesuita, nasceu em lt)73 ,
morreu em 1752, sabia seis linguas. É co-
nhecido pelos seus trabalhos na Bibliothe-
ca latina dos escriplores da sociedade de
Jesus.
ouDiNSK, (geogr.) cidade da Ilussia asiá-
tica, a 60 léguas SE de irkoutsk; 4,800
habitantes.
ouDJB N, (geogr.) a Ozena dos antigos,
cidade do Sindhia, no antigo iMalwa, a nOÚ
léguas O. de Calcutta ; 80,0<'0 hcbitantes.
ouEi ou oui , (geogr.) uma das quatro
províncias do Thibet, tem por limites ao
N. o Bontan, ao S. o Turkestan, chinez.
Capital Lahsa,
ouEi-TCHEOu, (geogr,) cidade da China ,
(apitai de província, a 57 léguas S. de Tian-
king.
ouEL 011 HOEL, (hist.) cbamado o Bom,
rei do paiz do Galles de 907 a U48, ó co-
nhecido por uma cfllecção de leis muito
sabi.i;?, e que elle fez sanccioiiarpelo papa.
OUELBE, (geogr.) rio da Aíri a oriental ,
nasce entre os líerlouna-Gflllas, corre ao
SE. e cae no mar das Índias em Brava.
OEN (Santo), (hist.) Audoenus nasceu em
609 em Sancy, morreu em 686 , viveu na
15 «
OVQ
OUR
corte de Clotario II e de Dagoberto, este
ultimo confiou-lhe a pnarda do sello real.
Foi sagrado bispo de liuão em 64(í. Admi-
nistrou a sua diocese com sabedoria , e
morreu em ( bchy. E' commemorado a 24
d'Agosto.
OUEN-TCHEOU (gcogr.) cidado da China ,
capital de província , na embocadura do
Youn-ho.
ouESSANT , (geogr.) Uxantis ou Vxisa-
ma , ilha de França, na costa do districto
de Finislera, no Oceano Atlântico, a 6 léguas
e meia do continente; 1,700 habitantes.
ouFA, (geogr.) rio da Rússia, sae dos mon-
tes Ouraes, no governo de Orenburgo ;
H,000 habitantes. Residência do arcebispo
de Orenburgo e de Oufa.
OUFANIA. V. Ufania.
OUFANO. V. Ufano.
ouGLiTCH, (geogr.) cidade da Rússia Eu-
ropea ; 5,5' O habitantes.
ouGUE' LA, (geogr.) pequena praça d'armas
do Alemtívjo, em Portugal, situada sobre o rio
Xevora, que a separa da raia hispanhola, 1
légua ao N de Campo IMaior e 4 d'i.lvas.
ouiDDAH ou JUDA (geogr.) fpequeno reino
de Guiné, na cosia dos Escravos, entre os
d'Ardra de Popo, de Dahomey, e é tribu-
tário deste ultimo , tem por capital uma
cidado do mesmo nome com 8,000 habi-
tantes.
ouiNNiPEG OU ouYNíPi, (geogr.) lago da
America do JNorte, communica pelo Savers
com a bahia de iludson; tem '61 catara-
ctas de aspecto muito grandioso e vario.
ouiscoNsiN ou wiscoNSiN , (gcogr ) rio
dos Estados Unidos, no território do INO.
corre ao SE. e lança-se no Mississipi.
OULÁ. V. Olá.
oulchy-le-chateau, (geog.) villa de Fran-
ça, a 5 léguas S. de Soissons ; 600 habi-
tantes.
ouLLEi, (gpogr.) ura dos Estados mandin-
gues da Nigricia occidental ou Senegambia ;
tem por limites ao M. oFonlatoro, aE. o Bon-
dou, capital .Vledinah ; 5.000 habitantes.
OULOHG-BEG, (hist.) filho de Chah-Rokn.
nasceu em 139'*, reinou sobre a Transoxia-
na desde 1409, sobre quasi todo o império
de Tamerlào desde 1446, c foi morto era
144'J por um dos seus filhos revoltado. Apai-
xonado pela astronomia formou umas Ta-
hoas astronómicas.
oulouk-tag (montanhas), (geogr.) grande
cordilheira, que separa a Sibeiia do impé-
rio chine/. edoTurkestan.
oupijiGAH, (geogr.) rio da Paz, na Ame-
rica do Norte, sáe dos Montes Pedregozos,
reunido com oStone-River forma o rio do
Escravo.
ouQuiA, s. f, (t, da Ásia.) moeda de ou-
ro do J)Gso de doze cruzados. Santoá <
Ethiop.
OURADO, A, p p de ourar ; adj. ourija-
do, que tem tonturas, hallucinado.
ouRAL OU JAIK, (gcogr.) Kkymniis, gran-
de rio da Rússia europea, nasce nos montes
Ouraes, corre ao S. e a O. e cáe no mar Caspio
por três bocas.
0URALES ou POYAS (moutanhas) , (georg )
(estas duas palavras em Tártaro querem di-
zer cimo) cordilheira de monianhas que se-
para a Europa da .Ásia, e se extende do Ocea-
no glacial Árctico ao mar Caspio.
OURALSK, (gcoRr.) cidade da Rússia, so-
bre o Ourai; J5, 000 habitantes. (Cosacos).
olraag-outango ou orang-otang, s. m.
(t. Malaio que significa homem do mato ou
selvagem.) mono o mais parecido com o ho-
mem pela estatura, posição erecta, etc.
ourar, V. a. ou n. (ouras, ar des. inf.)
ha!!ucinar-se, ter tonturas. V. Ourijar.
OURAS, s. f. (do Ur. orô, incitar, pertur-
bar.) tonturas na cabeça, v.- í/. dão-lhe — .
OURCQ, (geogr.) rio de França, nasce na
floresta de Ris, e cáe no Marne em Lizy.
OUHGA ou KOUREN, (gcogr.) Cidade do im-
pério chinez, sobre o Toula ; 7,000 habitan-
tes,
ouRÉGÃo ou ORÉGÃO, s. m. V. Orégão.
OURELA, s. f. (do i.at. ora, bord , e elo.)
borda, beira, costa. — , ourela do pano. —
das vestiduras, borda. A — de agita, borda.
OURELO , s. m. borda de tecido grossei-
ro que remata o pano para se não desfiar,
V. g. sapatos de — s.
OUREM, (geogr.) antiga e notável villa de
Portugal, no districto deieiria, donde dista
3 léguas a SE., e 21 em linha recta a>E.de
Lisbua, está situada no cume de um alcan-
tilado outeiro de custosa subida por todos os
lados, cercada de muros, o com um antigo
castello ; 3.840 habitantes.
OUREM, (geogr.) pequena villa da provin-
da do Pará, no Brazil, na margem direita
'io rio Guamá, 24 léguas a lésle da cidade
de Belém.
ouREvzEF.iRO, (aut.) V. Ourives.
OURGHENDJ ou OURGnANTCHE, (gCOgr.) ci -
dado dokhanato de Khiva noTurkestan in-
dependente, a 11 léguas NO. de Khiva ; 5,000
habitantes.
OURIÇADO, A, p. p. de ouriçar ; adj. er-
riçado, encrespado, v. g. os cabellos — s.
OURIÇAR, V. a. entesar, encrespar, v. g,
— o cabello, as sedas. V. Erriçar.
OURFÇO, 5 m. envoltório exterior e espi-
nhoso da castanha. — cacheiro, animal cu-
ja pelle é armada de puas que ellc á von-
tade encolhe e erriça. — , trave grossa ar-
mada de puas de ferro que se põe á entra-
da das barreiras nas fortificações.
(WR
úm
êí
OURIETÍTE. V. Oriente.
ouBiJAUO, A, p. p. de ourijar ; arf;'. hal-
lucinado ; vertiginoso.
ouaiJAH, V. a. ou n. ourar, hallucinar-
se ; ter tonturas , vertigens. V. Ourar e
Ouras.
ouRiNA , s. f. (Lat. urina, Gr. oilron)
mijo , liquido excreinenticio segregado nos
rins, e delles conduzido á beii;^a do homem
e dos animaes, que sáe pela urelhra.
OURINADO, A, p. p. de ourinar; adj. eva-
cuado pela urethra ; misturado com a ouri-
na ou como ourina.
OURINAR, V. a. oun. [ourina, a?* des. inf.)
expellir pela urethra a ourina. — sangue ,
misturado com a ourina, ou em íiocomoa
ourina.
ouRiNCÚ , s. m. V. Lumieira, Vagalu-
me.
ouRixoL, s. m. {ourina, des. ol, doLet.
olla, panella.) vaso em que se ourina.
OURIQUE. V Anrique da ancora.
OURIQUE, (geogr.) villa efreguezia, de Por-
tugal, no Alemlejo no districlode Beja, don-
de disia 7 léguas e meia a h. e 4 ao IN. da
serra do Caldeirão no Alsrarve, siluadn saibre
uma eminência que domina o Cam/ío de Ou-
rique.
ouRivAL , s. m. planta com folhas como
as do ou refrão.
cuRiVASAKiA. V. Ourivcsaria.
OURIVES, s. tn (Lat. awri/cj?.) o que tra-
balha e lavra ouro em vasos, peças de or-
nato, etc. — da prata, praieiro. >"ãoé usa-
do hoje no pi. ; antigamente dizia-se ouri-
vezes.
OURIVESARIA, S- f. [áes. ãria) officinadc
ourives; obras de ourives.
ouRizo. V. Oiu-iço.
ouRHiAGH. (geogr ) cidade do Iran, nas
margens do lago d'Ourniiagh.
ouHMíAGii (lagode), (geogr.) no Iran, a 10
léguas SO. de Tauris.
OURO , s. m. (Lat. aurum, Fr. or. Vem
indubitavelmente de or ou /lor, nome do dia
ou do sol diurno [luras) em Egypc; cere,
sol, e ho , face.) metal amarello, dúctil, o
mais pesado depois da platina, e o mais pre-
cioso ; (íig.) obras feitas de ouro, v. g. em-
penhou o seu — . — , dinheiro em ouro amoe-
dado, V. g. tem muito—. — bruto on vir-
gem, como sáo da mina. — mate, não poli-
do. — lavrado, obras feitas de ouro. — po-
tável, pireparaçào liquida de ouro. — ful-
minante, fíia;ihoreíico. V. estes termos. Pães
de — . V. Pão Século, idade de — , época
imaginada pelos poetas, em que o homem
vivia em estado de innocencia e de felici-
dade — , tempo mui ditoso; época em que
viveram sábios, e escriplores iilustres. — em
fio, em equilíbrio. Andar ou ficar — em
VOL. iV.
fio. Fezes de—. V. Fezes e Litliarffyrio.
Côr de — , amarello, no bra7ão.
OURO (ilha do), (geogr.) ilhota isolada do
rio de S. Francisco, no Brazil, defronte da
província do Sergipe c das Alagoas, G lé-
guas abaixo da ilha do Ferro.
OURO (Monte de), (geogr.) monte de Fran-
ça, no centro da ilha de Córsega, a 9 léguas
N. d'Ajaccio.
OURO [Monte de), (geogr.) monte dos Al-
pes R '.! iico?, entre o cantão dos Grisôes «
Valteri.i.
oi'10-BflANCO, (geogr.) serra da província
de Miiias-Geraes, no Brazil, no districto da
villii de Queluz
ouKO-F!!so , (geogr.) antiga povoação da
provin^ia <le Oí)3'ár, no Brazil, 4 léguas a
lésle da ciiiade do mesmo nome.
ouHo-PRETo, (geogr.) comarca da provín-
cia de Miíias-Geraes, no Brazil, creada an-
tigamente com o nome do Villa-IUca. mas
muito mais vasta do que é actualmente.
ouRo-PRF.To, (gf^ogr.) grande cidade do
Br.izii , capital da província de .Viinas-Ge-
raes, e cíiboça da comarca de seu nome.
oiiRo-pRETO, (geogr.) serra d:i província
de iMinas-Oeraes , no Brazil, aggregado de
vários montes, era Ires dos quaesestá sita a
fidade de seu nome, capital de Minas-Geraes.
oi.RHBAi.Ão. V. Orobalão.
OUROLO, s. m. (de orla] V. Adjacência,
contorno. «O — da cidade.-» Elucid.
OUROPEL, s m. (Fr, oripcau, Ital. orpel-
lo. úii oro, ouro, o /'c/Ze.) f«iiha mui delga-
da c lustrosa de latão, que parece ouro ;
(fig.) cousa cujo aspecto brilhante illude ,
«ouropéis da eloquência, » ornatos frívolos,
que brilham sem aclarar, que lísongéam o
ouvido sem commover.
OUROPIMENTE OU OUROPIMENTO, íf. m. (Ff.
orpiment, do i^at. au7'i pigmentum. ) ialde,
rosalgar amarello; arsénico combinado com
enx.ofre.
OUROUP ou ALEXANDRE, (geogr.) uma das
Kourílas russas, fundada pelo imperador
Alexandre.
ouRTHE ou ouRT, (geogf.) rio da Bélgica,
nasce no gran-ducado de Luxemburgo, corre
aoN., entra na província de Uege e lança-se
no Me use em Liege.
ouRViLLE, (geogr) cidade de França, a 4
léguas NO. d'Yvetnt ; 1,1()0 habiiantes.
OUSADAMENTE, ttdv. [mente suíT.) com ou-
sadia.
OUSADIA, s. f. audácia, atrevimento. — ,
empreza, façanha de gente ousada.
! ousADiNno, A, adj. diminut, (p. us.)do
i ousado.
i OUSADO, A, p. p. de ousar ; adj. atrevi-
1 do, ardido, audaz, v. g. animo — . Tinha —
\acommetlcr a praça — , tido a audácia.
16
62
ODT
OUT
ouSAMENTO, s. w. V. Ousaditt.
OUSANÇA. V. Ousadia.
ousÃo. V. Atrevimento, Ousadia.
OUSAR , V. a. (Fr. oser , do Lat. auáeo,
ere, atrever-se, e do p. p. ausus, que se atre-
veu.) ter o atrevimento, atrever-se, v. g.
não ousou tentar o assalto da praça. Não om-
so dizer o que sinto. — , atrever-se , aba-
lançar-se, arriscar-se. — se, v. r. (ant.) ter
ousadias. — com alguém, insultar, affron-
tar.
OUSE, (geogr.) nome detrez rios d'lngla»
terra: o 1.° no condado d'Yorck; cáe no
Humber; o 2.° chamado Grande Ouse [Great-
Ouse), nasce no condado de iíorthampton, e
cáe no mar do Norte ; 3.^ Pequeno Ouse
[Litle-Ouse] nasce no condado de Norfolk, e
perde-se no grande Ouse.
ousECRAR. V. Obsecrar,
ousiA, s. f. V. Vssia, Adussia.
ousio, s. m. V. Ousadia.
ousKOUB, (geogr.) Scopi-Justiniana cida-
de da Turquia, capital de l ivah, a 4j léguas
80 de Sofia : 6,000 habitantes.
oussiA. y. Ousadia.
ousT, ((íeogr.) cidade de França , a 3 leguâs
S. de S. Girons ; l,7t0 habitantes.
ousTiouG-jEiEZOPOLSKOi, (geogr.) cidade
da liussia europea, sobre o Mologa, a 112 lé-
guas E. deNovogorod ; 3,í OO habitantes.
OUSTIONG-VELIKI, (gOOgP.) istO Ó Oustiovg-
a-Grande, cidade da Rússia Asiática, sobre
a Soukonia. a 1 i) léguas E. de Vologda ;
10,^00 habitantes.
ousTvuLA, (gedgr.) o anligo Granico, rio
da Turquia Asiática, no hvah de Biga.
OUTÃA, s. f. obsol. « Lma perna de porco
com sua — , » com parte levantada e direi-
ta sobre elle.
ouTÀo, s. m. (pedr.) parede a prumo dos
lados do edifício, qne não é nera a de fren-
te nem a fundo.
OUTAR, V. a. ajuntar a palha ou casulo
de trigo fazendo gyrar a joeira.
ouTARViLiE, (geogr) villa de França, a 4
léguas NO. dePilhiviers ; 500 habitantes.
omAVA. V. Oitava.
ouTAVADO. V. Oitavado.
OUTCHE, (geogr.) cidade do reino de i aho-
re, a 37 léguas S. de Moultan, perto da con-
fluência do Setledje e do Tchennab.
ou-TCHEOu, (geogr.) cidade da China, a 5
léguas S. de K.ouei-hing ; capital de provín-
cia.
ouTEiRiNHO , s. m. diminut. de outei-
ro.
OUTEIRO, s. m. (Ff. hauteur.) collina, te-
so pouco alto. Fazer — , mostaria. «Os — s
aspiram a montes. » Vieira, alludindo a gen-
te de baixa esphera que aspira a grandes
cargos. — , (fig ) concurso de poetas que glo-
sam motes. A denominação vem do monte
Parnasso
OUTEIRO, 'geogr.) ha em Portugal algumas
povoações deste nome, cujas principaes são ;
1 .*, que é villa do districto de Bragança, don-
de dista 3 léguas para o SE. 628 habitantes.
2.*, povoação do concelho de Refojos de Bas-
to ; a 6 léguas de Braga, 500 habitantes. 3.^
fregufzia do concelho de Vianna do Lima,
85U. 4.*, denominada — da Cortiçada^ no
concelho de Santarém, 350. 5.' outra povoa-
ção denominada — Secio, no concelho de
Chaves, 480. 6.^, com o apelido — dos Ga-
tos, ao S de Lamego ; 460 habitantes.
OUTEIRO, (geogr.) villa da Guiana brazi-
leira, n'uma colUna nas .idjacencias da la-
goa Urubuquára, formada pelo rio do mes-
mo nnme, aílluente do Amazonas, pela mar-
gem esquerdfl.
OUTIVA, s. f. (do Lat. auditus.) ouvido.
Paliar de — , por ter ouvido, pelo que ou-
viu dizer Aprender de — , de orelha, ou-
vindo lições e S"aQ Itr.
OUTO. V. Oiio.
ouTO, s. m. (de outar.) ajuntamento de
palha e casulo do trigo na joeira.
OUTONAL, adj. dos 2 g. (Lat. autumna'
lis.) do outono, v. g . kaiasoutonaes. Equi-
noxio — .
ouTONAR , V. a. [outono, ar des. inf.)
(agric.) abrir com as primeiras aguas do ou-
tono, V. g. — as terras.
ouTONiço, A, adj. \ , Outonal.
OUTONO, s. m. (Lat. awíwmntís, que creio
derivado do Egypcio outah, fructo.) a esta-
ção em que a maior parte dos fruclos das
arvores amadurecem nos nossos climas; se-
gue-se ao estio e conjprehendeos mezes de
í>etembro, Outubro e Novembro. — , (fig.) o
trigo, cevada e centeio que se colhem no
outono. O — da vida idade que precede a
velhice.
OUTORGA, s. f. consentimento, approvação,
permissão.
ouTORGADAMENTE, udv. (aat ) do boa men-
te, de boa vontade.
OUTORGADO , A, p, p. de outorgaf ; adj.
concedido, v. g. graça — .
ouTORGADCR , A, at/j. OS. que outor-
ga-
ouTORGAMENTO, s. w. V. Outorga.
OUTORGAR , V. a. (Fr. octroyer , do Lat.
auctoro, are,) conceder, permittir. — se, v.
r. reconhecer- se , confessar-se, «4Jue vos
oittorgueis por vencido. » Barros, Clarim.
ouTREFURENS, (geogr.) vilIa de França, a
1 quíirio de légua E. de Santo Estevão ; 3, .^^00
habitantes.
ouTREGA , s. f. rixa nova, briga repen-
tina.
OUTREM, s. dos 2 g. (do Fr. autrui.) on-^
ORP
OIW
tra pessoa. — ninguém, {Ant.) nenhuma ou-
tra pessoa.
Syn comp. Outrem, outro. A diíTerença
que existe entre alguém enigum, se (]áres-
peotivamente entre outrem e outro. Outrem
refere-se sempre a uma pessoa indetermi-
nada ; outro é um adjfclivo que se diz de
uma pessoa ou cousa distincta da que fal-
ia, ou da de que se falia. No seguinte lu-
gar de Vieira se vê o verdadeiro u«o destes
vocábulos. « Mas como então não havia no
mundo ouíi^o amor , nem outrem a quem
amar, que faria Adão para provar o amor que
desejava encarecer? iI, 9 8). »
OLTRi. V. Outrem.
OUTRO, A, adj articular (Lat. alter, ur.
heteros ; rad. élés, sócio ; Fr. autre.) não
o mesmo, diverso. Jorna — caminho, enão
vás por este. Não ha — meio. — eu, istoé,
pessoa que faz as minhas vezes, ou que eu
considero como se fora a minha proprsa pes-
soa. De — modo ; por — maneira. O— dia,
próximo passado. — dia , um dia próximo
futuro, V. g. fica para — dia.
ouTRosi ou ouTRosiM , ãdi'. lambem de
mais. além disso. É usado nas leis.
OUTROTANTO, A, adj. m. OUTRATATSTA, f.
(comp.) igual em quantidade, numero, pe-
so, qualidade.
OUTUBRO, s m (í.at, octeber,áe octo, o -
to, porque era o oitavo mez do antigo an-
uo romano.) o mez que se segue a Setem-
bro e precedo iNovembro ; é o decimo do nos-
so aimo.
ouvENÇA. V. Avença
ouvENÇAL, s m. (ant.) official da fazenda
ou de justiça ; nos conventos, o religioso
que exerce algum cargo administrativo.
ouvezaría, erro por Urivesaria.
ou VIA R. V. Uivar.
OUVIDA, s. f. (subst. da des f. de ouvi-
do.) outiva, o acto de ouvir. Saber de — ,
pelo ouvir dizer. Testimunhade — : Lugar
boa — , (ant.) onde se ouve bem.
OUVIDO, * m. (Lat. auditus, de audio,
ire, ouvir.) o órgão de ouvir, o interior do
meato auditivo Dizer ao — , em voz baixa,
para que outros não oução. íla fundição, o
orifício por onde corre o metal para o mol-
de. Na arma de fogo, o buraco por onde se
communica o fogo da pólvora á carga. Dar
— s, (fig.) prestar attenção. Abrir os — sda
alma, excitar a attenção.
Syn. comp. Ouvidos, orelhas. O ouvido é
o sentido de ouvir, e o órgão coUocado na
cabeça dos animaes pelo qual percebem os
sons. Orelha é a parte externa e cartilagi-
nosa deste órgão, a qual lhe serve de guarda
e como que recebe os sons que se dirigem ao
Bepebro pelo ouvido, e em seotjdo figurado,
o 0Uf^o, como BestAi locuções ; « ]>Ár ore- reu^.em 1^78.
lhas, fazer orelhas de mercador, prestar ore^
lhas attentas, ter orelhas delicadas, etc. etc »
Com tudo o uso prefere o vocábulo OMuidoí,
com bf)a razão, sempre que nos referimos
á percepção auditiva, e deixa o vocábulo
orelhas para designar a parte extern» doou.
vido, com a mesma differença que tinham os
dous Latinos, auris e auricula. S. Pedro
í artou a orelha a Malcho, e não o ouvido.
Meter um fuso na orelha, é fura-la com el-
le ; meter um fuso no ouvido, é introduzi-
lo pelo orifício do ouvido. As frieiras nas
orelhas causam uma sensação dolorosa que
nada se parece com a dôr de ouvidos.
OUVIDO, A, p. p. de ouvir; adj. percebi-
do o som ; escutado, attendido, v. g. tinha
— o<5 tambores ; linha — dizer.
OUVIDOR, s. m. primitivamente juiz pos-
to pelos donatários em suas terras ; depois
for^m magistrad >s nomeados pelo rei, e su-f
periores aos juizes de fora. v. g. — da a/-
fandega, que ouviam as causns dos nego-
ciantes. — do eivei, do crime. Hoje sãocar-^
gos do conselho d'estado. — , (p. us.) our
vinte que avalia os méritos. — , tubo ou
funil acústico, parafacditar o ouvir ás pes-
soas duras em ouvido.
ouviELAS, s. f (t. do Alemtejo) aberturas
nas terras para o escoamento das aguas da
chuva.
ruviNTE, s. m. (Lat. audiens, tis, p. a. de
audio, ire, ouvir.) o que escuta.
OUVIR, V. a. (Fr. ouir, do Lat. aud>re.)
sentir, perceber os sons, as vozes ; escutar,
V. g. — de confissão, os pecados de que o
penitente se accusa ao confessor. — a razão^
altender a ella, adraittir.
Syn. comp. Ouvir, escutar. Oimrépert
ceber os sons p-dos órgãos do ouvido. Es^
cutar é applicar o ouvido para oitnr bem o
que se diz. Ouvir é ura acto natural de tO"
dos os animaes que não são surdos ; escutar
é uma acção reflexa que vem da curiosidade
oij da desconfiança, por isso dizemos prover-
bialmente : Quem escuta, de si ouve.
ouvo. V. Ono.
OUZTA. V. Ousadia.
ouzouER-LE-MARCHE,fgeogr.) villa de Fran-»
ça, a 1 2 legnas ^E. de Blois ; ! ,100 habitan-
tes.
ouzouER-soBRE-o-i.OTRE, (geogf.) viUa do
França, a 4 léguas NO. def,ien; 700 hab.
ouzouN-HAÇAN, (hist.) chamado vulgar-
mente Uzum Catan, príncipe turco da dy-
nastia do Carneiro Branco, destronou e fez
morrer (leangir, filho de Tamerlôo entrou
em guerra com os Turcomanos do Carneiro
negro, tomou-lhes todas as possessões, voltou
as suas aroias contra Mahomet lie invadiu a
Ásia Menor, mas foi vencido em 1477 e mor-
II
OVK
OVI
OVA, s. /"., ffiais us. no pi. Ovas, osovo-
zinbos do peixe e de alguns insectos enoer-
rados em unia bainha membranosa. Kas bes-
tas, foHiculo nos pés perto das jiinlas.
OVAÇÃO, s. f. (Lat. ovatio, oais, de ovis,
ovelha, porque a viclima sacrificada ora uma
ovelha , e não um touro, como no trium-
phoj triumpho menos solemne, entre os an-
tigos Romanos. Tinha logar a Ovação por al-
guma vantagem secundaria alcançada sobro
o inimigo, ou por alguma victoria sobre es-
cravos, piratas ou rebeldes. O vencedor era
conduzido ao Capitólio onde se sacrificava
uma ovelha preta.
OVADO, A, adj. da feição de ovo, oval.
OVADO, A, p. p. de ovar. criado ou posto.
OVAL, adj. dos 2 g. (Lat. oi;a/Í5.) da for-
ma de ovo, ovos.
OVANDO, (hist.) governador da ilha de S.
Domingos pela rainha izabel (de 15i)l-15U8)
serviu-se dos mais atrozes meios para man-
ter o seu dominio, reduziu a populaçào da
ilha, despovoou asLucayas para compensar
o vácuo produzido em S. Domingos e para os
trabalhos das minas, morreu em Hispanha
em pacifico retiro.
OVAS, (geogr.) povo da ilha de Madagáscar,
habita o interior em numero de 1 , 01)0, 000
habitantes, e tem por capital Tannanari-
va.
ovATíTE, adj dos 2 g. que triumpha em
ovação ; (fig.) triumphante, ufano.
OVAR, V. a. ou n. {ova, ar des. inf.) criar
ovas, o peixe; pôr ovos, a galMnha.
OVAR, fgeogr.) vila e freguezia de Torlu-
gal, situada no canal do mesmo nome, af-
fliipnte do rio de Aveiro, e na margem se-
ptenlrional da mesma ; 1 i ,700 habitan-
tes.
OVÁRIO, s: m. (Lat. ovarium.) Os — s,
(anat.) são dois corpos que encerrara os ovos
nos animaes oviparos, ou os germes na mu-
lher e nas fêmeas dos viviparos.
OVE. (ant.) por Houve.
OVEENÇA, (ant.) V, Ovença.
OVEENÇAL, (ant.) V. Ovençal.
OVEIRO, 5. m. ovário. — , na volateria ,
orificio por onde saem os excrementos gros-
sos do falcão ; peça de servir na mesa os
ovos cozidos ou assados. — , peixinho verde
da lagoa de Óbidos.
OVELHA, s. f. {Lai. ovicula, àim. deovis;
Egypc. ohi , rebanho, e ecoov , ovelha.) a
fêmea do carneiro : symbolo da mansidão e
docilidade. As — «, (fig.) os parochianos a
respeito do parocho ou pastor.
OVELHA DO MARÃO, (geogr.) villa de Por-
tugal, no concelho de Amarante ; 780 ha-
bitantes.
OVELHEIRINHO , s. w. diminut. de ove-
Iheiro.
ovRLHÉiRO, s. m. (des. eiró), pastor de
ovelha.
ovELHiNHA, s. f. diminut. de ovelha.
ovELHUtf, adj. m. de carneiros, borre-
gos, cordeiros e ovelhas. Gado — .
OVEM, s. m. (naut.) termo genérico dos
cabos que sostem mastros a prumo descen-
do da garganta destes até ás mesas da guar-
nição. Vi. Ovens.
ovencaduua, s. f. (naut.) a totalidade dos
ovens, a enxárcia real.
OVENÇA, (ant.) oíficio.
OVENÇAL, s. m. (ant.) oífi ciai como mor-
domo cobrador de rendas, oíTicial de jus-
tiça ou da fazenda. — s do convento, olfi-
ciaes, adranistradores.
ovKRBEECK, (hist.) pintor hollaudcz (IG60-
1701)) estudou em Roma, voltou á sua pátria
coiTi uma rica coUecção de desenhos, e mor-
reu moço em consequência do excesso de tra-
balhos e prazeres.
ovER-YssEL, (geogr ) província do reino de
llollanda, entre asdeFriza edeDrenthe ao
N., o reino do Hanover a E , a Prússia ao
SE., a província do Gueldre ao SO. ; 160,000
habitantes. Capital Zwoll.
ovíADo, A, adj. [de ovação), (ant.) trium-
phante, soberbo.
ovinio, (hist.) P. Ooidíus Naso. celebre
poeta latino, nasceu em Salmona no anno
43 antes de Jesu-Christo, foi mandado para
Homa a estudar jurisprudência, mas dedi-
cou-se á poesia, e p'l<ts seus versos obteve
entrada no palácio doAiigusto, teverel;tções
com todas as manbilidades lilterarias do seu
século. No anno 9 de Jesu( hn*sio foi exila-
do por Augusto para Tomes O pret^^xlo des-
ta desgraça foi a licença das suas poesias, me-
nos livres todavia do que muitas dos seus
comtt^mporaneos, a verdadeira causa nunca
se soube. Ovidio morreu era Tomes dt^pois
de 8 annos de exilio. As obras de Ovidio são :
As Metamorplioses ; as Heroides ; os Tristes;
o liemedio d' Amor, etc.
oviDiopoL, (geogr.) Hadjider dos Turcos,
cidade da Rússia Europea, sr»bre o Dniestr,
a 5 léguas do mar Negro ; i ,600 habitantes.
• OVIEDO, (geogr.) LacMS ^síwrum, Ovtum,
cidade de Hispanha , capital das Astúrias
e da intendência d'Oviedo a 97 léguas NO de
Madrid; 10,500 habitantes.
OVIEDO (intendência de), (geogr.) uma das
divizões administrativas de Hispanha , no
mesmo terreno que o antigo principado das
Astúrias.
OVIEDO (reino de), (geogr.) primeiro nome
do reino das Astúrias, ou reino das Asturias-
e-Leão, assim chamado desde a rpocha pri-
mitiva da mor archia hispanhola, de!>Je Froi-
la, 3.° successor de Felagio, que fez a sua
residência em Oviedo atéOrdonholl, que se
OVE
< 'Xt >
estabeleceu era Leão. Dez reis se succederara
no trono de Oviedo; os seus nomes são os
seguintes :
Froila 757 Aífonso [resta-
Aurélio 768 bckcido) ... 791
Silo 774 Ramiro I. ... 8V2
AíTonso II , o Ordonbo I. ... 8MÍ
Casto 783 AÍFonso III ... 866
Maurpgalo ... 78.'^ Garcia I.. 'Jl0-91o
Bermudo 788
OVIEDO E VALDEZ, (hist ) viajaute e histo-
riador hispanbol. nasceu era 147^, foi in-
tendente das minas d'ouro da Daria. Deixou :
Historia geral e natural das índias occi-
dentaes.
oviELAS, s. f. pi. no Alémlejo, alverc.ft.>.
oviLABíS, (geogr.) cidade da iNorica, sobre
o Tranniis (Traun) éhoje Lambach ou Wels.
OviPARO, A, adj. (Lai. oviparus, áeovum,
ovo, (ifiario, ere, parir), quepõeovos, dos
quaes fecundados sahem os pintos, etc. Ani-
maes — s.
oviSTA, s. m. (des. ista], o naturalista
que adopta a opinião de Spallanzani, e crê
que lodo o animal procede do nm ovo que
contém os rudiíientos do futuro aniraah
ovo, s. m. (Lat ovum, Gr. 6on, em Eó-
lio ôfon, egyp. ouoli, do rad oué, gprme).
corpo de diversa forma , espherica ou el-
liptica, composto de uma substancia araa-
rella ou gcmma, envolta em oulra branca
albuminusa ou vlnra, e encerradas ambas
em uma capa mais ou menos solida, e de
côr em pr^ral branca ou esbranquiçada. — s
de galUnha, de ema, de crocodilo, etc. Cheio
como nm — , bem cheio. Sair da casca do
— , (fig ) começar a ser senhor de si. Âo
frigir dos — s, (phr. vulg.) qu;«ndo vier a
occasião. — s moUès, doce feito do ovos e
assucar, —s fiados, dote de ovos em forma
de íios. — , ornato oval das columnas ióni-
cas. — philosophico, um vaso usado em ope-
rações chimicas.
ovÔA, (geogr.) villa de Portugal, no con-
celho de Tondella, a 6 léguas de Vizeu ;
contém 900 habitantes, e o seu concelho
1,500.
OVULO, (bot.) é assim chamado o grão ain-
da encerrado no ovário, antes ounaepocha
da fecundação.
owEN, |;hist;.) Oemis ou Audoenus, poe a
latino moderno, nasceu no paiz de Galles.
Deixou dez livros deepigrammas, que imi-
tara muito oi de .Marcial
ovEN CAMBRIDGE, (hjst.) pocta inglcz, eS'
criptor distinclG, nasceu em 17! 4, morreu
em 1802. Escreveu a Scribleriada ; Historia
da guerra da índia entre os Inglezes e os
Francezes na cosia de Coromandel.
VOL. IV,
OXY
65
owHYHíiA ou oouAiHi, (geogp.) a maiof das
ilhas Sandwich e mesmo de toda a Polyne-
sia ; 150,000 habitantes. Capital Tiah-Tato-
na.
OXALÁ, iníerj. (do arab. enxá Allah, quei-
ra Dou>, se Deus quizer. E voz composta
(^a fu-uiiiu!,! en, se, do verbo xá, querer,
e Allah , iJcus), queira Deus, provera a
Deus.
oxALiDEAS, (boi.) familia natural de plan-
ta^, corhecida peks seguintes- caracteres:
cálice com cinco divisões profundas, direitas
algumas vezes um pouco desiguaes e presis-
Irmtes; a corolia é composta por cinco péta-
las onguiculadas, iguaes entre si, livres e
c.iiírii ('"?'ií juntas, d« maneira aparecerem
uma corolia monopetala ; estamines em nu-
mero de dez, cinco alternas, pequenas e op-
postas ás pétalas ; todas são monadelphas
pela baâo.
OXAMALA, interj. de lastima, ou senti-
mento de compaixão. E' usada nas pro-
víncias.
oxEL, fgeogr.) aldéa da provinoia (Je Bar-
dez com uma freguezia da itivocacão do Se-
nhor do mar.
OXENSTIERN OU OXETVSTIERNA (Âxel, COudo
de), (hist.) ministro sueco, nasceu em Upland
em 1583. estudou em Allemanha foi empre-
gado, por Carlos IX era diversos luissões im-
portantes, foi nomeado chanceller e .1 .° mi-
nistro quando Gustavo Adolpho subiu ao tro-
no, seguiu orer nas suas campanhas contra
os Russos, negociou em 169/ a paz de Stol-
bova, dirigiu algumas operações na guerra
da Polónia, foi governador g^^-al da Prussia
durante aoccupação Sueca; foi a Tais con-
ferenciar com Uichelieu depois da b.Ua lha de
.Nordlingen euniu-secora «He contra a Áus-
tria. Morreu em 165 k Escreveu algumas
obras.
oxiío, s.m. o espantar ou levantar a ca-
ça.
OXFORD, (geogr.) Oxonium, cidade d'In-
glaterra, capital do condado e bispado, en-
tre o Cherwell e o íris, a 22 leguns O. de
Londres, 2 1,000 habitantes ; l,(iOt) estudan-
tes. Bispado ; Universidade celebre ; biblio-
theca cora ^'00,000 volumes e '2r)000 manus-
rriptos. O condado d'Oxford, entre os de
Rorthanipton ao NE. Buckingham a E , Berks
aoS. eaoSO., Warwick a O. ; 152.000 ha-
bitantes, lia muitas cidades do nome d'Ox-
ford nos Estados Unidos ; as mais importan-
tes são na Kew-Jersey, em New- York, no
Maryland.
oxi, em lermos derivados do Lat. e Gr. V.
Oxy.
oxG, do Gr. oxifs, acido, azedo.
■ MCANTHA, 5. f. {oxy prcf. G acantho)^
'■irUíci-^o.
i7
66
OXP
ozo
oxTCRATO, s. w». (oa?t/ pref.), viaagre des-
temperado.
oxYCROCio, adj. m. [ph&rm.) Emplasto — ,
em que entram diversas substancias entre as
quaes predomina o vinagre e açafrão, [ero-
cus Lat.)
oxYDAÇÃo, s. /". verb. (chim,) conversão
em oxy lo.
oxYDADo, A, p. p, de oxydar, adj. con-
vertido em oxydo.
OXYDAR, v. a. (chim.) converter em oxydo :
— os metaes.
oxYBO, s. m. (chim.) corpo combinado
com o oxy {eneo , que não goza das pro-
priedades de acido.
oxYDRACOs, (gfiogr.) povo da índia, áquem
do Ganges, habitava na confluência do lly-
draote e do Acesino. i41exandre esteve para
perder a vida no cerco da sua capitl.
OXYGEN.AÇÃo, s. f. verb. (chim. mod.) com-
binação de um corpo com o oxygeneo.
oxYGENADO, A, p. p. de oxygeoar, adj.
combinado com o oxyueneo.
oxYGENAR, V. a. (chim. mod.) combinar
com o oxygeneo. — se, passivo e impessoal,
combinar- se com o oxygeneo.
OXYGENEO, s. wi. (chim.) nome dado pe-
los chimicos a um corpo reputado sim-
ples que na maior parte dos compos-
tos ácidos é o principio scidificante. O ior-
mo, derivado do Grego, significa </cracío pe-
lo acido, e não gerador de acido, ni«s pre-
ferio se a desinência gen a gon, par» evi-
tar a confusão com oxygono. aciitaniíulo.
Outros o denominaram ar ri tal porque vi-
vifica o sangue venoso no bofo.
OXYGONO, A, adj. {oxy pref , í^gudo, o
gonia, angulo), (geom.), que tem os ângulos
agudos.
f XYMEL, s. m. [oxy pref-, e me/), mel
mi.',lurado com vinagre : — scillitico, em que
entra scillo ou cí bul'a alharran.
OXYUIA, (brit.) género de plantas dafami-
iia das i'olyg!inefiS e da liexandria Digynia,
Linneu.
oxYRRHYNCO, ígeogr.) hojeBéhnésé, cidn-
de do Kgypto, sobre o canalde Joseph, a O.
do Mio.
0XYRRH0D1N0, s.m. [oxy pref. erhodon,
rosa), composição de agua rosada, óleo e vi-
nagre rosados.
oxYS. s. m. [oxy pref., e saccharum as-
sucar), bebida de vinagre, sumo de jomaas
e mel.
OYA, s. f. (t. asiat.) titulo de alta no-
breza do reino de Sião.
OYÃA, (geogr.) aldeia de Portugal, a légua
e meia de Aveiro; 2,6^0 habitantes.
OYAPOCK ou OAYAPOCK , (geogr.) pío dd
juiana brazileira ; nasce da serra Baracai-
na, corre pelos montes sempre doocciden-
te para o oriente até ir desembocar no mar,
servindo de limites ás Guianas Ingleza, ilol-
landeza o Franceza.
OYAPOK, ('geogr) rio daGuyana, separaa
Guyana Franceza do Brazil e cáe no Oceano
Atlântico.
oyarzun, (geogr.) CEaso, cidade de His-
panha, a 2 léguas SÁ. de S. Sebastião ; 3,400
habitantes.
OYONNAX, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas de Nanuia ; í ,980 habitantes.
OYS DA RIBEIRA, (geogr.) viUa e freguezia
de Portugal, a â léguas de Aveiro, situada
sobre o rio Águeda ; 36i> habitantes.
ozAGRE, s. 71%. bostellinhas que nascem na
moUeira das crianças, selspgum.
ozena, s. f. (lat. ozcena, do Gr. ózó,
cheirar mal), chaga corrodente no nariz e
que verte pus fétido.
OZANAM, (hist.) malhematico francez, nas-
ceu em 1 4i>, morreu em 17l7. Deixou:
Tractado Gnomonica ; Methodo geral para
traçar os quadrantes; Uso do compasso na
proporção explicada, ele.
OZARK, (geogr.) montanhas da America do
Norte, extendem-se do Missouri a Heel-Ri-
ver.
! OZEROY, (hist.) autor dramático russo, nas-
! ceu em 1770, perto de Tver, morreu em
18.6, sérvio com distincção. Assuas princi-
; pães obras são: a Morte d'Oleg ; Q^dipoem
\ Álhenas ; Vingai ; Dm,itri-Uonskoi, ele.
I oziERi, (geogr.) cidade da Sardenha, capi-
tal da provincia d'Ozieri ; a 11 léguas SE. de
Sassari ; 8,00 < habitantes. Bispado.
ozoPHAGO, V. Esophago.
oz «RIAS, s. f. pi. jogo de cartas, que
se joga dando a cada parceiro nove car-
tas.
PAC
PAC
P
p, s. m. pê decima sexta letra doalpha-
beto portugiiez, e duodécima das cunsoan-
tes. É aíliin do B Edtre os gregos era nu-
meral de St* P, abreviatura por Pecfe, Pro-
vará, Pergunta
PÁ, s. f. (Cast. e Lat. pala], instrumen-
to de páo ou ferro, cora cabo e extremida-
de espalmada e levemente excavada, cujo
uso he de tirar o lixo, a lama das tuas, etc. ;
— de forneiro, a cora que se tira o pão do
forno ; — de beHa!í, cavallos, bois, a parte
mais alta e carnuda da perna junto á arti-
culação comotronco. Ficarápá, (loc.) ple-
bêa, estar reduzido a varrer o lixo, a lima.
PAACKftio, s m. (de paço renl), (ant.)
guarda do p.-íço : — môr, vé lor das obras
dos paços reaes ; — do terreiro do trigo,
administrador.
PAAÇo, (ant.) V. Paço.
PAADiNHAMENTE, (adv. ant.) alterfçào de
palatinamente, ás claras. V, Claras (ás).
PAATEiRA, s. f. (ant ) V. Padeira.
PAATEiRO, s. m (ant.) V. Padeiro.
PÁBULO, s. m. (Lat, pabulum, alimento)
(ant ) pasto, alimento, sustento. O ar é o
— da vida ; — , chulo, diz-se por parvo,
patola, V. g. fulano é mui — .
PACA, s. /. (h.n.) animal quadrúpede mon-
tez do Brazil, pareci io com o porco. — , gé-
nero de roedores, pertencentes á divisão dos
Nào-CIaviculares, e cujo typo é um quadrú-
pede da America meridionai, indicado pelos
autores com o nome de Cavia Paca.
pacaCiano, (hist ) P. Claudíus Mareias
Pacaiianus, tomou a purpura na Gallia me-
ridional em 249 , mas foi derrotado por
Decio.
pacacidade, s. f. V. Mansidão.
PACAJAZ ou PACAYÁ, (geogr.) rio da pro-
víncia do iará, no Brazil, no districto da vil-
de Cametá. que vem de mui longe, ese ajun-
ta com o Taigipurú ou braço meridional do
Amazonas, abaixo da confluência do Ana-
pú.
PACAL, adj. dos'^ g. es. m. adjacente aos
paços. pi. Paçaes. V. Passal.
pacandiere; (geogr.) villa de França a 5
léguas e meia NO. de iloanne ; l,7oO ha-
bitantes.
.PAÇANHA, (geogr.) aldeia da província de
Minas Geraes,no Brazil, na comarca do Serro,
28 léguas com pouca diíTerença ao SE. da
cidade do mesmo nome, e44 ao NE. da de
ouro Preto ; 1 2()U habitantes.
PACA-isovA, (geogr.) rio da província de
•vIato-Grosso, no Brazil.
\ PACÁo, s. m. nome de um jogo de car-
tas, e particularmente orei, o sate e o dois
i neste jogo.
i PAÇÃo, adj. dos 2 g. (ant.) V. Cortezão^
Palaciano.
Pacato, adj. dos tg. (Lat. de pax, cis^
i pazj, quito, tranquíllo. socegado, pacifico de
I condição. Homem, animo — .
I PACATO DEPRANio , (hist,) po^ta 6 ora-
dor latino, nasctu em Bordeos ou Agen,
; teve estreita amisade com Ausonio, Foi
I mandado a Roma era 388 para felicitar
1 Theodosio pela victoria alcançada sobre Má-
ximo, e nesta occa>iào pronunciou um Pane-
gyrieo do imperador.
PACATLBA, (geogr.) antiga aldeia da pro-
víncia do Sergip>, no Brazil,
PACCANARi, (hist. ^ enthusiastatyrolez, fun-
dou no X Vlll século a ordem dos Padres da Fé
restabelecendo assim debaixo de outro nomo
a ordem dos Jesuítas . que acabava do ser
abolida. Morreu em 18()i.
PACCioNAR, V. n. Y. Pactear, Pactuar.
PACEiRO, s. m. (ant) o mesmo que par-
ceiro.
PACENSE, adj. dos 2 g. (do nome Lat.
de Beja, Pax Julia), da cidade de Beja, no
Alémtêjo. Colónia, bispo — .
PAGER, V. a. V. Pascer, Pastar.
PACHA ou BACfiA, (hist.) nome genérico,
com que se designa os altos funccíonaríos
turcos encarregados da administração civil,
militar, judiciaria e financeira das provín-
cias ou pachalik A insígnia dos pachás é
uma cauda de cavallo ; a uns compttem
duas, a outros três, a alguns só uma, cou*
17 *
pAc
PAC
forme o gráo, que occupara na hierarchia.
PACiiÃo, s. m. nome de ura peixe do rio.
PACiiARiL, s. m. (t da Ásia), arroz com
casca.
PACFIECO, (gengr,) cidade do nispanba, a
5 léguas e meia JNO. de Carthagena ; 4/íOO
habitantes,
PACHECO (Duarte) , (hist ) distinctissimo
guerreiro pnrtuguez, (Mim dos que por seu
valor e altos feitos mais illuslraram o nome
portuguez no Oriente, polo que mereceu os
numes de Achilles Lusitano, que lhe deu Ca-
mões, e o de Sansão Porluyuez. Em compa -
nhia de AíTimso de Albuquerque passou ú Ín-
dia, onde obrou por toda a parle prodigios de
valor, e." peei íil mente era Cochim e (iambalào,
e na acção qae teve logar entre os reis
de Cochim e Calecut em 18 de Março de J 5()4,
junto ao rio que divide aquelles dois reinos,
aonde elle commandava cento e cincoenta
Portiiguezes, com que derrotou milhares de
inimigíts. Em 1505 voltou ao reino, indo El-
Rei D. Manuel rerebe-Io, etrazendo-o d. bai-
xo do palio; mandando além disso o mesmo
monarcha dar parte de suas façanhas ao papa
e aos soberanos da Europ.n, ufanado de ter um
tal va'^sallo, e na verdade as victorias de Pa-
checo puzerara extaclivo todo o Oriente e en-
cheram de estrondo o Universo. Nomeou-o
El-Uei D. Manuel governador de ?<. Jorge de
Mina ; raas sendo calur.niado pelos seus in-
vejosos, jazeu por muito tempo n'uma prisão,
depois de solto viveu em tal misf-ria, que foi
morrer aura hospital, c foi sepultado por es-
molla. Tal foi o lim do heroe da Ásia I Dei-
xou um livro : Esmeraldo de situ arbís, em
que trota das descubertas dos Porluguezt-s, e
que ainda não foi impresso.
PACHECO, (Francisco sinto) (hist.) viveu
século XVIÍ, foi natural davilla de Tanger
onde foi capitão mór. Escreveu Tratado da
cavaUaria de Gineta.
PACHECO (Maria), (hist,) esposado D, João
de Padilha. Depois da derrota de Villnlar, e
execução de seu marido, mostrou heróica
coragem para o vingar, e sustentou era
J552 um etéreo em Toledo contra as tropas
de Carlos-Quinto ; faliando-lhe os viveres
evadiu-se da cidade e refugi^u-se em Por-
tugal, onde morreu pobre e obscura.
PACHECO, (hist ) pintor, poeta e escriptor
hispanhol , nasceu em 1571, morreu em
.l6-')4, fui o fundador da escolla sevilhana
e mestre de Velasquez. O seu primor d'ar-
te é o Juízo Universal. Escreveu Um tra-
cfado elementar de pintura.
PACuiNo, (geogr.) Pachiviim, cidade da
Sicilia, a 6 léguas S. de Noto.
PACHiRA, (bui ) género de plantas ria fa-
milia das Bombaceas, da grande tribu das
Mdlvaceas.
PACHLYDE (h. n.) género de insectos da
ordem dos llemipteros.
PACHO, (hist.) viajante italiano, nasceu em
171)4, visitou muitas vezes o Egypto, pene-
trou na Maraiaricaena Cyrenaica. Suicidou-
se em 182ÍJ. Escreveu Viagem na Murm,arica
e Cyrenaica.
PACHOLA, s. m. (pleb.), madraceirão.
PACHONCHETAS, s. 171. pi. (pleb.) palavras
fúteis.
PACnÔHRA, s. f. disposição mui mansa,
fleumalicamente, vagar.
PACHORRENTAMENTE, adv.{mente suíT.) com
pachorra.
PACHORRENTO, A, ttdj . dotado dc pachoF-
ra, que se não altera nem apressa com cousas
de cuidado.
PACHUCHADA, s. /". (vulg.) parvoico grande
no fallar, despropósito.
PACHYDERMES, (h. u.) sexta ordcm da clas-
se^dos Mammiferns, no reino animal.
PACHYMERE , (hist.) histoHador bizantino,
nasceu em 12V2, morreu em 1310. Deixou
uma Historiado Orienie e outras obras
PACHYsiEROS, (h. n.j goucro de insectos da
ordem dos Hemipteros, secção dos Heterople-
ros.
PACHYNEMA, (bot.) gcuero do plantas da
família das Dill-niacpas e da DacandriaDi-
gyiiia.
PACHYPHYLi.uji, (bot.) gencro de plantas
da familia das Orchideas, e da Gynandria
Monandria.
PACHYRizo, (bot.) género de plantas da
familia das Leguminosas , e da Diadelphia
Diicandria*
PACHYSATSDRA, (bot,)genero de plantas da
familia das Euphorbiaceas e da Monoecia Te-
tra nd ia.
PACHYSTEWON, (bot.) género de plantas da
familia das Euphorbiaceas e da Dioecia Mo-
nandria.
PACHYSTOMA, (bot.) gcucro do plantas da
familia das Orchideas e da Cynandria Dian-
dria.
PACíAUDi, (hist.) ura dos mais sábios anti-
quários do XVlll século, nasceu em Turim
em 1710, morreu era 1785. Deixou : De sa-
cris christianorum balneis ; Monumenta pe-
loponesiaca, ele.
PACiDO, A, p.p. de pacer. V. Pascer.
PACIÊNCIA, s. f. (Lat. patientia, de pa-
liar, i soíTrer), soíTrimento, tolerância de dór
physica ou moral, de trabalhos, aílliccões,
— , perseverança em trabalho, obra que re-
quer muito tempo e continuada applicação
ou esforço. Obra de — . Ter — ; levar com
j — . Não ter — a cousa, oupessoa, (loc. ant.)
i não podf^r tolerar. Apurar a — , mortilicar
! com acções ou palavras, irritar. Os antigos
usaram do pi. —s, hoje é desusado. — , (fig )
uc
PAC
69
escapulário ; -*, jocoso escudeiro de fidalga
em Lisboa. — ', s. f. (Fr. patience], espécie
de cabaça, planta medicina!.
PACíEiSTE, adj. doslg. (Laí.patiens, tis,
p. a. do joaííor, t, soíTrer), soíFredor, solffi-
do qtic tem paciência, supporta bem dôr phy-
sica ou moral, pachorrento, assidao, perse-
verante eni obra enfadonha que requer con-
tinua applicação ; que soíTre doença, raal,
paixão, aífecto.
PACIENTE, s. m. (grara.), pessoa ou cou-
sa quo é objecto da acção do agente, ou do
verbo — , o que padece, solfre.
PACENTEfiENTE, ttáv. [mente suíT.), com
paciência.
pacientíssimo. A, Gc(;'. sitperl. de pacien-
te, mui paciente, soffredor.
PACIFICAÇÃO, 5. /". o acto de fazer as pa-
zes, de piciíicar; Címclusão de paz.
PACIFICADO, A, p. p. de paciíicar, adj. res-
lituido ao estado de paz.
PACIFICADOR, s. w. O que pacifíca, faz as
pazes; apaziguador, restituidor da paz, que
poz termo á guerra, ás contendas.
PACIFICAMENTE, adv. [mciite suff.), de mo-
do pacifico.
Pacificar, v. a. (IM. pacifico^ are], res-
tituir á paz. apaziguar, v. g. — as nações
belligerantes ; — contentas, desavenças, dis-
sensões, aquietar, concordar. — se, -». r.
apaziguar- se, ser restiluido ao estado da
paz.
PACIF CO, A, adj. (pron pacifico ; Lat.
pacificus) amigo da paz, do socego, tran-
quillo. quieto, v. gAíomem, intenções — ;
— . conciliante, v. g. palavras, proposições
— ; — , não perturbado, v. g. posse. — não
disputada. Veiilo — , Jurando. A — oliveira
(lig ) qao inculca disposição de paz, syrabo-
lo da paz. Mar — , manso.
PACIFICO PiCENO, (hist.) irmão menor, da
Marcha de Fermo (no antigo Picenum) adqui-
riu grande fama noXlllsuculo como trova-
dor. Frederico 11 deu-lhe otitulo de rei dos
versos. í
PACIFICO "(o Padre), (hist) capuchinlio, foi
missionário e superior da sua ordem na .Ime-
rica ; morreu em í'aris era 165J. Deixou:
Viagem da Pérsia ; Relação dus Ilhas de S.
Ckrislovào e Guadeloupe.
PACÍGO, s. m. (de pascer) pasto onde an-
dam animaes. Pascigo é mais correcto.
^ : PACIGOO, í. m. (ant.) V. Pacigo.
PACio, (hst.) Pacius, professor de direito
na Suis<a, em Allemauha e na Hungria, dei
xou enlre outros escriptos. De Jure maris
adriatici ; De conlraclibus ; Synopsis jú-
ris, etc.
paço, s. m. (contrar.ção de /;a/acio], casa
nobre, palácio, habitação regia ; casa de con-
celho, tribunal. Pa^os reaes, corte palácio
yoL. IV,
do rei. Desembargadores do — , que antiga-
mente despachavam comel-rei. — , corte;
(lig.) cortezia, cortezania ; vida cortezan : —
gracejo. Homem do — , cortez, cortezão. — ,
dissimuliado, homem de refolhos, v.g.ler
— com alguém, gracejar, mofar, divertir-se
com alguém. INão estar para — , (ant.) pa-
ra gracejar.
PAÇO d'arcos, (geogr.) povoação dó Por^
tugal, no concelho de Oeiras, donde dista
meia legua a E., situada na direita do Tejo
2 léguas a (J. de Lisboa, em agradável posi-
ção, e muito frequentada no tempo dos ba-
nhos; 1,50) habitantes.
paço, passô e passos, (geogr.) comestes
três títulos ha em Portiigal 20 povoações, to-
das insignilicantes ; citaremos apenas asse-
huintes : Vaco de Vinhaes, aldeia de 980
habitantes a 10 léguas de Miranda ; Paços,
frcguezia do concelho d;». Melgaço, 700 ha-
bitantes ; outra no de Villa Ueal, 850; Pa-
ços de Brandão, frcguezia do concelho da
Feira, (350 ; Paços de Ferreira, no de Pe-
natiel, (500; Paços de Gaiolo, no mesmo
Concelhos, 900 ; Paços de Villiarigas, a 3
léguas de Viseu, 800 ; Paço, vilia situada
junto ao Távora a 2 léguas de Lamego, 500
habitantes ; e Passos da Serra, freguezia do
concelho de Santa Marinha, perto de Cea,
1,000 habitantes.
PACOBA, s. f. fruto da pacobeira.
pagodeira, s. f. arvoro brasílica e africa-
na que dá as pacobas.
PAC0M0 (S ), (hist.) nasceu na Alta The-
baida em 2d:i, morreu cm o'i8, foi soldado,
converteu-se ao chnstianismo. e foi discípu-
lo dosaucto solitário Palen.on ; exerceu tal
influencia pelos seus exemplos dicções, que
por sua morte a Thebaida contava 5,O00 cí'-
nobltas, de que elle era chef-». 1/ comme-
morado a 1\ de maio.
PACOTE, s. m. (Fr. paquet) fardo peque-
no, v. g. — de panno de linho.
PACOTINHO, s. in. diminuí, de pacote.
PACORO , (hist.) chamado Bakour , filho
mais velho de Orode. rei dos Parlhos, con-
tribuiu muito para a batalha de Carrhes
sobre Crasso (53 annos ante? de Jesu-Chris-
to). No anuo 40, ligou-se com Sabieno, e
batteu tão completamente Decidio, gover-
nador da Syria, que este general, temendo
cair-lhe nas mãos, suicidou -se.
PACORO % (hist.) appellidado Fí/roMs", rei
{.artho, era filho d'Artaban, e subiu ao thro-
no no anno 9v) antes de Jesu-Chrislo. Pro-
tegeu as artes e embellezou Ctésiphonte, da
qual fez a sua capital. Morreu em 107.
PACouiiiNA, (l)ot.) género de plantas da
familia das Synanihereas e da Syngenesia
egual.
PACTA coNVENTA, (hist.) Capitulação, que
18
w
MD
PAD
as dietas de Poíonía redigiam e apresenta-
vam áassignatura do rei em ca<]a nova olei-
ção. Esles pacta contenta, cad i vez rnriis
carregadas de condições onerozas, iimitavani
muito a auctoridíide real.
PACTAB, V. Paclear.
PACTARio, A, adj. {pacto, des ária), que
faz pacto ou ajuste.
PACTEAR. V. a. [pacto, ar dos. inf.), ajus-
tar, estipular, v. g. — condições de paz.
— , V. n. fazer pacto, ajuste. — se, v. r.
ajustar-so.
PACTO, s. m, (Lat. pactum, áepaciscor.
i, pactus, sum, ajustar, pactear), ajuste,
convenção, contracto entre duas ou mais
pessoas ; — nu, de palavra, sem escriplu-
ra. Seguir o — , gu«rdar, observar.
Syn. comp. Pacto, convento. Convénio
é menos que pacto. O convénio é o desejo
mutuo de duas ou mais pessoas para fazer
voluntariamente alguma cousa, porém sem
que as ligue a lei nem tenham outros laços
que este mesmo desejo e sua consciência. O
pacto provém sempre de uma obrigação le-
gal. O convénio suppõe vontade reciproca;
o pacto, reciproca obrigação.
PACTOLO, (geogr.) Pactolus, hoje rio de
Sart ou Bagonlet, pequeno rio da Lydia,
saía do monte Tmolo, passava emSardese
caia no llermo.
PACTUAR, V. n. [pactum Lat., ardes, inf.),
V. Pactear.
PACUHi, (geogr.) rio da província de Minas
€eraes, no Brazil, no Norte da comarca de
Bio de Jequitinhonha; nasce do vei tente Oc-
cidental da serra Branca.
PACuvio, (hist.) poeta dramático latina,
nasceu em Brindes era 218 antes de Jesu-
Christo, era sobrinho d'Eunio e amigo de
Accio. A orreu em Tarento, lia alguns fra-
gmentos das suas tragedias e comedias.
PACUVIO CALAVio, (hist.) seuador de Ca-
pua fez declarar a sua pátria em favor de
Annibal depois da batalha de Cannas e re-
ccbeu-o em sua caza. O filho de í ecurio
quiz assassinar o general cnrthaginez, mas
seu pai dissuadiu-o deste criminozo projec-
to com um bello discurso, quo se lé em
Tiío Livio.
PACY, (geogr.) cidade de França, a 5 lé-
guas ao E. de Evreux ; tem 1,;,90 habi-
tantes.
PADA, s. f. (Fr. ant. pa, pão, des. ada,
de dar), pão pequeno, pedaço de pão longo,
PADAMO, (geogr.) rio de Venezuela, nasce
da parte das nascentes do Orcnoco, e cáe
neste rio.
PADANG, (geogr.) estabelecimento fundado
pelos hoilandezas na costa SO. da ilha de
Sumatra, a IO0 léguas ao NO. de Bencou-
^0.
[ PADAR, s. m. V. Paladar.
I PADARIA,, s. f. (pron. padaria, do Cast.
paiuideria), rua, bairros de padeiros; (t\^.
vulg.), gente plebêa, o vulgo.
PADD^NGTow, (geogr.) viUa de Inglaterra,
na extremidade ao O. de Londres, sobre
um canal do mesmo Londres ; 8000 habi-
tantes.
PADECEDOR, s. wi. pessoa que padece, adj.
que padece sofíre.
PADECENTE, s. lu. (des. dop. a, Lat. em
ens, tis), o que padece dôr, afllicção ; o que
vai padecer pena capital.
PADECER, V. a. (Lat. patior, i, soffrer),
soífrer (mal physico, ou pena moral), v. g.
— dores, pena, injuria, miséria. — , soíTrer,
consentir, comportar, v. g. isso não — du-
vida. IS'ão o — a sua dignidade. — , v n.
soífrer, v. g. padeço de gola.
PADECIMENTO, s. m. [menio suíf.) estado
de suífrimento, o mal physico ou moral que
alguém padece.
PADEIRA, s. f. (V. Padeiro), mulher do
padeiro, ou dona do forno de fazer pão.
PADEIRO, s.m. (Cast. panadeiro, âepan,
pão), homem que amassa e coze pão no
forno.
FADEJADO. A, jo. p. dc padejar, adj. re-
volvido com a pá.
PADEJAR, V. a. [áepã, àes. ejar), revol-
ver com a pá, alimpar (o trigo) ; — , em
era sentido abs. ou n. fazer oíTicio do pa-
deiro.
PADELiÇAS, s.f.pl. (ant.) pasto para ani-
maes.
PADERBORN, Cgeogr. Paderbunum, em la-
tim moderno, cidade dos estadoí prussia-
nos, a l7 léguas ao S. deMuiden; 7,000
habitantes.
PADERBORN, (bispado do) (geogr.J estado
do império d'Allfemanha no circulo de West-
phalia, entre o Hesse, ea abbadia deCor-
vey, o principado de Calenberg, e o con-
dado de Lippe. Conta 2;{ cidades.
PADERERiA, s. f. V. Padaria.
PADERiA. s. f. V. Padaria.
PADEHNE, (geogr) aldeia dePoí"tugal, no
concelho de Monção, 6 leguns ao ^E. de Vian-
ua, a cujo districto pertence, 2,00»» habi-
tantes.
PADERNE, (geogr.) villa de Portugal, no
concelho d'Albufeira ; e conta 1,000 habi-
tantes.
PADES, s. m. Y. Pavez.
PADESADA ou PADESSADA, S. f. V. PãVe-
zada.
PAiiicnAH, (hist.) (do turco paio. defensor,
e chah rei ou príncipe) é o titulo que toma
o sulião dos oliomanos ; a sua insígnia era
sete caudas de cavailo.
PADiEiRA, 8. f. a verga da porta.
PAMLSA, (D. João de) (híst.) de «ma íl-
lustre família castelhana, declarnu-seem 1520
pelo partido nacional contra Carlos V. Apo-
derou-se de pessoa de João-o-Louco, mas
dentro era pouco se vio abandonado dos seus
partidários, foi apanhado e justiçado em
1522.
PADiLLA DE ABAXCO, (geogp.) víUa de His-
panlia, ali léguas aOi»iO. de Burgos, per-
to da margem esquerda de Pisnega ; 600
habitantes.
PADiLi.A, (Santo António de) (hist.) villa
do México, a 8 léguas ao O, do NovoSan-
tander.
PAUiLLA, (Maria de) (hist.) favorita de Pe-
dro o Cruel, rei de Castella, empregou os
seus encantos para augraentar a desconfian-
ça e o furor deste prmcipe, e teve grande
parte no tratamento odiozo que soffreu líran-
ca de Bourbon. Teve muitos íilhos do rei em
Sevilha em 1j61.
PADirtiiA, s. f.-diminut. de pada, peda-
cinho de pão ; (Pig.) pessoa mui pobre, que
nem de pão tem fartura.
PADiNHAS, .5. f. (ant.) forma que se dava ao
cabello em toucado antigo.
PAD OLA, s. f. (talvez do Lat. pes, dis, pó, e
tollo, ere , levar ) leito quadrado de taboa
com quatro braços de que pegam dois ou qua-
tro homens para transportar materiaes de
construcção, etc.
PADRÃO, s. m. (Fr. joaírow, amostra, mo-
delo. Os etymologistas não dão a raiz des-
te termo, que creio derivado do Lat. pes,
pedis, o pé, typo de medidas de extensão.)
typo, modelo de pesos e medidas. — , titu-
lo authentico, v. g. —de tença, juro.— de
armas, as esculpidas ou pintadas no escu-
do. Daqui vem o sentido de padrão, pedr.i,
columna com as armas reaes esculpidas que
os descobridores portuguezes cravavam em
terras novamente descobertas para signal de
tomar posse.
PADRASTO, s. m. [padre, pai, e estar, que
está em lugar de pai.) homem que casa com
mulher viuva , relativamente aos lllhos do
precedente matrimonio. — , monte , altura,
que domina algum terreno, v. g. a praça,
o castello tinha por — um monte, isto é, que
lhe licava a cavalleiro, superior ; (flg.) cousa
donde pode vir perigo, ataque. — , espiga
grande que se separa dos dedos junto á raiz
dos dedos.
PADRE, s. m (Lat. pater.) pai. Ifoje nnste
sentido, é só usado nas seguintes locuções. —
nosao, fallando de Deus. O — santo, o papa.
— . (tig-) sacerdote. — de missa, presbitero. —
espiriiuaí, confessor, di eclor. Os santos— s,
os doutores da Igreja. — s conscriptos, os se-
nadores da antiga Roma.
PADRiNHAR, V. a. V. Apadrinhar.
HE
Ul
PADRINHO, s. m. diminui, de padre (pai),
ê como segundo pai ; o que assiste como
testimanha ao baptismo, casamento , dcu-
torido. ao neto de armar cavalleiro, e quo
toma debaixo da sua protecção a pessoa
que é olíjecto destas ceremonias ; o que
mede o campo e protege o combatente em
duello, justas, etc, (íig.) protector, patro-
cinador.
PADROADO , s. m. (Lat. patronatus] , o
direito de patrono, que adquire o que fun-
da uma igreja, que a dotou ou reedificou ;
o que tem jus a apresentar ao legitimo
prelado os curas e outros ministros [ue
sirvam igreja.
PADROEIRA, s. f. (V. Pãdroeíro), mulher
que tem o direito de padroado ; protecto-
ra, patrocinadora, v. g. Nossa Senhora da
Concesção padroeira do reino de Portu-
gal
PADROEIRO, s. m. (do Lat. patronus, pa-
trono), o que tem o direito de padroado ;
fundador de mosteiros a que doou bens ,
com certos encargos ; (fig.) protector , pa-
trono. — (anl.), o senhor que forrou o es-
cravo.
PADRÕKS , (geogp.) villa de Portugal, no
districto de Beja, H léguas SE. de Castro-Ver-
de sobre o rio Oeiras ; 2,U09 habitantes.
PADRoa, s. m. (ant.) V. Padroeiro, e Pa-
trono do liberto.
PADiioOii, s. m. V Vadrão, marco.
PÁDUA, (geogr.) Paíaum.'- em latim, Pa~
dova em italiano, cidade do reino Lombar-
do-Veneziano, capital de uma delegação do
governo de Veneza, a 8 léguas ao 0. de
Veneza ; 50,000 habitantes. Bispado ; uni-
versidade, bibliotheca. jardim botannico.etc.
PADRON (El), (geogr.) Iria Flavia, cidade
de llispanha, a 5 léguas S. de Santiago ;
3,9j0 habitantes.
p^AN, (ííiyth.) Pcean, um dos nomes de
Apollo, quando considerado como deus do
dia e principalmente como medico. Também
se dava o nome de Péans aos hymnos de-
dicados a este deus.
p.EDERiA. (bot.) género de plantas da fa-
mília das ílubiaceas e da PentandriaMono-
nogyuia.
PAE, s. m. V. Pai.
NB. ?ae é correcto, mas pai é mais usa-
do e conforme á pronunciação. Ambos estão
tão alterados do Latim paíer, patrem, patre^
edogenitivopaíris, que a vogal final óindif-
ferentè. Nos dialect<iS meridionaesda França,
e em Francez antigo, diz-se pairo.
PAER, (hi-^t.) compositor e pianista dis-
tiucto, nasceu em Parma em 1774, morreu
em 18 D. Quando tinha apenas 14 annos
fez zepresentar em Veneza a opera Circo,
depois compoz muitas outras.
i8 «
n
V ■
PAft
pARSTUM, (geogr.) em grpgo Posidoníaí ,
h'^je Vesti, cidade da Grande-Grecia , na
costa da Lucania, foi muilo ílorpscente no
XII, VI, e V séculos antes de Jesu-dhristo,
depois caiu era decadência, final foi coló-
nia romana.
PAETis (Cecina), (hist.) marido da celf^bre
Arrie, entrou na conspiração |de Senbonio
contra Cláudio, e foi condemnado a mor-
rer ; sua mulher matou-se cora elle.
PAETUS (Thraseas), (hist ) senador roma-
no, illustre pela sua virtude e coragem ;
gpnro da celebre Arrie, foi um dos lepre-
seniantes da fraca opposição , que ousou
desapprovar Nero; saiu do senado para não
ouvir a apologia do tyranno. Accusadofpor
frívolos pretextos, foi condemnado a mor-
rer, abriu as veias e eí^vaiu-se em sangue
no anno G6 de Jesu-Christo.
PAFZ, (Álvaro) (hist.) distincto pnrtuguez
foi discípulo em Pariz do celebre i scotto
ou Scotto; bispo de Silves, e secretario do
papa João XXII. Foi homem de muito sa-
ber, e deixou varias obras, entre ellas De
Planta Eccksiae, quo foi traduzida em mui-
tas línguas.
PAEZ, (Balthazar), (hist.) célebre pregador
portuíjuez ; nasceu em Lisboa em 1571,
morreu em 1638. Deixou uma collecçãode
Sermões são uma prova da sua erudição e
talento.
PAEZ (Manoel), (hist) professor da arte de
artilharia ; compoz e imprimiu no século
passfido um Compendio da arte de arti-
lharia.
PAFO, s m. (ant.) V. Varagrapho.
PAGA, s. f. (de pagar), estipendio, satis-
fação de divida, jornal, serviço; remune-
ração de beneficio, recompensa ou agrade-
cimento.
^YN. comp. Paga, salário, soldo. Paga
é termo genérico para indicar satisfação em
dinheiro de divida, de jornal ou serviço, e
estensivamente remuneração de beneficio. O
salário é a paga ou retribuição devida a
um trabalho, a um serviço. Suldo é o salário
dos militares.
PAGADO, A, p. p. de pagar; adj. pago;
premiado, recom[iensado , v. g. m;d — do
seu amor, dos seus serviços. — , satisfeito,
V. g. tão ~ do F(u valor, da sua genero-
sidade. V. Pago.
PAGADO, (ant.) V. Pacato.
PAGABoiRO, A, adj. (des. oiro, do p. fut.
Lat. urus.) (ant.) pagável, que se deve pa-
gar.
PAGADOR, s. m. o que faz pagamentos, 15.
g. — da tropa, da marinha
PAGAiiM-Miou , (geogr.) cidade da índia
transgangelica, outr'ora capital do império
birman, na margem esquerda do Iraouaddy.
PAG
PAGAMENTO, s. m. [moito íiuff.) 0 8cto do
pagar: fazer — . — , paga,, salário recebi-
do, v. g. recebi o — .
PAGAMiA, (bot.) género de Plantas da fa-
mília das Rubiaceas e da Tetrandria Mo-
nogynia.
PAGAN (conde I de), (hist.) engenheiro e
astrónomo francez, nasceu em 1(3 J'f, mor-
reu era C6j, distinguiu se nas guerras de
Itália, Picardia e Flandres Escreveu : Tra-
ctado de fortificações ; Theoremas Geomé-
tricos, etc.
PAGANi, (hist.) txome de cinco pintores
italianos: o 1.° VifienlR, de Monte Uubia-
no, discípulo de Itaphael aucior de uma
bella Assumpção , viveu no XV século ; o
2.^ Lactancia, de Kimini, filho de Vicente,
toi um dos princípaes magistrados de Pc-
rouse em 15 3; o ó.^ Francisco de Flo-
rença, 1:^31-61, discípulo de Maturino ,
imitador de Caravagio , é auctor 'de um
bello quadro de Júpiter q Juno] o 4. " Gre-
gório, de Florença, e filho de Francisco ,
1548-HiOl , auctor de uma Inxevrào da
Cruz; o 5.*^ Paulo, nasceu em Milanez, ó
auctor de muitos quadros.
PAGANiEL , (hist.) sábio francez, nasceu
em rt<45, morreu em 18i6. Deixou, entre
outras obras, um Ensaio histórico e cri-
tico da revolução franceT.a.
PAGANISMO, s.m. [pagão, àQS ísíno.)gen-
tílisrao, idolatria; (fif^.) os pagãos.
PAGANO. V. Pagão.
PAGÃO, AN, adj. (Lat. paganus, áepagus,
aldeia.) que segue as doutrinas das religiões
fundadas na mythologia ; gentílicio ; [ilg.)
não baptísado.
PAGAR , V. a. (do Lat. paciscor, pactus,
ajustar, fazer contrato, ajuste. E incrível a
discrepância e extravagância das etimolo-
gias que os sábios tf>m dado deste verbo.
Vossio o deriva da B. Lat. pacare, apazi-
guar; i\. Eslienne áa pagns, aldeia. Sau-
maise, cora mais acerto, o faz vir de pactare,
pactear.) dar o preço estipulado por cousa
vendida ou por serviço feito. — a tropa, os
soldados, os jornaleiros ; — os viveres, o fre-
te, etc. ; remunerar, recompensar, v. g. —
serviços. — , retribuir beneficio, aíTecto, ou
injuria, damno, v. g. — o amor cora ingra-
tidão ; — o mal , a injuria cora beneficios.
— na mesma moeda, (loc. faraíl ) tratar al-
guém como delle fomos tratados. — , desem-
bolsar, satisfazer despeza ou multa incorri-
da, aposta perdida, v. g. pagou as custas,
os gastos, o dinheiro da aposta. — o pato,
(loc. adv.) isto é, aquillo que outrem deve,
o mal que outra pessoa fez , ser castigado
[or falia ou delíctocommettido i»or outrem.
— , soffrer castigo, v. g. pagou o crime
com a cabeça ou pelo corpo, soffrendope-
íf4
Vk
^Aí
.p
M còrpiorea. — , soffrer detrimento , v. g;
tu tu'o pagarái , soffrerás em castigo do
mal que me fizeste. — , compensar com lu-
cro, V. g. esta cUÍtui-a, fabricação nãopa-
ga o custo, o trabalho. —Se, v, r. conten-
tar-se, v. g. — das razões de algíiem ; re-
ceber satisfação, gostar, ser sensível, t>. g.
— dos obséquios ; — de alguém. Deus pa-
ga-se de corações singelos, ^aome pago de
irivolas desculpas. — a visita, visitar a quem
nos visitou. — , (ant.) por Aplacar, Apazi-
guar.
PAGASES , (geogr.) Pagaste , hoje Volo,
pequena cidade da Thessalia , so^re um
golpho chamado Golpho Pagazetico, hoje
Golpho de Volo. No seu porto é que foi
construído o navio dos Argonautas chama-
do muitas vezes Pagasoea ratts.
PAGÁVEL, adj. dos 2 g. (des. avel.) que
se deve pagar, v, g. letra — á vista. Effeitos
pagáveis a prazos.
PAGEADA, s. f. (des. collect. ada.) multi-
dão de pagens, comitiva de pagens.
PAGEL, s. m. V. Paguei.
PAGELLA, s. f. (Lat dim. de pagina, fo-
lha pequena.) (fig ) pagar por — s.
PAGEM, s. m. (Fr. page, B. Lai. pagius, do
Gr. pais, rapaz, moço de servir.) moço de
acompanhar o rei ou pessoa nobre; na guerra
e nas justas levava a espada, a lança e o escu-
do do amo. — da lança. — da náu, marujo,
inferior ao grumete.
PAGEMZiNHO, s. m. diminut. de pagem, pa-
^em muito moço, v g. — da tocha, do estra-
do.
PAGES (visconde de), (hist.) viajante fran-
«ez, nasceu em 1748, morreu em 1793 ,
"visitou a Luisiania, serviu na guerra da
America e foi assassinado em uma revolta
•de Negros. Deixou: Viagem em redor do
inundo e aos dous poios por terra e por
mar. Quadros históricos da revolução fran-
ceza, etc.
PAGi, (hist.) escriptor francez, nasceu em
1624, morreu em 1690; é auctor da Cri-
tica histórico -chronologica in Annales ec-
clesiasticoB cardinalis Barnoii.
PAGiço, adj. (tast. pazigo.) de palha.
PAGINA, s. f. (Lat., que os lexicographos
^derivam de pan^fcre, escrever.) superfície pla-
na de uma folha de papel ; (fig.) escriptura. As
— da fama, a historia. — , chulo, narração
importuna. Aturou-lhe a — , a importuna
garrulice, a seccatura.
PAGNiNi, (hist.) carmelita, nasceu em Pis-
tola em Vi37, morreu em 1814. Traduziu
em versos italianos Theocrito, Bion, Mos-
chus, Hesiodo , Anacreonte. Compoz epi-
grammas latinos, gregos e italianos ; tam-
bém deixou alguns opúsculos mathemati-
fos.
VOL. IT.
í»AGO, p. p. irreg. superl. de pagar; adj.
que recebeu paga, salário ; estipendiado, 8á-
lariado, v. g. tropa -— . Tinha — as dividas, a
ingratidão, pagado. V. Pagado e Pagar.
PAGO, s. m. paga, recompensa, remunefá-
ção, V. g. Deus lhe dará o — .
PAGO, (geogr.) ilha dos Estados Austría-
cos, no Adriático, sobre a costa da Croácia,
ao S. da ilha d'Arbe ; 4,000 habitantes.
PAGODE, s. m. (t. Asiat. pagodah' doSans-
crít. but ou put, ídolo, e khoda, casa, resi-
dência.) templo da religião brahmanica ou
budhísta na Ásia, ídolo adorado nesses tem-
plos; (fig.) ajuntamento de religiosas idola-
tras, funcção. Fazer — , (ant.) funcções de
comezana, canto, dansa, divertimentos licen-
ciosos, folganças, como as que so fazem na Ín-
dia com as bailadeiras dos templos. — , moe-
da de prata de Bagadate que vale 500 réis. —
de ouro, que vale 12,800 réis.
PAGODiCE, s. f. (des. ice.) folgança licen-
ciosa.
PAGODINHO, s. m. diminut. de pagode.
PAGRATiDES, (híst.) dyuastía de reis ar-
ménios, reinou na Arménia de 885 a 1079.
PAGUADo, (ant.) V. Pagado,
PAGLEL, s. m, (t. da Asia.) sorte de embar-
cação da Asia.
PAHANG, (geogr.) cidade da índia trans-
gangetica sobre o Palia ng, a 5 léguas do
mar, ao NE. de Malaca ; capital do reino
de Pahong, o qual é situado entre os de
Djohore ao S., de Salengore aO.,deTrin-
gano ao N.
PAI, s. m. (Lat. pater, e piter em compo-
sição. Gr. pater; Sanscr. pita; Zend. fedre ou.
feder; Augl.-Sax. /ader; Aliem. tjaíer(pron,
(pron. fader); Ingl. father, tatá, tato, tote^
em Sérvio, Frisio, Finnez, e tuato em Finnez
da Carelia. Todos estes termos e muitos ou-
tros análogos, ou delles derivados, vem a meu
ver, do Egypcio pi-oit, o pai, coma addição
de ra, gerar, produzir Só nesta língua se en-
contra um sentido completo desta importante
palavra; iôt é composto de owe ou owi, ger-
me, e ti, dar.) gerador dtí criança, de filho ou
filha. — de familiaonde familias (Lat. pa-
terfamil ias) cheíe de família, cabeça do casal,
marido da mãi dos filhos — de éguas, g^ra-
nhão. — , (fig.) protector, beneficiador, v. g.
— dos pobres, — da pátria. — de velhacos,
(ant.) homem antigamente salaríado pela ca-
mará de Lisboa para vigiar sobre os moços de
servir, e lhes procurar amos. — de meninos,
antigamente no Porto, era um cidadão encar-
regado de vigiar sobre as crianças enjeitadas.
— , (fig.) autor, instituidor, v. g. Heródoto —
da historia. — velho, (loc. das escolas) traduc-
ção lítteral de clássico latino ou grego.
PAiAGEM. V. Palhagem.
PAiMBOEUF, (geogr.) cidade deFranç»,'!»
19 .•.->-t.',j
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PAI
m
esquerda de Loire, a 13 léguas 0. de Nan-
tes; 4,000 habitantes.
PAiupoL, (geogr.) cidade de França, so-
bre a Mancha, a 10 léguas NO. de S. Brien ;
2,012 habitantes.
PAiMPONT, (geogr.) villa de França, a 2
léguas NO. de 1 lélan ; b,690 habitantes.
PAINA ou PÃiNA, s. f. espécie de cotão ou
substancia semelhante a algodão, mui íina e
branca, que se cria em algumas arvores do
Brazil, em capsulas que encerram carocinhos.
É menos consistente que o algodão ordiná-
rio.
PATNço, s. m. (Lat. ;?anicMm.) grão cereal
farináceo menor que o milho miúdo.
PAiME, (hist.) publicista inglez, nasceu em
1737, morreu em 1809. Publicou os Di-
reitos do homem ; também é auctor do ce-
lebre pampheleto do Senso commum.
PAINEL, s. m. (talvez do Fr. ant. panei, pe-
daço grande de pano ou de estoífo qualquer,
ou pauneau Fr. mod., taboa, almofada de
porta.) pintura feita sobre pano, taboa, lami-
na de cobre, etc; quadro. «O — que o pin-
tor lavra. » Lucena. — do coche, a taboa pin-
tada. — , (pedreir.) cimalha da porta. — , es-
tante em que alguns mechanicos guardam a
sua ferramenta.— ,(fig.) quadro, v.g.de hor-
rores. Painéis, (fig.) perspectiva, quaáro na-
tural, paisagem.
PAIO, s. m. (do Fr. boyau, e ant. houel, tri-
pa.) carne de porco ensacada
PAIOL, s. m. (Parece me vir do Ingl. /lo/á,
paiol de navio; o p pode ser contracção de
ship, navio.) divisão interior do navio mais ou
menos chegada á quilha, onde vão os manti-
mentos, a pólvora, etc. — da pólvora, (fort.)
cova coberta de faxina onde se guarda a pól-
vora para o serviço das baterias.
PAIRADO, p. p. de pairar ; adj. que se pai-
rou; que pairou (navio). Tormenta — com
grande constância, aguantada. \. Pairar.
PAiRADOR , s. m, o que paira. — , adj.
que aguanta o pairo.
PAIRAR, D. a. (do Fr. parer, rebater, re-
sistir, do Gr. para, contra, de um e outro la-
do.) soster, aguantar, resistir, v.g. —& tor-
menta ou á tormenta; — trabalhos; — alguém.
— suas manias, seus caprichos , soffre-los,
supporta-los. — o tempo ', temporizar. — ,
(naut.) estar á capa, não surdir; cruzar, bor-
dejar em certa altura; (fig.) soffrer, supportar.
— com alguém, por não quebrar com elle. —
em algum negocio, temporizar, differir a con-
clusão. — , (fig.) estar irresolu to.
PAIRO, s. m. (naut.) acção de pairar, estado
do navio quando paira, que consiste em terás
velas tendidas, as escotas soltas, ou em arvo-
re secca, atado o leme. Andar ao — . Soffrer
o — . Sustentar (a náu) o — , resistir bem, sos-
ter-se em temporal. Ter^se ao— com alguém,
' resistir-lhe, em quanto nâo melhora á nosisa
posição.
PAÍS ou PAiz, s. m (Fr. pays, que os ety-
mologistas Francezes derivam do Lat. pagus,
aldeia.) terra, região. — es, paisagem (na pin-
tura).
PAISAGEM, s. f. (pint.) vista ou representa-
ção do campo, de lugares campestres, v. g.
painéis de boas paisagens.
PAISAGISTA, 5. do.s 2 g. pintor ou pintora
de paisagens. E moderníssimo.
PAISANO, s. m. {paiz, des. ano.) compatrio-
ta, do mesmo paiz. — , (do Fr. paysan, cam-
ponez.) homem não militar.
pAisiELLO, (hist.) celebre compositor de
musica , nasceu em Tarento em 1741, mor-
reu em 18I6. As suas principaes operas
são : a Pupilla ; il re Teodoro ; la Moli-
nara ; Nina ; o Barbeiro de Sevilha, etc.
PAisiSTA , s. dos 2 g, pintor ou pintora
de paisagens.
PAisLEY, (geogr ) cidade da Escócia, a 3
léguas SO. de Glasgou ; sobre o White-
Cart; 50,000 habitantes.
PAIVA e FONA (António), (hist ) juriscon-
sulto portuguez, nasceu na cidade de Bra-
gança em 1650, formou-se em Coimbra na
faculdade de Leis, serviu alguns cargos pú-
blicos, como foram os de Provedor de Miran-
da em 1711, e de Évora em 1718. Escreveu:
Orphanologia Practica.
PAIVA, (geogr.) rio de Portugal na Beira
Alta, onde nasce nas serras do Carapito e
da Lapa, passa por Fragoas, Castro-Daire,
recebe á esquerda a Povoa e entra na es-
querda do Douro. JNas suas margens e con-
celho da Feira fica a grande freguezia de
Paiva, que tem perto de 8,00J habitantes
e dista 6 léguas de Lamego.
PAIXÃO, s. f. (Lat. passio, onís, depatior,
i, soffrer.) affeclo violento da alma, v.g. o
amor, a ira, o ódio, a vingança, a ambição ;
desejo mui vivo; grande apego, inclinação, v.
g. tem grande — pela pintura, pela musica.
— , impressão feita poragenle, — , doença,
moléstia, dores. A — de N. S. Jesu -Christo.
As paixões, [^g.)os evangelhos em que narram
a Paixão de Jesus. — , compaixão. — , pala-
vras que exprimem paixão. « Temos piedade
ou — segundo nossa affeição presente nos
guia. » Eufr. « Mais curava de andar que das
paixões que lhe ouvia dizer. » Barros, Cla-
rim. Tomar — por alguma cousa, apaíxonar-
se. aííligir -se. Tirar paixões dentre desavin-
dos, fazer cessar inimizades, ódios ; compor
desavenças. Flor da — , uma flor que encerra
os principaes instrumentos da Paixão deChris-
to ; a cruz, os cravos, etc. ; a domaracujá-
açu, no Brasil. Paixões dejurisdicção,{i^.\ís.)
conflictos.
Stn. comp. Paixões, affectos, O bem, om
PAI,
[PÁl.
%
o mal, isto é, o prazer, ou a dor, sentido,
ou apprehendido nos objectos pela nossa
alma, excita nella commoções , ou movi-
mentos de attracção para aquelles que se
lhes representam como maus : e estas com-
moções communicam-se ao corpo, e produ-
zem nelle effeitos proporcionados, que se
manifestam nos olhos, na cor do rosto, no
movimento do sangue, e ás vezes em toda a
pessoa do homem.
Quando estas commoções, consideradas em
si e nos seus effeitos, são brandas, doces,
temperadas, -chamam-se simplesmente affe-
ctos. Quando fortes, violentas, impetuosas,
chamam-se mais propriamente paixões.
Os affectos inclmam a alma suavemente,
ou a procurar o objecto como bom, ou a fu-
gir delle como mau. As paixões arrastam
(por assim dizer) a alma, perturbam-na em
suas operações, dominam e tyrannisam a
rasão, e quasi a forçam a resoluções muitas
vezes arriscadas, e perigosas.
Aamisade, a compaixão, o amor filial, o
reconhecimento , etc. são affectos. O amor
sensual, a ambição, a cólera, a vingança, etc.
são paixões.
Com tudo, como os affectos, passando a
ser immoderados e violentos, se transfor-
mam cm paixões, e nos é impossível fixar o
grau, ou momento, em que se verifica esta
transformação ; e como por outra parte os
affectos e paixões se excitam, e calmam pe-
los mesmos meios, coofundem-se muitas ve-
zes esles dous vocábulos, e usam-se indiffe-
rentemente nahaguagem dos philosophos e
dos moralistas.
PAiz, s. m. Y. melhor orthogr. que /?a w,
pois, omittido o accento, confunde-se com o
pi, dejoai. V. Pais.
PAiz DO VINHO, (geogr.) alcantilado, pit-
toresco e romântico tracto de terra que se
estendo sobre a direita do Douro desde o
rio Corgo até acima do Tua. isto é, desde
Yilla Keal até perto de Anciães , com uma
superfície de perto de 28 léguas ao N. do
Douro.
PAJOLA , s. m. augment. de page, page
grande.
PAJOU, (hist.) estatuário francez, nasceu
em 17íiO, morreu em 1809, foi-lhe dado o
nome de Restaurador da arte. As suas prin-
cipaes obras são as estatuas de Descartes ,
Bossuet, Pascal, Turenne , Demosthenes e
Buffon.
pakang, (geogr.) cidade do Indostão. Mer-
cado considerável , frequentado pelos Thi-
betanos.
PAKENHAM, (geogr.) cidade da índia trans-
gangelica, sobre o Meinam a 2 léguas da
sua embocadura.
PALA, s. f. (Gravador) engaste de pedra pre-
ciosa, jóia, V. g. — do annel. — do sapato, a
porção de coiro pegada ao rosto, onde assen-
ta a fivela. — da polaina, peça que cobre o
sapato por cima ou o peito do pé. — do escvr-
do de armas, barra ou fuxa lançada de alto a
baixo, ou formada de diversas peças sobrepos-
tas. — do cálix, peça quadrada de pano de li-
nho engommado com que se cobre o cálix.-;— ,
(chulo) engano, logração.
PALABRA, (ant.) V. Palavra.
PALACEGO, adj. V, Palaciano.
PALACIANO, A, adj. (palttcio, des. ano.) au-
hco, cortezão ; (fig.) cortez , civil, urbano.
Usa-se subst. e de ordinário á má parte.
PALÁCIO, s. m. (Lat.;?a/aímw, monte Pa-
latino, segundo os etymologistas, onde Evan-
dro fez construir uma casa nobre. Eu creio
que vem de palàm, manifestamente; pala-
tum significa a abóbada celeste.) casa grande,
nobre, paço.—, (ant.) convento, casa reli-
giosa. Também se diz de edificio onde se
ajuntam magistrados, v. g. — do concelho,
da relação.
PALÁCIOS, (geogr.) nome commum a mui-
tos logares em Hispanha ; o principal é Pa-
lacios-de-Campos, a 2 léguas Wifi. de Me-
dina-de-Rissecco.
PALADAR, s. m. (Lat. palatum, e os, oritt
boca.) céu da boca; órgão do sabor; (fig.) gos-
to. Tem bom — , gosto apurado, dehcado. Ào
— de alguém, conforme ao gosto delle.
PALADiM, s. m. (Fr. paladin, do Lat. pala'
tinus, ofiicial do palácio.^ cavalleiro andante.
aventureiro.
PALADiNAMENTTE, adv. (do Lat. |)atóm, ás
claras, mente suíf.) (ant.) ás claras, aberta-
mente.
PALADINO, s. m. Y. Paladim.
PALADINOS, (hist.) nome dado nos roman-
ces antigos aos companheiros de Carlos-
Magno, depois deu-se este nome a todos os
cavalleiros errantes. Parece ser derivado tal
nome de palatino (conde do palácio).
PALÁDIO. V. Palladio.
pALiEOPOLis, (geogr.) (isto é, cidade «c-
Iha) cidade da Campania , perto do sitio ,
onde depois foi construído Wéapolis, era de
origem grega.
PALAFOx, (hist.) prelado hispanhol , nas-
ceu em 1600, morreu em 16o9, foi bispo
d'Angelopolis na America. Deixou uma liFtí-
toria da conquista da China pelos Tárta-
ros, e uma Historia do cerco de Fontara-
bia,
PALAFREM, s. «i. (Fr. paUfroi, que Barba- .
zan deriva de palesiros fractus ou frenatus,
bem ensinado, adestrado.) cavallo de ceremo-
nia, e de ordinário em que monta alguma da-
ma, mui dócil e bem ensinado.
PALAFRENEIRO, s. m. [¥t. paUfrcnier, do
, Lat. palestrou frenaíor.) propriamente é mo-
19 «
ii PAI
ço de cavallariça, mas é só usado no sentido
de moço de libré que acompanha a pé o amo
que vai a cavallo ou em carruagem.
PALAis, (gftogr.) cidade e porto de Fran-
ça, em Belle ile-en-Mer, ao iy.;3,6'i0 hab.
PALAis, (geogr.) vilia de França, a 5 lé-
guas SE. de Nantes. Pátria d'/ibaiUardo.
PALAiSEAU, (geogr.) Palatiolum , cidade
de França sobre o Yvelle , a 3 léguas SE.
de Versailles ; 1,650 habitantes.
PALAMALHAR, 5. /. (de pala oiipellã, e ma-
lhar.) jogo de bola em que ella é impellida
por uma espécie de malho ou martello de ca-
bo longo.
PALAMALHO, s. m. (Ff. palcmail, do Lat.
pila, bola, e malleus, martello.) espécie de
jogo de bilhar ou truque de taco.
PALAMAS , (hist.) arcebispo Thessalonico
do XIV século, teve vivas disputas theolo-
gicas com Barlaam , ao qual fez condem-
nar em dous concílios, em 1342 e 1347.
Também teve dissensões com Mcephoras
Grégoras.
PALAME. V. Pellame.
PALAMEDES, (myth.J filho de Nauplio , rei
d'Eubea ; foi. segundo dizem, o inventor
dos pesos e medidas. Descobriu o estratage-
ma de Ulysses, que se fingia doudo para
não ir ao cerco de Tróia, este para se vin-
gar , accusou-o de intelligencias com os
Troianos, fel-o condemnar morreu apedre-
jado.
PALAMENTA, s.f. {C&sl. do palo, páu, Fcmo.)
appeliação dos remos de uma galé. — , (artil.)
todo o apparelho necessário para o serviço de
um canhão ou morteiro.
PALANCA, s. f. (fort ) fortim de estacas re-
■vestidas de terra, obra exterior de praça.
PALANCiANA. V. Palaciana , f. de Pala-
ciano.
PALANCO, s. m. (Fr. palan, palanquinet,
talvez do Saxonio pullian, puxar, Ingl. to
pull.) (naut.) corda que passa por um montão
que está na ponta da vela, e serre para a içar,
V. g. as velas içadas nos — s.
PALANFRORio, s. m. corrupção de Palavro-
rio.
PALANGANA, s. f. (do Fr. ant. paele, hoje
poèle^ frigideira, do Lat. patella.) vaso de bar-
ro de muita circumferencia, e pouco fundo.
PALANQUE, s. m. (Fr. aut., do Lat. joa/Mí,
estaca.) circo com degraus para os espectado-
res se sentarem, para ver algum espectáculo,
V. g. cavalhadas, touros. Ver touros de — ,
(fig.) presenciar lance arriscado sem correr
perigo. — , (fort.) palanca. V. Palanca.
PALANQUETA, s. f. (do Lat. pila, bola, des.
dim. etc.) (artilh.) balas fixadas nas extremi-
dades de uma barreta de ferro, Usam-se prin-
cipalmente em combates navaes, para destro-
çar a mastreação e enxárcia.
PALANQUIM, s. m.(do Indio palké, do Sans-
crit, paluk, cama.) leito portátil de rede ou
com fundo de taboas geralmente usado na
Ásia, tem um varal por onde lhe pegam os
moços. — , cadeirinha usada por mulheres ou
pessoas doentes. No Brazil ás redes portateíâ
chamam tipóias, nome Africano de Ango-
la.
palaocastro , (geogr.) nome de muitos
sitios do Estado actual da Grécia, entre ou-
tras uma villa da ilha de Negroponto, no
logar da antiga Eretria.
palaochori, (geogr.) villa da Grécia, a 2
léguas E. de Misitr/í, sobre o Iri ; occupa
o logar da antiga Sparta.
PALAOUAN ou PARAGOA, (geogr.) uma das
ilhas Philippinas , é uma das maiores do
archipelago ; mui pouco conhecida.
PALAPRAT, (hist.) poeta cómico francez ,
nasceu em 1650, morreu em 1721. E' co-
nhecido pela amisade, que ouniuaBrueys
e pelas peças, que ambos composeram . O
segredo revelado, o Louco, o Mudo, o Con-
certo ridículo, etc
PALATCHA, (geogr.) a antiga Mileto , ci-
dade da Turquia asiática, sobre o Buiuk-
Meinder, a 3 léguas da sua embocadura.
PALATINA, s. f. (Fr. palatine. do Palatina-
do em Allemanha . ) ornato de pelles finas que
rodeia o pescoço e vem cruzar sobre o peito,
usado por senhoras.
PALATiNADo, (gcogr.) uomo coiumum a 2
paizes do antigo império de Allemanha : 1.°
o Alto Palalinado (no circulo de Baviera)
entre a Baviera, Kuremborg , Bayreuth,
Neuburgo e a Bohemia ; 2.° o Baixo-Pa-^
latinado ou Palalinado do Rheno (no cir-
culo do Alto llheno), sobre ambas as mar-
gens do Rheno, ficando-lhe ao S. a Lorre-
na e a Alsacia , a O. Treves, Moguncia e
Liege, e ao N. Bade e o Wurtemberg , do
outro lado dí» Rheno; este ultimo era o
verdadeiro palalinado, o resto do paiz era
dividido em l3 grandes bailliados. O pala-
linado do |Rheno formava um eleitorado.
A origem deste estado vem dos condes Pa-
latinos , que os imperadores estabeleciam
em cada ducado para representarem a aucto-
ridade real ; de todos estes condes palati-
nos, dous somente , os de Borgonha e de
Lorrena se mantiveram poderosos ; os do-
mínios de um foi o Franco-Condado, os do
outro o palalinado do Rheno. Este depois
de ter passado de familia em famiha , fi-
xou-se em 1215 na de Witlelsbach, a qual
por muito tempo reuniu a Baviera e o Pa-
lalinado. Em 1294 esta familia formou duas
casas, a Ludovicianna, que teve a Bavie-
ra e depois o Alto-Palalinado ; e a Rodol-
phina, á qual ficou o Palalinado do Rhe-
no, esta era a mai9 velha , ainda existe ,
ir. :
PAL
mas a outra extinguiu-se em 177/. A casa
palatina, dividiu-se em linhas, troncos, etc.
PALATINO (monte), (geog.) FalatinusmonSf
uma das sete coUinas principaes de Roma,
era muito perto do Tibre, a t. deste rio, e a
O. dos montes Aventino, Esquelino, Viminal,
e Quirinal. Sobre o Palatino foi coostruida a
Pallantéa deiEvandro, e depois a cidade de
Rómulo.
PALATINO (conde), (hist.) grande ofíicial ,
encarregado, nos primeiros tempos do impé-
rio de Aliemanha, da superintendência das
rendas do monarcha, e de uma parte da sua
jurisdicção. Os condes palatinos, em negó-
cios crimes, eram os assessores dos duques.
Eram nomeados pelos imperadores e con-
trabalançavam o poder dos duques Este car-
go por íim tornou-se hereditário ; havia
condes palatinos na Lolharingia ou Lorre-
na, na Baviera, na Saxonia, na Suabia, e
depois na Borgonha. O de Lorrena era o
mais nobre.
PALATINO (Grande), (hist.) era na Hun-
gria o primeiro ministro e representante do
rei, o general do exercito, o chefe supre-
mo da justiça, o regente em caso de ausên-
cia ou menoridade, o medianeiro entre os
Estados e o monarcha. Havia ura para to-
da a Hungria, mas as divisões dos territó-
rios, chamadas palatinados [eram confiadas
a palatinos especiaes. O titulo de grande
palatino da Hungria já hoje não subsiste.
PALATINO, (hist ) governador de um pa-
latinado ou voivodia, na antiga Polónia. Os
palatinos tinham entrada no senado; não
eram hereditários, mas nomeados pelo rei.
PALATO, s. m. [Lat. palatus ou palatum.)
V. Paladar.
PALAYÁ, s. f. (t. Africano) dysenteria.
PALAVRA, s. f. (Fr. parler, paléer ou paller,
B. Lat. parábola, e parabolari, do Gr. para-
ballein, conversar.) som articulado significa-
tivo ; (tig.) falia, v. g. o dom da — . — , pro-
messa verbal. Deu-me a sua — . Cumprira
— ; faltará — ; não ter — . Homem de — ,
oudesua — , que a cumpre, guarda Cair a
— no chão, não se effeituar a promessa. Pas-
sar — , (loc. mil.) dar ordem que passa de sol-
dado a soldado. — , ajustar-se com alguém
para obrar de accordo. Tomar a — a alguém,
receber delle promessa, que fará cousa deter-
minada, ajustada. A — divina, o Verbo de
Deus. A — de Deus, a doutrina evangélica.
Sobre minha — , confiando nella. — de hon-
ra, promessa solemne. — , loc. adv. elliptica,
affirrao, ou prometto á fé de homem do hon-
ra. Dar — s, illudircom promessas, com vo-
zes vãs Em uma — , por conclusão, resumin-
do o que fica dito.
Stn. comp. Palavra, voz, vocábulo, ter-
mo, expressão. Valaura é uma voz articula-
YOL. IV.
PAL
da, de uma ou muitas syllabas, que significai
um conceito ou pensamento da alma, ou suas;
modificações. Voz é o som formado na gar-
ganta e proferido pela boca do animal ; em
sentido translato, é o mesmo que vocábulo^
que é uma voz significativa própria de al-
gum idioma. Termo é o vocábulo próprio da
sciencia, arte, ou disciplina de que se trata,
ou da linguagem eestylo em que se falia. Ex-
pressão é a palavra ou palavras com que se
declara o conceito da alma, o que passa nella.
Voz e vocábulo referem-se mais commum-
menle á composição material e ás circumstan-
cias grammaticaes da língua a que perten-.
cem. Palavra refere-se com particularidade
á pronunciação e circunstancias em que tem
parte a pronunciação e ooHvido. Termo re-
fere-se á precisão de enunciar as idéas do
modo mais conforme ao assumpto que se
trata. Expressão refere-se mais particular-
mente ao modo como expremimos pela voz
nossos conceitos ou sentimentos, e á quali-
dade dos vocábulos com que os enunciamos.
O dom da palavra é um dos privilégios da
espécie humana ; pronunciando palavras.
manifesta o homem do modo mais nobre e
eíTicaz seus pensamentos ; a diíTereíiça des-
tas palavras e de suas variações, a differen-
te maneira de as pronunciar, e as inflexões
com que se articulam, constituem as lin-.
guas. Cada idioma tem seus vocábulos parti-
culares, e delles depende a pureza da lin-
guagem. Os termos de cada sciencia ou arte
formam uma espécie de lingua diíTerenteda
vulgar, que ordinariamente só entendera os,
que a estudaram, mas que servem de funda-
mento a um sentido figurado na linguagem
ordinária e commum. Das expressões nobres,
engraçadas e enérgicas depende a elegância
da phrase e a bellesa do estylo. ,;;,»
PALAVRADA, s. f. dictcrio , palavra pesada
de pessoa irada ou mal ensinada. — , jactân-
cia. — , expressão indecente.
PALAVREADO, A , p. p. dc palavrear; flí/j.
Certidão — , (em estylo de escrivão), é a que
contém exposição succinta doestado, termos,
e contexto dos autos, do processo. ,,
PALAVREADOR, A, adj . palavrciro, loquaz,
palavroso. — , palreiro.
PALAVREAR, V. a. OU 71. [palavra, ar des.
inf.) dizer palavrorios, dicterios. — , fazer ex-
posição ou relação palavreada.
PALAVREiRO, Á, adj. vcrboso, loquaz, pa-
lavroso.
PALAVRINHA, s. f. dimínut. de palavra.^.
PALAVRORio, s. m. (dos ório.) muita pa-^
lavra inútil e supérflua.
PALAVROSO, A, adj. (des. oso.) verboso, co-
pioso em palavras, loquaz, fallador, diffuso
em fallar ou em escrever. « Dos velhos é se-
rem — s. » fastidiosos em narrar.
20
78
PAI,
pai;
PALAZZOLO, (geogr.) cidade do reino das
Duas Sicilias, a 3 léguas O. de Syracusa ;
8,000 habitantes.
PALCO, e. m. (ant.) estrado, leito portátil ;
ferretro.
PALE, (geogr.) nome dado durante a ida-
de media e até 1,600 á parte da Hollanda
submettida pelos Inglezes.
PÁLEA, s. f. V. Pala do cálix.
PALEADO, A, adj. V. Palliado.
PALBABio , (hist.) António delia Paglia ,
escriptor italiano, foi lente de latim e grego
em Sienna. Accusado de favorecer a reforma,
foi preso e enforcado por ordem do papa
Pio V, em 1566. Entre outros escriptos dei-
xou um poema em três cant3s: Deimmor-
talitate animarum.
PALEMBANG , (geogr.) cidade da ilha de
Sumatra, capital da residência de Palem-
bang, sobre o Moussia ; 30,000 habitantes.
PALEMBANG (reiuo de), (geogr.) reino da
ilha de Sumatra, entre os Menangkalou e
ode Jambia aoN., os Lampongs ao S. , o
mar da China ao NE. ; 100,000 habitan-
tes. Hoje é mais uma residência hollande-
za áo que um reino.
PALEMON, (myth.) deus marinho , esposo
de Melicerta.
PALÉMON, (hist,) grammatico latino, nas-
ceu em Vicencia, filho de um escravo, en-
sinou em Roma no tempo de Tibério e Cláu-
dio. Deixou um precioso tractado De ponde-
ribus et mensuris.
PALENCiA, (geogr.) cidade de Hispanha ,
capital da intendência de Falência, na es-
querda do Carrion, a 56 léguas NO. de
Madrid ; 1 1,000 habitantes. A intendência
de Falência é uma das cinco do reino de
Leão ; fica-lhe ao S. a intendência de Val-
ladolid, a E. a de Burgos ; 120,000 habi-
tantes.
PALENQUE, (geogr.) ou S. Domingos de Pa-
lenque, cidade da confederação mexicana, no
Estado de Chiapa, a 37 léguas. E. de Chiapa.
PÁLEO, s. m V. Pallio.
PALEOGRAPHiA, s. f. (Lat., do 6r. palaiós,
antigo, graphia suff.) arte de ler as escriptu-
ras antigas.
PALEOLARiA, (bot.) gcuero de plantas da
famiha das Synanthereas e da Syngenesia
igual.
PALEOLO&o, (hist.) nome de uma celebre
familia byzantina , que subiu ao trono de
Constantinopla na pessoa de Miguel VIII ,
em 1260, e nelle se manteve alternando ou
partilhando o poder com os Cantacuzenos,
até á queda do império grego em 1453; o
ultimo herdeiro desta casa foi João- Jorge -
Faleologo. que morreu em 1533.
PALEPHATO, (hist.) \Palaphatus, escriptor
grego, auclor de um tractado das Cousas
incriveis {De incredilibus)^ viveu, segundo
Suidas, no anno 472 antes de Jesu-Chris-
to, era natural de Faros ou de Friene.
PALERMO, (geogr.) ¥anormus, cidade do
reino das Duas-Sicilias, capital da Sicília e
da intendência de Palermo, a 75 léguas S.
de Nápoles; 175,000 habitantes. Foi Pa-
lermo que deu em 1282 o signal das Vés-
peras sicilianas.
PALESTINA, (geogr.) PaloBstina, nome dado
pelos romanos á Judéa na sua maior ex-
tensão, não compreendendo porém a Phe-
nicia. Dividiam-na em 4 partes : Galiléa,
Samaria, Judéa, Feréo. Augmentada com
muitos districtos vizinhos foi no IV século
dividida em três partes: Palestina 1.^ so-
bre as duas margens do Jordão, capital de
Scythopolis ; Palestina 2.^ a mais septen-
trional de todas ao longo do Mediterrâneo,
capital Cesárea ; Palestina .^.* ou Salutar
formada dos paizes árabes ao S. da ver-
dadeira Palestina eao N. da Arábia Potréa,
capital Petra. A Palestina corresponde ao
antigo paiz de Chanaan, e o seu nome é
provavelmente uma corrupção do de Phi-
listeos, que occupavam a parte occidental
desta região.
PALESTRA, s. /".(Lat., do Gr. pa/^, lucta.)
(hist. ant.) o lugar onde se exercitavam os
athletas, luctadores, jogadores de bola, etc;
(fig.) lugar de exercicio litterario ; lugar onde
se exercita arte liberal. Hoje toma-se quasi
exclusivamente por pratica, conversação.
PALESTRico, A, adj. (des. ico.) da pales-
tra, dalucta.
PALESTRiNA, (gcogr.) a antiga Proeneste,
cidade do esta(lo ecclesiastico, a 3 léguas
ao NE., de Frascati ; e conta 6,500 habi-
tantes.
PALESTRINA, (gcogr.) cidade do reino Lom-
bardo-Veneziano, a 3 léguas ao S. de Ve-
neza, em uma ilha das lagoas de Veneza ;
6,000 habitantes.
PALESTRINA, (hist.) célebrc compositor ita-
liano,appellidado o príncipe da musica^ nas-
ceu na Palestina em 1529, morreu em 1595.
A sua melhor obra é a sua missa dò papa
Marcello, o seu Stabat e o seu moteto Po-
pule meus.
PALETA, s.f. (Fr. palette, do Lat. pala, pá.)
taboazinha larga e delgada em que o pintor
dispõe as tintas de que se quer servir.
PALEY, (hist.) theologo e moralista inglez,
nasceu em 1743, morreu em lò05, foi ar-
cediago do doutor Lan. Deixou algumas
obras, que se tornaram clássicas nas esco-
las de Inglaterra. Elementos de moral ede
politica ; Hora Paulina ; Evidencia do chris-
tianismOy etc.
PALFui, (hist.) célebre cirurgião francez,
nasceu em 1649, morreu em 1/30 ; iai^n^
fAIi
fJã,
79
tou algans instrumentos de cirurgia e es-
creveu : Osteologia ; Anatomia do corpo
humano, ete.
PALHA, s. f. {L&t.palea, que os etymolo-
gistas derivam do Gr. pallô, palleô, agitar,
porque assim se separa a palha do grão. Eu
incliuo me a crer quejvem áepellis, pelle, Gr.
phlôos.) a cana ou haste de trigo, mdho,
cevada, senteio, e outros cereaes depois de
secca e separada do grão ; serve para sus-
tento de bestas, bois, para colmar choças ,
para encher enxergões, albardas, etc. — ,
pellicula, cascas seccas de legumes. — s alhas,
as dos alhos, e fig de nenhum valor. Conten-
der por dá cá aquella — por motivo levíssimo.
Ter alguém em uma — , não fazer caso delle.
Travar — com alguém, (phraz. jocosa) en-
tender com elle, contender, estar aos itens.
Tomar a — de fino, ser fino como o alambre.
Partir a — , acabar a amizade. — , acabara
contenda que versa sobre cousa insignifi-
cante. Tomar a — a alguém, ser mais que
elle; (fig.) levar-lhe vantagem, exceder, le-
var a melhor. — de camello ou de mecca ,
junco cheiroso, esquinantho, — de canniço,
espécie de colmo que nasce' pelos rios e vaila-
dos. — carga, espécie de junca estreita ; tem
umas quinas agudas que ferem. A lume ou fo-
go de — , (loc. adv.) rapidamente, como arde
a palha. — . (ant. forens.) Moroes diz que
éabrevietura de palavra, e cita muitas passa-
gens da Ordenação Manuelina em que dar,
pedir — parece significar licença verbal pa-
ra citar alguém ; o que comprova esta opi-
nião é que nos lugares correspondentes da
Ordenação Philippina se diz citar por pala-
vra. Na Ord. Affonsina lemos : « Se alguma
parte quizor citar per palha, deve' requerer
ao corregedor, e elle lhe dará palha. » —
de fuste diz o autor do Elucidário era « cano
canhão ou pedaço de palha que os juizes da-
vam aos porteiros, para com elle fazerem ci-
tações, execuções, darem posses. »
Eu penso que o verdadeiro sentido de pa-
lha nesta accepção vem do Fr. ant. pales,
manifesta, aberta, livremente, do Ital. ;)a/«-
se, epa/e^are, manifestar, intimar, citar. Em
quanto á palha de fuste, equivale á vara dos
officiaes de justiça, e ao bastão dos consta-
hles de Inglaterra. Em Fr. ant. pail significa-
va páo, estaca.
Se com effeito significa palavra, pode vir
do Fr. ant. paller, fallar.
PALHACANA, (gcogr.) povoação de Portu-
gal no concelho de Alemquer, 1,000 hab.
PALHAÇO, s. m. (Fr. paillasse) gracioso de
companhia de volteadores que arremeda os
mais actores. Vem-lhe o nome de estar ves-
tido de panno de enxergão.
PALHAÇO, A, adj. (depoí/ia) depalha. Ca-
$af — í, palhoças, choças,
PALHADA, 8. f. {palka^ des. 8. ada) palha
cortada miúda cozida com farelos para as
bestas comerem. — , (fig. efamil.) amontoa-
do de allegações, raciocínios sem solidei.
PALHADiçA, s. f. (aut ) V. Palha.
PALHAGEM, 8. jf. (des. coUcct, o^few.) mui-
ta palha junta. . í
PALHAL, s. m. V. Choça, Palhoça.
PALHAR, s. m. casa de palha, colmo, cho-
ça.
pALHATORio, (ant.) V. Parlatorio.
PALHEGAL, s. m. torrcHo onde ha pa- ^
lha crescida. Palhegaes contínuos, flist. '
naut. ' il
PALHEIRO, s. m. {palha, des. eiró ; de área)
casa onde se recolhe e guarda a palha. Bus*
car agulha em — , trabalhar em vão, prô- -
curar conseguir cousa quasi impossível. "^
PALHEIRO, A, aáj. que gosta de palha v.
g. mula — .
PALHELAS, (bot.) São assim chamados
certos órgãos foliaceaces, que existem nas
flores de certos vegetaes, eque não podem
assimilhar-se positivamente aos órgãos se-
luaes ou a seus annexos, taes como aco-
rolla e o cálice.
PALHETA, s. f. (Fr. palette) instrumento
de jogar apella ou ao aro, taboazinha oval
com uma abertura por onde o pintor passa o
dedo, e sobre a qual dispõe as tintas. — , la-
mina de metal que se mette na bocca ou no
orificio de instrumentos de sopro, se compri-
me mais ou menos para variar o som, como
nos fagotes, e doçainas d'orgão. — , lamina-
zinha mui delgada, de ouro, prata, ou ou-
tro metal tirada á fieira. — , (anat.) \.Epi-
glotte. — s, peçasdo volante do relógio, nas
quaes topam os dentes da roda catarina. — ,
(ant.) (do Fr. palet, bastão, cajado.) páo, va-
rapao.
PALHETÃo, s. m. augment. de palheta, pa-
lheta metallica mais reforçada ; parte da cha-
ve opposta á argola, que tem dentes, e se
mette na fechadura para dar volta á lingue-
ta.
PALHETE, adj. dos 2 g. {palha, des. dim.
ete.) de côr de palha. Vinho — , pouco tin-
to ; de palha. Chapéu — , feito de palha.
PALHiço, s. m. (des. dim. iço) palha miú-
da quebrada emoida. — , (naut.) bagaço de
canna de açúcar moido misturado com ester-
co de gallinhas de que os náuticos se servem
para tapar, gretas por onde o navio faz
agua.
PALHIÇO, A, adj. de palha. Casa — , cho-
ça coberta de palha. Capa — , feita de pi-
lha.
PALHINHA, s. f. diminut de palha, palha
miúda ; nome de um jogo de cartas.
PALHOÇA, s. f. {palha e choça) casa térrea
coberta de palha pucolípo.
80 . PAL
FALHOTA, s. f. V. Palhoça,
P^PALi ou BALI (língua), (hist.) idioma scien-
iifico da índia transgangetica, usado desde o
império dos Birmans até aos reinos de Sião
6 Tsiaropa. Distingue-se o Pali antigo e o
Pali moderno; o primeiro é derivado do
samcripto, e é um meio termo entre esla
lingua e o prakrit; eo idioma, era que fo-
ram escriptos quasi todos os livros sagrados
dos Bouddistas. O Pali escreve-se da esquer-
da para a direita.
PALiBOTHRA, (geogr.) grande cidade de
índia antiga, capital do reino ò^androcoííus,
era entre os Prassi, perto da confluência
do Ganges e do Erannoboas.
5! PALIÇADA. V. Palissada.
PpALicos, (myth,) Paliei, nome dedous ir-
mãos gémeos, adorados na Sicilia, filhos de
Júpiter e de uma nympha.
PALicousKA, (bot.) género de plantas, per-
tencente á farailia das Rubiaceas, e áPen-
trandia Monogjnia.
PALiLHO, s. m. (dim. do Lat. palus, pao.)
pao curto, pouco grosso e roliço, em que os
tintureiros enfiam as meadas para as espre-
merem da tinta ou agua da lavagem, torcen-
do-as.
í PALiNGE, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas ao NO. de CharoUes ; 1,200 habi-
tantes.
. PALiNODiA, s. f. (Lat. do Gr. rad. palin,
segunda vez, eódé, canto.) versos emquoo
poett se desdiz do que antes dissera ; o des-
dizer-se, retractação.
PALiNURO (cabo), (geogr.) Palinurum pro-
montorium, cabo do reino de Nápoles, a
20 léguas ao SE. de Salerno. Deve o seu
nome, segundo Virgilio, a Palinuro, piloto
do navio de Eneas.
PALINURO, s. m. nome do piloto do navio
de Eneas ; (fig. e poet.) piloto.
PALISSADA, s. f. (Fr. palissade, de pai, es-
taca, Làt.palus, pao.)(fort.) estacada, cer-
ca de paos fincados na terra, para defender
oaccesso a algum posto; liça, liçada, cerco
para justas, torneios, etc. — s, (naut.) obras
levantadas sobre as bordas para rebaterem
os tiros do inimigo. Também se fazem palis-
sadas de cestos de terra, ou de areia.
PALissoT DE MONTENOY,(hist.) litterato fran-
cez, nasceu em 1730, morreuem 1814, sus-
tentou pelo espaço de l3 annos uma these
de Iheologia. Compoz duas tragedias Zarés,
e Nino : Memorias para servirem á histo-
ria da litteratura franceza, desde Fran-
cisco I até nossos dias , Historia dos pri~
meiros séculos de Roma até d rrpublica,
etc.
PALITAR, V a. {palito, ardes, inf.) esgra
vatar, limpar com palito, v. g. — os den-
tes. — , t>. n. (fig. e famil.) practicar cr m
PAL
alguém por desenfado, e de ordinário fazen-
do chacota da pessoa.
PALITEIRO, s. m. [palito, des. eiró ) o que
faz palitos ; estojo de palitos.
PALITO, s.m. (dim. doCast. paia) pedaci-
nho delgado de pao aguçado de uma ou de
ambas as extremidades para esgravatar e
limpar os dentes depois da comida ; (fig.) ob-
jecto de mofa. Fazer — de alguém, escarneo,
chacota. — , no truque de taco ; peça de fer-
ro fiia, e levantada defronte da barra. — mé-
trico, nome de uma composição burlesca em
latim macarronico.
PALIURO, (bot.) género de plantas da fa-
mília das Rhamneas e da Penlrandria Try-
gynia
PALizzi, (hisl.) familia siciliana, foi no
século XIV a alma de uma facção que du-
rante longo tempo governou o rei Pedro II
e abusou do poder, foi banida com os Chiara-
montes ; foijchamado por intrigas da rainha
Izabel, do que se originou uma longa guer-
ra civil, que só acabou com a pai entre
Frederico II e Joanna 1.** de Nápoles, em
1H72.
PALiZADA. V. Palissada.
PALK (estreito de), (geogr.) braço de mar,
que separa a ilha deCeylão da costa da ín-
dia e liga o golpho de Bengala ao golpho
de Manaar.
PALLA, s. f. V. Pala.
PALLADiNo, (hist.) chamado também Jac~
quês de Teramo, nasceu em 1349, morreu
em 1417. Deixou uma espécie de roman-
ce ascético intitulado Consolatio peccato-
rum.
PALLADio. s. m. (hist.) (Lat, paUadium, da
deusa Palias) imagem da deusa Palias; escudo
venerado entre os antigos Gregos e Romanos
de cuja conservação se julgava depender a da
republica ; era o grande idolo dos Troianos.
Dizia-se ter caido do céo, e conservavam-
na preciozamente em Tróia, julgando que
a sorte da cidade estava ligada a ella. Ulyses
e Diomedes, penetrando de noute em lllion
foram rouba-la ao próprio Sanctuario da
deuza, e só então foi tomada Tróia. Segun-
do a tradicção romana, os dou.> heroes gre-
gos roubaram, não o verdadeiro mas o fal-
so Palladio ; o verdadeiro foi levado por
Eneas á Itália, e por consequência a Roma,
onde estava guardado em um logar secre-
to, conhecido somente do gran-pontifice e
da gran-vestal. (fig.) sustentáculo, protecção,
v.g. a liberdade de imprimir sem censura
previa é o — das nações.
PALLADIO, (hist.) bispo de Helénopolis,
nasceu na Galacia em 3(58, foi viver na so-
lidão, em Nitria no Egypto, efoi amigo de
S. João Chrysostomo. Deixou uma Histo-
ria dos Solitários.
vil'
PA
i''
81
tp.
PALLADio, (hist.) Hutilius Taurus /Emi-
lianus Palladms, agrono no, filho de Eisu-
perantius, prefeito das Gallias, nasceu em
405. D(.'ixou 14 livros de De Re rústica.
PALLADIO (André), (hist.) celebre archi-
tecto veneziano, nasceu em 1518, morreu
em 15^0, foi discipulo de Fontana. Foi o
architeclo do theatro olympico de Vicença, do
pelacio dos doges de Veneza, e do celebre
theatro de Parma. Deixou um tratado de
archilectura.
PALLANDRAS, s. f. pi. duasbarcaças em-
parelhadas,levadas a reboque, sobre as quaes
vão as cíírcassas para o ataque de portos.
PALLANTÉA, (geogr.) Paltaiiteum, cidade
da Arcádia, perto da Mantinea, foi edifi-
cada por Palias, uma das filhas de Ljcaon.
Foi a pátria d'Evandro,
PALLANTiAES, (hist.) filho de Pallas, irmão
de Egêo, Querendo roubar a Thesêo, filho
de Egêo, o reino d'Athenas, foram todos
mortos por este heroe
PALLANZA, (geogr.) cidade dos estados sar-
dos, capital de intendência, a 13 léguas ao
N. de Novara , 1 500 habitantes. A inten-
dência de Pallanza, entre as d'Ossola, Yal
de Sesia, e >'ovara, e o lago maior conta
70,(iOO habitantes.
PALLAS, (myth.) deusa itálica, presidia ás
poezias pastoriaes, ^e parece ter sido a gran-
de deuza primitiva dos romanos. Roma foi
fundada a 21 de abril ; neste mesmo dia
eram celebradas as festas de Palas, chama-
das Palilias.
PALLAS, (hist.) filho de Evandro, rei do
Lacio, deu o seu nome á cidade de Pallan-
teum ou Palatium, sobre a colina, que ti-
rou d'isto o nome de monte Palatino.
palla;>, (hist.) liberto e favorito de Cláu-
dio fe-lo cazar com Agrippina e adoptar
Nero; matou este príncipe com veneno, de
accordo com Agrippina, mas foi depois en-
venado por Nero, que lhe confiscou os bens
que excediam o valor de uns poucos de
milhões.
PALLAS, (Simão), viajante e naturalista
prussiano, nasceu em 174 1 , morreu em 1811
vizitou a Sibéria, a Taurida, diversas par-
tes da Rússia e penetrou até ás fronteiras
da Rússia Deixou : Elenchus zoophytorum
Spicilegia zoológica; Viagens a diversas par-
tes da Rússia ; Memoria sobre os povos Mo-
goes, etc.
PALLATORio, s. m {áo¥r. axii. palUv, fal-
lar, conferir.) (ant.) locutório de convento
de freiras, parlatorio.
PALLAVACiNO, (hist.) capitão italiano do sé-
culo XIII século, serviu Frederico II con-
tra Gregório iX eos Genovezes, tomou um
corpo temivel de ca valia ria, batteu Ezzelin
romano, creou uma soberania na Lombar-
VOL. IV.
dia e foi nella o chefe do partido gibelino »
morreu em 1289 Pallavacino (Sforza), je-
suíta, nasceu em Roma em 1607, morreu
em 1667. Escreveu a Historia do concilio
de Trento.
PALLENE, (geogr.) hoje peninsula de Cas-
sandria, a mais Occidental das três peque-
nas penínsulas, que terminam ao S. da »-hal-
cidica. Cidade principal Potídea.
poLLENis, (bDt.) género de plantas da fa-
mília das Synanthereas e da Syngenesia
Supérflua
PALHADO, A, p. p. depalliar; ací/. que se
palliou, V. g. doença — ; a que se deu côr,
disfarce. Informação -^, inexacta, em que
a verdade é alterada. Resposta — , ambígua,
dilatória.
PALLiADOR, s. wi. O que pallia.
PALLiAR, V. a. (do Lat. pallium, capa) en-
cobrir com disfarces, colorar, v.g. — o cri-
me, — a ingratidão, — doenças, males, mi-
norar, remediar por algum tempo.
PALLLVTivo, A, ttdj . (dcs. ivo] quo pallia.
Remédio — ; cura — , que diminue a força
do mal, que allivia por algum tempo.
PAi.ijÇAov. s. f V. PalUssada.
PALL DEZ, s. f. (des. ez) apparencia palli-
da do semblante; côr pallída.
PALLiDO, A, adj. {Lai. pallidus ) que per-
deu a côr encarnada O rosto — . — , quo
causa pallidez, v.g. a — morte, — doença,
o pallído temor, ciúme.
PALLiKARES, (híst.) nome dado aos gregos,
qne faziam parte das milícias nacionaes re-
conhecidas pelos turcos, por opposição aos
Helepes, que existiam fora da lei. Os che-
fes destes bandos gregos chamavam-se ar-
matoli, eos seus ajudantes de campo, pro-
to pallíkar.
PALLio, s.m. [L&t. pallium, capa) ornato
distinctivo dos papas, patriarchas. arcebispos,
bispos ; sobrecéo portátil sustilo por varas
levadas por homens, debaixo do qual sáe o
sacramento á rua, ou o santo lenho, os reis, e
os více-reis quando tomam Tposse .Receber com
— , (fig.) com grandes honras. — , ornamento
que o papa enviava aos metropolitanos, e ar-
chiepiscopal pelo qual elle lhes dava a inves-
tidura. Este uso existia já havia longo trmpo,
quando em 877 o concilio de Ravenna, decla-
rou em o metrepolítano, que não sollicitas-
se o pallium em três annos não poderia
exercer funcção alguma.
PALLIO, s. m. [antJj por páreo ou páreo.
Correr o — . V. Pario.
PALLÔR, s. m. (Lat.) V. Pallidez.
PALLUAN, (geogr.) Paludellum, villa de
França, a 9 léguas NE. de Sablès d'Olonne ;
OuO habitantes.
PALJiA, s. f. (Lat., talvez do Egypc. dja/,
ramos, palmitos, e ma, dar, ramo e folhas
21
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ri*
da palmeira ; a palmeira (arvore) ; (ílg.) A — ,
da victoria, o triumpho de que en» symbolo o
palmito que se dava ao vencedor. A — da vi-
ctoria, — domartyrio. Levara — , vencer,
triumphar. — e capella, palmito e capella
de flores artificiaes que levam os defuntos em
tenra idade, donzellas, homens castos. Ir de
— e capella.
PALMA, s. f. (Lat., do Gr.palámé, mão;
rad. j3a//d, vibrar, bater.) — da mão, apar-
te liza da mão contra a qual se dobram os de-
dos quando se eontrahem para pegar em al-
gum corpo, ou para formar o punho. Lizo
como a — . — s, pi. palmadas era applau-
so; (fig.) applauso Andar nas — s, tervo-
voga, fama. Tocar, bater as — , applaudir.
Trazer nas — 5, louvar muito, fazer gran-
de apreço de alguém, eprestar-lhe todos os
bons officios. — , (astr. p. us.) duas estrellas
fixas da terceira grandeza na mão esquerda
do Sagittario. — , (alveit.) a parte do casco
das bestas entre o sanco e as ramilhas.
PALMA, (geogr.) capital das ilhas Baleares
e da intendência de Palma, na ilha de Maior-
ca, sobre a costa ao S ; 36,000 habitan-
tes. A intendência de Palma, da mesma ex-
tensão que a capitania general de Maiorca
abrange todas as Baleares.
PALMA, (geogr.) uma das Canárias ; tem
30,000 habitantes.
PALMA DEL RIO. (geogr.) Dccuna, cidade
de Hispanha, na confluência de Gualdalqui-
vir e do Xenil, a 12 léguas aoSO., de Cór-
dova ; 6,800 habitantes.
PALMA, (geogr.) antiga comarca da pro-
víncia de Goyaz, no Brazil, de que foi ca-
beça a villa de S. João da Palma.
PALMA (rio da) (geogr.) rio da província
de Goyaz, no Brazil, na comarca de Porto
Imperial.
PALMA-CHRiSTi, « f rlcluo, Carrapateiro,
planta cujo fructo é oleoso e medicinal. Óleo
de — , é purgante mui benigno.
PALMADA, s. f. (des. s. ada.) golpe com a
palma da mão, v. g. — s em applauso.
PALMANOVA, (geogr.) cidade forte do rei-
no Lombardo-Venezlano, sobre o canal de
Roja e de JNallsone, a 4 léguas e mela SE.
de Usine ; 4,íjO0 habitantes.
PALMAR, í. m. [palma, arvore, des. s. ar)
meta de palmeiras ; aldeia ou quinta no melo
de palmar.
PALMAR, s. m. (dejoa/mar, adj.) carda fei-
ta de cardo para cardar pannos á mão, —
de cardas.
PALMAR, adj. dos 2g. [áe palma da mão
ou áe palmo, des. adj. ar) da grandeza de
um palmo ; patente como a palma da mão.
Erro — , manifesto, grosseiro, palpável, mui
grande.
j?AMi4Rif5, (geogr.) (juilombo célebre dd
serra do Barriga, no Brazil, perto da pro-
vinda de Pernambuco.
PALMARES (rio dos), (geogr.) ribeira da
provinda de S. Pedro do rio Grande no Bra-
zil ; nasce ao sul do Tramandahl ou Tara-
mandabú, e vai desaguar na extremidade
septentrlonal da lagoa dos patos.
PALMARiNHO. s. w. diminut. de palmar.
PALMAS (c'dade real de las), (geogr.) CJJ-
pltal da Grande-Canarla ; 9,000 habitan-
tes.
PALMAS (golpho das), (geogr ) Sulcitanus
sinus, golpho da Sardenha, sobre a costa
ao SÓ.; entre esta Ilha ea de S Antlocho.
PALMAS (Ilha das), (geogr.) três são as ilhas
deste nome na provinda do Rio de Janeiro
no Brazil ; a primcúra na bahla de Mthe-
rohí, ao oriente e a pequena distancia de
Ilha do Governador ; a segunda no archlpe-
iago fora da sobredita bahia : e a terceira
ao sul da provinda, diante da costa do dls-
tricto da villa de Parati.
PALMAS, (Ilha das), (geogr.) três ilhotas
d'este nome, na provinda de S. Paulo, no
Brazil.
PALMAS (Ilha das), (geogr.) Ilha da pro-
vinda de Santa-Catharina, no Brazil, na
entrada da banda do sul da bahla d'este
nome.
PALMAS, (geogr.) ribeiro da provinda de
S. Pedro do Rio Grande, no Brazil, tribu-
tário do canal chamado rio de São Gon-
çalo, que faz communlcar a lagoa Mirim
com a dos Patos, e ao sul da confluência
do rio Plratlnlm.
PALMATOADA, s . f . [^Qv palmatoriado] gol-
pe nas palmas das mãos com palmatória ;
(fig.) castigo. Levar — .
PALMATÓRIA, s. f. [palma da mão, e Lat.
tero, ere, pisar, contundir.) peça chata e re-
donda de páo, sola, etc, com cabo, para
dar palmatoadas nos rapazes nas escholas ;
(fig.) castigo. — , castiçal de pouca altura
pegado a um prato que tem cabo ou rabo.
É de prata, latão, etc.
PALMATORiADA, s f. V. Palmatoada.
PALMATORiADo, A, p. p. de palmatorlar,
adj. castigado com palmatoadas.
PALMATORiAR, V. tt. [palmatória, ar des.
Inf.) castigar com palmatoadas.
PALMEAR, v.a. (de ;)a ima da mão, ardes,
inf.) applaudir com palmadas ou palmas. Bo-
cage.
PALMEIRA, s. f. (des. eira.) (bot.) arvore
que dá as palmas ou palmitos. As palmei-
ras constituem uma família multo natural
de vegetaes nonocotyledones de estamines
peryginos, notáveis pela elegância da sua
forma , e pela multa utilidade que dão aos
povos das regiões, em que crescem. — ia-
PAI.
PALMEIRA, (geogr.) freguezia de Portugal,
visinha de Braga, 2,524 habitantes. Ha outra
do mesmo nome a 3 léguas com 300 habitan-
tes, e outra a 4 com 700.
PALMEIRA DOS ÍNDIOS, (geogr.) autiga po-
voação e nova villa da provincia das Ala-
goas, no Brazil.
PALMEIRAL, 9- wi. V. Palmar. ^
PALMEIRAS, (geogr.) vilIa d« provincia de
São Paulo, no Brazil, na comarca de Curi-
tibi, 2,150 habitantes.
pALMEiRiNHA, s. f. diminuí. de palmei-
ra.
PALMEiRO, s. m. (des. eiró) (ant.) peregri-
no que trazia um palmito ou palma na
mão.
PALMEJAR, s. m. [de palma da mão) (naut.)
peças que cingem o navio da popa a proa
por dentro, endentando-se como os lia-
mes.
PALMEJAR, s,m. [de palma, des. e;"ar.)ap-
plaudir Datendo as palmas ; em sentido abs.
ou n. bater as palmas, applaudir.
PALMELLA (duque de), (hist.) Pedro de
Sousa Holstein, distincto diplomata e esta-
dista portuguez ; nasceu na cidade de Tu-
rim em 1781 , morreu em Lisboa em
1850. Distincto por nascimento pois des-
cendia de D. Luiz AfiFonso , filho natu-
ral d'el-rei D. AfFonso 3.°, e de D. Manuel
de Sousa, que se enlaçara com a casa real
de Holstein, o Duque dePalmella não o foi
menos pelos seus talentos, e serviços. En-
cetou a carreira das armas em 1796, sen-
tando praça no regimento de Mecklem-
burgo, foi ajudante de ordens do duque
de Lafões, e tomou parte na lucta contra
a invasão franceza. Começou a servir na
diplomacia em 1H02, anno em que foi
nomeado conselheiro da legação em Roma,
onde foi depois em 1805 encarregado de
negócios. Desempenhou importantes missões
diplomáticas em ilispanha em 1812Í , em
Londres em 1814, 1826, 183J , e 1838 ,
em que assistiu á coroação da rainha de
Inglaterra, rivalisando á sua custa, com os
outros embaixadores , no luxo , com que
então se apresentaram; em Paris em 1816,
1882 ; e finalmente no celebre congresso
de Vienna em 181í» , onde conseguiu que
Portugal fosse representado , apesar das
grandes potencias quererem excluir d'alli
as nações pequenas. Serviu também den-
tro do paiz lugares importantes ; em 1 820
foi chamado ao Rio de Janeiro, e ahi no-
meado ministro dos Negócios Estrangeiros ;
formando parte do Ministério em 1823,
1832, 1834. 1835, 1842 e 1846. Prestou
os maiores serviços á causa liberal; em
1828 foi presidente da junta, e comman-
dante áas forças do Forto, e tendo mallo-
Vàl
*
grado esta tentativa, fretou em Inglaterra
embarcações, que vieram buscar a Gallisa
os seus companheiros, e conseguiu que os
fossem depois desembarcar na ilha Tercei-
ra ; alli chegou em 1830, como presiden-
te da regência ; em 183i desembarcou no
Mindello, aonde voltou no anno seguinte
com munições, soldados, e o almirante l!fa-
pier ; entrando em Lisboa em 25 de Julho
de 1833. Foi creado conde de Palmella em
181 2í, marquez em 1823, e duque do Fayal,
titulo que depois se trocou pelo de Pal-
mella, era 1833 ; em 1826 foi nomeado par
do reino, e em 1833 conselheiro de estado
e presidente da camará dos pares ; foi elei-
to muitas vezes senador, (e a esta camará
presidiu) de 1838 a 1841. Era condecora-
do com as ordens do Tosão d'ouro, grão
cruz de Christo , Torre e Espada, Carlos
3.°, Legião d'Honra , e de S. Alexandre
iNewski, e com o habito de S. João de Je-
rusalém. Tinha casado em 1810 com uma fi-
lha dos senhores Marquezes de Niza , de
quem teve descendência. Deixou : Discur-*
SOS parlamentares, a sua correspondência
diplomática, que se está publicando agora,
e outras obras ainda não impressas.
PALMELLA, (gcogr.) villa Celebre e muito
antiga de Portugal com 3,400 habitantes, si-
ta n'um dos mais elevados cumes da serra
do mesmo nome, 875 pés acima do nivel e na
esquerda do Tejo, 1 légua ao N. de Setúbal.
PALMELLÃo, s.m. onadj.m. de palmella,
villa fronteira a Lisboa. Vento — , que sopra
dePalmella.
PALMER, (hist.) celebre actor inglez, nas-
ceu em 174 1, morreu em 1784, morreu na
scena , representando a Misanthropia e o
arrependimento, pela dôr que sentiu com
esta pergunta do seu interlucutor : « Como
passam vossos filhos?» Acabava de pisrder
nm filho.
PALMES (cabo das), (geogr.) na Guiné sep-
tentrional, na extremidade NO. do golpho
de Guiné.
PALMETA, s. f. diminut. de palma. — ,
(pharm.) espátula de estender emplastos e
unguentos ; palmilha de sapato ; cunha de
mira, na artilharia ; cunha de ferro longa,
estreita, com cabeça cylindrica, e forrada no
lugar em que se bate, para abrir buracos, e
para acunhar os aguilhões dos eixos das
moendas de açúcar ; peça de madeira que se
mete debaixo do corpo que se quer alçar, para
lhe dar maior altura ou para o pôr a pru-
mo.
PALMi, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a 8 léguas NE. de Reghio; 6,000
habitantes.
PALMILHA, s. f. {palma da mão, des. ilha
dim.) palmeta da sola do sapato ; a parte da^
ti ♦
Â'
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PAL
irieias que fica por baixo da planta do pó ;
ferro depanno de linho que se lhe cose, V.
Palmilhas.
PALHiLHADEiRA, s. f. (des. eira) mulher
que deita palmilhas nas meias e as remen-
da.
PALMILHADO, A, f. p. de palmilhar ; adj.
guarnecido de palmilha; que palmilhou;
(fig.) cursado a pé.
TALMiLHADOR, s. m. homcm que remen-
da meias, que lhe deita palmilhas.
PALMILHAR, V a. [palmilha, ar des. inf.)
deitar palmilhas, remendar, v.g. — meias.
— , (famil. e íig.) andar a pé, v. g. palmi-
lhou muitas léguas de terra.
PALMILHAS, s. f. pi. de palmilha, pés que
se deitam ás meias para as remendar ou for-
talecer alfim de aturarem mais.
PALMiNs, s. m. pi. (termo da Ásia) portei-
ros das várzeas que cuidam das valias.
PALMiPiDE, adj. dos 2 g. (l.at, palmipes,
dis) (h. n.) que tem as articulações dos pés
unidas por membranas como os patos, adens,
phocas, etc.
PALMiTAL, s. m. (palmito, des. collect. ai)
palmar, que dá palmitos.
palmiteso, a, adj. (alveit.) casquicheio,
que tem a palma do pé tesa.
Palmito, s. m. (Lat. palmes, itis, ramo de
vinha ou de palmeira) ramo de palmeira ; pal-
ma ou ramilhete que se põe aos defuntos in-
nocenles, ás virgens, etc. ; miollo de certas
palmeiras que se come guisado.
PALMO, s. m. (de palma da mão) medida
de extensão ; é a distancia entre a extremida-
de do dedo pollegar eadominimo, estando
o mais apartados possível, aberta a mão ; me-
dida convencional. — craveiro, a quinta par-
te da vara, e a terça do côvado. — geomé-
trico, doze pollegadas. í/m — de terra, (fig.)
porção mui pequena. Não vê — de terra,
nada distingue, nada entende. Conhecer o
terreno a —s, com toda aexacção. Ganhar
terreno -a—, aos poucos, combatendo a
cada passo. Crescera —s, mui rapidamen-
te.
PALMYRA, (geogr.) Tadmor em árabe, ce-
lebre cidade do reino de Arábia, assim
chamada pelos Romanos por causa das suas
belias palmeiras, situada entre a Syria e o
Euphrates. Aitribue-se a sua fundação a
Salomão. As ruínas da cidade de Palmyra
ainda são magnificas.
PALNATOKE, (hist.) cclcbre corsário dina-
marquez do X século, tinha formado uma
espécie do associação de pirateria cavalhei-
resca, de que era capital Jamsborg. Matou
em 991 Uaraldo Blaatand.
i'ALo, (geogr.) cidade do reino do Nápo-
les, a 4 léguas SO. de Bari ; 4,700 habi-
tantes. ..
PALO OU PALON, (geogr.) cidade da Tur-
quia asiática sobre o Kuphrates, a 33 lé-
guas NO. de Diarbokir ; 8,OtJ0 habitantes.
PALOMiNO DK CASTRO E VELAS, (hist.) Ce-
lebre pintor hispanhol, nasceu em 1653,
morreu em 1725, foi discípulo de Valdês.
O seu melhor quadro é a Confissão de S.
Pedro'
PALOMAS, s.f.pl. (do Cast. pa/oma, pom-
bo) (naut.) cabos das vergas onde se fixam
espontas dasostagas. A denominação vem do
hf\i. palumbus, pombo bravo, do Gr. palló,
agitar.
PALOS, (geogr.) Palus Eneph, cidade de
Hispanha, a légua e meia SÉ. de Huelva ;
1,000 habitantes.
PALOTA, (geogr,) cidade de Hungria, a 5
léguas íhE. de Yeszprim ; 4,000 habitan-
tes.
PALOVEA, (bot.) género de plantas da famí-
lia das Leguminosas e da Lnnandria Mono-
gynia.
palpadiSlas, s. f, pi. V. Apalpadelas.
PALPADO, A, p. p. de palpar; adj. apal-
pado. Cavallo — , que tem remendos claros,
cavallo russo.
PALPAR, V a. V. Apalpar.
palpável, adj. dosig. [à^s.avel) que se
pode palpar ou apalpar, tangível ; (fig.) ma-
nifesto, patente, evidente, v. g, razões, erros
palpáveis ; verdade — .
PAiPAVELMENTE. ttdv . [meu te sufí .) do ma-
neira palpável, evidentemente, sensivelmen-
te.
PÁLPEBRA, s. f. maisus. nop/. [Lat. pál-
pebra, áepalpare, tocar brandamente, amei-
gar.) capella do olho, prolongação da pelle
que cobre e protege o olho cerrando- se : —
superior ou inferior.
PALPITAÇÃO, s. f. [LrI. palpitatío, nií) mo-
vimento tremulo dos músculos. Diz-seprin-
cipalmente do coração, v.g. ter, sentir pa/-
pitações.
PALPITANTE, ãdj . dos 2 g. (Lat. palpitans,
tis, p. a. áv.palpitere) qne palpita, «.^í. en-
tranha, peito, coração, membros — s.
PALPITAR, V. n. (Lat. palpitare, frequent.
áepalpare, palpar.) soíTrer movimento tre-
mulo ou convulsivo nos músculos, nas entra-
nhas, na respiração, cj;. « Víam-se-lhepa/-
pitando os míollos. » Barros. « D'outros as
entranhas palpitando. » Camões.
PALRA, s. f. V. Parola.
PALRADO, A, p. p. de pairar, fallado n:ui-
to, parolado.
PALRADOR, s. w. V. Fallador, Parolei'
ro.
PALRAMENTO, s. m. V. Parlamento.
PALRAR, v.n. (contracção de parolar, ou
doFr. ant. pa//cr, fallar, discorrer.) (famil.)
parolar, fallar muito, tagarelar *, parolar para
impor e illudír ; descobrir o segredo ; (fig.)
chilrar, gorgeíar (o pássaro), v.g. -^ o es-
torninho. — , V. a. (ant.) dizer, publicar,
patentear, ex. «Os olhos pa/raw os segredos
da alma. » Eufr.
PALRARiA, s. f. (des. aHa) o vicio de ser
palreiro, fallador ; fallatorio, parola, garru-
lice.
PALRATORio, s. m. V. Pavlatorio.
PALREiRAMENTE, udv. {mente suíf.) como
gárrulo.
PALREIRO, A, adj. fallador, gárrulo, que
não guarda segredo. Usa-se s. m. Éum — ,
gárrulo. O — faz seu amigo mudo. Os — s
passarinhos, gárrulos.
PALRiSQUEiRO. V. Palreíro.
PALRONio, s. m. V. Palreiro.
PALUD, (geogr.) villa de Hispanha , a 5
léguas ME. de Orange ; 2,313 habitantes.
PALUDAMENTO, s. m. (Lat. paludamentum)
(hist. ant.) vastido branco ou côr de purpu-
ra de que usavam os generaes, cônsules ro-
manos, e depois os imperadores.
PALUDE, s. f. (Lat. palas, dis.) V. Alagoa.
PALUDOSO, A, adj. [LSii. paludosus, de pa-
lus, dis, lagoa, pântano) pantanoso, alaga-
diço, apaulado.
PALUSTRE, adj.dos2g {i&i. palusíer] das
lagoas, que as frequente , v. g. aves — s.
PAM, s. m. V. Pão.
PAMAS, (geogr.) aldeia da província de Ma-
to Grosso, no Brazil, na margem direita do
rio Madeira, perto do salto Giráo.
PAMBAMARCA, (googr.) monle dd Nova Gra-
nada, a 8 léguas N. de Quito.
PAMBU, fgeogr.) pequena villa da provín-
cia da Bahia, no Brazil na comarca de Ja-
cobina, na margem esquerda do rio do São
Francisco, 22 léguas acima da cachoeira de
Paulo-AíTonso, 1,200 habitantes.
PAii'ERS, (geogr.) cidade de França a 5
léguas e meia N. de Foix, sobre o Ariege ;
6,y00 habitantes.
PAMiso, (geogr.) nome de três pequenos
rios da Grécia antiga, dois na Messenia ,
lançavam se no golpho deste nome, e um
na Thessalia aíílaente do Penêo.
pAMLico-souND, (gcogr.) golpho dos es-
tados Unidos, na Carolina do Norte.
PAMPANADA, s. f. {pampano, des. s. ada.)
(chulo.) cousa van, sem fundamento, appa-
rencia van, como a dos pâmpanos sem uva.
PÂMPANO, s. m (pron. o accento na pri-
meira, as outras breves e surdas: Lat.pam-
pinus, do Gr. poa-amphi-oínem, herva em
torno da vinha) sarmento novo, pimpolho da
"vide ; parra, folhada videira. — , peixe pe-
queno da feição da choupa. — dacannade
açúcar, a planta mui grossa, com demasia-
do viço e aguada, que faz pouco emáo açú-
car.
YOL. IV.
PAMPAS, (geogr.) vastas planícies da Ame-
rica do Sul, extendem-se na parte meri-
dional do governo de Buenos-Ayres, desde
o Rio da Prata até junto das Andes. São
habitadas pelos Gaúchos , d'origem hispa-
nhola.
PAMPAS DEL SACRAMENTO, (geogr.) nome
dado ás vastas planícies situadas no N.. do
Peru, a E. da intendência do Truxillo. Des-
cobertas em 1726.
PAMPELONNE, (geogr.) cidade de França a
6 léguas KE. d'Alby ; 2.000 habitantes.
pampelona, (geogr ) Pompeiopolis, Pam-
pelo, cidade de Hispanha, capital da in-
tendência doste uome o da capitania-go-
neral da Navarra, sobre o Arga, a 80 lé-
guas NE de Madrid; 15,000 habitantes. A
intendência de Pamplona é o mesmo terre-
no que a antiga Navarra.
PAMpriiLio, (h. n.) género de insectos da
ordem dos Hymenopteros, secção dos Tere-
brantes família dos Porta-Serras.
PAMPHYLio, (hist.) pmtor grego, nasceu na
Macedónia, vivia no reinado dePhílippe, no
IV século antes de Jesu-Cliríslo. Fundou a
escola sycyoníana , e foi mestre d'Apelles.
Também era bom mathematico.
PAMPHYLIO (S.), (hist ) de Beryto, substi-
tuiu Origenes na direcção da escola d'Ale-
xandria, fundou outra escola em Cesárea da
Palestina ; soíTreu o martyrio em 309. E'
commemorado no 1.° de junho.
PAMPHYLIO, (geogr.) primitivamente Mop-
sopia, hoje parte U. do pachalik. de Itchií e
parle SE. da Anatólia, região da Ásia Menor
ao S, sobre o. Mediterrâneo entre a Lycia e a
Cicilia Era limitada ao N. pela Pisidia.
PAMPILHO, s. m. (do mesmo radical que
pâmpano, pela semelhança ao pimpolho.)
garrocha, aguilhada curta de picar o gado,
haste com ferrão ; olho de boi, espécie de
parietaria, herva.
PAMPILHOSA, (geogr ) villa e freguezia de
Portugal no districto de Leiria, donde dista
14 léguas a NE., e 1 ao N. do Zêzere, 2,500
habitantes.
PAMPiNEO, A, adj. Lat. pampineus] de pâm-
panos, das vides.
pampinoso, a, adj. [Lat. pampinosus) cheio
de pâmpanos, coberto, ornado de parras, v.
g. as — s vides; o — outono.
PAMPLONA, (geogr.) cidade da America do
Sul, capital da província do mesmo nome,
sobre o Zulia, a 107 léguas NE. de Bogotá ;
3,200 habitantes. A província de Pamplo-
na é uma das 4 da divisão de Boyaca ;
conta 78 OOO habitantes.
PAMPOLHO, s. m. V. Pimpolho.
PAM-PORCINO, s. m. V. Pão de porco.
PAMPOSTO, s m. nome de uma planta (ena
Lat. caltha) malmequer amarello.
21
m
vÈ
PAN, (myth.) deus grego, filho de Júpiter e
de Calisto, presidia aos rebanhos e aos pas-
tos, e passava pelo inventor da charamela.
Namorado da nympha S^riux, deu-se a
perseguil-a e teve o desgosto de a vêr mu-
dada em orvalho quando ia agarral-a. is&o foi
mais feliz com a nympha Echo. Representa-
se Pan com pés de bode e coberto com o pello
do mesmo animal. Dá-se-lhe por cortejo se-
res da mesma forma, chamados pans, panis-
cos ou ógipans, isto é Pans-cabras (do nome
de Pan edo grego aiges^ cabras). O Fauno
dos Latinos parece-se muito com o Pan dos
Gregos. Na Arcádia é que Pan era muito ve-
nerado. As suas festas chamavam se Lyceas
e em Roma Lupercaes.
PANACÉA, s. /". (do Gr. pan, tudo, e akos,
remédio) (med.) remédio contra todas as
doenças, universaes.
PANACÉo, s. m. panacéa ; herva cura-tu-
do.
PANACÚ OU PANACUM, s. m. (t. Brasil., pa-
nicUf na lingua dos indígenas) espécie de ces-
to comprido com as bordas voltadas para
dentro.
PANADURA, s. f. (do Fr. panneaUj pao, es-
taca mettida em encaixe) eixo de moenda
de açúcar.
PAN^cio, (hist.) philosopho stoico, nas-
ceu em Rhodes no anno 190 antes de Jesu-
Christo, florescia no anno 150. Estudou pri-
meiramente em Athenas com Zenão, ao qual
succedeu na cadeira do Pórtico, depois esta-
beleceu-se em Roma, onde abriu uma escola
frequentada pelos mancebos de maior distinc-
ção. Compoz diíTerentes obras, entre ellas um
tractado dos Deveres ; um livro das Sei-
tas.
. PANAL, *. m. (des.coUect. a/)pannocheio
de palha; panno de tender o pão. Dar, em-
purrar o — , (fig. e famil.) descarregar so-
bre outrem o peso de cousa, de negocio in-
commodo.
PANAMÁ, (geogr.) cidade da America do
Sul, capital da província do mesmo nome, e
de toda a divisão do isthmo, no fim de uma
vasta bahia sobre o Oceano Pacifico ; 12,000
habitantes. A província de Panamá, uma das
duas províncias da divisão do isthmo, sobre
os dous Oceanos, ao S. deGuatimala, conta
60,000 habitantes.
PANAVA (isthmo de), (geogr.) isthmo que
junta as duas Américas. E' tão estreito em
alguns sitios que se empreendeu fazer sobre
elle um caminho de ferro.
PANARIA, s. f. (des. ária) (ant.) tulhas,
almazens de recolher o trigo ou farinhas
panarício, s.m. [Fr.panaris, Lai. pana-
ritiuSj alterado do Gr. paronykhia, de para,
juDto, e onyx^ unha) tumor mui doloroso
junto á raiz das unhas.
PAU
PANARIO. í. m. V. Panasqueira.
PANARO, {geog.)\ScuUena, rio de Itália, sae
dos Apeninos, separa o Estado da Igreja do
ducado de Modena, e lança-se no lo pela
margem direita. Tinha dado o seu nome a
um districto do reino de Itália de Napoleão,
o qual tinha por capital Modena.
PAKASco. s. m. espécie de herva de pas-
to.
PANASQUEIRA, s. f. campo em que ha pa-
nasco, terra de pasto, de hervaçaes.
PANATHENEAS, (hist.) Panath(Bncea (de pan
tudo, e Athene, Minerva, ou Athcencea festas
de Minerva) grande festa atheniense, cele-
brada em honra de Minerva. Instituída por
Erichthonius em 1495, antes de Jesu-Christo
recebeu novo lustro de Theseo, que fez de
Minerva a deusa de toda a Attica e da sua
festa o logar de reunião de todos os povos
deste paiz. Depois houveram às grandes e pe-
quenas Panathenéas. As primeiras celebra-
das de 4 em 4 annos ; as segundas todos os
annos. Desenvolviam nestas festas um luxo
extremo; a principal cerimonia ora a pro-
cissão do peplum ou \eo de Minerva ; depois
seguiam-se as lampadodromias (carreiras
com fachos na mão) jogos gymnaslicos re-
presentações, e finalmente banquetes pú-
blicos.
PANATi, (geogr.) tribu de Índios que vi-
viam na serra que d'elles retém o nome.
PANATí, (geogr.) serra da província do rio
Grande do Norte, no Brazil, no «Uslricto da
villa do Porto Alegre.
PANAY, (geogr.) uma das ilhas Pbilippi-
nas : 2o6,000 habitantes Papus, Byssayos.
Residência de nm governador hispanhol.
PANCAA, s. f. (obsol.) rolo de páo que se
mette por baixo de cousas pesadas para fa-f.
cilitar a sua condução de um lugar para ou-
tro.
PANCADA, s. f. (em Gallego significa pon-
tapé) golpe |com páo, e, por ampliação, gol-
pe com a mão com qualquer arma contun-
dente e não cortante, ou co'ii a parte d'ella
que não talha ; (fig.) golpe, lance adverso ou
repentino- Dar — s, espancar. Levar — s,
recebe-las. Uma — d' agua, chuva grossa e
repentina. — de dinheiro, grande quantia
ganhada ou perdida de repente. Miollo que
já traz — , eivado, meio louco. De — , (loc.
adv.) de repente ; inconsideradamente. A — ,
a um tempo, juntamente. Andavam á — ,
ou ás — s, brigando.
PANCADiNHA, s f. diminut, de pancada,
toque ligeiro.
PANCARPiA , s. f. (do Gr. pan, tudo, e
karpos, fructo, e carpo, articulação do pu-
nho.) Este termo significou a princípio col-
lecção de fructos, depois collecção de flores,,
e fig. coroa de flores litterarias, miscellaaea, ^
.N-it'
PAU
m
»i
nnica accepção em que nós o usamos. Emfim
também significou combate de homens no cir-
co contra toda a sorte de animaes.
PANCARPO, s. m. combate de homens con-
tra animaes. V. Pancarpia.
PANÇA, s. f. (Lat. paníea:, Fr. ant. pance,
mod. panse.) V. Ventie, Barriga
PANCHA. V. Prancha.
PANCHAiA, (geogr.) parte da Arábia Feliz,
muito afamada entre os antigos pela quanti-
dade de perfumes, que produzia ; era na Sa-
bêa, sobre o golpho Pérsico.
PANCHARATi, s. w. (t. da Asia Poflugue-
za, de pancha, cinco, em Sanscr. e Hindu,
e rati, estipular.) prazo de cinco dias, em
que se dá aviso que se hão de fazer as ar-
rematações nas terra j de Salsete.
PANCHREAS. V. Pancrcas.
PANCHYMAGOGO , s. fu (do Gr. pau , tu-
do, kheô, dissolver, espalhar, ear/d, provo-
car.) (med. hoje desusado.) purgante que
evacua todos os maus humores.
PANCiAT',(hist.) poderosa fa mil ia de Tos-
cana, estava á frente dos Gibelinos de Pistoia.
Baniu os Tedici , que tinham vendido esta
cidade a Castruccio Castraconi , e concluiu
em 1327 um tractado com Florença, era vir-
tude do qual Pistria tornava-se, com o ti-
tulo de amiga, dependente de Florença e
recebia guarnição florentina.
PANCiROLi, (hisl.) escriptor italiano, nas-
ceu em lb23, morreu em 1599. Publicou,
entre outras obras importantes : Commen-
tarius in Notitiam de utriusque imperii
magistratibus ; De claris júris interpreti-
bus ; De rebus inventis et perdiíis.
PANCRACio , s. m. (do Gr. pan, tudo, e
kralos, força.) exercícios gymnasticos da lu-
cta epugillato.
PANCRACIO, s. m. espécie de ceboUa al-
yarran.
PANCRATiuM, (bot.) gencpo de plantas da
família das Narcisseas e da Hexandria Mo-
nogynia.
PÂNCREAS, s. in. (Lat., do r.r. pan, to-
do, e kreas, carne.) (anat.) órgão lobuloso
de côr amarellada, situado no epigastrio, de-
baixo do estômago, na espessura do meso-
colon.
PANCREATico, A, adj . (auat.) do pâncreas.
PAND.íMONiUM, (hist.) uome dado por Mil-
ton á assembleia dos demónios e ao logar
da sua reunião.
PANDALO (h. n.) género de Crustáceos da
ordem dos Uecapodes, famiha dos Macrou-
res, tribu dos Salicocos.
PANDARANE , s. m. paragem da costa do
Malabar cheia de ilhotas, onde os Portu-
guezes desbarataram a armada do rei de Ca-
lecut ; daqui veiu a expressão : dar com tudo
ém íandaranCt estragar, desbaratar tudo.
PANDARO, (hist.) filho do Troiano Lycaon e
amigo de Paris, era um dos mais bravos
guerreiros do exercito de Priamo durante o
cerco de Tróia. Impaciente por combater
violou as tréguas concluídas entre os Troia-
nos e Gregos, atirando um dardo sobre Me-
nelao. Foi pouco depois morto por Diome-
des.
PANDATARiA , (geogr.) Veudotiene, ilhota
do mar Tyrrhio, defronte do Cabo de (]ir-
cé, era um dos logares d'exilio no tempo do
império. Foi nesta ilhota que morreram des-
terradas Júlia, filha de Augusto, Aggripina,
e Octavia filha de Cláudio.
PANDEAR , V. a. (Lat. pando. ere. abrir,
patentear.) bojar, iuchar, como o vento quan-
do enfuna as velas.
PANDECTAS, s. f. (Lat. pandect<2, do Gr.
pan , tudo, e dekhomai, tomar.) obra que
trata de diversas matérias, como a que com-
poz Tiro, liberto de Cícero, Depois appli-
cou-se ao Digesto ou corpo das leis roma-
nas, colligido por ordem de Justiniano.
PANDEiREiRO, s. Hl. /'dos. eiro.) O que faz
pandeiros ; o que toca pandeiro.
PANDKiRiNHO, s. TO. diminut. de pandei-
ro.
PANDEIRO, 5. TO. (talvez do Fr. pandore,
instrumento antigo de musica, espécie de
alaúde, do Gr. pandoúra.) instrumento mu-
sico formado de udi aro de madeira com
soalhas, enfiadas em arames dispostos em
vãos na altura do aro; agita- se com a mão
direita , fazendo bater as soalhas de latão
umas nas outras, e de quando em quando
batendo com o instrumento na palma da mão
esquerda. Faltar como um — , sem tom nem
som, sem dizer cousa que valha. Em boas
mãos está o - -, isto é, em mãos de quem
dará boa conta do negocio que se lhe con-
fiou.
paNdepour, (geogr.) cidade da índia an-
tiga, sobre o Bimah ; a 7õ léguas SE. de
Ponnah; 15,000 habitantes.
PANDERETA, s. f. [io \.&t. pandcre, àbrlv.)
aberta. Tosquiar ás — s, deixando claros ou
desigualdades em carreiras no pello ou cabei-
lo. Serviços alinhavados ás — s, mal, como
cabello mal tosquiado.
PANDiLHA, s. f. (do Gr. joan, tudo, 6 drf-
los, dolo, fraude.) concerto entre varias pes-
soas para fraudar, roubar alguém, principal-
mente ao jogo.
pANDiLHEiRo, s. TO. (des. eiro. ) 0 quB faz
pandilha ao jo^o, gatuno.
PANDioN, (hist.) rei d'Athenas, que, se-
gundo a tradicção, instituiu as Pandias ,
festas de Júpiter [Zeus, Dios) commum a
todos [pantes] os habitantes da Attica, era
filho e successor d'Erichthonius, e foi pai
d'Esechthêo, de Progné e de íhilomela;
#
m
reinou de 1556 al525antesde Jesu-Chris-
to, e venceu o rei de Thebas, Labdaco.
tJm outro Paadion subiu ao trono d'Athe-
nas em 140j, e foi banido depois de 24
annos de reinado pelos Métionides, Foi pai
de Egêo, que subiu ao trono do Atbenas.
PANDiON (reino de) , (geogr.) Pandionis
regnum, paiz da índia além do Ganges ,
sobre a costa occidental, provavelmente no
Kaenatic actual e nos arredores de | Ma-
thonra e Marava. E' provável que os seus
limites variassem e que se extendessem
muito pelo interior. A fama do reino de
Pandion espalhou-se até á Itália desde o
tempo de Augusto.
PANDiTO, (bist.) nome indio, que corres-
ponde ao de doctor, é usado pelos Brabmi-
nes que se destinam ao ensino.
PANDJNAD, (geogr.) grande corrente de
agua, aííluente deSuid, é formado da reu-
nião de quatro grandes rios , que com o
Sind, regam o Pendjab. Estes rios são o
Djelam ou Behah (o Hydaspe dos antigos),
o Tcbennab [Acesines], o Rovei (Hydraote),
e o Setledje ou bharra [Hyphase],
PANDO, A, adj. {Lai. pandus.) aberto, bo-
judo, enfunado. As — s azas. As velas — s,
enfunadas, incbadas pelo vento. Cavaí/o — ,
que tem o espinbaço concavo, curvado pa-
ra dentro, sellado (como se diz vulgarmen-
te).
PANDOLPHO I , (hist.) chamado o Cabeça
de Ferro, principe de Capua, filho e suc-
cessor de Landolpho IV, reuniu ao seu do-
mínio as cidades de Benevente, Capua, Sa-
lemo, Camerino, Spoleto, teve guerra com
os Gregos, que o bateram em Bovino e o
aprisionaram ; quando recobrou a liberda-
de, vingou os ataques que os Napolitanos
tinham dirigido contra os seus Estados, ein
quanto estivera ausente e morreu em 981.
Quatro príncipes do mesmo nome remaram
em Capua.
PANDORA, (myth.) nome da primeira mu-
lher, segundo a mythologia grega. Foi mo-
delada por Vulcano, animada por Minerva,
dotada de todas as qualidades pelos deuses,
dos quaes cada um lhe fez um dom (esta
a origem do seu nome, pan tudo ; doron
dom), depois foi enviada por Júpiter a l'ro-
motheo com uma boceta, em que estavam
enterrados todos os males. Promolheo, des-
confiando de alguma traição, recusou Pan-
dora e os seus presentes ; mas Epimetheo,
seu irmão, tomou-a por esposa, abriu a bo-
ceta e deu assim saída a todos os males.
Não ficou no fundo da boceta senão a es-
perança. A invasão de todos os males sobre
a terra fez nascer o século de ferro.
PANDORGA, s. f. (do LSit.pando, ere, abrir,
e owres, ouvidos, ou Gr. orgaô^ excitar, ajpij-
mar.) musica ruidosa de mtiiiosinslrUDàen-
tos ; (fig ) cousa descompassada. — , homem
ou mulher que tem granae barriga, pansudo.
Sendo homem, é s. m. Vm — .
PANDOStA, (geogr.) cidade do Epiro , ao
S. sobre os confins da Molossida e da Thes-
protia , sobre um rio chamado Acheronte.
PANDOUR, (geogr.) villa da Hungria, a 9
léguas S. de Kelotza ; os seus habitantes
primeiramente empregados na perseguição
dos ladrões, depois arregimentados em cor-
pos francos, fizeram dar o nome de Pan-
dours aos diversos corpos francos, que ha-
via na Áustria.
PANDOus ou PANDA VAS, (myth.) ciuco ir*
mãos celebres na mythologia india, os quaes,
segundo o Mahabharata, disputaram o tro-
no da Índia aos Kousous, seus primos, e
a final venceram-os com a protecção de
Krichna.
PANGEO. (geogr ) hoje montes Castagnats^
pequena cordilheira de montanhas na Thra-
cia, une oUhodopoao Hemus. É delias que
sae o Neslo. Contém minas de ouro e de
prata.
PANGOTAKi (hist.) vulgarmonto Panagiotés
de uma das famílias gregas chamadas Fa-
nariotes, foi o priratiiro drogman da Porta.
Deixou uma Confissão de fé orthodoxa das
igrejas catholicas do Oriente.
panegírico. V. Panegyrico.
PANEGYRico, s. m. (do "ir. pan, tudo, e
aghyris, assembléa.) festas ou feiras em que
se celebravam jogos a que concorriam os po-
vos visinhos, na antiga Grécia. — , poema,
discurso em louvor de alguém, como era cos-
tume pronunciar nas ditas festas; elogio, ora-
ção laudatoria.
PANEGYRICO, A, adj . laudatorio, v. g. ser-
mão, oração — .
PANEGYRis, s. íH. V. Pauegyrico.
pANEGYRiSTA, s. w. (dos. Í5ía.) O que faz
um panegyrico.
PANEGYRiZAR , V. a. (des. izar.) louvar ,
elogiar, exaltar, com panegyrico, v. g. —
as virtudes, os talentos, o patriotismo.
PANEiRO, s. m. (Fr. panier , oesto, Lat.
panarium, de pauis, pão.) (artilh.) cesto de
vimes cora azas, da forma da alma do pe-
dreiro, no qual se mette cheio de pedras.
PANELLA, s. f. (do Lat. pausa, de pan-
dus, bojudo, e olla, panella.) pote, vaso
bojudo de barro ou de metal para cozer ao
lume comida diária e para outros usos; (fig.)
a olha, e comida diária, v. g. caldo da — .
Assucar — , de mui baixa qualidade.
PANELLiNHA, s f. diminut. dcpanella. Fa-.
zer — com alguém, (loc. famil.) associar-so
para murmurar, maldizer ou intrigar,
PAHiTE, s, m. diminut. (ant.) de pão.
pahete;, *. f». (arit.) diminut. de pano.
PáK
í*ítAn
Í9
trapo. — Sj pi. trapos, farrapos. Tomar o
— , (phr. vulg.) fugir.
PANETELA, s. f. ((lo Lat. pauis, pão) so-
pas ou papas doces de pão ralado ou de mi-
gas de pão.
PANGAio, s. m. (t. da Ásia) embarcação de
remo, espécie do canoa q^ue se rema com
remo de pá, e é cosida com cairo.
PANGAJÔA, *. f. embarcação da Ásia, de
remo.
PANGiM, (geogr.) cidade. V. Goa.
PANGOÉ, (geogr.) praso da coroa porlu-
gueza no districto de Sofalla, que tem uma
eslensão de três léguas, pouco mais ou me-
nos sobre quasi metade de largura.
PANHA. V. Paina.
PANiio , s. m. (ant.) V. Pano ou Pan-
no.
PANiANY , (geogr.) cidade da índia , na
embocadura do Vaniany no mar das índias,
a 15 léguas SE. de Caiicut.
PAWiCAL , s. m. (t. da Ásia.) mestre de
esgrima dos Waires.
PANiCALE, s. m. (termo da Ásia.) doença
frequente na índia , que faz inchar os
pés.
PANÍco , s, m. diminut. de pano, pano
de linho ou de algodão mui fino. — rei, pa-
no mui fino de algodão da índia. Hoje dize-
mos paninho.
PÂNICO, A, adj. (pron. pânico : Lat. pani-
cus, que todos derivam de Pau, deus dos bos-
ques, cuja voz assustava. Talvez venha de
jpan, tudo, todos, e ekhos, o éco, o som.)
Medo, terror — , súbito e sem causa suffi-
cienle , v. g. o que faz fugir um exercito
pela crença errada que tudo está perdido,
e que o inimigo os tem cortado.
-PANicuADO, A, adj. (È correcto e confor-
me á etymologia.) V, Apaniguado e Pani-
guado.
PANicuLO ou PANNICULO, s, ui. (anat.)V.
Tez.
PANiGAROLA , (hist.) pregador de Milão ,
nasceu em i54H, morreu em 1592. Além
dos seus Sermões deixou um Traclado da
eloquência do púlpito, intitulado // predi-
catore.
PANiGUADO, A, adj. (do Lat. poíiw, pão, 6
agua, des. adj. ado.) que recebe ração, sus-
tento de alguém, que come o seu pão; pessoa
da obrigação , e fig. do partido de outra ;
cliente entre os Romanos. « Seus cazeiros, — s
e servidores. » Ord Man,
PANioNiuM , (hist.) nome dado á confe-
deração jonia e ao iogar, onde se reuniam
os seus deputados.
PANIPOT ou PANiPET, (gcogr.) cidado da
índia logleza , a 20 léguas NO. de De-
Ihi.
PANissiERES, (geogr.) cidade de França a
TOL. lY.
3 léguas e meia NE. de Feurs; 3,780 ha-
bitantes
PANNAH, (geogr.) cidade da índia ingle-
za, a 8 léguas SE. de Tchatlerpour.
PANNAR ou PENNAR, (gcogr.) rio da ín-
dia, nasce a 5 léguas N. de Nondy-Urong,
no Maissour, corre ao SE. atravessa o Ba-
laghat e o Karnatic e cae no golpho de
Bengala.
PANNATi, (geogr.) serra limitroplie das
províncias de Parahiba e do rio Hrande do
Norte, no Brazil.
PANNiNHO, s. m. diminut. de pano, pa-
no de algodão fino da índia, de Inglaterra,
ele. Um — , pano pequeno de linho ou algo-
dão.
PANNO, s. m. [Ldit. pannus, de pando, ere,
mostrar, abrir, estender.) tecido de fios de li-
nho, algodão, lã, pello, etc, para roupa de
corpo e mesa , vestido e outros usos. — ,
(naut.) as velas. Meter mais — ; a todo o — ,
com todas as velas soltas, e fig. pondo todo o
esforço. Dar, aguantar o pano. Estar ou
pôr-se ao — , capa, pairar; (fig.) ficar neu-
tral, esperando o successo. — , (fig.) vesti-
do, roupas. Trazer — de alguém, vestir a
farda ou libré, ou receber delle o vestuário.
— s ordinados, hábitos de frades e de cléri-
gos. — longos, haÉitos talares. — de segu-
rança, habito de ordem religiosa. — largos,
roupas mui largas. Ser todo de um — , (fig.)
igual, sem mistura, t?. ^. de palavras ou lo-
cuções estrangeiras, fallando de obra littcra-
ria. — , (fig.) diz-se de cousa que tapa, co-
bre, tolda, tira a transparência. — dos o lhos ^
névoa^ belida. — do vidro, humidade con-
densada que o empanna. — , nódoas escu-
ras que vem á pelle de mulheres prenhes,
e em varias doenças. — do muro, lanço del-
le. — de apanhar, nas chaminés , é o que
descansa sobre a verga. — estendido , 6 o
interior da parede, do lar para cima. — de
agua, pancada delia, chuva, repentina e,
grossa. --, (ant.) pranchada com a parte
chata da espada. — de pintor, em queelle
pinta o quadro (ó de brim, canhamaço, li-
nhagem, etc.) — s quenteSf (fig.) remédios,
meios palliativos. " ; j
paNjSONia, fgeogr.) Pannonia, hoje par-
te da Áustria, da Esclavonia, da Croácia,*
região da Europa antiga, limitada ao N. e.
a E, pelo Danúbio, a O, pela Norica. Este,.
paiz foi no 1.° século dividido em duas'
províncias; Pannonia 1.* ou Alta; Pan-
nonia 2.* ou Baixa-, a 1.* tinha por ca-
pital Petomo (hoje Petau) : a 3.* primeira-
mente Aquincum , e depois Sirmium. Os
primeiros habitantes da Pannonia foram
Celtas de origem.
PANOPOLis, (geogr.) (istoó, cidade dePan)^
primitivamente Chemmis, hoje Akmyn, cvr,,
w
MÂJH
pjyi
4ade do Alto Egyptb ,'''fta direita do Nilo,
entre l*tolomeida e Antoeopolis.
PANORMA, (geogr.) hoje Palermo, cidade
da Sicília, na costa N,, fundada pelos Phe-
nicios, foi a capital da Sicília carthagineza.
PANOURA, s. f. (t, da Ásia), embarcação
como galé, e mais alterosa. — s. m. pi. (t.
da Asia^ grandes espadas curvas que os ele-
phantes de peleja levam fixadas nos dentes.
PANPHALEA , (bot.) genero de plantas da
família das Synanthereas e da Syngenesia
igual.
PANSA (G. Vibio). (hist.) cônsul no anno
43 antes de Jesu-Christo com Hincío , foi
vencido diante de Modena por M. António
e morreu na batalha.
PANTAF AÇUDO , A , adj . (chul.) que tem
grandes bochechas. Do Gr. pantos, genít. de
pas, todo, e f açudo.
PANTALÃo , s. m. (do Ital. Pantalone ,
Pantaleão, nomecommum entre os Venezia-
nos, a quem por isso os outros Italianos da-
vam este appellido genérico.) bobo de farças
italianas. Veneziano que traz calças largas ;
bobo das operas buffas, ou farças italianas ;
(íig.) pessoa ridiculamente jactanciosa, que
affecta ser homem de grande importância.
PANTALEÃO (S.) , (hist.) saucto veuerado
pelos Gregos, soíTreu o martyrio no reina-
do de Galero em 303. É commemorado a
27 de julho.
PANTALONAS, s. f. calças que descem até
aos tornozelos.
PANTANA , s. f. (de pântano.) atoleiro.
Dar com tudo em — , arruinar-se, perder a
fazenda.
PANTANAL, s. m, [ai dcs. extensiva) ato-
leiro espaçoso.
PÂNTANO, s. m. (pron. o accento na pri-
meira : talvez do Lat. pando, ere, estender,
e nans, que nada; ou do Gr. pan, todo, e no-
ieô, estar húmido.) atoleíro,lamarão, lodaçal,
tremedal, terreno baixo alagadiço.
PANTANOSO, A, adj. (dos. oso.) em que
ha pântanos, alagadiço, , v. g. terras — s.
PANTASMA , (geogr.) rio de Guatímala ,
corre a OSE., depois ao NE. e cae na ba-
hia dos Mosquitos,
PANTELLARiA OU PANTALARiA, (gcogr.) an-
tigamente Cosyra, ilha do Mediterrâneo ,
mais perto da Costa d'Africa do que da Si-
cília, e todavia dependente desta ; 5,000 ha-
bitantes,
PANTENO (S.), (hist.) stoico, couverteu-se
ao christianísmo, foi em 179 chefe da es-
cola chrístã d' Alexandria, foi instituído pelo
patriarcha Demétrio apostolo das nações
orientaes. fc' contado entre os doctores da
igreja, e commemorado a 7 de Julho
PANTHEisMO, s. m. (des. Wíwo.) a opinião
DU systema dos pantheistas.
PANTHEiSTA, *. m. (do Gr. pan, tudo, e
theos, deus.) philosopho que crê ser o univer-
so o único Deus.
PANTHEISTAS, (híst.) (de pan tudo, e théos
deus) philosophos , que reduzem todas as
existências a um só ente, que elles cha-
mam Deus; e, concedendo a todos os ou-
tros seres uma realidade só apparente, os
absorvem na substancia divina. Attribue-se
este systema aos mais antigos philosophos
da índia.
PANTHEON, (hist.) Celebre edifício de Ro-
ma, construido nos tempos de Augusto, á
custa de x^ggripina , no campo de Marte.
Ainda que dedicado a Júpiter Vindicator
foi destinado a receber as estatuas de to-
dos o« deuses {pan. theos). Foi restaurado
por Adriano. O Pantheon de Paris, começa-
do em 1798 , foi destinado para formar a
igreja de Santa Genoveva ; na llevolução
porém foi consagrado a receber os bustos
dos grandes homens da França. Tem no
frontispício esta inscripção : Aos grandes
homens a pátria reconhecida.
PANTHERA, s. f (do Gr. pafíthêr ; pan,
tudo, inteiramente, e thér, fera J fêmea do
leopardo ou onça. Esta ó accepgão do termo a
mais usual ; mas rigorosamente fallando a
panthera é espécie distincta , caracterisada
pelas malhas redondas nas costas, e longi-
tudinaes na barriga. É originaria da Africa.
PANTiCAPEO, (geogr.) PantícapoBum, hoje
Kertch, cidade da Taurida, sobre o Bos-
phoro Cimmerio, era de origem milesia.
PANTiN,' (geogr.) cidade de França, per-
to do canal d'Oureg ; 1,200 habitantes.
PANTÓGRAPHo, s. m. (do Gr. pantos, tu-
do, e graphô, traçar.) instrumento que ser-
ve a copiar desenhos em ponto maior ou me-
nor.
PANTÓMETRA. V. Pcmtómetro.
PANTÓiWETRO, s. M. (Gr. pantos, genitivo
de pas, todo, e metro sníí.) (geom.) instru-
mento próprio a medir todos os ângulos e
distancias
PANTOMIMA, s. f. drama representado por
gestos, e de ordinário acompanhada de musi-
ca e dansa. — , gesticulação expressiva dos
actores. V. Pantomimo.
PANTOMiMico, A, adj. concomente á pan-
tomima, á mimica,
PANTOMIMO, s. m. (do Gr. pantos, V. Pan-
tómelro, e mimus , imitador. V. .'Mimico.)
actor que representa por gestos notheatro,
de ordinário em bailes.
PANTONEiRA, s. f. (ant.) Moraes cuida que
será panturrilha.
PANTUFADA , s. f. (dcs. s. ada.) golpe ,
pancada com pantufo.
PANTUFO, s. m. (ítai. pantofola, Fr. pan-^^^^
íouflet do Lat. pedum infula, coberiuTà doS
PAO
PAO
91
pés segundo M. de Roquefort. Sperling quer
que seja composto de pan , contracção de
pannus, panno, e tufola em Ital., cousa li-
geira, leve, porque era chinela de panno e
não de coiro, com sola de cortiça. Outros
o fazem vir do Gr. sem a menor razão, e
Ménage do Aliem, bein, pé, e tojfel^ lami-
na, sola. Em Sueco, Dinamarquez e llusso
tojfel ou tufftl significa chinela.) calçado an-
tigo como chinelas, com sola de cortiça, v.g.
— sáe velludo.
PANTURRA, s. f. (do Lat. paníeo?, barriga,
des, urra augm. e peiorativa.) barriga gran-
de, pansa ; (fig ) infaluação.
PANTURRILHAS, s. f. des. dím. ilha, bar-
rigas das peruas postiças cozidas nas meias.
— naturaeSf barrigas das pernas.
PANViN ou PANViNio, (hist.) sabio italia-
no, nasceu em lòl29, morreu em 1568, foi
eremita de sancto Agostinho e lente de theo-
logia em Florença. Deixou muitas obras de
historia e antiguidades, entre ellas : Epito-
me romanorum ponlificum usque ad Pau-
lum IV ; Fasti et triumphi Romanorum,
etc.
PANYASis , (hist.) antigo poeta grego de
Halicarnasso, autor de um poema sobre os
12 trabalhos de Hercules, vivia no princi-
pio do V século antes de Jesu-Christo. Foi
morto por mandado de Lugdamo , rei de
Caria.
PANZER, (hist.) ministro lutherano, nas-
ceu em Sulzbach em 17i9 , morreu em
18U5. Deixou Annales typographici ab ar-
tis inventae origine.
PANZO, (geogr.) prazo da coroa portugue-
za no districto de Tette com 5 léguas de
comprimento e 3 de largura.
PAO, s. m, (Fr. ant. pau, Cast. paio, do
Lat. palus, estaca ; do rad. 6o, arvore, em
tgypcio e em outras linguas, donde vem o
Fr. bois \ Aliem, baum, arvore.) lenho, ma-
deira , V. g. — brasil, — ferro, — santo ou
jacarandá ; — de aguila. — , bordão, cajado.
Jioda de — , muitas pauladas. Icíjar tudo a — ,
á força, por violência. Dar com — , paola-
das. — , (naut. p. ns ) navio. E o melhor
— , isto é, navio da melhor madeira. — , ca-
bo, V. g. — de vassoura, rasoura. — do ar ,
cornos de animaes. Pés de — , varas altas
com mossas para segurar os yiés, em que
andam rapazes, e os habitantes das Landes
ou areaes em França, para caminhar com
mais facilidade e poderem chegar acs pi-
nheiros em altura sufíicienle para lhes dar ta-
lhos donde corre a resina. — , (fig.) castigo.
Pão e — , sustento e castigo. — «, peças ro-
liças do jogo da bola, e que esta deve aba-
ter. Pagar os — s, pagar quem perde ao do-
no do jogo da bola. JSáo querem as bolas
tomar — í, (loc. íamil.) não tomam ascou-
l
sas o caminho regular, não tem o negocio
bom andamento. Na picaria os paos são duas
estacas altas cravadas em distancia de seis
a sete palmos uma da outra, para ensinar o
manejo alto aos cavallos. Nas cartas de jogar,
ó o naipe que nas antigas cartas, e ainda ho-
je nas Ueípanholas, representa cajados. Ar^
mar os — s, dispôr-se. Peixe — , peixe que
se secca e fica muito duro.
PÃO , s. m. (Fr. pain, Ital. pane^ Cast.
pan, do Lat. panis^ que os etymologistas de-
rivam do rad. de ^jasco, Gr. j^ad, pastar, co-
mer. Esta etymologia não satisfaz, porque o
grão pisado não foi o primeiro alimento do
homem. Eu creio que o vocábulo óEgypcio,
povo que incontestavelmente precedeu os ha-
bitantes da Itália na fabricação do pão. Na lin-
gua Egypcia evni, ebni, facilmente alterado
em epni, significa mó de moinho e moer, e
em Lat. mola tem a mesma accepção e tam-
bém a de farinha, e mola salsa era um bolo
usado nos sacrifícios. Em Egypcio nuit si-
gnifica farinha, e uik, pão, e com o artigo
masculino pi-nuit, pi-uik.) grãos e cereaes
reduzidos a farinha e amassados com agua,
com fermento ou sem elle ; grão cereal. Os
pães, todo o género de plantas cereaes, trigo,
milho, senteio, cevada, painço, etc. — trigo,
de farinha de trigo estreme. — caseiro, dera-
la, rolão. V. estes artigos. — francez^ pe-
queno e delicado, feito da flor da farinha. —
de munição, o que se dá á tropa. — meiado,
de duas sortes de grãos farináceos, v. g. de
trigo e senteio. — terçado, de três sortes, v.
g. de trigo, milho e senteio. — de ló, de fari-
nha, assucar e ovos. — , (fig.) sustento, ali-
mento. O — quotidiano. — dos anjos ou da
vida , o sacramento da eucharistia. — por
Deus, o que se dá em dia de finados. — , (fig.)
cousa que tem forma de pão, isto é, arre-
dondada, V. g. jjães de ouro, de anil, deco-
ra, sebo. — de porco, herva. — de gallinha,
insecto que se cria nas bagaceiras, no ester-
co ; ó branco, molle, tem a cabecinha côr
de castanha, róe as cannas e o arroz tenro.
páo-d'alho, (geogr.) villa da província de
Pernambuco, no Brazil, cabeça de comar-
ca de seu nome, na margem direita do rio
Capibaribe, 10 léguas aoOSE. da cidade de
Ohnda : 1,400 habitantes.
PÃO-DASSUCAR, (geogr.) antiga aldeia da
província das Alagoas, no Brazil, no distri-
cto da villa de Porto das Folhas, perto de
Penedo.
pão-d'assucar, (geogr.) serra da provín-
cia das Alagoas, no Brazil, junto á villa de
Penedo.
PÃO d'assucar, (geogr.) penhasco enorme
de puro granito, no Brazil, despido de to-
da a vegetação, elevado obra de 100 bra-
ças acima do nivel do mar, assentada so-
23 *
m^
HV
d\i'sífra 'pára' indicar a entrada da bahia de
Nitherohi ou do iiiode Janeiro.
PAO-KiNG, (geogr ) cidade da Chiaa, ca-
pifai' de província . --"'«^''^^i-' ^«rt m:
Vaola ou PAU? A, fif^eo^r;|%i'd^aé do rei-
no' de IS apoies;'' a 6 legu«s NO. de Cosenza ;
4,900 'habitantes.
PAOLADA, s. f. (des. s. ada.) golpe com
-''^Mi; (líi§tl]í.celebt^fe''géftfefM Còrsíí^ nas-
ceu em 1726 , sustentou como chefe da
ilha de Córsega uma corajosa lucta cora os
Genovezcs , depois reorganisou a justiça ;
qtiando Génova cedeu á Córsega á França,
tôntoii mas cm vão resistir á nova pot3n-
cia, foi vencido e refugiou-se em Ingla-
terra. Morreu em Londres em 1807.
PAO-NiNG, (geogr.) cidade da China, ca-
pital da provincia de Masc. o)^j;^** •
'PÃOZINHO, s. m. diminut.áa -pao.
"Cãozinho, #. m. dimimit. de pão, pão
pequeno, molle.
PAPA, s. f. (voz infantil imitativa do som
que fazem as crianças comendo papas.) mas-
sa molle de farinha cozida em agua ou leite.
Cobertor de — , de lã, assim chamado por-
que tinham nomeio o retrato de um papa.
Papa, (geogrj Araxus promentorium ca-
bo da Grécia, na Costa NO. da Moréa, na
entrada do golpho de Patras.
v'^paPa, (hist.) chefe visivel da egreja , vi-
gário de Jesu-Christo e successor de S. Pe-
dro. Reside em Roma e tem ao mesmo tem-
po um poder espiritual e outro temporal.
Como chefe espiritual o papa tem soberana
autoridade sobre a igreja catholica roma-
na, faz observar os cânones, renne os con-
cilios, nomeia os cardeaes, vélia pela ma-
nutenção dos dogmas e da disciplina, apro-
va ou censura as doctrinas , publica para
este fim as bulias, os breves, as cncy dicas ;
pronuncia ou levanta as excommunhões ,
concede as grandes dispensas, distribue as
indulgências, etc. Como príncipe temporal
o papa governa com poder absoluto a cida-
de de Roma e os Estados da igreja. Envia
para as diversas cortes estrangeiras legados
e núncios, que representam os seus pode-
res, temporal e espiritual. A insígnia do papa
ó uma tríplice tiara, symbolo dos diversos
poderes, que reúne sobre a sua cabeça (che-
fe da igreja, bispo de Roma, soberano tem-
poral dos Estados Romanos), tem nas mãos
daas chaves, uma de ouro, outra de prata,
chamaúaiS as êhaves de S. Pedro. E' eleito pe-
los cardeaes fechados em conclave, e esco-
lhido entre elles. A eleição é feita no Qui-
rinal ; é seguida da exaltação , na qual o
novo papa, collocado na sede pontifical ó
evado aos hombros até á igreja de S. Pe-
dro ; depois dá exaltação tom íogar a co-
roação. O papa dá a si mesmo o título de
Servo dos Servos de Deus ; também se lhe
dá o titulo da Soberano pontifice, Saneio
Padre, Santíssimo Padre ; faltando dire-
ctamente com elle diz-se Vossa Santidade.
A palavra papa, que em grego sígniíica
pae e avó era outr'ora applicada a todos
os bispos ; só depois de Gregório Vil (1073)
é que foi applicada exclusivamente ao so-
berano pontífice. A serie dos papas data sem
interrupção de S. Pedro, que tinha sido es-
colhido por Jesu-Christo e que fundou a
Sede de Homa. A supremacia da de Roma
foi reconhecida desde a sua origem, e por
que os bispos de Constantinopla pertende-
ram ter uma auetoridade igual á do papa ,
deram origem ao scisma do Oriente. Nos
primeiros séculos os papas não tinham mais
do que o poder espiritual e obedeciam aos
imperadores ou príncipes que os represen-
tavam na Itália; só depois de 775 é que
começaram a exercer poder temporal em
parte dos estados conquistados por Carlos
Magno e por elle cedidos aos papas.
Lista chronologica dos Papas.
S. Marcello ... 308
S. Eusébio ... 3.0
S.Melchyadesou
Milciades ... 311
S. Sylvestrel... 314
S. Marcos. ... ^36
S. Júlio ... ,.. 337
S. hiberio. ... 352
S. Félix II ... 355
S. Liberio , de
novo 358
S. Damazo Por-
tuguez 366
Ursino,anti-papa »
S. Siriaco. ... 384
S. Anaslacio ... 398
S. Innocencio... 402
S. Zozimo. ... 4l7
S. Bonifácio!... 418
S. C.eleslino ... 422
S Xisto III ... 432
S:Leao-o-Gran-
de 440
Santo Hilário... 461
S. Simplício ... 468
S. Félix III ... 483
S. Gelasio. ... 492
S. Anastácio II. 496
Syfnmaco.. ... 498
Lourenço anti-
papa , »
S.Pedro
34
S. Lino
66
Santo Anacleto.
78
S. Clemente I..
91
S. Evaristo ...
10t>
S. Alexandre..
109
S. Xisto 1. ..
119
S. Thelesphoro.
127
S. IJygino. ...
S. Pio I
139
142
S. Aniceto.
157
S. Sothero. ...
168
S. Eleutherio...
177
S. Victo I. ...
19:^
S. Zepherino...
S. Calislo 1 ...
202
219
S. Urbano. ...
223
S. Poncio. ...
230
S. Anthero ...
;í35
S. Ffíbíano ...
2.J6
S. Cornelio ...
251
Noviciano anti-
papa ... ...
S. Lúcio I. . .
251
252
Santo Estevão..
253
S. Xisto 11. ...
257
S. Diniz
259
S. Félix
26.)
S. Eutychio ...
S. Caio
275
283
S. Marcellino...
296
fkV
^
Hormisdas. ... 514
João I 52:^
Félix IV...
Bonifácio II
f João II, chama-
do o Mercúrio 533
Agapeto I. ... 535
L30
Silvério
Vigilio ...
Pelagio I..
536
537
555
João III ...
Benedicto I
Pelagio II.
574
578
S. (iregorio-o-
Grande. ... 590
Sabiiino 60 i
Bonifácio III ... 607
Bonifácio IV . . 608
B. Deodato614ou6l5
BonifacioV 617ou618
Uonorio I. ... 638
Severino 640
João IV 640
Theodoro 6'i2
S.Martinho I... 649
S. Eugénio I... 654
Vitalino 657
Adeodato 672
Ponus ou Pora-
nus 1 676
Agathon 678
S. Leão II. ... 682
Benedicto ... 684
João V 685
Pedro e Theodo-
ro anti-papas »
Conon 686
Sérgio 1 687
Theodoro e Pas-
qual anti-papas »
João VI 701
João VII 705
Sisinnio 7u8
Constantino ... 708
Gregório II. ... 71")
Gregório III... 731
Zacharias ... 741
Kstevão eleito ,
mas não con~
sagrado ... 752
Estevão II ... 752
Paulo 1 757
Théophjlacto ,
Constantino ,
Philippe anti-
papas »
Estevão Hl ... 768
Constantino, an-
ti-papa . . »
Adriano I. ... 772
Leão lII 795
VOL. IV.
Estevão IV ...
Pascal I
Eugénio U ...
Zizimo anli-pa-
pa. ... ...
Valentim
Gregório IV...
Sérgio U
Leão IV
Benedicto ill...
Anastácio anti-
papa
Hicoláo I. ...
Adriano li.
João VIU. ...
Martinho II ..,
Adriano III, ...
Estevão V. . .
Formoso
Sérgio anti-pa-
pa
Bonifácio \I...
Estevão VI . .
Bomano.., ...
Theodoro II...
João IX
Benedicto IV. .
Leão V
Chrislovuo
Sérgio lil. ...
Anastácio III...
Sandon
João X
Leão VI
Estevão VIÍ...
João XI... ...
Leão Vil. ...
Estevão Vlil...
Martinho III...
Agapeto II ...
João XII. ...
Leão Vlil. ...
lienedicto V...
João XllI. ...
Benedicto VI...
Bonifácio VI, an-
li-papa.
Ponus ou Pom-
nus II
Benedicto VII. .
João XIV. ...
Bonifácio VII de
novo
João XV
João XVI. ...
Gregório V ...
João XVI. ...
Sjlvestre II
João XVII.
João XVIII
Sérgio IV.
816
817
824
»
8^7
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855
»
858
867
872
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891
»
896
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Clemente II ...1046
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Benedicto X,an-
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Innocencio II...II0O
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Lucas II 1144
Eugénio III . .1145
Anastácio iy...ll53
Adriano IV ...115i
Alexandre III... 1159
Victor IV, Pas-
qual 111 Calis-
to, Innocencio
anti-papas ... »
Lucas l.I. ...1181
Urbano III ...1185
Gregório VIU. ..1187
Celestino III ...li 91
Innocencio 111.1198
Honório III ...1216
Gregório IX ...1227
Celestino IV . .Ií41
Innocencio IV..12V3
Alexandre IV. ..1254
Urbano IV. ...126i
Cleoiente IV ...1265
Gregório X ...1271
' InnoUncíòMV.ul^Tfi
Adriano VI por-»'""^'!
'"tèauez. ...127(>
Joílò XXÍ. ...1276
Nicoku LI ..,1277>
Martinho IV . .12Sl<
Honório iV ...128[/
Nicoiao IV ...nm
Celestino V ,.1294
Bonifácio VÍILÍ1941
S.BenedicfoIX:130íH
Clemente V. ...1305
João XXII j,;1346
Pedro dií Cor^^ '2
•^:^ tiereanti-pavi ;
pa ... ..u^»^
Benedicto Xil..l334
Clemente VI ...1342
Innocencio YI.v.1352
Urbano V. J..l3t)2
Gregório XI ...iòW
Urbano VI ...1378
Clemente VII... 13/ 8
Bonifácio LX...1389
Benedicto. XUL1394
Innocencio Xíl. 14-04
Gregório Xil...l406i
Alexandre, ^..1409^
João XXIÍl. . .f41«^í
Martinho Y; ..vlií7
Clemenle anti- lu
papa .;i 14^-^»
Eugénio IV 1431 ^47^
Felix V... i4a9''í9
!S'icaláO' !yn!fin3u144íí
Caliuo III ...1455
Pio U vi458
Pauio II \AU.
Xisto IV..T',...1471
Innocencio VUI.1/í84
AlexaiidniMVL'.iUW2
Pio III í/, ..>,.k,03
Júlio 11 I0O3.
Leão X ... Y...Í5Í3
A*driano VI -.m.15í'2
Clemente Vil... 152 3
Paulo UI. ,..1534
Júlio 11! 15";0
Marcetlo II ...1555
Paulo iV.. ...1555
Pio IV ... ,w...l559
Pio V Aj^wiiv<.1565
Gregório XIIL.. 1572;
Xixto V 1585.Í
Urbano VU ...5590
Gregório XIV... 1590,
Innocencio IX.15yL>
Clemente YIIl.1592
Leão XI. . ...1605
Paulo V... ...1605,1
Gregório •XV...162t -^
24
M
fAP
tAP
Urbano VIII ...1623
Innocencio X...1644
Alexandre VII..1655
Clemente IX... 1667
Clemente X ...1670
Innocencio XI. .1676
Alexandre V1II.1689
Innocencio XII. 1691
Clemente XI ...1700
Innocencio XIII. 1711
BenedictoXm..l724
Clemente X11...1730
Benedicto XIV. 1740
Clemente XílI.. 1758
Clemente XIV.. .1769
Pio VI .,. ...1755
Pio VII 1800
Leão Xlí 1823
Pio VIU 1829
Gregório XVI... 1831
Pio IX 1846
PAPADA, s. f. (de papo.) barbella; tumor
glanduloso na garganta.
PAPADiNHA, í. f, diminuí, de papada.
PAPADO , A, p. p. de papar ; adj. comi-
do.
PAPADO, s. m. (de papa.) o summo pon-
tificado, V. g. o — de Leão X.
PAPAFiGO , s. m. /'Lat. ficedulla.) avezi-
nha amarella. — , (naut.)vélaa mais baixa,
D. g. ir a náu em — s.
PAPAGAIA, s. f. a fêmea do papagaio.
PAPAGAIAR, V. a. OU n. fallar como pa-
pagaio ; (fig.) fallar muito e sem reflexão.
PAPAGAIO, *. m. (t. Americ.) ave debico
revolto que ensinada imita a falia humana.
Fallar como um — , fallar muito e sem re-
flexão. — , flor de cores variadas como as da
ave. — , (fig.) papel ou panninho disposto em
um arco de pao, em forma quasi triangular
que o vento faz subir ao ar, e que os rapazes
seguram por um cordel que lhe atam. — elé-
ctrico , armado de um conductor metallico
para attrair a electricidade atmospherica; foi
invenção de Franklin.
PAPAGENTE, adj. dos 2 g. V. Anthropo-
phogo.
PAPAJANTARES, s. áos 2 ^í. pessoa que an-
da jantando por casas alheias.
PAPAL, adj. dos 2 g. [papa, des. adj. ai.)
de papa, do papa, v. g. missa, sentença,
bulia — .-
PAPALVA, s. f. espécie de doninha.
PAPALVO , A , adj. (chulo) tolo , simpló-
rio.
PAPAMOSCAS, s. m. insecto que come mos-
cas.
PAPAMOSCAS, adj. ou s. dos2g. (chulo) to-
lo, basbaque, que está de boca aberta, em-
basbacado.
PAPANODisiA, (geogr.) uma das ilhas dos
Príncipes, no mar de Mamara ; 5,000 ha-
bitantes.
PAPÃO, s. m. (de papar, comer, des. au-
gment. ão.) coco, o que papa meninos. Diz-
se ás crianças para lhes meter medo.
PAPAR, X). a. [papa. s. f., ar des. inf.j
(t. infantil) comer; (fig. e jocoso) gosar. — a
moça, (phraz. chula) gosar delia, ou casar
com ella.
PAPARA, (geogr.) serra da província do'^
Ceará, no Brazil, no districto de Mecejana.
PAPARiCHO, s. m. (chulo) guisado guloso,
acepipe.
PAPAROTADA, s. f. (de papar.) comida de
porcos.
PAPAROTAGEií. V. Paparotada.
PAPAROTE. V. Piparote.
PAPARRÁs, s. m. semente de herva pio-
Iheira.
PAPARRiRA , adv. (ant.) de barriga para
cima. Passar a vida — , sem fazer nada, em
ócio.
PAPAVEL, adj. (de papa, des. avel.) que
tem ou merece ter voto para ser eleito pa-
pa. Car deães papáveis. (E p. us).
PAPAVERACEAS, (bot.) família natural de
plantas dycotiledones, polypetalas, de es-
tames hypoginios.
PAPAZ , s. m. sacerdote christão no Le-
vante, ou do rito Grego. V. Papa.
PAPAZANA. V. Comezana.
PAPRAR, V. a. ou n. {papo, ar des. inf.)
tagarelar.
PAPEIRA, s. f. {papo, des. extensiva eira.)
bócio, tumor indoleiíte e volumoso na gar-
ganta ; doença que afoga os porcos ; doença' f<
dos bois, saco hydropico na papada de bois
mui magros.
PAPEiBo, s. m. (des. eivo.) vaso de cozer
papas, migas.
PAPEiRo, A, acíy. (de pajoo.) que tem papo,
ou papeira, doença.
PAPEL, s. m. (Fr. papier, do Lat. e Gr.
papyrus, nome de uma planta do Baixo Egy-
pto de cuja pellicula ou casca interior se
usava como nós hoje do papel. Em Egypcio
piroui significa o papyro, a cann&.) folha
delgada feita de trapos de linho cortado mui
miúdo, macerado, reduzido a polme, ou de
algodão, seda, palha e casca interna de di-
versas arvoíes; serve para escrever, estam-
par , embrulhar, forrar, etc. — pardo, de
embrulhar. — passento, mataborrão, usado
para absorver a tinta com que se escreve. —
de escrever ; — de peso, mui fino para cor-
respondência com terras estrangeiras onde o
porte das cartas se paga a peso. — de filtrar,
que não tem colla ou gomma. Papeis pinta-
dos, para forrar as paredes, e caixas de pa-
pelão. — moeda, apólices estampadas que a
lei autorisa a correr como moeda, pelo va-
lor expressado em cada apólice. Setim — ,
delgado como uma folha de papel. — limpo,
não escrito. Livro em — , não encadernado
nem brochado, como saiu da imprensa. — ,
(fig ) documento, v. g. papeis importantes. — ,
(fig.) a parte que um actor faz em drama, re-
citado, cantado ou em pantomima. Fazer
bem o seu — , representar bem a personagem
dodram. Fazer — , arremedar. Fazer — d&
Pipj
PAF
95
tolo, de enfadado. Deixar alguém a papeis ,
(loc. ant.) logrado com documentos de ne-
nhum valor.
PAPELADA, s. f. (des. collectiva ada.) quan-
tidade de papeis, requerimentos.
PAPELAGEM, s. f. V. Papelada.
PAPELÃO, s. m. augment. de papel, pa-
pel grosso, encorpado, para capas de livros
e outros usos ; (fig. e famil.) homem ridi-
culamente bazofio, que aífecta de persona-
gem importante.
PAPELEIRA , s. f. traste de formas diffe-
rentes, que abre em forma de mesa e tem
gavetas para guardar papeis.
PAPELiço, s. m. embrulho de papel, 1). ^í-.
— de doces, confeitos.
PAPELINHO, s. m. diminui, de papel, pe-
queno papel,
PAPELisTA. s. m. (des. isía.) investigador
de papeis e escripturas antigas. 0/^.cia/ — , o
que nas secretarias tem a seu cargo pôr em
ordem e guardar os papeis.
PAPELizo. V. Papeli^o.
PAPELOTES, s. m. (Fr. papillotes.) peda-
ços de papel brando em que as mulheres en-
volvem porções de cal ello, para as poderem
apertar com ferro quente ficando em roscas
ou anneis.
PAPELS (paiz dos), (geogr.) na Senegam-
bia, ao S. do rio de S. Domingos : cidade
principal. Cacháo.
PAPEZA ou PAPizA , s. f. de papa : a —
Joanna.
PAPHíA , adj. f. de Paphos, epithèto de
Vénus adorada em Paphos,
PAPHLAGONiA, (googr.) hoje livahs de Kas-
tamouni, de Kiangari, etc. ; região da Ásia
Menor, sobre a costa N., entre a Bithynia
e o Ponto, limitado ao S, pela Galacia, ti-
nha por líidades principaes : Amastris, capi-
tal ; Gangra e Sinope.
PAPHOS, (geogr.) nome commum a duas
cidades da ilha de Chypre, chamadas a an-
tiga Paphos, e a Nova Paphos. A primei-
ra era na costa 0. da ilha e devia a sua
origem aos Syrios ou aos Phenicios. A se-
gunda, hoje Bafa, era a 4 léguas NO. da
precedente
PAPiAS, (S.) (hist.) discípulo de S. João
Evangelista e bispo de Hieraplo, é autor de
uma explicação dos discursos do Senhor.
Morreu noanno 156. Ecommemorado a 12
de fevereiro.
PAPiLioNACEO, A, adj. (Lat. papilio, bor-
boleta.) que tem feição de borboleta, v.g.
flor, flores — .
PAPiLLO, s. m. (ant.) V. Papel.
PAPiLLON, (hist.) poeta francez, nasceu
em 1487, morreu em 1559. Escreveu: o
Novo amor-, Victoria e triumpho da prata
ontra o deus de amor,
PAPILLON, (hist.) senhor de Lasphrise, poe-
a francez, nasceu em l^iSS, morreu em 1599.
Deixou : Amores de Theophilo ; Amores de
Noemi, etc
PAPiN, (hist.) célebre phisico francez, nasr :
ceu em 1650, morreu em 1710. Foi o pri-.
meiro que conheceu todo o poder do va-
por e o partido, que delle se podia tirar
para as machinas. Deixou difí"erenles obras
de phisica,
PAPINHA, s. f. diminui, de papa (de co-
mer), papas ralas. Dar — a alguém, (loc. ,^
famil.) illudir como faria a uma criança. ,
PAPTNiANO, (hist.) jEmilius PapinianuSy
o primeiro jurisconsulto da antiguidade, nas-
ceu na Phenicia em 142, foi advogado do
fisco no reinado de M. Aurélio, depois pre-
feito do pretório, deífendeu '^>eta contra Ca- _
racalla , e foi degolado por ordem deste ul- .
timo por se ter negado a fazer a apologia
do fratrecidio, com que este priocipe se ha- ^
via manchado. Compoz muitas obras dedi- ^
rei to.
PAPiRio, (S.)(hist.) censor, general da ca-
vallaria em 340 antes de Jesu-Christo, con-
solem 32o. 319. 318, 3H, 312; dictador
em 32^ e 308 assignalou-se contra os Sam-
nites , os Sabinos e os Prenesticos ; repa-
rou a vergonha das Forcas Caudinas, ead- ,
quiriu nome de hábil general, A severida-
de de Papirio, em quanto a disciplina, era
tal, que condemnou á morte, Fábio seu gene- j
ral de cavallaria, por elle ter dado batalha
sem sua ordem, e foram precizos os rogos «j
de todo o povo para livrar Fábio, ainda ,
que victoriozo, desta sentença.
PAPIRIO ou PAPisio, (hist.) appellido de
duas familias romanas, uma patrícia, outra i^
plebêa; a primeira era dividida em seis ra--
mos: os Crassos, os Mugillanos, os Cursos,
os Maso, os Pretextatos, e os JPoBlos ; em
quanto á segunda o mais conhecido é o dô. ,
Carbon, \^
PAPIRO ou PAPYRO , s. m. papel egy-
pcio, '{
PAPiRONGA, s. f. (chulo) papinha, HO fig. ;.
Fazer — a a/^wem, dar-lhe papinha.
PAPISTA, s. f. nome que os protestantes
dão aos catholicos romanos, em razão da
obediência destes ao papa. s»
PAPO , s. m. (do Gr. paò, comer.) bolsftf»)
ou estômago em que as aves e outros aiui-rji
mães ajuntam a comida antes de passar ^
moela. — , fundo da garganta (no homemjtsfj
Fallar do — . De — , (fig.) com jactancia^ji
De — descansado, de sangue frio. Não faz — , t
(ant.) não enche as medidas. Eufr. Nada lhe
faz — , (loc. famil.) nada o satisfaz. Esiar
com a alma no — , quasi expirando Dar<^
aos soldados um — quente, o saque livrQ-i
de cidade. Couto. — , bolso, — de almiscaf.:t
?(?
PAR
-^S^aiiM^i^céi^í^oylÉ:-^ V. Pa-
peira. . . y
PAPOA, (geogr.) serra da cordilheira da
proviíicia de Santa-Catharina, no Brazil, por
detráz das minas de carvão de llodeio-Bo-
nito, no districto da villa da Laguna.
PAPOUASIA, (geogr.) chamada também ter-
ra dos Papuas ou Nova Guiné, grande ilha
da Austrália ou Oceania central, ó mais
comprida do que larga.
PAPOUASIA (Archipelago da), (geogr.) é for-
mado pela Papouasia, e pelo grupo de Wai-
giou, submeltido ao gran-sultão de Tidor,
e pelos grupos d'Arron, de Freevill, e de
Geilwinck.
PAPOULA, s. f, (Lat. papaver) dormideira
sylvestre, cujas sementes são narcóticas e
medicinaes : — s brancas. — , (Dg.) o som-
no, asomnolencia.
PAPÓYAS ou PAPÓiAs, s.f.fl. (naut.) paos
pegados na coberta ao pé dos mastros, com
suas roldanas em que andam as driças.
PAPPENHEIM, (geogr.) cidade da Baviera,
a 5 léguas aoS.de Nuremberg; â, 400 ha-
bitantes.
pAPpus, (hist.) mathematico de Alexandria,
vivia no fim do século IV antes de Jeru-
Christo. Deixou Collecçôes mathematicas
em grego.
PAPÚAS, s.m. pi. [significa, pretos, negos.)
(geogr.) povos da ilha que nós chamamos de
D. Jorge, a leste das Moluccas.
PAPUDO, A, adj. [des. udo.) que tem gran-
de papo (ave) ; proeminente Olhos — , de
grossas pálpebras ; inchados por mal dor-
mir.
PAPUSES, s. m. pi. (em Turco badbugd,
do Persa papús, papusch ; Fr. babouches.)
chinelas usadas pelos orientaes.
PAQUEBOTE, s. M. (de lugl. packet-boat,
barco de levar cartas, pacotes) paquete (co-
mo hoje se diz) ; carruagem de quatro ro-
das.
PAQUERETTE, (bot.) gencro de plantas da
famiha das Synanthereas e da Syngenesia
supérflua.
PAQUETA, ilha fértil e aprazivel dabahia
do Rio de Janeiro.
PAQUETE, s. m. correio marítimo, e prin-
cipalmente entre a Inglaterra e Portugal. — ,
(chulo) moço de levar recados e cartas de
amores.
PAR, s. m. (Lat. V. Par adj.) parelhas,
duas cousas iguaes, que emparelham, sepa-
radas ou unidas, «. g. um — de meias, de
luvas, de castiçaes ; um — de óculos, de cal-
ções. — , duas pessoas ligadas por vínculos
de matrimonio, de amizade ou associadas, v.
g. estes esposos formam umbello — ; for-
te — de velhacos. A — , (loc. adv.) junto, ao
lado, hombro eom hombro, emparelhando.
PAR
De — em — , de todo, inteiramente. Porta
aberla de — e — , com os dois batentes in-
teiramente abertos.
PAR, adj. dos 2 g. (Lat. de partio, ire,
separar, partir) igual, semelhante. Sem — ,
singular, que não tem igual, ex. « Bem que
não tem — .» Bernard., Rimas. Esta dama
não tem — na formosura. « Mudar costume
é — de morte, » (loc. ant.) Ulis., i, scena 9.
Pares, parelhas, aos dados. Pares ou nanes,
numero par ou impar.
PAR, s. m. (subst. do precedente) pessoa
igual a outra. Serjulgado por nossos pares.
Pares de França, (ant.) eram os nobres da
maior graduação. A camará dos pares, em
Inglaterra é composta de nobres titulares, e
hereditária, assim como na constituição ou-
torgada por Luiz XVIlI.lIoje em Portugal esta
camará também é hereditária e o rei nomeia
os pares debaixo de certas condições e res-
tricções da|lei.
PAR, prep. obsol. (do Fr. par) por : « —
estas (barbas) que me nascem. » Ullis., 4,2.
PARÁ, s. m. (t. da Ásia) medida de grãos
de Ceilão, ex. « Dous — s de trigo. » Couto.
• PARA (do Gr. para, na accepção de meio,
instrumento, ou de tendência aura fim, ob-
jecto, ou designando comparação. Vem do
rad. Egypc. hera ou hara, face, vulto, usado
igualmente como pronome possessivo da pri-
meira pessoa. Pron. os dois aa surdos) pre-
posição que indica o termo, fim, emprego,,
objecto de movimento, acção, v. g, partiu
— Inglaterra, esta madeira éboa — navios.
Este sujeito é para pouco, tem pouco prés-
timo. Os Portuguezes são bons — marujos.
— a semana. — o sul, — norte. — a di-
reita, nessa direcção. — , indicando proxi-
midade de espaço ou tempo, v. g. estáva-
mos — dar á velha. — o mez que vem. Eu
estou prompto — fazer o ajuste. Das plan-
tas umas dirigem os ramos — o ar, outras
— a terra. Ua seis — sete annos. — , in-
dicando relação intima moral. De mim —
mim, no meu interior. Ser bom, affavel,
justo para os companheiras, discípulos, ou
para com todos. È idiotismo portuguez.
N. B. Moraes censura os afranc(;sados
que dizem amor polo ou pelo povo, polas
ou pelas letras, em yez de para o povo, para
as letras. Sem duvida é erro quando para
corresponde ao Lat. versus, mas as seguintes
phrases são correctas: Olhar pelo bem do
estado, pela arrecadação da fazenda, pela
administração de justiça. Amor ao povo,
as letras é preferível a para. V. Por e Pelo.
Syn. comp. Para , a fim. A primeira
destas expressões marca o objecto immedia-
to da acção, a segunda o mais remoto,
segundo o intuito d'aquelle que a faz. Ls-
tudo para medico, para letrado, a fim de
Wíi
^Wfe
97
ter nm modo de vida deèehte. 'O bom ec-
clesiastico trabalha para a santificação das
almas, a fim de as ganhar a Jesu-Christo.
Syn. comp. Para, por. Quando se em-
pregão estas preposições paraexplicnr a ra-
zão ou motivo de alguma acção, são syno-
nymas, por exemplo : procurou cortar a con-
versação para não expor-se, ou por não ex-
por-se a dizer mais do que quizera. Porém
pôde noíar-se entre ellas esta differença : com
a primeira se explica mais. directamente o
poder ou a influencia do motivo ou da ac-
ção no efl"eito; cora a segunda se explica
mais directamente a intenção, ou o fim com
que se executa a acção. Assim que, para
se applica com mais propriedade quando se
suppõe suíliciencia na acção ou seguridade
de seu eíTeito ; e por, quando se suppõe so-
mente probabilidade ou possibilidade de lo-
grar o que se intenta. Movo os pés para
andar, ando muito por ver se posso dor-
mir melhor. Saio de casa para ir ao cam-
po, onde darei um passeio por dissipar a
melancolia.
PARÁ. (geogr.) vasta província marítima
do Brazil. Antes do descobrimento do Bra-
zil era este paiz habitado pelos Índios Ta-
pujas, aos quaes se aggregáram j)S Tupi-
nambas. Acha-se nesta província, bera que
em pequena quantidade, minas, cristal, es-
meraldas, prata, granito eargilla de diver-
sas cores: malas d'onde se tira óptima ma-
deira de construcção, de carpentaria e mar-
cenaria : 139,000 habitantes civilizados, e
100,í»O0 Índios bravos.
PARÁ, (geogr.) povoação da ptovincia de
Minas Geraes, no Brazil.
PARÁ, (geogr.) rio da província de Minas
Geraes, no Br.szil, nasço dos montes que ja-
zem entre a villa de Tamanduá eo rio Pa-
raubéba e vai incorporar -se com o rio de
S. Francisco, pela margem direita, entre
os confluentes dos nos Lambari e Parau-
péba.
PARABÉM, s. m. pi. Parabéns {para, e bem
substantivo) felicitação que se dá a alguém
por successo feliz, v, g. dei lhe o — ou pa-
rabéns da chegada do seu navio, do casamen-
to, ou pelo despacho do filho.
Syn. comp. Parabém, feliciiação. O pa-
rabém refere-se principalmente a um acon-
tecimento feliz na vida domestica. A felici-
tação tem um sentido mais extenso, e re-
fere-se á celebração d'um acontecimento pu-
blico, que tem relação com os cargos so-
ciaes da pessoa que a recebe.
Um amigo dá os parabéns a outro pelo '
bom successo de sua esposa. Uma camará ';
felicita a el-rei por um successo prospero. ■
PARÁBOLA, s. f. (proo. parábola, Lat. do I
Gr, parabolé\ comparação ; rad. ballô, lançarj
VOL. IV.
epará, ao íácfo,'^' próximo) narração allegori-'
ca que encerra uma verdade importante. — ,
(geom.) linha curva formada pela secção de
um cone por um plano parallelo ao seu la-
do. — recta ou direita, que tem o axe pa-
rallelo á base. — inclinada, cujo axe faz
com a base dois ângulos desiguaes, — pa-
rallela. V. Asymptota.
parabolicamentí;, adv. [mente suff.) em
forma de parábola moral. •';
parabólico, a, adj. que encerra parabò'-*^'
la; deforma de parábola. Espelho — .
paracatú, (geogr.) cidade e antiga villa
da província de Minas Geraes,- no Brazil, a
140 léguas ao NO. da cidade de Ouro Pre-
to.
PARACATU, (geogr.) rio da provinda de
Minas-Geraes, no Brasil, na comarca que
tem o mesmo nome.
PARACELSo, (hist.) pretendido thaumatur-
go, nasceu em 1494 em Kinsiedeln, viajou
por toda a Europa estabeleceu-se em Ba-
"le, onde regeu a cadeira de medecina, e per-
tendeu fazer uma revolução nesta sciencia,
destruindo a auctoridade de Hippocrales,
de (ialieno, de Avicenno, mas depressa se
cnnhcc-^u n falsidade das suas regras, e per-
deu os discípulos e os doentes, Morreu em
1541.
PARACKNTESE, s. f. [LoX.paracentesis, do
^v.pará, próximo, ao lado, ekcntéo, picar)
(cirurg.) puncção do abdómen para evacuar
alympha doshydropicos, na ascites.
PARACLETEAR, V. ã. [paraclcto, ar des.
inf.) sug2;erir a resposta, ajudar a responder
a quem é interrogado
PARACLÉTO, s.m. (doGr. parakalêô,Gonso-
lar) consolador. Diz-se do Espirito Santo. — ,
(famil.) o que aponta, snggere a outra pessoa
o que ha-de responder.
PARACLETO, (g^íogr.) vil!a da antiga Cam-
panha, a 3 ieguas ao SE. de Nogent-sur-
Seine.
PARÁCLITO, s. m. Espirito Santo.
PARACMASTico, A, adj (med.) V. Decres-
cente.
PARADA, s. f. (de parar, em todas as ac-
cepções doverbo) acto deparar, de suspen-
der a marcha, o movimento de progressão ;
lugar onde para o correio ou viajante para
mudar de besta ou bestas; lugar onde estão
mudas, posta, ou eslafete que toma a mala
de cartas do que chega aposta. Ter sahidas
de cavallo e — s de sendeiro, (loc. famil. — (Fr.
parade) mostra, revista de tropas, e exercido
d'ellas ; sitio, praça onde se faz amostra, à
mostra, a revista. — (do Fr parer, aparar,
desviar) movimento com que se rebate o gol-
pe do contrario, na esgrima. Furtar a — a
a gacm preveni-lo, antecipa-lo. — , o di-
nheiro que se aposta contra o banqueiro, em'?^
25
98«^
PAR
PAR
jogos deparar. — , (ant.) colheita, jantar
que se dava ao rei ou a senhor territorial em
.jornada.
PARADA, (geogr.) ha mais áe 1^ povoa-
ções deste nome em todo o reÍQO de Por-
tuguez,
PARADAS, (geogr.) cidade de Hispanha, a
légua emeia SE.de Marchenna ; 4,320 ha-
bitantes.
PARADEIRO, s.m. {parada, des. e»'ro) lugar
onde alguma cousa vai ter ou parar, v. g. o
rio é — das immundicias da cidade. A sepul-
tura é o — do pobre e do rico.
PARADELLA, (geogr.) freguezia de Portu-
gal no districto de Bragança a 2 léguas ao
ISE. de Miranda do Douro, sobre o riacho
Fresno.
PARADIGMA, S.m. (Lat., do Gr para, ao
lado, e deikô, mostrar) exemplar, modelo,
V. g, — de um príncipe perfeito.
PARADO, A, p. p. deparar; adj. que pa-
rou ou fez parar; que desviou golpe; que
suspendeu a mircha, fez parada, r. gr. o re-
lógio está — , Bem — , cobravel. O mais bem
— do seu rendimento, das dividas, que tem
mais probabilidade de se cobrar. Divida mal
— , de devedor que não tem meios ou bens
porque possa ser obrigado a pagar, ou de que
por falta de clarezas, se não pode exigir o pa-
gamento.
PARADOR. V. Aparador.
PARADOURO. V. Paradeiro
PARADOXA, s. f. V. Paradoxo.
PARADOXAL, adj dos 2g. (des. adj. a/) que
encerra paradoxo. Doutrina , proposição
PARADOXO, s. wi. (pron. o X sôa C5, Lat.pa-
radoxum, do Gr. para, alem, edoxa, opi-
nião) proposição contraria ás opiniões geral-
mente recebidas.
PARADOXO, A, adj. V, Parodoxal.
PARADOXURO, (h. n ) Paraduxurus, gé-
nero ^pi mammiferos, muito parecidos com
as Martas.
PAR^TONiuM, (geogr.) Ál Baretoun, cida-
de e porto da Fibyn, na Marmarica, a 0.
de Alexandria.
PARAFO. V. Paragrapho.
PARAFOGO, s. m. [deparar, desviar) peça
de papel, seda, panno, etc, encaixilhada,
que se põe diante das chaminés dos quartos,
nos paizes frios, para resguardar a cara da
chamma do fogo.
PARÁFRASE. V. Paraphrase.
PARAFRASEAR. V. Paraphrasear, etc.
Parafusado, a, p.p. de parafusar, medi-
tado, cogitado, dado tratos á mente.
PARAFUSADOR, S.m. O qus parafusa.
parafusar, V. n. {parafuso, ar des. inf.)
(famil.) meditar, cogitar profundamente em
questão, matéria difficil. A metaphora é ti-
rada do parafuso que penetra com difíicul-
dade a madeira.
PARAFUSO, S.m. {par-a-fuso, semelhante
a fuso) peça de ferro ou outro metal, de páo,
marfim, etc; lavrada em rosca espiral, que
se mette e prende na porca. — de através^
sar, (esping.) os que seguram o cano na cro-
nha. Compasso do — , munido de parafuso
que impede as pernas de se fecharem.
PARAGANAS, $. f. pi. (íiut.) [para, e Fr.
ant. gan ou gain, ganho, lucro, renda, ren-
dimento, emolumento) bens feudaes com en-
cargo de serviço na paz e na guerra.
PARAGÃo, s.m. {Fr. parangon, doGr. pa-
raghein, comparar ; rad. para, ao lado, e
agô, conduzir, levar) (p. us.) comparação.
PARAGEM, s. f. [deparar, des. agem] sitio,
lugar onde alguém costuma parar, ou onde
o navio anda pairando, ou onde costuma lan-
çar ferro. Paragens.
N. B Mora(!S insinua que é talvez alte-
rado de pairagem, mas rão reflectio no ra-
dical.
PARAGO, (h. n.) género de insectos da or •
dem dos Dipteros, familia dos Athericeros,
tribu dos Syrphios.
PARAGRAFO. V. Paragrapho.
PARAGRAPHO, s. M. (prou. pardgvapho : do
Gr. pard, alem, e graphô, escrevo) separa-
(jãodeperiodo, de livro ou carta; signalque
marca esta separação (§).
PARAGUÁ, (geogr.) rio tributário do Gua«7
poré, no Brasil, pela margem esquerda. E
considerado n'uma parte de seu curso co-
mo um dos limites do Brazil.
PARAGUA, (geogr.) dous rios da America
do Sul ; um no Venezuela, cae no Caroni
de Barceloneta ; o outro no Brasil, perde-
se no Guapore.
PARAGUAÇU, (geogr.) o rio mais caudaloso
dos que desaguam na bahia de Todos os
Santos, no Brazil ; nasce na serra da Cha-
pada.
PARAGUAÇuziNHO, (geogr.) ribsiro da pro-
víncia da Bahia, no Brasil, na comarca da
Jacobina.
PARAGUAI, (geogr.) grande rio da Ameri-
ca meridional, no Brazil, cujo dilatado cur-
so segue constantemente o rumo do norte
ao sul, até juntar-se com o Uruguai, for-
mando ambos reunidos o rio da Prata.
PARAGUAY, (geogr.) estado da America do
Sul, ao N. das províncias Unidas do Rio
da Prata, a O de Brasil; 500,000 habi-
tes. Capital Assumpção.
PARAiiiBA, (geogr.) cidade e capital da pro-
víncia do mesmo nome, na margem direita
do rio Parahiba a 4 léguas domar, 15,000
habitantes.
PARAHIBA, (geogr.) rio do império do Bra-
zil que fertiliza as províncias do Rio de
PAR
PAR
Janeiro e de S. Paulo. Seu nome é deriva-
do de duas palavras; paro, rio; e hiba,
agua clara.
PARAHiBA, (geogr.) rio do norte do im-
pério do Brazil, do qual tomou o nome a
província per onde corre do 0., para o ENE.
Wasce na serra Jabitacá, ramo da dos Cai-
riris- Velhos, perto dos nascentes do Capi-
ribe, que se dirige para a cidade do Re-
cife.
PARAHIBA DO SUL, (geogr.) villa da pro-
vinda do rio de Janeiro, assim cognomina-
da, em opposição com a cidade de Para-
biba, capital da província deste nome, que
jaz ao norte do império do Brazil, 2,000
habitantes.
PARAHiBUNA, (geogr.) pcqueua villa da pro-
víncia de São Paulo, no Brazil, obra de 20
léguas ao NO., da cidade d'estenome. Tem
2,000 habitantes.
PARAHIBUNA, (geogr.) rio que divide a
província do rio de Janeiro da de Minas-
G«raes, no Brazil.
PARAHiBUNB, (geogr.) rlbelro da província
de S. Paulo, no Brasil, o qual se ajunta
com o rio Parahiba pela margem esquerda,
obra de 2 léguas abaixo da villa de Para-
hitinga.
PARAHiM, (geogr.) rio estreito e profundo
da provinda do Piauhi.
PARAHiTiNGA, (gftogr) pequeua villa da
provinda de São Paulo, no Brasil, na pri-
meira comarca de que é cabeça a villa de
Taubaté. 4,000 habitantes.
PARAiMENTES, (aut.) [parai ; e mentres, Fr.
ant. e Ital. entretanto) reparai.
PARAÍSO, s,m. [pron. paraíso, L&t. para-
disum, Gr. paradeisos. propriamonte jardim.
Do Persa, firdeus, jardim de arvores íructi-
feras.) jardim. O — terreal, onde Deus poz
Adão e Eva ; jardim delicioso ; (fig.) abem-
aventurança. — celeste, a bemaventurança
eterna. Ave do — , manueodiata.
PARALE, (hist.) galera sagrada, que os
Athenienses todos os annos expediam a De-
los, carregada de oflerendas e pessoas, que
deviam servir nas ceremonias sagradas nos
aliares de Appollo e de Diana. Esta viagem
chamava-se theorica, eos viajantes theori-
cos. Durante a ausência da galera não po-
dia ser justiçado conderanado algum.
PARALEA, (bot.) género de plantas da fa-
milia das Dyospyreas e das Eiéanaceas e da
Decandria Monogynia.
PARALHEiRO, s.Tu. Hos cugenhos dc açucar,
panellas em que se vasa o mellado dos tachos.
Hoje chamam -se formas.
PARALiPOMENON, s. m. [CiT. pard, alem, e
leipomai. deixar) nome de um dos livros do
Antigo Testamento, supplemento aos livros
dos Reis. É vulgarmente attribuido a Esdras,
e n'elle se acham couzas, que tinham sido
omittidas nos quatro livros dos Beis. Viei-
ra põe o accento na penúltima , de ordiná-
rio se põe na antepenúltima.
PARALISAR. V. Paralysar.
PARALISIA. V, laralysia.
PARALiTiCADO, ^,p-p. de paralltlcar ; adj.
feito, tornado paralytico.
PARALiTiCAR, V. a. (aut.) V. Paralysar.
PARALÍTICO. V. Paralytico.
PARALLAXE, s. f. (do Gr. para, alem, e
alloio, mudar.) (astr.) arco celeste compre-
hendido entre o lugar verdadeiro de um as-
tro eoseu lugar apparente, isto é, entre os
dois pontos do ceu em que seria visto do cen-
tro e da superíicio da terra.
PARALLAXico, A, ttdj . ^ue respclta á paral-
laxe.
PARALLELIPIPEUO, 5. wi. (do paralUlo, e
Çtv.pedion, superfície plana) (geom.) corpo
solido terminado por seis parallelogrammos
dos quaes os oppostos são iguaes eparalle-
los entre si.
PARALLELiSMO, s. m. (gcom. 6 astr.) apo-
sição parallela de duas linhas ou dois planos.
PARALLELO, A, adj. (Lat. parallelus, do Gr.
para, igualmente, alem, eallélos entre si.)
(geom.) que dista igualmente em toda a sua
extensão. Linhas — s, igualmente distantes
entre si. — , s. f. (subst. do precedente) li-
nha parallela. — , (fort.) estrada funda pa-
rallela ao corpo da praça, para a bater. Pri-
meira, segunda, terceira — , a segunda se
approxima da praça, a terceira é a mais che-
gada a ella.
parallelÔgramho, s. m. (Gr. parallela ,
e grammé , linha), (geom.) figura plana
terminada por linhas parallelas cujos lados
correspondentes são iguaes, quadrado longo.
paralogisar, V. u. (do Gr. para, ao la-
do, e logos, discurso), procurar, persua-
dir com argumentos viciosos, que não pro-
vem a these.
PARALOGISMO , s. m. (dcs. ismo), argu-
mentação errónea, viciosa, não concludente.
Syn. comp. Paralogismo, sophisma. O
paralogismo é um raciocínio falso, um ar-
gumento vicioso , uma conclusão mal de-
duzida, ou contraria ás regras da lógica.
O sophisma é uma argumentação artificio-
sa, um raciocínio subtil e capcioso. Aquel-
le pecca na forma, este na matéria. Am-
bos induzem em erro ; porém o primeiro
por ignorância, por falta de conhecimento
e de applicação ; o segundo por malicia ,
ou por uma subtileza mal intencionada O
paralogismo é contratio ás regras de bem
raciocinar ; o sophisma é inteiramente op-
posto á rectidão da intenção. O primeiro
engana de boa fé ; o segundo tem interes-
se em enganar, e illude com má intenção.
25 *
i
PAR
PAR
i >aralysa'r, «. a. (V. Paralysia), (tóed.)
fazer paraljtico, tolher o movimento dos
membros e a sensação; (fig.) inutilisar, ti-
rar ou suspender a energia, a acção.f.^-;—
a autoridade, a industria. v.^aaahá'
PARALYsiA, s. f. (Lat. do Gr. paraluo ,
relaxar, debilitar), (med.) privação do mo-
vimento muscular o da sensação da parte,
ou de uma só destas funccões.
PARAi-Yrico, A, adj. atacado de paraly-
èia, entrevado, tolhido
PARAMARiBO, (gcogr.) Capital da Guyana
hollandeza, sobre o Surinam, a 100 léguas
NO. deCayena; 20,000 habitantes.
PARAMENTADO , superl. de paramentar ;
adj. ornado, revestido (no sentido próprio
o ligurado). Sacerdote — , revestido das ves-
timentas. Igreja — . Matrona — de virtu-
des.
PARAMENTAR, V. a. {paramento, ar des.
inf.), ornar, aparamentar: v.g. — as igre-
jas, o sacerdote. — se, v. r. o bispo para-
mentou-se.
PARAMENTO, s. m. [Fv. paremeiít, de pa-
rer. Lat. parare, compor, ornar) , mais
usado no pi., vestes solemnes , vestimen-
tas, v.g. — de sacerdotes, roupas ornadas,
ricas. V. g. — de reis. Os — s pontificaes.
— arreios de cavallo ; tudo o que servo
para ornar, enfeitar, cobrindo ou revestin-
do, V. g. — de igreja, casa, camera do na-
vio ; — das ruas, em festa solemne, — ,
(arlilh.) moldura do baccal do morteiro. —
(ant.) direcção, governo, ex. « Para bom —
da nossa terra. » Ord. AíTons.
PARÂMETRO, s. TO. (do Gr. parú, 'ao lado, e
ínelro suff. (geom.) linha constante o in-
variável que entra na equação de uma
curva, e que serve de termo de compara-
ção das suas ordenadas e abscissas.
PARA-MIRIM, (geogr.) pequeno rio da pro-
víncia da Bahia, no Brazil, na comarca do
lUodas Contas.
PÁRAMO , s. m (ant.) (de amparar. V.
Amádigo.
PÁRAMO, s. m. (Cast.), campina erma.
ex. « Nos — s do hiimido elemento. » Diniz
PARAMYTHiA, (geogr.) cidadc da Turquia
europ,ea, a 12 léguas SO. deJanina; 3,500
habitantes.
PARANÁ, (geogr.) grande rio da America
do Sul, é o principal braço do rio da Prata.
PARANÁ, (geogr.) nova comarca da provín-
cia de Minas Geraes, no Brazil.
PARANÁ, (geogr.) grande rio da America
meridional, que tem principio no império do
Brazil, e toma este nome na confluência do
rio Paranaiva com o Grande. O primeiro d'e;»-
tes rios atravessa a província de Goy^íz do
norte para o sul, e o segundo a de Minas Ge-
raes^ de este a oeste, e ajuntara se um com
outro pouco mais ou menos, em 20° latitu-
de, edão nascimento ao Paraná, o qual em
seu curso serve alternativamente delimite ás
províncias de Guiáz, São Paulo e Mato Grosso,
e aos Estados do Paraguai e d'Entre-Rios.
PARANACiCABA, (geogr.) serra do Brazil, na
província o districto de São Paulo.
PARANAGUÁ, (geogr.) villa e cabeça da quin-
ta comarca da província de São Paulo, no
Brazil, 7,000 habitantes.
PA RANAGUA, (gcogr.) bailia da província de
São Paulo, no Brazil, a cuja margem está as-
sentada a villa do mesmo nome.
PARANÁ iiiBA, (gcogr ) antiga villa da pro-
víncia do São Paulo, no Brazil, 7,000 habi-
tantes.
PARANAN, (geogr.) serra da província de
Goyáz, no Brazil, entre esta província e a
comarca de São Francisco da província da
Bahia.
PARANAN, (geogr. y rio da província de
Goyáz, no Brazil. iNasce do vertente Occiden-
tal da serra Paranan, engrossa-se com as
aguas de muitos ribeiros nas serras dos Cou-
ros ou do General, das Araras e dosViadei-
ros.
PARANAPANEMA, (geogr.) río da província
de São Paulo, no Brazil, qiio não dá navega-
ção por ser entulhado de rochedos.
PARANAPíAÇABA, (gcogr.) sorra da provín-
cia de São Paulo, no Brazil, ramo da cordi-
lheira Cubatão.
PARANAPUcuHi, (geogr.) antiga aldeia de
índios Tamoyos, na ilha do Fundão ou do
Gato, presentemente ilha Raza, defronte da
entrada da bahia deNitherohi ou do Rio de
Janeiro.
PARANATiNGA, (geogr.) río da província de»
Goyáz, no Brazil. -^
PARANÇA, s. f. (ant.) estado do negocio.
V. Paramento, direcção, v g. Boa ou má — .
PARANGONA, adj. f. (aul.) Letra — , sor-
te de typo de impressor fFr. parangon].
PARANGUE, s. TO. (t. da Asía) , embarca-
ção de carga cosida com cairo.
PARANHOS, (geogr.) aldeia de Portugal vi-
zinha do Perto, com 2,200 habitantes. Ha
outra a 2 léguas de Braga, e outra no con-
celho de G}3, a 13 léguas de Coimbra, ca-
da uma com 700 habitantes.
PARANOMASis, s. f. (lat. do Gr. para, pró-
ximo, e ónoma, nome), semelhança entre pa-
lavras de línguas diversas, que indica ori-
gem commura.
PARANTE. V. Perante.
paranympa, s. f. (V. ParanympJio), ma-
drinha da noiva ; (fig.) protectora.
PARANYMPH\R, V. fl. V. Apadrinhar.
PARANYMPHico, A , ãdj . do noívos. V. g.
Discurso — , feito á rijegada de algum es-
poso nobre^ isúiuiu '
fm
fh
m
í»'AnAí?VMiiib ,' ¥:"m: (Gr. pardnyiHplios, ^meníóV e^pâhtatiéo' ou ' ^6oftíóiutíííè^(!'6, 't^^ J *
padrinho de noiva ou noivo, pard, jtinto, ,0 cavaílo, o relógio parou. Parou-lhe o
é nymphé, esposa, padrinho da noiva oa do I pulso. — , ir ter, Ufrniitiar. v. g. A estrada
noivo. v. g. O — Gabriel , anjo qiio veio | vai — ao rio. O negocio veio a v-om nada.
assistir ás núpcias ; (fig.) padrinho de can- | Km qno pararam as victorias do Napoleão'''
didato era universidade ; protector
PARAO, s. m. (t. da Ásia), embarcação de
guerra na índia.
PARAPADA, s. m. animal da ilha Marou-
pe, no rio Sofala. Santos, Ethiop.
PAUAPANDA, s. f. (voz Afric), trombeta
usada pelos Cafres, de som ingrato e mui
forte.
PARAPEiTADo, A, adj . {parapeito, des. adj
ado], guarnecido de parapeito. — postado
de traz de parapeito, defendido por pa-
rapeito.
PARAPEITO, s. m. (Fr. parapet, Ttal. para-
peito, do Lat. paro, are, proteger, e pectus,
O peito. K' assim chamado porque na bor-
da se encosta o peito), muro de encosto ou
de abrigo sobre ponte, terraço, oacs ; es-
paldão, muro que dá pelos peitos, detrás
do qual se põ:'ra os soldados e se assesta a
artilharia. Faz-se de terra, faxina , cestõos,
etc.
PARAPETALAS, (bot.) da-se este nome ás
partes, que em certas Qores se parecem per-
feitamente com as pétalas, mas que estão si-
tuadas em um sitio mais inferior ; são es-
laraes avortadas.
PARAPHERNAL, adj\ dos 2 g. (do Gr. pard,
alem, e pherné, dote), (jur. ) Bens para-
phcrnaes, os de que a mulher se reserva a
posse por contracto de casamento, e que
não fazem parte do seu dote.
PARAPHiMOSis, s. m. [para pref. Gr. alem,
para trás, e p/iimos-i^, V.), (med.) forte con-
tracção do prepúcio retrahido atrás da glan-
de.
PARÁPHRASE, 5. /*. (jyará, pref. Gj., alem,
e phrase), explicação de texto por outras
palavras e com mais extensão.
PARAPFiRASEADO, superl. de paraphrasear ;
adj. explicado em paraphrase ; acompanha-
do de paraphrase, v. g. o código — por um
juris-consulto.
PARAPHRASEAR, V. a. {parapkrase, ar des.
inf,), explicar em paraphrase, elucidar com
explicação breve : v. g. — o texto.
PARAPIIRASTE OU PARAPHRASTA, S. m. , O
que paraohrasêa, autor de paraphrase.
PARAPHRASTico, A, ttdj. da uatureza de
paraphrase, que explica, elucida, v. g. in-
terpretação — .
PARA QUE. V. Para, e Que.
PARAR, «.a. (do Lat. parco, ere, abstor-
se ; em Vasconço baratcea, parar, cujo ra-
dical é bara], suspender o movimento, es-
pontâneo ou coramunicado, v. g. — o ca-
vaílo, a roda. — , t?. «., suspender o movi-
yoL. ir.
Onde irá — este homem ? que ííqí terá f
Foi — nas galés, — na forca. Onde irá —
o seu discurso? Onde /(araram os seus pro-
jectos? Não para ahi o negocio, isto é, vai
mais longe, não liça al!i.' — consistir uni-'
camente. v. g. A obrigação do juiz não ;>ára
no nome. Parar mentes, [\oo. ant.) reparar,
tomar conhecimento, ex. « E para bem men-
tes assi aos cavallos como aos potros, se são
bem sãos. » Ord. A.ffons, «Em elle (no fei-
to) nom parem mais mentes, » Ibid. não en-^
tendam mais. Parar diante, esperar a pé
íirme, resistir. Não lhe puraram diante os
inimigos, não sostiveram o ataque Parar
d banca, apontar.
PARAR, V. a. {¥r. parer, do Gr. para ,
além.) rebater, r. g^—a estocada, a cii-"
tilada. — , fazer parada, apostar contra o ban-
queiro (a jogos de azar. Jogos de -, em que
os pontos apostara contra o banqueiro ou
contra o jogador qne lança os dados. Pa-_
rou grandes sommas. — , (ant.) pagar.
PARAR, V. a. (do Lat. /)arar<?, faz t, pôr,
dispor, etc.) (ant.) converter em , fazer « de- '
sejos maus de seus corações, que era pouco"
os parum brutos animaes. » os tornam, Lu-
cena. «Chegaram os padres sem alento, sem
côr nom semilhança de vivos, que assim os ^
tinha parado o caminho e a fome.
Moraes confunde este verbo com parar, v,
a . suspende r o moviraen lo ?
PARASANGA, s. f. VOZ Porsica farsung ou
farsahk] medida itinerária da Pérsia que He-
ródoto diz equivaler a 30 estádios gregos, ou
o750 passos, mas depois tem tido diversos
valores. Hoje é perto de 4 milhas inglezas.
PARASCEVE, s. m. (do Gv.paraskué, pre-
paração. JNão ó voz Hebraica ccmo diz o ad-
ditador de Moraes) sext« feira em que os
os Judeus se preparavam para celebrar o
sabbado ou qualquer dia lascivo, e principal-
mente a Paschoa; sexta feira santa.
PARASELENE,.s. m. (do Gr. para, junto, ao
lado, e selené, a lua.) (meteor.) apparencia de
uma ou mais lua na proximidade da verdh-,.
deira. ' '''
PARASiTíco, A, adj. [parasito, des. ico.)
de parasito, de comedor, que desfruta al-
guém. V. g. lisonjas — s. Plantas — s. V.^
Parasito. ■ ••" '■'."' i . ■ ; * '" ' .
parasito; ^'rrtil' {ííéX.^^àrasitu$,'d(f''(Ífy
pardsitos ; de pard, junto, proxinio,'e si-'
tos, trigo.) Primitivamente significava bs
que tinham a seu cargo a intendência do tri- '
go destinado aos templos, e que tinham parte
na distribuição das viandas dos sacriíicios ;
Vi
102
PAR
PAR
depois applicou-se aos que se introduziam
nas casas dos ricos para lhe comer os jan-
tares; papajantares.
PARASITO, A. adj. de parasito. PM/itax
— s, as qu6 crescem sobre outras plantas e
tiram delias parte da sua nutrição, v. g. os
musgos, etc.
PARASOU-RAMA, (hist.) brahimne guerrei-
ro, filho do brahimne Djamadagni e de ile-
monka ; foi educado por Siva, abateu uma
das deíTezas de Ganeça, vingou a morte de
seu pai e de sua mãi sobre os filhos de Vacich-
tha, expulsou d'Aiodhia e de toda a índia
os Chattryas, assegurando assim a preeminên-
cia aos brahmnes ; finalmente recolheu-se ao
seio da divindade, donde só tornou a sair
no tempo de Rama, como septima encarna-
ção de Vichnon.
PARASTATA. V. Prostata.
PARATARi, (geogr.) pequeno rio, affluen-
te da margem direita do Amazonas, noBra-
zil, no qual desagua 12 léguas abaixo da bo-
ca principal do rio Purú.
PARATI, s, f. (t. Brasil.) peixe parecido á
tainha ou mugem ; são as pequenas. Cori-
man é a tainha grande na língua dos indíge-
nas.
PARATI, (geogr.) nova cidade cantiga villa
populosa e mercantil da província do Rio de
-Janeiro, na margem occidental da bahia de
Angra dos Reis, 35 léguas pouco mais ou
menos OSO. da cidade do Rio de Janei-
ro.
PARATiGi, (geogr.) ribeiro da província das
Alagoas, no districto da cidade de Maçayó.
PARATiG^ (geogr.) ribeiro da província da
Bahia, aííluente dorio Maarahú.
PARATi-MiRiM, (gcogr.) povoação da pro-
víncia do Rio de Janeiro, f\ léguas ao SE. da
cidade de Parati.
PARATi-MiRiM, (gcogr.) ríbciro da provín-
cia do Rio de Janeiro, ao S. da cidade de Pa-
rati.
PARATiNi, (geogr.) pequeno rio da provín-
cia de São Pedro do Rio Grande, na comarca
das Missões.
PARATiTLA, s. f. brcve annotação ou ex-
posição de algum livro, particularmente de
jurispiudencia.
PARATiTLAR, adj. dos ^ g. (para pref.
Gr., junto, e titulo.) (jurispr.) que faz bre-
ves annotações ou explicações a algum tex-
to. — , s. : os paratiílares das institu-
ías.
PARAÚHAtó, (geogr) pequeno rio da pro-
víncia do Pará; aííluente do rio das Amazo-
nas, no qual desagua.
PARAUHiBA, (geogr.) ilha do rio da Madei-
ra, na provinda do Pará, abaixo, da das
Arraias.
. jAKAtJHA, (geogr.) povoação da província
de Minas Geraes, 11 léguas ONO. da cidade
do Serro.
PABAÚNA, (geogr.) ribeiro da província de
Minas Geraes, no firazil.
PARAUPEHA, (geogr.) povoação da provín-
cia de Minas-Geraes, no Brazil, 3 léguas ao
S.davilla de^ueluz, na cabeceira do rio de
que tomou o nome.
PARAVANTE, s. m. {para, e avante.) (naut.j
a parte do navio que vai do mastro grande
até áprôa.
PARAVEL, adj. dos 2 g. (de parar, fazer,
pôr.) fácil de conseguir.
paravento, s. m. (deparar, resguardar,
e %ento.) biombo para resguardar do vento ;
põe-se diante das portas.
PARAVOA, s. \f. V. Palavra.
PARAY-LE-MONIAL, (geogr.) Parcium-Hío-
niale ou Moniacum cidade de França, a 3
léguas 0. de CharoUes ; tem 3,480 habitan-
tes.
PARCAMENTE, adv. [menie suíf.), com par-
cimonia, com regra, poupadamente. v. g.
Gastar, viver, traiar-se — .
Syn. comp. Escassamente é mais, e de-
nota privação do necessário.
PARÇAR, v.n. [do Làt. par s, parte), (ant.)
ter parçaria, em negocio, contracto ou em
renda de terras.
PARÇARIA, s. f. (Fr. ant. parcerie), socie-
dade, em matéria de negocio, renda de ter-
ras. Terras de — , que alguém traz de ren-
da por uma quota parte dos fructos que dá
ao proprietário. A ou de — , de meias, de
sociedade. Andar de — , de sociedade, em
boa harmonia, ex, « Não quero gostos sem
— . »Eufr., de que eu só goze. A miseri-
córdia anda de — com a justiça. Impacien-
tes — na jurisdicção, e mando , que não
querem partilhar.
PARCAS (as três), (myth.) Clotho, Lache-
sis, Atiopos, divindades do inferno encarre-
gadas de fiar a vida dos homens, Clotho
preside ao nascimento e pega no fuso, La-
chesis fa-lo girar, e Atropos corta o fio.
PARCE, (geogr.) villa de França, a 4 lé-
guas KE. de la Fleche ; tem '2,260 habi-
tantes.
PARCEARIA. V. Parçaria.
PARCEIRO, A, s. (Fr. ant. parcien) , pes-
soa que joga ou dansa com outra , sócio
em negocio, lavoura, e em qualquer em-
preza ; companheiro ; — na liga, collígado,
allíado.
PARCEL, s.m. pi. Parcéis (do Lat. pro-
cello, are, bater com in peto , derribar),
baixo de areia ; mar cheio de restingas ,
bancos. Differe de alfaque porque neste o
fundo é desigual.
PARCELAdo, A, adj. {parcel, des. adj. ado),
onde ha parcéis. v. g. Praia-—-
ff .jo^
PAR
PAR
m
PARCELLA, í. f. (dim, doLat. pars, parte),
porção de quantia ; artigo de conta ou som-
m&.v.g. Ksta — não deve entrar em conta,
PARCEM. (geogr.) aldeia da província de
Pernem.
PARCERIA. V. Parçaria.
PARCHE, s.m. pedacinho de panno ou ta-
fetá sobre que se estende emplasto para
applicar a ferida, chaguinha, ou para cau-
terisar, sendo cáustica a massa emplastica :
V. g. — cáustico. — mancha pequena, sal-
pico redondo, ex. « Justilhos de seda sal-
picados de pequeninos — s de escarlate. »
Galhegos.
PARCHiM, (geogr.) cidade do gran-ducado
de Mecklembuigo-Schewérin, sobre oKlda,
a 9 léguas ao Shl., de Schewérin, 4,500
habitantes.
PARCIAL, adj.dos2g. (do Lat. pars, tis,
parte], que forma parle de algum todo, que
abrange só parte de algum todo. v. g. A
chuva foi — , não se estendeu a toda a
cidade ou districto. — , que segue algum
partido. — , que julga por affeição ou des-
aífeição ás partes, e não pela recta justi-
ça. V. g. Juizes parciaes. — , por partici-
pante , é impróprio e desu5. Freire usou
delle neste sentido, ex. « igualmente par-
ciaes ua gloria e no perigo. »
PARCíALiDADK, s. f. {pardal, des. idade),
affeição; bando, opinião, v.g. Us da sua
— . Julgar com — , com affeição ou acei*
tacão de pessoas, segundo o juiz é affecto
á parte que favorece.
PARCiALiDAR, V. a. fazcr parcial, associar,
ligar, V. g. X má educação parcialida os
néscios com seus erros. — se, v. r., abra-
çar o partido de alguém ; ligar-se , asso-
ciar-se.
PARCiALiZAÇÃo, s. f. 0 acto do parciali-
sar informação, sentença, decisão, juizo.*
PARCIALIZADO, supcrl. do parcialisar ; adj.
feito com parcialidade.
PARCIALIZAR, V. ã. (parcializar, itar áes.
Gr. Lat.), julgar com parcialidade, v.g. —
a informação, a sentença. — altrahir ao par-
tido, ev. « Com estas artes os parcializou
aos rebellados. »
PARCiMONiA, s. f. (Lat. ou parsimonia ,
de parcus, parco ; monia vem de minuo ,
diminuir, encurtar), regra, grande mode-
ração na despe za, acto de poupar. — es-
treiteza no gastar, v. g. Viver com mui-
ta—.
PARciONEiRO, adj. V. Parceiro, Sócio.
•PARCissiMAMENTE, àdv. supcrl. de parca-
mente, com muita parcimonia.
PARCissiMO, A, adj. snperl. áe^tUTco, mm
parco.
PARCO, A, adj. (Lat. parcus,, de parco,
£re^ usar com moderação, pôr de parte, pou-
par; rad. pars, parte, porção.) poupado, mo-
derado nas despezas, poupador ; frugal, mo-
derado no comer, beber, dormir, etc.
Syn. comp. Parco, sóbrio, temperado,
moderado. Parco diz se só do homem, eé
o que, por convencimento próprio, come e
bebe pouco. Sóbrio é o homem que, por
inclinação natural e por seu temperamen-
to, faz o mesmo. Temperado é aquelle que
excedendo ao parco e ao sóbrio se contém
em suas acções no circulo de uma vida ajus-
tada e bem entendida, iífoderaíio a pplica-se
com mais frequência á parte ideal, e se diz
daquelle que deseja que nada se faça com
violência nem com precipitação, e que em
tudo procede com moderação.
PARCQ, (geogr.) villa de França, a 5 lé-
guas de S. Pol ; 800 habitantes.
PARDAÇO, A, adj. augment. de T^&r do, dl-
gum tanto pardo ; amulatado.
PARDAL , s. m. (de pardo.) pássaro pe-
queno vulgar.
PARDALOTE, (h. D.) geuero de pássaros da
ordem dos insectivoros.
PARDAO, s. m. (t. da Ásia) moeda da ín-
dia que valia pouco mais de três tostões,
ou 360 réis.
PARDAR, V. a. ou n. {pardo, ar des. iní.)
fazer-se pardo, escuro.
PARDELHA, s. f. uomo de um peixinho de
côr parda (em Lat. smaris, dis).
PARDES, exclamação ant. (do Fr. pardieuXf
por Deus.) por Deus, em nome de Deus. O
additador de Moraes suppõe ser pardiez, pe-
los dez preceitos da santa lei de Deus.
PARDIEIRO, s m. casa velha arruinada.
PARDIES, (hist.) geometra francez, nasceu
em I63ti, morreu em 1673. As suas obras
são: Herologium thaumanticum duplex;
De motu et natura cometarum ; De movi-
mento local ; Elementos de geometria ; Atlas
celeste, ele.
PARDiLHO ou PARDiNHO, A, adj. diminut.
de pardo, tirante a pardo.
PARDO, A, adj. (Lat. pardus, leopardo ;
rad. arda, nódoas.) de côr como a do leopar-
do, escura como a dos mulatos. Homens — s,
baços de pelle. — , leopardo.
PARDiLHo, (geogr.) povoação de Portugal,
no concelho de Estarreja, 6 léguas ao S. do
Porto, 2,2u0 habitantes.
PARDO, (geogr.) rio do SO. do BraziL Nas-
ce na província de Mato Grosso e deve sua
origem ájuncção doSanguexuga com o ri-
beiro Vermelho.
PARDO, (geogr.) pequeno rio da província
de Minas Geraes, na comarca de Paracatú.
PARDO, (geogr.) rio da província de São
Pedro do Rio Grande. Nasce nas matas da
serra Geral, entre os rios Jacuhí e Tacoari.
PARDO, (geogr.) rio da provineia d© S. Pau-
26 -o
m
PAR
PAR
lo, que vera da antiga colónia de São João de
El Rei, e vai lançar-se no rio Grande.
PARDO, (geogr.) rio que nasce na comarca
de Sapucahi da provincia de Minas-Geraes,
nas antigas minas d'Ouro Fino.
PARDO, (geogr.) villa de llispanha, sobre
o Mançanares, a 3 léguas emeia EO. de Ma-
drid ; 900 habitantes.
PARDOCA, 5. /. a fêmea do pardal.
PARDOSO, A, adj. (des. oso.) mui pardo.
PARE, (hist.) celebre cirurgião francez, nas-
ceu em 1518, morreu emlò90. Era ornais
habii operador do seu tempo. Deixou algumas
obras, a mais estimada é a Maneira de curar
as feridas feitas por arma de fogo,
PÁREAS, s. f. (do Lat. paro, are, deriv. de
par^ igual, ajustar, contar, pagar.) tributo
que um estado ou príncipe paga a outro em
reconhecimento de obediência ou vassalk-
gem. Pagar, cobrar as — . — , (anat.) as
secundinas, a placenta.
PARECENÇA, s. f. [parccer, s., des. erifa.)
semelhança nas feições. Tem grande — com o
avô. É termo usual e útil.
PARECENTE, adj. dos ^2 g .Y . Semelhante.
PARECER, v.n. (Lai. páreo, ere. Gr. pá-
reimif estou presente, rad. para, próximo,
e eimi, estar, vem do Kgypc hera, face,
rosto, com o artigo masculino, pi-hera), d])-
parecer ; patentear-se, mostrar-se, ter ap-
parencia. v. g. O ar estava tão escuro que
parecia noite. Parecia cousa sobrenatural.
— , afigurar, cuidar. Pareceu-nos ver a ter-
ra, mas era névoa. Parece-me bem, julgo
ser bom, conveniente. — , (ant.) ter pare-
cença, assemelha r-se. —se, v r. ter pare-
cença, semelhança, v. g. O menino parece-
se com o pai nas feições, na falia, e no
génio. — , (ant.), mostrar-se, ver-se.
Dizem ser de Ceio e Vesta filha,
O que no gesto bello se parece.
CAMÕES, Lus., cant. III, 141.
PARECER, 5. m. feições do rosto, talho do
corpo, apparencia exterior, v. g. Homem,
mulíier de bom — , hoje dizemos : hem pa-
recido. — , (mais us.), voto, opinião, sen-
timento. V. g. Sou do seu — . Cada um deu
o seu — . Os — s estão conformes.
PARECIDO, A, p. p. de parecer, adj. que
pareceu, v, g. Pessoa bem ou mal — , de
boas ou más feições, bonita ou feia.
PAREDÃO, sm. augment. de parede, mu-
ro grosso, forte. — , (íig.) — de nuvens, mon-
tão espesso, espessura delias.
PAREiK, s, f. (Lat. paries, tis, de pars,
íWt parttj divisão, porqne serve de separar,)
ijQuro de pedra, tijolo, de taipa, etc, que
cer«a prédio, forma o recinto do edifício, ou
separa os diveyfiííç repartimentos da casa. —
♦ di
mestra, a principal, a mais solida do edifieio.
— meia, a que ó commura adois ediíicios
contíguos. Morar — s meias, em casa conti-
gua a outra. — em meio, e fig. Ser — .an-
dar próximo, V. g. o exercício do laful an-
da— em meia do furtar. Lufr. Fazer — ,
phraze escholaslica , ajustarem-se os estu-
dantes para não entrarem na aoldaouvira
lição ou para outro acto de insubordinação.
As — s tem olhos e ouvidos, adagio com que
se recommenda reserva nas acções e no fal-
lar, para não ser visto nem ouvido por pes-
soa indiscreta ou malévola. Pôr ou arrimar
os pés á — , (fig.) porfiar, resistir com per-
tinácia a acto ou raciociaio.
PAREDEiRO, s. m. (ant.) V. Pardieiro.
PAREDEfRO, A, adj. (aut.) de parede. Plan-
ta ou herva — , parietaria.
PAREDES, (geogr.) algumas povoações ha
deste nome no reino, entre outras uma no
concelho de Monção, a 8 léguas de Braga,
com 600 habitantes ; 2.* — da Beira, villa
vizinha de Trancoso, situada n'uma eminea--
cia, a 7 léguas de Lamego, 1,208 habitan*»!
tes. 3.^ — Seccas, villa a 2 léguas de Braga
248 habitantes. 4." — de Viadores, aldeia
do concelho de Penafiel, 900 habitantes. Dis-
ta 8 léguas a E. do Porto.
PAREDES-DE-NAVA, (gcogr.) cidade de His-
panha, a G léguas NO. de Palencia ; 5,500
habitantes.
pAREDiNíiA, s. f. díimimtí. de parede, pe-
quena parede.
PAREDRO, s. m. V. Director, Conselhei-
ro, Assessor.
PAREiA , s. f. (de par adj.) padrão pelo
qual se regula a capacidade das pipas.
PAREJA, (hist.) pintor hispanhol, nasceu
em 1606, morrou em 1670, foi por muito
tempo escravo do famozo Velasquez. O seu
melhor quadro é a Vocação de S. Mat-
theus.
PARELHA , s. f. [par ; a des. de liar ou
ligar.) um par, v. g. — de cavallos. — , o
macho ou fêmea que forma um casal comJ
outro animal de sexo differento; cousa que 5
emparelha, tem grande semelhança com ou-»il;
tra; igualdade. Boa — , duas pessoas on cou- "
sas que condizem bem. Correr — s , correr
páreo ; (fig.) ser igual ; competir , emular,
comparar-se, v. g. os Alpes não podem cor-
rer-^í cnmo os picos do Ilimalaya. A — ,•>!
adv. igualmente, ao mesmo tempo, a umiJ
tempo. Pôr á — , igualar. ;i)
PARELHO, A, adj. (ant.) (do Fr. pareille,
igual, semelhante) , igual, ex, « Falta-lhe
esposa parelha na qualidade. « Ulis.«Par»ji
levarem suavemente o jugo buscam-se bois
— s, « iguaes, que emparelhem bem. Ber-r<;q
nard. Floresta.
PARÉno, s. w. (do .Gf. fará, junto, pro-
w^;
fAR
PÁR
m
ximo, e hélioSt sol), imagem do solemnu'
Yem, apparencia meteórica.
PAREMAi , s. f. (p. us.) sentença vulgar,
provérbio.
PARENCHYMA, s. wi. (do Gr. pari pref.,
en, e khyo, derramar) (anat.) substancia
cellular das vísceras ; (bot.) polpa medular
das plantas tecido molle e esponjoso das
folhas e hastes.
parenese e pàRenesis, s. f. (do Gr. pa-
raineô, advertir), discurso moral, eihorta-
ção á virtude.
PARKNETico, A, flá/., moral. v. g. Dis-
curso — .
PaRenquyma. V. Parenchyma.
PARENTA, s. f. (de parente), mulher que
tem parentesco com alguém.
paRENTado, adj. V, Aparentado,
PAREHTADO, s. m. V. Parentellaf Paren-
tesco.
PARENTALHA, s. f. V. Parentella.
PARENTE, adj. dos g. (Lat. parens , tis,
de pario, ire , parir, produzir, criar.) que
tem parentesco com alguém. Os — s.
PARENTEAR, V, a. OU n. [parente, ar, ÚBS.
inf.) (p. us.) ter parentesco.
PARENTEiRO, A, adj. (des. eiró.) (p. us.)
amigo, favorecedor de parentes ; (fig.) par-
cial, inclinado, v. g. — com a terra natal.
PaRentella , s. f. (des. collectiva ella.)
grande quantidade de parentes.
PARENTESCO, s. w. (des. csco, que deno-
ta possessão, do Gr. skhô, ter.) relação entre
as pessoas que procedem dos mesmos pais,
ou a que se contráe por casamento, compa-
drado, etc. ; (fig.) affinidade, relação, con-
nexào.
PARSNTHES1S , s. t». OU f. (do Gr para ,
entre, e tihemi, pôr.) phraze interposta na
oração ; oração incidente ; o signal ortho-
graphico () em que de ordinário se inclue a
dita phraze.
PARENTis, (geogr.) cidade de França , a
16 léguas NE. de Monte-de-Marsan; 1,500
habitantes.
PARENZo , (geogr.) cidade dos Estados
Àustriacos, sobre o Adriático , a 17 léguas
S. de Trieste ; 4,000 habitantes.
PÁREO ou pÁRio, s. m. (Fr. pari, aposta,
de par, ris, par, do jogo de par ou impar.)
«posta, competição entre dois ou mais con-
tendentes para ganhar o premio. — da cor-
rida, sobre quem primeiro tocará a meta, a
cavallo ou em carro. — naval, entre embar-
cações que partem de um ponto ou mesmo
tempo e forcejam por chegar primeiro a cer-
to sitio á força de remos. Correr o - -, con-
tender para ganhar o premio. Os antigos disse-
ram correr o pallio,áo Castelhano pa/io, ban-
deira, ou peça de seda que se dava por pre-
mio ao vencedor na carreira. Bão é erro como
insinua Moraes, mas é inteirameâte obsoleto.
parergo, s. m. [Qt. paid,B\éta,éergòn,
obra.) additamento exornativo de sentença.
PARES, s. m. as pessoas de igual gradua-
ção. Os — de França. — ou nones , (t. do
jogo de dados) par ou impar. — , (mus.) os
modos pares ou baixos chamados discípulos,
e os altos ou mestres; os primeiros são 2, 4,
6, 8, e os segundos 1, 3, 5, 7. V. Par.
PARETACÉNB, (geogr.) vasta região do im-
pério dos Persas, ao N. das montanhas da
Persida, e ao SE. da Media, era um immenso
deserto unido aos da Media e da Carmania.
PAREUS, (hist.) philologo allemão, nasceu
em 1576, morreu em 1648. Deixou excel-
lentes trabalhos sobre Planto.
PARFAiCT (Francisco e Cláudio) , (hist.)
appellidados os Irmãos ; publicaram a His-
toria do theatro francez.
PARGA, s. f. (agric.) monte de palha e tri-
go feito de modo a não deixar molhar o
trigo quando chove. V. Pragana.
PARGA, (geogr.) cidade da Turquia euro-
pea, a 20 léguas SO. de Janina. defronte
da ilha de Paxo ; 4,000 habitantes.
PARGANA. V. Pragana.
PARGO , s. m. (Lat. pargus ou phager.)
peixe do mar semelhante á dourada, mas
ruivo.
PARI, (geogr.) rios de pouca importância
na província de Mato Grosso, no Brazii.
PARTA, s. m. (t. da Ásia) chamados tam-
bém Chandalas, a casta intima dos índios
desprcsada por todas as mais, e que se em-
prega nas occupações reputadas baixas e vis.
Formam uma classe á parte, universalmen-
te desprezada, e é o refugo de todas as cas-
tas. E' composta de todos os desgraçados,
que violam as leis religiosas ou civis. Per-
seguidos por todos os outros índios, os Pa-
rias não podem habitar o interior das ci-
dades
PARIA, (geogr.) cidade da Bolivia, a 10
léguas SO. de Oruro. Dá o seu nome ao
lago de Paria, o qual communica com o
lago Titicaca.
PARIA (golpho de), (geogr.) golpho do mar
das Antiliias , entre a costa NE. de Vene-
zuela o ilha dt Trindade.
PARIAS. V. Páreas, secundinas. E mais pró-
prio, visto ser derivado doLat. pario, ire ,
parir.
PARIAS. V. Páreas, tributo.
O Elucidário diz que vem dePário, ant.,
pena pecuniária, mas não dá a etimologia
deste termo.
PARIDA, s. f. (de parir.) mulher que pa-
riu recentemente.
PARIDA (Serra da), (geogr.) serra que se
dilata entre as províncias de Minas Qreraes e
de Goytz.
17
pARiDABí, t f. (de par, igual, des. ida-
de, do Lat. itas, tis ) semelhança, igualda-
de ; grande semelhança ou analogia.
PARIDEIRA, adj. f. (do Lat. paritura, des,
f. do p. fut. de pario, ire, parir.) que está em
idade de parir (mulher) ; que pare a mivdo
(mulher ou fêmea de animal). Gallinha — ,
que põe muitos ovos.
PARiDURA, s. f. V. Parto.
PARIETAL, adj. dos 2 g. (Lat. parietalis^
de parieSj tis, a parede.) (anat ) dos lados
do crânio. Ossos parietaes, ou subst. os pa-
rieíaes, são os dois ossos que formam os la-
dos do crânio.
PARiETARiA, s. f. herva medicinal que nas-
ce de ordinário sobre paredes, alfavaca de
cobra.
pARiFORME, adj dos 2g. {pari e forma.)
semelhante na forma.
PARiFORMEMEME , adv. {mente suff.) (p.
us.) de modo pariforme, igualmente.
parigne-l'eveque , (geogr.) cidade de
França , a 4 léguas SE. de Mans ; 3,370
habitantes.
PARiLiDADE, s. f. V. Paridade, Confor-
midade.
PARiMAS (montes), (geogr.) em Venezuela,
occupam toda a parte SO. da província de
Orenoco.
PARiNA, (geogr.) cabo do Peru, de que
forma a ponta mais occidental.
PARiNARi, (bot.) género de plantas da fa
milia das Rosaeeas e da Dodecandria Mo-
nogynia.
PARiNí, (hist.) poeta italiano, nasceu 'em
1729, morreu eni 1799. Deixou Odes e um
poema muito estimado, que tem por titulo
As quatro partes do dia na cidade.
PARio, s. m. competição entre dois indi-
vidues para ganhar o premio destinado ao
vencedor. Cavallos de — , que partem juntos
em corrida. V. Páreo, aposta.
PARio, (ant.) O Elucidário explica o termo
dizendo ser pena convencional dos contra-
tos, que pagava quem os não cumpria da
sua parte. Vem do Lat. pario, are, ajustar
contas, cobrar o que se despendeu.
PARiPE, (geogr.) povoação da província e
do dístricto da Bahia, noBrazil.
PARIR, V. a. (Lat. pario, ereon ire. Court
de Gébelin dá este termo como radical, o que
é inadmissível. Creio que vem de aperio, ire,
abrir, ou do Egypc. ra, produzir ) expellir
do útero a criança (a mulher), ou o filho ou fi-
lhos (as fêmeas dos animaes), v. g. a mulher
pariu um menino, ou — gémeos. A cadella
pariu sete cachorrinhos. — , (fig.l produzir,
causar. Neste sentido é hoje pouco usado.
« Nobreza de sangue ás vezes causa e pare vil
lania da alma. » « A variedade de comidas
pariu a intemperança. » — , (fig. e jocoso)
PAR
lançar de si. Pariu a montanha um ratinho.
« Levantou-se a coberta da náu encalhada, e
pariu o batel. » Couto. ' — de alguém, de su-
jeito que emprenhou a mulher. — pela ran-
ga da camisa, (ant.) perfilhar , porque era
uso vestir a mulher que perfilhava criança
uma camisa larga por cima das roupas, e
introduzida a criança por baixo da fralda,
fazia-se sair por uma das mangas.
Muitos dizem j^atraw, no prés. subj., em
vez de param, para evitar o equivoco com o
verbo parar ; mas deveria pela mesma razão
dizer- se pairo. Todavia isto não evita o equi-
voco com o verbo pairar.
PARIS, (geogr.) Lutetia e Pansii em la-
tim, capital da França, sobre o Sena, que
a corta em duas partes desiguaes. a maior
das quaes fica ao N. e forma três ilhas Cite,
a ilha de S. Luiz, a ilha Louviers ; conta
1,000,000 de habitantes. Paris é uma das
mais btíilas capitães, possue numerosos mo-
numentos, bibliothecas, sociedades, e uma
universidade, lindos passeios, e muitns so-
ciedades.—(condes de), (hist.) este titulo foi
creado no VIU século por Carlos Magno.
Hugo Capeto reuniu á coroa o ducado de
França, e ao mesmo tempo o condado de
Paris.
PARIS, (myth.) chamado também Alexan-
dre, filho de Priamo e de Hecuba, celebre
pela sua belleza e cobardia , foi exposto ,
porque sua mãi tinha sonhado que daria á
luz um facho, que reduziria a cinzas a Eu-
ropa e a Ásia. Foi salvo pelos cuidados de
Hecuba e passou os seus primeiros annos
entre os pastores do monte Ida Escolhido
por juiz entre Minerva, Juno e Vénus adju-
dicou o pommo a esta ultima. Recolhendo
ao palácio paterno, foi enviado á Grécia
para trazer Hesione roubada por Hercules,
mas elle roubou a bella Helena, esprsa de
Menelao, rei de Sparta, que o tinha rece-
bido na sua corte. Durante a guerra de
Tróia, offereceu-se para combater com Me-
nelao, mas fugiu diante deste heroe. Ma-
tou Achilles á traição, e foi ferido mor-
talmente por Pjrrho ou Philocteto ; foi soc-
corrido nos seus últimos momentos pela
pastora (Enona, á qual tinha traído e aban-
donado.
PARIS (^iatheus), (hist.) chronista inglez ,
nasceu no fim do XVI século, morreu em
i259. Deixou uma Historia major Ang lia.
PARiSATico, s. m. arvore chamada triste
da índia porque de dia está encolhida , e
tem as flores cerradas, e as abre de noite.
PARISIENSE, adj. dos 2 g. natural de Pa-
riz, capital da França.
PARTS'ENSE, s. m. (Fr. ;?arms.) nome de
uma moeda antiga de França.
PARisii, (geogr.) pequeno povo da Lyo-
PAR
neza 4.*, nas margens do Seguana{Sens),
tinha por capital Farisii ou Lutetia hoje
Paris.
PARisis, (geogr.) antigo paiz da França,
na parte centrai da ilha de França, ao N.
de Paris. A pequena cidade deLuucresera
a sua capital.
PARiz , s. f. (bot.) nome de uma planta
venenosa.
PARizELLA, s. f. (bot.) planta que dá flores
azues e temifolhas largas, compridas e ner-
vosas, com muitas hastes.
PARKER, (hist.) arcebispo anglicano de
Cantorbery, e um dos mais ardentes parti-
dários da Reforma, nasceu em l50i, mor-
reu em 1575, foi o protegido de Cranmer.
Secundou a rainha Isabel em todos os seus
projectos e tornou-se odioso não só aos
catholicos, mas também aosrefoimados.
PARKUisoNiA, (bot.) geuero de plantas da
farailia das Leguminosas e da Decandria
Monogynia.
PARLAMENTEAR , V. tt. OU u. fFr. parla-
menter, do mesmo radical que parlement.)
conferir com delegado ou delegados do ini-
migo sobre proposiçõt^s de capitulação, tro-
ca de prisioneiros, suspensão de armas, etc;
tratar de capitulação ; capitular. V. Parla-
mento.
PARLAMENTO, s. m. (Fp. parlement, da B.
Lat. parlamenlum, de parábola , pratica ,
discurso.) tribunal supremo de justiça em
França antes da revolução, que exercia al-
gumas prerogaiivas soberanas, registando de-
cretos do rei para novos impostos, ou op-
pondo-se á sua promulgação ; algumas ve/es
votava subsidios. Em Inglaterra são as^ duas
camarás legislativas, a dos com muns electi-
va, e a dos pares hereditária, e cujos novos
membros são nomeados pelo rei. O mesmo
nome se dá entre nós ás duas camarás, a
dos Pares , e a dos Deputados. Convocar
prorogar, adiar, dissolver o — . — , (p. us.)
conferencia miUtar. « Chamou o exercito a
— . » >.on. Lus. — , discurso, falia em jun-
ta, concelho, assembléa, sobre negocio em
discussão.
PARLANDA , s. f. (de parlar, Fr. parler,
fallar.) (fam.) discurso importuno, fallalorio
com más razões para persuadir.
PARLANFROis, s. IH. V. Palanfrorio.
PARLATOBio, s. m. (dcs. dno, do Lat. OS,
om, a boca.) grade de freiras com saleta ex-
terior, locutório, onde as freiras recebem as
visitas de pessoas que não sâo admittidas no
interior do convento.
PARLEiRO , Â , adj. E correcta orthogr ,
mas por uso geral. V. Palreiro.
PAKLEZiA. V. Paralysia.
PARMA, (geogr.) rio que passa em Par-
ma e cae no Po em Bressello.
PAR
107
PARMA, (geogr.) Parma em ita^no, Par-
ma e JuHa Augusta em latim, cidade da
Itália, capitai do ducado de Parma, Pla-
sencia e duastalla, a z7 léguas SE. de Mi-
lão; 3»',? 00 habitantes.
PARMA-PLASENCIA-E-GUASTALLA ( ducadO
de), (geogr.) parte da antiga Gallía Cispa-
dana e da Liguria, pequeno Estado da Itá-
lia septentrional, entre o reino Lombardo-
Veueziano ao N. o gran-duciido de Tosca-
na ao S., o ducado de Modena a E. ; os
Estados Sardos a O. ; 440, OOU habitantes.
Capital Parma. Rios : o Parma e o Taro.
Duques de Parma e Placencia.
Pedro Luiz Farnése
1545
Octávio Farnese ... ,.. ..
1547
Alexandre Farnése
1586
Reinucce 1 Farnése
159á
Eduardo Farnese
1622
Reinucce 11 Farnese
1646
Francisco Farnese
1694
António Farnese
1727
D. Carlos de Bourbon, Carlos
[ 17òl
D. Ihilippe
1748
Fernando - ..
li65
Luiz 1, rei de Etruria. ..
1802
Luiz 11
. 1803-1807
Maria Luiza
1815
''arlos Luiz
1847
Carlos 111
1849
PARMA (D. Philippe , duque de), (hist.)
quarto^ íilho de Philippe V rei de Hispanha,
nasceu em 1V20, casou com Izabel de Fran-
ça. O tractado d'Aix-la-thapelle deu-lhe
os ducados de Parma, Placencia e Guas-
talla. Morreu em 1765.
PARMENiDES, (hist.) philosopho grego, ,da
escola eleatico, nasceu no anno 535 antes
de Jesu-thristo em Elea, foi discípulo de
Xenophane. Deu sabias leis á sua pátria,
iiorreu de avançada idade. Professava co-
mo Xenophane a doctrina da unidade abso-
luta, mas deu uma forma mais rigorosa a
este systema.
PABMENiÃo, (hist.) general de Philippe e
d'i.leiandre, contribuiu para as victorias de
oranico e de Isso, conquistou Damasco e
á Syria, e fo'\ d'opiniào que Alexandre ac-
ceilasse as propostas de Dário, que oífere-
cia ao rei da Alacedonia a mão de sua fi-
lha e a Ásia até ao Euphrates. Depois da
batalha d'Arbelles, Parmenião foi nomeado
governador da Media ; mas d'ahi a pouco ,
Alexandre cioso do seu poder condemnou-o
á morte no anno 329 antes de Jesu-Christo.
PARNAHiBA, (gcogr.) villa do Brazii, amais
mercantil da província do i iauhi. Eslá situa-
da a .0 léguas domar, na margem direita do
27 * HláiOllAV
PAR
rio t*árnahíba acima do lugar onde pela mar-
gem opposta deita este rio um braço appel-
lidado Tutoya ; 10,000 habitantes.
PARNAHIBA, (geogr.) rio do império do
Brazil que nasce do vertente septentrional da
serra da Tabatinga, na provincia de Goyéz ;
e desapparece no Oceano.
PARHAHiBA, (geogr.) pcqueno rio da pro-
víncia de Mato-Grosso, no Brazil.
PARNASO, (geogr.) Parnassus, hoje Lia-
koura, monte da Phocida a 0. d'Heliconte,
entre Amphisse e Trachina ; era muito al-
to. A fabula faz deste monte a principal
residência de Apollo e das Musas.
PARNELL, (hist.) poeta inglez, nasceu em
Dublin em 1679, morreu em 17 1 7. Foi
amigo de Pope e d'outros grandes escri-
ptores de Inglaterra. Deixou : O Eremita ;
Conto das Fadas; Egloga sobre a saúde,
etc.
PARNY, (hist.) poeta erótico francez, nas-
ceu em 1753 , morreu em 1814. As suas
principaes obras são : Isnel e Aslega , os
Scandinavos ; Goddam , Viagens de Celi-
na, etc.
PARÓ. V. Parao.
PAROCHiA, s. f. fpron. parôha; Lat do
Gr. para, junto, próximo, e oikos, casa, mo-
rada.) igreja matriz em que ha parocho.
PAROCHiAL , adj. dos 2 g. (des. ai.) de
parochia. Igreja — .,
PAROCHiANO, 8. w. [ch sÒA k), fregucz da
parochia.
PAROCHiAR, V. a. [parochia, at des. inf.)
curar almas, dirigir como parocho. — , exer-
cer o ministério de parocho, fazer de paro-
cho.
PAROCHO, 1. m. (pron. párroko ; Lat. pa-
rochus. Pároco é mais correcto, e conforme
ao rad. Gr.) o sacerdote, cura de almas de
parochia ou freguezia.
PAROCiSMO. V. Paroxysmo.
PARODIA, s. f. (do Gr. para, próximo, e
ódé, poema.) imitação burlesca de compo-
sição seria, principalmente de drama.
PAROL , s. w. (talvez de aparar.) coche
grande de páu, cobre ou ferro coado onde
se ajunta nos engenhos de assucar o sueco
da cana ou caldo.
PAROLA, s. f. (Fr. parole, palavra, do Lat.
parábola, discurso ) palavrorio, loquacida-
de ; copia de palavras para enganar alguém,
distraindo-lhe a attenção do objecto que im-
porta ter presente; lábia. Ter muita — .
PAROLADOR. V. Parolciro.
parolagem, 5. f. [parola, des, collecfíva
agem.) muita parola.
parolar ou PAROLEAR, t. Q. [parola, ar
des. inf.) dizer muita parola ; usar de pa-
iavrorios, tagarelar.
PAROLEIRA, s, fk botija afunilada em que
PAR
se mettem azeitonas. — , «eirinha com figos
seccos, passas de uvas. V. Peroleira.
PAROLEIRO, A, adj. fallador, gárrulo, ta-
garela.
PAROLENTO, A, ãdj . V. Parolciro.
PAROLiM , s. m. (Fr. paroli^ de parer ,
apontar, fazer parada.) (t. de jogo deparar)
parada em que se deixa o dinheiro que se
apontou e o do primeiro lance favorável ,
para que, saindo outra sorte igual, se tres-
dobre o ganho. Faxer — , ganhar um — .
— de campanha, que o ponto gatuno arma
dobrando a orelha á carta, não tendo ga-
nho o primeiro lance. Vulgarmente pronun-
nuncia-se corruptamente pirolo.
PAROPAMisAS (montanhas), (geogr.) cha-
madas também pelos Gregos Cáucaso das
índias, hoje Hindou-Khouch , cordilheira
de montanhas, que dão o seu nome á re-
gião precedente.
PAROPAMiso , ( geogr.) hoje Kandahar ,
região da Ásia antiga , entro a Bractriana
ao N., a índia a E; tinha altas montanhas
chamadas Paropamisas.
PARos, (geogr.) hoje Paro, ilha do Ar-
chipelago, uma das Cyclades, entre Naxos
e Delos, defronte de Oliaros. A sua princi-
pal cidade também tinha o nome de Paros
(hoje Parkia ou Parecchia).
PAROS (mármores ou chroaicas de), (hist.)
chamadas também mármores d'Axumdel ou
d' Oxford , series de taboas chronologicas
gravadas em mármore por ordem do go-
verno. Achadas no principio do XVII sé-
culo na ilha de Paros, vendidas em 1627
ao conde d'Azundel, estes mármores foram
depositados na bibliotheca de Oxford. Con-
tinham um intervallo de 1319 annos.
PAROTiDA, s. f. (pron. parótida; do Gr.
para, junto, e oútos, gen. de oúas, a ore-
lha.) (anat.) glândula situada detrás e um
pouco abaixo da orelha. — , tumor dessa
glândula inflammada.
PAROU VELLA, s. f. (corrupto de />arco, cs-
tupido.) parvoíce, tolice.
PAROXYSMO, s. m. (Lat. paroxysmus, do
Gr. para , alem , muito , e oxys , agudo.)
(med,) crescimento, exacerbação de doença,
V. g. os — s das febres intermittentes, da ma-
nia. Os últimos — s da cída, os symptomas
que precedem a morte. Deve pronunciar-se
paroccismo, e não parocismo, como diz Mo-
raes.
PÁRPADOS, *. m. V. Pálpebras,
PARPATANA. V. Barbatana.
PARQUE, s. m. (Fr. pare. É termo com-
mam a quasi todas as linguas da Europa.
Vem do Lat. parcere, abrigar, pôr em se-
gurança; B. Lat. parcus.) Antigamente era
área destinada ao combate, a justas, e de-
pois significou lugar para guardar gado. Ho«
PAP
PAP
ftO0
je significa terra de mate ou bosque tapado
para guardar caça, tapada. — de artilha-
ria campo murado onde se guardam os ca-
nhões e as carreias. — , a artilharia de um
exercito.
PARR (Catharina) , (hist.) sexta esposa de
Henrique VIII, era viuva do barão Latimer,
quando casou com orei em 1543; 34 dias
depois da morle de Henrique tornou a casar
com Thomaz de Seymour. Muilo zelosa lu-
therana, correu grande risco de perder -à
vida, com um monarchf que não admitlia
theologia orthodoxa senão a sua. Ella mor-
reu em 1548.
PARR (Thomaz) , (hist.) do condado de
Shrop, ó um dos mais celebres macrobios
conhecidos. Casou com 12C annos de idade,
e morreu em 1634, com 15 á .-nnos.
PARRA, s. f. (talvez do Gr. habdos, sar-
mento.) a vide ; as folhas da videira.
PARRADO , A , adj. e p. p. de parrar-se,
disposto em latadas como as vides ; com ra-
ma baixa e dilatada como a vinha. « Arvore-
do parrado á maneira das balsas. » Barros.
PARRAFO. V. ParagraphQ.
PARRAMATA OU ROSE-HILL, (geOgr.) cidadc
da Nova Hollanda, na Kova Galles do Sul ;
a 6 léguas ONO. de Sydnoy ; 4,000 habi-
tantes.
PARRAS, (geogr.) cidade do México a 76
léguas S. de Moncloxa ; 7,000 habitan-
tes.
PARRAR-SE, c. r. [parra, ardes, inf.) lan-
çar ramos, sarmentos bastos e rasteiros.
PARREIRA, s. f. [parra, des. eira.) ramo
da vide que dá folhas e fructos ; cepa, vide
levantada em latada, — , symbolicamente,
esperança perdida. Camões, Kleg. 7. — bra-
va, bútua.
PARREIRAL, s. m. (dcs. collcct. ttí) Carrei-
ra de parreira em latada.
PARREO. V. Páreo.
PARRHASio, (hist.) celebre pintor grego,
que vivia 420 annos antes de Jesu-Chrislo,
compoz um quadro allegorico representan-
do o Povo de Athenas e um Meleagro e
Atalante.
PARRHASIO (Aulo Jano), (hist.) cujo ver-
dadeiro nome é João Parisio, philologo
italiano, nasceu em 1470, morreu em 1533 ;
ensinou bellas-letlras em Milão , Roma e
Vicence, fundou a academia Cosentina. Dei-
xou notas sobre Planto, Cicero e Cláudio e
uma dissertação curiosa De septenario die-
rum numero.
PARRICIDA, s. dos 2 </. [Laí. par icida, de
pater, pai, e ccedére, matar) matador do pró-
prio pai ou da mãi. — , adj. dos 2 g. que
matou o próprio pai ou mãi. Mão — .
PARRiciDAL, adj. dos'ig. (des. adj. ai) re-
lativo ao parricidio.
70L. IT.
PARRICIDIO, *. m. [l&t. par icidiumy cacto
de matar o próprio pai ou a mãi ; (fig.) mor-
te dada a pessoa que merece a veneração de
pai.
PARRiLHA, g. f. panno de Saragoça gros-
seiro.
PARRiLHA, adj. f. Salsa. V. Salsaparri'
lha.
PARROcn A. V. Parochia.
PARRUDO, A, adj. (des. udo) baixo, rastei-
ro cemo as parras. Homem — , baixo e gros-
so.
PARSEO, s. m. originário da Pérsia. Os — s,
homens originários da Pérsia, e que habitam
a índia Pron. pdrsco.
PARSDORF, (geogr.) villa da Baviera, a 3
léguas de Ebersberg.
PARSEYAL-GRANDMAisoN, (hist ) pocla fran-
cez. nasceu em 175U, morreu em 1834. A
sua melhor obra é um poema intitulado
Philippe- Augusto.
PARSiMONiA. V. Parcimonia.
PARSOLETA, *. f. uome de um jogo anti-
go-
PARTANNA, (geogr.) cidads da Sicilia, a 3
léguas KE. de Castello-Vetrano ; 9,770 ha-
bitantes.
PARTASANA, *. f. (Fr. pertuisanc, do Lat.
pertusus, p. p. áepertundo, ere, furar.) hal-
labarda antiga muito aguda e larga.
PARTE, s. /". (Lat. pars, íi.ç, àQpartio,ire,
partir, separar) porção de um todo separa-
da d'elle, ou considerada como podendo des-
tacar-se, v. g. — do horizonte, — do dia,
da noite, — da vida ; de uma quantia ; por-
ção, numero, v.g. parte da tropa, da arma-
da.— , divisão da terra, d. ^f. as quatro par-
tes do mundo. — , quinhão. A sua — das
presas. — , divisão de obra litteraria. — ,
lado, banda, v.g. d'esta — do rio. — , par-
tido. Ter da sua — , por si. Ser da — dê
alguém, favorece-lo, prestar-lhe ajuda, au-
xilio. Por — da mãi descende dos Medicis.
— de drama, papel que faz o actor. — ,
participação. Dar — , (milit.) communica-
ção oíiicial. Ser — para algum fim, con-
correr. — , mandado, v. g. da — d'El-Rei ;
trouxe-me um recado da — do ministro — ,
(for.) litigante, v. g. à — adversa. Ser —
no processo, autor ou autora. A má — , em
sentido máo. Tomar ou lançar á má — ,
em sentido desfavorável. De — o — , a tra-
véz, V. g. furou-o de — a — . De — , ou á
— , fallando a alguém sem que os circums-
tantes o possam ouvir. — s, pi. divisões, por-
ções, secções, v g. as — s do corpo; — pu-
dendas. — $, prendas, dotes do espirito edo
corpo, V. g. homem de boas — s. — , ban-
do, parcialidade, facção, partido. Sustentar
as — s a alguém. Faser as — s de alguém,
apadrinhar. — , fazer as vezes, o officio. Va-
tío
ptK
mos por — *, consideremos a matéria por ar-
tigos, analysemos.
Ij PARTECiPADOR. V. Participadov.
V? PARTECiPAR. V. Participar, etc.
^PARTEIRA, s. f. [parto, des. eira) mulher
que assiste ao parto, queparteja.
PARTEIRO, s.m. {parto, des. eiró] cirur-
gião ou medico que assiste no parto as mu-
lheres, queparteja.
i^PARTEjADA, ttdj. f. assistida no parto por
parteira ou parteiro.
PARTEJADO, A, p.p. de partejar ; adj. Ti-
nha— a mulher com grande pericia.
PARTEJAR, V. a [parto, des. ejar) ajudar
a parir, facilitar o parto, v. g. partejei-a do
seu primeiro filho.
PARTELEiRA. V. Prateleira.
PARTESANA. V. Partasaua.
PARTEZiNHA, s, f. diminut. de parte.
PARTHENAY, (geogr.) cidade de França a
12 léguas NE. de INiort; 4,228 habitantes.
PARTHENAY, (hist.) iUustre casa de Fran-
ça, oriunda, segundo se julga, da de Lu-
signan, antes do anno lOOO.
PARTHENio, (bot.) geuero de plantas da
familia da Synanthereas e da Syngenesia
necessária.
PARTHENios, (hist.) eram assim chamados
os Lacedemonios nascidos, durante a pri-
meira guerra de Messenia, do commercio
illegitimo das mulheras de Sparta [parlhe-
nos) com os mancebos, que tinham saido
do campo para substituírem a ausência dos
maridos e obstarem a que o Estado soíTres-
se por falta de cidadãos. Despresados pelos
seus compatriotas , os Messenios conspira-
ram com os Ilhotas , foram descobertos e
obrigados a sair de Sparta. Foram estabe-
lecer-se na costa oriental de Itália , onde
edificaram Tarento.
PARTHENIOS, (hist.)poeta grego deNicea,
foi levado escravo a lioma no anno 65 an-
tes de Jesu-Christo , e pelos seus talentos
obteve a liberdade. Só nos resta delle um
pequeno escripto em prosa De amatoribus
affeclione liher.
PARTHENON, (hist ) Celebre templo d'Athe-
nas, dedicado a Minerva [Parthenos , vir-
gem) era situado no mesmo rochedo que a
cidadella. Destruído pelos Persas foi reedi-
ficado por Péricles.
PARTHENOPE, (myth.) sereia que se na-
morou de Uljsses. Despresada por este prín-
cipe lançou-se ao mar no sitio, em que foi
construída Nápoles, que na sua origem te-
ve o nome de Parthenope.
'. PARTHENOPEO, (myth ) Parí/^eno/JCMí, filho
de Meleagro e de Atalante, tomou parte na
primeira guerra de Thebas, e foi um dos
sete chefes, que morreram diante desta ci-
PáR
PARTHENOPEONNA (rcpublíca), (geog.) no-
me dado ao reino de Nápoles, durante o
curto espaço, que* decorreu desde a entra-
da de Championnet em Nápoles, a 23 de
fevereiro de 1799, até á tomada desta ca-
pital pelo cardeal Ruífo, a 15 de maio do
mesmo anno.
PARTHIA ou PARTHIENA , (íjeOgr.) hoje O
E. d'Irak-Adjemi e o O. do Khoraçan, re-
gião da Ásia antiga, entre a Hircanía ao
N., a Carmania deserta ao S. a Ásia a E.
a Media a O., tinha por cidade principal
Hecatompilos. Era um paiz selvagem, e ári-
do ; os seus habitantes bellos cavalleiros ,
bravos e grosseiros.
PARTHOS (império dos), (geogr.) vasto im-
perioj da Alta-Asia, fundado no anno 2t>5
antes de Jpsu-Christo pelo partho Asace á
custa do império dos Seleucidas, ao prin-
cipio só conr.preendeu a íarthiena, mas de-
pois abrangeu toda a Alta-Asia, a E. do
Euphrates. e a O. do império de Bactria-
na. O governo de Parthos era monarchico,
mas feudal. A seguinte é a lista dos reis
Parthos, chamíQos Arsacides :
Arsace [antes de Jesu-Christo).. 255
Tiridoto ou Arsace H 274
Artaban I ou Arsace II 216
I hriapacio 196
Phraato 1 182oul78
Mithridates 1 164
Phraato II 139
Artaban II 127
Mithridates I! 124
Mnaskirés 90
Sinatrokés 77
Phraato III 70
Mithridates IH 61
Orodes 1 57
Phraate IV 37
Phraatace [depois de Jesu-Christo) 4 ou 9
Orodes II 14
Vonones I '. l5
Artaban 111 18
Tiridate 36
Artaban [restabelecido .' b6
Vardane 44
Gotarse 47
Vanones 11 50
Vologeso I ... 60
Pacorus I ... 90
Chosroes ou Khosrou 107
I arthamaspato 116
ChosToes [restabelecido) 117 ■
Vologeso II 121
Vologeso III ... 150
Ardawan 192
Pacoro II 207
Vologeso IV ... 209
4rUt)da IV ,. ... iíQ-m
PAR
PAR
ili
PARTIÇÃO, 5. f. (arith.) divisão, repartição,
partilha. Partições, pi. porções deterra se-
paradas por vallados, nos, ribeiros, estei-
ros. — , (ant.) convenação, convivência, v.
g. partiçon honesta. Ord. Affons.
PARTiciMEiRO, A, adj . (ant.) V. Pariici^
pante.
PARTICIPAÇÃO, s. /. o acto de participar ;
communicação, conversação.
PARTICIPADO, A, p.p. de participar ", adj.
que se participou ; communicado ; que teve
parte em alguma cousa.
PARTiciPADOH, s m. que participa, tem
parte, participante.
pARTiciPAL ou PARTiciPiAL, adj. dos 2 g .
(gram.) derivado de parlicipio.iVome — . Par-
ticipai ómais correcto.
Participante, adj. es. dos 2 g. (des. do
p. a Lai. em ans, tis) que tem parte em algu-
ma cousa, qi^e participa. Excommunhão de
— , que se comraunicci a quem trata com ex-
commungado. Estão de — s , (loc. famil.) não
se conversão, não se tratam, esião mal. — ,
emaisus , estar distrahido. — , s. (forens.)
corréo.
PARTICIPAR, V. a. (Lat. participo, are, de
pars, tis, parte, e capio, ere, tomar) dar
parte, noticia, communicar; ter parte em al-
guma cousa, V. g. não participo dos seus
convites, divertimentos. — , (ant.) ter com-
municação com alguém ; — cora elles.
PARTíCiPAVEL, adj dos 2 5^ (des. ttíje/j que
se pode participar, communicar.
PARTICIPE, adj. (pron. participe : Lat. par-
ticeps] (desji^s.) V. Participante, Compli-
ce.
PARTicipio, s.m. (Lat. par ticipium) {gram. )
vocábulo que participa da natureza do verbo
de que é uma modificação, e ao mesmo tem-
po do adjectivo. — do presente ou activo, an-
tigamente usava-se como em Latim regendo
nomes, v. g. perlas imitantes (que imitam)
a côr da Aurora. Pão roborante o coração
quorobora. Hoje são meros adjectivos, equa-
si sem excepção não tem caracter de yerbo.
j' ^lenle a Deus, que teme Deus: é um dos
pv. icos exemplos em que se conserva o cara-
cter do participio presente ou activo latino.
— passivo ou peteriío, exprime acção sof-
frida ou passada, v. g. foi mordido por um
cão, — ferido por arma cortante Muitos
d'estes participios são verdadeiros supinos,
activos ou absolutos, v.g. ocão tinhamor-
dido a criança. O toureador tinha já feri-
do o touro. Sido, chovido, vivido, são su-
pinos absolutos. A parte mordida, ferida;
o homem morto ; a mulher parida ; o ins-
trumento tocado ; são adjectivos. V. Supi-
no. Adjectivo.
Antigamente também usávamos da des.
oítq ou ouro, do participio do futuro em
urus, v.g. doestadoiro. Ainda conservainos
duradouro, vividouro.
Moraes inclue nos participios os gerúndios
em do, como podendo, querendo, o que ó
inadmissível.
PARTiçoM. V. Partição, Partilha.
partícula, s. f. (pron. partícula : Lat.
dim. de pars, a parte) porção ténue, dimi-
nuta ; hóstia pequena que, consagrada, se
dá a coramungar. Uma — de alguma cousa,
(p. us.) artigo, capitulo. — s da oração. Os
grammaticos dão este nome ás preposições,
conjuncções, advérbios, e interjeições, por
serem muitos d'estes vocábulos curtos. A
denominação é imprópria e inexacta. Estes
termos, que Horne Tooke chama azas da dic-
ção, são palavras contractas, verbos, nomes,
eafé phrases ellipticas, v g. eia, ora sus',
oxalá, até, porém, logo, aqui, àlli, fora,
etc. V. nos seus lu8:ares os artigos Preposi-
ção, Adverbio, Conjuncçào, Interjeição.
particular, adj dos2g. (Lat. particula-
ri<i, de pars, tis, parte) próprio, peculiar 6^
cousa ou pessoa ; singular, especifico, v.g.
medicamento. — , privado, não publico. Em
— , sem que outros presenceiem. — , com
especialidade, v.g. recommendo-te o estudo
daslinguas, e em — do Grego. Negócios par-
ticulares, não públicos. ^, substantivado,
pessoa não publica. Um — . Os particula-
res.— , particularidade. Neste — , neste ne-
gocio. No seu — , no interior de sua casa.
particularidade, s. f. (des. ida,de] cir-
cumstancias características ou miúdas. — ò
que é secreto e não se communica a estra^
nhos. — , trato familiar.
PARTICULARISSIMAMENTE. adv. $Uperl- .(fe
particularmente.
PARTICULARÍSSIMO. A, adj.supcrl. de par-
ticular, muito i. articular. Favor — . Auxí-
lios — s, mui singulares.
PARTicuLARjzADO, A, p.p. de particulari-
zar ; adj. referido por miúdo, de que sef^
parti(!uíar menção ou apreço.
PARTICULARIZAR, V. a. {particular, de|.
Gr. Lat. izar, pór, collocar) referir joaiuM-
raente, distinguir cada cousa de per si, indi-
car, apontar com individuação, v.g. — Vs
circumslancias do caso ; — os pontos em di^
cussão; — os serviços da pessoa. — se, v. f.
distinguir-se; singularizar-se. — , (p. us.)
familiasar-se.
PARTICULARMENTE, adv. (wi«w íc suíT. ) em
particular, em segredo ; com parti cularidãT-
de ou individuação ; com especialidade;
principalmente ; como pessoa particular.
PARTIDA, s. f. (subst. da des- f. ôeparíi^,
p.p. de partir, V. abs., sahir de uni íiigãf.)
o acto de partir. Estar de — , jpro^iõ^o a par-
tir. Dia da — ^.
PARTIPA, *. f. [à^^ P^^Mr^^m^Úm"
tú
f\h
PAR
ção, numero de jogos ou de pontos que con-
stituem o total de cada páreo, v,g, áorob-
ber de whist. Joguei uma ou duas — s de,
bilhar, de gamão. — , sortimento. — de coi-
ros, bretanhas, remettida, vendida ou com-
prada. — , parcella em contas mercantis.
Escripturação em — s dobradas, (phr.) mer-
cantil.— , divisão de tropas, troço, v.g. — *
avançadas. — , região. Correr as sete — s,
(loc. famil.) viajar muito, correr o mundo.
— . (naut.) rumo ; pi. rumos da agulha de
de marear. Meia — , vento que sopra de
um ponto que medeia entre dois rumos. As
leis das sete — *, código publicado porEl-
Rei D. AíFonso o Sábio de Castella em sete
' volumes, traduzido em Portuguez por or-
dem de El-Rei D. Diniz.
PARTIDAMENTE, adv. mente suíT.} separa-
damente.
PARTIDÁRIO, s. m. {partida, des. ário)
(ant.) chefe do partido ou troço de tropas,
destacado 4e exercito ; (Og.) valentão, chefe
de valentões.
Hoje usa-se geralmente no sentido de se-
quaz, que segue o partido de alguém, v. g,
é — de Inglaterra.
PARTIDO, *. m. (Fr. parti), parcialidade,
partes, bandos, facção, %>. g. O — inglez,
f rancei, o — do pretendente. — , (fig.) meio,
• expediente. Tomou o — de evitar o com-
bate. Hão ha outro — a tomar. — , con-
dição , estipulação t. g. Entregar-se a —
capitular com certas condições. « Deram a
cidade a ■— das vidas e fazendas. » Com-
metter — , oíferecer, propor meios, condi-
ções : commetter — á guarnição da praça
situada. Estar de melhor — , em melhor
condição. Tirar — , aproveitar-se, — , (ant.)
pôr por condição. Ter ou não ter — com
alguém, poder ou não poder competir em
destreza, no jogo, na esgrima, em combate,
em discussão. Dar — ao parceiro, conceder-
Ihe condição vantajosa, para compensar a
nossa superior pericia. — , (fig.) lei, natu-
reza, aquillo que coube em sorte a alguém,
condição da existência ex. « Minguar e cres-
cer (a lua) é seu partido. » Camões, eleg. — ,
ajuste, condições remunerativas de algum
servifo. Servira — , por premio, paga. Me-
dico de — , aquém seda uma remuneração
annual para tratar os doentes de alguma fa-
mília, communidade, villa. etc. Assentar o
— , no jogo ajustar as condições. Mulher de
— , meretriz. Tomar — , resolver-se : tomar
— por alguém, declarar-se a favor d'elle. — ,
districto. O — do Minho. Meste sentido vem
do verbo Partir, dividir.
PARTIDO, A, p. p. de partir, (repartir, di-
vidir) adj. repartido, dividido, separado, cor-
' tado. V. g. A herança — eitre os filhos. O
escudo ^10 meio, (t. do bras.j, dividido de
alto a baixo em duas partes iguaes. Conse-
lho — em pareceres, divididos os vogaes. A
braço — , combatendo de perto um contra
o outro. V. Arca partida. Justa — , (ant.),
em que entravam menos justadores que na
justa real. Tinha lhe — a cabeça com uma
cutilada ; aberto, fendido.
PARTIDO, supino de partir, (sair de um
lugar), que partio, se ausentou. Quando che-
guei ao porto tinha já — o navio. Se tivésse-
mos — mais cedo teríamos chegado a tompo
de embarcar.
NB. Não se deve confundir com o prece-
dente. Partir, v. a. e Partir, v. n. posto
que derivados do mesmo radical pars, tis,
tem accepções distinctas e diíTerentes.
PARTíDOR, s. m. o que parte, reparte, di-
vide ; o que faz partilha da herançi, o que
separa, aparta, ex. «A noite foi o — desta fú-
ria (da peleja).» Barros, l — , (arith.) V. Di-
visor.— de lenha, rachador, o que racha,
fende lenha.
PARTiDOURAS, s. f. as pcunas de falcão,
e outras aves, que lhes nascem nas juntas das
azas da banda de dentro.
PARTiJA, s. f. (ant.) multidão.
PARTILHA, s. f. {parte, áes. ilha, doLat.
alius. outro), divisão de bens, de herança
ou de lucros, ganhos, sorte, porção, qui-
nhão que cabe a cada um dos interessados
ou contendentes. d. g. Não ficou de peior
— . ex, « As aves carniceiras brigam sobre
a — da carne dos cadáveres.» Segundo Cerco
do Diu. Carta , folha ou formal de — ,
auto, escriptura em que se especificam os
bens das heranças, os quinhões dos herdei-
ros ou parceiros.
PARTiMENTO, s. t». V. Partiçâo.
pARTiR, tj. a. (Lat. partio, ire, áepars,
tis, parte, [quasi in partes agere], dividir
em partes, fazer em pedaços, rachar, fen-
der, V. g. — o pão, o queijo, a lança, o
madeiro. — nozes, avelans, abrir-lhe a cas-
ca, racha-la — os mares, (p. us.) sulcar. — ,
sulcar. — ; dividir, repartir (numero, quan-
tidade) ; — , partilhar, v. g. Os povoí^ do
norte partiram a Europa entre si, — a <iif-
fereiíça, tomar um termo médio entre o preço
pedido e o offerecido, cedendo cada um dos
contractantes das suaspretenções. — , apar-
tar, separar, v. g. — a briga, a contenda,
os combatentes, — , (ant.) — alguém de si.
despedi-lo, afasta-lo. — o marido da mu-
lher, separa-los. — o sol, (ant.) era assigna-
lar campo aos combatentes de modo que o
sol não desse no rosto a nenhum delles. —
SE, V. r. dividir-se, f>. g. partiram-se os
votos. Partir, em sentido abs. ou n, con-
finar. V. g. A. minha quinta parte pelo no r-
te com a tapada real. — , v. n. ou — se,
como diziam os antigos, sair de um lugar,
PAR
PAS
ín
afastar-se, ausentar-se. i?. ^r. Par íio o exer-
cito, a esquadra. Partir-se, diz-se das pes-
soas ; o pronome denota energia pessoal,
acto voluntário.
Partimo-nos assi do sancto templo.
Parte-se costa abaixo (o Gama)...
Camões, Luslad.
O gosto vai-se logo, o mal tarde se parte.
— do amigo, da amiga, apartar-se ; — da
demanda, desistir delia ; — do acções más,
refrear-se absler-se.
PARTITURA, s. f. (italiano) as divcrsas par-
tes de que se compõe um concerto, sympho-
nia, opera ou outra composição de musica,
V. g. a — da missa de defuntos deJomelli
ou Mozart, os cadernos de cada instrumento
e voz.
PARTiVEL, adj. dos 2 g. (des. tvel), que
se pôde partir, divisível, v. g. herdade — ;
bens — s.
PARTO, s. m. (Lat. partus, do p. p. de
pario, parir), acto de parir, de expulsar do
útero o feto, a criança. Estar de — , diz-se
da mulher que pario ha pouco, e está de
regimento. Morrer de — , no acto de pa-
rir ou das suas consequências immediatas.
— , o feto recem-nascido, — , os lochios.
Corre bem o — . Suspendeu-se o — , cessou
a evacuação dos lochios. V. Lochio. — sup-
posto, prenhez fingida, simulada. — , (fig.)
producção, obra, v. g. — feliz do entendi-
mento, — do seu engenho. — da montanha,
resultado nullo ou insignificante de empre-
za annunciada com grande ostentação.
PARTURIENTE, adj. dos ^ g .) (Lat. par-
turiens, p. a. de parturio, ire, parir.),
que está no acto de parir. Mulher — . Es-
tado — , de mulher ou de fêmea de animal
que está no acto de parir. A montanha — ,
titulo bem conhecido do apologo de Phedro
e Esopo.
PARU, s. m. (t. brasil.) certo peixe de
gosto especial.
PARU (Serra do), (geogr.) serra altíssima
da província do Pará, na Guiana brazileíra ;
estende-se parallelamente, e a pequena dis-
tancia, com a margem esquerda do rio das
Amazonas, entre a villa do Outeiro e o rio
Paru.
PARU, (geogr.) rio da Guiana brazileira ;
nasce na serra da Velha, e dirigindo-se4)ara
o sul.
PARULiDA, s. f. (pron. parúlida ; Lat.
parulis, do Gr. para, junto, próximo, e
oulon, gengiva), (med ) tumor inflammato-
rio das gengivas, que as vezes suppura.
PARURO, (geogr.) cidade do Peru, a 6 lé-
guas SO. de Cuzco ; 20,000 habitantes.
PARUTA , (hist.) historiador venezian • ,
VOL. lY.
nasceu em 1540 , morreu em 1 508 , foi
procurador de S. Marcos. Entre outros es-
criptos deixou uma Historia de Veneza ,
dividida em duas partes.
PARVA, s. f. (subst. de parva, f. de par-
vus, Lat., pequeno), comida leve, como a
consoada em dia de jejum.
pARVALHÃo, s. m. ou adj. augment. de
parvo, estúpido, v. g. Fulano é um — ,
mentecapto.
PARVO, A, adj. (Lat. parous, pequeno.
Court de GébeUn o deriva dorad. depver,
menino, paucus, pouco, etc. ; mas o radi-
cal não é Latino nem Grego, mas sim o
Egypc. pire, a porção, fracção de um nu-
mero inteiro, do verbo rash, dividir), pe-
queno, (p. us.) — , (fig eus.) quetem pou-
co juizo, estúpido. Conclusões — s, (ant.) pe-
quenas, em opposição a magnas. Os anti-
gos faziam a des. f. em oa^ v. g. « algu-
ma parvoa tenção. » gCamões, Filodemo.
PARVOALHo, A, adj. estupido, muito par-
vo, pateta. Farvoeirão e parvalhão sao mais
usados.
PARVOAMENTE, V. Tolamente.
PARVOEiRÃo, adj. m. parvoeirona, s. f.
augment. à%^^vso, estupido, estólido, mui-
to parvo, paleta. Também se usa subst. E'
um — .
parvoejar, V. n. [parvo, des. ejar, lan-
çar), dizer parvoíces ; fazer parvoíces, dis-
parates.
PARVoíçADA, s. f. {parvotce, des. ada),
acção, dito de parvo.
PARVOÍCE, s. f. [parvo, des. ice), tolice,
acção, ou dito de parvo.
PARVOíNHO, A, adj. dim,iuut. de parvo, to-
linho, tontinho.
PARVULEZ , s. f. (p. us.) V. PucriHda'
de.
PÁRVULO, s. m. [LSii. parvulus áim.) me-
nino, criança. Os — s, osmiseros, mesqui-
nhos, o povo humilde.
PARYNAGOR, (geogr.) cidade do Indostão,
no principado de Sindhi, a 51 léguas SE.
de Haideradab.
PARYSATis, (hist.) esposa de Dário II, fa-
voreceu a revolta de seu filho Cyro-o-Joven
contra Artaxerxes Mnemon , irmão deste
príncipe ; depois da batalha de Cunaxa en-
venenou a rainha Statira e fez morrer mi-
leravelmente os inimigos de Cyro.
PAS, (geogr.) villa de França, a 3 léguas
E. de Doulens ; 1,000 habitantes.
pAS-DE-CALAis, (geogr.) estreito, que une
a Mancha ao mar do Norte e separa a Fran-
ça da Inglaterra. Os Latinos chamavam -lhe
Fretum Gallicum.
pas-de-calais, (geogr.) districto maríti-
mo H.i França, sobre a Mancha, o Pas-de-
( alais e o mar do Norte, entre os districtos
29
k-
114
HB
fàS
do Norte a WE ; de Somme ao SO ; 664,650
habitantes. Capital Arras.
PASARGADE OU PASAGARDE , (gfiOgr.) FeStt
ou Pasa, cidade da Ásia antiga, uma "das
residências dos antigos reis da Pérsia, nos
confins da Carmania.
PASCOAL ou PASCHOAL I (S ), (hist.) PaS -
chalius em latim, papa, de 817 a 824, nas-
ceu em Roma, tinha sido director do mos-
teiro de Santo Estevão, recebeu de Luiz-o-
Clemeníe a Córsega e a Sardenha, coroou
Lothario imperador em 823. E' commemo-
rado a 17 de maio.
PASCOAL II, (hist.) foi eleito papa em 101)9 ;
teve que combater dous anti-papas e mor-
reu em ill8.
PASCOAL III, (hist.) anti-papa, era cardeal
quando o papa Adriano IV o encarregou de
uma negociação com o imperador Frederi-
co Barbaroxa ; deixou-se seduzir por este
principe e por el!e foi nomeado papa em
opposição a Alexandre iil em 1164. Mor-
reu miseravelmente seis annos depois.
PASCOAL, (hist ) celebre escriptoregeome-
tra francez, nasceu em 16i3, morreu era
l(J6i. Tinha 16 annos quando compoz um
tractado de secções únicas. Deixou muitas
obras , entre ellas Cartas ProrAnciaes e
Pensamentos, obra, que não pôde concluir
e na qual se propunha reunir todas as pro-
vas da religião.
PASCACios, s.m.pl. (nome próprio) Liw-
gua dos — , fphr. joc.) lingua peJaníesca,
por ser alatinada com affectaçào.
pascar, V. a. (ant.) V. Pastar.
PASCER, V. a. (I.at. pmco, e.re, do (?r.
pdo), comer, pastar, x).g. — aherva, a rel-
va, os renovos, ex. « Pascia o cervo um
bom prado.» Sá Miranda. — ,{fig.) nutrir,
cevar, v. g. — esperanças. — , v.n. apas-
centar, andar pastando, ex. «(J eniipal que
— do ar » (o cameleão como o vulgo crê),
se nutre. Vieira.
PASCHius, (higt.) raoralisía e theologo ale-
mão, nasceu ei» íMi , ajorreu em 1707.
Deixou: Tractatus de novisinventis, quo-
rum accuraliori cuhui facem prcetulit an-
tiquilas, etc.
PASCHOA, s. f. (orth.) mais correcta, mas
por uso. V. Páscoa.
PASCiíGO, s. m. (qie pascer), lugar, cam-
po onde pasce o gado ; v. g. Bons ~s pa-
ra ovelhas.
PASCiGOSo, A, adj. (p. us ) que dá pasto
para os gados. Terras, campos —s.
PÁSCOA, s. f. (pron. páscoa, corrupção
Lat. eijr. pascha, do llebr. pessah, ou pes-
sah, do Chald, phase, que significa passa-
gem, isto ó, a do sol no equinoxio), festa
judaica correspondente. á primeira, em me-
qaoria, di^em os rabbinos, da passagem do
mar Vermelho, eda do anjo exterminador
quando, na noite que precedeu a s«hida dos
judeos para o deserto, matou os filhos mais
velhos dos Egypcios. Esta explicação mysti-
ca é pura invenção sacerdotal. Ha toda a ra-
zão de crer que esta solemnidade foi intro-
duzida mui tarde entre oshebreos e imita-
da das nações que festejavam o sol equi-
noxial da primavera, debaixo do seu emble-
ma zodiacal de Aries, o cordeiro ou carnei-
ro. Com eíTeito não consta que Samuel, Saul,
Salomão nem David celebrassem a Páscoa,
e no livro iV dos reis, cap. 24, v. 21, 22,
23... se lê: t Celebrai a Páscoa em honra
« do Senhor vosso Deus, de modo que es-
« tá escripto neste livro do concerto. Por-
« que desde o tempo dos Juizes, que julgá-
« ram Israel, e desde todo o tempo dos reis
« d' Israel, e dos reis de Jadd, nunca a PaS"
« coa foi celebrada como esta que se fez em
« honra do Senhor em Jerusalém, no anno
« decimo oitavo do rei Josias : » e v. 13 :
« Ide e consultai o Senhor acerca de mim
« (Josias) sobre as palavras deste livro que
« se achou : porque a ira do Senhor se ac-
« cendeu grandemente contra nós, porque
« nossos pais não ouviam as palavras e nãq
:< fizeram o que nos fora prescripto ; istQ
« é, entre outros preceitos, o da celebra-
ção da Páscoa. K posto que nos Paralipo-
menos, liv. U. se diga que Ezechias cele-
brara a Páscoa, isto ó contradito formal-
mente nos cap. 34 e 35, v. 13: «Nãohou"
« ve Páscoa semelhante a esta em Israel des-
« de o tempo do prophetq, Samuel, e den-
« tre todos o$ reis de Israel não houve ne-
« uhiim que fizesse Páscoa como a que fez
fJosiff^. » Jra,d^cç^o de Pereira de Figuei-
redo. O que prova contra a celebração an-
terior sob Ezechias, p ter sido achado o jLjr
yro da Lei escripto do mão de Uoysés, pe^
lo pontifice ijelkiah no reiftadq de Josias,
e a grande surpreza que causou a este ^
leitura das p^^sôge^s ^Q dito Jivro em que
se prescreve a celebração da Páscoa. Mas s§
esta Cesta (oi instituída por Moysés, como ó
possivel que fiem Saloqaão neRQ Davi4 a tjr
vessem celebrado I — , cordeiro pascoal. Cor
mer a — . — , entre os .christãos, é festa conjr
meajoraíiya fia resurr/sição dp Jesijs-Cliris-
to, denominado o cordeiro de Deus ; éíesif
movei, e corresponde aoprioaeiro domingo
depoJLS díilua cheia de Mãfço queíica ifid^
próximo do equinoxio verbal fixado aos 2^
deste mei : pode variar entre 22 dç Jdar-
ço e 25 de Abril. Domingo de — , pu df
Ress^irreição, o que se segue ao de Uamoç
— do Espirito-Santo, pentecostes. — das
Flores ou Pascoela, q domwigo q^^e se se-
gue ao da Páscoa. Santas — s ! espécie de
Volerjeição (amiliajr; e<}uiy«le a mo estou
PAS
PAS
ill
por isso, ou pouco importa, pouco se me
dá d'isso.
PASCOAL , adj. dos 2 g. da Páscoa. O
cordeiro — . Cirio — , brandão de cera que
se acende em Sabbadosantooude AUeluia,
em cerlos oíiicios divinos.
PASCOAR, V. a. [páscoa, ar des. inf.) ce-
lebrar a Páscoa.
PASCOELA, s. f. dimimit. de Páscoa. jDo-
mingo da — , o que se se segue ao da Pás-
coa.
PASEWALK , (geogr.) cidade dos Estados
prussianas, a 7 léguas S. d'Uckermunde ;
4,900 habitantes
PASiMAN, (geogr.) pequena ilha dos Es-
tados Austriacos, no Adriático.
" pAsiPHAÉ , (rayth.) filha de ApoUo e da
nympha Perseide, foi mulher de Minos, de
quem teve um filho, Androgéo, e duas fi-
lhas, Ariadna e Phédra. Segundo a fabula
teve coramercio monstruoso cora um touro,
e do qual nasceu Minotauro.
PASiTANO , (geogr.) cidade do reino de
Nápoles, a 7 léguas SO. de Salerno ; 4,000
habitantes.
PASiTÉLE, (hist.) esculptor grego, que se
estabeleceu em Roma no anno 169 antes de
Jesu-Christo, morreu no circo despedaçado
por uma panthera , no momento, em que
modelava ura leão.
PASiTHEA, (mylh ) filha de Júpiter ed'Eu-
rynorae, era a primeira das Graças. Este no-
me também é dado a Cybele considerada
como a mãi dos deuses.
PASMADO, A, p. p. de pasmar ; ad/. cheio
de pasmo, admirado, maravilhado, assom-
brado, espantado. — , tolhido, desfallecido,
V. g. olhar — . Ficar — .
PASMADOS, (geogr.) antiga aldeia da pro-
vinda de PernamlDuco, 2 léguas ao N. da vil-
la de Higuaraçú, sobre a estrada de Goyan-
na, 1,000 habitantes.
PASMAR , V. a. (do Fr. ant. pasmer, ou
pausmer, hoje se pâmer, deriv. do Lat., e
Gr. spasmus, espasmo.) ficar attonito, estu-
pefacto , desfallecido, sem sentidos ; (fig.)
admirar-se, maravilhar-se, espantar-se, so-
bresaltar se. — com prazer. « Que não lhe
pasmassem os braços. » ficassem tolhidos.
Vieira. «A nau pasmará em meio dás on-
das, » ficará parada Bernard. Florest.
PASMAR, V. a. causar pasmo, espanto,
admiração. Os restos da architectura egy-
peia pasmam todos os viajantes. A audácia
dos facciosos pasmou a todos
PASMATORIA , S. /". e PASMATORIO, S. M.
[pasmo , des. alatinada em vez de pasma-
do, e ório.) (farail.) estado de pessoa pas-
mada, embasbacada.
PASMO, s. w. (contracção de espasmo.) es-
tado de pessoa altoaita, estupefacta; grande
admiração, espanto ; (fig ) cousa que espan-
ta, assombra, prodígio, maravilha.
PAsaosvMKNTE, adv. [mente suff.) de ma-
neira pasmosa, assombrosa, espantosamen-
te; admiravelmente, maravilhosamente.
PASMoso. A, adj. (des. oso.) que causa pas-
mo, assombroso, prodigioso, estupendo, «,
g. — edificio, arrojo, atrevimento.
paspalo, (bot.) género de plantas da fa-
railia das Graraineas e da Triandria l)ygi-
nia.
PASQUiER , (hist.) jurisconsulto francez,
nasceu em 1529, morreu em 1615. As suas
principaes obras são Observações sobre a
França : Conferencias dos Príncipes.
PASQUIM, s. m. (do ital. paschino) sa-
tyra, epigramma satyrico pregado em lugar
publico.
PASQUINADA, s. f. pasquim, OU pasquins,
pi.
PASQUINO, (hist.) fragraíinto deuraa stalua
antiga de gladiador, que ainda hoje se vê
em Roma ao canto do p.dacio dos Orsini ; o
povo escolheu-o para nelle prega** todos os
epigrammas e pamphletos, que dirige con-
tra o governo papal; estes escriptos cha-
raara-se Pasquins.
PASSA, s. f. (do Lat. wm pa^sa, uva sus-
pendida ao sol para secoar.) fructo seccado
ao sol. — de uvas, figos, peras, ameixas, etc.
No pi. entende-se de ordinário por pass IS de
uvas.
PASSACULPAS, s. w. juiz, OU confessor in-
dulgente, que desculpa as faltas, e absolve
facilmente quem as commette.
PASSADA , s. f. um passo. Dar uma — .
— , passagem, acto de passar de um lugar
para outro. Dar — , deixar passar, escapar,
fugir, dar licença ; dar meios de escapar,
fugir. Fazer — o pellouro, penetrar, entrar.
— s, passos, diligencias. O negocio custou-
me muitas — s. Dar — em vão, passos, di-
ligencias inúteis, baldadas. De — , loc. adv.
de passagem, sem se demorar muito.
PASSADEIRA, s. f. (dcs. eifa.) alpondra,
pedra atravessada sobre ribeiro, charco, etc,
para dar passagem á gente. — , coador, co-
vo de cobre com cabo longo de páu, para
coar ou passar o mollado nos engenhos de
assucar. — de banco, (artilh.) peças de páu
em que os artilheiros marcam o diâmetro
das bombas.
PASSA-LEZ, s. m. jogo de parar, que se
joga com três dados.
PASSADIÇO , s. m. (des. iço. que indica
acção repetida, habitual.) corredor que dá
passagem e serventia de um edifício a outro
que está no lado opposto da rua. — , adj.
mexeriqueiro, que vai contar quanto ouve
em confidencia ; emissário do inimigo que
vem commuQicar novas falsas.
116
PAS
PÁS
PASSADIÇO, adj. V. Transitório.
PASSADO , A , jo. p. de passar ; adj. que
passou, pretérito, v. g. o tempo, o anno, o
mez — . — , s. o — , tempo revoluto , suc-
cessos acontecidos. — , varado, atravessado,
V, g. — com espada, lança ; fig. — de me-
do, de terror. — , levado, transportado. Ho-
mem — , (p, us.) matreiro, esperto. — , sec-
cado ao sol, v. g. fruta, uvas, ameixas— s.
— , tocado de podridão. Madeira — , aguada.
PASSADOR, 5. TO. O quo passa ou faz pas-
sar, que leva, transporta. — de gado,q\ie o
faz passar a outro reino, que o leva para fo-
ra do reino. — de moeda falsa , que a põe
em circulação. — de fazendas prohibidas ,
contrabandista. — de fazenda por a/ío, des-
encaminhador. — de letra, (merc.) sacador,
o que dá ordem de pagar o importe da le-
tra a outrem ou á ordem deste. — , setta
mui forte. — , o copete de espora mouris-
ca por onde passam os talões. — de oiro ou
pedraria, jóia da forma de setta, que se
crava nas tranças do cabello, ou argola oval
e achatada em que se prendem as tranças do
cabello. — da silha, espécie de argola de so-
la por onde se enfia e prende a ponta que se
afivela na silha.
PASSADOR, A , adj. que passa , traspassa
rompendo, \irote — . A seita — .
PASSAES, s. m. V. Paçal.
PASSAGEIRO, A, s. TO. viaudauto , pessoa
que passa pela estrada ou pela rua ; o que
vai embarcado sem pertencer á tripolação
do navio.—, que passa rapidamente, tran-
sitório. Mal — . — , por onde passa muita
gente, v. g. lugar, sitio — . _, de passagem.
Aves — s, de arribação. — , leve, que merece
desculpa, indulgência. Erros, culpas— s.
PASSAGEM , s. f. (des. agem.) acto de ir
embarcado ou de fazer caminho de um lu-
gar para outro ; viagem por mar. Tivemos
boa-^; — breve , prospera. Impedir a — ,
atalhar o passo. Impedir a — do rtt), o atra-
vessa-lo. Dar—, receber alguém a bordo de
navio para o transportar. — pelas suas ter-
ras, conceder licença de as atravessar Bar-
co ou barca de ouda—, que transporta gen-
te e bestas de uma banda do rio á outra De
— , loc. adv. sem se demorar, levemente ,
sem muita attenção. — de autor, passo, lu-
gar que se cita ou se analysa. — , na musi-
ca, mutança, o passar para outra consonân-
cia. — , preço de viagem em embarcação ,
ou de atravessar em barco, barca. — , (ant.)
pensão que pagavam os foreiros e emphiteu-
tas do Minho quando o rei ou o príncipe
herdeiro passava o Bouro, yl santa—, (ant.)
a crusada para recobrar os lugares santos de
Jerusalém. — , (fig.) desculpas. Dar— a taes
despropósitos, a erros, culpas^ não reparar
nelles, descupa-los.
PASSAGEM, (geogr.) cidade e porto de His-
paiiha, a 2 léguas NE. de S. Sebastião ; 1 ,250
habitantes.
PASSAGEM FRANCA, (gcogr.) uova villa da
província de Maranhão, no Brazil, na co-
marca de Pastos Bons.
PASSAIS, (geogr.) cidade de França, e 3
léguas SO. de Domfront ; 2,350 habitantes.
PASSAL, s.m. (ant.) passo, medida agra-
ria de varias grandezas. Passaes das igre-
jas. V. Paçaes.
PASSAMANARiA, s f. (dcs. ãriã) fabrica de
passamanes.
pASSAMANEiRO, s. w. (dcs. eiro) fabrican-
te depas.amanes.
PASSAMANES, s. TO pi. (do Fr. passcments.)
fitas ou cordões de fio de prata, ouro ou se-
da. É tecido mais fino que o galão.
PASSAMENTE, adv.{&nX.) em voz baixa, de
vagar.
PASSAMENTO, s. TO. [mento suff.) acto de
expirar. Estar em — , na hora da morte,
nos últimos transes da vida. — , (ant.) de-
mora, detença.
PASSAMUROS, s. TO. [passa, traspassa, e
muros) canhão reforçado antigo
PASSANTE, adj.dos2g. (des. do p. a. Lat.
em ans, tis.) (bras.) em postura de passar.
Animal — . — , adj. ous. m, que excede,
V. g. — de vinte moios de trigo. — , s. m.
o religioso que, depois de ter frequentado as
aulas de philosophia ou theologia, ia argu-»
mentar ás sabbatinas e outros exercícios es-
cholasticos.
PASSAPASSA, s. m. (V. passepasse) peloli-
cas. Jogar o — . UHsip.
PASSAPÉ, s. m. {passa, e pé) cambapé;
ou passapiê (do Fr. passepied) espécie de dan-
sa oumenuete.
PASSAPELLE. V. Pospello.
PASSAPELLO, s.m. [áo ¥r. passepoU) gu&T-
nição de pelles que passa um pouco da orla
das roupas; vivos de farda militar.
PASSAPORTE, s.m. {Pv. passcpovt) \ieTmis-
são por escripto dada em nome do governo
para viajar, transitar dentro do paiz ou para
sahir d'elle ; (fig.) e á má parte, faculdade
de fazer acção má impunemente, v g. oca-
racler de ministro de estado é de ordinário
— para commetter desaforos.
PASSAR, V a. {passo, ardes, inf ) transi-
tar, ir de um lugar para outro, atravessar,
V. g. — o rio, a ponte, os montes. — , ir
além, deixar atras, v g. — a meta, a fron-
teira; exceder, v. g. — a alguém em altura.
O bom discípulo passa o mestre. — o fio
pela agulha, enfiar. — o corpo com espa-
da, lança, traspassar, atravessar. Passou a
guarnição á espada, matou. — , dar passa-
gem, fazer entrar ou sahir, levar para lugar
opposto, V. g. — alguém aos hombros pelo
PAS
PAS
tlTt
vao, por entre a labareda ; — mercadorias
para fora do paiz ou para dentro ; — por alto.
— moeda falsa, dâ-la em pagamento, fazê-
la correr. — , expedir, lavrar, publicar, v.
g. — decreto, ordem, mandado de prisão,
de penhora, certidão. — , dar reciprocamen-
te , V. g. — prendas , entre noivos. —
em conífl, (merc.) abonar parcella. — lição,
marcar a que o discípulo deverá estudar. —
pelos olhos, ver, olhar rapidamente. — um
licro, corrê-lo. — em claro, não attender,
omittir, não fazer menção, v.g. na historia
de Portugal passou em claro o tempo dos Phi-
lippes. — por alto, não fazer menção, não
fazer caso. v. g. — as objecções do critico.
— pelo pensamento, occorrer, v, g. passou-
me essa ideia pelo pensamento. — , descul-
par, tratar com indulgência ; — as culpas.
— , ceder, transmittir, v. g. — a herança,
a divida, o direito a alguém. — cartas (no
jogo) ceder ao parceiro o direito de as tomar
da baralha. — o tempo, distrahir-se Passei
as festas no campo, residi lá durante as fes-
tas. Passámos bom tempo, dias alegres, dis-
fructámos. — a vida no ócio, viver ocioso.
— á acção, executar o que estava no pen-
samento ou em projecto. — as costuras, (al-
faiate) assenta -las passando um ferro quen-
te por cima. — , soffrer, v. g. — trabalhos,
fomes, sede, miséria, perseguições. — , sec-
car ao sol (uvas, figos, ameixas, etc). — ,
coar, (o liquido, a dissolução, o cozimento).
— , V. n. transitar, ir de um lugar para ou-
tro, V. g. passei á outra banda do rio ; —
de Inglaterra a ou para França. As aves de
arribação passam para a Europa na prima-
vera. O sol passa para o hemispherio boreal.
— para o inimigo, desertar. — de um as-
sumpto para outro. — adiante, progredir.
— , escapar, fugir, v.g. o tempo passa ra-
pidamente. — bem, ter, gozar de saúde —
mal, estar adoentado. Ter com que — , de
que subsistir. — , cessar, deixar de existir,
D. g. — a dôr, a paixão. Isso passou de mo-
da. Passou o império romano. — , aconte-
cer, V. g. o caso que ou como passou. Dir-
te-hei o que passou entre os dois sujeitos.
« Os amores de ígnez que ali passara » goza-
ra , tivera. Camões. — por alguma cou-
sa, não a fazer omittir, não fazer menção
d'ella. — por culpas, faltas, desculpa-las,
trata-las com indulgência. — , exceder, v.
g. — da marca. Passou de três mil o nume-
ro dos inimigos mortos. — , correr, v.g. as
patacas hespanholas passam por 860 réis.
— , escapar, v. g. — da memoria ; — o tem-
po, a occasião de fazer alguma cousa, per-
der-se. — , no jogo, não fazer jogo. — a
mais, segunda vez. — por, ser tido, repu-
tado, V. g. — por sábio, virtuoso, santo. —
a seTf tornar-se, vir a ser, v. g. de moçof
TM. if .
passamos a velhos. — por alguém^ não olhar
para a pessoa encontrando-a. — pelas mãos
de alguém, ter conhecimento perfeito de al-
gum negocio, V. g. o dinheiro passou por
minhas mãos. — por, ter experimentado,
v.g. isso passou por mim. — , sertransmit-
tido, v.g. — a herança, o titulo a outrem.
— em julgado, (phr. for.) ter pleno eíTeito
a sentença, visto não ter sido embargada, ap-
pellada ouaggravada em tempo útil. — pela
chancellaria, ser registado nella. — poralto^
ser introduzido em fraude. Passe muito òew»,
(phras, famil.) com que nos despedimos de
alguém, desejando-lhe saúde. Passa fora,
interjeição vulgar de indignação, usada de
ordinário enxotando cães, ou fallando a es-
cravos e gente baixa e vil. — , (ant.) morrer,
expirar. — se, v. r. mudar de residência,
partir, v.g. — a Inglaterra. — ao inimigo,
desertar. A dôr, a gota passou-se ou passou
dope para o joelho. — se, desmaiar; estar
expirando. — se, acontecer, v. g. ninguém
sabe o que se passou naquella conferencia.
— se, seccar-se, v. g — a uva, os figos. — se,
decorrer, v. g. passou-se muito tempo an-
tes de se dar no roubo.
PASSARA, s. f. (de pássaro) a fêmea do pás-
saro, e particularmente a perdiz. — , termo
obsceno chulo.
PASSAREiRO, s m. (dcs. eiró) caçador de
pássaros ou perdizes.
PASSARINHA, s. f. ; — do porco, o baço.
Tremer a — , (loc. chula) ter grande medo.
Tremeu-me a — , tive grande medo. Fazer
tremer a — , meter grande medo, assus-
tar.
PASSARINHAR, V n. caçar pássaros.
PASSARiNHEiRO, s. m. (dcs. círo) caçador
de pássaros Cavallo — , espantadiço, como
o são os pássaros.
PASSARINHO, s. m. diminut. de pássaro,
are pequena.
PÁSSARO, s. m. (do Lat. passer, pardal.) o
macho das aves, e nome genérico de ave.
PÁSSARO (cabo), (geogr.) Pachynum pro-
montorium, ponta SE da Sicilia.
PASSAROLA, s. f. augmcnt. de pássaro,
pássaro mui grande, ou imitação d'elle.
PÁSSAROS (ilha dos), (geogr.) ilha do rio
Tacoari, entre a povoação de Pouzo- Alegre
da província de Mato-Grosso, e o confluente
do sobredito rio com o Paraguai.
PASSAROUANG, (gcogr.) grande cidade da
ilha de Java, a 75 léguas SE. de Batavia, ca-
pital de uma província do mesmo nome si-
tuada a SE. da província de Sourabaya, a E.
da de Basaki.
PASSAROViTZ , (geogr.) cidade da Servia,
perto do Morava, a 6 légua E. de Semen-
dria.
PASSATEMPO, s. m. {vãssa o tempo) entre-
ÍÍ8
PAS
PAS
tenimento agradável, recreação deshones-
ta.
PASSAU, (geogr.) Palavia em lalim mo-
derno, Batava casíra dos antigos, cidade da
Baviera, sobre o Danúbio ; 9,000 habitatiles.
PASSAU (bispado de), (hisl.) Kstado do Im-
pério, no circulo de Baviera, entre a Baviera,
a Bohemiae Áustria.
PASSA VANTE, 5. w. (cm Fr, passavant, era
grito, brado de guerra dado pelos arautos.
u nosso termo é propriamente o poursuivant
d' armes ^ official subordinado aos arautos ou
reis d'armas) (ant.) espécie de arauto que tra-
zia o brasão no peito esquerdo, ao contrario
dos arautos que o trazião no direito. Hoje
apontão as linhagens e dão cartas ordinárias
de armas e brasões.
PASSAVOLANTE, s. m. {áo ¥c. passe-volaut,
homem não alistado, que figura em mostras
de regimento como soldado eífectivo) peça
de páo pintada imitando canhão de bronze;
peça de artilharia de calibre mui pequeno.
PASSE, s. m. (subst. doimperat. &q passar)
despacho que habilita o estudante a passar a
outra aula por estar approvado ; despacho
de juiz ou de ministro, mandando lavrar ou
passar certidão, carta ou patente. Dar um
— , passar alguma cousa, dissimular.
PASSEADO, A, p p. de passear ; adj. que
passeou, que se fez passear, ?;. ^. ocavallo
ardente, depois de — , pode montar-se ; por
onde se passeia, v. g. rua, praça — dos ja-
notas; por diante de quem se passeia, vi.g.
dama — dos galantes, que a requestam pas-
sando-lhe por diante dasjanellas.
PASSEADOR, A, s. ptíssoa quc passcia mui-
to, qne dá grandes passeios.
PASSEÁDOURO, '5. m. (des. ouro) lugar por
onde se passeia ; passeio.
PASSEANTE, s. dos 2 g. que passa o tem-
po a passear, arruador.
PASSEAR, V. n. {passo, ardes, inf.) andar
a passo, de vagar, por exercido, divertimen-
to ou vadiação; (íig.) — em sege, a cavai-
lo. — a nau, fazer bordos, bordejar. — a
uma dama, requesta-la, namora-la passan-
do-lhe p@r diante dasjanellas. — , (tig.) va-
gar hvremente, v, g. — o pensamento. — ,
V. a. percorrer de passeio, v. g. — as ruas
da cidade. — o cavallo, faze-lo andara passo
ou de vagar para exercício, ou para lhe di-
minuir o fogo. Sair a — as ruas, diz-se
do comdemnado a levar açoutes do verdugo
peias ruas da cidade, ou a ouvir o pregão
da culpa e pena. —se, v. r. (p. us.) pas-
sear ; ser passeado.
PASSEIO, s. m. o acto de passear ; o lugar
onde se passeia. — publico, jardim, ala-
meda onde o publico passeia., — , (fig.) andar
compassado, grave, garbo. E ant. neste sen-
PASSEiRO, A, fflrf;. que anda a passo, vaga-
roso, tardador, que não se apressa. Papel
— . V. P assento.
PASSEivÃo, s. m. {ãepaço, ou talvez voz
Asiat.) (ant ) Vem em F. !Vtendes Pinto : ex.
«fui ao — das casas d'El-Rei. » Parece si-
gnificar páteo.
PASSENTO, adj. Papel — , poroso, em que
a tinta alastra, mal collado.
PASSEO. V. Passeio.
PASSEPASSE, s. m. Jogo de — , peloticas;
(fig.) alternativas. «Jogo de — da fortuna
c'os estados humanos. » Eufr.
PASSERiANO, (geogr.) cidade do reino Lom-
bardo-Veneziano ; a 2 léguas i\E. de Campo
Formio ; 3,000 habitantes.
PASSERONi, (hist.) poeta italiano, nasceu
em 171/-Í, morreu era i802. As suas poesias
são no género satyrico, principalmente o seu
Cicerone.
PASSiFLORA, (bot ) typo de uma familia dis-
tincta de plantas , cujos caracteres são os
seguintes: cálice arceolado na suabase, com
cinco divisões muito pr- 'fundas e iguaes, co-
rolla composta de cinco pétalas alternas ; os
estames e o pistilo são unidos a um eixo cen-
tral, estes estames são em numero de cinco.
passignano, (hist.) pintor italiano, nasceu
em 1560, morreu em 1(>88, foi discípulo de
iNaldini ; distinguiu-se pela sua rara facili-
dade. O seu Martyrio de Sancta Reparata
foi feito em oito dias ; S. João Gualberto em
18 horas e de noute.
PASSiGO, s. m. V. Passagem ou Passa^
diço.
PASSiONAL, s. m. (Lat. passio, onis, pai-
xão.) livro em que aniigamente se escreviam
as lendas dos martyres ; martyrologio.
PASSioNARio, s. m. (des. ário.) livro que
contêm os quatro evangelhos da Paixão de
Christo, que se cantam pela Semana Santa.
PASSiR, (geogr.) cidade da ilha de Borneo,
capital do reino de l'assir. Este reir.o fica en-
tre os de Banjermassing e de Cotti-Lama. _
PASSIVAMENTE, adv. [mente sufi.) de mo-
do passivo. Participio tomado — , v. g. foi
mordido por um animal. Oppõe-se ao acti-
vo ao supino : o cão tinha mordido o rapaz.
Soffrer, sup[iorlar — , sem resistir nem quei-
xar-se .
PASSÍVEL, adj. dos íi g. (des. ivel.) su-
jeito a paixões, a soffrer.
PASSIVO, A, adj. (; at. passivus.) sujeito
a paixões, sujeito a pidecer. Voz—, o direi-
to de ser eleito, e não o de eleger. Aposen-
tadoria — , privilegio de conservar a casa
que se occupa. ISão ter voz activa timi — cm
algum negocio, não influir nello. Verbo— on
— do verbo activo, que exprime acção soffri-
da, padecida por pessoa, animal ou cousa ;
forma-se do participio passivo com o ver-
PÀd
pâs
Hf
bo ser, v. g. ser amado, ferido, levado, ou
com o verbo activo e o pronome se, quando a
acção se não refere a individuo determinado,
V. g. lavra-se a ttrra, tece-se o linho, (|ue
equivalem a : a terra ó lavrada ; o linho é
tecido. Farlicipio — , é todo o participio que
exprime acção pretérita que pôde referir-se
a individuo ou objecto modihcado por ella
ou paciente, v. g. ferido, levado, conjuga-
dos com o verbos ser, estar, ficar e outros re-
flexos, V. g. sentir-se, ferido, levado.
PASSO , s. m. (Lat. passus, de pandor ,
abrír-se, alargar-se.) espaço abrangido entre
um e outro pé no acto de andar, caminhar,
movimento de homem ou animal que anda.
V. g. deu dois — s. Fez um — atrás Dar — s,
(fig.) fazer diligencia;}. Dar um — , fazer
uma acção Seguir os — s de alguém, (lig.)
imitar, seguir o exemplo. Tomar o — , ir
diante, tomar a dianteira, guiir os outros,
ser o primeiro. Andar igual — , (fig.) se-
guir os mesmos termos. Andar uma cousa
ao — de outra, acompanha-la, correr pare-
lhas. Ao — que elle avançava, ao tempo, em
quanto, á medida. — , andadura que ?e en-
sina ás bestas. Ter bom — ; — largo, cheio,
apressado. — , medida de dois pés e meio. —
geométrico, de cinco pés. — a — ou — e — ,
compassadamente, de vagar. Andar — , pau-
sadamente. Contar seus — , (fig.) ponderar,
ir com tento no que se obra. — , aberta .
lugar estreito que dá passagem (na terra ou
em rio , porto ou no mar). O — das Ther-
mopylas. Guardar o — , atalhar o passo.
Dar — a alguém, passagem. Cartas de — s,
(ant.) passaporte. — da voz ou da gargan-
ta, trinado. — , successos, v. g. os — s da
Paixão de Christo, os tormentos que pade-
ceu, e fig oratório onde elles são represen-
tados. — , lugar, passagem de um livro, au-
tor. Tocar de — em alguma matéria, de pas-
sagem, levemente. Dar — a alguma cousa,
dissimular, tolerar, deixar passar sem oppo-
sição. O — das ates, passagem das de arri-
bação.— , paciência, pachorra. Lerara/^w-
ma cousa a — , com prudência, paciência,
sem se alterar. «Perder o — , » Vieira, a
prudência, o bom governo, a boa direcção
do negocio. «Aqui perdeu o ^ toda a sua
sabedoria. » Arraes. O extremo — , a morte.
— , adverbialmente, ou mui — , devagar ,
pausadamente, sem ruido. Dizer, fallar ~,
em voz baixa. Passo ! interjeição, diz-se a
quem falia em voz mui alta, equivale a fal-
lai baixo. — de parafuso, o vão entre as ros-
cas ou espiras
PASSO DO LUMIAR, (geogr.) antiga villada
ilha do Maranhão, 3 léguas ao oriente da ci-
dade de hão Luiz.
PASSoziNHO, adv. de vagarinho, de man-
sinho. Fatiai — .
PASSWAN-OGLou , (hist.) cclebrè rebelde
turco, nasceu em 1758, fugiu para as mon-
tanhas depois da morte de seu pai, que o
gran-visir tinha feito decapitar por causa
das suão riquezas e credito ; tomou Widdin,
suslentou-se contra forças numerosas en-
viadas para o anniquillar, e a final obteve
o seu perdão com o saundjakato de Widdin,
o qual governou até á sua morte em 1807.
PASSY, (geogr.) villa de França, a légua
e meia S. de Neuilly; 6,000 habitan-
tes.
PASTA, s. f. (do Gr. pasta ou paste, de
passo , humedecer , molhar ) papelão, car-
teira de papelão coberto de coiro em que
os rapazes levam traslados á escola, os ma-
gistrados e ministros de estado requerimen-
tos, consultas e outros papeis a tribuuaes, ou
ao despacho do rei ou chefe do governo. — ,
massa de farinha ou de outra substancia glu-
linosa. Este é o sentido próprio, do qual os
outros são ampliações. — , lamina, folha cha-
ta, plana, de massa, de metal, vidro, fel-
tro, ou de algodão batido. Uma — de vidro,
seis peças delle para vidraças, que vem em
cada liassa ou balsa.
PASTACA, (geogr.) rio da Columbia , nas
Andes, corre ao N., a ESE. , ao S. e cae
no Amazonas.
PASTADO, A, p. p.^Q pastar ; adj. Terra
— por gado, onde elle pastou. O gado ti-
nha — toda a herta, comido.
PASTAGEM, s. f. [pasto, des. agem ) ter-
ra de pasto, onde pasta o gado.
PASTANEAR. V. Pcstanear ou Pestane-
jar.
PASTAR, V. a. [pasto, ar des. inf.) comer
o pasto, a herva ou relva; levat* ao pasto,
dar pasto. — suas ovelhas. Os Alarves que
pastam aquelle deserto , (fig.) que vagam
por elle conduzindo rebanhos ao pasto.
PASTiL, 5. m. (Fr. ant. pastel, de past,
alimento.) massa de farinha da feição de ter-
rina redonda ou oval que se enche de carne,
peixe, fruta, doce, nata, picado, etc, e que
se coze no forno. v. g. Pasteis de na-
ta.— , (Ital. pastello.) (bot ) planta cruci-
fera bisannual que dá uma b lia côr azul
com que se tinge, e que suppre o anil. E'
da família das Cruciferas e da Tetradynamia
siliculosa.
PASTELÃO, s. m. augment. de pastel, pas-
tel grande de fruta, ou de avéâ inteiras,
frangos, peixe, etc
PASTELARIA , s. f. (des. ária.) telida de
pasteleiro ; os pasteis e massas de que se co-
bre uma mesa esplendida.
PASTELEIRA, s. /". (dcs. círa. ) mulher quc
faz e vende pasteis ; mulher da pasteleiro.
PASTELEIRO, s. m. (dcs. ciro.) o que faz
e vende pasteis, assados, guisados.
bO *
iw
PÁS'
PAT
PASTELINHO . s. tn. diminut. de pastel ,
pequeno pastel.
PASTILHA, s. f. diminut. de pasla, com-
posição de drogas aromáticas que se quei-
mam para perfumar, ou se trazem na boca
para dar bom bafo, ou medicinaes , v. g.
— s de cato, de alcaçuz.
pASTiNACA, s. f. cenoura, planta horten-
se. — , nome de um peixe do mar.
PASTiNHA, s. /". d/rniíiuí. de pasta, chape-
linho achatado que homens vestidos em cor-
po levam debaixo do braço, e que se não
põe na cabeça.
PASTO ou s. JuÃo-DE-PASTO, (geogr.) ci-
dade da Nova Granada, a 75 léguas KE.
de Quito; 7,000 habitantes.
PASTO, s. m. (lat. pastus, áepascor, i,
pastar.) a herva de que se apascenta o ga-
do ; O lugar onde ella cresce, pastagem, ter-
ra de pasto ; alimento (dos homens e dos
animaes). « Os Geos, cujo — é sangue e car-
ne humana. » Lucena. Casa de — , onde se
dá de comer ao publico por dinheiro, fiom
— , boa mesa , comida delicada. — espiri-
tual ou do espirito, (fig.) a leitura, a me-
ditação, o estudo. — espiritual da alma, a
palavra de Deus, os sacramentos. Dar — á
alma, contemplar. — ás paixões, nutri-las.
A — , (p. us.) com fartura, v. g. comer, be-
ber — . Quando as prosperidades andam a — .
Na velhice as doenças andam a — . Comer
á — , em mesa redonda por escote determi-
nado.
PASTOR, s. m. (pron./jaíídr.) o que guar-
da e apascenta o gado ; (fig.) o cura de al-
mas que administra o pasto espiritual. —
universal, o summo pontifice, o papa, v. g.
— que ordenha a enseccar, rez ou cria que
quer matar. Adagio.
PASTORA, s. /. (de pastor.) a mulher que
guarda e apascenta o gado, a mulher do pas-
tor.
PASTORADO, A, p. p. do pastorar.
PASTORADOR , 5. w. O que vigia o gado
para que não entre em terras de lavoura ou
em plantações onde cause damno.
PASTOHADOURO , s. tH. (p. us.) Itrra de
pasto.
PASTORAES, (hist.) caterva de vagamundos,
a qual em 1250 se formou em França, sob
o pretexto de fazer uma cruzada para livrar
S. Luiz, tinha á sua frente um certo mon-
ge húngaro, o qual se intitulava, senhor da
Hungria. Era composta quaziloda de pas-
tores, esta éa origem do seu nome. Depois
de terem assollado muitas cidades foram ba-
tidos e desfeitos em 1251.
PASTORAL, adj. dos 2 g. de pastor. Bá-
culo, vida — . Cartas pastoraes, de bispo
aos seus diocesanos.
PA 8T0RÁL, s. f. obra poética pastoril^ co-
mo egloga, idyllio. — , carta monitoria, de
bispo a seus diocesanos sobre matérias de
moral ou doutrina.
PASTORALMENTE, adv. [mente suff.) como
pastor ; paternalmente. Viter, tratar, cu-
rar admoestar,
PASTORAR. V. Pastorear e Apascentar.
PASTOREAR , V. fl. [pastor , ar des. inf.)
apascentar, levar o gado ao pasto e cuidar
delle. — ovelhas.
PASTORET (marquezde), (hist.) jurisconsul-
to francez, nasceu em 1756, morreu oml840.
Deixou entre outras obras nm Tractado de
leis penaes ; Historia geral da legislação dos
povos, etc
PASTORIL, adj. dos2g. (des. i/.) de pas-
tor, do campo, rústico, v. ^. vida — . Poe-
sias pastoris. Frauta — .
PASTORINHA , s. f. diminut. de pastora ,
rapariga que guarda o gado.
PASTORiNHO , s. m. diminut. de pastor,
rapaz que guarda o gado.
PASTORiLS, (hist.) historiador polaco, nas-
ceu em 1610, morreu em i681. Publicou
Florus polonicus. Historia polonica ah obi-
tu Uladislai IV usque ad annum 1651t.
PASTORZiNHO, s. w. diminut. de pastor.
V. Pastorinho.
pAsTOS BONS, (geogr.) pequena villa do
sertão da província do Maranhão, 84 léguas
ao sul da cidade de São Luiz, e 40 aoSSO.
da villa de Caxias, entre o rio Parnahiba e
o Itapicurú.
PASTRENGO, (hist.) juriscoiisulto italiano,
no XIV século. Fez o primeiro ensaio d'um
Diccionario histórico, bibliographico e geo-
gr aphico.
PASTURA, í. f. (des. ura.) pasto, herva;
(fig.) alimento.
PASTURAL, adj. dos 2 ^r. (des. adj, a/.) de
pasto. Terras pasturaes , de pasto , pasta-
gens.
PATA, s. f. fêmea do pato.
PATA, s. f. (do Fr. patte, ant., J9aí«, pó
de animal, do mesmo radical que f^.) pede
animal, pé espalmado ou grosso. — do ca~
vallo, boi, cão, (fig.) toucado antigo armado
em arames, e com extremidades largas pen-
dentes, donde lhe vem o nome. Guarda — í,
parte do toucado guarnecida de rendas, de
bordado, ou de fio de ouro ou prata. Moraes
confundiu pata, animal, com faia, pé.
PATACA , s. f. (de patac, patacon, pata»
gon, moeda de prata cunhada em Flandres;
valia a principio 48, e depois 58 soldos.)
moeda hispanhola de prata chamada piso du~
ro, do valor de 760 a 800 réis. Ko Brasil
a pataca vale 320 réis. — , malha branca re-
donda dos cavallos ruços rodados. Não se
enxerga — , (phraz. chula) não se vê nada.
PATACÃo , s, m. pttaca hispanhola. — ,
vPAT
moeda antiga de cobre de Portugal; no tem-
po de D.João III, valia dez réis, e três no
de D. Sebastião. — de prata, na Ásia, xe-
rafim, do valor de 320 réis. No Brazil o pa-
tacão vale 9tiij réis, ou três patacas. Fazer
terreiros depatacões. (phraz. chula) fazer of-
fertas jactanciosas. V. Pataca.
PATA-CHOCA, s. m. (chul.) servente de sa-
cristia. Denominação jocosa de despreso tira-
da do modo de andar dos sacristães como uma
pata no choco.
PATACOADA, s. f. [pataca, des. cellectiva
ada.) grande quantidade de patacas oupa-
tacões ; (fig.) ostentação, jactância ridícula.
Fez grande — .
PATADA, s. f. (des. ada.) golpe com a pa-
ta ou planta do pé ; (fig.) passo grosseira-
mente errado. Dar uma — , commetter erro
palmar.
PATAGÃo, s. m. homem daPatagonia, ou
Terra de Magalhães.
PATAGONfA ou TERRA DE MAGALHÃES ,
(geogr.) a região mais meridional da Ame-
rica do Sul, ao S. do Chili, e da Confede-
ração argentina ; limitada pelo Oceano-
Atlanlico a E., o Grande Oceano a O. , e
o Rio Negro. ao N. É um paiz muito frio,
montuoso, e cortado por muitos lagos. Es-
te paiz foi descoberto em 1519 por Fernan-
do de Magalhães, navegador portuguez.
PATAK, (geogr.) cidade da Hungria, so-
bre o Bodrog , a 4 léguas SE. d'TJjhely ;
8,000 habitantes.
PATAiAS , (geogr.) povoação de Portugal,
situada a 3 léguas de Leiria ; 1 ,000 habi-
tantes.
PATALA, (geogr.) antiga cidade da índia,
na ponta do delta do Indo.
PATALOu , s. m. (ant.) V. Ranúnculo e
Patola.
PATAMAR, vulgo PATAMAL, S. m. (do Lat.
patularium, formado de patulus , alerto,
largo, e atrium, átrio, páteo.) espaço mais
ou menos largo no topo dos degraus de es-
cada diante da porta, ou entre duas portas
fronteiras. Pi. Patamares oa Patamaes.
PATAMAR , s. m. (t. Asiat. do rad. pad ,
pé.) correio a pé, caminheiro. — , embarca-
ção ligeira, aviso.
p ATAM AZ, adj dos ^ g. [t. provincial) bea-
tarrão, santarrão. — , muito besta, tolo, par-
voeirão.
PATAN, (geogr.) cidade do Indostão, no
Estado de Boundy, a 9 léguas SE. de
Boundy.
PATANA, (geogr.) uma das três divisões
do Maissur ao S., tira o seu nome de Pa-
tana ou Seringapatam , sua cidade princi-
pal.
PATANGANTiM, s. w. (t. da Asia, de pati,
senhor.) o cabeça da povoação.
fAT
m
PATANi, (geoçr.) cidade da índia ti^ans-
gangelíca , capital do reino de Patani, riR
parte JNE. da peninsula de Malaca. ^^
pataTís, (hist.) nome dado na índia; ''na
idade media, aos Afghans, e que provavel-
mente não quer dizer outra cousa senão
tribus, porque os Afghans eram organisa-
dos em tribus. ''^
PATAO, adj, m. ou s. w. (do Fr. paíttMíTJ
pron. pátô.) (chulo) pesado, feito grosseira-
mente. — , tolo, estólido, parvo.
PATÃo, s. m. (Fr. patin.) tamanco 'íHis'-
tico. ■''■'■
PATARA, (geogr.) hoje Patera, cidade da
Lyeia sobre o mar, no pachahk actual de
Ada na; era celebre por um templo ou orá-
culo de Apollo. ;í ' ^^
PATARATA, s. f. (do Fr. pétàfddé, estron-
do de peidos ou foguetes, do Lat. peditare^
dar peidos.) ostentação vã, mentira jactan-
ciosa ; cousa vistosa mas de pouca dura ou
solidez , V. g. pauno, estoífo. — , patara-
teiro. , '*3
j BiBq os ai>}(i
^' HAiaTA*!'
Teu pai foi um trovão de 'pataratas.- ^ j ^s
Bocage.
PATARATEAR, V. fl. ou ?i. [patarata , av
des. inf.) dizer pataratas.
PATARATEiRO, s. m. (dcs. cifo.) O qúe diz
pataratas.
pATARECAs. V. Pataregas.
PATAREGAS, s. f. em Alcobaça, feijões que
se comem em vagem. Talvez seja corrupção
do Fr. haricots , feijões , e potager , da
horta.
PATAREO. V. Patamar da escada.
PATARiNOS , (hist.) hereges que pretetf;^,
diam que a oração do Pater era a unicá
e suíTiciente, também ensinavam que o ho-
mem e o mundo eram obra do demónio.'
PATA-ROXA, s. f. [pata e roxa.) nome de
um peixe parecido com o cação ; pesca-se
na costa de Cezimbra.
PATARRAES, s. m. (naut,) apparelhos de
calabres grossos para segurar os mastros áo[
costado, em temporaes ,.riios.
PATAS. V. Pata.
PATAViUM, (geogr.) cidade da Itaha anli-.
ga, entre os Veneti, hoje Pádua. '
PATAXO ou PATACHO, s. m. (Fr. patache,^
deriv., segundo M. de Roquefort, do Gr. pa-
tein, passear.) (naut.) navio ligeiro armado,
que precede ou segue uma armada e vai ex-
plorar portos, rios, etc.
PATAY, (geogr.) villa de França, a 6 lé-
guas NO. d'Orleans ; 1,000 habitantes.
PATAYA, s. f. (t. da Asia) tulha. ^
PATCHAKAMAK, (hist.) O graudo deus (ifos
Peruvianos , era o sol considerado como
crèador e conservador. Os Incas pertenaiam
descender deste deus.
( PATE, s. m. (t. da Ásia, do Sanscrit. pati
ou. poti, senhor.) chefe de aldeia. Couto, F.
Mendes Pinto.
PATEADA, s. f. [pata, planta do pé, des.
ada.) golpes com os pesem signaldedesap-
provação de actor, cantor, etc. , vaia, ma-
traca.
PATEADO , A, p. p. de patear ; adj. que
levou, a quem se deu pateada. — , que deu
paleada, v. g. o actor foi — . O publico, de-
pois de ter — a peça e os actores.
,, ^PATEADURA. V. Paímáa.
_^'^,'|.PATEAR, tJ. a. [pata, pé, ar des. inf.) ba-
ter com o pé em signal de desapprovação.
V. g. — os actores, a peça. — , dar pateada.
, PATECA, s f. (Arab batehka.) V Melan-
bià. — , (t. da Ásia) espécie de vestidura usa-
da no Malabar.
PATEiRO, s. m. (des. eiró.) o que cria e
guarda patos ; (fig. e chulo) o frade leigo
bom só para pateiro.
PATEJAR. V. Patinhar.
PATEL. V. Patê.
PATELA, s. f. (Lat. patella.) V. Rótula,
ou Rodela de joelho.
^. PATELHA, s. f. (naut.) couce do leme, en-
caixe na quilha no fundo do cadaste onde
joga o leme.
PATEtfA, (geogr.) cidade de Hispanha, a
8 léguas iNE. d'Almeria; 1,630 habitantes.
PATENA, s. f. (Lat joaíína.) vaso sagrado
de ouro ou de prata em forma de prato em
{[ue se põe a hóstia, e com que se cobre o ca-
ix na missa.
PATENTE, adj. dos 2 g. (Lat, patens, tis^
p. a. de pateo, ere, estar patente.) apparen-
te, manifesto ; publico. Carta, cartas ou le-
tras — s, dadas pelo rei a alguém conceden-
do-lhe privilegio.
PATENTE, s. f. carta patente, letras pa-
tentes pelas quaes o rei confere posto, gra-
duação militar (começa pelo nome do rei,
c* g. D. João, etc). — , (a nt ) carta aberta,
espécie de certidão que dá o superior de
communidade aos seus confrades. Pagar a
— , pagar o preso ao entrar na cadeia, ou
O novato na universidade uma certa quan-
tia aos companheiros para ser gasta em al-
moço ou merenda. Nos autores antigos acha-
se patente, s. m. um — .
PATENTEADO, A, p. p. de patentear; adj.
feito patente, manifestado.
PATENTEAR, V. a. {patente, ar des. inf.)
fazer patente, publico ; manifestar.
PATENTEMENTE, ttdv. {mente suíf.) de ma-
neira patente, aberta, manifestamente.
PÁTEO, s. m. (do Lat. pateo, ere, estar pa-
tente.) recinto murado e descoberto diante
(PU detrás da casa. — , na universidade, as
flT
aulas menores. — , píatéa de fneatro , por-
que antigamente em páteos descobertos ou
cobertos de toldo se representavam dra-
mas. .,
PATERNAL, adj. dos 2 g. {Ldit. paternusl
des. adj. ai.) de pai ou de mãi. Amor — .
Cuidados, sentimentos paternaes, de pai, af-
fectuosos como os do pai para os filhos.
Syn. comp. Paternal, paterno; mater-
nal, materno. Osdous primeiros adjectivos
se formão da palavra latina pater, pai, e
a ella referem, porém com diíTerente rela-
ção.
Paíerna/ exprime o que é próprio de pai,
o que pertence á qualidade de pai conside-
rada em geral. Pa íerno significa o que per-
tence ao pai determinado, ou dflle deriva.
O amor paternal é muitas vezes mais noci-^
YO que útil á boa educação dos filhos; isío
é, o amor que os pais em geral, sem de-
signar nenhum, têem aos filhos, etc. A mi-
nha herança paterna era considerável ; quer
dizer, a herança que tive de meu pai, os
bens que delle herdei, etc.
A mesma diíferença se nota entre wiaíér^
nal, e materno. Antigamente a autoridade,'
a benção paternal e a ternura maternal
eram mui apreciadas dos filhos. Hoje, ape^
nas os filhos, saem da casa paterna, ou S9
emancípão do pátrio poder, não têem em
nenhuma conta a autoridade paternal, e
bem depressa se esquecem da ternura ma-
ternal de quem receberam tantos carinhos.
PATERNAi-MENTE , adv. {mente suíT.) com
sentimentos paternaes, com amor de pai.
PATERNAMENTE , adv. {mente suff.) como
pai. com amor do pai ; da parte do pai.
PATERNIDADE, s. f. (Lat. patcmitas, tis.)
a qualidade de pai, o ser pai. — , titulo que
se dá aos religiosos. Vossa — .
PATERNO, A, adj. (Lat. paiernus.) áo^&i,
que pertence ao pai , que foi do pai : da
parle do pai. Avô — . Bens — s, herdados
do pai. Casa — , a do pai.
PATERNO (S.), (hist.) bispo de Vannes em
540, morreu em 555 ; é commemorado a
15 de Abril, dia da sua morle. Um outro
S. Paterno, monge de Sens, é festejado a
12 de novembro.
PATERNO, (geogr.) Hybla major , cidade
de liispanha, a 5 léguas NO. de Catane ;
9,800 habitantes.
PATERNOSTER, s. m. palavras latinas, paj^
dre ou pai nosso, a oração dominical, que
começa por estas palavras.
PATERSONiA, (bol.) gcucro dc plantas da
familia das irideas, e da Triandria Mono-
PATESCA, s. f. (do Casl. patesca, montão
com grande rodo por onde corre a driça do
mastro grande) Rodas de — , (artilh.) sem
m.
;lBJt
raios, inteiriças como as dos carros de bois
em Portugal.
PATHETiCAMEETE, ãdv. {mente suff.) de mo-
do palhetico.
PATHETico, A, adj. {Lai. paíheticus , do
Gr. paskhô, soílrer, do inus. jjathó] que
move os aíTectos, que excita as paixões, Vi
g. estjlo, discurso — . ..li.i'''
PATUMOS , (geogr.) hoje Patmo ou Pai*-
mosa, iliia do Archipelago, a mais septen-
trional das Sporades, ao SE. de JNicaria e
defronte do Mileto.
PATHOGNOMONico, A, ãdj (do Gr. pathos,
doença, e ghinosko, conhecer ) (med.) ca-
racteristico de cada doença, v. g. signaes
— s.
PATHOLOGiA, s. f. (^Lat., do Gr. pathos,
doença, e logia sutf.) (med.) parte da medi-
cina que ensina a conhecer as doenças.
«. pATHOLOGico, A, adj. que pertence ápa-
thologia ; que trata da palhologia , v. g.
systema — ; trat»do — .
PATiBULAR, adj. dos 1 g. (des. adj. ar.]
de patíbulo; que merece morrer no patíbu-
lo. Este homem tem inclinações, hábitos
patibvlares, ou cara patibular.
PATÍBULO, s. m. [pron. patíbulo', do iat.
patior, pati, soílrer. ) lugar onde os condem-
nados soífrem pena capital, forca. Entre os
Romanos era uma cruz em íórma de Y sobre
a qual se pregavam os padecentes com os bra-
ços apertados e lixados em cada um dos ramos
da haste lorcada. V. Cruz.
Syn. comp. Patíbulo, [orca. Patíbulo é
nome genérico que sigMfica o lugar em que
padece o condemnado, seja radalalso, íor-
ca, polé, pelourinho, etc. Forca é uma es-
pécie de patíbulo, que consta de trez páos
fincados na terra em ti iangulo onde se pen-
durem de cordas os condemnados a morrer
enforcados.
PATIFA, s. f. (t. da Ásia) sorte de embar-
cação. Couto.
PATlFÀo, s. m. augment. de patifo.
PATJFAR'A, s. f. (des. ana.) acçâo dc pa-
tifo, desaforo.
PATIFE, s. f. (talvez do Fr. ant. putefoi,
má lé , baixeza.) moço da ceira, ribeirinho
que leva o jeixe a casa dos compradores. — ,
maroto, desavergonhado.
pATiGUÁ, s. m. (t. Brasil.) e vulgarmen-
te Patuá. Grande cesto de palha tecida em
que os indígenas guardam a sua rede ; saco
ou bolsa em que a gentalha no Brazil traz re-
médios e amuletos a que attriLuem a virtu-
de de preservar de tiros, leridas e malefí-
cios.
PAT'LHA. V. Palheta de prata, ouro, tic.
PATIM, s. m. diminui, de {,óleo , páteo
pequeno. — , (Fr. patins ) chapins de lerro ;
chapins guarnecidos por baixo de uma peça
123
liza estreita de ferro terminada alem da poft-
ta do pé em volta curvada para cima, que
se ajusta ao calçado para correr escorregan-
do sobre o gefo ora em um pé ora no ou-
tro,
PATINA, s. f. V. Patena do calíx.
PAT NAR, V. a. ou n. {patins, ar des. inf.)
correr escorregando sobre o gelo dos rios,
lagos, etc, sobre patins, ora em um pé ora
no outro. JNes paizes em que o frio é inten-
so e continuado, a gente do campo traz os
seus géneros aos mercados, patinando sobre
os canaes, v. g. da UoUanda, e rios como
o Neva, o Vistula, etc.
PATINHA, í. f. diminuí, de pata (ave, e pó)
nome de uma avezinha
patinhaR, V. a. ou n. {pato, des. inhar^
do Lat. ineo, ire, entrar.) remexer a agua
com os pés, como fazem os patos em la^ôa
ou poça de agua. — , (X. chulo de jogado-
res) jogar mal, não saber fazer jogo, nem
aproveitar a fortuna aos jogos de azar quan-
do ella é favorável. — , lazer alguma cousa
mal, sem conhecimento perfeito, e como ás
apalpadellas.
PATINHO , s. m. diminuí, de pato, pato
novo. — , (chulo) o que facilmente se deixa
enganar, principalmente ao jogo.
PÁTIO. \. Páteo.
PATiPE, (geogr.) rio conhecido na pro-
víncia de iWinas Geraes com o nome de
Pardo, no fcrazil, não sendo mais que um
simples ribeiro, e com o de Patipe, na pro-
víncia da Bahia.
PATiTiBA , (geogr.) rio da província do
llio de Janeiro, no districlo da víUadeJPa-
rati, no Brazil, onde se lança na bahía de
Angra doo Reis. ,ih li. '^.a-vi^i^ «.íi^ívá
PATiY£L , adj. dos z g. (do iat. patior,
i, soílier.) Qualidades pativeis,as paixões.
PATNA ou PATNÁH, (gcogr.) Cidade da lu-
dia ingleza. capital do Bahar, sobre o Gan-
ges; òlO,tOO habitantes.
PATNi, (hist.) medico francez, nasceu em
11)0', morreu em 1672. Deixou um Tra-
ciado da conseriaçáo da saúde, e Cartas.
PATO, s. m. (cm Arab. batton , mas eu
antes o derivara do Lat. patulus, espalma-
do.) ave domestica de pés espalmados com
os dedos unidos por membrana, de bico rom-
bo e chato. Pernas de — , diz-se dequem as
tem mui curtas. — , (chulo) homem fácil de
lograr. — , (do Fr. páte, massa de farinha.)
É só usado na phiaze vulgar : pagar o — ^
o damno feito por outrem. Fm Fr. porter
la pâte au /6wr, levar o pão ao forno, tem
a Uicsma signilicaçào. — , (t. da Ásia) ponte.
PATOLA, adj. dos 2 g. {de pato, des. ola,
de Lat. olco, ere, cheirar, dar-se a conJ^
cer.) (chulo) tolo, estólido, pateta. ^.j^
PATORNEAR. V. PatroneuT.
31 *
PATOS (lagoa dos), (geogr.) grande lagoa
íio Brazil, na província do Rio Grande.
PATOS, (geogr.) nova villa e antiga fre-
guezia da província de Parahiba, no Bra-
zil. Eslá situada 80 léguas ao poente da
cidade de Parahiba, 2,000 habitantes.
PATOUILLET, (híst.) jesuita francez, nas-
ceu 9m J699, morreu em 1779. Compoz
Cartas edificantes ; a Historia do Pelagia-
nismo ; Historia da Cartucha.
PATRANHA , s. f. couto meutíroso, para
enganar alguém, ou para entreter.
PATRANHENTO , A , adj . (des. ento.) que
conta ou escreve patranhas.
PATRÃO, s. m. (Fr. patron, Ital. pàdro-
tie, do Lat. pater, pai.) arraes de barco ou
embarcação pequena, mestre de navio; do-
no de loja, chefe de casa de commerc/o, re-
lativamente aos seus caixeiros. — widr, ins-
pector da ribeira das naus, superintenden-
te das construcções e da gente do mar. — ,
(ant.) padroeiro, v. g. Santiago — da His-
panha. — , V. Padrão.
PATRAS, (geogr.) Aroe, depois Patrae, ci-
dade do Estado da Grécia, sobre o golpho
■ de Patras, a 25 léguas ^0. de Tripohtza ;
6,000 habitantes.
PATRAS, (golpho de), (geogr.) golpho que
dá communicaçáo ao mar jonio com o gol
pho de Lepanto.
PÁTRIA, s. f. (Lat., de pater, pai.) a ter-
ra em que alguém nasceu. «Aterra é — das
dores. » \ieira. A — celeste, o céu.
PÁTRIA, (geogr.) Linterna palus, lago do
reino de Nápoles, a 6 léguas NO. de Ná-
poles.
PATRiARCHA , s, m. (Lat., do Gr. pater,
pai , e arkhé, primasia.) dignidade eccle-
siastica superior ao arcebispo. — , (íig.) os
santos, instituidores de ordens religiosas. Os
— s, os do Antigo Testamento, os chefes das
gerações de que faz menção a Génesis. (O
eh sôa k, assim como nos derivados.
PATRiARCHADO, s. w. (des. ado.) a digni-
dade de patriarcha e sua jurisdicção.
PATRiARCHAL, adj dos 2^. (des. adj. a/.)
concernente ao patriarcha. Vida — . Cos-
tumes patriarchaes, semelhantes aos dos pa-
tríarchas do Antigo Testamento.
PATRIARCHAL, s. /. sá, igreja do patriar-
cha. i — de Lisboa,
PATRiARCHAS, (hist.) esta palavra tem dous
sentidos: 1.° designa os chefes succesivos
da família, de que devia sair Christo ; es-
tes são :
Adão 4963-4033
Selh 4833-:^921
Enos 4729-3824
Cainan ... ... ...... ...4639-3729
Malaleel 'iíV ''i...";!i* • ... ...4519-3674
PAT
Jared 4504-3542
Henoch ... 4348-3478
Mathusalem 4^77-3408
Lamech ... ííÍ?;«; .?M.íj!ít:k... 4090-3.i13
Noé ... 3908-2958
Sem ii^^'li^*n;.'nV:\%^A... 3408-2808
Arphaxad 3'06-2868
Cainan 3201-2841
Saleh ... 3171-2738
lieber 3041-2637
Phaleg 2907-2666
Réu 2777-2538
Saroug 2645-2415
Nachor 2515-2367
Tharé 2436-2291
Abrahão ^. ... 2366-2191
Isaac 2266-^^086
Jacob 2206-2061
Juda- 2116-1997
2.^ diz-se dos bispos ou arcebispos que
teem o governo immediato de uma diocese
ou de uma província archiepíscopal , ou
que teem auctoridade sobre muitas provín-
cias ou metrópoles. Nos primeiros séculos
da igreja applicou-se este titulo aos 5 bis-
pos de Roma, Constantinopla, Alexandria,
Antiochia e Jerusalém.
patrica, (geogr.) antigamente Laviniunif
villa dos Estados da igreja, a 2 léguas SE.
de Frosinone.
PATRICIADO ou PATRICIATO , S. M. (Lat.
pairiciatus.) a qualidade de patrício entre
os antigos Romanos ; ordem dos patrícios.
PATRiciDio. V. Patricidio.
PATRÍCIO, s. m. (Lat. patricius, de pater ^
pai.) em Roma antiga, cidadão nolDre, padre
conscrípto de família antiga; (hist.) dignidade
dos primeiros tempos do império romano,
foi creada por Constantino. Não se conce-
dia senão ás pessoas que tinham desempe-
nhado os primeiros cargos ou feito emjai-
nentes serviços, mas ella não conferia po-
der algum. Depois deu-se também aos go-
vernadores das províncias afastadas, 'final-
mente depois da invasão estabeleceu-se o
uso de o conferir a alguns reis bárba-
ros.
PATRÍCIO, A, adj. (de pátria; a des. vem
do Lat. exeo, ire, sair.) da mesma pátria,
conterrâneo.
PATRÍCIO ou patrick (S.), (híst.) aposto-
lo e patrono da Irlanda, nasceu na Escos-
sia em 372, pregou a fé na Irlanda em 431,
foi sagrado bispo, fundou a igreja metro-
politana d'Armagh. Morreu em 464. E' com-
memorado a 17 de Março.
patrimonial, adj. dos 2 g. (Lat. patri-
monialis.) que pertence ao património, her-
dado dos país. Bens patrimoniaes.
p ATR1M0NI0 , s. m. (Lat. patrimonium.)
I
PAT
bens paternos, bens herdados do pai ; bens
pertencentes a uma pessoa.
PATRIMÓNIO DE s. PEDRO, (geogp.) antiga
provinda dos Estados da igreja, entre o
Orvielan ao N., a Ombriíi ea Sabina a C,
a Canopanha de llooia ao SK. e o mar Tyr-
rhio ao SO., e a Toscana ao NO. Capital
Viterbo.
PATRiN, (hist ) mineralogista francez, nas-
ceu em 1742, morreu era 1815. Deixou uma
Historia natural dos mincraes.
PÁTRIO, A, adj. (Lat.paí/m^, do pai, pa-
terno.) da pátria. Os ares — s. Os — s la-
res. Direito — , as leis particulares de cada
nação.
PATRIOTA, s. dos tg, (Fr. pa/r/o/e.) pes-
soa que ama a pátria, que é dotada de pa-
triotismo.
PATRiOTiCAMENTE, adv. [mente suff.) com
sentimentos e zelo de patriota.
PATRIÓTICO, A, adj. [¥r. patriotique.) ze-
loso por tudo o quo tende a promover a
prosperidade e gloria da pátria. Sociedades
— s, destinadas a promover o bem commum
dos cidadãos.
PATRIOTISMO, s. m. (Fr, patriotisme.) amor
e zelo pelo bem commum , prosperidade ,
honra da pátria e dos conterrâneos.
N. B. Este termo e os três precedentes,
adoptados modernamente do Francez, são
indispensáveis. Patriotismo é mais expres-
sivo que amor da pátria, porque encerra a
ideia de zelo activo.
PATRissAR, V. a. ou 71. desus., scp Seme-
lhante ao pai, imitar o pai. Macedo.
PATRiZAR, V. a. ou 11. (dc pátria.) [ant.)
haver-se como patriota. « Obrigou-me a na-
tureza a que patrizasse, » Barros, Prol. ás
Décadas , a que fizesse cousas úteis á pá-
tria.
patrizzi, (hist.) philosopho platónico ita-
liano, nasceu em 1529, morreu em lu97.
Foi geometra, historiador, militar, orador
e poeta. As suas principaes obras são:
Delia Storia dieci dialoghi; la Milizia ro-
mana ; Paralleli militares, etc.
PATROA, s. f. mulher do patrão de loja,
dona de loja.
PATROCINADO, A, p. /). de patrociuar; a(í;".
protegido , defendido , favorecido pelo pa-
trono.
PATROCINADOR, s. M. O que patrocina.
PATROCINAR, V- d- (Lat. patrociuor, ari]
proteger, defender, favorecer algueaj, v.g.
— os réos. a causa, o crime. — igreja^ ser
patrono d'ella.
PATROCÍNIO, 8. m. (Lat. patrocinium) am-
paro, protecção, auxilio; defesa de causa
ou pleito forense.
SvN. cOiíip. Patrocinio^ amparo, protec-
ção. O patrocínio refere-se sempre aos fa-
YOL. IV.
vores que a amizade dispensa á desgraça.
O amparo é aquella acção que soccorre a
alguém contra um agente ou causa que o
persegue. A protecção é o favor d'um po-
deroso em beneficio de pessoa que elle es-
tima, e o desejo de continuar-lh'o. Um tio
que se encarrega da educação d'um sobri-
nho pobre, patrociona-o. Um rico qne do-
ta donzellas, alimenta viuvas, ampara-&s ;
um fidalgo que mantém em sua casa um
afilhado, quo procura dar-lhe um emprego.
protege-o.
PATROCÍNIO, (geogr.) nova villa da provín-
cia d%MÍ!i;is-Geraes, 20 legnas ao norte da
villa d'Araxá, .l,[iOO hci])ilanles.
rATRacL0,(hist.) filho do rei de Locrida Me-
necio, era amigo de Achilles e acompanhou-o
ao cerco de Tróia. Quando Achilles, agas-
tado contra Agamumnon, recusou comba-
ter, Patrocle dirigiu-so ao campo de bata-
lha com as armas do heroc, teve alguma
vantagem ao principio, mas foi morto por
Heitor. A esta noticia, Achilles armou-see
vingou no sangue de Heitor a morte de seu
amigo, depois fez-lhe magníficos funeraess^,
PATRONA, s. f. (Lat.) mulher que patro-
cina, padroeira.
PATRONA, s. /*. (do Aliem, patrone, cartu-
cho) cartuxeira em que os soldados levam a
pólvora eneartuxada diante da. cintura ou a
tiracollo.
PATRONA-KALiL, (hist.) Albauez, chefe da
celebre revoltado 1730 contra Achmet III,
nasceu em 1604. A insurreição, de que era
chefe triumphou ; o sultão foi deposto o
substituido por Maha.oud 1. Mas a inso-
lência de Patrona depressa cançou Mahmond,^
que o fez degollar na sala do divan.
PATRONADO, s.m. [Lài. patrouatus) termo
de direito romano ; prerogativas do patrono
sobre os seus escravos e libertos ; padroado,
protecção do patrono. , ., .^
PATRONAGE, s. f. (dcs. agé] protecção do
patrono a favor do cliente, servo ou de|)en-
dentes. , j, ;^ '.j^mu .,"^^,.«^1
PATRONEAR, V. n. {pãtronj ar des. inf.),
fallar em tom de patrão ou amo ; pairar,
fallar em cousa de pouco merecimento. Nes-
te sentido é antiquado.
patronímico. A, adj. (Lat., áo Gr. pater,
pai, e ônomiay nome) derivado do nome do
pai. Nomes — s , por ex. : Gonsalves, fi-
lho de Gonsalo; Nunes, de Nuno.
patrono, s m. {Lai. p a tronus] protectoi^,'
defensor, advogado no foro : o que dava li- r
herdade ao escravo, e ficava seu protector, e
o forro se dizia seu liberto ; advogado pe-
rante Deus.
PATRUÇA, s.f. [Lait. patressa] peixe do rio
semelhante ao redova lho. Na província de.
Entre. Douro-e-Minho chamam-lhe solha.
32
196
^^
PATRULHA, s.f. {¥r.patrouille, áepatrouil-
lis, lama) ronda militar de noite em praça
de guerra, nas ruas de cidade ou no acampa-
mento.
PATRULHA (Santo António da) , (geogr.)
pequena villa da provincia de São Fedro
do Rio Grande, em terreno levantado , no
Brazil, 16 léguas a LNE da cidade de Porto
Alegre, 3,000 habitantes.
PATRULHAR, v. n. {patrulha, or des. inf.)
rondar em patrulha. — , v,a. guarnecer de
patrulha.
PATTi , (geogr.) cidade da Sicilia, a 15
léguas 0. de Messina ; 5,G00 habitantes.
PATTOLA. V. Patola.
PATTÚ (Serra do), (geogr.) serra da pro-
víncia do Rio Grande do Norte, no distri-
cto e ao sul da villa de Porto Alegre.
PATUÁ. V. Patigua.
PATUDo, A, adj. {pata, pé) que tem gran-
des patas ou pé ; rapaz crescido e gordo per-
nicurto. Anjo — , o diabo, que o povo sup-
põe ter pés de pato.
PATUSCADA, s. f. (crcio que vem do Lat
poto, are, beber vinho, eesca, comida. Mo-
raes o deriva do Cast. apustusco, que signi-
fica ornato I) (famil ) função entre amigos
feita em lugar remoto ou pouco patente ; de
ordinário é comezana lauta, em que se bebe
muito, e muitas vezes com moças.
PAU, (geogr.) cidade de França , capital
de districto dos Baixos Pyreneos, a 2 )1 lé-
guas SO. de Paris; i 2,600 habitantes.
PAU, (geogr.) rio de França, é formado
pela juncção dos rios de Bareges e de Ga-
varnia, nasce no districto dos Altos-Pjri-
neos, e langa-se do Adour a O. de Peyre-
horade.
PAUCTON, (hist.) mathematico francez, nas-
ceu em 1736, morreu em 1798. Deixou um
Tractado de medidas, pesos, moedas anti-
gas e modernas , e uma Theoria das leis
da natureza.
PAUGAGEM, s. f. (aut.) V. Paisagem.
PAUiLLAC, (geogr.) ci lade de França, a 4
léguas e meia St. de Lesparre ; 2,700 ha-
bitantes.
PAUL, s. m. {Lat. palus. dis, higôa) pân-
tano, terra alagadiça, encharcada, lenleiro.
Lameirão e lameiro são menos extensos.
Paúes, eant. Paúles.
PAUL , (geogr.) aldeia da ilha de Santo
Antão, situada á beira-mar distante da vilia
mais de 2 léguas, 720 habitantes.
PAUL DO MAR, (geogr.) aldeia da ilha da
Madeira, 667 habitantes.
PAULA /'Santa), (hist.) Romana, do san-
gue dos Scipiões e dos Gracchos, nasceu
em i4/, fez-se christã e enviuvando votou-
se á vida penitente no convento de Bethleem,
do c^ual foi abbadessa e oode morreu em
FAU
404. A igreja celebra a sua festa a 26 de
Janeiro.
PAÚLADO. V. Apaulado.
PAULATINAMENTE, ãdv. («leníe suff.) passo
a passo, pouco a pouco, aos poucos, de \&^
gar. O
PAULATINO, A, adj. (do Lat. paululus, mui-
to pequeno; a des. de ineo ere, entrar) fei-
to pouco a pouco. Congestão — dos humo-
res.
PAULicios, (hist.) heréticos, que renova-
ram nos séculos X e XI as heresias de Ma-
nes, suppunham o mundo actual creado e
regido por um dos seus dous prmcipios, o
mau ; o outro devia reger o mundo futu-
ro, o qual seria perfeito. Tiravam o seu
nome de Paulo, d'um dos seus chefes, nas-
cido em 8^4 na Arménia. A côrle byzan-
tina fez todos os esforços para os destruir
e conseguiu expatriai os para a Arábia, on-
de fizeram muitos prosélitos >í!
PAULINA, s. f. carta de excommunhão com-
rainatoria a quem não revelar o que sabe so-
bre alguma matéria de que só por essa r&M
velação se pode vir no conhecimento ; (figr
e famil.) descompostura com ameaças. — <]'
ant. e de origem incerta, bebida venenosa,
PAULINA BONAPARTE, (hlst.) priuceza Bor-
ghése, segunda irmã de Napoleão , nasceu
em Ajacc'0 em 17ÍS0, morreu em 17:^5; foi
cazada com o general Leclerc, e enviuvan-*^
do passou a segundas núpcias com o prín-
cipe Camillo Borghese. Foi uma das mulheres
mais bellas do seu tempo.
PAULINO (S.) , (hist.) Pontius Meropius
Paulinus, bispo e poeta, nasceu em Bor-
deos em 353, morreu em 431, foi nomea-
do cônsul em 378, tomou ordens sacras em
3U3, e foi sagrado bispo de Nole em 4U9.
ittribue-se-lhe a invenção dos sinos. E'
commemorado pela igreja a 22 de Junho.
PAULINO DE S. BARinOLOMEU, (hist.) Sa-
bio missionário austríaco, nasceu em 1748',-^
embarcou para o Malabar em 17 M donde
voltou em 1790, morreu em 1806. Con-
correu muito pelos seus escriptos para íà^^
zer conhecido o Oriente.
PAULISTA, s. m. religioso da ordem de S.
Paulo eremita ; collegial do collegio de S-P
Paulo em Coimbra; natural da província e
cidade de S. Paulo, no Brazil. ''H
PAULMIER DE GRENTEMESNIL, (híSt.) appe-"
lidado Palmerius, sábio philologo francez,
nasceu em 1^87, morreu em 1670. Deixou
Exercitationes in autores grcecos ; Grcecia
antiguce descriptio.
PAULO. V. Paul.
PAULO, (S ) (hist.) apostolo dos gentios,
nasceu no anno 2 de Jesu-Christo, de pais
judeus, em Tarso, teve primeiramente o no-
me de Saulo, e foi um dos perseguidores
.VI .JOV
X PAU
dos christãos, converteu-se por causa de
uma vizão e foi um dos mais ardentes após-
tolos da nova religião. Pregoa o evange-
lho aos pagãos na Ásia Menor e na penin-
sula grega, voltou á Jerasalém em 58, foi
atacado pela populaça, que o queria ma-
tar, depois foi preso na cidade do Cesárea,
e como appellasse para o imperador foi con-
duzido a Horaa e absolvido; voltou depois
para o Oriente para consolidar a organiza-
ção da igreja, e em 63 ou 64 voltou para
Roma, onde já havia muitos christãos, mes-
mo no palácio dos Césares, incorrendo po-
rém no ódio do imperador foi decapitado
com S. Pedro em 65 ou ^^6. Commemora-se
a 29 de Junho e a sua conversão a 25
de Janeiro.
PADLO I., (S.) , (hist.) papa , substituiu
Estevão II, seu irmão, e reinou de 757 a
767. Deixou 22 cartas,
PAULO II, (hist.) P. Barbo, papa de 146i
a 1571, eicommungou o rei da Bohemia,
Jorge Podiebrad, e deu os seus Estados a
Mathias Corvino, pregou em vão a cruzada
contra os Turcos, e começou a restauração
dos antigos monumentos de Roma.
PAULO III, (hist.) Alexandre Tornese, pa-
pa de 16H4 a 1549, mostrou muita firme-
za nas suas relações com Henrique III, for-
mou com Carlos V e com Veneza uma liga
contra os Turcos, approvou a ordem dos
Jesuitas, convovou o concilio de Trento e
confiou a construcção da igreja de S. Pe-
dro a Miguel Angelo. Foi o primeiro autor
da celebre bulia In ccenà Domini, tinha si-
do cazado e tinha um filho, que foi duque
de Parma. Deixou Cartas a Erasmo, oSa-
dolet, etc. ''■ '*
PAULO IV, João Pedro Caraffa, (hist.) pa-
pa de 1555 a 1559, reformou muitos abu-
zos, e lançou anathemas contra os hereges,
inas a sua severidade, e a fraqueza para com
seus sobrinhos irritaram o povo, que de-
pois da sua morte lançou o seu cadáver no
Tibre. Paulo IV redigiu o regulamento
dos Theatinos.
PAULO V, íhist.) Camillo Borghese, papa
de 16"5 a 1621, terminou a contenda en-
tre os dominicos e jesuitas, deu a ultima for-
ma á bulia ín ccena Domini, approvou as
ordens do Oratório e da Vizitação e cano-
nizou a S. Carlos Borromêo.
-'PAULO I, (Petrovitchi, (hist.) imperador da
Rússia, nasceu em 1754. Foi eleito impe-
rador em 1762. e conservou-se na obscu-
ridade e inacção até á morte deCatharina,
depois tornou-sí campião dos velhos prin-
cípios monarchicos e foi o cheio da segun-
da coalizão contra a França, de repente mu-
dou de opinião, fez alliança com Bonapar-
e ^^ pr eparou os tratados de Luueville e de
PAU
117
Amiens. Morreu estrangulado por alguns se-
nhores, ali demarco de 1801. Saccedeu-
Ihe Alexandre seu filho.
PAUio DE SAMOSATE, (hist.) bispo de Sft-
mosate, sua pátria, depois Patriarch a d'Ale-
xandria, foi o auctor de uma heresia, que
negava a Trindade divina e a divindade de
Jesu-Christo. Teve por partidário o papa S.
Félix e foi excommungado no concilio de
Antiochia.
PAULO d'egina, (hist.) medico grego, na-
tural de Egina vivia no VII século de Je-
su-Christo, e estuíR^u em Alexandria pou-
co antes da tomada desta cidade por Am*'
ron.
PAULO WARNEFRiDE , (hist.) hístoriadoF,
nasceu em Cividale em 740, morreu em 801.
Deixou Historia dos Lombardos, Chronica
do Monte-Cassino, etc.
PAULUS (JuUus), (hist.) jurisconsulto ro-
mano, foi contemporâneo e rival de Papi-
niano, florescia no principio do 111 século.
Foi primeiramfcíute advogado, depois côn-
sul, e prefeito do pretório. Dos muitos es-
criptos, que compoz, só nos restam 5 liTrat.
Recepíarum sententiarum. >. 'f .eíj
PAUPERRiMAMENTE, adv. superl. alatinadof^I
mui pobremente. '^i
PAUPÉRRIMO, A, adj. (Lat. pauperrimus,
superl. de pauper, pobre) poJbrissimo, mui
pobre. 'i , v'-:^
PAUSA, s. f. (Lat.) cessação, suspensão ou
interrupção de movimento. Fazer uma — -,
parar declamando, cantando ou fallando ;
na solfa. signal que indica os intervallos em
que se deve fazer pausa, cantando ou tocan-
do.
PAUSADAMENTE, adv. {mente sufif.) com
pausas, com descanso, de vagar, sem pre-
cipitação, V. g. tazer as cousas — .
PAUSADO, A, p. p. de pausar ; adj. vaga-
roso. Homem — ■, que obra com reflexão,
não accelerado. Canto — , não apressado.
Faltarem tom — , pesando as palavras, com
gravidade. Trabalho — , fei^ cora descan-
so. • íifiJ 'jrjp í' r^ ".'■
PAUSADOR, A, adj. que fez pausas. Ho^
mem — , pausado.
PAUSAGEM, (ant.) V. Paisagem.
pAusANiAS, (hist.) celebre general lace-
demonio, filho do rei de Sparta Cléombro-
te, governou o reino durante a mocidade
de Plislaco, filho de Leonidas, concorreu
muito para a victoria de Platea e para o
livramento das cidades gregas da Ásia, maíi
manchou a sua gloria, dando ouvidos Í9
offertas dos Persas, e concebeu o desígnio
de sujeitar a sua pátria com o soccorro es-
trangeiro. Foi chamado pelo senado, entre-
gue aos ephoros, convencido de traição e
condemnado á morte. Uefugiou-se em um
81*
128 PAU
temfflo lie Minéirva, cujas portas foram lo'
go entaipadas e morreu de fome em 477,
Um outro Pausanas, neto do precedente, rei-
nou em Sparta de 409 a 397, morreu exila-
do em Tégeo.
PAUSANiAS, (hist.) escriptor grego, viveu
em Roma, no século II, e morreu muito ve-
lho. Compôz no anno 174 de Jesu-Christo,
uma Viagem histórica na Grécia, que é
uma das obras mais preciozas da antigui-
dade.
PAUSAR, V. n [L&t. pauso, are, àeposi-
tum, sup. de pono, ere, pôr, assentar, que
vem do Gr. poús, pé, e/iúd, assentar) sus-
pender movimento começado, parar ; fazer
pausa para reflectir, considerar, v. g. pau-
semos um pouco e ponderemos na matéria.
PAUSíAS, (hist.) pintor de Sycionne, no
anno 360 antes de Jesu-Christo, foi disci-
pulo de Pamphylio e adquiriu grande re-
putação.
PAUSiLippo, (geogr.) Posilipo, montanha
do reino de Nápoles, ao SO. de Nápoles,
entra pelo mar até defronte da ilha de Nisi-
da. t coberta por vinhas e atravessada pe-
lo caminho subterrâneo, que vai de Nápo-
les a Pouzolles. A' entrada deste subterrâ-
neo vê-so o tumulo de Virgílio.
I PAUTA, s. f. (do Lat. paíco, ere, estar pa-
tente, aberto, extendido ao comprido) papel
regrado com linhas transversaes negras em
intervallos sufficientes, que se mete por bai-
xo da folha para escrever as regras direitas.
— -, taboa com fios de arame ou cordas de
viola dispostas da mesma maneira, e que se
p6e sobre o papel para o mesmo fim. — , rol,
lista de pessoas, cousas, parcellas ; lista de
pessoas propostas ou eleitas para cargo. A lim-
par a — , escolher o magistrado entre os
eleitos para oíiiciaes do conselho ou das me-
sas de confrarias os que julga próprios para
esses cargos, excluindo os inhabeis. — , (ant.)
escriptura de convenções ou qualquer outra.
— da alfandega, tarifa, lista dos géneros
e mercadorias que tem entrada ou sabida, e
dos direitos que pagam á entrada eá saída.
— , (fig.) aranzel, regulamento, v.g. — das
suas acções.
PAUTADO, A, p. p. de pautar; adj. escri-
pto com pauta ; posto em pauta ou rol. Pa-
pel — , riscado como pauta.
'PAUTAR, V. a. {pauta, ardes, inf.) riscar
O papel com traços impressos por fios de ara-
iJae ou cordas de viola ; pôr em pauta ou rol;
tarifar os géneros ou mercadorias.
PAUTO, (ant.) V. Pacto.
-■ PAuw, (hist.) philologo hollandez, nas-
ceu em 1681), morreu em 1/50. Deixou
grande numero de edicções dos auctores
gregos.
PAUW, (Cornelio de) (hist.) sábio de Ams-
PAV
lerdam, nasceu em 1739, morreu em 1799.
Publicou Observações philosophicas sobre os
Gregos, sobre os Americanos, sobre os Egy^
pcios e os Chinezes.
PAUZAGE, (ant.) V. Paisagem.
PAvANA, s. f. (Cast.) dansa hespanhola
grave. Tocar a — , (chul ) zurzir.
PAVÃO, s. m. {L&t.pavo, onis, nome ti-
rado do som da voz da ave) ave gallinacea,
com cauda que abre em forma do leque cir-
cular e a qual oííerece como olhos de cores
bellissimas, assim como a plumagem. Todos
tem seu pede — , adagio, istoé, todos teem
suas imperfeições ou defeitos, como os pés
do pavão, que não condizem com a belleza
das pennas.
PAVEA, s. f. feixe de cinco ou seis gave-
las de espigas cortadas.
PAVELHÃo. V. Pavilhão.
pAvESAN, (hist.) paiz do ducado de Mi-
lão, cuja capital era Pavia.
PAVETTA, (hist) género de plantas da fa-
mília das Uubiaceas e da Tetrandria Mono-
gynia.
PAVEZ, s. m. (Fr. pavois, Ital. pavese] es-
cudo grande e largo que cobria o corpo todo
do soldado. Pavezes de navio de guerra,
reparo de redes ou taboas para resguardar
a tripulação dos tiros do inimigo ; em terra,
mantas pequenas para o mesmo fim. — de
campo ou ferrados, detraz dos quaes se as-
sesta artilharia.
pavezada, s. f. {pavcz, des. ada) pavez de
panno basto ou de rede que cobre os bordos
dos navios ; reparo defensivo.
PAVEZADO, A, p. p. de pavezar ; adj. or-
nado com pavez, defendido com pavez ou
pavezes.
PAVEZADURA. V. Fãvcxada.
pavezar, V. a. [pavez, ar des. inf.) guar-
necer de pavezes : ornar com pavez ou pa-
vezes, V. g. — os navios de guerra, os ba-
téis ; — os homens de peleja, a bateria (em
terra).
PAVIA, (bot.) género de plantas da famí-
lia da iiippocastaneas,
PAVIA, (geogr.) villa e freguezia de Por-
tugal, a 6 léguas NO. de Évora ; i.00 ha-
bitantes.
PAVIA, ( geogr. ) Ticinum dos antigos ,
Papia na idade média, cidade de Itália,
no reino Lombardo-Veneziano, capital da
delegação de Pavia, sobre o Tessiao, a 8
léguas S. de iMilão ; 23,000 habitantes. Pa-
via édo tempo dosGaulezes, e foi uma das.
cidades dos Insubres.
PÁVIDO, A, adj. (Lat. pavidus) medroso,
cheio de pavor, intimidado ; temecoso, tími-
do, V. g. as — s lebres. ,•
PA vieira. V. Padieira, Verga de porta.
PAVILHÃO, s. f. [Vv.pavillo\i, Itil. padi-
?^
PÁ
gUone, ao Lat. papilio, oníSy borboleta, e
barraca) tenda de campanha, barraca de vi-
vandeiro. — da cama, cortinado, sobrecéu.
— de arvores, caramanchel. — do sacrário ,
cortinado
PAviLLON, (hist.) poeta francez, nasceu
em 1632, morreu em 1603, Deixou poesias
no género de Voiture.
PAViLLY, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas ao NO. de Ruão ; 2,330 habitan-
tes.
PAVIMENTO, s. m. (Lat. pavimentum, de
pavio, ire, bater, calcar) sobrado, solho de
casa feito de taboas, ladrilho, lagens.
PAvio, s. m. torcida de vela ou de candeia;
rolo de cera, torcida encerada. Gastar — ,
(fig.) tempo. ,
PAVIOLA, s. f. (áepavez, padiola). \. Pa-
diola.
PAVLOvo, (geogr.) cidade da Rússia, so-
bre o Oka, a 4 léguas S, de Gorbatov ; 8,000
habitantes.
PAVLOVSK, (geogr.) nome de duas cidades
da Rússia Europêa, uma no governo de S
Petersburgo, a 8 léguas ao SE. de S. Pe-
tersburgo ; 900 habitantes.
PAVO, s. m. (Cast.) V. Peru, ave.
PAVÔA, s. f. fêmea do pavão.
pavoassan, (geogr.) capital da ilha de S.
Thomaz, na costa occidental. Residência do
governador.
pavonaço, a, adj. [pavão, des. aço, que
denota semelhança) de côr roxa, como a de
violetas. O — do mantelete, s. Vieira.
. PAVONADA, s. f. {pavão, des. ada, que de-
nota acção) a roda que o pavão taz abrindo
a cauda ; (fig.) ostentação aíTectada. Dar — 5,
passear com aííeclada gravidade e ufania.
PAVONADO, A, adj. V. Apavonado.
PAVONEADO, A, p. p. de pavoHoar ; adj.
quepavonòa; enfeitado de bellas peunas co-
mo o pavão ; desvanecido como o pavão ;
(fig.) ufano.
PAVONEAR, V. a. [pavão, ou Lat. pavonem,
accus. de pat'o, ardes, inf.) enfeitar de or-
natos vistosos como a piuri.agem do pavão ;
(fig.) encher de vaidade, de ufania. — se, v.
r. enfeitar-se com ornatos mui vistosos, co-
mo a plumagem do pavão ; (fig.) vangloriar-
se, desvanecer-se de cousas fúteis.
PAvoNiA, (bot.) género de plantas da fa--
milia das Malvaceas e da Monadelphia Po-
lyandria.
PAVOR, S: m. (pron. pavor, Lat. pavor.
Court de Gébeliu quer que venha de pau, ra-
dical imitativo; outros o derivam áQ pavio,
ire, bater, que referem ao Gr. paio, dar gol-
pe. Eu cie o quo vem à.Q pais, criança, e oro-
deô, ter medo, susto) ttjmor grande, com es-
panto c sobresalto.
Syn. comp. Pavor, susto, medo. Pavor
V§L. lY.
PAZ 129
suppõe objecto próximo ou patente. Susto é
repentino e transitório. Medo é genérico e ap-
plica-se a cousas presentes^ remotas ou fu-
turas.
Temor é vago e indeterminado.
PAVOROSAMENTE, adv. [mcute suíf.) com
pavor.
PAVOROSO, A, adj. (des. oso) que inspira,
causa, enche de pavor.
PAv^iNEES ou pANis, (googr.) nação guer-
reira e muito numeroza da America do Nor-
te, nas margens do Lobo ; tem 3 grandes
villas e perto de 6,000 habitantes.
PAX AUGUSTA, (g<^ogr.) hoje Badajoz, ci-
dade dellispanha, sobre o Anãs, perto das
fronteiras da Lusitânia,
PAX JÚLIA, (geogr.) hoje Beja, cidade de
Portugal, entre os Ce/íici, para o S. aper-
to do Anãs.
PAXO, (geogr.) Paxos, umas ilhas jonias,
a 3 léguas ao S. de Corfu ; 3,97u habi-
tantes.
PAXOEIRO, s m. (ant.)nvro que contem os
evangelhos da Paixão. V. Passionario.
PAY, e outros termos não derivados do Gre-
go, escriptos com y, como payo, payol, V.
com i, V. g. Pai, etc.
PAYALVo , (geogr.) villa de Portugal , no
districto de Santarém, a uma légua 0. de
Thoiíwr •, l,l70 habitantes.
PAVÃO, (geogr.) freguezia de Portugal, no
concelho da Figueira, a 6 léguas de Coim-
bra ; 3,230 habitantes.
PAYENS (Hugo de) , (hist.) fundador da
ordem dos Templários, era da caza dos con-
des de Champanha. Tendo ido á Palestina,
estabeleceu em 1128, comouto cavalleiros,
a confraria da milicia do templo, e f oi o 1,°
gran-meslre da ordem.
PAYERNK, (geogr ) Peterlinyen em allcmão,
cidade da Suissa, a 4 léguas 0. de Friburgo ;
2,50o habitantes.
FAY-HO ou PEi-HO, (geogr.) rio do im-
pério chinoz, que cáe no mar Amarello.
PAYNE-GANGA, (geogr.) rio da Índia, nas-
ce a 7 léguas ao S. de Adjantah, e corre
ao SE. e a K. e perde-se no Uuardah.
PAYO (S,) , (geogr.) ha no reino algumas
povoações deste nome ; as principaes são :
a 1.* a 11 léguas de Braga, cora 830 ha-
bitantes ; 2.^ no concelho de Gouvea; com
640 habitantes.
PAYTA, (geogr.) cidade e porto do Peru
a 1<'0 léguas ao NO. de Truxillo.
PAZ, s. f. (Lat. pax, eis, dopactio, ajus
te. convençãoy cessação das hostilidades fir-
mada por tratado, pacto ; suspensão das hos-
tilidades, trégua ; estado tranquillo ; socego
de espirito. Viver em — , em boa harmc-
nia, convivência. Fazer a — r assentar , pa-
zes com o inimigo ou adversário, pôr ter-
33
180
PÊ
mo á guerra, congraçar-se, reconciliar-se.
Terem — , manter, conservar, v. g. — o rei-
no, os vizinhos. Meter em — os desavindos,
reconciliar. Vir de — , com animo pacifico,
sem designio hostil. Gente de — , paciíica,
amiga. Bandeira de — , do partido que pro-
põe capitulação ou suspensão de hostilidades.
Ficar em — (nojngo) não perder nem ga-
nhar. — de parolim ou depirolo, como se
diz vulgarmente, parada em que só se arris-
ca o ganho do parolim, e não a massa pri-
mitiva. Estar á — , (loc. famil.) reduzido
ao ultimo recurso. Dar o — , na missa, dar
a beijar uma cruz ou relíquia.
Syn. comp. attendendo á etymologia, não
pode confundir-se paz com iranquillidade,
quietação, socego, etc. Paz refere-se a guer-
ra ou desavença.
PAZ, f^íiogr.) cidade do Mcxico a 25 lé-
guas ao NO., de Valladolid ; 3,00J habi-
tantes.
PAZÃo, s, m. (t. da Ásia) animal quadrú-
pede da índia, semelhante ao bode.
paziguar. V. Apaziguar.
PAZZí (Os), (hist.) celebre familia de Flo-
rença, originaria do valle de Arno, onde pos-
suis grandes feudos, e rival encarniçada da
dos Medicis.
pií, s. m. (Lat. pes, dis ; Gr. poús, po-
dos \ Sanscr. pad; Bali ou fali; òaí ; em
Pers. pai, que todos vem, a meu ver, do
Egypc. pat, phat ou fat, pé, cijo radical é
fai, soster. sustentar.) aparte dos membros
inferiores do homem, que termina a perna e
que sustenta o corpo, andando ou na situa-
ção erecta ; a parte inferior das pernas dos
animaes, e nos quadrúpedes das trazeiras :
as dianteiras áeaommnva-se mãos. Estar em
— , erecto. De — , não deitado por moléstia,
ou a dormir. Andar a — , não em cavalga-
dura ou em carruagem. Estar em — , ((ig )
manter-se , permanecer, v. g. edifício, lei,
costume. Não se poder ter em — , vacillar
por grande debilidade, embriaguez ou outra
causa. Estar com bom — , firme, e fig. bem
estabelecido, reputado. Fazer — atrás, re-
cuar. — , recuar para dar salto, ou para cair
com mais Ímpeto sobre o contrario. Fazer
finca — , firmar-se, e tig. teimar. Pelejar —
a — , passo a passo. Arrimar os — sá pare-
de, (fig ) porfiar, obstinar-se. Tomar — , em
rio, achar fundo onde se segurar ; (fig.) cer-
tificar-se, firmar-se , entender bem alguma
matéria. Perder — , não achar fundo onde
pôr o pé. Meter — em algum negocio, en-
trar, meter-se nelle. Armar o —, (p. us.)
dar carabapé. Fazer—, (p. us.) restabele-
cer-se bem. Cair em—, (fig.) sair-se bem
de lance arriscado. Bater com o — , dar
patada, patear. Dar com o — , bater . dar
patada, e fig. maltratar. Dar de — a al-
'Tà'í
guerrij (p. us.) ajudar a subir, a trepar. Dar
de — ou de — s a alguém, (fig.) desjjrezar.
A — enxuto, sem molhar os pés, v. g. atra-
vessou a — enxuto por ser na rasante da ma-
ré Arrastar os — s, estar trôpego. Entrar
com o — direito, (fig.) começar empreza ou
negocio debaixo de bons auspícios. Pôr os
— s em polvorosa, fugir. Dos — s até á cabe^
ça, inteiramente Negar aos — s juntos, [loe.
famil.) obstinadamente, e de ordinário ac-
ção má commettida pela pessoa. Ser — s ê
mãos de alguém, o seu principal conselhei-
ro e agente. Andar ou estar com os — «pa-
ra a cova ou com um — na sepultura, com
indícios de morrer cedo. Pôr, meter debai-
xo dos — *, espésinhar humilhar. Pôr o —
no pescoço , (fig.) subjugar, opprimir. Não .
lançar — além da mão, (fig. p. us.) ter cur-
ta intelligencia, não adiantar negocio. Pas-
sar o — além da mão, adiantar, attingir.
Não dar pelos — s a dlguem, (fig.) ser-lhe
inferior em talento, capacidade, etc. Ver a
Deus pelos — s, ter fortuna inesperada. Á
— quedo, sem se mover. Esperar o tniwi-
go a — quedo, com resolução. — ante — ,
de mansinho. Não ter uma cousa nem — s
nem cabeça, ser disparatada. Abalar os — 8
a alguém, fazer vacillar. — polim. V. Polim.
Pôr-se ao^ — sde alguém, expressão de res-
peito. Lançar-se, deitar-se aos — s de al-
guém, implorar a sua piedade, auxilio, fa-
vor, perdão, etc. Estar com o — no estri-
bo, em acto de partir. Homem de — , peão.
Gente de — , soldados de infantaria. — de
exercito, corpo de tropas que forma o cas-
co de exercito. — de castello, guarnição se-
dentária. Ao —, próximo, perto, na proxi-
midade. — da letra, literalmente, em senti-
do estricto, V. g. traduzir ou tomar o texto
ao — da letra. Com — s de lã, (loc. famil.)
sorrateiramente. — de boi, diz-se de homem
mui prudente, que faz tudo com pausa. — ,
medida de extensão que tem diversos valo-
res, segundo as nações. O pé portuguez tem
palrao e meio craveiro. O geométrico tem
doze pollegadas. O pé grego tinha só deza-
seis dedos, e equivale a três decimetros fraa-
cezes. — de angulo, (artilh.) esquadra. — di-
reito, (arch ) altura. — s direitos, hombrei-
ras das portas, a altura. — de pata , ferro
que sustf^nta o varal da liteira. — de ca-
bra, alavanca espalmada e fendida como a
unha ou orelha do martello. — s de cabra,
balas de chumbo de pequeno calibre. — s
altos, paus mais altos qne um homem, por
onde entram os barrotes das tranqueiras. —
de gallo , ferro que desce de uma travessa
entre os varaes de paquebote, e prende no
jogo dianteiro. — , (naut.) apparelho que
I vem do mastareo da gata prender á verga
! da mesena — , luparo, berva. —s de car^
PEA
neirOt (naut.) paus perpendiculares firmados
no porão, que sustentam a coberta, e que
tem mossas por onde os marinheiros des-
cem e sobem. — , diz-se de toda a extremi
dade ou extremidades inferiores que sus-
tentam algum traste ou corpo, v g.o — do
castiçal, do candieiro ; os — s do leito, ca-
deira, canapé. Os — s da cama, a parte op-
posta á cabeceira. — . haste de planta, v. g
vinte — s de oliveiras, de larangeiras, de cra-
veiros, de alecrim,, de buxo, etc. — ,a par-
te inferior, v. g. — do monte, domuro. — ,
sedimento, v. g. — do liquido. — da azei-
tona, albufeira. — das uvas, folhelho. — ,
no jogo. oppõe-se a mãò. Ser — , ser o ul-
timo a jogar. — de vento, furacão. — de ai
tar, as esmolas e offertas que se dão ao cura
poroccasião de baptisados, casamentos, en-
terros e outros oíficios , ou , mais exacta-
mente, o dinheiro exigido pelo cura por es-
tes e outros oíTicio?, que constitue boa parte
do seu rendim mto. — , (fig.) modo, manei-
ra, estado, v g.as cousas ficaram no mes-
mo — . Conservar o exercito no — de guer-
ra, como se (an^ havendo guerra. — , (fig.)
pretexto, occasião. Tomar —, por pretexto.
— de xibão, dansa antiga portugueza. — de
lista. Na carta regia de 14 de Outubro de
1710, se lê, fallando do Brasil : « Que se re-
metam annuslmente ao conselho d'uUrarTiar
os — s de lista. » O sentido é escuro — de
burro, nome de um marisco (Lat. spondylu^).
— de bezerro. V. Jaro , herva. — de galli-
nha, a planta chamada pelos gentios do iíra-
sil capimpuba, ou capim moUe. — de gato,
pe^a do canhão do freio. — de lebre, Ler-
va (Lat. lagopus). — de leão, herva (Lat. al-
chimilla). — s columbinos, aquilegia. — de
verso, certo numero de syllabas longas ou
breves de que se compõem os versos latinos
e gregos, V. g. — jambico, trocheo, etc. V.
estes termos.
PEA, s. f. (de pear) laço de corda, coiro,
ou corrente de ferro que prende os pés das
bestas um ao outro na estrebaria ou na pas-
tagem. — , (ant.) pena
■ PEAÇA, s f. (pêa, des. augment. aça.) pêa
com que se ata o boi pelos cornos á can-
ga-
PEADO, A, p. p. de pear; adj. preso com
pêa. Ganhar seu pão — , (ant.) a muito cus-
to Kufr.
PEADOiRO, A, adj. digno de pena, puní-
vel.
PEAGE, s. f. (Fr. péage. V. Pedágio.) im-
posto, direito que se paga na passagem de
pontes, de barcas.
PEAGEiRo, s. w. collector de peage.
PEAL. V. Escarpim.
PEAN, s. m. [Lat. poean, do (jt. paian, no-
me de Apollo ; rad. paio, sarar, curar.) hym-
PEÇ
w
no a Apollo, eaos outros deuses, v.g. caii-
tar o — .
PEANOA, s. f. [pé, anha suflf , do Lat. /i-»
gnea, de páo) base de imagem, estatua , (Qg-l
base, sustentáculo.
PEANHA, s. f. [pé e sanies) (alreit.) chaga
que vem ao casco das bestas causada pela
lama.
PEATSHO, s. m. (ant. naut.) quilha e par-
te inferior do navio. ex. « tom os — s em
terra.» Couto, fallando de uma nau abica-
da a uma ribanceira de rio.
PEÃO, eaat. peom, s. m. [de pé, des. ão,
alterado de homo Lat., homem ; Fr. ant.
pion) homem de pé, toldado que combate a
pé, não cavalleiro. V. Pião. — de som-
breiro.
PEAR, V. a {pêa, ar des. inf.) prender com
pêa, pôr pêa a bestas, (fig.) impedir o passo.'
Calças de — , usadas antigamente, mui jus-
tas.
pear, (ant.) V. Punir, Castigar.
PEARCE, (hist.) sábio bispo inglez, nas-
ceu em 1690, morreu em 1774. E' autor
de ura Emaio sobre a origem e progresso ,
dos Templos.
PEART-RiVER, (gcogr.) rio dos Estados Uni-
dos, nasce no Missouri, separa este Estado
do de Luisiania, e cae no lago Borgne.
PEARSON, (hist ) bispo de Chester, nasceu
em i()lá, morreu em 1686. E' autor de uma
Exposição da Fé.
PECAMENTE, adv. [mentc suíS.) com pequi-
ce.
PECAR, V. n. {peco, ar des. inf.) fazer-se
peco, V. g. a fruta.
PEÇA, s. f. {Fr.pièce, eant.pieça, que M.
de Roquefort deriva do Lat. spatrum, espa-
ço. >ão posso admittirtal etymologia, e creio
que vem do Céltico pez ; pedaço, ou do Lat.
pars, parte, e scissa, cortada) parte desta-
cada ou qne pode destacar-se de corpo so-
lido, V. g, — d(i traste, machina. — , traste,
movei, jóia ; pedaço, porção, v. g. uma das
— s do relógio, do navio, do mastro. Fazer-
em — s, quebrar, espedaçar. — d'armaSf
parte da armadura antiga, v. g. á viseira,
o escudo. — , de moeda. Uma — , diz-se
particularmente das raeias do|)ras de6, <00
réis, depois de 7,500, e hoje 8,000 réis.
— s do jogo, do xadrez, damas, gamão, ta-
bolas. — s de artilharia, canhões de diver-
sos caUbres. — , de estoíTo depanno, seda.
Novo da — , cortado d'ella. Em — , ainda
não cortado e talhado em vestido, roupas,
etc. — , obra, v. g. — de theatro, drama.
— de poesia; — de musica, composição de
musica vocal ou instrumental ; composição
litleraria, oratória. — -, lograçào, v. g. pre-
gar uma — ou — s. — , presente, offerta, v.
g. cada um deu sua — . — de gentç, -^
m
PÉC
PEC
i^%aus, (ant.) numero. — s, cabeças, indi-
víduos. Dizia-se no Brazil dos negros impor-
tados nos navios que faziam o commercio de
escravaria. — , (ant.) porção, espaço de tem-
pos ou de caminho. — ha, ha tempos. Boa
ou gran — , um bom pedaço de caminho.
PEÇA, s. f. V. Pecha.
pECCADAço, s. m. {peccado , des. augm.
aço) (joc.) grande peccado.
PECCADiNHO, s. m. diminuí, de peccado,
leve.
PECCADO, s. m. [LQ.i.peccatum, àepecca-
re, peccar) transgressão dos preceitos religio-
sos, culpa ; acção má, censurável. — da
carne, sensual. — mortal, que conduz ás
penas eternas. — renial, leve, perdoável.
Mal — , em vez de mal de — ou de —s,
em castigo d'elles. Usa -se também como in-
terjeição. E — , cousa mal feita.
Syn. comp. Peccado, delicto, crime, fal-
ta, culpa. Todas estas palavras designam
acções contrarias á boa moral e ás leis po-
sitivas, porem cada uma d'ellas tem sua re-
lação particular ou differente gráo de gravi-
dade. ,,-,.'V .,
Peccado é o facto, o dito, o desejo contra
alei de Deus e da Igreja, e em geral tudo
que se aparta do recto e do justo. Delicio é
o quebrantamento d'uma lei humana, nasce
commumeníe da desobediência á autorida-
de legitima e é reputado menor que o crime
o qual é um delicio grave, que merece cas-
tigo, porque perturba sempre a ordem so-
cial, e contra elle se fazem e executam as leis
criminaes. Falta é propriamente o defeito de
obrar contra a obrigação, nascido mais da
humana fraqueza que da malicia e deprava-
ção do coração. Culpa é a falta ou delicio
commettido por própria vontade, ou, como
diz D. Fr. Francisco de S. Luiz, a relação
moral que resulta do peccado, delicio, cri-
me 011 falta, e pela o qual homem contrahe
a quahdade de culpada), eíica sujeito a uma
pena ou castigo.
Accusâm-nos de nossos peccados , pedi-
mos perdão de nossas culpas; perdoam -se
as falias ; esquadrinha-se a natureza dos
delidos; castigam-se os crimes.
peccador, a, adj. que pecca, commette
peccado. — , s. pessoa que pecca, que com-
mette pecado habitual.
PECCADORAço, A, adj. (qço. dcs. augm.)
(chul.) grande peccador.
PEccAis, (geogr.) forte de França, no
districto de Gard, a 2 léguas ao SE., de
Aguas-Mortas, sobre o canal de Silvereal.
PECCAMiNOSo, A, ttdj . (do Lat. peccamen)
da natureza do peccado. v. g. acção — .
_ PECCANTE, adj. dos 2 g. (lat. peccans ,
t\s, p.a. de joeccarc, peccar), que pecca ha-
bitualmente, que tem certo vicio, balda ou
fraqueza, v. g. Humor — , (med.) viciado ,
que causa doença.
PECCAR, V. n. (Lat. pecco, are, falhar,
commelter erro. Court de Gébelin o deriva
de um radical que significa aanargo. Eu creio
que vem do Gr. épô, fazer, dizer, e hakôs,
mao, mal), commetler oíTensa contra as leis
religiosas, transgredir a lei de Deus e os
preceitos da Igreja ; infringir as regras da
moral, da conscieucia :vg. — contra Deos ;
— em um mandamento; — com uma mulher.
Peccar, errar, v g. — em fallar de mais.
— ter balda , fraqueza habitual , v, g. —
pela superstição, avareza. Peccar, commet-
ter crime — em humores, (med.) ter hu-
mores viciados, O anno peccou desecco, de
invernoso, foi mau em rasão da muita sec-
cura ou chuva.
PECCAR, V. a. (ant,) commetter ; — pec'
cados. ex. « Peccou David o peccado de
desobediência. » Vieira. E hoje desusado ,
e co.m rasão.
PECEGO, s- m. (alteração do Lat. malum
persicum, pomo da Pérsia), fruclo do pe-
cegueiro, de que ha varias espécies : — mo-
lar, miraolho, maracotão, calvo, de Janeiro,
Gil Mendes, veneziano, etc.
PECEGUEiRO, s. w». (Lat. pcrsica) , arvore
que dá os pêcegos.
PECEGUEIRO, fgeogr.) ilhota de Portugal,
situada a légua e meia a 0. da villa de
Sines.
PECENO, (ant.) por pequeno, do Fr. (ant.)
pécliignot.
pecha, s. f. (do Fr. péché, peccado) , de-
feito, tacha. V. g. Póe-lhe a — de indis-
creto.
PECiiÂNTRE, (hist.) medico e depois poe-
ta trágico francez, nasceu em 1(5 >8. mor-
reu em 1708. Compoz três tragedias : Ge-
ia, Juguriha, e a Morte de Neso.
PECHELiNGUE, s. m. (corrupto de Flessin-
gue{, (ant.) corsário Hollandez de Flessin-
gue.
PEcniNCHA ou PEcniNXA, s. f. (não vem do
Cast. pecha, tributo, direito que pagavam os
peões, como diz o additador de Moraes, mas
sim do ital. piccin, pequeno, subent. ga-
nho), ganho ténue e sem custo.
PECHISBEQUE, s. m. (do Ingl. pinch-beck,
que se diz vir do nome do inventor), liga
de cobre e zinco de côr semelhante ao ou-
ro, chamada em Fr. similor.
PECHOso, A, adj. (p cha, des. aso), que
põe pecha a tudo, descontentadiço. — mul^
perluxo em parecer bem. ex. « Por não -
ser tão — , não qneria ser namorada. » Fer-
reira, Cioso.
PECHOTE, adj. 6 s. m. (de pecha), jogador
inexperto, que commette muitas faltas. V..
P eixo te.
PEC
PKCO, s. m. (do Lat. paucus^ pouco, peque-
no, diminuto), vicio que dá nas arvores e
plantas, que definha os fructos. v. g. Deu o
— nos pomares.
PECO, A, adj. (do precedente) , que tem
peco, definhado. — néscio, tolo. v. g. Não
é— .
PECOREAR, V. n. (ant.J (do Lat. pecus, oris,
gado), passar a noite no campo, como o ga-
do na malhada, amejoar.
PEÇONHA, s. f. (Fr. poison, do Lat. potio,
onis, bebida), veneno, no sentido physico e
no moral. v.g. Muitas cobras tem — . A —
da lingua. — , (fig.) e impróprio, matéria
saniosa de chaga.
PEÇONHENTAR. V. Envenenar.
PEÇoNHENTissiMO, A, adj. supcrl. de] pe-
çonhento.
PEÇONHENTO, A, adj. (des. possessiva ento),
que contém , encerra peçonha , venenoso.
V. g. A baba — da cobra surucucú.
PECORONE, (hist ) novellista florentino do
século XIV. Deixou Novellas.
PECQ, (geogr.) viila de França, a l quar-
to de S. Germano-em-Laye.
PECQUET, (hist.) grande anatomista fran-
cez , nasceu em IblO, morreu em 1674.
Fez grandes descobertas em medicina.
PECTAR, (ant.) V. Pagar, Peitar tributo.
PECuiNHA, s. f. (voz dimiuutiva e imita-
tiva), as primeiras vozes que a ave tenra
solta depois da muda. — s , remoques pi-
cantes, ou amorosos
PECULATO, s m. (Lat. peculatus), furto,
roubo de dinheiro do erário, do íisco.
PECULIAR, adj. dostg. (Lat. peculiarius),
(forens.) do pecúlio : bens — s, próprios da
pessoa. — próprio, particular, especial, v.g.
Idiotismos — s da nossa Jingua. ex. «Povo
de Deus eleito — e especial. » Couto. Com
— attenção.
PECÚLIO, s. m. (Lat. peculium. de pecus,
gado, rad. de pecunia^ dinheiro, bens, ha-
veres), (jurid. rom.) o património do filho-
familias, ou do servo, que o pai ou o se-
nhor lhes dava para negociar. Este se deno-
mina profecticio ; — adventicio , o que é
dado por pessoa estranha ; — castrense, ad-
quirido no serviço militar. — , coUecção de
apontamentos jurídicos, de máximas, de
exemplos, de notas scientiíicas feitas por al-
guém para uso próprio.
PECUNiA, s. f. (Lat. de pecus, gado, que
nos principies do Roma constituía a prin-
cipal riqueza , e por ampliação, dinheiro),
termo só usado em estylo jocoso, dinheiro.
PECUNIÁRIO, A, adj. (Lat. pecuniorius] , re-
lativo a dinheiro, v. g. Pena — , muleta.
m
133
do), guardador de rebanho, subordinado ao
pastor. Pegureiro é mais usado e meno?
correcto.
PEDACINHO, s. m. diminuí, de pedaço.
PEDAÇO, s. m. (do Lat. pars, parte, e'
quassa, quebrada), fragmento, parte, peçá^
cortada, quebrada, separada de um todo.
v.g. Um — de pão, pão, queijo, carne. — ;^
porção que se pôde separar de um todo /
V. g. um — de terra, campo, de caminho,
de tempo. Estatua feita de — s. Composi- ■»
çãode — s, que não é toda do mesmo tom.
Fazer em — s, espedaçar. A — s, aos pou-
cos, por vezes, v. g. fazer o caminho, a
jornada, a obra a — s. — s d' alma, coração,
diz-se de pessoas que amamos como se
fosse parte de nós mesmos. ' ""
PEDÁGIO, s. m. (ant.) (do Lat. pes, dis, o
pé, e ágio, de agere, fazer), tributo que
se pftga por passagem de ponte, barca, cal-j
cada, etc.
PEDAGOGIA, s. f. (pedagogo, des. ia), tom
de pedagogo ; dogmatismo ; pedantaria.
PEDAGÓGICO, A, adj. (dcs. ógico), de pe-
dagogo, v.g. Tom, estylo — , Maneiras
— s. de mestre de meninos, de pedante.
PEDAGOGO, s. m. (Lat. do Gr. pais, dós,,
criança, e dgo, conduzir), mestre de me-
ninos ; aio , preceptor de mancebo ; ins-
tructor ; (fig.) homem dogmático, pedante.
PEDANEO, A, adj. (Lat pedaneus, depes,
dis, pé), inferior. Juizes pedaneos [Ldit. ju-
dices pedanei), os da terra, não lettrados.
PEDANTARIA, s. f. (dcs. aria], tom, ma-
neiras, jactância de pedante.
PEDANTE, s. m. (do Gr. pais, dós, crian-
ça, e anta, diante, na presença; equiva-
le a mestre ensinando as crianças) , peda-
gogo, mestre de meninos ; (fig. e mais us.)
erudito sem critica e vaidoso, que ostenta
erudição indigesta.
pEDANTEAR, V. a. [pedante, ar des. inf.)
fazer de pedante, ostentar erudição iadi^t
gesta. ' '' ' '','•»
PEDANTESCAMENTE, adj. [mente suff.), co-
mo pedante, de maneira pedantesca.
PEDANTESco, A, adj. [pedante, des. esco\,--
próprio de pedante, v. g. Linguagem — ,,
de quem ostenta erudição indigesta , sem.^
critica.
PEDANTISMO, s. w. (des. xsmo
ção ridícula de indigesta erudição, de co-
nhecimentos supertíciães, jactância, osten-
tação pedantesca.
pÉ-DE-GALio, (naut.). V. Pé. ^ ^
PEDEO, (gpogr.) nome de dous rios dos^
Estados Unidos, um, o Granrfe Pedeo, nas-
ce na CaroHna do Norte e cae na bahia de
pECUNioso, A, adj. (Lat. pecuniosus), en- 1 Winyaw ; o outro, o I equeno Pedêo, nas-
dinheirado, rico, que tem muito dmheiro. ce a E. de llockingham e junta-se na Ca-,
PEGUREIRO, s. m. (do Lat. pecus, oris, ga- 1 rolina, do Sul com o Grande Pedèo.
yOL. IT. ò»^lOi*iiiy; ,*ú .i w> 34
ostenta- "
\
PEDEMíAL, I. f». (pcam^ des. ai), peder-
neira ; veia de perderneiras. Pedernaes lii.
PEDERNEIRA, s. f. {pedra, Lat. e Gr. pe-
tra, neueron, força), pedra siliciosa de ffv
rir lume; a pedra fixada no cão das espin-
gardas, pistolas e hoje nas peças de arli-
Iharia, com que se fere lume para dar fo-
go ou desparar a arma. — (naut.) arrecife
de pedra viva.
PEDERNEIRA, (geogr.) villa e freguezia de
^Portugal, no districto de Leiria, 18 léguas
ao M. de Lisboa, situada na bahia do mes-
mo nome onde se lança o Alcoa com 6 lé-
guas de curso ; 2,020 habitantes, e todo o
concelho 2,8(J0, pela maior parte pescado-
res.
PEDERNEIRA, (geogr.) aldeia da província
do Pará, na margem direita do Tocantins,
no B-^azil , 22 léguas acima da villa de
Cámelá, 5 abaixo do forte d'Alcobaça.
PEDESTAL, s. f». pi. Pedcstaes (do Ital.
piedeslallo, Fr. piédesial. M. de Roquefort
quer que venha de Lat. pes, dis, e de stare,
estar direito e firme, e não do Gr slylos, co-
"^ liimna, mas penso que se engana, visto que
só a idéa de columna é essencial), (arch.) cor-
po ou membro que sustenta as columnas ;
compõe-se de base e cornija e tem formas di-
versas em cada uma das ordens de archi-
tecturá.
PEDESTRE, adj. dos 2 g» (Lat, de pes.
dis, pé), de pé, que caminha a pé. Homem,
gente — , viandante ; s. m. correio de pé,
caminheiro.
PEDiçÃo, s. f. V. Pedimenio, Petição.
PEDICULAR, aáj. dos 2. g. (Lat. pedicu-
laris, de pedicellns, piolho pequeno, rad.
pes. dis, pé), de piolhos. Doença — , cau-
sada por grande quantidade de piolhos, que
se geram na cabeça e pelo corpo.
PEDIDA, s.f. (subst. da des. f. áe pedido),
(ant.) espécie de finta, pedido, cousa pedi-
da ; licença pedida ao senhorio para cei-
far.
PEDIDO, Á, p.p. de pedir, adj. que se
pedio, requerido. Pessoa — , a quem se pe-
de, requer alguma cousa. v. g. Foi el-rei
. pedido que houvesse de prover ; rogado,
sapplicado. Tinha — a filha em casamento.
As filhas já — s em casamento. -;;,/,!,
PEDIDO, s. th. cousa pedida ; contribuição
que os reis de Portugal pediam ás cortes pa-
ra necessidades pubHcas. Kào se sabe o que
significa a expressão que se encontra a ca-
da passo nos actos das antigas cortes: v.g.
um — , — e meio, dois, três — s. E' eviden-
te que o pedido era quantia determinada,
mas qual fosse o seu importe não sabemos.
PFDiDOR. s.m o que pede esmola, pedinte
PEDIGOLHO OU PBPI60NH0, S, m. (chuloj.
ped
pedidof importuno, mendigo impertinente.
As des. são peiorativas.
PEDiLuvio, s. w. (Lat. pediluvium) (med.)
banho aos pés em agua quente. .
PEDiMENTO, s. m [mento suíL), acção dei
pedir, rogo, supplica, peditório, v. g. A
— de parentes el-rei lhe commutou a pe-
na.
PEDINCHÃO, ONA, adj. (des. peiorativa e
frequentativa), que pede com importunida-
de, que pede muitas cousas, que está sem-
pre a pedir.
PEDINCHAR. V. a. (frequent. e peiorativo
de pedir), estar sempre a pedir, pedir com
importunidade e a miúdo, como os men-
digos, eos frades mendicantes. Também se
usa em sentido abs. p. p. sup. pedincha-
do.
PEDiNTA, s. f. {áe pedinte), (p. us,) mu-
lher, pedinte, mendicante.
PEDiNTÃo, ONA, adj. (chulo) V. Pedin-
chão.
PEDiNTARiA, s. f. (des. ária), mendiguez.
o estado do mendigo, de pobre pedinte, i
PEDINTE, s. dos 2g. (des. do p. a. Lat.
em ens, lis), mendigo, homem ou mulherJ
que pede esmola. D. Fr. Manuel usou dói
f. pedinta, hoje desusado.
PEDIR, V. a. (Lat. peto, ere, pedir, sup-
plicar, buscar; de pes, dis, o pé; signifi-
ca propriamente ir, ter, ir em busca, di-
rigir-se a alguém), SDllicilar de alguém fa-
vor, auxilio, V. g. — misericórdia, — di-
nheiro emprestado, — esmola, — paz, — i
conselho, voto, adjutorio, — mulher emca-
zamento. — , requerer, v. ^. — justiça, sa-^j
tisfação da injuria recebida, — campo, (oq
desafiado). V. Campo. — tempo, dilação,!^
demora, espera, requerê-la ao juiz ou tri-í)
bunal. — , exigir, pn cisar, v ^. Essa ques-
tão pede madura reflexão. Isso joerfe tempo.
Esse negocio jocde segredo, prudência, acti-
vidade Moraes diz que neste sentido é neu-/
tro, o que é inexacto, pois nestas locuções!
é o verbo tão activo como nas seguintes:
peço segredo, grande reserva. — desculpa^.}
desculpar-se, rogar a alguém que desculpeb
alguma falta ou desattenção nossa. — per^p
dão, de oífensa commettida, mais ou menos-,
grave. Peço perdão, é locução de civilidade
quando involuntariamente commetteraos al-
guma irrevert ncia A — por bocca, loc. fa-
mil., promptamenle e como desejamos, dei
modo a síilisfazer instantaneamente os nos* >
SOS desejos. — k (ant.) ir ter, procurar, at-
tingir : « uma serrania de viva pedra com
grandes e ásperos pico.«, que pedem as nu-
vens (om sua altura. » Barros, Dec. 1, 8, 4.
Este é o sentido primitivo do Lat. petere.
— por alguém, em sentidp abs. oun.,im-
^ lorar perdão ou favor a bem de alguém.
RD
í
m
^ , , , ir per^
dão. Quem se mostra sem culpa, justificaa-
do-se d'uma falta apparente, pede desculpa.
Quem reconhece sua falta, e quer evitar o
ser punido, pedeperdão. A primeira expres-
são refere-se á imputação, da qual nosjus-
tificâmos ; a segunda reconhece a culpa, e
mostra arrependimento. O animo nobre des-
culpa facilmente; não hesita em perdoar o
coração generoso.
Syn. comp. Pedir, orar, exorar, rogar,
supplicar, implorar, obsecrar, demandar,
requerer^ exigir. De lodos estes vocábulos
o mais genérico é pedir, porque não espe-
cifica nem a cousa que se pede, nem a pes-
soa a quem se pede, nem o modo como se
pede. Pedimos justiça, ou uma graça ; pe-
dimos o que se nos deve, ou o que desejámos
obter por favor ; pedimos a Deus, aos ho-
mens, em juízo, ou fora d'elle, de palavra
ou por escrito, etc.
Orar é pedir a Deus, diz Vieira, isto é,
fazer orações para que Deus nos ouça, e de-
fira ao que lhe pedimos. Exorar é pedir com
instancias, demover, dobrar com snpplicas.
Rogar é pedir por graça e mercê. Supplicar
é pedir com humildade e submissão. Implo-
rar é pedir com rogos e lagrimas, quando
nos vemos em aíllicções e trabalhos. Obse-
crar é pedir humilde e aííectuosameale por
alguma cousa sagrada ou mui respeitável.
Demandar é pedir em juízo, pedir por e com
direito, como disse Vieira: «Peíitr a quem
me deve mais é demandar que pedir (Serm.
doHoz. I, 476). » Requerer é pedir ao ma-
gistrado, ou fazer requerimento á autorida-
de superior, para que se nos delira como é
do justiça, se nos dê o que a lei nos concede,
ou nos autoriza a pedir. Exigir é pedir com
autoridade e instancia o que é devido. O so-
berano tem direito de exigir a obediência de
seus súbditos. Grandes crimes exigem exem-
plares castigos.
PEDORiDO, (geogr.) povoaçáo do concelho
de Paiva, situada a 7 léguas a U de Lamego ;
1,200 habitantes.
PEDOTRiBA , s. m mestro da arte athle-
tica.
PEDOTRiBico, A, adj . Arte — , athletica.
PEDRA, s. f. (Lat. bGt. petra, ou petros,
rochedo. Os etymologistas não dão a origem
satisfactoria deste nome. Talvez de írekhò,
ser áspero, duro, e epi, sobre.) corpo com-
pacto, térreo e mais ou menos duro que
forma pf.rte do nosso globo ; seixo, calhao,
e qualquer outra substancia dura, concre-
ção, V. g. — da bexiga, dos rins. — s finas,
as que se distinguem pela sua bella côr ,
transparência, dureza, e susceptíveis de re-
ceberem um bello polido, v. g. & ágata, a
i^rnalioa, o lápis lazuli, o jaspe, o porphy-
TO, ôtc. — preciosas, as que se dístíngueoi
pelo seu brilho e côr e a que se dá grande
valor, V. g, o diamante, o rubi, a esmeral-
da, a saphyra, o topázio, etc. — calcarea,
a que consta principalmenta de cal. — si-
liciosa, composta principalmente desilicia.
— hume ou ahume, composta principalmen-
te de alumina. — da chuva, saraiva, pe-
drisco. — do raio , aerolite. — de cevar ,
iman, magneto — de toque, pedra dura em
que os ourives roçam as peças ou barras de
ouro e prata para provarem a sua puresa.
— pomes, pedra porosa, producto dos vol-
cãos. — de cantaria, própria para se lavrar
e construir edifícios. — aguila, elites. — de
amolar , em que se amolam instrumentos
cortantes grosseiros. — de afiar, em que se
dá o fio a navalhas de barbear, a cannive-
tes, instrumentos cirúrgicos cortantes. — ba-
zar, V. Bazar. — lithographica, pedra po-
rosa própria para lithographar. — infernal,
nitrato de prata, cáustico lunar. — lipes ,
sulphato de ferro, vitiiolo azul, natural ou
artificial. — lios. V. Lióz. — de sal, as por-
ções em que o sal se crystalliza. — da es-
pingarda ou de arma de fogo, a pedernei-
ra que fere lume e põe fogo á escorva. —
de ara, a que se pÕe nos altares. — do la-
gar, galga. — do moinho, mó. Primeira — ,
ou — fundamental, base do edificio ; (fig.)
fundamento. — angular, a que forma os
cantos do edificio; (fig.) principal força, es-
teio. — de toque, (fig.) signal certo, ma-
neira infallivei de ajuizar da bondade de al-
guém ou de alguma cousa Lançar a pri-
meira — a um negocio, por-lhe os funda-
mentos, dar-lhe principio, fazer as primei-
ras disposições. — branca, (fig.) marcar
com — um dia, marcer como feliz, ou mar-
ca?' com — preta, por infausto. — de es-
cândalo, (fig.) objecto de escândalo, cousa
que escandaliza, causa indignação. — phi-
losophal, supposto arcano que os alquimis-
tas procuraram por muito tempo : segando
elles devia operar a transmutação das sub-
stancias umas nas outras, e por conseguinte
converter qualquer metal em oliro, e lam-
bem devia ser panacea para curar todas as
enfermidades. Achar a — , meio secreto de
enriquezer. /)e — , pétreo, (fig.) cousa dura.
Coração de— , duro, insensível. Cabeça de
— ou de — e cal, mui dura, obstinada. Es-
tar de — e cal, mu» firme, obstinado em
uma opinião ou propósito. Lançar a — e es-
conder a mão , adagio, fazer o mal enco-
berlameote. ior uma — em cima, fallando
de processo, demanda, embaraçar o progres-
so, pôr era silencio. Dar de — entre ouri-
ves, passar a pedra pomes sobre as peças
de ouro ou prata antes de as polir. Doudo
de — s, que atira pedras desatioadamente :
34»
136
PED
(fig. ) homem estouvado. Quem cala — s
apanha, adagio com que se exprime que
quem dissimula a offensa prepara a vin-
gança. Não deixar — sobre — , arruinar
completamente,
PEDiiA, (geogr.) aldeia da provincia do
Rio de Janeiro, na margem direita do rio
Piírahiba e abaixo da confluência do Bosa-
rahi, no Brazil.
PEDRA-BONITA, (gGogr.) s^rra da provín-
cia de Pernambuco, 22 léguas ao JNO. da
Villa de Flores, no Brazil.
PEDRA-BRANCA, (geogr.) villa da provin-
cia da Bahia, 5 léguas OSO. da povoação
de Genipapo, no Brazil.
PELRA-LiSA, (geogr.) serra da provincia
do Rio de Janeiro, no Brazil, nas matas
que jazem entre o districto da cidade de
Campos, e o da villa de Cantagallo.
PEDRADA, s. f. {pedra, des. ada) , golpe
de pedra; (fig.) remoque, dito picante.
PEDRADO, A, adj. salpicado, com pintas
pretas e branco, v. g. Falcão — . Ornamen-
to de branco — de ouro. — , guarnecido de
pedrinhas. — , calçado de pedras, v. g. es-
trada, rua, cães — . duro como pedra, i?. 5'.
fructos — s. Tetas — s das vaccas, callosas,
endurecidas.
PEDRAGOZo, V. Pedregoso.
PEDRAGULiiENTO. V. Pedregoso.
PEDRAL. y .Pedregal.
PEDRANCEiRA, s. f. (p, us.) monte de pe-
dras.
PEDRÃo, (geogr.) povoação da provincia da
Bahia, nodistricto da cidade da Cachoeira,
no Brazil.
PEDRARIA, s. /*. (des. aHa), pedra de can-
taria, opposta á de alvenaria; (ant.). — ,
pedras preciosas ; — grossa, pedras finas
como cornalina, ágata.
PEDRAS, (gtogr.) povoação do Brazil, na
provincia do Mato-Grosso, nas margens do
Porrudos ou rio de São Lourenço, 26 léguas
ao NE. da cidade de Cuiabá.
PEDRAS, (geogr.) povoação do Brazil, na
provincia da Bahia, 3 léguas ao NE. da pon-
ta deltapuanzinho, e outro tanto ao SE. da
povoação dellapuan.
PEDRAS, (geogr.) rio da provincia de Mato
Grosso, no Brazil, i[ue se ajunta com o rio
Guaporé, pela margem esquerda.
PEDRAS (rio das), (geogr.) rio da provincia
das Alagoas, no Brazil, onde é também co-
nhecido com o nome de Manguape.
PEDRAS (lagoa das), (geogr.) Ingoa da pro-
vincia do Rio de Janeiro, entre o rio Muriaré
e a margem esquerda dot^arahiba.
PEDREGAL, s. m. Pcdregoes, pi. (des. col-
lectiva ai], logar onde ha muita pedra.
PEDREGOSO, A, adj. (dcs. oso], cheio de pe-
. dras soltas, v. g. Caminho, campo — .
r)llJ.lV-9tl
PED
PEDREGULHO, s. ííi. (des. ulho), quo denota
multidão de cousas miúdas) , muita pedra
miúda, peixinhos dos rios.
PEDREIRA, s. f. [pedra, des. eira que deno-
ta origem), rocha d'onde se corta e quebra'
pedra; (fig.) origem. Degenerar da — , dos
pais, antepassados. — protector , valedor f
empenho, ex. « Basta uma — . » Vieira. « Lhe
mettiam — s para isso, » Couto, empenhos,
como hoje se diz.
PEDREIRO, s. m. (des. eiró), officialque tra-
balha em obras de cantaria ou de alvenaria.
— s livres, membros de uma sociedade se-
creta espalhada por todo o globo, e que
se suppõe ter principiado por uma associa-
ção de architectos de diversas nações , na
idade media. — , peça de artilharia mon-
tada em cavallete, e que atira de ordinário
pedras em vez de balas de chumbo ou de
ierro ; — encampanado ; — encamerado.
PEDREZ, adj. dos 2 g. (des. ez, que de-
nota semelhança), semelhante a superfície»
semeada de pedrinhas, ou a pedra cheia de
pintas. V. g. Cavallo — , que tem pintas ou
signaes pretos e castanhos sobre fundo
branco. Ferro — , quebradiço como pedra,
Moraes define pedrez cor de pedra, como
se todas as pedras tivessem a mesma cor.
PEDRINHA, s. f. diminut. de pedra, seixo,
pedra pequena, fragmento de pedra.
PEDRINHO, A, adj. (ant.), de pedra. v. g.
Lagar--. Docum. Ant.
pEDRisco, A, adj. (des. isco, que denota
fragmento), em fragmentos de pedra.
PEDRisco, s. m. (do precedente saraiva.
PEDRO, (8.) (hist.) Pelrus em latim. Ce-
phas em hebreo, chamado o principe dos
apóstolos, era irmão de Santo André, pri-
meiro discípulo do Salvador. Jesus escolheu>
em Ij2 para vigário dirigindo-lhe as seguiu--
tes palavras: «Tu és pedra, e sobre esta pe-
dra eu construirei a minha igreja. » Assusta-
do durante a paixão, Pedro negou seu mes-
tre, mas depressa se arrependeu. Pregou o
chrislianismo em Jerusalém, na Antiochia e
em Roma, aonde foi marlyrisrdo com S. Pau-'
Io em 65 ou 66. E' commemorado a 29 de ju-
nho. Ha mais alguns sanctos com o nome de
Pedro: um bispo de Sebaste, morreu em 387,
é commemorado a 9 de janeiro ; S. Pedro
Chrysologo, foi bispo de Ravenna desde4j2
até 452, é festejado a 4 de Dezembro ; S. Pe-
dro de Alcântara, e S. Pedro Nolasco.
PEDRO 1, (D.), (hist.) rei de Portugal, [fi-
lho d'elrei U. ylíTorso IV e da rainha D.
Brites sua mulher, nasceu em Coimbra em
1320, reinou em 1H57 a 1367, anno em
que morreu em Estremoz, e jaz em Alco-
baça, junto de sua segunda mulher, a ce-
lebre D. Ignez de Castro. Impaciente de
vingar a morte desta , logo que subiu ao
oq o ,oq<ift|, o ,íki\«ii aiq«í o ,«xi;imnoa
PED»
PEI>
mt
trono , fez alliança com Pedro-o-Cri/e/ de
Castella contra o rei de Aragão, para obter
a exlradicção dos matadores de sua mulher,
de quem tirou crua vingança (V. D. Ignez
de Castro). Convocou cortes em Cantanhe-
de, aonde jurou o casamento com D. Ignez,
que em 13tíl fez desenterrar para lhe dar
as honras reaes. Applicou-se depois á re-
forma lios abusos, que grassavam pelo rei-
no, o que levou a effeito com constância e
imparcial justiça. Viajou amiudadas vezes
pelas provincias, syndicando sobre o bem
viver dos povos; procurou reprimir o luro,
sendo o primeiro a dar o exemplo, andan-
do sempre com accompanhamento modes-
to, e até muitas veze^ a pé pelas ruas, O
commercio e a navegação continuaram em
progresso no seu reinado. O que mais ca-
racterisa o reinado deste monarcha foi a
sua justiça rigorosa , que lhe grangeou o
nome de Justiceiro. Foi D. i'edro casado
pela primeira vez com D. Constança , de
quem teve 3 filhos ; casou depois com D.
Ignez de Castro; de quem leve 4 filhos, e
teve alem destes 2 filhos naturaes, um dos
quaes foi o celebre D. João, mestre de Aviz,
que subiu ao trono por morte de D. Fer-
nando 1.
PEDRO II, (D.), (hist.) rei de f ortugal ;
foi o sétimo filho del-rei D. João IV, nas-
ceu em Lisboa em 1648, foi nomeado re-
gente era 1()67 , rei em 1683. e morreu
em 1716 em Alcântara; jaz em S. Vicente
de Fora. Tendo seu irmão elrei D. Aífonso
VI obrigado pelos acontecimentos, que mar-
caram o fim do seu desditoso reinado, re-
nunciado em 1667 a coroa em favor delle,
D. Pedro foi logo acclamado regente pelo
povo, e em Janeiro de 1G6S foi declarado
e jurado pelas cortes herdeiro presumpti-
vo da coroa, e regente do reino. Nomeou
então os ministros, que tinham servido no
reinado de seu pai, mandou recolher as
pessoas, que no anterior reinado tinham si-
do desterradas, procurou augmentar as ren-
das do estado, e;acabaram com as desordens,
que tinham lugar durante o governo de seu
irmão, fazendo-se amar dos povos, no que
punha o maior empenho. Concluiu paz com
Castella , pondo termo a uma desastrosa
gu€rra de :28 annos, com condições vanta-
josas e honrosas para Portugal. Restabele-
ceu as rtlações com a corte de Roma, e
renovou os tractados com as principaes po-
tencias de Europa , principalmente com a
Inglaterra e liollanda , no que se houve
com summa prudência. Diminuiu a despe-
za publica, licenciou parte do exercito, me-
lhorou a arrecadação da fazenda , e deu á
corte o exemplo da frugalidade. Tendo fal-
lecido D. Affonso VI em 1683 foi logo o
VOL. IV.
infante D. Pedro acclamado rei, mas no sen
reinado não foi tão feliz como durante a
regência. Conseguiu por algum tempo con-
servar a neutralidade de Portugal nas guer-
ras, que agitavam a Europa; mas por fim,
oífendido com a altivez das cortes de Ma-
drid e Versailles, e fascinado pelas vanta-
gens, que se oíTereciam a Portugal , deci-
diu entrar na Grande AUianra , e apoiar
as pretenções do archiduque Carlos ao tro-
no de llispanha. Foram os successos desta
guerra alternativamente prósperos e des-
graçados. Em I7lí4 o marquez das Minas
entrou victorioso em Madrid á frente das
tropas portuguezas, mas Carlos 111 demo-
rou-5e demasiado e perdeu assim a única
occasião de se apoderar da coroa ; as tro-
pas portuguezas tiveram depois que retirar
e soífreram bastante perda. Em 1706 pro-
curava D.Pedro 11 fazer novas levas, quan-
do cahiu doente, e dessa doença se lhe se-
guiu logo a morte. Casou este monarcha
em primeiras núpcias com D. Maria Fran-
cisca Izabol de ^»boia, mulher que fora
de D.AíTonso VI, para o que seobteve dis-
pensa do papa, depo'\s de anuUado o casa-
mento com aquelle monarcha. Casou em
segundas núpcias em 1687 com D. Maria
Sofia de Newburgo, filha do eleitor palati-
no do Rheno. De ambas leve descendên-
cias. Este monarcha viveu 58 annos, dos
quaes governou 38 , sendo 15 como re-
gente e 23 como rei. Foi dotado de gran-
de intelligencia e juizo solido. Era sensí-
vel, caritativo , e hábil nos negócios pú-
blicos. A felicidade dos povos era o obje-
cto do seu maior cuidado.
PEDRO 11 (D.), (hisl.) rei de Portugal
por ter casado com a rainha D. Maria J,
sua sobrinha. Nasceu em Lisboa em 1717,
sendo filho delrei D. João V, e da rainha
D. Maria Anna sua mulher ; casou em 1760
com sua sobrinha D. Maria, herdeira pre-
sumptiva da coroa, e com elia subiu ao
throno em 1777, tomando o titulo de rei
por já ter filho varão ; morreu em 1786,
e jaz em S. Vicente de Fora. liontava D.
Pedro 63 annos quando sua mulher subiu
ao throno ; viveu ainda mais 9 sem
de maneira alguma interferir na publica !
admnistração ; vivia retirado no palácio de
Queluz, onde dava esplendidas festas a sua
esposa ; se esta o convidava para assistir
ao conselho d'estado, alli permanecia mu-
do expectador excepto quando se tratava
da casa do infantado, que lhe pertencia.
PEDRO IV (D.) (hist.) 1 do Brasil, rei de
Portugal, e imperador do Brasil, nasceu
em Queluz em li 98, o foi filho delrei D.
João VI, e de sua mulher a rainha D.
Carlota Joaquina ; foi declarado herdeiro
35
m
PEDí
PED
da coroa em 1826, mas abdicou logo em sua
filha; falleceu em 1834 no próprio quarto do
palácio onde nasceu. Em 1807, por occa-
sião da invazão franceza, passou com a
sua familia ao Brazil. aonde se conservou
até 1831, apezar dos vivos desejos que
teve de vir tomar parte na guerra penm-
sular. Em 1821, tendo vindo para Portu-
gal elrei D. João VJ, D. Pedro ficou re-
gendo o Brazil ; e, apezar dos exforços que
fez para o conservar unindo a Portugal, a
serie dos accontecimentos o levaram a eman-
cipar aquella nossa possessão, para evitar
que elle passasse a extranhas mãos. D. Pedro
foi declarado imperador e Defensor perpetuo
do Brazil, cuja independência foi reconhe-
cida pelo tractado, assignado no Rio de
Janeiro a 29 de Agosto de J825, e ratifi-
cado em Lisboa a 5 de Novembro do mes-
mo anno. Kste tractado concedia a D. Pe-
dro o titulo de Imperador do Brazil c
Príncipe de Portugal e Algarves, reservan-
do D. João YI para si unicamente o titulo
de Imperador e Rei.
Por morte de D. João YI, foi D. i edro
reconhecido herdeiro da coroa de Portugal,
e nomeada na sua ausência uma regência.
O novo monarcha a 26 de Abril desse an-
no concede uma ampla amnistia por crimes
políticos ; a 29 outhorgou a Carta Constitu-
cional, e a 2 de Maio abdica em sua filha
a Senhora D. Maria II, dedicando depois to-
dos os seus esforços a assegurar-lhe o tro-
no. A 7 de Abril de 1831 abdica igualmen-
te a coroa do Brazil em seu filho e Senhor
D. Pedro 11, (actual imperador), e no dia
13 saiu daquelle império acompanhado da
sua familia, e aporia a Cherburgo a 12 de
Junho do mesmo anno. Toma então o titu-
lo de Duque de Bragança, e determina pôr-
se á frente dos que procuravam reivindicar
a coroa para sua filha, e restabelecer o sys-
tema constitucional, destruído pelos parti-
dários da monarchia a}>soluta, que em 1828
tinham collocado no trono o infante seu ir-
mão. Depois de ter contraído um emprésti-
mo em Londres, D. Pedro reune-se aos emi-
grados que estavam em Belle-Isle, e com
elles parte daqnelle porto de França a 10 de
Fevereiro de 1832 n'uma pequena esqua-
drilha, que aporta á ilha de S. Miguel no
dia 22 do mesmo mez e anno. Tendo per-
corrido as differentes ilhas do archipelago
açoriano, e organisado as suas forças, parte
daquella ilha em 57 de Junho de :í8jS,
acompanhado do seu exercito, com o qual
desembarca nas praias do Mindello, junto á
cidade do Porto, a 9 de Julho do mesmo
anno. De posse desta cidíde, nella se sus-
tentou por mais de um anno, contra as for-
ças íDtímtaDQente superiores, contra elle
mandadas ; supportando as maiores priva-
ções, e dando provas do seu valor e acti-
vidade.
A 28 de Julho de 1833 desembarcou D
Pedro em Lisboa, que já estava a seu fa-
vor ; pois o Duque da Terceira, depois de
entrar no Algarve a 24 de Junho seguira vi-
ctoriosa até Almada , que tomou a 23 de
Julho, e no dia seguinte, passando o Te-
jo, entrou na capital. A guerra ainda con-
tinuou por algum tempo, até que a con-
venção de Évora Monte em 27 de Maio de
1834 lhe poz termo. Dedicou-se então D.
Pedro ás reformas, que julgou necessárias,
e que pedia o novo sjsteraa do governo.
Propõe ás cortes a nomeação da regência,
que as cortes confirmaram na pessoa de D.
Pedro. Conhecendo porém que estava próxi-
mo o fim da sua existência, communica o
seu estado ás cortes, para que declarassem
maior a rainha sua filha, aquém dá os mais
sábios conselhos para que felecite o povo
que vai governar. Finalmente a 24 de Se-
tembro do mesmo anno expirou 1). Pedro
no palácio de Queluz, depois de se ter des-
pedido da sua familia, e dos seus amigos,
encarando a morte com a mesma serenida-
de com que arrostara os perigos na vida.
Jaz em S. Yicente de Fora, e o seu cora-
ção na cidade do Porto, a quem o legou.
Casou pela primeira vez em 1816 com a ar-
chiduqueza D. Maria Leopoldina, filha do
imperador d'Austria Francisco II, eem 1826
pasiou a segundas núpcias com a Senhora
D. Amélia de Leuchtemberg, e de ambas
teve descendência. Monarcha instruído e
verdadeiramente magnânimo, abdicou vo-
luntariamente duas coroas, para só se de-
dicar á felecidade de seus filhos e dos po-
vos que nelle tinham confiado.
PEDRO (o infante D.) . (hist.) duque de
Coimbra, e regente de Portugal durante a
menoridade d'el-rei D. AíTonso V seu so-
brinho, foi o ^.^ filho d'el-rei D. João 1,
e por tanto irmão del-roi D. Duarte, e do
celebre infante D. llenrique. Educado como
seu irmão em todas as boas artes, honrou
o nome portuguez era Ceuta, e foi o maior
viajante portuguez dos seus tempos. Em
1425 partiu de Lisboa , desembarcou na
Bf jgica, sendo recebido em Burges por sua
irmã a condessa soberana de Flandres ;
correu a Allemanha , Hungria e Dacia, e
ajudou o imperador Sigismundo nas guer-
ras contra os Turcos, obtendo em premio
do seu valor o destresa militar a Marca
Trevisana com o titulo de Marquez de Tre-
viso. Yisitou os lugares sagrados de Jeru-
salém, esteve nas cortes do Gião Turco e do
Soldão da Babylonia, recebendo de ambos
excessivas honras ; tratou em Roma com o
PED
VED
139
Papa Martinho V, e com todos os Príncipes
da Itália. Deu volta per Inglaterra onde rei-
nava seu tio Henrique IV, e esteve tam-
bém em F rança, Aragão , Navarra e Cas-
tella ; até que voltou ao reino depois de
três annos de peregrinações, em que por
toda a parte fui honrado e festejado como
grande homem. Em 1438 falleceu seu ir-
mão el-rei D. Duarte, e no anno seguinte
as cortes reunidas em Torres Vedras no-
mearam regente o infante D. f edro duran-
te a menoridade de D. Affonso V. D. Pe-
dro acceitando a seu pesar a regência deu-
se todo aos cuidados do governo, que di-
rigiu com prudência e sabedoria ; esme-
rando-se igualmente em dirigir a educação
do joven monarcha. Durante o seu gover-.
no descobriram os Portuguezes as ilhas de
Arguim em 1143, e em 1445 as ultimas dos
Açores e Cabo Verde, com 60 léguas mais
para o Sul, cujos archipelagos mandou po-
voar. Finalmente chegando D. Affonso V á
sua maioridade, lhe entregou o regente o
reino muito mais florescente do que o rece-
bera ; mas o joven monarcha Ihe^supplicou
continuasse a ajudal-o com seus conselhos,
e o infante continuou ainda por dois annos
a dirigir o leme do estado. Comtudo os seus
inimigos, tendo a sua frente o Duque de Bra-
gança (que do infante seu irmão havia re-
cebido aquelle senhorio e titulo) procuraram
perde-lo no animo do rei, no que mais se em-
penharam quando o infante desgostoso se re-
tirou ás suas terras. Prohibiu-se toda a com-
municação com elle, e se lhe ordenou que en-
tregasse as suas fortalezas e armas. Quiz o
infante vir á corte justificar-se, e neste in-
tento saiu de Coimbra, acompanhado de
gente de pé e cavallo. Então foi o infante de-
clarado traidor e el-rei poz em campo as suas
tropas contra elle.
Encontrando-se junto a Alfarrobeira, tra-
You-se peleja, e o infante foi logo morto,
juntamente com o conde de Abranches, um
dos mais illustres guerreiros da nação, eos
mais fidalgos, que o accompanhavam. Ficou
o corpo do infante por3dÍ8s sem sepultura
no campo da batalha, até que occultamente
o foram sepultar em Alverca. Os seus ossos
foram depois levados a Abrantes e passados
annos depositados no sepulcro que junto ao
de seu pai lhe fora destinado no convento da
Batalha. Teve sempre em vista o bem dos
povos, aquém tratava com summa bondade.
f ci homem de grande instrucção, e mui pe-
Fito na lingua latina, e delia verteu os Offi-
cios deCicero, e o livro de Vegecio sobre a
arte da guerra. Temos delle uma imforma-
ção sobre as necessidades do reino, dirigida
a el-rei D. Duarte, e que se encontra nas
Dissertações chronologicas e criticas de João
Pedro Ribeiro, vol. I.; eescreyeii também
outras obras em prosa e verso.
Outros infantes houve deste nome, dignos
de mencionar-se, lacs são :
PEDRO AFFONSO, filho natural do conde
D. Henrique ; foi embaixador em Pariz, gran-
de guerreiro, e monge de S. Bernardo, mor-
reu em 1169, ejaz em Alcobaça.
PEDRO (D.), filho d'el-rei D. Sancho I, e
da rainha D. Dulce ; foi dos mais incança-
veis guerreiros do seu tempo. Nasceu em
1189. Por dissensões, que teve com seu ir-
mão se retirou de Portugal ; dirigiu-se a
Leão, embarcou depois para a Africa, ser-
vindo com o Imperador de Marrocos ; voltou
a Leão, onde tomando parte em muitas ex-
pedições adquiriu grande gloria. Passou de-
pois a Aragão, auxihando seu sobrinho D.
Jaime 1 contra os Mouros ; ealli casou com
a filha e herdeira de Armengol VIU conde
deUrgel. Este por sua morte em 1271 lhe
deixou em testamento o condado de Urgel, e
outras possessões na Galiza, que depois tro-
cou pelas ilhas de Majorca e suas dependen-
tes. Nesta ilha residiu algum tempo, e fun-
dou um estado e uma sede episcopal. Ainda
voltou muitas vezes a Castella , pellejando
sempre em todos os campos de batalha. Em
1247 e 1248 veiu a lortugal auxiliar seu so-
brinho D. AíTonso 111 ; voltou depois á An-
daluzia aonde ajudou D. Fernando a tomar
bevilha, recebendo em recompensa possessões
«consideráveis. Finalmente este esforçado
guerreiro só descançou, e deixou de comba-
ter quando em 1258 desceu ao tumulo.
PEDRO AFFdNso (D.), filho d'elrei D. Di-
niz : foi conde de Barcellos, Alferes mór
do reino, e é celebre pelo seu livro de
geneologias ou JSobiliario, que lhe gran-
geou grandes créditos de erudito entre na-
cionaes e estrangeiros Applicou-se também
e com feliz talento á poesia. Jaz sepultado
na sé de Lisboa.
PEDRO I, (hist.) reid'Aragão desde 1094
até 1144, foi proclamado diante deHuesca
depois da morte de seu pai, Sancho llami-
res, tomou esta cidade depois da victoria
d'Alcaraz, conquistou depois Barbastro e
outros districtcs e deixou o trono a seu ir- .,
mão; ASonso-o- Guerreiro.
PEDRO II, (hist.) rei d'Aragã0, filhoesuc-
cessor de Affonso li, reinou desde 1196 até
1213, baniu os Vaudenes refugiados nos
seus Estados, uniu-se com o rei de Castel-
la AíTonso JX contra Sancho Vil, rei de Na-
varra, depois marchou com estes dous prín-
cipes contra os Almohades, que venceu em
Navas de Tolosa em I2i2. Depois foi em soc-
corro dos Albigenses ; derrotado por Simão
deMontfort em Mureteml213, morreu no
campo de batalha.
35 ♦
nh
FEO
PEDRO ni, (hist.) o Grande, rei d*Árágâó do'
1270 a 85, nasceu em 1239, foi secretamente
o promotor das Vésperas Sicilianas, foi ro
conhecido rei da Sicilia, foi excommunga-
do pelo papa, que deu os seus Estados a
Carlos de Valois, mas defendeu-se bem con-
tra Carlos e contra sea próprio irmão, rei
de Majorca , e morreu antes de acabada a
guerra.
PEDRO IV, (hist.) 0 Cerimonioso, rei de
Aragão de l33tí a 1387. filho e successor
de AíTonso IV, nasceu em 1319, apos-
sou-se de Majorca , alliou-se com Portu-
gal e Caslella contra os Mouros , ba-
teu no mar os Genovezes, que lhe dispu-
tavam a Sardenha, sustentou Henrique de
Trastamara contra seu irmão , mas depois
ligou-se com o rei de Portugal contra o
mesmo Henrique.
PEDRO, (hist.) chamado-o- Cntc/, rei de
Castella, de 1350 a 69, nasceu em 1334,
filho e SBCcessor de Aífonso XI, governou
despótica e cruelmente, fez morrer Eleono-
ra de Guzman, amante de seu pai, aban-
donou no dia seguinte ao do seu casamento
Branca de Bourbon, depois prendeu-a e a
final mandou-a matar ; matou João, seu
primo, Frederico, seu tio , e preparava a
mesma sorte a seu irmão natural Henrique
de Trastamara ; mas este príncipe fugiu
para França, e voltou seguido de Dugues-
clin o de um exercito francez, que destronou
o tyranno em 13tJ6. No seguinte anno Pedro
foi restabelecido pelo príncipe Negro, e ain-
da se tornou mais cruel. Duguesclin bateu-o
em Mor.tiel em 1369, depois fel-o prisionei-
ro. Pouco depois foi morto pela mão de seu
irmão Henrique.
PEDRO I, (hist.) rei da Sicilia desde 1282
alé IÍ5, é o mesmo que Pedro 111 rei de
Aragão.
PEDRO II, (hist.) rei da Sicilia, de 1337
a 42, filho e successor de Frederico I. Tor-
nou-se odioso excitou revoltas , e ia em-
preender novamente uma guerra quando
morreu.
PEDRO o Bom ou Gallopierre, (hist.) Va-
laquio de nascença, fundou com Asan, seu
irmão, o terceiro remo da Bulgária ou reino
Valaquio Búlgaro, á custa dos Gregos, em
1186. Morreu assassinado em 119^.
PEDRO, (liist.) o Grande, czar ou impera-
dor da Rússia, nasceu em 1672, era o ter-
ceiro filho d' A lixo. Por morte de seu ir-
mão primogénito Fedor Hl, em 168á , foi
coUocado no trono pelos grandes, com pre-
juízo de Ivan, mais velho, mas julgado co-
mo incapaz de governar. Pedro resolveu li-
bertar, augmentar e civílisar a Rússia. Pa-
ta conseguir os seus intentos quiz visitar
as nações mais civilisadas ; saiu da Rússia
6m Í697, acompanhado por Lefort ; foi pri-
meiro á Hollanda aonde aprendeu a arte de
coiistrueção de navios, depois foi a Ingla-
terra, aonde escolheu hábeis engenheiros
para fazerem um canal do Don ao Volga.
Chamado á Rússia em 1698 por uma re-
volta, mandou matar 4,000 dos seus sol-
dados revoltados. Fundou S. Petersburgo em
1703, depois uniu-se com o rei da Polónia
contra Carlos 11, e depois de ter sido batido
muitas vezes por esle, venceu-o em Pul-
tawa. Tomou a Suécia a Livonia, a Estho-
nia, a Caretia , depois marchou contra os
Turcos alliados de Carlos XII; mas cerca-
do em llusck deveu a salvação á impera-
triz Catharina , sua esposa. Conquistou a
Finlândia e o Aland. Durante estas guer-
ras nunca deixou de proseguir nas suas
reformas, melhorou a justiça , a pohcía ,
creou uma marinha , animou as manufa-
cturas, instituiu o santo synodo em substi-
tuição do patriarchado, e fundou a Acade-
mia das Sciencias de S. Petersburgo. Mur-
chou porém a sua gloria mandando matar em
1718 Alixo seu filho , que se proclamava
altamente contra as reformas. Morreu a 8
de Fevereiro de 1725
PEDRO II, (hist.) filho d'AUxo e neto de
Vedro-o-Grande, teve o titulo de czar des-
de 1727 até 1730. Morreu de bexigas na
idade de 15 annos.
PEDRO III, (hist.) imperador da Rússia,
filho de Carlos Frederico, duque d'Holsteín-
Gottorp,ede Anna, filha de Pedro-o-Graw-
de, nasceu em 1728, foi creado gran-duque
em 174^, casou com a celebre Catharina de
Anhalt-Zerbst, com oqual viveu muito mal;
subiu ao trono em 1762. Assignou paz com
Frederico 11, rei da Prússia. Reformou di-
versos abusos, e creou algumas instituições
úteis, mas desagradou aos Russos por se cer-
car de estrangeiros. Dispunha-se a repu-
diar Catharina, quando esta prínceza o fez
abdicar, proclamando-se ella imperatriz e
mandando malar seu marido, em 1762.
PEDRO, (hist.) appellidado o Allemão, foi
rei da Hungria desde 1038 até 1041, des-
agradou pela sua crueldade, exacções e amor
pelos Allemães, foi expulso e substituído por
Aba, voltou em 1044 ajudado pelo impera-
dor Henrique III e reconheceu-se vassallo
do império germânico. Excitou novas revol-
tas, e morreu em 1047 em uma prisão.
PEDRO DE COURTENAY, (híst.) COUdo de
Auxerre e de Nevérs , francez , imperador
de Constantinopla , era primo de i hiiíppe
Augusto. Chamado por morte de Henri-
que 1 para lhe succeder, em 1216, poz-se
a caminho, mas foi traido pelos Venezianos
no cerco de Durazzo e caiu [nas mãos de
Theodoro Angelo , que o mandou malar
PED
PÉ^
uí
em 1219, depois do dous annos de prisão.
PEDRO , (h'st.) o Eremita, natural de
Amiens, era nobre. Deixou as armas pelo
habito d'eremila , f >i como peregrino á
Terra Santa em 1093 , voltou e dirigiu-se
a Roma, cora uma carta do patriarcha Si-
mão para o papa e pintou tão pathetica-
mente os soíTrimentos dos christãos e os
ultrages feitos ao santo sepulchro, que Ur-
bano X[ encarregou-o do preparar os âni-
mos para a primeira fíruzada. Pedro percor-
reu o Occidente com os pés descalços, uma
corda ao pescoço, um crucifixo na mão e
por toda a parte levantou as populações ;
depois quando em 1095 se decidiu a cru-]
zada no concilio de Clermont, marchou com
Guathler á frente do primeiro exercito de
cruzados. Não tendo viveres, nem dinheiro,
perdeu muita gente na Hungria, na Bulgá-
ria e na Ásia Menor e chegou quasi só a
Constantinopla ; assistiu ao cerco d'Antiochia
1098 e morreu em 1115.
PEDRO d'abatío , (hist.) medico e astrólo-
go italiano, nasceu em 1250. morreu em
1316. : Deixou ConcUiator philosophorum
et prcBcipue medicorum.
PEDRO, (S.), (geogr.) entre as povoações
desta invocação, que se encontram no rei-
no, notam-se as seguintes : 1.^ S. Fedro,
da Cadeira, no concelho de Torres-Vedras,
a 8 léguas de Lisboa, com 2,000 habitan-
tes ; 9..* S. Pedro das Águias, a 5 léguas
de Lamego, situada na esquerda do Távo-
ra, com 300. ^.^ S. Pedro da Cova, notá-
vel povoação de 1,001) almas; situada per-
to de Valongo a 2 léguas do Porto. 4.* S.
Pedro de França, a 2 léguas deVizeu, com
1,648. b^ S.Pedro doSul,villa a 3 léguas
da mesma cidade, sobre o Vouga, com 1,700
habitantes.
PEDRO MIGUEL, (geogr.) aldeia da ilha do
Fayal, situada á beima-mar ao NK. da aldeia
da Praia.
PEDRO (S.), (geogr.) aldeia grande da ilha
de Santa Maria, situa la sobre uma rocha á
beira-mar, duas milhas distante da \illa.
PEDRÓGÃO, (geogr.) Ha no reino algumas
villas e aldeias deste nomo, as principaes
são: 1.* aldeia do concelho de Cuba, 4
léguas ao S. de Évora ; 9U) habitantes ;
2.* Pedrógão Grande, villa importante, si-
tuada n'uma aba da serra da Estrella, 7 lé-
guas a E. de Coimbra, com 2,640 habitan-
tes, etodo o concelho cora 8, 4aO ; 3.^ Pe
dragão Pequeno, a meia légua da esquerda
do Zêzere, e uma e meia ao S. de Pedrógão
Grande, é lambem villa, e contém 1,244 ha-
bitantes ; dista 8 léguas a E. de Coimbra e
pouco ao N. de Cerlàa.
PEDROSO. V. Pedregoso.
PEDROSO, (geogr.) villaefreguezia dePor-
voL. IV.
tugal, a 2 legaas do Porto ; 3,570 habitan-
tes.
PEDROUÇO, s. m montão de pedras.
PEDROUços , (geogr.) bonito arrabalde de
Belém, situado em frente da torre de S. Vi-
cente, entre o mosteiro e templo de S. Jero-
nymo, e a estrada que conduz a Paços d' Ar-
cos ; consta áô duas ruas principaes, algu-
mns travessas e largos. E muito frequenta-
do no tempo dos banhos.
PEDÚNCULO, s. m. (pron. o accento na an-
tepenúltima. Lat. pedunculus.) (bot.) pé da
flor.
PEEBLES, (geogr.) cidade de Escossia, ca-
pital do condado, a 6 léguas ao NO. de Sel-
kirk; 2.800 habitantes.
PEEXçÃo. (ant.) V. Pensão.
PEENDENÇA, (aut.) V. Penitencia.
PEGA, s. f. (Lat. pica.] ave de pennas pre-
tas e peito branco, que se ensina a fallar ;
(fig.) mulher mui palreira. Aventar as — s,
(fig.) prever desgraças. — , /'naut.) espécie
de carapuça de madeira que se põe como
remate no topo dos mastros e mastareos. — ,
peça de bronze que se põe sobre a ponta da
moenda de engenho de assucar. Vem do Fr.
ant. pech, summidade, cimo.
PÉGA. s. f. (de pegar.) prisão dos bois;
braga de ferro que se põe aos escravos fu-
gitivos ; cousa por onde se pega em algum
vaso ou instrumento, v. g. aselha, cabo. Fa-
zer— a ancora, cravar-se no fundo.
PEGADA, s. f. {])von. pé gáda, o SiCcento na.
penúltima : de pé, e Lat. quatio, ere, cal-
car.) vestígio do pé, que deixa impresso na
terra ou areia o caminhante ou o animal. Se-
guir as — s , a trilha, as pisadas, e fig. o
exemplo ; imitar.
PEGADiço, A, adj. {pegado, des. iço, que
denota habito, frequência.) pegajoso, glutí-
noso ; que se pega, communica. Doença — ,
contagiosa. Vícios — s.
PEGADO, A, p. p. de pegar ; adj. aggluti-
nado, V. g. — com grude, (fig.) aferrado, - -á
sua opinião ; — a alguém ; — ás cousas do
mundo. — com alguém, que não o larga. — ,
próximo, contiguo. Casas — s na mesquita ou
com a igreja « A frota vinha mui — na ter-
ra. Barros, cozida com ella. - , (:mt.) mui
parecido, semelhante. « Cousa mui — com
esta. »
PEGADOR, s. m. peixe que se pega á barri-
ga do tubarão e o chupa ; tem o corpo roliço,
cinzento, olhos amarellos e pequenos.
PEGAFLOR ou BEIJAFLOR. V. Picaflor.
PEGAJOSO, A, adj. (des. oso.) glutinoso,
que se pega. — , contagioso, pegadiço ; )íig.)
importuno Jíomcm — , seccante, que não lar-
ga a pessoa com quem uma vez começa a
conversar.
PEGAMAço, s. m. [àt pega Q massa.) mdiS''
36
l
141
fl&
PEG
sa de pegar , grudar, lama mui viscosa de
terra barrenta. Ficar em — , pegado, coita-
do. — , (fig. e famil.) homena seccante que
não larga a pessoa com quem trava conversa-
ção. Herva dos — , bardana,
PEGAMENTO, s. m. [mento sufi.) adheren-
cia por conglutinação. Herva dos — , bar-
dana.
PEGÃO, s. m. augment.áei^é. — de vento,
grande pó de vento, furacão. — , botaréo, ar-
co-botante, obra de pedra cal que sostêm a
columna exterior de algum arco ou abó-
bada.— , de pego, grande pego,
PEGAR, V. a. [do Lat. picar e, besuntar de
pez, rad. pix, Gr. pissa pez) unir, fazer ad-
herir um corpo a outro por meio de grude,
pez ou outra massa pegajosa ; (fig.) appli-
car de modo que se não separe, v.g. — fogo,
incendiar. — as bexigas ou a variola, com-
municâ-la a alguém. — um nome ou algu-
nha a alguém, pôr-lh'o de modo que fique
em uso, ex. aPegaram-lhe o nome de galé.»
— a virtude, piedade, os vicias a alguém,
fazer que siga, adopte. — , v. n. adherir,
iicar unido por conglutinação, v. g. & colla
pega bem, ou não pega em superfície azei-
tada. — , (fig.) segurar, tomar : — com a
mão, com os dentes em alguma cousa ; —
da ou na espada, empunha-la. — de al-
guém, toma-lo pelo braço. — , (fig.) come-
çar, V. g. — no somno, adormecer, come-
çar a dormir. Pegou a febre ás seis horas
da tarde, começou. -^, (fig.) impedir, reter,
tolher. Pode ir-se que eu não lhe pego, não
o estorvo, não o retenho. — , (fig.) ficar ad-
herente, tereffeito. Pegou avaccina, pega-
ram as bixas, isto ó, a inoculação do virus
vaccino ou variolico teveeífeilo, communi-
cou-se a doença á pessoa inoculada, — com
alguém, engar. — de palavras, travar ra-
zões, altercar; reparar em palavras, notar,
reprovar palavras, expressões, dando-lhes
demasiada imporíancia. — da palavra, acei-
tar a proposta, apenas feita. Não ter por on-
de lhe pegue, diz-se de cesto, cesta, vaso
que não tem azelhas, cabo, etc. (fig.) de ho-
mem intratável, ou que não tem préstimo,
de que é impossível lançar mão para algum
emprego. — , estar contíguo, v.g. esta casa
pega com acerca das freiras. — , firmar-se
o pé da planta lançando raizes, v.g. as es-
tacas da oliveira pegara i-, — , fazer pega,
prender, v.g. pegou a ancora no fundo —
SE, », r. contrahir adherencia em razão da
viscosidade ; (fig.) ficar como pegado ao mes-
mo lugar. Este cavallopega-se, emperra-se
anão andar. Pegam-se-lhe os pés, (fig.) é
mui tardo ou demorado. Pegam-se-lhe os
pés aquella casa, isto ó, demora-se muito
nella, custa-lhe a sahir d'ella. Pegam-se-lhe
«f mãos^ (fig.) diz-se do empregado publico
que furta ou recebe peitas, e do homem que
furta e se appropria parte do dinheiro alheio
que lhe vem ás mãos. — se, cingir-se, v. g.
— ás palavras da lei, á palavra dada. — se,
appellarpara, recorrer, v.g. peg ou~ se & esie
subterfúgio, á ambiguidade do texto da lei.
Pegou-se a ou com a Virgem Maria. — se com
alguém, travar -se de razões, ter razões, con-
testações, rixas, brigar. — se, communicar-
se, V. g. — a variola, a sarna, o contagio, —
o cheiro ao fato, á roupa. — se d opinião
de alguém, valer-se d'ella para apoiar os
nossos actos. — a própria opinião, aferrar-
se a ella. Os vicios, os máos exemplos pe-
gam-se, são contagiosos. — se, ligar-se, se-
gurar-se, firmar-se, v. g. pega-se a amiza-
de com a mutua prestança e beneficência.
— 56, estar contíguo, v g. estas casas pe-
gam-se com o muro da cerca dos frades,
tieste sentido pegar, abs., é mais usado ; (fig.)
contrahir união, ex. « O coração naturalmen-
te se pega eaffeiçôa ao que frequenta. » Ár-
raes. — se com pouquidades, fazer nimio re-
paro demorar-se nellas.
PÉGASO, (myth.) cavallo alado, era, se-
gunda a fabula, filho de Neptuno e de Me-
dusa, ou nascido do sangue de Medusa,
quando Perseo lhe cortou a cabeça. Este
heroe montado em Pégaso livrou Androme-
de, que estava exposta a um monstro ma-
rinho. Bellêrophonte também se serviu delle
para combater a Chimera. Com uma patada,
Pégaso fez brotar a fonte d'Hippocrene, on-
de os poetas iam beberinspirações. Elle mes-
mo é o symbolo da veia poética ; suppõe-
se que leva os poetas pelo espaço e os trans-
porta a Heliconte, Outras vezes é collocado
sobre os astros.
PEGEADOURO, (aut.) Y.Pcjadouro de moi-
nho.
PEGNiTZ, (geogr.) Pegncsus, rio da Bavie-
ra, nasce no circulo do Alto-Meno, rega uma
cidade que tem o seu nome e cae no Reg-
nitz.
PEGO, s. m. (de pé:e agua) a parte mais fun-
da de rio, lago, mar, onde não se toma pé ;
(6g.) ornar. O — ou o alto — ; (fig.) um
— de sabedoria, profunda, vasta. O — do
esquecimento, o mais profundo. Bocage. O
— dos arcanos, dos vicios.
PEGO, s. m. (Lat. picus) uma ave.
PEGO, (geogr.) cidade de Hespanha, a 4
léguas ao O de Denia ; tem 5,000 habi-
tantes.
PEGÕES, (geogr.) povoação e palácio dô
Portugal. V. Vendas- Novas.
PEGOLETTiA, (bot.) geuero de plantas da
familia das Synanthereas e da Syngenesia
Polyaudria igual.
péGOMANGiA, s. f. {pego e maneia] arte de
adivinhar pela agua das fontei .
RI
PH
148
piGORAR, (ant ) V. Peiorar ou Peorar.
pEGOEiRo, s. m. (Lat. pix, pez, pes. eiró.)
o que extrahe pez dos pinheiros.
PEGu, PEGON ou BAGou, (geogr.) cidade
da Ásia, antigameate capital do reino do Fe-
gu, 6 a 7,000 habitantes.
PEGU (reino do), (geogr.) antigamente es-
tado da Índia, além do Ganges, indepen-
dente, hoje provincia do império Birman ;
tem por limites ao N. o Arakan e o Ava,
a E. o Murtaban. E' dividido em 3 provín-
cias : Pegu ou Talong, Dalla, Persaim
PEGUiAL. V. Pegulhal.
PEGUILHO, s. m. diminuí, de pega, obstá-
culo, cousa que prende, estorva ; (fig.) pre-
texto comque seamofini alguém. Ter — de
alguém. Prestes.
PEGULHAL, s. m (do Lat. pecus, gado) re-
banho de gado de todas as espécies ; (íig.)
multidão de gente desprezível, í?. 5». de Mou-
ros. — , (ant.) pastor de ovelhas.
PEGULHAR. V, Pegulhal.
PEGUREIRO, s. m. [L&t. pecus, gado, des.
eiró) guardador de gado subordinado ao pas-
tor, o intimo dos pastores.
PEHLVi (lingua), (hist.) idioma da antiga
Media; pelas raizes das suas palavras pare-
cia-se com ashnguas semíticas, e pelas suas
formas grammaticaes com a lingua persa.
PEIA. V. Péa.
PEIDAR, V. 11. {peido, ardes, inf.) diirpei-
dos.
PEIDO, s. m. (Lat. peditum) ventosidade
que sáe com estrondo pelo anus. Dar —s.
peidar.
PEiDORREAR, V. n. frequent. de peidar, dar
amiudados peidos.
PEiDORREiROj A, adj . habltuado a dar pei-
dos.
PEiLAu, (geogr.) cidade da Prússia, per-
to das nascentes do Peila ; 4.000 habitan-
tes.
PEiNA, (geogr. Boynum, cidade murada
do Hanovre, capital de BaiUiado, a 6 lé-
guas ao N ). de Hildesheim ; 3,060 habi-
tantes.
PEiOR, ou PEOR, maisus. adj. comparai,
dos 2 g. (Lat. pejor) mais mau. O — que
pôde succeder, a cousa, 0 mal peior.
PEIOR ou PEOR, adv. mais mal, ex. « Chris-
to affrontado — que ladrão. » Paiva. Serm.
PEIORADO ou PEORADO, A, p. p. de peÍO-
rar ; adj. que peiorou, deteriorado. O doen-
te tinha — , istoé, a doença tinha-se aggra-
vado.
PEiORAMENTO, s. m. [mcnto sufF.) estado
do que se torna peior, que muda de mal para
peior.
PETORAR ou PEORAR , v. a. {joeior , ar
des. inf.) fazer mudar para peior estado,
pôr em peior estado , deteriorar. Peio-
rar , Vf n. mudar para peior estado , ir
a peior, v.g. peiorou o doente, afortuna, a
republica.
peioria ou PEORiA, s. f. (des. ia) deterio-
ração, estado de cousa que vai a peior.
Moraes quer que escrevamos peior eseug
derivados pori/, o que nem quadra com a
pronuncia geral, que é peor, nem cora a ety-
mologia.
PEipus ou psipos (lago), (geogr.) Tchoxk-
dskoe-Osero, em russo, lago da Rússia eu-
ropea, entre os governos de S. Petersbur-
go, Pskov, Riga, Uevel.
PEITA, s. f (do Lat. peto, ere, exigir.) (ant.
tributo que antigamente pagavam aos reis
de Portugal os que não eram fidalgos, « As
— s que lançara aos povos. » Leão, Chron.
de D. Duarte. «Seja havido por plebeu assi
nas penas, como nos tributos e — s. » Lan-
çar — s, impor taxa ou contribuição extraor-
dinária. Nunca significa pedido, como traz
Jáoraes, nem estrictamente muleta, e só pa-
gamento de muleta.
Syn. comp. Peita, na accepção de taxa,
é imposição extraordinária, e por isso diífe-
re de taxa, tributo, imposição, que são ge-
raes e permanentes. Finta pode ser volun-
tária, e é contribuição rateada.
PEITA, s. f. (do Lat. pactio, ajuste, con-
venção, e não do precedente, como affirma
Moraes. Nada pode haver mais opposto que
dinheiro extorquido ou exigido violentamen-
te, e dinheiro oííerecido para subornar) di-
nheiro ou cousa de valor offerecida ou dada
para subornar, corromper,». ^. o juiz: da-
diva corruptora. Dar — s, peitar, subornar*
Aceitar — , deixar-se corromper, subor-
nar.
PEITADO, A, p. p. de peitar (de peííataxi^
adj. (ant.) pago como taxa de peão ; imposto
como contribuição temporária.
PEITADO, A, p.p. de peitar [de peita, su-
borno) ; adj. subornado, corrompido por pei-
ta. Dinheiro — , dado em peita.
PEITAR, p, a [de peita, taxa, tributo, at
des. inf.) pagar peita, tributo, taxa, contri-
buição ou muleta imposta ; impor peitas, con-
tribuições, ex. « Ca os fidalgos nunca soube-
ram — , salvo os corpos a seu rei e senhor.»
Ord. Aífons., 11, 59. §. 3, isto é, pagar, con-
tribuir com dinheiro. — encoutos, pagar
muletas, coimas. — do seu, pagar, dar cons-
trangida e extorsivamente. Ord» Aífons., 11.
— SE, V. r. pagar-se, v.g. — da amizade.
PEITAR, V. a. (quasi pactear) corromper
com dadiva, subornar, v. g. — o juiz, os
guardas da alfandega, dar peitas.
PEiTAVENTo, adj. [pcito ao vento) (volat.)
com o peito contra o vento, v. g. vôa a
ave — .
PBiTiiRO, A, oáy. (des. eiro) que paga pei-»
3(J*
im
ffô
PEl
t», tnbíito; peào, plebeo, bilião, sujeito a
peita.
PEIXEIRO, A, adj. (des ciro) que (U pftita
ao juiz, que suborna, corroniíie. Arraei;.
&* PEITILHO, s.m. diminut.á(i\w\\!\r, orna-
to triangular de seda ou de pedraria que as
mulheres põe no peito sobre o vestido coma
ponta entre os peitos. Também os ha de duas
pontas, uma superior, e outra inferior, que
corresponde á cintura.
PEITO, s. m. (Lftt. 'pcchia, do ílr. péteó,
abrir, extender ; ou do KH-THC^- P^ '*^^ ^ ^^'
ração) o thorax, a cavidade formada pelas
costellas, espinha dorsal e o sterno, separa-
da do ventre pelodiaphragma, o que encer-
ra o coração e o bofe; a porção do homem,
dos quadrúpedes e das aves desde a parte in-
ferior do pescoço até ao ventre. Os — s, as
mamraas da mulher e do homem. Criar aos
— .?, dar de mammar. Leite de — , de mu-
lher. Aberto dos — 5, diz-se da besta esfal-
fada. Doença de — , do bofe. Poro — aal-
guma cousa, arrostar, v g. — á corrente.
Ter — d corrente, resistir á força da agua.
Por o — em terra, desembarcar hostilmen-
te. — por terra, humildemente, submissa-
mente. — a vento, contra o vento ; (fig.)
luctando cora os maiores obstáculos, diíTicul-
dades. Pelejar com — , travado, arca por
arca. — do pé, aparte opposta á planta, e
amais proeminente. — da nau, a parte on-
de está o beque, a roda da proa. — , peça
que cobre o peito. — d'armas ou de aço,
peça da armadura, que cobre e defende o
peito. — de prova ou d prova, qne resiste
a tiros de bala; (fig.) insensível, que resis-
te, V. g. — aprovadas settas que Amor dis-
para; — dos perigos — , (fig.) animo, es-
pirito, coração entendimento. Amar do — ,
cordialmente, com ternura. Ódio de — , en-
tranhado. Guardar no — , conservar, guar-
dar segredo, tenção. — forlo, audaz, ani-
moso. — sapiente, (p us.) homem sábio,
ex. « Armou-se do — forte da contemplação »
Vieira. — aberto, animo sincero. Abrir o
— com alguém, comraunicar-lhe osmais ia-
timos pensamentos. Tomar alguma cousa a
— ou peitos, empenhar-se muito em fazer
ou conseguir ; tomar grande interesse nella.
Assentar em seu — , estar mui resoluto, for-
mar firme propósito. Mela a mão no — ,
(fig.) consulte a própria consciência e veja se
ella o não accusa. Cair o — , descoroçosr,
esmorecer. Caíu-me o — aos pés. (loc. fa-
mil. fig. e enérgica) esmoreci de todo. — ,
voz. Ter bom — , voz for le. Voz do — , diz-
se era opposição á da garganta ou falsete.
Para julgares
Que osMelindanos tem tão rude peito,
Que não estimem muito um grande /eito.
Camões, Lus. ?, est, iii.
pfATú , s. m. (ant.) por peita, em todas
as aocepções da palavra.
PEiTOGUEiRA, s. m. (p. US.) tosse.
PEITORAL, s. w. (des. s. a/.) correia presa
na dianteira das sellas, que cinge o peito do
cavallo ou besta, para que a sella não corra
para as ancas no subir ladeira.
PEITORAL, adj. des 2 g (Lat. pectoralis.)
do peito. Musculo — ou grande — . Cruz — ,
— , bom para curar ou alliviar doenças de
peito, catharros. Substancias, remédios, es-
pécies, plantas pcitoraes. Cozimento peito-
ral.
PEITORIL, s. m. (des. oril, do Lai. ora^
borda.) muro que dá pelos peitos, parapei-
to, V. g. — das janellas, da varanda.
PEiTORir, adj, dos 2 ^f. do peito, próprio
para cobrir ou ornar o peito. Pedras pei-
toris.
PEIXE, s. m. (Lat. piseis, que significa pro-
priamente peixe que tom escamas. Court de
Gébelin o deriva do Céltico isc, agua, equiva-
lendo a que vive na agua. M. N. Webster, no
seu excellente Diccionario da Lingua Ingle-
za (1832), referindo os diversos nomes do
animal , a saber pesk em Armorico ou B.
Bretão, pysg em (laulez, e iasg em Irlan-
dez, o deriva de fysg Gall., rápido, impe-
tuoso. Em Saxonio zé ou zeg significa mar,
em Vasconço sah. Em Sanscrit. visara, bisa-
ra ou pisara, significa peixe, sarít, lago, sru,
correr liquido ; e arivi, rio. O Gr. ikhthys
parece vir de iktar, com celeridade. Creio
que a etyraologia de Court de Gébelin é a
verdadeira, mas os radicaes são Kgypcios :
pe, ser, estar, e .*;chelí ou schik, profundo,
ou hep ou hí[), esconder, e içken, borda do
rio.) animal que se cri.io vive na agua, com
escamas ou sem cilas, barbatanas e rabo pa-
ra nadar, guelras para respirar, espinhas,
e sangue de temperatura pouco elevada e pou-
co corado. — do mar, — de rio, que habita
o mar ou os rios. — , (fig.) a polpa dos pei-
xes que se come. Comer de — , abster-se de
carne. Dia de — , em que a Igreja veda as co-
midas de carne. Estar como o — na agua,
(loc, famil.) muito a com'modo, com toda a
satisfação, no seu elemento. Ser — podre,
não ter préstimo, não prestar para nada. O
signo dos — s. V. Pisoes. Tomar — , com
rede, pescar. Usa-se como nome coUectivo.
Houve muito — .
iV. B. Ha muitos animaes que vivem sem-
pre ou parte do tempo na agua que se não
denominam peixes, t?. g. os cetáceos como a
balêa, os phocas, delphins ou golphinhos, as
rãs. Aos de concha se chama de ordinário
marisco.
Entre os zoologistas modernos os peixes
são animaes vertebrados que vivem na agua
e respiram exclusivamente pelas branchias ou
1>EJ
PEJ
145
guelras. Uns os coniprehendera em uma só
classe ; outros fazem duas.
PEIXE (lagoa do), (geogr.) lagoa da pro-
víncia de S. Pedro do Rio Grande, appelli-
dada também lagoa de Mostardas, no Bra-
zil, situada entre a lagoa dos Patos e o mar,
no dislricto da villa de Mostarda.
PEIXE (rio do), (geogr.) rio da provincia
de Mato Grosso, no Brazil. ^asce da cordi-
lheira Parecis, corre rumo do norte, e vai se
lançar no Tapajoz, pela margem direita.
PEIXE (rio do), (geogr ) rio da provincia de
Mato Grosso, no Urazil, que deve asuaj^ri-
gem á juncção dos ribeiros Raizame e Tacoa-
ral.
PEIXE (rio do), (geogr.) Rio na provincia
de Parahiba, no Hrazil, que nasce na serra
de Luiz Gomes.
PEIXE (rio do), (geogr.) Pequeno rio da
provincia de Goyás, no Brazil, que vem
das serras vizinhas da villa de Meia-Pon-
te.
PEIXE (rio do), (geogr.) Ribeiro da pro-
vincia de Goyáz, no Brazil, na comarca de
Sanla-Cruz.
PEiXEBRAvo (serra do), (geogr.) Serrada
provincia de Minas Geraes, no Brazil, na
comarca do rio-de-jequitinhonha e ao-sul
da villa de Januaria.
PEIXEIRA, s. f. (des. fira.) regateira, mu-
lher que vende peixe.
PEIXEIRO, s. m. (des. eiró.) homem que
vende peixe.
PEixEZiNHO, s. m. diminuí. V. Peixinho.
PEixiNHEiRo, s. m. (ant.) homem que tra-
zia peixe pescado em rio do interior do reino.
Em documentos antigos denomina-se 'pica-
(feiro. V. este termo
PEIXINHO, s. m. diminuí, de peixe, pei-
xe pequeno. — í, peixes miúdos como os de
que se faz viveiro em tanques, petinga. To-
dps pronunciam hoje jacicm/io.
PEIXOTA, s. f. (ant.) a pescada, peixe.
Peixoto, hojeappellido, Yem áepeixe, com
a des. Oto, augmentativa.
PEixoTE , s. m. (des. ote, augm.) peixe
maior que o miúdo ou peixinhos, v. g. sar-
dinhas, e menor que os mui volumosos co-
mo o bacalhau, rodovalho, atum, corvina,
peixe de mediana grandeza: (fig.) homem to-
lo, bolonio, fácil de enganar ; jogador pouco
experto que não sabe o jogo. Hoje todos di-
zem pichote ou pechote, que pôde mui bem
vir de pecha, falta, erro. porque o jogador
inexperto commette muitas faltas. V. Pe-
chote.
PEJADAMENTE , adv. (mente suff.) de má
vontade, agastadamente, conslrangidamente,
pesadamente.
PEJADO, A, p. p. de pejar ; adj. carrega-
do, opprimido pela carga ou peso, empa-
VOL. IV.
chado, V. g. navio. Estômago — , de quem
comeu com excesso, ou por comida indiges-
ta que carrega, pesa no estômago. Galeota
— do remo, pesada, ronceira. Consciência
— , de peccados, de crimes. « Como vinha
armado e era homem grosso (D. Constantino)
vinha afrontado e — , » Couto, Dec. 7, 6, 5,
isto é, caminhava com diíTiculdade, com pas-
sos pesados. — , estorvado, embaraçado por
obstáculo que impede os movimentos lirres,
V. g. — os passos ou passagam, com estaca-
das, artilharia, ets. O porto — , por naus de
bloqueio ou de cerco. O feito mui — , (ant.)
difficil, cheio de difíiculdades. Mulher — ,
cujo ventre denota gravidez, mas que pôde
não ser verdadeira prenhez. O ventre de se~
nhora — mas não gravido. V. Gravido e
Prenhe. — , [de pejo), atalhado por pejo, mo-
déstia. — , agastado, ressentido, escandalisa-
do, mas sem o dar a conhecer por algum
tempo , usando de dissimulação para tirar
vingança do aggravo recebido, v. g. de injus-
tiça recebida, ou de não merecida preferen-
cia dada a outrem. « Andavam os grandes — s
com a sua muita valia (de um privado); — com
a sua bandeira, por a trazer de capitão raór. »
« And>Tvam os mais dos fidalgos (na Índia) — s
no governo do Lopo Vaz, porque cuidava ca-
da um lhe cabia melhor aquelle lugar que a
elle. » Couto. Rol de —s, (ant.) lista de juizes
suspeitos ás partes , e de que ellas receiam
sentença injusta. Dava-se ao regedor da jus-
tiça, para elle nomear outros.
PEJADOR e PEJADOURO, *. í». (pe/or, des.
ouro.) nos engenhos de assucar 6 o mesmo
que adufa nas azenhas; serve de fazer parar
as rodas.
PEJAMENTO, s. m. [mcnto suff.) cousa ou
cousas que pejam, embaraçam, estorvam a
passagem de ruas, praças, cáes, lojas, etc.
PEJAR, V. a. (Fr. empêcher, do Lat. im-
pedio, ire, ou mpeáiío, are, embaraçar, com-
posto do in e pedes , subentendendo ligar,
atar, prender, enleiar os pés, e não deixar
andar.) embaraçar, impedir, estorvar o mo-
vim^^nto, o andar, carregando o individuo de
grande peso ou do cousas volumosas. « Em-
baraçado no subir porque o pejavam as ar-
mas. » Barros, 2, f, 6.—, gente ou cousas
que impedem o passo, estorvam o movimen-
to, tomam ou enchem o espaço. « Muita gente
que pejavam a mareagem do navio. » Barros.
Trastes velhos que só servem de — a casa,
tomar o vão, o espaço. — o tempo, toma-lo
com discurso, narração mui prolongada. — o
entendimento, carregara memoria, o. ^í. —
com cousas miúdas. — , em sentido abs. ou n.
— a mulher, emprenhar, ou mais estricta-
meiíte, sentir-se com o ventre mais volumo-
so. — o moinho ou azenha, entrar nelle mui-
ta agua que impede o rodízio de se mover. —
37
140
PEL
fftL
o engenho de assucar, cessar de moer. — sb,
V. r. embaraçar-se, v.g. — a língua, não po-
der articular bem. — se, ficar, estar impedi-
do, estorvado V. g. o navio com demasiada
carga ou com genie de mais. — , experimen-
tar incommodo, v. g. do inimigo que abor-
dou a fiáu. — se, agastar-se, re^ísenlir-se —
com alguém. — se, (de pejo, vergonha) en-
Yergoiihar-se, ter pejo, vergonha, acanhar-se
por modéstia ou timidez, u. g. a moça pejou-
se ao sair do rio, vcndo-se rodeada de ho-
mens.
PEJO, s. in. (do Lat. pigeo, ere, pertur-
bar-so , vexar-se.) vergonha, embaraço do
animo, enleio, acanhamento Ter — , enver-
gonha r-àe. Perder o — , desav€rgonhar-se. —
d verdade, faltar a ella despejadamente. — ,
(de pejar, impedir, Vv. ant. empas, [iú. im^
picúio, impedimento, embaraço, estorvo.)
(ant,) impedimrnto, obstáculo, embaraço, es-
torvo. « Sapato largo faz — . » Lobo, Eglog.
5. « O — das mãos doentes, — da velhice. »
Inedit. Sl06. « Eu a mim mesmo ás vezes me
sou — . » — , repugnância, diíliculdade, ??.
g.iQT — em estar pelo juizo de algum arbi-
tro. Couto. Ter era algucm — , mà suspeita
delle a noss® respeito (V. Pejado, rol de pe-
jados), « Tinha — naquella fortaleza, » sus-
peita de ella ser levantada em damno delle.
Chron. de D. João Uí. — , peíto, superabaa
dancia que incommoda, v. g. — de humores.
Moiaes não só confunde pejo, cousa que
empece, com /?e/'o, vergonha, mâs evidente-
mente dá a entender que es.io sentido c de-
rivado áo outro e que o peio moral e o em-
baraço do espirito corno o pejo physico em-
baraça, enleia e impede; mas não reflectiu
que o enleio de pessoa pudibunda é eííeito e
não causa. Éde notar que em Latim, Italia-
no, Francez, llespanhol, Àllemão è In^lez
não existe termo que tenha as duas accepções
referidas, O psjo pudico ó sentimento innato,
e procede do rec<'.io de ser increpado por al-
guma falta commettida, ou dê sec suspeitado
de cousa que se áeseja ler secreta, coino à&
inclinação amorosa.
PE-Kíi^NG-UO ou TClíING^KrANG, (geOgr )
rio da China, na-co a 7 léguas ao P^E de
«an-Young, dotre ao S., passa em Cantão
e cáe no golphò de Cantão.
PEKiN., Pe-KING, (giX)gr.) (isto é corte âo
Norte) ©u Kíngsse (a capital), antigamente
Car/íbalon, hoje Chun iian, em chinez, ca-
pitai do Pe-tckí-h e de todo o império chi-
ijez, ecH UQDa vasta planície, a 12 léguas ao
S. da grande muralha; 2,000,; iO(? de ha-
bitantes.
PELA, contracção de per, ant., por, e /a
artigo Castelhano, Italiano e IPrancez, e tam-
bém Portuguez antigo, t. y.emtodalas. V.
PELA&iA, (Santa), (hist.) nasceu no século
V, tinha sido comediante em Antioehia, fez-se
religioza e retirou-se ao monte das Olivei-
ras em Jerusalém. K' commemorada a 8 de
outubro. Outra Saneia Pelaeia também de
Antioehia, matou-se na idade de 15 annos
para salvar a sua castidade. E' commemo-
rada a 9 de junho.
pfíLAGiANisiio, s. m. (des. ismo.) a seita
de Pelagio.
PELA&'0, (bist.) chamado primeiramente
Morgan, celebre heresiarcha do século V,
nasceu na Gran-Bretanha, fez-se monge,
foi a iloma, foi amigo de Sancto Agostinho
e d'outras personagens illustres, mas den-
tro em pouco deu-se ás discu-ísões raetha-
physicas, e veio a formular sobre a graça
e a liberdade doctrinas contrarias á fé. A
sua doctrina foi condemnada era 3 concílios.
Julga-se quo morreuem 432 , mas a sua
doctrina conhecida pelo nome de Pelagia-
nismo subsistiu até ao século VI.
PELAGio I, (hist.) papa, successor de Vir-
gílio, reinou de 555 a rj59. Fez comefar
em Koma a igreja de S. PhiUppe.
PELAGIO II, (hist.) papa, successor de Be-
nedicto I, reinou de 578 a 590. Tentou em
vão abafar em Istria o scisma chamado dos
três capítulos.
PÉLAGO, (hist.) rei das Astúrias, foi o che-
fe dos godos e dos christàos fieis, que de-
pois da batalha de Xeres, se refugiaram
nos montes de Cantábria ; alli se conservou
'^ annos ignorado dos vencedores, e saiu de
repente bateu os Mouros em Covadonga, e
morreu em 337.
PÉLAGO, s. m. (Lat. pelagus^ Gr. áepleó,
navegar, e agô, conduzir.) (poet.) mar alto,
pego ; (ant.) pego do rio. Commeíter o — .
Em — de sangue, rios de sangue.
PELACONiA, (geí>gr.) eantãoda Macedónia,
ao Is ; cantão da Thessalia onde eram as
cidades d'Azor e Pythium e Doliques.
PELANGANg. (feogr.) sitio proximo do So-
fá lia ^viíla), donde dista uma hora de cami-
nho.
PELARGoSiuií, {bot.) género de plantas da
família das Gerinaôs e da Monadelphia He-
ptandria
PELASGios ouPELASftoSí (hist.) habitantes
primitivos da Grécia e da Itália, parecia per-
tencerem á ra^a indo-germanica.
PKLASGiotioE, (geogr.) região da Thessa-
lia, ao S,, entre a ^'errhebia aoIS., a Thes-
saUotide ao S., e entre o Peneo, o Ualia-
cmon e o Sperihio ; era habitada pelos Pe
I ágios.
p«LASGico (golpho de), (geogr ) Pelasgi"
cus sinus, hoje golpho de Volo, golpho do
mar Egêo. entre a ponta N. da ilha deEu-
l;>da, a PbthioUde e a Magaesia.
PEL
?a
147
PELEGRIME, s, w. HO Brasil dão este Dome
ao peixe que acompanha o tubarão. Moraes
suppõe cora razão vir do Inglez pilgrim, pe -
regrino.
PELEJA, s. f. [de pelejar.) briga, comba-
te, batalha. Homens, gente de — , comba-
tentes.
PELEJADO, A, p. p. de pelejar ; adj. que
pelejou. Estar — com outro, que teve razões,
que brigou com alguém. Os dois exércitos
tinham — esforçadamente.
PELEJADOR , s. m. O que peleja, comba-
tente. — , adj. que combate, peleja.
PELEJAR, v. a. (Cast. pelear, do Lat. pel-
lo, ere, repellir , repulsar, ferir, impeliir )
brigar, combater. — batalha, combater o
inimigo em batalha. « Pelejou Judas Macha-
beo tantas batalhas. » Vieira. — .brigar, com
bater, batalhar, guerrear, v. g. — com o ini-
migo ; (fíg.) luctar, v. g. — com as paixões,
— com os appelites. — com alguém, ter ra-
zões, altercar. — , reprehender asperamen-
te.
Syn. comp. Pelejar , combater, lutar ,
brigar, guerrear, batalhar. O mais gené-
rico d'estes vocábulos, e o de que mais
usarão nossos bons escritores, é pelejar, do
castelhano pelear, corrupção de proeliari ;
e exprime todo o género de contenda com
o fim de resistir e vencer a parte contra-
ria. Usa-se este verbo tanto na voz activa,
cemo ne neutra, de que Vieira nos deixou
boiis exemplos . « Pekjou Judas Machabeo
tantas batalhas (X, 201). » Os homens de
inferior condição, ainda que sejão valero-
sos, pelejão sós ; o nobre sempre pelei a
acompanhado, porque peleja com elle a
e mbrança de seus maiores, que é a me-
hor companhia. Em Ascaniope/e;*at>a Eneas
p Heitor ; em Pyrrho pelejava Achilles e
eleo ; nos Decios, nos Fabios, nos Sci-
Piõs pelejavão os famosos primogenilores
"e S'^,us appellidos (VII, 478). « A carne
Peleja contra o espirito, e o espirito con-
tra a carne (VI, 80). »
Combater é propriamente bater-se com,. . . ;
é pelejar militarmente fazendo força a fer-
ro e fogo ; e também, oppôr resistência, v.
g. combater os erros^ as inclinações, etc.
ou combater contra erros, etc. « A intei-
rez i combate contra a cobiça (V do Aro,
I, (■;. »
Lv.íar é contenderem ou pelejarem áuàs
pessoas corpo a corpo, sem armas, a bra-
ço partido ; e no sentido figurado é pelejar
por vencer, resistindo porfiosamente. Jacob
lutou com Deus. O homem, em toda a
vida, luta com adversidades, e no fimd'ella
tem que lutar eom a morte.
Brigar, do italiano brigare , é ter briga
com ftlguem. pelejar de razões ou a ferir,
de homem a homem, ou d'um partido com
outro.
Guerrear é fazer guerra, combater, pe-^
lejar na guerra. Suppõe todo o género de
hostilidades que costumam fazer-se as na -
ções ou partidos belligerantes.
Batalhas é pelejar com armas, pelejar
hostilmente um exercito com outro, ou uma
divisão com outra do inimigo.
Quando duas nações guerream, batalham
seus exércitos e suas armadas, pe/e;'am valo-
rosamente seus capitães, cor/iòaíern- seus sol-
dados, e As vezes toda a nação, por defen-
der sua independência. Nas guerras civis
brigam as facções, os partidos, os bandos»
e a sua peleja antes se deve chamar luta
porque nenhum partido se dá por conten-
te sem deitar por terra e pizar aos pés seu
adversário.
PELEO, (myth.) Peleus, rei da Phthiotide
e de lolcos, era filho de Eaco, e irmão de
Tela non e de Phocus. Tendo morto este
ultimo por engano, expatriou-se e foi á cor-
te de Eurytion, rei de i hthiotida, com a fi-
lha do qual casou. Teve ainda a desgraça
de matar, sem querer, e de passar por no-
vo exilio. Recebido em lolchos, inspirou
amor á rainha Erelheiá, ecomo desdenhas-
se esto amor criminoso, viu-se calumniado
pela princeza para com Acasto, seu esposo.
Esto mandou-o prender era um bosque, mas
Pelêo achou meio de cortar as prisões, ma-
tou Acasto e sua esposa, e fez-se rei de
lolcos. Morrendo a sua primeira mulher, ca-
sou com Thetis o delia teve Achilles , que
confiou ao centauro Chiron e passou pelo
desgosto de o ver ir para Tróia. Foi destro-
nado pelos filhos de Acasto.
PELEU ou PALUOS, (geogr.) archipelago do
Grande Oceano, a O. das ilhas Carolinas. E
composto por dezoito ilhas muito férteis e po-
voadas.
PELHANCARIA, S. f. 6 PELHANCAS, S.f.pl.
[pelle ; a des. vem de Cast, ancha, larga,
extendida), pelles pendentes do homem, oa
animal que emmagreceu muito.
PELHOS, pronunciado pel-hos, usado an-
tigamente era vez de pelos, e formado de
pel por per, por, e hos ortographia antiga,
por OS artigo m. pi. Barros, Góes.
PELiAS, (myth.) rei de lolcos, devia ser
ao commercio adultero de Tyro com Neptu-
no. Foi exposto logo depois de nascido e sal-
vo por uns pastores. Quando foi morto Ere-
theo, marido de Tyro, tirou o trono de lol-
cos a Eron, depois mandou matar a esposa e
os filhos deste principe, excepto Jason, que
se escapou. Expiou seus crimes com morte
horrorosa ; foi degoUado por suas filhas, que
julgavam, segundo a promessa de Medea, to-
ma-lo moco, tirando -lhe todo o sangue Telho.
37 •
m
PEL
P£&
PELICANO, s. m. (Lat. pelicanús ou pe-
lecanus, do Gr. pelukus, machado, porque
o bico desta avo tem feição do ferro de ma-
chado), ave aquática, maior que o cysne,
da ordem dospalmipedes, família dospaa-
nipedes, de bico longo e chato guarnecido
inferiormente de um saco membranoso ca-
paz de conter duas ou três canadas de agua,
ou um volume igual de peixe que a ave
apanha mergulhando. D'esta ave diziam os
antigos que alimentava os filhos com san-
gue que tirava do peito, ferindo-se. — ,
(chim.) alambique fechado, munido de duas
azas ouças: — , (cirurg.) espécie de boticão
para tirar dentes da feição de bico de peli-
cano.
PELiCEiRO. V. Pelliqueiro.
PELiGNios, (hist.) Peligui, pequeno povo
da Itália antiga, habitava a E. dosMarsos,
acima do Picenum e perto do mar. As suas
cidades principaes eram Corfinium e Sul-
mo.
PELiON, (geogr.) Peira, monte da Thessa-
lia, na Magnesia, ao S., não era mais do
que a continuação do Olympo.
PELissANE, (geogr.) villa de França, a 7
léguas NO. de Aix ; 2,261 habitantes.
PELITRE. V, Pyrethro, herva.
PELLA, s. f. (do Gr. palia, d&pallô, ar-
remesar), bala elástica de coiro cheia de
lã, com que se joga o jogo chamado da — .
Jogar a — com alguém, (fig.) fazer jogue-
te, fazer soífrer alternativas faustas e infaus-
tas. Ter as — s ao inimigo, resistir-lhe re-
bate-lo.— , (ant.). bala de chumbo ou fer-
ro presa a um cabo por corda, que se lan-
çava contra alguém e se tornava a recolher
depois de dado o golpe. A férrea — , bala
de artilheria. — , ('ant.) rapariga que baila-
va posta no hombro de dansarino. — de uvas.
V. Uva e Pellota.
PELLA, s. f. (de Fr, poere, frigideira),
(t, do Minho), frigideira.
PELLA, (geogr.) hoje Palatisia, cidade da
Macedónia, na Emathia, sobre o Ludio.
PELLACiL. V. Alacil ou Alãcir.
PKLLADO, A, p. p. de pellar, aclj priva-
do (la pelle ou de pello, calvo ; (Hg.) terra
— , escalvada, calva, sem vegetação.
PELLADOR, s. m. O que pella.
PELLAME, s. f. V. Alopedia.
PELLAME, s. m. {pelle, des. do Gr. /ia??ia,
juntamente), pelles não cortidas coirama ;
— , valias e tanque de cortume ; as pelles
no cortume.
PELLÃo OU puLLÂo, s. m. (do Cnst. pelon,
fidalgo pobre, filho segundo. Vem do Fr, ant.
polains, polans, poulains ou pullains, fi-
lhos de Europeo nascidos na Palestina no
tempo das Cruzadas; filhos demãieuropea
e de pai syriaco; eram geralmente despre-
zados. Em Fr. ant. poulain significa cara-
ponez, rústico. Ambos vem do Lat. pullns,
moreno, queimado de sol), fidalgo pobre ;
peão, homem pobre, rústico.
PELLAR, t>. a. [pelío, ar, des. inf., con-
tracção de tirar), tirar o pello, mettendoo
corpo em agua muito quente ; — tir^r o pel-
lo, o cabello, fazer cahir o pello, o cabei-
lo. — SE, V. r. cahir a pelle, perder a pelle,
ou o pello. — se por alguma cousa, appe-
tece-la anciosamente, v.g. — me por bana-
nas, melões, frutas. Nem ào Lat. pello, ere.
impellir.
PELLE, s. f. (Lat pellis, que os lexico-
graphos derivão, pela maior parte, do Gr.
phellos casca de arvore. Eu creio que vem
de vellus, pelle de animal, vello, primiti-
vamente fellus ou fellís. O f ê affim do p
e continuamente se troca por v ep), tegu-
mento exterior do homem e dos animaes.
Diz-se de todos os animaes que não tem es-
camas, ou tegumentos mui duros, a que se
dá o nome de coiro. Também se diz dos
peixes que não tem escama. — em cabello,
ainda não cortida. — da fruta, a casca fina.
Nú em — ou em pello, sem vestido ou co-
bertura, despido inteiramente. — , (fig ) o
individuo, v. g. Não caber na — ; em si,
não se conter, exultar, — de contente, de
soberbo. Defender a — ; tratar da — . Ju-
rar-lhe pela — , ameaçar alguém de o mal-
tratar ou matar. — , (fig ) o exterior. Rir-se
sobre a — de alguém, á custa delle. Jul-
gar alguém pela — , pelos exteriores. Des-
pir a — , larga-la como fazem as cobras e
serpentes ; ^fig.) re.noçar, mudar de senti-
mentos, de proceder, de opinião.
PELLEGRIN , (hist ) autof fraucez, nasceu
em 166 í, morreu em 1745. As suas melho-
res peças são : O Novo Mundo, e Pelopéa.
PELLEGRiNO (PeMogrino Tibaldo dc), (hist.)
pintor a architecto italiano, nasceu em 1527,
morreu em 1592, foi chamado a llispanha
por Ihilippe II, pintou o claustro e a bi-
bliotheca do Escurial.
PELLEGRINO Dl S^N-DANIELLO, )hist.) piu-
tor italiano do século XVI, morreu em 16^6.
O seu melhor quadro é uma Madona senía-
da entre as quatro virgens deAquiléa.Oa-
tro Pellegrino, deModena, discipulode Ra-
phael, deixou diversos quadros, o melhor
ê uma Natividade de Nossa Senhora.
PELLEGRUE, (geogr.) cidade de França, a
5 léguas NE. de Reole ; 1,600 habitantes.
PELLERiN, (hist.) celebre antiquário frau-
cez, nasceu em 1684, morreu em 1782. Keu-
nm um bello gabinete de medalhas, que
vendeu por 300,000 francos a Luiz XVI.
PELLETATSf, (hist.) cirurgião francez, nas-
ceu era 157:2, morreu em 1829. Publicou
uma Clinica cirúrgica.
PEL
FEL
fm
PElLETERiA, s. f. (do Fr. pellelerie), gran-'
de quantidade de pelles em cabello, e princi-
palmente para forrar roupas, v. g. — de mor-
tas, ginetas, lobos, coirama, pellame ; — ,
o coramercio de pelles para forrar. Outros es-
crevem pellíleria.
PELLETiER, (hist.) pharmsceuiico 6 chimi-
co francez , nasceu em J76l , morreu em
l'/97. Deixou Memorias e Observações de
Chimica.
pelleziuha, s. f. diminuí, depelle, pelle
finae pequena.
PELLiCA, s. f. diminut. depelle, pelle de
carneiro corlida que íica mui branca e mui
flexível, para luvas e outros usos.
PELiiçA ou PELissA, * /. (Fr. pelUsse), rou-
pão de mulher e do homem nos paizes septen-
trionaes, forrado de pelles íinfs, para resguar-
dar de frio, e também por ornato. iNa Turquia
o gran-senhor dá pelliças para honrar as pes-
soas. V. g. aos embaixadores das cortes es-
trangeiras, aos pachás, vizires,
PELLiCE, s.f. (Lat. pellex, icis, âepclli-
cio, ere, alliciar, Gr. pa//o/ítí, rapariga jaa/-
lak, moço, adolescente), (p. us.) amiga, con-
cubina de homem casado
PELi.ico. s. m. (de pelle), vestido de pas-
tor feito de pelles de carneiro com a lã.
PELLicuLA; 5. f. dúnmwí. de pcllc, (anat.
ebot.) pelle delicada, epiderme.
PELLiNHA, s. f. diminut. de pelle, pelle
delgada, fina.
PELLiQUEiRO, s. m. [ãepelHca], o que pre-
para pellica e vende pelles para forrar roupas
pelleteiro.
PELLiscÃo, s. m. V. Belliscão.
PELLissoN (Paulo), (hist.) escriptor fran-
cez, nasceu em 1624, morreu em 1693. Dei-
xou Memorias em favor de Fouquet seu
protector ; Historia da Academia Franceza.
PELLiTEiRO. V. Pelliqueiro.
PELLiTEBiA. V. Pellcteria.
PELLiTRAPO, A, udj . V. Esfarrapado.
PELLO, 5. m. [do L&t. vellus, vello, tosão)
vello ou cabello que cobre a pelle dos ani-
maes ; buço do ^adolescente, pennugem que
cobre mais ou menos o corpo do homem e da
mulher, lanugem, cotão da fructa, v.g. —
do marmello, — pecego, — do panno de lã
frisa. Chapéo de — , com felpa. — da espa-
da, (p, us ) o gume ; espada de bom — .
Em — , nú, inteiramente despido. O caval-
gar ou andar em — , montado em cavallo
ou outra besta sem sella, albarda ou outra
cobertura. Ser de — negro, (fig ) mui ma-
nhoso, velhaco. Vira—, (loc. fam.) a pro-
pósito, em tempo opportuno. A — , adv.,
na direcção do pello. A pospello. V. Pos-
pello. — , doença nos sancos da besta. — s,
as diversas sortes de fio de seda findas nas
machinas de fiação.
YOL. IT.
PELLONTIER, (hist.) historiadof prussiano,
nasceu em 1694, morreu em 1757. Entre
outras obras publicou uma Historia dos
Celtas.
PELLOPONESO. errada orlhogr. V. Pelopo-^
neso.
PELLOLA, s. f. (de pella, des. otá). pella
de ferro ou chumbo.
PELLOTÂo, má orthr. V. Pelotão,
PELLOTE, s m. [pelle, des ote, contr. do
Fr. cotte, saio, vestido), vestidura antiga
portugueza que se trazia por baixo da capa.
Andar em — , em corpo, sem capa; — de
panno. ex. « Moços que andavam ao paço
em — e não de capa. » Chr. de D. João III.
Erra pois o autor do Elucidário vertendo pel-
/o/ecapa forrada de pelles. Melhorar de — ,
(loc. fam. ant.) melhoriír de fortuna.
PELLOTiCA, s.f. diminut. de pellota, bo-
linha com que os pollotiqueiros fazem ha-
bilidades, ligeirezas de mão. Fazer — s, li-
geirezas de mão, v. g fazer desapparecer
as bolinhas postas debaixo de vasos de me-
tal sem que os circumstantes percebam o
como.
PELLOTINHO, s. m. diminut. de pellote.
PELLOTiQUEiRO, s. m. (des. eiró.) homem
que faz ligeirezas demão oupelloticas ; ve-
lhaco, que furta com astúcia, gatuno ao jo-
go-
PELLOURA, s. f. V. Pellouro.
PELLOURADA, 3. f. (des. ada) golpe, tiro de
pellouro,
PELLOURiNHA, S.f. [àut.) diminut. dcpel-
loura.
PELLOURiNHO. V. Pelourinho.
PELLOURO, s. m. [pella, ou do Lat. pello,
ere, lançar, arremessar) bola de metal para
ser lançada por arma de fogo, como espin-
garda, arcabuz; bola de cera dentro da qual
se mete um papelinho com o nome da pes-
soa de que se faz escolha para juiz ordiná-
rio ou vereador, e em geral bilhete de elei-
ção, voto de eleitor. Sair nos — s, nomea-
do, eleito.
PELLuciA, s.f. [Yr. peluche) estoffo felpu-
do de seda ou lã.
PELLUCiDO, A, adj. (Lat. pellucidus, for-
mado de per e lúcidas) transparente.
PELLUDO, A, adj. [pello, des. udo) que tem
pello, cabello, velloso.
PELO, (composto da preposição per ou por,
elo, do artigo lo, Cast, o), v. g. — mesmo
motivo, — rei.
PELOPiDAS, (hist.) Thebano, amigo de Epa-
minondas, era muito rico e valente ; chefe
dos Thebanos banidos, teve a principal parte
na conspiração, pela qual os Spartiatas fo-
ram expulsos de Thebas, em ci79 antes de
Jesu-Christo. Commandou em Leucteres o
batalhão sagrado; seguiu Epaminondas na
38
ff»
PEI.
vm
sua expedição ao Peloponeso : soccorreu as
cidades Thessalonicas contra o tyranno Ale-
xandre de Phéres, pacificou a Macedónia,
submettendo-a á influencia thebana. Mor-
reu na Ihessalia em 365 alcançando a vi-
ctoria de Cynoscephales.
PELOPONESO, (geogr.) Peloponesus, (isto ó,
ilha de Pelops) primitivamente Apia , hoje
Morétty península, que termina a Grécia ao
S., é unida ao continente pelo isthmo de Co-
rintho, dividida vulgarmente em 7 provina
cias : Achaia e Corinthia ao N. ; Argolida ,
E. ; Laconia e Messenia ao S. ; Elida a O.
e a Arcádia no centro,
PELOPONESO (guerra do) , (hist.) grande
guerra entre Sparla e Atbenas, tomaram par-
te nella todos ©s povos da Grécia; durou i7
annos, de 431 a 404, antes de Jesu-Chris-
to*
PELOPS, (myth.) filho de Tântalo, rei da
Lydia, foi morto por seu pai, e seus membros
foram servidos aos deuses em um banque-
te, n'um dia em que elles tinham ido visi-
tar Tântalo, Júpiter, reconhecendo logo es-
ta detestaval iguaria, reuniu os membros do
joven príncipe (excepto uma espádua, que
tinha sido comida por Ceres) e restituiu-lhe
a vida. Pelops depois passou a Elida, casou
com Hippodamia, filha do rei Qilnomaus, e
reinou na maior parte da península, que to-
mou o seu nome.
PELOTÃO, s. m. (Fr. peloton, depeloíte^ no-
velo) (mil.) pequeno numero de soldados en-
fileirados.
PELOTAS (geogr.) cidade da província de
São-Pedro-do-Rio-Grande, no Brazil. S lé-
guas ao noroeste da cidade do Rio-Gran-
de, e 45 pouco mais ou menos ao sudo-
este da de Porto-Alegre, 2,420.
PELOTAS (geogr.) rio limitrophe das pro-
víncias de Sào-Pedro-do-Rio-(irande e de
São-Paulo, no Brazil.
PELOURINHO, s. m. (do Fr. pilori, do Lat.
pila, pilar, pilastra, e não áe pellouro como
quer Moraes) columna de pedra, picota pos-
ta em praça de cidade ou villa, a que se atam
os criminosos expostos á ignominia, ou con-
demnados a açoutes ; é rematada por pontas
de ferro onde se espetam as cabeças dos de-
golados ; tem também argolas onde se pode
enforcar,
PELTARiA, (bot,) género de plantas da fa-
mília das Cruciferas e da Tetradynamia si-
liculosa, L.
PELTRE, s. m. (Moraes o deriva do Ingl.
peicter, o qual vem do Ital. peltro, liga de es-
tanho e azougue, Cast peltre, liga de esta-
nho e chumbo) (ant.) liga de estanho com
cobre ou chumbo.
PELUSO, [geogr.) Pelnsivm, primitivamen-
te Ataris, Sobrta da Fscríptura, cidade do
Egypto inferior, sobre a boca oriental do
Nilo, a 1 légua do mar. ^^
PELUssiN , (geogr.) villa de França , a 5
léguas E, de Santo Estevão ; 500 habitan-
tes.
PELTATO, A, adj. [Lat. peltatus, depelta,
escudo pequeno) na antiga milícia romana,
armado de broquel, abroquelado.
PELYMSK, (geogr.) cidade da Kussia-Asia-
tica, a 50 léguas If. de Touriusk ; 1,800
habitantes.
PEMBROKE, (geogr.) cidade de Inglaterra,
no paiz de Galles, capital do condado do
mesmo nome. a 11 léguas SO. de Milford ;
6,500 habitantes. O condado de Pembroke
situado entre os de Cardigan ao NE., de
Caermarthen a E., e o canal de Bristol ao
S., conta 81,320 habitantes.
PEMPiNELLA. V. Pimpinella.
PENA, s. f. [Lat. pcena, Gr.poiné, depe-
nomaij trabalhar, afadigar-se, soífrer ; tal-
vez do E^ypc, pi, art. m,, q nehpi, choro,
afllicção, pena, lamentação, neph, chorar ;
ou de pi~nouxp, consternação) dôr, aíílicção
causada por mal physico ou moral, trabalho
fadigoso ; moléstia, incommodo, v. g. gran-
de — me causou a morte do amigo, magoa.
— s da vida. Com — punha os pés no chão.
Mousinho, Afr., foi, 93. «Carne, vinho...
tudo com — se achava, » Resende, Misc,
istoé, com trabalho, difficuldade, em tempo
de fome que houve. Éantiq. neste sentido.
— , castigo, V. g. — de morte, de degredo,
de açoutes; — pecuniária, aíílictiva ; — de
sangue, (ant.) a pena pecuniária que se infli-
gia a quem feria ou matava. Dar as — s,
Arraes, castigar. Tomar as — s de alguém,
(ant.) castiga-lo. Eneid. de F. Barreto, XI,
174. A penas. V. Apenas.
SYN, comp. Pena, sentimento, dôr. Expli-
cam estas tr( s palavras a differente impres-
são que faz o desgosto em animo ; porém
a pena pôde applicar-se mais vagamente,
e denotar um desgosto mais accidenlal que
o sentimento, o qual não presenta a idéa
d'uraa sensação tào profunda como a dor,
que é um sentimento penoso e profundo.
Causa^-nos sentimento a perda d'um bem
que nos interessa, a desgraça d'um amigo,
a morte d'um conhecido. Temos dôr d'alma
na morte do pai amoroso, da cara esposa,"
do filho amado ; temos dôr de haver offeny^
dido a Deus.
PENA, s. f. (do Cast. pena) penha. O con-
vento da — . Nossa Senhora da — .
PENACOVA, (geogr.) villa de Portugal cora
3,0^0 habitantes , e o seu concelho com
9,332, situada 3 léguas a E. de Coimbra,-^
em fronte da confluência do Alva e na díreital
do Mondego. *
PENADAMENTE, oáv. (dcsus.) [mente suíT.)'
PM^
PED
l&l
com pena, dôr, ex. « — sesosteve. » Meni-
na e Moça, 2, II, com difficuldade, por não
cair em cama.
PENADO, A, p. p. depenar; adj. punido,
castigado, afflicto com pena, dôr, trabalho,
ex. O — mancebo. Naufr. de Sepúlveda*
« de puro — morre, » Gamões, Re-
dond., aíllicto de penas.
PENADOiRO, A, adj. V. Punivel.
PENAFERRiM, (geogf.) povoação de Portu-
gal, no concelho de Cintra, a 4 léguas de Lis-
boa, com 1,35U habitantes.
PENAFIEL , (geogr.) (chamada tarabnm de
Souza ou yírri/anarfe^owza), antiga cidade
de Portugal, dista 6 léguas a E. do Porto, e
06 de Lisboa, contém 2,500 habitantes, e
o seu concelho 19,383.
PENAFIEL, (geogr.) cidade dellispanha, a
11 léguas S£. de Valladolid ; 3,3oO habi-
tantes.
PENAFLOR, (geogr.) nome de muitas cida-
des de Hispanha ; uma na intendência de
Córdova, a 15 Itguas ^-0. deCordova ; 2,100
habitantes ; outra na intendência de Sara-
goça, a 3 léguas NE, de Saragoça.
PENAGUIÃO, (geogr.) V. Santa Marta de
Penaguião.
PENAL, adj. dos2g. [L&t.poenalis.) con-
cernente pena ; que impõe penas. Leis pe-
naes. Código — . Convenção — , de pena
convencionada em contracto.
PENALBA, (geogr.) cidade de Hispanha, a
16 léguas SE. de Saragoça; 800 habitan-
tes.
PENALIDADE, s. f. [pev.al, des. idade] sup-
plicio, pena; trabalho. Arraes. «As — 5 da
vida humana. » Pinheiro.
PENALIZADO, A, p. p. de pcualisaf ; adj.
affligido, afflicto, magoado.
PENALIZAR, V. a. {penalf des. izar.) cau-
sa pena, afflicção, dôr, ex. «A inveja que o
penalizava. Macedo.
PENALVA d'alva , (geogf.) villa de Portu-
gal, na vizinhança de Pombeiro. donde dis-
ta 6 léguas a E., e i ao S. do Mondego ;
1,500 habitantes, e com o concelho 3,0(14.
PENAI. VA DO castello, (geogF.) V. Cas-
tello.
PENAMACOR, (geogr.) villa de Portugal, no
districlo da Guarda, donde dista 8 léguas;
contém 1,8']6 habitantes em três freguezias,
e tcdo o concelho 4,600.
PENAMAR, adj. dos 2 g. Pérola — , que
tem pouco lustre, como coalhada.
PENÃo, *. m. (Fr. ant. penon ou pennon,
pendão, áoLal. pannus, panno) pendão, ga-
lhardete, bandeirola.
PENÃO, s. m. (em vez de pennão, augm.
áepenna) (ant.) ponteiro, estylete com que
se escreve em ola ou folha de palmeira, ex.
€ Um — de ferro sem tinta. » Barbosa.
PENAR, «. a. (jotfna, ar des. inf.) penali-
zar, causar pena, dôr, aíílicção, atormentar;
punir, castigar, impôr pena.
o famoso Pompeio, náo te pene
De teus filhos illustres a ruina.
G.\MÕES, Lus., cant. iii, 71.
«Mais me pena ser esta vida cousa tão pe-
quena. » Bernard. Lima, Cart.7. « Pe^
nando os que fizerem om contrario. » Ord,
AíTons., 2. — seu castigo, soffrô-lo. — , v.
n. soffrer, padecer pena, dôr. tormento,
afflicção, n.g. no inferno, no inferno, —se.
V. ?•. (ant.) causar pena a si próprio, e-r. Alli
se — e atormenta o triste. »
PENARANDA-DE-BRACAMONTB, (gCOgr,) cida-
de de Hispanha, .« 4 léguas de Aranda do
Douro; 1,100 habitantes.
PENARANDA-DO-DOURO, (geogr ) cidado de
Hispanha , a 4 léguas NE. de Aranda do
Douro; Vf,Ono habitantes.
pENAS-DE-s. -PEDRO , (geogr.) cidadc de
Hispanha, a 12 léguas NE. de Alcaraz ;
9,0íj0 habitantes.
PENAS-ROiAs, (geogr.) villa e freguezia de
iPortugal, a 5 léguas O. de Miranda do Dou-
ro ; o seu concelho contém 1,544 habi-
tantes.
PENATES, (myth.) deuses romanos que pre-
sidiam á conservação e augmento «los ber.s
domésticos [penus]. Os gr. ndes deuses, Jú-
piter, Juno, etc, eram também considera-
dos como deuses penates pelas famílias que
se collocavara debaixo da sua protecção.
PENAVEL. V. Punivel e Penal.
PENAVis, s. w. pi. (do Fr. ant. piwt. bnlo,
do L&i. panisy pão, e piseis, peixe) bolos de
peixe frito com manteiga.
PENCA, s. f. (do Gr. púknôs, grosso, es-
pesso) folha grossa que sáe com outra de um
\>é,v.g. da herva babosa e outros aloés, co-
mo a piteira ; (fig. o chulo) narigão, nariz
mui grosso. Uma — de bananas , esga-
lho d'ellas adherenle a um pé como os
dedos árnão, eests; pegado ao cacho. As — s
do bofe, (anat.) os lobos do polmão que pen -
dem separados.
pENDANGA, s. f. uojogo da garatusa, são
os oitos e noves de oiros a que se dá o va-
lor que cada um quer; (fig ) cousa de que
se usa continuamente para diversos fins; e
só usado hoje, occupação acccssoria eiricom-
moda. — s, pi. officios, occupações accesso-
rias de que se encarrega alguém. ?íeste ulti-
mo sentido vem de appenso,
PENDÃO, s. f. [depender] guião ou bandei-
ra farpada por baixo. — de irmandades, o
que as irmandades levam nas procissões. An-
tigamente era bandeira que levavam á guer-
ra os ricos homens, capitães e os reis, e que
ia arvorada nas marchas. Senhor de — e cal^
S8 *
tôr
fm
fm
deira, insígnias do mando e do sustento dado
á gente de guerra pelos senhores torritoriaes.
Acudir a — ferido, á pressa, ao rebate. — ,
(fig.) guia, guiador, etc. ; mostra, v. g. —
de hypocrisia. — dos pães, a bandeira, v.
g, do milho zaburro.
PENDKWÇA, s. f. (ant.) V. Pendência.
PENDENÇA, s. f. V. Penitencia, Castigo,
Trabalho, Muleta.
PENDENÇAL, s m. T. Penitenciário, Pe-
nitencial.
PENDÊNCIA, s. f. (de pender] lucti penden-
te, briga, conílicto ; contenda. Ter — s com
alguém, altercações, contender, ex. «A re-
nhida— na guerra, » Freire, conílicto.
pendenciaR, V. n. {pendência, ar, des.
Inf.) ter pendência com alguém, p. p. sup.
Pendenciado.
PENDENissE, (geogr.) cidade da Comage-
ne, ao SO. de Saraosata.
PENDENTE, adj. dos 2 g. (Lnt. pendens,
tis, p. a. áependeo. ere, pender), que pen-
de, está suspenso, v. g os frutos — da ar-
vore, pendurados ; a aljava ^. Sello — , que
seíixa por fita ou cordão a documento. A
espada estava — sobre a cabeça do infeliz.
— , inclinado. A não — . A cabeça do bê-
bado — , por não a poder soster. — , que
dura, que não eslá decidido, Lite — , que
corre seus termos no foro, e não está ain-
da decidida, v. g. Trazer alguém — da sua
vontade ou despacho, dependente. — , im-
minente. « O perigo — . » Eneid. de F. Bar-
reto, VIII, 12,
PENDER, V. n. (Lat. pendeo, ere, de pen
emCelt,, monte, summidade, cimo, hyper,
e hypo, em cima, que vem do tgypc. rpe,
cabeça), estar pendurado ou seguro por uma
extremidade em lugar ou corpo elevado, v.
g. os ff uclos pendem da arvore, a espada do
boldrié, a aljava dos hombros ; — , incli-
nar-se, estar inclinarJo, v. g. a náu pende
para um bordo. O muro pende para fora,
boja. Os ramos das arvores pendem com o
peso dos fructos. O mastro pende para es-
tibordo, (fig.) — para alguma pessoa, par-
tido, opinião, inclinar-se, ter disposição a
seguir. — de somno ou de bêbado, cabecear.
— para a vaidade, para o rigor, a clemên-
cia, propender, inclinar-so, ter propensão.
— ^depender, v.g. Isso — de opiniões, ex.
«. Pendo án providencia.» Camões. K' hoje
desus. — , carregar. « Sobre quem então pen-
dia a ordem d'aquelle negocio. » Barros. — ,
estar suspenso, indeciso, v. g. — o Hle, o
pleito, correr, não estar ainda decidido. —
da bocca do alguém, estar suspenso ouvin-
do com acatamento, ou esperando as ordens
de quem está fallando.
PENDESSA, (ant.) V. Penitencia.
PENDicuLO, V. PendulOf s. e pendoado,
pendoar, (ant.) V. Pendurado, Penduraf,^
fazer pendor.
penljab ou pandjab , (geogr.) (isto é,
paiz dos cinco rios), província do reino de
Labore, tem por limites ao NE. o Konhis-
tan Índio, ao SE e a 0. o Monltan, ao NO.
o Afghanistan. Cidade principal Labore.
PENDLETON, (gcogr.) cídade de luglatQrra,
a 0. de Manchester ; 6,000 habitantes.
pendoenças, s. f. pi. (ant.) V. Peniten-
cia. Moraes traz o termo e a citação seguin-
te, sem explicação. « Cheguemo-nos a Deus
per pendoenças, » e ajunta « será por mor-
tificações, pendanças, penitencias ou por
endoenças ? » O vocábulo vem do Fr. ant,
peneance, em Vro\en^d\ penedanz a, do Lat.
poenitentia.
PENDOLA, s. f. (pron. o accento na pri-
meira), penna de escrever. Insulana (é des-
usado).
PENDOR, s. m. (de pender], declividade,
inclinação Dar — ás náos, encosta-las pa-
ra as calefetar. Fazer — á balança, fazer
pender um dos pratos delia. ex. « Os gran-
des pendores e balanços que dava anáo. »
Mendes Pinto. — , (fig.) propensão. Ter —
a alguma cousa, propender. Pendores, (ant.)
bandorias, partidos.
PENDORADA , (geogr.) villa de Portugal ,
vizinha de Penafiel; 1,050 habitantes.
PENDORADO, V. IncHnado, Encostado.
PENDORAR, V. Inclinar, Encostar.
PÊNDULA, s. f. (pron. o accento na pri-
meira, Fr. pendule], relógio de parede mo-
vido por um pêndulo oscillante, vibratório :
— do relógio de algibeira, regulador, mo-
lazinha espiral que regula o movimento.
PÊNDULO, s. m. (pron. o accento na pri-
meira: subst. de pêndula, adj.) (mecli.),.
corpo pesado, de ordinário disco metallico,
suspendido de maneira a poder oscillar em
torno de um ponto fixo descrevendo arcos,
de circulo, por efí'eito da sua gravidade.
PÊNDULO , A , adj. (pron. o accento na
primeira , Lat. pendulus) , pendente , que
pende, pendurado, suspendido.
PENDURA , s. f, (de pendurar] , acto de
pendurar; cousa pendurada, v.g. Uvas de
— . Umas — s de moscatel.
PENDURADO , supcrl. de pendurar ; adj.
suspendido, pendente, encostado, inclinado
a um lado , (fig.) incerto, indeciso. Pen-
durados dos desejos de vos ouvir ou. da boc-
ca do orador, suspensos , ouvindo mui at-
tentos. — s de esperanças, enganos e favO"
res, esperando sollicitos. Palavras — s, de
estyío altiloquo, empoladas. Os jardins — s
de Semiramis , feitos em terrenos elevados
por arte acima do solo, figurando montes.
PENDURAR, V. a. (de pendor, ardes, inf.),
suspender em lugar elevado algum corpo
vi.MH
PEN
atando-o ou segurando-o por gancho ou
aro : •. g. Uvas, arraas, alampadas, corti-
nas. — os olhos , (fig.) fita-los em algum
objecto com grande atlenção ; — o pensa-
mento de esperanças, estar pendente. — se,
V. a. suspender-se, estar pendurado ; (íig.)
fazer depender, ex a D'onde minha espe-
rança se pendura, » Cruz, poesias. — da
Providencia, pôr toda a confiança nella. —
em palavras, fallar era estylo elevado , al-
tiloquo ; — de esperanças e promessas, ater-
se a ellas. Pôde — de cera, diz-se de quem
escapou de um grande perigo, alludindo ao
uso de pendurar nas igrejas imagens de
cera em testemunho de cura altribuida á
intercessão da Virgem ou dos Santos.
penduricalho, s. m. (des. dim. e peiora-
tiva), trapo pendente, fitas, ornatos pen-
dentes.
PENEDIA, s. f. (des, ia), penedos numero-
SOS e unidos.
PENEDio, s. m. V. Penedia.
PENEDO, s. m. (de penha), rochedo ,
rocha inclinada, pendente, penha, pe-
nhasco. V. g. — s de Cintra.
PENEDO (geogr.) nova cidade e antiga e
importante viUa da proiincia das Alagoas,
no Brazil.
PENEFiCAR, V. a (aut.) impor penas.
PENEIRA , s. f. (quasi paneira), instru-
mento circular de pao delgado cujo fundo
é feito de fio de metal, seda ou de clina de
cavallo, palhinha ; sorve de separar a parte
mais subtil da farinha ou de outra substítn-
cia moida. da mais grosseira que não passa
pelos inlerslicios dos fios Também ha pe-
neiras para separar os diamantes e as pé-
rolas miúdas das mais grossas : v. g. —
grossa ou rara, cujos fios são mais ou me-
nos cerrados. Ver por — s , (phr. vulg.) ,
obscuramente. Querer cobrir o eco com uma
— ou joeira, adagio, encobrir o que lodos
vêem, e não se pode occultar.
PENEIRADO, A, supcrl. de peneirar ; adj.
passado pela peneira, joeirado.
PENEIRAR, V. a. [peneira, ar des. inf.) ,
passar pela peneira substancias moidas, pa-
ra separar a parte miúda da mais grossa :
tf. g. — farinha, areia ; — pérolas, diaman-
les, para separar o miúdo do grosso. — se,
V. r. mover-se como quem peneira , bam-
boleando ; — a ave no ar, estender as azas
e librar -se nellas ficando suspensa sem ade-
jar.
PENEIREIRO, A, s. (dcs. cifo, c), O que faz
peneiras. — o que pretende adivinhar por
meio de peneira ou joeira. — raro como o
cie peníira que põe na cara quem vai cres-
tar colmêas, para não ser picado pelas abe-
lhas,
PENEIRO, «.w. peneira. «Onem crê deli-
VOL. IT.
geiro agua recolhe em—,» provérbio. ■**«;?
tecido como o do fundo da» peneiras usa-
do para entesar as roupas ou as abas das
casacas, ditas de — s.
PENELLA, (geogr.) villa de Portugal, a 4'
léguas de Coimbra, contém 2,0/3 habitan-
tes, o todo o seu concelho 0,522. Ha uma
aldeia do mesmo nome [Nossa Senhora do
Pranlo), a 7 léguas de Lamego, com 712
habitantes.
PENÉLOPE, (mylh.) mulher de Ulysses, mãí
de Telemaco, é celebre pela tenaz resistên-
cia, que oppoz aos rogos daquelles que per-
terdiam sua mão , durante a auzencia de
Ulysses, a qual durou 20 annos, e pelos es-
tratagemas de que se serviu para não lhes
responder definitivamente. Trometleu-lhes
fazer a sua escolha quando acabasse uma
teia que estava urdindo, mas desfazia de noi-
te o que arranjava de dia.
PENEO, (geogr.) Peneus, hoje Salampria,
rio da Thessalia, tinha a sua nascente nos
confins deste paiz e da Macedónia, percor-
ria uma parte da Thessalia e lançava-se no
golpho Thermaico. Segundo a fabula este rio
era pai de Daphné, que foi mudado em lou-
reiro.
PENESTES, (geogr.) povo da lllyria meri-
dional, nas fronteiras do Egiro, limitado a
E. pela Elymiotide.
PENETRABILIDADE, s. f. (phys.) a quali-
dade do ser penetrável, ííjp
PENETRAÇÃO, s. f. vcrb. (Lat. penetratio,
onis], acto, acção de penetrar, profundar,
V. g. — da agua nos poros da esponja, do
azougue nos raetaes ; — da ferida, feita por
arma penetrante — , (fig.) perspicácia, fá-
cil intelligencia de cousas difliiceis, profun-
do conhecimento.
PENETRADO, A, supcrl. de penetrar ; adj.
em que se penetrou, v. g. Tinham — na ca-
verna. A arma linha — até ao coração ou
bofe , (fig.) commovido, v. g. — de dor, de
amor, zelo. — descoberto, profundado, v. g.
linha — o segredo, mysterio, projecto, sen-
tido escuro.
PENETRADOR, í. w» O que penetra, v. g. -^j»
das intenções, V. Fenetrante, <
PENETRAL, s. m. (Lat. penetrale). O addi- t
tador de Moraes verte : vestíbulo, entrada^
e cita a Almainstruida; mas em Latim si-
gnifica a parte mais retirada, recôndita da
casa, do edifício, e assim o pede o radical.
PENETRANTE, adj. dos2g. (Lat. penelrans,
íw, p. a. áepenetro, are), que penetra, en-
tra profundamente, v. g. arma — , ferida
— ; raizes — s, que profundam muito a
terra. Esteiros — s a terra, (anl.)e em senti-
do participial, que entram pela lerra. Óleo
— , que peneira a substancia a que se ap-
plica. Cheiro — , mui aclivo. Frio — , que
IM
'IfflK
PEN
regela os membros. — , (fig.), que commo-
ve, move, agita a alma, o coração, v. g. dor,
magoa — . — que profunda, v. g. juizo — .
PENETRAR, V. tt. (Lat. penetro, are, forma-
do de pen, eintro, are, entrar. Court de (ié-
belin quer que pen signifique o interior ; ou-
tros dizem que é ponta. \iv:\ Egypc. pe/i, pek
ou pheh, phek, poh ou phoph, significa pe-
netrar), introduzir no interior, forçar a en-
trada; atravessar v. g. k setta penetrou o
escudo, o peito. A luz penetra o vidro. A
estocada penetrou o bofe. Penetramos o
mato. O frio penetra os membros. — , (fig.)
descobrir, conhecer a fundo, v.g. —o se-
gredo, as intenções, do inimigo; — questões
difficeis , as cousas recônditas, mysterios.
— , (fig.), commover. ?). ^. O medo peneira
o coração. — com a vista, alcançar, v.g. —
o^interior de um templo, ex. ^ Penetram-vos
parvoíces que ficaes delias um saco. » Pres-
tes. — , V. n. entrar profundamente, v.g. —
no interior da caverna, nos esquadrões ini-
migos ; (e fig.) o medo penetrou nos âni-
mos. — SE, V. g. convencer-se intimamente,
V, g. — das razões, da verdade, do dever,
do des(íngano. — (ant.) entrar, penetrar, ex.
« Penetraram-se os cordéis pela carne pro-
fundamente. » Vieira.
PENETRATIVO, A, adj . V. Penetrante.
PENETRÁVEL, adj, dos2g. (Lat. penetrabi-
íií), que se pôde ou deixa penetrar ; (fig.),
que se pôde penetrar com o entendimento.
PENHA , s. f. (Cast. pena , do rad. Celt.
pen, montanha, do Egypc. ape, cabeça, sum-
midade), rocha viva e elevada com picos.
Penha, (geogr.) povoação da província
de Minas-Geraes, no Brazíl, a 1 légua ao
NO. da villa de Cabeté.
PENHA, (geogr.) freguezia da província de
Mínas-Geraes, no Brazil, 2i léguas ao Su.
de Minas-Geraes.
PENHA , (geogr.) freguezia da província
de Minas-Geraes, no Brazil, na comarca de
Pa raça tú.
PENHAGARCiA, (geogr.) antiga povoação
de Portugal, no districlo de eastello-Bran-
co, légua e meia a E. d'idanha a Velha.
PENHASCO, s. m. [penha, des. asco, do pre-
fixo do Lat. ascendere, subir), penha, rocha
elevada. - escolho no mar, cachopos.
PENHASCOSO, A, adj. [àes.oso], cheio de,
obstruído por penhascos.
■ PENHOR, s.m, (s at pignus, oris, Fr. ant.
peinora ou peigneur. Court de i>ébelin o
deriva de pac, rad. de /^/acío), cousa que se
dá 80 credor para segurança He dívida con-
trahida ; contracto de hypotheca, bypothe-
ca ; segurança. Os filhos são penhores do
amor conjugal, ler por ou em — a palavra,
promessa lormal , obrigatória. Para — da
ímoisade. Ficarem — , em reféns. Dar pe-
nhores^ diz-se de jogos em que quem perde
dá alguma cousa para signal afim de ser,
no fim do jogo, condemnado a fazer o que
se lhe prescreve. — , signal certo. ex. « O
rosto dá claros penhores da ira no animo. »
Vida do Arceb. « i-m — do que dizia dava
sua cabeça. » Chron. de D João 111.
PENHORA, s. f. o acto de penhorar. Fazer
— , penhorar. — , (ant.) penhor, segurança
do direito ou acção de outrem, hypotheca.
Ord. Man.
PENHORADO, A, p. p. do ponhorar ; adj.
que soífreu ou que ff^z penhora ; (fig.) dado
palavra. Estar — com alguém em fazer ai'
guma cousa, ter-lhe dado palavra, ter-se
obrigado por palavra — , (fig.) obrigado,
cheio de gratidão por beneficio recebido, v.
g. estou — dos obséquios que recebi; das
provas de amizade, amor. — do tempo, (loc.
ant.) que tem de continuar no começado, se
não quer perder o tempo que já gastou nes-
se objecto.
PENHORAR, V. a. [pcuhora, ar des. inf.)
fazer apprehensão judicial dos bens do deve-
dor, para segurança da divida. — os bens,
— alguém, fazer penhora nos bens do su-
jeito. — alguém pela palavra, exigir o com •
primento da promessa. — . obrigar, fazer
obsequio, beneficio, v.g. muito me penho-
rou o bom agasalho que me fez ; muito me
penhoraram as mostras de amizade que me
aeu. — SE, íJ. r. (fig.) reconhecer-se obriga-
do, V. r. — da amizade, dos favores, do
agrado, do bom modo que alguém n,is mos-
trou. — em palavras com alguém, compro-
metter-se, obrigar-se por ellas, protestar, ^
proLtettfr que havemos fazer alguma cousa.'*
— com alguém, prometter- lhe alguma cou-"
sa boa. — se, (ant.) meter-se em empenhos,
embaraços, diíTicu Idades.
PENICHE, (gtogr.) villa e praça de guer-
ra, de Portugul, no districto de Leiria, si-
tuada n'uma península fortificada perto do
cabo Carvoeiro, fronteiro ás Berlengas. Esta
península, donde veio o nome alterado de
Peniche, tem legua e meia de circuito, ó
unida á terra por lím isthmo de 400 bra-'*I
ças, e n^s alios e fragosos rochedos que a'^
cerfão apresenta uma forte defesa natural'*
e abrigo seguro com os tros ventos ^'S1^^
PENisco, s. m (do Lat. pinna, pinhão), *
semente de pinheiro. ^
•PENiscoLA, (geogr ) cidade d'|-ispanha, a*
12 léguas, S. de Tortosa , 2,200 habitan-H
tes.
PENITENCIA, s. f [lat. poeniten tia, àepoB- -
nilere, arrepender-se), arrependimento, dôr^
pezar deacíãomá commeltida, depeccado;'^
satisfação do peccado, ou seja mortificando^,
í o corpo, ou fazendo dbras de caridade ; cas-
Itigo, piniçâo infligida por culpa com-
PEH
PEU
155
mettida. O iribunal da — , confissão auri-
cular.
PEMTENCiADO, A, p. p. de penitenciar,
adj cas'igadocom penitenciaimposta ; ma-
cerado, mortificado com penitencias.
PENITENCIAL, adj. dos t g . (des adj. ai]
concernanteá penitencia Tribunal — . Cas-
tigo, obras penitenciae^. Psalmos — , são
sete que de ordinário se mandão rezar por
penitencia.
PENiTENCíAL, s. m. livro quc regula as
penitencias que se hão- de impor.
PEMTENCiAR, V. a. (penitencia, ar, des.
inf.), impor penilenrias : — o corpo, mor-
tifica-lo.
PENITENCIARIA, s. f. (dcs. aría), tribunal
da cúria romana em que se concedem dis-
pensas e absolvições em nonte do píipa.
Prisão em que os presos se acham isolados,
ou são obrigados ao sil^^ncio e ao trabalho.
PENITENCIÁRIO, s. w. (des. ário], O Car-
deal que preside á penitenciaria, o ec,cie-
sjastico que impõe penitencia, e absolve de
casos reservados. Nas cathedraes é cónego
e dignidade.
PENiTENCiAZiNHA, 5. /". diminut. de peni-
tencia, leve peniteucia.
PENiTENCiEiRO, s. w. (dcs. ciro), minis-
tro de penitenciaria.
PENITENTE, adj. dos 2 g. (Lat, posnitens,
tis, p. a. de poeniteo, erc, arrepender-se),
arrependido, que faz penitencia por culpas,
peccados commetíidos. Vida — , passada em
mortificações do corpo por penitencia. — ,
s. dos 2, g. pessoa que se confessa de :jeus
peccados 3 um sacerdote ; — , disciplinante
que acompanha procissão emtrage de quem
faz penitencia, e que de ordinário se disci-
plina.
PENiTENT^ENTE, adv. [mente suíf.), de
maneira penitente, com penitencia.
PENiTENTissiMO, A, adj. svperl. de peni-
tente, mui penitente. Homem — .
PENEJiNA, (geogr.) rio da Rússia asiática,
nasce nos montes Stanovoi, cae na parte
^. do mar d'Okhotsk.
PERN, (hist.) ligislador da Pensylvania,
nasceu era Londres em Ifi-i, era filho de
Sir WilliamPenn, almirante inglez ; que fez
muitos serviços aos Stuarts. Herdando per-
to de 6 contos de réis de renda e um credito de
60 francos sobre a coroa recebeu em paga-
mento desta quantia a propriedade e sobera-
nia da parte da America de líelaware, onde
fundou em 1681 a bella coUonia. quedelle
tomou o nomo de Peii«yhania. Morreu em
1718.
PENNA, s. f. (Lat. penna, de ave, e aza.
Em Egypc. pi lenk, significa aza), pluma,
tiíbo, canal guarnecido de barbas ou de pen-
jiugem que reveste o corpo das aves, —
reaes, as mais compridas das aves que es-
tão junto ás texouras até á volta das azas.
Aves de — , diz-se das domesticas, como gal-
linhas, perus, etc. — s de escrever, as de
pato, gaiiS(j, corvo, ele, com que se escre-
ve. — , (fíg ) escriptor ; — bem aparada, es-
tylo, culto, apurado. — s, (fig. e poet.), azas.
— , medida de agua que corre de nascente
ou bica. Quatro — s lazem um annel. A de-
nominação vem do diâmetro médio das pen-
nas de pato. — da mesena, (naut.) ponta da
mesena • chama-se lais nas outras vergas.
— s, taboazinhas dos repartimentos da roda
do moinho.
PENNA, (geogr.) freguezia de Portugal,
no concelho de Villa-beol, situada no Ma-
rão, 600 habitantes. Penna Maior, aldeã
no concelho de Refoios, a 4 legeas do
Porto, 840 habitantes. Penna Verde, villa
e freguezia 6 léguas. a E. deVizeu, ambas
comtem 2,048 habitantes.
PENNACHO, s. m. [acho des. augmentati-
va, do Cast. ancho, largo), molho de pen-
nas ou plumas que por adorno ou insignia
se traz nochapéo, capacete ou elmo. ouse
fixa no topo das cabeçadas de cavallo, co-
car de plumas ; (fig.) vangloria. Fazer —
de alguma cousa, ostentação.
PBNNADA, s. f. (des. s, ado), rasgo feito
com penna de escrever; (fig.) cousa dita
ou escripta. v. g. Deu a sua — , razão, opi-
nião.
PENNANT (hist.) naturalista inglez, nasceu
em 3 26, morreu em 1798. Deixou Zoolo-
gia Britânica, e Zoologia critica.
FENNE (geogr.) cidade de França, a 6
léguas mo. de Gaillac; 2,000 habi-
tantes.
PENNEJ ADO, A, adj. (p. us.) [penna Gcjar
do Castelhano echar, lançar), traçado com
penna. Riscos, debuxos — s.
PENNES (geogr.) villa de França^ a 4
léguas SO. d'Axin ; 1,300 habitantes.
PENNi (hist.) pintor florentino, nasceu em
li 8, morreu em 15-8 , foi moço da oííi-
cina de haphael, e depois seu discipulo
muito estimado. O seu melhor quadro é a
Sancta Famiiia.
PENNiFERO, A, ttdj . (Lat. pcuna, e fero,
levo), o que tem pennas, emplumado.
pENNUDO, A, adj. V. Pannijero.
PENNUGEM, 5. f. (dcs. ugem), as pennas
as mais finas das aves ; — da barba, buço,
os primeiros pellos que apontam ; — da frus-
ta, colão. '^^P
pEKNLGENTo, A, odj . (des. posscssiva enío
que tem pennugem. coberto de pennugem
ou de cotâò. Galantarias — s de aldeão,
(ant.j sem sal, grosseiras. Lobo.
poÒL, s. m. (do Lat. penna), (naut.) poií-
S ta da verga. ■''''■'
m
IM
im
PENON DE vELEz; (geogr.) uiii flos presí
tlios cl'ííispatiha, na costa O. do Estado de
Mflrrocos, a 27 léguas E. de Meldla.
1'ENOSAMENTE, ãdv. (ííicnítí suíT), coiB pe-
na, trabalho, moléstia, a custo, v. g. res-
pirar— , com diíliculdade, ter a respiração
alta, curta, opprimida. Viver — .
PENOSÍSSIMO, A, adj. superl. de peno-
:so, muito penoso, Trago, lance — . Fadi-
gas — s.
PENOSO, K,adj. (des. oso.) que causa pe-
na, dôr, moléstia, fadiga, oppressão, v. g.
— dever, trabalho. Obra, empreza — . — ,
acompanhado depenas, trabalhos, í;.^. vi-
da — ; — , pezaroso, que sente pena.
PENRiTH, (geogr.) cidade d'lnglaterra, a 7
léguas SO. de Carlisle; 5,400 habitantes.
PKNSACOLA (geogr.) cidade dos Estados-
Unidos, a l«7 léguas SO, de Tallahassee ;
1^,000 habitantes.
PENSADO. A, p.p. adj. de pensar, (cogi-
-tar)^ meditado, reflectido, em que se pen-
rsou, Tenho — muito na matéria, cogitado,
reflectido. 0"^"^ ^^^ houvera — ? crido,
julgado, previsto. De — , sobre — , ou caso
— , (loc. adv.), com reflexão, intenção, de
propósito, deliberadamente.
PENSADO, A, p. p. de pensar (bestas), e
adj. a que se deu o penso. Cavallo bem
— , tratado, e hmpo. Criança — , lavada e
alimentada.
PENSADOR, s. m. o que pensa, medita ;
(fig.) O que pensa livremente em matérias re-
ligiosas e philosophicas.
PENSADOR, A, s. m. pessoa que ponsa,
dá penso, a bestas, ou a crianças.
PENSADORA, s. f. (des. ura], o acto de
pensar uma criança ; as roupas que se lhe
vestem depois de lavada.
PENSAMENTEAR, V, n. [pcnsamento, ar,
des. inf.) discorrer prevendo o futuro, co
gitar. (E' p. us.)
PENSAMENTO, s. m. [mcnlo suff.) cogita-
ção, qualquer acto do entendimento, ideia,
lembrança, conceito ; intento, desígnio, v.
g. Poz o — nisso. Veiíi-me ao — . Tive
um—, ideia, lembrança. Esse — não cabe
em mim. Homem de altos — 5. Isso nein
por — , ou nem me veiu ao — , não cogitei
•de tal cousa, e muito menos tencionei fa-
ze-la. Em um — , (fig.) era brevíssimo mo-
mento, em um instante. —5, (fig.) argoli-
nhas de ouro que as mulheres trazem nas
orelhas, sem duvida como lembrança de
quem deu os brincos.
PENSÃO , s. f. (í-at. pensio, onis.) renda
«nnual que se paga pelo logro de terra, her-
dade ; assignação de quantia que alguém se
obriga ou é obrigado a pagar a outrem ;
parte da renda do J)eneficio que o benefi-
ciado é obrigado a dar a alguém por man- ,
dado pontifício. — , (fig.) ónus Os filhos são
— do matrimonio, carga. — , (gallicismo
útil e indispensável) , casa onde por certa
pensão mensal ou annual se ensinara rapa-
zes ou raparigas, e que lá residem e são
sustentados. Também se diz de casa parti-
cular em que por pensão diafia, mensal, ou
annual se dá de comer, ou cama e mesa a al-
guém.
PENSAR, V. a. ou n. (Lat. pensare^ pesar,
apreciar, avaliar.) cogitar, ter ou formar no
entendimento ideia de alguma cousa, com-
parar as ideias, julgar, imaginar, — em ai-
guma cousa, matéria, meditar nella. Pensei
que assim aconíecerm, cuidei, persuadi-me.
Quem tal podia — ? imaginar. Penso, logo
existo, celebre proposição de Descartes, mui-
to admirada, se bem que sfja uma tautolo-
gia, visto que o sentimento da existência se
confunde com o de qualquer sensação ou ac-
to intelleclual, e quando dizemos ei* penso,
não temos mais prova da própria existên-
cia que dizendo eu como, ando, sinto dôr^
tenho sede.
PENSAR, V. a. [Fr.panser, dardeoomer,
limpar, do Lat. pantex, icis, ventre, estôma-
go, ventre.) dar o sustento, asseiar, limpar.
— bestas, cuidar delias, dar-lhes de comer,
almofaçâ-las, cura-las — os feridos, fazer as
applicações convenientes ás feridas, por-lhes
03 appositos. — uma criança, lava-la, vesti-
la, e dar-lhe o sustento.
voraes confundiu em um só artigo pen-
sar, raciocinar, e pensar, dar penso I Mas
acertado seria escrever este segundo verbo
pençar, e o s. penço.
PENSATIVO, A, adj.{àes. ivo.) absorto em
meditação, cuidadoso, entregue a pensamen-
tos importantes.
PÊNSIL, adj. dos 2 g. (Lat. pensilis, de
pendere, estar pendente, suspendido,) sus-
pendido no ar sobre columnas, pilares, pos-
tes, etc. Jardins pensis, nos eirados das ca-
sas, donde pendem os ramos das arvores ou
plantas que estão á borda, ou flores e arbus-
tos em vasos, caixas postas em balcões, va-
randas, janellas. Os celebres jardins pensis
de Semirarais eram compostos de arvores, e
arbustos plantados em terreno elevado por ar-
te em forma de montes ou coUinas, donde
muitas das arvores pareciam pender, v. g.
os chorões.
PENSIONADO, A, p. p. de peusionar; adj. a
quem se impoz pensão ou ónus ; que gosa de
pensão,
PENSIONAR , V. a. (do Lat, pensio, onis,
ar des. inf.) impor pensão, ónus, ou encar-
go.— um beneficio ecclesiastico, obrigar o
beneficiado a pagar pensão a alguém. — , (t.
moderno e utilj dar, pagar pensão, manter,
V. g. — alumno. O governo fraacez pensiO"
S9 «
PEN
va
157
na em Roma um certo numero de pinto-
res, esculptores earchitectos.
PENSiuNARio, s. m. (des. árío.) o que pa-
ga ou recebe pensão ; rapaz ou rapariga que
paga pensão em casa de educação, educando
de cama e mesa á custa de seus pais ou paren-
tes. O — ou gran — de Hollanda , era um
raagistrad'^ supremo, eleito pelos estados ge-
raes, e a quem se conteriam grandes preroga-
tivas. Era chamado também Adsessór ju'
risperitns , competia-lhe propor ao con-
selho os objectos de discussão , recolher
os votos , receber [as notas diplomáticas
das potencias estrangeiras, e vigiar a ad-
niinistra(,ão das finanças. Este cargo dura-
va cinca annos ; mas o gr< nde pensiona-
rio podia ser reeleito. Os — s de França ,
os artistas destinados a aperfeiçoar-se em
Roma.
PENS^ONARio, A, ãdj quQ recebo pensão,
tença ou mantença. As classes — sdo estado,
pensionados ; (íig.) suj<Mto, v. g. o homem
— ao trabalho, — á morte.
TENsioNEiRO, A, ttdj. OU s. (des. eiro.] que
paga pensão, ex. « Os mercadores — 5 da cu-
bica, » que são dirigidos por ella.
PENSO, s. m. (V. Pensar, dar sustento,
limpeza ) o tratamento em comer, limpeza
e vestir que se faz aos homens, ás crian-
ças, o trato das bestas e gado, v. g. dar — .
— , trabalho, tarefa.
PENSO, (ant) V. Pensamento.
PENsoso, (ant) V. Pensativo.
PENSYi.vANiA, (gcog.) um dos Estados-Uni-
dos d'Araerica do Morte, limitado pelos de
New-Yorch ao N, Viginia ao S. Ohio a O.
New-Jersey e o Atlântico a E. 1,742,000
habitantes. A capital actual 6 Ilarrisburgo,
mas Philadelphia (antiga capital) e l'it-
tsburgo teem muita importância.
PENTACHONDRA (bot.) genero de plantas
da família das Epacrideas, e da Pentandria
chtonogynia, L.
PENTAFiLLÃo. V. Pentaphyllão, herva cin-
co em rama.
PENTÁGONO, s. m. (do Gr. pente, cinco,
e gonia , angulo.) (geom.) figura de cinco
ângulos. — , ^fort.) citadella, forte de cinco
baluartes.
PENTAGRAMA OU anteS PENTAGRAMMA , S.
f- OU m. (do Gr. peiite, cinco, e qramma,
suíf., de graphô, escrever, traçar.) as cinco
linhas ou riscos transversaes e pa'*allelos so-
bre que se escreve a solfa ou notas de mu-
sica.
PENTAMÉros (h. n.) primeira secção da
ordem dos Coléopl^^ros.
PENTAMETRo, s. m. (do Gr. pente, cinco,
e melro.) verso de cinco pés, dactylos e es-
pondeos. Verso — , que tem cinco pós métri-
cos.
voi.. ir.
PENTANEMA (bot.) gcnero de plantas da
família das Synanthereas e da Syngenesia
supérflua, L.
PENTAPOGON, (bot ) gcnero de plantas da
faraiUa das uramineas o da Triandria Di-
gynia, L.
PENTAPOLE (geogr.) [de pente cinco, e po-
lis cidade), nome dado pelos antigos a
muitas regiões onde havia cinco cidades
principaes. As mais conhecidas são : a Pen^
tapole [de Lybia, na parte NE. de Cyre-
naica ; comprehendia as cinco cidades de
Cyrene, Berenice, Arsinoe, Apollonia e Pto-
lemais ; a Pentapole da Palestina, era com-
posta porciuco cidades Sodoma, Gomorrha,
Adama, Sebonis e Segor ; a Pentapole dos
Philisteos, na costa SO. da Palestina, com-
prehendendo as cidades de Gaya, Ascalon,
Azot, Oad e Accaron ; a Pentapole d^Itaha,
no exarchato de Ravenna formada das ci-
dades de Rimini, Pesaro, Fano, Seniga-
glia e Ancona.
PENTARRAPHis, (bot.) gcnero de plantas
da família das Gramíneas, e da Polygamia
Monaecia, L.
PENTATEUcno, s. m. (o c/i soa /r:doGr
pente, cinco, o teiíkkos, \iYro.) os cinco li-
vros da Lei Judaica, ou do Antigo Testamen-
to, de que Moysés foi author , chamados
em Gr. e Lat. Génesis , Êxodo, Números,
Levitico e Deuteronomio.
PENTATHEUCO, orth. vicio3a. V. Penia-
teucho.
PENTATHLO, s. m. (do Gr. pente, cinco, e
atklos, combate.) (hist. ant ) homem ades-
trado nos cinco exercícios da gymnastica, v.
^. lucta, disco, pugilato, páreesaltos.
PENTE ou PENTEM, 5. m. chapa dentada
de marfim, osso, cascado tartaruga com que
se penteia o cabello. — , chapa de páu ou
metal guarnecida de puas comquesecíirda
lã, estopa, ou para rasgar as carnes. — ftno,
cujos dentes são mui finos e cerrados, para
limpar o cabello de bichos e carepa. — gros-
so ou de alizar, qua serve para correr o ca-
bello.— , entre esleireiros, páu atravessado
na teia com muitos furos por onde passam os
juncos ou esparto e se apertam em espaços
iguaes. — , (fort.) tanchões aguçados de ma-
deira rija , fixados perpendicularmente ao
meio do parapeito, fincando as pontas de fo-
ra. — . o cabello que guarnece o púbis do
homem e da mulher.
PENTEADO, A, p. p. de pentear; aí// com-
posto o cabello, toucado; cardado (lã). — ,
a compostura do cabello.
PENTEADOR, adj . m. que penteia, serve
para penteiar. Cardo — , espécie delle usa-
do para cardar a lã.
PENTEADOR, s. in. espccle de roupão de
linho, ou algodão com que se cobre quem é
40
IS8
KP
PEP
penteado por cabelleireiro ou criado, rou-
pão de camará usado por senhoras.
PENTEADURA, s. f. (des. uru.) o acto de
pentear o cabelleireiro alguma pessoa, v. g.
leva um cruzado por cada — .
PENTEAR, V a. [pente, ar des. inf.) de-
sembaraçar, alizar o cabello. — lã, carda-la;
(fig.) compor o cabello, toucar.
PENTECOSTE OU PENTKCOSTf.S , S. m. (do
Gr. pentekosté, quinquagesimo , subenten-
dendo dia.) o quinquagesimo dia depois da
Páscoa da Ressurreição; Páscoa do Espiri-
to Santo, festa instituída em memoria da
descida do Espirito Sancto , a qual teve
lugar 50 dias depois da resurreição de
Jesu-Christo , e 10 dias depois da Ascen-
são. Os liebreos lambem tinham uma fes-
ta chamada i'entecoste, instituída em me-
moria de Deus lhes ter dado a lei no monte
Sinai , òO dias depois da saida do Egypto.
PENTELHO ; s. M. (t. obsceno) o cabello
que nasce no púbis dos homens e mulhe-
res.
PENTELico, (geogr.) hoje Peateli, monte
ao NE. da Âttica, celebre pelos seus már-
mores.
PENTEM, s. m. (pron. o accento naprimei-
ra.) V. Pente.
PENTEYRN, (hist.) Vulgarmente Pendragon^
nome dado pelos antigos Bretões ao chefe
general das suas tropas quando se confe-
deravam.
PENTHEO, (hist.) Pentheus, filho e suc-
cessor do rei de Thebas hchion, é celebre
pela tenaz opposição que fez ao culto de
Bacho. Morreu tragicamente estrangulado
por sua mãe e duas tias, as quaes, cegas
por Bacho, o tomaram por um Leão È pro-
vável que Penthêo prohibe-se a introduc-
ção das vinhas nos s^us estados, e que por
esta causa fosse morto em alguma sedi-
ção.
PENTHESiLEA, (hist.) rainha das Amazo-
nas, figurou muito entre os alliados de
i riamo, durante os últimos annos do cer-
co de Tróia, morreu aos golges d'Achilles,
o qual despojando-a das armas ficou tão
tocado da sua belleza que chorou.
PENTHiEVRE, (geogr ) fortale a do França,
a 2 léguas N. de (juiberon.
PENTHORUM, (bot.) geuero de plantas da
famiUia das Crapulaceas e da Decandria
Pentagynia, L.
PENTiMA, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a légua e meia S dePopoli; 1,600
habitantes.
PENTOGRAFO. V. Pantogvapho.
PENUDE, (geegr.) aldeã de Portugal situa-
da perto de Lamego, junto do alto monte
do mesmo nome, ramo da serra de Muro
l.|00 habitantes.
PÉNULA , s. f. (Lat. penula on poenula )
(ant.) capa, capote de pello comprido para
o frio, manta, bedem
PENÚLTIMO , A , ttdj . (Lat. penullimus.)
que precede o ultimo, v. g. a — syllaba.
PENUMBRA , s. f. (do Lat. pene, quasi, e
umbra, sombra.) (astr,) luz frouxa que nos
eclipses precede a escuridão total.
PENÚRIA, s. f. (Lat., do Gr. penes , po-
bre.) falta do necessário, indigência, gran-
de pobreza, v. g. — de diiiheiro , viveres,
munições ; — de bons engenhos, de virtu-
des.
PENURioso, A, adj. (des. oso.) em que ha
penúria, v. g. anno — , tempo — . — , que
soílre penúria, v. ^. homem — .
PENZA. (geogr.) cidade da Rússia euro-
poí», capital do governo de Penza, na con-
fluência da Penza e do Soura ; 4,000 ha-
bitantes. O governo de Penza, situado en-
tre os de ISijn» i-."Sovgerord ao !N. de Saratw
ao S. de Suisbirsk a E. conta 1,070,000
habitantes.
PENZANCE, (geogr.) cidade e porto d'In-
glaterra, na margem ISO. Mountsbay, a 25
léguas SO. de Launceston ; 5,000 habitan-
tes.
PEON, (oiyth.) medico dos deuzes, segun-
do a mythologia, curou Víarte, ferido por
Dirmedes , e Plutão ferido por Hercu-
les.
PEONAGEM, s. f. (des. agem.) multidão de
peões ; a gente de pé do exercito, os ser-
ventes do exercito; (fig o ant.) «muita —
de dicções. » Barros, cousas subordinadas
a outras principaes,
PEÓNiA, s. f. (Lat. pmnia.) herva e flor
medicinal.
PEOR, PEORAR. V. Peiov, Pciorav.
PEPiA. V. Pipia.
PEPiNAL, s. m. (des. collectiva a/.) horta
de pepinos.
PEPINO, s. m. (Lat. joepo. EmEgypcioou
Coptico pelpen significa melão.) fructo cu-
curbitactío vulgar. — s de são Gregório, es-
tramonio, planta e fructo venenoso, e usado
em medicina.
PEPiTÓRiA , s. f. (t. de cozinha) guisado
feito das azas, pescoço e miúdos de aves.
pÉPOLiM ou PEPULiM, adj. dos 2.g.A — ,
coxeando.
PEPARETHE (geogr.) hojo Peperi, ilhota
do mar Eg''o, na costa da Macedónia, ao
NE. d'Halinesus.
pepilR(>mia (bot.) género de plantas da fa-
miUia das Pipéraceas e da Diandria .\lono-
gynia, L.
PEP1N0-0-BREVE, (hist ) rei dosKrancezíS,
o primeiro rei da dynastia carlovigia , era
filho de Carlos ílartel. Morreu em 76H.
PBPmo i«, (hist.) filho de Carlos Magno,
PEQ
PIR^
Ift
foi proclamado rei d' Itália na idade de 5
annos, em 781. Morreu em 8)0.
PEPINO I, (his.) rei d'4quitania, 2.° filho
de Luiz-o-Cleroente, recebeu de sou pae
em 817 o reino d'Aquitania. Morreu em
838.
PEPINO II, (hist.) filho primogénito do pre-
cedente, combateu contra Luiz o Clemente ;
alliou-se com Lothario contra Luiz de Ba-
viera e Carlos o Calvo : foi entregue a Car-
los em ^^52, mas fugiu e reuniu-se aos Nor-
mandos ; foi morto era 864,
PEPINO DE LANDEN (hist.) chamado o Fe-
Iho, mordomo do palácio, no reinado de
Uotario II, de Dagoberto I e durante a
menor idade de Sig<^ferto, morreu em 649.
É considerado como Sancto e a Igreja cele-
bra a sua festa a 21 de fevereiro.
PEPINO D'nKRisTAL, (hist.) chamado O Gor-
do, filho d'Ansegisa e de Begga, morreu
era \7\ \. Foi nomeado duque d'Âustrasia.
Submetteu os duques dos Bretões, dos Pri-
sões e dos Allemães. Foi o pae de Cailos
Martel.
PKPLiDA, (bot.) género de plantas da fa-
mília das Salicareas e da Hexandria Mono-
gynia, L.
PEPLUM, (hist ) vestuário das senhoras en-
tre os Gregos. Era um vestido muito cur-
to preso no hombro por colchftte. Minerva
era represei) lada com um rico peplum,
pEPOLi, (hist.) familia muito ricae turbu
lenta, de Bolonha, começou a ser reconhe-
cida no XIV século ; o mais celebre desta
famillia foi Jacopo Pepoli , que vendeu
Bolonha aos Visconti em 1350.
piíPYS, (hist ) secretario do almirantado
nos reinados de Carlos II, e Jacques il,
d'lnglaterra. Deixou umas Memorias mui-
to curiosas pelas noticias que dão sobre a
corte dos Stuarts e costumes do seu tem-
po.
PEQUENETE , adj . m. diminut. de pe-
queno.
PEQUENEZ, e PEQUENHEZ, S. f. (dcS. eX.)
pequena estatura,, t?. g. — de uma arvore,
— de um animal.
O primeiro é mais portuguez ; o segundo
é acastelhanado e mais usado.
PEQUENiNEZA, (ant.) V, Pequenez.
PEQUEN NO, A, adj. diminut. de peque-
no, t». g. um pé — .
PEQUENO , A, adj de diminuta estatura,
V. g. arvore — Homem — . — , diminuto
em volume, extensão, ou numero, v. g. na-
vio — ; — espaço ; — numero. — , de pou-
ca importância, v. g. — damno Os — í, a
gente não nobre ; os meninos. — poder, de
tropas.
PEQUBNOTE, adj. úos 2 g. diminut. de pe-
qu^Qo. Hapa» — , de mediana estatura,
PEQUIÁ. s. m. madeira brasílica demtf-
chetar. — marfim, ó branca, de gran fina,
e recebe um bello polido. V. Petiá.
PEQUICE, s. j. (p^co, des. ice.) oserpôco,
acção, dito de tolo, tolice, parvoíce, sandi-
ce, inépcia.
PER, proposição Latina usada ant. em Por-
tuguez, a que hoje se substituo for, exce-
pto como prefixo, v. g. permeio, perfazer.
Tem duas accepções, a primeira que deno-
ta transito, transição, caminho, meio de con-
seguir, attingir, v. g. peregrinar , perten-
der, pernoitar, percorrer, em Gr. peri, em
Sanscrit. pari. Vem do rad. pes Lat.,eir«,
ir. A segunda accepçào de per denota per-J^
feição, acabamento de obra, e vem do Gr.
peras, fim, termo. v. g. perfeito, perfeiçãOj
perludio, pertinácia, perplexo, ou de hyper,
sobre, que em composição denota excesso, s«h
perioridade, preeminência, eicellencia. Os
antigos usavam de per e de por, não confun-
dindo uma preposição com a outra, e diziam
per mar, per terra, por causa, por amor^
e unida ao artigo jt?c/o, pela, polo, pola. Ho-
je por é universalmente usado em vez de per,
em razão da euphonia, e do som ingrato de
per quando não está Ugado com outro vocá-
bulo. Por isso dizemos pelo, pela, e não po--
lo, pola, V. g.- pelo mar, pela terra, epcZo
motivo , pela razão. Os Hispanhoes usam
igualmente de por [pro Lat.), casual, e em
vez do antigo per, excepto em composição;
V. Por, Pela, Pelo.
PERA, prep. (ant.) V. Para.
PERA, s. f (LhX. pirum) fructoda pereira,
de que h» grande numero de variedades, ».
g. virgulosa, parda, marqueza. lambe-lh'os
dedos, de São Bento, do conde, carvalhal,
pigarça.
PERA, (geogr.) freguezia de Portugal no
Algarve, no concelho de Silves, donde dis-
ta í légua, 1,300 habitantes.
PERABOLA. V. Parábola.
PERADA, s. f. (des. ada) doce de peras.
PERAFUZAR. V. Parafuzar.
PERAGRATORio, A, ddj . (do Lat. peragrOf
are, vagar.) (astron, p. us.) Mez — do soi,
o tempo que elle gasta a percorrer um sign».
do zodiaco. — da lua, periódico. j
PERAL, s. m. (des. collectiva oi) pomar dé
pereiras.
PERALTA (geogr.) cidade d'Hispanha, per*
to do Agra. a 4 léguas 80. d'01ite ; 4,00ft
habitantes. •
PERALTEA, (bot.) geucro de plantas da
f a milha das Leguminozas e da Diadelphia
Decandria, L. f^
PERANTE, prep. composta de per, Qaní$^
em presença, diate, v. g. < — o joií.
PERA-pÃo, 3. f. {pêra, epão) pêra insipi-»
da«
40»
jl
PER
PER
PBRAU, s. m. (t. us. no Brasil, do Fr. per-
ron ou ant. perroy , borda d'agu8, margem)
poça profunda d'8gua, caideira.
PERAU (hist.) escriptor franc^z, nasceu em
1700, morreu em 1(67. Continuou as Vi-
das dos homesns illusíres de França, d'Au-
vigny.
PERÁVAA. (obsol.)V. Palavra.
PERCA, s. f. (Fr. perche, do Lat. perca, Gr.
perké, de pérkos, salpicado de preto) peixe
que tem pintas negras.
PERCA, subjunctivo de perder. O vulgo diz
erradamente perca por perda, s. f.
PERCALÇAR, V, a. (aut.) V. Percalça) ga-
nhar, lucrar, aproveitar.
PERCALÇO, s. m. (do Fr. ant pourchaas,
pourchais, sollicitaçào, lucro, proveito) emo-
lumentos, lucro, proveito. Os — s, emolu-
mentos, lucros eventuaes.
PERCATADO,PERCATAR, V. Prectttado, Pre-
catar.
PERCEBER, V. a. (Fr. percevoír, do Lat. per-
cipio, ere ; per pref., e capio, ere, tomar.)
receber, cobrar, v. g. — as rendas, os direi-
tos, os fructos ; comprehender, entender, v.
g. — o engano, — as intenções do inimigo.
— , (ant.) V. Aperceber. — , (ant.) avisar.
— SE, V. r. apparelhar-se
PERCEBIDO, A, p.p. de perceber ; ací;". co-
brado ; entendido ; avistado ; apercebido ;
acautelado, ex. « O corregedor deve ser —
de ver osforaesdecada lugar. » Ord. Affons.
Sede — s de perguntar, advertidos.
PERCEBIMENTO, S. 1». (wiCníO Suff.) (aut.)
o acto de perceber ou de se aperceber, ap-
parelhar ; os apparelhos, preparos, provi-
mento, V. g. — de madeira, pedra, para edi-
fício. Signal de — , para seapromptar.
PERCEPÇÃO, s f. [L&t. per cep tio, onis) acto
de perceber, compreliender, entender ; cons-
ciência de sensação recebida ; sensação a que
a mente attende ; cobrança, acto de rece-
ber, V. g. rendas, direitos, fructos.
Synf. comp. Percepção, sensação, senti-
mento. Distinguem os philosophos moder-
nos duas espécies de percepção, interna e
externa. A percepção interna, a que tam-
bém chamam consciência, e a que os anti-
gos chamavam senso iniimo, é aquelle sen-
timento interno pelo qual somos sabedores
[conscii sumus) de tudo que em nossa alma
se passa. A percepção externa, a que tam-
bém se chama relação dos sentidos, é a que
temos dos objectos corpóreos por meio dos
sentidos.
Sensação é aquella aíTeição da falma que
nasce de commoção feita nos órgãos sen-
sórios.
Confundiram os philosopos sensualistas a
sensação com a percepção, porém a escola
escoceza demonstrou que havia eutre ellas
grande diíTerença. Eis-aqui como as cousas
se passam: 1.° Recebem os órgãos sensó-
rios a impressão ou contacto dos objectos
exteriores ; "S..^ commovem-se os órfãos sen-
sórios com esta impressão ou contacto; 3.**
trapsmilte-se ao cérebro esta commoção por
meio dos nervos ; 4.° da commoção trans-
mittida ao cérebro resulta um sentimento^
e porque este sentimento vem dos sentidos
chama-se sensação ; 5.° finalmente, a esta
sensação segue-se ^percepção do objecto.
Considerados estes vocábulos segundo a
linguagem commum, diremos que todos três
designam a impressão «jue os objectos fazena
na alma, com a differença qne a percepção vai
ao espirito ; a sensação limita-se ao senti-
do ; o sentimento vai ao coração ou o pos-
sue.
A vida mais agradável ésem duvida algu-
ma a que se compõe de percepções claras e lu-
minosas, de .çensafdes gratas e aprazíveis, e
de sentimentos vivos e g(»zosos, isto é, conhe-
cer, amar e gosar.
O sentimento extende seu dominio até aos
costumes ; faz que nos excitem igualmente a
honra e a virtude. A sensação não passa além
do physico ; faz unicamente sentir o que o
movimento das cousas materiaes pódeocca-
sionar de dôr on de prazer pelo mecanismo
dos órgãos, A percepção comprehende em seu
circulo as sciencias e tudo de que a alma pô-
de ter ideia ; porém suas impressões são mais
tranquillas que as do senlimento e da sensa-
ção, ainda que mais promptamente recebi-
das.
PERCHA, s. f.{Vr. perche, do LhV per tica,
varapáo) vara forte de madeira que serve de
estelar, escorar vigas s espigão. — de beque,
(naut.) os braços que correm da ponta do
beque alé ao casco da náu pela parte de fo-
ra.
PERCHE, (geogr.) antigo paiz de França,
entre a Normandia, o Maine, o Orleanez,
e a ilha de França.
PERCiçoEiRO, (ant.) V. Processionario.
PERCiNTADO, A, adj . [per i>Te( . , B cintado)
cingido, cercado de todas as partes.
PERCORRER, V. tt, {pen^vei., e correr) cor-
rer algum espaço, correr atravessando, v.g.
— interior do paiz. Os planetas percorrem
os espaços celestes. — acabar de correr, pre-
hencher a sua revolução, o seu gyro, v. g.
o sol percorre a eclipti 'a na sua revolução
annual. O projéctil percorre uma curva.
pERCuciENTE, adj. dos 2 g. (Lat. percu-
tiens, tis, p. a. de percuiio, ire, ferir dar
golpes) que fere de morte, ex. « Pôs um an-
jo percucíente com espada de fogo de mor-
taes febres. » Barros, Dec. i. 3, 12.
PERCUSSÃO, s. f. {L&t. percnssio, onis) acto
de percutir; choque, embate; acto deferir
PER
PER
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com ferro, goipò 'que fere, corta, que faz vi-
brar, V. g. — da luz, do som, da voz, do
corpo sonoro.
PERCusso, A, adj. (Lat percussus, p. p. de
percutio, ire) ferido, percutido.
PERCussoR, s. m. (Lat.) o que fere, per-
cute ; adj. percuciente.
PERCUTIR, V. a. (Lat. percutio, ire, per
pref. , e quatio, ere, bater, dar golpe) ferir
dar choque.
PERCY. fhist.) nobre e antiga famillia d'In-
glaterra, originaria da Normandia, teve por
chefe (juilherme Percy, que acompanhou
Guilherme-o-Conquistador na sua expedi-
ção em Inglaterra.
PERCY, (geogr.) cidade de França, a 6
léguas SO. de Sado; 3,180 habitantes.
PERDA, s.f.[Lb{.á&perdo, ere, quasi /^er-
dita res, cousa perdida) detrimento, damno,
v.g. — da saúde, do juízo, dos sentidos, da
■vida ; — dos filhos, da mulher. Fazer — ,
causa-la; soffre-la. Ressarcir a — .
Syn. comp. Perda , damno, detrimento.
Perda é a privação de cousa útil, necessária
ou commoda, da qual resultou damno, de-
trimento.
Damno, detrimento denotam o mal rece-
bido.
PERDÃO, s. m. [de perdoar) absolvição de
culpa, crime, delicto ; remissão de pena in-
corrida. Conceder — ; indulgência, vénia,
v.g.\)Q(\ir, obter — . Conceder, negar o — .
PKRDAVAiSTE. V. Por diante.
PERDER, V. a. (Lat perdo, ere, do Gr. per-
thein, arruinar, destruir, de perô, passar
alem, atravessar) deixar de possuir cousa ou
pessoa por ser privado d'ella, v. g. — um
braço, uma perna ; — os bens, a honra,
os sentido. — a mulher, os filhos, ser pri-
vado d'elles por óbito. — a demanda, a ba-
talha, ser vencido pelo adversário. — san-
gue na briga ; — dinheiro ao jogo. — um
habito m,au, — o medo, desembaraçar-se
d'elle. — alguém, deitar a perder, arruinar.
— alguém, de amigo, perder a sua amizade.
— , não aproveitar, v. g. — a occasião. — ,
errar, v. g. — o caminho. — o respeito a
alguém, faltar-lhe ao respeito, desatlender.
— de vista, cessar de avistar ; (fig.) não pres-
tar attenção, v. g. — o assumpto, desviar-se
d'elle — SE, V. r. arruinar-se, soíTrer rui-
na total ; naufragar, v. g. — o navio. — se,
errar o caminho. Perde se orio, sumindo-
se no solo. — se acolheita, a /Vmc ia, falhar.
— o peixe, a carne, apodrecer, corromper-
se. — se a memoria, ser privado d*ella. —
de vista alguma matéria, deixar de se at-
tender. — se no sermão, no discurso, não
poder seguir o fio do discurso. — se por al-
guma cousa, ama-la extreraosamcmte, ser
capaz de se expor a todos os riscos para a ob-
VOL. IV.
íer, ou gozar d*ella. — se o navio, naufra-
gar. — gente em batalha, morrer ou des-
apparecer pela fuga, ou aprisionada. — se,
morrer em peccado mortal.
PERDIÇÃO, s. [. (Lat. perditio, onis) ruí-
na, estrago. — da alma, condemnação eterna.
PERDICCAS, (hist.) nome de três reis da
Macedónia, que reinaram : o l'*^ de 695 a
6W antes de Jesu-Christo ; o 2.° de 452a
429 ; o 3.« de 366 a 360.
PERDICCAS , (hist.) general d'Alexandre,
recebeu deste príncipe moribundo o seu
annel o que parecia designal-o como suc-
cessor d<) reino, foi um dos quatro regen-
tes nomeados depois da sua morte e en-
carregado de dividir as províncias. Não re-
servou nenhuma para si, intentou torna r-
se o único senhor do reino e com este in-
tuito casou com Cleópatra, irmã d'Alexan-
dre. Perdiccas foi morto pelos sens oflTicia-
es revoltados em 321.
PERDIDA, s. f. (subst. da des. f. de perdi-
do). V. Perda.
PERDIDAMENTE, adv. [mente suff.) com per-
da, ruina ; sem proveito. Viver — , de ma-
neira que conduz á perdição, desregradamen-
ie ; louoaraftnte, extremosamente, com ex-
cesso, V. g. amar — .
PERDiDiço, A, adj. (des. iço) que se finge
perdido ; que se dá por perdido.
PERDIDÍSSIMO, A, adj. supcrl. de perdido,
muito perdido. Almas — s.
PERDIDO, A, p. p. de perder; adj. que se
perdeu, que perdeu, v.g. o navio tinha-se
— nos baixos. A batalha esteve — , a pon-
to de se perder Os ministros tinham — todo
o pejo. A batalha, as esperanças — s. Ho'
mem — , arruinado ; estragado, de máoscos-
tumes. — de amores, excessivamente apai-
xonado. Moço — , desregrado, demauscos-
tumes. Mulher — , ))rostituta, meretriz. Tiro
— , sem pontaria. Sangue — no combate,
derramado, que corre deferida. Homem —
da fazenda, dojuizo, que perdeu. — da ver-
gonha ; — do temor de Deus, que perdeu,
privado.
PERDIDO, (monte), um dos mais altos cu-
mes dos Peryneos.
PERDiDOSO, A, ad[/. (des. oso) que perde ou
perdeu, v. g. batalha, demanda, ou no jo-
go. É antiq.
PERDIGÃO, s m. o macho da perdiz. Cha-
çar o — , fugir, furtar as voltas ao caçador;
(fig.) negociar com destreza fraudando.
PERDiGOTiHHO, s. m. diminut. de perdi-
goto.
PERDIGOTO, s. m. diminut. o filho novo
da perdiz ; (fig.) munição de matar perdizes.
— y, ///. (fig.) pingos de saliva que pessoas
desdentadas ou descortezes lançam da boca
fallando com alguém.
41
16S
PER
'^•IF"
PERDIGUEIRO, A, adj . (des. círo) que caça
perdizes Cão — . — parado (subst.) cão de
mostra.
PERDIMENTO, s.m. (wicnío stiff.) pppda, V.
g. condemnado em — de bens : — da pátria,
dos parentes, ruina, estrago. ~- próprio,
por amores.
PER D! ss IMO. V. Perdidíssimo.
PERDIZ, 5. f. {L&t per dix, eis, fir. perdia;,
deperi, ároda, ediô, caçar, perseguir, te-
mer, ter medo) ave bem conhecida, de que
ha diversas vatiedades. — vermelha, que
tem os pés d'esta côr. Cão de — s, perdi-
gueiro.
PERDOADO, A, p. p. de pcrdoar ; adj. que
recebeu nu deu perdão.
PERDOADOR, A, ttdj . facil cm perdoar, in-
dulgente, V. g. — das injurias.
PERDOANÇA, 5. f. (aut.) ^. Perdõo.
PERDOAR, V. a. (Ital. perdonare, Fr. par-
donner, do Lat. per pref. transitivo, e dono,
aie, dar, conceder) absolver, reraittira cul-
pa, a pena. v. g. — os peccados, a culpa;
o degredo, a pena de morte ; as injurias — ,
renunciar o direito, a acção — a divida,
não exigir o pagamento, dá-la por satisfeita.
— , (ant.) poupar, — trabalho, dgsp za. Sem
— a despeza. — , (ant.) deixar livre, cx « Nas
horas que me perdoavam os cuidados da guer-
ra. » Freire. — ás orelhas, não dizer cou-
sas desabridas. Não — , maltratar, oílender,
ex. « Tal era que tudo lhes servia de alimen-
to, não perdoando a cães, gatos » Freire.
«Deu morte a todos, não perdoando a me-
ninos, mulheres, velhos.
tiuitos dos antigos clássicos diziam o per-
doa, em vez de perdoa- lhe, como hoje di-
zemos. — SE, V. r — a si mesmo, ser in-
dulgente para com as próprias culpas, faltas.
— , (p. us.) poupar-se, v.g. a nada seper-
doa.
Syn. comp. Perdoar, remittir, absolver.
Perdoar ó acto de generosidade, e que não
só remitte a outrema pena, a divida, e deixa
de exigir satisf.ição, mas também indica a
disposição indulgente de quem perdoa, que
nãt» conserva disposição desfavorável ao per-
doado,
fíemiltir é não exigir aquillo a que temos
direito.
Abwlver é desligar da obrigação, ou ocri-
minoso dos laços da justiça, das penas im-
postas. O juiz aòso/fe o innocente, o rei per-
dôa. Remittir é acto de moderação ; rerait-
te-se a divida, a pena.
PERDOÁVEL, adj. dos 2 g. [áes.avel), di-
gno, merecedor de perdão.
PERDUDo, (ant.). V, Perdido.
PERDULÁRIO, A, adj. (do Lat. perdere , e
(Bs, (Bris, dinheiro], estragador, dissipador,
gastador dos bens, da fazenda. Si;b$t, Um—.
PERDURAçÃo, *. f. {per intens., e duração,
grande duração.
PERDURÁVEL, adj". dos 2 g. (per intens., e
durável], de longa duração, eterno : v.g. a
vida — . Gozos perduráveis, ex. m k — gen-
tilesa consiste na alma. » Eufr.
PEREA, (geogr.) Peroea, um dos quatro
grandes districtos da Palestina, compreen-
dia toda a parte E do Jordão.
PEREA, (geogr.) fio da provincia do Ma-
ranhão, no Hrazil, corre 10 léguas do S. pa-
ra o .N., e vai lançar-se na bahia de S. José.
PERECFDEiRO, A, ãdj . (dtís. civo, por owro,
do p. íut. Lat. em urus], caduco, que ha-de
perecer.
PERECER, V. n (Lat. pereo, ire. Os etymo-
logií.tas concordam em o derivar de per e
ire, ir, e tomam per no sentido transitivo,
no que se enganam, a meu ver. Eu penso
que perire vem, do Gr. peras, fira , termo,
e ire, ir, terminar, acabar de viver, finar-
se, deixar de existir, morrer ; acabar, ces-
sar. Pereceram muitos da epidemia, mor-
reram. Pereceu a memoria dos antigos im-
périos, ex « Foram causa de perecer muito
0 serviço de V. Alteza, » soffrer detrimento,
perder. Couto, Dec. iv, 6, 8. Este sentido
é obsoleto e impróprio.
PERECIMENTO, s. m. [mento suff.) (ant.)
propriamente deve significar acabamento ,
extincção, riias acha-se usado no sentido de
perda, falta, v. g. «de que se segue gran-r
de — de justiça. » Elucidário.
PERECíoso, A, adj (des. oso)^ que cau-
sa damno, perda, detrimento : v. g. — amor.
Bocage. Pernicioso é mais próprio.
PEREGRINAÇÃO, s. f. (Lat. pcregrinatio -,
onis], o viajar ou fazer jornada por curió*
sidade ou devoção religiosa, u. ^.oschris-
tãos a Jerusalém, os musulmanos á íf.ecca;
(fig.) a vida neste mundo. A — de um pen-^
samcnto (Camões.
PERiGRiNADO, A , supcrl. dc peregrinar ;
adj., que p"regrinou ; percorrido, v. g. Fer-*
não Mendes Pinto, depois de ter — grande
parte da Ásia, voltou a Portugal. Desertos
peregrinados de tão santos varões , ou á^.
mercadores em cáfilas.
PEREGRINADO*, s. M. (Lat. peregrinator)^
peregrino, viajante, principalmente por de-
voção rehgiosa.
PEREGRiNANTE, adj. dos 2 g. (Lat. perô"
grinans, tis], que peregrina, viajante, viaa«
dante.
PEREGRINAR, V. a. (Lat. peregrinor, ari^
V. depoente ; de pereger, estranho, estran-
geiro, peregrè, fora da pátria ; per pref,
transit., e a^fcr, campo, segundo Court de
Gébehn. Eu preferiria per, e egredior , i ,
1 sair, de e e gradior, andar, rad. gradus ,
passo, passada), percorrer viajado , v. |.
PER
PER
l«l
«peregrinou toda a Africa. » Barreiros.
Chorogr. « Os lugares que Lereno peregri-
nava. » Lobo, Peregr. — , (ant.) , mandar
viajar, v.g. — mancebos, para os aperfei-
çoar; (fig.) — pelo mundo a sua ignorân-
cia, dá-la a conhecer em diversas terras
viajando. — , v. n. correr terras por curio-
sidade, necessidade ou devoção religiosa :
v.g. — a outras partes, regiões, pelos de-
sertos, (íig.) « peregrinava meu animo in-
do e vindo de longas terras. » Arraes, 1, 20.
PEREGRINO, A, adj . (La,, perecer, estran-
geiro, ou do verbo pereijrinor, ari, peregri-
nar), estrangeiro, natural de outra teira,
de outra gente, nação, estranho.
Quando alevantarain
Um por s&u capitão, que peregrino
Fingiu na cerva espirito divino.
Gamões, Lusiad.
alludindo ao romano Sertório refugiado na
Lusitânia. «Palavras peregrinas, » estran-
geiras. Lobo. Plantas — , exóticas , não
indígenas. Costumes, hábitos — . Peregri-
no, errante, v.g. da sua pátria. Astro — ,
(astrol.) que occupa signo dn zodíaco onde
não pôde exercer influencia. Peregrino ,
(tig.) raro, extraordinário. Belleza — .
PEREGRINO, s. m. (subst. do precedente),
homem que faz romaria ou peregrinação ,
principalmente por devoção religiosa, v. g
á Terra-Sanla ou a Santiago de Compos-
telia.
PEREGRINO, (hist.) philosopho cynico do
J 1 ." século da nossa éra, nasceu perto de
Tampsaco, passou a mocidade muito dissi-
padameute , depois fugiu para a Judea,
aonde se fez christão, abandonou esta reli-
gião para se tornar philosopho, foi a Homa,
d'onde foi banido, e dirigiu-se á Grécia,
aonde morreu em 165.
PEREiASLAVL, (geogr.) cidade da Rússia
Europêa, perto de Dnicpr, a 23 léguas SE,
de Riers; 9,000 habitantes Outra Pereias-
lavl, anligamente Marcianopolis, na hou-
melia, era a capijal dos Búlgaros.
PEREIRA, s. f. (Lat. pirus), arvore que dá
peras.
PEREIRA, (hist.) medico hispanhol, publi-
cou em 1.-j54 um tractado intitulado Anto-
niana Margarita.
PEREIRA, (geogr.) villa e freguezia de Por-
tugal a 2 léguas de Coimbra, cora 1,600
habitantes. Ha outra do mesmo nome, per-
to da Feira, cujo concelho contem 4,450
habitantes.
PEREiRAL. V. Peral.
PEREIRINHA , diminut. de Pereira , pe-
quena pereira.
PEREIRO, s.m. (des. eiró), arvoro que dá
peros.
PKRKKOP, (geogr.) Taphros dos Gregos,
Or-Kapi em tártaro, cidade da Rússia eu-
ropêa. sobre o isthrao de Perokop, o qual,
une a Criméa á Rússia, a 31 légua N. de
Siiuféropol; 1,000 haMta tes.
PEREMPTORIAMENTE , adv. [meute sufT.) ,
de modo peremptório, sem dilação, deci-
sivamente, expressamente.
PEREMPTÓRIO, E, adj. (Lat. peremptorius,
per pret. intens., e emptorius, de emo, ere,
emptuin, comprar, obter), (jur.) decisivo ,
que não admitte replica nem dilação. Ter-
mo — , ultimo, final, que se não pôde ex-
ceder, e dentro do qual se deve terminar
qualquer acto. Dez dias — s. Excepção — ,
a que corta, destroe acção começada Res-
posta — , a que atalha todas as replicas,
decisiva, categórica, que termina todas as
duvidas. Admoestação — , que se faz uma
vez sómen.e, que se não reitera. .Si^nai ^i-,
certo, decretorio.
PERENNAL, adj. dos ^1 g . {perenne, des, adj.
ai), perenne, perpetuo, que não soífre in-
terrupção. V. g. Agua, fonte — . Somno ,
pranto — . — contentamento. Festas peren-
naes.
PERENNALMENTE. V. Percnuemente.
PERENNE, adj. dos2g. (Lat. perenais, per
pref. transit., e annuus, annual), perpetuo,
continuo, não interrompido, v. g. Agua, fon-
te, luz — . Lagrimas — s. (fig.) de longa
duração, v. g. oração — . Louco — , sem lú-
cidos intervallos. Laus perenne , exposição
p<M'petua do Santíssimo Sacramento, que se
continua de umas ás outras igrejas de uma
cidade em todo o curso do anno.
PERENNEMENTE, adv. [mente suíf.), conti-
nuamente, sem interrupção, perpetuamen-
te. V. g., Fonte que manava — .
PERENNiDADE,5. /*. (Lat. pereunHas, (is),
o ser perenne ; conL-nuação, duração pe-
renne, não interrompida.
PERENTORIAMENTE. V. Peremptoriamente.
PERESAS. Moraes diz que ê erro lypogra-
phii;o na l)rd. Affons.. iv, 107, 6, por prezas
()\i perseas, tapeçarias da Pérsia.
PERESAVL-zALESKi, (geogr.) cidade da Rús-
sia europea, a 28 léguas O. de Tladimir;
4,200 habitantes.
PERFAZER, V. a. {per pref. intens., e faaer),
acabar de fazer, consummar, executar com-
pletamente, completar, preencher, v. g. — o
numero, a Fomma ; — os regimentos, pre-
sídios, guarnições das praças. — a querela ,
(for. ant.) dá-la perfeita.
PERFAZiMENTO, s. Til. (aut.) [mcnto suff.),
acabamento, perfeita execução.
PERFECIONADO, (ant.) V. Apcrfeiçoãdo.
PERFECTAR, V. tt. (ant.) V. Aproveitar.
PERFKCTivEL , adj. dos 2 g. (des. ivel) ,
susceptível de aperfeiçoamento. Faculdades
perfectmis.
♦1 ♦
164
PER
fm
PERFBCTivo , A, ãdj . (des. ivo), que dá,
confere perfeição.
PERFECTOR, adj . V. Apcrfeiçoador.
PERFEIÇÃO, s. f. {Lat. p6rfectio,onis), es-
tado perfeito, bem acabado, excellencia phy-
sica OU n.oral , execução perfeita; pleno
desenvolvimento, crescimento de animal ou
planta : v. g — do quadro, da obra, Stulher
dotada de todas as perfeições , qualidades
excellentes, phjsicas o raoraes.
PERFEiçoAR e deriv. V. Aperfeiçoar, etc.
PERFEiTAçÃo, s.f. (ant.j. Perfeição, Pro-
veito.
PERFEiTAMExME , adv. {mente suíí.) com
perfeição, de modo perfeito.
PERFEiTíssiMAMENTE, adv.superl. deper-
feitamente.
PERFEITÍSSIMO, A, ãdj. superl de perfei-
to, summamente perfeito, muito perfeito.
PERFEITO, A, adj. e p.p. irregul.áe\)Gr-
fazer (Lat. perfectus, p. p. de perficio, ere,
áepet e facw), completamente acabado, bem
acabado, dotado de perfeição, completo;
que não tem defeito physico ou moral. -» </.
Prazer—, puro, sem desconto. Obra — .
— , (gram.), tempo que exprime acção in-
teiramente acabada v. g. Tempo—, na mu-
sica, aquelle em que anota antecedente vale
três das subsequeriies. Querela-, (for. ant.)
a que se den com todas as circumstancias
prescriptas pela lei. isto t^ com juramen-
to do quereloso, designação das testemu-
nhas, etc.
Syn. comp. Perfeito, completo. O que
está acabado, inteiramente feito, que em
tudo o que lhe ó próprio, a que nada falta, é
perfeito. O que é cabal, tem a plena união de
tudo que pôde ter; que reúne todos os graus
possíveis ; a que nada se pó'le ajuntnr. é
completo. Melhor se aprecia a diíTerença des-
tes vocábulos se altendermos á sua origem la-
tina. O primeiro vem de perficio, que signifi-
ca perfazer, fazer acabadamente ; e exprime
a ideia do qu?. está de todo feito, consumma-
do. O segundo vera do compleo, que signi-
lica encber do todo ; e exprime a plenitu-
de inteira o absoluta.
pr:RFKiT0{S.), (hist.) martyr; nasceu era
Córdova no anno 800, assistiu aos chris-
tãos oprimidos pelos mahometanos, o que
excitou o furor destes últimos, que o ma-
taram em 8-„0. E' commemorado nela Icre-
ja a 18 dabril. ^ ^
PERFiA. (ant.). \. Porfia.
PERFIDAMENTE , ãdv. {mente suff.) , com
perfídia, aleivosamente.
PERFÍDIA, s. f. (Lat. de perda, ere, per-
der, ou de perso, ire, perecer, e fides, íé),
traição, aleivosia, infracção da fó prometti-
da ; apostasia.
PERFiDiuso, A, adj, (des. oso), cheio de
perfídia, que contém perfídia, v g Astúcia — .
PÉRFIDO, A, adj. (Lat. perfidus), que usa
de períidia, aleivoso, perjuro.
PEHFiL, 5. w. {Fr.prnfil, Ital. profilo, do
Lat. filum, fio, linha), delineação da cara, fi-
gura ou de qualquer objecto visto de um só
lado, ou de edifício por uma secção per-
pendicular ou lateral ; contorno ; adorno
subtil da borda, do conLÍorno. v.g. Osaureos
perfis das brancas nuvens. — (braz.) linha de
outra côr que separa uma superfície da outra.
« Banda roxa (nas armas) com perfiles de
ouro. » Monarch. Lusit. — , na esgrima ,
postura de lado. Retrato de meio — , visto
de um só lado. v.g. Ver as cousas de — ou
de meio — , (fíg.) só de um lado, por uma
face, debaixo de um só aspecto. Perfis, pi.
Perfiles, (ant.)
PERFILADO, A, supcvl. de perfilar; adj.,
delineado de perfil; posto eni fileira, v.g.
soldados —s, em postura de lado. Estar —
— na esgrima. — , terminado por uma li-
nha.
PERFILAR, V. a. {perfil, ar des inf ) de-
linear de perfil; rematar o contorno por
ura traço ou linha, de ordinário de outra
côr, v.g. a purpúrea côr que per/í/aaquel-
la nuvem, —de ouro ou de prata um bor-
dado. — soldados, dispo-los em fileiras, era
linha, unidos lado com lado.
PF-RFiLUAçlo, s. f. pertilhamento, adop-
ção de filho.
PERFILHADO, A, p. p. do perfilhar, adj.,
adoptado por filho: adoptado. «Este autor
tem — muitos versos de muitos poetas» in-
serido nas suas obras como plagiário.
PERFiLiiADOR. A. s. m. 'J)e?soa que per-
filha.
PERFiLHAMENTO, 5. m. (mcnío sufT.), ado-
pção.
PERFILHAR, V. a. (per pef., em vez de
por, filho, ar, des inf.) adoptar por filho
com as solemnidades Ipgaes : — um filho a
alguém, altfibuir-lh'o ; — enxertar, ex. «In-
dustriosa mão 03 doces pomos perfilha á
inútil arvore.
PERFILO. V. Perfil.
PERFLUxo, s. m. {per pref. intensit., e
fluxo), fluxo copioso de humores.
PERFORAçÃo, s. f (cirurg ) o aclo de fu-
rar.
PERFORADO, A, p. p. dc perforar, adj.
furaflo, traspassado.
PERFORANTE, adj. dbs 2 ç. (Lat. perfo-
rans, tis], que perfura.
PERFORAR, V a. (Lat. perfor, are, per,
pref. transit., cforo, are, furar), furar, pe-
netrar com instrumento agudo.
PERFULGENTE, adj. dos 2 g. {per pref,
e fulgente], mui resplandecente.
Moraes diz (pie a ctymologia pede pre-
PER
PEK
m
fulgente, o que prova que ignorava as duas
accepções do prefixo per.
PERFUMADO, A, p. p. íle perfumar, adj.
que rccube as exhala(.-ões de per fumes quei-
mados, iuipregnado das emanações odori-
feras. Fio de p-rata — de ouro, a que se
dá a côr de ouro com cerlos ingredientes.
Subst. e auL, pessoa — , que usa de per-
fumes.
PERFUMADOR, s. m. caçoula, vaso em que
se queimam p3rfumes, aromas. — s de ouro,
prata, bronze.
PERFUMANTE, adj. dos 2 </. (des. do p.
a. Lat. em ans, tis), que perfuma, que ei-
hala clieiro agradável. — s rosas.
PERFUMAR, V. a. {perfume, ar, des. inf )
communicar ciíeiro agradável queimando
perfumes, substancias aromáticas, que ex-
haiam emanações rescendentes. v. g. As flo-
res perfumam o ar. — o hospital, o navio,
as casas, corrigir o raáu cheiro por emana-
ções de substancias saudáveis, v. g. de vi-
nagre e outros ácidos.
PERFUMARIA, s. f. (Fr. pãrfumerie), lo-
go de perfumeiro, oííitíina em que se per-
pa.*am perfumes composições odoriferas.
PERFUME, s. m. (Fr, parfum, do Lat. per,
pref. transitivo, efumus, fumo), emanação
volátil exhalada de substancia aromática,
aroma.
PERFUMEIRO, s. m. (Fr. parfumeur], o
que prepara composições cheirosas, como
pommadas, nguas, óleos, espirites aromá-
ticos, pós de cheiro, sabões odoríferos, etc.
PERFUNCTORíAMENTE, ado. [meiíte suff.),
com desmazelo e desleixo.
PERFURANTE, V. Pevforante, Q Penetran-
te.
PERGA, (geogrj hoje Karakissar, cidade
da Pamphylia, ao SO. do Selga , sobre o
Cestre, perto da sua nascente ; era celebre
por causa de um templo de Diana.
PERGAMTLHEiRo. V Pergaminheiro.
PERGAMiNHEiRO, s. m. (dcs. ciro), O quB
prepara pergaminhos.
PERGAMINHO, s. m. (Lat. pergamena, char-
ta — , áe Pergam^o, cidade, onde se diz que
foram preparados os primeiros pergaminhos),
pelle de carneiro preparada para se escre-
ver nella, e para capas de livros.
PERGAMO , (geogr.) Pergamus, hoje Ber-
gamo, cidade da Mysia, na confluência do
Caico e do Cecio, no 111 século de Jesu-
Christo, foi a capital do reino da i'ergamo.
estas duas províncias, a Phrygia Hellespon-
tica e a Grande-Phrygia, teve por limite ao
S. o Tauro. Os romanos engrandeceram este
reino com cUe recompensaram a fidelidade do
Eumeneo lí.
Soberanos de Pergamo.
Philetero, governador
Euraenes I, primeiro rei
Attalo I
Eumenes II. ...
Attalo II Philadelpho.
Attalo III Philométor.
Aristonico
26:J-2U
241-198
198-157
i 57-137
137-132
132-129
PERGEN, (geogr.) cidade dos Estados Aus-
tríacos, a 5 léguas E. de Trento; 12.000
habitantes.
PÉRGOLA, (geog.) cidade dos Estados eccle-
siasticos, a 5 léguas e meia SE. de Urbino ;
3,000 habitantes.
PERGOLiíSE, (hist.) celebre compositor na-
politano, nasceu era 1704, morreu em 1737.
As suas melhores composições são um Sta-
bat ; e uma opera a Serva padrona.
PERGuiCEiRO, s. m. (talvez do Fr. perche,
vara de barqueiro, des. eiró), empregado
nas pescarias do Algarve que dirige a com-
panhia.
PERGUiçA, (geogr.) rio limitrophe das pro-
víncias do iiaihi o do Maranhão, no Bra-
zil.
PERGUNTA, s. f. (V. Perguntar), acto de
perguntar, as palavras com que se inter-
roga. Ir a — s, a ser interrogado em juí-
zo.
PERGUNTADO, A, p. p. do perguntar, adj.
interrogado.
PERGUNTADOR, s. m. (Lat. percontaíov),
o que pergunta ; pesquizador, curioso ; que
faz muitas perguntas.
PERGUNTAR, V. a. (Lat. percontor ou. per-
cunctor, ari, inquirir, indagar, que Court
de Gébelin deriva de contus. Gr, kontos,
vara comprida de barqueiro, e diz que o
termo significa sondar, tu creio que se en-
gana, e julgo o termo composto de per,
transilivo, e contueor, eri, observar, ver,
espreitar, de con, e tueor, eri, examinar,
observar. Por isso a orthographia percun-
tari é correcta, eoc ajuntado empercunc-
tari é vicioso, e provavelmente veio da er-
rada supposição que o radical era cunctus.
h' a origem do nome pergaminho (per</a- completo, total, inteiro), inquirir, pedir a
mena charla) cuja fabricação os soberanos alguém informação sobre alguma cousa.
de Pergamo animaram. \ Perguntei ao piloto que rumo seguia. Che-
PERGAMO (reino de), (geogr.) pequeno es- | gado ao porto perguntei se meu pai tinha
tado fundado em 283 por Philéièro, não com- morrido. — por alguém, inquirir alguma
pitendfcu piimeiíaiLtrite senão algunifis par-, cousa concernente a elle, v. g. seestá em
tes da Mysia e da Lydia, abrangeu depois^ casa, se vai melhor de saúde, — , fazer per-
YOL. IV. 42
%m
PER
PER
gunta, questionar; propor questão e pedir
solução d'ella. v. g. Perguntei a causa do
alvoroto, ou qual era a causa ; etc
Syn. coinp. Perguntar, interrogar, in-
quirir. Perguntar denota meramente dese-
jo da saber. Interrogar é perguntar, inqui-
rir com auctoridade, v, g. — oréo, as tes-
temunhas. Inquirir significa examinar, in-
dagar com miudeza, (juando se applica a
inquirição de tt;stemunhas significa interrogar
sobre todas as circumstancias do processo.
PERT, preposição grega que entra na com-
posição de muitos termos derivados d'esla
lingua ; significa em torno, á roda, em re-
dor, acerca, v, g. peripheria, periosteo,
periphrase.
PERiANDRO, (hist.) tjranuo de Corintho ,
successor de Cypselo, seu pai, governou de
6 *< a 584 antes de Jesu-Chrislo com sa-
bedoria, no principio do seu reinado, mas
depois tornou-se odioso pelas suas cruel-
dades e violências, a ponto de obrigar seu
filho a fugir de Corintho. Morreu em idade
muito avançada.
PERiAPATAM, (geogr) cidado da índia, no
Estado de Maissur, a j5 léguas O. do Se-
ringapatam.
PERiBEA , (hist.) filha d'Álcatho, rei de
Megara, foi condemnada por seu pai a mor-
rer afogado no mar, por se ter deixado se-
duzir por Telamon , mas foi c «nduzida a
Salamina pelo guarda encarregado d'esta
commissão e casou com Telamon. Teve delle
Ajax, que depois foi rei de Megara.
PERiCARDiA, s. f. V. Pericardio.
PERICÁRDIO, s m. iperi pref., e cárdia,
coração) (anat ) membrana que envolve o co-
ração e contem um fluido.
PERiCARPO, s. m. (peri pref., e carpo) (bot.)
pellicula que envolve o fructo de algumas
plantas.
PERiCHE, 5. m. género de embarcação.
Gouv., Jornada do Arcebispo.
PERÍCIA, s. f. [Lãt. peritia. V. Perito) co-
nhecimento perfeito em alguma sciencia ou
arte, erudição.
PERiCL:és, (hist.) celebro. Atheniense, nas-
ceu em 94 antes de Jesu-Christo, adqui-
riu fama e popularidade pela sua eloquên-
cia e liberalidade ; tornou-se em 459 chefe
do partido democrático opposto a Cimon, e
conseguiu fazer banir os seus rivaes ficando
senhor da direcção dos negócios. Assigna-
lou a seu governo pela construcção de bel-
los edifícios e por festas sumptuosas. A sua
politica era evitar as empresas lon^jiquas e
arriscadas, não pôde comtudo evitar uma
guerra com Sparta, e ficando mal depois
de ter adquirido algumas vanla^fns foi
condemnado a uma aulia, e despojado da
auctoridade. Morreu em 4S9,
PERTCOTO. V. Picaroto.
pERiCRANEO, s. TYi. {pcvi pref-, 6 craueo)
(anat.) membrana que envolve o craneo.
PERiECos, s. m. pi. iperi, pref., e Gr.
oikeô, habitar) (geogr.) povos que habitara
pont' s oppostosdogloblo em um mesmo pa-
ralleio ou mfridiano, era igual distancia do
equador, em cada um dos dois hemisphe-
rios.
PERiER (Casimiro), (hist J politico francez,
nasceu em '77/, morreu em 18ii2.Foi um
dos oradores mais eloquentes da camará dosí
deputados de 1817. Foi nomeado chefe do
gai)ineteem j8<30 e desenvolveu grande fir-
meza contra as tendências anarchicas.
PERIFERIA. V. Peripheria.
PERiFRASE. V. Periphrase.
PERiG DO, sup. de perigar; adj. ex. «A
minha alma — . » Elucid., em perigo de se
perder.
PERíGALHO, s. w. [pcri, á roda, el.at, gu-
la, guela, pescoço) pelle que pende da bar-
ba ou da garganta, par velhice ou magre-
za.
perigalhos, 5. m. pi. [peri pref., eLat.
galea] (naut.) cordas que saem de uma polé
presa no tope do mastro da mesena, e sustem
a extremidade superior da vergada mese-
na.
PERIGAR, v.n. {perigo, ardes, inf.) estar
em perigo, correr perigo, v.g. periga ávi-
da, a honra, a reputação. Perigava o nnvio.
Moraes ajunta a accepção perecer, mas era
todas as citações que aponta, o verbo signi-
fica correr perigo, maior ou menor, e em ne -
nhuma perecer.
PERiGEO, s. m. {peri pref. denotando pro-
ximidade, e Gr. ghé, a terrra) (astr.) ponto
do ceu em que um planeta está na menor
distancia do centro da terra : é o ponto op-
posto ao apogêo.
PERIGO, s. m. (Lat. periculum, do Gr. pei-
ra, empreza, tentativa, eoleô, perder, arrui-
nar, matar) risco, lance arriscado, damno
pendente que ameaça ; pressa, aperto; pas-
so arriscado. Estar em — de vida, de a
perder. — de bens, — da honra. Os — * dé*J
Scylla e Charybdis. s loi
Syn. comp. Perigo, risco. Perigo é rUití^l
positivo e suppõe probabilidade de infortú-
nio. Risco applica-se mais a operações mer-
cantis e á possibilidade de perda de bens. iXãiòR
se diz estar em ri^co de vida. Aariscado^
suppõe perigo eventual, v. g. empreza -^ ; .
empreza perigosa ofTerece perigo certo. Ris-
co denota perigo, damno possivel, mais otf
menos provável.
PERiGORD, (geogr.) antigo paiz de França,
ro ]N. da Guyenna. tinLa por capital Peri-
gueux, era dividido em Alto-Perigord ou
Perigcrd-Branco , compreendendo : Peri-
PEK
PKK
167
gueux, Bergerac, Mussidan , Aubeterre ; e
em Baixo Perigord ou Perigord-Negro,
compreendendo Sarlat, Castillon e Terras-
son.
pertctOsamente, adv. {mente suff.) coin
perigo. Esíá — ferido. Adoeceu — , de doen-
ça perigosa.
PERIGOSO, A, adj. (Lat. periculosos. V.
Perigo), acompanhado de perigo, on que
expõe a perigo contingente, provável. Doen-
ça— . Empreza — . — , que exj õe a peri-
go. Hábitos —s. Mulher — , para qnera del-
ia se deixa captivar Homem — , que pôde
causar grandes míiles ao publico, ou a par-
ticulares. « Lugar — de entrar. » Barros.
PERIGUAL, (adv ant.) por igual.
PERiGUEUX , (geogr ) Vesuntia o\i Petro-
conii, capital do districto de Dordogne, so-
bre o Isle , a Í18 léguas SE. de Paris;
11,570 hahiiantps.
PERiHELio, s. m. {peri pref., próximo, e
Gr. helios, sol) (astron.) o pontu do céo em
que um planeta se acha mais próximo ao
sol.
PERiLHA, 5. /. dimindt. (p. us.) de pêra,
perinha, bola pequena. — s de âmbar. Ten-
reiro.
PERiLO, s. m. (t. da Ásia), remate pyra-
midal do telhado.
PERiM, (geogr.) Insula Diodori, no estrei-
to de Bab-el-Maudeb, a 2 léguas O. das cos-
tas da Arábia.
PERÍMETRO, s: m. [peri pref., e metro)y
o âmbito de uma figura geométrica.
PERiNEO, s. m. (peri prof. e anus, o ano)
(anat.) o espaço entre a raiz do penis e o
anus, no homem, e entre a commissura in-
ferior dos grandes lábios e o anus, na mu-
lher.
piRiNÉos (geogr.) Lago da província de
Parahiba no Brazil, no districto da villa d'A-
Ihandra.
PERINHO, s. m. diminut. de pêro, pêro
pequeno.
PERiNO DEL VAGA, (hist.) piutor ílorcnti-
no, nasceu em 1501, morreu em 1j47, íoi
discipulo e collaborador de Haphael. Pintou
em Roma a famosa sala real.
PERINTHO ou HERACI.EA , (geOgr.) hojo
Erekli , cidade da Thracia , alliada dos
Athenienses, sobre o Preponlido , perto de
Byzancio.
PERIODICAMENTE, ãdv. [mente suíT.), por
períodos ; em períodos ou epoclias determi-
nadas, f. g. A convocação da legislatura se
fará — . A epidemia se reproduz — .
PERIÓDICO, A, adj. (Lat. periodicMs), que
volta OU se renova em tempo fixo, em cer-
tos periodos, v. g Movimento — da lua, da
terra, dos planetas, — apparente do sol ; —
que consta de periodos. v. g. Discurso — .
papeis, escriptos — , que apparecem por fo-
lhas ou secções em épochas determinadas.
Doença — , cujos accessos ou ataques se re-
novam cui épochas fixas. Hoje emprega-se
o tormo — subst., para designar periodica-
mrnttí obra que apparece, todas as semanas,
lodos os mezes, etc.
PERIODISMO, s.m. (des. wmo), estado pe-
riódico de todo o corpo ou phenoraeno su-
jeito a movimentos, alterações ou renova-
ções periódicas, v. g. o — dos movimentos
planetários, das eitações, dos accessos das
febres intermittenies
PKRiODiSTA, s.m. (des isía), autor de es-
cripto periódico, litterario ou politico.
PERIODIZAR, X). a. [periodo úardes. inf.)
sujeitar a movimentos, a renovações ou al-
teraçõi^s periódicas, v. g. A natureza — cer-
tos phenomenos.
PERÍODO, s. m. (pron. periodo, Lat. pe-
riodus, do Gr. peri pref. em torno, á ro-
da, e/iocíos, caminho), estrictamente circui-
to, revolução em que se completa algum mo-
vimento, y. g. o gyro dos planetas; ou
em que se renova, reporduz ou se com-
pleta algum phenomeuo, em que uma cou-
sa volta ao mesmo lugar ou estado ; dos
accessos de febre int(3rmittente, do cresci-
mento dos animaes e das plantas; — , épo-
cha determinada, intervallo de tempo com-
prehendido entre dois limites, v. g. Us — 5
da grandeza, da prosperidade, e o da de-
cadência dos imperadores, U ultimo — da
vida. — do discurso, clausula inteira que
consta de dois até quatro membros ; — na
poesia, o numero de estancas em que se
dividem as odes.
PERiosTEO, s.m. (Lat. periosteum ', peri
pref, á roda, em torno, e Gr. osíeon, osso),
(anat.) membrana que envolve os ossos.
PERiPATETico, A, adj. (do Gr. peri, em tor-
no, e pateia, caminhar, porque Aristóteles
dava as suas lições passeando no jardim do ,
Lyceo), da eschola de Aristóteles ou do Ly-
ceu ; (fig. c fam.) ridiculamente subtil e
fatil ; moralisador.
pERiPATisMO ou pesipato, s. wi. doclrina
de AristoteleS; principalmente em. physica
e philosophia moral Diz-se de ordinário
desta doutrina tornada inintelligivel pelos,;
commentadores.
PERIPÉCIA, s. f, (Gr peri pref. contra, e
piptô, cahii), (poet ) •iT)udança súbita e im-
prevista <]e fortuna, desfecho de poema, épi-
co, ou de drama, catastrophe,
PERiPHERiA, s. f. (Gr. peri pref. em torno,
ep/ierd, levar), cijcumferei^cià do circulo ou
de figura curvilínea, como a ellipse, a pará-
bola.
Lns pronunciam periferia, outros perife- ;
ria, e por contracção per/eria. O segundo ó
41 «
108
nvi
fSR
conforme ao Grego, o primeiro é segundo a
prosódia Latina.
PERiPHRASE, s. f. (Lat. peripkrasis ; peri
pref., e phrose), circumloquio, circumlocu-
ção, figura de vheloncR.Vron. per ifrase.
Syn. comp. — PeriphrasCy circumlocu~
ção. A priíneira d'eslas palavras é grega ,
periphrasis, e a segunda latina, circumla-
cutio, e ambas dizem o mesmo que « ro-
deio de palavras » e consistem era dizer
por mais palarras o que se poderia decla-
rar por uma só. Differençara-se porem estas
palavras em que a primeira é um termo
de rethorica ; e a segunda é uma expres-
são da linguagem commum. A periphase é
uma figura de ornato, mui própria do es-
tylo poético e oratório ; a circumlocuçâo
ou circumloquio não se usa por arte nem
adorno senão por necessidade ou conve-
niência. A circum locução é pois a peri-
phrase commum, familiar, sem pretenção
de estylo e de esmero na elocução, e até
pôde ser muitas vezes um defeito; a peri-
phrase é a circumlocução oratória ou poé-
tica feita para aformosear o discurso, en-
nobecer idéas mui trilhadas, o evitar ter-
mos vulgares.
Camões, não querendo usar das quatro
palavras mui vulgares « norte, sul, nas-
cente e poente, » disse por periphrase :
Alli se acharam juntos num momento
Os que habitão o Arcturo congelado,
E os que o Austro tem, e as partes onde
A Aurora nasce, e o claro sol se esconde.
[Lus. , I, 24.)
E achando pouco poética a palavra «
vinho, » disse também por periphrase :
D;\-lhe conversa doce, e dá-llie o ardente.
Não usado licor que dá alegria.
[Lvs. , L 61.
Nas conjugações dos verbos latinos ha
mais circumloquios que nas dos verbos gre-
gos, e muitos mais nas dos verbos das lín-
guas neolatinas, os quaes se não podem cha-
mar periphrases, antes são provas da po-
breza d'estas línguas comparadas com a
grega.
PERiPHRASEAR, V. ã. {periphrase, ar des.
inf.), expor em periphrases ou circumlocu-
ções.
PERIPHRASIS. V. Periphrase.
PERiPNEUMONiA, s. f. (Lat. pcri pref., e
pneumonia) , (med.) inflammação do pol-
mão.
PERiPUiERA. (geogr.) Povoação e ribeiro
da província das Alagoas no Brazíl.
PERIQUITO, s.m. (do Fr. perroqnet, pa-
pagaio, dim de Perrot, dim. de Pierre ,
Pedro, porque, como bem notou Ménage ,
sempre foi uso dar nomes próprios de ho-
mens ás aves),'iave semelhante ao papagaio,
mas mais pequena ; (fig.) topete da cabe-
ça. — folhos ou bofes ^postiços para enco-
brir camisa de panno grosso ou suja, usa-
do por militares que trazem a farda abo-
toada até acima.
PERIQUITO (geogr.) Ilha do rfo da Madei-
ra no Brazíl na província _de Mato-Grosso.
Tem obra de 1 legoa de comprimento^ e
fica abaixo do confluente do rio Piraia-Na-
ra, e acima da ilha do Pagão.
PERiscios, s. m. pi. (peri pref., em tor-
no, e Gr. skia, sombra), (geogr.) os habi-
tantes das zonas frigidas cuja sombra faz o
gyro do horisonte em um mesmo dia no
tempo do anno em que o sol se mantém
acima do horizonte naquelles climas,
PERissoLOGiA, s. f. (do Gr. perissea, abun-
dância, excesso, e logos suff.) (gram.) re-
dundância de palavras.
PERissoLOGico, A, adj , [mente suff.) em
que ha redundância de palavras.
pERiSTALiico, A, ad] . {peri pref., cou-
tra, e slello, apertar), (anat.) Movimento —
o dos intestinos que se movem como ver-
mes serpeando para facilitar a absorpção
do chylo, e evacuação dos excrementos.
PERiSTYLLO , s. IH. (Lat. peristyllum ;
peri pref., em torno, e slylos, columna),
edificio rodeado de columnas, columnata
que serve de entrada a edificio.
PERiTissiMO, A, adj. svpcrl. de perito, mui
perito.
PERITO, A, adj. (Lat. peritus, deriv. a
meu ver do Gr. peri, em torno, e etazô,
examino, busco, indago], versado, douto,
instruído, hábil.
PERiTONEO, s. m. (Lat. peritoneum ; peri
pref., á roda, e teinô , estender), (anat.)
membrana que forra por dentro todo o abdó-
men, e dá uma túnica a cada uma das vísce-
ras desta cavidade.
PERiVEL, adj. dos 2 g. (snt.) V. Perece-
deiro.
PERJUDICADO, A, supcvl do pcrjudicar ;
adj. que sofTreu perjuizo, damno. V. Pre-
judicado.
PERJUD'CAR, V. a. causar damno, perjui-
zo, perda. V. Prejudicar.
PERJUDiciAL, arfj. dos2g. Y. Prejudicial.
PERJUIZO, s. m. damno, perda causada a
alguém, accidentalmente ou com intenção.
V. Prejuízo.
N. B. Estes termos vem do Lat. prceju-
dicare, prajudicium, que significão julgar,
decidir com antecipação, antes de ouvir «s
partes e por conseguinte julgando, não com
justiça mas por parcialidade. O sentido de
causar damno resulta do juiz iníquo. Pre
he a orthographia conforme á etymologia ;
pm
PU
m
mas pêr transitivo exprime muito bera e
mais directamente a ideia de causar damno,
tí he análoga aos compostos latinos ferju-
rare, violar o juramento, e peri-c?'ícre, per-
verter. Além destes, perjuizo, limitado á ac-
cepção de damno, não se confundirá com
prejuízo, juizo antecipado, anterior a exa-
me attento.
PERJURADO, A.,p p. do porjurar, acT/", ju-
rado falso, quebrado o juramento; abjura-
do. Calumnia atroz, e ainda — por seu
autor.
PERJURAR, V. a. (Lat. perjuro, are ; per
pref. transitivo, Qjuro, are, jurar), violar,
quebrar o juramento ; jurar falso para en-
ganar e fazer mal a alguém : — a fé, ab-
jurar. — SE, a. r. quebrar o juramento,
faltar á promessa jurada, feita com jura-
mento.
PERJÚRIO , s. m. (Lat. perjurium) , o
acto de se perjurar, o crime do perju-
ro.
PERJURO, A, adj .\L^i. per j urus), que ju-
ra falso para enganar e fazer mal a alguém ;
que falta ao que prometteu com juramento,
á fé jurada.
PERJURO, s.m. perjúrio. «Para o réo cair
em — . » Ord. Affons.
PERKiN WAERBER, (hist ) chamado o faU
so duque d'Yorck. Impostor, que a duque-
za de Borgonha, irmã de Eduardo IV, ima-
ginou fazer passar por seu sobrinho, Ri-
cardo d'yorck, assassinado em 1483, e de
o oppor a Henrique YIl. Foi enforcado em
Tyburn em 1499.
PERKiNS , (hist.) medico americano do
ultimo século, morreu em 1800. Adqui-
riu fama pelo seu tractamento metálico,
espécie de apparelho formado de agulhas
de metaes differentes, o que elle applicava
ás partes doentes.
PERLA. V. Pérola.
PERLEBEJ , (geogr.) cidade dos Estados
prussianos, capital do cirí^ulo de West-
priegnitz, a 26 léguas NO. de Portdam ;
3,110 habitantes.
PERLENDO, A, ttdj . {ani.)\ . Lido. ex. «A
qual cédula — . » Órd. AíTons.
PERLiTEiRO, s.m. arbusto espinhoso, es-
pécie de sarda (em Lat. alba spina) V. Pir-
liteiro.
PERLONGA, s f. (pcr prcf., iuteusitivo, e
longa, subentendido demora, detença), de-
mora, detença em fazer cousa que requer
brevidade ou tem prazo fixo, delonga, —s
pi, razões diíTusas que tomam inutilmente
o tempo. Âs — s dos mãos advogados. (O vul-
go diz perlengas).
PERLONGADAMENTE. ãdv. (mcnttf Suff.), COm
muitas demoras, delongas.
PERLONG^DO, A, p.p. dc pcrlongar, adj.
VOL. IV.
(íemorado, delongado; — , suspenso, sus-
pendido, sustentado, ex. « A sentença (de
morte) seja — ataa (até) 20 dias. » Ord. Af-
fons., V. 70; — , posto bordo contra bor-
do, lado com lado (o navio) V. os dois ver-
bos.
PERLONGADOR , s. m. O quo prolonga,
delonga, demora, procrastinador, detenço-
so.
PERLONGANÇA , (ant.) V. Detença, De-
longa, "'^í
PERLONGAR, V. u. {per prcf. transitivo,
contra, longo, ar, des. inf.) (naut.) pôr o
bordo ou o costado de um navio parallelo
e chegado ao de outro ou a muralha, praia,
etc. — o navio com o muro, — , cm sen-
tido abs., mover-se seguindo o longor, v.
g. o navio perlongando com a terra. Um
capitão a cavallo perlongando com as es-
tancias. — SE, V. r. tem as mesmas accep-
ções: — com acosta, com o navio inimigo,
com o muro.
PERLONGAR, V a. [per, intensitivo, lon-
go, ar, des. inf.) estender, dar maior lon-
gor. V. g. — acorda, — , dilatar, demorar,
delongar, prolongar, v. g. — a demanda, o
casamento, a restituição. Prolongar é mais
usado e preferível.
PERLUSTRAR, V. a. (Lat. perlustro, are,
per pref , traisit. elustrare, gyrar, olhar),
só usado na poesia, gyrar, percorrer ob-
servando, ex. « Antes que Apollo três vezes
perlustre océo rotundo. » Mascarenh., Des-
tr. da Espanha. Weste exemplo citado por
Moraes pode meramente significar gyrar, vol-
ver, p. p. sup. e adj. Perlustrado. ' ^''
PER LUXO, A, adj. (alteração de prolixo),
prolixo, sobejo, diíTuso em palavras; — ,
minucioso. Diz-se com preferencia das pes-
soas. Homem — . Paliando de estylo, pro-
lixo é mais usado.
PERLUxo, s. m fructo brasílico, semelhan-
te a cerejas, de cuja casca se faz excellen-
te doce.
P-ER3I, (geogr.) cidade da Rússia, capi-
tal do governo de Perm, a 493 léguas E.
de S. Petersburgo ; 6,000 habitantes.
PERM, (governo de) (geogr.) parte na Rús-
sia europea, e outra parte na Rússia asiá-
tica, tem por limites os governos de Vo-
lagda ao ^0. de Tabolsk ao NE., de Vi-
atka a 0.; 1,3UO,000 habitantes. Capital
Perm.
PERMANECENTE. V. Permanente.
PERMANECER, V. u, (Lat. permaneo^ ere,
per pref. intensitivo, emanere, ficar, con-
servar-se no mesmo estado portempo mais
ou menos dilatado, durar, aturar sem mu-
dança notável. Diz-se das cousas, das pes-
soas, e do« seus actos.
PERMANÊNCIA, s f. (dcs. cncia), estado
43
170
fSR
nsk
permanente, durável, estabilidade. As cou-
sas humanas não tem — I
PERMANENTE, adj . dos '2 g . (Lat. perma-
nens, tis, p. a. de permaneo^ ere, perma-
necer), constante, estável, firme, inalterável,
que se conserva, permanece sem ou com
pouca alteração, v. g. Ura exercito — é
mcompatiyel com a liberdade da nação.
PERMANENTEMENTE, adv. (wicníe suff.) com
permanência.
PERMEADO, A,p. j9. do permear, adj. par-
tido pelo meio ; atravessado pelo meio ; che-
gado ao meio , v. g. tinham — o espaço,
caminho. A agua tinha — os fardos, a rou-
pa. « E acharam a noite quasi — . » em meio.
ínedit.
PERMEAR, V. a, (Lat. permeo, are ; per
pref. transitivo, e meo, are, passar), atra-
vessar, passar pelo meio ou atra vez. v. g.
A agua permea os tecidos, — , partir pelo
meio. (p. us.) — , v.n. interpôr-se, acon-
tecer no intervallo de tempo, v g. Entrq a
queda do império e o restabelecimento das
lettras permearam muitos séculos ; — , in-
tervir como medianeiro, metter-se de per-
meio. {E'p. us.) Entre as potencias bellige-
rantes permeou o papa.
PERMEDIDA OU PERMEDIVA, (obsol.) COrrU-
pto de Primicia. V. Primicia.
PERMEIO, adv. usado sempre com a prep.
de anteposta : de — , no intervallo qne se-
para dois corpos interposto, v. g. Metter-
se de — , medeiar, — um dia .feriado ; — ,
interpôr-se. Metteram-se de — , para obstar
á briga. V. Meio.
PERMEIO, s. m. (p. us.), cousa ou pes-
soa que intervém, medianeiro, v. g. — da
paz.
PERMESSO, (myth.) Permessus , pequeno
rio da Reveia, nascia no monte Helicon e
caia no lago Copais.
PERMEYO, ortographia de Moraes. V. Per-
meio.
PERMiA ou BiARMiA, (geogr.) antiga e vas-
ta região situada no ]NE. da Kuss'a euro-
pea, abrangia, alem do governo actual de
f erm, os de Vologda e d'Arckangel.
PERMissA, má orthographia. V. Premissa.
PERMISSÃO, s. m. (Lat. permissio, onis],
licença, consentimento, acto de permitlir^
conceder. PI. Permissões.
PERMISSIVAMENTE, adv. [mente sufí.) com
permissão, licença.
PERMisso, s. m. V. Permissão.
PERMisso, A, adj. (Lat. permissus, p. p.
permitto, ere, permittir), permittido, con-
cedido ; não prohibido, não vedado, hcito.
Caso — .
PERMISSIVO, A, adj. (des. itó), consenti-
do, que dá permissão, que contém permis-
são, licença para fazer «Iguma cousa.
pBRMiSTÃo, \. Mistura.
PERMITTIDO, A, p. p. de permíttiT, adj.
consentido, v. g. Tinha — aos soldados irem
fazer a colheita. — , licito. He — trabalhar
nos domingos em obras de urgente neces^
sidade.
PERMITTIR, V. a. (Lat. permitto, ere, no
sentido de conceda r licença), conceder li-
cença, consentir, tolerar, não obstar, v. g.
As leis de Inglaterra permittom o divorcio.
Antigamente os governos não permittiam a
exportação de ouro e prata amoedados. — ,
(fallando de cousas) dar lugar. O frio não
permitte a navegação do Báltico no inver-
no> A estação permitte ainda a navegação ;
— , admittir. v. g. O negocio não permit-
te demora. — se, d. r. impessoal, ser per-
mittido. V. g. Hoje — a exportação do nu-
merário.
PERMUDAÇÂ0. V. Permutação, Mudança.
PERMUDANÇA, s. f. (aut.) permutação, tro-
ca , mudança de casa, demorada.
PERMUDAR, V. a. (aut.) permutar, trocar.
PERMUTA, s.f. [de permutar] Casas de — ,
estabelecidas pelo gfoverno no Brazil para a
troca de ouro empo por moeda.
PERMUTAÇÃO, s. f. (Lat. permutatio, onis]
troca, commutação de um género ou merca-
doria por outro, ou de qualquer outra cou-
sa.
PERMUTAR, V. a. (Lat. permuto, are ; per
pref. transitivo, emuto, are, mudar) trocar,
escambar género por género, v.g. vinho por,,
trigo. ,-
PERNA, s, f. (Lat. perna, de animal, e per-
nada de arvore. Vem do rad. perpor/er, de
fero, erre, suster, levar ; a des. na vem do
p. a. CMHS, que caminha) os membros sobre
que se sustem e andam osanimaes de dois,
ou quatro pés; no homem, aparte compre-
hendida entre o joelho e o pé. Barriga da
— ,- aparte posterior proeminente d'ella on-
de os músculos são mais volumosos. Em — s,
sem meias ou outro calçado que as cubra.
Estender as —s, (fig.) passear. Deitar ai-
guem de —s arriba, (Og.) arruina-lo, dei-
ta-lo a perder. Estar de — tendida, ou es'^:
tendida , ocioso , sem fazer nada. Estar de-
— quebrada, (fig) falto de saúde. Estar de
—s abertas, (fig. efamil.) disposto para ser-
vir alguém ou comprazer com elleemtudo,
licito ou illicito. A — solta, descansadamen-
te. Ameaçar de cortar as — s, (fig.) de gran-
de mal. — , (fig.) extremidade, ramo, v. g.
— 5 do compasso, — da imprensa ; — da
banca, — da disciplina. O cabo da bolina
tem tres-^;?. — s do carro, são páos do fora
em ^ que se mettem os caibros oudegráos.
PERx\ADA, s. f. (des. ada] couce. — de ar^
vore, os ramos mais grossos que o tronco lan-
ça. — s de ribeiro, regato, esteiro, braços
PER
PER
5171
pequenos derivados, ex. « Estes dois esteiros"
se communicam e fazem — s , pela terra. »
Barros, 3, 5, 1.
pern'alto, a, adj. que tem pernas altas,
V. g. ave — , cão — .
PERNAGUA, (geogr.) pequena villa do Bra-
zil. na província de Piauhi, na margem
Occidental da lagoa vulgarmente conheci-
da com o nome de Pernaguá, tem 4,000
habitantes.
PERNAGUÁ, (geogr.) lagoa da província de
riauhi, no Brazil, sobre cuja margem está
situada a yilla d'este nome.
PERNAMBUCANO, A, ãdj . de Pemambu-
co.
PERNAMBUCO, (geogr.) província marítima
do Brazíl, entre 7 e 9 grãos do latitude,
cujo nome querem alguns autores que seja
derivado de Paranabuca, palavra do idio-
ma dos índios Cahetés que estavam de pos-
se des'e paiz, no tempo em que foi des-
coberto, a qual significava Rochedo cavado
das aguas do rio ou mar ; 32u,000 habi-
tantes.
PERNAviLHEiRO, s. m. madoíra que rece-
be um bello polido.
PERNEAR, v.n. {perna, ear por e/ar) agi-
tar convulsivamente os pés e pernas, como
fazem indivíduos debatendo-se contra quem
os quer violentar, ou pessoa no acto da suf-
focação,^ e anímaes violentados* ou feridos.
PERNEIRA, s. f. doença qne dá nos Idoís e
lhes apodrece a carne. — , coiro ou panno
grosso usado pelos sertanejos do 1 razil para
cobrir as coxas e pernas quando montam a
cavallo, para resguardar da lama.
PERNEM, (geogr.) pequena província de
Goa, nas chamadas ^ova5 Conquistas. A
sua capital é a villa de Cassabé. Consta de
26 aldeãs, e uma ilha, a de Arabó, I9,54y
habitantes.
PERNES, (geogr.) villa de Portugal, situa-
da a 2 léguas ao N. de Santarém, junto
ao rio Alviella. O seu concelho conta 2,400
habitantes.
PERNES, (geogr.) villa da França, sobre
o Píesque, a 1 légua S. de Carpentras.
PERNETY, (hist.) escriptor frajicez, bene-
dictino, nasceu em 1716, morreu em 18' 1.
A sua melhor obra é a Historia de uma
viagem ás ilhas Malvinas.
PERMABERTO, A, adj. quo tem as pernas
abertas. Cantoneiras — 5, que se prostituem
com todos.
PERNICIOSAMENTE, adv. {mente suíT.) com
damno, ruína, de maneira perniciosa.
PERNICIOSO, A, adj. (Lat. perniciosus, de
pernicies, morte, ruína) mortífero, ruinoso;
que traz damno, ruii;a. — ú saude^ nocivo.
Febre — , maligna.
PE RNicioZAS (ilhas), (geogr.) archipelago
I do W6T Máo, descoberto por Roggeween
em 1712.
PERNicuRTO, A, adj, que tem as pernas
curtas.
PERNIL, s.m. presunto na parte mais che-
gada ao pé ; o osso do pé ou da mão de ani-
mal. — do odre, parte da pelle que cobria
as pernas do animal de que são feitos os
odres, e que lhes serve de asa por onde se
lhes pega.
PERNINHA, s. f. diminuí, de perna. E! *'
PERNO, s. m. (do Cast.) agulha que as iUtí-
Iheres traziam por ornato Ea cabeça ; uma
peça do coche ; eixo do compasso de três per^
nas, barreta de ferro que une aspalauque-
tas. Exame d'Artílheiros. V. Cavilha. — s,
(naut.) páos que atravessam osncoitõespelà
banda de dentro em que laboram as rodas.
PERNOITAR, V. n. {per pref. transit. noite
ar des. inf.) passar a noite em algum lu-
gar.
PERNÓSTICO, A, adj. (corrupção de pro-
gnosiico) (famil.) que fallft muito no que não
entende ou não importa, que seda por mui
avisado, ex. « >unca vi velha tão — . » Fer-
reira, Cioso.
FERNov , (geogr.) Peinau em allemão,
cidade forte da Rússia europea, a 37 lé-
guas N. de Riga ; 10,300 habitantes. ' '
PERO conjuncção antiga e castelhana, mas,
posto que. -^
PERO, s. m. espécie de maçã oval e doce
que tem semelhança com algumas peras,
d'onde lhe vem o nome. - ^
PERO E CASA-VECCHiA, (geogr.) logar da
ilha de Córsega a 7 léguas de Bastia ; ()00
habitantes.
PEROBAS, (geogr.) povoação na província
do Espirito -Santo, a 2 legoas da villa de
Yianna, no Brazíl.
PERO-cÃo, (geogr.) serra na costa da pro^
vincia do Espirito-Santo, no Brazíl, na mar-
gem esquerda do rio Guarapari.
PÉROLA, s.f. {]^ron. pérola . doLaUperu-
la cu pirula, de pirum, pêra) corpo bran-
co, Ijzo e lustroso que se acha nas copchas de
certas «ostras, principalmente no mar jJe Ba-
barem, onde se pescam as mais bellas. ,^7-.
apingentada, da forma de pêra. — neta}
lunpa. — oriental, a que tem amais bella
côr e lustre. Deitar ou lançar — s a por-
cos, adagio, dizer cousas discretas e judicio-
sas agente incapaz de as apreciar. É uma
— , diz- se de pessoa dotada de preciosas qua-
lidades. Dizer —s, (íig.) fallar com muito
acerto, eloquência. Chá — , miúdo como al-
jôfar ou pérola^ miúdas, e mui ar^ç^ajtjco.
—s, (f)g. epoet.) lagrimas., ',^'^,^.^4 ^i
PÉROLAS, (ilhas das) (geogr.) ilha da Ame-
rica no golpho de Panamá,
p iBCLiJBA, s. f. {}>íi(jla, des. eira) botija
43 *
172
PER
P£R
grossa de barro afunilada em que se guar-
dam azeitonas.
PERON , (geogr.) naturalista e viajante
francez, nascru em 5775, morreu era 1810,
Escreveu a Viagem ás terras austraes fei-
ta durante os annos de 1800 a l8U4.
PERONNE, (geogr ) cidade de França, na
margem direita do Somme, a l2 léguas E.
d'Amiens ; 4,120 habitantes.
PEROOM, obsol. A — , adv. por a prom,
a plumo ou a prumo. Feio lombo a — , aci-
ma.
PERORAÇÃO, s. f. (Lat. peroraíio, onis)
(rhet.) conclusão de qualquer discurso ou ora-
ção.
PERORADO, A. p.p. de perorar ; adj. con-
cluído com peroração ; advogado, v. g. ti-
nha — a causa.
PERORADOR, s. m. O que perora, orador;
(fig.) o que ora, discorre com vehemen-
cia.
PERORAR, V. a. (Lat. peroro, are ; per pref.
intensit., e oro, are, orar) terminar, con-
cluir o discurso com peroração. — a causa
de alguêm, advogar, defender. Arraes. — ,
em sentido abs. ou n. fallar, discorrer com
vehemencia, emphase.
PEROSES ou FiRouz, (hist.) Tci sflssanida
da Pérsia, era filho de Yezdedjerel 1, e ti-
rou o throno a seu irmão mais velho Uer-
-mouz. Morreu em uma batalha depois de
um reinado desgraçado.
PEROTA, s.f (doCast.) nome de uma ave
de arribação.
PEROTE, (geogr.) cidade do México, a 7
léguas O. de Jalapa.
PEROviSEU, (geogr.) povoação de Portu-
gal, no concelho do Fundão, a 7 léguas
da Guarda, com 1,100 habitantes.
PEROZiNHO, (geogr.) aldeã de Portugal, no
concelho de Gaia , a 2 léguas do Porto,
1,240 habitantes.
PERPAO. V. Prepao.
PERPASSAR, V, n. [per pref. transit. epas-
$ar) passar ao longo de alguma cousa, ir de
passagem, v. g, perpassando um navio pelo
outro.
PERPENDICULAR, ttdj . dos 2 g. (Lat. per-
pendicularis] que cáe a prumo sobre uma li-
nha ou superfície, v. g. Hnha — , plano —
a outro.
PERPENDICULARMENTE, ãdv. [mentC SUÍF.)
em direcção perpendicular, a prumo.
PERPENDicuLO, s. w. (Lat. perpendiculum)
prumo, nivel. A — , perpendicularmente, a
prumo. — , pêndulo astronómico para me-
dir e tempo.
piBPENNA , (hist.) Romano do partido
de líario, foi no anno 79 antes de Jesu-
Christo lugar tenente de M.Emilio Lfpido,
pae do Triumviro, e depois da morte des-
te juntou suas tropas ás de Sertório ; mas
depois cioso da superioridade deste gene-
ral , fel-o assassinar. Depois deste facto
foi chefe do exercito da sua victima, mas
comraelleu muitas faltas, até que se dei-
xou apanhar e foi morto por ordem de
Perupés no anno 74 antes de Jesu-Chris-
to.
perpetana. V. Barbatana.
PERPETiNGA, (geogr.) ribeiro na provín-
cia de Minas-Geraes, no Brazil.
PERPETRAÇÃo, s f. (Lat. pcrpetratio, onis)
acto de perpetrar, v. g. — de crime.
PERPETRADO, A, p. p. de perpetrar ; adj.
commettido, v. g. crime — .
PERPETRADOR, «. m. O que perpetra, com-
mette crime.
PERPETRAR, V. a. [L&t. perpetro, are) com-
metter, v. g. — crime, delicto.
PERPETUA, s. f. (bot.) flor roxa ou bran-
ca que conserva a côr, ainda depois de sec-
ca, espécie deamaranto.
PERPETUA (Sancta), (hist.) virgem chris-
tã, foi martyrisada em Cartago com Sancta
Felicidade em 203 ou 205. A Igreja cele-
bra a sua festa a 7 de Março.
PERPETUAÇÃO, s. f. O acto dc perpetuar ;
perpetuidade, continuação em perpetuidade,
v.g. — dos bens, da pena, do degredo, das
felicidades. Para — de sua illustre casa, —
de memoria de tão illustre feito,
PERPETUADO, A, p. p. de perpetuar ; adj.
conservado , transmittido em perpetuida-
de.
PERPETUADOR, A, adj. que perpetua.
PERPETUAMENTE, adv. (mewíesuff.) em per-
petuidade, sem interrupção nem fim.
PERPETUANA, S.f. (anl.) droga de lã en-
corpada, de muita dura.
PERPETUAR, V. a. [LdiX. perpetuo, are ; per
pref. transit., epeto, ere, buscar) fazer du-
rar, sem interrupção, fazer perpetuo, v. g,
— a memoria de pessoa ou feito ; conservar.
— alguém em cargo, emprego, transmittir
para sempre, v. g. «quiz — assombros á
posteridade. » Vieira. — a acção, fazer al-
guma diligencia legal, para impedir apres-
cripção da acção ou da excepção, ex. « Fi-
cará perpetuada esta excepção. » Ordenação
Aff^ons.
PERPETUiçÃo. V. Perpetuidade.
PERPETUIDADE, S.f. [líit. perpetuitãs, tis)
duração não interrompida, continua e sem
alteração ; conservação successiva, v. g. n
— das espécies ; — de fonte perenne. — ,
fundação, instituição perpetua, ». g. — d©
obras pias.
PERPETUIZAR. V. Perpetuar.
PERPETUO, A, adj. (Lat. perpeíuus) conti-
nuo, sem interrupção nem termo. Parame-
moria — , que se conservará até ámaisre-
PER
PER
173
mota posteridade. Movimento — , que não
cessa.
Syn. comp. Perpetuo, perenne. Perpetuo
é o que dura mui largo tempo ou sem fian ;
perenne junta a esta ideia a d'uma acção
continua e incessante. Os movimentos dos
astros são perpétuos e perermes ; perpétuos
porque hão de durar em quanto durar o
mundo ; perennes porque diíTundem luz
continua que nunca cessa. Diz-se que uma
fonte, um manancial é perenne e não per-
petuo, porque se attende ao fluxo continuo
da a2ua, que não cessa no estio, e não á
perpetuidade de sua duração.
pERpiGNAN, (geogr.) Perpinnianum em
latim moderno, cidade de França, capital
do dep^irtamento dos Pjreneos orientaes,
sobre o Tet ; 17,018 habitantes.
PERPLEXAMENTE, adv. {mcnte suff.) com
perplexidade.
PERPLEXIDADE, s. f. cmbaraço, enleio, en-
redo ; irresolução, hesitação, estado de pes-
soa perplexa. Diz-se das cousas e das pessoas;
confusão no que se diz oi escrere, estylo em-
baraçado, ex. « As —5, tão contrarias á li-
berdade do espirito. » Arraes.
PERPLEXO, A, adj. (Lat. perplexus, per pref.
intensit., e plexus, de plccto, ere, dobrar,
tecer) enleiado, irresoluto, embaraçado, ata-
lhado, que hesita sobre o que ha-de fazer,
— no meio desta incerteza, Vieira, e faltan-
do das cousas ; intrincado confuso. O esta-
do — das cousas ; o caminho — , cheio de
rodeios.
PERPOEM, s m. [doFr.pourpoint) gibão,
ou veste de abas longas ao uso antigo.
PERPONTE, s. m. gibão forte acolchoado e
pespontado para rebater a ponta de lança,
espada ou outra arma aguda.
PERPUNTO. V. Perponte.
PERRA, s.f. [de perro, s. m., cão) cadel-
la. — , adj. f. (ant.) teimoso, ex. « é a mais
— velha. » Ferreira, Cioso, 4, i. V. Per-
ro.
PERRARiA, s. f. [perro, des. aria) cousa
que se faz a alguém para o amofinar e fazer
raiva, grande injuria, aíTronta.
PERRAULT, (hist.) mcdico o depois archi-
tecto francez; nasceu em 1613, morreu
em 1688. immortalisou-se, pelos dese-
nhos e o risco para o palácio do Louvre.
J<^,^ irarão, Carlos PerrauU , nasceu em
1628, morreu em 1703. E' auctor das no-
ticias soi)re os homens illustres do XVII.°
século ; o que o tornou celebre foram os
seus Contos de Fadas.
PERREGiL. V. Perrexil.
FERREIRO, s. m. [pcrro, cão, des. eiró)
eniota-cães de igreja.
PERRENGO, A, adj. V. Enperrado, Encan-
zinado.
VOL, IT.
PERRENGUE, adj.dos'Íg. (desuâ.) \.Per-
rengo.
PERRELX. (geogr.) cidade de França, a
1 légua E. de Roanne ; 2,600 habitantes.
PERREXIL, s. m. herva de que se faz con-
serva em vinagre, que excita o appetite ; (íig.)
pico, sal. Este sujeito é o — da conversa'
ção, o que afaz desenfastiada.
PERRHEBiA, (gcogr.) Pcrrhahia região da
Thessalia, nas margens do lenôo, entre
AtraD e o valle de Tempé , era habiada
pelos Lapithas antes de derrotados pelos
Lentauros.
PERRiCE, s. f. [perro, cão, des. ice.) pe-
ça feita a alguém para o amofinar, fazer rai-
var. ,
-PERRiN, (hist.) chamado o ahbade Perrin
autor francez, nasceu em 16 "O, morreu
em 1680. A sua principal cpera é Po-
mona.
PERRO, 5. m. (Cast. perro, cão, do Vas-
conço ora ou hurra, em Egypc pi, o, ouhor,
cão.) cão. Ser — velho, fino, matreiro. 7>ar
alguém a — s, desejar-lhe a morte e que seja
devorodo pelos cães. Dar-se a — s, desespe-
rar. A omro — com esse osso, adagio, buscai
outra pessoa que o creia ou soífra.
PERRO, A, adj. de perro ou cão; (fig-)obs-'
tinado, teimoso, emperrado. — , durodesof-
frer. « É — estado o de requerente. Eufros.
— , diíTicil de abrir e fechar, v. g. fecho, fe-
chadura — .
PERROS gu;rkc, (geogr.) cidade de Fran-
ça, a 2 léguas N. de Fauniou ; 1,500 ha-
bitantes.
PERSA. adj. dos 2 g. da Pérsia. 0$—$,s
m. pi.
PERSA, (ant.) V. Prejrea.joia.
PERSAMi, (geogr.) Bassein dos Birmans,
cidade do império Birman, a 50 léguas SO.
de Pegu.
PERSANTE, (geogr ) rio dos Estados Prus-
sianos, sae de um pequeno lago aoNO.de
Neu-Stettin, e cae no Báltico, perto de
Colberg.
PERSAMENiA, (gcogF,) Arménia pepa, no-
me dado á parte da Arménia, pertencen-
te á Pérsia.
PERSCRUTADO, k, p. p. de perscruUr ;
adj. indignado, investigado com curiosi-
dade.
PERSCRUTADOR, s. m. (Lat. perscrutator.)
indagador, investigador,
PERSCRUTAR, V. a. (Lat. perscruto, are ;
per intensit. ou transit., esorwío, are, inda-
gar.) investigar , indagar curiosamente , a
fundo, com miudeza, v. g. — os segredos da
natureza ; — os documentos da antigui-
dade.
PERSCRUTAVEL, adj. dog 2 g. (des. avel.)
que se pôde prescrutar, indagar, averiguar.
44
174
PER
PER
PRRSEA, f&nt)y. Prwca, joia de preço.
PERSECUÇÃO. V. Perseguição.
PERSECUTÓRIO, A, adj . Acção — , (jurid.)
pela qual se demanda alguém por cousa de
que elle está de posse.
PERSEGUIÇÃO, s. f. acto de perseguir, ve-
xação injusta.
PERSEGUIDO, A, p. p. de perseguip; adj. se-
guido por quem pmcura toma-lo ás mãos ;
vexado, atormentado ; amofinado, imoortu-
nado. — pelo inimigo, que vai em seu alcan-
ce, V. g. — pelos fanáticos ; — por um bando
de requerentes.
PERSEGUIDOR , s. w. O que persegue ,
«. g. — dos judeus, dos idolatras, dos cíiris-
tãos.
P' PERSEGUiMENTO, s. m. {mento suíf.) (p. us.)
proseguimento , execução de alguma obra,
feito.
'PERSEGUIR, t). a. (alterado do Lat. prose-
quor^ i; pro pref., esequor. i, seguir.) ir no
alcance de alguém, em seguimento para o
apanhar. — a caça, o inimigo, (fig ) moles-
tar, avexar, atormentar de todos os modos. —
demorte, até a dará alguém. — , importunar
com soUicitações, v. g. perseguiam-me \m-
portunos requerentes com repetidas instan-
cias.
PERSEMELHANTE, adv. (ant.j V. Semelhan-
temente:
'' PERSEO, A, ou PERSIANO, A, ãdj . da Persia,
natural da Pérsia.
PERSEO, (mylh.) heroe grega, filho de
Danae e de Júpiter, que se havia metha-
morphoseado em chuva d'ouro para a se-
duzir. Persco foi abandonado ás ondas com
Danae, mas foi aportar á costa de Sesipho,
e achou apoio no rei Polydeste ; salvou sua
mài da brutalidade deste princepe, venceu
o.> Gorgonas e cortou a cabeça a Medusa,
viu nascer Pégaso do sangue que acabava
de derramar e montado neste cavallo li-
vrou Andromeda, com a qual casou. Teve
a desventura de matar seu sogro Acrisio
nos jogos públicos ; succedeu-lhe em Argos ;
fundou My cenas e morreu em 1397.
PERSEO, (hist.) rei de Macedónia, filho
natural de « hilippe V. Foi aclamado rei
no anno 178 antes de Jesu-Christo, com
prejuizo de seu irmão, filhr) legitimo de
Philippe , assassinado em consequência das
calumnias de Perseo. Foi vencido, e apri-
sionado pelos Romanos que o deixaram
morrer de fome na prisão.
PERSEPA, í. /, (ant.) V. Presepe, constella-
ção. */ ; *
PER5EP0US, (geogr.) hoje Tchehil-m,inor,
isto é as 40 columnas, capital da Persida,
e de toda a monarchia medo-persa, so-
bre o Arasco; foi tomada por Alexandre
QO 4aao 330 aatõ§ 4õ Jesu CUristo.
'"PERSERIN OU PRiSRENOL, (geogr.) Theran-
da, cidade da Turquia europea, capital do
um Livah, junto ao monte Teharlag, a 65
Uíguas NO. de Salonica ; 15,500 habitan-
tes.
PERSEVÃo, 5. m. aparte interior do coche
onde assentam os pés do que vai dentro. V.
Pesfíbrão.
PERSEVE, s. m. (do Fr. ant. perre, pedra, e
lat sipj, tubo.) marisco de pedia que se api-
nhoa ; é do comprimento de um dedo, com
uma unha no cabo por onde se tira de con-
cha.
PERSEVEJO, s. m. (do Fr. ant. pers , de
côr escura livida, ou magro, secco, chato, do
Gr. perkos, negro ; e viez, feio, asqueroso.)
insecto chato que chupa o sangue, e que es-
magado derrama um cheiro mui desagradá-
vel.
PERSEVURADAMENTE, ttdv, (mewíe suff.) com
perseverança.
PERSEVERADO, A, j). p. dc perseverar;
adj. que perseverou ; que tem perseveran-
ça, aturado. «Satisfaz o — costume.» Pi-
nheiro-
PERSEVERANÇA, s. f. [Ld^t. perseverantía.)
constância em continuar empreza começada,
constância aturada, v. g. -T^nos estudos, nas
investigações, fios perigos, no infortúnio. — ,
continuação aturada, duração coostante, v.
g. a — das leis da natureza.
PERSEVERANCiA, s.f. (Lat. joersccfiraníia.)
V. Perseverança.
PERSEVERANTE, adj. dos 2 gí. (Lat. perse-
verans, tis.) que persevera, aturado, v g.—
na empreza, nos hábitos, vicios ; constante,
V. g. -^nas opiniões, na crença, nos traba-
lhos ; continuo e fervoroso. Oração — . Ca-
lamidade — , aturada, que não cessa.
PERSEVERAR, v a. OU w. (Lat. persevero ,
are ; porintensitivo, é severus, severo, serio.)
persistir com constância no com*^çado, v. g».
— na rwolução, na empreza, nos vicios, nos
trabalhos, na teima.
PERSEVES. V. Perseve
PÉRSIA, (geogr.) Persia, vasta região da
Ásia.
/. Persia Antiga,
Tinha por limites ao S. o mar das
índias, e ao N. o Cáucaso , o mar Cas-
pio e uma linha que junctava a cidade
Anal ;d'Herat ao Djihoun e o Djihoun ao
Attok , a O. os montes dos Kurdos e do
Koristan , a E. as montanhas da índia :
este vasto espaço compreendia o Tran actual,
o reino d'Herat, o de Cabul, a confedera-
ção dos Beloutehis e o S. da Rússia Cauo
TER
PER
175
casiana. Como Estado a Pérsia tem varia-
do muitas vezes de extensão. Cyro divi-
diu este vasto império em 120 governos
pequenos ; Dario I, separou-a em Í0 gran-
des governos ou satrapias, a saber:
1.° Lydia e Pisidia.
2.° Caria, Lycia e
Pamphylia
3.°Phrygia, Cappa-
docia e Paphlago-
nia.
4." Cicilia e Syria
Septentrional.
5.° Syria meridional.
6.° Egypto.
7.° Transoxiana.
8.° Susiana.
9.° Syria dos Rios,
Babylonia e Assy-
ria.
10.« Media.
11.® Costa S. domar
Cas|ão.
12.° Bactriana,
13.° Arménia.
14.° Drangiana, Car-
mania , Gedrosia.
15.*^ Paiz dos Saces.
1-6.^ Sogdiana, ária,
Chorasmia e Par-
tuienia.
17." Colchida.
18.0 Albânia e Ibé-
ria.
19.« Ponto.
20.° Arachosia e ín-
dia.
serie_ d'acontecimentos, que dào á Pérsia
uma antiguidade exaggerada.
DINASTIAS K SOBERANOS DA PÉRSIA*
Dynastia fabulosa. Pychdadianoi ou
Kaiomarianos.
1 .* Achemenides ou Kaianianos :
// Pérsia moderna ou Iran.
Estado da Ásia occidental, limitado ao
If . pelo império da Rússia, o mar Caspio e o
Turkestan, a E. pelos reinos d'líerat, de Ca-
boul e a Confederação dos Beloutchis, ao
S. pelos golphos d'Oman e Pérsico, a O.
pela Turquia asiática ; 9,000,000 de habi-
tantes, capital Teheran. E' dividida em 11
províncias :
Províncias.
Irak-Adjemi
Tabaristan
Mazendéran
Aderbaidjan
Ghilan
Kurdistan persa
Xhonsistan
Fars ou Farsistan
Kernian
Kouhistan
Khoraçan occidental
Capitães.
Téhéran.
Demavend.
Sari.
Ta uris ou Tebriz.
Recht.
Kirmanchah.
Chouster.
Ghiraz.
Sirdjan.
Cheheristan.
Mesched.
O clima da Pérsia é muito vario, em ge-
ral quente , em algumas partes ardente ,
temperado e em algumas partes frio, nas
montanhas.
A historia da Pérsia começa em Cyro,
no anno 538 antes de Jesu-Christo. Antes
desta epocha os aiinaes persas narram uma
Cyro 536
^ambyses 530
Smerdil-o-ífa^fo 523
Dario 1.° íílho
d'flystapes 5Í1
Xerxes I 485
(Artaban) M'2
Artaxerxes I ,
Longimano 4/1
2.* Reis estrangeiros :
Xerxes II
m
Sogdiano
424
Dario 11 Notho
4?^
Artaxerxes 11 ,
Mnemon
404
Ocho
362
Arsés
338
Dario 11, Codo-
mano
336
Alexandre I , o
Grande 330-813
I. Intervallo de 323
antes de J. Ca 2i6
defois de Jesu-
Christo preenchido
por dynastias dos
Seleucidas e dos
Parthos ou Ársaci-
des.
3.* Sassanidas
Artaxerxes ou
Ardechir
Sapor I
Hormisdas I
Varane ouBah-
ram I
Varane II
Varane III
Narsés
Hormisdas II
Sapor li
Artaxerxes II
Sapor III -
Varane III
Yezdedgerd I
Varane IV
Yezdedgerd II
Peroses I ou Fi-
rouz
Balascés
226
288
271
273
276
293
i96
303
3 0
380
38 i
389
399
420
440
457
484
■)
Cabad
Chosroés I.,
Grande
Hormisdas III
Chosroés U
Siroés
Adezer
Sarbazas ou
Schahriar
Tourandokht,
rainha -^
Kochanchdeh
Arzoumidokht,
rainha
Cosroes 111
Peroses
Foroukzad
Yezdedgerd
III
491
531
579
590
6i8
^€29
.632
632-652
4.^ Califas do Oriente desde Othman :
1652-1258. V. Califas.
5." Juntamente com os Califas , mas só
om alguns pontos :
44 ♦
Í76
PER
Taheridés 820-872
Soffarides h72-902
Samanides 902-999 Bouidas do
Bonidas do Faros 932-10Í9
Írak-Ad-
jemi 932-1056
6.* Ghaznevides na Pérsia e índia
Alp-tekin
Mahmoud
973 Maçoud
997
1028
7.* Seldjoucidas da Pérsia :
Tagroul 1038 Mahmoud
Alp-Arslau 1064 II
Malek-chah 1072 Solimão-
Barkiarve 1093 chah
Mohamniod I 1105 Arslan-
Sandjar ~^ chah
Mahmoud I >ii[^ Togrol
Maçoud i 11
Mohammed II
1158
1160
1161
1176-1194
8.« Os Sultões do Kharizm (1187-1225).
9.* Grandes-khans mogoes.
'iengis
Oktai
1225 Kaiouk
1229 Mangou
1242
1250
10,* Khanata mogol d'Iran :
lloulagou
Abaka
Ahmed
Argoun
Kaudjatou
1258 Baidou 1294
1265 Casan ou Haçan 1295
128 i Aldjapalou 1304
1284 Abousaid 1317
1290 Anarchia (133^-60).
11.^ llkhanianos :
Hassan-Bouzrouk- (Ao mesmo tompo
Kekkhan 1336 Djoubanaiios e Mod-
Aveis 1 1356 haíFerianos).
Ahmed-Gesair ou Tamerlão 1360-1405
Aveis II 1381-90
12.* Turcomanos.
Dynastia do Carneiro Negro.
Eskander 1407-35 Geangir 14Ò5-68
Dynastia do Carneiro Branco.
Ouzonn-Haçan 146S Roslam 1490
Yekout 1478 Ahmed 1497
Djoulaver ll85 Alvant 1497
Baysingir 1486
13.» Sophis :
Ismail I 149.)
Tharaasp I 1524
Ismail II 1575
Khodavend 1j77
Ilamzad ou
Mir-Iíemzed 1585
Ismail III 1585
Abbiis I o Gran-
de 1087
Sefi
Abbas II
Solimão II
1629
1642
1606
Husstíin 16'J4-1722
Mahmoud
^schrat
Thamasp II
Abbas III
1722
1725
1728
1732
14." Desde a queda dos Sophis até á
epocha actual :
Nachi-chah 1736
Ah-KouU-Khan i747
Ibrahim 1747
Ismail-chah em
nome í 747-1761
mente. Ali-Merdan,
Azad, Mohammed-
Haçan).
Kerim-Va-
kil 1761-1779
{mas reinando real- Guerra-civil 1779-94
15.* Dynastia dos Kadjars :
Aga-Moham-
med-Khan
Feth-Alichah
Mohammed-
1794 Chah 1834
1797 Nereddin-Chah 1848
PÉRSICO, (golpho), (geogr.) algumas vezes
Mar Verde; Persicus Sinus^ maré Bahylo-
nium ou Erythrceum dos antigos, golpho
formado pelo Oceano Indico na costa S da
Ásia, entre a Pérsia ao iN. e a E., a Tur-
quia asiática ao ISO., a Arábia a 0. e ao
SO., communica com o mar d'Oman a E.
pelo estreito d'ormuz.
PERSiDA, (geogr). Persis, hoje Fars, re-
gião da Ásia, tinha por limites ao N. a
Media, ao S. o golpho pérsico, a 0. Baby-
lonia e Susiana, a E a Carmania, tinha
por capital Persepohs.
PERSiGAL, s. m. (de porco, quasi porsi-
gal.) (ant.) possilga, chiqueiro, — , varaJe
porcos.
PÉRSIO. V. Pérsico Persiano Persa.
PÉRSIO, (hist.)iá. Persius Flaccus, ssiyn-
co latino nasceu no anno 34 de Jesu-Chris-
lo em Volaterra, era rígido stoico. Morreu
com 28 annos, no VIIÍ. anno do reinado
de Nero, no anno 62 de Jezu-Chrislo. Le-
gou 100,OJO sesterciosa seu mestre, ophi-
losopho Goraulo. As sátiras de Pérsio são
6, precedidas de um prologo.
pERSiSTKSCiA, s. f. (dos. eucia, que de-
nota duração.) o persistir, permanência, fir*
me adhesão, v. g. — na opinião, nos senti-
mentos, na resolução, no mal, na virtude,
nos vicios. A — do cálix, de certas plantas,
que subsiste passada a época da florescên-
cia.
PER
PER
177
VEKSiSTmTv.,adj.dos2g.{Lail.persislens,{{ig.) clareza do eslylo ou do discurso, v,
g. liste autor expõe com a maior — os
assumptos os mais diíTiceis de comprehea-
der.
Syn. comp. Perspicuidade, clareza. Pers-
picuidade é expressão ínais valente, e de-
nota não só cl.iri'za na phrase, mas uma
escolha de termos qne pintam as cores lú-
cidas as ideias. Clareza tem muita analogia
com perspicuidade, e a diír>írença é delica-
da. Expor cora clarexa é exprimir-se sem
obscuridade, em phrase, estylo livre de am-
biguidade, e de construcção fácil de com-
prehender
PERSUADIÇÃ.O, (anl.) V. Persuasão.
PERSUADIDO, A, /?. p. de pcrsuadir, adj.
intimamente convencido. Estou, fiquei. —
O orador tinha — o auditório ; — , das cou-
sas), — esta enganosa máxima, inculcada.
PERSUADiMENTO, s. m. (aut.) V. Persua-
ção.
PERSUADIR, V. a. (Lat. per transitivo, e
suadeo, ere, persuadir Cou^^t de Gébelino
deriva do Hebr. sueh, utilidade, útil, o que
é inadmissivel. A meu ver vem do Gr. seio,
mover), inspirar convicção sobre facto, ou
raciocini ), ou fazer adoptar resolução dis-
correndo com eloquência, empregando meios
oratórios, argumentos, gestos, inculcar opi-
nião. V. g. O orador eloquente facilmente
persuade o auditório, e lhe faz abraçar a
opinião que lhe inculca. O aspecto da mi-
séria não merecida persuade mais que as pa-
lavras. — SK, V. r. convencer-se, adquirir
convicção, crer firmemente, v g. — das
verdades, da realidade dos factos.
PERsuADivEL adj. [àQS. ivel], que se pô-
de persuadir (cousa) ; que se deixa persua-
dir (pessoa), V. g Circumslancias que fa-
zem — o farto, crivei. Homem — de tudo,
que facilmente se deixa persuadir. (E' an-
tiquis )
PKRSUASÃc, s. f. [Ldii. per e su,asio,onis).
crença firme, convicção intima que alguém
sente ou comraunica a outrem. Este ora-
dor tem o dom da — .
Syn. comp. Persuasão, convicção. Per-
suasão pôde existir sem provas suíBcientes
V. g. em matérias de religião, de metaphy-
sica, e muitas vez.^s é meramente conjec-
tural. A persuasão communica-se muitas ve-
zes menos por argumentos sólidos que por
artificio oratório e linguagem que move pai-
xões. Co n c ícpão r efe re-sc unicamente ao en-
tendimento, e resulta da comparação dos ob-
jectos e das ideias pelo raciocínio.
PERSUASIVEL, ttdj . dos 2 g. (des. ivei.)
dócil á pe-suação (pessoa), digno de se in-
cubar, persuadir. Doutrina — .
PEiísiAsivo, A, adj. (des. úo), que per-
suade, próprio a persuadir, v. g. Eloquen-
45
tis, per transitivo, o sisto, ere, continuar.)
permanente, durável, que continua a subsis-
tir. Cálix — das plantas, — no affecto, no
amor, constante, firme.
PEHSisTiR, V. a ou n (Lat. per transi-
tivi>, c sistcrc, coiuinuar.) continuar a su!)sis-
tir, aturar, permanecer. — , (das pessoas)
perseverar, insistir, v. g. — na resolução, no
intento.
PERSÒA , s. f. (Lat. persona ) (ant.) V.
Pessoa.
PERSOAL, (ant.) V, Pessoal.
PERSOAVELMENTE, (ant.) V. Pessoalmeute.
PERSOLANA. V. Porcclana.
PERSOLVER , V. V. (Lat. per intencivo, e
solvere, pagar.) pagar inteiramente.
PERSONAGEM, s. m Q f. (Fr. pcrsounagc,
do Lat. persona, mascara de actor.) pessoa
autorisada, de representação, pelo seu car-
go, dignidade, interlocutor de drama. — mu
da, que apparece no drama, mas que não
falia. Os antigos o faziam de ordinário mas-
culino.
PERSONAL. V. Pessoal.
PERSONALIDADE, s. f. (do Fr. pcrsonua-
lité.) allusões oítensivas ao autor de obra
litteraria ou a orador, v. g. em vez de com-
bater os argumentos deescriptor ou orador,
recorreu a — s. E termo moderno e neces-
sário.
PERSOONiA, (bot.) género de Plantas da
famiUia das Protéaceas e da Tetraudria Mo-
nogynia, L.
PERSOVEJO. V. Persevejo.
PERSPECTIVA , s. f. (Fr. pcrspectivc , do
Lat. perspecto , are , olhar em torno, ao
longe.J arte que ensina a delinear ou a
pintar as imagens de objectos debaixo de
ângulos e com gradação de cores que re-
presentam aos olhos as distancias e con-
tornos reaes ; desenho ou pintura feita pe-
las regras da perspectiva ; o que a vista
ale nça ao longe; (lig.) apparencia de ob
jecto mais ou menos próximo no espaço ou
no tempo; successo provável, v. g. — de
brilhante fortuna, de prósperos successos.
(Nunca significou apparencia enganosa, co-
mo diz Moraes, e unicamente apparencia
do futuro, fausto ou infausto).
PERSPECTIVO, A, adj. hábil na perspecti-
va. Pintor — .
PERSPICÁCIA , s. f. (Lat. perspacitia.)
agudeza da vista ; penetração do enlendi-
mento.
PERSPICAZ, adj. (Lat. perspicax, eis; per
transitivo , e spicio, ere, olhar ) agudo da
vista, e de entendimento, tj g vista — . Ho-
mem mui — .
PERSPICUIDADE, s. f. (.Mat. prespicuitãs,
tis), propriamente significa transparência ;
VOL. IT.
178
PER
TER
cia, voz, tom — . As peitas são mui persua-i
sivas para com juizes corrompidos. Subst. '
a des. f. — , arte de persuadir, eloquência
PERSUASOR, A, adj . G s. pcssoa que instiga,
procura persuadir, que aconselha.
pfiRSUASOftíA, s. f. [oria des.) razão pro-
pila para persuadir.
PERSUis, (hist.) compositor francez, nas-
cmi em 1765, morreu em 1819. Compoz
as operas : Triumpho de Trajano ; e Jeru-
salém libertada.
PERsuppÔR, V. Prestippôr.
PERTENCiMfiNTos, s. m. pi. (ant.j V. Per-
tença.
PERTK?íÇA, s. f. parle accessoria, depen-
de .d« outra annexa aella. v. g Urna quin-
ta, casa, um prédio com suas — s. Todas
as — de alguém, tudo o que lhe pertence,
todos 05 s<íus bens, haveres.
P«RTt:NÇÃo, V. P retenção.
Sobre a orihographia deste termo. V. Pcr-
tender e Pretender.
PERTENCENTE, alj\ dos 2 Q. (des. do p.
a. Lat. em eus. tis), que pertence a pessoa
ou cousa. Os bens —s ao morgado. Os do-
mínios — a Portugal. — , (ant.) aplo, hfibil
para cargo, emprego ; — , próprio, v. g. os
maleriaeíç — para uma obra.
P£ftTEfíCíiíSTEA5ENTE (aut.) V. Apíomenle,
Convcnif^níetnenle.
PERTENCER, V. u (Lat. pcríineo, cre, per,
eíenco, ere, alcançar), tocar, formar parle
de aíguui« cousa ou da propriedade de -al-
guém, v.g. Estas iihas peritncem a Portu-
gal. — ser devido por direito. Perícnce-me
esse lugar, eniprego. — dizer respeito, v. g.
a s-^lijçào dessas questões períenco á phy-
siología.
PfiRTEKi)«-KTE. V. Pretendente.
pEtiTKisoER. V, Pretender.
So^bre a orfhographia deste verbo c de
pertenção e derivados faz Moraes a seguinte
observação. « l'arece melbor orthographia
que pretender (de per e tcndere, caminhar
por a-lguraa via ou raeyo, diverso de prccQ
tcndere), ir diante e pretextar. » Sem du-
vida se p verbo exprimisse o caminho ou
meio que conduz a um fim, per seria acer-
tada orthographia, mas refere se ao objecto
que se deseja attingir, e por isso deve es-
crever-se por pre, como em Francez pré-
tendre. Tendo, ere, significa tender, cpro?,
diante, verdadeiro sentido do nosso verbo
que equivale a querer alcançar.
PERTa, (g-eogr.) cidade d'Escocia, capital
do condado Perth, na esquerda do Tay, a
17 léguas iX. de Edimburgo; 2C,000 ha-
bitantes O condado de Perth situado ao
S. dos de Aberdeen e de Inverness, ao N.
do Fritíj, iconia 150,000 habitantes,
- ■ ,>' I I.'-; ;:■!; > s u'
PERTHiN,(geogr.]antigo paiz da Champanha
em França, ao 8. do Argonne, tinha por ca-
pital Vitry-o-Francez ; está hoje conpreen-
dido nos departamentos de Marne e do Alto
Marne.
PERTiGÀ, s. f. (Lat. pertica, de pergo,
ere, ectum, avançar), varapao. Pron. pér-
tiga.
PERTiGUEiRO, s. m. {pertigo, vara, de*.
eira), (ant.) alferes, justiça : v.g. — morde
Santiago, protector d'aquella igreja, cargo
eminente.
PERTINÁCIA, s. f. (Lat. V. Pertinttz), gran-
de tenacidade, aferro a opinião ou resolu'
ção, perseverança tenaz. Diz-se mais fre-
quentemente á má parte, aferro a erros ,
ou obstinada negação da verdade. V. Per-
tinas.
Syn. comp. Pertinácia, obstinação, lei"
ma. Coafundem-se ordinariamente estes vo-
cábulos, e casos ha em que se podem usar
indistintamente, com tudo póde-se entre
elles estabelecer a seguinte differença.
A pertinácia é vizinha da perseverança,
como disse Cicero : « Pertinácia perseve-
rantiíB finitima est [de Inv. II, 54). » To-
ma-se em boa e em má parle, mas quasi
sempre em má, e pôde definir-se, perse-
verança teimosa no erro de ma fé, afferro
á su.n opinião errónea, por isso disse Viei-
ra, faltando dos herejes : « a pertinácia de
errar. »
A obstinação é o effeito d*uma falsa con-
vicção, fortemente impressa no animo, ou
d'um empenho voluntário com determinado
interesse. A teima não necessita de inte-
resse nem de convicção, basta o amor pró-
prio mal enteniJido ; é um defeito adquiri-
do ou arraigado pela educaçã®, ou inhe-
rente á pessoa inchnada a contradizer a
opinião ou vontade alheia, e a sustentar a
sua.
E pertinaz o que presiste e persevera
afincadamente numa resolução, como que
se compraz no erro, e não quer abrir os
olhos á luz da verdade. E obstinado em
seu erro aquelle a quem não convencem
as razões mais cliras e evidentes. E teimoso
o que, convencido das razões, não cede a
ellas. E pertinaz o hereje que não quer
sujeitar-se á autoridade da Igrejí, e per-
siste de má fé em seu erro. Kstá obstinado
o Tço que nega seu delicio, por medo do
castigo. E teimoso um rapaz mal educado
por pura malignidade de seu viciado cara-
cter.
PERTINACÍSSIMO, A, adj . supevl. ds per-
tinaz, mui pertinaz, emperrado.
PERT'NAx, (hist.) P. Helvécio, imperador
romano, nasceu na Liguria no anno 126,
filho de um liberto, dijtinguiu-se çomoge"
FER
PER
179
neral na Germânia. Foi aclamado em 193 ;
foi ínorto pelos çoldados.
PERTINAZ, adj. doí 2 g. (Lat. pertinaca,
eis ; per pref. intensit., e tenax, eis, tenaz) ,
apego, aferro tennz á opinião, ao partido.
v.g. — em defender , sustentar , negar ; —
defensor, asseverador ; — no erro , na he-
resia,, — no propósito.
PERTiNAZMEiíTE , ttdo. [mcute suíT.), com
pertinaoia.
PERTINENTE, adj . doí 2 </. (Lat. perlinens,
tis], que vem a propósito, que quadra bem
com o assumpto, v. g Artigos — á demanda,
Ord. AíTons , relevantes, que provados fazem
a bem da parte que irs produz.
PERTO, adp. (do Lat. apertus, na acoepção
de fácil de altingir , que está próximo, á
mão, de aperio^ ire, ertum, abrir, paten-
tear, descobrir), na proximidade, v.g, —
da cidade, do mercado, da igreja. Aqui — .
— da praia ou á praia, á ribeira. De — ,
em pequena distancia. Vejo bem de — , os
objectos pouco distantes dos meus olhos.
Se de — não vês põe-te distante. A villa
mais — , phrase ellipt., subentende-so que
fica, está situada. — , quasi í v.g. — de
cem sacas, de trinta, cavallos, homens; —
de um mez, anno ; — da noite, próximo á
noite, quasi noite. São — de seis horas.
PERTO, usado como adj. m. (aiit ), e hoje
desus. : ex « ... na mais — fortaleza. » Cas-
tanh. « ... das mais — povoações. » Barros.
Os — s, r, (pint.), os objectos figurados co-
mo míis próximos, os planos dianteiros, t.
g. Tem melhores os longes que os — «, diz-
se de pintura que faz melhor effeito vista de
longe, e de pessoa feia, que o parece me-
nos vista dy longo.
pjtRTUCHAR, V a. {pertucha, ar áes.ini.),
(naut.) metter as velas nos rizes.
PBRTUCHAS, i. f. pi. (do Ft. pertuis, ita4.
pertugio, buraquinho), (naut ) buraquinhos
ao longo das velas por onde se eníiarn os
rizes.
PERTUCHOS, *. m. pi. (V. o precedente), os
buraquinhos da fieira de tirar fio de metal.
PERTUIS, (geogr.) cidade de França, a
5 léguas SE. d'Apt ; 4,470 habitantes.
PERTUis-BRETÃo, (geogr.) estreito entre a
ilha de He e a costa de França.
PERTU z, de Antiochia (geogr.) estreito
entre as ilhas de Oleron e do Ke.
PERTURBAÇ.Ão, s. f. (Lat. perturbatio, onis',
per pref. intensit.), grande turbação, desor-
dem, nas cousas e nas pessoas : ». g. — do
estado, do espirito, ki perturbações scci&es,
commerciaes
PERTURBADAMENTE, adv. {mente suff.), cora
perturbação, em desordem.
PERTURBADÍSSIMO, A, adj. supert. de per-
turbado.
PERTURBADO, A, p.p. supcrl. de^pertur-
bar; adj. posto em perturbação. tJ. g. A
guerra civil tinha — a nação. Cícero ficou
— vendo o senado cercado de tropa.
PERTURBADO», s. m. O que perturba. — ,
adj. que perturba .• v. g. — da paz, da or-
dem.
PERTURBAR, V. a. (lat, perturho, ate ; per
pref. intensit.), causar perturbação nas cou-
sas, nos ânimos e pessoas : v. g. ^ sociedade,
a paz, a ordem, os ânimos, o juizo ; — a
marcha, de doença, com medicamentos ou
tratamento desacertado ; — a- ordem d^s
proporções (ariíhmetica e geometria), tras-^-
tornar. — se,í). r., soífrer perturbação,».^.'
— a pai, o socego publico, ficar confuso,
atalhado, v.g. — nò meio do discurso.f
PERTURBATiro, A, adj que perturba (cou-
sa). ex. «Opiniões —s do socego publico. ^
Leide Junho de 1 /69
PERTUXAR, tj. a. V. Pertuchar.
PERTUIAS, s. f. pi. V. PertuchQs.
PERTUxos, s m. pi. V. Pertuclios.
PERU, s. m. ave domestica bem conhecida,
t principio chamada gallinha do Peru, don-
de nos veiu. De ordinário dh-se perum. Pe-
runs, em vez de perus.
PERU, (geogr ) designou-se muito tempo
com este nome uma vasta região da Ame-
rica do S. que se extcn-iia pelo Oceano Pa-
cifico e ficava quasi toda compreendida en-
tre o fquador e o trópico do Capicoruio.
Tinha por limites a O. o Oceano racifi<x),
ao N^. o Popayan, a E. os desertos desco-
nhecidos do Brazil e uma parte das Cordi-
lheiras, ao S. o Tucuman, o Paraguay, o
Chiii. Este imraenso paiz depois de ter for-
mado um império independente sob o do-
mínio do5 incas, fei um vice-reinado dos
Hespanhoes e hoje está dividido em duas
republicas distinctas : o Baixo Peru ou Re-
publica de Peru ao NO., e o Alto Peru q^l
republica de Bolívia ao S.
PERU, (geogr.) republica da .America do
Sul, limitada ao S. pela do Equador, a
S, e a ti pela Bolívia, a O. pelo Grande
Oceano, conta ll,7ÔI,èOO habitantes. Ca-
pital Lima.
E' dividida pela forma seguinte em 7
(Jistrictos :
SUL.
^isíricios.
Capitães.
Lima
Lima
Arequipa
Arequipa
Puno
Puno.
Cuzco
Cuzco.
Ayacucho
Huamanga
45
^ -
180
PCS
NORTE.
Junin
Liberdade
nuanuco.
Truxillo.
PERUA, s. /". fêmea do peru.
PERUANO , A , adj. do Peru , natural do
Peru.
PERUCA, s. f. cabelleira.
PERUGiNoou PERUsmo, (geogr ) território
do Persa, formava antigamente uma pro-
vincia dos Estados da Igreja, está hoje
compreendido na parlo O da delegação da
Persida.
PERUGiNO, (hist.) celebre pintor italiano,
nasceu em 1U6, morreu em 1524, foi
chefe da escola romana, mestre de Raphael,
e auctor de bellos quadros, dos quaes o
mais magnifico é o Casamento da Virgem.
PERUHiPE, (geogr.) rio na província da
Bahia. Kasce na cordilheira dos Aimorés,
no Brazil.
PERUQUA, s. f. (Fr. perruque). V. Peruca.
PERuwELZ, (geogr.) cidade da Bélgica a
4 léguas SE. de Tournay ; 5,^70 habitan-
tes.
PERUSA, (geogr.) Verugia dos Italianos
Perusia dos Latinos, cidade dos Eslados Ec-
clesiasticos, capital da delegaçàc de Peru-
sa, perto do Tibre ; 30,000 habitantes.
PERUSA (delegação de), (geogr.) uma das
divisões dos Estados Ecclesiasticos, limitada
ao N. pela d'Urbino e íesaro, a O. pela de
Viterbo.
PERVERSAMENTE , ado. (mente suff.) com
perversidade ; com perversão do sentido.
PERVERSÃO, s. f. V. o acto dc perverter,
mudança para estado perversa : v. g. — do
sentido, alteração delle dando-lhe ura cara-
cter de maldade que elle não tem.
PERVERSIDADE, s. f. (Lat. pervcrsitas, tis),
caracter perverso ; acção perversa ; depra-
vação em summo grão.
PERVERSÍSSIMO , A , adj supcrl. de per-
verso, summamente perverso, depravado.
PERVERSO, A, adj. (Lat. perversus, p. p,
de perverto , ere , perverter. Propriamente
significa trastornado , virado de cima para
baixo), depravado em summo grão, de pés-
sima Índole, v.g. Homem — . Costumes—.
Gente, lingua, índole—.
PERVERSOR. V. Pervertedor.
PERVERTEDOR, A, s. pcssoa que pervcrtc ;
adj. que perverte, corrompe, deprava : v.
g. — dos costumes, da innocencia.
PERVERTER, V. a. (Lat. perverto, ere ; per
pref. transit., contra, e verto, ere, voltar,
virar debaixo para cima, trastornar, (íig.)
deitar a perder, arruinar), trastornar, alte-
rar deteriorando, depravar : v. g. — os cos-
tumçs, a mocidade, a innçcencia, deitar a
PÉS
perder, depravar, corromper ; — o sentido ^
altera-lo interpretando-o á má parte. As
paixões violentas pervertem o juizo. — se ,
v.r. depravar-se, trastornar -se, deteriorar-
se. V. g. Com a introducção do luxo, e se-
de de riquezas , perverteram-se os antigos
costumes. Perverter, v. n. (ant ). V PrC'
varícar.
PERVERTIDO, A, p. p. supevU dc pcrvcr-
ter; adj, trastornado,, depravado, altera-
do para mal. v.g. Gente—, perversa.
PERviCAz, adj, dos 2 g. (Lat. previcax ,
eis). V. Pertinaz.
PERviGiL, adj. dos 2 g. (Lat.), (p. us.) ,
mui vigilante.
PERviNCA, s f. (bot.) (Lat.) planta com
folhas como as do louro.
PERViNCO, A, adj. (ant.) (corrupto do Lat.
provignus), propinquo, próximo, v, g. Ir-
mão— , como os primos co-irmãos.
PERVio, A, adj. (Lat. pervius, per, pref.
transit., e via), que dá passagem, que se
pôde atravessar, v. g. Tecido — aos fluidos,
— accessivel (no sentido moral).
PES. (ant.) V. Peixe.
PESA, s. f, (ant.) V. Peso, Pesada.
PESADA, s. f. (subst. da des. f. de pe-
sado) , o que se pesa de uma vez e cabe
na concha de balança grande, v. g. Uma —-
de assucar, ferro, pao brasil. (l)e ordinário
é uma arroba.)
PESADAMENTE , adv. [mentô suff.), cora
passo pesado, tardamente v. g. Andar, ca-
minhar—, com peso, gravame, molesta-
mente. Dormir—, profundamente. Casti-
gar, reprehender —, com mão pesada, com^
aggravação da pena, ou em linguagem mui
áspera. Receber alguém — , com semblante
carregado, com má cara, mao modo, fa-
zendo-lhe mao agasalho.
N. B. Os antigos usavam deste adver-
bio na accepção de com pezar, pezadume,
porque escreviam pezar com s. V. Pezaro-
sãmente.
PESADELO, s. m. (do Cast. peso, e duele,
doej, sonho oppressivo em que a pessoa se
sente suffocada, e attribue esta sensação a
corpo pesado que lhe carrega sobre o pei-
to, u.^. o de um cavallo, de um penedo,
etc; (fig.) pessoa mui importuna ou cuja
conversação é summamente fastidiosa.
PESADÍSSIMO, A, adj. supcrl. de pesado ,
mui pesado.
PESADO, A, p. p. superl. de pesar; adj.
que se pesou em balança : v.g. —a ouro,
posto em equilíbrio com peso igual de ou-
ro, e (tig.) por mui subido preço, mui ca-
ro ; que causa peso, moléstia, incommodo.
v.g. Este homem faz-se — a todos. Não ser
— a outrem. — carregado de gordura ou de
humores; oppiimido pelo peso do sangue
ou cie tumores. A cabeça — , com sensa-
ção de peso. Golpes — . applicados com for-
^a. Graças — , offensi\as. Tempo — , ares
■^Sj q(ie tornam o corpo pesado, pouco
disposto ao movimento. liosto , semhlanle
— , carregado. — , ponderado, meditado, v.
g. Tendo — as razões, os méritos, a justi-
ça das partes. Uomem — , ponderado, re-
flectido. Estado — , carregado de obrigações
deveres de familia. Navio — na véla^ pou-
co veleiro, ronceiro, — no remo, pouco li-
geiro.
PESADOR, A, s. m. o qufi pesa em ba-
lança.
pesadumbrk,
pesadume, s
pEâ
m
(fast.) V. Pesadume.
m. (des. ume, do Lat. hu-
mus, solo, chão), peso, sensação gravativa
no corpo, e principalmente na cabeça ; (fig.)
pezar, moléstia *, pejo ; cousa molesta, in-
commoda. Fazer alguma cousa com — , de
má vontade.
PESA-LicoR, s. m. instrumento de physi-
ca e chimica para determinar a gravidade es-
pecifica dosliquidos, areometro. Dislinguem-
se os pesa-licores i^diVa os fluidos alcoholicos.
e os que servem a determinar o estado de
concentração das dissoluções salinas.
PESAME ou PEZAME, s. m. [peza-mc, te-
nho pezar ou sentimento), (mais usado no
pL], dar os — s a alguém, expressar-lhe o
nosso pezar pela morte de pessoa que lhe
diz respeito,
PESANTE, s. TO. (do Fr. bésant ), moe-
da antiga de valor incerto. V. Besante.
PESANTE, adj. dos 2 g. \. Pezaroso.
PESAR, s. m, V. Pezar.
PESAR, V. a. (Fr. peser, do Lat. pensita-
re, frequentat. de pendere, e formado do
sup. fcnswm, pesado), equihbrar em balan-
ça, equiponderar, determinar opesod'uma
cousa pondo-a em equilibrio com padrão co-
nhecido de peso : — o ouro, a prata, o al-
godão, acera, o cebo, a agua, a ar) v. g.
— em balança romana, bydrostatica ; (íig.)
— as palavras, ponderar; — na balança,
avaliar» apreciar o mérito. — , (ant.) carre-
gar, fazer pesado ; (fig.) gravar, ex. « os ví-
cios que pesam a alma. » Paiva, Sermões.
— o sol, (naut. e p. us.), tomar a altura.
— , V. n. gravitar, terpeso, (fig.) fazerpe-
so, ser gravoso, v.g. O animal pesa dez ar-
robas. Sobre os hombros do mimsiro pesava
lodo o governo doestado. — se, v. r. (ant.
desus.) sentir pezar, ficar pesado, triste.
ex. « Não lhe fez (el-rei a Diogo Botelho)
gasalhos, antes se carregou epeíou muito. »
Couto, Dec. V. 1,2.
PESARESE, (hist.) pintor e gravador italia-
no, nasceu em 1616, morreu em 1648, foi
discípulo e imitador da Guido.
PESAROSAMENTE. V. PezãTosamente.
VOL. IT.
PESARO, (geogr.) Pisaurum, cidade dos
Fstados ecclesiasticos, capital da delegação
d'lJrbino-e-Pesaro, perto do Foglia o do
Adriático, a 6U léguas .NE. de Roma; 14,OUO
habitantes.
PESAROSO. V. Pezaroso.
PESCA, s. f. o acto de pescar, pescaria;
o peixe pescado ; ooíTicio de pescador.
PESCADA, s. f. nome do ura peixe vul-
gar.
PESCADEiRA, V. peixcira.
PESCADEiRO, V. Peixeiro.
PESCADINHA, s. f. díminut. de pescada,
pescada pequena.
PFSCADo, A, p. p. de pescar, adj. colhido
pescando, v. g. Tinham — muito bacalháo.
O atum — na costa do Algarve.
PESCADO, s. m toda a sorte de peixe : —
real, o solho.
PESCADOR, s m. (Lat. piscator), homem
que pesca, que vive da pesca. O anneldo
— , o sello do papa que representa S. Pedro,
pescador.
rESCADORiNno,§s. m. diminuí, de pesca-
dor. Vieira.
PESCATRA, (geogr.) Pescara em italiano,
Aternum êm latim, cidade do reino de iNa-
poles ; a 3 léguas .NO. de Chieti ; 2,500
habitantes.
PESCAR, V. a. (Lat. piscor, ari, depoen-
te, apanhar peixe com rede, anzoes, fisgas,
harpões, etc, nos rios, lagos, costas ou no
alto mar : — atum, sardinha, arenques, tru-
tas, bacalháo, baleias. — , colher do fundo
do mar, v. g. — coral. — , (fig.) alcançar,,
apanhar, v g. O tiro o foi — no recanto
onde se tinha escondido. Pescou muito di-
nheiro. Pesquei o conteúdo da carta, do de-
cumenlo, isto é, em um volver d'olhos, de re-
lance, á sorrelfa, — , (chulo), attrahir. v. g.
As moças gentis e astutas pescam os homens
incautos.
PESCAREJO, A, adj. de pescador, concernen-
te á pesca. Barco — .
PESCAREZ, adj. dos 2 g. Y. Pescar e^
jo.
PESCARIA, s, f. (des. ia), pesca, o pescar
peixe ; ribeira ou mercado onde se vende
peixe.
PESCAZ, s. m. (do Lat. pessulus, cavilha)
cunha que tempera o teiró para o segurar
no temào, e que aperta o arado com a rá-
bica.
PESCENNio, (hist.) C. Niger, general ro-
mano, natural d'Aquinum, tinha governa-
do a Syria com bastante prudência, quando
o seu exercito o proclamou Augusto de-
pois da morte de Didio em quanto Severo
era proclamado pelas legiões da lUyria. Em
vão tentou compor-se com o seu rival foi
por elle vencido e teve de fugir : os seus
46
m
np
fEP
soldados mataram-o perto de Cyzico em
195.
PESCHIERA, (geogr.) Ardelica ou Pisca-
ria, cidade do reino Lombardo Veneziano,
a 6 léguas 0. de Verona ; 2,400 habitan-
tes.
PESCíA^ (geogr.) cidade de Toscana, a 10
léguas NK. de Florença; 4,000 habitantes.
PESCINÀ, (geogr.) cidade de Nápoles, a
11 léguas SO. d'Aquila ; 3,000 habitan-
tes.
PESCOÇADA, s, f. (des. ada]f pancada da-
da com a mão no pescoço de alguém
PESCOçÃo, s.m. (des. ão, que denota acção)
pancada com as costas da mão dada no
pescoço ou no cachaço de alguém. PI. Pes-
coçôes.
PESCOCEiRA, s. f. V. Cachaço.
PESCOCINHO, s. m. diminut. de pescoço,
— , e muito usado, collarinho de cambraia
cingido á roda do pescoço dos homens, e pre-
so detraz com íivéla.
PESCOÇO, s.m. (doLat 6o5, boi, e Fr. cos
eólio, pescoço), collo. a parte do corpo entre
a cabeça e o peito. Ficar pelo — , (Hg.) íicar
apanhado, proso, como a ave no laço. Poro
peno—, (fig.) opprimir, subjugar, humilhar,
■violentar.
PESCOÇUDO, Aj adj. (des. udo) que tem o
collo grosso e longo, cu alto. Ave — .
PESCOTA. V. Pescada, Peixota.
PESCCDAR, (ant.) hoje popular. V. pes-
guizar, Inquirir.
PESEBRÃo, 5. TO. (de pés, e sobre) pavi-
mento de carruagem onde assentam os pés
de quem vai dentro.
PESENHO, A, adj. côr de pez. V. Peze-
nho.
PESEPEL10, ou A — , adv. a pospello V
Pospello. Garção usou d'este termo na ac-
cepção de a pé, descalço e mal vestido.
O Nádegas, que viste esfrangalhado
A péscpello vir da sua aldeia.
Moraes censura o poeta, e quer que seja
a pós pello, isto é, a pé ou descalço, e em
pello.
PESiNiio, s. m. diminut. de peso, peque-
no peso.
pÉsiNHO ou ptóziNiio, s. VI. diminut. de
pé, pó pequeno, delicado.
PES-REDONDOS, s. TO. pi. (naul.) paos quo
formam o contorno interior do carro da popa
de navio.
PESMES, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas S, de Gray; 1,:-íOO habitantes.
PESO, s.m. [Vr. poids, áohal.pondus, de
pensum, sup. de pendo, erc, pesar) a força,
com que um corpo carrega sobre outro, ou
gravita no espaço, amassa de matéria pon-
derável que constitua um corpo. — especi-
fico. Porção de metal ou de outra substan-
cia que serve de Ijpo ou padrão para de-
terminar o peso dos corpos. — s, pi. as sub-
divisões ou múltiplos do padrão. JJm — de
linho, quatro arráteis. — do lagar, a pedra
que está pendente do parafuso preso na va-
ra. — de relógio, peça metallica que pende
da mola de relógio de parede, e cuja oscil-
lação põe em movimento as rodas. Dinheiro
de — , que tem o peso de metal prescripto pe-
la lei. — forte ou cíwro, a pataca hespanho-
la. A — d' ouro, mui caro, por preço su-
bido. — , (fig.) tudo o que pesa, carrega,
se ajunta' em grande massa, quantidade. —
de agua, grande massa d'ella que faz força
contra algum corpo solido, v. g. muro, di-
que, açude. — de humores, que acodem a
alguma parte do corpo, v g. na cabeça,
nas pernas. — de gente, grande aífluencia,
particulariTiente de tropa que cáe sobre o
inimigo. — , (fig.) ónus, cargo, encargo, v.
g. o— do negocio, do governo, da batalha
recahiu sobre elle, o mais diíTicil, árduo. — ,
(fig.) ponderação, importância, gravidade,
solidez. Razões de — , attendiveis. Homem
de — , de caracter grave, respeitável. Tomar
alguma cousa em — , encarregar-se d'ella
só, sem adjutorio. O dia em — , inteiro, to-
do o dia. Suster o — do dia, supportar a
maior parte do trabalho que se faz em um
dia. Fazer tudo com — e medida, madu-
ramente, com muita reflexão. Estar a ba-
talha em — , indecisa. — , casa ondeseve-
rifica o peso de géneros, e se cobram direi-
tos impostos segundo o peso das mercado-
rias que se vendem m peso. V. Ver o peso,
Aver ou Haver de peso.
PESO DA REGOA, )geogr.) villa de Portu-
gal situada na direita do Douro, a pouco
mais de 1 légua a SO. de Villa-Real, a
cujo districto pertence, 14 léguas a E> do
Porto, contem 2,2;i4 habitaníys.
PESPEGADO, A, p. p. de pcspogar ; aéj.
assentado, applicado com força, v. y. qua-
tro bofetões bera — s.
PESPEGAR, Vi. a. (vulg ) asscutar com for-
ça, V. g. — um bofetão.
pESPiTA. V. Âheloa.
PESPONTADO, A, p. p. dc pcspontar ; adj.
ornado de lavor de pesponto.
PESPONTAR, c a, [ponto, ardas, inf.) or-
nar de lavQF de pesponto.
PESPONTO, s.m. (d^pós, e ponto) costura
na borda do panno com pontos encadeados.
— do ceu, (fig. e desus.) as estrellas. Cha-
gas, Cartas Espirit.
PESQUEIRA, s. f. (des. cirã) lugar onde ha
armações de pescaria.
PESQUEIRA (s. JOÃO da), (gcogr.) vlUa de
PE8
ÍES
183
Forlugal , situada perto da esquerda do
l)ouro, 7 léguas a È. de Lamego, contem
1,750 habitantes, e todo o concelho 3,400.
PESQUEIRO, s. m. V. Pesqueira.
PESQuiZA, s. f. indagação, busc.i, o acto
de posquizar, inquirir. Fazer — , indagar,
inquirir, fazer dihgencia. — contra os de-
linquentes. — , inquirição de testemunha.
PESQUiZADO, A, p. p. de pesquizar; adj.
indagado, investigado, inquirido.
PESQuizADOR, s. íM. O quG pesquiza.
riSQUiZAR, V. a. (do Lat. perquiro; per
pref., e qucero, «re , situm, buscar.) inda-
gar, buscar, procurar com diligencia.
PESSAC, (geogr.) cidade de França, a 2
léguas de Bordeaux ; 1,500 habitantes.
PÊSSEGO, s. m. mais conforme ao Latim
malum persicum. V. Pécego..
PESSEGUEIRO. Y. Peceguciro.
PESSEPELLO. V. Póspello c Pescpello.
PESSIMAMENTE , ttdv . [mente sul!".) muito
mal, do peior modo possivel.
PÉSSIMO, A, adj. (Lat. pessimus, superl,
de pejor.) muito máu. excessivamente máu.
PEssiNONTE, (geogr.) Pessinus, cidade da
Galacia, entre os Tectosfges, sobre o San-
gario, a 0. de Gordium, era celebre por
um templo de Cjbelcs e por uma estatua
da deusa, a qual se dizia ter caido do
ceo
PESSOA, s. f. (Lat. persona, mascara de
actor, pessoa, personagem, de persenare ,
soar forte, como a voz do actorcom a mas-
cara.) um individuo, homem ou mulher. — ,
(ant.) ou — alguma, como hoje dizemos,
ninguém : « palavras de comprimento não
obrigam a pessoa. « Eufr. i.t ires -s da
Santíssima Trindade, (thef>l.) distinctas e
todavia constituindo ui» só Deus, mysterio
incomprehensivel. Batalha de — a — , ou
por — , duello, combate singular, campal,
formal. Prometíer de — a — , de viva voz.
Ir em — , pessoalmente, o próprio indivi-
duo.— , (fig.) valor, coragem, brio, esfor-
forço, habilidade. Cavalleiro, ou homem
de sua — , esforçado, ou muito de sua — ,
mui valoroso. Fazer de — , (ant) haver-se
valorosamente. « Fizeram honridamente de
sua — na peleja.» Barros. «Depois que eu
fiz de — ,» Lobo, Peregr., mostrei a minha
habilidade. Metter a — , (no jogo, era ne-
gocio. — , (fig.) vulto, estatura, corpo. « To-
da a — do santo penitente desfeita. » Lu-
cena. Não ter — , não ser bem apessoado,
ter pequeno corpo, e fraco; (lig,) não ter
protector, pessoa que o proteja. « A pe
quena — dos carrascçs em que se cria a
grãa. » Leão, Descr. E desusflda nesta ul-
tima accepçào. — , (gram.) o mdividuo que
falia, de quem se falia, ou a quem se di-
rige o discurso. A primeira — , eu ; a se-
gunda, lu ; a" terceira, elle, ella. Nos ver-
bos, a* pessoas a que se refere a acção ou
acto são indicadas por modificações nas ter-
minações ou desinências, com ou sem o adju-
torio do pronome, v. g. amo, amas, ama,
amamos, amais, amam, ou eu amo, tu
amas, elle ou ella ama, nós amamos, vós
amais, elles ou ellas amam. Ama ou ama
tu, amai ou amai vós, amo eu, amo elle,
etc. — , (astr. ant ) V. Aspecto. — , (ant.)
dignidade, prebenda maior de cabido. Elu-
cidário.
PESSOADEGO, s. m. (ant.) o direito deser
pessneifo ou cabecel do prazo. Elucid.
PESSOADIGO, (ant.) V. Pestoadega.
PESSOAL, adj. dos 2 g. (des. a-fj. ai] da
pessoa, pertencente á pessoa, feito pela pes-
soa OU á pessoa. Serviço — , feito pelo in-
dividuo. Citação — , feita á própria pessoa.
Obrigação, pricilcgios pessoaes, da pessoa,
annexos á pessoa. Modo — , na grammalica,
a correspondência das desinências aos pro-
nomes pessoaes que indicam a pessoa a que
se refere o verbo ; oppõe-se a impessoal, no
qual o verbo exprime acção, mas não execu-
tada ou soíTrida por pessoa ou pessoas, r.
g. os infinitivos puros ou absolutos, p. ex.
comer, beber, viver, e os verbos impessoaes,
p. ex. chove, troveja.
PESSOALMENTE, adv. (mení^suíT.) em pró-
pria pessoa, sem intervenção de outrem, v»
g. comparecer — em juizo.
PESSOARTA, s. f. (dcs. ia.) (ant.) as acções
que exerce o cabecel de casal, cm que é enca-
beçado, por eíTeito do gozar do uul senhorio,
ou como representante de outros com-domi^
nos Elucid. V. Pajseiro.
pessoavelmente, (ant.)V. Pessoalmente.
PESsoEiRA , s. f. (ânt.) pessoa que está
em uma das vidas de um prazo.
PEssoEiRO, s. m. (ant.) cabedal, cabede-
leiro. Outros dizem que também significa-
va um dos senhores communs ou com-do-
minos da herdade. No Alemtejo significa
parceiro , consorte , que vera do Fr. ant.
pcrsonnier ou persoaier, sócio, coherdeiro.
pestalozz sh. (hist.) celebre philantropo
suisso. nasceu era 1745, morreu em 1827.
Depois de ter estudado thcologia e agricul-
tura dedicou-se á instrucção das classes po-
bres. D^'ixou algumas obras d'instrucçào,
entre ellas Leonardo e Gertrudes.
PESTANA , s. f. raais us. no pi. (do Gr.
óps, o olho, e teinô, extender, tocar, ap-
plicar-se.) cabellinhos das capulias dos olhos.
Queimar as—s, (fig ) estudar muito. — ,
debrum de costura, ou peça estreita pega-
da á borda. — de viola, a peça de marfim
posta acima do espelho com regos onde en-
tram as cordas para ficarem espaçadas, e
levantadas do tampo.
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PESTANEAR. V. Pcstonejar.
PESTANEJAR , V. ã. OU n. [pestãria, des.
ejar, do Cast. echar, lançar.) mover as pes-
tanas.
PESTANUDO, A, adj , (des. udo.) de gran-
des pestanas, v. g. olhos- -s.
PESTE , s f. (Lat. pestis, do Gr. pipt/^,
cair por terra , ser morlo , do inus. peô.)
propriamente significa doença que mata
muita gente ; doença contagiosa caracteri-
zada pelos bubões que apparecem nos sova-
cos e virilhas, e pelos estragos que causa.
— do Levante, assim chamado porque na
Turquia, Egypto e Syria é, ha muitos sé-
culos, endémica, e de lá se communicou
muitas vezes a toda a Europa ; (fig.) diz-se
de tudo e que traz grande mal, perigo, v.
g. a hypocrisia e o fanatismo religioso são
a — dos estados. Também se diz das pes-
soas. Os ciganos são uma — , gente ni.v
civa.
PESTELENÇA ou PESTELEisciA. V. Pesti-
lência.
PESTENCIA, PESTENKNCIA, (aut.) V. Pesít-
lencia.
PESTii, (geogr.) Contra-Acuicum dos Ilo-
manos , Pestum ou Pestiniim em latim
moderno , cidade dos Estados austriacos ,
capital da província de Pesth, defronte de
Bude ; 50,000 hagitantes. A província de
Pesth fica entre as do Neagroel, d'Hevech,
Bais e a pequena Cumania, conta 450,00 j
habitantes.
PESTiFERARENTE, ttdv. (mcníe suíf.) á ma-
neira de peste, com mfluencia pestífera.
PESTÍFERO, A, adj. (Lat. pestis, peste, e
fero, levo.) que traz ou propaga a peste ,
que contêm emanações perniciosas , pútri-
das, damnosas, fótidas, v. g. vapores, ares '
— s. — , (tig.) malévolo, damnado. A — in-
veja. Doutrina — , corruptora, cuja ten-
dência é extremamente nociva, perniciosa
PESTILE^XIA, s. f. peste, contagio da peste.
PESTILENCIAL, adj. dos 2 g . [áus. ãáy ai.)
da natureza da peste, summamente damno-
so e contagioso, v. g. emanações pestilen-
ciaes. CarbvMculo — , contagioso e de na-
tureza perniciosa.
PESTiLENCiALMENTE. V. P CS ti feramente.
PEST LENTE. V. PcstHencial.
PESTiNENTE, pestinencial, (aut.) V. Pes-
tilente, Pestilencial.
pestrumeiro. V. Postumeiro.
PESTULEíRO. (ant.) V. Epistolairo.
PEsuEiRO. V. Pisoeiro.
PESUME. V. Pesadume.
PESUNHO , s. m. (de pé, e unha, Cast
pes^ma, ou pesuno, pé, e unha deanimal.j
pé de porco, e por extensão do sentido, a
parte inferior das pernas do boi, vacca, jun-
to á unha.
PETA. V. Petorra.
PETA, s. f. (famil.) lograçâo, mentira ío-
graliva de pouca importância. Pregou-lhe
uma-^. Moraes o deriva do Ingl. f^iícque
significa morder, o que não tem a menor
probabilidade. Talvez venha do Lat. puto,
are, julgar, crer, ou de Peta, deusa que
presidia ás perguntiis curiosas.
PETA, s.f (do Lat. puto, are- cortar,
podar), a machadinha do podão.
PETA, s. f. V. Lula, peixe. — nome de
uma ave que se nutre de insectos. Prova-
velmente vem do mesmo radical que o se-
guinte.
PETA, s.f. (creio que vem do Lat. /jícía,
f. de pictus, pintado , manchado, (alveit.)
mancha na córnea do cavallo.
PÉTALA, s. f V. Pétalo.
PETALiSMO, (hist.) do gvego pctãlon (folha)
espécie de julgamento popular usado al-
gum tempo em Aihenas, consestia em es-
crever sobre uma folha o nome do cida-*
dão, que se queria banir.
PÉTALO, s. m. (Gr. pétalon, folha), (bot.)
os petalos são as divisões da corolla, quan-
do ella não é inteiriça.
PETARDAR, V. a. (do Fr. pètarder], t. de
bombeiros, applicar o petardo á parte da
praça que se quer romper.
PETARDEIRO, s. 'rt. (des. ciro), o artilhei-
ro que dispõe e despara o petardo.
PETARDO , s. m. (Fr. pétard, de péler,
de peidar, fazer explosão), pequeno canhão
de bronze de feição de um cone truncado,
que se ataca de pólvora para romper por-
ias de cidade ou de edificio.
PETAU, (hist.) em latim Petavius, sabío
jesuíta Irancez, nasceu em 15S3, morreu
em lu52. Entre outras obras deixou : De
doctrina temporunif Matiniarum tempo-
rum ; Theologica dogmala, etc.
PETEAR, V. a. {peta, ar des. inf.), pre-
gar petas, lograr alguém.
PETCHENEG, (g^ogr.) Cidade da Rússia eu-
ropea, a l3 léguas E. de Khargov ; 7,000
habitantes.
PETEiiENEGUES. (geogr.) chamados lam-
bem Pazuikita ou Bedjenak, povo turco
d'origem, sabido do Turkestan, passou o
Volga,e estabeleceu-se nas margens do
Don, nas de Dniepr e do Danúbio.
PETEHORA, (geogr.) rio da llussía euro-
pea, nasce no governo de Perm, e cae no
Oceano glacial asiático.
PETEGAR, V. a. (ant.) peia, de manchada,
des. gar, do Lat. ago, ere, fazer) , cortar
rijo com machada.
pETEiRO,sf.m.(des. eiró), o que prega petas.
PETERBOROUGH, (geogr.) cídadc d'Inglater-
ra, a 7 léguas e meia N. deNorthampton ;
8,600 habitantes.
Pbt
PET
18§
pèterHkad , (geogr.) cidade d'Eseo8SÍa ,
10 léguas NE. d'Aberdeen ; 6,400 habitantes.
FETKRiiOF, (geogr.) villa da Rússia euro-
péa, a 6 léguas SO. de S. Petersburgo ;
bOO habitantes.
PETERRA, s. f. (ant ) moeda de ouro de
El-Rei D. Fernando, que valia 216 réis.
Elucid.
PETERSBURGO, (gcogr.) cidade dos Esla-
<lo<-Unidos, a 9 legoas S. do lUchmond ;
6,7410 habithantes.
PETfiRWARADlN OU PETERVARAS, (geOgr. )
em alifiuão Peterivardein, em latim Acu-
num, C4<lade dos Estados austríacos, capi-
.tal da regência de Peterwaradin, a ti \e-
%\ias SE. de Eszeh ; 3,800 habitantes A
f-cgencia ou districto de Peterwaradin, ó si-
Ui^n entre o governo de Smyrnia e o dis-
tricíG dos Tschaikistas ao N., o banato Al-
lemào a E, a Servia e a Bósnia ao S.
PETEYAR. V. Petear.
PETHiON ou PETioN, (hist.) chamado o
Villa-Nova, maire de iaris, nasceu em
1759. Foi deputado da assembleia Nacio-
áaal e da Convenção, pediu que Luiz XVI
íosse mettido em processo, foi nomeado
imaire de Paris e tornou-se por algum tem-
ipo o Ídolo do povo. Foi proscripto com os
«Girondinos em 1793. Fugiu e morreu nos
mattos de Bordeos, onde foi encontrado o
seu cadáver, já muito estragado pelos lo-
bos.
PBTiÁ, s. f. (t. brasil.), madeira amarel-
Itda usada para marchetar, v. g. — marfim,
«erla espécie que admitte um bello lustre.
Outros dizem pequiá.
f»ETiçÃo , s. f. (Lat. petitio , onis, de
peto, ere, pedir, procurar), acto de pedir,
pcdimento, requerimento, feito porescripto
ao rei, ou a tribunal, juiz ou oulra auto-
ridade. V. g Fazer uma — . A' — do reino em
cortes, supplica, peditório. Petições. Desem-
bargador das petições ou aggravos.
PETIÇÃO DOS DIREITOS, (hist.) celcbrc por-
posta formulada pelos chefes do partido pa-
.triotico do parlamento inglez de 1628 e
.adoptado por Carlos I. As camarás queixa-
vam-se nella de A abusos, que queriam
wer cessar; 1.° o vexame de arrecadar as
• contribuições para o rei ; 2.° os arrestos e
• detenções illegaes ; 3.° o boleto dos milita-
ntes ; A.^ as sentenças dos militares. Estes
.quatro artigos foram objecto de viva dis-
>.cussão, e tiveram em resultado os llannos
»de governo sem camará, os quaes prepa-
raram a revolução republicana de 16^4 a
.1660.
PETiCECO, A, adj. (do Fr. petit, pequeno,
pouco, o cego) que tem a vista mui curta,
«que vê pouco.
PETiMETRB, s. m. (Fr. peíit maitre, pe-
YOL. IV.
ralta, caa^uilho) E' gallicismo moderno e que
se deve evitar porque temos para a mesma
ideia 05 termos peralta, casquilho, adama-
do, bonifrate. '
PETiNGA, s. f. (do Fr. petit, pequeno) pei-
xinhos usados para isca ou engodo, ou para
povoar tanques, viveiros; peixe miúdo.
PETiNGA, s ou aàj. f. (t. Brasil) fedoren-
ta. Mingua — , o da mandioca puba ou mal
lavada e de mau cheiro. 7'in^a na linguados
indígenas significa fedor.
PKTiNTAL, s. m. (ant.) homena do serviço
das galés. O Elucidário interpreta calafate
ou carpinteiro de naus.
PETioN, (his.) presidente da republica do
Haiti, de côr preta, nasceu em i770, mor^-
reu em 1818. Ganhou muito território pe-
los seus talentos e moderação.
PETionriLLE, (geogr.) cidade da ilha de
llaiti, a 3 legoas E de Porto-do-Prmcipe.
PKTiPÉ, s. n%. (do Fr. peíit, pequeno, e
pé) escala ou regoa dividida geometricamen-
te para tomar as medidas a edifício; escala
graduada que se ajunta a niappas geographi-
cos, para por ella se medirem as distancias.
PETis, (hist.) orientalista francez, nas-
ceu em 1622, morreu em 16ií5. Deixou :
um Diccionario Francez-líirco, e Turco-
Francez, e uma Historia de Gcngiscan.
PETISCA, *. /". [da petiscar) jõ^o de rapa-
zes : consiste em atirar a uma moeda de co-
bre posta no chão como a alvo, ganhando o
que acerta.
PETISCAR. V. n. (do Lai. peto, ere, bus-
car, procurar, esca, comida, ar des. inf.) to-
car levemente, v. g. — na comida, comer bo-
cadinhos, provar. — no ferrolho, tocar le-
vemente. — na pederneira, ou — fogo^ fe-
rir fogo. — , (fig. e famil.) ter noticia super-
ficial, saber pouco, v. g. — de medico, de
philosopho ; mostrar signaes, começos. —
de calvo. E' p. us. neste ultimo sentido.
PETISCO, s. m. o apparelho de ferir lume,
a isca, pederneira, fusil, etc. — , (famil. e
us.) acepipe, iguaria que excita o appelite,
ou appetitosa, v g. iscas de carne de porco,
anchovas, sardinhas assadas, t' bom — .
PETiSECCo, A, adJ. (do Fr. pelit, pouco)
um pouco, ou meio secco, ex « Kstas arvo-
res são — s, e de poucas folhas. » Arte da
Caça.
PETIT, (hist.) célebre cirurgião e anato-
mista francei, nasceu em 1674, morreu em
1750. Deixou um Tratado das doenças dos
ossos, e outro das Doenças cirúrgicas.
PETiT-BURGO, (gcogr.) aldeia do departa-
mento do Sena e Oise em França, a 1 lé-
gua ao N. de Corbeil.
PETiTE-piERRB, (gcogr) Lutzelstein, em
allemão, villa de França, a 3 leguasNÒ. de
Saverne; 1,300 habitantes.
1S6
MT
PET
PETiTíS, aij, pi. doê 2 g. (do Fr. petites)
(ant.) pequeno. Torneses — , moeda d'tl-
Rei D. Fernando I.
PETITÓRIO, s. m. (Lat. petitorius, perten-
cente ao demandante em juizo) peditório, pe-
tições amiudadas ; districto onde os frades
mendicantes pediam esmola. — , (jurid.) ac-
ção em juizo para obter a posse de proprie-
dade. V. Peditório.
FETiTOT, (iiist.) celebre pintor genOvez,
nasceu em 1607, morreu em 1691. Foi emi-
nente efn miniatura.
PETIIOT, (hist.) auctor francez, nasceu em
1772, morreu em 1825. Publicou três tra-
gedias : A Conjuração de Pison ; Gèta e
Caracalla í Lourenço de Medíeis ; também
traduziu algumas do italiano.
PETiT-RADEL, ( hist. ) cirurgião francez,
nasceu em 1749, morreu em 1815. Deixou
um Diccionario cirúrgico, e obras recrea-
tivas.
p:éto, a, adj. (ant) {Ld.t. pcetus, um pou-
co vesgo) Olhos — , que olham de esgue-
lha, com um geito que lhes dão os namo-
rados.
petorra, s. f. (do Fr. ant pietoir, andar)
pião comprido que os rapazes fazem gyrar
açoutando-o com um azorrague de trena.
petra, (geogr.) Araceme, hoje Krak, ci-
dade dos Nabathéos, a 15 léguas S. do Mar
Morto, capital da Arábia Betrea no tempo
do império romano.
PETRARCHA, (hist.) célebro poeta italiano,
nasceu em 1304. morreu em 1374. As obras
mais célebres de Petrarcha são as suas poe-
sias italianas, principalmente aquellas onde
exhala o seu amor pela célebre Laura de No-
ves. Também deixou Cartas e poesias lati-
nas, entre estas são mais notáveis as Eglo-
gas e o poema épico da Africa.
PETRECHAD0, A, p. p. dc pctrechar ; adj.
provido de petrechos, munições, v.g.&ndiU
estava bem — .
PETRECHAR, V. a. (Cast. pertvechar, do Fr.
ant. trenchier, abrir fosso, minarj prover de
petrechos, municionar.
PETRECHOS, s. m. pi. (Cast. pertrcchos] ins-
trumentos de guerra. — de coxinha, frasca
do serviço d'ella. — de manufactura, todos
os instrumentos que servem á fabricação
PETREio, (hist.) lugar tenente do cônsul
António, no anno 6'^ antes de Jesu-Chris-
to, batteu tatiliana em Pistola, foi vencido
por César na Hispanha em 49 ; assistiu ás
batalhas de Fharsaia e Tapso ; julga-se que
depois desta ultima, elle e Juba mataram-
se para escapar ao vencedor.
PETREIO, (hist.) historiador dinamarquez
'do XVI século. E' celebre pelo seu livro in-
titulado : Cimbrorum et Gothorum origi-
nes et migrationes.
I PETRBO, A, adj. (Lat. petreus) de pedra ;
cheio de pedras pedregoso. Arábia pétrea.
PETRETTo-E-B'CCHiSANO , (geogr.) villa da
Córsega, a 4 léguas ao N.Me Sartenne ; ^00
habitantes.
PETRiFiCAÇÃo, s. f. acto de petrificar ; cor-
po convertido em pedra. Metrificações, pi.
substancias vegetaes ou animaes convertidas
em pedra.
PETRIFICADO, A, p. p. dc petrificar; adj.
convertido em pedra ; — , s. m. um — , pe-
trificação.
PETRiFiCANTE, adj. dos 2 g. V. Petrifi-
co.
PETRIFICAR, V. a. (Lat. petra, des. ficar)
converter em pedra. — arvores, ossos, in-
filtrando nos poros d'esses corpos dissolu-
ções calcareas. — se, v. r. tornar-se empe-
dra.
PETRIFICO, A, adj. que petrifica. Â — ca-
beça de Meduza, que torna imraovel quem
a vê.
PETRINA, s. f. (do Fr. ant. pétrine, peito,
hoje poitrine) peça de ornato do peito, par-
te da vestidura ou gibão que cobre o peito;
cintura.
Da alva petrina chammas lhe sahiâo.
Lusiad., II, 36.
Diz Camões fallando da cintura de Vénus.
Em muitas edições vem pretina, e talvez as-
sim o escrevesse o poeta, do Castelhano pre-
tina que também é termo Castelhano.
PETROCORis, (hist. )Peírocom povo da Gai-
lia , primeiramente na Céltica , depois na
Aquitania 2.^ O paiz que occupava forma o
Perigord actual.
PETRÓLEO; s. m. [de petra Lat., pedra, e
óleo) bilume inClammavel que reçuma das
fendas de alguns rochedos, asphalto. Óleo
de — , náphta, usado na medicina.
PETRONE, (hist.) escriptor latino, natural
de Marselha, procônsul naBjlhinia, no rei-
nado de Cláudio, foi um dos favoritos de
Wero, que lhe deu o titulo de arbiter ele-
gantiarum.
PETRONiLHA (Santa), (hist.) vivia em Roma
no tempo deS. Pedro, ondesoíTreu o mar-
tyrio. E' festejada a 31 de maio.
PETROPATLOSK, (gcogr.) cidado e porto do
do Kamtchatka, frequentado pelos baleeiros
e navegantes do mar polar. Ha na Rússia
asiática uma cidade do mesmo nome, a lOO
léguas ao S. de Tolbosk ; 800 cazas.
PETROSO, A, adj. (des. oso) pétreo. Ossos
— s, (anat.) a parte espessa e mais dura dos
temporaes que encerra os órgãos auditivos.
pfiTROZADOVSK, (gcogr.) cidade da Rússia
•uropea, capital do governo d'01onetz, a 70
PKT
fiz
m
léguas aolHE. deS.Petersburgo; 8,500 ha-ff deraçío dos Seiks, fi 20 léguas ao 0. deAl^
lok; 100,000 habitantes.
PEY0U6A, s. f. (ant.) chispes, pés de poí-
bitantes.
PETTAR, (ant.) V. Peitar.
PKTAU ou PETTAU, (geogr.) Pctovío dos
antigos cidade da Styria, a 7 léguas SE. de
Marburgo; 2,000 habitantes.
PETROPHiLA, (bot.) gcncro de plantas da
família das Troteaceas, e da Tetrandria Mo-
nogjnia,
PETULÂNCIA, s, fi (Lat. petulantia] des-
pejo, atravimento, desaforo, insolência.
PETULANTE, adj . dos 2 g. {L&í.petulans,
tis) atrevido, desaforado, insolente, desman-
dado ; obsceno, impudico, deshonesto, ex.
«O gado — , » Camões, Egloga 2, as ca-
bras lascivas.
PETULANTEMENTE , ttdv. [mente suff.)
com petulância , desaforada, deshonesta-
mente,
PEUCE, (geogr.) grande ilha formada pe-
las duas boccas mais septentrionaes do Da-
núbio Foi durante algum tempo habitada
pelos Bastarnes.
PEUCEDANO, s. m. (Lat. peucedanum) fun-
cho de porco, herva.
PEUCETIA, (geogr.) P«wc«íia, região de Itá-
lia, sobre o Adriático, entre a Apúlia pro-
priamente dita e a Japygia. Os seus habi-
tantes eram os Pecetes ou Pediculos.
PEUGADA. V. Pingada, Trilha.
peurbaCh, (hist ) afamado astrononao aus-
tríaco, nasceu em 1423, morreu em 1461.
Deixou uma Theoria dos planetas ; e Taboas
dos eclipses.
PEUTiNGER, (hist.) sabio antiquário alle-
mão, nasceu em 1465, morreu em 1547.
Compoz muitas obras, entre ellas : Roma-
nce veínstalis fragmenta in Augvsta Vin-
delicorum reperta : e sermones convivales,
etc. *> 'o? •
PEVENiSET, (geogr.) cidade de Inglaterra,
a 5 léguas e meia ao SO. de Hastings,
PEVIDE, s. f. (do Fr. pepin, que M. Ua-
vier deriva do Gr. pepainô, maturar. Nós cre-
mos que vem de pejoo. abobra, eintus, den-
tro. Em pevide o v é substituído a p) se-
mente de melão, melancia, e de fructo, co-
mo peras, maçans, laranjas ; doença das gal-
hnhas que consiste na formação de uma pel-
licula que lhe forra a lingun por baixo. — ,
defeito de articulação que subsiitue o / aor,
diíTiculdade em articular. Aão ter — na lín-
gua, ser despejado em fallar. — de can-
deia, fagulha. Barros,
PEViDoso, A, adj. (des. oso) que pronun-
cia mal por ter pevide na lingua.
pEviRADA. V. Pivirada.
PEYA. V. Pêa.
piTCHAWER OU piCHAOUEB, (geogp.) cida-
de da Ásia, capital de uma província da
do Afghanistan , que pertence á confe-
00.
PETRAC, (geogr.) villa de França, a 2 lé-
guas ao NE. de Gourdon ; 1,000 habitan-
tes.
PEYRARD, (hist.) mathematico francez, nas-
ceu em 1760. Traduziu as obras delrchi-
medes, e os Elementos de geometria de Eu-
clide.
piYRE, (hist.) architecto francez, nasceu
em 1730, morreu em 1785. Escreveu um
livro, que tem por titulo Obias de Árei^
tectura. \\^
PEYREHORAD , (geogF.) cidade de França,
a 5 léguas ao S. de Dax ; l,iOO habitaur
teS. ryf^
PEYHELEAU, (geogp.) cídade de França, a
4 léguas ao NE. de Milhau; J,OOU habi-
tantes.
PEYRiAC-MiNERVEZ, (geog.) cidado de Fran-
ça, a 5 léguas ao NE. de Carcassona, 1,300
habitantes.
PEYROLLis,' (geogr.) cidade de França, a
4 leguasi e um quarto NE. d'Aix ; 1,000 ha-
bitantes.
PEYRON, (hist.) célebre pintor, francez nas-
ceu em 1744, morreu em 1815. Os seus prin-
cipaes quadros são : Um Paulo Emílio com
Perseo a seus pés ; a morte d^ Séneca ;
Curió e os Samnites. | ; :' ;E3 í
pEYRUis, (geogr.) villa de França, sobre
o Durance, a 4 legoas N. de Forcalquier.
PEYSSONNEL, (hist.) viajante francez, nas-
cfu em 1700, morreu 1757, percorreu a Ásia
Menor efoi cônsul em Smyrna. Deixou mui-
tas Memorias e umai r elação da sua viagem
ao Lesante.
PEZ, s. m. (Lat. pix^ eis) resina do pi-
nheiro, hquida ou concreta.
PEZ, (hist.) benedictino francez, nasceu
em 1683, morreu em 1735. Deixou T/i«sau-
rus anecdotorum.
PEZ (Jeronymo), (hist.) benedictino, pu-
blicou Scriptores rerum Austriacarum, ,
PEZADUME, s.m. V. Pezadume, e Pexali,
PEZAY (marquezde), (hist.) poeta francez.
nasceu em i741, morreu em 1777. As suas
poesias foram impressas com o titulo de obra^
agradáveis e moraes.
PEZAME, s. m. (formado do rerbo pezar,
e me) expressão de sentimento, v. g. dar a
alguém os — s da morte de pessoa carav ^
parente . ,7,a'>í')'-^.,'i ••■ ■ '■>. '<
PEZAR, s. m. [âoLaX.^gfo, «re, causar
moléstia, magoa, inccmmodo, sensação pe-
nosa) sentimento doloroso, em razão de ac-
ção feita pela própria pessoa, ou por suc-
cesso infausto ; arrependimento, ». 5». tenho
grande — do partido que o meu amigo to-
47 «
^H
Míà
moii, oii —^ cTd conselho que lhe deu. A — ,
(loc. adv.) não obstante, a despeito, v. g. —
do aperto em que se viu ; — da resistência.
PEZAR, V. n. e impessoal ter pezar, v.g.
peza-me ter-vos offendido, não ter seguido
o vosso conselho.
N. B. Os antigos em geral confundem
pezar s. e verbo com pesar, não obstante a
pronuncia differente do e brando e longo de
pexar e forte de pesar, em alguns tempos,
V. g. pêxa-me, pêza-te, e peso, pesa, pese,
etc. A etymologia pode ser a mesma, deri-
vando ambos áoYr. peser, ou. Lat. pender e;
masparece-me que entre peso, ainda no sen-
tido moral, e pexar, arrependimento, magoa,
existe differença notável. Dizemos, v. g. te-
nho um peso na consciência, ou pesa-m« na
consciência ter dado tal conselho. Peza-me,
tenho pezar não pode substituir-se nestas
phrases, epeza-me na consciência seria erro,
porque o verbo já exprime o sentimento in-
timo, o arrependimento.
PEZAROSAMEUTE, adf). [mcnte suff.) com
sentimento, pezar.
PEZAROsissíMO, A, adj . superl.,áe peza-
roso.
pizAROSO, A, adj. [pezar, des. aso) que
sente pezar, magoa, pena, penalisado, ar-
rependido.
piZEBRÃo. V. Pesebrão.
PEZENAS, (geogr.j cidade de França, so-
bre o Herault, a 5 léguas e meia NE. de
Beziers; 7,970 habitantes.
piZENHO, A, adj. (des. enho) da côr de pez.
Cavallo — .
PEZRON, (hist.) escriptor francez, da or-
dem dos Bernardos, nasceu em 1636, mor-
reu em 1706. Deixou Antiguidade dos tem
pos ; Historia evangélica confirmada pela
judaica e romana.
PFAFF, (hist.) theologo protestante, nas-
ceu em Stuttgard em 1686, morreu em 1760,
visitou a Itália, a Hollanda, a Inglaterra, a
França e a AUemanha; foi conde palatino,
membro dos Estados de Wurtemberg diri-
giu a edicção da Biblia chamada Bíblia de
Tubingui, e deixou muitas obras, entre el-
las Dissertationes antibcelianoe.
PFAFFENDOBF, (geogr.) villa dos Estados
prussianos, a meia légua ao M. de Liegnitz ,
300 habitantes.
PFAf FENHAUSKH, (hist.) cidade murada da
Baviera, a 2 léguas N. deMindelheim ; 1,000
habitantes.
PFAFFENHOFKN, (geogr.) cidade da Bavie-
ra, a 12 léguas NO. deMunich; 1,800 ha-
bitantes.
PFEFFBL, (hist.) jurisconsulto e publicis-
ta francez, nasceu em i726, morreu em 1807
Deixou um Resumo chronologico da histo-
ria e do direito publico de Alleinanhat etc.
PFEFí-EL (Conrâdoj, (hist.) irínão do-pre^
cedente, nasceu em 1738, morreu em 1809.
Deixou Obras poéticas.
PFAFFiA, (bot.) género de plantas da fa-
mília das Araaranthaceas o da Pentandria
Monogynia.
PFiNZ, (geogr.) rio do gran-ducado de
Bade, nasceu no Wurtemberg, e cahe no
kheno a 2 laguas E. de Graben.
PFORZHEiM (geogr.) cidade do gran-du-
cado de Bade, a 7 léguas SE. de Carls-
ruhe ; 5,500 habitantes.
PH. Os Romanos, que não tinham o som
do p aspirado ou ph dos Gregos, nem por
conseguinte caracter para o designar, sup-
priram esta falta, não por /, mas por ph,
que em l'ortuguez e nas mais línguas da Eu-
ropa se pronuncia /. E' indispensável o uso
do ph para os termos tirados directamente
do grego, ou adoptados da transcripção la-
tina escriptos por ph. Embora mofe Moraes
da ostentação etymologistica ; não imitemos
os Italianos eHespanhoes que substituem ao
ph o f, e seguindo o exemplo dos Francezes,
Allemães, e Inglezes, escrevamos philosophia
Phebo, pharo, pharol, e os nomes próprios
Phidias, Philostrato, Phalera. V. Phalan^
ge.
PHACEA, ('hist.) rei d'ísrael, de 758 a
726 antes de Jesu-Christo, foi primeira-
mente general de Phaceia, ao qual usur-
pou o trono depois de o ter assassniado,
fez muitas invazões no reino de Judá. foi
atacado por Salmanazar, e foi morto por
Oseas.
PHACEIA, (hist.) rei d'ísrael, successor de
Manahem, so reinou um anno, de V54 a
753, foi morto por Phacea, um dos seus
generaes.
PHAETONTE , (myth.) filho do sol e de
Clymena , filha de Júpiter. Tendo aíiir-
mado Epapho que elle não era filho d'Apo!-
lo, foi procurar seu pai, para saber a ver-
dade da sua própria bocca, depois de se
haver certeficado da verdade pediu-lhe que
lhe concedesse uma cousa para provar que
não era seu filho. Apollo jurou pelo Stygio
não lhe recusar cousa alguma , então Phae-
tonte pediu para conduzir o carro do sol,
somente um dia ; Apollo, obrigado pelo
juramento que fizera, teve de annuir ásua
louca supplica. A empreza era superior ás
forças de Phaetonte ; os cavallos mal di-
rigidos arrebataram-o, abrazaram a super-
fície da terra e seccaram as aguas. Júpiter
para pôr termo a estas desordens fulminou
Phaetonte com um raio e precipitou-o no
Eridan.
PHAGfANTHO, (bot.) geuero de plautas per-
tencente á Monadelphia Decandria, L.
PHAGNALB» (bot.) genero de plantas da
PHA
PHâ»v
1^
famillia das Sytiaathereas, trfbu das lau-
leas.
PHALACROLOMA, (bot.) gencro tie plantas
da fauiillia das Synanthereas e da Synge-
nesia supérflua, L.
phalangarchia. s. f. (o eh sôa k : pha-
lange, e arc/iía) dignidade de chefe de pha-
lange, na milícia antiga dos Gregos.
PHALARGE, s. f. (Gr. p/ia/afix. Os lexico-
graphos não dão etymologia que satisfaça,
e todavia ella é obvia. E' formado dep«-
las, perto, e anghô, aperto) corpo de infan-
teria macedónia de fileiras cerradas e de
maior fundo que frente. As — s dos dedos,
os ossos de que se compõem os dedos, por
que estão dispostos como a phalange, os de
um dedo a par dos do outro. — diz-se de
qualquer corpo considerável de tropas, (fig.)
de quantidade, copia grande : — de hym-
nos, Garção. Wos antigos encontra-se. Um
— , masculino.
Este termo, escripto falange, não permit-
te acertar com o radical : o p fi o ph, são
letras que em Grego se trocam uma pela ou-
tra, mas o digamma Eólio ou f correspon-
de aowou y, ou á aspiração do e, v.g.em
hyos, de que os Latinos fizeram ^/úts, eear,
ér, de que os lonios fizeram bér, os Kolios
fér, e os Latinos ver, primavera.
PHALANTE, (hist.) Pkãlantus, Lacedemo-v
nio chefe dos Parthenios, fundou com elles
a colónia de Tarento, em 707 antes de
Jesu-Christo.
PHALARiCA, s. f. lança que em uma das
extremidades era involvida em rolo ou man-
ga cheia de matérias inflamniaveis a que se
punha fogo, arrojando a arma contra os na-
vios ou edifícios inimigos para os incendiar.
Diz-se ter sido inventada por Phalaris, ty-
ranno de Syracusa.
PHALARIS , (hist.) tyranno d Agrigento ,
era Cretez d'origem ; apoderou-se do poder
no anno 506 antes de Jesu-Christo e rei-
nou 16 ânuos. Tornou-se odioso pela sua
crueldade e morreu apedrejado pelos seus
vassalos.
PHALERO, (geogr ) Phalerus. porto d'Athe-
nas, a 1 léguas do mar ; só podia receber
embarcações pequenas.
phalsbourgo, (geogr.) (isto é villa palati'
na, Pfahburg), cidade de França, a 4 lé-
guas NE. de Sasreburgo ; 3,720 habitan-
tes.
PHANTAsiA, s. f. (Gr. de phainô, brilhar,
luzir) V. Fantasia.
PHANTASiAR. V. Fantasiar, etc.
FHANrASMA. V. Fãutasma.
N />. Estes termos deveriam escrever-se
por ph, mas em Portuguoz, assim como em
Francez, tem prevalecido & respeito d'elles
o uso do /. /. ,,« ,:" '
roL. IT.
priANtASHAGORiA, s. f. {phaníasmQt 6 úgo-'
ra, assembleia) espectáculo era que por meios
ópticos se fazem ver em sala escura espec-
tros e figuras, sendo perfeita a illusão.
PHARAMONDO, (hist.) personagem duvidot,,
sa, que por muito tempo se julgou ter sido
o primeiro rei de França, não foi mais do
que um chefe ou duque dos Francos, so
realmente existiu : dão-no por filho de
Marcomir e suppõem que passou o Rhe-
no em 419, avançando até Tongres ou Tro-
ves.
PHARAÓ, (hist ) nome commum á mui-r
tos reis do Ègyplo. A Biblia designa com
esto nome dez reis differenles. Os mais co-
nhecidos são aquelles, de quem José ex-
plicou o sonho ; aquelle que começou a
perseguir os Hebreos, o que fez morrer to-
dos os recem-nascidos ; aquelle que foi in-
timado por Moyses para deixar sair os He-
breos, este ultimo foi pai deSesostris. , ^
pnARASHAKK , (hist.) nome commum a-
sete reis da ibéria, que reinaram do i ao
VI século depois da Jesu-Christo. O único
notável é Pharasmane I, que reinou do
anno 35 ao anno 54 de Jesu-Christo. Foi
alliado dos Romanos, fez guerra aos Par-
thos, a qnem conquistou o reino.
PHARBETiTE, um dos noices do Baixo-
Egypto, tirava o seu nome de Pharbele, a
0. do braço bubastico do Nilo.
PHARETRAR, V. a. (Lat. pkaretra, aljava)
V. Settear. .k-t
pHARiSAico, A. adj. de phariseo ; (íig.) Caj^ff
so, hypocrita. _ í,p
PHARiSAiSMO, s. m. (des. timo) doutrina
e moral corrompida dos phariseos, hypo-
crisia.
PHARISEO, s. m. eniergão de palha, cha-
mado iambem judeu.
PHARISEOS, (hist.) Pharismi, seita judai-
ca opposta á dos Saduceos, destinguia-se
pelo seu zelo excessivo nas praticas exte-
riores do culto e pelo seu. espirito arden-
te de prosélytismo. Os Phariseos gosavaca
grande auctoridade em Jerusalém e perse-
guiam os inovadores. Josuó atacou-os em
mais de uma occasião e accuzou-QS de 9^t»
gulho e d'hypocrisia.
PHAR3IACEUTICA. V. Pharmacia.
PHARMACEUTico , A, adj. quo respeita
á pharmacia, v. g preparações pharmaceu-
ticos.
PHARMACEUTICO, s. 'i'. boticario.
PHARMACIA, s. f. (Lai., do Gr. pharmakon,
medicamento) parte da medicina que trata
dos medicamentos simples e compostos, e
ensina o modo de os preparar
PUARMACOPKIA, s. f. (Lat pkarmacopísia)
livro que contem adescripçào dos medica-»
mentos o jpethodos de os preparar., ^ ^ ^|^
4tí ■
5'
190
PHA
PHB
^PHARMACOPOLA., *. m. (Lat.)| V. Boticá-
rio.
IHpharmagopolia. V. Botica.
, _,^PHARNABAZO , (hist.) nome muito com-
mum no antigo império dos Persas. Um
Pharnabazo, satrapa da Phrygia, ateou a
guerra do Peloponeso, foi por muito tem-
po favorável a Sparta, foi batido por Alci-
bíades nas batalhas d'Abydos e de Cjzico
foi depois amigo d'Athenas, e alcançou com
Cenon a victoria de Guido em 394.
' PHARNACES, (bist.) rei do Ponto, filho de
Mithridates e avô de Mithridates-o-Grande.
Fez guerra a Eumenes, rei da Pérsia.
PHARNACES II, (hist.) rei de Bhosphoro
Cimmerio, filho de Mithridates-o-Grande ,
traiu seu pai a favor dos Romanos, e su-
biu ao trono de Bhosphoro em 64 antes de
Jesu-Christo. Tentou reconquistar os Esta-
dos de seu pai, mas foi atacado por Cezar
e perdeu a batalha de Zéila.
PHARO, s. m. (Lat pharus ou pharos, do
Gr. phaneros, apparente, visivel) pharol, tor-
re alta com pharol para indicar aos nave-
gantes baixos, bancos, entrada de porto, v.
é: ò-^áe Alexandria, deMessina. — , (fig.)
PHAROS, (geogr.) Pharos, pequena ilha
próxima ao porto d' Alexandria, foi reuni-
da ao continente por o anno 28 :» antes de
Jesu-Christo, e foi ornada com uma alta
torre, no cimo da qual se accendiam fachos
para de noute guiar os navios ; este apare-
lho tomou o nome de pharol, que depois
se entendeu a todos os edifícios do mesmo
género.
PHAROL, *. m. (de pharo e luz] o fogo ou
luz que de noite se acende nos pharoes para
sèr avistada de longe pelos navegantes ; (fig.)
guia.
PHARSALiA, (geogr.) Pharsalus ou Phar-
salia, hoje Tersa, cidade da Thessali?, a
Ei d'Epidano e perto d'Enipea. -'a^ « '
^ iPHASE, (geogr.) Phasis , rio da Colchi-
dá, nascia na Arménia, corria a E e a O.
e caia no Ponto- Euxino.
PHASES, s. f pi. {(jr.phasis, apparencia,
de p^ainô, 'brilhar) (àstr.) apparencias diver-
sas da lua e dos planetas illuminados pelo sol;
(fig.) mudanças, variações. As — da revolu-
ção. Moraes diz que fazes é melhor orthogra-
phia. Nâo pode haver maior absurdo que
confundir este termo com o verbo fazer.
PHATiosiM. V. Emphyteusis. De — , per-
petuamente. "";^ '^' '
PHATMETICO ÒU PHATNITICO, (geOgr.) pro-
íongamento do braço Athribitico do Nilo.
PHAYLLO, (hist.) general phocio, irmão
d'Onomarco , succedeu-lhe no comman-
dó dos Phoceos, durante a guerra sa-
i^ , YWCietj m Beoeios m aono 'áb%
antes de Jesu-Christo e saqueou o templor;
de Delphos. Morreu pouco depois.
PHAZANiA, (geogr.) Phazania, hoje Fez-
zan, região da Lyb\a interior, perto da pe-
quena Syrta.
PHAZES. V. Phases.
PHEACios, (hist.) nome dado na Odyssea
aos habitantes da ilha de Corcyra, que ti-
nham Alcinous, filho de Phean por seu
rei.
PHEBE, s. f. {Làt. PhcBbe, do Gr phoibos^
claro) (poet.) a lua.
PHEBEO, A, adj. (poet.) de Phebo, do sol.
Alampada — , o sol. Camões.
PHEBO, s. m. (l.at. Phcíbus, do Gr. phoU
bos, claro, lúcido) (poet.) o sol, Apollo.
PHEDON, (hist.) philosopho natural d'Elis,
discípulo e amigo de Sócrates. Sendo na sua
mocidade apanhado por piratas, foi comprado
por Sócrates, que o admittiu ás suas lic-
ções depois da morte de seu mestre voltou
á pátria, onde fundou a escoUa chamada
d'Elis, a qual se destinguiu pela fidelidade,
com que conservou as doutrinas de Sócra-
tes.
PHEDRA, (myth.) Phoedray filha do rei de
Greta, Minos edePasiphaé, e irmã d'Ariad-
na, casou com Theseo, reid'Athen8s. Con-
cebeu violenta paixão por liyppolito, seu
genro, e como elle lhe não correspondes-
se, accuzou-o de a ter querido seduzir e
foi assim causa da sua morte. Pouco depo-
is enforcou -se de desespero.
PHEDRO, (hist.) Phosdrus, philosopho epi-
curiano ; florescia em Athenas 5U annos
antes de Jesu-Christo. Foi um dos mestres
de Cicero. Entre outras obras compoz ura
tractado Da natureza dos deuzes.
PHEDRO, (hist.) fabulista latino, nasceu
na Pieria no anno 30 antes de Jesu-Chris-
to foi levado como escravo a Roma, e foi
liberto de Augusto ; perdeu a sua fortuna,
por ter atacado um grande personagem/t
que se julga ser Sejano. e morreu no an-
no 44 de Jesu-Christo. Deixou cinco hvros
de Fabulas, os quaes são notáveis pela pu-
reza d'estilo, pela franqueza e grandeza de
pensamentos.
PHEGEO, (hist.) Phegeus, rei da Arcádia,
recebeu Alcmeon, depois de ter morto sua
mãi admittiu-o a expiação e deu-lhe em
cazamento sua filha Alpheribea.
PHEMio, (hist.) poeta latino, casou com
Critheis, quando ella estava gravida d'Ho-
mero, e foi mestre deste menino.
phenaS, s, f. aves filhas dos halietos. Ar-
raes, I, 15.
PHKNiciA, {geogr.) Phoenicia, pequena re-
gião da Syria, entre o Anti-Libano e Oj
mar, extende-se desde a embocadura d<jí -
Elôutherio ao H., até á do Mnt ao S, ô^
PHI
PHENlcopTERO , s. m. (Lat. phcBnicopte-
rus, de phcsniceus, de côr vermelha, elír.
teroriy aza.) pássaro que tem aspennas das
azas vermelhas.
PHENicopTERO, (h. n.) gBnero de pássaros
da ordem das gralhas,
PHENII ou PHENIS, S. f. 0\im. {^TOn. fé-
nix, ou fénis ; Lat. phcBnix, do Gr. phoinixy
tAmãra, côr vermelha, como a do fructo.) ave
fabulosa, que se dizia viver muitos séculos, e
depois de morta renascer das suas cinzas. E'
emblema solar allegorico , e provavelmente
designava a renovação do cyclo ou período
solar allegorico composto de 1461 annos de
365 dias ; (fig.) cousa singular, única da sua
espécie ; pessoa de raro engenho, v. g é um
— . Raphael é o — dos pintores modernos.
Não muda no plural. A ave symboli-
ca é representada com pés vermelhos. Pín-
tavam-a do tamanho de uma águia , com
bello martinete sobre a cabeça, ps pennas
do pescoço douradas, a cauda branca com al-
gumas pennas escarlates e os olhos brilhantes.
Segundo a Mythologia quando vê aproximar o
seu fim este pássaro forma um ninho com
plantas aromáticas, expõe-o aos raios do sol,
sobre elle se consome; da medula dos ossos
nasce um verme do qual se forma outra phe-
nii, O primeiro cuidado do filho é render
ao pai as honras da sepultura ; forma com
myrrha uma massa á maneira de ovo, me-
te-lhe dentro o corpo do pai e leva-o a
Heliopolis ao templo do sol. Julga se ser
a fabula da phenix uma espécie de symbo-
lo da imqaortalidade da alma.
PHKNix, (hist.) filho d'Amynto, rei dos
Dolopes, seu pai mandou arniscar-lhe os
olhos em castigo de um crime, que falsa-
mente lhe imputaram ; recobrou a vista cora
remédios, que lhe deu Chiron, foi paestre
d'ichiUe8 e seguiu-o a Tróia.
PHENOMENO, s. m. (do Of. phaitiomai, ma-
nifestar-se, apparecer.) apparencia de astro,
astro que se mostra de novo ; eífeito natural,
V. g.os —$ da lua, electricidade, da vegeta-
ção. Escripto por f, como quer ¥oraes, pare-
ceria vir de feno, em Lat. fcsnum, ou de fe-
nus ou fanus, usura, juro de dinheiro, e do
Gr menô, durar, permanecer.
PHERKCRATES , ( hist. ) poeta comíco de
Athenas, no anno 420 antes de Jesu-Cris-
to compôz 17 ou Í3 comedias, de que so
nos restam alguns fragmentos, entre outros
um trecho de uma peça, intitulada Chiron.
PHEEECYDEs, (his.) philosopho grego nas-
ceu no anno iiOO antes de Jesu-Cristo na
iUja dô Syros, abriu uma escola em Samos,
e, contou Pythagoras no numero de seus
discipulos. Murreu de idade muito avan-
çada.
PHERBs, (^ogr.) V9k9tin9f cidade da
PHI
mt
Thessalia, perto de Magaesía, a algacaas
milhas da costa, tinha por porto Pagases.
PHERESEOS, (hist.) um dos povos, que
habitavam a terra de Chanaan, antes do
estabelecimento dos Hebreos neste paiz ;
viviam nas duas margens do Jordào ©ao
N. de Sichem. Foram exterminados pelos
Israelitas.
PHERETRO. V. Féretro.
PHERON, (hist.) rei do Egypto, filho de
Sesostris, succedeu a seu pai no anno 1600,
e não fez cí>usa alguma digna de menção.
PHiDiAs, (hist.) e mais celebre estatuário
da antiguidade, nasceu em Attica, no aia-.
no 498 antes de Jesu-Cristo, morreu ^m
430, executou a estatua de Minerva guer-
reira, de Minerva poliade, de Minerva lem-
niana. de Júpiter olympico, etc; foi nomea-
do superintendente de todos os trabalhps,
de arte empreendidos por ordem do pqvpi,.,
e de acordo com Péricles fez muitos bel-'
los monumentos. Morreu desterrado em
Ehi.
PHiDON, (hist.) tyranno de Argos no an-
no 667 antes de Jesu-Cristo inventou a ba-
lança, e foi o primeiro que fez juijitH^.
moeda de prata. -... ;.^.,^.-. .^'
PHiGALiA, (geogr.) cidade da Arcádia ao
S., entre os rios Nedí^ e^ ,J.ymax^ hqjoP.au;-
litza. .. .,,,\, ■,■ .-;.,». „Wvv'-
PHiLA, (geogr.) Tachompso gp^ antigos
Egypcios, Geziret-el-Heif ou El-Birbé dos
Árabes, ilhas do Alto Egypto, a 1 quarto
de légua S. de Syena.
PHíLACTERTAS. V. Phylãcteria^.
PHiLADKLPniá, fgeogr.) Philadelphia, ho-
je Alachekr, cidade d» Lydia, ao pé do,
monte Tinolo, foi construída por Attalo
Philadelpho, rei de Pergamo. Na Palestina
também havia uma cidade chamada Philurr;
delphia, ho^e Ámmon. , , ,
PHILADELPHIA, («eogr.) cída^o dosJEs;t%fí
dos-Unidos da America do Nort« a 50 lè-,
guas NE. de, m^hington ;. ??^,830 habjr^
tantes. m^o 'A .Ov ohm ou . i r.n
PHILANTHROPTA ou PHILAIlT*(9PlA,í./'. (^aj^*.
do Gr. philosi amigo, e anthropos, ^pm^np.)
amor da humanidade, beneficência. „^,
pHiLANTHRopico, A, adj. b«i?efiço, diriginj
do pela philanthropia, v, g. instituição —-.i^n
pHiLANTHROPO, s í». amigodafeiipfti>kÍIWL
de.y. Philanthropia. , . •■] ^ ^m«íí.í,'.; (
PHTLASTERIAS. V. Pkylacterias.
PHiLAUciA, s. f. (Lat. philautia, do Gr.
phileò, amar, e autos, o mesmo; propH^)i
amor próprio excessivo, egoísmo. r
PHiLAUcioso, A, vdj. (des. oso.) cheio do
phílaucía, egoísta. .
PHii.RLPHO, (his.) sabú) italiapo, nasceu
em là98, morreu em 1481. Deixou muitos
escriptos em proza e em tww» (çatyras, fe*
48 ^
m
PH!
f i
bMi/etò.f e Sígutnas traducções do Gre-
go.
PHiLEMON, (hist. ) poeta cómico grego,
nasceu em Soles na Cilicia no anno 320
antes de Jesu-Crislo quasi que igualou Me-
nandro. Compoz mais de 80 peças, de que
50 nos restam alguns fragmentos.
PHILEMON, (hist.) grammatico do XII. sé-
culo, e auctor de um Lexicon technologico.
PHILENES, (geogr.) Philosnorum arm, ci-
dade d'Africa sobre o mar, entre Carthago
6 Cyrene.
pHiLESiA, (bot) Género de Plantas da fa-
millia das Asparagens e da Hexandria iMo-
nogynia, L.
PHiLÉTERO, (bist.) PhiloBterus, fundador
do reino de Pergamo, era um eunuco pa-
phlagonio. Nomeado por Lysimaxo gover-
nador de Pergamo , apossou-so do poder
nesta cidade, no anno ^83 antes de Jesu-
Cristo. Governou pelo espaço de 20 annos,
mas sem tomar o titulo de rei ; deixou os
seus estados a Eumenes, seu sobrinho.
PHiLiBKRTÀ, (bot.) Género de Plantas da
famillia das Apocineas, e da Pentandria Dy-
gynia, L.
PHILIPON DE LA MADELElNE, (hist.) Sabio
francez, nasceu em J734, morreu em 1818.
Deixou muitas obras úteis, entre ellas : Dic-
cionario portátil das rimas ; Homonymos
francezeSy etc.
PHiLippE (S.), (hist.) um dos doze após-
tolos, nasceu em Hethsaida na Galiléa, foi
um dos primeiros chamados por Jesus e
seguiu-o até aoJardim das Oliveiras. Depois
da descida do Espirito Sancto, foi pregar
o Evangelho na Phrygia, aonde morreu no
anno 80. É commemorado no 1.° de maio.
PHiLiPPE (S.) , (hist.) um dos sete disci-
pulos que os apóstolos escolheram para
desempenharem as funcções de diácono.
Depois da ascenção de Jesu-Cristo pregou
o Evangelho em Samaria, a onde fez nu-
merozas conversões. Morreu em Cesárea,
na Palestina, no anno 70. É commemora-
do a 6 de junho.
PHiLippE, (hist.) Cinco reis da Macedónia
usaram este nome : Philippe I. (B09-576
antes de Jesu-Cristo) ; Philippe II (360-336
este foi o mais «elebre) : Philippe III ou
Arriíleo (323-3 7) ; Phihppe IV (221-178).
PHILIPPE , (hist.) rei da Syria, um dos
últimos Seleucidas, filho de Antiocho VI II,
foi aclamado rei no anno 93 anl«?s de Jesu-
Christo, e sem cessar teve guerra com os
seus competidores, An»iocho X, Antiocho
XI, Antiocho XII. Foi deposto para sem-
pre e pela segunda vez pelos «eus vassallos,
no anno 80, e morreu como simples parti-
cular no anno 57.
PHILIPPE, (hist.) filho de Herodes o írmn-
dé,'''M ãâ! SmMj obteve de Augusto, no
anno 1.° de Jesu-Christo, o titulo ás Te-
trarcha com muitas províncias do reino da
Judea ; governou-as com prudência e mor-
reu no anno 33 de Jesu-Christo.
PHILIPPE, (hist.) appeli-lado o Árabe, Mar-
co Júlio Philippe Árabe, imperador roma-
no, nasceu .em Bosra, filho do um chefe
de salteadores. Elevou-se pela sua cora-
gem e talentos aos primeiros postos do ex-
ercito ; aproveitou a sua influencia sobre
as tropas para as revoltar e depois de fa-
zer assassinar Gordiano, tomou o titulo de
imperador em 244. Fez paz com os Persas
cedendo-lhes a Mosopotamia, repelliu uma
invasão de bárbaros e foi a Roma, aorde
celebrou os décimos jogos seculares. Phi-
lippe foi vencido e morto em Verona em
2^9 por Decio, ao qual elle tinha enviado
contra os seus competidores.
PHILIPPE I, (hist.) rei de França, filho de
Henrique I ; succedeu-lhe em 1 060 , na
idade de oito annos, sob a tutella de Bal-
doino, conde de Flandres. Em 1092 foi ex-
commungado por ler repudiado Bertha pa-
ra cazar com Bertrade, casada com o con-
de de Anjou. Dez annos esteve sob o peso
desta sentença, que excitou muitas revoltas,
no fim delles submetteu-se mas o seu po-
der estava tão abalado, que teve de asso-
ciar no governo seu filho, Luiz o Gordo.
Morreu em 1108.
PHILIPPE II, (hist.) chamado P/ii/ijopeAu-
gusto, rei de França, filho de Luii Vil, suc-
cedeu-lhe em 1180, na idade de 15 annos.
Uniu-se ao sangue de Carlos Magno pelo
seu casamento com Izabel de Hainaut, que
lhe trouxe em doto o condado de Artois ,
encheu o seu thesouro por cruéis persegui-
ções contra os Judeus, e fez algumas guer-
ras felizes e brilhantes contra alguns vas-
sallos poderosos. Reclamando depois os seus
direitos sobre o Vexino, que um casamen-
to tinha dado a Inglaterra, luctou com van-
tagem contra Henrique II excitando seus
filhos contra elle. Pj3r morte deste prínci-
pe uniu-se estreitamente com Ricardo-Co-
ração-de-Leão , e empreendeu com elle a*
terceira cruzada. Chegados á Sicília os dou» >
reis entraram em desarmonia. Todavia Phi-
lippe continuou a sua marcha para a Ásia
e teve gloriosa parte na tomada de S. João
d'Acre ; mas voltou pouco depois para Fran-
ça , aonde suscitou inimigos a Ricardo,
íjuando este príncipe voltou a Inglaterra,
rebentou a guerra entre os dois rtis , em
quanto Ricardo foi vivo , Philippe não le^t
vou a melhor , mas depois da sua morte ,d
alcançou algumas vantagens sobre seu suc^^
cessor João-sem-Terra. Em 27 de Julho de
i2l4 ganhou a batalha de Bouvines ao du-
que dr, P|j»n*iro3, «jícád-sera -Torra e «o
im[)t'ra(lar Olhão ÍV. Esta vicloria asso;:çu-
roti toilas a-; siMs ocnquislaso doii-lhe dis-
liiict.í preoiniiipncia snUr-í lo los os jtridci-
pes (la Kuropa. MorriMi im» 1?2;3.
rniLippE rii, (hiu.l o Attrecido, rei de
Franra filho 'le l.uiz IX, semiiu seu pii á sn -
gundn cruzada ; su- cfideu-lhe em 1270 o fez
immudiaiamentc paz cora o soberano de Tunis
e voltou a Tranç-t. Foz guerra ao conie de
Foix, quo r(>cusava reconhecer a sua suzo-
rania ; e por morte de Henrique, rei de
ISavarra, obrigou o> Nav/irrozes a obedece-
rem a Joanna, sua jiven riinha, que (lia
havia desposarlo com seu íilho I'hili[)pe De-
pois 'ias ycsperas Sicilianas, fo< guerra ao
rei dií Aragão Morreu em Perpignan era
1285.
PÍIILIPPE IV, (hist.) 0 Beílo, rei de França
filho de Ihilippe III, succedeu-lhe em 1285.
Terminou-a guerra do Aragão pelo tractado
de Terascona ; [dirigiu depois as suas armas
contra Eduardo, rei de Inglaterra, o qual fez
alliança cora o conde de Flandres ; esta
guerra terminou pelo tractado de Montre-
nil. Teve depois uma contenda com o papa
Bonifácio VIII ; o qual pretendia ter direi-
to de suzerania sobre todos os tronos. Bo-
nifácio fulminou Philippe com muitas bul-
ias uma das quaes elle fez queimar, e con-
vocou em l;'Oi, os primeiros Estados Gc-
raes, os quaes promeUeram defender a in-
dependência da coroa ; accusou o papa de
heresia e de muitos outros crimes, e inci-
tado por outra bulia de excoraraunhão en-
viou tropas á Itália as quaes se apodera-
ram da pessoa do papa ; descançado por
este lado voltou suas armas contra os Fla-
mengos, os quaes venceu. Por morte do pa-
pa Bonifácio, Benedicto IX, fez eleger um
papa francez, Clemente V. Promoveu pro-
cesso contra a memoria de íionifacio VI II .
e aboliu a ordem dos Templários, de cujas
riquezas se apossou, entregando á íoguei-
ra os principaes chefes desta ordem. Phi
lippe morreu erfi 13; 4.
PHILIPPE v, (hist) rei de França filho de
Philippe IV, foi encarregado da regência por
morte de Luiz X seu irmão, o qual tinha dei-
xado gravida a rainha Clemência de Hungria.
Morrendo o filho de Clemência , Philippe
foi proclamado rei, apesar da opposieào de
rauitcs príncipes de sangue, que não ad-
mittiam a exclusão das mulheres, e que que-
riam collocar no trono, a filha de Luiz
Joanna de Navarra ; mas os Estados
Geraes aprovaram e sanccionaram a sua ele-
vação ao trono, iiiilippe Un. alguns regu-
lamentos úteis 80 seu reino, mas foi cruel
com os heréticos, e com os judeus. Morreu
cm 1322.
VOL. IT.
pil'-.
iM
..^tí:^.;.:!
pfiíLipPE VI, (hist.) chamado de Valois , rei
dií França chefe do ramo real dos Valois, era
filho de Carlos de Valois. Foi regente do reino
por morto de (Carlos IV, que tinha deixado
gravida sua esposa, mas dando esta princeza
á luz uma menina, foi acclamado rei, ape-
sar dl opposição de Eduardo III, rei de
Inglaterra. Chamado em soccorro do conde
de Flandres, que tinha sido expulso pelos
seus vassallos], PhiHppe ganhou aos Fla-
mengos a batalha de Cassei, a 23 do agos-
to de 133S. Dez annos depois rebentou a
celebre guerra dos Cem annos. Philippe ,
depois de ter soffrido differenles revezes
nesta guerra, morreu em 1357.
PHILIPPE I, (hist.) rei de nispanha chama-
do o Bello, chefe da casa d'Austria, que reinou
em Hispanha, era filho do imperador Maxi-
miliano e de Maria de Borgonha. Teve primei-
ramente o titulo d'archiduque d'Austria, em
1482 foi proclamado soberano dos Paiz -s Bai-
xos, e pouco depois rei do Castelia A sua con-
ducta neste reino foi ao principio popular,
mas depois demittiu os funccionarios caste-
lhanos para os substituir por Flamengos ;
finalmente quiz encerrar como louca Joanna
sua esposa Morreu em 1506.
PHILIPPE lí, (hist.) rei de Hispanha ; nas-
ceu em 1527 ; era filho de Carlos Quinto.
Duque de Milão desde 15iO, foi aclamado
rei de Nápoles e da Sicilia em 1551, pou-
cos mezes depois soberano dos Paizes Bai-
xos, e finalmente rei de Hispanha 9m 1556.
Ardenledefensor da fécatholica, luctou du-
rante todo o seu reinado contra os progressos
da Reforma ; pelo que lev^í guerra cora os In-
glezes Em 1 5 -(8 perdeu a Invencível Armada
que enviiva contra os inglezes. Depois de
ter por muito tempo entretido a guerra
civil em França, foi obrigado a assignar a
paz de Varvim em 5'08 e morreu nest»
mesmo anno. Em V^Hi), por morte do car-
deal D, Henrique, tinha se apossado do rei-
no de Portugal. I bilippe foi um príncipe
cruel, que nem mesmo poupou a sua familia.
PHILIPPE III, (hist.) rei de Hispanha e de
Portugal, reinou de.sde 1598 até lt>21 ; teve
por primeiro ministro o duque de Lerma.
O reinado deste príncipe foi muito desgra-
çado, concorrendo muito para isto o exilio
de mais de 200, OQU mouros, que não quize-
ram seguir a religião christà , ficando por
está forma a Hispanha privada dos seus bra-
ços mais industriosos.
PHTLippE IV, (hist.) rei de Hispanha
e de Portugal, filho de PhUppe III ,
succedeu-lhe em 1(321, esteve a maior parte
do seu reinado debaixo da tulella de seu pri-
meiro ministro o conde de Olivares. Este
principe Eoffreu muitos revezes ; perdeu a
Hollanda ; entrando na lucla da casa d'Aus-
4ií
19 4
PHI
fm
tria contra Richelieu perdeu muitas pro-
vindas ; a Catalunha sablevou-se , e Por-
tugal reconquistou a sua independência em
16 íO. desanimado por ladtas perdas; Phi-
lippe àssignoií ó tfaclado de paz chamado
dos Pyreneòs pefó qiiáí eédeu á Fraífça o
Roiiásilloh, ò Jrtoise todos os seus direitos
sobre a AIsácia. Sorreu em I6íi5.
?fliÍJPPE V , (hisl.) chefe da ca^a dos
Poúrbons de llispanha , nasceu em 683,
eFá filho dodelphim huiz de França e neto
de ttiz XIV, teve primeiramente o titulo de
duque d'Ahjou. Èm 1700 foi chamado ao
timono de llispanha peio léàlámehlo de Car-
los li. Teve que lúctár contra o Archidu-
que Carlos, seu competidor, o qual fez uma
liga, em que entraram a Aijstria, Inglaterra,
tíollãnda, f russia e Portugal; estos poten-
cias encetaram á guerra, conhecida pelo no-
mo dò guerra da successão de Hispanha. Ex-
pulso de lirspanha pelos Austríacos Philippe
foi restabelecido pela victoria de Almanza,
ganha por Beiwich em 1707. Morreu em
1746.
PHILIPPE I, (hist.) chamado de Bouvres,
duque de Borgonha, neto do duque Eudes
IV, succedeu-lhe em 13^9, e morreu, pas-
sado um anno, sem posteridade.
PHILIPPE lí, (hist.) o Altrevido, duque àe
Borgonha, quarto filho de João, rei de Fran-
ça, nasceu em 1342, fez prodígios de va-
lor na batalha dePoitiers. Em I3'3iecebeu
o ducado de Borgonha, e em 1384 herdou
o condado áe Flandres, o que o tomou um
dos mais poderosos soberanos dá Europa.
Por duas vezes governou a Françé, como
reí;ente, a priíreira depois da morte de Car-
los "V,e durante a menoridade de seu filho,
* a segunda durante a demência deste ultimo.
Morreu em 1404.
PHiLiíPE iiT, (hisl.) o Bom, filho ôeJoão
sem Hleâo, succedeu-lhe no ducado de Bor-
gonha em 141 U. AUiou se com os Inglezes
e com elles fez guerra aos Francezes , até
qué assigtiou com estes últimos otractado de
Arrfls.pelo qual, reconhecendo o rei de Fran-
ça .por seu suberano, ficou de facto indepen-
denle, e obteve a cessão dos condados de
Auxerre e^ de Maçou. Alguns annos depois
da ássignajura deste tractado, juntou aos seus
dominios o Brabante e a IloUanda. Morreu
em 1467 no momento em que preparava
uma crusada contua os Turcos.
PíiiLiPTE De suabia, (hist.) imperador de
Ajlemanha, filho de Frederico Barbaroxa,
nasceu em 1178. Reinou dous annos,. foi as-
sassinado em 1208 por Olhão de Witlelsbach.
PHILIPPE, (hist.) medico de Alexandie-o-
Grande, curou-o de uma doença, que elle ti-
nha apanhado banhando-se no Cydne. De-
uuaciado por iarmenião como vendido ao i
rei da Pérsia, inspirou todavia bastante con-
fiança a ilexandre para que este príncipe
bebesse um remédio que elle lhe apresen-
tava.
PHrLippE , (hist.) poeta grego , viveu no
reinado de Trajano e Nerva ; é conhecido
por alguns epigramraas cheios de espirito e
graça e pela Anthologia de Phiiippc.
PHiLippEs, (geogr.) P/itiíppi, cidade da Ma-
cedónia, entre os Edones. Foi uma das pri-
meiras cidades que abraçaram o chrislia-
nismo.
PHiLipPEViLLE, (geogr.) cidade da Bélgi-
ca, a 10 léguas SU. de Namur ; 1,100 ha-
bitantes.
PHiLippEviLLE, (geogr.) cidade e porto da
Algéria, na bahia de Stora ; 6,001) habi-
ta Ltes.
PHíLippicis , (hist.) nome commum a 4
celebres discursos de Demosthenes contra v
rhilippe, rei da Macedónia ; também se dàr
este nome a 14 discursos de Cicero contra
António. ,.,
PHiLippico, (hist.) chamado primeiramcn*ji
te Vardan, imperador grego, natural da Ar-
ménia. Foi proclamado em 711. Tornou-se
odioso pelos seus vícios e indolência. Foi
privado do trono e da vista em 713, e mor-
reu pouco depois.
PHiLippiNAS (ilhas) , (geogr.) grande ar-^,;
chipelago da Malaisia, a maior destas ilhas éf
Luçan.
PHiLippopoLi ou FiLiBE, (gcogr.) Philip-,
popolis, cidade da Turquia europêa , a 3Ííj
léguas HO. de Andrinopla ; 30,000 habi-
tantes.
PHILIPS , (hist.) poeta inglez, nasceu no
condado dè Leicester; compoz so Pastoris,
PHiLiPSBURGO , (geogr.) cidade do gran-
ducado de Bade, sobre o Zulibàch. a meia,i
légua do íiheno ; 1,200 habitantes. , ,
PniLlPSBURÃO ou GRANDE BAHIA, (gCOgr.j
capital da parle hollandeza da ilha de S.
Maninho, na estremidade meridional,
PHiLiSTEOs, (hist.) pequena ração da Sy-
ria, entre a íribu de Dan ^o N., a tribu
de Simeão a E., o oEgypto ao S. Tinham
por cidades principaes Gaza, Ascalon, Azoth,
Ascàron, Anthédon.
PHiLisTO, (hist.) historiador grego, nas-
ceu em 481 antes de Jesu-Christo; foi che-
fe dos corlezàos contra a facção de Dion, ma^^i
foi vencido por este em 411. Escreveu ^
Historia de Dionizio e a Historia da Sici-fa
lia.
PHiLO, (hist.) poeta grego da idade me-
dia, nasceu em Epheso em 1275, morreatj
em 1340. Deixou diversos poemas em ver- .
so..
PHiLOCTETO, (myth.) heroe grego, amigQ;^^
^e Hercules, era filho de Poean. àercul^.'
í.f
fHI
m
antes de morrer entregou -lhe as suas flechas,
prohibindo-lhe eiitrega-lasa pessoa alguiína.
Philocleto assim o jurou. Mas depois ceden-
do ás soUicitações dos Gregos, que não po-
diam vencer Tróia senão com as flechas de
Hercules, indicou-lhes cora o pó o lugar em
que ellas estavam escondidas. Embarcou de-
pois para Tróia; mas durante a viagem, cain*
do-lhe uitia flecha no pé originoií-Ihe uma
ferida, o qual deitava tal cheiro que foi
abandonado pelos companheiros na ilha de
Lemnos. Só no fim de dez annos é que o
foram procurar a Leranos, porque a^; flechas
eram necessárias para pôr termo á guerra.
Foi curado por Machaon e Podaliro.
PH LODEMO, (hist ) philosopho grego, epi-
curco, vivia no l.*' século antes dé Jesu-
Christo. Foi a Roma onde abriu uma esco-
la. Escreveu sobre moral, rhetorica e sobre
a musica, etc. Muitos fragmentos dos seus
escriptos foram eaconlrados em Ilercula-
num.
PHiLOKiA ou FiLOKi, (geogr.) Argos Am-
philochium, cidade do Estado da Grécia, a 6
léguas SE. de Arta.
PHILOLA.U , (hist.) philosopho pylhagori-
00, de Cortona, segundo uns, de Tarento,
segundo outros; nasceu no anno 500 antes
de Jesu-Christo e pôdft receber as lições de
Pythagoras. Habitou successivamenteem Cor-
tona, Metaponto, Heraclea, passou algum tem-
po em Thebas, onde teve por discipulos Sira-
mias o Cebês, e morreu no anno42') antes
de Jesu-Christo. Foi o primeiro pythagorico
que escreveu sobre a doutrina de seu mes-
tre; compoz ti-es livros sobre a natureza,
dos quaes Platão fazia tanto apreço que os
comprou aos seus herdeiros pelo valor de
9,000 francos, ... . ,,^ .
PHiLOi.oGiA , s. f. iLsiUt^l^éGr,. philos ,
amigo, e /o^í ta.) critica grammatical OU rhe-
torica dos autores clássicos antigos e moder-
nos. Diz-se de ordinário das obras gregas e
latinas ; lilteratura. ,
PHiLOLOGico, A, adj . [áe^. icê.) tqUIívo á
philologia, V. (j. exame — . Critica — .
paiLOtiOGO, s. m, (Lat. philolegus.) ver-
sado na philologia, critica.
PHILOMEtA 6 PÍIILOIENA, S. /". (Lai. fflllO'
mela, do Gr. phúoSi aroiso, e melog^ canto.)
(poet ) rouxinol, ave cujo canto é muito agra-
dável. P/ii/ow«íMi ó impróprio : vem na Ma-
laca Conquist.
PHiLOMELA,(hist.) pltilomcla, íilha de Pan-
dioq, rei de Athenas, foi victima do brutal
amor do rei da Thraeia, Terêo, seu cu-
nhado, ò qual depois lhe mandou cortar a
liDjçua pára lhe impedir de revelar seu crime -
e teve-a constantemente íechada. Conseguia,
evadir-se com o soccorro de Progué, 9u<i.i
iril>%^ e vin^ii-se de|olaado o íitíio de Te- '
rêo, e servindo o corpo da crian<}a a seu pai.
Philomela escapou ao furor de Terêo pela ra-^
pidez da sua carreira, e foi depois metamor-
phoseadaem rouxinol. Progné, sua cúmplice
foi metamorphoseada em andorinha.
PHILOMELA. , (hist.) PhHotnelus , general
phocio, saqueou o templo de Uelphos, e fei,
por esta causa rebentara guerra sagrada. Ob*
leve ao principio alguns Iriumphos, foi de-
pois batido pelos Beócios, e foi obrigado, pa-
ra não cair nas niãos dos inimigos, a preci-
pitar se do alto de um rochedo, no anuo 354.;
antes de Jesu-Christo.
PHiLON DE BYZANCio, (hist.) engenheiro do •
século 11 antes de Jesu-Christo, visitou Hho-
des e Alexandria, adiantou muito o estudo
da architeclura e da mecânica, e deixou en-
tre outras obras um Poliorcetíco.
PHiLON o JUDEO, (hist.) philosopho plato-
nico, nasceu no anno 30 antes de Jesu-Chris-
to, era Alexandria, era dt raça sacerdotal dos
Judeus. Estudou profundamente a philoso-
phia dos G regos e foi appellidado o Platão ju-
deu. No anno 40 de Jesu-Christo foi enviado
pelos Judeus de Alexandria a Roma, para pe-
dir a Caligula o direito de cidade romana, mas
não obteve o que pertendia. Não se sabe em
que anno morreu Philon. Compoz muitas >
obras, as mais importantes são : De Mundi i.
cretione secundum Mosen ; De vita Mon >
m, etc.
PHILON DE BYBLOS , (hist ) Herennius ^
Çrammatico e historiador, nasceu em By-
blos no anno %\ de Jesu-Christo, publicou
entre outros escriptos, uma traducção gre- '
ga da Historia Phenicia de Sanchoniaton.
reiLONio, s. m. (Lat. philonium.) pharm.,
medicamento opiado, espécie de triaga.
PHiLOPíEMEN, (hist.) general grego de Me^»'
galopolis, na Arcadiaj diitinguiu-se tíiuito
cedo nos exércitos da liga achaica, foi no-
meado general da cavallaria, derrotou os Elo- i
Hos na batalha de Larissa no anno ^^Oantee:»
de Jesu-Christo» depois fdi eleito pretor ou '
chefe da liga, ganhOu a victoria decisiva de
Mantinea, matou o txranno e forçou Sabis a
levantar o certjo de MessenSi ; batido rio mar
por este príncipe, depressa tirou a desfor-
ra na batalha d6 Gylhio, entrou vencedor
ém Sparta, ê. obrigou esta potencia a acce* <
der á liga. Morreu em uma batalha contra ■
Dinocranto
PHILOSOPHAOO, Â, p. p. de philOsophar;
adj . discorrido philoâophicamente. tJs sys-
lemas de Xant, Fichte e Schílling, renovados
-a doutrina brahmanica é platónica» são — n
com mais subtileza que acerto. Muilose tem
— sobre o absoluto melaphysico.
PHILOSOPHAL, adj. dos tg. (des. adj. ai.) '■
da phdoaophia. peaíra—, t) írcaoo dus »i-
quiaiistas. ^ -.1". M.»i •■,
^ 4» « " ^
196
ffií
]?HL
peiL0S0PHA.R, ». a. OU n. (philosopho, ar
des. inf.) discorrer sobre objectos raoraes,
physicos , ou sobre metaphysica ; meditar
profundamente.
PHILOSOPHFA, -í. f. (Lat., do Gr. philos,
amor, e sophia, sapiência.) amor da sapiên-
cia, estudo do homem moral. — , por exten-
são do sentido primitivo, estudo dos pheno-
menos naturaese suas causas, v.g. —moral,
natural.
PHiLOSOPHiCAMENTE, adv. [mente sníT ) se-
gundo as regras da philosophia ; á maneira,
segundo as máximas dos philosophos ; com
espirito independente das opiniões vulgares
ou dominantes.
PHiLOSOPHico , A, adj. (Lat. philosophi-
cus.) concernente á philosophia ou aos phi-
losophos, V. g systema, discurso — . Vi-
da— .
PHiLOSOPHisMO, s. fíi. (do Fr. philosophis-
me.) abuso da philosophia, tendência contra-
ria á philosophia espiritual, á psychologia e
aos dogmas religiosos. Este termo foi cunha-
do pelos inimigos da philosophia sceptica do
XYIU século.
PHILOSOPHO, s m. (Lat. philosophus, do
Gr. V. Philosophia ] cultor da philosophia,
que segue as doutrinas e máximas de algu-
ma escola de philosophia ; homem dado ex-
clusivamente ao estudo ; independente , e
despresador das opiniões dominantes, edas
honras e cargos públicos.
PHiLOTiMiA, s. f. (Gr. philos, araigo, e ti-
mão, honrar.) (p. us.) empenho em conser-
var a honra e estimação própria.
PHiLOSTORGE, (hist.) historiador ecclesias-
tico, nasceu no IV século da nossa era, em
364, naCappadocia, viveu muito tempo em
Constantinopla, e foi zeloso Ariano. Escreveu
uma Historia da Igreja.
PHiLOSTRATO, (hist, ) rhetorico, natural de
, Lemnos, segundo uns ; de Athenas, segun-
do outros ; ensinou rhetorica em Roma no
III século de Jesu-Christo, e foi um dos prote-
gidos de Júlia, esposa do Imperador Septimo-
Severo. Deixou, entre outras obras, a Vida
de Apollonio de Tyana ; um Dialogo entre
Vinitor e Phenix, etc.
PHiLOTAs, (hist.) filho de Parmenião. par-
tilhou com seu pai o favor de Alexandre. Ex-
citando a inveja dos cortezãos, foi accusado
de ter conspirado com Dymno contra Ale-
xandre. Condemnado á tortura, confessou
tudo, e morreu apedrejado.
PHiLOXENE, (S.), (hist.) poeta do IV sé-
culo antes de Jesu-Christo, nasceu em Cythe-
ra, morreu em Epheso no anno 38i> antes
de Jesu-Christo, viveu muito tempo na cor-
te de Dionizio.
PHILOXENE, (S.)(hist.) chamado também Xe-
naiaSf escriptor syriaco da seita dos Mo-
nophysitas ou Jacobitas syrios, nasceu em
Tubal, na Susiana, foi eleito bispo de He-
liopolis na Syria, combateu decis5es do
concilio de Chalcedonia, e foi desterrado
em 5l8 peloimperador Justino, para <íran-
ges, na Cappadocia, onde morreu em 522.
PHILTRO, í. m. (Lat. phillra, pi., do Gr.
philein, amar.) amavia, beMda a que se al-
tribuia a propriedade de excitar o amor, de
fazer amar.
Não sei porque Moraes não escreve filtro.
PHiNEAS , (hist.) rei de Salmydessa na
Thracia, no tempo dos Argonautas, fez va-
zar os olhos a seus filhos em consequência
das falsas accuzações da sua madrasta Os
deuses, para o punirem, cegaram-no, e en-
tn?garam-o á perseguição das harpias, que
lhe tiravam as iguarias de cima da mesa. De-
pois foi livre, por Calais e Zethés das per-
seguições destes monstros, mas sempre fi-
cou cego.
PHiNKAS, (hist.) irmão deCephêo etio de
Andromeda, eslava para casar com sua so-
brinha, quando ella lhe foi roubada para ser
exposta a um monstro marinho. Salva por
Perseo acceitou amãodoheroe. Então Phi-
neas desesperado pegou em armas para a ti-
rar a Perseo; mas foi petreficado pela cabe-
ça de Medusa.
PHiNEAS, (h. s.) filho d'Eleazar, e neto de
Aarão, foi o terceiro summo sacerdote dos
Judeus. Mostrou grande zelo contra os que
se tinham tornado culpados de fornicação, e
matou Zambri, um dos chefes d'Israel, que
linha levado uma Madianila para a sua ten-
da.
PHiNG-LiANG, (geogr.) cidade da China,
capital de província.
PHiNG-YUisG, (geogr.) cidade da China, ca-
pital de província.
PHiNG-YONEi, (geogr.) cidade da China,
capital de provinda.
PHiNTiAS, (geogr.) hoje A/icaía, cidade d»;
Sicilia antiga, colónia de Gola, nas mar-**
gens do rio Ximero.
PHippsíA, (bot.) género deplanías da fa-
mília das Graminoas e da Triandria Digynia.
PHisiCA. V. Physica.
PHLEBOTOMIA, S. f. (lat., do Gf. phUpSt
veia, e temnô, abrir, cortar.) (cirurg.) san-
gria.
PHLiGETHON, (myth.) [áo grego phlegethein
queimar) rio dos infernos, cercava o Tártaro,
e a sua torrente era de chamma.
PHLEGETONTE. s. m. (do Gr. phlegô, ar-
der.) (poet.) o inferno dos Gregos.
PHLEGMA ou PHLEUMA, S. Wl. OU f. (Gr.,
de phlego, arder, queimar.) (chim.) resí-
duo da distillaçào. — , (med.) pituita, humor
frio ; (fig.) pachorra.
PHLEGMATIGO OU PHÍ.EUMATIC0, A, udj.
no
pno
m
(lúeá.) ena que predomina a pituita, v. g.
temperamento — . Homem — , (fig.) pachor-
rento.
piiLKGON, (hist ) historiador grego dosf3CU-
lo X/, natural deTrallcs, hberto de Adria-
no, morreu no reinado de Antonino lio.
Escreveu : Historia de Sicilia, Dèscripção
da Sicilia ; e um Tractado das festas dos
Homanos.
PHLEGREOS (campos). (mylh.) campos ar-
dentes [áoQtr.phelegein, arder) campos pró-
ximos a Cumes, nos quaes Hercules jijudou
os deuzes a abater os gigantes. Este sitio es-
tava cheio de enxofre, e muitas vezes coberto
de chammas.
PHLEGYAS, (mylh.) rei de Pblegyade, fi-
lho de Marte e pai de Coronis, que foi se-
duzida porApollo; para se vingar deste ul-
traje lançou fogo ao templo de Delphos.
Apoilo malou-o com as suas frechas. ÍSos
Infernos, o desgraçado Phlegyas ve sem ces-
sar pendente sobre a sua cabeça um roche-
do prestes a esmaga-lo.
ruLEO, (bot ) Phleum género de plantas
da familia das Gramíneas edf Triandria Di-
gynia.
PHLiASiA, (geogr.) pequeno estado do Pe-
loponeso, ao S. da Sicyonia, a 0. da Co-
rinthia.
PHLioNTE, (geogr.) Phlius, cidade de Pe-
loponeso, a algumas léguas de Sicyone. Ha-
via outra Phlionte naArgolida.
piiLOGOsis ou piiLOGOSE, s. f. (Lat., do
Gr. phlége, arder.) (med.) inflammação, es-
tado inílammatorio.
PHLOMiDE, (botj género de plantas da fa-
milia das Labiadas e da Didynamia Gym-
nospermica.
piiLOX, (bot.) género de plantas da fami-
lia das Polemoniaceas e da Pentandria Mo-
nogynia.
PHOCA, s. m. animal marinho de que ha
diversas espécies ; tem cabellos, e dedos se-
melhantes aos do homera unidos por mem-
branas. Os feios — s. Camões. Encontra-se
também do género feminino : a — . Lobo.
PHOCAS. (S.) (hist.) martyr do tempo de
Diocleciano, vivia do producto de um peque-
no jardim perto de Sinope, quando foi de-
capitado em 303. É commeraorado a 3 de
Julho.
PHOCAS, (hist ) imperador grego, era exar-
cha dos centuriões quando foi proclamado
em 602 pelo exercito acampado ao W. do
Danúbio. Marchou sobre Constantinopla e
fez cortar a cabeça ao imperador Maurício
e a seus filhos. Mostrou-se fraco, voluptuo-
so, cruel ; foi destronado por Heraclio de-
pois da batalha naval de Constantinopla, e
foi decapitado em 610.
PHOCÉA, (geogr.) cidade da Ásia Menor,
TOL. IV.
compreendida na confederação jonia, na coff-
ta da Mysia, sobre o golpho de Cumos. Ea
actual cidade deFokia, situada a 11 léguas
ao NO. deSmyrna. e conta 4,000 habitan-
tes.
PHOCIDA (Locrida e), (geogr.) um dosde2
nomos do moderno reino da Urecia, tem por
capital Salona.
PHOCIDA, (hist ) região da Grécia antiga,
entre a Beócia a K., a Ktolia a 0^., o mar
d'Eubea ao NE., o golphode Corintho ao
S A Phocida formava nm corpo, que envia-
va seus deputados á Amphictyonía dos Ter-
mopylas.
PHOCio, (hist.) patriarcha de Constantino-
pla, nasceu nesta cidade, já tinha sido em-
baixador na Pérsia e primeiro secretario do
imperador Miguel, quando foi ellevado, ain-(
da que secular, ao patriarchado do Constan-
tinopla, em logar de Ignacio, que acabavai
de ser deposto, era 857, Odiozas violências
assignalaram a sua inlruzão, á qual se op-
pôz o papa Nicolau I. Phocio foi anathema-
tizado pelo papa em um concilio ; elle reu-
niu os bispos e também anathematizou o
papa o que deu origem ao grande scisma do
Oriente. Basilio-o-Macedonio restabeleceu
Ignacio e Phocio reassumiu as suas func-
ções depois da morte do patriarcha. Foi exi-»
lado por Leão-o-Philosopho e morreu em
um convento da Arménia em 8^1.
PHOCION, (hist.) general atheniense, nas
ceu no anno 400 antes de Jesu-Christo, d^
uma familia obscura, estudou philosophij'
com Platão e Xenocrates, distinguiu-se n .
exercito e na tribuna e foi o chefe do partido
aristocrático de Athcnas. Não cessou de reo.
comraendar a moderação com os alliados
estricta vigilância com Philippe , econo'
mia na administração e o exemplo das vir'»
ludes antigas. Desagradou pela sua rigidez
ao povo de Athenas, o qual comludo não
o desistimava eo nomeou 4j vezes general
em chefe. Phocion fez eminentes serviços
durante a guerra social contra Athenas, li-
vrou iiubea dos ataques de Philippe e obri-
gou este príncipe a levantar o cerco de Bi-
zâncio. Depois do saque de T bebas foi en-
viado a Alexandre para lhe propor a ma-
nutenção da paz, e agradou muito ao prín-
cipe macedónio, a qual lhe fez seductoras
oíTertas, que clle sempre recusou Phocion
oppoz-se á guerra lamiaca, todavia acceitou
o commaudo nesta guerra e bateu os Mace-
donios. Quando Athenas foi occupada por
Polysperchon, foi condemnado á morte pela
populaça incitada por este general, e bebeu
summo de cicuta no anno 317. ^
PHOCYL'DA, (hist.) poeta gnomico de Mi-
leto, vivia no fim do século VI. Compoz
poemas heróicos e elegias, etc. Só nos res-
50
198
PHO
PHR
iam delle sentenças moraes em 217 versos.
ii PHOEBIDAS, (hist.) generallacédemonio, o
qual no anno 382 antes de Jesu-Christo, to-
mou Thebas, violando a lei dos tractados.
Foi multado por ter operado sem lhe ser orde-
nado. Depois foi-lhe restituído o comman-
do e enviado á Beócia ; os Thebanos cer-
caram-o em Thespia e foi morto em uma
sortida.
PHOLiWA, (bot.) género de plantas da fa
milia das Myoporineas e daDidynamia An-
giospermia.
PHORBAS, (hist.) filho de Argus, reina-
va em Argos no anno I7U0 antes de Jesu-
Christo.
PHORBAS, (hist.) (neto do precedente), li-
vrou os Rhodios de um dragão, que assol-
lava a sua ilha.
PHORBAS, (mylh.) chefe dos Phlegios, na
Phocida, homem cruel e violento, tendo-se
apossado das avenidas, que conduziam a
Delphos obrigava todos os passageiros a ba-
terem-se com elle, e depois de os vencer
íazia-os morrer em cruéis tormentos. Appo-
lo apresentou-se ao combate disfarçado em
athleta, e matou Phorbas com um murro.
piiORGYS, (myth.)deusdamythologia pri-
mitiva dos Gregos, na ceu de Pontos e de
Gea (o Mar e a Terra) cazou com Ceto, que
delle teve os Greos, e as Gorgonas, o dra-
gão das Hespérides, o Scylla, e Throsa.
PHORMiUM, (bot.) planta natural da Nova
Zelândia, de que os habitantes se servem á
naaneira de linho, para fabricar tecidos e cor-
das de excellentc qualidade, pertence áfa-
milia das Asphodeleas e da Uexandria Mo-
nogynia.
PHORONEO, (myht.) filho esuccessordelna-
cho, e segundo rei de Argos, foipaideNio-
hé, d'Apis ede Argus; nomeado arbitro en-
tre Juno e Neptuno, pronunciou em favor
de Juno, o qual depois protegeu Argus. Deu
leis a seus vassallos e iniciou-os nos bene-
fícios da civilização ; sustentou grandes guer-
ras contra os Telchines e os Curetes.
PHCSPiiOREAR, t). a. ou n. [phosphoro, ear
des. inf.) luzir como o phosphoro, emittir
luz phosphorica.
PHospHORico, A, adj. (des. ico.) que con
tém phosphoro, que eraitte luz como phos-
phoro. Luz — . Acido — , formado pelo phos-
phoro combinado com o oiygeneo : com as
b«ses salinaveis fórina phosphates, phosphi-
tes. Os phosphuretos são combinações não
acidas do phosphoro.
PHospHORiZAR, V. O. [phosphoro, uar des.
inf.) communicar as propriedades lúcidas do
phosphoro.
PHOSPHORO, s. m. (Lat. phosphorus, des
Gr.-Lãí.phós, luz, éphere, levo, trago.) es--
trella d'alva, Vénus, Lúcifer. — , substan-
cia mineral mui inflammaTcl, e que emít-
te luz visível na escuridade. — artificial^
composição que tem as propriedades lúcidas
do phosphoro.
pnou-TCHEOU, (geogr ) cidade da China,*'
a lUO léguas SO. de Thaiyouen.
paraataces, (hist.) rei partha, conloiou-
se com Therrausa, sua mãi para matar a
Phraate IV no anno 9, e foi degollado pe-
los seus vassallos revoltados no anno 14.
PHRAAT0, (hist.) nome commum a cinco
reis dos Parthos, cujo verdadeiro nome é
Hradad : Phraato I, que remou de 182 «
164, subjugou os Mardos ; Phraato II , que
reinou de 139 a 127; phraato Til reinou
de 70 a 61, foi morto em uma conspiração
de seus dous filhos Míthridates III e Orodes ;
Phraato IV subiu ao trono no anno 37 an-
tes de Jesu-Christo depois de ter morto
seus irmãos ; Phraato V, um dos filhos de
Phraato IV, estava como refém em Roma,
quando Tibério o entregou aos embaixado-
res harthas para excitar revoltas contra Ar-^
taban III. iMorreu no anno 35.
pijRAUZA ou PHRAUTZES , (hist.) historia-
dor byzantino, nasceu em Constantinopla em'
140J. Deixou uma Ckronica de Constan-^
tinopla.
pnRAORTE; (hist.) rei dos Medos, filho e-
successor de Djocés, reinou desde o anno
657 até ao anno 634 antes de Jesu-Christo,
conquistou muitas regiões , mas foi venci-
do perto do Euphrates pelos Assyrios.
PHRASE, s. f. (Lat. plirasis, do Gr. phra-
se, fallar.) expressão, locução ; sentença bre-
ve; (fig.) eslylo. «A linguagem, tanto nas pa-
lavras como na — , é puramente portugueza »
Vieira.
PHRASEADO, A, p. p. do phrasear ; adj.
exprimido com phrases. — , s. m. o — , o
estylo.
PHRASEADOR , A , adj. quo falia por cir-
cumloquios.
PHRASEAR, V. a. {phvase, or des inf.)ex-
prmir por circumloquios.
PHRASEOLOGíA, s. f. {phrasc B logitt.) &\[-
gação, nexo das phrases, estylo.
PHRASis. V. Pkrase.
PHRENESi, s. m. (do Gr. phren, o c&té-'
bro, a mente.) agitação violenta do espiri-,
to ; grande impaciência. — , (p. us.) phre-
nisis, doença.
PHRENETico, A, adj. (des. ICO.) doente de
phrenitis ; (fig ) extremamente impaciente.
PHRENiTis, s. f. (med.) inflammação do
diaphragma (em Gr. phrénes.) ou das mem-
branas do encephalo. '■*
PHRENODiAco, A, adj. Deicurso — , feito'
por occasiào de alguma calamidade pu-
blica. '
PHRENOLOGiA, s. f. (do Gf. phrefi, oce-
PHU
]^Ht
199
rebro, e logia.) (t. novo) scíencía das func-
ções iatellectuaes do cérebro e 5uas diversas
partes.
pHRENOLOGico, A, ãdj . (des. tco.) que res-
peita á phrenologia.
PHRENOTRii, (h. n.) género de pássaros ,
indigeuos de Java, muito parecidos com os
corvos.
PHRTGiA, (hist.) Phrygia, região da Ásia
Menor, cujos limites foram por muitas vezes
mudados.
PHRYJÍA, (bot.) género de plantas | da fa-
milia das Labiadas e da Dydynamia Gym-
nospermica.
PHRYRE , (hist.) uma das mais celebres
cortezãs da Grécia, vivia no IV século an-
tes de Jesu-Christo. Teve por amante o pin-
tor Praxitele e serviu-lhe de modelo para
as suas estatuas de Vénus. Era tSo rica que
se offereceu para reedificar Thebas á sua
custa.
PHRYNiCHO ARRHABio , (hist.) grammalico
bylhynio, auctor do uma coUecção das pa-
lavras do dialecto attico.
PHRYNiCBO , (hist.) poeta trágico d'Àlhe-
nas, vivia no VI século antes de Jesu-Chris-
to , ioi disoipulo de Thespis e auctor de
nove tragedias perdidas ; inventou o jerso
jambico tetrametro.
PHRYNis, (hist.) poeta e musico de Mity-
lene, nasceu no anno 480 antes de Jesu-
Christo ; rival de Timotheo , ajuntou duas
cordas ás sele, que já tinha a cithara e
inventou uma moda aíTeminada.
PURYNIUM, (bot.) género de plantas da fa-
mília das Canneas e da Menandria Mono-
gynia.
PHRYXO, (myth.) filho" de Athanias e ir-
mão de Ilellé, tinha inspirado a sua ma-
drasta um amor criminoso, que elle despre-
sou, foi calumniado por ella e condemnado
Á morte, mas salvou-se com Hellé, sua ir-
mã, chegou á Colchi^la sobre uraa ovelha
com veu de ouro, que lhe fora enviada por
Júpiter ; immolou a ovelha e offereceu o
velo a Marte.
PHTiA, (geogr.) cidade da Thessalia, ca-
pital da Phthiotidaj a O. perto de Pharsalia.
PHTHioTiDA, (geogr.) pequeno estado da
Thessalia no tempo da guerra de Tróia ,
compreendia toda a parte meridional desta
região.
PHTHisiCA, í. f. (Gr. phihisis, marasmo,
de phlhio, seccat, definhar.) (med.) doença
que consome lentamente, marasmo, vulgar-
mente tisica. V. Tísica.
PHTHisico. V. Tísico.
PHTisiCA. V. Tisica,
PHUL ou SARDANAPALO U, (hist.) fllho de
Sardanapalo I, rei de Assyria. Depois da
queda de Sardanapalo e desmembramento
do império de Assyria, Phul só conservou
o reino de Ninive aonde reinou desde 75*J
até 742.
PiiYLvCrKRiAf?, s. f. (Lat. phylacterium,
do Gr. p't)//a4'5c, guardar, conservar.) amu-
letos que os antigos traziam para evitar doen-
ças e outros males; (lig.) subtileza, embus-
tes. « Os hypocritas ensanchavam suas — .»
Couto.
PHYLIC4, (bot.) género de plantas da fa-
mília das Rhamneas e da Ientan4ria Mcp
nogynia.
PHYLTATHO, (bot) geucFO de plsntas da
famillia das Kuphorl)iaceas e da Jàonoecm
Wonadelphia, L.
PHYLLIDE, (bot.) género de plantas da
famillia das Hiibiaceas e da Pcntandria Mo-
no^ynia, L. ';'
riiYL'0MA, (bot.) género de plantas d.3
famillia das Asphodeleas e da iiexandrla
Monogynia. L.
PFiYSALiDA, (bot.) genero de plantas da
famillia das Solaneas e da Pentandria Mo-^
nogynía, L.
PHYSALO, (h. n.) Physalus, genero de
Mammiferos da classe dos Cefaceos.
PHYsiCA, s. f. (Lat., do Gr. physiké, de
physis, natureza, o nascer.) sciencia que
trata dos phenomenos naluraes e indaga^
propriedades dos corpos, as leis da gravi-
tação e do movimento, por meio da obser-
vação e de experiências, mas sem os decom-
por como fazem os chimicos. — , (ant.) me-
dicina.
PHYSiCAMEKTE, adv. {mente suff.) segunr-
do as leis da pliysica, ou da natureza, u. ^^'
isso é — impossível.
PHYsico, A, adj. (des. ico.) natural, cor-
póreo ; concernente á physica ou á medici-
na. Propriedades — s. — , s. o — do homem,
isto é, o homem considerado era quanto ás
funcçÔes discerniveis dos órgãos : oppõe-se
ao moral do homem, ou funcções intelle-
ctuaes. O mundo — .
PHYSICO, s. m. o que é versado na phy-
sica ; medico.
PHYSíoGNOMico , A , ttdj. que respeita á
physionomía (arte).
pnYsroGNOMisTA, s. dos 2 g. (des. istçi.]
pessoa que julga com acerto da Índole de
alguém pela physíognomía.
PHYSIÓGNOMONIA , e pOF USO PHYSIOGSO-
MiA, vulgarmente Physionomía, s. f. (for-
mado do Gr. physis, natureza, e gnomon,
mostrador, indicio.) as feições do rosto; (fig.j
arte que ensina a conhecer a índole, inc\j^
nações e talento das pessoas pelas suas fei)-
ções. A — de Lavater, tratado deste autor. ^
pHYsroLOGiA, s. f. (Lat., do Gr. physis,
natureza, e logia.] parte da medicina que
trata do mecanismo orgânico das funcções
50 *
I
w
260
M
aniraaes, vitaes, da geração, etc. — vegetai^
que tem por objecto os funcções das plan-
tas.
PHTSiOLOGico, A, ofij. (des. ico.) que diz
respeito á physiologia. Systema — .
PHYSiONOMiA. V. Physiognomonia.
phySionomico. V. Physiognomico.
PUYSIONOMISTA. V. Physiognomista.
PHYSiPHORA, (bot ) género de plantas da
famillia das Violareas.
PHTSOCALYMNA, (bot.) genero de plantas
da famillia das Salicarias e da Icosandria
Monogjnia, L»
PIA, s. f. (do Lat. piscina.) pedra exea-
vada, ou receptáculo de pedra que contém
agua para beberem as bestas, — baptismal,
a que encerra a agua que serve ao baptis-
mo. — de porcos, vaso de páuou pedra on-
de se lhes põe o comer. — , (naut.) V. Car-
linga. — , (subst. do Fr. pie, remendado,
cavallo.) faca ou égua remendada.
piÃA, s. f. (de pião.) (anl ) mulher não
nobre, plebêa.
riACEE, (loc. Ital. piac«, pron piaíxêiSgrâ-
da, éapnizivol. Tarde — , anl., Eufr. e Uli-
sip., já não é tempo, deixou passar a occa-
siào.
PIACULAR , adj. dús 2 g. (Lat. piacula-
ris.) (p. us.) expiatório, íj. 5^. sacrifício, vi-
etima — : dons, oblatas particulares.
riÁcuLO, s. m. (Lat. piaculum ) (p. us.)
grande crime que se deve expiar pelo sacri-
fício de alguma victima ; sacrifício expiató-
rio.
PIADA ou p davra, (geogr.) a antiga Epi-
daiira, cidade da Grécia moderna, 9 lé-
guas JNK. de Nauplia.
piADADE. V. Piedade.
PIADO, s. m. (subst. do supino de jotctr.)
o pio (u soido dos pintos, ou das aves; o
som sibillante da respiração dos asthmaticos.
PIADOR, A, adj. que pia. « O mocho — .
Bocage.
PIADOSAMENTE. V. Piedosamente.
piADosAMENTE, ttdv (do Fr piteuscmení.)
(ant.) V. Escassamente. « — rende, e chega
para os custos. » Couto.
pjADOSO. V. Piedoso.
piÃES, (geogr.) freguezia tle Porlugil, no
concelho de S. Fins, a 6 léguas de Lame-
go; 1,600 habitantes.
piAL. V. Poial.
PiALi, (hist.) capitão pacha, era Húnga-
ro, e foi na sua infância achado pelos Turcos
no campo do batalhado Mohocz. Foi crea-
do no serralho por ordem de Mahomet II,
chegou ao posto de capitão pacha, tomou
com a esquadra turco -franceza Messina e
Ileggeio, assoUou Majorca, Jíinorlae Iviça,
batteu em 15Íj9 a esquadra de Philippe II,
a condu;siu a espedição de jChypre, foi po-
rem demettido antes da empresa pfOf Se-
lim 11.
piAMATER, s. f. (Lat. pia, branda, ma-
cia, e mater, mãi.) (anat.) membrana in-"
terna do encephalo sotoposta á tíwramaíer.
pÍÂmbre, s. m. (t. da Ásia) Fernão Men-
des Pinto usa deste termo na accepção de
tribuna cap. 122. « A pessoa d' El-Rei esta-
va em cima no — , qu'3era a tribuna.» Moraes
lhe di também a significação de uma sorte de
andas.
PIAMENTE, adv. [mente suíf.) com pieda -
de ; religiosamente.
piANO-FORTE, s. m. (do Ital.) Instrumen-
to de musica e teclado bem conhecido ; é
um cravo aperfeiçoado.
piANOZA, (geogr.) Planasia, ilha do mar
Tynhio, nas costas da Toscana, ao SO. da
iiha d'Elba.
piANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a. Lat.
em ans, tis, que pia, dá pios, piados ; (fig. e
jocoso) que se lastima, aíllige, v. ^f. namo-
rados —s.
PIÃO ou PEÃO, s. m. (Fr. ant. pion, do
Lat. pes, pedis, pé.) homem que combatia
a pé, na milicia antiga, homem plebeu, não
cavalleií^o ; no jogo de xadrez os piões são
as peças de menos valor que representamos
soldados. — , soldado de infantaria que fica
firme nas evoluções lateraes. — , bola de páu
rematando inferiormente em cone onde está
cravado um ferrão, sobre o qual gyra quando
se lhe dá impulso rotatório; éjogo de rapazes,,
— , viga da atafona que gyra sobre dois fer-;
rões dos extremos, e sobre o taco. — da tenda
de guerra, o páu do meio que sostêm o pavi-
lhão cónico: também se denomina pião dos
sombreiros. — do canhão, repairo sobre que
se move a peça, pequeno — do falcão. — , (t.
de picaria) maní^jo, pilar com três cavas para
marcar as voltas do cavallo, e defender o ca-
valleiro das pernadas. V. Peão.
PIAR, s. m. (ant.) V. Pilar, Poste e Poial.
PIAR, s. m. (origem e significação incerta.)
« meias calças sobre ceroulas de pinno i&vciji
bem azul, de — inteiro » Tenreiro, Itiu.^
cap. 17. Moraes verte até baixo, pantalo- ^
nas, mas não dá explicação do termo. Tal-
vez venha do lersico pai-ru, peão, criado
de pé, e nesse caso panno piar significa-^
ria ordinário, grosso. É de notar que Tenrei^j,
ro diz meias calças, o que por certo não equiy,
vale a até a baixo, ou a pantalonas.
PIAR, v.a. n. [pi voz imitativa, ar des. inf.)
soltar a voz como fazem os pintos e as avesU,
nhãs. — , em sentido activo usado na poesia.
« Piem- íc agoureiras aves negras venturas, »
proferir em voz lúgubre, triste. — , (ant. joco-
so) beber. — de godo, Úlis., beber regalada-
mente. Vem do Fr. piot^ vinho, do Gr. pinô^
beber.
PIC
WC
SOI
ir
PIARA, s. f. (t. Cast.) manada de porcos,
rebanho de ovelhas, do Lat, porcwí, porco.)
(ant.) bando, roda, troppl de gente do povo.
PIAS, (geogr.) villa efreguezia de Portu-
gal, situada âlrguasaoN. deThomar, con-
tém 3,0()(> habitantes. Ha raai3 3 povoações
do nnesmo nome : l .* no concelho de Monção,
90o habitantes; 2.® junto a Penafiel; 3 "no
concelho de Moura; districto de Beja ; 850
habitantes.
p'AsiNA, (geogr.) rio da Sibéria, corre ao
KO. e lança-se no Oceano Glacial.
riASSÁ, piASSATA ou piASOAVA, s f. (ter-
. mo Brasil.) espécie de junco prelo e mui
flexivel de que se fazem vassouras, escovas,
amarras, cordas, etc.
piAST, (hist.) tronco da dynastia polaca
dos Piasts. Era um simples camponez da
Cujavia. Seus concidadãos, apreciando as
muitas virtudes, que o adornavam, confia-
ram-lhe o supremo poder com o tituío de
duque em 842; fez pelo espaço de l9 an-
nos a felicidade da Polónia.
piASTRÃo, s. m, (do Ital. piasírone, au-
gment. de piastra, lamina de metal, e não de
piasíre, Fr., que nunca teve tal significação.
O termo correspondente Fr. éjj/asíroTi,) pe-
ça da armadura que forma a parte anterior da
coiraça.
PIASTS, (dynastia dos) (hist.) dynastia po-
laca, que reinou desde 842 até 1370. O
primeiro desta dynanlia foi Piast, o ultimo
Cazimiro-o-Grande.
piALHi, (geogr.) pequena província do
norte do Brazil, entre a do Maranhão ao occi-
dente, e a do Ceará ao oriente. Vem-lhe o
nome que tem de duas palavras do idioma
dos Índios, piaií, peixe, e hi. agua, 60,000
habitantes.
piAuni, (geogr.) rio que rega a província
do mesmo nome, no Brazil.
piAUHi, (geogr ) rio que nasce na provin-
da deMinas-Geraes, ao ^. da serra das Es-
meraldas, e vai lançar-se no rio Jequiti-
tonha, no Brazil.
piAUHi, (geogr.) pequeno rio da provín-
cia de Sergipe, no Brazil.
piAVK (geogr.) Plams,TÍo do reino Lom-
bardo Veneziano, nasce nos Alpes Noricos,
corre ao SO. e lança-se no Adriático.
piAZzi, (hist.) astrónomo italiano, nasceu
em 1/46, morreu em 1826 Os seus prin-
cipaes escriplos sào. Licções d' astronomia ;
Catalogo das Estrellas', Memoria sobre o
novo planeta Ceres.
PIBA-GRANDE e PIBA-PEQUEKA, (gPOgr.) sãO
duas serras visinhas uma da outra, ambas
na provincia do Rio de Janeiro, no Brazil,
a pHmeira no districto da cidade de >ilhe-
rôhi, e a segunda no da villa de Maricá,
PICA, s. f. (de picar.) (ant.) pique. — ,
TOL. IT.
(nant.) os delgados das obras da popa e
proa. — , pinta de cavallo. — , obsceno, o
membro viril. Todas estas accepções vem da
ideia de cousa aguçada.
PICA , *. f. (do Lat. pungo, ere, picar.)
(mod.) appetile depravado e pungente, t). ^r.
das mulheres pejadas.
PCACEO, A, adj. (med.) que tem appeti-
te depravado, como algumas mulheres pe-
jadas.
PICADA, s. f. (subst. da des. f, depica^
do, p. p ) golpe de cousa bicuda, picante,
como ferrão, v. g. — de agulha, lanceta, es-
pinho ; dôr lancinante como a que resulta de
picada feita com instrumento agudo. Sentir
— s por todo o corpo, como em algumas doen-
ças eruptivas, herpeticas. — s, a carne picada
que seda de cevo ás aves de caçar. — , (fig.)
correria contra o inimigo, damno leve. — , ca-
minho estreito aberto por entre o mato.
PiCAUEiiiA, s. f. {picado, des. eira.) pica-
reta, ferro com que se picam as mós de moi-
nho ; martellinho de gume usado pelos pe-
dreiros para lavrar e afeiçoar tijolo de ladri-
lho.— , (ant.) aguilhoada. «i.ntãocoma —
começai-o d'aficar. » Cancioneiro, p. 21.
PICADEIRO , s. m. (de picador, picaria,
des. eiró, de área.) área onde se ensina a
picaria, e se amansam e adestram cavallos;
área onde andam as bestas ou bois em en-
genhos cujas rodas põem em movimento ;
lugar, nos engenhos de assucar, onde se
ajunta e pisa a canna. — de lenha, lugar on-
de ella se ajunta na proximidade das forna-
lhas.— 5. (naut.) os paus que sostêm a náu
no encovadouro e que se picam ou cortam
quando é lançada ao mar. — s, (ant.) por pts-
cadeiros ou pescadeiros, homens que tra-
ziam peixe dos portos de mar ao interior do
reino, ou certidão de se não ter podido efife-
ctuar a pesca. Moraes diz que pôde também
ser correcto picadeiros, por tirem picando, e
a todo tira pela posta, tu lhe perguntara on-
de elle achou que os pescadores antigamente
em Portugal corriam pela posta, carregados
ou não de peixe.
piCADETE, adj. dos "i. diminuí, de pica-
do, levemente irritado, ou picado (em senti-
do figurado).^
PICADINHA, í. f. diminui, de picada, le-
ve j içada.
PICADO , A , p. p. de picar ; adj. ferido
com instrumento agudo, v, g. com ferrão,
aguilhada. — , cortado miúdo, v. g. linha —
a carne, o toucinho ; (íig.) pungido, estimu-
lado, irritado. Está- — por lhe terem fal lado
á civilidade, por não ler sido convidado. — ,
(ant.) presumido, v. g — de gracioso. O
mar — , alterado, agitado. E um mar — ^
(íig.) espirito inquieto, desassocegado. — ," '
(braz.) que tem ip\ui6sm'má&s. Leopardo —
51
m
TÍC
fíC
de prata. — , cortado a pique, Íngreme, dif-
ficil de subir. Subida do monte — . Escada
— , erapina*da. Telhado — , acoruchado, com
grande declive para facilitar o escorrer das
aguas. — , quo tem sabor picante. Garapa
— ■ , fermentada, que passou pela fermen-
tação vinosa.
PICADO, s. m. carne ou peixe cortado mui-
to miúdo e guisado para recheio, ou cozido no
forno.
piCADOR, s. m. o que ensina a picaria aos
homens, e o manejo aos cavallos
piCADURA, s. f. dôr de picada, effeito da
picada : a superfície desigual, dentada a mo-
do de lima grossa, v. g. nos alfinetes, for-
nilhos para fazer pega e não escorregar. — s,
as lasquinhas e pó que saem das pedras la-
vradas ao picão.
piCAFLOR, í. m. avezinha também chama-
da chupamel e beijaflor.
PTCAMiLHO, s. w. (de pica emi//io.) epí-
theto dado á gente do Minho, que come pão
de milho, boroeiro.
picANCEiRA , s. f. nome de uma herva
branca e tomentosa.
PICANÇO , s. m. (Lat. picus.) ave de ar-
ribação que fura as arvores.
PICANTE, adj. dos 2 g. (des. dop. a. Lat.
em ans, tis.) que pica, punge, x>. g. espinhos
— s ', que pica na língua, como apimenta, o
sal, a hortelã; a mostarda ; (fig.) pungente,
penetrante: dôr — . Ditos —s, que tem sal,
agudos, facetos, ou mordentes. Graças— s,
mordentes, queoffendem. -7-, notável, inte-
ressante pelo contraste. E gallicísmo mo-
derno, e que se deve evitar, v. g. seria —
fazer encontrar os dois rivaes, istoé, cu-
rioso, divertido.
PICÃO, s. /*. {picar, des. augm, ão.) ins-
trumento de ferra com que o canteiro la-
vra a pedra. — , (ant.) facha de armas com
ponta de picão. Pellouro de — , bala de
ponta. — , peixe que tem no focinho um os-
so mui forte e agudo como espada com o qual
fura o costado de navios. — , (fig. e chulo,
valentão.
piCAPAU, s. m. ave que tem bico agudo e
foite com que pica ou bate no páu para fa-
zer sair os vermes que este encerra e que el-
la come. — , (t. do Brazil) barrete alto en-
gommado de trazer por casa.
PICAR, V. o. (do Lat. pungo, cre, forma-
do de açus, ferrão, acuo, ere, picar, ou de
ico, ere, ferir ; o p inicial é contracção de
op ou ob, contra , do lado opposto.) intro-
duzir com força corpo agudo, v. g. — a
carne, a folha, a casca, o papel; — o ca-
vallo com as esporas, os bois com a aguí-
Ihada. — com faca ; — a veia c«m lanceta.
A vespa picou-me. — , cortar miúdo, fazer
em picado, v, g. — & carne, a gallinha, o
toucinho. — , pungir, causar sensação acre,
V. g. & pimenta, a mostarda pica a língua.
— , molestar, v. q. picámos o inimigo ou
a retaguarda até Santarém. — as amarras,
corta-las. — o muro, com o picão, para o
derribar. — o debuxo, com alfinete, segun-
do a direcção das linhas, para estrezir. — ,
recortar, fazer lavores nas roupas, —pedra,
lavrar com o picão. — , morder. v,g. O peixe
pica a isca, ou em] sentido abs. : o peixélpi-
ca. — , (fig.) incitar, estimular ; molestar.
O coração, pungir. « A raiva, a cubica pi-
cam-nos. » Lobo, Deseng. — alguém, of-
fende-lo , irrita-lo, causar-lhe dissabor. —
os envites, em jogos de parar, augmentar as
paradas, cobrir as do parceiro. — alguma
matéria, tocar superficialmente. — , agitar,
revolver. O vento pica o mar. — se, v. r.
irrítar-se, offender-se. — , presumir, ». g.
— de eloquente. — se o mar, alterar-se, agi-
tar-se. — se, no jogo, dobrar as paradas, de
enfadado. — , disseminar-se, grassar cau-
sando moléstia, incommodo. Picava a fome;
começava a — a peste, fazia progressos. Pi-
cam as occasiões, amiudam-se. — , (famil.)
dar lucros pequenos e amiudados. Este of-
icio sempre pica. — , (fig.) apressar-se. Pi"
cdmos até d cidade, isto é, os cavallos, para
os fazer andar mais depressa.
piCARAMENTE, adv. [mente suíT.) com pi-
cardia, como picaro.
piCARD, (hist.) astrólogo francez, nasceu
em 1620, morreu em 1682 Escreveu:
Historia celeste ; Medida da terra ; O co-
nhecimento dos tempos.
PICARDIA, s. f. (Cast.), velhacaria, acção
vil, de picaro ; acção deshonesta.
PICARDIA, (geogr.) antiga província e gran-
de governo da França, era limitado ao N.
pelo Artois e o Bolonhez, ao S. pela Ilha
de França, a E. pela Champanha, a O.
pela Mancha e a ISormandia. Cppital Amí-
ens. Era dividida em Alta e Baixa Picar-
dia.
PCAREL. (h. n.) género de peixes dafa-
millia dos Percoides.
PICARESCO, A, adj. de picaro , burlesco,
chulo. Estylo — . Lobo.
PICARETA, S. f., e PICARETE , S Wl. (de
picar, des. eta ou ete dim.)martello de pe-
dreiro e de ladrilhador.
PICARIA, s. f. (des. ia.) arte de ensinar
a montar a cavallo, e manejo. — , picadei-
ro. — , multidão de piques. Y. Pique-
ria.
PICAROTO, t. m. V. Cum$.
piCATOSTK, s. m. (t. de cozinha) recheio
de picado de carneiro com ovos e pão ralado
temperado com limão.
PIÇARRA, s, f. (do Fr. ant. pie ou piech,
monte, outeiro, e aréa.) terra misturada com
nc
Pie
m
âréa, pedra arôenta. ^. (ant.) schislo la-
mielluso, ardósia.
piçARRAL, s m [piçarra^ des. collect. ai.)
BQonte de piçarra,
piçARRÃO, s. m. augment. (p. us.) de
piçarra^
PIÇARROSO, A, adj. (des. oso.) onde ha pi-
çarra ; da natureza de piçarra.
picciNi, (hist.) compositor allemão, nas-
ceu cm 1727, morreu em 1800. Deixou
150 operas, as mais conhecidas são: Ze-
nobia, Olimpiada, Roland, Atys, Dido, etc.
piccoLOMiisi, (hist.) nome de uma das
famillias nobres que entre si disputaram o
poder em Sienna. Succederam era 1538
aos Petrucci como chefes da republica ; mas
em 1541 a influencia d'flispanha fez cessar
o seu dominio.
piccoLOMiNi (Alexandre) , (hist.) da nobre
famillia dos Piccolomini, nasceu era 1508,
morreu em 1578. Entre muitas obras es-
creveu : Tractados de Moral e Philoso-
phia.
p GEMINO, (geogr.) hoje Marcha d'Ancona,
pequeno estado d'ltaHa, sobre o mar Adriá-
tico, entre os Senones ao N. os Prcetutiis
ao S., tinha por cidades pricipaes Asenbum,
Picenum, Firmum, Auximum e Cingulum
piCENTiNos , (geogr.) Picenlini , hoje a
parte NO. do Principado interior, (Nápoles)
pequeno estadoi d'Italia , ao S. da Cam-
pania.
piciidadianos, (hist.) a mais antiga dynas-
lia dos reis da Persin, ó mais fabulosa do
que histórica. Este nome, que deriva da
palavra pichdad, sobrenome de um dos reis
da dynastia, parece resumir todas a popu-
lações persas, que precederam Zoroaslro.
A dynastia dosPichdadianos foi fundada em
uma epocha muito remota por Kaiomaratz
piCHEGRU, (hist.) general francez, nasceu
em 1/01. Abraçou com ardor as doutrinas
revolucionarias. Nomeado general do exer-
cito do norte, reorganisou-o, bateu os al-
liados em Cassei, Courtray, ^enin, Rous-
selaer. entrou em Bruges, Gand, Antuérpia,
Bois le Duc, Venloo, etc, mas no meio
dos seus triumphos, deixou-se seduiir pelas
promessas do príncipe de Conde, fez servi-
ços á causa realista, e consentiu que a
Áustria alcançasse algumas vantagens sobre
as suas tropas. Morreu em 1804 preso no
Templo.
piCHEL, s. m. (do Fr. ant, picher vaso,
bilha para vinho.) vaso de recolher vinho
tirado das pipas para uso immediato. — ,
vaso para beber. « Grandes picheis de pra-
ta, » para agua e vinho que se distribuía no
paço. Góes.
PICHELEIRO , s. m. [pichei, des. eiró.) o
que faz vasos de estanho ou de lata.
piCHKLiNGUE, s. m. (corruplo de F/«mn-
gue, porto donde antigamente saiam mui-
tos corsários ou piratas.) (ant.) corsário, la-
drão. .
PICHEM, adj, Uta — , uma espécie uvas
Alarte.
piCHESBEQUE. V. Pcchisbeque.
picnmciiA, (geogr.) volcão da America
do sul, na republica do Equador, ao SE.,
a 3 léguas O de Quito.
PICHO, A, adj. [Lai. piceus, de pix, eis,
pez.) de pez, negro como pez.
PICHO, s. m, V. Pichei e Pincha.
piCHORRA, s. f. pichei com bico. V. Pi-
chei.
piCHOSAMENTE, ãdv. [mente suíl.) de mo-
do pichoso.
piCHoso , A , adj. nimiamente apurado ,
atilado ; fastiento ; minucioso. V. Pechoso.
piciNA. V. Piscina.
PICO, *. w. (do Céltico eSaxonicojoeac ou
pig, cume, do mesmo radical qnt o Latino
açus, ponta. Gr, aké. Em Egypcio khaé si-
gnifica ultimo.) summidade , cume agudo
dos montes ; monte mui alto terminado em
pico, V. g. o — de Tenerife. — , picão, ins-
trumento de picar muros. — , cousa picante,
espinho. Os— 5 das plantas; (fig,) sabor pi-
cante e agradável, v g. o — do sal, da pi-
menta, do vinho ; e no sentido moral, sal,
graça, chiste As poesias de Nicolau Tolen-
tino tem muito — .
PICO, s. m. (Lat. picus.) V. Picanço.
PICO, s. m. (t, da Ásia) certo peso. Um
— de prata, valia 1500 cruzados, segundo
F. Mendes Pinto. Vm — de seda.
PICO DE MiRANDOLA, (hist.) famillia ita-
liana, assim chamada do castello de Miran-
dela, perto de Modena, possuia, alem de
Mirandola, Concórdia e Quarentola. Tor-
nou-se independente no principio do XIV
século. Representou um pap.rl importante
no partido gibelino, durante as guerras ci-
vis d'Italia. Foi despojada dos seus Estados
pela Áustria em 17 1 0, por se ter reunido
á França na guerra da Successão d'Hispa-
nha.
PICO DE MIRANDOLA, (hist.) da famillia dos
Mirandolas, foi celebre pela sua sciencia,
nasceu em 1463, morreu em 111j4. Apre-
sentou-se em Roma para sustentar a these
De omni re scibili. Deixou : Conclusiones
philosophica , cabalisticce et íheologicce ,
etc.
PICO (ilha do), (geogr.) uma dasdoarchi-
pelago dos Açores, assim chamada de uma
alta montanha, a que se deu esse nome;
28,730 habitantes. Esta ilha dista 1 légua
do Faial, 3 de S. Jorge, 11 da Graciosa, 12
da Terceira, 32 de S. Miguel, 39 das Flores,
40 do Corvo, e 47 de Santa Maria.
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PIE
PICO DE REGALADOS, (geogr.) vílla de Por-
tugal, 2 léguas ao JN.de Braga; 6(J0 habi-
tantes. — dos Reis, freguezia do mesmo
concelho, 550 habitantes. *
PICO, (geogr.) ilha d« forma cónica na
do districto de Parati, na provincia do Rio
de Janeiro, no Brazil, e a pequena distan-
cia da dita costa.
PICO (Serra do), (geogr.) serra mui alta
da cordilheira dos Aimorés, no Brazil.
picoLA, s. f. (t. de ordens religiosas.) Dar
uma—, condemnar um frade a comer no
chão ou em mesa baixa.
Picos , (geogr.) serra da provincia de
Goyaz, no Brazil, coroada de três morros,
a pequena distancia uns dos outros , os
quaes se avistam de mui longe.
picoso. A, adj. {pico des. oso), (p. us.),
mui alto, de muito altos picos. v. g. Ser-
ra— .
PICOTA, s. f. (de picar), páo alto que ser-
ve de pelourinho em villa. — , páo que pe-
ga na extremidade do zoncho com que se
dá á bomba.
PICOTE, s. m. (de picar, por ser áspero)
burel, panno grosseiro e áspero de que se
vestiam os rústicos. Fernão d'Uliveira, Gram.
Havia — de felpa grossa.
picoTiLHO, *. m. diminui, de picote, bu-
rel menos grosseiro que o picote.
PICOTO. V. Cume.
picpo, (geogr.) pequena villa de França,
a E. de Paris, reunida actualmente ao ar-
rabalde de Sancto António.
piCQUiGNY. (geogr.) cidade de França, a
3 léguas ISO. d'Amiens ; 1,'uOO habitan-
tes.
piCROCHOLO, A, adj. (do Gr. pikros. amar-
goso, e khole, bilisj, (med.) (p. us.), doen-
te de humor cholerico, atrabilario.
PICTAVI ou PICTONES, (gcogr.j povo da
Galliza, compreendido primeiramente na Cél-
tica, depois na Aquitania segunda ao í^.,
tinha por capital Jt*ictavi, antigamente Li-
monum [Portiers).
piCTES, (geogr.) Picti, antigos habitantes
da Caledónia, começa a figurar na historia
no século II , e tornaram-se celebres desde
o reinado de septimo Severo. No III.* sé-
culo toda a Bretanha barbara foi dividida
entre Pictes e os Scots.
piCTET, (hist.) theologo protestante, nas-
ceu em Génova em 1655, morreu em 17il4.
Deixou 50 obras , entre ellas : Tractado
contra a indiferença das religiões : Théo-
logia christá ; Historia da Igreja e do
mundo, etc,
PICTET, (hJst.) sábio genovez, nasceu em
1752, morreu em 18Í2I5. Creou a Bibliothe-
ca britannica , chamada depois de 1816
Bibliotheca unitersal de Genota.
PICTET (cARLos), (hist.) írmlo do prece-
dente, nasceu em 1/55, morreu em 1824.
Escreveu o Curso d' agricultura ingleza ;
Theologia natural, etc.
picuMNO E PILUMNO, (mjth.) deuzes ita-
hanos, íllhos de Júpiter presidiam aos ca-
zamentos eás tutellas, e ensinaram o pri-
meiro a estercar as terras ; o segundo a
moer o grão.
picus, (myth.)rei dos Aborígenes na Itá-
lia, era filho de Saturno, amou Canente, e
foi transformado ©m picanço por Circé, a
quem elle tinha desprezado.
PIDA, PTDE e piDO, variações antigas de
pedir Hoje dizemos peça, pede, peço, o que
é irregular, mas mais grato ao ouvido.
PIEDADE, s. f. (Lat. pietas, tis, reveren-
cia religiosa, devoção, etc.) amor aos pa-
rentes, ternura, v. g, — dos pais para com
os filhos, dos filhos para com o pai, a mãi,
aífecto reverente, v. g. — do povo para com
o rei, compaixão, dó. Tratava os pobres,
os presos, os infelizes com — . — , vida es-
piritual de gente pia, devota, religiosa, re-
verencia religiosa. Arca de — , coííre onde
se guarda o dinheiro de condemnações pa-
ra obras pias. Monte de — , instituição on-
de se empresta ar, publico dinheiro sobre pe
nhor, A intenção de lodos os fundadores foi
que o juro fosse módico, e as avahações
equitaveis, mas de ordinário a usura ó ex-
cessiva. Religiosos da — , uma das seis pro-
víncias da ordem dos franciscanos. — s, pi.
lastimas, queixumes com que se procura ex-
citar compaixão, v. g. as — dos vencidos.
PIEDADE, (geogr.) serra da provincia da
Bahia, na comarca do llio de Contas , no
Brazil.
piEDicoRTE, (geogr.) villa de França, a
4 léguas SE. de Corte ; 600 habitantes.
riEDiCROCE, (geogr.) villa de França, a
4 léguas NE. de Corte ; 500 habitantes.
PIEDOSAMENTE, ttdv. [mente suíT.), com
piedade, de modo a excitar compaixão, —
(do Fr. piteusement), escassamente, a custo,
mesquinhamente, ex. « A índia para si ren-
de — . » Couto, Soldado pratico, apenas,
escassamente.
PIEDOSÍSSIMO, A, adj. superl. de piedoso,
mui piedoso; mui compassivo, ilfãi — . En-
tranhas— .
PIEDOSO, A, adj. (des. oso), affectaoso e
reverente para os pais, parentes : que tem
reverencia a Deus ; compassivo, v. g, — pa-
ra com os pobres, os doentes ; pio, desti-
nado a fira pio : obras — s, úteis ao povo,
V. g. hospitaes, escholas, fontes, pontes. —
(do Fr. piteux), que excita a compaixão,
miserável, maltratado, reduzido a estado la-
m^enlavel. ex. « — estava a fortaleza, ona-
YÍo. » Couto.
FIE
HG
piEDRAS, (geogr.) capital do Estado de la
Plala, sobre o Atlântico, ao S. e defronte
de Montevideo.
PIEIRA, s. f. (de pé, des. eira), doença
que vem aos pós dos bois, causada pela
immundicia em que os acravam nos cur-
raes.
PIEMONTE, (geogr.) [isto éPaii ao pé dos
montes), em italiano Piemonte, em latim
moderno Pedemontium ^ região da Itália
septentrional, a E. dos Alpes gregos, e ao
N. dos Alpes maritimos , forma com a
Sabóia o centro dos Estados Sardos, e com-
preende 5 intendências, geraes ; Turim ,
Coni, Alexandria, Novara, Aoste ; 2,600,000
habitantes, (apitai Turi'n.
PiENTissiMO. V. Piedosíssimo.
PIKNZA, (geogr.) antigarap.nte Corsignano,
cidade da Toscana, a 2 léguas e um quar-
to SO. de Montepoliciano.
piERiA, (geogr.) Pieria, região da Mace-
dónia, na costa Occidental do golfo Ther-
maico, entre o Haliacmon e o mar.
piERiDES, (mytb.) hlhas de Piero rei da
Macedónia, disputaram ás Musas o preço do
canlo, foram vencidas e metamorphoseadas
em pegas. Os poetas também chamam ás
musas Pierides, por cauza do monte Piero,
que lhe era consagrado.
PTERio, A, adj, (Lat. Pieriíís), (poet.) das
musas.
PIERO ou P'RRTAS MONS, (geogr.) Cordi-
lheira de montanhas da Macedónia ficava
parallela ás margens occidentaei do golfo
Thermaico.
piERRE, (geogr ) cidade de França, a 7
léguas ao íl. de Louhans; 1,600 habitantes.
piERRE-BUFFiERE, ('geogp.) cidade de Fran-
ça, a 4 legoas SE, Limoges ; 1,[)00 habi-
tantes.
piERRE-CHATEL, (gcogr.) foftc de Frauça
sobre o Rhodano.
piERREFiTTB, (geogr.) cidade de França,
a 7 legoas ao KO. de Commercy; 1,000
habitantes.
piEHREFONTAiNE, (geogr.) cidade de Frau-
ça, a 5 legoas Sil. de Baurae-les-Dames ;
Í,3U(? habitante^,
piERREFORT, (geogr.) cidade de França,
a 6 legoas iO. de S. Flour ; 1,300 habi-
tantes.
piKTisTAs. (hist.) chamados também 5/)^-
nerios, seita de Lutheranos, que affecta-
Tam grande piedade, e preferiam os exer-
cícios privados aos cultos públicos. Teve [or
chefe Spener, professor de iheologia, o qual
se esforçou para reformar o Lulheranismo.
Os Pietistas teem alguma alegria com os Qut-
kers pela severidade da sua moral e pela
má aversão aos prazeres mundanos.
PIBIOLA, (geogr.) ÁndtSf viUa do reino
Lombardo -Veneziano, a 3 quartos de lé-
gua ao SE. de Mantua.
piETRAFESA, (geogr.) cidade do reino de
Nápoles, a 4 léguas ao SO. de Portenza ;
2,000 habitantes.
PrETRAMALA, (geogr.) burgo de Toscana,
a lo legoas ao NE. de Florença.
piETRA SANTA, (geogr ) cidade da Tosca-
na, a 7 legoas ao NO. de Lucques; 3,000
habitantes.
PIEUSE, (geogr.) cidade de França, a 5
legoas ao SO. de Cherburgo ; 1,700 habi-
tantes.
piEVE-Di-SACCO, (geogr.) cidade do rei-
no Lombardo-Veneziano ; a 2 legoas e 1
quarto ao SO. de Pádua ; 5,650 habitan-
tes.
pieve-porto-morone, (geogr. 1 cidade do
reino Lombardo Veneziano, a 2 legoas e 1
quarto de Corte-Olona ; 2,900 habitan-
tes.
píEVE-SAN-STEFATfo , (gfiogr. ) cidade do
ducado de Toscana, a 2^5 legoas ao O. de
Florença *, 3.420 habitantes.
PIFA NO. V. Pifara.
PÍFARO, s. m. (em Fr. fifre, do illem.
pfeiffe. nome do instrumento ; pfeiflen, to-
car pifaro, e pfeifer, o tocador. São todos
derivados do radical pftf imitativo do som
agudo), frauta fina e de som agudo usada
pela infantaria, o tocador delia.
piFiAMRNTE, adv. {mente suff.) (chulo) de
modo pifio.
pífio, a, adj. (chulo) baixo, vil, mesqui-
nho.
piGAÇA, adj. f. Peva—, na Beira, cha-
mada do conde ou de conde.
PTGAFETTA, (hist.) escriptor italiauo, acom-
panhou o navegador portuguez Fernando de
Magalhães na sua expedição, e fez o diário
desta primeira viagem em roda do mundo.
piGAisiOL DE LA FORCE, (híst ) historiador, ■
e geographo francez, nasceu em 1673, mor- '
reu em 1753. Deixou entre outras obras :
Descripção histórica e geographica de Fran~
ça. ^
PIGARRO, 8. m. (do Gr. bex, tosse, e ara- [
amos, ruido), som ronco causado pela dif-
ficuldade de expellir o escarro viscoso nos
catarrhos. j
piGAULT-LEBRUN. (hlst.) romaucista fran- '
cez, nasceu em 1753, morreu era 1835.
Escreveu uma Historia de França para
uso das pessoas do mundo. Os sens roman-.
ces são cheios de naturalidade e graça, mas
á força de querer ser cómico cae no gru-
tesco o trivial. (>s s'^us romances, que ti-
veram mais voga foram r O Filho do Car-
naval, os barões de Felsheim, meu Tio
Thomaz, M. Botte, o Citador ; este é mui-
to irreligioso, os outros s&o imoQoraes,
52
206 PIL
piGDA, (h. n.) espécie de pássaro muito
parecido com o Pica-Flor.
piGEAu, (hist.) jurisconsulto francez, nas-
ceu em 1750, morreu em 1818. Deixou:
Introducção ao processo ciml ; Vommenta-
rios sobre o Código do processo civil, etc.
piGMEO. V. Pygmeo.
piGNATELLi, (hlst.) priocipe de Strongoli,
ministro do rei de Nápoles Fernando VI,
nasceu em 1/32, morreu em i812, tor-
nou-se odiozo pela sua crueldade. Na oc-
casião da invasão francesa, foi nomeado ti-
gario geral do remo, mostrou a maior pu-
sillanimidade assignou um armistício, no
momento em que Championet corria já
grandes riscos, e fugiu para a Sicília, de-
pois de queimar a esquadra napolitana, dei-
xando a populaça senhora da cidade.
riGNEROL, (geogr.) em italia Pinerolo, ci-
dade dos Estados sardos, capital de uma
província do mesmo nome, a 10 ao léguas
SO. de Turim ; 6,200 habitantes.
piGKOTTi, (hist.) escriptor italiano, nas-
ceu em 1739, morreu em 1812. Entre as
suas poesias as mais notáveis são umas Fa-
bulas, que o tornaram popular.
piGULHAL. V. Pegulhal.
PUS, (hist.) litterato francez, nasceu em
1755, morreu em 1832. Escreveu muitas
comedias e poesias.
piissímo, A, adjf superl. de Pio , muito
pio.
pilado, a, p. p. superl. de pilar; adj.
pisado no pilão ; descascado, v. g Casta-
nha— . Arroz — .
piLADOR, s. m. V. o que pila.
piLANGA, s. f. (t. da Ásia), tribunal , re-
lação. F. Mendes Pinto.
PILÃO, s. m. (Fr. pilon, do Lat. pilum,
V. Pilar, verbo), mão do gral. — no Brazil ,
gral de pao rijo onde se pila ou descasca
arroz milho. v.g. Sebe de — , parede tai-
pal, sebe de taipa.
riLÃo-cÃo, (geogr.) sitio na ilha de Santia-
go, pertencente á fregueziu de S. Miguel, e
concelho da Villa da Praia , 700 habitan-
tes.
piLÃo-ARCADO, (geogr.) pequena villa da
província da Bahia, na comarca do Rio de
São Francisco, no Brazil.
PILAR, s. m. (Lat. pilarium, de pila, co-
lumna cyhndrica ou quadrangular, sem cor-
nija ou outro ornato ; esteio ; pião ou guar-
dador de manejo ou picadeiro.
PILAR, ». o. (Lat. pilo, are, de/?i/a, gral.
Gr. pelos ou pilos, gral, pilcô, apertar, pi-
sar), pisar no gral, de ordinário para tirar
a casca ou peUicula. v. g. — o arroz, a ce-
vada. No sentido de fazer cahir a casca ou
pelle sem pisar no gral. v.g. — a casta-
nha, parece-me vir de peilç o petlar.
MH
riL
I •!. ^i...4n'a
PILAR, (geogr.) villa da província de Pa-
rahiba, na margem esquerda do rio deste
nome, no Brazil, na comarca de Brejo de
Área, 12 léguas pouco mais ou menos ao
SE. da capital da província.
PILAR, (geogr.) villa da província de Goyaz,
no Brazil, vantajosamente situada sobre a
estrada do norte, 45 laguas ao K da cidade
de Goyaz.
piLARETE, s. m. diminuí, de pilar, peque-
no pilar
piLARTE, s. m. moeda antiga de prata de
El-Rei D Fernando. O Elucidário diz que
valera 13 réis e 2 ceitis, e que depois se
abaixara a 7 dinheiros ou ceitis.
piLASTRA, s. f. pilar de quatro faces, das
quaes uma fica embebida na parede ; co-
lumna attica.
piLASTRÃo, s. m. augm. de pílastra.
PILATOS, s. m. (fig.) nome de uma ban-
deirinha que] vai na procissão dos fina-
dos.
PILATOS (Poncio) (hist.) Pontius Pilatus,
era procurador da Judea no anno 27 de
Jesu-Christo Tendo os Judeos accusado pe-
rante ello a Jesus, Pilatos declarou-se incom-
petente para o julgar e enviou-o para o rei
Herodes (Antípas). Como era costume na
festa da Páscoa perdoar a um condemnado,
Pilatos designou para esta graça Barabbas
e Jesus, contando que o povo preferiria a
innocencia ; Barabbas foi preferido. Pilatos
deu então ordem para o supplicio, mas an-
tes delle lavou as mãos para declinar a res-
ponsabilidade deste homicídio. Pilatos mor-
reu em Isere no anno 40.
PILATOS, (monte) (geogr.) montanha da
Suíssa, entre os cantões de Lucerna e de
Linderwald, na margem Occidental do lago
de Lucerna ; é uma ramíQcação dos Alpes
berraeses.
píLCOMAYO, (geogr.) rio da America do
Sul, sae das Andes, e cae no Paraguay,
defronte d'Assumpção.
piLDAR, t?. n. (t. chulo), safar- se, fugir.
piLDORA, (ant) V. Pilula.
piLEO, s. m. (Lat. pitéus. Gr. pilos, fel-
tro, barreie), barrete ou carapuça de que
usavam os antigos gregos e romanos.
piLERNE, (geogr.) aldeia da província de
Bardez; 2,195 habitantes.
PILES, (hist.) litterato e pintor francez,
nasceu em 163ú, morreu em 1709. Escre-
veu um Curso de pintura.
piLETRE ou piLiTRE V. Pyrcthro.
PILHA, s, f. (Fr. pile, Lat. pila , do Gr.
pilein, apertar), montão de cousas em ca-
madas umas sobre outras, v.g. — de sardi-
nhas, de lenha, de balas. — s de sal, (fig.)
tei — , graça, pico. Está o comer uma — .
de sal, mui salgado. — de pesos, pesos ^ra-
PIL
PIM
107
duados e oucos, mettidos uns dentro dos
outros.
PILHADO, A, p. p. superl. de pilhar ; adj.
roubado, apanhado ; conseguido.
piLUAGEM, 5. f. (des. agem), roubo, presa
feita por corsário, v.g. Andar á — .
piLHANCRA. V. Pelkancas. Ferigalho.
piLHANTE, s. m. ladrão, salteador.
PILHAR, V. a. (Fr. piller, pron. pilhe, do
Lat. pilare , roubar, que Festo deriva do
Gr. Eol. piletés, por philités, ladrão, usa-
do por Homero nos hymnos, e no sentido
de salteador por Hesiodo), roubar, apanhar
andando a corso. v. g. Andar pilhando. —
(chulo), haver alguma cousa por meios des-
honestos.
piLiiEiRA, s. f. {pilha, des. eira) , lugar
onde estão cousas empilhadas, v. g. — de
cinza, areia.
piLHEiRO, s.m. (p. us ) deposito onde se
ajunta agua para diversos usos. Creio que
vem do Gr. pylé, porta.
PILHÉRIA, s. f. (de pilha de sal], (famil.)
chiste, graça, sal na conversação, v.g. Es-
te sujeito tem muita — .
PILHÉRIA. V. Pilhagem.
piLiERi, (geogr.) burgo da Sicilia, a 7
legoas SO. de Mazzara.
PíLLAU, (geogr.) cidade marítima dos Es-
tados prussianos, a 9 legoas cl quarto SO.
de Konigsberg ; 4,500 iiabitanles.
^ PiLNiTZ, (geogr.) Pillnitz ou Poelnitz,
villa ecastello real da Saxonia, a 2 léguas
e um quarto ao SE. de Drcsde.
PILO, s. m. (Lat. pilum), dardo de arre-
messo, arma usada pelos antigos Romanos.
PILÕES, fgeogr.) pequeno rio aurífero da
província de Goyaz, no Brazil.
PTLOSELLA , s. f. (Lat.), planta que tem
pellos ou felpa.
piLOSo, A, adj. (Lat. pilosus , de pilus ,
cabello), cabelludo, que tem pello.
PILOTAGEM, s. f. (des. agem), arte do pi-
loto ; mareação do navio dirigida pelo pi-
loto.
piLOTEAR, V. n. [pilotoar, des. inf.), ma-
rear, dirigir a derrota do navio.
PILOTO, s. m. (Fr. pilote, de pile, haste,
e led, lod. ou lot em Saxão e línguas ger-
mânicas, guiar, dirigirj, o oíTicial que go-
verna, dirige a derrota do navio por meio
do leme; (lig.) guia. v.g. E o meu — .
PILPAY ou ANTES BIDPAY, (híst.) O EsOpO
Índio, foi visir do rei da Judeia, chama-
do Dabshehm , e viveu n'uma epocha des-
conhecida. É conhecido como auctor de
umas Fabulas, escriptas primitivamente em
Sanscriplo, e conhecidas pelo nome áe P an-
icha Tantra.
PTLRETB, *. m. (corrupto de 6í/roedim.),
(chulo), homemzinho,
PILRITEIRO, s. m. (desa ei/ro], arvore que
dá o pilrito. Outros escrevem e dizem Pir-
liteiro.
PILRITO ou piRLiTO, s m , fructo do pil-
riteiro.
piLSEN, (geogr.) cidade dos Estados prus-
sianos, alo léguas ao N. de Klaltau ; 7,000
habitantes.
piLTEN, (geogr.) cidade ecastello da Rús-
sia Europea, a 37 legoas NO. de Mittau.
PTLULA, s. f. (Lat. diminut. de pila, bo-
la), (pharm.) , bolinha medicamentosa que
pesa até cinco ou seis grãos, o de ordiná-
rio de dois a quatro, v. g. Engulir a — ,
(chulo), acreditar peta. — soíTrer dissabor.
Vulgarmente pronuncía-se pirola.
PIMENTA , s. f. [ em índio pipel ,
Sanscr. pipalô, Pers. pilpil, planta e a sua
semente aromática e picante. Ha três espé-
cies : a preta, originaria de Java, Sumatra
e Ceilão ; a branca, que é a semente pre-
ta descascada ; e a longa , mais cáustica.
Além destas ha a pi) enta de cheiro, a co-
mari, e a malagueta ; estas duas extre-
mamente acres, e ardentes, são usadas em
forma de cataplasma em moléstias graves ,
como epispasticos, e em clysteres contra a
doença chamada carneirada na costa de-
Africa.
PIMENTA (Diogo Bernardes), (híst.) poeta
portuguez, mais conhecido por Diogo Ber-
nardes; nasceu na villa de Ponte de Lima, e
falleceu em Lisboa e n 1596. Foi um dos
nossos melhores poetas, como o attestam os
seus contemporâneos Sá de Miranda e An-
tónio Ferreira ; e no género bucólico talvez
nenhum o excedesse. Temos delle : Rimas
varias, Flores do Lima ; que consta de So-
netos, Sextinas, Canções, Elegias, etc. O
Lima de Diogo Bernardes, que consta de
Éclogas e Cartas ; Varias Rimas ao Bom
Jesus c á Virgem Gloriosa.
piMENTAL, s. m. (des. collectiva ai), lugar
plantado de pimenteií^as.
PIMENTÃO , s. m. augment. de Pimenta,
fructo vermelho quando maduro, e mui pi-
cante. Do fructo verde se fazem conservas
em vinagre, v.g. Nariz de — , mui verme-
lho.
PIMENTEIRA, s. f. (dos. tfira), arbusto que
dá a pimenta, de varias espécies, tanto *as
da índia como do Brazil : v. g. — de cheiro,
que dá fructo amarello ; — comari , mala-
gueta, cornicabra.
PIMENTEIRO, s. m. (des. eiró) , pimentei-
ra. — o vaso em que se serve a pimenta nâs
mesas.
PIMENTEL (Luiz Serrão), (híst.) distincto
maihematico portuguez ; nasceu em Lisboa
em 161ò, foi tenente general deartilheria,
cosmographo mór e engenheiro mór do rei-
52 «
808
WN
WN
no, falleceu ma mesma cidade onde nascera,
em 1679. Deixou: Arte pratica de navegar
e Regimento de Pilotos ; Roteiro da Nave-
gação do Brazil, Guiné, S. Thomé, Ango-
la, índias e Ilhas Occidentaes e Orientaes,
Cabo de Finisterrce até ao estreito de Gi-
braltar. Methodo Lusitano de defender as
fortificações das praças ; Pagan resumido,
Pratica de Arithmetica decimal. Trignome-
tria pratica, Compendio de alguns proble-
mas de Geometria ; e theoremas de especu-
lativa, Roteiro do Mar Mediterrâneo.
PIMENTEL (Manoel), (hist.) filho do prece-
dente, a quem succedeu no cargo de Cos-
mographo mór do reino. Foi distincto ma-
thematico, publicou e annotou muitas das
obras de seu pai, e escreveu uma Arte de
Navegar, que foi no seu tempo havida por
texto, e mereceu os applausos dos professo-
res estrangeiros.
PIMENTO^ s. m. V. Pimenta.
PIMPÃO, s. m (chulo), valentão, guapo ;
. outros interpretam enfeitado, loução. Vem
talvez do Inglez pimp, rufião, alcoviteiro ,
ou do Fr. pompon, laço; nó de fita.
piMPiNELLA, s. f. (Lat.) herva medicinal
aromática.
piMPLA, (geogr.) montanha da Macedónia,
na Pieria perto do Olympo.
piMPLAR, V. n, [pimpleo, ar des. inf.) flo-
rear com o pimpleo.
PIMPLEO, 6'. m. (de pimpolho), garrochi-
nha enfeitada com fitas, que o toureador
traz na mão.
PIMPOLHO, s m. (do Lat. pampinus), reno-
vo, gomo da videira.
FINA , s. f. (do Lat. pinna, aza, pennas
das azas de aves, as pinas são as peças que
formam a circumferencia das rodas de co-
che, sege, ou carreta de artilharia, e no in-
terior dos quaes se embebem os raios.
PINA (Ruy de), (hist.) historiador portu-
guez ; nasceu na cidade da Guarda, igno-
ra-se em que anno , mas suspeita-se que
em 1440, floresceu durante os reinados de
D. João II. D. Manoel, e falleceu na sua
quinta de Santiago, junto á Guarda no prin-
cipio do reinado de D. João III. Em 1482
foi secretario da embaixada em Castella, e
dois annos depois desempenhou o mesmo
cargo em Roma. Voltando desta commissão
o elicarregou elrei li. João II de escrever
as chronicas do reino, apesar de Lucena ser
o chronista mór concedendo-lhe uma ten-
ça. Ainda desempenhou outra missão im-
portante em Castella, até que no reinado
de D. Manoel foi nomeado chronista mór ,
guarda mor da Torre do Tombo e da livraria
real, em i497. Em lá04 concluiu os seus
trabalhos históricos, e recebeu de D. Ma-
nwl aOYfts tenças ; passando o resto da sua
vida cheio de honras e recompensas. É o
chronista de que nos restam mais Chroni-
cas, pois temos delle ; as de D.Sancho I,
D. iffonso 11, D. Sancho II, D. Affonso
III, D Diniz, D. Affonso IV, D. Duarte,
D Affonso I, e D. João II. Esoroveii alem
disso : Do fallecimento delrei D. João I
deposito do seu corpo, e trasladação para
o mosteiro da Batalha , e Compendio das
grandezas e cousas notáveis d' Entre Douro
e Minho. Duvidam alguns que esta obra
seja de Ruy de Pina ; bem como a respeito
das chronicas é opinião seguida que só as
duas ultimas são originaes, e que as outras
são resumo ou extracto de obra feita por
Fernão Lopes. O que é incontestável é que
Ruy de Pina foi com Fernão Lopes e Azu-
rara, um dos fundadores da historia por-
tugueza , e que tiveram a gloria de fi-
xar a língua, e encetar o grande século da
litteratura portugueza.
PINA (Fernando de), (hist.) filho do pre-
cedente ; nasceu na cidade da Guarda , e
foi estudar fora do reino. D.João II o no-
meou em 148á secretario da embaixada em
Londres ; D. Manoel lhe commetteu a re-
forma dos Foraes do reino, e D. João lII
o nomeou Chronista Mor do reino, o Guar-
da Mor da Torre do Tombo, logares em
que succedeu a seu pai. Escreveu Refor-
mação dos Foraes do Reino, Memorias dos
Re>.s de Portugal.
piNAÇA, s /". do [tal. pinnacia, depintis,
pinho, madeira de que são construídas), em-
barcação pequena estreita , de vela e re-
mos.
piNÁcoLO. V. Pináculo.
PINÁCULO, s. m. (pino, eL»t. açus, cousa
aguda), o corucheo, a parte mais alta de edi-
fício ; (fig.) auge, o mais subido, v. g. Levar
ao — , gabar excessivamente.
pinàrio e poticio, (hist.) amigos e com-
panheiros d'Evandro, seguiram-no á Itália
a onde foram Sacerdotes d'flercules ; a sua
posteridade formou duas raças : os Pina-
rios e os Poticios.
piNÁsio, (t. de carp.) a peça do meio, em
portas de três peças.
píncaro, s. m. V. Cume, Cimo.
PINÇA, s. f. (Fr. pince, de pincer, apertar),
tenazinha de cirurgião. — instrumento usa-
do pelos bombeiros, tem a forma de um S,
com pouca differença.
PiNçÃo, s. m. V. Pinçote.
PINCEL, s. m. (Lat. penicillus, ou penicil-
lum, dim. áepenis, cauda, rabo), molho de
cabello, clina, cerdas ou pello de animaos
atado auma hastezinha, cabo, ou fixado na
extremidade de uma penna, para applicar as
cores á pintura, v. g. Os pinças de gris, são
de pello o aaais macio ; os de peiane são mais
FIN
i»
S09
ásperos. Os grossos chatnam-se brochas.
Os de caiar sào grosseiros e tem cabo com-
prido.— , (fig ) pintura, pintor, v. g. Dar
o ultimo — , pincel«da. aperfeiçoar a pin-
tura, (íig.) aperfeiçoar o poema. v. g.Bom
— , pintor. — poeta que pinta ao vivo com
imagens. — colori4o, v. g. o — da adula-
ção.
PINCELADA, s f. (des. oda), traço, toque
de pincel.
PífíCELADO, A, adj. tocado, retocado com
pincel ; caiado, v. g. Paredes — , (ant.) pala-
dar.
PiNCELEiRO, s. m. (des eiró], o que faz
e vende pincéis. — vaso com liquido apro-
priado para nelle se lavarem os pincéis
depois de ter servido.
PINCHA, (l. da Beira). Y. Qalheta.
PINCHAR , V. c. (do Lat pinso, are, ou
ere, bater), (ant.) bater, impellir, dar gol-
pes para derribar, v. g. muralha , porta.
Banco de — , machina antiga de bater as
muralhas. — no brasão, banco sem encos-
to, que os infantes trazem no escudo das
armas, entre o baixo da coroa. — , em sen-
tido n. saltar folgando. Diniz, Dilhyr.
PiNCHEBEQUE, s. m. (do ingl, finchbeck ,
que se diz darivado do nome do inventor),
liga de cobre e zinco, de côr amarella , e
de que se fazem íivelias e outras obr^sde
ornato.
PINCHO, s. m. golpe violento, embale ;
pulo, salto.
p/NçoTE, s. m. (naut.) pao que pega na
ponía da cana do leme, e serve para o
governar: v.g. — da bomba, mangote.
piHDA, (geogr.) praso da Coroa Portugueza
no districto de Quilignane,
PINDAÍBA, s, f. (t. Brasil) , corda de fio
de palha de coqueiro para pescar ao an-
zol.
PiiíDAMONHANGABA, (gcogr.) villa da pro-
vi.nçia de S. Paulo, no Brazil , na margem
direita do rio Parahiba. Çstá assentada
n'uma planície, 32 léguas ao NE. da cidade
de ià Taulo, o 4 aL. da villa de Taubaté,
4,000 habitantes.
eiNUARES, (bist.) (isto é habitantes das
moutanhas), Iribu do Hindoustão, nos eâ-
isidos d'Uolkar e de Sinhya, e no princi^-
pado de Bopal.
piNu^uÉ, (geogr.) pequeno rio da provín-
cia do IVÍaranhào, no Brazil.
piNDARO, (hist.) o mais celebre poeta lyri-
co grtíç^o, nasceu em Thebas no anno 520
antes do Jesii-Christo, morreu no anno 456.
De todas as suas poesias só nos restam 45
hymnos ou odes divididas em 4 partes : os
Oíympicos, oi Py laicos, Qs ísthmicos, os
Neméenos.
piNDEMONTB, (hist.j um dos melhores poe-
YOL. lY*
tas italianos do XVIII século, nasceu em
1757, morreu em 1801. Traduziu os dous
primeiros cantos da OdysseaeouUtsobrèt.
PINDO , s. n\. monte da Arcadi* consa-
grado ás ílusas. v.g. Ás tnoradoras dt — ,
as Musas.
PINDO, (^eogr.) povoação de Portqgaj, a
2 léguas de Viseu. |,iJ0|3 habitantes.
PINDO, (geogr.) Pindus , hoje Mexxovo ,
Ágrafa, cordilheira de montanhas da Gré-
cia, separa a T[iessalia da Athamania.
piNDOBA, s. f. (t. Brasil ), espécie de co-
queiro que dá cocos pequenos.
piNDOTiBA, (geogr,) serra da provinda do
Rio de Janeiro, no Brazil, ao N. da sorrt
de Piha-Grande, e ramo da cordilheira dos
Aimorés.
piNDRA, e piNDRAR, (obs.) V. Pcnhora,
Penhorar.
piNEGA, (geogr.) rio da Rússia europea,
nasce no governo de Vologda, e cae no
Dzvina.
piNEL, (hist.) medico francez, nasceu em
1745, morreu em 1826. Deixou, entre ou-
tras obras, um Tractado medico-philosophi-
CO sobre a alienarão mental.
piNEO, A, adj. (pron. pUeo : ÍRt.pineus),
de piíiho , ou pinheiro, v. g A — selva,
(poesia). O — iirdor, de fogueira de pi-
nho.
PINEY ou PINET-LUXEMBURGO, (geOgr.) ci-
dade de Fiança, a 5 léguas e meia NE. de
Troyes ; 1,300 habitantes.
PNfG-NAN. (geogr.) província da Corea ,
a E. e aoS. daMantchouria ; capital Ouei-
youen-si.
piSGA, s.f.v [de pingar), gotta que cahe ;
(fig.) porção minima, mui ténue. v. g. Uma
— d'agua. Nem — de sangue lhe íicou no
corpo. A'oa—, diz-se jocos mente de vinho
ou licor especial, e lambem de tabaco ou
rapé.
PINGADEIRA, s. f. (d€S. círa), vaso offi quô
cabem os pingos da carne que s« está assan-
do.
PINGADO, A, p.p.superl. de pingar; adj.
que recebeu pingos ; queimado cora pingos
de azeite fervendo, por tortura ou castigo.
VI. g. Escravo — , castigo atroz dado aos ne-
gros no Brasil por senhores crues. Gatos
— if. V. Gato.
PINGALHETE, .?. m. (do Lat. pinax, grade
de painel, e clavus, prego), preguinho co-
rpo os de que usam òs pinto^es paia pre-
gar o panno na grade. — pãozinho de aw^
mar as costellas de apanhar pass&ros-."
PINGANTE, s. m. (chulo. V. g. Um — , ho-
mem pobre.
PINGAR, V. a. {pingo, ar des. inf.) deitar
pingo ou pingos^ e principalmente de azei-
te ou gordura fervendo para atormootar ai*
53
fia
PIN
PIN
guem : t?. g^-^-o escravo, deitar-lhe azeite
ou gordura a ferver sobre a pelle.
PINGAR, V. n. cahir aos pingos ou ás got-
tas, gottejar, v. g. — a carne quando se
assa; — o nariz de pessoa encatarrhoada.
Andar pingando, viver pobremente, andar
como o boi mui magro que se dessora em
suor.
Syn. comp. Pingar, Estillar, Gottejar.
Pingar de ordinário se applica a fluidos
animaes. Estillar denota operação distilla-
toria natural, ou artificial. Gottejar diz-se
de qualquer liquido. A etymologia de pin-
go lira toda a ambiguidade.
PINGO, s. m. (do Lat. pingue, epinguedo,
a gordura) pinga, gotta de gordura, ou de
suLs anciã oleosa que gotteja da carne assa-
da, do toucinho — do nariz, aguadilha
que corro do nariz nocatarrho cu de quem
toma tabaco ; o pingar com gordura ou azei-
te fervendo por tormento ou ciistigo. — , (fig )
nódoa, (ant.) ex. « Deitar — s na fama, »
mancha-la. Camões, tarta I.
Syn. comp. Pingo, gotta. Pingo é gotta
de sohdo crasso derretido. Gotta é porção
mui ténue de um fluido.
PINGO (Serra do), (geogr.) alta serra da
província da Bahia, na comarca de lliode
Contas, ao poente da serra de Villavelha,
no Brazil.
píNGRE, (hist ) astrónomo francez, nasceu
em l711, morreu i796. Deixou Cometo-
graphia ou Tractado histórico e theorico
dos cometas.
PINGUE, adj. dos ^g. {L&i. pinguis, gor-
do, pingue, gordura. Vem do Gr. pion, pió-
dés^ gordo, piotés, gordura. EmEgypcioou
Coptico j?i-dí significa a gordura, ekhôtou
ghot, gordo, crasso, que creio vir áetdnho,
ajuntar, pôr junto) gordo; (íig. emais us.)
grosso, fértil, abundante. Pingues vaccas,
bois. Terra — , grossa, fértil. Herança — ,
grande. Beneficio — , rendoso. Aras pingues,
as cm que os idolatras sacrificavam animaes
gordos ou parte d'eiles cobertos de gordu-
ra.
piNGUEDO, s. f. (Lat ) V. Gordura.
PINGUELA, s. f. ou piNGUELO, s wi. Vari-
nha com que se arma o laço para apanhar
aves, e que levemente locada o faz cerrar fi-
cando presa a caça, gancho de armar ratoei-
ra para o mesmo fim; viga ou prancha atra-
vessada que serve de ponte.
piNGUiNHA, s. f. diminuí, de pinga.
PINHA, s. f. (do Lat. pinus, pinheiro) fru-
cto do pinhei'*o ; qualquer fructo da mesma
forma pyramidal agglomerada, v.g. o ana-
naz; (íig.) cousa mui basta. Uma — de geá-
lo Soldados juntos em — , ou em uma — .
Em —, mui basto. A arvore fecunda dá fru-
ctcs em — . — da meia, quadrado, lavor
que se faz ás meias desde abaixo dos torno-
zelos até -à barriga da perna .
pinhal, s. m. (des. collectiva ai) mata de
pinheiros.
piNHANços, (geogr.) povoação de Portugal,
no concelho de Cea, 14 léguas a E. de Coim-
bra, 1,40J habitantes.
PINHÃO, s. m. Pinhões, pi. (do Fr. pignon,
pron. pinhon) amêndoa da pinha. Dá-se o
nome de pinhões a diversos fructos semelhan-
tes á pinha.
PINHÃO, (geogr.) rio de Portugal, no dis-
tricto de Villa-Heal, nasce perto d'Alfarela,
na serra daFalperra, e desagua na direita
do Douro 1 légua e meia a SO. de Favaios.
PINHEIRA, s. f. (t. provincial) navela : a ar-
vore que dá as pinhas doces no Brasil.
PINHEIRAL. V. Pinhal.
PINHEIRO, s. m. (Lat. pinus] arvore que
dá pinhas e resina, e de que ha varias espé-
cies, v.g. — bravo; manso; alvar ou bas-
tardo.
PINHEIRO, (geogr.) com este nome ha em
Portugal 20 povoações, as principaes são :
1.* povoação no concelho de Penafiel, 625
habitantes; 2.^ villa a 4 léguas de Lamego,
534 habitentes; 3.* freguezia do concelho
d'Ourique, 900 habitantes ; 4.^ — d^Azere,
villa a 6 léguas de Viseu, 70J habitantes ;
5.'^ — da Bemposta, villa perlo d'Estarreja
e a O léguas de Aveiro, 1,3^0 habitantes ; 6.* ,
-- Grande, povoação no concelho de San-
tarém; 7." — de Lafões, freguezia do con-
celho de Lafões a 5 léguas de Viseu, 1,OiO
habitantes; 8.* — e Mução, villa a 3 léguas
de Lamego, 1,300 habitantes; li.^ — Novo,
e 10.^ — Velho, duas povoações dodistri-
cto de Braga que não excedem 300 habitan-
tes cada uma.
PINHEL, (geogr.) cidade de Portugal, situa-
da sobre o rio do mesmo nome, a 4 léguas
da raia hespanhola, no districto da Guarda,
donde dista 5 léguas a NE. e 2 d' Almeida;
2.000 habitantes.
PINHEL, (geogr.) pequena villa ou antes
aldeLt da provinda do Pará, no Brazil, na
margem esquerda do rio Tapajoz, 20 léguas
acima de sua confluência com o Amazonas.
PINHO, s. m. [Làt. pinus] madeira do pi-
nheiro; (fig. epoet.) navio feito de pinho.
piNHOADA, s f. (des. ada] pinhões passa-
dos por calda de açúcar, ou confeitados com
mel.
piNHOCA, s. f. (t. da Beira) Y. Cangalho.
piNHOECA, s. f. seda com círculos avellu-
dados.
piNHOLA. V. Pinhoca.
PiNHOTA, s. f. {pinha, des. dim. oía] pi-
nha de flores, cacho. ex. « Nasce o cravo era
— s como madrosilva. » Castanh. 6, cap. i.
Barros diz cacho de cravo.
PIN
PIN
211
'íAit-V
PiNiFERO, A, adj. (Lat. pinus pinheiro, e
fero, trazer) (poot ) que dá pinheiros. — s
montes.
piisj ENTES 5. m. pi. (alterado dependen-
tes) pedra da feição de pêra, pendente dos
brincos das orelhas.
piNKERTON. (geogr.) sábio escossez, nas-
ceu em i758, morreu em 1826. Deixou :
Geoijrnphia redigida sobre um novo pla-
no i Ensaio sobre medalhas.
piNNA, (geogr.) cidade d'ltalia, entre os
Veslini, ao S. do Picenum, hoje Civita du
Teuno.
piNNEBERG, (geogr.) villa de Dinamarca,
a 8 léguas SE. de GÍuckstadt ; 400 habi-
tantes.
piNNULAS, s.f.pl. [Ldil. pinnula, dim de
penna) duas peças elevadas nos extremos de
alguns instrumentos mathematicos com ori-
cios por onde se enfia o raio visual, miras.
PINO, s. rn. (provavelmente doLat.f>mMs,
pinheiro, em razão da altura da arvore) au-
ge, o mais alto ponto. No — do sol, do dia,
quando o sol está mais elevado. — dt, noite,
no meio d'ella. — da calma, quando ella
é mais intensa, ex. «Sou um — de oiro, »
Eufr., muito garboso e gentil. Tem — , —
tem, diz-se ás crianças quando começam a
pôr-se empo. — de choca, o badalo de páo
com bola no extremo. — s de sapateiro, tor-
nos de páo de pinho para pregar os saltos.
piNOLS, (geogr.) villa de França, a 7 lé-
guas S. de Brionde ; 900 habitantes.
PINOS ou ILHA DOS PINHEIROS, (geOgr.)
El Evangelista de Christovão Colombo, uma
das Antilhas hispanholas, a 20 léguas da
Costa S. de Cuba.
PINOTE, s. m. [pino, des. ote] salto de bes-
ta para cima
PINOTEAR, V. n. {pÍ7iote, ar des. inf.) dar
pinotes, espinotear ; (fig.) saltar de contente,
de prazer.
piNCTÉRES, s. f. pi. espécie de marisco :
«das lindas ~s enconchadas. » Elegiad.
PiNQUE, s.m. embarcação de carga usada
no Mediterrâneo e costas de Itália.
piNSK, (geogr.) cidade da Rússia euro-
pea, sobre o Pina, a 06 léguas SO. deMi-
nsk ; 4,000 habitantes.
PINTA, s. f. (de pintar] raanchazinha de
côr diíTerente, v.y. nas pennas das aves, no
pello de cavallos ; (fig.) signaes exteriores,
V. g. conhecer alguiím pela pinta, velhacos
ehypocritas pela — se conhecem. — , pi.
nódoas, manchas cutâneas no homem, na-
turaes ou effeiío de doença ; um jogo de car-
tas de parar (pintadas por fora).
PíNTA, s. f. (do Fr. píníe) medida antiga
de líquidos ainda usada na Beira, equivalen-
te a três quartilhos.
PINTADO, A, p.p. de pintar; adj. a que se
applicou côr ou tinta cim pincel, represen-
tado com colorido; que piatou. As paredes
— s. Um quadro bera — s. O pintor tinha
— o teclo da igreja. Não poder ver alguém
nem — , ter-lhe grande aversão, não lhe
querer ver nem a imagem. — , (fig.) nem o
mais — , avantajado. — hade ser quem lhe
puzer o pé adiante, isto é, mui fino, ex-
perto. Moraes explica o sentido figurado di-
zendo : « Não existo ou não ha quem isso
faça. » Ku creio antes que nerta phrasepm-
tado significa excellente, eximio, represeíi-
tado com as mais vivas cores por hábil pin-
tor. — , (fig ) figurado em estylo cheio de
imagens, v. g. — era versos engenhosos.
Veio-lhe — , diz-se de cousa favorável que
acontece a alguém, ou que lhe vem a pro-
pósito. Quanto vai do vivo ao — , da na-
tureza á copia ou imagem d'ella.
PINTAINHA, s. f. afemêa do pintainho.
PINTAINHO, s. m. diminuí, de pinto, o
frango apenas saído do ovo, qne ainda anda
atras da mãi.
pintalegrete, s. m. (ant.) casquilho, ho-
mem mui apurado no vestir.
piNTÃo, s m. augment. de pinto, frango,
pinto já crescido. Pron o accento na pri-
meira.
pintar, V. a. (do Lat. piclor, pintor, pi-
ctura, pintura, com a des. inf. ar] applicar
tinta, côr com pincel, v. g — o corpo, as
paredes, o navio ; representar figuras, ima-
gens de objectos, paizes, perspectivas, etc.
por meio de tintas de diversas cores que imi-
tam as da nitiireza ; matizar, ornar de cores,
fazer brilhar, v. g. a natureza de vivas rosas
pintou 8s faces da bella dama. « A varia côr
que pinta o roxo fructo. » Lusiad. «Favo-
nio pinta o prado de flores. » — , afigurar
com palavras ou na imaginação, imaginar,
phantdsiar, v. g. — asbellezas da natureza,
os estragos da guerra, a força das paixões.
— no rosto, mostrar o que a alma sente.
Pintei-lhe um cruzado na palma, (loc.joc.)
proraelti-lhe e fiz-lhe ver um cruzado. —
ao desejo, (ant.) — como querer, imaginar
conforme desejamos. — , entre encaderna-
dores, applicar folha de ouro com o ferro
quente. — , (t de bordador) bordar, mati-
zando. « Com a destra agulha pinta. » (poet.)
— SE, V r. afigurar-se, representar-se, v.
g. pintou se-lhe na phantasia ou em sonho
uma maravilhosa scena ; fallando de outrem,
ser representado, v. g. pintou-se me esse
homem como um prodígio de saber, mas ape-
nas o tratei conheci que só possuia erudi-
ção superficial. — , v. n. tomar côr. Pmta
a uva, começa a roxear (a uva tinta). — a
azeitona, (fig.) dar boas mostras. Pintam
bem as cartas, os dados, sahem favoráveis
ao jogador. Já lhe pinta o bastardo, (loc.
53 «
212
PIN
PIO
chula) diz-se do moço quando lhe aponta o
buço, signal de puberdade, pela semelhan-
ça coDQ a côr da uva.
ffiNTARROxo, s.m. [pinta GTOxo, om Lât.
rubeçula), pássaro vulgar.
yiNTASiLGO, s. m. (Cast, pintacilgo), ave
vulgar.
piNTASiRGO. V. Pintasilgo.
ipiNTiNBO. V. Pintainho.
CINTO, s. m. (talvez de piar), o filho da
galinha ao sahir do ovo, e antes de estar
empluraado ou de ser frango. — , (chulo),
um cruzado novo em ouro, provavelmente
em razão da côr ; — , um crui^ado novo em
pr^ta.
PINTO (Heitor), (hist ) distincto morahsta
portuguez ; nasceu na villa da Covilhã, foi
religioso da ordem de S. Jeronymo, um dos
. mestres da Sagrada Escriptura , que mais
ennobreceram a universidade de Coimbra ;
assistiu era 1j59 á coroação do Papa Pio
IV em Roma, onde se achava a negócios
da sua ordem; e falleceu em 1584. Inscre-
veu : Imagem da vida christã ordenada
por diálogos, obra que mereceu ser tradu-
zida em Latim, Francez, Italiano e liespa-
nhol, e foi muitas vezes reimpressa. Foi
este monge um dos principaes moralistas e
clássicos do seu século ; e os seus Diálo-
gos são um modelo de pureza de lingua-
gem ê encanto de estylo.
PINTO (Fernão Mendes) , (hist ) escriptor
portuguez, nasceu em Monteujor-o-Velho
em ihi)^; fallecnu na villa de Aliiia'!a em
15S0oulrí8i. Havendo passado os primei-
ros aunos da sua vida na pobre casa de seu
pai; se embarcou aos 20 annos para a ín-
dia,, e lá gastou 21 era continuas e traba-
lhosas, viagens Visitou a China, Tartaria,
Sião e çiuilos outros lugares ; e de tudo o
que viu e lhe aconteceu nos deixou noti-
cia em um livro, que intitulou Peregrina-
ções. Esta obra ó uma das óptimas , que
temos na nossa lingua, e pôde ser que nas
outras com diíliculdade se aponte outra no
mesmo gepero, que em interesse, discrip-
ção e clegancija lhe ganhe preferencia , so-
bretudo, se altendermos ao tempo em que
foi escripla. As muitas edicções e traduc-
ções, que teve em diversas línguas, attes-
tam, o meritp do livro e do seu autor.
PINTO (i^AAc) , (hist.) Juíleu nascido em
Portugal do XVlil século. Defendeu os seus
correligiimarios contra Voltaire em um opús-
culo intulado : Reflexões criticas sobre o ar-
tigo de VoUaírei a respeito dos Judeus ; escre-
veu ajem diisto um Traclado sobre o luxo e
ou.t,ras obras.
PINTOR, s. m. (Lat. pictor, de pivgere,
pintar), o que sabe delinear as imagens de
Uguras e objectos naturaes dançlo-lhes as
cores appropriadas : — de retratos, de his-
toria^ de paizes, de scenario, de perspec-
tiva, de flores, fructos. — , (fig ) poeta : —r
de phantasia, que pinta ou descreve obje-
ctos imaginário^. — , também se diz do que
applica cores, v. g. de portas, paredes ; bor^
rador.
piNTOEA, i. f. mulher que pinta ; (ftg.)
a natureza — , que pinta, matiza.
PINTURA, s. f. (Lat. pitura), a arte do
pintor de pintar; cousa pintada, quadro,
painel, composição pintada, v. g. u palá-
cio tinha uma magnifica galeria de pintu-
ras dos melhores mestras das escholas ita-
liana, franceza, hollandeza, flamenga, hes-
panhola, allemã, e ingleza. — , (íig.) re-
presentação animada feita por orador, his-
toriador ou por poeta, v.g. a — dos desas-
tres da guerra civil, das calamidades, das
paixões. Fez uma viva pintura dos funestos
eíTeitos da superstição. — a fresco, a tem-
pera, de illuminação, de cáustico, de mo-
saico, figulina, etc. V. estes termos. — do
pennejado, debuxo feito á penna, com pen-
na de escrever o tinta preta ; — de esmal-
te ou porcelana; — de chitas, feita por im-
pressão de cores em moldes — , (fig J cou-
sa mui vistosa. Paliando de uma mulher f(jr-
mosa e bem ataviada, dizemos : está uma — ,
isto é, mereceria ser retratada.
PINZEL, V Pincel.
PIO, s. m. voz imitativa do som dos pin-
tos, frangos e de muitas aves. Dar pios,
piar.
pió, s. m,. o sem que fazem os frangai-
nbos. ex «Pagará duas gaUinhas que não
digam pió ntiu cró, » isto é, nem fragai-
nhas nem chocas. Escripturas antigas.
PIO, A, aú(/. (Lat. piwy, de p/are, reveren-
ciar, expiar), que reverenciar os parentes;
que compre co,m os deveres da religião;
dotado de piedade, ou movido pela pieda-
de. Pios desejos, pias lagrimas. Obras — s,
de benelicencia, destinadas a soccorrer os
necessitados, os doentes, á educação das
crianças, á utilidade publica, como hospi-
taes, escolas, albergarias, pontes, estradas,
fontes, etc. Casa — . instituição onde se dá
educação a rapazes e raparigas pobres, ou
occupação manual a pobres ou a indivíduos
encarcerados por mal morigerados. Monte-
pio, instituição de um fundo para manten-
ça das viuvas, on para dar soccorros por
oceasião de enfermidade.
PIO I (s.), (hist.) papa desde o anno de
142 a 157, combateu as heresias de Valen-
tino e de Marcion. Foi apelhdado Pio pela
sua muita piedade.
PIO it, (hist.) /Eneas Sylvius Piccolomini,
papa desde 1458 até 146i, uasceu em Cor-
signano em 140D. Foi ao me&mQ tempo
/ PIO
theologo, orador, diplomático, historiador,
geographo, e até poeta. Deixou entre ou-
tras obras: Descripção do Estado d'Alle-
manha, no reinado de Frederico IIÍ, etc.
IMO iji, (hist.) Fr. Todeschini ^m Picco-
mini, filho do uma irmã de Pio II, que lho
permittiu tomar o s^u nome. succedeu, em
15n3, ao papa Alexandre VI ; só reiííou 2o
dias, e foi snbstituido por Juho U.
PIO if, (hist.) /. Angelo Mediei ou Me-
dickino, papa desde 1559 até 15(J5, irmào
do marquez de Marignan , fez guerra aos
Turcos, confirmou os cânones do concilio
de Trento, reslabeUoeu a ordert de S. João
de Jerusalém, e creou a typngrrtphia do
Vaticano
PIO V (s ), (hist.) Miguel Ghisleri, papa,
nasceu em 1504, entrou na ordem dos
Domenicanos, da qual foi prior, e foi elei-
to papa em 1.65. Foi severo com os he-
reges e entregou muitos ao tribunal da
inquizição. Foi canonizado no anno de
l7iJ.
PIO VI, (hist.) .7. Angelo Brachi, papa
desde 1775 até 1799, nasceu em Casena
em 1717. Ueprovou a constituição civil do
clero francez, favoreceu os Auslro-llussos,
perdeu LVbino, Ferrara, Bolonha, e Anco-
na, assignou a paz com a republica fran-
ceza cm 1797, pagou 31 milhões de fran-
cos, e perdeu muitos quadros, de preço.
Foi depois destronado e morreu em Valen-
ce em 1799.
PIO Vil , (hist.) Barnahé Chiaramonti,
papa desde 1800 até 1823, foi eleito papa
em 1800, reorganisou e fez florescer o Es-
tado romano, assignou um» concordata com
Napoleão, depois foi sagral-o a Paris em
1804, mas dentro em pouco se desaviu com
elle e excommungou-o. Aprizionado em Ro-
ma pelo general MioUis ; foi conduzido a
Savona, e depois a Fontainebleau, aonde
soffreu duro tractamento. Voltou aos seus
estados em 1814 e teve a generosidade de
dar asilo em Uoma á famillia do seu anti-
go perseguidor
PIO Yiii, (hist.) Saverion Castiglioni, nas-
ceu em Cingoli em 1761, foi eleito papa
em 1829 depo'\s da morte de Leão XII.
Morreu em 1830.
PICADA, s. f. (ant.) V. Peonagem.
pioGADA ou piuGADA, s. f. (o mesmo que
pegada) caçadores, rasto, trilha de caca ; — ,
a trilha do homem. Ir-lhe pela — , no alcan-
ce, (fig.) curso ordinário, v. g. a — dosli-
bellos, o curso forense. Outros escrevem peu-
gada.
Moraos, não obstante a evidente relação
do vocábulo com pé e pegada, diz que lhe
parece derirado de piox, correia que se pren-
de aos pés dos falcões.
TÔL. IT.
213
piOLi», (geogr.) Tilía de França, a lé-
gua e meia a NO. d'Orange ; 1,700 habi-
tantes.
PiOLiiAR'A. 9. f. (des. ária], fervedouro
do piolhos, (fig.) multidão de mendigos ou
dt» gHiite i)i)bre, eque sollicita com impor-
tunidriiie.
pioLiiKiR.v, s f. (ena tr. herheaux poux)^
planta que se parece na folha cóm a vide
brava.
PIOLHO, s. m. (corrupto do Lat. psdicu-
lus, áepes, pedis, opó), animal que se cria
na cab3ça e no corpo do homem, equecflu-
sa comichão : — ladro, que se aferra na pel-
le do pribis, sovaco, etc, de maneiri a ser
difficil arranca-lo. lia tambfím diversas es-
pécies de piolhos que se criam no corpo dos
aniraaes e nas plantas e arvores, v.g. Met-
ter-se como — em ou por costura, (phr. fana.)
entremelter-so importunamente onde o não
chamam.
PIOLHOSO, A, atiy. fdes. oso), cheio de pio-
lhos.
piOMBiNO, (geogr.) Populonium, cidade
da Toscana, capital do principado, defron-
te da ilha d'Elba, a 27 léguas SO. de Sien-
na ; ; .2j0 habitantes.
piOMBiNo (lago de) , Vetulonius lacxhs^
lago da Toscana, a 3 quartos de légua NE.
de Piombius.
pioNAGEM. V. Peonagem.
piOTíiA. V. Peonia, planta.
piooES, (ant.) V. Peão, Peões.
PIOR V. Peior ou Peor.
PIORNO, í. m. giesta brava, planta.
piORRA. V. lilorra.
pioz, s. f. pi. Piox on Pioscs {áepé), cor-
reia que se prende ao pé dos falcões e outras
aves de volateria ; pea.
PIPA, s. f. (Fr. pipe, cuja etymologia os
leiicographos referem sem a menor proba-
bilidade a pipe, canudo. TaWez venha do
Gr. pipiskô, dar de beber), vasilha de tanoa
de guardar vinho, azeite, vinagre. A pipa
de Lisboa é meio tonnel ou duas quartolas
leva í26 almudes de 12 canadas cada um. A
pipa do Porto leva mais.
PIPA, s. f. (Fr. pipe, ingl. id. E voz imi-
tativa do som do assobio), (ant.) gaita, irau-
ta.
PIPAROTE. V. Pipvte.
PIPAROTE OU ant. paparote, s. m. golpe
dado com o dedo mediano fincado no pol-
legar, e delle destacado com força. Dar —
no narix de alguém.
piPERNO, (geogr.) cidade do Estados Ec-
clesiasticos, a 5 léguas N. de Terrácihà;
3,6t!0 habitantes.
PIPI, s. m. (voz imitativa), nome de uma
ave da Africa.
PIPIA, s. f. (voz imitativa de assobio), can-
5^
áí4
Pio
fíH
itiá de cevada em que os rapf zes sopram ;
passarinho de barro com assobio no pé, jo-
guete de eriánças.
PIPIAM ou pipiÃo, s. m. moeda antiga por-
tugueza tão miúda que valia só duas mea-
lhas.
PIPILAR e piPiTAii, V. n. (Lat. pipilo, are,
voz imitativa do pio das aves), dar a ave
pios. Outros querem qne pipilar seja voz de
alvoroço, e pipitar de queixa. Mas em La-
tim pipilare não tem outra accepção que o
som das avezinhas, o piar dos pintos, que
muitas vezes é com effeito indicativo dedôr,
de queixume.
pipiNO, (geogr.) praso da Coroa Portugue-
za nodistricto de Quilimane com 1 légua de
largura ecujo comprimento se ignora.
pipiRA , (geogr.) rio da província de S.
Paulo, noBrazil.
piPLEr, (geogr.) cidade da índia ingleza,
a 9 léguas INK. de Belasor.
piPOTE, s. m. diminui, de pipa, vasilha
pequena da feição de pipa, c. g. um — de
páo, de vidro, de ferro, eobre.
piPRiAC, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas NB. de Redon ; 1,600 habitantes,
PIPUACA, (geogr.) ilha do rio da Madeira,
na província do Pará, no Brazil, abaixo da
villa de Borba.
PIQUE, s. m. (do Fr. pique, lança. V. Viar
Pico,) lança de ferro curto e agudo ; acção
de picar ou cortar; golpe que corta. v. g.
Dar — s na amarra, para a cortar. Deu um
— nos cabos. Estar o navio a — , ou com
as amarras a — , prompto a desaferrar, a
levantar ferro. Estar a — , (fig.) prompto,
presto, preparado, disposto, v. g. para> a
batalha. Sahir a — ao inimigo, á espora fi-
la, de repente. — s, (do Fr. pie), acção de
talhar, do cortar com o picão, aprumo, v.
y. iocha talhada a — , alcantilada. Melter
a — o navio, ou ir a — , para o fundo do
mar. — , (t. debordador), tira de papel pi-
cado com alfinetes para fazer renda de bil-
ros. Levantar um — , acabar uma lira de
renda conforme á amostra picada. — , (fig.)
toque, remoque satyrico. Dar um — . — ,
(fig.) ressentimento. Ter — com alguém, es-
tar picado, ressentido. — , no jogo dos cen-
tos, é contar um dos parceiros sessenta pon-
tos, tendo só trinta, e o outro nada ; — ,
nome de um jogo de quatro parceiros a dois
dos quaes se dão nove cartas.
piQUE'RO , s. m. (des. eiró.) oíTicial que
faz piques, soldado que faz piques.
piQUERiA, s. f. (des. eria ) multidão de
piques , ou de homens armados de piques.
PIQUETE , s. m. (Fr. piquet.) (mil.) pe-
queno destacamento avançado. — , chape-
leta, circules que faz na agua estanque uma
pedrinha que se lhe lança.
PIQUETO, A, adj. V. Pequeno.
piQUiRi. (geogr.) rio da prOviíicia àó Ma-
to-Grosso, no Brazil.
piQUiRi. (geogr.) pequeno rio da provín-
cia de S. Paulo, no Brazil, nasce nos campos?
de Guarapuaba.
PIRA. V. Pyra.
piRACANJÚRA, (geogr.) pequeno rio da pro-
víncia de Goyaz, no Brazil.
PIRACICABA ou PERCicÁBA, (ge3gr.) río da
província de Minas Geraes, e um dos primei-
ros aííluentes do río Duce, no Brazil.
PIRACICABA, (^eog^.) rio da província de S.
Paulo, no Brazil, que resulta da juncção dos
ribeiros Atibaia e Jaguari.
piRACiNUNGA, (geogr.) pequeno rio da pro-
víncia do Rio de Janeiro, no Brazil.
piRACRÚCA, (geogr.) pequena villa da pro-
víncia de Píauhí, no Brazil, sobre a ribei-
ra de que toma o nome.
piRACUNAN , (geogr.) rio da província do
Maranhão, no Brasil, que separa a comarca
d'Alcantara da de Guimarães.
piRAiii, (geogr.) nova villa, e antiga fre-
guezia da província do Rio de Janeiro, no
Brazil, na comarca de Rezende.
piRAHi, (geogr.) rio da província do Rio de
Janeiro, no Brazil, na comarca de Rezende.
piRAiA-NARA, (geogr.) ilha do río da Ma-
deira, do Brazil, na província do Pará.
PiRAiBi, (geogr.) ilha do rio Cuiabá, na pro-
víncia de Mato-Grosso, no Brazil, com perto
de 9 léguas de comprimento.
piRAJÁ, (geogr.) pequeno río da província
da Bahia, no Brazil.
PIRAMIDAL. V. Pyramidal.
PIRÂMIDE. V. Fyramide.
piramena , .. m. peixe brasílico da fei-
ção de robalo,
PIRANGA, s. ou adj. dos 2gr. (do Fr. ant.
paure , pobre.) (chulo) pobre, miserável ,
mesquinho.
PIRANGA , s. f. (t. Brasil.) barro verme-
lho.
PIRANGA, (geogr.) nova villa e antiga fre-
guezía da província de Minas Geraes , no
Brazil, na margem esquerda do río de que
tomou o nome, 8 léguas ao sueste da cidade
de Marianna.
PIRANGA, (geogr.) rio da província de Mi-
nas-Geraes, no Brazil
PIRANGE , s. m. (t. da Ásia.) carro com
três rodas por banda usado na Ásia. F. Men-
des Pinta.
piRANGi, (geogr.) rio da província do Cea-
rá, no Brazil , no distrícto de Montemor-
Novo.
piRANGUARA, (geogr.) Serra da província
do Rio de Janeiro, no Brazil.
PIRANHAS, (geogr.) serra da província do
Ceará, nodistricto de Mecejana, no Brazil.
NR
m
m
PIRANHAS (Rio das), (geogr.) rio que nas-
ce na serra dos Cairifis, no Brazil.
piRANO, (geogr.) cidade da Áustria, a 6
léguas ao SO. de Trieste; 6,800 iiabitan-
tes.
PIRÃO, s. m. (t. usado no Drasil.E cor-
rupção do Uai. pilão, arroz guisado.) fari-
nha de mandioca fervida em agua ou em
caldo, que se come com o conducto. — es-
caldado, fervido em caldo. — de agua. —
temperado, adubado.
PíRAQUERA, (geogr.) lagoa e rio do con-
tinente da província de Santa Catharina, no
Urazil.
pirara' ou pirarara', (geogr.) aldeia de
índios da Guiana brazileira , defronte, se
bem que muito arredada do Estado de Ve-
nezuela, perto da lagoa Amacú e nas mar-
gens do ribeirão de que toma o nome.
PIRATA, s. f. (Fr. pirate, do Gr. peira-
tés, de peiraò, tentar.) ladrão que anda rou-
bando pelo mar, e dando assaltadas em
terra.
piRATAGEM, s. f. (dcs. agem.) roubo de
pirata.
PIRATARIA, s. f. (des. aHa.) vida, officio
de pirata ; acção, roubo de pirata.
PIRATAS (guerra dos), (hist.) da-sc este
nome á expedição, que Tompeo fez no an-
no 67 antes de Jesu-Christo, contra os pi-
ratas da Cicilia e d'ísauria, que infesta-
vam o Mediterrâneo, interceptavam os vi-
veres a Roma e arruinavam o commercio.
PIRATEAR , V. a. ou u. [pirata, ar des.
inf.) roubar como pirata, andar a corso. — ,
roubar como pirata, v g. — amigos e ini-
migos.
piRATico, A, adj. de pirata.
piRATiNi, (geogr.) rio da provinda de S.
Pedro do Rio Grande, no Brazil, na comarca
de Missões.
piRATiifiM, (geogr.) pequena villa da pro-
víncia de S. Pedro do Rio Grande, no Brazil,
na margem esquerda e na cabeceira do rio
de que toma o nome, 3,(370 habitantes.
piRATiNiM, (geogr.) serra da província de
S. Pedro do Rio Grande, no Brazil, na co-
marca de Piratinim.
PiRATiNiM, (geogr ) rio da província de
S. Pedro do Rio Grande, no Brazil.
piRATiNiNGA , (gcogr.) ÚQ da provincia
de S. Paulo, no Brasil.
pihausta. Y. Pyrausta.
piREo (poRTo de)^ (geogr.) porto d'Alhe-
nas, a meia légua da cidade, na embocadu-
ra do Cephiso.
PIRES, s. m. pratinho que se põe debai-
xo das chicaras. Não muda no plural.
PiRETHRO. V. Pyrrethro.
piRiCHE , s. m. (t. da Ásia) embarcação
pequena de guerra.
PIRILAMPO. V. Pyrilampo.
PíRiNOí.A, s. f. dado de pezinho agudo,
com as letras P. D. T. R. nas quatro fa-
ces , que se faz gyrar com um trinco dos
dedos. Quando pinta P. D. (perde, deixa),
perde quem joga, e ganha deitando T. H.
(tira, rapa)
PIRITES. V. Pyriles.
piRiTHOO, (mylh.) amigo de Theseo e seu
inseparável companheiro, filho d'Ixion, rei-
nou sobre os Lapilhas na Thessalia. Pene-
trou nos infernos com Theseo para roubar
Prosérpina a Plutão, mas este deus fez mor-
rer Perithoo e prender Theseo, que foi li-
bertade por Hercules.
piRLiTEiRO eu puRiTEiRO, s. m. planta Se-
melhante á pereira brava e mui espinhosa.
piRMASEPís, (geogr.) cidade da Baviera,
a 5 léguas SE. de Duas-Ponles; 3,200 ha-
bitantes.
piRNA, (geogr.) cidade do reino de Saxo-
nia, a 4 léguas SE. de Dresde ; 4,100 ha-
bitantes.
piROBOLiSTA. V. Pyrobolista.
piROBOLO. V. Pyrobolo.
piROETA, s. f. (do Fr. piroueíte.) (t. de
dansa) movimento circular sobre um pé. Fa -
zer — s.
piROLA , s. f. assim se diz vulgarmente
por pílula. V. Pílula.
piROLO, s. m. diz-se de ordinário por pct-
rolim. V. Parolim.
piROMATSCiA. V. Pyromancia.
piROMi, (myth.) o deus supremo dos Egyp-
cios, era superior a Kneffta e Fré e conti-
nha em si o gérmen de todas as quali-
dades.
piROPO. V. Pyropo.
PIRRAÇA, s. f. (alterado de perrice, de
perro, cão.) cousa feita a alguém com o fim
de o agastar.
piRRHico, A, adj. V. Pyrrhico.
piRRHiCHio. V. PyrrhicHo.
piRRHONiSMO. V. Pyrrhonio.
piRRiQuio. V. Pyrrichio.
piRTiGA, s. f. (Lat. pertica.) vara. — da
prensa, do lagar. Pron. pirtiga.
piRTiGO, s. m. (t. da Beira) a vara mais
pequena do mangoal.
piRU. V, Peru,
piRUiBE, (geogr.) pequeno rio da provin-
cia de S. Paulo, no Brazil, no districto da
villa dltanhaen.
PIRULA. V. Pílula.
PISA, s. f. (de pisar.) tunda de panca-
das com que se pisa o corpo.
PISA, (geogr.) antiga capital da Elida,
formou por muito tempo um estado, aon-
de reinaram OEnomaus e Pelops.
PISA, (geogr.) Pisa e Pisoe em latim, ci-
dade d'Italia, capital da provincia de Pisa,
J^k'
81
PIS
a 20 léguas O.de Florença; 21,000 habi-
tantes.
PISA (província de), (geogr.) provinda
do grau ducado do Toscana, entre o duca-
do de Lucques «o iN., a província do Siou-
na ao S., a de Florença a K , e o Medi-
lerranf'0 a O. ; 300,000 habitantes.
PISADA, s. f. o acto fie pisar; pegada,
signal que o pé deixa impresso, traças. Se-
guir as — s de alguém, (íig.) ir pelo mesmo
caminho.
PISADO, A, p. p. de pisar ; adj. contun-
dido, calçado. — aos pés, humilhado, v.g.
depois de ter — a uva. V. Pisar.
PiSADOR. V. Pisão.
PISADURA, *. f. (des. ura ) acto fje pisar;
contusão com extravasação de sangue, sem
ferida.
pisa-mansihho, adj. ou s. m. (fig.) sonso,
dissimulado.
piSAif, (hist.) astrólogo bolonhez do XIV
século, adquiriu grande reputação na Itá-
lia pelas suas predicções.
PISÃO, s. m. (de pisar.) moinho de uma
roda dentada que faz alçar e baixar uns co-
mo martellos que apisoam o panno para o
alizar.
pisão, (hist.) L, Calpurniíis Piso, juris-
consulto, historiador, orador e tribuno do
povo em Roma no anno 149 antes de
Jesu-Cristo, foi cônsul no anno 13 censor
em llM, efez alei Calpurnia de repetun-
dis contra os concussionarios. Foi opposto
aos Grachos.
PISÃO, (hist.) L. Calp. Piso Ccesoninus,
cônsul no anno L8 antes de Jesu-Cristo,
procônsul na Macedónia no anno 57, cen-
sor em 48, tornou notável o seu consula.-
do pelo desterro de Cicero. Seu filho,
L. Calpurnio Piso foi cônsul no anno 15
antes de Jesu-Cristo, o prefeito de iloma
no reinado de Augusto.
PISÃO, (hist.) Cneio CalpurniusPiso, côn-
sul no reinado d'Augnsto e governador da
Syria no reinado de Tibério. Accuzado de
ter envenenado Germânico matou-se.
PISÃO, (hist.) C. Culpurnius Piso, orga-
nisou em 65 uma conspiração contra iNe-
ro , na qual tomaram parte Lucano, Sé-
neca e rr.uitos senadores. Descoberta a
conspiração , Pisão matou- se abrindo as
veias I
PISÃO, (hist) Calp. Piso Licinianus,
oriundo da famillia dos Crassos. Galba que-
rendo escolher um successor e urn coUega,
nomeou-o César. Olhão, que esperava es-
te titulo, revoltou-se, e Pisão foi morto
junctamente com Galba, cinco dias depois
de nomeado César.
PISÃO, (hist.) naturalista hollandez, do
X Vil. século. As suas descobertas e as de i
PIS
Margraff foram publicadas com o titulo de
Historia naturalis brasilia.
PISAR, t. a. (do pes. ar des. inf.) calcar
cora os pés. — a uva no lagar. — , machu-
car cora pilão, em gral ou a-raofariz. — aos
pés, (íig.) humilhar. — o or^w//io, abater. —
miúdo, dar passos miúdos, curtos.
PISAURK, (geogr.) Pisaurum, hoje ,Pisa-
ro cidade dos Senones, hoje Toglia.
PISCAR, V. a. (de vesgo.) — os olhos, en-
tre-abrir ora um, ora outro olho, para dar
a entender alguma cousa a alguém.
PISCAS, s. f. (ant.) grãos miúdos de ou-
ro. Vem talvez de pescar, porque são como
escamas de peixe.
PISCATÓRIO , A , adj. (Lat. piscaíorius.)
concernente á pesca. Idyllio — , egloga — ,
em que os interlocutores são pescadores.
riscEs , s. m. Latino, o signo dos pei-
xes.
PISCINA, s. f. (Lat. de pwcú, peixe.) tan-
que de agua para lavagem ou bebida do
gado.
Pisco, s. m. (do Lat. spintluo, Fr. pin-
son ) avezinha do tamanho do taralhão, que
tem a garganta e peito vermelho, e o bico
grosso e duro. — do rio, — ribeiro, em Lat.
rubicilla. Ha varias espécies delle.
Pisco, A, adj. Olhos — s, do que os pisca
a miúdo , ou do que os tem quasi ves-
gos.
PISCO, (geogr.) cidade e porto do Peru ;
2,000 habitantes.
piscoLA, s. f. (Lat. bis, dobrado, e colo^
ere, lavrar, cultivar.) (agric.) numero de ara-
dos que lavram juntos.
piscopiA, (geogr.) Telos, uma das Spora-
des, ao ÍSO. da ilha de Hhodes.
Piscoso , A , adj. (Lat. piscosus.) abun-
dante em peixe.
PíSEK, (geogr.) cidade da Bohemia, ca-
pital do circulo de Prachim, a Prachim, a
25 legoas SO. de Praga; 4,000 habitan-
tes.
PISEO, 5. m. (Lat. pisum.) ervilha maior
que a ordinária.
pisiDiA, (geogr.) região da Ásia Menor ao
il. da Pamphylia, nas montanhas.
PisiSTRATo, (hist.) tyranno de Athenas,
era parente de Sólon. Aproveitou nas de-
sordens causadas pelas facções para che-
gar ao supremo poder. Lxpulso por Maga-
dés e Lycurgo no anno 500, tornou ao po-
der no anno 53::!, econservou-o até á sua
morle.
PISO , s. m. propina que as freiras dão
entrando para a coramunidade.
PISOADO, PISOAR. V. Apisoado, Apisoar. '■
pisoEiRO, s. m. (des. eiró.) o que apísoa
pannos.
pisoGNE, (geogr.) cidade do reino Lom-
PIS
PIT
21/
bardo-Vene2iafto, a 1 legoa SE. de love-
re; 2,6U0 habitantes.
pissA, s. f. (do Fr. pisser.) (t. obsceno.
o membro genital de criança do sexo mas-
culino.
PISSAPIIÀLTO, e PISSASPIIALTO, S. Wl. (do
Lat. pix, pez, e asphalto.) mistura de pez
e bilume.
pissARÃo, (geogr.) aldeia da provincia de
Minas-Geraes, no Brazil , no districto da
vília d'Araxá, entre o rio das Velhas e o
Paranaiva.
pissiNHA, diminuí, de pissa.
pissos, (geogr.) cidade de França, a 13
legoas NO. de Monte-Marsan ; 1,500 habi-
tantes.
pissoTA, *. f. peixota, pescada.
PISTA , s. f. (Fr. pisie, do Lat. pes, e
stare, ou antes de piso, are ou ere, pisar ;
Gr. pystis, indagação, busca. Em Fr. ant.
piston, significa pezinho.) rasto do animal
-que se retira; traças, vestigios de alguém.
Seguir a — .
PISTACIA ou PISTACHIA, S. f. (Ital. pis-
tacchio, Lat. pistacium, Gr. písiakion, do
Persa e Árabe postah , amêndoa real.) ar-
vore, espécie de aveleira ; a noz ou amên-
doa delia de que se faz doce, e usada em
licores e gelados.
pisTANA, s. f. (bot.) espécie de uva bra-
piST'LLO, s. m. (Lat. pistillum ou pis-
tUltis^ mão de gral), (bot.) órgão feminino
da flor, que encerra a semente.
PISTOIA, (geogr.) Pisíoria dos antigos, ci-
dade deloscana, perto do Ombrone, a 7 lé-
guas ao NO. de Florença ; tem 9,200 habitan-
tes.
PISTOIA, (Leonardo de) (hist.) pintor, cu-
jo verdadeiro nome se ignora, era de Pis-
toia, e foi discípulo de Francisco Penni. Foi
empregado por Raphael nos seus trabalhos
do Vaticano.
PISTOIA, (Paulo de), (hist.) discípulo e ri-
val de Baccio delia Porta, executou bellos
quadros para a cidade de Pistoia.
PISTOLA , s. f. (H. Etieime o deriva de
iPistoia, cidade de Itália onde primeiro se
fabricaram. Covarruvias e Skinner o deri-
vam do Lat. fistula, canudo), arma de fo-
go curta. v.g. — de arção, — de algibei-
ra.
PISTOLA, s, f. (Fr. pistole, de Pistoia, ci-
dade de Itália), moeda que tem tido valo-
res diversos. Em França entende-se por
dez francos.
FisTOLAço, s,m. (des. Ofo), opistolada,
s. f. (des. ada), tiro de pistola.
PJSTOLETA, s. f. diminui . de pistola (fig.)
sotaque. D. ^í. Fazer — ,na conversação, na
disputa, dar a sua rasão, a sua coarctada.
VOL. IV.
— líoíne dé um jogo de note (íftrtasdedois
ou mais parceiros.
piSTpLETE, s. m. diminuí, de pistola.
piSTORio. (hist.) oscriptor all(i:«;ào, nasceu
em 1_4(), morreu em 1B08. Deixou: iíe-
rum polonicarum escriplores \ llerum ger-
manicarum escriptores.
risu, s. m. (t. da Ásia), nome de uma
arvore que dá boa madeira. F. Mendes
Pinto.
pisuKRGA, (geogr.) rio de llespanha, nas-
ce na provincia dePalencia, e cae no Dou-
ro a SO. de Valladolid,
PITA, s. f. (voz Africana ou Americana) ,
(bot.) planta do género cacíus , de folhas
largas pyramidaes mui grossas e fibrosas ,
terminadas em ponta rija e aguda de que
se fazem vallados em Portugal. — é pro-
priamente a folha, e piteira a planta. Das
libras se fazem cordas , cestas , e outras
obras.
piTAiNiiA, piTAiNHO, a differeuça de or-
thographia é só npparente, e nasce da omis-
são do til sobre o primeiro i. V. Pintai-
nho.
piTANÇA, s. f (Fr. pitance, da B, Lat.
pietancia, de pite , moeda dos condes de
Poitiers, valor da ração monástica de vi-
veres e de vinho), ração diária ou ordiná-
ria, prato extraordinário que se dava por
festa em communidade; presente, propina,
dadiva em dinheiro ; mesada, ou ordinária
em dinheiro.
piTANCEiRO, s. m. (des. eiró), o que re-
cebe rendas de communidade religiosa, pa-
ra as distribuir, segundo os costumes da
ordem, aos individues d'ella.
PITANGA, s. f. fructo acido ou agro doce
escarlate ou roxo da grandeza de ginja.
piTAMGA, (geogr.) rio da provincia da Ba-
hia, no Brazil, tributário da bahia de To-
dos os Santos.
piTANGUi, (geogr.) villa medíocre da pro-
vincia de Minas-Geraes, no Brazil, n'uma
planicie regada pelo rio Pará e pelo ribei-
ro de S. João, 40 léguas ao NO. da cida-
de d'Ouro-Prelo.
PITANGUEIRA, s. f. (des. ciro], arvore que
dá as pitangas.
PITAR, V. a. (t. Brasil). V, Cachimbar.
PITASCA. V. Pistacha.
piTCAiRN, (geogr.) pequena ilha daPoly-
nesia, descoberta em 1767 por Carleret.
UTEA, (geogr.) rio da Suécia, corre ao
SK. atravessa a Botnia e cae no golpho de
Botnia.
PITEIRA , s. f. (des. eira), (bot.) planta
similhante ?os aloés ou herva babosa. Tam-
bém se denomina pita , que propriamente
é a folha pulposa e pontiaguda.
piTHAGORico. V. Pythagorico. .a^aj-i c^ú
55
S18
WT
prr
piTHÃo. V. Python ou Pythão^ Adivi-
nho, t
piTHECUSA, (geogr.) pequena ilha 4ogol-
pho de Nápoles.
HTHiA. V. Pychia.
piTHON. V. Python.
piinoNissA. V. Pythonissa.
PiTHONisso. V. Pythonisso, Adivinho.
PiTiÂ, s. m. (t. Brazil), arvore cuja ma-
deira adquire uma côr amarella seccando ,
e de que se fazem trastes,
piTuiviERS, (geogr.) cidade de França, a
16 léguas ao M. deOrleans; 4,020 habi-
tantes.
piTHON, (hist.) um dos generaes de Ale-
xandre, foi, depois da morte doiei, gover-
nador da Media, seguiu a expedição de Per-
diccas ao Egypto, revoltou- se contra este ge-
neral, e concorreu para a sua morte depois
da derrota perlo do ISilo em 322. Foi en-
tão nomeado regente e tutor do filho de Ale-
xandre. Foi morto por ordem d'Anligono no
anuo 316 antes de Jesu-Christo.
piTHOu, (hist.) sábio magistrado francez,
nasceu em 1L39, morreu em 1596, Deixou :
Corpus júris canonici, Codex canonum ve-
tus : Liberdade da Igreja Anglicana etc,
piTic, (geogr.) cidade do México, a 72 lé-
guas ao SO. deAnspe; e conta 5,000 ha-
bitantes.
PITO (t. Brasil). V. Cachimbo.
PITO, (ant.) ou antes pIto. V. Pinto Fran-
guinho.
PITOMBA, s. f. (t, Brazil); fructo da Pitom-
beira
piTOMBEiRA, s. f. {(\vs, eira : t. Brasil,), ar-
vore que dá cachos de fructos, que são caro-
ços cobertos de polpa, delgada branca , e
casca grossa de cor verde e amarella.
PITÓRA, s. f. (vulg.) talhadas de lombo de
porco, ou de boi fritas em toucinho e adu-
badas com pimenta, etc.
piTORRA, s. f. (do Fr. pied, pé , e tour,
gyro), pião que se faz gyrardsndo-lhe com
uma correia de trena.
piTORREAR, V. n [pHtorra, ear des. inf.
por ejar, do Cast echar, lançar) , gyrar
como pitlorra.
PiTT, (William), (hist.) primeiro conde de
Chatam, um dos mais eminentes estadistas
de Inglaterra, nasceu em j708, morreu em
17<8. Seguiu primeiramente a carreira mi-
litar, depois estudou leis, e formou-se em.
eloquência pela leitura dos grandes modelos
da dignidade. í'm 1746 foi chamado ao mi-
nistério, e foi nomeado por Jorge II vice-
thesoureiro da Irlanda, depois conselheiro
privado e pagador geral das tropas, demit-
tiu-se em 1755 para coníbater livremente os
actos, que desaprovava ; em 1756 foi um
dos membros do ministério àa coalizão, de
^ que faziam parte Fox e lord New-Castle.
Nesta épocha começa o glorioso período,
chamado administração de Pitt Reorgani-
zou as finanças, assegurou por hábeis me-
didas vantagens ás armas inglezas contra
a França, na AUemanha e na America, e
restabeleceu a prosperidade publica, mas em
1701 perdeu o seu credito, não podendo fa-
zer adoptar as medidas enérgicas, por elle
propostas contra a Hispanha em consequên-
cia do pacto de famillia. Chamado outra
vez ao ministério em 1760, recebeu na mes-
ma épocha o titulo de conde de Chatham.
Em 1768 não podendo tomar parte activa
na administração por causa da suas enfer-
midades, retirou-se do gabinete para passar
uma vida mais tranquilla e socegada.
piTT, (hist.) celebre ministro inglez, 2.°
filho do precedente, nasceu em 1709. foi
chamado pela primeira vez ao ministério
em )78il, foi derrubado em 1783 com seus
coUegas, foi segunda vez ao ministério com
o titulo de primeiro lord da thesouraria,
e começando a sua administração por um
Rolpe d'estado, aniquilou uma maioria hos-
til fazendo pronunciar a dissolução do par-
lamento ; obteve uma maioria favorável ,
triumphou da irritação publica , encheu
o thesouro, regularizou a divida , repri-
miu o contrabando , fez grandes econo-
mias, estabeleceu ofundo annual dearmor-
tização, depois formulou o celebre bill Ín-
dio, primor de sabedoria e de politica. Her-
deiro do ódio de seu pai contra a França,
fez contrair contra ella em 1788, a tríplice
alliança da Inglaterra, da Prússia e dos
Estados Unidos. Saindo ministerío em 1802
quando a Inglaterra abandonada de todos
os seus alliados teve de assignar a paz
d'Amiens. Mas, rota a paz no fim de um
mez, Pitt tornou a entrar no ministério, e
conservou a pasta até á sua morte em
180G.
PITT, (hist.) poeta inglez, nasceu em 1699,
morreu em 1748. Publicou traducções ena
verso da Pharsalia de Lucano, etc.
PITTA, (geogr.) praso da Coroa de Portu-
gual, no districto do Senna, que tem 1 lé-
gua de comprimento e 2 de largura.
piTTACO, (hist.) um dos sete sábios da
Grécia, nasceu em Wytelene no anuo 649
antes de Jesu-Christo, uniu-se aos irmãos
do poeta Alcêo para expulsar os tyrannos
da sua pátria, venceu em combate singu-
lar o general atheniense Phrynon, gover-
nou com prudência os Mytelenios; abdicou
o poder, e ló acceitou uma parte das ter-
ras, que então lhe foram offerecidas. Mor-
reu em 579 com 70 annos.
PITTEO, (hist.) Pitlheus, avô materno de
Theseo, era filho de Pelops e d'Hippoda-
KVH
pia:
219'
mia, e reinava em Trezena. Era affamado
pela sua sabedoria, tthra, sua íilha, con-
fiou-lhe a educaçÃo de Theseo ; Theseo
depois conGou-lhtí a educação d'Uyppo-
lito.
piTTORESCO, A, od/. (do Ital.), Semelhante
ás representações de paizagens, que repre-
senta como em perspectiva, r. g. Estylo—,
quo pinta os objectos «o vivo.
piTTORO, (hist.)em latim Piííoniií, poe-
ta latino moderno, nasceu em 1454 em Fer-
rara, morreu em 1525, deixou muitos opús-
culos curiosos e estimados, entre outros:
Cândida : Epigrammata in Christi vitam,
ete.
- piTTSBURGO, (geogr.) cidade dos Estados
Unidos, capital do condado d'Alleghany ;
18,000 habitantes.
piTuiTA, s. f. (Lat. Vossio crê que é di-
minutivo do (ir. pitta, pe2, em rasão da
sua viscosidade. Parece incrível que um phi-
lologo tão erudito não visse que o termo é de-
rivado do Gr. píyô, cuspir. A piluita não é
humor viscoso) (mfid.) humor aquoso, ex-
crementicio, ligeiramente acre, que se cos-
pe ou sáe do nariz ; é de pouca consistên-
cia ; espécie de phlegraa.
piTuiTOSO , A , adj. [pituita, des. oso.)
(med.) que abunda em pituita, y. g. sujei-
to --. — , em que domina a pituita, ou cau-
sado por excesso delia. Doença — .
piTYONTE, (geogr.) Pytius, cidade doLa-
zico, sobre o l'onlo Luxino, ao NO. de
Dioscurias , estava debaixo da protecção
romana no tempo do império. '^'i '^'^*^
piTYiiSAS, (geogr.) Pityusos insuloe, gru-
po d'ilhas .ao SO. das Baleares.
piuGADA, *. /. vesligio dos pés, pegada,
trilha, rasto. V. Piogada.
P1U6AS. s. f. (do Fr. pi«d, pé, egants,
luvas. Os AUemães chamam ás luvas sapa-
tos das mãos, handschuh.) meias que ape-
nas sobem até meia perna. — , (ant) sapatos.
— , (f]g.) jocoso : um— , homem rústico ,
grosseiro.
piUGOS, 5. m. (do Fr. ant. pugonpuig,
poço.) (ant ) paredes de pedra miúda en-
sosso.
piLMA, (geogr.) pequeno rio do sul da pro-
víncia do Espiri.o-Santo, no Brazil.
piuMHi, (geogr.) nova villa e antiga fre-
guezia da província de Minas-líeraes, na co-
marca do Rio Grando, no Brazil.
piURA, (geogr.) cidade do Peru, capital
de districlo de \ iura, a 100 léguas NO. de
Truxillo; i 0.000 habitantes.
PiYERADA, s. f. (do ¥t. poivrade^ depoi-
vre, pimenta.) (l. cie cozií.ha) Patos de — ,
guisados com pimenta, sal, azeite, vinagre
e alhos. • "" ^ f r.; ' • ;.•
piviTE , 8. m. rolozinbo tte substancias
aromáticas que se acende e queima para
defumar os quartos.
pivETEiRO, s. m. {pivete, des. eiró.) viso
onde se põe o pivete a arder.
PiviDE. V. Pevide.
PiViDoso. V. Pcvidoso.
piviRADA. V. Picerada.
PiYiTEiRo. V. Piveteiro.
pixisBEouE. V. Pechisbeque e Pinchebe-
que. '
PIZA MANSINHO V. Pisã-mansinho, B Pi-
sar.
pizAR. V. Pisar,
PIZARRO, (hist.) conquistador do Peru,
nasceu em Truxillo em I47ô, embarcou
para a America, foi na expedição de Bal-
boa, associou-se com Almagro e Luque '
para descobrir as regiões auríferas de que
tanto se fallava ; fez uma viagem d'expio-
ração ao S. de Panamá, e soffreu durante
estes annos (de 15iJ4 a 1527), todas as mi-
sérias imagináveis. Voltou depois a Hispa-
nha e obteve de Carlos Quinto o titulo de
governador das regiões que tinha descober- '
to. Entrou vencedor no Peru, matou por
traição o inca Atahualpa, submetteu todo o
Peru e fundou Lima. Depois de uma admi-
nistração arbitraria e cruel, foi morto por
Herrera em 1541.
pizo. V. Piso.
pizziGHETTONE, (geogr ) cidade do reino
Lombardo-Veneziano, a 5 léguas NO. de
Cremona ; 4,0(10 habitantes. ;
pizzo, /'geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a 1 leguaNE. de Monteleone ; 4,700
habitantes. .^"
PLABENNEC, (geogr.) cidado do França',
a 3 léguas NE. de Brest; 3,540 habitan-
tes.
PLACA, s. f. (do Fr. plaque, do Lat. pla-
ga, Gr. accusat. de p/aa;, placa, cousa cha-
ta, plana, lamina ) espelho pequeno posto
na parede, e diante do qual se fixam di-
randelas. — de commendador, chapa cozida
sobre o vestido do lado esquerdo com as in-
sígnias da ordem.
PLACABiLiDADE , 8. f. (Lat. placabiHtas,
tis.) brandura de índole, disposição a se
appíacar.
rLACABiLissiMO, A, adj. superlat. alatina.
do (do Lat. plarabilis.) mui disposto, prom-
pto em se appíacar, muito misericordioso-
Um Deus — . ,
pi.ACARU, s. m. E termo Francrz puro, e
não deve usar-se. V. Edital, Cartaz.
placavel, adj, dos 2 g. {iM. placabilis.)
que se pôde appíacar, propicio, brando de
iudole, misericordioso, fácil de applicar. — , "^
que applaca, suaviza. Z)itm(/arfe5 p/acateií. '*
fíazões, desculpas, humiliações — í, tenden- '^'
tes, próprias a ípplacar.
55 «
2âí)
PL4
PLACCius, (hist.j erudito hamburguez ,
nasceu em ^642, morreu em 1699. Dei-
xou entre outras obras : Theatrum ano-
nymorum et psendomjmoram.
PLACENCiA , (geogr.) DeobHga , cidade
d'Ilispanha, a 24 léguas NE. de Badajoz ;
6,800 habitantes.
PLACENCIA, (geogr.) cidade d'Uispanha, a
9 léguas SO. de S. Sebastião; 1,800 ha-
bitantes.
PLACENCIA, (geogr.) Placenza em italia-
no, cidade do ducado de i arma e de Pla-
cencia, capital da província de Placencia,
a 14 léguas NO. de Parma ; 30,000 habi-
tantes
PLACENTA, (h. n.) Os anatomistas desig-
nam com este nome uma massa molle, es-
ponjoza, vascular; que forma uma das par-
tes mais importantes do ovo dos Mammife-
ros, que de uma parte adhere ás paredes
do útero, e com a outra communica com
o feto por meio de um cordão umbilical.
PLACENTius, (hist.) domeuicano, morreu
em 1548. Deixou entre outras obras um
poema intitulado Pugna purcorom.
PLACiDAMENTE. adv. [mente suíT.) de mo-
do plácido, tranquillo, sereno, com bran-
dura, serenidade. Morrer — , sem agonia.
PLACiDiA, (hist.) Galla Placidia, ^ filha de
Theodozio I, irmã d'Arcadio e d'Honorio,
foi aprisionada no cerco de Roma porAla-
rico, cazou com Ataulpho, príncipe godo,
passou a segundas núpcias com Constân-
cio III, de quem ella teve Valentiniano.
Tomou o titulo d' Augusta, e governou em
nome de Honório e de Constâncio. Morreu em
450.
PLACiDissiMAMENTE, ãdv. swpevl. de pla-
cidamente.
PLACiDissiMO , A , adj , supevl. de plá-
cido.
PLÁCIDO, A, adj. [L&l. placidus, áe, placo,
are, aquietar, socegar.) manso, socegado,
tranquillo. Diz-se do homem e das cousas
inanimadas. — corrente. Mar — . Homem — .
Vida — , tranquilla. Plácido suppõe estado
anterior agitado, que se acalmou, v. g. o
mar — ; e quando se diz do homem, da vi-
da, do estado habilual, é sempre com refe-
rencia a agitação anterior da pessoa, da
vida, ou comparando o sujeito com outros.
Este homem é mui — , isto ó, differe do
commum, dos que o não são. Yida — , em
opposição á do maior numero, que é agita-
da.
PLACIMENTO. y .Praximento,Apraximento.
PLACITO, *. m. (Lat. placitum, s. esup.
de placeo, $re, aprazer.) approvação, v. g.
O régio — , prasme. — , pacto, promessa. — *,
aphorismos, sentenças. A ceremonia do pla-
cito, na sagração dos bispos, é a protestação
PLi
que elles fazem de viver bem e castamente.
PLADERA, (bot.) género de plantas da fa-
millia das Gentianeas e da Tetrandia Mo-
nogynia, L.
PLAGA , s. f. (Fr. plage, do Gr. plaka,
accusat. de plax, cousa plana, taboa.) (poet.)
região, clima.
PLAGIÁRIO, s. m. (Lat. plagiarius, que si-
gnifica propriamente o que furtava crianças
ou escravos, ou o que vendia homens li-
vres como escravos. Vem o nome da lei Fla-
via ou plagiaria, que condemnava os cri-
minosos a açoutes : Plagis damnabuntur.
Por ampliação do sentido, veiu a ter a signi-
ficação de roubador de producções littera-
rias.) o que se attribue obras ou passagens
de algum autor.
PLAGiATO, s. m. (do Fr. jp/a^^iaí.) plagio,
o attribuir-se pensamentos, expressões, ou
parte das obras litlerarias de algum autor.
PLAGIO, s. m. (Lat. plagium, V. Plagiá-
rio.) roubo litterario , plagiato. Commet-
ter — .
PLAINA. *. f. (de plano.) instrumento com
que os carpinteiros alizam a madeira.
PLAiNAMENTE. V. Planamente.
PLAiNEZ, s. f. (ant.) V. Planura, Pia-
nicie.
PLAiNO. Y. Plano.
PLAisANCE, (geogr.) cidade de França, a
7 léguas e meia de Mirando; 1,600 habi-
tantes.
PLANA, s. f. (subst. da des. táe plano.)
(ant.) pagina ; (fig.) graduação, —de regi-
mento, (milit.) estado maior, os officiaes de
maior graduação. A primeira — do exerci-
to, o estado maior. A — da côrtcg os oflTi-
ciaes de patente superior não aggregados a
corpos do eiercito, e sem emprego especial.
Segredo da primeira — , de maior impor-
tância. Peccados da primeira — , da maior
gravidade. A accepção militar deste termo vem
de serem os nomes dos officiaes das patentes
maiores inscriptos na primeira pagina do re-
gistro ou livro-mestre do regimento.
PLANAMENTE, adv. [mente suíf.) chan,li-
zamente, com clareza, claramente, sem ar-
tificio. Daqui se colhe — , evidentemente.
PLANARiuM, (bot.) geuero de plantas da
famillia das Leguminosas e da tribu das
Hedysareas.
PLANASiA, (geogr.) hoje P/awoífl, ilha do
mar inferior, entre a Córsega e a Etruria.
Foi no tempo do império romano um lu-
gar d'exilio.
PLANCHA. V. Prancha, Lamina.
PLANCHis, (geogr.) cidade de França, a
8 léguas SE. de Poligny : 1,200 habitan-
tes.
PLANCHiiA. V. Prancheta.
PLAKCiA PI FULGEiscio, (hist.) autOF chris-
PL4
PtA
iil
tSo, bispo de Carthago no principio do VI
século, deixou três obras, cujos títulos sSo
os seguintes : Mythologicum vociim anti-
quaruin ; Interpretatio ad ChalicBum ; De
expositiene virgiliancB continentiae.
PLANCiNA, (hist.) mulher do Pison, foi
accusada de ter envenenado Germânico ,
mas escapou ao supplicio pelo credito e
intrigas de Livia. Accusada depois de ter
insultado Agrippina suicidou-se no anno
33 de Jesu-Christo.
PLANCOET, (geogr.) villa de Françt, a 4
léguas NE. de Dinan ; 8U0 habitantes.
FLANCO PLOCio, (hist.) irmão de Munacio
Planco. Proscripto pelos triumviros no an-
no 43 antes de Jesu-Christo offereceu sua
cabeça aos algozes para salvar seus escra-
vos, que tinham sido mettidos a torturas
para que revelassem seu retiro.
PLANCY, (geogr.) linda villa de França,
a 3 léguas O. d' Areis , 1,400 habitantes.
PLANETA, s. m. (Lat. áoQr. plane tés, de
planaomaiy vagar, gyrar.) astro que gyra á
roda do sol, e que delle recebo a luz. — s
superiores, cuja orbita é mais remota do sol
que a da terra, v. g. Júpiter, Saturno. —
inferiores, cuja orbita é mais próxima do
sol que a da terra, v. g. Mercúrio , Vé-
nus.
PLANETA, s. f. casula sacerdotal. — pli~
cada, dobrada sobre o peito.
PLANETÁRIO, A, udj . (des. árío.) concer-
nente aos planetas. Systema — , o que tem
por centro o sol.
PLANETÁRIO, s. m. represcntação em re-
levo ou plana das orbitas dos planetas.
PLANEZA. V. Planicie.
planície, s. f. (Lat. planities.) planura,
terreno plano, chão, campina.
Syn. comp. Planicie, planura, chã, re~
chã. Concordam os dois primeiros vocábu-
los em significar um espaço de terreno pla-
no, raso, sem altibaixos ; e diíferençam-se
em que planicie exprime esta ideia absolu-
tamente, e planura com relação a elevação.
Todo o terreno plano é planicie, só o terre-
no plano e elevado é planura Ha plani-
cies no pé ou na raiz dos montes, só no ci-
mo delles ha planuras, como disse Barro* :
«Terra, que no cimo faz uma p/anwra gra-
ciosa (I, H, 4).» O primeiro corresponde ao
Francez plaine, e o segundo a plateau.
Chã e rechã são palavras vulgares que
exprimem a mesma ideia de terreno plano
sem nenhuma outra relação; com tudo, que-
rendo usar delias sem homonomya, deve-
mos chamar chã á p/aníci« que precede um
monte, e rechã á que está em seu cimo, que
faz como segunda châ.
PLANTMETRiA, s. f. [plano, e meíría.) arte
de medir superfícies planas.
YOL. IT.
PLANTSPHERio, s. m. [plano, e esphera.)
representação em uma folha ou superfície
plana dos dois hemispherios celestes com
suas^constellações, ou dos dois hemisphe-
rios do globo terrestre.
planíssimo. A, adj. «upcr/. de plano. 5tt-
perficie — .
plano, a, adj. (Lai. planus, que Court
de Gébelin refere ao radical la, que diz si-
gnificar extensão, v. g. no Lat. latus, largo,
Gr. platus, eplax, taboa, prancha. Mas não
dá razão do p inicial e radical, que me pa-
rece vir de pé. V. Planta do pé.) chão, chato,
raso, sem desigualdades. Terra — , planicie.
Taboa — . Caminho — . — ,(fig) fácil. Fa-
zer o negocio — , applana-lo.
SvN. comp. Plano, lhano, chão. Plano
é o vocábulo latino planus, e significa o que
ó raso, não tem altibaixos. Lhano é vocá-
bulo Castelhano , llano, que corresponde
exactamente ao Latino planus. Chão é o
mesmo vocábulo, pronunciado á Portuguezt.
São pois todos três a mesma cousa em quan-
to á sua origem, porém teem differentes si-
gnificações assas conhecidas. O plano pôde
ser inclinado, o chão é o plano quasi hori-
zontal sobre o qual andámos, etc. Como
adjectivo, e em sentido translato, chão si-
gnifica baixo, humilde, e também simples,
sem artificio, etc. 1,/iano significa© que não
tem soberba, que é accessivel no trato, con-
versavel, etc. ; e nenhuma destas significa-
ções pertence a plano.
plano, s. m. superficie plana, planicie.
O — liquido, (fig. e poet.) o mar. — incli~
nado, superficie liza e declive. — , (fíg.) de-
lineamento, planta de edifício ou de terreno;
projecto de obra, de empreza. De — , loc.
adv. sinceramente, comlizura; de todo, in-
teiramente, V. g. negar, confessar de — . Ab-
solver de — , de todo, completamente. De
— , (loc. forens.) summariamente, sem as
formalidades do processo ordinário.
planta, s. f (Lat. planta, o pé com os
dedos, soía do pé, de pes, Gr. poús, pó, e
^ latus, chato, largo.) — do pé, a sola, a par-
te inferior e plana do pó do homem. — ,
delineação, planta de edifício civil, de for-
tificação ou de terreno. — , (t. de pintor) a
postura erecta da fígura humana. — , nome
genérico dos vegetaes, tirado da direcção
mais ou menos a prumo do tronco ou has-
te, e da fixação na terra do pé ou parte in-
ferior que sáe do rolo. — , (fíg. e obsol.)
gente, povo. « damais baixa — do rei-
no. » Barros.
plantação, s. f. (Lat. plantatio, onis.)
acto de plantar. — , plantio, plantas semea-
das ou mettidas na terra. Plantações de ca-
nas , de arrox , de café , algodão, bacello,
agros, sementeira.
56
fU
PLA
PLANTADE , (hist.) compositor francez ,
nasceu em 1768, morreu em 18^9. As
soas melhores operas são : as Duas ir-
mãs ; Zoé ; Palma,
PLANTADO, A, p. p. do plantar ; adj. que
se plantou ou semeou ; que plantou ou se-
meou, V. g. arvore — com as raízes. Valle
— de larangeiras. Tinha — muitos pomares
e olivaes. — , (fig.) solidamente estabeleci-
do, V. g. a artilharia — na altura. A fé — .
« Aqui está — a cidade de Malaca, » funda-
da, Lucena.
PLANTADOR , A, s. pessoa que planta ou
que plantou.
PLANTAGENETAS. (geogr.) dyuastia de reis
dlnglaterra , de origem franceza, deve o
seu nome ao condede Anjou, Godoffredo V,
appellidado Plantageneta, porque trasia or-
dinariamente um ramo de giesta no capa-
cete.
PLANTAR, V, a. (Lat. planto, are. "V. Plan-
ta.) melter na terra plantas ou sementes pa-
ra vegetarem. — vinha, pomares, couves,
hortaliça, algodão—, (íig.) fincar em terra
a prumo, v. g. estaca, cruz ; assentar, col-
locar com firmeza, v. g. — o arraial, a ar-
tilharia.— as estancias', estabelecer, v. g.
— colorias, edifícios, fortalezas ; — as artes,
manufacturas, a fé; arraigar, v. g. — vir-
tudes, bons costumes, erros, superstições.
Quem planta culpas, crimes, colhe penas e
arrependimentos. — se, v. r. pôr-se erecto,
em algum lugar. « Plantou-st armado na
campanha. » Vieira.
PLANTiNO, (Christovão), (hist,) célebre im-
pressor, nasceu era 1514. morreu em 1589.
A sua melhor obra é uma reimpressão da
BibUa Polyglotta de Alcalá.
plaNTio, s m. arte, trabalho de plantar
arvores, arbustos e plantas; o terreno plan-
tado, plantação.
PLANUDio, ( hist. ) Maximus Planudes ,
monge grego do XIV. século, natural de
Nicomedia, viveu no reinado d'Adronico e
de João Paleologo. Morreu em 1353 segun-
do uns, em 1370 segundo outros. Compi-
lou grande numero de escriptos ; os mais
conhecidos são as Fabulas de Esopo com
viáa do auctor, e uma Anthologia.
PLANURA, s. f. [plano, des. ura,] planí-
cie, lugar plano, campina.
PLASSEY, (geogr.) cidade da índia ingle-
za, a 10 legoas ao NO de Noddeah.
PLATAMONA, (geogr.) Hsradea, cidade da
Turquia europea, a 55 legoas ao SO. de
Salonica ; 2,000 habitantes.
PLÁSTICO, A, adj. (do <ir. plassô, for-
mar.) que faz obras de barro ; (fig.) que
esculpe a pedra. O — cinzel, do escuíplor.
PLATA-FÓRMA, s. f. (do ¥r. platc-forme.)
(fort.) obr* de iérrn çl^víida e plaua ou de
M
madeira forte, onde se assesta artilharia.
Enterrar a — , diz-se quando é de taboado
que se embebe no solo.
PLATANELLA OU PLATANí, (gCOgr.) Cami-
cus, rio da Sicília, nasce na província de
Palermo, e lança-se no Mediterrâneo.
PLÁTANO, s. m. (bot.)(Lat. platanus, do Gr.
platus, largo, extenso.) arvore que estende
muitos ramos bastos.
PLÁTANO, (bot.) Género de plantas dafa-
millia das Âmentaceas, e que faz parte da
Monoecia Monandria, L.
PLATANTHERA, (bt)t ) Geucro de Plantas
da famillia das Orchídeas e da Gynandria
Monandria.
PLATÃO, (his.) celebre phiiosopho grego,
fundador da Academia, nasceu no armo
429, ou 430, segundo outros antes de Jesu-
Cristo em Egina ou em Aihenas, era filho
deAriston; teve primeiramente o nome de
Arislocles, julga-se que o noiLe de Platão
lhe foi dado por seu mestre de palestra,
por causa da grande largura das suas es-
páduas [platys largo). Platão estudou com
o maior sucesso as lettra? e as sciencias,
principalmente a geometria, mas deu-se to-
do á philosophia. Ligou -se com vSocrates
na idad« de 20 annos, e foi seu assíduo
discípulo durante iO annos. lor morte des-
te phiiosopho, retirou-se com seus discípu-
los a Magara, depois começou a viajar. í la-
tão adquiriu tal fama de sabedoria que
muitos estados lhe pediram para faser le-s.
Morreu em 347 ou 348 antes de Jesu-Cris-
to. Deixou grande numero de escriptos,
quasi todo em dialogo, os principaes são :
Eulhyphron ou do Sancto ; Criton ou o
Dever do cidadão ; Phedon ou da Alma ;
Apologia de Sócrates ; a Politica ; Par-
menide ou das Ideias; o primeiro Alcibía-
des ou da Naturesa do homem.
PLATÉA, s. f. (Lat. platea, páteo.) parte
inferior do recinto de theatro onde estão os
espectadores sentados em bancos ou era
pé.
PLATEA, (geogr.) Platea, uraa das 12 ci-
dades da federação beócia, perto do Cithe-
ron, ao SO. de Thebas.
PLATINA, (hist.) escriptor italiano, foibi-
bliothecario do Vaticano no pontificado de
Xixto íV. A mais conhecida das suas obras
é : In vitas summorum pontificum ad Sii~
tum IV.
PLATINA, (min.) Substancia metallica, pa-
recida nacôr com a prata, malleavel, mui-
to pesada, ínfusível, inatacável pelo acido
nítrico, mas solúvel no acido nítrico mu-
riatico.
PLATNER, (hist.) phiiosopho 6 medíco al-
lemão, nasceu em j74'i, morreu em 1818.
As suas principaes obras são : Anthropolo*
PU
HM
gia ; Elementot de Lógica e mtthaphysica,
etc.
PLATOv, (o conde de) (hist.) helman dos
cosacos, nasceu em 1765, morreu em 18ío,
serviu contra os Francezes, marchou die-
pois contra os Turcos, batteu-os em muitos
encontros, foi um dos que em í 8 12 se
oppoz a Napoleão , soíTieu muitas derro-
tas, mas vingou-se na desastrosa retira-
da da flussia o fez muito mal aos France-
zes.
PLAiTE, (geogr.) rio dos Estados-Unidos,
cae no Missouri.
PLATTSBURGO, (geogr.) villa dos Estados-
Unidos , a 56 legoas ao ri. de Albany ;
3,000 habitantes.
PLAU. (geogr.) villa de França, a 7 lé-
guas ao E. de TuUe ; e conta 9U0 habitan-
tes.
PLAUEN, (geogr.) cidade murada do reino
de Saxe, a ^0 léguas ao SO. de Dresde; 7,000
habitantes.
PLAUSIBILIDADE, s. f. (dcs. idade], o ser
plausível.
PLAUSiviL, adj. dos 2 g. (Lat, plausibi-
lis), recebido com approvação, que mere-
ce approvação, que tem apparencia de ver-
dade. V. g. ^Argumentos , rasões plausí-
veis.
PLAUSivELMENTE , ttdv. [meute suff.) , de
modo plausível.
PLAUSTRO, s. VI. (Lat. plaustrum, e ant.
ploslrum, carro, carroça. Court de Gébe-
lin o deriva , assim como muitos termos
gregos, que significam navegar, vagar , do
radical pi. onomatopico de movimento ro
tatorio. Eu creio que o vocábulo vem do
Gr. pôlein, gyrar , cujo radical me pare<;e
ser hei, de hélios, sol, typo primitivo do
movimento circular), carro descoberto.P/auí-
tro, (pões.) o plaustro sol, carro, carro-
ça.
PLAUTO, M. Accius Plautus, poeta cómi-
co latino, nasceu no anno 227 antes de Je-
su-Christo em Sarsina, compoz 130 peças.
As principaes são : Amphitryão ; Casinaon
a Sorte ; Poenulo ou o joven earthagi-
nex.
PLAUCíANO, (hist.) Flacius Plautianus, fa-
vorito de Septimo Severo, era do obscuro nas-
cimento. Prefeito de Roma e depois cônsul
assignalou-se pelas suas atrocidades e con-
cussões. Severo mandou-o matar, por ter
conspirado contra elle.
PLAYFAiR, (hist.) geólogo 6 mathcmatico
escossez, nasceu em .749. morreu em 1819.
Deixou : Elementos de geometria ; Esclare-
cimentos sobre a Theoria da terra de Hul-
ton.
PLAZBHTEIRO. V. Fraxenteiro.
Fi#AZO, i, m. (do Lat. placere, agradar) ,
contracto, ajuste a aprazimento das partes.
— eseripto qe obrigação e confissão de di-
vida. ÉluciQ.
PLifAUX, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas ao SO. de Mauriac; 1,600 habitan-
tes .
PLEBE, s.f. (t/at. plehs, povo, os cida-
dãos romanos que não pertenciam ao se-
nado ou aos patrícios. Do rad. pie ou põl,
que denota multidão, grande numero. (Ir.
polys, muito; pleiòu, mais copioso), o po-
vo miúdo, a gentalha ; (fig. e ant.) cousas
de pouca monta, ex « Não se mettendo no
Mondego, senão uma — de riachos.» Bar-
ros, Dec. 2, 5, 1.
PLEBEio. V. Plebêo.
PLEBKisMO, s. m. (des. ismo) , a quali-
dade de ser plebêo ; usos, maneiras , lin-
guagem da plebe. >..-;
PLEBio, A, adj. (Lat. plebeius), da ple-
be. V, g Homem — , ou subst. os — s, gen-
te não nobre. v. g. A ordem — , entre os
romanos, era composta de todos os cida-
dãos não patrícios ou senadores, v. g. Lo-
cução — , usada pela plebe.
Moraes escreve plebeu, e assim escreviam
muitos dos antigos, mas visto ter & o sido
geralmente substituído ao u Latino, o g.
em novo, probo, noto, não ha rasão para
conservar o m em plebêo , tanto mais que
a des. f. em a corresponde constantemen-
te em Portuguez á masculina em o.
PLEBISCITO, s.m. (Lat. plebiscitum, lei,
decreto feito pelo povo da antiga Roma ,
sem o concurso do senado. A principio era
só obrigatória para o povo, mas depois
abrangeu também os senadores.
PLECTOGNATHER, (h. n.) assím é designa-
da per Curvier a terceira ordem dos peixes
a primeira classe da segunda serie ou peixes
ossozos.
PLECTRO , s. m. (Lat plectrum, do tlr.
plessô , ferir , dar golpe), penna ou outro
corpo com que se fazem vibrar as cordas
de instrumento musico, v. g. — de sino^ o
badalo.
PLECTRUDE, (hist.) espoza de Pepino de
Uerístal, governou o reino depois da morte
de seu marido em 714, em nome de seu fi-
lho Theobaldo.Fez prenderem Colónia a Car-
los Martel desherdado por Pepino ; mas os
Francos revoltaram-se, derrotaram os par-
tidários dePlectrude, e elegeram Ragenfroi
maire (mordomo).
plegarIas. (ant.), V. Supplicas , Pre-
ces.
PLÊIADES, (myth.) são assim chamadas as
sete ilibas d' Atlante (Maia, Klectra, Taygete.
Asterope, Meropo, Álcyone, Celeno). Seis del-
ias tiveram deuzes por espozos ou amantes,
$(^ Merope cazou com um mortal. Foram^
56 *
324
ÍLE
rLE
segundo a fabula, metamorphoseadas em es-
trellas e formaram no ceu a constellação ou
grupo das Plêiades. São chamadas Plêiades
do grego plee, navegar, porque a constel-
lação que tem este nome é favorável á na-
vegação, (hist.) os Alexandrinos, no rei-
nado de ^tolomeo Philadelpho, deram o no-
me desta constellação, á reunião dos sete
poetas contemporâneos; Lycophron, Theo-
crito, Arato, Nicandro, ApoUonio, Philicoe
Homero-o-Mono. Também houve uma Plêia-
de franceza composta por Ronsard, Dubel-
lay, Reme Belleau, Jodelle, Dorat, Baillis e
Ponto de Thiard.
PLEiNE-FOUGERE, (geogr.) cidado de Frau-
ça, a 10 léguas SK. de S. Uaeo ; 3,057 ha-
bitantes.
PLEioNE, (bot.) Pleione. género de plan-
tas da ordem das Nereideas, famillia das
Amphinomas.
PLEissE, (geogr.) rio da America, nasceu
no reino de Saxe, e lança-se no Elstor-
Branco.
PLEITEADO, A, p. p. supevl. de pleitear ;
adj. disputado em juízo, no foro ; dispu-
tado contendentes.
PLEíTEANTE. V. Litigante.
PLEITEAR, V: tt. (de pkito, av des. inf.),
disputar no foro, litigar, v. gr. — avietoria,
a passagem do rio, da ponte, a entrada da
praça, a vantagem, a maioria, o premio. — ,
em sentido n. litigar, contender no foro
ou fora delie. v. g. pleitiar com alguém
sobre a prim,azia , ter demanda com al-
guém. ^^
PLEITEAR. V. Preitear.
PLEITO, s. m. (do Fr. plaid, deriv. do
Lat. placitum, sentença, decreto, resolu-
ção), litigio, demanda que corre ou pen-
dente no foro. acção, causa forense.
PLEITO, s. m. (ant.) (do Cast. pleito, ajus-
te, contracto). V. Preito.
PLELAN O- GRANDE, (gcogr .) cidade de Fran-
ça, a 4 léguas e meia SO. de Montfort ; tem
3,250 habitantes.
PLELAN-o- PEQUENO, (gcogr.) cidade de
França, a 3 léguas ao O. de Dinau ; 1,500
habitantes.
PLENAMENTE, ttdv. {mente suff.) de todo.
completa , inteiramente, v. g. plenamente
satisfeito , informado , instruído , conven-
cido.
PLENARiAMENTE, ttdv. [mente suff.) , de
modo plenário, sem excepção.
PLENÁRIO, A , adj. (Lat. plenus , pleno,
cheio, e des. ário), pleno, inteiro, v. g. Pro-
cesso — , não summario. Provas — s, com-
pletas. Indulgência — , que abrange todas
as culpas. Poder — , illimitado, pleno, para
tudo. Quitação — , de toda a obrigação ,
divida.
PLENEUF. (geogr.) cidade de França, a 4
léguas de S. Brienc; e conta 1,660 habi-
tantes.
PLENiDÃo. V. Plenitude.
PLENILUNAR, adj. dos "l //. [plcno, e ÍM-
nar)^ do plenilu[\io , ou lua cheia v. g.
Marés plenilunares.
PLENILÚNIO, s. m. (Lat. plenilunium)y lua
cheia, quando a face da lua que olha para
a terra é toda illuminada pelo sol, ao qual
está então diametralmente opposta.
PLENiPOTENCiA, s. f. (Lat.), podcr pleno,
inteiro, illimitado, que os governos dão a
ministros mandados a congresso ou a cor-
tes estrangeiras ; a carta ou cartas creden-
ciaes em que se contem os plenos poderes.
PLENIPOTENCIÁRIO, s m. (des. ário), mi-
nistro a quem o seu governo deu plenps
poderes, v.g. Ministro — .
PLENissiMAMENTE, ttdv. superl. de plena-
mente, sem a meaor restricção.
PLENissiMO, A, adj. superl. de pleno , o
mais amplo, completo, v. g. Poderes — , fa-
culdade— . Indulgência — , plenária.
PLENITUDE, s. f. (Lat. plcnitudo, inú),
grossura, enchimento ; (íig.) completa pos-
se. V. g. k — da graça, do poder.
PLiNiTUDO, (Lat.). V. Plenitude.
PLENO, A, adj. (Lat. plenus, Gr. pleos ,
de pelas, próximo, chegado), cheio , com-
pleto, inteiro, amplo. i?. gf. — s poder es, i\\{~
mitados, sem restricção.
PLEONASMO, s. m. (Lat. pleonasmus , do
Gr. pleonazô, ser em excesso, superabun-
dar, de pleon , mais abundante, supera-
bundante) , redundância de palavras para
expressar uma ideia , e que ás vezes tem
beilesa, v.g. eu o vi com estes olhos, to-
qjei-lhe com estas mãos.
PLEONASTico, A, adj. [dstico suff.), em
que ha pleonasmo, v. g. Phrase, expres-
são — .
PLEORiz. V. Pleuriz.
PLEROMA, (bot.) género de plantas da fa-
milia das Melastomacoas e da Decandria Mo-
nogynia.
PLEssE, (geogr.) cidade dos Estados prus-
sianos, a 25 léguas ao SE. de Oppeln ; 2,000
habitantes.
PLESSis, (geogr.) muitas cidades em Fran-
ça teemeste nome, qne éuma corrupção de
Palatium, palácio. As principaes são : Ples-
sis-les-Tours, a 1 quarto de léguas ao SO.
de Tours ; Plessis-aux-Bous, a 1 légua e um
quarto ao NO. de Meaux ; Plessis-Baden, a
8 léguas ao NE. de Redou ; Plessis Bou-
chard, a 2 léguas ao S. de Pontoise.
PLESTiN, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas ao SO. de Lannion ; 5,260 habitan-
tes.
PLKTflORA, s. f. (Lat., do Gr. pleos, cheio ;
FLI
<tU)
■ík
plethó, encher, e orô, impellir), (med) su-
perabundância geral ou parcial do sangue
ou dos humores,
PLETHORico, A, adj . {órico, suff.), (med.)
que soíTre de plethora. v.g. Doente, esta-
do—.
PLETTENBF.RG, (geogr.) cidade dos Kstados
prussianos. a 6 léguas ao E. d'Altona ; 1 ,450
habitantes.
PLEURA, s. f. (Lat. e Gr. pleura , lado),
(anat.) membrana que forra interiormente
as coslellas, e que involve o bofe.
PLEiíBiHAN, (geogr.) villa de França, a 5
léguas aoWE. de Lannion ; 4,400 habitan-
tes.
PLEUDiHKN, (geogr.) cidade de França, a
2 léguas e meia ao iNE, de Dinan ; 4,530
habitantes.
pLEURANDRA, (bot.) gcuero de plantas da
familia das Dillemaceas e da Polyandria Di-
gynia.
PLEURiTico, A, adj. itico sufí.) , (med.)
doente de pleuriz.
PLEURiz, s. m. (Gr, pleuritis), (med.) in-
flammação da pleura , com dor aguda no
lado do thorax; pontada : v. g. — falso ou
espúrio, não inílammatorio , ou mui beni-
gno.
PLEUROPNEunoNiA, s. f. (med.) combina-
ção de pleuriz com a pneumonia , ou in-
flammação do bofe. Y. Peripneumonia.
PLEYADAS , orthographia errada. Grande
devia ser a predilecção de Moraes pelo y ,
pois até em vozes Gregas escriptas por i ,
lho substitue. V. plêiadas.
PLICA, s. f. (Lat.), prega, dobra. — accen-
to circumflexo. — na musica , signal que
liga as notas da solfa. v. g. — polonica,
doença em que os cabellos se enleiam por
effeito de uma secreção viscosa e sanguino-
lenta que os penetra a ponto, que corta-
dos vertem sangue.
PLiCADO, A, adj. (Lai. plicatus), dobra-
do, feito era pregas, v. g. Casula — , do-
brada sobre o peito,
PLiCAR, V. a. (Lat. plica, are , dobrar),
dobrar, fazer pregas. — marcar com a pli-
ca ou accento circumflexo. V. Plexo
PLÍNIO, (hist.) o Naturalista ou o Anti-
go, C. Plinius Secundus, nasceu em Coma ou
Verona, no anno 2 J. Ávido de sciencia apro-
veitava todos os instantes para estudar. Na eru-
pção do Vesúvio em 79 correu a observal-a,
mas aproximando-se muito foi asphixiado pelo
fumo. Escreveu uma Historia de lloma, e
a Historia das guerras da Germânia, uma
Historia Natural em 87 livros.
PL'Nio-0-MOço, (hist.) G. Coecilius Plinius
Secundus, sobrinho e filho adoptivo do pre-
cedent», nasceu em Coma em 61 ou 62, foi
discípulo de Quintiliano, foi cônsul no anno
TOL. IT.
100, e depois governou como procônsul a
Bithynia e o Ponto. Morreu em 115. Plinio
escreveu a Historia de seu tempo, e o Pane-
gyrico de Trajano.
PLiNTHO, s.m. [[.dit. phnihas ou plinthis.
do Gr. plinthos, tijolo), (arch.) peça qua-
drada que se põe por baixo da base das co-
lumnas. Na ordem toscana é também a
parte superior do capitel.
PLOEiRO. V. Proeiro.
PLOCK ou PLOTSK, (gsogr,) cidade da Po-
lonia, capital de voiwodia, a 22 léguas ao
NO. de Varsóvia ; 6,000 habitantes. A voi-
wodia de Plock, entre as de Augustovo, de
Siedloc e de Mazovia, a K tem a Rússia ao S,
a Prússia aO. eaoN. conta 500,000 habi-
tantes,
PLOCOGLOTTis, (bot-) gcuero de plantas
pertencente á familia das Orchideas eáGy-
nandriaDiandria.
PLOEMEUR, (geogr.) villa de França, a l
leguaaoSO. deLorient; tem 6,790 habitan-
tes.
PLOEN ou PLON, (gcogr.) cidadc da Dina-
marca, a 6 léguas ao S de Kiel; 1,600 ha-
bitantes.
PLOERMEL, (geogr.) cidade de França, a
10 léguas ao NE. de Vannes ; 5,200 habi-
tantes.
PLOEUC, (gfogr.) cidade de França, a 4
léguas S. de S. Brienc ; tem 5,300 habi-
tantes.
PLOGASTEL, (gcogr.) cidade de França, a
3 léguas e um quarto 0. de Quimper ; 1,000
habitantes.
PLOMBiERES, (geogr.) cidade de França, a
3 léguas SO. de Remiremont; 1,500 habi-
tantes,
PLOMBADA, s. f. (do Lat. plumbum, chum-
bo), pellota de chumbo com que os moços
jogavam para exercitarem as forças.
PLOMBEO. V. Plúmbeo.
PLOMO, s. f. (do Fr. plomb.) V. Chumbo.
PLOTiNO, (hist.) philosopho neoplatonico,
nasceu no anno 205 de Jesu-Christo em Ly-
copolis, ligou-se na idade de 28 annos com
o philosopho Saccas, cujas licções seguiu
pelo espaço de 11 annos acompanhou em 244
o imperador Gordiano em uma expedição
contra os Persas, para ter occasião de es-
tudar a philosopia dos orientaes; depois da
exaltação de Thilippe estabeleceu-se om Ro-
ma, aonde abriu uma escola de philosophia,
e á qual afíluirara muitos discípulos. Reti-
rou-se na sua velhice a Campania, aonde
morreu em 270. A philosophia de Plotino
consiste na união immediata da alma huma-
na com o ser divino, Plotiuo deixou sobre
[a philosophia 54tractados, que o seuprin-
Icipal discipulo se encarregou de rever epu-
Iblicar.
67
; ,
PLO
PLU
PLQTiNA, (hist.) Plotina Pompeia^ mulher , 4 léguas ao O. de Morlaix; 3,500 habitai
^0 tríijano, f6z uso do poder para secun- j tes.
dar as prudentes intériròes de seu cspozo ; | rLOuzEVEDs , (geogr.) villa de França,
concorreu muito para a adopção d'idrian.'>, i 5 léguas ao >0. de líorlaix ; 800 habitan-
e conservou no reinado deste principe airt- tes.
fluenciíi; do que nnles havia gozado. Morreu
tta \f^ (i foí divinizada.
rLiauvER, pur Prouver, do v. Prazer.
plouagat, (geogr.) cidade dé Prança, a
4 léguas E. de Guincatop ; 1,600 habitan-
tes.
riouARET, (geogr.) cidade do Franca a 3
léguas ao S. de Lannion ; 5,220 habitan-
tes.
plOuat, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas ao N , de i.orient ; 4,210 habitan-
tes'.
PLoiiBALAY, (geogr.) cidade do França, a
4 Icgnas ao ^0. de Danan ; 2,000 habi-
tantes.
PLOUCOUET, (geogr.) methaphisico alfemão,
nasceu em 1/1(5. Deixou muitos escriptos
sobre philosophia, o principal c Fundamen-
ta phifosophicB Spcculalivoe.
PLOUDALMKSEAU, (gcogr) cidade do Fran-
ça, a 5 legoas o meia ao KO, de Brest ;
3,085 habitantes.
n.ouniRT, (geogr.) cidade de França, a
G legoas e meia ao KE. de Brest; Í,G00
habitantes. ^
PLOUESCAT, (geogr.) cidade de França, a
n legoas e meia ao NO. deMjrlaii; 3,^30
habitantes.
pLOUGASNou, (geog.j
^ 3 legoas e meia áõ
4,000 habitantes.
PLOLGASfEL, (gCOgr.'
2 legoas e i quarto ao
habitantes
pi.ougueNast, (geogr.) cidade de França,
a 3 legoa^ e meia ao ;\E. de Londeac ;
3,98<i habitantes.
PLOuiJA, (geogr.) cidade de França, a 5
legoas e meia ao NO. de S. Uriene ; 4,U^0
habitantes,
PLOuiGNÈAU, (geogr.) cidade de França, á
f legoas e 1 quarto ao E. dó Moríaíx ;
4,790 habitantes.
PLOUNEOUR, (geogr.) nome de duas ç.ida-
des de França; uma Plonneour Menez a 4
legoas ao Sj. de Morlaix ; 4,170 habitan-
tes a outra Plonneour- ircz, a 8 legoas
ao KE. de Brest; 3,100 habitantes.
PLOUNEVEZ, ígeogr.) nome (ie muitas cida-
des da Bretanha em França, sendo as princi-
[mes : Plounevez Lochrist, a 7 léguas ao
NO. de Morlaix, 4,610 habitantes. Plounevez-
MivAec^ a 5 léguas ao S. de Lannion; 2,100
habitantes. Plounetez-du-Faou, a 5 léguas
ao NF. de Chateaudun ; 3.80Ó habitantes
cidade de França,
N>E. dó "íeríaix ;
villa de França, a
E. de Brest ; 5,863
piouvõRN, (geogr.) cidade de França, a i (pões./ a avç.
PLCcríE, (hist.) sábio francez. nasceu em
168i, morreu em 1761. Assuas priacipaes
obras são: o Espectáculo da natureza: His-
toria do céu, segundo as ideias dos poetas,
dos philosophos, e de Moisés, etc.
PLUKEiSET, (hist.) botânico inglez, nasceu
em 1642, morreu em 170^i. Deixou : Phy-
tographia seu plantaram ícones". Alma-
gestum botanicum; Amaltheurn botanicum,
etc.
PLUWA, s. f. (Lat.), penna das aves , a
parte da penna opposta ao cano. — penna -
cho do capacete, v.g. A — e(/wina, o orna-
to do elmo feito de clina. — s, as que as
damas trazem por ornato no toucado, e os
militares no chapeo. — , (p. us.) penna de
escrever.
PLiiiiACEiRO, s. m. (des. eiró), o que pre-
para e vende plumas de ornato.
PLUMACHO, s. m. plumas de ornar a cabeça
dos cavallos de coche ou de parada.
PLUMADA, s. f. purga que se dá aos falcões
composta de pennas envoltas em carne. — as
pennas e ossos que os falcões vomitara.
pluíage», s. f. [agem suff. coUect ) , as
pennas mais finas das aves; as plumas de
adorno dos toucados das mulheras , e dos
c.ipacetes ; espécie de cocar ou poupa qne
algumas aves tem na cabeça ; as pintas das
pennas do peito das aves ; (fig.) ralé, sorte,
ti. ^. Mulher d'esta — , diz-se por despreso
de uma meretriz. — de enxertia, (íig.j raça
mescíadn ; homens que obtém honras e
cargos sem os merecer.
PLUMÃo, s. m. (ant.)augm. de pluma, pen-
nacho de píuraas.
PLUMAUTiN, (geogr.) cidade de França, a
5 léguas SE. de Chatellerant, 1,200 habi-
tantes.
PLúMAzo, s. m. (aui.) travesseiro de pen-
nas.
PLÚMBEO , A , adj. (Lat plumbeus) , de
chumbo. V. g. — pella, de cor de chumbo.
Luz — , íivida. Bulia — , com seiío pen-
dente de chumbo.
PLUME, (geogr.) cidade de França, a 'ò
léguas SSO. d[Agen ; 2,700 habitantes.
PLumiR, (hist.) botânico francez, nasceu
em 1646, morreu em l706. Deixou: Des'
cripção das Plantas da America ; Plan-
tarum americanarum fasciculidecem, etc.
PLUMO, s. m. (do Fr. plomb, chumbo ; d
— , a prumo J V. Prumo.
PLUMOso, A, adj. (Lat. plumosus), cober-
to dtí pennas ou plumas, v.g. O — cantor,
PLU
)Êe
S7
PMÍKULA, s. f. (Lat., dira. de fAuma), pen-
uinha, pennugfitu. Diz-s9 das plantas.
PLUNKETT, (hist.) arcebispo de Armagli
e primaz da Irlanda om 1(i60, foi accnza-
do de excitar os Catholicos a revoltarem -
se contra o rei Carlos II. Morreu esquar-
tejado em 1681. Deiíou Mandamentos e
instrucções pastoraes.
PLUQUET, (hist.) sábio ecclesiaslico fran-
cez, nasceu em 17 i 6, morreu em 1/90. Dei-
xou : Exame do fanatismo; Diccionario
das heresias ; Ensaio sobre o luxo, etc.
PLURAL, adj. dos 2 g. (Lat. pluralis, de
p/ures, vários, diversos), (gram ) que denota
mais de um individuo ou unidade, e nas lín-
guas que tem dual, quf) denota mais de
dois. v--^. iVumero — . Desinências pluraes,
são as terminações dos substantivos, adje-
ctivos, e verbos que designam o numero
composto de duas ou mais unidades, v.g, os
homens ; dois, três homens , valentes ; ama-
ram ; fizeram, etc. \'. Collectivo. — ,s, por
eliipse. V. g. .Muitos nomes não mudam a
desinência no — , outros nuo tem — , v. g.
o univer.«o.
PLURALIDADE, s. f. (Lat. pluralitãs, tis),
grande numero, a maior porção de nume-
ro determinado, v.g. foi eleito á — devo-
tos. A — dos vogaes, dos espectadores.
PLLRiFiCAÇÃo. V. Pluralidade
PLURISCRITO, A, ttdj . OU PLURISCRIPTO ,
s. m. (do Lat. plures, vários), escripto de di-
versas mãos. — trasladado, transcripto mui-
tas vezes. v.g. Livro — . Codex — . fÉdesus.^
PLUSQUAíi, adv. Lat. mais que, v. g. —
ladrões. — perfeito, adj. m. t um tempo dos
verbos que indica acção feita e completa em
tempo remoto. — extremamente perfeito, v.
g. embaixador, ministro — . Mello, Cart.,
Cent. 2. E desusado neste sentido.
PLUS ULTRA, termos Latinos que signifi-
cam mais alem. Só usados na phrase. E' o
non plus ultra, cousa que não pode exceder,
ponto de que se não pode passar.
PLUTÃO, (myth.) deus dos infernos, era
filho de Saturno e de Rhea, e irmão de
Júpiter e de Neptuno. Teve por esposa
Prosérpina, filha de Ceres, que elle roubou
nas planícies d'Erma. Represantam-o n'um
throno ao lado de I roserpina, com o tri-
dente na mão e Cerbero aos pés, e com
capacete na cabeça, o qual o tornava invi-
zivel ; outras vezes está sobre ura carro pu-
chado por quatro cavallos pretos.
PLUTARCO, (hist.) Plutarchus, biographo
e moralista, nasceu no anno 48 de Jesu-
Christo era Cheronea na Boecia , estu-
dou as letras e a philosophia, foi empre-
gado em diversas negociações ; esteve era
Uoma no reinado de homiciano e deu lic-
ções de phiiosopbia, Foi archoale e sacer-
dote d'ApoHo, na sua Pátria, tleíiou ; Vi-
das dos homens illusires da Grécia e de
Roma ; tractados da origem da alma, do
génio de Sócrates, do silencio dos oracu~
los, ele.
PLUTO, (myth.) deus da riqueza o das
minas de nicjlacs prrciozos, represenlarn-o
cego e com uma bolsa na mão, para fa-
zer camj)reend(!r que a fortuna distribuo
cegamente os seus favores. Tem grandes
relações cora Plutão. Dizem-no filho de
Ceres e de Jassen.
FLUvuL, adj. dos 2g. (Lat. pluvialis, do
jo/ií^ia, chuva), chuvoso, que traz chuva. u.
g. O — Arcturo. Pluviaes nuvens. — da
chuva. .Aguas pluúacs.
PLUVIAL, s. m. (Lat pluviale, capa agua-
deira. — (mais us.) capa de asperges, que o
prelado reveste nos oíiicios divinos.
PLUVíGSER, (geogr-) cidade de França, a
léguas E de Lorient; 4,^)60 habitantes.
FLUVLNEL , (hist ) mestre de equitação
francez, morreu em 1G20. Foi o que fun-
dou as primeiras escollas de manejo, cha-
madas academias. Deixou : Manejo real ;
Inslrucção do rei no exercicico de montar
a cavallo.
PLUViosE, *. m. (Jo Fr.), quinto inez do
anno republicano francez, começava a 20 de
Janeiro e acabava no 18 de Fevereiro. Foi as-
sim chamado por ser de ordinário chuvo-
so.
PLUVIOSO. V. Chuvoso, Pluvial.
PLYMOUTii, (geogr.) Tamersvorlh, no tem-
po dos Anglo-Saxonios, cidade e por.to mi-
litar d'ínglaterra, a 17 léguas 80. d'Exe-
ter ; 80;000 habitantes.
PNEUMA, s. w (Gr. pncílwa, sopro, vento,
ar, espirito), espirito.
PiNEUMATíCO, A, adj. (pneuma, suíT. ãtico],
doar, do sopro. v.g. Machina — , instru-
mento de^)hysica inventado pelo inglez Boy-
la, por meio do qual se extrahe o ardo inte-
rior do apparelho e dos corpos nelle encerr
rados, formando um vácuo mais ou menos
imperfeito, v.g. Instrumentos — , de sopro,
de vento.
PNEUMATOLOGiA , s. f. pncuma, elogia),
parle da metaphysica que trata dos entes im-
materiaes, psychologia.
PNEUMATOLOGICO , A , ttdj . (lÓgicO Suff".) ,
concernente á pneumatologia. o. g. Sysle-
ma, tratado — . Ideias — .
PNEUMONIA, s f,[ pneuma, des. ia), [meã.)
inflammação do bofe.
PNEUMONico, A, adj. ^Jíitco suíT.), (med.J
doente de pneumonia. — próprio contra a
pneumonia, v. g. .Medicamentos — .
ró, s wi. (alterado e contrahido do Cast.
poho. Lat. puleis, que alguns derivam do
Gr. pelos, lama. Creio que vem do rad. d©
57 «
Í28
POB
pwírío apodrecer, putris, podre, carcomi-
do, e /mi leve, ligeiro; ou talvez do
tgypc. lac, lec ou loc, pulverisar. os frag-
mentos mais miúdos e subtis da pedra, pao.
terra, vidro, raefaes. v. g. Ouro em -.Areia
m-, mui fma. Pos, substancias reduzidas
^pô, pulverisadas :x>.g,- do cabello, com
que se empoavam os homens, e as mulheres
Assucarem-. Fazer ew -. desfazer . ar-
ruinar, (fig.) extirpar, i).^. -os vícios. Sa-
cudiro- a alguém; (fig. e fam.) zurzir.
Nascer no- (fig.) era condição humilde.
Levantar do-, de condição baixa, humil-
de, da miséria.
PÓ ! interjeição de aversão ♦
ro, (geogrj Padus em latim, e na anti-
guidade Erudanas e também Bodimoma-
gos, o maior rio d'ítalia, rega a reeião
septentrional deste paiz, quo corta em duas
partes, chamadas pelos antigos Galha Cis-
padana e Galha Transpadana, nasce no
monte Viso e lança-se no Atlântico.
PO (departamento do), (geogr.) formado
deuraa parte do riemonte! foi compreen-
dido na republica, e depois no impSrio, e
tinha por capital Turim P ". ^^
TJ ,- """^^ P^''^^ <^o Estado eccle-
siastico, foi um dos departamentos da re-
publica cisalpina e depois do reino d'Ita-
Po (departamento do Alto), formado em
1 /^/ de uma parte do ducado de Milão,
tinha por capital Cremona.
n/^ín/*/"'J"í"^') ^'^'^^' s^o t''es pernas
na ponta da bohna, fixas na testa da vela,
ZJr^"^ ^^^ estender quando o vento é
escasso,
POBLA,(obs.) (doCast.) \. Povoação.
POBLADOR, (obs.) V. Povoador.
POBLANÇA, (obs.) V. Povoaçâo.
JiTf''''' ' A robs.; povoação. -direito
antigo que se pagava ao senhor territorial
pela faculdade de habitar algum logar
POBOO, (obs.; V. PoM. ^
POBRADAR, (obs.) V. Povoar.
POBRADo, (obs.) V. Povoado.
r.rr^T'-'; '^' («bs.) povoador. v.g.deU
rena o'dtr^ ^"%*'"^^ inspecção sobre o
ZZt. ^^'''? ^^'•^''' ^^obre as novas
Sor <?«!; ''^' r ^ ^^'"' ^^" - de Villa-
1385 "" ''^' "^^ ^' ^^«»s« IV, de
POBRAR, (obs.) y. Povoar.
Sf:^"' ^«'^'•t de Gébelin deriva dos r^-
aipK*'''- ^'.^'"^''^^^^ PO»co> e de per
éimaJfníl.'''^"'^^'''' ^^^"^^^ Este segundo
é imaginário ; o termo compõe-se de pau e
POB
opis, ajuda, auxilio, soccorro, riqueza, ou
antes ppt/er, que ajuda, auxilia, soccorre),
necessitado, a quem faltam as commodidades
da vida ou os meios de as obter; que tem
poucas posses: v. g. — voluntário, o que
dá quantoteme vive de esmolas, por se con-
formar aos preceitos religiosos do brahmanis-
mo ou do christianismo. — , mesquinho, hu-
milde, miserável. i). (7. — capa, —choupa-
na.—, (fig.), falto, destituído, v.g, —do
entendimento, — de espirito, o que vive em
santa simplicidade. Terra — . falta de pro-
ductos naturaes, ou da industria, — terre-
no estéril, v. g. Muro, praça, não — de
defensores. — , infeliz, coitado. Usa-se co-
mo expressão de dó, 15. ^f. — creatura, —
velho, — mulher, — criança /
Syn comp. Pobre, mendigo. Confundem-
se a miúdo as ideias que representam estas
duas palavras, porque se considera o men-
digo como um homem reduzido a uma ex-
trema e involuntária pobreza. Porém o fa-
cto de mendigar não suppõe absolutamen-
te necessidade, como o facto de beber não
suppõe absolutamente sede : ha quem men-
diga por ociosidade e madraçaria, como ha
quem bebe sem necessidade, e talvez por
vicio. Pobre é o que carece do necessário;
mendigo é o que pede esmola. Este vocá-
bulo suppõe uma occupação, que pôde ser
forçosa, ou voluntária ; aquelle suppõe um
estado sempre involuntário e forçoso.
O mendigo quo pôde trabalhar, é um la-
drão de profissão, que furta ao verdadeiro
pobre ; e o que, com uma caridade mal
entendida, lhe dá esmola, é um coraplice de
seu roubo.
POBRE, s. m. pessoa pobre ; pedinte, men-
digo, V. g. um — , os pobres. Pedir para
os — s. Uma — , mulher pobre.
POBREMENTE, adv . [mente suff.) em po-
breza, como pobre, v. g. viver, passar — ,
vestido — , Este terreno cria — as arvorts^
nutre-as mal, escasamente, nelle medram
pouco.
POBRETÃO, s. m. augment. e peiorativo
de pobre, homem pobre; termo de desprezo,
homem que afí"ecta de abastado e que é mi-
serável; (p. us.) o que se faz pobre epede
sem necessidade legítima, v. g. Pedro quer
casquilhar e é ura — ; são pobretões inso-
lentes,
POBRETE, adj. dos 2 g. diminuí, jocoso
de pobre, pouco abastado, ex. « — mas ale-
grete. » Vieira.
POBREZA, 5. f. (des. cza] falta do necessá-
rio para a vida, grande escassez, estreiteza de
posses e haveres ; (fig.) os moveis, os have-
res do pobre. — de uma lingua, falta de
termos, de vocábulos. — de espirito, pou-
ca inlelligencia, falta de capacidade.
POC
POÍ)
m
Syn. corap. Pobreza, indigência, pénU^
ria, inópia. Todas estas palavras exprimem
a falta do necessário para viver, mas em
maior ou menor grau.
Pobreza exprime a ideia de ter alguma
cou3a, porém não o bastante para as neces-
sidades da vida. /ntíi^fcncia exprime a ideia
da carência do necessário, por estar uma
pessoa impossibilitada de o haver, de o ga-
nhar. Penúria exprime a escacez extrema
em que se acha uma pessoa ou família, a
quem faliam as cousas mais indispensáveis
á vida, que padece fomes, etc. Inópia é pa-
lavra latina que exprime em geral a falta,
a carência do que é mister, e diz-se das
pessoas e das cousas, como se lê em Camões
quando falia de Massylia :
Terra a nenhum fructo em fím disposta,
Padecendo de tudo extrema inopta-
Los. V, 6).
cova pouco funda
d'agua nas ruas.
V. Rodoffolle, re-
pOBREziNHO, A, adj. 8 5. dimiuut. de po-
bre.
POBRiCAçÃo, s. f V. Pubricação ou Pu-
blicação.
poBRissiMAMENTE, adc. supcvl. de pobre-
mente.
pobríssimo, a, adj. superl. de pobre,
muito pobre, indigente.
POÇA, s. f. (de poço)
cheia d'agua, v. g — s
pocÁ, s. f. (t. Brasil.)
de.
POÇAL. V. Puçal.
POÇÃO, s. f. [Lai. potio, onis) (med.) be-
bida medicinal. — de tribulação, angustia,
dissabor.
pocARiçA, (geogr.) freguezia de Portugal,
no concelho de Cantanhede, 4 léguas a 0.
de Coimbra; 1,020 habitantes.
pocEiRO, s.m. {poço, des. eiró) cesto al-
to que vai alargando para a bocca ; cesto
vindimo ; serve para lavar a lã , e para le-
var as uvas ao lagar.
pecema, s. f. (t. Brazil.) vozeria confusa.
Vieira.
POCILGA. V. Possilga.
pociMA, (ant.) em vez de por cima.
pôço, s. m. (Lat. puteus, do Gr. buthós,
ou bussós , eicavação) cova funda em
que se «junta agua da chuva ou de nascen-
te ; cisterna forrada de tijolo ou de pedra com
a bocca levantada do solo. Não tem agua os
habitantes senão a de — s. — , excavação
profunda nas minas para a extracção do mi-
neral. O — do navio, a altura ou profun-
didade desde o porão até o convez. — , nos
portos de mar, lugar com fundo suíliciente
para ali ancorarem navios. Um — de ouro,
yoL. IV.
uma mina, grande quantidade do ouro. Um
— de sciencia, homem mui sábio e modes-
to. O — da morte, o inferno.
poço (Serra do), (geogr.) serra na parte
Occidental da província das Alagoas, no Bra- -
zil, 15 léguas ao poente da do í'ão-d'Assu-
car.
pocoNií, (geogr.) pequena villa na provín-
cia de Mato-Grosso, na comarca de Guiabá,
no Brazil.
pococK, (hist ) Iheologo inglez, nasceu em
l(i04, morreu em 1691. Deixou: Specímen
historioe Ârabum ; Commentarios ; traduc-
ções latinas dos Annaes d'Eutychio, e da His-
toria oriental de Alboulfaradj.
pococKE, (hist.) viajante inglez, nasceu
em 1704, morreu em 17ti5, viajou no Orien-
te desde 1737 a 42. Deixou Afemona* e al-
guns Manuscriptos, e uma Descripção do
Oriente.
PODA, s. f. o acto de podar arvores, ou vi-
des ; a obra feita podando ; os ramos e por-
ções podadas. Fazer a — aalgucm, (famil.)
dizer mal d'elle, censura-lo asperamente.
Fazer a — a obra litteraria, v.g. a versos,
supprimir o que é máo, ou indicar o que
devera supprimir-se.
PODADEIRA, adj. f. que serve para podar.
Fouce, navalha — , podão.
PODADOR, s.m. o que poda vinhas ou ar-
vores.
PODADURA, s. f. V. Poda.
PODAGRA, s. f. (Lat., do Gr. poiíí, podós,
pé, e agra, prisão) (med.) gota nos pés.
poDALiRiA, ou antes podalyria, s. f. (de
Podalyrio, guerreiro perito na medicina que
se achou no cerco de Tróia) (fig.) arte me-
dica. Camões.
PODÃO, s. m. (des. ão denotando agencia)
fouce podadeira ; (fig.) homem velho que só
é próprio para podar e outras obras que re-
querem pouca força.
PODAR, V. a. (Lat. puto, are) cortar ara-
ma supérflua das arvores e das vinhas. —
de rabo de gato, aUmpar o bacello de toda
a rama deixando só uma varinha e dois olhos
junto á cepa. Ha muitos modos de podar a
vinha.
PODEIDOIRO, (ant.) próprio para podar.
PODENGO, 5. m. (do Lat. pedes, pés, e des.
engo, deriv. de ^enu, joelho, porque tem os
pés grossos) cão de pernas curtas e grossas
de caçar coelhos. — d' agua, que entra na
agua.
podensac , (geogr.) cidade de França, a
7 léguas ao SE. de Bordeos ; 1,600 habi-
tantes.
poder, V. a. (do Lat. possum, potee, pos-
so, podes, des. inf. er. Em Uai. potere. Em
Sanscrit paíi, em Zenápeíedf Pehlvi pad^ che-
fe, senhor. Em Egypcio pet significa que
58
230
POD
POD
tem, eentot, ter, possuir, e parece-me o ra-
dical de todos os referidos termos, formado
de tot mão) ter força physica ou moral, ener-
gia para obrar, fazer, executar, soíTrer, sup-
porlar. ExclusiTaniente usado eom verb is
no infinitivo, v. g. o homem -pot/c dirigir as
substancias animaes e vegelaes ; pode car-
regar, levantar, levar ás costas grandes pe-
sos, não posso tolerar a hypocrisia. Isso não
/)Oí/«soíTrer demora. Fazer por — , esforçar-
se por adquirir a energia de pôr em obra.
Podia castigar, mas preferio perdoar aos de-
linquentes. Não podia comer, dormir, des-
cansar. Não posso soffrer a dor. Ningucm
pode dar o que nao éseu, tem poder ou fa-
culdade legitima. Arazãod'este emprego do
infinitivo é obvia. — não indica acção qual-
quer, mas só a faculdade de executar, e por
conseguinte só rege verbos no infinitivo in-
determinado. — , v.n. possuir força physi-
ca, moral ou votiva. Pode com a carga, com
o peso, sustentado, carrega-lo. Não pode
comigo, resislir-me. ^— , ser possível, ter pos-
sibilidade. Pode acontecer. Não pode conci-
liar-se a cubica com a probidade. — ser, ser
possível, faclivel Pode ser, talvez. A con-
jugação d'esle verbo é irregular.
PODER, s. m. (do verbo poder) força, ener-
gia physica ou moral, v. g. o — da republi-
ca romana; o — deCarthago. Resistir com
todo — , com todas as forças. — , posse, do-
mínio, V. g. cair em poder dos Mouros. A
Crimea ficou em - - da iíussia. Os delinquen-
tes eslão cm — da justiça. Os papeis estão
em — dojuiz, do escrivão, do advogado. — ,
dominio, sujeição, império, jurisdicçào, v.
g. debaixo do pátrio —. — , faculdade, au-
toridade. Dar — ou poderes a alguém, com-
metter-lhe, encarrega-lo. — , forças milita-
res, V. g. veio com grande — de gente si-
tiar a cidade. Poderes, potencias, estados,
potentados; (ant.) homens poderosos. A —
de, á força, por influxo, por meio de conti-
nuado esforço, v g. ti — da pólvora fez sal-
tar a rocha. Conseguiu a pretenção a — de
dinheiro, de empenhos, rogos, lagrimas, so-
licitações. Não está em meu — . não depen-
de de mim.
PODERIO, s. m. (des. ío, que denota exten-
são) alto poder, império, grnnde força, po-
tencia, poder, v.g. o grande — da Rússia.
Obra de — , prepotência, acto dos poderosos
da terra. — , (ant.) terra de que alguém é
senhor, onde exerce poder, faculdade,
PODEROSAMENTE, adv. {mcfite suír.) C3m
força, vigor: muito; com grande poder mi-
litar, ex. « Os Godos entraram — cm Hispa-
nha. » Bnrros.
PODEROSISSIMAMENTE, ãdv. SUpCrl. ÚQ/gO-
derosamenle, com grande poder.
PODEROSÍSSIMO, A, ttdj'. supcrl de po^^rò-
so, mui poderoso, v. g. estado, nação, exer3
cito — .
PODEROSO, A, adj. (des. oso) que tem po-
der, força physica ou moral. — de gente, que ""
tem grandfs exércitos, muita tropa. — em ri-
quezas, muito rico. Estado, nação — , que
te^n grandes forças de terra, de mar, ex.
« Como vinha mui — de gente e de elephan-
tes. » — , que tem mando, império, domi-
nio, influencia por seus cargos, empregos, ex.
« Varão — em obras e palavras. » Sousa.
o mar de furibundas ondas poderoso.
Camões, Eleg. 2.
Ser—, (ant.) poder. Foi — a fazer, teve o
poder de fazer. — , efficaz, v. g. remédio
— contra a hydropisia.
PODESTA , ou PODESTADE , (hist.) (em
Italiano podestá , magistrado) oíiicial de
justiça e de policia em algumas cidades
d'italia, durante a idade media. Era cargo
annual.
pÓDiCE, s.m. [LSit. podex, eis] o assento,
as nádegas, o anus.
poDiEBRAD, (geogr.) ci lade da Bohemia, a
10 léguas SO. de Giíschin ; 2,350 habitan-
tes,
PODIEBRAD (Jorge), (hist,) rei da Bohemia
de 1458 a 71, nasceu em 1420 Casou com
a imperatriz Barbara de Cilley, para excluir
da successào da Bohemia a Alberto, genro
de Sigismupdo , foi nomeado regente em
1444 e rei em ,458; foi deposto em 1468
por Mathias Corvino, por se ter mostrado
muito favorável aos Hussitas e contrario aos
Catholicos Morreu em 1471.
PODO A, s. f. [de poder) navalha de podar.
PODOLIA ou KAMENETZ-PODOLSK, (geOgr.)
governo da Rússia europea, na antiga fo-
lonia, entre os de Volhynia ao N., de liiev
ao NE., de Ilherson a E. e ao S.^., a Bes-
sarabia ao SO. ; 1,500,000 habitantes. Ca-
pital Kamenetz ou Kaminiels.
PODOR, (geogr.) villa deFontatoro, naSe-
negamlia, na ilha do Elephante, a 40 léguas
ao NE. de S. Luiz.
PODRE, adj dos 2g. [hdit. putris , àepu-
íeo, ere, do Gr. puthô, apodrecer; putkeô,
corromper. Em Egypcio t^ouô significa disri
solver, e ileii, esterco) cprrupto, tocado da li
podridão. Carne, peixe — . — , dissolvidof,o
que perdeu aco.usisteaciaporeffeito daalte- •
ração pútrida, v. gí. panno, cordsas.— í. Fe-
bre— , cara:Çterisada pela dissolução dos só-
lidos edo sangue e outros fluidos animaes,
— , (fig.) pervertido, v. g. — de vícios. Mcm-
6r-o — , cidadão inútil, ou corrompido. Ser
,^eíx^ — , (fig. e famil.) não ter presumo. —
'^riçOf p:ç:tremanííente. Os — -#, í. osvicios,
Í5(.
P0«
FOI
231
defeitos, baldas. Conhecer, publicar os — s
de alguém.
PODREZA, s. f. (ant.)- V. Podridão.
PODRiCALHO, s. f. (pleb.) cousa podre ; adj
(ant.) podre, deteriorado.
poDRiDO, A, adj. (Cast.) podre. Olha — .
V. Olha.
PODRIDÃO, $. f. (Lat. putredo, inis) esta-
do de cousa podre, corrupção, v. g, — da
carne, do peixe.
POEDEIRA, adj. [.[áepoer, ant, por por,
des. eira) Gallinha — , que já põe ovos.
Gallinha boa pocdeira , que põe muitos
ovos.
POKDOR, s. m. (de poer, por por] o que
põe, v.g. — do fogo, incendiário.
POEDOUROS, s. m. pi. (de poer, por por,
des. ouro) fios ou trapinhos que metidos :.os
tinteiros se embebem de tinta, afim queella
se não entorne facilmente inclinando o vaso ;
panninhos embebidos nas tintas, usados pe-
los pintores.
POEIRA, s. f. {po, des. eira, que denota
dispersão, cousa subtil ; Fr. poussière) muito
pó levantado. Levantar — , (fig.) fazer ru-
mor ; espalhar rumores ; causar desordens.
— d' agua, (fig.) agua era gottas miúdas der-
ramadas no ar, t.g. de repuxo.
POEJO, s. m. (l.at. pulegium) herva me-
dicinal.
POEMA, s.m. (Lai. e Gr., rad. poieo, com-
por) composição em verso, épica, lyrica, dra-
mática. De ordinário diz-se da epopéa.
POENTE, s.m. (de poer, i^or pôr) parle de
ceu onde o sol se põeoudesapparece no fim
da tarde, occidente. — , (ant.) o que põe,
avança, aflirma proposição ou these.
POENTO, A, adj. [po, des. possessiva ento)
(p. us.) coberto de pó.
POER ou antes põer, (ant.) (do Lat. pone-
re) T. Por.
POESIA, s. f. (Lat. poesia, do Gr. poieo, fa-
zer, compor) a arte de pintar a natureza phy-
sica e moral em estylo animado, cheio de ima-
gens e métrico ; arte do poeta : — épico, ly-
rica, dramática, e descriptiva.
POETA, s. m. (Lat.) o que descreve, ex-
põe em linguagem animada e métrica a na-
tureza, os aífectos, as paixões : — ep'co, ly-
rico, dramático, satyrico. — d'agua doce,
máo poeta, falto de estro.
POETAço, s. m. (des. &ugm. aço) poetado
grande engenho.
POETAR, v.n. [L&l.poetor, ari) fazer ver-
sos, cultivar a poesia, compor poemas.
POÉTICA, s. f. (subst. da des. f. de pocíico)
poesia ; arte poética, t\ g. a — de Aristóte-
les, de Vida
POÉTICO, A, adj. [Lai. paeticus) da poesia
próprio da poesia ou dos poelas. Estylo, lin-
guagem, bellezas — s. Arte — ; que expõe
os preceitos, as regras das composições da
poesia.
POETIZA, s.f. mulher dada á poesia, que
compõe poemas.
poKTiz.-kR. V. Poetar.
poGEJ^ e POGEYA, s. f. (aut.) mealha, moe-
da antiga,
piíGGio BiUCCiOLTNi, (hist.) chauiado vul-
garmente o Pogge, sablo italiano, nasceu
em í380 Deixou uma Historia de Floren-
ça, e um traclado de Varietate fortunoe,
ele.
POiA, s. f. (doArab.) o pão mais avulta-
do, que paga quem faz cozer o seu em forno
alheio.
poíADA, s. f. lugar onde sepoja.
POIAL, s. m. {poio, ar des. inf.) assenloí'
de pedra á entrada de casa, de officina ;
assento sobre o qual se põe alguma cou-
sa, V. g. potes, bilhas.
POFAR , V. a. {poio. ar, des. inf.) (ant.)
pôr, pojar, assentar, pousar, pôr o pé, tj. g».
— era terra. Éantiq. V. Pousar.
POÍDO, A, p. p. de poir ; adj. polido, ali- .
zado.
POiDOUROS. V. Poedouros.
poiEMENTO, s. m. (ant.) acção depor, coji- ..
locação.
roíNHÃo, ant. p®r ponhÃo, subjunctivo do
verbo pôr.
poiNsiNET, (hist.) autor dramático fran-
cez, nasceu em i735. As suas pricipaes
peças :5ão : Ermelinda e o Circulo da mo-
da.
poiNTE-A-piTRE. (gepgr.J cidade de Gua-
delupe, 16.000 habitantes.
poiNTE-DE-GAi.LK, (geogr.) cidade da ilha
de Ceilão, na extremidade S., a 28 léguas
SE. de Colombo.
POIR , V. a. (contracção de polir.) polir,
alizar^ roçando. — os vestidos com o uso, sa-
far. É mais usado fallando de substancias
de consistência branda. Dizeraos polir me-
taes, e poir pano de linho.
poiRE-sous-LA-ROCHK, (geogr ) cidado do
França, a 3 léguas >0. do Bourbon-Ven-
dée; 3,490 habitantes.
poiRET, (hist ) escriptor raystico protes-
tante, nasceu era 1645, morreu em 17 J^». '
Deixou : De Eruditione tríplice , solida, ,
super ficiali , et falsa; irincipios solido^
da religião chnstã, etc.
roíRSON, (hist.) sábio geographo, fran-
sez, nasceu em 1761 , morreu em 1831,
Deixou : Atlas mathematico, phisico e pq- ,
litico de todas as partes do mundo, etc.
roís, adv. (Cast. pwes- Vem do Lat. po&i--
tus, p. p de ponere, pôr, e significa prq-
priaràcnto mo posto oiisuppos to.) visto que,
isso posto, do que fica estabelecido. Pois
que a ambição o cegou, devia achar o casti-
58 ♦
m
Poíê
í>os
go no abuso do poder. Pois que assim à
querem, assim o tenham. Ora — , nesse ca-
so, isso supposto. — que ? (phraz. ellipt.)
subentende-se queres, querias, querem, ou
outro verbo análogo. — ííào, idiotismo por-
tiiguez ; interrogando significa porque não?
affirmando equivale a por certo, certo está.
POISAR. V. Pousar.
POissENOT, (hist.) monge de Cilung, mor-
reu em 1556. Publicou a Historia de Gui-
lherme de Tyro.
poissoN, (hist.) escriptor francez, nasceu
em 16H7, morreu em 1710. Deixou : Dele-
cíus auetorum ecclesiasticorum universalis,
seu nova summa conciliorum.
poissoN, (hist.) sábio geometra francez,
nasceu em 1781, e morreu em 1840. Dei-
xou í Tractado de Mecânica: Nova theoria
da acção capillar, ele.
s FOissoNS, (geogr,) cidade de França, a 5
léguas e meia SE. de Vassy : 1,800 habi-
tantes.
POissY, (geogr.) Pincianum, a 4 léguas
ao NO. de Versalhes; tém 2,b80 habitan-
tes.
poiTiERS, (geogr.) Limonum, depois Pi-
ctati, cidade de França, a 84 léguas ao SO.
de Paris ; 25,000 habitantes.
poiTÃo, s. m. (t. Asiat.) arvore cuja ma-
deira é própria para construcção. F. Men-
des Pinto.
poiTOu, (geogr.) paiz dos Pictavi, antiga
província e grande governo de França, era
limitada ao N., pela Bretanha, o Anjou, a
* Turenna, ao S. pelo Angomois, Saintonge
e o Aumis, a K. pelo Berry e a Marcha, a
O. pelo Oceano. O Poitou era dividido em
Alto e Baixo.
poix, (geogr.) cidade de França, a 6 lé-
guas ao SE. de Amiens ; tem 1,*ÍOO habi-
tantes.
POJA, s. f. (naut.) ponta inferior da vela
do navio, ou corda com que se- faz vir a
vela. Y. Bojar.
■^ rojANTE, adj. dos 2 5'. (naut.) que nave-
ga com vento em popa, que enfuna as ve-
las. Ia a náu — .
POJAR, V. a. ou n. (ant.) pousar, pôr o
f pé em terra, desembarcar, ex. « D. Louren-
ço pojou na parte que lhe era assinada. »
Góes.
POLA, «. f. (do Fr. poulc, gaUinha, Lat.
pullus, frango ) voz com que se chamam as
galhnhas : pôla, pôla 1
POLA, s. f. (do Lat. pullus, pullo, are,
lançar.) (agric.) As polas são os ladrões ou
ramos inúteis que brotam do pé da arvore.
V. Poldra.
POLA, (ant) em vez ^q pela. VT Pelo e
Por, prep.
POLA. (geogr.) Pola, depois Pteías /u/ia,
cidade dos Estados austríacos, a |27 legUâs^
ao S. de Trieste ; 1,000 hitantes.
POLACA ou POLACRA, s. f, (Ital. polacca,
Fr. polacre.) embarcação de três mastros in-
teiriços, de vela e remo, usada no Mediter-
râneo.
POLACO, A, adj. e s. da Polónia, Polo-
nez.
POLAiNA, s. f. (provavelmente de pelles,
de forrar.) (ant.J insígnia que as leis antigas
do reino mandavam trazer na cabeça ás al-
coviteiras toleradas. « Tragam seiupre — ou
enxaravia vermelha na cabeça. » Orden. ,
hv. IV.
poLAiNA, s. f. mais usado nopl. (de;)«t-
le, coiro.) calçado de panno ou de coiro com
pala que passa por baixo do sapato ou sem
pala ; ataca-se ou abotoa-se pelo lado exte-
rior da perna, e calça-se por cima das meias.
Foram usadas pelos militares, e ainda hoje pe-
los rústicos, e também por pessoas elegantes
de um e ou Iro sexo,
POLAR, adj. dos2g. (Lat. polaris.) do polo,
chegado a um dos pólos. Circulo — . Estrel-
la — , a que marca o norte no nosso hemis-
pherio.
POLCiGÃo, s. m. (ant.) V. Possilga.
POLDRA, s. f. (Fr. ant. pouldre. V. Po-
tro.) égua nova.
PoiDRA , s. f. (agric.) vara que rebenta
do pé da arvore, que nas videiras serve pa-
ra mergulhar ou para transplantar; ladrão,*
ramo inútil. V. Pola.
POLDRAS, s. f. V. Alpondra.
POLDRO, s. m. V. Potro.
POLiS, s. f. (Fr. poulie, Ingl pulley,áo
Gr. pôleÍ7i, volver.) roldana, nioitão; moi-
tão com duas roldanas na mesma caixa. — ,
machina que consta de um páu a prumo cooa. ,
um braço, do qual pende um moitào ou roW
dana por onde passe a corda de cuja extre-
midade desce um peso que se levanta puxan-
do-se pela outra ponta. Usa-se nos navios.
Besta de — , que se armava com polé.
POLEA, s. m. (t. da Ásia) casta inferior, no
Malabar.
POLEAME, s. m. {polé, des. collect ame.}
o apparelho de polés, roldanas, moitões, cor-
das para içar, levantar pesos.
POLEEiRO, s.m. (des. eiró.) oíBcial de obras
de poleame.
POLEGADA. D. Pollegada.
POLEGAR, adj. e s. V. Pollegar.
POLEIRO, s.w. [de pola, gallinha, des. eiró.)
lugar onde as gallinhas se recolhem, paus
atravessados onde ellas pousam ; varinhas
atravessadas nas gaiolas onde os pássaros pou*
sam.
POLEMARCHO, s. m. (Gr. pólamos, guerra, e
orkhé,cheÍQ.) general do exercito entre os an-
tigos Gregos.
pOLMiCô, A, adj. (do 6r. pólemos, guer-
ra.) controverso. Theologia — , Usa-se s. :
a polemica, controvérsia.
roLEMON, (hist.) philosopho académico,
nasceu em Alhenas no anno 340 antes
de Jesu-Christo. Foi o mais z«loso discí-
pulo de Xenocrates, e foi seu successor na
cadeira da Academia.
POLEMON, (hist.) Antonius Polemo, sofis-
ta de Laodicea, teve uma escola emSmyr-
na, e adquiriu nome no reinado deTrajano
e d*Adriano. Deixou oito Declamações.
POLEMON, (hist. )phisionomonista alheniense
do II século de Jesu-Christo, um pouco an-
terior a Origenes , é conhecido por um
Tractado physiognomico.
POLEMON I., (hist.) rei de Ponto, era fi-
Ibo de um certo Zenão governader de Lao-
.dieea pelos Romanos. Foi coliocado no tro-
no por António , ajudou este ultimo na
guerra contra os Parlhos e contra Octávio.
Morreu no anno II antes de Jesu-Chris-
40.
POLEMON II., (hist.) filho do precedente;
-cedeu em 65 o seu reino do Ponto a Ne-
ro, e ficou reinando em uma parle da Ci-
licia.
POLEMONIUM, (geogr.) hoje Vatija, cidade
do Ponto, entre os Tibareni , ao N. , foi
fundada por Polemon I, que fez deUa a
sua capital.
POLENTA, s. f. (Lat. polenta, farinha de
-cevada torrada no forno.) papas de farinha
'de milho com manteiga e queijo parmesão
raspado. Kós o tomámos directamente do Itt-
iliano.
j POLENZA, (geogr.) Pollentia ou Carrea,
'\ií)ã dos Estados Sardos, perto do Tanaro,
hb'\) iiabitanles.
POl^SINA ou POLESINA DS ROVIGO, (geOgr.)
proviocia do reino Lombardo-Veneziano ,
■sobre o Adriático, limitada ao S. pelos t!sta-
dos ecclesi-asticos, ao N., a E. e a O- pelas
províncias de Verona , Pádua e Wanlua ;
140,000 habitantes. Capital Rovigo.
POLGAR. V. Púllegar.
I . íOLGUEiRAS. V. Empolgueiras da besta.
í POLHA, s. f. (do Fr. poule.) (ant,) galli-
nha, 6 pi., (tig. e ant.) moças, meretrizes.
Andar ás—s. — , (ant.) no jogo da espa-
dilha, peça que vale um certo numero de
tentos, t qtie chamamos hoje fichas.
POLHACRA. V. Polaca.
poLHASTBo, «. m. (do Cast. pollo, fran-
go.) (ant.) frang» grande ; (fig.) rapagão ,
azevieiro.
POLHEIRA, s. f. (ant.) saia queasmulhe-
Tes punham immediatameute por cima do
arco que afasta o donaire ou guard'in-
iante.
POLHINHA, s. f. diminuí, (do Fr. poule,
YOL. IT.
POL
gallinha, db Lai. fihíus, pinta.) (ml.) jogo
de nove cartas.
POLTANTITEA. V. Polyantheà.
POLiARCHiA. V. Polyarchia.
POLiCANDRO, (geogr.) Phole^a,idtòs\^'^t^^
das Cyclades, a E. da ilha ■dt)'MiIô'V ^Í>u
habitantes. . - 'Rm.
POLICASTRO, (geogr.) Bnxentium ou Pyxus '
cidade do reino de Wapoles, a 9 léguas SO '
de Sala; 400 habitantes. ^' ' '"" '
vÒLic&.y.lollegar. ' ' » ''^'^
POLICIA, s. f. (Lat. politia, do Gr. polx^'^'^
tés, cidadão, de polis, cidade.) governo e boa
administração do estado, da segurança dos
cidadãos, da salubridade, subsistência, etc!"^
Hoje entende-se particularmente da limpe-
za, illuminação, segurança e de tudo o que
respeita á vigilância sobre vagabundos, mea-
digos, lad:ões, facinorosos, facciosos, etcí
Intendente geral da — , que tinha a seu car- '
go vigiar sobre todos estes objectos.
poiíciA , s. f. (do Lat. politio, onis, de '
polio, ire, polir, asseiar, adornar.) cultura,
polimento, aperfeiçoamento da nação. A —
no servir iguarias da mesa. — no fallar,
trajar, nitidez, asseio, elegância, —s, obras
de primoroso lavor, peças de ornato, ob-
jectos de luxo. —da guerra, (ant.) artifícios
bellicos. Metter em — uma nação, civili- '*■
sa-la. . .'iiitií
Moraes confundiu policia, governo*' âí?
republica, com politica, cultura, polimen^
to.
POLICTADO, A, p. p. de policiar; ac(;'. cul-
to, aperfeiçoado nas artes, instituições, cos-
tumes e commodidades da vida social. '
POLICIAL, adj. dos 2 g. (des sôy ai) con-
cernente á policia OU governo municipal, ou ''
de corporação, grémio. Direito — . /Voei-'',
dencias policiaes , relativas á segurança, á '■'
limpeza, illuminação da cidade,^aos merca- *^'
dos, á navegação dos rios, etc. E termo mó-''
derno usado nas Leis novíssimas.
POLICIAR, V. a. {policia, cultura, ardes,
inf ) dar cultura, introduzir melhoramentos ""'
na civilisação de uma nação, aperfeiçoaras ''*^
boas artes, e tudo o que contribue á felici-
dade, ao gozo, á instrucçào, e á urbanidade
e mansuetude do homem social, v. g. os ^
homens civilisam-se formando sociedades, e''*
estabelecendo leis protectoras dos direitos dé'**
cada cidadão, depois vão-se po/iciando pe-"
la cultura das artes e sciencias, e communi -
cação com gentes mais c^iltas.
POLICORO, (geogr.) Heraclea Lucanice, ci-
dade do reino de Nápoles, a 20 léguas E.
de Lagonegro.
POLICRASTRO. V. Polychrasto.
POLIDAMENTE, ãdv. [mente suff.) compo- ^
lidez.
POLIDEZ, s. f. [polido, des. w.) maneirai
09
I
"^
.m
. í.»7fTflt» )
Solidas, náaáàs entre gçnte,Ç;ulta,,urbam4a7
e, "cortékania. * ...
POLIDO , A, p,. p. de polir ; adj. alizado
pela fricção, limado ; (fig.) cuíto, apurado.
Mármores, n eiaes — *. íTomcns 7— í, cultos,
ii|b rudes, qúé usam de polidei pq trato sp-
ciaf. Discurso— t limado, deestjlo apuradp.
Caga — , limpa, asseiada. Homem — desua
pessoa, (p.^ us.) mui apurado, ijotr^^jar^lpu-
POLIDOR, s. m. o que p^ale, brumporf
POLIDORA, *. f, pQulner que pule , bru-
nidora, 'pariicuiarçien,ie ae obras de ouro.
POLIEDRO. V. Polyt^dro.
voiíEiR6..y. Polefiiro,. ,
PÓLIG AMiA V. Polygafnia.
^VoLiGPAC (Mejchior de),' (his^,) cardftal,,
nasceu em ,1661 , morreu em 1741. Foi em-
g regado em mui.tas missões diplomáticas,
éixou úm, P9^ma intitulado Ânti-Lucrecia
no quat refuta a fal^a phijospp^i^ dpj^eypir
curiano ^e Rdma. ,, \" , . .*! ■)"
poLiGNANO i.,j[g,eogr.) cidade e porto do
reino de IJapoíès, a 9 léguas Sp. de, Bari;
4,000 lia*pantes.^ *: . <f.^:
po\-i6NY, (geógr.j cidade de França, a 8 lé-
guas ao NE , de Lpus4e-Sau]nier , 6 , 940 habi-
tantes. / ^ „ - ,,,
voimom. y. ^olygono^, .;..,.
poligrafíaÍ V. Polygraphia.
Estes e outros vocábulos composto? do ppe-
fixb íjr. poíys, ' que significa muito, nume-
roso," escriplos por {pareceriam formado do
pref. polis, cidadç. J! portanto a razão, e
não o lisò, como diz Moraes, que nos .guia
em preferir a çrthographia j>o/y. , .
polilha) fv f, (Cast, de /)o/ui/(0, poeira)
pó imudo, instçtp q^^ róe a roupa ; traça
que ròe o fato. ; _ p
poj.111. y» Pepolim., !, ;, ,
pol^entÒ, *. m. [mento suff.) o acto de
polirj estado de cousa poiida, lustre^e cou-
sa lavrada, talhada, polida, ». g. — de
prata, dos ^diamantes.— cia /in^wa,, cultura
no fal,íarp— , tinta de alvaiade com óleo
graio^que os pintore;?, assentam com um coi-
ro de luva no e^ncarqaidQ das imagens.
vouíi^ijji^.^y^, Polym-pta^
poLip. V. Pçímo, berva,
poLipRÇKTtÇA,. «• /..(fir. poiior/peij ,' cer-
car umí^c^dadjB, á^ polis, cidade, e cm Ad,
romper,^ í^a ter.) ar^te.de atacar ou de bater
as cidadeç ou praças fprtes..
PÓLIPO. V. Polypo. ',.)■_.
WLivojiio.y. Polypodio. 1; , .,„
POLIR, V. a, (Lai, polio, ixe, do Gr. por
lios, pello, e leios, bzo : leia, instrumen-
to de polir a, pedra.) alizar a. superfície,
brunir,. jD.. g,.,— O ja§pp, ítô metaes» o idiar
mante, a madeira ; (hg.) limar, dar lustre,
aperfeiçoar, dar cuUura| p. g, — obras de
4-'
P(ML
engeAbo, rr- o estylo , o.ppema, os versoá. r
— a nação policia-la. ^ — a pintura, dar po*i
limento á i uagem. V. Polimento.
POLISTINA , (geogr.) cidade do r^jino de
Nápoles, a 6 léguas NE. de Palmi ; 3,7QQi
habitantes. -.■■>■.. j, i;
POLITICA,, s. f. (do,Gr. poZw, cidade, «
politeuò, administrar a republica.) sciencia.
do, governo do estado, arte de reger as na-
ções. — , systema seguido relativamente ás
relações de uma nação com as naçqeií estraun.
geiras. Má—, máu systema de governo». , h ?
PQUXÍCAMENTE, adv. (meníc suff.) seguu-
do as maiimas da politica j com cortezia, cor-
tezmente.
poLiTiCÃo , *. m. (ãa, des. augment. e
peiorativa.) íjocoso) grande estadista, homem
que discorre continuamente sobre negocio&t
políticos, . f;
POLITICAR, V. a. e n. [politica, ar, des.
inf.) (t mod. efamil.) discorrer sobre politi-
ca, ou sobre os successos políticos internos
ou externos.
politico, a, adj, relativo á politica; ver-
sado, hábil na politica. — , culto, polido, cop^u
te?. (De ordinário entende-se de homem fino,
que sabe com boas maneiras conseguir os seus
fins).
pOLiziANo, (hist.) escriptor italiano, nas-
ceu em 14 j4, morreu em 1494. Deixou
elegantes poesias e uma Historia da Conf-
juraçâo dos Pazzi, etc.
poLizzi, fgeogr.) cidade da Sicilia , a â.
léguas SE. de Palermo ; 5,300 habitantes^*
POLLA, (geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, a 4 léguas NO. de Sala ; 5,.00 habi-
tantes. . )> , ."♦ vlu-
POLLEGADA, s, /. (do pollegar.) a duodé-
cima parte de um pé geométrico, doze linhas
geométricas. Vender com — , dar uma polie-
gada além da medida.
POLLEGAR. adj. m (Lat. pQ//«aj, o dedo pol-
legar, áepoUere, ter força, vigor.) Z)edo — , a-:
mais grosso, e forte que tina abaixo do index^^
e na linha, j-adical. do antebraço. — , s.,poV'i
ellipse, o pollegar.
PQi.LEGAR, s. m. dedo pollegar. ^- da videi,
o pé mais curto e grosso da vide podada. — do
Jeme,iSi parte onde vão os machos que mais o
segur,am. Pollegares de vitella, nofije de um a
guisado. .; j
POLLENGIA, (geogr.) Pollentia hoje PO'
lenxa, cidade da Liguria^ entre os Statiel^
lates, ao SO.
POLLBííZi, (geogr.) Pollentia, cidade da
ilha Maiorca , na parte NE. a 2 léguas e
jneia O. ,d'Alr.udia ; 7,i25 habitantes.
POLLION, (hist.) C. Asinius Pollio; ora-
dor romanp, . passoU; do • partido de Pompeo
para o de ( esar, serviu António, foi côn-
sul DO anno b9 antes de Jesu-Chri$tp^ to«.
,\uh
\H>
POL
mou Salone aos Dálmatas revoltados, pelo
que ganhou ^s h.on^,^&clo triuropho. Foi o
Erimeiro que estaí)Hllecèú em Koma uma
ibliotheca pubLjça-. Morreu no annçij<f,,(ie
Jesu-Cbrisip piQ,,ÍiO a ^qos. Deixou JÍ)tscur-
sos, (fartas e Tragedia^.^ ,,. ^ Vij
POLLO, «. I». (dOjLat. pw//tíí, apím^l.re-.
cem-nascido.) (aht.) of^^9;.oi| ççprijOYp./
— , animal recem-nascido.
POLLUÇÃO , s. f. acção de polluir , man-
char, macular , inppureza , profanação. — ,
(med.) ejaculação espontânea do sémen. Pol-
luçõesnocíurnaf, ^^ , ,,
poLLLiDO, A^ p. p^ de polluir ;, o^^'.. njan-s
chado, protanãdo. ' i ;^ I
POLLUIR, v^a. (Lai. polluo^. ere, 4^'/mp,
crc, lavar, e de ab pref.. Gr. apo, que de-
nota. fajt,a.)^uj ar,, mç^ncihar, pr^anar cpusa
ou íugar sanio,; (fíg.) macular.. t>., g. — a
honra, a fama. — se, v. r. masturbar-se.
POLLUTO,: A, adj. l\M. jaoj/^iMs, pj.p».de
poliueire, polluir.) pòlluido,..ipQ^undo,, ma-»
culado, profanado. Pessoa — . Mãos — s.
Consciência—, ^v ,,, ,/ ,..- „
PÓLLUX, (bist.| Jm((vs ^offux, (Spphjista^e
grammatico gre^o (Í9 ÍI secuio, nat\ii;al,^e
W eu era tis ^ no E^ypio, , fpi jum , do^precppto-
res de Commcdp. Sultstituii^ con^ojenl^^de-
eloquência era , Athei^/is A/Jriano de.,Ty;ro.
Deixou um Onomanicori ém 4 livros. Hou-
ve outro Pollux, hjs^çjçiador grego, que vi-
veu em 364 e àe\^o^ .Historia jihysica
seu Chronicon q6 origine mundi usque ad
Valentis têmpora.
POLMÁb. V. Inchaço.
POLMÃO. V. Pulmão.
POLME , s. m. [Làt., pulmentunij papas.)
vegelaes em pq, ou. delido/» em^ pouca agua,
OU outro liquido forinariíjo uma piassia mpllç
ou papas. . . .
POLMOEIRA. V. PulmóHra.
PÓLO, s. m. (Lat. polus, do Gr. pólein,
volver, gyrar.),eitreijio da lir^ha pu,eixode
qualquer ésphera. Os — s da. terra, as duas
extremidades ^q eixo ^terráqueo, o, -^árcti-
co, septentrional, ou do. norte, .^ o- rr- an-
tárctico, merjdional, ou dp sul. O» — ^ do
mundo, os . extremos do ejxp im movei (jca
torno do^ qual 1 tolpmep fa^ia gyrar lo^o^o
sysi^m^il j)l8jietario- ÇeMm q ow/rp-r, (Jjoç,
poet.) pprlíiido o D)undo. O^—sdoina-
gneíe^ as duas extremidades da agulhavma-.
gnetica, ou irnan, das quaes.unqa se dirige
ao no^le e a oppcslq ao sul. r—s. eUctr^^cos,
as extremidades oppostas da electricidade,,
uma cl^fE^ft^e pc^va. outra Dçgati;va,^,«,
(fig.) base sobrtfguo.asseíUa,, oq de -que de--
pende o bom êxito de alguma empreza.
«Honra e proveito são os dois — s sobre que
se movem todas as cousas do mundo. » Se-
verim. Noticias.
i ' FOI
tsi
POLO, combinação da prep. por, e do arti-
go ant. oti Castelhano ./p, '0> JUc^Q (àizfmúi
pelo. ,^,,,. ( !.,i. i»f\:';:».; <-: i,-.i T
POLO por pâr a elle,.A imp^oprkii, e deyef
escrevernSe,jBOJ!/o. « . ; .-.i » v: :i;in ,
POLO (Marop) ou iiAHCos-PAuiOv(hist.)«eJ
lebre viajantç- veneziano*^ ;nasceu.«n 42^0:
Em JI27Í seguiu , seu paá em uma^4ongill
excursâp na Ásia, evisitou a Tarlariay 'lu
China e diversas regiões da lndifl,<afersia
e a Ásia Jdeuop. Voltundo á Huro^^jcom^
mandou uma das galeras venezianas, du-
rante a guerra de Curzola. Deixou um Re-
latório das. swf^ Vi«>í/enStv ^m^.*é um dos
mais preciosas monumentos gtographicos.
POLOLEM, (geogr.) aldeia da província de
Canacana, ^o\aftGoMquistas, que anda anne-
xa ádeLolliem, com a qual cunta 2, U5U ha-
bitantes. 1::,^!
{POLÓNIA, (gpogí*.) antigo estado da Eít-T
ropa, cujos limites tem variado muito^» ti-"./
nhia. a Allemanha «.íD, aiRussia aE, a-^bal*-^
ticxi. e unr'a parle da Prússia aoW., a Hun-
gria e a Turquia ao S. Tinha por capital
Varsóvia, e contava 11 a 12 milhões de
habitantes. A Polónia era dividida pela se-
guinte íórma :
Qra»Íe: Polónia.
Posnauia (palatinado de).;
Gnesne {palatlnado de
Kaljeb (palatinado de)
^ieradia (palatinado >de)
Lenlchits (palatrnadp )de)
Vieloun (p.aiZf de) • '
Rav* ^(palatioado ide) •
Brzests na Coujavia •
Inovrotslav (palatinado de)
Plotsk (palatinado de) m-
Dobrzin (palatinado àe)
{lomerellia
Cuim
Marienbprgo
Prússia Oc-
cidental.
Posen.
Gnesiíe. *
kaíich.
Sieradia.-
Lentchítsc;
Vicloun.
Rava:
Brzests. ■ •
Varsoviai
Plotsk.' jiií
Dí^brzin.
Dantzick.
Culm.
Marienburgo.
•;«j.
•' , . Pequtn/a Polónia. \ md )p'^
: ,.' .. i : •./•)')£-*«
Cracóvia (palatinado de) Cracóvia.
>*íaíidomii (palatinado de) Sandomir,
Lulilin (pplatÍBadode) . Lublia.
Sevt na (ducado de)" Siewiers.
Podlachia ou.Bielsk (pala-
fiíiaíode)^^ ■♦'/'r'!'^''" Bielsk.f
KbfJm!:(pai? ê^uii,*. Kbelm.'/»i
Podolia (palatinado de) M4íímienietx.
Bratslav (palatinado de) Bralslav.
Kiev (palatinado de) Zitomierz.
Volhynia (palatinado de) Vlodzymirerx.
59 *
)>\
il '1:
236
POL
POL
Lithuania,
V^Id» (palatinado de) jt s Vilna.
Troíií (palatinado de) Troki.
Miusk (palatinado de) Miusk.
Pololsk (palatinado de) Polotsk.
Vitebsk (palatinado de) Vitebsk.
Mstislav (palatinado de) Mstislav.
Kovogrodek (palatínade de) Novogrodek.
Brzests na Polesia (palati-
nado de) Brzests.
Samògicia (ducado de) Rossiena.
^1
Soberanos da Polónia.
Tenjpos fabulosos.
Lech II
Lech ITI
Popiel I
Popiel II
Lech
501
Vanda
540
Craco
600
Przemislao I
750
804
810
8i5
830
Interregno 840-842 — Dynastia dos fiastes.
Piastèi^ duque de Po-
lónia' 842
Qiemôvit 861
Lech IV. 8i)2
Ziemomiszao 913
Miecislao I o Ve-
lho 962
Boleslaol o Bravo^92
Miecislao II. 1025-37
Olhão, Maslao,
etc, competi-
dores 1032
Anarchia 1037-42
Cazimiro I 1042
Boleslao II 1058
Vladislao I 1081
Boleslao III 1102
Zbignev 1102-1107
Vladislao 11 1138
Boleslao IV 1146
Miecislao III 1173
Cazimiro II 1177
LechV 1194-1227
comMiecislaollI 1120
comVladislaoIÍll299
só 1207
Boleslao V 1227
Lech VI 1289
Przemislao II 12^0
Vladislao IV 1295
Venceslao 1300
\ladislaolV, se-
gunda vez 1304
Cazimiro 111 1333
Dynastia de Anjou.
Lmi-0'Grande 1370
Maria e Hedwi-
ges
Hedwiges, só
1382
1384
Dynastia dos Jãgellões.
Vladislao V 1386
com Hed-
wiges 1386-90
Vladislao VI 1434
Cazimiro IV 1445
João I 1492
Alexandre l 1501
Sigismundo 1 1506
Sigismundo IIj 1548
Principes eleitos.
1.° Antes do período Saxonio.
Henrique de
Valeis 157»
Estevão Bathori 1575
SigismundoIII )
Vladislao VII U648
João I J
Miguel Koribu-
th Wisniovie-
cki 1669
João III 1674
2.* Periodo Saxonio.
Augusto II 1697
Estanislao Lec-
ziuski 17 14, 1712
Augusto II, se-
gunda vez
Augusto III
Kstanis-
lao II 1764-95
1709
1733
Suppressão da Polónia 1795-1807.
Gran-ducado de Varsóvia.
Frederico Augusto de Saxe 1807-1813
Reunião á Rússia 1814
POLOTO , s. m. (t. da Ásia) arrematação
triennal, ou annual das várzeas.
POLOTSK , (geogr.) Peltisum. cidade da
Rússia europea, a 125 léguas SO. de S.
Petersburgo *, 3,000 habitantes-
POLOTTSES, (hist,) ou talvez Outzes, Vzi
em latim da idade media; povo, que sain-
do da Ásia com os Cumanos, appareceu na
Rússia no meado do século XI. Tornou-se
temivel em 1055, batteu Isiaslav II, e es-
tabeleceu-se em todo o espaço compreen-
dido entre o Aluta e o Don.
POLPA , s. f. (Lat. pulpa, de puis, Gr.
poltos, massa molle, de polep, volver.) par-
les carnuda , molles dos animaes. — da per-
na, a parte musculosa. — dos dedos, a^sir-
te branda, não óssea. — dos fructos, bipar-
te molle. A — do estado, (fig.) a grossura, a
substancia.
POLPÃo, s. m. augment. de polpa.
POLPO. V. Polypo.
POLPUDO, A, adj. [polpa, des. udo.) que
tem polpa. Carne, fruta — .
POLTRÃO, adj. m. (Fr. poltron, do Ital.
poltrone, que os antigos elymologistas deri-
vavam de pollíce truncus, que tem o dedo
pollegar cortado em castigo de cobardia. M.
de Roquefort diz que vem do Aliem, pols-
ter , coixão , travesseiro.) cobarde , fraco ;
inerte, preguiçoso. Poltrona, des. f. « Res-
se modo de vida ociosa e — . » D. F. Ma-
nuel, Apol. Dial.
POLTRONA, s. f. (V. Poltrão) sellade ar-
ções baixos, e o de trás quasi raso. — , mais
usado, cadeira de braços, almofadada, e com
o encosto movei, para estar mui commoda-
mente recostado, preguiçando.
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POL
POLTRONEAR, t). ã.OUU. {poltráo OUpol-
trone, Ital., ar des. inf.) fazer vidadepol-
trão, preguiçar, viver em ócio.
POLTRONERiA, s. f. (Fr. poltroncHe.) co-
bardia, pusillanimidade ; inércia, vida ocio-
sa, aversão ao traballio, ao exercício.
roLus DE suNiUM , (hist ) celebre actor
grego, contemporâneo de Péricles.
POLUs (q cardeal), (hist.) em inglez Polé
ou Pool, nasceu em StaíTord em 1500,
morreu em 1558, era parente de Henri-
que VII e de tduardo IV. Deixou : Pro
unitate ecclesia ad Henricum VIII; Refor-
matio Anglioe.
POLVARiNHO, s. m. {pólvora, des. inho por
ino, que denota cousa encerrada.) frasco de
corno ou de metal em que os caçadores le-
vam a pólvora.
POLVERiNo, A, adj. de pólvora.
POL
U • POLVERizAR. V. Pukerizar.
f POLVILHAR, V. a. {polvilho, ar des. inf.)
lançar pós, ou pó sobre alguma cousa. — o
cabello, apolvilhar.— iguarias com assucar,
canella.
POLVILHO, s. m. (Cast. dim. âe polvo, pó.)
pó fino, substancia reduzida a pó fino, v,
g. assucar, cannella. — í, pós quesedeilam
no cabello,
POLVO, s. m. V. Po/ypo, animal.
PÓLVORA, s. f. (do Lai. pu/cú, pó, euro,
ere, arder.) composição de enxofre e carvão
reduzida a grãos mais ou menos miúdos que
se inflamma facilmente com explosão, e ser-
ve a carregar armas de fogo e a propellir as
balas , quartos, chumbo ou metralha , —
grossa, miúda, de caça. — fulminante, com-
posição summamente explosiva formada de
um acido (o fulminico) com prata, mercú-
rio e outros metaes. E' uma — . diz-se de
pessoa mui ardente ou ardida. Gastar —em
salvas, (fig.) esperdiçaros meios; perder o
tempo em adulações, lisonjas, servilidades.
POLVOREWTO. \. Pulverulento.
POLVORINHO, s. m. melhor orth. que Pol-
varinho.
POLvoRiSTA, s. f. (des. ista.) o que fa-
brica pólvora.
POLvoRizAR. V. Pulverizar
POLvoRiZAYEL. V. Pulvcrisavcl .
POLVOROSA, s. f. Dar com tudo em — ,
(famil.) desbaratar, os bens, a fazenda, como
que fez tudo em j)ó. Dar comos pés em— ,
fugir, abalar, desapparecer, como quem to-
mou estrada direita por onde correu levan-
tando poeira.
POLVOROSO, A, adj. (do L»t. pulvis,eris,
pó, des. oso.) cheio, coberto de pó. •
POLY, t. Gr., prefixo de muitos vocábu-
los Portuguezps derivados do Latim e Grego
sigriLTcr. muitos, ou muito, polys, o s elide-
se en composição, dt pleos, cheio.
VOL. IV.
POLYADELPHiA. s. f. [paly pref., eató-
phia, do Gr. adelphos, irmão, igual, seme-
lhante.) (bot.) nome dai7.« classe de plan-
tas, no systema de Linneo, em que os estames
estão unidos pelos seus filetes em diversos
molhos.
POLYANDRiA, s. f. {poly i^Tet , eandrós,
genitivo do aner, homem, marido.) (bot.)
nome da ÍJi^ classe de plantas, no systema
de Linneo, cuja flor tem de 20 a 100 es-
tames,
POLYANTHEA, S. f. {poly pTBÍ., Q anthog,[
flor ) collecção de flores ; (fig.) collecção de"
memorias, «iiecdotas, etc.
POLYARCHIA, í. f. (o cli sóa k i poly pre£,-.
e archia, do Gr. arkhé, chefe.) governo de
muitos chefes, soberania collectiva
poLYBio, (hist.) Polybius, rei de Corinthfl», ;
o qual adoptou (Édipo na sua infância."^
POLYBIO, (hist.) historiador grego, filho de
Lycortas , nasceu era Megalopolis em 205
antes de Jesu-Christor Escreveu : a Vida
de Philopoímen, a Historia de Numancia,
unoa Táctica, e uma Historia geral.
POLYCARPO (S.), (hist.) bispo de Smyrna.
converteu-se muito moço , e ligou-se com
S. João Evangelista. Soffreu o martyriono
anno 166 ou lt)9 de Jesu-Christo , tinha
então 95 annos, E' commemorado a 26 de
Janeiro.
POLYCHRESTO OU POLYCRESTO, adj. [o ch
sôa k: poly pref , e khrestos, bom.] [meã. f'
útil para diversas doenças. Sal — , tartrite
de soda. "'"
POLYCLES , (hist.) esculptor grego , que
florescia no anno 180 antes de Jesu-Chris- •/
to, passa por auctor da Hermaphrodita'^
Borghese.
poi.YCRATO, (hist.) tyranno de Samos, go-
vernou desde 535 até 524 antes de Jesu-
Christo, junctou grandes riquezas e foi por
muito tempo celebre pela sua muita ventu-
ra. Foi crucificado por Oretes, satrapa de
Cambyses.
pOLYCTETO, (hist.) estatuaHo e archilecto/. ■
de Sycione ou antes de Argos, nasceu no"
anno 480 antes de Jesu-Christo, é celebre
pela sua bella Juno colossal, feita para o \ > .
templo de Argos. e por uma estatua mo- ;
delo, chamada de Canon. "" ^■'' '' |'
POLYEDRO ou P0LYHEDR0,^V. ÍJÍ. (Lat. fJO- '
lyedrvs, do Gr. po/y pref., e hedr a. físsén-
to, base.) (geom.) solido de muitas faces.
Lente — , cheia de facetas.
poiíYENO, (hist,) PolycBnus escriptor gre-
go, natural da Macedónia, era advogado ein
Koraa no reinado de Marco Aurélio. í)eí- ^****'
lou : Estratagemas de guerra.
POLYEUCTO (S.), (hist.) martyr d'Armenia,
vivia no anno 250 , e servia em Melytene
no exercito romano, quando foi convertido
60
.-■««Pt
138
POL
POL
pelo seu amigo Rearco. E' commemorado
a 13 de Fevereiro.
., -poLYGALA, s. f. (Lot.^ do Gr. po/i/ pref.,
muito, e gala^ leite.) herva leiteira. — se-
neca,i.plaata^ipedicinal. .i o tuuMi<r fj uu .•-
poLTGXMiA, «i-/. (Lat , dÔGr. póJ^y pref.,
e gamo% casamento.) estado do homem ca-
sado com varias mulheres, como éf licito entre
os Mah0m«tano$.,i
poLTGAMOs 0'dj. fnyo homem -casado a
um^ittempo eom varias malheresj ' . - ^
POLYGANO. V. Polygono, herva dos pas-
sarinhosn : .. >:
BOLTOLOíTTA, odj . ^/. {Lat., do ôf.' poly
pref., 6 glossa, Viagua.)' Bi^bUd -, versão
delia- em'»yArias línguas &aúgcis\^{fh.s4.^f.
avel-ocriental de canto mui variado.-- '
pOLYGNOTOy (hiôt ) pintor de Thasbs, flô"
resáa no<an;iio 3U6 'antes déJesu-Lhristo',
foi um.doà que m»i« adiantou a arte '
POLíOCMio» y.s.- wii». (pron. poligíQno ; poly
prefvv Oi Ironia,; oèmguloii)(geom 9 figufa ide
iLfti&)de -quatro laolios. '" ■
poLTfGWiíPniAy í a/, (ipoí*/ prefí> e graphia),
arte de escrever por cifrai arte de •decifrai*,
de.lfer a cifra^ :í' i ' '^ i». ? .;
pOLYHEíiROír^*- J^fO^íí/edro.
p,OL¥tnfM»*A» ou pOL*iif«iA,í«: /".'(Latt^-do
Grtnpohj f)Vidii.\ emítcíia', memoria , '<)ii de
hyninos, h^íoioo), (mylh. epoes.) umá das
nove musas, que presidia ao accionado, dps
act»res;i .v;'J » 1 vt^^ia / ;Xhl.-:í,
P0LyM4.TniAí í. f.ipoly prGtOi^emauthanoj
aprender), epudiçào íôoiidiversos ramos; das-
sciencias, variedade de conhecimentos sôíett-
lificoSk» ,
PtturnATBíCo, A , ; ad^i , titJe' variado*»' colifce»^
cimentos sci«otiiw5i>s. i>. g ^'>i^09iei^de x^j
POLYMITA, adj. f. [poly pref. e Gr. mith»i
tniHaít4e tecelão), v. g. Túnica — , tecida de
fios -dei varias oô-^esjv.''- -/. '■•■.■" ... u
pcjiT»»TBO,r?AV arf/. ^.^'Poií/mi/aU'
petvMNKSTOR; (hist)'Tei^^ Chersoiieao
na Thracia, genro -de Pr «m©, que lhe cwi»-
fiou Polydoro, mandou matar este prínci-
pe depois ;da queda* de Tróia e^apode-
rou-r«e das- 8uas< riqi#ezás. llecdba^ rofti d6
PolydiolFOv desembarca-aJo^por acasoma tfiíraw
cia , ^enconArou pQly«atie&tor,t íiftn«;oíi^se so-
bre eiie, arraiBCOUi-lhe osoihos e matou-lhe
os filhos. H) V , 1 I 1 li.»
POLYMYTHIA,^ « f. (poZjf pref., e Gr. iWi/-'
thoi, fabula»), ifolta de unidade na fabula de
um poema,.iOU'dratna'. Moraes escreve erra-
damente polymithia.
P0LYNiciii'<(myth.) filbode (Édipo e de Jo-*
testa.; irmão» gemeu d'Eteocles. Os dious ir-
mãos sempre se. aborreceram com ura ódio
mortal. Depois da» catastrophe de (Édipo,
lolynka >o©nveio com Eteocles,; seu irmão!,'
qae r«iaariaúa, cada uoei, um anão ; £t^-l
cies foi o que começou, mas no fim do an-
no não quiz deixar o governo. Ajudado por
Adrasto. rei d'ArgOí,^ foi com outros seis
príncipes gregos por cerco a Thebas e co-
m^íçou a guerra cháàáada Guér^á 'dos Sèíe-
Chef^s, Os douS'^i^mãÒs"encOntrándb-^e'nò
combate, ròatrfràtíi-se um ao outro"." *
poLYNO^O, s.m.ipoly pret., é Gr. norhtís^
parte, divisão); (alg ) fodáaqúbrilidadecom-
pdstlá de' nàaife ât dois termos diáíinguidos pe-
los signaes é *^. " ' *'
tOLtOTSiMO, a; a(íf . ('j9õ/í/'pref., eonoma,
nome), qufe tem divel-sos^íiomes.
•í>OLYpoj i.m. (Lat. poíyp'às ;'poly préf, e
poús, péj, verme aquático ou zoophyto ag-í
glotóevadO,cujo còi^^o meoòíbranbso em fôf'- *
ma'd6 Cattiido é terminado pòr muitos fila-
mentos 'què se alongara- e' retrahem áindá*
mais que o corpo, e que lhe servem dé pês e
braços para fafí^i* prêisia. -^, (mf^d,) excres-
cência fungosa que teifi'díversds pés' ou fila-
merííos adherenteS; Vèód' princípalthente àòs
duetos nasaés,-'^terò,' elè;
! poLYPOOiO, s. m. (Lat. polypodiuifÁ^ 'poly
pref., e Gr. poús, podós, pé), espécie de
feto qufl! '^lí 'pe^a * áá arvores por muitos fi-
lamentX)s. -^ geáei^ò de' insectos que tem''
muitos líés.' • '^ ■" ■ ■ 'i-'' - '''"-
' POLYPOSO, A, adj. (des. oso), ('med.) dá na-
tureza do'í {ioly|)Os,'lóu éxcreèceaèias fiihgo-
^sas.-^ig^i Tumor -i^. '" ■ - -
fõttsPÉRCHON, (hist.) general de AleTaiiM"
'dreV cortitó^andava-os Stynõjíbeos 'lía bataltía'
|d'AFbeles; Subffrtúiu AníipíiteV''*ná tutclla
'd().s= reiá e *nã'' i*eg 'ncia do império. Foi ven-
cido'por^Cafeaudf a. '■ '• ^ .-- i. ■ <■
1 polysy\}la^Wã; adj. {lat.^poly<>ylkbus)f
jquéteiljltoais delVés íí^l^abiiféV^t)' g. Palavras
<— +."-^ ií;' os --'-í^, VoÔabulolá • de muitas syl-
labas. ^ ^' ■- f'*"
pÔDYSYÍíb^ tdN, >. ^•. 'ipàlf préf.'; e flf. %n
cortF, «ô' díO?, li'|^íf, figufk dè rhetorrcá que
multiplica tís c«ínj(ín<içÔes.
' POLYTECHNico, èl adj . [foly pref.,eíecfc-
nico) í vV'í^l ^éé\òhola •^, edá que se ensinam
muitas artes ou sciencias,
' PotVtnEisio, í;'Trt. f|>d?t/ pref., fstheismo),
Culto de muitas divindades.
' P0"YTHEiSTA, s\'dòst g. (d^s, isto), que
adora muitas divindades. ':
I polttRièo, »; m. (po/í/pref, e írtò; ca-
bellos), (bot) gí^hérò dé plantas capillares.
' voL-YikLW:adjMos'tg [poly preí: é vai-
ta], (h. n.)com{íòsto de muitas valvas, v. g.
Conchas -^-í. ' .; i 1 . ' '
foLYiENA, (hist.) uma das filhas déPria-
mo e 'dè flccuba''; estava] |para- casar coóa
Achilles, quando- esto heroe^foi morto trai-
çoeirjíttíente por laris ; Pyrrho para vingar
a mòtié' de seu òai immolou Polyxene so-
bre o tumulo dé Ácbillei.
roM
POMA, s. f. (ào Grf^oma. tampa), fant.) '
globo, esphera terrestre, ou celeste coin os
signos econátellaçOes. -»-í.Yant.) telas, ftiistn-
mas, peitos. Naufr. de'Sepulv; e F. MéúdeS
Pinto.' '"■ .•'.oh8'!<»rf ^.^^vYi.tíf
poMABAMBA, (geogT.) Cidade da BoHVia, a
65 léguas a E. de Potosi ; 3,0P0 habitantes.
POMADA, s. f. (do pomo, des. ada], banha
de cheiro ; ungaento pharmaceutico pára úil-
toras :' 9. g. — mercurial. i ' '•^ '^'
pOMAGEiiou poMAJKM, s.f. (ant:'|T. Pomar.
POXAR, s. m. (Lat. pòmarium), plantação
de arvores fruetiferas : v. g. — de espinho ^
que tem espinhos como as larangeiras , li-
moeiros ; — de caroço , como peSiegueiros.
ameixieiras, ginjeiras.
POMARD, (geogr.) villa de França a nra
quarto de légua ao SO, de Beaune ; 1,100
habitantes.
poiiAREiRO, I?. m. [pomar, des. eiró) o que
guarda ou cultiva o pomar. — adj. culti-
yado em pomar. t?. ^f. Fruetos — $. Mãospo-
mareiras, que cuidam dos pomares.
poMARís, (geogr.) aldeia de Portugal, no
concelho d'Avô ; 1,100 habitantes.
POMBA, s. f. (Cast. paloma, do Lat. palufi/i-
òttj, pombo bravo. Court de Géb^^lin o deri-
va áe pai, ramo elevado Eu inclino á crer'
que vem do Lat. palor, ari, vaguear, andar
errante, disperso, e ho, arvore, (t. Egypc.)
radical dearbos, a arvOre), a fêmea do pom-
bo; (fig.) mulher de Índole eicellente, mui
benigna, v. g.E urina — . Almas — s, a6jecll-
vado, singelas, puras, cândidas. ' '
POMBA, s. f., nos engenhos de assucarj'co-
Ibér grande e cova de cobre que serve de pas-
sar o mellado da caldeira para o parol de es-
friar Creio que vem do Gr. pompeuo, trans-
portar , donde vem o Fr. bombè, é o In^l.
pump, bomba hydraulica. ' ' ' '" "
POMBA (villa da), (gé^r.) villa dtf jirò-
vincia de Minas Gemes, na margem esquer-
da do rio de qne tomou o nome, 23 lé-
guas a essueste da cidade de Ouro-Í'retó,
no Brazil- '^^ i ;- ' '
POMBA, (geogr./ Ho dá província' de Mi-
nas-Geraes, no Brazil. ' '
pO¥Bal, 5. rn.-(des. collelcti'^áa?y,*Iogaf dis-
posto para criação de pombos, de ordinário
no cimo de edifícios. ' -
POMBAL (Marquez d^), (hist.) Sebastião Jo-
sé de Carvalho , primeiro ministro de D,
José' !,■ e um dos homens mais extraordi-
nários qne tem produrido li nossa patriá.
Nasceu em Lisboa em 1699; encetou a car-
reira da magistratura e militar, e ambas
abandonou; desempenhou duaâ missões di-
plomáticas importantes em Loiídres(173*.*) é
Vienna (17*5). El*^Rei D. José quando siibiu
ao trono (1750) o humeod seil Ôiinistro dos
negócios estrangeiros, e em 1755 ()rimeiro
tOH
ministro, Idjjiif ((ée^álSéhpoa até á morte ía-
qaelle monarchaem Í777. Foi creado Conda
dVMráS emt75H è Maí^í^ufezde rtítòBalem
1770 ; "tnófi^eú n» villa 'de' Pombál^m VtSl.
k administrflção do Marqufez cie PÍ)rilbal''ó
umá' prt)'va ' aos prodígios que'^j[ipde obrar
uin grtvèrtto •sensato eenfefgico.' Sem" 'finan-
ças, sem credito, com marinha enfraqueci-
da, ura exército riòttiinal, com o comméi^ciq
e industria ha ma ioKproátráção, este grande
estàdíslá con^f^^uiu regularisár as' "finanças,
dar credito &6 governo, ésténdfer ò cobamef-
cio"^' nàvègfáçãò,' estlsbèleéer"fat)ricas',èiná-
nufacturas, animar a* litteratura easscíen-
cias, reorganisár o' exercito é a marinha, e
restituir ao |)aiz a consideração, de que'jÍ.
gosára. F^á'FeÀas^br das ruínas a 'ci'dádede
Lisboa, destruída pelo celebre terremoto de
t755. Formou as cortipanMas das índias. ^
do Brazil, e a dos vinlíos do Alto tiòuro.
Creoh as pescarias do Algarv^, e ".muitas de
tecidhs;. Kefqrtnou inteÍTNfiitóente a íegiíííaçaOj,
e a instrucçâo publica, 'creándooCòtíejçío
dos Nobres, aulas ^e estudos civis e milita-
res, èl fazendo úma Importante ^eformí^na
universidade de Coimbra. Áliolíu á escrava-
tura. Aí^^ándo opposiçâo nos Jes^uitas. oIÈl^r-,
3úéz dié Pombal conseguiu,' 'não sóláze^íos
espedjr dó Paço, mas até expulsar de ]*qr-
tugfàl, klcánçantlo de BenHdicto ÍlV iim Èrér
ve pára á' sua refóí^maje festa í'iç|a por
certo dève^catisar espanto se n\js lembrarmos,
de quaò gratide era a influencia áesta so-
ciedade, e de que 6 Marquez de í*oml)al
foi o principal movédóí .IJa sua ruma em. to-
da a Europa. Ka^ relações' o^xtefior^s '^esie
grande homem soube sempre, talye7,çòai<0
nenhum^' riôánter a honra do nottieJ)orÍ.a-
Iguez. Nâòsó nunca.attendeu ás fòrtiss irer
cllmações coíii que a Inglaterra se, qu.erjf
oppÓr ás ^uaá itíèdidas de reformas, masalj^
lobrigOú'^'aiquplla potencia^ a áar íima ^sj^j^ii^-
'fàçâb' p(9i" te^Jncenclíadó nav'ios fránçezes,ní^.,
'nosSa^ 'tíosfas. í'ez'|'saíP de. Listíoa o'ii.uijoÍQ.
apóstólièo, por ter faltado' á( corteziaçpmí^,.
nosèa côrt'é^,' o c/iie prò'duiiu utíi rompi tpej^- j
ko com a de Roo a, que felizmente seAÇJTr •
roiftòu em 1758 no Pontificado dé ll^èj^eíu-
pio XIV. FirtàlÍBente recu^<^-seac(itrâr ly^
tie\èhfh pacto dfè farkiliai pelo ,que suMçn--^.
tou guerra cora Ilisnanha.''Sut>ihdo ao trofipi^^
D. Maria 1, êsté grande '"homem, foi dçH^f-vi
rado para a villatfè ^òml)al, âòndemOrrçu.^ \
O seu bíistb foi' collòcado n^ bás^ do ròpr. ;
numento , oué erigiu ao, seu soíieraj^O. '^„
Praça do Cíimiièrcio dê tisboa. '.^,
POMBAL, (geo^r.) villa de Portugal , no |
distrfcio de Lerríflí,' k 5 legúas e meia ap j
N. , e26 de Uèboa; i$,>60 hábllafltès f^
cotú ò' concelho '5,500. ■ ,\ .. ^ ^^^\ ,.
ília a mais antiga do'!
60 « ú.od
POMBAL, (gbògr.) vi
ca MO*
f-'L.í''^ *i'- '-'' '^''^ •" i W' ^'íjv^tBf-nu- ■
centro da província de Parahiba, no Bra-
zíl'. Eslá assentada na margem do rio Pian-
cÔ, 1 légua acim?i de sua juncção com o
das Hrauhas, ^6 léguas [ao poente da ci-
áade de Parahiba.
' poiíBAL, (geogr.) pequena villa da pro-
víncia da Bahia, no Brazil, a 5 léguas do
Ho Itapicurú. ^, ..
POMBAL, ('geogr.) pequena villa da pro-
víncia do Pará, no Brazil, na margem di-
reito do rio Xingu ; 25 léguas acima de
súa confluência com o Amazonas.
POMBALINHO (Senhora da Annunciação do),
(geogr,) villa de Portugal, a 4 léguas de
Coimbra ; 2,000 habitantes. Ha outro Pom-
balinho, povoação de S20 habitantes , no
districto de Santarém, a 10 léguas de Lis-
boa.' , ' '. * ;
pbMtiAS(ilh^ dás),' (geogr.) ilha da bahia
KWhéróhi ou do Rio de Janeiro, no Brazil.
'POMBAS (ilha das), (geogr.) ilha da pro-
víncia do lUo de Janeiro, na bahia d'An-
grá dos Reis, pertencente ao districto de
Parati.
ppMBE, s. m. (t. Africano), licor espirituoso
feito de milho fermentado.
POMBEBA, (geogr.) ilha da bahia Nitherôhi
ou de Rio do Janeiro, no Brazil, defronte
da igreja da poroação de S. Christovão.
"POMBEIRA,,*. /* (naut.) a proa. v. g. Levar
aiiaò d — , a ancora para sahir do porto.
Creio que a denominação vem da semelhan-
ça do movimento oscillatorio do navio com
o do pescoço do pombo.
"'POMBSiRÁR, D. n. fusado na costa de Africa
Ciio Brasil pelos portugiiezes), fazer y ida de
pombeiro.^;-*' ^ -'^^f^ . -^n..». ^^..v.-
PoiBEiRÒ, 's. m. [í.^dos ésiaèelecimentos
pôrtuguezes na costa de Africa, e do "Brasil.
Ci^io que vem da vida errante dos pombos
bravos), o escravo que vai pelo seríão nego-
ciar, ou que vende peixe por conta do senhor.
— ^ homem hvre que vai pelo sertão negociar,
comprar escravos, étc. por sua conta ou en-
carregado por outrem. O língua que ia
comprar e resgátar.géhíios para-éscravos no
Maranhão. Vifeira.'''^'' '^" ^'; ;'' w^^^
PotoBÉíRO, (geogfí)^villa''dé^ Pokug«í, no
dislHctb dtí Coimbra, donde dista 5 léguas,
perto de Ce a ; 1,200 habitantes, e com o
coriéelho, 2',500 Ha outra villa de Porn-
6ei*'0,contendo 816' hábit,antes,- a 5 leguis
de Braga e 2 de Guimarães. "' ""'
i^bMBlTtflA, s f.diminút de pomba, pe-
quena pomba, potDba nova : — sem fel, (íig.)
pessoa innocènte, incapaz de fazer, mal a ou-
1'0t%'rtWi'À^r'^. f}píy:]^'^'uilegia, planta.
POMBINHO, s. m. diminMt, de pom^o, ppm-
bof^eqtte^Ao ou riovo'; côi*' do pescoço de' pom-
bo, feita de alvaiaâei lacre e cinzi incorpora-
. P<]Htf
dos na paleta, ex. «Vestida de — .»Lobo,
Egloga 10; (fig.) de estoffo desta cor.
POMBINHO, A, aãj (do precedente), da cor
do pescoço do pombo, azul claro. v. g. Olhos
— *, azues e maviosos, namorados. — terno.
V. g. Azul — .
POMBO, s. m., ave vulgar ; v. g. — manso ^
o domestico ; — bravo, que anda pelos ra-.
mos das arvores , sem pousada certa : —
torcaz, que tem um coUar de cores cambian-
tes V. Pomba.
POMBO , A , adj. branco, cor das pennas
brancas do pombo. v. g. Cavallo — , mui
branco. Homem — , coberto de cans.i|
PoMERANiA, (geogr.) Pommern, província
da Prússia, entre o ducado de Mecklembur-
go a O., a irussia a E, o Brandeburgo ao
S., o mar Báltico ao N. ; 900,000 habi-
tantes. Capital Stettin.
POMERANIA SUECA, (geogf.). Esta províu-
cia foi creadda era 1648 pelo tractado
de Westphalia em favor da Suécia ; era
quasi toda composta pela Pomerania An-
terior e tinha por capital Stralsund.
POMERILLIA , (geogr.) chamada também
Pomerania menor, parte da Pomerania ,
compreendida entre o Vistula , o Ketze, o
mar Báltico e a Prússia,
POMEP, (hist.) jesuíta francez, que mor-
reu em 16/3. Deixou: um Diccionario
francez-latino ; Fios latinitatis ; Pantheum,
mysticum, etc.
POMERiDiANO, A, adj, (Lat. pomeridianus,
dt post, depois, e meridies, meio dia.) Horas
— , da tarde, depois do meio dia,
POMES , adj, f. fLat. pumex, icis , que
creio vir despuma, escuma.) Pedra — , pe-
dra volcanica, ligeira e porosa, usada para
pohr. — , s. m. (ant.) « No cavernoso — . »
Eneida t ort.
POMIFERO, A, adj . (Lat. pomifer, pomum,
pomo, e fero, rre, dar, produzir) , que dá
fructos. pomos. v. g.O — outono, anno. — *
arvores.
pomigliano-d'arco , (geogr.) cidade do
reino de Nápoles, a 3 léguas NE. de Ná-
poles ; 4,8U0 habitantes.
pommereul (hist.) oíTi-íial general fran-
cez, nasceu em 1745, morreu em 1823.
Escreveu : Historia da Córsega ; Observa-
ções sobre a Itália e Malta ; Campanhas
do general Bonaparte na Itália.
POMO, s. m. [L^i.pomum, Gr. ópos, sueco,
sumo das plantas), nome genérico de toda
a sorte de fructos de arvores , como ma-
çans, peros, pêssegos, peras, romans, da- .
mascos. v. g. O — vedado, o da arvore de-
fesa do Faraiao terreal; (fig.) cousa mui n
appetecivel de que não é licito gosar. , í,n
POMONA ou MAiNLAND, (geogr.) a maior das
ilhas Orcades ; é um ajuntamento de peque-
*3t
/m
Vlt
'iias montanhas cortadas por braços de
mar.
POMONA, (mylh.) deusa dos íructos, (em
latira poma)
POMOZINHO, s m. diminuí, de pomo.
POMPA, s. f, (Lat., do Gr. pempd, condu-
zir), cortfjo apparatoso, em ceremooia pu-
blica : t.g. — fúnebre, de enterro ; — trium-
phal, de Iriumpho ; ornato magnifico , —
das palavras; do estylo ; esplendor, lustre,
brilho, ostentação, v g. — no tratamento.
ex. «O sol apparfece com toda a — dosseus
raios, » Vieira ; — de luzes, de astros, es-
trellas, id.
POMPADOUR (J. Antonietta Poisson,*duque-
za de), (hist.) uma das amantes de Luiz
XV, nasceu em 17á2 , morreu em 1761.
Teve sempre grande ascendente sobre Luiz
XV. Nomeava e dimittia ministros, gene-
raes, embaixadores, e decidia os mais im-
portantes negócios doestado.
POMPAROSO, (ant.) V. Pomposo.
PÒMPEAR, V. n. [pompa, ear des. inf )
(ant.) ostentar pompa, magnificência, bri-
lhar, tratar-se com grande luxo, apparato,
ex. kO — vai de monte a monte. » Heitor
Pinto.
POMPEIES, (geogr.) Pompeir, cidade da
Carmania» na embocadura do Sarnas.
POMPEIO (StraboPompeius), (hist.) pai de
Pompeo, cônsul noanno 89 antes deJesu-
Christo, assignalou-se na guerra social pela
derrota d'Afranio , pela tomada d'Ascu-
lura e pela submissão dos Vastini e Peli-
gni.
poMPEiopoLis, (geogr.) cidade da Galicia,
ao N. sobre o Halys, perto da Paphlago-
nia.
POMPEO, [Cneius Pcmpas Mag nus] (hist.)
Romano celebre, nasceu no anno 106 an-
tes de Jesu-ChristOj era filho de Cneio Pom-
peio Strabão. Tomou o partido de Sylla, ba-
teu diversos corpos dos partidários de Má-
rio , subraetteu a Sylla a Cisalpina, reto-
mou a Sicilia , derrotou Domicio Aheno-
barbo na Africa e obteve o triumpho. De-
pois da morto de Sylla tirou a Narboneza
aos generaes do Sertório. Nomeado cônsul
quando voltou da Itália , bateu em Silura
os escravos, que se tinham revoltado, e re-
cebeu 2 " triumpho. A lêi Gabinia deu-
Ihe por três annos o proconsulado dos ma-
res e imniensos meios para exterminar os
piratas. Encarregado depois pela lei Man-
lia da guerra contra Mithridates, bateu-o
nas margens do Euphrates, entrou na Ar-
ménia e obrigou Tigrane a assignar a paz,
e depois de diversas mictórias obteve 3.°
triuinphó nò' ahrio 6f. Passados 2 annos
formou o primeiro triumvirato com Crasso
6 Cezar, e casou com Júlia, filha deste ul-
VOL. lY.
PCÍM
241
timo. Na partilha que os triumviros fize-
ram entre si, Pompeo obteve a Africa e a
Hispanha, mas fel-as administrar pelos seus
lugar-tenentes.e ficou em Roma para eclip-
sar Cezar. A morte pren.alura de Júlia
rompeu os laços, que ainda prendiam os
dous rivaes, e desde então começaram a
guerra Pompeo surpreendido na Itália por
Cezar fugiu para a Grécia com o senado e
desde então só <:ommetteu faltas, ató que
morreu no aano 48, degoUado por ordena
de Plotomeo XIÍ no Egypto.
POMPEO-O-Moço, (hist) Sextus PompeiuSj
irmão do precedente, commandou a esquadra
de seu irmão do anno 4o antes de Jesu-Chris-
to, tomou parle na guerra de Munda e de-
pois fez guerra aos amigos de Cezar; por
morte do dictador alcançou o direito de
entrar em Koma e obteve uma indemnisa-
ção pela perda dos seus bens paternos.
Quando se formou o terceiro -riumvirato
apoderou-se da Sicilia, conquistou a Sarda -
nha e a Córsega, bloqueou Roma e obri-
gou António e Octávio a assignarem a paz
de Missena ; mas esta paz foi de curta
duração e depois de diversos successos
Pompeo foi batíido e aprisionado por Ti-
cio, e morreu na prizão em Mileto no an-
no 35.
poMPEO-o-VELHO , (híst.) Cneius^Pofti-
peius, filho do grande Pompeo» depois da
morte de seu pai reuniu na Hispanha 13
legiões e uma formidável esquadra, mas
atacado por Cezar perdeu a batalha dici-
ziva de Munda e morreu na fuga no anno
45 antes de Jesu-Christo.
POMPEZ, adj. dos á ^ . (naut.) Ovens pom-
pezes.
POMPIGNAN (marquezde), (hist.) escriptor
francez, nasceu em 1709, morreu em i78t.
Escreveu : Dido, tragedia, e Poesias sa-
gradas.
POMPIGNAN, (geogr.) villa de França, a
6 léguas a ESE. de Vigau ; 1,400 habitan-
tes
POMPIGNAN-LUFRAAN, (geogr.) viUa de Fran-
ça, a 7 léguas ao SE. áe Chateau-Sarras^
sin ; 800 habitantes.
POMPOUAZI, (hist.) escriptor itahano, nas-
ceu em 1 'i62 , morreu em 1526. Deixou
um tractado de immortalitale animcB , e
outro De incantationibus.
POMPONIANA ou MESR, (gOOgT.) poniusula
da Gallia Narboneza, hoje Gmhs.
POMPONIO (Sexto), juriscons.ulto romano,
viveu no reinado de Pomponio e de Marco
Aurélio. Dos seus livros de ju risprudencia
s6 rtstam alguns faagmentos , insertos no
higrsli
poMi-oNio LMTO , (hist.) sabic» Calabrez ,
nasceu em 1425, morreu em ;U97. Dei*
6i
141
fm
POH
xovi : Commentarios sobfe alguns autores
latinos. i
POMPONNE, (geogr.) vilia de França ,a A
íeguas aoSO. de Meaux , ,300 habitantes, ,
POMPOSAMENTE, aí/y.(wen/c suff.) com poni-
pomposíssimo, a, adj. sujfuerl. de pompo-
so. -. v"!* >t
POMPOSO, A, aí/J. (des.oío) \")stentoso, ,ap-
paraloso ; esplendido, brilhante, magnifico,
V. g. acompanhamento, triu£n(.tho — . «Al-
buquerque entrou — dê naus, bandeiras, es-
tandartes. » Estj'lo — , (íig.) O — manto da
noite, em razão do brilho aá|} estrellas. A
— vaidade, jactaní^iosa.
PONÇÃO, s. m. (do Vr.poinçon, Lai. pun-
go, ere, picar, furar) ponteiro com que os
ferreiros e espingardeiros abre m furos ; ins-
trumento com que se marciDi as peças de
ouro e prata. V. Punqão.
pOiNCELLA, s. f. (do Fr. pucelle, virgem)
(ant.) donzella, e partícula ri?.iente a de Or-
leans Joanna d'Arc. V. Pucella.
PONCHE, s.m. (Ingl. pwH'"^, doCast. pon-
ehe, derivado de foncil, lunão] limonada a
que se ajunta aguardente ou. vinho M. Webs-
ter no seu Novo Dicoionario da Lingua In-
gleza não dá a etymologia d'fíSte termo.
poNCHEiRA, s. f. [ponche, des. eira) vaso
em que se serve o ponche. ,
PONCIN, (geogr.) cidade França, a 4 lé-
guas ao SO. de Nantua ; Í,G.(0 habitantes.
PONCIODE LEÃO, (hist.y capilão hispanhol,
tomuo parte activa na submissa-) da parte
SÉ. d'llispaniolf. sobmetteu Porlo-Rico, e
descobriu as costas da Flonda om 15 2.
PONCio , (hist.) beufídictino h spanhol ,
nasceu em 1520, morí eu em 1584, pare-
ce ter sido o priraeiro" inventor da arte de
ensinar os surdos-muílost'^' -
PONCiONiSTA, s. m. (des. ista) o quo faz
ponções ; o que applic a o ponção ás peças de
ouro ou prata.
poNçó, s. rjíi. (do Fr. ponceau] côr de fogo
viva.
roNDÁ, (geogr.) uçfia das provindas que
compõe as Novas Conquistas : 4,850 habitan-
tes. Capital Queula.
PONDERAÇÃO, s. fi, (Lat. ponderatio, onis)
o acto de ponderar; attenção reflectida. Ler
com ou sem — .
poNDERADAMENTií, ãdv. («icníe] suff.) com
ponderação.
PONIERADO, A, p. p. de pondcraf : adj.
attentamente pofiado, avahado, meditado.
Homem — , refleictido, ponderador.
PONDERADOR, s, m. O quo pondera, avalia,
examina com re/lexão ; (íig. e ant.) « K como
toda dôr seja a mito injusto — das cousas. »
Ulis. 2, 2.
PONDERAR^ %). a. (Lat. pondero^ are, de
pondus, eris, o pes9),>(iig,) pesar as cousas,
as razões, examinar com reflexão, v. g. — as
pçilavras, .as circumstancias do caso; expor
com ponderação. — , tj. n. meditar com re-
flexão, pesar, fazer peso. « Esta razão era
a que ponderava mais comelle, que lhe fa-
zia mais peso. » Fêo.
poNDERATivo, A, adj. [j^Qs. ivo) quo pon-
dera ; que exagera, encarece, dando grande
peso, importância. Homem — .
PONDERÁVEL, adj. doslg. (des. at^eí) que
merece ponderação — , (scient.) que se po-
de pesar. Substancias ponderáveis, susce-
ptíveis de se lhes determinar o peso, Oppõe-se
a imponderáveis, v. g, a luz, o calórico, a
electricidade.
PONDEROSO, A, ãdj . (Lat. ponderosus] pe-
sado, grave ; (fig ) de peso, digno de pon-
deração Reflexões, razões, negócios — s.
PENDíCHERT , (geogr.) Capital da índia
franceza, na costa do Karnatic, a 36 lé-
guas aoSO. de Madrasta; 40,000 habitan-
tes. ■.- M.f.
PONDO, s. m. (t. Africano) em Moçambiqiw,
peso de meio arrátel de calaim que corre por
seis vinténs. ,..
PONDRA. y. Poldras eÁlpondra. il
PONENTE. V. Poente.
. PONGIMENTO. V. Pungimeuto.
PONIATOWSKI (tstanislao), (hist ) nobre po-
laco, nasceu em 1678, morreu em 1762i^,
tomou partido por Estanislao Leczinski e foi
ura dos mais fieis amigos de Carlos XU.
Seguiu -o á Turquia e foi enviado por elle
como embaixador a Constantinopla. Deixou
depois a Turquia com Carlos XII, submat-.^
teu-se a Augusto II e morreu com o titiir,
lo de casteliào da Cracóvia.
PONIATOWSKI (José. principe), (hist. ) so-
brinho de Estanislao I, nasceu em Varsó-
via em 1763, morreu em 1813, foi com-
mandante em chefe das tropas polacas na
guerra de 1792. Serviu depois com K.os-
ciusko, mas o resultado da guerra obrÍT,
gou-o a expatriar-se até á apparição do»»,
francezes na, Polónia em 1806. Foi entã(JK,
nomeado líiinistro da. guerra e organizou jQ^,
exercito. Em 1809 defíendeu Varsóvia com
8,000 homens contra 60,000 Austríacos e
bateu em Kazin o arquiduqne Fernando;
assignalou-se nos exércitos francezes em
1812 e 1813, e foi nomeado marechal de
campo no campo de batalha de Leipsik, e
morreu pouco depois, afogado no Elster, a
19 de outubro de 1813.
PONS, (geogr,) cidade de França, a 5 lé-
guas SE. de Sainles ; 4,290 habitantes.
poNSEL ou PONSUL, (geogr ) rio do Por-
tugal, na Beira, que tem ii nascentes prin-
cipaes ; ai.* na serra de Monsanto, a 2 •
perto de Penha-Garcia, ambas junto á raia ^
-ie(l Siiíi íf»> u»»tiom
POS
POU
ié
e a 3.* em Alpedrinha ; desagna na direi-
ta de Tejo 1 légua a, €, de ViUa-Velha.
POUT-A-MARCQ. (geogr.) villa de França,
a 3 léguas ^o SE. de Lilld;>60lDobabitan-
tes. „ _ ,' ■.■■-■
pont-AtMOUsson, (geogr.) Mussipons, ci-
dsde de França» a 6 léguas ao ^0. de Nancy ;
7^260 habitantes.
powT-Au-MUR , (geogr.) cidade de Fran-
ça a 8 léguas a O. de Riom ; 1200 habUan-
poTíT-Di-BEAUvoísiN, (geogp.) cidade de
França, a 4 léguas E. de Tour do Pin ;
2,14o habitantes.
t;ONT-Dií-L'ARCHK,. (geogr.) Cidade de Fran-
ça, a 2 léguas e meia N de Louviers ;
1,67J habitantes.
P0,5iT-DK-MONTVERT , (geogr.) cidade de
França, a 3 léguas ENE. de Florac ;..1442
habitantes. -í'-<^*í
poNT-DE-saLARS, (geogr.) cidade d í Fran-
ça a 4 léguas SE. de Rhodez ; 1,211 ha-
bitantes.
ppNT-ftE-TAUX, (geogr.) Pons Valensis,
cidade de França, 8 léguas iNQ.r de Bourg;
3,190 habitantes.
pj5:|iT-Dç-TEXLE, (geogr.) Oppidiim Vela,
cidí^dò (le França, a 6 léguas e meia O
de i^Qurg ; 1,^50 habitantt^s.
ppj^T-uiJ-CHATEAU, (gepgr.) yilla de Fran-
ça,^? 3 lêguas 30 >E. de Glermont-Ferrand ;
3,d(;0, habitantps.
poííT-EX-ROY^NS, (geogr.) cidade de Fran-
ça, a 2 legu^ís e 3 quartos de S. Marcel-
linó ; 1,2.Í0 habitantes.
poSt-l'abbe,j (geogr.) cidade de França,
a 4 léguas ,S0. de Onimper; 2,80) habi-
tantes. .,.;.■;
P(}^T-L^EYf.QiíR, «(geogr.) cidadd de Fran-
ça, ^a 11 léguas iSÈ. de Caen;, 2,190 ha-
bitantes.
pai)ItLEyoy, .(geogr.) villa de França, a
5 leguap e meia SO. deBlois ; 1,500 habi-
tanjlt^s.
ppN^rSA.iNTE-MAjt«NCE , (geogr.) Litano-
hriga\ cidade de França, a 3 léguas ao N; de
Senlfs;. 2,í^>80 habitantes.
poNT-SAiNT-EsraiT , (geogr.) cidade de
França, a 8 léguas .NE. d'A.lzés ; 4,8 jO ba-
ta n tes,.
po:<T-VALAis, (geogr ) cidade de França,
a 5 léguas ao NE. da La Fleche ; 1,950 ha-
bitantes.
posTA^ s. f. (de punctum, sap. do Lat.
pungo, ere, picar, furar) extremidade aguda
e picante, r. gf. — da espada, da agulha, da
lanç^, — , extremidade angulosa, v.g. —do
obelisco, da pyramide ; — de rochedo; ex-
tremidade mais delgada, v. g. — do dedo,
dalingua, dope. — , (fig.) astúcia, finura,
indar de — comalgucm, picado com elle.
— de diamante, mui rija, v.g. faca de -^,
de aço mui bem temp'èrado. — de terra, por-
ção angulosa que entra pelo mar Ter boa
— d&lingua, (fig. efamil.) falia r bem. Sa-
ber na — dalingua, com toda a perfeição.
Fazer — oexcrcitv, penetrarem uma direc-
ção alem da linha de defesa ou no território
inimigo. — a cargos. V. Pontos, \rmado de
— em branco V. Ponto. — , (fig ) porção
mui ténue, minima. Não ter — de tniollo,
um grão dejuizo. — s. pi. (fig) cornos, o.
g. — d 3 touro, do veado ; (fig.) — dos pés,
das azas. Dar das —s, fugir, escapar, voar.
Fazer — s a ave, voar direito, ora a um si-
tio ora a outro, para cair melhor sobre a
ralé. Fazer — s a cargo, (fig.) pôra mira nel-
le. — s, (fig.) armas de ponta. Jogar — s,
atirar lanças, dardos, piques De outra — ,
com outro tiro. Por-se nas — s (dos pés),
(fig.) ensoberbecer-se, ufanar-se. Yir dis — s,
não se poder suster nas pontas dos pés, diz*
se dos velhos. — s, ornato antigo ; eram pon-
tas de metal polido fixadas na extremidade
dos cordões de enfiar nos ilhós dos golpeados
do vestido: — de pedraria. — s de ensaia-
dor, peças de cobre com pontas de ouro de
diversos quilates, que se comparam com o
ouro que se esfrega na pedra de toque. Ouro
de quarenta é três — s, (ant.) correspondo
a pouco mais de vinte quilates de hoje. ,
PONTA DELGAHA, (geogr.) cidade cflpital da
ilha de S.Miguel, e do districtí» administra-
tivo do seu mesmo nome ; 23,400 habitan-
tes. !
PONTA DELGADA, (geogr.) aldeia grande da
ilha das Flores situada em terreno alto so-
bre uma rocha á beira-mar.
PONTA GARÇA, (geogr.) aldeia grande da .
iiha de S. Miguel, légua e meia ao NE. dè ^
Viila Franca.
PONTA DE PARGO, (geogr.) aldeia da ilha
da Madeira, pertenc^nie ao concelho de Ca-
lheta ; '2,085 habitantes.
PONTA DA PIEDADE, (geogr.) aldeia da ilha
do Pico, sobre a ponta ESE. da mesma, em
uma planície lavada de bons ares , dis-
tante das Lages sette léguas de máu cami-
nho.
PONTA DO SOL, (geogr.) villa da ilha da
Madeira, que ó cabeça de um concelho, que
delia tomou o nome, o conta 16,766 habi-
tantes.
PONTA DO SOL, (gcogr.) aldéa da ilha de
Santo Antão sobre o porto do mesmo no-
me, que é o principal da ilha, 240 habi-
tantes.
PONTA-DOS-LIMITES, (geogr.) pequena ser-
ra da parte occidental da proviucia de Ma- ;
to Grosso, no Brazil , perto das lagoas da
Pontv, d'Uberava, Gahiba e Mandioró.
poNTA-ftROSSA, (geogrJ cabo ao noroeste
~p'
f.cá'
244
PON
POH
da ilha de Sauta Cathariaa, no Brazil, no
qual ha um forte que defende a estrada
septentrional da bahia do mesmo nome.
pont'alta, (geogr.) rio da província de
Goyaz, no Brazil.
PONTA-KEGRA, (gcogr.) nome commum do
cabo e da serra que jaz perto delle , bem
como do lugarejo e pequeno porto que fi-
ca 2 léguas a leste do Rio de Janeiro, no
Brazil.
PONTADA, s.f. {ponta, des. ada) dôr agu-
da em alguma paite do corpo," diz-se deor-
dinario dador de ilharga oupleuritica.
PONTADO. V- Alinhavado.
PONTAGUDO, A, adj . que acaba em ponta
aguda.
PONTATLLER, (gGogr.) cidadc de França
a 7 legues E, de Dijon ; l,ti}i) habitan-
tes.
PONTAL, s. m. {ponte, des. ai] (naut.) al-
tura da quilha até ã primeira coberta do na-
vio ; o intervallo de uma coberta á outra.
— '; para a avante ou para a ré, o que vai
do bordo do navio para a proa ou popa.
PONTAL, s. m. {ponta, des. ai) ponta de
terra que sáe ao mar, v.g. o — de Caci-
lhas.
PONTAL, adj. dos 2 g, Pregos pontaes,
grandes, de pregar o pontal grande, pregos
de galiota.
PONTALETE, 5. m. diminwí. de pntal, páo
a prumo que esteia algum edifiicio ou muro.
— ou forquilhado mosquete, espécie de for-
cado sobre que se suslinham os mosquetes
grandes usados na defesa da muralha de pra-
ça.
pontano, (hist.) cscriptor italiano, nas-
ceu em 1^26, morreu em lbi>'ò, foi pri-
meiro ministro de /Jfonso rei de Nápoles.
Fundou a Academia Napolitana, chamada
Academia de Pontano, Das suas obras a
mais notável é a Historia das guerras de
Fernando II de Nápoles com Pedi o d'An-
jou.
PONTANO, (hist.) sábio italiano, nasceu
em 1480. Deixou muitas obras, entre ellas
Grammaticos artis pars I; Ars versica-
toria.
POMTANO, (hist ) philologo italiano, nas-
ceu em 1542, morreu em 1626. Publicou
obras elementares, as principaes são : Flo-
ridonim Libri VIII; Progymnasmata la-
tinitàtis, etc.
PONTÃO, 5, m. (í at. ponto, onís] barca cha-
ta e estreita que serve para formar pontes
para a passagem de rios ; barca grande que
serve de dar querena aos navios ; pontalete,
espeí^ue, escora. .i„..= .,>
pòNTApié; s. m. ^o\^ com a ponta do pe,
PONTARIA, s. f. {ponta, des arha] o acto
de apontar ao alvo arma de arremesso ou de
fogo; (fig.) mira, alvo. Fazer — , apontar.
Estar, ficar em — , por alvo, em lugar on-
de pode ser alcançado pelos tiros: (tig.) ex-
posto ás calumnias, offensas, ataques.
PONTARIA, s. f. (ant.) emprego de pontas
ou sublilidades, argucias para causar damno
a alguém : ex. «... nénguum perca seu direi-
to per — . » Carta d'Kl-ilBÍ D. Diniz, no Elu-
cid.
PONTARION, (geogr.) villa de França, a 2
léguas NE. de Bourganeuf; 8Ô0 habitan-
tes.
PONTARLIE, (geogr,) chamada successiva-
mente Pons Âlíi, Pontarlum, Arciola ou
Ariolica, cidade de França, a 13 legaas
SE. de Besançon ; 4,890 habitantes.
PONT-AUDTMER, (gcogr.) Pons Aldemari ^
cidade de França, a 18 léguas NO. d'Ecreux ;
5,3ò0 habitantes.
PONTAVEN, (geogr.) villa de França, a 4
léguas 0. de Quiraperlé ; 820 habitantes.
PONTAZINHA, *. f.dimínut. de ponta, pe-
quena ponta.
PONTGHARTRAiN, (geogr.) villa de França,
a 4 léguas NE. de Kambouillet ; 1,250 ha-
bitantes.
PONTE, s. f. {Làl. pons, tis, áepono, ere,
pôr, e trans. além. Outros o derivam sem ra-
zão de pontus, o mar) obra de páo, pedra,
tijolo ou ferro, de diversas construcções, atra-
vessada de uma borda de rio á outra, ou de
monte a monte para dar passagem agente,
a animaes, e sobre as mais solidas, a carros,
carruagens, de ordinário sustentada sobre
arcos de pedra, com parapeito de cada lado.
— de barcas, estrado assentado sobre bar-
cas presas uma á outra. — levadiça, que
se levanta e abaixa nas praças ou sobre rios
ou canaes, como em llollando, onde para dar
passagem aos navios se levantam e abrem as
pontes em duas metades. — suspendida, de
íio de ferro cujas extremidades são fixadas
a duas pilastrasou columnas década lado.
— , (naut.) cíberta de navio; (ant.) nas ga-
lés e navios, obra de madeira para sobre ella
se pelejar ; espécie de baileo.
PONTE DA BARCA , (geogr.) (antigamente
Terra de Nóbrega , por ter um castello
assim chamado), villa de Portugal, nodis-
íricto de Vianna do Castello, sobre o rio
Lima, a 3 léguas ao N. de Braga e 64 de
Lisboa: contém 872 habitantes, o seu con-
celho encerra 10,500.
PONTE-FERREiRA , (gcogr.) povoação de
Portugal a 3 léguas E. do Porto, 1,400
habitantes.
PONTE DO LIMA, (gcogr.) agradável vllla
,de Portugal situada rta esquerda do' rio
Lima ; 2,350 habitantes.
PONTE DK SOR, (gcogr.) villa de Portugal,
situada sobre o rio Sor ou .Soro, 7 léguas
PON
a 0. do Portalegre o 4 o meia ao S. de
Abrantes; 1,510 habitantes.
PONTE, (geogr.) cidade dos Estados Uni-
dos, a 6 léguas SO. d'lvrée ; 3,500 habi-
tantes.
PONTE d'era, (geogr.) cidade da Toscana,
a 4 léguas E. de Pisa ; 4,000 habitantes.
PONTE-CORVO, (geogr) Fregella dos an-
tigos, cidade dos Estados ecclesiasticos,a 8 lé-
guas ao SE. de Frosinone ; 6u0 habitan-
tes.
PONTE-VETRA, (geogr.) PoTis Veíus ou
Hellenes, cidade d'Hispanha a 5 léguas e
meia ao KE. de Vigo. 5,000 habitantes.
PONTEADO, A, p. p. de poutcar, adj. co-
sido com longos pontos.
PONTEAR, V. a. ['ponto, ar, des. inf.) co-
ser com pontos longos ; v.g. — ferida ;
a roupa ; alinhavar. Pontear, marcar com
pontinhos alguma linha : Pontear o per-
fil , a figura para servir de guia ao de-
buio.
PONiECHARTRAiN, (geogr.) lago dos Esta-
dos Inidos], a 1 légua N. da Nova Or-
leans.
PONTCHATEAu, (gcogr.) cidade de França,
a 4 léguas ISO. de Savenay ; 3,430 habi-
tantes.
PONTEFRACT, (geogF.) cidade d'ínglater-
ra, a 8 léguas SO. d'Yorch; 9,857 habi-
tantes.
PONTEIRO, s. m, [ponta, des. eira), has-
tezinha aguçada com que se marcam as le-
tras ou a solfa, peça de ferro agudo, de qua-
tro quinas, com que os canteiros abrem bu-
racos nas paredes ; penna ou palheta com
que se ferem as cordas da viola, cithara,
etc. — de relógio, que indica as horas, os
minutos, segundos. — , a pessoa que apon-
ta a oulra o caminho, o meio de descobrir
e de, tomar cousa ou pessoa que está occul-
ta. E p. us. neste sentido.
PONTEIRO, A, adj. [ponta, des. eivo), (naut)
que vem pela proa, parte dianteira do na-
vio. Vento—, inteiramente contrario.
PONTEROix, (geogr.) cidade de França a
8 léguas O. de Quimpes ; 1,700 habitan-
tes.
PONTEVEL, (geogr.) povoação de Riba-
Tejo, em Portugal, no concelho do Carta-
10 e districto de Santarém, a 12 Jeguas de
Lisboa.
PONTGiBALD, (gcogr.) villa de Ffança a 5
léguas e meia SO. de Biom ; 850 habitan-
tes.
PONTHiAMAS, (gcogr.) pequeno Estado da
índia Transgangelicca, na costa NE. dogol-
pho de Sião, ao SO. deCambodge.
PONTDiEU (geogr. )paiz da Baixa Picardia,
na embocadura do Somme, tem o titulo de
condado.
VOL. ly.
PÔN
J45
ponticula, s.f. íiminní. de ponte, poat^^f
tezinha, pinguela ao lado da ponte levadi-
ça, para servir de noite.
PONTIFICADO, s. m. (Lat. pontificaíus),
dignidade de ponlifice . duração das suas
funcçôes. No quarto anno do — de Pio
VI. — , dignidade suprema em qualquer
religião, v. g. na mahometana, califado.—
(ant.) bispado, ex. no anno sexto do — de
D. Hugo, bispo de Porto.» Monarc. Lu-
sil.
PONTIFICAL, adj. dos 2 g. (Lat. pontift^
calis), concernente ao pontífice, ou aos pon-
tífices, segundo o rito dos bispos. Missa—.
Os livros pontificaes, entre os antigos roma-
nos, que continham o ritual dos pontífices
ou summos sacerdotes.
PONTIFICAL, s. m. (subst. do precedente)
capa de longa cauda, e capello forrado de
carmezim ou arminhos, de que usam os bis-
pos na sua cathedral ; vestes sacras de que
usam os bispos nos ofiTicios pontificaes. «Um -
— inteiro de brocado riquíssimo. » Missa de
— , com o ceremonial usado pelo papa. Fa-
zer um — .
PONTiFiCALMENTE, adv. [mente suff.) se-
gundo os ritos pontificaes. Celebrar — . Ba-
ptizar— .
PONTÍFICE, s.m. (Lat pontlfex, eis, snm-
mo sacerdote, que os etymologistas derivam
da ponte Sublicia, em Roma, construída i
pelos pontífices para irem sacrificar da ou-
lra banda do Tibre. Court de Gébelin dá .3
uma etymologia mais elevada, e diz que pon- ]
tifice significa o que dirige as cousas ceies- ;
tes ou sublimes, mas não justifica a sua con-
jectura. Eu creio que vem do Egypc. pi
hout, que significa o sacerdote, eof, gran-
de. O termo pontifex é sem duvida ante-
rior á construcção da ponte Sublicia], en-
tre os antigos romanos, summo sacerdote
dos collegios, o chefe denominava-se — ma-
ximo, entre os christãos, equivale a bispo,
arcebispo ou patriarcha. O summo — , o pa-
pa ou bispo de Roma.
poNTiFicie. A, adj. (Lat. pontificius), epis-
copal ; — , do summo pontífice, do papa.
Breve — . Bulia — .
PONTIFÍCIOS (irmãos), (chr.) isto é cons-
triictores de pontes, ordem d'irmãos hos- '•
pitaleiros, que se estabeleciam nas mar-
gens do rio para transportarem de graça os
passageiros, ou que se associavam para p^.
construírem pontes. '
PONTiGNY, (geogr.) villa de França, a 3
léguas NE. d'Auxerre ; 400 habilantes.
PONTILHA, í. f. diminuí, de ponta, pon-
ta aguda. Sapatos de — , de ponta virada
para cima.
PONTINHA, y. m. diminuí, de ponta, pe-
quena ponta ; (fig.) peguilho, v. g. Andar ?
62 ;:.
S46
POR
v^f>
> n
PON
de pontinha com alguém. Erguer-se, pôr-
se nas — dos pés com alguém, (phr. fam.)
ter birra com elle.
PONTINHO, s. m. diminut. áè^onio. Pin-
tura de — í, miniatura. . ;
PONTINOS (Pântanos), (g<;ogr') Pomyúna^
palus, vastos pântanos, que no KslaJo Ec-
clesiastico se extendem d' Astura a Terra-
cina.
PONTISTA, s dos 2g. [áes isía), (p. us.)
a pessoa que usa de peguilhos,
PONTIVY, (geogr.) cidade de França al^
léguas ao ^0. de Vannes ; 7,000 habitan-
tes.
PONTO, s. m. (Lat. punctum^ snp. de puti-
go, ere, picar), picida feita cora a ponta
de agulha armada de fio, o qual se vai pas-
sando de um furo ao outro v. (j. Cosera
— s miúdos ou largos. — de meia, as ma-
lhas. — nas meias, m^lba cahidn. Tomar
um — , cerrar a malha com agulha e linha
— de sarja, maneira de tecer. — de ca-
derneta, de nós, de espiga, aberto ; — atrás,
— adiante, segundo as diversas formas da
costura. Nào dar — sem nó, (loc. fam,) não
fazer cousa alguma sem pôr a mira no pro-
veito que dahipode vir. — s, (cirurg.) da-
dos com agulha e linha para cerrar os lá-
bios de fenda ou de incisão, —s falsos, uniào
dos lábios de ferida por meio de tiras de
emplasto adhesivo. Quebrar os — s á mulher,
(!oc. ant.) desflorá-la, sem duvida em ra-
zão do estado de constricção virginal, e não,
como inculca Moraes, de pontos dados com
agulha por barbeiro. — , (geom ) a minima
porção perceptivel de una nodoazinha; os
geómetras a suppõem privada de extensão,
e todavia aíTirmam compôr-se a linha de pon-
tos. Rigorosamente o ponto mathematico é
uma mera ficção abstracta. — , (phys.) lugar
circuiLScripto : — de suspensão, sobre que
está suspendido um corpo ; — de s^istenla-
ção, sobre que elle se sqstem ; — de apoio,
A alavanca. — , (astron ] lugar determinado
no céu, Tl. g. os quatro pontos carçlinaes.
— , (naut.) o calculo de latitude e longitude
que determina com exacçãoo lugar do glo-
bo onde se acha o navio. v.g. Fazer o — .
Pelo seu — , calculo, ir de — em branco
sobre algum porto, directamente. Pôr — ,
(ant.) esmar, calcular aproximadamente. -—
termo, de óptica, dioptrica, catoplrica, en-
contro de duas linhas for mando ang,ulo : —
de incidência, reflexão refracção,; princjpíil,
accidental. V. estes termos. — de vista, an-
gulo visual em que os objectos são distin-
ctamente discerniveis. — ,, na perspectiva
artificio , copa que ^ ,o pintor, imití^pdo. ,a n^a-
tureza^ representa' ao espectador a distancia
relativa das imagens figuradas; — , (fig.)f
aspecto. Debaixo d'esse ponto de vista. €m«i
questão complexa deve sef considerada de-
baixo de diversos —s de vista. Não perder
o ponto de alguma cousa, tê-la em vista.
— , signal orihographicocom que sé marca
o íim do período ; é uma nodoazinha feita
com a ponta da penna molhada era tinta.
-r J,nal, {,) Dois —s {:) — e virgula (;).
— , na musica, põe-se airáz de Uma figura
para denotar que vale metade da preceden-
te.—s, as pintas pretas rharcadis nos da-
dr)s, — , (termo de jogo), numero de lan-
ces que fazem parte do total da partida, c.
g. faltam-me Ires— s para ganhar a partida
Dou-te quatro — sao bilhar, vantagem coh-
eedida ao jogador, menos hábil. Sele é — ,
nome de um jogo. —5 das cartas, o VaW
que se dá ás figuras, v.g. o rei vale dez— s
no jogo do vinte um. —s da craveira, de
sapateiro, as divisões delia. Calçar tantos —,
ter de longo o pó ou. o sapato. Termais —*
do devido, (fig.) ser exagerado. — do ca-
no da espingarda, a mira, proeminência na
extremidade do cano que serve de dirigir o
olho ao alvo a que se atira. Ter bem ou mal"^
posto o — , mirar certo ou errado; (fig;f*
conseguido ou não o fim, o intento, —(fe'^
arrimar, a peça dos fechos dè arma d^ fo-
go que impede o cão de recuar de maig.
— , (fig.) termo . fim , parada, suspensão.
Fazer — , fallir o negociantiB, suspender os
seus pagamentos. Dar — , nos tribunaé?,
pôr termo. Tende — , calai-vos. — , lugar
ou tempo fixo. Ao — dado desaff'erraram to-
das as galés. Meio dia em — , justo. Che-
gou o negocio ao — desejado. O —central,
centro. — , assumpto, objecto determinado;""*"
objecto essencial ; estado O ^ da questão. '"
Lsse é o — capital, importante. Chegou a
tal— a epidemia, a miséria, o descontenta- "^
mento, o desaforo. Chegou a disputa ataV'^
— , a tal auge. Chegar, vir a^^Và pro-
pósito, em tempo conveniente. A — de,' pró-
ximo, t?. g. esteve a — de pprdera vída.
O — está em aproveitar a conjunctura, is-
to é, o essencial. Ahi bate o — . No mes-
m,o — , logo, no mesmo momento. Ndoptr-
der o—, a opportonidade, a occasião, ^, ''
parle de uma questão philo<50])hica ou de
um discurso. Dividiu a questão ou o ser-
mão em ires — s. — , (t. de universidade} '
questão ou matéria que o estudante lird por
sorte para sobre ella ser examinado , ou
dissertar. Tirou por — em medicina a hy-
drophobia, em anatomia o coração^ — í, (t.
de escola) erros feitos pelo estudante na li-
çãp. decorada» ^, entre os exad4inad6reà
moralistHs do3 ecotesiasticos, os pOíntòé ssb^
as graus de merecimento do exaoSinádó.
Narrar ou expor — por — , com' miiideza.
— , nos jogos de parar, o jogador que apon-
ta, V. g. á banca, ao trinta e quarenta. — ,
POW
von
m
livro de marcas em que o apontador ou mes-
tre de obras nota «s falias dos operários,
ou outros empregados. Dar os — s. — , ou
— rfft honra, pundonor, Tomar por — >,fa
zer timbre. Homem de -, (ant.) brioso. — ,
consistência de fluidos, v.^ g. o — do assu-
car, consistência que se dá á calda. Assu-
car em — de espadana. O — de congelação,
de ebullição, a divisão do thermoraelroque
marca estes estados dos fluidos. De — em
branco, coberto de armas defensivas de mo-
do a não oíTerecer ponto em que a lança
ou espada do contrario possa entrar. — do
diamante, (t. de lapidarioj o que o guia
para a direcção das íacetas ; está no fun-
do do diamante. — , (fig.) auge, perfeição.
Estar uma cousa em seu — . Subir de — ,
esforçar a voz^^cantando. — , crescer, au-
gmentar-se. — , formar grandes pretenções.
Subií de — alguma cousa, exalta-la, exag-
gerar o valor delia. Baixar de — , descer
da jactância. Por-se em — s com alguém ,
altercar, pôr-se aos itens. Foros — saltos,
(fig.) ensoberbecer-se, ter grandes preten-
ções. Á um — , juntamente. A — , a propó-
sito, em tempo opportuno. — , prestes, dis-
posto. Levava o galeão a — de guerra, pre-
parado para combater. Ao — , no lugar,
tempo ou occasião. Ao — de, próximo. Em
— , exactamente, v. g. meio dia em — . Em
bom — , em estado de saúde ; em estado
conveniente. — , (t. da Beira) lugar de forte
corrente de rio.
PONTO, s. m. (Lat. poníus.) O — fundo,
(ant.) O mar. V. Mar
PONTO, (geogr.) região da Asia-Menor, ao
NE. limitada ao N. pelo Ponto-Euxino, a E.
pela região Caucasiana e a Arménia, a O.
pela Pagblagonia, «o S. pela Cappadocia ;
era habitada por differentes tnbus indepen-
peales O Ponto fez ao principio parte da
Cappadocia , mas no anno • tbO antes de
Jesu-Christo os dous paizes separaram-se e
o Ponlo formou uma satrapia do império
persa. Todavia os satrapas do Ponto eram
hereditários e quasi independentes. Esta in-
dependência toruou-se completa no reina-
do dos Seleacidas.
tes:
Os reis do Ponto foram os seguin-
Pharnaeesl, antes de
Jesu-i,hristo 250
Artabazo 5^2
Ariobarsane l 480
Mithridates I 4()í
Ariobsrzane II ^ Stâ
Mithridates II 337
Mithridates III 302
Miihridates IV '^Q&
Mithridates V 2^2
Pharnace lí 186
Mithridates VI ou
Evergeto 157
Mithridates Vil ou
Eupater 12Í-65
Submissão aos
liomanos 65-48
Pbaroace 48^7
Reis do Ponto Plomaniaco.
Paleraon I 47 Jesu-Christo,
Pylhoporis 1 1 an- depois..
nos antes de Paleman 11 3S-65
PONTO (dioceze do), (geogr.) uma das ^^
cinco dioci-zes da prefeitura dfj Oriente,
compreendia ^'toda a parte oriental da Ásia ,{
Menor, menos a Ciciíia, e era dividida em :^
onze províncias : Ponto Poleaíoníaco, Ton-
to Galatico, Galacia 1.* e 2.*, Byihinia,
lloncriada, T.appadocia 1." e 2.''^,. Arme- .,
nia V.* e 2.* Paphlagonia. ',',
PONTO CAPPADOCio , (geogr.). Foi assim '.^
chamado desde o anno 47 antes, de .lesu- j.^
Christo ate ao anno 65 depoͣ de Jesu--.^)^
Christo, a parte do Ponto ao SiE. do Pon-
to lolemoniaco.
P0NT>> GALATica, (gcogr.) pajte do Pon-
to a O. do Ponto Polemoniaco, tiuha por
capital Amasea.
PONTO POLEMONIACO, (geogr ) part'3 do Pon-
to, a E. do Ponto Galat'\co, ao N. e a O
do Ponto Cappadocio, tinha por capital Po-
lemonium.
PONTOiSE, fgeogr.) Briva, Isaroe dos Lati- í,,^
nos, Pons Isara, na idade média, cidade
de França, a 9 léguas ao íH. de Versailles ;
5,400 habitantes.
PONTONBiRO , s. m. (des. eiró.) soldado
do corpo de artífices encarregado do servi-
ço dos pontões.
PONTORSON, (geogr.) Po»5 Ureonis, cida-
de de Françi, a 4 léguas e meia SO. de Ar-
ranches ; 1 ,660 habitantes.
PONTOSO, A, adj. {ponto, de honra, des.
oso.) brioso, pundonoroso, caprichoso. A —
opinião dos esforçados- Sá de Miranda.
PONTREMOLi, (geogr.) Apua, cidade de Tos-
cana, a 35 léguas ao ISO. de Florença ; 4,000
habitantes.
roNTs-DE-cé, (geogr.) Pons Saii cidade
de Françi, a 2 leguís SE, d'Angers ; J.6G0 ;,
habitantes.
PONTSCORFT, (geogr.) cidade de França,
a 2 léguas ao NO. de Lorient; 1.67J ha-
bitantes. '
PONTUAL, adj. dos 2 g. [ponto, des. ad).
ai ) exacto em fazer as cousas no tempo
prefixo, e da mancnra. convencionada. Ho-
mem mui — nos seus pagamentos. — , fei to-
no devido tempo, feito com exacção, á ris-
ca. — pagamento, paga. (iraduação — das
terras, em mappa geographico. — , (p. uá.)
pundonoroso, brioso. Soldado, cavalleiro — .
É antiquado neste sentido.
P0N.1UALIDAD1, s. f. (des. idadc.) a (iu&-
lidade de ser pontual; perfeita execucào^
Cá «
248
POF
PÔB
« Historiadfir perfeito na — dos tempos e
pessoas. » Severim. — , exactidão justa.
Vieira.
PONTUDO, A, adj. [ponta^ des. udo.) que
tem ponta. Instrumento pontudo. Vinho
— , [hg.] qu(í tem ponta de azedo, áspero.
PONTURÀ. Y. Punctura.
PONZA OU POTíCES, (geogr.) PontioB insu-
IcB, seis pequenas ilhas do mar Tyrrhio, §
12 leguss do reino de Nápoles,
poo, (ant.) V. Pó, Poeira. Poos,&â.uhos,
especiarias. Docum. ant.
POOLE, (googr ) cidade d'Inglaterra, a 7
léguas e meia SO. de Winchester ; 5,600 ha-
bitantes.
POPA, s. f. (Lat. puppis,àepupus,criin-
ça, boneco, porque na popa punham os an-
tigos estatuetas dos deuses protectores da
navegação, cm Gr. pataikoi, simulacros, de-
riv. do Phenicio, ou antes do Egypcio P/iía.
nome do deus que presidia á navegação, e
hek, piloto.) a parte posterior, a ré do navio
onde vai o leme. Vento em — , pela popa ;
(fig ) favorável. Ir ou vir em — , ou vento em
— , prosperamente, ser favorável para algum
fim. « Yentou-lhe o demónio em — , » Lu-
cena, favoreceu-o. Errar de — á proa, to-
talmente.
POPAYAN, (geogr.) cidade da America do
Sul, na republica da Nova Granada, capital
da província de Popayan e de todo o distri-
cto do Caiina ; 8,000 habitantes.
POPE (Alexandre), (hist.) celebre poeta in-
glez, nasceu em 1688, morreu em 1744. As
suas obras principaes são : Ensaio sobre a
critica ; o Annel de cabellos roubado ; a
Floresta de Windsor ; Ensaio sobre o ho-
mem : a lliada, etc.
popERiNGEN OU popERiNGHE, (gcogr.) ci-
dade da Bélgica, a 3 léguas O. d'Y])res;
y,G0O habitanles.
popiLio LENAS, (hist.) senadoF romano,
cônsul no anno 172 anles de Jesu-Christo
foi enviado em 170 pelo senado romano a
Anliocho Epiphanes, rei daSyria, para lhe
intimar que não atacasse Ptolomeo VI, rei
do Kgypto, e alliado do povo romano.
popiNA, s. f. V. Taverna.
POPLExiA. \. Apoplexia.
popocATEPETL OU LA PUEBLA, /'gcogp.) mon-
tanha volcanica do México.
POPOLI, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a 3 léguas ao NO. de Sulmona; 3,000
habitantes.
POPPEA, (hist.) imperatriz romana, foi ca-
sada com Rufo Crispino, depois com Othão,
e finalmente com Nero. Concorreu muito pa-
ra a morte de Agrippina e para a de Oc-
tàvia, primeira esposa de Nero. Morreu em
consequência de um pontapé que lhe deu Ne-
ro, estando pejada.
POPPi, (gôogr.) cidade da Toscana, a í^
bguas ao SE. de Florença ; 4,000 habi-
tantes. NK-OR o MiO i£'i ?6 '
poppRAD, (geogr.) cbamado também Po/?-'
part e Popcr, no dos Estados-austriacos ,
nasce nas fronteiras da Galicia e da Hungria
e cáe no Dujanetz.
POPULADO, A, p. p. de popular. V. Po-
voado.
POPULAR, adj. dos 2 g. (Lat. popularis,
de populus, o povo.) do povo ; grato ao po-
vo, bem quisto do povo. Homem — . Ex-
pressão, locução — , usada pelo povo. Os
populares, subst,, a gente do povo; na anti-
ga Roma os cidadãos não patrícios ou se-
nadores.
ropui-AR, V. a. (ant.) V. Povoar.
POPULARIDADE , s. f. (Lat. popularitas ,
lis.) favor, aura popular ; o ser bem visto
do povo, por favorecer os seus interesses o
defender os seus direitos. O verdadeiro pa-
triota grangêa — servindo e não lisongean-
do a nação.
popuLARiSADo, A, p. p. dc popularisar ;
adj. que adquiriu, grangeou popularidade.
POPULARISAR, V. a. (do Fr. populariser.)
(t. moderno) fazer popular, dar populari-
dade. A energia com qu« defendeu os op-
primidos o popularisou. — se , v. r. ad-
quirir, grangear popularidade.
POPULARMENTE, adc. [mente suff.) á ma-
neira do povo, no gosto do povo, de modo
a grangear a approvação, ou a benevolên-
cia do ])Ovo.
popuLEÃo, adj m. (do Lat. populus, ále-
mo.J Unguento — , (pharm.) composto em
grande parte de rebentos de álemo.
POPULEO, A, adj. (Lat. populeus, dèále^
mo. Varas — s, de álemo.
P0PULis3'MO, A, adj. superl. de populo-
so, mui populoso. A China é um império
— . Pekin é cidade — , de grande povoa-
ção.
POPULOSO, A, adj. (Lat. populosus .) onàe
ha muitos habitantes, mui povoado. Cida-
de— . Rios — s, (íig.) em cujas margens ha
muitas povoações, ou de muita navegação-
commercial ; também se diz dos rios da
China onde habitam em barcos muitas fa-
mílias formando povoações fluctuantes.
PÔR , autigamente poer ou põer , v. a..
(Lat. pono, ere, cujo radical é incontesta-
velmente pes, o pê, em Persa pa, pê, em>
Egypcio pat ou phat. O í do rad. pes, mos-
tra-se no pretérito posui, no participio e
supino positus, positum.) situar, collocar det
certa maneira ou modo, metter, plantar —
o pé no estribo, — a mão na testa, — ô cha-
péu na cabeça, a espada á cinta, — as meias,
os sapatos. — plantas, dispô-las, planta-las.
A Gallinha põe ovos, depõe no ninho. Pôr
i»ok
de farte ou a part«, sepanu*. — ^^ aprir m&o
dQ alguma cousa, descontinuar, v. g. — a
obra, a Iraducção. — , renunciar, dcpôr,
V. g. — a vaidade, o ressentimento. — de
parte, o pejo, as paixões, — os vestidos, des-
pir. « — a artificiosa formosura. » Camões,
Lus. IX, 65.
Aqui porá da Turca armada duru
Os soberbos e prósperos tropheos.
Camões, Lus.. v, 4õ<
Pôr d vista, patente, diante dos olhos; (fig.)
tornar intélligivel, esclarecer. — , assentar,
dispor, V. g. — em catalogo, lista, em nume-
ro. — mãos á obra, começa-la com fervor.
— toda a diligencia, todo o cuidado, todas
as forças, empregar, metter. — todo o seu
poder, metter. — fim, termo, terminar, aca-
bar. — por escripto, assentar, lançar por es-
cripto. — em execução, executar. — em ef-
feito, effectuar. — em fugida, afugentar. —
por terra, derribar, derrocar; (fig.) desa-
creditar alguém. — na rua a/g^ueni, expul-
sa-lo de casa. — um preso, soltar, fazer sair
daprisiio. — um criado, despedi-lo. — pelas
ruas da amargura, (loc. famil. e fig.) di-
zer muito mal de alguém. — fora, expulsar,
expellir. — os pés em algum sitio, ir ter lá.
— tributos, assentar, impor, lançar. — pe-
na, applicar. — a culpa, imputara alguém,
culpar. — leis, (p. us.) impô-las, estabele-
ce-las. — lei a si mesmo , impor a si pró-
prio regra obrigatória. — o sello , a assigna-
tura, sellar, assignar. — luto, vestir-se de
nojo. — vezo, acostumar, avezar, habituar.
— silencio, fazer, mandar calar. — a mesa,
dispô-la para se servir a comida, estender
a toalha, pôr os talheres, etc , v. g. — pa-
ra jantar, cear. — em deposito, depositar. —
casa, guarnece-la de moveis para residência
fixa. — tenda ou loja, abrir. — cobro. V.
Cobro. — em paz, pacificar, paziguar.— cer-
co on sitio, situar, cercar, -r-, apostar, fa-
zer aposta. — , (fig.) fingir, imaginar, sup-
pôr, admitlir por hypothese. Pon/iamos 7 ue
assim é, supponhamos. Ponha o caso em
si, applique-o ao próprio individuo. — al-
guém em cargo, emprego, conferir, v. g. —
por governador, capitão, inspector, ou em
lugar de outrem : — por aprendiz.. — algu-
ma cousa da sua algibeira ou de sua casa,
supprir o que falta para preencher o custo,
os gastos, despezas ; (fig.) acorescentar aos
factos, exagerar. — , gjuutar, ornar. — em
condição o\i por contíiV«o> capitular. — , fa-
zer consistir, v. gf. — a felicidade em fazer
beto ao próximo, em soccorrer os necessi-
tados, ou nos prazeres sensuaes. — a ferro
c fogo, assolar, devastar. — em perigo, ex-
por a elle, fazer çprrer perigp. — a vida, a
saúde, a segurança. — peito á corrente, na-
?0l. IT.
•V. iM ai'M)Tti nod
dar contra ella; (fig.) resistir RívTorça^Ntthert^^í
te, arrostar; luctar com diíliifiidades; abs^*
taculos poderosos. — preço^ u^\■^v, estàbele-^
ce-lo, — uma questão, propor. — dutidas '
propô-las. — ao sol, ao ar, csl; nder, expor, ;>
V. g. — roupa para que enxugue, fato para '
lhe fazer perder o cheiro de mofo, etc. — o*'
panella ao lume, para cozer a olha. — a'
proa a algum lugar, dirigir o navio a esse
sitio, marea-Io naquelle rumo. — os cornos
a alguém, (loc. famil.) ter commercio illici-A
to com a mulher de alguém. — muito tem" \
po em fazer alguma cousa, gastar. iVão^^'^
nada diante, (fig.) desprezar obstáculos, in- '^
convenientes attendiveis. Isso não tira nem
põe, não muda o estado da cousa ou da ques-
tão, não faz ao caso. — os pés d parede, (fa-^*
mil.) teimar, obstinar-se. O — do sol, 00c-'
caso. Ao — do sol, ao anoitecer. — se, v. r.ó
situar-se, collocar-se. — á mesa, sentar-se
para comer. — a fazer alguma cousa , co-' ■
meçar com tenção de proseguir, ou segui- »■
damente, v. g. — a rir, a escrever, a gra-
cejar, a chorar. — se em fazer alguma cou-
sa, empenhar-se. — se a perigo, expor- se.
— se a ave, pousar. — se o so/, desapparecer '
ao occidente. Porem-se os astros, occulta^
rem-se no horizonte. — se a morrer, estar
mui próximo de expirar, estar moribundo,
— se bem com Deus, arrepender-se dos pec- -
cados , pedir delles perdão a Deus. — se a^
cavallo , cavalgar, montar. — se a andar,
afastar-se de algum lugar, fugir. — se na
rua, ir passear. — se, (ant.) vestir-se, or-
nar-se, v. g. — de seda, de gala, de luto. —
se em mulher, (obsceno) ter cópula com ;
ella.
A conjugação deste verbo é muito irregu- '
lar. V. a Grammatica, artigo Conjugações •
irregulares. . • >L
SYN. Comp, Pôr, assentar, coZ/ocar. 'Dò''
verbo latino ponere fizeram os nossos anti-"
gos poér, que depois se modificou em pôr, i
cuja significação é mui genérica, e se H- j
mita em alguns casos pelos dous verbos ■
ahtntar e collocar ; e seu respectivo valor -
se poderá bera compreender comparando-os>'
com os verbos francezes meltre, poser^ pia** ^-i
cer aos qaaes correspondera. ^3 — ,o\)
Põ -se uma cousa em (jualquer lugar , '
de qualquer modo ; assenia-se quando se
põe com acerto, e da maneira conví^nionle; -i
colloca-se quando se põe no devido lugaF, -
com proporção e symetria. Põe-se uma po*^ii
dra no chão, na parede, etc. ; assentasse j
a cantaria para fazer o edificio ; colloca-se «
uma pedra rara n*um museo de mineralo-
gia. , . i
No sentido figurado, aísentar design» x
cousa que sorve de base ou fundamento a
outras: e collocar refere -■^'^ a disposição e
68
I
150
POR
pea
•«
boa ordem com que as cousas se dispõem.
Um orador assenta certas proposições que
são o fundamento do seu discurso, e col-
loca nelle os argumentos e ornatos do
modo mais vantajoso para conseguir o fim
que se propõe. A lógica de\e guiál-o no
modo de assentar as proposições funda-
mentaes ; a oratória dá-liie regras relati-
vas á ordem, com que deve collocar os
argumentos.
POR, preposição , (Fr. ant. por , do Lat.
per ; lir. peri, Sanscr. pari. Vem do (ir.
poros, transito; peraô, passar; pérasj íim,
termo; pêra, além. O radical de todos es-
tes termos per ou poré composto do Gr. poús,
Lat. peSf l'ersa pa, pé, o pé, e eo, Lat. eo,
ire, ir, andar; por isso todas asaccepções
desta partícula se referem á ideia de passa-
gem , transição , transposição , meio.) Os
grammaticos dão a esta, assim como ás ou-
tras preposições, um grande numei ode ac-
cepçôes, que á primeira vista parecem dif-
feientes, mas que todas provém da signifi-
cação radical, isto é, do espaço interposto
entre a pessoa ou agente e um termo, con-
siderado em si mesttio, ou como caminho ,
meio de atlingir o fim, termo, txemplos :
— mar, — terra, — um lado; — caminho di-
reito.— todo o reino. Entrar — uma rua,
— um rio, porto. « Sobre os rios que vão
— Babylonia. » Camões. A balia entroupe-
lo ( — o) muro, alravessouj passou a Iravéz.
A espada entrou — elle, atravessou. Deu uma
cutilada pelo rosto. Ir — alguim, em busca,
seguindo caminho por onde se esjtera ir en-
contrar a pessoa. Ir — dinheiro, busca-lo,
procurar obte-lo. K, fallando de tempo, —
um mez, aníio, espaço de. Pelos annos de,
nessa época, correndo esse anno ou alguns
dos immediatos. — outra parte, lugar; ^fig.)
lado, aspecto da questão. O — vir, tempo
futuro que ha de decorrer. Um — -uw, ca-
da um de per si. Eram vinte — íocf 05, nu-
mero coUectivo, como de corpcs postos no es-
paço em numero de vinte. Cada um — seu
turno, tomando o lugar do precedente. Dei-
xar — morto, esteudido como um cadáver.
Começar — , em primeiro lugar. — , deno-
tando motivo, causa, agente, meio. — me-
do, — essa razão, — falta, — isso, — ordem
ou mandado. — culpa. Foi condeiíonado —
uma pequena falta. — coramodidade.— cos-
tume. — por inteja, movido de. — força ou
— vontade ; — bem ou — mal. ^estas e ou-
tras phrazes semelhantes por denota inter-
posição. Kas seguintes marca o fim, objecto.
Pedir ou dar esmola — ou pelo amor de
Deus , ou — amor do próximo. — carecer ,
necessitar, precisar. — merecer , a fim de.
Mandar — embaixador, isto é, a fimdere-
governo. A obra ficou — acabar, não termi-»,
nada. Por (do L&t.pro), a favor, em bene-'
ficio. Saiu a sentença — nós. Pedir, inter-
ceder — alguém. — parte de. — Deus, —
quem sois, formulas adjuratorias. — , em
quanto, no tocante a. — mim. — , denotan-
do qualidade. Tenho-o — meu amigo, — i
honrado, douto, discreto. Tenho isso— cer-^^^
to, ou — duvidoso, considero como. — sá-
bio que seja, isto é, reputado, tido. — , de-
notando preço. Comprei — vinte moedas o
cavallo, a troco de, adquiri mediante a quan-
tia.—joremto, em recompensa. Repartir— -'^^^
entre, ». g. — os herdeiros Por forma mui-
tas locuções adverbiaese idiotismos, coma
mesma accepçào de espaço ou duração. — ^'^
cima, — baiio ; — dentro, — fora ; — aqui;"'
— ali. — onde. — diante, na face anterior.^"
— , avante. • — detrás. — pretexto. — ora,
até ao presente. — isso, por esse motivo, por
essa razão, causa. — ventura, talvez. — , co-
mo cousa venturosa. — nenhum modo, ca-
so. — acinte, acintemente. — pouco, — pe-
queno, — muito que seja. —que. — quan-
to, — tanto. V. estes termos compostos. —
ser pobre não deixa demostrar soberba, mo
obstante ser pobre. Morrer — morrer, idio-
tismo que exprime a comparação ou esco- ''
Iba de morte inevitável, v. g. morrer — mor-
rer, melhor é morrer combatendo que fu-
gindo, ou no cadafalso.
Os antigos distinguiam p6r depor, eussir
vam do primeiro no sentido transitivo, t>.''
g. per mar, per terra, e como ainda hoje
dizemos por meio ; e de porna accepção de
a favor, ou de causa agente, v. g. decla-
rar-se — '■ alguém ; — causa, motivo. E com-
binado com o artigo diziam pelo , pela , e
polo , pola , V. g. pelo campo, pela praia,
ao longe de , e polo rei, pola grei. Y. Pe-
la, Pelo, Polo.
Moraes reprova o uso de por em vez de
para, v. g. na locução : a inclinação pelas
letras, pelos sábios, e quer que digamos dí
letras, aos sábios, ou para as letras, os sa^
bios. É com effeito gallicismo inadraissivel.
Pour em Francez tem em muitas phrazes a
força de por, e de pare, e par é que equi-
vale a per Lat,, e por Portuguez.
PORÃO, s. m. (do Fr. ant. pWoM*, fundo,
ou do Aliem, raitm, porão, e sAí/f, em Sax.
schip, navio.) a parte a mais funda do in-
terior do navio onde vai o lastro e a carga,
PORBUS, (hist,) appellidado o Antigo, ex-
cellente pintor francez, nasceu em 1540, e
morreu em 1580.
PORBUS (Francisco), filho do precedente,
nasceu em 1570, morreu em 1622. Osseus
mais bellos quadros são : S. Francisco em
extasis ; Chrisío na cruz entre os dous la-
pieíeiítar o i-ei cu lepublica junto a outrodrõc*; eo retrato de Henrique IV.
t^a
POR
vm
Ki^
PORCA, *. f, {Lat. porca, fêmea do porco;
fig. rego, em razão do focinho aguaçado do
animal, com que fossa a terra. V. Porco, s.)
fêmea do porco. — do parafuso, (fig ) as ros-
cas delle. — , a peça em que as roscas ou pas-
sos do parafuso se embebem. — , páu do la-
gar que atravessa os dois malhaes. — do si-
no, a obra de madeira que está pegada ao
sino e serve para elle se poder dobrar. — da
atafona, peça que anda pregada na trave
delia, tem um ferrão onde anda o pião. — ,
nos engenhos de assucar, a peça onde an-
da a garganta do eixo grande, —s, (naut.)
paus grandes que atravessam o carro da po-
pa e vão acabar nos pés mancos.
PORCAÇO, s. m. augment. de porco.
FORCADA, s. f. (des. ãda.) vara de por-
cos ; (fig.) obra porca, achavascada.
PORCALHO, s. m. (ant.) V. Leitão.
PORCALHOTA, s. f. cíifniw«í. dc porcR. — ,
(ant.) leitôa.
poRCARi, (hist.) nobre romano, chefe de
uma conspiração contra Nicoláo V, queria
reduzir os papas ao poder espiritual e fa-
zer de Roma uma republica. Foi prezo em
em 1453, e euforcado com tídos seus cúm-
plices.
PORCARIA, s. f. {porco, des. ária.) cousa
porca, suja ; immundicie, sujidade ; (fig.)
obra achavascada, malfeita; acção vil. Co-
mer — s, iguarias nocivas, indigestas e no-
jentas. Dizer — s, obscenidades, cousas in-
decentes, torpezas, fallar de cousas sórdidas,
nojentas.
pORCARiço, s. m. (do Lat. porcarius, de
porco , e des. iço.) criador , guardador de
porcos.
PORÇÃO, s. f. (i at. porlio, onis, âepar-
tio, ire, repartir, dividir, separar.) parte de
algum todo. — de terra, de dinheiro, pitan-
ça, ração de communidade religiosa ; o in-
teresse que se faz ao capellão de capella ou
a ecclesiastico por algum serviço, officio.
Faxer — .
POBCELLANA , s. f. (do Ital. porccllana ,
nome da concha chamada rego de Vénus.
em razão da sua forma e da bellissima côr
de rosa e brilhante esmalte do fundo bran-
co; rad. Lat. porca, rego.) louça finissima,
e transparente, de um esmalte mui lustro-
so e indestructivel, composta de duas sortes
de argilla chamada pelos Chins ^a o /m e y/C-
íunxé, louça do Jaiião, da China, geralmen-
te chamada da índia, e a que em França,
AUemanha, etc, se faz á imitação delia. —
de 5evres, de Saionia, Berhn. Carallo ru-
ço— , azul rodado, que tem manchas ou re-
mendos claros entre os ruços
PORCHERON, (hist.) beucdictino fraucez ,
nasceu em 16ò2, e morreu em 1694. Dei-
xou uuui tradueçiM) à&s Jdoí^mat para a*^
educação de um mancebo, e mais algnmas
obras.
PORCIA, (hist.) filhada Catão de Utica, ca-
zou com Junio Bruto, e suicidou-se depois
da morte de seu marido, no anno 42 antes
de Jesu-Christo.
poRCio, (geogr.) pequeno paiz da Cham-
panha, ao jN. Lapiíai Cailcliu-i oicio.
poRCiONARio, s. m. (des. ário.) raçoeiro,
beneficiado, o que serve a igreja com renda
ecclesiastiea.
poRCioiSEiRAS, 5> f. ch»vetas quesemet-
tem nas duas rodas dianteiras do coche, em
cada uma a sua.
poRCiONisTA, s. m. (des. ista.) estudan-
te que paga pensão ao coUegio onde é edu-
cado ou onde assiste.
P0RCllJ^cuLA, s. f . [L&t. portiuncula, áí-
minut. de portio, porção.) festa em que ga-
nha jubileo o que visita os conventos de S.
Francisco , e ganha indulgências cada vez
que entra e faz oração.
PORCO. s. m. (Lat. porcus, Gr. porkos, de
peirô, furar, ou de phorvô, .ujar, ou de
perkos, negro. Court de bébehn diz que aper
é o radical Lat. de porcus Em Egjpc. pi
rir significa o porco, que creio composto de
ro, boca, e iaro, cova, fosso.) quadrúpede
cerdoso vulgar de focinho agudo com que
fossa em monturos e chiqueiros. Dá-se-lhe
o nome de porco depois de ter três annos;
antes desse tempo chamam-se bácoros, mar-
rãos, maranitos, farroupos, etc — monteZy
javali. — espinho, ouriço cacheiro. Peixe — ,
que tem o íociíiho como o do porco. — bran-
co, propina de 40(jO réis que pelo Natal se ;
dava aos ministros da mesa da consciência. — •
de dez cotados, nos foraes antigos, dez ce-
vados de bragal ou seis alqueires de trigo.
• — de um lenço, que valia l m bragal ou se-
te varas. — de três sésteiros, (ant.) é o mes-
mo que de dez covados. Todas estas deno-
minações figuradas vem do costume de dar
um porco de presente pelo Natal, ou um
equivalente.
PORCO, A, ttdj. sujo, immundo, r. ^.ho-
mem, vestido, casa, gente — . Obra — , mal
feita, achavascada ; (fig.) que faz as cousas
sem asseio. Palavras — s, grosseiramente obs-
cenas, torpes.
PORCO, (geogr.) cidade da Bohvia, a 9 lé-
guas ao SO. de i otosi; tem 20,000 habitantes.
PORCOS (ilha dos), (geogr.) grupo d'ilho-
tas ao sueste da bahia dos , Flamengos, oio '
Brazil, defronte da costa da provmcia do
Rio de Janeiro.
poRCLNA, (geogr.) 06w/co, cidade de Hií^ ,
panha, a 7 léguas ao O. de Jaen ; V,000
habitantes.
poRDAYANTE , (loc. adv.) [por a'avante)*
xuaeH .oizhiO- ■l.rawi 9d«8 ea (non Ç3ftfto^ xifa ^i oiá »
pc-p:
252
«i;
fim
pOR
POft
<\ />'y
PORDENONE, (geogr.) cidade do reino L&ea-*
bardo-Veiíèziano , a 1 1 leguasi ■■ ao SO.i - de
Udina ; 4,250 habitantes * - i •
'-rORDKNONE, (hist.) pintoF francez nasceu
em 1484, morreu em 1540. Dos seus qua-
dros o melhor é o que representa Saiito
Agostinho.
. POREA, 5. /. (do Fr. pwrt^e, fécula tirada
dos vegetaes farináceos por pressão.) po-
tagem feita com a fécula, v. ^.•»— ide ervi-
lhas. ■ > " •^" , -ilH^"
poRÉfc (o padre), (hist.) jesui^a francez,
nasceu cm 1075 morreu em 1741. Voltai-
re foi um dos seus discipulos. Compoz tra-
gedias latinas. Bruto, A morte da impera-
dor Maurício. > • ' i '' ;
POREJAR, «. a. {poro, des. ejar.) (p. us.)
verter pelos poros, v. g. — sangue.
PORÉM, adv. (do Lat. proinde, alterado em
por ende.) por isso, pelo que. « K — man-
damos. » Ord. Affons. >
PORÉM, çonjuncção restrictiva (do prece-
dente) mas, todavia.
SYN. Comp. Porem, mas. Confundem-se
muitas vezes estas duas conjuncções, sen-
do que se devem distinguir. Mas é çon-
juncção distinctivae adversativa, que acom-
panha a addicção de alguma circumstan-
cia, que se oppõe mais ou menos á pro-
posição já enunciada ; é muito a propósi-
to nos incisos. Eis aqui alguns exemplos
de seu uso: « Catharina não só disputa,
mas define ; não só argumenta, mas con-
clue ; não só impugna, mas vence.. . Du-
ros como as pedras, mas não convencidos
[Vieira, 111, 267, 282). »
Porem é çonjuncção restrictiva que se
contrapõe d'um membro da oração a ou-
tro, moderanda-o ou destruindo-o ; é mui-
to a propósito nos períodos. « Deos na lei
da graça derogou esta circumstancia de ri-
gor ; porem na lei natural tão fora esteve
de variar, que... Se deixámos de amar o
amigo ausente, não é culpa sua, é injusti-
ça nossa; porem se foi ingrato, não só
ficou indigno domais tibio amor, mas me-
recedor de todo o ódio (///, 321 e 372). »
Exemplos das duas conjuncções n'uma
mesma oração. « Que cada um se descesse
das opiniões que tinha estudado, muito foi ;
mas não foi tanto; porem que todos em
um acto tão publico não duvidassem de
tonfessar estes mesmos erros. . . aqui pára
a admiração. . . A algum que não Tha ac-
crescente poderá ser, mas um só ; porem
a quem lhe recebe ou a sua (fazenda) ou a
dos seus vassallos, não é justo, nem rei,
quem tal consente (/// 281 e 34^). »
Porem usa-rse também, como o vero, e
auUm dos Latinos, depois d'uma palavra.
« r^ão se diz poreni'\i nem se sabe quem
fpsseaj os auto^es. Haverá por«m . alguajf 'i
pohtico tão especulativo, elG. [111, 388 e--
3i0). » Mas não se diz nunca em casos? ?
similhantes, pois sempre começa o membro
ou inciso da oração.
PORENDE , adv. (dolLat. proinde.) (ant.(
por isso.
PORENTRUY, (geogr.) cidade da Suissa, a
14 léguas ao NO. de Berne; 3,000 habi-
tantes.
PORFIA, s. f. (V. Porfiar.) contsnda, lu-
ta; alteração obstinada. A* — com o mar.
• — em pedir, requesta. A' — , (loc. adv.) com ,
emulação, a qual melhor, em competiçãaj<f
ás invejas.
PORFIADAMENTE , adv. [mente suÊf.) com
porfia. .. :^. > , .- -
PORFIADO, A, p. p. de porfiar ; adj que
porfiou, em que houve porfia. — batalha ,
lucta. Homem — , que porfia, insiste. En-
genho — em decifrar um enigma. A — bor-
boleta.
PORFIAR, V. a. ou n. (do Fr. ant. pour^
forcer.) insistir aturadamente, v. g. — na
briga, na batalha, na questão, sobre algu-
ma cousa.
PÓRFIDO. V. Porphyro.
poRFiosissiMO, A, adj. superl. de porfio-
so, muito porfioso. Inimigo — .
poRFioso, A, adj. [porfia, des. oso) amigo >
de porfiar ; aturado. — canto. — s Iraba-*?.
lhos.
poR-MEio, loc. adv. e não s. m. como diz
Moraes, em duas partes iguaes; alternada-
mente.
SYN. Comp. Por meio, pelo meio. Nfo
primeira expressão considera-se a palavra
meio no sentido moral e figurado, na se-
gunda considera-se no sentido physico e
próprio. Alcançam-se graças por meio de
dinheiro, quer dizer, mediando, servindo
de meio o dinheiro. Partin-o, rasgon-o pelo
meio, quer, dizer de meio a meio, fazendo
duas metades. Com tudo, quando se determi-
na o meio porque a cousa se faz ou alcança, "
diz-se pelo meio. Alcançou-opc/o meio mais
indigno que dar se pôde.
PORNEYAK, (geogr,) cidade da índia ingle-
za, a 95 léguas aoJNO. deCalcutta ; 40,000 '
habitantes. o;
poRNic, (geogr.) cidade de França a 5 le-»b
guas ao SO. de Paimboeuf, 1,100 habitan^^
tes. '^í
PORNO, s. m. prego grosso com que se
pregam embarcações.
PORO, s. m. (do Gr. poros, transito, mea-
to) orificio imperceptível do corpo animal; (c
— s, pi. interstícios dos corpos.
' PORO, (hist.) príncipe indio, reinava na
parte E. de tiydaspe noanno 32? antes de
Jesu-Christo. Recuzou submetter-se a Ale-
xandre, perdeu a batalha de Hydaspe, foi
aprisionado e levado á presença do conquis-
tador, o qual lhe perguntou como queria
ser tratado : « Como rei » respondeu o pri-
sioneiro. Alexandre tocado pela nobreza da
resposta restituilho o reino e annexou-lhe
mais alguus districtos .
POROROCA, s. f. (t. Brasil.) W. Macatéo.
POROS, (geogr.) Sphairia, ilha do archi-
pelago, na costa da Morea ; 3,000 habitan-
tes. .''^'^•.■•
POROSIDADE, 8. f. (des. idarfí)' ^usílidade
porosa, V. g. a — dos corpos, dapelle.
POROSO, A, adj. (des. oso) que tem poros.
Corpos — s.
PORPAO. V. Prepao.
poRPHYRiSAçÃo, s. f. O acto de pisar re-
duzindo a pó subtil em geral de porphyro.
PORPHYRISAR, V. a. (pharm.) reduzir a pó
subtil em gral de porphyro.
PORPHYRO, s. m. (do Gr. porphyra, pur-
pura) pedra dura susceptível de receber um
bello polido, eque contêm crystaes de ou-
tras substancias. A ncais estimada é de cór
purpurina.
PORPHYRO, (hist.) philosopho neoplatoni-
00, cujo verdadeiro nome erà Malch ou iíal-
chus, nasceu no anno 233 de Jesu-Christo
em Tyro, estudou eloquência em Athenas
com o célebre Longino, e philosophia em
Roma com PIolino. Asprincipaes obras de
Porphyro são uma vida de PIolino, a vida
de Pythayoras.
PORPHYROGENETA, (hist.) Dava-se este no-
me aos filhos dos imperadores de Constan-
tinopla, ou porque eram recebidos em um
bocado de purpura no momento, em que
nasciam, ou porque as imperatrizes tinham
os seus partos n'um quarto forrado de pur-
pura. O mais conhecido com este noma é
o imperador Constantino Yll.
PORPÕEM, s.m. (do Fr. pourpoíni) (ant.)
gibão. ''MP *' ^' ''' ^' -^íH^""' "■
PORPORA, (hist) compositor italiano, nas-
ceu em 1685, morreu em 1767. Compoz50
operas. Chamavam-lhe o Paíriarc/ia da Har-
monia.
POR OUANTO, (loc. ady.) visto que.
PORQUE, (loc. adv.) (contracção de por a
qual causa) pela razão que, v.g. não pon-
de tomar o porto — o vento era contrario.
— , interrogativo, por qual causa, por qual
motivo. — não partistes? — não foges?
— , para que, a fim de, v.g. — possa me-
lhor certilicar-se.
PORQUE, substantivado, e m., motivo, cau-
sa, razão. Ferir sem — , sem motivo, sem
causa. Os — í, os motivos, as causas.
SYN. Comp. Porque, pois. Estas duas
vozes são synonymas quando se empregam
para expor a causa ou motivo d*uma asser-
VOL. IT.
ção ; por exemplo : Espero que meu filho
hade dar gosto a seus superiores, por^wé é
applicado e bera procedido ; e rião duvido
que fará fortuna, pois agora se fprimía o
mérito. A differença porem que parece achar7
se entre ellas é que, porque explica umà
illaçào mais certa, mais positiva; qúe hão
está sujeita a duvida ou probabilidade. Há
lama porque choveo ; isto é, a lama é uma
consequência certa da chuva, 'fe natural
que consiga o emprego que sollicità, poii
parece que tem bons padrinhos ; isto é, o
conseguir o emprego e consequensia pro-
vável da protecção dos padrinhos. Yoú dor-
mir um pouco, pois não creio que venha
meu amo antes da meia noute, porque sei
que está jogando. A tardança em vir é pro-^
vavel ; o jogo é certo. ..ah/jhhO'!
PORQUEIRA, s. f. [porco, des. eiVo) cãsa dS
porcos, pocilga : (fig.) cousa, acção porca,
baixa, vil, serdida. — , mulher que cria por-
cos.
PORQUEIRO, s. m [porco, des. eiró] cria-
dor ou guardador de porcos.
roRQUERizo. V. Porqueiro.
PORQUEROLLES, (geogr.) a mais occidental
das três ilhas Hieres ; conta 100 habitan-
tes. vJf^yV •>'• V .í^-.-.; >>!•.«;
PORQUETE, s. th- diminui, de pòí"CÒi — ,
(naut.) páo que forma uma cruz debaixo da
ponta do codaste alem do outra que fortaia
o gio. .' "' ' !'"
poRQuiDADE, s.f. porcariá ; ■ ó? sei lioréò*,^
sujo, mal asseiado. * " •?
PORQUINHA, s. m. diminuí, de pOíca^ bá-'
cora. — de Santo Antão, inséétò 'vul-
gar. ; ■ -''i. '■■'■r--
PORQUINHO, s. wi. diminuí, depofco, bá-^
coro. — , molho de linho em rama. '' *^^
PORQUINHO, A, aij. diminuí, de' borco,'
sujinho. • ; . -Hlovrí.Lr -..(Mv.
PORRA, s. f. [do LSit. pòrriim' 6^' pòfnls,
alho) (ant.) cacheira, clava com a extrernida-
de globosa ou guarnecida de ferro. Andavam'
ás — s. Hoje termo obsceno, o membro vi-
ril. '■ / '■ , --^'^^^^ ;'• ^
PORRACEO, A, 'á)ÍS^^. {iM: pàtrj^eéUi^^ eotãé,
alhos porros, mui verde. ■""■ '* ''^''^'''"'*, ^*'^
poRRAço, s. m. [porra, déi'^ a^ó) pot^&à^^
cacheirada. Dar de — s. ' '
PORRADA, s f, [porra, des ada] pancada
com cacheira, cachaporra ou clava, v. g. dar^
levar — s. Uma — de vinho, (fig. e chulo)
uma boa vez de vinho que tolde efatjacaír
de bêbado. De — , (loc. adv.) de pancada, de
repente, de um golpe. _ -'
PORRADA, s.f. (porro, des". aííó) (ant.) gui-
sado de alhos porros .tnfvr! < -f •.
PORRAL, s. m. [porro, des. CbllèCt. Vk//àgfo
de porros. ■ : '
poRRÂo, «. m. vaso de barro,*' bojudo, de
('■-■IM'f;
64
POR ■ ^-'!^Sá
gargalo estreito e longo, para ter agua ou ga -
rabas. Alambique de tantos porrões.
PORRAZO, V. Porraço.
PORREGKR, V. A. (Lat. porHgo, ere) (ant.)
y. Offerecer.
, PORRERAS, (geogr.) cidade da ilha Maior-
ca ; 3,90i) habitantes.
PORRETA, s. m. (dim. de porra, cacheira
(fig. e chulo) homem curto de intelligencia,
sem préstimo.
PORRETA, s, f. diminnt. de porro, folhas
de porro; guisado de alhos porros.
PORRETADA, s. f. [porrtta, des. ada) gol-
pe com porreta ou cassete.
PORRETE, s. m, diminut. de porra, cace-
te.
PORRINHA. s. f, diminut. de porra, termo
>. obsceno.
PORRO, s. m. (Lat. porrus^ do Gr. poros,
callo, bulbo, duro) espécie de alho vulgar,
verde, de sabor insulso. Alhos —s, como
adj. — , (cirurg.) excrescência callosa, dura,
condyloma.
PORRUDOSOURIO-DE-SÃO-LOURENÇO, (geOg.)
rio da província de Mato-Grosso, no Brazil,
na comarca de Cuiabá.
porselana. V. Porcelana.
PORSENNA, (hist.) lars (isto é rei), deClu-
sío na ií-truria, fez guerra a Roma em 508,
debaixo do pretexto de restabelecer Tarqui-
nio, tomou Roma mas não entregou a co-
roa a este príncipe ; foi vencido por Aricio,
e pouco depois ficou sem a cidade que ha-
via tomado.
PORSEVE. V. Perseve.
PORSON, (hist.) hellenista inglez, nasceu
am 1759, morreu em 1808. Publicou obras
que o collocam no primeiro gráo como cri-
tico ; entre ellas : Notas sobre Aristophanes,
sobre Hesychio, etc.
PORSOVEJO. V. Persevejo.
PORSuiVAN, obsol. (Do Fr. poursuivant.)
V. Passavante.
PORTA, s. j. (Lat. porta, que creio deri-
vado de aperta, p. p. f. de aperior, iri,
' abrir.) Estrictamente significa abertura para
dar entrada e sabida em cidade, edifício ,
templo, casa, etc, que de ordinário se abre
e fecha por meio de peças planas de madeira,
de ferro, bronze, etc , que se volvem sobre
gonzos e dobradiças. As portas constam de
muitas peças cujos nomes se acharão nos
seus lugares, v. g. verga, lumiar ou limiar,
soleira, couceira, batente, gonzos, dobradi-
ças, etc. — , (fig.) lugar que dá entra la e
saída, v.g. as — s do estreito ; Ceuta, — do
commercio do Levante. — , entrada, admis-
são, V. g. abrir a — , dar entrada, deixar
entrar. Abrira — a abusos, facilitar ain-
troducfão d'elle$. Neyar a — a requerente,
vko oadmiuir, nio lhe dar audiência. Bater,
POR
á — , fazer soar a aldraba ; (fig.) ir sollicitar
alguém. — cocheira, de carro, de quinta,
portão, porta grande, larga. — travessa ou
falsa, porta pequena em lugar pouco ap-
parente para entrar esaír occuUamente. —
trazeira, na parte posterior da casa mais
pequena e menos apparente que a principal;
(fig.) meio illicito, fraudulento. Ganhar pela
— trazeira, lucros indevidos. — trazeira,
(chulo) o cu. — de traição, postigo em pra-
ças fortificadas por onde se sáe e entra sem
ser visto do inimigo. — levadiça nu de al-
çapão, que solevanta e abaixa. Atirar com
a — , dar com a — na cara, ou nos nari^
zes, fecha-la de golpe por desfeita a quem'
quer entrar ou pede ser admittido. Á — ,
(loc. adv.) perto, próximo ; a ponto de entrar,
V, g. o inimigo está á — ou ás portas Os
Homanos tinham o Tibre á — , e ainda assim
trouxeram de longe a Roma a agua por aque-
ductos. Barreiros. O inverno está á — , pró-
ximo. Andar de — em — , sollicitando os
moradores. Andar por — s, mendigar. Pòr
alguém por — s, reduzi-lo a pedir esmola.
Uma — se me fecha outra se me abre, (fig.)
falha um meio, um recurso, e offercce-se
outro. A outra — que esta não se abre,
(loc. famil.) procure outro recurso, vá im-,
piorar outra pessoa. Das — s a dentro, n<^
interior da casa, da família. Tomar as — s,
apoderar-se d'ellas, não deixando entrar
nem sair. Estar ás — s da morte, moribun-
do. A — do inferno, no poder do demónio,
das potencias infernaes. — cerrada, (fig.)
pessoa mui discreta ou incorruptível, que
não dá ouvidos a seducções, «De — cerrada
o demo se guarda, » não se atreve a tentar.
Deixar, dar, doar — cerrada ou çarrada,
(loc. joc. ant.) de significação duvidosa. Mo-
raes crê que ê o mesmo que camera cerra-
da, defesa, na Ord.. liv. IV, tit. 47, e diz que
era doação de tudo o que estava de portas a
dentro, e que podia ser immodica. Veia — ,
/'anat.) veia principal que entra no figa-
do.
PORTA, prefixo (do Fr. porte, leva, do ver-
bo porter, levar) que leva.
PORTA, /"geogr.) villa da Córsega a 8 lé-
guas ao SO. de Bastia ; tem 285 habitan-
tes.
PORTA, (hist.) physico napolitano, nasceu
em Nápoles no anno de 151í0, morreu em
1615. As suas principaes obras são : MagioB
naturalis libri XX. De humana physiogno^
minia ; De munitione Libri IH. etc.
PORTA OU SURLIMK PORTA, (hlst.) nomC of-
ficial, que os ottomanos dão á corle do sul-
tão. A origem deste nome é ter Mostasem,
o ultimo dos califas abassydes, mandado mar-
chetar no limiar da porta do seu palácio em
Bagdad, um pedaço do célebre mármore pre-
POÍl
í^oá
S55
to, que os musulmanos adoram no templo
de Meca, esta Porta tão venerável tornou-se
^ Porta por excellencia.
, , PORTA-BANDEiRA, s. 1». O soldado que Icva
a bandeira.
PORTA-ESPADAS, (hist.) Ensifivi em htim,
Schwertbruder em allemão, ordem militar
e religioza fundada em 1202 por Alberto
Apoldern, bispo de Livonia, para consquis-
lar os paizes habitados pelos pagãos. Esta
ordem parecia-se muito com a do Templo
e teve primeiramente o nome de ordem dos
Irmãos da milicia de Christo.
PORTACLAViNA, s. f. peça de coiro onde
o soldado de cavallaria suspende a clavi-
na.
.' PORTACOLLO, s. 1». pasta que os rapazes
íevam á escola, posta a tiracollo; pasta de
papeis ou postillas ; livro que o moço de fei-
tos leva aos letrados para estes assignarem
o dia em que receberam os autos do escrivão,
livro de notas. V. Protocollo.
PORTACRAViNA. V. PortacJavina,
* PORTADA, s. f porta de edifício com orna-
dos. As — s da casa. Vieira. -- de cortinas,
duas oernas com uma sanefa para armação
de porta.
PORTADO, s. m. portal.
PORTADO. V. Aportado.
PORTADOR, A, s. (do Lat. porto, are, levar)
pessoa que leva carta, recado, carga ouen-
commenda. — de letra, o que a apresenta
para receber o importe.
PORTAFRASCO, s. w. correia de que se leva
pendente o polvorinho.
PORTAGEIRO, s. m. (des. eiró) arrecadador
de portagem.
PORTAGEM, s. f. [áoLsii. porto, are, levar)
tributo sobre cargas de géneros da terra tra-
zidos á cidade para seu consumo ; o lugar
onde este imposto se arrecada,
PORTAL, s. m. [porta, des. ai) frontispício
de edifício onde está a porta ; (ant.) entrada
para algum lugar.
PORTAL, (hist.) medico francez, nasceu em
1742, morreu em 1832. Publicou muitas
obras, a melhor é a Historia da anatomia
e da cirurgia.
poRTA-LApis, s. m. caixinha ou estojo para
metter o lápis : perna do compasso onde se
encaixa o lápis para marcar as figuras traça-
das pelo instrumento.
portalecer, V. n. (ant.) V. Aportar.
PORTALEGRE , (geogf.) cidadc episcopal ,
uma dos três administrações geraes do
Alemtejo e das 17 do reino , 30 léguas a
E. de Lisboa, r>,720 habitantes.
PORTALis, (hist.) escriptor francez, nasceu
em 1745, morreu em 1807, foi nomeado
em 1802 ministro dos negócios ecclesiasti-
oos. Deixou um tractado muito estimado so-
bre ouso èoabu^ò doe3pijç[tj^(P¥lp80phico
durante o século XVITI. "''^ ' * '']' ,
PORTALÓ, s. m. (naut.) lugar em cada am
dos bordo^ do navio onde se fixa a escada por
onde sobe quem embarca. , ,-,
poRTA-MACHADo, s. wi. soldadó quc íeya
machado para abrir caminho, derribar por-
tas, etc.
PORTA-MATÍTÓ, s.m. É gallicísmo moder-
no escusado e impróprio, porque manto, em
Fr. manteau, capote, não é termo portuguez.
V. Mala, Maleta.
PORTA-NOTAS, s. m. (t. comico) novellei-
ro.
PORTANTE, adj. dos'^g. (do Fr. portant,
do Lat. portare, levar) (naut.) Ancoras — *,
pendentes no fundo da agua, ainda não cra-
vadas.
PORTANTO, adv. por conseguinte, por essa
razão. V. Tanto.
PORTÃO, s. m. augment. deporta, porta
grande de quinta, de edifício.
PORTA-PAZ, s. m. peça cora uma cruz,
que se dá a beijar era certas missas.
PORTA-PENAS, adj. dos2q. (porta e penas)
que traz comsigo penas. O amor — . Diniz,
Só usado na poesia.
PORTAR, V. n. fporío, ardes. inf.) (ant:)
aportar, tomar porto. — , puxar por, arras-
tar. — o navio pela ancora, pelas amar-
ras, tirar por ellas quando arfa muito.
PORTARIA, s. f. (des. ária) porta de con-
vento de frades ou freiras, e o portal junto a
ella.
PORTARIA, s. f. {porteiro, des. ia) oíficio,
execução feita por porteiro ; tributo antigo
pago para manter porteiro próprio ; manda-
do assignado pelo juiz e dado ao porteiro
para o executar. — , letras patentes que dão
os capitães generaes ou governadores, e mi-
nistros de estado, com despachos, passaporr^
tes. i
PORTA-THTRSO, adj. m. (poes.) que traz
o thyrso por insígnia, v. g. Baccho — . Di-
niz.
PORTAS DE FERRO, (geogr.) nomedomul-
tos desfiladeiros, o mais notável é ura na
cordilheira do Balkan, entre os limites da
Hungria e da Turquia.
PORTÁTIL, adj. dos 2 7. (do Lat. por íar«.
levar), que se pode levar facilmente , por
ter pouco peso ou volume, «. gf. livro, ócu-
lo, escada — . — que se pôde transportar,
não fixo, V. q. theatro, altar— . que se
pôde desmanchar pêra o armar em outro
lugar.
poRTAiiNHA, 8. f. diminut. de porta, pe-
quena porta.
PORTE, s. m. (Fr. port, de porter, levar,
Lat. porto, are, levar), carreto ; frete do
carreto, v.g. — da nao, capacidade, oqoe
64 . _:-
m »"«
ella pode contçr de carga, o bojo. — (fig.)
modo de proceder, ,dp se portar, compor-
lapaento.
^'pôRTE, s. m. (de importar), importância,
"^.^g. cousa, homem de — .
PORTEIRA, s. f. (des. eira), mulher que
lém as chaves de convento de religiosas. —
passagem com cancella ; cancella de cer-
cados para pastos,
PORTEIRO, s m. {porta, des. eiró) , ho-
ínem que guarda a porta e tem as chaves
de convento ; guarda-portão de palácio ,
tribunal , que falia a quem quer entrar ;
pregoeiro de leilões e almoedas judiciaes.
—s régios, — dos bispos ou dos senhores
ierrítoriaes, meirinhos, oííiciaes que faziam
citações e execuções. O — divino, (fig.)> o
papa.
PORTEL, (geogr.) villa de Portugal, edi-
ficada n'uma altura contigua ao rio Ode-
gebe ou. Degebe; 1,770 habitantes.
'pORTEL, (geogr.) aldeia da província do
Pará, no Brazil , na margem oriental da
làgòa Anapú. ;' ,y '
PORTELLA, s. f. diminut, de porta, t^ot-
ífil:'().g. — da estrada, porta que dá na
estrada.
PORTELLO, s. m. dimmut. de porta, en-
fada, passo: v.g. — do galeão ^ o lugar
por onde se entra nelle.
pORTENDic, (geogr.) porto da costa ao
O. de Africa, e a 57 léguas ao N. de S.
'■ PORTENTO, s. m. (Lat. portentum, de por-
tendo, ere, presagiar), iprodigio, presagio ;
cousa extraordiíiaria , maravilhosa, mons-
truosa.
' PORTENTOSAMENTE, ttdv. {mente suff.) de
Maneira portentosa, maravilliosa.
PORTENTOSO, A, adj . (des. oso), em que
há portento, maravilhoso, monstruoso, que
pfesagia.
poRTici, (geogr.) cidade do reino de Na-
j^òles, ao pé do Vesúvio, a 2 léguas ao
SE. de Nápoles; e conta 5.500 habitan-
tes.
■'t»t)RTico, s. m. (pron. pórtico : Lat. porti-
dús). portal de edifício nobre, de ordinário
com alpendre; edifício nobre, arcadas. í?.^.
O — de Zenão, a eschola stoica.
íORTico, (hist.) nome dado á escola de
Zenon, porque os discípulos deste philoso-
phos faziam as suas reuniões no Píecilo, ce-
lebre pórtico d'Athenas.
PORTiLHÃo, s.m. augment. deporta, (p.
us.) abertura, brecha, quebrada em muro
de praça forte.
- PORTiLHO, s. m. diminut. de porta, aber-
tura, brecha pequena no muro, na pare-
de, ou no entrincheiramento para darpas-
sagem:^^ • •^- "'"'^•'^ '
m
i, de roriugal, situada a 1 milha da di-
PORl
villa,
reita do rio do mesmo nome , no sitio da
antiga Portus Hannibalis , no Algarve, 8
léguas a 0. de Faro e 2 e meia a E. de
Lagos. ... .rf ; j^;
voRTmE/i,s.'f. diminut. de porta, por-
ta pequena.
PORTINHOLA, 5. /". {portlnha, des. ola dim.)
portinha dobradiça, v.g. — de coche, li-
teira, de canhonheira das naus ; — d'arcat
tampa.
PORTLAND, (geogr.) cidade dos Estados
Unidos, capital do Estado do Maiad ; sobre
a bahia de Casco; e tem 15,000 habitan-
tes.
PORTLAND, (geogr.) pequena ilha de In-
glaterra, a légua emeiadeWeymouth; tem
2,000 habitantes.
PORTO, s.m. (Lat. jooríws. Da mesma ori-
gem que Porta), aberta na costa que admit-
te a entrada de navios e os abriga dos tem-
poraes. v. g. — de mar, em que entra o mar ;
— de rio, na borda delle. Surgir em — ,
dar fundo nelle ; (fíg.) estar em seguro, a
salvo. Fechar ou serrar os — 5, não admit-
tir nelles navios, v. g, Napoleão obrigou
todas as potencias continenlaes a fecharem
os — s aos Inglezes. Tomar ou cerrar to^
dos os — s, (fíg.) atalhar, tirar todos os re-
cursos. Perecer no — , (fíg.) , succumbir
quando pareciam vencidos todos os riscos,
depois de ter escapado a tormentas, a pe-
rigos. — , passo estreito entre montanhas ,
aberta em mato cerrado, ex. « Em toda
esta serrania não ha mais que dois — s. »
Barros. — s seccos, entradas por terra, en-
trada de géneros por terra. — s molhados^
entrada por mar ou rio. Alfandegas dos — s
seccos, ou molhados, onde se pagam os di-
reitos.
PORTO, (geogr.) cidade episcopal, a se-
gunda da monarchia era população, com-
mercio, riqueza, industria, bellesa e edifí-
cios e ruas e em civilisação ; sele de um
dos 17 districtos administrativos do conti-
nente do reino, da3.^ divisão militar e de
um dos tribunaes da relação do reino ; está si-
tuado na margem direita do rio Douro , cuja
foz se acha distante delia quasiutna légua,
conta 75,000 habitantes.
PORTO, (geogr.) pequena villa da ilha de
Santa Maria, capital da mesma , e cabeça
de um concelho. Está situada em terreno
quasi plano sobre uma ladeira á beiramar,
voltada ao SO. e quasi a igual distancia das
duas pontas da ilha, 4,810 habitantes.
PORTO-ALEGRE, (geogr.) cidade mercantil,
capital da província de S. Pedro do Rio
Grande, no Brazil, com 6;000 habitantes.
PORto-alegrí:, (geogr.) pequena villa ma-
j^itima da proviapia da Bahia, no Brazil, na
comarca de Caravellas. á foz do rio Mucu-
pi, 38 léguas susudoeste de Porto Seguro ,
e 128 da cidade da Bahia.
PORTO-ALEGRE, (geogr J villa antiga e mal
povoada da província do Rio Grande do
ríorte, na serra chamada do Regente, no
Brazil, conhecida actualmente com o mes-
mo nome da villa, 55 léguas a OE. da ci-
dade do Natal, a 20 da costa do norte da
provincia, e 3 arredada da margem es-
querda do Appodi.
poRTO-BELLO, (geogr.) pequena villa da
provincia de Santa-Catharina, no Brazil, na
comarca do Norte.
PjFORTO-CALvo, primivamente bos-succes-
so, (geogr.) villa da provincia das Alagoas,
no Brazil, na comarca de Maçayó, a 6 lé-
guas do mar á beira do rio Manguape.
roRTO-CARREiRO , (gcogr.) povoação de
Portugal , no concelho de Penafiel, 1 ,400
habitantes.
PORTO Da CRUZ , (geogr.) aldeia da ilha
da Madeira , pertencente ao concelho de
Sant'Anna, 3,051 habitantes.
PORTO DA FOLHA, (geogr.) uova vilIa e an-
tiga povoação da provincia de Sergipe, no
Brazil, na comarca de Villa Nova de Santo
António. .
PORTO DA GUARDA, (geogr.) pequeuo por-
to da provincia de Santa Catharina , no
Brazil, sobre o rio Tubarão.
PORTO-DAS-MANGUEIRAS, (geogr.) peque-
no porto da provincia do Rio de Janeiro ,
no Brazil, no termo da freguezia d'Inhaú-
ma, no fundo da bahia Nitherôhi.
PORTO-DAS-PEDRAS, (gcogr ) villa da pro-
. vincia das Alagoas, no Brazil, na comarca
de Maçaye, na margem esquerda e perlo
da foz do rio Manguape, que divide o seu
districto do da villa de Porto-Calvo.
PORTO DE Moz, (geogr.) antiquíssima villa
de Portugal, situada a 1 légua ao S. da Ba-
talha, a 3 de Leiria, a cujo districto perten-
ce, e assentada n'uma encosta da serra de
Minde : contém 3,100 habitantes.
PORTO-DE-Moz, pequeua villa da provin-
cia do Pará, no Brazil, na margem direi-
ta do no Xingú, 4 léguas acima de sua
juncção com o Amazonas, e 102 a OE. da
cidade de Belém. ,.-.,^,;., . ^ , .
poRTO-DO-CAPiiÃo, (geogr.) porto dò rio
Magé, no Brazil, na confluência do ribeiro
chamado Rio do Capitão, na provincia do
Rio de*Janeiro.
PORTO FAMOSO, (geogr.) aldeia grande da
ilha de S. Miguel , duas milhas a O, da
Maia, e uma légua a L. da Ribeira Gran-
de, á beira-mar.
poRTO-FELiz, (geogr.) pequena villa mer-
cantil do sertão da provincia de S. Paulo,
YOL. |y.
POÍOf
S57
24 léguas ao poente da cidade deste nome,
no Brazíí.
PORTO- IMPERIAL, (gBOgp.) villa da provin-
cia de Goiáz, no Brazil, na margem direi-
ta do rio dos Tocantins, 3 léguas aoS.da
povoação de Pontal, sobre a estrada do nor-
te, e 150 loguas pouco mais ou menos ao
norte da cidade de Goiáz.
PORTO iNGLEZ, (geogr.) aldeia da ilha do
Maio, que é a cabeça do concelho do mes-
mo nome e do respectivo julgado ; 745 ha-
bitantes.
PORTO JUDEU, (geogr.) aldeia grande da
ilha Terceira, situada á beiramar, a L. de
Angra, duas léguas de caminho, em terre-
no elevado.
PORTO DK MONIZ, (geogr.) villa da ilha da
Madeira, com 3,000 habitantes.
PORTO DE SANTA MARIA, fgeogr.) chama-
se-lhe também simplesmente povoação, pos-
to que aquelle seja o nome que lhe deu a
piedade dos habitantes, quando a poz de-
baixo da protecção da Mãi de Deus. Conta
789 habitantes
PORTO DE SAL REI, (geogf.) principal al-
deia da ilha da Boa Vista, conta 866 ha-^
bitanles.
PORTO SANTO (Ilha de), (geogr.) uma das
do archipelago da Madeira , dista do Fun-
chal, 14 léguas, 3,'tOO habitantes. E' no-
tável esta ilha na historia, por ser a pri-»
meira descuberta dos portuguezes , aquella
por onde começaram a longa serie de proe-
zas que espantou o mundo , e veio fazer
uma revolução radical no seu systema com-
mercial ; por ser a primeira colónia que
estabeleceram no Ultramar; e finalmente
por ter sido a residência de Christovão Co-
lombo, que, quando andava servindo na
nossa marinha, e meditava talvez a descu-
berta do Novo Mundo, nella casou com uma
portugueza.
PORTO SANTO , (gcogr.) villa capital da
ilha e concelho do mesmo nome.
PORTO-SEGURO, (geogr.) villa marítima da
provincia da Bahia, cabeça da comarca do
seu nome, no Brazil.
PORTO DO príncipe, (gBogr ) capital da
ilha do Haiti e do districto do Oeste, no
fim da bahia de Porto do Principe ; 28,000
habitantes.
porto-bourbon, (geogr.) cidade da ilha
de França, na costa SE.
PORTO-CASTRIES OU CARENAGE , (gCOgF.)
capital da ilha, de Santa Luzia, na costa ao
NO ; 4,300 habitantes.
PORTO-CROZ, (geogr.) uma das ilhas Hye-J
res, a 9 léguas ao S. de Toulon,
1'ORTO DE HISPANHA OU SPANISH-TOUN,(geO-
gr.) capital da ilha da Trindade, sobre o
golpho de Paria ; conta 10,000 habitantes.
^ 65
POft
PÒ*
'''^dÍRTO-GLASGOW OU NEWPORT-GLASGOW ,
(geogr.) cidade de Escossia, sobre o Clyde,
a 5 léguas ONO. de Rentrew, 0,000 habi-
tantes. V^f^^^fl} ^^^^:^^ f^'; ^'?'"''/^''í'"
PORTO -JAcksoN, ^èogr.) Dabíà ria còsfa
to O. da Nova Hoílanda.
' PORTO LUIZ ou PORTO nord'oeste, (geogr.)
capital da iíha de França, 25,000 habitan-
~ iPÒRT^ò-MAURicro, (gêô|fr^) ' cídadc dos Es-
tados Sardos, a légua e meia NE. de Nice ;
6,000 habitantes.
' PORTo-ERCOLE, (geogr.) Herculis Cosani
PortuSf cidade da Toscana, a 25 léguas SE.
"de Sienna, perto da antiga Cota.
PORTO-FERRAJO, (geogr.) Capital da ilha
ne Elba, na costa NO., pertence á Toscana,
e conta 3,100 habitantes.
PORTO-L^NGONE, (geogr.) cidade da ilha
tie l-lba, na costa K., a 2 léguas SE., de
Porto-Ferrajo ; 1,600 habitantes.
PORTO-NOVO ou MAÍIMOND-HENDER, (geOgr.)
«cidade da índia ingleza, a 13 léguas ao S. de
Pondichery.
PORTO-Rico, (geogr.) uma dos Grandes An-
tilhas hispanholas, a menos considerável o
mais oriental; 300,000 habitantes. Capital
'S. João.
PORTO-vECCnio, (geogr.) cidade da ilha
de Córsega, a 6 léguas E. de Sartane ; 1,500
habitantes.
PORT-PATRICK, (geogF.) cidadc d'EscossÍ8,
a meia légua 1^0. de Wigton ; 2,000 ha-
bitantes. '
PORTo-'R'E'A't, (geogr.) cidade e porto da
ilha da Jamaica, a 2 léguas ao 80. de Kings-
ton ; 200 casas.
PORTO DE SAISCTA MARIA, (geOgP.) PuevtO
de Sancta Maria em hispanhol , Portus
Mcncsthci dos antigos, cidade dTlispanha,
a 3 léguas N; . deCadiz; l'/,600 habitan-
tes.
PORTO-SANCTA-MARiA, (geogr.) cidado de
França, a^ léguas NO. d'Agen ; 3,016 ha-
bitantes.
pORtò-sOBRE o saÒne , (geogr.) Portus
Abucini, cidade de França, a 3 léguas NE.
de Vesoul ; ii,070 habitantes.
; PORTSMOUTH, (geogr.) Portus Adurnos ,
cidade o porto d'lnglaterra, a 25 léguas
00 SO de Londres ; 53,000 habitan-
tes
PORTSMODTJi, (geogr.) muitas cidades dos
Estados Unidos teem este nome ; a princi-
pal é no Lstado de New-Hampshire ; a 15
léguas ao SR. de Concord ; 8,000 habitan-
te*.
PORTicnAR. V. Perluchar.
PORTUCHAS. \. Pertuchas.
PORTuçHos, V. Pertuchos.
PORTUbAL , (geogr.) cidade do Senegal ,
tio reino do Baol, a 9 léguas ao SE. d«
Gerea.
PORTUENSE , adj, e s. dos 2 g. natural
da cidade do Porto, pertencente ao Porto.
V. g. Bispo — .Os — 5, naturaes do Porto.
PORTUGAL , (geogr.) Portuealc em Latim
moderno, Lusitânia dos antigos, um dos
estados da Luropa oocidenlal. Occupa qua-
si toda a parte Occidental da península ibé-
rica ; a sua posição geographica é entre 36°
e 56' e 42° e7'delat. N., eentreS» e46»,
e 11*^ e 51' de longit. 0. Tem por limite»
ao N. e E o reino de Hispanh», aoS. eO.
o Oceano; o seu maior comprimento desde
Chaviaes junto a Melgaço até ao Cabo de S.
Maria no Algarve é de 10) léguas, a sua
maior largura de Nascente a Poente desde
Campo Maior até ao Cabo da Roca óde44
léguas. A superfície é de 3,150 léguas
quadradas. A população é no continente
3:112,500; nas ilhas adjacentes 330,500;
nas possessões na Ásia, Africa, e Oceania
1:3111,640 habitantes.
A capital ó a cidade de Lisboa, assenta-
da em 7 montes, sobre o Tejo, mui popu-
losa, outr*ora rica, e o melhor porto de mar
que ha. Compreende este reino, além do con-
tinente as ilhas, chamadas adjacentes, que são
as dos Açores, e as da Madeira e Porto Santo,
e varias colónias na Africa, Ásia e Oceania,
que formam os governos de Cabo-Verde,
Cacheu e Bissau, Angola, Benguella, parte
de Congo, S. Thomé e Príncipe, etc; Mo-
çambique e suas dependências; Gôaesuas
dependências ; Macau e possessões na Ocea-
nia.
DIVISÕES DO REINO lE PORTUGAL.
A maior parte de Portugal continental fa-
zia parte da antiga Lusitânia, occupada por
diversos povos, estabelecidos em limitados
districtos formando pequenas republicas.
Segundo alguns autores a Lusitânia di-
vidia-se era 4 grandes províncias ou divi-
sões habitadas pelos Lusiíanoí, Vetões, Cel-
tas, Turdulos e Turdetanos, e Cuneos e Cy-
netas. Formado o reino de Portugal, a divi-
são mais geral tem sido a de províncias, cu-
jo numero tem variado em diíTerentes épo-
cas As actuaes províncias, em que se di-
vide o reino e suas capitães, são as seguin-
tes.
Prorsincitis.
Traz os Montes
Minho.
Beira Alta.
Capitães.
Villa-Real.
Porto.
^Vizeu.
POR
no <
POR
159
Beira Baixa.
Estremadura.
Alemtejo.
Algarve.
Castello-Branco.
Lisboa.
Évora.
Faro.
/ Divisão Ecclesiastica.
No sentido ecclesiastico divide-se o reino
em 4 Províncias, cujas capitães ou Metró-
poles são Lisboa, Braga, Évora, e Gôa; es-
tas se dividem em Dioceses, e estas em Pa-
rochias ou Freguezias. Os chefes das Pro-
víncias teem a dignidade archiepiscopal ; o
de Lisboa tem além disso a de Pairiarcha
e Cardeal , | o de Braga a de Primaz das
Hispanhas , e o de Gôa a de Primaz do
Oriente; os chefes das Dioceses sslO Bispos
suffraganeos ; e odas Freguezias Parochos,
e se denominam i466acíe5, Priores, Reitores,
Vigarias, Curas, segundo a origem das suas
igrejas. O mappa das Dioceses, que com-
preendem as 4 Provincias, é o seguinte.
Provinda Bracharense,
Braga, Metrópole.
Porto.
Aveiro.
Coimbra.
Vizeu.
Pinhel.
Bragança.
Provinda Lisbonense.
Lisboa, Metrópole.
Leiria.
Lamego.
Guarda.
Castello Branco.
Portalegre.
Angra.
Funchal.
Angola.
Cabo-Verde.
Provinda Eborense.
Évora, Metrópole. Beja.
Elvas. Algarve.
Prodncia de Goa.
Goa. Nankim.
Cochim. Pekin.
Malacca. Cangranor.
Macáo. Meliapor.
O numero das Parochias no continente e
ilhas adjacentes é 3971.
11^ Divisão Administrativa.
No Continente e ilhas adjacentes divide-
se o reino era 21 Districtos administrativos^
e estes em 420 Concelhos, cada um dos quaes
se divide em Freguezias. Lisboa divide-se
em 4 bairros e o Porto em 3. Cada districlo
é regido por um Governador Civil com um
Secretario Geral; ha além disso na capital
de cada dislricto uma Junta Geral de Dit-
íricto, composta em Lisboa de í7 Procura-
dores, no Porto de 15, enos mais districlo»
de 13, eleitos pelas camarás e concelhos mu-
nicipaes ; e um Conselho de Distrieto, com-
posto de 4 Vogaes, e 4 subítitulos, e presi-
dido pelo Governador Civil. Cada concelho
(ou bairro em Lisboa e Porto) é regido por
um Aministrador ; na capital de cada con-
celho ha uma Camará Municipal, composta
em Lisboa de 12 vereadores, no Porto de 11
enos mais de5a7; junto acamara ha utn
Conselho Municipal, composto de tantos vo-
gaes quantos são os Vereadores, e tudo de
eleição popular. Em cada freguezia ha um
Regedor de Parochia, que tem ás suas or-
dens Cabos de policia ; ha alem disso uma
Janta de Parochia, presidida pelo Parocho,
e composta de 2 a 4 vogaes, 1 escrivão e 1
ihesoureiro.
Os distiictos administrativos, tomam os
nomes das suas capitães e são os seguin-
tes.
Vianna.
Lisboa.
Braga.
Porto.
ViUa Beal.
Santarém.
Portalegre.
Évora.
Bragança.
Aveiro.
Beja.
Faro.
Coimbra.
Vizeu.
Guarda.
Ponta Delgada
Angra.
Uorta.
Castello Branco
Funchal.
Leiria.
///. Divisão Judicial.
O reino eseus domínios dividem-se em 4
provincias ou Districtosjudiciaes, que se di-
videm em Comarcas, estas em Julgados, e
estes em Freguezias, O Supremo Tribunal
de Justiça, cuja sede é ena Lisboa, é o pri-
meiro tribunal, e tem jurisdicçào em todo o
reino , excepto para as causas do foro mili-
tar, para as quaes ha também um Supremo
Conselho de Justiça Militar ; o Supremo Tri-
bunal compõe-se deU Juizes, e junto delle
serve um Procurador Geral da Coroa, com
2 Ajudantes.
Em cada Districlo Judicial ha uma Rei-
lação, composta em Lisboa e Porto de 21
juizes, e nas outras de 7 ; junto a cada
Rellação serve 1 Procuradvr Régio, e 2
Ajudantes. Em cada Comarca ha um Juiz
de Direito, (excepto em Lisboa, que ha 6
. e no Porto 3), junto do qual servo um
I Delegado do Procurador Régio. Em cada
I Julgado ha 1 Juiz Ordinário ; junto do
65 *
260 POR
qual serve 1 Sub-delegado, e 1 ou mais
ífuizes de Paz. : W-^-^^ o-^^^
--Finalmente em cada Freguezia ha um
Juiz Elleito. Para as cousas Coraraerciaes
ha 34 Trihunaes do Commercio, presidi-
dos pelo juiz de Direito da Comarca, onde
teem a sua sede, excepto em Lisboa e
Porto aonde teem juizes especiaes ; et Tri-
bunal de á.* instancia em Lisboa, compos-
to de 7 juizes, e junto do qual serve um
Procurador Régio.
• Ua alem disso 3 juizes criminaes em Lis-
boa e ura no Porto, e igual numero de Cu-
radores Geraes dos Orfàos, nestas duas ci-
dades.
i Os 4 districtos judiciaes são:
•-'10 861} 8 «» fí>yi
Lisboa. '■' •■"'' Açores.
Porto. (ioa.
IV. Divisão Militar.
Acha-se dividido o Continente e Ilhas ad-
jacentes em 10 Divisões Militares, cada uma
das quaes tem um Commandante oíficial ge-
neral, que tem junto de si um Chefe d' Es-
tado Maior, e Ajudantes.
As divisões e seus quartéis generaes são
as seguintes :
Po:
'ftn
l,*^ ..
. ... Lisboa.
2^a
. ... Vizeu.
3!« '.'.
. ... Porto.
4.« ..
. ... Braga.
- 5.« ..
v''ív;^i?; ^illa Real.
6.» ..
. .;, Castello Branco.
7.^ .
. ■ /., . Estremoz.
8.« ..
^;(%>\. Tavira.
9.« ..
. ... Funchal.
-í ir.
10.« ..
. ... Angra
Instrucção Publica.
Para regular a instrucção publica ha um
Conselho Superior de Instrucção Publica,
presidido pelo Ministro do Reino ; que se
compõe de 1 Vice Presidente e 8 Vogaes,
tem a sua sede em Coimbra , e delegados
seus era vários pontos do reino. Para a
Instrucção Primaria ha 2253 escholaspara
ambos os sexos, pagas pelo governo, alem
d.ss particulares. Para a Secundaria ha 2:1
Lyceus, nas capitães dos Districtos admi-
nistractivos, compreendendo o de Lisboa a
antiga Aula do Commercio ; alem de mais
de lOO cadeiras de Latim, Lógica, Rhetho-
rica e Mathematica fora dos Lyceus. Para
a Superior ha a Universidade de Coimbra,
as Eschola e Academia Polytechnica de Lis-
boa e Porto, e as Embolas Medico-Cirurgi-
cas de Lisboa, Porto e Funchal, Para a
instrucção Especial ha os Institutos Agrí-
cola e Industrial era Lisboa e Porto, Aca-
demias das Bellas Artes em Lisboa e Por-
to, e ura Conservatório Real em Lisboa
para declamação, musica e dança. lia Bi--
bliothecas Publicas em Lisboa, Coimbra,
Évora, Villa Real e Funchal, Museus de
Historia Natural em Lisboa e Coimbra ,
Observatórios em Lisboa e Coimbra, etc,"'
Descripção. Portugal é um dos paizes mais
favorecidos pela natureza ; é em parte mon-
tanhoso, mas tem comtudo algumas planí-
cies e valles, fecundados por immensos re-
gatos, que lhe dão uma verdadeira rique-
za agrícola : as principaes serras de Portu-
gal são as da Estrella , Soajo, Bussaco,
d'Ossa, de Cintra, Monte-junto, e Gerez.
Tem muitos rios, dos quaes apontaremos o
Tejo, Douro, Guadiana, Minho, Tâmega,
Lima, Cavado, que nnscem em Hespanha,
e o Mondego, Vouga, Ave, Zêzere, Nabão,
Sado e Côa, que nascem era Tortugal. Tom
minas de ouro, prata, cobre, chumbo, es-
tanho, ferro, azougue, bismutho, carvão de
pedra, antimonio, ametystas, christaes de
rocha, jacinthos, enxofre ele. Muitas pe-
dreiras, e algumas de mármores estimados,
como são as de Estremoz, Arrábida, Pêro
Pinheiro, Cascaes, e pedras lytographicas ;
o granito abunda em todo o paiz, assim
como ardósias, pedras do mós, barro e argila.
Possue ricas salinas, principalmente em
Setúbal, Alcácer e Aveiro ; e excellentes
aguas ihermaes, férreas e sulfiireas, como
são as das Caldas da Rainha, Gerez, Esto-
ril, Alcaçarias, etc. — O clima de Portugal
é geralmente benigno c temperado, se bem
que n'alguns lugares se notem .sensiveis
diíTerenças de temperatura; mas só n'al-,
guns sitios pantanosos é insalubre. O solo
é dos mais férteis e abunda em todos os
géneros da primeira necessidade, taes como
cereas, vinho, azeite, fruclas, carne, peixe ;
gados de toda a espécie, toda a qualidade
de aves domesticas e caça do ar. A agri-
cultura, se não está era estado florescente,
também não se pode dizer que esteja em
decadeuina, sobro tudo na provinda do Mi-
nho, e n'algumas partes da Estremadura
e Beira Alta ; principalmente cm vinhos,
cereaes , fructa , e batata , que é geral-
mente cultivada, e prospera abundante-
mente. A industria tem consideravelmen-
te prosperado nestes uliiraos anna», e con-
tam-se hoje muitas fabricas de algodões, la-
nifícios, vidros o porcelana, papel, sedas,
galões, chapeos, panos de linho, e outros
muitos objectos, que não seria possível enu-
merar. O commercio interno é infelizmen-
te muito limitado devido isto á falta de
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./ ■' :! • .1.:. .;: ■ . . ^
boas estradas, canaes, e rios navegáveis. O
commercio externo é mais vasto o consis-
te principalmente a exportação em vinhos
do Porto e Madeira, azeite, fructas, e para
o Brazil em cutelaria, chapeos, chitas, pa-
nos de linho, e outros objectos.
Os portuguezes são bem conformados, po-
rem de mediana estatura, e frequentemen-
te de notável robustez, quasi lodos com olhos
e cabellos pretos, e a tez mais escura que
os povos septentrionaes ; as mulheres são
em geral formosas, e elegantes. Sao soce-
gados e caridosos, urbanos e até polidos ;
a(ferados á religião de seus pais, mas sem
fanatismo e com tolerância ; aptos para as
sciencias, e artes, e muito amigos do tra-
balho. O governo do Estado é monar-
chico representativo, hereditário, não sen-
do excluído da successão o sexo feminino ,
junto do rei ha um concelho de estado ; o
poder legislativo é exercido pelas cortes, com-
postas hoje de camarás, uma hereditária, a
dos pares, a outra electiva, a dos deputados,
competindo ao rei a sancção das leis. O rei
tem o titulo de Magestade Fidelissima, con-
cedido em 1748 pelo papa Benedicto XIV a U.
João V eseus successores. A religião does-
tado é a Catholica Apostohca Romana que
se julga foi introduzida no século II; são
porém toleradas todas as outras religiões.
Historia. A historia de Portugal começa
propriamente no governo .do conde D. Hen-
rique, e tudo o qne lhe é anterior perten-
ce mais á historia da Lusitânia, eem geral
de toda a Península. Semremontarmos^ co-
mo Fr. Bernardo de Brito, á epocha do dilu-
vio, para explicar a origem da sociedade
portugueza, diremos, que a Lusitânia foi
povoada pelos Iberos e Celtas, a que de-
pois çe associaram os Phenicios ; depois
destes vieram os Carthaginezes, que a seu
turno foram expulsos pelos Romanos. Na
decadência do império romano, invadido pe-
los bárbaros no século V, a península foi
occupada pelos Suevos, Alanos e Vândalos,
e depois pelos Wisigodos ; estes em 712 fo-
ram vencidos pelos Sarracenos, que se es-
tabeleceram em toda aHespanha, aonde se
conservaram até serem delia expulsos de to-
do em 14. 2
Reinando em Leão Affonso VI, o conde D.
Henrique, descendente de HugoCapeto, veiu
offerecer os seus serviços, áquelle monar-
cha, e delle recebeu em premio a mão de
sua filha D. Thereza ou Tareja e o condado
de Portugal; sendo certo que em 1095 já
estavam cazados e em 1097 já o conde D
terras aos Mouros venceu finalmenie em 25i/
de Julho de 1139 a celebre batalha de Cam-
po do Ourique contra 5 reis mouros, tendo
na véspera sido acclamado rei pelos seus
soldados, titulo que, segundo alguns, lhe foi
confirmado pela nação nas cortes de Alma-
cave em 1143. Já anteriormente o monarcha
fizera reconhecer a independência do reino
pelo rei de Leão na conferencia de Samora,
Os succesores do D. Affonso Henriques con-.í
linuaram as suas conquistas, D. Sancho I coa- . .;
quislou o Algarve (1189), D. Affonso II,
Alcácer do Sal (1217^, e D. Sancho II mui-
tas terras e praças do Alémtejo. O poder real
começou então em lucta com o estado eccle- ■
siastico, então poderosíssimo, e desta lucta •.
resultou a deposição de D. Sancho II, por
bulia de Innocencio IV, e o governo de D.
Affonso III. D. Diniz tratou especialmente
de fazer florescer a agricultura e as letras,
para o que creou a primeira Universidade
ou Escolas Geraes em Lisboa. Continuaram
seus successores a obra da civilisação até
ao desditoso reinado de D. Fernando I, o
ultiroo monarcha da 1.^ dynasíia.
A nação, reunida em cortes, acclamou em
1383 rei do Portugal a D. João, mestre de
Aviz, o qual firmou a independência de Por- ,
tugal, atacada pela guerra de Castella, e pe-,, ,
lo seu valor, e boa administração grangeou
o amor do seus povos. Reinou a descendên-
cia deste monarcha até 1580, em que falle-
ceu o Cardeal Rei D. Henrique; este ó sem du-
vida um dos mais bellos períodos da histo-
ria portugueza. Comeffeito os descobrimen-
tos dos Portuguezes, as suas victorias na
Ásia , Africa, tornara o seu nome temido .
e respeitado por toda a parle. Desde a glo- ]
riosa tomada de Ceuta em 143j atéádes- ;
graçada batalha de Alcácer Quibir em l578, ;
estfl pov0, dotado de uma actividade sem \
exemplo, descobre os archipelagosda Madei^
ra. Açores, Canárias, Cabo-Verde, costa e
ilhas de Guiné, explora e faz numerosos es- ;
tabelecimentos no litoral da Africa Occiden-
tal; dobra o Cabo das Tormentas ; submetia \
ou faz tributários os principaes mouros da i!
costa oriental africana ; arrebata aos Ara- h
bes a navegação da índia e Mar Vermelho; .,
e a.ssombrando os povos do Oriente com prp- ,,i
digios de valor, estabelece-se em Ormui^,^^?.
Diu, Damão, Gôa, llombaim, Cochim, Cei-, >
Ião, Meliapor, Malaca, etc: abrindo-se ca- '
minho pela Oceania para Java, Borneo, 'li-
mor, Solor, Molucas, China e Japão ; ao pas-
so que descobre a Nova llollanda, Nova Gui-
né e outras terras. Pedro Alvares Cabral
Henrique governava Portugal desde o Mi- descobre o Brazil (1509), e, em menos de
nho ao Tejo. O successor deste primeiro mo- | um século, os vastos e ferieis terrenos en-
narcha portuguez, foi seu filho D. Affonso Ire o Amazonas e Prata, se acham submetli-
Henriques, que tendo conquistado muitas dos ao dominio portuguez. Mais de 50 reis
v«L. IV. 66
262 POR
ia-
ou régulos foram tributários de El-Rei D.
Manuel, e os mais poderosos monarchas da
Europa e Oriente soUicitaram a sua allian-
ça. Nio foi menor o cuidada pelas lettras
neste glorioso periodo , 0. AíTonso Vfórma
a bibliotheca de Évora; D. Manuel manda
a Duarte Galvão o Ruyde íina reformaras
antigas chronicas, e reforma a legislação ,
publicando as novas ordenações do reino.
Foi neste periodo e no reinado de D. João
III que se introduziu cm Portugal a Inqui-
sição (1540) e a Companhia de Jesus (1541).
A' morte do Cardeal rei D. Henrique
(1580) seguiu-se a occupação castelhana,
que durou até 1640 ; e rorlugal, que no
reinado de D. Manuel chegara ao maior grau
de esplendor, ficou nesse periodo na maior
prostração.
Em 1640 recuperou esta nação a sua in-
dependência pela gloriosa revolução, que ele-
vou ao trono D. João IV, tronco da dynas-
lia de Bragança, hoje reinante. Os Hispa-
nhoes ainda procuraram de novo subjugar
Portugal , porém as batalhas de Montijo,
Ameixial, Montes Claros e outras tantas mos-
traram a inutilidade dos seus exforços. Portu-
gal alliou-se depois com a Inglaterra e Hol-
landa contra Hispanha na celebre guerra de
successão ; e em 1706 o exercitoporlMguez,
commandado pelo Marquez das 5'inas, entra
yicloríoso em Madrid, depois de ter ren-
dido varias praças. Esta guerra terminou
pelo tratado de Utrecht era 1713. Km 1817
as esquadras portuguezas vão em soccorro
de Veneza e Corfu; atacadas por uma for-
midável esquadra da Barbaria, e deixam des-
assombrados e seguros os portos daquella
republica e os do toda a ttalia. No reinado de
D. João V construiram-se obras grandiosas
como foram o convento de Mafra, eo aque-
ducto das Aguas Livres, porém o thesouro
ficou exhausto, e a nação em decadência, de
que só a poderia tirar um génio e perseve-
rança como o do Marquez de Pombal, minis-
tro de D. José I, era cujo reinado se reor-
ganisarflra as finanças, o exercito e marinha,
foram expulsos os Jesuítas, e a Inquisição
levou o seu primeiro golpe, até ser de to-
do ettincta em 1820. Em 1807 os France-
zes invadem Portugal, mas são repellidos pe-
lo exercito anglo-porluguez, que lhes deu
severas hcções em Roliça, Vimeiro, Bussa^
CO, Badajoz, Fuentes de Honor, otc. ; e os
levou d'envolta até Tolosa, aonde arvorou
o estandarte dos Bourbons. Km 1820 uma
revolução estabeleceu o syslema constitu-
cional ; que foi contrariado e destruído em
1828; porém em 1833 foi novamente res-
tabelecido por D. Pedro iV, que pelo seu
valor e constância soube reivindicar o trono
para sua fiiha a Senhora D. Maria 11 de sau-
gtí^i Og 9b Ãtok .fôo^tjnoq omciDob oi zob ^Rfium obauiupao-y ohívyt sap
POft
dosissima memoria, fallecida a 15 de Ifo-
viembro de 185^1.
REIS DE PORTUGAL.
Dynastia Ca/?eía. — 1092-138 5.
Conde D. Henrique ea Con-
dessa D. Thereza 109Í-1114
D. Aílbnso I Iil1-li85
D. Sancho 1 1185-1211
D. Affonso II 1211-1223
D. Sancho II 1223-1245
D. AíTonso III 1245-1279
D. Diniz. 1275-1325
D. Affonso iV 13Í5-1357
D. Pedro I 1357-1367
D. Fernando i:]67-1383
Interregno 1383-1385
Dynastia de Aviz. — 1385-1580.
D. João 1
D. Duaite
Hegencia do infante D. Pe-
dro, duque de Coimbra,
em nome de AíTonso Y ...
D. AíTonso V
D. João II
D. ManDel
D. João III
Regência da rainha D. Ca-
therina durante a menori-
dade de D. Sebastião. ...
U. Sebastião
D. Henrique (o cardeal-rei)..
Portugal subjugado por Cas-
tella
1385-1433
1433-1438
1438-1446
1446-1481
1481-1495
141*5-1521
1521-1557 .
A
1557-156^"
1568-1578
1578-1580
1580-1640
Dynastia de Bragança. — 1640 até hoje.
D. João IV
D. Allbnso VI
D. Pedro, regente pela de-
posição de D. AíTonso VI..
O mesmo rei, com o nome
de D. Pedro II
D. João V
D. José I
0. Maria I e D. Pedro IH...
» só
D. João, príncipe regente...
D. João VI, (rei)
Regência da infanta a senho-
ra D. Isabel Maria, em no-
me de D. Pedro IV
Governo do infante o Senhor
D. Miguel, que o partido
absoluto acclamou rei ...
D. Pedro IV, regente em núf-^
me de sua filha. -. ^^'
1640-1656
1656-1667
1667-16S3
1683-1706
1706-.750
1750-1777
17/7-1786
1786-Í792
1792- 816
1816-1826 '
1826-1828
1828-lb3í"
í4fi33-1834
íí
POB,
POS
263^
D. Maria II 1834-1853
O Senhor D. Fernando II,
rei regente em nome do
Senhor D. Pedro V 1853
PORTUGALETE, (geogr.) Cidade d'ílispanha,
a 3 léguas ao NO. de Biibao ; 1,200 ha-
bitantes.
PORTUGUESA, (geogp.) rlo da Venezuela,
nasce no districto de Zulia, corre aE. e ao
Slí., e cae no Apure.
poRTUGUEZ, A, adj . do Portugal, perten-
cente a Portugal, natural de Portugal, r. ^f.
A língua — é um dialecto da Latina. Os
poetas portuguezes. Os antigos usavam da
des. ex para ambos os géneros ^ v. g. a
gente, a nação, — . Os portuguezes, os na-
luraes de Portugal. Âs — s, as mulheres de
Portugal.
pottTUOSo, A, adj. (des. oso], em que ha
portos, que tem muitos portos. v.g.Â.—
costa.
PORTUS ABUCiNi, (geogr.) cidade da Gal-
ha, entre os Segnanes, Porto sobre oSao-
na.
PORTUS DKORUM OU DiviNi, (geogr.) Cida-
de da Mauritânia, hoje Arzew.
PORTUS HKRCULi» MONíEEi, (geogr.) cida-
de da Liguria, hoje Mónaco.
PORTUS LiBURNicus, (geogr.) cidade d'lta-
lia, hoje Porto-Longone.
PORTUS MAGNUS, (geogr.) cidade da Mau-
ritânia hoje Marsalquivir.
PORTUS MAGNus, (gcogr.) cidade d'Hispa-
nha, hoje Almeria.
PORTUS MAGNUS, (geogr.) cidade da Bri-
tannia hoje rorlsmouth.
PORTUS TENERis, (geogr.) cidade da Gal-
ha, hoje Port-Vendres.
PORTUS, (hist.) philologo italiano, nasceu
em 1511, morreu em 1581. Deixou: Tra-
ducções, Notas, Discursos e Opúsculos.
PORT-VENDRES, (gcogr ) Portus Vencris,
cidade e porto de França, a 8 léguas a E.
de Ceret ; 2,000 habitantes.
PORVENTURA, loc. adv. talvez, acaso. V.
Ventura.
PORVIR, loc. composta de por e vir, s.
O — , tempo fuluro, o futuro.
SYN. Comp. Porvir, fuluro. Entre estas
expressões não ha outra differença senão
que o porvir é mais vasto, mais incerto,
e ale mais affastado ; o futuro é o que de
certo hade acontecer, e talvez não está dis-
,' tf.nte. A astronomia prediz o futuro, an-
nunciando-nos com antecipação os eclipses,
a reapparição dos cometas, etc. , cousas
que com eíTeito hão-de acontecer , os astró-
logos pretendiam conhecer o porvir, annun-
ciando guerras, mortes, etc. , que muitas
vezes não aconteciani.
Um homem que tem uma vida aventuro-
sa, e exposta a perigos e adversidades,
pôde muito bem dizer . Não sei qual será
o meu porvir, isto é, o que me hade acon-
tecer ; se elle soubesse de antemão que.,
havia naufragar e perecer sobre um roche-, ,
do, diria melhor : Um desgraçado futuro
me aguarda.
PÓS, prep. (ant.) (Lat. post, depois), apófruj
ex. « — noite o dia. » Ferreira. V. Apóis , ■
Empós.
POS (do precedente), prelixo que entra na
composição de muitas palavras, v. g. pos-
por, postergar, pospontar.
posaR, (ant ). V. Entrar.
posCA, s. f. (Lat. posca, vinho azedo com
agua), (ant.) bebida de vinagre destempe-
rado com agua^; (med. ant.) aguamel.
POSDATA S. f. pOStSCriptO.
posD'LUViANO, A, adj. posterior ao dilu^ ,
vio universal.
POSE, (ant.) [em vez de poí, do verbo pôr. •
posega, (geogr.) cidade dos Estados Aus-
triacos, a 20 léguas ao SE. dEszek; 4,200
habitantes
POSEN. (geogr ) Foz nan em polaco, cida-
de da Polónia , que foi outr'ora capital,
da Grande Polónia, o hoje capital do gran- •
de ducado de Posen pertencente & Prússia
a 60 léguas a E de Berlin ;,19^qq9. habi-
tantes- '. ',„ ,^ '. ,
POSEN (grande ducado dé], (geogr.) uma
das 8 províncias da monarchia prussiana ,
entre a í russia occidenlal, a Silesi.i, o Bran-
deburgo e o reino da l olonia ; 1,075,000
habitantes. Capital Posen. É dividida em
duas regí^ncias : Posen ; Bromberg.
posição, s. f. (Lat. positio, nis], postu-
ra, situação, v.g. — do corpo; dos astros,^, ,
lugar do ceo onde os vemos. — , didácti-
co, these, cousa que se aíTirma, (for.) ar-
tigo de libello aíRrmativo. — , o acto dp, ;
pôr, v.g. — do sello, da assignatura. /íe- ^
gra de falsa — , operação de arithmetica
em que por meio de quantidades supposr
tas achamos com mais facilidade as propor<f
ções, ou o numero que buscamos.
posiDONio, (hist.) philosopho stolco, dis- ,
cipulo de Panecio, nasceu noanno l/J5aa-;;j,
tes de Jesu-Christo em Apanea na Syria. ,,
passou a maior parte da sua vida em íi\ifj^
des, aonde fundou uma escola no anno .
103. Versado nas mathemalhicas, na phí-
sica , na astronomia e na philosopiíia, me-
diu a circumfereiícia da terra e a altura
da atroosphera, e foi o primeiro que sus-
peitou ser devido o fluxo e refluxo do mar .
á influencia da lua. Compoz muitas obra^
entre ellas, tractados sobre a Adivinhação,
sobre o Destino e sobre a Natureza dos^ _
Deuxes. .<»
66» '
iW
POÍ"''
• t|lilJ<1i>Í vf I li
poSO'
P0SIL6A. V. Poíètlga.
•POSILLO. V. Pusillo.
' POSITIVAMENTE, adv. [mente suíF.), de ma-
neira positiva. V. g. Mandar—, expressa-
mente. Diga-me — o que presenciou, real-
mente, na realidade.
POSITIVO, A. adj.{Lnt.positivus,áepono
««re, positum, pôr), certo, real. que não ad-
milte duvida. Direito — . Theologia — ,
dogmática. — , formal, expresso. Manda-
jnento—, que manda fazer alguma cousa,
que impõe por preceito algum acto. Quan-
tidades—s, em álgebra, as que são desi-
gnadas pelo signal (4.) mais ; oppõe-se ás
negativas que levam o signal {—] menos.
Adjectivo — , na grammatica o que expri-
me as propriedades do nome de uma ma-
neira absoluta, v. g, bom, mao, grande ,
pequeno, e sem referencia comparativa. V.
Comparativo, Superlativo.
posiTURA, s. f. (Lat.), (p. us.) estado de
fortuna em que alguém se acha.
POSMERIDIANO, A, adj . (Lat. postmeridia-
nus), posterior á hora do meio dia. v. g.
Horas — s- Digestão, sésla — .
posNANiA (geogr.) (vulgarmente Palatina-
do de Poznan). fazia parte da grande Po-
lónia, na antiga monarchia polaca, e era o
palntinado mais occidental.
posPASTO, s. m. postres, sobremesa.
póspELLO, s. m. revez do pello. v. g. A
— , a arripia cabello; (fig.) ao revez, com
violência.
póspERNA, s.f. a parte da perna das bes-
tas desde a curva ao quadril.
pospoNTADO, A, p. p. superl. de pospon-
tar ; adj. cosido a posponto,
pospoNTAR , t^. a. coser, fazendo pos-
ponto. ■ ■ ■
posroMO, s. m. ponto atrás na costura.
posp'ÔR, 15. a. (Lat. postpono, ere), trans-
ferir para depois, para mais tarde, delon-
gar, V. g. — a partida, a festa, o prazo;
(fig.) postergar, ter em menos, v. g. pospor
a vida á deshonra, o dever ao interesse.
posposiçÃo, s. f. (Lat. postpositio, onis)
(grara.) o pospor, ou pôr em lugar subse-
quente V. g. em Latim mecum, tecum, co-
migo, comtigo, em vez de cum me, cum
te. ' . .Ml
posposíTivo, A. adj. (des. ivo), (grata.)
que se pospõe. Caso—, o sujeito do verbo
Latino quando está collocado depois d'elle.
POSPOSTO, A, p. p. de pospor, adj. pos-
to de parte, desprezado, renunciado, v. g.
— o perigo. — toda a cubica, — a ver-
dade. ' . ' '
posQUETES, í. m. pi. (aht.) (do Fr. ant.
pesse, estaca) (naut.) enoras de atochar o
mastro. ••. ua -j
possAGNO, (geogr.) (Jfdade do reino Lom-
ií.aA
y-Vétíêziano,- a 9 le^aas P>fi' M-^/^^q
Treviso: 1,000 habitante^; ' ; *,„;^"'U
'■ possANgA, s. f. potencia, poder, 'd/ f. a
a — do inimigo ; — da terra, da gente. — -,
posse, — de bens, terras, saúde. He anti-
quado, e na ultima açcepção inteira aiente ^
desusado. ,j
POSSANTE, adj. 2 g. (do Lat. posse, po-'
der), poderoso, forte potente, v g. Homem,.,
cavallo, navio — , que supporla grande pe-
so, carga ; — de posses, rico em haveres,
v. g. lavradores — , que tenham cabedaes
para fazer tão grandes lavras. _ j^
possAR. V. n. O Elucidário citando Fa- ^,
ria e Nunes, verte entrar d posse. Eu creio
que seria mais exacto tomar posse.
POSSE, s. f. (de possuir, V.) possessão,
acto de possuir, de occupar lugar, cargá^^j
emprego, v. g. Estar de — de bensi pre;^
dio, gozar por titulo legal ou por tolerância^
Tomar—, por autorisaçào de justiça, eoi^^
virtude de direito Dar — , judicialmente.
Esbulhar, forçar de — . — violenta, furti-
va, clandestina ; — de boa, de má f é ; —
velha, antiga. Tomar — , (fig.) apoderar-" '
se, v.g. o fogo tomou posse danáo; a pai-
xão tomou posse do coração ; dei-lhe — do
meu coração. — . poder, prepotência, v, g.
ter — no governo, no reino. Criar—, fa-
zer-se poderoso na terra, —s, haveres, bens.^^j
faculdades. Ter ou não ter — para essades-
peza. As poucas — do meu engenho — ,
possibilidades.
POSSEIRO, V. Pessoeiro.
POSSESSÃO, s. f. (Lat. possessio, onis),
posse, estado de quem possue ; bens de raiz
Caso de— , possessivo. PI. Possessões.
possEssivADENTE, ttdv. [mente suíl.), om
sentido possessivo.
POSSESSIVO, A, adj. (Lat. possessivus), qué^^,
indica o possuidor ou dono, ou o sujeito a
quem pertence cousa ou pessoa. Pronome —,
V. g. meu, teu, seu. Caso—, que exprime
a relação de possessão, senhorio, ou qua-
lidade que pertence ao sujeito. Naslinguas
que tem desinências para os casos, he o ge-
nifivo, V. g. em latim, grego, que em por-
tuguez supprimos pela preposição de, v. g. ^
a filha de Pedro; dono da casa; firmeza de
animo : do mim, de ti, d'elle.
POSSESSO, A, adj. (do Lat. possessus, p.
p. de possideo, ere, j^ossuir), possuído do
demónio, endemoninhado. Usa-se subst.
flum — .
POSSESSOR, s. m. (Lat.) (t. jurid.) pos-
suidor.
possESSORio, A, adj. (des. ôrio), concer-
nente á posse. Actos —, relativos á posso.
Jiiizo — , em que se requer ser posto do
posse de cousa esbulhada.
possEVE, s. m. Y. Perseve, marisco.
«os
pra 1534, morreu em loU- *^V^ ^^ ». ;•
Zilas ôbr.s compoi : tocor.a ; B.f -o-
o ser possível, praclicavei. »,
sivamenle na »««»Pf .^/, ^^a "pó^iMUm..
«r, aes. iHi.) f q que impossível
rrrVieir^P P sup. e^O]. Po.ií-.ii-
Opltmamente disse Meira ^«1^*^^^, .^^^^ \"ô-
fante D. Henrique: . ^^^^^'^''^^y,^.
mente, mas /-aci/iíou aquelle natural im
possivel (VUi, í»37). » .^^
de porcos), chiqueiro lugar onde se guar^
dam porcos; Itig.) lugar immundo, casa
""tssJvk. adj. do.2í/.(ant.]rossi.iL.
,(Lat po.niiít.), que pôde íazer-se exacu-
iular-se; que pôde acontecer, eiistir 0--
subst o' que e^ossivel cousa poss^vel^H^
— s. V. g. He - que haja quem tal acre-
■^^ POSSIVELMENTE, adv. [mcnte suff.) (p. us.)
de modo possivel. . .
POSsu.DO. A, p. P- de possuir adj. na
Dosse vie alguém ; que possue ; dommado.
?T Bens-.. - do demónio possesso;
- de horror, enthusiasmo, - do^erro, da
cegueira. Tinha - grandes rique.as.
POSSUIDOR, A, s. o que possue : - de s%
mesmo, senhor das suas paixões.
POSSUiNTE, 5. dos 2 cj. pessoa que pos-
-siie.
Pôá
POSSUIR, t, a. ILat. possiáeo cre. Court
de Gébelin deriva este termo de apo, so-
bre c sedere, senlar-se. M. de Ucquefort,
•Se pos, rad. depo5.e, poder, e «edere. Eu .
•oreio que o prefixo vem de rad. Sanscnl |
^ai olpoti lenhov: em Egypc. peí. que
^ssue. piswç, osenhor), ter em nosso po-
der- ter o domínio; senhorio, v. g. -
tens da fortuna, dinheiro, terras ; ser do-
^0, gozar ; - boa saúde, talento, quali-
dades. A paixão o possuía, ^fig. senhorea-
va. tinha sujeito. -SE, .. r. rerear os im-
pulsos da ira e das paixões violentas.
POSTA. s. f. (do Lat. po«ií«;»/' P- li-
de pano, cre,p6r, separar), talhada de pei-
xe ou de carne. Fazer postas ou em — ,
(fig ) derrotar completamente o inimigo. — «
)>i balas de chumbo pequents de mosque-
te.
VOL. IT.
POSTA, í. m. (smbst. daòí.-;, 1 deposío)
casa ou lugar onde ha muOas paia os corr
reios ou viajantes a cavallo, em sege, ou
onde os correios a pé entn-^-.im as cartas,
avisos, etc, a outro que os leva até á se-
guinte muda; os cavallos, bestas e carrua-
gens que servem de muda ; a distancia de
um lugar de muda ou de parada a outro,
r. g. de Paris a Bordeos ha — í,
Correr á — , viajar montado em cavallos d^
posta, ou em sege com mudas. — , correip
que leva cartas ; — . casa onde se recebem,
expedem e distribuem as cartns. — , (ant^
pousada ; — sentinella militar. Dar —, apo-
sentadoria. i1
POSTADO, A, p. p. de postar, adj. que
aguarda em posição militar ; apostado.
POSTAR, V. a. {posto, ar des. inf.) (mi-
lil.) pôr gente de guerra em posto coo-
veniente para vigiar ou combater o ini-
migo. _, (ant ) compor, adubar, amanhar
— o casal. . , M j
POSTE, s. m. (Lat. postis], pilar de poç^
tada de edificio ; páo fincado no solo apru-
"^^POSTiJADO. A,p. p. depostejar. ad/. fei-
to em postas. • j • p \
POSTEJAR, V. a. [posta, ejar, des. ml,)
fazer em postas.
POSTEMA, s. m. ouf. tumor que suppun
ra • bubão pestilencial ; (fig.) mal occulto,
(p.'us.)— « espiritual, peccados, culpas gr,^-
ves ' 1
POSTEMÃO, s. m. navalha com que os ai-
veitares abrem tumores das bestas. ,^
POSTEMEiRO, s. «». V. Posttmao.
rosTERGAçÃo, s. f. O acto de postergar.,
nC\"GAR, .. a. (pds pref.. e Lat^^^^
num, costado), lançar para traz, (tig) dei-
Cr em atrazo . em tempo ou lugar;
lostreaar pospor, não fazer caso, despre-
zar, r í. - as leis, as ordens, os conse-
^^TosTERiDADE. s, f. (Lat posteritas, tis),
lemoo idade futura, os vindouros, os des-
I condenlès, a progenitura, ..í/. Jacob teve
'"TrERioX adj. dos t g. comparativo de
nostero que está situado no lugftr traseiro.
Sue íem depois na successão do tempo. Os
^5. subst os vindouros, a posteridade. O
' çnbst. O anus. . . , ,
rosTER.o».D*DE, «. f- (des. M.), s.lua-
ção posterior, no espaço, o. j. - da cau-
"^"posTEBioRMENiE, oif,. (mí«<e suff.) em lu-
gaíou le«>P« posterior, depois, em época
, '"tX^A aíj. (L.t. posttru^., ^e fo»
'•de;ou!e"io;«.i^a.po;jadou,o.qaeveo.
266
POS
»D8
^6^J"t^d^^ ^'' subst. , jrestituição dos direitos civis aocidadSoq.!.
POsS^^^^^^^^^ jpor ausenc.a ou ,,,,,i^
PosTHUMARiA, s. f. (des. aHa.) (ant,) os
tempos e successos que sobrevem ao óbito
de alguém.
POSTHUMEiRAMENTE, V. Ultimamente.
POSTDUMO, A, adj. (pron. pósiumo :l^x,
posthumus; post, depois, e húmus, terra,
«Éf. enterro.) posterior á morte de aJguem'
Filho — , nascido depois da morte do pai
POSTMEBiDiANo, A, adj. {poistmeridianus..
posterior ao meio dia.
POSTO, A. p. p. depor, arf;", que se poz,
collocou. — em pé, em situação erecta. — ,
que poz. Tinha — toda a sua confiança no
amigo. — a fazer alguma cousa, occupado.
— em fazer alguma cousa, resoluto, resol-
vido, — em costume, habituado. — , depos-
to, t. ^f. — o medo. « — a artificiosa for-
Ohras~\ xu^U\\onA'L A^r..: V *^ . r"' »• y- — o meão. « — a artificiosa for-
r«t*-:LelrirtL'?„ 11' """" «»"»—..-•--<'<'• ?.-PO^'o, ataviado.
autor. — memoria, pena, infâmia.
. POSTIÇA, s. f. (subst. da des. f. de pos-
txço,) (naut.) obra accrescentada ao costado
do navio paraobstaráabordagem.—, obras
exteriores no costado.
POSTIÇO, A, adj. (Lat. positu$, p. p. de
ponere, pôr ; a des. iço vem da Lat. itus
rad. num , sup. de ire , ir.) que não faz
parte integrante da pessoa ou cousa; falso
«. g. cabeilo — ; côr — , dentes — . — , sup-
posto, supposticio. Cartas —s. Altar— por-
tatil, não fixo. Yã e — gloria de reinar
(pnraz. ant.) de tyranno usurpador.
POSTIGO, s. m. (do Lat. postis , poste e
porta.) pequena porta dobradiça feita na por-
ta maior de praça , palácio , etc. ; ianella
pequena ; (tíg.) entrada estreita. « Deixa-se
esse — ao desengano. » \ieira.
POSTiGuiNHO, s. m. dimmut, de dos-
tigo. ^
POSTiLHA. V. Postilla.
:;r.X^;r .!^';rfi^"!^;„^„«.?-- -
te, posta.) homem que vai a cavallo guian-
do correio que corre a posta , correio que
leva cartas, despachos.-, boleeiro de sese
ou coche de posta. ^
POSTILLA, s. f. lição que o lente dieta í
discípulos e que elles escrevem, para a de-
corarem ; escholio, additamento leito ao tex-
to do autor pelo lente ; additamento á es-
« —s os altares das melhores sedas. » Lu-
cena.
POSTO, s. m. lugar onde se põe sentinella
ou destacamento de tropa. Tocar a —, em
praça d'araas ou abordo de navio de guer-
ra, chamar com o tambor os soldados e oííi-
ciaes para virem occupar o lugar que lhes
compete. - -, graduação militar, cargo, em-
prego civil, V. g. elle occupa um— impor-
tante. — , lugar, sitio onde se põe alguma
cousa ; sitio, terreno. E* ant. nestes dois sen-
tidos. — s abalizados, (ant.^ lugares com-
muns de que alguém usa com frequência no
discurso. ~, (ant.)pouto de mira, alvo, ex.
« Poz o — em Aabu e passou lhe o braço
com um virotão, » Ined. iii. 16ií
posTOQUB, conj. ainda que, se bem que,
suposto que.
POSTRAR. V. Prostrar, etc.
POSTRE, s. m. (de póstero ou posterior)
sobremesa. Os —5, as iguarias que se ser-
r&a^7eatll^-^:-r--• -^^^^^^^
a chronica escandalosa. V. Aposnlla
POSTiLLADO, A, p. p, do postiilar : adi
accrescentado com postilla ou notas addi-
cionaes. Cartas — da mão do duque.
POSTiLLADOR , s. m. O que faz postilla
poe cotas ou annolações. '
PosTiLLAR, V. a. (contracção de apostil-
ar.) dictar postilla ; annoiar, ajuntar no-
las. annotações ao texto de livro, tscriptu-
ío 'le^rue*" ""' ^^^^^^^'' *^ ^^^^^^ dictadas pe-
POSTiMARiA, s. f. (ant ) V. Gim, Termo.
rosiiMEiRA, Qdj. /. derradeira. \. Pos-
trimeiro.
POST^HA, s. f. diminut. de posta, ne-
quena talhada de peixe ou carne
POSTLiMiNio. *. m. (Lat. posiliminium ;
post, depois, 6 /ííwew, porta.) (dir.romanoj
FOSTREiRo, A, ttdj . mesmo rad. quo O pre-
cedente) derradeiro, ultimo. Mão—, a mu-
nheca até aos dedos.
POSTREMO, A, adj. (Lat. postremus, superl.
de posterus] ultimo, derradeiro, final. Dia
postremo.
posTRiMEiRo. V. Derradeiro.
POSTscRiPTo, í. m. (Lat. post scriptum]
POSTULAÇÃO, s f. (Lat. postutatio, onis)
termo de direito canónico, o acto de postu-
lar.
POSTULADO, s. m. {Ut. postulatus) ponto
que o arguente ou demonstrador de alguma
proposição pede se lhe conceda, se admitta
como verdade.
SYN. Comp. Postulado, axioma. Postula-^
do é palavra latina, postulatum (de posiu^
lare, pedir), mui usada nas arguniemações
escolalicas, e significa uma proposição que
o adversário não pode contestar ou por ser
admittida universalmente e evidente, ou por
ter já sido dmonslrada ; sobre ella se es-
triba a argumentação, e por isso começa o
arguente por obter a concessão da certeza
d'ella.
Axioma é palavra grega, axioma, e si«
POS
POl
267
gnifica principio, verdade iDcontestavel que
não carece de demonstração.
POSTULADOR, s. m. (Lai. postulalor) o que
postula, o qu»^ solicita na cúria romana a ca-
nonisação ou beatiíicaçio de algum servo de
Deus, martjr, etc.
posTULANCiA V. Exigcncia.
POSTULAR, tj a. (Lat postulo, are^ pedir
com instancia) pedir ao superior um certo
sujeito para cura, reitor, prelado, dispen-
sando-o de impedimento canónico, ou do
officio que sirva em outra igreja.
posTUMARi. V. Postumaria.
posTUMEiRAMENTE, adv. (aut.) V, Ultima-
mente.
posTUMEiRO. V. Derradeiro, Ultimo.
posTUMio ou POSTHUMio, (hist.) Albo Bc-
giUense, cônsul e depois dictador em 496
antes de Jesu-Christo. Ganhou aos Latinos
a batalha do lago Begillense, que foi a
origem do apptlhdo Regillense, que elle
transmittiu a seus descendentes.
POSTUMIO, (hist.) Albino Regillense, côn-
sul no anno 321 antes de Jesu-Christo.
l)eixou-se apertar no desfiUadeiro de Cau-
dium, assignou uma paz vergonhoza com
os Samnitas e teve de passar pelas forcas
caudinas.
poRTumo, (hist.) Albino, cônsul em 234,
229 e 215 antes de Jesu-Christo, reduziu
Teuta, a rainha d'Jllyria, a pedir a paz,
em 2í2:9. f erd^-u a vicloria e a vida na ba-
talha da floresta Litana contra os fioios.
posiumo, (hist.) Albino, cônsul no anno
110 antes de Jesu-Christo, foi enviado con-
tra Jufeurtha, e deixou-se corromper pelo
princepe Piumida.
PÓSTUMO ou PosTHUMO, (hist.) M. Cassia-
no Latinio I ostumo, um dos 30 tyrannus
do tempo de Gallieno, era chefe militar na
Galha desde l57. Foi proclamado impera-
dor em 261, malou Saloniro, suslentou-
se 10 annos, batteu os Geramnos. e jun-
tou ás suas províncias unta parte da tíis-
panha. Foi morto em "liil jelos seus sol-
dados por Ihesrecuzar o saque de Mogun-
cia.
POSTURA, s. f. (Lat. poíiíwra) situação em
que alguém põe o corpo, ou os diversos mem-
bros, V. g. em — desupplicante, em — de
combatente, erecta, reclinada. — do corpo,
symet ia dos membros. — , (p. us.) posição,
situação, lugar, sitio, estancia, ex. «O sitio
e — da cidade Adem. > Barros. «Na — do
cães do Tejo, » isto é, lugar de desembar-
que. - , o acto de pôr ou dispor, v. g. —
de arvores, plantas; o acto de se pôr, v. g.
— do sol, da lua. — , resolução, lei de ca-
mará municipal ; (ant ) decreto régio im-
pondr ccndiçào de contracto. — , pacto, con-
venção, ajuste, condição do contracto. A —
do torneiot da justa, condições. — , ador-
no, enfeite. — do rosto, arrebiques, côr,
.Pôr —s á natureia, preferir osoriiatosar-
tiliniaes ás bt'llezas naturaes. — , o pôr nvos
a galliiiha. Gallínha da primeira, da segun-
da— , os ovos queella põe por alguns dias
antes de chocar. Levantar a — , deixar de
pôr ovos. — , posição e toque da mão es-
querda nos trastes, ou cordas da viola, da
rabeca.
posTURKiRo, 5. m. O quo vende posturas
do rosto, arrebiques.
posY, obsol. « — meu sinal. » Elucid. M^-^
raes verte puz e diz -se que vem do Lat. ^^o-*..
sui. INós cremos que é simplesmente pos y,
puz ali.
POTA, s.f. (t. daAsiaPort.) V. Poíó.
POTAGEM, s. f. [Vr. potage, sopa, do Lat.
potus, bebida bebida ; molho, v.g. — para
lebre, peixe.
POTAMIDES, s. f. pi. (do (yv.potamós, rio)
(poet.) nymphas dos rios e das ribeiras.
POTAMON, (hist.) philosopho d'Alexandria,
chefe de uma eschola electica, leccionava
no íim do XI século, e contou Plotino no
numero de seus discipulos.
POTASSA, s. f. [áo i\)g\. poíash, pot, pa-
nella, eash, cinza; cinza da lenha do fogão.
— , (chim ) o alcali vegetal cuja base metal-
lica descoberta porDavy se denomina poíaí-
sio ou potassium Lat. , oxydo de potás-
sio.
POTÁSSIO, s. m. (chim. med.) a base me-
tallica da potassa.
poTASStiRO, s. m. (des. eiró) homem que
trabalha na preparação da potassa.
POTÁVEL, adj. dos 2 g. (i at. potabilis, de
poius, bebida] leduzido a estado fluido, que
se pode beber. Agua — , bca para beber.
Ouro — , preparução fluida d'este metal a
que seattrbuiam grandes virtudes, e ató a
de prolongar a vida.
POTE, s.m. {¥r.pot,ào(jT.poter,Lai.pO'
culum, vaso para beber) vaso de barro para
feragua, auiie, vinagre, vinho, etc. ; me-
dida de seis canadas.
TV. B. Moraes eoseu ultimo additador,
enganados sem ouvida por alguma edição in-
correcta de Barros, dá a pote a signilicação
seguinte : « Lbra das galés e fustas que as
taz mais alterosas, » e cit»m a passagem de
Barros, Dec. u, Uv. 2, cap. 7, que vou trans-
crever como s<í lê na edição de 16218. « Como
as naus deMirUoce eram mui sobranceiras
SC bre as nossas, e vinham á levantisca com
potes e rede que os nossos ainda não usa- .
vam. y> etc. Parece apenas crivei que a
omissão do til bastasse para Moraes confun-
dir em uma phrase de sentido tão obvio po-
tes com pontes.
POTJÉA, s. /. (doFr. aut. potie oupontyé
67 *
m
FO^Oí
por
pó) estanho calciriatJo em pó fino pára po- '
lir vidro; massa de vidraceiro. |
POTECAR, s. m. {t. da Ásia toH.) recebedor '
da&ldeia.
POTEiRO. V. Poleiro.
POTEMNiN , (hist.) (Gregório Alexandro-
vitch), favorito de Catharina II, nasceu em
l736 em Smolenk, de parentes nobres,
noas pobres , entrou muito cedo no ser-
viço das guardas a cavallo , foz-se notar
da imperatriz pela sua estatura e belleza,
distinguiu-se em uma campanha contra os
Turcos, e subiu em pouco tempo aos maio-
res postos ; exerceu um poder illimitado
sobre Catharina li, que o nomeou principe,
primeiro ministro e Feld-marechal Morreu
em 1791..
POTENCIA, s. f. (Lat. poteníia, depotesse
ipOT posse, poder, ou dop. a. potens, tis, que
pode) força , energia intrínseca ; virtude,
actividade, v.g. a ~ da corrente da agua,
do fogo, do veneno ; poder, força de gente ;
mando, autoridade. As —s da Europa, òs
estados soberanos, os reis, governos. As — »
da alma, as faculdades inteilectuaes, a intelli-
gencia, a memoria. Estar em~, com ener-
gia para eífectuar, mas sem a exercer. — ,
energia procreativa do varão ou animal ma-
cho, creaçào. — , (math.) propriedade de au-
gmentar um valor numérico ou radical mul-
tiplicado por outro, v. g. primeira—, se-
gunda — ou quadrado da rfliz : terceira — ou
cubo. — surda ou t accionai , cuja raiz não
pôde exprimir-se por numero inteiro.— com-
ponente, (t de mechanica a que concorre com
outra na mesma linha ou debaixo de certo
angulo. Dias de — , (forens ) durante osquaes
o juiz pode ter alguém preso sem lhe de-
clarar culpa.
POTENCIAL, adj. dos 2 g. (Lat. potentia-
hs) que pode ter effeito, mas que ainda se
não manifesta, capaz de acção mas inactivo
Cautério — , a pedra infernal, cáustico lu-
nar, nitrato de prata ; n)ant»»iga de antimo-
nio^ etc. Estas e outras semelhantes prepa-
raçõ)s são assim denominadas porque tema
propriedade de destruir as carnes como o
cáustico actual ou ferro em brasa.
POTENcrALMENTE , adv. [mente suíT.) de
modo potencial.
POTENSiA, (geogr ) nome commum a duas
cidades da Itália antiga, uma na Lucania
sobre um affluente do Casuente ; a outra
em Picenum.
POTENTARO, s. m. [Lãt. poteutaius) rei po-
deroso ; principe, soberano independente, ou
que recebe a investidura de outro.
POTENTE, adj. dos 2g. [íat. potens, tis,
p. a. depoíse, poder) poderoso. Crux-^.\'
Potenlea.
POTíNTEA, adj. f. (braz.) eruz -, cuj«
íiaáte direita émais longa qaé"6s'bpâçòè. -
POTENTEMENTE, adv. (wewíesuff ) com fôr-i^
ça.
roTENTíLLA, 5. f. (Lat.) planta vulgar que
nasce nas lagoas e margens dos rios.
POTENTÍSSIMO, A, adj. supcrl. do potente
muito poderoso,
roTENzA, fgeogr ) Poíentia, cidade do
remo de Nápoles, capital da província do
Basi ícato a 3j léguas a E. de Nápoles.
«,»au habitantes. Outra Petenza é situada
nos Estados da Igreja, na embocadura de
ura no do mesmo nome e perto de Loret-
to.
POTKRio, s.m. [Ut. poterium] herva me-
dicinal.
POTESTADE, s. f. (Lat. poícstas, tis] poder
potencia, forças, v.g. a antiga — de Roma!
— , s m. [do ital. podestà] magistrado terri-
torial da antiga republica de Veneza e outras
da Itália. — , magnate do reino com jurisdic-
ção eiíLperio, e talvez com mando militar.
~s os anjos do sexto coro. As —s do ar
os demónios. '
POTHiFR, (hist.) celebre jurisconsulto fran-
cez, nasceu em 1699, morreu em 1772.
A sua principal obra é uma edicção das
Pandecias com o titulo de Pandectoe Jus-
tmian(B in novum ordinem digestos.
POTHiNo, (hist.) eunuco, qne givernouo
HyV^o, durante a menoridade de ítolo-
meu XIÍ, de quem tinha sido ayo.
POTHINO (s.), (hist.) um dos primeiros-
apóstolos das Gallias, viveu no reinado de
Antonino e Marco Aurélio, foi bispo de Lyão
e soffreu o martyrio nesta cidade, na ida-
de de 90 annos. E festejado a 2 de junho
POTi, (geogr.) cidade da Rússia, na em-
bocadura do Rioni, no mar Negro.
POTiDEA, (geogr.) Poíií/cea, cidade da Ma-
cedónia, na província de Paltene, ao SO
de Chalces, tributaria dos Athenienses.
POTiER, (hist.) familla franceza, de que
saíram muitos magistrados dislinctos
POTissiMo, A. adj. superl. (Lat. potissi-
mus) (p. us.) mui principal.
PÓTo, s. m. (Lat. potus) (mi.) bebida.
POTÓ, s. m. (t da Ásia Port) conhecimen-
to que o escrivão dá da venda ou do arren-
damento.
POTOCKi, (Stanislao Felíx, conde de,) (hist.)
de uma das princípaes famillías polacas, nas-
ceu em f/50, morreu era 18o5, abraçou o
partido de Saxe, depois retirando-se dos
negócios, foi viver na Gallicia. e construiu
algumas cidades na Ukraina. Declarado
traidor na revolução de Varsóvia em 1794
retirou-se á America, e depois entrou ao
serviço da Rússia. Foi nomeado tenente
general pala imperatriz Catharina
POTOCKi, (Ignacio, conde) (hist.) gran-
inarfichal da Lithuania, primo de Stanislao
Félix, nasceu em 1751, mo"reii em 1809,
era ardente patriota e antagonista da Rús-
sia.
POTOMAK, fgeogr.) rio dos Estados-Uai-
dos, nasce nos limites dos Estados da Ver-
ginia e de Maryland, é formado pela reu- i
niôo de dous rins, que nascem nos mon-
tes Alieghany, e lança-se na bahia de Che-
sapeak.
poTosi, (gcogr.) cidade do antigo Peru
na Bolivia, capital do distrirto de Potosi ;
15 000 habitantes, (fig ) grandes riquezas,
origem, manancial de riquezas.
POTOSI, (geogr.) districto da republica de
Bolivia, entre os de Charcas a E, d'Oruro
e de Cocha bamba ao N., a C'mfederação
da Trata ao S., e o Grande Oceano a O. ;
300,000 habitantes. Capital Potosi.
POTOSI, (geogr.) villa dos Estados-Unidos
capital do condado de Washington.
POTSDAM, (geoar.) cidade da Prússia,
capital da regência de Potsdam, na direi-
ta do Havei, entre dous lagos ; a 7 le-
goas e meia de Berlin; 3,500 habitantes.
A regência de Potsdam é situada na pro-
TÍncia de Brandeburgo, entre as de Stet-
tin, Castrin, Marseburgo e Magdeburgo ;
conta 895.000.
POTRA, s.f. (vulg.) hérnia do escroto,
POTRÃo. V. Poltrão.
POTRO, s. m. (do Fr. ant. poutrain) carsWo
novo antes de ensinado ; (flg.) cavallete de
dar tratos.
POTROSO, adj. m. (des. oso) que tem potra,
hernioso.
POTTENDST, (geogr.) cidade dos Estados
austria'?os. a 8 léguas ao S. de Vienna ;
2,01)0 habitantes.
POTTER, (hist.) pintor hollandez, nasceu
em 1625, morreu em 1604. O seu melhor
quadro é um Touro de grandeza natu-
ral.
POTTER, (hist.) sábio inglez, nasceu eín
1074, morreu 1747. Deixou edicções es-
timadas áú Lycophron, de Clemente d'A--
lexandria, etc.
POTTER, (hist ) hellenista e poeta inglez,
nasceu em 1721, morreu em 1804. Tra-
duziu em inglez Eschylo , Euripides e 5o-
phocles : i
pouANCE, (geogr.) cidade de França, a t
6 legoas ao NO. de Segré ; 2.560 habitaa- !
tes. >-"> ft<.ii
poucACHiWHO, A, adj. diminuí. depOucoí
Vm — , s. V. Poucochinho. \
POUCO. A, adj. (Lat. pancus, po"CO. Os |
etymol )gistas não dão radical satisfatório
d estt termo. Em Kgypc. pouk significa tenro, {
delicado, e koudji, pequeno) diminuto em I
qifintidade, extensão, duração, qualidade,!
VOL. IV.
POR
269
força, energia, t. g. — espaço, fundo; —
dinheiro, tempo, medo, jiiizo, cuidado; —
gente; — fé, confiança, vida, duração, glo-
ria. — s annos, filhos, amigos, navios. — s
posses, faculdades. — cousa, de pouca en-
tidade, de pouco valor Uma — de roupa,
isto é, pouca quantidade. Ter e n — preço.
Fazer — a;ireço. — , substantivado, peqaena
quantidade, pequeno numero, pouquidade.
Um - . ténue quantidade, v. g. espera um
— , pequeno espaço de tempo. Ixoza o teu — ,
isto é, o teu pouco haver. Muitos — s fazem
0 muito. E' homem para — , de pouco prés-
timo. Um — de vinho, desocego. de tempo, pe-
quena porção. Terem — . fazer pouco caso*
Ter alguém em — , fazer ponco apreço. — .
adverbialmente, em ténue, diminuta quan--
tidade, porção, em gráo diminuto. Sabe — ".''
A — . Cuida — dos seus deveres. — se lhe da.
Custa, vai — , preço diminutivo — a — ,
ou aos — s, ou — e — , gradualmente,
com progresso lento. Por — escapou da mor-
te, isto é, esteve mui próximo.
poucocnmno, a, adj. diminui, de pouco.
Usa-se s. Um poucochinho, mui pequena
porção. ^
rouGATAHEF, (hist,) Cosaco, nasceu em
1726, inculcou-se por Pedro III, que mor-
rera assassinado, foi seguido por grande
numeí-o de compatriotas, esteve a ponto de
se apoderar de Moscou, mas faltando-lhe
resolução foi entregue pelos seus compa-
nheiros. Foi execuctado em 1775.
pouGENs, (hisi.) sábio francez, sobri-
nho do princepe de Comi, na«ceu em 1755,
morreu em 18 >3. As suas principaes obras
são : Thesouro das origens ; Árcheologia
franceza, ou Vocabulário das palavras an-
tigas caidas em desuso.
POUGUES, (geogr.) cidade de França, a 3
legoas ao NO. de Nevers; 1,000 habitan-
tes.
pouíLLE, (geogr.) Apúlia, antiga divisão
do remo de Nápoles, formou desde 1043';
até 1127 um condado,
pouiiLON, (geogr ) cidade de França, a
3 legoas ao SSE. de Dax; 3,i;i0 habitan-
tes.
pouiLLY, (geogr.) nome de muitos loga-
res de França, o principal é Pouilly em
Montagne ou em Auxois, capital do depar-
tamento da Costa d'Uuro, a 8 legoas ao
NO. de Beaune ; 1,160 habitantes. ^'
POULAiN-DUPARC, (híst.) jufisconsulto frail-
cez, nasceu em 1701, morreu em 1782.
Deixou . Jornal das sentenças do parla-
mento de Bretanha; Princípios do direita''
francez, ele. . ••. ; • ^
POULAOUEN, (geogr.) burgo de França, i'
1 legoa e um quarto ao NO. «Je CarhailV
3,540 habitantes',''' '
68
170
FOU
F0O
pouLLB, (hist.) pregador francez, nasceu
em 1702, morreu era 1781. O seu pria-
cipal sermão é a Exkortação de caridade a
favor das crianças expostas.
> pouNAH, (geogr.) cidade da índia ingle-
za, no antigo Aurengabad ; 100,UOO habi-
tantes.
pouNAKnA, (geogr.) cidade do Bontan,
residência d'inverno du Det-Kadjah.
POUPA, s. f. (Lat. upupa] ave que tem uma
espécie de topete ; topete das aves ; topete
dos homens ; penteado das mulheres com o
cabello levantado na parte dianteira da cabe-
ça.
POUPADO, A, p. p. de poupar; adj. que
poupou ; forrado. Homem — , económico,
regrado, amigo de poupar. Dinheiro — , for-
rado
POUPADOR, A, s. pessoa regrada nos gas-
tos, amiga de poupar.
poupÁo, s. m. (chulo) poupador ; o que
se poupa ao trabalho.
POUPAR, V. a. (do Lat. perparcè, com sum-
ma parcimonia) gastar, dispender com regra,
v. g. — a fazenda, os gastos ; (flg.) — o tra-
balho, o tempo, a saúde, ávida; — o casti-
go a quem o merece ; — os amigos. — o ho-
mem, trata-lo de modo a não quebrar com
elle , não expor a sua ignorância, não ©hu-
milhar. — os criados, as bestas, não os fa-
zer trabalhar de mais. — , forrar, economi-
sar, guardar o que sobra do rendimento, dos
ganhos.
pouPART^ (hist.) anatómico e cirurgião
francez nasceu em 1708; fez algumas des-
cobertas e deixou Memorias.
pouQUEViLLE, (hist.) historiador francez,
nasceu em 17/0, morreu em 18 8. Escre-
veu : Viagem d Morea e Constantinopla ;
Historia da Jtegeneração da Grécia, etc.
POUQUIDADE, s. f. (Lat. paucitas, tis) con-
sa pouca ; pequena, ténue quantidade ; cou-
sa de pouca monta, de pouco valor ; peque-
nhez de animo, pouco préstimo : acção de
homem apoucado.
pouQuissiuO, A, adj. superl. de pouco,
muito pouco.
pouRCíioT, (hist.) Sábio francez, nasceu
em lííil, morreu em 1734. Deixou Insti-
tutiones philosophicoe.
pouROus ou PURUS, (geogr.) rio da Ame-
rica do Sul, sae das Andes de Cachoa, e
cae no Amazonas.
pi^URSUiVANS, s. m, pi. (do Fr.) V. Pas-
savantes.
POUSA, *. f. (ant.) V. Pomada, Residên-
cia.
POUSADA, s. f. (subst. da des. f. áe pousa-
do) hospedaria, estalagem, cisaonie pousa
o caminhante; hospicio, morada, aposenta
4oria, (IoioígUío^ ^ 4a ^aUiikhm^ lu^farog-
de ella vai pôr os ovos. Fallar de — ', com
piusa, de sangue frio, desipaixonadamen-
te. — , na Beira, cinco ouseis feixes de le-
nha atados.
pousADÉA, (ant.) V. Pousadia, Pousada.
pousADEiRO, s. m. [pousada, des. eiró) as
nádegas, (ant.) o que preparava a aposenta-
doria ; o guardador de gado ou de porcos.
pousadía, s f (ant.) aposentadoria ; pou-
sada ; morada. Fazer — em mosteiros, apo-
sentar-se, pousar aelles.
POUSADO, s. m. (ant.) V. Pousada.
POUSADO, A, p. p. de pousar; adj. que
pousou ; , vagaroso, descansado ; recolhido
em pousada. — , (ant.) aposentado, reforma-
do.
pousADOURO, s. w. lugar onde se pousa,
onde descansa quem leva carga. O — , as
nádegas.
pousAFLORES. (gcogr.) vllla de Portugal,
no dislricto de Leiria, a 7 léguas de Coim-
bra ; 1 ,2 k8 habitantes.
pousAFOLLES, adj. dos tg, (chulo) vagar
roso, tardo. ít
P0USAI.OUSA, s. f. borboleta.
pousANTE, adj. dosí^'. (.i«s. do p. a. Lat,
em ans, tis) (bras.) Aniinal — , representa-
do pousando.
POUSAR, v.n. (Lat. pawso, are. à%pés, o
pé) repousar, parar, descansar em algum lu-
gar, v.g. — a ave, sentar-se. — o animal,
sen ta r-se sobre os quai tos traseiros, ou dei-
tnr-se a seu geito — , recolher-se em pousa-
da, passar a noite em algum lugar. — com
alguém, morar, aposeniar-se em casa d'elle.
— , monir, habitar; deter-se um pouco em
algum iugar. Â verdade pousava em teus lá-
bios, tinha assento.
pousENTADOR, (ant ) V. Aposentador.
POUSIO, A, adj. (de pousar) terra — , fol-
gada, que se deixou de semear para a não
exhaurir ; — , terra cuja cultura foi aban-
donada.
POUSIO, 5. m. (subst. do precedente), ter-
ra folgada, não semeada. « Herdades dos
menores nom se cultivam e jazem em — s. »
Ord. AíTons.
pouso, s. m. (de pousar), lugar em que
alguma cousa, pessoa ou animal poust, as-
senta, descança; pedra do meio do moinho
sobre a qual anda a galga encostada ao ei-
xo; lugar na cama onde alguém esteve dei-
tado ; lugar onde pousa a ave. v. g. Voar
aos — s. Tomar — , pousar. — do navio,
ancoradouro, lugar, estancia onde elle es-
tá surto. «Tomaram as náos — ante a ci-
dade » Barros.
pouso-ALEGRE, (geogr.) villa da provín-
cia de S. Paulo, no Brazil, perto da de
Minas-Geraes, e ao S. da margem esquer-
da do rio Qraii4««
POV
pouso-ALRGRE, ígeoRP.) povoação no Bra-
zil, na província do Rio de Janeiro, nodis-
tricto da villa de Pirahi, com um correio.
pouso-ALEr.RE, («ftOfçr.) antitça yilla da
província de Mato-Grosso, no Brazil.
pouso-ALF.r.RK, (fçfiogr ] povoação da pro
vincia de Mato-Grosso, no Brazil, nas mar-
gens do rio Tacoari, 35 les;nas acima de
spu confluente com o Paraguai, em 18
grãos 12 minutos de latitude.
poussm. (hist.) chefe da antiga escola
franceza dp pmtura, nasceu em 1594, mor-
reu em Hi6Ç>. Os seus melhores quadros
são : o Diluvio ; Et in Arcádia ego ; e
Triumpho de Flora.
poussiNES. (hist.) em latim Possinus, sá-
bio jesuíta francez, nasceu em 1609, mor-
reu era 1686. Continuou a Historia da
Sociedade de Jcííus.
pouTA, s. f. peso de pedra preso a um
cabo, que os barqueiros lançam na agua
para segurar o barco. Uma — de corda,
do comprimento das a que se prendem as
pontas.
pouTALA ou BOUDALA, ^g^ogr.) templo do
Thibet jia província d'Ouei.
pouTAR, «. a. {pouta, ardes. inf.). —
o barco, segurar com a pouta.
poiíT ou poY-sus-DAX. (aaosT.) villa de
pouTROYB, (geogr.) cidade de França a
4 legoas ao f<0. de Colmar ; 2,510 habi-
tantes.
França, a 1 legoa ao NE. de Dax.
- pouYASTRUC, (geogr.) villa de França, a
3 legoas ao NE. de Tarbes ; 800 habitan-
tes.
pouzANGF.s-LA-viLLK, (geogr.) cidade de
França, a 9 legoas ao N. de Fontenay;
«.140 habitantes.
porzzoLEs. ÍR^^ogr.) PozzuoH em italia-
no, VvteoH e Dicfítarehm dos antigos, ci-
dad © e porto do reino de Wapolf^s, a 2 le-
goa» te mpia ao ftO. de Nápoles; 8,700
babi antes.
powEL, (bist. ) padre inglez, escreveu
contra luthero e a favor do papa o Pro-
pugnaculum summi sacerdotii.
POVO, s. m. (Lat. populus, áoViT.polys,
numeroso ) nome collectivo dos habitantes
de uma terra, cidade, rpgiflo, nação. t?. g.
o — Romano. — , os cidadãos das classes
n*o privilpgiadas. — , a plebe, o vulffo. —
miúdo, gentalha, gente das classes inferio-
res da sociedade ; multidão de pessoas, v.
g. acudiu muito—. — , (fig e poet.) gran-
de quantidade. «O — revoltoso dos bravos
ventos. » « Eolo encerra o bravo — dos so-
norosos ventos. > Diniz. — , (ant. e fig.)
cousa do vulgo. «Essa opinião ó—, popu-
lar, digna do vulgo. Navegaes por uns ru-
mm jpovo.
FOy
m
Stn. corap. Povo, nação. Jfosontído lit-
teral e primitivo a palavra naçrío indica
uma relação commum d») na'*cifnento, de
origem ; e povo, uma relação de numero e
de reunião. A. nação 6 uma dilatada famí-
lia; o pono, uma grande reunido ou ag-
gregado de seres da mesma espécie. A. no-
ção consiste nos descendentes d'um mesmo
pii ; e o povo na multidão de homens reu-
nidos num mesmo sitio. ,^
Uma vez que nação designa uma rela- '
ção de nascimento e de oriífem, é natural
chamar nação á totalidade de linhagens ou
castas nascidas ou estabelecidas de pais a
filhos n'um mesmo paiz, e designadas por
uma denominação commum, como o nome
respectivo das famílias.
Segundo esta acepção a nação consistf!
nos naturaes do çaiz, e o povo em seus hat-,
bitantcs.
Um povo estrangeiro que forma uma co-
lónia em paiz longínquo, continua a sex
portuguez, espanhol, ina:lez. etc, é-o por
nação, ou de orisrem. Diversos povoí reu-
nidos, naturalizados, hgados por differen-
tes rplações communs num mesmo paiz,
formam uma nação; e uma nação sedivii^^
de em vários popo?, diversos uns dos ou*^
tros pnr difTprenças, ou locaes e nhysicas,
ou politicas e moraes. Resulta d'isto que
uma nação é ura srande povo.
A. nação está intimaraente pnida ao paii
pela cultura : ella o possue ; o povo está
no paiz: elle o habita. 4 nação éo corpo
dos cidadãos ; o povo é a reunião dos rei-
nicolas. . :'
Syn. comp. Povo, plehe, vulgo, vulgar
cho. Uma nação divide-se em muitas clas-
ses, o povo é uma dVllas ; é a partp^ mais
numerosa de que a nação 6 o todo. E lam-
bera um corpo do estado, com relação aos
dons outros, clero, e nobreza, que antiga-
mente se chimavam os trez braços da na-
ção. iV .?.) .
P/zfte é a gente commum e baixa dop^,
to. D'aqui se deriva o adjectivo plebeu pu-
ra designar o que é da classe do povo, o
que não é nobre. «A. plebe e os plebeos,
diz Vieira, são os mais pequpnos e os qu«
menos avultam na republica (11, 327). »
Vuhn é o commum da gente populaf,,
a multidão rudoe ignorante, de baixos sen*-
tiroentos e acções ruins. Daqui vem cha-
roar-se vulqar a tudo que é ordinário, 4^
pouca conta, de baixa sorte, etc.
Vvlqacho é a gentalha, a Ínfima plebe,
o vulgo desprezível e ignaro.
POVOA, (geogr.) com este prefixo, que é
synonymo de poro. ha muitas povoaçí^es
em Portugal; as principaes são. 1. , Tiljâ
e írefuezia petto de Trancoso, com 7ftW
m'
.1'3
tW
nsi
habitantes; 2r, Povoa dè Santo Adrião,
a kgua e meia de Lisboa, com :H20 ; 3 ",
Povoa de Santa Christina, vilia a 2 lé-
guas e meia da Coimbra, com 510 : 4.*,
Povoa de Lanhoso, vilia e freguezia quasi
2 léguas a E. de Braga ; 8,000 habitan-
tes.
POVOAÇÃO, 5. m. os habitantes de alguma
cidade, vilia ou lugar ; a gente que habita
ali,, As povoações da costa.
. Stn. comp. Povoação, população. Con-
fundem-se ordinariamente estas duas pala-
vras, que ambas vem de populus, povo ;
devem cora tudo differençar-se. Povoação é
o lugar povoado ; população é o numero
de \izinhos ou habitantes que compõem
uma cidade, vilia, ou um paiz. Portugal
tem muitas povoações maiores e menores, e
sua população é de trez milhões de habi-
tantes. Lisboa é a primeira povoação do
reino, e sua população é de 240,000 al-
mas.
POVOAÇÃO, (geogr.) vilia da ilha de S.
MiRuel, onde foi o primeiro assento dos
habitantes da mesma ilha ; e d'esta cir-
cumstancia é que lhe provem o nome que
conserva. Está situada em terreno pouco
elevado a 2 léguas a L. de Ponta-Garça ;
9^675 habitantes.
POVOAÇÃO , (googr ) aldeã principal da
ilha Brava, ou antes a agglomeração de pe-
quenas aldeãs que se foram extendendo alé
tocarem umas nas outras, e formarem a
a que tem 9sta denoa.inação , com 2,250
habitantes. nfriv-v
POVOAÇÃO TELHA, fgeogr.) pequena éfdea
dá ilha da Boa-Vista, que tira o seu nome
d.i circiimstancia de ,ser aqui que se es-
tabeleceram os primeiros povoadores da
ilha ; 341 habitantes.
POVOADO, A, p p. de povoar ; adj. on-
de se estabeleceram habitantes. Os muitos
emigrados da Europa tem — a America. Lu-
gar—, que tem moradores, vizinhos, ha-
bitantes. — , (fig.) abundante, v. g. bosque
— de arvores ; lago — de peixes; barba—
de cabellos.
POVOADO, s. m. lugar povoado. Viver
em — .
POVOADOR, s. m. colono, o que vem es-
tabelecer-se em algum lugar. — , o que es-
tabelece colonos, que funda villas, cidades,
estabelecendo nellas habitantes. Este rei foi
grande — .
POVOAR. V. a, {povo, ar des. iuf.) esta-
be acer habitantes em terra erma, fundar
colónias, tj. ^r, a republica romana povoou
lâuitas terras. — , ir habitar algum lugar, |
íf.^^g. muitos colonos tem ido — a >ova llol- I
iSÍI*' ~' ^^^'^ encher, occupar em grande I
nWmero, f>. g. os animaes que povearfi, os I
bosques. Os malfeitores que povoam os car-*
ceres. — os mares de naus, de navios de com-'
mercio. — os tanques de peixinhos. A mão
que povoou o céu de estrellas. « A dissolu-
ta impunidade povoou a terra de crimes, »
multiplicou-os nella. — , em sentido abs. ,
(ant. e p. us.) assentar morada, vivenda,
estabelecer-se. «Foram op Árabes povoan--
do em ilhas. » Barros, Dec. II, I, 2.
povoLiDE, (geogr.) vilia de Portugal, a 2
léguas de Vizeu ; 1,305 habitantes.
POVOO, (ant.) V. Povoação.
POvoRADO, (ant.) V. Povoado.
povoRADOR, (ant.) V. Povoador.
PovoRAR, (ant.) V. Povoar.
POVRAMENTO, t. m. (ant.) V. Povoação ,
acção de povoar.
poxà , adj. m. (t. Brasil.) Assim — , é
uma espécie de açu branco, e do preto.
poxiM, (geogr.) vilia do Brazil, na pro-
víncia das Alagoas, na margem direita do
rio de seu nome, e a 1 légua do mar.
POYA. V. ioia.
POYADA. V. Poiada.
potar. V. Poiar, e Pojar.
POYARES (Santo André de), (geogr. ( po-
voação de Portugal no concelho de Pena-
cova, a 3 léguas de Coimbra, 3,000 habi-
tantes.
POYMENTO, s. m. (ant.) o acto de pôr ou
assentar alguma cousa.
poYO , s. m. (ant.) poia ; assento, poial.
PÓziNHO, s. m. diminui, de pó, ténue
porção de cousa em pó, v.g. um — de ta-
baco.
pozio, (ant ) V. Pousio.
pozzo, (Cassiano de,) (hist.) rico anti-
quário piemontez, nasceu em 1590, mor-
reu em 1657. Formou em Roma uma col-
lecção de antiguidades.
PRAÇA, s. f. (ital. piassa, Fr. place, A.W
lem platz, Lat. platca, do i^r. pia tus, lar J) ■
go, extenso, espaçoso ; plax, planicie, cam-
po.) espaço, área no interior de cidade ou
vilia ; área onde se vendem géneros, mer-
cado, V. g. — do peixe, da hortaliça. — do
commercio, editicio onde concorrem os ne-
gociantes para tratar de transacções com-
merciaes ; (fig) o corpo dos negociantes de
uma cidade. x>egocianteda — de Lisboa. — '
leilão, almoeda, hasta publica. Pôr em—,
aos lanços. Vender em — , em Ipilão. Fazer
— de alguma c(msa, (fig.) publica-la, di-
vulga-la. Andaj^^m—, (fig.) ser pubhco.
Tirar á—, (p. us.) dar á luz, manifestar,
publicar. De—, (loc. adv. ant.) em publi-
co, publicamente, á cara descoberta « Ler
a carta, dizer alguma cousa de — . » Ord. s
Affons., em publico, sem segredo, myste-
rio ou disfarce. «Ainda se não requeriam
os bispados de — . » Vida do Arceb.— , fofr
PRA
Pí(M
f73
taleza, lugar fortificado com muros, baluar-
tes. — de armas, o sitio orde se acampa o
exercito ; lugar onde se faz o exercicio mi-
litar, onde se passa mostra. — , cidade for-
ficada que serve de principal deposito de
munições e petrechos para a guerra. — , nos
navios, armazém, paiol das armas. — alta,
fortificação sobranceira ao terrapleno situa-
da na demigolla abaixo do cavalleiro. — bai-
xa, bateria que fica atrás do orelhão que ser-
ve de a cobrir, abrigar ou defender. — , (mi-
Ht.) posto, graduação, v. g. partiu com —
de tenente. O general irandou-lhe abrir —
de capitão. Sentar — a alguém, alista-lo.
Sentou — , entrou no serviço mihtar. — ,
(fig.) soldo de militares, v. g. comer — de
soldado, sargento, capitão. — morta, lugar
não preenchido por soldado. — , soldo que
o capitão ou o coronel come a titulo de sol-
dados que dá como effectivos, e que não exis-
tem. O regimento tem cem —s mortas. —
tiva, a de soldado que cobra o soldo sem fa-
zer serviço, estando ausente. Pôr a — no
.campo, (phras, ant.) offerecer batalha. — ,
ant. e fig.) nome, qualidade usurpada.
Quer passar — de fidalgo, ser havido por
tal. Fazer — de alguma cousa, ostentar, fa-
zer alardo. — , lugar, espaço. Fazer — ,
abrir lugar, apartando a gente, fazer roda
ao que está no meio de algum sitio. Pôr
— , (ant) dar campo seguro para desafio
Fazer — , obsequiarem publico. Pessoa de
muitas — s, (loc. famil.) mui obsequiadora,
que faz grandes demonstrações de ami-
zade.
PRACÉBO, s. m. oílicio de defunctos.
PRACEiRAMENTE, adv. (praceiro, publico,
mente suff.) (ant ) em publico, abertamen-
te. « Dizer — ; ler uma carta — , » Ord.
AíTons. « Mandar um mimo — , » Ord. Man.,
V, 79. 2. A edição de 1797 traz, errada-
mente parceiramente.
PRACEíRo, vem assim erradamente na ulti-
ma edição do Clarimundo por parceiro no
jogo.
PRACEIRO , A, adj. (de praça, des. eiró.)
(ant.) publico. « No pellourinho e lugat-es
— s, » Ord. AíTons.
pRACHiN, (geogr.) circulo da Bohemia, li-
mitado pela Baviera ao SO., e pelos círcu-
los de Budweiss ao SE., de Th&bor a E. ,
de Beraun ao N. ; 250,000 habitantes. Ca-
pital Pisek.
PRACRiTO, (hist.) idioma vulgar da índia,
é derivado de sanscrito.
PRACTiCA, s. f. (Lat. eLat. praxis.) exer-
cício practico. E correcta orthographiae evi-
ta confundir o nome com o verbo, v. g.
pratica bem quem — tem. V. Practico e
Vratica.
PRACTiCAMENTE, adv. [mente suff.) na pr.i-
V0L. IV.
ctíca, de modo practico. T. Praticamente.
PRACTCAR, por uso. V. Praticar.
PRACTiCAVEL, por USO. V. Praticavel.
PRACTICO, A, a/lj. [Lht. practicus, do fyT.
prassô, Altic. prattô, fazer, praticar.) exer-
citado. É mais correcta orthographia, e tem
a vantagem de differençaronome do verbo,
V. g. como — praíico esta arte. Uma letra,
e principalmente sendo conforme á etymo-
logía, é sempre preferível a um accento que
facilmente se omitte.
PRADARIA ou PRADERIA , S. f. (dcS. ária
eria.) prados extensos, campo, campina de
prados.
PRADELLES, (gcogr.) cídade de França, a
8 léguas ao S. de Puy; 1,500 habitan-
tes.
PRADES, (geogr.) cidade de França, a 11
léguas ao SO. de Perpignan ; 3,050 habi-
tantes.
PRADES (o abbade de) , (hist.) escripor
francez, nasceu em 1720, morreu em 1782.
Deixou um llesummo de Historia Eccle-
siastica.
PRADO, s. m. (T.at. pratum, que creio de-
riv. do Gr. prason, verde, ou do 1 ersa par-
dos ou phardos, jardim.) campo de herva
cultivada ou natural; espaços largos, cam-
po. Os cquoreos ou neptuninos —s , (loc.
poet.) o mar, o oceano.
PHADO, (geogr ; viUa de Portugal, a h
légua de Braga ; 1,5<'0 habitantes.
PRADO, (geogr.) vílla d'llispaiiha , a 14
léguas ao SO. de Madrid ; 3,u00 habitan-
tes.
PRADO, (geogr.) villa marítima do Bra-
zil, na Bahia, na comarca do Caravellas.
PRADO, (geogr.) rio dos Estados Unidos,
cae no Grande-Río.
PRADO-DO-CÃO, (geogr.) cidade dos Esta-
dos Unidos, no território do NO., sobre o
Mississipi; 2,000 habitantes.
PRADOso, A, adj. (des. oso.) onde ha pra-
dos. Terra — .
PRADoziNHO, s. m. diminut. de prado, pe-
queno prado.
PRADT, (hist.) escríptor francez, nasceu
em 1759, morreu em 1837. Deixou mui-
tas obras, as princípaes são : Historia da
embaixada no gran ducado de Varsóvia ;
a Europa e a America depois do Congres-
so d'Aix-la-Chapelle, etc.
PRyEMUNiRE , Kstatutos de Preemunire.
Deu-se em Inglaterra o nome de estatutos
de provisões, ou estatutos de prcemunire a
diversos actos do parlamento ; os pnncipaes
são os que prohibiam certos abusos: 1
a itiiroducção em Inglaterra das provizoes
d ) |.», a ; 2 ° a intervenção do papa nas
eleições ecclesiasticas, etc.
vnMTVi\i, (geogr.) (hoje parte áo Ahruz-
274
fRA
PRá
s,9 UlUrior), povo da Itália central, sobre
o Adrialieo , entre o Picenum e os Vesli-
ní.
íPRAGA, s. f. {\M. e Dor. p/a^a, Gr. /?/a-
gJi4^ de plessá, íerir.) ealacaídade que £32
ostffego, V. g, as — s 4o i gypto ; mua — de
gaíanholos, mosquitos. A —das bexigas, epi-
demia. Uma — de piraXas, ,e fi^. — .d,e ra.aus
versos, de maus poflas, — de espias xlela-
tofes. — , (fig ) impfeGação de males sobre
alguém. Rogar — s, desejar mal a alguém,
imprecar sobre elle males, calamidades. — ,
maldizer. — , dito do maledico.
PRAGA, (geogr.) cidade da Rússia epro-
pea, defronte de Varsóvia, e hoje conside-
rada como parte da Varsóvia ; 3,000 babi-
tanles.
PRAGA, (geogr ) Prag em allemão. Praha
em 3ohemio, Marabodum de Ptolomeu, ci-
dade capital da Bohemia, a 80, léguas ao
m. de Vienna; 125.000 habitantes.
. ypRAGAMYO. V. Pergaminho.
PRAGANA, s. f. (do Lr. bruô, puUular,
brotar, e gaio, elevar-se.) a barba ouareg-
ta aguda que s4o d^ esi^ga do tfigp, cen-
teio, etc.
PRAGANAM OU PRAGANANE, (geOgr.) di.Sr
tríoto de Damão, sito na provincia de ISe-
gar-AvelLi, no Brazil.
PRAGMÁTICA, s. /. (pr^i^., O acceiíío na an-
tepGnultiqaa : do Gr. pragmaíikos, de pras-
sô, fazer, ordenar.) lei contra aiguín abuso
publico, v.g. — contra o ijjço. — iunc-
fão, lei, decreto sobí-e obj«clo# rcí;l£'SÍ5?,t4-
cos.
l»RAGU¥JAí)o, A, p. p. de pragnejoT ; adj.
que praguejou, amaldiçoou ; amaldiçoado,
n?aldíto. Males — , imprecados.
praguejador, A, s pessoa flU^e .praguçr
ja, rpg» pragas, amaldiçoa., ,,-j ]^.^
PftAGUiíJAMENTO , S. Vfh. {m^lfítO .§ji^.) (p.
us.) acção de praguejar..,; -•
PBAfrUEJAR , t?, a. [praga, des. ajar , do
Cast. echar, lançar.) imprecar male$ sobre
aJgtiem, «maidi<ço^r. -tf) ^dq seatido abs. e
mais us. dizer mal, v.g. — de algi^ip.-— ,
r^gar pragas.
p«.^GUENTAMENTE, ttdv. [mcnte suff.) copa
nialedicencia pragnejando.
PRAGUENTO, A, iH/j, {doS. pi^to) í^h^ír
CO, maldizeiite. iionte ^— Os — 5, s.
PRAHEC, (geogr ) eidade de Fra^iça, & 3
léguas ao SE, de Sw)rí; 1,6QU bat>ji>?#-
tojg. * " -
pfiAiA, s. f. (Xbí. plaga.) o m^q^pàr
rrfia co&la chata ; a porção de terra çh^^a
que o mar cobre na enchente da maré, ou
n»« DDaiores marés, e que deixÁi descoberta
na vasante, ou nas marés menores.
Syn. comp. Prg/ia, ribeiro,. Praia é a
coM^ iliçUnadf^ pl^Qa, Oji^io^ri^mei^tç de
aréa, sobre que exprai&m as ondas, como
disse Camões :
Que sobre ella empecendo também cala
Qu&ra a seguio na arenosa praia.
(ÍHs., II 71.;
Uibeira, quando se refere ap mar, é o
mesmo que praia talvez mais decliye e der»
ribada e menos extensa, e onde podem va-
rar barcos, etc. Quando se refere aos rios
é terra fresca eíertil que se prolonga jun-
to de rio, talvez arvorejada, como disse
Camões :
isto dito, veloies mais que gamo»
^e lauç^o a correr -pelas ribeiras.
FusídUÓ as nyraph.a^ y^p por entre os ramo^.
• • [Lus., IX, 70.)
PRAIA (villa da) , («eogr.) vdla da ilha
Terceira , está virada ao JL. e situada ong
terreno mui plano , acima de um largo
areal de que tomou o nome, a 5 léguas ao
NE. da cidade ; 3,000 habitantes.
PRAIA (villa da), a principal poToaçãodo
archipííiago de Cabo Verde, senão pelo que
respeita á população, certamente pela ri-
queza d^ seus habitantes, e pela extensão
de seu commercio, que é, quasi igual ao
de tqdo .0 t^&M> do axchipelago ; 12,000
habitantes.
praja (ilha da) , villa mediana da ilha
Graciosa, situada i beiramar, e voltada a
L. légua e meia distante da de Sancta Cruz.
PRAU, (geogr.) aldeã mediana da ilha do
FaiaJ, sijt^fld,9i á beiramar em terreno mui
aprasivel, meia légua ao W.NO. distante da
cidade da Horta.
PRAiNA. V. Plq,Uia, plana.
PRMNg^, (geíJjgr.) nome de uns ilheos si^
tuados ao NWE. da ilha do Pico.
JPÍIAINO. V. PlaiTM.
PRAiNADEiRA, s. f. (do prãincL, plano, cha-
to.) insecto que dizem se introduz nascol-
mêas, e que é morto pelas abelhas.
PíiAissAS, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas ao .10. d'Agen : 1,600 habitantes.
PRANCHA, s. f. (do Fr. planche, doLat.
planus, chato.) taboa chata, larga e grossa
para con&tf uif o icogtódo de navios e para ou-
\ trás construcções solida^, ou para servir do
passadiço. Correr — d terra, deita la da prôi
do barco á agua, para servir de ponte aos
qií,e desembarcam. — d€ metal, lamina. Dar
de-^, .pranchada. Pôr a vi4d **<*—. (^g )
aventura-la. ~s , taboado. — da espada, <i
PBfl
iMP
175
PRANCHADA, s. f. (des. a da.) golpe com
a prancha da espada. Dar, Itvar—s, cas-
tigo militar.
PRANCHÃo, s. m. augmenl. de prancha,
prancha forte, e grande do taboado.
PRANCHAR, V. a. [praucha, da folha da es-
pada, ardes, inf.) dar pranchadas aos sol-
dados, castigar com pranchadas.
PRANCHETA ou PRANCHETA, S. m. diminut.
de prancha. — , (cirurg.) mecha chata de
fios para curar feridas. — , chapa delgada
de metal. — , instrumento mathematico de
medir distancias , usado nos mappas geo-
graphicos.
PRANTA. V. Planta.
PRANTAR. V. Plantar.
PRANTEADEiRA, 5. f. {prauto, des. eira),
choradeira, carpideira, mulher que acompa-
nhava os enterros por certo preço, e que
ia carpindo.
PRANTEADO, A, p. p. dc prantear, adj.
chorado, carpido, v. ^f. Morte mui —. Tem
— tão sensivel perda. Hymno mais —que
cantado, recitado em tom de pranto.
PRANTKADOR, s, w. O quB prantca, la-
menta.
PRANTEADORA. V. Prantcadeira.
PRANTiAR, V. a. {pranto, ar, des. inf.),
lamentar, lastimar-se com pranto, expres-
sões de magoa, gemidos, muitas veze sacom-
panhados de lagrimas; v.g. —a morte do
íilho, da esposa, do pai ; — o morto com
tantas magoas ; — a perda do amigo, —se,
V. r. (ani.) lastimar-se,
Syn. comp. Prantear, cho) ar, lamentar,
carpir, deplorar. Prantear é soltar vozes
pezarosas, ás vezes acompanhadas de 1 gri-
mas. Chorar é derramar lagrimas. Lamen-
tar é soltar pranto forte por successo mui
infausto. Carpir é fazer actos demonstrati-
vos de dôr viva, de magoa. Deplorar en-
volve a ideia de chorar, e applica-se mais
aos actos que ás pessoas, v. g. deplora a
cegueira das classes privilegiadas
PRANTO, s. m. (Lat. planctus, de plan-
go, ere, bater, dar golpes, prantear, (ir.
plessô, id.), demonstrações violentas de ma-
goa, gemidos, grilos, v.g. Rebentar em —
desfeito,— da amargura
pRÃo, (ant.) plano. De—, adv., de pla-
no, deveras, claramente.
PRASiNO, A, adj. (do Gr. prason, alho
porro, verde), (ant.) da côr de alho porro.
verde.
PRASio. s. m. (Lat prasius, do Gr. pra-
sion, verde), nome de uma pedra preciosa
denominada mãi da esmeralda, ha três es-
peci<^s delia, uma verde, oatra amarellada,
e outra inteiramente amarella.
PRASLiN, (geogr.) porto natural da ilha
^9»M iitbel, (uma das ilhas 4e Saloiuão).
PRASMAR, V. a. (do Fr. ant. blasmer, ho^
je blámer, do Lat. blasphemare, reprehnn-
der), (ant. e obsol.) V. íieprehender, Cen;^
surar.
PRASME, s. m. [praz-me), beneplácito,
consentimento. O régio — . « As pessoas eqa
que estava o — do casamento. > Cast. '['
PRASMO, s. m. (de prasmar), (ant ) cen-í
sura, reprehensão.
PRASO. V. Prazo.
PRATA, s f. (Cast. plata, Fr. plate, bar-
ra de prata ou de ouro de|?ia<, plano, cha-
to), metal fino, branco, malleavel de que
se faz baixella, lâmpadas, fivelas e outras
peças. Prata em barra, apurada e fundi-
da em barras : — lavrada, obras feitas de
prata. Tela de prata, de fio de prata. ».
g. — amoedada ; — batida em folhas, ti-
rada pela fieira. — quebrada, (fig.) cousa
que nunca perde o seu valor ainda tendo
soffrido quebra. — . planta cujas folhas of-
ferecem grãozinhos brancos como borrifos
de orvalho.
PRATA (Províncias Unidas do no da),
(geogr.) ou Republica argentina, um dos
hstados da America do Sul, limitado ao N.
pela Bolivia, a E. pelo Brazil, o Paraguay,
o Uruguay, ao SE. pelo Occeano Atlânti-
co, a O. pelo Chili, ao S. pela t atagonia ;
1,700, OOO habitantes. Capital Buenos-A.71^^.
Compreende os seguintes estados
Estados
Buenos Ayres
Entre-Rios
Corrientes
Sancta Fé
Córdova
Santiago dei Estero
Tucuman
Salta
Jujuy
Catamarca
Kioja
S. João
S. Luiz
Mendoza
Capitães
Buenos Ayres
Baxada
Corrientes.
Sancta Fé
Córdova .
Santiago dei Estero.
Tucuman.
Salta
Jujuy.
Catamarca.
Rioja.
S. João.
S. Luiz.
Mendoza.
PRATA ou RIO DA PRATA, (gCOgr.) um
dos maiores rios da America do Sul, da
serra de Mantequeira no Brazil, atraves-
sa o Sul desta provinda, separa a provín-
cia de 8. Pedro das de Coyaz e de Mato-
Cirosso ; firma depois o limite entra oB ra-
zil e o Paraguay, rega depois o território
de Confederação da Prata, recebe á direi-
ta o rio das Mortes, o Paranahyba, o no
Pardo © o Ftraguay ; i es^wda o Rio
276
FRA
PRA
Verde, o Tietê, o Iguaza, 'o mais baixo o
Uraguay.
PRATAS, s. f. pi. laminas, peças da ar-
madura antiga para defender o corpo.
PRATEADO, A, f. p. de pratear, adj. co-
berto de folha de prata ; (fig.) de eôr e bri-
lho da prata. v. g. As folhas— 5, As on-
das — .
PRATEADOR, V. Praieiro.
PRATEAR, p. a, [prata, ar. des. inf) co-
brir de folha de prata, dar a côr de prata,
(fig.) encobrir o mal cora alguma côr boa
on pretexto plausivel. A lua praliava as
aguis do lago,
PRATEiRo, s. m. (des. eiró), oílicial que
lavra prata, vulgarmente chamado ourives
da prata, expressão iruoropria.
PRATEL, s. m dítninut, de prato, prati-
nho. prato pequeno. Pi. Pratéií. (He des-
usado.)
j^PRATELEiRA, s. f. (des. eira), estante de
por pratos, e frascos da cozinha.
PRATELEIRO, s. m. V. Prateleira.
PRÁTICA ou antes pract'Ca, s. f. (^at.
praxis. Gr. praktiké], exercício pratico da
arte ou profissão : — da medicina, do foro
uso, estjlo pratico, v g. —do nosso foro
— dos médicos. A — das virtudes. Pouco
vale a theoriasem— . Porem — os precei-
tos theoricos da arte. — , s. f. conversação
lamiliar, exhorlaçãD familiar, v. g. Fez uma
— aos soldados, ao auditório. Trazerem —
alguma cousa, fallar nella em todas as con-
versações. Mett.-ir em — alguma cousa, fal-
lar nella. Manter — , continuar a conversa-
ção com alguém.
PRATICADO, a, p. p. de praticar ; adj.
posto em pratica : conversando ; communi-
cado em conversação ou exhortação fami-
liar.
praticador, s.m. o que pratica, conver-
sador
praticamente, adv. [mente swíi.), napra-
ctica, segundo a exptriencia, ouso, de mo-
do pratico.
praticante, s. m. (des do p. a. Lat. em
ans, tis), o que adquire 'pratica debaixo da
direcção de advogado, medico, cirurgião.
Lente — de medicina, o das cadeiras depra-l
tica desta arte.
praticar oupracticar, V a. [praticaou
practica, ar des. inf) pôr era practica : —
*'» 9- — a medicina, a cirurgia, a carida-
de, as virtudes. — . dirigir palavras, dis-
curso, exhortação a alguém, c. g. « para
lhes — a doutrina christà. » Barros, i,
3> 7' — » ^' *^- conversar em alguma ma-
téria com uma ou mais pessoas, procurar
adquirir practica, v. g. meu irmão anda
praticando comum célebre advogado, —se,
. r. impessoal, usar-se na praxe, estar
em uso. Assim se pratica no foro, na côr-j
te, entre homens de bem, J
praticável, adj. dos 2 g. (des. avel),
de fácil execução, fácil de pôr em pratica.
Meio — .
PRATICO ou PRACTico, A, adj. exercitado,
experimentado, hábil destro, versado (ho-
mem), V. g.—nà navegação, nas linguas,
nas artes úteis ; — da barra, da costa, que
as conhece por experiência. — , praticado,
executado. Medicina—, a que consiste na
applicôçào dos medicamentos aos doentes.
Casos — , que occorrem frequentemente na
praxe. Os—s, subst. pessoa que practica,
experientes.
N. B. A etymologia de Practica e seus
derivados pede o et, mas o uso tem sup-
primido o c ; todavia creio acertado conser-
vA-lo em practica, s. f. para odiíTerenfar
do verbo, elle pratica, pratica tu, e em
practico, adj. para o não confundir com o
verbo eu pratico.
PRATiNHO, s. w. diminut. de prato, pe-
queno prato ; (fig.) guinado delicado, v. g.
Fazer — de alguém. (íig.) a jocoso, diver-
tir-se á custa d'elle, debicar ntdle.
PRATO, s. m. (Fr. plat, chato, e prato),
peça, mais ou menos cova de louça, metal
ou madeira sobre que se servem iguarias
na mesa;—, (p. us.) bacia. 0. ^r, — dedar
agua ás mãos; (fig.) guisado, vianda, igua-
rias que se servem em pratos na mesa ; — ,
sustento, comida, v.g. Ter —certo. Orei
lhe dá uma moeda por dia para — . Fazer
— de alguma cousa, (loc. farail), propô-
la na conversação para modelo. — , peça
de madeira sobre que os bombeiros assen-
tam os paneiros para nestes fazer mais im-
pressão a pólvora do pedreiro.
PRATS, (geogr.) cidade murada de Tos-
cana, a 4 léguas ao iNE. de Florença; 1,000
habitantes.
PRATS DE MOLLO OU PRATS DE MOSLLON,
(geogr.) cidade de França, a 6 léguas ao
SO. de Ceret; 5,000 habitantes.
PRATT, (hist ) escriptor inglez, nasceu em
i7i9, morreu em i8i4. Escreveu: Pensa-
mentos livres sobre o homem, ; Historia de
Benignus, etc.
PRAiiso. V. liauso.
PRAUTOY. (geogr.) villa do França, a 5
léguas de Langres ; 760 habitantes.
pRAVADi, (geogr ) cidade da Turquia eu-
ropea, capital de livah, a 25 léguas ao SE.
de Silistria.
PRAVIDADE, s f. (Lat. pravitas, tis), mal-
dade moral, depravação.
PRAVO, A, rdj. (Lat. praous, torto, máu.),,
(p. us.) máu, perverso, malvado. V. De-^
pravado.
PRAXí,-5, /, {liX^ praxis. V. Practica.^?
PhA
PRfi
m
DMotic». execuçso delheori». A-^jadicM. 1 pra«r, assim lambem rfeVí; mdícaomaior'
piabiK.a. oA^ V " / df.br. ui O nrazer lavado ao seu ei-
iorense ; —da medicina.
PRAXi V. Praxe. ,
PRAXiSTA. s. w». (des. ista.) jurisconsul-
to que ensina a praxe do foro.
PRAXITELES, (hist.) celebro escuiptor gre-
go, nasceu no anno 360 antes de Jesu-
Christo. morreu em 280, exerceu a sua
arte em Athenas. Os seus primores d'arte
eram o Cupido de Thebas, a Vénus de
Gnido, o Satyro d'Athenas.
PRAYA. V. Praia.
PRAZ. V. Prazer, verbo.
PRAZADO, (ant.) V. Emprazado.
PRAZENTE, adj. dos'Íg.[&nl.)\.Ápraxi-
rf/, Agradável.
PRAZENTEAR. V. Lisougcar.
PRAZENTEIRAMENTE, adv. [mente suíl.) de
maneira
agradar a alguém.
PRAZENTEIRO, A, aàj . (V. Prazcr, 5. m.)
alegre, festivo, amigo dos divertimentos, fol-
gazão. — no fallar. Cara — , que mostra
agrado, atT^ivel. Mulher— .Visía—, aprazível.
PRAZENTEO, s. wi. V. Lisofija.
PRAZER, s. m. (Fr. plaisir, do Lai. pla-
ceo, ere, agradar.) gosto, satisfação, gozo,
contentamento. Os prazeres sensuaes, ho-
nestos, do espirito, sensações agradáveis,
aprazíveis. Prazeres públicos, festas, func-
ções, divertimentos. Tomar — cm alguma
cousa, gozar, receber gosto delia. Metter
cm — , fazer alegrar. Casa, quinta de —■, de
recreio.
gráo de delicia o prazer levado ao seu ei-
l 'erao, de que já não se podo passar.
Ua prazeres espirituacs e sensuaes, ho-
nestos e defesos. A intelligencia cultivada,
a instrucção variada, os sentimentos no-
bres do coração, a pratica de acções vir-
tuosas ; a saúde vigorosa, a juvinil idade,
a posse de riquezas, uma vida ditosa, são
fontes de muitos e variados prazeres ; que
só serão reprehensiveis quando deixarem
de ser honestos. A idéa de delicia indica
cousa mais voluptuosa, mjiis duradoura,
mais fixa no prazer material ; adhere or-
dinariamente a um só objecto, e permane-
ce mais tempo nelle, por isso dizia Vieira
que « Esau era as delicias da velhice de
Isaac (I, 531). » A palavra deleite designa
sr a.g;;eo\rx = a proé.^^!.—»^ A',,rS; ^s.
deleitações sensuaes ; pelo que se olha com-
mummente o deleite como um defeito, um
vicio, que a boa moral reprova, um abuso
dos praz-írcj sensuaes, um abandono a
violentas e torpes paixões, uma inquieta- .
çno e desassossego de animo a que nenhum . -
gozo satisfaz por novo e esquisito que
seja.
PRAZERES, (geogrl) aldeia da ilha da Ma-.,
deira, pertencente ao concelho da Calheta;,:,
1,877 habitantes. ;,
PRAZIMENTO. V. Consentimcnto, Prasme.
PRAZMO. V. Prasmo, ^
PRAZO, s. m. (do Fr. ant. plesse ou pies-
ri°'r a •,« _?l Ôr7dv^»m «». .apada, jardim cercado de vallados, cer- .j
w
toda a satisfação. — , v. a. ou n. irregular
(Lat. placeo, ere, de lacio, ere, enlaçar, at-
trair.) aprazer, agradar, ser de gosto Pro-
sem Deus. Prazendo a Deus. Se a Deus
prouver. Prouve a El -Rei. Disse que lhe pra-
zia. Prouvera, prouvesse a Deus. Praz ,
.'ant.) era exclamação com que se marcava
a alguém que repetisse o que tinha dito e
..•ue se não linha ouvido dislinctamente. Vem
do Francez plait-il, usado no mesmo sen-
tido.
SvN. comp. Prazer, delicia, deleite, são
estes os principaes sentimentos jucundos do
homem ; cons^idera-se o prazer como gé-
nero, e os outros como espécies.
Prazer ó tudo que praz, contenta, dá
gosto, excita nossa complacência, satisfa-
ção, recreio sem que o perturbe nenhum
dissabor nem desgosto, pois do contrario o
prazer não seria nem puro, nem verdadei-
ro, senão uma falsa imagem d'elle.
Delicia significa um maior gráo de pra-
zer, um sentimento jucundo mais forte ;
poiêm mais limitado em quanto aseu ob-
jecto, pois propriamente só vem a abraçar
a sensação.
Assim como delicia indica maior grau de
YOL. IV.
ca, em B. Lat. plessa, ou de praiau, praiaux, g
praioz, prado.) terreno que o dono afora ou
dá de emphyteose a outrem para que este
goz3 do domínio ntil, em vida ou vidas, ou ,
em fateosim, com certas condições. — de li-
vre nomeação, que o actual possuidor pôde, ^
por testamento, deixar a quem quizer. — s .,
desaforados, que não pagam foro ou pensão
annual. « Os reis de Portugal e Caitella en-
tenderam metter as Molucas cada uma em seu ,,
— .» Lucena, isto é, incluir nos seus do-;j_^
minios. Esta expressão figurada vem do sen-
tido primitivo do termo prazo, cerca, pro- ,j
priedade rural murada ou cercada de valia -
jos. — , (fig ) tempo determinado, limitado».^
dentro do qual se deve fazer, ou verificar ;
alguma cousa, época determinada. « Os dias .,
e — í da minha vida. » Arraes. « Pediu de—
três dias para deliberar. » Vieira. Encurtar
ou alargar o —, prorogar, retardar. Pagar
a—s, em épocas fixas, determinadas, em
pagamentos successivos.
PRÉ, s. m. (Fr, prêt, do l&i. proses ta t%o,
prestação.) soldo, paga diária do soldado.
PRÉ, partícula inseparável prepositiva que
entra na composição de muitas palavras ;
denota situação anterior no espaço e no tem-
70
53
m
PKE
po, eminência, e íig. primazia, excellencif»,
V. g. precipicio, presagio, preeminência ,
prepôr, preclaro. Vena da prep. Lat. prce.
que creio derivada do tgypcio pi ro ou pi
hera , a face. O Gr. pro é evidenlementc
contracção do Kgypcio pi ro, a boca, a fa-
ce, o roito.
PREÁ, s. f: (Fr. pro/e.) presa. O lobo sol-
ta a —. « llispanha era feita — de quantos
a queriam occiípar. » Leão, Descrip. V.
Presa.
PBEA, s. m. (t. Brasil.) o animal marsu-
pial denominado geralmente /iaw</Mrú, cuja
fêmea tem ura bolso na barriga onde 'reco-
lhe e leva os filhinhos.
^ TREADAMiSMO, (hist.) opinlão sustcntada
no meado do XVIÍ século por Isaac de La
Peyrere, calvinista, em um livro intitulado,
Praeadamitffi. Negava que Adão losse o pri-
meiro homem, que aíTirmava e só era o
tronco do povo hebreo, mas que antes
delle já a terra estava habitada pela raça
humana.
PRE-Aux-CLERES, ígcogr.) Era Msim cha-
mado na idade media um campo próximo
a Paris, e que se estendia pela margem es-
' querda do Sena, desde a Torre de Nesle ,
em todo o espaço occupado hoje pelo ar-
rabalde de S. Germano ; foi assim chama-
do por ser o lugar de passeio dos estu-
dantes [deres], da Universidade.
PRECHAC, (geogr ) villa de França, a 3
leguasaoSO.de Tarts ; 5.0 habitantes.
PRECHEUR, (geogr.) villa e parochia da '
Martinica, a 3 léguas ao NO. de S. Pedro •
3,500 habitantes.
PREALLEGADO, A. adj . alíegado, citado an-
tes ou acima no mesn.0 discurso, arrasoado,
ou capitulo de livro.
PREAMAR , s. m. (contracção de praia e
mar] o auge da maré cheia, quando a praia
está coberta de agua.
PREAMBULAR, V. a. (pre, e Lat. ambulo,
are, passear, andar.) fazer preambulo, oíTe-
recer em forma de preambulo, fazer prece-
der.
PREAMBULO, *. m. prefacio, exórdio, in-
troducção, discurso preliminar.
PREAR , V. a. (do Lat. proedo , are , de
proeda, presa.) (p. us.) apresar, í;. ^. —na-
vios. — homens, na guerra, —uma nação,
cativa-la. — , em sentido abs. fazer presa ,
saciar-se. Aves, tigres que vem — .
PREBENDA, s. f. (i.at. proibeuda, áeproe-
beo, ere, dar, composto deprcB e habeo, ere,
ter, possuir) canonicato. renda do canoni-
cato, beneficio ecclesiaslico.
PREBENDADO, A, ttdj. 6 s. m. O que gosa
de prebenda. se.
PREBENDARIA, s. f. (des. om.) officio ds
prebendeiro.
^ • PRE
PREBENDEiBO, s. m. (dcs. eiro.] rendeiff
que arremata rendas de bispados, commu-
nidadcs, canonicatos.
PREBOSTE, s. m. (Fr prevót, do Lat. proe-
posilus.] oíTicial militar encarregado de pren-
der os desertores ; hoje é o executor de alta
justiça nos regimentos.
pnECAÇÃo, s. f. (Lat. precatio, onis, de
prcor, ari, rogar.) rogativa. — , fant.) co-
lheita. «Podia El-Rei receber as precações,
que vulgarmente chamam colheitas nas igre-
jas cathedraes e mosteiros. » Mon. Lusit.
PRECALÇAR. V. PcTcalçar, Lucrar, Ga-
nhar.
PRECALço. V. Percalço.
PBECARiAMENTE, adv. (mente suí(.] de uio-
do precário.
PRECÁRIO, A, adj. (Lat. precarius, con-
cedido a rogos de alguém, de precor, ari,
rogar.) possuído como mercê, que se pôde
revogar. Posse — . Paz — , não solida. Os
bens da fortuna são —s.
PRECATADAMENTE, adv. {mcute suff.) por
precaução ; com precaução , com cautela.
PRECATADO, A, p. p. de precatar; adj.
acautelado, prevenido. Homem—, cauto.
PRECATAR, V. a. [pre preí , cauto, ar des.
ínf.) acautelar, prevenir alguém de perigo
que ameaça, ou de sucesso antecipado;
precaver, v. g. — damno, risco, accidente.
— SE, V. r. acautelar-se, precaver-se, v.g.
— de mal que pôde vir, — das ciladas, dos
erros. Quando nos precatámos era noite ,
quando advertimos. «Quando nosnãojore-
catamos somos na velhice. » Eufr., isto é,
chegamos á velhice insensivelmente.
PRECATO, s. m. (ant ) V. Precaução.
PRECAroRiA, s. f. carta precatória. V, Pre-
catório.
PRECATÓRIO. A, adj. (do Lat. precator, quo
pede, roga.) que pede, roga. Carta—, era
que o juiz pede a outro magistrado a sen-
tença, ou que faça alguma dihgencia judi-
cial.
PRECAUÇÃO, s. f. (Lat. procautio, onis.]
cuidado, cautella antecipada para obviar al-
gum perigo, damno, risco, precaver dam-
no, embaraço, inconveniente. Usar de—;
tomar precauções.
PBECAUTELADo, V. Prccatado, Acautela-
do.
PRECAUTELAR, V. Precatar, Acautelar;
Precaver.
PBECAUTORio. V. Pcrscceivativo.
PRECAVER, V. a. (Lat pracaveo, ere, prn
ecaveo, ere, acautelar, prevenir), acautelar,
prevenir, anlipar-se em obviar o mal, o pe-
rigo, risco, damno. —se, v. r. acautelar-
íirjv o.
:*LUL
PRECAVIDO, A, p. p. de precaver, adj.
acautelado, prevenido, precatado.
líi
»RI
PRE
Mb
PREÇÀR. V. Prexar.
PRECEDÊNCIA, s. f, )de prcceder, des. en-
cia), cousa qae precede outra ; o aclo de
preceder ; direito de preceder a alguém.
PRKCKDBNTE, adj . dos 1 g. (Lat. pnsce-
dens, tis, p. a. de prcecedo, ere, preceder),
que precede i-nmediatamenle, em tempo ou
em ordem, s^rie. O dia, o capitulo —.Os—s
oradores.
PRECEDER, V. a. (Lat. proecedo, ere, prm, e
cedo, ere, sahir de uai lugar), ir adiante.
Os antigos usavam da preposição a, pospos-
ta ao verbo, v. g. precedia àloáos o arau-
to, k A matutina luz que ao sol precede. »
Canaões. Hoje dizemos sem preposição ; os
symptomas que precedem a crise ; os signaes
que annuQCiam e precedem a tormenta. — ,
exceder, avantajar-se : edifícios tão grandes
e maravilhosos que precedem ás obras de ar-
chíctura dos gregrse romanos.» Barros, r, i,
2. — , embelleza, riqueza, virtude a alguém.
« Só no nome e na coroa o precedia o rei »
Vieira. — , em sentido n. avantajar-se, ter
precedência na graduação. Os duques pre-
cediam aos marquezes. « Diante de Deos não
— o rei ao villào. » Vieira. « P>am navios
de vela e remo, e em tudo precediam ; os
nossos não lhe podiam fazer damno, » Bar-
ros, i, 3, 1.
PRECEDiMENTO, s. IH. V. Precedcncia.
PRECEiTivo, A, adj. V. Perceptivo.
PRECEITO, s. m. (Lat, proeceptum), man-
damento ordem superior ; regra moral, ou
de artes, sciencias.
PRECEiTOR. V. Preceptor.
PRECEiTORíA. V. Preccptoría
PRECEITUADO, A, p.p. de preccituar, adj.
dado como preceito, v. g. doutrina — , —
a que se impoz preceito, v g. discípulo —
pelo mestre.
PRECEITUAR, V, a. (prcceito. ar, des. inf.)
dar ou impor preceito.
f PRECEPTiVELMENTE, ado. (mcníesuíT ), por
preceito, por mandado.
PRECEPTIVO, A, adj. (Lat, proeceptivus)
que encerra preceitos, doutrinal.
PRECEPTOR, s. m. (Lat.), mestre, aio. An-
tigamente dava-se o n©me áe preceptores aos
mestres das ordens militares, e de precepto-
res primários aos grnn- mestres.
PRECEPTORiA, *. /. (dcs. ia), prebenda ap-
plicada para os magistrados ou lentes das
sés 6 da universidade. — s, (ant.) commen-
das paraoscavalleiros da ordem de Christo,
que em Africa miUtassem por dois annos á
sua custa.
PRECEPTORiAL, adj. (des, do adj. ai), de
preceptoria. v. g. l^rebenda, beneficio — .
Rendas — s.
PRECES, 5. f. pi. (do Lat. precor, ri, ro-
(ar), rogativas, sapplicas a Deos por cala-
midade publica; — , breves responsorios de
breviário.
PRECESSÃO, s. f. (Lat. prcecessio, onis),
o preceder, ou ir diante: — dos equinoxios^
movimento anlicipadoe retrogrado dos pon-
tos equinoxiaes, que equivale a um gráo
em perto de 72 annos.
puecha. V. Percha.
PHEciADO. V. Prezado.
PRECiKNCfA. V. Presciência.
PRECINTA, s. f. [pre, e cinta), faixa de.
cingir e reatar, v. g. — s, que seguram o-i
colxão ao leito; (fig.) — s de ferro de co.-<
bre, — de cal, a cal que liga uma lage á outra. .
PRECiNTADO, A, p. p. de precintar ; adj,-.
cingido com faixa ; (íig.) donzella — de cas-'.
tidade, defendida, fortalecida,
PRECINTAR, V. a {precinta^ ar des, inf)
reatar com faixa ou precinta. — oscoffres.
PRECINTO, s. m. {pre, e cinto) recinto, eiPi^
cuito.
PRECIOSAMENTE, ttdo. {mente suff.) cuato-i
sa, ricamente.
PRECIOSIDADE, s f. {áes. idade) qualidadai
preciosa, summo valor de alguma cousa ;
(fig.) cousa preciosa, de grande valor. A —
da saúde. — s, pi. cousas preciosas, de gran-
de preço.
PRECiosrssmo, a, adj,superl. de precioso,
de summo preço, valor, v.g. thesouro — ,
sangue — ,
PRECIOSO, A, adj. (Lat. pretiosus, de pre-
tium, preço) de preço, de grande valor, de
grande custo. Pedra — , tina e de grande pre-
ço. Os — s restos da antiguidade egypcia. Os
—s dons da natureza.
PRECIPÍCIO, s. m. ('Lat. prcecipitium) des-
penhadeiro, lugar alto e alcantilado d'onde
é fácil cair ;(6g.) caída arrebatada dequem
se despenha ; mina, ex, « Parar o — da on-
da decumana, » o Ímpeto. Vieira. Estarna
borda do — , (fig.) exposto a perigo, a ruina
imminente.
PRECIPITAÇÃO, s. f. (Lat. jircccipitaíio,
onis) movimento precipitado ; (ÍJg.) acto in-
considerado, arrebatado. Obrar com — , ar-
rebatadamente. — , (chim.) o precipitado que
se faz em uma dissolução.
PRECIPITADAMENTE, adv. (mente suíf .) com
precipitação.
PRECIPITADÍSSIMO, A, aój. suptrl de pre-
cipitação.
PRECIPITADO, A, p,p. de precipitar ; adj.
despenhado, que se precipitou ; que preci-
pitou. Foi — do alto pico. Tinha — a parti-
da. Homem — , inconsiderado, assomado,
que obra com precipitação. — , (chim,) de-
posto de uma dissolução,
PRECIPITADO, s. m. substancia precipita-
da de uma dissolução. — rubro ^ branco,
preparações de azougue.
70 ♦
280
PM
PM
■^'ttRECiPiTANiE, s. w. (Lat. prcBcipitanè, tis,
p.& deprcecipilio, are.) (chim.) corpo que
tem a propriedade de precipitar outra sub-
stancia do fluido em que está dissolvida.
PRECIPITAR, V. a. (Lat. prcBcipitio, are ;
prcB, e caput, tis, caleça) despenhar, lan-
çar deprecipicio abaixo, v. g. — da rocha
Trapeia. — , (fig.) arrojar, pôr em obra ar-
rojadamente , com precipitaçiio, v. g. — a
empreza, a fugida, a partida, a resolução.
— SE, V. r. arrojar-se, arremessar-se, lan-
çar-se com impeto, despenhar-se ; (íig.) bus-
car temerariamenle a sua ruina, v. g. — á
perdição, — em um abysmo de males. — ,
cair, apressar-se. « Quando o sol precipi-
tava a esconder-se no oceano. »
PRECIPITE, adj. dos 2 g. (Lat. prceceps ,
itis.) arrojado, despenhado ; accelerado.
PRECiPiTOSo, A. adj. (des. oso.) onde ha
precipícios , da forma de precipicio, v. g.
^ montes, caminhos — ; (íig.) arrojado, ac-
'*' celerado, que tenta emprezas arriscadas com
precipitação, assomado ; feito com precipi-
' tacão, V. g. partido, lance — .
PRECiPUAMENTE , odv. [mcntô suff.) (jur.)
com direito ao precípuo. Tirar , receber ,
herdar — , tirando do monte ou da terça a
parte reservada ao precípuo.
precípuo, a, ac?;. (Lat. príBcipuu5, selec-
to, escolhido, principal, áe proecipere: proe,
e capere, tomar.) (jur.) o que o herdeiro
não é obrigado a trazer á coUação quando
tem coherdeiros. Bens — s , parte — , ou
subst. : o — , a — , a porção da herança re-
servada pelo testador a um dos herdeiros,
ou de alguém que não tem direito á legi-
tima.
precisado, a, p. p. de precisar, adj de
que se hade precisar ; necessitado.
PRtciSAMENTE, adc. [mente suíí.) por for-
ça, de necessidade ; — , com exacçào, pre-
cisão, de modo exacto, preciso.
PRECISÃO, s. f. (Lat. prcecisio, onis, de
proeciderô', prqe, eccBJere, cortar), concisão,
exactidão, (llg.) necessidade urgente, v. g.
Expor uma matéria com — , exacta concisão.
Ter — de alguma cousa, sentira falta, apri-
vação d'ella.
Syn. comp. Precisão, abstracção. Preci-
são é uma operação do entendimento, que
consiste em considerar uma cousa de per
si, sem attender áquellas a que anda uni-
da, ou com que tem relação. Abstracção é
uma operação similhante a esta, que con-
siste em considerar n'uma cousa um só
altributo sem attender aos outros que tem.
PRECISAR, V. n. ter precisão, carecer, sen-
tir falta de alguma cousa. v. g. O doente
precisa de descanço. A esquadra precisa de
marinheiros. — , exigir, v. g. o negocio
precisa grande attençào, prudência, — , (p.
us.) por nâ necessidade. —SI, haver neces-
sidade. Precisa-se muito segredo.
PRECISO, A, adj. (Lat. proecisus, cortado,
mutilado, conciso.) rigorosamente exacto,
V. g. em termos — s. « Conceito — de mãi.»
Vieira. — , (fig.) certo, determinado, limi-
tado, V. g. tempo — , que não admitte de-
mora, dilação Ordens — s, formaes, positi-
vas. — . necessário, forçoso. E — moderar
as nossas paixões, soífrer com paciência os
nossos males. O — sustento.
Syn. como. Preciso, succinto, conciso ;
precisão, concisão. Preciso indica o queé
necessário n'uma cousa, sem nada de su^))
perfluo. Succinto designa o que é breve e
compendioso. Consiso exprime a concisão
com que se diz ou escreve alguma cou-
sa.
Preciso e succinto dizem-se ordinaria-
mente do discurso ou composição liftera-
ria ; e conciso, do estylo e da expressão de
quem diz ou escreve, É preciso o discurso
quando nelle domina a precisão, e se cor-
ta tudo que é estranha ao assumpto que
se trata. É succinto o discurso quando nel-
le só entram as idéas principaes, e se tra-
tam compendiosamente e sem prolixidade.
Conciso é o estylo quando a obra não está
sobrecarregada de pensamentos não neces-
sários, e quando no discurso só se empre-
gara os termos mais próprios e significati-
vos, excluindo toda a diííusão e redundân-
cia. Concisa é a expressão que presenta
exactamente a idéa que desejamos com-
municar , e alem d'isso a enuncia com
áquellas pallavras que sejam necessárias
para sua cabal intelligencía.
Ainda que alguns hajam confundido a.,
precisão com a concisão nas expressões, são b
com tudo cousas absolutamente distinctaSí^q
Ambas estas palavras, como derivadas dos
verbos latinos prceddere e considere, com-
postos de ccedo, convém na idéa fundamen-
tal de cortar ; porem cada uma d'ellas in-
dica diversa espécie de cortadura, se assim
nos podemos explicar. A precisão querdi-rp
zer que escolheo o termo que melhor deter-
mina o objecto, o circumscreve, o corta e
separa de outros com que podéra confun-
dir-se. A consisão significa que a txpressão
não contém mais signaes que os necessá-
rios para represental-a , ainda que estes
por outra parto sejam por ventura vagos,
isto é tanta verdade, qne ás vezes a expres-
são mais concisa é também a mais vaga ;
e ao contrario, as demasiadamente preci-
sas e circumstanciadas costumam ser por
isso mesmo redundantes. Um exemplo o ^
demonstrará. Se fallando do triumpho dosííi
Romanos disséssemos que o triumphador
ia n'um magnifico carro, ele., e levava wwmIí^
^;
fKC
nw
m
cousa na cabeça ; a expressão nJo podia
ser mais concisa, porem tampouco mais vaga.
Se disséssemos que levava uma coroa, ha-
veria igual concisão ; porem ainda não ha
precição necessária, porque não dizendo de
que era a coroa, não se sabia se era de
ouro, de prata, de louro, de oliveira ou
d*outra matéria. Se disséssemos, uma corda
de louro, a expressão seria bastante pre-
cisa, e ainda qne não tara concisa como as
anteriores, não chegaria a ser redtmdante.
Se, querendo explicar-nos com nimia exac-
tidão, disséssemos « uma coroa formada de
ramos de louro entretecidos uns com ou-
tros, » a expressão nada teria de vaga e
genérica porem seria já algum tanlo re-
dundante , porque a não ser um meni-
no, todos, ao ler coroa de louro, com-
preendem que era formada com os ramos
fleiiveis d'aquella planta.
Syn. comp. Preciso {é), mister. O que é
mister pôde pender de nossa vontade, por
t'xigíl-0 puramente nossa utilUdade ou con-
veniência ; porem o que é preciso nunca
pende de nossa vontade, porque o eiige a
obrigação ou a necessidade. Para ir de Lis-
boa a Cacilhas é preciso passar o Tejo. É
wister levar com paciência, os trabalhos e
incommodos d'esta vida. E preciso comer
para viver ; é mister guizar os alimentos
para que nos saibam bem.
PRRCITO, s. m. (do iat. prcscitum, sup.
de prcescio, ire. ter presciência.) (theol.) ré-
probo , condemnado átS, penas do inferno.
Vieira. o 'o. .
PRiCLARissiMO , A, adj. supcrl. de pre-
claro.
PRECLARO, A, adj. (Lat. prcBclarus.) mui-
to illustre, brilhante, formoso, bello. — mé-
rito. Fama, victoria — .
PRECOCE, adj. dos ^ g . [LSit. proecox , ocis;
fTcSy e coquo, ere, cozer, maturar.) tempo-
?ão, que amadurece cedo. Fructos — s. Ta-
lento, engenho — , (fig.) que se manifesta
«m tenros annos, antes da idade própria.
PRECOCIDADE, s. f. (Lat. prcBcocitas, tis.)
auaturação antes da estação própria ; (fig.)
desenvolvimento de qualidades moraes au-
tos da idade própria.
PRECOGNiTO, A, ttdj. (do Lat. proB, e co-
^nitus, conhecido.) sabido, conhecido com
íintecipação.
PRECONisAçÃo, s. f. na cúria romana, de-
nominação que faz o cardeal protector, de
que no seguinte consistório proporá para
bispo sujeito cujas qualidades elogia e pre-
conisa.
PRBComsADo, k, p, p.depreconisar; ad;.
apregoado, celebrado.
PREcoNisADOR, 5, fi^. 0 que celebra. — ,
^egoeiro.
▼01. IT.
PRECÓW19AR , V. a. (do Lat praconium,
pregão.) apregoar louvando, celebrar, elo-
giar. — alguém, fazer delle pomposo elo-
gio.
PRECOP «u ORKOup, (geogr.) cidade da
Servia, a 10 legoas ao SE. deKruchovatZij,
6,000 habitantes.
PRECORRKR, V. tt. OU u. cofrer diante.
PREÇO, s. m. (Lat. pretium, cujo radi-
cal não encontro em nenhum etymologista.
Creio que vem de proe, diante, e Gr. tiâ,
avaliar, pagar.) valor de objecto exigido pe-
lo vendedor, ou dado pelo compra lor, cus-
to. — commodo, honesto, razoável, alto, ca-
ro, subido; — corrente, médio. Tratar do
— , estar em — , ajustar-se sobre o preço.
Abrir — , dar o primeiro lance no leilão. A
— de dinheiro, a poder de. A — de san-
gue, (fig.) com grande sacrifício delle. — ,
estimação, credito, apreço. Homem de — .
Tinham as artes seu — . Pôr — , avaliar,
taxar, dar valor ; grangear estima. Posto
em — , em almoeda ; venal. «Tão venaese
postas em — andavam as honras naquelle
tempo. » Leão, í^hron. de D. Affonso V. — ,
premio, v. g, — da lucta, da justa. « Levar
0 — do teu canto » Camões.
Syn. comp. Preço, valor, estimação. O
merecimento inirinseco das cousas constituo
seu valor; funda-se seu preço na estima-
ção que se lhes dá.
Dizemos pois : Esta medalha alem d« seu
valor porque é de ouro, é também de gran-
de preço por ser antiquíssima e rara.
Preço suppõe alguma relação com a com-
pra ou venda, o que nãosuccede com a pa-
lavra valor. Assim que se diz « que não ó
bom entendedor o que não julga do valor
das cousas senão pelo prefo porque se com-
pram. Quantas vezes se vendem por baixo
preço alfaias de grande valor ? I
Estimação é o valor que se dá, ou em
que se considera uma cousa ; é o juizo que
determina o seu valor relativo.
precto, (ant.) V. Pleito, Litigio.
precudir, fant ) V. Percutir, Ferir.
PRECURSAR, V a. OU n. se não é erro por
precursor, como bem suspeita Moraes, na
citação seguinte dos Sermões de Paiva, fal-
lando de S. João Baptisia : « Como seupf-
ficio de — requeria.»
PRECURSOR, A, adj. e s. [Lat. prcecursor.)
que vem diante, que annuncia a próxima
vinda, ou chegada de pessoa ou cousa. Si-
gnaes precursores da erupção do Vesúvio.
A. aurora — do sol.
PRECT, (geogr.) nome de muitos legares
de França, situados nos departamentos d*Au-
be, do Cher, de Sena-e-Marne, d'Yonnô^
etc. .
1 PRECY-sous-THiL, (geogr.) villa da Frah-
71
sst
flft
ça, a 3 léguas e mfeia «o S. de 6emur ;
T^O habitantes.
- PREDECESSOR, í. w* fpre pref., 6 La t. d«-
eessor, o que precedeu em oíiioio, cargo.)
o antecessor iffloaediato no cargo, oíBcio,
dignidade. > -»mv
PREDEFiNiçÃo, *. /". predcstmaçao, deti-
niçâo, limitação antecipada. :?n ;o:
pREDEFiNiDO, A, p. p. de prcdcfinin ««?•
determinado com antecipação, predesti-
nado.
pREDEFiNiR, V. a. determinar, limitar com
antecipação o futuro ; predestinar (fallando
de Deus).
PREDESTINAÇÃO, 8. f. {Lsit. pr(Bd€stinatio,
onis.) destinação antecipada ; (fig.) decreto
divino que ao eterno predestina os eleitos
a bemaventurança celeste. '-" ^^^ -
PREDESTINADO, A, p. p. de predcstinaf ;
adj. destinado de antemão ; escolhido pelo
otíiftipolente ab eterno para go«ar da bem-
avèttltí rança celeste,
íRÉDisTii^AR, «. «. (Lat. prmdmtmo, are.)
deétinft" com antecipação, destinar á bem*
aventurança eterna. « Âquelles a quem Deus
prvdeitinon á vida eterna.
PREDETERMINAÇÃO, «. f. èé*ermÍB*çtto an-
tecipada. TO ,op-.n. ...iToo ^^
PREDÈTEUMINAR, #^. ã . tN^fffliÔlil^ Wffl «fl-
tecipação.
PREDIAL, adj. dos 2 ^f. (d«s. adj. aí.) de
prédio, conceftient» è píedios. Ser>ci4úo^.
Decima — , que se paga dos prédios.
^ prédica; s. f. (do Lat. prddito, úfè ) »
arte, o eiercicío dfe pregar.
"PREDICADO, s. m. (do Lat. prcpdtcflre, aii-'
áUnciar.) a propriedade ou attribuio qUe
caracteriza alguma cousa. — , nas pfóposi-
çôes, o adjectivo ou substianlívo qne éxpri'*
me o attributo, ». g- Pedro ê hotiaem. O
sol é luminoso. — í, ifig.) jparles, prendas,
dotes.
||pREDiCAj)OR, s. m. ministro, cura, pre-
gador protestante, calvinista, lutherano, ètc.
V. Prégàdúr.
pREDiCAWENTADO, p p. do pfedicamentar;
aííf. ginduado com predicamento.
3|>RÉDiCAMENTAli, r>. a. {predícamtiMo , ar
des. itif.) dar pnedicamento, graduar ctwtt
predicamento.
PREDICAMENTO, s. wi. (Lat. proedicameu-
miti.) noção genérica, categorita, clasiS* ;
graduação moral 6polilÍtíâ, v. g. leni o —de
noÉre, dé duque. *Vede em-quãobàiro —
fica 6éus ante nós. » Paiva, S-ermôe».
' PREDipANTE, *. m. V. íh-edicador, Pré-
gndor.
PREDICATIVO ^ A, àdj . (d^«. Wíj.) ôOncer-
tfentè á prédica. Esf^tò '—, do púlpito
pRBDiCATO, *. m. V. Predicado.
"' pRÊpiCAVEL, adj. 4cs t g. (IM. protdim
fã£
caUUs.) próprio para se pregar, digno de
ser publicado no púlpito.
PREDIÇÃO. V. Predicção.
PREDicçÃo, 8. f. (Lat. proedictio, onis.)
o acto de predizer ; prophecia.
PREDILECÇÃO, 8. f. [úo L&t. proe 6 dilcctio,
nis, de diligo, ere, amar.) amisade, amor
que se tem a alguém com preferencia a ou-
tras pessoas. Jacob amava com — a Ben-
jamin. Montesquieu e Montaigne são os meus
autores de — . Também se diz das obras do
engenho ; (flg.) dos lugares, sitios. A Lu-
síada é o meu poema de — . As margens
do Kheno são a residência da minha pre-
dilecção.
PREDILECTO, A, adj. (do Lat. proe,edi'
lectus, amado.) amado extremosamente, com
preferencia. Benjamin era o filho — de Ja-
cob, ou *., era o seu — , filho preferido.
PRÉDIO, s. m. (Lat proedium, de proe,
diante, e oedes, casa, habitação.) proprie-
dade, herdade no campo composta de ca-
sas, granja e terras de lavoura. — rústico,
— ■ urbano, casas na cidade com quintal, jar-
dim, páteo ou terreno anneio.
PREDITO, A, p. p. de predizer ; adj. an-
minciado de antemão.
PREDIZER, V. a. {pre pref., e dizer.) an-
nunciar com antecipação o futuro. — ma-
les, calamidades, venturas.
PREDOMINADO , A, p. p. dc predominar ;
adj. que predominou, prevalecido. — de pai-
xão, vencido.
PREDOMINANTE, adj. dos 2 g (des. do p.
a. Lai. em ans, tis.) que predomina, pre-
valece. O influxo, o vicio — . Os erros, as
opiniões — .
PREDOMINAR, V. a. [pre pref., denotando
superioridade, e dominar.) senhorear, su"
brepujar. — alguém, — a republica, os col-
íegas. (E' p. us.) — , prevalecer, ter supe-
rior poder, influxo. Predomina nella a am-
bição, a avareza, a virtude. Naquella cesta
predomina o vento norte. ím certos tem-
peramentos predomina a biUs, em outros a
iympha.
PREDOMiNio , s. m. força predominante,
superior, influxo. O — que as almas fortes
tem sobre as fracas. Oslnglezestem adqui-
rido o — sobre todos os povos da Índia. Tir
— sobre as paixões , conte-las , superar a
violência.
PREEGAR, (ant.) V. Pregar.
PREELEG^R , V. tt. clcgcr coffl antocipa-
ção.
PRE ELEIÇÃO , *. f. eleição antecipada, o
ser eleito em primeiro lugar, com preferen-
cia a outrem. Ttr--tt^\-^y o direito de eleger
em primeiro lugar. . '^■';
PREELEiTo , A, p. prirteg^laf dte prèe-
ieger ; adj. preeligido.
PRK
FRE
i8g
. PRpyfiwifBifCiAv *. fi (taf. proeminentia )
qualidade preenweeBle, priajaiia ; gradua-
ção superior, v. g. — de mérito, talento, tí-
tulos, honras. — rfe linhagem, superior no-
breza. — «, (^uestÕQS)de precedeBcia» de cor-
tezias, graduaçào. ííí i .T-tí';;;'
PREEMiriHUTE , arfjí. dos 2 g. (jue ocoupa
lugar, situação dmís elevada. Lugar — ;
(fig.) superior em méritos, postos, gradua-
ção. Virtude—y engenho — , qualidades — s.
PRERMPÇio^ s, f. {'Lat. proempUo.) prece-
dência n« còoapra. — , compra antecipada,
V. g. — de madeiras de construcção.
piiEENCHiR , V. a. {pre, pref. denotando
supenoridade.) encher plenamente, ouiaprir,
satisfazer inleirameate, v. g. — as condições
do contracto, as promessas, os deveres. Mo-
raes verte : s^s fazer antes, porqae não
atlendeu á signitícação figurada do prefixo
Let. prce.
PREENceiBOy M P- V' ^® preenchcT; adj,
cumprido plenameirte.
PREEXCELiENCiA, s. f. excellcncia sttpe-
rior, V. g. — de engenho, qualidades, vif-
tHdes.
PRÉ-Bu-PAiL, (geogr.) cidade de França,
a 10 léguas de Mayenne, 3,000 habitan-
tes.
PREEXCELLENTE , ãdj . dos 1 g. quo tem
superior exceiiencia.
pReexcelso; a, adj. muito alto, elevado,
ill-tfstriB
PREEXISTÊNCIA, s. f. cxistcncia anterior,
primitiva.
PREEXISTENTE , ãdj, dos 2 g. que existe
anlcriormente. Os germes — á fecundação.
r REBXiSTiR, V- a. ou n. (Lat. proeexisto,
ere.) existir anteriormente. Spallanzani crê
qufíf os germes dos animaes e vegetaespre-
exéstefh á fewàndação.
PREFAÇÃO, s. f. preambulo, prefacio,
prologo-.
PREFACIO, s. m. (Lat. yprogfaiio, onis, de
proefari] proe, e fari, fallar.) preambulo,
prologo. — , (liturgia) parte da missa que
precede c cânon.
Stn. comp. Prefacio, pf^ologo. Estas pa'*-
lavras pertencem á* litteratura, ou para me-
lhor dizer, aos livros considerados mate-
rialmente. O prefacio ou prefação d'um li-
vro é a inlroducção na matéria de que nelle
deve tratar-se. O prologo é realmente uma
adv»»rten<úíi, por meio da qual se instrue o
leitor da matéria que vai a tratar o escri-
tor, e do objecto e modo de fazel-o. Os
livn« religiosos ordinariamente teem pre-
fados ; os profanos, prólogos.
pREFAZkR. V. Perfazer.
PREFEdTO. V. Prefeito.
PREFECTUHA OU PREFEITURA , S. /". (lafti
^rop/eeítircr.) cargo, oflicio do prefeito. — ,
(adoptado das instituições da França) divi-
são territorial administrada por ura prefei-
to, V. g. à — do Sena, do Alto Rheno.
PREFEITO, *. m. (Lat. proefectus, de proe-
fitio, ere, confiar autoridade, dar poder,
mando ; proe denoíando superioridade, e
facio, ere, fazer.) entre os antigos Roma-
nos era magistrado ou oíTicial superior, ci-
vil ou miHtftr, v. g. — da armada, almiran-
te.— da cavallaria, general. — do acam-
pamento, quartel mestre general. — régio,
governador d« província. — do gymnasio ,
mestre. Fntre bós, prelado em certas or-
dens religiosas. — da hihliotheca, director ;
actualmente significa chefe administrativo de
di-visão territorial ou prefeitura ; denomina-
ção tirada àe^ legislação franceza estabele-
cida por Napoleão.
PREFEITURA, (hist.) Esto Home foi dado
pelos Romanos ás cidades conquistadas go-
vernadas por um prefeito [proefectus), por
oppozição ou aos municípios e colónias, ou
ás cidades que gozavam o foro de cidades
romanas. No reinado de Diocleciano, o im-
pério foi dividido em quatro grandes dis-
trictos governados por prefeitos do pretório,
estas divizões foram chamadas prefeituras.
Em França da-se este nome ou ao território
S0b a alçada do prefeito, ou á capital dò'
dislricto, aonde reside o prefeito. ' i'
PREFERENCIA, s. f. (des. encía.) acltí áè^
preferir, o ser preferido ; primazia sobre al-
guma pessoa ou cousa. Dou a — á probida-
de. Entre muitos teve a — . Disputar — s,
precedência, primazia em honras, gradua-
ção, etc, ou no foro.
PREFERENTE, s. dos 2 g. (des, do p. a.
Lat. em ens, tis.) o que disputa preferen-
cia no foro ; o que preferiu a outros con^
currentes.
preferido; 'Al,' jj; p. de preferir; adj. atí-
téposto, que obteve a preferencia no foro.'
PR»FERiií, V: ã. [Lat. proefero, erre; proe, •'
denotando s\iperioridade, e /erre, levar.) a n'-'
tepôr, dar a primazia, ter em maior eíti^
njação, fa^er maior apreço. Prefiro a pro-
bidade áos talentos, a sabedoria á riqueza;
— a morte á deshonra. — , ser preferido ,
avantajado a outros, v g. — a todos no
concurso. — , entre credores, ser pago pri»-
meiro que os outros — se, v. r. antepôr-
se, V. g. — a outrem.
Syn. comp. Preferir, escolher, elegWi
Preferir é antepor uma pessoa ou cousa a
Outra , determinar-se a favor d'ella por
qualquer motivo que seja. Escolher é se-'
parar o bom do máo, o útil do inútil, o
que convém do que não convém, examinan-
do e consultando o gosto a utilidade edè^
mais circumstancias da cousa : a acção d'este"
verbo suppõe a duvida ou a indecisão exis-
71 *
m'
jm.
vm *
tente ainda, O acto de decidir-se a vonta-
de, e destinar a cousa ao.íiin- proposto, é
eleger ou fazer eleição, v^ ob -
A preferencia pôde ser justa ou injusta,
sincera ou apaixonada, por capricho ou por
interesse. A escolha pôde ser acertada on
desacertada, prudente ou inconsiderada. A
eleição suppõe liberdade e direito em quem
elege, e destino a cargo ou emprego na pes-
soa eleita, ou fim determinado na cousa de
que se faz eleição.
O homem honrado e virtuoso prefere a
morte ao crime, mas o preverso prefere os
prazeres turbulentos do mundo á doce paz
da innocente virtude. Escolhe um general
os soldados mais valentes e determinados
para uma empreza diílicultosa e arriscada.
Escolhe o superior um súbdito para um
ministério ou funcção. Elegem os súbditos
um prelado, os eleitores um deputado, á
pluralidade de suííragios. Um pregador faz
eleição do assumpto que hade tratar, como
disse Vieira : « Para gloria sua e igual bem
de nossas almas, fiz eleição d'este assump-
to {VI, 6). »
A mulher leviana prefere as cores cla-
ras e vistosas ás escuras e modestas : quan-
do quer fazer um vestido vai a casa da mo-
dista, vê. os diíTerentes estofos, examina sua
qualidade, consulta o gosto e a moda , e
esta é a verdadeira operação de escolher ,
fixa a sua escolha em tal ou tal estofo que
mais lhe convêm, agrada ou lhe parece me-
lhor, eis a acção de eleger, ou fazer elei-
ção, Vieira, tendo dito que o melhor meio
de desarmar a fortuna era collocar-se no
ultimo lugar , ajuntou : Só quem soube
fazer esta eleição desarmou a fortuna (V,
214).»
Notaremos com tudo que, por uso, eleger
sô so applica ás pessoas, exprimindo a idéa
de dar a preferencia a uma ou algumas en-
tre muitas ; sujeitemo-nos pois a este arbi-
tiro, conservemos á expressam fazer eleição
a boa applicaçam que lhe deu Vieira, e
deixemos ao verbo escolher aquella que ver-
dadeiramente lhe pertence, e acima fica in-
dicada. 'iqíK.'!r^b b ;)ji'i;j !
PREFiCA, s. f. (Lat. prae/íca.) V. Carpi-
deira.
PREFiGURADOR, A, adj . que figura typlca-
mente pessoa ou cousa que ha de vir.
PREFIGURAR, v. ffl. representar tjpicamen-
te pessoa ou cousa que ha de vir. « A ser-
pente prefigurava o Redemptor crucifica-
do. » H. Pinto. Prefigurou isto aquella in-
signe visão. » Arraes.
PREFIXAR, V. a. fixar de antemão, deter-
minar, limitar com anticipação, v. g. — o
dia, o prazo, a quantia ; — a ordem dos
successos futuros.
PRKi^ixo, A, adj. fixado, determinado com
antecipação. A hora, o tempo — . No — ter--
mo de um mez.
PRKFULGENTE , adj. dos 2 g. [pre, pref.J
denotando superioridade, e fulgente.) que?
tem brilho superior, mui resplandecente — ,
que brilhou primeiro. Moraes approva a dis-
lincção entre perfulgente, muito lúcido, res-
plandecente, e pre fulgente que brilha mah
que os outros ; mas não reflecte que o pri-
meiro sentido se confunde com o segundo,
visto que suppõe a comparação de corpo mui
brilhante com outro que ó menos.
PREGA, s. f. (Lat. plico, are, dobrar, fa-
zer pregas.) dobra, ruga. Assentar as —s,
com ferro quente. — a alguém, (fig.) dí<r-
Ihe tosa.
PREGAÇÃO, s. f. (Lat. proedicatio , onis.)
sermão.
PREGADi, (conselho dos,) (hist.) conselho
iastituido em Veneza no XIll século, era
composto pelos 13 principaes cidadãos no-
táveis.
PRKCADiço, A, adj. (des. iço.) que se fi-
xa, ou segura com pregos. «Naus co.sidas
com cairo, não — s como as nossas. » Bar-
ros
PREGADO, A, p. p. de pregar ; adj. fixa-
do, segurado, fixado com pregos. — , cra-
vado. « O masiro — de frechas. » Cast. a A
náu quasi — na lagem. » Lucena. « Tinha
os olhos pregados na janella, » fitos, fixa-
dos.
PREGADO, A, p. p. de pregar ; adj. Ti-
nha — muitos sermões. O sermão — .
PRÉGADOIRO, (ant.) V. Púlpito.
PREGADOR, s. m. o quc prega sermõtís OU
os compõe. Os frades pregadores, os dà or-
dem de S. Domingos. — , adj. que publi-
ca, V. g. a rosa — cada dia da brevidade da
nossa vida. Vieira.
PREGADURA, s. f. fdcs. ura.) os pregos que
seguram, ou servem de adorno, pregaria ,
V. g. — do navio.
PREGANA. V. Pragana.
PREGÃO , s. f palavras com que se an-
nuncia em voz alta, u, g. do porteiro ou
pregoeiro de leilão, ou execução judiciai.
Lançar — , publicar bando. Condemnado a
correr as ruas com baraço e — , conduzi-
do pelo carrasco que em voz alta repete o
crime do individuo — , fama, voz publica.
«Um — do ninho meu paterno.» Camões,
Lus. I, 10. « Trarão na boca pregões de
seus louvores. » Arraes.
PREGAR, V. a. {prego, ar des. inf.) fixar,
segurar com prego, cravar; fincar, v.g. —
um prego na parede ; (fig.) fixar, fitar, v.
g. — os olhos, em algum objecto. Não —
olho, (fig.) não dormir. — uma pedrada lan-
ça-la com força. — um calote, faze-lo com i<^
'«■
PBK
PRB
m
iaí)tíldza. — Sb, v. r. cravar-se, encravar-
SC, p. g. — na lança.
THEGAR V. a. (do Ital. pregare, Fr. ant.
[•"'^yar, do Lat precavi.) V. Rogar, Pe-
dir
riti^GAR, V. a. (Lat. proedicare.) annun-
ci.ir doutrina religiosa, ou moral ; enculcar
doutrinas, opiniões; pregoar. «A língua é
p'!)re para — os seus louvores. » Armes. —
sermões, ou em sentido abs. — bem, ser
Ihmm pregador. — aos peixes , (loc. jocosa)
iiã I ser escutado.
PiíEGARETAS, s. f. (aut.) freiras domini-
c.Tfjas freiras pregadoras.
TREGARiA, s. f. (des. ia.) cravação, todos,
os pregos que entram em alguma obra.
PREGARIAS, *. f. (do Ital. prcghiera, pre-
crs, rogativas.) V. Preces, Supplicas.
1'REGEL, (geogr.) rio da Prússia, formado
na regência de Gumbinnen pela reunião
do Augerapp, do luster e do Pissa, cae no
Frische Haff.
PREGO, s. m. (do Lat. prehendo, ere, se-
gurar, prender.J hastezinha de ferro, cobre
ou páu aguçado em uma ponta e com ca-
beça na outra, cravo ; alfinete grande de
toucar. — , furúnculo, tumorzinho proemi-
nrnlo. — , na montaria, os cornos do veado
novj de um anno. — , nome de um peixe
do mar que teo^ três ordens de dentes.
PRBGO, s. m. (do Cast. plego , folha de
papel dobrada.) carta fechada eselladacom
or-lens secretas ; folha de papel.
prbgoado,|a, p. p. de pregoar ; adj. apre-
goado, publicado.
PRBGOADOR , í. m. O que pregoa. — de
sons louvores.
PREGOAR, V. a. (do Lat. proedico , are,
anuunciar, publicar.) apregoar, proclamar
em alta voz, annunciar com pregão ; pu-
blcar com louvor em altas vozes, íj. gf. prc-
gnam as historias dos Romanos. Arraes. —
SR, r. r. ostentar, jactar-se. — por valente.
PREGOEIRO, s. m. (des. ei?o.) o que lança
pregão; assoalhador. — , adj que pregoa,
proclama. «As cãs — s da velhice. » Eufr.
PRBGUATORIO, (aUt.) V. PulpilO.
PREGUIÇA OU PRiGUiçA, s. f. (altcrado do
I ai. piyritia, piger, preguiçoso, do Gr.
opo, denotando privação , e egheiró, exci-
tar.) aversão ao trabalho, indolência falta
ih diligencia ; (fig.) nome de um quadrúpe-
de pequeno do Brazil. cujos movimentos
qu«ndo está no chão são mui tardios. — ,
pou grosso em que estão pregadas as can-
galhas da moega da atafona ; corda que di-
rige os movimentos do corpo que se vai
guindando para não roçar na parede, ou
SC embaraçar em alguma escabrosidade; cor-
da com que os armadores de igrejas atam
suas escadas.
VOL. IT.
pftEcuiçÁR, D. a. o\i n. {preguiça, ar des.
inf.) entregar-se á preguiça, ao ócio.
PREGuiCEiRO , s. fíi. (des. eiró ) camilha
de coiro de descansar, ou dormir a sesta.
PRKGurçosAMENTE, ãdv. [mente su(T.) com
preguiça, tardamente.
PREGUIÇOSO, A, adj (des. 050.) dado á pre^
guiça, tardio, inerte, indolente '**
PREGUINHO, s. m. rfmÍMMí. de prego, pcW
que no prego.
prehabilitação, s. f. habilitação prévia.
PREHABiLiTAR-SE, v.v. habilitar-se dc an-
temão.
PREITAR, (ant.) V. Pagar, Peitar.
PREiTEAR , preitegar, (aut.) V. Preite-
jar.
PREITEJAMENTO , s. m. (ant.) V. Ajuste ,.
Concerto, Pacto. '^
PREiTEJAR , V. a. ou n. (ant.) V. Ajus^
tar, Pactear, e Preito, pacto, convenção.,
PREiTESiA, s. f, V. Preito, Ajuste, Cori'^^
certo.
PREiTEZ, adj. dos 2 g. [preito, des. ex.)
seguro, confiado no preito, pacto, ajuste ^
ufano, confiado. ^^í
PREITEZ, adj. dos 2 g. m Moça gentil — •',§■
Ulis. Moraes não separa estas duas acce-
pções de preitez, mas eu creio que na pas-
sagem citada não significa desenvolta, mas
sim prudente , honesta , do Fr. preu , e
prueste, ant., honestidade, probidade.
PREITO, s. m. (do Fr. ant. plait ou plet,
foro qne se paga ao senhor territorial ; ou de
plaid, processo, pacto, ajuste, do Lat. p/a-
citum], pacto, concerto, convenção, ajuste, v.
g. Fazer — e menagem de uma fortaleza,
obrigar-se a defende-la. Fazer — e home-
nagem de vassallo, reconhecer alguém por
senhor. — , pleito, demanda. « Andar com
elle a — . » Ord. Aífons.
PREJUDICADO, A, f.f. de prejudicar, adj^il
lesado, v. g. — na fazenda, deteriorado,
que soffreu perda. Letra de cambio — , apre-
sentada fora de tempo, passado o prazo do
vencimento, e por isso priva o portador do
seu recurso contra o passado** ou o accei-
tante. — , preoccupado, prevenido, domina-
do por opinião antecipada, ou por doutri-
na errada.
PREJUDICAR, V, a, (Lat. praejudico, are,
prae, denotando anterioridade, e judicare,
julgar com prevenção ou preoccupação, cau-
sar prejuízo, damno, lesar : — alguém na
fazenda, na saúde, na honra, ou — a fazen-
da, saúde, a honra Esta accepção é figu-
rada, e vem da lesão que se faz a alguém
decidindo o pleito por prevenções e não
pelas razões e provas produzidas pelas par-
tes.
PREJUDICIAL, adj. dos tg. (Lat. praeju-
dicium, des. adj, ai), (forens.) anterior ao
«72
|M
^«i<i
juizo, ou decisão de pleito . Questão — ; — ,
(fig.) damnoso, que causa prejuízo. PI. Pre-
PPEJUJZO, s. 11». (Lat. pmjudicium, juizo
aptecipaílo), preoccupação, juizo antecipa-
do ao exame maduro da verdft^e ; — , dam-
no pa fazenda, honra, saúde. O senhor Fr.
Francisco de S. Luiz no seu Qlossario re-
prova p U50 d'este termo n» primeira ac-
cepção, que é a do radical latino. Ei^ a creio
pelQ contrario, acertada, e peq^o que o pen-
tii) figurado d§ darpup 4 o flaeups exacto.
Em Fr. préjugé, bem derivado do Lat., si-
gnifica preconceito, juizo antecipado, pre-
yençãp, preocc^paçàp, e pr^iudiçe , dapa-
no.
^i!.ip;i.AçÃo, s. f. (Lat. prcBlç^tiq, onis), (ju-
nd.) preferencia. Direito de—, o de t§r
preferencia nas compras.
í^fLACii., 5. f. (des. ia), cargo, 4ignid*-
d^ 4e prelado.
PRELACiAR, V. -M. fazer de prelado. Mo-
rp%s ç}t4 um pfissagem (^a Eufrosi^ie, 2, 7,
e iociiua a crer qwé é §|rro typographicq
por preladas. « Como quem pertende pre-
Iqciar. » Eu creip qMe vpm do Fr. se pré-
lasspr, §(íectar manearas graves de pre-
lado,
p^iELADA, s. f. freira qne exerce prelazia
eip ordepa religiosa.
PRELADiA, s. /. (des. ia) y. Prelazia.
PRELADO, «. w. (Lat- pr(Bl(itus, de pra-
fero, erre,, preferir), o que exerce dignida-
de superior ecclesiastica, bispo, superior de
ordem religio&a.
PRELATiCíO, A, adj. próprio de prelado.
HubMo — . Vestes — s
frelatura, s.f. (des. ura), ctrgodepre-
Iqde; prelazia.
PRELAZIA, s. f. (des. ia), cargo, dignida-
de de prelado.
RRELBACÃQ, s. f. [pTcf pref. Lat., e li-
batio, onis), o acto de tocar levemente congi
os beiças, antes da hqra ordinária da comi-
da, ou primeiro que outreEft: prova, gQ:íP
antecipado, v. g,. Uma — da gloriai, — do
gozo futuro.
PRBUBAR, c. a. (LaV fjrop/iÍK)., qr^, p/op,
com antecipação, libáre, libar), libar coni
antecipação, provar primeiro que outrem,
tornar levemente o gosto a bebida. — , (fig.)
gozar ou soffrer antecipadamente prazer ou
desgosto, V. g. — os prazeres, —r o cf^lix
de amargura ; — a morte.
ERELmiNAR, ad^. doA 2 g. jpve prei, e
liminar do Lat. limen, limiar da porta),
que precede. Estudos — . Discurso — , que
pracede a obra a exposição do assumpto
Os — s do paz, (subst.) as estipulações que
deYfita servir de base ao tratado definitivo.
p.ri;lio« 4 tn. (i&t. prc&liuin. OMprceliam,
do Gr. pro pref., diante, Avante, e claô,
impelir, propelir), fant.) peleja, coopbate.
prelo, s. m. (Lat. prcelum, prenso, do
lagar de uvas ou de azeitona), imprensa
typographica, c. g. Estar uma obra no — ,
sahir do — . Dar ao — , pubJic^r.
PRELUDIADO, A, p. p. de preíudíar, adj.
exposto como preludio ; tocado ern instru-
mento antes da peça principal de musica.
V. g. Tinha — na guitarra antes decantar.
Scena — com indecentes buffoneriaSq f:,„i
PRELUDIAR, V. u. (Lat. pToeludo, erç^prc^,:
e ludo, ere, brincarj, ^zer prelúdios em
instrumento musico;—, (p- us.) em s.enli-
dp aotiyo, expor, tratar em prplQgp ; reci-
tar, prologo, lôa, prefoeip. ; ^« /■-< m
PftELupiO, s. m. (Lai pr(flvM^^fí), ^-
saio da voz ou do instrumento musico pelo
cantor ou tocador antes de executar a pe-
Ç4 principal ; (fig.) ensaio de obra, cousa
que annuDcia successo próximo, e que 4
como um começo que conduz a ej|e ; pro-
logo, prefacio, preambulo, v. ^. — de pra-
zeres, de venturas ; — de males, calamida-
des. Á guerra de ilespapba f^i o —dos desas-
tres de SapoleãQiip. ; í>v: .«1
PRELuziR, V. n, {pre.. luzir], luzir, brin)
Ihar com antecipação , luzir diante ; fig.ji,
manifestar-se antecipadamente. Sup. Pre-
luzido.
PREMA, í. f. ({.at. premo, ere) V. Cons-
trangimento, i
PREMA R, tí. a. (Lat. premo, ere), (ant.)>
V. Constranger, opprimir, vexar.
PREíARE. (hist.) jesuíta france?, pai^siorn
nario na Chiua. Deixou: Investigaçm #o-
bre os tempos anteriores áquelles de que
(ciUa Çhou-King e sobre a mythologia
ckineza.
fii^EMATiCA, (ant.) V. Pragmática.
PRÇMATuaAçÃo, s. f. O aoto de premalut,|
rar, estado prematuro.
PREÍfATURAMENTE. ttdv. (tn«»líC Suff.). COm
prematuração, antes da maturação ou ma-
dureza, .iq
PREMATURAR, V. a {prc, pref., e in(it^^.^
rar), fazer an^es do tempo opportunp. P.
p. adj. Premaíi^rado.
PREMATURIDADE, s. f. (des. idade), cstad^ i
preoiaturo, execução em tempo inopportu-
no ; — dos fructos, madureza têmpora.
PREMATURO, A, (Ut. proBmaturos), antes,,
de maduro ; (fig.) antecipado, antes do praj-j,
zo limitado, — , fora do tempo opportuno.
Aforte — . Diligencias — s.
Syn. comp. Prematuro, antecipado. Pre-
maturo, e.ijpriofte o que é feito antes do
tempo opportuno, conveniente, e apto.
Antecipado exprime tão somente o que
ó feito antçs ck» tempo, em que seria necessá-
rio fazer-se.
I9VE
ttE
O primeiro pôde empregar-se em bom
ou máu sentido : o segundo sempre se to-
ma em máu sentido.
Km qualquer negocio ou empreza as pro-
videncias antecipadas podem ser boas, e ás
vezes até são necessárias : as prematuras
podem ser nocivas, e pelo menos são inú-
teis.
puemedeiras, í. f. dois páos do tetr,
quo o tecelão abaiia e eleva alternadamen-
te ooraprimindo-os com os pês.
PREMEDiTAçÃo, s. f. tenção antecipada.
PREMEDITADO, A, p. p. de premeditar, e
adj. feito com premeditação.
PRKMEDiTADOR, s. m. 0 quo premedita,
que considera o que ha-de fazer.
PREMEDITAR, D. a. {pre, pref., emeáilar),
considerar o que lemos tenção de fazer, ou
o que outra pessoa tenciona ; traçar pre-
viamente : — ét v^orte de afguem, os meios
de execução.
PREMKRY, (geogp.) cidade de França a 10
léguas ao 80. deCosne; 1,875 habitantes.
piemIado, a, p, p. de premiar, adj, que
recebeu premio, recompensado.
PRBMIADOR, A, 9. pessoa que dá premio,
amigo de premiar.
PRíifu», ^. (f. {piíemia, «r, des. inf.) dar
premio, galardão, reeompensa : — o zelo,
a fidelidade. « — ao traidor o crime » Viei-
ra, castigar.
BMMiATivo, A, aéf. fdés. íw). concernen-
te a prémios. *' ^>'-^
PHEMIDBIRA9. V. ^PêMédeiros.
PRBMiNENCTA. V. Preemijieneia .
premínente. V. Preeminente.
P8EMI0, s. m. (Lat. preemium, proe deno-
tando vantagem, e emo, ere, obter, conse-
guir), paga ; galardão, recompensa, v. g.
— de serviço, - deloteria, sorte favorável,
lucraffvfl, oa quantia que seda a quem ti-
rou sorte em Draneo ; — de seguros, quan-
tia que se dá aos seguradores para adqui-
rir direito a haver delles o valor das per-
das dos s*'gurados, n. g. Conceder — s aos
inventores das raachinas ou processos úteis.
— , peitT, dadiva corruptora.
Svif. cimp. Premio, galardão. Premio
é palavra latina, prcemium, e signiftea era
geral paga, rí^com pensa de serviços, ou me-
recimentos reaes ou suppostos. Vieira disse:
« Cora ingratiifões pagão quasi sempre os
reis di terra os serviços, que são maiores
que todo premio. « Galardão é palavra da
Hngna romana, gueridon on guerdon, eda
italiana, gui(lerdone, d'onde a castelhana
galardon, quentes pronunciamos ^a/arrfao,
a qual significava primitivamente estipen-
dio, paga, salário; e depois significou paga
âe acção boa, ou má, justa ou injustamen-
te distribuida, de que temOs dua» autorida-
des. El-rei D. Duarte, o qual falia ndo dos
máoá, diz : « E certamente as mais das ve*'
zes os vejo receber na vida presente seus
galardões (Leal Cons. pag. 55). » E Ca-
mões, íallando de Pacheco, diz: t»
Aqui tena eompanheiro, assi noa feilcu
Como no galardão injust» e duro.
(Lus., X. 23).
rião vemos pois que a palavra galardão
exprima uma idéa mais nobre que premiOf
nem que este suppunha sempre alguma
obrigação de o distribuir na pessoa que o
distribuo ; e nisto nos conformamos com
Camões que usou a palavra premio u'um
sentido geral e vago, e talvez com o mes-
mo valor que o autor dos synonymos quer
atlribuir a galardão, pois disse :
Vereis amor da pátria, nâo movido .^jx
De premio vil ; mas alto, e quasi e^erpo j^
Que não é premio vil ser conhecido ~-
Por um preg&o do ninho meu paterno. -JlA
(IU9., 1, \é}.
•jU«*"t<.\ BfinJuob 6
Temos para bóS" que^^^^rcillis" '4 ft^Sffê
mais culta que galardão ; que esta repre-
senta a paga de acção boa ou má distri-
buída com justiça ou semella, equeaquel-
la indica particularmente recompensa de
serviços ou merecimentos, e (|«e ni*toeon-
siste sua differença.
PREMISSAS, s. f. (lat. pr<9mi9sus, de prm->
mitto, ere, pra, e mitto, êre, mandar), (lo-
gic.) proposição ou preposições de que se
tira conclusão ; facto que se infere cousa
subsequente ; razão ou motivo com que se
funda alguma concessão ou graça ; espeoíd
de imposto antigo.
premisstas. V. Primícias.
PRBMiTTiMENTo, s. m. (aut .) ¥. Prêfriéi^
íimento, Promessa.
PREMOçÃo, s. f. (theoí.) {pre, e mo-
ção) inspiraçãçi dhina que inclina a bem
obrar. ' .
pREBOtffRE, fgéOffr.) villa de França,- "#
4 léguas ao O. de Lacu ; 1 ,200 habitan-
tes.
PBEMORSTRATERSES, s. m. pi. féo Ff. pré-*
montrés, cónegos regrantes de sante Agos-t
tinho.
PREMUDADO. V. Permuàado.
PREMUNIDO, A, v. p. ^0 promunir, ad,ji
precavido, acautelado.
PREMUNIR, V. ã. (t«t. prêemunio, ire',
proe pref., e munirg.) precaver, acautelar*.'
PRENDA, s. f. (do Lat. prekeyi(h^er&, tà^
mtiT.) donativo, em siÇRal de arcor ou éi
M
DPRE
PRE
amisade, penhor. Deu uma — á noiva. — ,
habilidade, dom da natureza. Essa senho-
ra tem muitas — s.
PRENDADO , A , p. p. de prendar : adj.
que recebeu prenda ; dotado de prendas.
PRENDAR, V. a. [prenda, ar des. inf.) dar
prenda. — alguém. — , penhorar-lhe a von-
tade, obriga-lo por boas obras ; premiar ;
dotar de partes, prendas. Prendou-o a natu-
reza de todas as suas perfeições.
PRENDEDOR, s.m.o que prende, faz prisio-
neiro.
. PRENDER, V. a. (Lat. prehendo ou prendo,
ere, tomar, apanhar, cuja elymologia satis-
factoria não encontro em autor algum. Creio
que Tem de proe, adiante, ao alcance, ou do
Gr. peri, na accepção de tendência e proxi-
midade, e déo, hgar, prender.) lançar mão de
alguém, atar com prisões, laços, ferros ; met-
ter em prisão, em cárcere; (fig.) ligar, v,g.
— as palavras umas com as outras, enleiar os
sentidos. — , tomar,|apanhar, v. g. — pei-
xes. — de alguém vingança, tirar, tomar
— -f privar da liberdade, v g. — a vontade.
Amor lhe prendeu a vontade. — , arraigar,
pegar, criar raizes. A arvore prende na ter-
ra. — , fixar-se, firmar-se, arraigar-se, v. g.
a doutrina prende nos corações. — o fogo,
atear- se, lavrar. — se, «. r. cativar-se, ser ca-
tivado, subjugado, v. g. — de cuidados, ne-
gócios, affeições, dos carinhos, da belieza.
— PRENDIDO, A, I?. p. de prender ; aí/;, pre-
íO. V. Preso.
PRENDIMENTO, S. W. Y. PrisãO.
PRENESTE, (geogr.) hoje Palestrina, ci-
dade do Lacio, ao E. de Roma e ao S do
Tibur, nos confms do paiz dos Equos
PRENHADA, ttdj . f. V. Prenhe, Pejada.
■ PRENHE, adj. dostg. (Lat. proegnans ^
tis ; proe denotando elevação , e gnascor,
nascer.) pejada , com feto no ulero. Estar
— . Fazer-se — uma mulher, emprenhar.
— , (n^.y" cheio, que encerra grande quan-
tidade, V. g.a terra — de metaes : as nu-
vens — de vapores, de raios. Palavras — ,
que deixam entender mais do que exprimem.
O presente está — do futuro.
Syn. comp. Prenhe, gravida, pejada. To-
das estas palavras exprimem a mesma idéa,
mas cada uma comdiíferente relação. Pre^
nhe refere-se ao estado da fêmea que traz
a criança no ventre. Gravida exprime o
peso que a fêmea sente durante a prenhez.
Pejada indica o embaraço, incoramodo ou
estorvo que experimenta em quanto anda
prenhe.
Prenhe diz -se das mulheres edas fêmeas
dos animaes, pelo que é termo baixo e in-
decente, e só se usa o de gravida ou. peja-
da fallando das mulheres. Com tudo no sen-
tido figurado chama-se prenhe ao que é
cheio, carregado, ao que contem uma cou-
sa que não se descobre ; e assim se diz «
nuvem prenhe de raios ; terra prenhe de
metaes ; palavras prenhes de mysterios ,
etc. »
PRENHEZ, s.f. (des. ex) estado da fêmea que
traz feto no útero.
PRENHiDÃo. V. Prenhex.
PRENOçÃo, s. f. noção provia.
PRENOME, s. m. entre os antigos Romanos
titulo anterior ao nome de alguém.
PRENSA, s. f. (do Lat. pressus, de premo,
ere, espremer) machina de espremer, aper-
tar, estampar, v, g. V. Prenuncio.
PRENUNCiAÇÃo, s, f. aununcio propheti-
co.
PRENUNCIADO, A, p. p. de preuunciar ; adj.
annunciado propheticamente.
PRENUNCiADOR, s. m. propheta. adj. que
prenuncia, annuncia, o futuro.
PRENUNCIAR, V. a. (Lat. praenuntiare) àn-
nunciar o futuro, predizer, prophetizar.
PRENUNCIO, s. m. sinal annunciador de
cousa futura. — , adj, que prenuncia, pre-
diz, ex. « Os raios — * da manhã. » « Estrel-
las — s da prospera navegação. » Arraes.
PRENZLOU, (geogr.) cidade murada dos
Estados Prussianos, a 28 léguas ao HE. de
Potsdam ; 10,000 habitantes.
PREoccuPAçÃo, s. f. prevenção, opinião
antecipada, impressão feita no animo que
embaraça o exame livre das questões e o ajui-
zar rectamente das cousas.
Syn. comp. Preoccupação , prevenção.
Estes dous termos exprimem uma disposi-
çam interior opposta ao conhecimento da
consciência, e que impede o animo de adqiie-
rir os conhecimentos necessários para jul-
gar rectamente das cousas, com a differen-
ça que a preoccupação reside particular-
mente no entendimento, e o faz cego, ea
prevenção tem seu principal assento na von-
tade, e a faz injusta.
A preoccupação é o estado do animo de
tal modo cheio e possuido de certas ideias,
que não pôde ouvir nem conceber outras
contrarias. A prevenção é uma disposição
antecipada da alma que a faz inclinar a jul-
gar mais ou mtnos favorável ou desfavora-
velmente d'um objecto.
A preoccupação tira a liberdade do ani-
mo ; absorbe-o. A prevenção tira a impar-
cialidade do juizo ; induz em erro. A preoc^
cupação nasce de alguma impressão viva e
profunda que enche de seu objecto a capa-
cidade do animo, e captiva o pensamento.
A prevenção nasce de certas relações ou in-
formações que nos dóram d'um oujecto, as
quaes interessando-nos a seu respeito, não
permiltem á nossa alma o conservar seu
equilíbrio e a sua indiílerença.
PftE
FRE
289
As preoccupaçòes não são boas para cou-
sa nenhuma: devem-se combater como ini-
migas da verdade. Ha prevenções justas e
rasoaveis : ó mister examinál-as, porque
podem prevenir-nos contra o engano.
PREOCCUPADO, A, p. p. deprcoccupar ; adj.
que tem preoccupaçòes*
PREOCCUPANTE, adj. dos 2 g. (des. do p.
a. Lat. em ans, tis) queoccupa primeiro ou
previamente.
PREOCCUPAR, V. a. occupar previamente.
— o animo, introduzir no animo noção, opi-
nião antecipada. — , (p us.) tomar com an-
tecipação, V. g. — as armas, toma-las por
surpreza.
PREOPÍNANTE, S. m. O quO OpiuOU OU YO-
tou antes do orador que está fallando, an-
tes de outro em debate, em discussão.
PREOPiKAR, V. n. opinar antes de outro
orador em debate, discussão.
PRKORDENAçÃo, s. f ordcuação antecipada
das cousas feita ab esterno pelo ente supre-
mo.
PREORUENAEO, A, p. p. de preordeuar ;
adj. ordenado com antecipação ab ceterno,
predestinado.
PREORDENAR, V. a. ordeuar com antecipa-
ção, predeterminar o futuro, predestinar.
PREORDiNAÇÀo. V. Preordenação.
PREPAO, s. m. (naut.) pau junto do mas-
tro que atravessa as escoteiras da gávea, tem
seus furos, e serve de dar volta aos cabos que
descem da vela grande.
PREPARAÇÃO, s. f. (Lat. praeparatio, onis]
o acto de preparar ou de preparar-se, dispo-
sição previa ; composição pharmaceutica.
Preparações anatómicas, partes do corpo
humano ou de animaes preservadas da cor-
rupção por diversos meios chimicos.
PREPARADO, A, p. p. do preparar, adj.
PREPARADOR, s. m. O que prepara. — ana-
tómico, o que prepara as dissecções do cadá-
ver para as demonstrações dolente.
PREPARAMENTO. V. Prepavo.
PREPARAR, V. a.{LSit.prceparo, are; prcB,
parare, dispor, apromptar) dispor, aprom-
ptar as cousas, os meios necessários para al-
gum fim, V. g. — a comida, as armas, as
naus, a defesa. — medicamentos, para uso
medico. — as tintas, as cores, para pintar.
— a/^wem, dispo-lo, v.g. para receber no-
va triste. — o doente, por meio de dieta ou
medicamentos, a fim de coadjuvar o bom effei-
to do tratamento subsequente. — se, v. r
dispor-se, apromptar-se, fazer-se apto, t.
g. — para a guerra ; — para a disputa, a
partida, para o exame.
PREPARATIVO, A, adj. (des. ix)o) que pre-
para, dispõe. — , s.m. usado. Os —s, pre-
paros.
PREPARATÓRIO, A, adj. (des. drio) que pre-
VOL. IV.
para. Os — s, estudos preliminares antes de
seguir os de uma faculdade na universida-
de.
PREPASSAR, c. g. passar alem e de lado,
V g. — um navio por outro. — o cavallo
com alguém, (loc. ant.) dar um passo falso
que faz cair o cavalleiro.
PRKPOKM, s. m. (ant.) (do Fr. pourpoint)
justilho de mulher.
PREPONDERADO, A, p. p. do preponderar ;
superado em peso, que preponderou.
PREPONDERANTE, aéj . dos2g. (des. do p.
a. Lat. em ans, tis] que prepondera , que pre-
valece.
PREPONDERAR, 0. u. (do Lat. protpondeTO,
are, de poncíwí, em, peso, exceder em peso;
(fig.) prevalecer, ser preeminente, ter supe-
rior influencia. — , v.a. (p. us.) dar maior
peso, fazer prevalecer.
PREPÔR, V. a. antepor (no sentido pró-
prio e no figurado) preferir.
PREPOSIÇÃO, s. f. (Lat. prapositio, onis)
(gram.) parte da oração, de ordinário ante-
posta ao sujeito do verbo, e que exprime re-
lações diversas de lugar, tempo, possessão,
etc. As preposições são em geral contracções
de verbos ou de nomes. V. A, De, Em,
Para, Por, etc. ^
PRBPOsiTO, s. m. (Lat. praepositus] ten-
ção de fazer alguma cousa. — , mais usado.
Padre — , em algumas ordens clericaes, o
padre perfeito. — , (ant.) alferes-mór, ou
adiantado.
PREPOsiTURA, s. f. O officio de preposi-
to.
PREPOSTERADO, A, p. p. de prepostorap ;
adj. antecipado contra a ordem dos tem-
pos.
PREPOSTERAMENTE, adv. (mcn í 6 suíT.) cou-
tra a boa ordem.
PREPOSTERAR, t. a. (Lat. praeposíerus,
prae, diante, eposterus, posterior) inverter
a ordem dos tempos ; perverter
PREPOSTERIDADE OU PREPOSTERAÇÃO, S. f.
acto feito contra a devida ordem, sem acer-
to.
pREPOSTERO, A, adj. (Lat. praeposterus\
avesso, contra a boa ordem, desordenado.
PREPOSTO, s. m. (ant.) espécie de sacris-
tão-mór, no convento de Santa-Cruzde Coim-
bra.
PREPOSTO, A, p.p. deprepôr; adj. ante-
posto ; preferido.
PREPOTÊNCIA, s. f. (Lat. praepotentiã) pre-
domínio, grande, excessivo poder ; abuso de
autoridade.
PREPOTENTE, adj. dos 2 g. (Lat. praepo-
tens, tis] que tem poder superior, predomí-
nio.
PREPUCO, s. m. (Lat. praeputium, depra«,
diante, e puto, are, cortar) prolongação da
73
PRE
tiélfié ' àte dié^.o tteni^', (fig.j circumci-
PREn^N, (geogr.) cidade da Mora via, ca-
Sita! de circrtrfo, a 5 léguas e meia aoSO.
e Weis!?kisrchert ; 3,0tMJ habitantes.
PREREGAiHAS, g. f fl. (ant.) V. SuppUcas.
, preroCtATiva, 5.. f. (Lat. praerogaiiva, do
«dj. prtferoí/afjinís., que vota primeiro) di-
reito, antoridacie superior á de outrem^ pre-
emfmmcia, privilegio. An —s da coroa, do
rei, direitos soberanos estabelecidos pelas
tós fiin(íameBtae5 do reino.
SrN. Cfirop. Prero/jativa, prsvilegio. A
prerogativa corresponde aos homens e ás
preferencias pessoaes ; provera principal-
mente da subordinação das relações que
as pessoas teem entre si. O prizUegio per-
tence ou su refBre a alguma vantajem de
interesse ou de emprego ; provem da con-
cessão do içtfbernno ou dos estatutos da so-
ciedade.
'•"^O nascimento dá ^^'pr&rogalivas. Os car-
gos e empregos dão os privilegias.
PRESA, s. f. (Pr. priae, do Lflt. prchensus,
a, àeprehendo ou prendo, ere, tomar, lan-
çar a mão) tomada ; cousa tornada em guer-
ra ; navio tomado aoínímigo Andarás— s.
Ser de — ou de boa — , diz-se de navio
íí^rosado segundo as leis da guerra. Fazer
— , agarrar, tomar com força. Não fazer — ,
resvalar. — d' agua, represa, agua represa-
da em «rçude. — , garra de ave de rapina ;
ralé; prêa. Osanimaes mansos são — s das
feras. — s, dentes caninos do homem e dos
animaes, ecolmilhos docavalío.
Outros escrevem preza, particularmente
na accepção de navio tomado, que se pode
derivar do Lat. prcedari, roubar.
PRESAGAMENTE, ãdv. [mente suff.) com es-
pirito presago.
PRESA6IAD0, A, p. p. de presagiar ; adj.
que presagiou ; prognosticado
PRESAGíAuoR, A, adj. quo presagia, que
foz presagios ; que serve de presagio.
PRESAGIAR, V. O. (Lat. prcBsagio, ire, prae,
^'antemão, asagio, ire, prever; rad. íc ire,
saber) prever, antever; predizer. '"'^'''*'"'
PRESAGIO, s.m [Lat. praesag%im.Y. Pre-
sagiar) cousa de que se tira agouro, que se
■Cíè ser annuncio de acontecimento futuro, v.
g. bom ou máu — .
PRisAoioso, A, adj. (des. oso) que presa-
gia, que encerra presagio, v. g, — s gralhas,
^oureiras.
i^bSago, a, adj. (Lat. praesagus.) que an-
nuncia cousa futura, ex. « O coração — m'o
diràt. » Camões.
pR^SANCTiFiCADO, A, ttdj . sancUficado an-
tecipadamente, V. g. na liturgia da Igreja
^ga, a íjLOstia e o vinho consag^-ados d*antes.
^^vte ^OB^ráme cpmmunga na missa.
PRE
PRESAR. V. Apresar, e Frezar.
prksbitero. V. Presbytero.
presdurgo, (geogr.) Presiburg em alie-
mão , Posony em Ilungaro , Posonium ,
Preeislaburgium e Istropolis em latim da
idade media, cidade dos Estados austría-
cos, capital da delegação de Prcsburgo a
50 léguas ao NU. de Bade; 45,U00 bad)i
tanles
presdurgo, (geogr.) uma das delegações
da Hungria, aquém do Danúbio, limitro-
phe da Áustria ao O., da delegação de Neu-
tra aoE; '!9i>, 000 habitantes. Capital Pres-
burgo.
pRi^sBYTA, s. dos 'ig. [do CiT.presbys, ve-
lho porque na velhice, a vista de curta que
era, se alonga, em razão do achatamento do
globo do olho) pessoa que vô melhor ao lon-
ge que de perto. Oppõe-se a myope,
PRESBYTERADO OU PRESBYTKRATO, 5. W. fl
ordp'n, dignidade de presbytero.
PRESBYTERfANO, s. m. scctario calvinista'
que não admilte outra ordem ecclesiastic.r
senão a dos presbyieros.ou ministros do Evan-
gelho.
PRESBYTERiANOS, (hist.) tiomo dos Calvi-
nistas d'Escossia, porque esta seita nãoad-
mitte senão simples ministérios do culto
'presbyteri, padres) , os quaes são todos
considerados iguaes. Ksta seita data do
meado do soculo XVI e teve por principal
chefe Knox.
PREsBYTERio, 5. m. a área do altar-mór aíc
ás grades onde antigamente entravam só os
presbyleros.
PRESBYTERO, s. m. (do T.r. presbyteros,
comparativo àepresbys, velho) propriamen-
te significa ancião, na communidade dos
fieis; sacerdote, que tem ordens demissa.
PRESCIÊNCIA, s. f. (Lat. praescienúa] co-
nhecimento intuitivo do futuro : — divino.
PREsciENTE, adj. dos 2 g. (Lat. praesciens,
tis, p. a. áepraeseio, ire) saber com anteci-
pação.
PRESCINDIDO, A, p.p. de presciudir ; adj.
de que se prescindiu.
PRESCINDIR, V n. (Lat. praescindor, i; prac
alem, e scinderg, cortar) ; (fig ) separar men-
talmente, pôr de parte, não attender a: —
de antiguidades, graduações. Prescindio de
todas as considerações. Vieira usa d'este ver-
bo em sentido activo, v. g. — a graça d
gloria : é hoje desusado.
PRESCITO, conforme á etymologia. ^.Pre
cito.
PRESCRiEVKR, V. a. (Lat. praescribo^ ere
ordenar por escripto o que se deve fazer, or
denar em termo.s explícitos. — tempo, Hmi
tar. Os deveres que a lei prescreve. — , (jur.)
adquirir por usucapião, a titulo de prescri-
p^Sò. -í-, í). n. ÍJur.) passar O temprò (jtier
PR«
PRB
lei concede para intentar acçSo ; reclamar
contra a posse illogal de cousa que nos per-
tence ; cair em desuso, ex. « O poderio do
costume prescreve contra o uso da lei » Pi-
nheiro, isto é, prevalece, tem mais força,
PRESCRIPÇÃ.0, s. f. (Lat. prascriptio, oni6),
o acto de prescrever, preceito. — de me-
dico , receita. — íjnr..) expiração do tem-
po que a lei peroaitte intentar acção judi-
cial para recobrar divida, ou posse de con-
sa de ue alguém se apoderou. Excepção de
— . Tempo das prescripçõex , passado o
qual nào é licito demandar alguém por di-
vida, ou reclamar contra posse illegal.
PRESCRiPTivEL, adj . dos 2 g. (des. ivel),
que é sujoito á prescripção Direitos prés-
criptiveis, que se perdem pelo desuso.
PREscRiPTO A, p p. de prescrever, adj.,
ordenado explicitamente ; que prescreveu.
Tempo — , determinado, limitado. A ordem
—1.^ Demanda acção — , que prescreveu,
PRESCT, (geogr.) cidade de Inglaterra, a
3 léguas ao E. de Liverpool ; 4,5{.!0 ha-
bitantes.
PREséA, (ant.) V. preséa.
PRESRCUTORio, V. PerseciUorio.
PRESENÇA, s. f. (Lat. prmsentia ; pras ,
diante, e esse, estar), assistência pessoal de
algnem, «. g. na — do juiz ; — de Deus.
— circunscriptiva, (theoi. e eschol ), a de
um corpo circumscripto em limites, no es-
paço , — definitiva, (theol.), a de um cor-
po que está integralmente em cada ponto
do espaço que occupa, v. g. a do corpo de
Jesu-Christo na hóstia consagrada. — , (fig.)
semblante, aspecto. Tem boa — , gentil — .
Mulher de pouca — . de sangue, (med. p.
us.), abundância, copia.
PRESENCIADO A. p.p. de prescuciar ; ac^/.,
que alguém presenciou, visto observado por
pessoa que estava presente, v.g. Tmba — ,
o facto. Scenas — s por mim.
PRESENCIAL, ãdj dos 2 g. (des. adj. ai),
de pessoa presente, Assistência — . Soccor-
ro -^, eíiioaz, opportuno, presentaneo.
fRBSENCi ALIDADE, s. f. (des. idade), acto
de assistir, de estar presente, o ser pre-
sente.
PRE9ENCIALMENTE5 adf>. (weWÍe SUÍÍ.), {p..
us.), pessoalmente. <''- ' ^i ,oi:^r■^l\v\(\
PRESENCIAR, V. a. {à(t LSit. prâkenti(t\'ar
des. inf.), ver. observar com os próprios
do Lnt. aneos] , insttntaneo, mui efficazí
opportuno, iramediato, t). gf. remédio, auxi*'
lio _. Virtude — . «1
PRESENTAR, V. a. V. Apresentar, -^^
Stn. comp. Presentar, offerecer. Presen-
tar não exprime mais que a ideia sirapleif
e única de expor á vista de alguém, oú'
antes appruximar d'elle uma cousa para
que a tome, p.ira que a adraitta, para que
a acolha, ou taml»em para que a conside-
re ; porem sem nenhuma outra circums-
tancia .«ignalada. sem nenhuma outra re-
lação. Offerecer exprime a acção de pro-
por ou de instar para que alguém accoite,
tome, admilta alguma cousa', porém parti-i
cularmente cousas agradáveis, úteis, inte-
ressantes, e com intt^resse, com eíTicacia,
com vontade sobre íudo, de que se accei-
te o que se offerece. O dono da casa pre-
senta a um amigo um copo de agua ou de-
vinho quando este o pede ; e offerece-Vho'
mando o convida a que beba.
PRESF.NTE, adj. dos 2 g. ( >at. proesens,
tis. V. Presença), que assiste em pessoa,
que está diante de alguém, v. g. As pes-'
soas — s, á cerimonia. Tempo — , o actual, '
o que vai passando, proitpto, eíTicaz. favo-
rável, propicio, V. g. remédio, auxilio — ,
manifesto, que ie presenceia. Ter — , na
memoria, lembrar-se. Tenho — a sua car-
ta, diante dos olhos , ou na lembrança.
Esse facto he-me — . Fazer — , represen-
tar. Tempo — dos verbos, ou subst., o — ,
que exprime acção ou estado — , que se
passa actualmente. Dons — s. [ant.) com que^
alguém foi presenciado. Lucena. — . Ao — ,'
de — , (loc. adv.). agora, no tempo d'ago-*"
ra.
PRESENTE, s. w. O — , O tcmpo actual,
d'agora ; o tempo dos verbos que exprime
a actualidade de algum acto ou estado. — ,
dom, offerta, mimo que se apresenta a al-
guém. V. g. Tem, deu-lhe muitos presen-
tes.
PRESENTEADO , p. p. sup. dc Presentear^
adj. , a quem se mandou um presenteou ^
dom. Foi mui — , recebeu muitos presen-
tes.
PRESENTEAR, V. a. {presente, ar des. inf.),
mandar presentes, t. g. Presentearam os
estrangeiros com fructas e aves.
PRESENTEiRO A, adj. (dcs. eiro), p. Ui5.,
olhos, estando presente, ». g. — , o facto, amigo de se mostrar, de apparecer
a disputa, a briga
PRESENTAÇÃO, V. Apresentação.
PRE9ENTAD0, Y. Aprescutado. Posto di-
ante.
PRESENTANEAMENTE, adv. [mente suff.),
logo, no mesmo instante, instantaneamen-
te.
PRESENTEMENTE, ãdv. [mente suff.), ago-
ra no momento presente, actualmente.
PRESBNTIDO. p. p. deprcseutir adj.,
sentido, percebido antecipadamente; que
presentfo. v. g. Homem — , que tem pre-
sentimento ; — , de perigo.
PRESENTIMENTO, S. W». VCrb. fwiCníO Suff.),
PRisiRTAif EO A, adj. [presente, des. Mn$o, I sentimento, antecij^ado, antevidencia de coti-
7« ♦
Wr,'
299
PKÊ
sa queda cuidado de perigo, v. g. Ter — ,
àa sua hora derradeira. Fataes — s.
PRESENTINHO, s. m. diminut. de presen-
te.
PRKSENTiR, V. a. [Lãlpropsenlio, ire), sen-
tir intuição do futuro, prever por senti-
mento intimo, t?. g. — , o inimigo, os pe-
rigos, as revoluções.
PRESENTÍSSIMO A, adj . supevl. de presen-
te, (ant.), muito eííicai, promptissimo, mui
effectivo.
PRESEPE, s. m. (Lat. proesepes, prós ,
diante, e sepes, vallado), curral, estrecaria,
covil de feras , (astr.), estrella nebulosa no
peito do Câncer.
PRESÉPIO, s m. ( V. Presepe), presépio
oratório que representa o nascimento de
Jesu-Christo em uraa estrebaria.
PRESEPiSTA, s. m. presepe, des. isíá), far-
çante nos dramas em que antigamente se
representava o natal ou nascimento de Jesu-
Christo.
PRESERVA, (ant.) V. Preservação.
PRESERVAÇÃO, s. f. O acto dc preservar,
conservação em estado são, v. g. — , das
carnes, dos viveres.
PRESERVADO A, p. p. de presorvar, adj.
conservado sem corrupção ou detrimento.
PRESERVADOR, s. w. O que preserva, pro-
tege ; adj. , que preserva, proteje ; preser-
vativo. V. g. Providencias prMerraJoras de
peste.
PRESERTAR, V. a. [pre pref. , e Lat. ser-
vo, are, conservar), manter livre de corrup-
ção, perigo, damno, v. g. — , os manti-
mentos, as carnes, — , a saúde ; (fig.) — ,
a republica dos facciosos, a cidade da pes-
te; — , a innocencia, conserval-a sem man-
cha. — SE, V. r., garantir-se, defender-se,
manter-se illeso, v. g. — , da peste, do
contagio.
PRESERVATIVO A, adj. (dcs. itJo) , que
tem virtude de preservar ; s. m., cousa que
preserva, v. g. — , do veneno, do virus
contagioso ; — , da honestidade, innocen-
cia.
PRKSEVE, V. Perseve.
PRESEVERADO, V. Preservado.
PRESIDÊNCIA s. f. (des. encia. V. Presi-
dir), cargo, oíficio de presidente ; (fig.) re-
gimento, mando superior, preeminência.
PRESIDENTE, s. m. [ôoLãi. prcBxidens, tis.
p. a. de prcesidco, ere, presidir), homem
que preside camará, congresso, assembléa,
junta, academia, acto litterario. O — dos
Estados Unidos, magistrado electivo e tem-
porário, encarregado do poder executivo
por quatro annos. — adj. (p, us ), que pre-
side, V. g. deosa — , dos tanques e dos rios.
Eneid. Port
PRESIDIADO A, p. p. de presidiar*, adj.,
PHl
provido de presidio, guarnição. Praça, víl-
la presidiada.
PRESIDIAR, V. «. [presidio, ar, des inf.),
prover de presidio, guarnição de soldados;
deíTender, guardar, v. g. — , as torres, a
praça.
PRESIDIÁRIO A. adj. (Lat. prcBsidiarius),
de presidio em praça ; condemnado a ser-
vir como soldado em praça de guerra.
PRESIDIDO A, p. p. de presidir ; adj. ,
feito debaixo da presidência de alguém.
Congresso , acto , concilio — , por pessoa
autorisada. Tinha — , a assembléa, dirigi-
do como presidente. V. o verbo.
PRESIDIO , s. m. (Lat. proesidium ; pra ,
diante , e sedeo , ere , assentar.) tropa da
guarnição de praça, guarda ; praça forte pre-
sidiada. Gente de — , soldados mal discipli-
nados.— , (fig.)soccorro, auxilio; pessoa que
serve de amparo, protector. O — da arte, —
da divina graça. Perder — em alguém, qua
morreu, ou se ausentou.
PRESIDIR , V. a. fLat. proRsideo, ere; prce
denotando superioridade, e sedeo, ere, assen-
tar.) dirigir como presidente, u. g. — o con-
gresso, o acto, a assembleia. — , em senti-
do abs. ou n., fazer o oíTicio, preencher as
funcções de presidente, v.g. — ao acto. Ka
deliberação da assembleia nacional em quo
presidia Bailly,
Moraes não faz menção do verbo activo,
que é o mais usado.
piESiGO, s. m. (t. da Beira) conduto, que
não é pão nem vinho. Creio que vem do
Fr. pressis, caldo, de presser, espremer. :,
PRESILHA, s f. (de prender , ou presa ,^
des. ilha, de ligar.) cordão ou trancelim
de seda, lã, lio de prata, ouro, com que se se-
gura botão, ou a capa, etc.
PRESiONAR. V. Aprisionar.
PRESLES, (geogr.) villa de França, a 3 lé-
guas e meia ao NE. de Pautoire; 1,500
habitantes.
PRESLES, (Raul de,) (hist.) escnptor fran-^b
cez, nasceu em 1316, morreu em 1381^-»
Escreveu um Tractado do poder ecclesias-
tico e secular.
PRESO , A , p. P' alatinado de prender ;
adj. (Lat. prensus ou prehensus, de prendo
ou prehendo, ere.) atado com corda, laços,
prisões, cadeias, algemas ; encarcerado, me-
tido em prisão. — em laço, cepo, apanhado.
O cordeiro — , nas garras do lobo. — , (fig )
enleado, rendido, v.g. — nos laços de amor,
namorado. — de achaques. Tenho as mãos
— s para a defesa, (fig.) impedidas, estor-
vadas. — , prendido. Tinha — o ladrão.
PRESORES, s. m. (ant.) conquistadores.
PRESSA, s. f. {¥r.presse,áoL&i.pressus,
p. d. de premo, ere, apertar.) aperto, con-
curso tumultuoso de gente ; acceleraçào, ce-
ftt
vn
t^tr
leHdade; (fig.) lida, trabalho, conflicto; di-
ligencia feita com actividade, em caso urgen-
te. Ter — ; dar-se — , apressar-se. Dar — ,
instar alguém para que se apresse. Viu o ini-
migo em — de roubar, lançando-se sobre o
despojo. Á' — , com — , (loc. adv.) accelera-
damente.
PR£SSÍo, *. f. (Lat. pressio, onís, de pre-
mo, ere, apertar.) acção comprimente, peso
que comprime, aperta, carrega sobre outro
corpo. A — do ar, dos fluidos, da prensa hy-
draulica.
PRESSENTIR. V. Prescntir.
PRESSIONE, (geogr.) villa de França, a 5
léguas ao NO. de la Fleche ; 2,470 habi-
tantes.
PRKSS16NY, (o Grande) (geogr ) cidade de
França, a 7 léguas ao SO. de Loches ; 1,000
habitantes.
PRESsittNY, (a Pequena) (geogr.) villa de
França, a 2 léguas, ao É. de Pressigny a
Grande ; 1 09 habitantes.
PRESSO, A, adj. (Lat. prcMn.?.) V- Conciso.
PRESSUROSO , A, adj. V. Apressado, Rá-
pido.
PRESTAÇÃO, (Lat. proestatio, onis.) o acto
de prestar ; a cousa prestada; contribaição
para despeza ; pagamento a prazos. — de ju-
ramento, o acto de o prestar ou dar.
PRESTADio , A , adj. oíiicioso , disposto ;
prestar serviços ; útil, proveitoso. Desejo ser-
vir-Yos — . Condição — . Animo, génio — .
PRESTADO, A, p. p. de prestar ; adj que
í>restou, emprestado.
PRESTADOR, A, adj. V. Prestadio
I RESTAMEiRO, s. m [prcstamo, des. eiró.)
(ant.) O que logra pensão prestimonial ; o
que goza de bens da coroa para sua comedia.
— , mordomo, rendeiro que cobrava os foros,
ou pensões dos prestimonios.
PRESTAMBNTE. V. DcprCSSa.
PRESTAMO. V. Préstimo, Prestimonio .
PRESTANÇA, s. f. (aut.) bons oíTicios que
se fazem ou prestam a alguém, disposição
íi obsequiar. Ter araisade e — com alguém,
i'arros. — , dadiva, serviço, favor.
PRESTANCiA, s. f. (Lat proestantiã', proe
denotando superioridade, e slo, are, estar di-
reito.) cxcellencia, preeminência, superiori-
dade.
PRESTANÇOso, A, adj. (des. oío.) que tem
prestança, que costuma exerce- la.
PRESTANTE, ãdj . dos l g. (Lat. proestans,
tis, de proe denotando superioridade, eíío,
a rc, estar, ser.) proveitoso, efíicaz, v.^. re-
médio — . — , excellente. Amigo — . « — *
veias de ouro, » Camões, abundantes.
PRESTANTissiMO, A, adj. sMpgW. de pres-
tante, mui prestante.
PRESTAR, V. a. (âo Lat. proe diante, ao
alcance, e sto, are, estar.) dar, v. g. — an-
TOL. IT.
xilío, soccorro, fó, juramento. « Nenhuma
cousa prestou a natureza aos homens, me-
lhor que a brevidade da vida. » Arraes. —
paciência, supportar, haver se cora pacien- i
cia. V. Emprestar. — se , v. r. dar-se, f>.ÍJ
g, — mutuo consilio. — , (p. us.)utilisar-5e,
servir-se, v. g. — de cavallo. — se a algu-
ma cousa, condescender, fazendo o que al-
guém deseja de nós. — , ter préstimo, ser
proveitoso, bom, útil, prestante. — para -
tudo, ser apto. — para seus amigos. Este
sujeito presta para muito. Não — para na-
da, não ter préstimo, valia.
PRESTATIVO. V. Prestadio.
PRESTE, s. m. (Fr. prétre, do Lat. prti^
bytero.) (ant) padre, sacerdote. O — João,
denominação antiga e incorrecta que desi-
gnava o imperador da Ethiopia, que se sup-
punha unir o sacerdócio ao poder régio. E'
corrupção de djehan, que significa o mundo,
e é o titulo do dalai lama ou summo sacerdo-
te da seita c/iamanica. — , (ant.) official dos'
menores do serviço da casa real. V. Prestes,
s. m.
PRésTEMO, (ant.) V. Prestimonio.
PRESTES, s. m. official da tribuna da ca-
pella real que descobre o sitiai de El-Rei e faz
outros serviços relativos á capella .
PRESTES, adj. dos ^ g. (do Lat. proesio,
prompto ) prompto, apparelhado. — . adv.,
ou de — , (ant.) de repente, com prompti-
dão, alacridade, presteza.
PRESTKSMRNTB, adt?. (mcntê suíí .] com prés- '
teza.
PRESTEZA, s. f. promptidão, alacridade,
celeridade.
PRESTifiiADOR, *. f» {L&i. procstig ia tor )
homem que faz prestígios, pelotiqueiro; em-
baidor.
PRESTIGIO, s. m. (Lat. proestigia, arum,
de prce, diante, e stegó, cobrir, esconder.) il-
lusões"; phantasias enganosas. Os — s da arte
magica. — da eloquência, artificio persua-
sivo.
PRESTiG oso. A, ttdj . (Lat. prcesttgiosus.)
que contém prestigies, relativo a prestigies.
Astúcias , ernbaimentos , enganos — s. Ho- .
mem — , embaidor, pelotiqueiro.
PRÍSTiMO, s. m (de prestar.) utilidade,
aptidão útil, proveitosa. — , (ant.) senhorio ^
útil. préstemo, prestimonio. — , doação, be-
neficio, merco.
PRÉSTIMO , (geogr.) villa de Portugal, a
4 léguas de Aveiro : seu concelho, situado
n'uma planicic pouco salubre ; contem 1,500 »
habitantes. '^
PRESTIMONIAL, ttdj. doS 1 g. B PR8ST1M0-
NiARio, A, adj. da natureza do prestimonio.
PRESTIMONIO, *. m. [do L&i. proes to, are,
e múnus, imposto, dom, benefícios.) (t. de di- ^
reito canónico) pensão tirada para sempre da» a
74
^
m
f^É
rendas do beneficio, v. 5^. para educação de
ecclesiasticos ; redditos applicados pelo ins-
tituidor ao sustento de um sacerdote ; ca-
pella presbylerial a cuja posse só um sacer-
dote tem direito.
pRESTissiMO, A, adj . superl. de prestes,
promptissimo. — , adverbialmente , (oaus.)
com mtiita vetoeidade.
PRÉSTITO, *. m. procissão em içue o rei-
tor sáe da uaiversidade acoflapanhado dos
doutore*, eelsdantes, bedéis, eto.
PRESi© , adf. m. protDplô^, v^loa» « Era
nas execuções sobn&f«aRetrij — . » Ffeire.
PRESTO, adv. cedo, depressa. — , (mus.)
com presteza.
PRESTON, (geogr.) cidade de Inglaterra,
a 7 léguas e meia ao S. de Lencastre ;
50,000 habitantes.
PRESTOu-PANO, (gcogr.) cidadc de Escó-
cia, a 3 léguas ao WE. de Haddington.
PRESTUMEiROt :\^;Postrimeiro, Derradei-
ro :.u\fi\ -,-
PRESUMIDO, A, p. p. de presumir ; adj.
supposto, conjecturado. Homem — , presum-
pçoso, vaidoso. Mulher — , desvanecida.
PRESUMIDOR, s.m. costumado a conjectu-
rar; adj. que conjectura.
PRESUMIR, V. a. [Ldíl. proBsumo, ere, prae,
diante, e sumere, tomar) conjecturar, sup-
por, suspeitar, v. g. — traição, insidias.
— ,: D. n. ter presumpção, v g. — de sábio.
— , ter opinião, v. g. — mai de alguém.
P resume muito de si, tem nimia opinião.
PRESUMPÇÃO, (Lat. praesumptio, onis) opi-
nião, juizo conjectural, fundado em indícios;
opinião de si, desvanecimento. Presumpções,
pi. indicios prováveis, t?. g. não ha provas
da crime, mas fortes presumpções.
pRESUMPçoso, A, adj. (des. oso) cheio de
presumpção, desvanecido, presumptuoso.
presumptcosamente, adv. Qoaa, presump-
ção, com desvanecimento; afii?f^tírn/í.{ : -n-
presumptuoso. y. Presurhpçoso.
pRzsuNçÃo. V, Presumpção.
presunçoso. V. Presumpçoso.
presunto, s. m. (do Ital. ptesciutto ou
prmciutto, do Lat. vro, diante, e sus, por^
co) a perna do porco curada no fumeiro.
presuntuosamentk , V. Presumptuoso^
mente. í
PRESu«írtJOS(K Yo-jPfwrlMwpíttofo.
PRESUPOR. V. Presuppor.
PRBSUPPOER T. Presuppor.
PRESUPPOR, m «i stippor d'antemão. — ,
v.i.nL. resolver firHJKtBewte, v. g. — de mor-
rer,
PR.K8UPP0SIÇé, s. f. siip«posição antecipa-
da, presupposto. •
pRBSUPPOSTO, Ay p; p. de presuppor ; adj.
dado por hypoth«8«; que 9è«3iippõe anterior,
aiUeeedfinte, Uv a. fttr*«eOTiveqção.
PRE
PRESUPPOSTO, s. m. opinião antecipadAíj
intento antecipado, propósito, tenção, exi\
« Com este — recolheram seu gado. » « Conn}
— de desabafar-me. » ,i
_j
E tinha já por firme presupposto
Ser com amores mal afortunado.
Cankieel Lfte., W^ "ífe
PRESURA, (ant,) Y. Gppress(U>.
pREsÚRiA, s. f. (ant.) tomada, conquisiat,
presa, represa d'agu.a, açude, levada.
PRET, s. m. (de Fr, V. Pré) soldo diário
do soldacb. Prets, pi. A?tíh«-se etn um avi-
so de 180^, mas é contrario á analogiê-^^
lingua. V. Pré. :•■] .7/fn!;-..na'i
pretençÃo, s. f. acto de pretender, diltH
gencia para obter cargo, emprego ; requónl
rímento de pretendente , soílicitação. Ter
grandes preíenções, pi. aspirar a cousas su-^^
bidas.
pRETENçoR. V. Pretensor.
PRETENDENTE, s. w. (do p. a. Lat. proe-
tendens, tis, de praeíendo, ere) o que soUi*
cita cargo, emprego, ou» qiifi requesta »»-
Iher. ;>'.,; q ih
PRETENDENTE, (hist.) Ba*se cste nome »o»»|
príncipes, que sôo reis por direito beredivA
tario e que disputam o tfaroHO aos reis de
facto,
PRETENDER, p. «. (L*ti proteteudo, we,
prae, diante, e ten<h , ere, tender), fazer
diligencia por obter, coa^eguir, d., g. — ,
officio cargo; pretextar, v. g. — , ignorân-
cia.
Stn. comp. Preíendõr, aípi^(M%. sollici^, }
tar. Resignam estas Ires palavras os e»fof-v
ços que se fazem para alcançar uma cou-
sa, para obtêl-a Porém aspirar design» o
vivo desejo d'uma eouâa que depende dos
homens ou da sorte ; prUender suppõe uma
justiça que se deve fazer ao preíendeirte,
um premio que se deve adjudicar a séii
mérito refll ou supposto, ou uma i graça de
que se julga digno. O que as^m a ai^u^
ma cousa, emprega paira chegar a ella as-
túcia e artificio, e por t(vj^s a força o to-
dos or meios que » incontentavel ambição
suggere. O que pretende expõe abertameri-
te s«u« direitos verdadeiros ou chimericos,
e esforça -se para os fazer valer. O quea*-
pira e mo logra o fim de Seus desejos, fi-
ca abatidb; humilhado e aíBicto ; o que '
pretende e não obtém o que sellieitava,
fica de6CDHt«mte; e diz que lhe fizeramda-'
justiça, ou n&o attenéêfttmsea nrerttoi it.i'»v
SoUicitar represftnía particttlanHenIe as
diligencias que fazemos, os meios do que f
nos servimos, e os psassos- que danaos para
conseguir o que prebendemos. Uj» ca-vítèheii*'
to de província pretende na corte que se
lhe confira um emprego, etc. ; não poden-
do abandonar sua casa e familia, encarre-
ga a um amigo que sollicite seu despacho
na secretaria ou no tribunal competente.
Neste caso, nem o cavalleiro sollicita ain-
da que pretende, nem o amigo pretende
ainda que sollicita.
PRRTEiNDiDO A» p. p. de pretender ; adj.,
diligenciado, soliicitado, pretextado, v. g.
Moça — , requestada, pretenso, reputado.
V. g. Direito — , supposto, não real. v. g.
Pai — , putativo.
PRETENSO A, adj . [áo Lài. pretensusp. p.
áe prae tendo, ere,] supposto. v. g. O — ,
marido, rei.
PRKTENSOR A, s. pessoa qne tem preten-
çâo ; V. g. pretensor , á coroa, preten-
dente.
PRETEXTADO V. Pretextãdo.
PRETENTO. Y. Pretexto.
PRETERIÇÃO, t. f. O acto de preterir ; o
ser pretendo.
PRETERIDO, A, p. p. de preterir ; adj, não
provido em cargo. Filho — no testamento,
de que se não faz menção. Foi — na no-
meação.
PRETERIR, V. a. (Lat. proetereo, ire; proe-
ter, além, e ire, ir.) não comprehender na
promoção. — o herdeiro, o official.
PRETÉRITO , A, aój . (Lat. preteritus, p. p.
de procíerco.) passado. Tempo — . Os— s dos
verbos, o tempo que denota acção, acto ou
estado que se passou, que teve lugar em
tempo anterior. — perfeito oU definito ; —
imperfeito.
PHETiRMissÃo, *. f. (Lat. proetermissio,
onis.] figura de rhetorica que consiste em
nomear as cousas, affectando ao mesmo tem-
po não fazer menção delias.
PRETERMiTTiR, V. a. (Lat. proetcrmitto ,
cre^ proetet, além, e wtíícre, mandar, en-
viar.) não mencionar, omittir, deixar, passar
em silencio.
piciTERNATURAL, odj . doí 2 ^. (Lat. proe-
ter, além^ e natural] sobrenatural, fora da
ordem da natureza, maravilhoso. Phenome-
nos preternaturaes .
PRETETE, adj. m. diminuí, de preto, al-
gum tanto prelo.
PRETEXTA, (hist.) Praetexta, subentendi-
da toga ou vestis, vestido que os adoles-
centes começavam a usar na idade de 16
annos e que tinha uma pequena barra de
purpura. Os magistrados também usavam a
pretexta mas com barra muito maior (cha-
mava-se augusti-clava a dos oavalleiros,
laticlava a dos senadores.)
PRETEXTADO, A, p. f. dc pretextar ;ladj.
tomado por pretexto.
PRETEXTAR, V. «. [ptetextOf ar des. iní.)
'¥
^h
tomar por pretexit), desciilpar-se com pre-
texto, V. g. — doença.
pRETEXTATO (S.), (hist.) .bispo do Roma,
cazou Merovêo com BrunchanJ em 770 e
foi por este facto exilado p^ra uma ilha da
Mancha. Fredegonda mandou-o matar em
588 quando ello vQltç^.á a^a diocese. B
festejado a Í4 de fevereiro. , j
PRETEXTO , s. m (V. í*reiei.tar.) «wtíxfl^i
supposto, desculpa fundada epnootivostps-
peoiosos, disfarce, capa. Tomar, buicarprf-
íejf/opara íazer ou pão jfa^er alguma cou-^
sa.
Syn. comp. Pretexto^ escusa, Escmí^.è
a razão válida, coei que justificamos uq[) ,
facto. Pretexto é a.razãoapparenle, de que
nos servimos para oc^gjtar , a verdadeira.
Busca-se um pretexto, para quo sirva de
escusa. Fulano ^eu por escusa o estar oc-
cupado porem soube-se depois que tal
occupação foi somente um pretejf^to.
Chama-se impropriamente escusa á falsa
razão ou motivo com que piocuramosdes-
culpar-nos, ou eximir- nos de alguma cou-*
sa ; porem esta na realidade não pôde cha»
m«r-se escusa, porque ó claro que não pôde
verdadeiramente sêl-o aquiilo que se quer ,
fazer passar falsamente por tal. A palavra
escusa a explica sempre debaixo da accep-
ção de verdadeira, e por isso produzimos
nossa razão como esausa ou, desculpa, syp-
pondo que. reçe.beQcíO'-^ nesta qualidade se .
olha cDino I^hima ; porem a palavra pre--,
texto representa por si mesma uma razão
puramente íipparente, e assim ninguém a
produz em qualidade de escusa. Confesso
que errei, porem sirva^m* d^ escusa mi-
nha pouca. íixpjoriencia. «Sirva-me depr<- ,
texLo » seria toafessar que, não tenho 6á- ^
cusa legitima que allogíw, expgnlío u,aia ;
razão puramente apparento, qjuo nap pôde
passar legitimamente por escusa. I^tp nãp
tem esc^ifisa ou desculpa, isto é, não h^,)^-
zão válida que o justifique, ,,|.j,.
PRRTi, (hi^t.) chamado il Calabrese ^ o
tavalleiro Calabrea, pintor natural da Ga- ',
labfia, nasceu em lèl3, morreu em 1693^,, ,
O ^useu do Louyer possua deste pintor •>
um $ancto António abbade, visitando S. ,,;
Paulo no deserto. (
pRETiDÃo, s. f. negrura, côr negçi. -j
PRETíNA. V. P^tj-ina, cinto. '.,Z >r.xMi9h
PRETINHO, A, adj. á^mij[^^t.^QTf(^^tiJ^ '
guíu tanto preto. , ^ <~^,.-,> ,...;: .,.,,j,
p^ETO, A, a(íj ., (Cast. prt^ío, doGr. p»*^-
thé, inflammar.) propriamente significa côr
de cousii qyeimada, negra. Yestidç^— , V^]ç
le — . Manchas — s. Espécies -r^f{^. 9^j^'\m&à-
taj içaR^ft», c«*Wit B^aes —s de cobri,, moe-
da antiga que valia pouco múi de um cei- ^
tál. Uoj^m-r, oMs %[}hsÁ.fV,m—^wm^f
74 ♦
m
tÊÊ^
riégrl),' nôlpiií. Africano' negròt \Ê«paáa — ,
florete terminado por botão, coberto de ca-
murça para não ferir, com que se aprende
a esgrima. Dar no — , no ponto preto que
serve de mira. Tomar o besteiro — , acer-
tar na marca.
PRBTo, (geogr.) Rio da província da Ba-
hia, no Brazil, na comarca do Bio-de-São-
Francisco, um dos mais caudalosos aííluen-
tes do rio Grande.
PRETO, (geogr.) Rio, no Brazil, que ser-
ve de limite ás províncias de Minas-Ge-
raes e do Rio-de-Janeiro.
PRETO, (geogr.) Rio da província do Pará,
no Brazil, affluente do Tapajóz.
PRETO, (geogr.) pequeno rio da provín-
cia de Mato-Grosso, no Brazil, de que nasce
o rio Cuiabá e o Paraguai.
PRETO, (geogr.) Rio da província de Mato-
Grosso, no Brazil.
PRETO, (geogr.) Rio da província de Goyáz,
no Brazil.
PRETO, (geogr.) pequeno rio da provín-
cia do Maranhão, no Brazil, na comarca de
Brejo.
PRETOLií , adj. dos 2 g, (de preto e
óleo.) Óleo — , verniz dos espadeiros.
PRETOR, (hist.) (de prce itor) magistrado
romano, que fazia as funcções de grande
juiz, e que podia, nas províncias, accumu-
lar todos os poderes. Como civil o pretor
era juiz e legislador. Quando tomava posse
do cargo publicava o seu manifesto legisla-
tivo, chamado edictumprcBtoris : Este car-
go ífoi um desmembramento do consulado,
quando os plebeos adquiriram o direito de
serem cônsules. Publioo Fhilo foi o pri-
meiro pretor, primeiramente houve um
pretor, depois o numero delles foi augmen-
tando e chegou a 18.
PRETÓRIA. V. Pretura.
pftETORiAL, adj. que pertence ao pretor.
PRETORIANAS (guardas) , (hist.) Deu-se
primeiramente este nome á guarda de um
general em chefe romano (pretor, cônsul,
ou dictador). Depois applícou-se o mesmo
nome ás cohortes que formítvam a guarda
do imperador. O seu quartel era perto de
Roma entre as portas Víminale Esquilina.
Estas cohortes, que ao principio augmen-
taram excessivamente tornaram-se tão po-
derozas que davam e tiravam o império.
PRETÓRIO, 8. m . (Lat. ptcptorium), na
antiga Roma, foro , praça onde o pretor
dava audiência e julgava os pleitos ; casa
do pretor.
PRETÓRIO, A, adj. ordenado, estabeleci-
do pelo pretor.
PRETURA, *. f. (Lat. prmtura), oíTicio, di-
gnidade de pretor,
PREULLAY, (geogr.) cidade de França, a
an
1 !eg\iá ao^.^de Loches; 2,000 habitan^"^
tes.
PREUSCHEU, (hist.) escriptor ecclesiaslico
do grãnducado d'Hesse, nasceu em 1731,
morreu em 1803. E screveu cartas geogra-
phicas, e um tractado sobre a manobra
de as traçar.
PREVALAIE, (geogr. aldeia de França, ai
quarto de légua ao de de Rennes.
PREVALECENTE, adj. dos ^ Q. (Lat. prcB'
ioalescens, tis, p. a. de pravalesco, cre),
que prevalece, supera, sobrepuja, t>. g. opi-^
nião — , forças, razões, erros — .
PRivALiciR, V. n. (Lat. praevdleo, ere,
prae denotando superioridade, etaleo, ere,
ter força), superar em força, vigor, levar
vantagem ; v. g. — ao partido contrario ;
— a força contra a justiça. Prevalecerá a
verdade, A todos — o fero Achilles. «Hão
podendo os exércitos de Carthago — con-
tra os romanos. » — , (forens ), vencer em
juízo. Não preí)a/cc«u o aggravo, não foiad-
mittido. ^
PRETALiTANA, (gcogr. )[Praeca/tíana, pro-
víncia do império romano, na diocese da
Dacia, ao S., entre as montanhas Glioubo-
tín e Tchardag, o Drin meriodinal e o
Adriático ; capital Scodra.
pnEVARiCAÇÃo, s. f. (Lat. praevarieatiOy
onis)y transgressão dos deveres, v. g. prç-^
varicação do magistrado , juiz , concluhi,
para enganar a quem se confia no preva-
ricador.
PREVARICADO, A, p. p. dc prcvaricar, que
se desviou do dever, que torceu a justiça.
PREVARICADOR, I, w». O que SC desvia do
dever, o que torce a justiça, v. g. juiz — .
Advogado — , o que se entende com a par-
te adversa para fazer perder o pleito ao seu
cliente ; — , adj. que faz prevaricar, v. g^,^
as peitas — s.
PREVARICAR , V. fl. (Lat. praevaricov,
ari, torcer o caminho andando, ou o re-
go lavrando), obrar com dolo, etc. prae,
alam, e varico, are, dar passos largos, ou
de f^arus, que tem as pernas tortas), apar-
tar-se, desviar*se do dever, trahir o cons-*^
tituinte entendendo-se com o seu adversário,^
V. g. o advogado, o procurador, torcer a
justiça (o juiz).
PREVEDOR, 8. m. O quo prevê.
PREVENÇÃO, 8. f. (Lat, praevintio, nw),
o acto de prevenir ou de prevenir-se, ap^ '
parelho, meios de prevenir o ataque. «. ^?*
A fortaleza estava com tão pouca — . — ,
preoccupação, preconceito, tj.^f. Tinha for-
tes — * contra os castelhanos. — , (forens.),
direito que tem o juiz que primeiro tomou
conhecimento de um processo, de o julgar.
PREVENiDAMENTE, adv. [mente sufT.j, com
prevenção, sobre aviso, precaíadamente.
PRE
IRI
l^
PREVENIDO, A, p. p. de prevenir, adj.
avisado, precatado, preparado de aatemào,
apercebido ; atalhado, evitado de antemão,
V. g. Foi — do perigo. Estava — para a
guerra.
PBEVENiENTK, ãdJ . dos 2 Q. (Lat. prae-
veniens, tis, p. a. de praevenio, ire), que
previne. Graça — , auxilianle.
PREVKNIR, V. a. (Lat. proevenio, ire; proe,
antes, e venire, vir.) antecipar, obstar, ata-
lhar, frustrar. — o inimigo, o perigo, o ata-
que. — os desejos, nntecipa-los. — o castigo,
evita-lo. — as objecções, dar antecipadamen-
te razões que destroem as objecções. — , avi-
sar, pôr de prevenção. — alguém de perigo
que o ameaça. — o juiz, usar do direito de
prevenção. — sb, c. r. dispor- se, appare-
Ihar-se d'antemão, precatar-se.
PREVENTIVAMENTE, adv . (mente suíí.] com
prevenção, tomando os meios necessários ,
convenientes para evitar algum perigo.
PREVENTIVO, A, adj. (dcs iíjo.) próprio a
prevenir, a obrar. Meios — . Homem — , (p.
us.) prevenido nos seus intentos.
PREVENTO, A, p. p. iTTeg . de prevenir ;
Jurisdicção — , (ioc. forens.) a que usa o
juiz que primeiro tomou conhecimento de
algum caso de foro mixto, ou de que pôde
conhecer qualquer juiz a quem primeiro se
requer, tendo jurisdicção cumulativa com
outros.
PREVER, tj. a. [prcB pref., e ver.) ante-
ver, conhecer com antecipação ; suppôr ,
conjecturar.
PREVERSÃo, s. f. orthogr. errada, posto
que usada por Vieira. V. Perversão.
pREVERSissiMO, orthogr. errada, posto que
usada \)0T Lucena. V. Perversíssimo.
PREVERSO. orthogr. errada, posto que usa-
da por Barros. V. Perverso.
PREVERTER, V. a. orthogr. errada, usada
frequentemente pelos clássicos. V. Perver-
ter.
PREVERTiDO. T. Pervertido.
PREVESA, (geogr.) Nicopolis, cidade da
Grécia moderna, ali léguas ao SO. d'Ar-
ta ; 4,000 habitantes.
PREVIAMENTE, adv. [mente suff.) com an-
tecipação, de antemão, anteriormente.
PRETico ou PROvico , adj. V. Feiticeiro.
PREVIDÊNCIA, s. f. (do Lat. preevideo, ere,
prever.) previsão conjectural do futuro. —
divina, conhecimento certo que Deus tem
do futuro.
PREVIDENTE, adj. dos 2 g. (Lat. prati-
dens, tis, p. a. de prcevideo, ere, prever.)
que preve, antevê.
PRÉVIO, A, adj. (Lat. pravius; proe, an-
tes, e via, caminho.) que vai diante; ante-
rior em tempo , antecipado. Estudos — ,
preliminares.
VOL. IV.
PRKVisio, *. f. (Lat. proevisio, anis.) pre-
vidência, conhecimento, antecipação.
PREviso, A, adj. (Lat. proetwuí.) (theoí.)
previsto antevisto.
PREVISTO, A, p. p. de prever ; adj. vis-
to ; conhecido antecipadamente. Ter — o
caso. Estar — do caso. Homem — , acaute-
lado, prudente. « Não era mui — nas cau-
telas e casos de guerra. » Barros, attento,
apercebido, precatado.
PREvosT, (hist.) um dos mais fecundos
escriptores francezes do XVIII século, nas-
ceu em 1697, morreu em 1763. Prevost es-
creveu muito. As suas obras completas for-
mam 170 volumes.
PREVOST, (hist.) pintor francez, nasceu
em li 64, morreu em 1823, pode ser con-
siderado como o verdadeiro inventor dos
panoramas.
PREVOST, (hist.) litterato genovez, nas-
ceu em 1751, morreu em 1839. Traduziu
do grego para o francez as Tragedias de
Euripides ; e do inglez os Ensaios philo-
sophicos de Adão Smith.
PREZ , s. m, (Fr. ant. preis.) (ant.) pre-
ço. «Homem de — e de honra entre os Mou-
ros. » Inedit.
PREZA, s. f. (do Lat. proeda.) prêa, na-
vio tomado em guerra. Armar ás — 5, diz-
se de navio de guerra ou corsário. « Fazer
— nos bens dos vassallos, » depredações. Ar-
raes.
PREZADO, A, p. p. de prezar ; adj. apre-
ciado, estimado ; que faz timbre. — amigo,
de quem se faz apreço. Sempre tinha — a
independência de caracter.
PRBZADOR, s. m. o quo preza, 9stima.
PREZAR, V. a. {preço, ar des. inf.) fazer
apreço, estimar, apreciar, v.g. — as virtu-
des, a innocencia. — se, v. r. fazer timbre,
jactar-se, ostentar, v. g. — de valente, de
gentil, de sábio, de fidalgo ; — de montar
bem a cavallo.
PREZAVEL, adj. dos 2 g. (des. avel.) es-
timável, digno de apreço.
PREZÉA ou PREsáA, s. f. ide prezar.) (ant.)
jóia de muita estimação, de muito preço.
PRiAMO, (hist.) Priamos. Ultimo rei de
Tróia, tilho de Laomedonte, tinha sido, na
sua mocidade, aprisionado por Hercules,
foi depois resgatado e coUocado no throno
em 1311 antes de Jesu-Christo, teve 50 fi-
lhos. No seu reinado o rapto de Helena
por Paris deu logar á juerra de Tróia, a
qual depois de dez annos de cerco foi to-
mada, e Priamo foi passado á espada por
Pirrho ao pé dos altares.
PRiAPiSMo , s. m. [priapo , des. ismo.)
(med.) erecção permanente do membro vi-
ril, muitas vezes dolorosa.
PRIAPO, (myth.) Priapus, filho de Vénus
ik
i^
ftí^
prados é áóé prazéreá òííécéiiôl.
i^RítÈ, (hist.) ihiniáíW) dífe'áiderhté e éscri-
ptor inglez, nasceu em 17S3 úo paiz de
GiSllès, rborréu êm l?9f. A stia pfrricipàl
obra é a Revista (iat ptifícípáés aifficul-
dddès em moral.
l»Ricí:ço, s. m. éipeòití de cryslal, peúti
preciosa.
PRÍEGUITZ ou MARCHA AUTERÍOR, {^eOgT.)
Tormark em allemão, uma dásdivizõesda
antiga Marcha-Eleitoral, no norte da Alle-
níánha, Tinha por capital Perleberg.
pRiÉGO, (gcogr.) cidade de Hispanha, a
18 léguas ao SE. de Córdova ; 16,700 ha-
bitantes.
PRiENE, (geogr.) hoje Samsòun, cidade
da Ásia Menor, nâ lonia, perto da embo-
cadura do Meandro.
PRiESTTEY, (hist.) physico e theolôgo in-
gíez, nasceu em 173'<, morreu em J804,
collocou-se pelas suas numerozas descober
tãè em chimica e em phisica a par dos
primeiros sábios da Europa, mas foi per-
seguido no seu paiz pelo ardor com que
propagava os principios da revolução fran-
ceza. Às principaes obras de Priestley são :
Historia da electricidade, Historia e esta-
do actual das descubertas relatiwas d vi-
são ; Experiências sobre diversas espécies
de ar.
PRiGOM. V. Prisão.
PRiGUiçA V. Preguiça, mais us.
PRIMA, s. f. a filha do tio ou da tia. —
com irmã, filha de tia ou tio, relativamen-
te aos filhos de irmãos ou irmãs. V. Pri-
mo.
PRIMA, (do adj. Lat. primus, a, primeiro.)
a primeira e a mais delgad*i «orda de viola,
cithara, rabeca; a primeira hora doofficio
divino. Lente de — , na universidade de Coim-
brã, o lente da maior cadeira de alguma
faculdade, que faz a prelecção da primeira
hora da manhã. Quarto de — , a primeira
vigia da noite d«sde as nove até ás onze. O
— , m., o açor fêmea. — , o falcão primeiro
ou segundo da ninhada. O açor, o gavião
-;f, adjectivado.
' PRlMACiA. V. Primazia.
r/^pkiMAciAL , adj. dos 1 g. concernente a
^maz ou a primazia.
PRIMADO, s. m. (Lat. prímaíMs.) suprema-
cia, preeminência, o primeiro lugar, offi-
êío de primaz. « A um deu o — da nature-
za, » Vieira. € Contendendo sobre quem fi-
caria com o — da Grécia. » Mon. Lus. «A
*ingua latina tinha o — sobre as outras lín-
guas da Itália » Leão. O — do papa. Ép.
usado.
PRJMAMBNTB , adv. {mente sufi.) de mão
prima, com prímof;»;^-
ri»'
' fátMXRÍiíÍEkÍE, aái). (mente saffljètí j^
meif-o lugar; principalmeRte. '^'
primaAiças, s. f. (de primo, primeiro. J''''
as primeiras lampreias qUe se pescam ém '
alguns lugares, e se pagara de foro.
PRIMÁRIO, A, adj. (Lat. primarius.) prin-
cipal. O fim — . Lente — , de prima.
PRiMATíCE, (hist ) Primaliccio, pintor e
archiíècto italiano, nasceu em 1490, mor-
reu era 1570. Dirigiu em França os em-
belezamentos do castello de Fontaine-Bleu.
PRIMAVERA, s. f (do Lat. primum ver.
Ver vem de vireo, ere, verdejar, brotar, ter
VIÇO.) estação do anno caraclerisada pela re-
novada vegetação ; nos nossos climas segue-
se ao inverno e precede o verão ; mas no t!gy-
pto corresponde ao nosso outono, porque a
vegetação é effeito da innundação do Nilo,
que começa pouco depois do solsticio esti-
val ; (fig ) o anno. — da vida, a juventu-
de. — , (bot.) flor de seis folhas alvadias que
vem na summidade de uma haste alta e re-
donda. — , (fig.) seda de folhagens, flores e
matizes.
PRIMAZ, s. m. (I at. primas, tis.) prela-
do superior aos ouffos.
PRIMAZ, adj. dos 2 g que tem a prima-
zia. « Autor em toda matéria — . » Vieira.
« Tinha sempre grande numero de açores,
falcões..., e toàos primazes. » Mariz
PRIMAZLA. , s. f. (des. ia.) dignidade do
primaz ; preeminência ; superioridade; pri-
meiro lugar, precedência. As letras devem
ter a — sobre as armas.
PRIMEIRA, s. f. (subst. da des. f. ^q pri-
meiro ) um jogo de quatro cartas ; quatfò
cartas de naipes diversos. — , ellipticamen-
te, primeira vez, principio, v. g. à\ — ; lo-
go Á — ; pela — ; á— , do principio. A'—
(face) mostrou-lhe bom rosto. ^ _ • '*''
PRiMEiRAMiNTi, ttdv. [mente sulír.l eiíi jift-
meiro lugar.
PRIMEIRO A, adj. (Lat. prímiís, de proe,
diante, e Gr. eimi, ir.) que occupa o lugar
dianteiro, que precede em lugar, tempo ou
ser numérico. O - - lugar. O — da fileira, —
dia do anno. Sua — mulher. O seu — esta-
do, primitivo. — em dignidade, preeminen-
te. — , (fig.) eicellente, mais eminente, t.
g. Camões é o — poeta portuguez. — , ád-
verbialmente, antes, v. g. — de vir d esle
caso ; — de exercitar as armas. De — , a
principio. — que isso aconteça. — morrerei
que trair a nossa causa. De — , antigíiiiien-
te, a principio, primitivamente.
Syn. comp. Primeiro, primitivo, pri-
mevo. Entre muitos seres que se succedeai
em um certo espaço de tempo ou de eslen-
são, se chama primeiro ao que está ou se
acha á frente da successão e que a começa.
Chama-se primitivo o que começa uma svié»"
iip'
Sf
PB
299
cessão origioada d*elle. enào toma origem
de outra cousa. El-Kei D. AíTonso Henri-
ques foi o primeiro rei de Portugal, e não
se pôde dizer rei primitioo. Porem Adam
é nao somente o primeiro homem, senão o
homem primitivo ; porque precede a todos
em tempo, e todos os homens que depois
vieram ao mundo trazem d'elle sua ori-
gem
Chamam os grammaticos lingua primi-
tiva á que fallaram os primeiros homens,
não só porque foi a primeira que se fal-
lou, senão porque d'ella se formaram todos
os idiomas e dialectos que teem chegado
até hós, os quaes não são mais que diver-
sas reproducções da lingua primitiva de-
baixo de diíTerenles formas.
Primevo é palavra latina, primcevus, e
diz precisamente o que é da primeira ida-
de, ou das primeiras idades. As leis porque
se rege um povo nos primeiros tempos de
sua existência são primevas ; primevos são
os homens que viveram nas primeiras ida-
des do mundo.
PRIMEVO, A, adj.{L&i. primoevus, áepri-
mus, primeiro, e oevum, ifiade.) da primei-
ra idade ; primitivo. A — mnocencia.
PRiMiCERiA , s. f. (des. ia.) o officio de
primicerio, o chantrado.
PRiMiCERio, s. m. o primeiro em qualquer
oílicio ; chantre.
PRiMicHiCA adj. f. (t. da Ásia) diz-se da
fêmea de animal depois do primeiro parto.
VeiB do Cast. chico, pequeno.
PRIMÍCIA, s. f. primeira producção. «Ac-
ceitar a obra como — de outra. » Leão. V.
Primicias.
PRIMÍCIAS , s. f. (Lat. primitioe, de pri-
mitiuSy da primeira producção.) primeiros
fruclos colhidos : primeiros lucros; primei-
ra obra litteraria ou de bellas artes. As —
do engenho, da immorlalidade, das desco-
bertas, das minas.
PRiMiGENio , A , adj. (Lat. primigtnius.)
original, primitivo.
pBiMipiLO, s. T». (Lat. primipilarius, de
pilum, pique, dardo.) na antiga milicia ro-
mana, commandante da vanguarda dos tria-
rios ; o que levava a águia ou o pendão.
PRIMITIVO, A, adj. (Lat. primititus, pri-
mr/s, primeiro ;. a des. deiíww, sup.deco,
ire, ir.) original ; da primeira ou segundo
a primeira inslilu»ção. A — Igreja ; a — in-
nocencia. Tempo — , (gram.) aquelle de que
primeiro, e próximo, chegado.) parentesco
entre os filhos de irmão ou irmã. — s com
irmãos, os filhos de dois irmãos ou irmãs
relatiramente. bi
Antigamente diziam com-irmão primo ou -
prima, segundo com-irmão, segundo pri-
mo.
PRIMO, A, adj' (Lat. primas. V. Primei-
ro.) primeiro. O — móbil. A — causa. Á
— noite, ao anoitecer, — , feito com primor,
apurado. Obra — ou de mão — . Homem — ,
distincto, prfeminent3. Esíatuario, pintor)^
— , abalisado, famoio. Juízos — s, de peswfi
soas atiladas. Vocábulos — , de quem aíFe-
cta discrição.
PRIMOGÉNITO, A, adj. (Lat. primogenitus.]
o primeiro filho do matrimonio, o mais ve-
lho. « Os — s da sua pregação. » Lucena, os
que primeiro foram convertidos.
PRiMOGiNiTOR, A, adj. V. ProgenitoT.
PRiMOGiNiTURA, s. f. (des. wra.) a quali-
dade de primogénito. Direito de — .
PRíMOPONBNDO , A , adj. (Lat. f)onení/^iíjKt
p fut. de pon9, ere, pôr.) que se deve ante-
por, pôr em primeiro lugar.
PRiMORy s. m. {primo, adj., des. verb or.)
oicellencia , perfeita execução. Obra feita
com — . O — do 'rabalho do artista. Osprí-
mores da arte, dos versos. Os primores da
cavallarim, acções de homens valorosos emu-
lando-se. ^: 4^
ptiBORADO. V. Aprimorado.
PRIMORDIAL , adj. dos 2 g. [primórdio ,
des adj. ai.) originário, primitivo.
PRIMÓRDIO, s. m. (Lat. primordium,.) prin-
cipio, origem.
PRIMOROSAMENTE, adv [mente suff.) com
primor; com primorosa corlezania. Rece-
beu-me — .
PRIMOROSÍSSIMO , A, adj. superl. de pri-
moroso.
PRIMOROSO , A, adj. (des. 050.) que tem
primor, feito com primor. Artifice — na sua
arte. Obra — . — liberalidade.
PRINCIZA, *. f. (Fr. princesse, do Latti
princeps, cipis.) esposa deprincipe, filhade
rei ou de príncipe soberano ; (fig.) primei-
ra em graduação.
PRiwciSA RBAL (ilhas da), (geogr.) archi-
pelago da America do Norte, na costa ao
«0. , .. , ;.
PRINCIPADO, *. m. (Lat. principatus.) di-
gnidade de príncipe herdeiro ; território de
príncipe ; (fig ) soberania, império. O — da
se formam os outros. Numero — , o que po- | Igreja,
de ser medido por outro numero inteiro, e j principados Citbrior e ulterior, (geogr.
sem fracções. Cura— , o que punha outro | duas províncias do reino das Duas Sicilias,
em seu lugar, reservando para si as rendas, no r«ino de Ifapoles, a primeira no mar
Dias dos — s, (fruclos) em quesc offereciam tyrrbio e ao S. ; a segunda nas terras,
as primicias a Deus. mais ao H., mas ambas tecm ao N. o Ba-
PRiMO, *. m. (do Fr. ant. prin» ou |)nmc, j silicato ; a primeira conta 445,000 habitan-
75 ♦
ft
300
PBl
Í»RÍ
tes, capital Salemo ; a segunda 384,000,
capital AvelUno.
PRINCIPAL, adj. dos 2 g. (f-at. principa-
lii.) que tem o primeiro lugar ; da primei-
ra graduação, mais nobre, illustre, podero-
so. Pessoa, dignidade — . Casa—. A — ac-
ção, obrada sua vida , a mais importante. Os
principaes autores do crime, chefes, cabe-
ças. — , subst. o mais importante. O — , o
ponto essencial. Os principaes da cidade ,
as pessoas as mais distinctas, O — , (merc.)
o capital, em opposição di juros ou interes-
se. Um — da patriarchal, prelado de gra-
duação superior. Ser — em alguma cousa,
chefe, cabeça. O — de todos, o mais notá-
vel, chefe, cabeça
PRiNCiPALiDADE, s. f. (Lat. pHncipalitas ,
atis.) primazia, superioridade.
FRiNCiPALissiMO, A, adj.supevl. de prin-
cipal.
PRINCIPALMENTE, adv. [mente suff.) sobre
tudo, primeiro que tudo.
PR'NCiPE, s. m. (Lat. princeps, cipis, de
primus , primeiro, e caput, cabeça) filho
herdeiro do trono; soberano de um estado;
(fig.) o primeiro, que tem a primazia, v.g.
— dos poetas, dos oradores, o. g. prín-
cipes do povo , os principaes cabeças ,
chefes.
PRÍNCIPE DO SENADO, (hist.) Pvinceps se-
natus, era aquelle do*s senadores discripto
em primeimeiro lugar quando se organi-
zava o senado. Era a maior parte das ve-
zes um consular ou o Romano mais illus-
tre pelos seus actos e virtudes. O prínci-
pe do senado tinha a honra de ser o pri-
meiro a votar logo depois dos cônsules , e
podia ser mudado em cada censo.
príncipe da mocidade, (hist.) Princeps
juventutis, era aquelle dos cavalleiros ro-
manos, que os censores inscriviam em pri-
meiro logar na lista de ordem. No tempo
da republica era um filho ou parente de
senador, no tempo do império era o her-
deiro presumptivo da coroa.
piiNCiPi EDUARDO (ilha do), (geogr ) Cha-
mada também ilha S. João, ilha da Ame-
rica do Norte, no golpho de S. Lourenço,
ao N. da Nova Escossia 28,000 habitantes.
Capital Charlottes-to-wu.
PRÍNCIPE 6U1LHERME-HKNRIQUE (ilha do),
(geogr.) ou ilha Mathias, ilha da Polyne-
sia.
PRiNCPB-REGENTE, (geogr.) bfaço de mar,
na parle oriental do mar Polar, ao S. do
estreito de Banow.
PRÍNCIPE (ilhado), (geogr.) Uma das do ar-
chipelago no Golpho de Guiné, que ao princi-
pio se chamou de Santo Antão, nome que
depois deixou pelo de Príncipe em con-
sequência do tributo que todos os annos
• i.; aj) '-vr- '51.):: . .; >:u!!i| o •■•"•>:}\ii
se tirava dos engenhos de assucar para o
filho mais velho d*Elreí.
PRiNCiPE-iMPKRiAL, (gcogr.) villa na pro-
víncia de Piauhi, no Brazil, 54 léguas aoi'
N. da cidade d'Oeiras: e 4 acima do salto
do rio roti , na cordilheira Hibiappaba ;
2,000 habitantes. ';
PRiNCiPE-REGENÍ^í^ (^gr.) povoação na
província do Maranhão, no Brazil, nas ca-
beceiras do rio Itapicurii e em sua mar-
gem esquerda, 30 léguas acima da villa
de Caxias, e 18 ao NE. da de fastos -Bons.
príncipes (ilha dos), (geogr.) Benienesos,
ilhas do mar de Marmara, são 'J ; 4 habi-
tadas ; 5,000 habitantes.
principiado, a, p. p. de principiar; adj.
começado. Mancebo bem ou mal — , que
teve bons ou maus princípios de educarão.
— , (p. us.) principiante, t» . g. artífice — .
Camilo — , que já tem algum ensino.
pRiNCiriADOR, s. m, o que principia al-
guma obra.
PRINCIPIANTE , adj. dos 2 g. (des. do p.
a. Lat. em aws, íú.) que principia a sua ef^u-
cação, ainda não pratico. 0« — s, que come-
çam os seus estudos, exercícios.
PRINCIPIAR, V. a. [principio, ar, des. ínf.)
dar principio, começar. — a obra, o dis-
curso.
PRINCIPIO, s. m. [Lat. principium, áe pri-
mus, primeiro, e capio, ere, tomar.) come-
ço, íj. g. — do dia, da noite, do anno, do
discurso, do poema. — , origem, causa , v.
g. — do império romano. — s, verdades fun-
damentaes, v. g. — jurídicos, mathematicos.
— dos corpos, elementos. Oí — s dealguem^
máximas fundamentaes do procedimento mo-
ral.
PRiNGLE, (hist.) medico inglez, nasceu em
1707, morreu em 1782. As suas obras são
muito estimadas e são : Experiências so-
bre as substancias sépticas e an,ti-septicas ',
Observações sobre as doenças nos exérci-
tos
PRiOL, (geogr.) aldeia de Pondá fítovas-
.Conquistas), no Kstadoda Índia, que é uma
das que tem voto na respectiva Camará Agra-
ria : 2,213 habitantes.
PRIOR, s. m. (Lat. prior, melhor, supe-
rior.) religioso superior de algumas ordens.
O padre — . — das ordens militares. GrS — .
— mór. — , cura de almas que tem prio-
rado.
PRIOR, (hist.) poeta e diplomático inglei,
nasceu em 1664, morreu em 1721. As suas
principais obras são dous poemas : Histo-
ria da alma ; Salomão ou a Vaidade do
Mundo.
PRIORA, s. f irmã de ordem terceira.
PRIORADO, s. m. (des. ado.) oflTicio do prior,
igreja administrada por prior.
PRI
PRI
SOt
pRiORAL, adj. dos 2^. (des. adj.j»/]pOLr<-
tencenle á dignidade de prior. , .di ,z
PRiORATO V. Priorado.. •,
rniORF.zA , s. f. superiora de certas 'Or-
dens religiosas. r . "i^
PRIORIDADE, s. f. (dcs- idade.) píeceden-
ci 1 cm tempo , ordem ; (fig.) excellencia ;
preferencia.
pRiOHiz. V. pleurix.
PRiosTADO , s. m. (des. ado.) oílieio de
p< iosie.
PRiosTK, s. in. (corrupto do Lat. p)'oepos-
íns, encarregado, superintendente.) recebe-
dor do rendas ecclesiasticas ; o que cobra-
va .1 as rendas da universidade em falta de
prebiMideiro. Trigo de — . o melhor Ma co-
ílicita, de mais valor.
Piur-KT, PRZTPETZ OU PRiFiAT, (geògr ) rio
da Uussia europea, nasce no governo do
Voljn ia, corre ao NE. depois a E. e lan-
V-i-so no Dniepr.
PHSÃo, s. f. (Fr, prison, depm, toma-
d«), preso.) cárcere, cadeia ; laço, corrente,
forro da cadeia. Prisões, laços, cadeias, gri-
lhões, maniotas. — , (fig.) cousa que enlaça,
enleia, embaraço dos membros. A musica ó
— da alma. Solto das pmõgí da carne, mor-
to.— , acto de prender alguém — , (volat.)
ave que a de rapina empolgou.
Syn, comp. Prisão, cadeia, calabouço,
enxovia, cárcere, masmorra, ergástulo. O
mais genérico d'estes vocábulos é prisão ,
que significa toda a casa ou lugar em que
se prende, encarcera um homem ; os de-
mais são espécies.
Cadeia vem do castelhado cadena, que
c o vocábulo latino catena, mudado o t em
d, e significa a prisão ou casa de prisão
d'ama villa, cidade ou concelho, e anda
como annexa á casada camará d'um povo,
como se colhe de Vieira, que disse: « Uni-
ra mente ficaram inteiras e sem lesam estas
Ires partes ou peças d'aquelle pouco ; a ca-
deia publica, a casa |da Mizericordia, ele.
(U, 405). »
Calabouço é palavra castelhana, calabozo,
e significa propriamente lugar ou casa for-
tii onde se retém os presos, e também se
usa para designar uma prisão funda e es-
cura, quasi como masmorra.
Enxovia é a parte da cadeia ou do cár-
cere que fica rente com a rua, ou abaixo
de seu nivel, escura, húmida, insalubre,
onde se mettem os presos mais facinorosos
tí despresiveis.
- Cárcere é palavra latina, carcer, e sifi-
ca a prisão ou cadeia publica onde se met-
tem os réos, os criminosos ; porem diz se
particularmente das prisões dos conventos,
da inquisição, etc. ■ . ; ,
Masmorra é uma palavra africana que
VOL. IV.
entro Mouros significa furna subterrânea
onde elles guardam seus pães, arrozes, etc,
e onde recolhiam os captivos, e d'ahiveio
usar- se entre nós para d«ísignar uma pri*
são escura, subterrânea e medonha.
Masmorra não se usa senão era sentido
translato, como para encerrar a ideia de car-
cere fazendo graduação, como disse Viei-
ra : « Mandou-a metter, ou sepultar em um
cárcere subterrâneo, escuro e medonho.... *,
porque descer a essa masmorra, etc. (VIII,
30], » Ha neste cárcere infernal, ha nesta
masmorra escuríssima algum homem que
fosse Chris Ião ? (IV, 18).»
Ergástulo é palavra latina, ergastulum,
menos usada que as precedentes, e signi-
fica o cárcere rigoroso.
PRisciANO, (hist.) Priscianus, grammati-
co latino, natural de Cesárea, tinha em
Constantinopla, em 525, uma celebre esco-
la. A sua principal obra é uma Gramma-
tica.
ppiscii.LiANO, (hist.) heresiarcha hispa-
nhol, renovou as doctrinas dos Manicheos
e dos Gnósticos, juntândo-lhe novos erros.
Tentou em vão justificar-so em Roma com
o papa Damásio, que lhe negou audiência,
foi citado pelo imperador Maximiliano pa-
ra comparecer no Concilio de Bordeos ,
mas elle appellou para o Gesar, pelo que
foi conduzido a Treves. Foi condemnado á
morte e executado em 384.
PRISCO,! A, adj. (Lat. priscas, de prior,
prius, d'antes, anterior.) antigo, antiqua-
do. A — idade. As palavras — , antiqua-
das.
PRisiONAR. V. Aprisionar. obii
PRISIONEIRO , s. m. homem tomado na
guerra. Fizemos quatro mil — s. — , adj.
aprisionado. A tropa — .
PRISMA, s. m. (Gr. prisma, de serrar),
(geom.)corpo solido terminado nas suas duas
extremidades por dois polygonos iguaes e pa-
ralellos, e nos lados por faces parallelogram-
maticas, como se houvesse sido serrado, ou
cortado em todas as direcções. — pentágo-
no. O prisma triangular de crystal atraves-
sado'pela luz solar que a separa em sete rios
os quaes differem na côr, na refrangibilida-
de, nas propriedades caloríficas, ena acção
chimica. — , (fig.) cousa que causa illusào
ao espirito. «. g. Ver as cousas por um — ,
como ellas se mos figuram e não taes quaes
são na realidade.
PRISMÁTICO, A, adj. da feição de prisma.
— , refrangido pelo prisma. Cores — s, as^
sele em que o raio selar se divide de^poisde
atravessar um prisma de cristal ou de vi-
dio.
PRisoAR, (anV) V. Prender, Aprisioi^fj^r. \
pRisoNBiRO. V. Prisioneiro.
76
301 fRI
tm
PRiSROND OU PRiSRMi, (geogr.) cidftde d«
Turquia europea, a 29 léguas ao SE. de
Scutari ; 16,000 habitantes.
PRiSTiNA, (geogr.) Vicianum, cidade da
Sema, a 30 léguas ao SO. deNissa; 12,000
habitantes
dIpristino, a, adj. (Lat. pristinus, antigo.
V. g. R«duzir as cousas ao — estado.
pRiTiGA OU PRÉTiGA, s. f. (Lat. pertita],
a vara do carro qne vai do recavem ao ca-
beçalho.
PRIVAÇÃO, s. f. (Lat. privatio, onis), per-
da de cousa possuída, v.g. — da vista, da
razão, do officio, cargo, da liberdade ; o ac-
to de privar. Soffrer — s, falta de cousas
necessárias, ou a que alguém estava habi-
tuado.
Syn. comp. Privação, falta, carência.
Soffrer privação d'uma cousa i não ler
aquillo que se tinha, e se perdeu ou foi
tirado. Ter falta é não ter uaoa cousa de
que se ha mister ou de que se necessita.
Ter carência indica somente ijue não se
lena a cousa sem nenhuma outra relação,
ou que já se teve e não se tem, e vale o
mesmo que carecer.
privaUa, s. f. (subst. da des. f. de pri-
vado), secreta, commua, latrina.
PRIVADAMENTE, ttdv. [mente suíT.), em par-
ticular, occultamente,
PRIVADO, A, p. p. do privar, v, a, adj.
despojado, v. g. — dos bens, da fortuna,
da liberdade.
PRIVADO, A, adj. (de privar, v. n.) par-
ticular, não publico. Pessoa — , que não tem
emprego ou caracter publico.
PRIVADO, s. m. o que tem privança. Va-
lidos e — s,
PRIVANÇA, s. f. (de privar, v. n.) o pri-
vaF com alguém, ter entrada e valimento.
Ter — com alguém. Ter lugar na — de al-
guém,.
PRIVAR, t». a. (Lat, privo, are, do tr.
priô, serrar, cortar), tirar, desapossar : —
alguém dos bens, officio, cargo, liberdade,
vida. — SE, V, r. renunciar, v. g, — de
cousas agradáveis, de parte da sua fortu-
na.
PRIVAR, V. n. (do Lat. privatus, parti-
cular), ter privança com alguém, merecer
por privado. Camões, Anfitr,, diz: « tudo
isto é o que privo ? » a confiança que vos
mereço, o que valho eomvosco,
PRIVAS, (geogr,) cidade de França, a 150
léguas ao SE. de Paris; 4,220 habitantes.
PRIVATIVAMENTE, ttdv. (mewíesuff.), com
exclusão das mais pessoas. Istoé — confia-
do ás autoridades civis.
PRIVATIVO, A, adj. (do Lat privaíws, par-
ticular), próprio doj)essoa ou cousa. Direi-
to — do tutor.
a?
PRO
PRIVATIVO, A, adj. (de privar), que de-
nota privação Partícula — , v. g. ab, de,
ei, in, que entra como prefixo nos termos
V. g. abolir, desistir, extirpar, inhabil, in-
nocante, etc,
PEivERNUM, (geogr.) hoje Piperuo, cida-
de do Lacio, entre os Wolscos, perto do
Amasene.
PRiviDO, (ant,), V. Privado, particu-t
lar.
PRivíLEGiAD», A, p. p. de privilegiar, e
adj. a quem se conferio privilegio, que go-
za de privilegio: classes, ordens — .
PRIVILEGIAR, V. a. (ust pritUegio, ar,
des. inf.) conceder privilegio ou privilégios,
— alguém, — corporações
PRiviLEGiATivo, A, adj, (des. ivo), que
contém privilegio. Lei, clausula — .
PRIVILEGIO, s. m- (Lat. privilegium, de
privata lex, lei particular), faculdade pri-
vada, vantagem, preeminência de que go-
za pessoa ©u corporação ; direito exclusivo
concedido pela lei ou pala autoridade su-
perior, prerogaliva, graça peculiar, — sde
villa, cidade, da nação, direitos, foros, im-
munidades. — local, o'que se concedo a cou^
tos, asylos, templos.
PRiviLiGiAR. V. Privilegiar.
PRizzi, (geogr.) cidade da Sicília, a 4 le-'
gaas ao SE. de Corleone ; 7,500 hahilaa-''
te». • •.^■''
PRO, preposição latina e grega que entfS"
como prefixo em muitos vocábulos portu-
guezes, V. g. proa, propor, proceder, prot>
gresso, etc. Denota altura, elevação, prece^
dencia. Vem doEgypc. piro, a face, á boc-
ca.
PRÓ, s. m. (do Lat. pro, a favor), pro-
veito, v; g. Em — delle. Em seu — . Os
seus — s, proveitos.
PRÓ, adv. a favor. Argumentar— e con-
tra. " "
PROA, ^:^fj'%ítí''^''Úí^: firora, àe pro,
diante, e horaô, olhar), a parte diahtoira
de navio ou de qualquer embarcação, (fig.)
a parte dianteira, v.g. de coche.—, chu^i
lo, soberba; jactância. Pôr a proa a algum
lugar, navegar, dirigir-se a elíe ; (fig ) — ,
a negocio, erapreza, emprehender, affron-
tar, — , pôr a mira, — as honras.
PROAi. V. a. (proa, ar, des. inf.) (naulíp
— as nãos em terra, faze-las chegar a ter-
ra. V, Proejar. **?
PR0BABILID4DK. s. f. (Lat. probabiHtas,
tis), verosemelhaaça, conjectura provável.
Calculo das — , fundada na frec^uencia de uma
serie de effeitos.
PR0B4BHISM0, s. w. ^des ismó), doutri-
na dos que crêem que para obrar bem e
segurar bem a consciência basta seguir umájí
l opinião províivel da tendência mora! dasac^'^
.vr.jov
PRO
mo
ções» aioda quando outras opiniões prová-
veis a reprovam.
PROBABiLisTA, «.ti», {des. ísíq), q quese-
gue a opinião do probabilismo.
PROBABiLiZAR. V. a. tomap provável uma
opinião sobre a moralidade de uma acção.
P. p. Probabilizado, adj.
PROBANTE, adj. (Lat probans, tis, p. a.
de probo, are, provar), (jurid.) que faz pro-
va. V. g. Peças, documentos —s. Em for-
ma — .
probatipa, aéj. f. (Lat. probaticus, a,
da. ijr. prôbaton, carneiro, ovelha.) Pis ina
— em que se lavavam as rezes destinadas
ao sacriticio no templo de Jerusalém.
PROBATissiMO. A, adj. (do Lat. prohatís-
sitnus, superl. de probatus, approvado), (p.
us ) Ouro — ■. Myrrha — .
PROBATÓRIO, A, ãdj . (do Lat. probator),
(forens.), que serve de prova, v. g. docu-
mentos — . — , concernente a prove. Ter-
mos — , dilações — .
PROBIDADE, s. f. (Lat- probitas, íi>. V.
^robo] bondade moral, honestidade t^q pro-
çiefier.
PROBLEMA, 5. m. (l^at. do Gr. pro, dian^
\q, e ballô, lançar), preposição conjectural,
interrogativa, ou cuja dempnstração se po
PROBLBSjATiG^L^EifTE, qdv. {mente suíf.),
de mQfijo probleimatico.
... p^o^Lim4.iic%. A., qdj. (des. ico), relati-
vo a problema ; incerto, que se pode con-
troverter, q.ue se podp defeqder ou impu-
gnar. , ^^
PROBLEMATIZAR, j}. ^j, jfnôf . em duvida, em
problema, v. ^. — a ei^jst^ncia de Ueps.
f. 1^. Problematizada, a4j-
FROBO, A, adj, [Udí probus, de probo,
are^ approvar, pôr a prova), honesto WQ
proceder. Vida -- Vação ^-i cujo orocefjeri
é approvado de todos.
PROBOSTE V, Preboste.
PROBO , ( hist. ) M. Aurelius Valeriu^
Probas, imperador romano, natural de Sir-
Eqjum na l'anonia, .^i^biu ^qs primeiros pos-
tos nos reinados 4e Aureliano e Tácito, foi
proclamado era 276, deppi^^e ganhar d iffe-r
rentes vietorias enlro^ tri^imphante em l\o-
ma em 281, par^ pcf^upar a pciosidade das
legiões impoz-lhe tr^^a^|,hps^í].e utilidade pu-
blica. Inspecionava os trfibJ,(hos que man-
dara fazem em Sirmium quando ioi morto
pelos soldada^ em 282.
PBOBO. (hist,) JjlmiliVjS Prçubus, grammatl-
cq latino do ly. secujp^do^^ippode Xheodo-
sio, passa por yer,diu}.Ç)r6 a^çtor das Vida^
qttribuidas a (^^i^^eUo N<'p9^e.
PROCACCiNi, (his.t ). çJlii\ifvado o AatvjQ,
pintor, nasp^ií çfl[? Ri^ftf'' '-^ !52i>. raor-
escoUa publioa em |lilão. Da mesm.i f.imil-
lia são conhecidos : Garaillo, seu filho pri-!
mogenito nasceu tm 1540, morreu em 1626.,
auctor de um Juizo final, foi rival do Car-
rachio ; Júlio César irmão de Camillo. naâ^
ceu em 1548, morreu em 1626. .' h
PROCACiDAOE, s. f. (Lat. procaciíos. tÍ9)f
desavergonharaento, insolência, audacip.
PROGAS, (hist.) rei d'Alba desde 817 at«
796 antes de Jesu-thristo. foi pai de Nui>
mitop e 4^H*ulio. "'^^v o.iiTAi''
PROCEDÊNCIA, s. f. (d(i Lat. procedo, «rt
proceder)» perseguimento, v. g. — da lai,
— , o acto de proceder, a — do Espirito
Santo.
PROCEDENTE, adj. dos 2 g. (Lat. proc^-k
dens, tis, p. a. de procedo, ere, que pro-»
cede, provém. O Espirito Santo — do Pa?»
(Iro e do Filho.
PROCEDER n. n. fLat procedo, ere, pro
pref., ecedere, partir, passar), ir pordian* /
te, proseguir, continuar, v. g. — o come-*
çado, a devassa, o juiz na devassa. -*- con-
tra alguém, intentar processo ; — á pena
capital applica-la. — , provir, derivar-se ;
tirar a origem ser causado. Os riof proce-
dem de pequenos regntos. Os ramos proce-
dem do tronco. A miséria do povo procede
da excessiva riqueza das classes privilegia-
das. O Espirito Santo procede do Padre e
do Filho. — , descender, v.g k antiga no^
breza da Hespanha procede dos Godos. — ,
(forens.), ser revelante, attenlivel em ter-
mos dt direito, v. g. — a suspeição, acon-
tra-dita. — , ter lugar, verificar-se, v. g.
procede q que Aristóteles diz a este respei-í
to, Não procede disso. — i haver-se, portarn
se, ,i>. g. — bem, mal.
Syn. comp. Proceder, provir. Um e oui
tro verbo explicam a causa d'uma cousa ,
porem o primeiro determina rigorosamentâ
a causa efficiente ou directa ; o segundo
determina a causa motora ou impulsiva. O
máu pbeiro do tanque procede das maté-
rias corropapicja^ que ha nelle; Q prevem
do descuida do hortelão, que não o limpíj
e renova suas aguas.
P'í}qui vem que, sem nos separarmos dt
id,éia própria e rigorosa do verbo, dizemos
(^Mç 0.. A4\o proç^h .do ft«i.> ft j^ãft (jiip proM
PROCEDER, s. 7». pEoc^Í0W(it(h(Aseá»-e
4 exemplar. ■_■. , , ,-,, ...jí .ííir-.;r ;:■; i
. ^ROCiipipo, 4, p. p. 4$ prpçeder, adj,.
originado, .causado, v. g. isto tiolm — d'^
cai\^^ PWí9 cpíi^ecrí^; febçe^r^ de uma
ferida grave. Dinheiro^- da. Mí^nda dos beuai
de rai'4. -TT, pro^guido, i'. ^i*. tinha .r-í»/wl
d|3v;assa, ÇMudemaad*, n^ Qi(9fiHlC9ft> B<?n>íiip
mal — , que se portou bem 9tfcièlLt«bt3H^.oiií
mal ipArÁfi^fado. ,§!Jgpe^ã<)^rT* (fofiHI»:..)» «"
801
PRO
PRO
que o juiz declarou que procedia. O — ,
substaat-, o que tem acontecido, o pro-
gresso.
PROCEDIMENTO, A, s. m. [mento suff.), ac-
ção de proceder, o progresso, — mais usa-
do, modo de se haver, de se portar. — ,
(forens.), o processo, os autos que faz o juiz
em qualquer processo. Julgado a — , (fo-
rens. ant.), decidido, que procede, é atten-
divel em juizo.
pROCELEusMATico, adj . fíi. (Lat. proceleus-
maticuSf do Gr. kello. correr, apressado.)
Pé-^, de quatro syllabas breves : homini-
bútl ■■■■'':■
PROCELLA, s. f. (Lat. procella, de procel-
lo, ere. derribar, Gr. aella, do aó, soprar,
eileô, volver) (poet.) tormenta no mar ; v.
g. marcial — , o estrondo e estrago da guer-
ra.
Syn. comp. Procella, borrasca, tormen-
ta, tempestade. Procella é a tormenta fu-
riosa do mar, em estylo poético, como dis-
se Camões:
Náo erâo os traquetes bera tomados,
Quando dá a grande e súbita procella.
(Lus., VI, 71.)
■ -f.f
Só se diz procelloso o mar quando está
mui agitado.
Borrasca é a tormenta repentina de mar
ou de terra ; diz-se mar borrascoso , e in-
verno borrascoso.
Tormenta é a grande perturbação do
mar, com inquietação de vento, que ins-
pira terror ; chamou-se cabo tormentoso ou
tormentório ao da Boa-Esperança porque
eram ali mui frequentes as tormentas.
Tempestade tem só relação com a alte-
raçam do estado natural da atmosphera, e
significa temporal de vento, que no mar de-
genera quasi sempre em tormenta. Os ven-
tos do mar, no inverno, são ordinariamen-
te tempestuosos ; um furacão ó-o sem-
pre.
Do vento violento se forma a tempesta-
de ; se esta provem de grossas e medonhas
nuvens que despedem relâmpagos e raios,
e despejam grandes chuvas, é tormenta,
mormente no mar ; se rebenta de repente,
e não dura muito, ó borrasca, no mar
chamam-lhe os poetas procella, imitando
a Horácio que disse : « Vexant maré inae-
quales procelloB (Od. II, 6, 3). »
PROCELLOSO, A, adj. (Lat. procellosus),
impetuoso, tormentoso. Mares — . Tufão — .
Inverno — , sujeito a tormentas. Nuvem — ,
que traz ou ameaça tormenta. Jove — , que
lança tormentas.
PRÓCERES, s. m. pi. (Lat. de procerus, al-
to, levado), (íig.) magnates, grandes da na-
ção. Os — do reino. ' '''• '^^'
PROCERiDADB, s. f. (Lat. proceritás, tis),
altura do corpo. A — das arvores. Vasc.
(He p. u&.)
PROCESSADO, A, p. p. de processar, adj.
autuado, posto em jiiizo. ■
PROCESSAL, adj. dos 2 g. (des. aíj. o/j.
concernente do processo.
PROCESSÃO, s. f. (Lat. processio, onis],
acto de proceder, de emanar. A — do Es-
pirito Santo, que precede do Eterno Padre
e do Filho. — , progresso de cousa emana-
da de outra. v. g. k origem e — do pec-
cado.
PROCESSAR, X). a [processo, ar, des. inf.)
autuar, pôr em juizo : — o réo, — uma cau-
sa, fazer todos os autos necessários parael-
la ser julgada, instruir o processo.
processionalmente, adv, [mente suff.),
em profiissão.
processionario, s. m. livro de orações
resadas nas procissões.
PROCESSO, s. m. (Lat. processus), cousa
que vai progredindo, progresso, v. g. no
— da viagem, dos descobrimentos dos por-
tuguezes, no — do tempo, da historia, da
doença, do discurso, da oração, da dispu-
ta. — , (forens.), os autos que correm em
juizo. A forma do — , as formalidades fo-
renses da demanda, da acção judicial. —
infinito, serie de cousas successivas, sem
termo nem fim.
PROCiDA (ilha), (geogr.) Pitkecusa, de-
pois Prochyta entre os antigos, ilha do
Mediterrâneo, na costa ao SO. do reino de
Nápoles, entre a ilha de Ischia e o contW
nente ; 7,000 habitantes Capital Procida.
PROCIDA, (hist.) um fidalgo italiano, se-
nhor da ilha Procida, nasceu em 1225.
Urdiu uraa vasta conspiração contra Carlos
d'Anjou em 1282, provocou a carneficina
conhecida polo nome de Vésperas Sicilia-
nas, e tirou a Sicilia aos Francezes.
PROCiDENCiA, s. f. (Lat. procidentia, de
procido, ere; pro, diante, e cadere, cair)
saída violenta, v. g. — dos olhos, fora da
orbita. — do uteio, prolapso.
PROCioN. V. Pracyon.
PROCISSÃO, s. f. [L&t. processio, onis) ce-
remonia religiosa em que grande numero de
ecclesiasticos formando alas saem de um tem-
plo, e depois de percorridas certas ruas ou
praças, voltam ao lugar d'onde saíram. —
do corpo de Deus, em que vão o rei, as
commanidades religiosas, o clero, os caval-
leiros das ordens militares, etc.
PROCissÃoziNHA, *. f. diminut. de pro-
cissão : (ant.) — de meninos da escola.
PROCLAMA, s. f. banhos ou denuncias ma-
trimoniaes que se proclamam na parochia.
PRO
PRO
^
pRocfAMAçio, s.f. (Lat. proelamatto, onis
o acto de proclamar, pregão solemne, bando,
publicação em voz aíta ; publicação que faz
um chefe militar ao exercito, ao povo, an-
nunciando alguma cousa, promellendo, amea-
çando, ou o rei de Inglaterra convocando o
parlamento.
PROCLAMADO, A, p p. dc proclamar *, adj.
notificado, annunciado em proclamação, v.
g. foi — augasto.
PR0CLA«AD0R, *. TH. (Lat. proclamator) o
que proclama. — , adj. que proclama, an-
nuncia altamente. Vozes proclamadoras da
victoria.
PROCLAMAR, V. O. (Lat. proclamo, are ;
pro, diante, e clamare, clamar) acclamar,
apregoar altamente, v. g. — rei ; — a paz;
augustos os filhos do imperador.
pROCLES, (hist.) rei de Sparta, filho d'ii-
ristodemo, um dos Ileraclidas, que con-
quistaram o Peloponeso. Reinou conjun-
ctamente com seu irmão Eurysthene desde
o anão 1186 antes de Jesu-Christo.
PROCLiNAR, V. a. (Lat. proclino, are) (p.
us.) inclinar para diante, abaixar. — o cor-
po, debruçar-se.
PROCLO (S.), (hist.) patriarcha de Cons-
tantinopla desde 434, a 4*6, foi amigo de
S. João Chrysostomo, combateu Nestorio e
gozou de grande credito com o imperador
Theodosio. E' festejado a 24 de outubro.
PROCLO, (hist.) a\)^e\liáaáo Diadochus [is-
to é successor) philosopho neoplatonico ,
nasceu em 412 em Xantho na ou Lycia, se-
gundo outros ; estudou em Alexandria, foi
na edade de 20 annos a Athenas, aonde
teve por mestre Plutarco, filho de Westo-
rio, o Syriano, snccedeu em 450 a Syria-
no na direcção da escolla de Athenas, e
attraiu grande numero de ouvintes. Morreu
em 485. Proclo era versado não só era philo-
sophia, mas também em mathematicas e ju-
risprudência. Em philosophia associava ás do-
ctrinas de Platão as de Orpheo, Pythago-
fas, Plotino, Porphyro e Jamblico Com-
batia violentamente o christianismo. Proclo
compoz muitas obras, das quaes se perdeu
grande parte; das que nos restam, a melhor,
si o os : Hymnos.
PROCLO, (hist.) chimico, queimou em 575
a frota de Vitaliano, com frechas molhadas
n'uraa compozição desconhecida, chamada
enxofre tiivo e que talvez fosse a mesma
couza que o fogo greguez.
PROCO, «. m. (Lat. procus,áeprocor, ari,
pedir em casamento) pretendente de mulher
para casar. É antiq.
PROCONESO, (geogr.) Proconesus , hoje
Marmara, ilha do Propontido, ao NE. de
Cyzico.
PROCÔNSUL, (hist.) de proconsule, magis-
YOt. IV.
trados romanos, que exerciam as funcções
de cônsul em certas províncias. O ^ri-!
meiro procônsul foi T. Quincto Barbato,
em 464 antes de Jesu-Christo.
PROCOWSULADO, 8. wi. (Lat. proconsulatus)
dignidade de procônsul; districto da sua ju-
risdicção, duração do seu governo.
PROCONSULAR, adj. dos lg. (Lat. procon-
sularis) de procônsul, v. (/. poder, jurisdic-
ção — .
PROcopio, (hist.) historiador grego , de
Cesárea na Palestina, teve escola de rhe-
torica em Constantinopla, seguiu Belisario
á Ásia, á Africa e á Itália, foi senador e
prefeito de Constantinopola em 562, o mor-
reu em 565. Julga-se que era christão. Dei-
xou uma Historia do seu tempo era 8 li-
vros, e outras obras.
PROCOPIO DE GAZA , (híst.) theologo e
grego , quo vivia era 550 , deixou en-
tre outros escriptos uma Explicação dos
Provérbios de Salomão, um Commentario
sobre Isaias, ele.
PROCOPIO, (hist) o Grande, e Procopio o
Pequeno , celebres chefes hussitas, com-
mandavam ura os Taboritas, o outro os-
Orphanitas. O primeiro tinha sido ajudan-
te de campo de Ziska. Ambos foram mor-
tos era Bsehmischbrod.
PROCRASTINAÇÃO, s. f. (Lat. procrastina-
tio, onis) delonga, demora, tardança.
PROCRASTINADO, A, p. p. de procrastinar;
adj. delongado, tardado, espaçado.
pROCRASTiNADOR, s. m. O quc delouga, de-
mora, homem tardo, moroso.
PROCRASTINAR, t» a. (Lat. procrastino, are\
pro, diante, eras, á manhã , e teneo, ere,
ter, manter) delongar, differir, espaçar, v.
g. — os remédios, as providencias.
PROCREAçÃo, s. f. (Lat. procrtatio, on^s)
o acto de.procrear. Diz-se dos animaes e do
homem, assim como das plantas; geração
PROCREADO, A, p. p. dc procrcar ; adj.
gerado.
PROCREADOR, s m. ^Lat, procreator) o que
procrea, gera, pai. - , adj. que gera, pro-
crea.
PROCREARs V. a. (Lat. procreo, are ; pro,
diante, o creare, crear) gerar, v. g. — filhos.
(fig.; abrolhar, lançar rebentos, v.g. os en-
xertos procream.
pROCULEANos, (hist.) escola do juriscoiisul-
tos romanos, começou no I, século depois
de Jesu-Christo, devia o seu nome a Pro-
culo, sábio jurisconsulto, discípulo de La-
béão e que vivia no reinado de Nero ; es-
ta escola tinha por antagonistas os Sabi-
nios ou Cassianos.
PROCURA, s. f. busca, pesquiza. Andar
em — , em busca, buscando, procurando
alguém, ou alguma cousa.
77
QAg
PW
PROCURAÇÃO, s. f. (Lat. procuraiio, otpis)
poapr dado a alguém para tratar negócios
forenses, judiciaes, mercantis, económicos,
etc. , o auto em que se confere este poder. Tra-
zer—, (ant.) tratar de negocio alheio copo o
procurador.
PROCURAÇ4.0, s. f. (ant ) V. Colheita. ,-.
PROCURADEIRA Y. Procurãdova.
PROCURADO, A, p. p. de procurar; adj.
buscado, solicitado, diligenciado , tratado
por procurador, v. g. tenho-o — por toda a
cidade. Tinha — os meios de conseguir o ne-
gocio, ou tinha — persuadir, dissuadir al-
guém Este medico é mui — , solicitado a
que vá tratar de doentes. — , (p. us.) advo-
gado, defendiçlo, v. g. causa — por um dou-
to advogadq. — r, (ant ) apurado, feito copa
nimio apuro, ex. « Ornamento muito — de
vestidos.» Cat. Rom , 595.
PROCURADOR, s. «i. (Lat procurãtov] ho-
m(.m incumbido dos negócios de outrem, par-
ticularmente no foro, em cortes. — de cau-
sas, que promove a marcha do processo. —
de ordem religiosa, do cabido. O — da co-
roa, magistrado encarregado de promover e
defender as prerogativas e os interesses da co •
^4?';~» advogado. — bastante, que tem po-
deres amplos, suíTicientes, para tratar de
negocio que lhe é incumbido, e que não tem
impedimento legal para exercer gs suas fun-
ções.
mulher a quem se deu
PROCURADORA, S. f
ou fez procuração.
PROCURADORIA , S.
procurador,
PROCURANÇA, (ant
f. (des. ta) oíficip de
V. ProeufqLdoriq,.
PROCURAR, x). a. (L^t. procuro, are ; prp,
em lugar de, ^curare, cuidar) advogar cau-
sa, ou promover os interesses de constituin-
te ; buscar, fazer diligencia por achar, v.g.
— os r^ieios de conseguir algum^ fio), ou al-
gum objecto; obter, adquirir,, p^/^. procpf-
rm-lhe um cargo importante. — alguém,
ir em busca d'elle, irinform.ir-se seelle está
em casa, ou em algum lugar ; perguntar, v.
g- procurei por elle, indaguei onde eslava
ou como estava de saúde
PROCURATORiA, s. f. (des. ta) oíTicio de pro-
curador ; requerimento de procurador (p.
PROCURATORIO, $. t». PROfiqiBj^^Çy^A,^ f. /,
X^^Procuratoria,^ , j j^^ .•::'. ■..ikkui;/
pRocusTo, (myih.) celepre salteador de
Aítica, fazia, deitar os seuç hospedes em
cão) (astr.) canicula, constellação. V. Cani-
cula.
PRODiçÃo, *. f. (Lat. proditio, onis, de
prodo, erí, entregar, atraiçoar, pro, e darc,
dar) entrega atraiçoada ; entrega de mulher
pqira acto obsceno.
PRODIGADO. V. Prodig alisado.
PRODiGADOR. V. Prôdígo.
PRODiGALjíDADE, s. f, ((.at. prodigalitQs,
tis) a qualidade de pródigo, profusão exces-
siva. Excessiva, desenfreada — , ((ig.) exube-
rância, ex. « Escreveume com tal — de dis-
crições, que me poz a boca na orelha, de
pasmo » Sá Miranda, Cast. fi.
PRODiGALiSADO, A, p p. de prodigalisar ;
adj. despendido, dado com prodigalidade.
PRODIGALISAR, V. a. (de pródigo ; a des.
isar é contracção de liberalisar] dar com
mão pródiga, despender prodigaraerite, Pro-
digar seria mais conforme ao Latim.
prodigáLissimo, A, adj. supt^L de pró-
digo. ',. ..
PRODIGAMENTE, adv. [mente sufi.) cooi
mão pródiga.
PRODiGiA, s. f. (ant.) V. Prodigio.
PRODÍGIO, s. m. (Lat. prodigium, quo
Court deGébelin deriva com razão de ago,
ere, e AI. D. de Roquefort de pro, e dicere,
antecipar, predi?er, no qne se engana evi-
dente ; vepa áeprodígo, ere, pro, avante, o
ago, erc^ lançar) phenomeno extraordinário
que causa adn:^iração, maravilha, milagre ;
(fig ) sinal extrapnlinario de successo futij^
ro ; pessoa que posgue taleiito íjxtraordinaT.
rio, V. g. é urp — de engenho, de virtude,
de constância. Os prodígios da natureza eda,
arte, — da aí^phiíectura egypcia. ^,j
Syn. comp. Prodigio, milagre, maravi-
lha. Estas três palavras indicam uma cousa
de ordem superior e extraordinária ; po-
repa o prcdigi^o é utn phenomeno grandio?
so que sae do curso ordinário das cousas ;
o milagre é um estrant^p acontecimento que
succede contra a ordem natural das coi;^s
e as leis conhecidas dp i^niverso ; a mara-
vilha é uma pbfa f^dnair.avel, que eclipsa
pop as^ica dií,er todo um género de cousas,
ou um si^cces^.o. í\ãA YV^lS^Ç.ft^ííi. ft^Ç^^* ^^^"
sa admiração. \'
O prodígio excede as ideias eommuns ; o
milagre, tpda a nossa intelligencia ; a n^a-^
r^vilhOfi, a eiçpectação e nossí^ imagina fãPf.
j'' Assim que, uma cousa occulta faz prodir.
gios ; uma industria rara, as maravilhas:
um leito de ferro, cortavR as pernas áquel- j só uma potencia extraordinária e superior
les, que eram mais compridos dp que 9; oU lei^ da natureza f§z os milagres. « Qs
leito, e fazia egualar o comj\rÍDQeptp dp milagres, diz Vieira, sãp. sólios pendentes
leito puchando á força com cordas aquelles das proyizões de Deus ; porque só Deus e
que tinham as pernas mais curtas. Theseo quem tem o ppder d^Deus, pôde obrar S(nt
l^yrpu a terra deste monstro. bre as forças da natureza (Vil. 261). » .. />
PROCYON, «. w.[Gj^rJ>ríí,; diante, ejcj^onj _jÇl6,.,|pagipQS '^e ^h9,\n(b^^ravj^^^ro(lig,\qs;
!•
m
Moysés fez milagres ; S. Paulo fez rnaravi-
Ihas, que á primeira vista parecem incrí-
veis.
A* medida que a natureza nos ha reve-
lado suas leis, os plienomenos admiráveis,
como são as apparições de novos corpos
celestes, òs eclipses, as auroras boreaes, os
fogos eléctricos, deixaram de ser pordigios ;
e o céo perdendo seus signaos propheticos,
nem por isso deixou de manifestar a glo-
ria de seu autor. A' medida que as artes teem
ido subindo i mais alta perfeição, as pri-
meiras maravilhas nào foram mais que in-
venções coramuns. A' medida que a reli-
gião Christã se foi estabelecendo e firma n
do, foram sendo mais raros os milagres,
porque, como diz Vieira : « Deus regular-
mPínte não faz milagres sem necessidade .
quindo faltam as forças hamanas então sup-
prem as divinas (III, 412). »
PRODIGIOSAMENTE, adv. {metite sufT.) de
maneira prodigiosa.
PRODIGIOSO, A, adj. {LeX. prodigiosus) ex-
traordinário, portentoso.
PRÓDIGO, A, adj. (Lat. prodigus, áepro-
digo, ere, brotar, lançar) que despende com
excessiva profusão, que desbarata os seus
bens, que esperdiça, v. g. — do seu e alheio
sangue. Com — mão a infâmia compra. O fi-
lho — .
Syn. comp. Pródigo, dissipador. O pró-
digo é um gastador, ou manirroto, que des-
pende o dinheiro sem escolha nem discer-
nimento, largo em dar e liberal com exces-
so ; é o opposto de poupado. Dissipador é
o que destroe e malgasta sua fazenda, des-
pende seu dinheiro sem utilidade, estraga
o que herdou de seus pais , sem que
)'.izam suas despezas ; é o opposto de econo
mico.
Pródigo diz se alguma vqz em bom sen-
tido, vi g. pródigo de louvores, de servi-
ços , de seu sangue, de sua vida, etc.
Dissipador sempre se toma em máu senti-
do Compara-se o dissipador a um cesto
roto òu tonel das Danaides.
PRÓDIGO, (hist ) sophista de lulis, na ilha
de Ceos, discipulo do Protágoras, teve uma
escolla de eloquência em Athenas, no anno
430 antes de Jesu-Chriío e não teve outro
rival senão Gorgias. Morreu depois de Só-
crates. ^
PRÓDIGOS, s. w. ' pí. (naut.) paos grossos
que fortalecem o navio por baixo sobre o
forro de dentro.
PRODiTOR, s. m. V. Traidor.
PRODITORIAMENTE. V. Atraiçoadamente .
PRODITORIO; A, adj. (Lat proditorius)
atraiçoado.
PBODROMO, s, m. (Lat. prodomvs, do Gr.
pró, diaV^te, drômoSy carreira) o que vai ou
pRO
corre diante, precursor ; a primeira obra de
um autor; obra preliminar que serve cí^íft-i
troducção a outra mais extensa.
PRODUCÇAO, s. f. (Lat. productio, onisX
acto de produzir; a cousa produzida, v. g.
as producções da natureza. — de testemu'
nhãs ou de documentos, no foro, o apre-
senta-los.
PRODUCENTE, adj. dos 2 g. (Lat. produ-
cens, tis, p. a. de produco, ere, produiir)
que produz, apresenta em juizo testemunhas,
documentos. A Ordenação AíTons. escrevejirq^
duzente.
PRODUCENTissiMO, A, adj supcrl. de pro-
ducente, mui producente.
PRODUCTiBiLiDADE, s. f. qualidade, força
productiv5, V. g. a — da terra, das arvores ;
— do trabalho.
PRODWCTO, s. m. (do Lai productus, p. p.
de produco, ere, produzir) cousa produzida,
producção, v. g. os — s naturaes da agri-
cultura. — , renda, reddito, lucros, v. g.
o — da negociação, do commercio, dos fun-
dos. — , (raath.) resultado da multiplicação
de um numero por outro, v. g. 12óprodu^
cto de 3X4.
PRODUCTOR, A, adj. quo produz , v. g.
terra — de abundantes fructos, — de fogo-
sos ginetes.
PRODUCTOR, s. m. homem que 6 ag^Qte
da producção, cujo trabalho é profícuo, ^^^
g. a sociedade consta de productores labo-,
riosos, ede consumidores, uns produclivos,'
outros ociosos. Todo o — consomps, mas os,
mais dos consumidores opulentos nada pro--;.
duze.n, e pouco provem a producção útil,.
PRODUZENTE. V. Produccnte. ^
PRODUZIDO, A, p.p. de produzir ; ad/. geri,
rado ; (fig.) os fructos — s pelas plantas. — ,;
fabricado, v.g.os artefactos, manufacturas^j
—s pelo trabalho do homem ajudado de me^
chanismos. — , apresentado em juizo, v.g.,
linha — testemunhas, documentos.
PRODUZiDOR, adj. e s. m. V. Productor. .
PRODUZIR, V. a. (Lat. produco, ere; pro^
e ducere, conduzir.) gerar, dar o ser, tJ. <j|í. ,
as arvores produzem fructos; a terra pro^i
duz (cria) algodão, café, e fig cayallos, ele-
phantes, isto e, nutre, alimenta. — , causar.
Os terrenos alagadiços proditze/n febres in-.
termittentes. O luxo produz a miseri/i do,,
maior numero dos cidadãos. A ambição pro-
duz males* sem numero. — , (fig.) fazer flo-|
rescer. A antiga Grécia prodwzm varões il- .
lustres. — testemunhas, documentos, apre-,
senta-los em juizo. — , (math.) dar um pror ,
duelo, V. g. 5 multiplicado por 4 pro-
duz 20.
PRonuzivEL, adj. dos 2g. (des. ii;e/ j que
pode produzir-se. ;
pRÓE, s. m. V. Prol, Proveito. .
77 *
u o^
fko
PRÒBiRO, s. m. {proa, des* eiró.) mari-
nheiro dos que vigiam á proa.
PROEJADO, A, p. p. dtí proejar ; adj. que
leva a proa dirigida a certo rumo.
PROEJAR, V. a. ou n. [proa, des. c/ar, do
Cast. echar, lançar.j navegar com certo ru-
mo. — por seus rumos.
.Moraes o faz lambem activo , e dá por
exemplo a phraze : « proej ando ao oriente,
e — a uma calheta » Em ambas é abs. ou
n. e significa navegar com o fim de attin-
gir.
PROEMiAL , adj dos á g. [proemio, des.
ai.) preliminar.
PROEHiAR, V. a. OU auics abs. ou n. (Lat.
proaemior ari. V. Proemio.) (p. us ) fazer
proemio, preambulo, começar oração , li-
vro.
PROEMIO, s. m. (Lat. prooemium, do Gr.
pro , diante, e oimos , caminho.) discurso
prévio, preliminar, exórdio ; (fig.) começo.
PROKNÇA-NovA, (geogr.) villa e freguezia
de Portugal, no districto de Castello-Bran-
cò, donde dista 5 léguas ao O. e 28 de
Lisboa ; 2,500 habitantes.
PROENÇA-vELiiA, (geogr.) villa e freguezia
de I ortugal no districto de Castello-Branco ;
700 habitantes.
PROES, í. m. (ant.) de prol.
'"t»ROETiDES, (mylh.) filhas de Proelus, len-
do ousado compararem-se a Juno foram fe-
ridas de delirio ; julgavam-se metamorpho-
seadas em ervilhas Foram curadas por Me-
lampo, o qual exigiu por preço desta cura
dous terços do reino de Argos.
PROETOS, (hist.) rei de .Argos, filho de
Abas e irmão de Acrisio. Inimigo mortal
de Acrisio disputou-lhe o throno por mor-
te de seu pai, e obteve o por algum tem-
po, até que foi delia expulso e se retirou
á corte de Jobate, rei da Lydia, que lhe
deu em cazamento sua filha Sthenobea.
Voltando depois á Grécia, fez guerra a seu
irmão conquistou parte da Argolida, e fi-
nalmente apoderou-se de Teryntho aonde
reinou até morrer, em 1462 antes de Jesu-
Christo.
PROEZA, s, f. (Fr. prouesse, de preux, va-
lente, esforçado, Lat. proí;u5.) acção do ho-
mem esforçado, esforço, valor, grande ani-
mo, façanha. Fez — s.
Syn. comp. Proeza, façanha Xs proezas
fázem-nas os homens de valore entendidos,
porem com meditação e sabendo o que
vão fazer. As façanhas commettem-nas o
executam-nas os homens ousados e atrevi-
dos. Albuquerque e loão de Castro fizeram
proezas, seus soldados, /"afaít/ias. Faz ptoc-
zas o grande capitão; o pastor que se de-
fende contra um lobo e o mata, f^z uma
façanha. -i yx
PRO
Nas façanhas considera -se particularmen-
te o esforço e arrojo do feito, ou- o eíTeito
vantajoso d' um snccesso. As proezas per-
tencem antes ao entendimento e animo egré-
gio que ás forças physicas.
PROFAÇA, s. f. (ant ) V. Prol faça, Para-
bém.
pROFAÇAR, V. a. {pro pref., diante, e /a-
ce, ar des. inf.) (ant.) lançar em rosto, ac«í
cusar face a face, afrontar. ^
PROFANAÇÃO, s. f. (Lat. profanatio, onis.)
acto de profanar -, estado da cou?a profa-
nada.
PROFANADO, A, p. p. de profanar; adj.
tratado com irreverência ; (fig.) deshonrado.
Tinha — o templo, o sanctuario ; — as
leis.
PROFANADOR, s. m. O quc profaua. Pa-p
lavras profanadoras do culto, das leis, da
innocencia.
PROFANAR, V. a. (Lat. profano, are: pro
diante, fora, e fanum, templo, lugar con-
sagrado. V. Profano.) entrar no lugar conr,
sagrado, vedado, no templo ou sanctuario;
tratar com irreverência os lugares, as cou-
sas sagradas. — as leis, a autoridade; maa^^
char, deshonrar, v.g. — as virgens, asves^
taes
PROPANiDADE , s /. dito, acção profaua .,
PROFANÍSSIMO, A, ttdj . superl. de profa-
no, muito profano.
PROFANO, A, adj. (Lat. profanus', pro,
diante, e fanum, templo, deriv. de fando,
gerúndio de /ari, proferir oráculos.) excluí-
do do templo, que não é admittido a entrar
no templo, no recinto sagrado. Os — s, nm
— , subsl. — , não sagrado (fallando de cou-
sas) lugar — . As leis, a philosophia — ; a
— musa, não pertencente ao culto christão,,
Os —s, (fig.) os ignorantes, estranhos ao cul-
to das musas. O vulgo — , ignorante, in-
digno de ouvir o canto dos vates.
PROFECIA. V. Prophecia.
pROFECTicio, A, adj. (Lat. profeetitius.)
Pecúlio — , bens — , (jur.) que provêm do
pai ou senhor, e cuja administração era con-
fiada aos filhos ou aos servos.
profeitamknto, s. m. (ant.) V. Aprovei-
tamento, Utilidade.
PROFEiTANÇA, s. f. (ant.) V. Aproveita-
mento.
PROFKiTO , s. m. (do Fr. profit.) (ant.)
V. Proveito.
PROFERIDO, A, p p. de proferir; adj, pro-
nunciado. Oráculo — . Sentença — . Pala-
vras— com mysterio. Tinha — a sentença.
PROFERIR, V. a. (Lat. profero, ere. pro,
diante, fora, e fero, rre, levar, ou o que
me [)arece mais provável, de profari, do
verbo inusitado pro/br ; radical /ari, fai-^
lar.) pronunciar, dizer, articular, v. g. — ^
'í>
TTTfW
Orna palavra, uma verdade, uma sentença,
blasphemias.
PROFESSADO, Á, p. p. do profossar; adj .
que professou sciencia, arte ; que fez pro-
fissão em communidade religiosa, ou em or-
dem militar ; declarado, confessado publi-
camente. As doutrinas que tinha professa-
do.
PROFESSADOR, A, adj. (p. us.) quo pro-
fessa, V. g. — de sãs doutrinas.
PROFKSSANTK, s. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. em ans, tis.) pessoa que professa ou
faz proGssão em ordem religiosa.
PROFESSAR, V. a. (Ft. pvofesser, do Lat.
profiteri, p. p. professais, declarar publi-
camente, ensinar como professor ; de pro,
diante, e fateor, eri, confessar, declarar.)
confessar, declarar publicamente, v. g. —
uma doutrina, máximas, regra religiosa. — ,
ensmar, praticar, v. g. — arte, sciencia, —
a medicina. — vassallagem a alguém, pres-
tar, prometter. — em uma ordem ou reli-
gião, em sentido abs., fazer votos. — se,
V. r. inculcar-se, annunciar, v. g. — eru-
dito, sábio ; — agradecido.
PROFESSO , A, adj. {Lat. professus.) que
fez proflssão em ordem religiosa. — , practi-
co, costumado, afeito, v. g. « mão — em
matar. » Camões. «. Já sou — em angustias
e trabalho.» Eufr. 5, I.
PROFESSOR , s. m. o quB ensina alguma
arte ou sciencia, v. g. — de rhetorica, de
philosophia. — , (ant.) o que professou em
ordem equestre.
Í^YN. comp. Professor, lente, cathedra-
tico. Todos estes ensinam em publico uma
sciencia ou faculdade, mas em cada um
d'elles concorrem circumstancias particula-
res que os distinguem entre si.
Professor é o que professa, ensina em
publico uma sciencia ou faculdade, expon-
do suas doutrinas como próprias, e quasi
sempre ostentando seu saber oralmente como
orador, Lente ou leitor é o que, segundo
o methodo escolástico, lia ou explicava as
doutrinas approvadas pela eschola ou uni-
versidade , contidas n'um compendio, do
qual se não affastava. Caíhedratico é o
proprietário d'uma cadeira de universidade
em que ensina a faculdade de que está en-
carregado.
O professor pôde não ser cathedratico,
pois ha muitos homens sábios e instruídos
que, sem pertencerem ao corpo universi-
tário, professam em academias, atheneos,
reuniões litter árias, etc. O lente ou leitor
pôde pertencer ou a uma universidade, ou
corporação religiosa, mas é sempre conde-
corado com o titulo de mestre. O cathe-
dratico pertence sempre a uma universida-
de ; se ensina á antiga tem também o no-
TOL. IT.
PRO
309
Ofl
me, de lente ; se professa á modi^t^^ gerg\j
tenoe-lho o nome áe professor. ;,,\)'J-.,.n»il
Modtllo do género do professar sSo às
prelecções de Mr. Guizot, e de Mr. Ville-
main nas aulas da Sorbona, em Pariz.
PROFETA, PROFETAR, PROFETIZAR. V. PrO-
pheta.
PROFICIENTE, adj. dos 2 g. que faz pro-
gressos, V. g. em alguma arte, ou exerci-^
cio.
PROFicuAMENTB , adt>. (mente suíT.) coni,
proveito, utilidade.
pROPicuiDADE, s. f. o ser profícuo, uti-
lidade, proveito. A — do remédio. .,,•)
PROFÍCUO, A, adj. (V. Proveito, e Provei-
toso.) útil, proveitoso. Medicamento — .Má-
ximas — s.
PROFiL, s. m. (do Fr. profil, do Lat. prò,
diante, e /ilum, traço, linha ) delineação de
uma figura, ou cabeça vista só de lado, ou
da secção lateral e perpendicular de edifí-
cio.
PROFISSÃO, s. f. {L&t. professio, onis.) es-
tado ; modo de vida que alguém exercita ,
oílicio ; acto solemne em que, acabado o no-
viciado, o noviço ou noviça faz votos de abra-
çar a regra de ordem religiosa. — de fé ^
declaração explicita da doutrina dogmática
religiosa.
PROFiTENTE, adj. dos Í g . [Ldit. profitcns^
tis, p. a. de profiteor, eri, declarar, abra-
çar abertamente.) que professa alguma lei,
ou religião.
PROFLiGADO, A, p. p. de profligar ; adj,
debeilado.
profligador, s. m. (Lat. profligator.) o
que derrota, desbarata na guerra.
PROFLIGAR , V. a. (Lat- profligo , are ;
pro, efligo, ere, ferir.) desbaratar na guerra.
PRÓFUGO, A, adj. (Lat. profugus) fugiti-
vo, vagabundo.
PROFUNDADO, A, p. p. do profuudar ; adj.
introduzido profundamente, penetrado, son-
dado.
PROFUNDADOR, s. wi. O que profuuda as
cousas ; (fig.) — de segredos, recônditos mys-
terios. — , adj. que profunda.
PROFUNDAMENTE, adv. [mente suff.) muito
por dentro, muito para baixo, v. g. exca-
var — , ferir — o peito; embeber a espada.
— . Dormir — , (fig.) com somno pesado.
Investigar, explicar — as doutrinas^ com
grande penetração.
PROFUNDAR, V. a. (Lat. profundo, ere,
pro, diante, efundus, terra, solo) penetrar,
cavar mui fundo, r. g. — um poço, um fos-
so ; (fig. penetrar no intimo, v. g. — uma
questão, uma matéria : profundou a espa-
da, alanceta. A arvore pro/wnáou as raizes.
— , v.n. entrar profundamente, t?.^. a raiz
profunda altamente na terra. O ódio profun'
78
da muno na alma dos mvejosos. —se, t». r.
fazer-se profundo, v. g. — o sorvedouro;
-^ a chaga, — òs olhos dó moribundo ; (fig.)
-^ o ódio.
profundeír. f: Phfundar.
PROFUNDEZA, í. /. (dos. ezo) profundida-
de V. g. as — do inferno.
Profundidade, s. f {La.l.profundiías, tis)
a altura desde a superfície até ao fundo, v.
g. — do pego, do poço, do fosso ; (fig.) natu-
reza recôndita, difficil de penetrar, v. g. &
— da sciencia ; — dos juízos divinos.
páOFUNDiSsiMAMENTE, adv. superl. de pro-
fundamente, com muita protundidade.
profundíssimo, A, adj. superl. de pro-
fundo, mui profundo, no sentido próprio, e
no figurado, v. g. — philosopho.
PROFUNDO, A, adj. (Lat. profundus, pro,
diante, e fundus, terra, solo) que tem mui-
ta altura desde a superfície até ao fundo,
que penetra mui fundo na terra, v.g. pego,
poço, fosso — . —s alicerces. Kaizes. —.
^, mui extenso ern direcção superfial, v.
g. selva — . —s bosques. — , (fig.) scien-
cia — : conhecimentos — . Somno — , mui
tranquillo e pesado. — meditação, mui in-
tima, attenta. — acatamento, reverencia.
Suspiros — 5, desentranhados do intimo do
peito. O —, s. (fig.) o orço, o pélago, o
averno, o inferno.
PROFUSAMENTE, ddv. (mènté suíT.) com
profusão. Gastar, dar — .
PROFUSÃO, s. f. (Lat. profusio, onis, V.
Profuso) excessiva largueza. Despender, dar
com — .
PROFUSO, A, adj. (Lat. profusus; pro,
dianle, e fundo, ere, verter) mui copioso,
exuberante ; que dá, gasta com profusão.
— s evacuações. Mão — em dar. Língua —
em contidos, solta em dizer muitos.
PROGÉNIE, s. f. (Lat. progénies) a geração,
casta, os filhos, descendentes Era da — dos
reis. « Estrangeira — , » gente, Camões,
Elegia 2.
i^KOGENiTOR, s. w. (Lát.) asnendcntc, pai.
Os—, ós avós.
PROGEN TURA, s. f. ((feá. íifa) progénie.
'^RÓGNE, s. /". (my th. époét.Já andorinha;
(fig ) a primavera.
PROGNÉ, (mylh.) filha de Paudicih, reide
Athenas, e iriiiã de Pbilomela, cazòu com
Terêo. rei da fhracia, do qual teve ura fi-
lho chamado Itys. Terêo fez violência a
1 hiíomela, ò arrancou-lhe a lingua para que
ellá não podesse contar o éeu crime, mas
sendo apezar disto ir.slruido Prognedosuc-
céáso, degollou ô filho, qué delle tivera e
dêíílhV a comer em um banquete Os deu-
zel à iÉéÍhàmor|)hozearam em andorinha.
^^fiíiòstiCA, s. f. (árit.)' V. Prognosti-
pROGNOSTiCAÇAO, s. f. (des. çao) o acto
de prognosticar.
PROGNosTíCADO, A, p. p. de prognosticajfjp
adj. annunciado por signal anterior. ..'^
PROGNOSTICADOR, A, s. pcssoa que fjazpr(>yí)
gnósticos. ,,Jt oíií> - .= ' ' .■3)>*HíiB'>
PROGNOSTICAR, v.u. {proguostko, ar dea>V
inf.) predizer, fazer prognostico, v. g„ ,o
medico lhe prognosticou a morte, ou o prom->1
pto restabelecimento. — , annunciar, v. g,
certos signaes prognosticam inverno rigoroi^-J
so. — SE, V. r. sentir em si próprio intui-».!
ção desuccesso futuro.
PROGNOSTICO, s. w. (Lat. prognosticum, áo^
Gr. proghinoskô, pro, antes, ey/anoscd, co*i
nhecer, saber) sinal de successo futuro. Bom
ou ruim — . — , conjectura, juizo do futu-
ro ; juizo que os astrononos tiram da posi-
ção e movimentos dos astros, e os meteororsM
iogistas dos phenomenos atmosphericos. Te- k
ve por bom ou ruim — .
PROGNOSTICO , A, adj. que prognostica,
presago. O coração — . — , s. que se encul-^j
Cd por entendido do futuro. '
PROGNOSTIQUO, s. m. \. Prognostico.
PROGRAMMA, s. m. (do Gr. pro, diante, e
gramma, escripto, de graphô, escrever) es-
cripto em que se expõe com individuação o
objecto de sessão académica, oudeceremo-
nia, de função publica.
PROGREDIR, V. n. [Làt. pvogredior, i, o\^^^
iri; pro, e gradior, caminhar.) caminharj.j
ir avante, continuar a marcha, fazer pr(Ho
gressos.
PROGRESSÃO, s. f. (Lat. progressio, anis.)
acção de progredir, continuação, progres-
so. — , (math.) razão ou proporção que ha
entre as grandezas ne uma serie. — aiith-
metica, a que forma serie em que cada nu-
mero successivo tem uma unidade mais que
o antecedente, v. g. 1, 2, ó, 4, b.— geo-
métrica, a serie cujos números são o du-
plo dos immediatos antecedentes, v. g. Ip^n
t, 4, 8, 10, 32. — ascendente o\Jl descenr o
dente, cujos números vão crt-scendo ou dbob
rainuindo. — dos corpos em movimento ; —
da luz.
PROGRESSIVAMENTE , ãdv. em progres-
PROGRESSi-^o , A, adj. (dcs. tro, do.,li|itifi')
eo, ire, ilum, ir.) que continua crescendo^
em que ha progressão. Movimento — . Map*>.j
cha — da doença.
PROGRESSO, s. m. {L&i.progressus,) adian-.,<
tamento ; successào continuada. Fazer — ^^n
nos estudos, nas artes, nas sciencias, na vir-
tude. A civilisação tem feito grandes — s.O
— d^^yida, da idade, da doença.
p^òXijYMNASMA, s. w. (de joro, e gymna-
siq.) (p. us.) pomposição que se faz nas es-
èólàs por ensaio.
PRÔ'
pálj'
m
PKOHE , É. rfí. (ant ) V. Prol, Proteito
— de minha airaa. Klucid. ' '' ' '^'
pROHiBíçAo, s. f. (Lat. prohibttiô/búis.)
defesa; lei, ordem quo prohibe, veda.
pROHiBiDO, A, p. p. de prohibir; adj. de-
feso, vedado.
pRoniBiR, V. a {Lnt p^rohibetí, éré ; pro
e habeo, ere, ter, haver.) não períríiítir ,
tolher, impor defesa, v. g — a eiportaçào
da moeda metaUip.a, dos ootros, de machi-
nas ; — armas de ponta curtas. — , (ant.) im-
pedir y V. g. prohibe este remédio a pos-
tema.
SyN. cort)p. Vrohibir, vedar, defender.
Prohibir é impedir o uso ou execução
d'uma cousa, in^pondo para isto estatuto,
ou preceito, munido do sancção expressa
ou tacita. Vedar e defender teem significa-
ção mais iimpla e genérica. Veda-se o san-
gue, a agua, ele. ctc, e não se prohibe.
Defende-se o somno. a esperança, etc, e
não se prohibe. ^^ão mui differentes estes
dous verbos na sua significação primaria,
mas encontram-se na secundaria, e confun-
derò-se em quanto ao effeito. Pomo vedado
é o mesmo que pomo prohibido ; armas
defesa.t diz o mesmo que armas piohibi-
das.
PROHiBiTivo, A , adj. (des. ivo.) que en-
cerra prohibição, prohibitorio. — , (ant. e
ded.) preservativo.
PROHIBITORIO, A, adj. (des. ôrio.) que pro-
hibe. Lei — .
PRO'Z, s. m. ou f. (Lat proa, des. ix,
do Lat. exire, sair.) (naut.) cabo, amarra
que sáe da proa, e com que se amarram
em terra as embarcações pequenas. « Ten-
do as galés a — em terra. » Barros. « Os
atracaram com dous pm:2(?s de popa á proa.»
Mendes Pinto, cap. 53.
PR0JRCÇÃ.0, s. f. fuat. projeótió, onis, de
projicio, ere, arremessar, pro, diante, ecio,
ere, lançar.) acção de lançar, arremessar.
Movimenío de — , de corpo arremessado por
Uma força impulsiva, v. g. — da bala, pe-
la explosão da poWon.— geographica, de-
lineaçào dos mappas geographiéos, segundo
a direcção dos meridianos e parallelos. — or-
thographica, representação do objecto so-
bre um plano com Hnhas perpendiculares.
PROJECTADO, A, p. p de projectar ; adj.
traçado, delineado na mente. A — empreza.
Tinha — grandes obras.
i'uoj8CT.<R, V a. (Lat. projecto, ate, lan
çar, orremesâaí.) delinear, traçar na mente
os meios de executar obra, empreza, v.g.
projectar a conquista da Pérsia, da ín-
dia.
pROJECTfL, adj. dos 2 g. (Fr. projectile.)
(t. da ballistica) lançado com violência Os
projectis, corpos lançado)» com grande im-
pulso, D. g. bombas por peças de artilha-
ria.
PR0.IKCTISTA , s. m. (dcs. ista.] homem
que continuamente forma n)vos projectos.
PROJECTO, s. m. intento, tenção de fazer,
alguma cousa, delineação traçada na men(e,
de obra oii eníiprezà meditada. Ter, formar
grandes —í. — , (p. ús.) projecção.
PROJECTO, A, ãdj ;Lat. prõjectus,'ÍA e
p p. de projiceré, lançar, propeHir.f ijm-
çado, propellido por morteiro, peça ãeiír-
tilharia ou outra arma de fogo oú de arre-
messo. E' p. us.
PROL, s. m. ou /. (Lai. pro/è;^,' prole .)^
(ant.) proveito, utilidade, lucio O — coip-
mum. Urd. Affons. HorAem rfé—, de prés-
timo, valia. Dar os—, prõlfaçás, parabéns/
« Faça cada um sua — . » lííís. •
PROLAÇÃO, s. f. (Lat. prolatiè, oms , áe,
prolato, are, eltender, prolongar.) a pro-
nuncia de uma vogal oii de uma palavra,
som prolongado. — , na musica, o ponto que
faz todas as notas ternárias até ao semi jre-
ve. — perfeita, quando o semibrèvé tem tVes
mínimas. — imperfeita, quando tem só duas.
PROLE, s. f. (Lat proles, de pro, dian-
te, avante, e do rad. ol, óleo, olesco,'éref
crescer.) os filhos, descendentes, progénie,' '
raça. A degenerada — .
PROLKGÓMENos, s. m. (dô (^r. pro, dian-
te, e lego, dizer ) preambulo, exposição pre-
liminar dos pridôipios dé arte o'u' sçienéía^
PROLEPSE ou PhOLEPSI^, S. f. (Lat. {Ío
Gr. pro, diante, /eM, tomar.) figura de rhe-'
torica, antecipação das objecções dò adver-
sário ; figura degrammalicá, divisão dê úrhá
generalidade em partes.
PROLETÁRIO, s. m. ((Jo Lat. proletarius^
de proles, filhos.) õ éidádãó pÔbVe que Aãio
pôde eonlribuir ao serviço do está(íó séhâo
com os filhos Autor — , (fi^ ) de poiicS
nota. • '
PROLFAÇA, S. f. ou f». @Voí, pVÒ /eitO, 6
faça.) parabém. Dar a. ou o — .
PRÓLico, (ant ) ^. Tonto.
PROLiFiCAR, c. a. V. Procrear.
PROLÍFICO , A, adj. {prole, fico suff. , de
facio, ere, fazer J quo tem a força de g rar,
procreativo. Virtude — . O pollen — dás
plantas.
PROLIXAMENTE, adv. {meute suff.) de tóã'-
neira prolixa, com prolixidade. ''
PROLIXIDADE, s. /. (Lat. proUxitas, ã^.]
sobejidão de palavras, de razões. — do ca- '■
minho, grande extensão ; « — âos meus lar- '
gos e cançados annos. » Vieira. — , excessi-
va miudeza, esmero minucioso, que vulgar-
mente se diz perluxidáde Oú ser perluTo ou
proluxo.
PROLIXO , A , adj. (Lat. prolixus ; pro,
diante, e licium, tr^ma, fio da trima.lni-
78 *
L
f
312
PRO
PROrí
miamente extenso em palavras, razoes. Es-
tylo — . Caminho — , tnfadonho pela muita
extensão. Homem — , minucioso, nimiamen-
te apurado.
PRÓLOGO, s. m. (Lat. prologus, do Gr. pro,
diante, e lógos, di»curso.j discurso prelimi-
nar, preambulo, exórdio. — de drama, in-
troducção, exposição do assumpto.
PROLOGÓMENOS, V. Prolcgómenos.
PROLONGA, s. f. V. Demora, Dilação.
PROLONGAÇÃO, 5. /". dilação, demorn, v. g.
— , do tempo.
PROLONGADAMENTE, adv. com dilação.
prolongadíssimo. A, adj, de Prolonga-
do.
PROLONGADO, p. p. de prolougar, esten-
dido ao largo. v. g. Vergas — , enRadas
ao longo da popa á proa. Flanco — , que
se estende desde o lado do polygomo inte-
rior até ao do exterior, quando o angulo
do flanco ó recto. t?. </. A náo estava pro-
longada com a praia. — , dilatado, demo-
rado. V. g. Vida, viagem — .
PROLONGADOR, *. w. O queprolonga, di-
lata. — , adj. que demora, prolonga v.g.
As formalidades prolongadoras dos pleitos.
PROLONGAMENTO, s. m. [mento suff.). ac-
ção de prolongar, prolongação, dilação em
tempo : — , do muro, da estrada ; — , da
sessão das cortes, das navegações.
PROLONGAR, c. O, (Lat. prolongo, are,
proy diante, e longus, longo), dar maior
extensão ou longor ; v. g. — , o muro, a
estrada, (íig.) dilatar, espaçar, v. g. — , a
. guerra, o cerco, as negociações, a sessão
das camarás legislativas. — se, estender-se.
D. g. ProloDga-se a terra, o cabo, a serra ;
demorar-se, r. g. prblongou-se a sessão
do parlamento britânico ; — , a discussão.
PROLONGO, í. m. de pedreiro, lanço da
agua do telhado pelos lados parallelos da
fronteira e traseira da casa.
PROLOQUio, í. w. (Lat. proloquxum), má-
xima, adagio, sentença, provérbio.
PROLiJxiDADB, V. Prolixidade.
PROLUXissiMO, A, adj. de proluxo.
PROLUXO, A, adj. V. Prolixo e Perlu-
xo.
PROMAGEM , í. f. (do Ingl. plum, Sax.
plom,e, ameixa) , todas as qualidades de
abrunhos e ameixas.
PROMANAR, (ant.) V. Dimanar , Brotar.
PROMESSA, s. f. acto do prometter, obri-
gação incorrida por quem prometle algu-
'ma cousa a outrem. v.§. Fez-lhe promessa
de [casamento.
PROMBTHSO, (myth.) um dos Titamides,
filho de Japet • de Clymena ou da Terra
e pai de Deucalion. Segundo uns, elle fez
um homem de barro e o animou com o fo-
go do céu ; segundo outros, tendo Júpiter
privado os homens do uso do fogo, Pro-
melheo roubou o fogo celeste ao sol e res-_
tiluiu-o aos homens. Júpiter, para obstar
j a que os homens fossem rivais dos deuzes,
I creou Pandora, e enviou-a com a sua cai-
I xa fatal a Prometheo, mas este desconfiaa-»,!
I do da traição nãoquizrecebela. Epimetbeo,
seu irmão foi menos prudente, e Tecebeu.,
a fatal caixa, que, aberta deixou espalhaf^^i
dos pelo universo todos os males. Em casr.b
tigo da audácia que tivera de rivaisar com ■
os deuzes, creando o homem, Prometheo
foi ligado sobre o Canesgo por ordem de
Júpiter, e um abutre lhe reia constante-
mente o fígado, que logo renascia, até que
foi livre deste supplicio por Hercules.
PROMETTEDOR , í. m. O quo prometto ;
adj. que promette. Palavras — , da sabe-
doria, da serpente a Eva).
PROMETTEMKNTO, s. 7». V. Promettimen"
to e Promessa.
PROMETTER, V. tt. (Lat. promítto, ; erepro,
adiante, e mitlere, mandar, oíferecer), dar
palavra de fazer ou dar, v. g. — , recom-
pensa , casamento ; — , mares e monte*t>
cousas quasi impossíveis: — , pancadas, '»
ameaçar de as dar. — se, v. r. esperar ;
ter grande confiança de obter, v. g. — . a
victoria, grandes fortunas, contentamento.
« Rão podem os homens desejar nada de
Deus, que se não possam prometter d'elle. »
Paiva, Serm., i, 33.
PROMETTiDO, p. f. de promettor, e adj.^
de que se deu ou fez promessa, v. g. O —
he devido, a cousa promettida.
PROMETTiMENTO, s. 1». promessa.
PROMiNENTE, adj. dos 2 g. (Lat, promi-
nens, tis, de promineo ere, pro. diante, e
mineo, estar próximo a cahir), elevado a
cima do nivel ; que se avança ou prolonga.
V. g. A ponta mais grossa e prominente
que tem a terra do Brazil.
PROM'scuAMENTE, adv. [mente suff.) com
uso commum a vários ; confusa e mistura-
damente.
PROMISCUIDADE, s. f. (des. idade) o ser
promíscuo ; uso promíscuo, v. g. — dos ca-
samentos entre as diversas classes.
PROMÍSCUO, A, adj. (Lat. promiscuus ; pro^
denotando relação, e misceo, ere, misturar)
sem distincçào. Casamentos — s, entre pes-
soas de todas as classes. Nome — . commum
ao macho e á fêmea.
PROMissA. V. Premissa, Primicia.
PROMISSÃO, *. f. (Lat. promissio, onis)
promessa. Terra da — , a que Deus pro-
mettera a Moisés ; (fig ) terra mui fértil, co-
piosa em fructos.
PROMISSÓRIO, A, adj. (des. ôno) que en-
cerra promessa. Juramento — .
PROMiTTENTE, adj. dostg. es. (Lat. pro-
rmUienit ti$l o^e j)r,ODçiette ; pessoa que faz
promessa, ..,, '; « • .
PROMOÇÃO, '#.'/: (Lai. promotío, onis) o
acto de promover ou elevar a posto, dig-
nidade, ofíicio, graduação, v. g. — de of-
liciaes militares. — , oílicio, diligencia; re-
querimento do promotor. .;^\l. ,;
PROMONTÓRIO, t. m. (Lat. promontorium
cabo, ponta de terraproeminente.
PROMOTO, (ant ) V. Promovido.
PROMOTOR, *. m. magistrado que promo-
via como parle publica os processos crimi-
naes no cível e no foro ecclesiastico — dos
caplivos, dos residuos, dos ausentes, que
promove os interesses d'estas diversas or-
dens de pessoas
PROMOTORIA, s /". (des. ía), officio de pro-
motor.
PROMOVEDOR. V. PromotoT.
PROMOVER, v.a. (Lat. promoveo, ere,pro
diante, e moveo, ere, mover), fazer adian-
tar, procurar o augmento, proteger, favo-
recer os progressos, v. g. — o commercio,
a agricultura, as artes, assciencias. — , pro-
curar, diligenciar o effectivo cumprimento,
a execução. — o processo contra os réos,
solicitar a favor de alguém, v.g. — a cau-
sa dos cativos e residuos. — , elevar a di-
gnidade, a oíBcio de graduação superior.
PROMOVIDO, A, p. p. de promover; adj.
elevado a dignidade superior ; protegido, fa-
vorecido, t?. g tinha — a agricultura, as fa-
bricas, e foram promovidos a altos pos-
tou.
' PROMPiAMENTE, adv. [mtnte suíT.) cora
promptidão.
PROMPTiDÃo, s. f. (Lat promptitudo) pres-
teza, disposição a obrar, executar com pres-
teza.
PROMPTissiMAMENTE, adv. supcvl. dc prom-
ptamente.
PROMPTíSsiMO, A, adj supcrl. de prompto
muito prompto.
PROMPTO, A, adj. (Lat. ptomptus, de prom-
ptare, frequent. de promere, composto de
pro, adiante, e movcre, mover) activo, di-
ligente, ágil. veloz. — na ira, assomado ;
disposto a fazer alguma cousa. — para fe-
rir, fugir. Ter — a lingua, — s as mãos.
— s estavam todos escutando, »Camões, aten-
tos. — vista, aguda. — ouvido. — com
ou em vista, (p. us.) ar. « — ás cousas que
ouvia, » ant. Clarim. «Ter, trazerem—, »
bem presente e sabido. VidadoArceb. —ou
em — , (loc. adv ) logo, com promptidão.
PROMPTUARio, s. m, [l&l. promptuarium)
lugar onde se tem alguma cousa guardada,
depositada ; livro da apontamentos onde se
acham facilmente os diversos artigos e maté-
rias que encerra ; livro de referencia.
PROMULÇAçÃo, 8. f, (Lat. promulgatio,
TÒL. IV.
PAO
m
onis) o acto de promulgar, publicaç&p fot
autoridade, v. g. — de lei. ..^
PROMULGADO, A, |>. p. de promulgar ; adj,
publicado por autoridade superior. ^
PROMULGADOR, s. m. O que promulga.
PROMULGAR, V. a. (Lat. promulgo, are^ ^e
promo, tirar, manifestar, e vulgo, are, pu-
blicar, vulgarísar) publicar, annunciar to
f)ublico por autoridade superior, v. g. —
eis, decretos.
PRONiA, (geogr.) rio da Rússia europea,
nasceu no governo de Riazaecae no Oka.
PRONO, A, adj. (Lat. pronus ; pro, dianr
te, e nuto, are, inclinar) (p. us.) inclinado,
propenso, v. g, — ao mal, ávinfança. ..,\
PRONOME, s. m. (Lat pronomen, pro, ein
lugar, e nomen, nome), (gram.), termo que
faz as vezes de um nome que não quere-
mos repetir, e de todos os accessorios com
que este é modificado. — pessoal, que faz
as vezes do articular que denota pessoa, «x.
tu, vós, este, aquelle, esse — possessivo,
que exprime relação de pjsse, ex. meu, teu,
seu, vosso.
PRONOMINAL, ttdj . dos 2. g, (Lat. prono^
miualis), da natureza do pronome, v. g.
adjectivos pronominaes. Verbos — , que
se conjugão com os pronomes, v. g. rir se
queixar-se, haver-se condoer-se ; ou deri-
vados de pronomes; v, ^. atuar, tratar por
tu. Moraes desaprova a denominação de ver-
bos pronominaes, e diz que os pronomes
não entram na composição d'elles ; masen-
gana-se. Os pronomes são tão essenciaes aos
verbos recíprocos, reflexivos ou pronomi-
naes, como os tempos dos auxílios, ser, es-
tar, ter. haver, o são na conjugação da voz
passiva e na formação dos tempos compos-
tos. Nos impessoaes o pronome se suppre
o verbo ser, v. g. usa-se, faz-se, cumpre-
se, equivalem a; é usado, efeito, seja cum-
prido. .>b
PRONOSTiCA, s. f. (ant.), V. Prognoê^^
tico.
PRONOSTiCAR, PRONOSTico, V. Prognos-
tiear, Prognostico, etc,
PRONTO, V. Prompto, etc,
PRÓNUBO, A, apj. (Lat. pronubus, pro,e
nubo, ere, esposar), pertencente ao matri-
monio. V. g. annel — , o que o esposo da-
va á esposa na boda. A próuuba Juno ,
protectora, fautora de casamentos.
PRONUNCIA , s. f. pronunciação ; (for.) ,
sentença proferida sobre devassa.
PRONUNCIAÇÃO, s. f. (Lat pronuntiatio,
onis), distincta articulação; v. g. a parte
da rhetorica que trata do modo de fallare
da acção do orador, pronuncia , sentença
do juiz sobre devassa.
PRONUNCIADO, A, p. p. de pronunciar,
(adj.), articulado, proferido ; v. g. Tinha
^ 79
m
m^
m
cul
ilpado. -'V^^' - ^^ -^ ,^51»>u.no}.)n|jj j., ^.^^ ^^ mergulhia. (p. us.) ''l
Wonunciár', '». ^.'fLéSl. ^rS'HánÍt^,"âte ;
pro, diante, é wwníto, itir*í, aiinunciar), ar-
ticulai' V. '^. i-*-, beto aS palavras , — ura
ídioftJà eáltan^eirò ; — , áfenUníça, lá^rál-a.
■^, a déVasèà, declar^ar cWrfJà'dó B réo òu
f^os, -^, (fifT.) annilritiar, })YédÍ2èr : «tor-
menta desfeita, que coidQ állferósàs ondas,
pronuncia ao navegante o futiifo inàiifrà-
giõ. í» Arráes.
«i^iioNV, (hist.) tngenheit^ò > featlíetóàtícò
fréíncez, nasceu em 1755, iríòfreu emíSSi).
A*s suas obraè principábs'áão : Arcfiitectura
hydrauUca ; mèchiiWiéá pMiàsophica ; etc.
PROPAGAÇÃO y. f. Lat. pt^pagatio, 07iis],
acto dê propagar por meíb da geração : —
da espécie, reproducçSo, v. y. -—, da vi-
nha, das batatas ; (fig.) — da fé, das ar-
tes. — , (scient.), transmissão rapidá, v. g.
— , da luz, do som.
f'i*kopAGADO, A, p.p. de propagar ; èadj.,
a#gmentado pela geração ou vegetação ;
transmittido rapidamente.
PRofAGÀDOR, s, m. {Lsíí. propagatòr). o
que propaga gerando òu reproduzind® com
díí%enda anitoaes, fructos ; (fig.)õ quees-
palHfí', #. (f. "^ de doutrinas, das Itizes,
da fé. ' ■
PROPAGANDA, (hist.) Congregação para a
propagação da fé catholióà, esiabehcimen-
to fur»dífdo em Rbma em 1622 por Gregó-
rio XV', e coínposto de 13 cardeais, três
prelados e um secretario. Tem a seu car-
go a direcção dos missionários e de tudo o
qn« pode cotícorrer para ò adiantamento da
fé eaiholiea. "'Rí' ^'''^" ■'^'^'^'•^ ••' ' ^
"Propagar, ti. a, fLat. 'propago, 'a/e, de
propago, inis, b&celo, vide de mergulhia,
gafrfò, estaca de arvore ; de propé, junto, e
ago, efe, fazer itopulso), reproduzir geran-
do filhos (o homem e os animaes) ; mulli-
plitjar péla sementeira, plantação e outras
operações da agricultura (plantas, arvores,
arbustos) ; (fig.) espalhar , ampliar , fazer
prosperar, v. g. — , âs ttizes, doutrinas,
erros, usos, costumes, a revolução redi-
çSo, os estragos, (p. íis.), dilatar, v. g.
— , os limites do reino ; — a luz, o som,
em sentido abs. ou n., multiplicar-se pela
geração. « Os homens propagam muito na
China. » — se, v r. e impessoal , exten-
der-se, augmentar , crescer por meio da
reproducção ; comunicar-se, transmittir-se
rapidamente, v. g. — a luz, o som, a no-
ticia, a sedição, a revolução, a doença, o
contagio.
'«oPAttATivo, A, adj. (des. ivo), que fa-
cilita a propagação ; meios — s da indus-
tria. ' 4 • .
WDFAGEM. », f.ihàtVfropí^o, inis, de
proí»'aixÃo, "s. /. (ánt.), paixão ^ífôlon-
propalar, V. a. (do Lat. propalam, ktéi^
tamen'tè'; pfo, dianíè, e palam, as clarií^
do Gr. phalos, clarO, luminoso), (p. ^tisj
divulgar, j^úblicar, assoalhar, v. g. — o
segredo ', p. p. e adj. propalado.
PROPAO, V. Prepdo.
PROPENDER, V. u. (Lat. prcpcndeo, ere),
pender, ler inclinação, pendor ; (Cg,) ten-
der, inclinação, tendência ; v. g. eSte h<í~
mem propende para louco. '^
PROPENSAMENTE, ttdv. [mente suff.), com
propensão.
PROPENSÃO, s. f. (Lat. prope'íi'iifo, biiis],
pendor, inclinação, no sentido physico e
no moral ; v. g. este moço tem grande —
para pintar, poeta, PI. Propensões.
PROPENSO, A, adj. (Lat. propensus, de
propendeo, ere , propender), inclinado por
natureza, instincto, v. g. — ao bem, ás
letras. ,
pROPHEcrA, 5. /. (lat. pro^hèiià), pr^
dicção. '. ^
PROPHETA, s. m. ífLat.. , do Glí. p'fÒ|)XÍ^'^
tes, pro , antes , e phémi , dizbf], ó que'
'prediz o futuro por inspiração diVinã, ôii
que se crê inspirado por Deus; bantor sa-
grado entre os antigos judeos, que cantava
hymnos, òfaticos, em louvor de Deus ; v.
g. Falsos — s, chamavam òs judeos aos
que prediziam em nome dos falsos deuses,
v. g de Baal. -
PROPHETAR, V. Prophetizar *
PROPriETicAMENTE, adv (weníc suff.), coiaj
inspiração pirophelica ; com espirito, preví^j
são prophetica.
pROPHETico, A, adj. (Lat. propheticus],
de prophela, que antevê por inspiração di-
vina; f. g. espirito — . Palavras prophc' .
íicas.
PROPHETizA, 5 f. mulhcr que '|)rè3iz o
futuro por inspiração divina.
pROPHETiZADO, A* p. p. de Propfittizar,
é adj.. preditd.
PROPHETIZAR, V. ã, (Lat. propkelizo, dfeL
predizer por inspiração divina ; predizer por
conjectura , (fig.) descobrir cousa obscura ;
pregoar altaménle os louvores de Deus, (es-
tylo biblico). ' ' ■ \^'
PROPICIAÇÃO, í. f. \Lai.' propUi}iÍw,onts)\
sacrifício para aplacar a ira ou a ju?tiça di-
vina, ou obter o perdão da culpa , expia-
ção. PI. propiciações.
PROPICIADO, A, p. p. de propiciar, e adj.
aplacado, expiado.
PROPICIADOR, í. m. (Lat. propiíiator), o
que propicia ; adj. que propicia.
PROPICIAR, V. a. {Lài. propitibfarè, prb.
fn
ÍÉS
m
ra\Of, é fptõ.tre^ proclirar, pedir), m-
zerprojpiao. — SE, •. r. fazer 'prp;)ícto.
..^ROticiÀtORio, A. adj. (Lat. própiíiaío-
nui), que faz propicio.
^PROPICIATÓRIO , s fn. /'Lat. propitiaío-
ríum), lamina de ouro, óu meza que co-
bria a Arca do Teslamenlo entre os anti-
gos judeoè, d'ondè se ouvia a voz de Je-
hovah quando elle se mostrava propicio ás
orações dopòvo : v. g. sobreceú, ,
'^Propicio, a, á(Íj.{L&l.propiliús. \.Pro-
pictár). favorável, benigno; v. y. Ò veií-
to , ,0 mar -^. O ceu se vos mostra — .
Syn. comp. Propicio, favorável. Propi-
iHo.é o que está disposto á favorecer. Fa-
vóra.rel é o que de facto favorece. Um réo
tem propicio o juiz que olba com indul-
gercia, e deseja que haja algum meio de
síilvál-o ; e íem-o favorável, quando este
dá um voto em seu favor, ou usa de todos
os meios ou condescendências que podem
directamente contribuir para o bom êxito
de sua causa.
Como o primeiro^ d'e«tés adjectivos só re-
pífcsenta um acto da vontade, não se pode
applicar com propriedade ao que não a
lém ; porem o segundo se applica geral-
mente a tudo o que favorece, com vonta-
de ou sem ella. Deus, um ministro está
propicio. O veiító, a occasião é favorável.
í'oI» WèíiMf ►«•«!) i>',h j'.i in'íviíl{>}ni b -- /<?
emprego, a autoridade superior, v. g. ao
rei, a um ministro de estado,— , (ant.)
dizer, v. g. própoz-lhe estas paíávras. Clãr,
rim. — , (p. us.) formar tenção, projeclol
— SE, V. r. formar tenção, projectar, —de
fazer, dizer, fallar. Camões disse: — áém-
preza. Moraes desapprora esta locução, ,e
quer que se di|ça — a empreza, mas não
advertiu que a primeira phrase significa dis-
pôr-se a coiijmeítér, ea segunda, conside-
rar, expor a exame. — tim fim, um inten-
to, isto é, conseguir, fazer : — a ou para
servir a republica, tem significação ambí-
gua, oíTerecer-âe, , e formar projecto.
PROPORÇÃO, s. f. (Lat. propor tio, anis,
pto, e portw, onw, porção), relação, razão
entre números ou quantidades :— continua,
que se prolonga em serie ; — arithmeticaf^ '
que procede pela addicção da unidade ; -4
geométrica, em que cada termo da serie lá
o quadrado do precedente. — , na musica,
a quantidade de naais ou menos notas em
cada compasso. A — , em razão, conforme
segundo ::— das suas posses. As — s do cor-
po humano, das ordens da architectura, ás
dimensões de cada membro Regra de pro-
porção , operação de arithmetica, em que
por meio dé 3 termos se descobre o quar-
to.
PROPORCiÒNADAMENTi, adv. {mente suff,j
PROPINA, s. f. (de propinar), somma de com proporção, com as devidas porpofr
dinheiro, ou presente que se dá a empre- coes
gados públicos, á mémbroè de corporações
em cenas occasíões como indemnisação do
seu trabalho, ou préèénçá em acto solem-
ne, despacho, ètc.
PROPiNAÇÃo, s. f. (Lat. propinaiio, onis],
o acto de beber parte do que se òlTerecía
nos sacrifícios gentílicos ; v. g. o acto de
de dar a beber. — , do veneno.
PROPINADO, A, p. p. de propinar, adj.
dado a beber.
PROPiNADOR, s. m. (Lat. propinalor), o
que dá a beber, v. g. — de veneno.
PROPINAR, V. a. [\.»l. propino, are ; pro,
e Gr. pinô^ btber), beber parte do vinho
OU licor que se ofTerecia nos sacrifícios gen-
tílicos ; dar a beber, v. q. ^ - veneno.
PROPiNQiJiDADÈ, 5. f. (Lat. propinqvitas,
tis),' proxinoidadej fio espaço otí no leffipo.
— de sangue, parentesco ; — de tempo, —
em graduação. .!!,,..! .."/!,/" '^^ .•
PRol^ÍNQuò', k^WJ. [V&i. i^ropinqixuè, pro-
pé, junto, chè^ílíò, e incolo, ere, habitar,
residir, próximo^ cÈe^ado no espaço ou lem-
hq^ y. g. — ^^ ao rio, ao mar. Morte — , pro-
xitoèí. — a taorte. Occasião-.-.
PROPOR, V. a. (Lat. propoiio, ere, pio,
diante, o poncre^ pôr), mostrar, expor, v.
y. — duvidas, negocio, projecto, apontar,
apresentar, indicar, v. g. — alguém para uni
PROPORCIONADO, A, f. p. de propoicio-
nar, adj. guardada proporção, feito com
proporção, adoptado, acccmmodado. v. ^
llomem bem — . Meios—* aos fins. Doutri-
na— á capacidade dos ouvintes. Tempo —
para fazer alguma cousa, opportuno , .-—
para acabar uma obra, sufficiente.
PROPORCiONADOR, s. m. O que proporcio-
na, faz ou dá com proporção ; — dos pré-
mios aos merecimentos.
PROPORCIONAL, adj. doslg. (do Fr. pro-
portionel], que tem proporção com outra
quantidade. Achar uma quarta grandeza — .
Forças —$ á idade, á saúde. Posses — ás
despezas.
PROPORCIONALIDADE, S. f. COllcCÇãO de
muitas proporções em uma ; o ser propor-
cional, o ter proporção.
PROPORCioisÁLMiiNTE, adv. [mente suff)
com proporção, tasar — , á sua qualidade.
Dar — , seguhdo as suas posses. Duas quan-
tidades — , simílhantes.
proporcioiíar. V. a. (do Lat. propor\.\ó\
onis, ar des. inf.), guardar a proporção,
dar com proporção, regra, medida, v.g. —
o premio, a recompensa ao ou com o ser-
viço ; — a pena ao crime; — os meios aos
fins ; — os sujeites aos empregos, —se, t,
t. fazer-sé apto, (p. tis.) — , accommodar-
79 *
PEO
se, — a intelligencia dos discípulos, dos
ouvintes.
PROPOiciONAVSL, ttdj. dos '^ Q . [áes. avel]
que sé pôde fazer proporcionado, acommo-
davel. V. g. Grandeza — . Talentos — a taes
cargos.
PROPOSIÇÃO, s. /■« (Lat. propositio, onls,
de propono, ere, propor), (lógica), phrase
enunciativa de affirmação, om negação; the-
se proposta para ser defendida contra os
arguentes ; — , proposta, v. g. fazer pro-
posições de paz, de alliança, ou de capi-
tular. ; .'j,
PROPÓSITO, s. m. (Lat. proposituni, de
proponere, propor), intento, t«nção, resolu-
ção premeditada. Firme — , resolução deci-
dida, V. g. — de não offender a Deus; de
renunciar á carreira diplomática. « Mudar
quaesquer — s. » Descer-se de seu — . Bar-
ros. De — , (loc. adv.) deliberadamente, com
intenção, de caso pensado. — , assumpto,
objecto que se tem em vista, de que se tra-
ta, sobre que se discorre, v. g. Não vem
ou não faz ao — . Fora de — . A — , em oc-
casião opportuna, conveniente. A todo — ,
em toda a occasião. A — do que dizeis, por
occasião, fazendo applicação ao que dizeis.
Escrever, fallar, intervirá — , quando eco-
ino convém. — , (fig.) proceder aproposita-
do. Homem de — , prudente, cordato, bem
morigerado. — , aptidão, conveniência, u.
g. o — do sitio lhe fez pôr mão na obra.
Mon. Lusit. — s, prelados dos theatinos, je-
suítas e congregados. Moraes diz que pre-
posito é mais próprio, tem razão, se o ter-
mo significa superior, mas não, se padre —
equivale a que faz as vezes, posto em lu-
gar, f). g. do geral.
PROPOSTA, s, f. (subst. da des. f. depro-
posto), cousa que se propõe a alguém para
que a adopte ou para que dê sobre ella a
sua opinião ; consulta exposta a medico^ le-
trado. I , '.''.
PROPOSTO, A, p. p. de propor, àclj., que
se propoz. V. Propor.
PROPOSTO, s. m. caixeiro, sujeito que tra-
ta do negocio do patrão. Estatuto dos mer-
cadores de retalho, § 16.
Moraes quer que digamos preposto, por-
que o julga sem razão derivado do Fr. pré-
poséf empregado publico, official da alfan-
dega.
PROPRETOR, *. m. (Lat. proprcetor), ma-
gistrado romano com autoridade de pretor
governador de província pretoriana.
PROPRIAMENTE, cidv. [mente suS.) de mo-
do próprio, appropriado, em termos pró-
prios, em sentido próprio, não figurado.
Fallar-', com propriedade.
PROPRIEDADE, s. f. (Lat. proprietas, tis,
de propriui, próprio), cousa possuída por
PRO
alguém, principalmente bens de raiz. Uma
— de casas. — , attributo, qualidade, v. g.
as — s das plantas medicinaes, virtudes. —
nos termos, emprego delles na sua signifi-
cação própria, não figurada. Fallar com — .
— , na musica, derivação de muitas vozes
de um mesmo princípio
PROPRiETARiAMENTK, adv. [mente suff.jj'
como proprietário.
PROPRIETÁRIO, s. m. (Lat. proprittarius]
dono de propriedade ou bens de raiz, o que
possue em próprio bens herdados ou adqui-
ridos. J
Syr. comp. Proprietário, dono, senhor.
Proprietário faz relação a propriedade, e
contrasta com usufructuario, rendeiro, ín-^
quilioo. Dono exprime particularmente a,
ideia de elevação e superioridade, e tem
significação mais extensa, pois dono da
casa nem sempre é proprietário do edifício
material, mas indica sempre o pai ou che-
fe de família, que ó o primeiro e governa
em sua casa. Díz-se proverbialmente que
« onde não ha dono não ha dó ; » mas
não se dirá no mesmo sentido nio ha pro'
prietario.
Senhor junta á idéiá de elevação a de
dominação , autoridade e poder ; contrasta,
com servo, ou escravo, e tem significação'
ainda mais extensa, que dono, pois um rei
é senhor do reino, de domínios, etc, um
morgado é senhor de terras, etc. ; os prín-
cipes foram n'outro tempo senhores da vida,
e da morte de seus servos ou vassallos ;|
cada um de nós é senhor da sua vontade^^,
PROPRiissiMAMKNTE, adv superl. de pro-^
priamente.
PROPRiissiMO, A, adj. superl. de próprio
mui próprio, bem appropriado.
PRÓPRIO, A, adj. (Lat. proprius, de pro,
diante, na presença, e privus, particular,
singular), que pertence a alguém ; peculiar,
particular de individuo, v. g. Tem casas
— s em que reside. É — do homem errar.
O amor — , ode si mesmo, phílaucía. — ,
appropriado, conveniente. Lugar, sitio — ,
para construir uma fortaleza. O sentido — ,
directo, estricto, não figurado. Termos — ^
bem adoptados ás ideias que exprimem. — ,
mesmo — . Asi — . Matou os — * filhos, a —
mulher,
PRÓPRIO, s. m. O — , a propriedade, os
attríbutos ínherentes a uma classe, ordem,
género, espécie, v.g, o próprio do homem
é desejar o que não possue e desprezar o
que tem. — , (p. us.) bens próprios. Não
ter — . O — , o capital, o custo. Perder do
— , Mendes Pinto.—, (fig.) mensageiro ex-
presso. V. g. Mandei um — annunciar a
chegada do navio. — , (fig.) bens da co •
f^*» .^ .<S \\ '>
ncTT
PRO
CíA'4
PRO
èi7
PROPUCNACULO, s. m. (Lat. propugnacu-
lum, de propugno, are, combater, defen-
der), baluarte; (fig.) defesa, v. g. Ceuta
— da christandade. — da liberdade.
PROPUGNADOR, s. m. ad^ . (Lat. propugna-
tor), defensor, campeão.
PROPUGNAR, V, a. (Lat. propugno, are,
pro, e pugnare, pugnar), (p. us.) pugnar,
defender, pelejando disputando.
PROPULSAR, V. a. Y. Repellir.
PRORATA, adv. (do Lat. pro rata parte),
á proporção, em razão do que toca ou é de-
vido a cada um ou por cada um. «. g.
Contribuir, pagar, receber — .
PRORiDO. V. Pruido ou Prurido.
PROROGAÇÃo, í. f. (Lat. prorogatio, onis,)
o acto de prortgar ou de ser proragado í
dilação, reforma de tempo, v. g. — dos ma-
gistrados em seus lugares ; — da jurisdic-
ção ; — da sessão das cortes, do parlamen-
to. — de t«mpo para osréos irem cumprir
os seus degredos.
PROROGADO, A, p. p. de prorogap, adj.
espaçado.
PROROGAR, V. a. (Lat. prorogo, are; pro,
diante, e rogare, rogar, pedir.) fazer con-
tinuar no exercido, v. g. — os governado-
res, os juizes ; ampliar além de um prazo,
dilatar, espaçar, v. g. — os pagamentos, a
sessão das cortes. — ajurisdicção, no foro,
sujeitar-se a juiz incompetente, não alle-
gando perante elle excepção declinatoria.
PROROGATivo, A, adj. (des. it?o.) que ser-
ve de prorogar. Actos — .
PROROGAviL , adj. dos 1 g, (des. avel.)
que se podo prorogar, v. g. termo — . /u-
risdicção — , que a lei não prohibe entre
litigantes que podiam declinar.
PROROMPiR, V. n. (Lat. prorumpo, ere ;
pro, diante, e rumpere, romper.) romper,
V. g. — em palavras injuriosas, em amea-
ças.
PROSA, s. f. (Lat. de prorsus , direito ,
porque se recita sem as paradas e voltas dos
versos.) phrazes ligadas sem medida deter-
minada ; (fig.) lábia. Ttr muita — , fallar
muito, ter muita lábia, loquela, parola.
PROSADOR, s. m. escriptor em prosa.
PROSAICO, A, adj. de prosa, semelhante
á prosa. Versos —s, sen^ namero, inbarmo-
PROSÁPIA, 8. f. (Lat. de pfo, diante, an-
169, e avus, avia, avô, avó.) ascendentes,
os antepassados, avós.
PROSCÉNIO, s.m. (Lat, proíccnium; pro,
diante, Qscena.) nos theatrps antigos, a par-
le do fundo da scena, onde se vestiam os
actores.
PROSCRKVíR, V. 9. (Lat. proscriho, ere ;
pro, diante, e scrihere, escrever.) desterrar,
expulsar da terra ; offerecer premio a quem
voL. nr.
tirar a vida á pessoa proscripta. — abusos,
opiniões, seita.
PROSCRIPÇÃO, s. f. (Lat. proscriptio, onis.)
acto de proscrever ; desterro com confisca-
ção de bens, e promessa de premio a quem
matar o proscripto no caso de elle voltar á
pátria.
PROSCRIPTO, A, p, p. de proscrever; adj.
banido, comprehendido na proscripção. Ten-
do — a seita.
PROSCRIPTOR, *. m. (Lat.) o que proscre-
ve outrem.
PROSECUÇû, *. f. (Lat. prosecutio, onis)
o acto de proseguir, v. g. — da obra, da
empreza ; observância, execução, v. g. em
— do seu officio.
PROSBGUiçÃo, *. f. prosecução, prosegui-
mento.
PROSKGUiMENTO, *. m. [menío suíf.) se-
guimento, acção de proseguir.
PROSEGUIR, V. a. (Lat. prosequor, i) con-
tinuar, dar seguimento, v. g. — a empre-
za, o discurso, a obra começada. — seu di-
reito, sustenta-lo em juizo, ou mante-lo por
armas. — alguém com graça, favor, phra-
se alatinada, ser-lhe favorável, favorece-lo.
— , em sentido abs. —no seu modo de vi-
ver, nos estudos.
PROSELITISMO, *. m. (des. ismo] disposi-
ção a fazer prosilytos em religião ou em
opiniões politicas.
PROSELYTO, s.m. (do Gr. prós, perto, e do
pret. médio elelytha, do verbo crhhomai,
vir, approximar-se) o novo converso ou con-
vertido á religião. As novas seitas procu-
ram fazer — s.
PROSLABÓMKNOS, S.m. (t. de musica anti-
ga) tom que equivale ao nosso ré.
PROSÓDIA, s. f. (Lat., do Gr. jprJí, junto,
e ódé, canto) parte da grammatica que en-
sina a quantidade das syllabas, e o lugar dos
accentos vocaes.
PROsoDico, A, adj. (des. ico) concernente
i prosódia. O accento — , vocal, syllabi-
co
pflOsopoPKiA, s. f. (Lat., do Gr. proso-
pon, pessoa, e poieó, fazer) figura de rhe-
torica pela qual se põe um discurso na bocca
de um morto, de um ausente, ou de cousa
inanimada. Pessoa de boa onde grande — ,
(loc. chula) bem apessoada, ostentosa no que
falia ou obra.
PROSPECTO, s. m. (Lat. prospectus, de
prospicio, ere, ver de longe) programma d^
obra litteraria.
PROSPERADO, A, p. p- de prosperar ; adj.
que prosperou, ex. <( Os bí)j[^,; acanhados, e
os mãos — . » Arraes. ,' ,,,,,
PROSPERADOR, s. w». 0 quo faz prosperar ,
adj. que faz prosperar, v. g. a industria
prosperadora do estado.
SO
PROSPERAR, V. a (Lai. prospero, are, do
'Gr. prós, que em composição denota aug-
mento, adiantamento, epeiraô, tentar, es-
forçar-se) fazer prospero, fazer ir em au-
gmento. — o commercio, as artes, a in-
dustria, fomentar, promover. — , v. n. go-
zar de prosperidade, ir em augmento, ex.
« Quando Homa prosperava, e mandava o
mundo. » Barros, Paneg.
PROSPERIDADE, s. f. (Lat. prosperitas, tis)
feliz estado de saúde, negociosvestàdõ pros-
pero. ' ' 'U ■
PROSPERissiMO, A, adj . superl. de prospe-
ro. ' ■ • '■■ '■•-.' ■''■■
' PROSPERO, A, adj. (Lat. prosper ou pros-
perus. V. Prosperar) feliz^ fausto, afortuna-
do. Successos — s. Fortuna — . Nas cou-
stts — ^if, nos tempos do prosperidade.
PROSTAPHERESE, s. f (do Gr. prostheu,
"diante, eaphaireo, cortar) (astr.) diíferença
entre o movimento verdadeiro e o movimen-
to médio de um planeta, ou entre o seu lu-
gar verdadeiro e o seu lugar médio ; equa-
ção da orbita, equação dO centro.
PROSTAPHERico, A, adj. Tempo — , (ãs-
trol ) differèncial entre ò movimento verda-
deiro e o médio do sol.
' PROSTAR. V. Prostrar.
PRÓSTATA, s. f. (Gr. pro, diante, e staô,
»star.) (anat.) glândula sjtuadajuntoao col-
ío da bexiga;^ '^- "''^l'
PROSTERNADO , A, p. p. de prostomar ;
adj' que se prosternou, lançado aos pés;
prostrado, humilhado.
pROSTERNAR, V. a. (Lat. prosterno, ere ;
pro, o síerno, erCy prostrar, derribar.) pros-
trar, pôr aos pés ; (fig.) humilhar, v. g. —
a soberba dos poderosos. — se, t?. r. pros-
trar-se, lançar-se aos pés de alguém, t? g.
prostcrnar diante do altar, de pessoa pode-
rosa.
PROSTKRNATivo , A , ãdj. (des. ivo.) quB
faz prostrar. ^. ^ ^ . ./ -^'/^^o^^ ^-^"^n^
PRÓSTHESE, s. f'. '^ú.^^prosthesisi áoijT
prós, diante, o thesiÉ, these, cousa posta.)
(gram.) addição de letra no principio de uma
palavra sem lhe mudar o sentido, v. g. em
jLat. gnatus por natus. — , (cirurg.) ope-
íração pek qual se ap'plica ao corpo algu-
ma parte artificial para supprir órgão ou
merabro que falta, ou leso, v.g.mdiO, per-
na artificiaL
. PRiSTTBULO, s. m. (Lat. prostibulum, áe
prostituía , prostituta Ínfima, cantoneira.)
casa do alcouce ; pularia.
PROSTiMEiRA. Y. Postimeirá.
■ PROSTITUIÇÃO , s. f. (Lat. prostifutio ,
anis.) o prostituir ou j;)rostituir-se.
PROSTITUÍDO, A, p. p. de prostituir; ad/.
entregue á proslituiçàc) ; venal ; que faz uso
iiifame de si, dos seus talentos. Tantos ho-
mens de letras tem — a sua penna a lou-
var è defender a Ijránnia. "' ' '^' "^ .
PROSTiTUiDOR , A, s. é adj. pessoa cfu0
entrega á prostituição, que prostilue.
PROSTITUIR , V. a. (Lat. prostituo^ ere,
de prosto, are, estar á venda.) ofierecrr a
quem quizer comprar, expor em venda, vi
g. — a honTA. — as filhas, entrega-las á pros-
tituição , faze-las prostituição. O marido
prostituia a mulher. — a eloquência , oi
talentos, usar deshonestamente por peita,
dinheiro ou outros motivos interessados, de-
fendendo o que é máu e atacando o que é
bom e honesto. — S|;i, t. r dar-se á prosti-
tuição (mulher) ; (figO doixar-se corrompei'
por oeita ou favòi-esV *• d. =-r á ciôrterj ao
ministério. - " ' ' / '■' '
PROSTRAÇÃO, #, '/".'feàtadodo que está pros-
trado. -•n'íjT>.uu
PROSTRADO, A , p. p".' dé proslrar ; adji
derribado , lançado por terra, abatido. — [
de forças, (fig) frouxo,- debilitado. A so-
berba — , abatida. — de joelhos, ajoelhado
com reverencia. — em ruinás. «Meus sen-
tidos— s se submettem. » Camões, Sonet.
PROSTRAR, V. a. fcoiítraeção de prosÍéP-J
nar.) lançar por terra, derribar no chão :
(fig.) abater as forças, tJ-áf. a doença proí-
tou-me. A perda de sangue proíírow as for-
ças do doente. — se, v. r. lançar-se de
bruços por humildade, acatamento ou re-
verencia, V. g. — diante do altar; — ao^
vencedor.
PROSTUMEiRO. ^'. ^ostumeiro.
PRosuppoR. V Presuppôr.
PROTASE , s. f. (Lat. protasis, do Gr.
prótos, primeiro.) primeiro acto, exposição
do drama. j j
PROTATico , A , adj. concernente á pi^o-
tase. Pessoa — , que só falia no primeiro»^
acto. 7
PROTECÇÃO, s. /". .(La|. vroíeclio , onis.)
amparo, abrigo : favor com que se trata al-
guém amparando-o c beneficiando-o. — ,
(fig.) acto de proteger.
PROTECTivo," A, adj. que serve deproluc-'
ção, qu6 protege. Foder — .
PROTECTOR, A, s. pessoa que protege, im-
para, abriga, favorece. E' também titulo, t?,
g. Cromwell — dei Inglaterra. ^ •'•" 'i ; ^
PROTECTOR , (hist ) era outr'ora o úiuíS
oflScial do regepte epa Inglaterra. O duque
de Bedford foi pVòtectOr d'ínglaterra no rei-
nado d'Henrique VI ; ò duqiie de Glòces-
ter o foi no reinado de Eduardo V. Crora-
well também tomou este titulo, ivicardo^
seu filho também tevê este tiVii'o alguns
mezes. Alguns outros príncipes !..inbemhão
tomado o titulo relativa poente a Estaclòs es-
trangeiros, quo submetliara á sua influen-
cia, esperando que eHçs se fizesseijçi pro-
víricias do seu império ; foi assim que Na-
çòleão s« iulitulava protector da Coofede-
ràíjjáò do Hheno.
PROTEGER, V, a. [Làl.protego, ere ; pro,
o («170, erç, cobrjr.) amparar, abrigar, de-
fender, beneficiar. — as artes, as letras, as
sciencias, a agricultura, a industria, pro-
mover.^ . r^
PR0(tEèibQ,' A, p. f. de proteger ; adj. am-
parado, favorecidq. Subst. v. g. Os seus—s.
PROTELAR, V. a. (Lat. protelo, are ; pro,
e telam, arma de arremesso.) (p. us.) re-
pellir, rechaçar.
pãQTKNDKR-SE.V. Estcnder-se, Dilatar-se.
PROTEO (myth.) Proieus, deus marinho,
filho de Nept|iao e de Fhenice , guardara
os rebanhos marinlíos de seu pai ; cpnhe-
cia o po.rVir, mas não o revelava senão á
força ; para fugir áquelles, que o prese-
guiam com preguntas, mucjava de fór^ia e
vontade.
PROTBRviA, $. f. descaramento, desaver-
gonhamento, insolenci^, audácia descarada,
desaforo. V. Protervo.
PROTERvo , A, adj. ({^at. protervuSj pxa.
diant^, o íorvus, acerip,, rispido.) descara-
do , d'esavergonhadó , atrevido , insolente.
« Corações — « e rebelde?. >> Camões, Ode 8.
«f Ô^, — !|'' (J^e^^OS^ ^quy^.' ardia. » Malaca
' p.í^of E^ifiA^^ (hi^t.) re^ de uma parte da
T]ies$alia, era filto 4*íphielo e lio de Ja-
son. Chamado 4 expedição contra Tróia ,
deixou Laodamia sua mulher, teve a gloria
de ser o primeiro a pi,^^f a margem asiaticq,
mas foi morto immed^atamente^j j^^ ig^]^,
PJ^OTESTA, s. /. V. Frotesto/ . .^\ L
pçoTçsiAÇÃo , s. f. declaração publica ;
formula da crença religiosa. — , (p. us ) pro-
testo judicial. PI. Protestações t v- g- dç
amisade, de fidelidade.
PROTESTADO, A, p p. dçi protestar ; adj.
que se p.ro\estou. Letra — .
PROTESTAJOR, A, s. pessoa que protesta,
faz protestado, protestsições. — ,0 que pro-
testa letra d^ cambio, ou faz protesto em
caso de perda damno.
PROTESTi^NT", í V/?« - g. (^6S- do p. a.
Lat. em an^, 45.) denpinipação dada aos lu-
theranos, calviíistas, e P,HI,í"Os christàos que
SC separaram ^ igreja c^ltiolica romana,
"protestando conij-a d,ÀYe^SO§ artigos do dog-
ma e da d.isçipljjia.çp^ftjicularmente con-
tra a transulji^tai^ciacão ^ a supremacia do
papa. OsProtes^ate? 4>i^er,eq3 4p* Catho-
iicos, em não adiiiiir.ijg^^. outra autoridade
senão a do ívaçu^llj^o e^df^. fa^o iijdivi-
"*'^'' V"* .^ijfy^^wh (.iíioi til' >t
PROTESTAR , V. . (Lat. protestor, oj^^*
mi
lar publica, ^olemnemente, at^stair, certifi-
car, asseverar, testemunhar, ». ^f. -r- amisa-
de, felicidade. — 14 «?ia letra ^ caa\bio, £a-
zer constar por meio do protesto que nSo foi
paga pela pessoa sobre que fora sacqda. —
por perdas e dq,ifino,s, fazer declaFação ju-
dicial para os havqr de quem ps causou.
Protestou-lhe perdas e damnos emergentc^^i
declarou que o, ^ji^ia pftSipowsiavel,4elͫ8. ^
PROTESTATivo, A, adj. (des. ivp.} (p. U||^
que encerra, ou faz protestação. .,nj
PROTESTO, s. m. [X. de direito mercantil),
certidão, declaração authentica de não acei-
tação ou pagamento de letra decaqabioi,
passada em Portugal pelo escrivão dos prQ,r^
testos. — , intimação judicial feita a alguém
mra que faça, ou se abstenha de fazer al-
gum acto, fs(zeftdo a pessoa resppnsavel çlo
damno i[ue pôde resultar de nãocumpripç|,
requerido. ,,,{\ ,;> t>.v > : u-.)
PROTHESE. Y,. PrÓSthetie. r^,yr;^o\ 7,^\í '-v^-)-
PROTO, termo Grego pratos, que signifí,r
ca primeiro, preeminente. Bqtra como i>re-
fixo na composição de muitqs vocábulos, e
denota preetninenci^, priçfijdade, t?. 5'-pcp-
totypo. ..-
PROTO , s. m. director da tjpographi^^frj
corrector das provas.
PROTOCOLLO ou SUteS PROTOCOLO , s. m.
(do Gr. protos, primeiro, e kólon, pelle, per-
gamiaho.) livro, registro de notas do tabel-
lião ; livro em que os fieis de feitos assen-
tam os termos da vista dos autos aos adro^,
gados, que ao recebe-los se assignam. -:^i
minuta de conferencia diplomática.
PROTOCENÉ, (hist ) pintor grego, vivia em
Rhodezem3J6 antes de Jesu-Christo. Àpel-
les foi o primeiro a descubrir o seu mé-
rito. Demétrio l oliorcete, cercando Whodes,
ordenou que respeitassem o bairro, em qu»
Apelles trabalhava. As suas melhores obra*
eram os retratos de Eydippo, Tlepoleme ,
Antigono, Alexandre, e melhor que todos o.
bello quadrp dq caçc^dor jí'*.^y«<í fundadoç
de Rhodes. t
PROTOMÁRTIR , s. m. [proto pr*f.) o qu(| •
primeiro soífreu martyrio por crença relLí'
$iosa.
PRQTOMEDiCATO , f. »>, Iril^unal eucarre- ,
gado da inspecção dos cirurgiões, do exame
delles e de mediqos dio^itprados fora do
feino,
pROTOMEDico, *. w^. Utulo dado ao pedi-
ço do rei, o primeiro ^m graduação
PROTONAUTA, s. 171. primoiro navegante ;
(ant.] aimirapfe.
PROTOijíOTARlo , *. m. primeiro dos no-
tário^. — a;>o5íp^po, dignidade que o p^pft:,
léoncede, com ^ttribiíjçp^s prelaticias ft,jR{^•>
Hs^jpçipn^es. ;m
1'^.
tm
PRO
ja grega, árchipreste, chefe do tribunal ec-
clesiastico. " '' '^' '
PROTOPATmikCfiÁ, *. m. primeiro dos pá-
triarchas.
FROTOPLASTO, s. w. [proío prcf.) (ant ) pri-
meiro homem, o primeiro formado, creado.
PROTOPRiésuL, s. m. (p. us ) primeiro pre-
lado.
PROTOSYWCEILO, (hist.) isto é O primeiro
dos syncellos, 1.° doméstico do palácio pa-
* triarchal de Constantinopla, é uma espécie
de vigário do Patriarcha. ''^ •", .<'T'' !''^'
PROTÓTYPO, s. m. (proío, ét^po.) mode-
lo, exemplar. — da mansidão, do soffrimen-
to, da humildade, de todas as virtudes.
PROTUBERÂNCIA, s. f. (Lat. protuberantiã.)
(med.) eminência óssea. ' ^"'i' ''
PROUDHON, (hist.) jurisconsulto fraucez,
nasceu em 1758, morreu em 1838. Publi-
cou : Curso de Direito francex ; Da distin-
cção dos lagares ; Da distincção dos bens^
etC. ^'I'P r'l^<-" ''íl-'-í r^
PROucítJÉ, (iánti) ^ór Aprouve, Agíadou.
pROUGUER, (ant.) por Aprouver.
PROUftUBSSE, (ant.) por Aprouvesse.
PRÔVA ou PROVA, (ant.) por Proveja , é
erro. V. Prover. '-*;'■•'»«!' -«'•* ^^^■'
PRÓVA , s. f. (de protár .facto de pro-
var, ensaio. Saber por — . Pela — que se
leaj feito do vinho, vinagre, da pólvora, Án~
-^ dar d — , experimentando, ensaiando. An-
dar com os cães á — , para ver se são bons
para a caça. A' — de canhão, mosquete ; e
íig. — da corrupção, da seducção, capaz de
resistir ao canhão. Feitos de alta — , (fig.)
sublimados Dar — s , mostrar. Fazer altas
-^s de valor. — , (t. de impressor) folha im-
pressa que ainda exige ser correcta pelo au-
tor ou proto da typographia. — , o que es-
tabelece a verdade de um facto ou de uma
proposição, o que conduz ao conhecimento
da verdade ; razões, argumentos, testemu-
nhos com que se prova em juizo ou em dis-
cussão.— provada, floc. jur.) os documen-
tos que legalmente fazem fé de algum fei-
to, acto. — plena, completa. Semi — , in-
completa. Para, ou em — desta verdade
Estar o feito em — . Tirar a — a opera-
ção arithmetiea, d conta, examinar se hou-
ve erro nella, por diversas operações que
devem dar resultados equivalentes.
PROVAÇÃO, s. f. (Lat. probatio, onis.) en-
saio. Anno de — , do noviciado, emfuese
observa se o noviço tem os requisitos neces -
sarios para ser admittido no grémio — , tra-
balho, tentação com que se põe á prova a
constância, o soffrimento, a paciência de al-
guém. — , (ant.) prova judicial. PI. Provm-
çôes de escrituras, Ord. Aflfons.
PROVADO, A, p. p. de provar ; adj. ensaia-
do, experimentado ; mostrado verdadeiro.
Remédio — , approvado , cujos effeitos sa^
certos. Virtude — , manifestada. ífowen—^.
com tentações, trabalhos, infortúnios, que
os soíTreu com constância. Tenho — o t?i-
nho, o pão, tomado o gosto a.
PROVADURA, s. f. (dcs. wra.) 0 provar, to-
mar o gosto, v. g. — do vinho.
PROVAGÈM. V Propagsm.
PROVANÇA , s. f. (ant.) prova. Fazer — s
de sua nobreza, mostrar que descende de
pais nobres. — s, provas, factos com que se
quer provar. Vieira.
PROVAR, c. a (Lat. probo, are, ensaiar,
tentar; patentear, demonstrar. E' notável
que nenhum etymologista tenha acertado
com a origem deste importante vocábulo ,
cuja verdadeira significação apenas compre-
hendem. E' composto de pro , diante , em
face, e bás, bantos, ingresso, de bainô, ir,
entrar. Significa por tanto tentear, sondar
a entrada ; e fig. examinar a fundo uma
questão, matéria ; pro, em composição de-
nota precedência, antecedência, previsão.)
tentear, experimentar, ensaiar, sondar, fa-
zer diligencia por conhecer e patentear a na-
tureza, qualidade, certeza de cousa, facto,
proposição. — o vinho^ a comida, tomar-
íhe o gosto para se certificar da qualidade.
— as foiças, as virtudes, a paciência de al-
guém. — as forças com alguém, luctar j^.
ver quem se avantaja. — justa com alguém^
justar com elle. — a penna, traçar algumas
leiras com ella para ver se está bem apara-
da. — o cavallo, os bois, os lães, experi-
menta-los. — vida ou. modo devida, ten-
tar, procurar. — a flauta, a espada, as pis-,
tolas ; — a destreza, os brios. — um vesti-^^
do, as botas, a ver se ajustam bem. — a mão
ensaiar a destreza, a aptidão. — a paciên-
cia de alguém, apura-la, ver até onde che-
ga. «A fortuna te proca e te levanta. » Fer-
reira, Sonet. 21. — , soffrer, v. g. — ofer-''
ro, a ira do inimigo. — , tentar, commel-
ter, fazer diligencia, «. j. — todo» os meios,'*
todas as vias. « Eu provando erguer-me.»
Ferreira. — a aventura, (phraz. dos livros
de cavallaria) ver o êxito delia commetten-
do-a. — a ver , (ant.) fazer experiência a
ver. — , dar provas, mostrar, fazer ver com
evidencia, produzindo testenunhos, docu-
mentos, razões convincentes f. g. — a ver-
dade do facto, da these, poposição. Pro-^^
vou a sua grande prudenca, o seu valor. -1
— bem, em sentido abs.,ter bom efTeito/"
ser de boa qualidade, v. (■ o remédio pro-
vou bem. O conselho provu bem, teve bom
eiito. — SE, V. r. receber prova, ser prova-' ^
do, experimentar-se. « A verdadeira affei-"
ção na longa ausência se prova. » Camões.
Anfitr.
PROVAVRL, adj. doê 2 . (Lat. probabilis.)
tííO
sif
verosímil, que tem probabilidade. Succes-
sos prováveis. •' ' " •
PROVAVELMENTE, aàxi. (mente suff.) com
probabilidade, de modo provável.
PROVE, adj. dos 2 g. (ant., e hoje popu-
lar. V. Pobre. Moraes diz que é corrupção
do Fp. pauvre, o que é inexacto. A corru-
pção consiste na transposição do r, a qual
nio existe em pauvre.
PROVECçÃo , s. f. (p. us.) V. Elevação ,
Exaltação.
• PROVECTissiMO , A, adj. superl. de pro-
vecto. Esperança — , mui provecta.
PROVECTO , A , adj. (Lat. provectus, adj.
e p. p. de proveho, ere, adiantar-se.) adian-
tado. Idade — . — na virtude, nos estudoí,
aproveitado, que fez progressos.
PROVEDiTORES, (hist.) tram assim chama-
dos os governadores das provincias na an-
tiga republica de Veneza.
PROVEDOR s. m. oíficial de El-Rei encar-
regado de superintender a arrecadação, ad-
ministração de bens, direcção de fabricas,
etc. — de commarca, das obras do paço ,
das capellas, dos armazéns, da alfandega, da
casa da índia. Eram magistrados que fiscali-
sam a arrecadação e administração, e vigia-
vam sobre a execução das leis e regulamen-
tos nos ramos que lhe eram confiados. — ,
o que provê.
PROVEDORA , s. f. OU adj. f. pessoa que
provo. 4 A natureza, mãi pia e diligente, —
de tudo. »
PROVEDORIA, s. f. (des. ia ) officio, cargo
de provedor ; casa de despacho do prove-
dor. — , território da sua jurisdicção, ou ob-
jecto especial da sua autoridade.
PROVEENÇA, f. f. fant.) V. Provença.
PROVEER, V. a. (ant.) V. Prover.
PROVEITO, s, m. (do Lat. profectus, lu-
cro, vantagem, áeproficio, er$, aproveitar)
lucro, vantajem, beneficio, ganho, utilida-
de, aproveitamento. Im meu — . Faça-lhe
bom — , ptgste-lhe, seja-lhe útil. Diz-se de
iguarias qm alguém está comendo, ou de
cousa que oiusa satisfação. Tirou grande —
dos estudos, da negociação. Os — do com-
mercio. Andor em seu — . (loc. ant.) com
a mira no seu interesse. Não lhe fax — o
que come, nãc lhe presta, não medra.
pROVEiTOSAMiNTE, adv. [mente suíT,)com
proveito, de m\dó proveitoso, com lucro,
vantagem.
PROVEITOSO, A adj. (des. oso) útil, van-
tajoso, lucrativo, tj. g. trabalho — ; obra,
occupaçào, invenão — ; commercio, indus-
tria — . "^ ■ "*'•
PROVENÇA, «. /".(de prócer) provisões e di-
nheiro que as caiÀras adiantavam ás recru-
tas ató se incorpoíftem nos regimentos ; pro-
videncia ; (ant.) pnvincia.
TOL. IT.
PROVENÇA, (geogr.) Profiincia dos Roma-
nos, um dos grandes governos de França
antes da Revolução, tinha por limites a E.
o Piemonte e o condado de P(ice, ao S. o
Mediterrâneo, ao O. o Languedoc, ao W. o
Delphinadoe o condado Venessino. A Pro-
vença até 1486 foi governada por sobera-
nos com o titulo de condes ; nesta epocht '
foi difinitivamente reunida á França. ^^•5-
Soberanos da Provença.
Boson governador e depois rei 879
Luizl, oCego 888 ou 889
Hugo de Provença 923
Condes beneficiários.
Boson 1 926
Boson II 948
Guilherme 1 968
Rotbold 992
Guilherme II, primeiro conde proprie-
tário 1008
GodoíTredo I, Bertrando 1. e Guilher-
me III 1118
Condes hereditários.
Bertrando II 1063
Estevão 1093.
Gerberge e Gilberto 1100
Douce e Raimundo Berenger 1 1112
Berenger 1130
Raimundo Berenger II 1144
Douce II, Affonso I, Raimundo Be-
renger III, e Sancho 1166'
Affonso II 1196
Raymundo Berenger IV 1209^
Beatriz e Carlos d'Anjou. 1245
Carlos II 1285
Roberto 1309
Joanna 1343
Luiz I .1382
Luiz II ,; •:.. 1384
Luiz III ^".l."^^.-'l:. ... 1417
Renato 1434
Carlos III 1480
Luiz XI :).•:■ '. 1481
Reunião d França "''.'..'" 1487
PROVENDA, s. f. (do Fr. provende, provi-
sões, viveres) (ant.) provisão de viveres- Mo-
raes cita a passagem seguinte do Elucidário,
e pregunta se significa carga I O mordo-
mo-mór de Gaya ha -de haver em carrega-
ges dos navios que estiverem á — .
PROVENTO, (ant.) Y. Proveito, Lucro, Red-
dito.
PROVER, V. a. [Lai. provideo, etc, pro, e
vidto^ ere, ver) providenciar, dar as provi-
81
^..
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m>
denci^s necessárias á conservação, suppcir,
munir, ministrar, fornecer, v. g. — a praça,
a cidade de viveres, mantimentos, munições.
— ás necessidades publicas. A natureza ;)ro-
veo o homem de sentidos, faculdades, pai-
xões. — as cousas da vida, cuidar em ad-
quirir o necessário á sua conservação. —
officios, empregos em alguém, conferir car-
gos ; -r alguém de ou em oíiicio, cargo.
— os campos com vallos, munir. — asdes-
* pezas, suppriíj. — le{$, (ant.) fazer leis que
encerram disposições próvidas. — os roes,
05 estados, os /íi? ro5„ examine) -los para dar
as providencias líígaes, recensear contas, -r-
a^ \eis, (p. us.) examinnr se necessitam cor-
recção. — , V. n. dar as devidas providen-
cias, dar ordem, supprir, v, g. — á segu-
rança publica, aobem puLlico ; — aos her-
deiros, aos aggravados, cuidar era que não
sejana lesados. — ao aggravado, (loc. for.)
receber o aggravo da parle, reformando o
despacho do juizdequeseaggravou. — com
que a cidade não ficasse sem mantimentos,
cuidar com antecipação, acautelar, precaver.
— em alguma cousa ou pessoa^ olhar por
sen bem, cuidar na sua conservação. — se,
V. r. munir-se, v. g. proveja-se do neces-
sário para a jornada ; — de alheio parecer
na causa própria.
PROVERBIAL, adj . dos 2 ^f. (I at; prorer6i(i-
/w) concernente a provérbios, c.^.phrases,
Iqçuções proverbiaes.
PRpvERBio, 5.^^. {l.eLi. proverbium] sen-
tença, rifão vulgar e conciso que anda na
bppQs^ de todos Os — de Salomão, collec-
ção de senltep^ças incorporadas em um Uvro
da^i^ia. ' ' " , . ';,
E^ovETE, s. m. (do Fr. éprouvette) (artilh.)
n^prieiro pequeno que s,erye;,# experimen-
tar 5 força da pólvora^
PROVEUDo. (ant ) ^: Provido.
. próvicar, (ant.) por publicar,
PROvico, (ant.) por publico.
, piíovico, (ant.) V. Pobrezinho.
pROviço, (ant.) V. Previso.
PiioviDAMENTE, adv. [meate suff ) de ma-
neira provida, com providencia, acautelada-
mente,
^ PROVIDENCIA, s. f. [Ld^i. promdcntia] pro-
visão, disposição antecipadei de meios para
obter algum fim. A Divina ou Summa — ,
a sabedoria de Deus que rege e dirige o uni-
verso. Tomar, dfq,r as —s necessárias, em
caso urgente, ou para ; cautelar, obyi^r al-
gu na perigp previsto. ' ,> .,
PROYipKifCiA,' (geogr.) çida^pi' ^s.Esta-
dos-Unidos. spb,i:§,o ripJP^rpj^iae.ncia ; 23,O0Q
habitantes. , . . /^\ .^
proyídencia (canal da), (geogr.) estreito,
q^e ^epar^ o Qrande b^nco da IJohefnia do
PROVIDENCIA (ilha dí^Pfpya), (geogr.) ti wj^
das Lucagas, a 0. ae S. Aníre ; 5,101$;
habitantes.
providencia (ilha da Yelha), (geogr.) umíu
das Antilhas, ao SO. de Serrana.
PROVIDENCIADO, A, p. p. dc providcuciar jj
adj. ordenado, disposto com próy^í) ci^di^?})
do.
PROVIDENCIAL, adj. dos %g. (des. f jij . ct^U,
que contem providencias, t).^. ordens, me-
didas, direcções, disposições providencines.
PROVIDENCIAR, V. a. {provídencia, ar des.
inf.) acudir coifl ngiedidas. p,r^yi.4as ; prgv^|y
em algum casp, \i^T ,k^ ';, \ 'T i,.'-'
PROviDENTE, adj. ao*3|í. (W' p.rpt)^í»ci>^t-c,
tis, adj. e p. a. áeprovydieo, tre, provpf) qn^|
provê, providq, cuidçidpso, previsto, çipçufPi^
pecto.
PROviDENTissiMO, A, adj. s.Ufpfirdr, 4^ pf^Rít)
vidente, muito provident^. , ,;j
PROviDissiiio, A, a4j. si^perl de pávi-
do. ^^
PROVIDO, A, adj. (Lat. providus\ provideriíVi
te, cuidadoso «m prover, circumspecto, acai^Ti:^
telado, prevenido, v. g. leis — s, com mãç|[^
— dispoz tudo. .^
PROTiDO, A, p.p. de prover ; adj. muni-
do, supprido, v.g. — de tí^antimentos, di-
nheiro; — de vallos. Animfií — de gATras,
cornos. — , preenchido, v.g. oÇcip, c^rgo
— , para p qua| foj i^pmpadp aiguéín. — com
remedia, (p. qs,.) lrata\do, v. g. se a feriíl^^.
fosse — com tal remédio ; curada, tratí^d^
— , (^nt.) qx^piinadp, vis|to., ,, . -^
Pi^oviMíiNiiíi,'^. í»{, [ig;^ii,t^^^ú^.] Qaptpd^,
pro^Pf, m^^ip, ^^p|)J^j^. 9f g^§tps, as despe ^,
zas ; abastecjíppptoV provisões, munições :
nomeiíçãQ de pessoa em cargo ou oíTicio. — ,
administraç^p, cuidado em prover em cou-
sas relatiy^.^ á pbservancia das leis, da
justiça, polícia. — fio ag.gravo, (forensj^
sentença declarando aggrí)yado paggravan-
te e reformando o despacho de que se ag-
gravou. rrj: (f^nl.) providencia, considera-
ções proyi^^api^s. ,j
PRQXiífUA,^-/- i^^l' pro, ant3S, evincez^
re, vencer! Festo di^ : « provncicB appel-
lantur gyiod pçpulus romQ,nus eas provicit^
hoc est, antevifíi(( ») porção de territprio
que faz parte de um gpaRd? ÇStfdo, rçiijQi
pu republica. — , (ant.) distu^p, com^rpji,
V. 5, f — do Porto, de Lam^'9. — , (eceles.).
dístricto sujeito á autoridadí do padre prp-
vincial ; convento, reco|^ipc?pto ^^ reFigip-
$05,^.^. a— da Arrábida — ,, (%.) çpi^- .
$a 4e quq alguém está enarceg^dq,, 94 sei^,
encarrega, cuidado, occupção : ex. «^u^^
— tpm^^e. » f^ufr,. 5, ^,
PRoviNpiA R0Hi»,ií4, i^m-l W}Q * PTQ'
ipeV(Ç(i e parte do I^anguioc,, grandp pfp^ ,
yincia das GalHa^. foi miç ^te*??*.^!!, fifi/íT;/
'/i .JO?
m
qiip foi ppr, muito t^çípoauniçft.jjftiífíáps-
te paiz submettida ás armas romanas. Fi-
c*ya compreendida enlre o Mediterrâneo, a
Cçl.tica. a Itália, os Hyreneos, eoGaronna,
é tinha por capit?) ISarbonna.
províncias unidas, (geogr.) Estado fe-
derativo formado em 15"/ 9, das 17 provin-
cias, que compunham o circulo de Borgo-
i|^a, compreendia 7 provincias : UoUanda,
a Zelândia, lítrecht, os Gueldros, Over-
(tf^e\i (i frisa e Gn-rningue com líreulhe.
PROVINCIAL, adj. dostg. (Lat provinda'
/i^),da dproyincia. Homem — , proviciano.
Paçlre ~r, òu s. O — , religioso que gover-
na os religiosos de uma provincia. Termos
provinciaes , usados nas província?.
ifROviNCiALADO, s, wt. (des. s. ado) cargo
0^ padre provincial, e tempo que eíle du-
^^BOviNCiA.NO, A, adj. q^e,^^a|)jt^ a pro-
víncia. Usa-»e s. Os —s. * ..'
..jpapviNCo, adj.e s. fant.) \'. Propinquo,
Pç^fçníe, Parentela.
j^^poviNS, (geogr.) Provinum, cidade de
França, a 12 léguas ao E. de Melun ; 6,000
habitantes. '
PROVIR, V. n. (Lat. proitenio, ire) derivar-
se, vir, nascer de, tirar a sua origem pro-
ceder, V. g do cruzamento das raças e es-
pécies primitivas provem innumeraveis va-
riedades. Do laxo provem a indigência Ri-
queza que provem da agricultura e indus-
tria. Da cubica insaciável proveio a ruina
da republica romana.
j.jj^oyisÃo, s. f (Lat. provisio, onis, de
pròtideo, ere, antever, precaver , prover)
abastecimento, cousas necssarias oaraman-
tença de gente ou animaes, gastos, consu
mo, munição. Fazer — de mantimentos,
agua, lenha, armas, pólvora. — de boca,
mantimentos, viver- s. — de guerra, petre-
chos, munições. 7?cmeíí«r — , (phr. merc.)
rem^etter o saccador os fundos necessários,
para pagamento da letra de cambio, ao cor-
respondente sobre o qualésaccada. — , pro-
vimento, o prover alguém em cargo, ou of-
ficio. — do desembargo do paço, — conce-
lho ultramarino, carta pela qual se conferia
emprego ou mercê. — , (fig ] economia, re-
gra. Fazer- -na aguada, gastar a agua coíp
regra,
PROVISIONAL, adj. dos 2 g. (des. adj. ai],
feito por provisão, interino; v.g. Medidas
provisionaes. J^overi^jo.,^^, ^ iaterijip, , /)^(),çi-
' provisionalmente", adv. [mente snff.) ,|
interinamente , por acudir a nycesjsidadè
urgente.
PROViçioNEiRO, .9. m. (des. eira] , o que
tjunta, recolhe, faz provisão de mantimen-
t(S. '
m
pROvifOR, s. m. (Lat.), magistrado ecr
clesiastico em quem os ))Í6pos delegam j^,
si|a jurisdição; (p. us.j, provisiopièiro: — ,
de colégio, superintendente dos estudos. .
! PROvisoRA, s. /". a mulher que tem ageu,
•cargo do prover o necessário. ^
PROVISORIAMENTE, adv. [poente suff.), in-
terinamente, provisionalmentp.
PROVISÓRIO, A, adj. [áes. ório], interinp,
provisional; decreto, disposições — . Gp,-n
verno — , instituido para prover en^ pflso
de urgência. ' „^
^T n • . n -y '«''001
PRpviSTp, V. Previsto, PrenemqÇ)^ . ^s»
PROYPC^LçÃp, f. f. [IM. pròpocíatio~fni^
o acto de provocar. PÍ. Provocações.'. ' ,,^^
PROVOCADO, A. p.p. de provocar, eaí(^.,
incitado, estimulado, irritado, desafiadp^
PROVOCADOR, A , aç{^\ (Lat. ^rovocatQr),
que provoca, excita, irrita, estimula, v, g.^
Comida — da sede; palavras — s de riso.
Usa-se subst. o — da gueira
PROVOCANTE, adj. dos 2 g. (Lat. právOf
cans, íff, ^. .flf^^ de, provoco are), que pro-
voca.
PROVOCAR, V. a. (Lat. provoco, are, prf^,
diante, e voco, are, chamar), chamar a de-
safio, desafiar ; excitar, incitar ; — alguém
com injurias ; — a sede, excitar, — a có-
lera, irritar ; (ant ), appellar : « Áppellou a
Nicetas » Fios Sanct., áppellou para Nice-
tas. — o suor, as ourinas, favorecer a se-
cração e evacuação deste fluido, v. g. —
o riso, a commiseração, excitar. —SE. f.f^ç
excitar-se, v. g. di peccar ; — a ur|[^^ riso'
immoderado. ^r ,,,j
PROVOCATIVO, A, adj[ des. ivo), prbprip
a provocar, a excitar, v. g. cousa —a ou
da ira. Remédio — , do suor, da ourina,
PROvocATORio, A. adj. (des. ória] , quç
provoca, excita, provocador: palavras —s.
PROUVERA, sabj. do V. prazer;.^, ^jji^^j^
Deus prouvera, agradara. ' , .,...r.,^'.
PROXENETA, s. m. (Lat., do Gr. a?enoí,
estalajadeiro), terceiro gm ^ negocio, corçp-
i^RO\mAh,ádjí dos 2 g. (des adj. afl^
(p. us ), do próximo ; v. g. Caridad^ -j-,
para com o próximo. :^Z"uiH
PROXIMAMENTE, adv. [mente suff.), jpi^ui
perto, immediato, ha pouco tempo, de prQ7-
ximo ; (t. raath.), com pouca differença.
pRpxiMiDADE, s. f. (Lat. proximítas, tis),
vizinbança ; — nos gráos de parentesco.
— , caridade para com o prpximo. « Fa^jer
prestahça, e — aos miseráveis como nós.^j
Mendes Pinto. ,
pRoximsTA, 5, m. (des. ista), (p. us.),
homem caridoso, amante do próximo.
PRÓXIMO, A, adj. (Lai. proxinms, propè,
perto, e imus, intimo), chegado, prppincuo,
81 *
m
PRU
PRO
vizinho, pegado, v. g. O nario — á terra.
O século — , o immediato e seguinte^ ou o
ímmediato precedente ; — , á ruina. — mor-
te, occasião — , a que de ordinário conduz
ao peccado. Actos — s, que precedem de
perto alguma acção.
PRÓXIMO, s. m. (do precedente). O — ,
ás' outras homens, os nossos semelhantes.
V. g. Ser caridoso com o — , não ter — ,
ter o coração duro, ser insensível aos ma-
les alheios.
PROYART, (hist.) escriptor francez, que
morreu em 1808. As suas principaes obras
são : Luix XVI desthronado antes de ser
rei ; Luiz XVI e as suas virtudes vietimas
da perversidade do século, etc.
PRu. s. m. (ant.) (do Fr. ant. preu ou
prou, proveito, ganho), preço.
PRUDÊNCIA, s. f. (Lat. prudentia, que Cí-
cero deriva deprocideníia), circumspecção.
V. g. A. — prudência compõe-se de sei ••
encia e experiência, Vieira. Com — , pru-
dentemente.
Syn. comp. Prudência, discrição, cir-
cumspeeção. Prudência é a primeira das
virtudes cardiaes ; é a grande arte de vi-
ver, como diz Cícero : compõe-se de scien-
cia e experiência, dirige para bem todas as
nossas acções, ensina ao homem a ser cui-
dadoso do que a fortuna pode fazer ou des-
fazer, pois o prudente « nunca lhe acon-
tecerá que diga . Não cuidei ; que é a pri-
meira máxima da prudência, » como di-
zia Vieira (VIII, 2).
A discrição e a circumspecção são par-
tes da prudência. Aquolla consiste na rec-
tidão do juizo para o governo das acções,
por cujo meio alcançamos conhecer aquillo
que nos importa para conseguir acertada-
mente o fim proposto ; esta consiste em
examinar todas as circumstancias, em con-
siderar as cousas por todos os lados, e es-
colher os meios seguros e opportunos para
executar o que a discrição approva e a
prudência aconselha.
PRUDENCiADo, A. p. p. de prudcuciar, e
adj., feito com prudência.
PRUDENCiAL, adj. doslg. (des. adj. ai),
feito com prudência ; relativo á prudência.
prudencialmeute , adv. [mente suff.) ,
segundo os dictames da prudência, com cir-
cumspecção.
prudenciar, V. abs. ou n. prudentia^ ar,
des. inf.) usar de prudência.
PRUDENCIAZINHA, í. f. díminut. (p. us.)
de prudência.
PRUDENCio, (hist.) Aurelius Prudentius
Clemens, poeta latino christão, nasceu na
Terragohéza em 348. Deixou alem de al-
guns escriptoi contra as heserias alguns
cânticos, hymnos é outras poesias.
PRUDBNCio (S.), (hist.) bispo de Troyes
de 840 até 861. Combateu calorosamente
os Semi-Pelagianos. É festejado a 6 de abril.
PRUDENTE, adj. dos 2 g. (Lat. prudens,
tis), dotado de prudência, circunipecto ;
V. g. Homem — , feito com prudência, v.
g. conselho, resolução — , subst. os — *
(homens).
pRUDENTEiENTK, adv, [mente suíf.), com
prudência.
PRUDENTissiMAMENTE , adv. supcrl. de
prudentemente. .
prudentíssimo, a, adj. superl. de prií^
dente, muito prudente; v. g. Homem,
conselho — .
prudhommi, (hist.) jornalista e compila-^
dor francez, nasceu em 1752, morreu em
183y. Fundou o jornal democrático intitu-
lado as Revoluções de Paris, publicou uma
Geographia da Republica francexa, e His-
toria dos crimes da revolução.
prudhon, (hist.) pintor francez, nasceu
em 1760, morreu em 1813. Os seus me-
lhores quadros são : o Crime perseguido
pela Justiça e pela vingança ceslestesâ
Christo morrendo na Cruz.
pruido, s. m. (V. Prurido), comichão ,
prurido : — dos ouvidos, tinnido.
PRUiR, V. a. (Lat. prurio, ire, de pe-
rurere , arder muito), causar comichão ;
(fig.) titillar agradavelmente, v g. Verda-
des desenganadas não pruem as orelhas do
néscio. — em sentido abs. ou n., comer,
sentir, causar comichão, v.g. Asarnapru'e
€ Já me estão pruindo os pés, por vos bai-
lar na boda. » Ulis.
PRUiYEL, adj. dos S g. [pruir, des. ivel],
sensível á titillapão, ás cócegas ; (fig.) — ,
aos ouvidos, que hsongea. PI Pruiveis.
PRUM ou PRUYM, (gcogr.) cidade dos Es-
tados prussianos, a 12 léguas ao NO. de
Treves ; 1,980 habitantes.
PRUMA, s. f. (ant.), pluma : — equina,
pennacho de clina. V. Pluma.
prumada. V. Plumada.
PRUMA6EM. V. Plumagem.
PRUMAGEM, s. f. (aut.) Prumagcnt, arvo-
res de caroço, ameixoeiras
PRUMO, s. m. (V. Plumo) plumo ; v. g.
andar com o — na mão : (fig ) tentear, ha-
ver-se com prudência. A — , adv. perpen-
dicularmente ; V. g. — náutico , sonda.
Lançar o — , para sondar o fundo.
PRUNELLA, (bot.) Gcuero de Plantas da
famillia das Labiadas e da Dydiuamia Gy-
mnospermia, L.
PRUNELLi, (geogr.) villa da Córsega, a 8
legoas ao SE. de Corte ; 300 habitantes.
PRURIDO, s. m. (Lat. pruritus, de peru-
rere, arder muito), comichão, titillação. V
Pruido.
m
mi
FRURiiNTR, adj. do$2 g. {Laí. pruriens,
tiSy p. a. de prurio, ire, ler comichão),
que come, causa comichão, prurido ; (fig.)
que lisongêa, excita vivamente, c. g, Li-
soDJas — s aos ouvidos dos néscios.
PRURiGiM, t. f, (Lai. prorigo, inis), co-
michão.
PRURiTO. V. Prurido e Pruido.
prusa, (geogr ) nome de duai cidades da
Bythinia : uma, Prusa ad Hypium sobre a
costa entre Heraclea e Nicomedia ; a outra
Prusa ad Olytnpum, hoje Brousse, ao 0.
da precedente.
PRUsiAS, I (hist.) ou o Coxo, rei de Bi-
thy mia, desde 137 aló 192 antes de Jesu-
Christo filho e successor de Zietas, teve
guerra com Attalo 1, rei de Pergamo, re-
pellíu os Gaulezes e morreu em 191.
pRUsrAS, II (hist.) ou o Caçador, filho e
successor do precedente, reinou desde 192
até 148 antes de Jesu-Christo, recebeu An-
nibal na sua corte, e bateu Eumenes com
o soccorro deste general, que depois quiz
entregar os Romanos. Foi a Roma em 167
para sollicitar a alhança da Republica e des-
honrou-se com toda a sorte de baixezas.
Merreu em uma revolta aos golpes de seu
filho nicomedes II.
PRÚSSIA (reino da), (geogr.) Prtussen em
allemio, um dos principaes Estados da Eu-
ropa, é formada por duas partes distinctas
e reparadas por paizes estrangeiros : uma,
a verdadeira Prússia, a E., é a maior; a
outra ao O. é a mais piquena. A 1.^ tem
por hmites, ao N. o Báltico, a E. a Poló-
nia e a Rússia, ao 0. o Mecklemburg, e
Hanovre, etc, ao S. o reino e ducados da
Saxonia, e a monarchia austriaca ; a 2.*
chamada grande ducado do Baixo Rheno,
tem por limites, a 0. os reinos da Bélgica
e da UoUanda, a E. os Estados d'Hanovre,
Hesse Cassei, Nassau, Hesse-Darmstadt, ao
S. o circulo bavaro do Rheno e a França.
A população da Prússia é de 14,900,090
habitantes. A capital é Berlim. Os este-
dos prussianos são divididos em 8 grandes
províncias, subdivididas em 25 governos ou
regências, pela forma seguinte :
PAIZ AI. DO WSSfiR.
ti: ^
Protinexas
Brandebourg
Pomerania
Goternos.
Postdam ou Berlim
Francfort.
Stettin
Stralfumal
Coestin
^., /^IftJiqe:) Breslau
Silesia Liegnitz _ >
Oppela,,H„ Aie^u^r'
Gran ducado de Posen
Posen Bromberg.
Koenigsberg '-^^Í
D.,,»»:. ..-«^-:« Gumbinnen
Prússia própria j^^^^^.^^ t^^
Marienwerder.
Saxonia
Magdebour l^'^^'-'
Mersebourg , „•{ ^j,
>«9
PAIZ A 0. DO WESBR.
Westphalia
Munster
Minden
Arensberg.
;iO«ftn
Colónia
Dusseldorf
Província rhenana Coblentz
Aix-la-Chapelle
Treves.
Lista dos soberanos da Prússia precedi-
da da dos eleitores de Brandebourg da
casa de Hohenzoltern.
1.° Mangraves eleitores de Brandebourg.
Frederico 1 , 1415 João Sigismun-
Frederico II, 1440 do 1608
Alberto 1471 Jorge Guilher-
João 1486 me 1619
Joaquim I, 1497 Frederico Gul-
Joaquimll, 1534 Iherme 1640
João Jorge 1571 Frederico III, 1688-
Joaquim Fre- 1701
derico 1598
ul
2.° Reis da Prússia.
»t
i
Frederico I, (o
mesmo que
Frederico III).
i70!
Frederico Gui-
lherme I, 1713
Frederico II,
o Grande 1760
Frederico Gui-
lherme 11, 1786
Frederico Gui-
lherme III, 1793
Frederido Gui-
lherme IV, 1840
TOL. lY.
pRussu (propriamente dita), (geogr.) uma
das «uto provincias do reino da Prússia,
tem por limites : a E. a Rússia, ao S. a
Polónia Russa ; a O. a Pomerania, o Bran*
82
I^A
debourg ; ao H. o Báltico. Capital Kaenisg-
berg.
PRÚSSIA rhenatIía; (geogr.) são assim cha-
madas todas as possessões da Prússia, so-
bre o Rheno, e á í). de Wéser.
PRUSSiATSo, k. àâj. natural oti pretencen-
te á Prússia ; d. g. os — s, naturaes da
Prússia.
PRUSSico, adj. m: acido ~, extrahido
do azul de Prússia, acido bydrocyanico.
Os seus saes sé denominão prussiates ou
hydrocy anates.
PRUTH ou PROUTH, (geogr.) rio que serve
de limite eiiVre a Rússia europea è a lllol-
davia, nasceu nia Galicia nos Carpathas e
cae no Danúbio, perlo de Galatz.
PRÚvico, (ant.) V. Publico.
PRYNKE, (hist.) jurisconsulto inglez, nas-
ceu em 1600, morreu em 1669. Deixou :
Exact chronological vindication ; Edictos
parlamentares, etc.
PRYTANEA, (geogr.) grande praça de Alíie-
nas cercada de edifícios, destinados, l.^ás
secções publicas : 2.^ ao abastecimento de
cereaes ; ò.° aos banquetes que se davam a
diversos cididâos sustentados, á- custa do
thezouro. - ■
PRYTAPíòs, (hist,) officiaes encarregados
em Athenas do cuidado de dirigir os negó-
cios públicos. Eram 50 e o seu poder não
dUtáva mais do que úiíi àhrio. ', ...
' pRYZÉHVsL, (geogr.) cidade murada dos
Estados austríacos, capital de um circulo do
mesmo nome, a 24 léguas ao O, de Lem-
berg; 6^400 habitantes. O circulo de Prye-
mysl, sit\iádo entre os de Zolkiev, de Lem-
berg, de Sambor, de Sanei, conta 225,000
habitantes. j^j^lv; '^^
PRÍEMYSL I ou PREMISLAÓ, (hlSt.) autigO
rei da Palonia, de cuja existência nada se
sàbò e até é muito incerta.
PRZEMYSL, (hist.) segundo rei da Foílónia,
firfl duque do Poseri. Adquiriu a Cracóvia em
1290 , herdou a Pómerahia oriental em
128j a foi elleito rei da .Polónia no mes-
mo anno. Morreu em 12b6.
psALio, s m. (do. Gr. vlg.Hun, freio.) V.
treio.
^wPSALHAi^AZAR, (hist.) avcotureiro fran-
oez, nasceu éiii 1679. depois de ter repre-
s^Utdo diversDS papeis, por ultimo incul-
coQ-se por urn Xáponez copvèrtido ; na ida-
dfipde 3í'jánnok'^^íormou sua vida e for-
nécèú a' matór JDarle da historia antiga
para ,a tífStoHa Universal ingleza.
i»sÍLMEÀk, t;. abs. ou w. {psalmo, ar,
des. inf.), cantor psalmos. Psalmeado.
' "lèsÀLiíiSTi, s. m. (des. isiiij. contor de
rflíôR-.; '■-'■■
•ps^iroj s. m. (LaL psalmus, Gr. psalm(j}\,
de plílW, tiiflíiííí)V câ^|ícò, hymiio sagraád!
PsÀLM^ur V. f. ícaííio átè pgllflSffrlAfc
PSALMODiAR, V. a. (psalmo. 6 (jr.'*^ae;
canto ou ado, caiitar), canW ^salinos, [p
p. e adj. Psalmodiado,
PSALMOS (livro dos), (hist.) íimí àõs liviros
canónicos do antigo Tèstafrierito. Cíompõe-
se de hymnos ou cânticos, enumero de l5ô,
destinados J)ara as cerimonias religiozas
PíALTEiRO. V. Psalterio. ; .i
pSALTERio, s.m (Lat, p5á/;mwr?f, do Gr.
V. Psalmo), instrumento musico .de áez
cordas usado pelos Hebreus; v. ij. lírr.q,
de , psalmos. ....
N. B. PsaWb' e' aériV,' sé ,prçnu,nçii|k
salmo, não soando o p. ' '.■■':■' ''^^^
PSAMMENilf, (hist.) ultimo jÍqí da vigési-
ma segunda dyriastia lègiiímá, filho e suc-
cessor d'Amâzis, só reinou seis mezes rio
anho 526 antes de Jesu-Christo. Balido
por Cajabyses , foi enviado captivo para
Susa com 6,000 Egypcios.
PSAMMETiCó I, Psammetichus ou Psam-
miticis, rei do Ègyplo, fundador da vigé-
sima sexta dynastia, começou por ser um
dos doze reis dá Dòdecarchia 1671 a 65B,
antes de Jesu-Christo e coube-lbe a porção
NO. do EgyptO para a banda do ISO., ajit-^
dado por mercenários gregos bateu ossqus'
coííegas é ficou reinando só.
psAMMÊTico ir, (hist ) rei do Igypto, de
408 à 389 antes de Jesu-Christo. Foi no seu
reinado que teve lugar á terceira revolta con-
tra os ^crsas. ,/ "
psAMMio, (lií?'í'f t-ei do EgyptO, da 26.^
dynastia, reinou de lOl a 595 antes dè Jesu-
Christo. , . ' jj > ' , ,,y
PSAPHON, (hist.) Lybio,qiie ensinava os
pássaros a repetir estas palavras : Psaphoa
é um deus, e largava-os depois. Conta-se que
os Lybios admirados, fizeram a Psaphon hon-
ras divinas. , ^., J
PSELLO, (hist.) escriptor byzáhtíno, nas-
ceu em Constantinopla, foi senador; no rei-
nado de Miguel Straliotiço, Isaac Cahenes e
Constantino Ducas, morreu eta 1079. Escre-
veu : Commentarios sobre çí 8 livros do
Acostico d'Aristçí,o iParapnr, ase sobre o tra-
tado da Interpretação d'Ãri'stotd
PSEUDO, adj. (do Gr. pseúdô, fingir, en-
ganar), falso, supposto ; v. g, — prophe-
ta, — philosophò.
PSEUDO- MORPHOSES, (mluer.) esta palavra
serve para designar substancias mineraes,
que se apresentam debaixo de fórinas que
lhes são j3stranhas„. ,6 que parecem tiradas
ou à christaés de ç^Ua espécie ou açor jíos
orgânicos.
psiOL ou PSLA, (geogr.) rio da Rússia eu-
ropea, nasce, no governo de Koursk, e cae
no Dniepr. ^
PSKOR ou PLEskòv, fe^ogr,) cida^ie da Rus-
m
S^ cn&fopéà ; Sobre o l*skÒTá e ò^VfelflcSSía';
10,000 habitantes.
PSOAS, s. m. (Lat. do Gr. psoa, lombos),
(anat.), os — são dous músculos carnudos
lombois.
PSYCHE, (myth.) rapariga de rara belleza
inspirou Viva paixão ao próprio amor. Foi
jiòr ordem de um oráculo, exposta sobre
uma montanha, aonde devia ser a preza de
um monstro desconhecido. Psyche espera-
va morrer, mas Zephyro transportou-a a
um palácio magnifico, aonde o Amor ia vi-
zita-la todas as noutes, mas ás escuras, re-
coinmendando-lhe que não procuraisse vê-
lo. Psyche não poude resistir á curiosida-
de e quiz ver o seu amante, mas uaca got-
ta de azeite caida de alampada que ellati-
nba ba mão caiu srbre a perna do seu aman-
te ellè accordou logo e voou para nunca
mais voltar ; o palácio desappareceu no mes-
mo tempo e Psyche foi entregue a Vénus ;
que irritada porella ter seduzido seu íilho,
a fez soffrer muito. Todavia o Amor tornou
a procura-la, cázou com ella e deu-lhe a
imraortalidade.
PSTCHOLOGIA, s f. (do Gr. psykhé, so-
píò, vento, alma, espirito, e logia suff ),
tratado sobre a alma.
psYCHOtHiA, (bot.) género de plantas, da
fámilia das Rubiaceas e da Pentrandria Mo-
nogynia.
PSYLLOS, (hist.) pelotiqueiro do Egypto e
da Sybia, pertendia ter o dom de neutrali-
zar o veneno das serpentes e de as matar
com a sua presença.
i»TARMiCA s. f. (Lat. ptarmicHtn, do Gr.
ptàrô, espirrar), planta esternutatoria.
PTERK, suíiixo de muitos lermos scienti-
ficòs. Vem do Gr. pteron, aza, v. g, dip-
tért que tem duas azas, hymenoptere que
tem azas membranosas.
PTBRYGio, s. m. (do Gr. pteruphion, aza
pequena), (med.), excrecencia membranosa
chamada unha dos olhos.
PTERYGOIDEO, A, adj . (V. O prcccdente),
(ant.), pertencente ás azas do osso sphe-
noide.
PTiLOSTEMON, (bot.) genero de plantas da
familia das Synanthereas e da Syngenesia
igual.
ptiSANA, s. f. (Lat. V. Tisana, mais
usado.
PTOLEMAis, (geogr.) nome de muitas ci-
dades antigas. As principaeseram : l.^uma
cidkde da Syria, hoje Aco on kcre, 2.° uma
cidade da Cypénaica, hoje Tolometa ; 3.^
duas cidades do Egypto, uma na Thebaida,
híije Mtnchia, a outra sobre o golpho ará-
bico, hoje Assyx-Ras.
pTOiEMEO I, (hist.) Píolemaus, chamado
Sottr {isto é, Sahador) ou Lagus, rei do
«rfe
âW
gypto , passa ^Jor ter sido filho de uma
amante de Philippé, com a qual casou de-
pois Lagus, um dos principaes ôíliciaesdesi-*
te principe. Seguiu Alexandre á Ásia, efoi
um dos três officíaes, qilé lhe salvaralro k
vida na cidade de Oxydra(^aeè. Por morte
do rei (323) cóube-lhe em partilha o Egy^i'
pto. Fez morrer 1*èrdicca? em í'eluse, e dè'i-
pois de longas gilérTas, uniu-se aos outros
generaes contra Antigoiíò è OétíiétWo, e coo-
perou para o ganho ábi Wtàflhá de \pk'(S.
Em 308 tomou o título dô rei; fez revol-
tar a Grécia, tomoti Stdon e'Tyro, e jun-
tou muitas cidades aos seus estados. Mtfrttfti
em 287. - HJfO-. JO r-iy ..;-.;. x,
PTOLEMEO II OU PHILAbst^l^HÒ, (h?Sl.y(PW?ií
ladelpho, quer dizer, amigo de seus iV-'
mãos, sobrenome ironíòo, que lhe dèracfcí'
pela perseguição qu« elle feí ãsèusirmãó^
filho do precedente, subiu ao trono etú 285
antes de Jesu-Christo. Protegeu muito as
letras ; fez traduzir em Grego ós Hvros sa-
grados dos Hebreos (versão dos Setenta), au-
gmentou a bibliotheca 'fundada por seii pai,
e adiantou muito a astroilotfiía. Morreti eiÔ
Ê47. .
PTOLEMEO III OU EVEàGtítí;'(htW.]'(Et?cr-
geie quer dizer, Bemfeitor) filho e succés-
sor do precedente, começou a reinar etb 247,
morreu em 222i, inVàdiu a SyriaV trartspôz
o Euphrates, occupou aBabylonia, ã Susiã- '
na, a Persida, penetrou até Bacri'es, 'a|u-
dou os esforços de Arâto pela independên-
cia achea, e protegeu Cleômene batido píf-
ios Viacedonios. '■■-^-•■' " '^'^ ' .^fyol
PTOLIMEO IV OU PÍÉEILÒPATOR, (hí^t yfPAfi "
lopator quer dizer, amigo de sen pai, so- ■
brenome irónico, que lhe foi dado por^iite
o accusavam de ter-lhe abbreriado à Vida) ^
era filho de Ptolemeo UI e reiuoii de 222
a 205. Sempre sujeito a vis ministros, peir-v
tíeguiu Cleómene, teve guerra com Antiocho- '*
o-Grande, perdeu primeiramente a Syria,'
mas depois ganhou a batalha de Haphia,
RTOLEMEO V OU EPIPHANES. (hist.) O II-
lustre, filho e successor do precedente, nas-
ceu em 205, morreu em 181, tinha 5 an-
nos por morte de seu pai ; a infeliz guerra
com Anliocho, a revolta de Lycopolis, os
projectos ambiciosos de Scopas, horrorosal '
desordens em Sais e Naucratis ensanguetí'
taram o resto do seu reinado. '*i'(
PTOLEMEO TI OU PHILOMETOR, (hist.) (istO
é, amigo de sua mãi) filho e successor do
precedente, nasceu em 181, morreu em 146,'*
tinha 5 annos quanáo subiu ao trono, etíít
ve por regente Cleópatra. Foi aprisionado''
em 170 pelos Syrios, e só recobrou a libef- ' -
dade no fim de quatro annos; foi atacado
de novo por Antiocho, mas escapou por in-
tervençio de Popilio Sen«s. Cedeti a Lybia>
228
PTO
PÍJB
^*4
-^
■^.
a Cyrenaica e a ilha de Chypre a Ptolemeo
Evergete 11. Morreu depois de ter ganho a
victoria de Oronte.
PTOLEMKO VII ou EVMU6CTE II, (hist.) gO-
vernou desde o anno 170 até 116 durante
o captiveiro de seu irmão Philometor, rei-
nou dous annos com elle, obteve por in-
tervenção de Popilio o reino da Lybia e a
Cyrenasca, cazou com a viuva de Philome-
tor, e prometteu deixar reinar juntamente
ojoven Plolemeo Eupator, mas assassinou-o
nos braços de sua mài. Morreu em 177
odiado de todou pela sua tyrannia e estra-
vaganeias.
PTOLEMEO VIII OUSOTERII, (hist.) filho do
precedente, subiu ao trono no anno 119
antes de Jesu-Christo, debaixo da tutella
de sua mãi a rainha Cleópatra, favoreceu
Antiocho de Cysico, rei da Syria contra o
seu competidor Anthiocho Grypo, e foi ex-
pulso do Egypto por uma revolta, dirigiu-
se á Syria com 30,000 homens, tomou par-
te nas guerras civis deste paiz, e procurou
Jl^- formar um principado á custa da Judeia e
da Phenicia. So tornou a subir ao trono
do Egypto passados 10 annos. Morreu em
8 1 , deixando so uma filha. .,,, , . ,
PTOLEMEO IX ou ALEXANDRE I, (hist.) 2."
*" tlho de Ptolemeo ^11, subiu ao trono
em 107 antes de Jesu-Christo; fez morrer
Cleópatra, sua mài ; violou o trono de
Alexandre-o-Grande para se apropriar dos
seus thesour«s, cauzou por este facto uma
revolução em Alexandria, pelo que teve de
fugir, e baldadas foram todas as diUgencias
para recobrar o throno, até <i,ujb morreu em
\um combate. .,,^;r, -.
PTOLKMBO X ou ALEXANDRE II, (hist.) fi-
Iho do precedente, ajudado por Sylla, reco-
brou o trono de seu pai, casando com a fi-
lha de Sotero III, a qual assassinou no fim
de 47 dias de casado ; e d'ahi a pouco, em
80, foi morto pelo exercito revoltado.
<»v PTOLEMEO XI ouAULETE, (hist.) (iw/eíe si-
gnifica tocador de flauta) filho natural de
Ptolemeo Soter 11, subio ao trono no anno
80; tornou-se odioso pela sua fraqueza, foi
deposto em 58, recobrou o trono passados
3 três annos, e morreu execrado em 52 an-
'" tes de Jesu-Christo.
PTOLEMEO XII ou DENYS, fhist.) filho do
precedente, subio ao trono em o2, casou
com a famosa Cleópatra, sua irmã, mas pou-
co tempo viveu com ella. Foi vencido em
48 no Nilo, e morreu na fugida.
PTOLEMEO xiiioMiNiNO, (hist.) 2." filho de
Ptolemeo XI, foi feito rei do Egypto por
César, em 48 antes de Jesu-Christo.
PTOLEMEO, (hist,) irmão de Ptolemeo Au-
lete e filho natural de Ptolemeo Soter II,
r«inou em Cleypre em 80, matou-se do de-
sespero em 58, porque os romanos tinham
seduzido Chypre a provincia romana. ^^
PTOLEMEO APioN, (hi$t.) fllho dô Ptolemeo
Evergete II, reinou na Cyrenaica e na Ly-
bia desde 116 até 9o, e legou os seus es-
tados á republica romana.
PTOLEMEO ALORiTEs, (hist.) uatural de Alo-
re, era filho natural d'Amyntas III. Reinoa
3 annos na Macedónia.
PTOLEMEO CERANNE, (hist.) rei da Mace-
dónia, filho primogénito de Ptolemeo Soter
I. Fez assassinar Selence, que o acolhera
na Macedónia, e proclamou-se reidaThra-
cia e da Macedónia. Morreu em uma bata-
lha contra os gaulezes em 279.
PTOLEMEO (Cláudio), (hist.) Claudius Pto-
Icmeus, astrónomo grego ou egypcio, flo-
rescia no II século da nossa era, em 175,
viveu muito tempo em Alexandria. Deu o
seu nome ao systema astronómico, segun-
do o qual os astros descrevem as suas or-
bitas em redor da terra, que immovel, sys-
tema conforme na apparencia, mas falso na
realidade As obras de Ptolemeu são : Syn-
taxis mathematica ; Analeme, Óptica, Geo-
graphittj etc.
pttalismo, s. m. (Lat, ptyalismus, do
Gr. ptyô, cuspir) salivação.
PTYsiCA. V. Phthisica, e Tisico,
pú, s. m. medida itinerária chineza que
tem 24,01)0 passos geométricos.
PUA, s. f. (do Lat. pungo, ere, picar) pon-
ta aguda de pao, ferro ; espinho de plantas;
brebequim de marceneiro : garío de arvore
que se enxerta.
PUBA, adj. (t. Brasil.) Mandioca — , en-
terrada em lama até amollecer e fermen-
tar.
PUBERDADE, s. f. (Lat. pubertas, íií, ida-
de em quG as pessoas de um e outro sexo
são capazes de procrear. — , o pubi« ou
pente.
PÚBERE, adj. dos 2 g. (Lat. puber.) que
esjá na idade da puberdade. Pron. a pri-
meira domina.
PUBERTADE. \. Puberdade.
PÚBIS, s. m. (Lat. púbis. Talvei do Egy-
pcio pifui, cabellos.) (anat.) o*so da parle
anterior do pelvis ou bacia, coberto de gor*-,;
dura e de pelle guarnecida de pelb, o pente.
PUBLICAÇÃO, s. f. (Lat. publicatio, onis )
o acto de publicar, v. g. — de lei. bando^ti
obra, escripto, livro.
PUBLICADO, A, p. p. de publicar; adj. fei-
to publico. Livro — . Lei — . Bens — , (phr.
jur.) confiscados, tomados para o fisco. ,
PUBLICADOR, s. m. O que publica, v. <jr<,|»
— de livro. — , adj. que publica. A typo-
graphia publicadora de verdades.
PUBLiCANO, *. m. (Lat. publicanus, ren-
deiro ou arrecadador de direitos da alfan-
FM'i
FUB
m
dfiga e âobre géneros do con<»unaodn terrí;
(fi)Ç.) horaera abomin/»vel. det*»stnvel, eif^oni-
mufigado. Vem esta accepção das repetidas
invectivas de Jesu-Christo contra os publi-
ca oo«.
PUBLICAR, V a (LHt.piblicn,are,(\epu-
blicus, publico.) fazer piibliro lendo escri-
pto, afixando-o, ou fazendo-o proclamar em
alia voz: — um iivo, uma lei, um bando.
— bens, íjur.) confisca los, dnc" ara- lO'. c<»n-
íiscados, applica-los para o tisco. —umge-
gtedn, uma noticia, divulgar, espalhar —
o excommungndo, declara-lo tal publica-
mente, na igreja. — se, tj. r. manifesta r-se,
declíirar-se, fazer-se conhecer, v. g. — por
christào, por auior de obra escriplo, ac-
ção. — , impessoal appart-cer imprenso : pu-
blicou se o livro, a lei. Publicaram -se as
festas, os jogoSf annunciuu-seao publico que
teriam lugar.
Syn. cump. Publicar, divulgar, promul-
gar. \ ideia commum que faz s)'noiiymos es-
tes verbos é a de descubrir, fazer notório o
que era ucculto ou se não sabia ; porém
publicar explica a idéia absiJutamente, sem
modificação alguma, isto é, fazer publico o
que não o era, fnzêl-o saber aos que o
ignoravâo. Divulgar suppõe que o segredo
ou cousa ignoraca se foi dizendo a varias
pessoas, ou em varias partes, com al$;uma
determinada intenção, ou que talvez se es-
palhou pelo vulgo contra vontade do que
o tinha coufindo com reserva. Promulgar
suppõe autoridade que publica solemneraen-
te alguma cousa que até ali se não conhe-
cia, e que desde eniâo se dá ao publico.
Piomulgam-se leis, decretos do legisla-
dor, para que a nação a quem dizem res-
peito conheça seus novos deveres, os quavs
só datam da promulgação. Publica se um
segredo, uma noticia, etc. ; um homem
honrado pvblica com sali>fação os bennfi-
cios que recebe de seus antigos Um ho-
mem ruim procura divulgar com astúcia os
defeitos de seus initiittos.
Pw6/icar ree.ai sempre sobre uma cousa
que realmente existe. Dimilgar \tóá*; r»cair
sobre uma cousa falsa, que, se inventa com
algum fim. Um caloteiro, que vive com os-
tentação, diculga qu« é rico, e teme que
86 publique que é pt»bre
• fUBLiciDADii, s. f (des. idade.) notorie-
dade o ser publico, o ter sido feito publi-
co, V. g. — do facto, da noticia, — do lu
gar. — , luxar onde ha grande concurso
de gente, t. g. reprehender-meem tão gran-
de—.
PUBLICISTA, *. m. (des. n<a.) escriptnrl
sobre direito publico ou das gentes; sujei-
to versado nelle.
PUBLICO, A, adj. (Lat. può/ictw, depopu-
TOL. IT.
lus, o poYO ) commuiD a todo o povo. Lu-
gar, passeio — . Mulher — , meretriz O
bem — . Direito — , nacional. Ser — , no-
tório, conhecido, sabido geralmente. Tirar
a — u a abra, publica-la. Em, — , publi-
camente, em presença de muitas pessoas.
Nào apparecer em — , nas ruas, praças, nos
lugares públicos. — , subst.. o — , o povo, a
gente de uma cidade, ou terra.
SvN. comp Publico, commum. Publico é
o que pertence a todo o povo consiiderado
colleciivamente. Commum é o que pertence
ou se estende distributivamente ao povo, ou a
muito. As rendas de uma nação, os cofres
em que ellas se guardam, os magistrados
que as administram são públicos, porque
pertencem ao corpo collectivo da nação. Os
interesses que os cidadãos têem em serem
bem governados são communs, porque ca-
da individuo, cada familia participa d'e&ta
vantagem.
I óde acontecer concorrerem as duas qua-^*
lidades numa mesma cousa, v. g. as ter-
ras baldias d'um coneelho são publicas •
communs, mas com diíferente relação : pu-
blicas, porque nào per.enc^m a ninguém* "^
em particular senão ao povo d'aquelle lu-
giir; e communs, porque todos e cada um
dos habitantes partici(^>ão da utilidade que
d'ellas pôde resultar, tal éo pastio dos ga-
dos, ele.
Publico contrasta com privado ; com-
mum, com particular. O magistrado, quan-
do se adianta em annos, deiia a vida pu-
blica e entra na privada. Os mosteiros pos-
suíam muitos bens eva commum, porém os
monges nada possuíam em particular.
ISYN comp. Publico, notório, a verdadeira
differença d'estas palavras consiste em que
publico é o que corre na voz de todos, o que
todos dizem, o que de todos é sabido ; e
notório o que é geralmente sabido, ou co-
nhecido como certo e indubitável. O queé
publico, apesar de ser tido e crido por
muitas pesboas, pôde ser falso ; n que é
notório é sempre certo, porque só chega a
s>êl-o \.e[as provas que se adquirem cf»m
este fim. 'ludo que é notono é publico,
porem nem ludo que é publxco é notório ;
pelo que se diz <iip,.bUco e notorioy> e nào
<inotono e pubilco."»
puBLicoLA, (hist ) Publius Valcrius, foi
nolletta lie Hruto no consulado depois da
deii)i>são de Tarquiuio Collatino ; fez des.-
tribuir pelos pobres as riquezas dos T«r-
quinios bat*^-u os inimigos do povo romano,
foi cônsul 'ó vezes, e morrea iàop<breque
foi nece^sa^lo que o estado se encarregasse
das dfspezas do seu enterro.
PLBi.iLio PHiLO, (hist.) i i lustre plebeo, foi
cônsul 4 Tezes, em ^9. Síl, 31 1>, tomoo '^
8i
Palepolis e bateu os Samnitas. Foi o pri-
meiro plebeo nomeado pretor.
puBLio SYRO, (hist.) poeta latino, prova-
velmente natural da Syria, foi levado como
escravo a Roma ; o individuo qaie o com-
prou deu- lhe educação esmerada, adquiriu
a liberdade, e acreditou-se p^ los seu escri-
tos.
PUCARA , s. f. (pron. púcara.) piicaro ,
panella.
PUCARINHA , *. f. diminut. de puca>
ra.
PUCARINHO, s. m. diminut. de púcaro.
PÚCARO, s. m. (pron. púcaro Talvez se-
ja corrupção do Lat. poculum, vaso para
beber.) vaso de barro para Éeber — d" agua.,
a agua contida no vaso ; (ÍQg ) merenda de
doces sobre os quaes se costuma beber um
copo de agua.
puçAL, 5. m. medida antiga de líquidos,
e de vinho. Continha de ordinário cinco al-
mudes, mas variava em diversas terras.
puCKiRO, 5. m. cesto vindimo, que se es-
ma render um almude.
puCELLA , s. f. (do Fr. pvcelle, do Lat.
puellula, dim. de puella^ rapariga } (ant )
virgem, donzella.
PUCHO. V. PuxOy droga da Ásia.
pucHO, V. -Pkíto, Puxão.
puciLGA. V. Possilga.
PUDADUYRA, (ant.) V. Podadura, Poda.
PUDENDO, A,, adj. (Lat. pMí/€«ííu5.) vergo-
nhoso, que causa pejo. ParUs — ., as da
geração, genitaes. O — do homem, da mu-
lher.
PUDIBUNDO , A , adj. (Lat. pudibundus.)
que tem pejo, vergonha. — , que causa pu-
dor, pejo, vergonha. A — moça, (fig.) que
tem côr de pessoa cujfs faces coram de pe-
jo, V. g. «. a — rosa. » Camões.
PUDICÍCIA , s. f. (Lat. pudicitia.] pudor
casto, castidade pudica. A — virginal.
puDicissiMO, A, adj. superl. de pudico,
muito pudico. Semblante — . Virgem casta
pupicoj A, ad;. (Lat. pwdicwí.) casto, ho-
nesto, modesto. A — donzella. Desejos — s;
palavras — í.
PUDOR, s. m. (Lat. áepudeo, cre, ler pe-
jo.j honesta vergonha, pejo de acção torpe
ou de discurso deshoneslo.
PUEBLA, (geogr.j cidade da ilha de Maior-
ca , a 3 léguas ao SO. de Alcudia ; 3, i60
habitantes.
PUEBLA-DE-ALCOCERT, (gcogr.) cidade de
Hispanha; a 10 léguas ao Su. de Villa no-
va-a-Serena ; 3,1(10 habitantes.
PUEBLA DK ALHURADGEL, (gCOgr.) cidade
die Bispanha, a 4 léguas e meia ao ^. de
Alcazar ; 3,330 habitantes.
Pl]£BLÀ-DI-CAZABA, (gCOgr.) Cofulã^ CÍ-
dade de Hispanha, a 4 léguas e 1 quarto
ao SO. d'Ossinia. ; 3,100 habitantes.
PUEBLA-DE-D.-FRADiQUE , (geogr.) nome
de duas cidades de Hispanha, uma a 6 1(3-
guas e meia ao ÍSE. deHuesca ; 7, 60<> ha-
bitantes ; a outra a 10 léguas ao SE. d'Oca-
na ; 3,400 habitantes.
PUEBLA DE GUSMAN, (geogr ) ProBtidiwm, ci-
dade de Hespanha, a 4 léguas ao NE. de
San-Lucar ; 4,000 habitantes.
PUEBLA-DE-LOS-ANGELES, (gCOgr.) cidade
do México, capital, do certado de Puebla ;
tiO,OGO habitantes.
PUEBLA (^estado de) (geogr.) um dos esta-
dos da Confederação mexicana, entre os de
Vera Cruz, d'Oxaca, México, Ruerctaroe o
Grande Oceano; 1,000,000 de habitantes.
PUELCHES ou PULCHES, (geogr.) na ção in-
dígena da America do Sul, e espalha pelo
S. de Buenos Ayres, pelo N. da Patagonia,
e pelo SE. do Lhili
PUELLAR, adj. dos 2 g. (Lat. puellaris.)
(p. us.) de rapariga. Conhecimento — , có-
pula com moça.
puENTE DE LA reyna, (gcogr.) cidade de
Hispanha, a 4 léguas ao S. Pampelona ;
3,700 habitantes.
puENTE-DEL-ARZOBispo, (gcogr.) cidade de
Hispanha, a 9 !< guas ao SE. de Tatavey-
ra ; 1,140 habitantes. .;-'►
PUENTE DE UME, (gcogr.) cidadtf" dcfUís-
panha, a 5 léguas e meia ao ^E. de Co-
runha ; 2,200 habitantes.
PUENTE- XINIL OU DE D. GONZALO, (geOgr.)
cidade de Hispanha, a 6 léguas SE. doMon-
tilla ; 7,000 h oitantes.
PUERÍCIA, s. f. (Lat pueritia, de p«er,
rapaz.) idade entre a infância e a adolescên-
cia desde os três ou quatro annos até 60s
nove ou dez.
PUERIL, adj. dos 2 g. (Lat. puerili» ) da
puerícia, de meninos. Idade — , puerícia.
Cousas, razões pueris, próprias de crianças,
de pouca importância, que denotam pouco
siso. Terrores — , próprios de crianças, sem
fundamento.
PUERILIDADE^ s' f. (Lat. pueriHiat, tii.)
puerícia. — , mais us. , cousa própria de
meninos. Occupar-se em — *.
PUERILMENTE, adv. [mente suff.) de modo
pueril.
puBRiLiZAR, t>. a. haver-se, íallar, obrar
como crianças, dizer, fazer puerilidades.
puERPERio, s\ m. ihò\.pueTperium,puer,
criança, e paria, ere ou ire, parir; putra
em Sanscr., pur em Persa, dolgypc. puA,
tenro, e rat, pé.) (med.) parto das mulhe-
res.
PUERTO-BSLLO, (geogr.) cidade da Nova
Granada, a 15 léguas ao NO. de PaDafliv<( *>
l^âOO habitante».
PCI
PUL
331
PUERio-CABRLLO ou poRTO-CAVALLO, {geo- 1 póz-se á frente do exercito departamental
gr.) cidade da republica de Venezuela, a 24
léguas ao O. de Caracas; 7,600 habitan-
ICF.
PUERTO LLANo, (geogp,) cidade de Hispa-
nha, a 4 léguas e meia ao SE d'Almodo-
var del-Campo ; 4,900
puERTO-DEL-PRiNcit»E, (geogr.) Cidade de
Hispanha, a l30 léguas ao SÉ. U^ liava-
na ; 4U,000 habitantes. ,
PU ER TO- REAL, (gcogr.) ciuade de Hispa-
nha, a ^ léguas ao NE. de Cadiz ; 5,000
habitantes.
PUFENDORF (barão de), (hist.) publicista e
historiador allemão, nasceu em 1632, mor-
reu era 1694. Os principats escriptos de
Pufendorf. são : De jure naturce et gen-
tium ; De síátu imperii Germaniei, etc.
puGE, (anl.) por eu puz, do rerbo Pôr.
PUGET, (hist.) artista francez, celebre como
pstatnario, nasceu em 1622, 'morreu em
1094. Os seus primores d'arte são um ;
Alexandre Sauli, S. Sebastião ; S.Philip-
; c Neri, etc.
pDGiBARBA V. PuTigibarba.
PUGIL, adj. dos 2 g. [Lhi. pugil.) (p. us )
inclinado a brigas, guerreiro.
PUGILLATO, s. m. (Lat. pug ila tus. )com-
bate ás punhadas.
PUGILLISTA, s. m. (des. ista.) alhleta que
combate is punhadas.
puGiLLO, s. m. (Lat. pugillum ou pugil-
hs.) (pharm.) a porção que se pódeíomar
com os dedos, v. g. um — de salva.
pugnaCidade, 5. /. [Lai. pug naci las, tis.)
disposição pugnaz, bellicosa ; (fig.) animo-
sidade.
PLGNACissiMO , A, adj. superl. (Lat. pu-
guacissimus.) mui pugnaz, bellicoso.
PUGNAM, (de pugnir.) (ant ) punio, cas-
tiguem, subjunctivo — , indic. de pugnar,
pugnào.
PUGNAR , V. a. ou n. (Lat. pugno^ are ,
de pugnus, o punho.) brigar, pelejar, com-
bater. — com o inimigo. — por, (ti») defen-
der com esforço, v. g. — pelos direitos, pe-
la fé, pela honra.
I, PUGNAZ, adj, dos i g. {lai. pugnax, eis.)
(poet ) pelejador, guerreador. Os pugnazes
ou pugnaces Romanos.
PUGNIDO, (ant.) V. Puriido.
PUGNIR, (ant.) V. Punir.
^ PUÍDO, A, p. p. de puir ; a/(;'. gasto pelo
roçado ou allrito, polido, alizado.
puiR, V. a. (de polir.) gastar, alizar, po-
lir por meio de attrito ou fricção.
puiSATE, (geogr.; pequeno paiz da anti*
ga França, ao S. na margem direita do
I oire.
do Eure ; vencido em Pacy, resignou-se na
Bretanha, depois foi a Inglaterra a prepa-
rar a expedição de Quiberon, iLas venci-
do por Hoche, deu a sua demissão ; obte-
ve depois do ministério inglez um estabele-
cimento no Canadá e raturalizou- se inglez.
Morreu em 182/.
puissAUX, (geogr.) cidade de Françí a 3
léguas e meia ao ENE. de Petuiviers ; 2,000
habitantes.
ruiSET , (geogr.) villa de França, a VI
léguas ao St. de « harlres ; 400 habitan-
tes.
PUJANÇA, s. /". força extraordinária, gran-
de poder. A grande — de Castella, poder,
potencia.
PUJANTE, adj. dos 2 g poderoso, poten-
te. — , soberbt», confiado em superioridade.
« Confiado na juvenil idade vem — » Eneid.
Port., X, 85.
PUJAR, V. n, V. Superar.
PUJOLS, (geogr ) cidade de França, a 5
léguas ao SE. de Liorne ; 2,000 habi-
tantes.
puLÃo, *. m. (do Fr. ant. poulain, cam-
ponez, rústico.) (ant) peão.
PULANTiSATYROS, s fíi. [pulante, e saiy-
ro.) (t. composto poet ) Os lascivos — , pu-
ladores, saltanles. Diniz.
PULAR, V a. ou « (Lat pello, ere,im-
pellir, ou pulso , are, pulsar.) dar pulos ,
saltos, V. g. o potro, o rapaz, a cobra; cres-
cer mui depressa, brotar com viço, r. ^. as
plantas, as arvores.—, saltar fervendo. —
o champanha nas taças ; (fig.) palpitar,. jp.
g. pula o coração de alegria, de jubilo.. —
medrar rapidamente, v. g. — em bens, for-
tuna. Pulam nelle as paixões.
PULAWY, (geogr.) cidade da lolonia rus-
sa, a 10 léguas ao NO de Dublin ; 3,000
habitantes.
PULCHERIA, (hist.) jElia Pulcheria impe-
ratriz do Oriente, lilha d'Arcadio , nasceu
em o99 Proclamada aw^usía em 415, adqui-
riu grande ascendtínte sobre seu irmão im-
perador Theodosio. Por morte deste subiu
ao trono, e cazou com Marciano ; morreu
em 453. Esta princezaé commemorada a O
de Setembro, como santa pela Igreja grega.
puLCHBRRiiio, A, adj. superl. (Lat. pui-
cherrimus.) (p. us.) formosíssimo, mui hei-
lo, pulchro Elogios — .
puLCHRicoMO, A, adj. (L&x. pulcher, bel-
lo, formoso, e coma.) (poet.) quetembtllo
cabello. Lalona — .
PULCHRiTUDE . s. f. (Lftt. pulchriludo ,
inis.) (p. us.) formosura, belleza.
PULCHRO, A, adj. (Lat. pulcher ^ ri^, ào
puiSAYE (conde de), (hist.) general fran- («r. pleos , cheio , e kharis, graça.) Btllo,
cez realista , nasceu .en^ 17^^; 01^^. J|^79i ' formo^9,,. lindo ; ,enfeit§^. , ..u^L
83 *
^332
Hl
Pm
puLCi, (hist.) poeta italiano, nasceu eda
143i, morreu em 1487. E' autor de um
poema intitulado Meryante magyiore.
PULGA, s. /. (I at. pulcx, do Gr. paylla,
de p^alis, rDOvimento vt^ioz.) infecto vulgar
qne se nutre do sangue que chupa, e notá-
vel pela grande força e ligeireza com que
salta. — , nome de um peixe.
PULGAMINHO, (ant.) V, Pergaminho.
PULGÃO, s. m. auijment. de puUa , in-
secto redondinho e com azas, que róe as
parras, os lavjies, etc
pui.GECO, (ant.) V. Publico.
pULGoso, A, adj. (des. OA'0.) cheio de pul-
gão. A vide — .
puLGUEiRA, s. ou adj. /. Herva — , psyl-
lion
PULGUENTO, A, adj.{pulga, des. enlo.)
que tem pulgas.
PULHA, s. f. (do Fr. fouilles, graças grcs-
seiras.) p^r^unla equivoca e cavillosa pro-
vocadora de resposta que expõd a pessoa ao
escarneo.
PULHEiRA. V. Palheira.
PUL'l)0, PLLIMENTO, PULIR. V. Po/Ír, etC
PI LLULANTE, adj. dos t g. (Lat. pullu-
lans. tis, p a. de pullulo, are, poliular )
que pullula, germina ; (tig.) que renasce, se
multiplica rapidamente. — * vícios, crimes
PULLULAR , V. a ou n. (tat puUulo ,
are, frequent. de pullu, ate, brotar ) bro-
tar com viço, germinar, lat.çar renovos
Pullulam as plantas, as arvores, e fig —
os vit.iits. os crimes.
lULMÀo, s. m. (Lat. pu imo, onú, que os
etymologistas derivam do Gr. pneumun, e
que eu » r^io vir de /ia//owai, saltar, pular,
e hioi. vida, viver.) o bof«, orgãn respira-
tório do homem e dos animaes mammife-
ros.
PULMONAR, adj do.<i 2 g. (Lai. pui mona -
ris.) (anat j do > uliuào. \asos pulmonares.
— , (m«'d ) phihisica —
pULMoN*RiA, s f. sorte de musgo.
PULMONico, A, a<ij. V Pulmonar.
PILO . s m. salií) de aniruftl ou do ho-
m»>ni, «-alio de corpi» nlasiico, t? g. — d--
pelU Andar aos —s, pulaii'lo. t. Pular.
puLi no, H m (pioii púipitir, Lm. pui
p>lnm, lugar da sctiia n< s ihetitros roíih
nos onde os a<turt^s. íecitrtvaiuo dr^ma ca-
deira eleva ta duiide s^* pregíon seriLÕes
cadeira de leni" mi <le pr. IVssor ; arniaçèi
em que os ceneiros trabaihim as velas <)♦
vírids pesos, penduTrindo os pavios mergu
Ihados.
PULSAÇÃO, .t. f. (lat. pulsatit, onis /la-
tejo d«s arit-nas, dilatação e contracção al-
ternada das art rias,
PULSADO, A, p. p. de puHar; arf;. late-
jado ; tocado, ferido. Iiub« — a Ij^ra.
Pulsau, t. a. (Lat. pulso, are, frequv^nt.
de pello, ere.) tocar, ferir as cordas de ins-
trumentos músicos. Pulsava docemente as
cordas da lyra. — , v. n, latejar, ter pul-
sações. Pulsam as artérias. Pulsa o cora-
ção de jubilo, ou de medo. Puhata-lhe
nas veias o sangue illustre. « Pulsavam vl^í-
le... as paixões viciosas.» Lucena.
ruLSATiLLA, s. f noiue de uma planta.
puLSATivo, A, adj (des. iro.) (med.) acom-
panhado de pulsação. Dôr — .
puLSATORio. V. Pulsativo.
PULSKIRA, s. f. [pulso, des. eira.) orna-
to que cinge os pulsos. — s de aljofre , de
brilhantes, guarnecidas de pérolas, brilhan-
tes,
PULSISTA, s. m. ou adj. m. (des. inta) Me-
dico— , que tem tacto delicado do pulso ar-
terial, versado na observação das variações
do pulso. Solano e Bordeu foram grandes
pulsistas.
PULSO. s. m. (Lat pulsos. V. Pulsar) di-
latação e contracção alternada das artérias,
latejo, pulsação. Tomar o — ao doeníe,
apalpar a artéria para contar as pulsações
dVlIa, e observar a sua força, regularidade,
dureza o plenitude, ededuzir d'ahi o estado
do doente. — , (fig.) experimentar, pôr á
prova, sondar, v. g. — á sua gente, son-
dar-lhe o animo, as disposiçõ»^s. «Tinha
Job tomado o — a tudo o que era dôr. »
Vieira. «Os olhos são — s do coração. » in-
dcios do sentimento Vieira. — , a extre-
midade do antebraço que se liga á mão :
(tig.) força muscular da ii.ão, do braço Ter
bum — ; ter grande vigor, energia.
pultava, pultawa ou poltava. (geogr.)
cidade da Uussia europea, capital do go-
verno do mesmo nome, na antiga Ukrai-
na ; 8,H()0 habit/'ntes O governo de Pul-
tava é situado entre os de Tchernigov, de
Kour^k, de Rharkov, conta 1,9j0.0OO ha-
bitantes.
puLThNEA, (hot.) género de plantas da
familliN das Leguminozas e da Deandria
•Monogynia, Lin.
pLLiusK, ígeogr.) cidade da Hussia eu-
"np»a, a 4U léguas ao .>E. de Plock ; i.iúú
ii biiantes.
ró» v«i;o, (ant) V. Publica.
puLVRR^o, A, adj ( at pulvereus] àeió.
puiVRHi>rt V. Polvrmo.
puLVKRisADt», A, p p á<: pulvf risar ; adj.
reiluzidu a {ló.
pulversar V. a. (do Lat. puhis, eris,
nr <les iuf ) reduzir a |>ó.
PULVKRULKNTo, A, udj (Lat. pulterulcH"
tus) coberto de pó. de poeira.
púi viuo, (ntii.i V. Publico.
PUMAR, (ant ) V. Pomar.
PUAAR, (ant.) V. Pugnar.
Fim
fvvçÁHJt, adj. dosiíg (des.dop. À. Lat.
em an», tis) pung«^nte, que fura, pica.
PUNÇÃO, t. m. liifode ferreiro, espécie de
ponteiro. V. Ponçáo
PUNÇA», V. a. {punçóf ar des. inf j furar,
abrir com punção, ponçãoou ponçó. \. Fu-
rar
PDNçó, s. m. (Do fr.poinçon.) V Pon-
ruifCTUAÇÃo, s. f. a separação das senten-
ças do discurso, por pontos, edos membros
da phrase, por pontoe virgula, dois pontos,
virgulas.
PUNCTUADO, A, pp.de punctuar ; adj se-
parado com pontos, virgulas, e outros signaes
orlbographicos. Escripto bem ou mal — .
ruNCTUAR, V. a. (Lat punctum, ponto,
ar des. i'.f ) separar os períodos, eosmem-
bros d'elles pop pontos, virgulas, ponioe vir-
gula, dois pontos, e outros signaes ortho-
graphicos, pontuar. Moraes ajunta acccníos,
ma» acceníuar é mais próprio.
PUNCTURA, s.f. (Lat. depunyo, er«, pun-
ctum, pungir, picar) (cirurg.) picada com
lançeta ou agulha, furo coiu troca rte. — ,
(lypogr.) duas chapas de ferro com puas nas
txtremidades em que na imprensa se enGam
as folhas.
PUNDONOR, s. m. (do Fr. point-d' honneur)
ponto de honra, brio.
PUNDoNORoso, A, adj. (des. oso) cheio de
pundonor, de brio. Homem — .
PUNGENTE, adj. dês 2 §. (Lat pungens,
tiSf p. a. depunyo, cre, pungir) que pica,
picante. Espinho, ponta, aguilhão — . — ,
(fig.) doloroso, que oflende nuito. Dôr — ,
mui viva, lancinante. Cuidados, remorsos,
saudades — s, mui dolorosos, sensiveis Iro-
nia, sarcasmo — , mui picante, oíTonsivo.
PUNGiBARBi s. m. O moço a quem co-
meça a apontar a barba.
PUNGIDO, A, p. p. de pungir ; adj. pica-
do ; apontado (a barba) ; (fig.) estimulado,
excitado vivamente. %, g — dos desejos, da
luxuria, concupiscência, dador, daoíTensa.
Christo — da coroa de espinhos.
PUNGIMENTO, s. *». [menio suff ) picada,
dôr causada por picnda ; (Hg ) estimulo, v.
g. — drt honra, da offensa ; pezar, dor, com-
puncção, t. g. de peccado, acção má, re-
morso.
PUHGiR, V. a. (1 at. pvngo, erc, punctum.
Vem do figo, ere, cravar, furar, (ir pego,
ou pigo, rad. ac, ag, ou ak, ponta, cousa
aguda, aké, Lat. ico, cre, ferir, ac s, agui-
lhão, agulha, em Egypcio AascA, romper) pi-
car ferir, furar. « Em 9S pungindo (as ar-
vores) lançam bálsamo. » (is espinhos das
roseiras puntiem as mãos delicadas. — , (fig.)
morder, estimular, irritar. A bilis acre pKn
gt o estômago. Os remorsos pungem o crimi-
VOL. IT.
PCH
333
noso. As paixões pvnge*n o coração. A dor,
a inveju, o rancor lhe pungiam o coração.
— , V. n. apontar, v. g. começa a lhe —
a barba ao mancebo
puNGiTivo, A, adj. (des. tvo) pungente,
que estimula, v. g. dor — , cuidados, re-
morsos — .
PUNGO ANDONGO (pedras de), (geogr.) Pre-
sidio portuguez em Angola, antiga corle dos
reis do (!ongo tomada com o r«ino ao ul-
timo rei D. João Hary em 1G71 por Luii
Lopes de Sequeira; tem iO,2Dl habitan-
tes.
PUNHADA, s. f. (d«s s. ada) golpe com o
punho, murro.
ruNHADo, s. m. (des. m. ado) a porção que
se pode conter na mão, v. g. um — de fa-
rinha, areia, de sal.
PUNHAL, s.m [áol.ai.pugiunculu^, dim.
ilepugio, punhal) arlaga, faca de ponta re-
forgada, com cabo grosso.
PUNHALADA, «. /". golpe de puuhal. Matou-
0 ás — s.
PUNHAR, (ant.) V. Pugnar, Apunhar.
PUNHETE, *. m. o punho da camisa. — .
nome de um jogo de meninos.
PUNHBTi, (geogr.) (hoje Villa-Nova da Res-
tauração ou Constância), villa na confluên-
cia do Zêzere com o Tejo, a 2 léguas ao O.
d'Abrantes na sua margem direita seguin-
do para Santarém, encerra 2000 habitan-
tes. K' uma povoação antiga, abastada dos
géneros que produz a alla-exlremadura ,
taes como azeite, ce^ea^ís e vinho; em pei-
xe dos dous rios sobre osquaes domina, e
pelo Tejo tem animado comiLercio com Lis-
boa, donde dista 22 léguas ao Nfcl.
PUNHO, s. m. (lat. pagnus, Cir. pygmé,
punho) mão cerrada Com a lança, espada,
remo em — , apariad.i na mão, em acto "de
ferir, remar. A — , ás punhadas, ao murro.
— , (fig) a mão. Escrever do seu próprio — .
— , punhado, ou pugillo, (p. us ). — ou — s
da espada, lugar onde a mão a empunha ou
aperta para desembainhar ou para a brandir.
— da vela, (naul.) canio dVUa onde, pren-
de a escola. Entre os —s, entre os dois ru-
mos, V. g. debolina e p">pa —s da cami-
sa, folhos que ornào a extremidade das man-
gas que cobrem os punhos. Tamisa de — .
PUNIÇÃO, s. f. (Lat. punitio, onis) casti-
go, pena.
PÚNICAS (guerras), (hist.) nome commum
a três guerras celebres, que tiveram lugar
entre os Carthaginezes [Pcsni) e os Roma-
nos.
PUNICEO, A, adj. (Lat. punii:eus, do Gr.
phoinix. tâmara, cor de tâmara, vermelho)
de cor vermelha, brilh«iile, escarlate. — s
flores, ex. « Foge dos lábios a punicea rosa. »
Bocage.
84
^m
ruR
vi^n
PÚNICO, A, adj. (Lat. punicus, qiiasi phe-
nicius, do mesnco radical qne pwmceM*) car-
thaginez.
PUNIDO, A, p. p. de punir; adj. castiga
do.
PUNIDOB, s. m. (Lat. punitor) castiga-
dor.
PUNIR, V. o.(Lat punio, ire, qiiasi porm-
re, de pana, pena, castigo) castigar, impor
pena : — o criminoso os crimes, os vícios,
osdelictos.
Syn. comp. Punir, castigar. Goncorda o
verbo pwwír com casíi^arna ideia principal
de executar algum castigo contra o delin-
quente ; porém pimfr supj^.õo delicio contra
lei ou preceito, e uma autoridade que impõe
pena em virtude da mesma lei ; e castigar
refere-se principalmente ao castigo corporal
que se dá a uma pessoa ou animal para o
corregir de algum defeito ou raáo costume.
Punem-se os crimes, os delictos, os male-
fícios dos homens. A mãi castiga o meni-
no. Castiga-se o cavallo com o açoute, com
a espora. «Quem bem ama, bem casiiga,y>
diz um provérbio francez ; e com razão ,
porque no caòtigar descobre-se a intenção
de melhorar, aperfeiçoar o que se castiga,
e em punir só se inculca a vindicta da lei.
PUNITIVO, A, adj. (des. ivo) qtie pune, des-
tinado a punir. Justiça — .
PUNÍVEL, adj. do5 2Íg'. (des. ire/) que me-
rece punição, V. g crimes, acções.
PUNO, (gpogr.) cidade do Pftrú, a 17 lé-
guas ao SE. de Cuzeo ; 7,000 habitantes.
puNTiDO, (geog.) convento situado eníre
Millão e Bergarao, é celebre pela formação
da 1.® liga Lombardo-Veneziana.
PUNTURA. V. Fundura.
pupiLLAGEM, s. f. (des. agem) a educação
dopupillo, tempo que ella dura.
pup'LLAR, adj. dos tg. (Lat. pupillaris)
de pupillo Estado, idade — . — , que per-
tence á pupilla ou menina do olho Mem-
brana — , a que no feto cobro a pupilla.
PUPILLO, s, m. (Lat. pvpUlus, de pupus,
criança, e illigo, ere, ligar) o orphão que
está entregue á autoridade do tutor até a ida-
de de quatorze annos nos rapazes, e de doze
nas raparigas.
pupis, aflí;. /". (Do Lat. pMppi.ç, popa) Veia
— , do alio da cabpça, E' desusado.
PUKACB ou pusAMBio, (gcogr.) cidade da
Nova-Granada, a 4 léguas ao SE. de Po-
payan
PURAMENTE, adv. {mente sufí.) com pure-
za, castidade ; limpamente, sem adulteração.
Escrever, fallar — . simplesmente.
PURANAS , (hist.) nome de 18 poemas
sanscrit^s, que conteem as tradições re-
lativas á iheogonia e á cosmogonia dos in-
4ws.
ÍV'.'
PURAVA, s, f. (t. Asiat.) panno de algodio
semeado de rosas de ouro. vestidura dos broh-
manes.
PURBECK, (geogr.) península em Inglat. r-
ra, chamada vulgarmente a ilha de Pm-
beck, na oxtermid*ide vSK. do condado de
Porset.
PURCAS, í. f.pl taboado de pinho doNur-
te para construcção de navios.
purchas, (hist.) sábio ecclesiastico inglcz,
nasceu em 1577, morreu em 1628 As suas
principaes obras são : Purchas, his pilgri-
mages or relations of the world and the
religion; Hakluytus posthumus.
PUREZA, s. f (puro, des. eza) estado pu-
ro, sem mancha moral, castidade, innocen-
cia de costumes. — dos metaes estado d'el-
les desembaraçado de todas as substancias
ht'terogeneas. — da linguagem, uso, em-
prego determos elicuções castiças, livre de
neologismos, palavras e phrases estrangei-
ras.
PURGA, s. f. remédio purgante. Dar, to-
mar uma — . Estar de — , ter-se purga-
do.
PURGAÇÃO, s. f. (Lat. purgatio, anis) acto
de purgar, limpar, v.g. — do pagode, ce-
remonia com que se purifica o templo quan-
do foi violado, profanado ; (fig.) prova da
innocencia de pessoa accusada ou suspeitada
de crime, delicto, por juramento, duello,
prova de fogo, etc — , (raed.) secreção mór-
bida, v.g. da urethra, da vagina. — das fe-
zes de metal, apuração. — do mel qué se
separa do açúcar^ clarificação.
PURGADO, A, p p. de purgar ; adj. eva-
cuado por medicamento purgante, ou natu-
ralmente expellido do corpo ; limpo, apu-
rado, desembaraçado de feies ou de substan-
cias hetereogeneas. O metal — de fezes. U
animo, o espirito — de erros, illusões. Livro
— de erros. O réo — de culpas, justifica-
do, reconhecido innocente. Tinha — acidi-
de de vadios e mendigos.
PURGADOR, s. m. homem que purga o açii-
car nos engenhos.
PURGAMILHEIRO , PURGAMlNHKIRO , S. ffl.
(ant.) O que faz e vende pergaminhos.
PURGANTE, adj, dos 2 g. (Lat. purgans,
tis, ^, Si. áe purgo, are) que purga, purga-
tivo, — , s. remédio purgante, v. g. admi-
nistrar um — . Os — s convém em muitas
doenças.
PURGAR, V. a. (Lat purgo^ are, de pus,
ris, matéria sórdida. Gr. puon, e ôrô, lan-
çar, ftxpellir) limpar do máo humor por
meio de purgas ; (fig ) purificar, afinar, apu-
rar, V. g. — os metaes de suas fez*>s, esco-
rias, matrizes, — o açúcar, clarifica-lo; —
o livro, o espirito de erros — as culpas^
eiípiar ; — d* noU, da iníao^a, íiiv^r. Pur"
goií a' terra ífe'"radM)*, mendigog, y\íe%no"
rosos, lançou-os fóra — a accusação, por
juramento, duello, prova de fogo, e outros
meios usados antigamente. — as objecções,
(p. us ) desfaze-las, refuta-la*. — a infâ-
mia, dizia-se doco-rêoqued*pois de haver
denunciado o complice ou complices, per-
sistia na sua declaração sendo posto a tratos
— , V. n. (med ) sair o humor, v. §. a cha-
ga purga ÇQuito ; ablennorrhea continua a
— . — SB, V. r. tomar purga. — de humo-
res, eracua-los ; (fig.) — de crime, suspeita,
justificar-se — de erros, vicios, desemba-
raçar-se d'elles.
PURGATITO, A, adj . (des ivo) purgante,
qus tem qualidade purgante. A virtude —
do rhuibarbo, do aloés Remédios — , c^-
tharticos.
PURGATÓRIO, s. m (Lat purgatorius] lu-
gar onde as almas expiam os seus peccados
antes de irem gozar da bemaventurança ce-
leste. Soffrer dores do — , mui pungen-
tes
PURGATÓRIO, A, adj. (Lat. purgatorius]
que purga, alimpa ; (fijg.) que expia. Fojo
— , o do purgatório, que tira a nodoa do
peccado, que expia as culpas.
PURIDADE, s. f. (Lat. puritas, íis), pu-
reza, limpeza, — , (apt.) segredo. Em ou d
— , era segredo, em confidencia, c. g. Es-
crivão da — , equivalia antigamente a se-
cretario de estado. Officiode — , de segre-
do. O chanceller mór éoflBciode — «Que
guarde bem a nossa — , » segredo. — s,
(ant.) segredinhos, confideijcías de namora-
dos.
PURIFICAÇÃO, s. f. (Lat. purificaiio, onis],
o acto de purificar, f). g. — dos vinhos, do
azeite, dos metaes, do assucar, restabele-
cimento da pureza, expiação, rito, ceremo-
nia expiatória, que tira, fava mancha, nó-
doa, profanação, t. g. A — da mulher pa-
rida, cerimonia judaica que consistia no
encerramento em casa por quarenta dias,
tendo um filho, e de triqta, sendo filha,
passados os quaes ia ao templo offerecer
um cordeirinho com um pombinho, uma
rola, e duas andorinhas, ou diis pombos,
sendo a mulher pobre. A — de Nossa Se-
nhora, a festa das Candêas que a igreja ce-
lebra em honra da purificação da virgem
Maria. — , o vinho que o sacerdote toma
na missa logo depois da communhão do cá-
lix, e precede jsi abliiçlo.
PURIFICAÇÃO, (hist.) ("esta instituída, em
memoria do dia, em que a virgem Maria
foi ao Templo apresentar o menino recem-
nascido ; é a 2 de fevereiro.
PURfFiCAçÃo-DOS-CAi|Pos (geogr.) villana
província da Bahia, comarca da Cachoeira-
fURÍs, (geogr.) antiga qaçáo nomeada do
Ah
m
BrazflqaeTagaTa' petas mafás' dá Máhli-
queira, e pelas margens do Jequitinhonha,
6 terras chans da província do Espirito-
Santo
PURIFICADO, A, p. p. de purificar, a4j.
alimpado, apurado, livre de tudo o que su-
ja, mancha, expiado, puro, limpo, purifi-
cado de imputação criminosa.
PURIFICADOR, s. m. O que purifica, lim-
pa, expia. — , adj. que purifica, v. g. Ájr-
rependimento — de culpas. A desgraça é
— dos corações.
PURIFICANTE, adj. dos lg. (Lat. purifi-
cans, tis, p. a. de purifico, art), que pu-
rifica.
PURIFICA», V. a. (lat. purifico, are, de
purus, efacio,ere, faier), fazer puro, apu-
rar, limpar das fezes, v g. — o metal, —
o sangue, dos mãos humores , — o ar, des-
truir os vapores, ou emanações que o con-
taminam, - o sacerdote os dedos, lavâ-Ios,
— , (fig.) — a ruim fama, restabelecer a
reputação, — a alma da culpa, expia la ; —
o templo profanado. Os gentios purificam
o corpo com lavagens, e crêem ficar livres
da culpa. — se, v. r. lavar a nodoa ou man-
cha physica moral. Purificam-se as castas
superiores na Índia no contacto com indi-
vidues de outras castas que reputam im-
mundas, v. g. os pariás. — a mulher pa-
rida. Y. Purificação judaica. — a condic-
ção, (loc. ant ) cumprir -$e, verificar-se.
puRiFiCiTORio, s.m. (des. adj. ori», su-
bst.), vaso em que o sacerdote purifica os
dedos, — , expiação religiosa ou moral, v.
^. «o — da consciência do juiz era lavar
as mãos com uma pouca de agua. )> Viei-
ra.
PURISMO, s. m. (des. timo), esmero, cui-
dado, escrúpulo em usar de linguagem pu-
ra, castiça
puRissiMAMENTE, adv. supcrl. de pura-
mente, com summa pureza.
puríssimo, a. adj. superl. depuro, mui-
to puro.
purista, s.m. (des. ista), escriptormui
apurado, cuidadoso em usar de linguagem
pura, castiça ; critico severo em matéria de
linguagem
puritanismo, s. m. (des. ismo), pertençio
a ser puritano, em todas as açcepções des-
te termo.
PURITANO, s.m. ou adj. sectário que pre-
tende professar a doutrina pura do Evan-
gelho, sem mistura tradicional. — , o que
se preza de ijâo ttr na sua geração sangu^qi
de Mouro ou Judeo. v. g. Escriptor — /
purista.
PURITANOS, (hjs$.) nome dado ep Ingla-
terra e n^ Escossia aos presbyteriapos mais
rigidos, que tinham a pretendo 4e sereii)
336
iI}R
PUT
os únicos a seguirem o chritiainisaio em
toda a sua pureza. , ' ^.,j
PURO, A, a<*j. (Lat. purus, do Gr.' pur,
fogo, ou do Lat. uro, ere^ queimar), livre
de tudo o que mancha, suja, afinado po-
lo fogo. Metal — , apurado pulo fogo : livre
de todas as fezes, escorias, de tudo o que
é heterogéneo, v. g. Agua — , ouro — Vi-
nho — . Assucar, sai — , Mulher — , inno-
ct^nte. — , gpnuino, sem mescla. Eslylo. sen-
tido — das palavras Linguagem — , sem mis-
tura de Tozps estranhas Sangu^í — , (Hg.),
de raça il'uslre, sem mescla que deslustre
-^t (fig ) livre, izento. Voto, parecer — de
respeitos, de lisonja, parcialidaie — , me-
ro, simples, sem ornato « Cnniar seu-* fei-
tos—í. » Lamõ^^s. — , sing»-lo. He a — v«t
d«de, nua, s^m disfarce. He — calumnia
mentira, perfeita. De — seiítim^nto, mero
Correu de ou ao — desamparo, inteiramen-
te desamparado lie — chorar perdeu avis-
ta. » Vieira, á força de mero choro. « Mor-
reu este eicell^nte poeta (Camões) em —
pohreza. » Conto.
PURPURA, s f. {pron. púrpura, Lat. pur-
pura, ««r. porphura ou prophyra, que os
etymologistas derivam de pur ou pyr, fo-
go, e phrêo, emittar, ou phâo, brilhar),
concha de um marisco do qn^l os antigos
eilrahiam a matéria com qne tingiam de ro-
lo os estoíf.»s; côr roía avermelhada, ctV
de amethysta, — , cor escarlate ; a pri'uei-
pa era chamada — de Tarento, a segunda
— de Tyro. — (fig.) ví^stidura tinta em —
como a dos reis, cardeaes ; — a dignidade
regia ou cardinalioia.
PURPURADO, A, adj. (des ado) v.-stido
depuroura. cg. Os — tyrannos, reis, car-
deaes.
PURPUREADO, A, p. p. de purpurear, odj.
cingido em purpura ; adornado de purpu-
ra.
PURPUREAR: V. a. dar cor de purpura.
«. ^f. A natureza purpureoa vanas con-
cha* — , v.n. adquirir côr de purpura. —
SE, «. r. Os ceos se purpuream. As faces
se ourpuream de vergonha.
PURPÚREO, A. adj (Lat. purpureus), de
purpura côr de purpúrea. As cerejas — s.
Purpúrea rosa sobre a neve ardia.
Escarlata purpúrea côr ardente.
Camões, Eleg. 2.
Mar — , (fi(?.) de sangue. Mui — de plu-
mas, brilhante, flammante, lustroso.
PURPURINO, A, adj. vermelho. Lábios — ,
Rosa — , côr de purpura.
puRPuaiZAR, V. Ptirpurear.
ruRULBNTo, A, odj. (Lat. puruUntos) da
natureza do pus. v. g. Chaga — . Escar-
ros — . / ,.,
PURÚ, (geogr.) rio na província do Pará,
no brazil, cujo nome lhe vem dos indios
purupurús.
PUS, s.m. (Lat. pus, rw, ílr. puon', se-
creção da chaga, matéria da su^puraçào.
— louvável, de boa qualidade.
pusança. V. Pujança.
pusiLLAPíiME, adj. dos 2 g. (lat. pusH-
lanime, pusillus, pequeno, d^bll, fraco,
frouxo, cobarde, e aniin s, animo, alma),
í^obarde, que tum pouco animo, fraco, me-
droso, tímido.
pusiLLANiMiDADE, s. f. (Lat. pussUlani'
mitas, ít.ç), cobardia, fraqueza do animo,
falta de resolução.
pusillanimo, a, adj. V. Pusilíanime.
pusiLLO, A, adj. (Lat. pussilas)^ fraco,
pusilânime Ânimos — s.
pustamkiro. V. Postrimeiro, Derradeiro,
e Posihumo, Poslhumeiro
pustirtiial, (ge<»gr.) circulo do Tyrol,
entre o circulo d'UntHr-lnnihal, a Áustria,
a lllyíia, eic; .í><,245 habitantes.
PÚSTULA, * f. (pron pústula : Lat. de
pus e tjllo, ere, levantar), (medic.) boste-
la.
pusTULoso, A, adj. (Lat. pustulosus), co-
berto de pústulas ou bostelas. O rosto — .
Doença — .
PUTA, s. f. (do Lat puta, rapariga), me-
retriz. iMfiraes diz que vem do Italiano, co-
mo se o lerm » nà» fus«H latino puro.
putanges, /'geugr.) villa de França, so-
bre o Orne. a 4 leguis ao 0. d'Argtínlan ;
700 habitanies.
PUTÀo, s. m putanheíro, — , avgment ,
de puto ou puta.
putaniir RO s. m (doital putana, pu-
ta, Kr. putain, des. eiró), frascario, fre-
quentador de putas
puiARiA, s. f. (d^s. ia], casa de alcAu-
ce ; acção de puta; vicio de putanheí-
ro.
PUTATIVO, A, adj. (Lat. putativas, de
puto, are, julgar, pensar), reputado. Pai
PUTEAR, tJ. íi. (puía, ar des inf.) ser
frascario, frequentar as putas, viver cirno
puta. — , em sentido activo, gastar compu-
tas, f>. g. — o dinheiro
puteaux, (geogr ) /illa de França, ao SO.
de >euilly ; 2, a 2,600 habitantes
puiEGA, s. f. nome de uma herva que
nascH entre as estevas.
pUTi. (geogr.) rio na província do Piauhi,
no Brazil
PUTiGNANo, fgeogr.) cidade do reino de
Nápoles ; a lU léguas ao 5£. de Bari ; 8,500
habitantes.
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^^fm»
PUTI1IR4, s. f, diminut. de puta, puta
moça.
PUTNKY, (geogr ) cidflde d'ínglatí»rra a t
léguas ao u. de l ondres ; 4,OoO habitan-
tes.
PUTO, g. m. (do Lat. putus, rapaz, pu-
to\ o mr-ço que se presta au sodomita ou
faiicMono; — , o s«>dt>raita
PUTREUiNOSO A.adj. [LBt. putrfdo. inis.
dps. 0X0 (m"d.) corrupto, que causa podri-
dão. Evacuações, parles — s.
PLTHEFACçÀo , s. f. (Lat. putrefartio^
onis), estado podre, podridão, apodreci-
mento
putrbfaciknte, adj. dos 2 g. (Lat pu-
trefaciens, tis, p. a. de paire facio, ere,
causar podridã i), que faz apodrecer, que
causa po(irid<i)», que apodrece.
puiriífactivo, a, adj V. Pulrefarienie.
putrkfacto, a, adj. ^Lat. putrefactas, p.
p. de putrefio, ieri, apodrecer), pudre, cor-
rupto.
PUTREFACTORio, A, adj. V. PutrefacieU'
te.
PUTBIDO. A, adj. (Lat, puíri4us). (med.
podr.^, corrupio. Matéria — .
PUTSCH, (hist ) Pulfichius, philologo al-
lemào, nasceu em 1580, morreu eiu 16(li>
Deixou Grammaticce latititt auctores an-
tiqui.
PUIADO, A, p. p. de pniar, adj tirado
em força, t>. g. tinha — pela corda. — ,
(fig.), Estyjo — foç-«do, não faciL estira-
do. Vir — , (loc. chul.) TÍr bebido, i reco
— , excessivo, exorbitante. Assucar — , na
escumadeíra, mui batido de modo a quebrar-
Ihe o gr<io.
PI XAMTE. V. Pvjante
PLx^^ljXA, s f. espécie «le alfeloa, no
BrasiL
PUXAR. V. n. (do (Ir. pux. adv.. com o
punho, ar des. inf ) tirar porAÍguma cou-
sa com força, v. g — por uiua <*4»rda, pelas
orelhas, — p»la espada, arrancá-la. Osca-
vallos — pelo co<-he, os bois pelo carro,
arado. — com os dentes, derriçar — pela
voz. esforça-la. — (K^la lingua a aLuem,
(tíg.) ex('ita>lo a fallar, tirar lhe do bucho
o que elle s«be, fazH lo pairar, dizer o que
sabe, os seus segredos — pelo recno, re-
mar com força , — pela enxada, trabalhar
cora vigor — pela bolsa, tira-la da algibei
ra para pagar; obrigar a grande despeza.
c. g. Uiua trapaça, uma despeza — por ou-
tra, traz comsigo, excita — , /'fig ) tender.
V g. y) sangue sempre — para os seus. O
natural do homem sempre — , exrltt, im-
pede. — ptra si, tirar com força alguma
Cíiusa pnra junto de si: [fig ] f.^zer diligen-
cia, trab^lhftr em bentíicio pn>|TÍo. — para
alguém, favorecer o »eu adiaotameuto, — ,'
TOi. IT.
ffallando de cousas) excitar a trabalhar, ex,
« (lousas que estão puxando por nós. » Cou-
to.
puxATivo. A,9.adj. (chulo) que excita a
beSjr. Comeres — . ex. D*um — escalda se
tornava )» Diniz. Ily^^sope.
plxavant. , s. m. (p>'xa, a avante) (fer-
rad.) espécie de pá de ferro com gume,
conri que se espalma e apara o casco das
bestas.
PUXO, s. m. mais u?ado no pi. Puxos,
tene»mos ; exforçns dolorosos de mulher no
parto, ou de pessoa que forí^eja p ir expel-
íir o« excrementos alvinos. Ter — . Tomar
— , fazer exforços para evacuar os intesti-
nos ou para expellir o feto.
PUXO, s. m. Cacho e puxo, drogas de
Cambaia.
PUY, (g«»ogr.l do céltico puich ou puceh,
montanha, nome de muitas moutauhas, em
França,
PUY. (geogr.) chamada também Puy-en-
Velay, Civitas Velhivorum e Ánicium en-
tre os antigos, Podium na edade media, ci-
dade de França, a 126 léguas ao SE. de
Pariz; 14,920 habitantes.
PUYCKRUA, (geogr.) JuUa Lima, cidade de
llispanha, a ti léguas e meia ao NE. dUr-
gel ; t,M)Q habil«nles.
PUY-uF.-oo^K, (geogr.) pequena cordilheira
de montanhas em França, no centro do
depariamentn do mesmo nome.
PUY-DE-DOMí, (genfír) um dos departa-
mentos de França, entre os d'Allier, aoN.
do .Alto Loire e no Cantai ao S e o do
i.oire a ^. ; 589,420 habitantes Cwpitòl Cler-
mont-Ferrand.
PUY LA -ROQUE, (geogr ) cidade de Fran-
ça a 8 l->guas ao Se. de.Mo(itauban ; 2, liO
h.-tbit^ntes.
PUYLAi RENs, (geogr.) Podium Laurentii,
cilade de França, a 5 Léguas ao E. de
Lavíiur; ^,\{M) h/ibitant-s.
PUY-L*EVEQUE, (ge gr ) cidade de França,
a 6 legdas ao NO. de Cahors ; 2,tíUJ ha-
bitantes
PUYSEGUR, íhist ) appelido de uma famil-
lia franceza, da qual sairam muitos miUta-
res distinclos.
puz\L. V. Puçal,
puzoL, (geogr ) cidade de Hispanha, a ±
léguas ao SO. de Muviedro ; í^.vOO habi-
tantes.
pydna, (geogr ) primeiramente Citron,
hoje Chitro ou Kitros, cidade da Macedó-
nia, no Pieria, sobre o golpho Thermai-
cia.
PYGVAi.iÃo, (my th.) celebre «»sculptor, prin-
cepe ou rei da dha de Chypre, namonm-se
da estatua de Galutea qu» era obra sua ,
boteve de Veous, que esie mármore se aoi*
8>
pÇR
PTR
masse e ©asou com ella. Deste consorcio
nasceu um filho chamado Paphus.
PYGMALiÃo, (hist.) rei de Tyro, irmão de'
Dido, reinou no IX século antes de Jesu-
Christo. Matou Sichêo, seu cunhado, para
se apoderar dos seus thesouros, e obrigou
Dido, sua irmã a fugir. Foi envenenado por
sua esposa Astarbéa.
PYGMÉo, 5. m. (Lat. pygmcBus, do Gr.
pygmé, punho, cubito), homem de mui pe-
quena estatura, que não tem mais de um
covado de altura.
PYGMEOs, (hist.) povo imaginário, que os
Gregos collocavam na Thracia, na índia ou
na Ethiopia. Eram de tã^ pequena estatu-
ra, que os grous eram os seus ma ores ini-
migos.
PTLADES, (hist ) o fiel amigo d'Orestes,
era filho de Strophio. rei da Phocida. Se-
guiu Orestes por toda a parte até á Tau-
rida, e casou com sua irmã Electra. Subiu
ao trono por morte de seu pae.
PYLADKS, (hist ) celebre actriz, levou a
sua arte á maior perfeição, ganhou nome
em lioma, no reinado d'Augusto.
PYLEMENo, (hist.) nome commum a mui-
tos reis da Papl.lagonia. Homero falia ds
um princepe deste nome auxiliar de Pria-
mo , o qual morreu debaixo das mura-
lhas de Tróia Um Pylemeno l reinou na
Paphlagonia em 131 antes doJesu-Christo ;
I^ylemeno li em 111 antes de Jesu-Chris-
to.
PYLORO, s. m. (: àt.pylorus, porteiro do
(ir. pylé, porta, sabida, edroí, o que guar-
da), (anat.) orifício inferior rio estômago por
onde o alimento sabe para o duodeno.
" fYLOS, (geogr.) hoje Zouchioou Velho
Natarino, cidade daMesienia, defronte de
Sphacteria
PYR e PYRO, t. Grego que significa fogo
e que prefixo a muiios vocábulos denota fo •
go, lume, V. g. pyrometro, pyrophoro Tam-
prigem Grega, e pyramis deve referir -se a
fadicaes Egypcios. (latão diz que pyr, fo-
go, e pyramis, são lermos de origem não
Tlellenica Jablonski o deriva do Egypcio pi'
ré, o sol. e moné, esplendor, brilho; ma«
eu creio que é formado de pi rama, ele-
vação, lugar elevado ; ramo tem o mesmo
sentido em Chaldaico e Hebraico, e é for-
mado dos radicaes Egypcios ré, e ma, lu-
pyramo. (gegor.) Djihoun, rio da Cili-
cia, nascia na tycaonia, e lançava-se no
golpho d'lsso.
PYRAHO E THisBE, (hist. (uomes de um
mancebia e de uma donzella de Bal»ylonia,
que se amavam estremosamente, apesar da
inimisade de seus pais. i'ara cazar, fugi-
ram ambos da casa paterna, ajustando reu-
nirem-se em certo sitio. Thisbe chegou
primeiro, mas foi atacada por um leão, a
que conseguiu fugir mas que ensanguen-
tou um veo, que ella deixara cahir, Pyra-
mo chegou depois, e, vendo as pisadas do
leão, e^o veo ensanguentado, julgou mor-
ta a sua esposa, e trespassou-se com a
espada ; Thisbe, que voltava naquelle mo-
mento, não quiz sobreviver-lhe, e também
se matou,
PYRARD, (hist.) viajante francez, nasceu
em 157 j. Publicou : Viagens dos Fran-
ceies nas Iniías Orientais ^ Maldivas, Mo-
lucas ele. ^'^
PYRAUSTA, s. m. (do Gr. pyr^ fogo, e atíê,
queimar.) borboleta que a vista do fogo pa-
rece altraír, b se ,vai quçimar na luz da
vela,
PYRENEos, Pyrencci montes ou Pyre-
nceum, grande cordilheira de montanhas,
parte do Mediterrâneo , separa a França
da llispanha, e depois corre para os confins
da Galiza, aqndé se separa em differentea
ramificações.
PYREPCEOS (departamento dos Baixos) (geo- -
bem significa extraído por meio do fogo ou gr,) departamento francez, liraitrophe df
da destillação, v. g. acido pyrolignoso ;
pyromucoso, pyrotartaroso.
PTRA, s. f. (Lat,, do Gr. pyrr, fogo.) fo-
gueira em que os antigos queimavam os ca-
dáveres, cuja cinza recolhiam em urnas.
PYRAHiM, (geogr j rio na província do
Piauhi, no Brazil.
PYRAME, s. f. V. Pyramide.
PYRAMiDAL, adj . dos í g. (Lai. pyrami-
de, des. adj. aí.) em formo de pyrami-
de.
PTRAMiDB , s. f (Lat. e Gr. pyramis ,
idis.) edifício, monuqaento de pedra ouii-
jo!o com base «quadrada e extensa, e lermi -
nada em ponta angulosa. As Ires grandes— «
de Memphis são os mais antigos monumen-
tos da «atiguidadjã. j^ste termq o^o é de pieaots, e cali^A»
ílispanha, ao t). limitado ao E. pelo de-
partamento dos Altos Pyreneos, e ao O. pe-
lo de Landes ; 446,3íí8 habitantes. Capital
Pau.
PYRBNEO$ (departamento dos Altos) (geo-
gr.) departamento francez, ao N. d'flispa-
nha, ao O. do Alto-Garpnpa, ao E. do dos
Baixos Pyreneos, ao S. do de Gers ; 241,170
habitantes.
PYRENEOS ORiBNTAES (departamento dos)
(geogr.) departamento de França, limitado
ao S. pela Hispanha, ao O, pelo dpoarta-
mento d'Ariege, aoN. pelo d'Aude ; 164, 3i5
habitantes.
PYRETHRO, s. f». l/Çt. pt^retkrum, do Gr.
pyr, fogo,) planta medicinal cu^a ra-z é inyj ..
• Vi .^M
Pia
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PTRíTico, A, adj. V. Febril.
PTRKTOLOGu , *. f. (Lat., do Gr. pyre-
tos, febre; rad. pyr, fogo, elogia.){meá.)
tratado sobre as febres
PTRKiu, s. f. (Lat., do Gr. pyressô, ter
febre.) (med.) febre, estado febril,
PYRGo, (geogr.) cidade do reino da Gré-
cia, a 12 léguas ao NO. d',.rcadia Ha ou-
tra Pyrgo na costa ao K. da ilha Santo-
rin.
PTRGOTELB , (hist.) céiebre abridor de
pedras tinas, do tempo de Alexandre.
PYRIPORME, adj. dos 2 </. (do Lat./>?/rMí,
pêra.) da ou em forma de pêra, pirami-
dal.
PIRILAMPO, s. m. {fre pref., e Gr. lam-
po, luzir, brilhar ) vagalume. insecto phos-
phorico.
PIRITES , *. f. [pyr, fogo.) (min.) sul-
phureto metallico combustivel. As — * sâo
inflammaveís.
PYRiTOso, A, adj. (des. oso.) que contêm
pyriíes.
PYRiTZ, (geogr.) cidade dos Estados prus-
sianos, a 9 léguas ao SE. de Steltin ; 3,420
habitantes.
PYRMONT, (geogr.) cidade do principado
de Waldeck, 25 léguas aort. de Waldeck ;
2,600 habitantes.
PYROBOLiSTA, s. w». {pro prcf,) o que faz
artiQcios de fogo em artilharia.
PTROBOLO, s. m. [pyro pref.) uma peder-
neira côr de cobre.
PYiOLATRiA, s. f (pi/To, 6 laíria.) ado-
ração do fogo.
PYROMANCíA, s. f. fLat. pyro pref.) adi-
vinhação pelo fogo.
PYRÓMETRO, *. m. {pyro pref., em*tro)
instrumento destinado a medir os graus do
calor o mais intenso nos fornos reverbera-
lo nos, forjas, etc.
PTRÓPBORO, s. m. {pyro pref., e pherô,
lezo.) pós de farinha com alumiia que se
inflammaa expostos ao ar.
PYROPO, s. m. (pi/r pref.) mistura de três
partes de latão e uma de ouro ; (fig.) vi-
nho que tem a côr deste metal.
PYROsis, s. f. {pyr, fogo.) (med.) ardor
que se sente no estômago, azia.
PYROTHCHNiA, s. f. (Lat. pi/ro pref., 6 íf-
chnia.) arte de se servir do fogo ; arte de
fazer fogo de artificio.
PYROTECHNico, A, adj. pertencente, con-
cernente á pyrotechnia.
PYROTico, A, adj. (do Gr. pyroó , quei-
mar.) (med ) cáustico, que tem a proprie-
dade de queimar.
pTRROA, (mylh.) filha d'Epimelheu e de
Pandora, casou com Deucalião rei de Thes-
salia.
fTMBU^À, «■ f. 4^Dsa grega cuja Í4veQ-
çSo é attribuida a Pyrrho Çlho de içhrf-*'
les.
PYRRHicHio, ãdj. m. Pé — , pó de verso
grego ou latino composto de duas breves,
usado, diz Hesychio, para acompanhar a
dansa pyrrhica.
PYRRno, (hist.) rei do Epiro, filho d'Ea-
cida. Na idade de 15 annos combateu heroica-
mente na batalha d'Ipso, ('^0 annos antes
de Jesu-t'hristo), casou com Antigona filha
da rainha Berenice. *forreu no cerco de
Argos, em consequência da ferida que lhe
fez uma telha, que da cidado contra elle '
atiraram.
PYRRHO eu NEOPTOLEMO, (hist.) filho de '
Achilles e de Deidamia. esteve no cerco de"*
Tróia, defronte da qual matou Eurypylo
filho de Telepho, e instituiu em memoria
deste triumpho a dansa pyrricha ; foi o pri-
meiro a entrar no cavallo de madeira, a
mostrou-se cruel para os vencidos. Foi as-
sassinado em Delphos por Orestes.
PYRRHON, (hist ) philosopho grego, chefe
dos Scepticos, nasceu era Elis, florescia no
anno 340 antes de Jesu-Christo, e morreu
em 288 ou em 304 antes de Jssu-Christo
com mais de 90 annos. Foi discipulo d*Ana-
xarco. Foi summo sacerdote em Elis, aonde
era venerailo p*^las suas virtudes e sabe-
doria. Pyrrhon dizia que não havia couza al-
guma que fosse certa ; que a cada pro-
poziçào se podia oppor outra igualmente
provável, e que por consequência o sábio
tudo deve submetter a exame, scepsis d'on-
de os seus discipulos tomaram o nome de
Scepticos.
PYRRHONIO , A, PYRRHONICO, A, adj. dí
seita ou escola de Pyrrhon ; sceptico, que
duvida de tudo. '
PYRRHONiSMO, s. m. scepticismo obstiuado. '^
PYRRICHA, (hist.) dança militar, que se '
julga ter sido instituida por Pyrrho filho
de Achilles, era usada entre os Gregos.
PYTHAGORAS, (hist.) Pythagovas, philoso-
pho grego, fundador da etcola itálica, nas-
ceu em Samos em 60'^ ou 570, foi discipu-
lo de Pherecydes, viajou muito para se in-
struir, e em 5 O antes de Jesu-Christo es-
tabeleceu-se em Cremona, na Itália, aonde,
fundou uma nova escola, que tomou do lu-
gar da sua residência o nome d^italica. For-
mou uma espécie de congregação ou insti-
tuto moral e politico, ao qual ninguém erâ
admittido senão depois de longo noviciado.
Os I ythagoricos passavam vida mui frugal
e não comiam carne. Julga-se que Pytha-'
goras foi morto em Metaponto no anno 509,
n*uma revolta.
PYTBAGORfSMO, s. m. (de$. itmo.) a seita
ou escola pythagorica.
PTTHVAS, (hist.) astrooooDO e viaianlê ^í^ir
81 *
340
OHi
cei, vivia no começo do IV século ant'»scle
Jesu-Chrislo ; Pylhens costeou a Hispanha,
a Aqiiitani», a Anuonia, tr«nspoz o Passo
de Calais, e chegou ás ilhas Shetiand. ts-
creveu uma Descripçào do Atlântico.
PTTHicos, (hist.) joííos que se celebravam
em 4th(nas de quatro em quatro annos, em
memoria da victoria d'Apollo sobre a serpen-
te »*ylhon.
PYTHiA, (myth.) sacerdotiza de Delphos,
dava os seus or/iculos em nome do Apol-
1 ». Para este effeilo mascava folhas de lou-
reiro, e entregue a extrema exaltação, su-
bia a um« tripode, collocada jnncto a uma
abertura d'onde saiam vapores mephiticos,
e annunciava os oráculos, muitas vezes
maus, equasi sempre ambíguos.
PYTHio, adj m. epithf^to de ApoUo, de-
rivad-> da serpente Pyihon morta p>reUe.
PYTHIA, t. f sacerdotiza de Apollo.
PYTHOif, (myth.) enorme serpente, que
appareceu na t»^rra, quando as aguas do di-
luvio de Deucaliáo se retiraram, escolheu
por morada o Parnaso. Foi morta por Apol-
lo ás frechadas.
PYTHONíco, *. m. adivinho, n^cromante.
PYTHONissA, .í. f. adivinhadora entre os
antigos. (Ot» <ir pythoa, adivinho).
PYTHONissA, (hist ) este nome, que a maior
parte des vezes é synonymo de lythia, era
também aplicado na antiguidade ás advi-
nhadoras. A mais conhecida ê a famosa
Pythonissa d'Kudor, que na véspera da ba-
talha de 'ielboé, evocou diante de Saul a
sombra de Samunl.
PYxiDE , s f. (Lat. Tpixis , idis, do Gr.
pyxis, buxo ) capsula, caixinha.
PYxiDULA , s. f. (Lat., dim. de pyxide )
(bot.) pequena capsula dos musgos ; aa-
thera.
Q
Q, s. m. kê, decima sétima letr« do al-
phabeto Portuguez. E' sempre SHguida, as-
sim coroo em i aiim, de m, o qual umas ve-
zes sôa, outras nào, v. g. sô.t nm : qnan-
do^ quarenta, quaresma, qual, qualidade;
nào sôa em que, querer. Os antigos lioma-
nos nào usavam desia letra, e o tf a sup-
pria com o som de k. O u sAa sempre em
Latim e fazia como parle do Q. Apontare-
mos os Vocábulos em que o u de qu não
sôa.
Q, letra numeral que vale 600, e com uma
risca por cim«* òO«>,000.
Os nossos antigos escreviam quabeça, quo-
mo, em vez de caheça, como.
QALABCHKH (KcoKf.) Taltuis, villa de Nu-
bia, sobre o >ilo ; 200 cazas.
QOUA ou qua, (geog"*.) reino de Gume
Superior, na costa de Calabar. Capital Ve-
lho Calabar.
QUA. (ant.) V. Ca, Porque.
QUACRE. s. tn. (do Ingl. quaker, tr«me
dor.) nome de uma seita a principio faná-
tica, e hoJH emineulemente philantropica.
IV.. Qaakcres.
QUADERNA, S- f. V. Cadema.Vi Quader-
nas, nos dados, parelhas de quatro pontos
que pinta cada dado
quadernal, s. m. encaixe onde jogam as
roldanas V. Cadernal.
QUADERNiNHO, s. m. cíir»inu^ de quader-
no, pequeuí) qnaderno
QUADERNO, por uso. V. CademOi
QUADOS, (geogr.) Quad , povo da Ger-
mânia, ao E dos Marcomanos, oriundo dos
Su"vos.
QUADRA , s. f. (de quadrar.) cousa qua-
drada ou que quadra, pateo quadrado ; o
largo da náu pela parte da popa ; bandei-
ra quadrada de almirante ou da náu capi-
tania. Randeira de ou á — ; o lado de um
quadrado ; quarieto, quatro versos meno-
res. — da lua. um dos quartos ou phases
da revolução lunar — do anuo, estaçào ;
^tig.) occasíào, enftjo. Veiu em boa ou má
— . — * de jardim, repartiçõesem quadrados.
QUADRA-i-VANCouvicR. ( geogr. ) ilha do
íiranle Oceano boreil, na costa ao >0. da
America septeutrional. Logar principal iNou-
tka.
<^i
'i^t
QUlDliADO. *. m. (Lat. qnadratus ) (gftotn.)
figura plana He qiiatr.» la<Jos reclangiilarHS,
iguaes e parallelos. — , iustrufuenlo geomé-
trico qua'lr»(lo de me<Ílr distancias e aliii-
r«s. — s das meias, remate quadrado da pi-
nha. — magico, disposição de números era
quadrado de sorte que somif»ados os de ca-
da fileira, ou os das diagonaes dào a mes-
ma somtna. — , (arilh.) produiUo de um nu-
mero multiplicado por elle mesmo, v. g. l6
é o quadrado de 4. —do—, multiplicado
pelo quadrado, t. gr. 9 é o quadrado de 3,
e 8j de 9, ou quadrado do qua<lr8do de ?.
QUADRADO , A , p. p. de qufldrar ; adj.
que se quadrou ; elevado ao quadrado d«
raiz, na arithmetica : da forma de um qua-
drado. Kspaço — . Mesa — . Raix — , de um
numero, aquelle que multiplicado por si
mesmo dá o numero quadrado, v. ^. .»é«
raiz quadrada de 9. As^cto — , na astro-
nomia, poS'Çáo de astro que dista de outn»
a quarta parte do circulo li— ouquadto.
na musica, nota que indica dever- se subir
de um semitom. Homem — , de espáduas
largas, de estatura pouco elevada mas mui
reforçado. — , (fig.) perfeito, constante nas
adversidades.
QUADRADO (S.), (hist.) Quodratus, bispo
d'Athenas, apresentou no annol^L ao im-
perador Adriano, uma apologia dos chris-
lâus. E festejado a 26 de m<iio.
quadradura, s. f. V. Quadratura.
quadragknario, a, adj. (Lat q adrage-
na nus ) da quarenta ânuos de idade, l/o-
RICM — .
quadragésima, s. /. o espaço de quaren-
ta dias, quaresma.
QUADRACtsiMAL, adj. dos 2 g . (des. adj
ai.) da quaresma. Vwío — , o de abster-s»'
de carne todo o anno. Comeres quadrage-
simaes de peixe.
quadragésimo, A, adj. {Lat. quadrage
simus] ordinal, quarentesímo
QUADRANGULAR, adj dos t g. (Lat qua-
drangularis.) que tem quatro ângulos, can-
tos, ou quiUrtS"
quadrangllarmertk, adv. [mente suff.)
em fúnua qua^tr^ingular
quadra!«ígulo, s m. tigura de quatro an-
giilus <>u quinas, quadrad<».
quadrangulo , A, adj. V. Quadrangu-
lar.
quadrantal , s. m medida romana de
líquidos ; continha t urnas ou 8 congieá ;
segundo .M. Sagey, equivnle a 2 ,0 liirt»s
Este nome caiu em desuso, e foi sub»ti(ui-
do pelo de amphora.
quadrantal , adj. dos 2 g. (íat. qua-
drantalis.) (fort.) cnja defesa é segundo a
quarta do alcance do canhão. Casteilo, ei-
dadella — . Triangulo — , do qual um dos
TM. IT.
lidos pelo menos é quadrante de um cir-
culo.
quadrante, s. m. (Lat. qHad<'ans, tis.)
a quarta parle do dia natural ou B horas.
- , gnoraon ou relógio so|«r. — horizontal,
vertical ou inclinado ; — seplentrional, me-
ridional, oriental, occídental, segundo o pon-
to para onde esiá volindo. — , quarta parte
do circulo, instrumento do astronomia em
que a quarta partR do circulo está ligura-
da e gratinada. Vm — de prata, peça qua-
drada e nào lavrada.
quadrar, V. a. (Lat. quadro, ar« ) dar a
fónna quadrada, v. g. — a área, uma ta-
boa, mesa. — um numero, multiplica-lo por
elle mesmo. — , conv r, condizer, concordar,
ser conforme. A descripção do autor qua-
dra bem ao sitio. Isto quadra bem com a
minha opinião. Definição que quadra bem
ou mal ao obj-cto. U que diz a este res-
peito Aristóteles quadra-me. Quadramose
astros, estão em quadratura.
QUADRASTE, s. m. V. Cadastre.
quadratim; s. m. (impr.) quadrado que
serve para deixarem brauco o principio dos
Capítulos.
quadratura, s. f. (geom.) reducção de
uma figura a um quadrado de igual área
ou supe.riicie. A — do circulo, que muitos
tem buscado em vão. — , (astr.j aspecto de
dois astros distantes um do outro 90 graus,
ou o quarto do circulo.
quadrazaes, (g^^ogr ) povoação de Portu-
gal no concelho do Sabugal, districto da
(iuarda ; 1,200 habitantes.
quadrella, s f. (ant^ quadrilha. — de
muro. cuja defesa é conliada a uma quadri-
lha de gente.
quadkello, s. m. (ant ) setta de ferro de
«piairo faces que se despsrava das bes-
tas.
quadri, prefixo latino que em composi-
ção significa que tem quatro, de quatro
QUADRicuBico, A, ttdj quddrado e cubi-
co.
quadrícula, 8. f. instrumento mathema-
tico com que se tomam «iisianoias.
QU«DRiEn?<AL, adj dos Lg. de quadrien-
nio ou quatro annos.
quadkieN!<<io, s. m (Lat. quadriennium)
espaço d»* quatro annos
quadrife>dido, a, adj. fendido em qua-
tro partes.
quauhifido, a, adj ( at quadri/idus] fen-
dido em quatro part<>s.
quadrifronte, adj. (Lat qnadrifrons, tit)
qu« lem qualr» froiit»*s. Juno — .
quadkiga, s. (. (Lat) tiro de quatro ca-
vallts; carro ou carroça tirada pur quatro
ca vai los.
i QUA0RI6AKI0 (Quinto Cláudio), (hist.)hi§*
86
QU
toriador romano do tempo de Sylla ; es-
creveu Annaes da republica.
QUADRicÉMiNO, A, adj . (Lat. quadrifemi-
nwj) que tem quatro pares.
QUADRIL, s m. aparte do corpo desde a
fcintura, ou parte inferior das costellas até
ao principio das coxas ; anca, alcatra das be»-
ias, bois.
QUADR-LATKRAL, adj. dos 2 Q. V. Qua-
drilátero.
QUADRILÁTERO, *. w. figura de quatro la-
dos.
QUADRILÁTERO, A, adj. (Lat. quadriláte-
ros) que tem quatro lados. Figura —
QUADRILHA, s. f quatro ou mais caTallei
ros do mesmo partido que figuram em jus-
ta ; quatro parceiros em dansa ; turma de
cavalleiros na guerra, pequeno numero de
íustas ou outras embarcações queacommet-
tem por turnos como ginetes em escaraa.u-
Ça. — de ladrões, bando, de cães. matilha.
~, bairro dá inspecção do quadrilhei-
ro. .
QUADRILHEIRO, s. wi (des. eiro) ollicial in-
íèrior de justiça, beleguim. — , fant ) chefe
de quadrilha de cavalleiros em justa, torneio;
(ant.) official que repartia os despojos da
guerra. — s eram antigamente pessoas gra-
ves e de confiança em Lisboa.
QUADRiLONGO, s. iti. quadrado longo, pa-
fèllelogrammo.
QUÀDRiMANO, s. m. OH adj . [Lai. quadri-
manus) que tem quatro mãos como os ma-
cacos, cujo dedo poUegar dos pés é conlra-
|)Osto como os das mãos.
QUADRiPARTiDO, A, adj. dividido em qua-
tro partes.
QUADRIREME, s. f, (Lat. quadrircmis) galé
antiga que tinha quatro ordens de remos
QUADRO, s. m. (Lat. quadrum], quadra-
do, membro quadrado na architeclura . v.
g. — de gente, batalhào quadrado, (fig.),
caixilho quadrado, e panno pintado ; pin-
tura. Ura bello — , painel.
QUADRO, A, adj quadrado, v. g. A raiz — ,
quadrada.
QUADRUMViRATO, s. m. juuta díB quatro
magistrados.
çfUÁDRUPEADÒ, A, ãdj . V. QuadrupHca-
4o.
buAbkupEAR, V. a. V. Quadruplicar.
'QUADRUPEDANTE, adj. (Lat quadrupcdans,
l^i qiie anda em quatro pés. v. g. O —
f)Otro, cavallo.
QUADRUPÈDAfe, V. abs, n., bater com os
és, fallando de cavallos e outros quadru-
édeS.
QUADRÚPEDE, àdj dos tg. (Lat. quadru-
Síjf. Mk), tem quatro pés. v. g. Os — ,
^ft«t., animàies — i. Pron. o accento iiá
OUA
QUADRUPLE, ttdj . dos 2. g. V. Quadru^
pio.
QUADRUPLiCADAMENTE, adv. [mente SUÍT.),
em numero quadrupulo, quatro vezes ou-
tro tanto.
QUADRUPLICADO, A, p. f. de quadrupU-
car, adj. quatro vezes outro tanto.
QUADRUPLICAR, V. G. (Lat. quadrupHco,
are; plifo, aie, dobrar), tomar, repetir
quatro vezes uma quantidade.
QUÁDRUPLO, A, adj (Lat. quadruplex),
duplicado duas vezes, ou tomado quatro
vezes. Numero — ; quantidade — . Propor-
ção — , na musica a que contém quatro
vezes o numero menor. O — , (subst.) asom-
ma de quatro unidades.
QUAER, por CAER, (ant ) V. Cahir.
QUAiRELLA. (aut.) V. Courclla.
QUAiRELLARiA, (ant.) V. Courella.
QUAfRELLEiRO, (ant.) V. Courêlleiro.
QUAKEREs, (hisl.) seita de religiosos, cu-
jos membros se intitulam Sociedade chris"
tã dos amigos, foi fundada em Inglaterra
em 1647 por Jorge Tox. Uoje estão divi-
dos em muitas seitas.
QUAL, adj. dos 2 g. (Lat qualis, forma-
do de qui illo, elle que ou aquelle). É ar-
ticular attributivo e também serve de rela-
tivo conjunctivo. Exprime identidade ou
semelhança perfeita, com© se colligirá dos
seguintes exemplos e accepções apparenle-
mente diversas que nelles se notam, v g.
Lncontrei um homem o — me reconheceu,
isto é, elle próprio, o individuo encontrado
— delles ? — dos dois ? individuo distin-
guido dos outros. O caracter deste sujeito
é — eu desejo, conforme, que condiz. Tal
— o deixei, no mesmo estado, ex. íal mu-
lher rae fosse ella, — marido lha eu sou »
Ferreira, Cioso. A — dono ptrtence o ca-
vallo. « Quaes para a cova as providas
formigas levam as provisões. » semelhantes,
da mesma maneira que as formigas ; —
andava seu espinto, erh que estado, dis-
posição. — mais, — menos, um indivi(hio
mais, outro menos, ou « — do cavallo vôa...
— c'o cavallo em terra d^ndo > CaiiiÕes,
Uíh dentre elles.
QUALHADO. Y. Coaljiado.
QUAiHÀR, V. Coalhar.
QUALIDADE, s f. (Lat qualilas, tis, dh
qualis , que exprime individualidade ca-
racterística de pessoa ou cousa ; a des. itas,
atis vem de slo, are, statum, on do Gr.
histemi, estabelecer), atributo, propriedade
dos corpos, e do animo , v. g. a — acida,
alcalina, inflamável. As boas qualidades da
pessoa ; (íig. ) graduação. Pessoa, gente de
— ,^ qualificada por nascimento , oii por
cai^gòs, empregos.
StN. comp. Qualidades, froprieda4€Í ^
m»
(0b
^9m
aecidintes. Termos didactÍYOS que vtlígar-
raente se confandem, porêm que em lin-
guagem philosophica muito bem se diffe-
rençam.
Qualidades sào os attribulos que con-
vém, se adaptão a um ente; quando estas
qualidades procedem de sua essência cha-
mam-se propriedades, ou qualidades essen-
ciaes ; quando não procedem de sua essên-
cia, e sem ellas pôde o ente subsistir; cba-
mam-se accidentes, ou qualidades AC^\àen-
laes. O ser racionaes é uma propriedade ou
qualidade essencial do bomem ; o ser bran-
co ou preto, alto ou baixo, sábio ou igno-
rante, é um accidente ou qualidade acci-
dental da espécie bumaoa.
OTJALiFiCAçÃo, í. f. graduação conferida
pela lei ; censura do qualificador . r. g.
Este sujeito tem as^ qualificações necessá-
rias, requesitos, predicados.
QUALIFICADO, A, p. p. de qualificar , e
adj. que tem as qualidades ou requesitos
necessários, v. g. Homem — , de gradua-
ção ; aprovado pelo censor ou qualifica-
dor.
0Ui!L»iCAD0R, *. m. censor dos livros;
V. g. — do santo ofTicio, antigamente en-
carregiido pela inquosição de censurar os
livros: adj. que qualifica, caraclerisa.
QUALIFICAR, v.a. (do Lat. qualis,, qual,
ficar sufi.), caracterisar, estabelecer as qua-
lidades, os caracteres, v. g. k lei qiialiQ-
ca esta acção de roubo, de crime de lesa
magcstade ; — alguém, conferir predica-
mento, graduação, darás atribulações mo-
n es, r. g. para exercer cargo, dignidade
censurar livros.
QUALIFICATIVO , A , ttéj . (dcs. ivo), que
qualifica, ou serve de qualificar, c»racte-
rizar.
QUALQUER, adj. dos i g. [q^ial, e quer],
um ou outro tomado promiscu« mente, aquel-
le individuo que se quizer escolher, t. g,
— (pessoa) pode conhecer esta verdade ,
— que seja o resultado, seja qual for;
Quasquer que sejão os riscos.
QUA«, adv. V. Quão.
quamanho, a adj. (do Lat. quame m«-
gnus, grande), (ant ) quão grande.
QUAMQUAif, s. m. (do Lat. quanqtiam, pos-
to que), (jocoso ) Fazer o seu — . o seu elo-
gio, ou palavras de cumprimento, parolorio.
QUANDO, adv. (Lai. de quantus, quí>nto;
e dieg, dia), no tempo era que. — ? erò'
que tempo; (fig.) castigou o filho — elle
o não merecia, em occasião. Ainda — , ain-
da no caso; — muito, ao mais, v. g. isso
tale — um cruzado. — menos, pelo me-
nos, — n6da. — quer que , em lodo o
tempo. — , (ant ), ora, tim&sveícsjD, g. —
a tlt)t&, — a galope.
QUANT*Á, (ant.) — por isso. V. Quanto
a isso.
QUNATé, (ant.) — por isso. V. Quanto
por isso.
QUANTEiitA. f. f V. Canteira.
QUANTIA, f. f [quanto, des. la), somoM,
parcella, porçèo de dinheiro. V, Contia.
QUANTiDADB, s [.{Lsii.quantitas, tis,\.
Quanto), aggregado de partes ou indrti-
duos, V. g. — de terra, agua, vrnhb;' •^'
de gente. « E dos inimigos grande ^-^ #*
Camões, (math.), grandeza, que se pode
niedir, multiplicar ou dividir : — côutinuff,
discreta, positiva, negativa. V. Estes ter-
mos. — , (de prós.), a natureza longa oftf
breve das syllabar»; (de nus), duração re-
lativa das notas
QUANTIOSO, A, adj. [quantia, des. oso),
numeroso, avultado, r. g. Homem — , ritóo,
que tem muitos cabedaes
QUANTITATIVO, A, adj. (des. ivo), cuja
extensão e volume se podem médir ; v. g.
As cousas —s pertencem aa tafcto.
QUANTO, A, adj. (Lat. quantut. Primiti-
vamente os Romanos escreveram cuantut^
que julgo formado do p. f. de continéò,
ere, conter, encerrar, contcTitus] . quão graú-
de, que grandeza de extetisâo , volume ,
intensidade, ou numérica, v. g. — espaço,
tempo, sangue. — gente. Com — dôr,
pena, magoa, corag..m. —s dias, ~s noi-
tes, —s trabalhos, —s lidais' metem custa'-
do, quão gTandes. — morte, — í tíobrtés.
— , que porção, — de fel bebemos ! « At-
raes, » — , que espaço de- tempb, r. g. —
vai ,!o i%alaU 1'ascoa'. — custou, que quan-
tia, que somma de dinheiro. — vai déútn
lugar ao outro, que distancia' : — vaf do
escravo ao homem livre. — , tudo o que.
Fiz — pude para valer ao amigo. Póúcòs
sabem — importa saber calar-se. Ver paVa
— este homem he, até onde chega o siáti
préstimo. Quant'á, (ant ) , por — ha ou
tem.
QUARTO, adv. e eonj., em igual quanti-
dade, ou na mesma proporção; tanto — .
— mais, com maior razão ; — menos, com
menor razão. — a, relativamente, v. g —
a isso , — á disputa, pelo que loca. Com — ,
não obstante, posto que.
Com quanto leve o mestre tkiltb' tirtto.
Que primeiro amainou que desse o vento.
Gamões, Lus. VI, 75.
Por — , ví^o que, v. g. — me constou,
— , é ou he em — a, pelo que toca, v.g.
— a esse ponto, ou assumpto.
QUÃO, adv. (Lat. çíiiam), quanto em quan-
ta porção, em qu© gráo. — grande, illitt-'
8tt
m^
OUA
QUi
tre, bom, sabío, feliz. — azinha, Camões,
com quanta pressa.
QUAQUER, s. m. V. Quaker ou Quacre.
OUakkira, s. f. V. Carreira.
QUARENTA, odj . numr. dos 2 g. (Lat.
quadraginta, Fr. quarente), quatro deze-
nas, f>. g. — horas, dias, navios, homt*ns.
QUARENTENA , S. f (icS. CTia , do L«t.
ineo. ire, começar, entrar), espaço dequa-
renla dias Santa — .a quaresma. Fazer — ,
estar quarenta, ou menos dias. separado
da communicaçào com a terra ou c»»m lu-
gares habitados, para evitar o risco de con-
tacto em casos de peste oa outra doença
contagiosa ; «. g. Pôr em — noticias, dei-
xar passar tempo a ver se são confirmadas.
— , a quadragésima parte que o foreiro
paga ao senhor direito.
QUARENTOLA, (geogr.) cidado do ducado
de Mod^na, ao N de Mir«n«iola.
QUARESMA, s. f. (^31. quadrogesima.) OS
quarenta dias que vão dn qiiaita feira de
Cinza até sabbado de Alleluia, durante os
quaes a Igreja ca thohca e grega prohibe aos
aduhos sãos us comeres de carne.
QUARESMAL, ttdj . dos 2 g. (des adj. ai.)
pertencente á quaresma. Desobriga — . Co-
meres sermões quaiesmaes.
QUARESMAR , V. a. OU n. [quaresmã, ar
des. inf.) abster-se durante a quaresma de
comeres de carne.
QUARiztL, s. m V. Coraz l.
quarnero ou quarnerolo (geogr ) Flana-
ticus sinus dos antigos, golpho do Aoria-
tico, entre a lll)'ria a O. a Croácia a E e
ao N., e a Dahnacia ao S.
QUARRE-LES-TOMBES, (geogr ) cidadc de
França 4 léguas ao Sb. d'Avaliuu ; 2,000
habitantes.
QUARTA, s. f. (da des. f de quarto.) a
quarta parte de qualquer quanii.lade, ex-
tensão, peso, vrrtuii.e, espaço de tempo, v
g, — da varfl, do arrátel, do alqueire Uma
— de farinha, de cevada ; — de vinho [de
almude) tr«s canadas. Velaae — , que pesa
a quarta parte de arrátel, — , bilha, v so
de ba ro, assim chamada por conter a qunr-
ta parte de um pote. — , na musica, inlcr-
vallo de quatro tons, subindo ou descendo.
— , na d«nsa, o passar duas vez»'s um pé i
diante e atr^s do outro no ar. Pas>ar bem j
— *. — do z<diaco, a quarta pariedaecli ,
ptica. — do vento, (naut.jdi.^iancia da quar- {
ta parte do iiitervallo que separa os quatro !
meios ventos dos quatro pontos cardiuaes, [
isio é, nordeste, e noroeste ele. —de nor-
deste, é o rumo mais chegado ao nordé.>te.
— , era a quarta aula de gramuiatica lati-
na em que se com» cava a traduzir. — , no j
jogo dos centos, sequencia das quatro car- i
tas maiores do mesmo uaipe, az, rei, dama
e valete. — falcidim, (t. de direito romano)
quarta da herança de que o herdeiro se pó-
á^1 inteirar entran lo pelos legados. — tre-
belliana, de que se pôde inteirar entrando
pelos (ideicominissos — funeral ou tpisco-
pai, a quarta ou quota parle dos bens lega-
<ios a mosteiros, igrejas ou lugares pios da
diocese que pertencia aos bispos. — , o que
se paga ao panjcho por freguez que não é
enterrado na parochia.
quartãa ou quartan, s. f. febre inter-
n.itiente que repete no quarto dia do cres-
cimento an.ecedente, isto é, com dois dias
livres de intervallo. Ter— s.
quartaoo, a, adj. (des. adj. ado.) com-
posto de quatro partes ou espécies. Pão — ,
de trigo, milho, cevada, centeio. Um alquei-
re de pão — .
QUARTA FEIRA. V. Quarto, c Feira.
QUAHTALUDO, A, ttdj. (des. Mcío.jquetem
abertura ou defeito nos quartos; da feição
e habito do quarlão ; baixo grosso de
corpo.
quariamknte , adv. (p. us.) em quarto
lugar.
QUARTANA1 , s. f. (aut.) softe de estoffo
ou tecido de lã.
quartanairo, (ant.) V. Quartanario.
quartanario. a, u<(/. doente de quartans.
— , s. m. benefiíjado de cabido que lem di-
reito á quarta paite da côngrua de cónego.
quahtano, s. m (ant ) quatro alqueire*,
ou a quarta parte do quarteirão, sendo es-
te de dezaseis alqueires.
quartão, s m cavallo corpulento, cur-
to e quadrado mui reforçado no costado, e
próprio para carp-gar. — , peça de artilha-
ria pequena que leva a quarta parte da car-
ga do canhão.
quartào, s. m rafdida de liquides que
leva três canadas ou a quarta parte de um
almude
quartão. V. Cartão, Tarja quadrada.
QUartapisa , s. / (do (^ast. cortapisa.)
barra át^ outra côr que guarnece a borda
inferior dos saias ; coUas, ele.
quartapisado, a, p. p. de quartapisar ;
adj. guarneci lo de quartapisa. Saia, vas-
qumha. C' Ixa — .
qlaktafisar, V. a. {quartapisa, ar des.
inf.) guarnecer do quartapisa , v. g. — a
saia, a colxa.
quartario, s. m. V. Quarteiro.
qu^rteado, a, p. p. de quartear ; adj\^ ^
dividido em quíídrados de cores diversas.
Escudo — , dividido em quatro parles Ca-
vallo — , dowBspaduasUrgas, reforçado. Ca-
misa — , com entremeios bordados.
quarteak, V a. (qwirto, ardes inf.) di-
vidir em quatro panes ou repartimentos, c.
g. — o escudo de côrts, em quadrados de
gUA
UUA
346
cÒT diversa. — « camwa, ornar com ren-
f]as, entremeios.
QUARTEIRA, (geogr.) rio de Portugal no
Alg«rve, nasce na serra do Caldeirão, pas-
sa perto de Loulé, e unido ao riacho Selir,
lança- se quasi em frente da ilha de San-
ta Mflria ou dosCàes, com 8 léguas de cur-
so. Ha outro do mesmo nume t léguas ao
O., que passa por Santo António da Quar-
teira.
QUARTEIRÃO, s. m. (Fr. quarteron] a quar-
ta parte de um cento ; ou vinte e cinco, v.
g. um — de maçans, peras. — , a quarta
parte, r. ^. do escudo quarteado. — da lua,
quarto. — , carta geographica parcial. — ,
uma das quatro vigas que atravessam o tecto
da casa. Um — das casas, ilha quadrada
d*ellas, ou com quatro faces. Quarteirões,
pi. imposição antiga de dezoito soldos sobre
cada casal. Elucid.
QUARTEIRO, s. m. (aut.) quarta parte do
moio; quinze alqueires, v.g. — de legumes
ou de trigo. — , jugada ou pensão que se
pagava aos quartéis.
QUARTEL, s. m. (Fr. quartier, abarraca-
mento de soldados, assim chamado por ser
de ordinário edifício com quatro faces. —
do exercito, lugar onde elle está acampado.
O — generaly onde está o general em che-
fe e o seu estado maior. Quartéis de inver-
no, lugar onde o exercito passa o inverno,
de ordinário em terra ^iOvoada, e não em
acampamento. — mestre, aposentador de re-
gimento, que cuida no alojamento. — mes-
tre general, aposentador-mór do exercito.
Dar, ou não dar — , conceder a vida aos
vencidos ou aos prisioneiros, ou tirar-lha.
Não deram — a nenhum dos inimigos. — ,
triírestre, quarta parte do anno, parte de
renda, ordeiiado ou pensão que se recebe
cu paga cada trimestre. São-lhe devidos dois
quartéis. — do anno, estação. Ultimo — da
vida, próximo á morte. — , uma das qua-
tro partes em que se divide o escudo. —
das escotilhas, (nSut.) a tampa ou porta del-
ias, que é quadrada.
quartelha. V. Quartella.
quartel-la, s. /. (alveit ) tecido tendino-
so que pega da coroa do casco até á pri-
meira junta das bestas. — , (arch.) peça que
sustenta um vão. — s guarnecidas de folha-
gens.
quartelludo, a, adj.{áes. udo.) queiem
grande quartella (besta).
quartete. V. Quarteto.
quarteto, s. m. quatro versos rimados,
o primeiro rima com o quarto, o segundo
çom o terceiro. — , (mus.) peça de musica
em quatro partes. — , dansa de quatro bai-
larinos.
quartilho, s. m. a quarta parte de uma
TOl. IT.
canada. INo Brasil corresponde á canada de
Portugal.
quartinho, í. m. diminut. de quarto, a
quarta parte da moeda de ouro, ou 4800
réis, doze toslões.
QUARTO, A, adj. (Lat. quarius.) numeral
ordinal de quatro. O — lugar, dia. A —par-
te. — feira (féria), o terceiro dia depois do
domingo.
QUARTO, s. m. a quarta parte de uma ex-
tensão, quantidade, medida. Um — de ou-
ro, quartinho. — de vinho, barrilinho que
contém a quarta parte de uma pipa. — de
carneiro, de boi, etc, perna. Um — de ho-
ra, quinze minutos. Fazer em — s o crimi-
noso, esquartejar. Ter bons — s (a besta),
ser reforçada, bem proporcionada. — , (naut.
e milit ) vigia que dura três horas. — de
prima, das seis até ás nove da tarde. — da
alva, — da modorra, entre o de prima e da
alva. Entrar, estar de — . — da lua, qua-
dratura. — crescente, minguante. — , jogo
carteado de quatro parceiros. Livro em — ,
cujas folhas são dobradas pelo meio de mo-
do a ter cada uma oito paginas. — de casa,
— de dormir, camará. Quarto, adv. latino,
em quarto lugar.
QUARTO, (geogr.) cidade da Sardenha ,
légua e meia ao E. de Catiari ; 5,3U0 ha-
bitantes.
QUARTOLA, s. f. meia pipa.
QUARTZ, s. m. (do Aliem, quarz.) (min.)
espécie de rocha siliciosa. Uma das es-
pécies mineraes mais notável, pelo papel
importante que representa na structura do
globo. E' a substancia mais abundante do
reino mineral.
QUARZO. V. Quartz.
QUASA, QUASAL. V Casa, Casal.
QUAS( , adv. (Lat. quasi. Creio que vem
de queo, poder.) perto de, próximo a, com
pouca falta ou differença, v. g. — morto.
São — dez horas. lho confessei, esti-
ve a ponto de. — contracto, ao qual só fal-
ta o consentimento expresso das partes. Pe-
culio — castrense, (t. do direito romano) o
que o fílho-familias adquire nos cargos ou
empregos públicos.
QUASSiA, s. f. lenho medicinal ; é amar-
go puro. Rasuras de — .
QUATERNAR o, A, adj. (Lat. quaternarius.)
composto de quatro, v. g. combinação — ,
(chim.) de quatro elementos. Um — , o nu-
mero quatro.
QUATERNiDADE, s.f. numoro de quatro pes-
soas uoidas.
QUATERNO, s. w. (Lat. quatefjiio, onis.)
o numero de quatro ; quatro números.
QUATis (serra dos), serra na província de
^inas-Ceraes, no Brazil, na comarca de
Paracatú, ao N. da serra da Saudade.
87
346
QtJA
Q(JÊ
'•■ QUATORZADA, s. f. (prOTi. catorzada.) no
jogo dos centos, quatorze pontos que conta
quem tem as quatro azes, os quatro reis ,
etc.
QU>TORZE, adj. numeral dof; 2 g. (Lat
quatuordecim.) dez mais quatro, duas vezes
sele. Pron. catorze, e nos derivados.
QUATOBZENO, A, adj. decimo quarto Pa-
no— , que tera quatro mil fios no ordume.
O — , dia decimo quarto, critico em muitas
doenças.
QUATRALVO , A , adj. que tem os pés e
mãos brancos (cavallo e outros quadrúpe-
des).
QUATRAPisio , s. m. jogo de tabolas em
que as parelhas se jogam quatro vezes.
QUATRiDUANO, A, adj. (do Lat. quatri-
duum ) que comprehende o espaço de qua-
tro dias.
QUATRiDUO, s. IH (Lat. qnatriduum, de
quatuor, quatro, e dies, dia.) espaço de qua-
tro dias.
^ OUATRiM, s. m. (do JtaL quatrino.) cei-
til, branca, dinheiro da menor valia.
QUATRíNEA, s. f. (aut.) quBtro vezes, no
jogo da garatuza, quatorzada.
QUATRO, adj. numeral dos i g. [lai. qua-
tuor, em Sanscr. chatur. A origem deste
termo tem sido ignorada dos etymologistas.
Creio que é composto do Egypc. rat, pé, e
fto, quatro. De ftorat, fácil é a mudança
em ktorat ou catorat ) duas vezes dois, três
com a addição de um.
QUATRO RIBEIRAS, (geogr.^ aldeia da ilha
Terceira, que foi a primeira povo'<ção que
na ilha houve. Está situada em terreno pe-
dregoso sobre uma rocha á beira-mar, uma
légua a O de Agualva.
QUATRO-oiTAVAS , Serra na província de
Minas-Geraes, no Brazil, comarca do Lio-
de-Jequitinhonha, a 12 léguas »o KE, da
cidade de Minas-Novas.
QUATRO-BRAÇOs, (geogr.) cidade da Bélgi-
ca, 2 léguas ao SE. de ^ivelle.
QUATROCENTOS, AS, adj. numeral pi. cem
repetidos quatro vezes, quatro centenas.
QUATRO OLHOS , s. m. peixo da osta do
Brasil.
QUATROPEADO, A. V. QuadrupUcado.
QUATROPEAR. V. QuadruphcaT.
QUATROViNTENS, s. m. Hioeda antiga cu-
nhada poi D. João III, do valor de 80 réis :
no Brasil ha moedas deste valor.
QUATRUMVIRATO 6 QUATUOR VIRATO, S. m.
V. i^uadrumviraío.
N. B. Em todas as vozes que se seguem
não sôa o w de que.
QUE, adj. articular rela thoe demonstra-
tivo dos 2 g. (Lat. qui, quce, quod, segun-
do creio, vem de ^'«/fo, poder, ser capaz, ter
potencia.) o qual, os qtiaes, a qual, as quaes.
O homem — commetteu o crime, o qual, ón
o homem perpetrador, autor do crime. A
cheia — alagou os campos, a massa de agua
capaz, sufflciente para cobrir o campo. A
— fim? qual. — , qual motivo (corresponde
ao quod i.at.) Para — fizeste isso? De —
procede isso? de qual causa?
QUE, conjuncção copulativa (corresponde
ao Lat. quod, a qual cousa ) precede os ver-
bos no subjunctivo, v. g. quero — vás, fa-
ças, venhas ; quiz — fosse, viesse; são phra-
ses ellipticas equivalentes a : quero uma
cousa, a qual cousa é ires, vires, etc.
QUEBEC, (geogr.) cidade da America in-
gleza, hoje capital de lodo o Canadá ; 40, COO
habitantes.
QUEBRA, s. f. acção de quebra', oeífei-
lo delia ; racha, v. g. — do muro, brecha;
(fig.) desunijio, v. g. — da amizade.— , fal-
ta, detrimento, falha, diminuição, v. g. as
— s do vinho, o que falta nas vasilhas ; —
no peso, valor. — , (merc.)falli«Qento, ofal-
lir. — , mudança para peior. — do primei-
ro homem, estado descaído por eíTeito do pe-
cado original. — da honra, credito, repu-
tação Descobrir as—s alheias, faltas, de-
feitos. — , no brasão, cólica que atravessa
o escudo em banda, que denota que a pes-
soa não é chefe dafamilia. — de bastardia,
que tem signal caracteristico de bastardia
no escudo.
QUEBRADA, S. f. (subst. da dcS. f. de Í/MC-
brado.) rotura, fenda, v. g. — de serrania,
monte, muro; precipício alcantilado. — no
rio, angulo, seio, remanso que rompe, mo-
dera a rapidez da corrente. — , propriedade
rura! de pequena extensão. — s, pés de la-
deira, rupturas feitas nos montes pelas aguas
da chuva ; lugar alcantilado do monte. — .
(ant.) soldada de dois pães por dia. Elucid.
quebra-Cangalha, (geogr.) serra altíssi-
ma e árdua de subir, como de descer, no
Brazil.
QUEBRADAMENTE, adv. (p. us.) de impro-
viso, de repente.
QUEBRADEIRA, S. f. 6 QUEBRADEIRO, S. m.
— de cabeça, (famil ) cousa que cansa, im-
portuna. — , (famil. p. us.j falta de bens,
de posses.
QUEBRADIÇO, A, adj. (dcs. iço] fíagil,
sujeito a quebrar-se, que quebra facilmen-
te, v. g. — como vidro. — , (fig.) que facil-
mente se quebranta. «Dizem que a lei de
Deus é — ; os — s são os que não tem for-
ça e virtude para a guardarem. » Vida, saú-
de— , mui sujeita a peider-se. Bens — ,
pouco duráveis. Lealdade — , frágil. Arraes.
Porta — , formada de duas peças dobradi-
ças que se movem sobre gonzos.
QUEBRADO, A, p. p. de quebrar ; adj. par-
tido, fendido, roto. Copo, vaso—. Ptma
(HJE
QUE
347
— , fracturada. Negociante — , fallido. Ho-
mem— , qii« tem heraia, ruptura, quebra-
dura. — , quebrantado. « Os inimigos de — s
se retiraram. » « A rainha estava - - de gen-
te que lhe morrera oo combate.» Castanh.
Torpo — do forças. — no animo. Pactos paz,
amizade — . Cortes — «, dissolvidas. O co-
ração — de dôr, de medo. Verso — , meio
verso. Prata — , cousa que ainda depois de
perdido o feitio conserva o seu valor Ge-
ração— , em que faltou a legitima succes-
são, ou em que entrou bastardia. Náu — ,
uaufragada. Cores — «, na pintura, que se
usam misturadas com outras para serem mo-
nos vivas. Aguas — s, as que não são bas-
tantes para mover o rodizio. — , marés fra-
r.is, baixas, opposto a oyuas vivas. O lem-
1-0 — , venio fraco. Estar de perna — , (fig.)
incapaz de trabalhar Para que seus maus
pensamentos lhes fiquem —s na cabeça, tor-
nados em mal para quem os concebe. A
castanha — na bocca, (phraz. famil.) o pro-
jecto frustrado Olhos —s, (p. us.) vasados;
(lig.) molles, abatidos com dissimulação. — ,
requebrados. Olhar — , com requebro, co-
mo os namorados.
OUFBBADO, s. TO. (math.) fracção de uni-
dade ou de numero inteiro, 0. ^. três quar-
tos, ura decimo. — de monte , de parede ,
quebrada. — , homem atacado de hérnia.
QUEBRADOR, s. TO. OU adj . quebraulador.
qukbradura , s. f. (des. ura.) rotura,
hérnia, o acto de quebrar ou quebrar-se.
fractura ; quebra.
QUEBRAMENTO , s. TO. {mcnto suíf.) que-
'bra, rompimento, infracção, c. g. — da Jei
da paz, do pacto. — de olhos, (ant )ovasa-
los. — da cabeça, quebradeira.^ — do corpo,
estado moido, inaptidão ao movimento. —
de forças, jtrostração. — dos escudos, rom-
pimento por morte do rei.
yuEBRAisçA, s. /". embate das oudas quau-
do rebentam na praia, e rolam para ella as
embarcações.
QUEBRANTADissmo, A, adj. supcrl. de que-
brantado, mui quebrantado. Coração — .
QUEBRANTADO , A, f, p. de quebrantar ;
adj — o corpo, o animo, ou — no corpo,
no animo, abatido. O navio — , desttoçado.
«As praias — s dsLS ondas.» poet. Mousi-
nho. Feras — , que perderam parte da bra-
veza.
QUEBRANTADOR, s. w. O que qucbra, in-
fringe, V. g. — da lei, do pacto. — , adj.
que quebranta, abate, debiUta. Doenças —
p das forças. Dt-sgoslos — do animo.
t^ \ QUEBRANTAMENTO, ^. n»- (m€»ÍO Suff.) eS -
lado quebrantado ; rotura, fractura, o g.
— na carne, no corpo. — , arrombamento,
V. y. — da cadeia, da igreja — das forças,
do animo, (tig.) abalimeuto. — , infracção,
V. g. — da lei, do pacto. — dos olhos^ (p.
us.) o cega-los.
QUEBRANTAR , V. a. {quebva, entar, des.
progressiva) facilitar a quebra, ir enfraque-
cendo, prostrar do forças. — o corpo , o
animo, infringir, violar, v. g. — a lei, o
preceito, o pacto, a paz, a amizade. — pri-
vilegio, couto, asylo, devassar. — os dias
santos, não os guardar. — as paixões, o or-
gulho, a feresa, minorar, domar, sujeitar.
— igrejas, cadeias, arrombaras portas del-
ias. — SE, V. r. perder o animo ; abster-se
de corpo e animo.
QUEBRANTO, s. w. quebrantamento do cor-
po, desfallecimento do animo. Dar—, cau-
sar- doença alguém por eífeilo de máu olha-
do, como crê o vulgo supersticioso.
QUEBRANt'0SS0 ou QUEBRA-OSSO , S. TO.
V. Brita-ossos.
QUEBRA-osso, s. m. cspecie dtí açor OU de
águia marinha.
QUEBRAR, V. a. (alterada do Lat. crem ,
are, estalar, quebrar. E voz imitativa.) rom-
per com violência, rachar, fazer estalar. r--
0 copo, a garra, a lança, a espada, o es-
cudo, um braço, as pernas, a cabeça , a
porta ; (íig.) infringir, violar, v. g. — a lei,
o preceito, o pacto, as pazes, a amizade.
— o palavra, faltar a ella. — leis, estatu-
tos, annuUar, revogar, cassar. — os foros,
privilégios, a jé, a promessa, não guardar,
faltar a. — o jejum, comendo. — , afrou-
xar, tirara força, » g. — o Ímpeto da cor-
rente, o impulso, — a ira. a fúria ; abran-
dar, domar, — animal bravo, a fereza. — a
cabeça a alguém, (fig.) importunar, impa-
cientar muito. — a ira, a cólera, os desgos-
tos em alguém^, fazer sentir os effeilos des-
sas paixões a pessoa de ordinário innocen-
te. — as mãos, o coração, (íig.) causar des-
fallecimento, abater, fazer esmorecer, des-
alentar, descorçoar. — os olhos a alguém,
vasa los, cegar; (íig.) fazer cousa quepeze
á pessoa. — os olhos, requebra-los — a moe-
da, para a recunhar. — o tardança, cessar
de tardar. — . (fig.) dobrar com força, v. g.
— o corpo. — os remos, encostar-se a elles
com grande força. « Outros g«e6ra»i. ao pei-
to a dura barra.» Camões, Lus., a barra
do cabrestante. — o fio, interromper, v. g.
— da historia, narração, do discurso. — o
fio da vida, matar. — alguém vivo, esquar-
tejar. — , descontar. Quebrou-lhe narcnda
dois milcrusados, abateu o rendeiro a quan-
tia de que era credor ao senhorio. — uma
lança com alguém, ter duellocom elle — ,
romper^se com violência, rachar, eslajpr.
Quebrou o mastro a amarra, a panella» o
copo. — , dar com impeto, e desfazer-se^-r-
a náu nos penedos, espedaçar-se. Quebram
as ondas na praia, rolam e s^ ç|}Be\4Í4a?,.
87 «
m
mt
'iOÉ
Quebra o vento em chuva, desfaz- se em
agua. Suspiros que quebravam em lagri-
mas. — o vento, abater, diminuir. — o im-
peio, moderar-se. — o ^o t/a rida, morrer,
perder o viço. — por tudo, romper. — com
' somno, cabecear de somno. — o coração
com medo, dôr, senlir-se peneirado. — , per-
der o animo. — das virilhas, ter hérnia, ru-
t ptura. — , (merc ) fallir, soíírer quebra, v.
g. o mercador, o negociante, o banco. — ,
soffrer quebra, diminuição, v, y. no peso,
no producto. As rendas quebraram muito.
A pimenta quebrou muito. Quebram as on-
das, rebentam. Quebrou tanta agua, cho-
veu, caiu lanta chuva. — da fúria, do Ím-
peto, abrandar, GÍrouTLdir . Quebrarem os âni-
mos, desfrtiiecerem. — a dianteira, rompe-
rem as aguas do útero. — se, v. r. rom-
per-se. — o legitimo herdeiro, faltar succes-
são legitima a uma íamilia. — , (ant.) V. Co-
brar.
QUEBRO, s. m. inflexão. — da voz, re-
quebro, trinado. — dos olhos, requebros. —
do corpo, movimentos affectuosos, languidos.
QUECA, s- f. (ant.) peça da antiga vesti-
dura de mulher. Pron. o u sôa.
QUECER. V. Aquecer.
QUEDA, s. f. (contracção de caida.) cal-
da ; declinação ou pendor de monte ; (fig.)
propensão, tendência. Tem — para a poe-
sia, a pintura. — , decadência, ruína, r. ^
a — do império romano, dos anjos, de
Adão. — , salto de rio que se despenha de
aho. — do pello, a direcção natural do píd-
lo. Dar uma — , cair; (íig.) passar da pros-
peridade á desgraça.
QUEDAR, V. a. ou w. (ant ) ficar, restar,
cessar, parar, estar quedo, aquietar- se. V.
Aquietar e Quedo.
QUEDLiNBUHGO , (geogr.) cidade murada
da Prússia, 13 léguas ao SO. de Magde-
burgo ; 12,000 habitantes.
QUEDO, A, adj. (do Lat. quietus.) quieto,
' iminovel. Ficou — . A pé — , sem se mover.
Pelejar a — , firme, sem recuar. — — ,
(loc. aHlv.) attentamente , pé ante pé , de
mansinho.
QUEENDAS, s. f. (ant.) V. Calendas.
QUtENiis couNiY, (geogr.) (islo écondãdo
da Hainha) cimdado uMrlanda, enlrft tsdo
hei ao .N. e ao O. de KaMareaE. de Car-
-lon ao SO. 90,UOJ habitantes. Capital Ma-
rjboruogh.
queen' s-ferry, (geogr.) cidade d*Esco-
cia, A léguas ao O. d'tdimburgo ; 700, ha-
bitantes.
QUEENTÊ , adj. dos 2 g. (anl.)V. Quente.
QUE JADA, s. f. [queijo, des. s. oda.) pas-
tel cheio de nata, com ovos eassucar.
QUEijADo, A, p. p. de queijar;.a(/;'. fei-
to em queijo.
* v8
OuEJAR, V. a, [queijo, ar, des. inf.). fa-
zer em queijos ; v. g. — o leite.
QUEiJARiA, s. f. (des. arta) , o trabalho
de queijar.
QUEijEiRA, s. f. (des. eira), casa onde
se fazem queijos.
QUEjiNHo, s. m. diminuí, de queijo.
QUEIJO, s. m. (Lat. caseus) , parte do
leite de vacca, ovelha, cabra, etc, coalha-
do e apertado no cincho ; (fig.) cousa que
tem forma de queijo, v.g. — de figos pas-
sados ; — de cabeça de porco, de presun-
to picado , etc, apertado em cincho de
pau.
QUEIMA, t, f. acção de queimar, abraza-
mento, incêndio, fogueira; v. g. pena, de
fogo.
QUEIMAÇÃO, s. f. (fig.) — do sangue, cou-
sa que enfada muito.
QUEIMADA, s. f. (subst. dâ des. f. de
queimado), acção de queimar, de pôr fogo:
— do mato, da cidade, v. g. campo cujo
mato foi queimado.
QUEIMADAS, (geogr,) povoação da ilha de
S. ^icolau, pertencente á freguezia de Nossa
5)enhora da Lkpa ; 1,<!00 habitantes.
QUEiMADELiA, (gcogr.) povoaçào de Por-
tugal a 4 Ipguas e meia de Braga, cora 880
habitantes. Ha outra a 1 légua de Lame-
go, com 400 habitantes.
QUEIMADO, A, p. p, de queimar, e adj.,
abrazado, reduzido a cinzas, incendiado ;
dessecado muito ao lume. v.g. Cavallo — ,
de côr preta como o carvão. Zona — , tór-
rida ; Assucar — , tostado. Horas — s ; (fig.)
perdidas. V. Queimar.
QUEIMADOR, A, s. t)er6., pcssoa que quei-
ma, põe o fogo.
QUEIMADURA, s, f. (dss, ura), combustão ;
a parte do corpo queimada. «. ^r. Tem uma
— na perna.
QUiMAMENTO, s. m. [mento suff ), incên-
dio, acção de queimar , abrazar, v. g, —
da frota.
QUEiMÃo, s. m. V. Quimão.
QUEIMAR. V. a. (do lir. kaihó, queimar,
kaúma , calor. Creio que o rad. he aké,
ponta, cousa aguda, que punge), incendiar,
abrazar, reduzir a cinzas ; tostar, dessecar
rrtuito. í? g. O sol ardente, e o frio quei-
mão as plantas. — , (fig), desbaratar, dis-
sipar, V. g. — a fazenda ; vender por vil
preço. — o sangue de «Ignem, (fig.) affli-
gir, importunar, fazer enfadar muito, amo-
finar; — as pestanas, estudar assiduamen-
te, trabalhar de noute. A inveja queima,
faz arder, roe. — sk, v. r. soíírer queima-
dura ; (fig.) — alguém, impacientar-se, irar-
se. V. g. — de amor, de inveja.
QUEiMAROUPA, s. f. A' — , (loc. adv. de
mui perto, v. g. desparar um tiro de os-
QVÈ
OUK
n\9
díngarda á — , de repente, inesperadamen-
te.
OUErRÂA, (geogp.) povoaçSo de Portugal
situada a 2 legoas de Vizeu, no concelho
de Lafões, 1.7u6 habitantes.
QUEiTO, adj. (ant.) V. Queixeiro, Idente.
VUKiROGA. s. f. espécie de planta.
QUEiss. (geogr.) rio da Prússia que se-
para da Saxonia, cae no Bober.
QUEIXA, s. /". (de <7Mciarar-íc), palavras cotn
que nos queixamos daoffensa, damno, dôr;
sentimento doloroso ; (fig ) doença, molés-
tia, V. g. A. gota ó uma — mui molesta
Fazer — de alguém, queixar-se.
QUEIXADA, s. f. {queixo, des. s. ada),
mandíbula de animal, v. g. — de burro.
QUEixAL, adj. dostg. [queixo, des. adj.
ai), do queixo* v. g. Dentes queixaes, mo-
lares, maxillares.
QUBíXAR-SE, V. f. (Lat. quevov, p. p.
questus], proferir queixas, lamenlar-se ; —
ao juiz, ao ministro, fazer queixa.
QUEIXEIRO, adj. m, cabeiro. v. g. Den*
te — , cabeiro, do siso.
QUEixiA, X. /. (ant.) V. Queixa, Escân-
dalo.
QUEIXO, s. m. (do Lat. quasso, are, que-
brar, romper), mandíbula do homem. v.
g. Bater o — , causar grando medo ; ticar
de — cabido, embasbacado, pasmado.
QUEIXO, (ant ) por Queijo.
QUEIXOSAMENTE, adv. [mente suíf.), lasti-
mosamente, com queixa, queixume.
QUEIXOSO, A, adj. [queixa, des. oso], ag-
gravado, offendido. Som — , toz — -. que
se queixa, lastima. .vjyn:
QUEIXUME, s. m. queixa de alguém por
offensa recebida, agravo, offensa ; querella
judicial.
QUEJANDO, A, adj. [que, e jando, ant.
tal), que tal. — s são, que taes. « Torna o
conto a narrar a sua vida — foi. » Chron.
do Condestavel. Tale —, (loc.) vulgar, nem
bem, nem mal.
QUELEN, (hist.) arcebispo de Paris, nas-
ceu em 177 ?<, morreu em 1839. Escreveu :
Mandamentos, Oração fúnebre de Lutx XVI,
e a do duque de Berry.
QUELHA, X. f. V. Calha.
QUELiDONiA. V. ChcHdoníã ou Celida'
nia.
QUELUZ, (goegr.) aldeia de Portugal si-
tuada a 2 léguas ao N. de Lisboa, em lu-
gar baixo, desolado e quasi des irto. Deve
a sua celebridade aos magnifícos paços que
ahi fundou El-Rei D.Pedro III, marido de
D. Maria I, e senhor da riquíssima casa
do Infantado.
QUELUZ, (geogr ) pequena villa da pro-
víncia de Minas-Geraes, no Brazil, a b lé-
guas ao SE, da cidade d^Ouro-Preto, 15
fOfc. IT.
ao NE. da villa de Sào-JoSo-d'Elrei, e 70
ao N. do Rio-de-Janeiro.
QUELUZ, (geogr.) nova villa na província
de Minas-deraes, ne Brflzil.
QUEM, pron. relativo invariável (do Lat.
quem, accusativo de quis, formado daqui,
que, qual, e esse, ser), que pessoa ou pes-
soas — és tn ; — vera lá ; — são elles?
— t'o disse? Somos — somos. — será o
deno da casa? — serão os pais d'estes me-
ninos? Como -, como aquelle ou aquel-
les que. Não foram elles sós — vos mata-
rão. Bernardes, Var. Rimas. A — mais da-
ria, a qual. — quer, qual pessoa. — ,
este, aquelle. — se arremessava a nado,
— entrava na agua até á bocca. Lucena.
QUEM, adv. (do Cast. quende, do Lat. hic,
aqui, e inde, d*aquelle lugar.) lie só usa-
do na phrase áquem , da banda de cá.
Vaquem e d'álem, de uma e outra banda,
v. g. de rio ou mar. Achar-se áquem da
agua, (proverb ) i longe do conseguimen-
to, do que se esperava, frustrado, balda-
do, '''-^f']
QUEMQUER. V. Quem relativo.
QUKNGA, s. f. (t Brazil), meio coco lim-
po do miollo e cheio de alguma cousa, v.
g. — de farinha, feijão.
QUENTAR. V. Aquentar.
QUENTE, adj. dos t g (do Cast. caliente
do Lat. calens, tis, p. a. de caleo, ere
aquecer), cálido, aquecido. Agua — . um
ferro — em brasa. O sol está muito —
terras — s. de temperatura elevada. (Gg.)
as armas ainda — s de sangue, pouco de-
pois do combate. Andar o negocio — , Ira
balhar-se nelle com muito fervor. — na
peleja, ardente, encarniçado. Malhar no fer-
ro em quanto está — , adagio , trabalhar
em tempo opportuno, cuidar de negocio em
quanto he tempo. — do miollo, cDlerico.
Um feito mui — , (fig), arriscado, perigo-
so, cavaUo — , ardego. Ter as costas — *,
(phr. famil.), tor confiança na protecção de
alguém : sentir-se protegido, apoiado.
QUENTURA, s. f. (do Cast. calenturà), ca-
lor, calma , (p. us.), calor tebril, febre ; (fig.
fervor, v. g. — de negocio.
QUEPEM, (geogr.) aldeia da provinda de
Chandravady ; 1,118 habitantes.
QUER'M, (geogr. )aldeia da província de Pon-
dá (Novas Conquistas) que é mercê do Boto
Sroloy. 1,144 habitantes.
QUEQUÉR, adj. ant. dos 2 g. qualquer,
tudo o que.
QUER, conj. (do verb. querer), equival
a no caso de. Irei, — chova,— faça bom tem-
po. Se — , ao menos, dai-me se — ura qua-
dro. Como — que, de qualquer modo; ao
tempo que, t. g. — apparecesse o inimi-
go na costa.
356
QVE
OUK
QUER-Y-MARTiNEZ, (hist.) botaníco fpan-
cez nasceu em 169C), morreu em 1764. E
auctor da Flora hispanhola.
QiJERBOEUF, (hist.) cscriptor suisso, nasceu
em 726 morreu em 1799. Deixou: Car-
tas edificantes e curiosas escriptas das mis-
sões estrangeiras ; Memorias para a his-
toria de Luiz delphim de França.
QUECULA, s. f. (Lat. de qnercus, carva-
lho), planta de que ba duas espécies a
maior e a menor. O w sôa.
QUERCY, (gfogr.) antigo e pequeno paiz
da França, na (layenna, era dividido em
Alto-Quercy, capital Cahors;e Baixo Quer-
cy, capital Montanban.
QUERELA, s. f. (Lat.), (for.), queixa de
aggravo, injuria, contestação jurídica ; cau-
sa, demanda. « Defendião justa — . » Chron.
de D. João 1, (ant), queixa, Ter — de po-
derosos, motivo de queixa.
QUERELADO, A, p. p. de querelar, eadj.,
d« quem se querelou, ou deu queixa ju-
dicial.
QUERELADOR, s. m O que querella, adj.
que querela.
QUEREiANTE, adj. dos 2 g. (des. do p.
a. Lat. em ans, tis), que querela ou se
queixa, v. g. Libello — . em que se dá
querela judicial.
QUERELAR, V. abs. OU n. (querela , ar
des. inff.), dar querela judicial, queixar-se
de aggravo, offensa. injuria, -se, v. r.
(p. us.), queixar-se, lamentar-se.
QUERELOSO, A, adj. (dcs. oso), lamentoso
queixoso, mavioso , magoado ; v. g. Em
vozes — . Homem — , o que dá a querela.
QUERENA, s. f. (do Lat. carona, quilha
do navio.) Dar — ^ calafetar o navio, quei-
mando o breu velho e pondo-lhe novo.
QUERENADO, A. p. p. dequereuar, eadj
a que se deu qucrena, calafetado,
QUERENAR, r>. d. (qucrcna, ar des. inf.),
dar querena, calafetar.
- QUERENÇA, s. /. (ant ), acção de querer,
vontade, mostra. « Fizeram — de desem-
barcar » Couto. Mostrou-me grande — de
desejar ver-vos. Ulis 3, 4.—, lugar on-
de os falcões criam os filhos. Arte da ca-
ça
QUERENÇA, (gcogr.) povoação de Portugal
fio Algarve no concelho de Loulé, a 3 lé-
guas do Faro, com 800 habitantes.
QUERENÇoso, A, adj. (dcs. oso), desejo-
so, «. V. — de seu serviço, — de boa dou-
trina. Arraes. benévolo, amoroso; desejoso
do que excita a (petite.
QUERENTE, adj. dos 2 g (des. do p. a.
Lat. era eus, tis), que quer.
QUERER, V. a ido Lat qucero, ere, bus-
car, procurar), ter vontade, desejo activo,
exigir. V. g. — agua, vinho, comer, ir
viajar ; — que vás , faças. — , ordenar,
mandar, resolver: quero que cesse o cofi*
trabando e todo o monopólio. Que ma>s
quer^ que pretende? visto ter já consegui-
do o que desejava. Que quer isso dizer'?
que signitica ? Sem — , involuntariamente.
— ou — bem a alguém, amal-o, ter-lhe
allecto. Queira Deus, praza a Deus, oxalá.
Deus que bem, (phras. ellip. ant.), foi Deus
que bem lhe quiz fazer. « Se o doente *"í-
capa Deus que bem. » J, Ferr. Com. Ulis.
— , pretender, afirmar, asseverar, manter.
Quer Epicuro que Deus seja impróvido ou
descuidado das cousas do mundo Quero
que assim seja, adníitto. —se, v. r. dese-
jar-se. Quero-me ver rodeado de amigos.
As damas querem-se idolatradas, anim'idas.
(impes.), ter precisão. A mocidade qupr-se
vigiada, guiada pelos bons exemplos; —
amar-se. Os esposos querem-se muito.
QUERER, s, m. (do inf. do verbo subst.),
vontade, acto volitivo, desejo activo, v. g.
fcste homem não tem — , não tem energia
de vontade.
QUERETAjRO, (geogr.) cidade do México,
capital de um Estado do mesmo nome^ 42
léguas ao NO. do México ; 3l),000 habi-
tantes.
QUERFURT, (geogr ) cidade murada dos
Estados prussianos, 9 léguas ao O de Mar-
seburgo ; 3,1' O habitantes.
QUERIDO, A, p, p. de querer, e adj. de-
sejado com energia. Tinha — alalharomal.
Mal — , desfavorecido, v. g. Benjamim era
o filho -- -.
QUERicuT, (geogr.) villa de França, a 13
léguas ao SE. de Terrascon ; b80 habitan-
tes.
QUERiMA. (ant.), V. Ouerimonia.
QUERiMONiA, s. f. (Lat.), (p. us.), queí-
xume. Pron. o u sôa.
QUERiNi , (hist.) cardeal e sábio italiano,
nasceu em 1680, morreu em l7-9. Deixou
entre outras obras : Primordia Corcyrit\
Vida de Paulo Hl.
QUERLON, (hist.) escriptor franrez, nas-
ceu era 1702, morreu em >780. Trabalhou
para diíTerentes jornaese escreveu: Memo-
rias para a historia da guerra terminada
pela paz d' Aix-la-Chapelle ; Continuação
da Historia das viagens.
QUERMES, s. m (do Arab. ai qermés, a
gran), a gran, o insecto que se acha dentro
da gran, cochonilha. V. Alquermes e Ker-
mes.
QUERQUERO, A, adj. (Lat. querquerus.)
Febre querquea , febre intensissirna com
grandes calefrios e convulsão dos «efla-
bros
QUERUBIM. V. Cherubim.
QUÊS, contracção usual de queres.
OUE
Qm
351
OUESADA, (geogr.) cidado d'Hispanha, 6
léguas ao E. d'Ubeda; 1,200 habitan-
tes,
QUEsifAT, (hist.) economista francez, nas-
ceu em 11)94, morreu em 1774 Escreveu
entPH muitas obras uma Refutação do Tra-
ctado de Silva sobre a sangria, ele
OiBSNBL, (hist.) sábio francez, nasceu em
16 í4, morreu em 1719. As suas prin^ipaes
obras são Rfflejões Moraes sobre o Novo
Testamento ; Tradicção da hjreja roma-
na sobre a predestinação dos Sanctos e
sobre a graça cjjicaz.
QUEs:<0Y, (geoxr.) cidade de França, 5
léguas ao NO. d'Avernes ; 3,280 habitan-
tes.
QUESNOY-suR-DKULE. ( geogp. ) cidade de
França, 'â léguas ao NO. de Lille; 4,36U
habitantes.
QUESTÃO, s. f. (Lat. qucestio, anis,] pon-
to que se discute; controvérsia, disputa:
pergunta, v. g. Pôr em— ,em duvida, —
de nome, que versa sobre termos e não so-
bre o ponto essencial. r>. g. Questões
de lan de cabra ou de cagado, ociosas, fú-
teis.
QUESTÃoziNHA, s. f. diminut. de Ques-
tão.
QUBSTEiiBERT, (geogr.) cidadft de França,
5 léguas e meia a E. de Vanaes : 2,500
habitantes.
QLETiF, (hist ) dominicano francez, nas-
ceu em 16 8, morreu em .69i. Começou
a Biblíotheca Scriptorum ordinis minorum,
cum nolis.
QUESTIONADO, A, p. p de qucstíonar, e
adj,, discutid.\ controvertido, disputada;
V. g. perguntado, interrogado.
QUESTIONADOR, A, s. que questiona, que
interroga
QUESTIONAR, V. fl. (Lat. quoecstío, nis, âos
inf. ar) por em questão, controverter, dis-
cutir ; interrogar.
QUESTIONÁVEL, adj. dos 2 g. (des. occ/)dis
pulavel.
QUESTIÚNCULA, «./".(Lat dim. de í/íWKí'.io)
(eschol.) questãozinha.
QUESTOK, s. m (Lat. qn(Bsi.or, áequoero,
ere, procurar) magistrado da antiga Uoma,
encarregado do erário, de cobrar os tributos.
Queslores, pi. (do Fr. quétevr, e ant quês-
teur, pedinte, quèíe, peditório) frades meo-
dicantes \ ron. cuestor.
QUESTORio, A, adj. [qucBsíorius : pron.
cuestorio) pertencente ao questor.
QUESTUARio, A, adj. (proH. cuestuàrio)
(\>. us) traficante, chatim
Q-JESTUOSO, A, adj. (proo. caestuoso : Lat.
quaseòtuosus) lucroso, lueraiivo, proveito-
so. . . i . •"^ ••'.
QUESTíRA, s. f. (proo cuestura) oíBcio,
cargo do questor, magistrado de Roma anti-
ga-
QUETTEnou, (geogr.) cidade de França,
3 léguas o meia ao .NE. de Valogues ;
2,00i) habitantes.
QUEUi.A, (geogr.) aldeia capital da provín-
cia de Pondá ; 2,483.
QUEVEDO DE viLLEGAS, (geogr.) satyrico
hispanhol, nasceu em 1580, morreu em
1645 A sua principal obra ó os Suenos
(os sonhos).
QUEiiQUER, s. m (rust. e ant.) qualquer
cousa. Lspantado de — .
QUEZALTENANGO DO ESPIRITO, { geOgr. )
cidade do Guatiraala, 40 léguas ao SE. de
(iuatimah ; 11,000 habitantes.
.Nas palavras seguintes ou mo soa
Qui, adv. (do Fr. ant. iJte, ainda hoje usa-
do na icardia, do Gr ekei, ali) neste lugar.
Até-qui, até aqui. Não ha í/ut homens, jus-
tiça, (ant.)
QuiABEiRo, s. m. (t Brasil.) planta que
dá os quiabos
QUIABO, s. m. (t. Brasil ) vagem cónica,
pontaguda, dividida em repartimentos lon-
gitudinaes que contornas sementes do çuia-
beiro, e se come quando tenra como as va-
gens do feijão No Kio de Janeiro lhe chamam
Quigcmbo ou Ouinanmhn.
QuiAios (S. Mamede de), (geogr.) villa e
freguesia de Portugal vizinha da Figueira e
7 léguas a O. de Coimbra, pouco arruada,
"e de 4,500 habitantes, em grande parte
marítimos.
QUiBERON, (geogr.) cidade de França, na
península de Quiberon, 6 léguas ao SO.
d'Auray ; 2.000 habitantes.
QuiBO , (geogr.) cidade da America do
Sul, na costa S. do isthmo de Panamá.
QUIÇÁ, adv. (do Ital. chi sa, pron. ki sá
quem sabe) talvez, porventura.
QUiÇAis, (ant.) V. Quiçã.
yu'ÇAMASSuNGO, (geogr.) praso da Coroa
Porlugueza no districlo de Sofalla, que se
extende NS. perto de 12 léguas, contando
de Uupinda até Xingoé e Morope, com quem
contina, e que é limitado por um rio de agqa
salgada que se chama Inhamunne.
j QUicio, s. m. gonzo deporta
I QuicoNGo, s. m. (t. Brasil,) pao medici-
nal.
I QuiDPHOQUO, s. m. (Lat ) V. Quiproquó.
i QuiERZY-suR-oiSE, (gcogr.) villa de Fran-
I ça, 9 léguas ao (3. de Laon ; '/60 habi-
{ tantes.
i QUIETAÇÃO, s. {. tranquilladade, descan-
1 SO, repouso, socego, r. g. — do animo, es-
pirijo ; — da republica, do motim, tumul-
j to, discórdia.
Syn. comp. Quietação é cessação demo-
1 viiaanto. Repouso e descanço den-otap) pa^-
88 ♦ ■
8ftr
QUÍ"
Otl
sa, allivio de trabalho afadigoso. TranquiU
lidade, socego, serenidade, denotam estado
não agitado sem referencia a agitação ante-
rior. Paz, posto que se refere a guerra,
também denota estado plácido, v. g. passa-
va á vida em paz.
de quietar; adj. V.
[mente suff.) com quie-
QUI. TADO, A, p. f
Aquietado.
QUIETAMENTE, adv
tação.
QUIETAR, V. a. V. Aquietar.
QuiETisMO, s. m. (des. ismo) (p. us.) quie-
tação, socpgo, descanço ; nome de uma dou-
trina também chamada wo/inwmo, denomi-
nação derivada do seu autor Miguel de Moli-
na, que ensina bastar uma continua enle-
vação ou extasis para ganhar a bemaventu-
ranç;», ainda que a pessoa se entregue a tor-
pezas peccaminosas.
quietíssimo, a, adj. superl. de quieto,
muito quieto, plácido.
QUiETiSTA, s. m. (des. ista) sectário do
quietismo.
QuiETiSTAS, (hist.) (de Quies repouso)
mysticos, que fazem consistir a prefeição
christà no repouso ou inacção completa da
alma, entregue a uma comtemplação pas-
siva, e desprezando absolutamente outro
niialanpr puiítaHn
QUIETO, A, adj. (Lat. quietus, de quies,
tis, socego. do (ir kathé, assento) quedo,
immovel, Iranquillo, socegado, aquietado.
Mar, vento — , não agitado. Povo — , Ani-
mo— .
QUIETO (Falveo), (hist.) 2.^ filho do im-
perador Mariano, e co-regente em :i6l, foi
morto em 262.
QUiEVRAiM, (geogr.) villa da Bélgica, 5
léguas ao SO. de Mans ; 2,0(10 habitantes.
QuiGiLA, s, f. (t. Afric.) antipalbid queos
negros tem a certas comeres. — , (us. fa-
mil.) aversão, antipathia, v. g. ter — a ou
com alguém.
QuiGii.AR, v.n [quigila, ar des. iaf.) to-
mar quigila a alguém.
QuiGOMBO. V. Quiabo.
QuiJANDO. V. Quejando.
QuiL, s m. (pron. cui/) espécie de furão,
animal da índia.
QUILATADO. A, p. p. de quilatar ; adj. cu-
jo quilate foi averiguado.
QuiLATADOR, s. w. contraste, o que exami-
na os quilates.
qutlatar, V. a. {quilate, ar des. inf.) exa-
minar os quilates do metal, das pedras pre-
ciosas. — os merecimentos de alguém, ava-
liar, apreciar.
QU late, s. m, (do Arab. qirat, a semente
da alfarroba do peso de quatro gràos) unida-
de de peso usada pelos ourives e joalheiros
pam fíxar apurtsw datwiro, prata» eôpieéo
das pedras preciosaís. O ouro puro se suppôe
ter vinte e quatro quilates ; (tig ) gráos de
pureza, valia Oj — s do amor, do saber, do
primor, do merecimento, do entendimento.
V. ^.Qualificar os — s do amor na pedra de
toque daaasencia.
QuiLATEiRA, s. f. [áes. eiro) peneirinhade
metal cora furos de diversos diamatros que
se usa para apartar as pérolas de diversas
grossuras.
QUiLENGUES, (geogr.)districto de Benguella,
povoado de negros bastante civilisados pelo
trato continuo que tem com os moradores
da cidade daquelle nome, que dista 25 lé-
guas ao NO. ; 39,100 habitantes.
QUILHA, s. f. (Fr. quille, de Gr. koilos,
concavo^ (naut.j a parte inferior do navio,
dft qual se elevam todas as obras do costado.
Embarcações de — , não rasas. — limpa, a
quilha por si só. — , (fig ) náo, navio. Lan-
çar a — , (fig ) por o alicerce, a base.
QUILHADO, A, p. p de quilhar; adj. que
tem quilha, construído sobre quilha.
QUILHAR, V. a. [quilha, ardes. inf.)(naut.)
por quilha aos navios.
QUILHAR, adj. m ons. orego com que se
pregam as cavernas na quilha <ias náos.
QUíLiMANCY, (geogr.) rio pouco conheci-
do da Africa oriental, lança-se no Oceano
índio.
QuiLiMANE, (geogr.) ramo do Zambeze,
íança-se no canal de Moçambique.
QuiLiMANE, (geogr,) villa capital do gover-
no subalterno deste mesmo nome. em Mo-
çambique, eque tem o nome de S Martinho
posto que não seja conhecida por elle, e sim
pelo que se deixa mencionado. z'*
QuiLLAN, (gfogr.) cidade de França 5 le- '
guas e meia a© S. de Limoux ; 1,8^0 ha-
bitantes.
QuiLLEBOEUF, (geogr.) cidade de França
a 4 léguas de Ponte-d'Andemer ; 15U0 ha-
bitantes.
QuiLLET, (hist.) medico francez, e poeta
latino moderno, nasceu em 1602, morreu
em 16()9. E' auclor de um curiozo poema
latino : Callipcediat seu de pulchrce proUs
habendce ratione.
QUILOMBO, s. m. (t. Brasil.) lugar onde se
refugiam os escravos fugidos no interior do
sertão.
QU'LOA, (geogr.) cidade d'Africa oriental,
capital do reino de Quiloa, na bahia do
mesmo nome. O reino de Quiloa sobre a
costa do Zanguebar ó limitado ao .N. pelo
de Zanzibar, ao S. pela capitania-general
de Moçambique; .50.000 habitantes.
QUILOMBO, (geogr ) serra da cordilheira
dos Aimorés, no Brazil, na província do
Uio-de-Janeiro, distrioto d^i didade do^^abo-
Frio.
oui
ÍW
m
OUILOTA OU S. MARTINHO DK Là CONCHA,
(geogr.) cidade do Chili, 20 léguas ao NO.
de Santiago.
QUiMÃo s. m. (t. da Ásia) roupão talar,
/argo e aberto por diante. Quimõesde peites
de animaes. Lucena, Fern Mendes, Couto.
0UIII8RA, s. f. V. Chimnra.
QUiMKRico, A, adj. V. Chiinerico.
OUIMBRISTA ou CHfXERISTA, S. TM. (p. US.)
inventor de chim«ras.
QUÍMERIZ\R ou CHIMERIZAR, V. a. (p. US.)
inventar chimeras. — , v. n. phantasiar.
química, s. f. V. Chimica.
químico, *. wi. V. Chimico.
QuiMiNHA, s. f. planta de Angola. V. Mi-
nhaminha.
QUIMPER ou QUIMPER CORENTIN, (geOgr.)
cidade marítima de França , 12 léguas
e meia ao SE. de Brest ; 9,715 habitan-
tes.
QUiMPERLS, (geogr.) outrora Quimper-
EUé, cidade de França, a 11 léguas ao SE.
de Quimper ; 5,540 habitantes.
QUINA, s. f. (t. Peruviano) casca amargo-
sa e febrifuga do Peru.
QUINA, s. f. (do Gr. gonia, angulo) canto
esquina. — viva, muito aguda.
QUINADO, A, adj. (des. a-lj ado) (pharm.)
Vinho — , em que seinfundio quina, casca
peruviana.
QuiNAL, í. m. (ant.) medida do vinte e
cinco almudes.
QUINALONGA, (geogr.) ilhas do Cuauza, que
fazem parle do districto de Pungo Andongo,
as quaes foram era 1745 cei I idas á Coroa de
Portugal pela lainha Ginga
QUiNAO, s. m. (do Lat. quianam, porque?)
emenda de erro que Ui o discípulo respon-
dendo. Dar — , argumentando, apanharem
erro.
QuiNAQuiNA, s. f. (t. Peruv.) casca amar-
gosa e febrifuga do Peru.
QuiNARio, A, a'//, (pron. cuinario\ Lat.
quinarin^] que contem cinco. Numero — ,
cinco uniiades.
QUiNARio, s. m. (Lat. quinarius) cinco as-
ses, moeda antiga romana.
QUINAS, s. m. pi. (Lat. quini^ oe, que con-
tem cinco) parelhas de cinco nos dados. As
— porluguezas, as armas de Portugal, as-
sim denominadas em razão dos cinco pon-
tos marcados no escudo.
QuiNCALHARiA, s. f. V. QninquHharia.
QuiNCALnKiRo, «. m. (des. ciro) o que ven-
de quinquilharias.
quincalogo, s.m. V. Quinqualogo.
QUINCHOSO. V. Quintal. ,
QUiNCY, (geogr) villa deFranç», a légua j
e meia ao S. de Meaux ; !2i,050 habitan- '
tes.
QUiMfrBCENViROS, ê. m, pi, (Lat. qxkmAt"
cimviri) os quinze magistrados que, na an-
tiga Roma, presidiam aos negócios religiosos.
O u sôa.
QuiNDENio, s.m. (Lat. ^uíndíni, que con-
tem quinze) pensão que se paga todos os
quinze annos ao papa, de igrejas annexas,
de rendas ecclesiasticas. kvon. o u sôa
quinfandongo, (geogr.) povoação do dis-
tricto da Barra do Bengo, situada junto da
espécie de lagamar, que ahi forma o rio
Bengo.
QuiNGEY, (geogr.) cidade de França, 4 lé-
guas e meia ao SO. de Desancou ; OOO ha-
bitantes.
QUINGONHO, V. Quiabo.
QuiNGOSTA, s. f. V. Cangosta.
QuiNGUiNDA, (geogr.) serra da província
de Sergipe, do Brazil, districto da villa de
Lagarto.
QUINHÃO, *. m (do Fr. quignon, naco, pe-
daço de pão) ração, pitança ; parte que to-
ca a alguém eaa pirtilha ou distribuição, v.
g. os quinhões de cada herdeiro. — , (fig.)
copia, quantidade, ex. « tm feridos houve
bom quinhão. »
QUiNHÃoziNHO, s. m. diminut, de quinhão
pequeno quinhão
QuiNHENTEsmo, A, adj. V. Quinquagesi-
mo.
QUINHENTISTA, Sm. (des. isía) autor, es-
cripior portuíçuez do XV século , o que apre-
cia o estylo dos clássicos d'aquelle século.
QUINHENTOS, AS, adj, numcr. (Lat. quin»
genli) cinco centenas.
QuiNHOAR, V. a. V. Aqwnhoar.
QuiNHOEiRO, A, adj. (des. et ro) o que tem
quinhão, que part cipa de quinhão, partici-
pante. — na demanda, com parte.
QUíNHOM, (ant.) V. Quinhão.
QUiNi-SEXTO, (hist.) concilio reunido em
Consiantinapla no anno 69 i; nelle foram
regeiladas as Conslituiçõas apostólicas. Deu-
se-lh-i o nocne de Quini-Sexto porque subs-
tituiu pelos seus cânones o 5.** concilio
[qijbinu^] e o 6.*^ [sexiut).
QUiNOLA, s.f. (d)Cast., escudeiro de da-
mas) o valete dí3C)pas nojoso doreversino.
QUiNOHEZ (hist.) cardeal hispinhol, nas-
ceu em 1485, morreu em 1540. Publicou
um famozo Breviarium
QUiNQUAGENARio, A, adj. (Lat. quinqua^C'
narius) que tem cincoenta annos de idade:
decineoenta.
quinquagesima, (hist.) (do latkn çuin-
quagestmus, cincoenta). E' assim chamado
na igreja romana, o domingo que cae 50
dias antes da Paschoa.
QUiNQUAGBSiMo, A, adj .ordOiál [LàX. quin-
quagesimus) o que corresponde ao numero
cincoenta.
OuiNQtiAi/>«o, f k n^. (do Lat. oíaímu^ cia-
354
QUI
OUI
CO, elogos) os cinco mandamentos da santa
madre igreja
OuiNQUATRios, s. m. pi. (mjth.) festas, na
antiga Roma, em honra de Minerva, que du-
ravam cinco dias.
QUiNQUEFOLio, s. m. [L&t. quinquefoUum
planta.
QuiNQUEGENTU, (hist.) Home de um ge-
neral do cinco tribus da Ásia e da >umi-
dia no tempo de Diocleciano, sustentou o
usurpador Juliano, mas foi vencido por
Maximiano em 2b6.
QUiNQUENNAL, adj . dos 2 Q. (Lot. quiu-
quennalis) que dura cinco annos ; que se
repete de cinco em cinco annos ", lustral.
QUINQUÉNIO, s. w. (Lat. quinquenuium)
espaço de cinco annos; lustro. ijííysiuií
QuiNQUENOVE, s. »». jogo de dados emque
perdem os pontos cinco e os nove.
QUINQUEPARTIDO, A, afií/ • psrtido CSU CÍQCO
partes.
QuiNQUEVTR, s. TU. UMi dos membros do
quinquevirato.
QUiNQOEViRATO, s. m. tribuual romano
provincial composto de cinco membros, que
tinham a inspecção sobre a agricultura.
N. B. O u sôa em todos os precedentes
termos formados do quinque Lai. ^ cinco
QUINQUILHARIA, s. f. (do Fr. quificaillerie,
áe quincaille, voz imitativa do tinnido) pe-
ças de ornato de aço e outros metaes
QUiNQUiLHEiRO. V. Quincãlheiro.
QUINTA, s. f. (do Arab. ghennot) casa de
campo com granja ou terras de grangearia.
Moraes, ignorando a origem d'este termo,
diz que se chama quinta porque os quin-
teiros pagam de ordinário a quinta parte dos
fructos.
QUINTA, s. f. (subst. da des. f. de quinto]
na musica , intervallo comprehendido em
cinco tOQOS. No jogo dos centos, são cim;o
cartas seguidas. A — , classe em que anti-
gamente se traduzia o Lalim.
QuiNTÃA, s. f. (ant.) quinta, casa de cam-
po.
QUiNTÃA; (geogr ) povoação de Portugal
no concelho de Cadima, 4 léguas ao O.
de Coimbra, 2,100 habitantes. Ha outra
denominada de Pedro Martins no concelho
de Castello-Hodrigo, com 4.iO habitantes.
QuiNTADO, A, p.p. de quiutar ; arfj. tira-
do década cinco um.
QUiNTA-ESSENCiA, s. f. ua chimiçfii, apar-
te amais pura, amais essencial. íim^v]*,,
QUINTAL, s. m. (do Arab. qentar, peso do
120 arráteis) peso de quatro arrobas.
QUINTAL, s m. [áQquinta, dess.oí) por-
ção pequena de terra pa cidade, plantada de
arvortts e murada, de Qrdincirio junto á casa
de habitação.
aviNTAL^OÀg, «, í», pi' ^Q|-) 03 qw^ntaeç
dá
de pimenta que cada official da feitoria po-
dia comprar para seu negocio, ou que lhe
era concedida por certo preço como salário;
o que o marinheiro poae levar no seu ran-
cho para seu uso ou negocio sem pagar fre-
te.
QuiNTALÃo, s. m. augment de quintal,
quintal grande.
QuiNTALEJO, s. m. diminut. de quintal,
pequeno quintal; um barril de duas arro-
bas.
QUINTALILHO OU QUINTALZINHO, S. W. di-
minuí, de quintal.
QUINTANA, adj. f. Febre — , que vem de
cinco em cinco dias.
QUINTANA, (geogr.) cidade d'Hispanha, 6
léguas ao '^. de Villanueva-la-Serena ; 4,000
habitantes.
QUINTANAR-DÍL-ORDKN , (gCOgr.) cidade
d'Hispaiiha, 6 legnas ao N. d'Alcazar-de-
S.-Juan ; 6,400 habitantes.
QU'NTAR, V a. [quinto ar des. inf.) tirar
década cinco um. — o ouro, tirar a quinta
parte para o rei. — o regimento, castigar
os soldados quintados.
QUiNTKiRA, s. f. mulhor do quinteiro.
QUINTEIRO, s. m. (des. eiró] abegào, fei-
tor de quinta.
QuiNTELLA, (gcogr.) povoação de Portu-
gal situada a 6 léguas de Lamego, no con-
celho da Lapa , cou< 400 habitantes, lia
outra denominada de Azurara no conce-
lho de Mangoalde, e 3 legoas ao S. de Yi-
zeu, 50(j habitantes
QuiNTiL, s, m. (Lat. Quintilis] o mez de
Jnlho, quinto do antigo anno romano quan-
do começava em Março.
QUINTILHA, s. f. cinco versos lyriíios ri-
mados, V. g. As — s de Nicolau Tolen-
tino,
QUINTILIANO, (hist.) ilf. Fahius Quintilia-
nus, celebre rhetorioo, nasceu em Roma
no anno 42 de Jesu-Chisto. Deixou um
traclado em 12 livros De institutione ora-
tória ou da Educação do Orador.
QuiNTiLiO, s. f. (pharm ) preparação de
aniimon-o em pó.
QuiNTiLio, (hist.) nome de uma famillia
romana cujo ramo mais conhecido é o dos
Varos.
QUiNTiLLO, (hist.) M. Aurelius Claudius
Quintillus , irmão de Cláudio II, e chefe
de ura corpo na Aquilea, vio-se abandona-
do por todos depois de se fazer proclamar
augusto, ematou-se no fim de 17 dias de
reinado
QUiNTiN, (geogr.) cidade do França, 5
léguas ao O. de S. Brien ; 4,450 habitan-
tes.
QuiNTiNHA, .9. f diminut. de quinta, pe-
quena qi^inta ou ladeada rural
OUI
oui
355
QUiHTiNO (S.), (hist.) soffreu o raartyrio
no Vermandez em 287. É festejado a Òl
d'Outabro.
QUINTINO (S.), (gfiogr.) poToaçàode Por-
tugal a 5 léguas de juisboa ; 2,75U habitan-
tes.
QUiHTio, (hist.) Quinctius Capitolinus,
foi seis vezes cônsul e batteu os Volscos
em 46 -t antes de Jesu-Christo.
QUINTO, A, adj. numer. ordin. (Lat, quiu'
tus) o que na strie numérica está entre o
quarto esext). Pron. kinlo.
QUINTO, *. m. a quinta parte, t. g. o —
do ouro. Á náu dos—s, a que antigamen-
te trazia a Lisboa o producto do quinio das
minas de ouro do Brasil — , jogo da espa-
dilha de cinco pessoas.
QUINTO cuRCio, (hist.) Quiníus Curcius
fíussus, historiador latino. Wão se sabe
nada da sua vida, presume-se que viveu
no 1.° século da nossa era Deixou uma
Historia d' Alexandre, em 10 livros.
QUINTO, (geogr.) rio das Provincias-Uni-
das do liio da Prata, atravessa as provín-
cias d© S. Luiz e de Córdova e cae n'um
pequeno lago.
QUINTO DE SMYRNA, (hist.) chamado tam-
b-ra Quintus Calaber, poeta grego, de que
se não sabe a epocha. Ha cotn o seu no-
me um poema, em continuação da Illia-
da.
QUiNTUviRO, s. m. (Lat. quintuvir) magis-
trado da antiga Roma, membro du tribunal
chamado quintumvirato.
QuiNTurtiCAR, V. a. multiplicar por cinco*
QUINIUPLO, A, adj. (Lat. quintuplex, icis.)
cinco vezes outro tanto. O — , cinco tan-
tos.
QuiNZANGA, (geogr.) uma das ilhas do rio
Cuanza, e a única delias que é habitada, ain-
da que por poucos moradores
QUiNZANo, (hist.) poeta latino moderno,
nasceu em 1^8^, morreu em 1557. Dei-
xou muitas poesias.
QUINZE, adj numeral dos 2 g. (Lat. quin-
decim.) uma dezena e mais cinco. Dar — e
fauta, partido de jogo. — de resto, jogo de
envidar a fazer quinze com cartas.
QUINZENA , í. /■. a decima quinta parte ;
uma arroba de cada quinze que os lavra-
dores da Bahia pagam aos senhores de en-
genhos do assucar que fazem, pela renda
da terra.
QUiPELA, s. f. (t. da Ásia) animal da ín-
dia.
QUIPROQUÓ, s. m. o tomar uma cousa por
outra, como qui Latino porqfwo ; substitui-
ção fraudulosa ou accidental Pron. o u
sôa.
QUiRA, (ant.) por Queira.
QUiRATE, s. m. (ant.) V. Quilate.
QuiRAto, s. m. nome de uma arToredo
Brasil.
QuiRiLLO, (geogr.) praso da Coroa Portu-
gueza, no districto de Quilimane ; é muilo
abundante em toda a espécie demimtimen-
tos ecom muita caça; boas madeiras.
QuiRiNAL (monte), (googr.) Quirinalis»
mons, uma das sete collinas de Homa, en-
tre a collina Horta lana ao N. e o monte
Viminal ao S.
QUiRios. s. m. V. Kyrie.
QuiRiTES, (hist.) nome usado primeira-
mente ptlos Sabino«, depois pelos próprios
ilomanos, depois da fuzào dos Romanos de
Rumulo, e dos Sabinos de Tacio Proa. o
u sôa. • ' . f»>
QUiROGA, (hist.) missionário hispanhol,
nasceu em '707, morreu em 1784, visitou
as terras de Magalhães, e redigiu um Jor^
nal da sua viagem.
QUIROMANCIA. V. Chiromancia.
QuiROs (srchipelago), (geogr.) nome da-
do por alguns geographos modernos ás
grandes Cyclades e ás iSovas Hebridas, vi-
sitadas por Quiros.
QUiROS, (hist,) (Fernandez de), navega-
dor hispanhol, substituiu Mendana no com-
D ando em 1595, conduziu os restos da es-
quadra ao México, a Manilla e ao Peru.
Descobriu muita.s ilhas e archipelagos da
Polynpsia, e morreu em Uitt em Panamá.
Publicou uma Memoria com o tiiiilo de :
P. F. Quiros narratio de terra australi
incógnita.
QuiSECo, s. m. nome de uma arvore de
Benguella.
QuisGNALis, (bot.) geuero de Plantas da
famillia da Comberlaceas e da Decandria
Monogynia, L.
QUissÁ, adv. V. Quiçá.
QuisSAC, (geogr.) cidade de França, 7 lé-
guas ao NO. de Nimes ; 1,íjOO habitantes.
QuissENB, (geogr.) praso da Coroa de Por-
tugal, no districto de Sofalla, que tem no
seu maior comprimento 2 léguas, e outro
tanto na sua maior largura.
QUISTO, A, adj. querido, reputado «Ser
mui — e amado do seu povo. » Barros. Bem
ou mal — , bem ou mal visto, olhado, re-
putado.
QUITA, s. f. de quitar.) remissão, per-
dão de divida. Fazer — , perdoar a divida.
QUITA (Domingos dos Beis), (hist.) poeta
portuguez, nasceu em 1728, morreu em
1770 As suas obras formam 2 volumes em
S.*' consistem em 5 tragedias (a melhor é
D. Ignez de Castro) e em sonetos, elegioi
e idyliios.
QUITAÇÃO , s. f. {quita, des. ção.) acto
pelo qual desobrigamos alguém de divida.
Passar — .
89 •
S56
m
QDt
«^QUTTADO, A, p. p. de quitar; adj. remit-
tido, perdoado. Divida — , perdoada. Pena
— , remittida. — , poupado, evitado. Ques-
tões — s.
QuiTAMENTO, s. m. (mento suíf.) desqui-
te, di/orcio entre casados; quitação de di-
vida.
QUiTANÇA, s. f. (ant.) V. Quitação, Re-
cibo.
QUITAR, V. a. {quite, ar des. inf.) remit-
tir a divida, declarar o devedor quite dp. di-
vida ou obrigação , ou da pena incorrida ,
castigo. — , poupar, v. g quitar -lhe o pe-
.jo ; — questões. — , impedir, tolher, tirar.
— o marido, desquitar-se delle. Quitou a
mulher, deixou-a. — se, «.r. desquitar-se.
— a mulher do marido, ou o marido da mu-
lher. — , apartar-se, v. g. — dos maus cos-
tumes.— , não cumprir a avença, o ajuste,
o pacto.
QuiTASOL, s, m. chapéu de sol, sombrei-
ro de pó.
QUITE, adj. dos 2 g. (Lat. quietus, quie-
to, socegado ) livre, desobrigado de divida
ou obrigação, ónus. — , perdoado, v. g. se-
jam os açoutes — . — , apartado, desquita-
do. « D. Berengueira casada com El-Rei de
Leão, e — delle. » Chron. de Cister. — , li-
vre, desembaraçado, v. g. ver-se — de al-
guém.
QuiTELLO, (geogr.) povoação de Portugal
a mais oriental de todo o reino, situada a
2 léguas e meia ao NE. de Miranda, pró-
xima ao Douro no distrito de Bragança ; a
sua longitude oriental excede 2 minutos o
de Paradella
'■, QuiTEsiENTE, adv. [mente sufif.) (ant.) li-
vremente, sem embaraço.
QuiTEVE, s. m. (voz Afric.) nome genéri-
co dos régulos do sertão e rio de Sofala.
■"'quito. A, adj. (ant ^ V. Quite, Litre
QUITO, (geogr.) cidade da America do
sul, capital do antigo reiuo de Quito, e
actualmente da republica do'' Equador ;
70,000 habitantes.
, QUITO (reino de), (geogr.) antiga audien-
'cia da Kova-Granada, com o titulo de rei-
no, foi depois compreendida na parte ao
SO. da Colômbia.
QuiTUMBATA, s. f. nomc de um arbusto
de Benguela.
QuiTURA, s. f. um moio de milho no Mo-
nomotapa. Santos Ethiop.
QUIXERAMOBIM OU QUiXERAMUBI, (geOgf )
rio na proviucia do Ceará, no Brazil.
Quixos-E-MACAS, (geog.) região da Nova
Granada, tira o seu nome de duas povoa-
ções indigenas, que formam quasi toda a
sua população.
QuiTY. V. Quite.
QUOCIENTE, s. m. (Lat. quotiens ou qu^O"
ties, quantas vezes.) (arith.) resultado da di-
visão de um numero por outro. Pron. cuo-
ciente.
QUODLiBETAL , adj. (des. adj. aí.) (ant.)
concernente ao acto do quodlibeto.
QU0DL'BETO, s. m. Home de um acto an-
tigo que faziam os doutorandos na univer-
sidade de Coimbra antes da reforma (em
1772) no fim do nono anno. Pron. o u
sôa.
QUOGELO, s. m. espécie de crocodilo da
Gafraria.
QUOJA (reino de), (geogr.) na costa da
Serra-Leôa.
QUOLLA ou QUORRA, (geogr.) uome que
se dá ao Djoliba ou ao Niger depois d'elle
ter passado o Tombonctou.
QUALOE, (geogr.) (istoé ilha das baleias)
ilha do mar (llacial, na Norwega, na cos-
ta ao NO. deste paiz. '"^
QUOMO, (ant.) V. Como.
QUOTA, adj. f. — parte, o que toca a ca-
da um.
QUOTE, s. m. V. Cote, Quotidiano.
QUOTIDIANAMENTE , adv. [meutc suíT.) de
todos os dias.
QUOTIDIANO, A, adj (Lai. quotidianus) de
todos os dias. O pão — , diário. Febre — ,
cujos crescimentos repetem cada dia. "
QUOTiLiQUE, s. m. Homem de — , (chul.)
de importância.
QUY, (ant.) por Qui, Aqui.
\b
r»'-iir<;>>oq f Jn
ív',
RAB
RAB
S57
R
1, *. m pron. érre^ decima oitava letra
do alphabeto Porluguez, e decima quarta
das consoantes. No principio das palavras
sôa como quando é dobrado, isto é, tem
som forte e asoero, v. g. em rabo, rosa;
entre vogaes, e precedida de h, c, d, f, g,
p, í e t>, tem som brando e fluente ou li-
quido, V. g. brando, claro, vidro, frio. grou,
prova, traz, livro. Em muitas línguas subs-
titue-se a /, v. g. em Portuguez, prumo e
plumo. Ingrez e Inglez, frol ant. por flor.
Was vozes em que sôa forte é som imitati-
vo de movimento violento e rápido, tanto
em Latim como em Portuguez, v. g. rom-
per, roncar, correr, rebentar, arruinar, ro-
lar, rodar. Cs antigos dobravam o rno prin-
cipio das palavras, v. g. rrei, rroupa.
R, abreviatura de receberá ; de resposta.
de réo ou r^ ; de reprovo, reverendo; e em
formulas de medico, recipe, tome.
João Franco, Barreto, e Moraes querem
que demos ao r a denominação de ré, mas
além do inconveniente de mudar um nome
antiquíssimo, não ha mais razão para ado-
ptar o de ré que o de ra, ro, ri ou ru,
Yisto que o som deste caracter de per sié
uma vibração da voz em que não entre vo-
gal.
RÃA. V. Ban.
RAAB ou RABO, (gcogr.) i4rraòo em latim,
no dos Estados Austriscos, nasce na Sly-
ria, e cae no Danúbio em Raab.
RAAB ou JAVABiN, (gPogr.) A rrãboTia ôos
antigos Jararinum em latim moderno, ci-
dade na Hungria, 27 léguas a ^0. de Bu-
de ; 1 3, 'í OU habitantes.
RABAÇA, «. f. (Lat. rapa, raiz do nabo.)
planta aquática ; (Gg.) pessoa insulsa, sem
sabor.
RABAÇA, s. f. (ant.) bubão de má sorte.
RABAÇAL , S. W». (dcS. COllcCt, o/.) plaO-
tio de rabaças.
RABAÇAL, (geogr.) concelho de Portugal,
situado a 4 léguas de Coimbra, 2,478 habi-
tantes.
▼OL. IT.
RABAÇARTA, s. f. [tahaça, des. ária.) hor-
taliça, hervas, frutas grosseiras. Amigo de
— s.
RABACEiRo, A, adj . (dcs. eivo.) amigo de
rabaçarias.
rabacoelha. V. fíabicoelha.
RABADA , s. f, [rabo, des. s. arfa.) rabo
de peixe ; (íig ) popa do navio. — , (ant.)
trança do cabello terminada por laços de
Ota.
rabadam ou rabadão, s. m. (ant.) guar-
dador assoldadado do gado ou de porcos.
rabadaoa, s. f. (t. da Beira) nome de um
jogo de rapazes.
rabadella, s. f. (de rabada ) na ribeira
de Lisboa é o peixe que fica para o pes-
cador que o pescou á linha. — , (anat. ant )
á extremidade do espinhaço, o osso sacro.
rabadilha, s. f. rabadella ; sobre- cu da
gallinha.
RABADO , A, adj. [rabo, des. adj. ado.)
caudato. Cometa — .
rabalde. V. Arrabalde.
RABALHA OU RABALVA; adj. (t do Miuho)
quarta — , medida de liquidos usada no
fo-^to, de menor capacidade que a quarta
nova
RABALYA, s. f. [rabo, e alvo.) (h. n.) ave
nocturna de rapina que tem a cauda branca.
RABAN MAUR, [hist.) Rhabatius Maurus OU
iMagneníius, sábio allemào, nasceu em 776,
morreu em 856. Deixou : Invenção das lin-
\ guas desde o Hebreu até ao Tudesco, e di-
{ versas obras eccleí^iasticas
j BABANA, s. f. (t. da Índia) atabale que 05
I Malabares trazem dependurados ao pes-
coço.
RABANADA , s. f. (des. s. ada.) pancada
que o peixe dá com o rabo. — s, (t da Bei-
ra) fatias que se fazem naquella província
pelo entrudo.
RABANHO. V. llebanho.
RABÃO, *. m. {Lail. raphanus), espécie de
raiz branca succosa, que se come. PI. Rd-
bãos.
90
358
tms
PUR
RABÃO, ONA, aâj^ que tem rabo cortado.
V. g. Cavallo — . Égua — .
RABASTENS, (geogp.) cidade de França, a
9 léguas SO. de Alby ; 5,680 habitantes
RABASTENS, (geogr.) Cidade de França, a
4 léguas ao Mi. de Tarbes ; i,'iOO habi-
tantes.
RABAT, ARBaTE OU NOVA-SALÉ, (gCOgr.) ci'
dade do estado de Marrocos, defronte da
Velha-Salé.
RABALT-SANTO-ESTI VÃO , (hlsl.) eSCliptOf
francez, nasceu em 1741, morreu em 1793.
Deixou : Resumo da Historia da Revolução
Franceza ; Cartas a Bailiy sobre a historia
primitiva da Grécia.
RABBAH, (geogr.) villa da Syria, a E. do
Mar Morto , 25 léguas ao SÉ. de Jerusa-
lém.
BABAZ, adj. dos t g. (Lat. rapax, eis )
V. Rapace.
rab'avento, adv. com o rado ou vento.
V. g. Voar a ave — , segundo a direcção
do vento.
RABDAT-AMMON, (geogr. ) hojo immaíi, ca-
pital dos Ammonitas, a E. do Jordão, e
perto das nascentes do Amraon.
RABBE, (hist.) escriptor francez, nasceu em
1786, morreu em 18:^0. Escreveu: Resu-
mos da historia da Rússia, de Portugal,
de Hispanha, etc.
RABBi ou RABBiNO , s. w*. (do Hubralco
rabbi, senhor), doutor da lei entre os ju-
deus, mestre.
RABBiNADO, s. fn. dignidade de rabbino.
RABBiNico, A, adj. dc rabbino, dos rab-
binos.
RABBiNiSMO, s. w. (des. ista), o que se-
gue a doutrina dos rabbin^s.
RABBONi. V. Rabbi
RABBOin, s. m. (voz Hebraica), commen-
tarios allegoricos do Pentateucho.
RABEADOR, A, adj. que mcxc muito o ra-
bo, que bole muito com o rabo, v. g. < a-
vallo — .
RABEADURA, s. f. (des. ura), movimento
úfi cauda, v. g — do cão.
í RABEAR, V. n. [rabo, ar, des. inf.), bo-
Ur com o rabo. saracotear, rebolar, em cer-
tas dansas lascivas ; (tig.) fazer obséquios,
baixos, adulações vis.
RABECA, s. f. (Fr. ant. rabec, que dizem
ser alterado do Árab, rabala), instrumento
musico de quatro cordas que se tecem com
arco de sedas de cavallo. v. g. Tocar — .
V. Ârrabil.
RABECÃO , s. m. augment. de líabeca :
— grande ; — pequeno, violoncello.
RABECO, (t. chulo, V. Refoucinliado.
^fjRABEiRA, s. f. trilha, rasto.
RABiKL, *. m. V. Arrabil.
RABELA18, (hist.) celebfe escriptor ^Mk
cez, nasceu em 1483, morreu em 1553. Ea-
tre as suas muitas obras a mais celebre (- «
Historia de gargantua e Pantagruel.
RABELLO, s. m. {rabo, ello des.), cabo
pregado no couce da rabiça, por onde pe-
ga o lavrador quando dirige o arado lavran-
do.
RABENER, (hist.) pocta O moríilista allemão,
nasceu em 1714, morreu em 1771. Deixou
Cartas satyricas, e Poe.íai.
RABF.QuiNHA, s. f. deminut. de Rabeca.
RABERViVA, s. f. ave silvestre.
RABETA. V. Aveloa.
RÁBiA. V. Raiva, Hidrophobia.
RABECA, s. f. [rabo, iça des.), rabo do
arado onde o lavrador pega lavrando ; es-
teva. ■ '■ '■ • -f^'-
RABJCÃO , adj. m. (do Cast. rabicano),
que tem clinas ou cerdas brancas no rabo.
V. g. (avalio — .
RABicnÃo, adj. V. Rabão, Cavallo.
RABICHO, s. m. peça í^m que se enfia a
cauda da besta e que prende na parle tra-
seira da sella ou albarda ; cabello enrola-
do em íita por detraz da cabeça ou daca-
belleira. v. g. Trazer — . Cabelleira de — .
RABicoELHA, s. f. ave aqudtica do tama-
nho da perdiz.
RABicuRTO, A, odj. {rabo, e curto], que
tem a cauda, curta, v. g. Ave — .
RÁBIDO, A, adj. (Lai. rabidus), raivoso.
RABiFORCADO, A, adj. quo tem o rabo far-
pado. V- g. Ave — .
RABIL. y. Ârrabil.
RABiL, (geogr,) aldeia da ilha da Boa-
vista ; 140 i habitantes.
RABiLEíRO, s M. dos. ciro), O que toca
ârrabil : o que os faz.
RABINO. V. Rabbi ou Rabbino.
RABiRio, (hist.) cavalleiro romano. Accu-
sado porLabiens como assassino do tribuwj
Saturino foi defendido por Cícero. >
RABiSACA, s. /. digressão furtiva, v. g.
Deu uma — por casa de alguém.
RABISCA, s. f. (V. Rabiscar], pequenoes-
galho de uvas que licou na vinha portles-
cuido do vindimador.
RABISCA, *. f traço de penea ou lápis.
V. g. Eucheu o papel de — s, de traços ou
riscos informes.
RABisCADEiHA, s. f. (des. eira), mulher
que colhe as uvas que íicaram na vinha
depois de vindimada.
RABISCADO, A, p. p. dc rabiscar ; adj-
traçado v. g. Tinha — todo o livro, suja-
do com rabiscas, — os esgalhos que Íica-
ram ^por descuido na vinha.
RABISCAR. V. a. (de rápido, e riscar.) su*
jar com rabiscas, ou traços de penr.a ou
lápis informes : — o papel, o Jivro. lU
RABISCAR , V. a. (alterado de rabisctar^
RA6
tlAC
359
dar busca a vinha vindimada para apanhar
os esgalhos que os vindimadores deixaram
por descuido ; darnova busca. « Torna r.»iri
os Turcos a — a povoaçào. » i-outo, dar no-
vo saque.
RABISCAS , *. f. V. Rabisca, de pen-
na.
RABISCO, s. m. (alterado de rebusca.) as
uvas que por descuido dos vindimadores fi-
caram na vinha.
RABiSECCO, A, adj. (chulo) secço, esieril,
minguado. ' '
RABO, s. m. (do Lat. rapum, rábánó, fáíz.)
cauda de quadrúpedes, v. g. — de cavai-
lo, porco ; (fig.) a parte posterior; coronha,
culatra de armas de fogo. jtíeiter o — en-
tre as pernas, ^loc. famil ) aquieta r-se por
medo. O — é ruim de esfolar, (loc. prov.)
isto é, o mais diíTicil é ternsinar o começa-
do. Olhar com o — do olho, (famil.) olhar
a furto, com o olho de esguelha. Fegou-
Ihe pelo — , (phraz. chul.) pela qual se ex-
prime que alguém fugiu e eàtá fora do al-
cance Receber com o — pelo chão, com ges-
to, em postura humilde, de rastos como cão
fagueiro. — do vestido, cauda. Pimenta de
— , longa. Mentira de — , (chul.) grande.
— de asno, nome de uma planta. — de ra-
posa, amaranto, planta. — de cacallo, ca-
vallinha, planta. — de ovelha, espeoie de
uva grossa. — s de junco, aves que se en-
tíonlram na derrota da índia, do tamanho
de pombos torcazes, e com uma penna na
cauda mais comprida que as outras. — for-
cado, ave que se encontra nas paragens do
Cabo da Boa Ksperança
RABO DE PEIXE, (geogr.) aldeia a mais
considerável dos Açores, (na ilha de 9. Mi-
guel), situada em terreno plaino e muito
fértil á beiramar, a légua e meia ao U.
da Ribeira Grande e i ao K de Ponta-
Delgada ; 4000 habitantes.
RABOLÃo ou antes rabulão, s. m. (chul.)
o que diz rabularias, bravateador.
RABOLARiA. V. Rabularxa.
RABOLEVA, s. wi. fabo de papel OU panuo
que pelo entrudo pregam os rapazes nas
costas do vestido de alguém, dando-lhe vaia,
e gritando : rabo lera ! — , (fig.) appendix,
cousa adjunta, appensa.
RABOLO. V. Rebolo.
rabotar, V. a. [rabote, ar des. inf.) aplai-
nar com o rabote.
RABOTE, s. rn. (do Fr. raboi, do Lat. ra-
dulum, de radere, raspar.) plaina de car-
pinteiro.
RABUDo, A, adj. |des. udo ] que tem ra-
bo ou cauda. Animal, vestido—. — , (p.
us.) que tem cabellos longos na parte pos
tenor da cabeça.
BABUGEM, s. f. (do iat. tabies , raiva.)
sarna dos càes ; (lig.) máu humor, imperti-
nência.
RABUGENTO, A, adj. (des. enío.) anelem
rabugem. Pessoa — , (fig.) de máu humor.
Velho—.
RÁBULA, í. f. (Lat. rábula, palrador.) ad-
vogado ignorante, e mui fallador.
RABULARiA, s. f. (des. ária.) fanfarrice;
razões de rábula.
RABULiCE, s. f. arrazoado de rábula; tra-
paças forenses.
RABUSCA. V. Rebusca, e Rabisca de vf-
nha.
RACA, s. dos 2 g. t. Hebraico de despre-
zo, paleta, tolo parvoeirão. .^
RAÇA, s. f. (Fr. race, do Lat. radix, iciSf
raiz.) casta. Cavallo, cão de boa — . Ter — ^
(fig.) ter sangue de Mouro ou de Judeu.— ,*
abertura no casco da besta — do sol, (anl.)
raio
RACALMUTO, (geogr.) cidado da Sicilia, a
5 léguas ao NK. de Girgenli ; 7,000 ha-
bitantes.
RACAN (marquez de), (hist ) poeta fran-
cês, nasceu em 1589, morreu em 167 0
Deixou Memorias para a vida de Malherbe ;
e Odes sacroso.
RAÇÃO, s. f. (do Lat ratio, onis, razão,
computo.) porção, pitança diária que se dis-
Iribue á tropa, á tripulação de navio, aos
membros de communidades religiosas, a cria-
dos do rei, ele. PI. Rações. Pagar — , fant.)
pagar foro como plebeu,
RACEA ou REHA, (geogr.) oulr*ora Nicé-
phorium, cidade da Turquia asiática, 40
léguas as S. d'Orfa.
RACHA, s. f. (V. Rachar.) fenda, pedaço
de páu rachado, lasca. Enxertar de — , fen-
dendo o tronco da arvore e mettendo-lhe o
enxerto.
rachadeira, s. f. (des. ei/a), instrumen-
to de fender o tronco ou ramo para en-
xertar.
rachado, a, p. p. de rachar, adj. fen-
dido ; biíido, bipartido.
Rachador, s. w. o que racha lenha.
rachadura, s. f. (des. ura), o acto de
rachar ; fenda, racha, greta.
RACHAR, V. a. (do Gr rhassô, romper^,
fender, abrir; v. g. — a madeira com ma-
chado, ou cunha ; (fig.) de estofador, riscar,
gravar, abrir risco ou pintura estofada para
fazer appsrecer o ouro que está por baixo
da ultirr a mão de tinta. — alguém ; (fig.J
(fam.), maltratar de palavras, injuriar; —
cem acoutes, fertr o corpo, escalar. — , v.
n. e SE, V. r. abrir racha, gretar, fender,
V. g. Racha o barro ao fogo.
RACHEBiDOS, s. w. V. Rasbustos.
RACHEL, (hist.) segunda filha de LabiòV
inspirou «mor a Jacob, o qual para a obter
90 «
360
ftAC
RAD
sujeitou-se a servir seu tio, pae de Rachel,
durante sete ânuos. No fim deste tempo en-
ganado por Labão, que lhe deu Lia em
lugar de Rachel, teve de servir outros 7
annos para a obter.
RACHGouN, (geogr.) pequena ilha de Al-
géria, defronte da embocadura do Tafua.
RACHiTico, A, adj. que padece rachilis.
RACHiTis, $. f. (proa. rakitis , do Gr.
rakhís^ espinha dorsal, e iíys, contorno,
redondeza), curvatura mórbida da espinha
dorsal, e dos ossos em geral.
RACBiTiSMO, s. m. ostado de pessoa ra-
chitica.
RAcnoL, (geogr.) aldeia na provincia de
Salsete, no firazil ; 1 ,5(j0 habitantes.
RACiMiFERO, A, adj. (lat. racemifer. V.
Racimo), (poet.) que produz ou traz rácimos.
RACiMO, s. f. (Lat. racemusjf cacho, v.
g. — de uvas.
RACiMOSo, A, adj. (Lat. racemosus), cheio
de racimos. «. </. O — outono; a vide — .
Os — s bagos das vides.
RACINE (João), (hist ) um dos maiores poe-
tas trágicos fraiicezes, nasceu em 1639, mor-
reu em 1699. Deixou muitas tragedias, e
# outras ]ioesias.
RACINE (Luiz), (hist.) poeta didáctico íran-
cez, filho do precedente, nasceu em Pariz
em 1692, morreu em l763. Deixou: Re-
flexões sobre a poesia ; Tratado da poesia
dramática, etc.
RACJHE (o abbade Boaventura], (hist.) es-
, ^ criptor francez, nasceu em 1708, morreu
I em 17 & 5. Deixou um Resumo da historia
ecclesiastica.
RACiociNAÇÃo » s. f. (Lat. ratiocinatio,
onis), discurso, raciocínio.
RACIOCINADO, A, p. p. de raciocinar, adj.
discursado, deduzido de premissas.
RACIOCINAR, V. n. (Lat. rflíioduor, ari,)
discurrer, formar, um raciocínio.
RACIOCÍNIO, s. m. (Lat. ratiotinium),Ta-
ciocinação, discurso.
RACiONABiLiDADE, s. f. & qualidadtí de
ser racionavel ; o ser racional, a faculdade
de raciocinar.
RACIONAL, adj. dos 2 g. (Lat. raiiona-
lis), dotado da faculdade do raciocinar, v
g. Medecina — , nàoempyrica, fundada em
raciocuiio ; arrazoado. Kumero, quantida-
de — , que tem proporção com outra. Os
entes racionaes.
Racional, s. ní. {!.&{. rationale), peça de
èslòíro quadrada que o summo sacerdote
dos Judeus trazia no peito, sobre a qual
eslavào escriptos os nomes das doze tribus,
e ornada de doze pedras preciosas
RACIONALIDADE, s. f. sl qualidade de ser
racional ; conformidade com a razão e equi-
dade, com os dictames da boa razão.
• 0«
RACIONA VEL, adj dos 2 g. (Lat. rationa-
/ts), accomodado com a razão, arrazoado.
V. g. Preço — . Proposições racionáveis.
racionavelmente, adt/. (mcníc suíT.), con-
forme á razão, de modo raciona vel, arra-
zoadamente, com equidade.
RACjONEiROOu RAÇOKiRo, A, adj, que tom
direito a uma ração ; fant.) natural de mos-
teiro, nj
RAÇOM, (ant.) V. Ração. .^^
RACONIGI, (geogr.) Cidade dos Estados Sar- •
dos , a 9 léguas ao N. de Com ; 12,U00
habitantes.
RACONTO, *. m. (do Ital.) (p. us.) relação.
O — da festa. Vieira.
RADAGAiSE , (hist ) Radcgast, chefe dos
Germanos, penetrou na Itália com 200,000
homens, devastou o norte deste paiz, cer-
cou Florença, mas foi vencido e aprisiona-
do por Stihcou, general d'llonorio, em
406. Morreu decapitado.
RADAR. V. Redrar as vinhas.
RADCLiFFE , ( hist. ) romaucista ingleza ,
nasceu em 17C4, morreu em 1823, era es-
poza de um doutor da universidade d'Ox-
ford. Deixou : os Castellos d'Âthtin e de
Dumbaque ; a Floresta de S. Clair, etc.
RADuisiA, (bot.j género de Plantas da fa-
millia das Dippocrateaceas, e da Triandria
Monogynia, L.
RADEGAST, (myth.) Deus Slavo, era a di-
vindade principal dos Varegues.
RADEGONDA, (hist.) rainha de França, fi-
lha de Bertairo, rei da Thuringia, nasceu
em 519. Cazou com o rei Clutario 1, em
?»38. Professou em Nogon, aonde fundou a
abbadia da Sancta Cruz; morreu em 587.
RADELGiso I, (hist.) prjucepe de Bene-
venlo, reinou de 879 a 881.
RADIAÇÃO, s. f. (Lat. radiatio, onis), emis-
são de raios de luz, irradiação.
RADIADO, A, p. p. de radiar, adj. que
radia, raiada.
RADIANTE, adj. dos 2^. (Lat. radiíx.is,
tis de radio, are, radiar], que radia, ! .n-
ça, emitte raios de luz. v. g. — coroa de
brilhantes. O sol — .
RADIAR, V. n. (Lat, radio, are, ré em
Egypc. sol), lançar, emittir luz. c. g. O
sol, o astro está radiando, —com luz.
RADi-BiLLAH (Abou'l Abbas Mohammed ai),
(hist.) cahfa Âbassida de Bagdad, reinou
de 934 a ii40.
RADICAÇÃO , s. f. (Lat. radicatioy onis.)
acção de se arraigar, no sentido physico e
no OiOral.
RADICADO, A, /?. p. de ladicar ; arf/. ar-
raigado. — , (jurid. tinha-se nelle — a he-
rança.
RADICAL , adj. dos 2 g. (Lat. radicalis ,
de radix, icis, a raiz.) de raiz, pertencen-
RAD
te á raiz. Letrat radicaes, as que perten-
cem aos vocábulos simples de que são com-
postos os ouiros. Numero, grandeza — , que
é raiz de um quadrado ou cubo. Signal
— , na álgebra, o que se pôeanles da quan-
tidade cujn raiz se quer extrair. Quantida-
de — , a que é precedida desto signal. — ,
(fig ) que nutre mAntêiu como as raízes o
tronco e ramos. Humor — , (med. anl.) que
é como principio da acção vital. — .solido,
completo. Cura — , que eilirpa o mal pela
raiz.
íadical. s. m. tudo o que serve de base,
de fundamento, v. g. os radicaes, [grata )
vozes simples de que são compostas as ou-
tras. Os radicaes em todas as linguas são
pouco numerosos.
radicalmenti, adv. (meníe sufi ) de raiz,
pela. Curar — , de todo. — instruído , a
fundo.
RADICAI», V. a. (Lat. radicor, ari.) arrai-
gar, no sentido próprio e no fig.» v. g. —
as virtudes, os vicios no animo.
KADiCLiLA, t. f. (Lat., dim. do radix ,
icis.) (bot.) raiz mui delgada ; a herva la-
naria.
RADIO , s. m. (Lat. radius, raio do sol.
Creio que vem do radical Egyp. ré, sol, e
hall, emanação.) raio da luz, do sol ou das
estrelhs ; b/ilestilha de piloto ; raio, semi-
diametro do circulo ; raio de roda. — , (anat.)
o mais delgado dos dois ossos do ante-
braço.
RADIOSO, A, adj. (Lat. radiosus.)(\i\^en'
te, cheio de raios de luz, brilh/»nte. — pe-
draria. Astros — s, que Innçam luz.
RaDJaus ou rajás, (hist.) suo assim cha-
mado* os principes, indjos, que gover-
nam diversas regiões do Indostão. Per-
tencem á casta dos chattryas ou guerrei-
ros.
RADJEMAL OU RADJEMAHAL* (geOgr } cida-
de da Índia ingleza, ti léguas ao ISO. de
Mourchedabad.
RADJEPOUTES, (hist.) isto é filhos de Rad-
jahs, nome dado na índia, não somente
«os tilhoK dos H.'tHj«hs, mas a todo o che-
fe militar d'iim principado, d'ijra senhorio,
d'um cantão pequeno ou grande.
RAD^nR, (geogí.) condado d'inglalerra ,
no principado de tlalles, é situado entieos
de Montgomery ao ^. de Shrop ao WK.de
llerefurd, a t. ; 800,2o6 habitantes, Capi-
tal Madnor.
RADNOR (New-), ou Maesypleld-newtold,
(geogr.) cap tal do condado de Rfldnor 37
bguas ao NO. de Londres ; 2,000 habi-
tantes.
RADONViLLiERS, (gcogr.) cidade de França,
a 5 léguas ao ^£. de Bar-sur-Aube ; 5U0
habitantes. |
RA6
â6i
RADONvTLLTtRS, (hist.) sabio franccz, nas-
ceu em 17(tU, morreu em 1780. Deixou um
Tractado muito estimado sobre a maneira
de aprender as linguas.
RADoviciiB, (geogr.) cidade da Turquia
europea, a 20 léguas ao SO. de Giustea*
til ; ^,000 habitantes.
radstadt, (geogr ) Teurnia, pequena ci-
dade d'Austria , a 14 léguas ao So. de
^fiizburgo ; 1,0(JO habitantes.
RADZiviL, (hist.) antiga caza polaca da
LithuAnia, começou a ligurar na historia
no XiV século, o seu chefe foi Nicolau Had-
zivel, que recebeu o baptismo era 1386.
radzivilor, (geogr.) cidade da Rússia eu*
ropea, 7 léguas ao NO. de Kremenetz.
raemeam, (geogr.) districto maritimo, si-
tuado na costa do sul da ilha de limor;
30,000 habitantes.
RAiR, V. a. (do Lat. rado, cre, raspar.)
puxar o sal nas marinhas com o rodo.
RAEZ. V. Arrais.
RAFA, s. f. (p. us ) grande fome.
Bafado, a, adj. (do Fr. rapé, safado,
usado, gasto.) (chnl.) pobre, gasto pelo uso.
Casquilho — , pobre, que traz vestidos de
pouco valor, faio mesquinho.
RAFEIRO , s. m. (do Fr. ant. raffer, do
Lat. rapio, ere, arrebatar.) cão grande de
guardar gado, e quintas. — , adj. (p. us.)
uma f»'bre — , violenta, arrebatada.
RAFFENEi,, (hist.) sabio fraucez, nasceu
em 1/H7, morreu em 182/. Deiíon : His-
toria dos Greqoí d^sde a tomada de Cons»
taniinopla ; Historia completa dos aconte-
cimentos da Grécia.
rafflessia, (bot.) E' assim chamada uma
producçào vegetal i-xlraordinaria, que cresce
como parasita sobre a raiz de algumas ar-
vores na ilha do Japão.
rafiado, a, p- p. de rafiar; adj. «O
vestido era de gorgorão de seda azul — de
prata. » guarnecida, tecida. Salgueiro, Re-
lação.
RAFfANAZ. V. Ru/ianaz.
RAFiÂo. V. Rufião.
rafiah, V. a. [ie pref. duplicativo, /?o,
ar des. inf.) (p. us.) guarnecer com lio ,
tecer.
«afiar, (ant.) V. Rufiar, Afagar.
RaFINAR. V. Refinar.
rafnia, (bot ) género de plantas da fa-
millia das L-guminozas.
raGeira , s. f. (de ré, da náu.) (naut )
cabo quH amarra o navio pelo leme.
RAGES, (g:ogr.) hoj« Razh ou Rti, cida-
de da Media, ao S. perto d'Eebaiana.
RAGOTZKYou RAGOCZi, (hist ) magnate hun-
garo, foi eleito princepe da Trans}lv»nia,
por morte d' Estevão Uotskay em i6o7.
HAGOTZKT, (hist.) O Ve//io principe di '
91
36S
RAI
BÀI
Trans^^lvania desde 1930 a 1648» na guer-
ra dos Trinta Annos declarou-se contra o
imperador
RAGOTZKY , (hist.) O Moço, principe da
Transylvania desde 1648 afé 1661, foi de-
posto pelos Turcos, e perdeu a vida def-
fendendo-se.
BA6UA» (geogr.) rio de I ortugal, no dis-
Iricto de Bragança em 'Iraz-os-Montes, nas-
ce na Galliza perto de Vegas de Camba, re-
cebe á esquerda o Rabaça, que também
nasce no mesmo reino e se lhe vem unir
perto de Brocaes, na terra da Lomba, e
ambos reunidos com o Tuela entram na di-
reita do Tua.
RAGUENET, (hist.) sabio fraucez, na«ceu
em 1660, morreu em 1720. As suas prin-
cipaes obras são : Monumentos de Roma ;
Historia de Oliveiro Cromwell^ etc.
BAGURA , (ant.) V. Rtincoura ou Ran-
cura.
RAGUSA, (geogr.) cidade da Sicilia, 13
ao O. Syracusa ; 6,600 habitantes.
RAGUSA , (geogr.) Dubraiva em slavo ,
Rhausum em latim, cidade da iialmacia^
78 léguas ao SE. de Zara ; 16,000 habi-
tantes.
RAGUSAKO, A, OU UAGUSEO, A, adj . 6 S.
natural de Ragusa, ou pertencente a lla-
gusa.
RAHAB, (hist.) mulher de Jericho, rece-
beu e occultou em sua casa os enviados
de Josué, pelo que a sua casa foi poupa-
da pelos Israelitas na tomada de Jericho.
Cazou com Snlmon principe de Judá, e foi
mãi de Booz.
RAHAD, (geogr,) rio d'Africa, nasce na
Abyssinia, 4 léguas emeia ao NE deDa-
manhor.
RAIA, s. f. (Fr. raie, do Lat. radius, raio,
radio.) risca, linha ; confins, u. g. o pe-
queno rio Caia é a — de Portugal no Alem-
lejo. — s, (flg.) limites, v. g.&s — dajuris-
dicção, do saber. A — da vida, o termo.
Pôr a — mais alto, ou por cima de alguém,
avantajar-se. — , no truque do taco, é um
dos quatro pontos com que se ganha a par-
tida.
RAIA, *. f. peixe chato de rabo compri-
do e cujas espinhas são irradiadas. V. Ar-
raia.
RAIA, (geogr.) aldeia na província de Sal-
sete.
RAIADO, A, p. p. de raiar ; adj. radiado;
que raiou ; listrado. Purpura — de ouro
Olhos — s de sangue.
RAIAR , ». a. ou n. (Y. Badiar.) lançar
raios de luz. « Ainda a escassa luz raiata, »
Malac. Conquist. « Ali raiam as gemmas »
brilham, Arraes. Raitm teus olhos, luzam,
brilhem. — por eima de algfuem, avanta-
jar-se. — , listrar. — a túnica de ouro, pra-
ta, purpura. — , lançar luz. « E a serena
lua nitida raiando a tibia luz. * « Quando
dos olhos raia resplandores, »
RAiGOTA, s f. diminuí, dè raiz, raiz mui
delgada. As — « das plantas. — , espiga das
unhas.
RAiKES, (hist.) impressor de Glocester ,
nasceu em 1735, morreu em 1811, adqui-
rindo grande fortuna gastou-a em obras
de philantropia, e fundou em 1781 as es-
colas do domingo.
RAiHOisDi, (hist.) gravador italiano, nas-
ceu em 1488, morreu em 1546. Foi em-
pregado em Roma por Raphael.
RAiHOisDi, (hist.) orientalista italiano, nas-
ceu em 1540, viveu muito tempo na Ásia.
Publicou uma Grammatica árabe.
RAiNETA , s. f. (Fr. rainêtte.) sorte de
maçã eicellente.
RAiNETE, s. m. maceira que dá as maçãs
rainetas.
RAINHA , t. f. (Lat. regina, f. de rex ,
regis, rei.) mulher do rei ; soberana de mo-
narchia ; peça de xadrez ; (fig.) a principal.
A águia é a — das aves. — do prado, bar-
ba de bode, herva.
RAiNOLF, (hist.) aventureiro normando,
primeiro conde d'Averso. Morreu em 1059.
RAIO, s. m. (do Lat. ladiut.) filete de
luz emittido do corpo lúcido. — de luz, so-
lar. — reflexo, reflectido por superfície opa-
ca. — refracto, que atravessa corpo trans-
parente. — de incidência, reflexo. — visual,
o que parte do centro do objecto e penetra
ató á retina do olho entrando pela pupilla.
— , (geom.) semidiametro do circulo, linha
recta que vai do centro á circumfer«ncia.
— de roda, paus direitos que saem do cubo
e vão ter ás pinas, —s, na lança para cor-
rer argolas, são os que cercam o toral del-
ia.— , o fogo eléctrico, corisco; (fig.) pes-
soa mui ardente, prompta em conceber e
executar, de grande penetração, ou mui ter-
rível. Alexandre, César, Napoleão foram — s
de guerra. Este rapaz é vivo, esperto como
um — . Fedra de — , aerolithe. Vento, ou
ar do — . agitado por elle e que produz com-
moção em quem toca. — , (fig.) tudo o que
fere e penetra com grande força e rapidez,
V g. tiros de canhão, settas arrojadas. — •..
de pólvora. V Rasto. — , (fig ) fio , v. g!
um — de leite ; — de mel.
RAisMES, (geogr.) cidade de França, lé-
gua e meia ao NO. de Valeacienes ; 5,500
habitantes.
RAIVA, s. f (Lat. rabies, de tapio, ere,
arrebatar.) hydropbobia ; sanha, furor, ira
impetuosa ; (fig.) desejo violento, v. g. —
de comer, fome canina — de jogar, demal->
dizer. Ter — a alguém, ódio. Pôr — a «í-
RAI
RAL
363
guemt (ant.) irritar, fazer cousa que enco-
lerize. Bolo de — ou — *, bolos de farinha,
manteiga e ovos. (Creio quo t sta ultima ac-
cepção vem do Fr. ant. ratmn , funcção ,
festa, ou de radice, que ainda hoje em íyho
significa bolo, era Fr. ant. razis).
. RAIVA, (geogr.) povoação de Portugal, no
concelho de Paiva na esquerda do Douro,
a 8 léguas ao 0. de Lamego; 1,500 habi-
tantes.
BAiVAÇO, s. m. {raiva, des. aço, do Lat
açus, aguilhão.) desejo vehemente de co-
mer, ou lascivo.
RAIVAR, V. a. on n. [raiva, ar des. inf.)
ser íigitado pela raiva, ira ; arder em raiva.
— com alguém, irar-se muito. — , sentir
dt sejo, impulso vehemente, v. g. raivan-
do-lhe a lasciyia no corpo. — o vento, en
furecer-SB, enfuriarse. Os filhos de Israel
raivavam por adorar os Ídolos.
HAiVENTO. V. Raivoso.
RAIVOSAMENTE, adv. [mente suS.) com rai-
va, movido de raiva.
RAivosiNHO, A, adj . diminut. (p. us.) de
raivoso.
RAIVOSO, A, adj. (Lai. rabiosus.) agitado
de raiva, possuído de raiva; que excita rai-
va, furor, V. g. fome — ; a — peste ; luxu-
ria — ; a — inveja ; o — fanatismo. Doen-
ças de tão — ardor.
RAiXA. V. Raxa, est^íTo.
RAIZ, s. /. (Lat, radix, icis, doGr. r/ii-
sa, rad. rheô, correr, manar, e zaô, vi-
ver, isto é, por onde corre a vida, ou os
suecos que vivificam as plantas.) parte in-
ferior dos vegetaes, que penetra na terra,
absorve os suecos vivificantes, os transmit-
te ao tronco e ramos, e serve também de
segurar a planta ou arvore no solo; (fig )
a parte inferior que fixa, segura, v. g. as
Taizts dos dentes. — do monte, do rochedo,
o pé, a parte inferior. Bens de — , que con-
sistem em terras cultivadas, e por amplia-
ção bens immoveis, propriedades rústicas
ou urbanas. Lançar a planta raizcs, arr&i-
gar-se, pegar. Lançar raízes, (fig ) firma r-
se, estabelecer- se, v. g. — de vivenda, fi-
xar-se em um lugar Ter raízes em uma ter-
ra, bens de raiz, familia, parentes, amigos,
cousas que prendera a ella. — , (fig ) ori-
gem, principia, causa, fut.damenlo. As rai
zes do mal. — , (gram.) a parte radical de
um vocábulo, v. g. sol é — de folar, sols-
ticio ; astro de astral, aálrologo. astronomia.
Muitos philologos reservam o nome de raiz
para designar os elpmentos simplices desta-
cados de prefixos e suflixos ou de desinên-
cias, incrementos, e que pela maior jarte
são monossilábicos ou mui curtos, e cons-
tam de consoant<ís. ou de vogaes fortes, v.
g. r*ou rh é & — de correr, rio, ruino. ^asta, espécie
Ák é raiz de innumeraveis vocábulos Gre-
gos, Latinos, v. g de ai'us, aguilbào, acU"
tus, agudo ; may ou mu, mãi era Kgypcío,
é a raiz de wiei, amar, amor, na mesma lín-
gua, e doGr. nia<), desejar, maia, avó, ama
de leite, meter, mãi; (! do Lat mater,
amor, amare. Nesta accepçào os idiomas
ou dialectos derivados tem termos radicaes
ou comparativamente elementares, mas care-
cem de raizes, v. g. amor é o radical de
amoroso ; amar de amável, amatorio, ama-
dor. As raizes que subsistem puras nas lín-
guas derivadas devem referir-so ás línguas
mais, v. ^. em Portuguez. as partículas pre •
positivas oh, ac, de re. Só se exceptuam as
raizes imitativas de soas próprios da lingua,^
V. g eh em chiar; chilrar; zwn-emzuniry
zunido. — , (math.) a quantidade que mul-
tiplicada por si mesma dá o quadrado : o
multiplicador do quadrado que dá o cubo.
— quadrada, cubica. — , no jogo da pella,
a raia que remata o jogo.
RÁiz ou RRÂiz, s m. (do Fr ras, sarja.]
(ant.) sarja usada para vestidos. « Seis co-
vados de — branco »
RAizAME, s. m. (des. collectiva ame] to-
das as raizes da planta.
RAJA, s. m. (t da Ásia) chefe tributário
na In.da. — , epitheto honorifico entre os
•Malaios. V. Radjhas.
RAJADA , *. /. ('do Gr, rhassô, romper.)
refega forte. — s (iercnío, lufadas. Vento de
—s. — procellosa, (fig.) arremessos, impo-
tos.
RAJADO , A , adj. raiado, listrado. .Negra
nuvem — de coriscos.
RAJANO, (geogr.) villa d*» reino de Nápo-
les, t3 léguas ao SE. d'Aquílla ; l,b:3 J
habitantes.
RAJECZ, (geogr.) cidade da Hungria, 7
léguas ao NE. de Trentchin ; 4,'"jOO habi-
tantes.
RAJEiRA, s. f. V. Rageira.
RAKONiTz, (geogr,) cidade dos Estados aus-
tríacos, 7 léguas ao O. de Schalan ; 2,000
habitantes.
RAKOW. (geogr) villa da ftussia eurpí^ea,
9 léguas ao SO íí'()aptw.
BALA, í.. /. (de ralar.) Vão de — , tóíii
somente <}e raláo ou rolão. ^ ,
RALADO , A, j). p, dft ralar ; àij. ^a^y^
do ptlo ralo.
^Aí.^?iE,NT,|.j V. RarairifeiHe. ^
lULAO , ào^. m- í© ralf, Pãò ~, (vulg.
roUiO.
RAijAR^ «. a; .Cr/ij4 af ^çs^ inf:) passar
ralo — ta ri n ha y
pelo
R.Uví, ^, /. ^Ça^t. ra/ea,) ;v,ola t,.). a aye ou'
o àniníal em que a ave á^. rapina costuma
fazer presa. A — do falcão são pombas ; (fig.)
Gente da
91 •
nossa — . i.atisa»
m
ÈAM
HAM
dessa — . A sua — são louvaminhas. Acções
desta—. V. Uelé.
RALEAR, V. n. {ralo, ar des. inf.) fazer-
se ralo, ou laro. — , ficiír ralo, cora ralei-
ros. Ralenram muilo as searas, as uvas. — ,
fazer rwleiros. O sol ralêa osplaiitios.
RALF.iGH, (geogr.) cidade dos Kfclados Uni-
dos, capital da Carolina do ^o^le; 2,700
habitantes.
RALF.icii ou RALECn (sir Waltcr), (hist.)
celebrp. ifiglez, nascfu eni 1L52. coajbfítcu
com valor os irlandfzes revoltados, fundou
em 1G84 o fStHbelecimenio da Virginia.
contribuiu para a derrota da celebre arma-
da dos lii«psnhoes. foi decapitado em 1618,
injustani«'nte. heixou uma Historia do mun-
do, muilo estimada.
raieiro, s. m. {ralo, des. eiró.) espaço
ralo no jilantio ou na sementeira, por não
terem vinpado as plantAsou terem morrido.
' Es(a tinha tem muitos —s ^ claros; (fig.)
grande falia, escassez, v.g. — de varões de
en Renho, de p«lriolas.
rai.eo ou rei.eo, s. m. o bródio que ?e
dava aos pobres na portaria do mosteiro de
Alcobaça.
RAi tzA. V. Rareza
Ralhado, a, superl. de ralhar, que ra-
lhou. Tirdia — muito com o filho.
raiiiador. A, s. pessoa que ralha por ha-
bito.
RAinAR- «. a. nu n. (do Fr. rot//cr, zom-
bar, escarnecer, allnrado o sentido ) enfa-
dar-so, fazer vãos aneaços.
RALHOS, s m. vãos ameaços; vozes de
quem se enfada.
RAi LAR , s m. fant.) V. Real, moeda.
RALO, A, adj (Lat. rarus, eraUus.)mo
basto, raro. v. g tecido — AJato — , com
muitos claros. Cabello — . Peneira — , de
tecido pouco tapado. Pão — , de rala. Bi-
cho— , insecto que lóe a hortaliça.
RALO, s m. folha de melai fnrada de bu
TAquird.os que lapa o Uxutorio de freirasou
jrttieMa';; f.»lha de lata com furos feitos de
dt-nifo para fora (irando o nu lai arrebita-
do na siipíMÍicin «xt^rna : Contra ella .«e ro-
i^ho .»•ult^lal,ci«s para as reduzir a pó, r g.
queijo parn.e.^ão, ««nnellrt. a^sucar, l<^ba-
co — , p^^vfl de metal ou peHra furada | or
ond*^ H.^rorre agua ou uuiro liquido, v. g.
— «'e i.si que, (Ih pi«.
n^MA, s. I (He ramo.) os lamoí; miúdos
dn arvons A — da virloria, a palma. /V-
ta — si.pHilinii iiiTiiie. Andar p» la — Se-
d'i en* — , como «áe do casulo, não fiada,
iiào loicida
r«AMA i>u AHiMATíiiA, fgpogr.) h* y Rnma,
Ram'é ou Sandeu, antiga cidade «la Pales-
tina, na tribu d'Kphraim, entro Samaria e
Jtíiusalem.
RAiíA, (myth.) 7.* incarnação de Vichnou,
era lilho do rei d'Aoude, Daçaratha.
RAMADA, *. f. [rama, des. extensiva ada.)
ramos de arvores mui largos e dilatados ;
ram ís de arvores cortados e dispostos para
assorLbrarem algum lugar; sombra de ra-
mos nativos de arvores sobre j^tnHllas, por-
tas, alpendres ; casas cobertas de rama; co-
berta de taboado a modo de ramos; pes-
caria que su faz deitando ramos nos pegos
e poços para o peixe sair por elles, do Bra-
sil se chama caiçara.
RAMADAN , *. m.' (Arab.) nome do nono
mí'z arabicí», em que os Mahometanos je-
juam, es()ecie de quaresma, em que elles
não comem n»!m bebem desde o romper da
aurora até sol posto.
ramaoan ou rauazan, (hist.) 9."mez do
caU-ndario turco; durante este mez osMu-
sulmanos observam severa abstinência, des-
de o nascer até ao pôr do sol : é a sua
quaresma.
RAMADO, A, adj. V. Enramado.
Ramal. s. m. {ramo, des. collectiva aí.)
molho, cordão, fios Cordão de iret ramaes,
torcidos em um. Um — de missanga, con-
tas, perfilas, alambre. — de funda de ali'
rar fedras, o cordão das pontas, -—de coi-
fa, a borla, ou os conlões que pendem da
coroa delia. Ramaes de pinhões, decamoe-
zes seccos, enfiadas. Ramaes, (fort.) lados
que estabelecem a communicação entre a
praça e as obras exteriores; trincheira re-
ciilinea para defender obra córnea ou co-
roada. — de mina, caminho subterrâneo que
guia aos fornilhos, ramo da mina.
r^malde, (geogr ) povoação de Portugal,
no roncelho de Bouças; 2,iOO habitantes.
Ramalhada , s. f. {ramalho, des. colle-
ctiva ada ) quantidade de ramalhos.
RAMALii.^o, (geogr ) palácio real situado a
perto de 3 quartos de légua de Cintra jun-
to & estrada que ahi conduz de Lisboa n'uma
plauirie excellentemente arvorisada, era
ouir'ora propriedade particular da rainha
D. Carlota e hrje é d'ura particular.
ramalhar. ». a ou n. {ramalho, ar des.
inf.) U)car. attingir os ramos mais baixos das
arvores; f«7er soar os ramos baixos rias ar-
vores ou arbustos, ou aditar as plantas al-
tas que lem rama. Ramalha a cobra O —
quȒ f/iziam correndo pelo campo de n.ilho.
itAMALiiKTK, s. m. diminui flores natu-
raes ou artitiriaes aladas pelo pé.
RAMALiiKTEiKA, s. f (des eifã.) mulhcF
que faz e vende ramalhetes.
RAMALHO, s. m. {ramo, des. alho, do Lai.
alUyo, are, atar.) ramo velho e secco cor-
tado.
RAMALHUDO, A, adj. (des. udo.) que tem
muita rama.
nAM
RAM
lANASSÀo. Y. Ramadan.
RAMAYANA OU ramaiana, (hist.) epopca
Índia, rtídigida em lintiua conscrítâ, aonde
são celebradas as aventuras de l.ama.
RAMBEKVILLER OU RaMBRHVILLIERS, (geo-
gr.) cidade de França, 6 léguas ao NK.de
Edinal ; G,0()() haUitanles.
RAMBLA, (gcogr.) cidade de Ilispanha, 7
léguas e meia ao SE. de Córdova ; b,OUO
babitanUis.
rambouillet, (geogr.) í?am6o/tf/um, cida-
de de França. 8 léguas ao SO. de VersaiU
lesi 3,200 habitantes.
RAMBOU1LLET (casa de], (hist.) ramo da
'amiUia d'Angeones, em França, possuiu
desde o XlV século a lerra de Uambouil-
let.
ravbotih, s. tn. (t. da Ásia) certo estoíTo
Asiático.
rahbour ou rambures, (gcoGrr.) villa de
França, 5 léguas ao W. d'Abbeville ; SUO
habitantes.
RAMEAU, (hist.) celebre compositor fran-
cez, nasceu em lb8J, morreu em 176).
Compoz muitas operas.
RAMEJRA , s. f. (de ramo, signal de ta-
verna, des. eira ) puta, meretriz que anda
pelas tavernas, ou pelas ruas ao ganho.
RAMEiRO, s. m. [ramo, des. eira ) o que
arremata aos contractadores de algum mo-
nopólio algum ramo do contracto. Os con-
tractadores do tabaco e seus — *.
RAMEIRO, A, adj. {ramo, des. eira ) que
anda pelos ramos de arvores. Gavião, pom-
bo—.
RAMELA, y. Remela.
RAMELoso. V. Remeloso.
RAMENTos, s. «i. (Lat. ramewía, pi.) fra-
gmentos, pequenos pedaços, v.g. — deen-
xofre.
RAMERUPT, /'geogr.) cidade de França, 3
léguas a E. d'Arcis-sur-Aubé ; 680 habi-
tantes.
RAHESSES OU RAMSÉS, (hist ) nomo com-
mum a 7 reis do tgypto da 18.* e 19 *
dynastia; reinaram desde o século XVilío
Xlll século antes de Jesu-Christo.
RAMGANGA , ( gcogr. ) rio de Indostão
septentrional, nasce nos montes* Ghéronal,
e cae no Ganges.
RAM FiCAçÃo, s. f. (Lat. ramificatio, onis.)
distribuição de ríimos, ou coi forma de ra-
mos, t?. g. as ramiflrações dos vasns .^an
guineos : — d« mina ; (lig ) as ramificações
da conspiração,
RamifiCauo, a, p. p de ramificar; adj.
propagado em ramos; distribuído em ra-
mos.
rahipicar , V a. (ramo, frar sn(T. , do
Lat. (arere, fflzer.) Unçar raiin's; |(i^.) pro-
pagar em diversas direcções, dertamar, c.
g. — a doutrina, a sciencia, os vícios; — a
geração, —se, v. r. (mais us ) exlender-se
em ramos; propagar-se, dilTundir-se. A aor-
ta ramifica-se por toduo corpo. A nova dou-
trina ramificou-se por lodo o glubo.
RAMiLiiKTK. V. Ramalhete.
ramillies, (geogr ) rid.sde da Bélgica. 5
léguas ao SE, ao Louvaiiia /'^DO habitantes.
RAMi-MEiíEMET, (bist.) poeta tí mínistro
turco, foi successi vãmente s«<Telario do di-
van, gran-visir, e pachá do Egyplo no rei-
nado d'Ache.med II, mas foi con leoanado
á morte pouco depois de occupar este ul-
timo cargo.
RAMINHO, s. m. diminut. de ramo, pe-
queno ramo de arvore f;u arbusto
RAMIRO I, (hist.) rei d'Oviedo , filho de
AÍTunso li, reinou de 8 2 a 85), ganhou
aos árabes em b'49 a victoria de Logrono.
RAMIRO II, (hist.) filho d'Ordonho II. su-
biu ao trono de Leão em i) 7, tomou Ma-
drid em 9j2, combateu os árabes em Os-
ma, Siroancas, /.amora, Salamanca, Taia-
veira. Morreu em 950.
RAMIRO Hl, (hist) filho de Sancho-o-Gor-
do. e rei de Lí»ào d^sdo 967 a 9">2; foi
obrigado a ceder parle dos seus estados a
Bermudo 11 seu primo, e morreu pouco de-
pois.
RAMIRO (hist ) rei d'AragTio, filho do rei
da Navarra Sancho 111, reinou desde l(Kí5
até 1063 Morieu combatendo os Mouros.
RAMISSERAM, (g«^ogr.) pequcua ilha da
Indía íngleza, entre o estreito de Palk e a
ilha de Manaar
RAMLER, (hist.) poeta allemão, nasceu em
1726, morreu em 171)8. Deixou Odes, CaU'
latas. Fabulas. Canções, ele.
RAMNO. V. Rhamno.
RAMu, s. m. (Lat. ranius. Court de Gé-
belin o deriva do rad. ram, que significa
altura, elevação. Eu creio qne vem do lír.
orô, lançar, brotar.) membro em que o tron-
co da arvore ou a baste do arbusto se di-
vide, ou que lança de si : — de oliveira, de
salgueiro, de videira. Vinho de — . — de
louro á porta, signal de taverna, onde se
vende vinho. — , (fig ) taverna. — , (fig.) ra-
mificação, divisão, porção, v. g. — de veia
ou artéria. — do rio, do monte, braço. —
de ode, estrophe. — de contracto, de indus-
tria. — de lençol, um dos panos dequeel-
le é feilo. — de uma casa ou fsmilií». um
dos d«S'endent«'S de al;iiiin tronco. Um —
de gente, porção — , (fig.) pnrção ténue —
de pente, de paralysia. ainqu^U-ve. Domin-
go de — s. o da St-maii» >Hnia, em que se
dão |»»hniios ou ramos dn obv.-ira ans lieis,
em eonmiemoraçãodMque praticavam os Ju-
deos anips da 1'ascho.i.
RAMOiNCUAMP. (geogr.) cidadc de França,
366
RAN
BAN
4 léguas ao SO. de Remiremont ; 3,200
habitantes.
RAMOND-DE-CARBONISIERS , ( hist.) Sabio
franctíz, nasceu em 1755, morreu em 1827.
Deixou : Observações feitas nos Pyrineos ;
Viagem ao Monte-Perdido.
RAMOS (Fr. Jerónimo), (hist.) religioso
portuguez da ordem dos Pregadores ; nas-
ceu em Kvora, e morreu em Lisboa em !rj6í>.
Escreveu Chronica dos feitos, vida e mor-
te do infante santo D, Fernando.
RAMOSO, A, adj. (Lai. ramosus.) que tem
muitos ramos. Arvoro — .A — cornadnra
do veado, os cornos ramosos.
RAMPA, s. f. (do Fr. rampe] ladeira,
plano inclinado, v. g. a — da bateria.
RAMPALLE, (hist ) Ulterato francez do XVli
século, morreu em 1663 Deixou Idyl-
liós.
RAMPOUR, )(geogr.)- cidade da índia in-
gleza, 4 léguas a E. de Moradabad ; dO,000
habitantes.
RAMDAY ou RAMSEY, (g^ogr ) cidade d'ln-
glaterra, 3 léguas ao NK. d'iluntingolon.
RAMSAY, (hist.) escriptor escossez, nasceu
em l(i8*}, morreu em 1/43. Escreveu: Vi-
da de Fenelon ; Historia de Turenne ; Via-
gens de Cyro, etc
RAMSAY, (hist.) fidalgo escossez, publi-
cou em 1678 uraa arte Tachygraphica.
RAMSDEN, (hist.) oplico iuglcz, nasceu em
1785, morreu em 1800, inventou muitos
instrumentos de mathematicas.
KAMSGATE, fgegor.) cidade marítima d'[n-
glaterra ; ilO léguas de Londres; 8,000
habitantes.
RAMus. (hist.) celebre philosopho francez
nasceu em 150^, foi envolvido na matan-
ça de S. Bartholomeu, em 1572. Deixou :
Institutiones dialecticce ; Animadversiones in
Dialecticam Aristotelis.
RAMUsio. (hist.) escriptor Veneziano, nas-
ceu tm 1485, morreu em í557. Deixou:
Relatório das navegações e viagens . Des-
cripção da Ajrica.
RAN , s. f. (Lat. rana.) pequeno animal
amphibio que habita charcos e lagoas, e cuja
voz é mui tlesagradavel («rasnam as —s.
— do mar, peixe muito grande com picos
na bocca.
liANATBE,, (h. n.) /?anaírrt género de inse-
ctos <in ordem dos H^^raipteros, secção dos
Metei qj^.tnro, famillia dos Iljdrocorisos.
Kii-NLAUA, (ant.) V. Arrancada.
RA?JC8. s. m movei antigo. «Um — cha-
pado » Prov. da Hist. (ieneal , tomo 1.
RANCE, (çeogr.) rio de França, nasce no
departamento das costas do Norte, e lan-
ça se na Mancha, acima de S. Maio.
RANCE, (geogr ) aldeia de França, 6 lé-
guas ao NO. de Briey.
RANCE, (hist.) reformador d a Trappa, nas-
ceu em í aris em \&l^, morreu em 1700.
Escreveu : A regra de S. Bento traduzida
e explicada ; Regulamentos para o conven-
to da Trappa, etc.
RANCEONAR. V Resgatar, Remir.
RANCHEiRO, s. f». [vancho. des. eiró.) o
camarada que faz o rancho ou mesa com-
mum no quartel de soldados ou nos na-
vios.
RANCHEL, s. wi diminut. de rancho, ca-
marada pequena, rancho pequeho. '^
RANCíio, s. m. (do Fr. ranger, enfileirar)
os soldados ou marujos que se ajuntara na
mesma camarada para comer e dormir , a
divisão do quartel ou do navio, onde elles
fazem rancho; ajuntamento pouco numero-
so de pessoas para conversarem ou anda-
rem de companhia ; bando, facção — , ten-
da portátil que se arma pelas estradas.
RANCiDO , A, adj. (Lat. rancidwi.) ran-
çoso.
RANCOR, s m. (Lat. rat.cor, odio inve-
terado.) ódio inveterado e encoberto. Arder
em rancores.
RANCOROSO , A, adj. (des. oso.) cheio de
rancor. Homem — , que conserva rancor a
alguém.
RANCOURA ou rancura (aut.) Y. Quere-
la, Queixa.
RANÇO , s. m. (Lai. ranceo, ire, adqui-
rir ranço; do Gr. rhaiô, corromper.) esta-
do íirdido de substancias gordurentas, que
adquirem sabor acre, cheiro forte, como o
toucinho, o azeite, a manteiga, guardados
muito tempo, ou por effeito do calor e hu-
midade.
RANÇOSAMENTE , adv. {mente suff.) com
ranço.
RANÇOSO, A, adj. (des. oso.) que adqui-
rio ranço ; (fig.) sediço, antiquado. Estylo,
conceitos — s.
RANCUROSO. V. Rancoroso, Qaerelante.
RANCURAR-SB. V. Arrancurar-sc.
RANDAN. (geog.) cidade de França 5 lé-
guas 80 NE. de Itiom; i750 habitantes.
RANDAZZO, (geogr.) Tissa, cidade da Si-
cilia, 20 leguasaoSO. de Messina ; 14,0(iO
habitantes.
RANDERS, (geogr.) cidade murada dalú-
namarca 16 léguas ao S. d'Aalberg ; 4750
habitantes.
«ANDOLPH, (geogr.) nome de muitos con-
dados dos tstados Unidos ; 1 ° na Carolina
do Norte, li, 300 habitantes 2.° S. do Es-
tado do lUiuez ; 7,275 habitantes, etc.
RANGER, t), a. ou 71. (Lat. vingo, ere ,
mostrar os dentes.) fazer um ruido ou som
áspero, v. g. range a porta nos gonzos. —
os dentes, ou com os dentes, fazer com os
dois queixos um som estridente. — os den-
Isa»
1UP
96f
tes com o frio da febre ou da raiva. — , ra-
lhar mostrando os dentes como faz o c5o.
RAWGIDO, s. m. som estridente, áspero de
cousa que range, v. g. — dos dentes, do
carro, da porta sobre os gonzos.
RAifGiFER, s. m. (do Aliem. rtfnn«n, cor-
rer muito. Sueco rhen, Islandez hrei.i.) ani-
mal da Laponia, mui veloz, semelhante ao
veado, e d« que se servem os habitantes da
Laponia, da Finlândia, etc, para tirar os
trenós sobre o gado.
RANGOMELA , s. f. (t. da Beira ) aversão.
RANGOtN, (geogr.) cidade capital do im-
pério Birman, no antigo Pegu, 20 léguas
■ao SO. de Pegu; 15,000 hab-tantes.
RANGPOUR, (geogr ) cidade da índia trans-
Çangetica ingleza, capital do reino d'As-
^am.
rangue , *. m. (de renhir.) (ehul.) re-
singa.
RANHO, s. m. (do Gr rhin, enos, nariz)
o monco do nariz.
RANHOADA , s. f. (aut.) — de carneiro
Eluc. Moraes conjectura com razão ser erro
por rinhoada, do Cast. rinonada , guisado
de rins, rinon, rin.
«ANnoso , A, adj. (des. oso,) que tem o
nariz cheio de ranho,
RANHURA , *. /". (Fr. rainure ) (carp. e
pedr.) canal na taboa, pedra ou columna,
para nelle se embeber o resultado corres-
pondente de outra peça.
RANiLHAS, s. m. (do Lat. ranula ) (alveit.)
a parte trazeira do casco das bestas.
RANTZAu, (geogr.) pequeno condado do
Holstein. conta 10,000 habitantes.
RANTZAU ou RANTZOw, (hist.) Celebre ge-
neral dinamarquez, apellidado o Âchilles
do Chersoneso Cimbrico, nasceu em 1492,
morreu em 1565,
RANTZAU, (hist.) general e sábio dinamar-
quez, nasceu em 1526, morreu em 1598.
Deixou entre outros escriptos : Epigram-
mata et carmina varia.
RANU'A, 8. f. (Lat, 1 anula, dim. dera-
na, ran.) tumor que nasce debaixo da lín-
gua junto ao freio, no homem e nos ani-
maes.
RANÚNCULO, «. m. (Lat. ranunculux, dim.
de rana, ran.) (bot ) nome de uma planta
e flor. Tira o nome da forma da raiz algum
tanto semelhante ás patas da ran, e de se
criarem em charcos, morada das rans. Ha
diversas espécies da planta, v. ^f. o— acre,
que é venenoso.
RANZINHA ou RÃAZINHA , S. f. dímxnut.
de ran.
raon-l'-etape, (geogr.) cidade de Fran-
ça, 4 léguas ao NO. de S Dié ; 3,517 ha-
bitantes.
RAPA , f. f. (d« rapar.) dado com uma
ponta sobre que se faz gyrar por meio de
uma haslezinna; tem, em duas de suas qua-
tro faces, as letras T et /}, que significam
tira e rapa, e nas outras duas D, deixa e
P, põe. Quem lança T tira a sua entrada;
R leva todo o bolo ; D não ganha nem per-
de, e P põe um tento.
RAPACE, adj. dos 2 g. (Lat rapas, acit,
de rapio, ere, arrebatar) roubador, «x. « Com
mão — . > Camões. — * lobos.
RAPACrDADE, s f. (Lat. rapacttat, tis) dis-
posição rapace, inclinação a roubar. A — doi
agentes do fisco.
RAPACissiMO, A, adj. supcrl. de rapace.
Animaes — «.
RAPADA, s. f. (subst. dt dcs. f. de rapado)
a cabeça rapada.
RAPADA, (geogr.) ilha alta e destituída de
vegetação, na bahia d'Angra-dos-Reís, no
Rio de Janeiro.
RAPADO, A, p p. de rapar; adj. pellado,
que tem ocabello cortado rente com a car-
ne. Panno — , mui gasto. Tinha — a cabeça.
RAPADOURA, í. f. (dos. ourfl) ínstrumeuto
de rapar.
RAPADURA, s. f. (des. tira) o que se tira
rapando, raspas, raspadura. — de coelho,
a terra que o animal tira fazendo cova ou
toca ; massa dura de assucar ; crostas de açú-
car que ficam pegadas aos tachos,
RAPAGÃO, s.m, augment.áeTãp&i, moço
bem feito que ainda não tem barba.
RAPALiNGUAS, s. f. horva de superfície
mui escabrosa.
RAPALLO, ( geogr. ) cidade dos Estados
Sardos, 6 léguas ao SE.de Génova; 2,500
habitantes.
RAPÃo, t. m. homem que anda rapando
e ajuntando lixo para estercar.
RAPÃO, s. m. nome de uma chita ingleza
muito encorpada.
RAPANTE, adj. dos^g. (des. do p a. Lat
em ans, tis) (braz ) em postura de rapar a
terra com as unhas. Animal — .
RAPAPÉ, 8. m. (famil. ejoc.)cortezia feita
arrastando o pé para trás,
RAPAR. f). a. (Fr. rãper. V. Raspar) cor-
tar rente, á raiz, v. g. — o cabello. revol-
ver com as unhas ou com instrumento den-
tado, V g. — a terra ; raspar, v. g. — uma
raiz com faca.
RAPAR, V. a. (do Lat, rapio, ere) arreben-
tar, roubar, levar por violência. É termo
chulo.
RAPARIGA, s. f. (V. Rapai) moçazínha,
moça de servir de pouca idade.
RAPARiGO, s. m. (ant.) V. Rapax.
BAPAZ, $. m. (do Gr, «rad, amar, tò paitt
moço, mancebo) adolescente ; moço de sol-
dada. É termo muito antigo na língua, enão
ignorado dos antigos, como diz o autor das
»2 ♦
868
RAP
RAF
Memorias dalitter., tora. in. pag.iOl, ar-
tigo Moço, n que bom notou M »rí»es.
RAPAZ. aHj. dos2 g. (Lat. rapnx, cis] rapa-
ce, ronbidor, Lobo, li}j;re — . Rapaces ítíras,
bapaza, (ant.) V. Rapariga.
rapazão, *. m. avgment. de rapaz.
rapazetb, s. m. diminui, dorapac, ra-
paz nào mui crescido.
BAPAZiA, *. f. (des ío) dílo, acção, tra-
vessura de rapaz ; mullidào de rapazes ; cre-
dulidade de rapaz.
RAPAZIADA, s. f. rapazia ; noultidão de
rapazes. Fazer — *, acções, travessuras de
rapaz.
RAPAZINHO, s.m. diminut.áe rapaz de pou'
cos annos, menino.
RAPAZOTE, s. m. rapaz, moço crescido.
RAPÉ, s.m. [doFr. rapé, raspado) tabaco
em pó para tomar ás pitadas, v.g. — gros-
so, lino.
RAPEI HO, (ant ) V. Rapazinho,
RAPiiAEL, (hist ) archanjo, cujo nome si-
gnifica Remédio de Deus, é um dos sete an-
jos, que eslão sempre na presença de Deus.
RAPHAEL, (hist.) o maíor dos pintores
modernos, o seu apeilido era Sanzio, nas-
ceu em 1-183, morreu em Mj20. Nào so
foi eximio pinlor, mas também eminente
architeclo. Os seus melhores quadros são ;
a Escola dAtkenas, as Sibyllas, os Pro-
' phetas ; a Viigem de Foligno, cIc.
RAPiiELENG, (hist ) sa! io orien«alisla, nas
ceu em 153 •, morreu em irt97. I»eíxnu :
Diccionario Chaldaico ; um Novo Testamen-
to em Syriaco.
RAPiiiA, (geogr ) cidade forle, nos con-
fins da Syria e do Egypto.
RAPiAR, V. a. (anl.) V. Ârripiar (a car-
reira).
RAPIDAMENTE, odp, {mcnte suíT.) com ra-
pidez.
RA PIOR, (gengr ) rio dos Eslavos -Unidos
sae dos Biacks-tlilis. e cae no Missouri.
RAPIDFZ, * f [rápido, dps. rz) movim»'n-
. to ríipido, accelerado, celeridade. Kão tem
plural.
Rapidíssimo, a, adj. svperl de rápido,
summaujenle rápido, arrebatado.
Rápido, A, aí/; (\.f\l.rapidu8 ; ôeruo,ere,
arremessar e i»recip«lAr-s»*, e /)/«, dis. pé) vo-
lt z. acoeirrado. — corrente. — rio, c<na lo.
niovirnento A — língua, de quem fíill«
COai grande volubilidade O — pensaiui-nto.
Rap i.iiah, v. a. V. Roubar, Pilliur.
rapii.iiu, s. m V Piutus fpe.lra).
Raimn, (lii>t ) fsnriplor franctz do XVI
S*>C»lo nasceu em 15^0, morreu em (i(>8
Foi um dos autores da Sutga Menip/iea
HAPIN, tlii.«>t.) pueiN laiiiio iiiodeino, ii/is
cou eni lU 1, morreu tm Itiôl. UeiluU
auóuift puttÚA» kiiiiftfr
RAPiN-TnoYHAs, (hist.) histofiador fran-
cez, nasceu em 16*1, morreu em 17 í5.
Deixou uma Historia d' Inglaterra em S
volumes.
RAPINA, s. f. (Lat. de ra;>io, ere, arreba-
tar) roubo de salteador, roubo coíaviolm-
cia ; a cousa em que se faz preza Ates átÍBi
— , de preza, como as águias, os açores, ga-
viões, falcões. « Cobras que caçam de — sal-
tando da<« arvores na pfêa que jstá no ch&o.»
Mendes Tinto. <b
rapolla, (geogr.) cidade do rwiôíidâ^'^"'
Polés, meia légua ao SO. de Melíl , íT^ÍJO
habitantes.
Rapontis, s. f. V. Rhapontico ou Rui'
ponto.
RAPORTB, s. m. (do Fr. rapport) (ant.) re-
latório, relação, cousa que se refere ; conta
que se dá de alguém. Este gallícismo é usa-
do por Góes, Chron. Man.
RAPOSA, s. f (do Lai. rapio, ere, roubar,
arrebater) animal quadrúpede que faz gran-
de estrago nos gallinheiros, e mui astucio-
so.
RAPOSEIRA. V. Repouseira.
RAPOSEIBO. *. m. V. Repouseiro.
RAPOSEiRO. A, adj. (fig ) astucioso, ma-
nhoso como a raposa.
RAPosiA, s. f. (des. ia) (joc.) astúcia, ma-
nha.
raposinha, *. f. diminuí, de raposa.
RAPosiNiiAR, V. n. (raposa^ ar des. inf.)
(chulo) usar de astúcia, sermarhoso.
RAPosiNHO, s. m. diminuí de raposo, ra-
poso pequeno. Cheirar a — s, a catinga ou
bodum. Diz-se dos prelos e mulatos.
RAPosiNO, A, adj. de raposa : (fig ) astu-
to, manhoso, malicioso, ícatreiro, ardilo*
so.
RAPO'10, s. m. V. Raposia.
RAPOSO, s. m o macho da raposa.
RAPOSO, A, adj. V. Raposinn.
RAPOZA (serra da), serra da proviacía ii«
Pernambuco.
RAPO/.os. ígeogr.) viUa da p'-ovincia d«
Minas-Geraes, no Brayil, 3 legu s ao >. da
cidade d^^ Sabará, e 1-{ ao NK. da cidade
d'Ouro-Prelo ; 4,500 habit.intes.
RAPPAHANNoCK. (geogr.) rio dos Estados*
I'nidjs, sae dos montes Azjes e cae na
Bahia de (lhe>0|ienck.
RAPPKKSCHWYK (geogr ) cidade da Snií-
sa, 15 l>guas ao S«i. de S. Gall ; 2,5jO
h.-ibit/«tites.
KAp.sonu, s. /". (Gr. r/io/íM, coser, e rfí/^,
canto) coll^^içâf» de versos.
kaps«'Dista, s. m. (des ista) o que com-
|)õe rapsódias de obras alheias ; cantor de rap*
so«iiis.
raitaDO a, p.p derapisr: odj. levado
viuloiiMiuMiutie, «. f^. Ueleud íoi -*.
lun
RAS
RÀPTADOR, t. m. raptor, o quo raptou.
KAPTAR, V. a. (lai. rapío, me, âecapio,
ere, tomar, e rvo, ere, ou rhuô, levar de ras-
tos) rouD*r, levar por violência afilha ou a
mulher de outrem pnra tim deshonesto.
Rapto, * m. {<\oLat. raptum] roubo vio-
lento; roubo violento da íillia ou mulher de
outrem para fim deshon^^sto. — de seduc-
çáo, quando se illudo a donzella com a pro-
messa de casamento. — , enlevarão inleile-
ctual, ritase. transporte. Os — s dos namo-
rados, transportes amorosos.
RAPTO, A, adj {Lat. raptus) (p. us.) arre-
batado, rápido. — movimen o dos astros.
Rio— Camões, Lus x. 8Ge9G.
RAPTOR, s. m. (Lat.) arrebatador, rouba-
dor, o que cnmmette rapto.
RAPTY, (geogr ) rio do Indostão, no Ne-
pal, « lança-so no Gogra.
RAQUETA, * f. {óoFr.raquette) pala, aro
guarn» eido de rede com cabo, usado para
dar no volante, ou em pellotas nestes j'»gos
raquítico, raquitis. V, Rackitis, etc.
RARAMENTE, adv. (mcn/e suíT.) raras vo-
zes.
R4RAR, 13 a. V. Ralar.
RAREFACÇÃO, s. f. íphys) estado rarefeito
ou dilatado, v. g, — doar, dos vapores.
RarefaCIENTr, adj. dos2g.(Lm. rarefa-
eienSf tis, p. a. dera/c/aciu, ete] querare-
íaz, V. g. o ar, o sangue.
RARF Factível, adj dos t g. (des. ivel) sus-
ceptível de «xpansào, de s»»r rare/eito.
RAREFACTivo, A, ttdj . (dos. ivo) quG rare-
faz.
RAREFAZER. V. fl. (Lat rarffúcio, ere) di-
latar, tornar menos denso, dar maior expen-
são ; — o ar. Oralor rarr/azaagua. — se,
V r. eimpeíis. dilalar-.«e.
RARRFEiTo, A, />. p. dtí larí^fazcr ', fl<//. di-
latado. O ar — .
RAREZA, s. f. [raro, dos. eza) raridade, o
ser raro, pouco commura. — , o ser ralo,
f>. g. a — dopaniio ; ran facção.
RARIDADE, s. f. (Lat. Taritas, tis) cous.i
rara, pouco commum. As — x da natureza.
— , effeilo da rarefacção, o grande augmen-
to de volume de corpo dilatado, v. g. a —
do ar.
BARissiHANENTE, adc. svpcrl. de raramen-
te
RARÍSSIMO, A. a^j. íM/)e'/. de raro.* muito
raro
RARO, A, adj. (I at rarus, de araiot, te-
nuH, de o<»<5. el»v.ir, fazfr ^ubir. oude/jcr.
O ar) leiíue, p'U«:od*'nS(», pouco basto Shiio.
robelh, tecidu —, n\o. lUde — , denialhis
lar^MS, pouco tapada. — , mui poroso, v
g. t^^ria — . — , (p- ns ) «|.«ro, não lurv.»,
V. g viíiho — . — , (íi>? ) pouíío corniiiiim.
qucãeiiuconira coiu dilUwUiUatie tí cUi pcquo*
na quantidade. O ouro, os diamantes e ru«
bis sà') — »; precioso tm razSo da raridade.
Cous'S — s. Livro — . — , (dg.) pouco fre-
quente. Caso — . Phenomenos — s. A que-
da dosaerolilhes é ohenoraeno — .
RAHO, s. m. V. Halo, s mais us.
RAROTo:<GA. (geogr ) uma das ilhas Ilar-
vej ; 7,00i> habitantes.
RAS, *. m. (do Fr. Arras, cidade da anti-
ga 1'icardia, celt^bre pela fabricação de tape-
çarias) ou panos </<• —, tapeçarias, ex « Ks-
tava elle por detrás de um — . » Menina e
.lloçaft
RASA, *. f. (do Fr. ras^ raso, sem felpa)
estoiro de là sem pello, espécie de sarja de
lã.
RASA, s. f. (subst. da des. f. do raso] taxa
do estipendio ou custas dos autos fixada pelo
contador. Pagar pela — , arisca, sem exce-
der o regimento.
RASA. Igeogr.) piquena ilha deserta no
archipelago de Cabo-Verde.
rasadura, s. f. (des. ura) o que se tira
com a rflsoura da medida cogulada.
RASAMEiNTE, ado. (mente suíT.) (p. us.) to-
talmente, ex. « Vinha deliberado a conquis-
tar— toda a llispanha. » Mon. Lus.
RASANTE, adj. dos i g . (do Fr. rflsaní, de
raser, arrasar) (fort )que r.ssa. Linha de de-
fesa — ; flanco — . Fogo, bateria — , cuja di-
recção rasa a terra.
Ras.vo. V. Razão.
ra;ão, (anl ) V. Rasoura.
raSar. V Abrasar.
rasrutos ou resbutos, s. m. pi. (t. da
Ásia) casta militar na Índia.
rasca. s. f. (do Kr ani. raisian, rede de
arrastar, ou de rascar, varrer) rede de arra;i-
l«r. embarcação em qiesR pesca compila;
pedaço. Letar — em algum ne<fOCÍo, (loc.
f-<mil ) ter parte no lucro, no ganho. Deor-
dinario se diz de ganho illicito.
RASCAD iR, s m. (ouriv ) raspador, ferro
de rascar ou ra«par; in^lium^nto de ferro
com que os bombeiros raspão as bombas fer-
rugfnías.
rasc^dura, s. /". (des. ttra) imprpssãoque
deixa em siiperficie ura corpo que raspa 01
rasga, arranha luras, ex. « Lhe fizeram mui- .
tas — s (nonislo o<5 bambus) porque cortam
como navalhas. » Conto.
HAsc.\o, s m. (anl ) pagpm.
uascío, s m. (doArab rd.*, cabeça, e^rfl-
nam, canipiro) guisado de carneiro picado
com cebida, toucinho, etc.
hAsCAH, V a. (do Lai re^eeo, are, cortar)
rasp«r, arranhar, v.g. — a l»*pra
h»scak, V. a (anl ) clarna»'. bradar.
R\sciA, (gHiigr.) rei>n de lias inn, ou-
irora Dxrdanii parii* oiienlal da Servia
MAJscuA, *. ^ \útí roncar, ra«par, vairer )
miú
"^m
RA8
moça da cozinha. Bluteau verto moça que
serve de aia.
RASCOEíRO, s, m. {rascôa, des. ciro) o que
tem amores com rascôas, moças de varrer.
RASCoiCE, s f. acção de rascão ou ras-
côa.
RASCOTE, í. m. (chulo.) diminuí, de ras-
cão.
RASCUNHADO, A, p. ]». de rascuuhar ; adj.
delineado ouescripto toscamente.
RASCUNHAR, D. O. [rascunha, ardes, inf )
delinear toscamente; esboçar grosseiraraen
te ; escrever minuta, borrão ; imprimir si-
gnaes profundos.
RASCUNHO, s. m. (de rascar, e unha) de-
lineamento tosco, grosseiro; minuta, bor-
rão ; descripçao tosca, imperfeita.
RAS-EL-AiN. ígeogr.) Resena, depois Theo-
dosiopolis, cidade da Turquia asiática, 27
léguas ao S. de Reha.
RAS-EL-HAD, (geogr.^ Didymi montes, o
cabo mais oriental da Arábia
RAS-EL-KHYMA, (gcogr.) cidade c porto da
Arábia, sobre o golpho pérsico.
RASENA, (hist.) nome que se dava á po-
pulação da Etruria, aquella que nos sécu-
los XlleXl antes de Jesu-Lhristo submet-
teu os Tyrrhios, e os Siculos.
RASGADO, A, p. p de rasgar ; adj. roto,
lacerado. Tinha — os vestidos, a carta. Ai'
faces — s, com as unhas, pordôr, afflicção.
— , mui aberto, v. g. bo«;ca — ; olhos — s.
Portinhola — , de grande altura. — em com-
primentos, mui excessivo. Cumprimento — ,
mui longo e palavroso, — , adverbiaimente,
muito, com excesso. Comer, dansar, can-
tar — .
RAS6AD0R, A, adj que rasga.
RASGADURA, s. f. (des. ura) abertura da
cousa rasgada ; abertura natural grande, t>.
g. — da bocca ; — do muro, brecha.
RASGAMENTO, s. m. {mênío suff.) abertu-
ra artificial.
RASGÃO, s. m. [áo augm.) rasgadura gran-
de : — do pano. « Fez-lhe um — na cara. »
— , o pedaço que pende da peça rasgada.
RASGAR, 9. a. (do Gr. rhasaô, ou rhessó,
rasgar, romper) romper, fender, lacerar, v.
g. — as carnes, o vestido, a carta ; — o pego,
(fig.) navegar. — a amizade, romper, que-
brar. — o coração, as entranhas, o peito,
aílligir profundamente. Hasgarem-se as nu-
vens, em trovões, (fig.) lançarem, romperem.
— , romper, abrir brecha : — o muro, a
parede; — portinholas no navio, ajanella,
a porta, a ferida profunda. — a letra, es-
crever com traços largos.
RASGO, í. m. traço rápido feito com a
penna ou o pincel; (fig.) acção bella, brio-
sa e repentina, v.g. ter — s de generosida-
de, ^r^ sublime de virtude, patriotismo. — s
de eloquência, expressões persuasivas eque
parecem impulsos do coração, da mente.
RASGUNHO, (ant.) V. Rascunho.
RASO, A, adj. (Lat. rasus, p. p. de rado,
ere, raspar) raspado, cortado rente. Cabello
— ; estoffo — , sem pello Lugar, campo — ,
charneca — , plana, sem mato. — , arrasa-
do. Nau — , navio — , sem mastros, nem
obras altas. Cadeira, assento — , sem encos-
to nem braços Escudo — , sem ornato. Dou-
dice —, calva, manifesta. Razão — , clara,
singela. Tornar tudo — , arrasar. Bala — ,
liza, não escabrosa ou encadeada. — , (fig.)
baixo, de condicção inferior. Soldado — .
Fidalgo — , não titular. Cavalleiro, escu-
deiro — ; cura — , que não tem outra dis-
tincção, simples. Homem — , plebêo, sem
graduação civil. Vejo-me tão — como d'an-
tes, na mesma condição humilde. Signal
— , sem as guardas da assignatura dotabel-
lião. Escriptura —, lavrada pelo tabellião,
e assignada por eile sem as guardas de nome
usadas em documentos solemnes. Traslado
— de escriptura, que encerra as condições
^0 contraio sem ter ainda a data — , em
escriptura, raspado, ou cancellado.
RASOADO. V, Razoado.
RASOAR. V. Razoar, etc.
RAsoR[, (hist.) medico italiano, nasceu
em 1796, morreu em 1837. Escrevfiu : Dis-
curso sobre o pêvtendido génio d'Hippocra-
tes, Theorxa da inflamação.
RASOURA, s.f. páo roliço torneado que 08
medidores passam por cima das medidas
acoguladas, para as arrasar, tirando-lhes o
cogulo. Passar a — por cima, (fig.) tirar,
supprir o que existe em excesso, ex. « Irei
botando a — a esses louvores.» — , o fazer
a barba. Casa de — , onde os religiosos se
fazem barbear o cabello da barba, e a coroa.
Dia da — .
RASOURADO, A, p. p. de rasourar ; adj.
arr sado com a rasoura.
RASOURAR, V. a. [rasoura, ar des. inf.)
arrasar com a rasoura : — as medidas cogu-
ladas.
RASPADO, A, p. p. de raspar ; ad/. quese
raspou ou tirou raspando.
RASPADOR, s. m instrumento de raspat^^^
V. g. as letras ou manchas na escriptura .
RASPADURA, s. f. (dcs. wra) O acto dc ras-
par ; raspas, o que se tira raspando, v.g.
— de ponta de veado, de quassia amarga.
RASPAR, V. a. (do Fr. ráper, deriv. do Lat.
rasus, p p. de rado, ere, e asper, áspero)
roçar corpo áspero, escabroso, ou cortante
contra qualquer superfície solida de corpo
secco, para o alizar, ou reduzir a pó parte
da substancia, v. g. — a ferrugem, a caspa,
a côdea; — queijo, açúcar, canella, pontas
de veado, páo quaseU. — eém as unhas,
RÁB
IA
tri
como faz o touro, ocnvallo, — o musgo das
arvores ; o pau com faca ; o papel ; o queijo
com ralador ou com faca.
RASPAS, s f. pi. o que se tira á madeira,
aos cornos, etc , raspando, v.g. — de pon-
ta de veado.
RASPE, (hist ) antiquário allemão, nasceu
em 1737, morreu em 179 i. Deixou uma
edicção das Obras philosophicas e latinas
de Leiboitz,
RASQUETA, s. f. (talvez do Aliem, reissen,
arrancar; lng\. wrist^ pulso, carpo) (p. us.)
ajunta da mão com os ossos do antebraço,
carpo.
RASSAMALHA OU ROSSAMALHA, *. f. CStOra-
que liquido.
RASso. V. Raspado, Basa, na escriptu-
ra.
RASTADT, (geogr.) cidade murada do gran-
ducado do Bade, ti léguas ao SO. de Car-
Isruhe ; 4,300 habitantes.
RASTEAR, t), n. [rasto, ardes, inf.) andar
de rastos, rastejar, v. g. as cobras rasteam.
Muitas plantas rasteiam, se extendem pelo
solo sem subirem nem treparem — o en-
tendimento, o discurso, não se elevar á al-
tura do assumpto. N .Rastejar.
RASTEIRAMENTE, adv. (mewíc suff.) de ras-
tos ; do modo rasteiro.
RASTEIRO, A, adj . (vasto, des. eiró) baixo
rente com o chão ; (fig.) humilde. Homem,
estylo, pensamentos, sentimentos — s. Ani-
mal — , reptil. Plantas — s, arrastadeiras.
Navios — , pouco alterosos no bordo.
RASTEJADO, A, p.p. de rastejar; adj, que
rastejou.
RASTEJADOR, s. m. 0 quB rasteja, inda-
ga-
RASTEJADURA, s. f. (dos. ura) o acto de ras-
tejar:
RASTEJAR, D. O. [vãsto, des. ejar) seguir
pelo rasto ou pisa, seguir as pegadas, vestí-
gios ; seguir de perlo, alcançar imperfeita-
mente. Rastejou a verdade, o sentido, as
causas. Imitar imperfeitamente, v. g. — o
estylo do vate, os primores do original em
traducções. Suspeitar, ter noção imperfeita,
indícios. « Rastejando alguma cousa d*esta
sua dissimulação. » Chron. de D. João 111.
— uma mulher, requesta-la. — , v.n. an-
dar de rastos, de mjo, arrastar-se ; (fig.) an-
dar rasteiro, não se elevar á altura do as-
sumpto. «Nem cobarde rasteja áquem di
mela.» Bocage.
RASTPjo, s. m. acto de rastejar, de rojar;
(fig.) conhecimento imperfeito. O — dos se-
gredos da natureza.
RASTELAR. V. Restellar.
RASTELO. o — da chave, as divisões do
palhetào por onde passam algumas peças de
ferro cravadas na fechadura.
. RASTILHO, í. m. diminut. de rasto. — de
pólvora, fiada d'ella quo se dispõo delgada
e solta no chão para communicar o fogo a
mina, a barril cheio de pólvora ou substan-
cias combustíveis. — , carrinho de rojo sem
rodas, treno para correr sobre o gelo.
RASTi:^GA. V. Restinga.
RASTO, s. m (do Lat. rado, ere, raspar;
rastellum, grade de agricultura.) vestígios,
pegadas, pisadas, pista, trilha que o animal
deixa no caminho. Seguir o — do animal
ou de alguém. — dn sangue, s\gnn\, traças.
— do segredo, indícios. — de edifício anti-
go, vestígios, 15. g. havia — «deaqueductos.
— s, suspeitas, v. g. — de conjecturas Per-
de* os — s dos intentos de alguém , os in-
dícios, as traças. Andar em — de alguém,
na sua comitiva. — de />o/t?ora, c?- freira del-
ia ; formigão para pôr fogo á mina. Rede
de — , de arrastar O — do repairo de ar-
tilharia, a parte que arrasta Carro de — ,
rastilho, trenó. De — , arrastando, arrojan-
do. Ir, andar de — , de rojo. Levar de— s,
de rojo ; (fig.) constrangidamente, á for-
ça.
RASTOLHADA, s. f. [rastolho, des. s. col-
lectíva ada.) grande quantidade de rastolho.
— de mortos, (fig.) montão delle«.
RASTOLHO, s. f & caua do trigo, ou mi-
lho segado, que fica com a raiz na terra.
RASTREiRO V. Rasteiro.
rastrilho, s. m. (do Lat rastrum, gra-
de.) (fort.) grade de ferro que se suspende
nas portas de praças fortes ; trenó, rasti-
lho
RASTRO, s. m. fLat. rastrum, grade.) re-
de grande de pescar que se lança longe da
praia, e se arrasta. — , ensinho, grade de
quebrar os torrões. V. Rasto.
RASURA, s /. raspadura do escripto er-
rado. Rasuras, pi , raspas, c. ^ — dequas-
sia, de ponta de veado, de íerro, latão ,
etc.
RATA, s. /". a fêmea do rato.
RATA, «. /". ^de ratus, a, um, p. p de
reor, julgar, estabelece.) a quota parte que
cabe a alguém em rateio Pro — ,(loc.lat.)
á proporção, em razão. — do tempo, na pro-
porção.
RATADO, A, p. p. de ratar ; adj. roído.
RATÃO , s. m. augment. de rato, rato
grande, ratazana. — , peixe semelhante á
arraia.
RATÃO, adj. m. Assucar — , inferior ao
chamado panella.
RATAR, V. a. [rato, ar des. inf.) roer co-
mo fazem os ratos. Os ratos rataram à
roupa.
RATAZANA, s. /". rato graude, arganaz.— ,
(chulo) homem ridículo.
RATCHis, (hist.) duque do Fraal em 737,
9$ «
m
RAT
e rei dos Lombardo» em 7\\, abiicoa em
74U. \
RATEAÇÃo, s. f. V. Rateio.
RATElAlíAMENTE OU RATKADAMKNTE , adv.
(nieníe suíT.) em ralnio. Repartir, contri-
buir — , cada um á proporção d- s capitães,
ou dos seus direitos como credor do fal-
lido.
RATEIADO ou RATEADO, A , p. p. de ra-
teiar ; adj. repartido em rateio, ou pro rata.
RATFiADOR OU rateador , s. w. O que
faz rateio.
rateiambnto, V. Rateio.
RATEiAR nu RATEAR, V. a {vãta, ar dcs.
inf.) distribuir, reparlir pro rata. — os ga-
nhos, as perdas, os dividendos, os gnslos
RATEIO, s. m repariição pro rala, na pro-
porção das posses, capitães, ou dos direi
♦ tos de credor.
RATES (S Pedro de], villa de Forlugal.
4 léguas a 0. de Braga e 2 ao S. de liar-
cellos.
RATHAusjíERG. ígeogr.) montanha d'Aus-
tria, nos Alpes Noricos.
RATOENOW, (geogr ) cidade dos E'ít3dos
prussianos, 7 léguas ao ^0. de Brandebur-
go ; 4,700 habitantes.
RATiROR , (gengr. ) cidade dos Estados
prussianos. 15 léguas ao SE. d'Uppehi ;
4, SOO habitantes.
RATIFICAÇÃO , s. f. o acto dc ratificar ,
tratado de paz, convenção, tractado.
RATIFICADO, A, p. p de ratificar; adj.
confirmado, approvado definiiivami-nle.
Ratificar, v. a. (do Lat. ratui^, p. p.
de reor, estabfdfcer, (irar suíT.) cí)nfirra«r,
approvar definilivaoceute , v. g. — tratado,
pacto, /»jnste.
RATiHABiçÃo, (ant.) V. Ratificação.
RATM V. Quilate.
RATiNA , s. f. (do Fr. ratine.) pano de
lã fino, sarubulhenlo da parte da flor, e não
no envez.
RATINHADO, A , p, p. de ratinhar, adj.
dado muito escassamente , regaleiado.
RATINHAR, V. a. diminuí, e piorat. de
ratiar, despender com summa parcirnonia,
escasseameuto : — v. n. regatear ceitis.
RATiNUO, s. m. diminut. de rato, rato
piqueno.
RATINHO, s. m. ou odj na Beira, e usa-
do pe'os antigos pnelas cómicos, forr«*la
« MutHS vezes acontece sít mais a» eito o
que lejiresenia ratinho, que o imperador. »
RA1IS, .ç. «I. (ant.) « Villáozinho de ra-
tis. y> Eufr. de Mor-fies ^jllrlla « ou antes
das 'lervas. derivando ralis do ant Fran-
cis »fl/i.v » r.oni eíTc-ito este lernio em Fr.
ant. significa h»'rva, e feto, mas chmo que
nunca teve e.s>a afcepçào em l*»'riugue/
RÀU
rece derivado, do termo ratero, baixo, vil,
humilde; a expressão citada significaria
villãozinho humilde.
RAT'SB(j"SA. (geogr.) Regenfthurg em alle-
mão. Castra reyina, Áucfusta Tiberii do»
antigos, cidide do re'no de Baviera, capi-
tal do circulo de Uogen 25 léguas ao AE.
de v.unich ; 2li.0l)0 habitantes.
RATO, s. m. (Fr. raí, Lat. rasus, raso,
rapado, na B. Lat. raíus), quadrúpede pe-
queno roedor e daninho, de pello mui cur
to ; — caseiro, — do campo ou montez. — ,
(íig.) (naut.) pedra escabrosa quo roe as
amarras da ancora v. g. fUber como — ,
(phr. chul), muito, — , nome de um pei-
xe parecido ao rato. — , adj. e chulo, i/o-
mem mui — , extravagante.
RATO, A. adj. (Lat. ratus, p. p do reor,
eri, julgar, estabelecer), ratificado. « Ter
por firme, — . » Azurara. Pazes ■ -«.
1 RATO, (geogr.) ilha da b^ihia d 'Angra-
dos-heis, na província do Rio de Janeiro,
no dislricto da villa de Parati.
RATOEIRA, *. f. (des. eira), armadilhado
apanhar ratos, (fig.) ardil para enganar al-
guém ; V. g. cahir, fazer cahir na — .
ratoneau, (geogr.) pequena ilha do Me-
diterrâneo, a 1 quarto de légua de Mar-
selha.
ratonfiro, s. m. (do Tast. raton, ani-
mal, des. eiró), ladrão de cousas dft pou-
co valor; o que segue o exercito em cam-
panha para comprar aos soldados objectos
tomados ao inimigo.
RATONF.S. (g'^ogr.) dou«; ilhotes na bahia
de Sarita-Catharina no Brazil, defronte da
boca do rio do mesmo nome.
ratones, (geogr ) Pequeno rio da pro-
víncia do Santa Catharina no Brazil cha-
mado vulgarmente rio de São-José.
RATOS (Ilha dos), ígeogr ) Ilhote graníti-
co da bahia Miherôhi no Brazil, a peque-
na distancia ao SO. da ilha das Cobras.
RATOS (Serra dos), (geogr ) serra da pro-
víncia do Oará no Brazil, no dislricto da
aldeia de Mecejana.
RATOS (rio dos), (gpogr ) ribeiro na pro-
vincia de São-Pedro-do-Uio-Grande no Bra-
zil.
RAU, /'hist.) em latim Ravis, orientalis-
ta prusnano, nasceu em IGO'^, morreu em
t6'7. Dhíxou uma Grammatica geral das
hngnos hebraica, caaldav:a, synaca, ara-
b , e ettiiupc.
RAU, ihi.st ) cirurgião allemão, nasceu em
K) 8, m<i»reu e"i 17 "J Entre oulms es-
criptos deixi»u : De methodo discendi ana-
lomrn.
ralcisono, a, adj. (Lat. rflMc/.çoM»<í) pon-
liro. que icm som r«Mico. .As — $ raws ^prue.)
j acccuiu ua aule^tuuuluma»
RiV
RAT
m
lAUDAL, s. m. (do Lat. rudor, ruído sur- Reroígío
do), (anl.), torrente de agua ; flig.) raudaes
de sangue.
RAUUAO, adi. m. Cavallo — . V. Ro$i-
Iho.
RAUDii CAvrr, (sf^ogr.) vasta planície da
Gallia ti^alpina, 9 léguas ao >0. de MeJio-
laoum (Milão).
RAUDiVA, s. /". (t. da Ásia), sortes de rou-
pas. — s de setim. Mendes finto.
RAUGRAVES, (hist) Comttes hirsuti, con-
des dos paises irrigados de ojontanhas.
RAUL ou RODuLPHo , (hist.) duque de
Borgonha, gen''o dt? Roberto duque de Fran-
ça foi eleiío ni era UiJ.
raulukcaen, (liisi.) escriptor francez,
Seguiu Ta:icredo á Taleslina eui 1091». líei-
xou : Feiíos do princepe Tancredo duran-
te a iTpediçúo de Jerusalém.
RALLiM, 5. m. sact-rdote do Pegú.
BAULiN, (hist.) pregador francez , nas-
ceu em l4Íi, morreu em .51-1. Deixou
muitos Sermõts.
ralraci, (gHogr.) partrt do Sengam e do
caniào de íiale^ povoação da (lerinanica.
rausado, (ant.) V. Itaptado Violado.
rausador, (ant.) V. R.ptador.
RALSAR, (anl.) V. Raptar, Vto/ar, For-
çar.
RA uso ou RAUSso, {oDt.) V. Rapto, For-
çamento.
rava!LLac. (hist ) o assassino de Henri-
que lV rei de França, nasceti em An^ulem»^,
era 1 579, matou o rei era I4|de maio de ItílO.
Foi atfln.izado e esq"iarlejfido.
ravei, (g*^«>gr.) Jlydrastcfs dos antig<^s,
rio de Lahore, sae do Uimalaya e cae no
Tch«^rinab.
RAVELLo, (geogr.) cidade do reino de ^a-
poles, 3 léguas e meia ao O. de Salerno ;
1,090 habitantes.
rayenna, (geogr.) cidade dos Estados ec-
ciesiaslicos, capital de legação, 8U léguas
ao Mil. de Homa 1H,0OU habitantes.
ravekna (Irgaçào de) (g«!Ogr ) provinda
dos Estados úh Igreja, enire as de Ferra-
ra, ao fi. d»i Bolonha ao Mu, de Focti ao
SE. a loscana ao >0,
ravenna leiarchato df»), (seogr ) a prin-
cipal priiviíicia rta liftlia g«e«a , ao S.
da Vei.clia , a E. da LpjdiH e a Fla-
minia. Foi dfsiriiido t-ai 7í)2 | or As
tolfo rei dos Lon. barbos , depois de 1«t
duríido .8^ atiiios e haver tilo 18 exar-
chas, que furam os seguintes :
Kleuterio
Issaac
Phião
Theodoro I .
Olyinpio
Theodoro, 2.*
(•rego no
Theodoro II .
J'>ài> IMalyno .
Theoph^lacto
HhiZficope
Euiyehio
Schulastico
Paulo
Eutychio, i ^
Longino
Suiarjígde
Romado .•
Callmico
Smaragde, 2 * vex ..
TOL. IT.
56K
b8^
197
r.ii
616
61J
im
648
6^9
vez 6*»^
666
678
6.S7
702
710
7 1
.. 7J3
IV
vez .. . .. TiS
ravenna, (hist.) É designado com este
nome o autor desronhecido de um tractado
de g^^ographia, cujj manuscripto foi acha-
do era Ríívenna.
ravknsbergo. (geogr.) antigo condado de
Allemanha, actualmente compreendiao nos
Estados prussiaiius.
ravensblrg, (g'0gr.) cidade murada do
Wiirt«'mb^rg , 20 léguas ao SO. d'lllm ;
3.500 habitantes.
ravensteiiN ou RAVESTEiN, geogr.) cida-
de d'll«»llanda, / léguas ao NE. de Bois-le-
Duc ; 1 ^00 habitantes.
RAviNHOso, (ant.) V. Rabugento.
RAVisio TEXTOR, (hist ) escrjptor francez,
nasceu era 1-8 ', morreu em 1524. Compâz
muitos Manuaes Clássicos.
rawicz . (gtogr ) ridade da Prússia ,
53 léguas ao S. de Pozen 1 7,800 habi-
tantes,
RAWLiNSON, (hist.) sabio inglez, nasceu
era 1700, morreu em 1755. Compôz uma
Historia d' Oxford.
raxa ou RAiXA, s. f. (do Fr ras, sarja),
sarja (ordinária de là. — de Florença, e*-
tolío de seda tecido á maneira de sarja.
raXaDa. V. Rajada.
raXado, a, ailj. V. Rajado LiHrado
haxkta, s. m. diminui, de raxa, raia
delgada.
ray ou wray, (hist ) em latira fíaius,
naturalista inglez, iiHsceu em 10*8, mor-
reu em 17(15. Ueixuu : Calaloyus Siirpium
Cuniahrig, < tn.
HAYA. V. Raia.
KAVA, (ant.) V. Rainha.
raval, s. m. (do Fr. royal), (ant.j V.
Rcat moeda,
ravau. V. Raiar,
raYaS, (hi>íl.) nome inj'iriozo dado p**lo$
Turcos aos Cbristàos, que habitam nos scut
Estados.
HAYMUNno. (hist.) chimico francez, nas-
ceu eiu 1756, morreu em 18^7. Fez mui-
tas descobertas em chi mica.
94
174
RÂZ
RÉ
RATNAL, (hist.) escripor francez, nasceu
em 1713, morreu 1796. Publicou: Histo-
ria philosophica dos estabelecimentos dos
Europeos nas Duas Judias.
RAYNOUARD, (hist.) litlerado francez nas-
ceu em 1661, morreu em 1836. Publicou:
os Templários, tragedia, e diíferentes poe-
sias e romances.
RAZ, (geogr.) Calbium prom, cabo de
França, síbre o Atlântico, 4 léguas ao O.
de Ponteroix
BAZA E SERRÃO, (loc fiut J Pvopriedades
de roza e seriáo, as que pagão foro um
anno sim, e outro não, Nem o Elucidário
nem o Moraes dão a significação d'esta
phrase. Vem do Fr. rés, nada, e serrer,
guardar, ou sers, certo.
RAZA, (gcogr.) ilha baixa e oval, defron-
te da entrada da bahia Nitherôhi ou de
Rio-de-Janeiro no Brazil.
RAZÃO, s. f. (Lat. ratio , onis, de reor,
eri, julgar, pensar, suppor, imaginar. Vem
do Gr. rheô, fallar, manar, .correr, cujo ra-
dical he sem duvida o Egypcio ro, bocca.
O sentido primitivo e próprio de razão e
razoar he fallar, porque as palavras são os
signaes dos pensamentos), a faculdade ou
faculdades intellectuaes pelas quaes pensa-
mos, discernimos, comparamos, e exprimos
em palavras o resultado d'estas operações
de viva voz ou por linguagem escripta, e
até por gestos. A — humana só pode abran-
ger os objectos sensíveis, e quando cuida
poder elevar-se alem d'este limite, nada
mais faz que exercer-se sobre combinações
phantasticas de ideias procedidos de objec-
tos sensiveis. Homem de — , de bom sen-
so, metter alguém em ou na — , conven-
cel-o do que he razoável, por-se na — ,
moderar-se, ceder a considerações sensatas.
Ter — , fundar-se nella, professar, manter
a verdade, o que he justo, recto. Entes de
— , ideias chimericas. v. g. Encher-se de
— , soíTrer por algum tempo injuria, detri-
mento de alguém ate que nos dê multipli-
cados motivos de o repreender ou castigar.
— , motivo, causa, fundamento de crença.
Tenho — para assim julgar, crer, fazer ,
Deu — do seu dito. Não tens — no que
dizes. AUegou boas ou más razões,
provas, argumentos. Sem — sufficiente,
causa, motivo. Debalde pretende o homem
descubrir a — das leis da natureza, ou o
nexo que liga todos, os entes, pela compa-
ração dos phenomenos naturaes com os dos
entes dotedcs de raciocinio. O conhecimen-
to do instincto dos animaes e do mesmo ho-
mem bastaria para o convencer que as fa-
culdades intellectuaes são dependentes, cir-
çumscrij^tas e só regem parcialmente cer-
tos entes orgonasidados. Dar — de si, ex-
plicar os motivos do proceder ; dar conta
da sua administração, do negocio de que
fora encarregada a pessoa. Fazer — do si,
justificar-se ; reparar o mal feito. Idade da
— , aquella em que o homem começa a re-
flectir. Ter uio de — , ter chegado á idade
de reflexão. — de estado, considerações,
motivos poHticos fundados no interesse real,
ou supposlo do de estado — , prova, j«rgu-
menlo. v. g. O advogado allegou razões
poderosas, disputa , contest/ição. Alcançar
— de alguém, satisfação. Ter razões com
alguém, ellercações. — , relação. Ter —
de parentesco com alguém. — , (math.) pro-
porção, relação entre entre duas grande-
zas, ou dois números : — irracional, har-
mónica. V. estes termos. A — de, comprei
vinte peças a — de cí, 000 reis, dando esta
quantia por cada peça. Livro de — , (merc),
em que se lança a conta da receita edes-
peza ; relatório, memorial — de commer-
cio, a íirma de casa de commercio.
razelm, (geogr.) j&Ta /mi/ m, lago da Tur-
quia européa, na antiga Bulgária, ao S. e
perto da embocadura do Danúbio.
BAZES, (geogr.) paiz da França no Bai-
xo Languedoc ; tinha o titulo de condado.
RAZi(Mohammed-Aboubekr-lbn-Kakaria),
(hist.) celebre medico árabe, nasceu em 850,
morreu em 923. Deixou muitas obras, que
foram traduzidas em latim.
RAZ IMO. V. Racimo.
RAZO, s. m. (do Fr. ras, sarja, de lã
ou de seda), sarja de seda ou de lã ; se-
tim.
RAZOADAMENTE, ttdv. [mcnte suíT.), com
devida proporção, de modo razoável.
RAZOADO, A, p p. de razoar, adj. arra-
zoado, sensato,
razoamento, s. m. [mento suff".) discur-
so arrazoado
RAZOANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. ans^. tis,) que usa da razão. « Crea-
turas — s. » Ord. Aff'ons.
razoar, V. a. V. Arrazoar.
razoável, adj. dos 1 g. (des atei], ra-
cionavel, conforme á razão. t?. </. Prcpo — ,
moderado.
razoavelmente, adn. [mente suíf.), ra-
cionavelmente, de modo conforme á razão.
RAZONAvEL. V. Razoavel.
razouRa. V. Jiasoura.
RE, partícula preposetiva inseparável, que
denota repetição, iteração. He latina, con-
tracção de iterum, segundo alguns etymo-
logistas. Iterum, e iter, caminho, vem do
Egypcio rat, pé, ou de re, verbo redupli-
calivo.
RÉ s. f. (do Lat. retro, atraz), (naut.),
a parte posterior do navio desde o mastro
grande até a popa ; A — , a traz, v. g.
BEA
nu^dn
871
estar á — do cabo, da outra náO; por de
— , (fig.) postergar, não fazer caso. íoz de
— todo o sentimento de justiça.
nÉ s. f. (do Fr. raie, risca), no jogo do
aro, raiz, risca no chão. A — do jogo, a
raia donde elle principia. No jogo da bola,
a raia alem da qual não deve passar a bo-
la, para ganhar. -, (mus.), a nota da sol-
fa que se segue ao ut.
RE ou RHE, (geogr.) em latim. Cracina,
7?eo, Reacus, ilha de França, na costa do
departamento do Charente-lnferior ; 15.865
habitantes.
RÉ, s. f. feminino de róo, mulher accu-
sada em justiça.
RE A, (aut.) V. Ré, termo de jurisprudên-
cia.
REABILITAR. V. Reabilitar, etc.
REACÇÃO, s. f. (Lat. reaíio, onis) (phys.)
acção reciproca, repulsão do corpo que re-
cebeu impressão de outro. Não ha acção se m
— . — , acção em sentido opposto, resistên-
cia a acção. As revoluções são uma serie de
reacções politicas.
REAcciNDER, V, tt. (fc prcf. 6 Lat. accen-
do, ére) V. Reacender.
Os dois cc são conformes ao radical lati-
no, mas o uso e a pronuncia exigem acender,
tanto mais que o primeiro c não é radical,
e não faz parte de candeo, ere, accender ;
a preposição a port corresponde ao ac ou
ad latino, e o pode supprir nas vozes em que
não soam os dois cc.
HEACCusAÇÃo, *. /. nova accusação, recri-
minação.
REACCLSADO, A, p. p. dereaccusar; adj.
accusado de novo.
RBACCUSAR, V. a [tomar a accusar ; re-
criminar.
REACENDER, V. O [rc prcf., e accender)
tornar a acender.
REACESO, A, adj. tornado a acender.
RKadilho, s. m. sorte de estoffo de seda
e lã.
reaggravação, 5. f. acção de reaggra-
Yar.
REAGGRATAR, tj. tt. tomár a aggravar, fa-
zer novo aggravo.
READiNG, (geogr.) cidade de Inglaterra,
capital do condado de Berks, 15 léguas ao
O. de Londres ; 15,900 habitantes.
REAL adj. dos 2 g. (Fr. royal, Lat. re-
galis) de rei ou soberano, régio. Poder, au-
toridade — . Direitos reaes, pertencentes ao
rei. Familia, progénie rca/. — , (fig.) digno
de um rei, próprio de rei, magnifico. Ave,
veado, porco — , grande. Galé — .das maio-
res Comhoi — , (p. us.) conduzido por for-
ças maiores. Doenfa — , (anl.) ictericia. Otos
reaes, manjar — , manjares deUeados ebem
conhecidos.
REAL, adj. dos % g. (Lat. rea/ú, de res,
cousaj, existpnle, não imaginário, v. g.
Objectos reaes
REAL, «. m. moeda antiga Portugueza que
teve diversos valores. Reaes brancos, — pre-
to de cobre, — de prata. Hoje — é a uni-
dade das moedas ; Réis. — d' agua, tribu-
to d'um real que se tira da carne, vinho,
etc. para as despezas de construir e repa-
rar canos, chafarizes, etc (ant.) Reales, hoje
Reaes ou Réis.
REAL, s. m, (subst. do adj.), acampa-
mento real, arraial — , — , voz do accla-
maçáo de rei : — por D. Maria, rainha de
Portugal Equivale a: eis aqui a bandeira
REAL, (geogr.) aldeia de Portugal, a lé-
gua e meia de Braga, com 1,200 habitan-
tes. Outra no concelho de Amarante com
900 ; outra no de Paiva, com 960 ; e ou-
tra a 3 léguas de Vizeu com 700.
REALÇADO, A, p. p. de Tcalçar, adj, re-
levado, que sobresahe. v 7. O merecimen-
to — pela modéstia. Virtude — pelos vi-
cios dominantes.
REALÇAR, V. a. [rc pref., e alçar), fazer
sobresahir ; avivar a côr, (fig.) dar maior
lustre Os enfeites realçam a belleza naítt-
ral. A modéstia realça a formosura. — *
bordar de realce. — se, v. r. elevar-se adqui-
rir realce.
REALCE ou REALÇO. í. w». a parte releva,
da onde fere mais a luz . a côr com que
o pintor realça os escuros do painel ; (fig.)
luzimento, maior lustre, v. a. A modéstia
é o maior — da belleza. Bordar de — fi- -
cando o bordado realçado sobre o panno.
realegrar^ V. a. tornar a alegrar. — se,
t. r. recuperar a alegria, ou alcgrar-sede
novo.
REALEJO, s. m. órgão portátil que se faz
soar com uma manivela.
HEALENGAMENTE, adv. [mente suíT.) com
grandeza de rei.
REALENGO, A, adj. regío, próprio de rei.
Terra — , reguengo.
REALETB, s. m. diminut. de real, tributo
de um real que se paga por cada canada de
vinho.
REALEZA, s f. magnificência regia, pom-
pa, apparato régio ; dito, feito próprio de
rei. — , soberania, estado, ser de rei.
REALIDADE, s. f. (Lat. reuHs, des. iias, tis)
existência das cousas, dos entes; o ser real,
não imaginário. Na — , realmente, com ef-
feito. — , (ant.) realeza.
Str. comp. Realidade, terdade ; na rea-
lidade na verdade. A realidade se entende
tudo o que existe lelalivamente anos; li-
mita-se unicamente ao mundo, ás cousas
mundanas; porém a terdade pertence ifl
ÍÍ4 ♦
376
REA
REB
ideias reaes c ás ideias factícias ; tem por
objecto não somente o mundo que < xisie,
senão t/imbem tudo o que pôde exislir;
combina as abstrac.ões, as possibilidades,
os infinitos.
Tela mesma razão diíTerem rnlre si as
eipressôts na verdade, e na realidade. Na
verdade n fere-se ao que pensámos do ob-
jecto, segundo ideias darás e «xactas; na
realidade refere- se ao que o objecto 6 em
si Diesn>o segundo a sua natureza. A pri-
meira diz respeito ao mundo inlellectuai ;
a segunda, ao mundo real.
BEAiJSSiMO, A, adj. svperl. de real.
baelista, s. dos lg. [de real, régio) par-
tidário da monan hia, inimigo do partido re-
publicano nas (iissensòes politicas.
BEALiSTAS, (hisl.) seiía cscolastíca oppos-
ta á dos ^ominaes, sustentava que as ideias
geraes teem um objecto real. Esta doctrina
que tira a sua origem da pbilosophia de
l'latào, sucumbiu aos ataques d'occam e
d'llt.bbes.
REALIZADO, A, p. f. de rcalizar ; adj, fei-
to efftíciivo, effectuar.
REALIZAR, V. a. [real, des. izar) fazer
real, effeclivo, eífectuar. — , (merc.) liquid^ir,
V, g. — uma somma considerável de dinhei-
ro pela venda das fazendas, — se, v. r.
impess., eífectuar-se, veriticar-se, v.g. —
o projecto, apiomessa, a esperança, a pro-
phecia.
Mn. comp. Realizar, verificar. Reali-
zar é fazer tffectiva e real un.a cousa, dar
rtalidode ao que d'antes a não tinha. Ve-
rificar é mostrar que a cousa é verdadei-
ra, exaixinando-a em si e em suas rtla-
Ções. Tudo que pertence ao futuro, ou exis-
to em projt^cio, quando chega a ter exis-
tência, realtza-se. Tudo o que se conta, se
aliena, se annuncia como existindo ou ten
do existido, e se acha ser verdadeiiO, ve-
rifica-se.
iiiz-se que uma prophecia se realiza com
referencia a ser predicia teuipo antes, e
que se verifica por se havei cumprido co-
mo o pruphfla o havia predito.
realmeme, adv. [menle sulf.) cora modo
de rei, com grandeza, apparalo, pompa re-
gia
REALMENTE, a<iv, na realidade, cora cffei-
lo. As noções que os meta ph|SÍcos denomi-
navam absiract^is não exsiem — .
REALMONT. (gcugr.) cidade de França, 4
léguas ao Sui d'Alby ; 2,GU0 habitan-
tes.
REALViLLE, (geogr.) cidade de França, 2
léguas ao SÓ. de Caussade ; iJ,0-0 hftbi-
tautes.
RtAME, s. m. (do Fr. royame, reino) (ant.)
V, Reino.
REATíiMADO, A, p. p. de reanimar*, adj,
tornado a animar.
HEANiMAUOR, s. ih. 0 quo reanima. So-
pro— . Protecção — das artes e sciencias.
REANIMAR, V a. {re pref. tornar a ani-
mar ; — o moribundo ; — a gente esiLOre-
cida.
REASSUMIDO, A, p. p. do reassumir; adj.
recobrado.
REASSUMIR, V. a. [re pref.) recobrar, v.
g. — as do governo.
reassumpção, s. f. acto de reassumir.
Reassumpto, V. Reassumído^
Reata, s. /". (de rcoíar.já rriata. — «, vol-
tas de cabo forte com que se atam peças
em torno. — , cintas de furro.
REATADO. A, p. p. de reatar; ad/. torna-
do a atar; atado, com força.
reaTa DURAS, s. f. (naut.) Yoltas que rea-
tam, V. g. — do mastro.
REATAR , V. a. [re pref.) atar de novo ,
tornar a atar, atar bem. — , (naut.) pôr
reatas ao mastro.
REATE. V. Cabresto.
REATE, ('geogr.) hoje Rieti , cidade da
Ombria, nos confins do paiz dos sabi-
nos.
REATO , s. w». [réo, des. ato ) estado
de pessoa accusada em juizo, estado de
réo
REAUMUR , fhist. ) phisico c naturalista
francez, nasceu em 168$, morreu em l757.
E autor do themrornetro que tem o seu
nome. Alem de muitas Memorias escreveu
un. Tractado sobre a arte de converter o
ferro em aço, ele.
REAUMURiA, (bot.) Reaumuna. GeneTO de
Plantas da famillia das Fivideas e da Po-
liandria I entandria, L.
REA VISADO , A , p. p. dc Tcavisar ; adj.
tornado a avisar; mais que avisado.
REAViSAR, V. o. [re pref.) tornar a avi-
sar, fazer scienle.
REBADiLHA. V. RabadUlia.
REBAIXADO, A p. p. de robaixar, adj.de-
priraido , «baii<lo.
reb\ixamento, s. m [mento suíT.) esta-
do rebaixado; o acto de rejaixar.
REBAIXAR, V. a [re pr^f.). deprimir, fa-
zer uiais baixo cavando, abatendo, em sen-
tido abs. abater se ; — se, v r. abater se.
REBAis, Cgeogr ) cidade de França ; 3 lé-
guas ao ^E. de Coulommiers ; 1,2UU ha-
bitantes.
REBAIXO, s. m. de pedreiro, abertura bai-
xa para dar sabida ás aguas da chuva on-
de ha muro que a embaraça.
REBALDio. V. Ribaldio,
hebmcca, (hist.) lillia de Bathuel, e es-
poza de Isaac, foi mài de £sau e de Ja-
cob.
BEB
REB
377
REBALSADO, A, p. p. àfí TehfihtíT- SB', adj .
cercado de balsas, represado por balseiros,
V. g. agua — . Charco — , (fig.) encharca-
do, V. g. almas onde estão —5 todos os vi-
cies.
REBANHAR. V. Arrebanhar.
REBANHO, s. m. (do Vasconço oberea, re-
banho.) dez, doze ou mais ovelhas, gado
lanígero ; (fig.) gente que segue alguém co-
mo o gado ao pasto. Um — de discipulos
que seguiam cegamente o mestre.
REBANQUio. V. Bibranquio.
REBÃo , s. m. piloto do estreito do mar
Roxo.
REBAPTiZAR, V. ã. tomar a baptizar.
REBARBA, s. f. a peça do engaste que se
vira sobre a pedra para a segurar. A — do
annel.
REBATAMENTO. V. RãptO, ExtãSe.
REBATAR. V. Arrebatar.
REBATE, s. m. {re pref., e bater.) assal-
to, incursão repentina ; signai com sino ,
caixa ; (fig.) susto. Dar — , tocar — ou a
— , alvoroçar, dar aviso do perigo. Ter — ,
noticia, aviso repentino. Tomar — , (p us.)
assuslar-se, receiar ataque ou perigo. — ,
ataque, tJ. g. — de febre. — , (phys.) reper-
cussão, repulsão, v. g. de corpo que rece-
beu choque. Os — s da pella. — , (raerc.)
desconto, r. g. — de leiras, papel-moeda.
De — , (loc. adv.) de repente.
REBATEDOR, s. m. pessoa que rebate le-
tras, papel-moeda, obrigações, apólices do
erário.
REBATER, V. a. [re pref.) repercutir, re-
pellir, rechaçar. — o golpe, a cutilada, a
estocada. — força coai força. — o inimigo.
— os esforços, o assalto. Os rochedos re-
batem as ondas. O mar rebate cascalho so-
bre a costa. — , (fig.) combater. — a accu-
sação, razões, refutar. — , repellir, v. g.
— os males, a peste. — , (merc.) descon-
tar, V. g. — letras de cambio, papel-moe-
da, apólices. — SE, V. r. recuar como re-
pellido.
REBATIDO, A , p. p. dc rebater ; repjelli-
do, repercutido, lançado. — , (merc.) des-
contado. Mesura — , mui baixa e profunda.
REBATIMENTO. V. Rebate.
REBATiNHA, s. f. Deitar dinheiro d — , a
gente junta, para cada um apanhar o que
puder. Vender ás — s, em concurso de mui-
tos compradores , que contendem sobre
quem comprará primeiro.
REBATiZAR. V. Rebaptizar.
REBATO, s. m. (ant.) Y. RebaH e Soleira
de porta. ' *' &ino) ív . t >?;
REBAXO, s. m. V. Rebaixo. '
REBEBER, D. tt tomar a beber.
REBECA , s. f. (V. Rabeca.) instrumento
musico de quatro cordas, que se ferem com
TeL. IV.
arco. — , enxergão de palha, cama de gen-
te pobre. — , (naut.) vela que vai atravessa-
da entre o mastro grande e o da popa.
REBEÇAR. V. Revessar, Vomitar.
REBEiJAR, V. a. [re pref.) tornar a hexia
jar.
REBEL. V. Rebelde.
REBELDE, udj . dos 2 g. (Lat. rebellis; re
pref., e bello. are, guerrear.) que faz re-
bellião. que se rebelloii ; (fig.) que não ce-
de, V. g. sezões — . Chaga — aos reme^
dios; indócil, v. ^. moço — ao ensino; pai-
xões— s á razão.
REBELDIA, s. f. (dcs. io.) a culpa de re-
belde, crime de rebellião ; (fig.) resistência,
V g. — da doença aos remédios. — do ven-
tre, difficuldade de ter evacuação alvina.
— de patrão, (dir. merc.) acto do patrão
contra os interesses do dono do navio.
REBELIM. V. RêVelim. !ii«f;i ,!
REBELLADO , A , /). p. do rebcllar ; adj,
sublevado ; excitado á rebellião. Os povos
que se tinham — .
REBELLADOR, A, 5. O quo excita á rcbcl-
lião.
REBELLÃo, adj. m. augmeni. de rebel ,
que não obedece á rédea (cavallo) ; que re-
siste á razão (pessoa) . ^i
REBELLAR, V. a. [rebel, ar des. inf.) ex-
citar rebellião. — os povos, osvassallos. —
SE, V. r. (mais us.) sublevar-se, v. g. —
contra o rei ; e (fig.) rebellarem-se as pai-
xões contra a razão ou á razão, resistirem-
Ihe, não lhe cederem. i
REBELLIÃO, s. f. (Lat. rebelHOf anis.) su-
blevação contra a autoridade suprema do es-
tado ; (fig.) a — das paixões, da sensuali-
dade contra a razão.
Syn. comp. Rebellião, revolução. Rebel'
Hão indica a desobediência e a sublevação;
revolução exprime a rebellião e a perfídia.
O rebelde levanta-se contra a autoridade
que o governa ; o revolucionário revolta-
se até contra a sociedade a que está intima-
mente unido. A rebellião tem um motivo
apparente ; que é a violência exercida pela
autoridade contra os cidadãos ; não ha mo-
tivo apparente na i-evoluçáo. O rebelde quer
subtrair-se ao poder ; o revolucionário quer
aniquila-lo. A rebellião faz resistência ; a
revolução leva a eífeito seus intentos. Aquel-
la sacode o jugo ; esta rompe-o, despeda-
ça-o.
REBELLioNAR, V. a. V. Rcbellur.
REBEM, adv. vulg. duas vez?s bem.
REBEH, s. m. (do Fr. raban, corda del-
gada.) o açoute de corda breada com que
o comitre castiga os remeiros, galeotes ou
forçados.
REBENTA-BOi, s. m. fructo da sylvama-n
cha, atropa belladona. , >•
95
378
REB
fM
REBiNTADO, Â, p. p. de rebentar; adj.
arrebentado.
REBENTÃO , s. m. augmeut. de rebento,
gomeleira, os rebentos ou filhos que reben-
tam do pé da arvore.
REBENTAR, V. a. V. Arrebentar.
REBENTAR , c. a. OU H. arrebentar, es-
tourar, estalar, romper com Ímpeto, iie-
benta a agua em flor, em cachão. — , bro-
tar : rebentam as arvores na primavera. — ,
romper : rebentou em blasphemias, inju-
rias. Rebentou a ira em vingança ; (fig.)
manifestar-se de repente com violência, ».
g. rebentou a guerra, a revolução.
REBENTINA OU REBENTINHA, S. f. (aOt.)
sobresallo, furor, assomo.
REBESBELHAR, (aiit.) \\ Reverberar.
REBETE. V. Ribete.
REBiCADO. V. Arrebicado.
fl. BIMBA, (ant.) V. Preguiça.
REBiQUE. V. Arrebique.
REBISCAR. V. Rebuscar.
REBITAR. V. Arrebitar.
REBITE , s. m. (de rebater.) a ponta do
cravo que o ferrador dobra sobre o casco,
e corta.
iiEBO , s. m. cascalho de pedras ou te-
lhas quebradas.
REBOCADO, A, p. p. de rebocar ; ad;". co-
berto com cal ou reboco.
REBOCADURA , s. f. (des. ura.) acção de
rebocar.
REBOCAR, V. a. colrir com cal para apla-
nar a superíicie, v. g. — a parede.
REBOCAR, V. a. (de ré, parte posterior, e
Cast. buque, navio,) puxar, levar á tôa, á
sirga. A galé que rebocava a náu.
REBOCO, 5. m. a cal com que se reboca.
REBOLADO, A, p. p. de rebolar, rabeado.
Faceteado ; adj. atacado de rebolo (a azei-
tona.
REBOLADO, s. m. labeadura, movimento
saracoteado bailando o londú, ou outras dan-
sas lascivas.
REBOLÃo, adj. m. (de rábula] (ant.) que
diz ou faz Tabularias ; fanfarrão.
REBOLAR, v.n. {rcbola, ar des. inf.) sara-
cotear, rabear, agitar as nádegas bailando o
londú ou outras dansas lascivas. -, ser ata-
cado de rebolo, doença das oliveiras, defi-
nhar-se a azeitona.
REBOLARIA, (aut.) Y. Rãbularia, Fanfar-
rice.
REBOLEAR-sE, V. r. remechcr-sc, revol-
ve r-se.
REBOLEIRA, *. f. [rtbolo, de amolar, des.
eira) teira ou lan.a que fica no fundo do co-
che onde anda o rebolo. — , nas matas, éa
parte amais hasta, amais cerrada, onde ha
menos claros. — , lanchão de castanheiro. £
coirupção de reboleira ou reboleiro.
REBOLEIRO, í. w. (rc prof., G Cast. bolea)
chocalho grande : — de arvore. V. Robolei^
ra.
REBOLIÇO, *. f. {re pref., eboliço) bulha
de gente inquieta em acção, bulício. Fa-
zer—.
REBOLiNDO, gerundío de
REBOLiR, V a. [re pref , e bolir) (vulg.)
agitar os quadris, saracotear; tornara bolír;
(fig.) rever, examinar de novo. Fazer algu-
ma cousa — , com muita presteza, depres-
sa Ir, vir, acodír — .
REBOLO, s. m. {re pref., e bola) pedra re-
donda que gyra sobre um veio dentro de um
coche com agua, em que se amolam instru-
mentos cortantes. — , doença da azeitona,
que se definha e se converte em grãos redon-
dos quasí sem caroço e privados de óleo.
REBOMBAR, V. n. {rebombo, voz imitativa)
soar como o echo do trovão ou de grande mas-
sa déagua cahindo em pego.
REBOMBO, s. m. (voz imitativa) echo de
som atreador, como o do trovão ou da» on-
das propelidas com força, e rebatido por pe-
nedos, rochas concavas, etc.
Inda o Mareio rebombo atroa os vallet,
BOCAGB.
da artilharia.
REBONissiMO, A, adj. superl, duas vezes
muito bom.
REBOQUE, s. m. [ré, aparte posterior de
embarcação, e Cat. buque, navio, ou do Fr.
bac, barca de passar nos) a toa ou sirga com
que se puxa o navio , o acto de rebocar. Dar
— , rebocar navio.
RÉBORA, s. f. (alterado de robora) (ant.)
revora ou robora, idade, —comprida, (ant.
jur.) idade completa que a lei requer para
o matrimonio ; é de quatorze annos para os
homens, e de doze para as fêmeas. — , do-
nativo que antigamente seéavapara obterá
confirmação de contracto emph}'teutico.
REBORADO, 5. m. (t. da Beira) (do Fr. ant.
rebourrer, alimpar, tirar a matéria crassa)
matéria deleicenço ou chaga, pus.
REBORAR, V. O. (aut.) Y. Roborav, Con-
firmar.
REBORDÃo, ÃA OU AN, adj. Castanheiro
— , bravo. Castanha rebordan, d'estes cas-
tanheiros, grossa e redonda.
REBORDÃos, (geogr.) considerável serrania
de Portugal, em Iraz-os-Jflonles, que come-
ça a légua e meia ao S. de Bragança, es-
tende-se parallela ao rio Fervecça, 1 légua
ao 0., e torna a voltar para o W.
REBORDOSA, (gcogr.) freguczia de Portu-
gal, no concelho de Penafiel ; 1 ,20t) habi-
tantes.
jREBOREDO, (geogr.) alta montanha sei vosa
REB
REC
379
que contém minas de ferro, junto a Mon-
corvo, em Portugal.
REBOTADO, A, p. p. dè rebotar ; udj. re-
pellido, rechaçado ; enfastiado, desalenta-
do.
REBOTALHO, s. m. (do Fr. rebut) fruta ou
fazenda de qualidade inferior que fica depois
de escolhida a melhor.
REBOTAR, V. O. (rc pref., o bolar ou em-
botar) embotar, dobrar o fio de instrumento
cortante, v. g. — afaça, espada, fouce. — ,
(fig.) rechaçar, repellir. — se, v. r. (do Fr.
se rehuter ; rad but, fim, alvo, objecto de
mira) (ant.) enfastiar-se, desalentar-se, ex.
«O toureiro não se exercite muito nos cavai-
los em que houver de tourear, por se não re-
botarem. » Galvão.
REBOLLET, (hist.) sabio ilaliauo nasceu
em i687, morreu em .752. Escreveu a
Jfistoriade Luiz XIV, a Historia de Cle-
mente XI, etc.
REBOUTA'HO. V. Rebotalko.
REBRAÇO, s m [ré, a parte traseira) (ant.)
aparte da armadura que cobria o braço do
meio d'elle para o hombro.
REBRAMADO, A, p.p. de Tcbramar ; adj.
retumbado, retumbante. Kchos, mugidos.
RKBBAHAR, V. 71. {ve prcf.) prolougar o bra-
mido, repetir o bramido, retumbar. As ca-
vernas rebramaram. O raio rebramando.
REBUÇAMENTE, adv. [mente suff.) com re-
buço, disfarce.
REBUÇADO, A, p. p. de rcbuçar ; adj. bem
embuçado ; (fig.) encoberto, disfarçado. V.
Embuçado
REBUÇADO, s m. honTO«i muito embuça
do em capote, com a cara escondida. — s,
pellotas de açúcar embrulhadas em papel.
REBUÇAR, V. a [rebuço ar des. inf.) co-
brir com rebuço, o rosto, a cabeça; (fig.)
ennobrir, dissimular, disfarçar : — a mentira,
a injuria, o crime, o ciúme. — se, tj. r. em-
buçar-se bem ; (fig.) dissimular, disfarçar-
se.
REBUÇO, s. m. (V Embuçar) peça de co-
brir o rosto ou parte d'elltí. Carapuça de — ,
que tem abas com que cobre o rosto. — , a
parte da capa com que se embuça o rosto. — ,
(fig.) dissimulação, disfarce. Cair o — , a
mascara. Mulher de — , embuçada, prosti-
tuta.
REBUSCA, s. f. o acto de tornar a buscar;
indagação cuidadosa; rabisca de vinha.
REBUSCADO, A, p. p. dc rcbuscaf ; adj tor-
nado a buscar, a indagar.
REBUSCAM, V, a. (rcpref.) tornar a buscar,
indagar de novo ; revolver na memoria. — a
vinha, dar busca ás uvas que os vindimado-
res deixaram por descuido.
REBUSCO, s. m. T. Rebusca.
REBUSNAR. V. Zurra.
recabdar; (ant ) V. Recadar, Arreca-
dar.
RECABDO, (ant.) \. Recado, Conta; e Re-
cebimento de esposa.
recabedar. (ant ) V. Arrecadar.
RECABEDO, s. m. (ant.) V. Arrecadação,
Caução, Segurança.
RECABITO. (ant ) V. Recabdo, Recado.
RECACHADO, A, p. p. de recachar; adj.
entonado. V. Recachar e Recachar-se.
recaChar. t). n e — se, r. r. responder
com cacho, entonar-se « quando estas
damas me cachão, então — . » Camões An-
fitr.
recachar, o. a. levantar, v. g — a es-
pada.
RECACHI0. V. Recacho.
RECACUO, s. m. [re prpf. e cacho, do pes-
coço) o entono do coUo ; o que cobre, em-
buça a cabeça ou os hombros
RECADAÇÃo, s. f. arrocadação ; rol, n)e-
morial, diligencias para arrecadar ; custodia,
prisão. V. Arrecadação.
recadado. V. Arrecado.
recadador. V. Arrecadador.
recadar V. Arrecadar e Prender.
recadista, s. m pessoa que faz reca-
dos
ntCADO, s. m. (do Ital. recarc, trazer, le-
var) mandado, messagem. Levar — s. Moço
de — s. Pagarei a seu — , á ordem da pes-
soa. Dé'lhê muito-t — s da minha parte,
lembranças. — s, reprehensões. Este comer
manda — s á bocca, (loc. famil ) é indigesto,
causa arrotos.
RECADO, s. m. (V. Reeato, Recatar] cau-
tela, segurança. Pôr a — ou a bom — . Pôr-
se a — , acautelar-se. Obrar com — , com
tento, prudência. Agran — , em cobro, em
lugar seguro. Andar a — , acautelado, com
vigilância. Mão — , damno, máu êxito Dar
— , dar conta, caução fiança, responder
por, V g. «. ~ & Deus da jusiiça que não
fez » Ord. .^ffons. — , (ant ) recibo, clare-
za ; provisão do necessário. « Vos dará todo
o — para a fundação da igreja. » Cunha.
REÇAGA, s. f. (ant.) (doCast zaga, carga
que se põe nas ancas de besta) \. Retaguar-
da.
RECAHiDA, s. f (subst. da des. f de reca-
hido) o acto de tornar a cahir na mesma cul-
pa ; repetição de doença. Teve uma — . As
—s são perigosas.
RECAHiDiço, A, adj (dcs. frcqueut. iço)
sujeito a recahir na culpa; — nos appeti-
tes, no crime, nos maus hábitos.
RECAHmo, A, p. p. de recahir ; adj. que
recahio, v. g. — em culpa. Doente — , em
doença.
RECAHiMENTO, s. m. [mcnto suíT.) acção de
recahir, reincidência em culpa.
95 *
380
'm
RÈC
RECAHiR, V. n. [re pref.) tornar a cahir,
reincidir : — em culpa, vicio ; ter recahida
de doença. — , carregar sobre. Recahiram
em mim os trabalhos, as despezas, os cuida-
dos. A culpa reca/iird sobre o autor do con-
selho.
RECAIA, (ant.) V. Ressaca.
RECAIR. V. Recahir.
RECALCADAMENTE, adv. [meníe suíT.) bem
cheio e calcado.
RECALCADO, A, p. p. de recalcar ; adj. cal-
cado de novo ; (fig.) peitos — s de dobrez e
malicia.
RECAI CADURA, s. f. (des. ura) acto de re-
calcar.
RECALCAR, ». tt. [re pref.) calcar ás cama-
das, V. g. — o açúcar nas caixas; a lã, o
algodão nas sacas, a pólvora nos barris.
becalçar, V. a. (re pref.) tornar a calçar,
V. g. — as ruas.
RECALCITRADO, A, j9. /). de recalcitrar ; adj.
resistido, desobedecido com resistência.
RECALCITRANTE, adj. dos 2 g . (Lat. recal-
citrans, tis, p. a. de recalcitro, are) que re-
calcitra, que desobedece resistindo.
RECALCITRAR, V. n. [L&t. recalcitr O, are,
re pref., ecalciíro, are, escoucear ; rad. calx
icis, calcanhar) escoucear ; (fig.) resistir des-
obedecendo.
RECAMADO, A, p. p. dc recamar ; adj, bor-
dado de realce. Boupas — *. O manto da noi-
te — de estrellas.
RECAMAR, V. a. [liú. ricam are] bordar de
relevo, relevar com bordaduras.
RECAMARA, s. f. [ré, parte traseira) cama-
rá interior qUe fica por detrás do quarto,
guarda-roupa ; roupa, apparelho de serviço;
— de ouro, — de jóias. 1
RECAMBIADO, A, p. p. de recambiar ; adj
feito segundo cambio ou troca ; accrescenta-
do novo idteresse ao cambio; enviado á pes-
soa que remetteu, v. g. letra de cambio não
aceita.
RECAMBIAR, V. r. [rccambio, ar des inf.)
fazer segundo cambio ou troca ; accrescen-
tar novo interesse ao cambio ; enviar letra
não aceita a quem a remettera, ou fazenda,
cousa que não convém.
RECAMBIO, s. m. (repref. e cambio) segun-
do cambio, outrora ; usura accrescentada ao
interesse do cambio nas letras ; remessa de
letra não aceiía ou não paga; adespezado
protesto da letra eda remessa, e o interesse
da não paga. ''\ V" • ",r,iH.
RECAMO, s. m. (Ital, ricamo) bordado, la-
vor de realce.
RECANATi , (geogr.) fíecinctum, cidade
murada» dos Estados Ecclesiasticos , légua
e meia ao SO. de Loreto '. 4.000 habitan-
tes.
BiÇAKFONiWAB. V. Resatifoninar.
réCantação, s. s. (Lat. recantatio, ònú),
retractação publica.
RECANTAR, V. a. (Lat. recanto, are), re-
tractar publicamente ; — os seus erros, re-
tractai-os.
RECANTO, s. m. [re, atras), canto recôn-
dito, lugar retirado. — s, escondrijos ; (fig.)
— do coração, sentimentos occultos.
REÇÃo. V. Ração.
RECAPACtTADO, A, p. p. de Hicapacitar, adj.
tornado a capacitar.
RECAPACiTAR, V, a. [rc pref.), tornar a
capacitar, a persuadir. — se, «. r. tornar
a capecitar-se, tornar a reflectir em algum
assumpto para o fixar na memoria.
RECÁPiTo, (ant.) V. Recado, Messagem.
RECAPiTULAçÃo, s. f. acto de recapitular,
repetição resumida, resumo.
RECAPITULADO , K , p. p. de recapitular
adj. repetido resumidamente*
RECAPITULAR , t. a. [rc pref ), resumir,
compendiar a narração, argumento.
RECARDÃEs, (gcogr.) villa de Portugal, si-
tuada a 3 léguas a E. de Aveiro, junto ao
rio Couto ; o seu concelho tem 1,770 ha-
bitantes.
RECAREDO I, (hist.) O CathoUco, rei dos
Wisigodos d'flispanha , reinou desde 386
até 601. RecaredoII, filho de Sisebut, rei-
nou desde o anno 620, ató 621.
RECARGA, s. f. O acto de tornar a car- .
regar o que se tinha descarregado, v. g\^
— do navio.
RECATA, s. f. [re pref. , e caía, busca),
segunda busca, v. g. — no cascalho, —
nas faisqueiras ; — nos papeis, aponta-
[ mentos. Dar ou fazer uma — , dar busca.
I RECATADO, A, p p. de rccatar, adj. acau-^
telado; posto em recato, precatado, v. g, ,'
Homem — . Moça — .
RECATAR, V. a. [re pref. , e cauto , ar
des. inf.), pôr em recato, guardar, acau-
telar. V. g. — as filhas de conversações
perigosas. — se , o r. acautelar-se , pre-
catar-se ; v. g. — do inimigo, de enga-
ganos.
RECATO, s. m. (V. Recatar), cautella pru-
dente para evitar engano, v. g Vive esta
mulher com — . A bom — , guardado em
lugar seguro.
RECAVEM s. m. [re atras), a parte tra-
seira do leito de carro.
RECAYo, s. m. ant. e de significação in-
certa. « Pola quebrada [o AU&nge de San-
taremj nom se podia haver entrada a ho
lugar se nomporrecayos. » Galvão, Chron.,
cap. 23. Talvez venha do Fr. ant. en rc-
caler, por caminhos desviados.
RECEADO. V. Receiado.
RECEANÇA, s. f V. Rcceio.
RECEAR e deriv. V. Receiar.
REC
msc
381
RECEBEDO, (ant ) V. Recibo, Quitação.
RECEBEDOR, s. w. cobradof , arrecada-
dor.
RECEBEDORIA , s. f. (des. ia), offioio de
recebedor ; casa, escriptorio ondo se rece-
be O pagamento de rendas, sizas, etc.
RECEBENTE, adj . dos 9,g. usado ant. co-
mo p. a. dô receber ; que recebe. « Notá-
rio publico recebente a dita promessa. »
Leão, Chron. Affons. Hoje he desusado.
RECEBER, V. a. (Lat. recipio, ere ; re pref.,
e capio, ere, tomar), oqne alguém nos dá,
envia, oíTerece em pagamento, nos confia
para guardar ou para outro qualquer desti-
no. V. g. Recebi o presente, a dádiva, o
pagamento, as fazendas, os géneros, a le-
tra de cambio, a carta, a noticia. — mer-
cê, favor, premio. — saúde o doente, re-
cobral-a. — furtos em casa, ser recepta-
dor d'elles. — alguém, v. g. — com agra-
do, com mostras de amizade; — alguém
uma descarga de artelheria , ou — o
ataque com a lança em rosto,, — soffrer,
V. g, — damno, injuria. — , celebrar ma-
trimonio. O cura recebeu os noivos. Rece-
beu por mulher. Receberam-se. — os em-
bargos, a appellação, no foro , admittir.
— lei, uso, costume, adoptar.
Syn. comp. Receber, acceitar. Recebemos
o que nos dão, nos enviam, ou vem a nós;
acceitâmos o que nos offerecem, ou nos pro-
põem.
Recebem-se graças ; acceitam-se serviços,
obséquios. Recebemos de bom ou máu gra-
do ; acceitâmos com agrado eboa sombra.
Receber exclue simplesmente a negativa
ou acto de recusar. Acceitar parece indicar
um consentimento ou uma approvação mais
expressa. Deve o homem moslrar-se agra-
decido aos benefícios que recebeu. Não se
deve desprezar nunca o que se acceitou.
Syn. comp. Receber, tomar. Receber óa
acção formal com que acceitâmos, ou ha-
vemos o que se nos dá. Tomar é a acção
material com que nos apoderámos de uma
cousa. Recebe-se do amigo o presente ou mi-
mo que nos manda, e íowa-se materialmen-
te da mão do criado que o traz.
Também ha outra diííerença entre estes
dous verbos, e vem a ser, que para tomar
basta a vontade e acção do que toma; po-
rém para receber não basta a vontade e ac-
ção do que recebe, porque necessita-se tam-
bém que concorra a vontade e acção do que
dá. «Não posso receber o que não me dão,
porém posso toma-lo, » assim que, o que
furta toma, e não recebe.
RECEBIDO, A, p. p. de receber, adj.,
adoptado, v. g costume — . os noioos — s,
casados. V. Receber.
RECEBIMENTO, s. m. {meuto suH.), acto
VOL. IV.
do receber, ou de ser recebido ; casamen-
to dos noivos: recepção, v. g. — appara^
toso . /
RECEBONDO, A, adj. (des. do p. fut. Lat.
em undus), (ant.) capaz de ser recebido em
pagamento.
RECECEAR ou antes recbnckar. V. Recen-
sear.
RECEiADO, A, p. p. de foceiar, adj. te-
mido, que receia. « Ficou sempre tão sus-
peitoso, e receiado de vós. » Galvão, Chron.,
cap. 8.
RECEiANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. ans, tis), que receia. He antiq.
RECEiAR, V. a. (do Lat. recedo, ere, re-
cuar; re, contracção de retro, atras, e ce-
do , ere , ceder) , temer perigo presen-
te ou remoto; v. g. receio mau êxito, ou
que o negocio tenha maus resultados. Receio-
Ihe grandes trabalhos, desgostos. — se, v.
r. ter receio, temer-se.
RECEIO, s. m. susto, temop; v. g. Ter
— , receiar.
RECEioso, A, adj. (des. oso), cheio de
receio.
RECEITA^ s. f. (de receber], o acto de re-
ceber dinheiro; o diiheiro, as rendas rece-
bidas para despender, v. g. A — e a des-
peza. Livro de carregar em — a alguém,
assentar nos livros mercantis ou de arre-
cadação. — , preparação pharmaoeutica or-
denada e prescripta pelo medico, formula
e methodo para fazer tintas, licores, ou ou-
tra composição.
RECEITADO, A, p. p. de receitar ; adj.
prescripto pelo medico ; lançado em recei-
ta
RECEITAR, V. a. [rcceita, ar, des. inf.),
(p. us.), prescrever medicamento ; lançar
em receita, ou no livro de receita.
RECBiTARTo, s. t». arame ou cordel em
que os boticários enfião as receitas.
RECEITUÁRIO, s. w. livro de formulas de
medicamentos, as p rescripções do medico
no decurso do tratamento de uma doen-
ça.
RiCEM, adv. (do Lat. recenSy recente) ,
recentemente, ha pouco tempo. Usa-se co-
mo prefixo em muitos vocábulos, v. g. —
nascido.
RECEM-coNVERiiDO, A, adj. converlido re-
centemente. M)i:l , lõ , 1 • . »
RECEM-DEFUNTO, A adj. morto de pouco.
RECEM-NASCiDO, A, adj, nascido de pou-
co.
RECENDENTE, adj. dos t g. y, Rescen-
dente.
RECENDER. V.- Rêscendcr.
RECENHAR. V. Rcscnharl
RECENNAR, XL. a. (de douradoí), cobrir
com pedacinhos de ouro ou prata batida ai.
96 '
382
REC
MM
partes onde ficou falta da primeira vez a
peça se cobriu; (fig.) eacobrir.
RECENNASCiDO, V. Recem-nascido.
RRCENSEADo, A, p. p. de recenscar, ad/.,
revisto, cotejado, contado.
RECENSEADOR, s. m. O que recensea.
RECENSEAMENTO, S. W {mentO Sufif.), O
acto de recensear, censo estatistico.
RECENSEAR, tj. a. {L&í. rccenseo, ere, re
pref., e censeo, ere, julgar), rever, cotejar
as contas, fazer alistamento, resenha, v. g.
— a tropa ; contar, — entre o numero dos
santos.
RECENSEIO. V. Recenseamento.
RECENTAL, s. m. [recente, des. ai), cor-
deiro de três ou quatro mezes que nasce
por abril e maio.
i- RECENTE, adj. dos S. g. recens, tis, do
QiT. kainôs, novo, recente, de kuein, con-
ceber, empenhar), novo, de pouco tempo.
RECENTEMENTE , adv. {mente suff ) , de
pouco tempo, proximamente.
RECENTILO, RECENTIR-SE « deHv. V. Res-
sentir-s9.
RECEO. V. Receio.
RECEOSO. V. Receioso.
RECEPÇÃO, s. f. (Lat. receptio , onis), o
acto de receber, acolhimento, v. g Fez-
nos uma amigável — .
RECKPTACULO, s. m. (Lat. receptaculum) ,
lugar onde se recolhe pessoa ou cousa. v.
g. As cavernas eram — de feras, de sal-
teadores.
RECEPTADOR, s. f. (Lat. reccptator), o
que recolhe, guarda e esconde em sua ca-
sa objectos roubados.
RECEpTiVEL , adj. dos 2 g. (des. ivel).
admissivel'. v. g Embargos, razões recepti-
veis.
RECEPTIVO, A, adj. (des. ivo], (p. us.),
que recebe, capaz de receber.
RECEPTOR, s. m (Lat.), (p. us.), recebe-
dor, thesoureiro.
RECESSO, s- m. (Lat. re^essus), lugar re-
moto, retiro ; (aslr), apartamento do astro,
V. g. — do sol, o apartar-se da terra.
RKCETÁCULO. V. Receptaculo.
RECHÃ, s. f. (re pref. , e chan), (ant),
planicie, campo. Menezes, llist de Tanger
RÉCHABiTAS, (hist.) seita judaica, funda-
da por Jonadab. filho de tteebab. Ferten-
diam observar rigorozamente a lei dô Ittoi-
sés.
RECHAÇADO, A, /?. p. de pechaçar, adj.,
repellido.
RECHAÇAR, tJ. tt. (do Ff. Ttchasser), re-
pellir, rebater, v. g. — a pella, as balas,
o inimigo ; (fig.) — o dito, a zombaria,
alguém na cara, dando resposta picante;
— a conservaçáo, (ívital-acom mi respos-
U.
RKCHAço, s. m. repu'são, acção de re-
chaçar, rebater; t. g. — dapftUa, das bai-
las. — , (6g.) estorvo do progresso, repulsa.
— s, da fortuna, contrariedades. — , (ig ),
resposta ou replica com que alguém fica
atrapalhado, enleado , retruque, revirete.
— , espécie de dansa.
RECBANO, s. m, [re pref., do Fr. ant.
réer, ou raire, arrasar, e chão), (ant., pla-
nicie, chan em altura, no oimode monto,
RKCHATAS, V. Regatas.
RECHEADAMENTE, ãdv. [menlC Suff.j, COfli
recheio.
RECHEADO, A, />. p. de rechear , adj.
cheio de picado ou recheio ; (fig.) que pos-
sue em grande copia : v. g. — de dinhei-
ro.
RECHEADURA, S. f. V. Rccheio.
RECHEAR, V. a. {re pref., chéo, ar des.
inf.j, encher de picado ou recheio o inte-
rior, V. g. de peru, galinha ; (fig.) encher
muito, X). g. — de palavras o discurso.
— SE, V. r. encher-se de comida, bebida,
(fig.) de fazendas, provisões, riquezas, de
noticias, de conhecimentos, erudição.
RECHECO, s. m. (do Fr. ant rechet, lu-
gar de refugio), (de caça), lugar escondido
entre junco ou hervas para espreitar as
adens.
RECHEO ou RECHEIO, s. m. {re pref., e
cheio), picado ou massa de que se enche a
barriga de gallinha, perií, leitão ou pei-
xe, assado ou frito, ou com que se enchem
paios, chouriços, pepinos, empadas, etc.
(fig.) grande quantidade, v. g. — de fa-
zendas, mercadorias, géneros ; — das lo-
ges. Casa que tinha grande — móveis, pro-
visões, riquezas.
RECHicouRT-LE-CHATEAU. ( gcogr. )i cidade
de França, 4 léguas ao SO. de Sarzebur-
go ; 9 JO habitantes.
REGHiNANTE, ttdj . dos% g. (des. do p. a.
Lat. ans, tis), que range, faz estridor.
RECHiNAR, V. H. (do Fr. rèche, ou rache,
áspero, e rechigner, dar um som áspero),
ranger, fazer um estridor ', v. g. — o ferro
em brasa mettido ena agua. P. p. Rechi-
nado.
RECHiNO, s. m. rangido, estridor, som
áspero, v. g. O — da voz, do ferro era
brasa mettido em agua, — da setta.
RECHONCHUDO, A, adj. (de recheio des.
chudo, do Fr. chou, couve), (chuloj, mui
gordo.
RECHT, (geogr.) grande cidade do Iran^
capital da província de (ihilan ; a 2 léguas
e meia da bahia d'Inzellí; 60,000 habi-
tantes.
RBCiARTO, s. m. (Lat. retiarius, de retis,
rede), gladiador que combatia com rede em
que procurava invicrfrer o adversário.
REC
WC
389
R^CTBO, s. m. escripto em qu9 alguém re-
conhece ter recebido diaheipo oa outro va-
lor, por conta própria ou alheia. Dar, pas-
sar, exiíçir, assignar — .
RECIFE, s. m. (V. Arrecife.) lanço de pe-
nedia ao loníço da costa.
RECIFE, fgeogrj cidade rica, grande ede
muito trato, capital da provincia de Per-
nambuco, no Brazil ; 38,000 habitantes.
RECiFoso, A, adj. (des. oso.) que tem re-
cifes. Posto—. Praias—*.
RECiNDiR. V- Rescindir.
RECINTO, s. m. {re pref., atrás, ecinío)
espaço coraprehendido dentro de certos li-
mites, área cingida, circuito.
RECio. s. m. Duarte Nunes de Leão dix
que assim se deve escrever rocio, praça.
Com effeito parece ser contracção de re
cinto. V. Rocio.
RéciPE, s. m. (do Lat. r«ctp«, toma.) re-
ceita de medico.
RECIPIENTE, s. m. fdo Lat. recipicns, tis,
p. a. do rscipere, receber; re, e capio ,
ere, tomar.) vaso chinoico que recebe im-
mediatamente o liquido destillado ou filtra-
do. — , manga de vidro fechada namachi-
na pneumática em que se introduzem cor-
pos sobre os qua^s se experimenta o eífei-
to da abstracção do ar.
RECiPROCAÇÃo, s. f. (Lat. reciprêcatio ,
onis.) mutua correspondência, reciprocida-
de, correspondência de deveres.
RECIPROCADO, A, p. p de reciprocar; adj.
coramunicado mutuamente, feito com reci-
procidade.
RECIPROCAMENTE , adv. [mente suff.) com
reciprocidade.
RECIPROCAR, V. a. (Lat. reciproco, are.)
communicar mutuamente, v. g. — as pe-
nas, os abraços. « Reciprocando as vidas
▼iviam um no outro. » Vieira. — se, v. r.
communicar-se mutuamente, com recipro-
cidade Reciprocam-se os interesses, as pe-
nas, os serviços.
RECIPROCIDADE, s. f. (dcs. idãdc, da Lat.
itas^ tis.) acção reciproca, correspondência
mutua.
RECIPROCO, A, adj. (Lat. reciprocus, de
recipio, ere, receber ,• re pref. , capere, to-
mar, e procor, ari, requestar.) que tem
mutua correspondência. Amor — , corres-
pondido por ambos os amantes. Alliança,
cartas — s Espelhos — s, que se correspon-
dem, postos em face um do outro Terrros
— , V. ff. homem, e animal racional. Pro-
nome— , o que indica reciprocidade; me,
se, te, nos, etc. Verho — , o que exprime
acção reciproca pntre duas pessoas, ani-
maes ou cousas, ou entre a vontade de uma
pessoa e o seu próprio individuo, v. g.
muito se querem os dois amantes. Ge dois
amigos concertaram -se. Os aaimaes prote-
gem-se mutuamente. Matou-se com a espa-
da. 4s particulas dos corpis attrahem -se mu-
tuamente.
RBCisÃo, s. f. (Lat. recisio, onis, corte,
amputação.) (fig.) rescisSo, annuUaçào, v.
g. — de sentença.
RECITAÇÃO, *. f (Lat. recitatio, onis.) o
acto de recitar papel d? drama, e particu^-
larmente de drama musico.
RECITADO, A, p. p. de reoitar; adj. dito,
cantado ou lido em voz alta. O —, recita-
tivo de drama musico.
RECITADOR, A, s. dos 2 flf. a pessoa qu«
recita.
RECITAR, V. a. (Lat. recito, ar«;rc pref.,
e cito, are, citar ) dizer, ler, referirem voz
alta, repetir o recitativo nos dramas musir
cos, declamar — , contar, narrar. — uma
tragedia, ode. Este actor recita o seu pa-
pel com a maior energia.
RECITATIVO, s. m. declamação modulada
com acompanh^ímento musico.
RKCKENITZ, (geogr.) rio de 4llemanha, en-
tre o grin-ducado de Meckleraburgo-Sche-
werin e a regência prussiana de Stralsund.
RECKLiNGHAUSEN, (tçeogr.) cidadc da Rús-
sia, a 7 léguas ao NO* deOortmund; 5,SO0
habitantes.
RECLAMAÇÃO, s. f. O acto de reclamar. As
reclamações das partes lesadas.
RECLAMADO, A, p. p. de reclamar ; adj.
que se reclamou, que reclamou.
RECLAMADO, (ant.) V. Rccramado, e Re-
camado .
RSCLAMADOR, A, s. pessoa quo reclama.
RECLAMANTE, s. dos ig {\.&t. rcclamans,
tis, p. a. de reclamo, ars.) pessoa que re-
clama.
RECLAMAR, V. ã. ou H. (Lat. rcclamo ,
are', re pref., e clamo, are, clamar, repe-
tir o cla-nor, protestar contra.) resoar; cha-
mar-se ias aves), chamar de uma arvore por
outra. Reclama o ecco, resòa. — , protestar
contra, pronunciar-se contra alguma deci-
são injusta, resistir, oppôr-se. « Reclama'
vam as mais ao mandado com lagrimas. »
Arraes.
RECLAMAR, V. a. chamar com 0 rcclamo ;
pedir, exigir o que nos tomaram injusta-
mente, V. g o arbitramento se pode — até
um anno. » Ordenação. Rwlamou a preza
feita pelo corsário. — , (fig.) convidar en-
ganosamente como se faz aos pássaros com
reclamo ou negaça. « As honras quaes ne-
gaças nos reclamam. »
O senhor D. Francisco de São Luiz no
seu Glossário reprova como gallieismo re-
prehensivel o us© deste verbo, na accepção
de invocar, implorar, v. g. — a justiça, a
autor davle das leis, o testemunho, e iM,d«
96 «
m
REC
REO)
demandar, exigir, v. g. — toda a attenção.
A pezar desta autoridade não vejo razão pa-
ra rejeitar as accepções hoje mui usuaes de
reclamar, e que são conformes ao sentido
do Port. clamar, Lat. clamare. Confesso
que é gallicismo, como o são tantos termos
6 locuções as mais antigas da lingua, e por
certo vale mais que muitas usadas pelos
clássicos. Reclamar nas accepções reprova-
das parece-me excellente e não é supprido
pelos synonymos apontados. Reclamar, exi-
gir imperiosamente ou como cousa de di-
reito. Neste sentido porque não diremos,
V. g. reclamo o pagamento, a intervenção
da autoridade; e esta matéria, esta investi-
gação reclama toda a attenção?
RECLAMAR, (ant.) V. Recramar, e Reca-
mar.
RECLAMO , s. m. Ave ensinada que cha-
ma cantando as outras para os laços ou re-
des ; assobio com que o caçador chama as
aves imitando o seu canto ; (fig.) cousa que
attrae, convida. Acodir ao -^, ao chama-
mento, á chamada. O homem venal acode
ao — do interesse. — , ecco. Sero — da re-
putação de alguém. — , chamada, no fim
da pagina. V. Chamada.
RECLAMO, s. m. (ant.) ornato dos vestidos
antigos, V. Recramo.
RECLiNAçÃo, s. f. situação reclinada, in-
clinada.
RECLINADO , A , jo. p. de recUnar ; adj.
recostado, deitado, v. g. — sobre o cotove-
lo, sobre o leito.
RECLINAR, V. a. abaixar, encostar, v. g.
— a cabeça, o corpo.
RECLiNATORio, s. m. (des. ório.) almofa-
da, ou travesseiro de descansar a cabeça na
cama.
RECLUiR. V. Encerrar, Clausurar.
RECLUSÃO, s. f. encerramento, clausura,
estado de pessoa reclusa.
RECLUSO, A, adj. (do Lat. clusus, fecha-
do.) preso, encarcerado ; recolhido em con-
vento ; emparedado- Em Lat. reclusus si-
gnifica de ordinário patente, aberto, e raras
vezes clausurado.
RECLUTA, reclutar. V. Recruttt, Recru-
tar,
RÉCOA. V. Recova.
reçoar, V. a. (do ¥r.raçonner.)\. Res-
gatar do cativeiro.
RECOBRADO , A , p. j?. de Tccobrar ; adj.
recuperado,
recobramento, s. m. V. Recuperação.
RECOBRAR, V. a. [rc pref., e cobrar,) tor-
nar a cobrar, recuperar o perdido, v. g.
— o reino, a fazenda, a saúde, as forças,
o animo, o alento, osomno.
RECOBRO, s. m. o acto de recobrar, re-
euperação.
RECOceiLHADO, A, adj (do Cast. cuchillo^
cutelo.) (ant.) acutilado segunda vez; (íig.j ,
escarmentado. -r^.i
RECOCTO. V. Recozido, Requeimado,
REÇOEiRO. V. Raçoeiro.
REÇÕES, s. f. (ant.) V. Resgates, Razò$s.
reCoitar , V. a. (p. us.) Y. Requeimar,
Abrandar ao fogo, Recozer.
RECOiTO , (ant.) V. Requeimado, RecO'
zido.
recolegir. V. Recolher, Compilar.
REcoLEiçÃo. V. Recollecfão.
REC0LETA, s. f. (do Fr. r^coZ/cí.) casa re-
ligiosa reformada ; (fig.) reforma de vida.
RECOLETO, adj. m. ou s. m. (do Fr. ré-
collet.) religioso reformado.
RECOLHEDOR , A , s. & pessoa que reco-
lhe.
RECOLHEiTO, (ant.) V. Recolhido.
RECOLHER, V. tt. (Fr. recueilHr, do Lat.
recollego, eie; re pref., atrás, e collige-
re, colher, ajuntar.) colligir, apanhar e guar-
dar, V. g. a novidade, a fruta, a fazenda no
armazém, o producto da pesca. — peixe na
rede, apanhar, colher; (fig.) — noticias di-
versas. — ar, tomar a respiração. Semear e
— os fructos — a gente, a tropa, chama-
la, faze-la entrar nos quartéis. — d cadeia,
prender. — o gado nos curraes. — , (íig.) in-
ferir, deduzir, colher. V. Colher. O barco
recolhia a agua, recebia. — os Uvros que
corriam, supprimir. — , (de acolher), aco-
lher, agasalhar, v. g. — os fugitivos, os via-
jantes ; — em amizade ; — alguém. — a si,
tomar ao seu serviço. — nos braços, aco-
lher.— , colher, apanhar, v. g. — as ve-
las ; — os cabellos em rede. — a rédea, co-
lhe-la, encurta-la ; encolher. « O pó que
tem no mar, a si recolhe, » Camões, Lus.
V, 22. - - a menor espaço, estreitar. — a
pratica, (fig.) encurtar. — , estreitar. « O cães
alarga contra o rio, e logo reco //i« outra vez
para a terra. » Vida do Arceb. Tocara — ,
(phraz. milit.) fazer o signal para os solda-
dos voltarem aos quartéis — se, v. r. vol-
tar a casa, á morada, á habitação, aos quar-
téis ; relirar-se á camará de dormir, ir-se.
— no escudo, (ant.) cobrir-se com elle. Re-
colhe-se o caracol na sua concha. — se,
(fig.) cessar de fallar, meditando. — em si;
— a alma comsigo. — o homem dentro em
si, reflectir, meditar, ponderar. — com Deus,
meditando nelle profundamente. — se ao pro-
pósito, voltar, cingir-se.
RECOLHIDA, s. f. aclo de recolher, retirar;
retirada de tropa aos quartéis ou ao campo.
RECOLHIDAS , s. f. (subst. dc rccolhido^
adj.) mulheres que vivem reclusas, em clau-
sura.
RECOLHIDO , k , p. p. de recolher; adj.
tulhido, apanhado ; colhido ; retirado. —
RBGlH
REC
em cadeia, preso. — gw» seus olhos , (lig.)
modesto. V. o verbo Recolher.
RECOLHIDO, A, s. homom ou mulher que
vive em clausura, recolhimento.
RECOLHIMENTO, s. 1». [mento suff.)oacto
de recolher ou de se recolher ; lugar onde
se recolhe ou guarda alguma cousa. — , co-
Ihimento, colheita, v. g. — dos fructos, —
da tropa, retirada. — , casa religiosa de clau-
sura, e retiro para homens ou mulheres sem
votos religiosos. — , encerramento , retiro,
vida retirada. — , abrigo, refugio. — do es-
pirito, estado de meditação.
RECOLHO, (ant.) V. Recolhimento.
RECOLHO, s. m. (do Cast resollar, respi-
rar.) (ant.) resfolgo, respiração forte. Os — s
da baleia, com que ella roja agua para o ar.
RECOLLKCçÃo , s. f. vida recoleta ; casa
de recoletos.
RKCOMER. V. Ruminar ou Rumiar.
RECOMiuo. V. Ruminad».
RECOMMiNDAÇÃo, s f. aclo de recommen-
dar, termos com que se recommenda al-
guém. Cartas de — , a favor de alguém. — ,
qualidade que faz recommendavel. Recom-
mendações, lembranças que se mandam a
alguém, expressões de amizade.
RicoMMENDADO, A, p. p. de recommeudar;
ndj. protegido, a favor de quem se deu re-
commendação , encarregado. Tinha-lhe— o
segredo; tmha-lhe — o afilhado. — na ca-
deva, embargado nella por causa diversa da-
quella por que estava preso.
RECOMMENDADOR , s. w. O que recom-
menda.
RECOMMENDAR, «. a. [rc prcf., e Lat. com-
mendo, are.) encommendar, encarregar al-
guma cousa a alguém, v. g. — o negocio,
o segredo, celeridade. — uma pessoa a ou-
tra, enculca-la como digna de favor, mer-
cê ; pedir que seja tratada com favor, bom
agasalho, ou que seja auxiliada nas suas
pretenções, — , aconselhat o uso como pro-
veitoso, V. g . os médicos recommendam a
dieta nas doenças febris, a quina contra as
febres intermittentes ; o exercício. Recom-
mendei-lhe a lição dos clássicos, o estudo da
geometria. — se, v. r. ser attendivel, me-
recer distincção, favor. Este sujeito r«cow-
menda-se pelas suas boas qualidades, pelo
saber, engenho e modéstia.
recompensa, s. f. compensação, satisfa-
ção ; emenda, indemnisação ; remuneração,
premio, gratificação, retribuição de serviço
feito, de beneficio recebido por quem re-
munera. Dar, conceder — s. — , (p. us.) com-
pensação, encontro de dividas.
RECOMPKNSAÇÃo , s. f. compensação, in-
demnisação.
RECOMPENSADO, A, f>. p. de recompeosar;
adj. compensado, índemoisado ; remunera-
VOL. IV.
do; (fig.) correspondido. Amor mal — .Ser-
viços mal — , remunerados Beneficio mal — .
RECOMPENSADOR, s. m. pessoR quo fecom-
pensa.
RECOMPENSAMENTO , s. wt. (ant.) recom-
pensa, remuneração.
RECOMPENSAR, V. a [rc prcf., e compen-
sar.) compensar, satisfazer, indemnisar; re-
munerar. — serviços, benefícios, o amor.
« O que esta louça da índia tem de quebra-
diço recompensa com a barateza do seu cus-
to. ■» Vida do Arceb., Hv. II, cap. 24.
RECOMPOR , V. a. (Lat. recompono, ere.)
compor, combinar de novo.
RECOMPOSTO, A, p. p. de recompor; adj.
composto, combinado de novo.
RECÔNCAVO, s. m. (re prof., atrás, O coH-
cavo.) enseada semicircular na costa, que
entra pela terra. «O — da Bahia cuja barra
tem duas léguas de boca, e onze de circum-
ferencia. » Vieira. — , commarca, districto
vizinho de cidade ou villa.
RECONCENTRAÇÃO , s. f. O acto de recon-
centrar-se, ou d3 se recolher ao centro, ao
interior, no sentido próprio e no figurado.
RECONCENTRADO, A, p p. de reconcentrar;
adj. concentrado no interior ou profunda-
mente. Ódio — . Inveja — no coração. jHo-
mem — , retraido. «Meditação — nos ga-
nhos da avara cubica. »
RECONCENTRAR, V. a. [re pref., atras, no
fundoj, metter no centro, no intimo, v. g.
— as forças, (fig.) recolher, occultar pro-
fundamente, V. g. o amor, o ódio no pei-
to. — SE, V. r. chegar-se para o centro ;
V. g. — a tropa ; (fig.) — o ódio, o amor.
RECONSiLiAÇÃo, s. f. (Lat. rcconsiUatio,
onis), renovação da amisade rota ou que-
brada ; confissão auricular de algum peoca-
do que se esquecera na antecedente confis-
são ', V. g. ■— do hereje, readmissão ao
grémio da igreja por eíTeito da abjuração
dos seus erros ; — da igreja violada, ce-
remonias que se fazem nella para levantar
o interdicto. PI Reconciliações.
RECONCILIADO, A, p. p. de recouciliar,
adj., restituído á antiga amizade ; readmit-
tido no grémio da Igreja, levantado o in-
terdicto a templo, v. g. Penitente — , que
veio ampliar a confissão.
RECONCILIADOR, s. m. (Lat. reeonciliator),
pessoa que reconcilia ou procura reconci-
liar, adj. que reconcilia, que tende a re-
conciliar. V. g. Palavras, maneiras recon-
ciliadoras.
RECONCILIAR, v. a. (Lat. reconciLiOy are),
restituir á antiga amizade ; v. g. — os dois
esposos, admiltir á antiga communhão, v.
g. — o apóstata com a Igreja ; benzer o
lugar profanado, -^ o templo. — se, v. r.
tornar á antiga amizade ; confessar-»e o pe-
REG
REPH
nitente de peccado esquecido, ou commet-
tido depois da precedente confissão.
RECONDiTissiMO, A, adj . superl. de recôn-
dito. Mysterios — s
RECÔNDITO, A. adj. (Lat. reconditus)^ oc-
culto, encoberto , profundo, v. g. Saber
RECONDiTORio, s. m. lugar onde se escon-
de, guarda alguma cousa.
REcoNDUcçÃo, s. f. (re pref.), continua-
ção de magistrado no lugar queoccupava ;
reforma de contracto para outros prasos
RECONDUZIDO, A, p. p. de recouduzlr, adj,
conservado, provido no lugar que occupa-
va d'antes.
RECONDUZIR, V. a. [te pref.), prove' de
novo, continuar no cargo \v.g. — em cor-
regedor do bairro, conduzir aos seus regi-
mentos os soldados ausentes ou dispersos.
RECONECER, (aut.) V. Reconhccer.
RECONFESSAR, V. tt. {re pref.), confessar
de novo. P. p. adj. Reconfessado.
RECONGRAÇADO, A, f. p. de recongraçar,
adj. restituido á graça, ao favor; reconci-
liado.
RECONGRAÇAR, V a. {re pref.), reconci-
liar — SE, V. r. tornar á graça : v. g. —
com alguém, reconciliar.
RECONHECENÇA, s. f. V. Reconhccimenío,
Gratidão
RECONHECENTE, adj. dos 1 g. (des. dop.
a. em ens, tis), (ant.), usado no sentido
participial, que reconhece. « Não — supe-
rior. » Couto.
RECONHECER, v. tt [re pref ), renovar o
conhecimento; v. g. pessoa ou cousa de
que se tinha perdido a memoria. Becon/ic-
ci o amigo, apezar da alteração das suas
feições. Reconheceu o engano, o erro, veio
no reconhecimento. — , confessar, v. g. —
o seu erro ; — o favor, a mercê, o servi-
ço, agradecer. — , fazer acto de reconhe-
cimento ou de submissão, v.g — autori-
ridade, a superioridade; — por soberano,
rei ; — vassallagem, pagando tributD. — ,
declarar ; t). g. — o bastardo por filho ; —
o signal, declarar authentico — , ver exa-
minar , V. g, — as fortificações da praça.
— o campo inimigo. — a ferida , phr.
cir., sondal-a, tenteal-a.
RECONHECIDO. A, p. p. de reconhcceT, adj .
que se reconheceu, que reconheceu agra-
decido, grato, declarado, v. g. — por le-
gítimo sucessor, — por seu filho. — de
suas obrigações, que as conhece bem. Vida
do Arceb. — de seus erros, que os con-
fessa. Vieira.
RBConHECiHiNTo, 8. m. [mento suíT.) o acto
de recoihecer ou de ser reconhecido ; agra-
decimento, gratidão ; prestação, homena-
gem, acto de vassallagem, sujeição.
Stn comp. Reconhecimento t gratidão.
Indicam ambas estas palavras a memoria do
ben«fi^,io recebido; poróm reconhecimento
só dá a conhecer que não se esquece, e se
confessa ; e gratidão exprime o sentimen-
to habitual que nos inclina a dar graças pe-**
lo bem que se nos fez. Uma alma sensível
não se contenta com ser reconhecida quer
ser grata ; o reconhecimento »ó lhe desper-
ta a ideia de beneficio ; a gratidão aviva-
Ihe a lembrança do bemfeitor. O reconhe-
cimento paga beneficio com beneficio ; a
gratidão conserva a doce lembrança de uma
boa acção com um vivo sentimento de cari-
nho para com a pessoa que lhe fez bem.
RECONQUISTADO, A, p. p, de recouquístar ;
adj. conquistado de novo.
RECONQUISTAR, V. a. (rc pref.) conquistar
de novo, recobrar a conquista.
RECONTADO. A, p. p. de recoutar ; adj. con-
tado, referido de novo.
RECONTAMKNio, s. m. (aot ) relatorío, re-
lação, informação.
RECONTAR, V. a. [rc pref.) contar, referir
de novo. — se, o. r. contar-»e, numerar-se,'
V. g. — entre os varões celebres. >♦
RECONTENTE, adj doslg. [re pref.)(p. us.)
duas vezes contente, mui contente.
RECOSTO, s.m. (rc pref.) o segundo conto
que a lança tem no reverso da haste.
RECONTRO, s M. (do Fr. rcncontre) encon-
tro ; conílicto ; encontro casual, acerto.
RECONVALECER, p. u. tomar aconvalecer.
RECONVENçÃo, í. f. [re pref. e Lat. convé-
nio, ire, demandar em justiça) (jur.) acção
retorquida pelo demandado contra o autor.
RECONVIDO. V. Reconvindo.
BECONviMENTO, s. w. (aut.) V. Reconvõu-
ção.
RECONVINDO, A, p. p. de teconvir ; adj.
contra quem o demandado intentou recon-
venção. A peasoa — , contra quem se intea
ta reconvenção.
RECONviR, V. a [re pref., e Lat convénio,
ire, demandar em justiça) demandar o réo
ao autor que o demanda, alguma cousa que
esto lhe deve.
RECOPiLAÇÃo, 5. f. acçào dereco)ilar; re-
sumo, epitome, compendio.
RECOPiLADAMENTE, ado. (mcute, suff.) com-
pendiosamente , em resumo.
RECOPILADO, A, p. p. dc recopílar ; adj.
resumido ; colligido.
RECOPILAR, V. a. [re pref.,e compilar) abre-
viar, compendiar obra, resumir; colligir. —
leis, ajuntaras que andam dispersas, formar
collecção delias. — se, ». r. impessoal, ci-
frar-se, resumir-se. « Neste tormento se rí-
copilam todos os da paixão. » Vieira.
RECopTO, (ant.) V. Rococto.
RitORóAçÃo, i. f. (Lat. r€Cordatio, oni$)
REC
Rte
867
o acto de recordar, lembrança de cousa de
que se havia perdido a memoria. Príncipe
de feliz — , memoria.
RECORDADO, A, p. p. de recordar ; adj. tra-
zido de novo á memoria.
RECORDADOR, A, adj. que recorda, qne traz
á lembrança. Palavras rccordadoras dos an-
tigos successos. Monumentos — da antiga
gloria do Fgypto.
RECORDAR, V. fl. (Lat. rccordoT^ ari ; re
pref., ecor, cordis, coração, animo) trazer
de novo á memoria, v. g. — a lição, os be-
nefícios, os successes antigos. — se, v. r. tra-
zer i memoria, lembrar-se.
RECORDO, s. m. (ant ) V. Recordação.
RECORRENTE, s. dos 2 Q. (des. do p. Lat.
em eng, tis) o que interpõe recurso
RECORRER, V. n. (Lat. recurro, ere] tornar
a correr, vir correndo ; (fig ) interpor re-
curso. — a alguém, implorar o seu auxilio.
— á justiça, para que proteja os nossos di-
reitos. — a Deus á misericórdia divina. —
atrás ao anno de l777, voltar com a me-
moria, remontar. — , v. a percorrer, exami-
nar de novo e rapidamente, v. g. — o livro,
o manuscripto, com os olhos. — com ajun-
teira, passa-la pela taboa. — o costado do
navio, examina-lo para o calafetar. — com
a memoria os successos antigos. — se, v. r
(^ant.) recorrer, v g. ao juiz superior.
RECORRIDO, A, p. p. de recorrer ; adj. que
recorreu , contra quem se interpõe recurso,
V g. o juiz — .
RECORTADO, A, p. p. de Tccortar ; adj. que
se recortou ; que recortou.
RECORTADO, s. m. cousa recortada. — s,
pi. obra recortada, de papel, pano, em que
se recortaram ornatos ou figuras.
RECORTAR, V. a. [vc pref ) cortar fazendo
desenhos, figuras, v. g. — o vestido, as rou-
pas, o papel, as arvores, os arbustos Anti-
gamente era costume — as murtas nos jar-
dins, dando-lhes diversas formas.
RECORTE, s. m. o lavor que se faz recor-
tando, V g. panno, sedas, papel
RECOSER, V. a. [re pref.) tornar a coser
com agulha.
RECosíDO, 1, p. p. derecoser; adj. tor-
nado a coser com agulha.
RECOso e RECOSso, s. m. (do Fr. ant. r#-
cousse, recuperação) (ant.) « Duas barcas que
andam a—.» Ined. tom. ii, foi. 345. Mo-
raes crê ser erro por recooo, porque ignora-
va a origem do termo. Significa recupera-
ção de cousas perdidas, de objectos lança-
dos na praia oa na costa, ou salvados de na-
vio naufragado.
RECOSTADO, A, p. p. de recostar ; adj. en-
costado sobre o cotovelo ou de ilharga. Ti-
nha — a cabeça.
REC09TAR, «.a. ^«, Dd accepçÃo de atrás,
costa, ar des. inf ) encostar de ilharga, ou
reclinado sobre ocotovello, v. g. — a cabe-
ça, o corpo; (fig.) apoiar-se. Ali se reeoí-
tam os vicios.
RECOSTO, s. m. terra elevada em encosta ;
ladeira.
RECOVA s. f. (do Arab. rocoha^ cáfila, na-
moro de bestas de carga.
RECOVADO. V. Recovo.
RECOVAGEn, s. f. (V. Récova) conducção
por bestas de carg.T, transporte de fazendas,
géneros ; quantidade de bestas de transpor-
te.
RECOVEIRO, s. m. [recova, des. «iro) almo-
creve.
RECOVO, í. m. (do Lat. rêcubo, are, dei-
tar-se) (ant.) Estar de — , reclinado.
RKCozKR, v.a. (repref.) tornar a cozer ao
lume, requeimsr.
REcoziDO, A, p. p. de recozer ; adj. cozi-
do outra vez ao lume, requeimado; (fig.) —
em malicia, requintado.
RECOziMENTO, s. m. [mcnto, sufT) estado
de cousa recozida.
RECRAMADO, A, p, p. dc recramar ; adj.
feito era pregas.
RECRAMAR, V. a. (V. Rocamar) (ant.) fazer
em pregaá'
RECRAMo, s. m (ant.) pregas nos vesti-
dos. V. Reclamo.
RECREAÇÃO, í. f. [Lat. recreatio, nií) o re-
creia r ou recreiar-se ; allivio de desgosto,
consolação ; e mais usado, passatempo, cou-
sa i|ue recreia, diverte.
RECREADO OU RECREIADO, A", p. p. de TB-
crear ; adj. divertido.
RECREADOR, A, adj. quo recreia, diverte,
allivia de desgosto.
RECREAR, r. a. (Lat. recreo,are, crearde
novo; recreiar) tornar a crear ; recreiar, al-
liviaro desgosto, causar prazer. — se, v.r.
divertir- se.
N. B. Poslo que o termo latim tenha as
duas accepçôes, é preferi vel escrever recrear
divertir, recreio, passatempo.
RECREATIVO OU RECRBIATIVO, A, adj. dSS.
ivo) que recreia.
RECRiCENTE. V. Rccrsctente.
RECRECKR. V. RecresccT.
RECREMKNTicio, A, adj. (de recremento),
(med.), Humor — , mal elaborado na di-
gestão.
RECREMENTO. s. w. (Lat. vecrementum) ,
(med.), porção indigesta do alimento.
RECRKO ou RECREIO, s. m. recrcação, pas-
satempo.
RECRESCENTK, adj. dos í g. (Lat. recrt-
cens, tis, p. a. de recresce, ere), que re-
cresce, que acresce, sobrevem.
RECRESCER, V. H. (Lat. rccrcsco* ere)y so-
brevir, accrescer ; f>. g. Recresce a gutr-
97 «
WH*
REG
REC
ra, a epidemia. Recresceram novos negó-
cios, —SE, V. r. (ant.) « de «m mal que
86 lhe faz outro mór se lhe recresce. » Sá
Miranda.
RECRESCiMENTO, s. m. {mento suíf.), o
acto de recrescer, de sobrevir.
RECRiM'NAçÃo, s. f. [re pref.), accusação
contra o accusador.
RiíCRiMiNAR, V. a. [rc pref.), retorquir a
accusação contra o accusador, p. p. de re-
criminado.
RECROBAR, (aut.) Rccobrar.
RECRU, A, adj. [re pref., e cru. Fio — ,
que não ficou bem recuzido.
RECRUDECENCiA, s. f. (mcd.), renovação
de epidemia ] v. g. i — da cholera mor-
bo.
RECRUDECER, V. n. (Lat- recrudesço, ere),
encruar-se : v. g. — a ourina, a matéria,
de tumor ; — a febre, assanhar-se, — a
epidemia, grassar de novo.
RECRUTA, s. f. em. fFr. recrue), solda-
do novo, bisonho, leva de gente de guer-
ra ; V. g. Um — , o soldado de leva.
RECRUTAR, V. a. {¥?. rccruter), fazer le-
va de gente para o serviço militar, lavan-
tar tropas, p. p. adj. recrutado.
RECRUZETADO, A, adj. (t. do bras.), que
na extremidade de cada braço tem outra
cruz. ou que vem a formar cruzetas.
RECTAMENTE, adv. {mcntc suff.), com rec-
tidão ; em linha recta.
RECTÂNGULO, A, adj. (geom.), que tem
angulo ou ângulos rectos ; v. g. Triangu-
lo — . Figura rectângula.
RECTAR, (ant ) V. Reptar.
RECTIDÃO, s. f. postura recta ; confor-
midade com a justiça, o dever. Rectidões,
(ant.), direitos annexos a alguma proprie-
dade.
RECTIFICAÇÃO, s. f. acto do rectificar, v.
g. — de erro ; (chim.), apuração , — de
espíritos.
RECTíFiCADissiMO, A, adj. supcrl. de rec-
tificado.
RECTIFICADO, A, p. p. de rcctificar; adj.
corrigido, emendado ; apurado. Espiritos
— , tornados a distillar para os apurar.
RECTIFICAR, 1). a [rccto, ficar, sufi".) cor-
rigir, emendar, v. g — erros, intenções.
— , (chim.) íspurar por distillações repeti-
das. — , (ant.) ratificar.
rectilíneo , A , adj. (Lat. rectilineus )
(geom.) em linha recta, formado de linhas
rectas. Movimento — .
RECTissiMAMENTE, ttdv. superl. de recta-
meatt.
rectíssimo, a, adj. superl, de recto, mui-
to recto.
rectitude, s. f^ (Lat. rectitudo, inis.)&
direcção rept^L. -rn , mais us., rectidão, re-
cta razão. Obrar, governar, decidir com — .
REBTO, A, adj. (Lat. r ec tus, de rego, ere ^
ter em linha recta, reger.) direito, erecto,
não inclinado ou curvo. — , conforme á jus-
tiça, ao direito, v. g. homem — ; intenção
— . « — viver. » Arraes.
RECTOR, s. m. reitor, director.
RETRIX ou RETRIZ , S. f. pi. RCCtricCS ,
pennas da cauda das aves, com que gover-
nam ao seu rumo.
RECUA , s. f. multidão de cavalgaduras
de carga. V. Recova.
RECUADEiRA, s. f, correia que prende na
ponta do varal da sege, e serve para fazer
recuar.
RECUADO , A, p. p. de recuar ; adj. que
recuou ou fez recuar. — , atrazado, deca-
dente.
RECUAMENTO , s. m. [mcnto suff.) acção
de recuar.
RECUAR , V. a. ou n. {re atrás , cu , ar
des. inf. Fr. recw/«r.) retroceder, andar pa-
ra trás sem voltar a face. — , empurrar pa-
ra trás, V. g. — a sege, o cavallo.
RECUBiTO, s. m. (Lat. recubitus, de re-
cubo, are.) posição reclinada.
RECUDAR, (ant.) V. Recuidar.
RECUDiR, (ant ) V. Acudir.
RECUIDAR, V. a. [re pref.) cuidar assidua-
mente. — os annos já vividos ; — no nego-
cio, na vida, na morte.
REçuMAR , V. a. ou n. (Cast. rezumar.)
coar, verter pelos poros, v. g. reçuma o
odre cheio de agua, ou — pelos púcaros a
agua.
REçuMBRAR. V. Rcssumbrar ou Reçu-
mar.
RECUO , s. m. acção de recuar, repuxo
do canhão, espaço que o canhão retrocede
ao disparar.
RECUPERAÇÃO , s. f. (Lat. recupcratio ,
onis ) acção de recuperar, de recobrar ou
de reconquistar.
RECUPERADO, A, p. p. dc rccuperar; adj.
recobrado, reconquistado.
RECUPERADOR , s. m, (Lat. rccuperator .)
o que recupera.
RECUPERAR, V. O. (Lat. recupcTo, are; re
pref. , e capere , tomar.) recobrar, recon-
quistar.
RECUPERAiORio , A , adj. (Lat. recupera-
torius.) Interdicto — , (jur.) mandado pelo
qual o juiz procedendo summariamente or-
dena que se ponham no primeiro estado to-
dos os actos feitos.
RECURçÃo, s. f. (ant.) V. Limite , Ter-
mo.
RECURRENTE , adj dos ^ g. (Lat. recur-
rens, tis.) que retrocede Nervos — ,(anat.)
dois nervos do sexto par que se ramificam
no larynjt, e lançam ramos que voltam pa-
ma
RÉÀ
3S9
ra cima. Pulso — , (med.) que depois de al-
gumas pulsações torna a fazer-se largo e
frequente como dantes. — , (jur.) que in-
terpõe recurso. V. Recorrente.
RFCURSAR, V. O. (Lat. rccurso, are.) (p.
us.) tornar a examinar, t). g. — o entendi-
mento, tornar a passar pela reflexão, tor-
nar a reflectir.
RECURSO, s. m. (Lat. recursus ) acção de
recorrer ; appellação com instancia a tribu-
nal superior, ao rei, á coroa, pedindo emen-
da, remédio de injustiça commettida por in-
ferior ; instancia pedindo auxilio, soccorro.
Ter — a alguém, recorrer, valer-se delle.
— , regresso, v. g. do fiador, pela quantia
que pagou pelo fiado, contra os bens des-
te.— da maré, refluxo. ''■'' *'" .
RECURVADO , A, p. f. ds Fccurvar ; adj.
encurvado.
RECURVAR, V. a. (Lat. recurvo, are.) en-
curvar, dobrar, inclinar, v. g. — o corpo.
RECURVO, A, adj. (Lat. recurvus.) curvo,
torcido. Trombetas — s.
RECUSAÇÃO , s. f. (Lat. recusatio, onis.)
acto de recusar, v. g. — dos árbitros, jui-
zes, jurados.
RECUSADO, A, p. p. de recusar; adj.nao
aceitado. — , no jogo das armas brancas,
desviado. Talho — ; estocada — .
RECUSADOR, A, s. pessoa que recusa.
RECUSANTE, adj. dos 'Í g . [Lat. recusans,
tis, p. a de recuso, are.) que recusa.
RECUSAR, V. a. (Lat. recuso, are; re pref.,
e cudo, ere, bater, malhar.) rejeitar, não
aceitar, v. g. — o juiz. o jurado ; — o car-
go, emprego, dom, mercê, paga ; — a pro-
posta, a supplica. Recusou communicar o
segredo. — alguém, não attender, negar-
Ibe a supplica, não deferir a ella.
Syn. comp. Recusar, refusar. Recusar
é o verbo latino e castethano, refusar é o
francez refuser, e o castelhano rehusar, e
talvez corresponda ao latino abnuo ; e se
houver-mos de traduzir aquella expressão
de Cícero, na oração a favor de Milão :
« Non recuso, non abnuo ; » nào podería-
mos melhor fazel-o que descendo : « Não
recuso, não refuso. » Recusar exprime a
ideia de nào querer admittir ou acceitar
alguma cousa, e talvez com desdém, e dan-
do-lhe de rosto ; refusar indica que nos
esquivamos, que não prestamos ao que se
nos oíferece, ao que se nos quer impor ou
de nós se exige. O primeiro é oerempto-
rio ; o segundo exprime repugnância. Re-
cusa-se o cargo, o beneficio, o titulo, o di-
nheiro ; refusa-se a batalha, a luta, oduel-
lo, o desafio ; e neste sentido disse Ca-
mões com muita propriedade :
TM. 17.
Como da gente illustrd <)o^ttigueza ^^
Ha lie haver quem refute o pátrio mnrte ?
(Lu8., IV, 15.»
Isto é, ha de haver quem se refuse, se
não preste, se negue a pelejar pela defen-
sa da pátria ? z^" '~
RECUSAVEL, adj. dos 2 g. {àes. avel?j cfiHí'
pode recusar-se, rejeitar-se, ou não ser ad-
mittido, V. g. juiz, jurados recMíamí. Car-
go, autoridade, beneficio, compensação,com-
missão — . Provas, testemunhos recusáveis.
REDADA, s. f. [rede, des. coUectiva ada.)
lanço de rede ; (fig.) prisão de muita gente,
V. g. grande — de vadios, ladrões.
REDADEiRO. V. Derradeiro.
REDADO, A, p. p. de redar; adj. tornado
a dar ; redrado.
REDAMENTo, s. m. (aut.) V. Redimímento.
REDAisno. V, Redenho.
REDAR, V. a. (repref., e (/ar) (p. us.) tor-
nar adar ; redrar.
REDARGUIDO, A, p. p. de redarguir ; adj.
refuiado, retorquido, impugnado.
REDARGUiDOR, s. wi. recriminadòr.
REDARGUIR, V. a. [Lãt. rcdarguo, 'ere)T:é^'
futar, impugnar ; retorquir, rtplicar argu-
mentando ; recriminar,», g. redar guindo-o
de falsftrio. — , accusar, v. g. -- o documen-
to de falso. — , demandar em juizo ; vindi-
car, convencer.
REDDiTiBA, (geogr.) ribeiro na província
do Rio-de-Janeiro, appellidado também São-
Gonçalo. *
REDDiTO, s. m. [Lài. reddiíus ou reditus,
de reddo, ere, render) redimento, fructos de
propriedade rural ; lucro do dinheiro. Os — s
da província.
REDE, s. f. [L&t.rete onretis, deretineo,
ere, reter) tecido de malha mais ou menos
larga com que se apanha peixe em rio, la-
go ou no mar. Ha redes de diversas formas,
e com diversos usos, v. g. — varredoura,
tarrafa, chumbeira, do rasto ou de rede-pé.
— de tombo, com que se arma ás avas. — ,
(fig.) laço, armadilha. Cair na — . — , teci-
do de malha, em quesemettem oscabellos,
coifa ; tecido de malha com qne se cobrem
05 cavallos. — , no Brasil, na Africa e na ín-
dia, tecido de malha com ramaes que se sus-
pende para dormir, ou para ser transporta-
do ás costas de homens. — s, pi. (naut.) de
impedir a abordagem em navios de peleja ;
espécie de baileo sobre que se pelejava an-
tigamente nos navios. « A náo levava sobre a
ponte uma — tecida de cairo mui miúda. »
Barros, para rasguardar das frechadas e ou-
tras armas de arremesso. Andar ás — s, Ca-
zendo bordos, espancando os mares. '" *
RiéDKA, s. f. (Lat. retinaculum, de réti-
neo, ere, reter) correias ou cordõ«s presos
98
m>,
RED
RED
no freio docaTallo que ocavalleiro leva na
mão para o governar. Dar ou alargar a — ;
colher, encurtar a — , Terá — curta. Bater
as — s, fazer correr o cavallo ; (tig ) fugir.
Dar de — ao cavallo, faze-lo andar. Voltar
torcer as — *, mudar a direcção do cavallo.
— , (fig.) moderação, freio, refreio : direc-
ção, governo. As — s do governo. Soltar as
— s. dar largas, ». g. — da ou á vergonha
Soltar a — ao pranto, eutregar-se a elledar-
Ihe livre curso. Dar — á paixão, desafoga-
la. — de uvaSf resto de cachos de pendu-
ra.
REDEFOLLI. V. Rodofollc.
REDEiRO, s.m. (des. ciro) homem que faz
redes; armadilha de caça.
REDEMiDO. y. Remido.
REDEMiR. Y. Remir.
REDEMOINHO. V. Rodomoinho ou Remoi-
nho.
REDEMPÇÀo, s. f. (Lat. redemptio, onis)
resgate, o acto de remir ; (fig.) meio, auxilio
que tira alguém de trabalho, ou necessida-
de.
redemptor; *. m. (Lat.) o que resgatou,
' remio. O Redemptor, diz-se por excellencia
de Jesu-Christo.
REDEMUiWHAR. V. Remoinhar.
REDENÇÃO, REDENTOR. V. RcdcmpçãO, e
Redemptor.
REDKNHO, s. m (de rcí/«) tela de gordura
que cobre os intestinos, o zirbodo homem.
HEDENTES, s. m. p/.(r«pref., e dente) (fort.)
obras de feição de serra, com ângulos rein-
trantes.
nEDEpÉ. V. Rede.
B.EDIRAR, V. Redrar.
redezinha, s f. diminut. de rede.
REDHiBiçÃo, s. f. (Lat. redhibitio, onis) o
acto de restituir ou de encampar ao vende-
dor a cousa vendida com dolo ou fraude.
REDHIBIR, V. a. (Lat. redhibeo, ere) (jur.)
encampar, tornar ao vendedor a cousa de-
feituosa vendida emfrâude, restituindo este
o preço ou o excesso do valor.
REDHiBiTORio, A, adj . {áes . ório) {iuT .) Ac-
ção — , de encampação, WRedhibir, e En-
campar.
REDi, (bist.) naturalista italiano, nasceu
em 1626, morreu em 1697. L' conhecido
pelas suas Experiências sobre a geração
dos insectos.
REDiARios, (hist.) gladiadores, que com-
batiam contra os Myrmillontes. Tinham por
arma uma rede, com a qual procuravam
envolver o adversário.
RBDiL, s. m. {rede, des. i/) curral de ga-
do, sebe para encerrar e guardar ovelhas ou
cabras.
jlÇDijuMENTO, s. w. V. Rcsgatc, Redem-
REDIMIR. V. Remir, Resgatar.
REDiNGOTE, s. m. (do lugl. reding-coai,^
casacão, vestido de montar a cavallo) sobr^
casaca, casacão. j|
REDINHA, s. f. diminuí, de rede ; (fig.)
pano mui ralo.
REDINHA, (geogr.) villa de Portugal, 5
léguas ao S. de Coimbra e 1 ao N. de
Pombal; 1,600 habitantes.
REDiNTEGRAÇÃo, s. f, [Lat. redintegratio,^
onis) acção de redintegrar, reintegração, i
redintegrado, A, p. p. de redintegrar >)
adj. reintegrado. •
redintegrar, V. a. (Lat. redmtegro, are)
inteirar a cousa quebrada ; (fig.) repor no
antigo estado, na posse.
redito, s. m. (Lat. reditus) rendimento,
reddito
redivivo, a, adj . {Lat. redivivus) resusci-
lado.
redizer, V. a (r« pre; ) tornar a dizer.
REDiziMA, s. f. {re pref.) dizfma dos fru-
cios já dizimados.
REDiziMADO. A, p p. do rodizimar ; adj.
dizimado segunda vez
rkdizimaR, v.a. (re pref.) dizimar segun-
da vez, cobrar nova dizima dos fructos já
dizimados.
REDJEB, (hist.) pachá, nasceu na Anató-
lia ; tinha sido chefe de Kleptes (ladrões).
Foi nomeado pachá mais por intrigas do
que por merecimentos. Foi morto por or-
dem de Solimão IIL
REDNiTZ, (geogr.) Radantia, rio da Ba-
viera, nasce a 2 léguas ao NO. de Pappe-
nheim, lança-se no Mein.
REDOBRADO, A, p p. de redobrar ; adj. do-
brado duas vezes, que tem duas dobras, do-
brado sobre si mesmo. — em numero, du-
phcado duas vezes outro tanto. Escudo — ,
o que tem dois ou mais forros ou dobras de
coiro Batalha — , na antiga milícia, consta-
va de três.
REDOBRADURA, s. f. (dcs. ura.) acção de
redobrar.
REDOBRAR, ». a. (fc pref.) dobrar scguu-
da vez, ou sobre si mesmo, reduphcar. —
o pano : — o pranto. — as paradas, no jo-
go. — as diligencias, as despeías, os sons.
O sino dobra e redobra. Redobra a ave,
garganteia, gorgeia. O rouxinol redobra os
seus amores. — , amiudar os golpes. Redo-
bra o alfange. Eneid. IX, .68.
REDOBRE , s. m. a repBtição das arcadas
na rabeca ; (fig.) trinado. O — das vozes dos
pássaros. Os — s do rouxinol. — , forro, cou-
sa que forra. — s, (fig.) refolhos Fazer— s,
haver-se com dolo, fazer velhacarias.
REDOLENTE, adj. dos 2 g. (Lat. redolens,
tis, p. a. de redo/co, ere, rescender.) (poet.)
mui cheiroso, rescendente. O — amomo.
RED
HED
391
REDOMA, s. /". (contracção de redondo am-
bula.) vaso de vidro com bojo e gargalo,
cylindrico ou afunilado.
IKDOXAZINHA, REDOMINHA, S. f.diminut.
de redoma, pequena redoma.
REDOMOiNHO , s. m. movimento em gyro
que faz a agua em rios ou no mar encon-
trando-se duas correntes ; voragem, sorve-
douro. — de dois ventos oppostos. — dos
cabellos, disposição em espiral nos cavallos
e nos homens.
REDON, (geogr.) cidade de França, a 15
léguas ao SO. de Rennes ; 4,500 habitan-
tes.
REDONDA , (geogr.) lagoa. V. Estrella ,
(serra).
REDONDA, (geogr.) ilha do Occeano de-
fronte da entrada da Bahia Netherôhi ou
de Rio-de-Janeiro, ao occidente da ilha
Raza.
REDONDA, (geogr ) ilhota na bahia dV.n-
gra-dos-Reis, na província do Rio-de-Ja-
neiro.
REDONDAMENTE, adv. (m«wíe suíT.) em for-
ma circular; (fig.) sem hesitação. Z)iícrgwe
não, negar — , positivamente, desengana-
damente. Cair — , de pancada.
REDONDEAR, V. tt. V. Arredondar.
REDONDELLA, S. f. -4' — , (ç. US.) á foda
REDONDEZ, s. f. V. Redondcza.
REDONDEZA, s. f. (des. eza.) a forma do
corpo redondo ; o globo terrestre. Estar a
lua em sua — , cheia.
RKuoNDiLHA, s. f. (do Fr. rondcau.) es-
tancia de 4 versos de 8 syllabas, em qae
o primeiro rima com o quarto, e o segundo
com o terceiro ; outras vezes rima o primei-
ro como terceiro, eo segundo com o quar-
to.
redondilho, s. m. V. Redondilha.
R^DONDiNflo, A, adj. diminut. de redon-
do, pequeno, e de figura redonda, circu-
lar.
REDONDO, A, adj. (Lat. rotundus, de ro-
ta, roda.) rotundo, de figura circular; glo-
boso, espherico. Moeda, pella — . Vestido,
saia, capa — . Navio — , que tem a proa re-
donda Em — , loc. adv. em circuito, cir-
cularmente Uma volta em — , á roda. Tro-
vas — * , em verso lyrico, ou de arte me-
nor. Um não — , desenganado. Ave — no
voar, que vôa em gyro, dando volias. Ser
— no contar, usar de rodeios, de ambages.
Trazer alguém — , (phraz. ant.) macio, fei-
to á mão.
REDONDO, (geogr.) villí de Portugal no
Alemtejo, situada em terreno alcantilado e
fértil, nas faldas da serra d'Ossa, A léguas
a E. d'tvora, e pouco menos ao S. d'Ès-
tremoz ; 2,500 habitantes.
RXDONDO, (geogr.) poToação na proTiocia
He Minas -deraes, districtode Queluz no Bra-
zil.
REDONRs, (hist.) povodaGallia na Lyon-
neza 3." , ao 0. dos Arvis, dos Andecavi.
Capital, Condate ou Redones /'Rennes).
REDOPio , *. m. (de redor, e pião.) An-
dar em — , ou cm um—.
REDOR , s. m. (áo Arab. raddodor, voz
corrupta do verbo rad, voltar, e da prep.
dur, á roda.) Ao — , em — , em torno, á ro-
da, em circuito. Andar em — , gyrar. Re-
dores, pi. V. Arredores. Contornos. Duarte
Nunfs de Leão escreve rodor, e Moraes ap-
prova esta orthographia contraria ao uso
constante. Um e outro ignoravam a etymo-
logia do termo.
REDOUÇA, s. f. (mesma origem que o pre-
cedente) corda bamba presa a dois pontos
fixos, no meio da qual se assenta quem se
quer balançar nella.
REDOUDAR-SE. V. Ba/anpar-5e ua rcdouça.
REDRADê, A, p. p. de redrar; adj. amo-
REDRAR, V. a. (de redor^ar des. mf.) ca-
var segunda vez a vinha, amota-Ia, cavar
segunda vez, e chegar terra á roda das ce-
pas.
REDRUTH, (geogr.) cidade dlnglaterra, a
20 léguas ao SO. de Launceston ; 9,000
habitantes,
tado.
REDucçÃo, s. f. (Lat. reductio, onis.) o
acto de reduzir, ou de ser reduzido; o acto
de converter, c. g. a moeda estrangeira em
moeda corrente, ou o herege ao grémio da
igreja.
reductiyamente, adv. V. Restrictamente,
reducto. V. Reduto.
redundância , s. f. (Lat. redundantia.)
sobegidão, nimia copia.
REDUNDANTE , adj. dos 2 Q. sobc^o, ex-
cessivo. Rio, fonte — , que transborda. Pa-
lavra — , desnecessárias. Phrazes — s.
REDUNDANTEMENTE, adv. (mcuíe suff.) com
redundância, de modo redundante.
REDUNDAR, V O. (Lat. reduudo, are', re
pref., e unda onda ) transbordar, v g. —
a tonte, o rio, a agua no tanque ;e fig. —
a gloria, a fama, as lagrimas. — , vir a dar,
ter por effeito, ou resultado Redxindou-lhe
em grande honra, proveito, A elle redunda
toda a gloria, todo o proveito.
REDUPLiCADO^gif i t^fl^; dc rcduplicarj ;
adj. redobrado. ., , -.
REDUFLiCAR. V. a. (Lat. reduplico, art.)
redobrar, repetir a miúdo, v. ^^ -y- 9j^.,go^-
pes ; as penas, augmentar. . ,^ ,,....
REDuruCATivo, A, adj. (des. ivò.) (gram.)
que denota reduplicaçào. A partícula re é
reduplicativa.
REDUTO, s. m. (Fr. redoutc, Ital. riaot-
to, do Lat. redvcius,T^Tàáo,b»iv>.){íorL
392
HÊÊ
REE
pequeno forte destacado : espécie de molhe
para navios, recinto.
REDUZiçÃo. V. Reducção.
REDUZIDO, A, p p. de reduzir ; adj. re-
posto no mesmo lugar, reconduzido, con-
vencido : convertido. Juros — , a que se
substituíram juros ou interesse menor, v.
g. de três por cento, em vez de cinco, de
que gozavam d'antes.
REDUZ'R, V. a. (Lat. reduco, ere, condu-
zir) reconduzir ao mesmo lugar, repor no
mesmo lugar ou no antigo estado, v. g. —
a rez, a ovelha perdida ao rebanho ; — o
osso deslocado ; — rebellados á obediência;
— 05 amigos desavindos á antiga amizade.
— a cinzas, queimar de todo. Ã fome re-
duziu os cercados. — opeccador com cas-
tigo a melhor estado. — apractica, porem
practica. — a breves palavras, resumir. — ,
converter, trocar, v.g. — apólices, moedas
estrangeiras a dinheiro ; — as libras esterli-
nas a réis ; os palmos a pollegadas, as milhas
de Allemanha a léguas Portuguezas. — a di-
nheiro, vender a troco d'elle. A velhice nos
reduz a meninos. A guerra nos reduziu á po-
breza. — um sentido em outro, substituir-
Ihe um equivalente. — , (chim.) — ooxydo
metallico, expellir o oxygenio, ficando o me-
tal puro. — SR, V. r. limitar-se, v.g. — a
viver de pão e leite, ou ao estricto necessá-
rio.
REEDiFiCAçÃo, 8. f. acto do reedificar.
REEDIFICADO, A, p. p. de reedificar ; adj.
que se reedificou ; que reedificou.
REEDIFICAR, V. a. (Lat. reoedifico , are)
tornar a edificar, reconstruir ; (fig.) reformar
regenerar, v. g. — os costumes, as virtudes.
■ REELEGER, V. tt. [re prcf- e eleger) tornar
a eleger.
REILE6ID0, A, p.p. de rcclegcr ; adj tor-
nado a eleger, reeleito.
REELEIÇÃO, 5. uova eleição da pessoa pre-
cedentemente eleita para um cargo.
REELEITO, A, p. p. de reeleger, adj. elei-
to de novo; v. g. O deputado foi — .
reeNcher, V. a. [re pref ), tornar a en-
cher,; tornar a preencher,)?, p. adj. reen-
chido.
REENViDAB, V. a. [re pref.), dobrar a pa-
rada ao que envidou, tornar a envidar, p.
p. adj. reenvidado.
RBEs (Abrahão), fhist.) sábio inglez, nas-
ceu em 174^, morreu em 1825. Publicou
a IVeio Cyclopoedia.
beesperar, V. a. [re pref.), tornar a es-
perar, PP- adj. reesperado.
reespumàs, s. f. [re pref.), o assucar fei-
to da espuma da primeira espuma.
REESTABELECER. V. RestabeUcer,
REEXPORTADO, A, p. p. do Fsexportar,
adj'* tornado a ewortar. *
rkbxportador, s. m. o que reexportou.
REEXPORTAR, V. a. ('»'« prcf.*), tornar a
exportar; v. g. fazendas, mercadorias im-
portadas.
refaCimento. V. Refazimtnto.
refaLSAdamente, adv. [mente suff.), com
falsidade, com astúcia. '^'
REFALSADO, A, adj. [re pref.), não since-
ro, atraiçoado.
rEfalsamento, s. m. [mento suíT.), dolÒ^
falsidade. "^
refalseado. V. Refalsado.
refazodor, a, adj. [re pref.), que re-
faz.
refazer, V. a. [re pref.), tornar a fazer
o que tinha feito, ou o que se tinha des-'
feito; V. g. — as contas, as casas, as re-
des, desfez e refez o muro, a pintura, a
obra. — , renovar, v. g. — navio deman-À
timentos, do munições, aparelhos, reformar,
reparar, restabelecer, v.g. — a tropa des-
baratada, ajuntando-a de novo ; — o exer-
cito, com recrutas ; — as forças, vigorar ;
— o damno, reparal-o ; — o justo preço,
preencher o que he diminuto. — o gado^'
razel-o a pastagem pingue, para o engor-*^
dar. — se. v. r. recobrar forças, saúde,
tomar provimento d'aquillo que se gastou
ou perdeu, prover-se : — da fome, toman-
do alimento ; — da fadiga, descansado ;
— de gente, munições, mantimentos.
refazimento, s. m. [mento safí.), acto de
refazer ; compensação do que faltou no pre-
ço, ou da parte minguada que coube a
algum co-herdeiro.
reFeçar, V. a. (ant.) abaixar, aviltar.'
REFEcçÃo. V. Refeição.
REF1CE , adj. dos 2 g. (do Arab. raMs-^
fácil, barato, vil.) (ant.) baixo, de pouco
valor, vil. Homem, mulher — . Moeda — ,
do baixa lei. « Vender a — , barato.» «Com-
prar as mercadorias mui — s, » Ord. Affonsv
REFECER, V. a. V Arrefecer, Esfriar..
refectorio, a. adj. (p. us.) Cura — ,
que se opera dando remédios misturados
com o alimento.
REFEGA, s. f V. Rajada, e Refrega.
REFEGADO, A, adj. [rcfcgo, des. ado.) qucb
tem refego. Vento — . Saia — .
REFEGADA , s. w». augmeut. de refega ,
grande refega de vento.
REFEGO, s. m. (do Lat. refiigo, ere, fixar,
pregar de novo) dobra que se faz no alto
das saias, para se poder desdobrar accrescen-
tado a altura quando cresce a pessoa ou en-
colhe a saia- Pêra de — , que tem como-
um refego.
REFEIÇÃO, s. f. o refazer com alimento s
fome ou fraqueza, Tomar — , alimento. — ,.
supprimerito, reforma, reparaçáo.
REFEiTEiRo, A, adj. V. Referteiro.
i
REF
REF
393
REFEITO, A, p. P' alatinado de refazer ; adj.
(Lat. refectus, adj. e p. p. áereficio, ere] fei-
to segunda vez, renovado; reparado, resta-
belecido ; provido, v. g. — de forças, alimen-
tos, viveres, munições. Homem — , baixo e
corpulento.
REFEiTOREiRA. s. f. (des. eira.) religiosa
que cuida do refeitório e seu concerto.
REFEiTOKEiRO, s, t». (des. eiro.) o que
cuida do refeitório.
REFEITÓRIO, s. wv. (Lat. refcctoHum.) ca-
sa de jantar nos conventos.
REFÉM, s. m. (do Arab. rahan, penhor.)
penhor , pessoa que fica em poder de al-
guém como garantia da execução do pacto.
Ficou o filho em—. V. Reféns
REPENDER, V. d. [ve pref.) tornar a fen-
der.
RKFKNDiDO , A , p. />. de Tifeuder ; adj.
tornado a fender ; aberto com ponteiro em
pedra, ou com junteira em madeira, v. g.
pilares — s.
REFENDiMENTO, s. m. {mento suff.) côrle,
abertura em obra refendida.
REFÉNS , s. m. pi. (V. Refém.) pessoas
ou praças que S3 põem em poder de inimi-
go eomo penhor ou garantia da execução
de pacto. Cederam-se quatro praças ao ini-
migo victorioso em — . — , (fig.) fiadores,
V. g. os filhos — da posteridade das famí-
lias. Também se encontra nos antigos no
género feminino.
REFERENDADO , A , p. p. de referendar ;
adj. rubricado, a escriptura, o documento.
REFERENDAR, V. tt. (Fr. référender.) as-
signar, rubricar a escriptura ou documen-
to publico para lhe dar inteira autoridade.
REFERENDÁRIO , S. M. (dcS. ávio.) O que
referenda documento publico ; relator de
supplica. D. Fraoc. Manuel.
REFERIDO, A, p. p. dc referir ; adj. con-
tado, narrado. Testemunha — , nomeada
por outra de quem ouvioodito, — no nu-
mero dos deuses, contado, numerado.
REFERIMENTO, S. M. [meiltO Suff.) (p. US )
acção de referir ou de se reportar ao dito
de outrem.
REFERIR, V. a, (Lat. refero, erre.) con-
tar, narrar, v. g. — uma historia, um fa-
cto, textos. O que referiram as testemu-
nhas.— , attribuir, v g— um phenome-
no ou effeito á sua causa, — se, v. r. re-
portar-se, v. g. — ao dito da testemunha,
ao testemunho de. outrem.
REFERRAR, V. a. (rc pref.) tornar afer-
rar (bestas). -
REFERTA , s. f. (de refcrlar.) contenda,
disputa, altercação, briga ; opposição. Pa-
gar sem — .
REFERTADAMENTE, adv. [mente suff.) com
repugnância, com resistência.
VOL. IV.
REFBRTAMENTo, s, m. (mtfTiío suff.) (ant.)
contestação, impugnação; instancia.
REFERTAR, V. O, (do Fr. aut. fierrer, fe-
rir, do Lat. ferire.) (ant.) contender, con-
troverter, impugnar, contestar. — ss, v. r,
altercar.
REFERTEiRAMENTE, adv. {mente snff.) (ant.)
com pertinácia ; com repugnância.
REPERTEiRO, A, adj. (ant.) que resiste
porfiando ; que tem repugnância. Gente
— ao serviço do rei. Mulher — , desde-
nhosa.
REFERTO, s. m. (ant.j V. Referia.
REFERToiRO, (ant.) V. Refeitorto.
REFERVER, V. a. (rc pref ) tornar a fer-
ver, V. ff. — o liquido, o cozimento, asfe-
zes ; (fig.) avivar, v. g. — os ódios; — o
peito. — , levantar nova fervura, entrarem
fermentação, v. g. a calda — , Refervem os ^
humores, (phraz. med.) exaltar-se a acri-
monia.
REFERVIDO, A , p. p. de referver; adj.
que referveu ; feito ferver de novo.
REFESTELLA ,5. /". , REFESTELLO , S. 1».
(ant.) festança, folgança, festividade, ale-
gria.
REFEZ. V. Refece.
REFiÃo, (ant.) V. Rufião
REFiAR, (ant.) V. Rufiar, Alcovitar.
REFILADO , A, p. p. de refilar, que refi-
lou.
REFiLADOR, A, adj. ou s. quo refila. Cão
— . Cadella— .
REFILAR, t». a. OU n. [re pref.) tornar a
filar, tornar a morder, acommetter. O cão
refilou no lobo, no touro ; (fig.) resistir com
violência.
REFiLHAR , t). a. [re pref.) lançar filhos
ou vergonteas (as arvores decotadas).
REFILHAS, S. m. pi. OU REFILHOS, S. »»,
pi renovos de arvores, de plantas ; novoa
filhos que rebentam delias.
REFINAÇÃO, s. f, acção de refinar, de apu-
rar , V. g. o assucar, os metaes, depura-
ção.
REFINADÍSSIMO, A, adj. superl. de refina-
do ; (íig.) mui fino, subtil, v. g. — velha-
co. — odío, mui intenso.
REFINADO, A, p p. de refinar ; adj. apu-
rado, clarificado, v. g. assucar, salitro — ;>
(fig.) puro, mero, sem mistura, intenso. —
adulação, maldade. — , astuto, subtil, t?. ^r.
— ladrão. Cumprimento—, com expressões
alíectuosas.
REFINADOR, s. m. O que refina, v. g. —-
de assucar, salitre.
REFiNADURA, s. f. (des. ura ) o acto.de
refinar.
REFINAR, V. o. [re pref, ea^nar.) apu-
rar, depurar, separar as fezes, v. g. — as-
sucar, salitre, metaes, pólvora ; (fig.) re-
ii9
■,^í\
394
REP
RKF
quintar, ©. g. — o ódio, a amizade. — se,
V. r. apurar-se, esmerar-se.
REFINARIA , s. f. (des. ariã.) fflibric^ de
refinaçáo, v. g. — de assucar, pólvora.
REFiNCADO, A, p. p. do de refincar; adj.
tornado a fincar.
REFINCAR , V. tt. (r« pref ) tornar a fin-
car o que se tinha arrancado.
REFINO, s. m. refinação, refinaria, v. g.
— da pólvora, de ferro, de assucar
REFiNTA , s. f. ( re pref. ) segunda
finta.
REPINTADO, A, p. p. de refiutar; adj. lan-
çado segunda finta.
«EFiNTAR, V. a. (r« pref.) lançar segun-
, 'da finta.
REFLECTIDO , A , p. p. de reflectir ; adj.
que se reflectiu; que reflectiu. Lux—, re-
flexa. Tinha — muito na matéria.
REFLECTIR, V. a. (Lat. reflecto, tre; re
pref., e /íecío, tre, dobrar) fazer dobrar,
repellir, lançar de si, v>. g. os espelhos re-
flectem a luz. — , retroceder, resurtir o cor-
po elástico ; (fig. e mais us.) meditar, fa-
zer reflexão, ponderar. — em alguma ma-
téria. Reflectis bem, fazeis uma reflexãoju-
diciosa.
REFLEXAMENTE , adv. [mente sufT.) com
movimento reflexo ; com reflexão, com ad-
vertência, reflectidamente.
REFLEXÃO, s. f. (phys.) Tcpulsão de cor-
po elástico ou da luz por superfície contra
a qual é propellida. O angulo da — - da luz
é igual ao da incidência. — , reparo, consi-
deração. Fa;zcr — , considerar, reflectir Fa-
zer uma — , uma observação reflectida. PI.
Reflexões.
RiFLEXAR , V. tt. V. Reflectir, Conside-
rar.
REFLEXIVO, A, adj. Vcrbo — , (gram.) o
que se conjuga com o pronome pessoal e
se refere ao mesmo individuo como agente
e paciente, t?. g. lavar-se , ferir-se, ar-
mar-se.
REFLEXO, A, (Lat. reflcxus.) reflectido, v.
g.Xni — . Ytrho — , reflexivo.
REFLEXO, s. m. (Lat. reflexus.) luz refle-
ctida. — do sol. —«de gloria
REFLORECER OU REFLORESCER, V. a.OXXn.
[re pref.) tornar a florescer. — , tornar a
produzir flores. A primavera reflorece os
campos. — as letras humanas, (fig.) -fazer
prosperar de novo, restaurar.
REFLUÍDO f k , p. p. de rtfluir, que re-
fluio.
REFLUIR, v. a. ou w. (lat. refluo, ere ;
re pref., e fluo, ere, manar, correr.) tor-
nar a correr, retroceder, v. g. — o rio.
REFLUXO, s. m. — dn maré, a vasante.
REFociLLADO, A, p. p. dc rclociUar; adj.
realentado, revigorado.
REFociLLAMENTO, s. m. [mento suíf.) ac-
ção de refoeillar.
REFOCiLLAR, V. a. (Lat. refocíllo, are; re
pref., e focilío, are, de /bcus, fogo, calor.)
reaputar, revigorar, dar alentos.
REFOGADO, A, p. p. de refogar ; adj. fei-
to era manteiga ou gordura. Cebollas — s.
REFOGAR , V. a. [re pref., fogo, ar des.
inf ) frigir em manteiga ou em gordura, v.
g. — cebollas, hervas,
REFOLHADO, A, adj. [re pref , folha, des.
particip. ado.) que tem refolhos; (fig ) dis-
simulado, dobre. Homem —
REFOLHAMENTO. V. Refolho.
REFOLHO, s. m. [re pref.) rebuço, dissi-
mulação, dobrez.
REFORÇADO, K, p. p. de feforçsr; adj.
fortalecido, augmentadoem forças. Homem
— , musculoso. Canhão, cano de espingar-
da — , com maior espessura de metal. O
exercito — com dez regimentos. A armada —
com seis naus.
REFORÇAR, V. a. [re pref., /brpa, ar des.
inf.) fortalecer, dar nova força, augmentar
as forças, v. g. — o corpo com alimentos;
— a praça, o exercito; — a armada com
tropa, naus; — o canhão, o cano de arma
de fogo, pôr mais metal, dar-lhe maior es-
pessura. — a voz, engrossa-la. — , (p. us.)
dar mais força, v. g. — as supplicas com
lagrimas. —SE, v. r. adquirir novas forças,
fortalecer se , v, g. — a armada, o exer-
cito. *
RiFORço, s m. augirento de força; soc-
corro, adjutorio de gente de guerra , de
naus. — de canhão, mais espessura do me-tíii
tal.
REFORMA, s. f. O acto de reformar ou de
se reformar, v. g. — dos estatutos dauni-
/ersidade, da constituição, das leis. — dos
costumes, da vida, mudança para melhor.
— , (milit ) dispensa de serviço activo com
continuação do soldo. — , nova provisão pa-
ra supprir o que se consumiu.
REFORMA, (hist.) da-se csto nome á revo-
lução operada na christandade no XVI sé-
culo, e que separou da igreja romana gran-
de parte da europa.
REFORMAÇÃO, s. f. reforma. Diz-se parti-
cularmente da reforma religiosa de Luthe-
ro e Calviao.
REFORMADAMENTE, ttdv. [mente suíT.) com
emenda nos costumes.
REFORMADissiMo , A , adj. supcrl. de re-
formado. ,
REFORMADO, A, jo. p. de reformar ; adj.
restituído á primeira forma ; melhorado de
forma, provido do necessário, do que fal-
tava ou se tinha consumido ; emendado, re-
generado, 1?. g. — nos costumes. Official,
militar — , dispensado do serviço conser*^^'^
RI^
«9
39S
vando o soldo ou parte delle. — * as naus
de mantimentos, as mesas de iguarias.
KBFORHADOR , A. s. possoa quB reforma,
V. g. ordem religiosa; eraendador dos cos-
tumes.
REFORMAR, V. ã. (r« pref.) tornar a for-
mar; dar nova forma, restituir á primeira
fónna, refazer, v. g. — o muro, as ameias;
(Cg.) confirmar, v. g. — & paz, a amizade,
(p us.) nestas accepções. — , renovar, con-
certar, reparar, w. g. — vaso quebrado, a
enxárcia, os mastros quebrados do navio. — ,
pro.v«r do novo, v. g. — os mantimentos do
navio, as munições, o exercito de tropas ;
— a gente com refresco. — , mudar para
melhor, melhorar, dar melhor forma, v.
g. —as leis, a constituição, avida,oscos-
ti\utes. — , (milit.) conceder a reforma, a of-
cial conservando-lhe o soldo ou parte delle.
— -o despacho, a sentença, emendar o juiz
ou tribunal superior a de autoridade infe-
rif»r -t-sE, V. r. cobrar nova força, v. g.
porto onde a gente sf reforma ; prover-se,
c. jr:— i a gente, mantimentos, munições.
— , tomar emenda, emendar-se, v. g. —
na vitlft, nos costumes.
RSPORMAiivo, A, ãdj . (des. ivo.) que re-
foro^a ou é capaz de reformar, emendar.
REFORMATOEio , í. f». (des. ório.) regi-
mento ábáo para se executar alguma refor-
ma.
RKFOSSETK, s. fUr. [r€, O fosscte, dim. de
fosso.) pequeno fosso cavado no fosso sec-
co de praça forte ou em mina.
REFOLCiiSHADO , A , ãdj. [rc pref., foci-
nho, des. ado.) (p. us.) carrancudo.
REFOUFINUADO V. Eucrespado ^ Rhçado
(cabello^. \:v:Vo.
REFKACçÃo, s. f. (Lat. refractio , onis.)
(phys ) desvio da linha recta que soffre a
luii passiaudo de um meio raio, como o ar,
a iravéz de corpos transparentes densos, co-
nM>. o crystal, ou fluidos como a agua. PI.
Re fr acções.
REFRACTÁRIO, A, adj . (Lat. rcfractãrius.)
o que falta á promessa ou facto. — ,(chim.)
diílicil de fundir. Velai — ; (fig.) renitente,
insubordinado, desobediente.
R&FRACTivo , A , adj. (des. ivo.) (phys.)
que teqa a propriedade de refranger a luz.
A propriedade — do crystal de Islândia.
REFRACTo, A, p. p. alatmado de refran-
ger ; adj. (Lat. re-fractus, áerefrii\>go, ere,
refnaager.) refrangido, que soffreuL refrac-
ção Lua-^. Yisáo — , que se. £ai por qieip
de luz sofraogida. .>i;;tu<x> ,8-
REFRANGESTE, odj . dos 2^. (Lat rgfrtH-
gens, tis, p. a. de refringo, er».) que re-
frange.
REFRANGER, V. O. (._at. refringo, ere; re
de frango, «re, quebrar.) desviar os raios
d.i luz da sua direcção rectilínea, como faz
o prisma, o crystal, a agua. — se, v. r.
apassivado, soífrer reacção. — a luz.
REFRANGIBILIDADK, S. f. (deS. idãdc,) (t.
phys.) propriedade refrangivel.
REFRAisciVEL , adj. dos t g. (des. itel.)
capaz de soíTrer refracção. Raios refrangi-
veis.
REFRANSEAR, V. ã. OU u. Moraesverte
refranzear muito, e fig. discretear. E sem
duvida erro por refrasear.
REFRÃO, s. m. (Fr. refrain.) V. Ri-
fão.
RBFREADAMBNTE, adv. {mente sutr.) com
moderação.
REFREADO, A, p. p. dc refrear; adj. mo-
derado, reprimido.
REFREADOiRO, s. m. (aut.) cousa que re-
frêa.
REFREADOR, A, adj. 6 s. que refrêa. Pen-
samentos refreadores das paixões desorde-
nadas.
REFREAMENTO j s. w. [mento sufif.) acção
de refrear, de cohibir.
REFREAR, V. a. [re pref., frêo ou freio^
ar des. inf ) conUíuder, cohibir, reprimir,
V. g. — o inimigo, as paixões, o furor, os
appetiíes, a lingua, a violência. — se, tj, ir.
cohibir-se, moderar-se.
REFREGA, s. f. [re pref , e Lat. franga,
ere, quebrar.) briga, batalha, conflielo. Nas
bellicas — s. Quando o inimigo começasse
a — .
REFREIO , s. m. cousa que refreia, que
cohibe.
REFRESCADA , s. f. (subst. da des. f. de
refrescado.) fp. us.) cousa que serve de re-
fresco, adjutorio, auxilio.
REFRESCADO, A, /). p. do refroscar, adj.,
moderado o calor com ar fresco ; (fig.) que
recebeu refresco, auxilio, soecorro.
REFRESCAMENTO, (aut.) V. RcfrCSCO.
REFRESCAR, V. a. {re pref., fresco, ar
des inf.), moderar o calor com ar fresco,
ou por qualquer outro agente refrigerante ;
V. g. — o corpo abanando-se, ou com be-
bidas refrigerantes. • , (fig), dar refresco,
soecorro, adjutorio. v. g. a gente, refor-
ços; — a briga com gente. — a memoria,
avivar, —se, v. r., moderar o próprio o»-
lOr ; tomar reíresoo , mantimentos ; {úg^.y
recreiar-se. — v n., tomar refresco de
agua e vitualhas. • astanheda, tornar-sc mais
rijo. V. g. Refrescou a briga.
REFRESCO, ^. m. refrigério, refrigeração; ,
v(fig) cousa que reftesoa, vigora : «>. g.^^^
de gente, soecorro, auxilio; -^ de mai^i-»
mentos e aguada. « Derão de — nos ini--
migos, » os que chegaram de reforço, -r-
das casas com ar fresco ; dos. viveiros codi
agua. <í^ Augusto paro)^-». dt^^sua lascivia
99 ♦
39f
REF
KEP
trazia buscadores de donzellas, » para a
excitar, despertar.
REFRETAR, V. a. [ve pref ), tornar afre-
tar; V. g. — o naviOf p. p. adj. Uefre-
tado.
REFRETAR, («nt.) V. Refertar..
REFRiCAR, (ant) V. Disputar, Altercar.
REFRIGERAÇÃO, s. f. (Lat. vefrigiratio ,
onis), o acto de refrigerar, de refrescar,
resfriamento; (fig.) refrigério.
REFRIGERADO, A, p. p. de refrigerar a((/.
resfriado ; (fig.) alliviado, que recebeu re-
frigério.
REFR GERANTE, ttdj . dos 2 g. (Lat. refri-
gerans,\tisj p. a. de refrigero, are)^ que
refrigera , refresca ; Os — «, bebidas que
moderam o calor interno do corpo.
REFRIGERAR, V. a. (Lat. refrigero, are,
re pref., e frigus, oris, frio), diminuir o
calor interno do corpo por bebidas e remé-
dios appropriados ; v. g. As bebidas acidu-
ladas, os banhos refrigeram o calor febril,
/'fig.) alliviar, desafogar, v, g. — a dôr, as
penas; em sentido abs., e — se, r.r. sen-
tir refrigério.
refrigerativo- V. Refrigerante.
REFRiGERATORio, A, adj. (Lat. refrige-
ratorius), que resfria; v. g. Vaso — , res-
friador.
REFRIGÉRIO, s. M. (fig') desafogo, allivio,
cousa que refrigera, allivia.
REFUGADO, A, p. p de refugar, flí//. pos-
to de parte, e enjeitado como de qualida-
de inferior.
Refugador, s. m. o que refuga.
REFUGAR, V. a. (do Ital. rifiutare] , se-
parar o mau de bom, e enjeitar o que é
de má qualidade; v. g. — a fructa toca-
da ou podre ; a telha mal cozida, o grão
avariado.
refugiado, a, p. p. de refugiar-se, acíy ,
acolhido.
REFUGiAR-sE, t>. r. (Lat. refugio , ere),
acolherse, busca asylo, abrigar-se ; v. g.
— no porto, em casa de um amigo.
REFUGIO, s. m. (Lat. refugium), acolhi-
da, acolheita, asylo, acolhimento; pessoa
a quem reccorremos em lance diííicil, pes-
soa valedora, amparo, soccorro, auxilio.
Syn. Comp. Refugio, asylo. Refugio é
uma acolheita, um recurso contra a aíilic-
^ão, o perigo, um mal presente. O asylo
é uma protecção, uma defensa contra a
força e a perseguição, o hospital é um re-
fugio para os pobres ; e a igreja é um asy-
lo para os criminosos. Busca a náu um
refugio em qualquer porto, quando vem
acossada da tormenta; busca n'um porto
amigo ou noutro um asylo, fugindo de for-
ças superiores que a perseguem.
REFUGO, s. m. a porção má que se re>
jeita, V. g, o — da fructa, do grão. Dia-
mante — , o de qualidade inferior.
REFUL6ENCIA, s. f. (Lat. refulgentío), bri-
lho, resplendor de corpo luminoso.
REFULGENTE, adj. dos 2 g (Lat. reful^^
gens, tis, p. a. de refulgeo, ere], brilhan-
te.
REFULGENTIS8IM0, A, adj. suptrl. de re-
fulgente.
REFULGIR, V. u. (Lat. refulgeo, ere, re
pref,, e fulgeo, ere, brilhar), resplandecer,
lançar luz brilhante, brilhar.
REFUNDADO, A, p. p de refuodar, adj.,
cavado fundo, profundado
REFUNDAR, V. a. [re pref.), tornar a fun-
dar cavando ; o. g. — valias, rebaixar.
refundição, s. f. o acto de refundir.
REFUNDIDO, A, p. p. de refuudir, adj.,
tornado a fundir.
REFUNDIR, V. a. [re pref.), tornar a fun-
dir; V. g. — metaes, (fig.) recompor, —
as chronicas antigas ; — a obra, escrever
de novo, reformando, emendando, passar
o licor de um vaso para outro ; em senti-
do (p us.), concentrar-se. ~-se, v. r. de-
saparecer, sumir-se ; v. g. Refundiu-se no
lago, sumiu-se, afundou-se. « No recolher
do mantimento houve tanta desordem, que
se refundiu quasi a metade. » « Puderam
os Lascarins refundir- se sem os verem, »
escoar-se, escapar, Couto. O sentido figu-
rado é antiquado, e vem da ideia de cor-
rer de um vaso para outro, de ser vasado.
REFUSADO, A, p. f. de refusar, adj. re-
jeitado, recusado.
REFUSADOR, s w. O quo refusa, recusa
ou rejeita.
REFUSAR, v. a. (Fr. refuser), não acceí-
tar, não consentir, não se prestar ; v. g. —
a batalha, o desafio, a graça, o cargo ; —
o remo, remar para trás ou não avante ; -—
o cavallo, o estribo, recuar, quando o ca-
valleiro quer metter o pé no[ estribo. E' usa-
do por Barres, Sousa, Ferreira. — se, «,
r. resistir; v. g.k natureza se re/uía mui-
tas vezes ás indagações dos sábios.
REPUTAÇÃO, s. f. (Lat. refutatio , onis)
acção de refutar; argumentos com que se
refuta, refutações.
REFUTADO, A, p. p. do refutar, adj. que
se refutou, que refutou, v. g Tinha — a
doutrina.
REFUTADOR, s. f». 0 quc rcfuta.
REFUTAR, V. a. (Lat. refuto, are, re pref.,
e for, are, aius, fallar), combater com ra-
zões, confutar, convencer de falso ; v.g. —
os argumentos, as objecções, (p. us.) (do
Ital., rifiutare), não acceitar ; v, g. — os
parabéns.
REFUTATOHio, A, adj. (des. crio), que
refuta ; (t. de dir. can.) Apostolas -— í, le-
RE6
REG
897
trás ou carta testemunharei de que se não
recebeu a appellação no foro ecclesiastico.
RK6A, *. /. (de regar), regadura, regadia,
(de reger), regra, instituto.
REGABOFK, s. wi. (contracção de regala-
hofe), (fam.), folgança, grande prazer ; t).
g. Ter um dia de — .
RE6AÇA i, f. V. Regaço.
RKGAÇAR. V. Arregaçar.
REGAÇO, g. m. (Creio que vem do Fr, rc-
hausser, levantar), seio das saias ou rou-
pas apanhadas para levar alguma- cousa no
vão ; a parle do corpo que o apanhado da
saia cobre ; (fig.) o lugar de repouso, de
descanço, v. g. no — do ócio, dos praze-
res, — florido, o prado, a campina, a par-
te interior, profunda, v. g. Ventos que so-
pram do — do sul. — í, tiras de renda com
que se ornavam as alvas dos sacerdotes, por
diante e por detrás.
RkGadeira. V. Enxurrada.
REGADIA, s. f. (des. ia), trabalho de re-
gar, regadura.
REGADIO, A, adj. (^des. io), que se rega.
V. g. Terreno — , terra — , penedos — s,
que o mar banha, — , (subst.), terras de
— , que se regão ; Ribeira de — , cuja agua
serve de regar. — «, terrenos que se regão,
». g. semeados de milho, linho.
REGADO, A, p. p. de regar, adj. que se
regou, que «e rega, banhado, c. g. Terras
— í. Tendo — os pomares, o milho, (fig )
teu espirito — de prazer, nadando em pra-
zer. — de doutrina, m. Lucena.
REGADOR, s. m. aguador, vaso de lata com
biqueira de ralo, usada para regar hortas,
flores.
REGADURA, í. /".(des. ura), acção de re-
gar, regadia.
REGAENGO, (aut.) V. Reguengo.
REGALADAMENTE, adv. {mente suff.j, de
modo regalado.
REGALADÍSSIMO, A, adj, superl. de rega-
lado, muito regalado; v. g. Cidade — .
REGALADO, A, p. p. do regalar, adj., em
que ha regalos, v. g. mesa — , dado a re-
galos, homem — . Iguarias — *, que rega-
lam, muito gulosas. Vida — , de folgança,
prazer, passada em prazeres,
REGALADO. V. Arregalado.
RBGALADOR, s. m. O que regala ; adj.,
que regala.
REGALÃo, ONA, adj. quo se trata com re-
galo, principalmente no comer.
REGALAR, V. a. (Fr. régaler, do Lat re-
galis, régio), tratar com regalo, sumptuo-
samente ] V. g. — o hospede ; causar gran-
de prazer, a amenidade do sitio regala a
vista ; este prato regala o paladar. — se, v.
r. tomar regalo, disfrutar grande prazer,
viver regaladamente, v. g, Regalei-me de
T». IT.
comtemplar o^bello quadro, o aprazível sitio .
REGALEZA, s. 8. corrupção do FT.réglis-
se, alcaçuz.
REGALIA, s. f. (do Lat. regalit, real, ré-
gio), direito magestatico, soberano; autori-
dade regia. — s, privilégios, prerogativas.
V. g. Gozar das — s do cargo.
REGALIA, (hist.) direito que os reis ti-
nham para arrecadarem os rendimentos dos
bispados e abbadias vagas. Este direito foi
sempre contestado aos reis pelos papas.
REGALiCE, s. f. corrupto do Fr. réglisse,
alcaçuz.
REGALiNDO, (aut.) V. Reguengo.
REGALiTO, s. m. diminut. de regalo.
REGALiz, s. f. corrupto do Fr. réglisse,
alcaçuz. >
REGALO, s. m. (do Fr. régal, do Lat. re-
galis, régio, subtendido comida), iguarias
gulosas, comeres appetitosos ; mimo, luxo
no comer, e mais prazeres ; prazer, cousa
que causa grande prazer ; manguito depel-
les em que as senhoras mettem as mãos de
inverno : mimo, presente.
REGALONA, ttdj f. V. Regãlão.
reg'ámargem, s. m, (rego á margem),
um ou dois regos que se dão na extremi-
dade do terreno depois de lavrado, para dar
sabida á agua da chuva.
reganhar. V. Arrega/ihar.
regar , V. a. (Lat. rigo, are, composto
de ruo, correr, e aqua, &gua.) aguar a ter-
ra com regador, ou fazer correr por ella
agua em regos; (fig.) banhar em grande co-
pia , V. g. o sangue dos Mouros regava o
campo de batalha. — as faces de lagrimas.
— a terra com suores ; (tig.) afadigar-se. —
a nova igreja com doutrinas, difí'undindo-a.
— SE, ti. r. ser regado. «As terras que se
regam das enchentes Niloticas. » Camões.
regardar, V. a. (do Fr. regar der.) [uni.)
olhar, attender, ter diante dos olhos « Re-
gardando além de todos os exemplos, aos
Inglezes. » Obras d'El-Rei D. Duarte.
RKGARDO , s. m. (do Fr. regard.) (ant.)
respeito, contemplação; resguardo. Obras de
El-Rei D. Duarte.
REGATÃo, s. m. (V. Regatear.) o que ven-
de por miúdo.
REGATÃo, ona, adj. (do regatear ) que re-
gateia, que faz toda a diligencia por vender
caro.
REGATAR, V. a. (do Ital. recata, o levar,
ou trazer.) (p. us.) comprar, vender, trafi-
car. — , vender por miúdo, expor á venda.
RECATARIA. V. Regãtia.
REGATAS, s. f. chítas da Índia. — *,
(mar.) corridas de barcos , á vela ou a
remos , geralmente usados por divertimen-
to e aposta.
REGATEADO, A»,'. pi pj de regataf ; adj,oi»
100
REG
REG
íerecido ao comprador por preço desarra-
zoado, indo abatendo delle aos poucos.
REGATEAUOR, A , s. pessoa que regalêa.
REGATEAR, V. tt. OU w. (do Lat. recanto,
are, desdizer-se.) pedir preço subido para
ir abatendo aos poucos, como fazem as re-
gateiras. — , (íig.j escassear, dar com mão
escassa,!), g. — mercês, honras, favores.
REGATEiRA, s. f. (de regalar, des. eira.)
mulher que compra pescado, fruta, horta-
liça para revender.
BEGATEiRAS, s. f. pi. — de AbHl, na Bei-
ra são ventanias frias com o céu nublado,
que fazem cair a flor das arvores. Vem do
Lat. rutum, sup. de ruo, ere, cair.
REGATEiRAMENTE, ttdv. (mewíe suíf.) a mo-
do de regateiras.
REGATiA, s. f. trafico de regateira.
REGATiNHO, s. m. diminut. de regato.
;•/ REGATO, s. m. (de regar.) pequena cor-
rente da agua própria para regar. — s re-
gos que a aguadeiíana terra por onde pas-
sou.
REGATÔA, / f. mulher queregatêa.
REGEDENTE, (aut.) V. Residente.
REGEDOR, s. m O que rege, magistrado
municipal ; regente. — dajustiça, presiden-
te da relação de Lisboa, e do Porto
REGELORA, s. f. (ant ] mulher de regente
de reino. Hoje mulher de regedor.
REGEiTAR. V. Rejeitar.
REGELADO, A, p. p. de regelar; adj. for-
temente gelado , V. g. os membros — de
frio; a Laponia — . Peitos — s, (fig.)insen-
siveis.
REGELADOR, A, adj. que regela. Frio — .
REGELANTE, ttdj . dos 25 g. (des. dop. a.
Lat. em ans, tis.) que regela, v. g. frio ,
medo — .
REGELAR, V. O. {re pref.) congelar, con-
verter em gelo; (fig.) esfriar, entorpecer, t».
g. o frio regela a neve, os membros O sus-
to, o medo regelam o peito. O pregador,
em vez de commover, regela os ouvintes.
— SE, V. r. congelar-se ; lioar tolhido, en-
torpecido pelo frso ; — de medo. — , endu-
recer como o gelo.
REGELO, s. m. [re pref., e^^e/o.) carame-
lo, gelo denso ; (fig.) entorpecimento, insen-
sibilidade.
REGENy (geogp.) rio da Saviera, sae dos
montes Baehmerwald, corre ao hO. e cae
no Z)anubio, defronte de Batisbonna.
REGÊNCIA, s. f. regimento, o acto de re-
ger o estado; governo, autoridade do regen-
te do reino, da pessoa ou pessoas que go-
vernam na menoridade ou incapacidade do
rei. Conselho de — , que assiste o regente.
— , (gram.) dependência que existe entre os
membros de uma phraze. Syntaxe de — ,
exposição das regras desta depeadeacia.
REGENERAÇÃO, s. f. seguudo nasclmento,
acto de regenerar. — espiritual, o baptismo.
— do império, da nação.
REGENERADO, A, p. p. de regenerar; arfj.
que recebeu nova vida; (fig.) restaurado,
— na ou da agua, do baptismo. — como
sangue de Jesu-Christo Nação — .
REGENERADOR j A, údj . que regenera. — ,
s. pessoa que regenera.
REGENERANDO, A, ãdj . (deS do p. fut.
Lat. em andus.) que está para ser regene-
rado pelo baptismo.
REGENERANTE, adj. dos 2 g. (Lat rege-
nerans, tis, p, a. de regenero, are.) que
regenera. Aguas, banhos — .
REGENERAR, V. a. (Lat. regenero, are; re
pref., e género, are, gerar.) tornar a ge-
rar ; (fig.) restaurar, v. g.—r& uaçào. —
pelo baptismo, dar nova vldaíf.n'") <
REGENERATIVO, A, adj. (des. ivo.) que tem
virtude de regenerar.
REGENTE, s. dos 2 g. (Lat, regens, tis.)
pessoa que governa o reino durante a meno-
ridade OU algum impedimento do rei. — de
cadeira, cathedratico. — derebanho, (p. us )
guardador. — , mulher capaz de reger, ou
que rege casa pia ou recolhimento.
REGER, V. a. (Lat. rego, ere, cujaetymo-
logia não encontro nos lexicographos, a pe-
zar da grande importância dei-te vocábulo
que é o radical de rex^ o rei, ejfiereHus,
recto, e seus derivados. Se me não engano
vem do Egypcio er ou re, ra, fazer, pôr
em acção, dirigir e hié, ieme, enàodere-
ctè agere.) dirigir, jíovernar, corjfo rei, ou
como chefe. — a cadeira, dar lições, desem-
penhar as obrigações de lente. — oest«adti.
— , (gram.) determinara variação, desinên-
cia dos membros dependentes da phraze ,
V. g. este verbo rege o accusativo; este
tempo rege o conjunctivo. — se, v. r. diri-
gir-se, governar se, portar-se.
REGBRAR. V. Regenerar.
REGGio, (geogr.) Regium ou Rhegiam
Lepidi. cidade d'ltalia no ducado de ittod^í-
na a 6 léguas ao ft'0. de Modena ; 18,000
habitfíntes.
REGGIO, (geogr.) chamado tarabem S.anta
Ágata delle Galline ; Rhegium dos antigos,
ou Rhegium Ji*/u, cidade de iX a polés, ca-
pital da Calábria ulterior, a 130 léguas de
Wapoles ; iO,O0O habitantes.
REGIA, í. f. (poet.) palácio, paços reaes.
REGIAMENTE, adv. [mente suíf.j, com ma-
neiras de rei.
REGIÃO, s. f. (Lat. régio, anis, de rego,
ere, reger.) grande extensão ou espaço. As
regiões polares. A — , do ar. — , (anat.)
parte do corpo comprehendida era certos li-
mites.— epigastrica, hypogastrica, etc.
RBftiCiUA, $. dos i g. matador de rei. — ,
REG
adj. que medita morter de rei, v. g. alma,
seita — .
RKGiCDío, s. m. (do Fr. régicide.) mor-
to ^ioio.,«a ^p p^j Qjj rainha.
REGICISMO, S. m. (Ues. tomu.7 ^iu^.^jl. ^ ^,.
us.) doutrina contraria á monarchia, e aos
reis.
REGIDO, A, p. p de reger; adj. gover-
nado, dirigii^o.
REGiFUGio, s. m. (Lat. regifugium.) fes-
ta da antiga Roma commemorativa da fugi-
da do rei Tarquinio.
REGiLLo, (geogr.) Regilhim, pequena ci-
dade d'Italia, entre os Sabinos, a 5 milhas
de fioma. Nos seus arredores ficava o lago
Regillo, hoje di Santa-Prapeda.
REGIME ou REGIMEN, s. m. (Lat. regime\)
governo, direcção.—, (med ) dieta, direc-
ção do doente durante o curativo ou na con-
valescença.
REGIMENTO, í. w. [mento suff.) direcção,
governo, administração do estado ; forma
de governo , v. g. — por communidades ,
governo republicano. — , procedimento pru-
dência], modo de se portar. — , directório,
inslrucções escriptas, norma das obrigações
do cargo, da administração, t). 5^. — dos ca-
pitães, governadores, do erário, dos pilo-
tos.— , (med.) dieta, regime, v. g. — da
mulher parida. Dias de — w — , (milit.) cor-
po do infantaria, de cavallaria, artilharia
composto de companhias e mandado por um
coronel.
REGiNAR, vem no Elucidário como antigo
por original. Custa-me a crer que exista
tão barbara corrupção, e creio que é erro
de transcripção por origitiar, trocado o /
por r.
Reginon, (hist.) abbade de Prum, mor-
reu em 915 ; deixou uma Chronica que
acaba em 977.
REGio, A, adj. (Lat. regius, de rex , re-
gis, rei.) de rei, real. Carta — . O — apo-
sento. A — prole. Agua — , acido nitro-mu-
riatico que dissolve o ouro.
REGiOMONTANus, (hist.) Celebre astrouomo
allemão nasceu em J4J6> morreu em 1476
As suas principaes obra são : Ephemerides
astfonomicoe ah anuo 1475 ad annum 151)6 ;
Kalendarium novum ; Tabulce directionum
profectionumque, etc.
REGIONAL, adj. dos 2 gf. e REGIONARM, A,
adj. (p. us.) de bairro, ou distiicto da ci-
daiie. Diácono, protonotario regional. Cu-
nha, Bisp. de Lisboa.
REGíRAR. V, Regyrar.
REGiRO. V. Regyro.
REGisTADAMENTE, ttdv. [mente suff.) com
fragilidade, parcamente, côm regra, mode-
ração.
REGISTADO, A, p. f. de regislar; oá/. 88-
REG
889
sentado em registo ; regrado, moderado.—,
dirigido, regulado, v. g. confiança — pela
lei de Deus. V. Registrado.
REGISTAR, tj. a. V. Registrar.
REGISTRADO, A, p. ^'"'dê^Vègisi.u. , ^..^
assentado em registro. Na chancellaria fi-
cam — s as mercês, as cartas regias. — , par-
co, moderado, poupado, regrado.
REGISTRADOR, s. w O que registra em li-
vro.
REGISTRAR, V. a. (Lat, registro, are', res,
negocio, agere, fazer, struo, ere, dispor.)
assentar, copiar por inteiro ou em extracto
no livro de registro, v. g. — cartas regias,
cédulas, mercês, alvarás ; manifestar nas al-
fandegas, aduanas ou casas de arrecada-
ção, V. g. — o ouro nas casas de fundição.
— , marcar com registro o lugar de livro ;
(fig.) ver, examinar , verificar ; consultar,
tratar. — , dirigir, regular, moderar, v. g.
— os pensamentos, as palavras
REGISTRO, s. m. (Fr. rigistre.) livro em
qut3 se faz assento de mercadorias que en-
tram e saem, ou de despeza ; acto de regis-
trar ; casa em que se registra, examii^ia ;
exame feito nas alfandegas, casas de arre-
cadação ; escriptura donde consta ter sido
registrada a mercadoria, a despeza, o do-
cumento. — de livro, fitinha presa no topo
da encadernação com que se marca o lugar
onde se deve abrir o livro. — , retrato, ima-
gem de santo, que marca o lugar do livro.
— na despeza, moderação , economia, re-
gra. — , (impres.) correspondência entre as
regras da pagina cora as da outra que ficam
nas costas do papel. — , chave de bica ou
torneira de fonte que regula a quantidade
de agua que por ella corre. — de açude^
porta, taboa que dá passagem á levada de
agua. —s de órgão, de piano for íe, mecha-
nismo que reg^ula e modifica o som. Tocar ^
nos — s, (fig.) fallar a propósito, com acer-
to Tocar todos os — s, (fig.) fallar em tudo,
em todos os tons.
REGius. (hist.) lente de medecina em U-
trechet, nasceu ora 1598, morreu em 1679.
Deixou Physiologia; Explicatio mentis hu-
mance , Philosophia natu(ralis.
REGNAiSTE V. Reinante.
regNard, (hist.) poeta cómico francez,
nasceu em 1655, morreu em 17Ô9. As sua»
principaes prças sko^ O Jogador : O Dis-
iraido ; as Loucuras ^\atnDrosas, etc.
regnatívo , ;A , <adj . (4çs. ito.) (p. us.)'
que respeita ao^.j^einar. Irudencia — . , , >
REGNicoLA, aa[/. dos á g- y. Reini-r^,
cola. , ., .ly
REGNIER, (hist.) poeta satyrioo francez.^
nasceu em 1573, morreu em 1613. Regnior.r
foi o primeiro poeta francez C|ue ganhou
RÉG
REG
fama na satyra ; imitou bem os poetas an-
tigos, que havia tomado por modelo.
REGO, s. m. (V. Regar.) sulco que deixa
o arado, a roda do ^ç^arro. gi^^^q^áfo 'feg
aguas. — , o acto de regar, rega das plan-
tas; (fig.) cultura.—, (fig.) caminho recto,
proceder recto, singelo.
RÍGOA, s. f. (do Lat. regula.) taboa es-
treita e plana terminada na sua longura por
duas superfícies parallelas, por meio da qual
se traçam linhas rectas.
Moraes diz que régua é melhor ortho-
graphia, mas não reflectiu que a suppres-
são do l pede o, como de nebula, névoa,
de ccelum, céo.
regoàdo, a, p, /?. de regoar ; adj. aber-
to rego, sulcado.
RKCOADURA, s. f. (dos. uva.) acto de re-
goar, de abrir regos ; greta nas mãos ou
nos pés.
REGOAR, V. a. [rego, ar, d«s. inf.) abrir
regos, sulcos com o arado. — se, v. r. gre-
tar a terra pelo calor do sol, ou a pelle,
REGOLGO , 8. m. (do Cast.) retrocesso da
agua. Moinhos de — , cuja agua retrocede
depois de ter posto em movimento a roda.
lEGOLiz, s. m. (do Fr. réglisse, Lat. gly-
cirrhixa.) alcaçuz.
REGOMARGEM. V. Reg'ámargem.
REGORGEiAR, V. ã. [re pref., gorgeio, ar
des. inf.) dobrar o gorgeio ; — sons effemi-
nados.
REGOUGADO, A, p. p. de rogougar ; adj.
que imita a raposa no som. Cão — , que
dobra a cauda sobre as ancas como a ra-
posa.
REGOUGAR, f). H. uivar como faz a rapo-
sa ; voltar a cauda sobre as ancas, como faz
a raposa.
REGOUGO, s. m. a voz própria da rapo-
sa.
REGozrjADO, A, p. p. de regozijar; adj.
causado regozijo ; alegrado, em que ha re-
gozijo. Festa, serão, dia — .
REGOZIJAR, V. a. {re pref. gozo, ejar des.
do Cast. «c^ar, lançar, ou do Fr. réjouir) cau-
sar regozijo. — SK, v. r. alegrar-se, ter re-
gozijo, gosto, prazer.
REGOZIJO, *. m. acto de se regozijar, ale-
grar ; recreio, cousa qne causa prazer, fes-
ta, folgança.
RE60ZILH0. V. Rogozijo.
REGRA, s. f. (Fr. règle, do Lat. regula, de
rego, ere, reger, manter direito, na linha re-
cta) norma, preceito para fazer alguma cou-
sa ; disposição de lei. — de bem viver, da
vida. -, instituto de ordem religiosa, • g.
a — de São Bento. — , (fig.) moderação, eco-
nomia, V. g. viver, gostar com — , regra-
(Jamente. — de três, operação de arithme-
tica, em que por meio da proporção entre
duas quantidades se procura achar a que de-
ve existir entro uma terceira e a quarta. —
ou impresso — , (naut.) ração, pitançaque
se dá nas naus. — , fluxo menstrual das mu-
lheres. Estar com a regra. — s de arte ou
sciencia, de pensar, escrever, de jogo, v.g.
— dos centos, do bilhar. — s, termo de en-
cadernador, taboas em qae corre o ferro de
aparar o papel.
REGRACiAR, V. a. (p. us.) agradecor de no-
vo, dar novas graças.
REGRADAMENTE, ttdv. [meute suíT.) com re-
gra. Gastar, viver — .
REGRADO, A, p. p, de regrar ; adj. regu-
lado, moderado, v.g. — nos gastos, no co-
mer.
REGRAL, adj. dos2g. (rc^ra, des. adj. a/)
regular ; concernente a regra religiosa.
REGRANTE, adj. dos2 g. [áes. do p. a Lat.
em ans, tis) regular. Cónego — , o que vive
em communidade. Os cónegos — s de Santo
Agostinho.
REGRÃo, s. m. augment. de regra.
REGRAR, V. a. [regra, ar des. inf.) traçar
regras, ou linhas com regoa ou pauta ; re-
gular, moderar, v. g. — asdespezas. — sk,
t>. r. regular-se, dirigir-se com regra
REGRAS (João das), (hist.) sábio juriscon-
sulto portuguez o mais ardiloso do seu tem-
po ; nasceu em Lisboa em 1362, falleceuem
1442. Estudou jurisprudência em Bolonha,
onde teve por mestre o celebre Bartolo, e
regressou em 1882 a Portugal, onde gozou
da estimação il'el-rei D. Fernando L Nas
co-tes de Coimbra de 1385 advogou os in-
teresses do mestre de Aviz, e com a sua ver-
bosa dialéctica decidiu os procuradores dos
povos a porem a coroa na cabeça de D. João
I. Gozou João das Regras de grandes hon-
ras e poder ; foi senhor de Cascaes. Oeiras,
Lourinhã e outras muitas terras ; chanceller
mór do reino, do conselho de D. João I, e
seu privado. Classificou as leis do reino, ac-
crescentando-lhe interpretrações ; traduxiuo
Código de Justiniano ajuntando-lhe intelli-
gencias das glossas de Acursio e Bartolo ; e
escreveu: Pratica nas cortes de Í^Hb. No-
biliário do conde D. Pedro addicionado, e
outras obras.
REGRAXAR, p. fl. (fô prof., B graxav) [pini.)
appUcar de novo certas tintas.
REGRESSADO, A, p. p. de regrcssar, que
regressou. Tinham — , voltado.
REGRESSÃO, s f. V. Regrcsso.
REGRESSAR, V. n (Lat. regredior, i, ssum;
re pref., e gradior, caminhar, de gradus,
passo) voltar ao lugar d'onde se partio^t?.^. —
ao posto, á pátria. Não sei porque razão D. Fr.
Francisco de São Luiz reprova este ver-
BEG
REG
401
bo que diz nào ser derivado conforme a ana-
logia dalingua. Elle épor certo de tão bom
cunho como retrogradar, progresso, ingres-
so, grassar. A isto acresce não possuirmos
termo que o possa supprir. Retroceder e re-
trogradar significam voltar atrás, e não vol-
tar ao lugar da partida. Em quanto á origem
que dá o sobredito autor de regresser que elle
diz ser francez moderno, é verbo que não
•liste na lingua franceza.
REGRESSO, s. m. (Lat. regressus) volta ao
lugar da partida ; (fig.) volta ao antigo esta-
do, V. g. —á má vida. — , (jurid.) restitui-
ção da posse, v. g. — de beneficio; recur-
so contra a pessoa por conta de quem pa-
gámos, t). g. 4o fiador contra o fiado
Syn. Comp. Regresso, remig ração. Am-
bas estas palavras exprimem a ideia de vol-
tar uma pessoa ao ponto d'onde sairá, com
a diflferença que regresso a exprime sem
relação a nenhuma outra circurastancia, e
remigração é o regresso depois de imigra-
ção, degredo, ou expatriação. Quem sáe de
sua pátria para viajar , ou por negó-
cios, regressa a ella depois de algum tem-
po. Demosthenes, desterrado em Calauria
e Vieira em Roma, suspiravam por sua re-
migração á pátria.
REGRETA , 5. f. diminut. de regra, pe-
quena regra de páo com que o composi-
tor tira as letras do componedor para formar
a pagina na galé.
«KGUA, s. f. T. Regoa.
REGUACHO. V. Recacho.
REGUADEiRo, (ant.) V. Arrecadador, Co-
brador.
REGUANTE, (ant.) V. Regrante.
REGNARDA, (ant.) Y. Retaguarda.
HKGUARDAMENTO, s. m. W . Atteução, Res-
peito.
REGUARDO, (ant.) V. Resguardo.
REGuçAR, V. a [re pref., e aguçar) (p. us.)
tornar a aguçar.
REGUEiFA, s f. (Arab. dim. de reguifon,
pão) pão pequeno em forma de rosca ou ar_
gola.
REGUE!FE'RA, *. f. (des eira) mulher qu*
faz ou vende regueifas.
REGUEiME. V. Requeime.
REGUEIRA, s. f. rego, regueiro.
REGUEIRA, (ant.) V. Rageira.
REGUEIRO, s. m. {rego, des. eira que de-
nota curso) sulco, rego prolongjdo por onde
corre agua para regar, arroio.
REGUENGO, A, adj . rcalcugo, real, do rei.
Terras, herdades ~s. Maçans — *, azedas,
que nascem nos termos de Óbidos e Alcobaça.
REGUENGO, 8. m. terras do património an-
tigo dos reis de Portugal, anteriormente a
D. Pedro 1.
; REGUENGUEiao, A, adj. de reguengo, «. g.
YOL. IV.
herdades — ; que mora no reguengo. Ho-
mem — .
REGUiNGOTE, í. w. (corrupção do Fr. r«-
dingole, deriv. do Ingl. riding-eoat, sobre-
tudo de montar a cavallo ; de ride, andar a
cavallo, coat, casaca) casacào, sobretudo.
REGULAÇÃO, s. f. direcção para fazer al-
guma cousa.
REGULADO, A, p. p. de regular ; adj. di-
rigido, regrado. Relógio bem — , que regu-
la bem. Homem bem — , que se regula bem,
que vive regradamento.
REGULADOR, s. m O quc rcgula. — da
pêndula, parte do mechanismo que regula a
marcha do relógio.
REGULAMENTAR, odj . doS t g. Q
REGULAMENTARio, A, adj. rclativo a regu-
lamentos, que encerra regulamentos.
REGULAMENTO, s. f». (Fr. réglcment der^-
gleo, regalar) lei particular; código de leis
militares relativas ádisplina.
REGU'AR. adj. dos 2 g. (Lat. regularis)
feito segundo as regras. Movimento — , uni-
forme. Cónego — , o que vive em communi-
dade, regrante.
REGULAR, V. ã. [Fr.réglcr, do L&t. regu-
la, regra) dirigir, regrar. — as suas acções,
as despesas ; o relógio, fazer que ande cer-
to. — SE, V. r. dirigir-se, reger-se, gover-
nar-se. — , em sentido abs. oun., servir de
norma. O relógio regula bem, vai certo com
o tempo, marca exactamente o tempo, as
horas.
REGULARIDADE, *. f. (des. idade) qualida-
de de ser regular ; successão regular ; pro-
cedimento regrado — de movimento ; — de
costumes ; — das oscillações, uniformida-
de. — , observância de instituto religioso. Â
— das estações, successão ordenada, regu-
lar.
REGULARMENTE, adv. [mente suíf.) com re-
gularidade ; periodicamente, v. g. o correio
parte e chega — . — , de4)rdÍDario, por via
de regra. .\'Vj-rv.r4u « vvi
RÉGULO, s.m. [Ldit. regulus, dim. àerex,
rei) reizinho. — , t.dechimica antiga, me-
tal depurado, v. g. — de antimonio
REGULO, (hist.) Marcus Atilius Regulus,
general romano, cônsul no anno i56 an-
tes de Jesu-Christo. Foi prisioneiro dos
Carthaginezes os quaesno fim d'alguns an-
nos de captiveiro deram-lhe liberdade de-
baixo da sua palavra para ir a Roma trtc-
tar da entrega dos prisioneiros, mas Regu-
lo em vez de fazer diligencia para a con-
cluzão deste negocio, tractou antes de per-
suadir os seus concidadãos para que nào
( s entregassem e depois disto não hesitou
em voltar a Carlhago onde foi morto no
meio de atrozes suj.plicios.
REGULO SERRANO, (hÍSl.) C. AttiUuS, COft-
lOi
REI
BEI
sul nos annos 257 e 250. Alcanço a sobre
os Cartbaginezes a jatalha naval de Lipa-
ri em 2á7.
REGURGITAÇÃO, s. f. (i^ai. regurgitatio ,
onis) movimento de fluido que regurgita.
REGURGITADO, A, p.p. de regurgitar ; ací/.
que regurgitou.
REGURGITAR, V. n. [ve pref . , e Lat. gurges^
itis, pego) borbulhar, como a agua quando
sáe do pego.
RE-iYRAR, V. a. [re pref.) tornar a gy-
rar.
REGYRo, s. m. novo gyro.
REnABiLiTAçÃo, s. f. acto de rehabilitar,
ou de ser rehabilitado.
REHABiLiTAno, A, p.p. de rehabilitar ; adj.
tornado a habilitar, restituído aos direitos
civicos.
REHABILITAR, V. a. {re pref. e habilitar)
restituir aos direitos civicos ou civis. — sb,
V. r. obter a reahabilitação.
REI, s. m. [Lai, rex, regis; Sanscr. radja.
Vem dere^o, ere, reger, governar. Ital. re,
Fr. roi ou roy) soberano, oii chefe heredi-
tário ou electivo de um estado, v. g o —
de Hespanba, de Polónia (que era electivo)
Em Portugal dá-se este -titulo ao marido d^
rainha reinante. — , das cartas dejogar, a
carta em que está pintado orei. de cada nai-
pe. — doxadres, a peça principal d'este jo-
go ; no jogo antigo dagaratuza. ■— , dojogo
de prendas, o que ganhou o sentenceia os
que perderam segundo as leis do jogo. — de
armas, official publico que escreve as genea-
logias, explica o brasão. Os — s, a festa em
>que a Igreja celebra aapparição dos magos
no presépio de Jesu-Christo, chamados im-
propriamente reis magos. El-Rei, o rei : diz-
se do rei do estado onde vivemos. De — , ré-
gio, real. — , (fig.) senhor, chefe. O leão é
o — dosanimaes. Peixe-rei, peixe semelhan-
te ao salmão ou truta.
hYN. comp. Rei, monarcha, príncipe,
potentado, imperador. Rei vem da palavra
latina rex, e segundo sua ethymologia [a
regendo) é o que rege, dirige e guia, man-
dando ; e seu cargo é dirigir, reger e con-
duzir os povos que lhe são confiados ; po-
rem commumente designa esta palavra o
soberano que rege e governa só um rei-
no.
Monarcha é palavra grega , de monos
só , e archô , mandar , governar , e
signiflca o que governa só, ou, em lingua-
gem moderna, o rei absoluto e independen-
te que concentra em si todos os poderes ;
pelo que, os reis de Inglaterra, e de quasi
toda a Europa, nao são monarchas, e so-
mente reis constitucionaes.
Principe vem do latim princeps, que si-
gnifica o primeiro, o cabeça, e designa em
geral o soberano d'ura estado independen-
te ainda que não tenha o titulo de rei ou
monarcha ; em particular significa o her-
deiro da coroa, porque entre os filhos do
rei é o primeiro e destinado a reinar. Tam-
bém se chama principe dos poetas, dos ora-
dores, dos philosophos ao que entre elles
ó o primeiro em merecimento, o entre to-
dos mais eicellente.
Potentado vem do latim potentatus dô
antes potens, potentis, e significa m pode-
roso, principe grande com poder absoluto,
ou também principe com dominio absohito
n'alguma província tomando investiduta
d'outro superior.
Imperador, segundo a força da palavra
latina imperator [cx impero), significa che-
fe militar, generahssimo ; mas só se usa na
significação restricta de soberano poderoso
de certos estados que formão confederação,
ou d'um império.
REI ou RAZi (hist ) nome moderno dás
minas de Regoe ou Ragés na Pérsia, a 1
légua ao SE. de Tehéran.
REI UE ROMA, (hist.) titulo quc SC dcu ao
filho do imperador Napoleão no momento
do seu nascimento.
REI DOS REIS, (hist.) titulo pomposo que
tomavam os antigos reis da 1'ersia.
REI DOS ROMANOS, (hist.) tilulo USado htt
império d'ÂUeínaiih^, e que tinha doussen-
tidos dislinctos : 1.*^ era o chefe do império
depois da eleiçã«) feita pelos eleitores e an-
tes da coroação feita pelo papa ; 2/^ era
(quando havia um imperador reinante), um
futuro imperador eleito pelos mesmos elei-
tores que tinha elegido o verdadeiro impe-
rador, mas sem poder próprio em quanto
vivia o imperador ; por morte deste torna-
va-se de direito imperador.
REI DOS SACRIFÍCIOS, (hist.) Rtt sacrífí,-
culus. Kra em Roma o sacerdote de Diana
^'Aricia. Este sacerdócio foi instituído de-
pois da quedada monarchia ; para comple-
mento de certas cerimonias, que exigiam a
mão de um rei. O rex sacrificulus erdi setQ"
pre um escravo fugitivo, o qual devia ter
morto o seu predecessor.
REI- JORGE (ilhas do), (geogr.) duas ilhas
da Polynesia.
REi-joRGE Til (archipelago do), (g^ogr.)
na costa ao O. da America septenlrional.
Explorado por VancOuver.
REI- JORGE III, (geogr ) vasta babia da cos-
ta ao S. da Nova Hollanda.
RKICHA, (hist.) compositor allemão, nas-
ceu em 1770, morreu em l8ol). Deixoaum
Tractado de Melodia. As suas principaes
operas são : Nathalia ; Sapho.
REiCHARD. (hist.) oscriptor allemão, n«s-
ceu em 1751, morreu em 18Í8. Publicou
REI
REI
i^tWS
um Guia de viajantes na Europa, e outras
I'e(]uenas viagens.
REiciiKNAU, (gpogr.) ilha do gran ducado
de Bade, no Lago de Constança, a légua e
meia ao NE. de Constança ; 1,500 habi-
tantes.
REicnENAU, (gengr.) villa e castello da
Suissa, a 2 léguas meia ao SE. de Coire.
REiCHENAU ou RiCHNOu, (gBOgr.) Augia
dives, cidade da Bohemia, a 1 légua a K.
de Solnitz ; 3,250 habitantes»
REiciiKNBACH, (geogp.) cidad» dos Esta-
dos prussianos, a 12 léguas aoSO. de Kres-
lau; 3,900 habitantes. "^^ .-^
REiCHENBERG, (geogf.) cidade da Rohemia,
capital de senhorio, a 12 léguas ao INE. de
Jung Bunzlau ; li.Oíí ) habitantes
REiCHENHALL, (geogr.) cidade da Bavie-
ra, a 3 Ifgua e meia ao 80, de Salzburgo ;
2,500 habitantes.
REiCHSTADT, (geogr.) cidade da Bohemia,
a 9 léguas ao NO de Bunzlau ; 2,000 ha-
bitantes.
REicnsTADT (Francisco Carlos José Napo-
leão, duque de), (hist.) filho do imperador
Napolt-ão e da sua segunda esposa Maria
Luiza, nasceu em Paris a 20 de Março de
1811, morreu em 18B2.
REiD, (hist.) philosophoftescocez, nasceu
em 1710, morreu era 1796. Deixou : In-
vestigações sobre o entendimento h-imãno ;
Ensaios sobre as faculdades intetlectuaes,
etc.
REiGADA, s f. (do Gr. inus. r/ie^d, ou r^y-
gnuô, rachar, des. ada) rego entre as náde-
gas do animal. A — das azas, orneio entre
ellas.
REiGADO. V. Arraigado.
REii, (geogr.) pequeno povo da Gallia na
Narboneza 2.*, entre os Âlbiaeci ; capital
Reii (hoje Riez).
REiKiAViK, (geogr.) capital da Islândia,
sobre o golpho de Fale ; 500 habitan-
tes.
REiLLANE, fgeogr.) cidade de França, a 4
léguas e meia aoSO. de Forcalquier ; 1,300
habitantes.
REiHA. V. Reuma.
REiMANN , (hist.) bibliographo allemão ,
nasceu em Í668, morreu em 1743. Deixou
uma Historia critica da Lógica^ e outras
obras.
HEiMAR, (hist.) fíeimaí^MS, philologo e na-
turalista hamburguez, nasceu em 1 69 , mor-
reu era 1M8. Deixou: I rac lado das prin-
cipaes verdades da religião natural ; áí-bser-
vaçôes physicas e moraes sobre os instinc-
cWs dos animaes.
REiMBRANÇA. V. Relcmbrauça.
REiMBRAR. V, Relembrar.
RRiMS, (geogr.) Remi ou Durocortorum,
cidade de França, sobre o Vesle, a S legufiis
ao NK. de Paris ; 38.3'>0 habitante?.
RKINAOO. s. m. {reino, des. ado) duração
da autoridade regia, v. g. no — d'El-Rei D.
Manoel ; direito de reinar, soberania, exer-
cicio do poder régio, oíTicio de rei. «O — ó
oííifjo de muita vigilia e trabalho. » Fêo.
REINANTE, adj . d')S i g . (des. do p. a. Lat.
emans, tis) que reina actualmente, v. g. o
príncipe, a rainha — . — , dominante, v.g.
epidemia — .
REINAR, V. n. (Lat. regno, are) exercer o
poder régio, governar como rei ; (fig.) do-
minar, ter poder, v. g. ♦*- sobre a nação.
/?<?maí)a era Hespanha oGodo ilodrigo. Aqui
reina o silencio. Hoje reina a hypocrisia e
a corrupção.
REINCIDÊNCIA, s. f. [re pre( . , Q mcidencia)
recahida, v. g. — em culpa. ',ui A Jiir)
REINCIDENTE, adj. dos 2 g. (rcpref líqtie
recae de novo, v. g. — em culpa, delicto.
REINCIDIR, v.n. [re, pref., e Lat. incicfo,
ere, cahir) recahir, v g. — na culpa, no
dtílicto.
REiNECCius, (hist.) sábio alemão, nasceu
com o titulo de Historia Julia uma inte-
ressante historia dos Caldeos e dos Assy-
rios.
REiNESius, (hist.) sábio allemão, nasceu
em 1587, morreu em 1667. Deixou notas
sobre Muilio, sobre Petronio, e um Sijn-
tagma Inscriptionum.
REiNHA, (ant.) V, Rainha.
REiNHARD, (hist.) moralista empregador
protestante, allemão, nasceu em 1753, mor-
reu em 1812. Deixou Systema da moral
ckristã ; Licçôes de theologia dogmática.
REiNHOLD, (hist.) philosopho allemão, nas-
ceu em 1758, morreu em 1823. 1'ublicou
Cartas sobre a philosopkia de Kant ; Nova
theoria da faculdade representativa, etc.
REiNKiRiK, (geogr.) antigauiente Skal-
holt, cidade da Islândia a 15 léguas a E.
:e Ileikiavik.
REiNicoLA, adj. dos 2 g. do reino, natu-
ral de reino, pertencente ao reino
REINO, s. m. (Lat. regnum) estado monar-
chico, regido por um rei ou rainha : diz-se
do território e da nação. O— de Portugal, de
França. Muitos estados que hoje estão incor-
porados em outros, v. g. o Algarve, o Aragão,
Leão, Granada, conservam a sua denominação
antiga de — . Negócios do — , a administração
interior doestado. — , (fig. e p. us ) opoder
do rei, a realeza. — , (íig.) o lugar onde do-
mina algum poder, v. g o — do céo, do in-
ferno, das trevas. — escuro, o inferno, a
sppultura. Os três — s da natureza : animal,
vegetal, e mineral, as divisões que compre-
hendem os animaes, as plantas, e as substan-
cias inorgânicas. Esta deQommação adopta-
101 «
404
REI
REI
da pelos naturalistas é imprópria porque equi-
yale a região. Seria mais acertado chamar-
Ihe systemas ou stemmas, do Lat.
Stn. comp. Reino, império. Posto que
não haja uma verdadeira razão porque se
dê a diíferentes estados governados por im-
peradores ou reis o nome de reino ou de
império \ todavia, lembrando -nos daquelle
dito de Ciíjero, que o povo romano era o
imperador de todas as gentes, imnerator
omnium, gentium populus romanus {pro
Domo, 33), parece-nos que império faz nas-
cer a ideia de um vasto estado composto de
muitos povos, tal é o de Allemanha, o da
Bussia, o império Ottomano ; a palavra rei-
no denota um estado mais limitado, e faz
sentir a unidade da nação de que é forma-
do, tal é a França, a liispanha, Portugal,
etc. A Inglaterra é um pequeno reino na
Europa, mas considerada em suas posses-
sões nas cinco partes do mundo, é um gran-
de império, cuja metrópole é a maior do
mundo; o império marítimo da Grã-Breta-
nha é o maior que jamais existiu.
REiNOL, adj. dos 2g. do reino, vindo do
reino. Fidalgos reinôes, assim se denomi-
navam nas conquistas Portuguezas da Ásia
os fidalgos vindos da Europa. Ameixa — ,
preta.
REiNTEtRAçio, s.f. O acto de reintegrar,
ou de ser reintegrado.
REINTEGRADO, A, p.p. de reintegrar : adj.
que reintegrou, ou foi posto no estado pri-
mitivo.
REINTEGRAR, V. a. [re pref.) restituir ao
estado primitivo, ou aos seus direitos, sa-
tisfazer alguém do que lhe foi usurpado, v.
g. — no posto, na posse
HEiNTRANTE, adj. dos 2 g. (do Fr. ren-
trant ) Angulo—, (fort ) cujo vértice volta
para dentro da praça.
REiNviTE , s. m, o acto de revidar.
REio, (ant. arreio.
REiRA, (ant.) V. Diarrhea.
KÉis, pi. irregular de real, s. m. moeda
antiga de ténue valor, e hoje unidade mo-
netária das moedas portuguezas, v. «7. vin-
te mil — ; um conto de — .
REIS (António), (hist.)escriptor portuguez
do século passado. Era perito em sciencias
naturaes e notável na eloquência do púlpi-
to, e na poesia latina. Escreveu : Epy gra-
mas, Vida do conde da Ericeira. Corpus
illustrum poetarum it lusiíanornm, qui
latine seripserunt.
REIS (livro dos), (hist.) são assim cha-
mados quatro livro» da Biblia, que con-
teem a historia do povo hebraico desde Sa-
muel até ao principio do reinado deSede-
cias, abrangendo um espaço de perto de
cinco séculos. Origenariamente estes qua-
tro livros, só formaram'dous designados pe-
los titulos de Livro de Samuel e de Livro
dos Reis.
REIS, (hist.) (isto é, chefe e em arabej ti-
titulo de muitos officiaes ou dignatarios do
império ottomano.
REisBUTOs, s. m. (do Sanscr. radja-pu-
tra, filho de rei.) casta militar na Índia.
REisETE, s. m. diminui, (famil.) V. Rei-
zête.
REisKE , (hist.) philologo c Orientalista
allemão, nasceu em 1716, morreu em 1774.
Deixou Tharapha mollakah ; Abulfeda an-
nales mostemici, etc.
REISMARKT OU REUSSMARKT, (gCOgr.) ci-
dade da Transylvania, capital de circulo»
a 7 léguas ao NO. de Hermaustadt.
REITERAÇÃO, s. f {re pref., e Lat. itóra-
tio, onis.) o acto de reiterar.
REITERADO, A, p. p. de reiteirar; ad/. re-
petido segunda vez. Tinha reiterado a or-
dem.
REITERAR, V. a. [re pref., e iterar.) re-
petir segunda vez, v. g. — a ordem.
REITERA VEL, aáy, dos 2 ^í. (dcs. aocL) que
se pode reiterar.
REITOR, s. m. (Lat. rector.) chefe ou re-
gente de universidade. — do mundo. — de
almas, cura, parocho.
REITORADO , s. m. duração da reitoria.
REITORIA, s. f. (des. ia,) oílicio e direitos
do reitor.
REiTRES, (hist.) de [reiter, cavalleiro) ,
espécie de cavaliaria allemã, que servia nos
exércitos, principalmente na guerra da Li-
ga.
REiTz, (hist.) Reitzius, philologo allemão,
nasceu em 17ò3, morreu em 1790. Deixou
excellentes édicções da Poética e da Rhe-
thorica d'Arisloteles, de Heródoto, de Per-
seo, etc.
REivAS , s. f, (chulo) cantilena de frei-
ras.
REIVENDICAÇÃO OU ftUteS REIVINDICAÇÃO,
s. f. (Lat. reivindicatio, onis) (jur.) acção
para reivindicar a posse do que por direito
nos pertence.
REIVINDICADO , K , p. p. de rciviudicar ;
adj. que reivindicou, ou que se reinvidi-
cou.
REIVINDICAR, V. a. (Lat. reivindico, are,
de rei, genitivo de res, cousa, e vindicare,
vindicar.) (jur.) intentar acção para obter a
restituição de cousa que fomos injustamen-
te desapossados.
RBiiiA, s. f. rixa, contenda. — velha, ini-
mizade antiga. — nova, briga repentina. V.
Rixa.
REiXA, s. f. (do Fr. ant. reiz, raso, cha-
to, plano.) barrinha, taboinha. — de cadeia-
do, barrinha de ferro que o prende. « íi&o
REL
RKL
406
mette — sem lirar — , » prot., nada faz sem
interesse.
RBiXA, s. f. (do Gr. rhôx, grão, pevide.)
(med. ant.) tumorzinho que masceno sacco
iacrjmal junto ao nariz.
«EiXELO, s. m (t. da Beira) W. Cabrito.
RKizKTB, *. m. diminuí, de rei, rei de
pouca idade ; régulo, rei de um pequeno
estado.
REiziNHO, s. m, diminut. de rei, rei de
pouca idade ; rei de estado pequeno.
RUÃO. V. Bojáo.
REJECTO , p. p, alatinado. V. Rejei-
tado.
REJEIÇÃO, s. f. (Lat. rejectio, onis.) o ac-
to de rejeitar, repulsa, v. g. — áo propo-
sição.
REjEiRA. V. Rageira.
REJEITADO, A, p. p. de rejeitar; adj. que
se rejeitou ; que rejeitou. A proposição foi
— . Tinha — a capitulação.
REJEITAR, V. a. (do Fr. rejeter, do Lat.
rejicio, «re, cíum.) atirar, ferir arremessan-
do ; recusar, repulsar, v. g. — a proposi-
ção, o conselho. Na volateria, revessar, vo-
mitar.
Stn. comp. Rejeitar, enjeitar. Rejeitar
segundo sua etymologia, de rejicere, é re-
pellir de si, talvez com rudeza, o que se dá
ou ofiferece ; enjeitar é lançar de nós com
óespeito ou desamor o objecto que já ti-
nhamoSj ou estava á nossa disposição. Re-
jeitasse o cargo que se tem em pouca con-
ta, o conselho que desagrada, o favor que
humilha. As aves enjeitam os ovos ou os fi-
lhos quando nelles se bole ; o pai desa mo-
roso enjeita o filho que não quer reconhe-
cer. Rouijseau enjeitou os filhos por motivos
que todo o homem cordato rejeitará
REJEITO , í m. arma de ferir de arre-
messo.
RELA, s. f. rã das montas, rã verde que
vive entre silvas e vallados. V. Rubeía.
RELAÇÃO. «. f. (Lat. rc/oíio, onis.) o nar-
rar, ou referir algum successo. — , tribunal
superior composto de desembargadores que
pronunciam sobre aggravos e appcUações.
A — de Lisboa, casa da supplicação. — do
feito, relatório. Nos Documentos antigos en-
contra-se nesta accepção escripto rolação,
que me parece erro de transcripção. Tam-
bém antigamente se dizia relações das ca-
marás, e conselhos municipaes. — , conne-
lão, correspondência mutua entre duas cou-
sas, pessoas ou ideias, v. g. & — de paren-
tesco. Relações de amizade. Não existe —
entre os dois phenomenos.
relamber, V. a. [re pref.) tornar a lam-
ber.
RELAMPADEJAR , V. impcssoal (r# prcf., e
Gr. lampo, brilhar.) haver relâmpagos, bri-
VOL. If.
Iharem relâmpagos na atmosphera. Relam^
padeja o téu.
RELÂMPADO, (ant.) V. Abolido.
RELÂMPADO, (ant.) V. Rclampago.
RELÂMPAGO, s. m. (prou. O acceuto na an- •
tepenullima. V. Relampadejar ) luz ou cia-"'
rão eléctrico que brilha repentinamente na
atmosphera, de ordinário seguida do tro-
vão. Ê' mais extensa que o corisco ; (fig.)
cousa que apparece subitamente e dura pou-
co,appariçãojbrevissima, mostra momentânea.
RELAMPAGUEAR, RELAMPBAR, e RELAMPEJAR.
V. Relampadejar.
RELAMPO, s. m. relâmpago. E' conforme
ao radical Grego lampo, brilhar.
RELANCE, *. m. {re pref-, e lance.) Ga-
nhar de — , (t. de jogos de parar) sobre o
lance.
RELAND, orientalista allemão, nasceu em
1676, morreu em 1718. Deixou: Palaisti-
na ex monumentis veíeribus illustrata;
Enehiridion studiosi.
RELAPSiA, s. f. (do Lat. relapsus ; re, e
lapsus, lapso, de labor, i, escorregar.) rein-
cidência em erro, em heresia abjurada.
RELAPSO, A, adj. (Lat. relapsus.) qae rein-
cidiu no erro abjurado.
RELATADO, A, p. p. de relatar; ad;. re-»
ferido ; contado, v. g. — no numero dos deii»^ •
ses. Camões, Lus.
RELATADOR V. Rclator.
RELATAR, V. a. [úo Lat. relatum , sup.
de refero, rre, referir.) referir, narrar; fa-
zer relatório.
RELATiVAMENTi , odv. (mcnte suff.) com
relação, em relação, v. g. — a esse nego-
cio, á questão. >
RELATIVO, A, adj. (Lat. relativus ) que tem"
relação com outra cousa, pessoa, ou ideia.
Adjectivos ou pronomes — s, que exprime a
relação de um termo com outro, que se re-
fere a elle, v. g. que na phraze seguinte :
o homem que julga os outros por si enga-
na-se quasi sempre.
Stn. comp. Relativo, respectivo. Relati-
vo exprime a referencia de uma cousa a ou-
tra, em quanto ella convém, se applica, ou
pertence a uma outra. Respectivo exprime
a proporção em que uma cousa determina-
da tem o valor, a qualidade, ou qualquer
propriedade, que é commuu também a ou-
tras. Esta proposição ére/aíira ao assumpto
de que falíamos hontem. Os pobres costu-
mam ser respectivamente mais felizes que
os poderosos. Todo o homem tem seu res-
pectivo amor próprio, relativo á paixão que
o domina.
RELATOR, s. t». O que narra, refere his-
toria , successo; juiz que faz relatório de pro-
cesso, que expõe a causa, o direito, as pro-
vas, a defesa, etc.
102
m
REL
MV
RELATÓRIO, s. f». (des. ótío.) exposição,
narração de successo; exposição verbal que
faz o juiz relator; exposiçào verbal ou escri-
pta que faz algum membro de asseml)leia de-
liberanle em sessão publica ou particular, de
negocio de que foi encarregado pelo con-
gresso, ou por commissão que o escolheu
para esse fim.
RELAXAÇÃO, s. f. (Lat. relaxatio, onis),
estado relaxado, falta de tensão; v. g. —
da& libras musculares, intermissão, folga,
descanso do trabalho; (fig ) odispensarou
fcfrouxar na execução de lei, ou instituto;
inabservancia das regras de «Igum institu-
to. V. g. abandono de réo de crime reli-
gioso á autoridade secular para lhe impo-
rem pena de sangue ou cap'lal , subterfú-
gio usado pela atroz Inquisição.
,BSLÀXAOo^ A, p. p. de relaxar, adj, não
tenso, p. g. musculo — , no estado que
succede á contracção. Estômago — , que
perdeu a sua energia contractji. — , tibio
na observância de instituto ou lei ; frouxo,
dissoluto ; Vida — , dissoluto. Religião — ,
pouco estrícta. -^j remettido ; v. g. — á
justiça secular, abondonado a ella pela au-
toridade ecclesiastica — do processo.
RjRL^XADOR, \ adj. (Lat. rçlaxator), que
relííxa (pessoa ou cousa).- , • oi'
RELAXAMENTO, s. w. (do Ff. relâchemcnt),
relaxação physica.
RELAXAR, ». a. (Lat. relaxo, are, re
pref., e laxare, afrouxar, deseutesar), remo-
ver a tenção, desentesar ; is. g. — as fi-
brftfry os músculos, o estômago, õ ventre;
(íig.)^. -r- as forças do animo, do espirito. —
os cuidados, distrahir-se d'elles. — oscos-
tuines, fpzer dissoluto, licencioso. — , (iig)
dis|>ensaf, desligar diminuir o rigor; ». g.
— â lei, o juramento; perdoar, absolver,
— peccados, culpas. — a réo, o condem -
nado por crime religioso, abandonal-o ás
autoridades seculares para lhe imporem pena
de sangue ou capital. — se, v. r perder
a tensão ; afrouxar no dever, fazer-se dis-
soluto ; deixar de executar estrictamente ;
t?. g, — na observância de deveres, de ins-
tituto.
RSLAXtJ^A, adj. relapso; que reincidiu
na,' culpa. Diz-se dos crimes religiosos.
RBL^, 6. f. (V. Halo), ralé, casta, laia
sorte ; í3. ^f. gente d'esta — . V. Ralé.
RBLEGADO. V. Relígado.
R«LEGADO, A, adj [rclègo, des. partici-
pais a<2â}|- axposlo iiOi. relego ; V. g. Vinho
RELEGAGEM, s. f. (ànt), peusão que pa-
gava o que vendia vinho durante o relôgo.
RELEGO, 5. m. (do Lat. relinguo, ere, dei-
xar), lagar, celleiro, adega onde o senhor
recolhe os seusíruclos, v.g. Vinho de — ,
do celleiro ou adega priviligiadas. — , im-
posição antiga^, provavelmenae relativa i
izenção do privilegio do relego, real. Pagar
— . : V.ífiJBÍE íJUp 0diHVí> íUij. :;-,> .[>
RELKGUEiRA, s. f. mulhep dtfT^de^eTfo.
RELEGUEiRO, s. m. (dcs. ciro), rendftiro
de terra que tem o privilegio do relego.
RKLKiçÃo, $. f. {re pref., e Lat. lectio^}^-
segunda licção ou leitura.
RELBiXAR V. Relaxar, Dispensar^
RELEixo, s. m. (t de forí.), o espaço de
terra entre a muralha e a cava.
relembrança, (ar.t.) V. Recordação.
Relembrar, (ant.) V. Recordar.
RELENTAR, V. a. {rclento, ar des. inf ],
amollecér, amolentar com a humidade do'
relento ; v.g. — a corda do arco. — ss,
V. r. cobrir-se de relento; v. g. as plantas
se relentào. Ka costa d'Africa relenta-se
pela cacimba. F. p. adj. relentado.
RELENTO, s. íw. [ar e lenlo, húmido), a
humidade nocturna; v g. Dormir ao — .
RELEO. V. Ralêo.
RELER, V. a. (repref., eler) ler segunda
vez.
RELEU, s.
mesa) (ant.)
m. (doCast. relieve, sobeja da
sobejos que distribuiam aos po-
bres os frades na portaria dos conventos.
RELEVADO A, p. p de relevaf ; adj. feito
em relevo, resaltado Ter os membros — 5»,
carnudos. O escudo — . O — da pirhtura,'
subst., a parte do painel que figura corpos
resaltados. — , perdoado; ajUviado de encar-
go, obrigação. •^»:'n> -dl f.-fi<v. o
RELfiVADOR, A, adj. quo retevt (couiS ou
pessoa).
rklevamento, 5. m. [mento suíí ) (ant.)
o acto de relevar, perdoar, alliviar, absolver
djC obrigação, encargo. — do degredo.
relevância V. Importância
RELEVANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. em ans, tis) que releva, realça ; (fig.)
importante, attendivel. nrgaurieatos, motivos
— s. Gircumstancias — s. Embargos — s, que
provados relevam.
RíLEVAR, V. a. fLaU relero, are, re pref.
e Uvave, levantar) realçar, dar relevo, v.g.
— a pintura, fazer sobresahir certas partes
do quadro. — , absolver, perdoar, diraittir,
dispensar, v.g. — a pena; — a falta, cul-
pa, erro, descuido, dissimular, passar por,
desculpar. -^ adora alguém, consolar. — ,
V. n. importar. Cousa que lhe tanto releva-
va; importava, ex. « Relevava abreviar o ne-
gocio. » Eufr. Isso releva para o i ugmento
da agricultura, das artes. Releva-me que o
façamos » Lamões, Seleuco.
RELEVO, s. m. (do Ital. r«/ícpo. Vr.relief]
a parte que sobresáe da superficie plana de
esculptara ; as partas da pintura que figu-
raid> ccHP^os resaltados ; (tig.) realce, cousa
REL
R£L
W
que realça. — inteiro^ em que as Oguras
se destacam inteiramente do plano. Meio — ,
era qie sobresáem por metade. Baixo — ,
em que as tiguras esculpidas sobresiem pou*
CO. Bordado de — , de alto, alcachofrado.
RELHA, s. f. (do Fr. ant. reilhe onreille) a
parte do arado que corta, abre os regos na
terra. — s dos carros ^ taboas que atravessam
por dentro da madeira o meão e «s caibas, e
chaços das rodas do carro, e as seguram.
RBLHiNQUiMENTO, s. m. (ant.) V. Dcixu-
fõo. Abandono.
RELUiNQUiR, tj. a (do L&i.relinquo^ ere,
deixar). V. Deixar^ Abandonar, Uemittir.
RELHO, s. m. (Lat. religo, ere, apertar)
(ant ) cesto, cinto matronal. Chegar uma mu-
lher ao — ; (fig.) casar com ella ou gozar
d'ella. Vir, chegar ao — , (fig ) conseguir
o intento. — , nome de um peixe do Mon-
dego.
rílho, s.m.{áo Sióy relho) açoute de tira
de coiro torcida sobre si.
RELHO, A, adj. rijo. duro como o coiro
cru, inflexível, \elbo e — . Fallarportuguez
velho e — .
HELHOTE, s. m. diminut. de relha, peda-
ço de relha mais estreita.
REI íCARio, s. f. [réliquia, des. ário) caixa
de relíquias.
RELifiADO, A, p. p. de religar ; adj. hga-
do, atado de novo.
RELIGAR, V. o. [rc prcf., e ligar) atar, li-
gar de novo, ou com novos laços.
RELiGAS. V. Relíquias.
RELIGIÃO, s. f. [IM. religio, onis, dere-
ligo, are, ligar fortemente) culto a Deus, aos
santos ; culto aos deuses gentílicos, ás di-
vindades symbolicas ; observância dos pre-
ceitos divinos ou suppostos taes ; reveren-
cia ás cousas sagradas ; acto religioso. — ,
casa de homens consagrados ao culto divi-
no, v.g. conventos de frades ; ordem de ca-
valleiros que fazem votos religiosos, ». g
a — de Malta. — , vida de ptssoa dedicada ao
culto divino. — , (ant.) santidade, virtude
divina, ex. «O rio Wagundii... não tem aquel-
la — das aguas do Ganges. » Barros. Cre-
mos que nesta phrase religião significa ve-
neração como a cousa divina, sagrada.
Syn. comp. Beligiáo, piedade, devoção.
Beligiôo é a \iriude TLOtnl com que ado-
ramos e revrenciamos a Deos. Ftedade é
a \irtude que move o homem a honrar a
Dtcs ; ajunta á prin eira a ideia de zelo ,
e íiireição (ordiaL- ó a religião affecluosa
e anavei. lUtOiões éo fer\or e reverencia
religiísa com que f«zen.os certos exercícios
de piedade, que por isso se lhes dá tam-
bém o nome de detoções.
Ka religião domina a íé ; na piedade, a
caiicide ; na áixcçào, a csperai^ça ; que
;
nào são nossas devoções senSo votos a Deus
para que nos onça, por isso que nelle po-
mos toda a nossa esperança.
RELiGiONAHio, s. m. (Er. religionnaire] no-
me dado aos protestantes reformados.
RELIGIOSAMENTE, ttdv. {mente suff.) com
religião, dirigindo-se por princípios religio-
sos; com escrupulosa attenção, v. g. guar-
dar — o segredo.
RELIGIOSIDADE, s. f. [lãX. religiositas, tis)
a qualidade de ser religioso, observância re-
ligiosa.
RELiGiosrssiMAXENTK, adc. superl. de re-
ligiosamente.
religiosíssimo, a, adj. superl. de religio-
so.
RELIGIOSO, A, adj. (Lat. re/»^iosi*.9) obser-
vador dos preceitos da religião, dado ao cul-
to divino, que professa regra religiosa, mo-
nástica. Vida — . Casa — , convento, mostei-
ro.
RELINCHAR, RELINCHO. V. Rinchar, Rin-
cho.
relinga, s. f. (naul.) corda de atar ave-
la, ex. «('orlou — da vela com a espada.»
Couto.
relinquir, V. a. (Lat. relinquo, ere). IP.o'-
Deixar.
relíquia, s f. (Lat.) resto ; cousa vene-
rada por ter pertencido a Jesu-Christo, á vir-
gpm Maria ou aos Santos. — s, restos, o que
escapou, v g. — da antiga grandeza do Egy-í*''
pto, da Grécia. As — do exercito, a gentô
que escapou.
RçLiQUíARio. V. Relicário, mais usado.
RELiQuo, A, adj. (Lat. reliquus) V. ReS"
tante.
RELLA. V. Rela.
relogeiro. V. Relojoeiro.
R ELOGIARIA. V. Relojoaria.
RELOGiNHo, s. m. d^minut. de relógio.
RELÓGIO, s. m. (coiTupto do Lat horolo-
gium, *ieho7a e logia, Fr. ant. re/o^e) mer
chanismo de rodas, pesos e molas que marca
as horas e suas subdivisões, posto em tor-
res. — de parede, metido em caixa e encos-
tado á parede. — de mesa, qu3 se põe so-
bre mesa, chaminé de sala, etc. — de al-
gibeira, que se traz no bolso. — de agua,
que se move por agua. — rf« areia, ami-
pulheta. — do sol, gnomon que indica as
horas e suas subdivisõos pela sombra do sol.
Dar corda 60 — . y. Corda. — , (naut ) meia
hora medida pela ampulheta : ex. « Esteve '
sete relógios do mar em travez. »
RELOjo. V. Relógio. í^i
RELOJOARIA, s. /. (des. ario), arte, ofi-
cio de relojoeiro.
RELOJOEIRO, s. m. (ées. eiro), artífice que
faz, tonceila ru vende relojos.
RfLOUCAfio, A, p. p. dp reloucar* adu,-
102 ♦
REM
EEM
enlouquecido, duas rezes louco, infatua-
do.
RELOUCAR, V. tt. (rc pref., louco, ardes,
inf.), enlouquecer, tcanstornar inteiramen-
te o juizo, infatuar.
RELUCTADO. V. Rcsistido, Repuguado.
HELUCTANCiA. V. Repugnância.
RELUCTANTE, ttdj . dos 2 g. (Lat. reluc-
ía«, tis, p. a. dereluctor,ari), repugnan-
te, que repugna, resiste.
RELUCTAR, V. n. (Lat. reluctor, ari), re-
sistir, repugnar.
RELUMiJRAR. V. Resplandecer, Reluzir.
RELUZENTE, adj . dos 'È g (des. do p. a.
Lat. em ens, tis), que reluz, brilhante.
RELUZIR, V. n. (Lat. reluceo, ere), bri-
lhar, resplandecer; (fig.) sobresahir : v. g.
Reluz o prazer no rasto. P. p. reluzido.
RELUZIR, í?- o,, (p, us.), reflectir a luz.
RELVA, s. f. herva curta do prado.
RELVAR, V. a. [relva, ar des. inf.) cor-
tar, segar a relva. — , cobrir-se de relva.
Relvam os prados.
RELVOSO, A, adj. (des. oso ] coberto de
relva.
REM, s. f. (do Lat. rem, accus. de res,
cousa.) (ant.) cousa. «Se achasse que algu-
ma— fereza como nom devia.» Ord. Af-
fons. Como adv. negativo corresponde ao
Francez rieu, nada, v. g. não valeu — .
REMACLE ou RIMAI L (S.) , (hist. S.) bispO
de Tongres em 650, fundou o convento de
Stavelo. Morreu em 675. E' festejado a d
de Setembro.
REMADA, *. /. [remo, des. s. aáa.) golpe
de remo ; impulso dado remando.
REMADOR. V. Remeiro.
REMADURA, s. f. (dcs. ura.) o trabalho
de remar.
REMAESCER. V. Remanccer.
REMAL. V. Ramal.
REMANCHADO, A, p. p. de remauchar-se;
adj. feito de vagar, com deleixo Homem
— , remanchão, tardo, vagaroso.
REMANCHADOR, A, adj. V. Remanchão.
REMANCHÃO, ONA, adj. c s. delolxado, tar-
do, pachorrento, vagaroso. Criados rema?i-
chões.
REMANCHAR, V. a. (do Fr. remansurer,
demorar-se.) (ant.) delongar, procrastinar.
— SE, V. r. andar vagaroso; ser tardo, de-
morar-se eni fazer alguma cousa.
REMANCHO, s. m. paí»horra, falta de acti-
vidade, fleuma, inércia
REMANço. V. Remanso.
REMANDiOLA , s f. (chulo) engauo astu-
cioso. Armar uma — . E' provavelmente cor-
rupção de armadilha.
RSMANBCENTE, odj . dos 2 g. (dcs. do p.
a. Lat. em ans, tis.) que sobra, sobeja. O
— da herança, o que sobra deduzidas as
despezas e satisfeitas as disposições do tes-
tador.
REMANECER, t>. fl. OU n. (Lat. remanco,
en ; re pref., e manere, permanecer.) so-
brar, sobejar, restar. Satisfeitos os legado»
remaneceu um grande cabedal.
remaneNte. V. Remaiiecente.
REMANENTE , adv. (ant.) de pancada, de
repente, de romania. « Saxeo pilar vir —
abaixo. » Fr. Barreto. Eneid IX, 170. V.
Romania.
REMANGAR, V. a. [re pref., e L&t.mani-
ca, manga), lançar mão para ferir. « Se eu
remango d'um capim » Cam. Anfitr. —se,
V. r. arremangar-se.
REMANSO, s. m. (do Lat. remansum, sup.
de remaneo, ere, ficar, demorar-se), lugar
do rio onde a agua se acha represada, plá-
cida, sem movimento ; (flg.) cessação de
movimento, de acção , recolhimento tran-
quillo, V. g. o — da cella, do retiro ; es-
tado plácido, tranquillo, de repouso, des-
canso, quietação. O somno ó o — da vida,
REMAR, V. r. [remo, ardes, inf.), impel-
lir a embarcação por meio dos remos, mo-
ver a embarcação, dando aos remo». « Não
íendo quem lhe remasse os navios. » Bar-
ros. « iNeste batel que remo. » Cruz, Eglogv
A galé remava trinta remos, era remada por
trinta remos. — , v. n. fincar a pá dore^-
mo na agua, forcejaedo para propellir a ^
embarcação, adiantar-se remando (a embar-
cação) : — contra a maré, (fig.) tentar cou-
sa árdua. — para a sua opinião ; (fig.) fa-
zer por sustental-a ; — a ave com azas,
adejar. — , (fig.) nadar, — com os pés.
— , (fig.) esforçar-se, afanar em qualquer
trabalho : — sem cadeias, soffrer trabalhos,
forçados por costume.
REMASCAR, «■ a. (re pref.), tomar a mats-
car, remoes, ruminar; (fig.) considerar de
novo ; V. g. — os seus cuidados, paisa»*
mentos, as palavras, as ideias.
remassaR, (ant.) V. Remanecer^
REMASSE, s. f. peça de ferro usidia! pelos
espingardeiros.
REMATAÇÀO. V. Arrematação..
REMATADAMENTE, adv. [mente suff.) com-
pletamente, V. g. — louco, cego.
REMATADO, A, p. f. de rematar ; adj. aca-
bado de todo. Tinha — a obra, completado,
completo. K' um louco — . — , seguro, v.y..
— o ponto, dobrando-o para que não esca-
pe a costura.
REMATADOR. V. Árrematador.
REMATAR, fj. a. (do Lat. rima, fendfty o
atar) acabar de todo, terminar, compleiar,
ccncluir, v. g. — a malha ; — o ponto da
costura, segurando-o, dobrando o ponto ;
(fig.) — a obra, a guerra, o discurso. — ,
emalmoeda, leilão. V. Arrematar. — , v.
REM
REM
409
a. ou n. terminar-se, v. g. a figura rema-
ta em peixe. O entremez remata em pan-
cadaria.
reuate , s m a peça que se põe para
terminar qualquer obra de archileclur«, v.
g o — da t<»rre é uma cruz — , conclusão,
lim, termo, terminação Poz o — i obra, á
guerra.—, cume, cumulo, v g. para — de
suas desventuras. — de cantiija, fecho, ver-
sos com que o poeta termina a canção.
reubrawdt (Paulo), (hist.) um dus pri-
meiros pintores da escólio holUndeza, nas-
ceu em l(i(l6. morreu em 1()74. Das suas
prí»diirções a melhor é: 'lobias t ma fa-
mília.
HKMCOM. V. Rincão.
RKiKAÇÃo, (ant ) V. Tornada, Volta.
remeçar. V. Rfimessar.
REiKCHER V. Remexer.
REMEDÃo. V. Ramadan.
REMEDAR. V. Arremedar.
REMEDIADO , A, p. p. de remediar ; adj.
a que se deu remédio, curado ; soccorrido.
Homem — , (fig.) que tem com que subsis-
tir.
REMEDiADOR, A, s. wi. ppssoa que reme-
deia, ar^ode ás necessidades de alguém , ».
g. — dos pobres; — dos alheios trabalhos.
REMEDIAR , V. a [remédio, ar des. inf.)
curar doença, ferida ; dar remédio, v. g.
— o mal, o damno ; (fig ) emendar, corri-
gir, V g. — abusos. — , desviar, j^revenir,
— alguém, soccorre-lo nas suas necessida-
des.
REMEDiAVEL . adj. dos 2 g. (des. avel.)
que se pode remediar.
REMÉDIO, s. m. (Lat. remedium; repreí.,
medeor, eri, curar.) medicamento emprega-
do para curar ; meio, expediente para re-
mediar, atalhar, prevenir, corrigir, acudir
és necessidades ; recurso, refugio. Não ha
— . Isio não tem — , é inevitável. — , bens,
riqueza. Homem que tem — , abastado. JSáo
ter — , não ter neios de subsistência.
Syn. comp Remédio, medicamento. Es-
tas duas palavras dizem-se de tudo o que
se prepara ou se emprega para curar as
enfermidades, porem com n seguinte diffe-
rença.
Chama-stí remédio, em geral, a tudo o
que conlribue a curar as enfermidades, a
conservar a saúde, ou que para esse fim se
empr.fa. Diz-se medicamento toda a sub-
stancia cap«z de produzir no animal viven-
te mudanças uleis para a saúde, isto é; a
propósito para resta belecel-a . ou evitar o
seu detrirrento, applicando-o já interior, já
oxieriorniente.
Remédio é o termo mais extensivo que
medicamento, é o género de que este é a
Êspecie , pois medicamento significa uma
TOL. IT.
preparaç&o pharmaceutica, ou remédio de
botica. O primeiro refere-se á faculdade cu-
rativa, á cura ; o segundo, a um dos meios
de obtel-a. Medicamento nào tem as accep-
ções figuradas de remédio. 4 natureza fa-
cilita 011 suggeie os remédios : ha reme-"
dios caseiros. A pharmacia compõe, prepa-
ra os medicamentos.
REMEDIR, V. a. [re pref.) tornar a medir.
RRMRDO. V. Arremedo.
REMEiRO, s. m. [remo, des. eiró.) rema-
dor, o que rema embarcações.
BEMKiRO , A, adj. que cede facilmente á
impulsão dos remos. Fusta, galé — , que an-
da bem a remo.
REMELA , s. f. (Ho Lat. mclUgo, gomma
com que as abelhas besuntam o interior dos
cortiços.) humor viscoso que se ajunta no
canto interno dos olhos, e na raiz das pes-
tanas.
REMELADO. V. RcmcloSO.
REMELÃo , adj. m. (de remela.) Assucar
— , molle, sem boa gran, queimado.
REMELAR, V a. (rcmc/a, ar dcs. iuf.) cfiar
remela ; fazer assucar remelão.
REMELHOR, ttdj . dos 2 g. (t. cómico) mais
que melhor.
REMELOso, A, adj. (dcs. 050.) que tem re-
mela Olhos — s. Lia (nome próprio) a r«-
melosa,
RKMEMBRANÇA , s. f. (ant.) V. Lembrança.
REMEMBRAR, V. a. (ant.) V. Lembrar.
REMEMORAR, V. a. [rc prcf.) tornar a lem-
brar, recordar, trazer de novo á memoria.
RKMEMOHATivc, A, adj. (des. ivo ) que trax
á memoria o passado, que serve de lem-
brar, de recordar. Signaes —s.
REMENDADO, A, p. p. de de remendar;
adj. a qu»í se poz remédio. Cavallo — .ma-
lhado. Mentira mal — , mal concertada.
REMENDÃO, s. wi. (remcndo, des. ão, de-
notando oílicio ) oílícial de sapateiro ou de
alfaiate que concerta calçado ou fato velho.
— , oíTniial de obra grossa, pouco hábil.
REMENDAR, V. a [remeudo, ar des. inf.)
deitar remendo, concertar, t?. g. — sapatos,
vestidos. — navios, galés. — doutro pano,
(fig.) cousa de outra origem, fora do as-
sumpto.
REMENDARIA , *. f. (des. ária.) (p. us.)
capa de reniendos.
REMENDEIRA, s. f. [remendo, des. eira.)
mulher que remenda fato velho.
RBMENDiNHO, s.m. dimiuMí. de remeudo.
REMENDO, s. w [re pref,, e emendar.)
peça de pano ou de coiro c^m que se con-
certa a parte rota do f« to ou do calçado hei-
tar — s nos sapatos, no vestido. Z)ciíor — sá
vida, ir vivendo com as suas necessidades
e a custo — s, malhas noscavallose outrOg
acimaes. Fa;icr as cousas a — 5. a pedaços
103
410
REM
HEM
com interrupção. Musica de—s, composta
de peças de diversos estylos, ou autores.
* REMERCEAMETSTO, s wi (do Fr. remerci-
rhent.) (ant ) V. Agradecimento.
REMERCEAR, V. tt. (do Fr. remcrcígr. ) (aut.)
agradecer. Chron. de D. Affonso IV, por
Leão, cap 21.
REMERECEDOR, A, ttí/;". dobradamciite mti -
recedor, muito merecedor.
REMERECER , V. tt [ve pref.) merecer de
novo ou duas vezes; merecer mais do que
yole o que se dá em paga.
" REMiRECiDO, A, p. p. áe TemeTBcer, adj
mais que merecido. « O que me dais, pri-
meiro vo lo teniio — . » Utis. E' ant.
REMEZ, (geogr.) antigo pequeno paiz de
França, na Champanha, formava o territó-
rio de Iteims.
REMESSA, s. f. o acto do remetter; a cou-
sa remeitida, v. g, — de fazendas, de di-
nheiro.
REMESSADO. V. Arremessãdo .
jREMESSÃo, s. m. [ão des. augm ) arma
de arremesso grande. PI. Remessões.
REMESSAR, V. O. ^ . Arremessar.
REMESSO, s. m. arma de atirar. V. Ar-
remesso.
REMESTRE, S. m. (t. COmicO 6 jOCOSO) du8S
Vezes mestre.
REMETTEDURA. V. Remettida , Envesti-
da.
REMETTER , V. tt (Lat. remitto, ere ; re
pref., e mitto, enviar, lançar.) mandar, en-
viar cousa a alguém,'??. ^. — fazendns, ge-
íleros, mercadorias, dinheiro, carts, docu-
mentes. — os autos 80 juiz. — o negocio,
coníia-io, entrega-lo. — uma pessoa a ou-
tra, enviar-lha com recommendação. — , en-
treger, v. g. — QO silencio. — , deixar, c.
^. _ a decisão do negocio para outra ccca-
sião, diífenr ; deixar, v. g. remettamos os
nossos aggravos a Deus, para que os ca&li-
gup. — tribvtos, a divida, perdoar.— a ira,
remettir, moderar. — o cava lio: arremessa-
lo, faze lo sair com iropeto. — se, v. r. re-
ferir-se, acquiescer. Bcmeíío-wic ao seu ar-
bítrio, á sua decisão, ou — ao livro citado.
V. Arremetter.
REMíTTiDA, s. f. Bcto de arremetter, im-
pulso, arrojo de homem ou de animal , v.
g. — de touro. — s de nossa gente.
REMETTiDO , A , p. p de remetter ; odj.
perdoado. Tributo — , perdoado, quitado
RÈMETTiDURA. V. Remeitida, e Ctmmtt-
ti^ento.
REMEXER, t>. a. [re pref.) tornar a mexer,
revolver, v. g. — o liquido. — os quadris,
âove-los lascivamente como em certas dan-
sas; (íig ) inquietar.
REMI, /geogr.) povo da Gallia, na Bélgi-
ca 2.", ao 0. dos VeromanãiHs e dos Se-
eessionis, tinha sido antes de César um dos
povos mais consideráveis da Gallia.
REMI (S.), (hist ) Remigius, apostolo dos
Francos; era arcebispo de Ileiras ; bapti-
zou Clóvis, operou numerozas conversões
entre os Francos, morreu em 5H3. K' fes-
tejado no 1.*^ de outubro.
REMI (S.), (hist.) arcebispo de Lyâo em
852, assistiu aos concílios de Valence, de
Chaloiis sobre Saone e obteve diversos pri-
vilégios para a sua igreja fe' festejado a 8
de outubro. Outro S. liemi, foi arcebispo
de Pouen no Vlll século; morreu em //l.
E' festejado em Rouen a 7 de janeiro e a
15 de maio.
REMIDA, subjunctivo ant. de remedir.
Remido, a, p. p. de remir ; adj. resga-
tado.
REMiDOR , s. m. o que resgata, redem-
ptor.
RííMiGES, adj. f. pi. (Lat. remiyo y are,
remar.) As — , pennas das azas das aves.
REMiGio, s. m. (Lat. remigium.) adejo,
movimento das azas.
remigração , s. f. {re pref.) regresso do
lugar para onde se tinha emigrado. — dos
desterrados ; — para a pátria.
remimento, s. m. V. Remissão das cul-
pas.
REMiNHOL, s. w. grande colher de cobre
encravada em cabo de páu com que se re-
mexe o assucar nas caldeiras, antes de ir pa-
ra as formas.
REMINISCÊNCIA, s. f. [Vbi. rcminiscentia,
de reminiscor, ci, recordar- se, do Gr. mnao-
mai; rad. menô, permanecer, durar. Em
Egypc. meui ou meyi significa memoria.)
recordação de ideias conservadas na mente;
lembrança imperfeita de successo ou noção
pretérita ; exercício da memoria.
REMIR , V. a. (do Lat. redimo, ere ; re
pref. iterativo, e tmere, comprar.) resgatar
o que estava empenhado, ou a pessoa que
estava em captiveiro ; fazer cessar a obriga-
ção, pagando por si, ou por outrem ; li-
vrar do poder, v. g.—f* praça conquista-
da ; — o combate. — os peccados, procurar
obter o [erdão delles, u g. por boas obras,
esmolas, arrependimento sircero. — texa-
me, livrar- se delle. — , soccorrer.— o /yncm,
tira-lo de grande trabalho. —se, «. r. re-
mediar-se da necessidade.
REMIRADO, A, p. p. de Tcmirar; adj. olha-
do, revisto atlentamente.
RiMiRAR, V. a. [re pref.) rever, tornara
olhar com attenção. — se, «. r. mirar-sea
miúdo, tornar a mirar-se : — no espelho,
na formosura.
»EMiRKHONT, (gcogr.) iáctfwái caílfi*», ci-
dade de França, a 6 léguas ao SE. d'Epi-
nal ; 5«050 habitantes.
KEM
REM
411
REMissAMENTE, adv. [mente suflf.) de mo-
do remisso, demoradamente, com frouxidão,
sem presteia. Fazer a sua obrigação — .
RKSiJSSÃo , *. f. (^at. remitsio, onis.) o
Hcto do remeiter, mandar, enviar; remessa,
V. g. — dos embar^{OS. — , [^erái^o , v . g . —
da culpa- altivio, minoraçào, v g. — da
pena — da divida, quitação. — , diminui-
ção da intensidade. — da febre, da dôr, do
paroxysmo As febres continuas tem remis-
sões, mas não perfeit^^s intermittencias — ,
frouxidão do animo remisso.
REMfSSiVEL, adj. dos 2^. (des. m/.) per-
doável, r. g. peccados, culpas remissiwis.
RBiisso, A, adj. (Lat. remissus.) tardo,
vagaroso ; frouxo no obrar, em executar ;
que perdeu da sua intensidade. — no go-
verno ; — em castigar.
REMissoRio , A, udj. (Lat. remíssorius ,)
(fort.) Carta — . a que o juiz manda com
os aiitoi a outro juiz ou tribunal. Letras,
decreto — , as que contêm remissão, per-
dão.
REMiTTETSTE^ adj. dos 2 g. (Lat. remit-
tens, tis.) (med.) que tem remissões. Febre
— , cujos paroxysmos soffrem diminuição,
seo. todavia flcar o doente livre da enfer-
midade como nas febres intermittontes,
RKMiTTiDO, A, p. p. de remittir; ac(/. per-
doado. afrouxado.
REMiTTiR, V. a. (Lat. remitto, ere.) per-
doar, qnitar, v. g. — as injurias, a divida,
o tributo, a pena, opeccado. — , ceder, lar-
gar, V. g. — o governo, o direito. — , afrou-
xar, V. g. — o rigor, o zelo. — se, c. r.
affouxar, perder a intensidade. — a dôr, a
febre ; — o calor do sol, o furor.
RBMiTiL, adj. dos 2 g. (des. ip#/.) resga-
tavel.
REMO, s tn. (Lat. remus, de raw?<*, ra-
mo de arvore.) vara ou páu roliço fixado na
borda de embarcação, terminado em pá com
que o remeiro, fincando a na agua, propel-
le a embarcação. Armada de — , de navios
de remo. Estar — «m puw/io, prompto a re-
mar. Alado ou prezo ao — , diz-se do ga-
leote, e (fig.) de quem está aferrado, v. g.
ao vicio, á ambição Remar seu — ; (fig.)
passar a vida era trabalho, trabalhar mui-
to por viver. Dar ao — por onde fazem as
ondas, ir com a maré, seguir o curso fa-
vora /el das cousas. Picar o — , daVirt)^;
tirar pelo — , remar com força.' *
REMO, (hist.) irmão de Rómulo, foi ex-
posto com elle logo depois de nascido, ajii
dou o a fundar R()'na, e foi morto por elle
em consequência de ter saltado por escar-
neo o fosso que traçava o recinto da ci
dade.
REMOÇADO, REMOÇAR. V. Remoqucar, dar
remoque.
REMOÇADO, A, p. p. de remoçsr; ac(;'. tor-
nado moço ; que adquiriu novo vigor.
REMOÇÃO, s. f. o acto de remover, ou de
ser removido.
REMOÇAR, c. a. [re pref. iterativo, moço,
ar des. inf.) fazer recuperar o viço da mo-
cidade ; dar noto vigor. « Ustição que re-
moça a natureza, » íiodinho, a primavera.
— SE, V. r. recobrar o viço, o vigor da mo-
cidade, «ijuando as cãs remofom para desa-
tinos de amor e de lascívia. » Bocage.
REMOEDURA. V. Ituminação.
REMOF.LA, s. f (chulo) pirrâça que se faz
a alguém remoendo o punho dâ mão direi-
ta contra a palma da esquerda.
REMOER, V. a. [re pref. iterat.) tornar a
moer, moer com trabalho e imperfeitamen-
te. — o comer, rumiar. - os dentes , ran-
ger; (fig.) raivar, de inveja, ou de paixão
contra alguém.
REMOINHAR , V. a. OU n. [remoinho, ar
des. inf.) fazer remoinhos, gyrar, mover-
se, ou subir gyrando. Remoinham as on-
das, onde ha sorvedouros, voragens Remoi-
nha o fumo, o vento — , fazer gyrar. (is
tufões remoinham as ondas. Os fumos da
vinhaça remoinham-lhe a cabeça estontada.
REMOINHO, s. m. V. Redomoinho.
REMOiNHOso, A, adj. (des. oso.) que faz
remoiíihoi, voraginoso.
REMOLHAR, V. a. [re pref ilerat)pôrde
remolho, macerar; molhar muito. Barba
remolhada, meio rapada.
REMÔLHO, s. m. acto de remolhar, mace-
rar. Deitar, ou pAr de — , debaixo de agua,
para macerar, amollecer. « Quando vires ar-
der as barbas do teu vizinho, põe as tuas
de — , » dictado que equivale a quando vi-
res mal que ameaça leu vizinho, previne-te,
REMONTA, s. f. — de cavallaria, provisão
de novos cavallos para suoprirem os velhos
ou estropeados. ";• .,
REMONTADO, A, p p. d^ rènSontar ; adj.
elevado ao alto ; subido, elevado. Pensa-
mentos, animo, discurso. — , remoto (em lu-
gar ou em tempo). « Eraprt zas — s dos olhos.»
mui antigas. Às nações mais —s. Terras — i.
Caça — , que se fez fugir para os mais jei-
tos lugares — , (milit ) provido de remoa-
tas. « As tropas melhor — s. » Port Resi
REMONTAR, t>. tt. [re pref.) elevar a lug^ar
alto, ao monte, subir — o iôo, voar alto...
— » pensamento, eleva-lo. — o nome. — ,
tornar a subir. Remontou o rió, indoeon-
tra a corrente; — a serra. — , fazer fug'r pa-
ra os montes, v. g — a caça. — a cãtal-
laria, provê 1& de novos cavallos para sup-
prir os que faltam, ou os que estão velhos,
estropeados ; prover de novos appa relhos,
». g. — a sege. — a lyra, proVir denoVas
cordas. — se, t». r. elevar-so. sublimar-se,
411
HEM
flER
V. g. — ao cume da gloria. — , ensoberbe-
cer-se, ufanar-se. —se aos séculos passados,
volver a elleso pensa mealo, estuda-los, me-
ditar sobre a historia.
BEMONTE, s. m. elevação do que se re-
monta ; lugar elevado.
REMcQUE, s. m. [re prpf., e Fr. moçucr,
zombar ) insinuação indirecta e signitica-
tiva.
REMOQUEADOR , s. m. O que dá remo-
ques.
REMOQUE/*R, V. ã. [remoque, ãr des. íqí.)
dar remoqiies, advertir por meio de remo-
que.
RÉMORA, s. f. (Lat. re pref., e mora, de-
mora.) estorvo, obstáculo ao movimento. — ,
peixe qne dizem deter os navios pegando-
se á quilha junto da popa.
BEMORAUO, A, adj. retido por pequenos
estorv(ts. retardado.
REMORDAZ , adj. dos 2 ^. V. Remorde-
dor.
REMORDEDOR, A, afl[/. quc remordc. Cons-
ciência ; — escrúpulos.
REMORDER , V. a. (Lat. remordeu, ere.)
morder segunda vez ; morder a quem nos
mordeu ; (tig ) atoruieular. A consciência re-
morde os malvados. — , censurar com mali-
gnidade, D. g.— a obra e o autor. — .re-
pisar uma maletia. Mestns duas ultimas ac-
cepções usa-se como «5. abs. : remorder no
auíor, na obra, na n ateria.
BEMORuiMENTO. V. Remorso.
REMOBOSO, A, adj. (Lat. remara, des. aso.)
que detêm, demora.
REHOBSO, s. m. (Lat. remorsus.) pungi-
menlo da consciência, pezar pungente de
cul( a ou crime commettido.
REMOTiss MO, A, adj. supcrl. de remoto,
mui distante. — s regiões.
REMOTO, A, aJj. (i.at. remoíus, áeremo-
veo, ere.) apartado, distante, afastado, lon-
giquo. Terrfts, regiões, cliiuas — . Em tem-
pos — s O fiituro — . — , pouco disposto,
que tem aversão. «E ptsto qu^ tão — es-
tejais de me escutar. » Cantões. Redond
MEMOULiNS, Igeogr.) villa de França, a 3
léguas 6 meia ao S. d'Uiés ; bUO habitan-
tes.
REMOTER, V. O. [istl. remoreo, er«.) afas-
tar, apartar, tolher, tirar, v. g. — os obs-
táculos, estorvos, as diíliculdades, as objec-
ções — «Iguem do cargo, emprego ; (tig )
dissuadir, r. g. — alguém da sua restilu-
ção. — , frustrar, baldar, v. g. — a victo-
ria. Rcmoteu o conf^elko, mudou, alterou.
— , tornar a mover, renovar, v. g. — a
guerra.
REMOVJDO, A, p. p. de removor; adj. apar-
tado, tirado. — do cargo, do emprego.
REMoviMEMio, g. t». V. Remoçáo.
RBtfOTiVEL, adj, doí 2 g. (des tve/.)que
se pi»de remover. Oíficios, empregos remo-'
vireis.
REMUDAR , Vi Q. OU u. (r« pref. iterat.)
tornar a mudar.
REMUiNiiAR. V. Remoinhar.
REMUiNoo. V, Remoinho.
REMUNERAÇÃO , s. f. (Lat. remunerãtto,
anis.) acto de remunerar.
REMUNERADO, A, p. p. de remunerar; orf/.
que se remunerou ; que remunerou
RKMUNERADOR, S- wi. (Lat. remunerator.)
o que remunera, galardoa.
REMUNERAR , V. u. (Lat remunero, are;
re pref., munuí, dadiva.) galardoar, recom-
peiísar.
RCMUNER ATITO, A, ãdj. (des. ivo) que re-
munera ; que se dá em premio de serviços.
RENUNERA10RI0, A, odj . (des. ório] destí-
nado a remuuerar, a recompensar serviçoi.
Doação — .
RKMUSAT, (geogr.) villa de França, a à
léguas ao .NE. de Nyons ; H50 habitantes.
REMUSAT (condessa de), (hist.) sobrinha
do conde de Vergennes, ministro de Luii
XIV, nasceu em 1780, morreu em IHfl.
í^ompoz um Ensaio sobre a educação dat
mulheres.
RiMUSGAR. V. Resmonear.
RENAix, (Keogr ) cidade da Bélgica, a 3
léguas ao S. d'Oudenarde ; 10,001) habi-
tantes.
RENAL, adj. dos t g. (Lat. renalis] dos
rins. Vasos renaes.
RENASCENÇA, RBNASClNClA, «. f. V. Ret'
nascimento.
RENAscENTi, adj. dos 1 g. (Lat. renaS"
cens, lis, p a. de renascor, i) que renasce,
que se reproduz. O — ódio. A» — s cabeças
da hydra de Lerno.
RENASCER, V. n. (Lat. renascor, i) tornar
a nascer, adquirir nova vida, novo vigor. Os
hgypcios, na sua linguagem symbolica. di-
ziam que a ave phenix renascia das suas
cmzas. Os h(»mens renascem pelo baptismo.
As letras renasceram na Europa depois de
muitos séculos de barbara ignorância. Re-
nasceu a ai^ricultura, a industria.
RENASCIDO, A, p. p. de rcnascer ; adj. que
renasceu, que cobiou nova vida, novo vigor.
A phenix — .
RENASCIMENTO, t. m (metito sufT.) novo
nascimento; regeneração, v.g. — das le-
tras, das artes.
RENATO (S ), (hist.) patrono d'lngers e
bispo da mesma cidade no V século. E' fes-
tejado a 12 de novembro.
RENATO d'anjou, (hist.) apelidado o Ban
Renato, nasceu em Angers em 402, era
filho de Luiz II, duque d'Anjou, conde da
Provença e rei titular de Nápoles. Foi re-
RÉS
REN
413
conhecido em Nápoles ona 14'}8, donde fo»alf,^^ Rendeu o homem neltitalHlhat, «o-
exptilso em ^AM por AfToaso d'Aragão.
Morreu em 14KÍ).
«i?i4To rr. (hisl ) duque de Lorrena, nas
ceu em l45l de Ferry II. conde de Van -
deraout. e de Yol^nda d'Anjou, filha de
Renato I. Governou por muitos annos a
Lorrena e a Provença, vorreuem 15 8.
RKifAiiD. (hist ) eiu latim VaUriu^ liegi
nalus, JHizuita francHZ, gran le cazuista,
nasceu em 1540, morreu em I6í3. heixon
entro outras obras: Praiis fori panMenlia-
lif ad direclionem confessarii.
hrnaudot. (hisl.) ejcriplor írancez, nas-
ceu em 16ÍG morreu em l7iO. Deixou:
Lilurgiarum orienta Hum collectio ; flislo-
ria dos patriarchas jacobitas d' Alexandria,
etc.
iKNcn, *. m. (do Fr. ant. renge. cinto).
RENCHKN, (geogr.) cidade do gran duca-
do de Badft, a i léguas ao Nt. d'Otren-
burgo; 2,000 habiiantes.
RENÇO V. Ranço.
RiNCoNTRO. V. Recontro.
RENDA, s. f (Fr rente) r«>ndimento, pro-
ducto de bens de raiz, juro de dinheiro.
RENDA. s. f (do Lat. rete, rede, tecido re-
ticular) tecido mui fino, e bordado, feito de
fio de linho, dt seda, de ouro, etc, para or-
nato de roupas, de voos, para puubos.
RENDA, «. f. (ant.) V. Rédea.
RENDADO, A, odj . guamecido de renda de
linha, seda, oiro, ele.
RENDADO. A. flí// que possue rendas, ren-
dimento ; arrendado.
RENDAR. V a. [renda, rendimento) pagar
renda ; arrendar.
RENDAR, V. a. (V. fíento) (t. d'agric.) —
milho, sachar legunda ver.
RENDAVEL, odj dos t g . V. Rendoso.
REN6E. (geogr.) Arintha, cidade do rei-
no de flapnles a 2 l»'guas e meia «o NO. de
Cozenia ; 4,900 habitantes.
RENDEIRA, s f. ( les. eira) mulher que faz
rendas de ornato.
RENDEIRA, s f. mulher que cobra, ou que
paga renda, alugu»*!.
RENDciRo, *. m. (df>s. eiró) o que paga ren-
da de herdade ou prédio que disfrula ; o que
cobra rendas, impostos, v. g. — dos dízi-
mos; — do verde, das verduras, hortali-
ças.
RENDER, t.a. (do Lat. redigo, ere, repel-
lir, forçar a entrar, der«prel., para trás, e
adigo, ere, forçar, ad%a{)ere) obrigar «ce
der, vencer, obrigar. r> g. — a praça, a
náu, em batalha; o inimigo; os co^açõ-^s;
com seducções, rogos, ameaças, peitas — ,
•m senlidu abs. ou n., ceder com o peso,
estar a ponto de quebrar. Rendeu o mas
trQ, • verga, estalou. — • o pcif, eàtar es-
V»ll. !▼.
fren rntura. on herrfia nor eíTeito d«^ gran-
de esforço ransf^iilar — se, «. r. abater-SA,
cM<»p, f). g — á tornnpnta.
RCNnp.n, V a. (do Fr. rendre. entreíjar, do
Lat. red'h. ere) entreg<ír. v. g. — as armas;
— o espirito, a alma, morrer. *»Tnirai*. — /i-
nezas, tributar. — a« xenfineJIas, randa las,
entregar o po«fo a novas tropas — se, «. f.
pnfregar-ise, cpdpr, v r^ — ao inimisjo, ao
«mor. ás suppllfa*;. á força da verdade ; — a
nau, a praça ao inimieo.
RENDER, f). n. (renda, rf»ndim«>nto, pro-
ducto, erdes inf.) produzir, fundir. 4 azei-
tona rendcnmuho azeite. Ksta herdada r«n-
de mnito<« fruí^tos. d,i. nro^nz. — . d^^r n»a-
dimpnto. As minas r^nd^rim muitos milhões.
O oíTieio rendia dez mil cruzados cada an-
no.
RENDIÇÃO, ». /. V. Rendempção, Resga-
te.
RENDIDAMENTE, adv. (mcíiíc suff.) com reu-
dimi^nto da vontade.
RENDiDissiMO, A, ãdj . superl. de renili-
do.
RKvmno, A. p, p. do render ; adj. força-
do, ab^itido í entregue. — o mastro, a rer-
nn.. rachado. — pelas virilhas, qn»brado.
Tinha — as armas; tinha -se — «o inimigo.
Á vraça — . tomada, entregue Tinha — o
eapirita. expirado. — ao amor, á? svppli'
caf. cedendo. O contracto tinha — muito,
dado prande prodncto.
RF,NDinuRA, s. f. (des. ura) o lugar por
onde escala pau, mastro, verga. etc.
RENniMKNT-^, s. m (mfnto suíT) reddito,
prodncto de b^ns de raiz ou decapitai pm-
preg,ido mprcan«ilmente, renda. O — does-
tado, dos particulares. — . o que rende, fun-
de, V. q. azeitona de mau — , que dá pou-
co azeite. — , o acto de render ou de se ren-
der, de se entregar, v. q — da praça, da
n»u — da vontade, snjeiçao, submissão. —
das juntas, estado rendido, cansado, rela-
xado poreíTeito de grande forcejo, de traba-
lho vir-l^nto, fadiaroso. — de forças, do ani-
mo, dos brios, abatimento, prostração.
RENDOSO, A, adj. (renda, reldito. des. oso)
que dá lucro, reddito consiileravel, lucrati-
vo. Kmprego — . Ilerd.^des — s.
RENnsRURQO, fgeozr. ) ci 'ade de Dinamar-
ca, a 8 léguas ao O. de tiel ; 7,600 ha-
bitantes.
RBNDUPB, íeeogr ^ víUa cie Portugal, a 2
léguas e meia de Braga; 1,600 habitan-
tes.
RENEGADA. V , ifreneqada, jogo.
renagado. v^ Arrenegado.
RRNEGAD^^g /. m. 'p us ) O que costum»
blasphnr jjur ie Dens e dos santos-
REN
BflEN
RENEMBRANÇA, (ant." V. Lembrança. '^
RE1VEMBRAR, (ant.) V. Relembrar.
RENPRCW, (geogr.) cidade d'Escocia, ca-
pital do condado do mesmo nome, a 21 lé-
guas ao O. de Glasgow ; 2 830 habitantes.
O condado de Renfrew um dos mais pe-
queno» da Eseocia, tica situado entre os de
Dumbarton ao N. de Lanarka E. d'Ayrao
S, e ao O. e o golpho de Clyde ao NO. ;
133,4^0 habitantes. *
RENGA. s. f. V. Benque, Fiada, Carrêi-
ra^ v. g. — de casas.
«BNGAiBO, s m renda de linha sem la-
vor, tecido de renda lizo
RENGE, s. m. T. Rengo.
«ENGEi, REisCíR. V. Ranger.
ntfiTGO. «* m. fiado de tecer cassas, eou-
tro« panflos finos de algodão.
RENHIDO, A, p. p de renhir ; adj. briga-
do. Tinha — com elle. — combate, porfia-
do.
RENHIR, a. ». (<Jo Gr. rhygnuô, romper)
contender, porfiar altercando.
RENHUÇAR, (ant.) V. Renunciar.
RENITÊNCIA, 8. f. repugnância, resistên-
cia a esforço feito para constranger. Mostrou
grande — .
RENITENTE, adj. dos 2 g . (repref., e Lat.
nitens, tis, p. a. de nitor, i, forcejar) que
repugna, que resiste contra pessoa que pro-
cura constranger.
RENiTiR, t>. n. [re pref., e Lat. míor, i,
forcejar) resistir á força que procura cons-
tranger, repugnar, mostrar renitência.
RENNEL, (hjst.) distincto oíScial inglea,
morreu «m 1830. Publi-
trabalhos sobre geogra-
nasceu em 1742,
cou importantes
phia.
RiNNES. (geogr ) Condaíe, Redones, cida-
de de França, capital do departamento d'll-
le e Vilaine, a 86 léguas ao SO. de Faris ;
35,550 habitantes.
RENNEVíLLB, (hi&t.) ôscriptor francez, nas>-
ceu em 1650). Deixou um Relatório de Via"
gens ás índias Orifi^íaeSi e a Historia da
Bastilha.
RENNEVitLE, (hist.) escpiptora franeeza,
nasceu em 1771, morreu em 1822. Escre-
veu : Lucillia ou a booi filha ; Contos a
minha neta, etc.
RENOME, s. m. (Fr reiiom) bom nome,
boa reputação.
RENOu, (hist) pintor francez, nasceu em
1731, morreu em 1806. Os seus melhores
quadros são: Jesu no meio. dos doutares;
Aurora; Agrippina desembarcando em Brui"
des ; uma Annunciação, etc.
RENOVA, *. f. (Lat renotatio, anis) acto
de renovar; (fig.) reforma, melhoramento,
V. g. — da alma, dos costumes.
RENOVADO, A, p. f, de reoovar ; adj^. qne
renovou. Tinha — a a mi-"*
TO renovou ; que
zade, o tratado.
RENOVADOR, *. «i. O que renovou.
RENOVAMENTO, s. «. V. Rienotação.
RENOVAR, ■». a. (Lat renovo, are; rcpref.
iterat., ^novus. novo) fazer de novo, restau-
rar, restabelecer; prover de novo : — os vi-
veres, as munições ; — o edificio, — a plan-
tação. — , repetir, X). g — a supplica, os
conselhos. — a chaga, abri-la de novo. —
a dôr, o sentimento, excitar de novo. — a
memoria, refresca-la. O ar fresco lhe re-
novava o alento, avivava, refrescava. — a
peleja, o combate, a guerra, começar de no-
vo. — fazer nascer de tronco e raizes velhas.
— o privilegio, proroga-lo. — as forças,
separa-la8. — se, v.r. tomar novo aspecto,
V. g. — a lua; revezar-se, alternar-se, v.
g. — na peleja. — se nos vicias, voltara elhs.
— , em sentido abs ou»j., voltar de novo.
Renovam as plantas na primavera, lançam
renovos. Renotam as estações, succedem-
se.
RENOVO, s. ramo que brota da planta po-
dada, ou cortada , gomo, pimpolho ; planta
nova para se dispor e renovar o plantio. Os
— s, as novidades da terra.
RENQUE, s. f. (do Fr. ran^í) (ant.) ala, fi-
leira : — de arvores, de casas. Navios em
— . « Duas — 5 de homens armados. » Góes.
RENTE, adv (contracção de ra;sanítf) ao ní-
vel do chão, do solo, ou da superficie. Cortar
a arvore — com o chão ; cortar a herva — .
RENTY, (geogr.) villa de França, a 5 lé-
guas e meia ao SO. de S. OiiQer ; l,0bO
habitantes
RENUiR. V. Recusar, Rejeitar.
RENUNÇAR. Y. Rcnunciar.
RENUNCIA, s. f. o acto de renunciar, «.
g. — da herença, do officio, cargo. — , [t. de
jogo» carteados) Fazer uma — , não jogar
carta de naipe jogado, tendo-a.
RENUNCiAÇÃo, s. f. (Lat. renuntiatio, onis)
o acto de renunciar, renuncia.
RENUNCIADO, A, p. p. de reuunciar ; adj.
que renunciou. Tinha — o cargo, a coroa.
O parceiro tinha — , não tinha servido car-
ta do naipe jogado, tondo-a
RENUNCiADOR, A, adj. (Lat, rennntiatior)
que renuncia.
RENUNCIANTE, *. dos tg. (Lat. renuntianSf
tis, [i. ã.áerendntio, ere) o que renuncia.
RENUNCIAR, t). tt. (Lat. renuntio, art ; re
pref., enuntiare, annunciar) resignar, ab-
dicar, V. g. — o cargo, o emprego, acorda.
— a própria vontade. — , em sentido abs.
(t. de jogos carteados, não servir carta do
naipe jogado, tendo-a.
RENUNCIÁVEL, adj. dos tg. (des. aveJ) que
se pode renunciar. Cargos renunciáveis.
RBNTRZ, (geogr.) ctdadd de França, a 3
REP
léguas ao 1^0. de Iteziéres; 1,200 habi-
ta d tes.
RBNziLHA. V. Rixa, Briga.
Río, s.m. (Lat. r«uí, de reor, julgar) pes-
soa contra a qnal se intenta acção em juiio;
o que é culpado de crime ou delicio. — de
morte, de crime que tem pena de morte. Co-
réo, associado na accusação.
REOBARBO, V. fíheubarbo ou Ruibarbo.
KioLE, (geogr.) cidade de França, a 17
léguas ao SE. de B.irdeos ; 3,930 habitan-
tes.
REORDBNAR, V. a. (re pref.) tornar a pôr
em ordem. — o sacerdote, conferir novas or-
dens, ordenar de novo.
REORSANiSAçÀo, s. f. {rc prof.) nova or-
ganisação.
REOR&ANíSADO, A, p. f. de reorgaoisar ;
adj. organisado de novo.
HKORGANiSAR, v.a. (rc pref.) organisar dc
novo, physica ou moralmente, r. g. — o
exercito ; as escholas.
RBPAGO, A, adj. [re pref) (joc.) mais que
pago, pago com excesso.
REPAiRAR. V. Reparar.
REPAiRo, 5. m. (V. Reparar) reparo, con-
certo, v.g. — de edifício velho : (ant.) soc-
corro. — g da artilharia, carretas, assentos
de madeira sobre que as peças pousam.
REPANÇO. V. Ripanço.
RKPANBAV <>•<*• (^« pref., e apanhar) (p.
us.) arrebatar com força.
REPARAÇÃO, s. f acto de reparar, ou de
concertar, concerto, v. g. — da ponte, das
estradas. — , (fig.) satisfação de injuria ou
inèulto.
REPARADO, A, p. p. de reparar ; adj. con-
certado, V. g. — aponte, o edifício; emen-
dado, corrigido, v. g. — odamno, o erro.
— , repellido, ». jr. o golpe. Aíí forças — a,
restabelecidas. — , defendido, v. g — coao
anfras; c<jntra o frio. — , feito reparo, ad-
vertido. Tiaha reparado no gesto, reparado
nS figura.
KEPABADOR, s. m. O qu© executa ou faz
eiecutar reparações; o que faz reparos, que
(Sènsura ; adj que repara, redemptor ; que
restitue, restabelece, v ^. bebida — das for-
ças ; — das fadigas.
REPARAR, r>. a. (Lai. reparo, are ; re pref.
e paro, art, preparar) concertar, tornar a
levantar, v. g. — o muro, ©edifício ; resta-
belecer, v.g. — a saúde, as forças — , sa-
tisfazer, V. g. -^ o damno, a injuria, o in-
sulto. — erron, emendar, corrigir. — con-
tra b vento, o frio, proteger, defender. —
abra, (t. de ourives) retocar. — se, v. r.
abrigar-se, v, g. — do ou contra o frio, con-
tra o vento ; ressarcir-se, v g. — de per-
das.
RJSPARAR, v.n. [do Lti. reperio, ire, dee-
w*
m
cobrir) observar, fazer altençào, v.g. —em.
alguma cousa.
REPARAR. V. n. (rí pref. iterat. e parar)
(p. us.) tornar a parar.
REPARO, *. m acção de reparar, concer-
tar, reparação ; observação attenta, nota,
advertência, inspecção curiosa e attenta; o
acto de rçparar, de rebater, do se abrigar,
V. g. — contra o vento, o frio; reparação,
satisfação, t.g. — dodamno, da injuria, do
insulto ; do golpe. — , (p. us ) supprimenlo
das necessidades da vida ; remédio, v. g. —
das dores. — , (t. de artilh.) repairo, carre-
ta, assento em que pousa o canhão. — , (fort.)
obra de fortifícação levantada em torno da
praça, trincheira; dique; (fig.) defesa, res-
guardo, ex. «A feialdade é — ecastello da
castidade. » Arraes.
REPARTIÇÃO, s. f. o acto de repartir divi-
dir, distribuição ; divisão, parte, membro,
partilha, sorte, quinhão. — , attribuiçâo,
secção de tribunal, de secretaria, ramo de
administração publica, v. g. pela — dos ne-
gócios da fazenda, — ecclesiastica, da mari-
nha.
repartidamente, adv. [mente suff.) com
repartição
REPARTiDEíRA, s. f. (dcs. eira] tacho pe-
queno de cobre com cabo de pao com que
se reparte o mellado nas formas
REPARTIDO, A p.p. do repartir ; adj. di-
vidido, distribuido, v.g. em muitas partes,
ou por muitas pessoas. Votos —s.
REPARTIDOR, s.m. O quo reparte; repar-
tideirado mellado, nos engenhos de açúcar.
— , juiz de partilhas.
REPARTiMENTO, $ í». [mento suff.) sepa-
ração, V. g. do interior de casa, de papelei-
ra, gavetas.
REPARTIR, V a. [re pref. iterat , t partir,^
separar) separar em partes; dividir um nu-
mero (o dividendo) por outro (o divisor). — ,
distribuir, partilhar, v.g — os bens. as ter-
ras, o dinheiro, os dons, os tributos pelo pOr
vo. Repartia o império entre os filhos — ,
(ant.) apartar, separar, partir, estremar, tx.
Onde um braço do mar alio reparte a Abas-
sia da arábica aspereza. » Camões, Eleg. —
o tóínpo. as horas, distribuir — se, d. r. ser
repartido, distribuido. Repartiram-se os yio-
tos. Repartisse o peso dos negócios em vá-
rios. Repartiu-êe o despojo por igual entre
os vencedores.
REPAS, s. f. pi (chulo) cabellos raros da
cabeça, barba pouco bastada.
REPASAGE, s. /".espécie de almeirão, plan-
ta.
REPASSADO, A, p.p de fepass^r ; 0(^' tor-
nado a passar ; revisto ; adornado de listras,
ç. y. -*-degatôes, franjas, passaioanes — ,
(l. do bras.) enlançado : ex. «Dws dragq<^
lOi ♦
REP
REP
ba talhantes com os rabos — s. » — , bem em-
bíbido, V. g. — de calda ou em caHa. — , (íig.)
bem penetrado, v. g. « — d'estas más ven-
turas. » Ulis. Velhaco — em más asluciat,
cadimo chapado.
REPASSAR, V a [re pref ) tornar a pas-
sar, V. g. — o rio. — o litro, tornar ale-
lo — a fita, o galão, fazer outras listras a
par da primeira, ou entrelaçar as pontas.
— de, ou em calda, embeber, ensopar. —
SE, V. r. embeber-se ; (íig.) penelrar-se,t?.
g. — em doutrinas ; — de dores, — em mis
astúcias e fraudes.
RLPASTADO , A , p. p. de Tcpastar ; adj.
apascentado de novo.
REPASTAR, V. fl. [te pref.) tornar a pas-
tar, ou a apascentar, a dar pasto.
REPASTO, s. w. segundo pasto ou comida,
pasto mais abundante.
REPEAR. V. Serpear.
REPEDAR, (ant.) V. Recuar.
REPEENDiMENTO , s. m. (aut.) satisfação,
indomnisaçào. «Km — dos peccados de seu
filho, » Klucidario.
REPEírAR, t). a. [re pref., peita, ar des.
inf.) dar segunda peita.
REPELLADO. V. Arrepcllado.
BEPELLÃo, s. m. empuxão, impulso vio-
lento e repentino. — de vento, embate for-
te, rajada. Dar um — . Ferir de — , dando
de esporas mouriscas ao cavallo. Aos re-
pellões, dando empuxões.
REPELLAR V. Arrepellar.
REPELLENTE, adj. dos 2 g . [L&i. repcllcns,
tis, p. a. de repello, ere) que repelle, re-
bate
REPELLiDO, A, p. f, de repsllir; adj. re-
chaçado, rebatido.
REPELLiR, V. a. (Lat. repello, ere\ re pref.
pello, ere, impellir.) rebater, repulsar, re-
chaçar.— o gf>lpe, a força; ffig.) — a inju-
ria ; — a accusaçào. — , (phys. e chim.)
exercer repul>ão, ». g. os óleos repellem
a agua ; a electricidade positiva rejoe//c o po-
lo positivo dos corpos, eattrae o negativo.
— SE, V. r. impessoal, v. g. os dois corpos
electrisados negativa ou positivamente se re-
pellem.
REPELLO, g. m. [re na accepçào de atrás,
e pello.) a direcção contraria á do pello. A
— , (fig.) por mal, com violência.
REPELUSADO, (ant.) V. Amedrentado, As-
sustado.
REPENDiMENTO. V. Arrependimento
REPENICADO, A, p. p. de repenicar; adj.
ferido com amiudadas picadas ; (tig.) mui re-
cortado, por enfeite ou ornato.
REPENICAR, V. O. (Lat. rc pref. iterat., e
pungo, ere, pungir, picar.) dar amiudadas
picadas, picar a miúdo, espicaçar; (tig.) or-
oèr còtQ rôbdrtèis Varíadoi^.
REPENSÃo, s. f. [re pref.) segunda pen-
são, pensão addicional. E' p. us
REPKKSAR, V. a. OU n. [re pref.) pensar
de novo, tornar a pensar.
REPENTE, s m. (do Lat. repens, tis, re-
pentino, de rapto, ere, arrebatar.) dilo. ca-
so ou acto súbito. Ter bons — s. De — , loc.
adv ) repentina, subitamente.
REPENTINAMENTE, adv. [mente suff.) de re-
pente.
REPENTINO, A, adj. (Lat. repentinus, V.
Repente.) súbito, inopinado. Morte — .
REPERCUSSÃO,*, f [Lnt.repercussio, onis.)
reverberação, acção de repercutir, rebater,
V. g. — da luz, do golpe. — , (med.)al»sor-
pção repentina ou mui prorapta dos fluidos
que formavam tumor ou erupção.
REPERCussivo, A, adj (dfS ico.) que cau-
sa repercussão. — , (med.) que repercute ,
próprio a repercutir.
REPERCUsso, s. w. (p. us.) rcverberação,
repulsão.
REPERCUTIDO, A, p. p. de repercutir; adj.
reverberado, repelhdo, repulsado. Erupção
— , que dt^sapparece subitamente.
REPERCUTIR, V a. (Lftt. rcpercutio, ere;
re pref., e quatio, ere, ferir.j rechaçar, re-
bater. — , (med ) f«zer retioceder doença ex-
terna para o interior do corpo, v. g. — a
erupção, o tumor.
REPERGUNTA ,«./". a pergunta repeti-
da.
reperguntado, a, p. p. de reperguntar;
sdj perguntado de novo. As testemunhas
foram — .
reperguntar, V. a. (rc pref. iterat ) per-
guntar, interrogar de novo, ou segunda vez,
V. g — as testemunhas.
REPERTÓRIO, s. w. (L&t. rcpertorium, áe
reperio, ire, achar) reg'stro, indicealpha-
be»ico das matérias contidas em algum li-
vro, V. g. — da ordenação. O vulgo diz im-
propriamente reportório
repesado, a, p p de repesar; aí/j. tor-
nado a pesar, pesado de novo.
REPESADOR , s. m O que pesa segunda
vez a carne no açougue, o que veriíica o
peso.
REPESAR, V. a. [re pref. iterat.) tornara
pesar, pesar segunda vez.
REPESO, s m. o acto de tornar a pesar;
contrapeso ; lugar com balança de repesar,
nos açougues, ele.
REPETANADOOU REPETENADO, A, adj. (chuIO
p US.) insolente, orgulhoso. I)iz-se das pns-
Sí>as baixas No Bristo de J. Ferreira cha-
ma um íillio ao pai duro que o castigara
celho repetenado.
REPETÊNCIA, s. f. (des. encia.) (med ) re-
fluxo de humores para alguma parte do
RBP
lUf
^m
REPKTiNTE, *. t». O que faz repetiçSo Dfls
escolas.
RFPETiçÃfí, 8. f. (Lat. repetitio, onis.)o
acto de repelir ; reiteração. — de doença,
novo ataque ; lição, prelecção doutrinal , H-
giira de rh^lorica 'Juh consiste em repelir
palavra ou [ihraze para d«r mais força e in-
timativa ao discurso Reloyiode — , que por
meio de um mechanismo faz soaras horas
€ quartos. — , no foro, acção p»^ia qual se
pede em juizo que nos tornem o que se nos
deve.
RErKTiDAMKNTE. adv. (wewíe suff.) repeti-
das vezes; a miúdo.
RKPfTiDO, A, p. p. de repetir; adj. que
se repeliu ; que repeliu.
REPETIDOR. 8. m. o que repete.
REPETiMENTO. * w. V. Repet çáo.
REPETIR, V. a. (Lat. repelo erc; r« pref ,
e peto, ere, buscar, ele ) tornar a dizer ou
a fazer, reiterar, segundar. — , no foro. pe-
dir o quf» tinhamos dado e nos deve ser res-
tituido. Repete o tutor as despt^zas quefeí
com o pupillo, o procurador os gastos que
fez com o processo. -, narrar. « repelire-
mos de long« a origem dnlle. » Barros.
REPETIR, em sentido abs. ou n. tornara
vir, voltar, v. g. o accjsso de febre.
REPiAR. V. Arripiar
nEPiCAno. A, p. p. de repicar; adj. Ti-
nha — os sinos, dado golpes amiudados, em
occasiàofesliva.
REPiCADOR, s. m. o quo repica.
repica-ponto , *. m. usa se adverbial-
ment»í. De — , feito com todo o primor, mui
atiladamente.
REP car, V. a. [re pref. ilerat.) dar gol-
pes amiudados. — os sinos, tange los por
occasião íestiva, ou como signal de reba-
te; ((jg ) mostrar alegria. Em sentido abs.
soar festivamente. Os sinos repicam por
festa
REPIMPADO, A, p p. de repimpar; adj.
mui cheio, atulhado, que tem a barriga
cheia.
REPIMPAR, V. a. (do Fr. repas, comida,
ou repti, p. p. de repaitre, fartado, eirn-
par ou himpar], encher, atulhar de comi-
da. — IH r encher, a barriga, rechciar-
se até ficar impando.
repinaldo, a, adj. m. Pêro — , espécie
de pêro.
BEPiQUB, s. m. o neto de repicar sinos
festa, ou para rebatf^ ; (fig ) alteração, aba-
lo publico — , no jogo dos centos, ó con-
tar o jogador que tem quinta, qualorzeeo
ponto, noventa, em vez de trinta, com o
que ganha o j^go.
repiqlete, s. m. diminut. de repiqu*»,
cacha; rebate amiudado; v. g. Ventos de
-^ti que corre rapidameotn oi rumoa, $o-
prando pouco tempo de cada um. — , la-
deira íngreme
rcpisa, s f o acto do repisar; ©. g.
Vinho de — , de uvas repisadas.
ríims\r. V. a. [re pref. iterat.), tornara
pisar, pisar de novo ; (fig ) — a m«sma
matéria, insistir fallando ou tratando d*ella.
replantar, V. a [re pref. iterai.), tor-
nar a plantar. P p adj replantado
repleção, s. f. (Lat. replelin, onis], (t.
med ), enchimento do estômago, ou do»
vasoo por humores ; obesidade.
replgvauo. V. Terraplenado.
repleno, *. m V. Terrapleno.
repleto, a, adj. (Lat repletns, p p. de
repleo, ere), mui cheio de comer, ou de hu-
mores ; V. g. O estômago — . Hom^^m mui
— , gordo, obeso Vasos — . cheios de san-
gue ou de humores.
RÉPLICA, s /. oacto dft replictr ; ft for.),
rfcSjiosta á contrariedade; v. g. OdeJecer
sem — , sem contestação.
RErLiCAÇ.Ã.0. s. f. (Lat. replicatio, onts),
acção de replicar se, reproducção.
REPLic\oo, A, p. p. de replicar ; adj.
contrariado replicando ; v. g. Libello —
por netíação.
REPLICAR, V. n. (Lat replico, are ; re
pref. contracção de reíro, e p/icarí. dobrar,
lazer pregas), refutar, contrariar as r/>zões
com que o adversário combateu as nossas,
responder á resposta, impugnar a contra-
riedade; V. g. — ao juiz, ao superior, fi-
ztT representação contra o de-^pacho ou de-
cisão. — , repetir, (p. us ) ; « seus suspi-
ros replica » hlegiad.
REPOLEGAR, V. a. [repolcgo, ardes, inf.)
dobrar fazendo repolego.
REPOLEGO, s. m. [re atrás, e Lat. polio^
ire. alizar, ornar) filete retorcido e grosso,
OU bainha roliça á roda de toalhas de ros-
to ; cordão á roda das empadas.
REPOLHAL, adj. dos 2 g. [repolho, des.
adj. adj) repolhuio Couve — .
REPOLiiAR, V a. ou n. [repolho, ar des.
inf) fechar-se em repolho. Couves que raras
vezes repolham. Cortou as couves antes de
repolharem.
REPOLHO, *. m. couve fechada e redonda.
REPoLHUDO, A, adj. (des. udo ) da feição
de rep tlho ; (fig.) grosso, e arredondado.
Couve, alface — .
REPoiNCio, í. m (Lat. rapuníÍMn», de ra-
pum, rábano) (boi.) planta cujas 11 »res são
vermelhas e as sementes pretas dentro de
capsulazinhas.
REPONTA, s. f. {re pref.) nova ponta ou
direcção. — da maré, quando ella começa
a enchf-r de novo.
REPONTAR, V. a. ou n. (rc pri-f . , e apon-
íarv) CDmevAr ^ a pparecer denodo. — o ma-
m
FftE
REP
ré, comaftçr a enôher de novo. —o dia, a
aurora. Repontou a ira, (fig ) acendeu -se
de novo.
REPOR, V. a. (Lat. repono, ere.) tornara
pôr no mesmo lugar. — o 6oZo (ao jogo) pôr
na mesa outros tantos tantos ou dinheiro
como estava no bolo em mão perdida de
reposta. — o dinheiro que se havia recebi-
do, restitui-lo — , refazer a falta, o saldo
de conta.
REPORTAçÃo s. f. (p. us ) moderação, co-
medimento Discreta — .
REPORTADO , A, p. p. de reportar ; adj .
comedido, moderado — , de reportar-se ,
conseguido, alcançado; referido, attribuido.
« A causa da doença era — a nojo e pade-
cimentos. »
reportamento, s. m. [mento suff,) (for.)
acto pelo qual nos reportamos a algum do-
cumento.
reportar, V. a. [re pref. iterat., e Lat.
opertere , ser conveniente , convir.) fa-
zer comedido, inspirar moderação. E' anti-
quário.
REPORTAR, V. tt. [áo Fr. romporter.) coTi-
seguir, alcançar. E' p. us.
REPORTAR-SE, V. r. (do Lat. reporto are;
re pref. iterat., e porlore, levar.) refenr-
se, V. r. — ao documento, rffnetter-se ; —
a alguém. — , ceder, obedecer.
REPORTÓRIO V. Refjertorio.
REPOSIÇÃO, .?. f. acção de repor; (fig.)
vomito.
repositar. V. Depositai'.
REposiTOR'0, s. m. (Lat. reposiiorium )
lugar onde se deposita alguma cousa
REPOSTA, s. f. (de repor ) t. de diversos
jogos carteados, como a arrenegada, o vol-
tarete. Fazer—, diz-se do feito que não pon-
do ganhar, sendo-lhe as vasas empatadas,
e que é obrigado a repor o valor do bolo.
V. Repostaria.
REPOSTA, s f. (alterado de resposía ) pa-
lavras com que se responde. Foguete de
— , que leva bombas que estouraria no ar.
V. Resposta.
REPOSTADA, s. f. Tcsposta descort'"z.
REPOSTARIA, s. f. (des. ária.) officina e
cargo de reposteiro.
REPOSTE, «. m. (de repoçío.) casa de guar-
dar moveis ; os moveis guardados na dita
casa.
REPOSTEIRO s. m. [reposte, áes. eiró.) oí-
ficial encarregado de guardar os moveis, a
prata, roupas e outros objectos ; copeiro,
guarda da copa. — , frade administrador da
vestiaria— mrfr,oíricial da casa real que st^gu-
ra os reposteiros e chega a almofada, ou a ca-
deira ao rei quando ajoelha nacapella. — ,
pano em que estão bordadas as armas da
casa o que serve de cobrir as cÂrgas das
azemelas ; guarda-porta com o escudo bor-
dado.
REPOSTO, A, p. p. de repor ; adj torna-
do a pôr; restituído. Tinha — óbolo.
REPOTREADO , A. , p /?. dc repotrear-se ;
adj sentado muito a seu commodo, em pol-
trona.
REPOTREAR-SE, V. r. (re pref., para trás,
e Aliem polttr ou po/ííer, almofada.) sen-
ta r-se muito a seu commodo, em poltrona,
estar de perninha, mollemente recostado.
REPOUSADAMENTE, adv. [mente snff ) com
repouso, era descanso, com pausa. Consi-
derar — .
REPOUSADO , A, p. p. de repousar ; adj.
posto em repouso, em descanso. Entendi-
mento, juizo — ,' não agitado, ponderado.
A alma — das paixões e aíflicções. A — me-
ditação, deliberação ; o — conselho.
REPOUSAR, V a. (Fr. r«posgr.) descansar.
— o corpo; (lig.) ajuietar, socegar, v. g.
— o espirito. Veremos se a musica me r»-
pousa. — , descansar, .socegar, ter descan-
so, socego ; dormir. — em o Senhor, mor-
rer.
REPOUSEIR\ , $ /. e REPOUSEIRO, S. m.
(ant.) quinta de r'^creio. — , cama.
REPOUSO, s. m. (Fr. repôs ) descanso, so-
cego, ttanquillidade. O — da noite. Dormir
com — , Iranquillarat-nte.
Syn. comp Repo^no descatiço. O repou-
so, no sentido physico, signjfica intermissão
de trabalho ou de fadiga, e neste sentidi) é
synonymo de descanço, porem com esta dif-
ferença, que o descanço suppõe maior cin-
S3Ç0, maior necessidade de reparar as forças
perdidas, e uma fadiga mais immeditada ;
repouso suppõe menor cansaço, ou menos im -
mediato, e talvez uma situação de pui^a com-
mod idade, ou que suppõe uma fadiga mui
remota. Depois de ter corrido é indispen-
sável o descanço. Cora o tempo, paciência e
repouw, curam-se muitos males. O rico se-
dentário repousa brandamente sobro colchões
de pennas, em quanto o pobre lavrador dcí-
cança, sobre o duro solo, das fadigas do dia
e do calor.
Stn. comp. Reponw, socego. Significam
estas duas palavras, em sentido moral, quie-
tação, tranquillidade, serenidade de ammo,
porem com estadifferença. A ideia de repoit-
so exclue absolutamente toda acção ; a pa-
lavra socego não a exclue. antes suppõe mui-
tas vezes a moderação e tranquillidade do
animo durante a acção. Assim que, repouso
explica somente à tranquilla situação do ani-
mo : e socego extende sua relação á tran-
quillidade que o estado do animo communi-
ca ás acções exteriores. O homem prudente
que quer conservar o repouso de seu espi-
rito, e a tranquillidade de seu animo, é #o-
Wr
tlGf
i^
cegado em seu proceder, dirigeiíásaè^ôes
com socego e moderação.
repregar, V. a [re pref. iterai., o pre-
gar.) pregar de novo, segurar bera com pre-
gos ; (fig.) firmar, asseverar.
REpREGO, s. m. o acto de repregar o que
se díispregou ou o que está mal pregado.
REPREHEUDEDOR, s. m. pessoaque repre-
hendo.
REPREHKNDER, V a. (Lat. rcprehendo, ere],
dar reprehensão, censurar, incrspar ; v. g.
— alguém por erro, culpa comm<ítida ; —
a alguém, alguma cousa.
REPREiíENDiDO, A, f. /), de reprehender*,
adj. censurado, que recebeu reprehensão.
V. g. Tinha sido severamente — . Tinha-o
REPREHENDiMENTO, s. lYi. V. Reprehea-
sâo.
REFREHENSÃo , s. f. {..aj. repvehensio,
onis), o acto de rí^prehender, de censurar
o proceder de alguém; r, ^. Daruma — .
Pi. Reprehensões
REPREHENSivEi., ttdj . dos í g. (des. íveí),
digno de reprehensão, censurável v. g. Ac-
ções rpprehMusiveis.
REPREiiENSOR, «. m. (Lat. reprehensor),
o que reprehende, censura, increpa.
REPBENDOR, 6 REPRENDEDOR. V. Rcprc-
hendedor.
REPRENDER. V. Reprehender.
RePRendoiro, (ant.) Reprehensivel.
RePRensão. V. Reprehensão.
reprensor. V. Reprehenwr .
REPRESA, t. f. (de represar), estado re-
presado ; V. g. das aguas do rio por dique,
açude ; a cousa que represa, (fig.) romper
a — dos vicios. — s, (na arch ), assentos
arrimados á obra. — (do Fr. reprise), re-
presadura, represália; o navio retomado ao
inimigo ; V. g. Fazer — no navio.
REPRESADO, A, p. p. de reprcsar ; adj.
retido Agua — . por dique, açude, ou es-
tagnada ; (fig ) lagrimas — , que não cor-
rem, Ódio — no coração, navio — sobre
o inimigo.
represador, s m. adj que represa.
REPRESADURA, s. f (dds. ura), acto de
represar, fazer represália sobro o inimigo
V. g. .Juízo das — s.
REPRESÁLIA, s. f. (Lat. represália) o to-
mar, embargar ou confiscar as proprieda-
des do inimigo que começou as hostilida-
des, represa de navio. v. g. Direito de—.
Fazer — .
REPRESAR, V. a. {re pref., áeretro, para
trfls, e Lat. prehendo, ere, sum, pren ler,
rQíer), reter, conter ; v. g.— as aguas, com
dique, açude. — , (fig ) conter; — as lagri-
mas, o ódio. — , embargar as propriedades
dos inimigos ; retomar os navios apresados
zer rejíresalia sobre o
por elle; fazer rejíresaha sobre õ ínTmígo.
REPRESARIA, s, f. (ant ) V. Represália.
R. PRESENTAÇÃO, s. f acto de representar
drama em theatro ; prologo de drama, a
peça representada. — , (fig.) mostra, appa-
rencia, de fasto, luxo, pompa, poder. v. g.
Pessoa, cargo de muila — , imagem, oou-
sa que se not afigura. — , o acto de suc-
ceder como representante de algaem ; v. g,
do pai, do avô. — , exposição dos factos,
rações; requerimento ao soberano ou a au-i-
toridade superiof* ; v. g. Fez repetidas é
inúteis representações.
REPRESENTADO, A. p. p. dé irepreséntàf j
adj. que representou; v. g. Drama — , expos-
to em representação ; figurado.
represeStador, s m. V. Reprèsentá'^-
te ; adj., que representa, figura, (p. us.)
« Estylo chão — de verdades. »
REPRESENTANTE, s m. (des. dò p á Làt.
em ans, tis), actor ou actriz que faz as ve-
zes de outra. v. g. Us — s da nobreza cle-
ro e povo.
REPRESENTAR, V. a. (Lat. reproesento,
are, re, pref, e prísce/)-ío, are, a presentarj,
reproduzir as formas, afigura de um objec-
to. V. g. Este painel reprerenta a batalha
de Marengo, o porto de «ioustantinopla. —
um drama, lecitarem os diversos papeis d*elle
os act ires e actrizes, com o gesto, vestuá-
rio e scenario conveniente. — , expor fac-
tos ou razões ao soberano ou autoridade su-
perior, de palavra, ou porescripto. Em vão
representou a Ll-Roi a injustiça do gover-
nador, da sentença, do decreto Os povos
representavam em cortes as necessidades
publicas. — , (t. dé dir.), «star em lugar
de alguém, substituir v. g. O filho repre-
senta seu pai para succeder na herança do
avô. — , fazer figura pelo seu posto, car-
go, dignidade. Lepresenta bem Nesta ac-
cepção é V. n — se, v r. figurar-se, ima-
ginar, afigurár-se á phantasia, offerecer-se
aos olhos.
REPRESENtATiTO, A, odj (des. ívo) que ser-
ve de representar, v g palavras — da suà
miséria. — , subst. imagem, era um — da
morte. Governes — s, cujo elemento essen-
cial éumacamera de representantes delega-
dos, ou procuradores ao povo « Ministros
— dos três estados. » Deduc, Chron.
REPRESENTAVEL, adj dos 2 g. («Ics. uvel]
que se p'^dí figurar, representar, eat. « As
cousas espirituaes representáveis em espé-
cies corporaes. »
represo, a, adj. retido em represália ;
aprisionado de novo, depois de soíto da pri-
são.
repressão, s. f. (Lat. repressio, onts) acto
de leprimir, v. g a — dos vícios; dos le-
vantados, dos rebeldes.
106 «
MBPRESsiTO, A, ãdj . que reprime.
HépRiCA, (ant ) V. Rfplka.
BEPRiCAR, (ant ) V. Replicar.
BEpR MíDo; A, p. j). de reprimir ; adj. re-
freado, contido.
BEPRiMinoR, 5. m ea'//. que reprimo (pes
soa ou cousa), v. g. — de insultos, crimes,
facções.
RRPRi«iR, e.a.(Lat reprimo, et e ,repãe(.
de rcírô. atras, e premo, cre, suj»^ilar, reter)
conter, refrear, v. g. — as p<íixões, as fa >
ções, o furor do povo, os insultos, audácia,
os abu^os, as lagrimas, a dôr, o sentimento.
— SB, tj. r. conter-se, moderar-se ; abaster-
se.
REPROBAçio. V. Reprovação.
RÉPR"BO, K.aâj. [\M.reprflh^$\ r« pref
de retro, atras, e prohus, probo) malvado,
perverso. Homem — . Sentido — .
REPROCHAR. V a. (do Fr. re/)rocAcr) (ant.)
exproorar, vituperflr, hnçar em rosto.
REPROCHK, s. m (Fr. ant.) exprobração,
desapprovaçào, vitupério Sem — . E galli-
cismo mui antigo uíí lingua, e usado por D.
Fr. Manoel, l.eào, etc.
REPRoDucçÃo, s f. [re pref iterat ) reno-
vada producção. A — das plantas, dos ani-
maes.
REPRODUCTivEL. V. Reproduzirei.
REpRODiCTivo, A, ãdj. (dés %to) que tem
virtude de reproduzir Industria — . — , que
reproduz, regenera, fecunda.
REPRODUZIR, V. ã. (re pref. iterat.) tornar
a produzir Os animaes reproduzem as es-
pécies ; tornar a apresentar, v g. — docu-
mentos, argumentos.
REPRODUZÍVEL, adj.dos2g. que é susce-
ptivel de se reproduzir.
REPRoaissÃo, s. f. promessa reciproca e
mutua. Arraes.
REPROVA. V. Rejeição.
REPROVAÇÃO, s. f a<' to de reprovar, òu de
ser reprovado ; (oppõe-se a predestinado) re-
jeitado da bem-avputurança celeste.
REPROVADO, A, p. p de reprovap *, aáy. re-
jeitado, riào adMíiitiílo ; réprobo Foi — pe-
los examinadores. Tinha reprovado o pro-
cedimento.
REPROVADOR. A, odj . que reprova.
REPROVAR, V. a [Lhí. réprobo, are.) des-
approvar, não approvar, condemnar. — o
candidato. — o testemunho.
REPROVÁVEL, ttdj dos Í g. (áes. avel.)
digno de reprovação.
REPRuiR, V. a. [re pref iterat ) tornar a
pruir, a titillar.
REP5, (geogr.) cidade da Transylvania, a
20 léguas ao EC. de Uarmanstadt ; 2.200
habitantes.
reptalor. 8 m. (ant) o que repta.
BirTAMfiKTO. V. Repto,
RE?
REPTATiTB, s. dos 2 gf. V. Reptil.
reptar, r. a. (do Lat rapto, are, arre-
batar, frequen». de rapin, ete.) (ant )d«*s-
aíiar para du^llo, para obrigar o contrario
a confessar a sua IraiçDio ou deslealdade ao
rei.
REPTIL, adj. doa 2 g (Lat. reptili», de
repto. are. andar de r. jo ) que anda de ro-
jo como as cobras. Os reptis, animaes que
andam de rastos.
REpTiLiA, s. f (ant ) animal reptil.
REPTO, í. m. (V, Ueptar.) desafio propos-
to por quem accusa alguém de traição ou
deslealdade ao rei ; (íig.) convite para jo-
gar.
REPTON, fgeogr.) ciHade d'Inglaterra, a 2
léguas e meia ao SO.de Derby ; 2,100 ha-
bitantes.
REPUBLICA, s. f. (Lat. respublira, res, a
cousa.) a cou'?a pubMea, o bem doestado;
o estado social. — , fórraa de governo em
que o' povo por seus delegados ou directa-
mente exerce o supremo poder. A — roma-
na. A — dos Lstados Unidos da América se-
ptentrional. A — das lettrat, os lilteratos
de todos os paizes, que formam como uma
comaiunidade.
REPUBLiCA-FRANCEZA, (hist ) foi proclama-
da a 2i de s^-tembro de 1792 e durou até
lí< de maio de 1804, época da creaçào do
.mperio.
REPUBLTCAN-PORH, (geogr.) rio dos Esta-
dos Unidos, nasce no Missouri e cae no
Hansas.
REPUBLICANISMO, *. t». govemo repubU-
cano ; preferencia dada a este governo.
REPUBLICANO . A, adj. que %>>z^ dos di-
reitos de cidadão de republica: queappro-
va a forma republicana de governo. Osre^
publicanos, subst.
REPUBLICO. A. adj. (ant.) republicano, ze-
loso do bem publico. « Este severo — (Ca-
tão). » Duarte Hibeiro.
Syn. comp. Republico, republicano Bem
parecidi.s são estes vocábulos, e parecem
tet igual siííniHc»ção, porem á entre elles
mui notável ditTr-rença.
Republico é o homem zelozo e amigo do
bt<m publico, pode-se ser bom republico
sendo vassalo d'ura rei, como se vê de
Vieira que disse : « Devemos desejar todos
a união c )mo bons chr siãos, como bons
republiros. e como bons vassallos (V, 33').»
Republicano é o cidadão d'uma republica
ou o que é partidário da republica, isio é,
da forma de gt>verno democrático em que
governa o povo em parte p<>r si, e em par-
te por meio de alguns cidadãos escolliidos.
>ão se pode ser vassalo sendo republica-
no ; mas pó<le haver, e tem havido repu"
iêUcaiws que são mmlo íLàus repúblicos^
hep
REQ
m
RiPUDiADO, A, p. p. de repudiar; adj. que
se repudiou; í|ue repudiou. A mulLer — .
Tiiilia — a mulher.
RKPUDiANTK, *. m. (Lai. repudians, tis,
{>. a. de repudio^ are ) o que repudia a mu-
her
REPUDIAR, €. a. (Lat. repudio, are; re
prpf., drt retro, atrás, e pudor, vergonha.)
rfjeilar , abandonar o mnrido a mu.her;
(Gg.) rpjeitar, repelhr, abanilonsr.
BEPUD o. s. m. (Lat. refnídiutn.) acçS^
de repudiar a mulher; desquite; (lig jac-
to de rfjeitar com desprezo.
REPUG.NADO, A, p. p. de repu^nar ; adj.
a que se resi>tiu. que repugnou; imi)Ugna-
do. Ptelençào, casamento — , r»jeilado.
RKpuuNAUOR, A, adj (i.at. repvgnator.)
que rnpugna (pessoa)
r»plgna2scía, í f. [Lai. repugnantia.)
indisposição, contrariedade, aversão a cou-
sa, ou a acção, v. g — a cerios comeres ,
á vida Sí.lilaria. 'linha g'ande — á vida da.s
côrles. — , antinomia, incon p«tibilidade, v.
g — de leis contradiclorias.
bkpugnantk , adj. dos t g. (Lat. repv-
gnaus, tis ) que repugna ; incompatível.
Cousas — s ao juizo, á boa razão.
repcgnar. t. a. (i at. repugno, are; ie
pref. iterat., e pugnare, couibater.) rejei-
tar com força, v. g. — o oflicio, a dignida-
de. L* anl. — , sentir repugnanc a, c. y.—
a certas comidas, a certu modo de vida Is-
to repugna á razão, e incompativel, impli-
ca contradirção. — se, v. r. ^ant.) contra-
diíer-se , estar em contradicçâo. — a si
mesmo.
repulego. V. R^polego.
Repulgar. V. liepolegar,
RiPULGo. (ant.l V. Repalego.
repuilar. V. Repulluíar.
repullular, V. a. ou n. (Lat. repullu-
do, are) tornara pullular, brotar de novo,
lançar renovos.
REPULSA, s. f. acto de repulsar, denegnr
a «upplica ; o acto derepellir, v. g. — das
iojurias, dos aggravos. da vinlencia. .
REPUi SA, (geogr.) ilha do mar folar, na
costa meridional da peninsuU de Melville.
REPULSADO, A, p. p de repulsar ; adj. re-
pellido.
REPULSÃO, t f. (Lat renulsio, onis) acção
de repulsar, rebater o embalo, repercussão;
opposto a atírocfão. qualidade, acção repul
síva, V. g. a do calórico, a da elei;tricidade
para o polo da mesma denominação, v.g-
a ropulsão exercida pnire dois corpos
que possuem ambos a electricidade positiva
ou a npgativa.
REPULSAR V. a. (do Lat re, de retro, para
trás. e pellú, ere, puhum, arremessar) re-
peilir, rechaçar, dar repulsa, repercutir;
TOL. IT.
(dg.) ní^gar o que alguém pede, «. g — ''fc
pretençào, a supplna.
REPULSO. V. llepiUido.
replnak. V. liepugnar.
REPUNHANCiA. V. íiepugnancia.
RKPU^UAR, (ant.) V. Repugnar.
REpUHUAÇÀo, *. f. (teprtl. ireral.) purgi
repelida; o tornara purgar, alimpar, v.g.
— do «cucar.
RtPUhGADO, A, p. p. de repurgar ; adj.
tornado a purgar; purgado, limpadj outra
vez. '»
REPURGAR, «. a. (re pref. iterat.) tornara
purgar, ou alimpar, v g. — o doente; o
«cucar.
REPUTAÇÃO, 5 f. (Lat reputatio, onis) o
conceito que se fíiz de alguém ; lama. Medi-
co de grande — . Tinha muno má — .
REPLiADO, A, p p. de reputar; adj. con^
ceiíuado.
REPUTAR, V. a. (Lat. reputo, are; r# pref.
Iterai, ejt^iiío, are, julgar, considerar) esti-
mar, lerem conta ; grrUgear reputação ; dar
reputação, ex. « Lom as victorias assegurou
8 reijutuu l). João de (astro o estado da lu-
dia, » Freire. — bem a fazenda, ^loc mer»
cant usualj vendeu-a por bom preço.
replxaR, ta. ^repref., para iraz, epu"
xarj puxar para tiás; lepehir, lecLaçar ;
ttíZer repuxo ao muro.
KEPLxo, s. m. pendor, declividade ; pa-
rede, muro com pendor, declive : encosto,
ootareo que escoia um péd'arco, para elle
puder susler o peso ; a parede opposta. — ,
recuo: — da ariiliiaria. — , ferro com que
se embebem as larrachas na madeira ; peça
que se bale com vaivém para a lazer entrar
em outra. — , agua qaees.uicha com força
de canos estreitos, touie de — .
RiQUA, (ant ) V. Recua.
RtQUEBRAUo, A, p p. de requebrar : adj.
feito com requebro; lorcido Amante — ,
que diz munas iine/as ãsua dama.
requebhar, 0. a {le prtf. iierat.) torcer,
dar uma inileião, geito, v. g — os olhos,
dar-lhe* geiío amoroso. — uma dama, di-
4.er-ihe huezas.
RLQUiiBHO, t. m. inflexão, geíto amoroso,
lascivo da viz, dos olhos, do corpo, do gesto.
—s, expressõt^s amorosas, lascivas, íiuezai.
Dizer — s com «s olhtts.
requeijão, s m. (repref., atras, queijo)
nata, coalho do leite depois defeito o quei-
jo.
RfQUEiMADO, A, p p. de requeimar ; adj,
ressequido, tostado. Uumor — . Cólera — ,
de c«>r muito escura, tostada.
REQUEIMAR, x> O. (re pref. iterat.) pcssecar,
tostar ao calor do fogo ou do sol. — Jioae
ferro ou arame, po lo em brasa ao fogo
para o tornar flexível. — sk, «. r. (fig.jsen*
411
HEQ
4ir fortemente sem o manifestar, v. g. a in-
veja lá no peito sercqueima. — , (tig.) em
sentido abs., pungir, picar. O cravo, a pi-
menta requeimam na bocca.
REQUEiME, s. I». qualidade pungente de
substancias aropoalicas. — , (h. n ) nome de
um peixe que junto aos ouvidos tem dois
ferrões.
REQUEiXADO , (ant.) V. Acanhado^ Es-
treito.
REQUEIXARIA , *. f. (aut.) offiçlo dc fC-
queixeiro.
BEQUEIXEIRO, S, Wl. (aut.) talvC^ JÇ^<j[tí«-
Jeiro, pasteleiro de natas. ," ,,.
REQUEMADO, A, p. f de requéntáf ", aáji'.
aquentado de novo. Comer, caldo—; (fig.)
satisfações más de uma offensa.
REQLENTAR , t>. O. (re pief. iterat.) tor-
par a aquentar; — o comer, o caldo. — se,
c. r. totnar a aquentar-se.
REQUEREÇÂo, (ant.) V. Requisição.
KEQLEREDOR, s, m. (ant.) requerente; co-
fcrçdor, v. g. — dos rendeiros, de alcaida-
íía,
REQUERENTE, s. m. (des. do p. a. Lat.
em ens, tis) pessoa que requer ou solicita
justiça ; procurador forense ; o que pede ou
§olicita por outro. — , f. mulber que soli-
cita entrar em clausura.
HEQUERER , V. ã. (Lat. rcquivo, ere ; re
pref, Uerat-, e qucBre, ere, procurar.) fp.
V5.) buscar de novo, ou varias vezes; pe-
Uir, solicitar, pedir em juizo. — sua justi-
ça_. o seu direito , algum despacho. — al-
guém de um crime, accusar. -- rfe amores
uma dama, requestar — , exigir, necessi-
tar. Este negocio— muita prudercia. A doen-
ça — grande cuidado. — , demandar, exi-
gir o pagamento. — dividas, tributos. — ,
rever, dar busca. «O carcereiro ha de —
os presos duas vezes cada dia para ver se
sSo presos. » « O corregedor deve — o que
fezerem os vereadores. » Ord. Affons., in-
dagar, examinar. — , procurar: — matenaes,
obreiros.
REQUERIDO, A, p. p. dc rcqucrer; adj. bus-
cado muitas vezes, procurado; rogado, exi-
gi^jo ; — por autoridade superior ; citado, a
quem se intimou ordem, v. g. — para dar
os bens á penhora.
REQUERIMENTO, S. W (íílCníO SUlV.) pcti
çào verbal ou por escripto. Fazer, dar um
— — , pedimeuto : a — da parte, (loc. fo-
rens.) — , (p. us.) cobrança, exacção detri-
bqtos, rendas, dividas.
" *REQUERiz, (ant.) V. Re^oHz, Alcaçuz
' REQUESENS (S. de Zuniga), (hist.) gran-
de commendador de Castella, foi o guia de
t). João d'Austria nas guerras contra os
Mouros das Alpujarras, acompanhou-o na
c^iupapha naval de Lepanto, governou al-
REQ
gum tempo o Milanez, substituiu o duque
no governo dos I'aií;es Baixos, venceu tui?
de Nassaes ; Morreu em 1576.
REQUESTA, s. f. lequerimeuto, supplica;
acto de requestar uma mulher, solicitações
feitas a dama. — , (ant.) desafio, duello, bri-
ga, contenda. Combater-se a toda a — .To-
mar a — por outrem. — , defesa, fprtit|ça-
ção. Porta com sua — .
REQUESTADO, A, p. p. de requestai" ; ádj.
que requestou, solicitou dama. Mulher — ,
solicitada por amantes ou pretendentes pa-
ra casar. — , (ant.) chamado a desafio, a
duello, atacado, acommettido. Praça — pelo
inimigo. — , tentado, procurado. Cidade —
dos estrangoiros para conimercio. — , forti-
ficado, defendido. Porta — .
REQUESTAR, V. Q. {re prcf. iterat., e Lat.
qucsro, ere, situm, buscar, procurar.) bus-
car, procurar solicitamente, solicitar. — uma
dama, para casar. — , (ant.) desatiar, cha-
mar a duello.
RÉQUiA, s. f. (ant.) V. Requie.
RÉQUiE, s. f. (Lat. regwics.) descanso, re-
pouso,
REQUiM, s. f. (t. da Ásia) licor espirituo-
so da Índia.
REQUINTADO, A, p. p de requintar; adj.
apurado ; fino, subido, aprimorado; nimio,
aíiectado. Devoção — , excessiva. £/c^a)icia
— , mui exquisita.
REQ'NTAR, V. a. (re pref. iterat., quinta,
subentendido essência, ar des. inf Kqui-
vale a eitrahir a quinta essência por cinco
distillações sucessivas), apurar, levar a auge;
V. g. — o amor, a amizade, os sentimen-
tos, o estylo. — , V. u. apurar-se, haver-
se com nimio apuro, primor, levar ao maior
auge, V. g. — em amor, na malicia, na
censura; — no estylo, na elegância, no
luxo.
REQUINTE, s. w. (de re^Miníar), cousa re-
quintada, exquisita, grande apuro, primor :
V. g. — no amor, nas expresões. no es-
tylo. — s,, pi., prazeres mui sucidos, refi-
nados.
REQU RIR. V. Requerer.
RKQUfsiçAo, s /. requerimento, pedido,
exacção, cobrança por autoridade. Reque-
sições, pi. cousas ou serviços requeridos
por autoridade civil ou militar.
REQUisiR, (ant.) V. Requerer.
REQUISITO, A, adj. (Lat. requesitus), re-
qu*^rido, devido, lie p. us.
REQUISITO, s. u. (sub$t. do precedente),
cousa reíjuesita, o »jue se requer para um
fim qualquer v. g. Os — *, as condições
oú qualidades necessárias para preencher
um emprego. O sugeito tem todos os — s
para bem desempenhar os deveres do car-
go-
RES
HES
4S^
BKQUisiTORiA, s. f. (des. orta], carta em
que um magistrado pede a outro que faça
executar algum mandado.
REQuiSTA, (geogr.) cidade de França , a
y léguas ao S. de Rhodez ; ^,010 habitantes.
REREC, (geogr.) capital dos Obotrites, é
hoje Mecklemburg.
«RS ou REZ, s. f. (do Arab. raz, cabe-
ça, cabeça de gado), cabeça de gado ; pi
Rezes (fig.) má -, pessoa de iudole.
RKSABEB, V. Tl. (t. cliulo), sabcf muito.
Toma-se de ordinário á má parte.
RESABiADO, A, de resabiar-se ; adj. des-
gostado, qne conservou resabio, asco, a al-
guém ao a alguma cousa \ v. g. — da af-
fronta recebida. Besta — , que tem manha,
espantadiça.
RESABiAR-SE, t?. T. [resabio, ar des. inf.),
contrahir resabio, asco, desabrimento. « Se
começou a resabiar o animo do rei. »
Chron. de Cister.
RESABiDO, A, p. p. dc resabcf ; adj. mui-
to sabido, que sabe de mais, muito exper-
to, muito fino ; v. g. Homem muito — .
(Diz-se á má parte.)
RESABIO. s. m. (alterado de resaíbo], sa-
bor mau ; o mau saber.
BESACA, 8. f. fFr. ressac, choque impe-
tuoso das ondas contra a costa, do Lat.
quassare, quebrar), o movimento que faz
o rolo da agua recuando da praia. « A on-
da da — . » Couto. — , porto formado pela
enchente do mar. « O porto de Alexandre-
la vem a ser uma — , que ali faz o fiíede-
terraneo, larga e profunda. » Godinho.
RESAiBO, 5. m. [re pref. atras, e saibo],
sabor que se pega a algum vaso e se com-
munica ás substancia que nelle se encerrão,
V. g. o sabor rançoso, de mofo, etc. (fig.)
que conserva vestigios, signaes de estado
anterior, de hábitos contrahidos ; t?. ^f. Dou-
trinas, máximas, proceder que tem — da
educação monacal, do claustro, do trato
das cortes. — , manha de bestas. — , (ant),
o resabído. « Todo o seu — me aborre-
ce. » Uhs, 8, 6.
RESAiu, (ant. e obs.) O Elucidário diz
que é Ressio.
RESALTADO, A, p. p. dc Tcsaltar ; releva-
do, sobresahido ; que saltou de novo.
RESALTAR, f. ti. (Lat. resiUo, ire^ sul-
tvm, re pref. iterat., e salio, ire, sallum,
saltar), tornar a saltar ; sobresahia fora da
superfície ; saltar aos olhos, dar nos olhos
por mais elevado, saUente. v. g. liesalta
o friso, a cornija, o relevo do bordado, e
(fig,) stbresahirt?. g. sobre as mais virtu-
des resalta a modéstia. He p. us. nesta ac-
cepção figurada.
BESALTAB, V. O. Fcvelar, fazer sobresa-
hir em relevo.
resaltear, V. a. [re pref. iterat.) tor-
nar a saltear. P. p. resalteado.
HESALTO, s. m relevo, prominencia, t>.
o. — do friso, da cornija, do bordado, das
feições, do nariz. — , repuxo, repercussão,
salto dado por corpo elástico; c. g. — da
bola, das bolas.
RESALVA, 8. f. declar»ção por escripto
para segura nçp de alguém ; cautella para
evitar prejuizo, v. g Dar — de divida,
quitação, reserva, excepção, — da entre-
linha, declaração que o tabellião faz de
que a entrelinha foi escripta por elle.
RESALVADO, A, p. p. do resalvar ; adju\
protegido por resalva ; que obteve resalva.
V. g. Entrelinha — .
RESALVAR, V. tt. fazer ou dar uma resal-
va, declarar como resalva ; reservar, excep-
tuar ; Uvrar de perigo, por a salvo, em
segurança. Queria — as naus que tinha
em Meca «Couto. — se, v. r. tomar resal
va, procurar desculpas, razões que justefi-
quem algum acto.
RESAMPHONiNAR. V. Resãnfoninav
hesaisfoninar, V. a. [re pref. iterat., e
sanfoninar), (chul.), repetir muitas vezes
mofando, cousa importuna.
resão. V. Razão.
BESARCiDO, A, f p. de f csarcif ; adj.
reparado, satisfeito ; v. g. Tinha — odamno.
RESARCiMENTO, *. m. I^meníe suff.), acto
de resarcir.
RESARCiB, V. a. (Lat. resarcio, ire, re-
mendar, concertar), reparar, satisfazer, in-
demnizar, V. g.rfsarcir o damno, o pre-
juizo, a perda qne se causou ou experi-
mentou.
RESAUDAR, V. r. {re pref. iterat.) respon-
der á saudação.
resralar. V. Resvalar.
RESBORDO, s.m. [áúPr. rébord) (naul.) se-
gundo solho do navio ; « na costura da ta-
boti do — . »
BESBUTOS, s. m. pi. V. Reisbutos.
rescaldado, a, adj. [re pref. iterai., e
escaldado) muito quente. A peça d'artilha-
ria de — arrebentou.
REscALDAMENTo, s. m. (ni«nío suíf.) abra-
samento.
rescaldeiro, s. m. [rescalde, des. eiró)
prato fundo ou vaso de folha, de prata, ou
cobre em que semeiem brasas ou agua fer-
vendo para censervar quente o comer na me-
sa ; esquentador da cama ; braseirinho com
testo grelado, para aquecer os pés.
rescaldo, s. m. (rcpref. intensilivo, eca-
lidus, quente) borralho, cinzas com brasas;
(fig. ep. us.) sensação pungente causada por
comeres indigestos no estômago, e substan-
cias irritantes introduzidas ou desenvolvidas
nelle.
106 ^
424
RES
HES
RESCAMBio, 8. m. (ant.) V. Recambio, Tro-
ca, Pemnitaçào.
RtscÃo V. Rascáa.
RíSCENHENTE, ãdj dos 2 ^í. (des. do p. a.
Lai. em ens, lis) que cheira bem, cheiroso;
menos us., que chbira mal. Aromas, jasmins,
rosas — s O — bode.
RESCENDER, V. H exhalar cheiro suave,
gralo ; e menos us., exhalar. cheiro bom ou
mau.
Woraes deriva nste termo dolng'ez scent,
que vem áo¥r. senleur, sentir, cheirar, do
Lot. sentire, seniir, E provável que rescen-
der vnm d'esta origem ; mas é nuiftvt-l (|ue
em Copiico ou Egypcio çrhoi si^íiiifica chei-
ro, cheirar, exai ou sinal, ventas.
RESCINDIDO, A, p. p. de resciudir ; adj.
dissolvido, V. g. o contracto — .
RESCINDIR, t a. (Lai rescindo, ere ; re
pref., e srindo, ere, cortar, romf er) (fig.)
cortar, romper, desfazer, revogar, v. g —
o contracto; — o matrimonio.
RESCISÃO, 8. f. (Lat. rescisio, anis.) selo
de res''indir, revogar; — do coiilraclo, tes-
tamento ; — do matrimonio.
RESCREVER, V. a. (re pref. iterat ) tornar
a f screver, responder por escripto ; dar um
rescripto.
RESCRipçÃo, *. f mandado para se pagar
corta quantia.
RESCRIPTO, 8. m. (Lat. rescriptum ) or-
dem, mandato de rei, resoluçàe régia.
RKSCRiTO. V. Rescripto.
RESEDA, 8. f. (Pr. réséda.) (bot.) planta
rasteira e mui cheirosa de que ha varias
espécies, dfls qu«es uma é empregada na
mt^diriíia para mitigara inflammíiçào, e tfll-
Tez d'»hi tire o nome (Lat. reseao, are,
acalmar, abrandar).
RESEGLisuAB, u. fl. [re pref. iterat ) tor-
nar a segundar, redobrar, amiudar. — os
golpes.
RESKLLADO, A, f. f. de ressllar; oí//. sel -
lado de novo, a que se poz segundo shUo
resellar, t>. a. [re pref. iterat., oselh,
ar des. inf.) pôr segundo sello ou novo shI-
lo. — as fazendits, na alfandega, — as apó-
lices ou papel moeda.
RESEMEADO, A, p. p. do rcsemeaf ; adj.
torn«do a semear.
RKSEHEADURA , 8. f. (des. ura.) segunda
semeadura ou sementeira.
RESEMEAR, V. O. (re pref. iterat.) tornar
a íemear , fazer segunda sementeira — tri-
go. — o campo. — a fé, cujas sementes não
Tingaram,
RESENHA, 8. f. (Lat. rcccnsio, onÍ8.) mos-
tra, alardo, revista ; — de tropas, da gente-
— , de cousas, v. g. — de livros, de acon-
tecimentos — litteraria, politica, revista.
AisiMUR, V. a. [resenha, ar des inf.j
passar mostra, revista, alardo, fazer rese-
nha.
RESKNHOR, s. w. (jocoso) duas vezcs se-
nhor.
RES8NTID0, A, p. f. de reseutir; adj of-
fendido, irritado; excitado, despertado. Man-
timentos—s, quasi podres, tocados. A men-
te presaga e — , presentida.
RESSENTIMENTO, 8 m. {mento suíT) sen-
timento causado por o(Te»nsa lev»», ou quese
enct bre ; sentimento vivo de offensa rece-
bida.
RESENTiR , V. a. [re pref. iterat.) tornar
a sentir ; sentir vivamente. — se, ». r. of-
fender-se, n.ostrar sentimento ou pezar. —
de alguma cousa, sentir o eífeito, v. g. —
da doença, do remédio; recobrar o senti-
mento, despf-rtar-se ; advertir, dar íé. Res-
sentiu se do rapto.
BESEQUiDO, A, adj. [re pref. intensitivo,
e seccado.) mui secco, exhausto de sueco e
humidade L'vas — s.
RKSiRVA, s. f portão reservada, poupa-
da, po!>ta de parte. Ttrdeoxiem — . Gente
de — , de sobreseUnle. para acudir era caso
de urgência. — , circumspectão no obrar ou
no fdllar. Sem — , com toca a franqueza.
RESERVAÇÃo, 8. f condição ou restricção
posta em acto fazendo reserva de parte dos
fructos, rendas, etc. — de pecrado, restric-
ção imposta pí»ra (jue só certa pessoa ou pes-
soas os possa absolver
RESERVADO, A, p. p. de Teservar ; adj. pos-
10 em reserva ; pr^^servado. Caso, peccado
— , cuja ôbsí>lvição é incumbida a pessoa de-
terminaua Homem — , que usa de reserva,,
tircumspecto, cauteloso,
EESFRVAnoR, A, adj que reserva.
RESERVAR, V. a. [Lai. reservo, are] pôrens
reserva, guardar; pôr de parte para servir
tm caso de urgência : — os seus segredos,,
as suas forças — , fazer reserva em contra-
cto. V. g. de fructos, rendas. — peccado%
limitar a certas pessoas a faculdade de os
absolver.
RESERVATÓRIO, 8. m. (dcs ório) receptá-
culo, v g. — de aguas, deposito.
RESERviR, V. a. ( e pref j tomar a ser-
vir
RESFOi.EGADouRO, *. wi. (des. uvo) passa-
gem, abertura por onde sae o ar, ^o fumo,,
respiradouro.
RE -POLEGAR, V. a. [re pref. iterat., s por
«X, fôlego, ar des. inf.) lançar, fazer sahir,
V. g. o canhão resfolegando o fumo pelO'
ouvido. — , V. n. respirar, exhalar ; (fig.)
sentir satisfação, ex. « Resfolegou Ll-Hei con»
a nova » Couto, Dec. iv
RESFOLEGO. ?. Anhelito
RtSFOi.GAR , RESFOLGO. V. ResfolegoT^
Resfolego.
RKS
RES
425
RESFRIADO, A, p. p. de resfriar; adj. tor-
nado frio, insensível ; desanimado. — do
amor, do zelo.
EESFRiADO, *. w». defluxão, catarrho cau-
sado pela exposição ao frio.
RtSFRiADOR , A , odj . que resfria ; (fig.)
que faz esfriar, v. g. o animo, o zelo, o
patriotismo, o amor. A — ingratidão. Os
ventos, os gelos resfriadores.
RESFRiADOR , s. m. vaso com agua fria
ou neve para resfriar bebidas.
RESFRIAMENTO, s. m. [mentosuS.) estado
resfriado, diminuição do calor ; (fig.) tibie-
la, diminuição da energia, do animo do ze-
lo, do amor, etc.
RESFRIAR, V. Q. (fc pref. iterat. ou in-
tensivo, 6 esfriar.) tornar a esfriar; (fig.)
diminuir o ardor, o fervor, v g. — o zelo,
o amor, o patriotismo. — se , v. r. ganhar
um resfriado ; (fig.) abater-se o ardor, o
fervor, v. g — o furor, a devoção, o zelo,
t paixão, a caridade, o amor, a amiza-
de.
RESCAL R. V. Arregalar.
RESGATADO, A, p. p. de resgatar; adj. re-
mido do cativeiro, vendido por resgate,
permutado. — a preço de dinheiro, ou de
sangue.
RESGATADOR , s. m O que resgata, ou
que resgatou.
RESGATANTE , s. dos 2 g. V. Resgata-
dor.
RESGATAR, V. ã. (do Ff. rachetcr.) remir
com dinheiro. — o captivo, remir do capti-
Tttiro. — a obra, a escriptura, tira-la da
obscuridade, publica-la, dá-la á luz. — o
Umpo, recuperar. — se, u. r. remir-se.
RESGATAVEL , adj. dos 2 g . (des. avel]
que se pode ou ha de resgatar, dando-se
o_ valor da cousa que se resgata. Obriga-
ções, hypothecas, valores rw^faíaceis, remí-
veis.
RESGATE, s. m. acção de resgatar; preço
fíOT que se resgata, t? g. o captivo ; (fig.)
ugar onde se faz o resgate de captívos, de
escravos, de mercadorias. Cousa de pouco
— , de pouco preço ou valor. — , redem-
pçio.
RESGUARDA, (aut.) V. Retaguarda.
RESGUARDADO , A, p. p. de resguardar ;
adj. posto em reserva, resalvado. — , am-
parado, protegido, v. g. casas —do frio;
plantas — das geadas. Jnnocencia — . Olhos
— de objectos impudicos ; ouvidos — de ca-
lumnias.
RESGUARDAR, V. G. {re pref. iterat., e 65-
guardar.) guardar com cautela e vigilância,
para evitar damno ou perigo ; pôr em re-
serva, resalvar. — , considerar, attender. —
SE, t?. r. defender-se, acautelar-se, vigiar-
se, guardar-se, v. g. — do frio, do vento,
rm.. !▼.
do sol ; — das emanações perniciosas; — de
um inimigo.
RESGUARDO, s. fit. cuidado cauteloso, vi-
gilância ; meios de defesa ; prevenção , v.
g. gente, forças de terra ou de mar. — .re-
serva. Ter de — . Dar — a alguém, adver-
ti-lo de perigo que o ameaça Ter — na co-
mida, na dieta. — , respeito, acatamento,
attenção. Sem — da justiça. « Moças desam-
paradas do todo o — que lhe é devido. »
Guia de Casados, isto é, de cautelas, de vi-
gias que desviem perigo á honestidade, ao
decoro.
RESiccAçÃo, s. f. [re pref., e Lat. sicca-
tio, onis.) estado do que está resiccado.
HESicCADO, A, p. p de resiccar; adj. re-
sequido, muito secco, privado de toda a hu-
midade.
HESICCAR , V. a. {re pref., e Lat sicco ,
are.) seccar muito. — as entranhas, requei-
ma-las com drogas acres.
RESIDÊNCIA , s. f. (dcs. encia.) assistên-
cia, morada continua em um lugar ou apo-
sento, lugar da residência, tempo que dura
a residência.—, casa religiosa dos jesuítas,
que não era coUegio, nem casa professa. — ,
(forens.) comparecimento em juízo do réo
que está seguro h'ko comparecendo que-
bra a residência. — , entrega do mando ao
successor; entrega que o governador ou ca-
pitão faz do mando da praça ou cidade em
que reside apresentando as chaves delia ao
successor. — , informação que se tira a res-
peito do como procedeu nas cousns do seu
oíTicio ou cargo, o governador ou juiz. Ti-
rar, tomar—. Dar a sua—, conta da sua
vida, acções, proceder. « Deus a ninguém
dá — das suas obras. » Ulís.
RESiDENCiAR , V. a. [residencia, ar des.
inf.) (p. us.) tomar residencia, tirar infor-
mação.
RESIDENTE, adj dos t g. {Lai. residens,
tis, p. a. de resido, ere; re pref, esede-
re, estar sentado.j que reside. Usa- se subst.
residente ou ministro residente, agente di-
plomático de corte estrangeira de graduação
inferior á de enviado.
RESIDIR , V. a. ou n. (Lat. resido, ere ;
re pref. , e sedo, ere, estar de assento ou sen-
tado.) morar, assistir em cidade, povoação,
ou casa; assistir pessoalmente, v. ^. o bis-
po na sua diocese, o cura na sua parochia
fazendo as suas obrigações.
RESÍDUO, s. m. (Lat. residuum ) o pé, se-
dimento ; o resto, restante. O — da distil-
lação. Os— « damesa.—, (forens.) legados,
dinheiro ou propriedades deixados por pes-
soa fallecida para obrns pias. Casa, juizo,
proieder dos -s, a qu em pertence a arreca-
dação e e n prego das «quantias deixadas pa-
'm obras pias
; 107
426
RES
IBES
RESIGNAÇÃO, s. f. O acto de resignar, v,
g. — do cargo, do beneficio; estado resi-
gnado, V. g soífrer com — , sem se quei-
xar.
resignadíssimo, a, adj. superl. de resi-
gnado.
RESIGNADO, A, p. p de resignar: ac(;'. que
resignou: que soffre com paciência, soífri-
do. — á sua triste sorte Tinha — o cargo.
RESiGNANTE, s. w. (Lat. vesigiions, tis ,
p. a. de resi^narc.) pessoa que resigna car-
go, oíficio.
RESIGNAR , V a. (Lat. resigno, are , re
pref. iterat , e 5Ú/no, are, assignar.) renun-
ciai*, V. g. — oíTicio , beneficio , cargo, o
mando — ., (fig.) fazer abandono, v. g. —
a vontade, sujeita-la á de outrem — se, v.
r. ceder, abandonarse, v. g. — á sua sor-
te, á vonlade de nutrem ; — em Deus.
RESiGNATÁRio, s m. (dcs. ávio ) sujcíto
em quem se resignou o beneficio
RESINA, s. f. (Lat do br. rhtô, manar.)
sueco vegetal unctuoso.
RES NA, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, sobre o golpho de Nápoles ; 9,O0U
habitantes.
RESINAR ou ROSiNAR, (geogr.) cidade da
Transylvania, a 3 lejíuas ao SO. d'ílar-
manstadt; 5,000 habitantes
RESiNENTO, A, adj. resiu/SO.
RESiNGA, s f. disputa, dltercação.
RESiNGAR, c. tt. OU u. (de rixa, e ango,
ere, apertar, vexar.) altercar, disputar, v.
g.—iiom alguém. Encontra-se também nos
antigos em sentido acílivo, v, g. «ha hi
mulher tão referteira, que até o matrimo-
nio resinga.
RESiNGUEiRO, A, adj. (dcs. eiro.) costu-
mado a resingar.
RESiNHAR-SE, (ant.) V. Resiguar-se .
RESINOSO , A, adj. (Lat. resinosus.) que
contém resina, da natureza de resina.
RESío ou RESsio. V. Jiecio OU Rocio.
RKSipiscEKCiA, s. f. (Lat. resipiscentia,
de resipisco, ere ; re pref. iterat., esapto,
ere, saber.) acto de voltar á recta razão, á
emenda de culpas, de erros.
Na ultima edição de ft'oraes esle termo
se acha escripto resipienda
REsiSTAR. V. Registar, ou Registrar.
RESISTÊNCIA . s. f (de resistir.) acto de
resistir, oo sentido physico e moral, e fal-
tando dos agentes naturaes ou da vontade
do homem. Oppôr grande — ao inimigo, ás
ordens, ás íeis. O ar, a agua oppõem — aos
corpos que se movem nestes fluidos.
RESISTENTE, ttdj . dos 2 g. {L&t. resísUns,
tis, p. a. de resisto, ere.) que resiste, op-
põe resistência, tanto physica como moral.
RESISTIDO, A, p. p. de resistir ; adj. que
se faz resistttacia ; qae resistiu. O miaqtie
foi—, rebatido. Tinham esforçadamente —
ao inimigo.
RESisTiDOR , s. m. o que resiste, resis-
tente.
RESISTIR , tj. a. (Lat. resisto, ere ; re
pref.i e sisto, ere, soster, rebater.) oppôr
força em contrario. — o ataque, o desem-
barque, a audácia, a tentativa.
Crês tu que já nâo forSo levantados
Contra seu capitão, se os resistira.
Fazendo- se piratas, obrigados
De desesperação, de fome, de ira?
Camões, Lus., V, 72.
Resistir, oppôr resistência physica ou mo-
ral. O ar, a agua resistem aos corpos que
se movera nelles. — ao embate das ondas,
ás balas, ao inimigo, á tentação, ás leis,
aos conselhos ; (fig.) não ceder, mostrar-se
sensível, v. g. — aos rogos, ás lagrimas, ás
suppHcas. — SE, V. r. — um homem a si ,
refrear-se.
RESISTO. V. Registro.
RESLUMBRAR. V. Transluzir.
RESMA, s. f. (do Arab. rasma, do verbo
razama, arrumar apertando, rolligir, ajun-
tar muitas folhas em um só corpo ) vinte
mãos ou quinhentas folhas de papel.
RESMONEAR OU RESMONiNHAR, RESMUGAR.
V. Resmungar.
RESMUNGAR, V. a. OU H. (voz imitativa.)
(ffimil.) fallar enlre os dentes, em tom dj
quem ralha, exprime desconientamento.
RESOADO, A, /). p. do resoar ; adj tor-
nado a soar ; retumbado.
RESOANTE. adj. dos 1 g. (Lat. resonans,
tis, p. a. de resono, are.) que resôa, re-
tumba
RESOAR, V. a. (Lat. resono, are; rcpref.
iterat , e sonare, soar.) fazer soar ; (fig.)
publicar, proclamar : « resoem doces versos
teus louvores. » « Hymnos que resoem os
louvores do senhor. — façanhas, altos fei-
tos — , retumbar, fazer écco. Resoam os
clarins, as trombetas, os clamores, o tro-
vão.
RESOBRADO, A, p. p. dc Tcsobrar ; adj.
que resobrou ; mais que sobrado.
RKSOBRAR, V. a. OU w. [re pref. intetisi-
vo.) sobrar muito. « Sobrou madeira, di-
nheiro, e resobrou. »
resolto, p. p. irregul. de resolver. V.
Resolvido,
RESOLUÇÃO , s. f. (Lat. resolutio, onis.)
decisão tomada pela pessoa, ou por ou-
trem ; resultado de deliberação ; propósito
firmo, coragem. Tomar uma — . Ter, mos-
trar— , valor, coragem. — dos nervos, re-
laxação, frouxidão. — do ventre, soltur?!. -
do tumor, da inflammação, terminação da
doença peU restituição das partes ao esta-
RES
RES
427
do natural, dissipando-se os flaidos accu-
miilados j[)or absorpçao. — , (chim.) disso-
lofçâo, decomposição dos corpos, separação
dos seus princípios ou elementos.
RESOLUTAMENTE, ado. {mente suff.) com
resolução, coragem, denodo.
resolutíssimo, a, adj. superl. de reso-
luto.
RESOLUTIVO, A, adj. (des. ivo.) (ítíed.)
resolvente, pVÔpriô a obter a resolução, v.
g. do tilràor, da mflammação. Methodo—,
aúalytico
RESOLUTO. A, ãdj . (Lat. resolutus, a^lj.e
p. p. de resolvo, ere.) V. Resolvido e Re-
solto. Homem — , destemido, denodado, fir-
memente determinado a executar algum
feito. Homem — em riegócios, pratico, cor-
rente.
RÉSOLUTORio, A, ããj . (des. ório.) (jófr.)
Clausula — , que verificada annulla, desfaz
o acto a que ó jaata ou posta.
RESOLVENTE , adj. dos 2 g. (Lat. resol-
veris, tis, p. a. de resolvo, ere.) (med.) re-
solutivo. Substancias — s.
RESOLVER , V. O (Lát. resoltò, ere ; re
pref. iterat., e solvo, ere, dissolver.) redu-
zir, V. g. ~ o pó, a substancia ; — os cor-
pos aOs seus principies ôti elementos. — ,
desfazer, v. g. o vinagíe rêsohe as péro-
las. O fogo tcsòlve em' fumo a madeira, o»
carvão — o tumor, faze-lo desapparecer.
— d duvida, a questão, d c&nsuha, deci-
dir. — , tomar decisão, detetminar-sé. Re-
solvi partir, ausentar-me. — se, v. r. to-
1ÍÍÁY resolução, decidir-sè, determttfat-^e.
Resolveu- se , em sentido impessoal tomou-
se a resoluçãro. — se , reduiíit-se , conver-
ter-Sé. A tempestade resoheu-sè em chu-
va. O diamante resohe-se inteiramente etó"
gaz Resolveram-se os perigos , desfize-
ra ní-se.
RESOLVÍDO , A , p. p. de ['esolver ; adj.
decidido, d'elerminado, d*?ssipado (oturaoi*,
a inflammTíção). f^uvida — , solvida. Pro-
blema — , de que se deu a' solução.
RESONANCiA, s. f. (Lat. fesonaníid.) éQ,o;
— $tt voz
RESONAisTE, adj. dostg. [Lh\. resonant,
tis, p. a. â'& fUsóno, are.) retumbante, que
faz ácco. i ingiià, voz — .
REísoNAR v\ a. ou' ú'. (Lát reéono, are.)
resoar. — , r'ésptrKr dormindo.
RESPALDAR . V, a. (t. de encadernador.)
V. Solfar.
RESPALDO , 8. m. [re pref. dé retro por
detrás, e Ital spallá, espádua.) encosto de
cadeira de espaldar; parte trazeiradesege,
coche, — , (alveit.) doença dos cavallos pro-
cedida de violência feita ás espáduas da
besta.
respauçado, a, adj. raspado. Pergami-
nho — , raspado para nelle se poder es-
crever.
RESPANÇAMENTO, *. m. \ . Raspadura .
REsPECTATivo. V. ÍAsongeiro , Adula-
dor.
RESPECTIVAMENTE, adv. [mente silfT, ) enri
relação, relativamente, com respeito ; —
no negocio ; — nO tempo em que esta-
mos.
RESPECTIVO, A. adj. (des iva.) que diz
respeito a alguma pessoa ou cousa era par-
ticular; que guarda proporção. — , (p. us. )
respeitador, que respeita, ©.</.« homem
— dos templos.» Vieira, cultor, venerador^
respeitoso, honrador.
RESPECTUOSO, A, adj. (Lat. respectus, des.
oso.) que respeita, Venera, que mostra res-
peito.
RESPEITADO, A, p. p. dft respeitar; adj.
a que se tem respeito ; tratado com respei-
to e attençào. — a necessidade, altenta, ai'
tendida. Nada tinha — .
RESPEITADOR, s. m. O que reápeita, iletíf
féspmtú.
RESPEITAR, V. fl. (tat. respecto, are: fê
pref., e specto, are, olhar, considerar.) olhar,
estar voltailo para : « por esta parte do ser-
tão respeita a terra do Brasil aquellas afa-
madas serranias. » Vasconc. E' aut. nest«^
sentido. — , òonsiderar, attender. «Sem —
o pefígo » I obo. — , ter respeito, veneraér,
V. g. respeitar as leis, os deveres, as pes-
soas. Res')eitar, tocar, dizer respeito, v.g.
pelo t^e respeita á segurança da repu-
blica.
RÉspEiTATivo , A, ãdj. (p. US.) que díz
respeito ai pessoas ou cousas Conselho, pa'*
recer, voto — .
RESPEITÁVEL, adj. dos 2 ff. (déí. étã.)
digno do respeito, devénet*áção. Ancião —.
Virtude, saber — . — , que mette rcspefSo.
Forçai respeitáveis, consideráveis, capares
de metter respeito.
rtESPEnro, s. m. (Lat. rtspeéhi^. V. Res-
peitar.) aspecto do algutóa cousa, cbnside-
raçâo , relação entt'e diversos objeétos. A
este, a esse — . A — desse negoci'o. — , at-
tenção, consideração ; acatamento, venera-
ção. Ter—, tratar com' — ; mostrar - tf Mi-
guem.— de pesioas, aceitação delias Pes-
soa de — , respeitável. Cousa de — , deim-
poi'tancia, altendivel, cOn^idei^avel. Três ga-
leõ'es do — . Guiar-se, mover-se pelos — s
da fazenda, dia' honta, dé interesses, pelai
consideração, por" n*iotivo, influxo. Guar-
dar' a dama —s, éslXHT occasiões de dar ciú-
mes.
RFSfÉiTOSXiÉÉNTE, adv. [men*.e suff ) com
respeito'.
^ESPlsrtuAR , (ant.) V. Respeitar, dizer
respeito, haver respeito, attônção
107 *
418
HES
RfcS
RESPIGA , s. f. O trabalho de respigar a
seara.
RispiGADEiRA , s. /", (des. eira.) mulher
que recolhe as espigas que ficaram no agro
depois da sega.
RESPIGADO , A , p. p, àe respigar ; adj.
recolhido, as espigas deixadas no agro de-
pois da sega.
RESPiGADOR , s. m. homcm que respiga
as searas ceifadas, que colhe as espigas que
ficaram no agro ceifado.
RESPiGÃo, s, m. espigão que nasce junto
ás unhas.
RESPIGAR, V. a. {re pref. iterat., espiga^
ar des. inf.) recolher as espigas que fica-
ram por segar ; (fig.) tirar, colher todo o
ganho, o lucro, até por meios illegaes. « Não
só segavam, mas respigavam no povo o que
ficava. » Fêo.
RESPiiSGADOR, s. wí. respingão.
RESPJP5GÃ0, ONA, adj. que respinga. Ca-
vallo — , inquieto, couceador.
tiEspiNGAR , V. a. ou w. inquietar-se a
besta, coucear ; recalcitrar, resistir; res-
ponder com agastamento.
RESPINGO, s. m. couce de besta que res-
pinga. — de vela, estalinho da vela cuja
cera ou sebo tem agua misturada.
RESPIRAÇÃO, s. f. [i &t. respira tio, onis.)
o acto de respirar, fôlego. Soltar, tomar a
— , respirar. — laboriosa, anhelante. — de
trabalho, folga, allivio.
RESPiRADEiRo. V. Respíradouro, Resfol-
gadouro.
RESPIRADO, A, p, p, de respirar; adj. sol-
to pela respiração, exhalado. O ar — , Ti-
nha — um gaz pernicioso.
RESPIRADOURO, s. m. (des. ouro.) resfol-
gadouro, abertura que dá passagem ao ar,
a vapores, fumo.
RESPiRAMENTO, s. wi. V. Sopro, Aragem,
Alento.
RESPíRANTE, ãdj . dos 2g. (Lat. respi-
rans, tis, p. a. de respiro, are.) que res-
pira, sopra. O vento, as auras respirantes.
— , (fig.) que parece animado,©, g.os — s
mármores, representando pessoas vivas.
RESPIRAR, V. a. ou n. (Lat. respiro, are;
re pref. iterat., e spiro, are, tomar o fôle-
go.) lançar o ar impuro do bofe, e receber
nelle o ar exterior alternadamente. — ar pu-
ro. — , soprar, exbalar, v. g. — cheiro, aro-
mas. «Do rosto respiíava um ar divino.»
« Animaes que respiravam o hálito da mor-
te. » « Os cavflUos (do Sol que respiram
nas hervas frescas. » Respira o fogo, exha-
lu a sua força — fumo, solta lo, dar-lhe
saida por resfolgadouro. — vingança, ex-
balar. Escriplos que respiram corrupção,
ímmoralidade. « Respiram agua por as trom-
)4ft, » os peides. Barros.
' RESPIRAR, em sentido ahs. ou n. tomar
o fôlego, soprar. — o vento ; (fig.) estar em
vigor. Respira ainda o amor da pátria, a
pudicicia. — , parecer animado. « u bronze
e o mármore respiram. » Respiraram n no~
va vida as letras, as artes, as sciencias amor-
tecidas, renasceram, cobraram novo alento.
RESPIRO, s. m. acção pela qual se solta o
ar do bofe; (fig.) folga, descanso breve de
fadiga. Dar, conceder — ao devedor.
RESPLANDECENTE, adj. dos 2 g. (des. do
p. a. Lai. em cns, tis.) brilhante, que res-
plandece.
RESPLANDECENTEMENTE, adv. de modo res-
plandecente.
RESPLANDECENTissiMO , adj. superl. de
resplandecente. Luz — .
RESPLANDECER, V. a. OU w. (Lat. resplen-
deo, ere ; re pref. e intensitivo, e spJeudeo,
ere, brilhar.) brilhar muito, lançar esplen-
dor, fulgir. Resplandece o sol, a pedraria,
a formosura ; (fig.) manifestar-se claramen-
te, em cores vivas, v. g. — a modéstia, a
bondade do coração, a virtude. «Fervor do
espirito que lhe resplandecia no rosto. »
Lucena. Resplandece a discripção nosditos.
«As virtudes que nelle mais resplande-
cem. » — , (p us.) fazer brilhar muito , v.
g. — alguém por armas, com doutrina, por
letras e virtudes.
KESPLANDECiDAMENTE , ttdv. [mente suíf.)
com resplandor.
RESPLANDOR. V. Rcsplcndor.
RESPLENDECER, mais corrccto, mas por uso.
V. Resplandecer.
RESPLENDENTE. V. Resplandecente.
BESPLENnoR, s. m. grande clarão, luz vi-
va que brilha á roda de algum corpo, ou
emiUida por elle. u — do sol, da ctiamma.
— , coroa, aureola de metal polido formada
de raios brilhantes que se põe á roda da
cabeça das imagens da virgem Maria, e dos
santos; (tig.) brilho, v. g. — da gloria, dos
talentos, das virtudes.
RKSPONDÃo, ONA, fld/. (t. fam.), que res-
ponde contradizendo; v. g. Criado, súbdi-
to, soldado — .
REsroNDEDOR^ A, adj. rcspondão.
RESPONDENCiA, s. f. (p. us.), corfespon-
dencia mercantil, lucro, proveito : « fruc-
to de mais proveito e — que todas as dro-
gas (do oriente). » Couto.
RESPONDENTE, s. wi. (Lat. respoTidtns, tis^
p. a. de respondeo, ere), correspondente
mercantil; (t. for.), o que responde ou de-
põe a artigcs sobre que se requer depoi-
mento da parle contraria,
RESPONDER, v. 71. (I.at. Tcspondeo, ere,
re, pref. iterat., espondeo, ere, prometler),
satisfazer de palavra ou por escripto ; v. g,
— á pfergunla, ao argumento, á proposta.
IE5
á carta, ás objecções, á accusayão. « Sal-
vou a náu, e respondeu-lhe o castello, »
respondeu á salva com liros. — , correspon-
der. O premio responde á boa obra, o fa-
vor ao merecimenlo. Costumes que não res-
pondem á minha profissão. Arraes, condi-
zem, convém. — , dar em retorno. A terra
bem cultivada responde com copiosos fruc-
tos, ou — ao trabalho e á semente com o
fructo. — a uma dadiva com outra ; —
ao beneficio com ingratidão. Responde um»
época á outra, — , ser, ficar responsável ;
^'9- — pelo deposito. — , cantar respon-
sos, cantar por seu turno o ramo do psal-
mo, ou de versos que lhe toca.
RESP0'^DiD0, A, p. p. de responder; adj.
a que se deu resposta ; que respondeu : v.
g. Carta — . Homem — , a quem se deu
resposta. Tinha — á carta, á proposição.
RESPONSABILIDADE, s. f. (do Fr. respou-
sahilíté), o ser responsável; v. g. — dos
oíficiaes da fazenda, dos magistrados.
RESPONSABiLiSADO, A, p. p. de respousa-
bilisar; adj. feito responsável, sujeito a res-
ponsabilidade.
RESPONSABiLiSAR, V a. (t. mod.), fazer
outrem responsável, impor responsabilida-
de.— SE , t>. r. obrigar-se, sujeilar-se a
alguma responsabilidade.
RESPONSADO, A, p. p. de respoosar ; adj.
por quem se disse o responso; v. g. O de-
funto será — . « — com vitupério, com
memenlos do seu máu viver. »
RESPONSÂo, «. f. (ant.). Pagar de — , a
titulo de foro, senso.
RESPONSAR, V. a. fLat. responso , are),
rezar, dizer responso: v. g. — os defun-
tos.
RESPONSÁVEL, adj. dos 2 g. (des. atei},
que contrahio lesponsabilidade, obrigado a
responder por damao, perda, ou por qual-
quer acto, V. g. — pelo deposito ; ou —
do máu êxito da empreza.
RESPONSO. V. Responsorio.
RESPONSOM, s. m. (ant.) V. Resposta, e
Responxão.
RESPONSORIO, s. 71%. (dcs orio], oração,
supplica que se diz pelos defuntos, ou se
dirige a algum santo implorando beneficio
espiritual ou temporal.
RESPOSTA, s. f. termos com que se sa-
tisfaz a pergunta. « Dar uma — . Instruc-
ção em perguntas e — s. V. Reposta.
RESPUBLiCA (Lat). V. Republica.
RESPUBLiCo. V. Republico.
resquício, *. m. (creio que vpm do Fr.
ant. rais, raio de luz, e qnicio, gonzo de
porta), greta, fenda por onde penetra a cus-
to a luz ; « sem permittir nem um — ao
menor raio do sol, » Vieira, (fig.) meio de
penetrar o animo de alguém. — , cova ,
voi.. jy.
RES
m
lapa. « Monges que viviam em lapas, e — *,
da terra. » — usa-se vulgarmente por por-
ção mui ténue, resto; metaphora tirada da
luz que penetra pelas gretas.
RESREGRAR, V. O, [re pref. regrar), (p.
us.), regular os valores correspondentes nas
permutações de mercadorias, p. p. ad;. res-
regrado.
RESSABiAR. V. Resabiar.
RESSABio. V. Reíiaibo.
RESSACA, s. f. (do Fr. ressac), recuo ou
retrocesso de vaga ouda^lingua do mar ».
g. X — da onda. Entre o rolo (do mar) e
a — .
RESslo. V. Recio ou Rocio.
RESSUDAçÃo. V. Resudação.
ressudar. V. Resudar,
RESSUMBRADO, A, p. p. de ressumbrat ;
adj. reçumado. v. g. Agua — dos montes,
ou das vasilhas, dos cântaros.
RESSUMBRAR, V n. (V. Reçumar] , coar-
se, reçumar ; v. g. Humidades, aguas que
ressurabrào dos montes.
RESTABELECER, V. a. [rc pref. iterat. , e
estabelecer), repor no estado primitivo, tor-
nar a estabelecer, instituir de novo; refor-
mar : V. g, — a saúde, ns forças ; — o
comraercio , as manufacturas , as antigas
ipsiituições.
RESTABELECIDO, A, p. p. de restabelecer ;
adj. rt^stituido ao antigo estado, á antiga
Cundi(;ào v. g. O doen e está — , restituí-
do á saúde.
RESTABELECIMENTO, s. m. {mento suff.),
restituição ao antigo estado, á antiga con-
dição ; — da saúde.
resta boi, s. m. (bot.) herva medicinal.
rEstampa, s. f. reimpressão de estampa.
RESTAMPAR, V. O. [rc pref. iterat. e es-
tampar), renovar a estampa, reimprimir.
RESTANTE, adj. dos t g. (Lat. restam,
tis, p a. de resto, are,), que resta, fica,
sobra ; v. g. O — do dinheiro, dos viveres.
Gastou o restante da vida em boas obras.
O — da Ilespanha estava ainda em poder
dos Mouros.
RESTAR, V. n. (Fr. rester, do Lat. resto^
are, ficar parado), ficar, permanecer sobre,
remanecer. Resiou muita pólvora , muito
trigo, poucos annos do vida lhe restavào.
Paguei o capital, reslão os juros. D'esta
familia apenas resta um descendente. Pou-
cos fragmentos restão dos escriptores do an-
tigo Kgypto.
RESSONS-SUR-MATS, ( geogr. ) cídade d«*
França a 4 léguas ao So. de Compiegne ;
1,000 habitantes.
RESTAURAÇÃO, s. f. (Lat. restaurotio , ^
onis), acto de restaurar ou de ser restaura- '
do, restituição ; v. g. — do reino, — do
príncipe ao trono, — da saúde ; — das le-
108
4^0
RES
HEIS
trás, das scieacias, 4as artes, do coDQiiier-r
çjo.
RESTAURAÇÃO, (l^ist.) Desijg[ja-se com es-
te nome em Portugal a epocha em que os
Hispanhoes for.am expulsos destes reinos ;
eçQ França os 15 annos, que decorreram
desde a queda de Napoleão até á revolu-
ção de julho ; e em Inglaterra o restabe-
lecimento dos Stuarts em 16G([).
RESTAURADO, A, p. p. dtí restaurar ; arf;'.
re^stituido, restabelecido.
RESTAURADOR, s. m. O quc restaura ou
restaurou.
lESTAURAR V, G. (Lôt, rç^t^i^ro, ç,re, re
pref. iterat,, e sto, are,, estar firme), repor
no antigo estado, renovar, repousar, resta-
bejecpr ', v^ g. r- ^ saúde, />s forças per-
didas. — , satisfazer, pagar, inteirar; — a
perda, o damno ; — a opinião, o credito,
restituir. — se^ r. r. reslabelecer-se, v. g.
~- dojs rpaíes, do trabalho, da doença, da
fadiga, da perda.
REsyAUPATivo, A, adj . (des. iw), que
teça virtv46 de restaurar; v. g. Jteipedio
RESTAURAVEL, adj, [dos 2 g. (des. avel)^
qye pode rcstaurar-se ; v. g. documentos,
memorias, farças restauráveis.
RESTALT, (liist.) grftmmatico fr«ncez, nas-
cpu em 169o, morreu em I7(j4. Deixou
uma Qrammatiça franceza, adoptada ptla
Universidade de Paris.
RfSjE, s. m. (do Fr. ai^t. çtrrest, do Ali.
ro^f, dfscspço, riste, peça da armadura
onde o cavalleiro justador encosta o ctuto
da lança para encontrar de justa o adver-
sário ', V. g A lança em — . Com as lan-
ças no — , metter-se em reste phrase
chula, metter-se no numero, entemet-
tejT-se.
BJjSTE, ^. m. (ant. V. Resfç.
jiíSTE, s. f. Y. Bestia.
iiESTEA, s. f. Rç^tia.
pESTEi.HO, s tH. (de reatar ou arrestar,
fazer parar), uma parte do palbetão das
cljflves das portas; abertas no paljieião.
flí^jELíAK, V. a.{rcit€Uo, ar des. inf.),
-r- liçbo, tirar a estopa por ipeio do res-
tello ; p. p. fi(//. reslellaap.
RtSTELLO: s. m. (do Gr. rhessô, rcmper),
pepte de feiro, de restellar linho.
?ifSTEVA, í. /. Y. Bastolho.
RÉSTIA, s. f. (Lat. restio, cnis, cu restis,
corda), — de cíbollas, de alhcs, atados
pel<Js pés formando coelo uma corda, — do
sol, a luz que rsia por entre nuvens e du-
ra píuco. — , ratto ou vara que nasce do
meio da arvore paia cima, princijalmentc
d9 freixo,
8PT1F DE IA p^Elo^^E, (hitl.) littcralo
/ractez, casccutin 17c4, morreu em 1800.
Deixou : Camponez pervertido ; os Com-
temporaneos ; os Provincianos, etc.
RESTINGA, s. f. (Lat. rcsto, are, fazer
parar, e agua), baixo de areia ou cie pe-
dras no mar. v. g. Deu a náu em uma
RESTiNGtiiíi, c. a. [re pref. iterat., e cj-
tinguir], (p us.), tornar a estinguir.
RESTITUIÇÃO, s. s. (Lat. restitutio, onis],
acto de restituir, o ser resiituido, o repor
no mesmo estado, condição ; v. g. — do
menor, para que os actos feitos na sua me-
noridade lhe não prejudiquem. — do nas-
cimento, legitimação por mercê do rei.
RESTITUÍDO, A, /?. p. do restitujr ;a(í; re-
posto no antigo estado, restabelecido ; v.
g. — á saúde, — á ou na posse, indemni-
sado, Tinha — o (Jinheiro, os bens, res-
taurado.
HESTiTuiDOR, s, m. O que restitue ; res-
taurador ; v. g, — das boas artes.
RESTITUIR, V. a. (Lat. restituo, ere, re
pref. iterat-, e statuo, ere, pôr, assentar,
coUocar) , repor no antigo estado ; re-
por, dar aquillo que nos fora dado, con-
fiado ou emprestado ; v, g. — a seu dono
o que lhe foi tomado, formado, ou o que
perdera, confiara, emprestara. — a saúde,
as cGU.sâS ao seu antigo estado ; - o prín-
cipe ao reino. Restituiu-lhe a saúde, a vi-
da, a vista. Restituil-o ao emprego, á gra-
ça, á amisade, ao antigo esplendor, — o
damno, reparai -o, ou — alguém de per-
das, darunos. — , reproduzir. « Os campos
d'antes ferliles nem as sementes restituiam. »
(anl.) — alguma obra, reedificar. — , (t.
de dirt.), — «Iguem, lazer que não preju-
diquem a alguém actos feitos durante a sua
menoridade ou perda da razão. — se, v,r.
recuperar o antigo estado : v. g. — de per-
da, damno, satisfazer- se ; — do reino quo
lhe tomaram; — em honra. — , (t. dedireit.],
obter restituição jurídica.
RESTiTUTORio, A, adj (des. orio], pró-
prio a obter restituição jurídica, dos direi-
tos da pessoa.
RESTO, s. m. o restante, o que fica, so-
bra ; a porção que falta para inteirar ou-
tra maior v. g. V — do dia, do anno, a
porção que íalta para o terminar ; — das
garrafas, do liquido nella contido. — , (t de
jcgad.). o dinheiro que elle ainda não pa-
rou ; V ^. jogar o — ; melter o — parar
o dinheiro que lhe resta. Um — , uma pa-
rada do — . Ter o — , acceitar a perada a
quem nos manda jogar o nosso — . Mel-
ter o sfu — na batalha, empenhar todas
as suas forças.
RESTOLHAR, V. a. (Lar. restolho, ar des.
inf.), colligir, aproveitar o restolho.
RESTOLHO, S. m. & CMIU^ do tfigO, OU
RES
RFS
431
milho segado, que fica com a raiz na terra.
V, Rastolho.
RESTuiBAR, V. 11. [re nref. ilerat., e in-
t> isivt». estribar), {ixzer fincapé, resistir com
íorça. —SB, V r. firmar-se, escórar-se ; c
g. — a p«rede uobutaréo, p. p. adj. res-
iribado.
RESTRiCÇÀo, $. f. (Lai. restrictio, onis),
cl&usula n-slrictiva ; limilaçào, inlerprela-
ção reslrieliva. — mental, reticencia sophis-
tica e fraudelosa.
RESTRiCTiVA, s. f. (subst. da des. f. de
itstrictivo], reslricção, clausula restrictiva.
RESTRiCTivo, A, adj (des. ivo), que res-
Iritige ; v. g. clausula — . Lei — da li-
berdade da imprensa, do commercio.
;;f.stricto, a, (Lai resirictus, p. p. de
iiiringO; ere, reslr'ngir), limitado, v. g.
sôiuido — . rala?ras ruja iiccepção se acha
— pelo uso.
ii«£SifiiNGiDO, A, y.p de restringir , adj
liiuifado, estreitado, cohibido, refr-'ado.
RESTRiNGiMENTO, s. m [meuto suff ), ac-
^ào do restringir.
RESTRINGIR, p. a. (Lat. restringo, ere,
re prf f. iterat e iatensitivo, e stringo, ere,
apertar), estreitar, limitar ; v. g. — o cer-
co, o sentido, a liberdade. — se, v. r. li-
mitar-se ; cohibir-se, abster-se, refrear-se.
RESTRiNGiVEL, adj. dox 2 g. (des. ivel),
que íe pode restringir.
«ESTUCAR, V. a. [re pref. iterai , e estu-
car), tapar greta ou fenda com estuque, ou
outra sustancia glutiçosa : p. p. adj . res-
tucado.
rksulação. s. f. (t. medj, transpiração
de humor que sabe pelos poros.
REsuDAR, V. n. (Lat. resudo, are, te pref.
iterai., e sudo, are, suar), sahir pelos poros
(o humor), reçumar, p p. resudado.
RESULTA, s. f. o Tesuliado, a cousa que
resultou, procedeu ou se seguiu; v. g. de
uma deliberação de junta, concelho, con-
gresso, consequência, eíTeilo, da imprudên-
cia, leviandade, credulidade.
RESULTADO, p. p. de Tcsultar ; que resul-
tou ; V. g. Da incúria do governo tinha —
grande damno.
RESULTADO, s. m. (subsl. do preccd.) con-
sequência, effeito immediato de algum fei-
to, acção ou deliberação de junta, congres-
so ; (t. chim.), producto de operação chi-
mico, de analyse de substancia.
REsuLTANCiA. V. Resulta.
RESULTAR, p. abs. (Lat. resulto, are, re
pref. iterat. , e sólio, ire, saltar, pular),
originar-se, proceder como consequência,
tornar-se. Da união dos cidadãos resulta
a força da republica. Do luxo immoderado
resuUão, males infinitos. Isto resulta em
damno do estado, torna-se. « Palavras que
sem nenhum custo resultam ás vezes em
grande proveito » Mendes Pinto. No nau-
frágio de Sepúlveda acha -se empregado no
sentido pjoprio. « O (luxo embatido nas ro-
chas resulta para Iras.
KEsujáE. V. liesutno
RBSUMiDAMENTK, adv. [me te suff.), de
modo resumido, em r» sumo.
RESUMIDO, A, p. p. de resumir ; adj. abre-
viado, encurtado.
RESUMiDoa, s. m o que resume, abre-
via, reduz a compendio, epilome historia,
escriptura, ou qualquer obra litleraria, re-
copilador.
RESUMR, V a. [Lai. resumo, ere, repre(.
iterat., e sumo, ere, tomar), reassumir, tor-
nar a tomar: recopilar, compendiar, redu-
zir a menos ', v. g. — a historia, as razões,
os argumentos, resolver, determinar a (ioal
a cousa duvidosa ; v. g. — o negocio, (tig.)
« o fogo resume a casa em breves cinzas, »
reduz. Mal. Conq. ix, \'^'3. —se v. r. re-
copilar brevemente os argumentos, as ra-
zões, o discurso ; cifrar -se.
RESUMO, s. m. compendio, summario, epi-
lome, recopilação. v g. Km — , adv. suc-
cinctamente
RESUMpç\o, s. f. (tal. resumptio, onis],
acto lie reassumir, do continuar o que se
havia interrompido, suspendido, delongado.
RESUMPTA, s. f. V. Resumo, Repetição.
REsuMPTivo, A. adj (des. ivo), (t, med )
ílemedio — , que não só cura mas serve
de alimento.
RESUPiNo, A, adj (Lat. resvpinus), dei-
tado de costas com a barriga para o ar,
RisuRGiDO, A. p. p. de resurgir ; adj que
resurgio, resuscitado.
RESURGIR, V. n. (Lat. resurgOf ere, re
pref. iterat., e surgo, ere, surgir), surgir
de novo; resuscitar : v.g. — a melhor vi-
da, converter-se. — , (tig.) prosperar de
novo. Resurgiram as artes, as sciencias ; re-
surgio o commercio.
REsuRREiçÃo.í. /". (Lat. resurrectio, onis),
acto de resurgir ou de resuscitar, restitui-
ção de um morto a vida.
REsuRTiR, V. n. [re pref, iterai., e sur-
tir), resaltar, dar pulo, ser repellido, reba-
tido por corpo elástico. Resurte a agua, o
vento rebatido da costa, p p. resurtido.
RESUsciTAÇÃo, 5. f. O acio de fazer re-
suscitar.
RESUSCITADO, A, p. p de rcsuscitar ; adj.
restituído á vida depois de morto ; (fig.) as
flores —s pelo orvalho, reanimadas.
RESLSCITADOR, s. w. O que faz resusci-
tar ; (fig.) O que vivifica, o que faz pros-
perar de novo; v. g. — das artes, das lo-
iras, da indusiria, do commercio.
RESUSCITAR, V. a. (Lai. resuscito, are.
108 «
4a2
HÊf
re pref. iterat., e suscito, ate, suscitar),
fazer resurgir, reanimar o morto ; (íír.) re-
novar, reproduzir; v. g. — as esj)( ranças,
os antigos erros, a accusação, as disputas,
discórdias, reanimar, restabelecer, v g. —
o animo abatido. — , v. n. recuperar a
vida aquelle que a perdeu ; (fig.) escapar de
perigo imminente de vida, ou de estado de
morte apparente ; tornara apparecer, resur-
gir. Resuscitaram em fim as letras, as artes.
— SB, V. r. (p. us.) « E quem pode jamais
— senão o Unigénito de Deus ? »
RESVALADEIRO, s. m. [resvalav, e ladeira),
lugar escorregadio, como ladeira, encosta.
RESVALADio, A, udj . (des. io), cscorrega-
dio, lúbrico.
RESVALADOURO, s. m. V. Resvãladeiro .
RESVALAR, V. ti. (do Fr avaler, descer,
do Lat, ad vallemire, com o pref. raiz ou
rez Fr., terreno lizo), escorregir ; deixar es-
corregar por ladeira, terreno escorregadio,
ou pelo gelo tendo-se empe. v. g. Resva-
lou o pé ; — a lança no escudo sem fazer
presa — por um rochedo abaixo. « E o
lenho pelo liquido elemento ligeiro resva-
lando discorria, » Malaca conq,, deshzava.
— o tempo, (fig.) correr ligeiro e insensi-
velmente, (fig.) — da fé innocencia, des-
via r-se insensivelmente : — em erro, em
culpa, cahir por imprudência.
RESVELAR V. Resvalav.
BETÁBOLO, s. m. quadro, painel ; obra
de architectuia ou de marcenaria sobre que
assenta o quadro que orna o altar.
RETADO, (ant.) V. Reptado, Desafiado.
rktador, (ant.) V. Replador.
RETAGUARDA, s. s [reta, de retro, atras,
6 guania), a trase ra do exercito, ultima
companhia do regimento em marcha. PI.
Retaguardas.
RETALHADO, A, p. f. do retalhar ; adj.
cortado, golpeado, terra — de esteiros. — ,
cortado, em retalhos, vendido em retalho,
por miúdo, c. g Vender panno — , avaras
covados.
RETALHADOR, s. m. O quB retalha, vende
por miudo, em retalho.
RETALHADURA, s. f (dcs. uro), Bcçio de
rel»lhfír, o golpe que se dá retalhando.
HETAi RAR, V a. [Te {iref. iterat., e talhar
y.), cortar em talhos; — o rosto com cu-
tiladas ; — a terra e< m o arado. Esteiros
de agua salgada que retalham hs marinhas.
— , coitar em retalhos, vender por miudo,
em retalhos, v g. — pannos.
RETALHERO, s lu. (des. ciro), o que ven-
de etn retalhos, por miudo.
RETALHiNHO, s. m. diminut. de retalho,
peqiieno retalho.
jtETALHo, s. m (de retalhar), pedaço
cortado de peça ou de ))orção maior ; u.
g. Um — de panno. Manta ou capa de — í,,
feita de pedaços diversos ; (fig.) obra com-
posta de extractos de diversos autores ; ho-
mem que sabe as cousas imperfeitamente.
RETALIADO, A, p. p. de retaliar; adj.
vingado, punido com pena análoga ao di-
licto, á offensa.
RETALIAR, V. a, (Lat. ratalio, are^ re
pref. iterat., e ía/to. onis, talião, V.) im-
por pena, castigo análogo á offensa, impor
pena de talião ; — as cruezas.
RETAHA. V. Giesta.
rEtanchar, V. a. {re pref. iterat., tan-
chão, ar des. inf.). por bactUo no mesmo
covato, em que estava outro que nâo me-
drou Alarte, Agric. das vinhas.
RETAR e RETO. V. Reptar e Repto.
RETARDAÇÃo, s. f. O retardar ou ser re-
tardado, demora ', v. g. — de pagamento,
do navio, das cartas, do negocio ; — do
movimento.
RETARDADO, A, p. p. de retardar ; adj. que
soífre tardança, demorado, movimento, cor-
reio — . que retarda, causou tardança, r.
g. Tinha — o correio, o relógio, ser — de
fazer alguma cousa, estorvado, delongado.
RETARDADOR, s. m. pessoa que retarda,
demora; peça do relógio que retarda o mo-
vimento da roda mestra que faz gyrar os
ponteiros do mostrador.
RETARDAMENTO, S. Wl, [meutO Suff.), dô-
mora, dilação, tardança, detença.
RETARDANÇA, s. f. V Retardamento.
RETARDAR, v . a. (re pref. itorat ), demo-
rar, causar demora, dilação, deter, delon-
gar; V. g. — correio, a decisão do nego-
cio, o despacho, o pagamento, fazer raais,
tardo; 'c. g — o relógio, o movimento.
RETAvoLO. V. Retdbolo.
BETEAR, (ant. e obsoi.) V. Retirar.
RETELHADO, A, p.p. de rctelhar ; ad;, te-
lhado de novo.
RETELHADLRA, S. f. (deS. ura), O TCte-
Ihar.
RETELHAR, 1? a (re pref. iterat., 6 íc/Ziar),
cobrir de novo com telhas, teUiar de novo,
concertar- o telhado.
RETÉM, s. m. (t milit.), reserva ; v. g.
Official do — , que está em reserva para
qualquer serviço militar.
RETE-MiRABiLE, s. m. (t. Lat. do auat )
(reie, red* , tecido, mirabile, admirável),
tecido formado de muitas arteriazinhas dis-
posto sobre o os»o basilar por baixo do
cérebro.
RETENÇÃO, s. f. (Lat. retentio, onis), o
acto de reter, d-ter, dHm*^ra^ ; v. g. — da
fazenda, do dinheiro alheio ; — das bulias
suspensão na sua execução ordenada por
autoridade do rei ; — do cargo, conserva-
ção d 'aquelle que alguém exercia passando
a outro. Beneficio de — , o que a lei con-
cede ao rendeiro que faz bemfeitorias, para
não ser despojado do prédio que traz de
renda, em quanto não for embolsado ouin-
demnisado do valor d'ellas, — das ourinas.
das fezes, o não as poder eipellir.
»ETENTivA, *. f (subst. da des. f. de
rettntitó), faculdade de reter e conservar
na mente as espécies recebidas. « Tinha boa
memoria e feliz — . y^ Lucena.
RiTiNTiTO. adj. (des. ico) que retôm, que
serve de reter, segurar, impedir que uma
cousa escape itadura — , (cirurg.) que se-
gura OS appositos. A faculdade — do estô-
mago, da bexiga.
RKTENTO, A, p.p. irrcg . de reter. Y.Re-
tido.
RETENTRIZ, ãdj . f. V. fícteutlVO.
RETER, V. a. (t.at. retineo, ere ; re, de re-
tro, para três, e teneo, ere, segu'ar, ter mão)
segurar, não largar, ter mão em alguma cou-
sa ou pessoa. O arpão retinha o peixe As
amarras retinham a n.iu. Os diques retém
o mar. O mau tempo retinha os navios no
porto. — a ourina, as fezes, não expellir.
— os impulsos da ira, o Ímpeto das pai-
xões, refrear, moderar. — em prisão, ter
preso. — , embargar, apenar, não deixar sair
ou ir livremente, v. g. reteve o%nnv\os, os
prisioneiros, os trabalhadores e bestas de car-
ga. — , conservar, v. g. — na merroria.
— o alheio, não o dar a seu dono. Não po-
de — as aguas, (phr vulgar, fig.) não sabe
guardar segredo. — se, v. r. refrear-se, mo-
derar-se, abster-se de fazer violência, con-
ter-se, ex. « Reteve se d'aquella vontade »
Barros Clarim. « Sabes porque me retenho?^
Ferr. Bristo.
RETESADO, A, adj, (re pref. inteusitivo, e
entesado] estendido e teso ' ex «as cabras
tem os uberes —s com leite. » Costa Virg.
Egiog.
RETEÚDO, (ant.) V. Reter.
RBTFORD ou REDFORD, (geogr.) cidado de
Inglaterra, a 11 leguns ao .N. de Nottin-
gham ; 37,500 habitantes.
RKTHHL, (geogr.) cidade de França a 12
léguas ao SO. de Mezreres ; 6771 habitan-
tes.
RRTHELOis, (geogr.) anticoe pequeno paiz
da França, na Champanha hoje no SO. do
departamento d'Ardennes, tinha por capi-
tal Rethel.
RBTHiERs, (geogr.) cidade de França, a
6 léguas ao SO. de Vitré ; 3,eU0 habitan-
tes.
RKTiCEUCA, s. f. (Lat. reticentia) o calar
cousa que se devera dizer, figura derheto-
rica, que consiste em ir levemente tocando
naquillo que dissemos se deixaria em silen-
cio.
REt
4^3
RETICULAR, adj. dos 2 g. (Lat. reticular
ris) da feição de malha de rede.
RETiPiCAR. V, Rectificar.
RBTiMO, (geogr.) Riíhymna , cidade da
ilha do Cândia, capital de livah, a 15 lé-
guas ao SO. de Cândia ; 4,000 habitan-
tes.
RETiMT>M, t m. voz imitativa de som de
corpos que tinnem ou retinnom quando se
tocão.
RETINA, *. f. (Lat , áerete, rede) (anat.)
expansão formada polo nervo óptico no fun-
do do olho, órgão immediato da vista.
RETiNNENTE, adj. dos ^ g . que relinne.
retinnir; V. n. (Lat. retinnio, ire ; re
pref. iterat , e tinr\,ia, ere, tinnir) dar som
agudo ou tinnido prolongado. Retinniam
os malhos de ferreiro; relinniao tamlam, o
cascavel, o bronze; retinniam-me os ouvi-
das. Retinniam os golpes, as seitas. « Fica-
ram-lhe as orelhas abrasadas e retinnindo
com a aspereza da reprehensão. » Vida do
Arceb. loj
Moraes o muitos autores escrevem este ter-
mo com um só n, contra aetymologia lati-
na e a natureza do som ao qual convém per-
feitamente a letra n, cuja duplicação expri-
me a prolongada vibração
RETIRA. V. Retiração.
RETiRAÇÃo, s. f. (t. de typographos) a par-
te em branco da folha opposta a que se aca-
ba do tirar ou imprimir.
RETIRADA, s. f. (subst. da des. f. de retira-
do] 'milit ) oretirar-se doata(jue, ou do ini-
migo ; lugar para onde oexercito se acolhe
e retira ; lugar para onde alguém se retira,
retiro. Fez uma — opportuna. Tocar a — ,
fazer sinal com o tambor, ou com as trom-
betas, á tropa para que se retire.
R ITIRADAHENTE, adv. (WlCníC SUÍf.) om TO-
tiro, fora ou longe da communicação da gen-
te, em lugar solitário.
RETIRADO, A, p. p. de retirar ; adj. re-
moto, apartado, em retiro. Lugar — , escu-
so, solitário, remoto da conversação da gen-
te. Homem — , que foge das companhias.
— do mundo, que vive em solidão, em er-
mo. Viver — , fora, longe do trato social,
em retiro, Tinha-se — a um sitio inexpu-
gnável, acolhido.
RETiRAMENTO, s. in. (mcnío suff.) acção de
se retirar, apartar; retiro, ermo. solidão.
RETIRAR, V. a. (Fr relírer, do Lat. retraho
ere; re atrás, etrahere, trazer, puxar) pu-
xar p»ra trás, retrahir, v. g. — a mão, o
pé ; fazer retroceder, v. g. — as tropas da
posição que occupavam, — as senliuellas,
— os navios do porto. — os luzimentos, (loc.
ant) fugir das occasiões de luzir, de brilhar.
— SE, V. r. acolher-so. arrclar-se do inimi-
KO, evitando o combate, fugir ; aparlar-se,
lOíí
434
RET
lET
desviar-se, v. g.á&s sociedades, da compa- em Castella, » haviam voltado a Castella.
nhia de alguém, de um lugar. Ir viver em
retiro. —$edojogOy deixar de jogar, reco-
lher aparada.
RETijUO, s.m. lugar retirado, ermo, soli-
dão.
RiTO. V. ^epto, e Recto,
RETOAR. V. Reptar.
RETOCADO, A,p. p. de rctocar ; adj. aper-
feiçoado, «que se deram retoques. Quadro
poema—.
RETOCADO», $. m. instrumento de ferro
com que os ourives tirão o rebarbo do ouro.
RETOCAR, ». a. [re pref. iterat.) tornar a
tocar; (íig.) remendar, aperfeiçoar, limas, v.
g,^~ o quadro, a pintura, o poema.
rítolo. Y, Rótulo.
RETOMADO, A, p.p dc retomar ; adj. tor-
nado a tomar. Navio — , aprazado ao inimi-
go que o havia tomado.
RETOMAR, V. O. [re pref. iterat.) tornar a
tomar, a apresar. — navio, recobra-lo das
mãos do inimigo.
RETOMBAR. V. Retumbar.
RETOQUE, s, m. acção de retocar pintura,
poema, ou obra de ourives; emenda, aper-
feiçoamento. Dar — í, letocar.
RETORCEDURA, s. f. (des. ura) acção de re-
torcer, voltas de cousa retorcida.
RETORCER, v.a. [re pref. iterat.) tornara
torcer com força, v. g. — ofio, a corda, o
arame. Torcer, voltar, dobrar: — os olhos,
o braço — lança, rechaçar. — o caminho,
torcer seguir estrada não recta. — o cami-
nho pelos próprios passos, voltar pelo mes-
mo. — o argumento, retorquir. — os gos-
tos, (p us. efig) repelli-los. — tudo, pro-
curar meios tortuosos, evasivos para não
executar a promessa, ou fazer o que é jus-
to.
RETORCIDO, A, p.p. de TBtorcer *, arf;'. que
se retorceu ; que retorceu ; tortuoso, que
não está em Unha recta. Fio — . Búzio, trom-
beta, caminho — . Olhos — , que exprimem
avfísào, inveja ou dtjsppprovação. Palavras
— , (i!g.) não ditas com singeleza, que en-
cerram nialicia, malignidade, ou sentido for-
çado. Estylo — , duconstrucção cre.'pa, cheio
de Hiverí-ões, não corrente. — , que lem o
corpo virado, voltado para algum lugar, ex.
«D.João, — para os que estacam em der-
redor, diec.. » Barros. Valles, canaes — ,
em voltas; não direitos Rebatido, t?.^, lan-
ça— . «Kas ondas —s da alta penedia. »
Cabello — , revolto, crespo, encarapinha-
do.
RETÓRICA, V. Rhetorica, etc,
RETORNADO, A, p. p. de retomar; adj.
(anl.) virado, voltado. « Os beiços —s úo
Jned. E locução franceza : ils étaient retour-
nés en Castille,
RETORNAR, V. H. (do Fr. retoumer, vol-
tar, virar) (ant.) voltar, regressar. — sobre
si, cobrar animo ; — a si, á vida --, em
sentido activo, fazer voltar. É gallicismo ajii«.
tigo e hoje desusado
RETORNELLO, s. m, (t. Itâl. ritomello] (t.
de mus.) parte da ária que se repete. Na poe-
sia é o verso que se repete no fim da es-
tancia.
RETORNO, *. m. (merc.) a fazenda que se
traz em troca de outra. Foram os navios car-
regados de vinho, agusrdente, pannose trou-
xeram em — açucare algodão ; cousa que ae
dá em commutação, ou em recompensa, v
g. em — do presente, da ajuda, do beneficio;
troco de uma moeda por outra ; golpe que se
dá a quem nos ferio. — , (fig ) reconhecimen-
to, gratidão. — , acção de regressar. Sege
de — , que transportou alguém a um lugar,
e volta de vazio, e por isso se aluga por pre-
ço commodo.
RETORQUIR, V.a. (Lai. retovqueo, ere; re
pref. iterat., torqueo, ere, torcer] retorcer:
revirar, voltar contra, v.g. — o argumen-
to contra quem o dirigio, em opposição á
nossa these.
RETORTO, A, adj. rctorcido, curvado para
baixo ou para dentro. A — fouce. Mouris-
ca — , dansa antiga.
RETOSAR t. a. V. Retouçar.
RETOSTAR, V. a. [re pref. iterat , e tostar)
repetir os tostes ou brindes ; tostar depois
da mesa levantada. E moderno ep.us.
RETOUCAR, v.a. [rc pref. itvírat.j tornara
toucar, compor o toucado.
RETOUÇADOR, A, adj. V. Retoução.
RLTOUÇÃo, adj. m. (creio que vem do Ingl.
lo toss, fazer saltar) inquieto, buliçoso. Ca-
vallo — .
RETOUÇAR, v.n. c -SE, V. r. (do Ingl. ío
toss, fazer s/sUar; pu^ar, nndar saltando por
brijco ; espojar se couiO í,Híem os animaei
p(»r brinco O gado — ,
p.RTOi ço, s. m. o retouçar oy retouçar-
se.
rrtraçah, V. a cortar o retrnç) ; (íig )
deixar como 'etr?.ço, desdenhar, —se, v. r.
V Recolher-se.
RKTRAcçÃo, s. f. acrão de retrahir, ou de
puxar para trás, ou de ser relrahido. — do
prepúcio, (med.) paraphyraosis. — do bra-
ço, contracção.
rktrâço, 5. n. a palha que as bestas re-
jeitam, ou esperdiçam comendo; (fig.) cou-
sa de que senão iaz ca.so.
betraçtaçãO, #. /"• (Ut. retractutio, oiiis]
sorte que mostravam os dentes- * Falmeir. | o acto de retractar-se
•^ em gua saúde, re&iabelecído. « Eram _^ retractado, a, p. p. de retractar ; adj
RET
desappfovadó eipressamente ; qde le aes-
disse. Tinha — o seu erro.
RETRACTAR, c. fl. (Lat. retracto, are ; re,
de retro) desajiprovar expressamente ; des-
dizer-se, v g. — o erro. — , [re ilerat.) tor-
nar a tratar. —SK, v.r. desdizer-se, reco-
nhecer o erro.
RETRAIR ou BETRAnER V Retrahir.
ritraguarda, s. f. (lio Ital. relrogi^ardia]
?. Retaguarda.
retrahido, a, p. ;>. de retrahir; ady. re-
colhido ; ri'tirado. Homem — . reservado.
— , (p. us.) preso, encerrado ; (ant.) nota-
do, rcprehendido.
RíTRAniMENTO, s. m. 0 acto de se retra-
hir ; lugar retirado, retiro, qunrto interior
da casa, retrete, solidão ; (p. us ) retirada ;
(fig.) reserva de pensamentos secretos
RETRAHIR, V. O. (Lat. vetrako, ere ; re
pref., de reíro, para trás, etraho, ere, pu-
xar, trazer) puxar para trás, recolher, reti-
rar: — a mão, o braço, a gente da batalha.
— os máos do erro. — alguém de alguma
eousa, dissuadir. — o prowtcssa, tornar atras
com a palavra, não a cumprir — os pensa-
gameníos, os segredos, guardâ-los, não os
communicar. — se, v.r. recuar, ir-se reti-
rando, recolher-se.
RETRA'R. V. Retrahir.
KETRAMAD0. A, p. p. dc ffitramar *, adj.
tramado de novo,
RETRAMAR, c. fl. (/c pTef. iterat.) tornara
tramar.
RETRANCA, s. f. (de reíro, e a n.?a) correia
que cinge a alcatra das bestas. — , (naut.)
apparelho que at;aca a verga da cevadeini,
e vem ao beque.
RETRATADO, k,p p. de retratar ; adj. pin-
tado, delineado.
retratador, s. m. pintor de retratos ; de-
lineador. Us poetas retratadores das obras
da natureza.
RETRATAR, V. O. [retraclo, ar des. inf.)
copiar pintando, representar a imagem de
pessoa ou cousa em pintura, em debuxo ;
l&g } representar: — em si os dotes, —se,
V. r. ^tig.) reproduzir-se a semelhança. No
filho se retratou culro pai.
tETRATo, s. TO. (Ital. riltrato) copia, imi-
ta çSo das fpi(,ões, da figura de pessca ou cou-
sa, semelhança perfeita. íielccpia, imagem
Fazer, tirar o— de alguém ou a alguém. A
filha era o— ris mâi. Alarco Aure(\o — dcs
bons principias, modelo, exemplar. — , (fig )
dtscrip ção tm ^erso cu em prosa de alguma
pesstia .
RETRALTAR. V. RetractQr.
rlirazer. V. lietrahir.
B£tR£Heb, V. n. [ie j.reí. iterai.) tornar
a trtn.er. Jietremeu a terra.
BKTBiTA. V. Retirada.
titt
435
RBTABTJK, |. ^ [áoFr. relraíte, lugar re-
tirado) quarto, camará interior da casa .)íoça
de — , que serve na camará a rainha, as prin-
cezas ou infantas. — , secreta, commua.
RETHiBuigÃo, s. f. (Lat retributio, onis)
premio, paga que se dá a quem não serve
por salário, v g & — dos serviços ; — dos
ministros dos altares Em — , em recompen-
sa.
RETRIBUÍDO, A, », p de retribuir; adj,
dado em retribuição, remunerado.
RETRiBUiDoa, s m O que retribue.
retribuir, V. a. (tal. retribuo, ere , re
pref. iterai., e ír/í/ua ere, dar, conceder) re-
compensar o serviço a quem o não faz por
salário, dar em recompensa, ern paga,
retrilhar, t>. a. (re pref. iterat.) tornar
a trilhar. — o caminho.
RETRiNCADO, A, adj. (re prcf iutensilivo,
e intricado mui dissimulado, cavillijso, ma-
licioso.
RETRiNCAB, t). a. (p. US ) tomar â trinca-;
(fig.) — as palavras de alguém interpreta-
las maliciosamente.
RETKiNCHEiRAMENTO. V. Entrincheira,'
mento.
RETRO, adx). lalirio que significa alrãs. E
formado do pref. re, e traho, ere, puxar,
trazer. Entra como prefixo em muitos vo-
cábulos, e significa para Irás, c. g. retrO'
ceder, retrogradar,
RETRO. 5. w. (juTr) Vender a — , ou a —
fechado é vender com condição de que em
leíppo liu.ilado o vendedor poderá resgatar a
cousa vendida. Vender a — aberto, ô pa^
cio eiji que o Vr ndedor a t-.do o tempo pode
resgatar a cousa vendida.
RETROACTIVO, A, adj. que tem acção so-
bre o passa d..', htreito — . Acção — da lei.
RETiiOàR, V. n t^irn.ir a Uoar.
RETR0C\D0s, s m. pi. cspccie de ornato
o de lavor antigo nas bordaduras.
RETROCEDER, V. 7». (Lat. retroccdo, ere)
voltar atrás, descontinuar a marcha ; (fig )
ceder da empreza «omeçiida.
Syn. comp. Retroceder, recuar, retro-
gradar. Todos esies verbos exprimem 9
ideia de voltar ou andar para traz, porenj
cada UDL d'elle?comsua circumstancia par-
ticular. O que retrocede volta jara traz no
que tinha andado ou adiantado. O quere-
cva anda para traz sem voltar o roilo para
essa parte. O que retrograda volta para
traz, ou retrocede pelos p^esmos passos, ou
gráos. O que segue seu taminho e nelle
encontra um obstáculo que o não deixa ir
por diante, retrtcede, ou seja pelo mesmo
camiiího ou por outro. !?egun( o a etiqueta
antiga do paço, o que entrava a tl-Rei
tornava reatando. Recua a stge, o carro,
a leca de artilharia, etc. Relrogradam 0$
* m 0
436
REt
KEt
planetas na ecliptica ; retrogradam os estu-
dos, as bellas artes com as guerras e in-
vasões inimigas ; retrogradou a sombra no
relógio de sol de Achas.
RETROCEDIDO, A, p . p . áe Telrocede? , adj .
voltado para trás. «Fuligers — * da circum-
ferencia (do corpo) para o cérebro, » Cur-
vo.
uETROCEDiMEUTo. V. Rclrocesso.
RETROCER. V. Rctorcer.
RETROCESSO, s. m. O acto de retroceder
RETROGRADAÇÃO, s. f. movimcnto retro-
grado, V. g . — do planeta.
RETROGRADADO, A, f. f. de retrogradar ,
que retrogradou.
RETROGRADAMENTE, ttdv. [mente suií.) com
movimento retrogrado.
RETROGRADAR, V. n. (Lat. retrogradior, i)
voltar atrás, desandar caminho ; (fig.) des-
continuar a empreza começada.
RETRÓGRADO, A, adj . (Lat retrogradus)
que anda para trás, que desanda o caminho
andado. Movimento — , na astronomia, o
dos corpos celestes em direcção opposta á
do seu movimento ordinário, realouappa-
rente.
RETROGUARDA. V. Rctãguarda.
RETRoiTAR, V. a. (jurid. ant.) contrariar
em juízo.
RETBÓs, s. m. (do Fr. retors, retorcido) fio
de seda ou de lã de dois ou três fios torci-
dos.
RETROTRACTivo. V. Reíroactivo
RETROTRAHiR, V. a. [retro, e tat. traho,
ere, puxsr) dar acção retroactiva. — o ef-
feito de uma lei, applicar as suas disposi-
ções a casos anteriores á sua promulgaç;^o.
RETROVENDENDO (Factode), V. Retro, s m.
RETROVENDER, t. Q. vonder a pacto de
retro.
AETROVENDiçÃo, 8. f. (juHd.) 0 acto do re-
trovender.
RETROVENDiDO, A, f. p. de retrovcndcr ;
adj. Vendido a pacto de retro.
retroz. V. Retrós.
Retrucar. V. Retorquir, eReenvidar.
retruque, s. m. [re pref, iterat., e tru-
que), no jogo do truque de taco, volta da
bola tocada sobre a que a tocou. No jogo
de cartas (truque), reenvite a quem nos
trucou, dizendo retruco.
RETULAR, V. Rotular.
rktumbado a, p. p. de retuor.bar ; adj.
quo retumbou. — voz, Elegiad., que resôa.
RETUMBANTE, adj. dos 2 g. (des. do p.
a. Lat. em ans. tis), que retumba, resôa
em echo.
RETUMBAR, V. D. (voz imitativa; repref.,
e tumbar)y resoar, reflectir o som como o
RETUMBO, s. m. reflexão estrondosa do
som, echo soneroso.
RETUNDiR, V. a. (Lat. retundo, ere), (med.
ant.), temperar, v. g- — n acrimonia dos
humores, da cólera.
RETZ, (geogr.) Retiastensis pagus, anti-
go paiz da Bretanha meridional, h «je no
departamento de Loire-lnferior, tinha por
capital .Macheconl*
RiTZ (Alberto de Condi, marechal de),
(hist.) nasceu em 1522 em Florença, mor-
reu em 1602. Accuzam o de ser um dos
que aconselhou a matança de S. Bartholo-
meu.
RETZ (Pedro de Gondi, cardoal de),-^ (hist.)
celebre bispo de Paris, nasceu em Lyão
em 153:i, morreu em 161tí. Protegiflo por
Catharina de Medicis occupoii os maiores
cargos até que foi nomeado cardeal em
1557.
RETZ (J. F. Paulo de Gondí, cardeal de),
(hist.) nasopu em 16, 4, morreu em 1679.
Tornou-se celebre pela sua vida licenciosa
e como chefe do partido da Fronde. Dei-
xou Memorias sobre a Historia de Fraca.
REUBARBO. V. Ruibaròo.
REucuN, (hist.) philologo allemão, nas-
ceu em 1455, morreu em l.>22. As suas
principaes obras são Rudimenta hcebraica^
e Lcxicon habraicum.
REUMA. V. Rkeuma.
REUMÁTICO. V Rheumatico.
REUMATISMO. V. Rheumati^mo.
REUNIÃO [re pref), união de cousas se-
paradí»s e que estavão d'anles unidas ; (fig.)
reconciliação. I^o sentido de companhia,
sociedade, é gallicismo inadmissível.
REUNIÃO (ordem dal, (hist.) ordem civil e
militar creada por Napoleão na Hollanda
em 1811.
REUNIDO, A, p. p. de reunir ; adj. uni-
do de novo.
REUNIR, V. a. (r# pref. iterat.), tornar a
unir o que estivera unido e depois se se-
parou; V. g. — os lábios de ferida, as pe-
ças de madeira ; — as tropas, os alliados,
os amigos. « Quando Deus nos — comsi-
go no céu, » Arraes. Retiniu á coroa di-
versas províncias, reannexou.
REus, (geogr.) cidade d'Hispanha, a 3
l^^guas ao 0. de Tarragona ; 25,000 habi-
tantes.
REuss, (geogr ) rio da Suissa, formado
de três braços, que se reúnem em Ander-i
matt, cae no Aar em Windisch.
REUSS (Principados de), (geogr.) São as-
sim chamados dous estados da Confedera-
rão germânica: Reuss-Schleiz e Reuss-Lo-
bensiein-Ebersdorf pertencentes á caza de
echo : « retumbando o echo o vão dos mon- 1 Ueuss e contiguos um ao outro ; teem 84,000
tes. » Rttumbaram os bosques. 'habitantes.
m
m
REUTLiTfGBN, (geogr.) Cidade murada do
WurtetLberg, a 8 léguas ao S de Slutt-
gardl ; 10,000 habilantes
REVALIDAÇÃO, s. f. O BCto de revalidar ;
o ser revalidado.
REVALIDADO, A, p. p de Fcvalidar ; ãdj.
tornado a validar.
REVALIDAR, V. a. (fc pref. iterat., e va-
lidar.) tornar a validar, r}.g. — o contracto,
o matrimonio.
REvEDOR, s. m. o quo revê. — de con-
tas. — de livros, censor. — de provas ou fo-
lhas de impressão, corretor.
REVEL, adj. dos 2 g. (V. Rebelde.) (jur.)
que não obedece ao mandado do juiz, que
nem por si nem por procurador apparece
em juizo ; que não obedece ao alardo ou
mostra que faziam antigamente os coudéis.
Gado não — de metíer a caminho, quo obe-
dece á voz dos tangedores.
REVBL, (geogr.) cidade de França a 6
léguas ao L. de Villsfranche 3,900 babi-
tantes.
RKVEL ou REVAL, (gcogr.) Kolyvau em
russo, sobre o golpho de Finlândia, a DO
léguas ao 0. de S. Petersburgo ; 14,000
habitantes.
REVEL ou REVELLO, fgeogr.) cidado forte
dos Estados Sardos, a 6 léguas e meia ao
Nu. de Coni ; 5,U00 habitantes.
REVELAÇÃO, s. f. (Lat, retclatio, onis.)
o acto de revelar ; a cousa revelada ; (fig.)
religião revelada. — do segredo.
Syn. comp. Revelação, inspiração. Re-
velação signiíioa em geral a manifestação de
alguma verdade secreta ou occulta, e em
phrase theologica a manifestação que Deus
faz ao homem de verdades , que se não
podem conhecer pelas forças Ja razão, ou
por meios puramente naluraes. A inspira-
ção é a illusttação ou movimeulo sobrena-
tural com que D»'us inclina a vontade <;o
homem a fazer alguma acção boa. A reve-
lação illustra o entendimento ; a inspira-
ção move e leva a vontade. Revelam-se fa-
ctos, verdades, doutrinas; ins pi ram-sb sen-
timeníos, desgoi, aíTectos, resoluções.
As doutrinas contidas nas sagradas Es-
crituras são reveladas, porque Deus mani
festoa a seus autores factos e verdades que
elles não podiam alcançar pelas luzes da ra-
zão. Os sngrados Escnlorts furão inspira-
dos para escrevêl-fis, isto é, o Espirito San-
to os illustrou interiormente, moveu a es-
crever, e dirigiu sua penna em tudo que
e-screvôram para ensino e santificação dos
homens.
REVFLADo, A, p. p. de retelar; adj. que
se revelou; que revelou. Tinha — osegre-j
do. A religião — Mysterios —s. \
RKviLADOR, Á,'s. pessoa que revela '
fpL. IV.
REVELAR, V. Q. (Lat. revelo, are; re pref.,
para trás, e velum, o véu.) descobrir, pa-
tentear, V. g. — o segredo, mysterios. «Deus
revelou aos apóstolos as verdades da fé. »
— mulher, phraze da Biblia, conhecer car-
nalmente. — , (fig.) manifestar, dar a co-
nhecer. — SE, V. r. manifestar-se, descobrir-
se, dar-se a conhecer. Deus revelou-se aos
homens.
REVKLHUsco , A , adj. (t. chulo ant.) al-
gum tanto velho. Ella é já —, durazia, co-
mo hoje dizemos.
REVELIA. í. f. [revel, des. ta.) (jur.) des-
obediência do réo, que não comparece em
juízo nem por si nem por procurador. Sen-
tenciar á — de alguém. Correr a causa á —
de alguém Comer d — de alguém, não es-
perando por elle além das horas certas, flc-
velia , e pi. Revelias, as penas incorridas
por falta de comparecimento em juizo, ou
nas mostras e alardos dos coudéis.
REVELíM, s. m. (Fr. ravelin.) (fort.)obra
exterior de du6S faces formando angulo
saliente , para defender cortina , ponte ,
etc.
REVELLÃo , adj. m. augment. de revel.
Cavallo — , que recua ; emperrado ; (fig.)
obstinado, pertinaz, cabeçudo. Homem — .
RKVELLAR, V. a. OU n. e — SE, V. r. re-
bellar-se, resistir. — o cavallo, se' revel-
lão.
REYELLENTE , adj. dos 2 g. (í at. revel-
lens, tis.) (med.) que tem propriedade re-
vulsiva.
REVELLiR V. a. (Lat. revello, ere.) [med.)
remover, derivar o humor da parte doente
para onde causa menos damno.
REVELLO , (geogr.) cidade do reino de
Nápoles, a 1 légua ao SE. de Lago-J<egro ;
5,200 habitantes. ~
REVELLÔA , des. f. do re/ellão. « Ha de
ser cabeçuda e — . »
REVELOso, A, adj. V Bebclde.
REVENDA, s. f. seguuda veuda.
REVENDEDOR, A, adj. O quo roveude.
REVENDER, V. a. tomar a vender.
RKVENDiçÃo, (ant.) V. Revindicta.
REVENDiçÃo, s. f. O acto de tomar 8 Ven-
der.
REVENDiLHÃo, s. w. (t. popul.) homem
que trafica em comprar e vender muitas ve-
zes as mesmas cousas.
REVENDiTA, s f. V. Rczindicta.
REVENERAR. V. Reverenciar.
REVER, V. a. [re pref. iterat., e t?«r.) tor-
nar a ver, a examinar para emendar, cor-
rigir, aperfeiçoar. — a obra, as folhas de
impressão, as contas. — se, v. •^. mirar-se.
— em alguma cousa, olhar com grande pra-
zer, admiração, v. g. — na esposa, na fi-
lha.
110
m
RBY
REV
RÍ-vÍRA, (Lat. r«, e vera.) (loc. adv.) na
realidade.
REvERRERAçÃo, ^. f. reflexao da luz, do
fogo. Fogo de — , era qao a chanamaó re-
flectida. Maldizentes de — , (íig. e jocoso)
i[ue dizem mal indirectamente.
REVERBERADO , A , p. )t). de reverberar ;
adj, reflexo. Luz, fo^o — .
reveRberaNte , adj. dos 2 g. (Lai. re-
verberans, tisy p. a. de reverbero, are.)
que reverbera.
reverberar, V. a. (Lat. reverbero, are;
re pref. iterat., e verbero, are, ferir com
vara ) reflectir, v. g. o espelho reverbera
os raios da luz ; a fornalha reverbera á
chamma. — , em sentido abs., brilhar, v
g. a luz reterbèra no rio. « Revey berando-
íhe no semblante resplandores de luz eter-
na. » Sousa, Hist.
REVERDECER, V. fl. [re pref. iterat.) fazer
tornar verde, dar novo viço ás plsntas. A
chuva reverdece as arvores. A primavera —
os campos. — , toro ar- se verde, cobrir-sede
verdura, criar novo viço. Reverdece o prado',
o arvoredo ; (fig.) renascer, criar novo vi-
gor, V. g. reverdeceu o amor, a amizade ;
cobrar alentos, v. g. reverdeceram as mp^-
ranças, as paixões, as suspeitas, discórdias,
as artes, o commercio. — o tempo, toraór-
se invernoso. Este velho reverdeceu, revm-
çou.
reverdecido, a, p. p de reverdecer; adj.
que reverdeceu, que criou novo viço <c A
postura queimada, e — com as primeiras
aguas » Vieira.
REVERE, (geogr.) cidade do reino Lom-
bardo-Veneziano, a 6 léguas e meia ao
SK. de Mantua, 7,500 hfíbitanl<»s.
EEVERÉNÇA. V. Reverencia.
REVERENCIA, s. f. (Lat reveTentia.) ve-
neração, acatamento, grande r«'speito; cof-
t»>zia. Vossa — , tratamento que se dã aos
religiosos mais autorisadbs.
REVERENCIADO, A, p. p de reverenciar;
adj. tratado com reverencia.
REVERENCiADOR, A, ffàj fjij3 reVcrencia.
REVERENCiAL , adj. dos 2 g. qiie expri-
me reverencia
REVERENCIAR, V. a [revefeMeiúf, ar des.
inf.) acatar, venerar, iralar com roverencia,
V. g. — os pais, os mestres, ôs idolos.
REVERENDAS, s. f. pi. [snbòt. án' reveren-
do.) letras dimissorias em que o bispo dá
faculdado a alguém seu diocesano para se
ordenar com outro bispo. Cambar com —
falsas, /'fig.) assumir caracter que lhe não
pertence, ser impostor.
REVERENDÍSSIMO, A, ddj . íwperí. de rcvc-
rrndo. — titulo que se dá pos cardeaes ,
bispos, abbades, geraes á*' ordens religio-
sas.
REVERENDO, A, adj. (Lat. reverendus.) di-
gno de i^everenciáf, venerável. Pessoa -^. — ,
titulo honorifico que se dá rtos saéerdot^s,
V. g. o — padre Diogo.
REVERENTE, adj. dos 2 gf. (Lat. f«p<frenj ,
tis.) que reverencia, que mostra retófencia.
Postura — .
REVERENTEMENTE, adv. [mente sdíT.) tíòtn
reverencia.
Retèrentissimaménte, ádv. supefl. de té-
verentementp..
REVERiA. V. RevéHá Reteria, no senti-
do do Fr. rêterie, estado absorto da men-
te, é gallicismo inadmissível.
REVERSA V. Revessa.
RÉVÉRíAL , adj. dos t g Cafta — , etft'
resposta a outra, ou que s^ refere a algum'
acto. Usa-se subst. f. urnareversal.
REVERSÃO, í. f. (Lat rever$io,oúig.)fè'
gresso, volta ao lagar donde se hatfà' ptt-^
lido. — dos bens ao antigo domínio, dequé
haviam srdo deâmembrados.
REVERSÍVEL, adj. dos 1 g (des. atêl ) q\í€
deve voltar ou reverter. Bens retersiveis i
coroa, aos herdeiros.
REVERSIVO, Ã, adj. (des. ivo ) que torn-jí
a vir, que voltar de novo, reversivei. Beôs
rever siteis á coroa. Nervos — s, (anát.) re-
currentes
REVERSO, A, àdj que fica por detrás', ou
nas cosias V. Revêsso
áÉtÍRSO, í fh: a' frarttíposterYof, as cos-
tas, *. g. O — da medalha, da moeda, a fi-
ce opposta á eíA- que está * effigie. féfá-
mos o — (ía ífiedalba, OU Viremos agora a
medalha rfO — , (fig.) examinemos o negócio
por outro lado, debaixo de ,mtro aspecf**;
ouçamos outra versão do caso. Neste sentV
do diz-se ordinariamente do outro aspecto
ou versão desfavoT'avel, v. g. o negocio mos-
tra boa apparencia. nr tfs quem sabe qual so-
rá o — da medalha.
rí:veuter, V. a. mx n. [l&i. reter to, éf(f.)
voltar atrás ; íaíêf reversa», tornar a incor-f
porá r- se no dominfo- âe qne fora desmem-
brado.
REVERfrôo , A, p. p. dte revertef; aâj
que reverteu ao antigo domínio.
REVERTiVEL. V. Reversivcí
REVÉS. V. Revéz
EEVESSA , s. f. (subst. B altcTado de fé^
verso.) na piaia, ou era riv^S. onde encTíé
a maré, ó a agua próxima ás margens, quô^
enche quando ella vasa, e ás avessas. «Fa-
ziam as aguas revessa. » ^. Mendes Pin-
to.
REVESSADO , A , p. p de rcvcssar ; adj.
movido ao revéz, opposto ao direito. Ca-
minho — , tortuoso. — , vomitado.
REVESSAR, V. a. (Lat, rever.so, ere, sum.)
vomitar, arrevessar. — o alimento. — , roô-
REV
REV
439
ver-se para trás. Aqui revessa o rio, faz
í^evessa .
hkvesso, a, adj. (do Fr. r«t)^c/ie, altera-
do do Lat. revírsus.) áspero Madeira— de
lavrar, nodosa. Mares — 5 da diíTerença dos
ventos. Homem — , ríspido*
REVESTIDO, A, p. p. de reveslir; ttrf;'. tor-
nado a vestir ; envolto era roapás, vesti-
tnentas Homem — de valor, munido. — de
dotes, prendas, que possue dotes, ele. Acto
— de todas as solemnidades de direito, mu-
nido, corroborado.
REVESTIR, c a. [re pref. iterat.) tornara
vestir ; vestir por cima , v. g. — as vesti-
mentas sacerdotses; (fig.jpôr cobertura, ca-
pa ou forro, v. g. — de lages, de tijolo.
Montes — s de arvoredo, ou de penedia. —
SE , c. r. vestir roupas sacerdotacs. O sa-
cerdote revés te-se para celebrar, —se, mu-
nir-se , r. g. — de paciência , resigna-
ção.
RKvtfz, s. m. rtverso, avesso O— da me-
dalha. — , golpe dado com as costas da ttiào:
golpe que se dá com a espada diagonal-
mente ferindo da direita para a esquerda.
Fazer revezes, na sella, torcer o corpo pa-
ra evitar o bote de lança do contrario. — ,
(artilh.) travéz. Estrepes em — , meio deita-
dos — , alternativa. A revezes, por turno,
cada um por sua vez. Cantar a revezes,
alternadamente. — , successo infausto. Re-
r>exes da fortuna, lances infelizes, desgra-
ças, alternativas de bem para inal.
revezadamentè, adv. [mente suff.) a re-
vezes, alternadamente.
REVEZADO, A, f. p. de revezar; adj. al-
ternado ; mutuo. Amor — , correspondido,
mutuo.
REVEZAMENTO, s. T». V. Revcz, Alterna-
tiva.
REVEZAR , V. a. [revez, ar des. inf.) al-
ternar, mudar por turno ; — soldados, tra-
balhadores — as sortes, os destinos, \an&r
— o canto, as cantigas. Revezando ao peito
os filhos, dando de mamar ora a um ora
a outro. — SE. v. r. alternar com algucm,
trabalhar ou fazer alguma cousa por turnos.
« Os Mouros se revezaram com gente de re-
fresco. » descansaram em quanto combatiam
os novamente chegados. — se, (p. us.) re{)e-
tir-sp, no que já disse ou fez. — se de um
cavallo em outro, cavalgar ora um ora ou-
tro
REVEZiLHO, g. m. [revez, des ilho, que
denote acção dti apertar), ponto ás avessas
qm> se faz nas meias pela barriga da per
na.
RE/Ezo, A, adj V. Revesso.
REVEZO, s. m (de rercjar), cerrado para
criar relva, grama, capim outra herva para
onde ge muda o gado em quanto outro cer-
cado cria herva ; (fig.) boa mesa, mesa laa-
ta. '' > •
REVIDADO, A, p. f). de f«TÍdar ; aâj. €9t*
vidado sobre o envite do parceiro ; (fiíç.)
repelido, amiudado ; t. g Golpes revida-
dos.
REVIDAR. V. a. (reiterai. eenoi'/i^), tor-
nar a envidar, ou antes envidar siobre o
envite ou parada primitiva do jogador ;(ftg.)
fazer outro tanto ou mais, contradizer ; tf.
g. .4, isso revido. « Tendo feito o mal, nió
lho podem — . » Ceita, Serm.
REViGNY. (geogr.) cidade de França a 6
léguas ao 0. de Bar; l,liO habitanteg.
REViMENTo, *. m. (de rever, reçumar),
o reçumar, ou coar p^los poros.
REVIMENTO, í. m. (de rever, examinar),
(ant), revista de prodesso, dô demanda.
Ord. Man.
REviNDiCAÇÃo. V. Reivináicação .
REViNDicAR 6 deriv. V Reivindicar, etc.
REV NDiCTA, s. /. [re pref. itefat,), viff'-
gança tomada de quem a toa!M>u, pof se
vingar de injuria que lhe fizéramos. O vul-
go diz rebendita, e a Ordenação Affons. re-
vendita.
REViNGADO, A, p. p . dé Tcvingar ; adj.
duas vezes vingado.
RRViNGAR, V. O. [re pref. iterat.) tornar
a vingar; tomar vingança maior que a of-
fensa recebida.
REVIRADO, A, p, p. de revirar ; adj. tor-
nado a virar.
REVIRAR, V. a. [re pref. iteròt.), tornar
a virar na direcção contraria ;vg. — uma
bofetada , desandar, dal-a em resposta da
affronta, (fig ) dar um revirete, ou respos-
ta picante a quem nos injuriou ; recrimi-
nar. ^
REVIRETE, s. m. (fig.) resposta picante.
REVISÃO, s. f. traoalho de rever obra
para .a emendar; t. g. — do código; —
do processo, para examinar se foi bem jul-
gado, revista.
REVISOR, *. TM. o que revê, examina obra
para a emf;ndar ; censor de livros.
REjisoRio, A, adj. (des. orio), relativo a
revisão, ou revista de processo.
REvisTTAÇÃo, s f acção de revisitar.
REVISITAR, V. a. (Lat revisito, are), tot-
nar a visitar,
REVISTA, s. f. segunda vista, exame ;
novo exam^ de processo julgado em ulti-
ma instancia ordinária ; 'ó. g. — de tro-
pas, mostra, resertha : passar — .
REVISTADO, A, p p. dê revistar ; adj.
examinado de novo ', v. g. Tropa — , a que
se passou revista.
REV STAR, V. a. [p. us ), passa? revista;
V. g. — as tropas; — a cansa, o feito, exa-
minar com attenção ; v.g. — mercadorias,
110.
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REV
para que não passem por alto, ou — pes-
boas, para conhecer quem são.
REviTAR e deriv. V. Arrebitar, etc.
REViTE, s. m. [re pref, e envite], segun-
do envile.
REvivECER, (ant.) V. Reviver.
REVIVER, v. n. [re pref.), tornar a viver,
resuscitar ; (fig.) criar novo vigor, novo viço.
Revivem as plaotas murchas, reviveram as
artes.
REViviFiCAR, v. a. [re pref iterat.), dar
nova vida, novo vigor ; (t. chim.), restituir
ao estado metallico, ou salino.
REViziTAçÃo. V. Revisitação.
REVOGADA, s. f. acção de revoar, o re-
gresso da caça voando.
REVOAR, V. n. [re pref. iterat, ) tornar a
voar, voltar ao mesmo sitio voando ; voar
em diversas direcções.
REVOGAÇÃO, s. f. (Lat. revocatio, onis) o
acto de revocar.
REVOGADO, A, p. p. do rovocaf ; aeí/. man-
dado voltar.
REVOGADO, (ant.) V. Rebocado.
REVOGAR, V. a, (Lat. revoco, are ; re pref.
atrás, e voco, are, chamar) mandar voltar
regressar ; chamar alguém do lugar onde fora
mandado. — os socorros, retira los. — os
espíritos, reanimar. — as artes, as scien-
cias, a industria, fazer prosperar de novo,
restaurar. — alguém do errado caminho que
leva, persuadira que mu le devida. — , re-
vogar.
REVOGAR, (ant.) V. Rebocar.
REVOGATÓRIO V. Rcvogatorio, Derogato-
rio.
REVOGAÇÃO, s. f. acto revogatorio, dero-
gação, annullação, v. g. — das clausulas,
do contracto ; — da lei.
REVOGADO A, f. p. do revogar ; adj.á%-
rogado, animllado. Ordem, lei. Magistrado
— .destituído, privado do cargo, do em-
prego.
REVOGADOR, s. m. O que revoga.
REvoGANTE, adj . dosl g. [LsíÍ. revocans,
tis, p. a. de revoco, are], que revoga.
REVOGAR, V. a. (Lat. revoco are], desfa-
zer, annullar, derogar ; —a doação, o tes-
tamento, a lei, sentença, nomeação, — ou
revocar a ordem dos destinos.
REVOGATÓRIO A, adj. (dos. ório], que re-
voga, annuUa. Sentença, clausula — . — , s.
f. instrumento que revoga.
REVOLTA, s. f. (Fr. revolte], levantamen-
to, distúrbio; v. g. — do povo, desordem,
arruido, confusão de gente, rebate de ini-
migo e desordem que elle causa. «Levan-
taram os Mouros uma — , » Barros. « Na
— da gente que embarcava. » « — da fu-
gida, » desordem. — no animo, perturba-
ção que faz mudar as ideias , as paixões.
— 8, pi. ambages, rodeios para delongar
a conclusão de algum negocio : ó ant. nes-
te sentido. Wetter o feito em — de juizo,
(loc. for. ant.), por em litigio.
REVOLTvDO, A, p. p. de rivoltar ; adj.
levantado, revirado.
REVOLTADOR, s. m. pessoa que excita re-
volta ; adj. que excita, promove a revolta.
REVOLTAR , V. a. [re pref. atrás.) fazer
voltar atrás, v. g. — as armas, contra quem as
lançara. — , causar, excitar revolta. — o povo.
N. B. Revoltar a razão, o bom senso, a
humanidade, são gallicismos modernos, na
accepção de escandalizar, repugnar a, hor-
rorizar.
Revoltar-te, revolv«r-se, pôr-se em re-
volta. — , (p. us.) tornar a voltar.
REVOLTO , A, adj, (do Lat. revolutui, p.
p. de revolvo, ere, revolver.) revolvido, mui
agitado. À terra, a agua — , agitada. An-
dava o povo — . Bico — , recurvado para
baixo. Cahello — , crespo, torcido, encara-
pinhado. O mar — , agitado pelo vento. O
tempo — , turbado, não sereno. Terçado,
alfange — , curvo pela cota. As paixões— s,
violentas, que agitam violentamente. Fogo
— , nos sambenitos, eram chammas pinta-
das com as pontas viradas para baixo; de-
signavam os róos que haviam escapado ao
supplicío do fogo.
REVOLTOSO, A. adj. (des. oso] que excita,
suscita revoltas. Gente — , inquieta, indó-
cil, disposta a levantar-se. Tempo — , de
revoltas, agitações populares. — , (ant.) li-
tigioso. — , que usa de rodeios, trapaças
para delongar a conclusão do pleito. Os ven-
tos — , que revolvem, agitam o mar.
REVOLUÇÃO, s. f. (Lat. revolutio, onis.)
acto de revolver, gyro na orbita. — dos as-
tros, planetas, gyro inteiro do planeta na
sua orbita. — dos humores, movimento vio-
lento. — politica, mudança violenta na for-
ma do governo. — do cabello, (p. us.) re-
domoinho. — das a/maí, transmigração. ?l
Revoluções.
REVOLUCIONADO, A, p p. de revolucioDar;
adj. posto em estado de rjvoluçào politica.
Tendo — a Itália.
REVOLUG'ONAR, V. a. (do Fr. révolution-
ner.] operar revolução politica. Os France-
zes revolucionaram a Itália. K* termo mo-
derno e indispensável.
REVOLUCIONÁRIO, A. adj. (Fr. révolution-
naire.] relativo a revolução politica, que
emana delia, ou a favorece, llomem — .Ideias,
opiniões, princípios — s. Os — s
HEVOLUTO, A, adj. (do Lat. revolutus, p.
p. de revolvo, ere ] (p. us ) enrolado. 5#r-
pente — , em espiraes.
REVOLVEDOR, s. m,, O que revolve, agita,
autor de discórdias.
I
REV
REV
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REVOLVER, V. a. (Lat. revolvo, ere), vol-
ver de baixo para cirna, remexer; v. g. —
a terra cavando, fossando ; volver, mover
»*ra gyro, — a porta sobre os gonzos : ei-
xos. — no pensamento, considerar muitas
vezes, — livros, historias, livrarias, carto
rios. — os sículos, ler as historias d*elles.
— os olhos, vira-los a um e outro lalo. —
o cavallo, fazel-o dar voltas em pouco ter-
reno ; viral-o pelas rédeas. — , causar, sus-
citar revolta, desordem; v. g. — famílias,
túmulos ; o estado, a cidade. — o céu e
a terra, causar grandes revoltas, —se, v.
r. agita r-se, mover-se em gyro, ou em di-
versas direcções ; v. g. — o mar cone os
ventos ; — c'o inimigo, brigar. — o anno,
fazer a sua revolução. — , perlurbar-se, d.
g. n cidade, o povo.
REVOLVER, V. n. gyrap, fazer a sua revo-
lução, dar uma volta inteira. Revolvem as
plantas nas suas orbitas.
REVOLVIDO, A,;?. />. de revolver ; adj agi-
tado, remexido ; c. ^. O estômago — , em-
brulhado.
REvoLViMENTO. s. w. [mento suff.), agi-
tação revolução; v. g. — da agua; per-
turbação.
REVOO, s. m. revoada, vôo em volta.
RÉTORA, s. f. (provavelmente alterado do
Lat. rubor, força, vigor, idade de puber-
dade ; «de — comprida, » Ord. Aífuns.,
completa, maioridade. « E o menino é de
— de quatorze annos, e a menina de doze,
Ord. Afíons. « Quando eu era menina e
sem, — .
REVORAR, (anl.) V. fíoborar.
REVoso, A, adj. (do Fr rêveur), (ant ),
pensativo, cuidadoso. Ined., tomo i, foi. 24'j.
« A rainha muito — dos movimentos e al-
vorotos de Lisboa. » É gallicismo mui an-
tigo e contrario á analogia da lingua.
REVosso, A, adj, (t. com.), muito vosso.
« Hei-de ser vosso e — , » Camões Anfit.,
duas vezes vosso.
REVULSÃO, s. f (i.at. revulsio onis], (t.
med.) — dos humores, o removel-os da
parte doente para outra onde facão menos
damno
REVULSIVO, A, adj. (t. med.), que opera
revulsão. Applicação rcrulsiva.
REVLLSORio, A, ttdj . dcs. ório), que cau-
sa ou faz revulsão ; v. g. Sangria — .
REX, (Lat.) V. Rei.
RKXA, s f. (do Fr. ant. raú, raio de luz),
grade ou barra de pôr emjanella para dei-
xar penetrar a luz, ~s de ferro.
RIXA, *. f. arado.
RExo. V. Recio.
KEY, *. m (Lat. rex, regis], o rei. Os
antigos escreviam á maneira dos castelha-
nos rey, e assim assignavam os nossos mo-
fOL. lY.
iiarchas. O y era também usado pelos Fran-
cezes, que escrevião rey e roy, mas nada
justiíica o emprego d'esta letra que não tem
relação cora o ^í ou x do radical latino.
REYES, (geogr.) cidade da America do sul,
a 40 léguas ao S, de La nela Marta.
RKYES, (geogr.) 011 S. Sebastião de los
Reys, cidade da America do Sul, na pro-
vincin de Caracas, a 17 léguas ao SO. de
Caracas.
REYGNO, (anl ) V. Reino.
REYNiER, (hist.) general e escriptor fran-
cez, nasceu em 1771 acompanhou Bona-
parte ao Egypto, dislinguiu-se na batalha
das Pyramides, bateu 120,000 Turcos dian-
te de El-Arich, morreu era iòl3. Escre-
veu : Da economia publica e rural dos
povos antigos ; Do Egypto no tempo dos
Romanos.
REYNOLDS, (hist.) piutor iuglez, nasceu
em i723, ruorreu em 1<92. Deixou Dis-
cursos sobre a Pintura.
REYNOSA, (geogr.) villa d'flispanha, a 6
léguas ao JNE. d'Aguilar; 1,450 habitan-
tes.
REYO. V. Reio, Arreio.
REYRE, (hist.) pregador francez, nasceu
em 17ò5. morreu em ÍS12. Deixou algu-
mas obras de educação, entre ellas o Men-
tor das crianças.
REYssousE, (geogr.) rio de França, nas-
ce em ?ont-Ain ao 0. e lança-se no Saona
acima de font-dc Vaux.
RfZ, *. /". (do Arab. raz, cabeça de ga-
do), cabeça de gado. Matou três rtzes,
RÉz, s. m. Uza-se na {íhrase: réx por
rez, ao justo.
REZA, s. f. orações que se dizem por
obrigação ou por devoção.
REZALO, A, p. p. de rezar ; adj. missa
í — , não cantada.
REZADOR, s.' m o quo reza muito*
HEZÃo. V. Razão.
REZAR, V. a. (contracção de recitar), di-
zer orações; v. g. — o rosário, o terço.
— sentença, (loc. ant.) proferir, fazer por
escripto ou em escripto, murmurar.
REZAT, (geogr.) rio da Baviera, nasce no
circulo que tem o s«u nome, e perde-se no
Rednitz.
REZAT (circulo de), (geogr.) um dos 8
círculos do reino de Baviera, enlre os de
Alto-?.eno ao N. do Baixo Meno ao NO. de
Regen a E ; 540,000 habitantes.
REZE, (geogr.) villa de França, a 1 lé-
gua ao SO. de Nantes ; 5,000 habitantes.
REZENDE, (geogr.) villa de lortugal, situa-
da a 2 léguas a O. de Lamego, em terreno
alto e montuoso, 2,300 habitantes.
REZETíDE (André de), (hist,) historiador e
sábio antiquário portuguez, nasceu na ci-
111
íH
KÈk
BHE
dade d*Evora em 1^95, e ahi morreu em
1575. Foi o mais sábio antiquário do século
XVI; escreveu varias onras sobre historia
theologifi, polygraphií», poesia, etc. Assu)s
principaes obras elu("idam muitos pontos «la
nossa historia no tempo fios Ro lianos e Ára-
bes são apreciadas até entre arcbaistas es-
estrangeiros. Deixou De Antiqnitatibus Lu-
sitaniae em 4 livros. Antiguidades d' Évora,
e outras obras ainda não impressas
REZENDE (Duarte de), (hist.) Escriptor pur
tugupz do século XVI. era natural d'Evora.
e feitor da fortaleza de Ternate em 152'^.
Temos d'elle : Tractados da amizade. Pa-
radoxos e Sonho de Scipião de M. T. Ci-
eerOf traduzidos em Portuguez, obra estimá-
vel não só pela fidelidade da traducção, co-
mo tarribem pela riqueza da frase, e nati-
va graça dos vocábulos na antiga lingua-
gt^m.
REZENDE (Garcia de), (hist.) dtstiucto es-
íjriptor portuguez .Nasceu na cidade, foi des-
de tenra id«de moço da camará d'elrei D João
II, em 1490 passou ao serviçD do principe
D. Aífonso, por morto do qual voltou para
o serviço do rei, de quem foi secretario parti-
cular, e que o tratou senapro com dislincção.
&m i5 6 nomeou-oelrei D. Manoel secretario
da en baixada em Roma. Lscreveu itezende ;
Chronica dos valorosos feitos d'elrei D. Jcão
11. A entrada d^elrei D Manoel em Castella.
Ida da infanta D Beatriz para Sabóia,
Miscellanea e outras obras.
REZENHA V. Resenha.
REZENTAL, faut ) V fíeccntal
rezente, (ant ) V. liecente.
rezina e deriv. V Resina, etc.
rezuar. V Razoar, Arrazoar
rezumbrar. V. Ressii '>hrar, Repimar.
rhaa, s. f. dragoeiro, arvore que dá san-
gue de drago.
RHADAMANTHO , (mjlh ) Rhttdamanthus,
filho de Júpiter e d'Europa, e ura dos três
juizes dos inf^^rnos. Era notável pela sua
justiça e severidade.
RHADAHiSTo, (bJst.) íilho do rci da Ibe
ria Vharasmano, cazou com Zenobia, sua
prima, e deslhronou Milhridaies, seu so-
gro, rei da Arménia. Atacado pelo rei par-
4ho Volog^so refugiou-se nos Estados de
seu pai, este fe-lo assassinar no anno b\
de Jesu-f hristo.
RHAGADAS, s. f. (do Gr. rhogas , ados ,
fenda. racLa, de rhégnuô, romper), (t. med.),
gretas qne se abrem nas pabiias das mães,
B8S solas dos pés, dos atacados de sy-
phibs.
RHAMNO, s m. (Lat. rhamnvs , do Gr.
rhcmrtos), espinheiro, planta.
RIJAM^(^^T£, (gengr.) Rhorrnvs, cidade
4Í'Atiica, sibreoaar, ceUbre por um len.-
plo de Amphiarao, e por uma estatua de
;\émesis.
RHAMPsiNiT , (hist.) chamado tarabem
Ramsés, rei do Egypto, reinava depois da
guerra de Tróia, e vivia no XII século an-
tes de Jesu-Christo Possuia immensos the-
souros, e construiu um templo de Fia em
Meraphis.
RflAPSODES, (hist ) Eram assim cbama-
dos na Grécia aquelles, que fasiam proíis-
são de recitar em publico trechos dos poe-
tas antigos principalmente dMlomero.
RHAPSODiA, s. f. (íat. doGr., de r/iapí<1,
coser, ajuntar, e aeidò, cantar), composi-
ções poéticas soltas, maus versos, má pro-
sa.
RHEA sYLViA OU ÍLIA, (hist ) filha doNu-
mitor, fez se vestal por ordem d'Amulio ;
mas quebrou os votos e deu á luz ilomulo
e Remo, que tivera do Deus Marte. Foi
enterrada viva em castigo dos seus crimes.
RHÉA, (myth.) mulher de Saturno e mãi
de Júpiter, Neptuno, í'lutão, Vesta e Ce-
res, ('ada vez que dava á luz um filho da-
va a seu marido uma pedra para elle devorar,
em lugar do recem-ní^scido, porque aquelle
deus sabendo que um de seus filhos havia de
destronai-o tinha resolvido exterminar todos.
Huando Júpiter expulsou S.^iturno dos céus,
íthea seguiu seu marido a Itália eajudou-o
a fazer ilorescer a agricultura e os bons
costumes, e d'ahi veiu o nome de Scculo
de Rhea, dado á idade d'ouro.
RHEiNA-woi.BECK, (geogr.) seuhorio d'Alle-
manha, parte na provincia prussiana de
Westphalia, e outra parte no governo ha-
noveriano d'03nab"uck ; iO,Ot)0 habitan-
tes.
rhrinau, (geogr.) cidade da Suissa, so-
bre o Rheno entre Schaffouse e Eglisau.
RHEiSBERG OU RUiNFERG, (í2;eogr.) cidado
dos Estados prussianos. a 9 léguas ao ISO.
de Dusseldorf, H,00(> híibitanles.
RHEINFELDEN OU RHiNLELD, (geogr ) cida-
de da Suissa, a 7 léguas ao NO. d'Aarau ;
1,500 habitantes.
RnEiNGAU, (g.^íogr.) território do ducado
de rsassau ao S. sobre a direita do Rhe-
no
rheinthal ou valle do rheno, (geogr.)
valle da Snissa, que se extende pela mar-
gem Occidental do Rheno é limitado ao O.
pelo cantão d'Apenzell.
rhemetalces j, (hist.) rei da Thracia,
tio e surcessorde l^hfscnporis II. Auxiliou
os Romanos na sua guerra contra os Dál-
matas, e as nações panonias revoítadas.^
Acorreu no anno . O depois de Jesu-f hrisloJ
RHtMÍTAi.cÉs II, (hist.) lei da Thracia,
sucíesííT de Rhescujoris I.I.
RI1ENA^A (piovincia], (geogr.) piròvincia
BIT
dos Estidos prassianos, na região «o O. fio
Wnser, ó situadn enirea Westplialia no NE. i
os (luoaílos (IWles^fi e do Na^sau «o E. a i
Baviora rhonana ao SK. a França ao S a !
B«l:4n;a *o (i. ea HoUinfía a-j N 2,5'<íO,<^50 |
habil?ioi<»5. t'«pif»l r.vhmi».
HHENANU«i, (hist ) philologo alloitíão^ nas-
ceu tMii U85, morreu eia \bM. t>^lou :
Illyricí liesrripli» i
HHENO, (geogr.) Hheirns, th) »r!Í;tWír. san
dos AptMíinf.s, a 1 légua ^o 8. â>^ S ^nr~ \
rellitio, junta-se ao Po di Primam^ p*rlo
de Ferrara.
RiiE.No. (geogr ) Rhenug em l»ti:Ti, Rhêin
em ílletnãcí, grahde rio d'AlIemanh'», íor-
ma lo na Suissrt por tros braços, sae do
m m^e S. Gothardo, corre ao N ató ao la-
go t}*> Constança e perde-se no mar, o sen
cuisi» é df! yíâ léguas, 5i2 são narega-
rtRi:so (eircuk) d')) , 'geogr.) chamado
ttinibcni Baviera Rhenana, o único dos 8
ciroii^»>s' lia Baviera, quy íicn ao O. do
RhfM.i ; Um par liriiite*, aoS. a Praça, ao
N a Prússia rbenana e Hesse, ao a O. Prús-
sia rhenana, e ao E o gran -ducado de
Bad>v, í)4H,0(X) habitantes. Capital Spifâ.
RHiiNO (circak) do Baixo-) (gfogr.) ura
doí dez riniulos do anligo infjperio d'A}fe-
manha, á esquerda do Rheno ao SE do cir-
culo de Westphaha, ao S. o de ÍJanca Sa-
xonia, ao N?>. o de Franconia Forma ho-
je a m (iíjr parte do H»^sse eléctofal e do
Hesse-- \irmsladt.
RHEKo, (departamento do Alio-) (g^ogr )
departaraenlo da França, entre os do ftfii-
xo Rhéno ao N. do Alto Saona e dos Vos-;
ges ao O. do Doub ao S. e o grande du-
cado de ílade ao K. 447, OIU habitantes.
Capital Colmar
RHENO (departamento do Baixo ) (geogr )
um dos departamentos da França, limita-
do fio S. pelo ao Alio-Rhnno, ao O p los
de MMSiíHa. de Metirlhe e .'n Vosges, e a
E. f)ei.> AUematiha ; ..00,859 habitantes.
Capiííil >trasbur'go.
RHENO (nroYimiia do), (geogr ) Niêder^
Bhti'i a parto meridional do grán ducado
prussiano do &aixo Rheno, entre as pro*
TÍnc!as de Clevps^ erg ao iN. e de West-
phalia at) NK; e ducado de Nassau e a Ba-
vÍK:ra llíhpnana ao B. a França ao S. a
Bclgica e o grati-ducado d© t.uxptfibnrgò a
O. 8)0, 000 habitantes. Capital 4ix la-Gha-
pelle
KiiHNociROTE. V. UkinoceroH.
RH.-çscupoRis I, (hist.) rei da Thracia, íio
I seMilo antes de Jesu-Christo, sefviu al-
ternativemente. Pompêo e B^^uto nas gner-
ras ( ivis.
KHKSCíJPdats if, (hist ) 61bo de Cot^ IV^
M5
reinou desde o anno 6 até ao anno 7 an-
te-í de Jesu-rhrisl > ; morreu e?n nma ba-
talha contra os Be.*;?;*»».
RHíso, (mylh ) H^i ,h 'flirací/». filho do
ri6 J^irynmn. veio em soroífrci d»j Troiano
uhiiíio atino do cercu. \ cidade devia ser
salva se os cafaUo» de Rh!>9fv bfrbessem a
agua do Xanlho, mas Rh^íso In morto na
nouttt em quB chegni por Diomedes, em
quanto Ulysses lhe roubava os ravallos.
IIH2TIA, (g«"gr.) HhcBtia^ hoj« paiz dos
Grisões, e parle da VaUelma, da Tyrol e
da fiãviera, província da ♦i/'lli» cisalpina,
entre a Helvécia «o O. a Soritía ao E. era
limitada ao N. pelo banubio
RRETORíCA, #. f (Lat doOr. rhetoriké-
r»f\. rheô, filiar, e tekh>iéi arl»)y a arte de
fallar cora eloquência para persuadir os
ouvintes.
RHETORicvME.NTS, adv (/tnente saff.), se-
gundo »s regras da rhetori -a.
hhetoricar, o. n (lat. rketorlcor, ari),
fallar, discorrer eotn concerto íhetorico.
RHETORico, A, ãdj . (Lat. rhetortcu^), con-
cernente á rhetorica ; r §. Um — , peri-
to, versado na rhetorica.
RHSUBARBARO. V. Ruihúrbo
bheubarbo ou rhuibarbo, .t m (Líti rha,
barbar!f<í, que signiíica raiz estrangeira),
plaiita e raia purgaiiva V Ruibarbo.
RHsu»A, s f. (L«t í do tir. rheô, cor-
rer, mamar), (tjmed), deôuião.
RHKi)3iATíS!iiAL, «'(/'. do§ 3 (/. (dps adj .
a/), (t. med), pertencente .10 rheamatismo;
V. g. Dore^ rheumatismafs.
RHEUMATICO, A, adj. iLat. rke^im^^ticus),
(t. med ), atacado d'i rheumatis 00, causa-
do pelo rheumatismo ; c. g. D.oença — .
Dores — s.
rheumatismo, s. m [\M. rheii r ali^mus).
(t. med ), doença dolorosa qu; a laca as
grandes articulados**.
rhígas, (hist ) uu d ys a ornjíores ds
insurreição grpga nísceu em Valestina Tor-
nou em Vienna um» sociedade st^creta, cu-
jas ramificações Se exteiiditim muito longe,
mas foi sacriílcado á Turquia pela Áustria ;
foi afogido tio l)»nubio em 1798,
BHíMA. V. Rima.
RHí-^GRAVSs, (hist ) (ist<) ó, cotutes do
fíhene, Rheni comités) titulo que de«de o
VIII, século usavam certas famillias de con-
des, cujos domínios ficava m iMs utargens
do Hheno, no circulo do Alto Rheno. Ti-
nham assento nas dietas ilo império, e to-
mavam o titulo de marechaes hereditários
do Palatinado.
RilmocÈRnifTe «n rkinochhos, s m., e
RHiNOCERoTÊ, s m. (Lat '^hinoeeros oníis,
do Or. rhin, nariz, e keras^ corno), ganta,
atiádrupede á» grandf za de vm touro, oom
^ 111 *
444
focinho semelhante ao javali, lera um cor-
no que sahe do nariz.
BíiiNOCOLURA, (geogr.) cidade marítima,
nas fronteiras da Syria e do i-gypto, mas
pertencente a este ultimo paiz ; era um lo-
gar d'exilio.
RHisoPHAGOs. V. Rinofhagos.
RHiTMA. V. Rima.
RHiTMO, RHiTMico. V. Rhythmo, etc.
RHODANO, (geogr.) Rhodanus, rio daSuissa
e da França, nasce na Suissa, entre os
montes Furca eGrinsel, corre ao O. até ao
lago Leman, depois, entrando em França,
corre ao SO. elança-seno Mediterrâneo por
muitas boccas.
rhodaNo (departamento de), (geogr.) situa-
do entre os departamentos de Saona-e-Loi-
re ao íi. de loireaoS, e O. <risèrea K. ;
/|80,024 habitantes Capital Lyon.
RHODE-isLAN, (geogr.) um dos Estados Uni-
dos da America do Norte, entre o Massa-
chussets ao SE. o Connecticut aO. o Atlân-
tico ao S,4i0,000 habitantes. Capitães l'ro-
videncia e New-Port.
RHODES, (geogr.) em grego Rhodos, ilha
do Mediterrâneo, na costa O. da Ásia .Vie-
nor; 30,000 habitantes. Capital Rhodes.
RHODES, (geogr.) capital da ilha deste no-
mer na costa ao NE. 6,000 habitantes.
RiiODES (colosso de), (hist.) enorme estatua
de bronze maciço, que se via á entrada
do porto de Rhodes e que representava Apol-
lo ou o scl. Tinha 83 metros d'aliura. Foi
derrubada por um tremor de terra no íim
de 5tí annos ; era obra de Charés de Lin-
de ou de Laches.
RiiODES EXTERIORES, (gBOgr.) Aussevrho-
dcn, pequena republica da Suissa, occupa
as parles íN. e O. do cantão d'Apenzell ;
45,0-0 habitantes. Capital Trogen.
RHODEZ ou RODEZ, (geogr.) ^e^odwnwm ou
Civitas Ruienorum, cidade de França, a 5
léguas ao ^E. d'Alby ; 9.080 habitantes.
RHODOGUNK, (hist.) filha de Milhridntes,
rei d< s Parlhus, foicazada no anno 140 an-
tes de J»^suChristo com Demétrio Nicator,
rei daSyria, prisioneiro dos Parthos, o qual
já era ca.sado com Cleópatra, filha de Pto-
lomeu Philometor. Este casaraenío excitou o
ciúme de Cleópatra e deu origem a grandes
males.
RHODOPO, (geogr ) Despoíodagh, cordilhei-
ra de montanhas da ihríicia, deslaca-se do
Bemus e corre ao SU até ao mar.
RHODoiA, (geogr.) provincia da diocese
da Thracia, no lempo do império ; linha
por capital Abdera.
RFioDopA, (hist.) cortezã, natural de Thra-
cia, vivia nos tempos d'Esopo e foi escra-
va com elle. Charase de Lesbos coroprou-a
0 lel-a sua amante. Estabeleceu-se em Meu^
RÍB
ctatis no Egypto onde ganhou tanto dinhei-
ro que fez construir uma pyramide.
RHOEN (montes de) , (geogr.) fíhoBuge'
birge, cordilheira do montes, que se enten-
de pela provincia ba vara do Alto Mono, por
Hesse t assei e pelo ducado de Saxe-Mei-
ningen.
RHOBBO , s. m. (Lai. rhombus , do Gr.
rhombos.) (geom ) figura de quatro lado»
iguaes e parallelos, que tem dois angulo»
agudos e dois obtusos, figura de lisonja.
RHOMBOiDE, adj . dos 2 g. [rhombOs des.
do Gr. eidos, forma, figura ) da figura de
rhombo, de lisonja.
rhonaszek, (geogr.) cidade de Hungria,
a t léguas a E. de Szigeth.
RHTNDACO OU LYco, (googr.) pequeuo rio
da Ásia Menor, nasce perto de Miletopolís
na pequena Hysia, e lança-se no Propon-
lido.
RHTTHMíCA , s. f. (su 3st da de», f. de
rhythmico.) arte dos rhytmos.
RHYTHMíco, A, adj. (Lat. rhythmicui f
pertencente, relativo ao rhythrao.
RQTTHMo, s. m. (Lat. rhythmni, do Gr.
rhúo, correr fluido.) metro, numero, har-
monia dos versos e da prosa.
RIA, s. f. (do Lat. rivHS, regato, rio.)
embocadura de rio.
RiACHÃo, (geogr.) Nova vilia da provincia
do Maranhão no Brazil aoSO.ena comar-
ca de iastos-Bons.
RiACHiNHO, (geogr.) serra da provincia
da Bahia no Brazil.
RIACHO , s. m. diminuí, de rio, regato
RiAzAif ou RuiZAN, fgeogr.) antigamen-
te Pereiaslavl Riaixanskui, cidade da Rús-
sia europea capital do governo de Riazan,
a 47 léguas ao SE. deMoscow; 8.000 ha-
bitantes. O governo de Riazan, entre os de
Vladimir ao ii. Tambov a E e aoS. Mos-
cou e Toula a 0. conta 1, 300,00 J habi-
tantes.
RIBA , s. f (Lat. ripa, de tivus, rio, e
Gr. apo, sobre, em cima.) ribeira, outeiri-
nho píoximo á margem de rio, ribanceira,
margem, outeirinho. Esteiro profundo e com
— s tão altas, que ficava em partes a terra
sobre a agua perto de duas lanças. Barro»,
í)ec. 2, 9, 7. — mar, margem do mar. —
Tejo, bordas do Tejo. Lugares de — mar,
do — 'iejo. De — , (ioc. adv.) de cima, do
alto para baixo. A — , a cima; para cima.
RiBA, (geogr.) denominação dada a mui-
tas terras do reino de Portugal que geral-
mente estão situadas na margem de rio ou
do mar, para riba ou cima, em relação ao
lugar donde se falia, c. g. ribatejo, riba-
mar; ás ribas do Tejo acima, em Lisboa se
chama ordinariamente borda d'agua. h'ahi
procede: — d' Ancora, aldeia do concelho
RIB
RIB
445
de Monção, 550 habitantes. — de Mouro,
povoação do concelho de Valladares, distri-
triclo deYianna, 1,860; outra freguezia do
mesmo nome edo mesmo concelbo ; 1,900
habitantes. — Tua ou S. Mamede, vill« si-
tuada a 5 léguas a E. de Yilla-Ueal, com igual
numero de habitantes. — d'Ul, povoação do
concelho de Oliveira d'Azemeis, 6 léguas ao
S. do Porto, 1,Í30 habitantes, e outras mais
de diminuta importância.
BiBADA. V, Riba, Alcantilada.
RiBADBNRiRA, (hist.) jesuita hispaubol, aas-
(cu em 1527, morreu em 1611, foi dos pri-
meiros companheiros de Sancto Ignacio. É
autur do Fios Sanctorum.
RiBADiLDA. Y. RabadUha.
RiBALDAEiA , s. f. (dcs. aHa ) acção de
ribaldo.
RiBALDEiRA, (gcogr.) concelho da Estrema-
dura, am Portugal, contiguo ao de Torres-
Vedras, 7 léguas ao N. de Lisboa, 3,030 ha-
bitantes.
EiBALDKRiA e RiBALDU. V. Riòaldaria
RiBALDio, adj. m. Figo — , bravio, de sa-
bor áspero.
RIBALDO, s. m. (do Fr. ribaud, deriv. do
B. Lat. ribaldus, de ripalis, mariola que
trabalha na borda d'agua ; e (fig ) homem
grosseiro e dissoluto.) homem máu , ve-
lhaco.
RiBA-MAR. V. Riba.
RiBANÇA. V Ribanceira.
RIBANCEIRA, *. f. {ribança, áeê eira, que
decota extensão, prolongação.) riba de rio
talhada a pique, riba alcantilada.
ribar, V. a. (nnt.) V. Derribar.
ribaRgorce, (geogr ) paiz d'Aragão, nos
confins da Catallunha, extende-se desde os
Pyrineos ató ao Ebro, e encerra muitas vil-
las, mas é mal povoado. Lugsr principal
Benaverre.
ribas, adv. (ant.) acima. « Estas terras — s
escriptas. » Elucidário.
RiBK ou RiPEN, (geogr.) cidade de Dina-
tnarca, capital de dioceze, a 25 léguas ao
.^0 de Sleswig ; 2,000 habitantes.
RiBBAUTiLLE, (gcogr.) Rappoltsw€Íler em
allemão, cidade de França, a 3 léguas ao
N. de Colmar ; 7,170 habitantes.
RIBECOURT, (geogr.) villa de França, a 3
léguas ao NE. de Compiegne; 550 habi-
tantes.
RIBEIRA, s. f. (do Fr. rivière, Cast. ribe-
ra, do Lat. riparius.) pequeno rio. ribei-
ro. « — s que levam muita agua. » Barros.
— , terra lavada de inverno pela agua do
rio. — , margem do rio ou do mar. borda da
agua. « Do Rheno as húmidas —s. » Ga-
Ihegos — , (fig.) mercado do peixe; arse-
nal naval. A— das naus Carpinteiro da — .
Terras — s (adjectivado), margmaes do rio.
Vtf>t.. fv.
RIBEIRA (S. João da), (geogr.) povoação
de Portugal, vizinha de Santarém a 14 lé-
guas de Lisboa, 1,500 habitantes. lia outra
da mesma invocação próxima da Ponte do
Lima, 1,230 habitantes — d'Alhariz, no
concelho de Chaves, 1,050 habitantes, — de
Canha, no de Benavente, 550 habitantes.
— de Frades, no de Coimbra, 600 habitan-
tes. — de Fraguai, no de Pinheiro da Bem-
posta, 700 habitantes. — deLitem, a31e-
guas de Leiria, 1,300 habitantes. — de !\iza.
a 2 léguas de Portalegre, 900 habitantes.
— de Pena, po/oação de 2,700 habitantes
jiinto a Chaves, no districto de Bragança, —
de Soaz, outra do concelho de Guimarães,
3,000 habitantes
RIBEIRA GRANDE, (geogr.) villa Capital da
ilha de Santo Antão; 4,527 habitantes pou-
co mais ou menos.
RIBEIRA DA jANELi.A, (gcogr.) aldeia da
Ilha da Mad^'ira com uma freguezia, que
conta 989 habitantes pouco mais ou menos.
RIBEIRA DO SALTO (geogr.) povoação da
Ilha de Santiago, sita na freguezia de S.
Miguel ; 680 habitantes.
RIBEIRA DE s. MIGUEL, (geogr.) povoação
da ilha de Santiago; 1,400 habitantes.
RIBEIRA SECCA, (geogr.) aldeia considerá-
vel da illia de S. Jorge, situada em ter-
reno alguma cousa elevado mas muito apra-
sivel.
RiBEiRADA . *. f {ribeiro , des. s. ada
que denota prolongação) (p. us.) corrente,
arroio « Saiu da ferida uma — de sangue, »
loc. ant.
RIBEIRÃO, s m. augment. de ribeiro.
RIBEIRÃO ou I APA-DO-RIBEIRÃO, (g^Ogr.)
nova villa e antiga freguezia da ilha de
Santa-Catharina, no fundo d'uma enseada,
2 léguas ao sul da cidade do Desterro.
RIBEIRINHA, s. f. dminwí. dc ribeira, re-
gato, riacho.
RIBEIRINHO,*, m ÉÍmiiiMí de ribeiro, pe-
queno ribeiro. — , moço de ganhar que faz
carretos em cavalgaduras, ou que serve na
ribeira do peixe com ceira.
RIBEIRINHO, A. adj. que anda ou vive nas
ribeiras; que mora na borda d'agua. Gente
RIBEIRO, s. m (do Lat. rivus, ou antes
riparius, vizinho ao rio.) pequena corrente
de agua que brota de nascente.
RIBEIRO (Bernardim), (hist.) poeta portu-
guez. Era moço fidalgo dcl-rei D. Manoel,
em cuja casa serviu, e natural da villa do
Torrão no Alentejo. Apaixonou-se pela in-
fanta [), Beatriz, e este amor lhe inspirou
muitas poesias, repassaflas da saudade, que
o devorava. Diz-se que fora a Turim, ealli
se apre.senfara á infanta disfnrçfido era men-
digo ; tendo-lhe ella porem extranhado a
1-1
m
REÇ
temerjid^de, Berna rdirp fjil^eiro vqUou ao
reino, aonde, segUiídp algurj?, foi naorto de
um tiro. Kscreyeii : flistoria da meninq, p
moça em que pinta engenhosaroenle osct|iSr
tujtjoes da corte de 0. Manoííl, e « sua jr^r
feliz paiíão, o varias Eclogq^.
RIBEIRO (João Ptuiro:, (Iiisi j distincto es-
criptor porluguez do ulliijiip çecqlo. Foi
desembargaí^or, lente de jiiri3prt|d,epcia da
universidade de (Coimbra pom ^xerc|ciQ i)a
cadeira da diploffiatica erp i^isboa, e incan-
çavel em j^verigiiiar as verdades |iisloric«8
de Poptííg^i f.ra ^f)ol) .da ,^cr\i\ íípja .das
sciencias p ujo do* qotí m<iis jlluslruu as
su^s ^íçmorias Publijjoii : pis^^ria^òts chro
nolifjicas e criticas sobre a liislorf^ e ja-
r^sprudQ)}ciq pivil ç. pççlesiqUiça, fiq pprfii-
gal, pfjippaçQç^ pc^rq serpy-em dfi m^fnQr
rias ao systkcmu de diplgí]if^t'^çq iiQfíu-
píUEMpTST» (geogf.) ("iJade de ^r§nça, a 3
legií^s e })«i qufirio op SÍ^. ,de .>. Quiírti- ,
np ; %.'4Íih habitantes.
RiBER^G, íg';ogr.) cidade de França, a 8
léguas .-ío NO. da Perigueuv ; 3,770 habi-
tantes.
RíBETE , í. m. (Cast.) fila de açairdar e
guarnecer.
RiBiERS, (gtíogr ) cidade de França, a 10
léguas ao SÒ. de Gap; i,4flO habitantes.
RIBOMBAR, V. a. ou n. (voz iínit. e Uai.)
retumb-ir. V. Rebortibar.
RIBOMBO. V. Itebombo.
ríbolttií;, íhist ) aiitordramatícp fr<; nc-z,
nasceu em 17/0, raornMi em 18 4. Com-
poz aigiimíis corai dias, entre ella? ; Á reu-
nião de famiUia ; o Miiiislro imjlez , q Es-
peculador.
RiBRAKQuio, adj. ífí. {(]e rubro, o branco )
Figo — , que é verpaelho por dentro e es-
branquiç'ido por fprAr
RICAÇO, A, adj. augmenl. de ripQ, pauito
rico. Lsa-se subst. Um — , homeífl nr^uito
rico.
R1CAPQN4, f. f. [riçq^ e io^-a, senhpra.)
(ant.) mulher (vii^y^ pu Ulha] siíCQe^sQra de
rico homem,
RiC4MgP([|g, adn. (íTjeíiíe suff.) com riquoT
za, custosamente, v. g, — vestido. — , com
abundância, abundantemente, pm ppi^Iep-
cia. Viver- . liicamfnte, flí^^ito betR, }^ul-
lamente
aiCAN^o, A, adj. (p. ^s.j rico avqrento
RiÇADO, A, p. p. à» lúçar; adj. encres-
pado Cabe|lo — . (O — , subst , p ç^bello
riçado.
P-içAR, V. o. (do Ff. /i^risser) encrespar,
V. g — ocabello.
RiCARDi, (gHOgr.) pequeno rio d'Italia, no
território do Bolonha.
RICARDO (s.), ibist.) bispo de Çhiohester
ate
em ínglat^fra, morreu em Í.253. ^ cora-
memorado a 4 d'íibril.
RiCAÇDo I, (hist.) CQmçflo de Leão, rei
d'lnglaterra, lilhp 9 successpr de Henrique
|1, nasceu em J 157 perturbou a velj^ite de
Sf{}^ pai, tomando por três vezes arn]as-|con-
tra eile. Acclaip^dp reiera í 189 fez -se cru-
zado ; apoJerou-^í^ da iUia de Chypr.e. de-
pois 4q Ptolpmai^. Desavindo-se corp ['hilip-
pe Augusto de França, ficou só ngi Talisii'
na,^ onde fez a6s«$sinar 2,500 capijvos. a1-
caqçou pífja brilh*|nte yicioria em A§or con-
tra 100,000 Musuirpanos, todavia não se
atrevei^ f] atacar Jerusalém Pjolo itiu orgu-
lho creou muitos ipifuigu;? ; depois de bri-
Ihanlesi feitos d'arm,a^ Í4.we de letirarrse sem
poder rjeponqpi^tar «a Palestina. Casando
pelns Estados do duque d'Austria, a quem
tiiíha w.ltnjado íiQ cercQ di» S. João d'Acre
foi prrso por sua pftlpíp e só recoperou a
hbardads^ no fim de um ;inuo, iped^nnte a
somma dti 250, OM) marcos de praii. Vol-
tando ^ lng'aierra leye du anniquillar a re-
volta de João, seu irmão, que p qupria sup-
plantar em Inglaterra. Fez gu*MTa a Phi-
iippe Augusto ; balteu-o em Freteval depois
reconciliou-se cori^ elle e viveu alguns aa-
nos em paz Foi ojorlo por um tiro de fre-
';ha defrpnle de Chalus, a que tinha posto
cerco, no anno 1199.
RICARDO II, (hist.) rei d inglat^irra. filho
do celebre prin.-ípp I!^egro. pasci^ucq^ 13 '6,
e §iib|u l»o trnrj^iji t^ lo77.Foi ^ífl p.ijr.i-
p3 f.'aca, d ■S0í4i'ia4^í ^ predigo, j^jii m;;ito
por ordem de seu prifpo, o duque 4^^®"
reford. qui) ihe usurpou o Iroiio.
RiGARDO iií, (hist ) rei d'ínglaterra, pas-
c u em 1452, em o quarto filho do duque
d'Ynrck, Ricardo, o foi por omito tempo
cpnhecido pelo nome de duque de G[oi:es-
ter. Irmão de Kduardo IV, o primeiro prin-
c.ipj3 (la casa dTorck que subip ao trono
d'Iuglaterra, sustentou-o fjipp fodo q seu
pptjlir contra os partidariosde llenriqi4e Iv »
e de pqmbinação cpqa pm de seus irpiãos
assassinou depois da batalha de Tev^r-
kí-sburg p joven tilho do rei ver}p|dp. Fez-
sp npxpear rçgínlç pu protectpr etn |4S'>,
em nome d'|:^duardo seu sobrjpho, e por
y]íí\& serie d'atrocidíídes e de crimes JSjppde-
nniT^e do trono depois de ter feito nqprrer
na Torre de Londres o joven rei o seu ir-
mão. Não gozou por muito tempo o frpcto
das suas atrocidades, já estava por todos
abandonado, quando foi atacado, vencido e
morto em Bosworth por tlenrique di) Uiche-
mond.
RICARDO [ (ou sem medo], (hist ) duquQ
de xNormandia (19*3-996), filho de (iuilier-
'me Longa Espada, tioha 10 annoí» quan-
do morreu seu pai ; Mhiu OQ poder d^ (.uiz
RIC
RIC
447
«rAlem-mar, pode escapar-lhe, foi colloca-
do no seu du'íado por llaralli e concor-
reu para a ellevsçâo de Hugo Capeto ao
trono.
RiGAíino II (ou o Bora], (hist.) duque de
Normandia (5'96-1027) íilho do precedente ao
qu'il succcdeu sustentou diversas guerras in-
icrioros e exteriores, de que se sahiu bem
com o soccorro dos r»' is do Norte, Lflgman
o Olof foi ai liado dos reis de França, Ilo-
berio II, e teve por successor seu filho pri-
mf^genilo Ricardo lil, o qual reinou pouco
tempo, porque foi envenenado por seu ir-
mão Uoberto.
kíCardo I, (hist.) conded'Averse em ^059,
ífopois príncipe de Capua ; morreu em
lOOH, no momento em que ia submetter
Napol»'S.
niCARDO Tl, (hist.) priíicipe de Capua des-
de lliíll, morreu em i 105 era filho deJor-
dà;> I.
RICARDO DE CORNOJíAlLLES, (hist ) filho de
J('ão sem Terra, rei d'lnglaterra, comprou
(»s votos de 4 eleitores e foi proclamado rei
d*A!lemanha em 1257, em quanto que ou
tros tres eleitores nomeavam AfTon^o o sá-
bio lo ('astollrt. Morreu em 1272.
p!Cardo de cirenckster, (hist.) benedi-
ctin » inglez, morreu em 1 lOl E autor de
uma obra sobre o antigo estado da Gran-
RreMnha.
íucardo, (hiàt.) dominicano franrez, nas-
ceu om 1711, morreu em 179 i. A sua prín-
cipe! obra é o Diccionario das sciencias ec-
cfesiasiicas
*" RICARDO (1. Maria), (hist.' botânico fran-
cíez. nascou em 1751, morreu em 1821
São muito estimados os seus trabalhos so-
bre a organisação dos vegetaes e a sua .Ana-
/:/v« do fructo.
RICARDO, (hist.) econon.ista inglez, nas-
' 11 em 17V2. morreu em 182H. Deixou :
Vrl'ic\pios cfeconomia politica e do im-
posto; Projecto de um papel-moeda econó-
mico e seijaro, o te
nicci (o padre Malheus}, (hist.) jesuita
iialiano, foi missionário na China, achou
nifio de ser apresentado na corte do Pekin
o ganhou a estima do imperador, op^-rou
muita» fonversões, morreu em Pekin em
^610. Deixou: Memorias.
nicci, (hist.) geral dos Jesuítas, nasceu
em Florença em 170"^. Quando a ordem dos
jsuitas foi suprimida Hicci foi encarcerado
tio castello de S. Angelo onde morreu em
1"'^'». Com o appeliio de Ricci são conhe-
cidos muitos pintores italianos, o mais ce-
lebre é Sebastião Hicci, que nasceu efu
(•()'í e raorrpu em 173i. Os seus princi-
\íM'.s quadros são : A Degollação dos In-
'AocentéS] èf liaptò ds$ Sabinis, etc.
RicciA, (geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, a 4 léguas e meia ao SE. de Campo-
Rasso ; 4,&00 habitantes.
RiccíA, (K*^ogr.j villa dos Estados ecclesiai-
ticos, a 2 léguas de Vellelri, no lugar da
antiga Aricia
RiCCioLi, (hist.) jesuita italiano, nasceu
em 159S, morreu em 1*^71, ganhou algu-
ma fama como astrónomo. Deixou r Alma-
gestum novum ; Astronomia reformata;
Chronologia reformata.
RiccoBONí, (hist ) conhecido pelo nome
de Lélio, nasceu em 1674. morreu em 1()77,
tentou estabelecer na Itália o systema dra-
matizo da comedia franceza. Escreveu a
Historia do iheatro italiano, desde a deca-
dência da comedia latina.
RiccoBONi, (hist.) actor e autor dramáti-
co tillio do precedente, nasceu em 17s 7,
morreu em t772 As suas prinoipaes peças
são : os Comediantes eserates ; os Diíerd-
mentos da moda»
RiccoBiNi (Maria .íoanna), (hist.) mulher
do precedente, também autora, nasceu em
17 IJ, morreu em 1792. A sua Hixtoria
do marquez de Creíisy ; as suas Carla . de
milady Catesby, Ernestina, etc. colloca-
ram-a no numero das romancistas mais
agradáveis.
BiCEYS (g»'Ogr.) cidade de França, a -i
léguas ao S. de Bar-sur-Seine ; 3,5J2 ha-
bitantes.
RICHARDSON, (hist.) romancista inglez^ nas-
ceu em 16S9, morreu em l/Gl. Publicou
Ramela,; Clarisse Harlowe ; e Sir Charles
Grandifson.
RICHARTE, adj. (chulo) pequeno, gordo, e
teso. lioraern —
RicriBOROUGn, (geogr, ) a antiga Rutupim,
villa d*lnglat8rra a 1 légua M). de Sand-
wich.
RiCíiELET, (hist.) grammatico francez, nas-
ceu em 1^^'Ití, morreu em 1698. Publicou
um Dicrionario francez, e uma Grammati-
ea extraii.t do uso e dos bons andores.
RiCHELiEU, (geogr.) cidade de França, a
4 léguas SO. deChinon ; 2,914 habitantes.
RiciiELiEU, (geogr.) chamado também i»o-
rel, ou Chamhhj rio da \merica do Norte,
sae do lago Champlnin, corre ao NE. e lan-
ça-se no S. Lourenço.
RiCHELiEu (\rmando J. do Plessis, cardaal,
duque de), (hist.) cflebre ministro de Luiz
XI If, nasceu em 1585, da nobre casa do
Poitou, íilho de Francisco do i lessis. capi-
tão das guardas de Henrique ;V. Foi prt-
mp:iramente destinado ás armas, depois re-
cebeu ordens e foi sagrado bispo de Luçon
em !6()7. Foi nomeado primeiso miniisfro em
1623, e' governou a Frnoç.T ftfé * íua ^l0^t^í
apezaf dos abalos e intri^i? dft todos o? jr/wt-»
448
RÍC
ifi/"
des para o derrubarem do poder. Este ho-
mem incontestavelmente foi ura dos maiores
ministros que teve a França Richelieu ama-
va e protegia as lettras ; creou a Academia
franceza Deixou alguns escriptos theologicos
e memorias muito curiozas.
RICHELIEU, (I,. F. Armando duPlessis du-
que de) (hist ) marechal de França, filho
d'Armando João de Plessis lUchelieu, neto
do cardeal, nasceu em 1696. Sérvio com
dislincção cura Berwich em 1733, assigna-
lou-se no cerco de Kehl, morreu em 1788.
RiGHEL'EU, (Armando Manuel do l'lessis,
duque de), (hist.) ministro de Luiz XVlil,
nasceu em 176G, eaiigrou era 1789, foi á
Rússia, onde serviu com distincção. IVeco-
Iheu a França na Restauração e foi nomea-
do ministro dos negócios estrangeiros e pre-
sidente do conselho Morreu em 1822,
RicnEMONT, (geogr.) villa d© França. » 2
léguas e um quarto ao S. de Tionville ; 700
habitantes.
RiCBEMONT, (hist.) á.*' tilho dç João V, de
Bretanha, foi condestavel de França em 1424,
expulsou os inglezes da Normandia e da
(iuyenna Foi duque da Bretanha em 1458
cora o nome de Arthur III e morreu em
1458.
RiCHER, (hist.) litterato francez, morreu
em 1748. Fez duas tragedias Edonina e Sa-
bino, e Coriolano.
RiCHKR (hist.) jurisconsulto francfz, nas-
ceu em 1718. morreu em 17 0. Publicou
uma obra com o titulo de Cauzas celebres.
RiciiER (Adriano,) (hist ) irmão do prece-
dente, nasceu em 17z6, morreu em 1798.
publicou A Vida dos homens illustres ; e a
Vida dos marítimos celebres.
RicnERAND, (hist.) hábil cirurgião fran
cez, nasceu em 1779, morreu em 840 Pu-
blicou; Elementos de Physiologia ; Histo-
ria dos progressos recentes da cirurgia, etc.
RiCHMOND (geogr ) villa d'lngialerrra, a 4
legnas SO de Londres, sobre o Tamisa ;
8,o00 habitantes*
RiCHMOND (geogr ) cidade d'lnglaterra, a
16 léguas NO. d'York ; 4.72i; habitantes.
RiCHMOiSD. (geogr.) cidade dos Estados
l.nidos, capital do Estado de Virgínia, na
margem esquerda de James iuvPr, defron-
te de Manchester, a 40 léguas SO. de Was-
hington ; 20,150 habitantes.
RiCHTEK, (hist.) escriptor alleraão, nas-
ceu em 176 <, morreu em 1825. As suas
obras são: Escolha feitas Ure os papeis do
diabo ; o Hespero ; Quinto Fixlein ; o Vai-
le de Campan, ele.
RiciMEUo, (hist.) general romano, d*origem
§ueca, neto do rei gcdo Wallia, foi cônsul
em 4^9. Dispondo do império a seu bel
f^raur, desthronoa Avito, fez aMassinar Ma-
joriano, deu a purpura a Libio Severo, to-
lerou a elevação d Anthemio ao supremo
poder, eJoi genro deste príncipe, mas den-
tro em pouco o faz degollar e substituiu-o
por Olybrio. Morreu 40 dias depois.
RiCLA, (geogr) Nertobriga cidade d'líe8-
panha, sobro o Oxalon, a 8 léguas NC. de
Calatayud ; 2,400 habitantes.
RICO, A, adj. (Fr. riche, do Saxonio rtc,
Teut. reich, nobre, poderoso, rico. opulen-
to. E' o suffixo de um gíando numero de
nomes de chefes antigos gaulezes , v. g.
\rabiorix, Dumnorix.) opulento, que possue
superabundância de bens, de dinheiro ou
outros valores. Homem — . Casa — . — em
dinheiro, em terras, fazendas. — , abundan-
te. Mina — , que dá abundância de metal
ou mineraes. Rio — de peixe, ou de pesca-
dos. Pescaria — de pérolas. Terra — de fru-
cto* e gado» ; (íig.) a Hngua Gruga é mais
— que a Latina, mais copiosa era termos e
locuções. D discurso — de eloquência — ,
custoso, esplendido, precioso. Chapéu, ves-
tido— . — espada. — adereço, diadema.
RICOCHET ou RICOCHETE , S. W. (Fr.) V.
chapeie ta.
RicoFEiTio , s. m. (p. us.) imagem tosca
de gesso. «Mais íjarecem — « que verdadei-
ras imagens. » Vieira.
RicoHOMEM, s. m. Antigamente eram as-
sim denominados os senhores territoriaes ,
grandes do reino que prestavam vassallagem
aos reis e os serviam com gente de guerra
contra os Mouros e outros inimigos. Corres-
pondiam aos barons, leudes, richommes, da
antiga França O titulo exprime riqueza e
poder.
RiDEAU (geogr.) rio da America do Norte,
sae do lago liideau e cae noOttavvra
RsoEiíio, s. m. ou adj. (aot ) queri. jo-
vial, risonho.
RIDENTE, adj. dos 2 g. (Lat. ridens, tis,
p. a. de rideo, ere, rir.) risonho. Oltios ri-
dentes.
RIDES, s. m. (naut.) V. Jiizes.
RIDICULAMENTE, adv. (mcMíc suíf.) de mo-
do ridículo.
RiDicuLABiA , s. f. cousa ridicula, dito,
acção ridicula.
RiDicui.ARiSAR. V. Ridiculisar.
RiDicuLiSADO, A, p. p. de ridicuUsar; adj.
tornado em ridículo, e.ecarnecido.
RIDICUUSAR, V. a. [ridiculo, isar des. inf.)
(mod. e útil) escarnecer, fazer escarneo de
alguém, representar como ridiculo. —se,©.
r. fazer-se ridículo
ridículo. A, aij. (Lat. ridiculas, de ri'
deo, ere, rir.) que move o riso, extravagan-
te, próprio de bobo. Figura — . Gestos, di-
tos —s. — , de pouco valor» desprezível . Cou-
sa -. Mêtter em ou a rídixulo — , mofar,
RII
ftfô
449
ridiculisar. — , substantivado, na accepçào
de acção ridícula, é gallicumo moderno e
quo se deve evitar, t>. g. conheço os — s
deste sujeito
RiDicuLOSissiMO, K , adj . supcrl. de ridí-
culo, (p. us.)
RiDicuLOSO. (ant.) V. Rííiculo.
nioLEY, íhist ) ecclesiasticoan-^licano, nas-
ceu em 17k«2. morreu em r774 Foi dis-
tinclo pregador. Deixou í Vida do bispo Ri-
dley ; e o poema Psyché.
RIDO, A, p. p. do rir, anligaraent(3 usado
adjecti vãmente. « Seja — e desprezada, »
Ferreira, carlt 5, liv, 2. « Zombados o — s
os homens. » Barros. Gram.
RiDOi-Fi, (hist.) pintor* eesoripfor italiano,
nasceu em 160^, morreu em 166 í. E' au-
thor de muitos quadros estimados, o es-
creveu a Vida de Jacques Robusti, e a Vi-
da dfi Carlos Cagliari.
RiuOR, (ant.) V. fíisote, Mofador^ Zom-
bador.
RiEGO. (his). Itaphael dei Rieffo y Nunes,
auclor da revolução hispanhola de 1820,
nasciMi em 1785, nas Astúrias, combateu
em 180S contra os francezes e foi feito pri-
zioneiro, só recobrou a liberdade em 1814.
Foi um dos principaes autores da cons-
piração de Cádis, e quando Qairoga e os
seus companheiros foram presos levantou o
estandarte da insurreição, proclamou a cons-
tituição, livrou Queiroíía, precorreu a An-
daluzia, obrigou Fernando Vil a acceítar a
Constituição, e foi nomeado marechal de
campo e capitão general de Aragão. En-
carregado em 182.^ pelo partido constitu-
cional do coramando das tropas estaciona-
das era Málaga, não pode oppor-se á mar-
chi do exercito francez ., ia em soccorro
de Fernando, foi entregue e morto em
1823.
RiBivz[, OU RiKNZo (his). tribuuo de Ro-
ma, nasceu em 1310. Proclamou a 20 de
maio de 1347, uma constituição nova para
pôr termo á anarchia que aííligia Roma,
donde expulsou os barões, fez executar os
bandidos e recebeu os titulos de tribuno e
libertador de Roma. Uionzi foi morto em
uma revolta a 8 de outubro de 1-5-.
niKSENGEBiRGK. (geogr.) islo é montanha
dos Gigantes) cordilheira de víonlanhas da
Alemanha oriental, nas fronteiras da Bohe-
mia e da Silesia, continua ao NO. os mon-
tes Sudeles. e junla-se a O, com as mon-
tanhas de Lusace
RiKTi. geogr.) iícaíg, cidade dos Estados
ecrUsiasticos. capital de delegarão, sobre o
Vel no, a .T) léguas, ao .>E de Roma; y,3UJ
habitantes.
RíEUMES. (geogr.) cidade de França, a S
léguas SO. de Muret; 1,100 habitantes.
▼OL ; V .
Riiox (geogr.) Rivensis, cidade de Fran-
ça, sobre o Arize, a 6 léguas S. de Muret ;
1,91)0 habitantes.
RiEZ. (googr ) Reii, Albictei, cidade de
Franga, a 8 léguas SO. de Pigne ; 3,115
habitantes.
RIFA, s f. (do Fr. ant. rafer , hoje ra-
fler, rafÍQ. Ménige o derivado Lat. rapere,
arrebatar, ganhar co um só lance. Outros
o derivam do Aliem raffeii, rappen ou rau-
ben, arrebatar, que me parece deverem re-
ferir-se ao radical do termo latino.) no jogo,
é sequ(3ncia de cartas do mesmo naipe.
Rifa , jogo de dados em q ue leva o
premio ou a cousa rifad* quem lan-
ça ponto maior. Fazer Rifa de um re-
lógio.
RIFA, (C.isl.) (ant.) V. Rixa.
RIFA, (ant.) erro em vez de Ripa. V. Ri-
pa, ou Riab.
UIFAIJ-), A, p. p. de rifar; adj. posto em
rifa, jogado em sortes. Tinham — o reló-
gio
RiFADOR, (Cast.) V. Rixador, Rixoso. Ca~
vallo — , inquieto.
RIFÃO, s. rn. (Fr. re/'raÍH. Ménage o deri-
va do Lat. refcraneus ', Le Duchat oGébe-
lin, de frcBnnm, freio, porque marta pau-
sa, suspensão. Eu creio que o termo Cast.
refran, do qual rifão é derivada, vem do
Lat. referu, erre, referir, dizer respeito.)
provérbio, sentença, adagio. Andar em—,
ser objecto de mofa, andar n.i bocca de to-
dos. — , (fig ) composição poética breve e
má. í 1. Rifãos.
RiPÃoziNHO, s. m diminut. de rifão.
RIFAR, V. a. [rifa, ar des. inf.) pôr em
rifa : — o relógio, o cavallo. — , ganhar por
sorte lançada era rifa. — , «. n. (Cast.) bri-
gar, rixar.
RiFARU. V. Rixa, Rriga.
RIGA. (geogr). em eslhinio Riolin, cida-
de da Rússia Europea, antigamente capi-
tal do ducado de Livonia, e hoje do go-
verno de Riga, a 150 léguas SO. de 5». 1'eteps-
burg); 45,000 habitantes.
RIGA, ou Livo?<iA (googr ) V. Livouia.
RJGA. (golpho de) ou de Livonia (geogr.)
golpho do mar Báltico; na costa Occiden-
tal da Rússia europea, aoSO. do golpho de
Finlândia.
RICAÇO, s m (do Lat. rigo, are, regar.)
(ant.) regadio. Pão de — , de terras de re-
gadio.
RiGAUD. (hist.) celebre pintor frarcez ,
nasceu em 1659, morreu em 1 /43. Era
eminente em retratos ; e compoz mais de
200.
RiGAULT. (hist,) philologo francez, nasceu
j em 15/7, morreu em 1651. Deixou edi-
ções annotadas de Phedro, Marcial, Jute-
113
w
RW
RW
nal, Teatuliano, Minucio Felix^ e de S.
Cypriano.
RiGEiRA. V. Rageira
RiGEZÁ. V. Rijeza.
RIGIDEZ ou BiGinE?A , s f (Lfll. rigidu
tas.) a qualidade de ser rígido.
rígido, a, adj. (Lat. rigidus, frio, teso,
rígido j muito duro, v. g o — páu, ferro,
diamante. — , severo, austero, rigoroso. Mo-
ral — . Censura — .
RiGissiMO. V. Rijíssimo.
RiGO, (ant.) V. iiijo.
RíGOR, s. m. (Lat. rigor, de rtgeo, ere,
regelar, entesar.) fortal*^za, força, v. g. o
— do braço rijo, forte No —do inverno. O
— do sol. — , severidíide dura, áspera. Cas-
tigar com — . O — da lí.oral, da antiga dis-
cijlina, da Ipí. Em — , rigorosamente, em
sentido restricto, rigoroso. O — do texto, das
palavras, do sentido. — mathematiro, a mai<ir
exactidão — , (mor! ) ?fn?âo { retis-nalural
dos músculos e tendões, ou. como .se diz
vulgarmente, dos nervos.
RIGOR, s. m, floco de seda delgado.
RiGOBD. (his ) em Latim Rigordns, Ri-
gohus, religioso de S. Diniz, em rr.jnça,
morrpu em !207. Deixou uma Historia de
Philippe Augusto.
RiGoitiDADE, s f. V, Rigor.
RIGORISMO, s. /". (do Fr. ri</oriím«.) gran-
de severidade.
RIGOROSAMENTE, oflít. (mr/tíe suíT ) em H-
gor, com rigor; estrictanieiUe, v. g. casti-
gar—, — fallando.
RIGOROSIDADE, s f Y IHgor.
RGOBOsissiMAMENTE, adc. supevl de ri-
gorosamente
RIGOROSÍSSIMO, A, adj .superl. de rigo-
roso.
RIGOROSO, A, adj (des. oío ) que usa de
rigor. f. g. mestre — . —, severo, que en-
cerra rigor. Castigo, pena — . — , exacto,
estricto. O sentido — das palavras de texto.
Exame — .
rigueifa. V. Regueifa
rigueira, s. f (do Lítt riyo, are. 1 aber-
tura na terra por onde se escoam as aguas
da chuva. — de pão. V Regueifa.
RIGUEIRO, 5. 771. V H-iJittiro.
RiGUEiTA V. Regueifa
RiiGO, (ant) bluleau vtrle apressado. « E
assy como viera roas m-nas — , assy separ-
tio — . » Chron. do Condestavel.
RIJAMENTE, ttdv. [meiíle sníT.)com força.
KijEZA, s. f. [rijo, dvS ezfl.) estado rijo,
dureza, tenacidade.
RIJÍSSIMO, A, adj siiperl de rijo.
BUO, A, adj. (Lat. rigidus."] duro forte,
rf>busto teso, V. g. pão — , madt ira — .
Vento — , forte. Vos — forte. Saúde — ,
Yigorosa Homerrf, — , robusto , (%.) rispir
do, áspero de coqdição — , adv. pprelH-
pse. Fallar, ventar — , com força, violên-
cia. De — , em voz alta. Pelejar, (Jar em al-
guém — .
RiL, s. m (ant ) V. Rim.
RiL , s. f. (do Ingl. reel.) dansa esco-
ceza.
RIL. (geogr.) cidade do Darfour, de que
foi algum tempo a capital a 28 léguas Si),
de Cf^.lbé
RILHADO, A, p. p. de rilhar ; adj, roidp,
comido roendo.
RiLHAuoR, s. m. o quB rilha.
RILHADURA , S. f. {ÚQS. UVa.) O aCtO 4«l
rilhar.
RILHAR, V. «. [relha, ar des. inC) comer
roendo e puxando com os dentes, como se
faz quando a carne é muito dura ; (6g.)
mascar, murmurar de alguém.
RiLHEiRA, s. f. (ouriv.) peça em que se
v.isa a prata fundida para se fazer em cha-
pas.
BiLHEiRO, s m. [rio, e lat. lira, rego.)
redomoinho de agua. — , (t. provincial) mo-
lho de trigo ceifado e atado pelo meio.
RiLLE. (gf^ogp ] rio de França sae da la-
goa de S. Wandrile, corre ao INE. , regí\
Aigle, desapparece no Sena, acima de Quil-
lebíBuf.
Ria, s. m (do Lat. rtn rfjiiç. prova vel-
njente do Gr. rheô. correr liquido, por se-
rem os rins os órgãos secretores da ourina.)
(anat.) órgão secretor da ourina. Os rins.
RIM, (ant ) em vez de riem, terceira pes-
soa do pi. do presente indic de rir.
BiMA , í. f. (alteração de rbylhmo, Fr.
rime, ilal. e Çast. rima.) o consoante em
que terminam os versos fortaguezf^s e de
outras línguas. Oitava—, estancias de oito
versos rimados, —encadeada, é a que con-
diz era consoante no meio do verso seguin-
te : é hoje desusada. — , versos. Em prosa
e — . — s, versos, obras poéticas.
RIMA, s. f. (Lat, rima ) fenda, fisga, gre-
ta.—. (cirufg ) fractura; fenda no anus.
RIMA, s. f. (V. Arrimar ) montão, barda,
pilha, V. g. -de madeira, de corpus mor-
tos.
RIMADO, K, p. p. de rimado; ac(;'. me-
trificado em rimas. Versos —s.
RiMADOR , s, m. autor de rimas; m^vi
poeta .
I RiM.\NCK, (ant.) V. Romnnce,
BiMAR, V a. [rima, verso, ar des. inf,)
I escrever em rima, fazer corresponder os cou-
soanlps. — nabos com bugalhos, (loc. joco-
sa) dizer despropósitos, — , corresponder nos
consoantes. Este verso rima cora o prece-
dente. — , (íig.) convir, concordar, condi-
zer.
RiUBOHSO. y RebombQ.
RiMiHi. (geog.) Ariminun^, cidade iDpr,a-
da dos Estados Eííh^siaslicos, perlo da etubo-
cadiira do Marechia, a t i l»*guas SE. de
tp^li ; 17,ol/0 habilaoles.
RiMiR. V. Remir.
piuNus, OU RiBNíK. (geogr.) cidade da
Valgchia, sobre o Rimnick a .iá léguas NE.
de Houkharesl
)?Hioso, A, adj. (Lat rimosus.) gretado,
chejo á& rimas, rachas, fendas.
RilULA , s. f. (Lat. dim. de rima.] (ci-
rurg) fenda.
BiNALDi. (geogr ) superior da congrega-
ção do Oratório, francez. nasceu em 15!)5
m. em 1671 ; continuou os Ánnaes eccle-
siasticos de Baiono.
RiNQÃo , s. m. (Cast, ri^^con.) pantp oc-
Qu}to, escondido. E* ant.
piN.ciupAS, s. f. V. Gqrgulhadc^ d^riw.
RiNcnÃo, s. m (bot.) herva rpedipinaj, em
Lai, erysimum.
piNCH.vo, pNA, adj. (dô rinchar.) que rin-
cha. Cavallo. Homem — , grande gamora-
dor não attendido.
RINCHAR , V. a. ou 11. (v.z imitativa) o
som que faz o cavallo quando vê éguas, ou
fig. alvoroçar-se o homem com a vista de
mulher,
RiNCUAVKLHADA, s. f. (chulo) risada des-
temperada.
RINCHO, s. m. a voz do cavallo.
«iNDEiao. V. Rendeiro.
RiNGíR. V, Ranger.
RiMíjjKOEpiNG (geogr.) cidade de Dina-
marca, capital de bailiado, a 20 léguas.
SU- de Vijjorg ; 800 habitantes.
RINGWOOD. (geogr.) Regnum, cidade de
Inglaterra, a lO léguas bÒ, de Winchester;
4,00) habitantes.
RiNHÃo, s. m. (do Cast. rinon.) rim. «O
b«i & leilão em Janeiro criam — . »
RiiNHiR. V. Renhir
RiNi, ou RUNN. (geogr.) gr.inde lagoasal-
gada do Uindostão, ao NE. eslende-se ao
comprimento do mar, entre as províncias
de Kalcb, de Sindhy, de Guzz'^rate e d'A.d-
jiu^ir, perto <las embocaduras do Siqdh.
RiNOCEROTE. V. Rhinoceronte.
RINS, *. m. pi. (\e rim.
RiNTEi.N. (síeogr.) cidade murada do elei-
torado d*liessft, sobre oWeser a 2j léguas
NQ de Caseei ; 2,700 habitantes.
RiisucciNi (bis), poeta italiano, morreu em
FlprençA em 11)21. feixou dramas iyricos,
entre outros; Dapné, Earydíce, Ariana em
N CISCOS.
Río, s. m. (Lat rivus, do Gr. rAcd, cor-
rer.) volume de agua considerável quecor-
rç por entre margens, v. g o — Tejo, II he-
iio Mississipi; (tig ) Jíraude copia de liqui-
do (Jiu de cousãg soltas, v. j/.—s de lagri-
mo
m
mas, de sanguQ, de trigo, cerada, cenlsio,
de dinheiro; — s de /eloquenpia, de doutri-
na ; de mercôs, d« graças.
iMoraes diz que rio se pronuncia ri-io, e
qijer que escrevamos rpyo. E' um erro ; o
i sôa forto e longo como em estio, tio, /5o,
etc.
RIO MAIOR, (geogr.) villa do fortuernl, uo
districto rle Santarém, donde dj-ta 2 léguas
para O. junto do rio do mesmo nome que des-
agua na direita doTejo, quasi em frente de
Salvaterra, com 10 léguas decgrso; 3,^00
habitanUs.
Rip DE MOINHOS, (geogr.) ha p^^tode uma
dúzia de povoações deste nome, em Portijr
g«l, pujas principaes são . 1.^ no concelho
d';^rcos de Val-cJe-Vez, ÓOO babilapte? ; 2.'
no de Penafiel, 1,020; 3.^ no de Abrantes,
5,275; 4.* villa a 3 legija? de Vizeu 850
habitantes..
Rio TINTO, (geogr.) riacho de Portugal quo
desagua no Douro, 1 légua u E. do Porto.
Rio-DA- PRATA, fgeogr.) povoação da prQ.n
viacia de MinasrOeraes no Brajil no con-
fluente dos rios da Trata e Escurso, l2 Iq-?
guas ao sul da cidade de Paracalú.
R'0-i)E- CONTAS, (geogr ) villa de grande
trato do sertão da província da Bahia no
Brazil.
R'0-DE-jvNEiRO, (geogr.) Bella e impor-
tante província do Hrazil, pela sua popu-
lação actual, commercio, industria e siiios
aprazivHÍSj e por vezes pitorescos e ma ges-
tosos. E a principal província do ImperÍQ
do Brazil de que é Capital a cidade do
mesmo nome, esta província conta 170,000
habitantes.
Rio-GR.\NDE, (geogr.) cidade mercantil da
província deSào-Pedro-do-Ilio-Grande, que
foi largo tempo capital da capitania dMr
Rei.
RÍO-GRANDE-DO-NORTB, (gPOgr.) proviucía
septentríonal do Brazil, cujo nome é deri-
vado do rio Potengi, a que os primeiros
exploradores que se estabeleceram em suas
margens chamaram imporpriauaente I\io-
Grande 5U.O0O habitantes.
Bio-PARDO, (geogr ) villi considerável d»
província de Sào-i'edro-do lUo-Grande, no
Brazil na margem direita do río de s 'u no-
me, perto de seu confluente çom o Jacu-
hi, e 20 léguas ao poente da çidad^ de
l*orto Alegre.
Rio-REAL, (geogr.) nova villa da provín-
cia de Sergipe, na cabeceira do rio Ueai
no Brazil.
Rio-vERDE, (geogr.) aldeia da proviocia
de Mato-Grosso, no Brazil na comarca de
Cuiabá, nas cabeceiras do rio Verde.
RioHAMBA. (geogr.) cidade da America do
Sul, capital da província de Qj^ímbordco a
ii3 .
^i
RIP
1»Q
47 léguas S. de Quito ; 16,000 habitantes.
Río COLORADO, (geogr.) nome commum a
tres rios da America; 1.* u Rio colorado
do México, que se perde no Mar Vermelho;
2.° o Rio colorado de Texas, corre do N.
ao S. c cae no golpho do México ; 3.*^ o
Rio colorado de Buenos -Ayres, nasce nos
Andes, nos limites do Chili ; corre do NO.
ao SO. e lanç?i-se no Mceano Atlântico.
Rio-DE-LA.-nACH\. (geogr.) chamado tam-
bém Nucstra-Senora-d$los-Remedios, cida-
de da Republica da Nova Granada, capital
de proviricia, na embocadura doRio-de-la-
Xacha, a H4 léguas NO de Santa Martha;
100 cazas.
RIO GRANDE (geogr.) chamado também
Rio dos Nalons, rio da Negricia, nasce no
Fontadialo. e lança-se no Oceano atlânti-
co ao S. de Geba.
RIO-GRANDE, OU HONDO. (gCOgr.) rÍO do
México, nasce nas fronteiras do Guatimala,
corre ao NE e lança-se na bahia d'Hano-
ver.
Rio-NEGRO. (geogr.) cidade da Nova Gra-
nada, a 18 léguas SE. de Santa Fá deAn-
tiochia; 15,500 habitantes
RiOJA, (geogr.) cidade da America doS.
na confederação do llio da Prata, capital
do Estado de Rioja, sobre o Angualasta,
perto das Andes 3,000 habitan'es.
RIOJA, (georgr ) paiz d'Hispanha, com-
preendendo a maior parte da província de
Logrono o NE. da de Syria ; conta mais
.le 200,000 habitantes.
RiOLAN, (hist.) medico, n. em Amiens em
1539, morreu em ItJOu. A sua doutrina so-
bre as febres anda no Tractatus de Febri-
bus.
RioN, (geogr.) Ricomagus ou Ricomum,
cidade de França, a 4 léguas N. de Cler-
mont Ferrand; 11,475 habitantes.
BiON-LES-MONTAGNES, (geogr.) cidado de
França, a 6 léguas NE. de Mauriac; 2063
habitantes
RiOMEBO, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a légua e meia ao S. de Melfi; 10,000
habitantes.
RioNi (geogr.) Rheon e Phase dos anti-
gos, rio da Rússia sub-caucasiana, nasce
em Imerethia, corre ao S. e aO.,ecáe no
mar i^^egro em Poti.
RIOS, (geogr.) povoação de Portugal, no
concelho de Monção, t^OOO habitantes.
Rioz, (geogr. 1 cidade de França, a 6 lé-
guas ao S. de Vesoul ; 1,023 habitantes.
RIOZINHO, s. m. diminut. de rio, peque-
no rio.
RIPA, s. f. (do Gr. ripai, escoras.) fas-
quia de taboas, paus fendidos que postos so-
bre barrotes formara grade.
RIPA. V. Riha^ Ribanceira,
RiPAL, adj. dos 2 g. [ripa, des. adj. ai,]
Pregos ripaes^ com que se pregam as ripas
aos barrotes.
RiPANÇADO , A , p. p. de ripauçar ; adj.
preparado com ripanço (linho).
RiPANÇAR , V. a. [ripanço, ar des. inf.)
preparar o linho com o ripanço, separar a
baganha.
RIPANÇO, s. m. (do Fr. responder.) livro
que contém os officios da semana santa
RIPANÇO , s. m. (de ripar.) instrumento
dentado com que o jardineiro raspa a terra
e ajunta as pedras ; instrumento de páu com
que se separa a baganha do linho. — , (de
repouso.) camilha de dormir a sesta, espre-
guiceiro.
RIPAR, V. a. (do Lat. rapio ou arripio,
ere , puxar, arrancar.) tirar a baganha ao
linho com o ripanço; ajuntaras pedras com
o ripanço. Ervilhas de — , cozidas com as
vagens, que se comem puxando pelo pedún-
culo. — , (chulo) agadanhar, roubar. — , (de
ripa, taboa.) gradar com ripas os caibros do
telhado.
RiPAULT,(hist.) antiquário e philologo fran-
cez, nasceu em 1775, morreu em t8?3.Foi
um dos redactores aa Gazeta de França no
tempo da revolução. Deixou uma Historia
de Marco Aurélio, e uma Descripção dos
principaes monumentos do Egypto.
RipERT-MONCLAR, (hist ) magistrado fran-
cez, nasceu em i711, morreu em 1773. Dei-
xou diversos Opúsculos e Memorias.
RiPHEOs ou RHiPEOS (moutauhas), fgeogr.)
chamadas também Hyperboreas, cordilheira
de montanhas, que os Gregos collocam va-
gamente nas paragens septentrionaes.
RipiA ou REPiA. V. Arrepia.
RipiADO , adj. m. que tem ripios. Ver-
sos — s.
RipiNiiA, s. /. diminut. de ripa, fasquia.
Ripio, s. m. pedrinha de encher os vãos
que na parede deixam as pedras maiores ;
(úg.) cunha, palavra que entra no verso só
para OEcher a medida.
RiPON, (geogr) Rhidogonum, cidade de
Inglaterra, a 8 léguas ao NO. de Torck ;
5,735 habitantes.
RipRiCAR, (anl.) V. Repicar.
RipUARio, A, adj. (do Fr. Ripuaires, tri-
bu dos antigos Francos que habitavam as
ribas ou margens do Rheno.) Lei — ou «a-
lica, instituída pelos Francos lipuarios.
RIQUEZA, s. f (de rico, des. eza ) abun-
dância dos bens da fortuna. — ,(ant.) valor
intrinseco da moeda. A — da nação, a tota-
lidade do que ella possue e produz.
Syn. comp. Riqueza, opulência. Riqut-
za é n superabundância debens da fortuna
ede cousas preciosas. 0//w/«ficia é a grande
rúiueza acompanhada de ostentação, e tal-
HI9
HIS
m
TeK de poder o inílaencia. A riqueza consis-
te na posse ; a opulência no gozo apparalo-
so dos bens da fortuna. O avarento que en-
tesoura e não gasta é rico, mas não opulen-
to ; o fidnlgo, o lavrador abastado, qu« não
entesoura, e gasta com ostentação suas ren-
das, é opulento, sem deixar de ser fico. Po-
de-se ser rico sem ser opulento, mas não
opulento^ sem ser rico ; por isso se diz rico
e opolento, e não opulento e rico.
RiQuiER (S] , (hist ) abl>ade de Centule,
no Ponthieu, morreu em 645. E' fost*»jado
a 26 de Abril e a W de Outubro.
RiQuiOTA. V. Uécova.
RiQUissiMAMBNTK , adv. supcrl. do rica •
mente.
riquíssimo, a, adj. superl. de rico, mui-
to rico, mui custoso, v. y. homem — .Des-
pojos — . Adereço, vestido — .
RIR , t). o. ou n. (Lat. rideo, ere O ra-
dical é imitativo do som que faz quem ri.)
movimento dos órgãos da voz cnm que ex-
primimos grande alegria, prazer do acto ou
dito faceto, ou por escarneo ; (fig ) mostrar
aspecto risonho, v. g, o céu ri. Demócri-
to de tudo ria. —se, v. r. rir; escarnecer,
mofar, v. g. — de todos ; (fig.) mostrar ap-
parencia alegre. Iti-se a Aurora ; o prado.
A clara noite se lhe ri — ou — se ás pa-
redes, (loc. famil.) o rir dos tolos, rir-se co-
mo os parvos.
RIR, V. a. ant. e hoje só usado na poéti-
ca, escarnecer rindo-se, v. g. — os males
alheios. « Rimos o alheio prazer. » Sá Mi-
randa.
RIS, (geogr ) vilia de França a 6 léguas
e meia ao WO. de llorbeil, sobre o Se-
na.
risa. V. Risada.
RISADA, s. f. [riso, des. s. ada.) riso sol-
to. Dar — .?.
RISA50, (geogr.) cidade da Áustria, sobre
o Adriático, a 5 léguas ao NO. deCattaro;
3,1^0 habitantes.
RisBECK, (hist.) escriplor allemào, nasceu
em HoBchst em l7òO, morreu em Í78d. Dei-
xou os volumes 2 o 3 das Cartas sobre os
frades, uma Viagem em Allemanha , uma
Historia de Allemanha.
RI8B0RD0, s. m. (do Fr ant. rés, nirel-
ou de ré, a popa e bordo.) (naut.) porti-
nhola ao lum^ de agua, para introduzir mas-
tro ou volumes semelhantes.
RISCA, *. f. traço, rasgo de penna, ou fei-
to com ponteiro ou buril, linha traçada, v.
g. em papel, lamina do metal, páu, pedra.
As — s da palma da mão, as linhas que se
notam na pelle. Pano de — s, listrado, ris-
cado. A' — , adv. cora escrupulosa exacti-
dão. Observar, cumprir á — a lei, as ordens,
a promessa. Pagar á — . — ,nojogodabo-
TOí.. IT.
Ia e da laranjinha, raia, meta; signalpara
marcar os pon'os.
luscADA, s. f. [risca, des. ada, que de-
nota prolongação.) risca para borrar a es-
criptura.
RISCADO, A, p. p. de riscar ; adj. em que
se traçam riscas ou riscos. Panos ou chitas
— *. — s, tícidos com listras ao longo de côr
diíTerente do fundo.
nisCADOR, A, adj. que risca, traça riscas
ou riscos.
RiscADURA, s. f. (des. ura.) acção de ris-
car; riscos para borrar a escriptura.
RISCAMBNTO, s. w. V. Riscadura.
RISCAR, V. a. (do Gr. arassô, romper, cor-
tar.) traçar riscas, borrar com riscas a es-
criptura. — com penna, ponteiro, buril. — ,
debuxar, traçar o pintor ou o architecto
o risco. — o estoffo, tecê-lo com raios ou lis-
tras de côr differente do fundo. — dos livros
de El-Rei e do seu serviço, demitti-lo, ris-
car o nome do sujeito — os pontos nojO'
go, marca-los com riscos. — por cima, (fig.)
avantajar-se.
RiscLE, (geogr.) cidade de França, a 11
léguas ao iNO. de Miranda ; 1,600 habitan-
tes.
RISCO, s. m. (mesma origem que mear.)
risca traço feito com penna, ponteiro, bu-
ril ; debuxo, planta de edifício, delineação
sobre pano, — , raia, meta. Pôr ou lançar
o — mai-! alto que outrem, avantajar-se-ihe.
RISCO , s. m. (Cast. riesgo, Fr. risque,
ítal. rischio, que creio derivados do Lat. res-
cindo, ere, issus, cortar, romper, abrir pas-
sagem.) lance perigoso. Correr — , expôr-se
a perigo. Em — da cicia, expondo-se a per-
de-la. Dar dinheiro a — , (phraz. mercan-
til) correndo o risco de o perder pelo máu
successo da expedição marítima. Segurar o
— do mar, do ioimigo. — , (ant.) penhasco,
mui alto e alcantilado.
Riscoso. V. Arriscado.
RSiBiLiDADE, s m. [áes . idade .) qualiddi-
de risivel.
RISINHO, s. m. diminuí de riso. — de
escarneo, sorriso mofador.
risível, adj. dos 2 g' [Lat. resibilis.) que
excita o riso, move a riso. Ditos, gestos ri-
siveis. — , que gosa da faculdade de rir. O
homem é animal — .
RISO, s. m. (Lat. risus.) acto de rir; es-
carneo, mofa. Cousa de — , risivel, ridícu-
la. Mover — ou o riso, excita-lo. Dar — ,
causa-lo Fazer — de alguma cousa, met-
t(í-l:i em derisão. Trazer em — e jogo fa-
zer zombaria, mofa. Ferreira, í<onet. Ser
— a alguém, objecto de irrisão. — , (fig.)
apparencia risonha.—*, zombaria.
RISONHAMENTE, adv. [mentc sufiT.) com ar
risonho.
114
m
RIV
RÍZ
RISONHO, A, adj. que exprime riso ; da-
do a rir, que ri facilmente ; que causa riso.
Semblante, aspecto — . — , alegre, favora-
fel, V- g. a —primavera, aurori Apodos
risonhos.
RisoPííÀéos, # tn. pi. [do Gr, oryza, ar-
roz, e fhagô, comer) povos da Elhiopia que
tívem princiipslmeiíté de arroz.
RISOTA, s. f. riso mofddor.
RisoTÉ, s. dostg. pessoa que ri pores-
carneo, zombando de alguém Dar objecto
aofs — *.
RispiDAiiEíítií, adt. [mtntt stjff.) Com ris-
pidez.
RispiDEí!, 5. f. (des. ei] qualidade ríspi-
da.
Ríáptfyo, A, àdj. (do Lat. hispidus, espi-
rífeóstt, áspero, erc inlensitivo) áspero Ue-
ftio, humor — . Versos, sj-llabas — s. Ferro
^f^, agro, quebradiço, pedrex.
RiSso, s. m. panno, velludo de seda ou
H.
iiistÉ oti RíSTRE, s m. (V. Reste) peça
de ft^rro em que o cavalleiro embebe o con-
to da lança encostada ao peito direito, qaaii •
do a leva horizontalmente para ir encontrar
o adversário.
Alto, i. m. (í.at. ntu.<() ceremonia reli-
giosa. O antigo — , a lei velha. Fazer al-
guém do seu — , converter a sua religião.
Á Congregação dos — s, tribunal em Roma
3tíe decide todas as questões deèeremonial,
é {)récedeneias e de cânonisações.
Syn. comp Riío, ceremonia. O rito éa
feiíoião de todaâ as ceremonias d*um coito
religioso, não precisamente postas em pra-
tica, senão corripilaífas por escrito para sua
èxeiiução, é autorizadas pelo Summo Pon-
tífice, ou patriarcha d'algum3 seita ; por isso
Se diz o rito g''ef?o, etc. As ceremonias são
o modo porque este rito se executa Rito
exprime mai* que ceremonia. O ritual ro-
mano, entre nós, prescreve as ceremonias
t&Oi qtie se deverfí celfíbrar tH fvííífiíos dl-
vinoi; ; a manoira dft exefíjta-los são *»? cf-
Hrhoniái.
RiTTER., (hist j phy-iòo a feãião, naséo:j em
I77C), mofreu cm \ê\t Deixou: PMrade
õiiíí a ã&ção da vida ê sPMttre ac<>n\.páfíHá-
da do golvanrstho ; Cúfitrihui^do pãtà o
conherÃmento maii particular do gahãnii'-
mó.
RITUAL adj. dosíg. (Lat. Htualis) que
ensín/t, cofrtêiti OíS HíOS, relativo, concernen-
Tê *ritrys
RíttÍAt. .«. rft. (Lflrt. Uluaff^ Vivto que tra-
íra dos ritos, doceremonial religioso.
RiTfL»LMÉNf R, adv. {méute sufT.) conforme
ao rito, áo í-f remonial religioso.
íMVA. V. Riba, Praia, Margérh.
RIVAL, adj. dos i g. (Fr. rivaL á6 Lrtt
rivalis, propriamente que h«bita as margens
de um rio, e participa das suas aguas, o
que estabelece direito igual, competição aó
uso d'ellas) competidor. Potencias rivais.
RiVAL, s. dos 2 g. competidor, concur-^
rente, v. g. — cm amor, no poder, naspré-
tenções
RiVAíJDAôtí, i. f. (Lai. rivdlitas, tii) ò
SeT rival, competência acompanhada com vio-
lência.
KiVALiSAR, t>. n. (Fr. Hvalisér] ser rival,
entrar em compéteriôí* (iom alguemí. par^
obter a posse de um objecto cubicado.
RiVALis.\R, V. a (p. \ii.) meter em riva-
lidade, excitar a rivalidade, t.g. — os bons
engenhos ; — as nações
RivAROL, (hist.) escriptor frartcez, nasceu
em 1753, morreu em 1^)1. Foi um dos priti-
cipaes autores dos Actos do$ Apóstolos, btít-
xou : Discurso sobr« a universalidade da
língua franceza , Vida politica do senkot
de Lafayette.
RivAROLA (g^^ogr.) cidade dos Est.-íd )s Sar-
dos, a 4 léguas ao NO de Chivasáo; 5,20í)
habitantes.
RiVE, (hisl.) bibliOgrapho francez, ni5Sceu
em 1730, morreu em 1792. Deixou muitaâ
obras, entre ellas; Esclarecimentos sobre ai
cartas de jogar.
riVe-D!í-6íêr , (geogr.) cidade de Fr.Ti-
ça, sobre oGier, a 5 léguas ao NE de San-
to Kstevão ; 9,560 h.lbiíantf«s
ftivES. (geogr.) cidade dé França, a . lé-
guas ao NO. d*? Grenóble ; 2,220 habitan
tes.
RirtSALTES, (geogr.) cilade de França,
sobre o Ag!y, a t léguas e um quarto N.
de Perpignan ; 3,400 habitantes
RiviNO, (hist.; o seu verdadeiro nome era
Bachmann, medico e botânico allemão, nas-
ce^i en H35^, morreu em 17 .3. Foi o pri-
meiro que na sui Introdartio ai rem her-
bariam, iniroduiiti íiníà classiticáção das
plantas fundadriá s^sbre a c^^^t^ié.
RlVí1(.r, (g?»0^í ) Wp»hi, ftí4a i^ do^ Es-
íídus Sar'loí. a"'5 l»'guis Ò ^U Tíirrm ; &,1W)
hMiftafíUíS.
Ktxtii.í, ígfíogr) cida<lVí dW reino Loffibaf^
do V<'ne'sia!to, perlo dfí Adig^, # 5 Feçííá^
e mh ?t. O^ de Ver mi.
RIXA, 6*. f (i af. tiJíA. de tii&rè, derrv. do
Gr. rhfíxis, disputa, contenla, de arnssâ,
romper, ferir) briga, disi^ordla, òontenda.
RfXADOR ou RIXOSO. A, fídj . (Dat. tiiiíúlius)
dado a rixas, a brigíís.
KiXHKtM ou RR vi."<r, (geogr.) viliadeFraíi-
çá, ai léguas K. de ^liilhou^í ; f,!í5() ha-
bita nfís.
ft!i«if, fgên^ry cida-de da Turquia asi.f-
tica, sôBfe o ma? i^e^rof, á 10 le^^uá-S *0. de
Trebiionda ; 2,500 babitatates.
iM^
ftOfi
ISt
RiZKS, «. m. p/. (Fr. rú) (naut.) as tran-
ças que se enfiam nos ilhós dos dois ifirços
das víílas do navio, por onde, quando o ven-
to é muito forte, $e encolhem. Wetter a v»ia
nos rize^ ou ridês.
Rizzio, ou Riccio. (David) (hist.) sucip-
ííitiKj o favoril) de Matia Sluarl, era muilô
fèlo fi curou vado, pofem pelo seu espirito
soube agradar á s()l)»'rana. Henrique Harn-
lej, segundo nj«rido da rainli.!, concbuu
ciúmes delle e feí-o assassinar no próprio
quarto de Maria Sluart, que eslava gra-
vida.
REjev — BOLODiMEROv . ( gcogr. ) Cidade
da liussia furopua, a 28 léguas S. O. de
Tver; 9,0000 habitantes.
AoANNK, ígeogr.) Hudumna, cidade de
F^arlça, « :• 1 léguas ^. do Mjótbrison so-
bre o loire : 9,í/10 hshitantts.
ROANOKE, (gengr.) rio dus Estãdus-Uni-
dos, naèco na Virgínia, perto de Chri&lians-
hurgo, corre a E. S. E., entra na Carolina
do .^orle, e lança-se nogolpho Albemarle.
roataU (geogr.) ilha da bahia d'Hoíidu-
ras. para o lado de Guatimfila.
AOAZ. adj. dos^ g. (de roer, des. az) que
roe, devora, voraz, (.obo — . Moraes verte
í^^ub^z, arrebatador do q^ie pode torrar ;
tfias o sentido próprio é tirado da acção 'íe
rt)írr, devjta', dyquovem a accepção íigu-
rada, murmurador, maldizente. Lingua—,
mordaz.
roaZ, 5 m. nome de uni pAxe dó qn^ se
faz menção no Foral de Setúbal
roballo, s. tá. peixe chamado lupíi$ ovt)
Latim.
ROB.^Z, adj. dos "• g (de roiíbâr] (ant.)
roubador, que arrebata, rapace. Lobos ro-
btízes, Sá ^ir.
kddi;e dr BSAufKSET, (hlst ) poeta fran-
cês, nasíeu em 1711, morreu em 'i7íH. A
sna II elhor oLra éum poenYa er:i 6 cwnlns
intitulado as Victimeis do despoiUmo papal.
Robe, (ánt.T V Atiohe. e Doce.
ROBERTO, (hist ) appeilida ioo Forte, tron-
co dos Ca petos, era, segundo uns, Saxo-
nio de origem, segundo ontros, oriundo fie
Childebrand, irmão de Carlos M a rtcíl. Círios
o Calvo, investiu o no condado de l'ariz ^ rn
861, na Marcha Angevina ou condado lU^
Adjou em 864. Mosirou-se intrépido inind-
go U )S Normandos, mas a íinal foi victima
delles em 866.
RcBKRto I, (hist.) rei de França , 2.° fi-
lho de Roberto-o-Forte. e irmão d^Eudts,
foi eleito rei eirt ^o ssons tm t)-2, era op
posição a Carl(.s-o- Simples, foi morto tta ba-
talha de í^oissons era yi3.
ROBERto n, (hist.) o l'iedoso, rei de Fran-
ça, de b96 n W^i, lilbtí <fè Hugo Capelo,
foi associado por sfu i;ai á coroa etj988,
L
foi excommungado em 998 pelo papa por
ter casado forn R<rl'iade fJorgo iha, .>;u"' pa-
renta ; substituiu .1 por * onstança de Ar-
1«'S, que o to-ri "(1 muito desgraçado; seus
filhos du is vrtZ(S se revoltaram contra elle
por in5tigaçõ»«s de sua esposa, nà > poude
obtar ás p^^rtençôes di iraperailor tAmrado
111 sobre o reino de Borgonha ou de Ar-
ftoBERTO, (bf i ; -f V>;lho, «íilqtíe de f?or-
gonhá.- K° filii * ie R.tbHMo li, r.-ide Fran-
ça, tentou 'l^nUí^ supplantár seu irmío
ílertrique, qir; rt.TÍa SíiiCcédtT^r no Iron.). foi
investido por esie meSmo ir/nào no ducfi-
do de Bori^onha hhi f t) )2, e rtiorreii etn 1075
depois de u u reui.ido manchado por mui-
tas violências.
ROBERTO B'ARTT>f<;, (hist ) O VahnU, tr^
raãa de S. Luiz, srguiu este prinríipe ao
Lgy[)to, oiirU-, <if,i], contra as orlens do rcí,
a batalha de MauiOnrah ; g-mhou a victo-
riá, míts morreu perseguindo Os fugitivos.
Seu filho, Roberto 11 d'Arto!s, seguiu ^.
Luiz na segunda cruztda foi d-^poi^ornsoc-
corro íie Orlos de .Anjou, rei de Napo!(»se
derrotou os Aragoru-z^s; foi morl() na ba-
talha de O-HiHenn^em t;í;?2. llobnrti»d'Ar-
tois, neto do i^rí>iced.^^fe foi despojado do
condííHo d'Artois por sua tia ^í ^h.iut, pediu
o auxilio do rei deí^rahç.i. Pbiiippe de V»»-
lois, para « recuperar, oD-ino este lho uíí-
gassc, re{f-5rtti se Jr Inglaterra, escons'!h)u
tduardo il! para que (izesse ^irferra a í^i-
lípp'Ô e ú qnA tOth?5s-e o (hirlo dh trí d«
França. Morreu era l'>'f2.
RóSíTrtto I, (rri^t ) O Mií(fiíi^rò\i<\^D}ii-
bo, dnqiie de Nu;- nàri /ia, à * (ifho du d.i;-
qrn^ fticardo II, substituiu em tOÍ8 seii ir-
mão Ricario 111; ri^p/i hiu múHas revoltas
nos ènus estados. Qi/eí-endo, tspíar as fâí-
tas dl ^ua miícidadè, Vá t'rnj")erft.;^i'fnaçào'^
Jerus.iiofo, e morreu em ."Siceá en 1()Ío,
quan io j4 volta^va para os seu> » sta tos.
ROBERTO n. (hist ) o Pèrtia-CUrta. Còiir-
te-llcast', diiquí da !Norriiandia, de íWííí
ílíVí, filho primugeiiilo do .«uilherme o
Conquistador, tinha-èe revolta lo corrtra seú
pai para o obrig r A cedér-lhe a Norman-
dia. Disputou a coroa de Inglaterra a seu ir-
mão , (luilherm^ô Vermelho ; empenhou
o seu ducado para obter meíos de ir á l.'
cruzada, cobriu-se de gloria nesta expedi-
ção, mas foi privado do trono do Inglater-
ra por seu irmão Henrique, que tambeiti
invadiu a Normandia; battido por die erà
Tinchfbray. foi jhresoíio cáât^-llo de Cardiff,
onde roorreu em 113'.
ROBERTO GLiscARD, (hisl.) O Prudenle,
doque de ÍNíuillíe, um dos lílbos de Tan-
credo de Hí ut» villc, surced» ti a OnfrOi co-
mo condB d6 Pouiilé etn 1057, coDcTuistou
4&e
ROB
ROB
a calabria, »poderou'se do principado de
Salermo e de Benavente, tomou Corfou,
Bbtrinto, batleu Alexis Comnene, mas foi
obrigado a voila-las aos seus tstados par»
os proteger contra o iniperador Heiirique
IV, livrou o papa Gregório Vil, cercado no
Castelio de S. Angelo, e morreu pouco de-
pois em i085.
ROBERTO I, (hist.) príncipe de Capua e
conde d'Averse, d'origem normanda, suc-
cedeu a seu irmão i*icardo II, e teve por
successor Jordão 11. lioberto II, filho de
Jordão II, ssucf edeu-lhe era 1127, morreu
miseravelmente preso por Guilherme I.
ROBERTO d'anjou, (hlst.) O sabio, rei de
Rapoles, 3.° filho de Carlos o coxo, succe-
deu em 1309 a seu pai, rei de ííapoles,
pela protecção dos papas, com prejuizo de
Charoberto, filho de seu irmão primogéni-
to, morreu em i343.
ROBERTO DE couRTENAY, hist.) imperador
latino de Constantinopla, succedeu a seu
pai Pedro de Courtenaj, no fim do anno
de 1218, fez guerra a Vatacio, imperador
de ^'icea, morreu em Acha ia em 1228.
ROBERTO , (hist.) o brcve ou Clemente,
imperador d'Allemanha, nasceu em 1352,
era filho de Roberto-o-Tenaz, conde pala-
tino de Baviera, pertencia ao ramo Rodol-
phino da casa de Wittelsbach ; foi impera-
dor em 14(J0, depois da deposição de Wen-
ceslau, tentou debalde reconquistar o iMila-
nez, morreu em 1410,
ROBERTO 1 BRUCE, (hist.) rcí d'Escocia. V.
Bruce.
ROBERTO II STUAHT, (hist.) rei de Escoc'a,
nasceu em 13 'O, succedeu a David II em
13i0, consohdou a sua autoridade, apezar
da opposição de WiUiam Douglas, renovou
alliança com a França, fez guerra a Ingla-
terra, ganhou a batalha d'Oiterburn e mor-
reu em 1390.
ROBERTO iir STUART, (hist.) filho de Ro-
bero II, succedeu-lhe em 1390 Teve ao
principio que acalmar algumas desordens o
a repeliir Henrique IV. morreu em 1406,
de desgosto, porque seu filho Jacques ti-
nha caido nas mãos dos ingUizes.
ROBERTO. (S) , (his.) chamado Roberto d:
Champanha, nasceu em lOíiO, morreu em
1110, fundou em 1075 a abbadia de Mo-
lemes, é festejado a 29 de Abril.
ROBERTO DE GÉNOVA, (hís.) papa, era bis-
po deTherouana e cardeal, quando foi elei-
to papa com o nome de clemente Vil em
1336 por 15 cardeaes, que alguns annos
antes tinham eleito Urbano VI. Estas duas
eleições cauzaram um scisma, que durou
mesmo depois da sua morte, a qual suc-
cedeu em 1:í94.
ROBERTO Dn TAUGONOT, (hís ) geographo
írancez, nasceu em 1688, morreu em 1770
Deixou : Geographia sagrada, e um Atlas
Vnhersal. Seu íilho Hodier Roberto, nasceu
im 1723. morreu em 1786. Deixou ; Geo-
gríiphia antiga, einstiluições geographicas.
ROBERTO, (Fr.) , (his.) geographo francez,
nasceu em 1/37, morreu em 18:9. Deixou
uma Geographia Elemerttar, e um Diccio-
nario (jeographico
ROBERTO, (hist ) pintor francez, nasceu
em 1733, morreu em 1808. Os seus me-
lhores quadros são : o Tumulo de Maria ;
a Ponte de Gardee as catacumbas de Pa-
ris, ttc.
ROBERTO (Leopoldo), (his.) celebre pintor
francez, nasceu em 1794, suicidou-se em
1 835, victima de uma paixão : Os seus
quadros mais conhecidos são : o Improvi-
zador Napolitano; a Madona d' Acre, e os
Pescadores do Adriático.
ROBERrsoN, (hist.) historíador escossez,
nasceu em 17il, morreu em 1793. Deve-
so-lhe : a Historia d'Escossia nos reinados
de Maria e Jacques VI, a Historia de Car-
los Quinto, a Historia da America, etc.
ROBiiRTSON, (hist) phisico O arcon^iuta al-
lemão, nasceu em 176*'?, morreu em 1837.
l)eixou Memorias recreativas e scienti ficas.
ROBEKVAL, (hist.) geouictra francez, nas-
ceu em lt)02, norreu eja .675. Inventou
as Curvas chamadas robervaliennas .
ROBEsriERRE (Maximlliauo), (hist.) um dos
personagens mais celebres da revolução fran-
ceza» nasceu ein 1.5W, em Arras. Em 1791
ganhou a favor da populaça, de quem era
o oráculo, nomeado accusador publico no tri-
bunal criminal do Sena, mostrou -se de uma
C':ueldade infinita. Eleito membro da Conven-
ção dirigia com Danton o processo de Luiz
XVI, paralysou os esforços dos Girondinos pa-
ra salvarem este príncipe, estabeleceu o sys-
tema de Terror em toda a França, e era tão
odioza a sua tyrannia, que nem mesmo pou-
pou os seus coUegas ; que sobreviviam irrita-
dos pela sua altivez, ou assustados pelas suas
ameaças reuniram-se a final contra elle e por
proposta de Talliuu a Convenção decretou a
sua accusaçào. Foi morto no cadafalso a 28 de
Julho de 1784
noBESPiERRE (.4g</itinho Bom-Joze), (hist.)
irmão do precedente foi procurador da Com-
muua, e depois deputado da Convenção. Ven-
do seu irmão condemnado á morte declarou
que tendo partilhado as suas virtudes tam-
bém queria partilhar a sua sorte, expirou no
cadatalso a 28 de julho de 1794.
ROBiM. V, Rubim.
RoBiNET, (hist.) escriptor francez, nasceu
em 17ò5, morreu em l820. Adquiriu fama
pelo seu Tractado da Natureza.
ROBLE, s. m. {L&i. robur) uma espécie dei
ROC
carvalho, arvore que tora o tronco éramos
tortuosos e.i casoa esnabrosa. E'meri05 al-
to que ocarvalh > ordinário.
ROBLBDO. s. m mata de robles.
uoBLODO, (geogr.) cidaded'nispanhaameia
légua ao >0. d'Alcarsa ; 7,uno habitantes.
ROBoÃo, (h. s.) filho de Salomão, foi reco-
nhecidí rei das \"Z tiibus por uiorte de seu
pai no anno 1)62 antosde Jesu-I.hristo, mas
canzou pelas suas exaltações uma violenta in-
surreição Dez ttibus rccuzaram obedecer-
Ihe e oscolherarn para seu rei a Jeroboão. Foi
então que se formaram os dous reinos, o de
Israel com 10 tribus, e o de Judá com 2. Ko-
boão reinou 8 annos.
REBOisB ou KOLi.EBOiSE, (gB »gr.j villa de
Françi, a 2 l''guas e um quarto ao ^0. de
Nantes : 4U0 habitantes.
ROBOLEiRA, s. /" parle de bosques.
ROBOR.A. V, Révora.
KOBi IAÇÃ.0. V. Corroboração.
aoBORADo, A, p p- de roborar ; adj.i^r-
tali'i;ido, corroborado.
MOBORAMR, adj . dos t g . (Lat. roòom/is,
tis, p. a. df! roòoro, are) que fortalece, que
fortalece, que corrobora.
ROBORAH, V. a. (l.at. roboro, are. robur,
carvalho, força) fortr^lecer, corroborar. —
o estômago, fortificar, dar força. — a lei,
as provas.
ROBORTEi LO, (hist.) philologo austriaco,
nasceu em lol6 morrei em 1667. Deixou
bellas edições dos clássicos gregos.
RoBRE, s. m. (i.at robur) robre. E' ant.
ROB-RoY, (histj celebre ladrão escossez,
nasceu em 166U ; vendo se arruinado pelo
rigor do duquo de Montrose, qupilhe tinha
adianl.-do algumas sommas, vingou-se d -vas-
tando-lhe os domínios, e mesmo os de outros
senhores ; afinal levantou o blaken-mail (ui-
buto doladrãoj mediantíí o qual poupava os
gadosdotiibulario. Kube^lo-ttoy morreu sep-
tuagenário e s^cegado em sua casa em 1715,
r;)Bustamente, a(/p. imcHíe sufi.) com ro-
bustez.
ROBUSTEZ, s. f. (de^. ez) a qualidade de
ser robusto.
ROBUSTEZA. V. Rubti%lez.
robustíssimo, a, adj.superl de robusto,
mui robusto.
ROBi STo, a, adj. (Lai. robusius, feito de
carvalho, rijo como a madeira dt> carvalho)
rijo, forte, de muitas forças. Ânimo — , es-
forçadi), firme. Saudc — , rija.
roca, s f. (Vr. roc, roche, <>o Vir. rhox,
rochedo, penhasco escarpado) rocha. <>ysial
de — , — batida das ondas.
ROCA, s. f. (do Arab. roca; íngl. rock)
instrumento de fiar linho, lã, algodão que
as mulheres mettem r.a cinta. K'deordina-i
rio uma canna fendida ena torno longitudi-
VOL. fv
ROÇ 457
nalmente junto á extremidade superior coro
uma rodinha no centro que forma bojo á
roda do qual se envolve a estriga ; espada
d*' pequenas guarnições; nos viisiidos anti-
go-, tira tvstreita que gt> usava nas mangas,
cHlça* : « o pelote de ■ s roçagante, com ti-
ras como as rexas d.is roca<í de fiar — de
fogo, vara com artilicioí de fogo na extre-
midade, que se usava n.i guerra, imagem de
— , cuja p?rte inferior ó formada de bojo de
rooa ; a peç» da laii>;a da argolinha cercada
de raios. — .?, pi (naul.) peças •íefj:adeira
que se põem em roda do mastro rendido,
como talas.
ROÇA, s. /". acçio de roçar ; terra roçada,
do mato; noBrazil, terra de lavoura, parti-
cularmente do mandioca.
ROCA, (antigamente Promontorium ma-
gnum), (geogr.) cibo de Portugal, onde ter-
mina a serra de Cintra, 1 légua ao NO. de
Cascaes o da foz do Tejo : é o ponto mais Oc-
cidental do continíiite da Europa. Perlo tem
o pharol da Guia para orientar os mariti-
raos.
ROÇADA, s. f a lã ou linho que se põeá
roda da roca de fiar ; pancada com roca.
ROÇADO, A, adj. Mangas — a, eram, nos
vestidos antigos, compostas deliras ao com-
prido talhadas para deixar ver as rour-as por
baixo. Sapatos — s, com a extremidade gol-
peada. Manténs, pcllotes — s, golpeados,
fendidos como o bojo das rocas de canna.
ROÇADO, A, p. p. de roçar ; adj. que se
roçou; que roçou. Mato — , Tinhão — o mato.
esfregado.
ROÇADOR, s. m. o que roça.
roçador, a, adj . que roça, que servô para
roçar. Fouce — , de roçar mato
ROÇADURA, s f (dcs. wro) o acto de ro-
çar ; a tirito.
ROÇAGA?iTE, adj . dos 2 g. (De roçar) Rou-
pa ou vestido — , que tem cauda de arras-
tar pelo chão, larga, vistosa
ROCAL, s. m. entiadura de contas, ou pé-
rolas que as mulheres trazem por enfeite,
rocalha s f. avellorio de vidro duro, la ■
vra .0 em forma de conias, para fazer ro
s.'irios.
ROÇAM inouH, (geogr.) cidade de França,
a 4 !e«uas e meia 1 E de '^ourdon ; 1,100
habitíinit.^s.
roçamalha, s. f. na índia é o mesmo que
e»toraque liquido.
RoçAasNTo, 5 in. [mento suíT.) acção de
roçar, aiirio. O — da rodoge, dos eixos, das
molas.
ROÇAR, V. a. (do Lai. ranço, are, roçar
mato.) c -rtar o mato com foucn ; esfregar
levemente, u g. uma bala lhe ropou os na-
rizes. — , em sentido abs., locar levemen-
te. A náu foi roçando por cima do baixo.
H5
458
m
ROC
^— SE, V. r. esfregar-se ; (fig. e famil.) pa-
recer-se, ter grande analogia. Isso roça-ae
com cobardia e mentira. Côr que se roça
cora o gridelem.
ROÇAS, (geogr.) grande aldeia de Portii-
1^1, no concelho de (luiraarães, '1,000 habi-
tantes. Ha uma povoação assim chamada nO
^ncelho de Melgaço, 675 habitantes, e bil-
tra [no da villa d'Arouca, 700 habitantes.
ROCAZ, s. m. nome de um peixe.
ròcca-dei.l'aspro, (geogr.) cidade do rei-
po de Nápoles, a 4 léguas ao NE. de Ga-
pacio ; 3,200 habilanles.
ROCC\ Dl PAPA, (geogr ) Algidnm, villa
dos Estados Ecclesiasticos, a 1 légua ao 8. de
Frascati ; 1 ,0.0 habitantes,
RoccA-MAwnoLFi , (geogr.') cidade do rei-
no de Nápoles, a 2 léguas e meia a O. de
»aJ8tto; :^,400 habitantes.
ROCCA MONFiNA, (geogr.) Sucssa AuruTica
cidade do reino de Nápoles, a 2 léguas N.
O. de Teano ; ^. 00 habitantes.
ROCCA-SAN-FELic?:, (gcogr.) cidade do rei
ho de Nápoles, a 1 légua S. O. deTrigen-
to; 2, Oy habitantes.
t . ROCCA SECCA, (gGogr.) cidade do reino de
Nápoles, a 2 léguas e meia ao NO. d' Aquino
2.500 habitantes.
ROCCHÈTTA (geogr.) cidade do reino de
Nápoles, a légua e meiíi.ao N. de Lacedogna,
4,000 habitantes.
ROCEDÃo. s. m. o íio cora que o sapatei-
ro ata o coiro sobre a fornia
ROcéoA ou ROSsiÈGA, .V. f. O trabalho 6 o
apparelho de tirar do fundo do porto amar-
ra» e outros ferros peniidos.
ROCEIRO, s. m. (de raça, de lavoura.) o
que faz e planta roças, principalmente de
mandioca, e legumes, no Brasil
ROCDA, s. f (Fr. roc/fCj V. Roca, penhas-
co.) penha, penhasco; pedra ou veia delia
mui dura. — de fogo, ou de enxofre, mas-
sa feita de salitre, enxofre, pólvora, etc. ,
flue talhada em pedaços e arremessada ao
inimigo, arde com violência . Exame de bom-
beiros.
ROCHAS, (geogr.) Ilha no mar largo ro-
deada d'arrecifes, no archipelago defronte
da entrada da bahia Nilherôhi ou do hio-
de-Janeiro.
ROCHAZ, adj. dos 2 </. criado nos roche-
dos, que habita os rochedos, como as aves
áe rapina, liirifalte — .
ROCHDALE, (geogr.) cidade d'lnglaterra, a
a léguas N.d» Manchester;20,0< O habitantes
ROCHECHOUART, (geogr.) Rupcs Cãvardi,
cidade de França, a O léguas e meia a U.
de Limoges ; 4, '20 habitantes.
ROCHEDO, s. m (Fr. rocher.) penhasco.
EOCH F0rT0UR0CULPORT-SUR-llER,(gt0gr]
Hupiforlium em látím moderno, a 3." das
grandes postas militares da França, a 8 lé-
guas vS. K. de Rochella ; 15,450 habitan-
tes.
ROCHBFORT, (geogr.) cidade de França a
7 léguas è mtíia de r.lermont ; 1,430 habi-
tantes.
ROCH«FORT-EN-TEiRi, viUa de França. a
7 Ipguas e meia '6. de Vanes 61)5 habi-
tantes.
ROCHRFORT-suR-LOTRE, (geogr.) cidade die
Franç!?, a 3 léguas e meia S. 0. d'Anger8;
2,4(!0 habitantes.
ROCHF.FORT, (hist.) Utterato francez, nas-
ceu em 1731, morreu em l788. Iraduziu
a Illiada e depois a Odissea em verso francez.
rOchkiro. adj. V. Roqueiro.
ROCHELLA, (geogr.) Santonum porlus,
Rupella, cidade e posto de França, capi-
tal do dí^partamento do Charente Inferior,
a 12i) léguas S O. de Paris; 1A,,8^0 faa-
bitantps.
ROCHEMAURE, (geogr ) Rupemorus, cida-
de t^>ança, a 4 léguas ao SK. de 'Privas;
1,100 habitantes.
RocHESTER (geogr.) Durobrivis ou Roffa,
cidflde d'Inglaterra, a 11 léguas ao St), de
Londres; Li, 000 habitantes.
ROCH-RSTER, (geogr.) cidade dos i stados
Unidos, sobre o grande canal d'Erié e áe
tíennessee ; 77 léguas ao Nt). d'Albany ;
20,( 00') habitantrs.
ROCHESTER, (J . Wilmot, coudô dfe), (hist.)
corterão e ):)oeta inglez, filho de Henrique
Wilmot, peia sua fidelidade aos Stuarts, nas-
ceu em 11)48. Era homem de principio»
oanito depravados, morreu em 1680. Dei-
xou algumas poesias cheias de talento e gra-
ça, a maior parte são satjras.
RHCHETE , s. m. (Fr. rochet ) sobre( elliz
roçada e crespa de que usnm os bispos e ou-
tros prelados por baixo do manteletè, e so-
bre a sotaina.
ROCHOW, (hist.) astrónomo e navegante
francez, nasceu em 1741 morreu era 18 7,
reconheceu as ilhas e os escolhos, quesc-
param as costas da Índia das ilhas de Fran-
ça p. de Bourbon. Deixou Memorias sobre
a Mecânica e sobre a Phtjsica; Nova via-
gem ao mar do Sul; Viagens ás Indiaa
Orientaes e á Africa, etc.
ROCIADA, s. f. (de rocio, orvalho, chuvei-
ro, des. s. ada.) orvalhada, chuveiro. As
primeiras — s , as primeiras horas do dih
quando crvalha. Uma- dp setta?, de psco-
petaria , de balas, (fig.) chuveiro, grande
quant dade successiva..
rociado, a, p. p. de rociar ; adj. or-
valhado, borrifado. O prado — , (fig.) ba-
nhado. Olhos — s de lagrimas. Moraes com
razão reprova as expressões metaphoricas :
rociado de lagrimas a mares, cfu — de es-
IlOT)
fóOD
459
padanas de sangue Este sentido nSoconvêoQ
á ideia de borrifo, orvalho
ROCtAft, t. a.(ro<rio, orvallio, af des. inf.)
orvrtlhor, borrifar. « — cora orvalho.» ru-
rais. 6 pIooti^sYno. « Rociou- ihe as armais
com o sangue delles. » .Mon. I,iisrt.
RrdíM. V. fíònifh.
. rocíisa!,. V. fíossifial.
fc*' ftoCIMÍA-DA NltGHA, ({(cogr.) Povoaçfirt da
proviniia dy Min.'ts-(W'raes nu Hrazil Ingua
e meia aò >'. do rit) Parahibuna.
KÓcio , s. m. (Lat. ros, roHs, orvalho.)
orViílho, chuva tuiudíi I>evêra escrever- se,
assírti Côúio os áer\\diáo%,Yoscio,rosciarse
Rocfó, s. í)í. dií-^sò hoje geralmente em
vez de rtfecíò; fira^a publica. O— die Lis-
boa V. Recto.
rocioso. V. Ofúnfkofo.
iujCKiNGHA», fgeogt".) vílla d'fnglaterra, a
8 !♦ gUns ao ÍÍO. de >ortharapton ; 500 ha-
bit.itile'$.
Hl (íitlNGHAK, (raarcjúBlí íle), (his ) minis-
tro ttiglfez, nasceu ertl|1 730, morreu em 1 782*
tra uín dos chefefe do partido whig. Fioi ele-
vado ào Tfiiaisleriô Corbó pt-imeirò loí-d do
thezouro em 1705, deu a sua demissão em
176(3, e ioroou a ser ministro em 17*82.
MOCLÓ, s. fh,. (ant.) capote de mangas de
pouca roda, hoje denominado joséxinko.
Vem do Fr. Roquelau^t, ou robt à iaRo-
quehure.
Roco, s. m. ave da Ásia de grr.ndeza e
forç« extraordinária, mui eelebfada pelos es-
criptrt^s asiáticos, e de que contaito mil fa-
bulas.
R0C0US8, (geogr.) vill.i da Bélgica, a 1
légua e um quarto ao NO. de Liiege , 400
habitantes.
ROCQUINCOURT, (gcogr) YÍlla e castello de
Fran.,a, a 3 quartos de légua de Versa illes,
sobre uma colima ; 200 habitantes.
RoCHOY, (geogr.) cidde forte de Fran-
ça, a 7 léguas e meia ao INO. de Mezi-
res, em uma grandfe planície ; 3.(380 habi-
tantes.
ROUA, s. f. (Lat. rota, de rua, ere. Gr.
rheô, correr, ttn Sanscr. ralha.) peça pla-
na circular que gyrá sobre eixo e faz mover
cano, ou outro corpo. A^ — s do carro. —
dentada, com irfdfntaçôes qii« errgTaYizam
em outras correspoiídentes. — de coroa ou
de chão, qúe terb os dentes pãralleíos á cir-
cuDiferehcia qúfe engranzam íft^s da roda
grande da fiora que encaixa na pequena. —
de agua, a roda principal das tijOentfas^'de
esgotar minas, que se move por agua. — de
encontro ou catáHno, é a roda dOs reló-
gios que topa com as palhetas do volante.
— de eacàchàr, a roda por meio dia qual os
tiradorts dé fio de Ouro e ;)rata fazeiíi a pa-
lheta. — àepgo, tom foguetes alados qi e
a fazem gyrar sobre o seu eixo. — de frei-
ras, espécie de armário redon'lo com vãos,
quo se move horizoni.-tlmenlek e onde se me-
tem VIS (íou-as pnra fis fizot- enir.ir no con-
vento.— lios cnjnlain.s, SíMovIfiante á prt*-
cedunte, e iju« sí^rve de re<>»bi*p as crianççs
expostas. — de toteria^ que se f«>i5 g^rar pa -
r« delia extrair ae sortes «« nimn^ros —da
fortuna, qun m poetas tigarmn decidir da
soii*» dos mortaes p!*lo seu gyro; os reve-
zes e alternativas da fonuTi!^. Dar d — da
fortuna, Miud-ar-se />a!7'á '^, Íaze-Ia gyrar
depois lie metter neíln 5ories e': cri pias para
tirar uma ao acaso a fímdf^ adivinhar o fu-
turo ; abusão popular. — , circulo, v.g. —
de genl»». — , porção circular, v. g. — ide
nabo, de pepinn. belteraba, limão. Bomba
de — , que se move por leeio de uma roda,
e não por Koncho — , instrunoento em que
se atavam criminosos de crimes atrozes, e se
lhe quebravam os membros. — . (íig-) gy'*^,
movimento circular. A — do tempo : decur-
so; na — do anno. — , (naut ) páu grosso e
curto que teríoina a p6pa e •* pf ôa . — , (lig )
tudo o que forma ouse deseíiVHlvne em cir-
culo, V. y. a — do pavão, do peru, a que
estes animacs fHzexíi abrindo as pennas da
cauda. Desfazer a — a alguém, (lig.) abater
a sobe ba. — do v&stido, 4a saía, amplidão
era redor. — tixa, que nunca pára ; (fig.)li-
d-a continua, inee,«.8anle. And^r em — mta,
sem cessar. « Seirs olhos -eram — viva , »
Ulis., gyravam coirtinuarftentf». Nesta — de
trabalho, gyro, cttMo. — *de couces , (loc.
pleb.) quantidade de pontapés quo se dão
a alguém que corre ao redor do lugar onde
procura acolher-se. — s, manchas circulares
de pello dos caVallos rodado^. Untar as — s do
carro, pôr-lbe unto para diminuir oaltritoe
faze-las gyrar com mais facilidade; /ig.) pei-
tar oíRciaes e agentes de negócios para os tor-
nar favoráveis aos nossos interesses. — do joe-
lho, roúeWi*. A — , adv. ao redor, em tomo,
segumdo o circuito. A — da ilha, de nós. £m
— , de — , ao redor, circularmente.
RODADO, A, p. p. de rodar; aflfj'' supplicia-
do sobre a roda. foi — vivo. C&vallo ruço — ,
com manchas circulares no pello.j4/^««ire— ,
arrasado €hão,<:avkiiiho—, roarcado com os
regos -ou curril que deixam as rodas Carta — ,
(íinl.) setíadacom selloeircu^r. — , carril. O
— do carro.
RODAGEM,'»./. [rodiL, des.ayem.)« totalida-
de das rodas de uma macbina.
BODAMONTADA, s. f.{¥r. rodomontade. E'
derivatioxJe Rodomonte, uma persoTMigem de
Orlando Furioso de Ariosto, e significa roe
montes ) fartfarrice, bravata. Oevêra escrever-
se rtrdomoninda .
RODAKTfe, ndj. dos 2'yi(des dop.alat.
em cns, tis.) que gyra circularmente^-Gomo
115 «
460
ROD
ROb
roda. As — s do tempo. Período — . concer-
tado, sonoro.
HoDÃo ou viLLA-VELHÀ, (googr ) antiquís-
sima villa (ie Portugal com castello arrui-
nado situado n'uma altura á direita do Te-
jo, 2 léguas e meia ao S. dtCaslello-Bran-
co, a cujo distrito pretonce, e a igual dis-
tancia ao O. da raia hespanhola ; o seu
ctncelho contém 2 750 habitantes.
HODApá, s. m, pano como sanefa, alpara-
víiz que cobre a roda da cama desle o col-
chão êté abaixo, rente com o chão
RODAR, t? a. [roda, ar des. inf.) fazer mo-
ver-se em roda, ou gyrar sobre rodas. (Js ca-
vallos rodam o coche. — a peneira, — pe-
dras — o mar, dar volta. — o mundo, gy-
rar, correr. — , quebrar os ossos do suppíi-
ciado com maço de ferro sobre a roda. — , u.
n. mover-se em roda, gyrar. ii odam as car-
retas, as ondas, — o dinheiro, andará ro-
da, correr em grande abundância. Jiode a
fortuna prospera ou adversa, corra, liodam
os astros, gyram n^ts suas. orbitas. — ,
cair, tcmbar por ladeira ; (fig.) cair do esta-
do, da dignidade.
RODA VALHO. \ .RodoVttlho.
RODAziNHA. V. Rodinha.
RODEADO, A, p. p. de rodear; adj. cer-
cado guarnecido em roda. — de inimigos ;
— de trabalhos, de dores. « O mundo — dos
Apollineos raios. » Camões, i us., X, 25. «O
mundo — e passf^ado dos Portuguezes » Lu-
cena, 9, 4, « Kazões— í a seu intento. » (phr.
anl.) que se achegam com rodeios pr.ra cons<3-
guir. Catailo — , rodado.
RODEAMENTO, s. m. [meiíto suff.) acto de ro-
dear, ou de ser rodeado.
FODfcAR, c. a [ioda, ar des. inf.) cercar,
cingir, dar volta em roda, em torno. Rodêa a
cidade i m; muralha antiga. Rodeou a praça
com um fosso. Vinha de— toda a Africa e Ásia.
Coulo. — aproça, cercar, sitiar. — , faz(r gy-
rar, f. g. — aiunda. — , (lig.) a ambição ro-
dêa o mundo ; — um lugar com a vista ou os
olhos. — caminhos, seguir rodeios, — r>izões,
usar de rodeiíiS e ambages., — , gyrar, and.ir
em roda . O tufão rodêa lodos os i umos, corre
successivamenle.
RODKio < u KODEo, s. m. (de rodear.) volta ,
gy^o, tortuosidade. — do caminho ; — * do
no. — s de lalavros, circumlocu<,ões, amba-
ges. — s, ueuts tortuosos, dilatórios. Buscar
— *, usar de voCíííos. 31 uratHUvsos — sda for-
tuna, mudanç? s allernalivas.
RíDEiRA, s ( [roda, dts eira ) freira en-
canegada d» roda do tíuvenlo. qut responde
és jíssias de íóia, retLe as cartas, eic — ,
rcdi<(io tío tano, ( airil que deiiam as rodas.
lititiho, A, oúj. Maço, malho — , coiiique
CS s( jtiics e caipinliiios de carros ajustam as
rodas.
RODEIRO, S. m. ou RODEIROS, pi. fOdaS DOS
eixos sem leito.
RODELLA OU RODELA, 5. m. (Lfft. rotula, di-
minut. de roía, roda.) escudo redondo, bro-
quel ; osso redondo do joelho. — de mato^
(ant ) moita. — , malha.
RODELLAZiNBA, s. f. diminut. ds rodela.
RODELLEiRO, A, adj. armado de rodella.
Cavalleiros — . — , redondo, chato. Carrapa-
to—.
RODELLiNHA, s. f. diminut dc rodella, pe-
quena rodella.
RODELO, s m. tomba na bota ou no sapato,
RODEMACK. (geogr.) villa de França, a 3 lé-
guas ao NE. de Thionville; 1,000 habitantes.
RODENDo, s. m. peixe da Africa que tem
uma só espinha como o enxarroco.
RODKRICO, ou RODRIGO, (his.) u!ti«0 TCÍ
dos Wisigodos de Hispanha, era filho de
um duque de Córdova, ao qual o rei Wi-
sigodo Vitiza tinha mandado arrancar os
olhos Rodrigo aroaou-se contra Vitiza, bat-
teu o e tomou a coroa. Os filhos e paren-
tes do principe desthronado chamaram os
Árabes em seu soccorro. Tank, á frente
dos Árabes, desembarcou era Hispanha, Ro-
drigo marchou contra elle seguido de 90,000
homens. Os dous exércitos baterara-se por y
dias etn Xeres de la Fronlera, Rodrigo
morreu ao 3 "^ dia.
RODETA, s /. dimiriMí. de roda, pequena
roda.
RODE TE V Rodizia.
RODicio, s. m. [roda, e Lat. ico, ere, ferir.j
roseta que se põe nas pontas das disciplinas.
RODii HA,s. /. chumaço circular que os ma-
riolas põem no cachaço para assentarem o
páu que serve a levar pesos ; trapo de cozi-
nha cnuprido e estreito. — , (do Cast.) rodel-
la do joelho. Rolo de — , com repolegos e «n-
feiles.
iiODiLHADO, s. m. [rodilha, des. ado.) pano
que .se ata á roda da cabf ça para dormir.
HODii HÃO, s m. augment. de rodilha, ro-
dilha grande e grosseira.
ROUiLHÃo, s.f. [rola, • Gr. heilein, cingir,
rolar, j roda usada nos carrinhos de mão. — ,
pf ça da atafona. « Com a alavanca se faz mo-
ver o — . » Bluteau.
RODINHA, s f. diminuí, de roda. pequena J
roda, I
RODÍZIO, s. m. [roda, e Lat. ico, ere, ferir )
páu grosso cónico ou afusado cuja base as-
seiita no chão, e tem uu as travessas ou pen-
nas onde bate a agi a que põe em niovimenlo
o rodízio, o qual faz gyrar a rodíi do moinho.
RODNEY. (his.) almirante inglez , nasceu
em 1717, morreu em 1792, tomou aos
fiancezes, em 1761, as ilhas de S. Pedro,
Granada, Santa Lúcia, S. Vicente, distin-
guiuse contra os Lispanhoes e Franceses ,
ROD
aoE
461
bateu João Langara em 1780, e o conde de
Grape em 1782.
RÔDO, s. m. ( le rodar.] espécie ()e enxa-
da que em vez de ferro tem uma taboa com
que se ajunta o trigo na eira ou no celleiro. A
— , adv. em grande copia e pelo chão. An-
da o dinheiro a — .
RODOFOLLE , s. w». [roda , e folie) rede
grande afunilada de arrastar.
RODOLPHO I. (his.) filho do conde de 4u-
xerre Conrado II, foi coroado rei da Bor-
gonha Transjurana em 888, depois da de-
posição do imperador Carlos-o-Gordo, sus
tentou gu;'rra contra Arnaldo rei de Germâ-
nia, e viu a final reconhecida a sua inde-
pendência em 894. Morreu em í)12.
RODOLPHO II. (his.) filho e successor de
liodolpho I, fez guerra ao duque de Sua-
bia, que o venceu em Winthertun, tomou
em 922 o titulo de rei de Itália, mas foi
balido por Berenger I, ficou senhor da alta
Itália depois da mort« deste príncipe, mas
teve em Hugo de Provença um coaipe-
tidor mais forte do que elle, voltou eu-
tão as suas vistas para a Allemanha Uel-
vetica, da qual o imperador Henriquo I lhe
cedeu uma parte, recebeu de Hugo em 933
o rein« de Borgonha Cisjurana, e foi o funda-
dor do reino das Duas-Borgonhas ou de Aries
e morreu em ^137.
RODOLmo III, (his.) Piedoso, neto do pre-
cftdente e filho de Conrado o-Pacifico, foi rei
das Duas Borgonhas desde 'J93 até 10 '2, te-
ve que abafar muitas revoltas e desordens.
Não tendo filhos cedeu o seu reino ao impera-
dor Henrique IH, depois a Conrado II,
RODOLPHO, (his.) anti-imperador, era con-
de de Rheinfelden, duque deSuabia, e mari-
do de Mathilde, irmã do imperador Henrique
IV; foi eleito rei da Germânia em 10 / / pelos
senhores, .|ue annuiram á sentença de Gre-
gório Vil contra Henrique; tomou por conse-
lheiro e general a Othào de Nordheim, Sof-
frea três derrotas successivas e morreu na ba-
talha d' r.lster em 108G.
RODOLPHO I. D'HABSBURGO,(his.) cra filho de
Alberto, conde de Habsburgo na Alsacia, foi
eleito imperador em 1273. Kodolpho fez to-
dos os esforços para oôr termo á anarchia,
percorreu a Alemanha, destruiu os castellos,
donde os nobres saiam para as suas correrias,
manteve a paz publica, sustentou os direitos
do império sobre o reino d'Arles, submetteu
os condes de Montbeliard, de Borgonha e de
Sabóia, mas não poude fazer eleger Alberto,
seu filho, por successor ao iraperio. Morreu
em 1291.
RODOLPHO jí, (his.) imperador filho e suc-
cessor de Maximiliano II, nasceu cm Vienna
em \b'ôi, foi aclamado rei da Hungria em
1572, dos Romanos em 1575, e imperador
VOL fY.
em 1576. Eraumprincipeirresoluto, descui-
dado e incapaz de governar. Foi destronado
por Vathias, seu irmão, em l'nl.
RODOMA. V. Redoma.
RODOMOiNHO. V. Redomoinho.
RODOPE LO , s. m. Ao — , ao redor, em
roda.
RODOPIO , .* . m. [rodar , e pião ) movi-
mento circular nmi rápido. Trazer algue '\
em — , em roda viva. Andarem um — . — ,
redomoinho de cabello nas Destas ; verti-
gem.
RODOR. V. Redor
RODOSTO, (geogr.) entre os antigos Rhcedes-
tus, Bisantho, e entre os Turcos, Tekir-
Bagh, cidade murada da Turquia europea, a
24 léguas E de liallipoli, ^0,000 habitantes.
RODOVALHO, s. m. (h n.) peixe do mar,
com a bocca resgada e desdeníada, é chato,
G tem as costas pardas
RODRIGUES (ilha), ou DIOGO-RUIZ, (geOgf.)
uma das ilhas Mascarenhas.
RODRIGLRZ OU SANCHES D*ARKVALO,(hÍSt.)em
Ifitiiu Rodericus Sancius, sábio prelado de
Castella, nasceu ena 140 i, morreu em 1470.
Deixou entre outros escriptos : Speculumvi-
tae humana.
RODRiGUEz (Affonso!, (his.) jesuita hispa-
nhol, nasceu e:n 15^:6, raorreuem 1656; é
celebre pela íua Praíica cia perfeição chris-
tã.
RODRíGUEZfA, (bot ) Rodriguezia, género
de plantas da familia das Orchideas.
ROEDEiRO, s. m. (volat.) peça com que o
caçador levanta o falcão que e.stá comendo
a vianda que lhe deram.
ROEOERER, (coude do) (his.) escriptor e po-
litico francez, nasceu em 1^54. morreu era
18 5. Foi ministro '3as finanças d<^ José Bo-
naparte, rei de Nápoles. Ueixouenlre outros
escriptosde yalov: Jornal de Eronomii pu-
blica, O primeiro e o .segundo anno do consu •
lado de Bonaparte; Memorias para a Histo-
ria de Luiz XII, etc.
ROEDOR, A, adj (roer, des.) que róe. Ani-
maes roedores ; (íig ) que censura — da fa-
ma alheia.
ROEDORES, (his n) Quarta Ordem da clas-
se dos Ma m mi feros
ROEDURA. s. f. (des. ura. ) Rcção do Toer;
a porção roida, v. g. dos ratos.
ROEL, s. m. (braz.) V. Arruela.
ROíLAS ('Paulo de las), (his.j um dos melho-
res pintores hispanhoes, nasceu cm i5H0,
morreu em 1620, discípulo d^ Ticiano, era
padre. Oseu principal quadroéa Apotheose
de Santo Izidoro.
ROENNE, (geoKr.) cidade da Dinamarca, ca-
pital da ilha de Bornholm, na costa de 0. ;
1,'rH) habitantes.
ROER, V. a. (Lat. rodo, ere, que creio for-
116
46f
UOG
^Qk^n
mado do Gr. órá , impellir, e çáom i tat,
dens, deute.) líortar coí» os deates em pe-
daços miudes. Os càcs rosm os oss.og. O5
ratos roem o queijo ; a traça roe q falo ;
(fig ) a lima roô o ferro Os acidps roem os
metaes. A ferrugem o (erro, gasta, conso-
me. A agua roe as pedras. — , (tig ) raalli-
zer, censurar asperamente, v. g — afama
—, pungir, o. g. o pezar,^ a lembrança do
crime lhe roe a consciência, k dôr lhe roe
as entranhas.
ROER ou RUHR, (geogr.) rio dos estados
prussianos, nasce a 21egua.% e mein MhI,. de
Malmedy, elança-áenoMeuseem RuKjmQU-
de.
ROSRAAS, (g ogp.) Cidade da Noruega, a ^6
léguas. 8K de Drontheim: 3,000 habitantes.
BOFA, s. f. (no jogo das prezas) é, «me-
nor $Mf ttí sem .eufontco.,
ROFo , A, a'{j. (do Ingl rough, pron róf,
áspero) que tom í^superlicie áspera, não po-
lida. Ouro — , inale ; oppõií-SH a brunido
ROFO, í. m. rugas, aspereza da supcrU-
cie.
ROGAÇÕES, s f. (Lat. rogationes ] preces
publicas feitas na primavera para obter boas
colheitas, cessação de máu tempo, ou de al-
guma calamidade,
ROGADO, A, p. p. uo rogar ; adj. a que se
rogou; que rogou a outrem.
ROGADOR, s. m (L«t rogaíor.) o que ro-
ga, pede, que serve de empenho para obter
alguma graça. — de males a outrem, im~
precador. rncuntra-ge usado igualmente pa-
ra o género feiúinino, v. g. Santa í ária —
em vez de rogadora .
ROGAL , adj. dos 2 g. (Lat. rogalu-, fu-
nerário, roíjus, pyra, fogueira) de foguei-
ra ou pyra. — cliamma, (poet.)
ROGAR, v. a. (Lai. rogo, are.) pedir por
graça, supplicjir ; ptdir a Deus. — pragas,
imprecar. Fazer-se de — , fazer-se diíficil er 1
conceder, para que o roguem.
ROGATIVA, S. f. SUpplica, POgOS, pti}f;:3ij6.,
lOGATORiA, s f. rogação, rogativa.
ROGEiRA. V. Rageira.
ROGERo(Si, (his.) bispo e patrono de C p-
nesna Itália, »i orreu no X s^cuIq era P'K-
mando. K' com memorado â |t>4<? pw^"'}*"*) i^
3( dedbzombro
aoGERO I. ihu,) grande condii da Sicília.
12." filho dtí Til ncredo de lUuieville, passou
á Sicília em 1 0íi , e depois de viple annoA" de
fadigas e combates ficoa ^(uihor ã^ toga a
Uha. Morreu eiu llOi.
ROGERoii, (his.) primeiramente gran-(OJido
depois rei da Sicília, filho do precedente, n >s
ceuem i093 Tirou a Calábria a seu j ri o )
Guilherme, e foi duque de Ponille depois da
morte deste príncipe. Tomou o titulo de rei
das Duas Sícilías em i 130. HorrAu em 1(51
ROG6EWÇEN, (bis ) navegau^ ho|land§5^,,
nasceu em 1669, fez a viageo^oo redpr dQ
mundo, e tocou em miji,tas íihas. jjíão se sabe.
a data da sua morte,
ROGGÇWERN (Archipelago), (geògr.) b.í-se
este nome á reunião das ilhas Penrhyn, ^'ere-
grino. Hearson, el). no grande Oceano p.quí-
nocial, ao NO do Àcciíipelago da Sqqie^ade e
ao .NE do archipeligp dos Navegadores,
R.í>GiDo V. R^gido.
ROGiNAL, (ant. e barbara orthographia.) V.
Original,
bOGir. V. Uugir.
RQGLiANO (geogp.) l\ublcinum, cidade do
reipo de l^apale^, a 4 le^uaí Sp de Coz^nza í
3,'í50 habitante^.
ROGLiANO, (geogr.) cidade de Fraqça, a 7
léguas N. de Bastia; I4OO habitantes.
íiOG>'iAT (visconde de], (his-) celèt)re gene-
ral francez nasceu em t7G7, morreu em Í840,
vivia com Morean, fez as campaubas d/^ 1805
a 1807, dislinguiu-se no c^rco de i>aFi'zicI^,
esteve em Hispanha, aonde conlribniu para
as tomadas de Saragoça, Torloz.a e de Tarra-
gona, lublicou um Relatório dos cercos de
Saragoça e de Tortosa, e escreveu Consi-
derações sobre a arte da, guerra^.
ROGO, s. m. acção de rogar.
KOHAN, (g"ogr.) Cidade de França, na anti-
ga Bretanha, a 7 léguas NO. de lloermd ;
1,5.90 habitantes,
ROHAN-iiOiíAN oU í !M}?íTÉNEY-l,At-AB^T''"'-- »
(geogp.) cidade (U> França a dw^ç léguas y um
quaiio í?, de >ic'>t ; 1^5 ' hal^iiaDles.
ROípo, (ant ) V. RxLidçí
ROíM e derÍY V. RMim, etq.
ROío. V. Arroi.
lioisiNHOR, (ant.) y, Rouxinol.
ROíXBA». y. Roxear.
HoixmoL. V. Roixinol,
ROIXO. V, R,oxo,
ROJADA. ^ Rajada de v$nto.
ppj.^PO, (a.it.j V. Jorrado^ A^^dàiO .
. R04ADQ, 4. V- P: 4^ '"QJ^'" ; Q,dj . trWtd .»
de rojo, arrastado.
RO,|^D0A, A, adj. qu/B ?^ arrastq. f Vos
caracoes o — ç?»í?<ií»í « Boçagç.
RO j A j. G A.R V Rasa Ig ar ,
BOJio, s. m- (de arrojar] gflrroçhão.
— . (t. phulo ,, toque r<isg^do na vjola,, — ,
«Qto de arrojar, tirão. o. g. Levqr a fp-
jões, de rojo de rqstos
rojõís, torresmos.
ROJAR. V. n. (do Eg^po, r<^;p, s.er^tyec-
to, rasteiro, trdes. itif ), ir de rojo. srr;^?-
t^r pelo chã); v. g. 4 cauda do yM^ò<lfj
roja. As bandeiras rojando pelo ch^o, —
madeiroi, em sentido activo, arrastar, le-
var a rojo, tig ) rastejar « Rqjq p pç^ía-
mento usado a rôos. » Bocage.
ROJBIRA. V. Rageira.
REV
RIV
403
ROJO, *. m. (de rojar], o arrastar-se al-
guma cousa, roçando por outra, t>. g, o
— da náu no banco de aroia ; o som que
faz o corpo que se arrasta. Madeira de — ,.
mui grossa que se transporta a rraslando-a.
Ir, trazer a — , de rastos.
ROL, s. m. (do Fr. rôk, registro, ronUr,
enrolar), apontamento, lista de nomes de
pessoas, de artigos, de sommas ; c. g. —
das pessoas da familia, dos presos, das di-
vidas, dos operários. PI. Itoes.
ROL, s. m. (t. de valeteria), peça de coi-
r»>, em que se atão azas de aves, e corpan-
ços de ga. linhas com que o caçador chama
o falcãt) que anda voando.
rAla s. f (voz imitativa do som dos
pombos), pombo vulgar.
ROL^ÇÃO ou HOLAÇOM, S. f. (aut.) V. fí«-
laçào.
ROLADO, A, p p. de rolar ; adj. revol-
vido, movido em roda, cortado em roda,
torado. « Mar que sempre anda — . » Cas-
tanh.
ROLÃO, «. m. parte da farinha menos gros-
sa que o farelo ; ffig.) gente vulgar.
holantk, adj. dos 2 g. ides do p. Lat.
em ans, íiv). Fogo — , (t. milit.), fogo con-
tinuo de pelotão.
rolar. V. a. (do Fr. rmiler), revolver
uma (ious»» sobre si, fazel-a gyrar ; c. g.
— galgas, cortar em roda, torar um páu.
«As correntes e ventos foram rolando o
navio » « O vento rolando serras de ma-
res. » — , V. n. mover-se em roda, revol-
\ep-se rolo. v. g. O marro/a, (íig.) Osan-
nes rtlam, correm, se volvem.
rolar, t>. n. (alterado de arrular.) Os,
pombos, as poail»as rolão
aoLDA. (ant ) V. Ronda.
R0L0ADOR, (ant ) V. Roniador.
uni DANA, s. f. polé, moitão.
n'!LDÀo, *. m. de — , adv. de golpe e
s -hrcsalto. Entrar de — . 4 Entraram pe-
las tranqueiras de — . » Albuq. (fig.)«Com
a \>'lhice entram de — iodos os achaques. »
Cosia. Virg.
ROLDAR. V. Rondaj^.
KO .EíRA, s. f [rolo, de?, eiró], palma-
tória onde se põe o rolo de acender.
itoLEiRo, s m [roL des, ei%o), o que faz rol.
BOIEIRO, A, adj. [rolo des. erro], rola.
Mar — , que i»ola muito as ondas.
ROLETE, s. m. diminuí, de rolo, rolo pe-
queno ; t?. g. — de caiina, intervallo de
iió a nó — 8 do cabello, trançando no alto
da cabeça.
uolha, ?. f. tampa de cortiça, metal,
vidro ou pau accommodada á bocca de
garrafas, redomas; v. §. Melter uraA — i)ft
bocca í (tig.) fazer calaf. T'far a -^ (fam ),
diziír o que se não desvia
ROLHADO, A, p. p. de Tolhar ; adj. tapa-
do com rolha.
rolhão, s. m. instrumento de que usão
os pedreiros para conduzir as pedras cono
menos incommodo.
ROLHAR, V. Oc [rolha, ar, des, inf.), \Sm
par com rolha.
ROLHEiRO, s. m. [rolha, eiró des.) : —
d'agua, corrente muito arrebatado.
ROLHO, A, adj. gordo, redondo, curto e
grossa. V. g. Cavallo, homem.
ROLHO, s. m. (ant.) rolella do joelho.
ROLIÇA, fgeogr.) freguezia do concelho dçj
Óbidos, 9 léguas ao >. de Lisboa, contém
760 habitantes.
ROLIÇO, A, adj. [rolo, des. iço], da fei-
ção de rolo, cylindro ; (chulo), gordo en-
volto em carnes.
RÓLiM, s. m (t. da Ásia), dignidade su-
prema do sacerdócio no l'egú.
HOLO, 4'. m peça longa e roliça, como
uma vela dé cera, ou uma canna ; cou^,
que envolta era si toma a forma de -rr-, ; Pf
q. Um — de pergaminho , de tabaco de
fumo. — s dos bocais das meias, que se
enrolavam sobre o joelho. — do mar, as
ondas que se revolvem quando faz a resa-
c», e espraiam depois «O — inchado das
ondas. » « Os cadáveres que o grosso -rn;»
d'agua vem botando pela deserta praia, f
(fig.) multidão, tropel. O — dos que vão
pelejar. — , tudo o que se enrola, c. g.
— de cera. Coser em — , as folhas de au-
tos. — do boi ou vacca, a parte do joelho
para cima até á primeira noz.
ROM, s. m. tinta amarella, espécie de
gomraa.
HOMA. (geogr.) Roma, nos tempos «9tvgo%
capital do império romano, hoje capital dos
Estados e eclesiásticos ede lodo o mundo C0-
tholico e residência do papa, nas duas mar-
gens do Tibre, princi;)alDaents na margefp
esquerda ou oriental .\ parte, que fic? á di-
reita do no chama-se cidade Leonina e o&
seus habitantes Transteverinos. Nenhuma
outra cidade apresenta tantos e tão ricos mo-
numentos amontoados em tão pequeno espa-
ço. Kntra- se em Roma por 15 [)ortas (a mais
íiella éa dei Pofiulo ] ; tem três ruas sober-
bas (df/ Corso di Bipetta, di Balnino] O Var
ticano e ou Quirinal. ou palácio di .Vp/ilf eq,-
vaUo, 5ào duas magnificas residências do
papa. e os priqaortis de todas as artes nelies
estão reunidos Qom incrivej profusão, lloma
conta 165,UfiO hatytantes.
Roma foi funda^^ no a uno lh'\ antes «le
Jesu-Chrisl,o.Nãp,(uÍ90 principio mais do que
ujB grande burgo ov^ covil de l.aj^rões. Duraor
te o immensiipjanoiiode tempo, qi^fi |re!m-f«.Mi
dfi§jie ^a fundação d»; HoQ^^. fista citlfldeJi^i
succes^^vamputj^gpv^rnada sob o poder 4í<ífW'
46i
1/ :.i ^
(75b-759 antes de Jesu- Chrislo), por cônsu-
les (509 fel aniesdo Jesu-thristo), por impe-
raáorts (31 ames de .lesu-Christo a 4 < 6 de-
pois do lesu-Clirislo;, depois da passagem
dos Hercules e Godos, por duques dependen-
tes dos exarchas de Ravenna, e a linal pelos
papas, que ainda hoje a possuem. A seguinte
ó a lista dos reis eimperadures.
Heis,
Roraulo antes
'i<í Jesu-Chris-
to 753
Numa Pompilio 7^4
Tullo Hostilio 671
Anco Mareio 6 9
Tarquinio, o an-
tigo 614
Sérvio Tullio 57ÍJ
Tarquinio o so-
berbo 534-5ti9
Imperadores Romanos.
Augusto ; anles
de Jesu-Christo 31
Tibério : depois
deJpsu-( hristo 14
Caligula 37
Cláudio I 41
INVro 54
Galha 68
Othão 69
\itellio 69
Vespasiano 69
Tito 79
Domiciano 8j
Nerva 96
Trajano 98
Adriiino 117
Antonino 138
Marco Aurélio e
Lúcio Vero 16t
Marco Aurélio só 169
Commodo 180
Pertinax 1'J3
Didio Juliano 193
foscennio ISi-
ger ly3-19i
Albino i93-97
Sepiimo SeverD 193
Caracallae Geta í^l<
Caracalla só
Macrino
11 el ioga balo
Alexandre Seve-
ro
Maximino l
Osdous Gordia-
nos
Maxirao Fuoie-
no e Balbino
Gordiano 111
Ihilippe o Ára-
be
Decio
Galloe Volusio
Eiiiiliano
Vai nano
Gallieno
il2
271
2.8
237
237
138
2.4
249
bi
25.Í
253
260
i-.lili
Os ?0 Tyrannos.
Cláudio 11 2 0
Quintillo 2"^0
Aurélia no 2/0
Tácito 275
Flttríffoo 27ti
Probo 276
Caro 282
CarinoeNume-
riano 284
Diocleciano 284-805
Maximiniano
Hercules 286-305
Constâncio Clo-
ro. Oexar 292
Augusto HO5-306
Galeno 293
Cezar Auyus-
to aO5-310
Maxiiiãno II Ua-
za ou Da ia 305
Cezar Augus-
to 0O8-3.2
Licinio, Augus-
to ;i07c25
Constanti-
no I ;>06-337
Constantino II,
Constâncio U e
Theodosio 1
no Oriewíc 392-395
Honório
395
Valenlinia-
liO 111,
424
PetroDio Máxi-
mo
4ͻ5
Avito
455
Majisiano
457
Libio Severo
-6t
Anlhtmio
467
Olybrio
472
Glycerio
473
Júlio Nepos
474
Rómulo Augus-
tulo 473
-476
V.fíomano (império),
e Igreja [\ls\aaoi
da).
ROM
l^onstaiite 3b7
Constâncio il e
Constante 3i0
Constâncio 11 w S-iQ
Míignen. io 35i)-íi53
Juliano o Após-
tata. iíBl
Joviano 36'^
Valenliniano 4
no Oi.cíden-
le 364-375
Valente, no
Oriente 364-i>79
Graciano, no
Occidentc •: 75-383
ValentianoII,
no Occiden-
te 38 -39i-
ROMAGEM, s f. (V. Romaria], peregrina-
ção devota á casa de algum sdato, a igre-
ja ; V. g. — á Meca. Foi de — a Santia-
go.
ROMAN OU ROMÀÁ, 5. f. (Arab. romman,
do Egypcio erman ou roman, formado de
ro, bocca moh. e ini, semelhante, em ra-
zão da côr c forma da flor), fruclo vulgar
da romeiras, tem casca dura e avermelha-
da com bógos pur|>ureos e sncco agridoce;
a porrJÀO que divide os bagos se chama
galo.
R(i5iAis"A, s. f. (subst. dl (ies. de rotna-
no), balança de que usavão os Romanos,
e que tem um só braço.
ROMANCE, s. m. (do Fr. romance, joma-
ne, langue romane, o Latim corrupio de
que se formou o Provençal e o antigo Fran-
c(»z), a lingua vulgar de alguma terra ; v.
g. Em bom — , em bom poriuguez. No —
da terra. — s, novellas. contos fabulosos de
amores.
ROMAKCFAK, t?. a [romancc, OT des. inf.),
traduzir ^-m vulgar ; introduzir na lingua
ternos de ; uiraslinguas ; t;. g. romancean-
do muitos vocábulos latinos.
romancíma, s. m. (des ista), composi-
tor de roíuatices; o que só sabe a sua lin-
gua, e igiiora principalmente a latina.
flOMANiA, s. f. (i.at. ruí;, erg, arremessar-
se) De ~ , de golpe, de repente, de pan-
cada .
ROMANiNHo, A, adj. dimínut. de Roma-
no.
HOMANISMO, A, ãdj vcrsado nas cousas e
modo do nego<!Íar de Roma moderna. Pin-
tor — , que imita o estylo da eschola ro-
mana.
ROMANO, A, adj. (^ at. romanus), natu-
ral de ou pertencente a lioraa. v.g. O p>
vo — . Os cidadãos ; os exércitos — s.
I OMANo, s m. (do precedente) , ( archit.),
^ma folhagem do frito-
ROM
ROMANO (império.), (geogr.) Designa-se
propriamente cora esU; nome o imp*írio
constituído no reinado de Augriisto no anno
29 antis de Jezu-Christo : império que
continuando nos successorcs deste prince-
pe, fttrraou um unioo estado rdé á morte
de Theodosio 1395 annus depois de Jezu-
Christo e que dividido depois em iaiperio
do Occidenle e em império do Oriente,
prolongou-se no 0;'.cidenle ató 47G, e no
Ori3nte ató ih '^. Abolido na Itália por
Odoaoro, o império foi restabelecido por
Carlos- \Jagno. que trammiltiu a seus des-
cendentes o titulo d'imperador Este titulo,
que se tinha perdido depois da extincção
da raça rarlovingia na Allemanha, foi re-
tomado por Olhão I, quando se assenho-
reou de toda a Itália ; depois d» síe princi
pe o imperi<) d'Allpmanha tornstu offioial-
D ente o titulo de Saneio império romano
da nação germânica Os seus sucoessores
continuaram-o até Napoleão, o qual, em
1806, poz fira ao império germânico e to-
mou o titulo de imperador.
O império romano foi dividido de diffe-
renles maneiras; a divizão mais perfeita foi
a que lhe foi dada no IV século, e que é
a seguinte.
mPERIO DO OCCIDElfTE
1." Prefeitura das Galhas.
Diocese de Bretanha.
Bretanhas 1," e2 * Flavia Cesariana
Grande Cesariana. Valentia.
Diocese das Gallias.
belgicas 1.» e 2« iS( ver^popalmiia.
Germaniras í."e 2." .Nfirbnnezas 1 * o 2.*
Lyonnezasí.^S.":!'» Vianeza.
ô ^•* Alpes Gregos.
Grande Sequan^za. Alpes Maritimós.
Aquitania* J.* e 2."
ma
ROM
46»
Alpes Coflíanos.
Venecia.
Emilia
Flaminia.
Diocese de Roma.
Diocese d'Jliípanha.
Tarragoneza .
Gallecia.
Carth.ígineza.
Lusitânia.
Bélica.
Baieares.
Mauritânia Tinçita-
ns.
2.* Prefeitura d' Itália.
Diocese d' Itália.
Diocese d'italia propriamente dita
Khtciâs 1.* 2." Liguria.
▼t«.. IV.
Tuscia e Ombria.
Valeria.
Picenum.
Campania.
Samnium.
Africa e
Diocese
Numidia.
Mauritanias Cesaria-
Apulia e Calábria
Lucania e Bnitium.
Sicilia,
Sardenha.
Córsega.
Byzacane.
d'Africa.
na e Sitifensis.
Tripolitana.
Diocese d'llljria.
Noricíís !.• 2.^
Pannonias i.* 2*
Valeria.
Savia.
Dalmácia,
IMPÉRIO D ORIENTE.
3.° Prefeituria d^Illyra.
Diocese de Dacia.
Dacias í * e 2."
Mesia i.*
Dardania.
Prevalitana.
Diocese da Macedónia.
Macedónia. vo.)
Thessaha Achaia ou Grécia.
Kpiros (antigo e no- Ilha de Creta.
4.** Prefeitura d' Oriente.
Diocese de Thracia.
iMftsia : .*
Thracia
Hemimonte.
Rhodope.
Europa
p. quena Sythia.
Diocese da Ásia.
Proconsulado da Ásia
Ásia propriamente As ilhas.
dita
Lydia.
Caria
Lycia
1 amphylia.
Uellespanto.
Vigariato da Ásia.
Pisidia.
Lycaonia.
Phrygias Pacaciaua ©.
Salutar.
11.
46a
ROM
Diocese ou condado d 'Oriente.
Isauria. Paleslinas 1.^ 2.^ .i.'
Cilicia. ^i.^
Phenicia maritima ou A ■ •«!> .i .
do Líbano. Osroene.
Syrias consular, sa- Mesopolamía.
lutar, euphratesia- Chypre.
na.
Diocese do Ponto.
Bylhinia.
Uonoriada.
Paphlagonia.
Hellenoponto.
Ponto t^oíémoniaco.
Galacias 1 ^ e 2.'
Caftpadocias l.^e 2.^
Arménias l * e 2.^
Diocese do Egypto.
EgyP^*J própria- Arca<iiíi ou Heptano-
mente dim. mida.
l.ibps l.« e 2^ ilj.baida.
Augustantnica.
ROMANO I, (hist ) chHraítdi) Lecapene, im-
perador do Oriente, nasceu na Arménia
d'um3 famillia obscura, adquiriu nome nos
exércitos. F.ú jrrande abiiirante no reina-
do de Constantino, que lhe deu em caza •
menl) sua filha Helena, fui nomeado co-
regenie em 919, e associou successivamen-
te ao império s^us filhos Christ* vão, 1 sie
vão e Constantino. Foi desihronado em 941
por seus filhos e encerrado em um con
vento, onde morreu em 948
ROMANZEiRA, *. f romans, des. eira], ro-
meira, arvore que dá as romans.
ROMÃO V. Romano
ROMÃO (S.), (geogr.) rio d« Portugal que
nasce na serra de Monchiqup. percorre par-
te do Alemtejo de S. ao > o é um dos
q o dão principio ao S do.
«GMÃo (S.), (geogr.) \illa e íroguezia de
Pvfti; ^al do distrito de «uimbra. donde dis-
tíi li' léguas ao E. perto de C,ea, comi 510
b bií inles Ha uma ) )v<iação do mesmo
D íDi e de 1,'£00 habi mies no concelho
d'Vlc!cer do Sal, fi ! guas ao O d'l.vora.
ROíARiA, s. /", (do F, roumiei , peregri-
o 1 q ie foi a I orna. ou de Ramier, de ra-
ViiAv ramo de paímíi, habuilo que traziam
os. pe egrinos da TeMf! Saiila). p^regriíia-
Çí<o devota; v. y.i 'i «rra -Santa, a casa ou
á igrfjd de algum san' >, v.g. a S.intiago de
€• mpostella, ou entn o musuloianos áM«-
Cít.
ROMARiz, (geogr.) ai 'eia de Portugal de
1,'3n habitantes do cr ncelho da Feira, 5
It 1^'Ui s ao S. do Porto
RO «An AS. V. Arrori liadas
i\o BAMfcNTE, abv. [intnf sufi.), rude-
Hi .nte, sem finura. Negociar — . (p. usji.
ROM
ROMBO, s. m. (do Lai. rumpo, ere, que-
í)r»r, romper), quebrada, furo; v. g. —
na poria, no navio, Tomar os — s, (phr.
paut.), tapal-os, para impedir que entre
agua no navio.
ROMBO, A, adj. (do precedente, que tem
a ponta quebrada), não agudo ; v. g En-
genho — , boto.
ROMBO, ROMBOiDR, (t. geom ) V. Rhombo,
flhoritbo-dc.
R0M8.1RA, s. f. arvore que dá romans,
romanzeira
ROMEIRO A, s. (V. Romaria), homem ou
poulher quo vai em romaria, peregrino }
peixinho que anda diante da balêa e se nu-
tre do comer que lhe fica entro os dentes.
ROMME, (hist.) geometra francez, nasceu em
1744, morreu em 1805. Deixou : Diccionario
da Marinha francesa ; Diccionario da Mari-
nha ingleza.
ROMNRY, (geogr.) cidade dMnglaterra, a 11
legu;i.,Si^ de Maidslone ; 1,000 habitantes.
ROMORiNTiN, (geogr.) cidade de. França, a
1 1 léguas e um quarto ao "^0 de Blois ; 7180
habitantes.
ROMPEOEiRA, s. f. cunha cravada em ci-
b > com que os ferreiros abrem o ferroem
bra.sa. talhadeira de ferreiro.
iU)ai»ííDOR, A, adj. queronpe; rompen-
te.
rompeoura. V. Roptura, Rotura.
ROMPENTií, adj.djs 2g. (Lat. rumpens,
lis, p. a. de rwmpo, er«, romper), que rom-
pe, lacera ; Unhas — s. « Pellicano, ave —
^•ingue no peito. » (ant. eobsol., neste sen -
iido de participio activo ou do presente )u.
y. Animal— ,(t dobras ), cuja cabeça ap-
parece só no alto do escudo em pé.
ROMPER, V. a. (i,<it. rumpo, ere. Os etj-
mfilogistas não concordam sobre a origem
d*este vocábulo ; uns querem quo seja imi-
tativa ; outros , o referem ao radical
rain ou rum que significa altura, ale-
vação. Eu creio que é formado de ruo,
ere, arremessar, lançai e pes, pé), que-
brar, á força, arrombar; 'v g. — o Val-
lado, a tranqueira, o dique, os ferros, as
cadeias ; rasgar, lacerar, v. g. — a fita, o
vestido, os sapatos, a carta. Rompeu o cão
A garganta ao touro. David rompeu a tes-
ta ao gigante. — lanças instando ; — ter-
ras maninhas, cultivar, — matos, rooal-os,
desmonlal-os ; entrar por elles com diffl-
j cuidado. Rio mui caudeloso que rompe o
1 mar por mais de uma légua — o exerci-
I |lo, os batalhões inimigos. Os portuguezes
i fomperam os castelhanos em Aljubarrota,
'' derrotaram, — a paz, os pactos, a tregoa,
quebrar; as leis, violar; — o segredo, o
! silencio, decidir-se a fallar ; — o somno,
as trevas, dissipar. — guerra, — o sitio de
praça, começar: -r o ar, o céu com gri-
tos, atroar. — receios, diíílculd.afies, snpo-
rar. — , t. n, enlrflr, d^r, sahir com Ím-
peto', V. g. o vento ; — o dia, amanhecer.
— era pranto, em lagrimas, «m ira, em
aq^eaças. entregar-se cora viol"ncia ; — pôr
obstáculos. conlrAiirões, p;jr tudo ; nào f »-
Ter caso, d'?sprezar ; — em desatinos, —
pelas laqças, pelas chamas, atravessar com
ímpeto, arremessar-se Caminho que rompe
por serras. Rompeu a nova. a noticia, di-
▼ulgou-se. Rompeu a batalha, começou —
com alguém, desavir-se. — se, v. r. impes-
soal, quebrar-so ; v. g. — o mir nos ro
chedos. fíompeu-se a noticia, divulgou-S'i.
— a virgem, (ant.) corromper-se.
ROMPE-TKRRA, wJj . dos 1 g. (l. poet.),
que rompe a terra.
lOMptDO, k p. p de romper; aij. roto,
quebrado, violado ; v. g. X paz — . Tinha
— o nó, roto, cortado. Tinhi — a noti-
cia, tinha-se divulgado. O exercito — , des-
baratado.
ROMPiMETíTo, s. m. {menío suff.), ruptu-
ra, acto de romper; v. g. — da paz, da
tregoa ; compço, — da batalha. O — do
canal, abertura. Ter com alguém — , que-
bra da amizade.
ROUPÕES, s. m. pi. {áe romper] as pon-
tas das ferraduras viradas para b^íixo, para
fazerem pega e impedirem a besta de escor-
regar lias ca çâdas e no regelo.
ROMUALDO I, fhist.) Duque deBenev^nte,
filho deGrimoaldo Cercado pelos Gregos em
Benevente em 663, resistiu vigorosamente e
foi soccorrido por Grimoaldo, que correu da
Lombardia para o libertar.
romoaldo n, (hist.) filho e successor de Gi-
soUl, tomou Cumel e deixou os seus Estados
a seu filho Gisolf II.
ROMUALDO (S.), (hist ) nasceu em Rav<^nna
ena 956, fundou em 1012 o mosteiro de Ca-
maldoli na Toscana, de que foi o primeiro
abbade. Morreu em 1027. i/ commemorado
a 7 de fevereiro.
RoíuLEO, A, adj. (poet.) de Rómulo. Ter-
ra — . Eneid.
RÓMULO, (hist.) fundador e primeiro rei de
Roma, passava por filho de Marte ode Rhea
Silvia, filha de >umitor, reid'.Alba. Veio ao
mundo com Remo Amulio, tiodo llhea, man-
doii-a enterrar viva por ter quebrado os seus
vt tng, e fez expor os dous gémeos sobre o Ti-
bre, mas o rio deixou-os em secco e uma lo-
ba lhes deu de mamar. Faustulo, pastor do
rei, tendo-os achado, os fez criar por Acca
Laurentia, sua mulher, i.orauloe Remo cres-
ceram entre os pastores. Inslruido do segredo
dpseu nascimento, Rómulo matou Amulio,
de[iois foi com Itemo seu irmão, lançar os
fundamentos de Roma no mesmo lugar, aon-
RON
467
de tinham sido expostos (753annos antes de
J. C.) Durante estes trabalho», o» dous rr-
mãos, d(38aviado-se um c )m o outro, Ronau -
lo matou Remo, depois d'islo fez da sua cida-
de um azylo de vagabundos e fugitivos. Ten- *
do convidado aos jogos públicos as p )vo.iç3es
visinhMs, e principalmente os Sabinos, rou-
bou as mulheres dos espectadores para dar
esposas aos seus vassallos: d'aqui seorgina-
ram muitas guerras, de qu*i R )miilo sempr«
saiu vencedor. Orgnnizou o seu pequeno es-
tado, dividiu a Uííção em patri',ios e ple-
beos, creou um senado, instituiu o trium-
pho e as ceremoni^s religiosas, e desapare-
ceu no meio de uma tompestade, ou foi oior-
lo pelos senadores no anno 7t'» antes de
j. í:.
RONCA, s. f (de ronear) bravata, amea-
ça de fanfarrão ; instrumer»to de som rouco
e medonho.
RONCA s. f. (do Lat. runco, oni», ensi-
nho) união de três ou quatro finzoes em for-
ma de fateixa para pescar no alio mar peixes
grandes.
RONCADOR, s. m,. OU adj, fanfarrão, va •
lentào.
RONCAGLiA, (geogr,) villa do Estado de Par-
ma, sobre o Vo entre Placencia e Cremo-
na.
RONCÃo, (geogr.) riacho de Portug'>l qu$
nasce na-í serras situa ias ao S. de Miirçí
de i anoyas, avizinha-se a Favbios e entra
na direita do Douro.
RONCAR, V. n. dar um som rouco como
fazem algumas pessoas dormindo, resonar ;
rugir, t). ^. as tripas roncam.. — , bravatear,
ameaçar em vão; blazonar, v.r. — de va-
lente. U mar — em tormenta.
RONCARIA, s. f. (des. aria] bravatas de
roncador, feros grandes ameaços, fanfarri-
ce, o som rouco do peito de quem respira
mal : — de trombetas dissonantes
RONCARIA, s f. movimento ronceiro ; pri-
guiça
RONCEAR, V. n. (Y Ronceiro) naover-se,
obrar ronceiramente. i ii<'úí
RONCEIRAMENTE, adv. (m«^f«'Séff.) tarda
vagarosamente : vai o negocio mui — .
RONCRiRO, A, adj. (do Fr. ant. roncin,
sendeiro máo cavallo) zorreiro, tardo, vaga-
roso ; tardo em aprender, pouco diligente.
Estudante, servidor—. Navio — .
RONCÈvALLES, (geog»" ) vílla d'llispanfeii a
8 léguas NE. de Pampellona.
RONCiGLiONE, (geogr*) Cidade dos Estados
Ecclesiasiicos, a 4 léguas ao SE. de Viterbo ;
3,3G0 habitantes.
RONCO, s. m. som rouco, surdo como o
que se faz resonando, ou com a ronca — s,
feros, bravatas. Os — * do Auslro O mariti-
mo — .
117 ♦
468
ROO
ROR
RONCO, A, adj. (ant.) rouco.
RONCOLHO, adj. raal capado. Porco — ,
mal capado, Cavallo — , que tem um só
testículo.
RONDA, s. f. (de rondar) guarda militar
de pé que anda vigiando os postos, assenli-
nellas ou obairro. Fazer — s. Andarde — .
— , diz-se também do numero de quadrilhei •
ros e oíTiciaes de justiça quf andam de noi-
te rondando as ruas.
RONDA, (geogr.) Arunda, cidade d'Hispa-
nha, a 16 léguas NO. de Málaga; l9,000
habitantes.
RONDADOR, A, adj. que ronda.
RONDÃo, s. m. {áeroda) De - , precipi-
tadamente, do roldão.
RONDAR, V a [áoFv.ronde, v.rond. re-
dondo) andar visitando as sentinellas, os pos-
tos, as ruas; — a cidade, a praça. Andar
jondando.
aoNDELET, (hist ) medico e naturalista fran-
oez, nasceu em 1507, morreu om i566. Dei-
vou uma Historia dos peixes.
RONFE, (geogr.) villa e freguezia de Por-
tugal a 1 légua e meia de Braga, 1,000
habitantes
RONHA, s /. {do llàl. regna, doLat.ru-
bigo, ferrugem do trigo) espécie de sarna
queda nas ovelhas ; (fig.) vicio moral; ma-
licia, manha. Tem muiia — .
iiONHOSO, A, adj íd'^s. oso] que tem ro-
nha. Gado — : (tig.) astuto, malicioso.
RONQUEAR, V. tt. alimpar o atum da espi-
nha para oeslopejar e pôr em conserva.
RONQUEIRA, s /. doouça do gado.
RONQLENHO, A, adj. rouco. A rã 7'on-
quenha.
RONQuiDÃo, s. f. ronquido, voz rouca.
RONQUiDO, ú. m. rouco.
RONSARD, k(hist.) celebre poeta francez,
nasceu em l524, morreu em 1585. As suas
obras constam iVodes, sonetos, elegias, epi-
thalaniios e poemas.
ROOKE, (hist.) astrónomo ingíez, nasceu
em i651), morreu em 1708. Deixou . Obser-
vações sobre o cometa de 1052; Methodopa-
ra observaras ecclipses da lua.
HOOL, s. m. pi. Rooles. V Rol.
RooLiM, s. m. (t. Ásia) dignidade supre-
ma do sacerdócio noPegu. V. Rólim.
ROO.S, pi. (ant.) V. Rol e Roes.
Roos, (hist.) família d'artistasallemães, que
cultivou com vantagem o género de pinturas
d'aaimaese paizagens, o mais celebre é Phí-
lippe Roos, que nasceu em 165Ò, o morreu
eml7i5.
ROPA. V, Roupa.
ROPiA. V. Rupia
ROQUE, s. m. (do Fr. roe, rocha, rochedo)
no jogo do xadrez, a torre
ROQUE (S ), (hist.) nasceu pm Montpellier
em 12'J5, morreu em 1327. E' commemo-
rado a U) d' a gosto.
ROQUE-BRUSSANE, (geogr) cidade de França,
a M léguas e um quarto SO. de i^rigoolle ;
1,50"^ habitantes.
ROQUiBROU, (geogr.) cidade de França, a 5
legua-í d'Aurillac, 1 ,360 habitantes.
ROQUEBRUNE, (ooogr.) vílU de França, a
4 léguas SE. de Draguignan ; 2,019 habi-
tantes.
ROQUicouRBE, (geogr.) cidade de França, a
2 léguas e um quarto NC. de Castres;
17 j 7 habitantes.
HOQUEFORT, (googr.) villa do departa-
mento d'Aveyroa em França, 350 habi-
tantes.
ROQUEFORT DE HARIAN, (gCOgr ) VÍlla ds
França, a 5 léguas ISE. de Mont-Marsan ;
600 habitantes.
ROQUEFORT-DE-SAULT (geogr.) vjlla ds
França, a 8 léguas de Simox ; 780 habi-
tantes.
ROQUEIRA, s. f. (de roca) peça de artilha-
ria que joga pellouros de pedra.
ROQUEiRADA, s f. (des. 8. ttda) tiro de ro-
queira.
ROQUEIRO, A, adj. de roça, de roqueira.
Pellouros — , desparados por roqueira Cas-
tello — , construído sobre roca alcantilada.
— -,de roca, que íia era roí*.a Moça — .
ROQUEJAK. V. Rouquejar.
roquelaure. V. Rocló.
ROQUELAURE, (geogv.) villd de França, a
2 léguas N. d'Auch ; 150 habitantes.
ROQUELAURE, (hist.) marcchal de França
d' uma antiga famillia d'Armagnac, conhe-
cida no Xlli século. Foi nomeado marechal
de França era i61> Morreu em itíáj.
ROQUELAURE (marquez, depois duque de),
(hist.j nasceu t;n ífVi.), tuoii-en em i683 ;
distingíii-se nas jalolU.is d í Mari.io, de Ho-
necourt Publicou Ateniuroi direríidas do
duque de Roquelaure
ROQUELAURE, (ge gr. , (idade do i^Vauça,
a 7 léguas, ^C. d'Uzés ; 4 130. habitan-
tes.
ROQUES, (hist.) tiieoiogu piotesíanie, nai-
ceu eji 10^5, luorreu em l748. Deixou o
Pastor Evangélico, Cf
ROQUETE. V. Rochete. Etn — , .t. do bras.)
cm triangulo.
ROQUEVAiRE, (geogr ) ciladeu! França, a
5 léguas JN. E. de .Marselha ; 3 22>) habi-
tantes
ROUANTE, adj dos'zg. (Lit. /'>r«/i5, tis,
p.a. doro/*o, are, crvalhur) ;poet )orvalho-
so, rorifero.
RORARio, s. m. ou adj. ^Lat rorarius)
Soldado — , soldado romano armado á li-
geira que ia na primeira lileira.
RORARIUS, (hist.) escripior italiano, nasceu
KOS
ÍIOS
469
em 1485, morreu em 1556. Deixou um
traclado intitulado ; Quod animalia bruta
sotpe ratione utantur melius homine.
RÓRIDO, A, adj (Lat. roridus, de ros, ris,
orvalho) (poet ) húmido com orvalho Copos
— s (do vinho). Diniz.
RORiFEHO, A, a^j . (Ut. Torifcr) (poet.)or-
yalhoso, que traz orvíilho ou chuva.
ROSA, s f. (i^at. rosa. Creio que vem do
Egypcio rn, bocca, e çai ou sai, bella, ou
xai, nascer. O Ur. r/íorfon, de que Varro de-
riva rosa, tem a mtsma origem) flor bellis-
sima odorifera vulgar de que ha varias es-
pécies. — albardeira ou montez, de Jerichó,
de Alexandria ; branca, mosqueta, mogu-
rira Era geral é do côr encarnada desmaia-
da. — , (fig.) roseta. Nó de —, que forma
como uraa rosa. — de encadernador, peça
de latão com lavor que os encadernadores
aquecem para applicar a folha do ouro so-
bre a capa dos livros — náutica, di!^tribui-
ção circular dos rumos ou ventos cuja direc-
ção é marcada pela agulha de marcar. — ,
adjectivado, da côr da rosa, encarnado, Ac-
mas —s Setira — . As - s do rosto, a bella
côr encarnada dasfaces. Maré de—s, (fig.)
mui favorável, plácida. Domingo de — s ou
de — , oitava depois da Ascensão. Diamante
— , chapa, cujo fundo é plano e por isso
tem pouco brilho.
ROSA (S.) (hist.) virgem, nasceu em Lima
em 1586, fez-se celebre pela sua virtude
e ardente devoção ; educada com magnifi-
cência, caiu em pobreza, evio-se obriga-
da a servir ; como criada ; depois entrou
na ordem Terceira deS. Domingos e mor-
reu em l6t7. E' festejada a 39 d*Agos-
to.
ROSA, (Monte) (geogr.j montanhi daSuis-
sa, é o mais alto cume dos Alpes depois
do Monte Branco.
R0SA-cn!j2, (Irmãos da) (hist.) sociedade
secreta d'illuminados, osquaes julgavam |.e-
netrar 08 mysterios da natureza com osoc-
coro d'uma luz interior. Tinham por chefe
um fidalgo allemão , chamado Ho-
senkrenlz, (isto é Rosa-Crnz], o qual di-
ziam ter vivido mais de cem annos, e que
voltando de viagem na Turquia e Arábia,
tinha contado segredos maravilhosos. Os Ro-
sa-( rijz propunham-se aperfeiçoaras scien-
cias úteis á humanidade, principalmente a
medicina, mas caíram nos erros da magia,
de alí^himia, e acabaram por se tornarem
charlatões. Espalharam -se pela Alemanha no
principio do XII século. Esta seita pare-
ce estar extincta hoje.
ROSA (Sí^lvador) hist.) celebre pintor ita-
liano, nasceu em 1615 em Aremella, mor-
reu em 1673. Entre os seus muitos quadros
DOta-se. S. Thomé tocando nas chagas de
TOL. IT.
Jesus; Jonas pegando emNiyiive, aPytho-
nisa d'Ender, a, Sombra de Catilina.
ROSAOA, s f. nome de um peixe.
R ;Sado, A, adj [rosa, des. adj. ado) com-
posto dti rosas, feito com rosas, nleo, açú-
car, mel — . — , côr de rosa, ©. g. as — *
faces. O — carro da Aurora. Os — s horizon-
tes.
ROSARS, (geogr.) aldeia considerável da
Ilha de S. Jorge, situada sobre a ponta do
NE da Ilha, virad» ao SK e cercada de
altas rochas, á beiramar.
ROSAiRO. V. liosario.
ROSAL, s. m.{rosa, des collectiva ai) mata
de roseiras.
ROSALGAR, s. m. oxydo de arsénico.
ROSÁLIA (S.) (hist.) patrona de Palermo,
fiiha de um senhor de Roses, do sangue
de Carlos .MagDO, vivia no Xlí século. Re-
tirou-sc a uma g'uta do monte Perogrino,
aonde passou vida austera, e ahi morreu
em 16G0. E' commemornda a 4 deSeptembro.
ROSAKio, s. m enfiada do contas que mar-
cara os[».idre-nossos e ave-mari/is.'//!» — ,
são cento e cincoenta ave marias e quinze
padre-nossos, — , machina de tirar agua
por meio de uma cadeia, em que estão en-
fiadas meias bolas ou êmbolos justos.
ROíARio ou s. JOSÉ cucuTA OU simplcs-
m-nte cucuta, (g^ogr.) cidade da republi-
ca de Nova Granada, a 100 léguas. NE. de
Santa Fé de Bogotá
R03AIU0, (geogr.) cidade do México, a 44
léguas S. de Culiacan ; 5,600 habitantes.
ROSÁRIO, (geog.) villa mercantil da pro-
víncia do Maranhão, no Hrazil na margem
esque'"da do rio i tapicuru, a 8 léguas de
sua embocadura na bahia de São-José.
RO.<?ARio, (geogr.) nava villa da provín-
cia de Sergipe, no Brazil na conarca de
Santo -Amaro creada por lei da assemblea
provi icirl.
ROSÁRIOS, erro por rorarios
ROSAS, (guerra das Duas) (hist ) guerra
civil, que aííligiu a Inglaterra, durante o
XV. século, teve por causa a rivalidade das
casas de Lencastre ed'tforck, que disputa-
vam o throno, e tomou o nome de rosas,
porquejos dous partidos tinham tomado, ca-
da um uma rosa para signal.
ROSAS, (geogr.) cidade forte d'Hespanha,
sobre o Me^iiterraneo, a 12 léguas NE. de
Girona; 2*31 j habitantes.
RosASOLis, s.m. (do Lat. ro5 solis, orva-
lho do sol, planta que entrava ni composi-
ção d'este licor) licor espirituoso em que en-
tra o sândalo vermelho. — s, gottas de or-
valho, planta.
ROSBACH, (geogr ) villa da Prússia, entre
Naumburgo e Merseburgo.
ROSBECQUE, (geogr.) Roosebeke em Fla-
118
♦''#
ROS
RÓS
mengo, cidade da Bélgica, a ^ léguas ao
NE. d'Ypres ; 1,500 habitantes.
ROSCA, s. f. linha, volta, dobra, lavor,
espiral. As — s que faz a^ cobra. As —s do
parafuso. — , bolo de farinha feito em for-
ma de argola torcido.
ROSCELiN, (hist.) philosopho escholastico
«aseeu na Bretanha no BQeado do XI. sé-
culo. Sustentava que es ideias geraes não
tinhão a m«'nor realidade fora do nosso es-
pirito, e que só são puros íiomcs a que nào
corresponde nenhum ser real. Foi o fun-
dador da «eita dos Nominaes. Crendo ap-
plicar esta doutrina ao mysterio da Trinda-
de, adquiriu adversários, e foi condemna-
do no concilio de Soissons.
ROSCíADO. V. Bociado.
hosciAR, V. n. ou n. V. Rociar, Borri-
far, Orvalhar.
«osciDO, A, adj. (t.at, roscidus) húmido,
orvalhado.
ROSCO; s. m. V. Rocio.
ROSCíbso. V. Ortalhn.
R08C1US, (hist.) celebre actor romano, nas-
ceu em 12y antes de J. C, morreu em 62,
aperfeiçoou a pantomima e deu lições a «j-
ceru que advogou a sua causa contra Fau-
nio Cheréa.
ROscoE, (hist.)esciiploringlez. nasceu em
'1752s morreu era 1831. Deixou além de
muitas po^-sias : a Wúa áeLourínço de Me-
-eis ; a Vida e pontifioado de Leão X.
HoscoFF, (geogr) villa de França, a 5
leguas*80 J\0. de Morlaise; 'è.óòi) habitan-
tes.
RoscoMMON, (geogr.) cidadc d''IrlanHa, ca-
pital do condado de 'Uoscommon, a 18 lé-
guas NB. de BuHisi ; 3.300 habitantes. O
condado do iloscommon, situado entre os
de Leilruis, I ongford, Wcst-Mealh, Sligo.
(lalvvav e Mf?yo, conta 250,000 h; bitan-
les.
ROscoMMON, (conde de) (hist.) poeta ir-
landez, nasceu em 1603. era sobrinho de
Wentwert, conde de \Slr;ifTofd. Deixou um
Ensaio sobre u tradjcçào em verso ; tra-
<ki<(.õt'6 da Arte poética d' Horácio, e da *'».^
Sglcgu de Virgilio.
HíiSE, (hist.; doutor fraiuiez, nísc» u ett
1714, morreu etn 4ií05 Deixou : Tralado
elern^it&r de fttoral ; Moral evangélica com-
parada com a de iíifferenies seitas de r^-
Ugmo e de philosophta.
ROsEAU on CHARLOTTE-TowoN, (geogr ) Ca-
pital da ilha da 1 ominica, 5,a0o habi-
"iRntfes.
ROSEIRA, s. f. [rosa, des. eira) o arbiis-
^^40 eí-piifh* 80 que dá rosas.
BOSELLA, s. f. nome de uma herva cha-
- Hítda em L«tim m/Ks mas.
ROSfcllo^DA, (bisMi) íilbadeCunimond, rei
dos Cedidas, o qual o rei lombardo Alboin
batteu e matou em 167, foi obrigada a ca-
zar com o vencedor. Obrigando-o este bár-
baro a beber pelo craneo de seu pai, man-
dou-o matar por Peridés, seu amante com
o qual casou e fugiu para Ravenna. Den-
tro era pouco quiz envenenar este^.*"^ ma-
rido para casar com o exarca í*ongíno, más
foi ahrigada a beber o veneno.
ROSENAU, (geogr.) Rozno-íianya em hún-
garo, cidade de Hungria, a 7 léguas NE. cte
Goemoer ; ó,O0Ò habitantes.
ROSENAU, (geogr.) Uosnyo , cidade da
Transylvania, a 3 léguas SO. do kroustrtdl;
4,ul0 habitantes.
ROSENBEHG, (geogi.) villa da Hungria, a
légua e meia de S. Niklas ; 2,200 habitan-
tes.
ROSENHEiM, (geogr.) villa de Baviera, so-
bre íi lufig a li léguas SE. de Munich;
ij^iSO habitantes.
ROsaíiMULLER, (hist.' grande anatómico al-
lemão, nasceu ecn 1771, morreu em l8j£t^
Alem de muitos artigos nas revistas scienti-
íicas, publicou ; De Ossibus fossílihus ani-
malis cujusdam ; Atlas anatómico chirur-
gicum, etc.
RÓSEO, A, a(/;. (La t. rosews) de rosas , côr
de rosa. FerfuRies —s. BoCca, faces — s.
ROSETA, s. f. (Fr. roseite) a peça jas es-
poras que tvm puns rom que o cavalleiro
pica o cavallo ; bolinha arma-la de puas que
se pÕ!3 nos remates das disciplinas ; peça sp-
raelhanle á roseta das esporas queseappli-
ca aura dos ramos do compasso para traçar
pontinhos. Côr — ; feita com raspas de piío
brasil, pedra huijiie, g'an, etc.
RosETTA, (geogr.) Bachid dos .Árabes, ci-
dade do baixo Kgy.pto, capital de uraa pro-
vincia, no ramo occidental do >ilo, ao NE
d'Alfcxandria e d'Ahoi:kir; 9,000 habitan-
tes.
ROSHEiM, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas e meia S'). deSlrasbcurg, 3771 ha-
bitantes.
ROSiCLER, s. nn. (ftHt.) peça de pedraria
que oi^na o pescoço ; peça que cingia a ca-
beça ÍA iiijosla de pingentes ( reio quo é
corfupçào derossi-collar.
RosiCLKR, adj dos 2 g. (Moraes SMppôy
que \eru do Fr rose, e clair, claro ^e as-
sim iòra deveria significar detòr de rosa des-
maiado. Vem dtíroK.T, ruivo, e clair, claro)
purpurino, arroxado, afogueado, tx O pla-
neta niôirr matizava de — no^^ccus. » Mal.
conq.
KOSiCKií. V. Rosiclfr.
RosifeRts, (geogr.) cidade de França, a 5
leguíis NK. de Mtntdidier ; 2 HLO habitan-
ROSiERES-AUX^AUHSS, (geogr.) Cidade 06
ROS
ROT
471
França, a 4 léguas SF. de Nancy ; 2,500
habitantes.
RosiERs, (geogr.) villa de França a 6 lé-
guas NO. de Brives.
RosíERS, (geogr.) villa de França, a Ue-
guas NO. de Sanraur; 2,760 habit^nles
«osíLHO V, Russilko.
Rosirr, (bist.) Rosinus antiquário allemão,
nasceu em 1551, morreu era 1H2/. Deixou :
àfUiquitatum romanarum corpus.
«osíNHo, (ant.) V. UusiUho.
ROSKiLD ou HOTHSCHiLu, (gcogr.) cldade
de Dinamarca, a 9 legnas SO. de Cope-
nhague; *2,0"() habitantes.
BOSLiN, (geogr.) cidade dTscossia, a 2 lé-
guas e um quarto S. <i'tdimbourg,
ROSMANINHAL, s. Wi {rosmaninlio, des.
collectiva ai) campo de rosmaninhos.
ROSMANINHAL, (geogr.) villa do distrilo de
Castello Braço, em lOrlugal donde dista 7
léguas ao E. qua^i i ao O da raia hespa-
nhola, e igual distancia ao ^. do Tejo
1.300 habitantes.
ROSMANINHO, s m. (Lat. ros marinus) ar-
Jjusto aromático vulgar.
ROSMAR, s. m. espécie de phoca mui gran-
de», animal amphibio E ant. e desusado.
ROSNADO, A, p p. de rosnar, que rosnou.
ROSNADOR, 5. m. o que rosna.
ROSNADURs s. f. (d(.s. UTu) acçiio do ros -
nar.
ROSNAR, V. n. (Lat rc.sowo, are, resoar]
murmurar. — se, v. r. impessoal, liosna-
se, sussurra #e, diz-se em segredo, pela boc-
ca pequena.
ROSNT^ (geogr.) villa de França, sobre o
Sena, a 2 léguas (>. de .\ianles ; 750 ha-
bitantes
HOSPORor-N, (geogr.) villa de Franç«, a 4
léguas e meia iE. de Qnimper; 900 habi-
tantes.
R0SQUiLH.\. \^ lio^quinha.
HOSQUiLHO, s. m. V. Rosquínho.
ROSQUINHA, s. f. dininut. de rosca.
Ross, (geogr.) cidade d'Iiiglaterra, sobre
o W>e, a 5 léguas SO. d liereford ; 3,800
habitantes.
Ross. (geogr.) cidade dTrlanda, « 10 lé-
guas SO. de Cork
ROSS (condado de), (geogr.) na Escócia, en-
tre os de Sulherland ao N , d'inserness ao S ,
/^e Cromarty a E , limitado a O pelo Oceano ;
7 ,>'00 habitantes. Capital Tain.
RossA. V Roça. Ancora d—, (phr. naut )
prompla para se soltar, a pique.
ROSSANo, (geogr.) Roscianum, cidade mu-
rada do reino de Napohjs, a légua e meia
fto Ui8r Jonio ; 7,L0O habitantes.
R(>ssi, ^hist ) illnstre famillia italiana, es-
teve por muito tempo é frente do partido
jguelfo em farma, quando as perseguições
do cardeal Berlrand de Ponget, a obriga-
ram a lançar so ucs braços dos Gibelinos.
Rossi (1'roperiia de), )hist.) esculton ita-
liana, nasceu em 1540, morreu em 591.
.\s suas principies obras d'es<'ulptura são a
Paixão de Jesu Christo ; José regeitando os
offe^ecimenlos da mulher de Putiphar.
ROSSi (Jeronjmo), (hist.) éscriptor italia-
no, nasceu eni 1551, nporreu em 607.
Deiyou uma Hisíona de Rnremta.
^lossi, (hist ) f.scrij^tof il^aiLano, nasceu efH
1577, morreu vm ltj47. Deixou com o ti-
tulo á[Endefriin \,(iui sátira dos xicioR da Éor-
tc de Rttm;».
Rossi (J. B ) ^liiil.) sábio italiano, nas-
ceu em 1742. Duixou ; Carmina escotira.
ROSSiENA, (geogr ) cidadade da Rússia eu-
ropea, n 5' léguas NO. de Vihia.
ROSsiM, s. m [áo Fv- rosse, Aliem, ross)
sendeiro, cavallo máo.
RossiNAL, odj dos 2 g. derossira.
ROSSIO. V. Rocio.
Rosso, (hist.) pintor de Morença, nasceu
em l^i96, morreu em 1591 O seu melhor
quadro é Christo no Sepulchro.
Rossons. V. Rosasolis.
ROSTALHADA. V. Rastolhada. Rostolha-
da.
BOSTAMiDES ídynaslia dos), (hi«t.) dynastia
árabe, que possuía as costas marilimas d'A^
frica, desde Tunis at<^- ao estreito deiiibral-
tar, foi d^âtrtiido no começo do X século
mahadi Al) tul Cacem-Mfthammed-Ben-.-J^-
dalili, ao mr-smo tempo que o dosnglabi-
tas.
RosThNHOj s m diminut. 1p rosto —
de tauxia, boniio. —s, pi mostras de des-
contentamento
RosTiR, V a. (doTeul. rf/5í, grelítas) (ant.)
moer, (tisir, maltrafar ; (lig ) mastigar,
ROSTO, s. m. (do ai roxlm^n, parte an-
terior dos pássaros, bio (lourl de f bolino
deriva de raz, cabeça em Chaldeo, Hebraico
e Arábico, cujo radical é o Egypcio ro bocca ,
face ; mas não dá razão da segunda parle do
vocábulo, que talvtz venha do Gr, sterea,
solido) a parte dianteira da cabeça do homem,
cara, face ; fronte, frente ; semblante ; (ftg^
animo. A meio — , de lado, não de face. —
a — , ou de — a — , cara a cara Estar —
por — ctm alguém, só a só com elle. Ter,
fazer — , encarar, aíTrontar. Mostrar o —
ao inimigo, acommetter Voltar o — ao ini-
migo, resistir ao inimigo que vai em nosso
alcance. Fazer bom ou indo — . bom ou
máo semblante. Pôr o — em<ilgum ponto,
dirigir-se a elle, tJ. ^f. puz^mos o — na Ín-
dia, (phr. naut ) Paro— afortuna, aym-
turar-se. Fazer bom — , ou <«r — quedo á
fortuna, não desmaiar, nos perigos, nasdes-
graças. Pór-se com alguém de — a — , acom-
118 «
fw
»0T
metter, luctar, pelejar. Darde—, a alguém
ou a alguma cousa, desviar-se, não dar at-
tonção. Dar o vento de — , na cara. Dei-
tar, dar, lançar em—, increpar, accusar
Trazer o coração no — , não dissimular,
inoslrar-se sincero. Fazer — de, dar mos-
tras Mostrar a viotoria o — , mostrar-se h -
voravel, — alegre, triste, temeroo, animo,
disposição , semblante. Com o mesmo — ,
(fig.) sem torvação. — do livro, frontispício.
— da medalha, o lado onde cslá estampa-
da a eíTigie. — do sapato, a parte que cobre
o peito do pé.
ROSTO DE cÁo, (geogr.) aldeia grande da
Ilha de S. Miguel, situada á beiramar em
terreno plano, uma milha distante de Pon-
ta Delgadn.
ROSTOCK, (geogr.) cidade de gran-ducado
de Mecklemburgo Schwerin, a 16 léguas e
ura quarto INE. de Schwerin; 19 000 habi-
tantes.
RCSTOLHADA. V. Rastolliãda.
ROSTOPCHiis (Theodoro, conde de) (hÍ5.)ge-
neral russo nasceu em 17G5, morreu em 1826
foi governador de Moscowem $812 4'ap-
proiiraação dos ffancezes, incendiou a cida-
de para não não deixar nenhum recurso ao
inimigo.
ROSTOV, (geogr.) cidade da Rússia, na mar
gemlNO. do lago Nero, a 15 léguas SO. de
laroolov ; 5,000 habitantes
ROSTOV ou SANTA DiMiTRiA, (gcorg.) cidade
da Rússia europea, sobre o Don. a 11 lé-
guas SO. de Novo-Tcherkask; i),000 habi-
tantes.
ROSTRADO, A, adj. (L.it. Tostratus.) que
tem bico ou rostro. Galé — , que tem es-
porão.
ROSTRATA, adj f. Corôtt — , que repre-
senta esporões de navios, destinada a p^e-
noiar vencedor em combate naval.
ROSTRKNEN , (geogr.) cidade da Fran-
ça, a 9 léguas SO. de Guingamp; 1.140 habi-
tantes.
ROSTRO, s. m. íLat. rostrum, bico de pás-
saro, esporão de galé ) (ant.) V. Uosio. — ,
tribuna de Roma antiga onde os orad.' res
fallavam ao povo, assim chamada por ser or-
nada de esporões das galés tomadas aos Kn-
ciates.
ROswEiiDE, (hist.) sabiojesuita allemão,
nasceu em 1569, morreu em li)29. Dei-
xou uma Historia das vidas dos Padres no
Deserto.
ROTA, s. f. (subst. da des. f. deroío, rom-
|)ido.) derrota, desbarate. — do exercito ini-
migo.— , (ant.j rompimento de guerra, pe-
leja.
ROTA, s. f. (do Lat. rota, roda.) Iribu-
nal de — , tribunal supremo ecclesiastico em
Roma composto de doze auditores onde vão
llOf
por appellação as causas ecclesiasticas de lo
do o orbe catholico.
ROTA, s. f. (do Fr. route, caminho, de-
rivado do Lat. rupia, f. de ruptus, p p.
de ru)>ii,o, ere, roaiper ) (íiaut j derrota, ca-
minho por mar «Que — se seguiria, se pa-
ra o norte, ou para o sul » Menles Pin-
to. — batida ou abatida, ou de — batida,
de cam-nho, s^-ra demora. Diz se do ma^ e
da terra. — , caminho por terra, e (fig.) as
vias, caminho, (!irec;;ão. « (Juera no mar da
vida quizer seguir a — do seu parecer. »
M. i into.
ROTA, s. f. (t Asiat. ro/anijf.) cana da Ín-
dia, espécie de sipó, de que s« fazem velas,
fundos de cadeiras, etc. « K com duas — s do-
bradas, nos sangraram muito sem piedade.»
Mendes Pinto, cap 24
ROTA, (geogr.) cidade de Hispanha. sobre o
Oceano, defronte de Cadix, a 6 b^guas .>0. de
í'orlo de Santa .\laria; 8,000 habitantes.
rota, (his.) poeta italiano, nasceu em 1509
morreu era r«75 Deixou; elegias, epigram-
mas, sú/ietoii, eglogas maritimas
ROTAÇÃO, s f. (Lat, rolatio, onis.) mo-
vimenío circular. Eixo de — , sobre que se
revolve roda, esphera, etc.
RÔTAMENTK,fldy. [mente suff.) (p. us.) aber-
tamente, sem segredo.
ROTEADO, A, p. p. de Totcar; adj. desmon-
tado, desmaninhado.
ROTEADoR , s. m 6 quB rotêa a terra.
ROTEAR , V. a. (de roto, rompido, e ar
des iiif.) romper a terra maninha. — char-
neca desmontar, desraaninhar, arrancar as
más hervas, para cultivar a terra.
ROTEARíA, s. f [rótear, des. ana.) arro-
téa, o trabalho de rotear,
ROTEIRO, s )íi. (roía, naut., des. eíro.) li-
vro que aponta a situação das costas, ilhas,
portos, baixos, correntes, ventos, etc, pa-
ra dirigir os navegantes na sua derrota, der-
roteiro ; (fig) norma, direcções sobre o mo-
do do proceder.
ROTELA, s. /. (ant:j V Ruptura, Rompi-
mento.
ROTELLO, (geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, a 3 léguas ao SE de 1 arino; ! ,800 habi-
tantes.
KOTH, (geogr.) cidade de Baviera, a 4 lé-
guas ao JNK. de renafiel; ^,200 habitantes.
ROTHARis, (his.) duque de Bresoia, depois
rei dos Lombardos, deveu o trono á escolha
de Gondeberge, íilha de .\rivaldo com a qual
cazou ; conquistou Gense a Liguria. pu-
blicou o celebre código lombardo.
ROTUENEOURG, (gcogr.) nomc de muitas ci-
dades da AUemanha; I.* em Hesse-Cassel,
sobre oFulde, a 9 léguas SE de (Cassei; 5,150
habitantes; 2.* na Baviera sobre o Tanbera ,
7 léguas NO. de Aresuach; 5,600 habitantes ;
ROT
3/ no reino do Wnrtemberg, a 3 léguas SE.
de Tubingen; 5,5()0 habitantes.
ROTHKNBUHGO (conde de), (bis.) general
prussiano , nasceu em 1710 , morreu em
1751.
ROTHERHAM, (geogr.) cldado de Inglaterra,
a l léguas e meia NE. de Sheffield; 10,417
habitantes,
ROTHERHiTE, (geo^^r.) villa de Inglaterra, a
meia legoa da ponte de Londres; 12,870 ha-
bitantes.
ROTiiERTiiLM , (geogr.) desfiladeiro da
Transylvania, nos montes Corpathas, nas
fronteiras da Valaquia.
ROTHíERE, (geogr.) villa de França, a 4 lé-
guas NO. de Bar-sur-Aube: 200 habitantes.
ROTHOUMA, (geogr.) uma das ilhas Polyne-
sias; 4,000 habitantes.
ROTHSATOUROTHESAY, (gcogr.) villade
Escossia, na ilha de Bute, a 8 léguas O. de
(ilasgow; 5,000 habitantes.
ROTHSCHEN-SALM, (geogp.) cidade da Rús-
sia, a 4 léguas SO. de Friedrichshamn.
ROTHSCHiLD, (his.) Celebre família de ban-
queiros : o seu fundador nasceu em 1743 em
Francfort sobre o Meno, de uma familia israe-
lita, morreu em 18l2. Ajuntou ama fortuna
collossal, deiíou cinco filhos, que continua-
ram no mesmo negocio, e são chefes de ban-
cos em algumas capitães da Europa.
ROTHwiEL ou ROTWEiL, (gcogr.) Arim Fia-
vice, Rottevilla em latim moderno, cidade
murada do Wurtemberg, a 14 léguas ao SE.
de Tubiugue; 8,400 habitantes.
ROTiA, (ant.) V. Arrotéa.
rotíNa, s. f. (ôo Fr. rouím«.)é gaUicis-
mo moderno e escusado. Temos trilha, tri-
lho, usança, carril.
ROTINEIRO, a, at/y. (do Fr. rowíimer.) que
segue a trilha, o carril, Cístumeiro. É gal-
licismo moderno e escusado.
ROTO, A, adj. (do í.at, ruptus, p. p. de
rumpo, ere, rompor.) rompido, quebrado
O vestido — , rasgado. As ondas — s nos ro-
chedos, quebradas.—, desbaratado, v.g.o
eiercito, — , (fig.) quebrantado, violado. A
paz, o pacto— ; divulgado, v. g s r^ova— .
— , supino, rompido. Tinha — a paz. o pa-
cto ; começado, v. g. — a guerra.
ROTOMAGUS, fgcogr.) ciflade da Gnllia, na
Lyoneza :i^ entre ofi Veliocasses,é hoje Ruão.
ROTORiA, s. f. (ant.) o arrotear, desma- |
ninhar.
ROTROu, (his.) poeta dramático francez , ;
nasceu em 1G09, e morreu em 1650. Drixr.u ^
23 peças trágicas ou romicas, asprincipaes
são : Antigono, Belisario, Hercules mori-
bundo, ctc.
ROTTECK, (his) historiador allemão. nas-*
ceuera 1775, morreu em 1840. Escreveu:
Historia geral; Historia geral do mundo.
VOL. IV.
ROU
m
ROTTERDAM, (gcogr.) fíoterodamum em la-
tim moderno, cidade do reino de Hollanda, a
51eguasemeiaaoS. deHaya; 80,000 habi-
tantes.
ROTTi ou ROTTA. (gcogr.) um» das ilhas de
Sonda, ao S. da de Timor.
ROTTo, (geogr.) villa dos Estados Sardos, a
2 léguas ao SE. de Verceil.
RÓTULA, 3. f rodella, patella do joelho.
RÓTULA, s. f- (talvez de roto, com a des.
dim.) obra de madeira com gfdosias, para
pôr diante da janella, formada de traves-
sas cruzadas que deixam entrar o ar e laz
escassa.
ROTULO, A, adj. que tem rotulo, ou p. p.
de rotular, que poz rótulo.
ROTULAR, V. a. [rótulo, ar des. inf.)pôr
rótulo.
RÓTULO, s. m. (de rolo.) letreiro, inscri-
pção sobre pergaminho, papel, madeira, mar-
fim, esmalte, que indica o nome da cousa,
V. g. o do Hcor de garrafa, redoma. Pro-
priamente era rolo de pergaminho escripto.
HOTUNDiDADE, s. f. (Lat. rotuuditas, tis.
redondeza.
ROTUNDO , A , adj. (Lat. rotundus.) re-
dondo.
ROTURA, s. f. (Lat. rw/. íwra) abertura da
cousa rota, ruptura ; rompimento , quebra
da paz, da amizade — da guerra, rompi-
mento. — , quebradura, hérnia, —de pala^
vras, razões desconcertadas de desavindos,
altercação.
ROu, Rou I interjeição ant., de impor si-
lencio,
ROUAD, (geogr.) Aradus dos antigos, pe-
quena ilha da Turquia asiática, no Mediter-
râneo, na costa da Syria, ao SO. e perto de
Tortosa .
ROUBA, s. f, (ant.) V. Roubo.
ROUBADiA. V, Rapina.
ROUBALO, A, p. p. de roubar; adj. toma-
do por violência, despojado, arrebatado. Ti-
nham—a casa, o gado. Caía —, despoja-
da. O cavalleiro — das suas armas.
ROUBADOR, s. m. O quo rouba. — , adj.
que rouba, v. g. a brandura amoro.sa r<m-
badora das liberdades. Gentes roubadorat,-
Cau õos d
R0UB.i!x, (ííeogr.) cidade de França, a 2
léguas ô nieiaaoNE.de Lille; 18,817 habi-
tantes.
R0UBA?5TiA, (ant.) V. Rapina.
Rot BAR, t. a. (do Lat. ro//io, crc, Aliem.
ravben, Sax. reapian, Pers. robadan, Fr.
ravir, (ir. harpô, harpazô.) despojar, tirar
por fo/on, t'f,m violência, arrebatar, furtar :
— o Ihesouro ; — a donzella. — , (lig.) en-
levar. Musica que rouba os ouvidos. A for-
mosura que roí/fta as altenções, os alvedrios.
—SE, V. r. furtar- se, fugir-nos. «Os bens
m
aou
ROU
deste muadô elles mesmos se nos roubam.^
Vieira.
ROUBAUD, (his.)gpammatico francez, nas-
ceu em 1730, morreu em 179í. Publicou en-
tre outras obras: Historia da A&ia, da Africa
e da Ameri.a; JSovos ^ynonimos da língua
franceza.
roubaZ. V. RoaZf Rapace.
ROUBLK. V. Ruble.
ROUBO, s. m. O acto de roubar, furto acom-
panhado de violência ; (fig.) a cousa rou-
bada. — dos seniidoSf rapto, enlevo, êxtase,
transporte. € Em doce — minha alma enle-
vada. »
ROUÇADO, ROUÇADOR, ROUÇAR. V. ROU-
sa, etc.
ROUCAMENTE, ãdo. {isento suff.) com rou-
quidão, com som rouco.
ROUCO, A, adj. (Lat raucus, voz imitati-
va.) que emitte som surdo, O — som das
trombetas, — do vento, que penetra nas ca-
vernas.
RGUÇOM, s. m. (ant) o que força mulhe-
res.
ROUDAH, (geogr.) ilha do Baixo Egypto, no
Nilo, defronte de Fosfat. Na extremidade SU.
desta ilha estava o celebre nilometro dos
Egypcios.
ROUDBAR, (geogr.) cidade da Pérsia, a 15
léguas ao SO. de Recht.
ROUERGUE, (gcogr ] Ruteni, antigo povo de
Guyenna, na extremidade ISO do grande go-
verno de Guyenna e Gaseonha, ficava limitado
por três lados pelo Languedoc, linha a i>0. o
Auvergne e oQuercy ao SE asCevencas.
ROíFENHO. V. Ronquenho.
ROUFiA, (geogr ) o antigo Alphêo rio da
Grécia, cae no golfo d'Arcadia.
ROUGE, (geogr.) cidade do França, a 2
léguas e um quarto ao NO. de Chatesub-
riaiid ; 2,100 habitantes.
ROUfiEMONT, (geogr.) cidade de França, a
4 legues e um quarto ao N. de Baume-les-
Da-mes; 1,-^53 habitantes.
ROUGKT DE l'isle, (hist.) ôuctor da il/ar-
stlhêza, nasceu em 1760, morreu em j8íj6
ROUiLLAC, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas e meia NO. d'Angouleme ; l,470ha-
bitantes.
ROUJAN, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas NE. de Beziers ; 1,420 habitantes.
Roujoux (o baião de), (hist.) escriptor fran-
cez, nasceu em 17/9, morreu rm 1830.
Deixou uma Historia dos reis e duques da
Bretanha e \xm D%ccionario Francez-1 ta lia-
na,
HOULANS-L*EGLlsE. (geogr.) villa de Fran-
.ça. a 3 léguas SO. de Baume-les-Dames ;
650 habitantes.
ROUMELIA, ROIIELIA, CU ROMANIA. (geOgr.)
Roum-lly dos Turcos (isto é, paiz dos Ro-
manos) Designa-se com este nome ou uma
região ou um pachahk do império turco.
Como região corresponde ou á antiga
Thracia meridional, ou a esta mesma Thra-
cia augmontada com a ^lacedonia, a Thes-
salia, ou mesmo a Albânia. Como pachalik
ou yaleto comprehende os livahs de Jani-
na, Salonico, Tricala, Seutari , Ochrida,
Avlona , Ghiustendil, ll-Bassan, Perzerin,
Dukagin, Ouskoup , Delvino, Velitschtem,
Cavale, Ronchewatz ; 3,000,000 de habi-
tantes. Capital Sophia e Monastir.
ROUMEZ, (geogr.) antigo e pequeno paiz da
França, comprehendido hoje nos departa-
mentos do Sena Inferior e de Eure, tirava
o seu nome da cidade de Ruão e tinha
Quillebaeuf por lugar principal.
ROUMYAH, (geogr.) cidade da Turquia asiá-
tica, capital de Livah, sobre olagodeRou-
myah, a 37 léguas S. de Bagdad; 400 ca-
zas.
ROUPA, s. f. (Fr. robe, Ali. rau6, vesti-
do. Em Egypc. hobç ou hops significa co-
brir), tudo o que «erve a vestir o corpo, e
cobrir a cama, a mesa ; capa, vestiduras
— branca, camisas, etc; — de mesa, to-
alhas, guardanapos, etc. ; — de cama, len-
ções, etc. — 5, pi., vestido talar, tant© de
homem como de mulher : — de jogo, de
festa. A' queima — , (loc. adv.) disparar a
espingarda sem fazer pontaria e de
mui perto. Corsário de toda — [rêupa po-
rouba), que despoja inimigos e amigos, pis
rata. — de francezes, (loc. fam ) despojor
de piratas, bens mal havidos Homem de
fraca — , (loc fam.) (fig.) de pouco valor
ou préstimo.
ROLPADO, A, p. p, de roupar ; adj. en-
roupado. Pintura estatua bem — , que tem
as roupagens bem imitadas.
R(jupagem, s. f. (des. agem], roupas da
pintura, ou esculptura. As roupagens do
quadro.
ROUPÃO, s. f. augment. de roupa, ves-
tido largo talar mui amplo, tanto do ho-
mem como de mulher que de ordinário se
traz por casa.
ROUPAR, V. a. {roupa, ardes, inf.), (p.
us.}, cobrir de roupas, vestir ; v. g. — as
figuras do painel, a estatua, fazer as rou-
pagens, — SE, V. r. cobrir-se de roupa, de
fato, enroupar-se.
RoupARiA. V. Vestiaria.
ROUPA velhbira, $. f. (xoupa, velha, des
eira), adela de fato velho.
ROUPAVELHEiRO, s. m. (V. O precedente),
homem que vende falo usadado, algibebe.
ROUPEIRA, adj. f. Lva — , espécie de uva.
Creio que é alteração de ro-èe, (ant.), doce.
V. Arrobe,
ROUPEIRO, * m. {rovfa, des. eiró], oqu<
ROU
ROU
475
ou'da da roupa. — , entre os pastores, o 1742, morreu era 18(12. Vuhlicou. o Syttema
que guarda as ovelhas. yhysico e moral da mulher.
ROíipKTA, s. f. rfimint/í. de roupas, rou- i huusselakii, (geogr.) cidade da Bélgica, a
pa mais estreita; tiinica de frade; v. ^f. a 4 Ipstií.k IVO. fie r.ourtray : H,<,liO habitan-
— dos jesuítas. I tes.
t»on>i7!HAS, s. f. pi. diminui, de roupas, ' bolssi. i bii misst, (hist.) compilladorfran-
vesliílur.i dií mulher quo desce ató á ciutu- | cez. nasceu em 1686, morreu em 176á. Dei-
ra e se aperu por diauie. \xoii : Memorias do reií.ado de Fedro o Gran-
iiouQUEJAR. V. n. [rouco, ávs. ejar^ do ' rfe ; Snpplemento ao corpo diplomático de
Cast ecUar, lançar), dar som rouco. « A j Dumont, etc.
rã rouquejQva. » íiocage.
RouQuiNHO, A, adj , diminut. de rouco,
o'gum tanto rouco.
iftOUQUlCE, e ROUQUIDÃO, «./". CStado POU-
CO da voz de -pessoa encatarrhoada.
nOfUSADO, A, p, p. de rousar ; adj. (ant.
e obsol), roubado, c. g. mulher — , vio-
lada, estuprada.
ROUSADOR, s. m. roub?idor, o que com-
mdlle rapto.
uoíiSAR, V. a. (alteração de roubar, ou
dí5 raplar], (ant.) forçar mulher, commet-
l' r rapto.
Ruuso, s. m. (ant ) V. Rapto, Estupro.
RoussAK, (ant.) V. Rousar.
KOUSSEAU, ^hisl.j poeta lyrico francez, iias-
KOussiLLON. (geogr.) antiga província e
graude governo da França ao 8., tinha por
limites ao N. o Languedoe, a O. o condado
de Foix, a E.o Mtditerraneo, eaoS. Hispa-
nha. Forma hoje o departamento dos Pyre-
neos Orientaes, e derive o seu nome da antiga
cidade deRuscin.
RoussiLON, (geogr.) villa de França, a 5 lé-
guas S, de Yienna.
ROUssiNOL. V. Rouxinol.
Rousso, s. m. (ant) \. Rapto, Estupro.
ROLSTAM, (his.) O i/ercw/fsda Hersia, era
filho de qal, príncipe do Sedjistan, e descen-
cia de Djemchid.
HOLSTAM, (bis.) general persa, que vivia no
VII século da n^ssa era, collocou no throno
ceae.n Parisem 167J,morreuem 1741. Rous-Í Yez-ledjerd III, em 622; morreu em 636, com-
seau não leve poeta que o egualasse na ode,
creou a cantata espécie nova do género lyri-
00 : compoz muitos epigrammas, cheios d'tís-
piri'o mas onie reina algumas vezes um cy-
nisuio revoltante.
ROUSSEAU (J, Jacques), (hist.) celebre es-
crijú.»r, nasceu em Í712 em Génova, era fi-
lho dum relojoeiro drsla cidade ; a sua edu-
ção foi muito desprezada, limilando-se á
leitura de alguns romances e ás vidas de
Plutarco, hm 1749 é que começou a pa-
lentear-se o génio deste escriptor. A questão
proposta pela Academia de Dijon : O progres-
so das sciencias e das artes tem contribuí-
do para corromper os costumes ? decidiu
Rousseau a entrar na carreira btleraria,
e a sua primeira obra fui o Adivinho d'ul-
deia, opera que ganhou grande voga ; se-
guiu-se-lhe uma Carta sobre a musica fran-
ceza ; a NovaHeloisa^ e Emi/ía adquirindo-
Ihe grande nome. Morreu em 1778. Alem
das obríis ja citadas deixou muitas outras,
entre ollas as Confissões, em que narra com
uma veracidade algumas vezes cynica, a h"s-
toria tão interessante da sua vida. Rouseau
obteve uma celebridade quasi egualá de Vol-
Idire.
liCLSSEAU (J. Francisco Xavier), (hist.)
( onsul fiancez na Pérsia, filho de um ourives
e Génova, e primo de J. Jacques Rcus-
itau, nasceu em 17H8. Deiíou interessantes
Men 01 ias siihie o coucmercio e historia da
J'ersia.
RObssEL, (bist. medico trancez, nasceu em J
batendo oá Árabes que tinham invadido a
Pérsia
RousTAM, (his.) filho de um camponez, foi
vizir de Solimão I!, e cazou com Mirmah, fi-
lha deste Sultão o da celebre Roíelane. Mor-
reu em 1500.
' ROUSTAM-BEYG. (his.) príncipe da dynas-
tia turcomaaa do Carneiro Negro, destro-
nou em 14UU a Beisinkour ; foi depois
de alguns annos de reinado destronado por
Acmet.
ROUTCHOUK, (geogr.) cidâde da Turquia eu-
ropea, a 22 léguas, g E. do i^ikopoli, 3,00(>
cazas.
ROUTOT, (geogr.) cidade de França, a 4 lé-
guas E. de Pont-Audemer, 1 ,30 U habitan-
tes.
ROUviNHOSo, A. adj. (ant.), de máu hu-
mor ; difficil de contentar ; caprichoso. Sá
Miranda.
ROUVRES, (geogr.) villa de França, a 3 lé-
guas SK. de Dijon.
RouxAR V. Rausar, Rousar, Forçar.
ROíxmoL, «. m. (Ft. rossignot, ant. or-
signot ou otsigncl, Jtal. rvsignolê, rusi-
gnuole ; do Lat. Imriniola, diminut. de
luscinm. ^ão sei porque os etymologistas
derivam este termo de ncx noite, quando é
evidente que é formado de lucus, manhã,
e cano, ere, cantar, ou cantillo, are, gor-
geiar), ave vulgar cujo canto é mui grato,
e que ranta ao amar hecer. Os poetas lhe
cbamão philomela.
AOuxiiiOL, (bis. n.) espécie de passares do
119 *
476
ROX
ROY
género Sylvia, é a avezinha, que tem a voz
mais extensa e melodiosa.
Rouxo. V. Rouso.
ROUZA, (geogr.) cidade da Rússia, sobre o
Rouza, a22 léguas O de Moscow; 2,800 ha-
bitantes.
ROUZADA, adj. f. (ant.) V. Violada, For-
çada.
ROVA, (geogr.) cidade do reino Lombardo
Veneziano, a légua e meia ao NE. de Chiari,
4,900 habitantes.
ROVERE, (bis.) caza italiana de muito baixa
origem, parece oriunda de uma familia de
pescadores deSavona. Deu dous papas á Igre-
ja; Francisco de la Rovere que tomou o nome
Xisto IV, e Juliano de la Rovere que tomou
o nome de Júlio II.
ROVERE (João de la), (bis.) sobrinho de Xis-
to IV e irmão de Júlio II, foi príncipe de Si-
nigagha e Mondavio, e cazou com a filha do
duque de Urbino.
ROVERE (Francisco Maria dela), (bis.) ulti-
mo duque de Urbino, nasceu em 1551, mor-
reu em 1631.
ROVERE (Francisco Maria dela), (his.) filiio
do precedente, foi duque de Urbino por mor-
te de Guid© Ubold I, seu tio materno. Morreu
em 1538.
ROVERE. (bis.) htterato e diplomático italia-
no, nasceu em 1563, morreu em 1608. E'
auctor da Filli di Sciro. Compoz: 11 Solima-
no. tragedia; Dramas em muzica; Comedias,
Cartas e Poezias diversas.
ROViGNO ou TREviGNO, (gcogr.) Rivonium
ou Rovinum, cidade dos Estados Austríacos,
a 21 légua S. de Trieste; 9,tJ06 habitantes
ROviGO, (geogr.) Rhodigium, cidade do
reino Lombardo Veneziano, capital da Polesi-
na, a 15 léguas e um quarto SO. de Veneza,
6,700 habitantes.
ROviLLE, (geogr.) villa de França, a 6 lé-
guas S. deNancy: 500 habitantes.
ROVOREDO, (geogr.) Rovereith, em allemao,
Rohoretum em latim, cidade dos Estados
Austríacos, a 4 léguas S. de Trento; 7,200
habitantes.
ROVORENÇA. V. Revevencía.
ROWE (Mcolau), (bis.) poeta dramático in-
glez, nasceu, em 1673, morreu em 1718. As
suas obras consistem em tragedias: Tamer-
lão, Ulysses, Joanna Grey, Joanna Shore.
ROv^^E (Thomaz), (his.) biographo e poeta
inglez, nasceu em 1687, morreu em 1715.
Continuou as Vidas de Plutarco. Deu em
verso inglez a Historia de José.
ROXADO. V. Raxado. Rajado.
ROXANE, (his.) mulher persa de grande bel-
leza, foi cazada com Alexandre-o-Grande ;
estava gravida quando morreu este príncipe
e deu á luz Alexandre oÂigus. Ajudada por
P^rdlccas mandou matar Statira, outra via-
va de Alexandre, fez aclamar rei stu filho
depois do tratado de 311, mas passado pouco
tempo foi morta com elle por Cassandra.
ROXAS, (geogr.) villa de Hespanha, a 8 lé-
guas NE. de Burgos; 400 habitantes.
roxburgh, (geogr.) Marchenium, villa de
Escossia. a 1 légua e um quarto SO. de Kelso;
200 habitantes.
ROXBURGH, (geogr.) condado de Escossia,
entre os condados de Berwick ao N. e ao NO,
de Dumfries, de Selkirk ao SO. e a 0. de
Cumberland ao S. ; 43,700 habitantes. Ca-
pital Kelso.
ROXEADO, k, p. p de roxear ; adj. tinto
de roxo, de côr tirante a roxo.
ROXEAR, V. a. [roxo, ar des. inf.), tin-
gir de roxo. O sol roxeando os horizon-
tes, v n. fazer-se roxo.
ROXECRiÉ. V. Rosicréy Rosicler.
ROXELANE, (his.) conhccida também pelo
nome Khourrem, isto é. Favorita, favorita e
depois esposa de Solimão II. Tinha sido es-
crava, nascida na Galiciaou Rússia Verme-
lha,foi mãi de Bejazeto, de Selmi II, e da Sul-
tana Mirmah. Morreu em 1557.
ROXETE. V. Rochete.
HOXiNOL. V. Rouxinol.
ROX'scuRO, A, adj. [roxo, e escuro) (t.
poet.), de côr entre roxo e escuro.
ROXO, s. m. (ant.) Rouso, Roubo.
ROXO, A, adj. (do Fr. roux, do Lat. rw-
fus, ou rubidus),AGCÒT de violeta, purpu-
rino; vermelho ardente, v. g. A. — flam-
ma, o — sangue. A — aurora, ruivo.
ROXOLANOS, (geogr.) Roxolani, povo da
Sarmacia europea, entre o Borysthenes e o
Tanais.
ROY, (his.) poeta francez, nasceu em 1683,
morreu em 1/64. Deixou seis operas; Calli-
roé, Semiramis; Philomela, Bradamante;
Hippodamia, Creusa, etc.
ROYAN, (geogr.) Novioregum, cidade de
França, a 6 léguas S do Marennes; 2,589 ha-
bitantes.
ROYANS ou ROYAiNEZ, (geogr.) autigo pais de
França, no Dolphinado, na margem esquerda
do Isere. Capital Pont-en-Royans.
ROYAT, (geogr.) villa de França a meia lé-
gua ao SO. de Clermont-Ferrand.
ROYAUMONT, (geogr.) villa de França, a 6 le-
goas ao N. de Paris.
ROYE, (geogr.) cidade da antiga Picardia,
hoje nO departf mento de Saume, a 3 léguas e
meia ao NE. deMontdidier; 2,306 habitan-
tes.
ROYER-coLLARD. ( his. ) medico francez.
nasceu em 1/68, morreu em 1825. Entre ou-
tros escriptos deve-se-lhe a fundação da Ri-
bliotheca medica.
ROTERE, (geogr.) cidade de França a 4 lé-
guas 6 um quarto É. de Bourganeuf; i ,600.
RUB
RUC
477
ROTO. V. Arroio.
ROTOU, (his. ) jornalista franccz, nasceu em
1741, morreu em 1792. Foi redactor do An-
no litterario, e fundou em 1790 o Amigo do
Rei
noYOU (Jacques), (his.) irmão do prece-
dente , historiador francez , nasceu em
1745, morreu em 18'8. Deixou duas trage-
dias: Phocion, a Morte de Cexar; euma come-
dia, o Froníiiò^ía; também escreveu diversas
obras de historia.
R02EIM0 , s. m. (t. da Beira), rancor,
ódio.
ROZENDAEL, (geogr.) cidade d'Hollanda,
a 6 léguas ; SO. de Bredas 4,500 habi-
tantes.
ROZANs, (geogr.) villa de França, a 13
léguas SO. de tjap ; 750 habitantes.
RozíER, (hist.) agrónomo trancez, nasceu
em 1734, morreu em 17^3. Deixou : Cur-
so completo d' agricultura.
ROZOY ou ROSAT, (geogr ) cidade de Fran-
ça, a 3 léguas e meia, SO. de Coulommiers,
2,700 habitantes.
RUA, s. f. (Fr. rue, diminut. de route,
entrada, caminho, do Lat. rupta, (. ruptus,
p. p. de rumpOf ere, romper), via, cami-
nho entre casas, que dá passagem nas ci-
dades, villss, alóa de jardim ; estrada co-
berta de praça forte, renque, correnteza fi-
leira de casas, arvores. « — s de embarca-
ções nos rios da China. » Mendes Tinto.
— s de gente em fileiras parallelas.
RUÃO, *. m. (de Ruão, cidade de Fran-
ça), panno de linho tosado, ás vezes tinto,
para forro».
RUÃO, s. m. (derwa), (ant.), cidadão pes-
soa que vive em cidade, villa, etc.
RUÃO, adj. in. (do Fr. r#wan, Ital, roa-
no, r§vano, que Scaligero deriva do Lat.
ravus, ruivo arruivadol, cavallo ruço, — ,
branco com nódoas negras redondas.
RUÃO, (geogr.) Rothomagus, Rotomagus,
Rudomum, cidade de França,' na margem di-
reita do Sena, a 34 léguas ao ^0. de Pa-
ris, 92,080 habitantes.
RUBEN, (h. s.) filho primogénito de Ja-
cob, oppoz-se a que seus irmãos matassem
José, e aconselhou-os a que o mettessem n'u-
ma cisterna, d'onde tencionava ir tiral-o.
Os seus descendentes formaram a tribu de
Ruben, e occuparam na Terra da Promis-
são, a província situada a E. do Mar-Morto
e do Jordão, ao S. da tribu de Gad, en-
tre as torrentes do Jabok e do Arnon.
RUBENAHC, (gcogr.) villa dos Estados prus-
sianos, a 3 quartos de légua N. de Coblenlz,
700 habitantes.
RUBENS (Paulo), (hist.) celebre pintor fla-
mengo, nasceu em 1577, de uma famillia
nobre e abastada, morreu em ,640. O nu-
YOL. lY.
mero de obras de Rubens elleva-se a 1,500.
Era eminente em todos os géneros, todavia
as suas principaes obras são no género d'his-»i
toria e representam objectos religiozos.
RÚBio, A, adj. (do Lat. rubens), decôr
vermelha.
RUBETA , s. f. (Lat.), rã de mouta. V.
Rela.
RUBI ou RUBiM, s. f. (do ruheo, ere, ter
côr vermelha), pedra preciosa côr de fogo.
PI. Rubis.
RUBicÃo OU RUBiCANO, A, adj. (de rubeo,
e cano, branco), que tem pello vermelho e
branco; v. g. Cavallo — .
RUBicoN, (geogr.) JRm&íco, hojeFmnten-
no ou Pisatello, pequeno rio d'ítalia, tri-
butário do Adriático, separava a Gallia Ci-
salpina da Itália propriamente dita.
RUBICUNDO, A, adj. (Lat. rubicundus), ver-
melho, — s rosas, faces.
RÚBIDO, A, adj. )Lat. rubidus), verme-
lho, ardente. O — horisonte. A — dextra
de Jove.
RUBiFiCANTE, adj. dos 2 g.QiiQ averme-
lha.
RUBiK. V. Rubi.
RUBLE ou RUBLO, s. m. (do Russo rubUu,
cortar), moeda de prata da Rússia.
RUBO, s. m. (Lat. rubus.) V. Sarça.
RUBO. s. m. (Lat.), vermilhidão ; v. g.
— das faces, dos lábios; (fig.) — do pejo,
da affrouta.
RUBRICA, s. f. (de rubro], almagra ; titu-
lo de lei ; de lição de breviário ; titulo ou
nota de escriptura, assignatura em cifra do
nome não escripto por extenso. Uns pro-
nunciam rubrica, outros rubrica.
RUBRICADO, A, p. />. dc rubricar ; adj. as-
signado com rubrica, marcado com rubri-
ca ; assignalado com almagra.
RUBRiCADOR, s. m. O que põe rubrica.
RUBRiCATUS, geogr.J rio d'Hispanha, ho-
je O Holsegat. — rio da Mauritânia, que se
lança no Bagradas, ó hoje o Seibous.
RUBRICAR, V. a. [rubrica, ar des. inf.),
assignalar com almagra ; tingir com côr ver-
melha ; pôr rubrica ; v. g. — Um livro,
escrever no alto e na <lireita da pagina o
nome ou apellido do rubricador por baixo
do numero
RUBRO, A, adj. (Lat. ruber, ra, um ;
Sanscr. rudhira, sangue. Creio vem de os,
oris, ou do Egypc. ro, bocca, onrokh, quei-
mar, accender), mui vermelho. Os — solhos,
— chammas, — faces.
RUC ou ROC,*. m. espécie de águia mui
grande.
RUÇAR, V. a, [ruço, ar des. inf.), fazer
ruço.
RuccELLAi, (hist.) cm latim Oricellariut,
nasceu em Florença em 1449^ morreu em
1«0
178
RUE
RUG
1514, era alliado dos Medíeis. Foigonfa-
loneiro da justiça. Escreveu : De urbe Uo-
ma ; De bello itálico ; De magisíraíibus
romanis.
RUCHOCHÓ. V. RUXOXÓ.
RUÇO, A, adj. (do Fr. roux.) esbranqui-
çado. Diz-se da eôr do pello dos cavallos :
— pombo, argentado, rodado. Agua — , a
que escorre das tulhas de azeitonas ensal-
mouradas
RUDA, s. f. V. Arruda.
RUDA, adj. f. (de ntf/o) rude. « A — )in-
gua mal coraposla. » Carnõeg.
RUDAMENTE. V. Rudemente.
HUDBECK, (hist.) sábio sueco, nasceu em
163!), morreu em i7()2. Tinha 10 annos
quando fez ura relógio de madeira, que ó
considerado como uma maravilha em me-
yCanica, Deixou entre outras obras : Cata-
ogus plantarum horíi academim Upsalênsis.
RUDDEK, (Olaus), (hist.) filha do prece-
dente, excedeu a seu pai na variedade dos
seus conhecimentos, nasceu era 1670, mor-
reu 1740. Deixou : Nova Samoland ; Cam-
pi Elysii ', Thesouro polyglotta.
RUDE,ad;". dos 2 g.{L9t rudis, de rus, cam-
po.) tosco, grosseiro, não polido, não cul-
tivado. O — povo. A — gente, — fraula, de
que usão os rústicos. Estylo — , bamildc,
de poeta pastoril.
if- RUDEMENTE , ttdv. [mente suíf.) com ru-
deza.
RUDESHEMi, (gcogr.) villa d@ ducado de
Nassau,. sobre o Rheno, a H léguas SO, de
Wiesbaden.
RUDEZA , s. f. (des eza.) grossaria, falta
de saber, de cultura.
RUDíAS geogr.) Rudm, hoje J^ugge ou Ro-
tigliano, cidade da Japygia, entre os Sa-
lenlinos.
RUDIMENTOS, s. m. [LslÍ. rudimenta.) ele-
meitos de arte ou de sciencia ; (ig.) prs:!-
cipio, ensaio.
RUDKiOEBiNG, (geogr.) cidade murada d(
Dinamarca, capital da ilha Langeland ; 1 .4'10
habitantes.
RUDO, A, adj. V. Rude.
RUDOLPHi, (hist.) naturalista sueco, nas-
ceu em 1771, morreu em em 183!. Dti-
xou Entozoa ou Historia dos vermes in-
testinaes.
RUDOLSTADT, (gcogr.) Capital do principado
de Schwartzburgo-Rudotstadt, a 8 léguas
S. de Weimar ; 4,000 habilanles.
RUE, (geogr.) cidade de França, a 5 le
guas e meia NE. d'Abbeville ; 1,200 ha-
bitantes.
RUEDA-DEL-ALMiRANTE, (geogr.) cidada d<
Hispanha, a 6 léguas SE. de Leon ; 2800
habitantes.
rueda-medina; (geogr.) «idade d'Hispa-
nha, a 8 k'guas;SO. de Valladolid ; 3,100
habitantes.
RUEL ou luiBL, (geogr.) Rotalgensis do
Gregório de Tours ; cidade de França, o '2
léguas e meia ao NK. de Vcrsalhres ; 3,3;iO
habitantes.
RUELLA. V. ArrueUa.
RUFA. V. Rifa de cartas ao jogo.
RUFAR, V. a. [rufo, ar des. inf.) tocar
rufos no tambor militar ; (lig.) — o pan-
deiro.
RUFFEC, (geogr.) cidade de França, a 12
léguas ao N. d'\ngouleme; 2860 habitan-
tes.
BUFFi (António de), (hist.) sábio francez,
nasceu em 1607, morreu em 168U. Dei-
xou : Historia de Marselha : Historia dos
condes de Provença.
RUFFo, (hist) chamado o General-Car-
deal, estadista napolitano, nasceu em 1744,
morreu em í82i ; foi Ihesoureiro do Tio
Vi, que o nomeou cardeal apezar delle não
ser padre.
RUFíANAZ, s. m. augment. de lufião. -
Rufião, s m. (Fr. rufien, Ital. rufiano )
alcoviteiro ; homem mantido por meretrizes
que as desfruta.
RUFIAR, V. a. ou n. fazer o offi<"io de ru-
fião.
RUFINO, (hist.) Rufinus , ministro de
Theodosio l e d'Arcadio, nasceu cm 350
em Erusa. ta ser associado ao império por
Arcádio, quandí) as tropas de Stilifíão,, jm^ -
netrando cm Cunsianlinopla em 395 oao:-
tarara em pedaços.
RUFINO, (hist.) Tyrannius ou Toranius
Rufínus, padre, nasceu em Concórdia, mur-
reu era 410. Deixou traducçÕPS latinas da
Historia Eclesiástica a Eusébio, e das Ho-
melias d'Origenes sobre o Génesis.
BUFio, s, tn. brigão, homem brigoso.
RUFLSTA , s. m. (des. ista.) rufião bri-
goso.
RUFIA, s. f. V. Rufo.
RUFO , ^. m. (voz imitativa.) floreio do
tambor militar.
' RUFO, A, adj. (Lat. rufus.) ruivo, de côr
avermelhada. Os — s touros.
RUFUS, (hist.) medico grego, que vivi»
ou no lemoo d'Augusto, ou no de T rajauo
no anuo 110, escreveu sobre anatomia, so-
bre doenças dos rins, etc.
RUFUS FESTUS OU SIXTUS RUFUS, (hist )
historiador ktino, que vivia no anuo 3,0,
de Jezu-ilhristo. Ha em seu nome : De his-
toria romana íibellus ; De regionibua ii>--
bis Romog.
RUGA, s. f. franzido natural na pelle. As -
—sêo ventre, da velhice.
RUGEif, (geogr.) ilha da Prússia, no mar
Daltico, é separada da costa por um canal
RUI
RUM
479
estreito; 31,000 habitantes. Capital Bergen
RUGKíiwALDE, (gsogr. cidade murada dos
Estados Frussianos, a 6 léguas e meia ao
NE. dtí Hoslin; 3.900 habitantes.
RUGERU6R, $. m. (dtí rw^ir.) som que fai
a seda áspera roçando-se, ou o ar nos in-
testinos.
RUGino, s. m. (Lat. rw^iíus.) voz própria
do leão ; estridor do ar nos intestinos. O
— das ondas.
RUGIDOR, A, adj. que ruge.
RUGios, (geogr.) fíuçjii povo de raça ger-
mânica, parece ter habitado primeiramen-
te a ilha de Kugen no mar Báltico. No V
século fundaram na Germânia um império,
que se compunha do território, que hoje
forma a Moravia e a Áustria ao N. da Da-
núbio.
RUGii, V. a. (Lat. rugio, ire, voz imita-
tiva.) fazer estridor. Ruge o leão, dá rugi-
dos. Ruge o ventre. Rugem as sedas roça-
das. — , fazer murmúrio, v. g. ruge o re-
manso ; rugem as auras. — , (fig.) dizer-se
em voz baixa, em segredo. Já se começa-
va a — . — , em sentido activo , fazer ru-
gir. Rugindo sedas.
rugles, (geogr.) cidade de França, a 10
Isguas ao SO. d'Evreux; 2,000 habitan-
tes.
RUGoso, 1, adj. (Lat. rugosus ) que tf m
rugfts. A — testa do volho A suporficie —
da pelle, da casca.
■ L'HLA, (geogr.) cidade d'Allemanha, a 2
léguas e um quarto ao SE. d'Eisenach ;
3,00o habitantes.
RUHNKENius, (hist.) em allemão Ruhne-
ken, celebre philologo allemão, nasceu em
1723, morreu em 179H. Publicou: Epis-
tol(M critica in Homeridarum hymnos ;
Timoei sophistce lesncon vacum platonica-
rum, etc.
RUHR, (geogr.) rio dos Estados Prussia-
nos, affluente do Meuse. — Rio d'Allema-
nha, que nasce na Westpbalia corre ao
^0. e lança-se no Rheno em íluhrort.
RUBRORT, (geogr.) cidade dos Estados prus-
sianos, nt confluência do Ruhr e do Rheno,
a ti léguas N. de Dusseldorf; 1,150 habitan-
tes.
RUIBARBO. V. Rheubarbo ou Rhuibarbo.
RUÍDO s. m. (do Lat. rwa, ere) estrondo,
sosLi forte de corpo que cáe. — do trovão,
do ventre, da gente que grita era desordem;
— do macaréo, — da agua da catadupa, — ,
arruido ; (fig.) brado, fama.
RUIDOSO, A, adj. (des. oso ) que faz ou
causa ruido ; (fig.) feito — . Empresa — ,
que dá brado. Homem — , gritador, bri-
goso.
RUIM ou rnuiN, adj. dos 2 g. (de ruina.)
ffiáu, physica ou moralmente.
RUIMM BNTE OU RUIl1MINTS,a(ÍD.(mS»íe SufT.
de modo ruim.
RUÍNA, s. /. destruiçSo, queda, — de edi-
fício, — da nação, da saúde. As — < do mor-
ro, quebradas. — , (p. us.) cousa que cáe.
« — do mar sobre a penha. » Eneíd, Port.
Fazer — , arruinar-se. Sousa, Hist. Domin.
RUiifADO. V. Arruinado.
RLiNAR. V. Arruinar.
RUINDADE, s. f perversidads ; má quali-
dade phjsica, V. g. — do clima, dos ares»
dos alimentos.
RUINOSAMENTE, adv. (wicíiíc suíT.) de mo-
do ruinoso com ruina ou destruição immi-
nente.
RUINOSO, A, adj. (des. oso) que ameaça
ruina ; meio arruinado.
RUIPONTO, s. r». (do Lat rhaponticum)
raiz medicinal do Ponto.
RUIR, V. n. (Lat. ruo, ere, voz imitativa)
(n us) cahir com e.slrondo ; arruinar-se.
RUIVA, s. f. (Lat. ruhia) planta que tem
a raiz amarella ou vermelha; é medicinal»
usada na tinturaria.
RUivACA, s.f. peixinho de côr avermelha-
da que se cria em tanques e se guarda em
redomas ; tem os olhos esbugalhados.
RUiviDÃo, *. f. côr ruiva.
RuiNEL, (geogr ) villa de França, a 3 léguas
SE. de S. Fleur ; 650 habitantes.
RuiSDAEL, (hist) pintor hoUandiz, nasceu
em 1636, morreu em 1681 . Os melhores (\\idi-
àms^TaiO: A caçada do veado; a Tempestade^
etc.
RurviNHO, A, adj diminut. de ruivo.
RUIVO, A, adj. (do lat. rufus, Sanscr. rud-
hira, sangue) côr de sangue ou amarello mui
ardente. Cabello — , barba — . Manhã — .
RUIVO, s. m. peixe do mar.
RLLAR, V. n. gemer como o pombo ou a
rola. — , V. a. rulando a pomba queixas
amorosas.
RULHiERE, (hist.) littcrato francez, nasceu
em 173% morreu em i791. Os seus es«riptos
mais importantes .são : Esclarecimentos sobre
a revogação do Edicto de Nantes ; historia da
revolução da Rússia, etc
RULLO. V. Rolo das ondas.
RUL' us, (hist ) tribuno do povo noanno 63
antes de Jesus-Christo, propoz uma lei agra-
ria, para que se vendesse em proveito do po-
vo, o antigo dominio dos reis de Macedónia.
Cioero, então cônsul, conseguio pela sua elo-
quência, que o mesmo povo regeitasse esta lei
tão popular.
RUM ou ROMN, (geogr.) uma das ilhas Hebri-
das, aoS dadeSkye. Capitaltenloch.
RUMA, s. f. montão de cousas sobrepostas.
— s de papeis, livros, de pão, arroz.
RUMAçÃo, (ant ) V. Arrumação.
RUMADO, (ant.) Y. Arrumado.
^
RIM
RUR
RUMAR, (ant.) V. Arrumar.
rumbo. V, Ruma.
RUME, adj. es. dostg. (do A rab. romi,
natural da Grécia) natural da Grécia e da
Thracia
RUMFORD (conde de), (hist.) celebre physi-
00 e philantropico, nasceu em 1753 na Ame-
rica ingleza, torrou partid.) pela metrópole na
guerra da independência Morreu enn 1814.
Devem-se a este sábio muitas investigações so-
bre o calor, assim como um clarimetro e um
thernioscopo. Inseriu muitas Memorias nas
Transacções philosophicas de Londres. Tam-
bém publicou Memorias sobre o calor ; sobre
a combustão, etc
RUMiADOR, A, ad/. quc Tcmoe, rumina.
RuMiABOURO. V. Ruminadouro.
RUMiADURA, s. f. (des. uro) acção de ru-
miar ou remoer.
RUMiAR, V. a (Lat. rumino, are) remoer
6 comer, ruminar.
RUMiDOURO, s. m. bolso onde os animaes
ruminantes depõem os alimentos e d'onde o«
fazem subir á bocca.
RUMiGNY, (geogr.) villa de França, a 5 lé-
guas e meia SO de Kocroy ; ^ilô habitantes.
RUMiLLY, (geogr.) cidade dos Esíados Sar-
dos, a 3 léguas e ura quarto SO. d'Arnsecy ;
3,100 habitantes.
RUMINAÇÃO, s { (Lat. ruminatio] rumia-
dura.
RUMINADO, A, p. p. de ruminar ; adj.ve-
moido ; (fig.) digerido. Negocio bem — .
RUMiNAL, adj. dds 2 g (Lat. ruminalis)
relativo á ruminação. Figueira — (do Lat.
ruma, teta) junto á qual os Romanos criam
que a loba dera de mamar á Rómulo e Re-
mo.
RUMiNANSK^ adj. dos ? g~ (Lat. ruminans,
tis, p a. áerumino, are) que rumina.
RUMINAR, V. a. (Lat. rumino, are) rumiar,
remoer a comida ; (fig.) meditar, v. g. —
plano, projecto.
RUMMEL ou ROMMEL, (geogr.) Ampsagas,
rio de AUemanha, passa em Constantina, e
cae no Mediterrâneo, a E. de Bongia.
RUMO, s. m. (do Gr rhembo, gyrar) na
rosa náutica é qualquer das trinta <í duas di-
visões da bússola, que indicam a direcção de
cada vento, marcadas por linhas ou raios de
um circulo que represent;) o horizonte ; a
direcção que leva a proa do navio por um
dos trinta e dois rumos; projecção ou si-
tuação de terra com relação a algum rumo.
— , (naut.) é um palmo 6 uma poUegada de
agua. Tem esta quilha tantos — s , (ant )
cinco palmos « Sendo de vinte e um — s,
que são cento e vinte palmos. » Barros, Dec.
3, liv. 4 cap. 7. — , (fig.) caminho, direc-
ção, modo de proceder. Trazer os negócios
g, — , a caminho de sortirem bom effeito.
RUMOR, s. m. (Lat. rumor, rum, radical
imitativo de som surdo, e oris, genit. de os,
bocca) ruido, murmúrio, voz que corre, no-
ticia que se communica de bocca em bocca,
vozes surdas. — do povo, vozes surdas, re-
boliço.
RUMORZiNHO, s. m. dimínut. de rumor,
rumor surdo.
RUMP, (hist.) nome dado por eicarneo aos
destroços do longo parlamento em Inglater-
ra, quando foi restabelecido em .659, depois
da abdicação de Ricardo Cromwell Este par-
lamento foi dissolvido pelo general Lambert.
RUNFA ou RUMFA, S. f. jOgO antJgO.
RUNf.ET-siNG, (hist.) rei de Labore, nasceu
em 1762, d'uma tribu obscura, morreu em
18H9, distinguiu-seem muitos combates con-
tra osinglezes, foi eleito chefe pelos Seikhs,
conseguiu suotrair a sua nação aodominio
inglez, e foi em pouco terapo senhor da vasta
extensão de território.
RUNHA, RUNHOSO. V. Ronha, Ronh0so.
RUNNEMTo, s.m. {ãui.) — demuros, roe-
dura tie ratos Elucid. V. Roedura.
RUNNYMEAD, (.geogp.) villa d'Inglaterra, a 2
léguas SO. de Windsor.
RUNUs, (hist.) caracteres de que se serviam
os antigos Scandinavos. O alphabeto único
que lera 16iettras.
RUPELMONDE, (geogT.) cidade da Bélgica, a
4 léguas NO. de Denderraonde ; ?,500 habi-
tantes.
RUPERTO (Roberto de Bavieraj, (hist.) filho
do eleitor palatino Frederico V, e sobrinho de
Carlos I, foi um dos principaes generaes d'es-
te príncipe na guerra civil, fez levantar o cer-
co d'Yorck, mas perdeu as batalhas de Mars-
ton Moor, e de Naseby Morreu em 1682.
Rupfvr, s. f. {do rers&ropah, prata) moe-
da dt) praia da índia, que tem diversos va-
lores ; a do Surate vale 300 réis, no Mogol
48i?réis. Um lacou laque de — s, cem mil.
RUPTORio, s. m. (des. óriaj (t. de cir p.
us.) instrumento de abrir fontes.
RUppiN- (Nova), (geogr.) cidade murada dos
Estados piussianos, a 13 léguas do Potsdam ;
8,000 habitantes. Defronte daNova Ruppin fi-
ca a Alia Ruppin ou Ruppin Velka, sobre o
lago Ruppin ; 1,200 habitantes.
RUPTURA, s. f. (Lat ) rotura, hérnia ;
quebra, v g — da amizade, da paz, da tre-
goa.
RURAL, adj. dos2g. [iM.ruralis. dertt*,
campo) rústico, camponez ; do campo. Pré-
dio — , rústico (oppõe-se a urbano).
RUREMONDE, ^geogr.) Rocrmoudi, em Fla-
mengo, cidade do Limburgo hollandez, ali
léguas ao N. de Maestricht; 4,040 habitantes.
RURiK ou ROURiK, (geogr.) fundador ao
império russo, era um chefe de Varegues
(piratas das margens do Báltico). Chamado
?}"> uus
RUS
481
ora 861 pelos habitantes de Novogorod,
deu-lhes soccorro contra os ataques dos
vizinhos ; raas dentro em pouco dominou
aquelles, que linha ido delíender. Morreu
em 879. X dynastia de Rurick occupou o
throno da Rússia ató ao tim do XVI, sé-
culo.
rusadir, (geogr.) hoje âfelilla, porto da
Mauritânia Tingitana, perto do cabo do
mesmo nome.
RUSBROCK, (hist.) raygtico celebre, nasceu
em Rusbrock em I29i, morreu em 1381.
Deixou muitos escriptos ; entre elles : De
nuptiis vel de ornatu nuptiarum spiritua-
lium.
RusciNO, (geogr.) hoje Perpignan, ou
antes Torre de Roussillon, capital dos Sar-
dones, povo da Narboneia 1.^ a K perto
do Mediterrâneo e da embocadura de Te-
tis.
Rusco, s. m. (Lat. ruscum ou. ruscus) gil-
barbeira, arbusto espinhoso e medicinal.
RUSELL.E, (geogr.) hoje Rosellas cidade
da Etruria, não longe da costa e de Um-
bro, entre Velulonia e Cosa.
RUSSKL, (geogr.) rio da Bélgica, forma-se
em Rumpst pela reunião do Dyle e do Nethe,
corre ao NO. a reune-se em Escaut, defronte
deRupelmonde.
RUSSEL (WilUam), (hist ) celebre patriota
inglez, filho de Williara Russel 1, duque
de Bedford, nasceu em 1639, era 1L>72 der-
rubou o mmisterio chan«ado a cabala, e
foi antagonista do conde de Derby ; depois
quando Carlos começou a governar sem
parlamento entrou na conspiração de Mon-
moulh e foi decapitado a isl de iulho de
1683. ^
RUSSKL (Edward), (hist.) celebre almiran-
te inglez, primo do precedente, nasceu em
1651, morreu em 1727.
RussKY, (geogr.) villa de França, a 9 lé-
guas ao S. de tíontbéliard ; 900 habilan-
jes.
RÚSSIA ou IMPÉRIO RUSSO, (geogr.) o mais
vasto Estado do Globo , na Europa ,
na Ásia e na America. Tem por li-
mites: i.° na Europa, ao 0. o imp«,'rio de
Áustria, a monarchia prussiana, o mar Bál-
tico, a Suécia; ao S. a Moldávia e a lur-
quia Europea; 2.° na Ásia, ao S. a Tur-
quia asiática, o Iran, o Turkestan, e os
vastos paizes pertencentes ao império chi-
nez; 3.^ na America, a America ingteza a
E. Das três Russias, a asiática ó sem com-
paração a maior. A população do império
russo vae sempre em augmento, hoje deve
ser de 70,000,000 d'almas. A capital geral
é S. Potersburgo, fundada por Pedro-r-
(irande em 1703; antigamente era Moscou.
A maior parte das divisões do império rus-
VOl. IV.
80 teem o nome de governos; algumas s&o
chamadas províncias, districtos, etc. etc.
só nma (a antiga Polónia) tem o nome de
reino.
Rússia Europea.
Rússia Dalíica.
Governo de S. Peters-
burgo (capital S.
Petersburgo).
Esthonia (Revel).
Livonia ^Riga).
Curlandia (Mitau).
Gran-ducado de Fin-
lândia (líelsingfors).
2 0
Grande Rússia.
Moscou
Smolensk.
Pskov
Tver.
Movogorod.
Oloneje (Petrozavo-
dsk).
Arckhangel.
Vologa.
iaroslav.
Kostroma.
Vladimir.
Nijnei-Novogorod.
lambo V.
Riazan.
Toula.
Kalonga.
Orei.
Koursk.
Voronejo.
3.«
Pequena Rússia.
Kico.
Tchernigov.
PultavaouFoltava.
Slobodes d'Ukraina.
ou kharkov.
Rússia meridional.
Kherson.
Jékaterinoslav.
Taurida.
Província de Bessara-
bia.
Paiz doi Cossaoos do
Don.
5.°
Rússia Occidental.
Vilna.
Grodno.
Vitebsk.
Mohihiv.
Minsk.
Volhynia (Jitomir).
Podolia (Kaminiec).
Província de Bialys-
tok.
Reino da Polónia.
Rússia Oriental,
Kazan.
Viatka.
Perm.
Simbirsk.
Penza.
Astracan.
Saratov.
Orenburgo (Oufa),
Rússia Asiática.
!.•
Sibéria.
Parte oriental de Porn
6 d'Orenburgo.
Tobolsk.
Tomsk.
Jenisseisk.
Irkoutskí.
Província de Omsk.
Provinda d'Iakoutsk .
Districto d'Okhotsk.
Districto de Kamtcha-
tka (Pétropaviosvsk).
Paiz dos Kirghis.
Paiz dos Tchoukt-
ches.
121
I
^JHDS
RUS
Região Caucasiana.
Geórgia (Tiflis).
2.* Geórgia (Akhalt-
sikhé).
Cbirvtn (Bakou),
Arménia (Erivan).
iméréliiia.
Vladikavkas ou paiz
fias rrionlaahas.
Dagheslan.
Província do Cáucaso*
Rússia Americana.
Parte insular.
Parte continental.
Grandes Príncipes ou Czars da Rússia.
IDynaxlia de Rurik.
Rurikl primei-
ramente com
Sineous e
Trouvor, de-
pois só 862
Oleg, regente 879
Igor, filho de
Rurik 918
Olga , sua viu-
«fl 945
SviatoalavI 96^
Jaropolk 1 ii7:{
Vladimir I 980
Sviatopolk I 1015
laroslav í 10)9
Isiaslav 1054-10/8
Vfosliv \()67
Svntoslav 11107:1-76
Vsovoljd 1 t07H
Svialcpolk 11 Í093
VI di/nir n 1118
A:.M,ísIhv 1 J125
l.írop( Ik II lia2
Vii*i(;;tiislav 1137
Vsévo'od U Í1ÍÍ8
Isi.slíiv 11 114(3
lourié (ou Jor-
gf^) 1 PolgoroU'
/ss duque de
Souzdal, em
1 'J\ de Mos-
cou em 1147,
filial mente em
Kiev 1149 57
(^J S' hisma de
^ * r.nnoíi (2
y Ulules prín-
cipes ou mais.
Em Kiev.
Rostislav I 1 '54-62
Isiaslav l!l, 79a-
vidovitch 1156-b7
Mstislav II 1176-70
r.lel» lourievi-
ich 1168 72
laroslav !I Isias-
lavitch 1172-75
Roman I li 79
Sviatolav
III 1179-9::}
Ilurik II 1193-1209
Roman lí 1193-1206
Vsévolod
Hí 120612 2
Msiishv 111 1212-'24
Vladimir 1111230-39
Miguel I Vs^-
tolodovíta 1239-40
Em Moscou.
A :dré í. fío-
'jolinuhski 1 1 4-75
Miguel I lt75'7/
Vípvoled
ilí 1177-1212
r.nriéll 1213-38
rr,n*»antino r2\7-18
laroslav íl,
Vsévolodori-
frh 12;^8-40
(3) A Vladi-
mir até 1339,
p depois em
Wngou.
].íroí>líivlI 12^0
Sviatoslav III 1247
André 1249
S. Alexandre 1252
laroslav III 1263
Vasili ou Basí-
lio I 1272
Dmitri I 1Í76-94
André II 129^-1304
Daniel 1295
Vasili de Souz-
dal 1304
Miguel II de
Tver 1304-19
lourié IH 1319
Dmitri II de
Tver 1323
Alexandre II
de Uer 1326
Ivan I Kalita 1328
Simeão i, o
Orgulhoso 13 'O
Ivan II 1353
Dmitri III de
Souzdal 1359
Dmitri IV !3ft0
Vasili II 1389
Vasili III o ce^fo 1425
Ivan III, o
Grande W^O
V?siii IV 1505
Ivan IV o Ter-
rível J533
Fedor I 158i
II Transicção para
os Romanov.
Boris Godou-
nov i598
Fedor II 1605
Dmitri V 1605
Vasili V 1606
Vladislay, Va-
sa de Polónia iBlO
/// Dy nas tia dos
Romanov.
Miguel III 1613
Alexis I 1645
Fedor m 1676
Ivan V e Fedro
I o Grande 1682
Sophia co-re-
gente 1686-89
Fedro I sô l689
Catharina I 1625
Fedro II l727
Anna /t?anocna 1/30
Ivan VI 1740
Isabel, Pélrov-
na 1740
IV Dynastia de Hoh-
tein Gotorp.
Pedro III 1762
Catharina II 1762
Paulo I 1796
Alexandre 111 ^800
Nicolau I 18!5.
RÚSSIA (grande), (geogr.) Era assim cha-
mada antigamente uma vasta região da
Rússia europea, que se extendia do mar
Glacial até ao Don e ao mar Caspio, tinha
por capital Moscou.
KussiA (pequena"), (geogr.) região da
Uussia antiga, ao 80. da Grande-Russia,
compreendia os governos actuaes de Kiey,
Tchernigov, Pultiiva, Slobodes d'ljkraina.
RÚSSIA BRANCA E NEGRA, (geogr.) Eram
assim chamadas antigamente duas regiões
da Lilhuania, a 1.* situada a E. cor-
respondia aos governos russos actuaes de
Smolensk, Mohilev e de Vitebsk ; a 2.®,
situada a O. correspondia aos governos de
Grodno, Diusk, etc.
RÚSSIA VERMELHA (gcogr.) região situada
ao SO. daRnssia, entre a pequena Rossia
ao NE. a pequena Polónia aoNO., a Hun-
gria ao S. era composta pelos palalinados
de Lemberg, Chelm e Belez.
RÚSSIA (Nova) (geogr.) parte da Russi,
meridional, compreende .ido os governos a
novamente conquistados de Rhenon, Jéka-
terinoslav, Taurida, Cosacos do ^on, Bessa-
rabia.
RtlT
RUT
483
RossiLHO, A, adj. (deflufo oa Russo] án
côr ruça com encarnado mesclado.
RUSSO, A, adj. V. Ruço.
RLSso, A, adj, e s. russiano, natural da
Rússia, pertencente á Rússia,
RUSTAUDS, (guerra dos) (hist.) chamada
lambem guerra dos campone:ies. E' assim
rhamada uma guerra, que rebentou em 152'j
na AIsacia, Os camponezes, excitados pe-
los Anabaptistas, levantaram-se debaixo da
conducta de certo Erasmo Gerbest de Mo-
Ipsheim, e apoderarara-se deSaverne, aon-
de se defenderam por algum tempo. Ex-
pulsos desta cidade e da AIsacia, espalha-
ram-se peiíf Allemanha, onde commelterafn
grandes estragos.
RUSTiCAMETSTK , adv. {mente suff ) á ma-
neira dos rústicos
RUSTiCAR, V. a. oun. (Lat. rusticor, ari.)
Yíver no campo, fazer vida de camponez
RUSTrciDADE, s. f. (des. idade ) maneiras
de rústicos (oppõe-se a urbanidade, corte-
xania).
RÚSTICO, A, adj. (Lat. rusticus, derwí,
campo.) do campo, camponez. Os — s , a
gente do campo.
RÚSTICO, (hist.) Fahius Arulenus, roma-
no animoso, que não receiou no reinado
de Wero e Domiciano, fazer apologia de
'fhraséa e Helvidio Prisco. Domiciano man-
dou-lhe ordem para se matar. Rústico ti-
nha composto uma Historia dos imperado-
res, notável pela independência com que
fora eseripta
RÚSTICO, (S) (hist ) Rusticus, foi um dos
companheiros de S. Dionizio, esoffreu com
elle o martyrio no fim do III. século. E'
comraemorado a 9 de outubro. Outro S.
Rústico, bispo de Narbonna no V. século,
morreu em 402, é commemorado a 26 de
outubro.
RUSTiQUEZA. V. Rustícidode.
RUsuccuRRU, (geogr.) cidade da Maurita
nia Cesariana é hoje Belljs, ou, segundo
outros, Coléah
RUTK, (geogr.) cidade d'Hispanha, a 18
léguas SE. de Córdova ; 1,100 habitantes
RUTENi, (geogr.) povo da (iallia na Aqui-
tania 1 .' entre os Arverni, os Arecomici, oc-
cupavam o paiz, que hoje tem o nome de
Ronergue e tinham por capital Segodunum
depois Ruteni, (hoje Rhodez),
RUFGERS, (hist.) Janus Rutgêjsius, es-
criptor allemão, nasceu em 1589, morreu
om i625. Escreveu notas sobre muitos
clássicos latinos.
RUTH. (h. s.) mulher moabita, filha d'E-
glen. rei dos Moabitas. Tinha cazado em
primeiras núpcias com Mahalen, tilho de
Noh:v,í. Euviuvando seguiu sua sogra aBe-
ihléem, e para subsistir começou a apanhar
esprgas de trigo no campo de Booz, rico la-
vrador, que era parente de seu primeiro ma-
rido conseguiu, seguindo os conselhos de
Noemi, caztr com elle, e foi mài d'Obed,
um doj avôs de David. A historia de Ruth
ó consignada em um livro chamado o Li-
vro de Ruth, que faz parte do antigo Tes-
tamento.
RUTHENO. V. Russo, Russiano.
RUTHVEN, (hist.) senhor escossez, conde
de Gowrie, foi um dos assassinos de Riziio,
e entrou na liga, que obrigou Maria Stuart
a abdicar, formou em 1582 o projecto de
se apoderar de Jacques VI, mas foi renei-
do, apanhado e morto. Josée Alexandre llu-
thven. seus filhos, também tramaram em
1,000 uma conspiração contra Jacques VI,
mas o rei surpreendeu-osem Gowrie-Hou-
se e mandou matal-os.
RUTILANTE, ttdj . dos 2 g. (Lat. rutilans,
tis, p. a. de rutilo, are.) brilhante, res-
plandecente. A lança — . O — céu, escudo.
Os olhos — s.
RUTILAR , V. a. (Lat. rutilo , are. Creio
que vem do Egypcio r^, sol.) luzir, brilhar,
resplandecer. O sol nas armas rutilando.
« Da lua os claros raios r^itilavam, » Ca-
mões, Lus.
RUTILAR, em sentido activo, e (fig.) refle-
ctir, dardejar. Os olhos rwíi/éiníío fogo vivo.
RUTiLio, (P. Rufus) (hist ) nasceu no an-
no 150 antes de J. C. seguiu Wetello co-
mo seu logar-tenente á guerra da Numidia,
foi nomeado cônsul no anno 105 antes de
J. C, reparou os erros de seu collega Mal-
ho battido pelos Cimbros. Morreu exilado em
Smyrna.
RUTiLio iSUMACiANO, (hist.) perfeito de Ro-
ma no reinado de Honório, era natural de
Toulosa ou de Poiters, deixou um Itenera-
rio em versos elegíacos, onde descreve uma
viagem feita na Gallia de 417 a 420.
RUTiLio LOBO, (hist.) Rutilius Lupus gram-
matico latino do ultimo século, é auctor
de um tratado ; Da figurissententiorum.
RÚTILO , A, adj. (Lat rutilus.) resplan-
decente, brilhante.
RUTiNA, RUTiNEiR»^. V. Rotíua Rotineíro.
RUTO, s. m. (do Fr, roítíe, caminho, via-
gem.) (ant.) « Messageiros que passavam ca-
da dia — s de um reino para outro. » Ined.
II. 355.
RUTLAND, (geogr.) condado d'Inglaterra,
entre os de Lincoln, de Northampton e
de Leicester ; 4,500 habitantes. Capital
Oakham.
ri5tulo, a, adj. (Lat. Rutulus.) perten-
cente aosRutulus. ÒsRutulos, povos do an-
tigo Lacio.
RUTULOS, (geogr.) Rutuli, pequeno povo
do Lacio, desde O tempo d'Eneas, tinha por
ia ♦
484
HYB •
azE
capital Ardea. Conduzidos por Turno seu
rei, fizeram a guerra a Eneas.
RUTupiAS, (geogr.) RatupicB, hoje Jiich-
horough ou salvez Sandwich^ cidade da Bre-
tanha 1.*, no Cancio.
RUTURA. V. Rotxira, Ruptura.
RuviMHOso. V. Carunchoso, Carcomido.
RUTO, (geogr ) Rubi, Rubia, cidade mu-
rada do reino de Nápoles, a 7 léguas SE.
de Barletta ; 3,300 habitantes.
Ruxoxó, s. m. voz imitativa do som com
que se enxotam as aves dos campos semea-
dos.
RUYSCH, (hist.) anatómico hollandez, nas-
ceu em 1638, morreu em 1731. Este sábio
tinha um magnifico gabinete de prepara-
ções anatómicas, o (jual foi vizitado e com-
prado por Pedro-o-Grande 1717. Deixou
muitos escriptos. Seu filho, que também foi
um sábio distincto, publicou o Theatrum
universale animalium.
RUYSSELEDE, (geogr.) cidade da Belgica, a
légua e meia NO. de Thielt ; 5,460 habitan-
tes.
RUYTER, (hist.) celebre navegante hollan-
dez, nasceu em 1607, deu 8 campanhas na
Índia como capitão de navio, commandou co-
mo contra-almirante em 645, a esquadra
opposta aos Hispanhoes, e em . 652 a que
Hollanda mandou contra os Inglezes ; susten-
tou gloriosamente Tromp nosseus três com-
bates contra Blake, fez soíTrer grandes per-
das aos corsários barbarescos. bateu a esqua-
dra sueca. Ganhou immensa gloria na guerra
de 1665 — 1667 contra os inglezes, e na de
1672 — 1676 contra a França; foi ferido
mortalmente na batalha de Duquesne e mor-
reu em 1676.
RYBNA, (geogr.) cidade da Rússia, a mesma
queOstrojosk.
RYE, (geogr.) cidade d'Inglaterra, a 3 léguas
NE. de Winchelsea ; 3,700 habitantes.
RYE ou RYES, (geogr.) cidade de França, a
uma légua e um quarto NE. de Bayeui ;
2,000 habitantes.
RYEGATE ou REiGATE, (geogr.) cidads d'In-
glaterra, a 6 léguas e meiaE. deGuirfold;
3.(jOO habitantes.
rye-house (conspiração de) (hist.) E' assim
chamada uma conspiração formada em Ingla-
terra em 168d, no reinado de Carlos II, e que
tinha por fim matar o rei seu irmão. O atten-
tado devia levar-se a effeito em Rye-House
caza de campo de um dos conjurados (daqui
lhe veiu o nome) foi descoberta antes de ser
posta em execução.
RYLSK, (geogr.) cidade da Rússia europea,
a 27 léguas emeia 0. delloursk; 5,700 ha-
bitantes.
RYMER, (hist.) historiador inglei, nasceu
em 1650, morreu em 1713. Publicou uma
obra preciosa intitulada Rymer.
RYSWYK, (geogr.) cidade de Hollanda , a 3
quartos de léguas SO. da Haya ; 1,700 ha-
bitantes.
RYTiiMO. V. Rhythmo.
RZEszow, (geogr.) cidade dos Estados aus-
tríacos, a 36 léguas ao 0. de Cemberg ; 4,GU0
habitantes.
RZEwusKi (hist ) general polaco . nasceu
em i 705, morreu om 1780, tomou successiva-
iiiente partido porEstanisláu Leczinsky e por
Augusto III, repelliu uma invisão de Tárta-
ros, combateu com todo o seu poder a eleição
de Estanislau Poniatowski, o os projectos da
Rússia sobre a P«lonia, foi por esto facto pre -
zo com seu filho e encarcerado por seis annos
na Rússia.
SA
SAA
485
S
s, ». m. esse ou ice, decima nona letra
do alphabeto Portuguez, e decima quinta das
consoantes. Tem um som sibilante. Entre
vogaes sôa como z, v. g. leso. Uso, peso,
e como ç em todas as mais posições.
tntre os Gregos o S era letra numeral
quo valia ^00.
s, abreviação por San, São ou Santo ; SS
santos, V. g. os SS. PP., os santos padres
8S, abrev. por Santíssimo.
N. B. Muitos autores com affectação ala-
tinada escreveram star, stabelecer, etc, em
vez de estar, «síaòe/eccr, etc, como se pro-
nuncia e sempre se pronunciou em Portu-
guez e em Castelhano. A orthographia La-
tina e frega deve todavia conservar-se em
termos scientiticos e em alguns outros em
que o e euphonico inicial pôde supprimir-
se , V. g. sphincter, spectro, sphinx e em
nomes próprios de pessoas ou lugares, v. g.
em Sparta, Spartaco, Spiridio, Sporadês.
SA, (ant ) em vez de sua.
SA DE MIRANDA (Francisco), {hist.)umdos
mais distinctos escriptores portuguezes, e
o poeta do seu século mais conhecido em
toda a peninsula. Nasceu em Coimbra
em 1495, falleceu na sua quinta da tapada
junto a Ponte de Lima em 15í>8. Perten-
cia a uma familia distincta por seus servi-
ços; tomou o grau de doutor na universi-
dade de Coimbra; viajou por varias cida-
des de Hespanha e Itália ; voltou ao reino,
e foi muito bem recebido na corte, mas
em breve se retirou delia para o sitio aon-
de paisou o resto dos seus dias, entregue
aos seus trabalhos poéticos, e aonde veio
a fallec':'r, como assima dissemos. Sá de
Miranda era versado era humanidades, co-
nhecia os clássicos latinos e sabia também
o grego, que não só lia os livros nesta lín-
gua, mas na mesma os anotava; foi o pri-
meiro pai da nossa poesia, e um dos maio-
res homens do seu tempo ; introdozíu no
TOL. TI.
género pastoril um estilo moral, e foi o
primeiro que no nosso paiz compoz come-
dias regulares; a língua portugueza lhe é
devedora de muito. Compoz comedias, os
Vilhalpendoa o os Estrangeiros, Satyras,
Fabulas, Eglogas, Epistolas, e muitas ou-
tras poesias em diversos estillos e metros.
SÁ DE MENEZES (iraucísco), (hist.) dis-
líncto poeta portuguez fallecido em 166i ;
foi casado com D. Antónia l eitão, por mor-
te dfl qual professou na ordem de S. Do-
mingos com o nome de Fr. Francisco de
Jesus. Compoz Malacea conquistada, poe-
ma heróico em que conta a gloria militar
portugueza, especialmente a do grande Af-
fonso de Albuquerque. Esta alma mostra
a brilhante imaginação do poeta, posto que
peque por incorrecção de estilo. &eu filho
Balthasar de Sá Leitão foi, segundo o tes-
temunho dos contemporâneos , um dos
maiores homens de letras do seu tempo ;
dedicou-se como seu pai á poesia, profes-
sou na companhia de Jesus, e morreu in-
do de viagem para a índia.
sA (Valentim de) (hist). geographo por-
tuguez, natural de Lisboa e cosmographo
mór do reino no tempo da dominação cas-
telhana. Escreveu : Regimento de Navega-
ção.
sÃA, terminação f. de são, adj.
sÃA, s. f. (ant.) V. Som.
SAADEH, (geogr.) cidade da Arábia.
SAAD-EDDYH-MAHAMMED, (híSt.) chamado
Khodjah-Effendi, historiador turco, morreu
em 1600, é auctor do Tadj-al-Tawankh
(Coroa das historias) que compreende o rei-
nado dos \l primeiros sultões turcos.
SAADi, (hist.) o primeiro poeta persa, nas-
ceu no Chyraz em 1195, morreu em 1296.
Fez 14 vezes a peregrinação de Meca, com-
bateu 08 sectários de Brahma na índia, e
os Christãos na Ásia Menor ; foi apriziona-
do pelos Francos, que o obrigaram a tra-
li2
486
SAB
SàB
balhar nas forteficações de Tripoli. Deiíou
muitas obras em verso.
SAALE, (geogr.) nome commum a muitos
rios d'Allemanha : 1.° o Saals Saxonio ou
Thuringio, que sae do Fichtelberg na Bo-
hemia e lança-se no Elba ; 2.° o Saale
franconio, nasce na Baviera, e lança-se no
Mein, próximo a Gemiinden ; '6.^ o Saale
austríaco que se lança no Salza em Salz-
burghausen.
SAALES, (geogr.) villa de França, a 3 lé-
guas e um quarto ao NE, de S. Diey ; 7(30
habitantes.
SAALFELD, (geogr.) cidade ffiurada do du-
cado de Saxe Memingeo, a 1 légua e um
quarto ao SE. de Hudolstadt ; 4,/00 habi-
tantes.
saaise ou sarine, (geogr.) rio da Suissa,
nasce no Cantão de Berne e lança-se no
Aar.
SAAR, V. a. (ant.) V. Sarar.
saabdam ou sardam, (geogr.) cidade do
reino d'Ilollanda, a 3 léguas ao NE. d'tlar-
lem ; 12,000 habitantas.
SAAR-UNioN, (geogr.) Saarwerden em al-
leujão, cidade de França, a 9 léguas ao
NO. de Saverne ; 3,950 habitantes.
SAATZ, (geogr.) cidade da Bohemia, a Jl
léguas ao 0. de Praga ; 4,000 habitantes.
SAATZiG , ( geogr. ) circulo dos Estados
prussianos, na regência de Stellin, capiíal
Stargardo.
SA\VEDaA-FAXARDO , (hist.) sabio padre
bispai. hol, nasceu em lí;84, morreu em
3648; foi encarregado de muitas missões
em Roma; na Suissa, Allemanha, etc. ad-
quiriu o sobrenome de Tácito hispanhol
peíos seus escriptos, dos quaes são os priíi-
cipaes : o Principio politico chistão ^ a
Republica das lettras ; Coroa gothí-
ca oii Historia do reino Goãç em His-
panha.
SABA (ilha), (geogr.) uma das pequenas
Antilha hollandezas, ao NO. de Santo Eus-
táquio; 3,00í) habitantes
SABA, (gBOgr.) antiga cidade da Ârai>ia,
era habitada jielos iabeus e era capital de
um estado, cuja rainha foi á Juciea ver
Salmão.
sabaCON, (hist.) principe elhiope, coci-
quistou o I^^ypto no anno 7â7 aiite.s de
Jezu Christo fundou a XXV dynastia, que
o sétimo dia da semana dos Judeos, e da
nossa.
SABÃO, s. m. (Lat. sapo, onís, Fr. savon,
Arab. sabun.) massa formada pela incorpo-
ração de azeite ou gordura com una alcali,
— moUe ; — duro ou de peira. O primeiro
serve para lavar a roupa, o segundo para
as mãos. a barba, etc. Dar um — a al-
guém, (phraz. vulg.) reprehender. — , no-
me de um fructo brasílico que nasce em ca-
chos pelos vallados, e cuja casca tem um
sueco que faz escuma como o sabão dissol-
vido em agua.
SABAOTH, (t. Hebraico) que significa exér-
citos. Dominus — , senhor dos exércitos.
Vem do Egypcio bolç ou bots guerra.
SABARiA, (geogr.) cidade da 2.*Panonia,
hoje Sarwar.
SABASTO, s. m. e SABASTRO, s. m. V. Se-
basto e Secastro.
SABART, (geogr.) S.ibrata dos antigos, Tri-
poli-Vecchio na|i<ladtí media, eidade do esta-
do de Tripoli, al'j léguas aoO. de Tripoli.
SAB AS (S.), (hist.) abbadjB e fundador de
muitos mosteiros na Palestina, nasceu em
-139, morreu em b >t', é festejado a 5 de
dezembro
SABATHAi-SKVi, (hist.) falso iiessias, nas-
ceu era Smyrna em i625, era filho de um
corretor de commercio. Depois de ler via-
jado na Turquia e na Europa, foi em IGliã
a Jerusalém, e ligou-se com um Juduu
chamado Nalhan, que o reconheceu pu-
blicamente por Messias, seduziu g''ande nu-
mero de correligionários e esteve a. ponto
de operar uma revoluçuo no Oriente, mas
foi prezo no moio dos seus triumphos.
Morreu em 1676
S-iBATico ou SABBATico, A, adj. que diz
respeito ao sabbado judaico. Ánno — , o sé-
timo e tambíím o quiriquagesirao.
SABATINA OU SABIÍATINA, S. f fcxercicio
académico que se fiz aos sabbados e em
que se recapitulam as ma^orifts tratadas qo
decurso da semaiKi ; rt-ia do oííicio divino
própria para o sajbad'».
SvBATINO OU SABB.i-TuNO, A, adj. do Sab-
bado, pertencente í^o sabbado.
S.^RATiZAR ou ÇABBATIZAR , V a. OU .fl.
guardar o Sii)hbado ; |fig ) de^anaan, ceás^^r
de trabalhar.
sabatier (António) , (hist.) co.iipilador
so deu 3 reis ao Egypto, morreu cm 7"0. 1 francez, nasceu em J742, morreu em IM /.
p^BADEADOR OU sabbadeador. A, adj. Q s. Dcixou : Três séculos da litteratura fran-
que guarda o sahbado como fíizem os Ju- ceza ; Diccionario das paixõôs, das tit tu-
deos ! des c dos vicios etc.
.«SABADEAR OU SABBADKAR, V. a. OU íí . [sab- SABATiKR (Raplia^l), (hist.) cirurgião fran-
bado, ar des. inf.) guardar o sabbado. cez, uasctu em 1732, morreu em 1842.
SAbADO ou SABBAUO , s. ííi. (lat. safeòtt- Deixou um Tractado completo d' anatomia;
tum, do Hebraico skabbat, descanso, ou o ' Medicina expectativa ; Medicina operatO"
qwe julgo mais provável, de shebet^ sete.], ria, etc^
SAB
SAB
487
SABBADO y. Seteado.
SABBAOTH. Y. Sabaotk.
SABBATHiKB, (hist.) compilador francoz ,
nasceu em 1732, morreu em <807. ÍH^i-
xon um Diccionario para intelligencia dos
auclores clássicos grego* • latinos.
SABBATisMo, s m. cclebiação jiidaica clo
sabbado com ce!>saçào de trabalho.
SABBÇHÃo. V. Sabichão.
SABKCHOSO. V. Sabichosa.
SABBDOR, A, 8 011 a(iy. que sabe, que tem
noticia de alguma cousa; sabio, prudente.
SABEDORIA, s. f, (des. íã.) scicncla, dftu-
»rina, prudência, sapiência. À — increada,
ncarnada, infinita, o Divino Verbo O li-
vro da — , da i>apiencia, um dos que com-
põem o Antigo Testair:ento.
Stn. comp. Sabedoria, sciencia. Sabe-
doria corresponde ao vocábulo latino sa-
pientia, que vem de sapio ; sciencia é pa-
lavra latica, vinda de seio. A primeira tem
significação mais eilensa e complexa que a
segunda. Sabedoria é o conhecimento in-
tellectual das cousas divinas e humanas, é
a razão perfeita, como disse Cicero: « lia-
tio perfecta nominatur rilè sapientia (de
Leg. 1, 7). » Sciencia é a noticia ou conhe-
cimento das cousas humanas. X sabedoria é
uma qualidade que se considera inherente
ao homem, abrange o saber e o obrar se-
gundo a recta razão ; a sciencia só diz res-
peito á parte especulativa, c pôde conside-
rar-se iu<lependenttí do homem ; e neste
sentido a deliuem os modernos, uma serio
de verdades discursivas, que não alcança
por si só o senso coramum. A geometria, a
mathematica, a astronomia, etc, saoscien-
Ci.as, mas não se podem chamar saòct/orias.
SABEDOKMEME , ado. (úi.t.j V. Sabida-
mente, Sabiamente.
sabedobzinho, a, adj. diminuí de sabe-
dor. Só usatio em tstylo jocuso.
SABBisMO, (hist.) culto rèudido aos cor-
pos celestes, ao sol, á lua e ás eslrsllas.
SABELLCo, (hist.) sabio moderno italiano,
nasceu em 14 6, morreu em iw08. Entre ou-
tros escriptos compoz uma Historia de Vene-
xa
SABELLio, (hist.) heresiarca do 111 século,
discipulo de ^oet, via na Trindade Ires acções
diversas d'um mesmo priccipio, o qual cria.
Salva edá a graça.
SABENÇA, s. f. (Lat. sapientia), sabedo-
ria. Hoje é £Ó usfido ironicaiDente, v. g.
Tem muita — .
SABENUAS ; a — , adv. (ant.), com conhe-
cimento e noticia.
SABENTE, (ai:t.) V. Scieníe.
SABÉo, A, adj. pertencente á cidade de
Sabá, metro{^o]e da Arábia Feliz, abundan-
te eoi ÍDceDso e outras drogas aromáticas;
V. g. Costas -«. Incenso — . Lagrima — ,
(t. poet.), o fno-*»n5o que gotleja da incisão
feita na arvore.
sABÍos, t. m. povos da cidade de Sabá.
SABER, «. a il.at. sapio, ere, saborear,
provar com o paladar, olfacto, fttc.^fig) co-
nhecer, saber), lur noticia, sciencia conhe-
cimento de alguma cousa; ehesabe aslin-
guas antigas e modernas, cbimica, mathe-
matica. — p^rte do algTjma cousa, ter no-
ticia d'elh. - dfl cór ; decorar, ter na me-
morin. — C!»nt.ir, tecar, dansar. — viver,
haver-se com pni iencia, condescender com .
as outras pessoas. Suvba-me d'isso, infof^
mar-se. Não ~ de si, andar distrahido por
força d>i negócios. Vir r saher-se, a serno-
torio, publico. — , v.n ter sabor; — bem
ou mal, ter bom ou mau salor; v. g. Esta
fructa sabe a ananaz. Não me sabe bem,
(lig ) não me agrada. — , ser sabio, sci-
ente, prudente.
SABER, s m. (do infinitigo saber, subst.)
sciencia, doutrina, conhecimentos Homem
de muito — , roui douto
SABERETES, 5. w. pi. dimiiiut. de sabcf,
(ant. ejoc.) erudiçã'), noticias, conhecimen-
tos,
SABERMATTi, ;geogr.) HO da ludia, uo Guz-
ze-at, nasce a 5 leguíís ao N. de foloh, e cae
no golfo be Cambaya
SABIAM PINTE, adj. [mer.te suff.) comsal>e-
dória, doulamonle-
S.4B.C1IÃO, adj. m. ona, f. augment de
sabio, (jo(toso) {tessoa que nffecta de rriídição
s.íBiciioso, A, adj. (joc ) qur3 tem erudi-
(iição má. e qii^- faz mh) uso d'ell?i, que alar-
dya falso saber.
SAB.DAMKNTE, adx). [mentt sufT.) conheci-
damente, cora conht;cimento cabal.
SABin'», \, p. p de saber ; adj. conhe-
cido Homem — , s?fbido, scimte, sabedor,
destro, perito, astuto
SABIDOS, s. m. Os — , os ordenados que
o apresentador de igreja paga ao parocho
011 vigário ; emolumentos, lucros legítimos
e conhecidos.
SABINA, s. f. (Lat. sabina) arbusto sem-
pre verde, resinoso, de cheiro forte, espé-
cie de zimbro cujas folhas são usadas na me-
dicina.
SABINA (Jnlia), (hist.) sobrinha de Trajano,
foi dada por esposa a Adriano. Adriano trac-
tou-a com extremo rigor, ea fmalobrigou-a
a beber veneno ; todavia depois da í»ua mor-
te rendeu-lh-e honras divinas.
SABINA, ou PAiz DOS SABINOS, (geogr.) hoje
das delegpções de Spoleta, de Rieti, etc. re-
gião da Itália antiga, entre o Apenino, o
Anio, oTibre eaEtruria, tinha por capital
Cures.
f:ABl^A, (gecgr.) antiga província dos Esta-
122^
m
SÁ6
SAB
dos da Egreja, entre a Ombria ao N., o Patri-
mónio de S. Pedro a O., a Champanha de Ro-
ma ao S., e o reino de Nápoles a E. Capital
Chieti.
SABINA, (geogr.) rio de Texas, nasce no NE.
desta republica, separa-o da Lusitana e lança-
se no golfo do México.
SABINAS (rapto das) (hisl.) rapto ordenado
por Rómulo, no anno IV de Roma, teve lu-
gar, durante uma festa, a que foram coíivida-
dos os Sabinos ; Rómulo queria por esla for-
ma perpetuara colónia, que tinha fundado, e
também para se vingar dos povos vizinhos a
Roma, que não lhes tinham querido dar suas
filhas em cazamento.
SABiNiANOs, (hist.) escola romana de juris-
consultos, opposta á dos Proculeos, tinha per
chefe Masurio Sabino, discípulo de C. Ateio
Capito.
SABINO, A, adj. Caítello — , detrespellos,
branco, vermelho e preto ; dos Sabinos, povo
antigo da Itália.
SABINO (Aulio), (híst.) poeta latino, contem-
porâneo e emulo d'Ovidio. Deixou 8 Capí-
tulos.
SABINO (Masurio), (hist.) jurisconsulto do
tempo de Tibério, discípulo d'Ateio Capito,
foi o primeiro que deu consultas escriptase
foi chefe da escola dos Sabinianos.
SABINO (Júlio), (hist.) senhor Gaulez, nas-
ceu entre Lingones, tomou o titulo de César
no principio doreinano deVespaziano e foi
vencido. Para escapar ao vencedor, rctirou-
«e 80 subterrâneo deumaca-za e espalhou o
boato da sua morte. Sabino escapou a todas
as perseguições durante 9 annos ; mas final-
mente as í requentes vizitas d'í ponina, sua es-
poza descobriram o seu retiro. Foi conduzido
a Roma canregado de ferros, e foram inúteis
os esforços d'^ punina para excitar a compai-
xão de 1 espaziano, que teve a crueldade de o
condemnar á morte.
SABINOS ou CHiSTÃos DB s. JOÃO, (hist.) sei-
ta da Pérsia, pertende tirar a sua origem de
S. João Baptista, e dh ser um restodos Ju-
deos banidos de Jerusalém no ^ Il-seculo pe-
los Mahometanos. A sua religião c uma mis-
tura dos dogmas dos Judeos, Christãos e Imer-
sas.
SÁBIO, A, adj. (Lat. sapiens, tis] douto,
perito, erudito ; que possue sabedoria, sa-
piência. Com — mão, mui destra. Os — s,
s. os homens doutos.
sabioncello ou sABiNERO, (geogr.) penin~
sula dos Estados austríacos, defronte das ilhas
de Meleda e de Curzola. Capital Stagno.
SABiONETA, (geogr.) cidade do reino Lora-
bardo-Veneziano, entre Crémona e Mantua;
6,500 habitantes.
SÁBIOS (o8 sete), (hist.) nomes dados a 7
gregos illustres do VI século antes de Je-
Su-Christo, eram elles: Thabs, Sólon, Bias,
Chilon, Cleobulo, Pittaco, Periandro.
SABiRES, (geogr.) Sabiri povo da Sâoaa-
cia meridional, no V e VI soculo, no VI
século estabeleeeu-se sobre o l>esna e nos
arredores de Dniepr, ro paiz que tomou o
nome de Seberia ou Severia.
SABiSMO, s. m, culto dos astros. Os ety-
mologistas derivam este termo do He-
braico tsaba, exercito, porque dizem elles
os Uebreos chamavam os astros a milicia
celeste. A origem do vocábulo é o Egypcio
ciou, estrella, e oueb, sacerdote.
SABLE, s. m. (Fr sable, areia), (t. bras.),
a côr verde. Em Francez é a preta.
SABLE, (geogr.) cidade de França, a 6 lé-
guas ao NO. (lelaFleche; 4,188 habitantes.
SABLES ii'oLONNE , ( gcogr. ) Cidade de
França, a 17 léguas ao NO. de la Rochel-
le; 4,778 habitantes.
suBLON, (geogr.) villa de França a uma lé-
gua ao S. de Melz.
SABLONViLLK, («[eogr.) cidado de Frauça, 3
O. de Paris, a O., defronte do Bosque do Bo-
lonha ; 300 habitantes.
SABOARiA, s. f. [sabão, des. ária), facri-
ca de sabão ; officira de fazer sabão.
SABOEiRA, s. f. (áes, cira), mulher que
faz sabão,
SABOEIRA. V. Saponaria, planta.
SABOEiRO, s. m. (des. eiró), [fabricante do
sabão.
SABÓGA, s. f. V. SaveL
SABÓIA, (geogr.) Sabaudia ou Sapadia nSi
edade media, primeiramente condado, de-
pois ducado, hoje uma das intendências ge-
raes dos Estados Sardos, tem por limites, ao
N. a Suissa. a 0. a França, a E. e ao S, o Pie-
monte e os Alpes ; 576,700 habitantes. Capi-
tal Chambery. O ducado de Sabóia forma 8
provindas : Sabóia própria, Alta Sabóia, Ca-
rouge, Chablais, Faucigny, Geneoris, Mauria-
na, Farautaide.
SABÓIA (casa de), (bist.) casa soberana,
que leve por chefe Humbert, o qual vivia
no principio do XI século. Os príncipes
desta Caza tiveram primeiramente o titulo
de condes de Sabóia (Í027-I4i6,) ; toma-
ram depois o de duques em 1416, e rece-
beram, finalmente, o de reis da Sardenha
em 17i0.
Condes de Sabóia.
Amadeo IV 1233
Ilumbert I
1027
Amadeo í
1060
Amadeo II
1('60
Hnmbert II
t072
Amadeo III
li03
Humbert III
J48
Thomaz i
1188
Bonifácio
1253
Pedro
1S63
Philippe
1268
Amadeo V
li85
Eduardo
1323
Simon
1^29
SAB
SAC
489
Amadeo Vi 1343
Am«deoVni 1392
Condes de Sabóia.
Amadeo Vil
1383
Duques de Sabóia.
Luiz I
Amadeo 1\
Phdisberio
Carlos i
1440
14Bj
U72
1482
Carlos II 1489
Ph.lippe 11 1496
Philisberlo li 1497
SABOiANo, Â, adj. s. natural de Sabóia.
sabonrta. V. Cebolela.
SABONETE, s. m. dimiiiut bola de sabão
duro para fazer a barba; (lig.) (chulo),
irrisão clamorosa, apupada, reprehensão pu-
blica.
SABOR, s. m. (I.at. sapor, V. Saber), a
sensação que produzem no paladar as sub-
tancias sápidas : a propriedade saborosa dos
corpos; (lig.) prazer, gosto. A seu — , vive
a teu — . Correia as cousas a nosso — .Pal-
iar a — da vontade aíheia. Fallar em — ,
(ant.), gracejando, Fallar com — , com dis-
crição. V. Seinsabor.
Sabor, (geogr.) rio de Portugal em Trás-
os-Monles, no distrito de Bragança, perto
de cuja cidade passa.
SABOREADO, A, p. p. dc saborear ; adj.
que toiíou o sabor e gostou da cousa pro-
vada, que vive a sabor, regalado.
SABOREAR, V. u. [saboT, car des. inf.),
provar tomar o gosto, gostar com deleita-
ção; V. g — os manjarei, prazeres; dar sa-
bor ao comer. Os adubos saborêam as co-
midas — SE, V. r. hcoslumar-se a usar de
alguma cousa com deieitej*, gostar com de-
leição.
SABOR IDO, A, adj. que tem bom sabor ;
(lig.) agradável.
SABOROSA, (geogr.) povoação de Portugal
de 7(J0 habilanles pouco arredada de N íl-
ia Ueal. Ribeira de Saborsa, povoação e
sabrks, (geogr.) cidade do França, a 8
léguas ao AO. de Mont-de-.Warsna; 2,200
habitantes.
SABRO. V. Saibro.
sabudo, (ant.) por sabido. V. Sabido.
SABUGAL, s. m. (a/ des collectiva.) mata
de sabugos ou sabugueiros.
SABUGAL, adj. (de sabujo, des ai.) Uva
— , de cão. Devia escrever-se sabujal.
SABUGAL, (geogr.) villa de 1 ortugal situa-
da sobre o Coa, perlo da nascença de uma
das torrentes principaes do mesmo e das
cabeceiras do Zêzere.
SABUGO, s. m. (Lat. sambucus Talvez ve-
nha do Egypc sche, arvore, e tbud, mel,
doce.) o sabugueiro, arvore de polpa mui
tenra e doce, cujas flores são usadas na me-
dicina como diaphorelicas. — , a medulla do
corno do boi. — , a parte da cauda das bes-
tas da qual procede a cola, e nascem as cli-
nas. — do milho, a parte da espiga onde o
grão está embebido nos alvéolos. — das
vnhas, a parle branca e tenra na raiz del-
ias.
SABUGUEIRO, s. m. (o mesmo que sabu-
go, e mais usado.) sabugo, arvore
SABUJO , s. m. fCast. sabueso ] cão de
montaria maior que o podengo.
SABULOso, A, adj. [Lai sabulosus, de sa-
bulum, ar«ria raiuda.) areento. Urina — .
SABURRA , .T. /. (Lat, saburra , lastro.)
( ned.) humor viscoso que cobre a liogua e
o canal intestinal em doenças febris, eque
os antigos médicos julgavam ser o sedimen-
to dos humores.
SABURRENTO, A, adj. V. Saburtcso
SABURROSO, A, adj. (des. 050 ) coberto de
saburra. i ingua — .
SACA, s. f. (Lat saccus. V. Saco.) saco
granda — s de algodão
s.ACA, s. f. (de sacar.[ (p us.) extracção,
exportação. — da moeda, de mercadorias.
SAC BOCADO, «. m. vasador, instrumento
de aço cortante com que se cortam pedaços
riacho do concelho de Penafiel, 8 léguas I circulares de coiro, soía, pano.
a E. do Porto, 600 habitantes. j s.^cabocado, adj. m. Pano — , de aber-
SABOROSAMENTs , adv. [menU sulT.) com • los leitos com o vasador, por ornato.
sabor; agradavelmente, com deleite, j sac*buxa, s. f. espécie de irombeta divi-
SABORosissiMo, a, ndj. supevl. de salx-tdida pelo meio; sacairapo de espingarda,
roso. SACADA, s f (subst. da dos. f. de srtca-
SABOROSo , A, adj. [úes. oso.) que temi rio.) ioda a obra resallad.i, e que avança
bom sabor, gralo ao paladar ; (lig.) agrada- fora da parede do edilicio. .lanella de — .
vel, deleilavel, diserelo. j — do telhado, aba. — , no manejo, sofrea-
SABuUMELX DR LA BONNfe.TERiE , (hisl.)jda. Moiicr govfos de — , Cí^riando a videem
e.scriptor francez nasceu em Pariz em 1725, I forma de aparo de penna, e unindo-lhe o
morreu em 1781. líeixou; Constituições \ g&ií) lalhsdo da mesma feição. —, saca,
dos Jesuítas; Manual dos Inquisidores, íc. | tirada, exportação; imposto sc^bre as expor-
SABn.\, s. f nome de uma sorte do uva tacões
laniber I chamada lilma. saC/.oilla, s. f. puxão que dá o pesca-
sabkao, (geogr.) uma das ilhasda Sonda, 'dor quando sente que o peixe mordeu na
a E, Ua de Flores, Capital Adeiiara. isca. Oar uma — .
VOL. IV. \^'ò
m
8AC
SACADO, A, p. p. de sacar; adj. extraí-
do, exportado. O — , (merc.) a pessoa sa-
bre quem se sacou letra de cambio.
SACADOR, *. m. cobradoB dft rendas^ (é
ros, contribuições, impoatos — , pessoa qjie
saca letra de cambio sobre outrem que se
chama sacado. Cão — ,. o que tira a caça
aos outros cães para a levar ao caçador.
SACAFiLAÇA , s m. agulha de artilbeiro
com duas ou Ires farpas
SACALA, (geogr.) cidfldedo reino d'Amha-
ra Da Abyssiuia, a LO légua» ao 80. de
Gondar.
SACALADOR. V. Áçacalãdor.
SACALÂo, s. m. V. Empuxão.
SACALiNHA. V. Sancadilho,..
SACAMOTEL, t. m. (artilhi ).agulha dc gar-
▼ato.
SACAM0LA9, s. w. (do Cast. sacamuelãs.
(t. de desprezo) n áu dentista, tirador do
dentes
SACANiA, (geogr.) nome dado na edade
media a uma parte da Morea, comprehen-
dendo os antigos territórios de Sicjone,
Cor in lho e d'Argos,
SACAPELOURO OU SAGAPILOURO, *. «l inS-
trumento de tirar o pelouro da espingar •
da.
sa€ar , V. a (vem do mesmo rad. que
sacco ou saco, do i gypcio cok ou sok, ti-
rar, trazer, levar.) tirar para fora, extrair;
exportar. — moeda, mercadorias, —uma le-
ira de cambio, ordenar ao correspondente
que pague a pessoa determinada, e em cer-
to prazo uma quantia de dinheiro —a es-
pada ou da eáparfa, arrancar, tira-la da bai-
nha.— de Inslrc, (ouriv ) correr o buril por
cima das orilhas para dar lustro.
SACA-RABO , s. m animal da feição do
furão.
SA£ARrA, s f. ((des. ccUectiva ária.) quan -
tidade de sacos ou sacas. — s , imposições
sobre as exportações.
SACARIA, s. f. (de saquear.) (ant.) reba-
te falso dado pelo general para ver se a tro-
pa está promptav
SACARINO. V. Sacharino.
&ACATEPEQUEZ OU s. JOÃO, (geogr.) cida-
de do Guatimala ; a 10 léguas ao í\0. do
Guatimala; 8,600 habitantes.
SACATRAPO, s. m. ppça de ferro com al-
T.ado fixada na extremidade da vareta com
que se saca a buxa da espingarda ou outra ar-
ma de fogo.
SACAVÉM, (geogr.) considerável povoação
de Tortugal situada uma légua e meia ao
^E. de Lisboa, conta perto de 2,400 ha-
bitantes.
SACCA V. Saca
SACCBi (iJuvknaíl), (hisl.) escriptor Italiano
nasceu cil 1716, DQorrcu em 1780, é auc-
tor das Vidag dos Farindli e dos MarceU
los.
SACCHiNi, (hist ) compositor celebre, nas-
ceu em INapolesem 173j, morreu em 178G.
Compoz muitas opera?; as melhores s.V>;
Renaud, Climene^ Dardano, Édipo em Co"
hnia, etc
SACCO. V. Saca.
N. B. Em Lat. escreve-se saecus, mas o
termo não é de origem Latina nem Vitc/b,
uiai sim do Egypcio foA ou sok.
SACCOLA V. Sacola.
SACCOMANO , í. m. (ant.) V. Saque.
SACCOMÃo, *. m. (aflt.) V. Salteador, Sa-
queador.
saccomardo , 5. m. (ant ) Ladrão, Sal-
teador, Saqueador.
SACE, (hist.) snbio francez, nasceu em
Í740, morreu em 1824. Deixou: Exame
chimico das differentes substancias mine-
raes; Elementos de chimica dosima&tica. ete.
SACEDOif, (geogr.) Thermida, cidade de
llispanha, a 1 légua do Tejo; 2,700 habi-
tantes.
SACEHi, (hist.) pintor, nasceu em Roma
em 1598, morreu em 1661, foi o ultimo
discípulo d'AJbano. Os seus quadros sio es-
timados.
SACBLLO, s. m. (Lat. sacellum, de sacer,
sagrado ) pequeno templo, capelia, ermida.
Sacerdócio, 5<, m (Lat, sacerdoiium.)
o ofticio. a dignidade sacerdotal ; q^ poder
espiritual dos sacerdotes.
SACE rd OTA. V. Sacerdotixa.
SACERDOiAL , adj. dos t g. (Lat. sacer-
dotalis.) que respeita ao sacerdócio, de sa-
cerdote, ilabito, dignidade — . Rito, vestf.*»
sacerdotaes.
SACERDOTE, s. m. (Lat. sacerdo, otis, de
sacer, sagrado, e do ara, dar ) ministro de
qualquer religião ou culto, sacrilicadorgen-
tihco mini.^tro da igreja chrislã.
SACERDOTiZA, s. f. mulhcr que no paga-
nismo fazia sacrifícios nos templos.
SACES, (geogr.) Saces,, povo da Scythia
asiática, ao N. da Sogdiana, deu o nome
a uma era, que começa no anno 18 deJe-
su-Chrislo.
SACHA , s. f- (de sachar.) o acto de sa-
char, sachadura, monda com o sacho.
SACHADO, A, p. p. de sachar ; adj. mon-
dado com o sacho.
SACHADOR, s. m. O que sacha.
SACHADURA , s. f. monda com o sacho.
s-^CHÃo, s. m. augment. de sacho.
SACHAR , e. a. (Lat. sarculare ) mondar
com o sacho.
SACHARINO, A, ttdj. assucarado,
s. ACHEUL, (geogr. 1 antiga abbadia da
Picardia, és portas d'Amifcns.
SACflo f t. m. (JLat. íarculum, sareuUi.)
ílAC
SAC
491
instrumento de agricultura cujo ferro cor-
tante por dentro é menor que o da enxa-
da e o cabo mais longo; sfjrve de remexer
l»'v.>m,'nle a terra das hortas, e deaesmon-
dar das miíf hervas.
sachola. *. f (do sac/io.) eàpecie do en-
xada pequena.
SACíADO, A, p. p. de s»i;iar; adj. farda-
do, satisfeito.
SACIAR, t>. a. (Lat. saiio, are.) fartar, sa-
tisfazer plenamente. — a f3me, a sede, e
(dg.) os olhos, os ouvidos, os desejos, a pai-
xão, a cubica, os appetites,
^CiAViL, adj. dos 3 g. {l»i. satiabilis.)
que fóde ser saciado. Desejos saciáveis.
.SACiEDAD», s. f. (Lat sacieias, tis.) far-
lun, o que basta para fartar ; estado de
p«:ssoa que está farta
s.\CfLA, (geogr.) cidade murada do reino
I.f>!!;bHrdo-V»»neziano. a :5' léguas ao S->.
<ri (Hri»; 3,7(K) h.íbitautes.
SACK, (geog ) rio da Africa austral, na
nultentotia, cae no rio Orange
*^ACKEr«, (hi«t.) general russtí, nasceu em
175'i, morreu em 1S.37, combateu primei-
ramente contra os Turcos e os t'ol«c ss, foi
aprizionado pelxsFrancezes em Zurick. Km
1814, depois da capitulação de Pariz foi
nomeado governador desta cidade.
s.\co , s. ni. (Lat. saccHS ^ Gr sakkos ,
íleb e Chald. .me ou sak, do Egypcio co/c
ou .^ok, saco, levar, trazer.) espécie de bol-
sa grande fechada ou cozida por todos os
lado- .'om uma só abertura superior, feita
de coiro^ pano grosseiro ou de outro esttf-
fo ; (fig.^ o que o saco contêm, «. g. um
— de farinh«, de arroz, de terra. — de en-
seada, a parte mais funda delia. — , habito
fúnebre e penitente. Vestir-se de — e cilli-
cio. — , acto de saquear Dar — ; metter a
— a cidade, saquear.
SACOU, s. f. saco de 'lois fundos ou al-
forges, como o que trazem os frades men-
dicantes.
saçom, (ant ) V. Sazão.
SACOMÃo, e SACOMARDO, (ant ) V. Saltea-
dor, Saqueador.
sacmnuro, s. m. espécie de abelha de Ma-
dagáscar.
SACOTHiM. V Socotorino.
Sacra, s. f. (iubst. da des. f. á% sacro.)
laboa do altar que contêm as palevrrs da
consagração- e «• Gí-edo; a parte a maisso-
lenme da missa e principalmente a da con-
sagração das espécies. — , s?»graçã0v
SACRA (via), (geogr.) Fio sacra, rua de
Roma, que ia de O. a E e conduzia ao
Capitólio. Era por esta via que aquelles que
obtinham as honras de triumphar se dirigiam
ao templo
SACRAH£NTADO, A, f. f. de Sacramentar;
adj. a quem se administrou a communhSo,
ou extrema uncção.
SACRAMENTAL, adj. dos 2 g (Lai, sacra-
mentalis.) de sacrament ». pcrt-ncente ao»
sacraíDentos Palavras sacrainentaes, h for-
mula roía que se administra algum sacra-
mento. Acto—.
SACRAME?<TALMEr«TR, ttdv. [mente suíí.) CIB
forma de sacramento
SACRAMENTAR, V. Q. {^acramento, ar áes
inf.) administrar a commuuhão. e extrema-
uncçãu. ! izse principalmente dos enfermos
e moribundos; consagrar. — o corpo de Je-
sn~Christo. converter nelle a hóstia. — se,
V. r. receber o sacramenl^^da comuiunhão,
commungar. — , fazer de si sacramento, c.
g. Chri^ito, na eucharistia — , (chulo) não
se deixar ver. nem conv» rsar.
SACRAMRisTARios, (hist.) I3eu-se este no-
me aquelles dos reformados, que afastan-
do-se da opinião de LuJhero sobre o sa-
cramento da Eucharistia, regei-aram a pre-
sença real de Jesu-Chri^-to, que Luthero ti-
nha conservado, i sta dilferença de opiniões
deu lugar • uma separação, que rebentou
abertamente a 32 d'agosto de 1524 entre
Luthero e muitos dos seus sectários.
SACn*34E!<TO , s. m iLat. sacrameníum,
dinheiro depositado em juizo por cada um
dos litigantes; juramento de fidelidade.)
(ant.) jnraraento solemne. «Cumprindo© —
que tinham feito ao povo, de morrer por
defensão e liberdade de todos » Anaes. — ,
santidade —s, actos religiosos próprios a sal-
var a alma, e conferir graça divina. O san-
tissimo — , ou o — , por eí<jellencin, a eu-
charistia.
SACRÁRIO, s. m. {■ at. sacrarinm.) lugar
onde se guarda cou=a digna de veneração
sagrada, e particulí^rmenie aqueHe em que
se encerram as formulas sagradas^ e as hós-
tias consagradas para se darem nacommu-
nhão. — de reliquíus, relicário.
SACRAS, s. f. (Lat saem.; três tábuas em
que estão escriplas certas palavras que ©sa-
cerdote diz na missa; encostam-se sobre o
altar de modo a poderetni ser vistas.
SAcnATissiMo. A odj . mptfl. (Lat-.)i, de
Sagrad.^, muito sagrado.
SACRK. *. m. (4I0 Arab. wfer, deídAara,
ter » vista aguda.) espécie de falcão, ave;
— , canhão, peça de arulheria antiga do ca-
libre de 4 a Gv
SACRIFICADO, A, p p. de SacHficar; adj,
immolado; otferecido em sacritieio; exposto,
OU resignado como victima
SACHiFiGAJ>o», s. w. (,úat. sojtnifex, icts),
sacerdote do paganisojo que s«cpi<icava vic-
timas nos templos; o que sacrifica cousa ou
pessoa
SACRIFICADOR (grande)^ ow Gfande Sá"
12^ •
49S
SAC
SAC
cerdote (hist.) chefe do culto entro os Ju-
deus; foi também o chefe supremo dosJu-
deos do anno 166 ao anno 40 antes deJe-
su-Christo.
SACRiFiCAL, adj, dos 2 g. /'Lat. sacrifica'
lis.) que respeita a sacriíicio.
SACRiFJCATSTE, adj . dos 2 g. (i at. -sacri-
ficans, lis.) que sacrifica.
SACRIFICAR, V. a. (Lat. sacrificare, de
.sacer, sagrado, e efficere, fazer ) immolar,
offerecer em sacriíicio. — viclimas aos deu-
ses; — um touro a Júpiter. — , expor a
pessoa ou a fazenda, v. g. — a vida ou
peia pátria; — os bens, o socego. Sacrili-
cou o amigo; — a honra. — se, v. r. ex-
pôr-se, £ujeitar-se a incommodo cu peri-
go; oíferecer-se como victima, v. g. — , á
salvação da pátria.
Syn. comp. Sacrificar, immolar A idéa
commum d'estas palavras é a de consagrar
uma cousa á divindade, porem a primeira
é o género e a segunda a espécie.
Sacrificar uma cousa é desfazer-se d'el-
la para consagral-a á divindade, dedicar-
lh'a de tal modo que seja perdida ou trans-
formada. Immolar é consagrar á divinda-
de por meio d'um Eacriíicio sangrento ; é
degelar uma victima sobre o alí.ar. Ha dif-
fereoles classes de sam/Sctos ; aiwmo/apão
ou sacrifício cruento, é o maior de todos.
Sacrifica-se todo o género de objectos ; não
se iwwo/am senão viclimas, seres animados.
O objecto sacrificado é offerecido á divinda-
de, o objecto immolado é destruido em
honra da divindade. O sacrifício tem geral-
mente por objecto o honiar; diimmolação
tem por objecto particular oapplacar a ira.
Figuradamente, e em sentido profano,
lêem estas palavras as mesmas diíferenças.
Sacrifica- se toda a sorle de cousas a que
se renuncia voluntariamente ou que se aban-
donam por algum interesse particular, ou
em proveito d'outra pessoa ; immolam-se
objectos animados ou seres personiticados,
que se consideram como victimas, e se con-
sagram á morte, ao anathema, á desgraça.
A idéa de sacrificar é mais vaga e mais
extensa ; a de immolar mais forte e mais
limitada, Napoleão sacrí^cata columnas in-
teiras de homens para vencer o inimigo ;
e muitas vezes ímmo/ow a justiça á vingan-
ça, a equidade á ambição.
SACRiFiCATivo, x.adj. próprio para o sa-
crifício. Ciado — .
SACR'FiCAVEL, ttdj . dos 2 gf. quo se pode,
que é licito sacrificar.
SACRIFICIAL, adj. dos '^ g. que respeita
ou pertence a s&crificios. Vasos, ritos, aras í
sacriíicíaes. i
SACRIFÍCIO, 8. m. (Lat. sacrificium^ de'
$acer, crUf sagrado, e offício^ ere^ iázer),
oblação de victima, ou oíferta aos deuses
em expiação de culpa, ou com o fim de
implorar o auxilio divino; o acto de sacri-
ficar; a cousa sacrificada. O — do altar ou
da missa. Fez — dos bens, sacrificou.
SACRIFICO, A, adj, (Lat. sacrificus.) (t.
poe.) sacrificante, sacrificador.
sacrificulo, s. w. (Lat. sacrificulus.)
ministro deslip.ado a fazer sacrifício.
sacrilegambnte, adv. {mente sufi.) de
modo sacrílego, com sacrilégio,
sacrilégio, s. m. (Lat, sacrilegium, de
sacer, crit, sagrado, e lego, ere colher,)
roubo de cousas sagradas, desacato, acto
que offende as instituições religiosas, pro-
fanação. Dar — s, (ant.) consignar o pro-
dueto das penas pecuniárias impostas aos
sacrílegos e excommungados.
sacrílego, a, adj. {pron. sacrílego*. Lat.
sacrilegus), o que profana os templos, os
mysterios religiosos, impio, que commeteu
sacrilégio Homem — . Acção sacrílega.
SACRIPORTUS, (geogr.) logar do Lacio, en-
tre os Volscos, parte deSygnia, celebre por
uma victoria de Sylla sobre o partido de
Mário, no anno 82 antes de Jesu-Christo,
SACRISTÃ, SACRISTÃ OU SACRlSTAN. S. f.
freira que éuida da sacristia.
sacristania, s. f, oflTicio de sacristão ou
sacristã n,
SACRISTÃO, s. m. (Lat. sacristã.) homem
que cuida da sacristia, PI. Sacristãos, ou
Sacristães- (o segundo ó hoje mais usa-
do).
SACRISTIA, s. f. casa contigua á igreja
onde se guardam as vestiduras sacerdotaes,
vasos para o culto, e onde se revestem os
sacerdotes.
SACRO ou SACRE, s. m. (T, Sacre), (ant.)
peça de ariilheria antiga.
SACito, A, adj, /'Lai. sacer, sacra, um
Court de Gébelin o deriva do Chaldaico,
hag. festa, mas vem do Egypcio íac, exal-
tar.) sagrado. Ordens sacras, as de sub-
diacono, e presbytero. Osso — , o que ter-
mina a columna vertebral. O — monte ou
nume, dizem os poetas do Parnasso e de
ApollO' — , (fíg ) inviolável, respectivel.
SACRO (cabo), (geogr.) Sacrum promon^
torium nome commum na antiguidade a di-
versos cabos, entre outros o cabo de S. Vi-
cente e o cabo Corso.
SACRO (monte), hoje Castel-San-Siheò-
iri, a 2 le/^uas de Roma.
SACROBOsco, (hist ) astrooomo inglez, ru)
XIIl século. Deixou: De Sphera mundi;
De anni ratione, seu de computo ecclesiaa-
íico.
SACROSANTO A, adj. (Lat. sacrosanctu^ )
sagrado e santo. A virgem sacrosanta.
SACAOviu, (hist.) Eduo, levantou as Uai-
RAD
RAF
493
lias, foi battido em Autun, em 21. e sui-
cidou-se
SACUDIDA, s. f. (subst. da des. f. de sa-
rudido.) sacudidura.
SACUDIDELA, s. f. leve sacudidura.
SACUDIDO A, p. p. de Sacudir; adj. aba-
lado, batido, expellido, arremessado bran-
dido. Foi bem — , (phr. fam.) , severamen-
te reprehendido ou castigado.
SACUDiDOR, s. m. o que sarode.
SACUDIDURA, v. /. flbalo, acto de sacu-
dir.
SACUDiMKNTO, s. m. abalo, sacudidura
SACUDIR, V. a. (do Lat. succutere.) aba-
lar, abanar, agitar com força; — os ramos
da arvore, o pó do fato, dos móveis', lan-
çar de si, V. g. — as moscas, os cães; ar-
remessar , brandir: — a lança ; expellir ,
rechaçar, v. g. — o inimigo da posição
que occupava. O cavallo sacudiu o caval-
leiro, lançou-o em terra. — o pó a al-
guém, (fig. fam ) , espancai o, zurzil-o. So-
cudiu-o deu -lhe áspera reprehensão.
SAçuHi, (geogr.) rio da província de Minas-
Gerae? na comarca do Serro no Brazil.
sacy ou s^cí, (hiít.) escriptor francez,
nasceu em 161*2, morreu em em 16X4.
Deixou tradunrões muito estimadas; do An-
tigo Testamento; da Santa Bíblia, etc.
sacy, (hist.) adv:)gado do Parlamento de
Pariz, nasceu em 1654, morreu em i7á/.
Deixou uma Traducção muito estimada de
PUnio-o-Moço\ Cartas; Panegyrico de Tra-
jano, etc.
SACT (Silvestre de) hist.) sábio orienta-
lista francez, nasceu em )75S, morreu em
1838. As suas principaes ob"as são: Prin-
cipios de Gramrnatica universal; Gram-
matiea árabe; Chrestomaiia árabe, etc.
SACY-o-GRANDE, (geogr.) villa de França,
a 2 léguas e meia ao SE. de Clerraont; 650
habitantes.
SADE, (hist.) escriptor francez, nasceu em
1705, morreu em 1778. Publicou : Observa-
ções sobre os poetas francezes. Obras escolhi-
das de Francisco Petrarcha.
Sadiamente, adv. {mente suff.), sauda-
velmente.
SADIO, A. adj, (de saúde.) saudável. Si-
tio, terra, ares sadios. Homem — , que go-
za saúde; — , (fig.) e chulo, pouco libe-
ral, que não se arrisca pelos amigos, nem
se expõe a incommodos sem calcnlar o pro-
veito que disso lhe pode vir.
SADO, s. m (t da Ásia.) embarcação de
pescar.
sadoc, (hist.) Judeo celebre, discipulo
d'Antigono de Socho, estabeleceu, no anno
24H antes de Josn-<.hriito. o systema phi-
'oS'»phico e rel'gioso chiwwado o Sad)ieisnio.
SADOLKT, (hist ) cardeal, pasceu em 1477,
vrtt. IV
morreu em 1547. Deixou : De liberis reete
instituendis; Phaedrus sive de laudibus philo-
sophioe, ele.
SADRAS, (geogr.) cidade da índia ingleza,
no Uarnatid, a 16 léguas ao S. de Madrasta
sobre o golpho de Bengala.
SADUCEos, Chist ) seita judia, assim cha-
mada de Sadoc, seu fundador, que a fun-
dou no 111 século antes de Jesu-Christo Os
Saduceos serviam a Deus pelas recompen-
sas temponies. Seguiam o texto da lei e não
admittiam explicações ; não attendiam a tra-
dicções, negavam a immortalidade da alma,
a resurreição dos mortos ; também não
acreditavam no livre arbítrio e na provi-
dencia divina. Os Saduceos no II século an-
tes de Jesu-Christo, formaram um partido
e foram sempre oppostos aos Phariseos.
SADYATE, (hist.) reida Lydia, no anno 62,
antes de Jesu-Christo, pai d'Alyatte, e avô
de Creso. Fez guerra aos Milesios.
s.EMUND-siGFussoN, (híst.) escriptor irlan-
dez, a quem se attribue o Edda, que con-
temos dogmas e a mythologia dos Scandina-
vos ; vivia no anno 10l)7.
saeta ou SAiETA, s. f. tecido de lã de
que se fazem vestidos.
SAETABicuLA, (geogr.) cidade d'Hispanha
na Tarragoneza, hoje Aleira.
s.íiTABis, (geogr.) hoJH Bativa, cidade de
Hispanha, a 10 léguas ao 80. deSucro
SAFA, s. m. (do imperativo de Safar.)
« Ouve-se um safa, safa, » isto é, fora
d'aqui, arredai-vos.
SAFADO, A, p. p. de Safar: adj. , gasto
com o uso. Moeda — . cujo cunho quasise
não distingue.
safar, V. a. (do Arab. sa/far ) tirar fora,
desembaraçar do que pode estorvar, v. g.
— o navio, — a artilheria. — a moeda,
limal-a. — se,« r. abalar, ir-se, desemba-
raça r-se.
safara, (geogr) povoação de Portugal do
distrito de Beja, situado 2 léguas a E. de
ftloura, perto do riacho S. Pedro, ^80 ha-
bitantes.
sAfara, s f. (do Arab. sahará.) terra
deserta o coberta de pedregulho miúdo.
safario, a, adj. Roman — .. a que tem
os bagos grandes e quadrados.
sÁFARO, A, adj. (do Arab. saffar.) bra-
vio; áspero, rude, indócil. Gavião, falcão
— Povos — s.
safate. V. Açafate.
SAFENA, V. Srtphona.
saffi, ou AZAFFi, (geogr.) Rusupis, cilade
murada do Estado de Marrocos ; sobre o Oce-
no Athlanlico, a M léguas ao N. de Moga-
dor; l;.\OI)U habilanles.
! safio, s m (doArrtb. snflio, assim cha-
mado por se pescar lio fundo domar; (rad).
K4
4^4
SAG
8É6
se/lon, lugar fundo, inferior.) peixe domar,
espécie de congro p«'qiieno.
SAFio, A, ailj. {V. Silaro.) tosco, rude,
grosseiro incullo. Villão safio — . Areaes
safio—s.
Safira, V. Saphira.
S\FiRAS, (Ser.-a das), (geugr.j Serra dila-
tada da província dti Minas-Geraes, na co-
marca do ^e^ro no Brazil
SAFiRO, s. m. V. Sa J/h iro
SAFO, A, adj. [omlracçho de safado.) áe-
sembaraçado, livre de perigo O navio está
— , V. y. do 'baixo, d^s esculh'ts, do «pe-
rigo ou díísenibaraçado para navegair, ou
combater. A artilk*ria está — , («rirínpU
para laborar. Eslar alguém — , livre, v. g.
de dividas, encargos.
safõks, s. m (pi. ant. e obsol ) calças
largas usadas antigam^^nie.
SAFRA, s f Ha(í\ú que vem do gr<ígo
sphyra, marlelio ) bigorna grande quadrada
sem pontas
SAFRA, s. f. (doÂrab. saara, carj»pina.)
coll eita, ftovidcide, v. g. — de azeitona,
castanha. Foi anuo de — , de copiosa no-
vidade.
SaFra, V. Siifora.
SAFHADEIRA. S. f. V. Alfoça.
SAGA, s. f. (I.at. saga,) feiticeira.
SAGA, s. f. iV.ast. zag^í.) (ant.) a r-^a-
guarda, na níilicia antiga.
saga ou SAGAS (hist.) "ãoassim chamadas
nas antigaii liuguas do Norte as trarlicções
hislofii'as ou rnyhologicas do» povos s«p-
teiiirionat's, con^^ignadas nos escriptos poé-
ticos, que oonJp(>^•m os Scaldos ou Bardi^s.
A maior |>arle dos S^^gas foram compostos no
Xll século da nossa ';ri e nos Ires secuios se-
guintes.
sagaçaria, s»ga(:eza, s.\gacu, (ant) V.
Sagacidade.
sagaCíuade, s f.{ ai. sagacitas, tis)qiii-]-
lidade sagaz, penetração de espirito,
sagacíssimo, a, adj siiuperi (de sajace
por sagaz] muito sagaz.
sagan, (geogr.) cidade murada da Prússia
sobre o Bober, a ' 8 léguas ao NO. de Liegmiti,
A, 500 habitantes.
SAGAPENO, s m. {'iM.sagapenum, em Rer-
sa Sagapina) gomma medicinal.
SAGAZ, adj. dos lg. (Lat saijax, cia, de
sagio, ire, ter ô^ulezade sentidos) dotado
de penetração. Homem — , astuto.
SAG4Z, s. m, insecto que a4jaftha einata
as aranhas.
SAGAZiDi^DB. V. SigucUdie .
SAGAZHENTB, ait). [mente suíT ) com sa-
gacidade.
SAGEIR4. ou sageria, s. f. (d<i Fp. sttge,
sábio, sapiente) (aat.) V. Sabedoria.
8AGBNA, s. f. (do Árab. sagena, cárcere)
(ant.) cárcere, prisão de cativos chrislãos en-
tre os Mouros.
SAGEZ, adj. dos^g. (do Fr. sage, sábio)
(ant.) sábio, sabedor.
SAGEZMENTE, (ant ) V. Sabiamente.
SAGiiALA ousiGHLA. (geogr )sandjak.a'o da
Turquia asiática, entre os de Serruklem ao N
O. CHpiíal Smyrna.
SAGL\o, (ant ) V. Saião, Algoz.
SAGiNADO, A, p. p de sagiuar ; engorda-
do, cevado.
SAGiNAR. V. a. (Lat. sagino, are, de .sa-
yina^ carne picada, cevo) cevar, engordar
animaes.
SAGioN, (ant.) V. Algoz.
S',GiRAve, i. m. (t. Asit ) prateleira. Fern.
Mendes i into.
SAGiTAL ou SAGiTTAL adj. dos2g. (Lat
sagitialis, Úesagitta, settaj (anal.) Sutura
— , a que une os parietaes.
SAGITAR o ou SAGITTARIO, A, adj. (Lat.
sagitlarius, de sagiita, setta) frecheiro, set-
teiro, guerreiro armado de arco e tl^^xas. — ,
s. m. constellaçào e signo ou emblema zo-
diacal que occupa o lugar da ecliplica en-
tre o Escorpião e o Capricórnio, tem a figu-
ra de um centauro, etem na mão um arco
com uma setía embebida para disparar. E
um bieroglypho egypcio destinado a repre-
sentar os ventos etesios que precedem o tol-
slioi.j e.^^livsl. 1):^ o dinari ) tinha diias caras
oppostaâ, que tiarecciu indiííar o anna qiie
iical)a e o que vai principiar, e oor.f)ap.>ii-
de á época em queoauno egypcio e-ô-mcçá-
va cora o sohlicio estival, ao qual corres-
pondeu primilivamerite a constei laça' ) do Ca-
pricórnio, segundo Dupuis. — , soldadoda
amiga miUcia rora^ina, armado de arco o
settas.
sagitabio, (hist.) historiador alleioão ,
nasceu nm iC.i3, morreu em <6'Ji. Publi-
cou : Nucleus Histories ; germnicoB Introduc-
tio in kistoriam ecclenaslicam.
sagitífero ou SAGiTTiFEftO, A, ac(/. (Lat
sagmifer] q^e leva settas e arco
s. AuNANT, (geogr.) cidade de í^Tança .«5
legua« de Marennes; 1,015 habitantes.
sago, s m. (Lat. *a(7Hm, voz céltica) saio
militar.
SÁGOiiTE,!giiOgr.) Saguntus,o\i Saguntum,
cidade d'Uispanha, s >bre a cost* K, ao N.
de Valência, no sitio actual de Hfurniedro.
SAGRA, s. f. festft do orago da igrt»ja de
São Domingos, termo de -ascaes. Hist. Dom
E' essim chamado por ser commemorati>vfl
da sagração da igreja.
SAGRA, (geogr.) pequeno rio de Brusium,
entre o paiz dos Locrios e o dos Croloniatas
SAGRAÇÃO, s.f acto de sagrar igreja, bis-
po, etc.
SA^RADAMENTE, adv. [wiente sufT.) que res-
Sill
sah
A%
ptit* « cousa sagrada, divina ; venera vel-
mente
SAGRADO, A, p.p. de Sagrar ; adj. dedi-
cado, consagrado, cx. « A deusas ó — esta
floppsta. ramões. Liis., ix, 61í.
Sachado, s. m. lugar sagra-lo, dedicado
ao cuLo. Enterrar os mortos em — . O —
da pe^.^íoa, a quali lade venerável.
sagr^kl, adj dos ig. (ant.) umas vez^ís
usado por sagrado, outras impropriamente
por Secular.
SAGRAR, c. a. (Lat. sacro, are) conferir ca-
racter sHtjerdotal ou religioso, consagrar ao
culto dos lípuses, ou de Deus : — um templo,
— uma igreja, um bis(>o.
SAGRE. V. Sacre, canhão.
s. AGiíEvg, (geogr.) cidade de França, a
12 léguas ao O de Toubon ; 2,480 habi-
tantes.
SAGttEs, (geogr.) villa do Algarve, em Por-
tugal situado perto do cabo de S. Vicen-
te, bem fortificada, e que pela sua posição
elevadi podi« torna r-se uma praça incon-
quistavel, jlO habitantes.
SAGÚ s. m. (voz Asiat.) miollo de uma
arvore semelhante á palmeira, que se seca e
de que se faz farinha boa para comer ; be-
bida espirituosa feita d'este miollo fermen-
tado.
SAGUÃO, s. w. (Cast. xaguan, do Arab.
sahuon) pateo descobf^rto no interior de edi-
fício, área aberta entre casas ; entrada co-
berta junto á entrada de convento ou de
casa.
SAGUATE, s. m. (voz Asiat) presente.
♦AGUEIRO, s. m. (pron. o u sôa) a arvore
deqiie seextrahe osa^ú.
s*GUEZA, (ant ) V. Sagacidade.
SAGul, s. m. (pron. owsôa : t. Brasil, dos.
indigenrís) bugio pequeno.
SAGiHi. V. Sagú.
SAGUNTiNO, A, adj. de sagunto, níilural
deSsgunto em Hespanba.
6AGUR, s. m. V. ^agú.
SAHARA. (geogr,) vasta região d'Africa, en-
tre o Maghreb ao N. a Senegarabia e o
Sondfln ao S., o AtManlrco a O., a Núbia
a E. Não é mais do qú^ wm iramenso de-
serto d'areia, «orlado por colllnas, valles e
oásis e aonde se encontram algumas tribus
ferozes.
SAHEL, (geogr.) Isio é casta, margem Ks-
ta palavra foi «pplicada depois da conquis-
ta d'Algeria ás colinas, que se estendam ao
SO. e a E. dMlger, ao ^, da vasta planí-
cie de Milidja.
KAB-EL-HAGGAR, (geogr.) villa do fiflixo
Eívpto, a 8 léguas ao O. de Mekallet-el Ke-
brr, na margem ao O. do Nilo.
SABioA, s f. (sub5?t. da des. f. (lesahido)
o acto de sahir ; sortida feita por tropas ;
pisso, porta, luíçar por onde se sahe : beco
sem — . Tomar a — . — , venda, exporta-
ção : este género ó de boa — ; ou tem boa
— fora do reino Dar — , (fi» ) razões que
desculpem, ou expliquem a diííiculdade pro-
posta ; despachar, dar expedição. — , êxito,
cx. « A — do negocio mostrou o acerto de
qiiem o meditou. » « As cousas não sãojul-
gadas senão pelas — s. » Sousa. — do anno,
cabo, fim — da vida, a morte
SAiiino, A, p. p. de sahir ; adj. que sahio
— para fora, resaltado. Às fêmeas dos ani'
mães andam- s, com o cio, ou brama. — ,
acabado, passado. « vntes de ser — o tem-
po » Ord. AÍTofts. E' ant. nesta accep-
ção.
SAHiMEUTO, s. m. (mcuío suff ) (ant.) pom-
pa fúnebre de pt3Ssoas enlutadas ; fim con-
clusão linal, t> g. — das cortes.
SAiiiNTE, adj. dos ig. (des. do p. a. Lat.
em iens,_ tis) (ant.) — da quinta, sahindo,
no acto de sahir ; que vai acabando. — o
anno.
SAHIR. u. n. (do Lat salto ere, pular,
brotar ; Fr. sailiir, Lat exire, sahir) passar
de dentro para fora.- — de casa, do oorto,
da prisão ; — do banho . — a criança do
ventre materno: — ao encontro do inimigo,
ou f o inimigo, ao campo, ao terceiro, para
combater. — em terra, desembarcar. — a
nado, nadando. — a fallar, a orar, apre-
sentar-$e em publieo para failar, orar. —
por alguém ou por alguma cousa, a defen-
de-la.— de uma doença, (fig.) escapar d'ella.
— dos limites, (fig.) exceder, v. g — da
razão, apartar se d'ella desordenar-se. —
do propósito, fazer digressão. — do cami-
nho, arredar-se, afastar-se, por erro, ou
com desígnio. — de perigo, difflcullade, in-
commndo, escap.ir, livrar- se. — do copti-
veiro, recobrar a liberd.^de. — á luz, nas-
cer. — d luz um livro, apparecer, publi-
car-se. — de si, ou fora de si, fazer ex-
cessivas demonstrações ; irar-se ; fazer ex-
cessos. — do seu caracter, não se conformar
a elle, obrar conio não convém á pessoa. —
da vontade de alguém, não se conformar
cora eMa — , brotar, apparecer a cima da
superfície, .^o/ic o rio da madre. Sahio uma
ilha do mar, levantou-se. Sahem da terra
as plantas, brotão. Sahiram-lhe pelo cor-
po muitas postulas, bexigas, pintas, man-
chas, Sahiram-lhe três dentes, nasceram,
appareceram fora dos alvéolos, ^ahiu-lhe o
fémur da sua articyilarão superior, deslo-
cou-se. Sahio a machina dos eixos Sahiãm-
Ihe osoihos ^a testa dffs orbitas — , tirar a
sua origem : « a mãi de Hannibal sahio de
Lisboa, » e^ oriunda de. — a alguém, pa re-
cer-se cort a pessoa de q«e alguém piocede,
em feições ou em inolinações. ^êie aaoQo so^
♦96
SAI
IMi
ao avô e não ao pai. — o aUgria, a ira, á ca-
ra, (fig ) dar o rasto mostras d*estas paixões.
— uma nova, romper, espalhar- se, v. g.
— do povo, ou pelo povo, correr voz. —
palavra dabocca, proferir. Nunca lhe sa/iia
palavra da bocca que offendesse. -- lanço,
uma sorte, ou a soiteem preto a alguém,
haver, ganhar, cahir-lhe. — a sorte em pre-
to, na milicií, biihete que obriga ao serviço
militar. —, sobresahir, dar realce, O ouro
sahe bom sobre azul Esta côr, este maliz
sahe bem. — sobre as fontes, levar os ca-
teihumenos a baptizar pela Páscoa. — , ter
nxilo:--, mal, victorioso, com honra, com
vicioria ; — bem o intento, ou — em bem,
em vão, de balde, ou baldado, ter bom ou
mau successo, êxito, conseguir, ou ser frus-
trado. — com a sua (subentendido tenção';,
conseguir o fim. — com a empreza, realiza-
la. — certo, verificar-se, v.g sahio certa
a prophecia. -7-. vir a custar. Sahiu-me es-
ta fazenda, esta obra, a tanto, custou-me,
ou mais estrictamente, finita a conta aos gas-
tos, o resultado foi a quantia de. Sahiu-me
o banquete a cin( oenla moedas. — ■, appa-
recer em outro estado, ouapparecer inopi-
nadamente. Lançou o metal no fogo, e sahio
leiloem prismas Pôz-so a meditar esahiu
um soneto. Espt'rava-se um portento, saliiu
um ratinho — alguém com alguma cousa,
ofTcrere-la, v. g. — com um argumento,
com uma objecção. Sahio com uma decima.
— a agua, estar com o cio, rom a brama.
— , bojar, t). gf. — da parede do muro Sahe
ao mar um cabo, ou promontório — das
conchas, adagio, perder o acanhamento,
afoular-se. — do atoleiro, (fig.) tirar-sede
perigo, ou de embaraço, —se, v. r. apar-
tar-se, afastar-se : — algur-m do algum lu-
gar. — se um navio do outro, escapar lhe
— se bem, conseguir feliz resultado. — de
perigo, livrar-se, desembaraçffr-se Sahiu-
se com uma artificiosa desculpa, recorreu a
este expediente.
SAIA, s. f (do Lat. sagum, Fr. saie) ves-
tidura antiga de homens ; hoje é vestidura
de mulheres que se cinge pela cin»ura e des-
ce até á parte inferior das pernas. — de ma-
lha , armadura feita de malhas de fer-
ro.
SAiAGUEZ, adj. dostg (ant.) rústico que
veste saial
SAiAL, s. m. {úesaia) (ani.j panno gros-
seiro, fflpudo por uma face ; (fig.) vestidu-
ra, feita de saial, para homem ou multier,
(japa aguadeira de pastor.
sAiÀo, s.m [C&il.sayon, antigamente al-
giiazil ; verdugo, algoz Covarruvias dizquo
eram assim chamados por trazerem saio os
algozes. Eu creio que vem do Arab. hmsa.
mstar) (ant.} algoz, yerdugú,
SAIBO, s. m. (de saber, ter sabor) saibo ;
mau sabor. Tem — , ou mau — .
SAiBRÃo, s. m. augment. de saibro.
sAiBRO, s. m. (Lat. sabulo) areia grossa.
SAÍDA. \. Sahida.
SAiDEs, (gcogr.) villa de França, a 4 lé-
guas ao iNE. de Mauriac ; 511 habitantes.
SaIdo. V. Sahido.
SAii-TA. s. f. droga de lã para forrar ves-
tidos.
SAiEZA, s. f (ant.) V Sagacidade. ÁstU'
cia, Ardil.
s. AiGNAN, (geogr.) cidade.de França, a
i) léguas e um quarto ao S. deBlois, 2,856
habitantes.
s. AiGNAN-soBRE-o-ROÉ, (gcogr.) cidadc de
França a 9 léguas ao NO. de Chateaugon-
tier ; 1,500 habitantes.
SAI60N, (geogr.) T/iai/yone em Cochinchí-
na, cidade e porto do império nnnamitico.
sobre o Don-nas, 180,000 habitamos
SAíiouEssui, (geogr.) povo da (lallia en-
tre os Camutes a E., os fíiducasscs a O., ti-
nha por capitaLÇaii, hojeSéez.
SAiLLAGOUsE, (geogr.) villa de França, a
9 léguas SO. d^í Prades ; 350 habitantes.
SAiLí,A>s, (geogr.) cidade dn França, a 4
leguns ao SO. de Die ; 1,058 hobitantes.
sAiMA, (gec>gr.) lago da Oussia europea ;
comrnimica com o lago Ladoga e o golpho
de Finlândia.
SAiMEL, s. m. (t de pedreiro) a primeira
pedra sobre o capitel oucimalha que come-
ça a formar a volta do arco.
SAIMENTO. V. Sahimento.
SAiNETE, 5 «i. {i. Casl. saynete, áe sain,
manteiga de porco. Lai. sagina) o pedacinho
de tutano, ou de mioUos que os falcoeiros dão
ao falcão, ou a pássaros para os terem man-
sos << a!riiiro>, etambem no tempo da mula;
(fig.) píe,-ii'nt.', mimo com que se ameiga pes-
soa esquiva; cousa agradável que suaviza o
desabnruenlo ou incommodo ; pico, sal.
SAiNiiA, y f. (ant. n obsol.) V. Salina.
SAiNiio. .s'. wi. diminut de Saio, vesti-
dura antiga de mulher.
SAiKs, (geogr.) cidade de França, a 3 lé-
guas ao (.». de Varvins; 2, 2(i0 habitantes.
s.\iNs, (geogr.) villa de França, a 2 léguas
e uuí quarto ao S. d'Amiens, 660 habi-
tamos
SAi.NTE, V. SaMnte.
SANTEs, (geoíP.) Mediolanum, ou Santo-
nes cidadH de França, a 18 leguasaoSEda
Rocha ; 9,650 habii-intes.
Saio, s m. (Lai sagum, Fr. 5oe.) (ant )
vestidura antiga de homem, roupa larga
espetio de casacào, veste com fraldào até
ao joelho 0^; — s demulh r, eram roupas
hrgas abertas por diante com mangas per-
didas e cauda.
SAL
SAM
m
SAíOARTA, s. f. (de saiáo, algoz.) (anl.]
execução feita por algoi ; (fig.) oppressão
feita por oriíciaes de jusliça.
SAioNizio, s. m. (anl ) carceragem.
saIr. V. Sahir.
SAIS, (gííogr.) hoje Sa, cidade do Antigo
Egypto. no Delta ao N., perto do lago de
Buto, tinba um templo de Neith I^íís.
SAissAC, (geogr.) cidade, a ti léguas ao
NE. de Carcassona ; 1,830 habitantes.
SAiTico (canal) (geogr.) canal do Nilo, que
ia de Agaluodnman ao lago Huto.
SAKARio, (geogr.) Sanganus, rio da Tur-
quia Asiatitica, nasce no rio Sandjakato
d'Angora atravessa o de Sultão Eiini, sepa-
ra os de Boli e de Kadjaili e cae no mar
Negro.
saRatou, (geogr.) cidade d.i Negricia, no
reino de Kaoussa, a 56 léguas aoi). deCa-
chena ; 80,01)0 habitantes.
sakkarah, (geogr.) cidade do Bmxo Egy-
pto, a 4 léguas ao S. do Djizeh.
SAKMARA, (geogr.) rio da Rússia Asiática,
lança-se no Uural.
SAKTi, (hist.) diviuiJade india, esposa de
Brahma, é a mesma que Maia. Também cha-
mam Sakatis ás três grandes deusas da Irin
dade india.
SAL, s. m. (Lat. sal, Gr. hals ) NenhuTi
etyiLologista acertou até ao presente com o
sentido radical d'este termo. A meu ver
vem do Egypcio í/Jo/ onschol, ondas, mar,
ou de a/, pedra, saraiva, e iom, mar. Km
Lat. salum. mar. em Gr. salos, e saleuô,
fluctuar.) termo genérico de substancias
formadas pe a combir)ação de um acido com
um alcali, e particularmente o sal comido
na agua do mar, ou tirado de mina d'elle,
ou extrahido de poços de agua salgada.
Tem nomes diversos segundo as suas pro-
priedades e substancias de qaesíi compõe.
— marinho, o que a agua do mar encer-
ra , hoje cklorureto de soda, e (rantes
murialo de soda. — gemma, o mesmo que
o — marino, mas tirado de minas. — am-
moniaco ou volátil, — de nitro, etc. — s
ir.etallicos, o que na chimica moderna se
denorainào oxydos, v. g. — de chumbo. O
caracter principal dos saes é a facilidade
com que as dissoluções d'ellos cryslallisão
regularmente. j)farinhas de — . V Mari-
nhas. Esiar o comer uma pilha de — .Cas-
tigo por crime de lesa magestade em que
se arrazava a casa do condemnado e se la-
vrava o chão lançando-lhe o sal. — , (lig )
pico, graça; discrição; boa doutrina O —
da sabedoria, prud^^noia, sabedoria.
SALA, s. f (Fr. salle, do Lai au^a'. Gr.
aúlé, sala, praça, páteo ) peça principal de
uma casa, destinada a rec^^ber visitas, a !
bailes, e a banquetes; — , aula. Dar — i
voL. vr.
franca, (ant ) mesa franca Fater — a al-
guém, frequentar, e fazer corte a alguém
para o grangear.
SALA, s. m. V. Salama, ou Salema.
SALA, (geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, a 2J léguas SE. de Salerno ; 5, Gí)0 ha-
bitantes.
SALA, (georg.) cidade da Suécia, a S lé-
guas .'1. de Westeras ; 4,i00 habitantes.
SALA, (rteino de) (geogr.) estado da Afri-
ca central, ao .NE. de Congo
SALA, (Ni'olao) (hisl.) compositor italiano
nasceu em 17 lU, morreu em 180(L E* au-
tor de um I ralado do Contraponto, mui-
to estimado.
SALA, (his.) medico de Vience, morreu
em 1610. Fez muitas descobertas importan-
tantes em chimica Deixou: Opera medico
chymica; Anatomia tilrioli, etc.
s.\LE ou VELHO SALE, (geogr.) Sala, ci-
dade e porto do Estado de Marrocos, a 41
leguss ao O. de Fez; l8,0íl0 habitantes.
SALABORDiA, s. f. (Fr. salopcrie, porca-
ria.) t. chulo , semsaboria , vulgaridade
Contersas — s. cousas ensossas.
s.ALADA, s. f. (Fr. sdlade, ítal. insalali
de sal.) hortaliça crua temperada cora sal,
azeite, vinagre, pimenta, ele. (lig ) cousas
feitas em migalhas, r. g. a arlilheria fez
tudo em — ; — , composição poética em que
entravara coplas de toda a sorte de ver-
sos.
SALADiNHA ou antes SALADiNA, s. f. (ant).
contribuição imposta antigamente em Fran-
ça e em Inglaterra para as despezas da guer-
ra contra Saladin sultão do Egypto.
salado, (geogr.) nome de dous rios das
I rovinnias unidas do rio da Trata, um que
nasce ni parte NO. do governo de Buenos
.4yres corre ao SE. e cae no rio da Prata :
o segundo nasce na proviocia deSalta, cor-
re ao SE. e cae no Paraná Também ha
em Hispanha muitas rios do mesmo nome.
SALADiNO (Malek-an-Nashr-Salah-Eddyn),
(his.) primeiro sultão ayoubita do Egypto,
iilho do Kurde Ayoub, assignalou-se na mo-
cidade contra os christãos, serviu no Egyp-
to por conta do Atabek Noureddin, para se
apoderar da regência do atabekialo da Sy
ria, e para se tornar independente. Juntou
ás suas provindas a maior parte da Meso-
polania. Atacado pelos christãos foi ven-
cido em Rarala, mas bateu Guido de Lusi-
gnan em muitos corab.ites, e tomou Jeru-
salém. Morreu em 1103.
SALADiNO ii,(hist.)sulião ayoubita d'.^ lepo.
tentou om vão reconquistar o Egypto ; foi
assassinado por oíílciaes tártaros
SAL.\GNAC, (geogr.) villa de França a 4
léguas ao O. de Guerel ; 2,800 habitantes.
salawa. «. m. (do Arab mlama, sau*
498
SAL
SAL
dação, do verbo sala, saufiar. Outros dizem
salema. Não ó voz Turca, como diz Blu-
teau, mas Arábica.) saudação, cortezia.
SALAMALÍ ou SALAMvLEK. A' m (('XprOS
são ArHblcR éãlúm alaik ou es í>aià'n, aleik,
saú lo-te, pazcomligo.) cort-^zia respeitosa.
SALAMANCA, (geogp.) cidade do Wexico !
perto do Uio iiran Je, a 9 léguas S. de i
Guanaxuato ; 4,000 habitantes. j
SALAMANCA, {gen^ír.) Sala>n'Luc<i cut iiis I
panhol, Salmanticaáo^ ànw^ s, Elniantica
na edade media, ci lade d'Misp«nha no rei-
no de Leão. capital de inttndencin deste
nome, a 36leg!iai. ao ISO de viadrid; l''>,00ii>
habitantes. A intendência de Salamanca, si-
tuada entre as intendências de Zamora ao
N., de Valladolid ao NE., rt'Avda a E. de
Toledo âo SE e Portugal a O . conta 240,000
habitantes.
SALAMANDRA, f. f. (do Arab salaman-
dara, Lnt. salamandra ) tí^\)Í\\ do ;íen<'ro
dos lagartos, semelhmle a uma lagartixa,
e que o povo antig'» mente sup[)unha viver
no fogo; (6g ) o amianto, o asbesto.
SAiAMA>QUE, (ant.) V. Salamantico.
salamatega, V. Sahimnniiíja
sAlamantkiga, (ant.) V Salamandra.
salamantico. a, adj. de Salamanca; na-
tural de Salamanca.
salamamíga, s. f. centopêa, bichinho.
salamão ou SALOMÃO, !t. m. (Oebr. , do
Egypcio djal, depor, conliar a alguém, e-
Amon, o DeusAmon, consagrado a Amon.)
epitheto do filho de David rei dos Judeos,
cujo nome próprio era ledidiah; (hg.) ho-
mem mui sábio. E' um —.
SALAMKAR. V Salmcãr 013 Psalmear.
salambar. V. Celenmar
SALAMiM, V, Selamim.
SALAMirsA, {geogr.)5a/aFnií. h^^eColouri
ilha do mar Egeo, no (çolphu Salonico, a
1 l'^gU(i das costas d*Atti.'.a, tinha duas ci-
da!es principaes Salamii tehis (.osta O.),
Salaniis nova (costa E.) Formou antign-
m« fite um estado partic lar. de que Tele-
majo e Ajan foram os irrais «íclebres reis.
■salami^ía, (geogr ) hoje l*orto Costanza,
cidade da ilhadeChypfe na costa oriental.
salandra, (ge-^igr.) vil' t d » reino de Na
p*>!<*s, a 6 léguas e mfia SK le Tricarico,
2,(^00 hftbiiantes.
salankemen , (gí^ogr j iaminctim, Sa~
lancetia, villa da Esclavuoia, «7 léguas SE.
de arlowitz.
SALÃO, s m, augmt de >3Í.i (Fr. sa/on.)
sala grande
'^ALÃo, s m. (do Fr. sablon, areia gros-
sa ■■; \i aos.
^u.\i*iA. 'gedgr ) hoy. Tifrrf delle Saline,
v,ui:ih da Apúlia, perto da embocadura do
Athd*', servia de porto i cidade d'Arpi.
SALAR1AD0. V. Assalariado.
SALARUR, V. Assalariar.
SALÁRIO, s. m. (Lat, salarium, de smI,
porque os Romanos pagavam em sal os
trabalhadores.) estipendio qu*^ se dá a jor-
naleiro, e em geral íi toda a pessoa que
trabalha para outrem.
SALAS, (geogr.) nome de muitas villas
d'llispanha pouco importantes; citaremos só-
nirtntí Salas de los Infantea, ali léguas
SE de Burgos; l,liOO habitantes.
SALASSES, (gí>ogr.) povo da (iatlia Cisalpi-
na, no paiz chamado hojj Valle d' AosH ti-
nham por cidade principal /cíimu/aou Vi-
ctiinula.
SALAT, (geogr.) rio de França, sae dos
Peryneos, no departamento d'Ariege, eca«
no (iaronna
SAL4TIS. (hist.) rei do Egypto, de 2300 a
2292. E' o prim iro dos reis pastores ou
Ilycsos.
SAI, AVANÇO, V Solavanco.
SAL AZ, adj. dos 2, g. (Lat. salax, eis, de
salio, ire, picar, brincar.) impuro, impudi-
co, libidinoso. A salaz concupiscência.
SALAYER (ilhaj, (geogr ) no mar da Son-
da, ao S. da ilha Celebe» ; 60,000 habi-
ta n tas
s^LBíiíS, (geogr.j cidade d« França, a O
léguas e meia iNE de ftomoranti ; 1,612
habitantes
salces, (geogr.) villa de i'rança, a 4 lé-
guas N. de Perpignan t 500 habitantes.
SAiCHiCHA, s. f. Fr. saucisse, do Lat,
salsa salgada.) tripa de porco cheia de car-
ne gorda do HQesmo animal, crua, picada
e temperada com .sal, pimenta, pimentão,
vinho branco, etc. ; t. de artilh. , chouri-
ço de panno com a costura alcatroada da
gros-íura de um dedo, que se enche de pól-
vora e se enterra no chão para por ella§e
communicar fogo á mina; — t. de fort.
fachina longa que se atravessa sobre as ou-
tras para as segurar.
SALCfiiCHÃo, s m augmt de Salchica
(Fr. saucisson ] salchicha grossa; — t. de
fort. salchichões, molhos de lenha atados
pelo meio e pelas extremidades que servem
de faf^hinas.
S4LDA, (gftogr j hoje Bougia ou Tedeles,
cidade da Mauritânia Silifensis, fez parte
dos reinos de Bockho e de Juba
Saldado, a, p. p. de sallc^r; adj. pago
inteiramente; ajustado o debito com o cre-
dito — s as contas.
Saldanha. (g'^ogr ) Eldana, villa d'Hispa-
nha, a 6 léguas N. de Caniim.
SALOAR, V. a. [saldo, ardes, inf.) pagar
ou restituir o que resta ao crédorí — at
contas, inteirar, pagar a differenças.
«ALDO, s. m. (Fr. »oWe), t. mero. , •
WBt
SAI
quantia que completa o paiçamento ao cre-
dor. Por — de contas ficou-me deoendo
ou pagou-me um conto de reis
SALDUBA, (geosfr.) cidade d'Uispanha, ho
je Saragossa : lÍio da Betica, hoje o Rio
Verde.
SALE, *. f, (Fr. salée.) V. SeU.
SALíiRiNiio, s. m diviinut. de Saleiro.
«Ai.EiRO, s. m. [sal, des ei'-o ) vasjem
que se serve o sal na mesa ; o que faz e
vende sal.
Saleiro, s. tn. (do Lat. salio, ire, bro-
tar, sahir fora), a parle a mais alia da ca-
beça do veado, a n««nença das pontas
SALRM, (geoíír ) ciiade dos Estados-Urn-
dos, a \ léguas ao NE. de Boston ; 14,uu0
habitantes.
SELiM ou TCHELAf, (geogr.) cldade da
índia ingleza, capital do distri :lo de Salem
e Barramahal ; í 0,0(10 habitantes.
Salema, s. f. V. Salama.
Salbía, * f-^' Celewna.
SALEMA, *. f. (do Arab. hallama ) peiíe
bera Conhecido. D^'vêrae>crpvpr-s«sa//ama
SALi MI, (geogr.) Halyria, cidade fortefiea-
da da Sinlia, a j 5 léguas ao SE. de Trapaui ;
lá, 300 hííbitantes.
SALKMiNUA, s. f. diminut. de Salema,
peixe.
SALENCY, ígeogr.) villa de França, a 5
quartos de léguas ao K. de Noyon ; 6 -O
habitantes.
SALKNGORK OU SALANGOR, (ffeogr.) cídade
da Iniia Transg^ngetica, a 4i léguas ao
hO. de Malacca
salentinos, (geogr.) povo da Itália me-
ridion«l, o^cupava as costas e a'guns dis-
trictos interiores da lapygia; Hydtrona e
Brumdusium eram os logares principaes.
SALfcNTo, (:?eogr ) uone da supposta ca-
pital dos Salenlinos.
sai.ernes, (geogr ) cidade do França, a
6 léguas ao 0. de Draguignan ; l,6l5 ha-
bitantes.
salerno, (geogr.) SiUmo em italiano, Sa-
lernum em latim, cidade do reino da Ma-
polí»s, capital do Principado Citerior, sobre
o golpho de Salernj. a 11 léguas ao SE.
de Na^.oles ; :2,U0O habitantes.
SALES, (geogr.) cidade de França, per-
to do Marone a 4 léguas ao SÊ. de Maa-
riac ; 1,282 habitantes.
sxLRS, (geogr.) antigo castello da Saleya,
perto d'Annecy, deu o seu nome a uma fa-
millia nobre á qual pertenceu S. Francis-
co de inales.
Saleta, s. f. dimunt. de Sala, pequena
sala. I
SALFi, (hist.) litteralo francez, nasceu era
Discurso nobre a Historia dot G-regoi, etc.
SALGA, s. f. (de salgar.) o acto de sal-
gar; o lugar em que se salga o peixe ou a
carne; — tributo antigo iobre o sal impos-
to pelos reis de Aragão.
salgadamenfe, adv [mente su(T.) p. us.
(fig.) com pico, com sal ou graça.
SAI CADEIRA, s. f. (des eira ) lusar onde
se salga; — , tina com fundos postiços on-
de se tem o peixe em salmoura; — , planta
quo tem sabor salina
SALGADSSiMO, A, adj . ún Salgado.
Salgado, p. p. de Salgar; adj , impre-
gnado de sal, posto em salinourji; tempe-
rado C(im sal; (fig.) caro, custoso, — co-
berto de sal.
SALGAR ou SANKAR, (hist.) chefe turco-
mauo, tirou o Farsistan aos Seldjoucidas
em 14S, tomou o titulo d'atabek e mor-
reu em ll6l.
SALGADLRx, s. /". (dcs ura.) O flcto de Sal-
gar: — do peixe, da bacalhau.
SALGAR, V a. (Lat. ía/io, ire.) impregnar
de sal, meltendo em salmoura. — carnes,
peixe, temperar cora sal. — as casas, arra-
fa-las com sal; (fig.) corrigir, emendar,©.
g. erros, heresias. — se a ícrra, ser inunda-
da pela agua do mar.
SAL G8MMA , s. m (uào salgema, como
traz Moraes ) sal de rocha, de mina. V.
Sal.
SALGOURios, (hist ) dynastia asiática, que
reinou nos séculos XI. e XIII.
SALGUEiRA, s. f. (V. Saigueiro.) (aiit.) sftl-
gueiro, arvore.
s*LGuRiRAL, s. m. [aí des. collectiva) cam-
po de salgueiros.
SALGUEIRO, s. «t. (Lat. salix, icis.) arvo-
re que tem a casca liza e flexível, as folhas
felpudas e longas, mais estreitas que as do
pecegueiro; dá-se em lugares húmidos e na
proximidade dos nos.
SALHAR V a. (do Fr. saillir.) (ant.) pu-
xar, arrojar, arrastar, v. g. — a artilharia,
assesta-la, tirando-a do porão.
SALiAR, adj. dos á y. concernente aos sa-
lios, sacerdotes de Marte.
SAL'CO, A adj. (Fr. salique ) Lei —, in-
troduzida em França pelos Francos Salios,
e que extíluia as fêiieas do trono.
SALHiEH, (geogr.) cidade do Baixo Egy-
pto. a U léguas ao NE. de Belbeys ; 6,0J0
habitantes.
SALiBABO (ilhas), (geogr.) grupo da Ma-
lásia, ao NO. da ilha i>ilolo.
SALic ;. (geogr.) villa da Córsega, a 6 lé-
guas ao .NO. d'Ajac«io ; 360 habitantes.
SAI icETTi, (hi«st.) em latim De Saliceto e
Placentinus, celebre medico francez, nasceu
l7o9, morreu em IS^^â. heixou traged as em lâOO Deixou obras que gozam d*utn
m italiano iConrtidino , Medea e Saul\ ; grande authoridade, entre ellas: Lxber in
116 '
500
SAL
SAL
scientia medicinalif seu Summa eonservatio'
nis.
SALiCETTO, (geogr.) cidade dos Estados
Sardos, a 5 léguas ao NE. de Ceva, 3,000
habitantes.
SALios, (mitti.) sacerdo-tes de Marte en-
tre os Komanos, assim chamados, ou por-
que elles executavam danças guerreiras [sa-
Hendo), e batendo sobre escudos, ou por-
que foram instituído? por um certo Sa-
lio, originário da Arcádia ou doSamothra-
cia, que aportou com Eneas á Itália.
SALiENOS (Francos) (hist.) povo Franco, que
occupou em diversas epochas as margens
do Ussel(ísaZa ou Sala.)
SALiiRi, (hist ) compozitor italiano, nas-
ceu em Legnano em 1750. Compoz muitas
operas, as mais conhecidas são : Danaides ;
Tararo, e Assur, rei d' Ormuz.
SALiENS, (gengr.) villa de França, a i\ lé-
guas e meia Sh. de S. Gaudêncio ; ò67 ha-
bitantes
SALTES, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas ao O. d'Orthez ; 8t5õO habitantes.
SALIGAS , S. f. ou SALIQUES, S. W. (vOZ
Asiat.) nome de uma arma de arremesso
F, Mendes Pinto.
SALiGNAC, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas ao iN- deSaslat; 1200 habitantes.
SALINA ou SALiNf, (geogr,) uma das ilhas
Lipari, ao NE. de Lipari ; 4,000 habitan-
tes.
SALINA, s. f. marinha de sal.
SALiNAVEL, ãdj . dos 2 Q. (Fr. salifiable.)
(chim. raod. susceptível da formar saes.
SALINAS, (geogr.) nome de muitos loga-
res d'Hispanha, assim chamadas das mui-
tas sallinas, que nellas ha. A mais conhe-
cida é uma villa de Guipuzcoa, a 4 léguas
HE. de Tictoria
SALiNEiRO , .s". m. (des eiró.) proprietá-
rio do salina, e que faz nella sal.
SALINO, A, adj. (Lat. salinus ) que con-
têm sal. Mistura — , preparação pharmaceu-
tica em que se dissolve um sal.
SALINOS, (geogr.) nome de muitos rios dos
Estados Unidos, cujas aguas são salgadas,
os de maior influencia são : um affluente do
Prata, outro aííluente do KepubUcain-Fork.
SALiNS, (geogr.) Salina, cidade do Fran-
ça, a 9 léguas NE de Sons-le-Saulnier ;
6,700 habitantes.
SALIR, V a. ou Tl. (Lat, salio, ire, Siltar.)
(ant.) sair. « Se se pay Martins ante sal ,
ca que eu per morte. » Llucidario, isto é:
se sáe ante mim deste mundo, se morrer an-
tes de ojim.
SALis, (hist.) escriptorfranc<>z, nasceu em
1.28, morreu em IftOO. Deixou : Memoriís
para servirem d historia da scienria na-
tural e da economia domestica das Duas
Sicilias ; Fragmentos da historia politica
de Valtelina.
SALISBURT, OU NEWSARUM, (gOOgr.) Sam-
beria, cidade d'Inglaterra. capital do con-
dado de Wilts, a 35 léguas ao 80. de Lon-
dres ; 8,500 habitantes.
SALiTRAÇÁo, s. f. ã formaçào natural ou
artificial do salitro.
SALITRADO, A, p. p. de Salitrar ; adj. im-
pregnado de salitro, reduzido a salitre; pre-
parado com salitre. •■ olvora — .
SALiTRAL, s. m. V. Nitreira.
SALITRAR, V. tt. [salitre, ar des. inf.) re-
duzir a salitre; preparar com salitre.
SALITRE, s. m. {áoFr. salpélre, quasiío/
pedra.) sal de nitro, nitrato de potassa. (.\lis-
turado em devidas proporções com carvão
e enxotre forma a pólvora).
SALiTREiRO, s. m. (des. É iro.) o fabrican-
te de salitre.
salitrisação. V. Salitração.
SALiTRiSAR. V. Salitrar.
Moraes nota que a analogia da lingua pe-
diria salitrificação, salitri^car ; mas com
razão prefere salitrar, etc, como mais bre-
ve e fácil de pronunciar.
SALiTROSo , A, adj. (des aso.) nitroso,
que contêm salitre. Planta — .
SAiivA, s. f. (Lat. de sa/ ) humor segre-
gado pelas glândulas salivares; b.iba, En-
(julir a — , (fig ) não poder, não ousar di-
zer alguma cousa.
SALIVAÇÃO, s. f (Lat. salivatio, onis.) se-
creção excessiva da saliva.
SÁLiVAL e salivar, adj. dos 2 g. (Lat.
salivarius.) da saliva, concernente á saliva.
Glândulas — .
SALIVAR, «. a. ou n. (Lai. 5a/ii;are.] lan-
çar saliva copiosa da boca.
SALivoso, A, adj. (Lat. salivosus.) cheio
dtí saliva.
SALLENCriR, (y^eogr.) cidade dos Estados
Sardos a 11 ao NO. d'Annecy ; 5,500 ha-
bitantes.
sallengre, (hist.) lilterato francez, nas-
ceu em 16 j4, morreu em i7.'}3. Deixou:
Memorias de Utteratura ; Novas thesaurus
antiquitatum ronianarum, ele
s\LLES, (geogr.) cidade do França, a 3
léguas (! meia ao O. de Casteln;iudary ;
1,200 habitante.s.
sAi.LEs-cuRAN, (geogr.) cidade de França
a 10 léguas ao NO. de Milhau, 2367 habi-
tantes,
SALLO, (hist.) conselheiro do parlamento
de Paris, nasceu em 1025, morreu em 10'J6,
fundou em i665 o Jornal dos sábios
SALLUSTio (hist) C. Salustino Crispas, ce-
lebre historiador, nasceu no anno 8 5 antes
de Jesu-Christo, de uma famdia plebêi d'.v-
miterne. Foi questor, tribuno euUimamen-
SAL
SAL
roí
te procônsul na Numidia, a qual roubou e^
voltou a Roma carregado de riquezas Dei-
xou então a carreira politica para sodedi ,
car a escrever a historia romana. Morreu
no anno 38 antes de Jesu-Christo. A sua
obra principal era a Grande Historia, em
livros, compreendríndo todos o acontecimen-
tos desde a morte de Sylla até á conspira-
çào de (latilma ; desta obra só nos restam
fragmentos.
SALLLSTio, fhist.) Secutidus Sallustius Pro-
moius, philosopho e estadista romano, foi
prefeito das Gallias no reinado de Constân-
cio, e desempenhou as funcções de gover-
nador no reinado de Juliano. Grangeou a
amizade deste principe, que lhe confiou em-
pregos importantes e até o elevou ao con-
sulado. Morreu em 370.
SALM,(geogr.) nome de dous pequenos con-
dados francezes outr'ora independentes: um,
chamado Alto Salm [Ober Salni) situado nos
Volges,nas fronteirasda Alsaciaeda Lorrena,
e tinha por logar principal a cidade de Se-
nones ; o outro chamado Haiio Salm [Nieder
Salm), ou Salm nasArdennes, era nos l'aizes
Baixos nas fronteiras das províncias de Lie-
ge e Luxemburgo. Havia outra cidade cha-
mada Solm, AU-Salm ou Velko Salm nos
tstados Prussianos a 10 ao N. de Treves.
SALM (caza de), (hist ) antiga caza de prín-
cipes d*All( manha, quepossuia os condados
de Salm, e muitos outros domínios na mar-
gem esquerda do Reno. Data do século IX.
SALMACis, (mith) naiade, presidia a uma
fonte de Casia. perto d'lIalicarn3sso ; apai-
xonada por llermaphroditus obteve dos deu-
ses formar um só corpo cora elle.
SAi.MANASAR, (hist.) foi rei de Ninivede
pois de Teglath-Phalasar, do anno /21 a
7l2 antes de Jesu-Christo; tomou Samaria
e enviou uma infinidade dTsraelilas captivos
para alem do Euphrates, em quanto as coló-
nias syriacas vinham habitar a Judea.
Salmão, *. m. (Lat. salmo^ onis, de sa-
lto, ire, sflltar.) peixe do mar bem conhe-
cido ; tem a carne vermplha e mui gostosa;
habita de ordinário a embocadura dos rios
Parece-me tirar o nome dos saltos que dá
por cima das represas e catadupas Sino ou
signo — .
« Sino ou signo salmão, dois triângulos
« de metal travados que usam trazer as crian-
« ças, como uma espécie do talismã ou en-
feite. »
Lluteau escreve sino samáo ou çamào, mas
ignorando a verdadeira origem do vocábu-
lo, imaginou que devia ser corrupção de
salmão, por ter visto, dizelle, em Fariz, no
livro intitulado Clavicula, falsamente attri-
buido a Salomão, muitas figuras de triângu-
los. V. ^amão e Signo.
SALMAR. V. Açaimar.
SALMKADO OU PSALMKADO, A, p. p. de Sdl-
mear.
SALMBAR OU aUteS PSALMBAR, V. a. OU ti.
(Lat. psalmus, do Gr. psalmos, rad. psallo,
cantar.) V. Psalmear.
SALMEJAR, V. a. (i lo Arab. sóllema, arma-
dilha de paus que se põe sobre os cavalle-
tes do carro para sustentar a palha, xelma.
Também se põe nas bordas dos barcos que
trazem palha ) no termo de Lisboa, acarre-
tar o tr go para a eira. Devera ser solme-
jar ou xelmejar. V. Xelma.
SALMERON, (hist.) um dos fundadores da
sociedade de Jesus, nasceu em Toledo em
i015, esluduu na universidade d'Alcaláena
de Paris, aonde travou conhecimento com
Santo Ignacio de Loyoia, foi nuncio na Irlan-
da, e orador da Santa Sé no concilio d<- Tren-
to Morreu em 1585. Deixou commentarios
sobre o Novo Testamento.
SALMISTA. V. Psalmista
SALMO. V. P salmo.
SALMoniA. V. Psalmodia.
salmoeira, s. f. (V. Salmoura.) vaso em
que se tem a carne ou o peixe de salmoura
SALMOEiRAR. V. Salmourar.
SALMOKiRO , s. m. y Salmoeiru e Sal-
moira, ou Salmoura.
SaLmoira. V. Salmoura.
salmonejo, s m. V. Salmonete.
salmo.neo, (mith.) filho dE'olo, reinou na
Thessalia, depois no Peloponeso, aonde fun-
dou uma cidade, a que poz o seu nome.
Orgulhoso pelo seu poder, quiz passar por
igual de Júpiter. Para isto, fez rodar com
grande estrondo sobre uma ponte de metal,
um carro do qual lançava chammasá imita-
ção de raios. Júpiter para o punir, fulminou-o
com um raio.
salmonete , s. m. diminuí, de salmão,
salmão pequeno.
salmonico. V. Ammoniaco, sal.
SALMOURA, ,-.. f. [sal, V, muria Lat., agua
salgada, escabeche.) agua mui salgada em
que se conserva peixe, ou carne, para se
impregnar delia.
SALMOURADO, A, p. p. de salmourar; at//'.
meltido em saimoura. Escravas — , a que es-
fregaram com salmouras as feridas dos açou-
tes
SALMOURAR, V. a. [salmoura, ar àcs. íní.)
metter em salmoura ; (fig ) pisar, moer, mal-
tratar
SALMYDESSA OU HALMYDESSA, (geOgr.) hoje
Midiah ou Midjek, cidade da Thracia a E.
sobre o ponto Euxino
SALO, (geogr.) cidade do reino Lombardo
Veneziano, na marf^em occidental do lago
de Garda, a 6 léguas Mi. de Brescia ; 4,799
habitantes.
502
SAL
9AE
SALOBRE, adj. dos ^ g. \. Salobro.
SALOBRO, A, adj. (Lat. sal, e uber, cheio.)
que tem algum sal, ou sabor >algado. Agua
— r Poços — «, cuja agua é má para bebtir,
por saber a s»l. Néscio — ; homem — . Mo-
raes verte : insulso, desenxabido, sem sal,
sem sabop. Eu creio antes que, seguudo a
analogia do sentido próprio, deve interpre-
tar-se nauseoso
SALOIA, s. f. (V. Saloio) mulher das vi-
zinhanças de Lisboa.
SALOIO , s^. m. (do Arab. salauio ou ça
lauio, salatino, de Salé. cidade da Mauritâ-
nia donde vieram muitos lavradores estabe-
leeer-se nos contornfs de Lisboa.) habitan-
te do termo de Lisboa, descendente dos «ou-
ros que Affonso Henriques deixou viver nas
riziflhanças de Lisboa As saloias vem ven-
der fruta a Lisboa.
SALOMÃO, (hisi.) \° r» i àjs Ju leos, filho
e successor de David e de Bersabee. Í*ot
morte de Stu pai (1001 antes de J. C.) te-
ve que luctar contra as pretenções d'Ado-
nias, seu irmão, ao qual mandou luatar
com Jí>ab eliuei. Adquiriu grande fama pe-
la sua magnificência, justiça e sabedoria
roas deslustrou os últimos annos- do seu rei-
nado com faltas indisculpaveis, teve l,OOU
mulheres e para lhes agradar tolerou mui-
tas vezes o culto dos Ídolos. E' auctor dos
r rovebios, do Tantico dos Cânticos e do Ec-
clesiaste».
SA!0.vtÃo, (hist ) rei da Bungria, filho de
Andfé 1, nasceu em 104 j, foi coroado em
1-050, subiu ao throno em i063, foif des-
ihronado em 1074.
SALOMÃO I, (hist.) duque de Bf.eta«ha de-
pois de Conan, seu avô, em 421, foi mor-
to em um tumulto em 434.
SALOMÃO ir, (hist.) Duque de Bretanha
4." Olho e sucressor de Uoel III (612-32]
deix' u o l'on<» ducal a Judicael, seu ir-
mão mai^ velho.
SALOM.ú. ui, (hist ) duque de Bretanha,
subiu ao thionoem 851, uniu-se com Car-
los-o Calvo líoritra os >o?riiandos, tomou- lhes
Angers em 87:'. Koi assassinado em 874.
SALOMÃO, (archipflago de) ^g'Higr.) cha-
nado terobrm ilhas das Arsaadus e ISora
Geórgia archipelago do Cirande Oceano Kqui-
niK ial, a E da ^ova Granada.
SALOMÉ, (hist.) iimã d'Herodes o Grande,
í;azou com José, seu tio, encheu dedesor-l
dens e crimes o palácio de Jerusalém, cau- '
zou pelas suas calumnias a morte de. Ma- |
nanna, n.uUer d'Heiodes, fezniorrcr Cos-
tobare, seu segui do maiido, concorreu mui-
to para a cataslirphe dAiisttbulo e d'Ale-
iMidie, e desbcnicu-se prlas suas ligações
]<ubli(-8s cí:ixi o aiabe ^iilêo.
salcke', ^bist.) a Joun ou a Dauíoriníu
de dansa diante de seu tio (Herodis-Anti-
pas), pediu em recompensa a cabeça de S.
João Baptista, que logo lhe foi entregue.
Fui por instigação de sua mãi Herodiada>
que ella fez este bárbaro pedido.
SALOMOMS,(geogr.) rio dos Estados-l nidosi,
corre a E. e lança-se no Republiain- Fork.
SALON, (geogr) Saio cidade de França, »
6 léguas .>0. d'Aix ; 5,W40 habitantes.
SALON, geogr.) pequeno rio de França,
nasce n) departattiento do Alto-Marne, ede-
sappaiece no Saone
salnk, (geogr.) Salona, cidade da Dal-
mácia antiga, sobre o iader, entre os Au-
sariales, a 10 léguas do mar superior.
SALONE, (geogr.) Ainphissa, cidade do no-
vo Estado da Grécia, a 2 léguas do golpho
de Lepanlo ; 8,(HíO habitantes.
SALONiCA (geogr. j Salinisi dos Turcos,
Thema, d»'pois Tkessaloniea áos antigos,
cida<le da Turquia europea, capital de sand-
jakato, soore o golpho de Salonica [Ther-
maicus sinus) a 150 léguas O. de Cons-
tantinopla ; 7(',OU0 habitantes
SALOUER on THSAN-LouftN, fgeogr.) riod«
Índia írangaugetica, nasce nas montanha*
do Thibet, e desapp.irecc no Oceano índio
SALOUM, (geogr ) n:'ino da Senegambia, á
direita do Gambia; 300,000 habitantes
SALPr ($ç*íogr.) lago do reino de Nápoles
perlo do Adriático, e a 'á léguas NO. dat
embocadura do Ufanto,
SALPICADO, A, jB. p. de salpicar; at/y. mo-
lhado com gotias de algum liquido ; man-
chado com pintas de diversas cores. Passa-
rinho— do azul, verde. — de grtcejos.
salpicador, A, adi. pessoa que salpica,
S.ALPICADUHA, S j SalpicUS
SALPiGÀo, s.m pri\sunto de vinha de alhos,
picado, metlido em tripn de boi e curado.
SALPICAR, V a. (sa/, e picar.) molhar com
goltas espargi-ias, Sí<lgar e-^pargindo pedras
de sal; (%.J matizar com pintas, com.man'
chas ; entremeiar com ditos picaníes; ma-
cular a reputação de alguém,, descobrindo-
as suiss faltas.
SALPICO, s. m. gotta qu« salta e borrifa,
e o sigilai ou nódoa que ella dtMxa. — í ,
manchas de côr diversa no tecido ou na pin-
tura ; nódoas na reputação ; íi.olejos, gra-
cejos leves, graçaSv
SALPicoLA, s f. nome de uma planta.
SALPiMENTAR, O. a. temperar com sal e pi-
menta ; (Hg) maltratar de motejos picantt-s.
SALPRtSAR, V. a. sftlgar levemente, quan-
to besta para preservar da podridão.
Salpbeso^ a, p. f). irríí^MÍ. de salpresar;
adj. salgado levemente Carne — . l'eixe — .
filha d'Merod<s Philippe e d'IIrrodiada, ca-
iou- «Jin um íilho dllerodes, rei de Char-
kis. Executando com graça alguns passog
âAi
êkt
ã03
Si^LPREZAH sALPUirzo. ^ . Sfilprcsar, Sal-
preso.
Salsa, s. f. (Ho Lat. salsus, picante.] plan-
ta vulgar e gostosa com que se tempera o
comer.
sai.sa, s. f. (Fr. ant saulce, molho ) mo-
lho que (Já sabor á carne, ao peixe Ter — ,
(fig. e ant.) ser maltratado na guerra.
SALSADA , s. f {'\e salsa, mrtlho.) enre-
do, embrulhada, confusão.
salSaFraz. V Sassafraz.
SALSAPARRILHA, *. /. planta americana
cuja raiz é sudorifica e prestantt contra a
sjphilis, as impigens, etc. V. Sarsaparri-
lha.
SALSEiRA , s. f. (Fr. sancière.) vaso em
que se servem na mesa os molhos ou sal-
sas.
SALSKiRiNHA , s. f. diminut. dc saUeira.
Salskiro. s. m. V Aguaceiro.
SALSKTB. [geogr ] Dj ha It a dos índios ilha
da índia iogíeza, no N. e petto de Bombaym
60,000 habitantes. Pertenceu f»os Portugue-
zes, desde o XVI. século até 1750.
SALSiNHA, s. m. (chulo) homemzinho ine-
pto.
SALSO, Ar, orfjt. (l.at. salsus, áesalio, ire,
salgar.) (poet.) salgado O — argento , o
mar.
SALSLGEM, s. f. (tat. mlsugo, salmouíir.)
humor salgado. A — dos mariscos faz sede.
— dos humores, acrimonia ; (tig ) erupção
com prurido attribuido á ncrimonia «jos hu-
mores « A — e amargura de nossas misé-
rias. » Bem., Flor.
SALsuGiNOSo , A . adj . (des. oso.) co >ert(í
de salsugera (erupção).
.s.alt, (hist.) viajante inglez, morreu em
1827, acompanhou lord Bídenlra nas suas
viagens ao Levante. Publicou a su-i Via-
gem na Abyíisinia.
salta, (geogr.) cidade diis Provindas Lni
das do no da ; rata, capital de Estado de
Salta; 9,000 habitantes. O Estado de Snltri
é situado entre os de Jujuyao N., de Rio
]a a O., de Tucuraan a US.
saltada, 8. f. (subst. da des. f. àe, sal-
tado.) assalto, o Ímpeto no saltear; o roubo
do salteador ; entrada de improviso em ca-
sa de alguém para apanhar contrabandos.
SALTADO, K, p p. dc Saltar ; Of/; que sal-
tou, deu salto; passado de salto. Tinha —
o passo estreito, ou — da ponte abaixo ; —
duas linhas, dois paragraphos da escriptu-
ra, passado em claro, omiltido; — de con-
tente. — , rnsallado. Olhos — s, (ant )saidos,
proeminentes.
SALTADOR, A, odj . quf salts.
8ALTANT8, adj. rfoí 2 (7. (des dop. a.Lat
em ans, tis.) que salta. — , (braz.j em pos-
tura áo mIuf.
SALTÃO, adj. nv. (de saltar, de». »ugm.
do ) que s^lia mu lo, p. g. — granizo
.«■ALTÃo, *• m. ura peixe de Sofala,etnfi
insecto, que í<fiibí»s saltam muito.
SALTAR, 9 a ou n (Fr. ant. saM/í«r, do
Lat. saltus, salto, de salto, ire, saltar ) dar
saltos, pulos, pular: —de contente. — em
terra, desembarcar. — , (fig^.) mudar de im-
proviso. O vento aaltou do norte ao sul —
de um assumpUf a outro, fazer transições
— etn ou rofi alguém, acomrnelter de rí>-
pente. Saliaram-lhe herpes, vieram-lhe de
repente Sallnu-lhe a jvsti^a em casa, d«ii-
lhe uma salii* 1;j em busca deC'^nlr?»b.indo.
— , (fig.) elevar-so de repente. Saltovf de
soldado a general, de fra<le a papa.
Saltar , o. a passar de salto, atraves-
sar de um salto. Salto'>i o fosso, o v,=ill«do.
— palavras, otuitli-las lendo ou copiando-.
— lugares, po-^iios, consegui los sem passafl
pelos inlerraedi lírios. Saltar se vf-m no pri-
meiro forno dus neditos por saltear- se.
saltaregra, s. f. instriimento matheracf-
ti<o chamado também aew/a, porqii** se abre
ou cerra por tria.igui*» ou esquadro
saltahello, a, adj . (famil.) raáu dflns.i-
rino bailarino grotesco
SALTATRiCE, s. f. V. Dansurína, Baila-'
ríua.
SALTCOATS, (ge^gp.) peqih^no porto da Es-
cossia, a 8 léguas SÓ. de Glasgon ; \ i><f
hiibitanies.
sAi,TEAi),\, s. f. V Saltada, Assa lio
SALTEADO, A, p. p. de saltear; alj. .^íS'
saltado, .icommeltido de improviso, soôre^
saltado. Guerra—, divsall'), guerteadfl. eH»
que ha muitos cotnbales parci«es. — do ven-
to, por ven o que se lávanla derepenteno
mar. Ficar — . sobresaltado. Tomar uma
cidade de — , (loc. ant ) d-í surpresa- , <les-
apereebi ia. Saber dv cór e --, perguntado^
iiilerpol.idamenle', e. g. os verbos—.
SALTEADOR , s. m. ladião que ataca os
pa.<ísageiro8 nas estradas — , adj. que vive^
de roubos de estrada.
SALTEAMENTO , s. fíi. [meuto sufí.) acção
de assaltar, sobresalto, surpreza.
SALTEAR, e. a. [salto ou assalto, ardes,
inf.) acommetter de improviso para roubar,
atacar de improviso por terra ou por mar
para fazer prezas, saqutar O touro cioso
salíéa o descuidado caminhante —, causar
sobresalio, susto, dar de repente. Salteou-
nos nm pé de vento «O tufão saltêa os
mares » lHC(na. A Ivzsalleou-rneosolhot^
desluMibreu Salteou o um estupor; salteou-o
a inlau^^ta nova.— se, v. r. (p. us.) lii-ar
sobresaltado, turvar-se, ficar atalhado com
successo inesperado. — , viver de salto e ra-
pina.
SALTBIRO, i. m. {salto de Mpate^ de»^ «i-
504
SAL
Sàl
ro ) official que faz saltos para sapatos. — ,
(ant.) V. Psalterio.
SALTEHio V. Psalterio.
SALTiMDAMCO , s. IH. (Ff sallimbanque y
(lo Ital. saliimbanco.) charlatão que baila
nas praças publicas, (az peloticas, vende
unguentos, ete.
SALTiMBARCA.s. f. especie dtí roupeta íiber-
ta pelas ilhargas.
SALTiMVÃo, «. m, (contracção de salta em,
vão.) jogo de rapazes.
SALTiNHO , s. w. diminut. de salto , em
todas as accepções do termo ; pequeno sal-
to do sapato; pulinho.
SALTO, s. m. (Lat. saltus, de salio , ire,
saltar, pular.) impulso repentino que o ho-
mem e os íinimaes dão nos músculos dos
membros pelo qual o corpo se elcva do chão
perpendicularmente, ou em direcção obli-
qua, transversa, ou de cima para baixo:
também se diz de corpos elaslicos lançados
contra o solo ou propeilidos Dar uir: — ;
dar — s. — mortal, o que dão os volatins
de cabeça abaixo caindo subre os pés. A
pella lançada com força contra um corpo so-
lido dá — s. Cousa que se abre, fecha de — .
com mola. Em um — , de pressa . Fa;íer —
a successáo, não seguir alinha recta.— woí
rios, catadupa, cataracta. — , na musica,
subida repentina da voz fora do compasso.
Tomar o ~ de longe, vir coirendo 4e lon-
ge para ganhar velocidade e saltar com
maior impulso ; (fig.) prevenir-se com mui-
ta anlecipação. — , acto de saliear, assalto,
sorpreza. Tomar a cidade de — . Dar de —
em algum lugar. Pôr-se de — , em cilada,
emboscada Tomar o — , o lugar por onde
o inimigo pôde acommetter. Trazer os na-
vios ao — , ás prezas. — desalio, assim cha-
matlo porque alça quem o calça. — , (volat.)
correia do falcão que vai do tornei ás la-
grimas cu contas. De — , saltando. Montar
o cavallo de — , (t. de improviso) de repen-
te. — , saltando lugares, graus intermediá-
rios. Chegar de — á maior dignidade. Mo-
ter-se de ^ , no xadrez, saltando casas.
Syn. comp. Salto, pulo. Salto é o acto
de saltar, ou de levantar o corpo com li-
geireza e Ímpeto. Pulo é o salto do corpo
elástico, ou do animal vivo, para o ar, e
voltando ao mesmo lugar, ou próximo d'el-
le. Salta o homem do muro, da janella a
baixo ; salta o cavallo adestrado por cima
da têa no campo, salta um vallado, uma
sebe. Pula abola, a pella, caindo no chão,
pula o dansarino por arte ; pula o homem
de Contente. Os tigres prêào de pulo, na
altura de trinta palmos, aos que dormem
sí»bre a* arvores psra lhes escaparem,
SALTO A SALTO, (loc) adv. SOS saltos.
sAlub£RRimo, a, adj. alatinado (do Lat.
saluber.) muito saudável; muito salubre.
Sitio — . Aijuas — .
.SALUBRE, adj. dos 'í, í/. (Lat. saluber, ris,
de sakis saúde.) sadio, saudável. Sit'.o — ,
Ferida — , p. us. facil de cur.ír-se.
SALUBRIDADE, s. f (Lat. salubriías lis.)
qualidade salubre, sadia, saudável. A —
do ai tio, los ares.
saluçar, V. Soluçar.
SALUCES, (geogr.) Saluzzo em italiano,
cidade dos Estados sardos, capital da pro-
víncia de Saluco, entre o Po e o Braita, a
5 léguas e meia NO. de Coni ; 12,000 ha-
bitantes.
SALUÇO, V. Soliço.
SALUDADOK, s ju, (l'ast ) bcnzedor, im-
postor ou homem supersticioso que preten-
dia curar benzendo, ou por meio de nomi-
mas de santos. Km llispanha chamavam-se
— s os benzedores qun se diziam descen-
dentes de santa Catharina, ou santa Qui-
téria, e traziam as cabeças d'estas santas
marcadas nos braços com tinta azul ou preta,
SALUDAR, V. a (do Lat. salus, saúde.)
benzer doentes, com a pretençào de os co-
rar.
SALUTAR, adj dos 2 g. (Lat. salutari$.)
p. us. saudável.
SALUTAR, (geogr.) nome dado no impé-
rio do Oriente a certas províncias.
SAi.uTiFEuo, A, adj. (Lat. salutifer, sau-
dável,) útil á saúde; (fig.) útil, proveitoso.
SALUTO, s m. Esta termo vera nos Iné-
ditos, por moeda antiga, e talvez estran-
geira.
SALVA, s. f. Todas as accepções em ap-
parencia tão diversas d'este termo vem do
verbo salvar, livrar de perigo, fazer salvo,
seguro, proteger, defender, no sentido phj-
sico e no moral. — , peça chata de vidro,
prata ou outro metal sustentada era um ou
mais pés, sobre a qual se serve doce, um
copo de agua, ele. — , cautella, preven-
ção, meio de atalhar, prevenir ou de se
resguardar, v. y. tomar a salva, fallando
de beLila que alguém nos oíTerece e que
suspeitamos encerrar veneno, fazer beber
d'elle quem nol-a apresenta Também sig-
nifica, fazer prova, provar, v. g. tomar a
salva das lanças do inimigo, ir-lhe ao en-
contro, « Tomar a — a tormontos de to-
do o género; » « — á gloria futura.» ter
prelibação d'ella. — , desculpa antecipada
de objecção prevista. ^ fazer — s, protestar,
oíTerecer prova, fazer promessas solemnes,
V. g, — de ser fiel; — de innocencia. — ,
saudação, expressão dos votos que fazemos
pela segurança, saúde, e prosperidade da
pessoa que saudamos; (ííg,) cortezia, de-
monstração de acatamento; descarga dear-
tilheria ou mosquetaria com pólvora, por
ifc^
êÁ
occasião festiva, ou em signal de honra em
enterro militar ou por cortezia a navio de
guerra de potencia amiga, ou a personna-
gem de alta distincção, v. g. arei, prioci-
pe, general, ele, — cortezias da mesa. —
t. for. , declaração de ser passado trasla-
do de um documento que se pordeu. « Da-
rá cartas (traslados das notas) presentes
pnrtes, e com salva. » Ord. Affons.
SALVA, s. f. (Lat. salvia, de salvns, sal-
vo) herva vulgar e medicinal a que no orien-
te se attribuiam grandes virtudes, para con-
servar a saúde.
SALVAÇÃO, s. f. (Lat. salvaíio, onis) o
acto de salvar ou de salvar-se de naufrágio,
perigo, damno (a pessoa, ávida, a fazenda,
o navio, etc.) Bóia ou ancora de — , a que
se lança por ultimo recurso a ver se pega
no fundo e salva o navio; (fig.) ultimo re-
curso. — da alma, posse da bemaventuran-
ça eterna. Entrar o navio a — pela barra,
a salvamento, como hoje se diz. — , sau-
dação.
SALVADA, (geogr.) povoação de Portugal
do distrito e concelho de Beja, a 18 léguas
d'£voraj com 1,790 habitantes.
SALVADO, A, p. p. de salvar ; adj. posto
em salvo, que se salvou ; que salvou de pe
rigo ; salvo. Tinha — o navio ; — muita
fazenda do incêndio. Tinham-se — em terra.
— , dado salva de honra ou cortezia. Ofer-
te tinha — a nau. — , transposta do um
salto.
SALVADOR, s. m. (Lat. Salvator) o que
salva ; Jesu-Christo por antonomásia ; adj.
que salva de perigo.
SALVADOR (Ordem do], (hist.) ordem ho-
norifica, instituída em 1834 por Olhão, rei
da Grécia, depois do estabelecimento defi-
nitivo do reino da Grécia.
SÁLVAGKii, s.f. {de salvar] (merc.) o pre-
mio ou recompensa que se deve a quem sal-
vou o navio, ou parte da carga.
SALVAGEM. V. Selvagem.
salvagino. Y. Selvagino, Montesino.
SALVAGNAC, (googr.) cidado de França, a
7 léguas ao 0. d3 Gaillac ; 1,840 habitan-
tes.
SALVAGUARDA, s. f. guarda para prote-
ger, defender, protecção dada por escripto
a uma povoação para não ser roubada, ou
maltratados os habitantes pela tropa; (fig )
cousa que protege, defende. Ir debaixo da
— de sua palavra. A — da honra.
SALVAjAKiA. V. Brutalidade.
salvajola, ,«.,fM., .(chulo) homem abru-
tado. j, i.jv ,, .^ j,;
salval, (ant.) V. Savei.
salvalkon, [geogr. ) Inicramnium, cida-
de de H spanha, a 10 le^ua» aQ SK. de
Badajoz ; 3,000 habitantes.
T0>, ly
SAL
5;;^
SALTAMENT0, s.m [mento 8u(T.) acção de
salvar, ou de se salvar de perigo. Chegar a
entrar, o navio a — , salvo de perigo, sem
ter experiraeutsdo avarias. .y.
SALVANDO, (gerúndio de sa/car.) usado ant.
adj. ou adverbialmente, V. Excepto, Sf^lff,\
vante.
SALVANTE, advorbialmente. V. Excepto ,
Fora, Senão.
SALVAR, V. a. (Lat salvare, salvus, sal-
vo, seguro, salus, lis, saúde ; do Gr. soos,
salvo, seguro, saoô, conservar, segundo qua-
si todos os etymologistas. JauíTroi o deriva
de sallere, salgar, pôr de escabeche ou sal-
moura, para conservar. Daqui veio, diz el-
le, a ideia de conservar. Eu creio que vem
do Gr. althô, curar enfermidade, remediar,
dar a saúde ao doente, ou de alexô, de-
fender, proteger.) hvrar ou tirar do perigo.
— alguém do naufrágio, da ruina, das mãos
do inimigo, da morte ; — os bens, a fazen-
da, a honra, a reputação. — a acção, li-
vra-la de imputações. — as ajoparcncias, dar
boa côr ao negocio ; apparencia, mostras
plausíveis. — os nossos erros, descupa-los.
Salvaram suas pessoas em terra. — , dará
salvação, ou consegui-la. — a alma. Deus
vos salvará. Deus te salve, formula pela qual
rogamos a Deus que salve, seja propicio a
a alguém, que o livre de perigos. Salve!
eu te saúdo. — , (fig.) saudar, fazer corter ;
zia dando salva de artilharia ou mosquetaT;>
ria. A fortaleza salvou á náu com vinte ti-
ros.— fazendas, izenta-las dos direitos, fa-
ze-las entrar livres de direitos. ^j
N. B. Moraes dá como primeira accepção
de salvar dar salva de artilharia, não adver-
tindo ser este sentido figurado equivalente
a saudar.
Salvar-se, v. r. livrar-se. acolher- se, abri-
gar-se, escapar, pór-se em salvo. — do nau-.^
fragio, das mãos do inimigo, da justiça. -rr,ri>
em juixo, provar a sua innocencia por tes-
temunhas, ou como se costumava antiga-
mente por ferro quente ou caldo. — se, con-
seguir a bemaventurança eterna ou celeste.
Salvar, (do Lat. salio, ire, saltar , e val-
lum, fosso. Em Ital. ca/icare.) saltar além,
alcançar saltando , e não como diz Moraes
passar em salvo da outra banda saltando.
Os exemplos que dá : salvar o barranco ;
bala que salvou por cima da muralha; sal-
var o baixo , significam transpor, passar
além 6 por cima, sem tocar, isto é, saltar,
verbo que em tidas estas e semelhantes
phrazes se pôde substituir a salvar. A pro-
va do que digo ó que em Latim e iinguas
delle derivadas como o Francez, Italiano,
não tem tal sijçnificação o verboque corres-
p -r dtí 80 nosso salvar e ao r.a.sielhano .No
Di<cionario da Academia Hispanhola expU-
1^7
506
SAL
SAM
ca-se este «entido de salvar por transpor ,
passar além sem tocar, por cima ou tocan-
do mui levemente, e não : passar em salvo
ou sem perigo por cima. Salvou o barran-
co, o fosso.
SALVATiLLA , s. f OU adj . f. Veia ~ ,
(anat ) ramo da cephalica, na costa da mão.
— hepática, situada na mão direita. — sple-
nica, na esquerda.
SALVATERBADO EXTHKMO, (geogr.) villa de
Portugal assim chamada por se achar na
extrema raia de Portugal e do reino de
Leão, situado na direita do E!gas, contém
um castello em b^a posição, e dista lOle-
guas a K. de Castello Branco, a cujo dis-
tricto pertence : sua população é de yOLI ha-
bitantes.
SALVATERRA, (geogr.) antiga villa da ilha
de Marajó na província do Pará no Hrazil.
SALVATERRA, (geogr.) cidado do México,
a 35 léguas ao i>0. do México ; 7000 ha-
bitantes.
SALVATERRA DE MAGOS, (gcogr ) villa an-
tiga de Portugal do distrito de Santarém,
donde dista ò léguas e meia para o S. e
9 a E. de Lisboa
SALVATico. V. Selvático.
SALVÁVEL, adj. dos 2^1. que pôde ser sal-
vado, 9. g. — de naufrágio, de incêndio,
doença, perigo,
SALVE, loc. Lat, (de salveo, erg, estarem
boa saúde ) formula do saudação , eu te
saúdo.
SALVE RAINHA, s. f. A — , uome do uma
oração á Virgem Maria que começa por es-
tas palavras.
s ALVERE, (geogr.) cidade de França, a
10 léguas ao NE. de Bergerac ; l,80j ha-
bitantes.
SALVESTE, (hist.) escriptor francez, nas-
ceu em 1771, morreu em l8ji9. Deixou :
Elogio de Diderot ; Relações da Medecina
eom a Politica ; Quadro litterario da Fran-
ça no XVIII século.
SALVETA, s. f. (de salva, de metal, etc.)
salva pequena.
SALVETAT d'angles, (geogr.) cidade de
França, a 5 léguas e meia de S. Pons ;
3,850 habitantes.
SALTETAT PEYRALÉs, (geogr.) cidade de
França, a 27 léguas ao SO. de Rhodez ;
3,050 habitantes.
SALviAC, (geogr ) cidade de França, a 3
léguas e meia ao SO. de Gourdon ; 1,150
habitantes.
8ALVIANI, (hist.) ichthyo'ogista francez,
nasceu em 1514, morreu era 1572. Deixou
entre outras obras uma Historia dos Peixes.
SALVfAPío, (hist.) Salvianus , padre de
Marselha, nasceu era 39'-. Deixou : Tracta-
40if ià PrQ9%4$neiaf e da ivarixa.
SALViATi, (hist.) celebre pintor, nasceu
em Florença em 1510, morreu em 156'J,
foi protegido pelo cardeal João Salviati, de
quem tomou o nome, trabalhou para os pa-
lácios de Florença, Roma e de Veneza, etc.
SALViNA, s. f. nome de uma preparação
pharmaoeulica febrífuga , hoje desusa-
da.
SALVO, A, adj. (Lat. salvus. V. Salvar,
livrar de perigo.) salvado, livre de perigo,
acolhido a lugar seguro Direito — , conser-
vado, reservado, mantido, para poder usar
delle. — , salvado, que conseguiu a bem-
aventurança. — , adv. excepto, fora, senão.
Serão todos obrigados ao serviço militar, —
os filhos de viuva. A — .em, — , livre de pe-
rigo, risco. Chegou o navio a — . Ficou a
gente em — . Repicar em — , antes do pe-
rigo, ou depois de passado, loc. antiga. A
— da honra, ficando sem mancha, sem de-
sar.
SALVO, s. m (subst. do pre^^ende, por el-
lipse, subentendendo lugar.) lugar seguro,
livre de perigo. A meu, a teu — , sem que
eu ou tu corras risco, sem damno meu ou
teu.
SALvo-coNDUCTO , s. m. cartá de seguro
eoncedida a pessoa banida, ou a inimigo
para podrr ir o voltar livremente; (fig-) pri-
vilegio, iz(*nção
SALVES ou SALLUTII, (hist.) pOVO ligurio
da Ciallia Narbuneza, habitava ao W. de
Marselha, entre o Uhodano e os Alpes.
SALZ ou SAi.ZA, (geogr.) Juvavus, Salsa,
rio da Áustria, nasce nas montanhas, (Jue
separam a Áustria do Tyrol, corre a E. de-
pois ao N e perde-se no In.
SALZBURGO, (gcogr ) Juvavum, e na ida-
de madia Salisburgium, cidade da Alta
Áustria, capital de um circulo, sobre o Salza .
a 42 léguas ao SO. de Vienna ; 16O0O ha-
bitantes. Ha outras duas cidades do mes-
mo nome nos Estados Austríacos : uma na'
Hungria , a 1 quarto de légua ao SE. de
Eperies ; a outra na Transylvania, a 1 qiirtfir-
to de légua ao SE. de Harlsburgo.
SALZEDAs, (geogr.) povoação de í-ortugal
de 1,2H0 habitantes a légua e meia de La-
mego.
SALZ«ANN ou SALTZMANN, (hist ) miuistrO
protestante, nasceu em Erfurt em 1744,
morreu em 1811. Deixou: Carlos dê Car-
Isberg, romance; e o Mensageiro de Thu-
ringia.
SAizuNGiN, (geogr.) cidade murada do
ducado de Saxe-Meiaingen, a 8 léguas ao
NO. de Meiningen ; í<,000 habitantes.
SAM ou sio , (ant.) em vez de sou , do
verbo ser.
SAM ou SAN, sÃA, f. de são.
sàHADANG, (geogr.) cidade da ilbt4e^«^
8ÁM
8AM
507
va, capital de província, a 56 léguas ao
SE. cie ttatavia.
SAMAKOv. fgeoRr.) cidade da Turquia en-
ropea, a ?3 léguas de Philippopoli ; 7,000
habitantes.
SÀMALHOUT, (geogr ) o antigo Có, povoa-
ção do Egypto, a 23 léguas ao S de Be-
nysoupíf, na margem esquerda do Nilo.
SAMANAKODAV OU SOHMOff ACODOH, (hist.)
(isto ó O deus 5amaneo) O grande deus dos
Siamezes, é o mesmo que Bouahdd, istoéa
7.* encarnação de Vichnou.
SAMAN.4P, (geogr.) ci'ladft do archipelago
de Sonda, na costa do SE.
s. AMAND, ígeogr ) villa <le França, a 3
léguas e meia ao S. de Vendome ; 516 ha-
bitantes.
s. ahawd-de-bonexe, fgeogr.) cidade de
França, a 4 léguas ao NO. d'Angouleme ;
1630 habitantes.
s AMANT)-EN-PUYSAYB, (gpogp.] cidade de
França , a 6 léguas ao NE. de Cosne ;
1,800 habitantes.
s. AMAND-MouTBOND, (geogr.) cidadede
França, a 12 léguas ao SE. de Bourges ;
7,íl8i> habitantes.
SAMANEos. fgaogr.) Samanêei. Eram, se-
gafi3o os Gregos, philosophos Índios, dis-
tinctos dos brabamanes, mas que como es-
tes, se tornavam celebres por uma vida
austera; (ram solitários e inspiravam mui-
to respeito pela sua repilfação desanctida-
de Estes Samaneos eram provavelmente os
solitários ou padres bouddhistas. Também
se dá o nome de Samaneos a todos os ado-
radores do Dalai-l ama.
SAMANHONOUD, (geogr) Hei aclcBopolis, (e
não Sebennytus) cidade do Baixo Egypto,
no braço oriental do Nilo, a 1 quarto de
légua ao E. de Mehallet-el-Hebir ; 4,500
habitantes.
SAÍíANi{Abnu-lbrahim fsmail), (hist.) che-
fe *persa, nasceti em 8^7, sftiu em 892 da
Transoiiana, de que era governador, cori-
quistou o Taberistanso Khoraçãn e uma
parte da PerSia Occidental e morreu em
907 com grande reputação de justo e sá-
bio Foi o fundador da dinastia dos Sa-
manides
SAMANiDEs, (híst.) dynastía de reis da Pér-
sia, oriunda de Ismail Samani, supplantou
em 902 a dos SoffaridRS no Rhoríiçan e na
Pérsia, mas em 932 foi obrigada a ceder
o Fars e o Irak-Adjemi aos Bonidas . e
manteve-se nas outras possessões até 999.
s. amans, (geogr.) cidade de França a 8
legtlas ao N. de Mende 3.60O habitantes.
s. AiAN8-DEs-copts , (gcogr.) cídade de
Fraiiça, a 10 legtías ao NO. d*Espalion ;
1,300 habitantes.
s. AiATis-LA-BAsTiiíi , (geogr ) cidáde dç
França, a 6 léguas e um quarto ao SE. de
Castres ; 2,500 habitantes.
s. AMANT, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas ao O. d'Ambert ; í,290 habita ites.
s. amant-tallrnde, (geogr.) cidade de
França, a 4 léguas e 1 quarto ao S. de
Ciermont; 1,48') habitantes.
SAMÃo. Signo samão, e não sino samão,
salmão ou salamão, como traz Moraes. Sa-
mão vem do Uebr. ou Arab. saman, céu ,
celeste. Signo — , signo celeste, talismã com-
posto de uma estrella de seis pontas, ou de
dois triângulos travados. Entre os Egypcios
uma estrella assim formada com seis ângu-
los era o hieroglypho de céu, luz celeste.
samara. (geogr) neme de dous rios da
Rússia europea: um, chamado também Svia-
taia-Reka (isto é rio saneio) percorre o go-
verno d'lekaterinoslav, e lança-se no Dníe-
per : o outro atravessa os governos d'Oren-
burgo e de Simbirsk e lança-se no Volga
em Samara.
Samara, (geogr.) cidade da Rússia énro-
pêa, a 40 léguas ao SE. de Suinbirsk ;
3,600 habitantes.
samarang, (geogr.) cidade fortificada da
ilha de Java, capital da província de Sa-
marang, na costa ao N. a 105 léguas ao E.
de Batavia ; 30,000 habitantes.
samarcnand^ (geogr.) Maraconda, cidade
da Ásia central, a 2.^ do khanato de Bou-
khara, sobre o monte Kokak, a 50 léguas
ao E de Boutehara ; 50,000 habitantes.
SAMARIA ou samabitida, (geogr.) Foi as-
sim chamada durante os dous primeiros
annos do império, uma das 4 partes da Pa-
lestina, entre a Galiléa ao N. a Judea ao
S. e Jordão a E e o mar ao O.
SAMARIA, (geogr.) Samaria, depoisScftas-
le cidade da Palestina, na meia tribu Occi-
dental de Manasses, no centro, foi depois
de Sichem, a capital do reino d'Israele fi-
nalmente capital da Samaria.
s. AMARiN, (geogr ) cidade de França, a
11 léguas N. de Refort ; 1,890 habitantes.
SAMARITANO, A, odj. de Samar/a cidade
da Palestina.
PAMAROBRivA, (geogr. ant.)cidade da Bélgica
2.', chamada depois im&iani, hoje Amrens.
SAMARRA, s. f (Fr. sitnarre. do Ital. zi-
marra.) vestido pastoril, de pelles de ovelha
com a lã, de palha ou de pano grosseiro,
pellote rústico. — , espécie de vestido talar
de ecclesiasticos sèf^ulares.
SAMARRÃo, s. m. augmeíti. de samarra.
SAMATAN , (geogr.) cidade de França ,
1,970 habitantes.
SAMBA, (geogr.) Ilha do archipelago da
Sonda, a 20 léguas S. da ilha de Flores.
sambata. V. Zumháia.
SAílíÀRcAii, V. Cámôilfc^r
508
SAM
SAMBARCO, «. m. (ant.) sapato velho. Creio
que vem de sola e alparca.
SAMBARCO, s. w. (tdlvez áeseio, e abar-
car.) ant.) cinto largo que as mulheres tra-
ziam por baixo dos peitos. — , travessas que
se punhara ás portas por autoridade judi-
cial.
SAMBAS, (geogr.) cidade da ilha de Bor-
néo, capital do reino de Sambas, a 10 lé-
guas da embocadura do Sambas. O reino
de Sambas é limitado aoN. eaE. pelo rei-
no de Bornéo, ao S. pelo de Poutiania.
SAHBENiTADO , A , p. p. à(ò sambcnitar ;
adj coberto, revestido do sambenito.
SAMBENiTAR, V. tt. [sambenilo, ar des. inf.)
revestir de sambenito ; (fig ) de insignia des-
honrosa
SAMBENITO, s. m. (corrupçào do Cast. sa-
co, benito, saco bento.) saco bento de que
na primitiva igreja se revestiam os peniten-
tes ; depois foi destinado aos condemnados
pela inquisição, que appareciam no auto da
fé. Fazer do — gala, gloriar-se de cousa
deshonrosa, vergonhosa
SAMBER, (geogr.) serra da provincia do Rio
de Janeiro no Brazil.
SAMBixuGA, erro por sanguesuga.
SAMBLADOR, s. m. carpinteiro que lavra,
ajunta, e corta madeira liza em meia esqua-
dria especialmente nos ângulos, nasjuntu-
ras, faz lavores, e molduras.
SAMBLAGEM, s. f. O trabalho, obra, lavor
do samblador.
SAMBLANÇAY OU SEMBLANÇAY, (gCOgr.) VÍl-
la de França, a 3 léguas e meiaaoi>E. de
Tours; 700 habitantes.
SAMBLAR, V. a. (Fr. assembler^ Provençal
assemblar.) cortar madeira liza em meia es-
quadria para juntar as peças delias em mol-
duras ou encaixes.
SAMBOANGAN, (gcogr.) cidade da ilha de
Mindanao, na extremidade ao SO. 1,000
habitantes.
SAMBOR, (geogr.) cidade da Galitzia, ca-
pital de circulo, a 16 léguas ao SO. de
Pemberg ; 6, COO habitantes.
SAMBRO, (geogr.) Sabis villa de França e
da Bélgica, ao N. a 1 quarto de légua ao .^E.
de Nonvion, corre ao N. e ao INE. e lança-se
no Meuse em Namur.
s. AMBROíSE, (geogr.) cidade de França,
a 5 léguas NO. d'Alais; 3,li0 habitantes.
SAMBUCA, s. f (Lat. sambuca.) instrumen-
t) musico antigo da feição de harpa. — ,
machina de guerra antiga da forma deste ins-
trumenlo.
SAMBUCO , s. m (voz Asiat.) batel usado
na índia.
SAHBUCus, (hist.) sábio húngaro, nasceu
em 1531, morreu em 1584, foi historiogra-
t^ de Mftximilifliao II, fe^ omiuMites ser-
8
" ' viços ás lettras pelas suas notas, commen-j^
ta rios e traducções, e pelo grande numero''
de medalhas, retratos e outros monumen-
tos antigos, que fez conhecer.
SAMBURÁ, s. m. (t. Brasil.) cesto de sipó
pequeno, com fundo largo, e boca afunila-
da em que os pescadores de miúdo levam a
isca e recolhem o que pescam.
SAMBUXA. V, Sacabuxa.
SÃMENTE ou SANMENTE, adv. {mente suíf.)
saudavelmente.
SAMER, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas e meia SE. de Bolonha; 1,895 ha-
bitantes.
SAMiCAS, s. m. (do Ital. sa, sabe, emi-
ca^ nada.) (ant.) homem de curta intelligen-
cia, pobre de espirito.
SAMíCAS, adv. (ant.) por ventura.
SAMTSATE, (geogr.) a antiga Samosate^ ci-
dade da Turquia asiática, sobre o Euphra-
tes, a 23 léguas NE. d'Ani-Tab.
SAMiTARRA U. Cimitarra, Semitarra.
samland, (geogr.) antiga divizão da Prús-
sia oriental, tinha por capital Kenigsberg.
sammonico, (hist.) São conhecidos com es-
te nome dous médicos latinos, pai e filho ;
viviam no fim do II. século e no começo.,
do ili. O pai, Q. Serenus Sammonicus ti-"
nha formado uma bibliotheca de 62,000
vol. Foi morto em um banquete por ordem
de Caracalla. O filho legou a bibliotheca de
seu pai a Gordiano 111. Ha em nome de
Sammonico um poema de Medecina, mas
não se sabe se é de pai. ou do filho.
SAMNiTico , A . adj, dos Samnitas. Ju-
go—.
SAMNiUM, (geogr.) hoje Sannia, Princi-
pado Ulterior e parte do Abruzzio, região
d'ítalia, ao N. da Campania, a E. do Lacio,
ao S. dos Frentanos, tinha poucas c dades
entre outras Au/idene, Trevente, Esemia,
Clavia, Tifate, Biviano, Equo TuticOf Ma-
leventum, Candio.
SAMNON, (geogr.) cidade murada do Fez-
zau, a 42 léguas N. de Mourzouk,
SAMO, s m, (do Fr. ant. samc, sabuguei-
ro, Lat sambucus.) aparte branca e tenra
que está entre a casca e o cerne, entrecas-
co, alburno.
SAMOGiciA, (geogr.) Szamau em lithuano
antiga provincia da Lithuania, entre o Bál-
tico da Curlandia ao N., o Báltico e a
Prússia a O. , a Lilhuania propriamente
dita ao S. e a E. hoje está compreendida
no governo russo de Vilna, capital Rossiena.
SAMON, (his.) rei dos Esclavonios, era um
negociante franco, natural de Seus Achan-
do-se entre os Esclavonios em b^0, com-
Laieu com elles os Avaros, contribuiu pa-
ra a victoria, foi eleito rei, e governou coni
gloria pelo e»paço de 3õ aanos.
SAM
SAlf
509
SAMORA CORRBA, (geogr.) villa de Portu-1
g»l do distrito de SantBrem, ao S. do Te- \
jo. 1 legon ao SO. do Benavente e 8 de
Lisboa na carreira meridional do Tejo, per- |
to do rio Almansor, 1,400 habitantes. \
SAMOS, (geogr.) em Turco Sonsam Ádas-
si, ilha da Turquia, no mar Egej, perto das
costas da Asia Menor, ao SE. de Chio;
60,000 habitantes.
SAMOSATA, (geogr.) hoje Samisatou Cham-
chad, antiguidade da Asia Menor, capital da
Comagene, sobre o Euphrates aoMi. d'An-
tiochia.
SAMOTHES, (hist ) filho de Japhet, funda-
dor da raça dos Celtos, segundo as antigas
Chronicas.
SAMOTHRACiA, (geogr.) hoje Semendraki,
ilhas nas costas da Thracia, ao NE. d'Im-
bros, e defronte da embocadura de Kebro ;
teve por habitantes os Carios, os Thracios,
os I henicios, e finalmente os Helenos,
s. AMOUR, (geogr.) villa de França, a 9
léguas SO de Lons-le-Saulnier, 5^,630 ha-
bitantes.
SAMOYÉDES, (geogr.) Khasova em lingua
indígena, povo da Rússia, provavelmente da
raça tchoude, habita sobre o Mezem, porto
do Oceano Glacial. Também ha esta raça
nos governos de Tob';lsck e de Tomsk,
~f*'SAMPEYRE, (geogr) cidade dos Estados Sar-
'dos, a 6 léguas ao SO. deSaluces, sobre o
Vfizita ; 5,000 habitantes.
SAMPiETRO, (hist.) celebre chefe corso, nas-
ceu em 1501, morreu em 1567 serviu na,
França a Francisco I e a Henrique lie foi
com de Thermes tirar a Córsega aosGeno-
vezes. Depois da paz de 15^9 que restituiu
a ilha a estes últimos, foi pedir soccorro á
Turquia e desembarcou na Córsega cora 25
homens; já tinha conseguido augmentar as
suas forças quando foi apunhalado por um
traidor assalariado pelos Cenovezes.
SAMPiGNY, (geogr.) villa de França, a i
léguas e um quarto ao INO. deCommercy ;
500 habitantes.
SAMSÃo, íhist.) decimo segundo juiz d'is-
rael, nasceu durante o sexto captiveiro dos
Hebreos, foi consagrado a Deus por sua mãi,
absteve-se de vinho e de todo o licor fer-
mentado, durante a sua primeira mocidade
e adquiriu uma ^rca prodigiosa. Fez diver-
sas expedições contra os Philisteos, e sem-
pre ficou victorioso, foi eleito juiz no anno
1172 antes de Jesu-Christo. Durante 20 an-
nos que durou o seu poder, combateu sem-
pre os inimigos da sua pátria, até que foi
prezo e entregue aos Philisteos por traição
de Dalila sua amante a qual lhe cortou os
cabellos, pois era no comprimento d'elles
que consistia a força de Samsão. Os Philis-
teos tiraram-lhe os olhos, e serviram-se
f«L. ÍV.
d'ellle como de bobo; um dia, em uma fes-
ta. Samsão, a quem já tinham crescido os
cabellos, abalou as columnas do edifício em
que se achavam os principaes da nação, e
fez morrer muitos, mas também morreu es-
magado debaixo das suas ruinas.
SAMSCRiTO, (bist.J (isto é , aperfeiçoada)
lingua sagrada do Indostão septentrional,
é hoje uma lingua murta e oíferece gran-
des analogias com os idiomas de todos os
povos Germânicos ; é notável pela sua
armonia, e abundância, e pela perfeição do
seu systema grammatical ; mas é muito com-
plicada.
SAMSOCE, (geogr.) ilha de Dinamarca, no
Cattegat, entre Jutland e a ilha de Saeland ;
5,000 habitantes.
SAMsouN, (geogr.) Amisus, cidade mura-
da da Turquia asiática, sobre o mar Negro,
a l<i léguas ao NE. d'Amasieh ; 2,000 ha-
bitantes.
SAMUEL, (hist. s.)14.°e ultimo juizd'lsrael,
nasceu em Ramattia no anno 1132 antes de
Jesu Christo, tornou-se notável pelas suas
virtudes e dom de prophecia, foi proclama-
do juiz em 1092, e fez por muitos annos
a ventura dos Israelitas, mas tendo deixa-
do a seus filhos o cuidado da administra-
ção, estes descontentaram o povo, que pediu
um rei, Samuel depois de ter combatido em
vão este projecto dos Israelitas, sagrou Saul,
reservando para si as funcções sacerdotaes.
Desobedecendo Saul a Deus em muitas oc-
caziões, Samuel sagrou David em seu lo-
gar, todavia esta sagra ção foi secreta, e Sa-
muel morreu 3 annos antes da queda d«
Saul, no anno 1043.
SAMUEL, (geogr.) aldeia de Portugal do
concelho da Figueira, a 5 léguas de Coim-
bra, 1,580 habitantes. Era um antigo re-
guengo.
SAN, (geogr.) rio do Galitzia, sa§ dos mon-
tes Carpathos e rega os territórios de Sanoh
e de \zeszow.
SAKA ou sAisADON, (geogr.) cidade da Ará-
bia, capital de Sano, a 6i léguas ao WE.
de Moka ; íi0,000 habitantes.
SANADO A, p. p. de sanar ; adj. sarado ;
remediado.
SANADON, (hist ) Jesuila francez, nasceu
em 1670, morreu em 17.^3. Deixou uma
traducção de Horácio muito estimada.
SANAR, V. a. (Lat. sanore.) sarar ; (fig.)
remediar erro, falta, culpa, falta legal.
SANATivo, A, adj. que sara, cura.
SANAVEL, adj. dos 2 g. (Lai. sanabilis.)
que pôde remediar-se , curavel remedia-
vel.
SANCADiLHA , s. f. (de sanco.) cambapé
que se dá para fazer cair alguém.
SANCARUÃo , s. m. augment. de sanco.
Iz8
ma
SIO
SAN
SAK
«O — de Mafoma está suspendido [no ar. »
Aulegr., os ossos descarnados delle.
SANCESGUES, (geogp.) villa de França, a 4
léguas ao S. de Sancene ; 70() habitantes.
SANCENK. (geogr.) Sacrum Coesaris ou Sa-
sro Ccesariumy cidade da França, a meia
légua do Loire ; 3,60 í) habitantes.
SANCHEZ (Francisco) (hist.) em latim San-
eius,, celebre grammatico hispanhol, nas-
«eu em lo23, morreu era .601. Deixou:
Grammaficac latince instilutiones ; Gram-
matica g rosca ; Minerva seu de causis linguoe
latince.
SANCHEZ (Jhomaz). (hist.) jesuíta hispa-
nhol nasceu em 1560, morreu em 1610.
Giinhou grande reputação como casuista
e deixou um tractado De Matrimonio.
SANCHiNAS, s. f. Y. Co^umelos.
SANCHO I (D.), (hist ) o Povoador, rei de
Portugal, filho de D. Aífonso Henriques, e
da rainha D. iMâfalda, nasceu em Coimbra
em 1154, subiu ao trono por morte de seu
pai em 1185, e reinou até 12 il época em
que morreu. Na idade de 14 annos achou-
se na batalha de Arganhal contra o rei de
Leão ; e mostrou sempre o seu valor, se bem
que mais se applicou a melhorar o reino e
povoar as terras. Durante o seu reinado le-
ve de combater os mouros, a peste, a fo-
me, e outras calamidades, e principalmen-
te sustentar uma lucta com o poder eccle-
$iastico, que queria dominar o poder real.
Km 11b8 tomou Silves, e outros pontos do
Algarve, que sustentou contra os mouros
«té 1190 ; livrou Lií^boa e Santarém dos cer-
cos, que os mesmos lhes fizeram ; e com-
Ikateu uma invasão de Almohades que assol-
kram o reino, e tinham tomado varias pra-
ças ; recuperando muitas delias, como foi a
de Elvas, que fez repovoar e fortificar. Ten
do sustentado por muilo tempo a suprema-
OÍ|L do poder real na sua lucta com o clero,
Dão teve ncs últimos annos da sua vida ener-
gia bastante para a fazer valer, e pagou a
fenocencio 111 o censo estipulado por seu
pai. Foi casado este cponercha com D Dul-
ce, filha do conde de Bòrcelona , da qual
le\e var'cs filhos, e entre elies D. Aflonso
U, que lhe succedt u Jaz em Santa Cruz de
Coimbra junto de seu pai.
SANCHO II (D.), (hist.) rei de Portugal, íi-
Jlio de D. Aflonso 1), e de sua aiilber D
tiraca, nasceu tm Ccinbra em 1202, su-
biu ao trono em 12íj3. e reinou aiél245,
em que foi deposto fe!o papa ; morreu em
Toledo em 1248. Logo que subiu ao trono
tratou de pôr fim ás discórdias do anterior rei-
Biado ; nínietu árbitros que ccmpízessem
as pretençqes do arcebispo de Braga, jon- í
4o termo á lucta do iK:)der real com o cie- 1
jo, 6 ecebcu as questões das infantas suas/
tias sobre as terras, que seu pai lhes doara.
Combateu os mouros, a quem tomou Arron-
ches, Cacella, Mertola, Aljustrel e Tavira de
1232 a 1242, recuperou Elvas. Jerumenha
e outras praças, e alcançou do rei de Cas-
tella a restituição de Chaves No seu rei-
nado, o celebre D. Paio Peres Corrêa, re-
cuperou Silves, e conquistou aos mouros qua-
si todo o Algarve. Era D. Sancho bom e hu-
mano, com tudo os nobres, descontentes com
as violências dos seus viciosos validos, ex-
citaram o povo á revolta, no que foram au-
xiliados pelo clero. O arcebispo de Braga e
os bispos do Porto e Coimbra expuzeram a
lunocencio IV as causas do descontentamen-
to, e alcançaram do pontitice a bulia de 1245,
que depunha D. Sancho da adminisiração
dos seus estados, sendo nomeado seu irmão
conde de Bolonha (depois D. Aífonso ill)/e-
gente do reino. Apesar desta decisão muitos
vassallos e praças fortes se lhe conservaram
fieis, e entre ellas Coimbra e o seu gover-
nador o celebre Martim de Freitas ; porém
D. Sancho para poupar o sangue de sc us súb-
ditos e desgostoso com tal ingratidão reti-
rou-se para Toledo, aonde passou os dois
restantes annos da sua vida em exercícios
de devoção, e morreu em 1:^4^.
Sancho, (hist.) o Sancion conde de Na-
varra de 837 a 857, era irmão d'Azuar, a
quem succedeu e foi paedeGarsimina.
SANCHO I, ou SANCHO GARCIA (bist)reide
Navarra, 3° filho deGarcimina, foi primei-
ramente conde de Ga^conha em 872 ; foi ac-
clamado rei de ÂVavarra em ii05, cedeu en-
tão a Gascpnha a seu filho (jarcia Sanchesde
Courbe ; bateu os Árabes defronte de Pam-
plona em U07, assignalou-se até 9111 em cada
anno do seu reinado por urca expedição con-
tra os infiéis, depois retirou-se mas sem abdi-
car, ao convento de Seyre, donde saiu apesar
da sua muita edade depois da derrota dcs
christãos em Jonquera, bateu as tropas d'Al-
deranje 111 e morreu em 9^6. Lm outro Gar-
cia Sanches succedeu na Navarra aSanchoJ.
SANCHO II, (hist.) filho esuccessor de Gar-
cia li, lei de Navarra, de 970a 974, batleu
muitas vezes os Árabes.
SANCHO 111, {hist ) chamado Sancho-o-
Grande, rei de Navarra dei ilOl a 10^5, fi-
lho e succesor de Garciaill, conquistou em
lOi8 o condado de tastella, cazou Fernando
seu seguido filho ctm Sancha, herdeira do
reino de Leão, e pre}«8rou assim a reuniio
deste reino de I eão.Us estados de Sancho fo-
ram por sua morte divididos em 4 reinos
(Aragão, hibargcce. Navarra, Castella.)
SANCHO IV, (hist.j rei de Navarra, de 1054 a
1076 filio de Garcia IV, morreu assassinado,
e não dtixcu n^is doquetm irnâobaLcho
iMLiies (l'Aiít^fco, o qbfil usiii|ou os seus
SAN
SAN
511
estados e reinou com o nome de Sancho V, de
1076 a 1094.
SANCHO VI E SANCHO VII, (híst.) ulUmos rftis
de ^av«^ra da casa meroaíngiana, reinaram
um do 1150 a 1194, o outro de 1194 a 1234
(este ultimo dislinguiu-se na batalha de Tolo-
saem 1^12.)
SANCHO I, (hist.) o (jrande, rei de Leão e
das Astúrias, irmão e succossi.r de Ordonho
111, rei de Leão, e filho de Ramiro II, apode-
rou-se da coroa, com prejuízo de seu sobri-
nho, o filho de Ordonho III, mas foi deslho-
ronado )or Ordonho IV, filho deAíTonsolV,
retirou-se para Navarra, depois para Córdova,
cujo califa o restabeleceu no throno em 9b0.
Morreu em *. 67.
SANCHO I, (hist.y rei deCastella, o mesmo
que Sancho III, rei de Navarra, é muitas ve-
zes omi tido nas listas dos reis de Castella.
SANCHO II, (hist) o For/e, rei de Castella,
um dos Ires filhos de Fernando 1 (rei de Leão,
i.aliiza, e Castella) coube-lhe em partilha por
luorte de seu pai a ' asiella, despojou seus
dous irmãos, quiz também tirar o dote a suas
ir mãs, e tirou a um a cidade de Faro, mas foi
morto no cerco de Zamora em 1672.
SANCHO III, (hist.) um dos filhos de Aílonso
Vil, rei de Leão e de« astella, só lhe coube
em partilha a Lastella (1157) e no fim de um
anno deixou o reino a seu filho AÍTonsoV.
SANCHO IV, (hisi.) rei de Castella e de Leão
filhode AlTonsoX, revultou-se contra seu pai;
reinou desde 1Í84 a 1295, esteve continua-
mente em guerra com os Mouros. Tirou aos
Mouros a importante praça de Tarissa.
SANCHO BAMiRES, (h)st ) rei d'Ar8gflO, filho
de^.amiresl, reinou desdel(J63a 1094, con-
quistou Baréastro, usurpou em 1076, a coroa
de Navarra, que se conservou na sua casa até
1 1 34. Morreu no cerco d'Huescr.
sanchoniatiion, (his.) antigo historiador
da 1 henicia, natuial de Tyio cu de Bery-
to, era hierophante na sua pátria Flores-
ceu no XX. seru'o antes de J. C. .«tgun-
do uns, ou no XXVII. secundo outros. Es-
creveu uma Hiitoiia cu Iheologia 1^ heni-
cia, una Theologia egypcia, e um tratado
da Physia d'Bcmes.
sanchristão. V. Sacristão.
SAKCo, s. m. (do Cast. zanca, perna de
ave; Fr ant. sWunc, força, vigor.) cannela
da perna da ave na parte que fica emula,
sem carne.
SAKCO ou *ANGO, (Myth ) dfus sabino,
muito poderczo, foi assassir>ado pelos l!o-
manos ao seu deus fiditis.
SANCOiKS, (geogr ) cidade de França, a 6
léguas 80 NE. de St.^ Amand;l,9<i0 habi-
tantes
SANCRiscHAO, orth. barbara e ant., .por sa-
cristão. Elucidário.
SANCTA SANCTORUM , s. m. OU f, (t. lati-
no) lugar sagrado, vedado, tabernáculo.
SANCTiAGO. V. Santiago.
sanct'ficação, s f. (Lat. sanctificaiio ,
anis.) o acto de sanclificar ; acção, efTeito
da graça sanctificante.
sanctificado, a, p. p. de sanctificar; adj.
feito santo ; venerado como santo.
SANCTiFiCADOR, A, adj. (Lat. sancti/lca-
tor.) que sanctifica.
SANCTIFICANTE, adj. dos 2 g. (Lat. san-
ctificans, tis, p. a. de sane ti fico, are.) que
sanctifica.
SANCTIFICAR, V. a. (Lat. sanctifico, are.)
fazer santo. Deus sancít^ca aquelles a quem
concede a graça; honrar como a cousa san-
ta, V. g. — o nome de Deus, bemdizer. —
a alma, fazendo obras de santidade, exer-
cendo virtudes — , declarar por santo. O
papa sanctificou a rainha Isabel de Portu-
gal. — , ensinar santos costumes. — o do-
mingo, as festas, guardar, abster-se de tra-
balho profano, lazendo obras de religião.
SANCTORio, (hist ) medico italiano, nas-
ceu em 1561, morreu em 1629. Pertendia
achar a causa da saúde e das doenças na
maneira porque se faz a transpiração, e
pesava-se todos os dias, para calcular a de-
perciação, que soffreocorpo humano. Dei-
xou : Medecina síatica.
SANCTUARio, s. f». {L&i. sanctuarium.) O
lugar o mais secreto do templo em que só
entrava o summo sacerdote, entre os pagãos
e os judcos ; casa onde se guardam relí-
quias de santos e relicários : (fig.) lugar a
que o vulgo não tem accesso.
SAKCY, (geogr.) cidade de França, a 3 lé-
guas N. de Brify ; 600 habitantes.
SAND, (hist ) celebre sociniano de Heni-
goberg, morreu em 1680 na llollanda. Dei-
xou entre outras obras: Historia ecclesias'
tica.
SANDALHAS, e SANDÁLIAS, S. f. (Lat. SOn-
dalium.) calçado composto de uma sola de
sapato atada sobre o peito do pé por correias.
— , calçtdo antigo de senhoras.
SÂNDALO, s. m. (pron. a primeira accen-
tuada : Lat. santalvm, Arab. sanrfa/oM.) páu
aromático, usado para perfume, e também
na medicina.
sandabaca , s. f (do Gr. sandarakhé.)
rosalgar vermelho, arsénico rubro. — , a her-
va chupt^mel. — , gon ma usada para verniz.
SANDEC ou NciiVY-SANDEC, (gcogr ) cídado
da Gôlitzía, capital de um circulo do mes-
mo nome, a 16 léguas SE. de Cracóvia;
3,700 habitantes. A H léguas SO. de San-
dcc. sobre o Poprad ha outra cidade do
mesmo nome a qual tem 2,51 0 habitantes,
SANDEU, adj. m. (t. Cast. corrupto do L t.
insanitus, p. p. de insanio^ ire, perder «'o
m
.s^
siso.) insano, mentecapto. «Mais sabe o —
no seu que o avisado no alheio. » No femi-
nino sandia, v. g. cousa, presumpção — .
SANDIAMENTE, ttdv, (weníesuíí.) como san-
deu.
SANDICE, 5. f. (des. iie.) necedade,- par-
voíce, tolice.
SANDiciNO, A, adj. (do Gr. sandyx, ceru-
sa queimada ) de côr vermelha ou de vcrmi-
Ihão.
SANDico, A, adj. de sandeu.
SANDiM, (geogr.) villa e freguezia de Por-
tugal, perto da Feira, a 3 léguas ao S. do
Forto; 1,;U5 habitantes.
SANDiz , s. m. (Lat. sandiv ou sandyx ,
icis, do Gr. sandyx.) côr de vermilhão fei-
ta com ceruísa queimada. — , herva que tin-
ge de vermelho.
SANDJAK, (hist.) São assim chamados nos
exércitos turcos os officiaes secundários, que
não podem levar diante de si, como signal
d'honra, senão uma cauda de cavallo (em
turco sandjak). Os sandjaks administram
pequenas subdivisões de pachaliks, chama-
das sandjakats.
SANJAR, (hist.) sultão seldjoucida da Pérsia,
um dos filhos de Mebik-Shah, nasceu em
1086 emSandjarou Sindjar, tornou-se cele-
bre pela sua sabedoria e valor, e foi appolida-
do o Segundo Alexandre. Reinou desde 1095
sobre o Koraçan, e depois em t®da a Tersia,
deu 19 batalhas e só perdeu duas; na segun
da foi entregue por um dos emires. Pela sua
morte, o dominio dos Seldjoucidas acabou no
Khoraçan.
SANDOMiL, (geogr.) villa e freguezia de Por-
tugal, perto de Cea, a 11 léguas de Coim-
bra; 1,400 habitantes
SANDOMiR, (gpogr.) cidade murada da Rús-
sia europea, a 5'á léguas SE de Varsóvia;
6,000 habitantes.
SANDOVAL, (geogr.) villa de Hispanha, a 9
léguas ao NO. de Burgos ; 500 habitantes.
SANDOVAL, (hist.) historiador hispanhol,
bispo de Pamplona, nasceu em 1560, mor-
reu em lOál . Deixou entre muitas obras uma
Historia de Carlos Quinto,
SANDRAUA , s. f. arvore cuja madeira é
mui preta.
SANDRART, (hist.) pintor 6 biographo alle-
mão, nasceu em 1606, morreu em 1688.
Deixou diversas obras estimadas sobre ar-
tes : Academia allemà, lonologia Deorim ;
Admiranda sculptura veteris.
SANDROEOTTUS OU SANDRaCOTTUS, (hist.)
Índio de um nascimento obscuro, que de-
pois da morte de Alexandre fez levantaras
províncias Índias, e se fez coroar em Pali-
bottira ; estendeu o seu poder pelas duas
margens do Ganges e sobre quasitodoo
Pendjab actual.
SAN
SANDWICH, ^geogr.) cidade e porto d'In-
glaterra, a 4 léguas ao E. de Dantobery ;
8,000 habitantes.
SAUDwiCH (archipelago), (geogr.) chamado
também Arehipelag9 d' Hawaii ou Ouhyhea,
o archipelago maisseplentriooal da Polyne-
sia ; as cidades principaes são : Hawaii ou
Unhyhea, Onoahou, Mooui, Atoni, Moro-
tis, Unihou, Ranai, etc. ; 40J,000 habi-
tantes.
SANEADO, A» p. p. de Sanear ; arfy. reme-
diado, reparado.
SANEAMENTO s. m (menío sufí.) O acto de
sanear í>u de sanear-se, reparação
SANEAR, V. a. (do Lat. sano, are, sarar )
dar salubridade a um lugar ou habitação.
— as terras alagadiças, a cidade inficiona-
da.— , remediar^ reparar, v. g. o damno,
a quebra, a infâmia, os erros da vida pas-
sada, o mal, a consciência. — a tenção ,
desculpar. — uma pessoa com outra, recon-
ciliar. — amizades quebradas. — se , v. r.
— de quebra, desdouro, reparar. — com al-
guém, reconciliar-se.
SANEDRiM. V. Sanhedrim ou Synhedrim.
SANEFA, s. f. (do Arab. sanifa.) pecado
cortinado que se atravessa no alto da por-
tada, e chega de uma perna á outra ; é de
seda, algodão, etc. — , (carp ) taboa assen-
tada de travéz, em assoalhados do madei-
ra.
SANFONA, s. /". instrumento vulgar de cor-
dasj que se toca movendo uma tecla E' usa-
do pelos cegos e por pastores.
SANFONHA, s. f. [áoltàl. sampogua, i^Tou.
samponha.) frauta rústica.
sanfonina, 5. f. cíiminwí. de sanfona, pe-
quena sanfona. — , s. m. o homem que to-
ca sanfona
SANFONiNAR, «. a. tocar sanfouina ; (fig.)
ser importuno, fallar importunamente.
SANFONiNÉiRO, s. m. (dcs ciro.) O ^ue to-
ca sanfona ou sanfnnina.
SANG (conselho de), (hist ) nome dado pe-
los habitantes dos Taizes Baixos a um tri-
bunal estabelecido em 1567 pelo duque
d'/Uba, eque se assrgnalou pelas suas san-
guinolentas execuções.
SANGA, *. f. (t. Brasil.) algirão, boca dos
covãos por onde entra o peixe. Ha também
ratoeiras de arame com sanga de pontas
para dentro. W
SANGA, (geogr.) cidade murada do Japão,
na ilha do Rimo, a 15 léguas NE. de Nan-
gasaki ; capital de província.
SANGADO, A, adj. [sanga, des. adj. ado.)
preso da sanga para o fundo.
sangalha, medida antiga de sólidos e lí-
quidos, que era igual a cinco selamins.
Elucidário.
SANGARio, (geogr ) hojs Sakaria, rio da
SAN
Ásia Menor, corria na (lalacia e na Bithy-
nia, e caia do Ponto Euiino.
s. ange:o, (geogr.) celebre castello situa-
do em Roma e formado do antigo Mauso-
leo d' Adriano ; tem muitas vezes servido
de azylo aos papas; hoje ó uma pri-
zão.
s. ANGELO, (geogr.) o antigo cabo Maleo
promontório da iMosea ao St.
s. ANGELO, (hist.) poeta francez, nasceu
em 1747, morreu em 1810. Alem de di-
versas poesias de S. Angelo, ha uma tra-
ducção de Ovídio um verso.
SANGERHANSKfí, (geogr ) cidade murada
da Prússia, a i léguas ao i>0. de Marse-
burgo ; 4,^)00 habitantes.
sANGiACo, s. m. (Turco «aíyaA.jcapitào-
chefe de um território, districto, ou do ter-
mo de uma cidade. V. Sandiak.
SANG-KOi, (geogr.) rio do império d'An-
nam, corre ao SK. rega Kecho, e cae no
goipho de Tonkin.
SAMGOEIRAOUSANGUEIRA.S. f. COpia, abuU-
dancia de sangue derramado.
SANGouiR, (geogr.) ilha da Malásia, no
mar d^ Celébes; 12,000 habitantes Capital
Taronm.
SANGRADO, A, p. p. de Sangrar; adj. que
se sangrou, que sangrou, ferido ; (flg.) es-
carmentado.
SANGRADOR, s. w. homem quc saugra por
oíTicio.
SANGRADOURO, s. m 8 flexura do braço
onde se costuma sangrar ; o lugar onde se
deriva agua de algum rio para a encami-
nhar a algum lugar.
SANGRADURA, s. f. saugradouro. V. Sin-
gradura
SANGRALiNGUA, s. f. (bot ) herva que dá
uma folhas pequenas, ásperas e espinhosas
por baiio.
SANGRAR, V. a. (do Cast. sangre, sangue,
ar des. inf.) abrir a veia ou a a artéria pa-
ra fazer correr o sangue ; (fig.) ferir de mo-
do a fazer correr o sangue, v. g. — a cu-
tiladas, com açoutes. — o rio, derivar agua
delle para regar ou para outros usos. — a
lagôa^ o dique, o fosso, abrir sangradouro.
— , (fig.) levar, tirar, v. g. — a mina, uma
terra de ouro, de dinheiro. Sangrou bem
os conventos, tirou-lhe grande parte da ren-
da, ou dodinhe#o em cofre. — sb, v. r. per-
der sangue por meio de sangria. — em saú-
de, (fig.) acautelar-se, prevenir-se, preparar
de antemão desculpa, satisfação.
SANGRENTO, A, adj . cruento.
SANGRIA, s. f. (des. ia.) picada da veia ou
artéria com lanceia para evacuar sangue.
- - , o sangue que se lira de cada vez. O
doente levou duas — s copiosas. — , (fig.) o
que se tira a alguém com dolo, fraude ou
TOL. IT.
«AN
518
por constrangimento astucioso. — , (fig.) mis-
tura de vinho tinto com agua eassucar.
SANGRO, (geogr.) Sagrus. rio do remo
de Nápoles, nasce perto de Gioja, e cae no
Adriático.
SANGUE, s. m. (Lat. sanguis ou. sanguen
que Court de Gébelin deriva do Chaldaico
dam, sangue, o que não tem probabilidade.
Km Egypcio çnof, sangue, parece formado de
cen, correr, e af, carne, quasi carne fluida.)
liquido animal necessário á vida, producto
da elaboração do chylo que penetra todos os
órgãos ; conduzido pelas artérias e veias, dis-
tribue a nutrição e o calor em todo o corpo, e
é origem das secreções e exhalações ; é de côr
rubra no hom'\iíi n lO maior numero dosani-
maes. — arte'» tal o quc(' propellido pelo ven-
trículo direito oii anterior do coração pela
aorta e suas lamifi» açòcs, depois de adqui-
rir no bofe as .jualniades vivificantes com-
binatido-se com o oxygoneo, e perdendo par-
te do carbónico, o que lhe dáa côrmaisfló^
rida. — tenoso, o (|ue depois de ter circu-
lado pelas ailôiias, volia pelas veias ao cora-
ção, e vai depirar-se no bofe ^ e converter -
se em sangue arterial — , (fig.) derrama-
mento de saiigue Ter muito — ou — quen-
te, estar na força da idade, das paixões. Ser
carne e — . carnal, sujeito a paixões, a af-
fectos humanos 4 — frio, sem paixão. Es-
tar a fogo e a — ro)n\alguem, em grande
inimiiade. — , (íig.) casta, raça, geração.
Homem de — , htbie, illustre. Não ficar got-
ta de — no cotpOy (fig.) ficar mui assus-
tado.
SANGUEÇHUIVA 6 SANGUECHUVA, S. f. (ant.)
fluxo de sangue, hemorrhagia
SANGUEiRA, s. f. O saugue que cscorre de
animaes mortos. A- das victimas.
SANGUKL, (geogr.) rio das Províncias Uni-
das do Rio da ^^rala, sae das lagoas de
< anaverales, e juncla-se com o Como Leu-
vu, para formar o Cusu Leuvu.
SANGUEN lADO. V. Ensanguentado.
SANGUENTO , A , adj. que verte sangue ;
coberto, tinto de sangue ; cruento, em que
ha grande effusão de sangue. Peleja — .
SANGUESA, (geogr.) Suessa, cidade d 'His-
panha,all léguas ao SC. de Famplona ;
3,500 habitantes. > í-tí í -.m (.^f
SANGUESUGA OU SANGUISUGA, S. f. [sangut,
e Lat sugo, ere, chupar.) insecto aquático
preto que se pega ao corpo do homem e dos
animaes , e lhes chupa sangue inchando
muito.
SANGUEXUGA, rio da província de Mato-
Grosso no Brazil.
SANGUEXUPA. V. Sangucsuga.
SANGUEXUVA, (aut.) Y. Hcmorrhagia.
SANGuiFiCAçÃo , s. f. (t. physiologico.) a
conversão do chylo em sangue.
129
M4 ^áN
SANGUiPiCADO , A , p. p. de sanguificar ;
adj. convertido em sangue (o chylo).
Sanguificar, v. a. converter em sangue
e chylo.
SANGuiFico , A, ddj . que tem virtude de
facilitar a sanguificaçao.
SANGuiLEiXADO, A, adj. (ant.) que está san-
grado.
sanguileiiador, (ant ) V. Sangrador.
SANGUiLEXiA, s. f. (ant) oíiicina, e arte
de sangrar
SAKGum, (geogr.) cidade da Guine su-
perior a 50 léguas ao S. do departamento
de Palmas ; e « í^ual distancia de Libé-
ria.
SANGumARio, A, adj. (Lat. sanguinarius.)
truel, amigo de derramar sangue. Homem
ferino e — . Tyraano — .
SANGUÍNEA, í. f. corríjiola, planta rastei-
ra, dá raminhos tenros, e tem as folhas re-
cortadas nas extremidades
SANGUÍNEO, A, údj (Lat sanguinevs.)úe
sangue, de côr de sangue ; sanguinolento.
Temperamento — , em que predon>ina o san-
gue.
SANGUÍNEA, s. f. V. Sanguifiea.
SANGHiNflo, s m. pano com o que o sa-
cerdote alimpa o cálix na missa, antes de
commungar.
SANGUÍNEO ou SANGuiNHEiRo, s. m. nome
^e uma arvore sylvestre.
SANGtJiNHO, A , adj. (p. us ) sanguíneo ;
íanguinolento.
SANGUiNiDADE, s. /". V. Consanguinidade.
íAHGUiNO, A, adj. V. Sanguíneo
SANGUINOLENTO, A, adj. (Lat. sanguino-
9entvs.) tinto, ctberto de sangue. — , ('p. us.)
sanguinário, que derrama sangue. Sacrifi-
eio — , de victimas degolladas. Moda — de
€urar, por sangrias mui ccpicsas.
SANGUiNoso, A, adj. (Lat. sanguinosus ]
«m que houve muito sangue derramado.
'Guerra — . — , sanguinário, amigo de derra-
mar sangue*, ensanguentado. Aimas— s.
» SANGuisEL, s. m. [X. Asiat.) (nibarcação
pequena da Índia. « Sanguiséts muito ligei-
TOS. » 1 outo.
SANGUisuGA, s. f. (Lat. ionçuis e suge-
re.) senguesuga. Ista ortbcgraphia é a mais
usada. V. Sangvesvga.
SANttixiGA. V. í>anguisuga.
saNBA, s. f. (do Arab. a-aviá, cdio, do ver-
to aatíO, «boir<(ír, ttr ódio. ^loiac s o de-
riva de zanne, que elle diz ser Italiano :
tjtíiz diíer zamna cu sanna, dente de cào,
javali. E' oiigtm errada.) ir», furor, rfliva.
Faxtr arniQsâe — , (ant.) combater en duei-
lo por prova judicial. — de xiUào, agasta-
fioento intempestivo.
SANHADO. V. Assavihadó, Sáíthuéó. j
^ànbbdrui, s. nt; Y. Synhedrio. /
San
SANHOANEiRA, *. f. (ant.) V. Sanjoaneifã.
SANBOANEiRO, A, adj, aunual que se pa-
gava pelo S. João. Pensão, renda — . V.
Sanjoaneira.
SANHOso, A, adj. iroso, cheio de sanha.
SANHUDAMENTE, adv. [mente suff.) com sa-
nha.
sanhudo, a, adj. assanhado, sanhoso, rai-
voso, muito irado.
SANiAR. V. Sanear.
SANiCULA, s.f. (Lat.) orelha deesno, es-
pécie de consolda, planta.
SANIDADE, a. f. (Lat. sanitas, tis) estado
são ; cura de parte ferida ou doente.
SANiE, s. f. (Lat. sanies) (med.) matéria ou
pus seroso, que verte das chagas ou feridas
em mau estado.
SANioso, A, adj. (Lat. saniosus) da natu-
reza da sanie, que verte sanie. IJlcera — .
Matéria — .
sanissim^^, A adj swperl. alatinado (de
sanus, são) muito são.
sanja, s. f. (de sanjar) abertura larga en-
tre dois vallados para escorrerem as aguas.
— s dos hacellos, regos na vinha.
Sanjaco, s. n. (t. Turco) Y, Sangiaco.
Sanjar, u. a. (Lat. sinuo, are, excavar,
abrir regos) abrir sanjas: — a terra, avi-
nha.
SANJOANEIRA, s. f. tfibuto autigo quo se
pagava pelo São João; uma espécie de pêra
assim chamada.*
SANEARA, (geogr.) região do SO. da Ni-
gricia central, ao norte dos montes Rong.
É muito vasta e nasce nella o Djoliba.
SANKHTA, (hist.) um dos systemas semi-
orthodoxos da philosophia dos Índios, ha
neste systema três differenças ; a 1 ^ o San-
khya de Kapila, que não admitte mais que
dous principios ; a natureza matéria e a
alma, e que con<ede ao primeiro a activi-
dade e a unidade; 2.^ o Sankhya de Pa-
tandjali. que reconhece uma inteliigencia
suprema creadora e conservadora, e admit-
te uma espécie de magia ; 3.^ o Sankhya-^
Pcurakina, que declara que a natureza
não é mais do que un a ilJuzâo»
f^ANLEfOUE, ihist ) poeta lranc(z, nasceu
fm 1(52, moncu em 1/14. Deixou alem
de Poei^ias latinas, satyras, sonetos e ma-
drigaes. 9
s^NNAZARO, (hist.) poeta italiano, nasceu
em i4í,8, morreu (m 1L30. Deixou poe-
s'as latines muito estimadas.
SA^QU]TAR, t). a. — boroa, pô-la no al-
guidar edar-lhe voltas com farinha para li-
gar bem a massa.
SANTA-ARvoRE, S.f especje de arvcreda
ilha de Ferro, semelhante nas folhas ao lou-
feil^, e sem{ re verde.
SANTA ou PARiLLA, (geogf ) cidfide doPe-
SAN
éAN
òú
su , perto da embocadura do Santa ou
Tombo.
SANTA AFFRiCA, (gcogr.) cidadc d« Fran-
ça, a 11 léguas ao bh. de Kbodez ; 6,420
habitantes.
SANTA agata, (ííeogr.) nome de muitas
cidades do reino de ^iapoles, 2 na Terra de
Labor, outra a um quarto de légua deSes-
s«.
SANTA AGRi^R, (geugp ) uma das ilhas
Sorlingues ; 2i'U habitantes.
SANTA ANNA, (geogr.) pequfiua cidade da
ilha ingleza d'Aurigny. burgo da N arlioi-
ca, na j^arte mais meridional. Burgo de
i»uadelupe do S. de M» ule.
Santa aldaya, (geogr.) cidade de Fran-
ça, a 5 léguas ao ^0. de biberaçe 1,440
habitantes.
SANTA BARBABA, (geogr.) ilha do grande
Oceano, a O. de Bornéo.
SANTA baume, (geogr.) do provençal baou-
fpo. caverna, montanha de França, a 7 lé-
guas ao bO. de Brignolles.
SANTA COLOMBA, (geogp.) cidade de Frau-
ça, a 7 léguas de Lyon ; 1,000 habitantes.
SANTA CBOCE, (gcogr.) uome de muitas
cidades d'ltaha, as priucipaes são ; uma
cidade do grin-ducado de Toscana a meia
Ugua ao ^0. de b. Miniato ; 3,00u habi-
tantes ; 2 cidades do reino de INapoles, uma
a 8 léguas ao ^E. de Campobasso, 2,H00
habitantes ; outra a o léguas ao SE. de
Campo Basso ; 2,700 habitantes.
SANTA CRUZ, (geogr.) uma das ilhas dina-
marquezas 3.30u habitantes. Capital Chris-
tianstat.
SANTA CRLZ, (geogr.) cidade e porto da
ilha de Teneriffe, sobre a Costa a t. SÍ-.OOU
habitantes.
SANTA CRLZ NA PLANÍCIE, (gCOgr.) viUa
de França, a 2 léguas e 1 quarto ao S. de
Colmar ; l,v80 habitantes.
SANTA CRUZ das MINAS, (geogr.) villa de
França, a 9 léguas ao N. de Colmar, l,5bO
habitantes.
SANTA CRUZ DE TOLVESTRE, (gCOgr.) ci-
dade de França, a ó léguas e meia ao JN.
46 S. (jirons ; .> ,900 habitantes.
SANTA CRUZ, (geogr.) ^ome de muitas
údades, ilhas e nos, ete. dtíispanha, Por-
tugal, da America, quasi todas pouco im-
portantes, as principais são.
SANTA CRLZ OU ILHAS DA RaINBA CaRLO-
TA, (geogr.) archipelago do grande Oceano-
Equinocial.
SANTA CBIZ DA SillA, (gCOgr.) dÍ8trÍctO
da Boli^ia enlic os da Paz ao ^0. de Co-
cbabamba ao SO. de thuquisaca ao S. o
de àoios a F. e ao K. l^tt.OtíOi habitan-
leò.
SáATà CBIZ DA SUBA NOTA OU S. LOU-
RiNÇO DA frontera, (g€Ogr.) cidadc da Bo-
lívia, capital do distrito do mesmo nome,
a 112 leguasa t. da Paz; 9,0t]0 habitan-
tes
santa cklz lk muuela, (geogr.) cidade
d'llispanha, a l2 Ipguas ao S£. de Cidade
Real ; 4,800 habitantes.
santa cruz (Marquez de) (hist.) almiran-
te hispanhol no reinado de Carlos (juinto.
Tomou t>ran eTumsaBarba roxa, ganhou
uma vittoria a Strozzi, mas manchou a sua
gloria, tratando como piratas os que lhe
cairam nas mãos. -orreu em l;'i^/.
SANTA EUPUtMiA, (geogr.) Laiiietiã, cida-
de do reino de >apoles, sobre ogolphode
Santa Euphemia (Sinus Hipponiales.)
SANTA MARIA (ilha), (georg.) ilha do mar
das Índias, na custa a t. de Madagáscar ;
5,000 habitantes. Capital S. Luiz.
SANTA Maria uas minas, (geogr.) cidade
de França, a 9 léguas ao ísO. de Colo ar ;
11,542 habitantes.
SATA FÉ, (geogr.) cidade da Confederação
mexicana, 5,t00 habitantes.
SANTA FÉ, (geogr.) cidade da Confedera-
ção do lUo da Prata, capital do Estado de
Santa Fé, na margem direita de Paraná ;
t»,0lO habitantes. O istado de Santa Fé fi-
ca situado tntre os Estados d'Entrerios a
E de Buenos Ayres ao SE. de S. Luiz ao
SO. de Córdova ao N.
SANTA GENOVEVA, (gcogr.) cidade dos Es-
tados-Uuidos, a 20 legoas ao SE. de S. Luiz ;
1,500 habitantes.
SANTA HELENA, (geogr.) ilha a'Africa no
Oceano Atlântico ; 5,000 habitantes. Uma
so cidade James-Town. Descoberta pelos
Portuguezes em 1502. Uoje dos Inglezes.
SANTA HERMÍNIA, (gt^ogr.) cidadc de Fran-
ça, a 5 léguas e meia qq i\0. de Fontenay;
i,9U0 habitantes.
SANTA iZABEL (Ordem de), (hist.) ordem
portugueza, instituída em 1801, pela rainha
D. Carlata Joaquina. Devia condecorar uni-
camente 26 damas de alta nobresa, e hoje
é raramente distribuída.
SANTA i iCRADE, (gcogr.) cidade de Fran-
ça, a 1 léguas e meia a U. de Villauova
d'Agen ; b,087 habitantes.
SANTA LLCiA, (geogr.) Uma das Antilhas
inglezas, ao ^ da de S. \ic«nte; 95,000
habitantes. Capital Porto Caslries ou Cere-
nage.
SANTA MARGARIDA, (geogr.) a maior ilha
das i.erinas.
SANTA MARGARITA, (geogr.) cidade da Si-
cília, a 7 léguas ao SO. de Corleone ; 7,;i00
habitantes.
SANTA MARIA D'0L<0N, (gCOgr.) cidadtí
de França, pttrto dOleroa; i>,440 habitan-
tes.
1S9 *
516
SAN
SáN
SANTA MARiA-OTTERY, (geogr.) cidâde de
Inglaterra, a um quarto de légua ao SE.
d'Exeler, 3,000 habitantes.
SANTA MAllIA DS BETHANCURIA, (geOgf.)
capital da ilha de Fortavenlura ; &50 ha-
bitantes.
SANTA MARIA Dl CAPUA, (geogr.) cidadc
do reino de Nápoles, a 1 quarto de légua
de Capua ; 9,0UO habitantes.
SANTA MARIA Dl LELCA, (geogr.) Cidade
do reino de Nápoles, a 4 léguas ao S de
Alessano ; 8.000 habitantes.
SANTAS MARIAS OU N. SENHORA UO MAR,
(geogr.) villa de França, a 7 léguas ao SO.
d'Arles; 837 habitantes.
SANTA MARTA, (geogr.) cidade da Nova
Granada, capital da província de Santa Mar-
ta ; 6,000 habitantes. A província de San-
ta Marta, situada no mar das Antilhas, en-
tre o distrito de Zulia a E. e a provincia
de Carthagena ao O conta 62,000 habitan-
tes.
SANTANDER, (geogr.) ('isto é Santo André)
porto e cidade deCastella, capital da inten-
dência de Santander, a 90 léguas de Viadrid
19,000 habitantes. A intendência de >antan-
der tem por limites o golpho de Gasconha ao
N. : as Astúrias a O , a Byscaya a E., as pro-
víncias de Burgos e de Falência ao S. 192,000
habiténtes.
SANTANDER, (hist.) sabio hispanhol, nas-
ceu em 17b2, morreu em 181;i. Tublicou
o Catalogo da Bibliotheca de I). Simon de
Santander em cartas bibliographicas e litte-
rarias muito curiosas. Também é autor do
Diccionario bibliographico do XV século.
SANTA ROSA, (geogr.) nome de varias cida-
des da America, uma no México, a 85 léguas
NE. de Montelovez ; 4,000 habitantes ; a
outra no Chili sobre o Aconcagua, a 5 léguas
ao SE de Aconcagua.
SaNta severina, [geogr.) Siberena, cida-
de do reino de Nápoles, a 5 léguas í\E. de
Cantazaro; 1,000 habitantes.
Santa suzanna, (googr.) cidade de Fran-
ça, a 9 léguas E.deLabal; 1,720 habitan-
tes.
SANTAFOLHO, s. m. V. CentifoHo.
santamente, adv. [mente suff.) com san-
tidade, como santo. Viver — .
. SANTÃo, s. m. rehgioso asiático tido em
conta de santo.
SANTAR , (geogr.) povoação de Portugal,
no concelho de Senhorim, a 2 léguas do Vi-
zeu ; l,!:i00 habitantes. Ba outra no conce-
lho de Arcos-de-Val-de-Vez.
SANTARÉM, (geogr.) (antiga iScaòa/úe de-
pois Proesidium Juliam dos Romanos), an-
tiquíssima e importante villa situada a 14 lé-
guas ao hE. de Lisboa, no centro da Estre-
■iLadura, da qual é uma das três adminis-
trações civis, e das 17 do reino; n'um ter-
reno elevado sobre a margem direita do
Tejo.
sANTARRÃo, s. m. augmcnt. jocoso de san-
to, hypocrila, que affecta santidade.
SANTAS (ilhas), (geogr.) grupo do Archi-
pelago das Antilhas, duas são as principaes :
uma a Terra d' Alto ou do Vento ; a outra
a Terra debaixo; l.^íOO habitantes.
SANTEE, (geogr.) rio dos Estados -Unidos,
nasce nas Montanhas Azues, corre a E. e cae
no Oceano Atlântico.
SANTEIRAMENTE, adv. [mente suff.) com
hypocrisia.
SANTEIRO, A, ttdj . devoto supersticioso dos
santos, beato ; (p. us.) devoto sincero.
SANTELLO, s. m. especio de rede de pes-
car.
SANTELMO, s. m. (do Ital.) a electricidade
que apparece nos mastros e outras partes de
navios em tormenta ; (íig ) cousa que livra,
salva de perigo, ou de mal imminente.
SANTENAY, (geogr ) villa de Frauça, a 2 lé-
guas e meia NO. de Clagny ; 1 ,600 habitan-
tes.
SATERRE, (geogr.) antigo paiz de França,
na Ficardií- ; era dividido em Alto e Baixo
Santerre, linha por capital l'eronne.
SANTEUIL ou SANTEUL, (hist.) SantoUuS^
poeta latino moderno, nasceu em i630, mor-
reu em 1697 As suas poesias consistem em
hymnos, inscripções eepigraphes.
SANTIAGO DA ESPADA (Urdem de), (hist.)
ordeui militar portugueza, mas de fundação
castelhana. Foi insliiuida em 1173 emiies-
panha por D. Bamiro 1, e introdusida em
Fortugal porD. Affonso Henriques, em agra-
decimento da tomada de Santarém, doando-
Iheelleeseus successores muitas terras. Foi
seu primeiro assento em Lisboa no mostei-
ro de Santos-o- Velho, depois em Alcácer,
depois em Mertola. e por ultimo em Palmella.
Em 1320 o papa João XXII desligou esta
ordem da de Castella e em } 522 ficou o seu
grão-mestrado incorporado na coroa. O ha-
bito dos cavalleiros era uma espada coroa-
da em forma de cruz roxa sobre manto bran-
co; o património da ordem abrangia 47 villas,
150 commendas 75 igrejas e muitos benefí-
cios.
SANTIAGO, (geegr.) Campus Ste Um em la-
tim da idade media, S. Thiago de Compôs-
teila, cidade de Hispanha. na intendência da
Corunha, a 127 léguas NO.de Madrid; 29,000
habitantes.
SANTIAGO, (geogr.) capital do Chili e do dis-
tricto de Santiago, sobre oMaypocha, a 450
léguas de Buenos Ayres ; 45,000 habitantes.
O districto de Santiago, um dos 8 do ChiU,
tem por limites o de Aconcagua ao N., os
'Addes aE
HH
8ÀW'
SANTIAGO DE ALANH», (geogr.) cidade da
republica de Nova Granada, capital da pro-
Tincia de Veragna, no districlo do Isthmo;
5,000 habitantes.
SANTIAGO DE CUBA, (gcogr.) Capital do dis-
tricto oriental de Cuba, a 2(i0 léguas SE.de
Havana ; 12,00U habitantes.
SANTIAGO DE HAITI, (geogr ) OU Santiago
de los Cahalleros, cidade do Haiti, a 39 lé-
guas NO, de S. Domingos ; 12,000 habitan-
tes.
SANTIAGO DRL ESTERO, (gcogr.) Cidade da
Confederação do Uio da Prata, capital do Es-
tado do mesmo nome, a 4 léguas SE. de Tu-
cuman.
SANTIAGO, s. m. santo mui venerado na
Ilespanha. Dar — no inimigo, ataca-lo bra-
dando — . Entrada de — , entre pastores, a
via láctea. Mostrar o cavallo a estrada de
— , entre alveitares, estender a mão estan-
do quieto.
santiamen, s.m. Em um — , em um ins-
tante ou momento, isto é, no tempo que
basta para pronunciar sancti amefi.
santíco, s. m. dixe, brinco que se traz
ao peito, e em que está esculpida a imagem
de um santo.
SANTIDADE, s.f. (Lat. sauclitas tie) a qua-
lidade de ser santo. — s, (p. us.) as divinda-
des do paganismo. Sua — , titulo do papa
santigar, V. a. (nnt.) fazer o signal da
cruz : dizer orações sobre o enfermo.
santiguado. a, p p. de santiguar-se ;
adj. coberto com capa de santidade.
santiguar-se, V. r. cobrir-se com pretex-
to ou capa de santidade, para fraudar e
damnar a outrem.
SANTiLÃo, adj. m. augment. e peiorativo
de Santo, hypocrita que se finge santo.
santillana, (geogr.) Coucana, cidade de
Hispanha , a 7 léguas SO. de Santander :
2,300 habitantes.
SANTiMONiA, s. f. (Lat.) — s, pi. saulida-
des, penitencias de santos; hypocrisia, ex-
tenoridades de santo, beatice.
SANTiMONiAL, adj. dos 2 g. (Lat. senlimo-
nialis) de santo ; que tem exterioridade de
santo, que tem maneira de santimonia.
santinha, s f. diminuí, de santa, mulher
de muito bons costumes, e mui humilde.
santinho, s. m dimmut de santo, ho-
mem de muito bons costumes, e mui hu-
milde.
santissimamente, adv. superl. de santa-
mente,
santíssimo, a, adj. (Lat, sanctissimus)
superl. de santo, mui santo. O — Sacra-
mento, oti subst O — , a ♦^ucharislia.
santo, a, adj. (Lat. sanc/uí, úbsancire,
consagrar, eslabnlecer, siinccionar ; ou do
Ejí^^po. souten, rectidão, soutan, dirigir. Em
SAN
m
Sanscr, sadd, signitlca santo) sagrado, vene-
rável; virtuoso. — exercício. Vida — . — *
costumes. — homem. — , dotado de santi-
dade, v.g. homem—. — , (fig.) muito ulil
eellicaz. — remédio — herva. — offício^
o atroz tribunal da inquisição, hoje feliz-
mente extincto. Padre — , epitheto do papa.
A — igreja catholica Corpo — . V. Santel-
mo. — , cadáver, ossada de algum santo.
Dia — de guarda, em que a Igreja manda
ouvir missa e abstir se de trabalho profano.
Encommendar-se a bom — , (loc. famil ) sair
de perigo ou de embaraço por intervenção do
bons valedores.
SANTO, s. m. (subst. do precedente, por
ellipse, subentendendo homem] homom san-
to, reconhecido santo pela igreja ; imagem
de algum santo. Dia de todos os — s, festa
que a Igreja celebra no primeiro de Novem-
bro. — , (milit.) nome de um santo que sor-
ve desenha ás guardas
SANTO AGOSTINHO, (geogr.) cidade dos Es-
tados-Unidos, antigamente capital da Flori-
da oriental, á entrada desta península ;
2,00i) habitantes.
SANTO AGOSTINHO (bahia de), (geogr.) ba-
hia na costa O. de Madagáscar.
SANTO AGOSTINHO (ç,d\)o), (geogr.) O cabo
mais oriental da America, no Brazil.
SANTO ALBíNO, (gcogr ) cidade de França,
a 6 Iftguas NE. de Ville-Franche ; 2,950 ha
bitantes.
SANTO ALBINO d'aubigne, (geogr.) cidade
de França, a 4 léguas e meia NE. de Ilennes;
l,2i)0 habitantes.
SANTO ALBINO DO CORMIER, (geogr.) cida-
de de França, a 5 léguas S(). de Fougeres :
1,<70 habitantes.
SANTO AMBRÓSIO, (geogf.) cidade dos esta-
dos Sardos, a 7 léguas NO, do Turin, porto
do Doire.
SANTO ANDUE LA MARCHE, (geOgr.) cidâde
de França, a 5 léguas d'Evreux ; 2,240 ha-
bitantes.
SANTO ANDREASBEac, (gcogr.) cidade do
Hanaro , a 5 léguas SO. d' rllbuigerode ;
4,0;íO habitantes.
SANTO ANTHEME, (geogr.) cidado de Fran-
ça, a 6 léguas E. d'Aubert; 2,^00 habitan-
tes.
SANTO ANTioco, (geogr.) J?nosis, pequena
ilha do Mediterrâneo, na costa SO. da Sar-
danha ; 2,0)10 habitantes.
SANTO ANTÓNIO, (geogr.) umo das ilhas de
Caba Verde, 4,000 habitantes,
SANTO ANTÓNIO, (geogr ) Dome de quatro
cabos ; o i .° na ponta O. de Cub.í ; o 2.° na
ponta S. da entrada do rio da Prata ; o <3.°
na ponla da terra do Fogo ; o i.° nos Esta-
dos-Unidos,
SANTO AKTORiNO, (ge.>gr.) Cidade cle Frap*
1^8
SiN
SAP
ça, a 10 léguas NE. de Montauqan ; 5,500
habitantes.
SANTO AWTONio DK BEJAR, (geogr.) cida-
de do Texas, capital da provincia de Santo
António ; 3,000 habitantes.
SANTO ESPIRITO, (geogr.) cidade da ilha
de Cuba, a 20 léguas >E. da Trindade; 7,000
habitantes.
SANTOANE, í. m. ant. , obsol. e de signifi-
cação incerta. O aulordo I lucidariocrê que
é nome de ura panno ou tecido.
SANTÕES, (hist.) religiosos inusulmanos,
que passam uma vida vagabunda e libertina,
e muitRs vezes roubam os viajantes ; fingem-
se doidos (porque a loucura passa por inspi
ração e por sinal de santidade entre osMu-
sulmanos, disputam com aquelles, que en-
contram, e pedem esmola armados.
SANTOLA. V. Centola.
SANTONA, (geogr.) ciHade e porto de His-
panha, a 7 léguas K. de Saniander ; 1,500
habitantes.
SANTONES , (geogr.) hoje a Saintonge, o
Angoumez e o Aunia, povo da Gallia na
Aquitania, ao S. dos Pietones, tinha por ca-
pital Sain tones (hoje Saintes).
SANTO-OFFicio, s. m. V. Santo. adj .
SANTOR, s. m. (corrupção do Fr. sauloir)
(t. do bras.) aspa.
^í SANTORAL, s. m livro de panegyricos, ou
vidas de santos.
SANTORiN (ilha), (geogr.) Thera dos anti-
gos, ilha dos Estados da Grécia, uma das
Cyclades meridionaes ; 1:*,000 habitantes.
SANTORUM (por sanctorum, Lat.) o pão por
Deus.
SANTOS, (geogr.) cidade dellispanha, a 8
léguas ao NO. de Llerena ; 6,000 habitan-
tes.
SANTO STEFANO-BELBO, (geogr ) cidade dos
Estados Sardos, a 4 léguas ao ^0. de Ac-
qui ; .'Í,í00 habitantes.
SANTUÁRIO, s. w. (Lat sãntuarium) V.
Sancívario.
N. B. O USO tem feito supprimir o c ra-
dical em Santo e seus derivados. Nós o con-
serva-mos em sanctuario, sanctificar, e em
todos os mais vocábulos em que na decla-
mação se far soar o c
SANUDO (Marcos), (bist ) general venezia-
no, nasceu em 1153, fez parte da 4.' cru-
zada, ajudou os Francos a derrubar do
Ihrono o imperador de Cons»antinopia e a
fundar o império latino, ftjio ierou-se das
Sporades e das Cyclades, foi nomeado du-
que do Archipelago e transmittiu este titulo a
3PUS descendentes. Morreu em 1220.
SANUTO, (geogr.) Vcnoziano, fez cinco
viagens á Palestina e ao Oriente empreen-
deu pregar uma nova cruzada, e apresen-
tou ao pap«^Jo&o XX Cartas geogrupkicas
do Mediterrâneo, da Terra Santa e do Egy-
pto.
SANUTO, (hist.) historiographo de Vene-
za, nasceu em 1466, morreu em l58'.
Deixou entre outras obras: De adventuC^-
roli in Italiam adversus regnum neapoK-
tanvm.
SANUTO, (hist.) nobre veneziano do XVt
Sfcculo. l»eixou : Historia d' Africa ; e uma
Geographia.
SÃO ou SAN, abreviado de Santo, v.g. —
João, Pedro, Thomé.
SÃO, adj m. sãa, sã ou san, f. (Lat. »a-
nus) em estado de saúde, de perfeita integri-
dade, conservação, que não tem lesão, ou
que eslácurado d'ella. Fruta — . Ares tãos,
saudáveis, sadios Sino — , sem racha Ou
falha. Voz san, que não dá notas falsas. Juí-
zo são, recto. Homem — , em est ido de saú-
de ; (tig.) recto, probo, seguro no trato. Dour-
trina — , boa. — con^ielho, prudente. Ter-
ras pouco ôcitis, doentias, não salubres, não
sadias Não ter osso — , ter o corpo moido.
O — , subst , aparte san, v g cortar pelo
— , como se faz á fruta tocada, e a membro
que começa a gangrenar-se.
SÃO, (ant.) por sou .lo verbo ser. Tam-
bém disseram sam, e som.
SAÕES ou SAIÕES. V. Saião, Algoz.
SAONE. (geogr.) Araris dos antigos, ^e-
gotta e Sancona na edade media, rio de
França, nasce no SO. do departamento de
Vosges, e cae na Rhoae em Lyon
SAONE (departamento do Uto), (geogr.)
departamento franòez, situado enire os de
Vosges ao N. do Doubs e do Jura ao S.
do Alto Hheno a E. do Alto Mame e da
Cosia d'Ouro ao O 043,298 habitantes. Ca-
pital Vesoul.
SAONE E LOIRE (departamento), (geogr.)
departamento francez, entre os da Costa
d'òuro ao N do Loire, do Uhone. d'Ain
ao S. do Jura a E. d'Allier ao 0. 53Sí,507
habitantes Capital Maeon
SAORGio, (geogr.) cidade dos E^tados-Sar-
dos, a 9 léguas NE. de Nice ; 3,100 habitan-
tes.
sÃo-THOMé, s. m. nome de uma moeda
de ouro fino que fez cunhar na Ásia Garcia
de Sá.
SAPA, s. f. (Lat. *apa, envada) pá de pau
ou de ferro com cabo, para levantar a terra
cavada ; obra. trabalho do sapador. (Os Fran-
cezes chamam sape ao trabalho dos minei-
ros no ataque das praças, porque em Fran-
ça a pá ousada em lugar da enxada).
SAPADOR, s. m. gastador que trabalha
com a pá, na sapa ou cava.
SAPAL, s. m. [desolo, e paul] terra bre-
josa, e apaulada.
SAPÃO, (t. Asit.) espécie de madeira ésti-
SAP
SAP
519
mada na tinturaria (Vem principalmente de
Siãn).
SAPAR, V. a. {sapa, ardes, inf) cavar com
a pá ou sapa ; minar.
SAPvTA, .> f. (V Sapato) (t. de pedreiro)
a parte da parede que cresce sobre a terra ;
peça de madeira sobre o pilar e que sobre-
sahe, onde assenta a trave, para ficar mais
firme Feijões de — , verdes e tenros cozidos;
espécie de borzeguins de mulher. — s, pi.
sapatos de mulher.
SAPATADA, s. f. golpe com o sapato.
SAPATARIA, s. f. (des. ária) bairro ou rua
dos sapateiros.
SAPATEADO, A, p. p. de Sapatear ; adj. ba-
tido o compasso com o salto do sapato. Dan-
sa — .
SAPATEAR, f). n. [sapata, ar des. infj
marcar o compasso batendo no chão com o
salto do sapato.
SAPATEIRA, s. f. mulherdo sapateiro ; ma-
risco de concha, vulgar.
SAPATEIRA, adj. f. Azeitona — , a que já
está molle e meia podre na salmoura.
SAPATEIRO, s. m. homem que faz sapa-
tos, botas e mais calçado.
SAPATLTA, s.f. especie de sapata ou chi-
nela ; o som que faz alguém andando em
chinelas e batendo o salto dVllas no sobra-
do ou no calcanhar, ou saltando e bailando.
Correr a — a alguém, dar-lhe um corrima-
ço, ou vaia.
SAPATiLHOS, s m. pi. [áe sapato) (naut )
ferros redondos em que pegam as poas, por
senão cortar a bolina, ou em que pegam os
brióes na esteira da vela. Os — das cannas
de açúcar, as primeiras folhas que despon-
tam junto do pé, meias enterradas.
sapatinha, s. f. diminut. de sapata.
SAPATINHO, s. m. ãiminut. de sapato, pe-
queno sapato, sapato fino.
Sapato, s. m. (na B. Lat. sapata, Cast. za-
pato. Fr.savate, chinela. M. Itoquefort o de-
riva do Lat. sopa que elle verte lamina, cou-
sa chata. Vem do Arab. «apaío», áe sapatos
calçar : o Egypc. sop ou shop significa a plan-
ta dope; cen-h, çon h ou son-h, cingir;
sêhof) também significa comprehender, en-
cerrar, ephat, pé) calçado de coiro que co-
bre por cima o pé ou parte d'elle, e se segu-
ra com fivela, fita ou cordão, os sapatos de
mulher cobrem só a extremidade do pé, e de
ordinário não tem fivela nem fita de apertar.
Jogo do — , em que se esconde um sapato
que um dos jogadores anda buscando, ba-
tendo-lhe os outros com elle nas costas. Fa-
zer gato — de alguém. V. Gato. Poz de—,
marfim ou corno queimado e reduzido a pó,
para fazer graxa.
s.\PE, interj. com que se enxotam os ga-
los. O jogo de — na barba, é do dois ra-
pazes que põem uma m&o na barba, e d&o
uma pancada com a outra.
SAPÉ, s m. [t. Brazil.j herva com que se
cobrem palhoças. Casa ds — , de taipa, e co-
berta d'esta herva.
SAPEZAL. e. m. (t. Brazil.) campo onde ha
muito sapé.
SAPHENA, adj. f. (lat.. do Gr. saphénes,
deriv de sap/i^í. manifesto, apparente) Keia
— , que sobe do peito dopo.
SAPII1C0. A, adj. (deSapAo, celebre can-
tora lyrica) Kntre nós O"» versos saphicos tem
Onze syllabas, e o accento métrico na quar-
ta. Em Laiim temo primeiro, quarto, e quin-
to pés trocheos, o segundo spondêo, e o ter-
ceiro dactylo.
SAPHIRA, s f (Lat. sapphirus, do Gr. sap~
pheiros, que os etymologistas derivam do
Chaldaico ou Hebraico safar ou saphar, bel-
lo, brilhanto, o qual vem do Kgypcio çaié
ou saié, bello, e pheri ou phiri, esplendi-
do, brilhante, brilhar) pedra preciosa de côr
azul purpurina
sapho, fhist.) a mais celebre das mulhe-
res poetas, nasceu em Mytelene, na ilha de
Lesbos, no anno 612 antes de Jesu-Christo,
ficou viuva de pouca idade, conspirou com
Alceo contra Pittaco, tyranno da sua pátria
e foi morrer naCicilia. Contou que apaixo-
nada por Phaon, e desprezada por elle, poz
fim a seus dias, dando o salto de Leucate ;
estes factos porem pertencem a outra Sapho.
natural d'F.resos, celebre cortezão do seu
tempo. Os antigos são unanimes em admi-
rar o fogo que reinava nas poesias de Sapho,
echamavara-lhe a Decima musa. Sapho íq-
ventou um género de versos chamados ver-
sos saphicos ; estes versos compunham-se
d'um trocheo. d'um spondêo, de um dacty-
lo, de dois trochéos e uma cesura.
SAPiA, s. f. (do Fr. sapin, pinho) madei-
ra de pinho má de lavrar.
SAPIÊNCIA, s. f. (Lat. sapientia) sabedoria
de cousas moraes e divinas. A — , (theol.) a
verbo ou razão eterna. Livro da — , attri-
buido a Salamào.
SAPiENTE, adj. dos 'ig. (des. adj. ai) da sa-
piência, sábio, prudente. Conhecimentos ía-
pienciaes.
SAPiENTí, adj. dos 2 g. [Lai. éapiens, tis)
dotado de sapiência ou sabedoria, sábio, pru-
dente.
SAPíENTEMENTE, adv. [mente suff.) sabia-
mente, com prudência.
sapientissimaMentk, adv. superl. de sa-
pientemente.
SAPIENTISSIIO, A, ãdj . suptrU desapien-
te, muito sábio.
SAPINHO, s. m. áimint*<. de sapo. — i, pi.
aphthas na bocf*a.
SAPO, s. m. (do yasconçp af^a ou ap-koa,
520
SAP
SAR
ap contracção de apal, baixo, pequeno, pou-
co, e/ioa, andar) animal amphibio, veneno-
so, oviparo, tuberculoso eimmundo, seme-
lhante á rã. — concho, no Minho, cágado
— da terra, (fig.) o cubiçoso insaciável. Pe-
dra de — , pedra preciosa parda, convexa de
uma face e concava ou plana da outra. Tira
o nome de ser parecida na côr e na forma
com o sapo.
SAPON, s.m. (t.Asiat) ou sapan. y. Sa-
pão.
SAPONACEO , A , ttdj . (Lata. saponaceus.)
de sabão. Linimento — .
SAPONARA, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a 10 léguas NE. dela Sala ; 3,115 ha-
bitantes.
SAPONARiA, s. f. (bot ) herva saboeira.
SAPOR I, (hist.) filho de Ardjir ou Arta-
xerxes I e de uma escrava do sangue dos
Arsacides, subiu ao trono em 2íí8. invadiu
a Mesopotâmia em 242, recuou diante de
Gordiano e fez uma paz pouco vantajosa ;
apoderou-se da Arménia, pelo assassinio de
Arsacides, tornou a pegar em armas contra
Roma no reinado de Valeriano, penetrou na
Syria e de concerto com Macriano, ao qual
tratou com a ultima deshumanidade , pôde
então devastar a Syria, a Cappadocia e a
Cilicia, mas foi obrigado a retirar-se, bati-
do na passagem do Euphrates, e persegui-
do por Odenato até Clesiphon. Morreu em
271.
SAPOR 11, (hist ) filho posthumo de Hor-
meidas, foi proclamado rei em 310, bateu
os Árabes que tinham infestado os seus es-
tados, protegeu na Arménia a facção idola-
tra, que expulsou Khosrou, impoz tributo a
este príncipe restabelecido por Constâncio
II ; fez guerra aos Romanos, a quem deu
9 batalhas, tentou em vão tomar Nisibis ;
em 359 apoderou-se de Amida, fez guerra
a Juliano, ganhou uma batalha, em que es-
te príncipe foi ferido mortalmente. Fez com
que Joviaiio lhe cedesse 5 provinciais trans-
tigritanas e í5 praças, com supremacia so-
bre a Arménia e a Ibéria. Morreu era 380.
SAPOR, (hist.) rei da Arménia, filho de
Zezdedjerd I, rei da lersia, foi acclamado
rei da Arménia, por morte de Khosrou 111,
em prejuízo de auhram-Chahpour. Tentou
ena v&o aílastar os seus vassallos do chris-
tianismo e da alliança dos Romanos; foi-lhe
tirado o trono da Arménia durante uma via-
gem que fez a Ctesiphon em ^í 20, e foi mor-
to por traição de Behram V seu irmão.
SAPRi , (geogr.) S>ipron, cidade do reino
de Nápoles, a ií léguas e meia ao SE. de
Policastro ; 2,000 hahilanles.
SAPORiFERo, A, adj. (Lat sapor , sabor,
e fero, rre, trazer.) saborQso, que dá ou tem
SAPUCAIA ou sapucaya , «. f. (t. Brasil.)
espécie de coco, de côr esverdeada, que en-
cerra fructos como castanhas.
SAPUCAIEIRA ou SAPUÇAYEIRA , S. f. (t.
Brasil ) a arvore que dá as sapucaias, e cu-
ja madeira é mui rja.
SAPUCHO, s. m. (t. Brasil ) herva Africana
e Brasílica, que se diz ser contraveneno da
mordedura das cobras.
saqua, (ant ) V. ^aca, Exportação.
SAQUE, s. m. acto de saquear, — de le-
tra, (phraz. merc.) o dar ordem a alguém
que pague o importe de letra á pessoa de-
terminada.
SAQUEADO, k, p. p. de saquear; adj.
posto a saque.
Saqueador, s. m. o que saquea.
Saquear, v. a. [saque, ar des. inf.) dar
saque, despojar, escorchar ; roubar; — a
cidade.
SAQUETARiA, s. /'. oflScina da casa real on-
de se guardava o pão cozido.
saquetario, s. m. official encarregado da
saquetaria, saquiteiro.
saqueie, s. m. diminuí, de saco, peque-
no saco.
SAQUiLADA, s. f. 8 saca da novidsde do tri-
go.
SAQUiLHÃo, s. m. {áe soe, Fr., relha do
arado) ramo que se põe nas pontas das ai-
vecas do arado para alargar bem o rego e
espalhar a terra em que seha-demetterba-
cello.
SAQuiM. V. Sequim, moeda.
SAQUINHO, s. m. diminuí, de saco, pe-
queno saco.
saquino. V. Sequim, moeda.
SAQUiTURio, SAQUITEIRO. V. Saqucteiro.
SAQI.1TEL, s. f. diminuí, de saco, peque-
no saco.
SARA , (hist.) sobrinha d'Abrahão, com
quem casou e seguiu-o ao Egypto, aonde
Pharao Aphonis quiz tentar contra a sua
castidade, e aos estados d'Abimelech que se
apaixonou por ella. Depois delonga esteri-
lidade, deu á luz um filho, Isaac, tinha en-
tão yO annos; morreu com 127 annos.
sarabanco. V. Solavanco.
SARABANDA, s. f. musica c dansa alegre,
com meneios algum tanto indecentes, e sa-
racoteada.
SARABANDEADO, A, adj. Q p. p. de sara-
bandear. Sorte — , no jogo das prezas ,
quando a sorte se vai continuando.
sarabandear, ». a. ou n. [sarabanda, ar
des. inf.) dansar a sarabanda.
SARABATANA OU ZARABATANA , S. f. (Ff.
serbacane do Uai.) buzina que leva a voz
a granJe distancia.
SAKAuuLHA, s. f. (do Céltico saf , áspe-
ro, e bolka.) V. Sarabulko,
SAft
8AR
621
f)Alti6ijt.HEKT0, A, adj. áspero, escíbro-
so, cheio de saríbulhos ; cheio de bostel-
las, espinhos, tara — .
SARA BULHO, 5. m. (do Celtico sar^ "áspe-
ro.) desigualdade, aspereza na superfície da
louça, ou do vidro lual fundido. V. Sara-
lha.
«ARABULHOSO, A, adj. V. Sarãbulhefito.
SARAÇA. V. Sarasa.
SARACiNA, (geogr.) Sestum, cidade do rei-
no de Nápoles, a ^ léguas ao O. de Cas-
«ano ; 2,0(J0 habitantes.
saracenos , (hist.) Saraceni, tribu da
Arábia deserta, para as bandas do N. re-
fiistiu longo tempo ás forças do império do
Oriente. Suppõe-se que os Saracenos são os
mesmos habitantes de Cedar, que de-
ram o seu nome aos Sarracenos da eda-
do media.
SABACOTE , s. m. iuquietaçSo de quem
não pára em um lugar.
SARACOTEADO, a, p. j). de saracotear; adj.
Baile, dansa — , em que se sara cotea mui-
to O corpo.
SARACOTEADOR, A, 5. quc saracotea.
SARACOTEAR, V. ã. OU ti. (do Arab. safo,
andar, e daura, á roda.) não pararem um
lugar. — CS quadris, (em sentido activo)
bailar aovendo indecente es quadris.
SARACOTEO OU SARACOTEIO, S. m. m0VÍ -
mento de quem se saracotea.
SARADO, A, p. p. de sarar; ad;. curado,
restabelecido á saúde.
SARAFÃo, (geogr.) povoação de Portugal
situada a à léguas de Braga, 1,000 habi-
tantes.
SARAFiNA. V. Será fina.
SARA6AÇ0. V. Saragaço.
SARAGOÇA, s. f. pano de lã não tinta, fa-
bricado a principio em Saragoça.
SARAGOÇA, (geogr.) Cmarea Augusta ^
Saragoza em hispanhol, cidòde d'Hispanha,
capilal do Aragão, e da intendência de Sa-
ragoça, a 70 léguas ao ^E. de Madrid;
45,010 habitantes. A intendência de Sara-
goça, situada entre as de Huesca ao I*iE
Lerida e de Tarragona a E. de Castellon
ao SE. de Teruel ao S. do. Sorioe de Le-
grona ao O ; 320, OUU habitantes.
SARAiTA , s. f. (do Celt. sar, áspero, e
an ou aOy agua, ou do Vasconço harria, sa-
raiva.) granizo, pedrisco.
SARAIVA (Cardeal), (hist.) D. Fr. Francisco
de S. Luiz, sábio porluguez, nascido em
Ponte de Lima em 1766, fallecido em Lisboa
em 1845. Dedicando-se desde tenra idade,
e com grande aproveitamento ao estudo, aos
16 aunos professou na congregação bene-
dictina, em Tibaes ; passou a profundar o
estudo da Theolcgia na universidade de
Coimbra, aonde recebeu o gráo de doutor
vn».. ív.
em 1791, e desempenhou depois com admi-
ração eapplauso asfuncções do magistério.
A Academia Iteal dasSciencias onomeouem
1794 seu sócio, depois de ter pnimiado com
uma medalha de ouro a primeira das suas
memorias. Levado por força do seu destino
a tomar parte nos accontecimentos politicos,
que em 1820 mudaram o nosso systhema
de governo, o ( ardeai Saraiva seguiu sua
fortuna, ora applaudido o victoriado, ora re-
movido em remotos claustros ; mas destes
mesmos contratempos soube a cordura do
sábio tirar honrada e proveitosa desforra, e
durante a sua reclusão na Batalha, eexilio
na serra d'Ossa, escreveu a eruditíssima me-
moria sobre aquelle convento, e reuniu pre-
cioso cabedal da nossa historia antiga. O
Cardeal Saraiva foi membro do governo pro-
visório, Coadjutor e depois bispo de Coim-
bra, Reformador Reitor, Bispo de Arganil,
Deputado e Presidente das Cortes. Guarda-
Mór da Tone do Tombo, Ministro d'£stado.
Par do Reino, Grão-Cruz de Christo, Pa-
Iriarcha do Lisboa, Cardeal, e Conselheiro
d'lstado eíTectivo. O esplendor de tantas di-
gnidades nunca lhe deslumbrou porem o es-
pirito, nem alterou a singela ingenuidade do
seu natural. Era homem doutíssimo, e com
vasto conhecimento de muitas linguas mor-
tas ; a nossa historia, e lingua lhe devem
muito pelo que sobre ellas escreveu. São
numei osas as suas obras, algumas tão conhe-
cidas, como as Memorias eos SynonymoSf
e por isso não fazemos enumeração d'ellas.
SARAIVAR, tj. a. ou n. [saraiva, ar des.
inf.) cair saraiva.
SARAMACA, (geogr.) rio da Guyana ingle-
za, communica com o Surinam acima de
Paramarjbo, corre ao SE. e lança-se no
Atlântico.
SARAMAGO, s. m. [sarmogo, voz Pérsica,
o rabão sylvestre.
SARAUAnTEGA 6 SARAMANTÍGA, S. f, V.
Salamantiga, e Salamandra.
SARAHBEQUE , s. m. (de sarao^ e beque.)
dansa antiga alegre e lasciva.
SABAMATULOs, s. H. (talvcz do Lat. cer-
vus, veado, e mutilus, sem cornos.) (mon-
taria) os cornos novos do yeado que se re-
novam lodos os annos
SARAUBURA , s. f. (t. Asial.) V. asaram-
pura.
SARAHBNUEiRA, s. f. apvore quedásara-
menhos.
SARAMEisiio , s. f». especio de pêra pe-
quena e redonda.
SARAJíONT, (geogr.) cidade de França, a
5 léguas ao SE. d'Auch ; 1,000 habitan-
tes.
SARAMpELO. V. Sarampo.
8arami'0, s, m. doença eruptiva, emqae
Í6\
^8
êlOí
SAR
o corpo se cobre de pintas roxas, com fe-
bre e tosse. Talvez venba do Egypcio sc/ta-
r», vermelho.
SAHAMPURA, s. f. (dâ ScrampuT.) tecido
de algodão de Bengala.
SARAMUGO, s. m. (h. II.) iioudc de uiii pei-
xe do Tejo.
SARANDALHA OU anteS CIRANDALIIA, S. f.
\ciranda, des. alha.) as alimpadiiras que
«e apartam cirandando, e se lançam íóra ;
^fig.) a plebe, gentalha.
SARANGUE, s. m. (p. us.) piiolo, guarda
da proa.
SARAríSK, (geogr.) cidade da Hussia eii-
ropea, sobre o Saranja e o Inzara, a 2G
léguas ao íN, de Penza ; .8,000 habitantes,
SAR AO, s. m. (de serãú.) passatempo no-
cturno. — , dansa antiga.
SARÀo. V. Serão.
SARAOUAN, (gGOgr.) proviucia do Belout-
chislan ao N. o Katch-Gandava a E. o
Djalaouan ao S. o Mekran ao Sfi. Capital
Kelat.
SARAPA^KL, s. m (do Ff. sur, sobre, e
panneau. uma das faces da pedra decan-
taria ) (arch.) volta abatida Abóbada de — .
f SARAPANTADO , A, p. p. de sarapantar ;
íMéj. mxiiío -assustado, espantado, espaven-
ciT SAAAPATStAR , V. Q. (de Serpente.) espa-
■jfentar, metter susto ; espantar.
SARAPATEL, s. 1)1. (do Ff. chair dpâU:.]
guisado de sangue de porco, e de ordiná-
rio com o fígado, feito com banha derre-
-tída o varies adubos
SARAPOUL, (geogr.) cidade da Rússia eu-
fopêa, sobre o Kama, a 75 léguas, ao N.
-4« New-Yorch ; 3.000 habitantes.
o- SARAPUHI ou scRAPUiu, (gcogr.) rio da
provincia do Rio-de-Janeiro no l.trazil que
rega o termo da freguezia de Jacutinga on-
de nasce dirige-se para o oriente, e reco-
lhendo o ribeirão Tinhim se torna navegá-
vel atéabahia ISiiherôhi, na q\ial desagua
ao sul da foz do rio Iguaçu, e ao norte
da ilha do Governador.
SARAPULHA. V. Sarãbullia,
SARAR, V. a. (do Lat. sanare, oudeser-
^tare, conservar.) restabelecer inteiramente
a saúde, curar; (figj corrigir, v. g. — os
-eos4umes. — , recobrar perfeitamente a
saúde.
«ARARií, (geogr.) rio da provincia de Ma-
to-Grosso no Brazil, que vem dos Campos
■Pâfécis, engrossa-se com o tributo de vá-
rios ribeiros durante ura curso de 15 para
&.Q léguas, e vai ajuntar-se com o Guapo-
réj pela margem direita.
SARASA, s. f.[t.Ás'i&i.) chita de que usam
âs Malaias para vestido, e para cobertas de
«noa.
SARATOR, (geogr.) cidade da Rússia «u-
ropea, capital do governo de Saratora209
léguas ao SE. de Moscou ; 16,000 habitan-
tes. O governo deSarator, situado entre os
de Pouza e de Simbirsk ao K. d'Orenbur-
go a E. d'Astrakhan ao S. dos Cosacos de
Don, de Veronejo, e de Tambov ao 0. i&m
400,000 habiiantes.
SARAZN, (hist) esculptor francei, nas-
ceu em 1590, morreu em 1060, foi discí-
pulo de Guillan pai, passou 11 anoos eqj
Roma. A sua melhor obra é o monumento
que representa a Religião, a Justiça, a Pie-
dade e a Força.
SARCELLEs, (gcogr.) villa de França, a 4
léguas ao M. de Paris; 1,500 habitantes.
SARÇA ou SARSA, s. f. (do Celt sar, as**
pêro, ou do Egypcio çouri oasouri, silva-
do, espinhos.) silva, silveira.
SARÇAL, s. m. [ai des collecíiva.)sika-
do, mata de silvas ou silveiras.
SARÇAPARRILHA OU SAIJSAPARRIl.HA, 8 f.
(de sarça e Parillo, medico hispanhol que
a introduzio.) espécie de cipó preto cuja raiz
é sudoriíica e antisyphilitica.
SARCILHOS, s. m. V. Auri$<ulas decora-
ção. ■ •,,> ■;- .je-Ki'\
SARCiNA, s. f. (Lat.) carga, peso ;i(íig)
gravame, opus - >/o <í t
SARCOCELE, s. w. (do Gr. &arx , earne ,
kélé, tumor.) (med.) tumor carnoso do es-
croto.
Sarcocolla, s. f. (do Gr. í«rar, carne.o
kolla, coUa ) gomma de uma arvore da Pér-
sia, que une as feridas.
Sarcófago. V. Sarcophago.
sarcohydrocele, s. w. (med.) sarcocele
acompanhado de hydrocele.
SARCOMA, *. m. (Lat, do Gr. ma-x, «ar-
ne.) (med.) tumor carnoso do nariz.
SARCOPHAGO, s. m. (pron. sarcófago; €*r.
sarx, carne, e pAoí/o, comer ) tumulo vazio,
cujo cadáver foi deslruido.
SARCOTico, A, adj. (tir. sarx, earne. )(jaQ©d.)
que faz criar carne fungosa ás ulceras.
SARçoso, A, adj . [sarça, des. oso ) onde
ha muita sarça ou silvas.
SARDA , s. f. (de sardão, lagarto.) man-
cha pequena e parda no rosto e mãos. — ,
peixe, espécie de cavalla menor, que tem
manchas ou pintas.
SARUA, adj. f. T. Sardento. -
SARDANAPALO, (hist.) nome caldeo, que
significa dado por Deus , (oi uzaáo por mui-
tos princepes da Assyria, o mais celebre
dos quaes, chamado tambenri Empacmés ou
Tonos Concoieros, o ultimo soberano do
império da Assuria , reinou de 959 a 997
antes de Jezu-Christo. Cercado em Nini-
ve, e vendo que o inimigo estava a entrar
01 cidade, fez levantar uma fogueira, on-
«4B
do poz os seus thezouros e nella se lançou
com todas as suas mulheres no anno 75y.
SARDÃo, s. m. (do Arab hardão ou har-
daon, lagarto.) lagarto verde, WipiSP ^^
cobras. m.<Vv^v. ..' r , „.,
SARDENHA, (geogr.) Sardcgna ém italia-
no, Sardinia dos Romanos, uma das três
grandes ilhas do Mediterrâneo, ao S. da
Córsega, de que a separa o estreito de Bo-
gifacio ; faz parte dos £stados Sardos ; con-
,to 540,000 habitantes. Capital Cagliari.
, SARDENHA, (gGogr.) esta lo da europa, divi-
dido em duas partes dislinctas, a ilha da Sar-
denha e osEstndos da terra firme. Estes siti^a-
dosaoN. da Itália, parte a E. parte ao O. dos
Alpes, entre a Suissa ao N. a França ao O.
o reino Lombardo Veneziano a E. eo Me-
diterrâneo ao S. conta 4,1íi5,0U0 habitan-
tes. A capital é Turim- O reino é dividido
em 9 intendências geraes e uma vice-in-
tendencia geral, estas também $4ft dij^^i-
4ís §g) pequenas inlendeocias. ^
tíi0^ft)9i»db '^
-••.•-•<! t.° ESTADOS DA TERRA FJi^|l^.
0iR
Hl
!.• Turim.
,\f^ji'it
Oíil ,8<
Turim.
Turim.
Biella.
Biella.
Ivpéa.
Ivrea.
Bignerol.
l*ignerol.
Susa.
Susa.
2.° Coni.
Coni.
Coni.
Alba.
Aba.
Bra.
Bra.
Mondovi.
Mondovi.
$aluces.
Saluces.
3.® iSovara.
Sovara.
Piovara.
Lomcllina.
Mostara.
Ossola.
Pomo d'Ossola
Pallanza.
. Pallanza.
Yalsesia.
Varallo.
Verceil.
Verceit
.À.° Alexandria.
Alexandria.
AsU.
Acquí.
Casal.
Toftona.
Yoghera.
Alexandria.
Astí.
Acqui.
Casal.
Tortona.
Vo^bera.
'♦I tii}
díiBq
5.° Aofte. fí
Aoste.
Aoste
6.* Génova.
H
(íenova.
Savona.
Albenga.
Novi.
Bobbio.
Lhiavari.
Levante.
Qenova.
Savona.
Albenga.
ÍÍQVi.
BobbiO.
(>hiavari.
Spezziç.
7.° Kiza.
Niza.
Oneillo,
S. Remo.
Niza.
Qneille.
$. Jlemo.
8.° Saboya.
Saboya.
Alta Saboya.
Caronge.
Chablais.
Fancigny.
Chamberg.
Hospital.
S. Julião.
Toííon.
Bonneville.
Genevez.
Mauriaunçi.
Tarentezp.
Annecy,
S. José de l^aur^a
na.
Moastier.
n-
^.^ lí-flA
^ fiEINO DE SAÇpp;j!ÍHA,,,,,v
9.° Cagliark
!
Cagliari.
Iglesias.
S. Antiocbo.
Ilha S. Pietro.
Isili.
Busachi.
Cagliairi.
Iglesias.
S. Antiocho.
Cario forte.
Isili.
Busachi.
Lamusei.
Nuoro.
lamusei.
Nuofp.
10.*^ >Sassari.
Sassari.
Algbero.
Ozieri,
ÇuglieÂ.
Sassari.
Algbero.
V Ozieri.
i;vgi.ieri.
4)5 sobejanos da Sardenha até 1416 fo^
ram ccndes íJ^ Saboja, e nesta epocha mu-
daram o titulo de coudes pelos de duques
e só em 17'i0 é que assumiram o titulo
de reis úa ^r49pjb^.
J.° conp^$ DE sabom:
Bertol, conde de
Amadeo I¥
131 .
li^
m
u^
ÉAH
Maurianna
Humberto I
Amadeo I
Ámadeo II
Humberto II
Amadeo lil
Humberto III
Tbomaz I
D99
1027
1048
1060
1072
1118
1118
1188
Bonifácio
Pedro
Pbilippe
Amadeo '
Eduardo
Aymon
Amadeo
Amadeo
VI
VII
2.*^ DUQUES DE SABOTA.
Amadto YIII
(primeiramen-
te conde , e
depois duque
desde 1416) 1391
1504
Luiz
Amadeo IX
Fbiliberto I
^'arlos I
Carlos II
Pbilippe il
Pbilisberto 11
1459
1465
1472
1482
1489
1496
1497
Carlos III
Manuel Pbilis-
berto 1553
Carlos Manuel I
1580
Victor Amadeo
I 1630
Francisco Jacyn-
tbo 1637
Carlos Manuel II
1638
3.° RBIS DA SARDINHA.
Victor Amadeo
II (como du-
que) 1675
I (como o rei)
1710
Victor Amadeo
II 1773
Caries Manuel
1796
II
Vietor Manuel
II 1802
Carlos Félix 1821
Carlos Alberto 1831
Victor Manuel
II 1849
SARDENTO, A, ãdj. quc tem sardas no ros-
to e mãos.
SARDES, (geogr.) boje Sart, capital do
reino da Lydia, sobre o Pactolo, perto da
sua confluência com o Hermo, em uma pla-
nície deliciosa e fértil ao pé do monte To-'
nolo. Cjro tomou Sardes em 548 e des-
truiu assim o reino dt Lydia; Sardes foi
depois a capital da 2.^ satrapia.
SARDiCA, (geogr.) Ulpia Sardica, boje
Sophia ou Triadiíza, cidade da Dacia in-
ferior pátria do imperador Galerio.
SARDINHA, 8. f. (Lat. sardiua ou sardinia,
da ilba da Sardenba ) peixe pequeno mui
gostoso do Mediterrâneo e costas de França,
Hispanha e Portugal. Dinhetro de — #, (loc.
famil ) que se recebe em mui ténues quan-
tias. Cada um chega a braxa á sua — ,
adagio, isto é, cuida nos próprios interes-
ses.
SARDINHA (Pedro Fernandes), (hist.) sá-
bio porliiguez, que foi lente de theologia
em Pariz, e o primeiro bispo do Brasil em
1950.
8A1D1NHE1RA, s. f. (V. Sardinheiro.^ pes-
êà da sardinha. Andar i — .
Í25Í SARDINHEIRO, s. wi. (des. eiró.) pescadof
1263 de sardinha, ou vendedor de sardinhas.
1268 SARDINHEIRO, A, adj . empregado na pes-
1286 ca das sardinhas. Barco — .
13Í.3 SARDio, s m. (do Lat. íardmi, da cida-
1329 de de Sardis.) pedra preciosa transparente,
1343 GÔr de carne, carnerina, cornalina.
1383 SARDO, A, adj. e *. (Lat. sardus.) natu-
ral da ilha de Sardenha.
SARDO, A, adj. côr de sarda.
SARDOAL, (geogr.) villa de f ortugal do
distrito de Santarém, donde dista 4 léguas
e meia ao I*(E. o légua e meio ao N. de
Abrantes ; é extensa e encerra ; 3,200 ha-
bitantes.
SARDONES, (geogr.) hoje Roussillon poTO
da Narboneza I, ao S. sobre o Mediterrâ-
neo, era limitrophe da Hispanha e tinha
por cidades principaes Ruscino e llleberit.
SARDO ou SARDOPATER, (hist.) filho d'Her'
cules, conduziu uma coknia de Phenicios
ou de Libyos á Sardanha e deu o nome a
esta ilha, cujos habitantes lhe decretaram
honras divinas
SARDONiA, X. f. planta semelhante á her-
va cidreira.
SARDÓNICA, 5. f. V. Sardonyx.
SARDÓNICO, A, adj . {L&t. sardonicus ) Ri»
so — , falso, para dissimular outros senti-
mentos, riso amarello.
SARDONTX, *. m. (de «aráio, eonydf.) pe-
dra preciosa entre o sardio e o onyx.
SARiPTA ou SAREPHTH, (geogr.) hoje Sar-
fendy cidade da Phenicia, sobre o Mediter-
râneo, entre Tyro e Sidon.
SARBPTA, (geogr.) cidade da Rússia eu-
ropea, a 6 léguas e um quarto ao S. de
Tzaritzin ; 4,000 habitantes.
SARGAciNHA, adj. f. Uva — , pequena co-
mo 8 baga do sargaço.
SARGAÇO, *. m. (do Aliem, see gras.her"
va do mar, em Ingl. sea weed. Bluteau e
muitos outros cuidaram sem razão ser roz
de origem portugueza.) planta marina que
anda travada ao cimo da agua, e forma
grandes mantas em certos mares e costas :
cada pé de folha tem uma baga como um
grão vazio de pimenta. A berva não tem
raiz. Mar de — , o que está entre dezoito e
trinta graus ao norte da linha equinoxial.
SARGEL , s. m. (de sarja, tecido.) tecido
grosseiro de lã.
SARGiNTA, s. f. (V. Sarjar) sangradouro
de lagoa ; valleta, regueira aberta por meio
de terras húmidas, lenteiras, alagadiças, pa-
ra onde escorrem as aguas supérfluas.
SARGENTE, s. dos 2 Q. (provavelmente é
corrupção de servente.) pessoa de serviço ,
que acode com o necessário a uma e outra
parte ; (fig ) «os bateis que houvessem de
ficar debaixo da ponte, ficavam por — t do
tÁR
SAR
(tt
<ia« houvessem mister, de uma e outra par-
te. » Barros. — , irmà leiga que servia em
communidade. — t , oíTiciaes de justiça ou
de fazenda. « Faz talhar as orelhas aos — s
dos bispos. » Ord. Aflons.
8AR6INTÍAB , V. ã OU n. [sargeuto, ar
des. inf ) fazer as vezes do sargento; (Gg.)
dar ordens com fadiga, ou executa-las. — ,
em sentido activo, mandar: — o terço.
SARCiNTO. s. m. (Fr. sergent, do Pérsi-
co sar jank, sar, cabeça, chefe, e jank,
guerra.) oílic'<al militar de cada companhia,
superior ao cabo de esquadra, que dispõe
as filas e põe as seníinellas. — mór ou ma-
jor ^ official abaixo do coronel e tenente co-
ronel, cujas vezes suppre. — mór de bri-
gada, o major mais antigo de uma brigada.
— mór de praça, official immediato ao go-
vernador.— mór de batalha, era immedia-
to ao mestre de campo general.
SARCKiiTO, s m. na ordem de Malta, sar-
gento, servidor.
SARGETÁ. s. f. diminut. de sarja, tecido
d» lã de cordão fino. — , sargenta, valleta.
SARGO, A, adj. Uva — , especi* de uvas.
SARGO, s. m. (Lat. sargus ] nome de um
peixe.
SARI, (geogr.) cidade do Iran, capital do
Mazenderan, a 33 léguas ao N. de Tehe-
ran; 1500O habitantes.
SARiÇA. V. Sarissa.
8ARID0, *. w. (ant.) foído, rugido.
SÁRiGué , s. m. (t. Brasil.) animal qua-
drúpede do tamanho de um cachorro, com
cabeça de raposa, focinho agudo, dentes e
barbas de gato e as mãos mais curtas que
os pés. A fêmea tem na barriga um bolso,
que lhe cobre as tetas, onde traz os filhos
pequenos.
SARILHADO, A, p. p. de Sarilhar; adj. do-
bado com sarilho.
SARK iiAR , «. a. {sarilho, ar des. inf.)
dobar com sarilho.
SARILHO, *. m. (Gr. seira, corda, e a/id,
enrolar.) dobadoura em que se envolve o fio
das maçarocas, para fazer meadas; machi-
na de levantar pesos, composta de um cj-
lindro com barras ou raios nos extremos que
o fazem revolver sobre os seus fulcros e en-
volver em si a corda do peso que se levan-
ta. — , haste atravessada em cruz por ou-
tras, que serve de encosto ás espingardas
nos acampamentos. Pôr as armas em — ,
em pé sobre as coronhas, enfeixadas umas
com outras.
SARissA , s. m. (Lat.) lança dos Macedo-
díos, usada também pelos Romanos.
SARJA , s. f. (de sarja.) incisão superfi-
cial na pelle para tirar sangue.
SARJA, *. f. (do Arab. saraga.) tecido de
lã ou seda ligeiro e como trançado.
TOL. IT.
SARJADo, A, p.p. de sarjar ; escariAcado.
SARJADOR , s. m. o que sarja ou escari-
fica.
sarjadura, s. f. acção de sarjar ou es*
carificar.
Tarjar , v. a. (Bluteau o deriva do Lat.
scarifico, are, escarificar. Ku creio que vem
do Gr. sarx, carne, e rhassô, fender, rom-
per.) escarificar, fazer incisões superficiae»
na pelle para tirar sangue.
SARLAT, (geogr.) cidade de França, a 17
léguas ao SE. de Ferigueux ; 5,670 habi-
tantes
SARMACIA, (geogr.) Sarmatia, nome dado
pelos antigos a uma vasta região, que se
extendia, na Europa e na Ásia, entre o
mar Báltico eo mar Caspio, ao N. do Pon-
to Euxino. Era dividida em Sarmacia Oc-
cidental ou europea, entre o Vistula o o
Tanais, compreendendo todos os paizes que
formam hoje a Rússia e a Polónia, e Sar-
macia oriental ou asiática, extendendo-se
desde Tanais até ao mar Caspio.
SARNEN, (geogr.) cidade da Suissa, a 10
léguas a E. de Berne ; 3,500 habitantes
s ARMÃO. V. Salmão.
SARMENTO, s. m. (Lat. sarm$n ou sarmen-
tum.) renovo, ruma da vide ; rama da vide
secca para o fogo.
SARMENTO (Jacob de Castro) (hisl.) síbio
medico portuguez do século passado ; foi
lente na universidade de Aberdeen, do Col-
legio Real dos médicos de Londres, e go-
zava de grande reputação entre nacionaes
e estrangeiros. Deixou uma traducção das
obras de Baccon.
SARMENTOSO, A, adj. (Lat. sarmentosus.)
que tem sarmentos, comoa vido. Plantas— .
SARNA, *. f. (talvez do Egypcio schár,
pelle, e neui, favo.) erupção degrãozinhof
cheios de aguadilha que causa grande co-
ceira. Encerram um bichinho que se suppõo
ser a causa da doença e da comichão. Ha
diversas espécies : — castelhana, mal vené-
reo, boubas. Não lhe falta — para coçar-
se, (loc. fig. e famil.) não lhe faltam causas
de inquietação.
SARNEN TO. A , adj. (des. ento.) que tem
sarna.
SARNOSo, A, adj (des. oso.) coberto, cheio
de sarna.
SARO. V. Sardo.
SARONico (golpho ou mar), (geogr.) hoje
golpho d'Athenaso\id'Egina, parte do mar
Egeo, entre a Africa e a Argolida, Assim
chamado de Saron, rei de Trezene, que
nelle se afogou.
SARONiDBS, (hist.) uome que se dá aos
Druidas, da palavra grega Saronis, velho
carvalho.
SAROS ou SAROscii, ígeogr.) província da
m
m
SâR
SAh
Hjingi^ii,' Ãd circulo alem do Theiss, en- 4 leguàs ao SO. '(íe Sarrèguemifies ; 3,560
tré a Galitzia ao N. as províncias d'Aban-
ioar ao S. de Zips ao 0. e de Zemplia a
E ; 184,500 habitantes. Capital Eperies.
SAROs (Nagj), (geogr.) cidade da Hun-
gria, a 1 quarto de légua ao NO. d'Epe-
ries ; ^,00i) habitantes.
^ SAROS [golphode), (geogr.) Pinus Males,
golphò formado pelo Archipelago, na costa
de.Homelia. . '
saroudj ou sERoubji, (geogr.) ctáaâe da
Tíírqúia asiática, capital de Sandjakato, a
11 léguas ao SO. de Heha.
^'SAROUKHAN, (geogr.) Sandjakáto da Tur-
duia Asiática, limitado pelos d'Aidin ao S.
de Rarassi aq N. de Kontaioh a K. o Ar-
chipelago ao 0. tâpital Thyalire ou Ak-
llissar.
^Sarp, (geogr.) cidade da Noruega, a 4
iOíítín.
leg^ias ao 80. de Frederiksladt.
^ SARPAR ou Zarpar, v. a. (Cast. zarpar,
de zarpa, garra, unha da ancora.) (uaut.)
levantar, desaferrar. — a ancora.
SARP DON. (mjth.) Filho de Júpiter e
d'Europa, disputou o Ihrono de Erta a Mi-
nos, seu irmão, e foi fundar na Lycia um
pequeno Estado. Segundo Homero fui um
aos príncipes que foi ao cerco de Tróia e
foi morto por l'atrocIes, mas ApoUo tirou
o seu corpo do campo da batalha e en,viou-o
á Lycia, lavado, perfumado com ambrósia
e revestido com hábitos immortaes.
SARPi (fedra de), (hist.) chamado Fra-
Taolo, celebre historiador Veneziano, nas-
ceu em 155Í, morreu em 1623 Foi mem-
bro do Tribunal dos Dez. Escreveu entre
muitas obras a Historia do Concilio de
Trento.
habitantes
SARRASiN, (hist.) poesta franèfez, nasceu,
em 16)3, morreu em 1654. Alem dediíTeí-^
rentes poesias publicou a Historia dó Cé^-
co de Dunkerqiiè. ;"■'",.
Sarracenos, (hist ) %nonyrao de ^íusiíl-^'
manos nas historias ciiristãas da idade mt?-^'
dia, designava priraèirârtíente umá tribn
particular da Arábia deserta, os !ia'r'i'âce-
nos, os qu^es Fazlauí a força principal dos
exércitos árabes ; os Christãos deram de-
pois este hómè a todos ós Siúsulmanos,
Árabes ou ^*ouros, nao sÔ aos da Palesti-
na más também áqu^lles, que irivádira,m à
Africa, a Siçilia, a tíi^panhá e o Meio dfà
da França, também se deriva á p3láVÍ*à'^
Sarracenos áaartibe Charqinn (iâto è Orien-
tal) em oppnzição á Mouros, que vende
[Magres- Poente )
SaRsalhe RO. V. Serralheiro.
SaRRaliio. V. Serralho. "''*
SARRÃo, s. m. V. Rasa, e Serrão.
BARRAR. V. Serrar, e Cerrar.
SARRE, (geogr.) Saar em aliemão. Sara-
vus e Sara em latim, rio que nasce em
França no departamento de Vosges, e que
se lança no Mosella em Tonsarbruck. ,
SARREBURGO. (geogr.) Saarburg em alie-
mão, Caranusca e Sarm castrum em la-
tira, cidade de França, sobre o Larre, a 16
léguas e um quarto a E. de Naacy ; 2^^40
habitantes. ,
SARREBURGO, (geogr.) em aliemão Saar-
burg, cidade dos Eslados prussianos, a 4
léguas e meia ao S. de Tréves ; 1,550 ha-
bitantes.
SARREBRUCK, (gcogr ) Saarbrucli evQ a\]<é-
SARRABULHADA , s. f. (dcs. ada.) porção nião, Augustimuri, Sarce pons em latimi
grande de sarrabulho; (íig.) desordem porca, cidade dos Estados prussianos, capiti^l do
. SARRABCLHO, c. wi. (do Fr. c/iflir, came, circulo, a 16 léguas de Tf éves ; 7,000 ba-
]p,.bouillÍ9, cozida, ou do Lat. sueris, ge- bitantes. ,'i|l ;r>.,
jiitivo ant. . de sus, porco, e bullio, ire) ,, sarreguemines, (geogr )'5aar5fcmwn!Í em
sarapalel; (fi^.) desordem porca entre gen- íjílemào, cidade de França, a l9 leguás ao
talha. ^...,^;,'.j ^j.j, [,,,, S. de Metz ; 4.11'i habitantes.
SARRADO. V. Cerrado. , sarreluiz, (geogr.) Saar Luiz éxn alle-
sarrafaçador, s. n^, o.quesarrataça. ! .I^So^. An Luiotiçi ad Saram, cidade d^os
sarrafaçadura, *. /. (des. ura.) o acto Estados prussjanos a -U léguas ap ^3.E5(.,íjB
de sarrafaçar. _ , j. .., ^ . Tréves ; 7,000 ha))itaiúes [..,^ .,iíi.,
sarr.^façar, t?. a. (frequentativo de 5a»*- sarrento, a, adj. (sarro, des. é»ío4q[i|0
ra/ar.) (p. us) sarja r. —; us. cortar com tem sarro. , ,| '
jnáa instrumento que" serra, ou não corta sarrido, í. «ii. (fi^ serray e soidq.) Jp,
lizo. .. . , us.) difficuidade de respirar, estridor da res.-
,^^ sarrafaíÇal, s. m,..máu oíficial de car- piraçào. '
jpintniro ; (llg. e chulo) máu barbeiro. , - sarrilha , s. f. (alteração de serrilha)
Sarrafar , V. a. {sarrafo, ardes, inf.) lavor em torno da moeda para se não cercear.
corlar, serrar sarrafos — , (p us ) sarjar | sarr lhado, a. p. p. de sarrilhar; adj.
V), ,S-^RR^Fo, .$. r/i.,(de *trra ) lira longa du lavraio em s;<rn||ifl ;,i, ^ j ..
tabiM 'y sakk.i.ha <, t? a {.carrilha,' ar (\*>$^^ Mit^
SAiumHAS V Serrnlkai':K ua .-. .w. U'i*'f "U lavrar sarrilha em torno d.isfMíÇas
saí.ha.ue, fge(>:gr<) cidade de França,. a ua mot-da
SAR
SIS
5í7
S/kftRiH; í. tn. (t. da AsiaJ pano tecido
dos filaraentoâ de uma planta de Be;ií?al».
àtnAo, s. m. (do It.il sanro, côr tirante
a Toio, ou antosdo Aliem sauer, acre, aze-
do.) as fetes do vinho, ou da ourina que se
pegam no fundo do raso ; crosta que vem
aos dentes ; saburra da lingua.
SAititoLA, (geogr.) villa de França, a 2
Iftgiiíís e meia ao NE. d'AjaccTt) ; 600 hs-
bilantos.
SARMJGA, s. f. V. Saruga, Aresta.
SAiisiNA ou BOBiUM, (gAôgr.) antiga cida-
de dá Ombrja, hoje no Estado ecclesinstico,
a 6 leguasemefia ao SE. do Cesena ; 1,200
habitantes.
SAUT, (geogr.) a antiga Sardes, cidade
da Turquia asiática, a 22 léguas ao NE.
d'Aidin.
ôARTA, s. f. (do Lat. sartus, cosido, re-
mendado.) enxárcia, cordoalha do navio pre-
sa a' entenas. — , cordão de cousas enfia-
das, t). g. — de perola.s, de figos.
SARTÃ OU sartaN, s. f. (do Lat. seirta-
go.) frigideira chata com pouca borda, on-
de so frige peixe ou carne. « Mssea caldei-
ra á — , tir-te-lá, não me enfarrusques,»
provérbio que exprime o desdém com que
a pessoa torpe e sórdida aceusa outra dos
TOesttfòs defeitos. — de fogo, placa de ferro
em hrási.
i^ARrxÈM ôu Sartagem. V. Sartan.
é'ARtÀL, í. m. V. Sartáy coi^o.
ÍJ'AATÃ0. V. Seríào.'^''-^*"^ -' '^*'^ • "■
SURTEM, s. f. sartan, placa dé ferro. Soft^-i
tens de fogo, laminas de ferroem brasa cotíi
(fuè atormentavam ôs marlyres.
S.^ítEN-A, (geogr.) cidatfe da Coríega, á
1^* íè^uas ao Sh. d'AjáCcro ; 3,050 habi-
tantes.
s.4RTn«, (geogr.) Sartha, rio de França,
na*?!ce no departampnto d'Orne, perto do
antígti^ convento da Trdppa e cae no Mayén-
n^ acima* d'*tígfers.
SAiítffí (departamento do), (geogr.) de-
pífTA^itienr.) âe Fr.mça, ètltre os de' Orne
sò N do ÍVlavenne ai) O. de Loir-e-Cher a
í. n6,8«8 h.nlalanWs Capital Mans.
- ^Xh^ícÉS, (hi^t.)* Cd^bre' templário fran-
crz nSííifert eftí t26 ', e^a coítimendador de
Caverna' océasiãD áò ilt*ècífá$o dos Tem-
ptarítH; nntento^i' cOTir ctJfagcm a innocon-
éi« f\H «na ofricm, e deptlis" d''elU conde-
rtonada rssí?(írt'a Allémanbá' Mde entrou ria
oíderti TtMifortica
«ARtiLt.t;' fgpfttçr.) ctdirde- dé' Frhnçá, a
2 lpí.';ras^m(»ltrao Sf). de Gfanviliy} ; 1,(100
íARTtNií.v (fif<»1»rfel M, {hhX.) mlrlintro^
fMnri'7, nasceu em 72Í), morreu e!T»'rÔOt,
loi fWttlèttdíi infípomtr gefí?V' dH ^fiM'à fin.
I'59V« ndtjWíVl^ frd»rt^> ctèrf^t) tíh»a 'r*|nn;»
çâo europea, tanto pela habilidade, com
que a policia foi feita no sou tempo, co-
mo pel»s diverssas medidas úteis, que feí
adoptar.
SARUGU , í. f. (do Lat sericum^ seda.)
(ant ) barba, aresta, pragana da espig».
saruH ou old-sauum . (geogr.) aWieia
d'ínglaterra, a Ifgua e meia ao N. deSa-'-
lisbury, *
SARDS, (geogr.) hoje Seikoiin, rio da Ci-
licia, sae d'j Tauro, nos limites da Calão-»;
nia e desapparece no Mediterrâneo.
SARWAR ou KOTiiBURG, (gcogr.) SabaHã,
villa da Hungria, a 5 léguas e meia a E.
de Stftin-am-Auger ; 1,500 habitantes.
SARY-sou. (geogr.) rio do Turkestan in-
dependente, nasce ontre os montes Oulon-
tan e Kartché-tan, e desapparece n'um pe-
queno lago protimo ao de Telekoal.
SARZANB, (geogr.) cidade murada dos Es*
tados Sardos, a t léguas ao SE. de Spez-«-
zia ; 3,00iJ habitantes.
sarzeaU, (geogr ) cidade de França, a í«
léguas 80 S. de Vannes; 7,020 habitan-.
tes
sarzedas, (geogr.) villa e fregurzia dé
Portugal, 2 léguas ao O de Caslello-Kran-
co situado em alto e fragoso {tvnvta da sci***
ra da Guardunha, contém 2,^40 habitan-
tes.
sarzir. V. Seriir. ^«
Sasão. V. Sazão. ■-■'^'
s. ASAPH, (geogr.) cidade dTnglaterra, «
B léguas ao NO. de Flint ; 3,10t>habitan-í-
tes.
s^asrach, (geogr.) cidade do gr*n ducado
de Badft. a 6 léguas ao N^. de Strasbur-
gO; 1,000 habitantes. '--^ -»
Sas dii gand, (geogr.) Afffêt Gaitdaven-
sis, ciiade dUKillanda a 3 léguas ao SO.
d'Axol ; 2,0fM> habitantes. • ^^-nv. i u;- .
SASKATCHEWAN, (gcogr.) nomft''^ '<!oé«"»
rios da America ingleza ; um stre (íos Won ■
tes Pèdregozós e cae no la^go Oufftipeg ; o
otflro íírfe dos mesmos montes, ty caiB no
pi^è^-tidentti rio de Saskatchewan.
Sas^adò. V. Sazonado.
SAS^OAií. V. SaxorM^.
gAssAFRAZ, s. m. (t. Anleri<í3no) espécie
de 1'oureiro éuja madeira, raiz e casca sã(y
aromáticas * sudoriíicai«V aísatft) ira isiedi-
ciníi.
SASSAR, V. a. (Fr. sasseri pewrfraf , (♦#
sm, i^fneira.) p^H^itar:
sjvs5A!«TnÉá, (hfet.)' dytía-ptra ^ reis *\h
Pérsia, que íttdc^d<»u á dhs Ar-^aH^ides o»
rei?» paríhos. e pYí»<í(*dfMi «s califíí*! «laho-
ili»*fíftlo*. A tfyn^sfra tk^ Sasdfftódfq r»ígiçtr!^<
126 annos. Deve o seu ilM&e^ * SBPsaíii.
pai d'ArdíThyr. i— l^iM^ .> /.irj.>.
m *
SS8
SÀT
SAT
pitai da TÍce-ÍHtendencia geral de Sassari,
a 4 léguas do porto d« Torres ; 21,000 habi-
tantes. A^vice-intendeacia de Sassari, cha-
mada também Gap-Sassari ou Logoduro,
occupa o N. da ilha e conta ; 17O,UO0 ha-
bitantes.
«ÁSSENAGE, (geogr.) villa de França, a lé-
gua e meia ao O de Grenoble; 1,500 ha-
bitantes.
SAssi, (hist.) em latim Saxms, sábio ita-
liano, nasceu em 1675, morreu em 1751.
Deixou : De síudiislitterariís Mediolanen-
sium antiquis et notis ; Ai chiepiscoporum
mediolanensium seriei historico-chronolo-
gica.
SASso SERRATO, (geogr.) Juficufn, cidade
dos Estados ecclesiasticos, a 5 léguas ao S. de
Pérgola ; 3,300 habitantes.
SASsuoLO, (geogr ) villa do ducado de Mo-
dena, a 4 léguas ao SO, deModena; 3,?00
habitantes.
s. ASTiER , (geogr.) cidade de França, a
5 léguas ao SO. de Perigueux ; 2,61^^ ha-
bitantes.
sasvar , (geogr.) Schlossberg^ villa da
Hungria, a 6 léguas ao S. de Skaiitz.
SATADou, (geogr.) cidade e paiz do Sene-
gal, sobre o Talémé.
SATALA, (geogr) hoje £^rj5 /n^ /lia», cida-
de áa Ppquena Arménia, sobre o Pyxirato.
SATALiEH ou ADAL[A, (geogr.) kílaUa. ci-
dade da Turquia asiática, capital do sand-
jakato de Tekke-ili, sobre um golpho do
Mediterrâneo, que temo mesmo nome; 18,000
habitantes.
SATANAZ, s. m. (Hebr. e Arab. Xaitan,
do Egypcio sith, inimigo, adversário. Em
Arábico xatana, ser obstinado, desobedien-
te. Sith ou Seth é um dos nomes egypcios
do génio do mal, que os Gregos denomi-
nam Typhon.) o diabo, o espirito das tre -
vas, o chefe dos anjos maus ; (fig.) denun-
ciador, malsim.
SATÂNICO, A, adj. de Satanaz, infernal.
SATARAH, (geogr.) cidade da índia, no
Bedjapour, a 25 léguas ao S. de Ponnah.
SATEi.LiTE, s. wi. (Lat. satcllcs, tis.) guar-
da que acompanha alguém para o defender.
— . (astr.) planeta menor que gyra em tor-
no de outro maior, v. g. aLuaé — da Ter-
ra. Os — * de Júpiter, de Saturno.
SATCpozA, s. f. (i. Asiat.) pano de algo-
dão de Bengala.
8ATKRLAND, (geogf) pequeno paiz do du-
cado de Oldenburgo. no NO. do circulo de
Kloppenburgo ; l.HOo habitantes.
SATGONG, (geogr.) Ganges Regia^ cidade
da índia ingleza, sobre o Kougly, a légua
e meia de kougly
fATHAK. y. Satanax.
$kti ou 8ATi,(myth.) divindade «gypeía de
segunda ordem, emanação de Neith.é cha-
mada a rainha da região inferior. Yô-se mui-
tas vezes a sua imagem nas occasiões do fu-
neral : está de joelhos e parece tomar ou
proteger o gavião, symbolo da alma do de-
funto.
SATiLiEU, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas ao NO. de Tournon ; 1,800 habitan-
tes.
SÁTIRA. V. Satyra.
SATiRiÃo, s. m. V. Satirio e iatyrião.
SÁTIRO. V. Saíi/ro.
SATis, adv. Lat. assaz, bastante. Vem de
satum, sup. de sero, ere, semear.
SAiisDAçÃo, s f. (ant.) fiança.
SATiSDAR , V. a. ou n. fLat. satis, bas-
tante, e dar.) (forens. ant.) dar fiança, cau-;,
ção bastante, pessoal ou real.
SATISFAÇÃO, s. /".(Lat. satisfactio.onis.)
o acto de satisfazer divida pagando-a, ou
obrigação cumprindo-a ; reparação de dam-
no, injuria, offensa ; conta que se dá de
cousa incumbida ; contentamento. Satisfa-
ções, excusas, desculpas. Deu muitas «aíís-
fações de ter feito esperar os convidado;».
Syn. comp. Satisfação, contentamento.
Satisfação éo sentimento jucundo que ex-
perimentámos quando se cumpre nosso de-
sejo ou nosso gosto ; se este sentimento é
cabal e durável, se nelle se aquieta a al-
ma e judiciosamente o approva, esse é o
estado áe contentamento . k satisfação pre-
cede o contentamento, o qual ó sua conse-
quência, ou seu complemento Veja-se Ale-
gria, pag. 38.
SATiSFACTORio, A, ttdj . [áus óvio.) capsí
de satisfazer! que satisfaz. Razões, descul-
pas — s. Obras — da culpa, que satisfazem,
pela pena que mereciam.
SATISFAZER, V. a. (Lat. satisfacio, ere,
satis. bastante, e facere, fazer.) pagara di-
vida, o serviço ; desempenhar a obrigação;
cumprir, v. g. — as suas obrigações, pro-
messas, os legados, os votos, o promettido .
— o damno, a injuria, reparar. — a fome,
saciar, fartar. — os olhos, os ouvidos, o «-
pirita, o juízo, causar grande prazer, ou
satisfação. — , em sentido absoluto ou neu-
tro, cumprir, v. g. — aos seus deveres, —
com as suas obrigações. — pela culpa, com
penitencias, ou obras meritórias. — se, v. r.
•aciar-se, fartar-se, v. g. — de comida, de
agua. — , pagar-se, indemnisar-se. — da
perda, damno, injuria. — , vingar-se, v. g.
— nos inimigos. — se de si, sentir se con-
tente, satisfeito do seu estado, ou próprio
procedimento. « O homem modesto raras ve-
zes se satisfaz de si, e da suainnocencia.»
Lucena.
8AT1SFAZIMINT0, s. m. V. Satisfãçáo.
sATisrciTO, A, p. p. de satisfazer ; adij. em
9AT
84T
5»
estado de satisfaç&o ; pago ; índenanisado ;
saciado, fartado.
SATiTo, A, adj. (Lat. sativus, áesattií, se-
meado, p. p de sero, ere, semear) de semon-
teira. Plantas — s, semeadas, hortadas.
SATO, *. m. (t. da Ásia) espécie de c^bra.
SATRAPA, s.m. (^at. e (ír. de origem Per-
sa) governador de provincia ; (fig ) grande,
nobre.
SATRAPAS, (hist.j no imperío medo-persa
eram assim chamados os governadores das
províncias encarregados da cobrança e ad-
ministração dos impostos. Ao principio não
tinham autoridade militar ; depois é que lhes
foi dada. As Satrapias eram em pequeno nu-
mero e por consequência consideráveis ; os
Satrapas juntavam immensas riquezas e vi-
viam com um luxo que se tornou prover-
bial.
SATRAPEAR, tj. n [satrapa, ar des. inf.)
fazer de satrapa; governar com mando im-
perioso, dar-se ares de grande o poderoso.
sátrapIa, s. f. (Lat.) governo, limites da
autoridade de um satrapa.
SATRAPisMO, s.m. [des. ismo) mando au-
toridade, orgulho dos satrapas, soberba dos
mandões, alíectada superioridade.
SATRiANO, (geogr.) nome de duas cidades
do reino de Nápoles, uma na Calábria Ulte-
rior 2." , a 4 léguas ao S. de Aquillace ;
2,200 habitantes ; a outra no Basilicato, a
3 léguas ao SO. de Acerenzad.
SATURAÇÃO, s. f. (Lat. saturatio, onis) es-
tado do corpo saturado, v. g.áQ alcali pelo
acido, ou da agua pelo sal.
SATURADO, A, p. p. de saturar ; adj. com-
pletamente embebido.
Saturar, ». a. (Lat. saturo, are, de sa-
tur, cheio : rad, .%ero, ere, atum, semear)
(chim.) impregnar completamente os poros
de um corpo com outra substancia liquida
ou que se dissolve, r g. — a agua de sal, o
alcali de acido.
SATURACEM, s. f. (Lat. «atureia) Segurelha
herva.
SATURNAL, adj. dost g . [Lhi. saturnalis)
de Saturno. Festas saturnais, ou subst. f.
saturnaes, em que se commettiam excessos
escandalosos. Eram o lypo do nosso entru-
do.
SATURNINA, (Julia) (hist.) lusitaua celebre
pela sua perícia medica, e que viveu no
tempo da dominação romana.
SATURNINO, A, ad/. de Saturno ; dechum-
bo ; (fig.) triste, melancholico.
SATURNINO (S.) , (hist. s ) nome de dous
santos, um dos quaes pregou o Evangelho
nas Galli»s no principio do II ou III sécu-
lo, foi o primeiro bispo deToloza.esoíIreu
o martyrio naquella cidade em 150, e é com-
memorado a 29 de Novembro ; o outro foi
VOL. IV»
padre em Africa, e foi morto emCarthage-
na con S. Dativo no anno 304; é festeja-
do a ii de Fevereiro.
SATURNINO, (hist) Luci^As ApuUiui, ro-
mano turbulento , creatura de Wario, foi
questor em Oslia, concorreu muito para as
eleiçõís que conferiram a Uarío o /i." e o
5 ° consulado. Mário manlou-o matar no
anno 9J.
SATURNINO, (hist.) Sexto JaUo, tyranno,
gaulez de origem, assignalou-se pelas suas
expedições na Gallia, na Ilispunha e em
Africa, chegou aos primeiros postos nos rei-
nados de Aureliano e de Probo, foi accla-
mado imperador em 2S0. Passados alguns
annos foi abandonado pelas suas tropas e
morto em Apamea. Dois outros Saturninos
assumiram a purpura; um em 26i, o ou-
tro em 350, ambos foram mortos pela sol-
dadesca.
SATURNio, A, adj. (Lat saturnius) de Sa-
turno, deus. — prole. Â — Juno, filha de
Saturno. Idade — , a em que os poetas fi-
guravam ter dominado a virtude ; os tempos
prio itivos porque Saturno era o tempo sjm-
bolizado. Cícero diz qua Saturnus é forma-
do áesatur, saturado, cheio, e annis de an-
nos.
SATURNO, s. m (LAt. satur nus] nome do
planeta mais remoto do sol e da terra; (tig.)
chumbo (em razão da cór). Sal de — , ace-
tato de chumbo.
SATURNO , (myth.) Saturnus, em Grego
Kronos, deus latino e grego, passava por fi-
lho segundo de Ceo. Titão, seu irmão mais
velho, cedeu-lhe o trono, mas reservando -o
para seus filhos os Titões, e exigindo que Sa-
turno devorasse os filhos machos, logo de-
pois de nascidos. Saturno, executando fiel-
mente o tratado, devorou Plutão e .Neptuno,
mas Cybele, sua mulher, enganou-o no nas-
cimento do Júpiter, substituindo ao recem-
nascido uma pedra que Saturno devorou. A
mesma Cybele conseguiu, sem Saturno ser sa-
bedor de tal, tirar-lhe das entranhas e resti-
tuir a vida a Plutão e .Neptuno. Titão informa-
do da existência dos três meninos, deslronoa
e prendeu Saturno; mas Júpiter que ficava li-
vre, vingou seu pai. bateu os Titões e repôz
o captivo no trono. Porém dentro em pou-
co, Saturno cioso de seu filho, armou-lhe
traições ; então Júpiter pegou em armas con-
tra elle, e expulsou-o do céu. Reduzido a
descer á terra, Saturno foi esconder-8e(/a-
íere) no Lacio, aonde foi recebido pelo deus
Jano, casou com Venilia, sua filha, e foi o
seu successor. Os Latinos aprenderam delle
a arte da agricultura e das sementeiras («er-
ere, semear, esta é a origem do nome Sa-
turno) o seu reinado foi chamado" a idade
de ouro para a Itália.
183
m
m
SArtt:i;'f::f. (Lat. Gr. \ertiWmirS'^'Í''
nSo doChald. sòí/, catopos, como querGé-
belii)) poeujaem quo se censuram os coslii-
raés e defeitos' públicos ou de algum particu-
lar, de ordiniuio era verso. Priraitivatuente
foram assaijras poemíis recitados nas fastas
campestres de Bacco e acompanhados de dan-
sas
SATYiuÃo, $ m orchis macho, tesliciilo
de cão, Carita burbosa qne exita o appeiíto
veneno.
SATYRiCAMlíNTE, adv. [mente suíT.) de mo-
do ou em estjlo salyrico.
âATYRico, A. adj\ .que respeita á salyra,
mordente, que salyriza. Poeta, poema — .
Versos — s. Allusões —s.
SATYinsMO ou SATYRiAsis, .V. m. priapls-
mo.
ii'- SATYRizÁDo, A, p. p. de Fatyrizar; adj.
censurado em csijlo salyrico.
Satyrizar V. á. [satyra, izar des. inf.)
censurar em estylo mordente os costumes,
as pí^ssoas.
SATYROS, s, m. (Lat. Satyri, do Gr. sa-
tyros, de salhé, o membro viril) (mylh. e
popt.) ossatyros eram semideuses, compa-
nheiros de Bacco mui lascivos e chocarreiros,
que faziam mofa e escarneciam de quantos in-
divíduos encontravam Os Salyros tinham
corgos hurpanos, com ordhas e pós de bo-
de, habitavam as ílorrstas e psreciam-se cofu
os Faunos ou i aliscos. São representados pe-
los poetas, ora dançando com as nymphas,
ora perseguindo- f!s.
s. AUBAM, (geogr.) villa de França a, 11
léguas 80 ]N0. de Grasse ; 660 habitantes.
SAUCO, s. m. (do Fr. soque, calçado, soco)
parte do casco da besta entre a tapa e a pal-
ma.
SAUDAÇÃO, s. f. (Lat. salitatio, onis] o
acto d j saudar.
SAUDADE, s. f. (alterado de soledade, ou
soidade) a magoa que causa o estar aparta-
do do objecto amado, e o desejo de o tornar
á ver e de estar na sua companhia. Ter —s
dèalguem. Dar — ,ç, fazer saber que as le-
mos da pessoa. Fazer— s, demonstração de
pezar apartando-nos ; caus;ir este sentimen-
to. — s minhas, as quealguem tem de mim.
— ti(a3, as que tenho de ti, ou as que tu
tens de mim. Morrer de —s. —s, nome de
uma flor roxa ou vermelha salpicada de bran-
co.
Syn comp. Saudade, pena A palavra
saudade, que os antigos escreviam soidade
ou svydade, de soledade. 6 tão singular e
éiprime unia iddia tão complexa e um seti-
lim» ntn tào mimoso que não tfm risorusa-
íbfDte faltando, synonymia roro nenhuma
òbtra ; La com tudo entre elia e pma um
pOíJlo du piptjscu^» que mui difcprttann:iU«
sltr
é a impressão que faz desgosto em nosso
animo, é um;i mortificação que nos ponafi-
za, mas vagamente, e sem os aíFectoscom-^'
plicados que a saudade produz.
«A palavra saudade, úll o' Sr. Cfiífétt
n'uma erudita nota ao seu Camões, é por
vftnturá o rtiais doòé cxpressivd o delicíií^ó
termo de língua. A ideia, ou sentimento |iof'
eíle representado, certo que éái tortos os pái-
zes o sentem ; rans que haja vocábulo es-
pecial para o designar, não o 6 de õutrâ
nenhuma linguagem seucío da portugueza. »
Mal sabia o illustre prtcta contemporâneo
quando isto escrevia que quatro séculos an-
tes d'elle havia exprimido a úiesma ideia um
sábio rei portuguez Diz os^hhor D.Duar-
te no Leal Conselheiro (pág' l5í] : « E po-
rém me parece este nome de snydade tam
próprio, queoíâtím, nem outro linguagem
que eu saiba, nora é pêra tal sentido seme-
lhante. » E entrando a definil-a, diz : « Suy-
dade propriamente é sentido (sentimento)
que o coraçom íilha por se achar partido
(apartado, separado) da presença de alguma
pessoa ou pessoas que muito por aíTeiçom
ama, oii o espera cedo de ser ; e essO me-
des (assim mesmo) dc^ tempos e lugares em
que pordeleitaçam muito folgou, digo afei-
çom edéleitaçom, porque som sentimentos
que ao coraçom pertencem, dohde verdad^ir
ramentc nace a suydade, niais que da rázôia
nem do siso. >>
U, Francisco Vanuéi etòrídbTti a rfiesiiiíi'
ideia dizendo: «.A quemsoraènte liÔs sabe-
mos o nome, chamando-lhe saudade. » H
não se contentou com isto, senão que dèÚ"
a razão porque isto assim é, descrevendo a
saudade nesta elegante e suave linguàgerà:'
« Florece entre os Portuguezes a saudade
por duas cauâás, mais certas em nós quó
em outra gente do mundo ; porque d'amba^
essas causas tem seu principio. Amor é au-
sência são oã pais da sawádrfc ; e como nos-
so natural é entre as mais nações conheci-
do por amoroso, e flossas dilatadas viajèns
occasionam as maiores ausências, d'ahi vem
que onde se acha muito amor e ausência lar-
ga as saM(/af/cs sejam rha is ceftas ; o está foi^
sem falta a razão porque entrenós habitas-
sem como em seu natural centro... E' a sau-
dade uma mimosa paixão da átnáa, è í>or issH
tão sutil, que equivocadamente se expierf-
menta, deixando-nos indistincta a dôr, da
satisfação. E' um mal de que se gosta, eiiiri
bem que se padece : (Juando fenece. fi*oca-
ge a outro maior contentHmento. mas não
cjuo formalmente se éttinfra ; porque^ m
si^m rtielhOria seácalw a saudada é certo qué
o amor e o desejo sn acab.irara primeiro .>àò
ó a»bim com a/ycfia , poiq-ie ^usnto éméióf
SAC
ut
m
a )r>êha, é maior a sandaiu, 6 linnca ^e píi^sa
ao maior mal, antt^s rompo pelos raab-s ;
conforme succedeAos rios impetuosos, con-
servarem o sabor d^) suas aguas muito espa
ço depois dô ínisturar-se cora as ort-las do
irtar tfiais opolonlo Pelo que diremos, que
ella é um suave fumo dofogodoartaor, eqile
do \)yAíprio toodo (^ue a lenha o^onfóra hn-
c^ um vapor leve, «Ivo é eh 'iroso, a>sim a
aau^ade modesta e re^uhda dá indih!0sd'um
amot-iíno, casto e puro. Não necessita de lar-
ga á\i*fncia ; qu.ilquer desvicKbasta para que
se conheça.
Ne^ o desifíeriím laiihb, fiem o souve-
nir ou orcijret íraxicei podem compárar-se
Cíím animosa saudade poftÚ^úezã ; Ha cora
tudo uma exr.ressão franceza que de algum
modo arremeda este nosso vocábulo, que é
ie sourenir dn cop.ur.
CSmõo-s sentiu bem o qué era a saudade
quando disse :
Agora a saudade dn passado,
Tormento puro, doce e magoado.
Que converter fazia estes furores
Erá magoadas lagrimas de amores.
(Canç. X.)
SAUDADO, A, p. p. de saudar ; adj. a quem
se saudou. — por rei, acclamado.
SAUDADOR, s. m, 0 que saúda; o que sal-
va.
SAUDANTE, s. f». V, Saudador.
SAUDAR, v.a. [Lat. sahiio, are,desalus,
Us, saúile) cortejar, exprimir os votos pela
saúde de alguém, dar o deus-te salve. — ,
jicclamar, v. g. — rei, imperador. — por
♦ onarcha, acclamãr com demonstrações de
; ibilo.
SAUDÁVEL, adj. doslg.{(]es. avel] queda
saúde, sadio. Sitio — ; ares saudáveis. — ,
ulil, proveitoso, tonsplho — . — . (p. us.)
saudador, que cura Varão — , (loc. ant.j
de quem depende a salvação da pátria.
saudavelmente, arfe (mcuíesufT.) de mo-
do saudável, com utilidade da saúde.
SAUDE, s. f. [lai. salus, ííí) estado de per-
feita conservação das funrções do horat^me
dos animaes. Lograr — , gozar, desfrutar.
Ter boa, vigorosa — , isto é, acompanhada
de vigor. Ter má oifpouca — . Estar de—.
— , brinde, votos pela saúde de aljjuem. Fa-
*er —s; beberá — de alguém Fazer uma
— , exprimir um desejo no aclo de beber um
copo de vinho. — , salvação, spgjrança,
prosperidade. ~ publica, doestado, da na-
ção. Tribunal ou junta da — , que vigia
sob-p a ronsprvaçã'1 da ssúde-publufl, elo
ma n «^i li las |i.1'A ob«>tar é inln^lucí^ã •« pr •-
j>«g ç'0 dn doenças coni«Ktosa'* ed« epi-íe
nii/»í Wxihi da — , a que f<«/. o niH<ii«-,i) h
' íílciaes da jtiiila «Oá n^vios (jue entram nu
prtrto para vòrifiòir st vem de pottò ífíficifi-
nado : so Uveram contacto trom embarcações
011 lugareà íhfecladòs ; sViduHanlô a viagem
se manifestou doRhça contaíriosa a bordo,
ou se traz mantimentos corrupto^ Visilada
— , (fig.) melhoras passageiras qub prétíe-
dém a morte do doente.
SAUDOSAMENTE, adv (weníc suff.) com síô-
dade
SAUDOsrssíMO. A, arfj. iU/Tcr/. dò saudoso.
SAUDOSO, A, a^f/. (des. ííjrolò^ie %etilés'aCi-
dade ; que exprime Saudatliil que inspira
sauda'dé. « O3 — s ólho^. i> C^tnõos. Fiquei
muito — . Expr<»ssõe3 — s.
SAUDào, (geogr.) Sederá, Ho de França,
nasce no distfiotó de Loir é-Chér, e desap-
parece no Cher, âcitaa de Selles.
SAUGATTS. V. Ságúúte.
SAUGUiM. V. Sajul.
SAUGUEZ, (geogr ) cidade <íe França, a 7
léguas ao O. do Puy; 2,800 habitantes.
SAUJON, (geogr.) cidade de França, a 6 lé-
guas ao SO. de S^intes ; 2,00^) habitantes,
sÀUL , (hist.) priíneiro rei dos Israelitas,
era filho de ilm homem poderoso de Gabaa,
e notável pela sua alta estatura e belleza.
Samuel obrigado a escolher um rei, sa-
grou-o no anno 1 080 antes de Jesu-Christo.
Saul bateu os Ammonitas, osPhilisttos e os
Ámalecitas, mas tendo irritado Samuel eóm
muitas desobediências, foi reprovado e caiu
em negra melancolia; David disiipava estes
accessos tocando harpa diante delle. Quan-
do David matou Golialh, Saul recusou-lhô
sua filha Michol, e só lha deu quando a is-
so se viu obrigado. Tentou muitas vezes ,
mas debalde fazer morrer o joven herÔ6 ,
que tinha sido sagrado secretamente por Sa-
muel. Saul, abandonado por Deus. morreu
com 4 de seus filhos na batalha de Gelboé
contra os Philisteos no anno 1040 antes de
Jesu-Christo.
SAULi, (hist. s) apostolo da Córsega, nas-
ceu era Milão fem 1j3d, morreu em 1592;
foi bispo de Aleria,'na Corsí>ga, converteu
e civilisou as tribus semi-selvagèns da ilha.
fe festejado a 23 de Abril.
SAULiEU, 'gfogr.) Sidilorum ou Sedèíau^
cum, cidade de França, a 7 léguas SO. de
>aumur , 3,051) habitantes.
SAULT, (geogr) cidade de França, a íí lé-
guas NE. de Carpentras ; i,887 habitantes.
SAULT, (geogr ) antigo paiz da França no
Alto Languedoc.
SAULX, (geogr.) pequeno rio de Fraiça,
nasce perto de Vassy, e lança-se no Mame.
siAU'X Igf^f^ur ) cidade de França, a 5 lé-
guas <• de Lure; 1;Í8D habitantes.
HAiMuR, «eoRr.) Sahnuriam em latim n^Ò-
dçruo, cidíide «le Fr«n';« «11 léguas St.
(i*,\ngers;' ii l'W» h^l»it^^1^s.
iJò «
532
8AV
SAV
SàUKdbrson, (hist.) celebre cego, francez
nasceu em 1682, morreu em 1739, foi um
dos mais celebres professores demathema-
ticas. Deij.ou.: Elementos d' álgebra ; Trata-
do das fluxões, etc.
SAURAT, (geogr,.) pequena cidade de Fran-
ça, a 6 léguas SO. deFoix; 5,336 habitan
tes.
SAURiN, (hist.) theologo protestante, nas-
ceu em 1639, morreu em 1<03. Escreveu
entre outras obras : Defesa da verdadeira
doctrina da Igreja rt formada.
SAURIN, s.m. (t Asiat.) pannoque vinha
da índia.
SADROHAT, (hist ) uome commum a S3is
reis do Bosphoro, que reinaram, o primeiro
desde 11 annosantesde Jesu-Christo, ató30
annos depois de Jesu-Christo, os outros cin-
co no II IH elV século.
SAUSSURE, (hist ) naturalista genovez, nas-
ceu eml7''*0, morreu em 1799. A sua prin-
cipal obra tem o titulo de Viagem nos Al-
pes.
SAUTERNE, (geogr.) villa de França, a 4 lé-
guas emeia NO.de Bazas ; 948 habitantes.
SAUVAGE, (hist.) medico e botânico francez,
nasceu em 1706, morreu em 1767. Alem de
muitas Memorias e Dissertações deixou uma
interessante Nosologia em latim.
SAUVETAT, (georg.) nome de duas villas de
França, uma a 3 léguas emeia E. d^Agen ;
1,500 habitantes; a outra a 5 léguas NE.de
Mamando ; 3,000 habitantes.
SAUVE, (geogr.) cidade de França, a 9 lé-
guas E. deVigan; 2,800 habitantes.
SAUVETERRE, (geogr ) villa de França, a 9
Ipguas SO de Rhodez ; 'JOO habitantes.
SAuvETEURE, (geogr.) villa de França, a 3
léguas e meia NO. de Reole ; Tlò habitan-
tes.
SAUxiLLANGES, (gcogr ) cidadc de França,
a "^0 léguas NE d\ssoire, 2,128 habitan-
tes.
SAUZ, s. VI. ^ant.) V. Salgueiro, arvore.
SAUZAY-LE-POTiER, (geogr.) villa de Fran-
ça, a31eguasS. deS. Amand; 600 habitan-
tes.
SAUZE-VAUSSAY, (geogr.) cidade de França,
a 6 léguas SE. de Melle ; 1 ,654 habitantes.
SAVAGE, (hist.) poeta inglez, nasceu em
Londres em 16ÍJ8, morreu em i743. Com-
poz comedias, tragedias, saiyras e poemas
de diversos géneros.
SAVANDIJA. V, Setandija.
SAVANNAH, (geogr.) rio dos Estados Unidos,
nasce no limite da Geórgia e da Carolina do
Sul, edesapparece no Atlântico.
SAVANNAH, (geogr.) cidade dos Estados-
Unidos, a 4 léguas emeia do rio Savannah ;
100,000 habitantes.
SAVARY, (hist.) duque de Rovigo, general
do Império francez, nasceu em 1774, mor-
reu em 1833. Tornou se celebre pelos seus-
feitos militares e pela sua dedicação a Na-
poleão.
SAVASTRO. V. Sabasto, e Sebatto.
SAVE, (geogr.) Sau em allemào, Savus dos
antigos, rio da Illyria, cáe dos Alpes Carni-
cos, separa a Styria dalUyria, ecàe no Da-
núbio em Belgrado.
SAVEIRO, s. m. (talvez do Fr. ant. <a»ar-
ret, reservatório de peixe) barco de atraves-
sar o rio e de pescar alinha; o homem qn»?
o rema.
SÁVEL, s. m. (do Lat. alosa, ou alansa,
termo Céltico, Aliem, alse) peixe do mar que
entra nos rios, mui saboroso e de muitas es-
pinhas miúdas.
SAVELHA, s. f. (de sável) peixe pequeno,
espécie da anchova.
SAVENAY, (geogr.) cidade de França, a 10
léguas NO. de Nantes; 1,840 habitantes.
SAVERDUN, (geogr.) cidade de França, a i
léguas NO. de Pamiers ; 3,855 habitan-
tes.
SAVERNE, (geogr.) TabertKB dos antigos.
Zabern em allemão, cidade de França, a 9
léguas emeia NO. deStrasburgo ; 5,352 ha-
bitantes.
SAViCA. s f. (talvez áoYi.saur>$, guarda
e vis, laracha) peça do coche que se mctte nas
pontas dos eixos para pegarem nas porcio-
neiras.
SAViGNAC-LES-EGLiSES, (gcogr.) cidade d*»
França, a 4 léguas e meif NE de Perigueux;
1,000 habitantes.
SAviGNANO, (geogr.) cidade dos Estados Ec-
clesiasticos, a 4 léguas SE. deCasena; f^O J
habitantes.
SATiGNY, (geogr) villa de França, a 5 lé-
guas ao NO. de Lyon ; 1,500 habitantes.
SAViGNY, (geogr.) villa dos Estados sardos,
a 5 léguas e meia ao SO. de S. Julião.
swiGNY-LEs-BEAUNE, (geogr. )villa dc Fran-
ça, a 1 leguaeumquartoaoN.de Beaune;
1,600 habitantes
SAviGNY-sur-BRAYE , (geogr.) cidade de
França, a 5 léguas ao NO. de Vendome;
2,600 habitantes.
SAVIGNY, (hist.) sábio francez do XVI sé-
culo, nasceu emlb30. É autor de uma obra
intitulada : Quadros completos de todas as
artes liberaes.
SAVIGNY, (hist.) sábio jurisconsulto fran-
cez, nasceu em 1779. Deixou : Tratado da
posse ; Do direito de successão ; Historia
do direito romano na idade media.
SA iLE,(hist.)sabio inglez, nasceu em 1549,
morreu em 1622. Deixou uma obra intitu-
lada: Rerum AngUcarumseriptorespr(»ei^
pui. '^'^
SAViniAN, (geogr.) eoj Italiano Sat»^ /ir •
HX
íkX
idd
7(0, cidade dos Estados sardos, a 6 léguas
ao NO. de Coni ; 18,700 habitantes.
satina. V. Sabina, herva.
SAViNKS , (geogr.) cidade de França, a 8
léguas e um quarto ao O. âe Embrum ;
1,UOO habitantes.
s. ATALD, (geogr.) por corrupção por S.
iNabor, cidade de França, a 8 h^guas a O.
de Sarreguemines ; 3,365 habitantes.
SAVONE, (geogr.) Saco ou Sabata, cidade
dos Estados sardos, capital de intendência,
;• 9 léguas ao SO. de Génova ; 11,000 ha-
hitantes.
SAVOURKUSE, (geogr.) rio de França, af-
iluente do Doubs.
SAVUGO. V. Sabugo.
SAI, (hist ) Saxius em Latim, sabio com-
pilador o biographo allemão, nasceu era
17.4, morreu era 1806. í ut)licou muitas
obras, entre ellas uma mtitulada ; Onomas-
ticon litterarium.
SAXATiL, adj. dostg. (Lat. «axaíi/is) que
se cria entre pedras ou pegado a eilas. As
fiaxatilis lampreias. Proa. satçátil.
SAIBO, A, adj. (Lat. saxeus) de seixo, ou
pedra. Pron. sácceo.
SAXi-ALTENBURGo (ducado de), (geogr.)
um dos Estados da Confederação Germânica;
e composto de duas partes distinctas, sepa-
radas pelo senhorio de Gera, eteem por li-
mites : a parte oriental ; o Saxe-Prussiano ao
NO., o Saxe-Weimar ao SO. ; aparte Occi-
dental, o Saxe-Prussiano ao NE,, o Saxe-
Weimar ao N., o Saxe-fieiningen ao 8. ;
107, 0<M) habitantes Capital Áltenburgo
SAXE-coBOURG-GOTHA (ducfido de), (geogr.)
i ) dos Estados da Confederação germânica ;
* composto de duas partes separadas situa-
U8S no centro da Allemanha : o principado de
Coburgo (entreo Saxe-Meiningen e a Bavie-
ra) e o principado de Gotha (entre a Saxe-
Prussiana, o Saxe-Weimar, a Saxe-Meinin-
gen, e o principado de Schwarzburgo, etc ) ;
125,000 habitantes. Capital Coburgo. Os du-
ques de Saalfeld, depois de Saxe-Coburgo
Saalfeld, são um dos ramos da casa ducal de
^'axe-Goiha, oriunda do ramo Ernestino, e
começou em 1680 quando os 3 filhos d'Er-
nesto-o-Piedozo partilharam os seus esta-
dos.
SAXE-GOTHA (ducado de), (geogr.) antigo
ucado da confederação do Rheno, e depois
ua confederação Germânica, compreendendo
rs principados deiiotha e d'Altenburgo.
sAxi-eiLDBURCHAUSEN (ducado de), (geo-
gr.) antigo ducado da confederação do Rhe-
no e da confederação Germânica,
SAXB-MtlNlNGKN-HILDBURGHAUSEN (duCado
de), (geogr.) um dos ducados da confedera-
ção V>ermanica, entre o Saxe-Altemburgo, o
principado de Schwarzburgo, a Baviera, o
?«1. IT.
Séixe-Coburgo, e o principado de Reuss, etc. ;
136,000 habitantes. Capital Meiningen. Di-
vidido em três partes: o Unterland, oOber-
land, o principado de Hildburghauson.
SAXE-WEIMAR (gramducado de), (geogr.)
ura dos estados da confederação Germânica,
contem com o antigo ducado deste nome e
o de Saie-Eisenach, parte do condado de
Henneberg, do bispado de Fulde, do circulo
deNeustadt, Blankenheim, Hranach, etc. Ca-
pital Woimar.
SAXB-pRUSsiANO. (geogr.) província dos
Estados Prussianos, entre a província de
Brandeburgo, o reino e ducado da Saxonia,
a Hesse Eleitoral, o ducado de Brunswick e
o reino deHanover; - ,2OO,(J00 habitantes.
Capital Magdabiirgo. Dividida em 3 regências:
Magdeburgo, vierseburgo e Esfurt.
SAXE (casía de), ihist.) podem contar-so
seis :
1.* A casa de Saxe, ou Casa imperial as-
sim chamada porquí» deu impera-
dores á Allemanha. Começou em
843.
2." Casa de Billung. Começou em 962.
Hermann Billung foi o seu primeiro^
duque. on
3.* A casa de Supplinburqo começou em
1106.
4.' A casados Guelfos. Começou em 1128,
acabou em 1180, >
5." A casa d'Ascania. Começou em 1180,
mas era 1112 foi dividida em dous
ramos
6.* A casa de Wetin ou de Minia. Come-
çou em 1142. Tornou-se casa real em
1806.
SAXE (Maurício, eleitor de), (híst.) oriun-
do do ramo Albertino, nasceu em 1521, ser-
viu o imperador Carlos V em 1544 contra a
França, eem .44j contra a liga deSmalka-
de, obteve em 1540 o eleitorado de Saxe.
Morreu em 1553 n'um combate em Stevers-
pausen.
SAXE (Maurício, conde de), marechal de
França, nasceu em Dresde em 16'J6, era fi-
lho natural do Eleitor de Saxe, rei da Poló-
nia Augusto 11 e da condessa Kenigsmarck.
Morreu em 1750. Deixou : Memorias esco-
lhidas nos papeis do marechal de Saxe, etc.
saxidas, s. f. (ant.) V. ^ahidas.
SAXiFBAGiA, $. f. (Lat. dc saxum, pedra,
e frango, ere, quebrar, romper.) herva a
que erradamente se attribuia a virtude de
desfazer os cálculos da bexiga.
134
634
U%
^AX
SAXQNiA, (geogr.) em AUemão Sachseu,
Dome commum a muitos estados ou paizes
(i'Allemanha, tanto antigos como modernos
situados entre o Euxe, o Oder, o Dani^bio
^ Q Báltico.
I. «AXOHIA ANTiGA.
j y A SaxQtiia primitivía na época dos
Merovingios, começava a O. de Wr;ser, um
pouco aoS. do Lippe, e estendia-se até ao
JBalticQ eaoEider í}'»Bfia parte; e da outra
ura pouco alem do Klba ; linha pois por li-
mites a Thuringia, a França jhhenana, aFri-
sa, os paízos dinamarquezes, e as tribus Sla-
Vas estabelecidos a 0. do Oder,
2.^ Primeiro ducado da Saxenia. Du-
rou desde 843 até 1180 ; correspondia pri-
meiramente ao território, que formou d(!pois
os circulos de Baixa- Saxonia e de Westphaha,
foi depois augmentado pelas duas marchas
de Mirnia, e de Branibor ou Brandeburgo.
Finalmente foram-ihe anneiados todos os
paizes compreendidos depois no circulo da
Alta-Saxonia, e todo o território atéMecklem-
burgo e a Pomerania.
3.° Segundo ducado de Saxonia (sob ó
domínio da casa d'Ascania ou d'Anhalt). Só
compreendia os territórios de Witlemberg e
de Lauenberg, e tiiiha suzerania sobre o
Holstein.
4.° Terceiro ducado de Saxonia ou du-
cvdo eleitoral. Este ducadoque forma a ba-
stí do reino actual da Saxonia foi constituí-
do em 1*22.
5." Condado Palatino ou Palalinado da
Saxonia. Tompreendia a cidade d'Allstelt
com o seu território. Foi reunido eoj 1180
ao Sansgraviato da Thuringia.
().° Marcha oriental da Saxonia. E a
mesma que a Marcha de Misnia.
7." Marcha septentrional de Saxonia,
chamada também Marcha de Branibor ou
Brandeburgo t e Marcha de Solfwedel. V.
Urandeburgo.
UrSàSíHmk SBt>ois da divizão do império
' KM Círculos. o
1.° Circulo da Baixa Saxonia (um dos
10 circulos do império estabelecido em í 512)
liiBitado ao N. pelo Báltico e o Slewig, ea
E. pelo circulo da Baixa Saxonia. Contava
entre outros estados, os dous ducados de
Mecklemburgo, os dous condados de Hols-
tein, o bispado de Lubeck, e o ducado de
Breme, etc. ■■■'f\ . ? \ j!.»^ ,
â.*^ Cirtuloàa - Âlta'^Saxonia, entre os
do Alto Bfaeno, a Baixa S^xooia, o mar Bál-
tico, ft Felonia, etc. Coiupreendia t2 esta-
do».
3.° Eleitorado de Saxonia, mui^q maU
vasto que o actual reino de Saxonia, confi-
nava com o Hesse, o Brandeburgo, e com os
ducados de Saxonia, tinha por capital Dres-
áe, e dividia-se etn :
1 Circulo eleitoral
Wittemborg.
% Circulo da Thurin-
gia saxónica.
Langensaltq.
3 Margraviato de Misnia subdividi(Jo em
t Os 4 bailliadosde
Wjsnia.
Meissen.
á 0 grande bailliado
de Dresde.
Dresde.
3 10 outros baillia-
dos
4 0 circulo de Lei-
Torgau
psick.
5 0 circulo d' í!rzge-
Leipsick.
birge.
6 0 circulo do Voigl-
taud.
Freyberg.
Plauen.
4." Ducado de Saxonia-Lauenburgo An-
tigo ducado de Allemanha entre os de
v.ecklemb»rgo , Luneburgo , liatzburgo ,
Holstein , etc. linha por capital Lauen-
burgo.
Ill SAXOIKIA ACTUAL.
ij/.
SAXOnu (Reino de), um dos Estados -dii
(onlederação Germânica, tem por limites ao
PíE. Qs Estados Prussianos do KO.,aBohe-
mia a E. e ao S , a bavieraaoSO., o prin-
cipado de Beuss-Greitz, e o ducado de Sp-
xe-Altenburgo a O.; 1,687,140 habitante-.
Capital Dresde. E' dividido em 5 circulos :
Misnia. Dresde.
Leipsick. Leipsick.
Erzgebirge. Freyberg.
Voigtland. Pkuen.
Lusace. Bautzen.
ELEITORES B BJEIS DA SAXONlA DA CASA Dk
WETTlN.
/ Antes da partilha.
Frederico I o BellicO'
so 14^2
Frederico II o
Bom^ 1428
Ernesto e Alber-
to 1464
líimhaêrnmina.
'vvti) i)n~>'j «b ?■•
Ernerto ^ ' * 14fr4
l*isilefko Hl o '
Christianolf. 1591
João Jorge I. IGõO
João Joige II. 1606
JoãoJorgeilI ll)8U
João Jorge IV 16i]
Frederico Au»»
gustolouAa-
gusto II. 1695
Frederico Au- «u
gustolIouAu* '
gusto Ili. 1768
Frederico Cbris-
tiano. 1769
M
^PB
^35
Sábio, 14)^6. Frederico fía-
Joào l o ConS' gusto III. 1703
tanU. 1525
João Frederico o ÍV lieis.
Mugnanimo. ih'ò%
Frederico Au-
/// linha Albertina. guslo 1806
Amónio I. 1827
Maurício. 15V8 Frederico Au-
Augusto 1553 gusio IV. 1836
Cbristiano I. 1580
SAXO CRAMHATICOS OU l.O»NGUS, (hist ) bÍS>-
loriador Uinaiparquez do XII seoulo, mor-
reu em 1104. Deiíou uma Historia dina-
OQarca.
SAXONios (paizdos), (geogr.) E assim cha-
mada uma 49S Ue$ divizões da Transylva-
wa, no centro e no sul, capital Hermausr
t«dt.
SAxoso , A, adj. (des. oso.) cheio de »ei-
4QS ou pedras, pedregoso.
I SAT, (hist.) economista francez, nasceu
em 1707. morreu em 1823. Deixou : Tra-
ciado de Economia Politica ; Cathêcismo
46 E€onojnia Politica ; Curso completo de
Economia Politica pratica^.
. SATA V. Saia.
SAYAK. V. Saial.
SAYÃo. V. Saião.
SAYDA, SAYiR. V. Sahida, Sahir,
SAYF.L0, í. w. (ant.) V. Se//o.
SAYLAft, p. o. (ant.) V. Se/Zar.
&AYANgK (mautanhas] ou satapjianas, (geo<r
gr.) grande Cordilheira de Montanhas na
A^ia, conlixiuaçãQ da que separa a Sibéria
da China.
SAYo. V. Saio.
SATOADO. V. Saioado. i-AtíA
SAYOANE e SANHOANK , (tnt.) V. São
J$áo.
SAYOARi.i, s. f. [Lat.Barb. dos ForaesíOí/o-
niziuijn.][nn\.) aclodõ saião, deexactor, ve-
xame,
SAYOM, s. m. (ant.) V. Saião, Algox,
SAYoKABiA, e 8AY0RIA, (ant.) V. Satoaria.
SAYPAN, (geogr.) S. Josi dos Ilispanhoes,
uma das ilhas Masianas, ao K. da ilha de
Tiniai.
Sazão, s. f. (Fr. saison.) •stação do anno ;
conjunctura, occasião, ensejo ; tempo oppor-
tuno. Sem — , ou fora de — *.
SAZOADO. V. ozonado.
SAZOAR. Y. Sazonar.
SAZOAYKL, ãdj. dos % g. (des. avel.) dispos-
to a produzir. Terra—, disposta a produzir
em abundância q que aolla se semear ou plan-
Ur.
SAZONADO, A, p. p. de sinozar; adj. ama-
durecido ; temperado, adubado. Tempo — ,
opportuDA. Fruía— r-, hem madara. Ditcur^
«a -rrde cçncpi^QSt flçiornado. — , (Gg.] sabo-
SAZONAa, o a. (Fr. assaisonner.) amadu^
recer, maturar. O sal sazona a fruta. — , tem-
perar, adobar o comer, fazer saboroso f( Para
mais — o gosto. » Vjeira, satisfazer com tem-
pero; (fig.) adornar. — o discurso c<>m sçQ,t
tenças, çpnceiíos ^- a verdura dos annos, —
SB, t) r. a/paíli^reQpr ; [í^^ JppQd&içwr-^.
SAZu, s. m. passíif^,4^^olij>li|do tamanho
do pardal. ■, > \
s. B^RTROLo^Eu, (geogr.) pma d^s iptir
lhas; 10,000 habitantes. Capital Gustavia,
s. dartiiolomí;u de gí^ouin, (geogr.) villa
do França, a 5 léguas e muia ao SÓ. de
Qrcnoble.
s. BSAT, (geogr.) cidjde de França, a 9
léguas de S Gaudêncio; 1,400 habitantes.
s. BBAUZ8LY, (geogr ) villa de França, a
4 léguas ao NO.. J|;iyihau ; 897 habitan-
tes, r',. /
s. BENEDiCTO, (geogr.) cidade e porto da
ilha Bourbon, a lO légua? aoSE. deS. Pi-
niz; 11,380 habitantes.
s. BENEDiCTO DO SAUL, (geogr.) cidade de
França, a 8 léguas ao SE. deBlanc; 1,205
habitantes.
s. BENIGNO d'azt, (googr.) cidado de Fran-
ça, a 7 leguag ao pi. de ?í^vers; l,0l8 ha-
bitantes.
s. BERAiN, (geogr.) villa de França, a 5
léguas e meia de Chalons sobre o Sena; 940
habitantes.
s. BERNARDO (Grande), (geogr.) Peninus
m#Ms, alia montanha dos Alpes, entre o Vpr
lais e o ralle de Aoste. No cimo desta mon-
tanha ha um celebre hospício fundado em
982 por Bernardo Menthon, éoccupadopí»?
religiosos Agostinhos, que se dedicam ao al-
livio dos desgraçados surpreendidos pelo frio
ou perdidos nas neves, são ajudados nas suas
diligencias no meio das monta::]has por cães
de uma siugplar intelligencia.
s. BERNARDO (Pequeno). (geogr.) Graius
mons, montanha dos Alpes Gregos entre a
Sabóia e o valle d'Aoste, ao SO. do Grande
S. Uernardo.
S. lERTRANP DE C0JIM1SGUE8, (geOgr.) Co»-
venoe ou Lugdunum Çonvenarum, cidade de
França, a 5 léguas ao SO. de S. Gaudên-
cio ; ^05 habjiantes
s. BUN, (geogr.) villa de França, a81e-f
guas de Chaumont; 520 habitantes.
s. BQNNST-LE-íASTKLLO, (gcogr.) cidade de
França, a 5 léguas ao N. de Montbrison ;
2,130 habitantes.
s. BsissoN, (geo^r.) vjlla de França, a O
léguas de Lure ; 2,lt)0 habitantes.
s. BRiCK-£M-cocuBS, (geogr.) cidade de
França, a 4 léguas ao W. de Tougeres ;
1,500 habitantes.
m •
m
áOA
«CA
s. BRiEHE, (geogr.) Briocum, ou Tanum
Sancti Brioci em latim moderno, cidade de
França, a 111 léguas ao O. de Pariz; 11,380
habitantes.
s. BRisc, (geogr.) villa de França, a 5i lé-
guas e um quarto ao SK. de Auscerre ; 1,960
habitMites.
SC. Procurem-se por esc os nomes que se
não acharem ) or íc, v. g. Escala, Escala-
dor, por Scala, Scalador, ele.
scaan, s, f. (do Aliem, hanne, pote) (fnt.)
O Elucidário diz que um «cqgíi de mantei-
ga era Dmvavelmente um almude de 48
quartilhos, a 12 por quarta.
scAER, (geogr.) cidade de França, 5 lé-
guas ao ^. de Quimperlé ; 3,997 habitantes.
sc^voLA (C. Munio), (hisl.) joven roma-
no, que na occasião do cerco de Rema por
Porserna penetrou no campo e quasi atéá
tf nda do rei dos Etruscos para o matar,
nas íejiu per engano o seu st Cl etário. 1 reso
e inteiiogado, que em vez de responder, col-
Itcou a mâo sobre um brazeir©, fomo pa-
ia a punir da sua pcuca destreza.
ií^voLA (0. lMuci(>), (hist.) pretor na
Sardenha, no anno 2 17 antes de Jesu-
Christo. Era considerado como o mais há-
bil jurisconsulto do seu t(mpo.
sc^voíA ALGUR, (hist.) neto do preceden-
te, ( ra hábil orador e ticellente jurisccn-
*ulto. Foi cônsul no anno 47 antes deJesu-
Christo. ' " ' ' ■"
sCitvoíA (O- Mucio), (hisl.) a^ôdelom-
|.êo, e piimo do preietíente, foi cônsul no
anno 9í> fintes de Jetu-Cbristo.
SCALA, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, 1 légua ao O. d'Aaalfi ; 1,'/50 ha-
bitantes.
fCALA RCVA, geogr.) NeopoHs dos anti-
gos, Kcnché-Ãdaú dcs Turcos, cidade da
Turquia tsièíita, 15 legues íío S de Smyr-
na ; "; O.ttO habitai tes.
SCALA ^Os), ^hist.) celfcbie faniiiia gibeli-
na de Veiona.
scalabk-, (geogr.) cidade da lusitôuia,
hoje imantarem.
s. Calais, (geogr.) Âmlla cu Arthola,
depois Jíancti tanlesi oppidum, cidade de
França a . 2 h guas *o SE. de Maus ; 3,780
habitantes.
scaldos, (hist.) antigos poetas scandina-
vos que na Islândia, na ^oruega, na Dina-
marca, na í^Lecia cantavam os mistérios da
religião, as aventuras dos deuses, eas em-
prezas dos reis e dos guerreiros.
SCAIEA, /'geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, a 14 legues ao NO. de Paola ; 2,060
habitantes.
sCALi^o, adj (1 at. scaleiivi, do Gr. scazô
(Oieai) (gtim.) Tiia/gvlo^, qte tem os
três lados desiguaes.
scaletta, (geogr.) villa da Sicilia, perto
do pharol de Messina.
scALiGER, (hist.) celebre sábio italiano ,
nasceu em 1484, morreu em 15Íj8. Deixou,
entre outras obras : Paiices Ithri VIII; De
subtilitale, ad Cardanum ; De causis lin»
gv(B latincB, etc.
scaliger (J. Justino), (hist.) tílho do pre-
cedente, nasceu em 1 540, morreu em li.Oi>,
ainda excedeu seu pai como philologo. Dei-
xou : Ccmmentarios sobre Varron, Verrio
Flacco, Festo, Catullo, TábuUo, Propercio,
Perseo, etc, e muitas outras obras.
scAMANDBo OU XANTHO , (geogr.) rio de
Troiade, ao 0. de 'Iroia, saia do Ida por'
duas bocas, uma quente, outra fria; ecaia
no mar Egêo.
SCA^DERBEG (Jorge Caslriot), (hist.) fllho
de João Castriot, príncipe de Albânia, tri-
butário de Amurat II, íoi dado como refém
a este sultão que o mandou educar na re-
ligião musulmena. Recebeu de Amurat o ti-
tulo de sandjôk e o commando de 5,000
homens; mas elle abjurou o islanismoe ba-
teu muitas vezes os Turcos.
SCAKD'AN0 , (geogr.) villa do ducado de
Modena, a 4 léguas ao SO. de Modena.
SCANDIA , (gtogr ) os antigos chamavam
pssim a região iLeridional da Suécia actual.
Alguns sábios crêem que a Scandia era a ilha
de Fionia
SCA^D1^AVIA, (geogr.) nome usado na ida-
de media para design^r a Noruega e a Sué-
cia. Este nome vem da antiga província de
Scandia.
scAMA, (geogr.) hkane, antiga divisão da
Suécia meridional, formou as acluaes pre-
feituras de Malmcebus e de Christianstadt.
scAPTA-HTíiA, jgeogr.) lugar da Thracia,
80 NE., perto de Abdera.
fCAPLLA, (hist.jlexicogrephoallemão, nas-
ceu em 1540, morreu no começo do sécu-
lo X\ll. (ompoz: Thesaurus lingua grct'
cct ; Ltxicon grego-latino. íí-x
SCABBCROLGH, (gcogr.) cidadft de Inglater-
ra, a 16 legues ao NE. rie Yorck ; 8,500
habitantes.
^CARDONA, (geogr.) ilha du Adriático, hoje
Isola (U Àrbe, na tosta da Liburnia. > ^
SCABD0^A ou SKARDiN, (geogr.) cidade mu-
rada dos Estados Austriacos, alegues a NE.
de Spaiato ; 6,t00 habitantes.
scarcos (montes) , (geogr.) Scardus ou
Scardus Mcns, h( je Tchardagh, cordilheira
de montar)has do Epiro, hgada ao Ortelo
a E.
scabificar ou escarificar. V. Sarjar.
SCABPA, (hist ) celebre cirurgião e anato- "
mico, nasceu no Frioul em 1747, morreu em
18<í2. Escreveu muito, e algumas das soas
obras ainda são clássicas, entre ellas: M^
sen
scti
S37
morta da physiohgia e da cirurgia prati-
cas. .^ ^
íCílEFAtiíltiílí, adv. y. Maltadamen-
^^- - , '
SCETPADO, À,'odj. (Lflt srehraivs^ de
scelus, ii,tiliJ«de) u ^^vfl<lo, ÍmÍioííso.
5CKNA, f./^. (lai , du Wr. fkctté, lenda,
pAvilhèo ; raií ikiá, stojlii») &«(^-.-o de utu
aclo dedraua. A — , o ^'^|le^^a• uU» dr^tn.a-
tiiti ; ou as — *, (» Iftl.iftdc», tnde seiejiif-
serla draiia criu l)^slid^^HS, \i^los(lU íce-
nario. Mudaram as — *, ^lig.) /ilo»e, d es-
tudo dfts i< u>8S m |í(S£(j8S. a — do n,nn-
do, í s suítesKs: ' .
scEN/hio, s m. [âes.átio] 8S vistas, bas-
tidoifs, III-., d« s« ti a.
í^t^!C«, A, oi'j. j.trltnccnte, ou relalivo
á s< ena. Jojj* s — *.
siEM)ChAiiiiA, * [.(fccva, e grcfjlía]\e-
prcsn.tM.àu « Dj p»i>|iMtivíi (Je bii> t Ljttio
ptrjeií^du b(>Lte um [.huu Lnizoniòl.
sct^0llcu, *. /. \. Euariius.
scnTiti.-iiu, s. m. ((íes. í.\iiio] doutrina
dos siepiieos, t^ciía dos s< epiicv & ; uií-p(*si-
çào a (Juvidfir de tudo oqueiíáo édtnons-
Xibúo tu evideme, increaulidace tui uj&le-
rias íledogiuís relign so-».
' Syn, touip S^itj liciòmo, fiyrthonismo
São iernios oe | hiU >U( hia que uiM^iiiciiu doub
5}■sU•U!^s I hiii s< phicos, se ííshiui >e pt deiti
ctjsiirar, (p is Ob <ii> b<>i> á iheoiia da Ctileza;
o piinieiru nada ^íIilua, o bt^und<> liiUo ne-
ga. U ife/ /<co i!US| eiide ojupZnsiLie lodns
CS tljecus ; o lynlionicv ifliina pOíih\a-
Dienie a inceiíeza univ»;rf8l * Lu. e oulio
sy>i» II a, Ui2 U. ^r. fiiiiitiMn de 5>. Luiz, tii-
ceiTd em ^ua pKpiia iiauiieza o principio
da sua desuui^ão; poiqiie òuLos ^ílouia^s
ou iLenos d< gn òticns. A lazào não | óde ata-
car a rbzau, stnàoeujpregMido o ibciocmio
e Uido o raciot Hiio suppòe principioh, e sup-
pôe a teittza das regras de 1 ogua.
JCEPTiCo, A, atij. \\.bX. scepucus, do Gr.
skepivviui, pesar, tonfcideiar.j sedai io do
scepiicisir o ; que nao acitdita sem maduro
exAine Os— «.
scEriKo, .-. TO. (lat. sceptrum, do Gr.
skéiiiô, enci siar-se.) Loida»-, l»flsiào euilo,
inMgiiia de rei; (tig ) o tei, Hb«rania.pu-
di-r, pr»^dufi imo, manco, p< der hupiiii.o
Dar o — a alguém, rtCMitiece lo (trsotie-
raiio Lar o — do acu co ojão ás jiutuões,
(«Zer-se esciavo dt-llos. M«)r<iesdiz qi>e &i(ro
é úitrlhor oiiLi giaptiia. i^ho seip«iquenáo
estuve stluo e Attio, ptr i>ctpiicu cACtfta.
.«•cnAVtCiiohi, (^e« gr j 4wiit/.r, cidade da
t'>retia, 2 l»gi>as a K. du ^ll^ilrH.
;ciin<LiA, s. f. (tal. 4</<td»»/a ,' do Gr.
schcdtii, junl«», peru» ; ichtdwzô, ínitr de
pie^sa, ítuj príiipiidã'» J eMiip o bit>e, bi-
lhete. — de tt^lamt^lo. Muiaes tscieve stdu-
voL. ir.
/a. nio sei por que razão. Cédula r tt «c«-
duh é aduissive! oriliographia.
íridUE, (Lisi ) «tUl.re «htmieo, nafreu
rni Stialí-ard <ni .7A:f, norrtu em 1786.
D»'ve•^e-llie a dfSM b« na de uuiios princí-
pios tbimuos. Piibliiou Tiatados a MímO'
nos
scniiD, (bisl.) S<'keidius, sábio hoUaa-
dez, nfsctutm l74á, u.(»ireufm 1795. bti-
x< u ( niie (UlM sescriptos : lilonarium aia-
bi<o loliiiQ manuale.
scHEiDT, (liisi.) nis'oriddor allenão, nas-
c(u uu 7( V, aorieu tm i761. l)eixou :
Ihhliolliica iiOiliiitgtnsiSf e Origin s gutl»
fciiFiESTADT, (geogr.) chamada tanbem
Sehftoi t idade dt Hrni^a. Jl léguas So.de
Mra.^^ljurpo ; y,7< O habitantes.
sciiiLiKiiN, (^eogr ) glande bbbographo
ali* n âo, Il^s< eu t m 1L)*j4, o orieu em 1773.
ItbliKU: AUiOen taus litieianíB.
>cni I LiMithG, (^(ogr.) i.ome de muitas
villas d'AlÍi manha, a ptineípai i na Baviera,
a 2 léguas e iLeia de ftalzbuigo; 5cU habi-
tant<s.
scHELLFR, (List.) sabio allemâo, nascea
em )7^ó, n^oneu em ihti3. As buas pria-
cipaes ( hras ^âo : Dois dicciouaríos, /ali-
nvs e alltu.àts ; oHin.à>s e lutmos,
.<^cu£LLl^G ou scHEiLiii.s. TO. ^Flameo^
escalin, A lem. sdnUivy ) moeda inglezade
^rata que \ale d« ze |tnn}s; vinie lazim
uma hhra esterlina.
S( nELll^Gou TlR-KHElLl^G, gpogr.jilhft
i!a Holl»nda no mar do noite, ao ti). d'Ame-
land ; 4.t (j(> h< biiantes.
s. tiULY ii'ArcnLU, (geogr ) cidade d©
França, a 8 léguas ao 4^. de Maijevas ;
1,61o habitan es.
s. cuLLY d'al'bac. (geogr.) cidade de
t>ança, a 6 léguas d'Lspõhon ; 3.0^4 ha-
bitauies.
scukma, s. f (pron. skema\ Lat. do Gr)
figura, lóima, modtlo.
scBEMMiz, igeigr) cidade da Hungria,
It) léguas aoN. d'ipoly-Sagk; 17,U10 ha-
bitantes.
scuLNA . s. f. (pron. skitia; Gr skhoi'
nos.} medida iiineiana eg}pcia de sessenta
siadks, igual a duas paiaAaiigas persas. 1 li-
nio dá lho >ó quaieuta :»tadics. h\. ^>eigej
ciê, ciitiiia a opinião rvctbida, que tiàuera
medida (gjpcia uias sim aMallca.
stiiiMKhi, ^hiat j mueoiunidco francex,
na^c* u im ló47, min eu em tblM', inven-
tou pio(e^^GS de miK u.onica ariiheial, e per-
ctirieua Luiopa acabando tumempha^eakua
arte.
stHEKECT>DY, (geogr.) ciH«de dos Estados
Uiiijos, 7 leKuas ao ^U. d'AlbimY : 7>iM)
habitantes.
1S&
«38
«CH
gCH
scHKKK, (geogr.) Yilk da Traníylvania, 11
íeguas a NE. d'Hermanstadt.
SCHEREMETOV, (hist ) um dos generaes de
jfedro-o~Grande da ílussia, teve parte na
▼ictoria dePultawa; morreu em 1719.
s. CHET, (geogr ) Yilla de França a 3 lé-
guas e 1 quarto ao ^0. de Tour do Pin ;
3,390 habitantes.
SCHBUCHZBR, (híst.) medico e naturalista
suisso, nasceu em 1672, morreu em 1733.
Ás suas principaes obras são : Museum di-
lutianum ; Homo diluvii testis, etc.
SCHETB, (bist.) sábio allemão, nasceu em
1704, morreu em 1777. Deve-se-lhe uma
soberba edição das Taboas de Pentinger.
SCHIATONK (André Medula o), (hist.) pin-
for, nasceu em 15á2 ná Dalmácia, morreu
em 1582. Foi protegido e empregado por
Ticiano e Tintoreto. O sou melhor quadro é
I^Btia Cabeça de S.João Baptista.
SCHIEDAM, (geogr.) cidade de Uollanda, 2
léguas a O do Rotterdam ; 10,000 habitan-
tes.
SCH'LLE«, (hist.) celebre poeta allemão,
nasceu era 17S9, morreu em 1805. Schiller
é sobretudo conhecido pelas soas tragedias
que são : Os salteadores, Fiesque, Cabala
i Amor, D. Carlos, Wallenstein, Maria
Stuart, Joannad'Arc, a Desposada de Mes-
sina, Guilherme Tell.
l_^ scHiL» iNG, (hist.) romancista allemão, nas-
ceu em 1766, morreu em 1839. Foi emi-
nente no género cómico Também escreveu
um drama : Elisa Colmar.
sCHiLFiGnEiM, (gcogr ) villa de França, 1
íegua ao N. de Strasburgo ; 2,790 habitan-
tes.
scHiMMELPENNiNCK, (hist ) csladista hollan-
éez nasceu em 1761, morreu em 1825. Go-
vernou a Hollanda durante quinze mezes
com o titulo de gran-pensionisla.
s. CHimAN ou caiSNAN, (geogr.) cidade
de França, a 6 léguas ao SE. de S. Tons ;
3,540 habitantes
SCHINNER ou SKiNNER, (hist.) chamado o
Cafdeal deSion, nasceu no Valais em 1470.
^"01 agente zelozo do papa Júlio II, recebeu
com o barrete de cardeal o commando ge-
ral da Itália pelo papa.
scHio, (geogr.) cidade murada do reino
Lombardo Veneziano, 6 léguas a HO. de Vi-
cença ; 6,600 habitantes.
SCHIRMECK, (geogr.) cidade de França, 8
léguas a NE. de S. Diej ; 1.415 habitan-
tes.
sCHiSMA.í. m. (Gr. skhizó, cortar, separar,
díividir.) separação de conn munida df religio-
sa, de partidos, opiniões O — da igreja gre-
ga, separada de Roma Pron. cisma ^ e nos de
^ivados.
^ i^Oi^MAtiCO, À, a4/ qiiefezscbisma, que
legue o schisma. Homem ichismatico^ appre»
hensivo.
scHíSTO, *. m. (pron. xisto : do mesmo ra-
dical que schisma.) (miner.) nome genérico
das pedras que se separam em laminas del-
gadas como a ardósia.
scHLADMiNG, (geogr.) villa dos Estados-
Austriacos, 20 léguas a O. de Judenburgo ;
1,000 habitantes.
scBLAif ou SLAiSY, (gcogr.) cidade da Bo-
hemia, 7 léguas a O. de 1 raga ; 3,000 habi-
tantes.
sciiLECEL, (hist.) poeta allemão, nasceu
em 1718, morreu em í749. Imitou com suc-
cesso os poetas clássicos latinos e gregos.
Também escreveu para os theatros.
SCHLBCEL, (hist.) critico 6 poeta allemão,
nasceu em 1/07, morreu em 1845. Publi-
cou : Ensaio sobre a litíeratura provençal,
e traduziu duas epopeas Índias : O Bamaya-
na ; o Hitapadessa.
scHLEiDEN, (geogr.) cidade dos ístadtis-
Prussianos, 1 légua aS. deGemund ; 1,5'JO
habitantes.
SCHLEIERMACHER, (hist.) philologO 6 iheo-
logo allemão, nasceu em 1768, morreu era
1834. Traduziu do inglez os sermões de
Blair e de Fawcett, e foi distincto prega-
dor.
scHLEiz, (geogr.) cidade murada da Alle-
manha, capital do pr.ncipado de ReusS-
Schleiz í légua e meia ai^E.de Saalburgo
4,700 habitantes.
sCHLEusm , (geogr.) cidade da Prússia
capital do circulo de Kenneberg ; 12 leguai
ao SO. d'Érfurt; 2,100 habitantes.
sciiLiCHTEGROLL, (hist.) sabio biographo
allemão, nasceu em 1764, morreu em 1822.
Publicou entre outras obras o Necrológio
dos Allemãet.
sCHLOEZER OU SCHLOETZER, (hist ) histo-
riador allemão, nasceu em 1737, morreu
era 1800 : Escreveu : Historia da Lithuania ;
Historia universal ingleza, etc.
scoLUSSELBURGO, (gcogr.) primeiramente
N(eteburgo, cidade e fortaleza da Rússia eu-
ropea, 8 léguas aE, de S., Petersbourg.
SCHMIDT, (hist.) um doç grandes publicis-
tas allemães, nasceu em 1726, morreu 1778.
Entre outras obras deixou : Principia ju^
ris germanicimi antiquissi, antiquii, mediii
pariter aíque hodierni.
SCHMIDT, (hist) historiador allemão, nas-
ceu em 1730, morreu em 1794. Deixou umt
Historia dos Allemães.
SCHIUDT, (hist.) chamado o Phiseldeck.
historiador allemão, nasceu em 1740, mor-
reu em 1801.Dfixou: Historia da Rússia-
Maieriaes para aHntoria da Ruotia desde
Ptdrtt /. ric
scuiiit.bE0£RG, (geogr.) cidade dos Estedoí
•CH
flCH
ft39
PrDssianos, 3 léguas ao S. de Hirscbberg ;
8,000 habitantes.
scHvoELNiTz, (geogr.) cidade da Hungria
a 7 léguas aSO. d'à:insíedel ; 5,500 habi-
tantes.
sciinKCBKnG, (geogr.) is\o é monte de neve
nome de muitas montanhas d'Allemanha ; a
mais aha é na Áustria.
scHnECBKRG, (geogr.) cidade do reino de
Saxonia. 7,4UO habitantes.
scHNRKOpp, (geogr.) montanha da cordi-
lheira dfl Uiesengebirge, no limite da Silesia
eda Bohemia.
scNEiDKR, (hist.) medico allemão, nasceu
em 16l0, morreu em 1680 Deixou muitas
obras de merecimento sobre medicina.
scuNEiDER. (hist ) demagogo allemào, nas-
ceu em 756, morreu em 1784. Traduziu
em allemão as Homelias de S. Joáo Chr%-
sostomo.
SCHNEIDBR, (hist.) pbiloloRO e naturalista
allemão nasceu em 1750, morreu em l822.
Deixou: Diccionatio grego-allemáo : His-
toria dos animaes^ etc
SCHNEPFKNIHAL, (geogr.) villa «lo ducado
de Saxe-Coburgo-Golha, perto de Walter-
shau.
scHOEFFEB, (hist.) um dos inventores da
imprensa, morreu em 1502.
íCfiOELL, (hist ) sábio historiador, nasceu
em 1766, morreu em 1833. As suas prin-
cipaes obr«s são : Curso de Historia moder-
na dos Estados eiiropeos : Histotia abrevia-
da da lilteratura romana, etc.
scnoEríAU, (geogr.) cidade dos Estados-
Austriacos, 1 légua e meia aSE. deHrum-
bach.
SCHOENAU (Gross), (geogr.) cidade do rei-
no de Saxonia, H léguas a 0. de Zittau ;
4,0<'0 habitantes.
scflOENBRUsN, (geogr.) Fons bellus, nome
de muitos logares d'Allem8nha, o mais ce-
lebre é uma villa dos Estados-Austriacos, 1
légua a E de Vienoa ; 400 habitantes.
scHOEi^EBECK, (gcogr.) cidade dos Estados
Prussianos, 3 léguas a SE. de Magdeburgo ;
4,1^00 habitantes
scHoENHOF, (geogr.j cidade da Bohemia,
meia légua o E. de Maschau.
scHOEPFLiN, (hist.) sábio publicista e his-
toriador allemão, nasceu em 16U4, morreu
eml»71. Deixou entre outras obras : Álsa
tia illustrata ; Historia Zceringo Èade/i*is,
etc.
SCHOLA, e outros vocábulos escriptos por
scho. V. por Esco....
scholastica (S.), (hist ) virgem, irmã de
S. Benedicto, fundou a ordem das Benedicti-
nas. Morreu em 643. £' festejada a 10 de
Fevereiro.
SGQOLÁSiico, A, adj. y. Escolástico,
scHonosus, (hist.) poeta latino do XTI sé-
culo, nasceu em Gonda. E* autor de come-
dias latinas tiradas da Escriptura Santa ; imi-
tou Terêncio.
sciioPFUEiM, (geogr.) cidade dogran-du-
cado de Bade, 5 léguas a MK. de Balo ; l,Sd^
habitantes.
scHORL, s. m (míner.) substancia pétrea
fusirel em crystaes de diversas cores.
SCHOUTEN , (hi.st.) navegante hollandez,
commandou a Concórdia na expedição de
Lemaire, morreu em 1625. Deu o seu nome
a um grupo de ilhas, que descobriu ao ^
da Nova Guiné.
SCHOUTEN, (geogr.) grupo de ilhas do Ocea-
no Equinocial, ao ISE. da Paponasia.
scHouvEN, (geogr.) ilha da UoUanda, ao
?i da ilha Noord-Beveland. Capital Brou-
wershaven.
SCHRBVELIO, (hist.) philologo de Harlem,
nasceu em 161*», morreu em 1667. Compox
entre outras obras o celebre Lexicon manual
grceco- latino.
s. CHRisTOVÃo, (g^ogr.) chamada também
S. Kit uma das Antilhas inglezas. ao MO.
do lago liuadeloupe, e ao SE. de Santo
Eustachio; 30,(^00 habitantes. Capital Bai-
xa-Terra.
s. CHRisTOYÃo, (geogr.) villa de França,
a 9 léguas ao 1^0. d'Issondua ; 577 habi-
tantes.
s CHRISTOVÀO, (geogr.) villa de França,
a 7 léguas e meia ao NU de Tours ; 1,515
habitantes. . ,,
SCHROECKH, (hist ) sabio allemão, nasceu
em 1733, morreu em 1800. Deixou : His-
toria da Igreja christã, Historia Univer-
sal.
scHBOEDBR, (hist.) Orientalista allemão»
nasceu em 1H80, morreu em 1756. Deixouf
Thesaurus linguce armenicct.
SCHUBART, (hist ) escriplor e musico alle-
mão, nasceu em 1739, morreu em 179 1. Dei-
xou bellas poesias e um volume intitulado
Cantos da prisão.
scHUMEG ouscHTME, (geogr.) proviucia da
Hungria, entre asdeSzalad aoll. eaO. de
Veszprim ao NE. ; 200,tOO habitantes. Capi-
tal KâposTai!.,..,,.jO. . v 'i .- . ii ;■
scHusMAifN, (bist.) senhora celebre pela
sua sciencia, nasceu em Colónia em 1607,
morrtu em 1678. Deixou : Opuicula hebraa^
groeca, latina^ jgftlliea, .prçêaicu $i nyttri^
scHUTT, (geogr ) ilha da Hungria, entrt
um braço do Danúbio edoYag. Capital Bis-
cbdorf.
scuiJTZ, (hist) philologo allemão, na.^cea
em 1/47, nr.orreu em 1832. Deixou ediçõe»
muito eaUmadM Ú9 Cieero^ é'Àri$tophaiMt,
•Ic. O
i35 •
5(0
ScW
;iè'
SCÍ
^'sfcnwAB, (hist.) sflb-o allemâo, nasc<»u era
17 3, ujorreu em 1821. A sua principal
obrn é: Solire a.v cauzas da universalidade
da liiigua franceza.
íchwaBacii (g»ogr.l cidade da Baviera,
h legurts ao So de ÍSuretiiberg ; V>00 ha-
bilanles. "
scnWifxnAT, fgeogr ) villa dos Fstádos
Auslriôcos, 3 léguas ao SE. de Vienna ;
2,0(10 híibilantes.
sciiwarz, (hist.) monge benedictino de
Friburgo, vivia no conheço do XIV século;
passa por ser o invenlor da pulvura.
scwAiiZA. (geogr ) itoine du muitos rios
msigniticr^iitf^s da Âlleinaiiha.'
sciiWARZBURCo, ígeogr.) paiz d'Allfroa-
nba, outrora rompn-f ndido no circulo da
Alta SMonia. E^te paiz está actnaiufen'e
dividido em d»ius ramos da cara de Sch-
warl urgo, fuj«s possessões te^m o titulo
de principado e formam dons Estados da
CoTif»*dfr«(,ào germânica : o de Stliwarirbur-
go Undi.liiadl, e ronia G",UIIO habitantes
e ó de Si liwarzburtfo Sonderstaiisen, que
ccnta 5(1, í OU habitantes.
íCiiWAhZBUKr.o, (grogr.) cidade do prin-
cipado tie >rhwí'Zbuigo-injdolsiadt. i légua
ao SE. de Eaemgs^^e ; «'dU habitantes
í.cnwARZK^BFhG, (fieogr.) nítme de muitos
sImos da Allemanha. fnire outros um cas-
tello da Baviera entre >Vartzburgo e aus-
parh.
fcwabzkí^bepg (prin^ipe de\ (hist.) ge-
neral «uslria<o, nasceu em Vienna em 1771,
morreo em 181U.
scnwAZ, 'g* ogr ) cidade dos Estados Aus-
tríacos, ó léguas 80 KE. d'lnspruck ; 8,UD^
habitantes.
$c»'WFDT, fgpogr.) cidade da Prússia, a 5
Ifguas ao KE. d'Angermunde ; 4,20{) ha-
bitantes.
scwEiDUiTZ. 'geogr.) cidade da Tnissia,
i\ letfuas ao SO. de bresiau ; iO,OOU ha-
bitantes.
sciiWEiGn^usER, (geogr.) sábio philologo
allerrâu, n«s«'ea»m 71á, morreu em l8 0.
Deixou ediçÔHs muito estimadas (i*/4/</)ic»o ;
de Sxiidas^ ele.
fCiiWE ^FLKT, ( gfogr, ] Deronn Trajecíum
Suerorvm, cidade da Baviera, 9 legnas ao
No de VuMzbnrKO ; ô,tM O habitantes.
SCWENCKFELD, (hist.) sectnrio de Lulhe-
ro, nasceu na Sdesia em 14U'', morreu em
15«'l l)eixou mais de hO obras, todas mui-
to rara«.
scnwERNT, (gpogr.) 57wm»na. cidade ca-
pital do gtaii durado < e iMetklemhiirgo-
Síhverjn, \i léguas ao SE. de Lubetk.;
lH,(MtO habitantes
scwKRiN. cidíde da Prjissia, 6 )egua9'a6
O. de Birubaum ; 3,000 habitantes.
sctvKTz ou swTFCiE, (geogr.) cidade da
Prússia, 14 legnas ao SE. de Alarieiiwer-
der ; 2,500 habitantes.
sciiwiTZ, (geogr.) cidade da Suissa, ca-
pital do cantão do mesmo nome, 25 léguas
a E. de Iteme ; .)8,0(J • habitantes.
scnwiTZ, (geogr.) um dos 22 cantões da
Suissa, entre os de Iri, Intcrwald, Zurich,
Lucerna ; 30,001) habitantes. • .^mi'!
sciacca, (geogr.) Tfiermot SelinuntinU.
cidade da Siciba, 16 léguas ao >0. de Gir-
gcnti.
sciagraphia, 8. f (rir. skia, sombra, e
grojilna ) arle de conhecer a hora do dia e
da noite pela S' mbra do sol ou da lua. — , de-
linearão do interior de um editicio.
sciARRA, (hist.) celebro chefe de bandi-
dos, devastou por muito tempo os Kstados
Romanos, foi mandado assassinar pelo go-
verno drt Veneza.
sciatp.rico. a, arij que mostra a hora pela
soml>ra do ponteiro.
scíatiCa. « f. (I at , doGr. ú/c^is, lombo.)
'med.jgotta no quadril.
sciATiCo, A, a^ij. (aiiat. e med.) do qua-
dril, da coxa Nervo — . Gota — .
sciCLi, (g*'Ogr.) Casinena cidade da Sicí-
lia. 2 léguas e meia ao SO. de Módica,
0,700 habitantes.
sciENCiA, *. /". (Lat. ícícníia, de #no, ire,
sabnr ) Conhecimento, noticia; corpo de dou-
trina que expõe as causas h eíFt* itos d-í pheno-
menos, ou applica prmcipiose verdades de*
m»»ns«radas. A — da geometria, da pbysica,
chimica.
sciENTE, adj. dot 2 g. (Lat. sciens, tis,
p. a. de seio, ire, saber.) sabedor, que tem
noticia, conhecimento; douto, perito.
sciENTEsiENTE, adv. {mente suíT.) com co-
nhecimento da cousa; sabiamente.
scirntificamente , adv. [mente suíT.) do
modo scientitico.
sciE."<TiFico, A, a?//, que respeita ás «ciên-
cias.
sciENTissiMO, A, adj. superl. de sciente.
E' p us.
s. ciKRS-LA-LANDE , (geogr ) cidado de
França, a 5 l^^gnss e meia ao N. de Blaye ;
2,(500 h^^bitantes.
sCiFÃo. V. Siphão.
sCiLLA. V. S^ylla. rochedo.
sciLLA , s f. cebolla albarran , prestante
dinntico.
sciLiONTE, (gpogr.) Srillus, Cidade da
Triphylia, na I lida, perto de Pisa.
sciMiLLA, s. /. V. Faísca, Crntdha.
sciríTiLi.AÇÃo, s. f. (Lat scintillatio, onis.)
o acto de sniitillar, v. g. — das estr-llas.
SCI^TILLANTE. adj. d OS 2 g (l^al icintil'
hns, tis, p. a. de «cinf i//o, are.) que scia-
tilla. '•> J^ '»»'»>*' A . ♦' ^Vi« ... .•.•,>i.i/:-
SCI^
SCjír
W
scnTTLiAK , «. a. ou n (í at. scintillo ,
are, f«iscflr.) fiiscar, lançir fai-^cis; brilhrtr,
chammcjtr, v. g scintilla o furro era bra •
sa ; sctntiilam os olhus do homem ira<lo.
€ Sciniillata espíritos divinos. )> Camões ,
dardejava (em st^mido activo).
8CI0, (geogr ) Chiou, ilha do Archipelago,
perlo das costas da Auatolia ; 10,uOO ha-
bitantes.
scioLO, s. m. (Lat. sciolus.) (ant.) igno-
rante (iresumiJo.
scioNK, (g v)«r ) cidade da Chalci liça, na
peninsiila de l'«llene, sobre o mar.
sciopptus, (hist.)3abio philologo alleroão,
nast eu eoi Í5T6. morreu em IGií) heixou
104 obras ou libellos. Kscreveu contr^ Sca-
bg^TO. .',!:
scioTERico V. Sciaterico.
scioTO. (geogr ) rio dos Estados-Vnidos,
um dos afllaentes do Ohio, corre a E. de-
pois ao L.
sciPiÕES, (hist ) celebro faraillia romana,
fazia parte da caz« dos Come llos ^«n« Coi-
neliu ) A palavra Scipião quer áx^^r bor-
dão .-N.^ .J. . j,.^ , .Olii^'u\
Os mais selebres Seipiões foram :
L. Cornelio Scipião, Olho de L. Corne-
lio Scií^iiào Barbato, que tinha sido cônsul
em 298 antes de Jezu Christo, elle mesmo
foi cônsul cm 259, e censor em 258 du-
rante a primpira guerra púnica.
Cn. Cornelio Scipião Asina cônsul doas
vezes, em 260 e 25^ antes do Jezu7Chris-
Poblio Cornelio Scepião, filho de Lúcio,
o conquistador da Sardanh», foi cônsul em
118. Alorreu n'um coa.bate contra Asdrú-
bal.
Cn. Cornelio Scipião Calvo, irmão do
precedente, fez um pap»^! importante na se-
gunda guerra púnica: foi cônsul em i^^».
PubiJo Cornelio Scipião Africano M»j »r,
chamado vulgarmente Scipião o Africano.
filho de Pnbho, nasceu em 2(6 antes de
Jezu Christo silvou a vida a seu pai no
combate de Tessino; ganhou na llispanha
uma victoria deciziva, «m que Asdrúbal
perdeu &4,' (iO homrns. Foi nomeado côn-
sul em 2()5 antes de Jezu-Lhristo, e fez
guerra na Africa sempre com vantagem,
obrigou Carlhago a implorar paz Tantas
façi^nhas valerem a Scipião o triumpho e o
sobrenome d'Africano *.orreu no anno
184 antes de Jesu-Chrisfo. ,.\ ..j^ ..y^
L; .Car^elio Scipião, chaíâa.<rK)^jO, Asi^f)ifi<>i
irmão do precedente, foi nom^acip ^<jonsiiil
no anno 190 antes do Jesu-r.hristrí,' e ba-
teu Antio' ho-o-'«rande em Masjne^jia. As
suas victoria s na A^ia valerain,-lbc| | o , j^po^
4« AuMlico.
wi.v IV. "
iíJ4JM^«M
Cornelio Scipião Calvo, cônsul no anno '222
autes de J»»Z'i-i;hrÍNi i. Venceu os Boio}. ,
l*. Cornelio Scipião Masica Copoulum li-;
lho d ) precedente distinguia-sf) na baldha'
do Pydna, foi nomeado coasul em 155 e
venceu os Dabnaias ;
P. Cornelio >ci(»ião Emiliano Africano
Numanliao, appeli lado o segundo Africa-
no era íilh > de Paulo Erailio, e foi adopta-
do por ura tillio do grande Scipião. distin-
guiu se pelo seu valor. Foi encarregado
por Ma.>sinissa de oividir os seus estados
entro s.-us filhos Foi ^dil em 151 antes de
Jhzu Christo, e cônsul em 148. Fez guer-
ra na Africa, arrazou C.-^rthago depois de
um cerco de três annos. tomou Niimancia.
Depois destas eraprezas obtnve duas vezes
o iriumpho e os sobre nora^s d' Africano
f, Niimantioo Julgi se que foi ^orto por
Sempronia. su.i espoza. .í,í,' i.i, .. ,^
sciRoN, (mylh ) salteador da' A tbica, fi-
lho de Eaco, roubiv.i os viajantes, e dei-
tava os ao mar. Theseo purgou a terra des-
te monstro.
sciRRo ou scniRRO, s. m. (Lat. scirrxis^ Gr.
$kiros.] (med ) tumor duro indolente, qua^
ataca le<;idosglandulosos Pron. cÍTO,
sciRROso, A, aJj. (i.at. ácirroíu* ) (med.),
da natureza do scirro. \
scisMA, í. w V. Schisma.
scissfA, s. /*. (famil ) opinião mal fun(|adaf
preoccupaçào , apprehensàj errónea./^ jV,'
Schisma.
sciSMAR, V. a. ou n. (Não vemdesc/aí-
ma, divisão, scissão, mas sim do Lat ,eGr.
schema, projecto) ter apprehensèo errónea,
pensar, cuidar em cousa que inquieta, em-
baraça.
scisjfATTCO. "V. Schismatico, dissidente em
matérias religiosas. lanj V ^^-'^
scisMAiico, À, «í/J. (íçwj^ar,) f ppreheh-
sivo..
'-'^ .t**í^\^.
scíssÃo, íi /. (tal. scissió.) ruina, des-
truição. 7
sciTosAMENTE, adv. (do Lat. scilè , astu-
tamente ) (p. us.) de caso pensado.
s. CLAiR, (geogr ) villa de França, a 3*
l*>guas ao ^E. de S. Lo; Gò3 habitan-
tes.
8. CLAIR, (geogr ) lago da America do
Norte na região dos grau ies lagos, a 10
léguas ao do lago lluron.
s. CLAis, (g^ogr. rio da Aimerica do Nor-
te, une os lagos Uuron e S CJair, separa
o terrjlí^rio de,Michi^an do Alto Canada.
.>;:"Çl'/V;?:SU^-.çi^R,J^e..^r:)viJh;d^
ça, a 2 Ifgnas e 1 quarto ao RP,^,a^|, M«<|^
gn^rVjpdOfí^bitanttjs,^ , , ".• .. i^n.l'
s CLAK i)K io\i*GNB , ,(Ç^Pgr, ) cíd«da d(|^
França, a .-» I^^uas e^ rpeià «v ^^ji ^^''fr^*
wóur*!;' i,COÔ habiifliíies. \,.,^ !..«";,
' l«i6 i.iuy^.f isjw -^.^tf
642
BCÒ
6(3f
^'•i. %LADD, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas 6 meia ao SO. de Confolens; 1,956
habitantes.
8. CLÁUDIO, fgeogr.) Conãate dos Anti-
gos cidade de França, a 13 léguas ao SE.
de Lons-le-Sannier ; 5,240 habitantes.
SCLEROTICA, s. f. OU adj . ^. (Lat,, doGr.
sklerós, compacto.) (anat.) membrana exter-
na e compacta do olho.
s. CLORT, (hist.) ou Pedro de S, Clono,
tutor do Romance du Renard, poema alle-
Çorico e satyrico de 2,000, versos, vivia
no começo do Xíil, século.
s. CLOND, (geogr.) villa de França, a 2
léguas ao O de j «ris ; 2.3l6 hí«bitantes.
8C0NE, (geogr.) villa <rEscossia, 1 légua ao
N. de ferth ; 2,500 habitantes.
scoi.FiTO. fant.) por esculpido.
icoLiASTES. V. Escoltaste.
sroiopENURA, s /. (Lat., do6r. »/^o/o;?5,
agujlhào, e hedra, assento.) (h n.) reyúí
que tem muitos pés e uqj aguilhào no ra-
bo — . norr e de uma planta.
scoMUNGADoiRO, A, údj (aut.) diguo dn
étcomniunhâo.
- ícoNDUDO, »n\. ) V. Escondido.
scop*s, \hist.) cel*-bre escuiptor grego,
nascí»u Pm Pa^is era 460 antes de Jezu-
Chrl>io encheu a Jonia, aAttica, a Beócia
e o Peluponeso com os seus trab«lhts. Fui
appelldado o Artista da Verdade. Os seus
primores d'arte são um Mercúrio e uma Ba-
chante.
scoRBUTico. V. Escorbutico,
scoRBUTO. V. Escorbuto.
scoRDio. V. Escordio.
scoRDiscos, (geogr.) Scordisci, povo que
depois de ter formado alguns estabeleci-
mentos na Panonia, e na Thracia, íixou-se
sobre os montes, que limitam ao M. a Ma-
cedónia. Eram muito ferozes.
sçoRF, (geogr.) rio de França, nasce nas
proximidades de Pontivy, e lança-se em
Blavetena Lorient.
scoT, (hist.) em latim Scotus Erigena,
isto é natural d'Erin (antigo nome da Ir-
landa) sabip monge irlandez do IX século.
Deixou um fraciado da Predestinação.
scoí, (hi§t.) escriptor escossez de XIII,
século, nasceu em 1210 morreo em 1291.
Deixou : Physiognomiq^ Mensa philosophi-
ea. * ^
SCOT ()pfò tipns), (hist.) celebre philoso-
pho scolastíçp ésçossez, apellidado o Dou-
tor êuhtit, nasceu em 1275, morreu em
130{^. Foi um do8 melhores disputadores
' ^do seu tempo.
scóru. X f (T.at. <0o<ia.) (arch.) saliente
Qê b se da coltimrii.
sci'T<>ii A. 8. f* |UU 'êiíÊÁimik.) ^med. p.
scoTs, (geogr.) Scoti, naçSo saída da Hi-
bernia veio habitar o Norte da Ilha d*Al-
bion ou a Caledónia, de quH disputou por
muito tempo a posse aos Pictas, ate que
estes dous povos se confundiram em um
SO.
scoTT (Walter), (hist.) poeta e romancis-
ta celebre escossez, nasceu em 1771, mor-
reu em 18í^2 Os principaes dos seus poe-
mas são : O Lamento do ultimo menestrel^
Marmion, a Dama do Lago, o lord dat
Ilhas ; e entre os seus romances : a Pri-
zão d'Edf'mburgo , os Puritanos , Iva-
nhoe Rob-Hoy , Ricardo na Palestina ,
etc.
scoTTi, (hist.) jesuit»! italiano, nasceu em
1602, morreu em 1669. Attribuem-lhe a
monarchia dos Solipsos.
scoTTO íhist ) um dos chefes dos Gibe-
linos de Placencia em lá90.
scoTU«A, (geogr.) Scotussa, ci'lade dA
Thessalia. ao SR deLarisse.
SCRAVONETA, *• f ''ubi hruto, não polido.
sCRiBONio, íhisl.) Furto Camillo Scribe"
mano, iionsul no armo 32 rie Jeiu Christo
fez se proclamar imperador, roas abando-
nado pelas mas tropas foi assassinado na
ilha de Lisa no anno 42.
scRiBONio LARGO, (hist) m^^dico Tomanò
nos reinados de Tibério, r.jtligula. e Cláu-
dio. Deixou um opúsculo : De compositio-
ne medicamentorum.
scRivEBio, (hist ) erudito allemão, nas-
ceu em 1576, morreo em ir»60. As suas
principaes obras são : Ântiquitalum ba^
taniearum tabularium ; Chronicas da líol-
landa, Zelândia, Trisa, etc.
scRiviA, (geogr) rio da Itália, sa© ^m,
Apeninos, e lança se no Po. ' ''
scuDERi, (hist.) poeta e romancista, fran-
cez celebre pela fecundidade e pelo ridicu"
lo dos seus escriptos, nasceu em 1601, mor-
reu em 1667 ; deixou 16 tragedias e mui-
tos romances.
SCUDERI, (hist.) irmã do precedente, nas-
ceu em 1607, morreu em 1701. Publicou
muitos romances, que tiveram extraordiná-
ria voga, e recebeu de seus comtempora-
neos o sobre nome de Sapho, a Segunda
Musa.
scuLCA. V. Inculca.
scuRCULA, (geogr.) Excubias, villa do
reino de Nápoles, 8 léguas ao S. d'Aquila ;
1,300 habitantes.
scuTARi, (geogr ) Ouskoudar, cidade da
Turquia asial-ca. defronte de Constantino-
pla ; 85,000 habitantes.
?CUT.«R<, (g''«»«r.) Scoira cidade da Tiir-
qira eur>pea ^0 {.«fjuíís «o >E. d» Cous*
(antinoplM ; lO.lMNI babitarit«6
Ét»
543
ã»áe do Brutium, perlo de um pequeno
golpho do mar Jonio, chamado o golpho
Sfylacico.
SCTLAX, (hisl.) geogMpho grego auclor
de um Periplé do mar interior. (Mediter-
râneo), yirea n*uma epocha incerta.
scYLiTZís, (liist.) historiador byzantino
do XI século, foi em Constantinopla go-
vernador do palácio. Continuou a historia
de Theophanes.
scTLLA, (myth.) nympha siciliana, foi
amada por Glauco ; mas Circóa sua rival
tfansphormou-a em um rochedo.
SCYLLA, (geogr.) cabo celebre d'Italia so-
bre o mar Tyrreno, na ponta ao S. do rei-
no de Nápoles.
SCYLLA, (geogr.) hoje Scilla ou Scigliê
cidade d'ltalia, no reino de Nápoles sobre
um elievado rochedo perto do cabo de
Scylla.
SCTLLEO, A, adj. de Scylla.
SCYMNO, (hist.) geographo grego, que vi-
via 80 annos antes de Jezu-Christo na cor-
te de Nicomedes, rei da Bythinia, é auctor
de um Periesege.
s. CYPRiAKO, (geogr.) cidade de França
a 4 léguas ao de Sarlat; 2,^87 habitan-
tes.
s. CYRAN, (geogr.) celebre abbadia de
Frisnça, situaaa em Brenne.
k. CYRO, (geogr.) villa de França, a 5 lé-
guas e meia ao O d(< Paris; 1,013 habi-
tantes.
sCYRos, (geogr.) hojV Skiro, ilha da Gré-
cia, no mar Egeo, 2 léguas a E. dTubea.
6CYTAL ou scvtalr, t. f- (Lhí. scytala ou
seytale ] nome de uma serpf^nte. — , ba*t&o
á roda do qual os Lacedemonios escreviam
os despachos que mandavam aos seus ge-
neraes.
SCYTHIA, (geogr.) vasta região, que en-
tre os antigos compreendia todos os paizes
spíitentrionaes e orientaes estranhos á ci-
vilização ; começava a E. do Vistula e ao
^. do Danúbio, e prolongava-so indifini-
damenle para o Oriente
SCYTHIA (pequena), (geogr.) Scythia mi-
tior, pequena provincia romana da diocese
da Thracia, entre o i^oato Euiino e o Da-
núbio.
scYTHOPOLis, (geogr.) BèifísaH, hoje Ri-
sin, c d >de da ralestina na Samaria, ao
SF.
5. divid's, (geogr.) Menetia^ cidade d'In-
ítlaterra. a »» légua» e meia ao SO. de
Tembrolte ; 300J habitantes.
s. DEitYíous. D!Hiz, (ceogf.) Catolncum^
Wepois l>iòn\/tii^poíit. Tanum,S. Dionysii,
cidad« d^ França, a t léguas ©meia ao Pi.
do Paris: ,8^0 habiiantw.
cas de França, redigidas nos mais antigos
tempos da monarchia pftlos religiozos de .
S. Denyz e guardadas no thesouro da al)^ '
badia. O abbade de S. Denyz escolhia pá-
ra historiographo um religioso, que seguia
a corle, para tomar nota dos factos, con-
forme elles iam succedendo ; depoi^s da
morte do rei redigia, segundo estas notas,
uma chrunica, que. depois de approvada
pelo capitulo, era incorporada nas Gran^
des Chronicas.
s. DiNYz, (i?eogr.) capital da ilha Bour-
bon, sobre a Costa ao S. lií.OOO habitan-^
tes.
8. DKNYZ Dg GART OU DE GUART, (gBOgr.)
cidade de França, a 4 léguas E. de Con-
ta nces ; 2,000 habitantes.
s. DENYZ DE gatines, (gôogr ) cidade de
França, a 4 léguas ao NO de Mayenne ;
3,516 habitantes.
s DiDiER-LA-LEAuvE, (geogr.) cidade de
França, a 6 léguas ao NE d'yssengeaux ;
3,866 habitantes.
s. DIB ou s. DiEY, (geogr.) cidade de
França, a 12 léguas ao NE. d'Epinal; 7,900
habitantes.
s. DiER, (geogr.) cidade de França, a 9
léguas SE. de Clermont ; 1,-60 habitantes.
sDiLO ou sDin, (geogr.) nome de duai
ilhas do archipelago grego. /^~
s DiziER, (geogr.) cidade de Fránçé*; í5
léguas N.deVassy; 3,^60 habitantes.
g. DOMINGOS, fg^íogr.) ilha da America, i
meíima que Haiti.
s. DONATO, fgeogr.) cidade de França, a
7 léguas de Vaíence ; 2,159 habitantes.
SR, conj. condiíMonal, hypothetica (Lat *í,
de sit, seja. conj«in<Hivo áe esse, ser.) t.g.
irás se puderes ; se íizer bom tempo.
SR (do Lat. se, variação do pronome da
terceira pessoa. Em Portuguez corresponde
ao dativo sibi , a si.) com os verbos acti-
vos denota que a pessoa é o objecto da ac-
ção, V. g. feriu-«, matou-íí Com os verbos
absolutos denota espontaneidade de acção,
V. g. {oi'Se, lá se ficou. Com os verbos ac-
tivos suppre a voz passiva que não temos, e
muitas vezes é impessoal, «. y. afundiu-**,
alagou-«« a terra; encheu-*e o poro; sec-
cou-í« a fonte; levantou-íc grande tempo-
ral. Deve-«c amara virtude.
SÉ, s. f. {^oTséde, do Lat. sedes, assento.)
cathedral. Á Santa — , a igreja de Roma, á
géde apostólica
SEAFORD, (geogr.) cidade d'Inglaterra, i
4 léguas ao SE. de Brightom.
SEARA. s. f (do Arab sahra. campina se*
mp«''a de trieo nm pé anl»'!» de ceifado;©^
<?o Lat. íf.err, }^^•me^r. Em Kiryprto fff^í^i
«TBir. e rfit. naitc»T ) a iiHm^^nteira di^t3vrpf^i|
'píL quanto wté tt6 pénocarojityiW^poi^
Ml
544
SEB
de terra sftmeadfl que se dá era paga no sea-
reiro. — , (fig ) abundância, «. e^ tt; de al-
mas, de dnir.rina.
Stn comp. Srara, mense. Smra épala-
Tra árabe, sahra^ ♦•signillca o \\\\n) eui pó
antes de ceifdd*», a c«mpma femeíífla, a (jue
cmnspnndH em laiim «eyís Mesne ép^^vríi
latina, me«.si.v. e si|<niH«;a a ««am j;i uiadura
a ponto de se lhe meuera f<»icH, e i^tubmn a ^
1cpifa Seara diz respeito ao estalo dos pã»'s
dppois que nasorm e cobrem a lerm, e wf'.vie
desde que anaailurfcem e promclieiu «»st!U-
ctos quo lof^ose ooIhHin : por isso se diz -lue
a> «cara? estão boas, mui v rd^s, cr»'sci'la>,
que |»romeltern, ou ar» coiiirario ; e «las me.s-
ses diz se que são «hundHntHs, que esià"
CpifaHas, rerolhidas, etc. iVf.sseé palrtvr.i rnnis
culta e men .s vulgar, sobrv.tud . no s ntiilM
figurado e r» bgioso. Messe erann< Uca é a
multidão deglutes conv(;rridí<s, queeuiraru
no grémio da 'grrja, que Vieirn coriípara a
um celeiro, dizeiíilo • « Itecoih^^r nosr.»l<^i-
ros da Igreja ioda a messe dos conversi s á
Fé. » K antes d"elle tinha diti» Lucuh : « S n-
do grande a copia da messe, e igudl a foltíi
de obreirrs, »
Seareiro, s. m. (d^s. eiró) o hvrador
que faz seara. — , no Aleiut^jí». lavra-lor po-
bre que cultiva poucas e pequenas herda-
des.
SEBA, (hist ) viajante holland^?,, nasceu
em IG .5, viaj 'U nas índias Orient^e^ e«'c-
cidentaes Deixou : ltt'tuinnai,urali}iin lhe-
saeci acururata descriptio?.,,' tt^ ,,' '^. ,,.
SEBASTK, Ig^ogr.) h"jrt Sicas, cidadè da
Ásia M nor, sobre o Ilal)rs,foi capital da
Arménia. dioiíyd';!.?^!^'';} r-, j .'Z;,,
SFBASTiANiSTA. '#. dos 2 g seclaho da ri-
dícula crença dos que, pe^^suadido* que hl-
hei D. SHb.istiào não morreu em A fiica, es-
peram ainda por elle.
suBASriÃo, (bisi ) chrisião z^^lozo, nJisceu
em Narbonna era .5tí, fui ra^íl}•ris«do em
288 fc' commeaorado a H) «le Jiueiro.
SKBA*iT'Ào (D ), (hist) r« í de Toriiig^l, neto
d*el lei li João IH. e íilho do príncipe D.
Joà \ eda princesa D .loauna, íi'hH do im-
perador Carlos V. Nascpu em >tò\, succe-
deu a seu avô em IfiliT, sendo reg<'ute do
reino a rainha D. Caiherin^t, sua avó Hióao
anno de íf>(J2. e depois ot>rdeal I) llerir»-
quo seu lio. Era 15G8 foi ÍK Si bastião de-
clarado maior, e touiou as redffls do gover-
no, encetando o seu reinado sob os melho-
res auspícios ; o reino nadava em riqu-^sa.
a Afrira achava se Iranqudh. o nr'«zil a Mh-
deira e os Açores avulta víim jd era povoação
e riqueza, ena inlia se obtinhara valiosos
leitos a'armas, que continuaram «luranieeste
reinado Cora ttfuito os rortuguezHS tomarara
PttOiô^} {Ib^i MeuM)r« veuticrau O rei ij^
Sixrrafe, os Malnhares era Cananor ('565] os,
('.hingil.ns e outros povtis, sustentaram va-^
I trosadiMuiu tloi e M dicd jlõ/i) eobriranp,
mil prodígios de val-ir no Oriunle. infdiz-
m<;nte o g'*iiio ardunte e guerreiro do jovnn
lUMUíirchH, excitado talvez pelo fanatismo re-
ligioso, olevararn a uinn euipr^^s^». queoc-
CH>i )íiou a sua mina, e cora e la a da pátria,
e preparou a i^surpiç.io da no^Jsa inlep^^n-
d^Tii-iH Mul^y vloh^foel, expulso do trono
drt F»'Z ^ .Marroiíos por seu Ho Vluley Moluco
rec'amou o soítcom» do monarcha porlugiiez,
qie deliberou em s<mi auxilio p-i^a o que
mandou «promptar lojjo ura^i lusidn ex, «edi-
ção. C.om 2'),tli>il homen- lí^rtiu «d-rei de Lis-
boa em *i.T d<! Julho de »57H,e dHseiul)arcou
eui .IVi<a pa;a combater um exercito de mais
dH 10t>,0 lu ^>oui' ns t» resulta líidestM t-^me-
rid«de fd a perda da batrtl^ta de Ahíater Qui-
bir, era qie morreu I) Sebflstião. Muley
Mohrtrned purquem corab tila. e Míd^-y M"lii-
eo seu a«lver.sario Hcpois da batalha Vliilnj
ilauiel Micc»^s«or deste ultimo, mandou ro-
cofihei;er por tilalgos porliuiieze'; o corpo (le
D. "^cbasiião. qiiH remetteu pira UacerQ d-^
bir, e depois para ('eula, don 1*^ em I5BÍ
foi transpoitido pani o templo rlMB^Iern, e
ahi lhe mau iou I) te Iro II em \hHí fizer
o tumulo em qu^-jjiz. |íiversi"S tradições cor-
rigiam no r-iiio Sobre a sua morte ; a'fi:uns
rfíIirmavHm não ler morrido, e S' 1 Ud »s hou-
\e, qije, «lte>«laram have-lo visto l.'var pri-
sioiíeuo. Formou-se desde eniào um« espe-
ci-^ de seita, chamada do« Scbnstianislait^
que secouserva na <dis:iuad(i opinião de |ue
o príncipe não raorrera, e que airida h<jQ
dt^pois de d(íis se<iiIo«í o meio espera o seu
reg-esão a» reino Foi no reinado d^sie mo-
iiarchn, que viveu o iraraortal Camões
sebasuáo (S.), (g^^ogr ) nt-que a villa da
ilha Terceira, erectn em 15'>i. Ksiá situada
• rn terreno q •'««i plano. cercado;|>íV altas
u.onlaiih«s, »,5.'J3 habitautf^s.
SKB\sriÃo OEL PipM^t. . (hisl ] pin»or de^
Veru'zi, nasceu era i^iSS. morreu í^m 1547.
Kni elle q lem desenhou a l^esnurreiçáo de
Lazaro,
siiBASTO, s. m. (do Lat. septum, separa-
ção ) liras nas vestiduras de côr diversa. Kas
casu'as ó a do meio. ,
' skb\st"ChaTor, (hist ) isto éaugustoitO'
herano, IíujIo creado por Alexs I, para um
irruào Isaac, era immedialo ao de impera-'
SEBASTOPOLis. (geogr.) hoje Tourkal, ci-
dade do Ponlo, a O sobre o íris.
SEBB, s. f. (. at. scpes, de sepio, ire, en-
cerrar.) tapume de rama secca para cercar,
e .vedar o ac<esso a quinta, vmh», etc, — •
€Íca, vallado de arbustos, era peral espinho-
sos âilvttdo. Casai de — , do ^lipa^ cruzadas
SEC
c tapn<Í9s com h!<rr'»ain»ssn(lo. Taipji da —
SLBKKrKK<N, (\\'\-l ] fiiii'í«'ior <lo imperi<»
dos Turcos íi «z r-vnltis f«ii escavo, <Irt|)<)i.s
g"nro (Itj Alp-T<rk;ii. general dos exércitos
do iNouh-ó-^^aiuiii le e lorn'Mi so indiípcií-
denle em 9<l» M írreu ena d.tl.
s^BKiMÇo, fgeogr.) cid;í'le do^ Kstados Aus-
tríacos. It léguas ao SÉ. de Zira, G.Ouu
bãbitant^^s
s B'^^NiNVTB, (gftoar ] hoje njftrnnoud, ci-
dade do anlÍRo Kgypto, no sliio, em que
o *>il<» So,4ôvide em iiinii<'S liraços.
SEBENTO, A, adj. cnse^ba^o^ untado de se-
bo ; suj », /
SíBr JtiNiiA, s, f. dimiiint. de sube,
SEBV^R, (geo„'r ) litjrfíania. cjd.ííle do
Iran, ib lfgo;<s «o SO de Nirhabour.
SFBO, ^. m (Lai stvwn oti sehu>n, que
talv»z v»'nha de ovis, CHrneiro, ovelha, e far
ou ejuo. ere, despir.) a banha, unlodecar-^
nei'0. l>oi, etc.
SFB UM. (g''ogr ] uma das cidad*^s da Pa-
lestina, na marg-^ra do lago A3.phaUite, fui
destruída com S(>doma. _
SFB íNUR. (hist.) sábio do XVsecn^o, na-
turnl de Bmel »na. morreu em l4.*12. !íei-
xou : Thtniotjia naturalú ; De natura ho-
minis dialogi.
SEBOSO, A, a//. {iM. nebosmonserosns.
da natureza do Sjebo; untado, besuntado de
sebo ; siij >.
SEBOU ou MAMORE, ígf^ogr.) Ho do imp?rio
de iiarrocos, san do Atlas, e lança-se no
Oceano Athntico.
SEBZ ou CHEiíER-SEBZ, (geogr.) Cidade do
Turkeslan , 12 Ieg.uas ao S. de Samar-
cand. \,..
SECANTE, adj. f. dos ? g. (Lat. secané ,
(tjf , p. a. .de sccare , cortar.) (geom.) que
corta, linha—.
Morí-es es<Teve este termo cora cc, e o
confunde com seccatite, de seccar jf ,^-^3^
SfCATLRA s. f. V. Séica.
secaz. (ant.) V, S'quas.
siiCCa , s. f. (de xeccar] falia de chuva,
cstayàj em que não eáe chuva.
SECC , s f. practica importuna, enfado-
nha Dar unia — .
SKCCA. (g»:'0)ír ) pequena ilha pmxiraa da
Cosli da Cabaceira pequct\a, em f^uçambi-!-
SEccxMKKTE, adv. {mente suff ) com sec-
cura. com desabrim» nio ; sem ornato.
Syn oinp. Seccamente, dexaliridu mente,
esquiiamenie To'los e-l»s advérbios Se to-
mam no sentidn moral e tiíiurado, ef-nriam
grad«i^ão no modo piíuco agradável c-m que
recebefucs ou trnl.uuns Al^u<'m !>frcaiiitnte
quL-r (lizer, f.em agrado, sem aíT.tbiJ.drtdc,
C'<m síMxura ; rnetaphor.i mui ex,)rHSsiva, ti-
ratU <i«i turra secca, bm quti uno Veui chu-
m
M^
• vido, em qu*^nàohahum'dade. Detabriia'
mente s'gtiilitja cotu dtísabrim»ifilo, cpiu «5-
perezi, com ar oi moios, qj») aaaunf.iain
iHSContenlamentooí^nfado.t mrtaphora tila-
da do loMipo dctiibridn e áspero qu^^ uos in-
commoda o coiup qii*í iios arripi;» E^qa va^
mente qu^r dizer com es'iiiivança, C'MU moS'
trás d(i desdém e despeito : metaphira tira-
da do verb > eaqnitar, que vai o rae-moqno
o arceo hítino. no sent<do em que disse um
moderno : « Vulgo profano, eu te aborreço
secoaístk, adj í/oç 2 7. (Lai sicxamt, tis,
p. a. de «teco, are, spccar.) que seoea : dro-
ga—. — , que cáustica, importuna. Homem—.
SECÇÃO. 8. f. (Lai stxlio, fíriis, d*' see<),
are] porção separada de um todo ; linha que
divid-i. Secções cónicas, (g-^.om ) de coies.
l*onta de — , aquelh em que duas liubas
se fortam. — , divisão, separação.
seccar, V. a (i at. sicco, are. V Secco j
privar da huiiilade. O calor do solseccaa
ttTra. as fontis. — r, faznr murchar de todo.
— as flores. — , (íig )ain gir : — a alma— r-,
irnporiunar com pr.»clica enfa^lonlia — a
tela no navio, ferra-la. — , esgota r-se. ces-
sar de correr. Seccara>n as fontes. Secca-
ran as arvorei, ficaram seccas, mo tas, pri-
va ias de su<cos. — sk, o. r. perder a hu-
mid.ide, o fluido Seccaram-se as fontes — ,
esgotar se, faltar; (Hg ) detinhar-se . t. g,
— de doença, desgosto. — se, (fallando,', re-
zando), aj^a^tar-se.
seccarwão. adj. m. auqment. de spceo.
.«ECCHiA, ig«irtgr.) Gnbdlas, rio ílltalia;
sae da vcteuie seplj^ntrional dos ApeninoSi^
o cao no ró. '^(i-
SECCO, A^t adj. (Lat. sircus; em Céltico
seh 01 stk. em i.hald lzrkh,i*r. xeros,eai
Kgypcio srhou, &ew.o, e sclio, arfia.)|>riva-
do de humidade,, enxuto, sem agua. Poço,
rio. lago -7-. Arv.íires, piçinla.v— í. Lenha ,
f-lhas — s Linyua, /<o.;a —^ falia de saliva,
Frvta — , pa^sas..ou d(3 casca s^cca cotno
nozes, airenloas l^yar em— ^ Jis ) ata-
lhado no meio do sormào ou do discurso.
Dar o navio em — , en» baixio, encalhar.
l*fjrtos-~4t enlratla ilo género^ por terra e
nàV.por mar ou rio Ama — , a que não dá
de mamar, ^irrore — , (naui )os mastros sem
vé|as. lialallvi — , em que nã^o ha eíTusào
de sangue. Missa — , em que o sacerdote
não consagra. Hoha — , vazi^ . ^fi^qrçs —s,
sem prazeres carnaes Coiicubij^o — -,^^ems€r.
tuinaçào. — de pnlacras, de condição des-
abrido, pouco alíjvel. /iiso —, tingido 'lâo
siniero. Hesf>()sia — , desabrida. A dinheiro
^(aposta), não para se gastar emromida.
Pà't — , (lig ) sem outro alimento snlmlo. //o-
mem—, de poucas carnes OraçdOf eslff/A,
* 131
146
ÉÉÍ
SBCC&ài, s. f. de humidade ; falta de chu-
va, sede. — da bocca, falta de saliva. — ,
(fig.) sequidão, frieza. — de condição, des- ;
abrimento, génio pouco affavel.
SKCEAE. V. Cecear.
SECKDiMBNTO, (ant.) V. Succeditnento .
SCCESSO, s. m. (Lat. secessus, de secedere,
apartar.) (aat.) apartamento
SEOio, A, adj. (termo famil. moderno.) cas-
quilho.
SECioso. V. Ceceoso.
SECKAU, (geogr.) Secovium, villa dos Es-
tados Austríacos, a l3 léguas ao NO. de
bcBiz ; 4'»0 habitantes.
SECKKNDORF, hist.) historiador da Fran-
couia, nasceu em 16 6 morreu em 1692.
Deixou entre outras obras : De lutheranis-
mo ; iCompendium hisloria ecclisiasticcB.
SECKKNDORF (conde de), (hist.) feld-mare
chal da Áustria, nasceu em 1673, morreu
•m 1763. Destioguiu-se na guerra da suc-
cessâo de Hispanha.
SECKiNGEN , (gcogr ) Sancfio , antiga ci-
dade da Saabia, hoje no gran-ducado de
Baile, 6 léguas ao NE. de Rale.
SECLAVES ou MARATis, (geogr.) povo da
ilha de Madagáscar ao NO.
8ECL1N, (geogr.) cidade de França, a ?
léguas ao S. de Lille ; 2.950 habitantes.
SECONDiGNT, (gcogr.) cidade de Franr,i,a
2 léguas e meia ao SO. de Parthenay ; 1,720
habitantes.
SECREÇÃO , s. f. (Lat. secretio, onis.) (t.
physiol.) segregaç&o de diversos humores do
sangue, elaborada pelas glândulas. As se-
creções são sujeitas ao influxo dos ner-
vos.
SECRisTO, (ant. e errada orthog.) V. Se-
guei iro.
SECRETA , 8. f. (subst. d* des. f. de se-
creto.) latrina, commua, privada.
SECRETAMENTE, adv. {mente suff ) em se-
gredo, apartadamente.
SECBETARÍA , * f. oíTicio do secrctario ;
casa onde se guardam os documentos da re-
partição do secretario, e onde escrevem os
oíTiciaes.
SECRETÁRIA, s. f. confideute ; Ireira que
faz o oflicio de secretario. — de tratos amo-
rosos, terceira,
siCRETARiAHEHTE, (ant.) V. Secretamen-
te.
sccmetartaR, V. a. ou n. {seeretãrio, ar
des. inf.) (aat.) fazer o officio de secreta-
rio.
SECRETARIO,* m. [Fr. secretairê, áoVii
secretum, s»'gredo ) oíBciíl de tribunal que
escrnve oÍ d»'t;pa(:ho$, carias, « d4 coma do
estado ótvi n^gf^ioft da sua repa dição. — do
fi»f«do, da guerra, drt marinh»^ e como ho-
je íb OÚ -^ ^ '^m4of *<íMjO%ftdo #a dir#»
ção dessas repartições. (Os partienlàfes iáni-
bem tem secretários a quem dictam ou fa-
zem escrever cartas e outros papeis.) — ,
o que sabe guardar segredos; a quem os con-
fiamos. Dizia-se principalmente de negocio$
amorosos.
SECRETÍSSIMO, A, adj. superl. de secreto,
mui SHoreto. ?<egocio, lugar — . Homem^y
mui guardador dos seus segredos. ** '
SECRETO, A, adj. (Lat. secrelus, de secer^
no, ere, separar, pôr de parte.) occulto, es-
condido. Lugar — . — , que está em segre-
do, não sabido. Negocio — Ordens — s, da-
das em segredo, não patentes, contidenciaes.
Homem — , que guarda bem os seus segre-
dos. Os pensamentos — , Íntimos. Porta — ,
escusa, por onde não entra quem quer. Par-
tes — *, pudendas, do homem e da mulher.
Estar--, incógnito, sem companhia. — , s.
V. Segredo.
sECREiORio, A, adj (Lat. secretorius.)
(anat.) que segrega, separa do sangue e ela-
bora as secreções. Vasos — s.
SECTA. V. Seita.
SECTADOR ou SECTATOR. V. SíCÍUano ,
Sequaz.
SECTÁRIO, s m. (Lat. seetarius, adj.) o
quo segue uma seita.
SECTOR , o. m. O — de um circulo ,
(geom.) a parte delle comprehí^ndida entre
dois dos seus raios, e o arco que elles com-
prehendem. — , instrumento astronómico
menor que o quadrante.
SECULAR, adj (Lat. «cu íarú.) de seculò,
do século, mundano. Homem — , laical ,
não ecclasiastico. O braço — , poder C'-
vil.
SECULARES (jogos), (hist.) festas, ^ue se
celebravam em ilonia com muita jiompa para
solemnisar o começo década século Conhe-
cem-se doze celebrações
SECULARiDADES , s. f. ditos, actos muii-
danos de ecclesiasticos, impróprios de seu
caracter.
SECULARisAçÃo, s. f. acto de secularisãr,
ou de ser secularisado.
SECULARiSADO , K , f. f. à% secularisar ;
adj. feito secular (o frade ou freira).
SECULARiSAR , «. a- [sccular, xsar des.)
absolver da regra ecclesiastica, restituir ao
estado secular. — frades, freiras. — se, r.
r. obter a secularisação.
SÉCULO, s. tn. (Lai. stcuHm, que os ety-
mologistas derivam de stcare, cortar, qua-
si secção do tempo. Eu creio que vem do
radical Epypcio sehe, em Sanscrit. sat, eoi
fersa sad, cera : a desinência eul ou eol^
vHm «*o Cir. ou do Kgyjoio %ot, quesigni*
H''a involver. Varro o deriva sem ra'iodè
íenis, Ví»lho * outroit de sufuor^ %.) o espatío
è tf^ «(mo» lolair»»») ^llf.) í^pow» JddWr
SED
147
O — de ouhi\' iètnpo qtif os poetas imagi-
naram ter sido o da perfeita felicidade, e
da virtude e innocencia O — de ouro de
uma nação, aquelle em que ella se illus-
trou mais. O—, (Úg.) o mundo, ascoasas
mundanas, a tida mortal.
SECUNDA . s. f. (anl ) € Pào — . milho e
painço, » de qualidade inferior, de segunda
qualidade.
SECUNOARiAMSNTE, adf>. [mente suíT.) em
segundo lugar.
skcundario, a , adj. (Lat. seeundarius.)
segundo em ordem ou em graduação.
SECUNDEiRO, A, adj. (V. Secunda ou Se-
gnnilo ) Moinho — , (ant.) de pão secunda,
milho e painço
secundinas, *. f. (Lat secundus.) [inst.)
as piiraes da mulher parida.
SECUNDO GENiTO , A , adj, fllha ou filho
£e^.íundo,
SECURE, *. f. (Lat securis de secare, car-
iar.) marhadinha. V Segure, mais usa !o.
sídk. ». f (ant.) V. Sede.
SRDA , s. f. (Lat. seta, pello comprido ,
cerda.) pello da barba, cauda, coma, e do
corpo de certos animaes. — s de eatallo,
crinas ou clinas. — de porco, cerdas, —s df.
sapateiro, de porco rcontez enceradas. — ,
substancia tilarnentosi e lustrosa, que forma
o casulo do bicho chamado de seda Teci-
dos, vestidos de — . — , enire canteiros,
eiva, falha nos instrumentos por onde de
ordinário quebram.
SEDA. (geogr.) povoação do concelho de
Alter do Chão, em Portugal; junto ao rio Er-
vedal, 4 léguas a O. de Portalegre ; 1,200 ha-
bitantes.
sedaceiro , $. m. (des. eiró.) o que faz
fedaços e os tece.
SEDAÇO . *. m. tecido ralo de seda, de
que se faz pano para peneiras.
SEDADO. V. Ássedado.
SEDA'NE, (hist.) autor dramático francez,
nasceu em 1V19, morreu em 1797. Deu
muitas peças para o theatro italiano, entre
ellas : Anacreonte, o Jardineiro, o Desertor,
o Falcão, Ricardo Coração de Leão, etc.
SEDAL, adj dos 2 g. Veia — , (ant.) veia
do sesso.
SEDALHA, 8. f. sedcUa, linha de seda com
que se ala o anzol.
SEDAN, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas 80 SE. de Mezieres ; 1^^,719 habi-
tantes.
SEDAt. y. Assedar.
•EDATiTO, A. adj (Lat sedativu!f.){meá.)
que applaca dôr. irritação. Kemedios —
SÍDK, $. f (Lai scdcií ) assi-ntn ca leips.
A »anla — . A ^ epoiêul^ca, a igreja de > o-
nia. « ,(ifK.) o papa — . (t. de podwiiro; o
«MtUU> (lo {MXllA tlà$ ^milàê.
ínii'^: f \l>át. titit, do radical de «í-
eus, secco, e ictus, ijolpe ) desejo d í beber
agua causado pela seccura da boca e eso-
phago. Apagar, matara — Uma — d'aguaf
porção ténue, quanto baste para apagar á
sede; (flg.) allivio, soccorro lenue — , (fig.)
grande desejo, cubica. — de ouro, de ri-
queza, de sangue humano, de vingança, de
concupiscência — das almas, necessidade
do doutrinas Ter — a alguém, desejo de
lhe fazer mal ou de se vingar. A — dos
agros, seccura, falta de chuva ou de agua
de rega.
SEoeciAS. (hist ) ultimo rei de Judá, foi
posto no trono por Nabnchodonosor, em
lugar de Joaquim ou Jechonias, foi apri-
sionado pelo rei da Assyria, e morreu na
Chaldea.
SEDAR, V. a. (t. de ourives) limpar com
a escova de sedns prata ou ouro. '^
SEDKiRO , s. m {seda, des tiro ) taboa
em que estão cravadas muitas puas ou den-
tes agudos de ferro em Oleiras, pelas quaes
se passa o linbo para o assedar, e sepa-
rar a estopa.
SEDELA, s. f. [seda ) corda de seda com
que se ata o anzol á cana. Trincar a — ,
como o peixe faz, e (íig.) frustrar as es-
peranças.
SEDENHo, s. m. (Fr. íeíon ) cordão chato
de soda que se introduz na pelld , atraves-
sando-a para promover a suppuraçào. — ,
a chaga assim produzida.
SEDENTÁRIO , A , ãdj . (Lat. sedcntarius.)
Sida — , a de pessoas que trabalham senta-
das, V. g. do escriptores e muitos oíTicios
mechanicos, on a de pessoas caseiras, que
fazem pouco exercicio.
SEDENTE, adj. dos 2 g. V. Sedento.
SEDENTO , A , adj. {séde, des. ento ) que
tem sede, sequioso ; (íig.) mui desejoso, co-
biçoso,
SEDERENTO, (aut.) V. Sedento.
SEDETÍDO , A , adj. [scda, des. udo.) que
tem sedas, cerdas, ou cabello teso. O —
porco, javali. Homem — , cabelludo
SEDIÇÃO, s. f. (Lat. stditio, onis, de se,
a si, e deditio, entrega.) alteração popular,
motim , rebellião, levantamento.
SEDICIOSAMENTE, adt. {mente sxiff.) de mo-
do sedicioso.
SEDICIOSO, A, fdj. (Lat. seditiosus.) que
promove ou excita á sedição. Homem, di.«?-
curso— . — , propenso á sedição. Povo — .
SÁDICO, A, adj. (do Lat. sedeo, ere, es-
tar sentado.) Agua — , estagnada. Ovo — ,
qu)»si podre por estar po^to ha mni tempo.
— , [lifc] mui vtlbo. trilha lo. A ni-tim, di-
to-*-. Trasitt-^ti, antiquados.
sEniLH»T, /'hi>t.)oTujitalista e astrónomo
írtttcer» utweu (Mu 1777. luurrvt^cm |«^.
ia? •
548
SEE
SCG
Traííuziu o tratado d'Aboiil-ÍIarsan-41i so-
bre a conslrucgào dos inslruraentos d'astro-
nomia.
SEuiHCNTO, s. m. (Lat. sedimentum.) pé,
deposito de liquido, ft^zes, lia, borra.
SEDiMENTiiso, A, ãiij . (des oso ) que tem
sedimento, que depõe sedimento, nàoclaiili-
cado.
SEOJF.LMEssK. (gcogr.) cidade do império
de Marrocos, no reino do íafilet, a 10 lé-
guas a li de T«fd«íl.
SEDJER ou CHiiDrHRR , (Reogr.) paiz da
Arábia, na parle orifnlal do Hadramaout
- SEDi.iTZ, (Ket>gr ) cidrtd« da tíuheoiia, a
7 1^'guas ao S(J. de TíTBjiIíIz
SEDuNHo , «. TO., doença qna vem aos
porcos, de sedas na gnrpflttta.
SK.nnpENTO, (ant ) V. Sedento.
, SEUucçÀo, s f. (Lat. seduciio, onis) acto
de seduzir.
SEDLCTOR, s.m (Lat.) oqne seduz, des-
encaminha; adj que seduz. Palavra?, cari-
nhos, encantos <e^<*cíí>r«í. MuiUçp Set/wt?-
tara. .^g ., ,,. - ,, .
SEDUCTORi, «. f. mulher que seduz. ^ •
SEUL' LA V. Schedula.
N. li. Sedula é contrario á etymolojíia e
confunde-se com o f. de sedulo. Cédula é me-
nos incorrecto. ^.tvM.nyHi
SEDULO, A. adj. (prr>n. sêdulo : Lat. «««-'
lus) cuidíídoso, diligente. — admoestação
SEi'ULio (C. CíBiio ou Cecilio), (hist ) pa-
dre do V socuU), é autor de um poema in-
titulado ; Pasckaie Cármen, seu de Christi
miraculis libri V.
SKDUzino, A, PP deseduzir; aí(/. desen-
caminhado, corrompido por seductor ou se-
ducçào.
SKDUZiR, V. a. (Lat. seducere, de se, coui-
sigo, e ducere, levar, conduzir a qbçar mal,
desencaminhar. ,f,
SEDuzivEL, adj. dos^g. (des. ivel) que pó
de seduzir-se
SEE, (geofír.) rio da França, nasce no
cantão de Mort.nin, e lança se na b^bia dp
monte do S. Miguel. ■■ '■■.■■■r
SEiíDA, (ant.) V. Seda.
SEl'DLA^D, fgfogr.) SjaeUand, a maior
das ilhas de Dinamarca, a E da de Fyen,
e na extremidade ao òE. da Suécia ; 34m,í O J
habita tiles. ^ ,,
SEÍLBURG, (geogr.) cidade d.'í Rússia Eu-
ropea, a 5 l»'guas ao .NO. d'iakoDsiadt.
SEKLLAR, (ant ) V. Sellar.
SEt:L\.o, \Rfiy ) V. Sello, . , ,, ,
s^ER^pA 'oiji .sp^r^oA, s../. (dp líit. í^mi^.
ca painho e&lrtjítô, ..passagem) (ant..) çairad?, ^
ad'f' i^-sãp, / ,, , ,;:, , . ji
SEENTE, (aat,) por sendo. Seníw t f/rç-j
«0>iena bem see nãj se levaata. » Eafr,,
''fologo. , ..^. ..
SRESinO e SEXTRp, («0.^1 V* ^Mírò, Si*
nixtro. Esquerdo. .^ .^ii.,r,
«Rz, (g'Ogr.) San, Sagium, cidade de
Fr«nç?», ♦) léguas ao NE.dAlamoa; 4,5G7
hrtbitanlcs.
SEEZ, (geogr.) cidade dos Estados-SaHos,
1 légua a h. do S. Maurício; 1,700 habi>
tant«^s.
SEPFiN, (geogr.) cidade da Turquia Asiá-
tica, a 33 leiiuas ao SE. d'Orfa
SKFV (Chah), (hist ) o Nero da Pérsia, da
dynaslia dos Sophi;», foi successor de Ab-
bas o-(írande ; ft^z executar ou privar da
vista todos os príncipes de seu sangue,
os grandes alliadts com a sua família, ot
seus ministros c gen«^r»es
sÍGA, s /*. o ac.o de segar, ac**ifa, o tem-
po decnifar os pães. 4 — do arado, O ferro
que abr-e a terra com o seu gume.
shf.ADA, g. f. ceifa, séj^a.
SEGADÃES, (geogr ) villa de Portugal, a 2
léguas a E. d'Aveiro, junto ao Vouga ; con-
ta J,20a habitantes.
SEf.ADELLA. V. Ceifa. Sega.
SEGADO, A, p. p. do segar; at/jf. ceifado ;
(fig ) cortado.
,, SEGADOR, ^. t». ceifador.
srgaouubo, a, adj. (des. dop. fut. Lat.
em urus] em estado dose segar. Trigo — .
— , que serve de segar ou ceifar. Fou-
ce — .
SEGALANNí, (googr.) povo da Galha, na
Viennefise, a E. do Hhodano. ,
SEGÃo, s. m (do Lat. seco, are, cortar)
ferro que se ajunta ao arado, junto ao leiro,
para ajudar a abrir a terra.
SEGAR, V. a (do Lat. seco, are, cortar ;
em Egypcio, osk ou ock significa messes)
ceifar os pães; cortar: — a cabeça ; (fig.)
— vidas.
SRGARRECA, s. f. (voz i iiitativa) cigarra;
instrumento feitode umarozinho cobettode
pergaminho, do meio do qual sáe uma seda
de cavallo, quegyrando em ura pau roliço
e lizo dá um som semelhante ao da cigarra.
sÍGAViDAS, adj dts lg. (p. us ) que curta
muitas vidas. Empada — . .
SEGE, « f. (Lat. «e(ierí, sentar ; Ital sedia)
carruagem de duas rodas,, tirada por duas
bestas.
SEGED, (geogr ) chamada também 9izegei:
ou StegeJm, cidade da Hungria, 48 léguas
ao SE. de Peslh ; iiO.OlK). bf bil^nt»^,.,, ,
SEGEiRO, s. m. (des. eiró] homeoi qujé faz
^cH*'^, .;.;. , . .[ . ,,
SEGELHAR, V. a. (aut ) Y» Swi//af, ,§I>U
^'** ' '•■■^(^ .av).) rv*;, - J. ,,-, -^uiv» A
SEGELHQ, «V m. (aat.) V. Sigdlq^ ^Wn
sJ^GBLos, 8. m. pL (aat.).S«Wof. ; ^,/,,^
|SEO
fito
S49
siGESTE/Reogr.) chamada também Acexti,
eidado da Si.ilia, ao ^0. a alguma distan-
cia do mar.
SKcrsvAR on scn>€eBURG, fge'>gr.) cidade
dns Kstados Auslnacos, 5 léguas ao WE.
â'llermansladi: (V.OlN) babitintes.
SegitoRIo. (ant.) V. Sugistorio.
siGi.AC*, (ant.) V. Secvlares.
SPCi.AR. (ant.) V. Secular.
segmkmo, s.m. {iM.segmentum) porçSo
cortada do ciroulo ou da esi»liera
SEGNi, 'g»'Ogr ) Signia, cidade dos E<Jta4
dos tcciesiastic'»». 7 l^gnas ao O. de Fro-
cinone; '^.HOO h^bitant^s. '
SfcGMCiA, s. f (Lnt. sfyvitia, de segnis,
tardo, vagaroso) vagar, pn>giiiça. inércia.
SíGNicio, A, adj. V. Vugaroao.
SIGO 011 chagro. fgpogr.) cidade da Ne-
griria central ; i,bM) habit«nt«-s
SEGOBRiGA. (gPO>ír.) n'^me de duas cida-
des da Hi.<|ianba em Tarragoneza, bojeSe-
gobre e t riego. , .»;< ;s '-::
sBGOD0"UMí. ígpoprr.) cilade da G&llia,
capital dos Huteni, boj^ Rhodez.
SEGONTiA. (gHogr ) hojrt Supietiza^ cida-
de (l'Hispanba. e perto detiunia.
srGoisTiui, (geogr ) cidade da Bretanha
2 * hoje llaeinarvon.
SFG(l^ZAC, (g*'ogr ) cidade de França, 3
Ipgiias ao iiE. de Cogaac; 2,60<» habitan-
tes.
srGOR, ígeogr ) antieam<^nte Bala, hoje
Zoar uma das \ cidades da Palestina des
tinadas a morrer cm Sodoma, foi salva por
inten-»ssào de Loth.
SfGoHBB, iReogr.) Segobriga. cidade de
Hisj«nha, 14 léguas ao N. de^aleneia ;
6,5i>0 habit.íntes.
SEGÓVIA, Segubia on Segobia, cidade de
Hispanha, capital da intendência de Se^jo-
via, 9 lepuas e meia ao ^0. de Madrid;
J3,t:00 habitantes.
SEGRAis, (hist ) poeta franrcz. nasceu em
1624, morreu eru 17i)l. IteiKu JiUtlios,
e uma tiadurção em verso da Entiaa.
skgral, (ant.) V Srrular.
SEGRE, s. m (ant ) V. Século. Âs moças
do — , mundanas, meretrizes
»ECRE. {u*'f^gr ]S irares, rio de Hispanha.
sae dos Peryneos, e lança se no ibr», um
pouco abaixo de Mequinenga.
5I.GRK, (geoí?r.) cidade de França, 9 lé-
guas aí» NO. d'.Angers : 2,130 habnanies.
SECREDiSTA, s. tn. (d«s ísío) O qiie sabe
segredos ou remédios especi.ies cuja compo-
sição nào é geralmente conhecidi.
siGRFUo. #. m. (V. Secreto) cousas que se
cala, Sobre que se gu«rda silencio, que se
nho communica a outrem ou a terceira pe.^-
soa. Reeommendou-lhe o — sobre o pro-
jecto. Ser homem de — , capaz de o guar-
t«i« ir.
dar. Em — , (phr. adv ) confidencialmente,
'Cm que terceira pessoa ouça. Disse-lheem
— . — , cárcere onde o prés?» nãocorrimu-
nica com pessoa alguma. Metter alguém no
— . — . achatlo, invento não c<»nhecidodo
(>ublico. Tinha um — para curar a gota, as
fel»res. Ter alguma cousa em — , conser-
va-la occulta. Os — s da natureza, as cau-
sas incógnitas dos phenomenosnaluraes. /o-
qo dos — s, que se j «r» entre diversas peí»
íoas diiendo segredinhos ao ouvido. '
Syn. comp. Segredo, reserva, tiaarda
Hgiedo o que cíilla o que não deve dizer.
Ter reserva o que não diz nem ainda aquil-
lo que nãn está obrigado a callar.
O segredo é um silencio que noí impõe
a obrigação (;u a necessidade. A reserva é
um silencio m que nos inclina a prudência
ou a desco'di?ínça. ^ '-'
U homem d« bem deve guardar com a
maior exa<ii(ião o segrtdo qu** lhe foi con-
fiado. O homem prudente deve fallarcom a
maior reserva cora pessoas que nào co-
nhe'"e. - ■•^ . > «v
SEGRFGADO . A, p p. de Segregar; edj{
separado, apartado. '^ :
segmegar, t. a (Lat. segrego, are^ âcse
que denota soparaf.ào, e grex, egis, reba-
nho.) separar, apartar da companhia dos
outros. *
SEGuni. V. Segure.
seguipa , s. f. (subst. da des, f. de #«-
guido) seguimento.
SEGriniLHAS. « f. (rast.) trovas garridas,
alegres, lascivas, que se cantam com toada
semelhante , e a que bailam diversas dan-
sas.
SEGUTDO, A, p. p. de seguir; flfl[;. emcn-
jo seguimento vai alfjuem ; formando serie
ou correnteza. Caminho — , trilhado Jl/ut-
tos dias — s , consecutivos. Opinião, dou-
trina — , por n uitos ou geralmente. Ura-
ma, profexsor, cantor, pregador muito — ,
muito afamadí», que todos procuram ouvir,
SEGUinoR, s. m. o que segue, assiduo fre-
quentador, V g — de seita, doutrina Re-
ligioso erande — do cAro — de boasobras,
dado a *»llas, que as faz continuamente. —
da lei d* Ala (orna. sectari*). 4
SFGUiER, (hist.) s^líio francez. nasceu em
I7tl3, morreu em 1784. l)eixou : liihlio-
tlvca Botânica ; Inseriptionum antiquarum
Índex.
sEGUiMEifTO , s f». {mcnto suff.) actn de
seguir, de acompanhar, de ir após; alcan-
ce. ». g. ir em — de aiguem em seu al-
cance. — , séquito, comitiva de adherentef .
O — do povo. V
SEGíjiisTK, adj. dos f g.{LBt. sequens, íw,
p. a. áe sequor, i, seguir) que se segue na
seiie ou oídem, que vem no lugar oa ém
138
110
S£6
Qi^'
tempo subsequente. No dia — . As — * ra-
zões, paginas. O — , a matéria que se se-
gue. — *, s. pi. (arch.) as engras ou ângu-
los que continuam sobre os semicirculos dos
«rcos ; entre carpinteiros, as ilhargas de uma
felosia nas quaes prende a dianteira.
SEGUIR, V. a. (Lat. sequor, i, que Court
de Gébelin di» vir de seco, are, cortar, por-
que quem segue vai mui próximo, separado
por pequena distancia da pessoa ou animal
após do qual se vai no alcance. Pião ado-
pto esta origem, e creio que vem do Grego
hekô, vir, approximar-se, fut. hexô, dorad.
cd, vir: a aspiração inicial forte foi substi-
tuída por $ em Latim ; e de seco ou seko,
se fez itens adv., perto de, juato; sequor
é seeus ire. ts Latinos ámamsecusTiam.)
w, caminhar após ou dirigir os passos. A
comitiva seguia o enterro. A escolta seguia
os prisioneiros. — o kom caminho, ou -
$tu caminho, ir caminhando pela estrada.
— alguém, ir atrás ; (fig ) dirigir-se, gaiar-
se por elle. — os conselhos, o parecer de al-
guém, adopta-los. — viagem, derrota, pro-
seguir, continuar. — o seu génio, inclina-
ções, deixar-se levar. — as partes, a facção,
o partido, bandear-se. — as pisadas de al-
guém, a trilha; (fig.) imita-lo —as ban-
deiras de alguém, militar debaixo delias. —
ã alguém com os olhos, não os apartar da
pessoa em quanto a vista a alcança.— p/eí-
tOy continuar o processo. — , v. n., ou —se,
V. r. vir depois, immediato ; resultar. Se-
gue o gado avante — , proceder, causar-
»e. Da tyrannia e desenfreada cubica se 5c-
guiu a queda de muitos impérios. Segue-
se, resulta, é consequência. (Os clássicos
antigos d sseram sigut no imperativo).
SEGUiTO. V. Séquito.
SEGUNDA , s. f. (subst. da des. f. de se-
gundo.) a segunda classe ou auladegram-
matica ; na musica, o intervallode um tom
ou de dois semi-tons. Faxer a — , acompa-
nhar cantando com a voz ou instrumento.
— , (subentende-se farinha), de milho, pain-
ço, de qualidade inferior á flor.
SEGUNDADO, A, p. p. de segundar ', adj.
repetido, feito segunda vez Tinha — os gol-
pes — , apoiado. Foi o votante, o voto ou
a proposta — por Metei lo.
SEGui^DAMEisTK, adv. {mente suíT.) em se-
gundo lugar.
SEGUNDAR, V. ã. {segundo, ardes inf.)
repetir, duplicar. — os golpes. — núpcias ,
tornar a contrahi-las — , apoiar, sustentar;
— o primeiro votante, o voto, a proposta.
— , V. n. redobrar, renovar-se, «. g. se-
gundou a tormenta ; — no peccado, recair.
Não segundou a nova, não foi confirmada.
SECUNDARUMiNTK, odv^ {m$nH sttff.) de
]BM»4o segundario. '.'in ,^- .\ i o..
SEGUNDAS. V. Seeundinas.
SEGUNDAS, s. f. pi., OU pâes de segunda,
milho, cevada, senteio e outros cereaes de
que se não faz pão branco como o de tri-
go.
SEGUNDA vo, M. m. à metade. Um — de
real.
SEGUNDSiRo, A, adj. Moinho — ,qUieBoe
milho e painço ; oppõe-se a alveiro.
SEGUNDO, A, (Lat secundus, de seeutus,
p. p. de sequor, », seguir.) adj. ordinal, o
que «e segue ao primeiro, precedido por ou-
tro. Sem — , único, singular, sem igual ;
excellente. Minuto — , ou subst. um — , a
a sexagésima parle de um minuto. Cousas
— s, sujeitas á causa primeira.
SEGUNDO, adv. conforme. — a lei manda.
— forem as ordens, as precisões, as cir-
cumstancias. — que , conforme , como, da
maneira que.
SEGUNDO, prep. (Lat. secundum.) v.g. — >
as pessoas, a opinião, a lei, a norma, os
dictames da razão, as regras da arithmeti-
ca, da óptica, o calculo. Camões disse a «a-
gundo a policia Melindiana ; a prep. a ó
redundante. « — a São Jeronymo. » Fêo ,
Trat., quasi seguindo a são, etc.
Segundo, que Moraes e o Senhor D. Fr.
Francisco de São Luiz fazem adverbio, é
quasi sempre preposição como o Lat. se-
cundum.
SEGUNDO GBNíTO, A, adj. fílho seguudo.
SCGUR, s. m. V. Segure.
SEGUR, (geogr ) villa de França, 5 léguas
ao SO. de Severac ; 1,700 habitantes.
SEGUR, (hist.) nobre e antiga familia da
(juyenna, donde teem saido muitos homen»
dislinctos.
SEGUR, (hist.^ guerreiro e escriptor fran-
cez, nasceu em 1753, morreu em 18á3. Es-
creveu : Galeria Moral e Politica; Pensa-
mentos ', Fabulas, e uma Historia Univer-
sal.
SEGUR, (hist.) escriptor fraucez, irmão do
precedente. Compoz muitos romances.
SEGURA, s. f. machado muito largo de ta-
noeiro, de lavrar aduelas.
SEGURA, povodção de Portugal, no dis-
tricto de Castello-Branco, donde dista 7 lé-
guas a K. juntu da raia hespanhola e do
rio Elgas ; encerra B20 habitantes.
SEGURA, (geogr.) Jttder, rio de Uispanha,
nasce na província de ('hinchilla, e cae no
Mediterrâneo , 7 léguas ao SO. d'Alican-
te.
sicuRA-DE-LEON, (geogr.) Sccura cidade
d'Hispanha, 11 léguas ao O. de Lierena ;
4,(j0() habitantes.
SEGURA-DR LASiERRA, (geogr.) Castrum
Áltum, cidade d'Uispanha2u léguas ao K£«
de G«9« ; 4,200 habitantes.
tKA
l&i
ii«URAçÃo« t. f. (p. us.) seguro marcaa-
til. 1! iJI . '-
SEGURADO, A, p. p. de segurar ; adj. fir-
mado, sostido ; que segurou a própria fa-
zenda. O — , subst. o que deu premio aos
seguradores para se garanãr de risco.
SKeuRADOR, s, m. (t. meròaQtil)oque por
premio recebido segura casas, fazenda, na-
vios contra risco — , garante, fiador, abo-
nador. Seguradores do cam^jo, os que man-
tinham o campo, ou a segurança dos repta-
dos ou desafiados.
SEGURAMENTE, ãdv. [mente suíT.) com se^
gurança, sem susta ou receio ; sem risco,
sem perigo.
SKGuitANÇA, i. f. estado seguro de risco,
perigo, livre de incert-^za. Cartas de — , de
seguro, como hoje dizemos. Matar alguém
sobre — , (phraz. ant.) depois de lhe dar se-
guro de vida, ou munido de seguro régio
— , firmeza, seguridade de animo, confian-
ça, denodo. Filhar panos de — , (phraz. ant.)
tomar o habito religioso. — , o acto de se-
gurar, garantia — das vidas, pessoas, fa-
zenda. Dar suas — «, aíliançar, garantir. — ,
pessoa ou cousa que segura contra incerte-
zas, perigos.
E vós ó bem nascida segurança
Úa Lusitana antiga liberdade.'
Camões, Lu».
fallando de El-Rei D. Sebastião. — da eguu,
prenhez.
Stn. comp. Segurança, segaridade. Am-
bas estas palavras vem de securus, seguro,
e sua terminação annuncia diíTerença entre
ellas, que consiste em segurança diz-se das
pessoas e das cousas, e seguridade sò se áiz
das pessoas com referencia ao estado do es-
pirito. A prim<»ira corresponde ao francez
súreté, e a segunda a sécuriti. Segurança
eiprjme o estado seguro de risco, de peri-
gos, livre de máu successo ; e seguridade,
a falta de temor, tranquillidade de animo,
nascida da confiança que tem, ou da opinião
em que se está, de que não ha perigo. Ape-
zar de que esta distincção é mui lógica,
não diremos que é autorisada por Vieira,
o qual usou a primeira palavra com a si-
gnificação da segunda, dizendo : « O bispo
que se portou com grande valor e seguran-
ça [Pai f. 245). »
SEGURAR, ©. a. (Lat. securus. V Seguro),
firtr^ar, sostcr ; prender alguém para que
úho escape, fazer presa. — , assegurar, ga-
rantir, afiançar; v. g. — a fazenda, o na-
^io, a victoria ; — a alguém o throno o
império, o mando a posse. — o golpe,
da-lo de modo que não falhe. — o campo,
DOS daelins, torneios, pôr guardas para im-
pedir desordem» tumulto» traição — a reia»
fixal-a, para não errar a sangria. — a ci-
dade, o passo, com defeza, fortificar. —
bem a linha solar, tomar a altura do sol
para determinar a latitude. € Só em Deus
seguro meus males, » espero livrar-me d'elles
a meu salvo — alguém, (fig ) dar-lhe con-
fiança, ousadia. — ss, v. r. ficar seguro,
adquirir segurança, ousadia ; tomar carta de
seguro, precaver se, v. g. — de alguém.
segi;re s. f. (Lat. securis, de seco, are,
cortar), machadinha que os lictores roma-
nos levavam entre as fasces, e com que
cortavam a cabeça aos delinquentes.
segurelha, 8. f (Lat satureia), herva
hortense aromática.
SEGURELHA, s. f. [de scgurar), na atafona
é um ferro mais largo nas extremidades que
no meio, onde ',está a abertura, em que entra
o ferro que faz mover a pedra de cima ; nos
moinhos anda em cima do rodizio e por
baixo da mó.
SEGURIDADE, s. f. (Lat. securitos, tis),
falta de risco, de perigo pessoal ; falta de
temor, ousadia, intrepidiz. — , (ant ), se-
guro real ; segurança, garantia, tj. g. Pa>a
— da Índia ; — dos tratados de paz, dos
contractos. Se^^uridad* de consciência, tran-
quillidade.
SEGURissiHAMEifTK, adv superlat. de se-
guramente.
SEGURÍSSIMO, adj. superlat. de seguro.
SEGURO, A, adj. (Lat. íecMnis, que Court
de Gébelin derivA de sine cura, sem cui-
dado. Talvez venha do Gr. soas, salvo, se-
guro, são e salvo, e kér, coração) livre de
periga, risco, damno, (fig.) intrépido, v.g.
Lugar — , livre de perigo. -^ em alguma
pessoa ou cousa, confiado. Pessoa — , de
confiança. Estar — de alguém, livre de re-
ceios d*elle. — , firme. Obra — , feita cora
firmeza, solidez. — a cavallo, firme. Mulhef
— , (ant.) que presume não cederá aos
amantes. — , que obteve carta de seguro.
Égua — , prenhe. Estar — , certo. Fazenda
— , (t merc), pela perda ou damno da qual
responde o segurador.
SEGUuo, *. m. (do procedente), contrac-
to pelo qual uma pessoa ou companhia to-
ma sobre si o risco que pode correr uma
propriedade ou mercadoria, Jpor um premio
estipulado, v g. Fazer um — , diz se do
segurado. Toaiar o --, diz-se do segura-
dor. Carla de — , concedida pelo rei ou
tribunal a um réo paraqutí possa tratar de
seu livramento sem correr risco de ser pre-
so. Tirar carta de — , (fig.) precaver-se to-
mar salva contra objecções. — real, salvo
conducto concedido pelo rei Tr sobre — ,
proceder com cautella. Vir sobre — , tem
risco, com certeza de bom eiito. Commet-
tor alguma cousa sobre — , com cirlezade
t88 •
r&2
SEI '
$n
« cfPffpwir. TrerdíT íctre — ,a qufiDlein
carta de Sfgino.
stGLSuM, (gí^rgr.) povo da Gallia lyo-
npza, esleriília-se pela In^rge^l àiíeita do
lihone, e liuba por prií.cipaes cidades iyào
e Teurs. :-^^-' í.ní^' .-■'^
srctsio, /geogr ) cidade da Gellia Cisal-
pina, hoje S«ii.e.
SEGLSTKBo, ígpogr.) cidad© da GsUia Trans-
alpina, hoJM Sisl«^ion.
sn.tR. V. tcior, Ciar.
seiavoca. V. Ceiatoya, Ciavoga.
S£iPA, *. /. V. So/ira.
SeíBa, s^. /". V. >eira ou Scre.
sf.ibo, (geogr.) cidade do Uaiii, ?5 léguas
a ^E, de S. Ihtnningos ; 4,^ ('(» Lahilanies.
SEiBous, (geogr.) Rvbncalus, riod'Alge-
ria, nas<eaSK de <:onst»niina, e caenoMe-
dilerraneo, perto de Bune.
stiCHES ou SEYCiits, igeo^T.) ÂqvcBSiccot
ciddde (Je França, légua e ujeia a ^L. de JVlar-
iiihnde ; t,bbO tiabiiMiles.
SEif-Uts, (geígr.) iida'!e de França, 5 lé-
guas a >0. de bougé : i ,bi-> hcibitíniips.
SEiU ou sior, (hi^t.) palavra aiabe, que
quer dizer sei bor, é um limlo de b(»i.ra,
usado poi t(;dos os que periendem descen-
der do pFOph» la.
ssiD, ih. si ) escravo de ^t^h( met, foi o pri-
ireiío «íni Ali aerer ua untsào do prcpLe
ta. Foi iLorlo n'uDQ combate cm Aiohtk em
6í0.
suda, (ant.) V. Sahida.
SE D/h-khatcl'n, ibist.) princeza boudda
es|(sa de ii;klji-ell Ilòuiali, Ici i(g«i.l» eui
ntae de teu liilu» Mòd-tll-Dsulab, eui l>ií7,
g(>veriitu líim gloria, e mo. leu tm li)!^.
SE'i)Ão. V. Alj.endre.
stiDE ou SAibE, (geogr.) ^idvn cidade e
porto da ^}lia, 2u léguas ao N. d*Acre ;
15, ( (O babit»nies.
. £E)DíÇO. \ . i^édiço.
SEiíiMHLiz, íge(gr.) villa da Bchemia, lé-
gua e ri»eia »o b. tieredbiz.
SHFtD DAUiAii. (bi>t.) 6.® cmir de Se-
ragí^a, It ideyj» jòdo tm Í127 [íor Aíítoío
rei d'Ar^^^o, Jo» 14 ei^s re» oe CoMio\a.
ftíoireu lia laulba d'Ala»eie «m lJ4b.
suFJA, s. / pe.xe do abo temo o sargo,
de talit.a p» qi « La e ^^ud^.
^^1G^E (^(figínia tío , igMgr.) pasfcgfm
dos /l|es (jitgts, tniiea pio\intJa oaos-
le e a Sal» }a.
sE)(.iiiA\, (gcfgr.) cidade de Frfrça, íi
legL^s íio iN o Atíare ; J,llO líliiunus
slJl^Ol^ cu /D/>a, (gngr.) Saitis tu
Sivams^ lio ca 'luiquia A^itl^i(a, sfe do
Ituro e cae no RlediRiiaLto, 5 Ugtas ao
b. de T^rie.
sucMi./Y (lEafqufZ de), (bist.) íilbofii-
mcgtnuo do giaiioe loll&tl, sub^uiuiustu
pai no ininistcrio da marinha cm 1676.
Ãlorreu em if)9().
sEiKs ou sisKns (fomíederação dos) ,
(gecí^r.) ou in.fierin de ^ultore, tstf^do da
Inriia, enire o r« inf> de K«b(.ul, ao O. o
I eqiitno Thibel ao N. o Soidly e a índia
irigle/a ao S. 4,rt('0,0(O habitantes. Capi-
tal Amreisin. Divi^ões f
Labore subdivididd èm
iH',M O
Pendjfíb
Konbrtan
kacbmir
Aneretsir.
Radjpour
Kacbiiiir.
Afghamitan Seikh
Attock.
Tchotch
tIas.Hith «
l'«'}ehftwer Peychftwer.
Tcliikarpou#«^> Q^ «''•'•■rcbikarpour.
Molutan
Moultan
Leia
Moultan.
Leia.
Dera-lsmail Kban Dera-Isrrail-Khíii.
hera-(.h^zl-Kban Lera (jhazi Kban.
i ab^W'fllj our B« bówaipiur.
SULH/C. (geogr) cidadt ue ^rftnça, 31e-
gu^s ao MJ. de Tulle ; 1,A5tl habitantes.
Skiii.E, (g«ogr.) no de Fiatça, nasr.e a a
>K. de L« n-.-leSfuliiier, e de uo Saona
ítcina de Ti^urnes, Ha lUi Franca outro rio
do me^mo n» me, que nf*&ee a bE. dt Ititu-
se, e cáe liO AloKlla em Melz.
SEJME ou stiM, (geogr.) rio da Pussia Eu-
rejea, rega os governos de Koutik, e de
Tibernigov e táe no Desna.
stiN , (gergr ) Seria, ilha do Atlântico,
ra íosta de Finisterra , 'ó'Ai habitantes.
SEIO, s m [Lai. SI nus] bolso que se faz
afanhando as fiLas do \e&tido, o que faz a
cauHsa de.'de o peito até á cintura ; parte
irilerna, oceulla, c. (/.« os 111} ricos — í pe-
I etitu, »l8n ôes ; ti'heia<ia. g« IIí» ;o— ara-
l»ico. — , o I eno da iLulher. Str do — de
olyvtm, stu muieso, fcmigo innno O -^
ou ('S — í du olma, ostcreto o'tlla. O -^f
o >eiitre naUrn». ; ^íig.) o peito.
íEiBA. \. (eira.
íEihÂo. V. tíiião.
y^)hl^HA. V. Ctinnha.
sus, odj. i.hfí.cial dtus^g.ilfil sex. Gr.
/.íít, haiiicrit aoi; J'er^a*<a•, Jt;}[cio íocu)
dtas vtzis titz, cimo nais um, quatro e
dous.
susACE.^siiio. V. Sfsogesitfío.
siifct»M«s, AS, Qdj. iivtt.tral, seis cen-
Ittas, ctm itpttido ^fcis ^tzts.
SEL
SEL
(&3
SEiSDOBRo, s. m. sextuplo.
SEisMA, s f. V. Sesma.
SEisMo, s. m. V. Sesma.
seistan ou sedjestan, (geogr.) parle da
antiga ^rta, região da Ásia, limitada aoN.
peio Âfghanistan, ao S. peloBeloutchistan,
ao 0. pelo Iran.
SEisTATAOO, A, adj . que tem seis ângu-
los.
SEIST1L, 5. m. (do Lat. sextilis ) a sexta
parte.
SEisTO. V. Sexto.
seita, s. f. (do Lat. secta^ de seco, are^
cortar, separar.) opinião, doutrina religiosa
ou philosophica, que se aparta da crença ge-
ral. Errara — a alguém, enganar-se no que
elle intenta, traça Furtar o vento á — ,
fazer mudar de propósito, frustrar os in-
tentos A accepção aniiga de seita vem do
Lat. seculus, a, de sequor, i, seguir.
SEiTiA. V. Setia.
SKiTiL, s. m. (corrupção de ímíi/.) a sex-
ta parte do real. De ordinário se escreve
ceitil.
SEiTosAMENTE, adv. (aut.) V. Acintemen-
te, de caso pensado.
SEI TOSO, A, adj. V. Atraiçoado , Traidor.
SEIVA, s. f. seva.
SEix. (gpogr ) cidade de França, 3 lé-
guas ao Sti. de Girons ; 3,880 habilantes.
SEiXA, s. f. ave semelhante ao ganso ou
ás alens pequenas.
SEiXA, s. f. (ant.) espécie de turbante.
SEJXAL, s m. {seixo, des. collecliva ai.)
lugar coberto de feeixos.
SEIXAL, fgeogr ) vilb de Portugal, situa-
da no riacho do mesmo nome que desem-
boca na esquerda do Tejo, 2 léguas em
frente de Lisboa ; 2 >iOO habitantes.
SEIXAL, (geogr.) aldeia da ilha da Madei-
ra pertencente ao concelho de S. Vicente ;
1,200 habitantes.
SEiXATiL V. Saxatil.
SEixiNHO, s. m. diminuí, de seiXD.
SEIXO, s. m. (Lat. sairttm ) pedra dura de
varias grandezas o formas, mas pouco vo-
lumosa.
SEJA, s. f. — de janella. V Sede.
SBJANA. V. Sagena.
SEJANO, (hist.) jElius Sejanus, celebre
ministro de Tibério, era um simples caval-
leiro romano de Valsinias Foi 'cheft dos
pretorianos. Foi encarregado por Tibério da
direcção dos negócios, e tornou-se odiozo
pela sua tyrannia e avareza. Foi morto no
anno 31.
SEJO, (ant.) por sou, do verbo ser.
SEL. (geogr.) villa de França, 11 léguas
ao NE. de Uedon ; 600 habitantes.
/^ ««LADA. V. Salada.
SELAMiM, s m. a decima-sexta parte do
▼ot. IT.
\
alqueife, medida de seccos, v. g.áegraoSt
de farinha.
SELBT. (geogr.) Salebia no tempo dos sa-
xonios, cidade d'lnglaterra, 5 léguas ao SE.
d'York ; 4,600 habitantes.
SELDEN. (hist.) estadista inglez, nasceu em
1584, morreu em 1654. As suas obras mais
notáveis sã."> : Maré clausum; Maré liberum.
seldjoucidas (Turcos), (hist.) celebre dy-
nastia oriental, teve por chefe Togroul-Beg,
neto de Seldjouk , oriundo do Turkes-
tan, e que no começo do XI século se apo-
derou de Nichapor á frente de uma hor-
da turcomana , conquistou o império doi
Gaznevides, acabou o reinado dos Benidas
d'lspahan, tornou-se senhor de Bagdad.
SELE ou SALÓ, s. dos 2 g (do Fr. salé ^
salgado.) Carne de — , salgada. — , ffig. e
chulo) putas vis, meretrizes
SELEA, s. f. (do ingl. */<:rf(7í.) trenó, ras-
tilho, carro sem rodas usado nospaizesse-
ptentrionaes durante o gelo. n
SELECÇÃO, s. f. (Lat. selectiv, onis.) es-
colha, acto do escolher.
sâLECTO, A, adj. (Lai selectus, p. p. de
scligo, ere, escolher.) escolhido ; (fig.) de
qualidade superior. Laranjas — *. Urra-
ria — .
SELEFKRH, (geogr.) Seleucia Tracheaci-
dade da Turquia asiática, capital de um li-
vah do mesmo nome, 25 léguas ao SO, de
de Tarsous.
SELENA (Cleópatra), (hist.) princeza egyp-
cia, filha de Ptolomeo Evorgeto 11, casou com
Ptolomeo Lathyro no anno il7 antes de Jesu-
t.hristo, depois com Anihioco Grypo, final-
mente com Anthioco Eusébio. Selena gover-
nou durante a menoridade de seus filhos do
80 a 70 annos antes de Jesu-Christo.
SELENGA, ígeogr.)yE(r/iarrfMs, rio da Ásia,
nasce na Mingoiia, no paiz dos Kalkhas, e
cae no lago Baikal.
SELENGiNSK, (geogr.) cidade da Rússia
asiática, 85 léguas ao SE. de Werkhnei-
Oudinsk ; 2,600 habitantes. n
SELENiTEs, s. t». OU f. (do Gr. selénét a
lua.) pedra da lua, sal formado pela combi-
nação do acido vitriolico ou sulphurico com
a cal.
SELEUCIDA, (geogr.) região da Syria, as-
sim chamada de ^eleuco iSicíilor, extendia-
se desde o golpho d'lssus ao iN. até i em-,
bocadura do Oronle ao S.
SELEUCIA, (geogr.) Seleucia, 1." capital
do reino da hyria situada na Babylonia, ao
N. sobre a margem direita do Tibre e fun-
dada por Seleuco Mcator.
SELEUC DAS , (hist ) djnastia macedoniea
que reinou sobre a Syria e a Alta-Asia, de-
pois da morte de Alexandre, tirava o seo
nome de Seleaco I, um dos genros deste
189
I
S54
Sfl
S£L
príncipe. Bein^rara 2n annos, desde 316
aió Oi antes de Jesii <'hristo.
SELEUco I, (hist ) Nicator, isto é Ven-
cedor, rei da Syria e chefe da dynaslia dos
Seleucidas, em ;35 ^ antes de Jesii-Chris-
to, foi um dos rnelbores oíRijiaes de Ale-
iindro; qu-íncio morreu este príncipe pra
elle governad. r de Media e da Raliilonia
Toiuou |)ari« na lijía f«»rmada contra l'redic-
cas. ficou cora a iJihylonia e levou moilo
l'»n^e as suas conquistas. Foi morto em
281.
SELEuro n. (hist ) o Callinieo nu o Virto-
rioso, reinou ns Syria desde 2Waió 225,
fui vencidi» H mn^-to pel<»í l*.irlhos.
SELEico líí, (liist ) filiio do precedente,
ninou na Syria desde Siô a ?22, ondt> foi
notável e morreu assassinado por ires de
Síus (díiciaes.
SRLRLCO IV, o Philnpator, reinriu na Sy-
ria des fe I8G até tM,era filbo (|e Anlln »-
co o Grandn, vex<.u os Jud*^us. Fui envene-
nado p'»r lleliodoro s^n ministro.
SKLKLCO V, (hist.) filho de i emeirío il Ni
eator e de Cleópatra, foi proriiin«(l(i rei ecn
li4 por morte, de seu pai, mas foi dentro
em poMco assassinado p r sua própria mai
SELEUCO VI, o Efji/hanes, isto c uiUus-
íre, filho primoRí-nitn de Anthiocho Cirypo,
reinou desde 97 antes de Jesu-Christo. Álor-
P€u em 9J.
SEi.EUMA. V. Celeuma.
SELf.E, (gí*ogr ) íilade da Fisidii, para
O N ao pé de Taunes, e sobre o Ciestros.
SRiGA. V. AceUja.
SELHA. V. Celha.
SELiios, (ant.) V. Senhos.
SELíCio. V. Cilicio.
SEI. GEvsTAiíT, (geogr.) cidado do gran
ducado d'IIesse D^rm-tal 7 léguas ao WE.
de DarmstHt : 2,550 habitantes
SELiJi I. (liist.) o Feroj, suliào ottomano,
filho de Rajrtzeto II, na«ceu em .467, rei-
nou de 1512 a 1520. Foi corajozo guer-
leiro.
SELiH n, o fíchido, filho de Solimão II,
íei sultão em 15116, fez guerra ao papa, a
Liiiiippe II de Uispanhi, e a Veneza.
SELmKii, (gi^ogp.) (ia«iá da iNuba. na es-
trada da grande caravana da Darfour.
^ -5 E LI .. ^ o , í geog p ) Sy / * m iiia, h la m dj / d ns
Turcos, cidoleda Tui(|iiia enropea. 5*7 lé-
guas ao N d'An 'rinopídfl; 2t».0»(» habitantes
SELiNO, (g^^ngr ) Lii!>a, cidade da ilha de
Ciindiâ rap. tal de um livah, ió léguas ao
1^0. da t an iia.
SEL isoME, fgeogr.) Selinuí, cidade da Si-
cília, ao O. Lra col<Miia megarianna.
fELiKOMK. (teogr.) Srlitéusou Trojano-
poUx hoje Seliiiii, cíJade d« Ásia menur,
|i» RO d'i&tio(liia.
SELiitTi, (geogp.) cabo na Turquia Asiá-
tica, sobre o Àledilerraneo, 10 léguas ao
hK. d*Alaya.
SKLis, ihi'<l.) litlerato francez, nasceu em
17:^7, morreu em 1801 lieiíou entre outras
obras uma tradução em verso do Perteo.
SELKIRK, {Ke'ogr ) cicade d» Escos^ia, a
10 léguas d^Edtmbourgo ; 2,90 > habitan-
tes.
SELKIRK, fhisl.) raaritimo escocpz, nasceu,
em 16SU, foiabandona lo peio conimaniJan-
te I radling na ilha deserta de João Fer-
nandes a(tnde viveu 4 annos e m"io. As
suas avt^iitiirasderíim a Drtnifl de Fue as-
suujlo para o seu Hobinson Cruscé.
SELi.A , s. f. (I.at. sella } assento de di-
versas fóriíias e matérias sobre o qual o ca-
vallero monta o cavallo ou outra besta.
Perder o catulleiro a — , sersicu^lido dei-
1» pelo cavallo. Estar firme na — , (lig ) se-
guro, conliado em si. Estar jioittn na — ,
^íig.) ter o mando, a autoridade. De entre
ainhas as — s, da gineta e da bri ia — ícu-
rvícs, r.adeiras de braços dos senadores ro^-
maiH s.
SELLADA, s f. (de seVa, des ada.) parte
onde a lombada da serra qut^bra, e f.iZ-
aberta baixa, como a de uma ;-ella de ca-*
vrtll.í, pi.r onde se entra. « «an íou que o
aguaníassem em uma — . » Ined., 11, fo-
lha 371.
sellaOO, a, p p de stllar ; adj. a que
se p iz a sella. Cavnllo — Tmham —os ca-
vados. — , a que se poz o sello. Tendo —
a patente. — , aiqueado como sella. V. SeU
lado.
sellaoor, $. m. o que põe sello ou sella.
selladolro, s. m. a pai te do costado da
besta onde assenta a shIIh.
SELLAGÃo, s, m. sella com ?rçâo diantei-
ro mui baixo, rasa por detrás. Leão escre-
ve sele;] do.
skilagem, s f {sello, des. agcm)o pôr
o selio nas alfandegas.
SELLAR.*tJ. a. [sella, ardes inf) pôr sel-
la na besta. — , om senti lo abs. ou n. do-
brar com o peso, acurvar, v.g. — a cuniiei-
ra, ns caibros.
SELLAR, V. a. {sello, ar des. inf ) pôr o
8*^1 lo ; (lig.» pôr Hm, conrl-iir, remafír. — ,
cerrar, fechar. — as pnrtis, o (lig ) a boca,
os lábios. ~, marcar com ferrete.
N. It Devora escrever- se íce/Zar.
SEiLARiA, .V f. {sella, des. ária.) rqas »
bairro dos sell»'irns.
ski.lasia, (geogr ) Seliuia, cidade da I a-
conia s(direo t.org^lo, ao W. de SparU.
seilig.vo. \.Sella;iào.
selleiro . *. m. (des. eira ) o.Ticijl quo
faz .(^ellas.
SiLLtiàO, A, adj. quo já leíou sella. Ca-
Éít
ÈLTi
ta
ÚWo — . — ."qnô se sogura bom nu seVu.—, 'sehagens ; nriiilrs Tr.Hírs <ío rf/7Íl fTo/n-
rotjeiís, 5em 5etem /<»roífi ; olfidrlllodecs^
Irfldfl que rouba c inala, nâo 6 «e/co^í^m^
mas é ferox.
SELVAGENS (ilhas), grupo, quo í&i parte
das (!an»ri«s, au N.
selvaCino, a, a(tj (V. èelv.igpin, sclj )
Carne — ^, a do animaes, e vea^ào do mou-
Ic, V. g porros, veadíis.
SELVATlCA&lK^Te, adv. (mcn/esuíT.) á ma-
neira de selvagens. , , ■ <,
SEL*Aiico, A, aàj. (t'ál. silratims) âo
seivas, b<>«qiie, niMitesinn. que hhliia ás
selvas, os nalcs; lude. Homens — s,Qínte
— , s»lvíígfin. — , próprio de sel\ag<iii. —
brulHza.— , coLerto dn b(íquí'S. Monle-^^
Idjjôa — . — , amigo d.isseUas, da solidão.
SELVAiiQLr.ZA , «. /. a qubl.dade de ser
selva^tem ; brule/a, rudeza. ^ ^
SELv< so, A, adj (l ai. sitrosus.) coberto
de stlvíis, matos. Os— í l'}i(nt^os.
SEM, *. /. o. nirací^ão obsoleta dt^ 9XJÍ)en
Lai., scainte, V. iitroçàò. '"..,.», 1.1
SEM, fiTip. (l ai. fii.f. Ir. sâns\ ran. íiiie-
rf, periuiiiir. Em F.j:\pu. cawc ) d(noiacx«
tlu>^o, privauíO, falia, v q. — modo, —
duvida,— demora, —icnépo, pr.ematuiaiçjtu^r
le. ames do lei mo. <> „t.i. ««kí
Os antigos antepunham sem aos gerúndFr.S,
». g. nem querendo, lloje (lizemobt/doí/ue-
ríitt/o, cu stm querer, o que f m^is cor-
rtcio.
SEM, (grogr.) villa' de França, 3 Icguaii
ao St. de 'Jiiísioiia ; c( O l.ibitantcs.
SIM, (gHgr.) lio da llus^ia.
SFM, ihisi.) IjII.o n ais At Ih" de Ncé, ha-
(fig.) costumado a caircgar, a soíTrerope-
80 do outr»'m.
SKi.LES soBKK o-cni^R. (gêogr.) cidaífé rfè'
França. 4 léguas ao SO. de liomorantla ;
l,*?*!) habitantes.
SKLLO, s. m. (Fr. scel, do T.al. sigiUum,
segredo, sell.» ) reça drt m*>íal ou de pedra
Cotil caracteres inscjlpidosqu» se imprimem
em cera, lacre derrr^lidi», chumbo, ele —
pendente., o que pende por liia de carta re-
gia, e (jue leva as armas reaes. — rtal, o
que !év« as armas do rei — , (fig.) ordem,
carta sell.ida. Vôr o — , imprimi-lo, c, g,
^-nas" fezendíis, que passam pela alfande-
ga, para prova que p?4garam os diieilos;
(tig.) ultimar, cnncluir, áp« rfeu^oar. /'asilar
alguma cousa serri — , |lig ) ser admittida,
còitút sem ei«me. — , (fig ) o ponto princi-
pal de um negocio ; (Onlirmnçào, cousa que
prova decisivamente. « As fendas sàoos — s
do valor. » Vi» ira. «O — prz a quanto li-
ntty feitb. y — *ó/a»»/V; V. Volante.
SEi.LiH. (hist.) iilliciar judeu, matou Za-
cbaViás, rei oTsrael, ò t(»mou-lhe o irono.
nas foi morlo no lim de um mez [orMa
nassera.
soLOMMES, villa de França, 3 léguas a E.
de Vendome ; 800 h^biI^nl•s.
áELO>GKY, (geogr ) cidade de Frarra. 8
legnas ao N. de lijon ; l,G7ã b^bi'aniès.
SEL^EA, ou selslY, (giogr.) villa d*lr^la-
terra, 3 léguas ao S. lithtsttr; 800 ha-
bilantes
SfLTZ ou MEDER-SFLTÉRS, (gCf gr.) ÊUzQ-
tirim, villa do ducado de i>af^í'au, 10 1« guas
ao fi. de Mayencia ; 85« ll^bitiBnl<sl
SFLiz (geogr.) cidade de Fiança, 5 lé-
guas ao S>. de Wissen-burgo ; 2,:83 ha-
bitantes.
SELVA, s. f. (Lai. silra.) maio. bosque;
(Gg ) espessura, bastidàu : « hórrida — decr-
riçadas lan<,as. » Diniz, l')iuiar.
SELVAGEM, odj dcst g {.»(/t<7,des agiih.)
que habita as selvas, os I isqu» s, n (nu si-
no. Hcmevs feliagens, ludts, biavios. li-
da — , telvatiia.
SELVAGEM, s. m. hoffirm rude que vive
no Dòaio , em salvas, boíques, nâo ci\iii-
sado.
StN cnmp. SeVvagéni^, feroz. Schagím
é o animal' que >ivc nas sth as, Lo.Miutstu
maios, e por ((n^e^uinle «igitsWe 1 ravio ;
diz-se lambem dò Itmcm stm ciiliúianitn
(i\ilisaçào. A palaAra /ctiz a| plica-ie <ui
sentido propiio ais aninaís CMoiteircis t u
dianinhis; e «m stntidor|.uifdo, aotaia-
bil< u na Asia, quando si us trts iiaècs
laitilharaDi o gh b(s e ntllase estabeliccu
c< m 8 sua jostt lidade. , 'Jtve cinco l:li.oi
^EUm. A>sur, AipliMAd, l.ud. Afim). Stm
vivtu 6(0 nLLcs, de 3418 a 2í.t8 anlts^do
Jesu-l hl isto.
! SI MAM, s. f. (Fr, íCf; fltfir, dolal scfti'
nàiiQ \ o (íUiMO de itie dias ttnitcíis do,
ctniigo a Ctn^iigo. l&iúr de — , fíztndo
^el\iço,dulal.te a *(nMia,tJ. ^. 1:0 paço.— "
Sonta^ a uitin a da qiiaièsaa. .j^
simaUai, oflj'.. vos 2, g. ides. i»dj cl.) ae^
s« uiMa, j.tiliiiÇíjçUe i jktiL^iia. J^ilUçiCi^
^iMA^AB]o, A, flíy. (ces. ario.) st irarei;
qLC ^tl^e al^LUi (iliio tu t i n^içlo ^ssc<^
iLfras. IxtMitio, st i\i((), I tiittlítu — .
siMANEiiiO. \. Scmai.ario. .
SIMÃO, |j:(( gr.) iJla, t'o anbifcIrfO do
Sti.da, na utia 10 iO. da ill a ce 1 iíLcr.
^IMA-111S1A^, (hist.) l.isttiiòdtr (i.in<z,
tler ou qualidhde noial ce a!LUIL^s | ts- | (h; u ^do o )m da histoiia, laíCtu i m
soas. Ohao, o tturo, o ti^ie,*oja>8li. ^âb 14*^ iiiits ce Jt>u-lhiisio cia (hitni&ta,
niii^acfs nli'oj,t'is e/íííxi*; o Viado^t» j^a- d^o^iii ^-í^iip. ^Tof coi.dt n r.» do á nuie jor^
ao, a coiça*, u ivbnio iLtUiz ilio iCíLcute têV tcmbdo a^cíifèsa de um gcutiial i^ue.tia
m
m
considerado como traidor, mas foi depois
perdoado. Ha delle uma grande obra in-
titulada : Gee-Ki (memorias históricas so-
bre a China).
SEMBRNiTO, erro por sambenito.
Semblagem. Y. Samblagem.
SEMBiANTE, s. TO. (Fr. scwfe/flní, do Lat.
simUitudo. semelhança ou de simw/, jun-
tamente, isto é, o lodo das ft-ições, em Fr.
ensemble.) rosto, face, cara, apparencia, fei-
ções ; (íig.) mostras, aspecto. — igual, o do
homem que se não altera nos perigos, nos
trabalhts, ou com as paixões. Não mudar
de — . Fazer — de temor, dar mostras. O
— da guerra, das negociações, o aspecto, o
estacão apparente. « Culpa que tinha — de
virtude. » Freire.
SEVBLEA. V. Âssemhléa.
^ ' siMBRA : em — . adv. (Fr ensemble, do Lat.
simul.) (ant.) Em — com, "unifmente.
SEMBBAGm, (ant.) V. Samblagem.
s£HBKA^T£, (ant.) V. Semblante.
SEHEA, s. f. mais us. no pi. Sêmeas (do
Lat. «wu/wja /"omía, a parle mais leveda fa-
rinha.) a parte que se titã da farinha pe-
neirada, depois de separado o rolão.
SEMEADA, s. f. (subst. d* des. f. de se
meado.) campo semeado, sementeira. — de
trigo, milho.
SEMEADO, à, p. p. de semear; adj. lan-
çado á terra para germinar, ou arfruclo
Terra — .Tinha — as várzeas; (tig.) implan-
tado dissf minado, v. g. havia — verdades
úteis, virtudes nos coraçÕ»s. — , (fig.)espar-
lido, derramado, espalhado O céu — dees-
trellas ; a tela — de abelhas de ouro, bor-
dadas. Campo — de cadáveres, juiiMào Ma-
res— s de mastros, tcrgas, coberto Obro
— de sentenças, de preceitos. ^iÚA — de vir-
tudes, — de trabalhos.
SEMEADOR , 5. TO. O que semêa , (fig.) o
que espalha , dissemina, v. g. — de trigo;
— de erros, de perniciosas doutrinas
SEHEADOURO, 1. TO. (dcs. do p. ft. Lat. em
urus.) terra que se ha de semear, ou pró-
pria para fazer sementeira.
SEMEADURA, s. f. (dcs. urã.) O trabalho
de semear ; a quantidade de semente que
se lança á terra. Esta terra leva vmte al-
queires de — . — , a terra semeada.
SEMEAR, V. a. (Lat. seminare àe sémen,
semente.) lançar á terra a semente para que
germine e dê fructo. — um terreno, espa-
lhar nelle as S(menifs lançando-as nos re-
gos feitos de anltmão pelo arado ou outro
instrumento. — trigo, roilto, nabos; (lig.)
diflundir, esparzir, tspalLar ; — sâs doutri-
nas ; — a boa industria; — discórdias. —
de, eníher, v. g. — o mar de cacLojics.
baixos, perigos. — un a terra de gente. « A
mAior parte da Arábia umtou a natureza
d-íquelles Mouros Arábios. » Couto. Deus ««-
meou o céu de estrellas. — benefícios e co-
lher ingratidões. — a terra de mentiras, de
minas. « A má fama que elles tinham — .»
Leão. — em má /erra, (fig.) leneficar ingra-
tos. — o campo de mortos ; — o discurso de
sentenças ; — a tela de flores. Colhe cada
um segundo semêa, (fig.) os fructos corres-
pondem ás obras. — para colher, tendo o
fito no lucro. — na areia, trabalharem vão,
de balde. — segredos, divulga-los ; — erros,
enganos, desastres ; — ódios, desavenças. —
iS defeitis de alguém, (p. us.) divulga-los,
assoalha-los.
SEMEAVEL, adj. dos 2 g. que se pode se-
mear.— , (ant.) V. Semelhável.
sEMEDEiRo. \. Semidciro, Atalho.
sKmeiologia, s. /. V. Semeiolica.
skhei, (hist.) parente de Saul, insultou
Daniel quando elle fugiu d'Absalão. Foi
mandado decapitar por Salomão.
SEHE1ÓT1CA, 5. f. (do (ir. síOTtíoti, sigual,
indicio.) parte da medicina que ensina a in-
dicação das doenças.
SEM EL, s TO. (corrupção de semente, ge-
ração.) obsol.
SEMBLA, (myth.) uma das filhas de Cuel-
mo e d'tíamonia, foi amada por Júpiter.
Juno, cioza, disfarcou-se e aconselhou-a
a que lhe apparecesse com todo o brilhan-
tismo da sua gloria, mas apenas o deus lhe
apareceu, pegou fogo no palácio de Semeia,
e ella morreu queimada ; todavia Baccho
que ella trazia no seu seio foi salvo.
SEMELHADO, A, p p. á% scmelhaf ; adj,
assemelhado, parecido.
SEMELHANÇA , s. f. (Fr. scmblance , Lat.
síTOw/, juntamente, smi/ís, semelhante ) con-
formidade entre duas, ou mais cousas ou
pessoas, na forma, figura ou em outras qua-
lidades, parecença : — dos rostos, das fei-
ções ; — dos génios, casos, successos. — ,
imagem, retrato,
SEMELHANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. em ans, tis.) que tem semelhança, pa-
recido. — a si mesmo, coherente, que não
varia. Os nossos — s, os outros homens. Vm
— , simile, comparação.
Syn. comp. Semelhante, parecido. A con-
formidade de figura, de propriedades, ede
outra qualquer espécie de circumstancias,
que ha entre duas cousas diflerentes, é a
idfia commum que corresponde a estes dois
adjectivos ; porém semelhante a explica de
um modo absoluto, como existente, real, e
verdí«deiramen.e na cousa mesma ; pareci-
do a explica de um modo relativo, isto é,
com relftção á percepção, ao < fíViío material
que causa em nossa vista, e aojuizo que es-
ta nos faz formar da semelhança. Triângu-
los semelhantes. Retrato parecido.
"] ■
Daqui vem, que semdhante sô podeap-
plicar com igual propriedade ao physico e
ao moral ; porém parecido só convém com
propriedade ao physico, isto é. áquHlles ob-
jectos de cuji sem^ílhsnç^ pôde julgar ma-
terialmente nossa vista. Uma virtude, uma
autoridade semelhante. Um {[[[nfsfnelhan-
te a seu pai nas acções ; parecido com elle
nas (''ições.
SBMELH/iNTKMENTE, ãdv. [mente suíT.) de
modo semelhante.
SEMKLBANTissiio, A. ãdj . superL de se-
melhante, mui parecido.
SEMELHAR, V. a. (mesmo radical que se-
melhança.) remedar , imitar. « Republica
sem leis semelha um monstro, que não tem
mais que o parecer humano. » Barros. « Ti-
nha quem ficasse para o — » Ined. , III ,
35, parecer-se com eWe. Semelhou este suc-
eesao ao outro, comparou. — se a alguém,
9. g. comparar-se-lhe com emulação. — , ser
semelhante, ter semelhança, parecer-se : —
ao pai. — , afigurar-se, ter para si.
SEMELHÁVEL, adj . dos t g. V. Compara'
vel.
SEHELHATELMEiSTE , ãdv. V. Semelhante-
mente.
semelitudinariambuti. Y. Similitudina-
riamente.
SÉMEN, s. m. (Lat. sémen, inis. V. Se-
mente.) a matéria proMca do animal mas-
culino, semente.
SBMBNÇAR, crro por Femençar.
SBMBNDRAE.I, (geogr.) a anliga Samothra-
ee ilha do Archipelago, ao NO. da ilha
d'lmbro.
SEMENiSTA, $. m. (des. ista.) oqueattri-
bue a geração ao sémen do macho.
SEMENTAL , adj. dos 2 q. (des. adj. ah]
destinado a ser semeado. Trigo — ; concer-
nente á semeadura. Lavores, instrumentos
sementaes. Carneiro — , de semente, pai do
rebanho.
SEMENTAR, D. V. (Lat. sementOn are.) cul-
tivar as sementeiras ; distribuir, dar semen-
te. — os lavradores. — si , v. r. prover-se
de sementes para as lançar á terra.
SEMENTE, s. f. (do Lat. seme:iíum, de se-
minatus, p. p. de seminare, semear.) o grão
vegetal que enterrado mais ou menos pro-
fundamente germina e se desenvolve; a ma-
téria seminal dos animaes. Carneiro de — ,
pai do nbatilio. Homem, mulher de — , í*as-
tiço do [h\H liiihAgHtn « HriíhíPza^ de sAm
'-. » — rfoí hiihoi da seda, são osovinh(>s
donde o aiiim'<l se repníduz com «Vauxilio
do Cíilur — , (li^.) doulriíi.is. noticias pri-
meiras, V. g. — do erros. d« Cf iines, d« vir-
tud«s. — , origem, ciusa. t. g. — do dis-
córdia. A — da tida, duulriua da saIva'.ào
eterna.
sÉâ
é57
SEMÉNTiiBA, *. f. (des. etrfl.) á semente^ ^
lançada na terra, ou no agro. — , pães.ce-
reaes crescidos; viveiro dn plantas que nas--
cem juntas — , (fig.) viveiro, manancial.^-,
origem fecunda, v. g. — de vícios, discór-
dias.
SEMENTEIRO, s. m. (des. eiró) o agricul-
tor que vai semeando ; o saco de semeadu-
ra ; (fig.) o que dissemina doutrinas
SEMENTiLHis. s. f Beuto Pereira diz quo
são as sementes da saponaria.
SE«ENDRiA, (geogr.) isto éSancto Andréf
capital da Servia, sobre o Danúbio. 10 lé-
guas ao SE. de Belgrado ; 11,000 habi-
tantes, ,_ V ,,..,/ , , ; , . ,
SEMESTRE, s. m. (Lst. séméstns, áéiex,
seis, e menses, mezes.) espaço de seis mezes.
SEMETRiA. V. Sumetria ou Symmetria.
SEMI, adv, prefixo (i.at. semi, de seco^
secare, cortar, e m>edium, meio ; Gr. hemi'
sus ou hemysis, rad. hemi, meio, metade,
ou do Egypcio th ou íi wcíi, a metade.)de-l;
nota a metade, meio, v. g semicirculo ^ sei^^^
milunar, semideus, semicapro
SEMiANiMR, adj dos 2 g. (Lat. semiani-
fnis.) meio morto.
SEMíBREVE. s. f. {semi prof.) nota de mu-:''
sica que vale a metade de um breve.
SKMiCADAVER . s. m. [scmi prcf.) homem
quasi morto, moribundo.
SEMICAPRO, adj. m. [semi pref.) meio bo-
de. Os — s satyros. O — peixe, o signo do
Capricórnio. ,,i, ',^
semichas , s. In. (do Lat. *emw, wm, ^
meia libra ) (ant.) crescenças de uma cana-f^
da em cada almude. « Seis almudes... com*
suas — , ou samicias (semicias).» Elucid. r
SEMICIRCULAR, adj. (Lat. semicircularis.j
da forma, ou flgura de meio circulo. ' ,
SEMICÍRCULO, s. f». meio circulo.
SEMicoLCHEA , s. f. [semi pref.} nota de ^,
musica que vale meia colchêa. .\-:„.''. ^
SEMicoMPLEMENTO, s. t». [semi pref.) iíieio
complemento.
SEMICROMATICO OU autes SEMICHROMATICO,^
A, adj [semi pref.) Modo — , c^mjposto <lo,.J
chromatico e do diatónico. ■ \' ' .'' . ..
SEMicupio, s. m. [semi pref., eeúpà, tí-i^
na) banho em agua quente até á cintura. ^^
SEMiDEA, s. f. (Lat.) meia deosa, nyna-j.,
pha quasi deusa.
SEMiDEFUNTO, A, adj. [scmi pref.) quasi
defunto , ^- u., ot
SEMIUEIRO, 9. m.: {AoJ^Í.SemÍtfl'i(\^^y^%^
.<iemita, raminho estreito, atalho, d.» rad. ,^
Kgypcio múit caminl^, i® jf"*/» ílravessarjT
ant) ia^^llio. , j, V;. >.-<";
SKMinKos, s. in. (Tat yeni//eM*1 raéio deuf j^
diviiiil»rle suball»^r"a - li"rue eoll- cadp en-
tre os duusçs, lilbo Ue U(ii d^L^di.o do ijiU*
l-tr.
140
m
^3
^MinTÁMETRO, *. m. {semi pref .) (s^^Qtp )
sKMiourAZvo, g.m. (íe?»Í prof ) (nunicil
inlervallo dis ornato «l-i oiio voz^ís ; quilro
lUMS. e ires semilon? rnaioni^.
SKMiinAPRNrK, « «». (ve»nt pf-ef ) (raiH.)
a quina ronii^a; inlervalla dd djus tiase
djus somitms m.iiopes.
semiihatiiessíkào, s. m {semi pn^fjin-
torvrtllij dissorijnle dd qailro vozes, ucnlona
odõtis S''railons.
SKMipiróso, s. m («tfmi pref) (muç.] iri-
te''vail<» qutj ciri^ta de iiua lorD^ui| Sjtjini -
toro. lerceira meii'>r.
SEMiDiíuns A, ailj {semi pref.) m^io d >u-
lo, q'ic lera só cniili'*cimenl<)s siiperlioianjí.
SKHIDLPLKS, ailj dos i fl («ewt pPuf ).ftíS-
ta ecciesiaslica riJLMins soledHie
SEViiKUSA, s f. {semi prof ) (mus.) nota
que vaiti a melade diurna fii-a.
SKM GAi.LK. ^f:^r^^^.) p»^«iiieno paiz cnnn-
proeiididi) oulr*ora no duiíado <!« ('orhn-
dia, e liojn no gov»írn » ruàso dd Culapiía,
tinha por capual Miu«n. '^
SKMir.oi.A. V. IJcmigola.
SKMiiNsiMR^çxo. s f {semi pref) (mus)
pausa q<io dura a metade de uma inspira-
ção.'
SEM:noMEii, *. «. (Lst. semihoino) meio
bornem.
s«fiíiLKTR\, *. f. {aemi pref ) sinal que va-
lo moiade do uma letra.
SEMiLiiAS, s f pi chamam assim em al-
gun>as p«rl»'S á^halatas inglezas.
SKMii.ujíAii, atlj dos '?' g . {\M semilunar]
da fòrniH do meia lua ou crr»st;enle.
SEMii.fXio, s m. (l.«i. semiíuniutn) meia
lua, ni<>la<io do tempo em que a lua faz a
sua revolução; quatorze dias com puuca dif-
íuí ença
SfcMiMF.Dicp, *. m. {xemi pref.) que tem
algutu levo conhecimnnto em medicina.
Si!.MiMi?íi!|iA. V Seminima.
Fr.wiMOKTo,A, O'//, «cmí prof.) meio morto.
seminaçâo, * f. {\.íil. seminaiio, onis] ex-
putsà»), ijaculaçào do sémen, nos ániiiiaes,
ou do pi.llen, nos vegetaes.
sesiinal. adj- dos i g. (f.at. seminalis)
de sémen ; da nainrrza do sémen Vasos se-
minaes, que contem o semea. — , prudu-
Clivo.
skmínar. V. Disseminar,
SEXiNARiò. s.m (Lai seminarium) vivei-
ro de plant^ novas ; (Hg. ) casa, collegio on-
de s^ educa a híocídade ; causa, origem, v.
g. — de discórdias.
SEMINÁRIO. A, alj. V. Seminal.
sr.MiNARisrA, X m. (des. tjU) o moço que
éé<iu'ali tíiU s«>QiiiRrio.
SKiiMiJív, /. f. !íf'/<» pref) (muf ) nota
^utt t«Mf uiiiMi liâioiaMi i é t q^uiuUi uoia.
SEMnoRA, ígeogr.) Tauriana cila/ií^ /io
reiuo d^ .Napohs, p l quarto de le^ua d.O
mir Typrh^ino. U léguas ao >E. iie Ueg^io ;
l>,00 ) habitantes.
sã» .NU, A, adj. (Lat. seminudas] meio
nu.
sEíPALWR.^. f. f. {sumi pref.) (p. us.)
palivra mal articulH'ia.
SKMiPAKKNrg, adj e s do<{ ? g. [semi
pref) ain u, qielem al-jum parentesco com
alguém.
SEMiPKLAr.ivNiíMo. (Iii.st.) doulrina p'*p-
f^i^saih no V, secnl), p<ír Fausto e Capie-
uo. IVrl-*n lia oinMliár a< opiuiõs dos i^e-
hgios cona a-> d •-> O lho l »x »■» sobre a gra-
Ça, e S')bre o peccado oriiíir|i^l.
sE«iPEi.\GUNOs, s. n^. pi Qomed9c^r7
tos ht-regH-.
SEMipMupiiERiA. s. f [semi pref) meia
peripheria do circulo.
SEMiPLBNo, A, ãij. [scmi pref ) meio cheio.
Proca — , Iju'* ) a q^^^ nà i q co'njjI';la.
SRMIPOLMINSK, (ge0;?r.) i.StO é OS StfíiÇ^
pa/af;i'*s cidid^i forte da Hu>si'i Asinlica,
10) léguas ao SO. de Biisk ; 3,000 habi-
tantes
SEMiRAMrs, (hist ) rainha di As>iria. ce-
lebre \)Ai^ seu génio n b-jl^-za. ti iha silo
escrava ; caz< u com M^nonés, g-jneral dq
.Nino, e depois foi cedidí a este. Scpira-
mis t-ive gran le ascendente sobre este prin
cip"^', e succtídea lhe por sui morte; çll^
engrande'eii c embellezou Uabylonia. §ují-
m-tleu a Arábia, o \ pypt'^, parle dj^ ^l|i|Q-
pia e da Sirií. o toda a Ásia alé ao J.U|t{|o.
Morreu em l8/4 antes .lezii Chrislo.
SEMiRF.CTO, A, adj [scmi [í^fi ) J^ngifjlo
— . igual i\ metade do um angulo rect|í.
SKMiRítTo, A, adj. (vtf/«iprL'f ) mejo rptc).
SEMiSKRPRVTE, >'. f OU TO [semi pref:
corpo que tem uma metade em forma áv
çerpt^nte
SEMITA, s. f (lat. r^d. Epypc. cen q^ ç^-
íii, atravessai*, e môit, caminho) (anl.)fi}9-
(ho, vercd^.
semitarra, í. f. y. Ci^Uarrp,.
SE»iTFuctANA, adj. f. {Lí^i. sein,iurt'(^na\
fmed ) FtHrç — , mula t^rgancombiqad^jfpu!
febre quotidiana.
SEMnic.\s (linsuas), (hist ) n<^me dado á:>
línguas qu« f/illavãm os novoç da ^^ij^ pc-
cidental. Q l^p9 dgstas linguas f^ ^ if^Jfttí
anti.^o.
séuiTOif, f. ^. (mus.) vo^ l^aixa.
SRXiTONÓ, i. m. (Lat. semilonium] (mqs.)
meio tom, inlervallo que separa uma nol^
da outra; — miior; — menor.
SKMiviHo. i. m. ^La^. i,mÍ6Ír) ci^aucGO^
meio hitinem. *'
SKsiivoííAi., adj dos í q. ou * /. fí.at.
«eiMiVuMÍ»«) qutfti vogai, l^rtiê ê9mv)Q^aW\
■ \
SEB
St!l
659
cíjjrt nnfne compça e acaba prr ▼"•g"', ». f^.
L. *1, éle^ ime.
A psle respeito fiz Mnr.ies «seruinteob-
5' rviçftrt ; « inns (i»'VHMm pnmiiríri^r-
so lè, inè com c muito mii-lo, porqiie Hize-
mos í.^iiz, Marin, e náo E'uiz. Emaria »
< i"íto r spon ler»*mos primeiro : que nào ó
li' ito mul;ír o-j nom^^s propriot das l«*iras
que nos vem do Latim ojuIo Tiref^o ; segun-
do qiic tariib"'m n?io prnniincinmo-í l.euis.
Mearia, nem Meaneoel ou meil {Mntoel,
fnil\ nem srts o / linal /e em cônsul como
cm /;•//«. fnlle, mntle.
SEtíJUsTiÇA, í. /". (ant ) injustiçi.
SE«i.ER , (}:eoj;r.) ltipnlii;:o protestante,
n«<;*<Mj em Sa lei lei em 17^5, míirr^ii em
179'. Ohíxoii entre oníras obras ; Inlrodu-
cçfto á encgese iheo'!»*;!!**.
SR^i 111. !g-»ogr ) MeiitUh na edade me-
<lia. ridrtde dos K^lados Aii3lri«cos, sobre
o hanubio perto da confluência do Seve ;
8,')(M> h-íliiant-^s.
SEsiMKno íJoào r.urvo), (bist.) disliní^to rae-
dir.o portnguez, nasceu era .Monft)rle em
lfi'^5, morreu em I isb'»a em 17 í). Escre-
veu: Trilado da Peste, Obsercações medi'
cas, IHanifeslo aos amantes da saade, Vo-
lyantheu medicinal, e nutras ob'as.
sEíNíS. s f. (çcw nrf^ quií nào tem nó, es-
pécie dejiinco.
SEvi^o^ES, (hist.) povo da (ierm.mia per-
tencente á raça dos IlefmiSes ou ôuevos,
habitaví' entre o Eiro e o Oder.
semíilmero, s. m. numero incalculável,
ff/í» —^ de motes, infínito<:, incnlculaveis.
SEJio, (m^lh.) deus S.uino ou Sarnnita.
SRMONES, (geogr.) .Semi honiines mei< s ho-
mens, tram as<im designados algumas ve-
xes os deuz^*s inferiores, taes como os Fau-
no? os Satyros, Priapro. Jirno, etc.
stM Y, (g"ogr.) rio que nasce em Allon
no grau -ducado de Luxemburgo, nos li-
intt»s da França e da Allemanha, cae no
Meijsa.
SRMOTO, A, adj. (Lat. semotus) apartado,
posto de parte. « — a lei divina. » iieita.
SEilTíVEME, adj. dos i g. {\.ai. semotens^
tis, p a.dewmoceo, ere) Bens — *, gados,
«s>ravos.
sEMPACn, ígeogr.) cida(ile da Suissa; 3
Icgiiis no NO. dtí í.ucetTia.
SEMP.vD, Igeogr.) nome de muitos prin-
*' !>• «* í»rmeni«is. o« mais notáveis ?ão : Sem-
p., I An^i^tyr que reinou de 8'í9ayi4;
•' o iiro -Sempa i, qoíí reinou na Pequena
Arrienia no fi-n do Xlll século.
sfmpar, adj dos '1 g . sem igual, sem se-
trellnnte. Fífmnsttra — , ^itignhr.
ssM^iTERNo. A. adj. {Ual, teinpkt^rnut]
èterrin. «wjmpfe Pterna
SCYPRK. ado. (T.at. semper. Corri de Cébo-
Hi diz que ninzuem acenara com a verda-
deira origem d'esle voc^ibnlo, queelle de-
riva de .«um, «ou, e depgr qiio dfii ilapictl-
lencia. Vem de //erenwiv. f, pf'rcnne, durá-
vel. V. rerennej em lod'> o lempi, sem ces-
sar, farj todo — , sem lim. De — , (anl.)
em l< •.!.-» o t»mpo.
SEMinEUENTc OU simpremente. V, Sim-
plesmetite.
srviphknoiva, f. f. corrupçSo de sempre
nora] herva que n^o morre de inverno.
SEMPRKVKHiiR, a (/. d(ís 2 í/. quc se con^
serva verde todo o anuo. Ihrva — .
SKMPKRvivA, s. f. phntí que .se conserva
verde tolo o anno. i,ue não secca.
SE«P'«o.NiA. (hist ) mulher de íempronio
Ciraecho e n)ài dos Ciracchos. é mais co-
nhecida com o ní>me de Cornélia.
SKMPRONn, (hist.) mulher de, Scipiào Emi-
liano e irmã dos Ciracehos ; presume-se que
concorreu para a morte de s< u marido.
SEMPuoxiA, (hist.) mulher de um Jnnio
Bruto, fji a mulher mwis espiri^noza do
seu tempi etafohem amais vicioza.
SESipnoNiA, (hist.) nome de duas fannil-
lias rom.^ínas, uma patricia, outra plebêa.
s^jiPRONio graccuo, (hist.) cônsul em
215 H 213 antes de Jezu-Christo morreu
em f\2.
sKMPRONio LOXGo, (hist.) consul Pm 2i8
antes de Jezu-Chri>io, perdeu a batalhado
Trebia contra Annibnl.
sEsipROMO Tl iHTANo, (híst.) cpa tríbano
regionario na batídha de Caronas, rscapou
com «sua legião, foi consul cm 203, e ven-
ceu Annibal em Croton"». "
sEMRAZ.vo, s. f. acção desarrazoada, in-
juslira.
SKMSABOR, ad; </o«2^. insnlso, insinido,
desenxabiJo. llomem — , deíengraçado.
Obra — .
SEJiSABOR, í. m.e sm^sABORiA, «. f (des.
ia] insipidez, falta de sal, de graça, inépcia,
dito sem sal. — , (p. us.) ignorância, falta
de saber, indiscrição. Semsabcria, trato,
ronversaçào enfadonha ; coua quo causa
desgosto leve.
SEMSAL, adj. dos^g. não salgado, fres-
co, insulso, desenxabido, sem sahor.
SEMUR ou SEMUR F.M ALXOIS, (hÍ8t.) 5«»nM-
rium. cidade de França, 17 léguas ao KO.
de nijon ; 4,i00 habitantes
siMUR El BR'0?fSAis, (g^^ogr.) Cãstrum
Sinemurum, cidade de França. 9 léguas
ao S. de Charolles; 4.50M habitantes.
.«EUVAi.on, ndj. dos 'i g que nada vale,
de n^nhutn v^lir.
sf.n, ;ant ) V Sen.
BEfiA (departam»ritM r]i>\ ''geoirr.) -o nia»i
hequeii(/ úos depaitam»*nios da franca »
14U •
M
'-^N
SEM
compõe-se de Paris e suas dependências;
1,106,891 habitantes. Capital raris.
SEKA E MARNE (departamento de), (geogr.)
a E. do departamento de Sena o Cise, ao
O. dos de Mame e d'Aibe, ao N. dos de
Loispt e d'Yonne ; 323,880 habitantes. Ca-
pital Melun.
SENA E 0'SE (departamento de)^ (^eogr.)
entre os de Oise ao N de Doiset ao S. d'Ku-
re ao O de Sena e Marne a E ; 4 i9,fj82
haLitantes. Capital Vers}iill«^s.
SENA INFERIOR (departamento de,) ígeo-
gr.) departaniento mariíimo da França,
ao S. do de Somme, ao N do d'Eure, 720, 5ií»
habitantes. Capital Huão.
SEIVA, (geogr.) Scquana, rio de França,
nasce em Chanceaux, e lança-se na Man-
cha noílune.
SENA ou SENA GALLiCA, (geogr.) hoje Si-
nigaylia, cidade d*ltfalia, entre os Seno-
nes.
SENA JÚLIA, (geogr.) hoje Sienna, cida-
de da Etruria ao SE. de Umbro, e ao ^E.
de Vola terra.
SENNA, (geogr ) nome d'uma pequena
ilha á entrada de Aloçambiqne, que também
se chama ilha de S. Jorge, e que fica fron-
teira á de Goa, ou Santiago.
SENNA, (geogr.) villa pertencente á pro-
Yincia ou governo gerai de Moçambique, e
cabeça de um dislricto conhecido pelo no-
me de Rios de Senna.
SENNA (rios de), vasto território em Mo-
çambique que se extende ó75 léguas de
L. a 0. desde a costa do mar até ás terras
de i.hiova, e de N. a S. 328 léguas na sua
maior largura.
SENADO, t- m. (Lat. senatus^ á^senex^ ve-
lho) corporação dos senadores ro <janos ; cor-
poração que exerce furicções soberanas, ju-
rídicas ou municipaes. Kome dado em di-
versos estados á um corpo deliberanto in-
vestido das attribuições da soberania. Os se-
nados mais celebres são, entre os antigos :
o dos Judeos, conhecido com o nome de
Synhedrim ; o de Esparta instituído por Ly-
cursjo ; o de Athenas instituído por Sólon,
finalmente o de Roma, o mais importante
de todos.
SENA no DE aoMA, (hist ) Este corpo ins-
tituido por lleníulns, tariiliouo srberftfio
{)Oder com iS reis. e dej ots <oni os eonsu-
es « com o poví» : deliberava sobre a paz
e a guerra, redigia as leis, r«'ííLl.«va os iui-
poslos, distribuía «s províncias e f<izia jus-
tiça Depoii da partdha do império houve
dl us s*^ nados, um em iloma, outro em
Constantinopla.
SENADOR, 9. m. (Eat. sefiator) membro do
áeoado. O» senodorex romanoi.
«fetUJK tuU. ÍÊk/»^0, |dO Ut. MfM« c»<k
seis) Diamante — , bruto e miúdo que pesa
menos de meio grão.
SENÃO, adv. (Fr sinon, Lat. nisi) que res-
tringe, limita. Não irei — c<'nvida'lo. —
íião, de outra maneira, em outro caso, anão
ser assim não terá lugar, não se verificará.
— , só, unicamente, meramente : não senhor
dos bens, -^despenseiro. — se, salvo, ex-
cepto se. — quando, só com a diíTerença
com o desconto. — que, não ha duvida,
V g « — que o mundo é couía bella. »
Pinto. O ouro não se encontra — em pou-
cos lugares.
SENÃO. s. m. defeito, imperfeição. E' for-
mosa sem — . ISao quero aoiar — a quem
não tiver — .
SENARiCA, (geogr.) cidade do reino de
Nápoles, 4 léguas ao SO. de Teramo ; 2,000
habitantes.
SENARio, A, adj. (Lat. senarius) de seis.
Numero — , de seis unidades. Verso — , de
seis pés : hexametro.
senas, s f pi. (Lat. seni] parelhas dos
dados quando ambos pintam stis.
.«ENATORio a, adj. (Lat. senatorius) de se-
nador. Ordem, famiUa — .
SENATUscoNsui-TOi s. »». (Lat. senatuscofi'
sull\im) decreto do senado da antiga Roma.
SENDALj s. m. (V. Cendal, mais próprio)
tecido raro de cobrir o corpo, veu fino, guar-
nição do vestido feito de tecido raro. — , (ci-
rurg ) ligadura mui fina usada nas fe idas
do cérebro. Sendaes, pi. ligas dws meias.
SENDAS, adj. f.\.Sendos e Senhos, adj.
SENDEIRO, s. m. (provavelmente do Lat.
segnis, vagaroso) cavallo.
SENDos, AS, adj. pi. (ant.) a cada um o
seu, ex. «. .Mandou dar a cada um — ca-
vallos » V. Senlios.
SENDRE, (geogr.) rio de França, nasce no
districto de Janzac, e lança-se na Atlântico,
defronte da ilba d'Oleron.
SENE ou SENNE, s m. hcrva purgativa
muito usado na medicina.
SENE, adj. dos2g. (Lat. senex). Y. Velho,
Idoso.
SENEBIER, (hist.) sabio Genovez, nasceu
em 1742, morreu em 1809. Deixou : En-
saio sobre a a'ite de observar; Physiolo-
yia vegetal, etc.
SE > Er. A, s m. F aliar — , (fig.) sentencio^
sãmente, á maneira do phdusopho Séneca.
SE>íiCa, < f. V Arsénico.
SE^EC%, (geogr ) lago dos Ksladus Unidos
da América do .^orie, no Esta io de NVw-
Yoik. Co Jjm única com os lagos Cayuga e
Lnó.
SE?(LCA, (hi>t.) o Rhetorico^ M A^maeun
I Séneca nasceu em Curdo va no armo oS
j antes de Jezu-Chrislo. esl^b' l^cen-se em
|jiuma aoodd letK eMoLa tk rlM»locio8 c» mor"
SEIV^;^
imi?.
tíA
reu ao anno 32 de Jezu-Christo. Tinha
prodígioza mtímoria. Ha delie Declama-
cies.
SÉNECA, i^hi.) O Philosopho Lix Annaus
seneca, tilho do precedente, nasceu no an-
no 2 ou 3 dtí Jezu-Chrislo. Abraçou a sei-
ta do Pórtico e abriu escola que foi mui-
to frequentada. Foi mestre de Nero, o qual
depois o mandou matar no anno G5. Dei-
xou : Traclaiios dos Benefícios da Cólera,
da Clemência, da Conslancia do Sábio, da
Providencia, etc.
sKNecTUDB, s f, (Lat. .ççnAc/^uj, ui^fj^imt.)
V. Velhice. »\vnt.L '..■.-. u-.mv' ; ;,
SENEF on SENEFFE, (gcogr.) Cidade da
BeUica, 5 léguas ao NE. de Cbarleroi ; 3,000
habitantes.
SEfiEFELi^ER, (bjst ) ínventor da lithogra-
pbia, nasceu em Praga em 1771, morreu
em 1834. Publicou a Arte da Typographia.
SENEGAL, (geogr.) talvez o Daradiis dos
antigos, grande rio da Africa, que nasce no
Fonta Dj«lo, forma numerozas ilbas e cae
por três boccas no Oceano.
SENEGAMBiA, (geogr.) região da Africa Oc-
cidental, extende-se do M. ao S. desde Saha-
ra, até á serra Leoa ; e de O. a E. desde o
Oceano Atlântico «té á Kigricia central ;
12,000, OoO habitantes. Deve o sfunomeao
Senegal e ao Gambia, que o regam. E' ha-
bitado por negros, e forma a Nigricia oci-
dental do Norte. Compreende grande nume-
ro de estados pequenos, os quaes, além do
Galam ou Kadjaaga, e do Djailonkadoa, po-
dem ser divididos em três grupos :
1.® Estados Peuls.
Fouta-Toro
capital
Kielogu
•
Agnans.
Fontadjalo
Timboa ?
Fouladou
Bangassi?
Kasson
Mamier.
Bondou
Boulebané.
t.«
Estados
Mandings.
Yani
Kataba.
Fouini
Jereja.
Oulii
Medinah.
Pentilia
Beni-erail.
T-nda
F«rba'!a.
K «arta
Ghinka.
Ba nbouk
Farbana.
Saloum
Kahonne.
Kabou
Scbimisa.
a.°
Estidot Ghiolofi.
•Ghiolof (prjprio)
Oiiarkhogb
6ya
Ghi«tka<HJ
«flu
n*
(outr*ora
Oualo
Baol
Kayor
Saloum
Daghana
Nder )
Lambay
Kaba).
Ghighis.
Kahon.
(outr*ora
(outr'ora
SENESCAL, s. 11%. (Fr aut. seneschal, sobre
cnja etyraologia ha diversas opiniões. Pro-
va velmente do i.at. íencj;, velho echal, ca-
vail-íiro) mordomo-mór, superintendente de
casa real. E(U Portug^il correspondia a vódor
da casa real.
SENEZ, (geogr.) cidade de França. 3 lé-
guas ao iNE. de Casltdlane ; 1,000 habitan-
tes.
SEN-GRN ou ssE-EN, (geogr ) cidade da
China, 90 léguas ao SO. de K.onei-hing.
SKNGO, A, adj. (do Ital. «a^fj/io, Fr.sage,
sábio) (ant.) prudente, sábio, avisado, assi-
sado, huarle iNunes de Leão diz «jue é ter-
mo plebeu. Ser — na linguagem, sínten-
cioso. Tempo tão — , idade tão iliustrada.
tO — antigo » Sá Miranda.
SENGRADURA. V. Singrãduva.
SENGRAR. V. Singrar, etc.
SENHA, s. f. (do Fr. ant. seignau, hoje
seing, sinal, do Lat. signum) sinal, aceno
conhecido; siníl e nome que se ajunta ao
santo, na milicia, nas praças d*armas para
se reconhecerem as patrulhas,
SENHEDRiM. V. Synedrio.
SENHO, s. m (do iial. cenno, pron. tchen"
no, do L9ii. signum, signal, marca) carran-
ca que se faz carregando as sobrancelhas.
SENHO, A, adj. V Senhos, adj,
SENHOANNEIRO OU SANflOANNEIRO, A, ãdj.
{de sanjoanneiro) década anno, annual. Ser-
viços senhoaneiros, oa sanhoaneiros, como
traz o Elucidário.
SENHOR, s. m. {Fr. anX. senhor, hoje «ire.
sieur, seigneur, Ital. signore, ileriv. do Al-
iem, sein. seu. e herr, senhor, e não do abl.
de sénior, seniore, como querem alguns ety-
mologistas que mais consultam o ouvido que
a significação dos sons. Em Egypcio oç ou
os, esios, senhor, dominador. Em Sanscrit
es significa senhor) dono de qualquer pro-
priedade, o que tem domiaio sobre escravos,
vassallos, ou criados a quem paga soldada;
chefe, dominador. Glande — , pessoa nobre
e podtTosa. — da hoste, (ant ) general dos
exércitos. — de si, ou df suas acções, li-
VH', que não dependo de outrem. — de si,
em perfeiío juizo, sem perturbação : sem
paixão. Ficar — do camito, len lo «fugí»n-
lado dVlIco ininiig I U yrau-senhor, «moi.
perador de Turquia. O — . por exc^ih-ncia
Ueu.s Uescaiiçar cm o — , morrer em boa
opinião «'e virtude. — , na astrologia, opla-
i¥o\M domioanleem uo^a chòb. — , (aol.j pai.
m
mu
SCI
^m-, iralara^^nto quo d^mos falhnd'» ou «i-
crevenJo a EI-1ímí. elraiam^íntíqtift o cria-
do dá floamo, eq'i») por o,a'^t'zia dfim-ís a
qiia'qiier homem do^so ignl nu siipípiur.
Antigampntfí ii<;iiva*se de senho,' nr> género
masculino enofrtramino. <juin lo nà'Mj'ie-
remos d«r a alguém o Irstamnoto de v ss-a
mef-cé, un de vossa senhotia, dizemos o se-
nhor, na tercfira p«ssoa.
SEMitRA. * f. |V. Senhor.) mulher que
tem o dnmiri'0 sobro cou<ia ou pe«sia* da-
ma, mulher de alguma dislincçào A mlhha
— , (Vu o mariio Miando da esposa Asa
— , dizemos fnlltrido ao marido.—, t%'»la-
menlo qne se dá á-íPflinhíís —, dominado-
ra, ». g. Koma —do raufído. A opinião é
■5- d.» murxio.
s«fNH0KAÇ\ , s. (. augment. de s«»nhora.
grande senhorji. É só usado em estylo jo-
coso,
SRNH^RAço, s. t». auffment. de senhor,
gf-andtí senhor. Só usado hoje em esfylo jo-
^ ' coso.
SENHOREADO, A, p p d* Senhorear; <!'<[;
tomado, apossado ; dominado. « Rsfa sober-
ba que tào — te traz » O nW — de vslidos.
stNHOREADOR, «<// que senhorêa, domina,
dominante.
t, FENHORRACE. V. S''nhoriaije.
' *EMiOREAR, V. a. (senhor, eov des. inf.] do-
minar : — o« mares, h fig — as paixõ-s — ,
em jenlido abs . domniar, ciar sobranceiro.
Monte que senhoreava pí>r<Mfna domar Se-
< «'íorcoíí muitos annos «D us que sobre toda
a terra senhnrêa » . ina. Chron de D. Oiniz.
— SE, V r. apossar- s**, fazcr-se senhor, ». g.
— de uma terra. — di tonta lede ahpiern.
dispAr delia, — do rspirito, do entendimento
de alguém, domina -'o
SENHORIA, s f. (ant.^ V, Senhorio.
fENHORiA, s f. (V, senhorio, proprietário
4e casa, ou terra arrendada ) senhorio ; dona
da casa occnpada por inquilino A rainha — .
SKNHoRFA, í f titulo, graduaçào qtje se dá
a certas pessoas, a<Mma de mercê e inferior a
fxcellrncia Vossa — .
SEPIHORMGE OU SENHORIAGE». í f. {scnho-
rio, des. age) dir«^ito qn«se paga cm reco-
nhpciraenl.. do senhorio, e psper ialm^nte se
diz do que El-Rei pccobe pela fabricarão da
moeda.
SEf(noRiL, adj dnt 2 g. próprio de senhor,
de homem ou dn senhora nobre, garboso. Ani-
ma— — , que doTDÍna « Sitio levantado e
— . » Moreis, tapizes senhoris, próprios para
ptssoasdistinclas.
fE^HOHlI,MRNTK. adf) («i^níe suff ) de mo-
do senhoril, <om garbo
SFNHf»nio, g. m iffnhfír, des. pngcri;«iva
io) dominio ; autoridade dofierhor Terras
d<Ht-d« i»^|nií».<i-'^ ^adò; t-rri» <t^ pl||uitt)i
*f% Hireit^is He jinsdifiçài qne tinli^ím os s^-
nhor-í^ feii l<«s — proneitoso. d ) ni*iio utd -:
op;»õe se a s^nhofin directo — mnior, o d-J
soberano. — d'is caias on de herdade, ^^edio,
odono quoi arrnnda ao inquilino ou ao culli-
vadtír. — do nario, o dono.
sRV(iOKi«A« nu SRNHO'i'Z*R, c aJsetíhor,
izir d s. inf ) dnr senhorio, fizer s «nhop,
SENHORITA, s f dimin ít. de snnhora, mu-
lher mí»nos sjradiiala : menina nobre.
sENHORiTo. e. m diminuí dHs»*nho'*, me-
nino n'»bre ; senhor de peq-ipnos^nh»»^!'».
SEXHos. AS. adj. pi. («lo Lat siniinli. cada
um ) Lacrar com— arados, com — charruas^
c:Ha um com os u arado, cíírn a sua (■'hií^rtia.
SENIL, odj dos ^ ij. Cl.nl senifiii,á*i sentx,
velho )de v.'lho, ido-ío. Id«de — .
sENiLiDADE, s. f. (Lít. scnilitu^, tis .) ve-
Ihice,
sKNio, s. m. (Lat. ienium.) idade senil, de-
cre{»i»a.
SEMon, (ant ) V. Senhor.
SÉNIOR, C'>mnara»ivo I,at. de .tcniit, velho.
Tsa-se para distinguir o irmã » mais v«»lhodo»
outros, e contra põ'*-se ajunior. mais moço.
SKNjKN, (geoffr ) ilha do Atlântico na cos-
ta ao NO. da No'"Uí»íja.
SENKENRKRC. (hist ) juriíconsullo aTlemío,
nasceu em I i)\, m">rreu em 17l)8. iMixTn
ent-e outras oT»»"as: Corpus j uris g^frm a nici
puhlici ac privati meditum.
«ENNA. 'g-^gr ) ci la le da Turquia asiá-
tica. .'Vi leguís ao SE. de Mossuul ; 8,0J0
habitantes.
SENN\»R ou «["^n^R. 'peogr.) nome dado
pelos ilfibrens a Babylonia.
SRNNAAR, fjjeoflT.I cídad^í da Núbia, capi-
tal dl reino de Sannaar, sobre o Bahr-el-
Azrt^k: U.díU) hííbitaatps. O r»*inode San-
naar é limit^ílo a O pelo Kordofan, ao Slf.
p^la Abyssijiia; conta 0.000,000 de habi- .
tanfes.
SBNNACHKRIB fhist ) F^i da Assjria, fiHif»
e sncces or de R«lmanazar, reinou de 712
a '/07, tomou «Igumis praças aos Ju lens. e
poz cerco a Jerusalém, mas perdeu n*uraa
noite íHFi.OOO homens. Fui assassinado por
seus filhos.
SRNNE V Sene.
SENNE. fgeogr ) rio Ja Bélgica, nasce no
Dainaut, ao SO. de Sotgnies. e cae no Tyle.
SRNNECEV-o-GRANDK, (gcogr.) cidaie de
França. A léguas ao S. de Chabns sobre o
Sena ; 2 580 habitantes.
SENNEH, fgpogr.] cidade do Tran. 40 lé-
guas ao N. de Kermanchah ; 15,000 habi-
i lantps.
j f F>o, g. m. flat. tirvg.) 'germ ) a r^rta
perp» ndif nlflr tirnd* dr uma das dtrendda-
d»í dti ^rrn «o ríio que pas^a pela outra
SER
SEI
Moinho de matéria que «o forma aç UJodf
uvp» chaga.
Çlf^oc\. (flnl.) V Synagngu,
SíiNoKz. (g^iosir ) Senonex, pirle Ho gran-
de g)verno i\>i Chirnpa;íri'> o Urirt. nosc^n-
íius da ilha do Kranç^. Uoyt conapreendiJa
DO d»»p rtiineiito de Yonne.
SFNo.Nruiís, ('urftogr ) ri lade do França, U
l^^guas ao SO. dtjpreuí; 1,980 habiiaa-
te$.
sçNMKS, fgóp^çp ) povo da Odlia, naLyo-
neza 4 * «fnlre os Aureliani, Oí Cwniifea,
Ltignnes. Pie, linha por capital ^ijtdincain
ou Sfnnne^ h<>j'< Sens.
S(í>Oís. fí^ogp ) p'>vo da Itália, ei^tre o
ricpripm a E a Onbfia ao S. a «.allia Ci-
Stiljina ao O e o Adri(itico ao N.
ÇEfliOS- V. S«u/<o«.
SKNRA. v^-m O"» Elu«i<Iano por Seara : é sem
duvida erro de transcripçào.
^KWÍ<izÃo. V. Sf.mroiào
SKNuKiRA, *. / (provavelmpnto do Fr ant
stn, Lat. sei\ítn%. fpnM lo. razã >, cr-^Mír,
tratar com rigor.) anlip^ilbia. Ter — com ai
guem
SENs. íg^^o^r ) ÁqeniUnrnm, depois Seno-
nei, cidaile de França, 17 léguas ao N. de
Ausocrrpí ; 9 0 íí hal^itrintes.
SRNSAíitR V Semsabor.
spíNSAU^Hu. y. Seinsabnici.
sínsação, ^ f (Fr sen ation, do Lat. fcn-
sus, sentido; $entire, sentir.) o acto de sen-
tir as imprps«ôeN ff^itas ní>s orpãos s^n^u^es
externos ou interno*. As sensações as mais vi-
ras apagam as que o sãom^nos.
SENSATO, A, a<lj. (Fr. sensé,^esens,im-
zo. V. Insensato) a^ssisa^iu» dutddude bo;»
senso.
SENSER. fgeogr.) pequeno rio de França,
nasce porto <le Bapouiue, e cae em Bou-
Bouchain, no Escaut.
SEissiBiLinADK, s f.B qualidade de scrscn-
sivcl ; o ser sensivid ás oíTensas. ás injuri s.
SENSieKTE. adj. (Lat seníiens, us, p. a.
de sentia, ire.. s«5ntir.) que sente, que adula-
do de sensibilidade.
sens'FicaR, V a. [senso, q /ícarsulT.) (p.
us.) restituir a sensib lid^íde aos membros
SENSITIVA, s f. (>ub>t. da des. f. de srn-
siíivo.) planta chamada miwosa //Mí/íca, ru-
j^s folhas se retrabera apenas tocadas. No
Bròzil chamam lhe malicia dai; mulheres.
ÇENSiTivo, A, adj (Lat. sensitivas) do-
tadq da faculdade de sentir, sensivel. Vida
— ■, e que consiste unioamentR nas sensações
Âppeiile — . de cousas que excitam sensa-
çãrts. — , que causa seniiiutjuto. paixàft Ag-
gravos inui —g.
gCNfttVE', adjl (Lai. f^níibi/i* ) p<»rçepli-
vel p»li'S stptid. {»: o«.ol>jerto'i*e««(tpw. — ,
qui ifc^^ M iw|>re89de9 tlu9ubji!Hí(K.9i c)uq
so dée. compadeça, 8. f. -^ii (Mnas. I««
grimas — , qa*» se oITende, magòt, ressen*
te de inju-ia, oITrtnsa.
SEVsiVE:.iiRNTf. . ãlii. [mctlê Rnff.) notur
v^bncnie, vi-.ivHlmMnte. dn ra'^lo 8en8ivȒ!| ;
por ranio da sensação; com gran le sentimenr
to. pezar, pena
siiNso, s. n. (Lat. jtensus , de «nitre,
sentir, e immedi^ítamente d> Fr. ««»«. iuir
zo : i. nivam^nteintroduzidi)) senti lo juí-
zo B^m — juizo — co'}|"iutn. a o )iniào ge-
rnl di»s hornjMH sensatos : o moio «^ral ilo
fj lizar dos objectos sen>iveis ; assenso comr
luurn.
SKNíORiiL, adj d'>s 2 (/. V. Senforiq.
seNs>Kio, A. atj (lat $em<trias ) que
serve a receber as sensaçõs Os órgãos— *.
SEVSOBIO. X. m , ou SRNSOBO Co«l|(JM, O
centro imaginário de todos os nervos, ede
toilas as percepçõ*^s.
SKNsuAi , adj do% t g. (Lat senmalis.)
dos snnti los, concernente aos sentiHí)*; qu»*
re^p^ita aos prazeres d.is sentidos. Hom^m
— . carnal, lasí^ivo, impulico. •— :, qua ex-
cita á sensualidade.
SENSUALIDADE, s. /". dd^iitaçãi Hos praze-
res carnaes; propensão aospraz^^r^ssen^uies.
« Sardanapalo, monstro de — ede luxuria »
SENSIJAIJSAR ou SENSUALlZiR, t3. ã (sen-
Kiial, iaar des. ijif.) f3zer sensual, excitara
sensualidade.
SENSUAi.i«MO. (hi-it.) doutrina philosophi-
ca opp'»sla ao i lialismo, fiz derivar todas
as nossas i leias dts sentiilos. e dá por úni-
co íim á no>!ia existência os gozos çensuaes;
liga se muito com ooiatt^rialismo e com a
aiheisrao.
SENSUALMENTE. a'i»>. [mente suíT.) com sen-
sualidade, CO u liscivia. libidinosamente.
SENTA, s f. V. Pinta.
SENTADO, A, p. p. de sentar; adj. collo-
cado em assento, cadeira, etc. -r ?e, c r.
pôr-se sobre assento, cadeira, etc. rie ordi-
nário dizemos £ea|a-(e. sente-se, ^entei-me,
4entaram-se.
SENTEAL 011 CENTRAL, S. TO. (dftS COlleCl.
ai ) agro Stímcad>> de senteio, seara (ieieo?
teio. I
SK.NTCto, s. m. (K mais conformie ao |.8i
^ecale.) V Centeio.
SENTENÇA, .>. f (Lat. scíií«»íia; rad. í««-
sus. sen»'», sentire, sentir) ditumem'^ravel,
máxima mui s;ibia di^cret* que contém mo-
ralidade ; preposição, exposição completa de
pensamento; voto, parecer, jui^o, o^úniào
de .'Itíuem. — , decisão de juiz ou arbítrio,
de tributai em matéria litígios^ ii^r uj»a
1—, sonteni.iar. I fímiincií^r -r
Svs comp. Sentençn, printiifip, waxi^
ms, apofiktheyma, procerhw, adat/io, r^ffío,
d^^^dn^ |>arcff|t«, a/>/|'rí|iNQ. (^baiua-fe iiiMi
M4
SEN ^^
SER
tença qualquer reflexão profunda e lumino-
sa, cuja verdade se fanda no raciocínio ou
na experiência. Se é puramente especula-
tiva, chama-se principio ; se se dirige á
pratica toma o nome de máxima ; se o di-
to sentencioso não é do mesmo que falia,
senão tomado de algum ouiro, diz-se apo-
phthegma ; se é vulgar, provérbio, adagio,
ou rifão.
Estes três últimos, que frequentemente
se confundem, differençào-se em que o ada-
gio é mais vulgar que o provérbio, e d'uma
moral menos austera, e que o rifão dá
sempre a tnstruoçào por meio de alguma
allegoria ou metbafora. Alem di«so o pro-
ver bto é grave e secco ; o adagio singelo e
claro ; o rifão agudo, chistoso, e muitas
vezes d*um estylo daixo. Em rigor, todo
rifão e todo adagio é provérbio ; porem não
fallaria com propriedade o que chamasse
adágios ou rifâos aos provérbios de Salo-
mão.
Ditado é voz popular que diz o mesmo
quo adagio, mas indica talvez moralidade
particular, ou algum d'esses conselhos vul-
gares, fundados na experiência, que são a
sabedoria do povo.
Pa^emia é palavra grega, pouco usa-
da em nossa lingua , que significa pro-
vérbio , ou sentença vulgar, e como tal
a ousou Vieira, dizendo : « E daqui nasceu
aquella paremia , ou provérbio : que era
para Deus e a terra para os homens (IV,
Aphorismo é também palavra grega, e
significa sentença breve e doutrinal, má-
xima geral.
SENTENCIADO, A, /). p. dc senteucíar; adj.
ordenado, decidido por sentença. Tinham
— o réo a degredo, condemnado. — o plei-
to, decidido a matéria delle.
SENTENCiADOR, A, adj, que sentenceia,
SENTENCIAR, V. a. [sentença, ar áes. luí.)
decidir, julgar por sentença. — a galés, a
degredo, á morte ; (fig ) decidir : « esta cau-
sa (a da restauração de 1640) hão de scn-
tencia-la as armas. » Fortugal Kest.
SENTENCiosAMENTE, adv. [mente suff.) de
modo sentencioso.
SENTENCIOSO, A, ttdj . (des. oso.) que usa
de sentenças , apophtegmas, cheio de sen-
tençjjs, de maxim?»s discretas. Discurso — .
SKNTiDisuvAMENrE, odo. supcrl. coui mui-
to S"rilim"nlo.
sentidíssimo, a, adj. superl. de sentido,
mui aíllirlo.
SE^T^DO, Á, p. p de sentir : adj. deplo-
rado. Idujentad). A sua nii>rl«! foi — de lo-
do» — , pressentido. Os itiiinigos, que erarn
— 8, fiiji^iram. — , p-Zíro^o. Fiem mui — do
deiasir». <--, que ex^iiiLe Kuulimeulo. ma-
goa , mavioso. Vozes, queixas — s. Musica
— , maviosa. Diniz, Idill. Estar ben ou mal
— , (ant.) de boa ou má saúde. — , (ant.)
entendido, de que tem bom juizo, discre-
to. Carne — , meia podre. Mulher — , (ant.)
que tende a perd«r-se. '"
SENTIDO , s. m. (Lat. sensus ) qualquet'
dos órgãos que recebem sensações; o — do
ouvido, do tacto, da vista, do olfacto, do
paladar. Fazer, dizer alguma cousa, ou w-
lar nos seus cinco — s, com perfeito accor- .
do, ou inlelligr-ncia do que se laz ou diz.
SENTiENTE. V. Seusiente.
SENTILHO. V. Cinlilho.
sentimental, adj. dos2g. (do Fr. moder-
no) que exprime sentimentos, affecto pathe-
tico. obra, estylo, novella — .
E' termo ulile indispensável, pois não te-
mos equivalente.
sentimento, s. m. [mento suíT.) sensação
intima, de ordinário dolorosa, pezar, magoa ;
sensibilidade de alma amante, maviosa ;
opinião, parecer, voto ; intelligencia, dis-
cernimento. «Teve para a musica bom — .»
Inedit. — do edifício, abalo do edifício que
começa a dar de si. — , (p. us.) estado de
cousa que começa a apodrecer, e a cheirar
mal.
SENTINA, s. f (Lat. sentina] arca da bom-
ba ; porão da náu onde se ajunta e se cor-
rompe a agua , (fig.) receptáculo de cousas
podres, torpes, : Sentina devicios, mal-
dades,
SENTiNELLA, *. f. (Fr. sentinclU) atalaia,
soldado que fica em vigia, ou guarda mili-
tar em um posto; (fig ) vigia, v. g. do de-
coro, da honra. — s perdidas, as que se põe
mui longe do corpo de exercito, e próximas
aos poslos inimigos Render as — s, mudá-
las.
SENTiNUM, (geogr.) Sassoferrato, cidade
da Ombria, ao SE. de Callis.
SENTIR, V. a. (Lat .sentio, ire. Osetymo-
logistas não dão origem plausível d'este ver-
bo, que julgamos dever referir-seao radi-
cal Egypcio si, attingir, e het, mente, si het,
perceber, sentir. Na mesma lingua «íípi si-
gnifica provar com o paladar, tihet, atten-
der, prestar attenção, e sinem, tocar) per-
ceber por meio dos sentidos, v. g. — o ca-
lor, o frio, os corpos exteriores, a mão (de
outrem ou a nossa própria) «jiie toca os
iiiHobnís; — osorn, os pnss «s. — . j'dsfar,
entender. Assim o sinto. Sentiran-lhe di-
nheiro, perceberam que o linha. Cargos
para que lhe sentiam talento, conlieci.»m
q le elltí th ha l^lenlo. — bem ou mui de
alguém, p-^iisar, fzer conceito, — , ie«' ma-
goíi pezar. — os mal s alheios. Senlio
milito a morte do filhi», do amigo. — sk, «1'
r. ler coasciuuuia de si. — lium, doeut9,i'
SEP
SEF
565
com forças, convencido. Urinar sem se — ,
involunlariamente, sem experimantar sensa
çio. — se, impessoal, solTrer-se, passar-se,
experimentar-se. Seniiu-'se um grande tre-
mor, abalo, ruido.
SENZALA, s. f. (i. Brasil.) cabana onde ha-
bitão os pretos escravos.
sio. V. Seu.
8K0. V. Seio.
siPA. V Cepa.
SEPARAÇÃO, s. f. (Lat. separatio, onis]
apartamento, desunião das partes que for-
mam um todo, ou de pessoa que se ausen-
ta de outra, de dois sócios ou cônjuges que
se apartam.
SEPARADAMENTE, adv. [mente suíT.) cada
um de per si.
SEPARADAS, s f. pi. {»nt) mercê queEl-
Rei D. AíLnso V fazia dojurod<iS dotes que
prum^tlia a certas pessoas, emquautolh'os
não dava.
SEPARADO, A, p. p. de separar ; adj. apar-
tado, desunido.
SEPARAR, V. a. (Lat. separare, de sepio,
»r«,encearar, cerc^rde vallado ; sepes, v»l-
lado, ou daporSftis, parle, pariire, sepa-
rar) apartar pôr distante, desunir, v.g. o
joio do trigo; — os casados, oscontenden-
tes, os buns dos mãos. — se, t. r, apartar-
se, cessar a união, Separaram-seosco\\']\i
ge», os sócios, os caminhantes. Separaram-
se as cortes, separou-se o congresso, deslez-
se.
SEPARÁVEL, adj. dos 2 g. [L&l.separahi-
Hs] que se pode sf parar.
sEpjN, (geogr.) Sepinus, ciábáe do reino
de ^apoles, 7 léguas e meia ao NO. de
Benevente ; 3,325 habitantes.
SEPO, s. m. Y. Cepo.
SEPOsiçÃo, s. f. empenho, supplica para
obter alguma cousa.
SEPTEMBRO OU SETEMBRO, S. «l. (lat. Sep-
tembtr) o sétimo mez do«nno primitivo ro-
mano, 6 0 nono do nosso, que precede Ou-
tubro.
SEPTEMFLUO, A, adj. (Lat. septemfluus)
(poet.) que corre por sete fontes.
SEPTEMPLiCE, adj. (Lat septernplex, icis)
que tem sete dobras, laminas ou ferros. « O
— raio. » Dinis, das sete cores uo prisma
SEPTEMVJRATO, s. m. (Lat. septemtiratus)
tribunal dos septemviros.
skPiEMViRos, s. m pi. (Lat septemviri)
sete magistrados Uomanos, quedisliibuiam
as terras aos colonos.
SEPTKNARio, A, adj. (Lat. septenarius) de
sete. Inúmero — .
SEPiEMHiÂo, s.m. [Lai. septen trio, oriw,
de sípittn, fcete, e (rio, otíu, boi de lavrar)
o norte, assim chanado das sete estrellas
dtnciLinatías a carteia ou sete estrello.
TOt. lY.
SEPTiNTRiONAL, odj. (Lat. septentrionalis)
do norte.
SÉPTICO, A, adj. (Lat. septieut, do Gr.
sépô, apodrecer) que faz apodrecer, que cau-
sa putrefacção.
SEPTicoRDE, adj. dos^g. de sete cordas.
Lyra — .
SEPTIFORMB, adj. dos 2 jjT. de sete for-
mas
SEPTIMAISIA OU 60TH1A, (gCOgr.) Uuica pro-
vincia da (iallia, que os Godosde Uispanha
conservaram depoií da morte do grí*nde
Tbeodorico em 526; correspondia quasi á
antiga ^albonneza.
SEPTiMONCEL, (geogp.) villa de França, 3
léguas a E. de S. Cláudio; 2,5 U habitan-
tes. I í;:1, ,• •
sEPilsoNo, A, aí/;, de sete sons. Lyra «e-
plisona.
septívoco, A, adj. (do Lat septem, sete,
e vox, eis, vozj que tem sete vozes.
SEPTO, s m. [IM. septum, àesepire, en-
cerrar) (anat. e bot.) repartimento, separa-
ção
SEPTRO. V, Sceptro.
SEPTUAGENÁRIO, A, adj. (Lat. septuagena-
lius) que tem setenta annos
SEPTUAGEsiMA, s. f. (Lat. septuagesimo
Dominica) o terceiro domingo antes da qua-
resma.
SEPTUAGESiMO, A, adj.[Lfíi. septuagesimus)
o nuitero que se segue na serie ordinal ao
sexítgHsimo nono.
stPfLCURO (igreja do sancto); (hist) Igre-
ja de Jerusalém, no sitio em que foi enter-
rado Jesu-Chrislo.
SEPULCHRO (cónegos do sancto), (bist.)
cónegos regulares, instituídos por Godofre-
do de Bulhão, para servirem em Jerusa-
lém na Igreja do Sancto Sepulchro.
SEPULCRAL, údj. dos 2 g. {Lui. sepulchra'
lis) de sepulcro, que respeita a sepulcro.
Campa, inscripçào — ; cheiro — . Voz — ,
surda, como se sahisse do fundo de um se-
pulcro. Trevas, gemidos «epw/craes. Plantas
— , as que de ordinário cercam os cemité-
rios, V. g. cyprestes.
SEPULCRO, s. m (L&i. sepulchrum, áe se-
pelire, sepultar.) sepultura o ornada O san-
to — , o tumulo em que se expõe o corpo
de Jesu-CLristo morto, na semana santa.
SEPULTADO, A, p. p. de sepultar ; flc//. pc-
cclhido em sepultura ; (fig.) subterrado, v.
g a cidade íicou — debaixo das ruinas. —
em iomno, em vinho, adormecido ; —o no-
me, a gloria — cm esquecimento, entregue.
— no abysmo, abysmado.
seplltar, V. a. (Lat. sepultus, p. p. de
sepeiío, ire, sepultar, ar des. inf. Court de
Gébelin dá uma extravagante etimologia des-
te termo que diz derivado de cai, elevado.
14S
m
SEP
SEÍ
• st pftrtietil» negaliv». Otffrtt'^ 6 fffzrm vir
de sepes, cprta(\(\, vallado, o que éabsuirlo
Sfi>vl(ar, ou sépeliie é fornifldo, senie não
effano, á^ svh, mh, d*-b«ixo, e telo. are,
cobrir, e dwqui vem o sem ido u&eiflphorico
do» verbo, encol.rrr, pôf em esqueciíiiento )
sublerrar, lecoUxT o cadáver ou os ossos-
na" sepuiíufff. — tío esquecimento, ffesvane-
cer, apaj^ar a memoria, fi^zer e^q^)pce^ intfi-
romenti*. O lerremoto aejvltou a ridade de-
baixo das suas rninas. A morte não lhe se-
pultou o xclo, amorteceu, tepuliori a fa-
milm na tíbjecçào , reduziu a e&Wdo ab
jeclo.
SEPULto, A, (idj. (fat S''jt^ih'tíS, p |S. de
SffeUú, if&, s<>puI«íir.)sepurt«do. — íiOAOW-
«o, (fig.) profunda oimie adormecido.
SEretiiRA, s f. (lal. ^ejnilmra.) o lu-
gar onde se íepiiila ( adaver, jazif<o ; acto
de íepulfar; (íig ) terra onde iimrre muita
gente «Moçambique — do^ i'orluguezes. »
Var — , jrtzigo.
síPi'L'TURBiR0, s 7W. (dcs. eiro.) coveiro,
o queemerra |»or i ílicio.
sepll^eda, (gpogr.) Cotf fluentes, cidade
de Ihppaiih», \i léguas ao iSt. do Segóvia ;
1,7» O h^bitan^es.
SKPi3iVKnA (Manuel de Sousa], (hist.) por-
tuguez ceUbre p<>r seus iHustres feitos, e
desditosa n orlo. Era de illustre nofcciuaen-
tOi e afiiSrignalava-SH no Orienfe, cou o go-
Yetnadop de biu. Em 155» embarcou «om
sua esposa h. Leonor de ^all^s em txcbiin
pftTif: ngnssar 6 Europa ; n as passando o
tabo d» Boa Esperanço naufragou n^ costa
oriental (l'Africa. Sepúlveda e sçnsííODpa-
Dbein s arhando-se n'uma terra inhospiia,
dirigiram*se para' o rio de 1 outeriç»» Mar-
ques, mas depois de lerem percorrido mais
de ceiílo e cincoenla léguas vemendo mil
dilliculdades. e faz4'ndo esforços incríveis,
foram atacados peloy íafies, que os de^po-
jaróm dos vet^lidosí e SepLlvedn mc»rreli» dii'
fome ^brw;^do com sua es^ osa e lilhos no
amo daquellts areaef? ^bfa¥i^Hlor«•s■. As d«s-
graçwíje SeiíulvHn forí)<i&Jc»«lffdas'pur Ca-
uões nos Lviiadas. - ' i'.' * '
í*iHii \iírA'{Ma-iM#elJorge Oornes-dê)^ {VHt)
disiHvt:40 gHif^hl portiiiíu-zeDftscViííWr Í735,
moweo em ^ 8i 4 Em 1 / Ib \ im» çou a j^er-
■vir no' B'fazil, a^>nd<? lhe foi tonrf.wío o roni-
ttiando das tiofas e ír< nlnr^s do H»o Ciran-
de ; aiii OTjWínrsoií as tr<pas, e d« fendíu
aquelta.! fwovu»cia dos att^ques dos lli^pa-
nhtws; que d»sl)aratou em Tiib^trnga} e llio
J artio. Feila-a fiaz, angiif-enlí u ííqijell»fcon-
ticente eiigindo i ovís \illits e Iffgt^íiaS,
eu^n aitajidoi' e^iUililloau^o a vitia,' íhjf^
íituú*' óv loitH(){.re. Noltaf dw a iVrlug»!
Iti' tilv- O' |iioiiro gníul que durante^ a
crntra òs intáíòrrs. prestando graíides Ser-
viços n?qíjefla guerra. F( igrâo-cruirfàlor-
re Espada, C mmendador de Cbristo, te-
nente general, e Alcaid3 nÒT de Trhncos^o.
SEPÚLVEDA, (hist) cham^do o 'JitoLittò
hhpanhol, tiasceu em 1490. morrèii em
1572. Ueixou : Historia de Quinto; tíli^
loria de Philippe 11; Histeria dasgúíffc,»
índias, ele.
skQUACE. V. Sequaz.
S>QUANos, (geogr.)5f7wani, hrjeo^>*án-
CO Condado, povo daOallia, naOrande-SO-
quanesa a O'.
siquaZ, odj. dos'ig. (Lai. 5pç«dz, ^f*.][
(p. us ) que segue, v. g. «siudus. — , mais
uS. e súl st , sctlario, jailidista, membro de
bando, partido. i>s siquazes dO l)fanno.
s^Qi'ii.iKo, í. m. [itccu, dts. ciio ) terre-
no secio e que se nào rega. Fmta í/c—,
qno se não rega : o||õtí-se á deregodíó'.
SíQVELA, s. f. (Lai. .sTçae/o.jcon tquHií-
cia, tireito do uma causa ; oaclo de s guir,
o sers(qu^z; seguiiuenio, continuíçào. Os
da— de ahjnetn, sequazes.— , cousef|ueu-
cia, (onelusíio que se tua iMiocuanio.
s^QLt^ClA, s. f. {Lòi. beqnemia.] prosa
com coiJSoaLies a modo de veisos leoumos
que em algumas festas' sole mnes sé rtzd de-
pois da epi^iola na missa ; cai tas seguidas
de liin naipe (l. de j"go).
SFQUEisiií. V. Stguinie.
SFQuitR, fdv. (toiiip.) a seii prazfep, sè
quizer ; ao mef^)S, p» lo menos.
si'QiJtst«AÇAO, s. f. 6 acto de sequestrar,
ou Oe seqi.esUar-se ; sOpar^çâo.
siquEsiuado, A, p. p. útí sequesfrap ;
adj. posto em stques>tro ; separado, apar-
lado.
SFQUESTRAR, V. O. (lai. scqucstro , fl>e,
de secus, á parte, separado, e traho, ere,
levar ) pôr bens cm s» questro ; (lig ) pri-
mar do uso, do exereirio, do dom. mo. ou
das faculdades. Pron. o u sOa e nos deri-
vados
siQLESTRo, y. m. (Lai scqnest^nm.) tb-^
madíí jí/diclal e dep's»lii) Mfi n:àv's'dt/ leitei-
ro. pMa responder de dl*ida ; df^pVsilo dé
íousa i^li^i^^^n aié se' a%e/lgu8r aqiíí m per-
tence ; pessta em ciijAs itai.s sG lai o díí^*^
posiio, ou s»(|ueí5iro. — , aparlèfiícnloi Fa-
zeP-^. LHi^ahiaro — .
siouiDADK. V. Stccurtí'. S^cq idâo.
siot'n»Ão, *• f. sercura ; ^lig.) désabri-
roniio, desapego. — âetspiiilo, falta de sen-
sibdtdade ; ^na n }sticai l<ilia de fer\oP.
MQtltHOS, s. / (4ÍCCP, des. dim. itho.)
bolinlics, rosquitlhas de massa sèltrca d6f&-
riii^ha; dé xaiiífs umpeioS e feitios.
siQt^^H^s^), a', arj: (*ni.) stcco, aíido.
«Ateia'"-. »"Lobo.
í^l%
m
seccar-se, dfs. éso.) que sofTre seà», sotfen- spnte. Ahi êwa o jiiir. — , passar, acnnle-
U> ; qtie careoe de reg» ou chuvíi. Terra— .
Plantas —s, que neressilam ser regadas. — ,
(lig ) que sente des»jo nnlenle, c. ^f. — (]p
vin^anga, He sal)er. «A — lança em sangue
ceva. » M()u>inho.
sequíssimo, Attíd^. super l. de s^^co, mui-
tQ secco.
SÉQUITO, *. tn. (do Lst. sequiitor. o que
segue , acompanha.) comiliva, g^nle que
acompanha, a pomj a, a fíenle que acompa-
nha [h>r obs»qtiio; seguim»'nto do initiiigo.
Doutrina de muito — , muito seguida. » re-
gador, actor que tem muilo — . Grang*»ar
o — dos p' vos.
SER, v.n (lai. esse, Itul. essere. S»nscr.
asHum ou asinin. Km Lat. confnnde-se no
iiifinili«o e alguns ouJros lempo* com eilete,
C0'uer. e em San.scrit o m« smo If^m Iwfiar
cora asuvm. Km lífypcio oi, ser, existir, e
o/u, est«r, permaneier ; ouoi, pess(a. m-
divíduo, dV.nde .«^e deriva oveibo. ImAra
bi«o, Ch»^^^ico, e Urbrafco não exi te o
cornspondenle d'i sie v. rbo. Em Anglo->a-
Xão beon, emlngUz lo be signilicHm estar
•■lu pé, e vem de budan, preleriío do vnrbo
ftT«ico huntrn^ esiar cm p<^, eiii>tir. qneé
o Oicsmo que utaden, o Sanscrt sihuium.
o. ai. .«/are, e o (Ir Hnô. bhrp em l^ypcio
íignifUa str, e prof)riamente estarem pé, e
Vf m de ihvp, plant« <Ut pé. K' notav» 1 que
em Sansciil, Peisie Latim este v.>rboé com -
pobtu de dois radicaes ditíenntes : um fins
em i'ei^a, os em Sanscrit, ts em Laiim : o
oulíOdeque sefórms opreteriio, é fuo, fui
em Lat., bhu em ^anstril, e bud em *Vr>a.
O nosso veiba tem a mesma irregularKladc
de c«« ; p. ex sev^setei, seria, e fui, for,
fosi^t. O >eibo /mo, tre, é L.Hlino antigo,
e vem de bhu, ou bud. O radiral áa esse,
asium, husten, é a meu ver, o Kgypcio are
ou t, andar, ir. Isi ou Itis é a deusa sjra-
bolo doaiino, e da natureza fecurulo, e é
.«jncnimo di^ (xisleocia. fun Um, bud
vem dove;bo hg} peio pe ou phe, ser de
íivado de he ou ho, f«<e, pessoa) Misiir.
estar. Lste vtibo ^elve dehgar osujcnod»
I ri>posi<^ào ao ftlinbuto. Sou filho, irruáo.
Thiiu o animai é mortal. Fõrtna a n»! pas-
siva dos vubos «ttivos, í> g. sou amado,
Umido Lotar tm — , »o mesmo estado,
sem fclltTii^àu. Elle mostra — quem é, obra
ccnfoime á sua quaJidtKle ou caracter. (»
Mires lu form» sa : o — eile ff ». «A fon-
di^ào que mais lustra fm príncipes ésere •»
libtrats. » Llis., Con ed. ^eí^tas ibrans o
inliLitiVo é substantivado. — , pertencer
í>6*i i.m dillts Elle ó dos nossos ^ou
fe itituto dtyta iata, aoiigo, «(Tei^oado. —
^ eieiipio a, seivir de tx« D>plo. — , ir ter.
bfi^çi um MiibiÁi á u,«kL«. •>->, utar pte-
wr Como foi isso ? como passou. A nào —
assim, ou — esse motivo.
Muitos dos grammaticos modernos cha-
mao ao verbo ser verbo substantivo, pre-
tendvm que é^ o único verbo, porque n«
sua accep*.ôo primitiva significa a b ira cia-
mente a existência, e ajuntam que é ver-
b'^ com que asseveramos Tudo isto é con-
trario i razào, e A verdafii». Nenhum ver-
bo 011 no^n»^ exprime na sua açceiM;ão pró-
pria noçào ab>t^acta. O verbo ser não tem
privilegio ífllru atiro, nem d'eile se preci-
sa para ex(>rimir com clareza a existência
dí» arção ou estado. Amar, comer, andar^
í ffr-rece cada Bin noçào completa. V. a ín-
trjducçào á tlrammaiica.
SER, s. m. (do lufinit. íer substantivado),
ente; existência, v. g. Us seres, os entes,
as cousas exi>tHntes. O íer supremo o en-
te Homem de grande — , de grande por-
te, importância A primtira cousa de loio
— — , estado moral, o — de pai, o ca-
racter, a qualidade.
Syn. comp. Ser', esta^. Ao verbo latino
esse correspondem dois verbos rortuauezos,
ser e estar, que os nossos grammat. cos uAo
leem sabido distinguir, mis entre osqiiaes
ha mui notável' diíFerença. Ser é precisa-
mente o verbo subsianlivo sum com toda a
sua fofça, é a copula da proposição, e in-
dica que a qualida<it5 que ptyr e!ln se allrl-
bue ao sujeito \hn é natural, permanente,
ou habitual; estar é uma espécie de verbo
auxiliar, ou pelo menos o verbo sum mo-
<lilicado de modo, segundo a Índole de nos-
sa lingua, que designa somente uma quali-
dade accidental, transitória, ou que data
de pouco. Quanlo dizemos que ura homem
é doente, é bêbado, etc, queremos signi-
íicar que este hom»^m tem doença habitual,
ou qiie o ataca a miúdo, que tem o habito
ou o^tstume de embebedar-se, etc : e quan-
do dizemos qie está dmnte, que fsfd bêba-
do, etc, queremos que se emenda que ac-
tualmente se acha doente, ou tomado do vi-
nho, etc , dando a 'ntender quenànéesle
um estado permanenlf», nem uma qualida-
de habitual, scnSito tirtr caso acciueutai ^;
transitório.
E' esta uma admirável propriedade de nos-
sa língua em q<ie leva vantajem á laiina e
á franceza, e que dá muita pre.'i>ào ao dis-
curso e livra de ambiguidades. Quando que-
remos dizer que um homem nasceu tico,
prssue bens da fortuna ha muitos tempf^s,
dizen.os que é rico ; quando queremos si-
gnificar que nào «asccu rico, que houve tem-
po em que o não foi, on que sua riqueza
data de pouco, diz«u<os qti*^ e^td rico ; sen-
do Quv um Uèwxt uir4«<m aiLbos Çifcêsoá
Mb
568
SER
SER
il est riche^ em I atim, dites est.
Talvez os nossos antigos confundiam em
alguns cnsos esles verbos, ccmo ainda se
confundem na lingua castelhana, mas tal
não ôconieceu ao primeiro mestie da lin-
gua, antes nos deixou mui positivos exem-
plos do seu respectivo uso ; eis aqui dous :
« Quando a lua esiá mais longe do sol, en-
tão se \ê mais allumiada, porque tão lon-
ge esláo os longes do sol de-lhe diminuir
a luz... E se esles láo os eíleitos do sol,
etc. De soite que o amigo, por ier antigo,
ou por estar ausente, não perde o mere-
cimmto de ser amado (Vtciío, 111^ 371 e
b72) »
Syn. coDip. Ser digno^ merecer Estas
duas expressões refeiem-se á mutua união
que existe entre as boas ou más acções, e
ao que lesulia d'uD as e outras na opin ão
ou no dever d'uma pessoa.
Ser diytio diz- se das pessoas e das cou-
sas. FalJMido das pesfoas, e tem." da (m sen
tido, sigmíiia ter asquahdaoes necessárias
para poisuir uma cousa, gozar d'e)la, etc.
Fulano é cfí^íjo detlcgio, da estima publi-
ca, do caigo qttese lhe destina, etc , quer
dizer, que tem as qufilidades necessárias jiaia
gozar G'eslas cousas. Falbndo das cousas,
ier d^íjno indica uma relai ào de tonloini-
dade, de conveniência. Este drama é aiijno
de \ossa penna. Os altos leitos dos Tí-rtu-
guezes foi assumpto digno da épica tuba de
Len ôes.
Merecer diz se também das pessoas e das
cousas. Fallando díiquellas. significa que as-
siste a una pessoa ceito direito paia obter,
para possuir uma cousa, e aiô para a exi-
gir de quem lha nega. Quando se hão feito
serviços a uma pessca,«ícrere-5e delia uma
recon pensa, ou ao menos agradecimento.
Fallando das cousas, diz-se «esta acção «ic-
rece recompensa, > para explicar que ella
trouxe a um sujeito grandes benefícios, o
que se prepara a recompensa-los como é na-
tural.
Merecer suppõe ordinariamente acções ;
seu contrai io éílíófwerfcer. Ser digno sup-
põe sen pie qualidades; seu conirario é
ser ind^no. O hcmem btnenitriío da pá-
tria, isto é que nttrtceu bem para com e\-
]d,é digito cia esiima de seus concidadãos.
O Ltn nu que danteiectu um t íiicio por
erro ou néu proceder, é indigno da con-
fiança publica.
SER, (geegr.) região da Arábia, que tem
por piincipal logar una cidade do mesmo
noipe, sobie o golpho Pérsico.
SARACOTeAR. V. Saracotcar.
SE BADJ-iD-D/iLAH, (hist. ) filho adoptivo
d'Allah-\^fcid>-Khen, príncipe deBengela;
começou a reinar em I7t>6.
íSERAFmA, s. f. (creio que vem do Fr. ser-
ge fine, sarja fina) tecido de lã delgado para
forros, cortinas, etc.
SERAiN, (geogr ) rio de França, nasce
perlo de Muntburd, e cae no Gonne, em
llonnard.
SEBAMPELO. V. Sarcwijjo.
SERAPioN, (hist ) templo de Serapis, em
Alexandia, situado no Bruchium.
SEBAPis, (myth.) deus egypcio, sobretu-
do celebre no dominio dos ^agides, e cujo
culto passou a Roma no 1.° século antes
de Jesu-<,hristo. Era o deus principal do
inferno. Serapis era o deus egypcio mais
conhecido na orecia e em Roma.
SERAMUGO. V. Saramugo.
SEKAMPt UR, (geogr.) cidade de Bongala,
12i» léguas ao IN. de Calcatta ; 12,0UU ha-
bitantes.
SERAN DE LA TouR, (hist.) littcrato fran-
cez do XVIlí século; é auctor de muitas
compilações esiimada* : Ht.slotia de Srião
A/iicarto; fíisioria d' Epaminondas : His-
toria de Ihilippe, rei de Macedónia, etc.
SEHÂo, s. n. (doltal será, tanle, ou do
Arab, sahion, vjgilia) o Irabatho que se faz
depois de posto o sol até ás dez horas; o
lenpo desde a b( cca da noite até ás dez
hor s, baile noduino em cas« nobre ou real,
saráo, como ho'e se diz « Os serões de Por-
tugal Ião famosos no mundo. »
SERAOiADDY, (geogr.) fio do iiuperio bir-
man, no ^»gu.
seraíbica, s. f. nome de uma flor.
SERAPHiCAMr.NTE, orf». {mente suíT.) á se-
melhança de seraphim.
SEBAPHico, A, aaj. (de seraphim) de se-
raphim; (fig.) mui bello, formoso. Ordem
— , a de San Francisco.
SERAPHIM, s. m. (é plural de saraph, t.
hebraico que significa queimar, inflammar)
anjo da primeira hierarchia, assim denomi-
nado por ser mui resplandecente; (fig.) pes-
soa de Índole celeste. E' um — .
SERAPILHEIRA OU SEBAPILHEIRA, í. /". (Fr.
serpillière) panno muiio ralo de estopa mui-
to grossa, usado para encapar fardos.
SERASKiER, (hist.) offícial militar turco,
encarn gado do commendo em chefe de uro
exercito durante uma campanha. Deve pe-
lo menos ser pachá de duas caudas.
SERATULA, «./^.planta cujas folhas se pa-
recem com as da belonica.
SEPAssi, (bist.) escriptor italiano, naS'
ceu em 1701, morreu em l7i)l. Escreveu:
as vidas de Tasso e de Dante
s£RBA^o, A, adj. (I)o Cast. cebruno, de
cervo ou veado) Catallo — , de côi mais
carregada que a de cervo. Moraes o drri-
va de zebra I
s£R£A ou SEREIA, i. f. (Lat. «ireti, do Gr.
SER
SER
569
tetra, cadeia, ou de *urd, levar) monstro ]
fabuloso, da cintura para cima mulher for-
mosa, e oeiío no resto do C^rpo, cujo cau-
to suave attraia os navegantes; (tig.) mu-
lher seductora As phocas sào a meu ver,
o typo das sereias fabulosas.
SEKEFoiío. V. Cerefólio.
SERENADO, A, p. p. de sereoBr ; oflj. ex-
posto ao sereno ; aquietado, acalmado.
SEKENAMK<>TK, udo. [meiíle suir.jcom se-
renidade, brandi^mente.
SEHEN/vR, V. a. (Lat. sereno, are V. Se-
reno ) expor ao sereno ; (fig.) aqiiietar, acal-
mar, V. y. — a tempestade. «Brando ven-
to o mar serena, » Lubo. — o animo, o
semblanle , tirar-lhe a apparencia pertur-
bada. — , em senliJoabs., íicar sereno, acal-
mar-se, t?. g. — o niar, a lormenta.
seuenata, s. f. (Fr. sé'^énade , Ital. se-
renata.) musica instrumental e voral qup
SM execuia de noite debaixo ou defronte
das janeilas de alguma casa, por obse-
quio.
SEHENIDADE, s. f. (Lat ser nitãs, lis ) es-
tado sereno. — do ar, limpo de nevoeiros,
nuvens chuvas, tempestades. — do animo,
do semblante, estado tranquillo. — da ccns-
ciencia, da innocencia, desassombramento,
paz, tranquillidade
sereníssimo, a, adj. superl. de sereno,
muito sereno, titulo de honra qnesedáaos
príncipes, e antigaiuente aos soberanos.
SERENO, A, adj. (lat. se/cnus, que (^ourl
de Gébelin deriva do primitivo zer ou ser,
brilhar, brilhante; e ivoqnefort do Gr. are-
rós, secco. l'arece incrível que não acenas-
sem com o verdadeiro radical Gr. eireneuô,
apaziguar, viver em pHZ ; e eiréne, p«z, tran-
quilli iade, socpgo, axlhra, serenidade do
ar. Eu inclino me a derivar o radical Grego do
Eg}p(:io iheoi, ar, vento, e ran, plácido ,
agradável, j limpo, sem névoas, nuvens, chu-
veiros. Ar, tempo, céu — . lioslo, animo — ,
tranquillo, não turvado, bola — , a que tira
a vista sem lesão apparente ou opacidade
dos humores do olho, paral)'sia da retina
o nervo óptico.
SERENO, s. m. (Lat. serotinus ) O — da
noute, O ar húmido, orvalhoso, vaporoso
da noute, o relento. Expor ao — .
SEHKS, (g«'ogr.) cidade da Turquia euro-
pea, 17 léguas ao NE de, Salonica ; 30,000
habitantes.
SEREI 11, (geogr.^ Ordessus ou 4rarus,
rio da Galicia, entre a y.oldavia, cae no
Hanubio entre Dahilov e Galatz.
SERGANTANA. V. Lagarlixa
SERGENTA, *. f. (corrupção de servente.)
moça de servir, servente.
SERCEME, s. VI. (corrupção de £erven/e.)
[ anl.) meço de servir, servente ; leigo ou
»<u.- I».
servente de ordem militar: freires — s. — ,
meirinho, oíTi ciai de justiça.
SÉRGIO (s.), (hisl ) Sergius, mart^T na Ly-
sia no hl ou IV século. E' festejado a 7
deUutubro.
SKRGiNES, (gpiogr.) cidade de França, 4
léguas ao N. de Sens : 1,41J0 habitantes.
SERGios, (hist.) familia romana, que per-
tendia descender de Sergesto companheiro
de Er.eas : formou dois ramos illuslres ; os
Fidenas e os Silos.
SEKGio PAULO, (hist.) procônsul romano,
e governador ún ilha de Chypre, foi con-
vertido por S Paulo.
SEucio I, (hist.) papa de 687, a 701, es-
teve sete annos ausente de Roma por cau-
sa das perseguições de que foi vi>tima.
SÉRGIO II, (hist.) f)apa de84ia 8V7, fo
elc^ito sem autorisação do imperador Sertho-
rio I, cont^^stou a sua eleição, mas fuicon-
íirmada n*uma assemb eia de bispos.
SEHGio, iii, ihist.) papa de ii04 a 911,
foi elevado ao trono ponliíicio pelas intri-
gas de Marozia, em concorrência com Joto
IX, e só ficou triumphante em ')Ui.
SKRGio 'V, (hist.) papa de lOOU a 1012,
charaava-se primeiramente Docca di Po $o.
SERiEYs. (hist ) compilador fnincez, nas-
ceu em 1755, morreu eui 181'.). Escreveu
as Decadencias republicanas : Memorias his^
toricas; Dicci nario genealógico, liistorico
e critico da Escrip lura Sagrada, etc,
sergueiras, s. (. (do Fr. ierge, sarja de
là.) tecido de lã e linho de pouco preço.
SERGUiLHA, s f. (V. Sarja ) droga de lã
mais tapada que ciUcio, á imitação da qual
se faz a de seda e algodão.
SERIAMENTE, adv. (wiCMíc suff.) com Serie-
dade, deveras ; sem zombaria, sisudamente.
sericaia, 6*. f. iguaria mui estimada na
índia.
SERico, A, adj. (Lat. 5cricu«, de seda; de
Seres, povos além do Indo, que parecem
ser os Chins) de seda. Capas — s.
SEKiE , s f, (pron. série^ de sero, erê,
semear, e pôr em ordem. Gr. crd, semear,
ou elro, ligar, alar.) continuação ordenada
e suncessiva de cousas, numero de cousa»
seguidas. Uma — de annoi., successos, des-
graças.— , (maih.) ordem de grandezas que
crescem ou diminuem segundo certas lei»
de piogressãii.
seriedade, .V. f. modo, ar, gesto serio ^
sinceridade no trato ; importância de algu-
ma matéria.
SERIFB. V. Xerife.
SERiGi. (gfogr ) rio da província da Ba-
hia no iirazil, chamado também por vezes
Sorgipf.
SEKiLiiAR. V. Sarilhar.
\ sERiLuo, s. m. (V. Sarilho.) dobadoura.
SER
SER
' SERINGA, í. f. (Fr. senngu<í,
rinx, cana.) tubo de meta!, de
marfim ou
de outra matéria, terminada por um pipo,
em uma extremidade; com cabo e embolo
que corre por dentro. Serve para injectar
líquidos, dar clysteres, etc.
SERINGADA, s. f. (des. ada.) jacto da se-
ringa, liquido que a enche e se faz sair
delia.
SERINGADO, A, p. p. de Seringar; adj. in-
jectado com seringa.
SEiíiNGAPATAM, (geogf.) OU Sri-Ranffa-
Patana, cidade da Jndia ingleza, capitai do
districlo deSeringapalam, 108 léguas ao SO.
de Madrasta, H',000 habitantes.
SERINGAR , tJ. a. [seringa, ar des. iaf.)
injectar com seringa, —a lislula , a chaga
funda, a urethra. — alguém, molha-lo com
o liquido que está na seringa.
SERiNGATÓRio, *. w, (des. drio. ) injecção
do liquido com seringa. Dar — s.
SERiNGfiAM, (geogr.) ilha ingleza, no an-
tigo Karnate, defronte de Trilchinapoli.
• SERiNO, (geogr.) cidadede Nápoles 3 lé-
guas ao NE. de Salerno ; 7,500 habitan-
tes.
SERIO, A, adj. (Lat. serius, que Court de
Gébelin deriva de se, sem, é risus, riso ,
clymologia aue me parece plausível.) sisu-
do, grave. Homem — . ir, rosto, semblan-
te— , sem riso, sem zombaria. Faltar — ,
com seriedade, sem dobrez, sem dissimu-
Isção, sinceramente. Negocio — , que exige
ponderação.
SERIO, fgeogr.) rio Lombardo- Veneziano,
liasce nos Alpes, e cae no Addaam Monto-
dian.
SERiPHE, (geogr.) Seriphos, hoje Serp,
uma das cidades, entre Siphnose Oythnos
SERLio, (hist.) archilhecto italiano, nas-
ceu em 14/5. Publicou Oí/? as sobre archi-
tecturas.
SERMAiZE, (geogr.) villa de França, 6 lé-
guas ao NE. de Vityo Francez ; 1,800 ha-
bitantes.
SERMANO, (geogr.) villa da Córsega, 21e-
|Bas e meia de Cosle ; 300 habitantes.
SERMÃO, s. m. (Fr. sermon, do Lat. ser-
mo, onis.) discurso, practica que se faz a
liguem, p. us. — , discurso doutrinal reli-
gfioso. Pregar um — , no púlpito. — , repre-
hensão, advertência correccional. Sá Miran-
da chama sermões as epistolas e satyras de
Horácio.
SEHMÃoziNno, s. m. diminuí, de sermão
SERMENRAY , (geogr.) chamado também
Akker-Morken, cidade do Jrak-Arabi, a 12
Ife^as de Uagdado.
SKRMioNE, (geogr.) em latim Sirmio, an-
tiga villa do reino Lombardo -Veneziano, 2
Itpj&s e meia ao NE de Lonato.
do Gr. íí/-' sermonarto, s, m. fdes. ário.) collecçaô
de sermões, escriptos ou impressos.
SERMONETA, fgeogr.) 8 Sulmo dos Vols-
C03, villa dos Estados da Egreja, a 8 lé-
guas de Bresciao.
SERMONETE. V. Salmoncte.
SERMONTESio, A, adj. V. Sertentcsio .
SERNA, s. f. herdade que se semêa, e tri-
buto que se cobra para a .sementeira.
SERNACHE DOS ALHOS, (geogp.) vilha efre-
guezia de Portugal, 1 légua e um quarto
ao S. de Coimbra; 1,300 habitantes.
SERNACHE DO BOM-JARDIM, (geOgr.) f"egue-
zia de Portugal, no concelho da Cerlãa, 8
léguas ao O. de Castello-Branco ; 1,8(J0 ha-
bitantes.
SERNANCELHE, (geogp ) vilU dc Portugal,
6 leguds ao SE, de Lamego, perto de Ta -
vora, cujo concelho tem 2,701) habitantes.
SERÓ, s. m. (t Asiat.) embarcação de re-
mo.
SERÔDIO, A, adj. (Lat. serolinus, de íc-
rus, tardio.) tardio, que vem tarde na es-
tação. Fruta — . Chuvas —s.
SEROSIDADE, S. f . [Ldil. SC rositãS, tis.) hw-
mor seroso ou aqueo do sangue.
SEROSO, A, adj. (Lat serosus. V. Soro.)
aqueo. Humor — . Sangue — , que abunda
em soro ou scrosirlade.
SEROTINO. V. Serôdio.
SERPA, (gengr.) antiga villa de Portugal,
no Alemtejo, ó léguas a E. do Guadiana ;
4,600 habitantes.
SERPOukuov, (geogr.) cidade murada da
Rússia europea, 22 léguas ao S. de Mos-
cou; 6,000 habitantes.
serpão. V. Serpoí.
SERPE, s. f. (Lat. serpens, deserpo,€re,
rastejar.) serpente. E' mais vellio que a—,
fphraz. vulgar) muito velho, alludindo A ser-
pente que tentou Eva. — de arcabuz ou mos-
quete, peça de metal onde se punha o mor-
rão aceso nas espingardas antigas que não
tinham fechos com pederneira. — de crya-
tal, (poet.) aguas que correm serpeando.
SERPEAR , V. a. ou u (i.at. serpo, ere.)
mover-se como as serpentes, rastejando em
voltas tortuosas- Diz-se da agua dos rios, ri-
beiros, regalos, e de algumas plantas ras-
teiras.
SERPEJADO por SERPEADO. V. Scrpcãr.
SERPEJANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. em ans, íw.) que serpeja.
SERPEJAR. y. Serpear.
SERPENTÃo , s. m. augment de serpen-
te, instrumento de sopro mais longvi e gros-
so que o baxão,
SKRPENTAR. V. Serpear, Scrpejar ou Ser-
pentear.
SERPENTEARIA, (bol.) planta medicinal ori-
giDaria da Virgiuia.
SER
SER
571
r
SERPENTÁRIO . s. m. (Lat. serpcntarius.)
nome de uma conslellaçào do hemispherio
boreal representada por uma figura de ho-
mfm segurando uma S'?rp"nlo,
SERPENTE, s. f. (Lai. serpen<i, tis, p. a. de
serpo, ere, serpejar, andar de rojo ou do
lasto. f>o rad egypcio sc/íc, andar, e roí/y/^,
andar de raslo) animal reptil : diz-se de to-
da a espécie de cobras, viboras, áspides ;
(fig.) mulhor mui feia. —de metal, põe-se
TiTís peças de artilharia para soster o mor-
rão.— inftmal, o diabo.
SKRPENTEAR, V. a. OU 71. (do Yv.scrptn-
ier.) serpear, serpejar, mover-se em voltas
toi^tuosas. « O rio entro pedrinhas serpen-
teia. » Bocage.
SERPENTicoLAS, s. m. [serpente, eLat. so-
lo, ere, adorar.) os Judeos que adoraram no
deserto a serpente.
SERPF.NTiFKKO, A, ttdj . [serpente ^ e Lat.
fero, rre, levar, trazer j (poet.) que gera ser-
pente, que contêm serpentes.
SERPENTir.ENA, aJj . dos 2 fl^. gerado, nas-
cido de serpente.
SERPENTINA , s. f. (subst. da des. f. de
serpentino.) vé!a de três lumes, que se acen-
de nos 0Í1ÍCÍ03 do sabbado sanio , castiçal
com tros braços e Ires lumes , palanquim
com cortinas usado no Brazil cujo leiloe de
rede — , canudo espiral de estanho por on-
de corre a agua ardente distillaudo -se; me-
te-se no refrigeralorio.
SERPENTINA. V. Serpentária.
SERPENTINO, A, ttdj. (Lat. scrpentinus.)
de serpenle, de feição de serpente ; (fig )
manhoso, astuto, mtiu. Língua — , depra-
vada, maldizente. Furia — , como a de ser-
pente assanhada. Pedra — , mármore verde
escuro cem listões tortnosos.
SERPiLUEJiiA. V, Serapilheira.
serpillo. V. Seopol.
SERPINS, ígeogr.) villd do Portugal, 4 lé-
guas ao iSE. de Cuimbra ; l,'/iO habitan-
tes.
serpol, s. m. (do Fr. serpolet, do Lat.
serpyllum, tle serpere, serpear.) planta hor-
tense aromática.
SERRA , s. f. ([at. sfrra, som imitativo
da acção de serrar madeira, pedra ou me-
laes.) lamina de aço delgada e estreita den-
tada por um lado, e Gxada de ordinário em
armaçào d*', madeira, para cortar rtiadeira,
metaes, pedra. — de mão, com que um s6
homem serra. — d' agua, a que é movida por
agua, em engenho de serrar madeira. — ,
na antiga milícia, era esquadrão com mui-
tos ângulos a modo de dentes de serra. — ,
no lírazil, cavalla pequena, peixe. — , (fig.)
monte de penedia, com picos e quebradas.
— s d'agua, ondas muito ercpoladas. Uma
«— de labareda, (fig.) Barros. Ir-se áj— ,
(ant.) fazer-se desabrido, como a gente ser-
rana.
serra [José, Correia da), (hist.) distinclo
lilleralo portuguez, o primeiro secretario, o
verdadeiro fundador da Academia Real das
Sciencias ; nasceu na vjlla de Serpa cm 1750
falleceu nas Caldas em 1823. Erul7aH pas-
sou com seu f)ai a lloma, aonde começou
seus estudos, e fez taes progressos, queaoi
l4 annos publicou a sua primeira obra ; em
1775 ordenou-se sacerdote, e noanno se-
guinte veio a Lisboa, onde em 17/9 auxi-
liado pelo duque de Lafões (V. este nome)
com quem travara amisade conseguiu fun-
dar a Academia das Sciencias. Eai 1801 foi
conselheiro da legação porlogueza em Lon-
dres; d'ahi passou a Paris, e em lH\'i aos
Eslados-Unidos, aonde teve uma aula de
botânica, sendo em 18 IG nomeado ministro
plenipotenciário junto áquelle estado. Im
18iU voltou ao reino, e emj^l82.3 foi eleito de-
putado. Foi este homem eminente em bo- >
lanica, antiguidades, e no conhecimento das
línguas, pois lhe eram familiares afrance-
za, ingleza, allemâ, árabe, grega, latma,
italiana, hespanhola ; era membro da So-
ciedade Real de Londres, e das Academias
di3 Turim, Florença, Bordeos, Lião, Marse-
lha, Piemonte", Toscana, e muitas outras,
enriqueceu c«im seus escriptos as Transac-
<;ôes philosophicas da Sociedade Iteal de
Londres, e os Annaes do Museu de Paris,
G os Archivos litterarios da Europa, obra
publicada em Pariz.
SERRA, (hist.) escriptor italiano, foi im-
plicado na conspiração de Campanella cm
lõbl). Leixou : Tractado dos meios quepo-
dem fazer abundar em um estado o ouro
e a prata.
serra (a), (geogr.) Serra di Santo Ste-
fano de Bosco, cidade do reino de Nápoles
48 léguas ao 80. de Squillace ; á,40U ha-
bitanes.
SERRA capriola, (hist.) diplomatico ita-
liano, nasceu em I7ó0, morreu em 1822,
foi embaixador na corte da Rússia, e em-
pregou todo o seu poder contra Napoleão.
serra capriola, (geogr.) cidade do rei-
no de Nápoles 5 léguas e meia ao NO. de
S. Levero ; 4,850 habitantes.
SERBA-DA-piEDADE, (geogr.) serradapFO-
vincia de Minas Gefaes no brazil, no dis-
tricto da vílla de Caheté.
sERUA-tío-NEGRo, (gcogr.) scíTa da pro-
víncia do Maranhão no Bmiil, rio districlô
da villa da Chapada.
SF-RRA-uo PAULISTA, (geogp.) Serra da pro-
víncia da IJahia no Brazil, nas adjacências
do salto de Paulo-AíTonso, no rio de São-
Francisco.
SERRA d'agua, (gert^.*) aWeía ida ilha da
143 «
&72
g£M
SEE
Madeira, pertencente íio concelho da Ponta
do Sol; 1,4Lj3 bahilanls.
serra-crande, (geogr.) serra aliissima
da píovincia do (leará no Rrazil, limilro-
phe das de Tarabiba e do Rio-Grande-du-
Korte.
SERRA-NECRA, (geogr) scrrft da provín-
cia de Minas-deraes uo Brazil, ua comar-
ca de Parac.atú.
8ERRA, (geogr ) serra da província do Ma-
ranbào no Brazil, entre a villa das Balças
e a de pastos- Bons.
SERRAÇÃO, s. f. acto de serrar. A — da
velha, ceremonia burlesca com que se ce-
lebra a quaresma chegada ao meio. Serra-
ção por Cerração, ó erro.
f ERRADICO, A, aiij. (des. iço.) Madeira — ,
serrada para obras de carpintaria e marce-
naria.
SERRADO, A, p. /). de serrar ; adj. cor-
tado com serra.
SERRADOR , s. m. homcm quo serra ma-
deira.
SERRADURA, 5. f. (Lflt. serratura.) aclo
de serrar ; o pó que cáe da madeira que se
serra.
SERRAFAÇADO , A , p. p. de scrrafaçsr ;
adj. cortado com instrumento de máu gum»í
que tem bocas, e corta lacerando a modo de
serra
SERRAFAÇAR, X). a. cortar com instrumen-
to do máu gume, que tem bocas e lacera a
modo de serra. Bluteau verte : roçar com
ferro.
SERRAFiLA, s. m. (do Fr. serre-file.) ca-
bo ou soldado ultimo da fileira militar for-
mada.
SERRAGLio, (geogr.) cidade da Córsega a
1 Itígua de l'.osie ; O^O habilaiites.
SERRALHA, *. /• Dome de uma berv?i.
SERRALHAR, V. a. OU w. (do Lat serru-
/a, serrinha, ar des. inf.) lavrar como os
serralheiros.
SERRAI HEiRO , s. w». (des. eiro.) ferreiro
que faz chaves, fechaduras, etc. Vem do
Fr. serrurier.
SERRALHO, í. m. (do Pérsico sarai, pa-
lácio, casa, após» nto ) palácio do gr^n-se-
nhor. De ordinário confundimos esie verbo
com harém, Labitação das mulheres e con-
cubinas.
SERRANA, 5. f. mulhcF quo viv3 na sefrd,
montanhez.
SEHRAMA, $. f. (serra, des an'a, que de-
nota cfmiinuaçào.) continuação de serras,
corda de serras.
serraNice, s. f. (des. ice.) habitação nas
serras ; vida monlesina ; modos , costumes
dos serranas.
sebrano, a, adj. {serra, des. ano.) ha-
l^itaote de serra. Pastor — .
j serrão, adj. ou s. m. V. Serrano.
SERRÃO (Jeronymo Freire), (hist ) escriptor
portugaez ; nasceu em Kvora. e ahi fídle-
cej em 1651. Escreveu: Discurso Poli'
lico.
SERRAR, v a (Lat. s«rra, ftr.) cortar, di-
vidir, separar com serra. — madeira, már-
more, barras de ferro. Serrar por Cerrar
é erro.
SERRARTA, s. f. (des. ta ) armação de ma-
deira em que se lixara as pranchas que se
hão de serrar com serra braçal.
SKRRATiL, adj. dos í Q. (t. de stercome-
iria ) Corpo — , terrainarlo por cinco super-
licies , das quaes três íão par«llelo-
grammos, e as <iuasoppostas triângulos pa-
rai lelos e iguaes.
SERRAVALLE, (geogr.) cidade do reino Lom-
bardo Veneziano, W léguas ao N. de Tre-
viso ; 5,Gi)0 habitantes.
SERRAZINA, s. t. (de serra ) importuna-
ção d« pessoa que insta muito. — , a pessoa
impo: tuna.
SERRECONTAR, V. O. vcm na Prosódia de
Bento I ereira, que verte : tomar antecipa-
damente.
sERREo, A, adj. (do seira.) da feição de
s*»rra com seus dentes, dontado como serra.
Formação, evolução — , corpr* de tropas dis-
posto como os dentes de serra.
SERRES, (geogr.) cidade de França, 7 lé-
guas e meia ao SO. de Gap; 1,140 habi-
tantes.
SERRES, (hist.) em latim Serranus, sábio
calvinista, nasceu em 1.40 em Hhodez,
morreu em 1098. Deixou entre outros es-
criplos : l)c fide catholica, site de prin-
cipiis religionis clirisiiance, etc.
SERRES, (hist.) irmão do precedente, nas-
ceu *^m 15j9, morreu em IblJ, pode ser
considerado como o pai da agricultura em
França. Deixou um Tractado dui col/ieita
da seda.
SER R ETA, s f. diminut de serra, monte,
pequena ser. a ou serro.
SERRiEREs, (g<'ogr ) cidade de França, 8 lé-
guas ao JNO. de Tournon; 2,048 habitantes.
SEHRiL, adj. dos 2 g. de serro, monte-
sino ; (íig ) agreste ; bravo. — parelha de
machos.
SERRILHA, s. f. de serrã, des. ilha, que
denota ligação ) um lavor de s^da para ador-
no dos vestidos, com pontas como serra. — ,
nos cabeções das bestas, são pontas agu-
das para domar o&^avallos. — ^fa moeda, i&-
vor no circiilo das peças de moeda, i.ara
serem cerceadas.
SEHRiiNHA , s. f. dimiiiut. de serra , de
serrar, pequena serra.
SERRO , s. m. (de serra, monte.) serra ,
monte alto.
8EH
SER
673
8KRR0, adi. por encerramento, 6 obsol. ,
e viciosa orlhographia. — de uma cont/i.
Devora ser cerro.
SERRO, (geo|?r ) nova cidade da provín-
cia de Minasõer.ies no B-azil, outrora Vil-
la-do-Principe 21), 679 habitantes.
SERROTE, 5. m. diminut de serra , pe-
quena s«rra de mào, cora que o cirurgião
serra os ossos nas «mputaçõns.
«EiiT, (g-íoi^r.) cidade da Turquia Asiá-
tica 25 léguas ao Nh). de Nisibiu ; 3,000
habitantes.
sertãa. V. Sartãa ou Sartan.
SERTANEJO, A, adj 6 s que vive no ser-
tão ou matos inloriores; que nasce no ser-
tão : herva, besta, gado — .
SERTÃO, s m. (do serra, e souto, mata.)
região interior remota da costa do mar, ma-
to int»>riur. Bem pelo — , (fig.) no mais in-
timo, V. g. — do pensaraimlo : 6 ant. no
sentido fig. O — da calma, o mais forte ,
intenso delia.
SERTEMA, (geogp.) pequeuo rio de Portu-
gal, nasce na serra d'Alcobaça jimioaoBus-
saco no sitio das Lameiras ; lança-se no
Couto.
SERVA, s. f. (V. Servo.] escrava, criad»,
servente. — de Deus, mulhe»* virtuosa, dada
a exercicios de piedade e rehg'ão.
SERvÃo, ;ant.) subjunctivo de servir; ho-
je sirráo.
SERTÓRIO, (hist.) general romano, nas-
ceu em 1^1 antes de Jesu-(.hrislo em Nnr-
sia, na Subrina, foiquestorde Mário. Quan-
do rehpntaram as guerras civis declarou-se
por Mário no anno 87 antes de Ji^su-Mhris-
to, tornou-se independente na Hispanha e
chamou no seu partido os povos da Pe-
nínsula, principalmente os Lusitanos, bateu
sempre os gentraes romanos, e foi assassi-
nado por Persenns, seu tenente, em 73.
SfcRVAis (s.) (hist ) bispo de Tongres, mor-
reu em 'áii^, assistiu im3W ao concilio de
Sardica, aonfle S. Aihanasio foi absolvido.
E' commemorado a J3 de maio
SEBiANCR, (geogr ) villa de trança, ,5 lé-
guas ao NE. de Lure; 4, 3ii6 habitantes.
SERVAisDONi, (hist.) celebre archit»^cto ita-
liano, nasceu em 16'J5, morreu em 1GG6,
trabalhou para quasi toda a Europa.
SERVAR-SB , (ant.) V. Guardar-se, Con-
servar'se.
SFuvAzmnA, «. f. diminut. de serva.
SERVENciA. V. Serventia.
SERVENTE, í. IH (Lat. scrmens, tif, p. a.
de sertio, ire, servir.) homem ou rapaz que
ajuda em trabalho e dá as achegas aos pe-
dreiros. — , o qupi serve outra pessoa.
SERVEJJTE ou SIRVEN1E. V. Serreniesio
SERVENTESio , A, adj. (do Ff. aut. xer-
vantois, canção em honra de Deus, da Vir-
TOL. IT.
gem ou «obre outroi assumptos graves.)
Versos — s, rústicos.
SERVENTIA, s. f. (dcs. xa.) USO, Utilidade,
presumo. — , serviço de emprego feito pcs-
soaliuente, ou por oulro que suppre as ve-
zes. — s , (ant.) serviços a que o povo era
ob'ig^do, V. g. repairo das estradas, por-
tos, fortalezas. — , servidão, escravid-^io: pe-
na de crime. — , (ant ) cousa que se dá ao
juiz por peita. — , lugar que dá passagem,
e facilita n serviço da casa, quinta, jaidim.
« Havia no muro — para a praia. » Penha
que dava — p«ra a cava. «Destes paços de
tl-Itei vai uma — secreta parn a serra. »
Barros. Kstí» casa, esta quinta tem muitas
e eic^Uentes —s.
SERVENTUÁRIO, s. m. (des. ár»o.) qufi ser-
ve um emprego ou oílicio fazendo as vezes
do proprietário.
SERVET, (hist ) sábio francez. nasceu em
'F»Oy, morreu queimado como herege em
lò[)3. Kscrevpu : De trinitatis erroribus;
De Christiahi'}miretitutionet etc.
SERVfA, s. f. V. Serventia.
SERVIA, (geogp.) a Mesia Superior dos
antigos, Serf-Vilaíeli dos Turcos, esta-
do tributário do império ottnmano na Euro-
pa, tem por limites ao .i. a Hungria, aoO,
d Bósnia, a E. a Bulgária e a Valakia. ao
S. a Albânia e a Kommelia ; 850,<IOO habi-
tantes Capital Semondria. A Sérvia tirou o
seu nome drrs Se vianos, chamados também
Serbes e Sorabes, povo de raça slava, que
habitava nos montes Krapaks. O governo da
Servia é monarchioo heriditdria ; o chefe
tem o titule de príncipe ;
Soberanos da Sereia.
1.° Reino da Servia.
Cronologia incerta 1630-923
ê ° Reino da Servia.
Estevão Boislav 1039 Bodin 1085
Dabroslov 1042 Bolcan 1090-1105
3° Reino da Servia..
I Dy nas tia dos Neemans.
Tchondomil
ou Bac-
Estevão III
1224
cbin
lir»i
1 adislao
12:^0
Estevão!
1165
Estevão IV
12 '7
Estevão II
1195
Estevão V
144
1272
^^
SER
SER
Estevão VI 1275 Estevão YIII 1333
Estevão Yll 1321 Ouroch 1356
// Anarchia.
Vonkachin 1307 Ougliccha 1371
III Dynastia dos Brankotitch.
Lazaro I 1371 Jorge 1427
Estevão IX 1390 Lazaro 11 1458
Helena 1458
Principado da Servia.
Czerni Jorge
1804-18)2
Miluch Obrem vitch
IKIG
Miguel
18.(9
Alexandre Pre»roivtch
1841
SERVIA 0'ova),,(geogr.) da -se este nome
a urna parle da í-ova llussia, principal-
mente aquclla tjuo forma o governo de
Kherson, porque foi povoada por uma co-
lónia de Sérvios era 175 í.
SERVJAN, (geogr.) cidade de França, 2
léguas e meia ao NE. de Beziors ; 2,2o0
habitantes.
SERVIÇAL, adj. dos 2 g. (des. adj. ai.)
amigo do servir, de prestar : homem — .
— , que serve por soldada. — , capaz de ser-
vir Diz-se dos homens, dos animaes edas
cousas. Bpstas velhas, mas ainda scrriçaes.
C»pa u ada, mas ainda — .
SERviciAL, s. VI. homem que ganha a sua
vida a servir por soldada.
SERvicio, A, arlj. (ant.) V. Serviçal.
SERVIÇO, s. m. (Lat. seívitium ,.âe ser-
vus, servo, escravo, sérvio, ire, servir.) o
estado e ministério do servo, escravo, ser-
vente ou criado. — militar, no exercito ou
marinha nacional. Ter vinte annos de — .
Requerer satisfação de — s. Cativar os — s,
pedindo mercê em remuneração delles. —
de Deus, culto, practica dos preceitos mo-
raes da religião. — , (fig.) os vasos eappa-
relhos que servem, v. g. o — da mesa.- ,
oíTifiiosidade, obsequio aos^^migos; utilida-
de, proveito, préstimo. Cousa que lhe foi
de muito — . — , o acto do servir, appare-
Ibar, V. g. as colheres, os cartuxos, ctc. ,
para a artilharia. — de villão, o que se faz
por mero interesse, e não por generosida-
de.— , (ant.) donativo de v«ssallo, dom gra-
tuito, gradu. TT-, presente, dom, mimo. Fez-
lhe de ou em — , mimo — s, (ant.) espécie
de tributo, ou ónus de servir pessoalmen-
te, ou com dinheiro para r*^mir-se do ser-
viço pessoal. — , bom oíTicio , acção útil ,
presente que se faz a juiz para o peitar. — ,
lio jo^o da ptíUat é o ultimo dui parceiros
que serve a pella. — , vaso p^ra nelle se
evacuarem os excrementos, bacio.
Antigamente serviço ^-ra synonymp de do-
nativo ou pedido, z. g. as cortes fizeram a
El-Rei serviço de cem mil crusados.
SERVIDÃO, s. f. (Lat. serí;iíurfo, inú.) ca-
tiveiro ; serviço civil ou militar. — , direito
que uma propriedade tem de exigir serven-
tia por outro prédio : — urbana ou rústica.
SERVIDO, A , p. p. de servir, a'lj. que
serviu, ft.'Z OU recebeu serviço ; apparelha-
do, provido. Tinha — no exercito, na mari-
nha. Alcsa bem — , de iguarias louça, ap-
parelhos e serventes. Ser— , haver por bem.
Se Deus fôr — , se houver por bem, se lhe
aprouver Seja vossa mageslade — ,
SERVIDOR, s m. (Fr. .^erviíeur.) homem
que serve, servente, servo, criado. ííwa^.scr-
tidores, criada^: h('je dizeipos serrÁdoras,
— CS do azul, serventes da Misericórdia que
trazem lunica azul. — de damas, chischis-
beo. — , vaso para os excrem<^ntos.
SERVIDORA. V. Serra, Criada.
SERViEN, (hist.) diplomata francez, nas-
ceu em 151)3 morreu em 16G4. Concorreu
[)ara a paz de Westphalia.
SERViERES, (geogr.) cidade do França, 10
léguas ao SK. de Tulle ; 1,500 habitan-
tes.
SERVIL, adj, dos 2 g. (Lat. servilis.) de
servo, de escravo. Condição, estado, obra
— . — , profírio da condição, da baixeza de
servo ou escravo. Animo, acção — . Senti-
mentos servis.
SERviLiiA, s. f. (de servo.) calçado de es-
cravo ou servo, sapato de coiro brando com
sola sorvi'ía. — , embarcação em que se pes-
ca sardinha.
SEuviLHEiRo, s. fí* (des. ciVo.) O quo pcs-
ca em servilho ou barco sardinheiro.
SERviLHETA, s. f. moça de servir em ca-
sa ou de porta a íóra.
SERViLHETEiiio, s. m. ídes. eiró.) homem
dado a namorar criadas, servilbetas.
SERViLiA, (hist ) íilha de Q. Scrvilio Cío-
pio e irmã uterina de Catão d'Uiica, ioi
cazada com Juni o Bruto, e mãe do ce-
lebre Bruto. Inspirou viva paixão a Cé-
sar, o que fez julgar que truto era filho
deste,
servilià, (hist.) nome de duas fa;iiillias
Romanas, uma patrícia, á qual pertencem
os Priscos e os Caepios ; a outra plebca,
donde sairam os Casca, os RuUor, e os Yas-
tia.
SERviLiDADE, s. f. (Fr. S6rvilité, Uai. ser^
vililà.) (t. usual) baixeza de alma, disposi-
ção servil; (lig.) exactidão servil ou niiLÍa-
mente escrupulosa, v. g.& — do tra<lurtor.
SERViLio STRUcro AiiALA, (hiit.) genersl
da cavallaria no tempo do diotador Cincia?
SEH
ses
575
nato, em 438 antes de Jeiu-Christo ; foi
cônsul em 427.
SERvii IO c.r.pio, (hist.) cônsul no anno
203 antes de Jezu-Christo, venceu Anni-
bal, junclo a Crolona. Seu neto Q. Servi-
lio ftopio foi cônsul no anno 140 antes de
Jezu-(>hrislo.
SERvjLio VATIA, (hlst.) ctiamado o Isau-
ro, pretor no anno 8J antes de Jizu-Chris-
to ton ou a cidade d'lsaiira.
SERVILISMO, s. m. (adoptado recentemen-
te do Fr. servilisme.) disfuisiçào servil, bai-
xeza de sentimentos; estado servil, de servo.
SKRviLMENTP, adv. {menie sulf ) do modo
servil, c<'m baixeza, vileza, com animo ser-
vil. Copiar — , sem ajuntar cousa alguma
ao tpxto.
SFRv NTE. V. Servente.
SKRVio Tui.Lio, (hist.) Vi rei de Roma,
filho do uma captiva (d'on'le so ori^jinou o
seu nome Sérvio) cazou com uma íilha de
Tarquinio o Antigo, e succedeii a este prín-
cipe em 578 antes de Jezu-Christo. Ires
vezes entrou triíimphanle cm Roma fui as-
sassinado em í)3i por ordem de Tuilia,
sua filha, e de Tarquinio-o-Soberbo, seu
genro.
SÉRVIO MAURO HONORATO, (hist.) gramali-
00 do V século, é conhecido pelo seu Com-
meutario sobre Virgílio,
SERvioLA, s. f. (naut ) páu que sáe do cas-
tello da proa para os lados áó navio; ser-
ve de afastar a ancora do costado.
SERVIR, V. a. [LuL sérvio, ire, áo Gr. the-
rô, cuidar, mudado o ih em s, ou thera-
peiíÔ, servir, honrar, reverenciar, prestar
serviços. V. Servo.) prestar serviço, empre-
gar-se a pessoa em utilidade de outrem li-
vre o desinteressadamente, por salário ou
constrangido, — a Deus, adora-lo, dar-lhe
cu'to. — o estiado, no civil ou na railicia. —
o amigo, dar-lhe, prestar-lhe nquiilo que
clle precisa ou deseja. — cargo, emprego,
exercer as funoções, os deveres delle como
proprietário ou serventuário. — uma com-
menda, (ant.) ir fazer serviços militares pa-
ra se mostrar digno de a desfrutar. — a
mercê, o beneficio, fazer boas obras a quem
nos fez mèrcô ou benotlcio. — degredo , ir
cumpri-lo. — , favorecer. O tento sercii-
nos, era favorável ; ou em sentido absolu-
to. O vento sertia, era prospero, favorável.
— damas, gal«ntea-las, ser seu cavalheiro
servente. — o inimigo de tires, frechadas,
artilharia, disparar contra eUe. — a maa,
guarnece-la de toalha, nraios. talheres, igua-
rias. — as peças de arnlkaria, carregar, dis-
parar, et**-. — , em jogos rarle«dos, jogar car-
,ta (lo naipe jogadt» pelo que é niã!>. -+— ,
prestar fervidos, t>. ;9.-Mnro servo au cria-
ÚOi ou na tropa, na iLariuha. — «lerpr^íK
limo, utilidade. Esta madeira serve para cons-
trurção de navios, para móveis. — de, subs-
tituir, supprir, fazer as vezes, ©. g. — de
secretario, interprete, piloto. De nada ser-
ve, é inútil. O receio dos castigos serve de
intimidar os facinorosos. De que serce a dis-
simulação? Isto vos serctrá do recompensa.
— SE , V. r. fazer uso, empregar ena uso
próprio. — de alguém, empregar o seu mi-
nistério ou préstimo. — de uma mulher ,
gozar delia carnalmente. — sede um instru-
mento, traste, animal.
Syn. comp. Servir para, servir de. Ser»
vir para representa o uso a que se desti-
na, ou em que se emprega uma cousa. A
penna serve para escrever, os olhos ícrter»
para ver.
Servir de representa a equivalência de
uma cousa a respeito de outra, em cujo
lugar se emprega, como so se dissesse :
em lugar, ou em vpz de. O chão lhe sér-
vio de cama, o tambor lhe serce de mesa ;
isto ó em lugar de cama, em lugar de
mesa.
SERVO, s. m. (Lat. servus, derivado de ser-
vire, e não vice versa, como querem os mais
dos elymologistas. Em Gr. therapôn, sex\o,
de thrrô, cuidar. Os antigos Latinos diziam
serfus e serfos.) criado, servidor, servente ;
escravo; (lig.) sujeito que ohedece como es-
cravo, tJ. g. — da cubica, da coneupiscen-
cia. — da pena, o que ó por sentença pri-
vado dos seus direitos civis. — dos—s de
Deus ou do ^ficnhor, titulo que toma o papa
nas bulias. Sou seu — , formula obsequio-
sa.
SERZiDEiRA, s. /". (des, cira. ) mulhcf quo
trabalha em serzir.
SERZibO, A, p. p. de serzir.
SERZiDURA, s. f. O trabalho de serzir; a
obra feita serzindo.
SERZ R, «. a. (do Fr. íwr/ííer, cozer bor-
da com borda.) cozer duas bordas de pano
com pontos repassados do ria odo que se não
veja a costura.
sesac, (hist.) chamado também Sesenchis
ou Sesoncorhís, rei do Egypto, que reinou
desde 980 até 950 antes de Jezu-Christo.
SESÃo. V.. i^azào ou Sasão,
SEsiÍGA, s. f. o solo, o chSo onde assen-
ta ediíieio ou está pegada a arvore. « Ven-
dou o castanheiro'com sua — . Elucid.
SESELi, $. m. (Lat. seselis.) nome de uma
planta.
SESERiGO, s. m. V. Seséga. '
9ESG0, A, adj.if>ast. í^í^o, obliquo, tor-
to.) V. í<»7CÍí/o. -*, plftctdo, sereno. «So-
bre a "^ corr*ntèRde«^'rie. <> Naufr. de Se-
pulv. Mor.nes inclin» a crer qnè (tode sigid-^
iícar torcide, to tíioífl: sefceòbtí», mas^em
GwtókfiQW tíMDiíeiB tP«n ia awepçàé^^-«w*?
144 *
576
SES
SET
reno, quieto, e cmo sercontracçSodftsocí-
^íarfo, anl. sesxegado, aesseqo.
SESiA, (geogr.) Sf piles, rio dos Estados
Sardds, sae do monte Hosa e cae no ló.
SERMA ou SEXAIA, $. f. [seís, a (le<^. vem
de manvs, mno.) a sexta parte, v. g. — da
vara. Lma — de pano.
SESMAD\ A. p. p. desesmar; a^/;. repar-
tido rm porções.
SESMAR, t) a. (do Fr. anl sUmater, di-
vidir, spparar; do (\r. skliiimn, separação;
skhizô, cortar, sppnrar, dividir ) paríir di-
vidir, e distribuir terras incultas a colonos ;
(fig.) repartir. Km sentido absol. diz-se
jocosamente de i quem se apartou : ses-
utcri,
SESMARIAS. $. f. fdes oria ] terras mani-
nhas, incultas que se íiistrihuiam a colonos
ou a cultivadores, e se lhes demarcavam.
Também se usa no singular, v. g. dar so-
maria.
SESMKíRO, s. m. fdes. ei^n.) o que tem a
seu cargo distribuir as sesmarias.
SFSMo ou SEXMO, s. ffi. {V. Sesma ) a sex-
ta parte.
SKSMo , s. m. (em Cast. significa marco,
linde.) terra onde ba sesmarias, terra in-
culta <lAda a alguém para a ciiltiv,ir.
sEsoNCHis ou SEsoiscíiosis, (hist.) uome
de muitos reis do F.gypto, o mais impor-
tante é conhecido com o nome do Sesac.
SESOSTRIS fU RAMSl^S SF.SOSTRIS, (hisl ) O
roais celebre dos reis do rgypto, lilhod'A-
menophis-HamsPs, reinou d^ 1565 até 1 V.ll).
Conquistou a Kthiopja, a Judeia, a Syria,
a Assyria e a Media.
SESQuiAi.TERA, adj . (do Lat. seaqui, unr,
e meio.) Proporção — , (mus.) que contôra
outra e uma vez e meia.
SESQuiPEDAL adj dos 2 g. (Lat. sesqui-
pedalis ) que tem pé e meio de longo.
«ESSA, ígeogr ) Swc«m Áumnca, ciJade
do reino de Sapoles, 1) léguas ao NO. de
Capua ; 4,000 habitantes.
SESSÃO, s f (Lat sexsio, onís.) o tempo
que duram as deliberações de uma junta,
congresso, corporação, tribunal. A — das
cortes, congresso^ parlamento.
sessAR. V Sassar, Peneirar,
SESSEGA, s. f. (ant.) V. Socego.
8ESSEGAR, /^ant.) V. Socegar.
SESSEGO, (ant ) V. Socego.
SESSENTA, adj . dos 2 g. numeral (do Fr.
soixanle, alterado do Lat. sexaginta) seis de-
zenas, seis vezes dez.
SESSO, s m. (do Lat sessum^ sup. de se-
deo, ere, sentar) o anus : « lhe raetleram um
caluete pelo — , que lhe saiu pelo toutiço. »
F. Mendes Pinto.
SESTA, s. f. (áe sexta, hora do dia conta-
do oousoLdiino) hora do meio dia* ^mo-
* n'-
sa no estio, em qne os homens e o gado se
deitam a dormir d«'pnis deter comido.
sésTF.AR, V a. (sesta, ardes iof ) levara
lugar fresco abrigado do sol, para dormir
a sesta: — o gado. — , ».n. dormir a ses-
ta, passar a hora calmosa á sombra.
SRSTEIRO, s m. (t. da Beir« (do Fr.seíier)
medida de tres ou quatro alqueir.^s. Bento
Pereira diz que é peso dearr»t»*l e meio.
SESTÉRCIO, s. m. (..at neatertium) moeda
rom-^na de prata de diversos valores ; moeda
ideal ; (fig ) — .?, poir o dinheiro.
SKSTO. s. m. (do Ital. seíío) (ant.) ordem,
medida, regra.
SE<5T0, erro que se encontra em edições
dos autores antigos por festo : a — , em vez
de a festo. V. Festo.
SF.STO, s. m. V Sistro.
SESTRI-D1-LEVANTR, (geogr.) Seqesto Ti-
guliorura. cidade dos Estailos Sar-loslOle-
ííuas ao SE. de Génova ; 3,50i) habitan-
tes.
SESTRi-Di-PONENTE, (geogr ) cidade dos
Estados Sardos, légua emeia ao O. de Gé-
nova ; 2.400 habitantes,
SESTos, (geogr.) Itovalli-Kalessi, cidade
da Tbracia, sobre o liellesponto, defronte
d'Abydos.
SESTRO, A, aij. (do Cast. deriv. do Lat. «[-
niftter) esquerdo. A — mão, — agouro, si-
nistro, mau.
SESTRO, s. m. manha de besta, má ma-
nha, mau habito; mau ou sinistro conse-
lho ou parecer.
SESTRoso, A, a^y. (des. 050) que tem ses-
tro, manha, que toma más resolurões, que
segue maus conselhos.
SESTRUOECK, (geogr.) cidade da Rússia,
6 léguas e mnia ao M). de S. Fetersbur-
go : 1,200 habitantes.
SESTRUOso, A, adj, (V. Scstroso) manho-
so.
SESUDAMENTE, adi), com sisudeza.
SESUDO, A, adj. V. Sisudo.
SETA 011 SETTA, s.f. [lai. sagiíía Court
de Gébclin deriva este vocábulo dorad.ac,
ak. ou aq que significa pon'aem Lat., Gr ,
e muitas (miras lin^Mias, sendo o s prefixo
subslituido á aspiração Grega de aA;^, ponta.
Egypcio çat, ccí ou cií, significa arreme-sar*
lançar, e cote ou çoihnef, setta ; foí, enefe,
ferir) frecha qne se disi>ara cone areo ; (fig.)
cousa ou palrtvra que fere «penetra. Agu-
das — s degelada chuva. — s da luz do sol.
-idos olhos; — de dor, de fogo, de amor,
ódio, mortes. Expressões figuradas e poéti-
cas — de rehgio, ponteiro, mào. Seta,
uma constellação próxima á Via láctea e á
Águia.
sÉTADA, «. /. (des. ada) golpe com seta
disparada <
8ET
8ET
S77
SE-TCHiou, (geogr.) ci'lndecla China, 50
léguas «o NK. de lIouei-yHng.
, SE TCHiNG, (^e^>g^ ) Cidade da China, ca-
pital de província.
SK-TCHEusu, (geopr.) província Occiden-
tal da China, luiiilada pelo Thibet, pelo
Cheu-si, pelo Xoupe.
SftTR ou SKTiE, adj . fiumeral dos 2 g.
e s. m. {Lai. se.filem, {\r. fiefita, Ver^a heft,
Sanscr. septa^ Chaldnico e Hebraico xehet,
tg}'pc xaxf. Creio queequiv^íje a .vciv c «m,
du tgypc. xext, seis, e oua, um) seis mais
um, r,irico e dfiis. — vozes. O — , o algaris-
mo qu(3 ligiira esle numero. -»- é ponto, os
Ires — í, nomes de jogos. — e lerar (do Fr.
íepi et le va), parada do jogo da banca im-
meiliat.H ao parohrn, e em que o pnntii ar-
risca a primeira parada e o ganho lodo d'ella
e tia segunda. Fazer — levar, de levar, ou
— a Itívar.
sete-Casas, s. f. pi. casas em que so ar-
recadavam os direitos sobre genenisda lerra
que entram para o consumo de Lisboa. Al-
fandej?a das — .
SETE ANNos (guerra dos), (hist.) guerra
europea que começou em 175G, e acabou
em 1763, teve por cauza ociume da Áus-
tria, que via ellcvar-seao ?i da Allemanha
uma potencia rival, e que queiia retomar
a ^llei>ia da qual a Prússia se linha apo-
derado.
SETE-CABOS (os), (geogp.) OU Bugaroni,
cabo de Algéria, ao N. de Constantina.
SBTK-CíiEFKS, (hist ) Home dado aos sete
príncipes que parliram para a primeira
guerra de Thebas, guerra empreendida pa
ra restabelecer Tol^nice no ihrono de The-
bas. Os sele chpf*s eram Polynice, Adras-
to, Tyses, Amsíhiarao, llip[>omedon, Par-
Ihenopeo, Capaneo ; moireram todos á ex-
cepção de Adrasto
SETE-COMMUNAS, (geogr.) Sette-CommU'
ni. Kra as5im cbaniada uma pequena re-
publica d'lt6lia, no meio dos Estados Ve-
nezianos da trrra íirmo, desde Benta e. óp-
tico alé aos montes Maroslica, e de S. Mi-
guel; JO.OOO habitantes. Capital Asiago.
SETE ILHAS, (geogr.) sele pequenas dhas
na Custa do depa na mento francez das Cos-
tas do Norte, na Mancha.
SETKCENTos, AS, ajj. sets centeoas, sete
vezes cem.
SETE ESTRELLO, «. tti. O — , fls Pleiades.
SETEIRA, s. f. aberta estreita no muro das
foFlilicações antigas enas naus, por onde so
enliavain os tiros das setas.
SETELERAu, s. m. (origeiu incerta) panno
grosseiro de encapar.
StTE LEVAR, S. m. V. SctC.
SETEMBRO OU SEPTEMBRO, t m. (Lat. Síjp-
tMnòôr) o septimo mez do anno primitivo ro-
raano, e o nono do anno reformado e do nos-
so Seguo-se a Agosto, e precede Outubro.
SETKMRZiNiio, A, ãdj . uascido no septiuQO
raez. Criança —
SETKMPLICE OU .SEPTEMPLICE, adj. (Lat.
setentplet, irAs) sele vezes dobrado.
SETKNo, A, adj. (do Lat. .ve/)í8/», setft) se-
ptimo. O — , s. (med.) o dia sele, re[»uta-
do critico n.is febres.
SETENTA, adj. numeral dos 'i g . (Fr. ant.
seplante, do L/if.íe/yíaar/inía) sete dezenas,
sele vezes dez.
SETENTA (versão dos), (hist.) traducção
grega do Antigo Testamento fei»a debaixo
«los auspícios do sanhedrin judeu do Egy-
pto, que era compnslo por setenta raeui-
bros.
SET NTRiÃo. V. Septentrião.
SETENTRIONAL. V. SeptenlrionãL
SETH, (hist.) terceiro (ilho de Adão e
Eva, nasceu no annodo munHo 130. Subs-
tituiu Abel, de quem teve todas as virtu-
des.
SETHIA, (geogr.) cidade da ilha de Csn-
dia, 20 léguas ao SE. de Cândia ; 1,2jO ha-
bitantes.
SETHos ou sETnoN, (hist.) rei do Kfjypto,
primeiramente summo sacerdote de Fia em
Mempbis, subiu ao throno no anno 713 an-
tes de Jezu-Chrislo
SETiÁ, s f (t. Asiat.) embarcação peque-
na da Ásia
SETÍ4, s. f. (do Lat. siíw/a) cano de madei-
ra que leva a agua aos cubos da roda do.ç
engenhos movidos por agua.
SETiA, (geogr.) hoití Sezza, cidade do La-
cio, perlo de Uteus e dos Pântanos t'onli-
no.s, outrora afamada pelos seus vinhos.
SETiAL, s. m. as5enio ornado que se põe
nas igrejas.
SET F. (g'^ogr.) Sitifis, cidade da Algé-
ria, 30 loguas ao O de Constantina, Sobre
as fuinas da antiga Sitiíi.
SETiFERO, A, adj, (Lat. seta) sedeúdo. Por-
co javali — .
SETiGERO. V. Setifero.
SRTiM, s, m. {Fr.saiiii, do Lat. seta, se-
da) tecido de seda lizo e lustroso. Pau — ,
madeira do Brazil que recebo um bello po-
lido: chama-se na lingua dosindigenaspc-
quiá.
SÉTIMA, s. f sele cartas do mesmo me-
tal — maior, na musica, contém cinco to-
nos, e uraseraitono maior. — menor, con-
têm quatro tonos, o dons semilonos maio-
res.
SÉTIMO, A, adj. ordinal, que occupa o lu-
gar que se segue ao sexto. O — , s a sep-
tima parte.
SETiMo-sE^^ERO, (hist ) L. Septimius Se-
verus, imperador romano, natural da Lys-
145
678
SEV
stv
tis na Africa, foi successi vãmente advogado do
fisco, senador, cônsul, e por morte de Poliax
era .193 foi proclamado imperador pelos
soldados, ao mesmo tempo qne Didio Ja-
lianno, Albino, e Pisceniiio Níger; obrigou
o primeiro a rennunriar fio ihrono, reco-
nheceu o segundo por collega, e venceu o
terceiro, depois vctltou-se contra Albino e
o fez morrer em 1 yão.
SETiM ) spRENo, (liist.) pocta Ifllino, com-
Icmporaneo de Domiciano. Descreveu os
trabalhos e os praseres do campo nos s^ius
Opuscula ruralia.
SETiNADO, A, p. p. de setinar ; adj, a que
SB deu O IJzo o polido dosetim.
SETiNAH, V. a. {selim, ar des. inf.) dar
oluslro de selim, v g — o papel, h' termo
novo e indispensável para verter o Fr. ícíí
ner.
SETiUM, ^g^ogr ) chamada também Sctie-
ua, o» Setivsmons, cidflde da llallia INar-
boneza, hoje Cette.
SF.TLEDJE, SF-TLDJE OU GIIARRA. (gCOgr.)
0 Ifyfívdrvs dos «ntigos, rio da Judeia,
cae nus lagos de Uaonauede Chnn-i>arova-
ra, cae no Djelem.
SETO, s. m. vem em Tenreiro, Itiner., cap.
3: Jotas de — . Talvez seja seda.
SETOURA, s. f (do Lat. seges, tis, seara)
fouce de segar searas ou feno.
SETRA, s. f. V. Cetra.
SFNRINA, s. f. (alterado de sestro) (anl.)
teima, sestro.
SETRO. V. Sceptro.
SETUAL, s. m. (ant.) V. Setial,
SETURAL ou SETUVAL, (goosr.) a maisim-
porlante villa de Portugal, tanto pela sua
f*liz situação como pelo feu commercio, O
léguas ao SE. de Lisboa ; 17,000 habitan-
tCi.
Sfu, pronome'possessivo m. (I.at. snvs,
de sni, ou se, si, que croio vir do Egypc.
Aí', tomar, ou foh, atiirigir, tocar, e ho ou
ovoi, pessoa) dVlle, d'ella. d'elles, d'elias,
poFsuido por el'o, elia, ellcsouellas. O seu
filho, a sua es bens. Os antigos, para evi-
tar o equivoco, fjuntavam a Seu d'ella
t). g « Contratou <sle casamento Kl-Rei D.
João líl com o duqne 1) Theodosio o sfu
irmão d'cl(a. » de D Isabel de Bragança Ho-
je omittiriaraos seu, o que é mais correcto
e não deixa equivoco Seu por eHipse, ter,
haver Tinha de — posstiia. De — , (ant)
de {-'], por si, de seu natural, v.g. « os tra-
balhos sem os chamarem de — se ve»n por
— pé. » De — , (ant ) subentendido rogar,
descansadamente, devagar lie — esljl, ou
de — se está, locuções anl>gas, é ou está cla-
ro, palpavnl manifesto
SEVADRíBA. s. f V. Cevodeira.
sByAHouA, *. f, (CoTarruviag o deriva de
sapo, ediz quft é quasi sapandija) verme,
bi<d)inho immundo ; (fig.) homem de baixa
estoíT.i, vil, desprezível.
sevanduado, a, f'.p. desevandijar ; adj,
tratado com indecencia. Tinha-se — , falta-
do ao decoro, v. g. tratando com gente vil.
SEVANDiJAR, v.a. sevandija, ard»^s. inf.)
tralí-ír com indecencia, faltar ao decoro. —
SE, V. r. haver-se indecorosamente.
SRVAKDii iiA, s. /. V. Sevandija.
SEVAR. V. Cerar.
SEVE. V. Selie.
SEVF, s. f. (Ff. sèce, do Lat. sapa ; rad. o
mesmo de.çuccuí, sueco, eorbo'' on arhor,
arvore) (lx)t ) o sueco nutritivo das arvores
o plantas, seiva.
SF.vR, s. m. {á^\ng\. scven, sete). O — ,
jogo de dados, chamado também scíc d pon-
ío.
sEVEnAC , (gengr.) cidade de França, a
G lí-guas ao N. de Milhau ; 1,HC0 habi-
tante?.
SEVERAMENTE, adv. (wCM/eSuff.) COm SC-
veridade, com rigor.
SF.vERiA, (gpngr ) nome dado na idade me-
dia a uma região da Rússia central, banhada
pelo Derna, e que compreendia Tchernegiv,
Novorogod-Sever.sikov, etc. Devia o nome a
uma tribu de Sabires ou Seteros.
SEVERIDADE, s. f. (L&t. setcritas, tis) ri-
gidez, rigor; seriedade grave de pe?soa au-
íorisada, ou de mestre. A — das leis
Syn. comp Severidade, rijor. X severi-
dade acha-se principalmente no modo de
pensar e de julgar ; o rigor no modo de
castigar. A primeira condemna facilmente
som admitir escusa ; o segundo nem sua-
viza a pena, nem perdoa cousa alguma.
Diz -se semblante setiero, fronte severa, e
Vieira diss« scrcra majestade, porque as-
sim se indica a severidade do animo ; e o
adjectivo rirforoso não se poderia usar em
taes casos com igual propriedade. Diz-se
80 contrario ovigor úo le.iipo, do inverno,
etc e não se pôde dizer severidade, por-
que DUO é cousa que exista no animo, se-
não que se experimenta no corpo.
Á severidade oppõe-se a equidade ou a
indulgência ; ao rigor oppõe se a brandu-
ra,'e nos príncipes a clemência.
SEVER, fgftogr.) rio do Toi^tugal, «iji^.rt-
mo principal nasce perto de Alegrete ni-
serra de S. Mamede no Alemitejo, e outro
na Estremadura hesp.inhola, corre de Ã. a
N. onde servo de reia a Porugal poç espaço^
de O léguas. ■■ '<> 'i 'ni^r»'-,
SEVER, fgeogr.) villa dePorlugaí, 8 léguas
distante de Vizeu ; 6110 habitantes.
SEVhRiM DE FAKiA (Manuel), (hist.) douto
antiquário . e eseriprtwr pof-tuguez, nasceu
Da oidado do Lisboa em 15(8^^ a faile^eú
.V V
SEY
8E1^
na de Evora em 1GG5 Foi chantre e cóne-
go da Sé de Evora , doutor pela universi-
dade de Coimbra, e goznu duranle a sua
vida de grande cri dito entre os sábios seus
conlem[)oraneos, e da geral estima de seus
concidadãos, para o que concorria o sou sa-
ber, a cantiura e modéstia do seuciracter.
e o digno emprego de suas rendas ou em
actos de caridade, ou em livros e antigui-
dades, facultando a todos os seus conheci-
mentos e escolhida lubliolheca. Deixou uma
immerisid.ide de escriplos históricos, genea-
lógicos rt haraldicos, qu(5 o classilicam um
dos g-^andes poIygra(ihos da sua época. No-
tam-sH iMUro ellijs : Dixcursos vanos politi-
cos. Noticias de Portugal, Origens de tolos
os apptUídos e armas das famílias nohrei
do reino, Moedas que correram ve^(a Pro-
víncia do íempo dus Romanos alé ao pre-
sente, Prompiuario espiritual e exemplar
de virlmies.
SEVEHiNo, (s.) nome de muitos sauctos ;
os ppincipaessãí) : Severino abbade de Mau-
ricio em Valttls, morreu em 5''8, festeja-
do a 11 de fevereiro ; S. Severino, piedoso
solitário, morreu em 5)5; é festejado a 24
de novembro.
savERissiMAME.ME, ado svperl. de severa-
mente.
severíssimo, a, adj. superl. de severo.
SEVERN, (geogr.) Sarernc, em Latim la-
trina, 0 maior rio d'lnglalerra, nasce no
paiz de Galles, e entra no canal de Bris-
tol.
SEVERO, A, adj. (Lat. scterus Court de Gé-
belin o deriva A^verus, no seu sentido pró-
prio, claro, luzente, brilhante, límpido, e
de ss, prelixo privativo, sem, eajunia que
exprime o ar turvado do homem severo. l*a-
rece-me extravagante tal origem, e creio que
o termo tem outra mui diversa. O se nãoé
prefixo enão denota privação ; o termo vem
de íorçwí, fero, irritado, carrancudo, e os,
ori.s, fftce, semblante, owreor, julgar) rigi-
do, rigoroso, áspero em punir, em repreen-
der. Lei — , que impõe penas rigorosas. Cas-
tigador — ; semblante — , que indica a se-
veridade do ani-iio.
Syn. comp. O senhor D. F. de São Luiz,
adopiando a etymolfgia de ilébelin, diz que
severo exprimo um (juasi apartamento ou
destio da verdade, e ajunta que tale a for-
ça da partícula se, e dá por exemplo sedu-
zir, etc. Ora é incontestável que seducere,
Lat., ó conduzir comsigo, e qun o senão é
privativo. De tal errada origem não éra pos-
sível deduzir com «certo a differença entre
severo e rigoroso. 5ecero refere-se á pessoa
que mostra severidade ; rigoroso designa os
autos d'tílla e o eíT-jilo d'eiles, o. g. o juiz
é sovcroi e o castigo rigoroso* Por isso se
não pôde dizer semblante ri/yoroío. — mas
clemtntc, ftias não s»í pode dizer rigoroso
mas clemente. V. Itigor, Rigoroso.
SKVKBo , Vibius ou Libius Severus, um
I dos últimos imperadores do occidonte. foi
proclamado pelas legiõisda lllyvia em 461;
I morreu em 4t)tí,
1 .SEVERO, (hisl ) Flacíns Valerius Scrcru.9,
j lllyrío, foi nomeado César por Dioclecisno,
o Augusto por Galerio, em 306 ; matou se
I em 34»7.
sevícia, s /".(Lat. S(BDÍtia,(\QS(Bcus, adj.
je seoio, ire) crunl iade ferina; mau trata-
mento que o marido faz á mulher, o pai aos
lilhos, A — d ) lyranuo. Dar — s, sentença
de separação por motivo de sevícias do ma-
rido á mulher.
^ SKviCfAn, V a. {setíria, arátís.mi.) mal-
tratar, o marido a mulher, o pai ou mãi
os filhos.
SEViGNÉ, (hist.) escriptora franceza nas-
ceu em 1G2H, morreu em 1696 É muito
conhecida pelas Car/a? que escreveu quau-
do t-íve de aíFdslar-se de uma filha, que
muito estimava.
SEViLUA, (geogr.) Hispaliset Júlia Romu-
la dus antigos, cidade e porto d'llesprínha,
capital dl intendência de Sevilha, 9i lé-
guas ao SE. de Jladrid ; 100, OOJ habitan-
tes.
SEVII-HA-DEL-ORO OU M^CAS, (gCOgr.) //tí-
palls Áurea, cidade da Nova Granada, na
província de Quixos-e-Macas, Hh léguas ao
.NE. de Cuença.
SEviN, (hist.) philologo francez, nasceu
era 1G82, morreu em 17 il, fui enviado a
Constantinopla para procurar manuscriptos,
redigiu o 1." v:)lume do catalogo dos ma-
nuscriptos.
SF.vissiMO, A, adj. sujcrl. de sevo.
siívo. A, adj. (Lat. sa-vus, que Court do
Gí^belin deriv. de za ou zae, Ímpeto. Em
Egypcio skliicí significa atormentar) cruel
que maltrata, faz sevícias, que castiga, pu-
ne, se vinga com violência. — s tyrannos.
SEVO s. in. (Lai. sebum ou sevum.) V. Se-
bo.
SEVoso. V. Seboso.
ssvKE, (geogr.) Suare^iria, nome de dous
rios de França; o 1.° Sevre Nantez, nas-
ce no departamento dos Dous Sevres, ecae
no Loire, em Nantes; 'I.'^ o Setre Niortcs,
nasce no Departamento dos Dous Sevr^s.
SEVRES (departamento dos Dous), (geogr.)
departamento francez, limitado pelos do
Maine-e-LOÍre ao N. Charente-lnferior ao
S. Vendea ao O. VíennaaE. capital Niort ;
oO:>,< 00 habitantes.
SEVRss, (gecgr.) cidade de França, 2 lé-
guas e meia ao S0« de Paris ; 3,U7U ha-
bUautes.
145 «
58o
SEX
SEZ
SBVSK, (fj;eogr.) cidade da Rússia Euro-
pea, M) legaas ao SO. d'Orel ; 5,U00 ha-
biiflntes.
SRWA-DJY, (hist.) fundador do império
dos Mahraltas, nasceu em Baçaim em 1B28,
morreu era 168í).
SEXTfAE (Aquae), fgeogr.) hojo Aix ^ ci-
dade da (ialiia (>"salpini. 7 léguas no N.
de Maasilia, foi fundada por C. Seito^Cal-
vino no anno 123 antes de Jesu-Chrislo.
SEXAGENÁRIO, A, adj . (l.at. sexagenavius)
que tem spssenta annos. Divisão — , de um
numero ou todo em sessenta part<ís.
sf,xagr<5ima, s. f. (Lat.) a oitava dominga
antes da Paschoa.
SEXAGÉSIMO. A, adj. (Lat, sexagcsimus] or-
dinal, que na serie vem logo depois de qnin-
quagesimc anno.
SEXCENTESIMO, A, ã-fj. Ordinal (Lat. sex-
centesimus ) correspondo ao numero seis-
centos.
SEXENNío, s. m. (Lat. sexennium.) espaço
de seis annos.
SEXUA, SEXMO V. Seuma, Sesmo.
Skxo , s. m. (pron. sécso : Lat. sexus, e
ant. secus, do sup. sectum, dftsccarc, cor-
tar, porque exprime a separação dos órgãos
masculinos e femininos que se achara uni-
dos em muitas ordens de animaes, e no maior
numero de vf>getaes ) a organisação que dis-
tingue os animaes machos das íêujeas de
ca^a espécie. O hcllo — , as mulheres.
sexquiai.teka. V. Sesquialtera.
SFXTA, s. f a sexta hora ; a hora canó-
nica entro a terça e a nona, — , na musica;
— maior, que conlôm quatro tonos, e um
semi-iono maior ; — menor, que contê.L três
tonos, e dous semitonos maiores — , no jo-
go dos centos, seis cartas segui las do n^es-
mo naipe. — fei^a da paixão, ou de endocn-
ças, a da semana santa. — , na dansa, três
batutas no ar de um pó contra o outro:
passar uma — .
SEXTARio, s. m. (Lat. sextarius.) a sexta
do congio, medida romana para líquidos e
seccos.
SEXTA vAoo, A, adj. que tem seis faces, e
seis ângulos.
SEXTEiRO, s. m. a sexta parte de um moio
de gião.
SEXTERCfO. V. Sestércio.
SEXTiL, adj. dos 2 g. (Lat. sextilis.) As-
pecto — , (astr ) é a distancia de sessenta
graus, em que um planeta está do outro.
SFXTiLMA. V. Sexluia.
SExriNA, s. f. composição poética em es-
tancias de seis versos.
SKXTio LUTERANO, (hist.) primcifo consul
plebnO, enlrou no cargo com um patricio
no anno 366 antos de Jezu t^hristo.
SEXTio CALTiNo, (hist.) consul no anno
1M antes do Jezu-Christo, depois procon"
sul da liallia em 1?3.
8EXTI0, (hist.) qiiestor do con?ul C. An-
tónio no anno 62 antes de Jczu-(Uiristo con-
correu para a victoria de Pistola sobre Ca-
tilina.
SEXTO, A, adj. ordinal (Lrt. sextus.) que
na serie occupa o lugar que se segue ao
quiiito.
SEXTO, s. m. a sexta parto.
SEXTO empírico, (hist.) medico e philo-
sopho grpgo, era segundo se crô, de Mity-
lena, e vivia no fira do íl século da no.«;sa
era. Pertencia á seita dos médicos chama-
dos empíricos.
SEXTOr.ENlTO , A , ttdj . O SCXtO gCUitO, 0
sexto íiiho,
^ SEXTUMViRATO, s. w tribunal de scis ma-
gistrados; o cargo do sextumviro.
SEXTUMViRO, s. m. (Lat sexlumvir ) ma-
gistrado romano de um tribunal composto
de seis membros.
SEXUAL, adj. (/oç 2 g. (do Lat sexus ou
sexnm,, des. adj nl, do Lat, a/ts ) que res-
peita ao sexo, DiíTerençass«j?u.a«.s, Systema
— , a ciassiíicaçào botânica de Linneo fun-
dada sobre os órgãos sexuais das plantas.
seyar, (ant.) V. Seiar, Ciar, etc.
SEYAvoGA V. Ciavoya.
SEYCiiELLES OU SECiiiiH ES (ilhas), (geogr.)
grupo de ilhas do mar das Índias, ao N.
das Almirantes; são trinta, Mahé óa prin-
cipal ; 9.000 habitantes.
SEYFiA. V. Seijia.
SEYMOUR (Joanna), (hist.) 3 ** esposa de
Henrique VIU d'lnglaterra o mãe de Kduar-
do VI, era dama de honor de Anna Hole-
na, á qual supplantou.
SKYMOUR (Thomaz), (hist ) lord Dudley,
grande altairante d'fnglaterra, irmão de
Joanna Seymour. Morreu decapitado em
i54'.L
SEYNE, (geogr.) cidade de França, 10 lé-
guas ao N. de Digno; íJ88í) habitantes.
SEYNE, (geogr.) porto de mar sobre o Me-
diterrâneo, 2 léguas ao SO, de Toulon ;
<>,;i40 habitantes
SEVO. V. Seio.
SEYSSEL, (geogr,) pequena cidade do an-
tigo B.igey, hoje no deparmento do Ain,
6 léguas ao NK. de Bellt^y; 3.6 habitantes.
SEYSSEL, (hist.) historiador francez, nas-
ceu em 1450, morreu em 15''0. Kscreveu :
Hislor>a de Luiz Xlí, e a grande Monar-
chia etc.
SEZKWNE, (geogr.) cidade de França, 9
léguas ao bO. d'Epernay ; 4,200 habitan-
tes
SEZÃO, s. f. (corrupção de accasão, ao-
cesso.) (t. vulgar) febre intermiltenle. Está
com a — . Ter sezões.
SFU
SHÁ
581
ÍRZIRÃO, SESIRÃO OU CKZIRÃO, S. m. (í flt.
tiser ou sisaron.) V. ^izirão ou Cizirun.
SEZONATico, A, adj. sujeito a sezões. Si-
tio — ; lerrn — .
SRZUOo. V. Sisudo.
SEZZA, (geogr ) Setia ou Suessa Pomelia,
ciHade do< Kstadus Lclesiasticos. 7 léguas ao
SO. de Frosinone ; 0,0(10 h.ibitanlfs.
SFAKrA, (gpogr ) cidade d» ilha de r.andia,
d léguas ao SÓ. de Canea ; 1,800 habitan-
tes.
s. FARGEAU, (geogr.) cidade de França, a
12 léguas ao SO. do Joigny ; 2,250 habi-
tantes-
SFAX ou SFAKFS, (geoffr ) cidade murada
do estado de Tunis, 07 léguas ao ílE. de
Tunis*. tj,00l) habitantes.
s FELICIANO, (geogr.) cidade de França,
a G léguas ao O. de Tournon ; 2,380 ha-
bitantes.
s. FELíX D8 caramand, (gpogr.) pequena
villa do França, a I^ léguas c noeia ao NK.
de Villefranche ; 2,G20 habitantes.
SFONDRATE, (hlst.) Cardeal italiano, nas-
ceu em 1493, morreu em l.iOO. E' aolordu
diversas obras de politica e jurisprudência,
e do poema : De raptu Helence.
sfendratk (delesiino), (hist ) cardial, da
mesma família que o precedente, nasceu em
tG;y, morreu em 1G96. E' autor de mui-
as obras; entre elias : Tractaius H'fgali(S;
s FIRMINO, (geogr) cidade de França, a
7 léguas ao N. de (iap ; 1,000 habiiantes.
s. FLORÊNCIO, (geogr.) San -Fií>rc»}zo, ci-
dade de França, a 3 léguas ao SO. de Bas-
tia ; 40i> habitantes.
s. Fi.ORENCio-o-VELno, (gcogr.) cidade de
França , a O léguas ao íN de Beaupr^au ;
2,080 habitantes.
s. FLORENTINO, (geogr.) antigamente CAa-
teaudun, cidade de França, a 8 léguas ao
^E. de Auxerre; 2,57h habitantes.
s. FLOUR (geogr.) Florwpolis, cidade ue
Fraiiça , a 15 léguas ao E. de Aurillac ;
5,648 habitantes.
s. Foix, (hist.) escriplor francez, nasceu
em 1G1)8, morreu em i703. Assuas princi-
paes obras são: Carlos de Nedim a Hoggia
ou Cartas turcas, Uiatoria da Ordem do
Espirito Santo, etc.
sFoucE, (hist ) em italiano Sforza, cele-
bre família italiana, qne reine u no ducado
de Milão no XV e XVI séculos, o seu fun-
dador foi Giacommuzzo Atiendulo, chaa:a-
do Sforce por causa aa sua muita força.
s ERANCisco , (geogr.) rio dos Estados-
Sardos, sáe dos montes Uzaik ecáe no Mis-
sissipi.
s. FU^GENCio, (geogr.) cidade de Frença, a
4 léguas aoKE. dt» Louibon Vendea ; 1,620
habitantes.
VOL. !▼.
8. GALL, (geogr.) cidade da Suissa, capi-
tal do cantão de S (;all. a IG léguas ao
E de Zurich ; 10,000 habitantes.
8. GALL . (neogr ) decimo quarto cantão
suisso, limitado ao IS ptlo de 'Ihiirgovia
e o lago de Constança, a E. pelo Uheno,
ao S. pelos tirizões ; i40, 000 habitantes.
s GALMiER. (geogr.) cidade de França, a
4 léguas ao £. de .Montbrison ; 2,800 ha-
bitantes.
s. GAUDÊNCIO, (geogr.j cidade de Fran-
ça. « 23 léguas ao SO. de Tolosa ; 6,02)
habitantes
s. CAULTIER, (geogr) cidade de França, a
7 léguas ao E. de blanc ; 1,600 habitan-
tes.
s. GELA's (Octávio), (hist.) poeta e escri-
ptor franoez, nasceu em 146G. morreu era
i002 Deixou iradurções, em verso da Enei^
da, e das Odes de Ocidio. Seu irmão João
Galais é autor de uma Historia de França
muito fstimada.
s. GENEST-M.ALiFAUx , (geogr.) cidade de
França, a i I^'guas e meia ao SO. de Santo
Estevão ; 3,480 habitantes
s. GKNiEz DA MARGEM d'ott, (geogr.) cida-
de de França, a G léguas ao E. de Espa-
lion ; 3,8^0 liabilantes
s. GENis, (geogr ) cidade de França, a 3
léguas ao NO. de Jonsac ; 1,020 habitan-
tes.
s. GENis-LAVAL, (geogr.) cidado de Fran-
ça, a 2 léguas ao S. de Lyon ; 2,190 ha-
bitantes.
s GEOiRE, (geogr.) cidade de França, a 6
léguas e meia de Tour du Pri ; 4,4U0 ha-
bitantes.
.«^HADWELL, (geogr.) villa dMnglatcrra, con-
tigua a Londres do lado do SE. ; 10,000
habitantes.
siiADWELL, (hist.) poeta inglez, nasceu em
1640, morreu em IGU?. Deixou uma traduc-
ção era verso das Saíyras de Juvenal, e
diversas obras para o ihealro.
shafteíbuhg ou shaston, (geogr.) cidade
dMnglaterra, iO léguas ao^E. deDorches-
ter ; 8,000 hab'tí«nle*.
SHAFESBURY, (híst.) cstadísta inglez, nas-
ceu em iGil, morreu em 16b3. Foiminia-
tro por diversos vezes.
SUAFTE.-BLRY, ^hist ) filho do preredeule.
nasceu em 1G71, morreu em 1713. As sua»
principaes obras sào : Observações scbrea
virtvde; Caria sobre o eniliusiaunto, ele.
SliAKE&PEARE ou SHAKSPEAÍE , (hist.) O
primeiro poeta dramático inglês, nasceu
j em 1063, morreu tm 1754. Deixou 35 pe-
ças. As pricipaesobras ião: Henriíjtie IV^
j Jicnico e Jvbtia^ o liei Lear, Macbtt,
Bem Ut, O te I to.
í>uA^^cIl, (^togr.) ^enuSf rio d'lrlaQdâ,
14t>
68â
snE
su
nasre no condado de Feitrittí, 6 cae no
Occeano A*lantico, enlre o cabo Rerry e o
cabo ioop.
5»nARp, (hist.) arcebispo de Santo André,
nasceu em 1618, e foi degolado ptlosfana-
licos era 1679.
síiARP, (hist.) uradosmaÍ5 hábeis grava-
dor(:S inglezes, nasceu era 1749, morreu em
1HV\. As suas melhores gravuras são : Py-
thonissa d' Eupor y 'tancla Cicilla, Diógenes.
siiARV, (hisi.) viajante inglez, nasceu em
1692» morreu l75t, visitou a Numidia an-
tiga, a Sjria, o Egypto. Deixou : Viagens
e observações relativas <i muitas parles da
B<irharia e do Levante.
siiEERNF.ss (g^ogr ) cidade e posto mili-
tar d'lnglaterra, 4 léguas ao ?IK, de I\o-
ebester ; 2,000 habitantes.
siiEFFiELD, (geogr ) Cidade d'Inglaterra,
17 loguas ao SO. d'Yorck ; 111,000 habi-
tentes.
snEFFiELD, »(hlst.) duqu í de Buckuigham,
nefceu em 16VJ, morreu em 1721. De!Í-
xou : Poesias, um ensaio sobrea salijra, 6
diversos ensaios.
SFiEicuKNE (marquez de Lansdown, con-
de de), (hist.) estadista inglez, nasceu em
1737. morreu em 1805, foi ministro cora
Foxem 1782 e concluiu a paz de Versail-
les,
siiiLLiNG. o, m. (íngl.) V. Schellim, Clie-
Um ou Xelim.
SHELLEY, (hist.) poeta inglez, nasceu em
1792, morreu em ;8?2. Deixou duas tra-
gedias : Beatriz Cenci, Promelheo solto ;
e deus lioeradiS Hellas, a rainha Mab .
SHENSTOiSE, (hist.) pocla inglez, nasceu
em 1714, morreu em 17t)3. É auctor de
diversas obras estimadas, entro as quacs se
distingue : The Jiidgment uf Hercules.
siiBPPEY, (geogr.) ilha dMnglaterra, na
embocadura do Medway e do Tamisa. Ca-
pital Sheerness.
SHEPTON-MALLET, (geogf.) cidflde d'ínRla-
terra, 2 léguas ao O. de Wells; 5.(00 ha-
bitantes.
SHERBONE, (gcogr.) cidado d'Inglaterra. 7
le^^uas >ao NO. de Dorchesíer ; 4,080 habi-
tantes.
SHEiuDAN. (hist.) esoriptor e orador ír-
landez, nasceu em 1751, morreu em 1810.
A« suas principaes obra são os : Rivaes ;
Escola da Maledicência, ctc.
sHERiFF, (hist.; nome dado na Inglater-
ra ao principal jtJiz d'um condado.
SHERi.ocK, (liist.) ilieo'ofo inglcz, nasceu
em 1641, morreu tra J707. Dfdxon obras
çslliaiodos sobre a Morte -, sobre o Juizo fi-
liai, ^ ura Tractado da Providencia.
em 1761. Deixou alem áe Sermões, outras
obras : Teslimunho da resiirreição de Je-
zu-Christo, exJiminadas e julgadas segun-
do todas os regras ; Tractado das prophe"
cias.
siiETLAND (ilhas), (googr.) archipelago do
Atlântico, ao N. da Escossia, e 15 léguas
ao NE. da Orcades ; 5l9,<íOO habitantes.
SIIETLAND (Novo) OU SnETLARD DO SUL,
(geogr.) archipelago do Atlântico Austral,
ao O. da Terre da Trindade.
SHiEi.D, (hist.) compozilor inglez, nasceu
em 1754, morreu em 18:!8. As sn«s me-
lhores operas são ; The flitch of Bacon ;
Bosina, fíobin lloood, Marian
SHiEi.us, (geogr.) nome de duas cidades
d'Inglalerra, no condado de Northuraber-
land, defronte uma da outr.a nn eadiooa-
dura do Tyne ; uma NorheShields na mar-
gem esqueni.i, 9,680 habitantes; a outra
South 'Shields, na margem direita; 9,000
habitantes.
siURLEV, (hist ] poeta dramático inglez,
nasceu em 1594, morreu em 1656, Deixou
37 p;'f;as de iheatro e alguns poemas.
siioREflAM (New), (geogr.) cidade d'Ingla-
terra, 9 léguas ao NO. de New-Ilaven ; 900
habitantes.
SUREUSBURY, (gcogr.) Uriconivm dos la-
tinos. Pengiverne dos antigos, cid.-ido d'In-
glaterra, 58 léguas ao NO de Londres;
20,500 habitantes.
sliROP ou SALOP, (geogr.) condado d'ln-
glalerra, entre os de Chesterao N.^deStaf-
ford a E. de Wercester e d'Iíreford ao S.
e o paiz de Galíes < o O. ; 240,000 habi-
tantes. Capital Shrewsbury.
SI. variação do pronome da terceira pes-
soa (do lat, sibi, a si, ou se.) U^a-sccom
as preposições a, de, por, para. Quando o
precedido da prep. com, muda-se era sig,
por euphonia. A — mesmo. Estar em — •,
muito em — , senhor de — . Cair cm — , ad-
vertir no erro, no descuido. Tornar sobié
— , fazer volta do erro. Homem sobre — ,
esquivo, que evita a conversação dos ou-
tros. Fazer uma cousa de — me.ç/no, de seu
moto próprio, espontaneamente. De per — ,
separadamente. Os antigos diziam maior,
melhor que si ; hoje dizemos que tile.
SI, adv. (ant.) V. Sim.
siA, (int.) por estaca, de estar, ou ser.
si.\DF.s, (ant.) por (slcjae.s, de estar.
siAK , (geogr.) cidade da ilha de Suma-
tra, sobre o Siak. capital do Estado do Siak,
o qual fica limitado ao NE. pelo estreito de
Sumalja.
Si AO, (gnngr.) chamado também Yondra,
Jièlhia.h Dounraouaddi, cidade do reino de
SI1EHI.0CK, (hist.) pregador inglez, íilho ' Sião; líi leguás-fK» N. de Bankok ; 10,000
íki»iprc£í5deak», uAscea eoa 1678, m^Freu hibitanles.
SIG
SlC
583
SIÃO (reino de), (geogr.)ou Beino de Thai,
um dos Ires grandes Estados do Indo-Chi-
na, tem por limites ao ÍSO.o Yun-nau, a E.
o Laos e o Cambodje, a E. ogolphode Ben-
gala ; 3, 100,000 de habitantes. Capital Ban-
kok.
SIÃO (golpho de), (geogr.) golplio forma-
do pelo mar da China entre o reina de Sião
ao N e a O. , e o impeiro de Annam a E.
siAR, V. a. (V. Ciar) (volat.) — a ate as
azas, cerra-las depois de aferrar a ralé para
baixar com ella mais depressa.
siATico Y. SciaticOf Sciatica.
siBA, s. f (Lat. sépia) um peixe Tulgar
cujo sangue é preto.
siRANA, (ant.) V. Choupana, Cabana.
siBAR, s. m. (t. Asiat ) embarcação da Ásia,
siBEuiA, (geogr.) vasta região da Ásia, que
compõe quasi toda a llussia Asiática, tem [)or
limites a O a Rússia Europea, a E. o Grande
Oceano, ao N. o Oceano Glacial árctico, ao
S. o Turkestan independente e o império
chinez. Cidade capital Tobolsk.
SIBÉRIA (Nova) ou ILHAS LiAiKiiow. (geogr.)
no Oceano Olacial Árctico, na costa IN. da
Sibéria ,* três ilhas principaes, Kotelooi ,
Fad('wkf>i, Afrikanikoi.
SIBILANTE, adj, (Lat. sibilans, tis, p. a.
de sibilo, are) que assobia Vento, petar-
do — .
SIBILA», V n. {Lai. sibilare, voz imitati-
va) assobiar, soprar com zunido agudo, sil-
var como as (, obras.
SYDiLLA, (hist.) tilha de Amauri I, rei de
Jerusal.3m, foi casada com Guilherme, o Es-
pada Longa, e teve delle Baudoni, que foi
coroado rei de Jerusalém em 1185.
SIBILO, s. m. (Lat. sibitum) assobio, voz
sibilante, silvo.
siBiR ou isKER, (geogr.) antig« cidade da
Ásia, não longe da cidade ondo foi cons*
truida depois a cidade Tobolsk.
siBTHORp, (hist.) botânico inglez , nasceu
em 175S, morreu em 17J6. Publicou Flo-
ra gr caca.
siBYLLA, s f. (Lat ) mulher que vaticina-
va o futuro entre os antigos Romanos.
siBYLLAS, Sibylla;. (de sio, por theo, theos.
Deus, e ryll ou ti7ía, antiga palavra que si-
gnifica prophelisa) nome dado pelos Gregos
e Romanos ás mulheres, ás quaesattribuiam
o conhecimento do porvir e inspiração divina.
Eram muito consultadas ; davam os seus orá-
culos em termos ambíguos, ou osj escreviam \
em folhas volantes, que muitas vezes se tor - 1
nava m o jogo dos ventos.
siBYLLico. V. Sybillino.
siBYLLiNO, A, adj. (Lat. sybillinus) dassy- •
biUas. Versos —s, propheiicos.
siBYLi.iSTA, s: m. livro das sibjllas. ^
siciMBROS, (geogr.) Sicambri, povo da Ger- ;
mania, habitava perto da margem direita do
Rheno, e ao Í1. da Lippe.
siCARD, (hist.) jesuíta francez, nasceu em
1677, morreu em 1/2G, percorreu aSyria, o
Egypto, apren^leu o árabe e visitou os monu-
mentos li
SICARD (o abbdde), (hist.) instituidor dos
«urdos-mudos, nasceu em 174;?, morreu em
1822. Deixou entre outras obras : Memqrias
sobre a arte de instruir os surdos de nascen-
ça. Curso de instrucçdo de u>:u surdo-mudo,
siCARiATO, s. m. (do Lat. sicá, punhal)
morte feita com punhal, faca ou adaga.
sm:ario, s. m. (, at. sicarius) matador,
malfeitor, armado de faca de ponta, punhal
ou adaga.
siCELEG, (geogr.) cídattc da Palestina, foi
dada pelo rei de Gelh ;i David, quando este
fi.gia da perseguição de Saul.
siCERA, s. f. (do Hebr.) todo o licor que
ercbibada, excepto o vinho.
siciiEM depois NKAPOns, (geogr.) hnje iVa-
plouse, cidade da Palestina, na Samaria, ao
N. perto do monte Girizuí.
sicia-venerEa, fgfíogr.) hoje El-Kef, cida-
de da ^umídia a E., entre Zama ao S. e Ma-
daure a O.
siciLTA, (geogp.) Sicilia, Sicania, Trina-
cria, a maior ilha do MedUorraneo. na ponta
do Itália, ó dividida ena 7 intendências;
l,l'00,000 habitantes. Capital Palermo.
sicilias ( reino das Daas-, (g3r)gr ) um
dos Estados meridionaes da Europ-i actual,
limitado ao N. pelos Estados da Igreja e por
todas as outras partes pelo Mediterrâneo, é
do daas formado partes dislinctas; o reino
do Mapoles o a Sicília, que r.'paradus pelo
estreito deMessina. Tem por-capitaLNapoles ;
conta 7 a 8,000,000 hsbítantes.
SOBERANOS D.^S DUAS SlClLfAS DESDE 1043,
l.*' Áníes do nome de duas Sicilias'.
Grande condado depois ducado de Ponilit.
Guilherme I, 10^3 (dnqne desde
D rogo n. 10)0 1059]
Hurafroi, 1051 Rogero 2 ° fi-
Roberto Guis- lho de Ilober-
card, 1057 to 1085
Guilherme 11, tlll-Uu
Grande condado ító Sicilia.
Rogero I (irmã* Gaiítliard', 1058
de Roberto Simon, 1101
Rn^ò If, 11054130.
146 #
584
81C
SIC
// Reino das duas Sicilías,
Dynastia Normanda.
Rogero I, (o mes- Tancredo e Gai-
mo que Hoge- Iherme lií,
roll, conde de usurpadores
Sicília), il30 Guilberraell, 1166
Guilherme 1, 1154 l»MJ4iy4
Dynastia Hohenstaufen.
Henrique VI, li 94 Conradmo 1254-
FredtMJco I. (como 1268
imperador, 1197 Manfredo usur^
Conrodo 1250 pador 12.8-li46
Principio I da casa d'Avjons.
( irl js I, (irmão de S. Luiz) 121)6-1282
/// Separação dos dous Reinos,
Nápoles {casa d^Ânjou.)
Caríos I, 12.S2
Carlos U, 1285
licber/o lc(i9
Joanna 1, 1343-lb82
com /.ndréde
Hungria 13'»3-1345
com Luiz de
Tarento 1 349-1:^62
Carlos III 1M82
iadisláo 1386
Joanna 111414-1435
Sicília [casa d' Aragão.
Pedro I (3 *» co-
mo rei d'Ara-
J282
1285
1216
i3H7
1355
gao
Jacques
Frederico 1
Pedro II
Frederico \1
Maria 1377-1402
Pedro oceremo-
nioso 1H77-Ig82
Martinho l3iJl-1402
Fernando 1 1415
Am.nso 1 1416-
1335
IV Segunda reunião.
Aííonso 1 (já rei da Si-
cília.
1435-1458
V Segunda separação.
Em Nápoles,
Na Sicília.
Fernando 1
AíTonso II
Fernando H
Frederico II
1458 João, d'Araf2ão
1494 Fernando Hl,
1495 o Catliolico,
1501 rei d'Aragão
VI Terceira reunião.
ííi
Fernando III (d'Aragão) o Catholi-
CO.
1458
1479
1C04
DYNASTIA D AUSTRlA-DlSPANHA.
Carlos I (Carlos Quinto) 1516
Phili[»pe I (II na llispanha) )Uò^
Philippe Jl (lil) 15U8
Philippe 111 (IV) 162 i
Carlos II 1605-1700
Depois do fim da dynastia,
Pbilippe IV de Bourbon (V na
Uispanha). 170O
Carlos de Áustria (depois impera-
dor. 1706-1173
VII Terceira separação.
Em Nápoles. Na Sicília.
Carlos III (o Victor A-
mesmo). 17l3 madeo. 1713-1721
VIII Quarta reunião.
Carlos IV (ITl em Hispanha) 1735
Fernando IV (de Bourbon) 175ii-l80G
IX Quarta separação.
Em Nápoles. Na Sicília.
José Napo-
leão 18U6
Joaquim Mu-
ral. I8lj8-1815
Fernan-
do IV 1806-1815
X Quinta reunião.
Fernando I (ou IV) de novo rei das
Diias Sicilias.
Francisco I.
Fernando II (ou V).
1815
1826
1830
siciNio, (hist.) tribuno do povo depois
da morte de Syila, tentou restituir ao se-
Dado as atribui(,õps de que o privara o di-
ctadrr, mas fui assinado por Cuhon no an-
no '/(> antes de Jesu-Christo.
siciNNO, A, odj. próprio dos Sicinnista»
que dansavam nas exéquias cantando sous
tristes. « Coréas — , » íiarçào, Diihyr. i, on-
de vem por erro síncinnas.
sici o, s. m. (do Debr. schekel) peso c moe-
da usados entre os llebreos. >
sicoMORO. V. Sycomoro.
sicopiRA. s. f. [i Brasil ) em Pernambuco
é a n;esma arvore que na Bahia se chama
si pi pira.
SICRANO, s.m. nome usado para designar
pessoa incerta : oppõe-se a fulano.
sic&ocEo, adj. m. (doLat. erocus, açaírão)
* 0*^.
SID
SIE
S8&
Unguento — , (ant.) usado na pharniacia ;
cousa que significa mais rio que sôa
sicuLES, (liisl ) Siculi, hí-biianles muito
aniigDS da llali», râo díT nm dos ('elogios
ou Ty(rhen<)S. Perlencia:u A grande popu-
laças illyna ou (lirncit, ura rauio da qu»l
veio á lialia transpondo os Alpes Caruicos
e Julianros.
sicui.iana, (geogr.) porto da Sicília, 4 lé-
guas ao ^0. de Girgenli ; 4,5U0 habitan-
tes.
sicuL«ii FRETUM, (gGOgr.) hoje Phare di
3IessÍ7ia, noino antigo do estreito, que se-
para a Sicília da Itália.
sicY(»NK, (geogr.) Sicyon hoje BaxiUca,
cidade do Peloponeso, ao O. de Corintho,
formava um pequeno estado chamado Si-
C}'(tnia.
siD-Bou-SAiD , (gpogr.) villa do Tunis, C
legnas ao SE. de Tunis.
siOE ou ciD (do Arab. «i^i, senhor, de^a-
da, don ínar) eplheto dfldo ao celebre Rui
Dias de Bivar. u — camppador.
siDB, (Keogr.) h.ije E<ki Adalia cidade
da Pamphylin, tnlre as embocaduras do
lleias e do Eurymedon.
siDEHEo, A, adj. [Luí. sidcreus ; rad. si-
dus, estrella a-l(0, do Kgypc. ciou, cstrella)
de astro, das cstrellas ; brilhante, resplande-
cente: esplt-ndor — . «U — escudo, reful-
gente. »
siDKRiTE, s.f. (Lat. siáerí/is) planta mpn-
cíonada porlliiiio de que ha varias espécies.
siui nu sibY. (Iiíst.) palavra árabe, que
quer diznr st»iihor.
siDi FERLCH, (geogr.l em hispanhol Tor-
re Cinca pequena bahia e |)enínsula da
Afrií-a a b léguas ao O. d'Argel
SIDI nESCiiAM, (Keogr.) estado d'Africa, no
Mtíghreb, compreende parte do paiz de Fous,
e fllgiins paizes ao O. desta região. Capi-
tal Trtieni.
siDi MdiiiMMFD, (hist.) imperador de Mar-
rocos, da uyna^lia dos « herifs, succedeu
em 175/ a sru pai Mulei Abdallah, e esia-
ielereu nia^ôes coamieniaes cuni muitas
naçõf^s da Kuropa. Morreu ea l^SiJ.
s DiciNOS. (g»ogr ) pequeno povo do N. da
Cflro|ania, no^ coníins de Saujsolum, tinha
por capital Tcaniim Sidicino.
siDMoLTii, (jrecgr.) cidade d'Inglaterra,
4 Wfi\i»s e meia ao íiE. d'Lieter; i4,liG
habitantes.
siDMiY, (hist.) estadista inglfz. foi embai-
xador de Eduardo IV em trança, fui de-
' puiaoo I ela Irlanda e morreu em 1186.
siDMY, ^hist.) lilho do precedente, esla-
disia e eftriptor, nasceu em 1;54, mor-
reu em U>6, formou uma liga de protes-
tantes contra o u'*|a e a llí>panha, e foi
eleito rei da I olouia. Assiguiilou-so na ba- !
VOL. lY.
talha de Gravelincs, eoflde foi ferido mor-
taluiente. Ifeixou : Arcádia da condessa de
femhnike; líejoía da jocsia, etc.
su)^EY (Algprní.n\ (lnsl.) um dos marty-
res da Liberdade íngleza, nasceu em Lon-
dres em lb.7, era 2° filho de l^oberto,
conde de LeiceRler. >eiviu o parhroenlo,
mas recuzou julgar o r^i, fui condemnado
á morte em tHKA, arcuzado deter tomado
parle na con.«píraçâo de itye-llons. Mor-
reu com admiravtl coragem.
siuo. .«upino de Ser. Usa-se cora es ver-
bos auxiliares possessivos. Ter. Haver. \em
do Lat. slalmn, siipino de sto, are, ou da
forma sãn«críia do infinitivo se, asinmoxi
asitum. /tíiAícm em Persa! que ft'i, que exis-
tiu. Tinha — avisado, ferido, insuliadi), no-
meado, proclamado. Tem — publico, notó-
rio. Tínha-lhe — intimado.
siDois, (geogr.) hoje Seide cidade da Phe-
nicia. um pouco ao iN. de Tyro. Formava
um pequeno Hstado muito rico.
siDoM o APOl.LI^AHlo, (hist.) SolUus Si'
donins ApnUmajius, nasceu, em 4;i(í, mor-
reu em A 88. tm 472 foi escolhido para
bispo de Clermont. Foi canonizado. Dei-
xou 24 poemas,
siDKA (siolpho da), fgeogr.) Grande Syrto
dos amigos {Strty<i major], no Mediterrâ-
neo, na cosia d'Africa; extendt-se do cabo
Mesuraia ao cabo Hengazi.
SlfBfeNGtDIKGE, (geOgT.) ÍStO é ttS SCÍC
monlaniias, nionianhas da Prússia, sobre
a marjí^m direita do Rheno, eulre Colónia
e Keuwied.
siEDA. s. f. sede, cadeira.
siEDLEC, (geogr.) cidade da Rússia Euro-
pea capital da voivodia de ^iedlec, a 25
léguas a E. de Vatsovia; 2,ÍOO habitan-
tes. A voivodia de Siedlec, chamada tam-
bém de Pola» hia ou de Podia» hia, é situa-
da entre as de i lock, de Absovia, do San-
clomir, de Lublin, conta 350,100 habitan-
tes.
siEG, (geogr.) rio dos Estados prussia-
nos , nasce em Westphòha , na regência
(Je Arensberg, e cae no Rheno defrontado
tonn
siegen, (geogr.) cidade da Prússia, 15
léguas, ao S. d'Areusberg; 3,800 habitan-
tts.
siEiRO. V. Cieiro.
siE>ciA. V. Sciencin., etc.
siFN>A, (geogr ) S^eva Julia em Latim,
cidade do gran ducado de Ttscítna, 15 lé-
guas ao S. Florença; .O.ttO habitantes.
siEHCK, ígtogr ) cidade de Frai ça, 5 lé-
guas ao ^t. de Thioirville ; 2,034 hali-
tanies.
s EPRA-LEOA, íg^ogr.) ísto ó ifonte dot
Leõts costa d'Aíiica fccidental na Guine,
147
«86
filG
SIG
entre Libéria e a Scnegambia ; tira o seu
Dome de uma cordilheira de montanhas in-
festada de leões.
• siERRE ou siDEBS, (gGOgr.) villa da Suis-
sa, 5 léguas ao KE. de Siou ; SUO habi-
tantes.
8IESTRA. V. Sestra, Esquerda.
siEYES (o ahbnde), (hisl.) escriptor fran-
cez nasceuemlT-^iS, morreu em 1836. Dei-
xou grande numero de escriptos, a maior
pane políticos.
siFAKTO (ilha), (geogr.) uma das Cjcla-
dcs septendrionaes, ao SE. de Serfo ; '/,000
habiianles.
siPÃo. V. Siphão.
siFFHiD DE MisMA, (hi»t ) auctor de uma
Chronica, que começa na creaf ão do mun-
do e chega aló ao armo 1^07. Escrevia no
XtV século.
siFRA cu CIFRA, s. f. (Vem àecifr que cm
Sanscrito sigiiilica vazio, como o zeroariíh-
meiico, c não ao Hebraico sefer ou sepher
que siguifica escripiura, letras, livro. Em
Ibgjpcio xouo signiílca vasar, evacuar) V.
Cl/ ta.
siFRÃo. V. Cifrão.
siGALHO, s.m. (doLat. seco, are, cortar)
pedacinho, bocadinho, v. g — de pão.
siGALON, (hifct ) pintor ff ancez, nasceu em
1791), morreu em 1837. Us seus melhores
quadros são: Aíhalia jazendo degoUar os
matíCthos de savgue real, a Vizào de S.
Jeronymo, o Calcar ia.
siGANARiA, s. f. (áes. ária) multidão de
ciganos ; siganice.
siGANiCE, s. j. (des. ice) acção de cigannj;
artes, astúcias de ciganos ; (tig.) meiguice,
afagos para caplivar alguém.
siGANO ou CIGANO, A, adj.es. (do Aliem.
Zigauner, pron. tsigainer ; ao Pérsico Zan-
gui, nome derivaao de uma província entre
a tthiopia e o t gypto sobre as margens do
^llo chamada Zinyliei. INa Syria, onde ha
bastantes, são denominados Teinganes ; os
Italianos os chamam Zingari com pouca ce-r-
rup(,ão ; os líespanhoes Uitancs ; os Jnglezes
Gypiíes, nome deiivado do ígypcio; os
VióDUiz^s Boliémicns, porque vieram a Fran-
ça da bohf mia tml4:z7). E' uma fracção de
Iribu ou casla das iiferiores dos Índios ex-
pulsa da terra natal, e que se disseminou pela
Asia Occidental, pi la Alrica, lg}pto e outras
regiões, edela passou a Europa no princi-
pio doXV século. Faliam entre si ura dia-
lecto hiiic'osiani ; dizemabucna dichaesão
ttjui dados a roubar. — , (fig.) pessoa que
afaga, faz meiguices para caplivar ou «edu-
xir. Dii-se failiculaimente das mulheres,
V. g. Q muilo — .
8iGARpi£|i, siGAR&o. V, Cigarrar, Cigar-
siGAUD DE SUFOW, (hist) phisico 6 ciruF-
gião francez, nasceu em 1740, morreu em
Í810. lieixou : Lições de phiAca experimen-
tal ; Diccionario de pliisica, etc.
siGEAN, (geogr.) villa de França, 6 lé-
guas 80 S. de iNarbona
siGEBERTO I, (hist ) 3.*^ filho dc Clotario 1,
em 5^1 foi aclamado reideMetz ou d'Aas-
iria , cazou com Bruneoaht, ioi assassi-
nado por ordem de Fredegoda, mulher de
Chiiperico em 575.
SIGEBERTO H, (hist.) filho de Dflgoberto í,
foi rei d' Áustria desde 638 aló 656. Foi
canenisado, e é çommemorado no 1.° de
Fevereiro.
siGfcBERTO DE GEBBLOURS, (hist.) benedic-
tino francez, nasceu em iO O, morreu era
11 i2. Deixou uma Chronica : a Vida de
S. Ihierry, ele.
siGEo, {geogr. ) Sigeum promontorium, ca-
bo do Tronda, entre ornar Egeo, na entra-
da do Hellesponto.
siGEo, (hist ) sábio hispanhol do XVI sé-
culo, era chamado pelos soas contemporâ-
neos a Minerva do stu lempo.
siGiLLADO, A, p. p. de sigiUsr ; adj.seU
lado ; fechado com sello.
siGiLLAR, V. a. (Lat. sigillare) sellar, pôr
osello. — a casa, por travessas, fechar com
sello, para signal de sequestro.
siGiLLATA, adj. f. latino Terra — , es-
pécie de terra argillosa,
siGiLLO. s. m. [Lnl.sigillum. V.Selloou
Scellu) (ant ) sello, sinete; usado, segredo:
o — da confissão.
siGisMUNDo(S.) (hist.) rei de Borgonha des-
de 516 até 524, lilho e successor de Gonde-
baldo, deixou o arianismo pela fé caiholica.
Foi morlo por Clodomir, rei d'Orleans. £*
commemorado no i.** de maio.
siGiSMUNDO, (hist.) imperador d'Àlleraai>hi,
nasceu em !• 66, era lilho do imperador Car-
los lVed'Anna de Silesia Foi eleito iutpe-
rador eml4i0. Foi acclaraado reidaBohe-
mia em 1419. Morreu em 14 s7.
siGiSMLNDO I, (hist.) o 6Va«d<?, rei da Fe-
lonia desde 1506 6lé 1538, irmão osucces^-
scrde Alexandre 1. Quasi sempre teveguer-
ra com os Tártaros da Crimea, comosMul-
davos e com os russos. Inspirou aos pola-
cos ogosledas artes e dasscicncias.
siGisMOiíDO if, {h\sX.) Augusto, filho e suc-
cessor do pie.cedenle, nasceu em Ijti), foi
aclamado rei em 1548, adquiriu a maior par-
te da Lionia. Morreu em 15 2.
siGisMLNDO III, (hist., filho do rei Sardfl-
ceia João IH, scbrmbo do precedente, fti
acclannado reidaFolonia em 15<'7, ganhou
noarehiduqiío ri'Austria, seu competidor, a
batalha dei itschem. Morreu em HjõT.
&1CU, í. /. (Lbt. pi. «iji /o, ontim, íbffr-
lia
fIL
587
viaturas) letras iniciaes que indicam abre-
viatura nos escriptos.
siGM\Ri!ir,EN. (geogr.) piquona cidade d'Al-
lemaiilií), 2UleguasaoS. do Slultgard ; 8<J0
habitantes. • ' 4 •
SIGNA. y. itfia.
signaculo. V. Sello.
siG!»ALADAMT.íiTE. V. Ássiijnaladamente.
siGN\LAR. V. Assignalar.
siG^fATURA. V. Aiisi(jnatur4i ou Assina-
tura.
siGNiA, (geogr.) hoje ^e^-ni, cidade do La-
cio ei>lre Su»>ssa Pomecia e Frusino.
siGMFERo, s. n. [IM. si^mfer, signum,
bandeiri»,e /Vro, 'rre. lovar) entre os anti-
gos Romnnos, elfenis, ports-estandarte.
SiCNiFiCAÇlo, s f. (Lat. signifieútio, onis)
o sentido quo^s pvlavras encorrara ; expres-
são, sinal, V. g. € — de benevolência. » Lu-
ceQ«.
SIGNIFICADO, A, p. p. dosiguificar ; adj.
expressado.
SIGNIFICADO, s. m. (subst. do precedente,
por eliipse) signiíicação, accepção de um vo-
cábulo.
'^ S16NIFICAD0R, adj.' \ . Significaíiv&.
significauie, adj. dostg. [Lat. si//nifí'
cans, tiSf p. a. de sigm/ieo are) que signi-
íica.
sígnifjcar, c. a. (Lat. signifiro, are, si-
gnum, signal, e ejfício, ere, fazer) ter uma
significação ou signiticido.
significativo, a, adj. (Lat. signifieativm)
qu& tem signiiicaçào ou sentido, falavras
si gni ficai tta^.
siG.^o, s m. [Ih. signum, que uns deri-
vam do Gr. Higma, e outros de ikhnos tks-
tlgio, pegada, traço. Talvez do E^-ypcio ciou,
astro) (astr.) caracter symbolico que repre-
senta as duze constallações do zodiaco ; as
linhas d« escala musica.
C'i4HGN0 SABÃO, s. m. Bluleau crê que é con-
tracção de Salamão, signo ou sello de Sala-
mão, mui celebre talisman no oriente, c não
duvirloqne este fosse osentido vulirar ; mas
considerando « figura formada por dois triân-
gulos ligados entre si de modo «apresenta-
rem seis poetas ou ângulos, vé-se que é
identici á estrell.i, simulacro ou hi rogly-
fkho entre os Eprjpcivs. eíym-boio da luz ce-
esto, dos-astros-e do ceu e«lrellado: e por
isso julgo que se deve verter ^^^'no-ce-l^ste.
5ám«o vem do^Ar^b. eUehT.saman ou sa^
min, ceu, cnus, derivado do 'fipypo eio<u.
ostro, « moué, fulgor, esplen<ior. Era bem
natural que a rmagem syQ[ibolic»d;í l«aoe-
Iste fosse para os astrólogos um talÍMp««v
O nome de Salamáo Herivado do figyipeio
significa grato o\i àeàicaéo mo Anmr. «léus
da priíoeira classa enti^e os Igyp«io* « um
dos s^bolos da luz solar.
signt-o-grawde, (geogr.) cidade d3 Fran-
ça, G léguas 80 sO. deMozieres; 2,D8Jha«
bilanles.
SIGO. V. Si e Comsigo,
siGONio, (hist ) s.ibio italiano, nasceu em
1520, morreuem iíiSi. Deixou muitos rs>
criptos sobre antiguidades romanas, e sobre
a historia da idade me<iia.
siGOULES, (geogr.) villa de França, 3 léguas
ao SO. dtí Berg^rac ; 77v) habitantes.
siGovESO, (bist ) chMfegrtulhz, irmão de
Bulloveso, e sobriuho d'Ambigat, rei dos Bi-
turigps.
siGHALHA, s. f. dvc Semelhante á gralha
mais negra e mais pequena.
sii.GuEiROS, (geo^r.) aldeia de Portugal,
situada a 1 légua e meia légua de Vizeu :
i,580 habitantes c muita caç-a nassuascer-
canias.
siGUENSiA. V. Sequencia,
siGUENZA, (geogr.) Segonlia, cidade de
Uispanha sobie oiíenaFé« ; 4,900 habitan-
tes.
siCUHD, I, (hrst.) rei de Noruega, filho e
saccessor do Magno III, reinon primeira-
mente com seus dous irmãos, mas a íinal fi-
cou só no trono. Mcareu em 11 0.
siGUíiD ir, (hist ) S^lembidiakni, tirou a
coroa a liaraldo IV em 1136; morreu as-
sassinado em 1155.
siGURSi.HA, V. Segurelha.
si-KiANG, (geogr) no da China, nasce nos
montes i\a-h»g, e cae no golpho de Can-
tão.
SíK-KM, (geogr.) ou Damou^Dzoung, ci*
dade da Indiaseptentrional. cspital do prin-
cipado de Sikkim, oqiialficana vertente de
Himalaya, entreoThdvl ao N. eNepal ao
S. eoBoutanaK, 150,00; habitantes.
siKOKOu s'K0KO, (gpogr.) uma das quatro
grandes ilhas do Japão, é ao S dtí Niphon.
siL, (geogr ) riode Uispanha, sae dos mon-
tes Canlabns, ao NO da provincia de Leão,
e cae no íUiaho, 3 leguss ao NE. d'Orense.
s'LA, (geogr.) do laíim Stjlca, floresta; pla-
taforma dos Apenninos, no reino de Nápo-
les.
SUADA. V. Cihida.
silano. (hist ) ^ ° ras-rido da celebre Ser-
vilia que fíi amante de ('e^ar ; foi cônsul no
annp ^2 antes de Jrsu-Chwsto.
sílauo (.4ppio Junio), (hist.) cônsul noan-
BO âí) de Jesu«Christo, fôi morto no anuo
40 fior intrigas de Nfci^lina.
siLARO, (geogr.) 5i/a?tts. hojeSf^lo, rio da
LucRva, 40 X saia do Apennino e caia no
golplio do tíesturo.
- ■8il««««i:jíg, (g?GOgr.](iàto ó monte depra^
ta},' iàiversos lugiires-d'Allemanb.i, tpcm esta
nomy ; ok principaes são : uma cidade dos
' E»(»ios (ia4'i^s$ia, 7 h^guasao^O.da Fran-
147 •
588
glL
ftiL
kestein , 1,700 habitanles, uma cidade da
Buhemia, 1 légua ao WE. de Grasiilz.
SILENCIAR, V. a. {silencio^ cr dts. inf.
fazer cal«r, impor silencio.
siLKNciAiuos, (hisi ) cargo importante na
forl»; dos imperadores gregos : esle titulo
era dado ás pe^so8S desiin«das ás negocia-
ções secretas. Havia um grande S'lenciaiio,
c yo silencia rits ordinários.
slL^^clo. s.in. [Ibl. silentiwjs, desileo,
ere, íalar-se ; vem dos radicaes Egypcicssi
Icmar, apprebender, e luç ou las. iinguay
estado da pessoa que cessou ou se *b5iem
de lallar, cessação deruido. Guardar, obser
varo — . Tor, impor — , mandar, fazerca-
lar. — , falta decanas de corrtsjiondencia ;
falta de replica, de resposta a interroga turio
ou 8(cuía.,ào. Ao — da noite, em que se
não ouvem sons, ruido, passos de gente ou
dtí animaes.
sir LNCioso, A, aâj. (des. oso) taciturno,
que falia pouco; (ng.) a — noite, obotqut
— , em que seiiào ouvem sons, ruído. « — i
complacências, » bein. Flor., de quem guar-
da siltneio sobre cousa que devera dizer e
censu'ar.
^VN. comp Silencioso, taciturno. Silen-
citio é o que lallaptiuto e com moderação.
'Jociívrno éoque l^l a pouco e com repu-
gnaticia. Aquelle pôde se-lo toniraseu ge-
mo por prudência, per interesse, por modés-
tia, I or olirigftâo; < ste é-ostmpre por ca-
racter, por li}| ot ondria, ou por Udlural in-
cliiii<(,80 ao sil» ncio. O silencioso ttm uni-
Cíjmmie um ar serio: o taciturno, um ar
si\«io e caiiegado. O primeiro é inutil
n'Lrua sociedode de {;ente divertida, porque
Cíntiibue }ouco a ítize-la agradável ; jonm
o se^undoen aisque iiiutil, é pesado, por-
que inspira dtscoLliança, ou contribuecom
tua b}])OCondiia a diminuir o goato eajo-
viòlidòúe dos demais.
siLtNO, (m}ib.J mentor de Baccho, acom-
panljou este deus com os Satjios na sua ex-
pedi», to á bcioia.
siLER, s. m. (Lat. siler) arbusto parecido
com o salgueiro ou o amieiro.
siLtsiA, (|iC( gr.( 6VtA/íóíer<, em Allímão,
província ucs Lsiados da irussia, ao bh. do
LraiiCtbuígo ; 2,L0u babilanlcs. Capital
Lie&iau.
tiiLSJA ALSTriACA, (gcogr.) cxirfmidadc
da líiUsia, é icuj ritm ida LogoNcinoaus-
trifco Ce AiorbNÍa e Mlttia.
siLUA, s. f. (do Fr. siyler, cingir, aper-
tar] cinta de panno ou coiro com que >e se-
guia e aperta a sella sobre o coitado das
JLcitíS ; tiiLada, eoida : tUia — de colmêas.
sjLiiA, *•, /. (eiii j \. Ladtiia, tcde.
siiii/Lo, A, p.p. desiibar; adj, cingido
com silha.
STinÂo, s. m. augment. de silha, silha
forte e larga ; sella grande para cavalgarem
mulheres. — , (fort.i obra elevada de terra
no meio do fuSbO que cinge a praça.
sií-iiar, V. a. [silha, ar des. inf ) aportar
as silhf.s: — a besta.
siLHAR, s. m. pedra lavrada em quadro
para assentar em parede.
siLHARiA, s. f. (des. ia) Obra de — , de
silha res, louzas, pedras chatas de guarnecer
paredes.
siLiioNETTE, (bist ) cscriptor francez, nas-
ceu em r/(i9, morreu em 1 767. Deixou di-
versas obras ; entre ellas : Idda geral do gO"
verno chinex; Viagem de Fian^a^ Hiipa-
nl*a, e iialia
SÍLICA ou siLiciA, í, f. o oxydo de sili-
cium.
siLiCATE ou siKiciATE. s. m. combinaç&o
de siiicia com outro corpo.
silício. V. Cilicio.
siLicioso, A, adj. (des. oso) da natureza
da silicia ; que comem silicia. Pedra — , pe-
derneira, silex.
siLiciuM, s. (chim. mod.) base metallica da
silicia.
siLicoso. V. Silicivso.
siLicoso. V. ailiquoso.
siLiNGORNio, A, adj. (plebeo) que falia
man^amenie para enganar.
siLiQUA, s. f. (Lai. siltqua, ragem) vagem
de legumes.
siLiQuoso, A, adj. (Lat. siliquosus) que
nasce em siliquas ou vagens, v. y. as favas
leijòes eoutios legumes.
siLisiRiA ou LRisTui, (geogr.) Durostorum,
Dufosiena, cidade da lutquia Furopea, 25
léguas ao ^E. de lltutcLouk ; iUjOtULabi-
iantes.
s LIO, (hist.j romano d'alto nascim entoe
de grande belesa, inspirou violenta paixão
a iMessatina, que o tez repudiar Silana sua mu-
lher, e casou publitamente com elle, duran-
te uma ausência de Cláudio. O impera-
dor a<«vertido porMarcizo, voltou a Komaá
pressa. Silio, surpreendido, matou-se. Mes-
salina foi morta n'aquella mesma noi-
te.
S1LT0 iTALico, (bist.) poeta latino, nasceu
CO anno !^5 de Jesu-Cbrisio, foi cônsul no
i einado de ^el o e depois governador dt Mià
u:enor. lia de ^lll0 um poema épico, a iSe-
yunda guerra puiiica.
siLioKi, (gtogr.) Sehmbria, cidade da
Turquia turopea, 17 Uguas aoO. Constan-
linopld ; b,UUu babitar.tes
sillaBa. V. Syllaba, ele.
s llage V. Siitgrcdura.
siLLt-LE-CLiLLALME , (g' ogr ) Cidade do
França, \i legues ao AU. de Alaus ; 3,i45 iit-
bilautes.
SIL
SIM
189
«iLLERT. (g<*o?r.) vilM de Françn, 2 lé-
guas ao SE.dft Rííims: 5').') habitantes.
siLLGGisiio V. Syllogixmo.
8IU.T, (gQojçp.) antiga abbalia da Píorman-
dia, < léguas d'Arífp!ntan.
síLO, ((çeogp.) cidideda Julea, ao N. de
Belhel, foi a priraBira cipital dos n-íbreus
depois de entrarem na terra da premissão.
SíLoá, (geogr.) fonte de JHirusalera. sae do
mnnie Sion e vae lançar-se na torrente do
Códron,
SILVA, «. f. (Lai silra, qn^i os efyraolo-
gistas derivam do Ch«I-Jaico asei, bo«que,
mata. Em Gr. /ly/í sijfnifica bnsqne) arbus-
to espinhoso de que hi muitas espf*ci»»s. v.
g. — macha, — da praia. — (Cngna, plan-
ta brasilica. — de doutrina (fis: ) intrin-
cada. — , selva. mata. — armada, espes-
sura, grande numero do gpnte d*armas. — ,
espécie de canção, cujos consoantes sào ri-
mados de dois em dois. — , (t. de alveitar)
ião dois ou três dedos de pello branco ao
longo da testa do cavallo para as ventas. — ,
cilicio de arame.
silya, (geogr.) deste nome ha meia dú-
zia de povoações em Portugal, todas de di-
minuta importância, sendo as mais povoa-
das, uma no concelho de Valença ; 9í)i) ha-
bitantes, e outra no deEstarreía, 101)0.
SILVADO, s. m. (des. s ado] sarça, mata
de silvas.
siLVANECTES, (geogr.) povo daGallia, na
Belitica á." entre os Pasirti. os .Veldi, os
Bellovaci. os Viducasscs, tmhana por capital
uma cidade do mesnno nome (hoje Senlis).
SILVÃO, s. m. silva macha.
SILVAR, r. n.{úesihillar) assobiar, como
a serpente, zunir. Silvam ppllouros, balas.
siLVATico. V. Selvático, Silvestre.
SiLVíiRA, s. f. silva, arbusto, sarça.
SILVEIRA, (geogr ) pequena aldeia da ilha
do Pico, situada entre as aldeias de S. João
e Lages, um pouco para o interior.
fn.VEiRAS, (g^^ogr ) villa da provincia de
São Paulo, no Brazil era uma povoação an-
tiga dodistricto da vilia de l.ourena.
siLVKiROs. (g-iogr.) alJ"ia de Portugal, si-
tuada a 2 léguas e meia de braga. GOO ha-
bitantes.
SILVÉRIO (s.), (hist ) pnpa de 536 a 538, re-
cusou substituir Anlhymo na sede de Cons-
tantinopla. L' festejado a20dejnnho,
SILVES, (geogr.) ci-lade de Portugal, no
Alg«rve, 3tí léguas a SE. de Lisboa ; i,400
habitantes.
SILVESTRE, adj. dos í g. (T.at. sihestris)
da selva, do maio, monlesino ; agreste, ru-
de Vida — . Homem — , nascido, criado no
mato. Plantas —s, não cultivadas. C«nnõps
chama arte — a medicina, p irque empre-
ga plantas no tratamento das doenças.
VOL. If.
s-LVBSTRE, fg=»ogr ) aldeia de Portugal, si-
tuada a l légua e meia de Coimbra; 1.090
habitantes
siLV A, *. /. pintarroxo, avo.
silvícola, .ç. d^istg. (Lat. silva e colo,
ere) que habita as selvas.
siLviNiix, s. f. diminuí, de silva.
siL^o, s. w. assobio, voz aguda das ser-
pentes.
siLvoso, A, adj. [silva, des. osó) selvo-
so.
SIH. ndv. (do Lat. sit, snbjunctivo de esse)
ser. OsFrancezes dizemso»'í. sfja, assim se-
ja, indicando que consentimos, ou do Lat.
ftiam, que significa sim) t^xprime o consen-
timento, e oppÕR-se a não. Kesponier de
— , responder aíllrmalivamente , annuir,
consentir. — , substantivado. Um — , con-
sentimento.
sima. V. Cima.
siHancas, fgeogr.) Septimanca. cidade de
Hi<panha . ^ léguas ao SO. de Valladolid;
1,20'» habitantes.
srMÂo-o-c\N^NEO, (hist.) um dos 12 após-
tolos, natural de Cana na Gildei, foi marly-
sidado na Pérsia K' commemorado a 2i de
Outubro cora S. Judas.
srH.\o-o-»uGico , (hi".t ) dl villa de Git-
ton, na Samaria, operava prodígios e intu-
ía va se a Virtude de Dcuç Foi baptizado
pplo diácono Phdippe, e atr^veu-se a pedir
a S. Pedro que lhe vendesse o pider do
operar milagres, donde se originou o nome
de simonia para lesignar o trafico das cou-
sas sanctas. Foi amalliçoado pelo chefe dos
apóstolos; desde enião quiz rivalizar com
elles. Conla-se queluctou com S. Pedro na
presença de Nero, elevou -se aos ares pela
magia mas depois caiu e quebrou as per-
nas.
SIMÃO REU-J0KA1, (hist) rabiuo do IX sé-
culo, discípulo d'Akiba, é considerado co-
mo autor de um livro intitulado Zoar, com-
mentario do Pentateuco.
siMxo. (hist.) litltirato francez. nasceu «m
em MhO, morreu em 1818. Publicou í £.'«-
colha de poesias ', Muzas providenciaes, etc.
siMBin^K. fgeogr ) cidade da Kussia euro-
pea. capil.d do governo de Simbirsk ; lõ.OHO
habitantes O governo de Simbirsk liça entre
os de Kazan, d'Orenburgo. de Saratov, do
leuza; l.iOl.OOO habilHules.
SIMBOLIZAR. V. Sijinbohzar.
símbolo. V. Symbolo.
siMKÃo, (hist. s.) segundo filho de Jacob e
de Lia, nasceu no anno*2ll'l anies do Jesu-
Chri^lo. lleu o seu nome a uraa das doze iri-
bus, que era a mais miridion'il.
siMKÃo, (hist.) piedozo v<'lho judeu, foi
advertido da vinda do Salvador ; eslava no
templo quando a Virgem lá levou o menuio
* 14J
590
sm
sIm
Jesus, erecobeu-OTios brpços ; foi enfão que
el!e tíntonu o famozo cântico; Nunc dimit-
tis servum tuum, Domine.
siMEÁo STELiTA fs ) (l)ist ) piedosf) onacho-
relfl/nnscpu em 390 era Sisan, nns confins
da Sicília o da Syria, morreu em 451), votou -
se moço á vida solitária, olornnn se notá-
vel pol«s suas excessivas austeridades; em
422 deixou a sua choupana e retirou se a
Uffia columra {atylnsom p;rego, d'ondolho
proveio o sobronomel, e d'ahi pregava
aos lieis. E' commemorado a 5 de feverei-
ro.
siMFÃo DE nuBHAW, (hist ) liisíoríadof do
XII f^cnlo corapoz uma Historia dos reis
dlnalalerra.
siMFTUR, fgeogr.) SimceUvs boje Giarct-
ta, rit> da Sicília, saia nos roon'es Nfbro-
des, e lançava-se no mar Jonio> não longe do
Catana.
SIMETRIA.. V. Symetria.
siMFEuOPOT.. ígeogr ]cidn<]e da Rússia en
ropea, capital do governo da Taurida ; 3,000
habitantes.
siMiA-, 5 f. (Lat. ,ví!w>a, de.çimo» onix, on
simus, chato de nariz) fp us ) bnsio, mono,
macaco; (fig ] p^^s-oa quearremeda os ou-
tros, como farem os macacos.
simiana ou collfngue, (gpogr.) Colhim
Longum. cidíidede França, 3 léguas ao S.
d'Aí^ia ; 800 habitantes
siMiAS, (hist ) poe'a grego de Rbodec. jnl-
ga-sequo viví^n no século Vj!] antes dn-Iesu-
l hristo. 1>flxon três peças em verso; as
ssAzas, o Oco Ilaclia.
símil. V. Simil. .
SIMILAR, adj dns^g. (lai. simiJaris)(]e
naturez"» semelhante. Parles sirnilures
SMiLDÂo ou sniiLDÃo, 5. /. V. Semclhan
ça.
símile, s. m. fda terminação neutra de«i-
milis) comparação.
siMiLOA^ÇA. V. Scmdknnça.
siMiLiMO, A. n<lj. snperl (i at simillimvs,
superl. de simi/ts, sQínelhanle) muito serue-
Ihante.
siMiL'TUDiNAniAHENTE, ãdv. [mente suff.)
por semelhanças.
siMiLiTUDiNARio, A, odj, (des. ário) em
que ha semelhança.
siMiTAS, s. f. pi, (do Lat. sima) (ant.) re-
mates.
siMMERN, jfgeogr.l cidsde da Prússia, 1í)
léguas ao S. de Goblcntz, 2,250 habitan-
tes.
siMO. V. Cimo.
&1M0GGA, (geogr.) cidade da índia ingle-
za, oO léguas ao NO. de Seni<?npatam.
81M0IS. (geogp.) hc\yi o Menderé Sou. rio
da Troada, saia do «da, « caia no lao-
thq.
siMOiçé.v, vera na Ord. Manuel. erTadameatf«i
te por Scamnnéa.
simonU, s. f. (de Simon ou Simão o
Mago) crime de comprar cargo ecdesiasli-
CO.
siMOMACAMENTB, adv. [meníe suff.)' com
simofiia.
siMOMAco, A, udj. que commelte &ímo-
nia ; em que ha simoriia".
siiaOiMDAS. (hist ) poeta philosopho grego,
nasceu em 558 antes deJesu Chri.sto, raor-
rfu em 4JM ; Diz-so que ac.crescentou uma
8^ corda á, Lyra^. 4 letras ao Aipliabalo
grego. As suas Thsé ou Lamentarõts eram
afíiraadas.
siMoNNEAU, (hist) famillia de gravadores
francozes, oí princip^^oá f^ào : Carloí, que
nasceu em IGilí, morreu em tV*i8 ; Luiz
irmão de Carlos morreu em i738, ó au-
ctor de ura a A^rampçáo da Virgem; Phi-
lippe, filho de Carlos, auclor do Raplo das
Sabinax, ele
siMONTE, adj m. Tabaco — , da primeira
íolha. Parece alteração de íómenie.
siMOTíiRACEA, ttdj . f. Ptdra — , semelhan-
te ao az^^viche.
siMPATHiA V. Sijfttpalhia, ele. ^
SIMPLACFIEIRÃO, adj m. ONA, f, SJMPLA-
cno. A, adj. (chulo ) V. Simplorco.
siMPLE , adj. dos 2 g. pi. simples. V,
Simples.
SIMPLES, adj. dos â g. (Lat simpPx, cit^
quasi 8ine, sem. e plcxus. p p. de^/.'Ctòr,
i, dobrar.) 8Íng<do, só, não comp(»fi46 des*-
acompanhado. Corpos — . Palavras — . Tna-
zia vsiida uma— camisa. — , não ornado,
não enfeitado. F.stylo — . — no vestir. — ,
não complexo. Razões, questões — •— ot-
valleiro. — sacerdote, que não tem dignida-
de, ou condecoração ujai. subida. — , mero.
Voto — Doação — , sem clausula, reserva
ou restricção Festa—, não duples. Pro-
messa — ,, não coníirmadn por juramento.
Uomem-^y, ingénuo, sem dobroz — , er«-
duio, pirvo. Dene/icio -^, sem cura do al-
mas. Utn — dito, asserção sem provas. Jíí-
sa, comida — , seia rauiio concerto ou adu-
bos, sem guisados ou iguarias únns Farto -^-^
sem arrombamento ou violência. Formcoçuo
— . sem adultério, ou incesto, etc. Os auligios
diziam simp/é no singular, e sim pies oastm-
plices no pi. Hoje, no pi. usamos de am-
bos.
SIMPLES, s. m. pi. siraplices, plantas modi-
cina>-s ; drogas, ingredientes usados nas ope-
rações chimicas, e na tinturaria. — , arcos do
mad. ira sobro os quaes se vão formando os do
edifício
siMPLESiERTE , aiv. {mente sulT.) mera-
mente, sefn complicação, ou mulliplicidado
de parlei ; sem proatu ; sem eriítíilei ; »e({|
STH
sm
591
refolho, sem dobrez: cora candara, singela-
mente, sera adubos, f-illando de comida.
siMPLEZA. s f. (des. eza.) simplicidade;
singeleza do animo ; credulidade, innoc^n-
cia ; falta dt3 arte, adorno, enfeite ; dito
singplo de alma simples e seramalicia.
siurLiCE ou SIMPLÍCIO (S ), (hiít ) papa
de A68 até a8í, estabeleceu no Oriente a
au^^.loridade do Cortsilio de Cbali;edonia. É
comraemorado a 2de março. Outro S. Sim-
plicio, bispo de Autim no IV século, é
festfjado a 24 de junho.
siMPi.iCES, s. m. pi simples, s. m.eadj
simpliciuade, s. f. (Lnt. simpUcitas, tis),
o SPf simplis, nào complexo oucompnst->;
simpípza, singeleza, innocencia, inepc-a ;
falta de pnfeites. dõ adornos curiosos; falta
de astúcia, de malicia ; disposição á credu-
lidade, falia de suspeita.
Syn. comp Simplicidade, simpleza. Sim-
plicidade é a qtifllidade de ser simpl>'s, tan-
to no sentido physicu como no moral. Sm-
pteza só se diz do homem no sentido mnral.
Simplicidade toma -se semj>re em boa parte
como negação dedobrez, de refolho; sim-
pleza parece referir-se ao adjectivo simpl/s
na accppção de néscio, de pauco engenho,
pelo qjje muito se parece com ignorância
ou parvoíce. A simpleza de Sancho II, de
que falia o chroni<ta, era certamente d'cRta
espécie, e mui diíTerente da simpliridade,
que excluindo a dobrez, o dolo^ a astucii, o
refolho, sabe unir-se com a discrição e o
juizo. A. simpleza, no nossprntender. é sin-
gela, mas tola ; a simplicidade é singela,
mas avi5^da.
s^AiPLicio, (hi.«;t.) philoRopho grego do VT,
sççuío, recebeu licçõesd'Ammonio. filh^ de
líermias. Deixou commentarJos sobre kíuí-
tos tractados de Aristóteles.
simplicíssimo, a, adj. svpcrl. de sim-
p!çs.
siWLicisT>, s. OU adj. fn. que trata dos
simplices medicinaes. ]\jeflico — , que curçi
cora simplices.
sjmplificado, a, p p. de simplificar; a-/;,
fçilq çinçujles, (i,esçgibA.raça^o de tudo o que
Cviç^dica.
si>iPifjFiCADoç, s. 8» pesgpA que simpli-
fica.
síHPi.iF CAtt V. çç. {nmplç, e ficar, do Lat.
efpcere, fazer.) íazer simpleç, desembaraçar
do quç complica, v. 7,. r— a questão, o pro-
cesso, o calculo, as formulas, o mechanis-
mp.-
SlHPLlClSStMO, SIJIP.USSISSIIÍO, A, Q.(fJ. SU-
f.erl. de sinrplice.
siMPLON (monte), fgeogr.) S^mpelen ^m
allejn^p, ^(mp\(^ie «ira it{|li^po,, mons Çce-
pionift, ^cifwnis ou Sempronius em I9-
|im, ^iontRD^a dos Alpes llpopcianos na
Suissa no limite do Valalis edo Fiemonle.
SIMPLÓRIO, A, afij. crédulo, ingénuo ,
parvo.
s;iiPRES, (ant ) V. Simplea, ndj.
siMPRESA, (ant.) V. Simpleza.
siMPRKSMENTE, (ant.) V, Simplesmente.
siMPsoN, (hisl ) mathematico inglpz nas-
ceu em 17 O, morreu era 17GI. Deixou en-
tre outras obras : Doutrina dos fl ixos ; Tra-
rtado sobre a natureza e leis das probabi'
l idades ele.
siMPTOMA. V. Symptoma.
siMSON, fhist ) mathematico escossez. nas-
ceu em 168i. morreu era )7GS. Deixou:
Trartado sobre a extracção das raizes aprO'
limadas dos números e series infinitas.
siMUL. ado. latino (p. us.) juntamente ,
ao mesmo tempo.
SMULAÇio, s. f. (Lat. simulatio, onis.)
disfarce, iingimenlo, falsa apparencia
SIMULACRO, s. m. (Lat. íimrt/acru/n.) ima-
gem, estatrua. idolo.
SLHULADAMPNTE , ttdp . {metite suíT) com
fingimento, disfarce.
SIMULADO, A, p. p. de simular ; a(/; fin-
gido, aíTeetado ; feito, obrado com fingiroen-
m'^nlo ; feito á semelhança de outro. Con-
trato — , sopposto, fictifio.
sinUL.-^Doa, A, a//y. quesiraula, finge.
SIMULAR, V. a. (Lat. simulo, are, da si"
milis, semelhante.) fingir, disfarçar, v. g.
— a !ntenç5o — amizade.
siMULCADENTE, s. f. (Lat. simul, c cadcns,
lis.) figura de rhelorica que consiste em
acabar as clausulas com palavras semelhan-
tes.
siHULDKS NENTE, s. f. (Lat. simul, 6 de-
siriens, tis] fisrura de rhetorica que consis-
te era acabar as clausulas com palavras que
tem o mesmo som.
SIMULTANEAMENTE, adv. (mcníC Suflf ) 80
mesmo tempo que outras pessoas, juntamen-
(e. Todoii — o applaudiram.
siMULTAWfciDAnE, s f. 8 qualidade de scp
sitpultaneo : — do caso, successo, dos tem-
pos.
SIMULTÂNEO, A, adj. (Lat. simul-, a de»,
vem de ceias, tis ) que se diz ou faz ao mes-
mo tempo. Consentimento — , de duas ou
mais passoas a um acto , v. g. dos coDJu-
gf^s
siN, (geogr.) decerto situado ao NE do
EgJPto.
SIS, (geogr.) rçiijK) da Sencgambia, so-
bre o Atlântico, entre os de Rael ao N. do
Sfilom a E. do b^jí-.^,?. A9 S- 40,000 ha-
bitantes ,..., ,,
SINA , í. /. ,(dQ, t9t. ?^«iyíJ/J>ÃP'í^ira )
bandeira rjíal. A — real.
. sii^4. ^- /• (^•'^ mjmr P» «iiJMWííi^^^.'
Ip, d^»lino de oatla pessoa.
m
SIN
sm
smAC, íeenpr.) anlig« cidarlft da Genrgifl,
hr.j.\na Riissia Mníi-lional. 25 léguas ao
SE de Tiílis; 2,(>U0 habitanlps.
sínaoauente. V. Assignadamente.
StTíADO. V. Axsiqnafio.
SINAGOGA. V. Sijnagnrja.
SIN Aí, SINA, fKW)gr.) Djebd-Tor, monte
da Ar«bia. ao .M). na p^^ninsuls, q')e avan-
ça no meio do mar vermelho onlre 03 gol-
phos de ?u- z e d'Akal>a, Foi nesta mon-
tanha que l>HQs ap|)ar*^ceu a Muises.
SINAI, ou SIGNAL, s. m. (do Lat. xigna-
re, apsignar, siíjnvm, si^no, signal ) tudo
aqiiiilo qiio designa ura plipuorripno, facto,
successo ou acto presente. p?4ssado, ou fu-
turo, tj. g. o fumr» 6 — de fogo. a vpgeta-
çâo que cobre os muros é — da huMiidade
do sitio. A lava ainda quente é — de ante-
rior e próxima rrup^íio do volrão A agila-
çâo das ares é — de próxima irovondi, pro-
gnostico, prpsagio. — , n.3rca posta na rou-
pa, no gado, nos escravos, e'c., para se re-
conhpcer a pessoa a quem pertencem — dos
açovlcs, os ver|.:ô^^s, feridas ou ciraltizes. — ,
firma, assignatura àw «Ignem : firma aberta
era metal para assignar. — em branco, as-
signatura posta em baixo de papel Dar —
em branco, approvar tudo o que fo fizer,
contratar ou negociar em nome de quem dá
podt.TPs em brnnco ou caria branca, coit.o
bíJH dizprnos- — . mancha, nódoa, excres-
cência congénita que se observa no corpo
dás crianças. Sinaes, demonslra(,õ"S qup se
fazem com a mão, com foguet»'S, fumaças,
etc, c»im loque de sino, d^ tauibor, trom-
beta, ele , para annnnciar algnm successo,
ou communicar noiiria, ou orth-ni Sinaes,
pedacinhos de tafetá preto que as multie-
res punham no rosto como ornato — \ di-
nheiro qnft se dá ao vHn'ledor oii abigador
para spgurançíi da compra aju-la<la. ou do
^ preço do aluguel Por — , adverbiabnente,
em provi de ser verdade o que seaílirmori,
ou para se reconhecer a idenlidadcí de pes-
soa ou cousa. Dar — de si. mcjtrar se; dar
indif^ios de movimentos vilães a nessoaqne
se jul|,iava morta. — , (ant.) jóia. O — da
cruz Fazer o — da cruz, per^ignar se.
|;*,.Syn. comp. Sírjflf/, indicio, mostra. Si-
nal, em linguagem philns^phica. é tudo
aqnillo que, «juando se perc-be, dá noticia
de outra fOu«a rom que it»m rebiçào ní<tu-
ral ou convencional. InHiiio eludo aqnillo
que indica, aponta alguma cousa, ou leva
ao conhecimen o dVlIa Mostra é a roanifes- ,
tacão ou apparencia d'un;a cousa presente
ainda que não na totalidade.
As palavras o gesto, a escritura sã» os
tinaes das ideias. As nuvens grossas e car- j
rpgadas são indicio do chuva. As lagrimas |
fi&o no^raa de stmliinentCK O «iiMÍ tem li-
gação com a cousa significada ; o indicio
não tem a mesma ligação com o objecto in-
dicado, e s6 se.rve de abrir caminho para
elle ; a mostra pó le ser verdadeira ou ap-
parente, pois se as lag irais são ordinaria-
mente mostra de sentimento; lambem ás ve-
zes o são dejiranle alegria.
SINALAR, y. Assignalar, Marcar.
SINALAR ss. V, A^siqnnlar-se.
SINAI EPHA. V. Synatefiha
siNALOA ou ciNALOA, (««ogr ) cidado da
confederarão Mexicana, 31) léguas ao NU.
de r.oliaí^an.
siNALrENDK, s. m. medida agraria de cen-
to e vinte pés em quadrado. Klucid.
sinan ou sinano-paciiá, (hist.) apellida-
do Koljah ou o mestre, gen'íral ollomano,
era ura renegado mlural de Floreriçi ou
Messina ; f jí vizir de Solimào 1. de Selim
II, d'Amurat 111, de Mahom-t III.
siNAPiSMO, s. m. (bat sinapismus, ãesi'
nape ou sinapis, mostarda.) cataplasma fei-
ta com farinha, mostarda e vinagre Pôr— í.
siNAPiZAR, V. a (do i.at. sinapis mos-
tarda, izar des.) pôr, npplicar sinapismos.
siVAR, V. a. [sina, ar des. inf.) (p. us.)
balizar, marcar com sinas ou pendões.
SiNCA. V. Cinca
sincaua e sincadilha. V. Sancadilha.
SINC*P0R ou SINCIUPOR , (geOgC.) pe-
quena ilha da índia Trans"j:angetica, entre
a ponta, S de Malaca e a ilha de Suma-
tra ; 3 ),0 O habitantes.
sinCar. V. Cirtcar
sinceiral. V. Snlgueiral.
siNCK RO. V. Salgueiro.
si>cf.l. V. Sinzel.
siNCFLO.?, s. m. (talvez de syn prefixo,
junto, e geh) (t. da n»'ira) os caramelos da
chnva gelados que pendem do l<-lhado.
sinceramente, údo. {mcHíesuír. j com sin-
ceridade.
si.xCKiUDAnE, 5. f (bat. sinreriías, tis.)
singeleza. Ihanez». lizura no filiar oi- rbrap;
pureza, falta de mistura de tudo o que al-
tera, CO rompo.
SINCERÍSSIMO, A. ttdj . superl de sincero.
SINCERO, A, a(//. (Lat. «iMccriif, que('ourl
de (iébelin deriva de sine cera, sem cera,
mel sem mistura de cera. tu creio que vem
do f.r. akeraios, innocente. singelo, pri-
vativo, keros. cor.io, agudhão, ou de ke-
rannumi,' misturar, sem mistura ) puro ,
Sem mistura de cousa que altera, corrom-
pe. Animo, sincero — , lhano, sem dobrez
ou dissimulação., Offerecimento — , feito de
boa vontade. (E só usado no sentido mo-
ral).
siNCO. V. Cinco.
SINCOPA e &UIÍCOPAA* V. Syncopc, SyMO'
^
sm
sin
593
siTfD OU pnon, fgeogr.) o Tndm dos an-
tigos, eiim Ho^ dons íírrtn'le> rios da inuia,
nasce ao SK do 1'oquHno Thibet, e cae iio
mar das Índias.
siNDKiRO V. Sendeiro.
siNHEiíRS s. V. SynderesU.
siNDiiv, (gftos;r.) Kslado da Tndia alem do
Gangps, na embocadura do Sind, qie Iht3
dá o sen nome, limilado ao M). ptlo Be-
louldiislan, ai !S. pelo n-iuo de Labore, a
E. pnlo Adjmire o kalch. Capital lldide-
rab»b
siNDMYAn oti smniAn, (gpogp ) Estado da
índia Hi^uem do Ganges, entre o ijjomnab
e o Nesbelda.
siNDiiYAn (hist.) chamado Behadoar ou o
Virtoriozo priní^epe mabralta nasceu euj'
1743. morreu em l79'», funduu o estado
de Sindbyab e teve a seu serviço 1U0,UU0
homens.
SINDICA, (gftogr.) paiz da Scythia, sobre
o Ponto Euxino, extendia-se desde o lios-
pboro Ciaimerio «té á .^chaia asiática.
sixniC^R. V. Syndícar.
fiNhico. V. Syndico.
siiNDiJr, (g»'Ogr.) villa de Portugal, a 5le-
guas <l.e Latue^M) ; 1, 00 babiiantcs. lia ou-
tra povoação do mesmo nom-s « de igual nu-
moro d'^ híibitintí^s no di»tnclo de Bragança,
ea3le<(uas dn Miranda.
si>'DJAR, (geogr.) 5in^ara cidade da Tur-
quia Abiatica , 3i léguas ao O. [de .'>'0S-
soul.
siNDO, s. m. (t. Asiat.jomesmoqueBan-
darira, na Índia septeritriunal.
siNURA, t. f & mulher do sineiro.
SINEIRO , s, m. [sino, des eiró.) fundi-
dor de smos ; trcadur de sinos.
siNFN. (geogr.) cidade da ilba de Majo-
ren. 9 léguas ao NE. deParme; 4,0UUba-
bitantes.
SINES, (geogr.) villa de Portngnl. no Alem-
tpjo nodisiricio de B«'Jh, donde disla 18 lé-
guas a U , c 20 ao S. de Libboa ; 1 ,70 J ha-
bitantes.
SINES, (geogr.) Siwcc povos orienlaes, que
os antigos só conhticiam ptlo nome, pare-
cem ser ' s tiamezes, ou talvez mesmo es
Cbiíie7es.
siNESTRO, (ant.) V. Sinistro, Esquerdo.
siNEiE, s. m. (do Lat. siynum.) (irmã ^
chanc^^lla, divisa.
si>fans (gf^ogp.) villa e freguezia de Por-
tugal, a 4 léguas de Lamego; 2J,510 habi-
tantes.
sr NGAN, (geogr.) cidade da China, ca-
pital da província de Chen-si.
SINTEL, S. m. o SINGKLADA, S. f. Uffl pa".
— de bois, junta de bois.
SINGELAMENTE, ado. (m«At« suH.) com SÍJl-
geiezd.
fOLw 1».
siNGELBiRA , «. f. soTtò dõ redo de pes-
car.
siNGEi.EiRO , s. m. [sin^el, des eiró.) o
lavrador que lavra com um singel ou junta
de boi>, sua ou alheia ; carreiro que acar-
reta em carro tirado por umi junta de bois.
siNGELRZv. s. f. (dtjs. eza ] Sinceridade,
ingBnuidad'\ simpleza : — do animo, das
palavras Fallar com — , com lizura.
siNr.ELissiM), A, udj. s^ip^rl. de siogelo.
SINGELO, A, adj (Casl. sencillo, do i.at.
sin(julii>!. só, ou singularis, único, só, não
duplo ou muliiplo. t?. </. ílires singplas ; ca-
nhão — , não reforçado Feridas — s, feitas
cada uma por sua vez. Custas — s, não em
dobro, tre.5dobro, ele. Partida — (no jogo),
que conta só por um. Apostar dobrado con-
tra — . Ter caval'0 — , (ant ) sem obriga-
ção de ter besta ou outras armas ; falto, min-
guado. Estar — denatios, ter poucos. Bar-
ros e«;outo. Andar — sem túnica ou ves-
tido interior. As —s, (loc. a<lv.) só, setiQ
companhia. — , (fig.) sincero, lhano, ingé-
nuo.
siNGiDUNUM, (geogr.) cidade da Dacia, na
confluência do irter e do Savo.
siNGiTico, (geogr.) golpho do mar Egêo
nas costas da iVlacedonia, entre as penín-
sulas de Sithinia e do monte Athos.
SINGKADURA OU CINGRADURA, S f (naut.)
a derrota de ura navio á vela em um dia, o
caminho que elle fez no espaço de ura dia.
siNGíiANTE, adj. dos 2 g. (de singrar)
pronipto a dar á vela. Vender zinte moios
de sal — í, postos a bordo, livres de despe-
zas.
s NGnAR, V n [cing ler, (\oLsit. cingvla,
cinta, óeciyigere, cingir) (naut.) navegar à
vela, velejar, surdir avante. « A nau sin~
grava menos que as nutras. » Castanh. De-
\cra escrever-s»* Cingrar.
SINGULAR, adj. dus 2 g (Lat singularis)
só. único Curnbate — , entre duas pessoas,
uma contra o ou ro. Numero — , ou subst.
o singular, do<5 nomes, verbos, que denota
um só individuo, ou, nos nompscollectivos,
una e.ípecie. — , raro. excellent.í, único em
perfeição, extraordinário, emsegunilo. //o-
mem — , que aífr-cta di>tinguir-se dos mais
por alguma extravagância.
^YN. ci>mp. Si/íçu/a»*, particular. Ambos
representam o individuo d'uma esppcie, po-
rem disiinguem-se em quo singular o re-
presenta como único e só, sem relaçã) aos
demais individiios; eparíicit/ar o represen-
ta com relação a elles, como parte d'um todo
composto de vari"S indivíduos, entre os quaos
s« distingue. Cadw um dos homens que exis-
tem é um individuo particular da especio
humana. Se existisse um só homem, seria
\aingular em sua espécie.
in
sm
sm
Por isso dizemos : todos, e cada um em
particular ; e não, cada ura em singular,
porque consideramos a cada um como par-
te d'um numero, istoó, com rel'içãoai'S de-
mais individues que conTjjrehende a voz ío-
dos. A phenix, se realmente existisse, seria
particular entre as aves, esin^u/ar em sua
espécie.
siNCCLARiDADE. s. f. (Lai. singulariías,
tis) a qualidade de ser singular, em ambos
os sentidos d'esle termo; o que pertence a
um só individuo e não aos outros. A — do
procedimento, do humor de alguém, extra-
vagância, o exlraordmario. — s, pi. 8Ca;6>^s
extravagantes, desusadas, que alguém Uz
por se singularizar, ou qu« o distinguem.
— , propriedade de ura só, e não da com-
munidade. i)iz-se á má parlQ dos frades que
nào devem ler bens em próprio.
siNGULAUissiMAMEiSTE, adv superl. desin-
gularnienle.
siNGULARissiMO, A, ad[;'. sií/jer/. de Singu-
lar.
SINGULARIZADO, A, p. p. do siogulârizar ;
adj. feito singular.
SINGULARIZAR, V a. [sirigiilar, des. izar]
fazer singular, único na sua esp^ ie , par-
ticularizar, individuar, conferir qualidade
que faz alguém conspicun, distincto — sk,
«. r. distinguir-se, fazer-se singular, notá-
vel.
siNGULABííENTE, adfí, [mentc suíT.) com
singularidade, deiuodo singul.'<r.
siNGULTO, s m. (Lat. singultvs) V. So-
luço.
'SiNiFiCAçÃo. V. Significação.
.SiMFiCA». V. Significar, etc.
sinigaglia, (geogr.) Sf.na Gallica, cida-
de dos Estados <la Kgrfja, *J léguas ao SE.
de iesaro; 7,(100 habitantes.
SI KiKG-QEi, ígcogr.) cidadje da China.
„§iBi^ oiJi SíNNis, (hist ] famozo Salteado?
da Grécia, que apí^ihava os viajantes no
islhmo de Corinlho, e ora os lançava no
mar, ora os e.íqiiarlejava. Theseo purgou
a terra deste monstro.
aijsisTRAMENTíf, aiííJ. [rãcnic suíT.) de mo-
do siniblro, mal. á má parte, avessamen-
te.
SINISTRAR, V, n. {si tus iro, ar des. iuf )
termo moderno merrauld, usado cm apóli-
ces de seguros mariliiijus, soffrer desastre,
pprecer.
SINISTRO, A. adf (Dat siyiisíer, esquertjp,
mau, pernicioso. — prcsagio, infausto, — ,
ÍDteu,lo5 3Ieios — s,. Interpretações — 5.
siNisTB-o, s. in. (subãt. do precedente, por
ellipse subenlendido caso, successo) terççi.o
de contractos de seguros raaritimos, desas-
Iro, avaria grossa que acontece ao navio.
glRPAiABi, (gepgr.) jfiu da Guyanna fjai?-
ceza, desce das montanhas, que ficara no
centro da colónia, e lança-se no Allnntico.
siríO, 5. m. (Lat. sinut] V. Seio, Enseada.
smo, s. m. (de sinal) instrumento de bron-
ze ou de outro metal sonoro de fórraa cam-
panuda, que se tange com badalo. — da
oração, que toca ás trindades ou avemarias.
— de recolher, colher ou correr.
SINO. V. Signo.
sixo, (ant.) V. Si^naíou Sinai, Âssigna-'.
tura.
siNOBLE. V. Sinopole.
siNocHA. V. Synocha.
siNíiCHO. V. Synorho.
sinodal. V, Synodal.
sínodo, V. Synodo.
siNO?í, (hist.) grego famozo pela sua p^r^
fidia Quando os seus compatriotas fingi-
ram renunciar ao cerco de Tróia, nr)resen-
touse aos Troianos, como abandonfído pe-
los seus coif pauheiros, e persuadiu>os a,
meitprera na cidade» o gigantesco cavallo
de madeira que estava cheio de soldados.
siNONiMiA. V. Synonimia.
SIXONIMO. V. Synonimo.
siNOPfE, (geogr ) cidade e forte da Asi^^.
Henor, na Paphiagonia, sobre o Ponto Eu-"
nino, na embocadura de ura pequen > rio.
I>a uma colónia de Mileto. Pertence dos
turcos e fo bombardeada pelos rusçoj cm
18.53,
siNOPERA. V. 9>inopla.
SiNoPLA, s. f tinta vermelha de que usam
os pintores para pi atar aqjeo, ei i rábida djP^
sinople.
MSOPLE, j^, m. (Fr.) jaspe verde.
SINO SAUÃo, y. Signo.
siKQUiNiio. V, Cinqainho.
siNX4,ç\^A. V. ^yntagma.
siN-TCiir.ou, (gpogr.) cidade da Chin.a^ so-
bre o I"igO^QU-.lfÍ.3í)g.
siNTE. V. 4^in,tc, adv.
siNTEL, s ^j, (carp.) compA4S0 grande (J.ç,
uma só perna, com que os carpinteiros tr4-
çam circulp5
g^i.-SiiOA, ^gçagr) T^^m. da ^laced^nia,
p^ara p HE. n^s ^^argeos Jp, fiò Poiítus.
siNTiLLAR. V. Sciniiliar, flc.
siNTiNEi.LA. Y. SentincUa._
,sisT0 ou si.\TOisuo, (hist,) religião 'primi-
tiva do J.ípão llende culto á iirtudet re-
conlieceu o deus TÍ€n{o ceo) e uma inllnida-
de de çs^iritos ou dey.sjes ij^feriores, e divani-
za 03 grandes homens.
SINTOMA. V. í^ympíoma, çtç.
siNTztisiM, (geogr.) ciú^ide do gran-diica-
dode Bade, fjlç^yas ^t S. d'Ueidelberg.
sinnessa, (ííei-gr.) Sitjiiuesía, cidade da
Campania i^o, N, perto das fronteiras do La-
cio, pnlroo Valtuf^noe o Minturno.
llfluoeo, A, flíO*. (i.at. fimoiy^. que tsm
5IP
sm
595
(jtt £az seios, voltas. Rio — . Margens — *.
5i>xó, X. m. (t. A«iial ) madeira mui com-
IíusUvhI do que so fazem facliosque servem
de arclioia^,
siKZEL, s. m. (djíngl. c/<ú(?/, Vc.eiseau)
inslrumenlo de ferro com quo os cravado-
rrs •joalheiros engaslim as pedras; cinzel
dí) fstulplor. V. CinziL
^8I^ZLLAD0, A, p. p. desinzelap; at/y. es-
culpido do moio relevo.
sijiZEi.ADOR, s. m. o que sinzela, ouri-
ves quo lavra de meio relevo.
s >ZKLAB, V a. (sinãel. ar des. inf.) Ib-
vanlar, lavrar de meio rí-levo.
sioBA, s. f (t. Brasil) um peixe grande
e gostoso do Brasil.
smi Kl, (g- ogr.) grflnde cordilheira de mon-
tanhas do impfrio chiiiez, percorre aiC. da
Mongfilia e a Ur^ruria.
sioN, (googr ) nome de uma 'lasqnalrocol-
linas sobre que éoonslruida J* rnsalem
sion, (geogr.) Sú/cn em alíemão, Sprfw-
num dos antigos, cidade da Siii<;sa, 20 léguas
ao S. de Herne-; ^.U){) habitantes.
sioN, (gfogr.) cidade da Índia ingleza, 3
léguas a.)N. de Bon!b;iÍT3.
SION. (geogr.) montanha dos Kstados-Sar-
dos, 1 léguas ao SO. deTienova.
sioNiAou siouNiA, (geogr.) uma das pro-
vincias da Arménia ao IV si^culo.
siouEN-TCHEou (gpogr.) cidade da China,
35 hguas ao SO de Fou-Tcheou.
sioux, (geogr.) nação indígena da Ameri-
ca do iNoíte, dividida em grande numero
de raças, .«;endo as principaes os PaAoíaj, e
os Assiniboinos.
. siOLX on jowA, ígeogr.) uma das divizõ^^s
provizorias dos t!stados-rnido<?, tornado r.«5-
tadoem 18U), compreende a parte inferior do
Ciírso do iiíssiss-pi,
siPiiÃx), s. m. 'Gr. Syphos, vazio) tubo cur-
vo.
sifRNOs, íg''Ogr. ) hojo íiifanto, uma das
Cjilades, ao SL. doíorintho.
sifó <ta c PÓ, s. m (t. Bazil ) phxnH fl'>
xivel e trepadeira ; i >ecacu«nba. — de chum-
6o, planta trepadeira o mucilaginosa, mui
ulil p.nra suspender he-morrhagias.
siroAOA. s. f. (de.s ada) golpe com va-
rinha de sipó,, vergastada.
siroA» , s m. (dos. colleclivaa/) balsa em-
maranhada dosipós Meter alguém n um— ,
cm passo ou negocio embaraçoso.
Rip.iNTo, (geogr.) S>ipus, hoje ^ipontoon
Manfredonia, cidaJe da ApuHa, perto do
golpho-b'rias, ao pó do monte Gargana.
sifUES, (ant ) por simples.
Moraes escreve este termo sipres, oqueé
indubi avelmonle orro de transi^ripçao de
manuscriptos onde o til mal feifo s» con-
funde com 9 acceulo agud*), ou falta.
siFiLO, (geogr.) Sípi//u«, cidade da Lyííi,
ao NO. sobre uma elluvada montanha do
mesmo nome, perto do Meandro. Fraacapip
tal dos Estados de Tântalo.
&)Ri, (hist j hisluri.idor italiano, nasceu cm
1608, morreu em IGáíi. Publicou : // J/cr-
curio ; e Memorias secretas.
siKAGE , «.. f. (do Arab siregCt] olco de
gergelim.
SIRAMPOR ou SIRAMPOOR, fgCOgf.j cidada
da índia dinamarqueza, situada na presi-
dência ingli-7.» do Calculla, defronte de lia r-
rakpor; 12,000 habitantes.
siuANOA. V Ciranda.
Sí»R0!«is LACus , ígeogr ) hoje Selíaket
Dardonil, lagoa próxima ao Mediterrâneo no
Baixo- i-gypto, a E. entro Ostracina eomon-»
le Casio.
siR-DARiA ou si-nouN, (gcogr.) lúxartes^
rio da Ásia, &ae do Ala tagb, e cae no mar
d'Aral.
PIRE , s. 7n. (Fr. sire, V. Senhor ) se-»»
nhor^ titulo que se dá aos reis de França.
SIRENA. V. Sr.reia.
siRENico, A, adj. de sereia, encantador.
A — voz.
siRET, (gpogr ) grammalií^o francez, nas-
ceu em 1745, morreu em 17U8. heix'-u :
Elementos da Limgua ingleza , Gramma^
liça italiana.
SIRGA, s. f. (do r.r. 5cirá, corda, e Oíjfo,
cre, conduzir.) corda de puxar náu ou bar-
co .i tôa. Trazer alguém á — , após si, lo-
va-lo para onde queremos. Andar á-^det
outrem, sujeito a elle, dependente delle.
siKCADO, A, p p. de sirgar; a(/y'. puxa-
do Á sirga, levada a reboq'ie.
siRGiDO, s. m nome de um peixe gran-
de c gostoso do Brazil.
SIRGAR, V. a. {sirga, ar des. inf.) alar ,
puxar com' sirga, dar reboque : — a náu ,
o navio, o baíco. — , prover de sirgas.
sinGiDEiRAS, s. f. (íiaut.) cordas para car-
regar as veias.
sir.GiK. V. Serzir,
SIRGO, s. m (do Lat. sericus, de seda.)
na l?tíira significa bicho de seda. — , (ant.)
fio de seda, seda bruta.
siRGUEiao, vulgarmente sibig.ubiro, s.m.
o <jue faz obra de fio ou cordoas, galões
do iio de seda ou de lã.
siRUiND, {geogr j cidade da índia media-
ta, no paiz dos Seikhs, 31 léguas ao iSO.
do Dehli.
siai, s. m. (t. Brasil.) marisco de per-»
nas. — candeia, é pernilongo, e se pesca á
borda do mar ao candeio.
siaiACo (s.) (hist ) papa desde 385 a 398,
depois Dumario. Combateu os Noracianoi,
e ajudou The.tdosioa comprimir os M^W''
çheua. E* lestejado a !•) da novembro,
t49 .
69G
STS
8IS
f siRiCAU. s. f. Leite de — , (t. de cozi-
nha) cozido cora ovos, assucar e ás vezes
farinha. Talvez venha do Gr. siraion, vi-
nho ftírvido com especiarias.
SIRIGAITA, s. f. aveiinha da côr da carri-
ça com bii^o longo, que irepa pelas arvores;
(flg.) rapariga inqtiiela, andeja,
SIRIGUEIRO. V. Sirgueiro.
SIRINAfiOR ou SKRINAGOR, (geOgP.) cHacle
da Índia ingleza. no antigo Gheronel, 35 lé-
guas ao NO. d'Alraira.
siRiNGA. V. Seringa.
SFRio, s. m. (Lat. Sinus, do Gr Seiros,
de sciron, astro, ou antes do Kgypcio ciou
astro, e ouhnr, cão.) (astr.) uma constella
ção austral chamada vulgarmente ianicula,
mas que é o Cào maior, denominada So-
this pelos Fgypcios. ou astro de leis [ciou,
astro, ti Isi, de Isis, ou Smirol).
siuio, s. m. festa. V. Cirio.
smMAT. (geogr.)a antiga /l ri arnoso ia, ci-
dade da Turquia asiática, entre Sflmisalao
SO. e Diarbekir a h.
siRMicn, (geogr.) Sirmium, cidade da
EsfJavonia, ao O de Belgrado.
siRMtutf, fgeogr ) Sirmich ou Mitrovitz
capital da Pannonia, perto do Save.
siRMONo, (hist.) sábio jesnita francez nas-
ceu em 1 .5i>, morreu em 16j1. Deve- se-
lhe a publicação de muitos autores eccle-
siastico<;.
siROES, (hist.) Knbad II ou Kabad-Chi-
roni«^h. rei di Pérsia da dyníistia dos Sas-
sanides. revullou-se contra seu pai Khor-
rors II, mandou omatlar com 14 ou 5 dos
seus irmãos, e tentou fazer esquecer as
suas atrocidades fazendo florescer a justi-
ça nos spus estados. Morreu em Gjí9.
siROLico-Tico, s. m. jogo de crianças,
s siRRO. V, Scirro OU Schirro.
siRTR. V. Syrtes.
siR2(N0, s. m. passarinho corco o caná-
rio enire pardinho e amarello.
siRZiR. V. Serzir.
SIS, fgengr.) cidade da Turquia asiática,
no pachalik d'Adana, 15 léguas ao N^.
d'Adana.
síSA ou SIZA, í, f. (do Fr. accise , Ingl
cxcine, do Lai cxcidcre, cortar, tirar uiua
porção.) tributo temporário que ^e pagava
para as urgências do esta lo, e gastos d« guer-
ra, Sfbre compras e vendas de ben» de raiz,
de victnalhas, bestas, ele. l epois de tl-
Rei D. José se tornou permanente.
SISADO ou SISADO, A. p. p. de sizar;ãfl[/,
que pagou a sisa ; (fig ) fraudado, furtado.
siSAi.HA, s. f fragmento dos pães de ou-
ro batido por batelolha ; aparas que se ti
ram das chapas que so vão cunhar em
moeda. '
61SAHU. V. Zezaaia.
SIS lo , (h. n) ave do tamanho da adem
de côr entre branco e pardo, com um cor-»
dão nt^gro no pescoço.
SISAR ou siZAR, f). a. [sisa, ar des inf.)
arrecadar a sisa ; furtar pequenas quantias
em contas ou compr s.
SISA RO, s. m. espécie de chiiivia, herva.
siSBORDO, s, m. (naut. ant ) « Carregan-
do a náu nté metterem o — debaixo da agua.»
Amaral. Moraes pergunta se será risbordo.
siSEBUT, (hist ) rei dos Wisigodos suces-
sor de llondemar, subm^lteu as Astúrias e
as Vascongadfls Expulsou o:; Gregos dos
seus últimos dominios era llispanha : fez
florescer o commercio e as lettras, deixou a
coroa a sou tilho, Rccaredo I.
sisEiRo ou siZEiRO, s. m. (dcs. ciro.) co-
bra Jor da sisa.
sisEisNA, (hist ) filho d'Archelao, princepe
de Comana, fez morrer Asiobarzane U, rei
da Cappadozia, e sucedeu-lhe no anno 42
antes de Jesu-Christo.
sisENNA (hist ) amigo de VarrSo, de Cí-
cero, d' uiico, foi questor na Sicília, no
anno 77 antes de Jesu-Christo. E conhe-
cido como historiador e orador Conpôz uma
Historia Romana.
sisGOLA, s. f. uma d?s peças do arreio
do cavallo.
sisis, (geogr.) hoje Torre di Sena, cida-
de da Laconia, sobre ura rio do mesmo
nome, era o porto d'lleracbea.
sisMA. V. Schisttiã, e Scisma.
siSMONDí, (hist.) chamado Buzzaehenno,
almirítnie de I isa, ganhou aos Genovezes
a celebre batalha naval da Mellaria, nas
costas da Toscana.
siso, s. m. {do Lat. sensus ) juizo, pru-
dência Ter — , sensato. Máu, — , impru-
dência Fazer — de alguma cousa , (loc.
ant.) dá-h por obra do prudência. Vender
— a Catão, (phraz. prov.) Arraes , querer
ensinar prudência ou sabedoria a quem é
mais avisado. De — , adv. de veras, seria-
mente, com força. Cuida nisso de — . Pôr-
Ihe as mãos de — Dentes de — , os cabei-
ros uu últimos qneixaes, que de ordinário
apparecem em idade adulta. — í, discrições,
máximas prudenciaes : é p. us.
sisoo. V. Siso.
sisoRio, s. m. De — , (ant. e jocoso) mui-
to do siso.
sissoNNE, (geogr ) cidade do França, 5
léguas a B. de Laon ; 1.3^5 habitantes.
SISTEMA. V. Sysiema
siSTERON, (i^eogr.) Segastero, cidade da
França, 10 léguas ao i\0. de Digne ; 4,540
habitantes.
sisTovA, (geogr ) cidade da Turquia, eu-
ropea, 10 léguas ao>E, 4» íi^k^^P^^l» í ÍO.OOO
habitantes. '
SIT
6KA
597
tiSTKO, s. m. (Lat. sistrum. Gr. (eistron,
de seiein^ agitar.) trombeta aguda usada nas
ceremonias tsiacas. — , espécie de pau jeiro
com soalhos de latão.
sisuDEZA, s. f. (des. eza) aquilidadede
ser si>udo, seried<ide. siso, prudência.
sisuuo. A, adj. [siso, des. udo ) sensato,
de siso, cordato, prudente, serio; por iro-
nia, o que aílecta siso.
sisYGAMBis, (bist ) mãi de Dário, ultimo
rei da ^er^ia. foi apnziouada na bfllalh.i
d'K^sus por Alexandre, e por tal maneira
íicuu reconliecida á g« nerozidade com que
este pnnceje a tratou, quesf dnixou mor-
rer de fome quando teve noticia da sua
morte.
siSYPHO (inyth.), filbo d'Eclo, e neto de
Ilellen, e celtbro na Q.)'thologia peia sua
malicia e peiiidia.
siT, (geogr.j no da I.ussia europea, nas-
ce no guvtino de Tver, e lança-se doJtto-
loga.
êiTAi, (ant ) V. Situar.
mtuoma, (geogr.) uma das três penínsu-
las da tbòlcidia, entre íallene e Albus
siTiALo, A, p. p. de sitiar ; adj. cercado
por tropas luimigas.
siTiAL , s. m. (do Lat. situs, assento.)
banco ou geiíuOexuiio com seu paramento
e almolada onde «s pessoas reaes se encos-
tam quando ajutlbiim na capella. — , (t. de
armarturj ariiiação de tafetá e velludo paru
uma capella cum duas cortinas o uma sa-
neia.
SJTIAR, V. a. [sitio, ar des. iuf.) cercar,
pôr assedio. — uma praça.
siTiBLNBO, A, adj. ('lo Lat. sitis, sede,
dts. da p. fut J (poel ) sequioso, sedento.
siTíFi, ^geogr.j tjoje beiíf, capital da Alau-
ritania cliaUibdab(i./e7(m, á qual uá o seu
nome.
ftiSTii, s. m. (Y-at. setim^ do Hebr.) ma-
deira preciosa para edilicios e trastes.
SiTiM. V.òcdin.
siTio, s. m. (Lat. situs.) lugar, espaço,
chào, situação, espaço descoberto para neU
le Se edilicar. ik-llu — para viveuda. Achou
no hl aço uesarmado do Loniiario — para o
ferir, lugar. — , assedio, cercode praça. — ,
(do Lasi.) casa de campo do rei nas vizi-
nbançòs da capital E usado ialiando dus
reis Ue iuspaubit, e também eui Ternam-
buco debiguaudo quiula, rvça na BaLia
e chácara uo Rio de Janeiro.
siijts, ^ge« gr.) cid«detíe llif penha, 8 lé-
guas ao bU. de HfciceltLa; ò.btOLabilau-
tts.
SITO , A , adj. (Lat. sitvs, situado.) si-
tuado . casas — «na lua augusta.
SITO, s. m. (Lat. suuSt s. m., mofo, la-
fio.
siTTAN, (geogr.) rio do império birman,
o mesmo queZiítnng.
siTTAHD, (geogr.) cidade do Limburgo,
hollanlez. 5 léguas ao ^E. de Maesfricbi ;
:J,320 h^bitantes.
SITUAÇÃO, $. m. o asscntio das casas, da
cidade, praça, quinta ; o estado das cou-
sas.
8JTUAD0, A, p. p. de situar ; adj. assen-
tado, sito. A cidade esiá — em uma ilheta.
SITUAR , V. a. (do Lat< siius, assento.)
assentar, edificar, v g. siluuu a cidade,
a fortaleza em ura monto. — , arrumar, dis-
por g. ographicamente. l'tolomeo xiiua esta
ilha em vinte graus de latitude boreal.
siVA, (uiyih.) divindade índia, H,* pessoa
da Tiimouili.ou Trindade Indiana, a^sa vul-
garujtnio ptlo deus destruidor, mas é an-
tes deus que modiiica, que ena com o
auxilio da morte que mala para crear. bào-
Ihe por mulher bhavaui. Os seus adorado-
res chamam Sivaitas.
siVAcii (golpho de), (geogr.) parte ao SO.
do mar d'Azov.
siVAS, (geogr ) Cabirce, depois Sebasle,
cidftde da Tun^uia asiática, capital do pa-
chnlick de Sivas, 15 léguas de Tukat ; lG,v>UO
hòbilanies.
sivAS ou ROUM, (geogr. eyaleto da Tur-
quia Asiática, ao .N. da Xúa Uenor entre
o mar ISegro ao K. os pachali(ks de Tie-
bizonda e d'fcizerum a lii. de l>jòrbtkir e
de iVlaratk ao S. d'Auatoiia ao U; 8UO,U00
habitantes.
SIZA, siZAR. V. Sisa, Sisar.
siZAo, s. m. ave. V. Siáào.
siZfcBoLi, (geogr.) cidade da Turquia Eu-
repea, 5 léguas ao bO. de bourgos.
siziRÀo , ou antes cizikào, s. m. (Lat.
cicera.) espécie de ervilhaca.
sizuN, (geogr.) cidade de França sobre
o Llorn, a ti léguas de Moiiaix; i$,ti5U ba-
bta nies.
SKAGEN, (geogr.) cidade da Dinamarca,
na pariu ao i\ do Juiland.
^KAGtR-HAK ou CANaL DE JUTLAND, (geO-
gr.) braço do mar do ^orle, entre a Di-
namarca u a JNoruega, liga-se ao bE. com
o Caltegat.
skalitz, (geogr.) cidade da llumgria, 20
léguas ao ^0. de ^eutra ; 5,700 babiiaa-
les
SKANDA, (rnytb ) lilho de Siva e deRha-
vani, ó o irmão e rival de Cjaneça.
SKAKA, Igeogr.) cidade da Suécia, 82 lé-
guas au &Ò. de btockkolm i 1,0UU habitan-
tes.
sKAfiABORG, (g< Cgr.) divizào da Gotia, na
Suma, entre es goveinos de Jffii.kaíi mg,
to bE. u'i.lltLoigòo bl;. d'ceitLio ac/ ^L.
de tàihtad ao ^. u h^o >\btter a E. e o
Í5U
i
598
iLO
lago Wener ao O. 161,000 habitantes. Ca-
pital Maneslad
SKELTON, (hist.) poeta satyrico inglez,
nasceu eto l^i60; morreu em 1529. Ape-
zar de Ser padre atacou em versos murda-
zes os al)U70s do clero.
SKiAto ^itlia), (geogr ) Sciathos^ uma das
Cj^clades seplentrionaes
SKioLDUNGiEiNS, (hlst.) antiga dynaslia da
Dinamarca, cuja origem é fabuloza, tira o
sen nome de Skiold, filho de Odin, foi
substituída em 1047 pela dos Esihrithides.
SKipÊTARS, (hist) nome indígena dos Âl-
bunezes.
SKirTON, (geogr ) cidade d'ínglciterra, so-
bre o catiíll de Leeds e liverpool, 16 lé-
guas Bo O. d'York ; ^,200 habitantes.
5K0í»iNA, (gpogr.) cidade da ÍUissia eu-
rOpèa, 10 léguas ao S. de Riazan ; 6,000
habitantes.
^KYA (ilha), (geogr.) Eluda orienlalis,
UEba das Hebridas; 18,000 habitantes.
SKYRA OU SKYRo (ilha), (geogr ) S-:^ros,
ilha do srchipelago, a E. de ^'egroponío ;
1,800 habitantes.
íSlane, (geogr.) villa d'Irlanda, 3 léguas
ao O de Progheda.
siÁREusK, (geogr.) antes Setzka ou Tor
cidade da ilussia turopea, 5 léguas ao SE.
de Rharkov. Outrora capital dos Cosacos
slavos, (hist.) fnmilia ethnographica eu-
rOpea, a mais oriental da Enfopa. ferten-
éè incoriteslaveimente á raça indo-germa-
nica,
SLAV0UIA, (geogr.) estado situado ao S.
do mar Báltico, tihha por limites ao O. o
Efbn, õ Kiar do Tíòrte e o Eyder, a E. f ee-
ne, e ao S. o Elda, correspondia ao Me-
cileicbilrgn.
SLE/UAMJ3 , (hrât.) historiador allemão,
ifítsten P.m ^506, morreu era !536. Deixou
edtre outras obras : De qu^tuòr summis
impenU, babylonico, pérsico, grceco, ro-
mtrtio Ubri.
sLESwicou FCUL^s^rc, (geogr) cidade da
Dki'à«iar6tí, d legtias ao IS de Kiel; "9,000
hdlntírnfes.
^*i'Eswrc (duéado de\ (geOgr.) ou 'Jutland
meridional, assim chamado pch sua pozi-
çSo éo S. dm hÚR^hò ao Juttand. é Uma
rfârs ptOvlncfAS da Tert-j Firme da Dínaiiar-
ca, e tem por lim{'r.s ao S. o ílolstein ;
a?rv,^00 hafeíínrilrs. eapil.-íl íiles^rz.
5L!G0, (<çf?0'gy.) íisl.Tdfe da Tríanda, capi-
fatdo condado de Sligo. UO le««as-aot^O
de DtiWin ; 1 IWO habitantes. Cí>ndado de
Sljgo, situado suhni o Oceano, entre os
cioíid-ados de Eeítmin, RdseoradJtffi e^Míígo,
cúsnn 17t;0 O habitantes.
^íKfiiB; ftrfilToaçdiíJtr e btjtanico íTtart-
IMO
dez, nasceu em 1660, .morreu em 1752.
Deixou : Viagens ás ilhas da Madeira, Bar-
buda, S. Clíristotão, Jamaica, com a his-
toria natural das plantas, quadrúpedes,
ele
SL0B0DE-P0L0V3K.UA, (geogr.) cídádô da
Rússia, perto de (iatchina.
SLOBODSKOiE; (geogr.) cidade da Riíssia
Europea, 8 léguas ao N. de Viatka ; 5,'OOi)
habitantes.
SLOisuio, (geogr cidade da Rússia Euro-
pea, ;iO légua áo SE. de Groduo ; 4,500
habitantes.
SLOUGH, (geogr.) cidade d'Inglalerra, 1
quarto de légua ao N. de Windsor.
SLouTcn. (geogr ) Nome de dous rios da
Rússia europea, um nasce nai fronteiras
da Podolia, e cae no Goryne ; o oillro no
Governo de Minsk, cae no Pripet.
SLoríTZK, (geogr ) cidade da Rússia eu-
ropea, 25 léguas ao S. do Minsk ; 4,500
habitantes.
SLOVACOS, (geogr.) povo de raça Slífa
espalhado na .Moravia e na ilunffria.
SMALKADE, (geogr.) Schmallialdeii, c\ileL^
de murada do eleitorado de Uesse, 15 lé-
guas ao NE. de Fulda ; l,4?i) habitatites.
SMEATON, (hist) ingenheiro inglez, nas-
ceu em 17.4, morreu em 179 2, A sua obra
mais importante tem por laulo : Experièn'
cias s^obre o poder mecânico da àgúã.
SMF.KDÍS, (hist.) magico dn Pérsia, que
usurp-^u a, coroa no anno 522 aates de Je-
su-Christo, depois da morte de Cáinbyres.
Uma de suas mulheres que o reconhecAu.
porque elle não tinha orelhns que lhe haviam
sido cortadas por cauza de um delicio, pu-
blicou que elle era um impostor. "EntSo for-
mou-se uma conspiração, que acabou o
reinado e a Vida de S^merdis.
SMiin, (hist ) navegante inglez, feíí trez
viagens á Yirginia' dcsda 1005 até 1014.
Publicou úmà dèscripção da í^ota Ingla-
terra.
SMixn, {hist ) phisico in|té2, tiasccU ém
1G8B, morreu erú íY68.'CWnpõz 'úta Syj-
tema completo d' óptica.
SMiin, (hist 1 célebre c^criptGr Kscossôz,
nasceu em 1723, morreu òm 1790. Dei-
xou : Theoria dos st;ritimcnlos iiorHs \'Ih'
vé.Higações sobre a liitafési t çeíuía das
riquezas das nações.
SMiin, (hist ] celebre cíTicial de marinha
injjlez, nasceu em l764, morreu em 18ít).
Disiin.?uiu-se contra Napoleão. Fundou uma
sociftdade chamada anti pirata fará abolir
a pjráieria no Mediterrâneo.
.SMiTHFíELD, (gcogr,) cidado dos Estados-
rntdrts, ^ 'tégiíás "ao ?tU. de Prírvideacía ;
4. COO babilárírés. ' "''
•s^o^'Íí^l>V'tgt?bgK^>fiitfg^S-diVizãodaSiíe-
80Á
^(^Â
(99
cia, forma bojo os governos de Calmar,
Joenkceping e Kronoberg.
sxuLE^SK, (geogr.) cidade da Rússia cu-
ropea, capital do governo do Smolen&k, a
104 legues ao SO. de Moscou ; li), 000 ha-
bitantes. O governo de Smolensk é situado
entre os de Tver ao H. de Moscou ede Ka-
longa a K. d'Orel ao St; j, '.00 habitantes.
SMtLKT, (hist.) historiador o romancista
escossí z, nnsceu em 1720. Compoz; Aven-
turas de Pregrino Pickle ; as /ivenluraa
de Rodtrico Vlaudom; Historia d' Ingla-
terra, etc,
SMYHNA, (geogr.) Izmir em turco, cida-
de da Turquia «sialica, liO léguas an SE.
de Constantinopla ; 130,000 habitantes.
SNAiTU, (geogr.) cidade (l'lugtaterra, 8
léguas fioSli. a'\ork ; 6.000 habitantes.
SNtfcK ou sPiíTS, (geogr.) cidade d'iIol-
landa, 5 Ifguas ao Nu. d'llereenveea ; 5,(>tiO
habitantes.
SNàLLius (hisl.) gpometra allemão, nas-
ceu em >C)9i, moneu em 1620. Deixou:
Eraloiílienes balavvs de terrcB ambitu.
skoehattaK, (geogr.) montanha da ISo*
rupga, 37 U-guas ao SO de Dronlbeina.
í^o»Ro-STUH> ESON , (gcogr.) historiador
irlandez, nasceu em 1178, morreu em 1241.
Deixou: Snorro-Edda ou Syslcmada mi-
tkologia Soandinava.
s^uwDON, (geogr.) Erijri em língua gal-
lica, montes d'lnglaterra, no paiz de GaJ-
les, no limite dos condados de Caernarvon
e de Merionetb.
SO, (ant ) V. Sob,
fô, por senhor (t. jocoso) Oh sô bêbado.
só , adj. dos l g. (í at. solas, de sine,
sem, e vllus, algum.) desacompanhado. Es-
tar, viver — . — , (p. us.) solitário. Luga-
res— s. Fallar, estar com alguém — por — .
Tiraram as espadas — s por —s. Vieira. Es-
tar ou ser —^ de alguém, (phraí. ant.) or-
phão, privado de. «A cidade tào —de gen-
te. » barros. Achar-se um — com — , v, «jr.
o clérigo com a b^rregan, .sem outrem em
casa. — , único. Um — Deus. Com uma —
excepção.
só, adv. (Lat , so/úot, somente.) unica-
mente. — elie crn capaz de fazer isso. —
por fome ou traição [)odia tomar a praça.
soÃA, s. f. (do Lat svs, porco.) eniro-
coslo do porco da parte do espinhaço.
soABuiR, V. a. (de so por fo(f.)a^jrir um
pouco : — o postigo.
SOAÇAR. V. Soassar.
S0A4JA, X. f. to*tía de cantiga; (%) 'fa-
ma, ruaor ; bulha, estrondo.
SOADO, A, p. p. de soar; At/J. que soou;
de que se falia muito, famigerado. Uoma
tão ~- DO mundo. « O negocK) foi pubUco e
muito — , » fallado. Vida do Arceb.
SOageh, «. f. viperina, planta.
soAi^UA, s. f. (de soar.) chapinha do la-
tão enliada horizontalmente nos arames do
pandeiro, a qual ferindo em outra faz um
som ngu io vibrando o pandeiro. Pôr — sa
alguma cousa, ffig.) asoalhar, divulg ir, pu-
blicar. — s , os braçoi da cruz, na balesti-
Iha náutica.
soAiUADO, A, p. p. do soalhar; divulga-
d ), assoalhado, sobradado.
SOALHADO, s m. (do precedente), íobra-
do. t) g. Taboado de — , do assoalhar.
SOALHAI. V. Assoalhar, pôr ao sol ;e soa-
lhar ou sobradar.
SOALHAR, V. a. (de soalha], fazer soar, di-
vulgar,
SOALHEIRO, s. TO. (do sol), lugar nndo a
gente vai aquecer-se ao sol de inverno.
soALueiuo, A. adj. ^do precedente), expos-
to ao sol. « Ama a vide as eacoslas :^oa-
Iheiras. »
SOALHO, ou SOLHO, s. m. (Lat. solium},
sobrado.
soanoa, (geogr.) cidade da Capadócia,
hoje Juzghat.
soANB, (geogp.) Sonus, rio da índia Se-
pteotrioual, nasceu na plataforma d'umer-
cantoo, e cae no Ganges, 9 léguas ao O.
do Patnah.
soANK, (geogr.) rio da índia, nasço ao
i^U. dô Baronah, e cee no golpho do Ben-
gala.
SOANTE, adj. dos lg. (Lat. tonans, Hí,
p. a. de sono, are, £oar), que sôa. —cas-
cavel. Bem ou mal — . 1'roposiçuo mal — ,
que oífende a crença ej&tabciecida,
SOÃO, s. m. (do Lat. so/, e «o /ia nur?») an-
tigamente sigaiiicava o pomo do horizimle
onde nasce o £ol, o nascente ; hoje ó o ven-
to de lésle mui calmoso, e em gerai lem*
po mui calmoso, abafado, seru viração. , ,
SOAU, í. m. (ani. e obsol.) V. òo/a»-, j.
m,
SOAU, V. a. mais usado cm sentido absol.
ou u. (Lat. sono, are, soat), dar som, fe-
rir o ouvido : (Ug.) cantar, tocar. A Ijra
tristezas sôjí, o lasltmas respira. Lkgiad ,
canto 1. est. 13.
«Quantos varàes Gregose Latinos opiea
tuba lieiboosa sOa. > fclfH>fio«Dunense. « Tu-
do soava alvoroço, prazeres, anaunciavo,
dava sinal, mostras, « .irBLa arma, ludohôa,
tudo guerra. » «Piibuma consona voz todfls
.sua\ão. » Camões, Lusiad. X, 7). O c sôa
k antes de a, o « it. j— , divolgar-se, correr
voz. « Sòa- me dentro d'«kDa oquella voz.;»
— SB, V. r. (ant.), *oar, *livulgnr-so, correr
voz. «E como por toda ilfricasóa. Camões,
Lusiad.
soAssAR, V. a. assar lentamente.
MíAVB^ ^túfit.) usenp^tor italivoo, otscea
600
SOB
SOB
em 17^3, morreu em 181G. Deixou muitas
obras estimadas sobre educação o philoso-
phia. ,
SOB, 'prep. (Lat. svh. Gr, hypfi, Sanscrii
vf)0. Creio que vrra do Fpypo. hep occul-
tar-se , «iludindo parlicul.u mente ao sol
quando ?e põe ou desaparece debaixo do
horizonte), debaixo, v. y. — o trópico ; —
Poncio Pilatos, — o amparo, a protecção.
— a côr dtí amisade. — enlra como prefi-
xo em muitas palavras compostas, as njais
das vezes contrai ido em ío, v. g. socalco.
soBACO, vulgarmente prnnuncrado Sova-
co, s. m. [sob e axilla, e não de oíícv* an-
gulo, ermo diz Moraes) a cava debaixo do
braço onde elle se articula ao hombro.
SOBAH. (geogr.) um dos 4 reinos da an-
tiga Syria, no valle do Líbano, foi submet-
tido por David no anuo lObO antes deJe-
su-Cbiisto.
S(Baiçar, V. a. {sob, debaixo, e alçar,
subir, elevar-se), (ant.), alçar, « (!onru ca-
rão os alcailiís e mas gente de f>uerra a
— Mv lei IJainct. Jornada d'Africa.
sobcalco. V. Socalco.
S" BCoiXA ou síbcoxa, s. f, (aut.).* — do
monte, a parte baixa do monte.
soBC"L()R, phr. adt. sobc6r, adv. {sob.
pref. e color, côi), dtbaixo de côr, de pre-
texto '
SOBCRESTAR. V. Scqvestrar.
SíBtGiDÂo, s. f. quantidade sobeja, de-
masia, (xc«£SO, sufíiflua ^l!nndancja•, (íig.l
atre\imento, msoUncia. SobcyicJões, oxf es-
ses de quem senão (ontem nos justos ter-
mos, razões demasiadas de quem não tem
direito a dâ las.
soBEGissiwo, A, odj . svjerl. de sobejo.
SíBtiHA, 5. f. {sob, ebtiia) segunda or-
dem de telhas dibaixo da beira do telhado,
paia sus*.<r a sujerior.
,soBEJADAiiEME. V. Scbcjomcnle.
£(BfjADo sup. de solejar.
sobejameme, cdv. {fíiínte suíT.) em de-
Dcasia, nimiamente, com excesso.
sobejak, V. n. (sticjo, ar d<s. inf.) so-
brar, exceder o rece^SMÍo. O que stbtjou
de quanim í^estinada 8(s gastos. — , (anl.)
superar, foLres^bir Ifr.eflos que ubjatam
ao mar e tkavim des(ol>rtcs d'illo.
soBíJinÂo. \. tolcytdão.
fc( LEJissiBO, A, ai^j. iV}erl. de sobejo.
S(BiJO, A, adj. (CO lat. svptijtctio, de
svjetJHíO, ere) que S(Lra, txtioe, sujera
O que é n((ess8ii(», excessivo, dcnasifcdo,
ninio; ilig.) que exieífe ( s devidos Iidjíks,
aud.iz, atrevido, t.iueza — , — no u itndar.
tOsMouios eum tâc —s que vinlòm to-
mar CS Toiluguizis. » CijstaLhtda. — vai-
dade.
SOBEJO, s. tn. (subst. do precedente) o que
sobra. Os — s, sobras. Aproveitar os -—s de
outrem, os restos que elle deixa.
SOBEME^DER. V. Subentender.
SOBERANAMENTE, flcío. {mente SUÍT.) com so-
berania.
soRRRANtA. s. f. (Hes iot) 8 qualidn-íe de
ser soberano, e os direitos ou a auloriílade
annexos ao soberano; (fig ) irnperiosidade,
altivfza ; excellencia, superioridade.
SOBERANISSIMO, A, odj SUpcrl. dc SObO-
rano.
soBFRANiZADO, A, /), p. do soberanizar ;
adj. feito soberano, elevado á soberania.
soBEU.f.MZAR, r. a [soberano, izar des )
dar solefano. mandar, imperar com sobe-
rania ; (ílg ) exaltar, engrandecer. — ss , v,
r. baver-se como soberano, fazer-sè digno
da realeza
SOBERANO , A , adj (Fr. souverain, Tlal.
sovrano, rio Lat. svpra, sobre.) supremo ;
(lig ) excellenle, prestante t?. «7. remédio —
contra o rheumatismo. — , imperioso, al-
tivo.
SOBERANO , A, s. (do precedente, por el-
lipse, subentendendo rei, r /íf/e ) rei absMu-
to. Na republ ca o povo é soberano
SOBERBA, s. f. (Lat. svpeibia, svper, so-
bre, e Gr. lia, força.) siluaçà(» sobrancei-
ra ; (lig. e mais usado) rdtivrz, orgulho; for-
ça superior. Abater, quebr.sr a — « i or on-
de o Nilo descarrega a — de suas aguas, o
grande peso. Karros. Fazer— s a alyuem ,
(ant ) assoberba-lo.
soBERBAço , a'^j . avymení. de soberbo,
t. jocoso.
.«SOBERBAMENTE, odv. (mCíl/C SUÍT.) COffi SO-
berba.
soBERBÃo, CNA, adj. avgment. de soberbo.
soBr^PBETE, odj. dos 2 g. de soberbo, al-
gum liinlo «oberbo.
soB^^Bl^HA, s. t. diminuí, de soberbo,
S0BFHBl^^o, A, Oí/j. djmiíii/í. de soberbo.
soBmBissiMAMENTE, ttdv. superl. desobei-
bamtnte.
SíBEBBissiMO, A, odj. «í/f cr/. de sobcrbo.
siBHiBO, A, adj. (Lai. svpeTbus,àe su-
pir, sobre, e vis, força, em i.r. bia). so-
iiranceiro. « Lugar — sobre a barra Cas-
tellos — í S( bre a ponte » Harros — , (fig.)
al'i>o. orgulhoso, arrogante: — da viclo-
ria. Ilímtm sobtrbo Inlavras— s. — , (fig.)
n apnitiro, v. g. — rdificio.
S( BiBBOSAMtNTE, odv. («(CHíe suíT.), (ant.)
cem S(beiba.
toBiRBos(t, (ant.) V. Soberbo.
sobeRnação, (ant.) Svbòii^açáo.
S(BERVA, (ant.) V. Soie'ba.
SOBKSCHEVIR. V. Svbscretcr.
soBEKRno. V. ^vbscriío e Sobrescrito,
£(Bt.BAVE, adj. (t. mus.) Signo — , abai-
xo do giavo. ,
SOB
SOB
661
soBiDA. V. Subida.
soBiFSki ou JOÃO 111, (hisl.) rei da Polo-
í\\n H iitfi dos íiemes d«'Sie|)a!z, iiHSceii em
mi\i, foi pfocl«nj»di» rei em Jl)7^, mor-
reu lui 1U.>6. toi li«bil g«iu'rii| tí «mijjoda
sua (liUria, (k-ía qu^l seiupre cunibiUeu.
soBiMKNTO, * m. (m hio suif ), («III.), al<,a,
arçàt) de lev«iil«r, ou do subir; v. g. --
do preço, di» v«l(>r do ouro, díts mercado-
rias. O — do s«ii|^ue á cabeça.
soBiNTK, odj, ú- s 2 g. í<nt. (des. do p.
a. Lai. em «''Ují, I(.s-j, asceadeiile. i/. ^. Her-
deiros — s. Orl. Alloiis.
SOBiR. V. Subir.
S' BJLGui o defiv. V. Subjugar.
soB.tVAMAH, V. a. < rguer, levantar, al-
çar ssobre outra cousa,
soblkv.ak e deriy. V. Sublevar, ele.
sohlimiauo, a, p. p. de soblmliar; a<Jj.
marcatio com uma bulia por bai.x >.
soBLiMiAii. V. a. pHSsar com a penna uma
linha por baixo de. uma ou mai> palavras;
enlre carpinteiros, lavrar a madeira por bai
xo de liiiha Iragada.
soBMKKGER edeiiv. V. Submergir, ele.
stB^KTTtK e dtriv V. buhmtiur.
sub^iicad ), subnegak e dcnv. V. Sonega-
do, Sonegar, por ua)
soBoi.A, («ni.j, sob.e a. •
sobolo. (aul. ', Sobre o, v. g^ — s, rios
que vao por iJalijlmia me achei. Camões.
sobural. V. Sobral.
sobokuílNado. V. Subordinado.
SuBuH.^aÇAO. V. Sabor nt).
soyoKNAMtNio. V. Suborno.
soBiJHNAR. V. Subjrnar.
sob (UNo. V. Suborno,
sòbjko, $. m. (Lai. saber). S. Sobro.
si-BuRUALiiADoURO, s.^n, varrcdouro do
forno.
soBORHALUAR, V. a. pur debaixo do bor-
ralho para cozer: — bulus.
soBouRAi.íi'), .<f. m. bolo de — , cozi J o de
baixo do bui ralho.
soBPÉ, s. m. [Sob, e pé), pé, raiz. v. g.
Ao — do um monle. moiro, leso.
sobpena. ado. debaixo da p'jna ; v. g.
de purdimento de bens.
sobpodeu, aJv. [sob, e poder), debaixo do
poder.
sonouEix^DO. V Soqneixado.
soBHAgADO, p p de sobraçar; adj.cn-
oosiado, lirmado uos braços de oulra pes-
soa. ^ i
srBRAÇ*n,;"iíi #.' -{íofr© ferflp, ar des
inf ), segurar debaix) dobtaço, r. g. —!\
capa lf8ça'la ; — alguém, Iraze-ioiJo braço,
segurando o, sostendoo pi>r dnbaiXí» dos
b açcs ; ^tig ) — um auimo fraco, sos-
ler o:.j- -r^
SOBRADADO, A, p. p, de sobradar ; aJj. que
VOL. IV.
tem pavimento de laboas, que tem um ou
mais .«obrados. «. g Casa — .
sobkaoar, V. a. [i^ubrvdo, ardes. inf.). pôr
pavidieiiiu <Je i.tboas ou ar^amasbu ; |>ôr,
assi^nlar osobraclo; v. g. — a casa.
sobrado, s. m (do I ai. Kvptruddo, erf,
í»juniar sobre), pavimenlo, s..lho de madei-
ra, ^lig ) anuar. t>. g. Lasa de dois ~s. Me-
dico de — , dos luais colimados, mercador
de — , que i^m as fazendas no andar superior
e não em log»*, e \ende aiacdoe nàoau re-
talho. Meieinzes de — , graúdas.
SOBRAUO, A, p. p. de sobrar ; adj que so-
brou, sobejou. Maiilimenujs — s « a nau
viidia falia de tudo, e — de miséria » Hist.
>Ht. iloiiiem — , que tem em abuuiJaucia
com que passe.
soBKAUo, (geogr ) aldeia de Portugal, no
concelho de reiíali. I, a ^ léguas do Porto ; -
l,(iOU habiiaiues. :-obiado de l'uica, no con-' ^
ctltio de raiva, sobre o mesmo riu e a 1 lé-
gua do Uouro, 7UU h^biianUs.
SOBRAL, 5. w. (conliarçao íÍíí scberal, do
Lai. suber, o sobreiro), maia, bosque de so-
breiros.
suBKAL. (geogr.) povoação de Portugal no
dislniu deLoimbia, <ion»ltí oisla 7 léguas,
íio Concelho de Tondtlla, l,yju habiianles.
lia oulra do mesmo nome no concelho de
lorres-VedrHS, G l<'guas ao .N. de li.-bja;
UjU habi»anle< ; outra a 1 Ifguasde Ihomar,
denomina la d» Ignja l\oca, {,i'(iO; uuira,
villa e Irt-guezia próxima a Torres-Vt-dras,
• lenominada do J/ou íe Ajroço, 1,0 iU babi-
laiiles ; e ouira povoação denominada da
>erra, a 12 léguas da Guarda e b\) de Lisboa,
tiUO habiianles.
soBitAi.iNUo, (geogr.) amenissimo eapra- -•
/ivtl iiigarde Portugal, situada a meia hora
lio caminho de Altiundra, pouco arredado
do Tejo.
suUKAi\ç\RiA. V. Sobranceria. -
SuBKA^Cl!.lRO, A, adj. (do lat svperans^
dts ei/o^,que e^lá em posição superior, doí.'^
uinanle ; que faz sobranc<3iia.
soukaNceliía, s J. (Lai supercilium), os
•abeliiiihíS que formam uma arcala acima
'los olhos. V g. Fazer a — , concerlal-a pr»
n que ti pi^^ bem arqueada, arrancando ai-* '
guns cabellos. ■''«
s (BKAMiKHiA, s. f. (dt?s. ia], fipção de ho-
■ nem subraiiceií'», qu^ «lenola aliiveza, S0<»'^
berba, sop^rioridade. Fazer — s,
SOBRAR, V. abs. ou n. (do i,at s^iperare,
HX'eder), restar depois defeito n devido em-
pr( go. Sobraram, dez mil cruzadoí, depois
iJe leiías asdrspeza-s. — .superar, licaraci*
ma, sobranceiro. «.Sobraram as aguas por"'
c ma do nionte » He anl. nesfa accepção.
soBRARBK OU sobrarve (reiuo de), (geo-
gr.) pcqueuo cantão d'i.ispauba, ao S. dos
151
699
SOB
SCHI
Peryneos, ao O. do Ril)agone, tevQ o li-
tulo de reino quando foi dado a Gonzales,
4.° filho de Sancho Ilide Navarra, depois
foi reunido no reino d'Ar8gão.
sobbaRCO. V, Subrearco.
SOBRAS, s. f. pi. os sobejos, o que sobrou
os restos, o que íicou tirado o necessário.
SOBRE, prep. (Lat. super, Gr. hxjper, San-
scril upaVy Zend opero, Pérsico aher ou ahur,
ber, bur, per, pur, zubur, sobre, em cima,
por cima, e summidade, cimo, ponta ; uber
em Ali. Todos estes vocábulos me parecem
derivados do Egypcio ape, cabeça, ou depe
ouphe, ceu, que ambos são vozes piimiti-
vas, edere ou ri, sol, e com o artigo mas-
culino pire ou phté, e com effeito sujocra em
Lat. significa o ceu), em cima de, por cima,
V. g. — a mesa, o chão, o muro, superior.
E' — ní^ssas forças, excede ; — a intelligen-
cia humana, acima de. fcstar — alguém, ser-
Ihe superior. — , apóz. Golpes uns — outros,
repetidos sem intervallo. — longa ou madu-
ra consideração, depois de. Estar — , sobran-
ceiro, por padrasto. Estar o inimigo — a ci-
dade, pondo-lhe cerco, combatendo a. Rei-
nar — muitos povos. Estes magistrados tem
outros — elles. — a palavra, fiado nella. Es-
tar, andar — si, sem dependência, com izen-
çao, separado de outrem. Andar — si, vi-
giar-sie. Tomar — si, obrigar-se, afiançar,
fazer-se responsável. — palavra, — seguro,
dada palavra, dado seguro, com confiança de
quem está seguro. — , próximo : — a tarde,
-^ a nouie, já entrando pela tarde, pela noi-
te. — minha velhice. — , acerca. Èallar —
a questão. Escreveu — essa matéria. — alem
de, não só — feia é indiscreta. — que pelo
qual motivo. •
SOBREABUNDANTE. V. Superabundante.
sobrEabundar. V. Superabundar.
sobreaguado, h,adj. alagado, coberto de
agua. V. g. Cjampos— 5
sobrealcunha, s. f segundo appeliido, se-
gunda alcunha,
soBREAPPELLiDO, s. w.^gundo appellido.
.soBREARCO, s. m. : — do portal, a ver-
ga.
sobreaviso, s. m. aviso prévio, antecipa-
do* V. g . Estar de — , prevenido com avi-
so.
go^REAvoNDAVEL, adj . dos 2 g.obsol. V.
Svtperabundan te.
SOBREBAILEO OU SOBREBAILEU, S. m. hn\r
leo posto sobre outro.
sp^MBAJ^Íi^HA, s. f. forro exterior da bai-
nhi,
soBREBico, s. m. a parle superior do bi-.
CO ; Açor de bom — .
SOBREACABADO, A, adj. (p. US.). situado HA
maípr eminência de um cabo da costa.
^PRECAHA, t. /.(t.dealveitar), tumor du-
ro sem dor, que apparec© no terço da cana
do braçodocavallo.
SOBRECARGA, s. f. a carga de mais, alem do
que permilte o porte do navio, ou as forças
da besta ; (fig ) cousa que agrava o incom-
modo quejá se sentia.
SOBRECARGA, s. OT. (pof elUpse), pessoa que
vela sobre a carga do navio, feitor da nego-
ciação do navio.
SOBRECARREGADO, A, p. p. de Sobrecarre-
gar ; adj. que leva ou soffre carga demasia-
da, V. g. tinha — o povo de tributos. O na-
vio ia — .
SOBRECARREGAR, V. a. Carregar com mais
peso ou carga do que pode levar o navio, a
besta, ou a pessoa : v. g. — o n:ivio ; — o
povo de impostos.
soBRECELESTB, adj . dos'i g. celestial
soBRECELESTiAL, adj. dos lg. cuais que
celeste.
SOBRECELLENTE, V Subresaknte.
soBRECENiio, $. m. [sobrc e cenho), carran-
ca que se faz carregando e cerrando as so-
brancelhas.
soBRECÉd, s. m. guardapó, pavelhão, es-
paravel ; — do leito, do docel.
soBRECEVADEiRA. s. f. (t. naut.) vela pe-
quena que fica sobre a cevadeira.
SOBRECHEGAR. V. Sobrcúr .
soBREC(i£TO, A, adj mais que cheio, cheio
superabundantemente.
soBRECLAUSTRA, s. f. clfluslra superior.
SOBRECU, «. m. o mamillo de que em al-
gumas aves nascera aspennasdo rabo, vul-
garmente òi.vpo da galinha.
soBRECURVA, s. f. (t de alveitar, tumor
carnoso sobre a junta da besta.
soBREDENTAL, adj. dos2 g. que está por
cima dos dentes. Folliculos sobredenlaes,
das cobras.
soBREDENTB, s. m. dente cavalgado sobre
Ojutro.
SOBREDITO, A, adj. djto, referido mencio-
nado antes, acima.
soBREDiviNO, A, adj. mais quB divino
soBREDOURADO, A, p, p. de sobrcdouraf ;
adj. dourado por cima.
SOBREDOURAR, V. a. dourar por cima ; —
a prata : (fig ) realçar.
soBREEMiNENTE, adj. dos Í, g . supcrlor^ S0».
breelevado. .^VpxhMvcv'^- V iO/7i:iuC'«*'8
soBREERGUER, V. O. ergiifir mais alto qae
oiutra cousa.
soBREERGUiDO, A, p. p de sobrcergucr ;
adj. erguido a,cimade outra cousa.
soBREEROGAÇÃo, s. f. i, bras de -rr, por
maior merecimento de salvação.
SOBREESCREVER. V. Subescrevcr.
SOBREESCRITO. V. SuhescHto.
soBREESPERAR, V. a. espeiaf muito, estar
muito teqapo na esperança.
SOB
SOB
609
soBREESTADO, A, p. f. de sobreestar ; adj, 1 bundos. » « O temor comquesahiu sobre-
suspendido.snstado. Moraes engana-se quão- levou a prudência esegurança com que en-
do úhsxistado é erro.
soBREESTANCiA. V. Super í tendência.
SOBREKSTANTE, s. V. Super i tendente.
soiiREESTAR, V. a. descoDlinuar, dettorar,
suspender, sustar; — a partida dos navios,
a obra, a continuação do edillcio. Sustar não
é erro, como quer Moraes. V. Sustar,
SOBREESTAR OU SOBR'eSTAR, t?. ãbn. OU ti.
cessar, descontinuar, não ir por diante. «. ^.
Sobreesteja ojuiz appellado na causa, nào
proce<la pelo feito em diante. A guerra sobre-
esteve, cessou. * Queres que o nosso canto
sobree&heja^ » cesse. Gn»z, Pões. — s%v. r. \
cessar. .,6,^7'^ ihqiV •
sobreexcellente, adj. dos2g. de supe-
rior excell<íncia.
sobrkexckllente, vem impropriamente,
em Bluleau e outros autores por sobresa-
lente.
S0BREEXCELLESTISS1M0, A, adj. superl. im-
próprio.
sobreface, s f. (t. de fort.), a distancia
entre o angulo exterior do b.iluarteeo flanco
prolongado; superfície. «Toda a — da ter-
ra. ■» HosSanct.
. sobregávea, s. f. (t. naut ), peça que está
por cima da gávea.
soBREiiuMANO, A, odj . superior ás forças
e faculdades humanas
soBREiSTENDENTE. V. Superintendente.
SOBREIRA, (geogr.) povoação do concelho
d*Aguiar, em Portugal, a 4 léguas do Porto,
lOoO habilf.ntes. Sobreira Formosa, villa e
freguezia do districto de Castello-Branco ,
!:i,41)2 "habitantes.
SOBREIRO ou sovEBEiRo, s. m. (Lat. suber),
sobro, espécie de carvalho cuja casca leve de-
nominada cortiça se separa espontaneamen-
te todos os annos ; (fig.) homem de alta esta-
tura.
SOBREIRO DE BAIXO, (geogr.) povoação de
Portugal, no concelho deVinhaes, 6 léguas
a O. de Bragança perto do Tucla ; 680 ha-
bitantes.
-soBREJUiz, s. m. njagistrndo antigo em
Portugal a quem se recorria dos juizes in-
feriores.
soBREJUSTiçA, s. m. {sobre fl justiça, no
sentido ôe juiz), juiz de alçada, juiz supe-
rior, corregedor. E ant.
SOBRELEVADO, A, p. /). do sobrelevar ; adj.
mais alto, roais elevado que outro. v. g
Estylo — . — preço
soBRELEVAB, V. a. cxceder om altura.
« Eminência que sobrelevava o forte de S,
Thomó. » Freire, passar por cima «O rio
ou a enchente sobreletando aponte. » — .
trou. » Barros. — , (fig.) soíTrer, supportar.
V. q. — os trabalhos, os cuidados. — se. v.
r. levantar-se muito, sublimar-.se. « Sobre-
levando-seao heróico de eroprezas grandes.
SOBRELEVAR, em sent. abi. passar por alto.
« Dispararam uma das peças, equiz nosso
senhor (]ue sobrelevasse, po*que lhe pozeram
o ponto alio. » Barros. — , exceder, supe-
rar. « O de'*oro com que servem as damas
soòre/eca ranilo de ponio de ponto o servi-
ço real. Tanto sobrekvata o ardor do sol,
tão excessivo era.
soBRELAS, (obsol.), por sobre as.
SOBRELIMINAR, s. m. (t. do fort.), a viga que
atravessa sobre os esteios perpendiculares da
ponle levadiça, formando com elles um portal
de madeira ; peça que liça por cima do li-
minar ou soleira (ia porta.
soBRRLOGE OU SOBRELOJA, s. f. cntrosolho ;
sobrado ou andar baixo que fica por «im»
da loge ou casa térrea.
SOBREMANEIRA, ãdo. alcm da justa medi-
da, excessivamente, v. g. — assustado. Feio,
grande^ encarnecido -i-. _
soBREMÃo, 5 w. (t. dealveitar), tumor que
vem sobre a mão das bestas.
soBRE«Ão, adv. De — , com todo o vagar
descanso, curiosidade para bem obrar» de as-
sento, Recommendar alguém de — , com
muitos gabos. Cautellas de — , extraordi-
nárias.
soBREMARAVíLHADO, A, p p. de sobrema-
ravilhar-se ; adj. muito maravilhado.
soBREJíARAViLHAR-SK, V. T. admirar-so em
demasia.
SOBREMESA, s. f. ospratos, fruta, doces,
etc. que servem depois das outras iguarias e
que terminam o jantar ou céa.
SOBREMODO, adv. com excesso.
soBREMUNHONEíRAs, s. f. pi, [t. de artiíh.),
peçHS de ferro que a travessão sobre as mu-
nhonheiras dos canhões; para segurar os mu-
nhões dentro d'ellas.
SOBRENATURAL, adj. dos 2g. que excede
ou parece exceder as forças da natureza ;
(fig.) maravilnoso; v. g. Engenho — . Phe^
nomenos iobrenatvraes.
soBREisATUBALiDAUE, 5* f. qualidade ou
i força sobrenatural. o^^P"'^ '' /■''
sobrenatijralmentb;v«<Í»*.^ (♦Mcn/e suíV),
de modo sobrenatural. '
soB«ENERO., s. Tft. (t. de fllveitar), tumor
sobre o nervo da besta.
SOBRENOME, s m. fippellido ou alcunha
que se ajunta ao nome <Jí> baptismo.
soBRENOMEADO., A, p. p. de sobreoomear
adj. appellidado.
soBREROSEAR V. a. Uobrcnome, ar des.
cederem força. «O som da artilharia so
brelevava os gritos dos combatentes e mori- 'inf.) der,- pôr sobrenome oa alcunha
15t «
604
SOB
SOB
SOBREWUMERAVEL, ttdj . doS 2 g. (p. US.)
quo excede tjdos os números, iacalcula-
vul.
soBRKnsso, s. m (alveít.) doença que vem
ás bestas por eíí-ilo de golpe ou f^^ritla so-
bre o osso ou cana da ueina ; (íig.) cousa
que incoinraoda, niolesla.
soBREPARTO, adv imrppdiaiamente depois
de parir. Adoecf^u — . Morreu de — , aas
consequências do [«ario.
soBRKPKLLiz, s. f. (Fr. xurpHs) vestidura
ecciesiaslica branca que se enfia pelo pes-
coço, e Cobre era n.drt o corpo atéaomejo.
soBHEPENSAUo, ado. de proposilo, delibe-
radamenle.
ROBREPENSAR, V. a usado lambem em sen-
tido abs. ou n , cuidar em negocio, mili-
tar,
SOBREPESO, s. m. V. Sobrecarga.
SOBHtPOJAR. V. ^obrepvjnr.
SOBREPOR, V a f>ôr era cima ou por cima
de outra cousa; d.brar porcim«.
soBREPossE, adv. {tiem, irais do que se
pode, com excesso. Comer, beber, despen-
der — .
SOBREPOSTO, A, f. p. de sobrepor ; adj
pfsioem lima deouuo; (íig.) auiontoado
Tenas — s, as de ailuviâo, depostas pelas
cl eias ou i^tlllJnd^çô(S de rios. —s. s. pi
(sadíiriios degftiôts, passf manes, fitas que
se|õ*ni fíbie aspcí^as ou bardas dos ves-
tidos, jaezes, etc.
soiiiuruATEADO, A. p.p de sobrepratear;
adj esmaltado com preta, prateado pcrci-
ma.
scBREPRATEAR, V. a. s.atear por cima,
esniíhíír com prata.
síbui-pualo. Á,p p de sobrepujar ; oí/y.
excedido em ^'tura ; superado.
scBBEiiJAiiENTO, s. iti. [mcnto sulT.) (p.
US.) exee^so.
siButi ljança, s. f. (des. ançá] excesso,
grande superioridade.
S' BREFUJAME, fl///. doS 2 </ (dPS. do p.
a. Lai. eui ans, tis) que sobrepuja, exce-
de.
SOBHEPUJANTFMEME, Orfc. mCnte Suff.) (p.
US.) d»! modo solíiepnjanie.
s«BuEPL'jAR, V. a [sf bre, e pvjar) exce-
derem ^lMJra. sem, força, virtude, talento.
« As » bfin mas tcLupiijaram < s telhados. »
« 11( rlensio Hbrejvjov os jtradores do seu
teu po » — , em sentido abs., exceder. —
ás foiças, d'- alguém, ^obrcpvjavom ás to-
zcs os SUS} ires, soavam mais alto.
sob^epixar. V. Sobieptijar.
soBRfOLii-HA, s. f (rirtul.) peça compo<ta
de outras, que corre da [i0|»a á proa sobre
as cavernas, e (orr« spoinle á (juilba.
SORHEBODFLA, s. f (alveil.j tun;or sobre
a rodela do joelbo das bestas, que toma par.
t6 da juQta.
soBREBOLDA ♦ s. f. sobrerouda. Sobrt-
roída. s. m. pessoa que vigia os homens
deronda.
sorreroldar. V. Soltrerondar.
soBRERONDA, s f e m. geute ou pessoa
que vigia em praça forte sobre os que an-
dam de ronda.
SOBRE RONDAR, tJ, a. vigíaf a gente que an-
da rondando.
soBRESAiiiR, V. n. ter realce.
sobresa lente, adj dos2g. (soò-*, eLat.
saliens, tis, p. a.desa/io, ire, saltar, bro-
tar) de mais que o necessário, destinado a
suprir as faltas. Gente — ; naviosi munições
- s. De — , (lí.'C. adv.) era reserva, para
supprir as falhas. Levava gente, viveres, mu-
nições de — .
soBRESALTADO, A, p. p. de sobresaltar ;
adj. tomado de improviso, em guerra ca
era outra qualquer circumslancia. — , atto-
nilo. assustado. Ficou — com a inesperada
e infausta noticia.
SOBRESALTAR, c. a. tomaf de improviso,
saltf-ar, acomn elter de repente : — a praça,
o c^mpo inimigo. Sobresaliouo a morte, a
doença. — , causar susto, espaventar. O me-
nor ruido o sobre-^altata. — , interromper o
íio, a serie, a ordem, v. g. — a historia ,
annos, passar em claro, omittir, saltar. —
cargos, pvsios, oble-los sem passar pelos
intermediários.
sobkesaltadeado. A, p. p. de sobresal-
tear ; adj. assaltado, acommettido de im-
proviso, salteado.
sobresalteaR , V. a saltear, assaltar,
acíimnietler de improviso. Sobresaliou-oso
inimigo. — o tufa I. ^'ào o sobresalleando
as poiaões, toroando-o de súbito, apoderan-
do-se delie. — se, v. r. assustar-se, llcar
atalhado
soBRESALTO, s. wi. assalto repentino, acont-
nííeiíimento imprevista; (Hg J susto, enleio,
pavor cauSíido por causa que sobresalla. v,
g. por assalto He iniuiigo, nova inesperada
e inlauí-ta, desastre imprevisto, e qualquer
oulro msl ou d«mnn repentino : — de te-
mor. De — , de improviso. /^arflíí — , acom-
metler subitamente, v. g — na praç«, ci-
dade, no ( ampo inimigo. Dia de — , o da
morte, íu do juízo final.
sobhesarado. a, p. p. desobresarar; arf;.
sarado superhcial, não radicalmente.
sobresaiiar, t). a. curar sup«>rtícial, não
radicalmente: — a enfermidade. E' pouco
usado.
soBREscREVEa. V. %ubscrever.
SOBHESCRnO ou fOBRESCRIPTO, A, p. p.
de sobiescrever ; adj. us. como s. m., ca-
pa ou d(»bra da «ar (a onde se escreve o no-
me, titulo e morada da pessoaa quemédi-
ligida.
soBRESEEB, (aut.) Y. Scbrestãf.
SOB
soe
60S
80BH«sr,i,gTiTE. V. Sohretalente.
SOBRKSEMKAR, V a tornar a s'ímear, se-
mear sobrrt o trtrreno já semeado.
soBRKSENrio. V. Senho-
soBRESCR, V. a ou H (Lni. superscdcre,
sobre estar.) (p. us.) sobre estar.
SOBRKSEVFR, siT erro por sobrescrever.
soBRESiiMENTO, (ant.) V. Sobresitimento.
SOBRESINAL, $. m. sínal exterior sobrn o
vesliHo, como a cruz qne os cruzados e os
templários traziam boníada no habito
soBRKSoi KíRA. . s. f. ppç.i que fica sobre
a sol»*ira do coche ou da porta.
SOBRESSALENTE V. Sobremlcnte.
SOBRESSUIENTO e SOBRKSSYMKNTO, S. m.
(ant.) parada, d«'sconiinuação ; interrupção.
« Pediram uma hora de — , «rmisticio, tre-
goa.
soBRESTANTB, s. m. olheifo , apontador,
Tigia dos trabalhadores.
SOBRESTAR , c. ã. OU H. (contrar.ção de
sobre, e estar.) parar, descontinuar, não
prosegiiir.
soBRESLDSTAKCiAL , adj dos 2 Q. (tbeol.)
mais que substancial. «O — pão do céu, »
o sacramento da eucharislia.
soBRETAL, ado. (ant.) finalmente, em con-
clusão.
soBRETEiMA, adv. V. Pertinazmente.
SOBRETOALHA, í. f. toalha que se põe por
cima de outra que cobre a mesa ; véu ou
beatilha que cobre a toalha de freira ou
Téu da cabi'ça.
SOBBEVENTA, *. f. [sobre, e tenta, de ven-
tus, p. p. do Lat. venire. vir ) vinda ino-
pinada.
SOBREYENTO, *. m. (de sobrevir.) (fig.) so-
bresalto, cousa que sobrevem e altera, as-
susta, inquieta.
soBREVEsrg , s. f. vestidura que se traz
por cima de outra.
SOBREVESTIDO, A , p. p. de sobrcvestir ;
adj. vestido por cima.
soRRRVESTiR, V. a. vestir por cima de OU -
tro vestido ; (fig ) revestir. « — de humil-
dade a própria soberba. » disfarçar.
soBRCvnuo. K, p p. e gerúndio de so-
brevir, adi. que sobreveio. Desgraça — a
tantos infortúnios
SOBREVIR, V. a. ou H. vir, occorror, suc-
cedí^r, acont"cer, logo depois de ou iro suc-
cesso. a' ffbre sobreveio uma violenta he-
morrhagia. — , dar sobre, r. g. sobrevinham
nuvens de seitas. » (lastanh.
soBRKViRTUDE, s f. ^éii que certas frei-
ras tr«zem sobro a loalhinha.
SOBBEvisTA, «. f. barra sonííilunar d.3 fer-
ro que se une Á borda que fazem os mur-
riões no ouço .|ue corresponde ao rosto.
« BandHS. tenções, escudos, sobrevi-las. »
]»gba, Cuolest.
Bluteau diz que na Monarchia Lusitana
SC toma por sobreveste. Será erro typogra*
phico
soBRKviVENCiA. V. Supcrcitenria.
SOBREVIVER, V. a. OU ti. viver mais que
outra pe«<?oa, viver depois de morrer outra
possoa 9>obrevicí'lo, que sobreviveu. Tinha
sobrerivido a todos os parentes
soBHiAUENTE, adc [mente suíT.) com so-
briedade.
SOBRIEDADE, « f. (Lat. sob tetai, íi^ ) tem-
perança, prmcip«Irarnte no beber licores es-
pi«*ituosos ; (fig ) moderação. Saber rora — .
SOBRINHA, .1 f (Lat. ío//rí.na, prima cora-
irmô.) filha da irmã, ou da mulher do ir-
mão
soBRiNiio , s. m. (Lat. sobrinns, primo
com-irraào . de 5'»»"or, irmã, c inis. filho.)
filho da irmã, ou da mulher do irmão.
SOBRINO, (ant ) V. Sobrinho.
SÓBRIO, A, adj (Lat. sobrins, do<lr. ío-
phron, teraperante ) Court de déblin o de-
riva de bru ou bri, agua. bebida em Célti-
co. Eu creio que vem do Egypcio cbo, pru-
«lencia, sobriedade, e er^, vinho.) modera-
do no beber, no comer, e em outros ap-
petites. — e!n palavras, (fig) parco.
SOBRO, 5 m. (Lai. f^uber ) sobereiro, ar-
vore. Madpira de — . Carvão de — .
SOBROÇADO- V. !^obraçado.
soBROço. V. Sobre osso.
sobrogação. V. Stubrogação
S0B«0GAR. V. Subrogar.
soBROSA, (geojçr ) povoação de Portugal,
no concelho de Penaliel, e a i> loguas aE
do Porto; 1,9 O habitantes.
soBROSADO , A , adj (sob, e ro.sado.) ti-
rante a rosado, a fôr de rosa.
SOBROSSO. V. Sobreo.<;so.
SOESCREvER. V. Subsrrever.
soBSTABELiiCER. V. Substabelecer.
soB^TAR ou SUBSTAR. V. Sustar.
soBTERRAR. V Soterrar.
soBTiLii». (ant) V. Tilha.
soBVERSÃo V. Subversão.
SOBVERTER. V. Subverter.
SOCA, s f (t. Brasil.! a cana deassucar
aue brota depois do primeiro corte , e dá
segunda novidade. Mo temem—, nem um
real.
SOCADO. A, p. p. de socar ; adj calcado
cora o soquelt:. Ilomem — , bem coberto de
carnes, refeito.
S0C4IRO, s. m (Moraes o d'»riva de ío ou
sob, e rairo, por amaira, e fijunla, citan-
do finlUt. que pode lambem vir da pali-
vra Irlandeza ou Celiica socair, quesigni-
íica em posto «brigado do ven lo. Wm de
soga, em V«sconço««ra. corda, ^ ré. do na-
vio.) (n«iil ) aiLarra com nrg-in^o . ou r<pia
à^ amar.a da popa. «nsquu Icv^vaoialôa
606
soe
«oc
soltaram com meda o — , e á náu dera á
costa se outros não aciidissetn a tomar o — , »
Castanheda, liv. 3. Ao — , á ré, |ior detrás
da popa do navio. — da fortaleza, em\)aLrai-
do com ella, por detrás delia. //' ao — de
alguém, (ant.) após elle
liluteau interpreta socairo ao longo, no que
se engana. Não conheceu o verdadeiro seríti-
do do termo.
SOCALCO, s. m. {soiiorsob, ecalcaf'.] por-
ção de terra sostida, talhando-se a piqueou
em talud para fazer no aito pequenos pla-
nos em terras montuosas ou na» encostas.
Os socalcos formam como degraus.
SOCAPA, adv. [so por so/>.) com copa, côr,
pretexto ; furtivamente.
socAJj, V. a. calcar com o soqueíe; dar
sôcoà.
socARRÃo, adj (ant.) velhaco, astucioso.
SOCAVA, s. f. {so por soò.) cava subterrâ-
nea por baixo de monte, ou em p.ofun-
doia.
SOCAVADO, A, p. p de socavar; arf/. ca-
vado pol* baixo ; extraído de excavações, de
minas.
socAvÃo, s. m. avgment. de socava, so-
cava grande, ou mui profunda.
SOCAVAR , V. a. {so por sob.) cavar por
baixo; extrair de mina ou excavaçâo.
socco, s. m. (Lat. socowí.) calçado rústi-
co, usado pelos actores da antiga Roma na
comedia; oppõe-se ao coí/n^rno trágico, c. g.
Waíeria é de í^othurno e não de— Fronun-
cia-se sócco. — , membro do pedestal de co-
lumnas. — , base das cruzes o relicários,
etc — , hasta publica. « Escravos vendidos
nO bárbaro — de Argel. » Epanaf.
soCCORUER, v.a. {Lai. succurrere, àe sub,
prep., sob, junto, e curro, eie, correr.) pres-
tar auxilio, ajudar em lance perigoso, em
aperto, necessidade urgente. Soccorremos o
navio próximo a afundir-se ; — os naufra-
gados, os necessitados Hoccorreu-me na mi-
nha desventura cora dinheiro. Soccorreu a
praça com gente e mantimentos. Os anti-
gos diziam soccorrer-ike, — Ihfj ; hoje di-
zemos soccorré lo, — /ct?. — SE, V. r. (p. us.)
pedir auxilio ; valer-se, ajudar-se, recorrer
ao auxilio. -^ dos braços, dos dentes, valer-
se delles para .se defender. — ás lagrimas,
ás armas, ou das armas « — se do magico;
^— de algum remédio, » Valer-se. Vieira. --
se aos amigos, recorrer a elles.
A socc*E)rrer-me á tua potestade
Me 'òliriga espeoiâl necessi ade.
Camões, Lus. IX, 37.
soccoRRTDO, A, p. p. de soccorrer ; adj.
ajudado, auxiliado, a quem se valeu; que
soccorreu, valeu. -i>^''M
soccoRRiiwpíM V •• ♦»• (ant.) V. Soc-
corro. <
soccoRRO, « m auxilio, adjulorio que se
dá a quem está era necessidade, apertoi, pe-
rigo imminente : — de armas, gente de guer-
ra, de dinheiro. Mandar a o\i de — , ena
auxilio, para auxiliar. — , recurso — , di-
nheiro adiantado a soldados e raariufeeiros
uoentes ou feridos, que estão nos hospitaes,
e que se lhes abate no soldo. — s, diz-sede
ordinário de tropas auxiliares.
soCEDER. V. Sncceder.
socEGA, s. f. (fig.) porção de vinho que
se toma para conciliar o somno. O copo da
se cega.
soc£GADAMENTE, adv. {m^ute suíí.) com so-
c^go.
socEGADO, A, p. p. de socegar; adj. aquie-
tado, tranquillízado ; descansado, que tem
socego.
socegador.a, adj ou s. que socega, aquie-
ta, tranquilliza. Somno — de cuidados roe-
dores.
SOCEGAR, V. a. (ÚG Socpgo, dcs. inf. ar.)
aquietar, tranquillizar ; adormecer; — o ani-
mo, a agitação. — , em sentido abs., ter so-
cego ; cessar de soífrer dôr, inquietação ;
adormecer, descansar, repousar.
soGF.Go, s. m. (do Fr sowci, cuidado, de-
riv. do Lat. saucius, oíTindido, magoado, e
egeo, ere, carece'.) quietação, descansa, re-
pouso , tranquillidade do espirito ; somao
plácido, tranquillo.
socESSÃo, (ant ) V. Síiccesmo.
sochastrado, s. r». a dignidade de so*
chantte.
sccHANTRARiA , s. f. oíficio do soctan-
tre.
socHARTRE, s. m. 0 ecclesiastico que swp*
pre no coro o chantre.
socíiANTREAR, V. ã. ou u. oxerccr 0 of»
íicio áa soehatííre»
socHiAR. V. Esconder. C'--"
SOCA , s f. (Lflt. socwK.} companhekra;
Y. ^oãox 01/
sociAurhiDADE, s. f. qualidade de ser s<J*
ciavel ; caracter sociável» conversavel, lha-
no, amigo de convivew ' !•
SOCIAL, adj. dos 2! g. (Ií»ú «tocídits.) so-
ciável, dado, propenso a frequentar a socie-
dade ; relativo, concernente ao estado de
sociedade humana. Estado, pacto — .Deve-
res sociaes. — , relativo aos sócios de UYna
companhia mercantil, t. g. 6 razão ottât^
ma -^ ; os interesses sociacs9i>. .hí /.T«au8
sociAR. V. Associar. ' J
SOCIÁVEL, adj dos 2 g. (Lat. sociabilis.
amigo da sociedade, da conversação ; pró-
prio a viver em sociedade: o homem é ani-
mal— . — , (p. us.) compalivel. « Obra em
que S6 acham sociáveis as virtudies que o
80Ç
poeta suppoz incompatíveis. » Varella, Nu-
mero Vocal. 84.
STif. comp. Sociável, social. A differen-
ça entre sociável e social prorêm da ter-
minação de cada um d'estes vocábulos. A
terminação atei denota disposição, força,
propensão ; a terminação ai exprime me-
ramente união, ligação, ou dependência,
acccssorio, etc. Assim que sociável quer di-
zer inclinado, propenso á sociedade ; e so-
cial, o que eflectivatâenle pertence á so-
ciedade, d'ella faz parte, a ella se refere.
Sociável só se diz do homem ; social, diz-
sè das relações e deveres que resultào aos
homens em consequência de £ua sociabilí-
daée e <lo estado da sociedade.
SOCIEDADE, s. f (Lat. societas, tis.) união
de pessoas. Viver em — . O homem tem o
instineto àa — . — , associação de duas ou
mais pessoas para fins commiin<? , v. g. —
de commercio, lilt^raria. —s secretas Acto
de — , assim se denominou a junta de no-
breza, governo, e magistrados que fez a ce-
lebre representação ao infeliz D. Affonso
VI.
sociedaDB (lhas da), (geogr ) archipelago
na Polynesia, ao O. do Archipelago Ferigozo;
40,OUU habitantes. Ilhas principaos ; Ota-
hiti, Kimeo, Raiate, Iluahina, liarabora.
sociNíANos, (hist.) celebre seita, que ne-
ga a T-riwdade e Divindade de Jesu-Chris-
to, o pecca^ 0f*iginal, a predestinação, a
graça, começou no meado do XVI século
e teve por fundadores os dous Socinos (Lé-
lio e Fíusto )
sociNo, (hist.) celebre heresiarcha, nas-
ceu em hipnna em 15:5, tíiorreu em 15G3,
percorreu a Suissa, a AÍIemtfnha e ligou-sè
com os mêrrs celebres reformadores.
soeiNo (Fausto), (brst.) sobrinho do pre-
cedente, nasceu em 1531), morreu em i 604,
seguiu a doctrina e deu o seu nome á sei-
ta dos Socinianos.
SÓCIO, í. m. (Lat. gociiis, db Gr. zeugô,
vmr;xevf/os , parelha de bois, cavailos ,
etc. Em tg7pc ±oá: Ou íc/ioíí:/» significa um
par ) cocfrpanherro de outro, associado com
elte ; complice.
socio, A, adj. ffssociadb. — gente.
sociSA. (geogr.) villa de Corseg«, a 21e-
g«fls e ttieia éo NE. â'Ajafddo ; (324 habi-
tantes.
s6c0. V. Sòcdõ.
soco, s. rh. fAriem. zu^ iSu znk, golpe ;
OH do Lat. st<cwíío,tre, bater, dar pancada,
de sub, e qnatio, ere, bater, sacudir.) mur-
ro. Dar -5. Jogar os—s. —s, chamamos
rapazes as mossas que faz o pião lançado,
«M> que está tio meio da roda e set-ve de
alvo '
80E
6d7
^oço. V- Ensosso ou Ensojfi:
soçoBnAm. V. Sossobrar.
socoLHEDOR, s. m. (aut.) subcollector, aju-
dante do collector,
socoLipÉ. V. Pósi^eílo.
socoLOR. V. Sobcolor.
SOCORDIA, s. f. [LH. socordiaou secotiiiitf
de sine e corde, sem coração ou animo.) co-^
bardia, priguiça, indolência, inércia.
SOCORRER. V. Soccofrer.
SOCORRO. V. Soccorro.
SOCORRO, (gí^ogr ) cidade da America do
Sul, na Nova Granada, capital da provín-
cia do Socorro, 7 léguas ao NE. de Bogo-
tá ; 12,000 habitantes. A província do So-
corro é limitada pelas de Pamplona ao N. de
Tunja e de Casanare ao S. ; 160,000 ha-
bitantes.
socoTORá, (geogr) ilha d'Africa, no m«f
das índias. 55 léguas a E. do cabo Garda-
fin. Capilal Tamarida.
socoTORiNO , A. e socoTRiNO, A, adj. de
Soco tora. Áloes — .
S0CR4TES, (hist.) celebr« philosopho gre-
go, nasceu era Athenas no anno 470 an-
tes de Jesu-Christo, filho de um esculptor
chamado Sophronisco, e de uma parteira
chamada Thenarete Morreu com corageal
e resignação admiráveis no anno 400 an-
tes de Jcsu-Christo. Sócrates creouascien-
cia da moral, recommendou a pratica do
bom como o meio mais seguro de chegar
á ventura; demonstrou a existência dentíi
Deus e a itnmortalidade da alma.
SÓCRATES, (hist.) o Escolastico, escriptor
eclesiástico, nasceu em Constantmopla nó
fim do IV século, cotinuou a í/isíoria J5c/e-
siastica d'Euzebio.
socRESTADO, soCRESTAE. (anl.) V. StqueS"
irar.
SODA, s. f. (Fr. soude, Cast. soda. Em
Egjpc. sói significa coalhar-se.) alcali mi-
neral, hoje considerado como oxydo de urfl
radical raetallico denominado sodium em La-
tim, barilha. E' a base do sal marino.
soDALicio, s. m. (Lat. sodalitium,de so^
dalis , companheiro.) confraria, sociedade,
corporação.
soDAMA, (geogr.) cidade da Palestina, ao
N. e perto do lago Asphallile, foi queima-
da pelo fogo do céu no tempo de Abrahão,
por cauza da impudicidade dos seus habi*
tanles.
SODIACO. V. Subdiacortò.
SODOMIA, s. f. (de Sodoma, cidade anti-
ga da Palestina.) pecfcadO nefando sensual.
soaoMiTA, s, m. homem dado á sedo-»'
mia. '^'»^'-> • »■
soDOMiTico, l/'ííí^."âadfo di*/8omia. Pec-
cado — . ' ■
soEDADK, s:f\A\\^ttt^oá(isdledádt.] (antj
solidão, soledade, saudade V. Sauda^.*^^ -■
152 *
603
SOE
SOF
soFiBAS, s. f. {(\?t soer, costumar 1 (ant )
Parece significar as cons.isque sccslntri/un
dar. Nos foraps antigos vem : « um leilão
ou carru^iros com suas soeiran »
SOEMlAS 011 SOOFMIS, (hisl ) Riài (le II»"lio-
gabalo. teve este (u iniMpe do seu coinn.er-
cio aíliiltero com Caracalla. Fui morta cum
seu íilho era '2.2.
SOEMMKKINP., 'grtogr.) cordilhf^Jra que se-
para a Aiislria propriamente dila H.i Siyria e
que atraves'ía a rsirada io Hnicli a Niena.
SoEMMi Ri>G. Ihist.) anai-^niic». nasceu em
Thoru em 1»fí'/, tnorieu em 18 O Kscre-
veu : De corporis humana fabrica; Jco-
ncs ccnlí limnani, ele.
soE^|)E^FlEl.^lS, (geogr.) a parle mais me-
ridional <'a >oriiega. compreende as dioce-
zes de ChrisUrti.saud e d' <gi;erhnus.
soEB, V. a. 011 w. (l.al sulco, ere. ou skco,
ert; em Gr. e/Ao.y, Cíistume, e í//<úí5 a('«is-
tumar.) ter por cítslume, co^-lumar. Como
soe, como é (osíun.e, come se costuma t'
hoje quasi desusado, sem razão.
8YN. comp. Siter, rostumar. estar af[n-
ío. Socr é urn verb » con'rahido do eH>iH-
llianu soler, do latim solfre, que lnje é
q -asi desusado, raas sem r«zão ; ínz i-juo-
nyuiia com costumar, poicm diíT- reriçamr
Si em que «oer denota r(inliinia<,uu dn mt'S-
ma cou>a, ou do mesmo ii odo de s^r ou
estar e isto desde rrsuito lempo; c< slumar
exprime [>nipriarrentM a repeiií.ã» dos mes-
mos act. s, a qual lóJe ser recente. Higo-
ro»amente, costumar í-ósediz das pessoas.
St ndo que soer se diz das pessoas e das
cousas, hev^riam os u.oderuns re^tabidec i"
O uso d'este Vf^fbo, c se o exemplo <Ih Ca-
noas lhes nãu bfisla, leu breni se q'ie Viei-
ra não c mui antigo, e era mui aulido ern
tudo (|ue diz'ae «screvia, e aimla o usou,
80 menos duas vezes, com a signilicação
que aqui lhe damos. «O s«d que soia fa-
zer o (lia, se ha de escurecer (I. ^i-8) O
sil^^ncio que sou encobrir ou cissimular a
lris»^^7a (VII, 4i) »
Estar aff-^ito éo ra-^smo que estar acos-
tuu a lo ou linb lucilo a lazer uma cousa ;
supi õe facilidade adquiri ia p<la repeligào
de acios, e sempre se diz dí<s (>e,»soas
soEKGUEK, V. tt. (so por ,»o//. ergunr, le-
varílar a'giuQ latito de baixo para i;ima.--
SE, tJ. r. al<;ar-se um pouco.
SOESCREVEn. (ant.) V. Subscrever.
SOEST, íg^íigr ) ti lale dos l>i.«dos prus-
sianos h legunseraeia ao N. d'Aveiisberg ;
7,(lOU híibiiaiifs.
soESTABEi.E<;ui)o. V. SnUstabeleciJo.
80ESTa\IENTO. V Sequestro.
soFsiuYK, («eegr.) cidade da Ilollanda,
nn esirada U'Auie{feL(ur(> a \eidea, perlo
soESTRO, A, adj. (l.at. stíii.sí«r.) (aQt.)y,
Sesfo, Esquerdo. :•;■:■/ ;ii9ca
soF.v, .s". m. (do Arab. soffá, hanca, .«s-
tradinho ) estrado levantado do chão, e co-
herto com l.tfiete em que os Turcos se as-
»etiiam, cin^p .
íofai.la. (geogr.) villa pertencente ao go-
verno gepíil Ml provincia de Níoçaii.bique.
Ksiá situada na foz do rio do mesmo no-
me.
soffbedor, a, adj. que s'^ÍTre com pa-
ciência, resignado no soíírimento, capaz de
S(Hfer : — de injurias.
soFFítER, V. a [\^»i svffero, erre, desí<6,
e fero, ne. |i*v«r, .njppoilar ) aturar, sup-
{ortar os tr^b.Mlhos, iucommodos, privações,
dores, rafth'S de tud.t a especio — fome ,
padecer. O touro vão soffre o j^go, &up-
potla. A r.áa S"f[re o m,<ir, re.»iste ás on-
das — o fhsto, poder com a despeza Isso
ndo soffre duvida, não admiMe. — mol, to-
lerar mal, supportar rom trabalho, eom re-
pu^u«mia. — SE, V. r. dissimular o soífri-
mrno, su[)poriar com resigUíiçíi», accimmo-
dar-se á sua (lena, ao seu ptzar — de fa^
ZfV olipimn. cousa, absler-se com constf^an-
giraeuto. S( ffrasf^ tenha p.iciencia, lepri-
.i.a-se. «^ó•i lagrimas, que aqui aponiaes,
snffrei-rns um pouco,» reprimi-vos. liie-
dit., :^U().
sy.v. comp. Sof[>-er, jiadecer, aturar, sup-
portar, tolerar. >í'/7'' cr exjtriírie a ideia ge-
ral e absídiíla de lev«ro malque ivis acun-
lece, cu nos fazet*». I^odecer *^x prime par-
ti 'ularmeote o sofTcimento phy*ico do in-
• iivi luo. Aturar é siffrer com ref»ugn«n-
cia. de máo grado, i^ii/iporiar é soffter (U)m
paciência e conformidade. Tolerar ó lam-
bem soffrcr por elfeito de prudência, ou
de boa educação, porém ó soffrer etn si-
lencio.
U que tem desgosli^s domésticos, enfer-
midades, se vc em pobreza, ou injuriado,
soffre; o que tem dons, padece', o íilho
submisso atura niuito ao pai velho e ra-
bi)j"nto ; o homem caridoso supporta coai
bom semblante os «iefeilos e fr/^quezas do
próximo : o r^i prud-nt^- to'cra aUous abu-
sos contra sua autoridade para evitar maio-
res mhies.
soFFKiuAMENTE , ado. [mente suíT.) com
soíTi ifiimio.
soFFiuuo, A, p. p de síiffror ; adj que
soíTieu : qi.e s<ffre com resignação , v. g.
— ri«s Iribiilai^õtíS. M<il — . insolfrido, que
sofTre com impaciência, iaipicient" : que
eu'ta a stdlrer, que se soíbe coui diíTicul-
dade.
SOFFRIMENTO. s. 171 {mcnto suíí ) habilo
de s(lTf* r ; pacieucia, resiguii^àa; toleraa-
cia Újõ flbuiMjâ.
ÍOF
SOT
^09
soFFnívEi,, Cf//. do^2g. ('los teci) quis e
podrt siiíTrf»r, irilprflvrl ; in'>riinnaiueiite bum.
A terra <M snffrireU novi l«iles.
soFFuivtL^ENTK, 0'/^. (mcníe sufT ) de mo-
do SdfFiivRl; (ne'IÍNnarnenUí.
- soFFUiiiDEs, (hisi ) dyrnslia p^rsa, que
sulisl tiiiti a dos r»h^rid»'S cm muiias das
suas posses>õ';s. leve por fíin l.ulor um che-
fe de s.dietilores, chamado Jakoub. Rei-
nou de hli a «Jíli,
snpí. s m fdn \rrtb. c Pcrs. íom/Í, d^ <au«r-
/?, vesiiilo de là qu-^deiiofa pt-^soa religio-
sa, sábio, piirqiie est^íS ppssnasnàrt vesitnn
stda, e a<:si(u fdzia ox^quu Isojael, primei-
ro smIí) lilulo do r«íi tia i ersia.
suFiSMv. V. Sophisnria. Kncontra-se femi-
nino em alguu> anloios amigos.
SOFisTA. V. S>ophista, ele
s focação, sufuCaR. V. i^vffocoção, Suf-
focar, etc.
soFuLif', s. m. tecido de algodão ralo de
varias cores.
SOFOUAR, V a. (.çopor.voft) furar por h'Hxo.
sofhaganho, sofragayo. V. Sufjfraga-
neo.
sofraldar. t). a. {so por s'-b) levantar,
erguer a fraMa ou a cauda das roupas.
SOFREADA, s f. (sub^. da des. f ú^ so-
freado] oarlo de puxar de repente ^s^^deas
do cavallo para o reler ou reprimir ; (Hg.)
as — s do rt-morso.
s<'FiiE\DO, A, p.p. de sofrear, aJj. rc-
priniido
sofkkadura. s f. (anl ) acto de sofrear
o cavHJIo : sofreada.
sofkfar. r. a {so \)nrsob. frèo, a) des.
inf.) reler, reprimir o cavallo puxfndo as
r« dcas e snjeiíando-ocom olreio; {(lg.) re-
ter, reprimir, v g — as paixões, os appp» ■
tiles desordenados, o atrevimuulo, o fuior
do [lovo.
sofregamente, adv. [mente sufí.) com so-
freguidão.
sofhfgo, a, adj (pron .sôfrego. Creio que
vetij <Jo Kr. anl io/f'C. glolào, comilão; ávido,
que drsfja com iii, paciência; que corne cí)m
v«ira( i<l,ide qn.tsiseui irj.isiijíar (lcum« igua-
rif< phra .«.e lanrar sobre oulra. 01' os. ou-
vidos — s de ver, ouvir « Os inimigos lào
— s oapirihoados » « Homem — de f-illar
em ludo. » « ns iiiiiiiigus, de — .s, despara-
rí»m Ioda sua ail Iharp. que lod^ lhe foi
pel) ar » Couto. « Ardia o f"go no navio
com uma í>o«}.o Ião — e impetuosa. » Afia-
ral « Os Jrtriizarus — do >aio da cidade ;
— de cav^ig^rcm as parede». » Couio.
SOFiuGLinÀo, s. f grande cubica, des-jo
impacienle depo.^-suir vu conseguir al^uura
cou-a ; o comer sofri^gameiíle.
S(>FKF.^ÇA, *. f. ffiMi.) V. ['adecimenlo,
^vH'. imenio.
.«íOFRENTE, adj. dos 2 g. (ant.) V. Sof-
f redor.
SOFRER. V. Siojfrer, ftc.
SOCA. í. f. (do VascouQo soca, corda), cor-
da gi-ossá de espa-lo ou de outra matéria, v.
q S^iiihnr de — e culelo^ de baraço e cu-
telo. V. líiraço.
socD. fgeogr ) Polytimelus, rio da Bouh-
haria. adi leme do Djihonn.
soGr)í\NA, (geogr.) região da Alta Asi»,
ao IS. da Bactriaua, cujos limites não são
bem conhecidos
sogdiaNO, (hist.) Sogdianns, rei da Pér-
sia, era o *2 ° lilhc» dAttarxerxes. Longi-
mano, subiu ao ihrono no anno 4i5 «n-
les de Jesu-Christo, fazendo luorrer seu ir-
mài priíno}:enito
sncF.içÃo. V. S'ijeição.
sor.ii^T ou sur.iiUKLD, (geogr.) Coíj/çiuw
ou Toilarium cidade d'» Turquia Asiática,
11 le;íuas ao yO. d'Kski-cheber.
SOGiLilA. V. Sngnili/a.
SfiCHA, s s. [\. Sogro], a mãi da mulher
ou do marido.
SOGRO, s m. (Lat. .<incer ou socerux], o pai
do ntiarido ou da mulher, relativamente ao
genro ou á nora.
.sonuiLiii, s. f. dininnt. de soga , torçal
de adornar os vestidos
soHiA ou soía, pret imperf de srer.
soiii., (g-^ogr ) provincia da Hungria, ao
S. no circulo áquem do Dmubio, ••ntre
as provincias de l.yptan ao N. de Ciumer
e de .Nesgiad, a É. ; 85,t00 habitantes.
Capital i\enls(thl.
soiÇK, s. f. (de sumo\ (ant ), imitação,
arremedo, exercicio militar para adrestara
soliJadesca. « A sold'»de5Cfí, a queii arreme-
d«ndo os meninos, fdzem também suas — «.»
Lucena
soiCiA. s. /■ (ant.). ordenança mililardos
suis-^os, musica militar das tropas suissas.
V. i^oiça
soiiiaue V. Soedade, Soledade^ Sauda-
de e Solidão.
soiDO, s.m (Lat. sonitus.) som.
.soiDOso, (ant.) V. Saudoso.
soiEiRA. V. Malricaria.
soiEiR* , s. j. (anl j a espera que faz o
caçador de coelhos.
soiGMEs, (geogr.) cidade da Bélgica, 4 lé-
guas ao >K. de M ms ; 5,0(10 hrhiunles.
soissnNKZ. (g*íogr.) paiz da ilha de Fran-
ça, enlre o Valoiseo Leon^^z, linha por ca-
pilé l >oissons.
sojssoNS, (g'^ogr ) Nnriodunum , depois
Sutssin ou Cifitas Suessiomim cnire os an-
tigos, eoi Latim motlerno SuxuniiB, cidade
dtt França, lU lc^u»s auSO. de Faon ; ^,12U
habii»*nies.
suiSóujis^rôiao de], (geogr ) um dos 4 rei*
m
m
iòs formados píèlò désnièiftWSfifiifeôfô do
império de Clóvis em 511. Extendia-se
desde Soissonse Amiens á O. alé ao Rhe-
uo.
soissoisís (condes de), (hist.) Esle titulo foi
"tíiado desde o VIU século pelos senhores
particulares, que dependiam dos duques de
França, ^o Xlil século pertencia á casa de
Chimay, e passou depois para as casas de
Ifainaut c de Chatillon. !
soissoNS (Carlos de Bourbon, conde dèf, '
(liist ) principe franccz, o ultimo dos filhos de
Luiz 1, princepe de Conde, nasceu em i5t)6,
morreu em 1Hl2. Tomou parle em todas as
ihtrif<as dò lemjío. ' '^;' '^
SOJA, (geogr ) riò da nussía'ètffó'pejí; n^-'
ce no governo de Smolensk, è cae no Dniepr.
sojOíiNO, s. tn. (ftàl. soggiorno, Fr sé-
jour.) morada, habitação.
sojuGADO, A, p. p. desojugar; ac(/. sub-
jugado, domado.
sojuGADOR. V. Siihjugador.
SOJUGAR ou SUBJUGAR, V. tt. [Lat. subig 6-
re, OU subjugare.) subjugar, sujeitar. V.
Subjugar.
scKo, (geogp.) cidade da Guine, a 50 lé-
guas ao N. de Commaria.
SOL, adv. (Lat solúm.) (ant.j somente.
SOL, s. m. (Lsit. sol, qtie alguns etyrao-
logistas derivam de sòlus, único. Vem do
Gr. helioSy cuja origem não dá Court de
Gébelin, limitando-se a dizer (jue ó termo
orientai. Helios parece-me vir do Fgypcio
ial ou íé/, esplendor, e oíc/í, grande.) o as-
tro luminoso centro do nosso systema plane-
tário, fonte de luz, astro do dia ; (fig.) dia.
De — a — , desde que elle nasce até que se
põÍ3. Men tir de — a sol, todo o dia, de conti-
nuo, Tomar o — , aquecer-sea eílè. — , to-
mar a altura do sol, a latitude geogrâphica.
Pesar o — , (ohraz. fiaut. p. us.) tomara al-
tura Soes, (fjg ) os ardores do sol ; dias. — ,
(poet.) os olhos. Adorar o - quenasce, adu-
lar Os poderosos, os que recentemente adqui-
riram poder, autoridade. — deinterno, (íig.)
mostras, protestações de amizade que duram
pouco. ISào deixar alguém nem ao — nem d
som6ra,p(Tsegui-to de continuo, a toda a ho-
H. — tris, eclipse do sol. Partir o — , era re-
partir o campo ou área em que se faziam due-
los, de modo que não dê o sol na cara de ne-
nhum dos combatentes.
^L, (ant.) V Solo, Chão.
SOL, s. fn. nota desolfa.
SOLA, s. f. (Lat solea, calçado.) o coiro de
boi grosso curtido epieparado para calçado.
•— - do sapato, a parto inferior e mais dura do
calçado. — do pé, a planta do pé, lôr, deitar
-^s nos sapatos, nas botas.
soLAçoso, A, adj. (Lat. solatinih, cònsola-
íòt
s^íM; t,f'f'à^ solar; aàj. ^tiliffièrcido
de solas. Tinha — os sapatos.
S0LA'R0, erro por salário.
SOI AM, s.m (do Lat. solàmen, consòraçSo.)
consolação.
solameNTe. V. Somente
solana, (geogr.) cidade de Hispahhai, f
léguas aô NO. de Villa-nuevade los Infá'á-
tes ; 8,300 habitantes.
solandfr, (hist.) naturalista sueco, íias-
cèti em 1736, morreu em 1781, foi discí-
pulo de Linneo. O seu nome foi dado á
muitas plantas e a uma ilha do grande Ocea-
no Austral, situada ao SO. da ^ova Zelân-
dia.
soL.-iNO, s.m,. (Lat. solanum.) a herva mou
ra. — , o vento sul.
solão. V. Soldo.
soláo , s. m. (corrupto do solatio, onis,
consolação.) (ant.) consolação ; romance ou
cantiga com toada musica triste, maviosa, ou
própria para alliviar a melancolia. Cantar — ir.
Cantar de — . «Se nos velhos —s ha verda-
de. »
SOLAPA, $. f. {so porso?;, e lapa.) excava-
çao tapada; (fig.) cousa solapada. O amor tem
mil — s, astúcias, manhas, ardis.
solapadamente, adv. {mente su(T.) de mo-
do solapado, ásé.scondidas, com disfarce.
sol.^pado, a, p. />. desolapar ; aí//, onde
ha lapas, solapns, covas. ííoc/ia — na raiz,
minada, fenedo, serra — das ondas. — «pe-
nedias. Ferida — , iunda e fistulosa ; (figj
minado cobertamehtè. A republica, — poi" ví-
cios, ou por germes de rebellião. A prosperi-
dade dá néção — . Homem, anitnò — , que
encobre mal(íá'^è. Cabelladura — , (phraz.
ant.) ^'loraes cre i(ae significa çabello cres-
cido, solto. Talvez seja antes postiço.
solapamíeíítò, s. rii [mento su(T ) ò vão da
cousa solapada *, (fig.) engano occulto, mina
occulta.
SOLAPAR, V. a. [solapa, ar des. inf.) cavar,
escavar por baíjío, minar O mar solapa òs ro-
ch^id^.s da costa. O mineiro 50Ía/)a as monta-
nhas. As forMgâs minam e solapam as casas,
a terra. À matéria ío/âpou todo o tuinor. — ,
minar a base, a>'niinaK Os viciôs ío/a/)am a
republica. A cubica sohpa todas as virtu-
des.
SOLAR, adj. dos 2 g. (Lat. sotaris.) do sol,
òúe respeita ao sol. A luz — Oanno — . Os
eclipses solares.
SOLAR , s. m. (do Lat solum^ soto, qjí^
Court de Gébelin deriva de tsuí Chald. e
Uebr. , fundo, lugar baiio. t.m Céltico sol ou
skl signiíicà pavimento, solho. Creio que sq
rè'íèrí; aò'ftf. íioíkos, sulèo, rego do arado. V.
Solo.) o chàodâ casa, da habitação antiga de
fàtoíííà nòl)re, herdailè', terra ondehaassen.
to primitivo de faipilia nobr§,; {ú^) asáeíítOj
ÍÍOL
Hii
ài
o^)lM:^''. f: i làVlívèrsidade de Coimbra foi
— das boas leiras. « A genlé Portugiieza a
mais Occidental de Hispanha, e do próprio
— delia, \hrros. Maldizentes de — , de gera-
ção, de raça, ou graúdos.
SOÍ.AR, V. a. {sola, ar des. inf.) pôr, deitar
solas. — os sapatos. — o calçado de corti-
ça
socareóo, T. Solarengo.
SOLARENGO, A, adj. [solar, s. m.) o que Vi-
ye em terras do solar de pessoa nobre, e lhe
paga direitos feudaes. Os —s.
SOLARES , s. m. (p. us.) adorâdorôs do
sol.
SÒIARIEGO. V. Solarengo.
SOLÁRIO, (ant.) V. Soalheiro.
SOLOROSO. V. Consolador
solAs, *. rh. (do Lat. solatium.) V. Con-
solação.
SOL As, adj. dos 2 g. que consola, con-
solador.
soLas. a — , adv. só poríó. 'Estar a — com
alguém.
SOLAVASCO, È. rh. [so por sob, e alavanca.)
íalto, sacudidela que dá a carroça, sege, oú
coche em estrada mal calçada, ou de alti-
baixos. Dar — s.
SOLDA . s. f. (de soldar.) a matéria que
se usa para soldar metaes, pedras; consol-
da, herva.
SOLDADA, s. f. (de soldo.) soldo, eslioen-
dio que se dá á tropa, a criados de servir.
Homem de — , ganhão. Ser, estar de— com
alguém, servir por soldada ; /'lig.) pbga, re-
compensa. — de pimenta, a porçào delia que
se dava por um soldo do moeda ; foro pago
em soldos.
SOLDADEIRO, s. m. [soldada des. eiró.)
(ant.) O que serve por soldada ; soldado.
soLDADEíCA, s. f. (Fr. soldatcxçuc.) geu-
te de guerra, soldados. — , (ant.) exercito ;
acção própria de militar.
SOLDADESCO, A, arf/. de soldâdo. Vida, âf-
dileza — . Jantar — . Calças — s.
SOLDADINHO, s. m. dimínut. de soldado.
SOLDADO, s. m. (Fr. soldat ; Ital. solda-
to, de soldo.) homem alistado para o servi-
ço milita.'" ; (lig ) homem de valor, exerci-
tado na disciplina militar, — , nome do um
peixe brasilico chamado pelos indígenas cam-
boalá ou tamboatá.
SOLDADO , A , p. p. de soldar (unir com
solda), e de soldar (dar soldo) ; adj. uni-
do com solda ; unido por adhesão. Ferida — .
Conta — , saldada V. o verbo Soldar.
SOLDADOR, A, adj. que sclda.
SOLDADURA, s. f. uniào de metaes por meio
. da solda.
soLDANELLA, s. f. couvo marina, herva me-
dicinal.
soLDÃo, «r. m. (do Àrab. toitan, soberano.)
1 '*»' f)*.?'"» ' Ví'''"^ ítt*!"* .í!ÍVÍ!i í'0 í'"^*
titulo do imporá dor doTs Turcos, e de oulros
potentados do Oriento.
SOLDAR, tj. o. (Lat. solidare, consolidar,
de solidas, solido.) unir melaes com solda
ou malei^ia derretida ao fogo e que se ag-
glulina. — uma ferida, fazer unir os lábios,
cer.ar. — tjuebras de amisade, reconcil-ar.
— amisade rota, e qu«:brada. — o damno,
repara-lo, indomnizar delle. — se, recooci-
liar-se em amisade ; —com alguém. ,, <•
SOLDAR, V. a. (Fr. solder, de solie, áot-
do e saldo) (l. merc.) saldar, pagar ao cre-
dor a differença que se lhe deve ; — con-
tas.
SOLDARES, s. m. /'ant.) cabo de navio. Lu-
cena o faz femi linò : uma soldirés, liv. x,
cap i\. Moraes pergunta se soldarez, que
vem na segunda edição de Lucena, deve
ler-se soridarezu. E' o vocábulo preceden-
te, que vem correcto nas outras edições,
Eis-aqui a passagem de Lucena : « O padre
Francisco ... consola, e a^sossega a gente
com palavras cheas de divina confiança, so-
be-se ao chapiteo, pede uma soldares a
Però Vaz pfoprio mestre do navio, que o
assi vio, e jurou, e atando ni ponta o reli-
cário que trazia aocollo, lança-oás aguas.»
SOLDO, 5. m. (Fr. solde, de sol ou sou,
soldo, raoeda.) a paga ou soldada do solda-
do e oíTmial mi itar, estipendio. Estarão —
de uma potencia. Pagar o — á tropa.
SOLDO, s. m. (Fr. sol, sou, do Lat. soli^
dus, peça de moeda melallica.) moeda an-
tiga de diversos valores. Em Portugal, an-
tes de 1U8!>, vinte soldos faziam uma livra.
Pagar ou contribuir — d livra, pro rata»
proporcionadaooente ao principal.
SOLECISMO , s. m. (Lat. solecismus, dos
habitantes de Soles, cidade da Cicilia.) er-
ro de grammalica, ná concordância.
SOLEDADE, s. f. (do Lat. solus, só, e so-
litudo, inis, solid?o.) falta de companhia,
soli Ião, estado de pessoa que está só ; lu-
gar solitário ; saudade. Deste termo fizemos
soedadc, e saudade. Hoje dizemos soledade,
de quem está só, v. g. Virgem da — . So-
lidão diz sè de lugar solitário, e saudades
que causa a ausência de pessoa que ama-
mos.
SOLEDADE OU coNTi, (geogr.) uma das ilhas
•Malouinas, a maior depois de Falkland.
soLEDÃo. V. Solidão.
SOLEIRA, s. f. [solo, chão.) lumiar ou li-
minar de porta, peça de pedra que assen-
ta no chão, pedra a.«sentada por baixo do
portal ; ferro que anda por baixo das te-
souras do coche. — , na artilharia, taboa quê
vai da taleira á dianteira da carreta.
soLEMNK, adj. dós 2flr. {LòX. solem^es oii
solemnitas.y. Solemnidade.) féiio com appa-
ralo, pompa e ceremonias publicas, reii^io-
1^ «
612
SOL
gOL
sas ou civis. Festa, missi, exeqnias. Voto
— , o que se (»i na f^ce da Igreja com to-
das as cereraoriias canonicí^s. Jhfoa —s, pom-
posos, apparatosMs. Acto — , feito C')m todas
as ceremonias requeridas, aulhentico.
Syn. comp Sotemne, anihenticn. Emui
sensível a fliíTerença entre est^^s dous vocá-
bulos, ealéquíisise poderia dizer que nào
são synonymos.
Tudo o que se faz com solemnilade, com
apparato de rereraonias puLiiras, religiosas
ou civis, é solemne. Amhentlfío ésóaquillo
que tem autoridade o fé publica, que é ju-
ridicamente legalizado, sem ideia nenhurua
de solemnidade ou apparato. 5o/e/n»Jc refe-
re-se ás forii/.lidades exteriores com que s^
faz ura actopublico, eau hentico, á^qna-
lidades inlfinsecas do instrumento que fica
fazendo íé, é tendo validade.
so< EMNEMESTE, ado. (m«níc suff.) de ffio-
do solem ne.
SOLEMNIDADE, s. f (Lat. solemuitas. tis
Court de Gébelin o deriva de so/e/nni.9, com-
posto de solere, costumar, e annus, aimo,
e outros deste mesmo radical, e de o/. ws ou
ohs, do <ir liolns, que na lingua Osca si
gniPicava toio, isto é, que se renova todos
os annos Devera pois esirever-se solenni-
dade, solcnne, etc. Outros o derivam sem ra-
zão do rhaldaico5g//í, oíT^recer ) rito, sacri-
licio. festa solemne, dia solemne ; qualida-
de de ser solemne.
SOLEMNIZADO, A, p. p. de solemui/ar ;
adj. Celebrado com solemnidade; revesti-
do das solemnidades legaes. Acto — .
solemniZa», V. a. [solemne, ízar des inf )
celebrar com solemnidade, fizer solemne :
— um acto, o testamento; festejar com so-
lemnidade; — o anniversario, o dia festivo.
soLEO, V. Solo, Chão,s. m.
SOLER, (do Lat. solere) (ant.) V. Costu-
mar.
soLERCiA, s f. (Lat. ioh^tia ) industria, di-
ligencia ; habilidade, astúcia. «A — do ca-
çador. » Arraes.
soLERTE, adj. (Lat solers, tis, de soleo,
ere, cosiumar, ears, tis. arte, ex- rcicio.) (p.
us.) industriíiso, diligente, pru-lente.
soi.es. s. m. (talv.-z do Fr. solite, travessa
dP! páu ) uma peç.n It; páu em que se tomam
os bois quando o carro ou o arado leva mais
urna junia. Moraes diz que no Rrazil se deno-
mina cambão.
SOLES, (geogr.) cidade da ilha do Chy-
pre entre os promontórios Aca nante eCrom-
iByon O povo deJSoIes f«ll«va muito maio
grego, esta é a origem da p.^ílavra SoleciS'
mo.
SOLESHES, fgeogr.) cidade de França, 5Ie-
é^as a E. de Cambray ; 4,UJU babilan-
tesi ; •"^' ' ..
SOLETA. .<. f' diminut. de sola, sola corta-
da para solar o calculo.
soi.ETO, ígeogr ) cidade do reino de >apn-
les, 5 léguas aoM.de Nardo; 1,U»0 habi-
tantes,
SOLETRADO, A. f). p. do solctrar ; adj. háo
soletrando, mal lido.
SOLETRAR, V. a. [so por íofí.) ler como fa-
zem as crianças quando começam a ligar os
sons figurados pelas letras.
soLEURE (gHOS[r.) ^oludurum dos antigos
So/oí/iurnem AHcmão, cidade daSuissa, 8
léguas ao N. de Berne ; 5.0().} habitantes.
soi.EURE, (geogr.) 0 decimo cantão Stiisso,
qnasi inteiramente encravado no de Berne;
53,U()0 habitantes.
SOLEVANTAR. V-Sogrí/ucr.
SOLEVAR, V. a. [so por so6.) levantar, suble-
var. — írafta/Zio, supp^rtar E'pus.
soLFA, s. f (de so/e/a.U escala musica,
em q'ie entram as notas sol, fá, etc.
soLFADO, A, p. p. de solfar; adj. coUado,
grudado.
SOLFAR. V. a. (t. de encadernador.) grudar
uma folha com (»utra para se poderem cozer ;
unir com coUa um pedaço á folha rota, na
margem ou no meio.
soLFEAR. V. Solfejar.
SOLFEJADO, A, p p. de solfejar; adj. canta-
do porsolfa.
so« FEJAR. V a. [solfa. des. ejar.) cantar as
notas de musica sem proferir leira ou palavras
eorrespondentes.
so FEjo ou soLFEio, s. m. a musica que se
dá aos principiantes, para aprenderem a sol-
fejar.
soLFiSTA. .5. dos 2 Q. (dcs. ísta.) pessoa que
canta por solfa : o que põe em musica uma
letra.
soLiiA, s. f. peixe de rio, chamado também
patru»;a.
SOLHA, s. f. (do Fr. ant. soh, e soleret. ar-
madura dos pés, espécie de sapatos de ferro.)
Moraes cuida que 6 alteração de folhas na
passagem que cita daOrd. Affons : « passou-
Ihe umas soalhas de que ia ar mado. »
SOLHADO, p.p de solhar. \ . Assoalhado.
soLHAD \ s m. V. Solho, PavimeJito.
SOLHA DURA. ^'. Assoalhadiira.
SOLHAR. V. Assoalhar.
soLHKiRO, A, adj. so; Iheiro, exposto ao sol.
y .Soalheiro.
SOLHO, s m. (Cast sollr, pron. solho.) pei-
xe marino que frequenta os rios: tem corpo
chato, focinho aguio, olhos e boca pequenos,
c Ó desdentado.
fOLHo, s. m (Lat.. o/wm, o solo.) pavimen-
to da casa, soalho, sobrado; madeira de so-
lhar í u Sobradar casas, camns. estrados.
SOLHO, (gt ogr ) riacho de Portugí^l, do dis-
iriclo <ie hra^&, o qual a&i>(i& 1 légua c m&ià
SOL
SÔL
613
a NE. do Fale, volleia piíra O., e seguindo
depois para oS.. desngua no Ave com 5 lé-
guas decurso, perlo de i andim.
solIa, í./.eslolfo amigo de lã ou seda gros-
seiro. « Mantos de — , íil-^le esarji». » Talvez
venha do Francezani. Sulie pur Surieo\i Sy-
rie, a Syria, dondo vinham eslolFos de seda.
V. 8u/ia. Escudeiro de — , (fig. oanl.) du bai-
xa sorte, nào lidalgo de linhage.
SOLICITAÇÃO, s. f. (Lat. solicitado, onis.)
actodesolicilar.pl Solicitações inr>iigações.
SOLICITADO, A p ;>. de solicitar; Qt/;' nga-
do, instigado, incitado.
SOLICITADOR, A, s, (L&t. solicitãtor.) pes-
soa que Solicita.
soLiciTAiiRNTE, ãdv. {mente suíT.) de modo
solicito, cora ancioso cuidado.
S0LIC1TA^TB, s. dos t g (Lat. solicitans,
tis, p. a. de xolicito, are.) o que solicita
S'»LiciTAR, V. a. (Lat. soliciiare, 'avar, re-
volver; dtí soluta, o solo, e citare. freq. de
cieo, ere, afíilar) pedir com instancia, agen-
ciar, diligenciar, v. ij — o despacho, um em-
prego. — , induzir com razões, instancias,
instigar; — hlguema m»\. — a mulher alhtia.
procurar seduzir. — fazend», a paz. — , f.i-
ler solicito. « .Não o solicitavam cuidados da
republica » Solicitei erros da mocidade, re-
produzi, renovei. — sk, v. r. inquietar- se : —
de alguma cousa. >oliciiániO nosiia salvação
das almas ; — dascbriga^^ôes alheias.
soLiciiiDÀo, (anl.) V. Solicitude.
SOLICITO, A, adj. (Lat. so/<c» íui.) cuidado-
so, desvelado, ancioso por conseguir, dili-
gente : — para a vittude, — da salviK;ào, -
da sua perdirão. — s pelo futuro nào gozamos
o presente. Andar — no serviço da paina.
« As abelhas são mui — s no trabalho » Custa.
soLicnuuE, s. /. (lat. sollicitudo, iuis.)
ancia, cuidado, desvelo.
soLiUADE. V. Solidez.
SOLIDADO, A,p. p. de solidar; adj consoli-
dado ; forialecido, feito solido: corroborado
solidaMiínte, adc. [mente suíT j com soli-
dez, com lírmeza, com boas e solidas rozòts ;
com srguran(,'a, com maduieza, com alieu-
çâo, rcUexào.
solidão, s. f. (Lai. solitudo, inis.) retiro,
lugar solitário.
soLiUAH, v.a. (Lat ío/í(/o, are), fazer íir-
me, dar firmeza, lirmar, ccnsuliUar; forta-
lecer ; estabelecer com razoes solidas, dar
consistência solida aos líquidos. U frio soli-
da a agua.
soLiDto, í. m. (composto dos lermos Lai.
soUdto, ao só, unico deus), Larieiuiho re-
di.iido e lizo, que o&eci.KsibSiicos doutores,
e outros d guaiaiios ti azem sobre o coroa
para a cobiir.
siiLiDtz, s. s. (des. tz], estado solido, con-
ii&leuutt &obda ; (lig ) Itrmcza, seguiança,
V9L. IT.
t>. g. — do contracto. A — das razões, for'
ça.
sonDissiMO, A, adj. superl. de solido, mui-
to solido, lirme.
SOLIDO. V. Soldo.
SOLIDO, A, adj. (Lat. solidus, de solum,
solo, chão, que creio derivado do Kgypcio
sulídj, pé), cujis partes mais ou menos ad-
herentes lormam um agíjregado ou todo in-
teiriço, que a agitação não desliga ou desu-
ne, oppõtí-se a fluido-, lirmo. que resiste a
embates ; o g. edifício — ; ponte — ; (fig.)
que tem validade, firmeza. Doutrina, razões
— s. Contracto — , feito cum segurança. Nu-
mero— , cubico, cubo Era — , (loo. adv.),
j.or inteiro, sem partilha.
SOLIDO, s. m. (do (irecpden^e), corj o so-
lido. Us — s e os lluidos. Lm — de seis
faces
soLiDUM, (t. F.atjur.) /a—, expressão la-
tina for<*nse, por inteiro. Obriyam-se in — ,
respondendo cada um por toda a divida.
soiiFUGO, A, adj. (Lai. solifugus), que
evita a luz do sol. nocturno, iucitugo. O —
morcego, a — coruja.
soLiuNAC, igeogr ) >olemniacum cidade
de branca, 2 léguas ao S de Puy ; 1,(J0J ha-
bitantes.
soLiGNY. (gengr.) villa de França, a 3 lé-
guas dtíMofiagne; 900 habiianies.
SOLILÓQUIO, .ç. m. (Lat. soliloquium, do
solus só, e loquor, i, fallar), discurso, falia
que alguém faz a si mesmo, falia deperso-
nag. m do drama a si só.
soi.iBAO, s. m. (corrupção áesublimado)^
sal (iG mercúrio corroaivoo venenoso sub-
limado corrosivo, hoje chlorate de mercú-
rio.
soLiMÃo ousoLBiM.\o. (hist) chefe da dy-
nastia dos suliõcs sebíjoucidas de Koiiieh,
lilbo de Koutoulmich ; fundou o império
selijoucida de Koniea em 1074.
SOLI.UÂO II, (hist.) sepiimo sultão seidjoa-
cida de Konieh.
SOL MÃO, (liist.)[rc/ie/e/H, fdho do Bajazelo
l, passou á turopa depois da batalha de An-
cyia e lez-se pruclaiuar sultão era Andrino-
pla em i4U2, Foi morto em 14li>.
soi.iMÀo liou III, (hist ) o Grande, o Cow-
quisiadur, o Alaynifico, o Legislador, o
mais celebro dos s>uliões ottoicanos, nasceu
em 14y», e succedeu a sm pai Selira I em
1520. morreu em 1 GB. O seu reinado foi
o apt geo da grandeza Oltomana.
soLiMÀo 111 ou iv, (hisi.) irmão csiicces-
sor ae Mahomet iV, reinou desde 1687 até
1691.
sOLiMiADEiRA, s. f. espccie do martello
com que os cavouqueiros talhão a pedra por
bauo da linha iiaçada.
ílJU^UAR, v.a. isopor sob f linha, ar dn*
154
614 SOI,
iní.), lavrar a pedra por baixo da linha tra-
çada.
soLiNO, (hist.) C, Julius So/inw.9, escri-
tor latiao, redigiu em 230 uma compilação
conhecida com o titulo de Pohipister.
S0L'KGEN, (geogr.) cidade da Prússia, 5
léguas a SE. de Dasseldorf ; 8.600 habitan-
tes.
soLio, 5. m. (Lat. so/íMW, rad. se//a, ca-
deira), trono. O— puro, (poet.), o assento
celeste, o ceu.
soLis (AHtoniod«), (hi^t ) litterato hispa-
nhol, nasceu em 1610, morreu era 1686.
Deixou U comedias, entre eliasa Bohemia^
e uma Historia da Conquista do México.
SOLITARIAMENTE, adv. [mente suffj, em es-
tado solitário, em solidão.
SOLITÁRIO, A, [adj . (Lat. soliíarius), des-
habitado, despovoado, ermo '■, v. g. Lugar
— . que vive só, sem companhia ou em so-
lidão. Verme — . Pássaro — Homem — , que
vive em solidão. Tempos — s, occasiões em
que cada um está só.
SOLITÁRIO, s. m. (do precedente, por el-
lipse subentendido homem ou anncl), homem
que vive em solidão ou só, annelemqueha
uoaa só pedra engastado ; v. g. Um — de
diamante. Os — s.
soLiTAURiLiAS, s. f. pi. (Lat. soUtauriUa),
sacrilivios que faziào os antigos romanos de
tres viclimas inteiras, v. ^. de um touro, um
cfitrneiro e um porco.
soLiTUDE, s. f. (Lat. solitudOt inis.) V.
Solidão.
SOLLEMNE. V. Solcmne.
SOLLER, (geogr.) cidade o porto de Majoc-
ca, 6 léguas a WE. de Palma ; 8750 habitan-
tes.
soLLEVAiv. V. Soblevary Soerguer Sup-
portar.
soLLiciTAÇÃo. V. Solicitação.
soLLiciTAR. V. Solicitar-
SOLLIES-PONT, (gcogr.) cidadc de França,
4 kguas a NE. de Toulon ; 3,460 habitan-
tes.
soLiiONA, (geogr.) Sn/mo, cidade do reiuo
de Nápoles, 15 léguas a SE, d'Aquila ; ,8,500
habitantes. •;.-'» ' •\"> ■
SOLO, s. m. (Lat. solutfi, o chão, o solo),
chão. terreno.
SOLO,'*, m. (Ital. , do Lat. solus , só),
peça ih musica vocal ou instrumental eie-
culada por uma só pessoa com a voz, ou em
instrumento rcusico.
SOLO, (geogr.) rio da ilha dsJava, corre
ao NE., e cae no estreito de Madura.
soLOFRA, geogr.) cidade de Nápoles,. 2 lé-
guas e meiaSE.d'Avellino ; 6,100 habitán-
tes'.
sotOGtSAR. V. SyUogi$ar.
soLOGNE, (Reogr.) isecolonnia, peqneno
SOL
paiz de França no Orleanez, entro o Loirç e
o Bem, capital Romorantin.
SOLOMIL. V. Selamim.
SÓLON, (hist.) legislador d'Atenas e una
dos sete sábios da Grécia, nasceu em 640
antes de Jcsu-Chrislo era Salamina, foi iv?-,
meado archonte em 593, morreu eiii ^6í(^.. ,
Era bom poeta e eloquente orador. •
soLOROiÃo, (ant. e barbara Orthogr.), Y.
Cirurgião.
SOLPOSTO, s. m. o occaso do sol.
soLRE E CHATEAU, (gcogr.) cidade de Fran-
ça 3 léguas a KL. d'Avernes; !2,559 habi-
tantes.
soLSONA, (geogr.) Ce/sa, cidade de Hispa-
nha, 12 leguasaNE. deCervera ; 2,100 ha-
bitantes.
soLSTiciAL, adj. 2 dos g. (Lat. solstitia-
lis), do snlslicio. Coluro — , que vem no
tempo do solsticio. Doenças solsliciaes.
soLSTicio, s. m (Lat solstitium, sol, e
&to, are, estar parado), (t, astr ), o tempo
em que o sol parece estar parado, e se acua
em um dos dois pontos mais afastados do
equador. O — estival ou estivo; — hye-
mal ou de inverno.
soLT, (geogr.) yilja(^a^Huqgj?i^, ?.9ten,^R^,
l^rsço do Danúbio.
SOLTA, s, f. (de soltar], maniota com-
prida de pear bestas. « Quando as éguas
andào presas ou — s. » Leonel da Costa,
Geogr. Passo de — s, o que se ensina aos
cavallos andando com —s travadas ; (fi^.)
cadeia, vinculo, grilhão. Quebrar as — í^
comper todos os vínculos moraes.
SOLTA, s. f. (de soltar), a acção de soltar
o gado, V. g. Fazer —s de gados, solta-lps
para pastarem.
SOLTADO, A, p. p. de soltar. V. <^nUo.
soLTADOR, A, adj. O quo solto j — de so-
nhos, que pretende explica-los.
SOLTAMENTE, adv. (meníe suíT.), livro, des-
embaraçadamente. Andar, correr, pelejar
— ; licenciosamente, dissolulamenle. Viver,
mentir — .
soLTANiM, s. m. moeda de ouro turca, ^o
valor de um cruzado.
soLTÃo ou SULTÃO, s. m,. (Arab. sultan
ou soltan, ãe soliatn, con.seguia a dignid^i;;
de regia), soldão, imperador turco.
SOLTAR, V. a. (V. Solver), largar o que
estava atado, preso ou encolhido ; t>. g. —
os cabellos, as pêas, os grilhões, laços, —
jum preso do cárcere, — os bois do jugo, —
Ido curral, — a ancora, largal-a ; — as re-
! deas ao cavallo, (fig.] — ás paixões, á cruel-
jdade; — asmãosatoda a crueza, — o cão,
a ave, para que faça presa na caça. — os
diqúéá, abri-los para deixar correr a agua
represada; — o sangue das veias, deixa-
lo côrr éf. — palavras, vozes, moles, ditos,
SOL
SOM
6il>-
queixas, proferir ; — a voz, íallar ; — sus-
piros, suspirar. — o ventre, purgar, causar
cursos, camarás. — o cavallo ao pasto, dei-
xar solto. — amizades, desfazer. — , quitar,
desobrigar; — parte dos tributos, izenlar
d'elles — a outra parte conlraclante, deso-
brig«l-o, — , (ant.) deixar, abandonar; —
uça lugar, -7- a terra que se trazia de ren-
da. — , (p. us.), abrir mão, desistir de; —
a empreza, a guerra, não proseguir.
— . (ant.) pormiitir, dar licença. « Soltou
que viessem ve/ider ás naus mantimentos »
barros, — s?. f, r. desembaraçar-sedas pri-
sões, laços, cadeias, peias, grilhÕ3S, ou de
cárcere. Sollaram-se os bois, os cães, os pre-
sos, os galeotes. — , (fig.) dizer injurias, -^
ein vento, desfazer-se, torna r-se era nada,
SQLTEiRAJiKNTE, adv. {mente suíT.) (ant.),
livre, desembaraçadamente.
SOLTEIRO A, adj (contracção de so/j'íaria),
celibatário, não unido por matrimonio a con-
sorte. V. g. Homem — . Mulher — , não
casada ; (ant.) prostituta , mal procedida.
« Foi-se este homem perder uma mulher
— . » Alvará de 2 de junho de l j70. Mel-
ladura — , a primeira que se faz depois que
o engenho de assucar pejou por um dia.
SOLTO, A. p- p. de soltar ; adj livre, de-
sembaraçado de tudo o que prende, ou de
cárcere, prisão; (flg.) desobrigado de contra-
to, fiança, garantia, etc. Ventre — , lúbri-
co. Seda — , frouxa, não torcida. — , des-
feito ; as nuvens — s, em agua e vento — ,
ligeiro ; — o cavallo. — para correr a costa.
^avios — f, ligeiros, que andam destacados.
— de lingua, o que falia sem pejo sem mo-
déstia, sem comedimento. Homem — , disso-
luto, que não respeita os seus deveres « Ho-
mem — de lingua e atado nas n^ãos. » Pal-
iar solto, sem comedimento ; prosaicamen-
te, sem medida de verso. Verso — , não ri-
mado. Vida — , livre, independeçite ; disso-
luta, licenciosa. ,,,,,,
SOLTURA, s. f, des. ura), o acto de soltar
de prisão, cadeia, cárcere. Ordem de — .
— , (fig.) destreza despojada, desembaraço
em qualquer exercício; t». g. — eoçi caval-
gar, esgrimir ou na esgrin\a ; descomedi-
mento, desenvoltura, dissolução, licensio-
sidade ; — de vicios, — de palavras, — em
viver, em roubar. — 5, acções descomedidas,
— dos ofliciaes da fazenda, malversações.
— , (ant.), solução, explicação, interpreta-
ção, — de sonhos, do oráculo.
SOLTWEDEL OU SALZWEDEL, (gCOgr ) cidado
murada da Prússia, I(j léguas a NO. de Mag-
deburgo ; G,000 habitantes.
SOLUÇADO, A, p.p. de soluçar; adj. (fig.)
mui desejado, cuja perda se chora com so-
luços. «Terra tão suspirada ç -r d'e^e$. »
Heitor finto.
SOLUÇÃO, í. f. (Lat. solitio, onis), conser-
vação de um solido em liquido por meio de
um menstruo, dissolução, r. g. — do sal pela
agua, dos metaes pelos ácidos. — , (fig.) ex-
plicação de difiiculdade, resolução , — de
probelema.
SOLUÇAR, V. aln. ou n. (I^at singullare,
o radical é imitativo), dar soluços, v.g. —
a náu, arfar 'ou — coqao diz Barros), jogar
da popa aproa. « Começou a náu a — de
maneira que trincou duas ajjiarras. B«rro.i,
Dec. Ill, H, 7. — em sentido act. (p. u?..£
proferir em som rouco ou a modo de spi^^!
ço. « — verses. » Elegiad. .
SOLUÇO, s. m. [LblI. singullus, do Gr. Iv^»
zô, soluçar; hjnx, soluço. O rad parece-mi^
imitativo.) movimento couvulso da respira-
ção, espécie de suspiro interrompido. -—c/a
nau (ou saluço como Barros escreve], o arfar
da náu.
soLUçoso, A, adj. (des. oso.) que soluça, dá
soluços. — , acompan^§4ií. 4^ ?aW.Ç9s. O —
alento.. ., , ,, / , ;.
soLUTivo, A, a</;'.(med.j qw^^rçjf^^ÇLeadçl-
gaça os humores.
SOLUTO, A, adj. (Lat. solutus, de5o/»o,erés.
solver.) solto, livre, desatado de YÍncUvLo,.Ó.r<^- ,
ção — , (p. us.) prosa. J,. /!,
SOLÚVEL, adj. ioa 2 g. (Lat. solubiíis.]
que pode ser dissolvido por um menstruo.
Os saes são solúveis. O ouroé — em acido,
nitro-muriatico ou agua regi,a.
SOLVER, V. a. (Lat. solçerç, do Gr. luâ,
soltar, solver; em Egypcio òói ou siM/, sol-
ver.) soltar; dissolver; (fig.; rssolver, «. g^.
— duvidas. — cores, (t, de pintor) desfaze-
las.
soLWAY (golphode), (geogr.) Solwag-Fri^
em inglez, Itunacesuarium, golpho domar
d'lrlanda entre Inglaterra ao S., e a costji
escoceza ao N.
SOLWAY-Moss, (gcogr.) lugar e pântano de
Inglaterra na extremidade NE. do golpho de
Solway.
sojLYiiAS, (geogr.) pequeno povo da Lycia,
(oi vencido por Bellerophon.
SOM, s.m (Lat. sonus, de souare. V. Soar)
impressão que faz no ouvido o ar vibrado : -77.^,,
da voz, da trombeta, ^osiuo, doéco, dos ti- •
ros de artilharia, Canla,r ao — dos instrur
mentos, seguindo a toada, conformando -se á
musica. Em — de paz, coço demonstrações
pacificas. Dizer alto, e de bom — , sem te-
mor, com voz não allerad^. Ao — , (fig ) se-
guindo a norma, como, qvkera segue a toada
musica. — da vontade, do, paixão, da raxão,
danitureza, conforme, segundo. « Paliarão
— do seu paladar. » Eu(r., como convém, açi
gosto. Navegar cw — (jLos mares, a arbítrio
delles. Estar cfl^ — de guerra,, de resistir^
disposto, preparado, em dispQíiç^, líi»-^.^^.
154 «
616'
dOM
SOÍll
de caça como qiif m vai caçflf. Anda o m«T?-
do d'oulro — , segue outros eslylos, outra
marcha.
Syn. comp. Som, tom: som de voz, tom
de voz Som éa impres;àoque f«z no ouvi-
do o ar vibrado, v. g, som da voz, da iroin-
bMa, do sino. dos tires do artUheria, ele.
Tom é so ;í delcruiinado, apprcciavel, como
o dos inslruuientos músicos.
O som da voz está dfl»^riDÍniido pela cons-
tituição |>b}'sií'-a dl» órgão vocal : í suave ou
áspero, agradável ou desagradável, fraco
ou f"rte. O tom de voz é urna inflexão de-
terminada pelas fifl"eiçoes interiores de que
uma pfssoa ^e acha possuída e quer dar a
conhecer. Srgundo as occasiões, é elevado
ou b.HÍxo, imperioso ou subnisso, triste ou
alegre, etc. CctuLec» m-se as pessoas pelo
som da voz, como se conhece rirua fl:iiita,
um clarim, etc : conhec» m-se as atítiç^ões
da pessoa que falia, pelo tom de voz com
que se exprime, como se distinguem n'um
meí^mo insliumenio o tom maior ou menor
os andamentos musictes, as difTerer.lis toa-
das, e outras variedades rii cessarias.
SOM ou DJOM, («13 th )devindade egypcia,
que parece stramesma que o Hercules dos
Gregos.
SOM, variação do verbo ser, por sou.
SOMA. s. f. [i. Asiat.) embarcação usada no
Chincheo.
SOMA. V. Somma.
SOMADA. V. A<i>:(/mada, Altura.
somana V. Semana.
SohaR. V. Sommar.
SOMARIO. V. Snjnmnrio.
: soMAXA, (gpogr ) 5c//»6xa em italiano, vijla
do re no LomLardo-Neneziaro, '6 itguas a
Nlj. de líergamo.
soMBOR, Igergr.) cidade da Hungria, 2 lé-
guas e 11. eia a SU. »1e Thcreàieustadt ; 15,000
habitantes.
SOMBEHNON, fgeogr.) villa de França, 7 lé-
guas a O de Dijitn ; OíM) habitantes.
SOMBRA, s. f. (i,at. Mmí;/^a, íjue íM. de Ro-
qnefori deriva sem razão do «ir ombros, chu-
va Court de (iébelin o deriva do o ou w nega-
tivo e mera, dia. Nenhuma destas eiytnolo-
gias é exacta O vocábulo vera do tgypcio
schom, diminuir, tipi-ié, o sol ) obscuridade
causada por um corpo opaco que intercepta
a luz do sol, ou a que é emiltida ou reflecti-
da pfT um corpo luminoso. Estnrá—, no
lugar em que não dardejam os r/íios do sol;
(dg ) ao amparo, aoabng. , debaixo da pro-
tecção de alguém ou de ílgum^ cousa, v. <j
— da fortaleza, da clemência, do rei, de
nomem podero>o. Fazer — , (fig ) proie«er,
amparar; oífuscar. ,4 rtor^s rfc —, mui fron-
dosas, próprias para fazer sori.bra. As — s da
noite, a escuridão que reina então. — da
morte, (fis;. e pnet.) a privação da luz, da vi-
da, a habitação tenebrosa dos nnrlos.— 5, na
piniura, as parles do painel que representam
os corpos em que não dá a luz ; as liiitas es-
curas com que se pintam as sombras. — ,
(lig ) apparencia, leve indicio, mostras. Com
ou sem — de verdade; — d') amisade. de
confiança. Receber ahjuem com bn.i — , com
bom ar, coru demonstrações de fiíTr^clo. com
agM.sallio. Lugar de má — , triste. Aã'/ í/ííc-
rer nem por — s. por nenhum modo, ou ma-
neira. — , (lig.) leve deleito, fpparencia de-
feituosa ; prelfXlo. A' — de fazerem guerra
«os < astelhaiios tomavam nossos navios des-
armados. — , (fig ) imagem apagada, imper-
feit»; vesiigios. leves noões.— , visãí> phan-
ta.sma, sneclro. —s dos mortos, manes. — ,
im()erfeiia lembrança. I)e um homenr que
«Companha outro conlinuamenle se diz que
é sua .sombra. — , peixe. V. (fmbria.
soMRriAÇAR, (anl ) V. Sobraçar.
sombkeauo, a, p. p. do simíbrear ; adj.
coberto de sombra ; que e3'á á sombra «Je
arvores ou de edilicio. Pintura — , a que
se pijzerara as sombras.
suMBKEAH, V, a. (sombra, ar des. inf)
(pintura, [lôr, dispor as sombras ou côreS
escuras que re((resenlam os oljectos que es-
tão no esíuro.
soMBKEiRA, s. f. planta que dd flores azues
da fórrua d.»s jasmins.
soMBKEiUKiHo, s.m. (do Cast. sowòrcrero)
chapeleiro, homem quo fabrica e vende eha-
[>eus.
soMBRFJRiNnos, s. m. dim-nut de som-
breiro, ihapelmho. — de mào on de sol,
parasol, chapéu de sol pequimo de senho-
ras. — s do telhada, herva, chamada tam-
bém orelha de monge, e conrello!i.
SOMBREIRO, s.m. (do Cast .vom 6 rero) cha-
péu. — de sol ou de pé alto, chapéu de
si>l. — de pé pfqueno, maneiro : a cousa
que faz sombra ; nome de ura peixe mons-
truoso. Tarece ser espécie deb.deia.
sombkekiíte, s. m. dimmut. de sombre-
ro.
sombria, s. f. ave do feitio da cotovia.
SOMBRIO. A, adJ (drs. icí) ottde ha smii-
bra. Bosque — . Sitio — . — , {i'\^ ) Irisie,
tristonh ', severo, carrancudo. Homem, ros-
to— . Almas —s. —, (lig ) feito á ^ombra,
com descanso. — delicadeza.
sombroso, a, tt'// (Lat. w/MÔrosus) que faz
sombra.
soMEiROs. V. Sommeiros.
SOMENOS, adj. dostq. [so por .çofc) infe-
rior na liondailti. qualidade, graduação « A.
— parle no homem é o dinheiro o « ri-
queza » Ferreira, Cioso Fm talentos não é
— dos outros. Esta fazenda é muito — ..
Açúcar — , inferior ao branco.
SOM
SOM
617
SOMENTE, adv. [mente suiT.) unicamente,
só, meramente. Bastam-me — dez dias pa-
r.i aprnmptar a obra, ou dez mil cru/ados
para os gastos Qnizera — que me dissesses
« Tão fraco que — nào podia levantar os
olhos. » Clarim. Hoje diríamos que nem ou
nem sequer. — , excepto. « Vinha armado
de todas as arrass, — o rosto. » E antiq.
neste sentido. Táo — , meramente.
SOMEKS, (bist.) ura dos prirpeiros estadiS'
tas dMiiglaterra, nasceu em 16i0, morreu
em 1716. Deixou 10 volumes i:i folio ma-
nusoriplos.
SOMEUGER, soMERGiR. V. Submergir.
soMtRSET, (gengr.) condado d'lng!aterra,
entre os deCornouiallesa O. de Wilts a i'^.
de i»Iocesler ao ^. de Dorset ao SE e de
DevonaoSO. ; 4i3,000 habitantes. Capital
Coth.
soMEKSET (duque de), (hist.) era irmão de
Joanna Seymour, 3,* esposa de Henrique
8.° Foi nomeado protector do reino, mas
lornou-se odioso pela sua parcialidade, e foi
decapitado em 1jú2.
soMERSET (visconde de Rochesler, e depo-
s conde de), (hisl.) favorito de Jatques 1,
deveu o seu alto valimento á sua fortuna o
belleza. Morreu exilado na Inglateira em
1638.
soMERTON, (geogr.) cidade d'lpglalerra, 6
léguas ao SÓ. de Welli ; 2 OijO habitantes.
bOMETER. V. Submelter, Sujeitar.
soMiCHAS. V. Semichas.
SOMICHO. V. Submisso.
soMiDEiuo. V. Sumidouro.
SOM IR. V. Suniir.
soMissÃo. Y. Submissão.
soniTEGO, e somítico. V. Sodomita, G Mes-
quinho, Avarenlo.
soMiTiniNTO, s. tn. V. Submettimento.
scWKHEiH, (gtcgr.) província da Geórgia,
limitada ao N. pelo karlhli, a O. pelo dis-
tricio dVkbí-lísiliki, a sua cidade principal
é Durgtchetaka
soMMA, s. f. (Lat. iumma, de summare,
sommar, addicionar.) a quantidade que re-
sulta de diversa^ parcellas ou números ad-
dicionados, expressão numérica desta addi-
ção. — , summa, resun,o da matéria, da to-
talidade das razões, proposições, ele.
SOMMA, (geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, 16 léguas a E. de Nápoles; 7,100 ba-
la ntes.
soMMADO, A, p. p. de sommar; adj. ad-
dicionado ; resumido.
SOMMAR, V. a. (lat. ívmwío, are, fom.a-
do de sunio, ere, tomar, e imus, iundo, pro-
fundo j addicionar nucceros, parcellas, gran-
dezas, quantidades da mesma espécie ; (tig )
resumir. — se, v. r. resumir se, cifrar-se.
soMMARio. V. Summano.
▼OL. IT.
soMMARiVA, (geogr ) vilia dos Est^dos-Sar-
dos, 5 léguas ao O. a'Alba ; 5,000 habitan-
tes.
SOMMARIVA, (hist.) director da republica
Cisalpina, nasceu em 1760, morreu t m 1826.
SOMME, (geogr.) Somara, rio de França,
nasce em Fensomme, e cae na Mancha.
soHME, (geogr.) departamento marítimo da
França, sobre a Mancha, en^i'. os de Passo
de Calais ao N. do Seua-lnferior a O- de
Oise ao S. o de Aisne a E. ; 55*2, 70i) habi-
tantes. Capital Amiens.
soMMEPUis. (geogr.) villa de -França, 4 le-.
guas ão SE. do Viiry-le-Franc ; 700 habi-
tantes.
soMMERGHEM, (geogr ) cídado da Bélgica,
4 léguas ao N. de Gand; 6,400 habitantes.
soMMETTiMENTO, s. m. V. Submettimeu-
to, Sujeição.
soMMiERES, (geogr.) cidade de França, G
léguas ao SO. de Mmes ; 3,700 habitantes.
SOMNAMBULO, A, ãdj . (do Lflt. sommum,
e ambulo, are, andar.) que anda, passeia
durante o somno.
soMNiFERO, A, adj . {iat. somuiferus.) quo
causa, excita o somno, que faz dormir. As
— s papoulas. Discurso — .
SOMNO, s. m. (pron. sono ; Lat. somnus,
de sub, para baixo, e nuto, are, inclinar-se.
Nos dialectos Célticos hun e hyn ; em Gr,
hypnos, somno, somnolencia, que dizem for-
ttado de hypô, baixo, epneô, respirar, ou de
hypo, e noos, espirito, mente, sentido. Eu
creio que é tormado de hypo, em baixo, e
neuô. inclinar. Km Egypcio raconi, e srom
significa somiio, soi ou ço%, costas, e men,
permanecer ) estado de quem dorme. Ter — .
Causar, dar — , adormecer, — , (íig ) lethar-
go. Dormir o — do tsquecimenlo. O — da
culpa. « Vai com descuido, e — profundo
nas cousas de importância. » Fêo. Pegar no
— , começar a dormir. Ter o — /cte, pou-
co profundo. — pesado, mui profundo.
SOMNO (rio do), (geogr.) rio da província
deGoyâz. Nasce perto da província do Per-
nambuco, na serra das Figuras.
SOMNO (rio do)*, (geogr.) rio da província
de Minas Geraes, no Brazil, na comarca de
i aracaiú. Nasce na serra da Saudade, perto
dos nascentes dos rios Abaiié, das Almas e
Catinga.
SOMNO, (geogr.) ribeiro da província do
Hio de Janeiro, no districto da villa de Pa-
rati.
SOMNOLENCIA, s. f. (Lat. somrioleulia.)
disposição a dormir.
SOMNOLENTO, A, adj. (Lat, somnolenlus.)
disposto a dormir.
soMONTE. Y. SÍDtonle
soMORRosTRo. (geogr.) villa de Hispanha,
2 kguas ao NO. de Portugalele.
155
l
6I«
SON
lOIf
soNAJAS, (ant.) V. toalhas, Pandeiro.
soNANCiA, s. f. V. Consonância, Harmo-
nia.
SONANTE, aáj. dos 2 g. (Lat. sonans, tis,
p. a. de sonare, soar.) soante ; sonoro.
soNcmo, (geogr.) cidade do reino Lombar-
do-Veneziano, sobre o Ogiio. iO léguas ao
NO. de Cremona ; 4,200 habitaíites.
SONDA, s. f. (Fr. sonde, qao osetymolo-
gislas derivam do Lat. funda, de funis, cor-
da. V. Sondar.) piurao ou prumo com que
os naulicos sondara a altura do mar, rio,
lago. — , fundo, altura da agua no mar, em
lago eu rio : « Acharam — de tantas bra-
ças, » Góes ; o fundo que o chumbo da son-
da toca, t>. g. — de arera, de vasa. Tomar
a — , (tíg.) medir a profundidade, v. g. —
á sabedoria de alguém. — de cirurgião, ten-
ta metallica, ou de gomma elástica, solida
ou ouça, para sondar a bexiga, feridas, fis-
tulas, etc.
SONDA (archipelago da), (geogr.) nome da-
do ora ás três grandes ilhas de Sumatra,
Java e Borneo, o ás que a cercam, ora ás que
se estendera de Sumatra a Timor, ('.alcula-
se a sua população em 17, 000, t Ou de habi-
tantes.
SONDADO, A, p. p. de sondar ; adj. to-
mado a altura com sonda naulica ; exami-
nado com sonda de cirurgião ; (íig.) tentea-
do. Tinha-lhe — as intenções, os projectos,
procurado descobrir.
SONDAR, V. a. (Fr. sondei, que os etymo-
logisfas derivam de fundare, ou fundere,
ambos de fundu^, fundo. INão me parece
provável a conversão do f em í. Creio que
sonda é formado de sub unda, sob as on-
das.) tomar a altura do mar, rio ou lago
com a sonda náutica, tomar o fundo. — o
poço, o lastro; (fig.) tentar descobrir, pro-
curar penetrar : — um homem ; — o animo,
o coração de alguém, a consciência. — o
negocio, examina-lo a fundo.
SONDAREZA, s. f. (dcs, cza.) sonda, plu-
mo náutico de examinar a altura do mar,
de lago, rio, etc.
soNDERBOURGH, (geogr.) cidade da Dina-
marca, 10 léguas ao ^E. dei^lesvig; 2,800
habitantes.
soNDERSHAUSEN, (gcogr,) cidade capitai do
principado de SchwarzburgoSondcrshau-
»en, 11 léguas ao ^0. d'Erfnrt ; 3,ò00 ha-
bitantes.
SONDES, (ant, epopul.) \)0t sois do verbo
ser.
soNDRio, (geogr.) cidade do reino Loub-
bardo-Veneziano, capital de uma piovim^a
do mesmo nnme, 22 léguas ao I^E. de Mi-
lão; ;',500 habitantes. A provincia d« Son ,
dfio, sitfoada entre a Su ssa ao Pi. a provincia
de Bergamo ao S, conta 84,000 habitantes.
soNE, (geogr.) praso da Coroa Portugueza
no districto deSénna, que tem 5 léguas de
comprimento, e 1 de largura. Produz mi-
lho e azeite, mandioca e algodão.
soNEGADAMENTE , adv. [mente suíT.) com
fraude, sonegando.
SONEGADO, A, p. p. de sonegar; adj dis-
trahido com fraude, furtado, roubado, des-
encaminhado. Kstes ben< foram — s. Oí — s,
bens , propriedades furtadas, v g. ao in-
ventario.
SONEGADOR, A, s. pessoa que sonega.
soNEGAMENTO , s m. [mento suff.) acção
de sonegar.
SONEGAR, V. a. {sob e ncí^ar) desencami-
nhar, furtar, distrahir com fraude, não dar
ao inventario bensdndefunto, que se deviam
manifestar, ou ao censo, em rol para o ser-
viço publico.
SOES, (ant.) por sois. do verbo ser,
so?«ETEAR, ». a. ou íi. (t, burlesco) fa-
zer sonetos ; em sentido activo, recitar so-
netos, celebrar em sonetos: — as cocheiras
e rascoas.
soNETiSTA, s. dos ^i g. (des. ista) autor
de .sonetos.
SONETO, s. m. (Ital. sonetto, Fr. sonnet,
do Lat sonettus, dim do sonus, cantiga.)
composição poética de quatorze versos ri-
mados, a saber dois quartetos e dois ter-
cetos.
soNG, (hist.) nome de duas dynastias chi-
nezas,
soNGEONs, (geogr.) cida le de França, G
léguas e meia ao ^0. de tíeauvais; 1,080
haoitantes.
SONHADO, A, p. p. de sonhar ; adj. vis-
to, ouvido, imaginado em sonho. Tinha —
grandes venturas, Thesouro5 — s Fabulas — *.
SONHADOR, A, adj. pcssoa quc sonha, ha-
bituada a sonhar.
SONHAR, V a. (Lat, somniare. V, Sonho )
ver, imaginar era sonho, « iionha a avare-
za thesouros sem conta. » Sonhei venturas,
fortunas, riquezas ; (íig.) imaginar, suspei-
tar sem fundamento, v. g. so)?/iou ter des-
coberto a pedra philosophal, o movimento
perpetuo.—, ter um sonho oa sonhos." —
de, com ou em cousa ou pessoa, iánrfarío-
nhando em alguma coruja, embebido, ab-
sorvido nella,
SONHO, s. m. [L^L somnium,áe somnus,
o visum, sup, de videre, ver.) representa-
ção ideial que se oíTerece á mente durante
o somno. Ter — 5. Teve um — Explicar,
interpretar os — s. Viu em — a imagem, a
figura do defunto amigo. — s, (lig ) opiniões
vãs ; cousjis imaginarias, não reaes ; massa
leve de farinha e ovos frita ás boletas fofas
em manteiga, e passada por calda do as&u-
car.
SOH
SOP
619
SONHOS, (mylh.) foram presoneíicados pe-
los poetas antigos, que os dão por filhos do
soirino e da noite, e os dividem cm verda-
deiros e falsos. Os primeiros saem do infer-
no por uma porta de corno, e os outros por
umad'ebano.
SONIDO, s. m. (Lat. joniítíí.) som, estron-
do, ruido, V. g, o — do mar. da voz, das
aguas do ribeiro, das folhas das arvores, dos
golpes. Hórrido — , de corpo que retumba
caindo
soNiL , s. m. (t. Asiat ) titulo honorifico
entie os Persas religiosos; significa suslen-
tador e seguidor da verdade.
SONIPEUE, adj. (Lai. soncpis, dÍ5.) (poet.)
que faz som com os pés andando. Os — íca-
vallns. O — ardente, (poel.) Diniz.
SOisNERAT, (hist ) viajante francez, nas-
ceu cm 1745, morreu em 1814. Deixou:
Viagem á nota Granada ; Viagem ás ín-
dias Orientaes e á China.
so;«NfNi, (hist.) naturalista francez, nasceu
em 1751, morreu em 1812. Deixou : Viagem
no Alto e Baixo Egypto ; Viagem na Gré-
cia t na Turquia, ele.
SONO. V. Somno
SONOLÊNCIA. V. Somuolencia.
SONOLENTO V. Somnolento.
N. B. Hoje é mui vulgar escrever sono,
6 deriv, por somno ; mas, aléiu deserpon
trario á elymologia e de confundir o radi-
cal sonus, som, com o de sojnnus, pronun-
ciamos o m em somnifero, somnambulo, e
em insomnia.
SONORA, (geogr.) Cidade do México, 6 lé-
guas e meia ao S «l'Arispe ; 6,500 habitan-
tes.
soNORA-F.-coNALTA, (gcogr.) cslado da con-
federação V.exicana, tem por limites, a O. o
mar vermelho, a E. os estados de Durongo
e de Chihuahua, ao ^. os paiies desertos,
e ao S. o estado de Guadalaxara ; 100,000
habitantes. Capital Villa dei Fuerte.
SONORAMENTE, adv. {mente suíT.) com som
cheio, sonoro.
soNORENTO. V. Somnolcnto.
SONORIDADE, s. f. (Lai, sonoriias, lis.) d.
propriedade de ser sonoro.
SONORO, A, adj. (Lat. sonorus, àa sonus,
som, c os, oris, bpca.) que d4 som claro.
Metal — , voz — . — , (p. us ) estrondoso.
< -s tempestades. » Gamões, Eteg. I.
SONOROSO, A, adj. (des. oío.) sonoro, har-
monioso «Dai-me uma fúria grande e — .»
Camões, Lusia.d- I, 5. Lyra — . — s trom-
betas Camões.
SONOUTE, 5. /". (so6, e ttOítíe.) (ant.) o cre-
púsculo da noule, pouco depois da poyle.
* Viemo-nos uma — a encontrar. » Sá JMi-
randa.
SONSA, s. f. (V. Sonso) sagaciííade com
dissimulação. Pela—, (loc. adv.)com dffe-
ctada simplcza ou necedade.
soNSECA, (geogr.) cidade de llispanha, 5
léguas e meia ao S. de Toledo ; tí,OU0 ha-
bitantes.
SONSaNATB ou SANTÍSSIMA TUINDADK DE
SONSANITE, (geogr.) Zezontlall, cidade de
Guatemala, 20 léguas ao O. de S. Salvador;
4,01)0 habitantes.
SONSO, A, adj. [so poríot, e nescius, nés-
cio.) esperto, astuto e fino com apparencia
de simpleza, com affectada necedade.
soNSONETE, s. m. (de som e soante.) ac-
cento oratório com que se profere alguma
ironia ou reflexão maviosa. — , o accento
próprio de uma lingua ou dialecto, v. g,o
— do l'ortuguez.
soNTnoNAX, (hist.) estadista francez, nas-
ceu em 1763, morreu 1813.
soo, (ant.) V. Só.
soo, (ant.) y. Sob, Debaixo
soo, obsol. por sou, do verbo ser. \oi
sooDES, obsol. por tós sois, do verbo ser.
soopÉ, (ant.) V. Sobpé.
SOPA, s. f. (Fr. soupe, do Lat. supa, Gr.
fós, seve, sueco extrahido d^s arvores.) pão
embebido em caldo, leite, vinho, etc Estar
ás —s de outrem, comer da mesa delle por
mercê. Estar jeito uma — , muito molhado.
Bêbado como xima — , enfrascado em vinho,
licores.
soPADA, s. f, (des. ada.) quantidade do
sopas; (fig. ant. e burlesco) grande copia
V. g. — 5 de amores. » Camões, Filodemo
sopÃo, adj, m. V. Beberrão.
SOPAPO, s. m. (do Cast. so por 506, e pa-
po.) pescoção, bofetão nas bochechas. Dar,
levar, aparar. — s. ,
sori, s m. V. Cambapé.
SOPEADO, A, p. p. de sopear ; adj. met-
lido debaixo dos pés ; (fig.) subjugado, re-
primido
soPEADOR, A, adj. e s. o que sopêa.
sopEAUENTO, s. m. [mento suff.) o acto
d© sopear ; o estado da pessoa ou animal
sopeado.
SOPEAR, V. a. {so por sob, e pear.) me-
ter ou trazer sob, ou debaixo dos pés; era-
bar.^içar o movimento; (fig.) reprimir: — 4
ira, a fúria, o orgulho, o furor, os appeti-
tes, a liberdade, -? cpueupiscencia. — , ira-
, ?er em temor c obed^en/çia : « Sopeando 0$
Mouros »
soPEE, (ant ) V. ^opé. ^
SOPEIRA , s. f. [sopa, des. £ira.) terrina
em que se serve a ^opa, tigela, prato para
sopas.
SOPEIRO , s. m. (íojpa, de.s. eira.) amigo
de sopas ; o que eslá ás sopas do outrem
ou d^ conpmppidade.
çop^UA. y, BQbpcna.
155 •
l
620
SÔP
mp
SOPEREROGAÇÃO. V. Supererogãção.
SOPESADO, A, p, p. de sopesar ; adj. da-
do por peso e medida ; dado com regra ,
com conta; calculado. A sua gratidão ou
amizade é — .
SOPESAR, e. a. [so por sob, e pesar.) to-
mar o peso ao corpo que se pretende arro-
jar, arremessar, librar: — lança; (íig.)dar
com regra e parcimonia, « g. — mercês,
favores. — , equilibrar, contrapesar. — con-
versação com alguém, (ant.) soíTrer. — se,
V. r. librar-se, equilibrar-se. As avessope-
sam-se nas azas. iNa volateria é fugir a ave
com a ralé, dando dois pulos diante do ca-
çador.
soPETEAR, t?. a. ou H. (dcs, iterativa) mo-
lhar, embeber a miúdo o pão no cal-
do.
sopHENE, (geogr.) região da Arménia, ao
SO., foi uma das cinco províncias adquiri-
das pelos Romanos no Oriente no 111 sécu-
lo.
SOPHETIM, s. m. (do Hebr. 5c/ie/eí.) jui-
zes entre os Hebreus ; juizes na republica
de Carthago,
SOPHl. V. Sofi.
sopiiiA. (geogr.) Triaditza era búlgaro Ul-
pia Sardica dos antigos, cidade da Turquia
europea, 72 léguas aolSO.de Constantino-
pla ; ^5,000 habitantes.
soPHiA, (gtogr ) cidade da Rússia europea,
8 léguas ao S. de i>. Petersburgo ; (JO»,' ha-
bitantes.
soiHiA (Sancta), (hist.) este nome designa
primeiro me nle cão uma sancta, mas um atri-
buto de Deus, a Sabedoria ditina. Hagia
Scphia. A igreja venera uma sancta deste
nome, njãi de ó virgens a que poz o no-
me das 3 virtudes theologaes, soffreram
o marl} rio em Rema no reinado d'Adriano.
São festejadas nol.° d'agosto.
4 soPHiA, (hist.) esposa do imperador Justi-
no il, e sobrinha de Thecdcra, teve grande
parte uos ne{.0(ios do reinado do fraco Jus-
tino li, e dirigi-os muito mal; por morte
dtsle príncipe fez collocar no trono Tibério
lonttaijiino com a esperança de casar com
elle, mas vendo as suas esperanças illu-
didas, quiz destronal-o enão o pôde conse-
guir.
soPBiA, (hist ) czarina da Rússia, filha de
Alexis Mikhailovitch, nasceu em 1616, go-
\ernou 7 annos cem Pcdro-o-Grande, e
João V; iLonfu em1'<(i4.
soPHJA CARI OTA, (híst ) rainha da Prússia
nuiler de tiedeiicoJ, cem o qual césou cm
1684, pioleg(u as letias e íssíitnc as ede-
tein;in(u o rd afurdara academia de Eer-
hm. Morreu ím \10i.
SOPHIA DOLoiHEA, (hist.) rainha da í rus-
sía, esposa de Frederico Guilherme 1 e mãí.
do grande Fridericê, era a senhora mais
completa do seu tempo.
soPHis ou soFís, (hist.) dynastia persa que
se seguiu á dos Turcomanos do Carneiro-
Branco, e que começou em 1499 em Ismael,
deu á Pérsia 13 soberanos, e acabou em
Abbas lli em 1V36.
SOPHIS OU soFis, (hist) seita panlheista
e mystica do Oriente, oriunda da relígiã mu-
sulmana; foi fundnda no 11 século da hégira
(VIU da nossa era) por Abon-Said-Aboul-
Cheir ; está hoje muito espalhada pela Pér-
sia e índia.
soPHisMA , s. m. (Gr. de sophos, subtil.)
argumento capcioso, enganoso.
SOPHISMAR, V. a. ou w. [sopliisma^ ar des.
inf.) usar de sophismas.
SOPHISTA, s. m. (Lat. e Gr. V. Sophis-
ma.) argumentador subtil e capcioso. Pri-
mitivamente significou philosopho, sábio.
soPHisTARiA e soPHiSTERiA, s. f. (des. %a)
razão sophistica, argumentos sopbisticos.
sopHisTiCADO, A, p. p. do sophisticar ;
adj. enganado, illudiíio com sophismas fal-
siticado, V. g vinho, drogas sophistica-
das.
SOPHISTICAR, V. a. enganar, illudircom
sophismas; moderno, falsificar, v.g. — os
vinhos, as drogas.
sopHisTico, A, aí//, desophista, engano-
so. Argumento, argumentador — .
soPHuCLEO, A, adj. deSophocles, celebre
poeta trágico grego. Estylo — .
SOPHOCLES, (hist.) celebre poeta trágico
grego, nasceu em 495 antes de Jesu-Christo,
naviila de Colona, perto d'Athenas. De 123
peças que os antigos lhe atribuem se conhe-
cem 7 ; Phiioctetes, Antigono, CEdipo rei,
(Édipo em Colona, Ajax, Electn, os Tra-
chinianos. Das outras só temos fragmentos
ou os títulos
soPHONiAS, -^hist.) o 9.° dos pequenos pro-
phetas, vivia no reinado de Josias. A sua
propbecia contem H capítulos.
SOPHONJSBA, (hist.) Carihagiaeza, filha de
Asdrúbal, nasceu no anno 235 antes de Jesu-
Christo, foi noiva de Massinissa, mas depois
Casou com Syphax, induziu este ultimo á
alliarça contra os Romanos, caiu no poder
de Lélio e de Massinissa em 203. e deu a mão
a este príncipe, Scipião não reconheceu este
casemento, e Massinissa para a subtrahir á
vergonha do triuropho enviou-lhe ve-
neno.
soriNHA, s. f. diminut. de sopa. — s, pi.
diz-£e de migas dadas a crianças.
s<TiTADo, A, p. ;?. desopitar ; adj. ador-
mentado, adormecido.
sopiTAR, V. a. (do I.at. sopio, ire, itum^
adormentar) fazer adormecer, adormeentar,
— a dor , as paixões^ fazer cessar.
SOR
SOR
eu
sopiTO. A, adj. (Lài. sopitus, p.p.de.ío-
pio, %ré) adormecido, adormentado.
sopoNTADURA, s. f. (des. uro.) (ant.) pon-
tinhos com que se marcava uma palavra por
baixo.
sopÔR. V. Sotopor.
sopoRADO, A, adj. (ant.) Massa — , que
tem virtude de adormecer. V. Soporifero.
sopORíFERo, A, adj. (Lat. soporifer) que
causa, promove o som no.
sopoRiSADO, A, p, p. de soporisar ; adj.
fftito cahir em somno profundo.
sopoROso, A, adj. (Lat. soporosus) somno-
lento, comatoso.
sopoRTAMENTo, s. m. {meuto sufT.) (ant.)
sustentação, mantença, supprimento. Des-
pezas para — da guerra.
sopoRTAR. V. Supportar^ etc.
soposTo. V. Supposto.
SOPRADO, A, p. p. de soprar ; ad. agita-
do com o sopro. Tinha — ,o fogo, (fig.) fa-
vorecido, excitado, v. g. Soprada a dis-
córdia.
soprador. s.m. o que sopra: (fig.) que
excita : — do fogo da discórdia.
SOPRAR, V. a. (Fr. soufjler, do Lat. sub,
e flo, are, soprar. Fl é radical imitativo)
agitar com o sopro : — o fogo ; (fig.) exci-
tar , — o fogo da discórdia,
soPRKSAB, V. a. {so por sob, presa, ar
des. inf.) apresar, fazer presa.
sopRiCAçÃo, (ant.) V. Supplicação, e Casa.
Desembargador.
SOPRICAR, (ant.) V. Supplicar.
soprilho, s. m. (ant.) seda muito rala e
leve.
soprior, 5. TH. (sw 6, e prior) religioso que
suppre o prior nas faltas d'este.
soPRiOREZA, s. f. [snb, eprioreza) a frei-
ra que faz as vezes da prioreza.
sopRiR, (ant ) V. Supprir.
SOPRO, s. m. (V. Soprar) agitação ligeira
do ar : — do ar. Apagar a vela com um
— . Instrumentos de — , como a flauta, a
trompa, o oboé.
soQUEixADO, A, adj. {so por sob, queixo^
des. ado) atado por baixo do queixo.
soQUEixo, s. m.{so ^or sob) volta por bai-
xo do queixo, v. g. de toalha de freira.
soQUETB. s. m. (de socar, des. ete) (artilh.)
espécie de maço roliço com que se calca a
pólvora no canhão, ou nos canudos dos fo-
guetes.
soQUBTEADO, A, p. p. de socpietear ; adj.
calcado com o soquete.
soQUETEAR, V. a. [soquetc, ar des. inf.)
calcar a pólvora com o soquete, no canhão
ou em canudo de foguete.
soQLiR, V. a (chul.) comer ás escondi-
das.
sÓR, s. f. (contracção do lat. soror, ir-
YOL. IT.
man) titulo que se dá ás freiras. — There-
sa. Clara.
SOR ou SORO, (geogr) rio de Portugal, no
Alemtejo, nasce perto do Tolosa e do Amiei-
ra, 3 léguas ao N. do Crato, e entra com
10 les^uas decurso na direita do Z«tas, que
também ahi se chama Erverlal: limita ao
N. as Sesmas de Ourem.
soRA, (geogr.) cidade do reino de Nápo-
les, 25 léguas ao fíO. de Capua ; 8,000 ha-
bitantes.
soRA, (geogr.) Germanicopolis, cidade da
Paphlagonia, sobre o Euphrates.
SORACTK, (geogr.) hoje monte de S. Sil-
vestre, montanha da Itália antiga, na Etru-
ria meriodal.
SORADA (Nevada de), (geogr.) alfa monta-
nha do alto Peru, na cordilheira das Andes.
soRAN, (geogr ) nome de duas cidades da
Prússia, uma no Brandeburgo, 24 léguas a
Se. de Francfort ; 4,000 habitantes ; outra
na Silezia, 4 léguas ao SE. de Rybuik ;
2, 00 habitantes.
SORAVALHADA, s. f. (ant.) Bcoto Pereira
diz que é multidão de fruta espalhada sem
ordem. Talvez seja fruta sorvada, ou quan-
tidade de sorvas.
soRBAS, (geogr.) cidade de Hispanha, 6 lé-
guas a O. de Mujacar ; 5,300 habitantes.
soRBTERE, (hist ) escpiptor francez do XVII
século, nasceu ero MWj, morreu em 176,0.
Adoptou a philosophiasensualista de Gassen-
di e de IJobbes.
SORBON, (geogr.) villa da antiga Champa-
nha, em França hoje departamento das Ar-
dennas, 1 légua ao N. de Rethel; 400 habi-
tantes.
soRBSON, (hist.) sábio doutor francez do
XUl século, nasceu em 12 1, morreu em
li74, fundou em 1252 a Sorbonna. Deixou
muitas obras : De consciência : Super con-
fessione ; Iter Puradisi, etc.
SORBONNA, (hist.) uome dado á faculdade
de theologia em Paris, foi seu fundador em
1252 Roberto de Sorbon.
SORÇA, s. f. talvez erro por sarsa. Moraes
verte capoeira. E desusado.
SORDA. V. Assorda ou Açorda.
SORDES, s. f. (Lat. do Gr. arda ; ardaloó,
manchar, sujar. Em Egypcio corem signifi-
ca fezes, borras) matéria grossa, viscosa e
fétida das chagas.
soRDiciE, s f. V. Sordes.
soRDiDAMENTE, adv. [mente suff.) com sor-
didez, sujamente.
SORDIDEZ e SORDIDEZA, S. f. tOrpCZB, iffl-
mundicie ; o ser sórdido.
soRDTDO, A, adj. [Ifíi. sordidus. V. Sor-
des) sujo, torpe, vil. — interesse, (fig.) O
que se adquire por meios torpes. — ava-
reza. Homem — , vil, venal.
116
623
SOR
SOB
SORDINA, V. Surdina.
soRDiR. V. Surdir.
soRE, (geogr.) cidade de França, 12 léguas
ao N. do monte de S. Marsan ; 2,00J habi-
tantes.
soREL, (hist) litlerato francez, nasceu em
1599, morreu em 1674. As suas obras prin-
cipáessãn: A verdadeira Historia cómica
de Fancion, Historia de França desde Pha
ra.ondaté 840,
SORESINA. (geogr.) cidade do reino Lom-
bardo-Veneziano, 6 léguas ao NO. de Cre-
mona ; 4,(^00 habitantes.
SOREZE, (geogr.) Beata Maria deSordilia-
co ou de Soliaco, cidade do França, 6 lé-
guas e meia ao SO. de Castres ; 2,430 ha-
bitantes
soRGUES, (geogr.) ha muilosriosem Fran-
ça com este nome, entre outros : um aflluenle
do Rhodano, que s«o da celebre fonte de
Vauclause, ecae no Rhodano.
soiiGUES. (geogr.) 'Cidade de França, 3 lé-
guas e uraquaíto ao NE. d'Aviuhào ; 2,lOO
habitantes.
souiA, s. f. (de Soria, cidade de Ilespa-
nha) espécie de burel.
SORIA, (geogr.) Niimantia Nova, cidade
de liispanha, capital da intendência de So-
ria, 51 léguas ao NO. de Madrid ; o^500
habitantes, A intendência de Soria situada
entre a de Burgos a O. d'Aragão a E. de
Cuenca ao SE. de Guadalaxara ao S. conta
225,000 habitantes.
soRiAiso, (geogr.) cidade dos Estados ec-
clesiaslicos, 2 léguas a E. de Viterbo ; 5,500
habitantes.
soRiTES, s.m. {do Gr. soros, montão) (ló-
gico) argumento composto de uma serie de
proposições, das quaes oaltributo da ante-
cedente é explicado pela subsequente.
soRLiNGUES, (gcogr.) Cãssiterides dos an-
tigos, grupo d'ilhas na Mancha, nas costas do
condado do Cornouailles ; 145 ilhotas, mas
iOú são habitadas; 2,7(i0 habitantes. íor-
tenco a França.
soRNA, s. f. (do Cast. sqrrc ou zorro^, ^reia
grossa para lastro) graade preguiça e inér-
cia.
soRNA. s. 11. (do precedente) (famil ) ho-
mem mui preguiçoso, inerte.
soRNAC, (geogr.) cidade de França, 61er
guas ao NE. d'Ussel ; 1,56U habitantes.
soRNEiRO, A, adj. (Cast. sorrero ou zor-
rero, pesado, tardo) que obra, falia com
muito vagar, priguiçoso, inerte.
SOBNAR, V. n. [soma, ar, des. inf.) (p.
•-á.) fazer as cousas com sorna.
SORO, s.m. (Lat. serum, do Gr. orros, ou
uros, .soro deleite) humor aqueo que se se-
para do leite quando se coalha ; parte aquea
cl 3 sangue.
SOROCABA, (geogr.) nova cidade e antiga
vilia da província de São Paulo, no Brazil,
na margem do rio do mesmo nome, lO lé-
guas ao SF. da cidade de São Paulo.
SOROCABA, (geogr.) rio da província de São
Paulo, noBrazil, vem do vertente Occiden-
tal da serra do Cubatão por detrás da villa
d'ítanhaen, incorpora-se pela margem es-
querda com o rio Tietê; obra de 12 léguas
abaixo da villa de PortoFeliz.
SORODEO. V. Serôdio.
SOROE, (geogr.) cidade da Dinamarca^l?
léguas ao 80. de Copenhague ; í ,000 ha-
bitantes.
soROMENHO, s. m. pereira brava.
SOROR, 5. /". (Lat. soror, irmã) titulo que
se dfi ás freiras
soROso ou SEROSO, A, adj. (Lat. serosus]
que contem soro ; àa natureza do soro.
soRPRENOER, V. tt (Fr surprendrc] tomar
de improviso; (íig.) enganar deslumbrar
com razões que atalham, enleiam.
sniipRENDioo, A, j). p. de sorpreuder ; adj.
tomado de improviso ; (fig ) espantado, ea-
leiado por successo súbito e imprevisto.
SORPRESA, s, f. (Fr. surprise) sobresalto,
enleio causado por causa que espanta, des-
lumbra. Tomar a praça por — .
soRPREso, A, p. p. de sorprender; adj,
sorprendido.
soRRABAR, V. a. [so poT sob, rãbo, ardes,
inf) tratar com excessivo obsequio, faz«r
corte assídua, adular com baixeza : — os
ministros.
SORRA^A, (geogr.) rio de Portugal, no
Alemtejo que banha os terrenos situados ao
N. da região inferior do rio /.atas, sáe de uma
grande pateira situada ao N. de Coruche, e
se lança no Tejo em Salvaterra de Magos com
5 léguas de brando curso.
-soRRATE,adverbialmente, t. chulo, sorra-
teiramente.
SORRATEIRAMENTE, ado. (weníesuff.) a fur-
to, de modo sorrateiro.
SORRATEIRO, A. ttdj . (do Lat. subripere^
de sub sob, e reptare çerpejar) que faz as
cousas com mansa sagacidade, a furto, com
ardil, manhoso, disfarçado. Laárão —, ra-
toneiro. Um olhar — , a furto, sem levan^-
tar o rosto. Morder o cão — , dar a sua den-
tada pela calada.
soRREiçoM, obsol. V. Subrepção.
soRREiTiCLO. V. Subrepticio.
SORRELFA, s. f. (chul®) dissio^ulaçlo man-
sa para enganar. Pela —
SORRELFO, A, adj. (chulo) dissimulado,
que usa de mansa dissimulação para enga-
nar. Uomem — . Palavras, enganos sorreU
fos.
soRRiDENTF!, adj. doê ^ § . /Xat. tubri"
dens, tis) que sorri.
SOR
SOB
6K^>
SORRIDO. A, p.p. de sorrir; adj. acolhi-
do com sorriso.
soBRiR, V. n. e — SE, V. r. L&i.subri-
dere, de sub, sob, eridere, rir) rir-so com
comiiostiira, como mostra de nlcgria, satis-
fação, ou por zombaria ; [íig ) sorria-se na
terra a primavera. « Os fados em nascendo
lhe sorriram »
soRRisn, .ç. m (Fr. sourire) começo de riso
em signal dn s;Uisfa(;ào, ou por zombaria ;
(fig ) mostra do benevolência, de favor. « Fiei-
me nos — .t da ventura. » Bocage. Os — s
do patrocínio. Os — s da aurora.
soiuoBOLiiADOL'RA, s. IH. O varrcdouTO do
b-orralho.
SORSENTE, (geogr ) Suríeníww, cidade do
reino de f»apoles, 3 léguas ao SO. de Cas-
tel-a-Mare ; 4,<'0 ) habitantes.
SORTK, s. f. (Lat. sors, lis. Não se m-
conlra em nenhum elymologista origem sa-
lisfactoria d'este vocábulo, que creio vir de
orsum, sup ôeorior, iri, nascer, appare-
cer, sair, começar. O í é o pronome se, e
o termo é análogo a seorsum, á parle, sepa-
radamente] o que toca a alguém em parti-
lha, quinhão, lance, bom ou mau, v. g.
— de dados, com que se ganha ou perde.
Couba-lhc em ou por — . Saiii-lke em — ,
de loleria. — , loteria Saiu-lhe a' — em
hranfto, não tirou premio. — no jogo, lan-
ce. Estar lançada a — , deitado o dado ;
(tig.) commetlida empreza de exilo duvido-
so — , acaso, accidente ; fortuna, boa ou
má, destino, fado A — inexorável ; ven-
tura, dita. — , condição, qualidade, classe,
espécie, laia Gente d'esta — . Ua mullas
— s de embarcações, demechanismos, de il-
lusões. Gente de baixa—. Homem de pou-
ca — . Fazen.las da melhor, da primeira — .
Homens cavalltiro? de — , («nl.} nobres, — ,
maneira, modo, geito. D'esta — . De —
que. Fazer — s o toureador, negaças, en-
gano, on ferir o touro, sem daunno ou risco
próprio. Por-se ou posto em — , em risco
perigo. Lançar — s, para advinhar, como
iazem os embusteiros.
soRTEAçÃo, í f.^o acto de sortear.
SORTEADO, A, p /). de sortear ; adj tira-
do por sorte; sortido. Fazenda — , de di-
versas sortes ou qualidades ; provido de cou-
sas de varias sortes ou qualidades, em sor-
timento
soRTEADOR s íji. O que laoça sortes para
adivinhar, embusteiro.
SORTEAMENTO, J. fM. (mfílíO Suff ) Sorlcio,
sortimento.
SORTEAR, r. a. [sorte., ar des inf ) aqui-
nhoar, repartir por sorte, ». g. — osdes-,
pojos, rifar, pôr em loleria ; e.«colber, «le-
ger por sorte t. g. — gente nova, recrutas
papi o exercito — f»se»4ãs, htef Sf.íhi- '
mento. — , (fig.) aquinhoar. * Assim nos
sortea a providencia a vida mesclada de pra-
zer os c desprazeres »
SORTEGAMLNTO. V. SortiXO.
soRTEGAR. V. Sorícar.
SORTEIO, s. m. o acto de tirar as sortes
era rifa ou loteria. a ver a quem saem os
prémios, sortimento de fazendas.
soRTKiRO. V. Sorteador.
soRTF.LA, s f (ant.) (Do Cast. «or/t/o, an-
nei) V. Sortija, ^ortilha.
SORTELHA, (googr.) villa de Portugal, si-
tuada a 4 léguas ãoSO. da Guarda no meio
da sena da Atalaia em alto penhasco, por-
to da origem do Coa : tem um castello ; 900
habitantes.
SORTIDA, s. f. (Fr. íoríie, àe sortir, sair)
saí ia de parte dos cercados contra os sitiado-
dos ; postigo qu' nas fortificações se faz por
baixo do terrapleno ao fosso, para haver
comraunicaçào com a praça abrigada do fo-
go do inimigo ; passo para sair ao inimigo.
Tomou as —s que desembocavam no ter-
reno.
SORTIDO, A, p.p. de sortir ; adj. feito sor-
timento. Caixa, fardo de fazendas — :?, de
varias sortes, qualidades, e preço, próprias
para a venda
soRT^jA, 5. f. (do Cast. sortija, annel. do
Lai. circes, itis, annél arco, argola) annel;
argolinha.
soRTiLHA, s. f. (V. Sortija) annel ; argo-
linha.
SORTIMENTO, s. m. {mento suff^ diversas
sortes e qualidades de fazendas, ou merca-
dorias, c. ^f, tinha grando — de sedas, le-
ques, espelhos, psnnos.
SORTIR, V. a. (sorte, ir, des. inf ) fazer lo-
tes de diversas fazendas. — a loja, de mer-
cadorias. — SE, V r. prover- se de sortimen-
to de géneros ou fazendas. — , prodazir, ter
kora êxito : — effíito. Sortio o remédio,
ou a traça, produziu o seu effeito. — , ter,
tirar, achar em sorte. «Para queosservos
sortissem amos bons o benignos. »
SORUMBÁTICO, A, ãdj . (do Fr. aut scriroxi
saurir, seccar ao fumo) (vnlg.) sombrio, tris-
te, carraiicudo, melanco.lico Homem — .
sottVA, *. f (V. Sorveira) fructo da sor-
vei ra ; é muito molle quando maduro
SORVADO, A, p. p de sorvar ; a-/^. €|ue
se sorvou.
. soRYAL, adj. dos "ig. que se sorva. Pê-
ra— .
soavAR, «. «. {sorva, ar 4es, iof.) faz^r
amollecer a fruta. O calor easpicadura» ior-
vam muitas sortes de peiras. — s«, 9. r.
amollecer.
SORVEDOURO, s. m. (des ouro] vfiragfiB
de rio ou mar, on^ea^^ua faz rodofSdúilK),
9 leva 60 fundo o que ncièa cáo.
15ii •
624
SOS
SOS
soRvpmA, s. f. (Lat. sorbus, Fr. sorbicr,
de sorbeo, ere, sorrerj arvore qne dá sor-
vas.
SORVER, V. a. (Lat, sorfcgo, erc. voz imi-
tativa do som do sorvo) beber «os poucos
chupando; chupar, absorver. Aterra sorve
a chuva. — , submergir. Sorveu o mar dois
galeões. O mar sorveu as ilhas Cassiterides.
O pego voraginoso sorve quanto nelle cáe.
A natureza sorve tudo. A guerra sorre era
um momento os reinos emonarchias intei
ras, destroo, abysma. — , (íig ) soíTrer sem
o demonstrar : — injurias, calumnias.
SORVETE, í. m. [áo Aríih. xarbete, bebida
de xaraba, beber) entre os Turcos é limo-
nada, OU bebida refrescante ; entre nós é
limonada nevada, ou qualquer oulro xaro-
pe de fruta nevado.
SORVIDO, A, p. p. de sorver ; aflj. bebido
aos sorvos ; (fig.) submergido. As nau"? — s
do mar ou das ondas; (ant.) absorto, en
levado, v.g. — no amor de alguém. Sapa-
tos ou solas — s, mui delgadas.
SORVINHO, s. m. diminvt. de sorvo.
SORVO, 8. m. o acto àe, sorver bebpndo ou
chupando ; a porção de liquido que de uma
vez se sorve. De um — vasa um copo de vi-
nho.
SOS, fgeogr.) cidade de Hispanha, ao SE.
de Sanguesa ; 2,800 habitantes.
SOS ANO, s. m, Y. Daembaraço^ Resolu-
ção.
sosiBO, (hist.) o Antigo, Sosibus, gram-
matico, nasceu na laconia no anno 225 an
tes de Jesu-Ghristo.
sosiGENE , (geogr.) astrónomo d'Alexan-
dria,'^o principal membro da comissão, que
no reinado de Júlio César, operou a refor-
ma do calendário, e introduzio o calendário
Juliano no anno 46 antes de Jesu Christ;».
sosiTHKO, (hist.) poeta dramático e satyri-
co d' Alexandria, vivia no principio do 111
século antes de Jesu-Chisto.
SOSLAIO, s. m. (Fr. ant. sas, acima, e lé,
lado) esguelha. ^0 — , de esguelha, de lado.
Encontrar, tomar, ferir ao ou em — . «Este
livro saio em meu nome ao — . » D. F. Ma-
nuel.
soso ou suso (do Lat super ^ ou do Fr. sus)
(ant.) acima. Soso-dUos, sobreditos.
soso, V. Sosso.
sosoBRAR. V. Sossobrar ou Soçobrar.
sospEiçÀo. V. Suspeição.
sospKiTAR, V. Suspeitar, etc.
sosPE"LO, (gengr.) Hospitellum, cidade
dos Estados-Sardos, 6 léguas ao WE. de Ni-
ce; 3,200 habitantes.
[ sosQuiNADO, A, p. p. de sosquinar ; adj.
inclinado.
SOSQUINAR, V. a. [se por sob^ eêquinar^
«cr (ttai híf.) ioolíMr.
SOSSEGAR. V. ^ocegar.
sosso , A . adj. (do Fr. ant. sous, solto,
só.) solto. Parede de pedra em — , solta sem
cal.
sossoBRA, s. f. V. Sossobro.
sosíORRADO, A, p. p- de sossobrar; adj.
subvertido, abysmado. A náu — . O nada-
dor — das ou pelas ondas. Montes — s pe-
lo tremor de terra.
SOSSOBRAR, V. €. (do Ital. sotto, debaixo,
e sopra, de cima, de baixo para cima, e ar
des. inf ) subverter, voltar, virar com vio-
lência de baixo para cima. O mar em tor-
menta sossobrou as naus. — , (p. us ) met-
ter para dentro, arrombar : « as armas e
os ossos todos lhe sossobra, » com golpes.
Kneid. Fort. — o animo, (fig.) perturba-lo
muito, abysmar.
SOSSOBRAR, V. ã. OU n. submergir-so, fi-
car perdido. — o animo, ficar abysmado.
snssoBRETA , s. f. (t de jogador p. us )
máu agouro que o jogador toraa de quetn
se lhe põe ao pé, zanga, quizilia, como ho-
je se diz.
SOSSOBRO, s. m o acto de sossobrar, es-
tado de cou«a ou pessoa soss)brad:i.
sosTENTAÇÃo. V. Sustentãção.
"sosTENTADO. Y. Snstcn ado.
sosTENTAHOR. V. Susteatador.
sostenta-Mento. V. Sustentação, Sus-
tento.
sosTENTAR. V. Sustcntar.
sosTRR, V. a. (Lat. smtineo, ere, sus, em
cima, e teneo, ere, ter, segurar.) segurar
um corpo para que não caia ou se abata,
ter mão Sosteve a parede com espeques;
— a arvore com estacas ; — o furioso que
se arremessava para o ferir. — o Ímpeto, os
golpes, a fúria. ^— a fé, defender. — , [úg.)
conservar, preservar ; — o credito de casa de
coramercio ; — as terras conquistadas ; — a
nação ameaçada de imminente ruína. — pe-
nas, soíTrer, padecer. — se, v. r. ter-se, man-
ter-se seguro, firme, fixo.
sosthfne, (hist.) general macedónio, re-
pelliu uma invazão dos (laulezes, e em re-
compensa foi proclamado rei da Macedónia,
no anno 279 antes de Jesu-Chrislo. Foi
morto pouco depois n'um combate.
SOSTHENE, (hiot ) um dos 72 discípulos de
Jesu-(.hristo. Um oulro Sosthene ch/^fe da
Synagoga, converteu-se, e foi muito perse-
guido pelos Judeus.
sosTino, A, p. p. de soster; adj. segura-
do, mantido firme; conservado
S03T1MENT0, s. m. (mcrtío suff.) 0 acto de ■
soster, de manter seguro, firme : sustenta-
ção, V. g. para — de guerra. E antiq.
sosTRA, erro por Coslra.
sosTRATo, (hist.) a rchi tecto grego de Gni-
^úo, no III secolo antes de Jiasu-Cihristo, cons-
SOT
80T
truiu o famoso pharol d' Alexandra, uma das
7 maravilhas fio raundti.
SOS VA, (geogr ) nome dedous rios da Rús-
sia asiática, unsitjtlií rnjrites Ourales, e
cae no Obi ; e outro roga os goveraos do
Peru edeTobolsk ejiinta-se com o Lovza,
SOTA, s. f. dama do jogo das cartas, cu-
jo valor é inferior ao do rei.
SOTA, s. m. (do'ltal. solto, debaixo, in-
ferior ) cocheiro inferior, segundo cocheiro;
capataz de companhia de oíFicios. O — dos
medidores.
SOTA, termo que forma muitas palavras
compostas, e que significa inferior, subor-
dinado ao chefe, segundo, iramedialo em
autoridade, mando. E' contracção de soío a,
^- 9- — piloto, inferior ao primeiro piloto.
sotaalmirante, s. m. segundo almirante.
sotaCapitania, s. f. náu que serve de ca-
pitania.
sotacapitão, s. m. segundo capitão.
SOTACOCHEIRO, s. 171. OU simplesmente so-
ta, s. m. segundo cocheiro.
sOTACOMfTRE, s. »». segundo comitre.
sotades, (hi-t.) poeta grego, natural de
Maronen na Thracia, vivia no III século an-
tes de Jesu Christo na corto de 1'tolomeo
Philadelpho, rei do Egyplo. Inventou o »er-
sositadico.
SOT AEM BAIXA DOR, s m. O que faz as ve-
zes do erphaixador, segundo embaixador,
inferior em graduação ao primeiro.
soTAESTRiBEiRO, s. w. segundo estribeiro.
SOTAINA, s. f. (Fr. souiane.) vestidura ta-
lar, «berta por diante e abotoada.
SOTAL , por SOB TAL, debalxo de tal , v.
g. — condição.
SOTANA. V. Sotaina.
SÓTÃO, s. m. (do Arab.íoíw/io.) casa tér-
rea por baixo do primeiro andar; entre so-
lho.— , cova, adega, abóbada subterrânea.
SOTAPILOTO, s. m. segundo piloto.
SOTAQUE, í, m. (talvez contracção ãeso,
e ataque) dito picante, apodo que encerra
reprehensào, remoque. Deu-lhe um — .
SOTAVENTADO. V. Sotaventeado.
soTAVENTEADO , A , p. f). de sotaveotear ;
adj. Navio — , que ficou a sotavento. Ten-
do— a armada inimiga.
SOTAVENTEAR. V. a. {sotavento, ar^ des.
inf.) ganhar a barlavento, fazerficar a sota-
vento.
SOTAVENTO, s. m. (naut.) a borda do na-
vio opposta iíquelia donde sopra o vento :
oppõa so a barlatento.
sÓTEA, s. f. (V Sótão ) varanda no alto da
casa para tomar o sol. — , sótão, quarto
baixo.
soTFRiA, s. f. (do Fr. ant. sotie, compo-
sição poética.) composição em veríw em lou-
vor.
ftTíi. !▼»
soTEHiw, .?. m. (do Hebr.) V. Sophetim.
soTERiopotisou DioscuRiAS, (geogr.) cida-
de da Ásia antiga, hoje hgaur.
soTERNOCAMENTE, vem no Elucidarío er-
radamente por Solerrancamente ; ó erro de
transcripção e não voz anli^|uada.
soTKRio, Cgcogr ) rio da provincia de Mato-
Grosso, nasce na cordilheira dos Tareeis e se
vai ajuntar com o Guaporé pela margem di-
reita.
SOTERRAÇOM. V. Entcrro.
SOTKHRADO, A, p. p. de soterrar; adj. en-
terrado, mettido debaixo da terra.
SOTERRAMENTO, í. WK [mento suff.) acção
de soterrar.
SOTERRANEO, O SOTERRANHO. V. SubteV'
raneo,
SOTERRAR, O. tt {so por soh, terra, ar
des. mf.) metter debaixo da terra, enterrar;
(fig.) esconder, sepultar no esquecimento ,
P. g. — os nomes, as acções illustres — se,
V. r. metter se por baixo da terra, v. g.
— o rio.
soTERRENHO, s. M. V. Subtcrraneo.
soTHEsouREiRO, s. m. ecclesiastioo qtto faz
as vezes de thesoureiro.
soTnis, (ast.) nome que os Egypcios da-
vam á estrella chamada canicula. Chama-
stí período sothiaco um período de 1,460
annos.
soTíCAPA, ado. cómico, debaixo de capa
ou pretexto.
soTiLiZAR. V. Subíilisar.
soTO, prep. ant. (do Uai. sotto, do Lat.
subter.) debaixo. Entra na composição de
muitos termos compostos, significando, debai-
xo, inferior, segundo, immediato em man-
do, em autoridade ; mas sota é mais usa-
do.
SOTO. V. Souto.
SOTO, (hist ) theologo hispanhol, nasceu
em 15!)(). Deixou tratados detheologia mui-
to esliraidos.
SOTO, (hist.) companheiro de Pizarro na
conquista do Peru ; depois empreendeu a
da Florida, morreu em 1542.
soTO-MAYOR (S. Salva lor de), (geogr ) ci-
dade de llispanha. 5 léguas e meia ao NE.
de Vigo ; ;í,LO0 habitantes.
SOTOALMIRANTE. V Sotaalmirante.
soTOAR, s. m. (do Fr. sautoir, que sòa
sôtoar ) Em — , (braz ) em aspa.
sotocapitão. V. Sotacapitão.
soTOCocHEiRO. V. Sotacochúro, e Soía.
soTOEMBAiXADOR. V. SotaembaixadoT .
soTOMESTRE, s. m. seguudo mestre, que
faz aí vezes do primeiro.
soTOMiNiSTBO, s. f». ajudante, substituto do
ministro.
soToriLOTO. V. Sotapiloío.
soToprtR , V. a. {xoto pref.) pôr debaixo.
r§7
6se
âOtJ
SOlí
sotoPoSTo, A, i'. ^. de solopôr ; arf;". pos-
to debaito,
sotbaNCado, a, p />. dí sotríincar, a']j.
absrcfldo no moio,
soTRAKfjÃo, adj. (íiiit. e desiis.) dissimu-
lado, cora cara tristonha que encobre ani^
mo máu.
soTRANCAR, r. a. [so por sob, e trancar)
abarcar, tomar no moio.
soTTEGUEM, (geo^^r.) cidadti da Bélgica, 3
léguas e meia so SK d'Oudf'narde ; 2.701)
habitantes.
S0TTEViLLE-LE:v-B0UEN , (geogr.) villa do
França, 1 quarto de légua ao S. de Iluão,
3,9íi0 habitantes.
soTTOMARiNA, (geogf.) ilha do reino Lom-
bardo-Veneziar'0, a mais ao S, das que sepa-
ram as lagoas do Adriático.
SOTURNO, A, adj. (de sninrno, que entre
os antigos chimicos era o none dado ao
chumbo) tristonho, taciturno. Dia — , es-
curo, triste, e quente, sem viração.
souBAB, (hist.) eram assim chamados no
império Mogol da índia os vice-reis que go-
vernavam em nome do gran-raogol, as vas-
tas divizões do império chamadas soubabias.
souBiSE, (geogr.) villa de França, 1 quar-
to de légua ao SO de llochcford : 1,000 ha-
bitantes.
souBíSE (princepe de), (hist.) general ecor-
tezão francez, nasceu era 1715, morreu em
1787.
SOUBISE (cardeal de], (hist ) irmào de pre-
cedente, nasceu em 17 1 7, morreu em 1750
souciiAY, (hist.) escriplor francez, nasceu
em 1688, morreu em 1716. lUixou edições
muito estimadas, a principal é a dos Com-
mentarios de Juliarw Fleury sobre Aiisone.
soucY, (geogr.) villa de França, légua e
meia ao KÈ. de Sens ; 700 habitantes.
souDÃo, ou soiDvo, (hist ) allí'ração do
nome de Sultão, titulo dos .enentcsgeneraes
Califas.
souEN íiOA, (geogr ) cidade da China, Csl
léguas ao NO. de'^'eking
souFRiERE, (gi^ogr.) moutc volcanico dô
Guadeloupe.
souiLiAC, (geogr.) cidade (íe França, 6 lé-
guas ao N. de Gourdon ; 3,040 habitan-
tes.
souiLLY, (geogr.) cidade de Frapça, 4 lé-
guas ao SO. de Verdum ; 900 habitantes.
souiTCHEOu, (geogr.) cidade da China, 75
léguas ao SE. de Ching-tou.
souLAiNES, (geogr.) cidade de França, 4
léguas e meia ao N deBar-sur-Aube ; 1,<>00
habitantes.
souLAviE, (hist.) lilteralo francez, nasceu
em 1751, morreu em 1813. Publicou as
Memorias deS. SiniQn, do duque d'Ai^uii^
hnf de Duelos» eto.
sotJLÉ, (geogf.) Subola, antigo pequeng
paiz da Gasconha meridional, entf-e o Beard
a E. a Navarra francpza a O a Navarra his-
panhola ao S.. Capital Mauleon.
souLRS, (hist.) liltf-rato francnz, nasceu em
1750, morreu em 180 ). Traduziu do inglez
gran'ie numero de obras.
soLLi, (geogr.) pequena cidade da Tur-
quia europea. 10 léguas ao SO. deJanina,
no meio de montanhas.
wuLiMANA, (geogr.) pequeno estado da Ni-
gricia, ao NE. de Kouranko.
souLOu, (geogr.) archipelago, entre a ilha
Borneo c a de Mindanao ; compõe-se de 160
ilhas em Ires grupos. A princi pai é Soulou,
que tem 8.000 habitantes.
soui.iz. ígr-ogr.) Sm/í em allemão, villa de
França, 9 legues ao SO. de Colmar; 4,150
habitantes.
souLTz-i.<'S BAiNs, fg(30gr.) Salz-lhadcn
era allemão, villa de França, 5 léguas a O.
de Strasburgo ; 1,000 habitantes.
soLTZ-sous-FORETs , (geogr.) cidade de
França, 4 léguas ao S. de Weissenburgo ;
2,016 habitantes.
souLTZBACH, (googr ) Sulzbach em alle-
mão, villa de França, 3 léguas e meia ao
So. de Colmar.
souLTZMATT, (gcogr.) villa de França, 5
léguas e meia ao SO. de Colmar ; 3,0 'O ha-
biiantes.
souMAROKOv, (hist ) poeta russo, nasceu
em i7lH, morreuem 1777. Deixou: Trage-
dias, Comedias, e diversas poesias.
souMY. (geogr ) cidade da Rússia euro-
pea, 35 léguas oo NO. de Kharkov ; 11,000
habitantes.
souNG-KiAiSG, 'gcogr.) cidadft da China.
souR, (geogr ) antiga Tyro, cidade dl Sy-
riú, '< leguajao N. d'.?.cre;i7,C00 habitantes.
sou RA, (geogr.) rio de Rússia europea,
nasce, no governo de Si^nbirsk, e cae no Yol -
ga em Varil.
souRABAYA, (gcogr.) cidado e porto da ilha
do Java; 80. a 100,OUO habitantes.
souHUEVAL-DE-LA BARRE, (geogr.) cidade
de Fra[)ça, 2 léguas e um quarto ao N. do
iVlortain ; 4,400 habitantes.
SOURE, (geogr.) antiga vilia de Portugal,
fundada pelo conde I) Henrique, junto ao
rio do mesmo nome, 1 légua e meia antes
dedesnguar na esquerda do Mondego ; está
situada 4 léguas ao S. de Coimbra, porém
pertence ao dislricto do Leiria, donde dista
5 léguas e meia e 31 de Lisboa ; 3,700 ha^
bilantes,
souRK ou soiRE, (geogr.) pequena villa do
Brasil, na província da Bahia, na comarca
d'llapicnru, 10 léguas ao poente da villa
d este nome, e distante 4a margem direita
do rio.
sov
sou
9ft
soLRB, (geogr.) antiga villa doDraxiK na
província do (leará ; í.iOi) habitantes.
souRGOLT, (geogr. ) ciiiado da Uussia asiá-
tica sobre o Obi ; 1 500 habilaiitos
souRNiA, villa de Tranca. H bgaasanN.
de Tr^des ; 800 habilant^s
souROUGA on souMPOu, (geogr.) grande
cidade do Japão, na ilhn de Niphon, na
costa do S. ; G0D,0UO habitantes.
sous, ígeogr.) ruínas que se encontram na
Pérsia, porto de Dosfoul.
SOUSA ou SOUZA, (geogp.) rio de Poriugal
na provincia do Douro, o qual nasce na ser-
ra d'Alvo ou d'Alvão, entro ( outo de bom-
beiro eoprioralo deCaraoics, no concelho
de Felgueiras ; desli?a-se mnn«a o sinuosa-
nienle por espaço de 8 léguas até entrar no
Douro, b léguas a E. do Porto.
SOUSA ou SOUZA, (gcogr.) villa e freguezia
de Portugal, situada a 2 léguas ao S. de Avei-
ro, 1 milha d'Esgutíir5; 3,715 hcibitan-
tes.
SOUSA ou FOZ DE SOUZA, (geogr.) povoa-
ção de Portugal, situada perto da foz do
rio do mesiiu» nome, H léguas a E. do Por-
to ; 9r>í) habitantes. Passo de -- , anti-
ga aldeia dePortugnl. situada a 5 léguas e
meia do Porto ; l,y(>0 habitantes.
SOUSA, (geogr.) cidade do estado de Tunis.
sobre o tedilerraneo, 27 léguas £.o SE. de
Tunis, kO.CUO habit;intes.
sousADOR. V. Svccessor.
sousTons, (geogr ) «idade de França, 7
léguas ^0. de Dax ; :í,5(J0 habitantes.
souTCHAVA, (geogr.) cidade da ». alicia, 11
léguas ao SE. de ozernovicz; 5,000 habi-
tantes.
souT-TCUEOu, (geogr ) cidade da China,
sobre o canal imperial ; 1^00,000 habitan-
tes.
•ouTERRAiNE, (geogr.) cidade de França,
9 léguas ao^O. doGueret ; 3, '48 habitan-
tes.
southampton, (geogr.) outr'ora Haníon,
Clausentum em latim, cidade e porto d'ín-
glaterra, 4 legua.s ao S.>. de Winchester,
20,OUU habitantes.
souTHERU, (hist.) poeta inglez, nasceu era
1660, morreu em i746. As suas obras são
quasi todas Comedias ou Dramas.
souTuwABK, (geogr.) arrabalde de Lon-
dres na parlo S. desta cidade, na margem
direita do Tamiza ; 80,000 habitantes.
souTuwKLL, (geogr.) cidad') d'ínglalerra,
6 legi.as ao NE. de Nottingham 3,000 ha-
bitantes.
souTHWOLD, (geogr.) cidade e porto d'In-
glaterra, 6 léguas ao S. d'Yarmouth ; 1,700
habitantes-.
SOUTO, s. m. (Fr. ant. saut ou sault^âo
Lat. suhus, bosque, mata.) mata de arbus-
tos, de que se tira lenha ; erô geral dlz-Síí
de castanhal, bosque de casl.inheifos.
SOUTO, (geogr ) as principaos terras de Por-
tugal que t^ra esto nomesSo as seguintes :
1 .*, aldeia situ.ada no concelho de Sabugal,
1,000 habitante?. 2." no de Abrantes. 28 le-
guns a E. do Lisboa, 1,760 habitantes. 3.",
IVeguczia do concelho de Ponte do Lima, a 3
léguas de Braga, 500 hibitantes. 4.' —da
Carpalhosa a 2 léguas de Leiria, liSnOba-*
bitant.\s. 5." — da Cata, m districto do Cas-
tello-Branco, UOO habitantes. 0.' — Maior,
no concelho edislricto de Villa-Real ; 9!0
habitantes. 7.^ — llciondo, povoação si-
to da \ léguas e meia ao S. do Porto 6 qna -
si 1 da vilíd da Feira, a cujo concelho per-
tence, l,*ií>l) habitanle^.
souTRO, (ant) por Essoutro.
souvarOv, (hist.) celebre general russo,
nasceu na Ukraina em 17J0, dislinguiu-se
na guerra dos Sete>4nnos, morreu em 1800.
souviGNY, (geogr.) cidade de França, ai
léguas ao Si), de .Vloulim ; 2,7/0 habitan^'
tes.
SOUZA (Frei Luiz de), (hist ) escriptor pot^
tuguez Chamava-se antes de professor Ma-
noel de Souza Coutinho, era de nascimen-
to illustre, grandes qualidades e singulares
virtudes. Professou n.i ordem deS. Domin*
gos em 1614, foi seu chronista, e nella fal-
leceu no convento de Benitica em 1614. Es-
creveu : Chronica de S- Domingos, Vida
do arcebispo de Braga D. Frei Bartolomeu
dos Mariyres, e Annaes ^e D.João III. O
seu estylo é elegante e sentencio>o, breve,
claro, e puro de enfeites e artifícios vicio-
sos ; as duas primeiras obras são talvez os
mais perfeitos modelos da nossa lingua.
SOUZA (Manoel de Almeida e), (hist.) um
dos mais eminentes jurisconsultos portugue-
zes do ultimo século, e mais conhecido pelo
nome do Lobão, terra onde exercitou a ad-
vocacia. Kasceu em VouzMlla em 1745; for-
mou-se em Cânones em 176B, foi estabe-
lecer-so como advogado em Lobão, aonde
falleceu em 1817. A sua fama como juris-
consulto estava espalhada por todo o reino,
e de toda a parle corria gente a consulta-
lo nas questões transcendentes. Escreveu
uma infinidade de obras sobre os diversos
ramos de direito civil, cora que enriqueceu
o foro portuguez, taes como as IS'otas de
uso pratico ás Instituições de Mello Freire,
muitas Dissertações sobre diíTerentes obje-
ctos. Tratados dos Morgados, do Direito
Emphyteulico, das Acções sammarias, das
Execuções, etc. e outros muitos, que não
é possível enumerar.
SOUZA COUTINHO (Lopo de), /'hist.) íllus-
tro guerreiro o escriptor portuguez, pai do
Celebre Frei Luiz de Souza , nasceu e m 151&)
157 •
i
628
SOV
8PA
morreu etn 1577. Era de nascimento illus-
tre, Cj tornou se bem conhecido por seu
exforço e valor, assistia ao primeiro cerco
de Diu, 6 foi governador de Mina. Alem
disto era grande philosopho e mathemali-
co, bastante antiquário e histórico, e bom
poeta. Escreveu : O cerco de Diu, e outras
obras.
SOUZA DE MACEDO (Antonio de), (bist.) dis-
tiacto poeta e escriptor portugez, nasceu no
Forto em 1606, morreu em Lisboa em 16S2.
Desempenhou grandes cargos, entre os quaes
o de Secretario de Kstado de D. Aííonso
VI, o que não o impediu de cultivar as le-
tras. Escreveu : Ulyssipo poema hitorico,
Eva e Ave, Armoniapoiilica dos documentos
divinos com a conveniência do Estado.
souzDAL, (geogr.) cidade da Rússia Euro-
pea. a 9 léguas ao N. de Vlãdimir; 3,000
habitantes.
souzEL, (geogr.) villa de Portugal, nodis-
tricto de Portalegre, 2 léguas a INU. d'Estre-
moz; 1,630 habitantes.
SOUZEL, (geogr.) villa do Brazil, na pro-
víncia do Fará, na raiz d'uma serra que do-
mina a margem esquerda do rio Xingu, a
30 léguas de sua embocadura no Amazonas.
SOVA, s. f. (de sotar.) pisa de pancadas.
Dar, levar uma — .
sôvA, s. m. (t. da Africa) governador de
província ou de districlo, no Congo.
SOVACO ou soBACo. s. m. (V. Sobaco) a
parte que íica por baixo da articulação su-
perior do braço,
* SOVADO, A. p.p. de sovar; a(t/. calcado,
bem assado. Bolos — 5, amassados com ovos,
manteiga, etc. ; revolvido. «Areia estava
— de animaes, » revolvida das pegadas. D,
F. Manuel, Epanaph.
sovADURA, s. f. (des. ura] acção de so-
var.
sovANA ou soANA, (geogr.) Suanum, ci-
dade da Toscana, a 25 léguas ao S. de
Sienna.
sovAQUETE, s. M. O tirar a p^lla da casa,
quando sáe apertada.
SOVAR, V. a. (do Lat. suhigo, ere, bater,
amassar) calcar, amassar : — a. massa, o
pão ; — a terra molle ; pisar com panca-
das.
sôvARO. V. Sobro.
sovELA, s. f. (Lat. suhula) poníeiro de fer-
ro ou de aço embebido em cabo de pau,
com que os sapateiros e correeiros furara o
coiro, para pelos buracos fazerem entrar a
corda com o fio.
sovELADA, s f. (des. ada] golpe ou pica-
da com sov«^la, ou sovelão ; (Hg.) solicita-
ção mui repelida o importuna. i
SOVELÃO s. m. auy me íit. áesoveU, sove- j
la grande de «"'^'•eeiro, para furar, ferir, i
SOVERAL, s. m. V. Sobral,
sovEREiRO. V. Sobreiro.
SÔVERO. V. Sobro.
sovERTEDOR, A, adj.Bs. que soverts.
sovERTER, V. a. V. Subvertcr.
sovERTiDO. V. Subvertido.
soVERTiMENTO, s. m. V. Subvcrsão.
SOVINA, s. f. (Cast. sobina, cravo, torno
de pau, do Lat. subula^ sovela) cravo, tor-
no de pau.
SOVINA, s. m. (chulo) homem mui ava-
rento.
soviNADA, s f. (des. ada) picada com so-
vela ; (fig.) remoque mui picante.
soviNAR, V. a. (Lat. subula, ardes, inf.)
picar com sovela ; (fig. e chulo) dar remo-
ques picantes.
soxE, (geogr.) praso da Coroa Portugue-
za no districto de Tetle, que tem de com-
primento 1 légua, e de largura três quar-
tos.
sozfNHO, A, adj. diminui, de só, adj.
sozoMENO. (hist ) historiador, nasceu na
Palestina, no começo do V século. Compoz
uma Historia ecclesiastica.
sozopoLis, (geogr.) um dos nojaes da Ápol-
lonxa de Thracia, hoje Sizeboli.
sozusA, (geogr.) depois Ápollonia, cida-
de da Cyrenaica, sobre o mar, ao ííE. de
Cyrene, hoje Marza-Sousa.
SP Procurem-se por csp os vocábulos que
se não acharem com sp, v. y. Spada, spa^
po, sperança, e outros, posto que deriva-
dos do Latim e nessa lingua escriptos com
sp, mas a que o uso invariável tem dado
uma syilaba de mais, sendo pronunciados
esp. Seria indesculpável pedantaria conser-
var nelles a orlhographia latina, excepto
quando em verso sesupprime a syllaba ini-
cial.
SPA, (geogr.) cidade da Bélgica, a 7 lé-
guas ao SE. de Liege ; 3.600 habitantes.
SPAGIRICA, s. f. (Lat. ars spagirica, chi-
mica, do Gr. spaô, separar, exlrahir, e aghei-
ro, unir, ajunlar) nome que antigamente se
dava áchimica e á metallurgia, artedeana-
lysar e decompor os corpos,
sPAGiRico. A, adj. relativo á spagirica.
SPAHis ou sjPAnis, (hist.) assim chamam
os Turcos um corpo de cavallaria ligeira,
que foi substituída por Amurat 1. Os.Fran-
cezes dão este nome á cavallaria indígena
na Africa.
SPAITLA, (geogr.) S/fueíw/a, cidadedeTu-
nis, a 30 léguas ao ^0. de Tunis.
SPALATRO, (geogr.) Aspalathos ou Spala^
tum dos antigos, ci íade da Áustria, a 4 lé-
guas ao SK. do Zara ; 7,000 habitantes.
SPALDING, (geogr.) cidade de Inglaterra, a
6 leguâs ao S. de Boston ; 6,500 habitan-
tes.
SPÁ
SPE
629
■íALDiNG, (hist.) um dos primeiros pre-
gadores da Àllemanha, nasceu era 1714,
morreu em 1804. Deixou muitos Sermões.
spALLANZANi , (hisl.) Celebre naturalista,
nasceu em Scandiano, perto de Mantuaem
1729, morreu em 17yJ. Fez muitas des-
cobertas. As suas principaes obras são : Ob-
servações microscópicas sobre o systemada
geração de Needkam e de Buffon; dos Ani-
maculos Jnfworios, etc.
SPANDAU, (geogr.) cidade da Prússia, a 3
luguas e meia ao O. de Uerlin ; 7,000 ha-
bitantes.
SPANGENBERG , (geogf.) cidftde do eleito-
rado de IJesse, a 2 léguas ao SE. de Mes-
sungun ; 1,7(iO habitantes.
sPAncENBERG, (bist j bispo moravo, nas-
ceu em 1704, morreu em 1792. Escreveu
a Vida do conde de Zingendorf.
SPANUEIM ou spoisuEiH, (geogr.) viila dos
Prússia, a 3 léguas ao KO. de Crentzach.
SPANHKIH, (hist.) numismático genovez,
nasceu i6ál), morreu em 17 0. A sua prin-
cipal obra ó: De u^u etprceslanlianumis-
matum antiquorum.
SPNAHEIM iFrederico), (hist.) irmão do pre-
cedente, nasceu em 1632, morreu em 1701.
As suas obras \ersam sobre geographica,
historia sagrada e theologia.
sPANise-TowN, (geogr.) Santiago de ia Ve-
ga dos Ilispanhoes, capital da ilha Jamai-
ca, a 6 léguas ao 0. de kingston; 5,(i0t
habitantes.
SPARADBAPO, s. iti. (Fr. sparadrop, drap,
panno, e spargo, ere, espalhar) (cirurg.) pan-
no coberto de (mplsslro ou unguento que
se applica sobre chagas, feiidas. Moraes dá
uma etimologia ridícula d'este termo que
supj õe erradamente vir do Inglez spare, pou-
par, e drap, panno, porque diz elle : « pou-
pa panno, » servindo alguns mais de uma
vez. U nome é francez, assim como o inven-
tor Gauthier.
SPARGIMENTO, SPARGIR. V. EspargiT.
SPARTA, aparta, ou lacedimoma, Lace-
datntnia , (geogr.) cidade do Feloponeso,'
capital da Laccnia e de todo o eslcdo lace-
demonio, quasi no centro da Laccnia, n'uma
região aspara e monlénhosa, perlo deTay-
gete, e sobre o Eurotas ; íiO.tlOO habitan-
tes. Sparta foi mais uma republica militar
do que um estado monarchico.
REIS DB SPARTA.
(X ibiicclígia destes íeis é- muito in-
certa].
Mylés ou Meles 1^80
Eurotas 16 «1
Lacedemon 1577
Amyclas 1480
Argalus »
Cyuostai 1415
Gilbalus
llippocoon
Tyndaro
Meneláo
Oresles
»
1328
1280
1240
Tisamemo 1220-1 192
11 Dynastia dos Heraclidas.
Aristodemo
r rocies
Sous, Eu-
rypion, e
prytanis
Eunomo
Polydectes
Churilao
Meandro
Theopompo
Zeuxidamo
Amaxidamo
Archidiímo
Agasiclés
Ariston
bem :i rato
Leotycbides
Archidamo il
Agis l
Agesilao
Arcnidamo 111
Agis II
Archidamo IV
Eudumida^ 11
Agis 111
urydamas
11 UO
1186
1142-986
986
907
898
809
770
723
690
651
645
597
520
492
400
427
400
361
338
296
261
?44
239
Eurylhene,Agis,
Echestrato, Sa-
botas
Dorysso
Agesilao
Archelao
Telecle
Alcameno
Folyporo
turyscralo I
Anaxandro
Euryscralo 11
Leão
Anaxandrido
Cleomeues
Leonidas
Plutarco
Plistounax
Pausanias
Agesipolis I
Cleonibrote
Agesipolis II
Cleomenes II
AreusouAretasl 309
Acrotalo 265
A réus ou Are-
1186
li86
957
909
853
813
776
7 24
68/
652
645
597
519
491
480
46u
409
397
380
371
370
íjtila
1 Antes dos Heiaclidas.
ao Ltlex
yoL. nr.
1742
Euclides ou Epi- tas lí 264
elidas. 234 leonidas II 257
Leonidas II {restabelecido) 239
('.leomene 111 2ò8 Agesipolis III 219
Lycnrgo, lyranno da raça dos Pro-
blides. 210
Machanidas 219
Nabis. tyranno. 205-192
SPARTACUS , (hist.) sábio , que presume
ter sido do sangue nobre , serviu n'um
corpo auxiliar aiicexo acs Romanos, deser-
tou, foi ípanbado e conduzido a Capta aon-
de se fez gladiador, lugiu da pnsào com
muitos d(s stus ccmp^nheiros em 73, as-
sclku a Címiiar.Lô.battu o pretor Cláudio,
reuniu uma loi^a de '<IJ,OCO homens com
que ítz n uito mal aos í.omcncs, até que
foi Lendo por Crasso em 71. Morreu como
um biavo.
sPARiEi , {gecgr.)caLo no estado deMar-
loccs, foima a tmiada ao S. do tsueJioue
Cibieliai,
spíCLiARiA, s. /. (íit Lat. sptculor, ari,
olhar) caioplrica, pane da opiica que traia
158
«30
^PH
m
da perspectiva por meio dos raios reflexos de
luz,
SPEITAR. V. V. Despeitar. Espeitar.
SPELLO, (geogr. ) Hispellum cidade, dos
^stados tcclesiaslicos, 1 quarto de légua ao
JSO. de Foligno ; 2,000 nabilanles.
srARTiANO, (hist.) A^lias Spartiamis um
dos autores da Historia Augusta, TÍveu no
IV século no reinado de Diocleciano eCons
tantino. Escreveu as vidas d' Adriano, Nero,
Didio, Severo, Wigér, Caracala, etleta,
sPENDius, (hist.) escravo em Roma, deser-
tou, serviu entre os Carlhaginezes, e foi um
4os chefes da grande revolta dos mercená-
rios, que em 2^0 antes de Jcsu-Christo es-
tiveram para cauíar a ruina de Carthago.
SPENSKR, (hist.) poeta ihglez, nasceu em
1553, morreu em JõUG. A sua melhor poe-
sia é a Rainha das fadas.
sPENSiPpo, (hist.) philosopho d'Atherias,
sobrinho e discípulo de Platão succedeu-lhe
na cadeira da Academia, com prejuízo d'A-
rislolles, no annoSW antes dePesu-Christo
M orreu em Athenas no anno 339 antes de
Jesu-Christo.
speKguntar. V. Perguntar.
spE^^MA, s. m. (Lat., eGr. áòspeiro, so-
OJear) o sémen dos animaes.
SPERMACETI, s. m. (tat sperma, sémen,
e ceti, genit. de cetus, baleia) óleo concreto
branco semi-opaco, que existe fluido no cra-
neo e espinha dorsal das baleias, e se coa-
lha ao ar.
SPERMATICO, A, adj. (Lat. spef iUticus) re-
Mívo ao sémen dos animaes. Vasos — s,
que vão ou vem dos testículos onde se se-
grega o sémen.
SPERO-Ni, (hist.) degli Alvauora, escriptur
italiano, nasceu cm Pádua em Í5l0, mor-
reu em 1588. Deixou: Canace, tragedia, e
Observações sobre Virgilio.
SPESSART, (geogr.) região raontuosa d'Al-
leinanha, sobre o Mein, extende-se desde
a embocadura do Saalo até á de Kin-
ztg.
SPETZIA, (geogr.) Tiparenus, ilha estéril
d'o Archipelago, Sobre a costa E. daMorea,
á entrada do golpho de Kauplia.
SPEY, (geogr.) rio da Iscossia, ^nasceu no
condado d'Averne§s, e cao no mar do Norte.
SPEZIA, ou spEzziA, (geogr ) Sund por-
tus, cidade murada dos estados Sardos, 20
léguas ao SE. de Génova ; 4 000 habitan-
tes.
sphAcelo, í- m. (Lat, áo(\r. sphákelos,
áe-sphago, taatar) (mcd.) perda total da vi-
talidade de uma parte gangrenada.
sruXCTEliu ou spíí/^GiA, (geogr.) hoje Pro-
dona, ilha domar Jonio, na costa da Eu-
clida, e defronte de Pylos.
isínAtiiA, {geogr .j ilha do mar Egeo^ a
pequena distancia das costas d'argolida, ó
nojo Poros.
SPHENOIDAL, ttdj . dos ^ g . ^0 spgenoide.
SPHENOIDS ou SPHENOIDEO, S. Til. (do Gp.
sphen, canto, cunha, e eidos, forma) («nat.)
osso que está mettido na base do craneo cò"
mo uma cunha.
SFHERA. V, Esphera, etc.
spHiNCTER, s. m. (Lat., do Gr. sphingo,
apertar) (anat.) musculo constrictor : — do
anus; — do coUo da i:exi;ía.
spíiiNx ou spíiiNGE. V. Esphinge.
SPHYKGE, (mylh.) monstro fabuloso do
Egypto e da Grécia ; no Egypto, era uma
estatua de leoa com peito e cabeça de mu-
lher, symbolo de Neith, d«usa da sabedo-
ria. A mylhologia grega colloca a Sphínge
nos arredores de Thebas da Boecia,
mas ao corpo de mulher e á cabeça
do leoa dos Egypcios ajunla-lhe as
azas da sguia. A Sphinge , dizem os
poetas gregos, fazia persistência na es-
trada de Delos a Thebas, propunha eni-
gmas aos viajantes; squelles que os não deci-
fravam eram precipitados no mar ; final-
mente (Édipo advinhou o sentido do eni-
gma ea Sphinge vencida -precipitou -se
no mar ; os habitantes de Thebas tinham
soffrido tanto ao monstro que collocaram no
trono aquelle que delle os livrara.
SPÍCANARDO, s. m. (do Lat. spica, tspiga.
e úardo) espécie de nardo da Índia, plan-
ta.
spiílberg, (geogr.) cidade da Bavie-
ra, 1 quarto de légua ao NO. de Hes-
dorvheins.
siMNA, (geogr.) antiguidade d'Italia, na
embocadura mais meridional do Pó, é uma
das celebres colónias pelasgicas.
SPíNA (Alexandre de) (hist.) monge domi-
nicano do Xlll século, nasceu em Piza em
1313. Foi o que achou o segredo de fazer
cculoS.
spNicouRT, (geogr) villade França, 7 lé-
guas aoS. de MontmeJy; 500 habitantes.
SPÍNOLA, (hist ) celebre general, nasceu
em Génova em 15/1, morreu em i630,
levantou tropas á sua custa por Philippe
IV, sustentou por muito tempo a causa his-
panhala nosPaizes-Baixos, apoderou-se d*Os-
tende depois do cerco, tomou Breda, o mor-
reu em 1630, apaixonado por se ver des-
presado por Philippe IV.
spíNosA, (hist ) celebre philosopho hol-
landez, nasceu em ;6)2, de uma lamilia de
judeus porluguezes, morreu em 1077. Éau-
tor d'um systema do pontheismo. As suas
obras são : Expozição do systema de Des-
cartes demonstrado geometricamente ; Trac'
tado theologico politico, etc.
spíRA, (geogr.) Nemetes. Angusta Neme-
iPU
S7A
681
tum e Noviomagus dos antigos» Speiereoa
allemão, cidade do reino de Baviera, 75
léguas ao NO. deMunich; 9,0OO habitan-
tes.
spíRA, (geogr.) rio da Baviera Rhcnana,
sae dos Vosges, o lança-se no Rheno.
spiraculo ou ESPiRACULO, «. m. (l.at. spi-
raculum, respiradouro) (p. us.) sopro, ins-
piração.
spíTiíEAD, (geogr.) velha bahia d'ínglaler-
ra, entre 1'orlsmoulb e a ilha de Wight.
spíTZUERG, (geogr.) archipelago do Ocea-
no Glacial Arcticto, ó cooaposto por 3 ilhas
principaes. Pertence á Mussia.
SPLANCIINOLOGIA, s. f. (Lat., do Gr. splan-
kh7ion, entranha) parto da anatomia que tra-
ta das vísceras.
sPLF.Nico, A, arfj (I^at splenicu<!,desplen,
ini/s, o baç^)) (anat ) do baço, concernente ao
baço
SPOHN, (hisl.) sábio allemão, nasceu era
Lorlmund em 1792, morreu em 1824.
Deixou muitas obras de critica, historia,
geographia e phil')Sophia clássicas.
SPOLETO, (geogr.) í>po/eíMm em Latim, ci-
dade dos tslados hcclesiaslicos, íjapital da
delegação de Spoleto, a 26 léguas ao N. do
Roma ; 7,OjO habitantes. A delegação de
Spoleto tem por cidades principaes Narni,
Temi, Amélia, Kercia, Pie di Lueo.
SPONDEO. V. Espondeo.
SPONDYLO ouESPONDYLO, s. m. (Lat spon-
dylus) ('anat.) vértebra.
SPORADES, (geogr.) isto é, dispersas, gru-
po de ilhas do Archipelago, a E das Cycla-
des, entre Samos e Rhodes rcrteocem aos
Turcos.
SPORADES DA oceaNia, (gcogr.) dá -sg este
nome ás ilhas do Oceano Pacifico.
SPKAT, (hist.) prelado inglez, nasceu em
16^6, morreu em 1713, Deixou: Historia
da Sociedade real de Londres ; Vida de Co-
icley, etc.
SPREE, (geogr.) rio de AUemanha, nasce
no reino de Saxe, e cáe no Spandan.
«PREMUI1TAR, V. Experimentar,
SPREISGEL, (hist.) historiador allemão. nas-
ceu em 1716, morreu em 1U7J. Deixou:
Historia das principaes descobertas geogra-
phicas, até d do Japão; Historia das revo-
luções das índias.
spRENGEL, (hist.) medico prussiaoo , nas-
ceu em 1766, morreu em 1833. Xs suas
principaes obras sào : Ensaio de uma His-
toria prognostica dá medicina ; Historia
de Botânica.
SPRINGFIELD, (gcogr.) cid^íde dus Eslados-
Unidos , a \b íeguss ao U. de Boston;
10,000 habitantes.
spuuzBEiH, (hist.) escriptor fráncez, nas-
ceu em 1766, jzu)rreu tm 1833. Deixou:
Ayiatomia do cérebro ; Tratado sobre a loa-
cura , ele.
SQUiLACE ou ESQUiLLACK, (gcogr.) Scyla-
ceum, cidade do reino de Wapoles, a 6 le-
guns ao .^0. do Cantanzaro ; 3,000 habi-
tantes.
SRi-PERMATARA, (Rcogr.) cidade da índia
Ingleza, no antigo tarnate, a U léguas ao
SO, de Madras.
ssi ou SA, obsol. Y. Sua.
ST Dusquem-se com cst as palavras que
se não acharem com st.
STA, obsol. V. Esta.
STAAL (baroneza de), (hist.) escriptora fran-
ceza, nasceu em ItjUJ, morreu em 17504
Deixou-: Cartas; Memorias da sua vida, mui-
to curiosas.
STABiKS. (geogr.) Slabicje, hoje Cartel a
Maré de Slabia, cidade marítima da Uam-
pani.1, subre o golpho de Puteoles, foi en-
golida pela erupção do Vesúvio noanno79
de Jesu-Christo.
STABROKK ou GEORGE TOWN, (geOgr.) 08-
pit;il do governo de Demerary, sobro o De-
merara; i 0,000.
STACio, (hist.) P. PupiniusStatieus, poe-
ta latino, nasceu em Nápoles no anno 61
de Jesu-l hristo, morreu no anno 96. Foi
wuho potegido de Domiciano, de quem fez
o elogio Deixou: a Tkebaida, poema épi-
co em i2 cantos: a Àchi^eida, outro po3r
ma épico.
STADA. V. Estada.
STADE, (geogr.) cidade do Uanover, capi-
tal do governo de Stade, 35 léguas ao íN.
do Uanover ; 5,0i)0 habitantes.
STADio. V. Estádio.
STADO. V. Estado.
stapt am-iiof , (geogr,; Riparia, cidade
da Baviera, defronte do Ratisbonna; 1,5U«
habitantes.
STADTBERG, (geogr.) Ekresburg na idade
media, villa da Weslpbalia, a 12 léguas e
meia ao E, de Areusberg ; 2,500 habitan-
tes.
STADTHAGKN, (geogr ) cidadc do principa-
do de Schaumburgo-Lippe, a 4 léguas ao
N. de IJuckeburgo ; 1,50» habitantes.
STAEL-uoLSTEiN (baro!!cza de), (hist.) es-
criptora fraaceza, nasceu em l766, mor-
reu em 1817. Os ^seus escripAos são: Del^
pkina, Corina ; a AUemanha, etc.
ST.EUDLiN, (hist.) sábio thoologo allemào»
nasceu em 1761 , morreu em I82d. Dei-
xeu exceileates trabalhos sobre theologia e
philosophiâ.
STAFEA, (geogr.) uma das illins Bebridas,
é muito {lequena.
sTAFFARDii, (gcogr.) villa c antiga abèar^-
dia dos Eslados-Sariios, légua e meia aoN.
de Siilmes, e » pouc« distancia 4o Vò.
♦ 158 •
632
STA
STE
STAFFORD (cofidado de) (geogr.) na Ingla-
terra no centro, enire o de Chester ao NO.
de Derby ao ^E de Warvick ao SE. de
Worcester ao S. 75,411 ,000 habitantes. Ca-
pital Sltaford.
STTAFFOUD, (hist.) antiga família d'íngla-
lerra, d'origem normanda, teve por chefe
líoberto Toenes, coratenoporaneo de Gui-
lherme o conquistador.
STAFFORD (Guilherme Koward, conde de),
(hist.) 2.** íilho do H.« duque de Norfolk,
nasceu em 1611, morreu decapitado em
1680.
STAGTRA, (geogr.) hoje porlo Libesade ou
Straro, cidade da Macedónia, na Chalcidica
ao N., perto dogolpho Strymonico.
STAGNAÇÃo. V. Estagnação.
STAQNo, (geogr.) cidade dos Estados Aus-
tríacos, 7 léguas a INO. de Ragusa ; 2,000
habitantes.
SLAiNs, (geogr.) villa de França, 1 quar-
to Qe légua a NE. de S. Diniz.
STALA, s. f. (Lat,) V. Fresepio , Cur-
ral,
stalactite, s, f. (do Gr. stalactos, que
distilla), congelação vítrea ou pétrea forma-
da pelo deposito das aguas calcareas qne fil-
tram por ofendas de cavernas.
STALiMENE, (geogr.) a antiga Lemos, ilha
do Archipekigo, 26 léguas a O. da cosia da
Anatólia ; ll.OCO habitantes.
STALLO, s. w. (Fr. stalle, Lat. stallus],
banco, assento em igreja.
stamford, (geogr.) cidade d'Inglalerra, a
15 léguas de Lincí In ; 8,(]C0 habitantes.
STAMFOKB-BKiDGE, (geogr.) Cidade d'Ingla-
terra, 3 Itguas a NE. ^'lorfk.
STA^ÇA. V. Estática, e Instancia.
STA^co ou sTALCHio, (geogr.) Cos. uma
das Sporades, yaleto das ilhas, 4 léguas das
costas da Turquia. Capital Stanco.
STAKDIA, (geogr.) />ia; ilhadoÁrchipela-
go, na costa í<. de Cândia.
STANisLAO (S.), (hist.) marljr, bispo, de
Cracóvia em 1172. Censurou ao rei Boles-
lao II a !>ua tyrannia, e foi mandado mar-
tirizar em lo79. L' commemorado a 7 de
maio.
STANisLAO kotska (S.), (hist.) íilho de um
senador polaco, entrou para a ordem dos
Jesuítas em 1167, e morreu passados 9 me-
zes em 15b7. E commemorado a 13 de no-
. vembro.
sTAMSLAO LECziNSKi, (híst.) rei da Poló-
nia, nesceu em 16b2, era filho deRaphael
Leczníski, Palatino deíosnania. Ja era Pa-
latino da Posnania, quando rebentou a guer-
ra entre augusto 11, rei da Polónia e Carlos
II, foi eleito lei por influencia da Suécia.
STAPBiL, í. m. (do Lat. siajilus, vinha
silvestre de que os decuriôts romauos se
serviam para fustigar os soldados), (ant.),
açoute, azorrague de correias.
STAPHiSAGRiA, s. f. (Lat de staphis, vi-
nha sylvestre, e agria, azeda), planta acre*
cuja semente é medicinal ; reduzida a pó é
usada para destruir os piolhos.'
STASi?, s. f. (Lat. stasis, do Gr. staô, es-
tar parado), (t. med.) estagnação de san-
gue ou dos humores em alguma parte do!
corpo.
STATHOUDER, s. m. (do HoUandcz stadt,
cidade, e houder, que convoca, preside),
primeiro magistrado da republica hollande-
za. Era hereditário, convocava a assembléa
dos estados-geraes, e commandava o exer-
cito e a marinha.
STATICA ou ESTÁTICA, S. f, (do Lat. StO,
are, estar firme), parte da mechanica que
tracta do equilíbrio dos corpos, ou das for-
ças que tem acção reciproca ; v. g. — chi-
mica.
STATISTICA. V. Eslalistica.
STEAiiTE, s. f. (do Gr. stear, sebo), ter-
ra molle e unctuosa como sebo, espécie de
marr\e,
STEATOMA; s. m. (do Gr. sígar, sebo), (t.
med), tumor enkystado formado de maté-
ria da consistência de sebo.
STEDE, obsol., i^or Esteve, de estar.
STEGAKOGRAPHfA, s. f. (do Gr. slêgatios,
coberto, graphia suff ), arte de escreverem
cifra.
STELLiONATO, s. m. (Lat. stsllionatus, de
slellio lagarto malhado), fraude em con-
lra'*to, dolo.
STENOGRAPHÍA, s. f. (do Gr. stcuos , es-
treito, e graphia suff.) arte de escreverem
abreviado.
STENÓGRAPHO , s. m. O quo Bscrevo em
abreviatura.
STEHCORARIA OU ESTERCORARIA , ttdj . f.
(do Lat. stercus, esterco, excremento. Ca-
deira— , era que o papa se assenta no dia
da sua sagração.
sTEREo , (do Gr. stereos, solido.) prefixo
que entra na composição de muitos termos
derivados do Grego.
sTEREOGRAriiiA, s. f. [stcreo ^veí., e gra-
phia sulí.) representação dos corpos sóli-
dos.
stereographico , A , adj. concernente á
slereographia.
STEREOMETRIA, s. f. {stereo pref., e m«-
tria.) medição dos corpos sólidos.
STEKEOTOMiA, s f. [sterto pref., 6 Gr. to-
me, córle ) arte de talhar os sólidos, de ta-
lhar a pedra, arte do canteiro.
stebeotypar , V. a. {stereotypo, ar des
inf.) imprimir, estampar livros com pranchas
inteiriças de typos.
stereotypo, A, adj. [stereo pref., e ty-
8TI
8T0
633
po.) impresso com prancha inteiriça de ty-
pos. I
sTERiso OU STERwon, «. 1». (Lat. stfmum, ,
do (ir. slernon, lirme ) (anal.) osso era que
se articulim as extremidades anteriores das
costellas verdadeiras.
STKH!«UDAÇÃ0 ou STER^UTAÇiO, S, f. (Lat.
síernuialio, onis ) V. Espirro.
STKRNUTATnlMO. A, ttdj , [L&i. SlemutatO-
rius.) quo f»z espirrar.
STEsiciioRE.j^hist.) poeta lyrico grego, na-
tural HMimortí na Sicília, lloreçeu emfi.G
antes de Jesu-Christo.
SFETTiN, (geogr.) Sc//muwi, cidade da
Prus>ia, capital da regência de Sletiin, e
Oulr'ora de toda a Pomerania, 25 léguas ao
^E de BerLn , 35,000 habitantes. A regên-
cia de Sietlin, uma das três da Pomerania,
eat<'e a de (;íe>liii a E. os dous grau duca-
dos de M.nklembiirgo a O o mar Uaitico
ao N conta \h »,0B » habitantes.
STETTiN ^Kova), (geogr )ci'ladeda Prússia,
15 léguas ao S. de C{fi>lin ; 2,500 habitan-
tes.
STEVADAME, s. tn. T. Est^va.
STEVAUAMENTE. V. Esdvadamcnte.
STEVEKSH\N«EPÍ OU^SIEVKK>IIAUSKU, (geOgr.)
cidade de Uauover, no bailliado de Mei-
ners"n : 300 habitantes.
STEViN, (hist.) inathematico francezdoXlI
fecul • morreu em ItWS. Resolveu muiias
quesiõts de mecânica.
SífcWAKT, (hist.) philosophoescoí^ez, nas-
ceu em \l.hi, morreu em I 2'*. Deixou:
EUmenlos de phtlosuphia; Ensaios phdu-
sophicus, etc.
STfcWART-DENnAM. (hist ) cfonomisla es-
cocez, nasi:eii em 17 li, morreu em l7<S0.
Deixou : Noções d'economia politica.
STEííER, geogr.) cidade dos b>tados-Aus-
irirtc^js, 4 i léguas aoSO. de Vienna ; 10,OjO
habitantes.
siuENELUS, (hist.) u-n dos filhos de Perseo
e «^'Andromed^-s, por morte de seu pai cou
be Jhe em partilha Mycenas, venceti e fez
pritÂoneiro Amphjtriào, seu s(d»rinho.
srriENKLUs, (hist) filho de iC-ípaueo, um
dos 7 chefes que cercavam Thebas com Po -
Jynice, foi um dos Epiyones que cercaram
«sta ci'iade.
STUENiA, s. tn. (Lat., do Tir. síhenò, ier
força.) (fied.) estado de exaltação das for-
ças orgânicas.
sint.-s.co. A, adj (V . Sthenia ) Estado,
doença — , em que ha exaltação das ftr-
ças.
STHENOBEA, (hist.) filha d'íobato, rei de
lycia, concebeu ciiminoza p«ixâo por Bel-
lerojhonte.
STif.MA, *. m. (lat. eGr. de*í«sô. picar )
marca de picada. — , ^bol ] extremidade glan-
TUL. IT.
dulosa do pistillo ; órgão exterior da respi-
ração de alguns insectos,
stigmatisado. V. Estijmalisado.
stigmatisar V. Ksligmatisar.
STiLicoN, (hist ) F/acÍM« Sí/ico, general e
favorito de Theodosio, vanlalo de origem,
Crtzou com Serena, sobrinha do imj)erador,
por morte d»*ste princijje foi tutor de Ho-
nório, seu filho. Traotava de fazer | assar
a coroa para a sua família, quando Honó-
rio, informado das suas intrig.isdeu ordem
para jue fosse morto ; um dos seus capi-
tães lhe cortou a cabeça em 408.
STILLING, (hist.) mysti.jo allemão, nasceu
em l7'iO, jnorreu em 18 7. Publicou : Rei-
nas do reino dos Esffiritos; Apologia da
Tkroria dos Espiriíox. eto.
sTiLLiNr.FLEET , (hist ) controversista in-
glez, níisi;eu em 16^5, morreu em IGJD. As
suas principies obr.ts são : Ori<jines Sacrcg]
Origine'} hriíannicce, eto.
STH. LO ou STíLO, (gcogr.) ConJÍ/»UTO, ci-
dade do reino de Nip.dns, 9 léguas ao S.
de Squillace ; 1,800 hribitant»^s.
STiLPON, (hist.) philosopho de Me:?art,
discípulo de Diogene»*, e mestre de Zenão
o Sioíco, foi um modelo de virtude.
sTíPULA, s. f (Lat palka ) (bot.)appea-
dix squsraoso ou membranoso que acompa-
nha a base do pcciolo.
STiPULAÇÃo, stipular. V. Estipulor, etc.
STIRLING. OU STKIVELING, (geOgr.) CÍ lade
da tscocia, capital do condado desie nome
i4 léguas ao NO. d'E'limburgo ; 10,740 ha-
bíianles. O cndado de Siírling situado en-
tre os.de Porih ao N. de ílUckminnan ao
NE. de Lenark ao S. de Dumbarton a O ;
7ú,0U0 habitantes.
sTiRLiNG (oondo dei , (hi^t.) nasceu dm
15^0, morreu em 1(5^0, foi secretario da
Escócia. Deixou Poesias muito estimadas.
STO. V. hlo.
STOBEo, (hi-^-t.) Joannes Stobttus ouS/o-
bensis, compilador g'Pgo, que se julga ter
vivido em 450 ou 5iJ0 de J -Ísu-Christo, e
que sem duvida era de Stobi, ci<lade da
Macedónia. D*^i\ou ; EclogcB pfiisicce et Ethi-
coe; Sermones ou. Auilmlogcon.
STOBES, (geogr ) .S/o/yi. hoje Istib, cidade
da Macedónia, Ci<pit;il «la 1'conia, entro oi
Agr-ianos.
STocKnAi.E, (hist. literato escocez, nasceu
em l"3tí, morreu em 181 1. PubMcou: Oft^cr-
voções si bre a natureza e leis da piesia;
Lfcções sobre os melhores poetas ingle^
zes.
STOCKiioLio. (gftogr.) cíípiíal. da Suécia,
e da p ovimia de St tckhoirao. entre o la-
go âloelar e a Bélgica ; 90,000 habitan-
tes.
STOCKPORT, (geogr ) cidade d'Inglalerra,
159
cu
&T3
&Íf(
3 le!?uRS ao SE. de Manchester ; Gl.OrOha-
LitíiTiies.
sroCKTnN-upoN-TéRS,'gpogr ) cidade d'ln-
glíiiíMia. sitbíH H Te»*;;, a 4 It^guas da sua
eijd)(M;.i'lura ; 8,0<*U Imljit-ífKes
sTotciun s insul.í: , (;íe<»g''.) hoj*) illi«s
llye^ct g'Uj»o das ilhas do iiinr ifift-rior lus
CK-Ntíis <ía Narbi iKZH, peito de i)lassilta
(hoj* M rv,v lha .
sTuFF Er. ^tiUt.^ general vpndeino, nas-
CiMi t.m i7 I. iu<tr'vii fMn i7'.>6. Foi fuzdd-
do em Ancora cru 171)().
STOif:is«'), s. m. (de;*. fçwo.)donlrinn mo-
ral <ius sloicos, singular insensibilidade aos
niíil' s
STOico, A, «'//. (do Or. stoa, porl-co.)
rju-^ segue n doutrina primiliVíniente en^^i-
nada em Athenas no poriico. Os — s, phi-
lusophís desta siila.
sToiCos, (hist ) Stoici, peita de philoso-
phos fundada m anno 30J antes <JeJesu-
Chtisto por Zenão de Cilium, tirava o >eii
noMjedi! uoi pórtico (em g^ego stoa], aonde
se renuiaoi os discípulos de Zenão, para
receber as licgõesde seu mestre. Os Sloi-
cos torna mm -se nolav-ispeLi su<i mo ai.
STOKK-UPON-TRÇRT, (j^-ogr.) cidad,? d'ln-
gl.Uerra, sobre o Treut; 37,23J h^bit^in-
íes.
STOiíBERr., (geogr.) cidade da Prnssia. 2
leí2;ijas e iii» ia a K. de Aix-la-Cliapelle ;
4,r»00 ha b. ta mes.
STOLBERG-A.M-IIARZ , (gcogr.) oldade da
írussií, '2o léguas ao Ni. de Merseburgo;
4;í(lO habitantes.
sroLBKiiG-iN-r.EB'nnK, (geogr.) cidade do
reino da Saxonia, A legu»s h meia ao SO
d=í Cneniitz; 2.0 H> habilantesí.
STOLBEB';, (hist ) escript r allemão. nas-
ceu em 175 ^ mornu cmi 18!9. As suas
priíifipaes obras são iradiicrões em verso
da lUoda, d'Ksch}lo, etc.
.STOLBOVA ou STo| BOWbKAIA, (gCOgr.) villa
da Hussia europea, In jn em minas.
sTÓLiDO, A, aiij. (Lai. stvlidus.) tolo, es-
tujddo.
SToi.ps, (geogr ) cidadi murada d<i Prns-
sia, 15 léguas ao Aê.. de («B^lin ; 6,(300 lia-
l^itmtes.
STONK, (p;eogr ) cidade d'Inglaíerra, li lé-
guas ao yj de SlaíFord ; 8,000 habitan-
STONEUKNCE , (liist.) monumeuto curio-
20, do cnllQ dos antigos Bretões , que se
«chi um Ifiglate-ra na ldaniciedeSal^^bu^g,
ò '6 léguas desta ciilade
STONMpiUSE. (geoyrr ) aldeia dMnsjlaterra.
enife rlyiuouil) e riymuulli-Oorks ; 6,100
habita ri t<;s.
sTOiNYiiuKST. (gí^ogr ) fll leia d*ingl!aterra,
7 léguas ao bC. de l^itiBcastre.
' STORA ou sciGVTA, fgBogr ) perto da an-
tiga liusicadi^ c'dide d\Jgeria, 15 léguas
ao .NK. de »>onslaniina.
STOKA KnppAKBEBG , (peogr) iim dos la-
na los d rt Suecii. na Suécia pnipriam^-nle dita,
ao ?l é siwiadoenir-tos lanatnsd^ Jce nlhnJ
HO N.,d >(E ebroa» S.; IJj.OO» hábil. nles,
ta p' lai Fahon
sroKCii ou sToncK. (hi<it.] rdiefe dosAna-
bapiisias, oasoeti cm ^ olberi;. morreu eru
15 t: tirouas ujais^!xaggera ias couiequen-
nas dos [tfinoijdos >U', tuihero. V sei'a de
Si'tn k é CMuhecila pelo nome de s iia de
l*iU'i(ica<ioie!i.
sT<uí?ioWAV, (íreogr ) cidade ft porto da
Escncia, capital da ilha de Lewis ; 4,2O0
habitantes.
STOROE, ígeogrJ ilha do raar do norte, 10
léguas ao S, de Bergen ; 2,000 habitan-
tes.
STORTH^iNC, (hist.) assemMé.i geral ou die-
ta da Noruega, é um corpo representativo
e electivo, no qual estào coOifundidas as Ires
ordens do K>tado.
STomi, (geogr.) noo^e de muitos rios d'ín-
glaterra : !.• um que rega os con<lados de
Hors"! (» Souihampt n; i.^ um que na*ce
n s limites dos condados d'Ks.sen edeSaf-
íohk ; i.** urn rio do condado de Kent ; \ •
um aíliipute de Severn, que rega ocouda-
do de Wecester.
STOURPoRT, (geogr ] cdade d'lní?lat.»rra,
\ léguas ao .N. de Wurcesler ; 6,150 habi-
tantes.
STow, fgengr.) vilia d'Inglaterra, 3 lé-
guas ao Ns). de Hridjí^waier.
STR^BU), (hist.) Strabo. celebre geogra-
pho grego d'AMiasea na Cappadooia, nas-
ceu no anno bi) antes de Jrsu-Christo. te-
ve diátincta elucacayão, viajou pela As'a,
morreu nos uliimos annos do reinado de
Tibério. <'omp6z Memona-i históricas; e uma
(ieographia que co n adel tobmeo éa me-
lhor obra deste género que nos legou a
anfíguidaiJe
STKABU) Df. F.AMPSiCO. fhi<5t.) phH \SOpho
peripaielíco, disniixilo deTheophrasto, sue •
cedeu -lhe no Lycêo no anno 28.1 antes de
.lesu ('hfi^l.í, morreu em 770. Kst/«beleceu
um syslema te philosophia. segundo o qual
explicava tudo pela f- rça produclora da na-
tureza, o que lhe valeu o nome de phisicê
ou natura, isla.
STR^RisHo, s. m (Lat. *<ro/;tsmwt, do ftr.
strephfl. Voltar, volver.) (med.) defeito dos
olhos, olhar vesgo
siRADA. (hist ) jesuíta romano, na«;ceu em
1572, morreu en i6V.). heixou entre ou-
tros escrlplos : De Lélio Belgico He decadet
duo *^
STRAoELLA, (geogr.) cídadd dos Estadoí-
sflP
STH
ca3
Sardos 7 legaas ao ^E. di Voghera;3,900
hfbiiniilos.
straDiVaRils. (hist.) o mais h»bil artis-
lista de iii&truiitrntos du r^rdas, nasouem
l()7o em r.ieujona, morreu eoi 17 Í8, fo»
discipi l«) dos Amaii.
STHArFOBD UU STHATFORD, (gPOVr ) CÍda-
no (riiijilí^íiTra, \ Ihjíuss ao a»J. de >Var-
witk : :V07<> liabilariteH.
siR^FPoRD (condn de', (hist.) estadista in-
ft]ei, nasceu em 1593, de nma famdia ai
liada com o sanjiue real, f.i iio parlamt^n
tu defensor dos fwfitsnacinnaes S>r?ifT.»rd, fez
serviços 111 porlantes a < ai Ks duranleo tem-
po eiu quH HSle princ'pe governou sem par-
lam^nto. Obieve alguns successos fobre <»s
rebelde^ d'tscocia. SiralT.ird fni condemna-
do á morte pelo parlamento em cons»qupn-
cia de uma accusa«,ào de Pym. O rei, de quf^m
elle fOra ins runipoto leve a bsix^^za de
«ssi^nar a stnt»>nça que foi executada a lá
de maio de 1041.
siRAKOMTZ, (grogr.^ ciilade daBoheraia,
5 léguas ao SO. de Pis^k ; 2,000 habitan-
tes.
STRAi.suND, (gpogr.) cid,ide da Prússia,
capital da regência do mesmo nomn, 55 lé-
guas an N. de Herlin ; tí.OOO babiiantes
A regência de Siralsund tem por limit-esao
NO. ao S. e a E., o Báltico, ao SK. e ao
S. a regência de Stetiin ; ICj.OUO babiian-
tes.
STRAWGUHIA, s. f. (^M , de slringo,cre,
apertar.) (rand.) diíliculdade e desejo cons-
tante de ourinar.
stbamiar. V. Estranhar.
str \sburro, {\^'^oj^r ) Argentoratum dos
antig is, cidade <le França, rapilal do dnpar-
tami^nlo do baixo- Itheno, HG léguas a fc.
de rans ; 57,88j habitantes.
5TBA^BUKGo (bispado dȒ). igsogr.) com-
preendia raiitios distnrlos da Uaixa-Alsacia,
mas nào a própria cidai»».
STAASSBUKG, Rfiogr ) /íro /fttfzo em pola-
co, cidaile murada da l'rijssia, 15 l»*giiasao
SE. de Wafiemv.inlp- ; f (íOO habitantes.
STRATAGKM4. V. E<traíagema.
STa.ATÍi;iA. V. EsiraUiiia, etc.
STRATHAVgN, {g''ogr.) cidade da Fscoria,
6 léguas ao SE. de olasgow ; 5,0-U habi-
ta ntei-
STBATIPICAR. V. Estrati ficar.
STRAToNiCEA, (geogr.) h<»je Eski-hhsar^
cidade da Caria, no centro, 9 E. de Mjla-
so.
STRAUBCVCEN, (g*»oer ] Castua ^uguata-
fia, cidade da Havi^-ra, 2» léguas ao >0.
de Passau ; (5^200 habiíanles.
STRF.LiTZ (ge«'gr.) m me de duas cidades
do ducado de Me» kl»*ii.biirgo-Streliiz. uma
Neu-Strelitx, [^'ova-Strelitx], 85 feguas ao
SE. <*e Fclwf^rin ; ^..^^^00 h^^itant^s. A cu-
ira AU Sticliiz {Xilha StuUiz , Irgua e
meia ao SK. de Sinl iz ; 2,4(0 haLiianfen,
siRM.iTZ, lhi^t.) isto éatitad' tes. rorpo
de iiif/ínlfiia nissa folrL^do rm !■ 45 [oc
Joào IV, íin puiiha-Mí de /.(»,( (50 lonunt
e fornrcirt a ^ii/iida impei i{<l. loidi&olvido
este corpo em consequência de una revel-
ia contra Pedro-o-tirande.
STB^^G^il:<í. (ge(»gr.) cidade da Fuecii, 15
ao >. de ^}kappin^í; 1,100 habitantes.
STREPITAH V. Etsirefiilar.
STiiEiMTO. V. Estrépito,
SI Ria. V. Estria.
STRICTO ou ESTHiCTO, A, aâj . (I ftt. slrt-
ctus, p. p. de stringo, tre, apartar.) apar-
tado, estreito ; (tig ) rigoroso lnlerpreta<,ào
— . Sentido — .rigoroso. Voto — , que obri-
ga a v,bservancia ligorosa,
STRiDO, (geogr ) Stridtinia dos aritigos,
Sirignv eoj AU» nià«>, cidade da Hungria,
3 léguas a O. de Izeidfthely.
STKiGE , s. f. (i at. slrix, igis.) ave no-
cturna lri>le e agoureira.
srRiCELiN. (hisi.) the< logo, nasceu na
Su«bia, em 152«, morreu em lò*9. Sus-
tentou muit«s discussões sobre o peccado
mortal Foi discipul» de l.iiihero.
STBiVAi.i, (geogr.) outr'ora Stroiihadet. pe-
queno grupo <1« 4 ilhas no mar Jouio, a
lo Ir^guHS da <lha do /ante
sTKi EMoE, (g»^rgr ) a principal das ilhas
Fseroe ; l.iVO habitantes.
stroemsoe, ígeogr.) cidade da Noruega,
9 legu«s ao bO de Chrisiiania ; 5,420 ha-
bitanl^^s.
STRiíGONOF, (hist ) autifra f^milia russa ,
conhecidíi d sde o século \VI, delia sai-
raru muitos personagens disctinctoi.
sTROM\TKS , s. m. (do Cir. stiOÔ. espa-
lhar.) collecção dos pensamentos de um au-
tor mi^lura'^os com os de outros.
STrtOMBMi, (geogr) 'strongyle, uma das
ilhas I ipari ; 1,000 habitantt^s
STROMNEss, (gergr ) ci l«d« e porto da ilha
Pom.Mia. .j léguas a O. deJIkii^waU; â.3Jt)
halnianl» s. i • '
STHONCiANA, s. f terra àl^atínà snraelhaji-
le á barjirts, desc<d»erta pela primei a vei
em ilruntian na Escócia.
STRONGYLE. ígeogr.) uiua das ilhas Lipa-
ri, h. j-^ i>lrotnhuli.
STRoiND, (g*í<»gr.) cidade d'InKlaterra, 3
léguas e meia ao S. de Glocesler ; 42,u00
habitantes
s TROND. fgeogr ) Fannm S. Trudorius
em lalÍ4u moaerno, S fVMyí»»» em allemâo,
cidade da He^gi^a, 7b'guasaoKE. de Lie-
ge ; S,490 habilautes.
sTKo^'iAY. (geogr.) uipç das Orcades ;
i.OoO habitantes.
159 •
I
636
STR
6TU
sTROMiAN, (geogr.) villa da Escócia, 8
legufls ao SO. de Forih-William. j
s. Tu^TEZ, (içeogr.) lleraclea Caccabria
dos Miligos, Fanum S. Tor^jetis em latim
rooderno, cidade de Franca, a ^2 léguas e
meia aj SE. de Draguignam ; 3,tí4u Labi
ta 11 te?.
sTROpnADES. (geogr.) hoje Strirali, ilhas
do mar Jonio, delronte deMessina e ao S.
de l.vynúio. A mytholugia dava-aspor ha-
bilaçàu ás Uarj.yas.
STKOPUE. V. Esiro'ihe.
STHOZzi iP«llas', (híst.) sábio italiano, nas-
ceu tm Kwá, mordeu em l-^tL*. l)eu-se a
fazer c«ipiar ns n!«nuscii|)tos gregos ; a elle
se deve o Alntagesio de Itoh-mcO ; «s Vi
das de Plutarco ; as Obras de í latJiO.
STRozzi (Tiiu Vespasiiíno) (hisl ) poHia la
tino. naseí^u em 142. em Feriara, murr» u
em 15(ll. Toriiou-se notável pela elleg«n-
cia de seu e&lilo.
sTRozzi (llí^rcules) (hist.) filho do prece-
dente, naMuu, em 1471 , morreu em 15<8,
tevecom seu paia presidência doconcelho
dos í2 em,Ferr«r8 ; foi as-assinado quando
ia casar. Deixou poe>ias Iwlinfcs.
STBozzi, ihist.) chamado o Capuccino,
pinlítr genovez, nasceu em 1581, morren
em 1044, era • ílectivanienie c;»puchiriho ;
deixou o convénio erefngi<u-&e em Vene-
za aonde fez b* lios quadros.
STBi z^i , (hit-t.) celtbie florentino , nas-
ceu em 1488, cazou ra casa dos Medicis,
mas p< r isto i ào deixou de spr iimd»feu
sor da hber<lade contra csla família ; ret-u
sou um pnuiipado que lhe oílereceu Leão
X e teve a princi[^al ^lane na revoluràod^!
lv'27, que tirava a iiiflu» ncia aos Medicis,
e resti' helena a antiga forma de governo
Coiicorreu p»ra o liiunphodo dujue Ale-
xandre que o creou senador. Suicidou-se
em
í5:í8.
sinozzi (Thilippe), (hist) filho do prc-
ccdt nte. disiinguiu-se ao servido da Fran-
ça, aonde foi fomeado general das galeras,
depois mareihal Foi morto em 15.8 no
cerco de lhi«nville.
siRtzzi, (hist ) filho de Pedro, nasceu
em Aeniza cm 1541, distinguiu se ao ser-
vido ^s Fraiiça dtscíe a idadt de 15 aniios,
fez predigiííb de valer nas batalhas deRo-
fhe y^lnlie, de > i ii((nt( ur, e no cerco da
t«(l.dla, ioi a,"iMMoi ado • m .584 peloal
itíiiante ífònia Ciuz, que o mandou lançar
ao mar.
SI KL Cl IRA. V E>trviCtura.
^^Kl^^^EE, (hi^t.) «Mfdisfa prnfsipno ,
Ka.»cen i uí 17»^ Foi i*Ma| í'k!o an Wil,
»Min'f}o de leh çôes (rin ir í fas c< m a lai-
) ha re Tin^n ana ( aiolmaMaiildi de qutm tes.
era piiiLeiío iLÍm&uo.
I STnuvio, (hist.) Struvius, jurisconsulto «1-
' lemào, nasceu em 16 9, mornu rm It 92.
As suas principaes obras são ; o Júris feu"
dalis syntagma , Jurisprudtn,A(B civilis
syntagma.
STRY, ígeogr.) cidale murada, capital de
um circulo, sobreo Slry, 15 léguas ao S. de
Lemberg ; U,bOi) habitantes.
STRYMON, (geogr) h"je5íroma oa Kara»
sou, rio da Thracia e dn Macedónia, sai do
tlemns, e cai no mar Egôo, pouco acima de
Ampbipolís
STRYMoRCus siNUS, (gpogr.) hoje golpho
WOrfano, golpho do mar Fgêo sobre acos-
ta da Macedónia, recebia o Strymoa que
lhe deu o nome.
STiJAKT. (hist ) família real celebre pelo
seu poder e desgraças, reinou primeiramen-
te na Kscocia e depois em toda a (Iran-
Hrelanna. Teve por chefe um certo Waller,
oriundo de Bonquo, chefe de í ocbaber. O
reinado desta ca^a terminou em Ja quês II,
exilado pela revolução de 688.
STUART (Ja<ques Ldua»do), (hist ) apeli-
dado o cavúlUtrode S. Jo^ge, filho deJac-
quês II, nasceu a 10 de Junho de i68S,
em 1701 foi reconhecido rei d'lnglaterra
com o nome de Ja«qnes lil, por LmzXlT
e esperou por muito tempo que a rainha
Anna o nomeasse s»»u successor. Morreu em
em boma em "466.
siUART (Carlos Eduardo) (hist.) chama-
do o IWetendenie, e o conde d'Albavy ,
nasceu em lioma rm 1744, morreu na lia-
IÍH, 1788, depois de ler tentado occupar o
trono d'lnglíiterra
STUART, ^hist ) segundo filho de Tarlos
Eduardo, nasceu era 1725, morreu em 1807.
Teve primeiramente o titulo de duque de
iorck, tomou depois ordens e foi eleito car-
deal
STUART (Arabella), (hist.) chamada ordi-
nariamente Laly Arabella, filha de (larlos
Siuítrt, c nde de Lennon, teve perlen!,õ«s
ao li-ono d'lnglaterra. Foi encarcerada pelo
rei da Escócia, e morreu na prisão em
I6i5.
STUART, (hist.) arrhiiecto e antiquário,
inglez, nasc»-u em 1713, morreu em 1 ; 88.
Visitou a Itália e a Grécia publicou de-
pois as Antiguidades d'Athenas.
siy)o. V, Esivdo.
s1LHll^Gi'^, (geogr,) villa da gran-dnra*
do de fcadcn. 4 h guas ao ^0, de l^chíif-
fhouse ; 1 ,( ( O habitantes.
simLWEifSF.KBLHGo . (geogr.) chamada
tí>nbim A'ba-Jhol, Athalieg a Juba em
l^iim Drdtrno, cidade da hnngria, 15 lé-
guas ao ^0. de iJuda ; 4,0(<U habiian-
siiiiM, (j^eo^r.) cidade da Piuisia, 51e-
Qãt
SUA
SUA
637
guas (10 NE. de Maríeawerder ; 900 babí-
tnntes.
STULTiLOQuio, *. m. {Lst. stullilo'juium.)
(p. us ) palavras, razõ 'S de tolo.
STULTo , A, ajj. (Lat. stulius.) estólido,
tolo
STUPIDO V. Eitupido.
STURA, (geogr.) Siu^a era latim, nome
de dons rios dos Estados Sardos ; am afllaen-
te do ró ; e outro cae no Tennro.
STURE, ihist ) chamado o Antiijn, foi no
meado admitiistradordo r<»ino da Subiria em
1471, por morte do Carlos Vlll. Morreu em
150 {.
STURM (Cbristovão), (hisl ) sábio allemão
nasceu era l()i5, morreu em l"t)3. Asna
melhor obra tem por titulo: Collegium ex-
perimentale sive curiosun.
«TUTTCART, (g^^ogr ) capítal do rpjno de
Wuriemberfí , a meia légua do >eckar ;
35,0UU habitantes.
STYGio, A, adj. do styx, da estyge. A la-
goa - .
STTL. Y. Astil ou Hastim, medida agra-
ria.
STTf.iTA , s. m. ou adj. m que so tem
em pé sobre uma columna. S. Simão — .
STYLO, s. m. (Lai. ííy/as, coliimnarinha.)
ponteiro com que osGregose Romanos tra-
çavam as letras ; (fig.) esljlo. V. Eslyb.
siYMPiiALE, [geogr.) Slymphalus hoJH Za-
raca, pequma cidado da Arcádia, ao JNE.,
nos confins da Phliasia edaArgolida.
STTPTico, A, adj. (Lat. stypticus, do Gr.
styphein, apertar.) (med.) que aperta, cons-
tringe.
STTR, (geogr.) rio d'Allemanha, nasceu
na iialicia, perto de Brody, depois entra na
bussia e perd^í-se no Pripets.
STTRiA, (gpogr.) parte da Norica e da
Pannonia antiga, Steyer em «llemão, um
dos governos damonarchia austríaca, limi-
tado ao N. e a O. pela Áustria, a E. pela
Hungria, ao S. pela lllyria e Croácia;
87(t,O0l) habitantes. Capital Grcetz.
STYs. V. Aslins ou Ilastins de llastim.
STYGE, (myth.) rio do.s infernos, segundo
a fabula grega, .«^egundo uns era gelado;
segundo outros as suas aguas eram veneno-
zas. I»eriva o shu nome de Stygeo odiar.
Fez-se de .-tyge uma Oceanida, mulher de
Titan i alias.
sT^x, (Ke<'gr ) rio d« Arcádia, entre os
rherieiles. cai iinCraihis.
SLA, de>inpn>ia f. de spu. d Ilnoudella,
referindo s« A pessoa ou cousa p 'S>uid8, e'
não «o possui 'c, ex Nero deveu a — mài
Aífrippina o império. Séneca a(djou em — i
esposa j
!»U«BiA, 'gpogr.^ ero all^^n fto.^r' ir/cn. rm
latinri ufr'0. r» giàii da afit't{» \ll«naiiha
V» l.. íT,
noSO., não tinha Iim<t(^s he-n fito'?, «van-
<;ava pelo S. ale n do llheno até á Suissa a
sua capital era Zuricb.
Duques de Suabia desde 912.
I Duques não hereditários.
rrchanger
012
Hermann III 1004
t^urkh.írd
92fi
Ernesto 1 1012
Hermaun I
9 6
Hermann IV 1031
Ludolf
d\H
Henrique 1038
Rurkhar II
9.ÍÍ
Olhão |[ 1 U
othào 1
97;j
Olhão III 1044
Conrado I
9^2
ílodolpho de
liermaun II
997
Kheiufeld 1057-80
II Duques heriditarios (caza de
Huhenslavfen.
Frederico I 1í'80 rhilipe 1196
Frederico II 1H»5 Frederico VI 12 3
Frederico III 11^7 Henrique II 1219
Frederico IV 1155 Conrado V 1250
Frederico V 1167 Conrado VI ou
Conrado IV 1191 (!onradino 12j4-68
SUABIA (condado palatino), (geogr.) parte
do ducado de Suabia, tinha Fabrigue por
capital.
suABiA (circulo de], (geogr.) um dos 4
grandes circulo do iroperio d'Allemanha
creados em I j87 por Wuicesláo, e um dos
f^ez formados por Maximiiiano no XVI sé-
culo, entre os de Alto e Baixo Rheno, de
Baviera, d'Austria, Franconia e a Suissa.
suADER, (Lat. suadeo, ere.) (aat.)V.P«r-
suadir.
SUADO, A, p. p. de suar; ac(y'. coberto de
suor.
suADOR , A, adj. ou s. que sua muito.
SUADOURO, 8. m. banho que faz suar, v.
g. banl.o de vapor. Tomar um — . ou — s.
— da sella, são dois coxins da sella que as-
sentam no costado do cavallo.
SUAKEM ou soNAKiN, (geogr ) cidade da
Núbia, sobre o golpho arábico, 77 léguas
de I)jidd«h.
sLÃo. V. Soão.
SUAR, V. a. (Lat, sudn. are,deex. evdo^
are, n;olhar.) exhalar, lançar pelos foros
da pelle. — hnyas de agua, suor copi"so.
— snnyue y l;inçfl lo p- los póf^os da pelle.
— o rí"»eHf), ei>)elli lo p»íl() suor, ou des-
eniba^^wrar s*» da c«u»a di do^nçít pe íisu«>r.
Smoí* í/í/ot cami ns. ♦nsfípnu »ís de suor;
(fig ) adquirir ciMU g»"an'<e fadiga — , em
seiíiiío abs., exíiellir o suor pela pelle;
(ti;,' ) verif-r hurnidHde. o y. sumn as pare-
des Cerins ojrifn .^iiain di U l-i(ii sui,i os.
— . fiif 1 dar trj^bíilhwr riiuiio. ^f ttl'^ar-t.e
a6j
G38
SUB
ÍUB
IpsuARn, (hist.) historiador f anc^z, nascer
era 17. >^. morreu em 18 '7, rwblicoii tra-
durçôf^s d«s Viayens de Cook, e da II ia to-
rta da Ani eriça, eto.
suahda . s. f. («lo s^iar.) matéria oleosa
qne (»s pan'is de là p^rd^m no pis'o.
suARkNTo, A, adj hiimidti com suor.
* siiASÀo. s. /". V /Vr.çMHAa ).
^suasokio. a, adj [\ ni..suosorius.){[) iis )
que serve de persuadir, persuasivo. Niriu-
de — . H.-ízões —s.
SUAVK, adj. dos 2 g. (Lat. sufliti.ç, do^-r.
ÍO&.V, sào, e aô, sopra**, respirar; emíltlii-
co schva, Sflns!-,rii. snadi.) brando aprazi-
v»d aos seruidos. Voz, canUí, cliein». vira-
ção — ; (lig.) teve, n. íj jug-», tributo —
— , fácil, pouco trabalhuso.
suAVfcafcMTK, adi\ (mfifífe suíT.) <cnm sua-
vidade, de modo «íuave, leveiijente. Cantar
— . Co i melodia
«UAVDAHE, s /". (lat «uorí/oç, //«) a qua-
lidade de se*" snav»^, b aodr», grato, aprazí-
vel aos sentidos; leve, f«cil : — do cheir»
da v z. 'ío canto ; — de vi* ho, do remediu;
(fig ) — dl» jugo, dos tr'b»itos. do« ch^-fns.
srAVissiMAMí-NTE. a/o. superl dó suave-
mente, com a m«ior su?<vi lade.
SUAViss.iio. A, adj SM^er/. dt' suave, mui-
to suave, r.heiro, canto — . t alavras, costu-
mes — s.
SUAVIZADO nu suAviSAi)"», A f p desu«-
v:zar ; a (/ alliviado. abrandad >, rnitiga<lo
sUAViz*R ou sUavisar. V. n. {.suacf. izar
d»s.i fíízer suav«: (fig) fb^and^r alliviar
mitigar : — a 'òr, o castigo, o dissaòor, a
moléstia, o jugo. o-i aggravos.
SIaZOR o V. Siiasiirio.
SUB, prep. littina, d Imíxo, sob. Corres-
ponde ao fir /*///'" ou hiifio qun se deriva
do Kpypc. shop. planta do pó Enira como
prefixo na cí»tí» posição de «uitos voí^ahulos
e dí»nota siluaçSici inf-rior, no sentido pró-
prio tí no raei?<phori('0.
SLB^L^RES, s. /. (dl Lai. ítultnlari^ , de
sub, e ala, azi.) penn.isquj estão debaixo
das azíís.
subaltrhnaç^o. ft. f. dependência que tem
a coira soburlinada da superior.
suBAiTERNAUo. A, p. p de subaltemap ;
adj. subordinado a superior.
srB\i.TKR?iAti(iNTK , àdo [mente .<ufT ) do
mod» siit>alterno, com s-ubordinação.
st BAl.TKRNAR. V. U. OU W. « — SK, ». T.
[sub, e alternar.) alterníjr-se, rev-^zar-se
RUB\LTt£RNO, A , « // (s'/ft iirnf , e a/í«r«o.)
inferior «m aal<jriJad.3, Oiri:ial,j*iÍ£, tribu-
nal — .
suBiLTaRti , s m. (d'i pre'.edmtft, por
ell<p«e) p;siia subjrdia.ida aoutraouaoa-
trás.
su3:(i%aicti, A, alj (Lat. subwhiriein^ )
cozido debaixo do borralho. Pão — . Cór
— , qiiasi cinzenta.
SLBCí-AVlo, A. adj. (Lat. »ubcldVÍUS.)[àT)Hl.)
que esiíí por biixo da clavícula. Veias, ar-
térias — .
SIBCUTANKO, A, adj. {.«uft pfof.) (flnat.)
qiiH, Uca por baixo da pelle ou cútis Glân-
dulas — s.
SI BOFi-EfiAçlo, s f. [sub pref ) o actode
subdelegar.
sUBDE EGADO, A, p. p. dc Subdelegar; adj.
duleí^ndo a lercnira pessoa.
sibuelígaNTE, adj dl s 2 g.[LHX. subde-
Itijoux, tis ] que subleb^ga.
SI BDELi-G^u, V a (Lai subdelego, are )
delegar o delegado os s us podr resa oulia
nu outras p<ss 'as O \\i\z subdelegou aai ou-
vo a sua jiiMsdicçào
51 Bi)i*co>iATo , X m. (f.al. subliaeona''
tus ) ordem dn subdiacono.
SUBIU \CONo, .ç. m. (!,at. ftubdiaconns.) o
sacerilitte, que tem onlem de epistola, que
é a p'iiíieira das maiores.
SUBIUTO, A, ndj. [i.Hl. ^uhdi:vs.-\\. p.de
subdo, eip.. submetler ) sujeito. As terras — t
« (loa. « O princq»e — ás suas leis. » Al*-
raes.
suBoiTo, s. m. pessoa sujeita, vassallo.
suiu) vin^no, a. p. p de subdividir; at//.
divi-fi.lo dn novo.
.SUBDIVIDIR, V. a. [sub pref) dividir de
novo, dividir a cousa ou numero já divi-
dido.
siBDivfs.vo, s. f divii.ão de cotisa ou de
numera j.i »iividido, segunda divisão.
suBKMiMiYTEosE, s. /. acto desubemphj^-
teut'car.
suBKMpnvTEUTA. *. dos 2 g. pessoa a quem
o emphjtenia afór.i prazo.
suBKMPiiYrEUTiCADo, A, p. p. de suberD-
pliyieulicrtr ; adj. emphyteuticadopelo em-
phytMita.
suB^MPHYTEUTiC.vR , V a [sub pref.) dar
o euiphyieiiia de aforamento a outra pes-
soa UíU prazo foreiro
SUBENTENDER, V a (su/í pref j supprir cofll
o entendimento palavra ou expressão que
se nào expnme.
suBRMiíNDiDO. A, p. p. d^ Subentender;
adj. suppn lo com o entendimento.
«ÍUBFKUD^TARIO . A, S (<tub pref) fcuda-
tario dc senhor de feudo, feudatario de-
pendente.
suBFEUDO. s. m. [sub pref ) feudo depen-
de íte d« outro feu to.
SUBFRACANIIO, SUBFREGA^IIO. V. Su/frU"
ganeo.
suBr\C'>, (g^o^r ) Huhlir, em fraace25»*-
bf<iq>ieun em hiim, ci h h do> Kst.idií Ec-
clrí>M>ti':o>, Gle^iai a \uS&. dd Tivv^li; .3,000
fVD
sm
m
•UBinA, t. f. (subst. d« d*'» f. de subi-
do.) «cio de subir; encosla, ladeira por oii-f
d«; SH ^óbe.
suBiiHs-iiíio, A, ailj xnp^rL d<} S'ibi lo.
Si Bfi)o, A, p p de subir; qí//. «lio, «le-
va<l(», (íiiiíuenle ; Icvioií/i lo — a rei, elevi-
d.». l'rrço —, flilo. K^iyli), <»ní;tíiib » — .«Sn
íízeniiii por Arinss ião — s. » CauQÕJS , Lu-
sial.. I. H.
suRiMtiNFo, a. m (meuíJ suíT ) crescioien-
to. Mii.'in»'nt(>. el''Vfl(.ã ».
SLui.MftLLBCTo, odj . (ant.) V. Subenten-
dido.
í>UBlMK^D!|»0 o SIBINTBNDER. V, Subcil-
teudido, Suhenlfder.
SLBiK, V a [LfM sub M. ire; xub, i\*^ bu-
xo, e eo, ire, [r, inumar, ♦•luvar-so jdqoji-
tar Irepar, levar de bux» p^ira ciuí.i, ele-
var; — a l.i<eira. a escada. Subiram \vt-
dras, — u'n baniliáco ao muro. — alguém a
ho>Tas, duinidades, eleva lo. « A luciuia
iube (sobn) a um, e abaixa o> outros. » — .
ir de baixa para riaia, elevar-se : — por
uma ladeira, escada, corda ; - »o monte, ao
mastro, á arvore, ao mur*-, ao ar, ao cu
— a diipiidade, no troiw. elevar-se. — wna
ideia uo pensafne»lo, vir <i meote : — ao co-
rft^ãõ o desíjo O tin lio sobe á cabeça (fig )
p**rlurba o iííiellis?cncia, o juizo. — sobre.
S'd>r*'piij ir, ex-eder. — na virtude, cesct-r
nel!a — de preço, augm^nlar, encarecer. —
de «.st<//o, el»ivar s*».. — de pe ■samenlo, en-
soh»írl)"cer-se. — de pmuo, elev.ip se. — a
consulta, p^s^' do iribansl aos ministros
que despacham com fcl HA Não — de, não
exc»'der, — se. t;. r. montar, eh^var-se.
iV. íi Subir, por si.lTrer, padecer, v. g.
— » a i^ena. o casiij^o é gnlUcismo ioadmis
fciveL jOàlo que CfHifonne a nm dos S''nli-
dos da verbo laliou subeo, ire.
SLBiTAacNTE , odv. [mente sufi ) de re-
peiUe.
suBiTASE^MKSTB, ãdc, (men/c suíí) de TO
p>?nle.
SUB TANRO. A, ãdj . (Lat. subitjneus.) re-
pentino. Morte — .
suBíTo. A, adj. (i.at. subitus,<ie subire.)
reperiíino. Morte — .
SLBiTo, adv. {(\o Lat. subiiò.) de re-
pente.
suiuTo, s, m. (subst. do a^ij. porellip^e)
um ct^penle, sorpre/.a ; (.nansporle repeiiuno
de ]*.iuão. — í, diliís r-^pentinos e dis<'.r<<-
los. De — , [itíf^. ad»v.) dv repente, subila-
menie.
Sys cotuf» Súbito lde\ de repente. Os
clássicos us.i-am indíT-rerUMmenuí destas
duaseipreí^sòes. poisassun como diziam orar,
glosar, \i<yliin da repente, tambeui .se, lô na
Eiifivda: ^ De siibi'to Ibe veiu ao |x.>n<amen-
to;» t 8« diíia, glosar de snbUn' «. {i}^
sai -me osle vilancete (/««w/^/O. » E Camões
di-ise asubito temor, sub. ta proc lU » To-
davií. ó muilo a<.ertado q'H; se distinízani
esi s diMS expresso iSeoGO os Fr.-íoce/es dis-
tingu -m o snr-le cbamp, i\it suhiteinent De
repinte itilic* qu í a cousa se fiz,ouacou-
t!ce, sem demora. Ii)>ío log), em coniinen- ,
l\ De súbito, ou sub timen'e. exprime ò
queaconltrí »M»u se f.tz ia 'pin idamenie, n'uru
abrir e fetdiar d.»olh^s. O prég.idor, o poe-
ti qu(! mi:»rovisa. falia dt) repente, i.>lo o, som
p-^.-pir^çà.» pr<!via ; o rai » fere da sabilo, o
sdlii^a lor actmtnille de subi.o, isloé, inopi-
nada-n^^nte. (|u,-«ii>lo menos s^ espera
De súbito exprime mais rapilez que de
repente, e «ccroscenta-lbe a iJaia de impre-
visão
SUBJACENTE, adj . f/iç 2 (j . ('-at. subj ^-
cens, tis, p a. de subjiceo, ere] que está, ,
(j le jaz por baixo,
^ suBJKCTo. V. i^u jeito.
SLBJKCÇio, V, Siij^içd^.
suBJur,M)o , A, p. p de subjugar; adj.
subnelii 10 ao jogo, sujeita lo
suBiur.AOoa, s m. o (}im subjuga.
SUBJUGOU, V. a. (Lat. sulijuifo, are.) im-
pAr o jugo, meiter debi^XJ do jugo; (lig )
submeiíer, subjeití^r.
suBJUNcrivo ailj m [I.hí. subj une: ivus.)
e usa lo oor ellipse como s. m. subaiten-
dido rnod'i.) (aram ) modo dos verb.»s cuj «s
teoípos são subo dinados aos de outro verOo
no iud (íHtivo ou no con liei «nal, expresso
011 subentendido; >.!?. quero que cáv. Oue-
ria, qiiiíer* qu,} fns^ita. Iria se tu foascs.
Irei se tu f)re.f. Outros chamam Ctííjjaucíi-
vo o subj inrtivo.
suBi.RVAgvo, s f. o acto de sublevar ou
dt? subleví4r-»e, levantamento.
suBi,KV.%Do, A. p. p. de sublevar; ai/, le-
vantad», rebellado.
suBLEVAUOtt. s. m. o que subleva.
siBLEVAR , V. a (Lat. sublevo, are ] le-
vantar dd baixo para cima ; (tig. e maisus )
amoiioar. fazer rebeil.ir contra a autoridade
eslab-derida : — ossublilosou vassallos con-
tra o rei. — SR , V. r. le«aniar-se, rebel-
lar-se.
stBi.iM.^çlo , X f (chim.) operação peU
qual se s»^parsm as part'^s viditoiis de ura
(;urpo, fazenJo-as subir e.n vaso onde se con-
densam.
SUBLIMADO, A. p. p. de sublimar; adj se»
par.ído por sublimação ; (lig ) muitu illustre,
exaltado. Um som al'.o o — .
*i'BLi>uuo, &. m. Mercúrio — corrosivo,
S'dimào.
SUBLIMAR, t). a. (Lai snbJi^OJ^e^ V. Su-
bliiiie.) l"vant«r a altura,, elevar; (Hg.) exal-
tar. « No variai no que tanto SAih,Umara»^. »
Camões, Lus. I, !. i\^ vÍ4U)4ÍiísltuU/)>»an%ivtN
im • ^
'v^f
64o
SUB
SUB
homem. — loutando, exaltar, elogiar. — ,
(chim.) separar por sublimação. — se, c. r.
eievar-se, exnllar-se, íazer-se sublime, dis-
tiiiclo, eminente.
suBMMATORio, A, adj . (chim.) qfie serve
á sublimação. Vasos, appareihos, fogo, ope-
ra<,ò 'S — s.
SLDMMATEL, adj\ dos 3 g. (dps. avel.) que
86 pede sublimar chlmicamenle.
SUBLINGUAL, adj. dof i q. (Lat. snblin-
gualis ) (anat j situado debaixo da lingua.
Veias, vasos .çu/í/tM(/Maeç.
SUBLIME , adj dos 2 g. (f.at. snblimus,
de sub por sup, contracção de super, so-
bre, em cima, e /imcr», j.orla. entrada.) al-
to, levantado ; (Hg ) elevado Esiylo, pensa-
mento — ; engenho, poesia — .
SUBLIME, s. m. (subst. do precedente, por
ellipse, subentendido esiylo) O — , subli-
midade.
suBLiMEÃo, adj. V. Sublime, Eminen-
íf,
suBL'MEMF.NTE, odv. {mentfi suff.) com su-
blimidade de modo sublime.
suBLiMiDAOR, s. f. (Lat. subUmitas, tia )
aluíra, elevação; (fig 1 alto ponto ' yl — do
e^lijlo, dos penxamentos, grande elevação.
A — dos myíierios, incomprehensibili-lade
SUB .iMissiM», A, aij. superl de sublime,
pou'0 u-sado
s'jBiuNAH. alj dos l g {{j^l. sublimaria.)
que fi'í« inferior ,i orbita ■!« Ium. O mir.nlo —
SLB.M\KiNO, A, O (/. qití eslá diíbatxo do
iDir. Volcão — .
suBMKR(;ino, A, p. p. de submeri<ir; a'lj
cob-^rto oel'«s aguas, subvertido pelo mar,
pelis ondrts, nu e:n rio. hg).
supMERfiiii. o a (í.at siihtnfrgfire ', sub.
debaixo e m(f')o, ere. merífulh^r ) m it.T
deb8'xo d'«s aguHs do mar, ou de lago, rio
— ?<m unvio, afiin Iíp.
s uviKHSxo , *• /". (I.al siibmfirsif}, nn>s )
acto de sut)uiergir ou d^^ snr 'iubfiHírwi.l».
^UBviERSo, A, /» p. alitinado dn sub ner-
gir ; tiilj. (I.at .sx/í-ff^ »•>•'<<). sub *iHfgii|o .
afiin lido. o.ob rio <lrts «guas do mar, met-
tiiio dni «jxo d<i aiíu.i.
suHMEiTEDuR. s. oi. 0 quB subretlc, su -
JHJia
SIBVIKTTF.R, ti. n. (Lut submiito. i re: suh
pref e mitio. ere píV )smj -iia.', subjii><.'<r,
d-tinar : — nti^õ-is. povos rebelladus.- — sk, d
r, siij iiMr se
SI BrtKTTiDo, A. p /) de submetter; adj.
SKJ^ilrtdo. .'■u' joi;ailo.
s' BviFTT M-.Mo, s. m. imanto sníT ) acto
de suhfn»lt»'r, ou de siib'n» tl»T-st*.
SI B«i>isiHAç\o. .* f iLat sulfninhstra-
tio nhix ] II flfi I de sub 'ii'ii<*iríip.
«iB»iiM»THAii(i. A. p f) de subdinistpar;
a'fj pr. viJo. L »e ido.
suBMTNisTRADOR, s. m. {LiX. subministraT
tor ) o que siibministra
SUBMINISTRAR , V. a. (Lat. subministro,
are.) prover, fornecer do necessário: — os
remédios, os m-ins, forças
suBMiss.Âo, s. f (Lat. submissio, onis.)
estarlo submisso; humiliafle
SUBMISSO, A, adj (Lat. SMÒitmMS.) sujei-
to ; humilde. Ar — Voz — .
suBNEGADO O suBNEGAR. \ . Sonegado^So'
negar, por uso.
SUBORDENADO. V. ísubo^dinado.
SUBORDINAÇÃO, s. f. esta<lo subordinado,
sujeição, dependência de superior autorida-
de ou jurisdicção ; dependência entre phe-
nomen'>s.
suBiRDiNADAMENTE, adv. ftnente suíT.) com
subordiniçào, sujeição, ob-'diencia
suB0Ri)iNt.Do , A, p p de subirilinar ;
adj, snjeiti), depen-i-Mite de sup^^rior auto-
ridade ou jurisdicção. Proposição — , de-
pendente íje outra.
suBORUiNADOR, s. m. ou adj. que subor-
dina, qu'» \\Ô4 em subordinação.
SUBORDINAR, V. ã (swft pref., a ordenar.)
suj'itar, fazer dependente; — os meios aos
(iiis ; — ns versos A toada.
suBoriNfÇ.\.\ s. f. (i.at. subornatio, onis.)
acto de subornar, suborno.
SUBORNADO, A /[>./) de subornar; adj.
que rf-^r.íduMi peita, ppilado.
SLBoMSiiDOR , .«. m (Lat subjrnator.) o
que soborni, peit^.
suBoRNAMENro, s. m. \.S»iborno.
SUBORNAM, V a. (*.at. suborno are; de
sub Pi ornare, siih^^nle"!! lendo /ia^/i/utí, lou-
vor^í.) S"dozir corii palavras bsoiig- iras. ou
p^iias par.') tibr«r lual o juiz para que
'lê si^uieiiça a l:ivi»f <h\ algo^fn. — a ^i teste-
munhas p.HH qii.' jirpfii f«lso — vfficios,
cart^ftK. ad juifi-lus pop sub >r;io.
suRoR\o. s. m. buboniaçà), peita, acto
de -u!»"rnar.
suB•^^pg\o, s f. (Lat snhrfjtio, oai* í
sub p''ff.. e rapto, ere, arrebatar.) jurid.)
d-l , fa.lde
suRiiHPrC AHíNTK.flf/p {m^nte siiíT.) jurid.)
iío'11 subrcpç/n», por vi« siihrepli' ia
siBHKPnr.io . A, ailj (l.«t ftdir^ptitins.)
jurid ! tVrtu lolpnto, d< doso, obtido por frau-
dti. íj do. sobrefiÇH»
suRuiCiO, s m Oiz o riur.Hario qiiesí-
gniri"'.>*v.i li lal^o. Trtlv»'/. .vw/»r/ro. de ric».
SUBHoc.çxo. t f int xiib''oyalio, uní^j.)
acto dn •ubriijí.ir, siibsiitni».ão
subR'h;*d » A . p p de subro2«p: »dj.
snb>ii liidM l^sciod'» — . passado pup heian-
Çí). por !»ue<v-.>H'» riirf>it-><« — s.
sib«oi;\\TR. alj t-ii * dns-l q f nl .»»»•
b nqtfA, t' , (». 1 f|'! siihri yn, we I O fyi9^
SUbroyj». ^
SUB
SUB
641
SUBRor.AR, f>. a. (Í.Jit snhroffare, mh pref ,
e rogo. are, rogar.) íj irid ) substituir. p(5r
em liig?»r d*í outro: — flljçiieín «nri (»(Ti'io,
diiçnidaiJe, direito ; — o b^jnefiioFilo.no indi-
gno ; — uma ouss a outra. — sk, v. r. usur-
par, assumir o quo pertencia a outrem: —
todo o mando da rrtpublifia.
suBRKfiANO. s. m. (aot ) cas«l OU praso que
pagava luitào, marrão, cobro ou espádua de
por -,0.
suBCRSSivo, A, a'íj, (Lat. .ç»/6v?.ssious, de
suhseco, are. cortar parle Horas —s , as
que sibrana do triíbalho e qu^^s^^empr^f^am
em honesta recreação ; horas furtadas ao tra-
balho.
SL'B<!CREVER, V. ã. (Li^t snb<críb') . ere.)
a5si;?nar por baixo: — acarta, a declaração,
o seu n'}me.
suBscRRviMiíNTO, *. w». (aut.) V. A^signã-
tura, b"h^fíripção.
suBSCRipçio, 5 f [Lnl. siih<icnptio,onis.]
assii(natura do nome po«;to por ba xo de car-
ta, documento — , emt^nta, suramario das
cartas que tl-I\ei h\ de ver e subscrever:
lista de nomps ái pessoas qu"^ proraettem
dar, ou contribuir com cert'» q'ianlia ou do-
nativo para alguma obra. Abrir, fechar uma
subacripção.
SUB-íCHIPTO, SUBSCRITO. V. Softrg?rr»";íÍ0.
SUBSCKIPTOR, .ç ?n. assi^Uíinie íl^subsori-
pçâo, o que conl!*ibuft com ilinhei«'ooii do-
nativo para algima obra, ou para empre-
23. theatro. etc.
SfJBSEOUKNTR, adj . (io^ t Q . (l.at snhitf-
qnens, tis ) que vem iramediítara-^nle de-
pois do outro. O dia — . Os actos — *.
suRsinuDO, A. p. p. do subsidiar; aiij.
auxiliado com- subsidio, esti-jí^n lio.
suRSiD'AR. w. a Lit .<í</»íi7»ari j dar sub-
sidio ; auxdiar, fju lar co.-n sub^i li > ; esti
pendiar, v g. — trtpas e>tr.ing-'iras
suBsiouRi^.MiíNTK, fl/o. {mftttte suíT.) de
modo sobsidiario, oomo auxilio
suBsioiARio , A. atli ('.ai suh^vliari if.]
quM «uxilja. ;»jiida, a''jiiva Estiflns ~, tyie
ficditatri a i(iielli<çMnciH e appliciçà » do* ou-
tros. Arção — , íjiir.) a que l»*m o m.nor con-
tra o J!>iz que lhe ntuni^ou n áus tutores
que nào lem por onle oajfutMD o damno cau-
sado peh n<& administr/>rão
SUBSIDIO, .t m. (L'H sulxidium, (\q suhíi-
deor, eri, .ijulrtr.) «uxdio. adj itorio. r q.
do dinb iro. so da los. muniçõn-s — lillern-
rio, irri» tslo e>tAb Incido iiara os eaífo-; «lo
en-íino piiblirío — , (fi)<.Uirfoo qn»* xju la a
in-ítituir, a mantnr. e c<tní»*rv«ral>íiinia c^u-
sa ou pfssoíi. P g n — da doniin»<,ão Ks-
ludo q^i" é um gao e — na pratica na con-
tHr»«<,ão, e lr«(í» doH honipus
suB*iHTK:if:iA . « /" ('at sub^i^^ientia )
txisluiici.i iniivilual; pHfu.anein.ií, eiiabi-
tíit. if
lidade; passadio, os meios de viver, o sup-
prim^nto d.is despezas de ali<uem. íionce-
deii llie uma rendi annud para sua — .
suBsisriDj, superl. de subsistir, que subs-
tituiu.
SUBSISTIR , V a. ou n. (Lat. subtistere.)
ter ••xistencia individual; perm^upcer. Os
accidnules de um corpo não svbtisiem. Es-
ta alliança, este governo n/^o póle — .
SUBSOLANO. s. m.(l.at sob<nlanns, desub
pref. , e sol ) vento de levante, opposto ao
favonio.
SLBSTABRLECF.R, V. O. {suh prpf.) pslabe-
If^cer algnecn outra pessoa que faça f.ssuas
vezes, substituir, sobrogar. — os pvlfiresda
piocuraçào. nomeando outro procurador.
suBíTABEf.pcino, A. p p. de substabele-
cer ; úilj. sub-tiiuido, subrogado.
sub^tabf.lecim'NTO , s. m {mento suff.)
arção de substabelecer: — de pr»dt*res.
substancia , s. f. (Lat. substantia , de
sub. sob, e stare. estar ) estrictamente si-
gnitica cousa que tem corpo, que não é mera
>upeHicie. 1 ntre os met«pbysicos é a base das
propriedades, qualidades, attributos e acci-
dent-^s dos corpos ou entes materiaes, ou
dos immateriaes, ou tudo aqnillo que sub-
siste por si independente de accidt^ntes ou
attributos: expressão hypolhetica abstracta
e ini!it»^lliaivel. — , a p.^irte mais nutritiva
dos alimentos A — da carne. Caldo dí — .
— , (fig.) a parte a mais importante, que
coiislitue a força. v. g. a — de um discur-
so. Em — , em summa. — d») estado, da fa-
zenda. Naus, relas de pouca — , de pouca
força, porte, carga.
«ubstancaoo , A , p. p. de substanciar;
adj. resumi lo, exposto em substancia
suBSTANCíAf,, fl'/;'. í/o« 2 g. (des. adj. a/)
concenente A sub>tan(Ma. ess^nt-ia, base de
a'5íuma 'oiisa ; que on«^erra muita su jstan-
ci« nutriliv,^ ; ídií.) digno de ponderação,
importante. R<?ões su bstnnciaes , fhWa, dis-
cu»-*© — — , q-ie pos«ue a substancia, a
pule e'S-^encial. .« 1.' bispo na fdifigarão, e
— do <dri'ii», ainda que não ponha mitra, »
Vida do Arí^eb , 1, 7.
SI BsrANCiA».MK>TR, odv. {mfníe suíT)em
sub^t.Mi-ia ; de modo útil, importante, mui
uidfíiente.
suRsíANCiAR. V. a. {substancia, ar des.
inf I «lar com res «ubsiancias para vigorar;
Hxpôr em substancia e resumi lameuie, v.
g — o ca<;o
suRSTANCio^o, A. adj (dps oso) que dá
substancia, que nutre, alimt^nia. Alimen-
tos — s.
srB-«TA?iTiv4D0, A. p. p de substantivarj
n {j toiuailo em «-eniido subslíjutivu. UroMl-
j clivo — .
SI BsrâNTivxMfSTK. adc. 'íWR/e suff ) CUJ
SUB
51B
fentí'1o siihsMntivft. U>fir os »dj'íclivos — *.
íí B-íTANTiVkR, V a. {xuhsíantitn, ar, ácsi.
inf fUr n acrepção iÍh "íuh-tmiivo : — os iij-
íifiilivos dds veibijs, os a Ij^clivos, phrases
inleiras.
SI llsTANTlvo, A, adj. (K«t sub^tanlirux)
que ex(iriro«i substancia. o<tu'^ai]n« snbsiíst»?
per si. >omft — . V. Suh>.ta»iivo, s, m.
SUBSTANTIVO, s. m ((Jo prerelorit»', 8ub-
enteri<liiio nome) ffçram ) nome q'ie fipri-
íTJe Hiisleiíoia in'livi(JijMl. ente íinimado ou
inanimado, c qn;i!qiM^r ideia simples ou com-
plexa ionsifJHíada cduíO individuo, ou t^e-
lu*ro, fspfcie, (dasse, coIlHcção de individuos
-T- roUertira, v g. homem, animal. — ver-
hal, derivado de verbo e que exprime agen-
te, agencia, o. g. professor, «ulor. leitor,
Jente, armador, navegante, observação, di-
visão, ppnsaffifmlo.
sunsTAK V. a. (1 at. suhstare, parar, fi
car tirme) Moraes erradamr-nle pretende qui«
este v»'rbo esolr^iar ou «Mí/ar são erros por
sobre estar V, Sustar.
siBSTAiORio V. Snstatnrio.
SUBST TU çÃo M /^ (' ai siihvtitvtin, oni )
o HvUi desub^tituir ou de ser siib>títuid4i ;
(jurid ) a de unu herdeiro em falia de ou-
tro.
suBSTiTiiDO, A, p p. desubsliluir : adj.
posto eui lugar de outra p< ssna ou cou«a
SUBSTITUIR, r. a. (Lat. suhstituere ; snh
pref , e siattto, ere, pAr nomear) pôr pes-
s )a ou cousa em lugar de ouira. — um her-
deiro a ontro, nomeâ lo na f«illa dn outro.
Substituiu ao liuilo de rei o de imperad<M\
— uma cadeira, fazer as vezes do lente ou
priífessor.
SLDSTiTUTA, s f. mulher que faz as ve-
ies de (íutra, v. g demostra de neninas.
SUBSTITUTO, s. tti. (Lat snbitiivtux' ho-
mem que faz as vezes de outro, ». g. do len-
te ou jirofessor de sciencia ou arte.
suBsiRAÇÃo, e n*io sunsTRACçÃo. como
Iraz a ultima edição de Moraes (do I.at s%ib-
ttrutas, p. p. .fvb<ternfl, ere, strari, stra-
tum sují^iiar) (ant.) p*»nilenr:ia canoniea do
tercí iro gráo, que se impunha na primitiva
igreja, prosternação
slbsthaCçao. V. 9>vhtrarção.
SUBSTRACTO, A, odj. [LH\,s(ubsfratus, pros-
trado. V,, o precedente) (ant) prostrado,
sujeito á p»'na da Putisiraçào.
slbstrucçxo, s, /" {\.&l. substructio, onis]
fundamento do edifício.
suBTEiNDKR, V. a. [sub pref ) (geom.)cor-
tar com linha subtensa.
suBTENSA, t f (geom.) linha recta op-
posia t um angulo e que sesuppÕe iira<la
entre as duas extremidades do arco que me-
de este a Ustulo.
^u^rsuruaio, «. Mu (Lat subterfugium]
fraude, meio doloso, pretexto para escapar
ou deixar de executar pron!e>isa, pacto, ajus-
te ; ou para eludir as ra/òes.
sUBTKUFLT.iH. t). a (i. ai íw/i/er/"Mfl ire) elu-
dir cum pretexto doloso ou escapula. É p.
us.
siBTF.HRAno, A, p. f. desublcrrar; adj.
metido debaixo da terra, i:av«>rnas — *.
suuri-RRANEO. s m. (do pree.ednnle, par
ellipse, suluMitendido nigar) excavayào de-
baixo da terra, caverna, construcção sub-
lerratiHa.
siBTFHRAR, V. O [sub pref.) meter de-
baixo da lorra V. i>(tierrar.
siBTií. odj dns 2 g. {Lat. subiilis, de
nvb, e tela. Incido, panno. ou tUia, enlre-
casco llnoílas arvoro) ténue, d» Igadu. TÓ,
?»r, rnateria subi I. A< partes mais tubtis.
Engenho, enlr-ndinienlfi — , perspicaz, pe-
nMir«nte. atíiiijo. I-tíerpretaçào — , aguda.
(inlé*i, embatca^õr.s subtis, ligHÍr«s, leves,
v« leiras.
SLBT'i.EZ\. * f. (des exa) tenuidade, de-
liea-íeza : — d(» ar, do pó. das p'<riiculas
voláteis. — , Sm) agudeza, penetração, v.
g — do engenho, do entendimH.nto. — de
mào^, destreza, v g de peloliqueiro ou de
.aluno.
suBTiiJDAnE, *. f (Lat subliliia^y tis
d'lgad«za, tenuidade; (li;; ] agudeza do en-
ten liu!*'nto. destreza, astúcia.
suBTiLtSADO, A, p p. de sublilisar '. adj.
reduzid » a estado subtil, ad^-lgiç.-ido : (fm' )
inventado, concebido com subiilidaie, agu-
deza.
suBTiLisADOR, s m O q'ie subtilisa.
suBnns^R. t) a [subtil, i<^ar des) redu-
zir a estado subld, adelaraçar; (tig ) inven-»
tar, conceber c«'in .subiilidade ; discorr^-r,
disputar com subtileza. « Andava svbtili"
xando a traiçã'> » Lbron del> JoàolU
suBTiLissiiiAHEMg odv. superl. desttbtil-
mente, com grande subiilidade
SLBTiLJSsiuo, A, a'ij^ svperl. de suliUi,
mui subtil mui Uno, agudo ú*' espirito
suBTiLMENTR, adv. (í//euí« sulT ) cóiii sub-»
lileza, em parles mui ténues, v. g. — tri-
turar — . — , com agudeza Discorrer — .
sem ser sentido Abrir a poria — . Furtar
— , Cíun destreza.
siBTHAfçu). s f. («ai ivbtratio, enis)
privai.«o, diminuição — , (arithm.) diminui"^
ção de numero ou quantidade.
suBTrtACTivo. A, adj que se Uh-de sub^
Irahir, diminuir. iNiimero, quantidade — .
siDTui^uiDo, A, p. p, do sublr«hir; adj.
diminuído, tirado.
siBiBAHíH, o. a. (Lat sMbtrahere^ suk
ft iraho, ere, tirar) tirar, prjvar, diminuir;
retirar, —na, e >" retir^r-so: i-r- ít alg-U»
lua cousa» t!vii4-l8# ^gic-iàe.
6UC
sue
6U
«UBURBxxo, A, ailj- (í«t. suhurbinu^t sub
pref , « Ufbaaus, «le mt/ís. c.i-la le) viiiuiio
á «'iddde, silUfitia nus Hrrab.ilil s, subúr-
bios
SLBLKBlCAniO, A, Ofij (.<"/> pref , eMr/>?,
cila»!»', e por excnlleijcirt « rid vle^le K Pua)
suJHJto ao papa. Ijrejas—s, sujeitas ao papa,
a Hi»ma
SUBÚRBIO í m. (Lai subirbiuni, sub[)te(
e urb<. ciiladtíjarrabfilcle, Tiziuhauyas, ha»
bitaJas (Itíci ia de.
suBVAssAi.i.o, s m v^ís^ílIodí^ponJenlede
outrti vassídio, do senhor f udal
siBVENçÃo, s f ^di) .81. siibrenio, ire]
sub.sidii» adjiiloru), socorro ♦•m doduii-o.
subvkmanko. a, tt'//.( ai suhcfntaavu^,
sub pr^f , e ventas, v»'nu) ) Ocos — í, in-
fe<*/iu fo-í g if^ados Panos — *•, «ivasdepei-
i'^ nàii fetundí»d'>s
SLBVfRSÂo. s f. (i.nt ntihcrsio, onisj mi-
na. d"Slriiiç.ío, cabida, v. (j — da r»»puldi-
ca ; — do esiomayo, (med p us.) d»*S)r-
deiu da faculdade digestiva. — , ^lig ) pi^r-
veisào luiual.
sLBVRRSivo, A, 0'//. que tende a subvpr-
tfír. l'riuoipi<is, doulriíi.ss — s da uj-th!, da
b »a onletu, da p-íZ. dos t)ous coátuuie.s
slbveksok, s m. (Kal ) o que subvtTte
SI bvekter, r a (Lai suhteriefe sub pr» f
e terto, erc, voltar, vivar i .sos^iobrar, tras-
toritar, arruinar, destruir ; (lig ) pt-rd^-r. e>
tragar, pi>rvert':'r: — os costniru-s. a jusii-
ÇA. i^ubcerterse a nau, no mar, ir a pique
sossf-brar, afundir-se.
SLBVCRTiDo, A, p p de subverfPT ; arlj
goisnbrado, arruinado, deslruido ; (fig ) per-
vertido.
sucar. V. Chupar.
SLCCEDESiíO, 8. m. (t. da Beira). V. Sue-
cesso
«í CCRDER. c n. (Lat succedere, de sue
por sup, c ntracçào de super, em cima, so-
br»', e cedefe, cahir, vir) vir. sr^uir se em
ordeíD ou em tempo. S>ucredR a noite ao dia,
asereni"fade a tormenta. i>ucceden a s^u \ ai ;
— no reino; — n<\ herança, n» dignida-
de, no cargo. Succeden n leinp'), decor-
rendo. — . acontecer Kào succedei as-
sim. — , sortir, ler ifleim. ,\ã > lhe sncce-
deu como esjerava. S<iccedeu-Hu o fim de-
srjidn, conseguio. — bftn, prospera meuie
ou mal. sahir, v^riticar se Succedeulhe a
gucra bem ou mal. « .Vos perversos sncce-
de>n'lhe á vontade os seus atrevimentos. »
Arraes.
succEDER, o. a. (ant.) adquitir por suc-
cessão : — a herant^a ; — (j rein », herd.ir
por suícessão «Aié que dôatl-Rei que o
surceda » .aeJ. i. ÍOá.
8UC<:k»id>, a, p p. desucceler ; ai/, que
su^;oodúu ; qaa aooatidoou ; qie hurdou por
successín. « Eram —s mui los insultos »
AiT.ies. K p u*. ro'no «djeciivo.
succcuiiís.NTO, &'. rn. [aut.)sui'/esso; sue»
cessão.
succcNSO, A, odj {\.!\\. s 'ccensns, <\e sub
tí accimiere^, aíienJer^ de>Us., aces). incen-
diado.
sucCEssÃo. «. f. (Lai. successh, onit) o
acto <i«í succeder ; a vinda de aUuma cou-
sa posterior em tempo. A — dos dias á^ noi-
tes. — das estarõ-^s. — , a serie de lierdei-
ros, de .«successores era cargo, govordo. 4
— da liiiin, dos governa lores no «>eados
pelo rei para succederem aos que frílleces-
.sem
succ»s5iVA«E\TR, uic. {mente sníT ) eoj
s^cces^õtís, seguidamente, um depois do ou-
tro.
sLCCKSsivEL, adj do<tt g. [áes.ioel] c«<-
paz do succeder em herau»,» ou de outro
mo lo
SI ccRSSivo, A, odj. que succe<le ou vem
«pós uulro sem interrupção. Três dias. au-
nos — . Hrogressos — •«. — , (p. us.) heie-
d ta rio Este .'eino ó — .
succEs-io, s. m (Lai. successus] aconteci-
meiílo Utu — imprevisto. — . exilo U —
da brttalha, da negucirtÇJío, da ddigen<'.ia, da
empr» ZH — , exito feliz, acontecimenUj pros-
pero. Belisario pi>r seu» «randes — s — ,
^tig.) parlo. Tfve bom, feliz, ou máo — .
siiCCEs-OR, $ »H (Lai.) o que sucoedeem
carg», postíí, g »verno. — á corAa.
Sv?í comp. SuctCisor, herdeiro. SiicceS"
sor indica propriauienle o vir logo depois
de outrem. Herdeiro é o successor á h')-
rança.
succE'ísoRio, A, adj, (Lai. succe sorius)
jurid ) que traia da successão. Lei — . Edi-
cio — .
SLCCINTAMF.NTE OU SUCCINCTaMENTE, adv.
[mente su»T ) de modo succinto. >arrar. di-
zer — .
SUCClNTO ou SUCCINCTO, A. adj (Lat SUC"
ciwtiis, sue jMir sub, e cinctus, cingido)
SLCCo, s m. (Lai. succus, de suijo, ere,
chupar.) tualeria mais ou menjs tlujda en-
cerra ia no< vasos dos anima-* evegetaes.
—s nutritivos. — das pLautas, suitío, sove.
succoso. A, adj. (Lai. swccoiU*.) que lem
muito suceo ou sumo.
succuMBiDo, A, V- p. dc succumbif; ttí//.
ca ido, debaixo, a balido
succuMBiR, V. a. ou n. (Lai suceumbe^
re, sue por sub, e cumby, ere. deitar-s«*.)
cair íieboxo, ser prostrado, abater se; (fig )
ceder a f -rça maior, v. g. — á leal.ição,
á» ameaças, á s-.ducção.
SLCiA, *. /". (chuloj sociedade, convivên-
cia de amigos mui familiares, dt) lafud««
jogadoras, vadjo», gaunos.
161 •
«44
SUE
SUE
suCRioso. V. Delgado, Ténue.
suCRO, (geogr.) híje Xitcar, rio de líis-
panlia, nasce perto das nascentes do Tejo,
e lança-se noMediíerraneo.
súcuBO, adj . m. (Lat. sucubus , sus por
sub, e cubo, are, deitar-se ) que fica por
baixo na cópula carnal. Diabo — . Opu^e-
se a incubo.
siícuLíS, s. f. (Lat. sucuJce. de í«í, por-
co.) (astr ) as liyadas, constellação que os
Egypcios representaram por uma porca «jom
as crÍAs.
SLCURju ou sucuRiiYUBv, s. 171. (t. Bra-
sil.) cnbra, chamada lamb^^m cobra de vea
do, Cubra monstruosa que tragíi ura veado
inteiro Creio que é a mesma que a ana-
conda da Ásia.
suDAUio, s m. ((,at sudarium, âesvdo,
are, suar.) pano de limpar o suor. O S>an-
ío — , pano em que se representa a figura de
Christo ferido e atormentado.
SUDBURY. (geogr.) Cidade dTnglatcrra, 5
léguas e meia ao S. d'Edmadbury ; 4,000
habitantes.
SUDEIRO, (ant.) V. Sudano.
SUDERMANIA, [geogr.) Socdermanland em
sueco, antiga provincia sueca , ao S. do
Upland ; era dividada em 3 partes.
suDRRMAMA (duque de), (hist ) regente da
Suécia depois do assassinato diMiuslavo 111,
depois rei com o nome deCailo« XIII.
suDETES, (geogr.) ^vdetsch ou Swleíen,
cordilheira de mímt^ínhas que faz parle do
systema tercynio-carpalho, que se estende
dos montes Carpathos occiddntaes até ás
nascf^ntes do Ester
suDOMiTico. V. Sodomitico.
sudorífico, A, adj que promove o suor,
a transpiração. Remedias — , ou sub t os— s.
suuRO, s. m (t. Asiat.) homem de casta
inferior na Índia; hom^m que lira a sura
das palmeiras.
SUDUÉSTF. , s. m. vento entre o sul e o
oeste.
SUECA, (gengp.) cidade d»» íTispanha, 7 lé-
guas ao S. de Valenç"» ; 7,0 iO habitautts.
SUFCIA, (geogr ) Sverige era Sueco, um
d'S dous reinos, que foriram a n.onarchia-
Sueca, tem porlimit-s a O «la Normga, a
E. a Hussia europe.i, o golpho d^ Botina e
o m/.rR»Iiico; 2, 82v^,0U0 habitantes. Capi-
tal Sio(kholmo
Dividese em ?4 governos, a saber :
I. SUÉCIA PROPRIAMENTE DITA.
Governos.
Stoíkholmo.
rpsal.
^V'»'^lH ros.
^;k^3,H^g.
Capitães.
S»oi khiilmo.
Up-»^!
Wi-t^^fffis.
QE rebito.
«'arlstad.
Siera Kopparberg.
ijefltíborg.
(Erebro.
Carhiad.
Fahin.
Gefleberg.
-i:?'r>
II. GOTBIA.
Linkseping
ilabnar
.lajnkíeping
Ivronoberg
Hbkinge
Skaraberg
r.jfsb^^rg
íiíBiheborg o Bohus.
ilrtlrristad
■ Ihristianstad
Malfiioehus
Gottland
Linkoeping.
C«l(iiar
Jcenkceping.
Wexio
Cailscrona.
Mariestd.
\onersborg.
GíBlhenborg.
li^lmstad.
r.hristianstad.
Malmoe.
Wifeby.
III. norrland.
Xorrbotton ou Bolnia
oriental Pitea.
VVesterbolten ou Hot-
nia Occidental Imea.
Wesipr-iNorrland lIernoB=;and.
lajmtland Oslersand.
Até 80 começo d'este século, quando a
verdadeira Hotfiia oriental e a Finlândia per-
tenciam á Suécia, eram oivididas pela ma-
neira seguinte as trez grandes regiÕBS aci-
ma descriptas.
I. REINO DA SUÉCIA.
l.° Upland ( capital
Opsal e Stockholm).
2° ^CBdermanl(^nd
ou Sudermania (ca-
pital Nykoeping)
3." .Nerike ou Wéri-
cie (capital CErebro)
4." Westmannland
ou Westmannia (ca-
pital Westerms).
0.° Halarne ou halé-
carlia (capital Ilede-
mora)
II. REINO DE GOTOfÁ.
Golhia oriental.
6 ° (Estergotli'and 8.° ffiiand (ilha do),
ou OstroKothia (ca-
pital l.inkoBping). 9.° Colhland (ilha
V ** >niHland (capital de).
Caimarj.
Golhia Occidental.
10° Westcrgnihland 11 ° W^^rn^fland (ca-
ou Wf},troj^Mihia (ra- piíal CnrlsUid).
piíHl «.OBlh»'l'org'. 1"? ° I» li.i
SUE
Gothia meridional.
íh^ Scania (
MalmoBi
15." llalland.
capital 10.° Blekingie (capi-
tal Corlscroiifl .
III. NORRIAND.
17.* GoBStrikland ou
Ge^ilncia (capital
18/» llelsingland.
lU.*» Uerjedalia.
20° Medelpad.
'21° IflemllanJ.
22 ° AnKermania(ca«
pitai llernoesandj.
2a.° Wesierbotlen.
SODERAIfOS DA SUSCIA DESDE O XI SÉCULO.
/ Fim da dynastia de Loibrog-Sigurdsan,
Olaus 111 lOni ÀQuadJacques 102G
Erojund III 1051-Ô6
// Raça de StenkiU,
Stenkil III 10:;G Jngel lOgn
Eri.M.VUeVlU 106G Philippe 1112
UaqninI itb9 Jnge U 11J8
III Raças de Sverker e de Stenkill^Erico
aliei nadamenle.
Sovprker I
Enco IV
Carlos Vil
Canuto
inO Sveiker 11
11 5 Enco X
n6l José l
1168 Érico XI
IV Ditersos principes.
Waldem eBirger
Magnus l
Bergtrr 11
i?5n
lá75
li75
Magnus TI
Eri.o XII
Ilnquin li
Âibeito
1199
1216
1119
1H50
i:i6i
1363
V Período da Vnião de Calmar.
Margarida de
W«llemar 1389
Érico XIII, rei
|de Dinamarca 1497
Chrisrovão rei
de hiiiamarcalí40
Carlos V I I, i'.a-
nut«on, lei
inlig«'na 1448
Slen«.n, Slere,
Atltuiuistra*
dor 149;
«M. If.
João 11, rei de
I inamarca 1497
Stenon 1 de
n.vo 1501
Svaute Nisson-
Slore, admi-
nistrador 1594
Sl^^non II, ad-
ministrador 1512
Chrii>U'Vf,o rei
dti binaiLar-
ca 1520
SUg
VI Dynastia dos Vasa,
64»
Gustavo I, Vasa 1523
Krioo XIV 1561)
João III 156S
SigesiQundoda
Polónia 1592
Carlos iX 16o4
Gustavo l[ lOil
Crbristioa 1632-54
VII dynastia de Duas Pontes.
Car/os X 1054
Carlos XI 16.0
« arlos XII 1697
Ulrioa Eleonora,
irmã do prece-
1719
dente
Frederico de
Uesse, esposo
de Ulriea 17?0
Só 1721
VIII Dynastia dos Holstein Gotorp,
Adrilpho Frede-
rico 1751
Gustavo III t772í
Gustavo IV
Carlos Xlli
1791
1809
IX Dynastia franceza.
Carlos João ou
Carlos XiV
(Bernadote) 1818
Oscar 1644
SUBIRAS, s. f. O Elucidário interpreta:
pedras pnciosas de broslarem panos cor-
nar sallas O lerojo vem do Lat. suo, ere,
coser. Em Fr. ant sufrerie, loja de costu-
reira ou de alf.nate.
suKNOJ« I , fbist ) rei de Dinamarca, re-
vollou-stí muitas vezes contra seu pai Ha-
raMo, feio morrer e subiu ao trono em 98 j.
SUKNON II, (hist ) neio do prece ^euie, foi
vice-rei da binanarca, por M^gno I, rei
de Dinamarca e da iNt ruega, o qual em 1047
lhe c^^d^u a cofôi. Morreu tra 1074.
suli^ON III, (hist.) iiiho de Érico Edmun-
do. usurp<»u o trono da Dinanr)arca a Canu-
to V, a^ quí»l mandou a. s«ssinar ; mas que-
ren('o fazer o mesmo a Waldemar foi batido
por este pnnripe, e moireu na fuga.
suESSA auhl^ca , (gHogr.) bessa, cidade
de Itália, c pitai dos A uruncns, nas frontei-
ras do Lacio ♦' da Campaiii».
SUESSA poMETiA , (geogr.) Sezze ^ capital
de um estado voUco, foi tomada pelos iio-
manos no rtinado de Taíquinio oáobeibo.
suESSioNE , (geogr.) povo da Gallia, na
Belfjica 2." , entre os Veromandint os Re^
mi. e 05 Catatani.
suEssoLA. (geogr ) Sessola ou 3Iaddalon*f
cidade da Campauia 4 léguas a SE. de Ca-
pua.
SUESTE , s. m, vento entre o sul e o
este.
SLKTO, s. m. (do Lai. sueíum , sup. do
s^iehme, «ostumar.) dia ('in que se costuma
lenar nas aulas, nasesiólis.
suKiOMO, ihiát.) C ^uetoniut Tranquil-
tti2
646
SCP
«Wf
luK, na«;ceii no anno 70 de Jesu-Christo. fi*
lho de um tribuno milit«r. foi advogwdo,
depois secretario [mayister epistnlarufn)(\t;
Adriano. Ficou desííratjado eui t2l por se
ter poftado familiarmente com a imperatriz
Sabina.
stJETONo PAULINO, (hist ) general fomano,
pretor no reinado dtí Cláudio eui H7, sub-
meltcii os Muuros revoltad>se pen*Mrouaió
ari Tatilet aí^iual. ílommandou em t. 9 o exer-
cito de Oiliâ I contra Nitellio e perdeu a ba-
talha de Hedriac.
suF.vos, (gHogr.)' Stuevi, nome dido pelos
Romanos «iesde Osar até Seplimo v>eYern
aos povos da (Irande Germânia dos quaes
tinham pou^o conhecimento.
SUKZ, (gpogr.) Arsirióe ou Cleopa tris (\ns
antigos, Soueis em Árabe, cida<ledo Fgypto
na extremidade N. do golphode .-u<^z,a38
léguas do Cairo ; 1 ',000 habitantes.
SUKZ, (geoítr.) Xeroopoliio dus antigos, o
gol|;ho qutt feíha a ponta ao NO. do Mar
Vermelho. Também lho chamavam Golpho
Arábico.
SUF2 iisthmo), (geogr.) isthn»© que forma
o ponto de contacto da Ásia e da Africa, é
situado ria ponta N. do golpho de Suez e
o Mediterrâneo.
siFKTTES, (hist.) magistrados annuaesem
Carthago, rram n»^sta cidade o mesmo que
os coiusulís em Roma.
sui'Fici£>CfA , s, f. (Lat. sufjicientia.)
abastfinça pbysica, porção t>astanie de habi-
lidade, destreza, capacidade, aplidào.
SUFFICIKNTK, Qífj . doS 2 'j . (L»t. SvfJicienS,
th.) bastante em abastan(;a Ouantt.lade ,
dinheiro, força, habdidade — . — ,(rig.) ap-
to, capaz Pessoa — para Uiit empngo.
suFFiCfRMEMENTE, odv. [mente suff.) com
suíTiciencia, quanto é b.istanle.
SLFFiciEisrii-.siMAMEME. ãdv. svperl. im-
próprio de í^uílicientemenle.
SLFFICIKNTISSIMO, A, odj . SUpnl. ifflprO-
prio de í-uííiciente.
suFFoCAÇvo, 5. f. (í.at. sv ffocatio, onú.)
estado de pessoa que se afoga, que não po-
de respirar, ou que respira com grande dif
ficuldade.
SL'FF(CADO, k,p.p desufTocar ; aí/;', que
respira com grande diíliculdade ou estran-
gulado, afogado.
suFFOCADOB, A, adj . que suíToca. Calor,
calma inchação — .
sfFFoCANiE, adj. dos 2 g. (Lat. soffo-
cans, tis^ p. a. de suffoco, are,) que suf-
foca.
suffocar, V. a. (Lat svffocare, «»//" por
tuh, debaixo, e foco. are, ài\faux, fauces,
a garganta ) tolher a respiração. O fumo o
svifocou. — ^ privar da vida tolhendo a res-
pira^'. ^ á toí, o aUnto, supprimir. — ,
abafar, fazer cessar. — os cJamoret. os loa"
tox, reprimir. — a justiça dosr(quereute*f
não lhes deferir. — , (tig ) atalhar, inutili-
zar : — os talentos, o valor, a industria.
slffocativo. , adj. qu« suíToca; r. g.
Vapor — , (tig ) (pie faz baldar.
SUFF01.K, i geogr ) condado de Inglaterra,
ao i> do címdado de Lssex, ao .S. do de
.Norfolk, a E. do de « ambridge ; 300,00J
habitantes. Capi'al Tpswi(;k.
siJFPoiK (cond*', depois marqfiez e duque
dei. (hist.) general injílez, neio de .Miguel
Toll, 1 ° conde de Sulfnlk Foi accusadode
trairão e d^golhdo em 1 5'.
siFFOLR {rtondes de), (hist) este titulo foi
usado em Inglaterja pelas familias de Pol
e de Brin len até IG03.
suFFOiK (dujue de), (hist.) amigo do in-
fância de Henrique Vtll, foi porellecreado
duque de SulVulk em 1513.
sufphaCanro, A. adj. ou s m. [Lf^t.svf-
fragat.ens V. 5í//f/Q</í'o). siij-iio, subor fi-
nado V. g. Bi?po — do Arcebispo. Igreja
— a Roma.
suFPKAr.AMio, (obsol)V- Siijfraganeo.
suFFRAGAR, V. u. (Lat. suffragor, ari)^
approvar, favo^^ecer, apoiar couj o seu vo-
to, rogar por algnem, ajuda-lo cora sutfra-
gios; D. g. — os monos, em sentido acti-
vo, ou por elles.
SLFFRAr.io. s. m. (Lat. suffmgium, suf
por shIi, e {>ango, ere, miebrar), voto, to-
da a ídjra pia por alma nos defuntos.
SUFFREN s TRõpEZ, (hist ) navegante fran-
cez muito cplebre, nasceu em 1726. mor-
reu em 1780. Distinguiu se no m/irdas ín-
dias, arruinou no Cabo a esquadra do Com-
modoro Jonhston.
siFFUMiGAçvo. s f. (Lat. supimigatlo,
onis), (t med ), vapor que se applica a al-
guma parte f5.ra acurar, c. g. — de lã
queimada, de enxfífre.
sLFFUMiGio, s. m. (t. med.j, V. Su/fit-
migaçào.
suFFUsÃo. .*. f )Lat. suffitsio, oni*,suf
por sub, afundo, erc, verter), derramamen-
to, V g. — de sangue
SI FisTARiA. V. Sof,histeria.
suFHAGANTE por fligrante ou flagrantn
dilicto, é popular
SUGAR, (ant.) íLat. sugare.) V. Chuj^ar.
SUGEITO. V. Sujfito.
suGK.R , (hi»l.) escíiptor francez, nasceu
em 1082, foi eleito abbad»^ de S. Diniz em
1122; morreu em 1 tl>2 quando ia conduzir
á Ásia «ma expedição de lO.OlK) homens
que reunira, em consequência de uma cru-
zada que pTgara. E' considerado como fun-
dador das Clironicas de S. Diniz.
^iJGaKRino. A, p. p. d« suggerir;- tídi'.
inslâiciAdo. lembrado, advertido.
sm
stii
«47
sucfirniR. t>. o. {'at. sugqe^o, ere, de
sug por sub, ileUnixo. e gero, ere, levar^,
insinuar. Itfiiibf-ar, «tlverlir ; t?. // — a res-
posta, iies(5tili).4S, pensamentos elefadus, —
maus fons» lhos, nlenios. O uso i^va feito
suppridiir jjtn g Ho rad. I at
sur.GE-^TÀo, s. f. (Lat. sngfjeidio nnis)
acção de sn^i^firir. ifis»niiaçào, connelho v,
g Sugi^esiòes da perversidade, da tra, do
demnnio.
MTGOfSTivo, A, aij. qne cont^^m sugg^s-
tàii, que sui{gere, iii^-iuui, inspira,
sin:r,KST<» a. m ^Lal sngg^fitiiffiou srig
gestas) ir»buna ou pulpilo «funde os or.i-
do'es filiavam ao povo romano.
suGiDADK. V. SujUade.
SUGIGar. V. Snlij^igar.
SL'r.n,i,AÇ\o, s. f. (Lat. sngiUatio, onU,
de sugillo, are, corifiindirj, nódoa roxa ou
lívida na pelle, cansada por pancada.
SU6INHO. V ^ujinh.o.
SUGIR, (t da Bfir.i). V. Chupar.
siGjsToRio, s. m. hon em qtie nas pro-
cissões ia em a(Mo de matar a serpe, que
lambem figurava na procissão.
suGiTORio. V. Sugistorio
SUG». V. St/íco.
suHM, (hisl ) hist(»riador dinamarquez ,
nasceu em i72^, morreu em 17-8. As suas
principais obras são: latrodwçdo á histo-
ria critica da IHnamarca; Historia da IH-
namorca, ele.
slIça. V. Soiça.
suiciD*, s. do.v 2 g, matador de si pró-
prio, o que se dá a m«»rte a si mesmo.
slmdaue, s. f. (t. jur.), condição de her-
deiro necessário.
suiDAS, (hisl.) JPiicoçrapho grejro, quese
julga ter vivido no IX ou X século, ó co-
nheciilo pelo seu hexicon.
suíno, a, adj (Lat .siiinwí, de sus, por-
co), do porco; t>. g. Carne — .
suiNTii.LA, (hisl,) roi dos Wisigodos de
Hi«panha, desde 621 até 65l. Morreu era
63o.
suioiSES. (h«st.) antigo pnvoda Seandina-
via, <»riginario da Germânia, occupava se-
gando se julga a actual Su<»cia.
suiPPRS, (geogr ) ci'la)ede França, 6 lé-
guas a .nR. de ' halons-sobre o-.Marne ;
2,4 O habitai.
SU18SA OU CONFEDERAÇÃO H^LTETICA, (g**0-
gr.) i^fheveiz pm alien ão, llelvetira e par-
te da Rheiia dos at tigos, republica fedn-
ral lera por bmilfs, a O a França, ao ?i
o gran- ducado de Bade, a K. o Tyrol, ao
S. o reino Lonibardo-Vene/iano eos l.sta-
dosSrífdos; 2,jo0,t(>0 halniant«'S, capi»..íl
Zuticfa. A Suíssa é dividida em 22caniões
que sào os ?e^nint»'S jxla ordem, que oc-
cu^^tafD na ( onfedef6<;ào GereBauica :
I Zurich
i Berne
3 l-ueerna
\ Una
5 Scliwilz
Vt IJnterWfllJ
7 (II. íris
8 Zutf
.' Fri burgo
10 Soiileure
n Bale
• i SihdThnuse
l3 Ap[»renzel .
\\ S Call
13 Grisões
16 Argovia
17 Thurgovia
18 Thessino
í9 Vaul
20 Valais
^■i .\euohatel
22 Genebra
Zurich.
BernH.
I.uc»*rna.
Allorf.
Sch\rilz.
Sarneae Starz.
Glaris.
Zug.
Frd)'irgo.
Stiuleure.
BalH
Sch^fTaouse.
Apprenz«l, llerisau e
Triígen.
S Gall.
Coire, Ilinze
Da vos.
Aarau.
Frauenfd.
Beliuzoni, Lugiuo O
Loca mo,
Lousana.
Sioíi.
Neuchalel.
Genebra.
suissos (Cera), (hisl.) companhia de Suis-
sos Men^enarios. creada em iVJâ. Foi ei-
tincta em líSl7.
SUJADO, A. p p. desvj.%r; adj. mancha-
do.
suJAM-EfiTK, adv. (mcíií«su(T.), porcaraen-
Ih sordidamente, no physico e moral.
SUJAR, V. a. [sijo, ar des. inf), empor-
calhar, manchar, f-izer suj ) : enlamear;».
g. — a roupa, o fato, > rosto, as màos ;
(tig. manchar, fazer torpe: — a consciên-
cia
suj!!iç.\o, «, f esl.ido de oessoa ou cousa
sujeita, èobordiíiada, dependente, obedit-n-
cia, acatamento, acanhamento diante de pes-
soa de respeito.
SUJEITA, s. f. mulher qne se nSo nomeia.
Uma — , certa mulher que nào nomeamos.
sujKir/íno, A, p. p. de sujeitar ; a//;', re-
duzi l<> a sujeição, doma lo subm«'Uido.
SUKITADOR, A, adj. q-ie SMJeiía, submetle.
sujf.ir*R, o. a. (do Lat ««/v/ec/ítra, sup,
de suUjicio, ere ] suhmelter, reduzir a (»be-
diencia, ter sujeito, dependente, domar, su-
bjugar; fazer obedecer- — a vontade á ra-
7à o — SK, t. r. submeler-^-e, limitar-se.
suJEiTissiMO, A, adj. superl de su^^rto.
suj»iTO, A, adj. (Lmi. suhjectus p p. de
suhjicto, ére.) subaaeuido, subj igado, re-
duzido a suj^içào; exposto, c. g. — a dam-
no, risco, m(»lt*siií. — , dócil, obediente.
<',avallo. vassallo — Vontade — á raz.Ho. — ,
Wnmal bravo -^. A matéria—, que serve
de assumpto.
132 •
G48
SUL
SlX
SUJEITO, s. m. súbdito, vassallo, cativo,
escravo ; ohjeclo, assumpto. — da proposição,
a cousa designada p«lu verbo que tej^e a
oração. Um — , horatni qne se não nomeia.
SUJIDADE, s. f. f.ilia de limpeza; immun-
dicie ; os excrementos alvinos do boinem.
— , (íig ) palavras lorpos, deshoneslas.
sujiNiio, diminut. de sujo.
SUJO, A, adj. (Cast. sucio, do Lat sus,
porco.) torpe, immundo, sórdido, não lim-
po, não asseiado ; (lig.) deshonesto , impu-
dico. Chaga — , que tem sordes, ichorosa.
Liviro — , incorrecto, cheio de erros. Mar
— dt ilhotas, restingas^ impedido, emba-
raçado.
SUL , s. m. (Fr. sud. Aliem, sud, Cast.
sur, Anglo-Saxonio S"t'i, \n^[. south, lIoU.
zuid. Court de (iébelin deriva este termo
do Arab. suedou, schud, negro, esr.uro. 11o.'-
ne Tooke o deriva do verho Anglo-Saxo-
nio siothen, cozer ao lume, em Ingkz se
seethe. Eu creio q<ie ambos se enganam,*
que o termo sul vem do Saxonio son, sun,
ou Aliem, sonne, sol, e unter ou unten,
baixo, inferior, contraído em sm/íí ou sttwtí,
que em Franco correspondia ao moderno
sud. J'ara os povos septentrionaes o sol no
inverno anda mui baixo parque enião oc-
cupa o h-.mispherio austral ou iii(«rior ao
boreal. Também pode vir <lo l.at. subius.)
o ponlo cardinal oppostn «o norle ou á cons-
tellaçao da Ursa menor; o vento que sopra
daquelle ponto. O ventv — , é expressão el-
lipt;ca equivalente á que sopra do sul.
suLAVKMEALto, A, //. p. de sulftvenlear ;
adj. descaído para sotavento.
suLAVEisThAR , V. a. ou 11. descâif para
sotavento.
sui.AVENTO. V. Julavento, Sotavento.
SULCADO, A, p. p. de sulcar; adj. aire-
goado com o arado.
SULCAR, V. a. {sulcOj ar des. inf.) arre-
goar com o arado ; (tig.) cortar as ondas.
Os navios sulcando os mares.
SULCO, s. m. (Lat sulcus. Gr. holkos,
de helkeô, puxar, rasgar ; rad keô, cortar,
abrir com força, romper, ee/ad, puxar com
força.) rego feito com o arado, ou com a
quilha do navio.
SULFATO. V. Sulphato.
suLFLRiNO V. hulphereo,
SULFITE. V Sulf.hiie.
SULFUK. V. Enxofre.
SULFURADO. V. ^ulfhurado.
fcULFLRLO V. Sulphureo.
suiFUKtio. V i>ulphureto, e Enxofre.
SU FUHICO V. SulphuricO.
stiFLhO.^^O, V. ^vlf huroso.
SI LIA OU soiiA, s. /. (do Fr. ant. 5t</ic,
S3ria.) seda, tecidos de seda que vinhòiii da
Sjria.
suLLY-LA-TOUR, (geogr.) yilla dePrança,
a 3 léguas ao SE. de Cone; 1,800 habi-
tantes.
suLLY-soR-LOiRE, íg<^ogr.) SuHocum, cida-
de de França, quassi 5 léguas ao JSO. de
Gien ; 2,:i<'0 habitantes
SULLY (Maurício de), (hist ) bispo de Pa-
riz no secolo XH. Aasciu em IHiO, mor-
reu em 119B afitos de ver concluidaa c«-
th'^^'dral de Pariz, para cuja contribuição
contribuiu muito.
sumo, (geogr ) h'^'je Solmona, cidade de
Itália, entre os Paligui, a 4 léguas ao 8C.
de Coitinium. Foi a pátria de Ovídio.
sulpuato, s m. (chim. mod ) sal forma-
do pelo atido sulphurico e uma base.
suLPHiTE, s. m. (chim. moJ ) sal forma-
do pelo acido sulphuroso e uma base.
suLPUUKADO, A, adj, combinado com en-
xofre,
SULPHUREO, A, adj, (Lat. 8ulphureus.)áe
enxofre.
SULPUURETO, s. m. (chim. mod.) combi-
nação do enxofre com substancia alcalina.
SULPHURICO, udj. Acido — , (chim. mod.)
antigamente vilriolico.
SULPHUROSO, A, adj. Acido — , (chim.
med ) que contem menos oxygeneo que o
sulpliurico.
suLPiCio (S ) , (hi5t,) chamado também
Sulpicio-Secero, bispo de Bourgcs no secu-
!•) Vi. Foi sagrado em 58 i, e morreu em
591.
suLP*cio-SEVERO , (híst ) SuJpicius-Seve'
rus, historia ior ecclesiastico, nasceu em
Aquiiania, no anno 36J Foi discípulo de
S Maninho, e morreu, segmHo uns, em
410, e segunlo outros em 429. A sua obra
principal éa Historia Sagrada em 2 livros,
que abrange desde acreação do mundo até
ao anno 410.
sui pic ANOS, (hist.) congregação ' de pa-
dres, destinada é instrucçào de jovens ec-
clesiaslicos, fundada em .641, por Obier,
cura de S. Sulpicio.
suLPiTiA, (hist ) romana, que cultivou a
poesia e viveu pelo anno 90 de Jesu-(]bris-
10, no tempo de Domiciano. Só d'ella nos
resta uma saljra, de edicto Domitiaai, {\aQ
vem ordinariamente no hm do Jons Juve-
nal, ou de Petrona.
suLPiTiNS GALLUS (c), (hist) pretop no-
anno lló antes de Jesu-iihristo, tribuno-
militar no tempo de Paulo-Emilio, cônsul
em Itíti, foi orador distincto, e sábio as-
trónomo.
SULTANA, s. f, mulher do sultão : — fa-
vorita.
suLTANiM, s. m. moeda de ouro turques-
ca, do víilor de um sequim de Veneza.
SULTÃO, s. m. (do Aiab. tuUa.h ousai»
SUM
ían, do verbo sallata ou saUa, domÍDar;i
saUan, domínio, poder.] imperador dos Tur-
cos.
suLVESTO , s. m. (p. us.^ vento sul, do
meio dia.
sui.z, (gpogr.) cidade do reino de Wur-
temberg (Floresla-Negra). 11 léguas as SO.
de Heuilingen ; /.'rlOO habilanles.
sulzbaCh. (geogr.) cidade de Baviera, 2
léguas ao M). de Amberg; 3,000 habitan-
tes,
SULZBACH, (geogr.) rio do ducado de Nas-
sau, afllijente do la Lahn.
SUM, adv (do I at. simul, junto, junta-
mente ) Viver em — , Je — , de companhia,
juntos V. Suu.
SUMA. Y. Summa.
suMACA, s. f. (Ingl. smack.) embarcação
rasa costeira, de pescar; embarcação rasa
o ligeira de dois mastros.
suMAGRE, s. m. (do Arab. summac, #u-
mak Ou semuk.) planta com cuja folha e
casca se curtem coiros.
SUMARENTO, A, adj . (dcs. euto.) que tem
muito surao. Limões — .
SUMATRA, (geogr,) ilha da Oceania, e a
mais occidenlal de todas as ilhas d'este pon-
to do mundo ; eslá separada da penínsu-
la de Malacca pelo estreito de Malacca ;
6,000,000 habitantes.
suMBAiA. V. Zumbaia.
SUMBAVA, (geogr.) uma das ilhas de Son-
da ; 50,U(jO habitantes. A ilha é dividida
em 3 pfininsulas, e na do centro está o ter-
rivel volcào do Tomboro.
SUMBAVA-TIMOR (Archipelago de), (geogr.)
serie tíMfcas da Malásia, a E. deJava, col-
locado ii'uma linha do h. ao O. ; a princi-
pal é Sumbava. e a t. é Timor.
suMEAs, s. f. (naut.) taboas com que se
refaz, e repara o leme.
suMENE, (geogr.) capital de cantão em Fran-
ça, no departamento do Gard, L léguas do Si-
gon ; 2,9(J0 habitantes.
8UMERG1D0. V. Submergido,
suMERciR. V. Submergir.
SUMERSÃO. V. Sí<6 . ersão.
suMEBSO. V. Svbmerso.
SUMIÇO, s. m. (de sumir.) acto de stimir.
Levar — ^ perderse de vista, não se achar,
sumir-se.
suMiDiço, A, aí/;', que facilmente se some,
ilesa ppaiece, se desvanece.
SUMIDO, A, p. p. de sumir; adj. que se
perdeu, desapjjareceu: metlido para baixo do
nível, afundiao. Olhos —s, encovados, os do
moribundo.
SUMIDOURO, *. m. lugar por onde se so-
me, ou escoa a fgua ; (lig.) cousa ou pes-
soa que tons4 me, dilapida. Esta mulher é
sumidouro da lazeoda dos amantes.
v«k. nr.
SUM
649
8UM1LHÍII, s. m. (Fr. sommelier.) oílicial
de diversos serviços. — do cortina, que cor-
re a cortina da capella real. — da camisa
que vestia a camisa ao rei.
SUMIR, V a. (contracção de SI/ m«r^ ir.) su-
mergir , metter a pique ; esconder, fazer
desapparecer — sr, v. r. occultar-se, des-
apparecer, esconder-se. — avox, apagar-se.
Sumiram-se-lhe vs olhos, encovaram-se-
lhe.
Este verbo é hoje irregular. No indic
eu sumo, somes, e somem ; mas os anligof
diziam sumes, sumem.
suMissÃo V. Submissão.
SUMMA, s. f. (Lat.) somma ; resumo, epi-
tome. Em — , (loc. adv.) resumidamente,
em substancia.
suMsfAMENTE, ttdv . {mente suff.)emsum-
mo grau.
suMMAN, (geogr.) rio d'Africa.
suMMAR, V. a. V. Sommar,
suMMARUDO, A, p. p. de summariar; adj
resumido ; processaao summariamente.
SUMMARIAMENTE. ade. [mente suff.) de mo-
do summario, compendiosamente.
SUMMARIAR, V. a. [summario, ardes, inf.)
reduzir a summa ou a summario ; resumir,
recopilar em summa. — umréo, fazer lhe
processo summario.
SUMMARIO, A, adj. (Lat. summarius, bre-
ve) Processo — , que se faz summariamen-
te.
SUMMARIO, s. m. compendio dos pontos
principaes de uma matéria, processo sum-
mario.
suMMARissiMO, A, odj. supcrl. do summa-
rio.
suMMiDADE, s. f. (Lflt. summitas, tis ) o
cimo, o ponto o mais alto, cume. A — do
monte, do arco, dos ramos da arvore.
suHMíssÃo. V. Submissão.
suMMisso. V. Submisso.
lUMMisTA, s. m. (des. wía.) autor de sum-
ma, resumo, epitome.
suMMO, A, adj. (Lat. summus, contraído
de supremus, supremo, ou formado de <m-
pra, em cima. a cima, e úmt45, profundo.)
o mais alto, elevado, supremo, —grou, cui-
dado. O — bem. Em grau —, — estado de
poder.
SYN. comp. Summo, supremo, soberano.
Summo, é o latim summus, e significa o
mais alto e elevado, o que nrais Sibresai
em seu género. Diz-se Summo pontifico,
summo amor (de Christo), em íwmno grau,
etc.
Supremo designa o ultimo, o maior na
g.aduatão, de mór excellencia no seu géne-
ro. Diz se o dia supremo, o supremo man-
do; e Vieira disse: « Supremos anjos da
suprema jerarquia (I, ^''J). »
163
f(50
sun
|UP
Soberano designa o qae ó su,premo em
autoridade e poder, e se usa como substan-
tivo para designar o senhor ^bsoluto no do-
minio e governo de seus vassallos.
suMMULA, s. f. diminuí, de summa, bre-
ve epitome doutrinal.
SLMMULisTA , s. wi. (des. istã.) autor de
summula.
SUMO, s m. (do J^at. humco, crc, molhar,
humedecer.) sueco de fractos e de hervas,
9. g. — de limão, laranja, de azedas, chi-
cória. — , (p. us.) sueco da carne, suecos
nulrilicios,
SLMPTO , s. m. (Lat. sumptus, p. p. de
turno, ere^ tomar.] (p. us.) custo, despeza,
gasto.
SUMPTUÁRIO, A, ttdj . (Lat. sumptuarius.)
concernente a gasto, despeza. Leis — s.
SUMPTUOSAMENTE, ttdv. {mente suíT.) com
sumptuosidade.
SUMPTUOSIDADE, s. f. cuslosa magníílceu-
cia, grande fasto, pompa : — doedificiOj dos
trajos, do festim.
suMPTUOsissiMAMEi^TB , (xdv. superl. de
sumptuosamente.
SUMPTUOSÍSSIMO , A, adj de sumptuoso.
SUMPTUOSO , A , adj. (Lat. sumpluosus.)
fastoso ; magnifico, de muito custo. Casa ,
edifício, festim — . Dons — s. — , magnifi-
co, que despendeu com mão larga, em ma-
gnificência, era preciosidades.
SUNAMITE, (hist.) habitante da cidade de
Sunam, na tribu d'íssachar. Por este no-
nle se designam principalmente 1.° Abisaig,
que se uniu a David, na sua velhice ; 2.° a
esposa mysteriosa de Salomão, no Caiitico
dos Cânticos.
suND, (geogr.) estreito da Dinamarca, en-
tre a ilha Seeland e a costa sueca do Mal-
ttiaehus, junto do Báltico ao Caltégat. Na
profundidade de muitas braças, encont ra-
se uma corrente em sentido contrario.
suNDERLAND, (geogr.) cidade d'ínglaterra,
no condado de Durham, na emboccadura do
Wear, ãleguasao NE de Durham ; 17,000
habitantes.
suKDERLAWD (H. Speucer, 1.'' conde de).
(hist.) nasceu em I6í0, foi grande partida-
Irio de Carlos I, morreu na batalha de Kew-
burgo em 1643.
SUNDERLAND (Robcrto Spcuser, ^.* conde
de), (hist.) filho do precedente, nasceu eip
1641, morreu era 170.L
suKDGAU; (geogr.) pequena região annexa
á Alta-Alsacia, cidade principal Refort.
suNGO, (geogr ) praso da Coroa Porlngue-
za, no districto deleite, que tem uma lé-
gua de comprimento e duas de largura.
suNiuíi, (geogr.) actualmente cabo Cqlon-
lle, forma a extremidade aol§E. da Adiça
SUNNITES ou soNNiTES, (hist. ( seita musul- 'fora ae tempo
mana, assim chamada, da palavra sunnah
porque reconhecem como verdadeiros siic-
cessores de Mahomet, os califas Aboubekr,
Omar e Othman.
suNTUOSiDADE, V. Sumptuosidade.
SUOR, s. m. (Lat. sudor. V. Suar.)exha-
lação copiosa, excrementicia que sáe pela pel-
le ; (fig.) trabalho, fadiga. Ganhar o pão com
o — do seu rosto. Passar suores de morte,
ou suores frios, estar em grande aperto, arir
gustia, trabalho. Suores, (fig.) fructo de graqx
de trabalho.
suPEDANEo. V. Suppedaneo.
SUPER, preposição latina (V. Sobre.) En-
tra como prefixo na composição de muita s
vozes e denota posição cimeira, posteriori-
dade em tempo; excesso, preeminência.
SUPERABUNDÂNCIA, s. f. excesso, abundân-
cia excessiva.
SUPERABUNDANTE, aàj . dos 2 Q. (Lat. «u-
perabundans, ■tis.) qae superabunda.
SUPERADUNDANTEMENTE. ttiv. [mente SMÍÍ.]
cora superabundância.
SUPERABUNDADO, A, p. p. do supcrabun-
dar ; adj. que superabuudou.
supERABUNDAR, V. O,. OU H. (Lat supera-
hundare.) mais que ^bundjarj exceder o ne-
cessário.
supERADDiTO. V. Âcovescentado.
SUPERADO, A, p. p. de ^^^gfjar; adj. oi-
cedido.
sypERALTAR, s m. [ánt.j pedra (|e ôra» ai
lar portátil.
SUPERAR, V. a. (Lai svpsrare.) exoeder,
levar de vencida : — o inimigo, o passo dif-
ficil. — , ayantajar-so : « mas a todos Anchi-
ses superava. » Eneid. Pprl. — a matéria,
exceder.
supERAVBL, adj. dos 2 g. [Lai. superabi-
lis) que se podo superar, exceder, vencjyel.
DiflTiculdades, paixões superáveis.
suPERBissiMO. V. Soberbissimo
suPERCEiERiA, s. f. (Fr. SM/JC/T/ierie.] (a^l,
e desusado.) embuste.
supKRCiLio, s. m. (Lat. supercilium.] (ant.)
sobrancelha ; (fig.) çoberba, or^qjl^Q, go-
ber^ínia.
supEREMiNENTE , adj. dos 2 g, $p|)reele-
vado-
síJPEREMiNENTissiMO , A, adj. superl. de
supereminente.
suPEREROGAÇÃo , s. f. (Lat. supercroga-
tio, onis ) o acto de dar mais do qqe se pe-
de, Dfiais que a obrigação exigp. Obrais de
— , transcendentes.
suPEREvANGEiíA, s. f. capâ prcciosa com
que se cobriam e ornavam os evangelhos.
suPERFETAçÃo , s. f. (^at. supsrfo^tatio ,
onis.) novo parlo, de feto que nasce depois
de outro ; (fi^.) cou^q que .apparpce l?rdg^
supKRFiciA», adj. dos 2 g. (Lat. super~
(icialis.) que está á flor, na superfície. F«-
rida — , não profunda, — , que não é so-
ido e bem fundado. Conhecimentos SM/)cr-
ficiaes.
SUPERFICIALIDADE, s. f. qualidade de ser
superfií-ial.
SUPERFICIALMENTE, adv. [mente suff.) ásu-
perficie ; nào profundamente ; não funda-
damente.
superfície, s. f, (Ltt. superfícies, super,
e fácies, face.) o exterior, a extensào consi-
derada do per si, sem dependência das ou-
tras dimensões de altura, e espessura. A—
da terra.
suPERFLUAMENTE, adv. [mentç suff.) de so-
bejo, sem necessidade.
SUPERFLUIDADE, s. /". (Lftt. superfluitas ,
tis ) sobegidão, excesso, demasia. — s, cou-
sas supérfluas.
SUPÉRFLUO, A, adj. (Lat. superfluus, que
trasborda, inunda, super, e ^ueni que cor-
re.) desnecessário, detnasiado, inútil ror so-
bt^o.
supERGA, (geogr,) montanha dos Estados
Sardos, 2 léguas ao RE. de Turim.
supERHUMERAL , s. tJi. cspecíç de estola
que cobria os hombros do sacerdote dá lei
velha.
SUPERINTENDÊNCIA , *. f. Inspecção sobre
qualquer ramo de admini3lraçãb oú de obra,
fiscalisação.
SUPERINTENDENTE, s. wi. pessoa encarre-
gada de superintender, ou da superinten-
dência.
SUPERINTENDER, V. O (siipcr pref . , e en-
tender.) vigiar, fiscalisar os empregados de
qualquer ramo de administração, ou de obra.
SUPERIOR, adj dos ^ g. (Lat.compar.de
superius, elevado.) que está mais alto, ele-
vado ; que tem maior autoridade, poder, gra-
duação ; estremado, avantajado. Talento ,
engenho, animo — . — , emanado da auto-
ridade superior For ordem — .
SUPERIOR, s. m. pessoa superior em auto-
ridade, V. g. — áe convento, ou communi-
dade religiosa.
SUPERIOR (jíago), (geo^r ) o mais Occiden-
tal e o mais Vaslo dos' cinco grandes lágós
da America do ^drte.
SUPERIOR (mar), (geogr.) Superum maré,
hoje golpho ou mar Adriãtico, entre a Itá-
lia e a Illyria! -rw. .. .^
SUPERIORA, s. /". freira que governa ò con-
vento, a communidade. . 'W'« •••"•-
SUPERIORATO, í; m. oíTicio, cárgo de su-
perior ou superiora de cominunidade reli-
giosa ; (fig.) influenL ia superior, 'preeminên-
cia.
SUPERIORIDADE, s. f. (Lat. s^pcrioritas ,
tis.) preeminência, exc.ellencia, qualidade su-
perior de cousa ou pessoa, predomínio A
- dos talentos, do valor ; — dos vinhos ,
dos tecidos, das manufacturas ; — do poeto,
de graduação.
STN. comp. Superioridade, autoridade^
poder, soberania, senhoria Superioridade
é a preeminência d'uma pessoa sobre outra,
em qualquer dote ou qualidade. Autorida-
de é & superioridade quo provem da lei na-
tural ou positiva, cora direito de se fazer
obdecer. Soberania é a autoridade do so-
berano com poder absoluto e independente
sobre seus vassallos. Senhorio é a autori-
dade com império e domínio.
Superioridade denota preeminência com-
parativa, e encerra ideia de comparação, o
que não acontece com os vocábulos auto-
ridade, poder, soberania, domínio.
SUPERLATIVAMENTE, ttdv. (wcníff suff.) em
gráo supperlativo.
SUPERLATIVO, A, adj. (Lat superlativus,
super, e latus, p. p. de tollere, levantar)
summo gráo, tanto do bem como do mal ;
eminente; (fig.)excellente, óptimo. Bonda-
de — . Gosto--. Em Porluguez issimo éa
desinência mais usual do superlativo, v. g.
brevíssimo, finíssimo, aa.ahilissimo, excepto
em superlativos latinos como óptimo, míni-
mo, ínfimo, péssimo. Quando os adjectivos
não admittèm a desinência issimo, ou ella
é desusada, suppre-se por muito, cg. mui-
to meigo, cortei, civil, lísongeiro, colérico,
enfadonho." O —] stibst. o gráo superlati-
vo. ' i ^
SUPERNAL, adj. dos 2 g. V. Superno.
SUPERNO, A, adj. [Lãi. supernuí) supe-
rior. Uceu. A; luz — . << Aquelle de quem
sois seahor — . » Camões — , (fig.) exeel-
lente, prestante. Bálsamo — .
SUPERNU3ÍERARI0. V. Supranumerário ,
mais usado.
SUPERO, A, adj. (Lat. superus) elevado,
subido. t)ppõe-se a infero.
supERpAKTicuLARis, àdj, dos 2g. (Latim
moderno) (arílh. e musica)^ Género — , é o
segundo da proporção desigual, cm que a
quantidade maior coiítém à menor uma vez
Ó mais upa parte do mesmo numero.
suçERPARTlENS, adj. <?os 2 g (Latim mo-
derno) (arith) 6'enero ou razãê — , a que
existe entre dois números dós quaps um
contêm o outro lima vç^ e tpaís algutnas par-
tes do todo.
SUPERPOSIÇÃO, f. f. poslçSo de unia cou-
sa sobre outra.
SÚPERPURGAÇÃO, s. f. purgação que so-
brevem a outra, ou que evacua com px-
cesso
SUPERR06AÇÃ0. V. Supererogação.
SUPERSTIÇÃO, s. f. (|Jat. superstitio, onis,
I de superstçar, firma r-se^ falsa doutrina ou
' ' ^'^'' 163 ^-^
65â
hiiP
Í\}P
crença em matéria religiosa, falsa religião;
crença absurda e conlisnça em praticas re-
ligiosas O mundo está inçado áe supersti-
ções. Cada crente na sua religião chama —
ás outras religiões.
SYN. comp. Superstição^ fanatismo. A
suprestição é um culto de religião falso,
cheio de erros, contrario á razão, e indi-
gno da l)ivin(iade. O fanaliamo ó um zelo
cego e apaixonado que nasce das opiniões
superstiviinas e faz cometler acções ridicu-
las, injustas e cruéis, não somente sem ver-
gonha e sem consciência, senão também com
uma espécie de alfgria e consolação, como
se o que as faz houvera recebido alguma
missão de Deus.
Á superstição, diz Bacon, foi quem for-
jou os Ídolos do vulgo, os génios invesiveis,
os dot ndes, os trasgos, as bruxas, os vam-
piros, etc ', o fanatismo levantou cadafal-
sos, accendeu pyras, e fez correr rios de
saiigue nas guerras da religião.
A superstição posta em acção constitue
própria ínentp o fanatismo.
supí' '• ^:. ^UEisTE, adv. [mente suíf.)
com s (içao, de modo supersticioso.
surt, JiCiOíO, A, odj. (Lat supcrslitio-
sus] d ;o a practit&s de íscrupulosa, ab-
'Uí 'a í^evorfio/ a que os ignorantes altri-
ã-n) j^randes virtudes dur^nle a vida, e
jKiís da moíle de quem as pratica. IJo-
c: i m — . CuUo — «D homem honrado deve
.>fr — em não aíTirmar serão o que vô. »
Arraes, observante escrupuloso.
slperslbstancíal, adj. dos 2 g. muito
substancial, por extremo substancial Ião
svperí^vbslancial.
supu. . JMCAL s. »7t. vestidura que se lan-
çava sobre a íunica.
supFuvACANhio A, adi. (lat. svpercaca-
neus' inutd, baldado, supérfluo.
SLPERVACL'0, A, adj. (Lat. supertacuus)
supérfluo, vão, desn^^cessario, sobejo. Dadi-
va — . Bernard. Florest.
supRvVENçÃo, s. f. (do Lat. supervenio,
irCt sobrevir] oacto de sobrevir. «A — d'es-
te accidrnte. »
suvKRVENiENTg^ adj. dos t Q. (Lat. su-
p<',rtcniehs. tis, p. a. desuperveniie, sobre-
vir) que -«(«brevem.
sui-EHVivKNciA, s /". o sobreviver uma pes-
soa a outra. — de officw. nomeação de ai
guem, para exercer o cargo depois de morto
o proprietário.
suPEKVivtNTB, adj. dos 2 g. que sobre-
vive.
suJETÃo, s.m. (Alterado (\e sulito, des.
iijfin ] Le — , adt. .art ) de iepen'e.
stJiSTO. (ant.s V. í^tibito.
feinniE V FdfjíUo.
£LFi^o, Á,odj. \L&^. iupinuSf levaniado;
deitado de costas com a face para cima) alta,
elevado, v. g. — s selvas. — , deitado de
costas com a barriga e face para cima. Igno'
rancia, de que não nos tiramos por delei-
xo.
supiNo, s. m. (do precedente. Lat. supi-
num) raodificf.ção do infinitivo dos verbos
que em Latim não differe da desinência neu-
tra do partiripio passivo. Em Portuguez ser-
ve o supino a formar os tempos compostos
dos verbos activos e absolutos, e com pou-
cas excepções tem a mesma íórma que o
participio passivo ou do pretérito, v.g, vin-
gado, morto, feito, formado, amado, mas é
invariável em desinência, tanto genérica co-
mo plural. Ex. Tenho, tinha vingado a of-
fensa, — morto muita caça ; — feito, ou
formado muitos projectos; — amado mui-
tas mulheres. Estou vingado, vingada, es-
tamos vingados: é participio passivo. Te-
nho dormido, vivido, sonhado, suado : ó su-
pino, e também nos verbos impessoaes ou
u«ados impessoalmente, v. g tem, tinha
chovido, ventado, nevado, trovejado. A ver-
dadeira difl'erença entre o supino e o parti-
cipio consisfe em que o primeiro uuj;case
refere a substantivo anterior em tempo, co-
mo o participio, t por isso nunca concorda
em geiíero" ou em numero, posto que íáo-
raes defii;a erradamente o supino: um sub-
stantivo de<;linavel derivado do verbo em
latim egrfgo. Não é nem subs»antivn nem
declinavel nestas duas línguas. INssphrases ;
o tempo que lenho passado, consumido, o
dinhfiro que tenho despendido, dado, em-
prestado ha participio. Nas seguintes é o su-
pino. Tenho consumido pasadomuilo tem-
po ; — despendido, dado muito dinheiro.
Nas pbrases construídas com verbos impes-
soaes, o supino não se refere ao substanti-
vo, V. g. tem cu /«it/o. chuva equivale a cahio^
houve cabida de chuva
sÚPiTAMKNTE. V. Subitamente.
supiTANEo. V Subitaneo.
SLPiTO, A, adj. (V. Súbito) (p. us.) acce-
lerado
supoRAR. V Suppurar.
supoSiSA. V. Trapaça, Falsidade.
suppeuaneo, s. m. (t at svppednneum,
sup , por sub, e pedes, os pés) escabel-
lo.
suppEDiTAR, V a (Lat. suppedito are] sub-
minisirar, fnrnecer.
SLPPLAMADO, A, p. p. dc supplaular ; adj.
meiíido debaixo dns prs, trilhado; prostra-
do ; posto em lugar de outro.
strPLANTAnoR. A, s. (Lat. supplantator)
pessí 8 que ^upplania.
.«L'PrLAM>R, V a. {L»l. svfplan tare, sup
1>(<T ivb, e plonto, are meller debaixo dos
^.és, pitar, calcar, trilhar ; (lig J derribar,
SDP
SUP
658
prostrar ; arruinar alguém, fazer-lhe per-
der o favor para lhe tomarmos o lugar.
SUPPLEMENTAR, ttdj, doS 2 gf. SUPPLEMEN-
TÁRIO, A. adj. que serve de supiilemento
de auxilio.
suppLEMENTO, s. m. {Lnt. suppkmentum,
àe suppleo , ere , supprir) adrlianlameiUo,
consa que se ajunta psri completar o que
falta. O — de idade. (juriH.) o dar por en-
chido o tempo ou a iH«de que a lei r^qtier
para o menor poder fazer actos validas
supp'ETORío, A, adj. (des drio) que ser-
ve de supplpojenlo, qae suppre. /u/amcnío
— , que se dá quando falia prova plena
SUPPLICA,* /". (de íM7>j9/ícar) rogativa, pe-
ditório humilde de palavra ou por escri-
pto.
suppLfCAÇÃo, s /". (lat. svppHcatio, onis)
acto de supplicar. rogativa Casa de — . amigo
tribunal supremo de justiça qoe se fixou em
Lisboa por lei do 2? de Julho de, í 582, sen-
do antes ambulante e seguindo a cftrte. An-
tigamente se denominava Casa da suppri-
eaçom, e Vaaço dos Âggravos.
suppLiCADO, A, PP de supplicar; adj.
rogado com humildade, com submissão.
SUPPLICADO, s. (lorens.) a parte contra a
qual requer o supplicanto.
SUPPLICANTE, s. dostg (Lat. supplicans,
tis, li. A. áesupplico, are] pessoa que sup-
plica. — , (forens.) a pessoa que supplica,
requer em juízo.
SUPPLICAR , V. a. (í.al supplicare, sub,
sob, e p/icare, dobrar-se, prosternar-se) pe-
dir, rogar, implorar humiidosamente, com
submissão. — alguém, pedir-lhe submissa-
mente ; — uma graça.
suppLTCATORio, A, adj (des ório] que en-
cerra supplica. Subst. supplicatoria, carta
rogativa de supplica.
SUPPLICE, adj dos 2 7. pron, oaccento
na primeira : Lai. supplex, ici.ç) que suppli-
ca . — s e queixosos amadores ; — braços,
r(»gos, mãos
suppLiciADO, A, p. p. de suppliciar ; adj.
punido do pena afllictiva.
SUPPLICAR, V. a [supplicio, ardes, inf.)
infligir pena aíllicliva, punir de morle.
SUPPLICIO, s. m (Lat supplicium, suppli-
ca, e castigo. Propriamente significa preces
qno se faziam antes da «^xecuçào de um cri-
minoso) castigo, pena afllictiva. — extremo,
capital, de morte.
suppoNENDO, s. m. [áo Lai. supponendus)
(lógica) supposiçào tomada como verdadei-
ra.
suppÔR, V a. (Lat fupponere, sup por
sub, debaixo, e pono, tre, pòr, dar como
certo, ou co.no hypolhese ; imaginar, con-
jecturar; dar por verdad-iro o que é falso,
ou pôr uma cousa falsificada cm lugar da
vou ir.
verdadeira. — culpa a alguém, imputar-
lh'a.
suppORTAoo, A, p. p. de supporjftr ; adj.
sostido ; soíTrido com paciência.
suppoRTADOR, A, s. pessoa que suppor-
la, soffre, v g. — de fome, miséria, inju-
rias.
suppoRTAHRNTO, s. m. (ant.) entreteni-
mento, mantença, conservação.
suppoRTAR, V. a. ('.at. suppo^íare, sup
por sub, df.baixo, e porto, ar , levar) sos-
ter o peso de alguma cousa. — o peso do
inimigo, (fig ) sníTrer coro paciência, v. g.
— dores, injurias, insultos. — despezas,
tributos, sofTrer com gravame. — , susten-
tar, manter.
SUPPOSIÇÀO, s. f (Lat. suppositio, onis)
acto de suppôr, de pôr ou dar por certo,
OH como hypolhese; conjectura; o suppôr
o falso por verdadeiro ; imputação falsa con-
tra alguém. Homem de — , de partes, de au-
toridade , de porte, que tem os requisitos
para cargo, emprego.
STPi. comp, Siipposição, hypolhese. X\em
da prmeira diíTerença que ha entre estas
palavras, a qual consiste em ser um termo
scienlifico, disliiigue-SR mais«.m que : a /íi/-
pothese é uma supposiçào puramente ideal,
a svpposiçáo toraa-se por uma proposição
ou verdadeira on npprovada. A hypofhese
é a mais certa, menos precária ; funda-se
n'uma verdade philosophica ; a supposiçào
é gratuita, só tem por base a verosimilhan-
ça. A hypothese toraa-se muitas Ví-zes por
um conjuncto do proposições ou .'nipposi"
ções unidas e ordenadas, de modo que for-
mam um corpo ou .systema. Os sysloinas de
Descartes, de Newton, de Leibnitz chamão-
se hypolheses e não supposições. \ hypo-
these refere-se*ás sciencia'?, á instrucção, á
intellignncia, á explicação das cousas; a fsnp
pusição é a mais tarailiar, entra na conver-
sação ordinária, e muitas vezes se tníii era
máu sentido, como allegaçào gratuita ou
falsa, que não tem outro fundamento q ea
má vontade que s\tppõe.
supposiTAÇÃo, «. / (iheol.) união dedufs
naturez-ís em um só suppostf».
supposiTADO, A, p. p de supposiiar ; ndj
unido em um só supposto.
supposiTAR, V. a. (theol.) unir duas n» -
turezas em um só supposto: « — a divir -
dade e a humanidade no divino verbo. »
supposiTicio, A, adj (Lat. suppotititiíi,^ )
substituido a outro; supposto, ; ilribuid »
falsamente a alguém. Escriptos — s.
supposiTORio, s. m. (Lat. svppositorium)
(med.) mecha purgante que se introduz no
anus.
SUPPOSTO, A, p.p. desuppôr; adj.{\.ni.
supposlus', contrahido de suppostus] posto
104
654
kvv
m
como certo, ou possível ; conjecturado, ima-
ginado , altribuido falsamente. Escriptos — ,
Bãogpnuinos. Factos, documentos —$, for-
jados ; falsamente allegados. — , usado ad-
verbialmente, caso que, na supposição, v.
g. — que assim seja.
supposTO, s.m. (do precedente) (metaph.
etbeol.) aquillo qne pode existir per si in-
dependente da substancia a que está ligado,
f). g o espirito ou principio iojmaterial uni-
do á matéria. — , supposição falsa, cousa
falsamente attribuida a algiiem.
SYN. corap. Supposto. apocrypho. Sup-
posto é palavra latina, suppositus, e signi-
ca o que se põe falsamente em lugar do
verdadeiro ; diz-se particularmente do livro
oii obra que falsamente se attribue a quem
não é seu autor,
Apocrypho é palavra ^rega, que significa
cousa secreta, não conheciía antes, cujo
autor não é conhecido, Èm linguagem ec-
clesiastíca dá -se este nome â todo o livro
duvidoso, de autor incerto e de pouca ou
nenhuma té, que a lí^reja Catholica não in-
cluiu no cânon daS Escripturas authenticas
e divinamente inspiradas.
Ainda que a autoridade do livro 5wppos-
to so reputa suspeitosa, pôde com tudo con-
ter doutrina boa e verdadeira, pois por erro
SP lr!m attnbuido a autores obras que não
e.screv8ram ; dos livros apocryphos não per-
mitre a igreja que se tirem argumentos
.'ra provar as verdades theologicas.
siJPPRESSÃo, s. f. (Lat. suppressio, onis]
q acto dn supprir. — , (med.) suspensão das
evírcuações naturaes, v. g. — da ourina,
da lííinspiraçãp. V. Supprimir.
suppRESSO. V Supprimido.
suppRESSORio, A, atí;'. (des. -drío) quesup-
prirre
SLí-PiiiDO, A, p.p. desupprir; adj. .com-
pletado o que íaita ; fornecido, provido.
suppRiDOR, «. w, pessoa que suppre, com-
pleta o que falta.
suppRiMKNTO, s. wi. (wcwío Suff.) áclo de
supprir, ». g, — das despezas, das neces-
sidades. V. Supplemento de. idade.
suppiiiMiDO, A, p, p. de Supprimir; adj.
que se supprimiu ; (íig ) moderado, repri-
mido.
SUPPRIMIR, V. a. (Lat. supprimo, ere, sup
por sub, e premo, ere, apertar) atalhar o
curso, o movimento, v. g. dos humores pe-
los seus canaes; calar, não fazer menção;
impor silencio ; mandar recolher ; — o livro,
a obra qn« corria; reprimia, v.g. — a mi-
lícia, as paixões; extinguir; — cargo, offi-
cío ; — a lei, cassar, annullar,
suppRiR, V. a. (Lat, suppleo, ere, íuppor
sub, e pleo, ere. encher) completar o que
falta, dar o que falta, v. g. — ojustopre-
^0, irefaíér ; -^à fraqueza dá vista, davozj
a estatura baixa : -— as necessidade», as
despezas. — , encher, preencher, p, us.
« Mais trabalho do que a gente podia — »
— as vezes de alguém, ou em sentido abs.
— por algúexUj fazer as suas vezes. — a
alguém, dar-lhe o necessário para suá sub-
sistência. — , em sentido abs. ant., subçti-
tuir-se, subrogar-seem lugar de outra cuu-
sa. Suppre a agua por vinho. «Cisas que
suppriam por fortaleza, » que serviam, fa-
ziam as vezes.
suppRivEL, adj. dos 2 g. (des. ii'«/) que
se pode supprir poi: outra cousa ou pessoa.
Falta, necessidade —. Erro — do processo.
suppuRAçÃo, s. f. (Lat. suppuratio, onis)
(med.) formação do pus em chaga ou tu-
mor.
suppuBADO. A, p. p". ^é suppurar ; adj.
em estado de suppurâção.
SUPPURAR. V. n. (Lat. suppurare) (med.)
criar pus, formar-se o pus em chaga ou tu-
mor.
8UPPURATIV0, A, àdj . que faz suppurar.
suppuRATORio, A, adj . {des. ôrio) que es-
tá suppurando. Estado — . — , qae promo-
ve ou acompanha a suppurâção. Emplastro
— . Febre — .
suppuTAÇÃo, s. f. {Lai. supputa tio, onis)
computo, conta, acto de supputar, calcu-
lar.
suppuTADO, A, p. p. de supputar ; adj.
calculado.
SUPPUTAR, V. a. [Lai. iuppulare, sup por
sub, e puto, are, contar, esmar) calcular,
computar, contar.
SUPRA (do adv. Lat. supra, de cima. V. Su-
per e Sobre) Só usado em composição co-
mo prefixo : denota lugar superior, e ex-
cesso.
SUPRACITADO, A, adj. acíma citado, ou
mencionado.
supRALAPSARios, (hist.) calvíriístas, que
pretendiam que a predestinação do homem
3rà anterior á queda de Adão.
supranumerado, A, ãdj . numerado antes,
acima.
supranumerakio, a, adj. que se ajunta
ao numero. Um — , s. ofíicial, ou empre-
gado alem dos do numero.
supremacia ou supremazia, s. f. (des ia)
poder, influencia suprema, primazia.
SUPREMAMENTE, adv. {mcnte suiT.) supre-
macia. (Jpíií l>f v-
supREMissiMO, A, adj. superl. (p. us.) de
supremo.
SUPREMO, A, adj. (Lat. supremus, super,
sobre, e imus, profundo) o mais alto, ele-
vado, summo, máximo. Amais — parte da
torre. — felicidade , ventura. — mando.
Preço —, o mais subido. — , (p. us.)ome*
SUR
SUR
655
lhor, mais precioso do seu género. Vasos — s.
Eneida Portug. Dia — , extremo da vida.
Lagrimas — s, derramadas por pessoas mor-
tas.
supREsiTO, s. m. (ant ), a» pertenças de
uma herança Elucid.
SUPRESSÃO. V Snppressâó.
suPRFsso. V. Supprimido,
supRESsoRio. V. .''íuppressorio.
fUPRTLHO. V. Suprilho.
supRiMia. Y, Supprimir, ele
SUPRIR. V- Supprir, etc.
supuiTíL V Smpritel.
SUPURAÇÃO. V. Suppuração.
supuRAR. V. Suppnrar, etc
suRi, s. f. (t Asiat.). seve da palmeira que
distillada dá a fuh ou nipa.
suRATi, fgeogr.) cidade da índia ingleza,
no 6u2zpra'e, sobre o Tapeli, 8 léguas da
sua embucadura.
suRCAR. V. Sulcar.
SURDAMENTE, ttdv. [mente suíf.), á surdi-
na, pela calada.
suRDEAR, t, n {surdo, ar, des. inf.) (p.
us.), fingir-se surdo.
SURDEZ, s. f. (f.at. Burditas, tis), privação
do sentido de ouvir, natural ou por effeito
de doença.
SURDKZA. V. Surdez, mais usado.
SURDIDO, A, p. p. de surdir *, a^j- «. A cas-
cavel — , passou pela armada, » Serrão, sem
fazer rumor» á surda.
SURDINA, s. f (de surdo), peça que aba-
fa o som de instrumento musico de sopro ou
de cordas, r g. A' — ou pela — , lac. adv.,
pela calada, em silencio ou fazendo mui pou-
co ruido.
SURDiNHO, A, adj diminut de surdo.
SfRDiR, V. n. (Fr. sourdre, do Lat. sur-
gOy ere, levantar-se), rir ao cimo da ajíua
cousa que cahiu no mar; navpgar avante
«. -. — nadando ; — a nau sobre as vagas
sahir do lugar onde estava occulto, « Sur-
diaw os inimigrs das cobertas da nau.» Viei-
ra usa àe surgir por — , ir avante. P. p.
adj. Surdido
SURDO, A, adj. (Lat. surdus, de * prefixo
contração de ejp ou sine sem, e aures, ou-
vidos, ou audite, ouvir, e não de sordes, co-
mo traz M. do Jtioquefort), privado da facul-
dade de ouvir, de nascença, ou por doen-
ça ; que se não ouve ou distingue bem pelo
ouvido: V. g Sons —s. Voz — . Instru-
mento — . Voz -^, rumor, boato que cir-
cula surdamonte. Lima — , que lima sem
se ouvir. — is vozes do dever, aos conse-
lhos, não escutaado, não dando ouvidos. A'
vaga -:-, a remo — , sem fazer rumor. A'
— , pela — , pela calada, insensivelmente.
Pela — se vai o reino perdendo, iuseasi-
veímenlo. Marchar ás — s, em silencio, pela
calada. — , usa- se subsl , subentendendo
pessoa, individuo,©.^, um — , Os — *mu-
dos.
SURDELO, s. m carapáo, peixe.
SURESNES, (geogr ) villa de França, légua •
meia ao O. de Paris ; l,5ôO habitantes.
suRGERES, (geo^r ) cidade de França, 6 lé-
guas ao NK. de fiocheford , 2,134 habitan- *
tes.
SURGIA, s. f (ant. 6 barbara orth.j V. Ci-
rurgia.
suRGiÃo, *. m (ant. e barbara orth.) V.
Cirurgião.
SURGIDO, A, p.p. de surgir ; adj. fundea •
do.
SURGIDOURO, s. m. lugar onde os navios
surgem, estão ancorados, ancoradouro.
SURGIR, D n. (Lat. surgere, de sm«, aci-
ma, e erigere, levantar), aportar, lançar
ferro no porto, ancorar ; vir do fundo, do
mergulho, subir, levantar-se, crescer em al-
tura, erguer-se ', v. g. — « mente, subir,
vir ao pensamento. — , alçar-se, v. g. —
da extrema pobreza á opulência. ^ Surgem-
se hoje brutas feridades. » Filinto. « A lín-
gua portugueza que até agora esteve encoh-
chada sem poder—. »Eufr., Prologo. — ,
proseguir navegando ; ir avante. Couto, e
Vieira.
SURGIR, V, a. lançar : — duas amarras
dar fundo com elles
suRiLHO, s. m. diminut. de suro.
suBiNAM, (geogr.) rio da Guyena, que pas-
sa pela Guyena franceza, e pela hoUandeza.
suRJOux, rgeogr.) villa de França, a 5 lé-
guas ao SE. deNantua.
SURO, A, adj. (do Gr. oura, rabo, cau-
da: 05 prefixo, contracção do Gr. ex, sem,
fóra^, derrabado naturalmente, sem cauda.
V. g. GaUinha — . Frade — , o que tem
coriôa mas que nào diz missa.
suRPRRNDER, V. a. (Orlhographia imitada
do Fr. surprendre). V. Sorprender, mais
conforme ao hespanhol, posto que surpren-
der se acha em Castanheda.
SURPRESA ou suRPREZA. V. Sorprexa.
SURRA, X. /", (de surrar), (t. fam.), gran-
de copia : — de açoutes. Metaphora tirada
da jicção de surrar coiros.
SURRADO, A, p. p, de surrar; aUj. pre-
parado pelo surrador, gastado pelo uso ;
aç )utado
SURRADOR, *. m. homem que surra coi-
ros.
surrafaçar. V. Sarrafaçar.
síRRAMENTO, s. m. [mento suíl.), acção
de surrar.
suRBÃo, s. tn. (fa st. zwrrn, bolsa de coi-
ro com pello, do Arab. sorraton, bolsa
de coiro), bolsa de coiro usada pelos pas-
tores ; saco de coiro, v. g. — de trigo, ie
164 .
656
SUR
SUS
arros, de anil, em que se levão estes géne-
ros.
suRRAPA, s, f. (doCast. zurrapa^ filamen-
tos fezes do vinho), niaa vinho, vinho que
se damnou.
SURRAR, V. a. (do Cast. zurrar), tirar o
pello ás pelles, ao coiro, alimpar-lhe o car-
naz , V. g. — pelles. (íig) gastar a super-
fície cora o uso, faze la escabiosn, dar sur-
ra de açoutes, —se v. a. ir-se a furto, sor-
rateiro.
srRRATE, s. m. De surrate, (loc. adv.
ant ) sorrateiramente, ás escondidas.
SURRATEMíO. V. SorraUirO.
suRREiçÃo. V. Res urrei ção.
SUBRENTUM, (geogr.) hny, Snrrenío, cida-
de dos Picetitini, ao O. de Salerno, defron-
te da ilhfl Capr» ia.
siiRRFPTiciAMENTE, ttdv . (mente sufí], com
subr( prão, de mo-lo subrepticio
suRRKPficío, A, adj. (Lat. surreptic^us).
V, Subrepticio.
si;rrkv (condado de), (geogp.) ci'lade prin-
cipal de Guílford, em Inglaterra ; 486,001)
habitantes.
suRRíADA, s. f, (Vem de surra, e não é
inversão do Cast. rosci<^âa ou rucioda, co-
mo insinua M(ir«e'í), descarga de tiros ; v.
g. — de espingardaria, de arlilharia ; — de
granizo, pedrisco. — , vaia, ajsupada. Dar,
levar uma — .
surriba, s. f. [sur por nuh, e riba), a
excavaçào feita na terra para qur» fique fofa,
o pfgnem mais fficilmente as plantas que se
disj»õera, socalco.
suRR]B\i)0. A, PP de surriba r ; ac(/. fei-
to rm surribas
scBRiB^R, V a. [surriba, ar des. inf.),
fazer surribas; — a terra.
SURRIPIADO, A, p. p de surripiar; adj.
furtado com manha
SURRIPIAR, t). a (Lat surripio, ere- sur
por síib, e rapio,ere, roubar;, roubar com
astúcia,
f URTiR, «. n. (do Lat. sursutn, a cima).
voar alto, remontar-se mui^^altaneiro voan-
do.
SURTO, s. m. (de surtir), vAo arrebata-
do de ave, v. g Dar ura — , De — loc.
adv. — s de génios altaneiros, voos.
SURTO, A, p. p; de surgir r adj. (contrac-
ção do Lat. surrecius, áe surriggo, ere, le-
vantar), fundeado. Estavão asnáns — s no
porto.
suRTÚ, s. m. (Moraes diz dubitiv;<mente
que é derivadr, do Fr. sortout, como se não
íos«;e evidente o indubitável essa origem,
sur, sobre, eíoití, tudo), sobrecasaca, rou-
pão.
.'íURTUM, s, m. fant.) sobretudo, casa-
c&o
SURZIDO. V, Zurzido.
SURZIR. V. Zunir.
sus / interj. (do adv. Lat. sus, para ci-
ma, do mesmo radical que super, sursum.
Era Egypcio çoci ou soei, alto, levantar, que
a meu ver, vem de ciou, astro, estrella, e
si, tomar, allingir, drigir.) acima I tende
animo ! coragem 1 « Ora — gente forte. »
Camões, Lusiad Eia — / animo I
sus ou soiis (reino de), (geogr ) parte do
império de Marrocos; assim cliamado do rio
de Sus; t<)0,OJO habitantes; cidade capi-
tal .la roda nt.
sus ou RAZ-EL-ouADY, (geogr.) rio do im-
pério dp Marrocos ; desce do Atlas, e lança-
se no Atlântico
susA, (geogr) Susaem iíaWano,, Segusio
em Irtiim, cidade dos Estad->s-Sard()s, no
antigo Piemonte ; cidadfí principal de uma
ppquena intendência ; i 3 léguas a O. de Tu-
rim ; 2,2'Ml habitantes Bispado,
susAKNA, (h s ) mulher de Joaquim, da tri-
bu de.lu'lá, seguiu sen esposo nocapiivei-
ro a Babylonia, e se tornou celebre pela sua
castidade.
susano ou susÃo, ANA, adj. (de suso ) (ant.
de cima. do alto. Veia — , uma veiada tes-
t^, do alto do rosto.
sus\RioN, (hist.) ornais antigo poeta trá-
gico grego, era natural da Scaria, na Atli-
ca, f viveu pelo anno 589 antes de Jesu-
Chrislo,
SUSCEPTIBILIDADE, S. f. O SPF SUSCCpti-
vel.
suscEPTivKL, adj. dos 2 g. (do Lat suS'
cipere, susceplus ) capnz. que admiile. Doen-
ça — de remédio. Males suscepiiveis de al-
hvio.
susciTAÇÃo, s. f. (Lat. suscitatio, onís.)
o acto de suscitar, ou de suscit3r-se.
SUSCITADO, A, p. p. de suscitar ; ttd/. mo-
vid'>, excitado.
SUSCITADOR. A, adj. que suscita. Subst.,
pessoa qiie suscita.
SUSCITAR, V. a (Lat. suscitare, sus, aci-
ma, e cito, are, excitar; — lume, fogo;
^Ug.) — guerras, demandas, discórdias — a
prole do irmão, na Escriptura é casar o ir-
mão do mono cora a cunhada viuva, que
ficou sem filho» do irmão
susiANA, [^eof;r.) ho]e Khouzistan, região
do império mcdo-persa ; tinha por cidade,
principal Susa.
suso, A, adj. (do Lat. sus, adv., acima
para cima.) (ant.) aciraa. O — dito, o sobre
dito A — , acima.
suspECTO. V. Suspeito.
SUSPEIÇÃO, s. f. (Lat suspicio, onis.) des-
confiança da probidade do juiz, ou da sua
rectidão, ou disposição de fazer 'u^tiça. —
do homem. — de direito^ de facto, descon-
sus
8CS
657
fiança, suspeita do caracter, do pro^ediman-
to ; de peita dada ou oíT^r^cidíi.
susPKiTA, s. f, (de suap/titar.) conjectu-
ra, desconfiança pouco funlada.
susPRfTAn-», A. p. p. de suspeitar; adj.
que suspeita; que se suspf^ila ; conje'^. lu-
rado. « M ús alonnenla sabi lo que — . » Ca-
mões. R^doniilhas.
suspkitadir, a. adj. pessoa inclinada a
suspoiínr [desconfiada.
RUspRiT^R, V. a. {\M. su^pectare,áf^ .vih,
sob, debuxo, e spicio, ere, ver.) conjectu-
rar, suppAr com probííbilila le. desf-ooHar,
ter desconfnnça. — a b )a fé do sujeito, a
fraude, traiçio ; em sentido ab^., ter sus-
p^^ita, desconliauça. Não su«pei/o da sua fé,
honra
su-PKiro, A. adj, fr.at. s»tçpící>tç ) que dií
lue:^r a ser suspeit«do, de q-ien hi su^of^i
ta. Pessoi — . — , que não m^í rene confim -
ça. de cuji veracidade, probi lade ou recti-
dão ha razão de lesc^^nfiar. Teslnmunha — .
Juiz — , Dir o j 'iz por — , allegir razões
e circurastancias que faz^m r^ceiar que o
juiz se incline á pHrt^adv>>r3a, e nã') julgue
cora impircialidide Aator — , aquelle cuji
fé histórica é duvidosa. Palavra -. a que
não é clássica e de bom cunho na lin?ua.
Hnmfm — de fuga, que se receia fugi «"á do
lug-ir que hábil». ÍJonnn — de pe^te, d^ es-
tar alacíído desta doença ; — de vicios ^Vi-
vio — , de ser corsário ou pirata, de trazer
contagio, ou de traz^ír fizenlas de contra-
bando Andar — , com receio ou suspeita
de s^r enganado.
su«!PEiTOSo, A, adj. (formado de suspei-
ta, des. 0.50. ení Lat 5u«/>íCÍoç»tí.) de que se
pode ter suspeita receio, (lente — . Homem
— , que não inspira confiança Lwjar — na
praça, que não e>t4 bem seguro e defendi-
do, lugar — de enganos. — , que causa má
suspeita, desconfiança. « Sempre irmãos (dos
reis mouros] são sutpeitos a irmãos. » Bar-
ros. — , dí»do a suspeitar, desconfiado, re-
ceioso Homem — de spu mal — , suspei-
to, susp^'itado. « A caridade não é — .
suspRNDER, V. tt. («.at. suspendeve, sus,
acima, e pendeo, ere, soster com a mão. pen-
durar.) pendurar : — a lyra em uma arvore,
— os iropheos no Capilolio. — a lança, nas
justas, levanta-las um pouc9 do horabroou
da coxa. — , (fig.) atdhar, impedir,».^. —
a execução , a partida, o Ímpeto, a fúria.
— alguém do officio, prohibir-lhe o exerci-
do delle por algum tempo. — os trabalhos,
interromper. — o riso, as lagrimas, cessar
por algum tempo de rir, de chorar. A dôr
maior suspende a menor. — , (fig.) eiileiar,
enlevar, captivar, v. g. — o animo, os sen-
tidos, os olhos, as «tençõf^s. os desHJos. — a
K «wta em algum objecto, parar contemplaa-
do, fixar « vista sobre. — , entreter , fazer
durar. « Onde íuçpenii? com a esperança a
vida » Uliss — o avalio h',fn, diz -se no ma-
neji) do cav.illo qu-í levanta bim os braços.
— SE, V. r. ficir su^pen50, pa^ar. « ^uspen.-
deram-se as ondas que sepultaram a Pha-
rAó. » Vinira.
susPE-^oiDO, A, p. p. do suspender'; adj.
pemlurado ; (fig.) interrompido, atalhado,
parado.
su-sPENDio, X. m. (Lat. suspendium.) (p.
us ) fi)pca, garrote.
susPENs.io, s. {. (Lat suspfínsio, onls.)A
acção de suspender ou de estar suspendi-
do.— jio animo, duvidi. hesitarão; enle-
vo, êxtase, arrebatamento, enleio, grande
attenção — de cargo, of[i'no , prohibição
temperaria de o ex-írc^.»*. —de arm2'i, ar-
mistício, cessação de hostilidid^s. Ponto de
— , na musica, si^^nal de pausa. — de mãos,
no manejo o erguer o cavallo as mãos ao
ar e conserva-las assim por algum tempo.
SUSPENSIVO, A, adj. que tem força de sus-
pender. Effíito — da appellação.
SUSPENSO, A, adj . (Lat. sufípenms , adj.
e p. p. de swipend^.re ) pendurado, v. g. —
no ar; (fig) duvidoso, incerto, perplexo;
descontinuado, interrompido : obra, traba-
lho—. — do nffi-io. da'i ordem ecclesias-
ticas, prohibid », iuhibido de exercer, usar.
Ihlalka — , indecisa. Carnage — , suspen-
dida em raollas.
SUSPENSÓRIO. A, adj. (des. drio.) que sus-
nen le. — , (med ) que suspende o curso de
um humor.
SUSPENSÓRIO, s. m. (Fr. su<<pensoire.] (t,
cirurg.) ligadura que suspen le uma hérnia.
~s, duas frt chás de coiro ou de diversos te-
cidos, de ordiní^rio elásticas, pendentes dos
hombros, e presas aos cozes do calção ou
calças
SUSPIRADO, A, p. p de suspirar ; ftd;. que
suspirou ; despjado com ardor. Terra, fortu-
na tão — .
SUSPIRAR, V. a. ou n. (Lat. «u^^ ■'•o, are,
sus, acima, e spiro, are, nspirar.) lamen-
tar-se gemendo, dar suspiros ; desejar mui-
to, anhelar. Suspirava pela vinda do ami-
go, da amante. — , lamentar com suspiros.
« A rola o seu perdido amor suspira, e ge-
me. » Bernard. Lima — , exprimir com sus-
piros, V. g — a dôr, o amor.
SUSPIRO, s. m. (Lat. suspirium.) respira-
ção anhelante causada por paixão que move
o animo, v. g. pelo amor, saudade, tristeza.
Dar, soltar, derramar — s. — , desejo rebe-
mente.
susQUKHATíNAH, (gcogr.) Ho dos Eslados-
Unidos ; furma-se na Pnnsylvania.
suQuiNAR. V. Sosquinar,
suss&x (condado de), geogr.) condado de
à65
65^
sé
Inglaterra ,, po S. do canal da Mancha;
S72.4nO habitantes. Cidade principal, chi-
chester. -
sussEx (reino de), (geogr.) kouíh-Seaxnà
rice, um dos Estados-Saxonios da fleplar-
chia. Situado nas raargons do canal da llan-
cha. A sua capital era Chichester.
susso. V. Su^o.
SUSSURRAR. V. Susnrrar.
susTANCU. y. Substancia.
sustancíadò e SUBSTANCIAR. V. Substan-
ciar, Alimentar.
sustado, a, p p. de sustar, adj.
SUSTAR, V a. (Lai substare, íicar para-
do, immovel.) reprimir, impedir, obstar ao
progresso ; — a devassa, — o processo.
Moraes, ignorando o origem d*53te verbo,
diz que « é erro vulgar no foro, por sobre-
estar ou sobrestar, e já se acha em uma lei
moderna, nas Collecções á Orden. ».
«usTATORio, A, adj qiie susta, suspende.
SUSTENIDO, s. m. (t. mus.) nota que in-
dica dever a voz ou o insirumento subir meio
ponto.
SUSTENTAÇÃO, s. f. (Lat. sustcnlatio, onis.)
acto de sustentar; sustento. — dos embar-
gos , no foro , é apoia-los com um arra-
zoado.
SUSTENTADO, A, f p. de sustentar ; adj.
sostido, apoiado em base , (fig ) império —
na justiça. Tinha — o partido, a doutrina,
defendido. — , alimentado, mantido.
sustentador, s m. (Lat. sust€ntator.)o
que sustenta, defende, protege : — de the-
ses, conclusões, do partido, da doutrina.
susTENTAMENTO, s. m. {mento suff.) ac-
ção de sustentar, manter ; sustento, susten-
tação; mantença, manutenção
SUSTENTANTE, s. m. 0 que sustenta the-
ses, conclusões.
SUSTENTAR, V Q. (Lat. susttnto, are, freq.
de sustinere^ soster ) dar o necessário para
viver, alimentar, manter. Sustenta muita
gente, muitos gados; — uma amiga. — ,
prover do necessário v. g — tropa, galés,
naus. — o guerra, manter. — o campo, n
batalha, resistir ao inimigo. — o cerco, de-
fender-se contra os sitiadores. — theses ,
conclusões, a doutrina, a verdade contra es
inimigos delia, defender. — a/^^we»» em al-
guma esperança, manter, conservar. — ú
seu caracter, a sua dignidade , conservar,
mostrar-se digno. O favor, os prémios, as
honras sustentam as artes, prot<^gem, favo-
recem, fazem prosperar. — , soster, resistir
a. A náu sustenta a fúria das ondas. — s«,
V. r. alimentar-se, viver . nutrir se , ». ^.
— de vegetaes ; subsistir , tirar a substan-
cia, V. g. — do seu trabalho, — der/^ubos.
— , resistir, ter^se, deí'ender-se. Os -Peiva-
gue^es sustentaratn-a em Goa.
SUSTENTO, s. m.. (de susteniar.) âiiiJJSf-
to, mantimento. ÍÕrU lhe para seii — . — ,
Ebanuténção , mantença , conserváçSo. — ,
cousa que soslêm, apoi^ ; (fig ) amparo, ar-
rimo, esteio, encesto. « Filho amado.... meu
— e da velhice báculo seguro. » ÍEneiq.
Port.
susiENTOR. V. Sustentador
SUSTER. V. èoster.
SUSTINENCIA. V. Sustentação .
susTiTUiçÃo. V. Substituição.
susTiTUiR. V. Substituir.
SUSTO, s. m. /do Lat. substo, are, ficar
harado, immovel) medo de perigo imprevis-
to com sobresalto, pavor. Ter, mctíer —,
Syn. comp Ambas estas palavras expli-
cam uma consternação do animo occupaaò
de repente por um objecto ou ?çcideiite iíâ-
previsto. A differença que erilre ellas ha e,
quB o swsío óanabgo ao medo ; o espanto,
ao horror ou á adrair-tção. Ura sohhohor-
i-orQso expania a um homem que não lectí
medo. Um pequeno ruido assusta de noite
a um cobarde. O estrondo iiiesperado d'umá
mina voada pôde fazer espanto a um sol-
dado desprevenido, o qual se envergonha-
rá de dizer que se assustou òu teve siísto^
forque este efífeito supporia medo. _
susuÉSTE, s. m vento do sul para sueste.
susuRRADO, A, p. p de susurrar; ai/. QÍ-
to em voz baixa. Segredo, noticia - -.
susuRRADOR, A, ddj ■ qu.o susurra.
susuRRANTE, adj. dos t g. (Uit SÚSlí>7
rans, tis, p. a. de susurror, arf.Jquesii-
surrçi. As —s au-as, folhas, ám dos Ze-
phyro*.
susuruar^ 4f'^^ .ttftt. fusurror, ari, yqi.
imitativa.) fater soto surdo, zuniK « Vão as
doces ?belhas susm rqndo » Camões, Can-
ção, 15. — , dizer em voz baixa ; em sen-
tido scúso. — cç,lifimnias, dize-las ao ou-
vido, insinuar. ^v
susuRRO, s. m (Lat. susurrus, voz imi-
tativa, sus, e irrno, ou ruo.] som surdp,
zuniílo como o das abelhas, e p que fazeií^
as folhas das arvores agitadas pelo yfíatb
brando, zumbido; (fig.) o falbr effi voz b'fti-
xa cofco guando s^ d;zèm segr^doS í ^'0« »
boato surdo. ■ \ ' ■
suTíiiiflLASD (condado de), (geogr.) conr
dado dd Escócia; 26 ,i)' O habitantes ; cidar
de |)rmcipal, JDornoch.
suTH.. V. 'Subtil-
SíjTRíF^cio, erro por subterfúgio. ^
gUTfii, (geogr.) SulriiiT)i, cidade do JístA'-
do-F cclpsiaslico ; "ti léguas St), de jjitefbo ;
1,Ò0Q habitantes. Bispado. .
suTTONrCOJ-DFi^LD, jgeogr^ p^dide d'ln-
glaterra jW^r^i''.!^), ^ Íeg«as Dii-j. de Bif-
nimfíHafB ; •^M'^ hfbi^iUes.
SUTURA, s. f. (lát. dò 5^, Jur^, utum ,
i
iVI
gYA
«59
coser.) articulação dentada dos ossos do cra-
neo, «. g. a — coronal.
súu , suu , adv. {do Lat. símul^ junta-
mente.) (ant.) juntamente. Viver de — . Fa-
zer algum delicio de — , com outros com-
plices.
suvAi.Ki, (geogr.) cidadt da Rússia euro-
§ea (|*olonia), 80 léguas ao RE. de Varsóvia;
,000 habitantes.
suxADO, A, p. p. desuxar; adj. desaper-
tado, afrouxado, soltado, moderado , rela-
xado.
suxAR, V. a. (conlr. do Lat. sub^ elaxa-
re.) desapertar, soltar afrouxando. — acor-
da, que estava atada ; (fig ) relaxar, remi-
tir, moderar.
suxo. A, adj. desapertado, solto, alarga-
do, dtísentesado. Corda — , bamba.
SDi. V. Sus.
suzE (la), (geogr ) cidade de França, a 5
léguas a SO. de Mans ; 2,05? habitantes.
suzE-LA-RoussE, (gcogr.) villa de França,
quasi 8 léguas ao SE. de Montélimart ; 1 ,000
habitantes.
svANTOviT ou sviAToviD, (hist.) deus da
ilha de Rugen, que tinha ura templo n'es-
tailha, em Arkona, onde os peregrinos iam
levar-lhe donativos. O seu culto foi abolido em
1168, por Valdemar, rei de Dinamarca.
svEADORG, (geogr ) cidade da Rússia eu-
ropea ; 3.400 h;)bitantos.
svEDENBORG (Manuel), (hist,) celebre theo-
logo lutherano, nasceu em Stackolmo, em
1788, morreu em 1772, distinguiu-se nas
artes e sciencias. Escreveu sobre sciencias
naturaes, e sobre mystica.
SVKNDBORG, (geogr.) cidade murada da
Dinamarca, na ilha de Fyen, 10 léguas ao 8.
de Odensee ; 3,000 habitantes.
SVENKSUND, OU SUENKSUND OU SWENKA-
suND, (geogr.) parte a E. do golpho de Fin-
lândia, entre Viborg e Fredorickshamn.
svERKER, (hist) houveram 10 d'esle no-
me, na Suécia: o primeiro reinou delJ29
até 1155; o segundodesde li99 atél21(J.
svERR, ou svERRER, (hist.) rei da Norue-
ga, filho de Sigurd III, foi secretamente
educado, depois da morte da sua familia,
e conseguiu recuperar o trono, expulsando o
usurpador Magnus VI, que nesta guerra per-
deu a vida. Morreu em ll02 Escreveu o Jís-
pelho dos reis, G um Tractado do dinito pu-
blico.
sviATOPOLK, (hist.) rei de Lorrena, filho
bastardo do imperador Arnoul, que lhe ce-
deu a Lorrena em 895 ; mr^rreu em 900.
SVIATOPOLK 1, (hist) chamado o 5cc/ara-
do, gran principe da Rússia, tilho de laro-
polkl, usurpou a coroa pela morte de seu
tio Vladimir i, depois foi expulso do trono,
e morres naBohemia.
SYiATOPOLK II, (hist) gran-principfi da
Rússia, Blhode Isiaslav I, reinou desde 1093
até 11 12. No seu tonpo viveu o chronista
Nestor.
SVIATOPOLK, (hist.) rei de Moravia, reinou
de 879, a 894.
SVIATOPOLK, (hist.) houveram duos du-
ques de Pomerania d'esic nome : o primei-
ro procurou em vão tornar-se independente,
e morreu em iltO ; o segundo m.itou Lerz-
ko, rei de Polónia, fez guerra a este r.eirto,
mas foi por fim vencido; morreu em 1266,
sviATOSLAv I, (hist ) gran-[)rincipe da Rús-
sia, filho de Igor, nasceu em 946, morreu
em 973, depois de perder parte dopaiz, que
conquistara.
SVIATOSLAV II, (hist.) gran-principe da
Rússia, filho do precedente, expulsou seu
irmão do trono, e reinou desde 1j73 até
1076.
SVIATOSLAV III, (hist,) gran-principe de
Kiew, roinoudesdi 1179 ató U93.
SVIATOSLAV III, (hist.) grau-priucipe de
Vladimir, filho de Vsévolod III, reinou des-
de 1248 até 1253.
sviR, (geogr.) rio da Rússia europea, sae
do lago Onoga, e lança-sa no lago Ladoga,
depois de um longo curso.
swAMMERDAM (J), (hist.) anatomico, nas-
ceu era 1037 em Amsterdam, e morreu em
1680, era medico, porem dedicou-se espe-
cialmente á anatomia dos insectos, sobre que
escreveu varias obras, de que a principal ó a
Historia geral dos imectos. em hoUtndez.
swAN-RiVER, (geogr,) ribeiro dos cysnes,
rio da Austrália, nasce nos montes Darling, e
entra no mar das índias.
swANSEA , (geogr.) Glamorgan , cidade
d'inglaterra 16 léguas ao O. de Cardiff;
13,000 habitantes.
swiFT (Jonathan), (hist.) escriptoringlez,
nasceu de pais pobres em 1667, morreu em
Irhnda, em 1745. Esc eveu vaiiss obras,
das quaes a mais conhecida é as Viagens
de Gulliver, traduzida em francez.
SAViNE. (geogr.) uma da» trez grandes ra-
mificações, pelas quaes oOderfse dirige ao
Ualtico.
swiiSEMUNDE, (geogr.) cidade da Prússia,
1^ léguas ao NO. d^lelíin; 3,500 habi-
tantes.
SY. Moraes diz quo sy é preposição Gre-
ga, que v.íjf! com , e entra na composição
de varias p^ilavras, v. g symbolo, sympa*
thia. E' erro crasso, e apenas crivei em um
Lexi ographo. A preposição Grega é syn,
em Attico xyn e não sy. Nas vozes a ponta-
das e em outras converte-5e em syn. V.
Syn.
SYAGRius, (hist.) patrício romana»» filho dô
conde ^Egidius. ou Gilles, que destronara o
165 •
660
SYL
SYM
rei dos Francos ChilderieoT, depois da mor-
ta de seu pai conservou no domínio romano
o território de Soissons.
SYBARis, (geoíír.) cidade da Itália meridio-
nal, fundada pelos Locrios era 725 antiísde
Jesu-Chr-sto, foi uestruiila pelos Crotonia-
tas em 510. As suas ruínas occupão hoje
um espaço de 7 milhas, nas margens do Cra-
this.
svniLLA. V. Sibylla
SYCOMORO, s. m. (Lat. sí/comorws, do Gr
siké figueira, e morcu, amoreira.) arvores*^-
mtilhanto á figuuira.
SYCOPnAiNTA, s. m. (do Gr. sykê, figuei-
ra, e phainôy declarar patentear.) propria-
mente significa o denunciante dos que con-
tra a lei de ^^Ihenas transplantavam liguei-
ras para fora do território da republica ;
calumniador, dennnci;.nfe.
SYDERKO, A, adj V. Siderco.
SYDNEY, (gpogr.) cidade da Nova-Hollan-
da, e capital de toda a Nuva Galles do Sul,
6 do condado de Cumberland ; iiO,000 ha-
bitantes.
SYDNEY, (geogr.) cida le da America ingle-
za, e capital da ilha do cabo lírelão ; quasi
a 80 léguas ao NE. de Halífax.
SYENE, (geogr.) hoje Assouan, cidade da
Thebaide meridional, sobre o .Nilo.
sYiiA: obso!. por .na, estava, do verb. eí-
tar.
SYL LA V. Scylla.
SYLLA (L. Cornelius), (hist.) romano cele-
bro, nasceu no anno 137 antes de Jesu-Chris-
to descendente de um ramo obscuro da an-
tiga casa dos Cornelius. Foi rival de Mário,
aquém por fim supplanlou. Foibem^ucce-
dido em todas as suas enoprczas, o que lhe
grangeou o nome de Félix. Exprrieu era
Roma, uma dictadura sanguinária, desde
8i até 8â, dur/^^nie a qual procurou enfra-
quecer a democracia, depois abdicou, e vi-
veu tranquillamente, como particular at,é
ao anno 78, era que morreu de uma horri
vel moléstia, fructo dos seus infames exces-
sos. Escreveu as suas Memorias, que se per-
deram. O pensamento ue toda a sua vida foi
anniquilar o poder do povo, restituirá arís-
tociacía os seus antigos direitos.
syllaba, s f. (Lat do Gr. syllambanô,
comprehender ) união de leiras formando
um som articulado ; (íig.) prosódia
syllabada, s. f. (des. ada.) erro no ac-
cenlo ou na quantidade de uma sylla-
ba.
syllabar, V. a. ou n. {syllaba, ar des.
inf.) pronunciar cada syllaba de per si,
SYLi.ABARio, A, adj. [árs. ário. ) que pro
nuncia pebs syllabas. Menino — . — , s. m.
livro por otide os meninos aprendem a ler
as syllabas.
syllabico, a, aij. que respeita ás sylla-
bas, ou ao accento tooico. Aocento — .
SYLLRPSE, s. f. [Lat. syllepsis, do Ctr. xyl-
lambanô, cornorehender.) figura grammiti-
cal em que seguimos mais o nosso concei-
to que as regras da construcção.
syllogisado. a, p. p, de syllogisar ; adj.
inferido, deduzindo raciocinando,
syllogisar , f). a. ou n. (do Gr. syllo-
gizoma, de syn, com, e Ugô, dizer, logos\
razíio.) dedu7Ír, inferir, raciocinando, em
forma syllogislica,
syllogismo, s. m. (Lat. syllogismus, do
Gr. V. Syllogisar.^ argumento composto de
três proposições.
syllogistco. a^ adj. concernente ao syl-
logismo. Forma — .
sylpiios, SYLPHiDES, (myth.) génios, ou
entes fantásticos, uns masculinos outros fe-
meninos, que na mylhologia poética da ida-
de media, povoavam o ar.
SYL VA. V. Sí/ofl..
sylvano, (myth.) Syhanus, o deus das
florestas [sylva] entre os Latinos, asseme-
Iha-se muíio a Fauno. Sylvano era pai, ou
chefe de uma multidão de génios, semelhan-
tes a elle, chamados Sylvanos, e que se re-
presentavam com pernas e orelhas de bode.
SYLVESTRE. V. SHvfíStrfí.
sylvestre I (S.), (hist.j papa desde 3 4
até ;i3li ; nasceu em Homa, e gosou da pro-
tecção de Constantino.
SYLVESTRE 11, (híst.) uasceu em Aurillac
em 930, foi elrilo papa em 999; morreu
em lOOJ.
SYLVESTRE IH, (híst.) antí-papa, era bispo
de Sabina. Foi eleito papa em 1043.
SYLvio (hist.) filho de Euease Lavinia, su-
biu ao trono na idade de í»3annos, depois
da morte de Ascanio ; Lu lo, filho deste prín-
cipe disputou lhe a coroa, mas Sylvio foi
preferido pelo povo
SYMBOLiCAMENTE , adv. [mente suf!.) por
symbolos,
SYMBOLICA, s. /".arte de symbolisar , de
representar por symbolos.
symbolico, a, adj. concernente a symbo-
los, expressado, exprimido por symbolos.
Escriptura — . Caracteres, representações— .
Divindades — s.
SYMDOnsAÇ\o, s. f. o symbolísar, repre-
sentar por symbolos. representação symbo-
lica.
SYMBOLiSADO, A, p.p. de symbolisap; afl(;.
representado, figurado por symbolos.
SYMBOLISAR, V. tt. (.ç?/m6o/o. isflr des) re-
presentar, figurar por symbolos, v. g os
cgypcios symbolisaram o sol debaixo da for-
ma de gavião, o anno pela figura de uma
c(»bra que morde a rauda. As vestes sacer-
dolaes syinbulisam as virtudes de que o si-
SYM
SYM
661
cerdole deve andar revestido. A pomba sym-
bolisa a innocencia. — , v. a. oun. (p. us.)
sympathisar, ter congruência. Symbolisan-
do ambus estava certa a ôniisade. « Kào lera
visto o mundo este Eullagre. que symboli-
sasse um sábio com um néscio. » Escola de
verdades.
SYMBOiísMO, s. m. (des. ismo ) o ler rela-
ção symbolica, de symbolo.
SYMBOLO, s. m. (Lai. symbolum ou. sym-
bolus, Gr. syinbolon, signfll, de sy.n, com,
e ballô, lançar.) imagem, íigura, signalal-
lusivo, emblemaiico, ou allegonco que si-
gnilica objecto physico ou moral , v g o
cão é symbolo da lidelidade, o leão da Ibrça.
cão, senha, signal de convenção para se re-
conhecerem pessoas ligadas por doutrina re-
ligiosa ou outra ; (íig.) o Credo, os artigos
da crença christà aitrituidos aos apóstolos,
e pelos quaes se davam mutuamente a co
nhecer os chrislãos.
SYN. comp. Sy abolo, emblema, ditisa^
empresa, tenção. Symbolo é umatiguraou
imagem sensível que, peia representação,
nos dá a conhecer outra cousa. O symbo-
lo, por isso queé uma espécie de sinal, de-
ve ler alguma relação, natural ou conven-
cion.d. com o objecto r»-preser<t8do. U cão
é o symbolo natural da fidelidade ; a pomba,
da simplicidade: a raposa, da manha e as-
túcia. O triangulo é o symbolo convencio-
nal da Trindade; o olho, da providencia ;
o circulo , da eternidade, ^a myihologia
havia grandíssimo nunero de syrti belos; \t^s
erão o thyrso, o tridente, o r<iio, o cadu-
ceo, ele, qoe representavão Baccho, ^'e'
ptuno, Jupitar, Mercuno, e seus diUertn-
tes poderes e atribuições segundo a fòbu-
la.
Emblema é uma figura symbolica, que al-
ludea alf,un!a moralidade, ou pensfnjfn-
to, que de oídinano se declara por filguma
lettra,mote ou rcluio afigura. U emblema
é uma allef^oria pintada cu escultada que
falia aos olhos e á in aginaçào. t ma figura
esvelta comizas eemlocando umaticn.be-
ta é o embkma da lana.
Ditha e prcpri^nunte uma íjgura sym-
bclica que flguem usa pMs disiin^-uu-se
dos cuiros, 8(cn paiihada d'aJgi:ma leiíra cu
mote queeipiime os piOjett( s ( u inienios
de quem a traz. 1 1 rei D. João 11 Unha por
ditúa um pelicano com a leitra : i ela lei,
e pela grei. Una cerva eia a dítúa de fcer-
torio, como diz Camões .
A falidida cerva que o avisa;
£lle é bertoiío, e eJla mu divisa,
(Lus., Mil, 8.;
Algunai' vezes íà aletlia cu mote cens-
YOL. IV.
lilue a ditisa, tal era o do illustre infante
D. Henrique: Talent de bien faire.
Empresa era a divisa que os cavalheiros
mand«vào pintar ou gravar nos escudos, '
que indicava o que ião empretender, ou
imagem rthiiva á emprega que tomavam ;
depois foi lambem a pintura ou esculptu-
ra syrabolica de façanhas ou feitos illustres
que as pessoas nobres trazem nos escudos
acompanhadas de alguma leitra ou mote.
Tenção é a figura no escudo allusiva ao
pensamento ou desenho do dono d'elle. Pa-
rece aoplicar-se não tanto aos feitos, como
« intenção com que se emprehendem, pois
Camões, fallando das companhias de namo-
rados que se armaram pela causa d'tl-rei
D. João 1, diz:
Outros fazem vestidos de mil core».
Com lettras e tenções de seus amores.
(Lus.. IV, 22 b
SYMBOLO, A, adj. (do Lat. symbola, esco-
te.) partes symbolas, os respectivos escotes.
L' obsol.
SYMETBIA ou SYMMETRlA, S. /^. (Lat. do Gr.
í?/H, coro, e metron, medida, modo.) devi-
tia pioporção, razão de igualdade ou seme-
lhança. A — dos membros do corpo huma-
no, ou do editicio
SYMETRiCAMEME , adv. [mente sufi.) com
symetria.
SYMEiRico ou antes symmetuico, a, adj,
em que lia symetria.
sYMf.TRiSAno, A, f p. àe symelnsãT; adj.
disposto em symetria.
SYMURlSAR ou 8nleS SYMMETRISAR , V. O.
[^ymelna, ordes. inf) dispor em symetria,
úòT symelriu. — , fazer symetria, estar em
symetria,
SYMiA , sYMio. V, Simia^ Macaco, Mono.
SYMMACo, (hisl.) (J AurcUus Anicivs Sym-
mocAt/s, orador la tino, foi no reinado deAu-
reliíino e seus Kuceessores, queslcr, pretor,
pontífice, intend^nle da iucania, procôn-
sul da Africa e finalmente preterem Roma.
SYMMACO, (bist.) de Samaria, LLicnití», es-
creveu em deíeza da sua seiía, e traduziu
em grfgo o Antigo lisiavienio.
s'^mii.aCii(>, (bist.) iahhs Simmachus ,
p?pa ce 4ÍJ8 bhí^, era sardo.
síurAiíiiA, s. f. (Gr. *í/n, e pathos, mo-
vimento, disposição, peixão.) conformidade
de hunor, indinação de uma pessoa para
cutia. — , (ned.jcousenso entre diversas par-
tes do corpo.
syaspatjCameme, adv. [mente sufif.) com
sjn I aihia.
sYiiiAiuico, A, adj. que sympalhisa de
bunor, ou de òfltcios. Mtximimvs — s, os
qie itsultam da syjujaibia raluralou pre-
iLlL&lUiòf tLtie CjVirstS ClkâCS ÚO CtlLO.
166
I
662
SYN
ITN
STMPAiniSADO, A, p. p. de sympathisar ;
adj. que sympathisou.
SYMPATHíSANTE, adj. dos 2 </. (des. do p.
a. Lat. em ans , tis.) rjue sympalhisa ac-
tualmente.
SYMPATHISAR, V. a. OU ti. [sympatkia. ar
des. iní.) ler sympattiia. Eu sympathiso com
este sujeito. O estômago si/mjoaí/iiía com to-
dos os órgãos
s"iMPiio!iiA , s. f (6r. S7jn, com, junta-
mente, phôné, voz.)" (mus.) concerto de ins-
trumentos de fBusica ; a partitura para estes
concertos.
sYMPnoRio (s.), (hist.) nasceu era Autun
no II .século, soffreu martyrio em 179. É
cummemorado a 22 de agosto.
SYMPiiYSis, s. f. (Lat. e Gr. syn , com ,
juntanioníe, e phyó, nascer.) (anat.) união
de dois ossos a principio separados. A —
do pub}^.
symphVid, s. m. (Lat. symphitus, do Gr.
syn, marcando união, e phyton, planta)
consolda maior, herva medicmal.
SYMPTOMA, s. m. (L«t. do Gr. sí/n, junta-
mente, e piptd, acontecer) /'med.) effeito de
doença doqusl se tiram indícios para ©cu-
rativo, 011 para conhecer a natureza e pro-
gnostico da enfermidadu ; signal indicio do
estado moral, —s da decadência da repu-
blica.
sYMpToaATico, A, adj. que respeita a sym-
ptomas.
«TN (doGr. 5t/n, juntamente) prefixo gra-
go que entra na composição de muitas pa-
lavfías. elites de h, tn., p, muda-se em Sí//n
e em fyl aiites de /.
SYN A. V. Sinn.
STNADO, STNAii. V. Assigtiado, Assignar.
SYNAfiOGA, s. f. (Gr. syn, juntamente, e
agôf conduzir) assambleia religiosa dos Ju-
deus ; o t( mpío onde se ajuntam os Judeus,
para orar ; (íig ) o corpo dos Judeus.
SYNALBPfiÀ, í. f. {syriy ealeiphô, riscar)
figura grammetical, que consiste na união
de duas sjilabas ou palavras.
SYNALLAGMATiGo; A/ad/. (do Gr. syn, jun-
tamente, o allalô, mudar.) Contracto — ,
que liga mutuamente os dois contraheules.
SYNANCHB. Y.^Cynanche.
8YNARTHR0SE, s. f. (Gr. syn, juntamente
e arthron, membro) (anat.) articulação dos
ossos que não admilte movimento.
SYNAXi, s. f. (Lat. synaxis, do Gr. syn,
e agó, conduíir) assembleia, congregação
dos lieis.
SYNCAIEGOREMATICO, A, ãdj . (p. U5.)de dia-
lectica, potencialmente infinito.
SYNCDRONO, A, adj. (prou. o eh soa k ;
syn pref., eéhronos, íetopo) que seTázno
mesmo tempo, v. g. oscdlações — s. fron.
síncrono.
SYNCOPA, s. f. (do Gr. syn, juntamente,
e kopô, cortar) figura que consiste em ti-
rar uma letra ou syllaba do meio de uma
palavra, v. g esprito por espirito.
SYNCOPADO, A, p. p. do syncopar ; adj.
elidido letra ou syllaba. >*'■'
sfiicoPAL , adj. dos 2 g. (des. adj tt9)
(med.) sujeito a syacopes ; da natureza de
syncope. Accidentes syncopaes.
SYWCOPAR, V. a. {syncope, ar, des. inf.)
elidir letra ou syllaba no meio de uma pa-
lavra.
SYNCOPA», «. n. (med.) cahir em synco-
pe.
SYNCOPE, í. f. (med.) desfallecimento,
com privação do movimento do coração.
SYi^coPE. V. Syncopa.
SYNCOPfSAR, tj. o. causar syncope.
SYNCOPisAR, t?. n. cahir em syncope.
SYNCRETiSMO, 5. m. (ít/M prcf., e krinô,
julgar, pensar) concilicição.
' syrcretistas, ^hist ) da-se este nome em
philosophia aos que admittem muitas opi-
niões contrarias e incociliaveis ; e em theo-
logia são asiiim chamados os herejes, mais
conhecido, pelo nome de Calisctifios.
SYRDERESis, «. /". (Lat. O Gr. sí/H, com, e
tercin, observar) h consciência moral, ore
morso ; o instincto moral.
STKDiCAÇÃo, s. f. actodesyndicar, infor-
mação judicial.
sYNDiCADO, A, p.p. do syndícap ; aíi/. ti-
rado informação ; cònsurado, rcprehendido.
SYNDiCANTE, s. m. (des. do p. a. Lat.) o
que syndica, toma informação judicial ; adj.
que syndica.
SYi^DíCAR, D a. ou u. lomar ou tirarin-
formaçào judicial do procedimento de juiz
ou magistrado ; censurar, reprehender.
sTxiDiCATURA, s.f. O oííi "io do syudican-
te ; o acto de syndicar ; censura, repre-
hensão.
sYNcico, s. m. (Lat syndicus, do Gr. ly»,
com, e diké; direito, justiça) deputado, pro-
curador de cortes, cOmmunidade, collegia-
da, universidade, camará.
SYNECDOCHE, s. f. (o ch sôa como k ; do
Gr. syn, com, ek, edekhomai, tomar.) coip-
prehensão, concepção ; tropo que consiste
em tomar a parte pelo todo.
SYNORDRiMJ sYNiiEDRio, s. m. (do Gr. syn,
juntamente, e hedra, cadeira.) congreg.içào
dos Judeus, tribunal dos Judeus.
sYNEREsis, s. f. (Gr. syn, juntamente, e
airéò, tomar.) a união, ou contracção de
duas vogaes em uma.
sYNEKGiSTAS, (hist.) são assim chamados
pelos LutheraníS aquelles que considejam
o homem como cp.operado para a graça,
e por consequência tendo algum mérito na
justificação.
SYNEpio, (hist.) escriptor grego, qasceu
em 350, frequentou as escolas de Alexan-
dria e de Aihenas, seguiu as lições da ce-
lebre Hypatia. Morreu em 431. Entre ou-
tras obras deixou um Discnrao a Arcádio
sobre os deveres da realeza.
STÍIF05IA. V. Symphonia.
ST?ÍOCHA , .*. /. o STllOCHO , s. m. (Lat.
synochus, do (.Ir syn pref , c cA-Zíô, toma^,
possuir.) (med.) febre continua
SYisoDAL, adj. dos 2 g. (des. adj. al.)áç.
sjnòdo.
STNODATico, s. m. iributo que se pagava
tm Braga durante algum synodo; oitocen-
tos réis nor cada pia onde se baptiza.
STNouico, A, adj. [lai. synodicus.){astr. ]
Mez — , o que decorre desde uma até a ou-
tra corijuncção da lua.
èYSODO, s fH. (Lat synodus,áoViT. syn,
juntamente, e li^odos, taminho.) assembleia
religiosa, concilio. — , (astr.) conjuncç&ode
dois planetas no mesmo grau da ecliptica,
OU no io5smo circul.) de posição.
STR0?I1MIA OU StKOKYHlA , S. f. (flg ) de
rhetorica que consiste eoa accumular sjpo-
nymos, oii íercços equivalentes. "'•
SYNONIMO ou SYNONYMO, A, adj. [LM. í))-
nonymus, do Gr. syn, juntamente, e óno-
ma, nome.) (Jue tem a mesma significação.
Termos — .
SYNomso, s. m. (do precedente, suben-
tendido rocabulo, termo] vocábulo equiva-
lente a outro, que tem a mesma signiíica-
çâo.
SYKOPSE ou SYnopsis, s f (I.al.. do Gr.
ír/n, juniamenle^ e óps^ tista.j compendio,
summario, epitome.
SYNOí^Tico, A adj. que apresenta como èm
um painel. Qiiadro, mappa — .
SYNOVJA, s. f. (Lat., do Gr. syn, seme-
lhante, e òon, ovo.] (anal.) fluido albumí-
noso que lubrifica as articulações.
SYxNOViAL, adj. dos 2 g. (anat.)da syno-
via.
SYWTAGMA, $. m. (Lat., do Gr. 5?/H, jun-
tamente , e tassò , pOr em ordem) (t. di-
dáctico) tratado de algum assumpto dividi-
do em classes; collecção, pecúlio de di
rei to.
8YNTAXE, s. f. (mesffio rídical que o pre-
cedente.) conslrucção grammatical.
sYSTEREsis V. Syrtderesis.
STNTUBSE ou STRTHESIS, S. /". (prOll. 0 flC-
eento na primeira : Lat., do Gr. sí/?i, jun-
tamente, è these.) mctíiodo de expor doutri-
na procedendo das ciusas aos cífeitos, dos
principies ás consequências.
SYNTHKTiCAMENTE, adv. [mente suCf) por
synlhese, de modo synlhetico.
sYNTHETico , A , aâi . (Lat. syntheticus.)
relativo á synthese. Methodo — , que pro-
fm
m
cede por synthese, das causas aos effeitos,
dos princípios ás consequências.
SYNNADE, (geogr.) cidade da Phrygia, ce-
lebre pelos seus mármores brancos mancha-
dos do purpura ; foi no IV século capital
da Phrygia Salutar.
«YOUAR, (geogr.) Ammonium oásis do
Egyplo, ao rtE. do deserto da Lybia ; 8,000
habitantes.
SYouAH-soKiR ígeogr.) pequeno oásis, 25
léguas a E. do de SyoUah.
5T0UT, (geogr.) Lypocôíes , capital dp
Alto-Egypto, entre a margem esquerda do
Xúo e um canal ; ^0,0 O habitantes.
SYOUTi, (hist.) escriptor afabe, nasceu era
Syout em 144Ô, morreu em 1505. Compôz
muitas obras, entre ellás ufna Vtpla de
Mahomet.
SYPOAX, (hist.) rei dos Massessyles ou da
fiumidia Occidental, tomou o partido pelos
Romanos na segunda guerra púnica, mas
foi vemcido duas vezes por Síasinissa e
obrigado a refugiar-se na Hispanha ; afinal
vollou-se contra os Romanos e foi batido e
aprizionado por Masinissa. Morreu em
203.
SYRA, (geogr.) Syros, ilha do Estado da
Grécia, uma das Cyclades ao SO. deTeHo;
300,000 habitantes.
SYRACUSA, (geogr.) SiraiUscB em laiím^
cidade daSicilia, Capital da intendência dõ
mesmo nome, na costa oriental da ilha ;
63 léguas a SK. de Palermo ; 14,000 habi-
tantes. Até ao anno 212 Syracusa foi go-
vernada por tyranhos.
Reis tyrannois ou phef^s de Suracusa.
Governo aristo-
crático 735-484
Gelon . 484
Ilieron l 478
TÍirasybalo 467-46fl
Democracia 466-405
Dinis I ^.05-368
Diniz li 3GS
Dion
Callipo
ílypárin
3o7
Nypsio 351
Diniz II (de no-
vo 347-3)8
Timoleon 34 U'*37
Sosislrato 320
Agalhocles 317-^89
Democracia ÍSO-tBG
Ilieron II ' 269
Jeronymo
Democracia 214-2'1
SYÇEKiCQ. V. Sirenico.
SYHiA, (geogr.) Aram na Escriplura, Sà^-
el-Charn ou Sclianj, eco Árabe, região da
Xsia, entre o feuphrales a E , p Mediterrâ-
neo a Ò., a Àsia-*lenor aoíí., e a Arábia ao
S. ; â,400,OUO habit^nes. ' *'",'',.
SYRiA ANTIGA, (geogr.) dividià-sçi ém *t'pe^
parles : í .* Syria verdadeira ^o N. ; 2.* Phe-
nicia, na costa; 3.^ aoS. legião da lajes-
tina. Antiochia foi a capUal dè todo õ im-
pério da Syriá.
"^ t66 ♦
604
SYR
Stt
REIS SELEUCIDAS DA STRIA.
1.° Período.
Seleuco 1 Nicator
311
Anliocho 1 Soler
^7»
Antiocho II, r/icoí/
2<Uí
íiekuco U talimco. ... ...
447
Seleuco lH Ceiauno
221
Antiocho 111 0 Grande.. ...
22i
Seleuco IV Philopator
18K
Heliodoro
174
Anliocho IV Epiphanes
174
Anliocho Y Eupator
...164-16..
2.° Período (3 usurpadores].
Demétrio I, Soíer...
Alexandre I (Rala)..
Demétrio II (JSicaior)
Anliocho \I Theos II.
Tryphon ou Diodote
Anliocho \]I, Sidete
Alexandre 11 (Zebina)
Seleiíco V
...162-149
...150-144
...130-12ÍJ
...14H-1M!
...UO-133
...139 130
.. ítò-in
...124-123
3.° Período {A Syria dividida
entre 2 soberanos.
Antiocho "VIII o Gripho i
23-19ii
Seleuco VI, JSicaior il
Ii7-y3
Seleuco só ou com os seus 3 ir-
mãos
l!3-80
Anliocho XI
93-8U
Demétrio lli Encher
8;-85
Anliocho XII Bacco
83
Anlioco iX de Cyzico
144
Anliocho X o Curid'>so
94
Selenna. viuva de Anliocho X ...
80
Tigrane, rei da Arff.enia
70
Anliocho Xill o Asiático
C9-b4
STR^ANO, (hist.) philosopho neoplatonico,
nasceu em AlexauJria em 380 de Jesu-
Chrislo, estudou em Alhenos com o Plató-
nico Philarco, subsiiluiu-o na direcção da
escola de Alh<n8S, e morreu no anrio450.
SYBlE^^A,(m)'^h.) deusa píincipal do Haiti.
SYHiisx, (n>}ih.) njmpha da Arcádia, fi-
lha do rio Ladon,euma das luais lieis com-
panheiras de Diana.
STíRMJA, !ge«'gr.) provincia da Dungria, r n-
Ire as de NVercwiU e de Bâes aoM.,odis-
tricto de lelervftradia a L. e ao S , o de
Brod ao S. e a 0. ; 110,000 habitantes.
Capital Vukovar.
SYRiO. V. Sírio.
sYROs, (íçeogr.) hoje Syra, uma das Cy-
clades, a O. de Delos.
SYRTES, (geogr.) nome dado pelos antigos
aos dois golphcs formados pelo Mediterrâ-
neo na costa septentrional da Africa, enire
o Fgjplo e o cabo Uernaeum ; o primeiro
Grande Syríe é hoje o golpho de Sidre ; o
segundo Pequeno Syríe é hoje o golpho de
Ca bis
SYSTEMA, s. m. (lat., do Gr. synislémit
compor.) união reciproca das paitesdeum
todo. — do uiiíterso, o aggregado dos cor-
pos celestes. — , corpo de uouirina fuLdado
em principio verda<íeiro ou falso. O — de
Copérnico, de Newton. O novo — chimi-
co.
Syn comp. Systema, theoría. Systema
significa em geral enlace de principios, má-
ximas e conclusões relativas a uma matéria;
e theoría ^ o conhecimento especulativo da
essência e qualidade das cousas.
Systema é mais extenso que theoría, em
linguagem scientifica, e refere-se á coor le-
naçào de fflctos ou principios geraes, mais
que á lelação entre as causas e os eííeitos.
Theoría é de ordinário exposição das rela-
ções enlre os phenomenosnaturaes, funda-
da em observações , experimentos ou cál-
culos.
Isâmos também da palavra systema pa-
ra designar doutrina hjpolhetica, ena ac-
cepção de norma de proceder de pessoas ou
governos, v. g. «Os Inglezes lêem por sí/í-
tema rtduzir na paz a marinha militar fcffe-
ctiva ; » em nenhum destes casos se usa a
palavra theoría.
systemado, a, p. p. de systemar ; adj.
reduzido a systema.
systemar, V. a. [fystema, ar des. inf.)
por em systema, reduzir a systema.
. systematico, a adj. subordinado a sys-
tema, cm que ha systema. Autor systema-
tico, methodico, que adopta, segue syste-
ma.
SYSTEMATiSADO, A, p.p. de systomatisar,
adj. reduzido a systema.
systimatisaR , V. a. (Lat. systema, tis,
isar des. inf.) reduzir a systema.
SYSTOLE, s f. (pron. o accento na primei-
ra : Lat., do Gr. syn, juntamente, eslellò,
reprimir, reter.) contracção do coração.
sYZiGio, s. rn. mais usado no pi. Syzi-
gíos (Lat., do Gr. syn, com, e zeugnuò,
^j^Jnlar.) (astr.) o tempo que medeia da con-
juncçáo da lua á opposição, ou a conju no-
ção ou a opposição da lua, a lua nova, e
a lua cheia, piir opposição aos quartos,
ciescente e minguante.
TAB
TAB
<^6S
SZABOLCS on SAB0LC5, (geogr.) província da
Hungria , entre as do Zeraphis ao N. ,
d'Unghvar e de Beregh ao ^F,, df> Szalh-
mar a E. ; 160,000 habitantes (apital^lagy
Kailo.
szALAD, (gecgr.) província d.i Hungria, en-
tre as de Veszprim aoNE., Schijinpgao SE ,
a Stjria ao O ; 260, OOu hal)itflntes Capi-
tal Szala-Egerszí^g.
szAMos, (gepgr ) Samusúm, rio dos Esta-
deSi4ustríacos, nasce naTransylvania e cae
no Thfiss.
SZAMOS-UJVAR OU ARMENIF-NSTADI, (geOgr.)
cidade da Traiisylvania íí logius ao NO
de Klausenburgo ; 14,00i),000 habitan-
tes.
sz^RVAS, fgeogr.) cidade da Hungria, 11
léguas ao O. de Bekes ; 14,000 habitan-
tes.
szAsz-VAROs , (geogrj
sylv;?nia, IS léguas ao O,
*J,000 habitantes.
SZATHMAROU SZATHMAR->-EMETH, (geOgP.)
cidade da Hungria, 95 leyuas a E. deBuda;
12,100 habitantes.
' iílado da Tran-
At^ llermanstadt;
SZEKLERS, (geogr.) tnbu que occupa a par-
te mais alt-i da Traní^jlvnnia.
szFKi.F.RS, (googr.) umi das <i partes da
Transylvania, amaisao SR
SZKXARD. (gf^fgr ) cidade da Uungria, 3
léguas ao SO. dtí T^ Ini ; 7,0ílí> hí^bitantes.
?Z GETH, (geogr.) cidad í da Hungria, 2i
léguas ao S'). de fcolouta ; 6, 500 habitan-
tes.
szíBOSLO, ígi'Ogr.) cidade da Hungria, 6
léguas ao SO. de Dehreczin ; 12,80 > habi-
tintes.
szolnok, (geogr.) cid.uie da Hungria. 12
léguas ao SO. de HevescU ; 8,900 habitan-
tes.
szoi.NCK INTERIOR, (geogp.) provincia da
Tran.í.ylvania, limitada ao M'. pela íiungria,
a E. pelo paiz dos Saxões, a^) S. e a SO.
pela província de í)ol)ok ; 26, :00 habitan-
tes. Capitíd Szamos-Ujvar.
szoLNOK-MEDii), (geogr ) provincia da Tran-
sylvania, limitado ao SO. pela Hungria, ao
SE. pela de Dubok , 1 2,000 habitantes.
Capital Zdlah.
T
T, s. m. tê, vegessima letra doalphabe-
to portuguez, decima sexta das con'oant<^s.
dental. Os Roa^anos a nnud.ivam em muitos
vocábulos em d, e com ella spguida dií h,
suppriafn a falia do theta grego, th i -s irgje-
zes. Ter ou trazer um — na testa, sf r t<do,
porque oí^é a letra inio.ial ile tolo, vAice
T, letra numeral, valia 160, e com urn
traço por cima 160,000.
TÁ I interj para mandar parar ou calar,
equivale n tení^e mão, parai ; v. g. — ! não
"'•'va.v mais. — ! — ! basta.
TA A, s m (do Arab. taa, obeiienciajíant.),
mf* das divisões do território feitas pelos
iab^s era Hispanha ; districto governado
por um alcaide.
T.AA, («'bsol.) V. Alá, Até.
TAB, (^rjO^r.) Aro$is oa Oraotis, ria da
Tersia, que dese.iibocca no golpho Fersi-
co.
¥f*. IV.
TABACAL, s. frt. (dcs. collecliva a/), íerre-
no plantado do tabaco.
TABACO, 5. in. (de Tabasco no Yucatan,
provincia do México), planta odorífera e
sternutaloria ; o pó d'ella se cheira e toma
pelos ventas; v. g. — de fumo, prep.^ra-
do para cachimbar ou para cigarros. To-
mar — .
TABAGO, (geogr) nomedrts Intilhasingle-
zas, ci<lade princincipalScarborough; 16,00(1
habitantes.
TABALHií^M, (obsol.) V. TabeUxão.
TABALiNHO. V. AtabaUnho
TABA'. LiADEGO, í. m. (obsol.) V. Tobel-
liado.
TABAi.LTADO. V. Tabell>ado.
TABAi.LiÃo, (ant.) V. TabeUião.
TABANCA, s. f. (t. Asiat.) poriazem, mesa
paríi arre<adaçâo de direitos. Couto.
TABAN&z. V. Tavanez,
. Ui7
fe
TAB
TAB
tabão. V. Tavão.
tabaque. V. Âtabaque.
TABAQUEADO, A, p. p. de tâbaqucar ; floí;*.
a quem se d:!u tabaco; (fig ) logrado, poleado.
TABAQUEAR, V. ã. (tãbaco, ttv des. ioff.),
dar tabaco, a alguém ; {(ig.) e chulo, lograr,
petear.
TABAQUEIRA, s. f. [tabaco, des. cir«). 031 -
xa, boceta era que so traz tabaco em pó ;
fem, do
TABAQUEIRO, s. m. (des. ciVo), hoinem que
prepara ou que toma tabaco, caixa, boce-
ta de tabaco.
TABAKCA, (geog".) cidado do estado de Tu-
nis, na costa N., e junto de lailalle.
TABARCA, (geogr.) pequena ilha, defronte
da precedente.
TABARCA, (gengr.) ilha na costa de Hispa-
nha.
TABARDiiíiA, s. f. diminut. de tabardo.
TABARDiLíio, s. m ((!ast. tahardillo,q\ie
Blulyau deriva d© Lat. tabe.s, atrophia, ph-
thisica.) febre maligna erupliva, com pintas
de varias cores na pelle.
TABARDO, 5 m, (do Ital. tabiro, Fr. ta-
bard] (ant.) capa curta, capote com capuz
e mangas
TABAREO ou TABARÉU, s. m. (de tabardo.)
soldado de ordenanças, mal vestido o mal
exercitado, que faz o serviço de capoto. Tf. r-
ço de — s malencarados.
TABARiEH, (geogr ) Tíheriade, cidade da
Syria, sobre o lago do mesmo nome, IG lé-
guas ao SE. d'Acre ; 4,000 habitantes.
TABARISTAN OU TABERISTAN, (gCOgr.) prO-
vincia do Iram ; 130.100 habitantes. Cida-
de principal Damavend, antigamente foi ha-
Htada pelos Tapurianos.
TABARRO. V. Tabardo.
tabaaZet OU TABARZEiE, s. m. (do Ter-
fico tabarzad.) espécie de assucar branco
duro de cana,
TABASCO ou VILLA HERMOSA DE TABASCO,
(geogr.) cidade do México, capital doestado
de Tabasco, 175 léguas ao SK. de Vera-t]ruz;
72,000 habitantes.
TABATiNGA (serra da), (geogr.) serra que
separa a provi ncia do i.oyás da de Minas-
Geraes, no l^razil.
TABAXiR, 5. m. (t Arab ) assucar deca-
na. — , giz de qiie usara os alfaiates.
TABAZ, s. m. (do Arab dabaa, leoa, ou
corrupto de dibo, lobo.) lobo. É termo usa
do na Berbéria.
TABEFE, s. m. (do Arab. f«/;ic/íe, leite de
ovelhas fervido, engrossado cora um pouco
de farinha e assucar: tabakha, cízinhar,
guitar.) leite engrossado ao lume com assu
car e ovos; o soro que fica do leite coalha-
do para fazer queijo.
lABELLA, s. /'. (Lat. tàbeira.)Hih'(íttzií\h&
em que eslào registrados os nomes do pes-
soas ou cousas ; planta ; electuario feito em
pastilhas.
TAnr.i.LiADO, í. m {ta'bcllfão, des, ado)
oílicio do tabellião ; imposto que antigamen-
te pagavam ao rsi os tabelHãeS.
TABELLiÀo, s. 171. ((.at, tabelHo, onis.) no -
tario, ofRcial publico que faz e conserva as
notas, cu traslados de e-criptura, e outros
documentos aulbenticos : — de notas.
tabki.liar, V. a. ou n, (<a6«//tão, ardes,
inf.) fazer o oílicio de tab'dlião.
TABRLHÔA, adj. f. de tabidlião Lflra — ,
grossa, larga '3omo a usada pelos tabelhães.
Palavras — í, -que se dizem por mera for-
malidade.
TABERNA V. Tavcma.
Tabernáculo, (hist.) templo portátil dos
Israelitas, no deserto. Um veu precioso o
dividia ea duas psrt^^s, uma de2') cubitos,
chamado ..Santo, e a outra de 10, chama-
do o Savto dos Santos. N,i segunda estava
a Arca d*aliianQa. Só o gran-sacirdote lá po-
dia entrar, uma vez cada anno. A festa dos
'Tabernáculos era uma das principaes dos ju-
deos : celebr3vam-n'a em thesri (mez de
nf,arçoj, debaixo de barracas, como seu s
antepassados n3 descrío.
tabern.ií , (geogr.) 'íavtrnas, nome de
muitas cidades eulre os ariligos.
tabernario, a, adj. (Lat. tabernarius.)
de taberna oa luja ; ^lig.) própria de lav^-r-
neiros.
tabernas-y-turrillaS; (geogr.) cidade de
Hispanha, 6 léguas ao NE. de Almeria; 5.500
habitantes.
taberneiro. V. Taverueiro
TABES, (geogr) Taba;, nome de muitas ci-
dades antigas, na Caria, na Cicilia e na i ersia.
TABi, s. m. (do Arab. tdbaca, tecer ) ta-
fetá grosso ondeado
TARiCA, s. f. (provavelmente de taboa.)
(naut.) a peça da borda do navio qu 5 cobre
o alcatrate, e é a ultima da borda ; p^ça
que se embute nas cabeças das taboas oara
não racharem quando se serram.
Wo Brasil é uma espécie de sipó usado
para chibatas.
TABiCAR, V. a. [tabica, ar des. inf.) me-
ter tabicas nas cabeças das taboas para não
racharem quando se serrara.
TABiQUE, s. m (t. Arab. do rad. tdbaca,
tecer, pôr urua cousa sobre outra, ou de
tasbique, engradamento.) Parede de— , de
grades de madeira delgada, cheios os vãos
de cal, ou delgada feita do tijolos
tabla , s. f. (do í at tabula, lamina )
chr;pa. Diamante—. V. Diamante.
TABLADO, s. m. (Lat. tabulaium.) a par-
to do thóBfto onde os actores representam,
recitam, cantam, e os daasarinos dansam.
TAB
TAÇ
e67
TABULaA , S' f' diminutt de taboa, no
truqno de taco, e no bilhar é a taboa ao
redor da banda do dentro. Dar na bqla ou
fazer a bola por — , não directamente, mas
pçr movimento reflexo. Fãz$r as cousas por
— , por terceira pessoa, por medianeiro, por
meios indirectos.
TABO, «. m, (t. Asiat.) embarcação asiá-
tica
TABOA, s. f. (Lat. tabula. Court d« Gó-
belin diz que vem do { radical que expri-
me tudo o que ó grande, extenso. Opinião
tão extravagante não meroce seria refuta-
ção. i'enso que tabula. Lai. vem do Egy-
pcio táko, exbibir, collocar, e bo, madei-
ra, páu. Ira Persa lahlia, significa labolei-
ro.) peça de madeira plana ; (fig.) mármo-
re plano ; quadra de pintor ; mappa, es-
tampa, V. g. — da gíographia, — náuticas.
— , (ant.) laraina óssea, v. ^f. as — «docra-
neo. A — do pescoço do cavallOf a face pla-
na de um e outro lado. — , mesa do comer;
mesa de jogo, — rasa, (fig ) o entendimen-
to antes de ter noções, de rectber ideias ;
estado de completa ignorância. — s de Ioga-
rithmoy, disposição em columnas dos nume-
res com os seus logarithmos adjuoctos.
TABOA, (geogr ) villa de Portugal, perto
de Cea e b léguas a E. de Coimbra ; 1,920
habitantes.
TABOAÇAS, (geogr) aldeia de Portugal, no
concelho de \ leira ; 800 hnbilantes.
TABOAÇo, (geogr.) villa de Portugal, 4 lé-
guas a E. de Lamego ; 950 habitantes.
TABOADA , s. f- [lãboa, dcs. ada.) índex
de livro ; mappa ariíhmetico que mostra a
mulliplicação dos números uns pelos outros,
TABOADO, «. in. [taboa, des. orfocollecli-
va.) quantidade de taboas, pranchas.
tabjÃo , *. m. augment. do taboa, ta-
boa grande e grossa, pranchão.
TABOCA, s. f, (l. 15rafil,) cana brava do
Brasil, rodeada de puas mui solidas e agu-
das.
TABOCAL , s. m. [al des, collecliva) mata
de tabocas.
TABOCAS, (geogr.) jrio da província de
Go.yás, no Brazil.
TABOir^iiA, 8. f. diminiU. de taboa, taboa
pequena e delgada.
TABULA, s. f (V. Taboa ) peça de osso ,
páu ou marfim ue que se usa p^ra jogar
as domas, o gamão, ctc. Entrar a alguém
— de fazer alguma cousa, (fig.) chegar-lhe
a voz, vir a 0'casiào propicia. Ser — que
não joga, não influir cm cousa .dguma, ser
inteiramente nullo, não trabalhar. — , (ant.)
mesa. Os cavalleiros da — redonda. — de
Sctuvcl, onde se prrcebera impostos do pes-
cado n rsa de publicanos. '
TABOLADp, s. m. bssiídâ dõtabo»s; au^
teparo de taboas , pavimento levantado do
chSo o feito de taboas.. Tirara — .exercí-
cio militar antigo.
TABOLUcu, s f. (des. agem.) (ant.) casa
de jogo de labolas. Dar — , ter casa de
jogo
TABOLÃO, j. m. tabola do buxo cm que
trabalha o ourives.
TABOLEiRinno , *. m. diminuí, de tabo-
leiro.
TABOLEiRO, s. m. [tablia, voz Pérsica, ou
do Lnt. tabula) tabola com bordas levanta-
das em torno, para não cair o que se serve
nella. — do gamão, com casas para as ta-
bolas ; (fig.) espaço plano no topo da esca-
da donde nasce outro lance ; qualquer lu-
gar plano, V. g. «m jardim, horta, adro
de igreja.
TABOLETA, *. f. mostrador de loja de ou-
rives onde se põe as peças já feitas ; mos-
trador de logista onde se expõem amostras
de fazenda.
TABOR, (ge ígr.) Hradistia ou Chomow, ci-
dade da Bohemia, capital do circulo do la-
bor ou Béchin, 10 legueis ao SE. do Praga;
3,300 habitantes.
taburdo. V. Tabardo.
TAB0RETE5 (hlst.) Seita de Ilussitas, que
reconheciam a Ziska por seu chefe. Segavam
o purgatório, e a confissão auricular
TABs ou TEBBAs, (gcogr ) cídade do Iran
Kouhistan, quasi 201eguasao SO. deToun;
8,001) habitantes.
TABU, s. m. (t. Brasil, ou Africano.) o as-
sucar que não coalhou bem na forma
TÁBUA, s. f. (lat. typha minor.) herva
de que se fazem esteiras groçsas. Mandar
alguém á — , (phraz. fímil de desprezo)
mandar apanhar tábua para fazer esíeiras,
inandar bugiar.
TÁBUA, (geogr.) aldeia na ilha da Madeira ;
i,8i3 habitantes.
TABÚA, (geogr.) serra da província de Mi •
nas-Geraes, ro Eraz L
TABUAL , s. '■„, {al des collectiva ) chão
de labuas
TABULA. V. Tabola.
TABULARío, s, m. (Lat. tabularium.) ta-
boa em qit« os Romanos escreviam os actos
publico?.
TABULATO, « m. V. Tublado.
TABUi.isTA , s. m. (des. ista.) o que fai
taboas geométricas ou astronómicas.
TABUUNo, s. m. V Degrau.
TABURLHiNA, (geogr.) no da província de
Mato-Grosso, no Brazil, vem do norte da
cordilheira dos Parecs.
TAÇA, s f. (.\rab. íái ^^u laça.) vaso de
beber d« pouca altura o do bccca larga, de
metal, louça ou vidro. Amigo da — , bom
bebedor, amigo de vinho. Beber oii brin-
167 *
668
TAC
nc
dar a — (Ja iniquidade, entregar-se a ella
couto o bêbado no vinho.
Taçalíio. V. T-assclho.
tacamaca ou tacamahaca, s. m gornnna
e resina de uma arvore da índia.
TACANHAuiA , s f. (des. aría.) acção de
tacanho lacanhice
TACAífUEAR, ». a. [tacanho, ar des. inf )
ganhar, adquirir por arles de tacanho
tacamífza e TACAMiiCE, s. f. scção de
tacanho, condição, hahilos de tacanlio
TACANHO. A, Oí/j (Cast. tacano Bluteau
o deriva de tacão, no sentido de mesqui-
nho, e ant íacan ou tocam, áo¥r. taquin,
que sijíniíica nísingueiro. Duarte JN unes de
Leão o deriva do ilebr, ou Syriaco tacat
ou tacae, que significa fraude. Talvez seja
corrupção do Lai ía^ox, velhaco.) mesqui-
nho, esí-asso, mero : — de condição ; velha-
co, astuto, manhoso E' p. us
TACA^HlI^•A>^, (geogr.) rio do Tara, no Cra-
zil, nas suas m-irgeris liabita unca tribu in-
dígena do mesmo nome.
TACA?íiÇA , s. f. (provavelmente do Lat.
-tecium, tecto, borda, e annexus, pegado )
(t. de pedreiro} a agua ou lanço de telhado
que cobre o* lados do ediíicio chamados ca-
beceiras
TACÃO , s. m. (do Fr. taquon.) sola do
salto do sapato.
TACAPA ou AQU(E TACAP1NC(E, (geOgP ) ho-
je Ei-Harnma- de- Cabes, cidade da Africa
antiga.
TaCazzé, ígeogr.) rio da Abyssinia.
taCeira , s. /. [laça, des. eira.) balcão
ou ífoslrador onde os ourives põem as ta-
ças e outros vasos á mostra. V. Taboleia.
TaCfarinas, (hist) chefe numida, ou mou-
ro ; serviu no ( xercilo romano, e depois col-
locou-se no tempo de Tibério á frenie !os
bandos independentes, morreu n'ura comba-
te contra liolabella, no anno tb.
tacua, .s. m. (Fr. tache, nódoa, do Lat,
íaarare, tocar a miúdo, reprovar, increparj,
falta que se põe a alguém. Pôr — na re-
fulaçdo, manchar. Provérbios :
Quem quer cavallo sem — , sem elle se
acha. Mào é — beber por borracha quando
não — . A inveja é cega, todo o seu saber
é pôr — na virtude.
TACHA , s /■' (Bluteau diz que Tem de
chato, tra.spostas as letras, do que duvido;
creio que vem do Celt. tnch, prego.) prego
de cabeça dourada ou prateada.
TACHA, impróprio por taxa, tributo.
TACHADA, s. f. [tacho, dcs. ada.) tacho
cheio de cousa que nelle se coze, v- g- —
de doce, barrella.
TACHADO, A, p. p de tachar; ad/. cen-
surado, increpado, v. g — de mesquinho,
— de ignorante. V, Taxado,
TACHADOR. V. CtnsuradoT, Taxador.
tachão, s m augment. de tícha, prégo
grande, d'»urado, pnileado ou de latão, de
ornar arreios, capas de livros, etc
TACHAR, t. a. (íac/ia, noioa, ar des. inf.)
notar, censurar ; — de ignorante, de inve-
joso, mesquinho, soberbo.
TACHAU, (geogr ) ci'íade da Bohemia, 13
léguas ao iNO. de Tiisen ; 2,800 habitan-
tes.
TACHFiN (.4hoil-ranezz-abou-omar), (hist.)
rei almoravide de Marrocos ; reinou de i143
até IMtí Combalteu oschristãos, em Hispa-
nha, e alcançou muitas victorias.
TACiiKEND, (geogr.) cidade do Turkestan,
00 léguas aa N. de Khokand ; 80,000 ha-
bitantes.
TACHiM, s m. (Aliem íaíc/ie, bolsa.) bol-
sa ou caixa para resguardo do livro.
TACHiNHA, s /". rfíminwí. de tacha, prégo.
TACHO, * m (do Arab. í«arío» ) vaso pou-
co alio de cobro ou latão com azas nasci-
das das bordas, para aquecer agua e ou-
tros usos.
Tachonado, A, adj. cravado de tachões.
taChonché-trsse ou frazsr, (geogr.) rio
da America ingleza, no O. da Nova-Hreta-
nha, desembocca no golpho de (leorgia.
Tachos, (hist.) rei do Egypto, tilho de
Neclani bus I, reinou desde c 63 até 36á an-
tes de Jesu-Chrislo.
taChozipiho, s. m. diminut. de tacho.
tachygraphja , s. f (o eh sôa k : Gr.
takhis, de pressa, e graphia] arte de es-
crever tão depressa como se falia, por meio
de caracteres que abreviam a escripta.
TACHTGRAPHico, A, adj. pertencente á ta-
chygraphia.
TACHYGRAPHO, s. t», 0 que cscreve em cs-
criplura abreviada tão de pressa como se
falia.
taCIíNha ou taçazinha, 8 f. diminut. de
laça, pequena taça, chicara.
TACITAMENTE, adv. [mcnte suff.) sem con-
venção ou ajuste expresso ; em silencio.
taCito, a, adj. (Lat. tacitus, de taceo ,
ere, calar-se.) calado; sem palavras Con^
sentimento, pacto — , não expressado por
palavra. — , que não faz rumor, silencio-
so. « Com os — s reinos. » Kneid. Port.
TÁCITO (C. Cornelius r(ciíu.ç), (hist.) his-
toriador celebre, nascido na Oriíbria pelo an-
no 54 de Jesu-Christo, foi primeiro advo-
gado, e entrou depois na carreira das hon-
ras, no reinado de Vt'Sj.asiano..lnlgi-seque
morreu oclagf^nario. no anno de liO ou l í4.
Começou a escrever sobre a historia u'uma
idadfí mui avançada, i erderam-se uma gran-
de parte das s. as obras, e entre outras as
suas poesias ; porem cxislera em parte os
seus Ânnaes, e as suas Historias ; e possui -
TAÍ
TaC
C69
mos n» sua tolnUdfli«i a Vila Á'jrirola, e ou-
tras. E uiiivcr*almHiilH con^idivado, oinu o
maior dos nistor:adores, e lem siJo traduzi-
do em todas as lirijfiias.
TÁCITO {M. Cláudio rocr/o, (hist) impe-
rador romano, que dizia descender do gran-
de hislorirtdMr, rusceu em 2<í'>, morreu as-
sassinado em 275, depois de 6 mezns de
reinsdo.
TACITURNIDADE, s f. (Lat. tacitu' iii ías,
tis.) o ser laciínrno: habito silencioso.
TaCITUKNo. a, atlj . (L«t. taciturna'}, de
iacitwi, taci*o, e liiurnus, diurno ) silen-
cioso, que frtlla p» uco
TACO, *. m. tac, voz imitaliv>i j haslede
p<íu Itírncíida corn ruj i exUemidadH uimís fi
na e liza se dá inipuho ás bitlas, no j «go
do bdhar e outris seinelhani''S ; l'uxa de
peçd de artilharia — , peçs da atafona em
que se assenta o carf-ete Tmqnede —, es-
perie de j >go do bilhar h. j» desusado.
tacoari, (geogr ) riodoBrazil.
TACTEsR. V. Apalpar.
táctica, s {. \>.i\\ íacíícw"?, do Gr part
de íaiíd, pôr em or^eTi.) a arte de or<íe-
nar as tropa» fm batalha e de fazer as evo-
lu^õ-s militares — vaval, nautif^a.
TACio, $. m. (I.at. tactus, i\ii tanQO,ere,
tocar, cujo ra i é o Egypcio /or, niáu) sen-
tido pelo qual percebemos a extensão, con-
sistência e a leuíjieratura dos corpus exie-
riores sólidos ou liqiiidtis, Comprehendiílaa
as parles do uo^so proprioeorpouoias rela-
tivamente ás outras ; {(ig.) t.tque, contado
de um corpo com outro." Pelo — , apal-
pando.
TACTURA. s. f. (p. us.) o acto de tocar ou
tanger. A lyrica — . Rimas de Manuel Ta-
vares.
TACLBA, fgeogr ) aniigimente Talcopan,
cidale do Mi;x;co, 3 legms áo Ni>. da ci-
dade do México ; 2,5lH) habitantes
tacutú, (geogr.) rio da (iui^na brazilei-
ra. a L da s-erra i acahi, on<ie na^ce, é
um dos confluentes do rio Uiquera.
táuega, X. f nome «le U' a [»hata ou ar-
busto que lem a baste feipuia.
TADf.R, (geogr.) hijiíSfyura, rio de His-
pânia
tadjias, (geogr.) nação numerosa, e civi-
lisflda, quH éa l>ase «la população da l'er.«<ia.
Também babiia o kaboul , a Uoukbaria,
etc.
TaEL, s. m pi. Taéix, (t. A^iat.) moeda
do Japão. Frrnào Mendes i intodiz que 20»*
valem MOO cruz«dos ll-j^j o> lloiltiudezes o
avaliam em w; florins wiueiu.
TÁis, s m. (pr.»vavH!iueute d'> Fr. (ail-
ler, talb^r. coriar ) e«pe<;i'i tle bigorn . de
ouiives: « grjsso e estúpido como um ce-
^o de luev »
WQh' ir.
TAFAceiRA, TAFsrT«4 V Tofinva.
TaFiíI.í.*, (g^^onc, TiihiUa. ci'lade deílis-
panha, 8 l'gua*au S. do "ampeluna ; ò.OiJJ
habitantes
TAPKiA. s. m (Fr. tnfjf^tax E' vor imi-
tativa do som qijo f.u a Sfda quanlo se
xgiia ) e.^-totfo Of, seda teSo paia v- sii lus,
forros, cortinas, etc.
T^FiCiBA. s f (l. Hiat.) teni lo da In lia,
de listras ou ramos, de seda ou de algo-
dão.
TAF LKT, fgpngr.) ci lal*^ do esta lo de Mir-
ronos capital da província do me^nio nome,
*7 le«u.is ao bE. ile .warrocos ; 2.5»' ha-
b tantes.
TAFNA, fgpogr.) 5/V1, pequen') rioda .\I-
geria, desemb •• a n» .M^-ditorraneo.
TAFoNHHO. \ . Alafiineiro
TAFOKÉv, *. /. (t. Asiat ) embirc-ição asiá-
tica de guerra ou d-^ transporte
taft, (geogr ) cidade do Iran, 8 léguas
ao St) de V zd ; 6,(HI0 habÍMnles.
T*FUL, s. m. [(*o C.'ist tiiliar Tovarni-
vias diz que f;ste íermo repelido duas vezes
tohur, ítí/íiíT sôa litniar, funar. Creio que
vim do Fr anl. ío//*« rt^r, ornar, enfeitar.)
homem dado aos pivtzeres, aos diveriimrju-
tos, casquilho, peralta.- . ji.-íarlor. homem
qu>í frequenta casas do j>g-> 1*1 Tatues.
Tairbem se u»a adj. dus ;: g. Homeui, mu-
lher taful.
tafui-ak, V a. ou n [taful. anhs inf)
fazTS viila de taful, dt j íga lor. jierahilho.
tafularíà, s f. (des. ia ) vidii, compor-
tamento de t.sful ; csqtiilhaiia. ptraliice ;
sucia de tafu^s l'or — , por diveili.rneiilo,
oiteníando de taful.
tafuiuar, V. a ('o Fr. ímt. ía/f':/, n ó-
lho d*', hf-rvas ) Jamil ) tapar embotiuio tou-
reia a tiracollo d'c.nde peude a espada,
sa que tape ubertura.
TaFULho, s. m. cousa que so embebo pa-
ra tapar.
TAFUR, (ant ) V. TofuL
TAGA^UA V. Tainha, Falaça.
tAgante, s m. (do '.ast lojar, cortar,
talhar.) ^ant ) açoute, que corta, faz ví.t-
gões. V. Atuijaular.
TAGAMifO. (ge"gr ) <-.idaleda i iissia eu-
ronea, n(» mr.r d'A/.dr; M),iiOU LaLilaules.
>'ella morreu Alexandre I.
Tag R. V. Coriar, ferir.
TAGvRfLLA, s f. (do \ Al gavrulus) gri-
tana, motim. — , * dus 1 y. pessoa tuui
lalU'lofa, prtlr ira, loquaz
tagakotk, s m (d» Ara!) tagiron, feu-
il<) es|>ecie, de falcão \fricano ; lU eihnl.)
h(»mem pobrí, díí ventrn nveniur iro, que
come com vova -i.ladH á « usia alh '.a,
TaG*sik. g . gr. cida4l-'ariuinad i de Nu-
midio, a U. palri.4 '^tV^. .-^gi-íHuUu.
f íff
670
TAI
TAL
TAGTiEKPT, (geogr.) cidadc da Algéria.
TAGEDA. V, Tágueda,
.^, TAGÉs, (myth.) génio etrusco, o maior dos
adivinnos; era um anão, que nasceu um dia
de um torrão, debaixo do arado de um la-
vrador, attribuiím-lhe certas livros prophe-
ticos, talvez os celebres livros etruscos das
cerimonias, e advinhação, chamados libri
rituaks, etc
TÁGico, A, adj. (do Lat. Tagus, o Tejoj
(poet.) do Tejo. — lyra.
TÁGIDE, s. f. (poet.) nympha do Tejo ; (fig.)
dama de Lisboa.
TAGiNK, (geogr.) hoje Lentagio, pequena
cidade do Picenum.
TAGLiACozzo, (geogr.) cidade do reino de
Nápoles, mais de i6 legua^ao O. do Alba;
3,000 habitantes.
lAGLiAMENTO, (geogr.) Tilavemplut, rio
do reino Lombardo-Veneziano, sabe dos Al-
pes Julianos, e desembocca no golplio de
Veneza.
TAGRA, s. f. (do Fr. tacque, ou tacre, dez
coiros juntos) (ant ) quatro pedaços em que
se divide um coiro para cortir. Uma — de
coiros meados. .
TAGRA, s. f. (ant ) medida antiga igual
á casada.
TAGUATiNGA, (geogr.) serra mui alta da
província de (loyáz, no Brazil, limitrophe
da de i^linas-Geraes, onde é mais conheci-
da com o nomo de Tabalinga.
TAGUEDÂ, s. f. herva pulgueira..
TAiiER(Al-Khonzai-ben-hocein-ben-masab)
(híst.) general arabo que serviu o califa
Haroun-al-Raschid. Os seus descenden-
tes, são conhecidos pelo nome de Tahéri-
das.
TAiBA, vem no Seleuco de Camões na pas-
sagem seguinte • « essa trova parece muito
— .» Moraes crê que significa sem sabor ou.
indiscreta. Talvez venha do Lat. tubidus.
taibo ou TÃiBO. V, Tambo e I halamo.
Taimâdo. V. Ataimado, Matreiro.
TAiMBO. V. Tambo ou Tãibo.
TAINHA, s. f. peixe vulgar, alias fatâça
ou tagana.
TAiKO-SAMA, (híst) primciro koubo ou so-
berano secular de Japão. Foi o primeiro que
perseguiu os chrisiãos no Japão.
TAiN ou THiis, (geogr.) cidade de Fran-
ça, cabeça de camarca em frente do Tour-
nou ; 2,400 habitantes.
TAiN, (geogr.) cidade da Escócia, capital
do condado de Ross, 2 léguas e meia ao S.
de Dornoch ; 2,800 habitantes.
TAIPA, s. f. (do Arab. ou Afric. tahia, pa-
rede feita de barro) parede feita de terra ou
barro calcado entre dois taboões, ou tai-
paes. — d* irbe, feita deen^radam^^nto de
ri^a«i cheios os tIui di li«rr« moiie, ffom
que depois se reboca. Taipa — , rftbocada
de barro e cal.
TAIPADO, A, p.p. de taipar; adj. fecha-
do, com parede de taipa.
TAIPAL, s. m [taipa, des.collect. dl) Os
taipaes, são as taboas entre as quaes se cal-
ca o barro com que se fazem paredes do
taipa; entrincheiramentos de taipa.
TAIPAL, adj. dos2g. (do precedente) carii)
— , guarnecido de taipas em torno. Pa'ra-
peitos taipaes.
TAIPAR, V. a. [taipa, ar, des. inf.) cercar
de taipa; fazer paredes de taipa.
TAIPAS, (g^^ogr.) povoação de Portugal,
na província do Minho, que possue caldas
afamadas.
TAiPEiRO, s.m. (des. eira) official que faz
taipa.
TAiREL, vem em Couto, talvez errado por
taurel.
TAiTA. V. Tala.
TATi, (geogr.) uma das ilhas da -iocieda-
de.
TAi-TOOU. (hist ) imperador chim, expul-
sou os Mogões da China, em 13G"3, fun-
dou a dynastia indígena dos Mings.
TAiXA. V. Taxa.
TAixAR. V. Taxar, e Tachar.
TAKiMA, (geogr .J reino da Guiné superior,
tjíbuíario dos Achantis, capital a cidade do
mesmo nome, 40 léguas ao N. de Coumar-
sia.
TAiíROUR, (geogr.) nome que os indege-
nas d'Africa dão á iSigricia central ouSou-
dan.
TAL, adj. dos 2 §. (Lat. talis, queciléltt
deriv. do Egypc. ía/e, oppôr, ajuntar) seíne-
Ihante a outra cousa descripta, apontada,
igual. Este sujeito ó — qual m'o pintaram.
A obra está — qual eu tinha desejado. Eío
taes circumstancias, nunca se viu tal des-
ventura, desordem igunl. — marido — mu-
lher, — pai — filho, — por — , em igual
condição, com mutua correspondência — ,
em tal estado-. — se achou, — ficou. Qite
— ? (phr. ellipt., em qué estado, condiçSo.
Um — sujeito, certo Sujeito. Um homem
— e qual, (loc. íhmil ) homem insignifican-
te. Com — que, (ant.) com tanto que. — ,
(ant.) puro, sem mistura. Agua. vinho —
TALA, s f. (do Lat. ía/us, junta do corpo,
articulação) peça plana e delgada de ma-
deira com que se aperta algum corpo, v.
g. pôr — s ao membro fracturado. — s, (fig )
angustias. Ver-se em, em apertos. — s, li-
nhas com anzoes aboladas.
TALA, s f. acto de talar os campos.
TALABARTR, *. m. (Bluteau o derir. do
Debr. talat, su^prnder. Creio que rem do
Lat. talum. esp.tda, e baltêuí, cinto) talía,
oinlurào, boldrU»
Uh
TAL
C7J
TAkACA, s. m. (l. A^íial), rapudia, libella
de repudio.
TALADO, A, p. p. de lalar; alj. »rr«sa4o,
estragido, destruído. Os bárbaros li nh^oji —
os campos.
TALADO, í. m. (loniiodtiouriíes do ouro).
Ê um arco como o dos cnaleiros.
TALADon, i. m o qu(í Ula.
TALAGA, s. f. (l. Asijl.) uma arvoro da
laJía.
talagíupo, í. m. (l. Asii ) sacerdote da
Ásia.
TALAMBOR, #. 1». (t do serralbeíro. Fecha-
dura de — , fechadura auo aíire de meia voU
ta, sem apparpcer i>oí fura mais qau a abf.T-
tura da clinve.
TALAMRNTo, s •». (míuío suíf ) acçào dc
talar; estr.igo, v. g. — das vinhas, dos
campos.
TÁLAMO. V. Tlialamo.
TAi.AN, s. in. (Fr. ant. talant, vontade)
(ant ) vontade, desejo.
TALANHo, s. m. (t. Asial.) sacriíicio gen-
tilicj entre os povos do Pegú.
TALAmB, s. m. (Fr. ant.. talant, vonta-
de) (anl.) vontade, desejo. O mote do in-
fante D. Henrique era • — de bem fszer.
De — : a seu — , voluntaiiamenle.
TALANTl ou TALANDA, [geogr.] OpOtitC^ c\-
dade da Grécia, sobre o golpho do mesmo
nojue, JU léguas ao SE. de Zeitoun; 5;001i
hat:titant«6.
TALÃO, s m. (Fr. talou] aparte do .sapa-
to que cobre o calcanhar; a p^^rte posterior
do casco da besta. — , (agric.) vara que ae
deixa rente da terra oo podar.
TALAPÃo, s. m. (t Asiat.) sacerdote Sia-
IUW4 ou do Pegú.
lALAK, v.a {doVr. taillev, cortar) talhar,
cortar, destruir, estragar, arruinar, v. g.
— CS campos, asarvures -^ os campos, as
terrns, retalbcl las para asdesalagar. « i uro
íaíawítoas húmidas campinas, » Diniz, cor-
tando.
TALAR, adj. dos % g. (Lât. taiaris, que
desce aló os calcanhares) roupas talares:
TALARKjo, s. m uma peça do íreio dos
cavallos
TALAUES, s. m pi. [Itíd. talaria) asa£i<$
nos pés com >que saíeprpseula o deus .Merr
curió.
TALAsiu^t (mylb,}'Hleut» dq Ilymineu, en-
tre 03 IJoinanos' era, dkom, nmjovnn Ro-
mano notável pelo seu valor, c a quem os
seus compauJueiros, por occasião' do rapto
das Sabinag. reservaram uma <doazella
de rara belleza, este casainealo foi
muilo feliz, fie modo que u'nai em dian-
te dezejava-so aos novos esposos a íeli-
uidade d« Taldúua.
TALAVERA DE LA REYNA, (gOÔ^f^) Elbotia
'íalahxicat cidade de llispanha, sobre o
Tejo, íG léguas ao O. de Toleda; 8 000
habilanU^s. '
TALAVEVKA-LA REAL, (geogr.) D/p;;o cida-
de de Ilispaniin,3 léguas a K. do Badajoz;
2,900 habitantes.
talaZia, s f. [detalha] (ant.) talha on-
de se cciservava o vinho a vender por miú-
do.
TALCA, ou s. AG03TÍNU0, (geogr.) cidade
dj (.Ihili, mais de 4/ léguas ao S, de San-
tiago.
Talco, s. m. (do Arab. ía/c, ou. telk] mi-
neral que se separa em laminas delgadas e
tr^iíií parentes.
talk'Ga, *. /. (Oasl. lalega, do (Ir* //m-
/a/ío>-, saco) saco pequeno, mochila. Uma
— de trigo, são quatro alqueiíes. — de
axeUe, diz o Elucidário que eram dois cân-
taros, medida de Lisboa.
TALEiGADA, s. f (dos. ada) taleiga cheia,
a porção que enche a taleiga. — de azeite,
diz Bluteau que são dois cântaros, medida
de Lisboa.
taleigáo, (geogr.) aideia das ilhas (Goa),
3,053 liabitanles
TA«EiGO, s. m. (V. Taleiga) sacco longo
e estreito que leva dois alqueires.
TALBinÃo. V. Taleiras.
TALEiRAS, s f }l tra vcssinhas quo unem
as fiilcas das carrilas ou reparos daortilha-
tia. — dianteira, — baixa, alta ou de mi-
ra.
TALEPfDANCiA, s. f. De razões, vera nas
obras d'líl-Rei D. Dua.te; talvez erro poi'
abunbancia.
TALENT, (geogr.) cilaie d'Africa, capital
do estado de Sidi-Ilescbam, no paiz doSuz,
qoazi 28 léguas ao SO. de Taroddnt.
TAiENTE. V. Talante.
TALENTO, s. m (Lat íalentum, do Gr.
tahiiilon] peso e moeda f-^rega e rooíana,
que variava de valor em diversos lugares.
O — aliico. — -<. (fig.) habilidade, présti-
mo, engenbo, disposição natural para as
sciencias, as artes Enterrar os — s, não os
cultivar. Grande — , (íig ) homem de gran-
de capacidade.
TALENTOSO, A, Ofij. (do Fr, ía/auí, vonta-
de, de.s. oso) (ant.) desejoso. «Muito — de
ver tal feito acabado. » Lopes, Lhron. de
D. .loão l.
TALHA, s f. (Fr. tailh, de tailler, cortar,
retalhar, que parece vir do Abem. theil, por-
ção, thrilen, curlar, eaa Anglo-Saxão toll}
acção de talhar, retalhar, cortar, entalhar,
gravar. Obra de ---, de relevo. — fina, gra-
vura. — , a porção do metal que se separf
com o buril. — , oper.ieão cirúrgica pari
extrahir a pedra da beiiga. — , no jogo âh
jauca, o ^irar-© b;5pi|;2eiro iodas as carta?
168 •
672
TAL
TAL
<io baralho lançando metade á direita e me-
lado â esquerda. . — , talhos no pau para
marcar a conta, c numero de certas cousas,
V. g. d^í feixes de lenha, de carradas: doze
carradas serão uma — — de fuste, talhos
leitos em vara para marcar a conta, v. g.
de quantias que se hão de cobrar, arreca-
dar. — , tributo, imposto. íiiila : imí)ôr — .
— , soldada, joinal, porção ; preço certo.
TALnA, s /. (provavehrentií de atalhar)
(naut.) corda, cabo. — do leme, corda com
qtio se tem mão uelle em tormenta.
Talhas lhe punham de uma e outra parte
Sem aproveitar de liomeiís força e arte.
Cahõks, 'Lusiad. iv, 73.
TALHA, s. f. (talvez doArab. ía/á, vidrar
vasos de barro, ou do Fr. ant., tay, barro
de oleiro, e oU, Lat. olla, vaso, ou oile,
azeití?) vaso de barro vidralo por dentro de
grande bojo, e bocca estreita e fundo có-
nico para guardar «zf^ite nas adegas.
TALiiAiiA, s. f. (suhst í. (\e talhado) por-
ção longa e estreita cortada de algutu cor-
po. — s de queijo, de melão, melancia.
TALHADEIRA, s. f. (des. eira) instrumen-
to de talhar, cortar, fender; cunha de fer-
ro ou aço com gume,
TALiiADiNHA, s. f. dimiout. dc tdhada.
TALHADO, A, p.p de talhar; ailj. corta
do, retalhado. — a pique, alcoiiilado — ,
que tem certo talhe ou fdição. iwm ou
mal — . — , entalhado, escnljiido. Letra —
— ttd buril, gravado. VeAvn — . Bosques
— de grandes lagns — , (tig j hábil, dispos-
to, rooMado Homem — para ti n emprego
ou p^ra empresa. — , convencionado. Sol-
dada — . Tempo — .
TAiHADOR, s m O quo talha, cortador,
carniceiro; cufolio de ri>rtar carne ; prato
grande, Irinch •
TAi.HADORA, .s' / mulher quG corta a car-
ne.
TALHADURA, s. f. {á(is< v.ra) (p. us.) vez
d*agi3a para regar, entre la vrador»^s vizinhos;
erro por tolkedura.
TALHAFKíO A' w. um íustrumento de la-
vrar de njarcen iro.
TALHAMAR, s. w. (naut.) pcça angular cor-
tantç? de rirad ira que se põ ; na roda da proa
para quebrar a força da agua, ou de aço
p^ira lolhar correntes de íerro que seatra-
essati! em rios e portos para tolher a en-
trada a navion de guerra; obra angular de
pedra nas pontes para quebrar a íorça da
égua.
TALfiAMENTO, s. m. ÍTO«n<o suff) a cçã O de
talhar, cortar ; amputação de membro; ta-
lh/>, irriposto. Pao ar ou dar de — , segundo
á tíilhn dos cabeções.
riimníui ^ dmtg: |d«9 H^^p, t^ Ltt:
em ans, tis) que talha, corta. A — espada.
Proa — , armada de talhamar.
talhante, (ant. e errado. Y.Talante.
TALHÃO, s. m. augment. espaço em hor-
ta entre dois regos, a m-^do de alfobre.
TALHAR. V. a (Fr. tailler, pron. talhei
Uai, tagliare, pron. talhiare, do Aliem.
llieil, porção, e tkeilen, cortar, dividir) cor-
tfir, dar talho, fender ; amputar : — as ore-
lhas, o r«bo. — Mm vestido, corta-lo á fei-
ção do corpo. — uma coma por entra, á
imitação, ptdo molde d'»illa. — , entalhar,
esculpir, gravar: — let as, letreiros. — ,
aquinhoar o que se deve pagar: — solda-
da; — o preço da carne. — liberalmente
as cortezias, baratea-las, não as escassear.
— , cortar a carne no açougue. — em dez-
pezas, cortar, arbitrar.
TALHARIM, s. IH. (do Itfll.) massa d<» fari-
nha eui pedacinhos de varias feições quese
coze era i*aldo.
TA!, HE, s. m. (Fr. taille, pion. talhe) a
estatura, feição do corpo; a feição do vesti-
do.
Talher, s. m. ppça da mesa com repar-
timenlos para galhetas, saleiros, pimentei-
r<)s, etc, as peças do talher; e híje mais
us., a faca, g.trfo e colher década pessoa á
mesa ,
TALHO, s. m. (de talhar, cortar) golpe
com o lio ou gume defeca, cutello ou ou-
tro iiislrumeiíli) cortante ; (tig jcepoem que
o cortador corta no açougue. — de arvo-
res, decole ou corte cl'eilas. — de mato,
porção que se compra para fazer lenha ; ta-
b'deiros dobrnj » oude arroz^e^ cortad spor
valias. — de sal, nas marinhas sà(t cortes
em tabolciros onde se deposita o sal da agua
do mar por evaporação — . talhadura, vez
d'Rgua p^ira regar. Trabalhar as minas a
— aberto, sem fazer poços, rompendo me-
ramente a terra ou rocha. — do peixe, as
bancas ou barracas em que as regateiras ven-
dem o peixe, e o ccrtani em postas — de
letra, forma, feição. Ter bom — de letra.
Dar — em alij;uroa contestação, duvila, em-
baraço, matéria, (lig.) resolver, decidir, to-
mar partido decisivo. Entrar alguém — de
fazer alguma cousa, (ani.) cheg«r-lheasua
vez, o seu turno Tomar — de vida, mo-
do. Cair a — de fouce, (loc. famil.) a gei-
to, de modo a poder facilmente aproveitar-
se. — do corpo, talhe, feição.
tali. V. Tulim.
TALIÃO, s m. (Lat. talio, onis, de /a/if,
tal, igual] oulro tanto. Lei pena de Talião,
castigo que consiste e.n fazer soíTrer ao de-
liu juente o que elle faz soíTrer á viclima.
TALfCHAH, (geogr.) khanatda llussiame-
ridi'<n8l, ao 0. domsrCaspio; cidade prio-
iciptl^ Atftarth.^
TAL
TA3I
67»'
TALinjs, (hist.) povo persa, que habita o
Ijizanderan, e o (ihihn. i
TALiGA. V. Talngv, e leiga.
TAi.iM, s. m. (do Lai. telurn, espada] cor- i
Dia a tiracollo d*onJH ponde a espsda.
TALiNGADO A, p. p. de lalingar ; aJj.&l&-
ó?, lia lo. IL-írpéns — s.
TALiNG*R, V. a. (naiit.) alar, liar: — a
aoiarra nn arg 'l-i da ancora ; — harpéos
eíii cadeias de ferro.
Talistoso, a, adj V. Talentoso.
TALioNAR, V. a {talião, ardes inf ) pii-
ric C' ra pena de talià», com castigo igual
8P crime.
TAi-ioNATO, s m. casligo, vindicta de la-
Ifo, pena igual ao crime.
TAi.iscA, s. f. (do tal. fa/ea) fenda, gre-
\\, rí*(ha: — dos rochedos, das pedreiras.
tali-sm^n, t. m. (em Arab. teleimân, que
alguns derivara sem razão dodrego O ter-
11), assim como a cousa que elle exprime,
tia a sua origem doorienie, e nào da ire-
(i.\. Creio que é voz Persi«a, que como diz
1 1 iteau, significa consielluçãoaherlaao bn-
fi'. Em Persiano e era Arab. ala, alou, si-
(Difíca elevar, alto. e saman. ceii, Thlvez
>3iha do í-.gypcio tale, impôr, e sixtm ou
s-ichem^ agouro) peça de Uielal com varias
fgiiras symb liças, fundida d baixo do as-
j e ;to dtí aslros «^u conslell ções i\ que se
• tlribuiam vinudes (xlraordinarias, v. g.
I O ler sobre os espiritos celestes, a virtude
ce prescivar de perigcs ; as mesmas figuras
§ r< vadas em pedra ou traçadas em outras
s 1 )stancias.
rALLAHASSFf , (geogr.) cidade dos Estados-
Inidcs, capital da Florida; 4,500 bab lan-
t5S.
TALLAR. V a. Y. Talar.
TALLAHí), (gengr ) cidadn dos Alpes Supe-
1 io es, 2 léguas e meia ao S. de Gap ; ,000
1 ai itantes.
'íALLKYRAND-PFRiGORD (Heliede), carde-
rl, nasceu em lóOl, morreu em 13 '4. to-
no 1 grande parte na nomeação de quatro
) 3| as : Benedicto XII, ClemeiUe Vi, liino-
f^Djio VI, e Urbano V. loi contemperaneo
( a Digo de Petrarcha.
lALLEYKAND (licuriquo áf\ (bist ) conde
'Je Ch.lain, nasceu em I5i 9, foi fiivoíilode
luií Xl!l, c amante da duqueza deClicva-
f?ne, era dotado de grande valor. Tendo
( otiado n'uma Cdiispiração contra Uichelicu,
UiOi reu II.) cadafalso em 1 '.!(>, accusado
peli carde il de se ter conspirado coulra o
^jro,)rio rt-i.
1 àLi.LYR.AND-PEBiGORD [Carlos Mauicio
de), (hisl ) príncipe de Perievent, diplomá-
tico franiMZ, na.vc»'!! em 7r»^, uior.eu * tw
iN.íS. em curo e foi destinado hn esl do
^)OcI jftitflico Ka idade de íiO aunus foi uu*
meado bispo d'Autun, adoptou os princí-
pios da re.ol.ição, li/ou-se cora Mirabesu,
celebrou missa no Cimpo deMarU* sobre o
all«r (la pátria, a 14 de julho da 17J'), ad-
miltiu a nova constiiu rào do cbiro, sagrou
os bispos /jura ncntoJos, oque deu caus^ a
ser exjouírnirigaio pelo papa. i).'Sem,nenhoa
muitas missões dipljma'.icas importantes, foi
nomeado ministro 'los nej^tcios estrang-dros
no tempo, do Dereclorio l7'.K), efui-lhe tira-
da a p.ista por desapprovara guerra com His-
panhH, «>u aulHS por preferira allianç.nngle-
zi. iamb»iii f i nomeado ministro dos lego-
cios I sira!)g"iros pnr Luiz XV. il, assistiu ao
congresso de Vienna ; assignou o trácia do
de Quadrupla «lança Deixou 3Iemoriaí.
TALLiEN , (hist ) celebre revolucionário
francez nasceu em :7ô'.<, morreu em .820.
Issiguaiou-se pela sua violência coutra Luiz
XV i ti contra os Girundinos. Sustentou Ma-
rat e Itobespierre.
Talma , (hist)' celebre trágico francez,
nasc< u era 170J, morreu era IhiiO, Wapo-
leào estimava-o muito e admiltia-o á sua
intimidade.
Talviont, (geogr ) cidade de França, 3
h>guas a E. de Sabl'"S ; 3,087 habitantes.
taLmud, s, m. (liebr. talmnd, do verbo
lamad, »nsinar) livro q-ie í'íinl"m aleiord,
a tr«diçno jiidaica Existem varias collecções
tnliiiudislicas.
talmuuista. 5, m. (dfs. islã) judeu que
segue as doulrihas doTalmud.
TAi.MLDi-Tico, A, adj. concernente, que
res},eita ao Tdimud.
talo, s m. ('lo Lat. talea) a parte mais
rija das folhas das pl-tnlas, v. g. — decou-
Vri ; — da pahíieira, o miollo, ou palmi-
to.
TALON, s. m (arch ) um dos membros dos
capitéis, prumo ou peton.
TAi.PARiA, s, f. (Lat. lalpa, toupeira) tu-
mor duro que .^e forma no pericr.Nneo.
TALTUYmuí!, (hist ) arauto d' gamemnon
no cttco de Tróia. O. S"us desi^eudentes ti-
veram por muito tempo o privilegio de for-
necerem arautos a Sparla.
TALun, s. m (Fr. talus) inclinação (juo
se dá á superfície exterior do terreno ou do
muro.
T*LL'[)0, A, adj (talo. des w/o) que lan-
çou e tem talo iijo Moço taludo , cresci-
do.
TALVEZ, adv. [tal e vez] algumas vezes;
por ventura.
^ TALY V. Tolim.
TaM. V. Tão.
taM-a-la vez, adv. (ant.) algum tanto,
poUcachinho ; raras \eies.
Tamak, igeogr ) dba fia Rússia europea,
tíUl(«* o ui«r ^eg^u a o mar U'axoVí
i
674
TAMI
TiMí
TAMANCAS, S. f. pi. TAMANCOS, *. m. pi.
calçado rústico que em vez de sola tem um»
peça alta de cortiça ou de pau, para andar
pela lama,
TAMANDUÁ, s. m. (t. Brasíl ) animal qua-
drúpede que tem a liugua mui longa «vive
de formigas.
TAMANDUÁ, (geogr.) villa na província de
Minas-Geraes, no Brszil, na nova comarca
do Hio-Cirande, cercada de vários ribeiros
que dão origem ao rio Lambori, 20 léguas
ao S. da villa de Pintagui
TAMxVNnÃo, adj. m. augment. jocoso de
tamanho.
TAMANHO, A, adj. (de tão, e manho por
magno) tão grande.
TAHAisno, s. m. (do precedente) grande-
za, altura.
TAMANiNO, A, adj. dimiuut. áe tamanho,
pequenino. Ficar — de alguma coum, mui-
to intimidado, com grande pavor.
lAMARA, s. f. (do Arab. íamar) fructo de
uma espécie de palmeira. Ucas [erracs — *,
TAMAREIRA, s. f. a palmeira que dá as
tâmaras.
TAMAREZ, adj. dos2g. [áes. ez] Uva — ,'
cor de tâmara.
tamargàl, s. m, campo de tamarguei-
ras.
TAMARGUEiRA, s. f. (i at, tamarix] nome
do um arbusto.
tamarindos, s. íh. pi. (do Arab tamar
hendi que significa tâmaras ou fructo da
índia] arvore que dá vagem parda com ca-
roços polposos agridocfs, que se comem, e
usados na medicina. Polpa de — .
tamariniieiro, s. m (des. tiro) e
tamarínho, 5. m. a arvore que dá os ta-
marindos
TAMARis, s, m. V. Tamargneva.
tamaulipas, ou tamaulipan, (geogr.) cha-
mftdo lambem Nova Sanlander, cstsdo da
Conftdoração Mexicana, entre os de S. Luiz de
WiQú. de Pova irão, de Cobahiscla; H(),0tj0
habiianíps. (apitol Aguayo
TamDíca, s. f. e
TanD'.oue, s m. (do Chin tombac ou tom-
bagá) cobre mui fino da índia.
Tambaliive, (gttogr.) prazo da coroa potlu-
gueza, no distrícío do Quilim^ne.
TAMBAÇA, (geogr.) prnso da coroa j>0f1u-
gupzn, no distríclo de Si?nna.
tambarane, s. m. (t. da Ásia) pedra da
forma de um ovo que certos sacer^oteis da
Asiâ trazem ao pescoço como idolo.
tambeira, s. f. (t da Beira, de ta , fiofiof
thálamo) madrinha da noiva que á c<ffttó\iz
á tama. '^ '^'-'^
TAMBi:», adv [iam, doLat. cííatH, 'ígiíHl'-'
mente, « htm] junlamefilo com, do mií«»H)o
põâò, tntíto ura comp o Ottlro ; tgiudraen.
te bom. Nesta segunda accepção tão bem é
melhor orth.
tambo, 5. m. (corrupto de tkalamo.) (tnt )
thalamo, leito nupcial; solemnidado, fcstns
de voda ; banquinha baixa em que comein
os frades no refeitório por castigo.
tamboeira , s. f. (t. Brasil ) a mandiof^a
pequena e mal grada ; a cana que crescpu
mal
tambor, s. m. (do Pers. tamhur.)cy\i',\-
dro, ou cano de madeira ou metal que tcín
nas bocas um coiro pello tensa de carneir>%
que ferido com banquetas dá som ou toqui'S
que dirigem a marcha e evoluções milita-
res. — ,0 homem que toca o tambor, -i -
mór, o chefe do» tambores do regimenlí.
— do relógio, cylmdro aberto por uma ca-
beça onde está mettida a mola real. -- ,
cjlindro de ferro usado em engenhos de as-
sucar, e em outras machinas.
tamborete, s. m. (Fr. tabouret.) eait-i*
ra sem braços o sem <!.spald«r. — , (naut.)
peçi-ís do taboa que fechara o mastro nas
cobertas de cima. i
tamboril, *. m. diminuí de tambor, pe*'
queno tambor, que se toca por festa nas
aldeias. — , nome de um peixe.
tajíborileira, *. f. mulher que t'>ca t»!0-
bonl. *
tamboríleiro , s. m. homem quo toca-
ta mbor
TAMB0R1LETB , s. m. diminut. de ta»o-
boril.
T/»mbor!M. V Tamboril.
TAMBOV, (geogr.) cidade da Rússia efiro-
pea, capital do geVerno deTambov, lâ7lé •
guas ao SK. de Moscou ; t2,(M>0 habita n*
les. O g()V(;rnodtí Tarabové situado na li 115-
t^irl europe*} , entre os do Vladimir , de
INignei--5PVogorod , de Penzo, de Saratfv ;
1,470,600 habitantes.
TÂMEGA, (geogr.) rio de Portugal, que n^s-
ce na lifilliza, na serra de S. Mamede, f.er-
to de Síprboy, corro para o S. e enlra da*-
hi a 9 léguas cm Portugal, no dislricto de
Bragança, onde rega o fértil e delicioso vát-
le de Chaves.
TOiEiRA V. Tambeira.
tamf:n!)uA, V. Tamanduá.
TAMF.RLAN, (hisl ) cujo verdadêiro nomo
Timour- Leng OM Timovt-Beyg, celebre cofí-
quislador liílogol. nasceu em 1 180 em K^'<fc.
Swccedcu em 131)0 a seu tio Seitf-Eddytt'.
VoTfcu era O.rar quando á Irente de 100, (KK)
Itomens marchou contra a iWún^ ; foram ita-
íinitas as conquistas de Tainerlào.
^' Tahíça, s. f. (doLat sta)nen.(\r.ste**ia^
esfra!|tai\ pa^t^» filamentosa do talo das p!au-
tas ) cordel delgado de esparto.
' TAMiGKiKo, s tn. (doi cin) .] o que faz e
tcndé tamiças.
ú obúi.''
\-
TAIf
TAl*
675
TAMiNi, *• f. (t. Hrnsil.) vaso que serys
de modir a pitança de farinha que se dis-
Iribue aos negros escravos ; a ração de fa-
rinha diária.
TAMIS , *. m. (Fr. tamis, do Gr. stxein,
agitar.) peneira do soda dplgada, tapada
por cima e por baixo com tampos de coiro,
4iara d«iiar passar n pó fino por baixo, sem
o deixar voar ; um tecido de lã
TAMISA, (geogr.) Tawísií dos antigos, Tha-
tnes em inglf^z, rio d'lnglatfirra, é forma-
do pela reunião de muitos rios pequenos,
^ae no mar do florte.
TamO, s. m. V. Jhalamo.
TAMOEiao, s. m. (de lemào, des. eiró.)
peça de coiro cru ou de madeira, que pren-
de na canga ou canzis, ou qtie prendo o
jugo ao temão do carro ou arado ; a peça
de páu que vai como tirante eatre cada
junta de bois, ou que vai da junta ao ca-
beçalho.
TAWouL, (geogr.) iribu da famillia mala-
bar, habita o Kamate, e falia um idioma
particular, cujo alphabeto serve algumas
vezes para escrever o sanscrito.
TAMPA, s. f. (de tapar.) peça com que se
tapa ou cobre vaso : — da caixa , da pa-
nella
TAMPÃO, s. m. angment. de tampa, tam-
pa grande.
TAMPÀozmHO , í. m. diminut. do tam-
pão.
TAMPELO, obsol. O barbaro. V. lempU-
rio.
TAMPicO, (geogr.) chamada tnmbem Iam-
pica-de-Tamaulipas ou Pu bio A^un-o, ci-
dade do México, 100 léguas ao N. de Vera
Ouz.
TAMPÔR, s m. (t. Asiat.) licor espirituo-
so de Borneo.
TAHPOS , s. m. peça chata ou acha-
tada de madeira que forma a superfície su-
perior e inferior de vaso ou instrumentos,
V. g — da rabeca, rabecão, viola, da pipa.
TAMSÓMENTE, adv. uoicamente.
TAMCGE , s f. nome de uma planta que
se dá em terras estéreis.
TAMUNGO, s. m. (t. Asial.) paírSo da ri-
beira, em Jtíalaca.
TAM\vo«iTn, (geogr.) cidade d'ínglalerra, 4
léguas ao Si:, úcheíiell ; 7,200 habitantes.
TA^^iA, (geogr.) rio da Noru*»ga, separa o
Finmark da Laponia russa, e laoça-se no
Oceano Glacial Árctico.
TANADAR , s. m. (t. Asiat.) official que
arrecada as rondas dos gancares.
TANADARiA, s f. (t. /-sial.) O oíTicio do ta-
nadar ; districlo sujeito ao (an;dar.
TASADO, A, adj. V. Castanho.
TAHAGKo, (geogr,) «idlflde da Beócia, ao
TANAIS,
Don.
(geogr.) rio da Sarmacia, hoje o
s. f. (t. Brasil.) formiga dô
TANAJURA
azas.
TAKAQUIL, (geogr.) mulher da cidade de
Tarquinias, hábil na arte dos agouros, ca-
sou com Tarquinio-o-Antigo, induziu seu
I esposo a deixar a Etruria para se e?tabel«-
ceremRoraa, promettendo-Ihe que reinaria
nesta cidade, o que com eíTeito teve líJgar
depois da morte d*Anco Mareio.
TANARiVE, (geogr.) cidade da ilha de Ma-
dagáscar, capital do reino dos Ocas ; 50,000
habitantes.
TATfARO, (geogr.) rio dos Estados Sardos,
sáe dos Apeninos, o lança-s« no Pó.
TAiSAZ. V. lenaz.
TANCARViLLE. (geogr ) villa de França, 7
léguas a E. dollavre ; 500 habitante».
TANCHA, s. f. instrumento de pescar.
TANCHAGFM , í. f. {L&i. plantugo, inis.)
herva medicinal.
tanchão, s. m. (de tanchar.) estaca de
arvore que se planta ; estaca, esteio com
que se esteiam as parreiras.
TANCHAR, «. o. (do Fr. tencer, ou tan-
cier, defender, proteger, formado de t«nir,
soster, e scion, estaca.) cravar em terra es-
taca, tanchão, dispor, plantar estacas.
TANCHOAL , s. til. [ai des. collect ) plan-
I tacão de tancbões ou tanchoeiras.
TANCnoEiRA, s. f. ostaca de arvore limpa
de rama, para se plantar , v. g. de olivei-
ra.
TANCOS, (geogr.) vilia de Portugal, O lé-
guas ao iNE. de Santarém ; 700 habitantes.
TANCHEDO, (hist.) pi'incipe siciliano, cele-
bre nas êruzadas, nelo deiioberto de Guis-
card. Acompanhou a primeira cruzada em
I09t), bateu os Gregos na passagem do Vai*-
clari, concorreu para a tomada de Tarso;
as3Ígnal:-u-se no cerco de Jerusalém, e foi
o que primeiro postou o seu estandarte nos
muros d'csta cidade; futidou o prittcipíldo
de Galilea na teberiade. .NÍõrreuem Anlicliià
em ílU'.
TANCREDO, (bist ) coudò de Lecce. Por
morto de Guilherme H fez cora que os Si-
cilianos o proclamas^^erri foi erti Vl89. mas
fci atacado por Henrique Vi. Depois de vá-
rios successos morreu em 1194.
TANOAn, (geogr) cidade da índia ingleza,
8 le^Mjas a NO. do .VIoutí iu dabaT).
tandjaour, (geogr.) cidade da índia iu-
gloza, 90 léguas a SU. de Madras ; ;í0,U00 ha-
bitantes.
TANFANA, (m)'th.) dccsa gormanica, tinha
entre os Marsos um celebre templo, cujos
sacerdotes pre<liziam o futuro.
TANGA, s. f. mopda Asiática de diversos
Yalbreí. — « dè çúniOt na Asiáj shò btíBáos
676
TAN
TA»
encabeçados nas terr-as qufi sobejam das vár-
zeas e arrematados, ou palriian'S repa; tidos
do mesmo modo. — , r;a Ásia e no Brasil,
pedaço de paro com que os escravos cobrem
as parles pud ndas, qtie enrolada na cintu-
ra, pendi como uma fcalda.
Tangado, a, p. p. de tangar; adj enca-
cbado. cingido com tanga.
TANGALANF., fgeogr.) praso da coroa portu-
gueza, no distíicio dtj Quilimane.
TANGANn\o ou TANr.i,»viÃo, S- m. 0 que
ven<le e traia em escríivana , oqueentViía
as mercadorias para as reputar melhor. V.
Tangomão.
TA^GAMIE^RO, A, adj. (t. usado no com-
mercio de escravos na costa de Africa. Ne-
gra — , que tem os peitos caidos^
TANGAK, V. a. {lanya, ar dfs. inf.) en-
cachar, cingir com tanga.
JANGARA, s. f. nou-e de uma avcbrasi-
lica.
TANGEDOR , s. m. O qiie tange, ou tora.
tO''ador de ifisirumpntws mubicos. — das
bestas , o que as tange p&ra as excitar a
andar.
tangefolles, s. m. o homem que tan-
ge OS folies de ferreiro ; (iig.) fallador de
devaneios.
TAGENCUL, aój. dos 2 ^í. (geom.)dH tan-
gente. Força — , que se exerce na direcção
da tan-zente.
tangentf, s. f. ou adj. f (Lat. tarujens,
ítf, p. a. de tango, ere, tocar ) linha per
pendicular á extremidade d^ raiodocircu
lo, que toca na sua peripberia sem a cor-
tar.
tangeis TE, adj. dos 2 g. (ar»t.) V. To-
ca Mie.
Tanger, tj. a. (Lat. ía^gro, cre. tocar.) lo-
car, V g. — instrumentos músicos, trom-
betas, sinos. — bestas, toca-las p-íra as fa-
zer andar. — , (Iig e a^t.) tocar, pertencer,
diíer respeito.
tangkRj (geogr) cidade e porto tío impé-
rio de Marrocos, sobre uma altura, 41) lé-
guas a S. de tez ; U.l (K) habitantes
Tangeres, s. m. tocatas, soadas de ins-
trumentos músicos.
Tangkkmunde, ígeogr.) cidade da Trussia
2 l''gii8s emeiíaSK. deSiendal ; H.Oíí ha-
bitantes.
Tangido, a. p. p de tanger ; a(//. tocado,
A som (1«; sino — .
tangimento, s. m. [mento suíT ) (p. us.)
contacto, ac*o de tocar.
Tangiveí , adj. dos 2 g. [Lai. langibílis.)
que se pode tí.car, palpar.
Tangomào, s m. iioirj' m que vai ao ser-
tão comprar, ou nsga lar escravos Bento
Pe"eira diz que c fuguivo da poria.
TAaitioui, (geo^r ) ílo^ai, em uhiuez, an-
tiga região da China, compreen-lia a pro-
víncia á>' Kan son, a S ). da Mongólia, o paiz
de Khíiukhounoor, e tinha por capital Só-
tcbeou.
TANGUEiRO, s. wi (de tanga, des eira.)
tanga, esuecie de avental. — , a''j pano — ,
tanga.
tangul, s m. cobre de Berbéria.
TANGuiiAGUA. (geogr ) rio peruviano tido
por muitos geogra}dios pel.) verdadeiro fon-
.anal do maior dos rios do mondo.
TANfio, s. m. assento baixo feito de tá-
bua.
taNis, (geogr ) h^je Samnah ou San ci-
dad ^ moit» antiga do Kgyplo Inferior, no
pequiMií» di lia ao N , deu o seu nome ao
ramo Tanitito do Nilo.
tanjasno, s. m. ave que tem antipalhia
com os burros
ta?íjefolles. V. langefulles.
Tanjudo. V. Tangido.
ta^lay, (gooKr ) villa de França 2 léguas
e meia a E. de Tonerre ; 65 > habitantes.
tanna, (g<'ogr.) ilha da Polinésia, uma
das inovas íiebridas.
taNNay, (geogr ) cidade de França, B lé-
guas e meia aSE deUamecy ; 1,3'Jtí habi-
tantes
t»nneberg, (geogr ) villa da Prússia, no
circulo de íOtsdam, p rio deTeltow.
TANÔA, s f. (V. Tonel) a f.^tbrica de pi-
pas , e lonés para vinho, azeiíe , agua.
ta!NOar!a, e tanoeiria, s. /. (dtS ia.)
bairro de tanoeiros.
tanoeiro, s. m. [tanôa, des. ciro.) o que
faz pipas, barris, toneis
TANQUB, .<f. m. (Fr. éiang, do Lat. sta-
gnum. li' termo Asiático e Sanscrito lank]
re>f'rvatoíio feito de pedra paa agua des-
tinada a regar; r servatorio feito de ma-
deira para conservar a agua nos navios:
— de azeite — , nos eng''nhos de assucar,
reservatório para o melaço
tanquía , s. f. medicamento depilatoio
feito de ouro piííienta e c;il.
tântalo, (uyth.) rei deSipylo na Phry-
gia, íiiho deTruíile, foi pai de Bronteo, t'e-
í^pseiNiobé. To'nou-s(Midioso aJujiiternão
só pf^lo rap'o de Ganymedes, como peia au-
dácia de roubar o n-ciar o a ambnísia, que
deu a prova» a(.s morlaes ; e íinalm»'nte pela
horrível experiência , que ous »u fazer da
scienc.ia d-tsdeases, servindo-lhes os mem-
bros de seu íi. lio IVhtps curtido em pedaços.
Foi coudemnado por Júpiter a ser n'>s in-
fernos constanie vi-Uima de uma s'de e fo-
rno devoradora, lendo ao pé <le si um rio
d'agna e toda a sorie de fructos sem lhes
poder loiar.
Ta>tkar. V. Tentear.
Tantiio, a« adj. e ». m. (Lat. tantillus.)
tAÍ
TAP
677
pequenino, pequeno. Um — , tonue por-
ção.
TaNTO, a, adj. (í.at. tantus. Tnlvez do
Ygypcio tavso, mulMplicar, ou tfuthôn, com-
parar , eqinpar«rj lã') grande numero ou
quantidade — dinheiro ; — genle ; — gndo;
— caminho Era — o trabalho que custava
vence-lo. Era — a [ircssa que tudo se fazia
confusamrnle. — , substantivado, ião grande
ou igual quantidade. — por — , um — .cer-
ta quíinlia. Duis, tres—s, porções, quanti-
dades iguaes. Outro — , igual | orção. Com-
prei jor — , por tal prfço. Fex- lhe outro
— , subentendendo damno, mal. — .tantas
vezes, ou por !anlo tempo. Ajua molle era
pedra dura — dá até que tura, adagio. — fez,
tantas cousas. — , adv. iguahi.ente, em igual
quantidade, da mesma maneira. — um co-
mo o outro. — os nossos como os inimigos
foram victimas do contagio. Sentimos — a
perda do amigo. Em — , em tào grande
quantidade, em tanto modo, a tal ponto.
« E vós cujo valor em — excede. » Km tan-
to que. — , (p. us.) tão : «.... em cotíHIcios
— extraordinariíis » Mousinho. « Rela rr pa-
gos— fulminantes. » Can õe». — é verdade,
é verdade a tal ponto, ou em tal grau. — qve,
logo que Com — que, com tal condição que.
TANTON ou TAiSTAH , (^cogr.) cidadc do
Baixo-Egypto ; 9 léguas a N. de Menouf.
TÃO , adv. con,paratif:o (do 1 at, tam.)
tanto, em Ião grande ou em tal grau, quan-
tidade. Era — alto, — forte, — tão valente.
Foi - afortunado que não teve inimigos.
Era — bem feito, parecido.
TAO, (hist,) ura dos nomes do Ser supre-
mo entre oCbinfis: é a lei suprema consi-
derada ccmo regendo a natureza, a lei, há-
"se o nome deTao-Tsée aumaseila funda-
da no VI século antes de Jesu-Chiisto, por
Lao-Tséu.
TACQUES , (geogr.) povo da Arménia ao
NO., tentou oppôr-se á passagem dos Dez
mil.
TAORMiifA, (geogr ) cidade da Sicilia, so-
bre o Mediterrâneo ; il2 légua a SO. de Mes-
sina.
TAOVKBAH, (geogr.) cirade murada da
Barbaria, 7 léguas e meia a SO. de Tolo-
meta.
TAPA, *. / (de tapar.) a primeira das qua-
tro partes, de que consta o casco das bes-
tas; na artilharia, a peça com que se tapa
a boca do canhão cu pedreiro.
lapa, Moraes diz que sigi;illca bofetada
e que é n asculinoou tcminino, tim oui/ma
tapa, e rjunta que daqui vem tapa boca,
Io/a olho. h ao dá autoridade, ^e o termo
existe em autor clássico, vem do Fr. tape,
e taper.
TAPACORA, (geogr.) serra da província do
VQI.. nr.
Pio-de-Janciro, ro districtn da villa d'Ita-
borahi, perto dos ribeiros a'Aldeia e Iguá.
TAPADA, s. f. (subst. da des. í.áe topa-
do.) c^rca de arvore e mata onde se cria
ca<;a.
TAPADO, A, p. p. de lap.ir ; at/J. coberto
com lampa, Ispadctr. rolha, etc. Pano — ,
de tecido bem cerrado, não ralo. Mulher
— , (»í\l ) embuçada em capa. — , (ant.)
impervia ao coito.
TAPADou, s. m. e TAPADOURA, í. f peça
de tapar, tampa ; testo do panella.
TAPADouRO, s m. peça do coche que es-
tá naponia do eixo e sáe fora da roda.
TApADLRA, s f. acção de tapar; valla-
do, tájiigo, sebe, muro, cerca de quinta.
TAPA-KMBORNAEs, s m. (uf^ut ) p- ças de
coiro que tapam fs embornaes por fora, pa-
ra nho entrarem por elles as ondas.
tapagem, s f. tápigo, tapume, cerca de
quinia, hnii.q, fazenda, cerca 'e defensão
m litar ; a que se faz com varinhas nos rios
[)ara apanhar o peixe.
TAP/ JÓs, 'geogr J grande rio da província
da Pará, no Brazil, aílluente do das Ama-
zonas.
TAPAMENTO, s. wi. [mento suíT.) (p. us.)
tápigo, lapurrie, cerca de sebe. Parede de
— , a que separa os quartos de uma casa.
lijolo de — , próprio para construir essas
paredes.
TAPAK, V. a. (do Arab. táhhacca, tapar,
cobrir.) cobrir com tampa, tapadoura, ou
lolha ; cercar crm sebe, taipa, muro ou pa-
rede ; cobrir, tolher a entrada, v: g. — os
olhes, cobri-lus para não ver os objectos ;
(fig.) desatlcnder.. v. g. — ao [>erigo. — os
cutidcs, para não ouvir. — a fenda, o bu-
fão., cerrar, entupir. — a boca a alguém,
(fig.) fazer calar, intimidando, ou corrom-
pendo com peitas.
TAPEÇARIA, s. f. (do Veis. tapça : Gr, e
Lat. ífl/es) pannos da armação das paredes
de casas, e de cobrir os sobrados ; colga-
duras, tapetes: (fig.) a relva e flores que
cobrem o prado
TAPECEiBO, s. m. o quB faz ou estende
tapeies, pannos de Arras; o que os ven-
de.
TAPECERiA. V. Tapeçaria.
TAPERA, s. f. (t. brasil.) quinta ou fazen-
da que depois de cultivada foi abandonada
e se et brio de maio.
íapes, (geogr ) grande serrada p ovincía
de Sào-l*edro-do-ltio-Grande, no trazil.
tapítar. V. Tcpizar, mais usado.
lAptiF, *. m. (00 ters. taph ou tapça,
d'cTide vem o Lai. ío/<:.«, lin, eour. akalí-
fa) fcli atila de cobrir o solho, o sobrado da
cȒ8, escada, bfcncos, ele.
tapuias ou TALEBoiLES, (geogf.J DCque-
t7a
\
«7«
TAQ
TAR
nas ilhas do mar Jqaio, entre a Achaia e
J-eucade, assim chamados de Taphio e Te-
íebeas, que nellas reinaram.
TAPHíios, (geogr.) cidade do Chersoneso
Taurico hoje Perokop.
TAriGO, s. m. (V. Tapume) sebe de mato
trava do^ tapume. — das boccas das mas,
Iranqireira, estacada para tolher o passo ao
inimigo. Tapigoyfin no Elucidário, que in-
terpreta : tomadia das terras dos concelhos
e cila 1 passagpm seguinte: «juizes para
tomarem conhecimento dos estimos e — s. »
pião vejo nesta citação o menor fundamen-
to sobre que se possa estribar a accepção
i't tomadia
TAPIOCA, s. f. (t. Brasil.) bolo feito da fa-
rinha de mandioca meio secca cozido no for-
no.
TAPiRAPOAN, (geogp.) serra da província
de Mato-Grosso, no Brazil e ramo da cor-
dilheira dos Taricis.
TAPíRUVA, (geogr. serra da provincia de
Santa-Cathariua, no fírazil, na extremidade
fepteteutrionalda lagoa appelidada Laguna.
TAPiz, s. m.{áoVen. tapça, tap ou. taph,
alcatifa (ant ) colgadura, tapeçaria, tajpeie:
— das paredes, dos estrados, bancas. Ima-
gens tecidas nos tapizes.
TAPiZADO, A, p. p. de tapizar ; adj. co-
berto, ornado de tapizes. A floresta de ver-
de— , de relva.
TAPIZAR, V a. (íapiz, ar des. inf.) cobrir,
í)fnar de tapizes : — o pavimento, sobrado,
estiado, paredes, escadas. — , (íig.) a pri-
mavera-tójoúa os prados. A relva tapiza o
prado.
TAPONA, s. f. [áoVr. taper, dar pancada)
(famil ) p?neada, golpe forte que contun-
TAPROBANA, (geogr.) antigo nome da ilha
de <^t»y!ão.
TAi>T/, (geogr.) Goaris, rix) da índia, nas-
ce nos montes do Gaudanoua, lança-se no
njai" das índias, no golpho de Cambaya.
TAPULiio, * í». peça com que se tapa,
rolha, etc.
TAPUME, s. m. (de tapar) tapigo, sthe,
Viailado ãã quinta, ou pícdio rústico.
TAPiiYAS, (geogr.) nação d'indios, tronco
de numerosas tribus derramadas por varias
provincias do Brazil, principalmente pelas
Aq ^iaranhão e do Ceará.
'TAPUY15, (g»'0{,'r.) serra G'-nsideravel da pro-
vincia de Ceará, no Brazil, arredada domar
no districto da villa do Sobral.
taQUaíia» *. /. (l. Crasil.) canna ,gr«jssa
do IJ.ríusil, latKíca. — jaçú, alta, de muitas
yaras., grossii e solida, corn, cujo cuco osin-
^,igG>nas guisam comer.
TAQUARA ou antCS TAQUARAL,,*'. >». (t Dr«-
TAQUARAL, (googr.) scrra da provincia de
Matto-Grosso, no Brazil, districto da ci4a-
de de Cuiabá.
TAQUARATiNGA, (geogr.) sorra da provin-
cia de Pernambuco, no Brazil, districto dp
Limoeiro.
TAQUARí, (geogr.) rio da provincia de Ma-
to Grosso, no Brazil, que serve para a nave-
garão entre a cidade de Cuiabá e a de São -
Fauio.
TaQUIgraphia "V. Tachygraphia, etc.
TAR, (geogr.) rio dos Eslados-Unidos, nas-
ce ao Nu. d'Onford, e lança-se com o no-
me de Pambico na bahia dePambioo.
TARA, s. f (do Arab. tahara, abatimento,
desconto) (t. de alfandegas) abatimento que
se dá por estimativa ao peso de algum gé-
nero, em razão da caixa, saco ou de outra
capa cm que vai metido, f). g a — das
caixas de açúcar, das sacas de café. — , fa-
lha, V g. — da moeda safada ; (fig.) as — í
da natureza humana.
TAnA, (geogr.) cidade da Rússia asiática,
a meia légua do Irtyche; 6,000 habitantes.
TARABELHO, s. í». (diui. do Lat. trãbs, tra-
ve) peça de madeira que tem a cabeça em-
bebida na corda da serra, e serve de a ar-
rochar e apertar.
TAKACí^NA ou TAREGESA, S. f [áô Arab.
darsenaoutarçana, dar, casa, esena, obra)
T. Tercena.
TARADO, A, p. p. de tarar; adj. pesaJo
para se abater no peso ; cuja tara se mar-
cou na r^ixa, saca, eíc.
TAnA!5E, (hist ) patriarcha de Constcnti-
nopla, nasceu em Silli, recuzou por mui-
to tempo esta dignidade, e íó cedeu ás ins-
tancias da imperatriz Irene Fez conderiinar
os Iconoclastes no 2 '^ concilio de Mcea.
Deixou Epistolas.
TARALHÃo, s. w (em Fr. ortolan] ave vul-
gar ; (fig ) pessoa mui gárrula. Mettcr-sea
— , entremetiex-se onde o não chumara^ fa-
zer-se faceto.
tarambola. s. f. ave vulgar.
TARAMBOTR, s. m. (chul.) musíca de .vo-
zes instrumentos.
TARAMELA ou TtíAMELA, S. f. |V0Z imita-
tiva) peça do madeira cravada em um prego
onde se volve para se embi ber cm aiguíja
buraco ou atravessar os balenles do jvorta
ou cancela. Nos moinhos é taboa pcnienle
sobre a ioda, que »ôa em quanto a roda
gyra. Dar á — , (íig ) fallar muito, pai-
rar,
TARAMELADO OU TARAliELEADO, A, />.?».
«Je taramelar^ ou tarantelear : adj. que deu
milito á taramela. Serão muito — , em que
ive ileii muito á taramela.
TARAMELAR OU TARAMELCAB, V. tt. OU »,
dar Á it&ramejla, («Uar muito.
TAtl
TAU
tro
tARAip^NTÃo, s. m. (voz i[iiila1iv*a) som
do tambor.
taranco.n, (geogr.) cidade do llespaalia,
10 léguas a NE. d'OcHgna ^^,170 habitan-
TARANTAisE, (geogr.) proviíiCLi dos iCsta •
dcrs Sardos, entre os do Faiicigny «oN., de
Aoste a !í., de Maurienne ajS. enO.. e a
ijaboya-superior ao NO. ; 40,000 hsbilaii-
los. Capital Sonliers.
TARANtA, e tauaHtula, í f. (Lat. ta-
rântula, d* Tarento.) aranha que os anti-
gos suppnnham sor venenosa, e cnj*i mor-
dedura se cria excitar movimentos convul-
•siVos que cediam á musica.
TAU iH, v>. a. [Iara, ar des. inf.) pesara
ririsia, sBco on outr.i capa de géneros para
pbaler o peso delia do da fazenda encerrtt-
diat marcttt o peso da tara na cai^n^lico,
ídrd.>, elG.
"íARARE, (geogr.) cidade de França, 7 lé-
guas aSO. de Ville-Franche ; 7,760 habi-
tantes.
TARASAí<iA. V. Tereena.
iíAHAsCA, s. f (chulf>) espada velha. —,
miilbe'r feia -e de máa^enio.
TARAscoN, (geogr.) cidade de França, 4
■léguas ao M. d'ifles; 10,774 habitanies.
TAUASCON-soBftK-o-AuiEGii, (geogr.) cida^
Ae dí França, 4 léguas ao 6. de i"'oix ; ! , 70
liahitantts.
TARAZONA, (geogr.) cidade de lllspânha,
20 léguas a NO. de Saragoça ; iO.OOJ habi-
lanles.
TARAZONA DE LA MANCHA, (gcogr.) cldadc
de llispanha, 12 léguas a t. de S. Clemente ;
0,800 habitantes.
•raRCENA. V. lercena.
TARDADA V. Tardança.
tardador, «. m. homem tardo, detenço-
so, vagaroso. — , adj. que tarda, sedemo-
W, detêm, vagaroso.
taRDameiite , adv. [mente suff.) de va-
gar, lentamente, com tardança.
tardamento , s. m. (ant.) V. Demora .
far^lança, Detença.
TARDANÇA , s. f. (dcs. tttiça que denota
continuação) detença, de níora ; o acto de
tardar,
TABDÃo , adj. m. V. Túrdador, Deten-
coso.
TARDAR , V. a. ou 11. (Lat. fardo, are.)
demorar-se, deter-se, vir tarde ; haver-se
com tardança; soíTrer, ter demora. Tari^iwi
os convidados. 'íardou irttiito o correio, a
noticia. — , (p. lis.) retardar, idemor.^r, es-
paçar. « Se Deus tarda o castigo, » diítiio-
íia. loulo.
TARDE, s. f (do adv. L.^t. íârrfJ.) o tem-
po do dia que vai dó Uicio dia alé á nòfte.
TARDE, attv. (Lat. tarde, de tardus, tar-
do, tardio, quo se demora.) passado o totn-
po l'm que devia vir, acontecer, chegar.
Cliôgir — , e a raás horas De — em ~ (sub-
stantivado), de longe a loiíg^i. — conhecido,
recompjnsado. — ou cedo temos de mor-
rer
TARDEiRo. V. Tardio.
TARDSZA, » f. (Lat. íar^irèí ) falia de di-
ligencia, disposição tat.da.
TARDiAMíNTE, ttdv. (^fnfgsufT.) cotti tar-
dança, tardo, passado ^0 'letbp-í devido, op-
poriuno.
TAHDiARADO, 'A, adj. (poôl ) quoandadc
vagar A — preguiça.
TAiinijUMENTo. f. m. juttiento que ahd'a
muito de devagar,
TARDiNiiKiRAHKNTE, adv . Y . Tardamente,
Vagarosamente.
TAUDiíSHEiRO. V. Tavãonho.
^-•^RDio, A, adj. (Lat. tardus, d^s. io) se-
Todio, que vem passado o tempo ordinário
ou opportuno Aviso — — arrependimento
Filho — , que nasce ao pai já velho. — ,
que se move vagarosamente. Rio —, pouco
rápido. — , detençoso, delongado, \iagem— .
Pleito — . — , tardo em resolver-se, cm de-
Gidir-se, em executar, em aprender, crer.
TAíiDissiMAMíTNTE, ttãp, supcrl áo i:rrW--
mente.
TARD :,siHo, 'A, ali. "sn^Ul de tardo,
mui tardo, detençoso.
TAivDBsiM), A, adv. supcflat. do laTtle;
adv. mui tarde.
TARDO, A, ttrf;.'(Lat. tardus, cuja origem
não encontro nOs lexicographos. Inclino «
crer que vem de traho, ere^ arrastar, pu-
xar, e arduus. ardno, .uífioil), vagaroso, que
anda e faz tudo de vagar, inerte, pouco acti-
vo ,'v.g.—' em perceber, que percebe cofín
difficuldade. A — velhice.
TA DÔA, des. f. de trjYdào, aídj.
TARDONno, A, adj. [(\irdo^ des. onho],
tartío, tardio.
TARDOZ, s. f. "apgtHc da pedra de canta-
ria que se dei^xa tosca por 4icaT dentro da
pare !e
TARfCENA. V. Tercena.
I i'ARKcos, s.m fl. {talvez do Fr. ant. írâíí,
I bjg^gfm), Ir-stes velhos ti e pouco v.-^lor.
takefa, s. f. (^o'Cast. tarca. Bluteau
deriva tarefa, dol.U. '.i.rc.here jiensum, fiar
lã ; se dissesse traherc ou lorquitre filiurn,
fiar oii torce o fio, iij.us plausível seria ;
nnas eu creio qut) vò'.!i 'do Ar^). tarifou,
fim, extremidade) , ettjprerfa'í'ía , trabalho ,
obra quxí se d«ve ssc^ljar denlro de cert > tem-
po, fios engenhos de assucar é a porção de
ca'nna quo se tiioe em Umidia, e — redon-
da, aquella em que senão [»erde melladu-
ra. — de azeite, 'o vffsò para ortde co'ri:e o
azeite 'e aaguíi ruça das céiras, e oníe 'se
170 ,
I
680
TAR
TAR
separara um dooutro. — , ffig ) qualqa t tra-
oalho rural, ruanusl, lilterarso, que se faz
por obrijí«^ào ou voluntária mento.
taheca, s. m. o que negoceia era tarr-
cos.
taRígtcageh, s f o npgociar em tarecos,
TAREiFA, s /". (t. Brazil), piixe do Brazil;
V, g. — do altn. e — do rio,
TARGETA. V. Tarjeta.
T^RGO ou TARGUM, s. wi, (voz Ilcbr. tar-
gum que significa expiicnçao, commentario),
íraducção, |iaraphrasee conomenlarioschal-
daicos Sfibre o texto hebraico Ma Biblia.
TARIFA, s. f. ( ío Arab. taril, conheci-
mento, do verbo arafa, que. na i." con-
jugação , significa fazer certo, significar),
pauta ; v. g. — da alfandega, paula dos
direitos de entradfi e sabida de mercadorias.
TARiG, 5. m. (Arab. tarikh ou tari{,h,
época, chronica : deriv. do verbo urrakha
ou itarrogha^ escrevíT, tiotar, fazer assen-
to do qne se passa), historia da vida dos ca-
lifas s liicessores do Mahoii.et.
TARiMA, s f. (voz fersica, estrado de ma-
deira, á semelhança de leito), estrado alca-
tifado que se põe debaixo do doc<d ; estra-
do alio em que os soldados dormem nos
quartéis e corpos de guarda.
TARIMBA, s. /".hoje mais u^ado que O pre-
cedente na segunda accepção de tarima.
TABJA, s f. (do Fr. targe, queoselymo-
logià«as derivam do Lat. lergum, costas, e
broquel de coiro ; outros do Gr. thureos, es-
cudo, ou do Arab. dnrca^ targha, adarga,
bruquel; de teroz, orla do vestido), bru-
quel grande usado antigamenie ; peça de
pintura ou esculptura com lalha, de ordi-
nário reprrsen*ando flores, raorioi, festoes,
que cercím um claro onde vai um tscudo
de armas, mscripção ou cousa senelhante.
xARjtTA, s. f. diminuí, de taga.
tArpeiha. V. Trapeira.
i-^fiRAÇAnA, X. /. (chul.) grande porção.
Uma — de vinho, que bebemos.
TARBACnA, s. f. àoGr. terein, ou toreuô,
furar) pngo roliço, que da ponla até ao meio
é lavrado em quina viva es{)irnl, para se em-
beber no vão correspcndente da porca e
prender nilla. Parafvso de — , que tem a
ponla lavrada em espiral.
TAnBACHAR. V, Aiarrachar.
TARFACiNE V. Tercena
tArrafa, s. /. (Arab. rede de arrastar)
rede com que pesca um hom^m só ; 6 re-
donda com pesí»s á borda : lança-se de pan-
ca('a e c/5e abeita, tem no meio uma corda
por onde se tira, e íjíh fe<hada com o pei-
xe dentro ; i^íig. e chulo) capa rota e ve-
lha.
tareafah ou tarrafear, V, a ou n. [tar-
rafa^ ar des. inl.) pescar com larrafa.
TABBANQuiM , í. m. (t. Asiat.) embarca*
ção da Ásia.
tarramez. V. Terrantez,
tArhataN, s. f. ave vulgar
TARr.AxA e TARKAiAR. V. Tarracku, Tar •
rachar.
tahrazborraz, adv. (pleb&u)sem orden),
confusamente.
TAUREiRA. V. Tareira.
TAHRO, s. m. (do Gr. tarsos, Att. íarrof,
vaso em que se põe algum li(juido pa? i
coalhar) vaso em que os pastores recolhe u
o leite em qa.mto o vão ordenhando.
TARSO, s. m. (Lat, larsus, do (\r. tarsos,
grade ] (anal.) os oito-cssos que formara a
planta e peito do pé; cartilagem que ter-
mina as pálpebras e donde nascem as pes-
tanas.
TARTAGo. s. w. (do Gr. íuro<), fazef coft-
Ihar.) herva liteira.
TARTA.\ItíLEAR , V. O, OU H. V. TarLl-
muiiear.
taRtamelo. V, Tartamudo.
TARTAMUiJFAR, V. ã OU n. (voz imitativ?)
balbuciar, tremer a falia de medoou sustj.
TARTAMUDO, A, adj . (voz imitaliva) qiu
gagueja, balbucia.
TARTANA s. f. (do Arab. tarn , mastro,
e tan Ou lana, navio.) embarcação pequ3-
na de um mastro usada no Mediterrâneo ;
anda a remo e com vela latina.
TARTARANÉTA , s. f. tcrceira nela, nela
em terceiro giáU;
TARTARANÉTO, í. w» tefcciro neto, net)
em terceiro grau. — , a, é mais conform*
ao Castelhano taía, nome que os menincs
dão ao pai.
TARTARANHA, s-ff. ave de caçar edeia*
pina.
TARTABATsnA , s. f. barco de pescar a >
Tejo. Talvrz de Tartana.
TARTARANHÃo, s. w. O macho dd tarla-
ranha.
TARTAREAR, c. n. (t. fam.), taramelar,
fallar tártaro ou linguagem inintelligivel.
TARTARto, A. adj. (Lat. tartareus), J(»
tártaro, infernal.
tartarico, a. adj. V. Tartareo.
xA^TAR•co, adj. m [\. chim ), Acido - -,
que contem porção maior de oxygenii)
que o tartaroso. Os seus saes se denond •
nam lartrates.
taRTarísado, a, adj, (t. pharm.), emc.ui
entra sal tártaro.
TÁRTARO, s. m. (Lat tartarus, do <ir.
íár'aios, rad. tarassô, perturbar), (t. poel.),
O infi-rno
TAHTABO, s m. (do Fr. tarire, do S.m
teart, acido), sal de tártaro ou sal tsrt*»r »
que se forma no vinho. Uoje denomin? -Sí
tarlrale de pota^sa, e se pega ao inteiior
TAR
TAT
681
das vasilhas ; sarro do vinho. Crystaes, cre-
mor do — . — dos dentes, sarro que se for-
ma nos dentes junto ás gen^^ivas.
TARTARiA, (gcogr.) região assitti chamada
dos Tártaros seus habilanlos, nome vago,
que na linguagem dos antigos geographos
compreendia, na Ásia: i ^ n ^ihe^ia; 2*
todas as possessões chinezíis fora da China,
excepto o Thibet, o Benlan, a Coréa, 3.* o
Turk^stan indepondenle.
TÁRTARO, A, adj.áe Tnrtaria ou Talaria.
Os Tártaros óu Tátaros, subst., os habi-
tantes da Tarlaria.
Tártaro ou tatabo. V. Gago, Tátaro.
TÁRTARO (myth ) segundo os Gregos e os
Romanos era a prirte do inferno oceupada
pelos condemnados, tinhxpor limito o Phle-
gethon.
tartaro, (geogr.) rio do reino Lombar-
do-Veneziano, nasce perto do lago de Gar-
da, communica com o Tó ooAdige por di-
versos canaes, ecae no Adrialico.
tártaros, (geogr.) povo originário do Tur-
k*>stan independente, e quo parece confun-
dir-se com os Turdos, d( u o seu nome á par-
te central do Ásia.
tartaroso, a, adj. rr. .Acido — , (chim.)
que contém a menor por<^rio de oxygeneo.
Os seus saes se denominam tartrites.
tartaruga, s. f. (Fr. torlue, do Lat. tor-
ta ruga, ruga tortuosa.) animal amphibio
de concha e de quatro [és terminados por
dedos, quasi todos providos de unhas. Tam-
bém ha tartarugas que \\\em sempre na
terra; (fig.) a concha dí- que se fazem pen-
tes, bocetas, ete. — do Aemtejo, (t. joco-
so) cornos de boi.
tartaruga, s. m. (t. chulo) homem ve-
lho, jebo.
TARTAS, (geogr-) cidade de França, 5 lé-
guas ao SO. de S. Sever ; 2,785 habitan-
tes.
TARTERON, (bíst.) josuita frauccz, nasceu
em 161j4, morreu em 1720. Deixou traduc-
ções d' Horácio e de Juvenal.
TARTEssE, (geogr.) Tãrtesius, \\h<\ e cida-
de de Hispanha antiga, segundo os PVifr.i-
•cios parece ter sido situada na emb
do Betis. Era alli que os Phenicios i;
car o ouro para o levarem para o (-
TARTiNi, (hist.) celebre musico iLuiaiio,
naíceu em Itiy?, morreu em 1770 Deixou
um Trartado de musica. E celebre uma Se-
renata, que compoz n'ura sonho.
TAKUGADO, A, p. p. de tarugar j aí/;, se-
gurado com tarugo.
TAhLGAR, V. a. [tarugo, ar des. inf.) se-
gurar coríi farugir
TAHLGO, s. fíi. (niPsma nr*gf'm que tar-
racha ) terno, ]'fégo de páu.
TARLMU, (gecgr.) tribu d'indiosda Guie-
VOL. IV.
na brazileira. Vivem nas margens do rio
Negro, ese acham misturados comosAroa-
quis, na povoação d'Airão,
TARvisiuM, (geogr.) cidade de Veneza ho-
je Treviso.
TARYis, (geogr.) viiia dos Estados-Aus-
triacos, 7 léguas ao SO. de Villach
tascante, adj dos 2 g. (des. do p a.
Lat oin ans , tis.) que lasquinha ; \ne
tasca.
TASCAR, V. o. (talvez do Ingl. íusk, Sa-
xonio tax, dente de javali. Em Cast. taS'
car é roer, quebrar com os dentes a herva)
tasquinhar, separar a estopa grossa do li*
nho. — o cavallo, o freio, morde-lo entre
os dentes — o javali escuma, lança-la da
boca rangendo os dentes.
TASCO , s. m. (de iascar.) estopa grossa
que se separa do linho com a espadelh
tasman, (hist.) celebre navegante hollan-
dez, nasceu em i6();K Descobriu o paiz a
que pôz o nome de Terra de Van Diernen.
TASâiANiA, (geogr.) alguns geographos mo-
dernos tem querido dar este nome, uns á
Diemenia, outros á Nova Zellandia.
TASNEiRA, s. f. (Ff, tanaisic, Lai. tana-
cetum) herva medicinal
TASQUiiSHA, .5. f. (de tttscar, eíasco.)es-
padella de páu com que se separam os lo-
meníos ou tasco do linho.
TASQuiNHAR, V. O. (frequeutatlvo de tas-
car) separar o tasco ou tomentos do linho
com a espadella ou lasquinha — , (chulo)
comer.
TASSALHAR. V. Átassalhar.
tassalho , s. m. (do Cast. tassajo ) tira
longa, V. g. — de presunto, toucinho, car-
ne.
TASsiLLON, (hist.) duquo de Baviera, o
ultimo dos AgiloUuiges. Foi batido e apri-
sionado por Carlos Magno em7í8. ^
TASSisuDON, (gpogr.) capital do Boutan,
n*um valleaoHimalaya; 150 léguas ao I^E.
de Calculta.
TASSONi, (hist.) poeta italiano, nasceu em
155lj, morreu em 1635. .4 sua obra princi-
pal é um poema que tem por titulo íticchia
r a pi ta '
TAsso (Bernardo), (hist.) poeta italiano,
pai do celebre Torquato Tasso, nasceu em
1493, morreu em 15^"9. Deixou um poema
em lOO cantos, o Amadjs de Gaulia, emi-
lado do celebre romance de cavallaria.
TASSO (Torquato), (hist.) celebre poeta ita-
liano, filho do precedente, nasceu em 1544,
morreu em 1595. O seu primeiro poema foi
Reinaldo, que compoz na idade de 18 a ri nos.
' ompoz Ani>ista, drama pastoril, 'Jenua"
lem libtrtada, etc.
tata, s. m. nome que as crianças dão ao
r ai. Em. Lat. tata, contracção do pater.
171
I
TÀii)
TAU
TATÁ I interj. com que se exprime ad-
miração V. Tá.
TATAji'BA, s. f, (t. Brasil.) arvoro brasi-
lica de madeira amarelia de que se exlráe
tinta.
TATAJUBA, (p;eogr.) serra do provincis de
Ceará, no Brazil, ao I. do dislricto da villa
de .fanuaria,
tatame , s. m. (ant.) género de estrado
ou coberta do pavimento.
TATARAMuro. V. lartamudo.
TATAUAisETo, A, ãdj . (de tatá, pai) neto
de neto. -— s, os derradeiros netos que ha de
haver na geração de uma familia.
TATARANHA. V. lartarankã.
TATARAVÔ, adj. m., TATABAVÓ. f. O flvô
mais remoto, dos mais antigoi da familia.
Minha—, avó mais remota.
iataho, a adj. (voz imitativa) que pro-
nuncia ma!, mudando o c em í, f. g. to-
mer por comer, tama por cama.
TATAURANA, X. f (t. Brasil.) lagarta ca-
belluda do Brasil. Tocando-lhe no pello sen-
le-se dòr como de queimadura, que persis
te ás vezfs vinte e quatro horas, e dores
nas articulações.
TATiTCHEv, (hist.) historiadoF TUSSO, nas-
ceu em 1686, morreu em 1750. Hoixou nm«
Historia da Rússia.
TATiBiTATiBi, adj. dos 2 g. (voz imitati-
va) (chulo) gago, que gagueja, balbucia.
TATRA (montes de), (geogr.) a parte mais
èllevada dos Carpathes occidentaes, na Hun-
gria.
TATTA, (geogr.) cidade doestado de Mar-
rocos, 60 léguas ao O. de Draha ; 10,0.0
habitantes.
TATTA ou TALTAH, (gcogr.) cidado da ín-
dia, 2J léguas de Ilaiderabad ; 15,000 ha-
bitantes.
TATÚ-OCA, (geogr.) ilha da provincia do
t*ará, no Brazil, perto da costa o bah\a de
Turivaçú.
TAUBER, (geogr,) rio d'Allemanha, nasce
no Wurtemberg, e cae no Meno em Wertheim.
, TAUBUTE, (geogr.) nova ci^lade e antiga
▼illa por extremo mercantil, cabeça da pri-
meira comarca da provincia de São-Paulo,
no Brazil, 30 léguas ao N da capital da
provincia domesm:> nome.
TAULB, (geogr.) cidade de França, 2 legoas
ao NO, de Morlaix; 2,S9t) hat)itantes
TAULER, (hist.) Taulerns, mistico allemão,
nasceu em 1294, morreu em 1361. Deixou:
Meditações sobre a vida e paixão do Salva-
dor, Cartas Espirituae •, eíc.
taumttirgo. V. Ihanmaturgo
iV B. JNa ultima edição de Moras» vem
arradamente escrito taumathurgo.
TAUNUS ou HOEHE, (gcogr ) cordilbMrade
montanhas da ÃUemaiiha Occidental, no du-
I cado de Hassau, começa nas fronteiras de
líesse, e termina na margem escjuerda do
Rheno.
taijPLa> s. f. (ant.) traste antigo « — «
de velludo com pemlas » Prov. da Hist.
Geneal Moraes não dá explicação do termo,
que creio derivado do Fr. ant. tauhUs ,
avental.
TAUTASiA, (geogr.) ou Augusta Taurino-
rum, hoje Tunis.
TAUREO, A, adj. (Lat. taureus ) de touro,
taurino. — s cornos —s pelles.
tauhes, 'geogr.) Tauri povo ún Scylhia
meridional, habitava o í^hersonesoTaurico,
e o paiz vizinho quo se chamava Taurida.
TAURESiuM, (gecgr.) cidade da Mesia, ao
pé do Ilamus e perto deScopi.
TAURiDA, (geogr ) governo da Rússia me-
ridional, entre os de Khe5Jon e d'Ekattí-
rinoslav ao N , o mar d'Azov e o estreito
de Jenikaieh a E., o mar negro ao S, e a
O.; 400,000 habitantes.
talrim, s. m. (t. Asiat ) uma embarca-
ção da Ásia.
TAURiNi, (geogr.) hftjc provincia de Tu-
rim, povo da Gallia Transpsdana, era d'ori-
gem gaukza ou liguré.
TAURiso. A, adj. [LH. taurinm ) di^ itíii-
ro. — * pelles.
TAUHiNOBUM (Augusta), (geogr.) cidade da
Gallia Cisalpina, capital dos Taurini, hoje
Turim,
tauris, (g«20gr.) chamada tambein labris
ou lavriz, cidade do Iran, capital do Ad<^r-
baidjan ; 70,000 habitantes.
TAURO, fgeogr.) /)Je/>e/-A"i<rmem turco,
cordilheira de montanhas na Asia-Menor.
TA«RO , (g-^ogr.) hoje Cabo de Santa
Croce, cabo da Sicília, sobre a costa K , per-
to de Tauromenium.
TAUROMENiUM, (gcogr.) Taormina, cida-
de da ?iciha, sobre o costa oriental, a E.
do Etna.
TAURO , s. m. (Lat. /aurití, Gp. íortrot,
Chaidaico thor.) um dos signos do zodíaco
entre os de Aries e Gemini Corresponde na
antiguidade ao equinoxioda primavera, t'
symbolo ou hieroglipho F.gypcio, assim como
as mais figuras zodiacaes. K' de notar que um
touro coberto de teliz preto estrellado é na
myihologia egypcia consagrado á deusa Athor
um dos syraboios da natureza feminina crea-
dora. Este nome Aíhor significa morarfa de
llor ou Horus.
TAUSA. V. Tí7.Túr, Talha
Tausaçom V. Taxação.
TAusAR. e TAUSSAR. V. Tãxar.
TAUTO. V. Tacto.
TALTocHíONo.A.flrf/. (do Gr. outo, o mes-
mo, e chronos, tempo ) que se faz no mes-
mo (empo ou em tempos iguaes.
taY
TAt
€i1
tAtotOLOcrA, s. f- (Lat., do Hr. ío, auío,
o mesmo, e hgia, discurso.) repetição dai
mesmas cousds era outros lermos.
talJu. f. f. (do Arnb. tausia, cbra d«
embutidos; do verbo /d 'iosa, enfeita r-se do
côrrs como o pavão, que em Arabesodeno-
miiul taú-^on] eoibulido de ouro ou prata
em obra de ferro ou aço, embutido, ra»r-
cheiaria da madeira. Uoslinfio de — , (lig )
alvo e corado.
TiuXiADo, A, p. p. de tauxiar; adj.òr^
ftado, lavrado, embutido de tauiia.
• tAUiiAR, V a. {(auxia, ar des. inf.) la-
vrar, de íãuiia, embutir, marchetar ; (tíg )
maiizrtr : — os faces
TAVAMtiKS, (g«^ogr.) \illa da Suissa, 9 lé-
guas ao M\. de Berne; 1,5' O habitantes,
TÀVAriEZ , adj dos 2 g. (de utão) m-
(Juitto, trêfego e?tavanado.
TAvÃo , s. m. (Fr. taon, do Lat. taba-
nuis, toz imitativa do runido.) mosca gran-
de qu^ nmrd« c chupa o sangue, atabào'
"íavastêhus, (geogr ) cidad* da Rússia
ítiròpeá, capitsl deum gfivprno, 34 léguas
ao KO. de Helsingfors ; 18'>0 habitantes.
tAvttA, (geogr) rio da Rússia asiática,
formado pela reunião do Sosoa e do Lesiva,
lança se noTohcl.
TAVEDA, í. f. planta cujas folhas são pa
fectdas ás da oliveira, e dá flores de chei-
ro suave
TAVEiRO, (geogr.) povoação de Portugal
a 1 legaà éé Coimbra : 1,280 hábitan
tes.
tayel, (geogr.) vilia de França, áleguas
80 SO. de Uoquemaurc ; 800 habitantes
TATKnífA s. /". (Lat, taberna, loja ) casa
onde se veiide por miúdo vinho, azeite, e
de c:;Bfief.
TAVKKNA, (geogr) cidade do reino de Ná-
poles, 3 léguas e meia ao W. de Cantazaro;
2.000 habitantes
TAVERNA'., adj. dos 2 g. de taverna. Vi-
nho—.
TAVKBNEiRA , s. f. mulhor que tem ta-
verna, mulher do taverneiro.
TAVEUjíEiRO , s m. homem que tem ta
veríia.
Taverneiro , a, àdj. de taverna, taver-
nal. Vinho — .
TAVERNES, (gcogr.) cidadc de Françl, 7
léguas ao N.de Brignole» ; 1,VJ0 habitan-
tes
TAVER^iiNHA, *. f. diminuí, de tíivemfí.
Tavkrny, (geogr.) villa de França, 2 lé-
guas e um quarto a K. de Pontoise.
TAVIRA, (geogr.) antiga, aprazível r im-
portante cidade da província do Algarve,
4 léguas a O. da foz doCiuadiana, 5 léguas
80 O. de Faro ; 8,6U) habitantes.
TAvisToK, (geogr.) cidade d'lnglatcrrtl, it
léguas ao SE. de Exeter ; 6,0QG habitan-
tes.
TATOA, (ant ) V. laboa, laboada
tavoada, (ant.) V. f^bm, Tuboada.
Tavoado, (ant.) V. Taboado.
Tavoinua, (ant ) Y. Taboinha.
tavola, (ant.) láboLi ; mesa de jogo; me-"
sa onde se arrecada algum imposto.
TAvoLADO, * m. Lançar a — . ( mt.) na an-
tiga milícia era exercício militar em que se
derribara um casiello de maueira com tiro»
de arreiresso.
TAVOLAGEiRo, A, odj . (aut.) quejoga efli
casa de jogo. Jogador — .
TAV0LAHA, (gecgr.) //«rnicpa, ilha do Me-
diterrâneo, na cos'a fio NE da Sardenha.
TAVOLEiRO, (fint.) V. Taholeiro.
TAVOLETA, (ant.) V. Taboleta.
TAVOHA, (geogr ) rio da Beira-Alta, nasce
pei-to de 1 rançoso e desagua na esquerda do
Douro com 11 léguas de curso, 1 légua a
K. de Lfimego e uma légua e meia ao N.
da villa do mesmo nome ; 450 habitan-
tes.
TAvRovsKAiA, fgeogr ) vílIa da Rússia eu-
ropea, 3 léguas ao S. de Verniejo ; l.Ot-O
habitantes.
TAXA, s. f. (do Fr. tache, nódoa.) V. ta-
cha, Defeito^ Mancha.
TAXA, s f. (do Fr. taxe) preço que l<i-
íçohninte se põe ás cousas de venda ; tri-
buto, imposto ; (íig, e p, us.) modo, ter»
mo, limite.
TAXAÇ.Ão ,*,/". O acto de taxar tributo,
imposto.
TAXADAMENTE , ãdv. [mente suíl.) ptor ta-
xa, limitadamente, em qu»ntia eerta.
TAXADO, A, p. p, de taxar ; a'i/. fixado o
oreço; prerO; imposto; censurado, accu-
sado, reprehendido. — em ouvir, em res-
ponder, que dá audiências, palavras curtas.
— na pratica, que f^lla pouco, taciturno.
TAXADOR, s. m. o quQ taxa.
T*x*R, t á. (Fr. taxer, do Lat. iaxare)
oôr legalmente ó p^eço ás cousas de venda:
— os manlimeíitos, livros — os ordeuaios,
issignar porção certa. — as despexas, limi-
tar, moderar. — <ti mercês, ser escsso em
IS <íar. — tís jKiíavras de hutor ^ não ser
amplo e liberal d^tas. *— , censttiar, repre*
itiender, notar. V. Tachar.
TAx.\Tivo, A, tidj. que tatá. limita, res-
tringe.
TAXiLo, {hi§t.) rei da índia septenlrío-
nal, cujos estados eram entre o Indo eo
Hydaspe.
TAY. (geogr.) nd láa Escócia, sae dos mon-
tes Grartpi^nos, è cae no mar do Nor-
te.
tAVEF. (geogr.) cidade murada da Ara-
,Wii, fJ Y^Vfi »ò SR dtj Wena.
171 .
m
fé<
TCll
TAYGETE, (geogr.) hoje Monte di Maina,
cordilheira de rconianhas doPeloponeso.
TAYOBA, s. f. (l, Brasil.) planta brasílica
de folha larga, quo se come
TCriAD, (geogr..) chamada também lago
de Ouangara, mar de Nigricia, lago da
Mgricia central, entre o Bournou a O. e
ao SO., o Kapem ao N. e a E,
TCHAGAiNG, (geogr.) ciuade do império,
birman, capital do ííuperio desde 1760 aié
1764.
TCHANARGAR, (gcogr.) cidade da Índia íq-
gleza, 4 léguas ao S. do Bénarés ; 15,000
habitantes.
TCHANDERKOUNA. (gfogr.) cldade da Índia
ingleza, i7 léguas a O. de Galcuttá ; 18,000
habitantes.
TCiiANDERLi, fgcogr ) Fitane, villa da Tur-
quia asiática, 16 leguasaoNO.de Smyrna,
TCHAí^DRA ou SOMA, (myth.) deus hin-
dou, qufí é alua persomnificada.
TciiANG-CHA, (gcogr.) cidade da China,
capital da província de Ilou-nan.
TCHANG-TaAK.EOU OU KHALGAN, (gCCgf.)
cidade do império chinez, capital de Tcha-
khar, 31 léguas ao NO. de Pekim, perto
da líFande-Muralha.
tcháng-tchéou, (geogr ) nome' de duas
capitas da China : uma na proviocia de
Kiang-sou, roais de 30 léguas ao SE. de
Nankim ; 20O,(l(JO habitantes, a outra na
província de Fou-kian. 60 léguas ao SO
de Fnn-tchéou-fou.
tchag-t/: (geogr.) nome de duas cidades
principaes da China: uma no Ho-nan, quasi
40 léguas ao Is. de Khai-foung, a outra no
Hou-nan, 41 léguas ao iNO. de Tchang-
cha. .
TCHANTiBoríD, (gcogr.) cidade do reino de
Siam, LO ípguas ao &E. de Bankok.
TCHAO K.1NG, (gcogr,) cidade da China, 25
léguas a 0. de Cantão.
TCHAPPRA, ou TCHOpRAH, (geogr.) cidade
da Índia ingleza, no léhar, capital do dis-
triclo deSarun; 43,ÍJ0O habitantes.
TCHEUOBA OU MAiSAONG (ilha de), (geogr.)
Bazacala, ilha do golpho de Bengala.
TCHE-KiANG, (geogr.) províttcia da Chi-
ca, no mar Amarello ; i9,000,000 habi-
tantes. Capital )Harg-tcbéou.
TCUENNAB OU cuENííAB, (gcogr.) Accsines,
rio do Indostão, sae do ilímalaya, e desem-
boca no Sin 1. '
JCHERDINE, igeogr.) cidade da Rússia,
75 léguas ao N. de íorm; 2,500 habitan-
tes.
TCHERKASK, (gpogr ) nome de duas cida-
des da Itussia euro| ea : uma, Velha-Tcher-
kask, 14 léguas ao NE. do Azov, sobre o
Don; i,500 habitantes, a outra, Nota-lcher-
kask, capital da província, 5 léguas e meia ^
ao N. da Y-Tcherkask ; 3,000 habitan-
tes.
TCHERNOBOG (q. d. 0 deus uegro], (myth.)
nome do máu principio, entre os Slavos ;
era opposto a fcielbog (o deus branco).
TCHESMií, (geogr.) Cijssus, cidade da Tur-
quia asiática, defronte da ilha de Chio, 16
léguas ao NÓ. de Smyrna ; 6,000 habitan-
tes
TCHiJEVO, (geogr) aldeia da Rússia euro-
pea, 11 léguas distante do Smolensk.
TCHiKARPOUR, (geogr.) cidade do reino de
Labore, capital do districto, H léguas dis-,
tante de Sind, na margem esquerda.
TCHiKiRA, (geogr.) rio do império chinez.
TCniKOTA (ilha), (geogr.) a maior das Kou-
rilas, bastante povoada,
TCiii-Li ou rÉ-TCHi-Li (golpho de), (geo-
gr.) formado pelo mar Amarello, na costa
oriental da (;hina, ao N.
TCHi-Li ou pÉ-TCíii-Li, (geogf.) provín-
cia da China, separada da Mongólia pela
grande muralha; 35,000,000 habitantes.
Cidade principal Pekim, que é capital de
todo o império,
TCHiNG-KiANG, (geogr.)nome de duas ci-
dades da china, ambas capitães de distri-
cto : uma na província de Kiang-son, a 16
léguas NE. de Nankim, a outra no Yun-nan,
sobre um lago, 10 léguas ao SE. deYua--
nan.
TCHiNG-TCHEOU, (gcogr.) cidade da Chi-
na, 70 léguas a O, de Tchang-techai.
TCHiNG-TÉ ou JEHO, (geogr.) cídade da
China, 40 léguas ao NE. Pe-king, por fo-
ra da grande muralha.
TCHiNG-TiNG, (geogr.) cidade principal da
Ihina, 61 logua ao SE. de Pe-king.
TCHiN-NGAN, (geogp.) cídade da China,
115 léguas ao SO. de Kossei-ling.
TCHiN-si ou BARKOL, (gcogr.) cidado da
China, capital do districto de Kansou, mui-
to povoada.
TCiiiN-YOUAN, (geegr.J cidado da China,
capital do fiouei-thseou.
TCHiPROvATz, (gCvgr.) cidade da Turquia
europea, Roumelia, na Bulgária, a 20 lé-
guas ao S. de \'iddin
TCHiRMEN , (geogr.) cidade da Turquia
europea, capital do sandjakato, a 9 léguas
ao NO. de Andrinopoli.
Tcei-TCHEOU, (geogr.) cidade da China, a
2 léguas e meia ao N. do Nan-King.
TCuiTTRA, (geogr.) cidade da índia ingle-
za (província de), Calcutid, capital do dis-
tricto de Ramghar, no Bekar.
TCHouNG-KiNG, (gengr.) cidade da China,
quasi 'iO léguas ao SE. de 'iching-tou.
TCHOROK, (geogr.) Acampsis ou Batthys^
rio da Turquia Asiática, desemboca no mar
Negro,
TEA
TcnouGU'E7, /'«eogp.) cidado da Russin, 8
léguas ao NE. de Zmiev; 10,01)0 habitan-
tes.
TCiiouKTCHis, (geogr.) povo (J.i Ásia, que
ocfiupa o NE, da Sibftria ; 50,000 habitan-
tes
TCíiouLm, ígf^ngr.) rio da Rússia asia<ica,
desemboca no (Jbi
TCHou-niouNG. (geogr.) cidado da China,
a H5 l»'gnas ao O. de Ynn-nan.
TCHou-TCHEOu, (gfiogr ) cidade da China,
a õO léguas ao S de Ilang-Tcheoii.
TCiiouROUM, (geogr ) Tavtum, cidade da
Turquia asiática, 40 léguas ao NO. do To-
kat.
TCíiouvACHES, (geogr.) povo da Rússia eu-
r")pea, de raça firmensa, que habita nas
margens do Vulga ; 3'>0,000 habitantes.
TCHu-SAN , ou criu-SAN, (geogr.) ilha da
China, no mar Azul.
TE. a ti. (Lat. te ou tibi, a ti. V. Teu,
Tu.) Deu-íe uma pancada. Apressa-íe, Fa-
ze o que te ó útil.
TÉ. prep. (contracção de até) V. léqui,
até aqui.
STN. comp. Té-qui ou até aqui, até ago-
ra. O primeiro refere-se a um lugar que de-
signa, e rorresponde ao latim hactanus ; o
segun Io, ao tempo ou época era qne se es-
tá, e corresponde ao Uúmadhuc. Alé aqui
chegou o mar no grande terremoto de 1755,
e drisde então aí^-ayora nunca subiu a tan-
ta altura.
TEA OU TEIA, s. f. (do Lat tcIã, conlTãi-
do de texela, de texere, tecer.) todo o pa-
no tecido do longor da urdidura. — de ara-
nha, os fios tecidos pelo «nimal. A — da
vida, (fig ) o fio, a duração. Cortar a — da
vida. Dar os fios á ~, (fig.) acabar , con-
cluir, fenecer, morrer. — , (anat ) tez, teci-
do reticular, ò. g. as —s do coração. — ,
liça, liçada : - - das justas, torneies. Manter
a — ,jus'ar como principal mantenedor da
jusli. Tomar a — ,, occupa-la para justar
como mantenedor. Entrar na — da disputa.
TEA, s. f. (Lat. topda.) facha, tocha. «A
futí'ifpra— , » Eneid. Port.
TE.u)A, s. f. [têa, des. ada. )têa de pano,
tecido, lançaria.
TEAGEM, s. f. [têa, des. agem.) tela, te-
cido, membrana reticular, membrana cel-
lular.
teano, (geogr.) Teanum Sidicinum, (geo-
gr ) cidade do reino de Nápoles, a 5 léguas
ao NO. de Capua ; 3,1(10 habitantes
TKAM-M APULUM, liojft PontC-RottO, OU
Rotello, (geogr) cidade de Apúlia, pertodo
mar.
_ TE.\NUM siDiC[?<uii, (gcogr.) hojo Teatio,
oidadií da Lam[)aMÍa.
TEAR, 4. m. (tâii, ar dns, subst. qne do-
VOL ÍV.
'^¥ec
685
nota acção.) machinaou engenho que serve
de tecer pano .• instrumento de que os en-
cadernadores usam pira cozer livros — de
relógio, toda a rodagem delle.
TEARA V. Tiara.
TEATE, Teate-Marrucinurom, (geogr ) ci-
dade da antiga Itália, entro os Marrucini
ao N.
TEBA , (geogr.) Theba, cidade de ITispa-
nha, a 15 léguas ao NO de Malíiya; 4,100
habitantes.
TEATRO. V. Ihealro
TECA, s /■. (l Asiat ) uma madeira da Ásia
que serve para conslrucçào de naus na-
vios.
TECEDíiiRA, s. f. (des. f>íra.) mulher que
tecií pano.
TECRDOR , 5. m. o que tece, tecelão. —
de enredos, ordidor, que tece, trama.
TECEDURA, s. íTO. (dcs ura.) oacto de te-
cer ; os fios que atravessam a ordidura, ou
o ordume. traraa.
TEBELEN, (geogp.) Cidade da Turquia eu-
ropea, quasi 40 léguas ao NO, de Janina.
Pátria de Ali, pachá de Janina.
TECELÃ, S. f. V. Trccdeira.
TECELAGEM, s. f. (d^s. «^eíít.) 0 trabalho,
oíTicio do tecelão; tecedura, tecirrento
TECELÃO, s. m. oílicial que tece o tio era
pano.
TECER, V a. (l.at. texo, ere,detego, ere,
cobrir.) passar os fios -.or entre o ordume
ou ordidura, para formar a téa de linho,
lã, seda — léa, (fig.) enredar, intrigar.—,
(fig.) compor, v.g. discurso, casos, versos
a historia. — uma negociação, catabolar.
mar. — , (ant.)" andar em idas e vindas;
« os barcos e bateis — de naus em náis, e
do mar para a terra, e delle a ella. » Bar-
ros, 2, 2, 3.
TECH, (geogr.) rio de França, perde-se
no Meditearaneo.
TCHON-LOUHBOU, (googr.) cldado do impQ^
rio chinez, na província de Chsang.
TECIDO , A , p. p. de tecer ; adj . que se
teceu, que teceu; (fig.) tramado; compos-
to. Tinha — enredos, intrigas, versos Vida
— do miséria. Fabula bem — . — em paren-
tesco, unido por alliança.
TECIDO, s. m. pano tecido. — s de lã, se-
da, linho.
TECiMENTO, 5. w». V. Tccedura.
TECKLEMDURGo, (geogr.) cidade dos Esta-
dos prussianos, a 7 léguas e meia ^o NE.
de Munster.
TECLA, s. f. (do L?«t tudiculn, diminut.
de tudts, mart»'!lo) as teclas são peças do
órgão, cravo, on piano forte era que o to-
cador carrega corn o« dedos para ferir fs
c^inias o tir.Mr tons «io insiruii:f'n'o. Mui
Weslrona—. e:o tO'-ar órgão çr a-
m
TEG
n\
no forte. Toear em uma — , ou na - ,(rig.)
fallar a propósito em al^çuraa matéria, ferir
o ponto. — , armadilha de caçar aves. A —
desarnm com o peso.
TíCLADo g. m. (des. aio, que denota ex-
tensão) todas as teclas de um órgão, cravo
ou piano forte.
TECTO, s. w. (Lat. techirn, s. e sup de
tegce, cobrir) a parte superior da cober-
tura da casa, ou de cada quarto
TECTosAfiíS , (gpogr.) VulccB-Tectomges,
povo da (lalia, na iNarboneza 1 *. dividia-
se em muitos estadt^s importantes, dos quaes
os principaes eram : os Tolo^ales a O. e os
Atacioi, a E. ; cida ie capital Carcaso. Jul-
ga-se que era de origem belga.
TECTOSAQE*?, (gengr ) um dos Ires ])Ovos
gaulezes da Galacia, ao KO. erff limitrnphe
da f hrygid. e tinha por capital Sricjra Eram
descende» tes dos Tectosages da «lalia.
TEDA, s f. (Lat. teda ou tosda, tocha]
(ant.) tocha, têa de allu^niar.
TEDELES, (geogr ) capital da Algéria, en-
tre Bougia e Argel.
TEDiFERO, A, aUj . (Lat íedifer, de tcsda,
tocha) que leva ou traz têa ou tocha para
allumiar.
TEHio, s. m. (Lat. toedium, que Court de
Gébelin deriva àedau, deu onda, que elle
dá como r/ídical primitivo, significando ne-
gro, lúgubre ; etymologia extravagíuite e qne
não corresponde ao sentido próprio de tédio
que é fastio, repugnância á comida, ou des-
gosto, cansaço, i!reio que vem do Gr. ãdò,
saciar, fartar, causar desgosto) fastio, ente-
jo, nojo, aborrimento, aesgosto. — dia vi-
da, desejo de morrer.
TEOJEN, (geogr.) Ochus, rio da Ásia, nas-
ce no Iran, e desemboca no golpho Bal-
khan.
TEDO ou TEÚDO, (aut ) V. Tido.
TEKDOR OU TÉDOR, s. ♦». [ãe tcr, Lat íe-
neo, ere] (ant.) o que tem, occupa, posçue
está de posse.
TEEFE, (geogr.) rio da provincia do Pará,
no Brazd. que alguns autores antigos ap-
pelidavam Tipi.
TEEíGA, s. f. (ant ) V. Teiga.
TEENçA. (ant ) V, Detenção, Posse.
TEf.N>, por Tinha, impe: f. de Ter.
fEENTE, (ant.) V. Tenente.
tef, s. m. uma gemente da Ethiopia,
TKFFÉ, (geogr ) rio da America do Sul,
nasce no Perii, entra no Brazil, e termina
no rio das Amazonas.
TfiGEE, TEG64,, ígeogr.) cidado da Arcádia
oriental, juato da Argolida, aoS. da Manti-
nea, eia u«Qa das mais aiitigas da Grécia.
foi pilria de Ariítarclio, © Orestes foi a*eUa
«miefrado..
TE6EL0, V. Tijolo.
TEGEBEiio, decimo tercf^iro.
TEGEsu, s. m. (t. Brasil.) ave maior quQ
o peru.
TEGico, A, adj. (de Tejo) (p. us.) do Tejo.
tegora. V. Aié agora.
TEGuisE, (geogr.) capital da ilha de Laa-
cerote ; 2,0(K) habitantes
TEGURio V. Tugúrio.
TEiiERAN ou TtíiisAN, (geogr ) capilal da
Per.sia, ou do reino do I:-an, juncto (Jos
montes Elbourz ; 130,000 habitantes.
TEÍA. V. Téil.
1EIA ou TEIAS, (hist ) fci dos Ostrogiths,
em Itália, (deito em 552, depjis da raorl')
de Totila, morreu n'uma bnialha, em 533.
Con elle acabou a raonarchia dos Uslro-
goihs.
TEiADA. V Tenda.
TEioA. s f. (do Lat. tege^, tis, osteira)
vaso de paUn como cesta, tecido em rolc-
tes. — , meilida que tem valores diversos
era diíferentes t«rra3 de Portugal : — dç^
Abrão, noAlemtejo, equiv.slH, a um alq'>ei-
re. Em outras partes é de quatro alquejf
res,
TRiGULA. V. Teiga.
TEiLLEUL, fgcogp ) cidade de França, 31e-
guas ao SE d.» .Mortain ; 2.400 habitantes,
Pátria de Frederico tSorel.
TEIMA, s f. (Cast íema) obsiinação, peri-
tina<Ma.
TEIMAR, V, n {teima, ar des. inf.) obstU
nar-se, insistir com periinancia.
Teimosamente, adv. [tmute su.ff.) fou) tei-«
ma. obstinadamente.
TEIMOSO, A,adj (des osolobslina^o, que
teima, insiste, portia ; pertinaz, portioso.
TEJOiLA, s. f. (t. dealveitar) um o^so dp
casco docavallo.
TfciRA, s. f. V. Talão.
Teiró, *. f. (do Gr. teirô, pisar) a peç4
da rabiça do arado que foi mão no d»>nte ;
(Og ] peguilho, tíim.a. Tomar — com aU
gueW;, pf?g3r com eile,
TEiBOC^. V. Teirií.
TKivE (Diogo de),, (hist) escriplor portut
guez natural 49 ilí^ga, Ví^iu da II iiversida-
de de Bordeos para a da Coimbra, e «li
começou a leccionar em 1528 Compnz :
Epodon sive Jumljicorum carmnum libri
três.
TEixE, s. m. {ajtprado de dite] dixe de
ouro usado antig^mtnte.
TE'XEiHA (Luiz, , (hist ) distiucto geogra-
pho portuguez do século XVI ; foi cosmo-
grapho mór do reino e recomen<lavel por
suas proilu'%õs geographica-? Esceveu i
De^rripçào do Japão. Magna Orhis Terra^
H^m noeet §S)graphica et hydoijrophye^
FêlMk^ BMripm /4Mtílí^rtti« Jljeá$r^'
Tiixo, 9. m. jLst. íaxus) arvoro triste, fu-
nérea.
Teixugo , s. m nnimalojo semelhante á
raposa, e muito gordn.
TEUDiLiio, t. m. (Cast. de l^;/a(io, telha-
do] o tecto da sege, cocho, liteira ou cadei-
rinha de braços .
TFJO, (geogr.) o nnior rio da penirisula,
nasce na serra d'Albarracin no Aragão.
tfjlca, 'gergr.) serra da província do
Ri )-de Janeiro, no Brar.il.
TKKEDEMPT OU TAGDEMPT, («eOgr .) CÍdíde
de Algéria, 65 léguas ao SO.de Argel. Foi
uma colónia romana, segundo parece.
TFKKE-iLi, (geogr.) pouco mais oti menos
a Lycia e a Pamphylia, sandjakado da Tur-
quia «asiática. Cidade principal, Satalieh.
TELA, t. f. (Ldt. /c/a, conlrarçâo de fearc-
/a, de /fxo, ere, tecer) lèa, terido de (io de
15, linho, seda, ouro, prata. Revestir se da
— da humanidade. (Og.) de corpo humano.
- de justas, torneios, a que forma a liça.
Pôr as —s a algnm negocio, dar-lhepnn
cipio. — , armadilhado três laços, de caçar
perdizes.
teiaRía. s. f. multidão de telas.
TELAVi, (geogr.) cidade da Geórgia, f7 lé-
guas e meia ao NE, de Tiflis ; 1,000 habi-
tantes.
TELCOiNES, (myth.) génios, ou hosoens 80-
brenaturaes, que ps Gregos diziam serem
nielalli^rgistas , vetermarios , feiticeiros, e
nmito m^us ; habitaram primeiro o Pelopo-
neso, e depois a ilha de Rhodes, que del-
les tomou o nome de Telchinia. ^8oseea-
be como desappareceram Participavam si-
multaneamente do deus Vulcano, de qu^^m
eram ministros na terra, '
TFiEGr.No, (hist ) Tele^onus , filho de
Ul^Síos, foi procurar seu pai, desembarcou
em Ithaca, onde começoi|g roubar para g^^a-
nhar a vida, c n*ura combale matou seu
pai sem o conhecer, depois desposou Pené-
lope, e foi o pai de Ilalus.
TiLEGfjAPHico, A, qí//. ^ue reçpeila aote-
legrapho Signaes — .
TELEGRAPuo, s. m. (d*? Gr. í^/«, longe, e
graphò, escrever) armação com hastes mo-
vfdiças qi e transrpilte despachos, noticias
consideráveis pôr melo de signaes conven-
cionados.
TELjçMACQ. [tiift.] Tekrriachuf , filho de
L'ly>ses, e de Penelqpe,' eílava no berço
quando pom^çou a guerra de Tróia; novi-
gpssimo anno'da ausfjinçia de Ulysses, elle
embarcou para o procurar; Mmorva, sob
a ligura de Mentor, guiou o nesta via-
geu). Depois de diver^.ris aventuras, êm ly-
Ins, Hparta, «cm Ph-rés, tomou a direcção
do Ithaca, mstou os pssasfinos, assalariados
pelos firctendpufop |)ara o ra-^far^nj d sna
TJMí
687
volta, c achou seu pai era companhia de
lEumêo. Auxdio«i-o no seu combate com os
'pretendentes, e partdhou o seu triumpbo.
'Jelemaco despo cu Circos, e deste casamen-
} to nasceu lloma.
I Tiíi.Éf ne, (myth ) fdho de Hercules e de
j Augoa, fji engeilado quando nasceu, esus-
tentado , diz-se, por uma cadella ; depois
Te.iihras , rei da Mysia adoptou-u.
TELESCÓPIO, s m. iCjr.iéle, longe, e»A;o-
peô, olhar) instrumeuto óptico com que se
obsprvam os astros.
TELESiLi A, (hist.i Argienua, celebre poe-
tisa e heroina, salvou a sua cidado natal,
altacada por Cleomenes, rei de Sparta, fa-
zendo ufna sortida á frente das mulheres
armadas
TELHA, s. f. (Fr. tuile, doLat. tegula, de
tego, ere, cobrir) peça de barro cozido no
forno para cobrir os telhados ou tectos d«
casa. Casa de — rã, coberta só de telha sem
forro por baixo da telha. De — s abaixo, cá
no mundo. — , (ant ) chapéu de mulher com
as abas voltadas para as faces.
TELHA, (ant.) V. Tile, Tilia.
TELHADiNHO, s. tu diminut. de íelhado.
Telhado, a, p.p. de telhar; oí//, cober-
to de telha. Casa? — s de tijolo. Pagode —
com laminas de cobre.
TELHADO, s m (subst do procedonte) tec-
to do casa coberto de telha.
TELHADon, s m. 0 quo cobre de telha
os tectos ; tampa da tigeiia de barro.
tKLHaDuda, s. f. o acto de telhar.
TiLHAL, s. m. forno de cozer telha.
telhão, s m. augment. de telha, telha
grande.
TELHAB, t?. a. [telha, ar des inf.) cobrir
de telha : — a casa, oedificio. ,
tf.lheira, s. f. ollaria de fazer telhas.
Tt^LHEiRO, s m tecto do uma ou duas
aguas do telha vã onde trabalham canteiros;
homem que faz telhas.
TEi.niNHA, s. f dimi-ut de telha, telha
pequena. — s, dois pedaços de louça queos
rapazes fajtcrn snar batendo com um no ou-
tro.
TELHO, s. m. ttslinho de telha, cântaro,
ou louça de barro.
TELiGOUL (golpho de), (geogr.) na Rússia
europea é formado pelo mar Negro, a 9 lé-
guas ao PíE. deOdessa
Tfe'LiLnA s f diminuí de tela, tela del-
gada.
TELiNGA (reino de), (geogr.) antigo esta-
do da índia.
TELis, íjgeogr ] rio da Gália, hoje o Tet.
TKLJZ, s. m (iloPers. telisan] panno, de
ordinário bordado com que so cobre a scllá
do cayaPo.
TELL Waljliernie), Ibisl.) um dos chefes
688
TEL
TEM
da revolução suissa do 13)7, ms^eu no can-
tão de Uri. Tendo recus^ido saudar o cha-
péu, que (les^ler , governador do paiz em
nome do duque de Áustria, tinha mandado
ooUocar na praça de Allorf, foi, dizem, con-
demnado á morte, perdoando-lhe a pena.
se conseguisse atravessar com uma setla
uma maçã, collocada sobre a cabeça de seu
tílho ; apegar de o fazer, foi declarado pre-
so de estado, e erabarcaram-no no lago Lu-
cerna, para o caslello de Kussnacht, para
onde o governador se dirigia ao mesmo tem-
po. Tendo-se levantado uma granie tem-
pestade, encarregaram a Tell do leme; con-
seguiu salvar a barca, porém estanio pró-
ximo da margfm saltou em terra, fugiu, e
matou depois Gessler com uma seita. Esti
historiada maçã parece duvidosa. Guilherme
Tell assistiu á batalha de Morgarten, o mo-
rou em 135'i, em Bingin, recebedor de uma
fregufzia.
TELLA. V. Tela.
TELLES (Balthasar) . (hist.) jesuita portu-
guez, nasceu em Lisboa em í695, e ahi
falleceu em 1075. Escreveu : Chronica da
Companhia de Jesus, Historia Geral da
Eihiopia a 4lta, obras reijommendaveis pe-
lo seu estilo, e curiosas noticias.
tELLES (José Homem Correia), (hist.) dis-
tincto jurisconsulto porlugiiez ; nasceu em
Sant'lago de í3rtsteiros cm 780, morreu om
Estarreja em 1849. Formou-se em Cânones
na Universidade de ''oimbra om 1800; ser-
viu os lugares de juiz de fora da Figueira,
provedor de Vizeu, corregclor do civil de
Lisboa, e superintendente dns obras da bar-
ra de Aveiro; desde os aniios de i803 a
18 5, em qne terminou a sua carreira de
magistrado, e se dedicou á de advogado,
que exercera igualmente em todos osinter-
vallos da magistratura. Us povos d'í starre-
ja o elegeram seu disputado ás cortes de 1820,
182(> e 184/. Escreveu uma infinidade de
excellentes obras de jurisj)rudencia, taes co-
mo Digestos Portuguez, Doutrina das Ac-
ções, Manual do Processo Civil. Formulá-
rio de Libellos, Questões de Direito Em-
pJiytetitico, e outras obras, que não é possí-
vel enumerar
telmacan, (geogr.) cidade do Wexico, 22
léguas ao SE de i uebla.
telmantepetl, ígeogr.) cidade do México
65 léguas ao SE. dí Oaxaca. llabilada por
uma bella raça de índio*. K um dos pon
los, por ond^* se l^w projectado uniroGran-
de-Oceano ao Allanlico
TELMEssis . /g-io;^'!- : h j' ílcí?. cidade da
Lycia ao bl).
TELMON, (myth ) tiiho -le Eaco, reideEgi-
na, e irmão de í hoeua, e de Pelou. Tendo
mortò cora um disco o seu irmão mais ve-
lho, foi banido por seu pai. depois de ten-
tar em vãojustificar-se. Foi para Salamina.
onde por morte di rei, depois reinou. E'
personagem raytholdgico importante, ajudou
Hercules a tomar Troya. entrou na expedi-
ção dos Argonautas, etc
TELO MARTIUS, OU TELFNIS PORTUS, (gOOgr.)
hoje Toulon, pequena cidade da Gália iNar-
boneza 2^ entre os Comínoni, já importan-
te no século IV.
TELÕES, (geogr.) povoação de Portugal,
no concelho de Basto ; ! ,'209 habitantes.
telonario, s. m. administrador de telo-
nio.
TELONio, s. m. (Lat. telonium] casa ou
mesa onde estavam os rendeiros, e os ar-
recadadores das rendas publicas. Na univer-
sidade de Coimbra era junta de oppositóres
que suggeriam a matéria aos que não esta-
vam promplos delia. Fazer — .
tema. V. Tkema.
TEMÃO, s. m. (Lat. temo, onis) lemo. —
do arado, cabeçalho. V. Timão.
tembroso, (ant.) V. Temeroso
temente, adj. dos 2 g. p, a. de temer,
que teme: — a Deus.
TEMER, V. a. (Lat. timeo, ere, que creio
derivado do Eaypcio hoti, temor, e moi, dar,
ou mah, encher, ou mar, cingir, pr.jnder)
r:'cear, ter me 'O : — a morte, o castigo, —
a Deu , ter temor de o oíT^nder. — se, v. r.
ter medo, rt^ceio : — de alguém, de alguma
cousa; — de si, das próprias paixões, fra-
quezas. De que temes fraco !
teiierartamente, adv. [mente suíT.) com
temeridade ; ás cegas, ao acaso.
TEMEHARio, A, adj. [Lat . temerarius] HT-
rojado, arriscado ; feito sem fundamento.
Juízo — . Proposição — .
TEMERIDADE, s. /".(Lat tcmeritas, tis) ex-
cessiva ousadia, faltado prudência, audácia
imprudente, arrojamento.
temeros.^mentb, ado. {mente sufT ) com
temor.
temerosíssimo, a, adj. superl, de teme-
roso,
temeroso, a, afl[/. que causa temor ; que
tem medo, timorato : — Deus. « De noite o
— cantando refreia o medo. » Camõds, Re-
dond.
temes, (Rtogr.) rio da Hungria, nasce
nos montes Carpathos, recebe vários aílluen-
tfs, e desemboca no Danúbio.
temese, temesa, tempsa, hoje Torre di
Nocera, (geogr.) cidade na costa occidental
do nrutiura, ao N de Térina.
Ti-MESVAR, (geogr ) cidade da Hungria,
27 l'»ju3s «o ME dePetervaradin ; 12,700
h:<bitaiites.
TEMIDO, a, p. p de temer ; adj. que te-
me, temente, temeroso : - da justiça. Fdes-
TEM
TEM
689
usado nesta accepção : hoje dizemos íimi'
do.
temível, adj. dos 2 g. (dys. ioe/) que se
deve temer, para temer. Baixos temiveis.
TEMOE RO. V. Tanoeiro.
TKMOiNEiKO. s m. pilolo, O que rege o
temão OU leme da emb.ircação.
TEMOR, .«. m. (Lat timor, era Kgypcio hoti,
e mór, cindir, prend-^r) moio, receio fun-
dado ; medo respeitoso; (íigj cousa ou pes-
soa que causa temor : « Vós oh novo — da
maura lança. » Ca nõ.^s, Luziad. i, 6.
TEMORisADO. V. Atemorisado.
TKMoaisAR ou TEnoRiZAR. V. Ateitiori-
sar.
temoroso. V. Temeroso.
TEMPAM. V. Tempo.
TEMPB, s. f. (poel.) jardim, lugar ame-
no, gracioso.
TEMPE, (geogr.) bello valle da 'srecia. no
NE. da Thessalia. é regado pelo l'eneo Foi
muito gabado pelos antigos e principalmen-
por Virgílio.
TEMPCLBURG, (geogf ) cidade da Prússia,
9 léguas ao S ). de Nov-Stiltin ; 2,400 habi-
tantes. Fundada pelos Templários, iioXIIi
século.
TEMPERA, s. f. (pron. a primeira accen-
tuada) rjeza, ou consistência que se dá ao
aço ; o banho era que se dá a l«l ten.pera ;
(íig.) modo, gosto, usança, esiylo. Homem
da — velha. Pintura d — , cujas tintas fo-
ram desfeitas com collaouagua. — , na vo-
lateria, a disposição que se dá á ave na vés-
pera do dia em que deve caçar. — , cunha
do carro de bois ; cunha usada nas moen-
das dos engenhos, entre as chumaceiras, e
cabeças das pontes, e para chegar os bron-
zes ou manoaes de cima aos eixos, — do ar,
fp. us ) temperatura.
TEMíEKADAMENTE, ãdo. (mente suíT.) com
temperança, inoieraçào.
TEMPEHADissiMo, A, adj. superl. de tempe-
rado.
TEMPERADO, A, f p. de temperar; aJj..
que guarda temperança, moderado ; aduba-
do, V. g. ocom-r — com especiaria. Ins-
trumento— , preparado para dar sons afi-
nados. Homem — . Uesoostas — . Ar — , de
temperatura agradável, nem frio nem quen-
te de m.tis.
TEMPEKADoa, A, s. pessoa que tempera;
moderador.
TEMPERAMKNTO, s. t» {\M. tempera meti-
tum] compleição da pessoa, constituição phy-
sica ; (lig j Índole, génio. — , temperança,
moderação ; qtialquer cousa que abranda,
corrige a víi»l»'ricia, acrimonia, desabrimen-
to dascousíís physicasou moraes. — doar,
do clima, lemperie, temperatura ; — do ne-
gocio.
TEMPEnANÇA, í. f. (Lat. temperantia) ha-
bito de moderar os appelites sensuaes, os
desejos, as paixões desordenadas ; modera-
ção, comedimento, modéstia. — nas des-
pezas, economia.
SYN. comp. Temperança, frugalidade^
sobriedade, parcimohia Temperança é; uma
das quatro virtudes cardiaes que modera os
appelites, e a ella pertencera co'no espécies
a fruf) ai idade, a sobriedade, e a parcimonia.
A frugalidadc eviti o excesso na quali-
dade e quantidade da comida ; o homem
frugal contenta-se com o que a natureza
quer e oílerece. A. sobriedade evila o exces-
so no comer e beber; o homem softrio con-
tenta -se com o que a natureza exige. A par-
cimonia só olha aos gastos e despezas que
regta, poupando quanto pó le, e talvez com
estreiteza e acanhamento. Quando passa os
limites que prescreve a frugalidadc, e isto
se não faz por espirito le mortificação, de-
genera em escaceza e até em avareza e mes-
quinhez,
TEMPERANTE. adj. dos 2 g. (Lat. tempe-
rans, tis, p. a de tempero, are) dotado de
temperança, moderação
TEMPERAR, V. a. (Lai. tempcro, are, mis-
turar. Ninguém até ao presente deu o radi-
cal d'este termo, que creio derivado tio Egy-
pcio thet, misturar, lemperar, (*peri, a co-
mi la Se a minha conjectura ó fundada, o
sentido próprio da palavra c adubar) adubar
o comer para lhe dar bom sabor. — apa-
nella, isto é, a olha. — o estylo com seu
sal. — , dar temperança : — o aço. — , mo-
dificar o sabor, minorar a aspereza, a força,
avirdencia, e no sentido moral, o desabri-
mento, as paixões. — o acido com agua^
diluir ; — com calda doce ; — a acrimonia
dos humores, a irritação, o animo, osaífec-
tos. A paciência temperava o rigor da dòr.
— os desgostos com o soffâmenlo, — al-
guém de algum aggraco, (loc. ant.) fazer
com que se desaggrave. — instrumentos
músicos, afina-los. — o relógio, dar-lhe
corda, e regula-lo — desavindos, compor.
— as velas, (phr. naut.) marea-las confor-
me o venlo. — o falcão, dar-lhe a tempe-
ra. — a lingua. moderar-se, não oíTender.
— a lingna alheia com a orelha própria^
não fazendo caso das injurias. — se, v. r.
moderar-se, notríibalho, nas despezas, nas
paixões. — nas palavras, comedir- se. — íe,
ou — , (loc. ant.) em sentido abs,, fazer al-
guém boa harmonia.
TEMPERATURA, s. f. (Lai) grao de calor,
e de (rio : a — doar, do clima.
TEWPEREiRos, s. f. pi qualro paos que
se pregam da nora para o eix ).
TEMPiiftiE, s. f. (Lat, temperies) tempera-
mento.
173
m
Wd
TEMPÇRiLHA, í, f. (jpuça nom que se tem-
pera ou moiáèra o calor, o frio, o «abop ás-
pero ; (fig ) meio com que temperamos a
condição de alguém a nosso resp«ito.
TEMPEiULíio, s. m. o modo e destpí^ra de
rétjea de queusaocavalleiro. — s, j>t. aàu
bos grosseiros V. Tempero.
TEMPERO, *. m. (V, Tempprar) osaloadu
bos da olha ; efTiiilo do rímedlo temperanle;
(fig.) geito, e meios cora q|ie se ajas^lí^ e con-
clua aígum negocio, oucooi que se mole-
ra o agastado, queixosp, apaixonado.
TEMPESTADE, s. /. (s at. tempcstas^ tis]
temporal de vento, tormenta, mar alterado;
(fig.) grar)de estrondo, violência, c g. — de
bombardas, de artilharia ; — de blasphemias
de gritos, de trabalhos, d3Sgost.os. — de «an
gve^ batalha. — de fscrupuhs na alma,
remorsos pur)g(i»i]tes, inquietadores.
TKMPESTR^R. V. u. (do Fr. Uinpêtsr] mo-
ver-se como o ar em tempestade, agítar-se,
son'rer grande per.urbacão: — com algu-
ma couia. — , v.a. (p us.) excitar; mal-
tratar com repetidos golpes. « Os g[<>lpes que
o vão tempesteando. » Viriato
TEMPESTIVO, A, adj , opportuno, que vem
a tempo.
TEMpESTuosiDADE. í. f. 0 scr tempcstuo-
so. A — dos tempos.
TEMPESTUOSO, A, ttdj . (des. oso) suieiloa
tempestades, a tormenlas. Tempo, mar — .
— , que caqsa tor neni{>s, tcmporaes ; pro-
cdíoso ; (ílg.) muito .agitado: revolução —
de calamidades, « iiora — da morte. » ^Vr-
raes.
TEMfisno, s. m. diminuí, (chul.) de teo].-
pO;
TEMPio, fgeogr.) cidade da Sardenha, li
legiias ao N de Ozieri ; 7.1(H) habitantes. '
TfiMPLARIOS OUGAVAlJ.piROS DA MlLiC .!i DO
TEMfLOj íhíst.) ordem militar e r<^ligiosa, fun-
d<|da pelo anno (|,e Í1 18, em Jerusalém por
Ilu^^ Tayens, Godofredo de ííajito-Aldhe-
mar, e outros septe Crtjzados fr.anr.eze,3, com
o fjm df* [uolií^erftíii os peregririO>. Bal luiíio
lí, rei «Je Jenjsalemj lhes coucedeu ao prií|çi-
pio uma c.-qs^, situada junlo da ignjíi (Í'n-
qufdla cida(|p, e que fora outr*ora o lemplo
de^alorpão : d'ahi veiu o seu nome. Faziam
05 três votos de pobreza, casljdade. e obdieu-
cia, e deviam viver de esmollas. porem em
breve os <lonalivos, e os interesses da guerra
cortra os infiéis os tornaríjni ricos. Depois da
rios, que estavam em França foram presoa ao
mesmo tempo : um grande numero morreu
uaschamrpas, ea^ consequ-^ncia de um simu-
lacro de processo. Finalmente, o papa Cle-
UiCnte V, muito dedicado ao rei de França,
5upprimiu a sua ordem em 18í^, n'um con-
si -tório secreto, durante o concilio de Vienna.
O crime dos Templários é ainda um prob'eriia
não resolvido Ksta order^ entrou em Portugal
em Wli), onde foi s«u primeiro M^^stre ().
(líildijn Taes. natural de Braga. Habitaram
primeirq Castro Marim e depo s o vastte li-
iicio de Thomar, tendo pauilas commen ias
e bens de raiz, Kxtincta esta ordem por
(^demente V em 131}, foram confiscados os
bens aos Templários de Portugal, e quasl
todos os fr^Mres passaram para a nova qr-
der» de < h;jsto, que em seu lugar estabe-
leceram com El-Uei 1) I>iniz. V. Chrisio.^
TEMPLE, (ant ) V. Tfimpero.
TEMPLO, s m, ({.at. lemplum, parçãp d^
ceu marcada pelos augur^^s tom o)iluo j o
ceu ; espaço circumsCripto. Deriyastí de
templo, are, contemplar) edificio destinado
80 cubo religioso, em que se adora à iáj-
vindade. ou os deuses gentilicos. Ordem do
— , os templários. Applica-se a todo^ os
cultos, o que o distingue de Igreja, Basl"
Uca.
SvN. comp. Templo, igreja, bqsilica.
Templo significa em geral um edifício cpniT
^agrado a Deus é ao seu culíp. Di?-se dos
eddicios que os antigo^ consagravam a suas
divindades, do? em aue os protestantes exer-
cem seu culto. O íèmj^lo de Jerusalepi, <>
fempfo de A|)olo, o templo dçJano; «ha
pesia vilia um templo de prolíístantps. )^
Fallftndo dos pdíticios consagrados ao cu]
to catjiolico ro.iiano, diz-se íem^>/o onigré-
jffl ; porê.n fem/;/o diz-se unicamente quan-
do considerámos estes edifícios como habi-
tados particularmente pf la f^ívindade; assim
dis.^se Vieira ; « .\ fabrica do templo Vaticano
de S. Pedro. » Igreja sign.iflca propriamei^-
to uín edifício compaum onde se reuncrá os
íieis para cejebrarem as festividades re|i|5Í0-
sas, tributarem homenageai a Deuseluuvo-
res a seus santos, cijjas rcdiquias ou ima-
gens ai] se conservam.
Ba-^iiicci segando sua orií^em de rei, quer
dizer, templo real, íím/;/» raagestosó, ma-
gnifico A igreja de .Mafra é uma basilicu.
TEMPO, s m. (Lai tempu<, oris, çuja
queda do reino de Jerusalém, erai|:i'7, es j ^ Ivmologia aini:ja nenhum autor descobria
palharera-se por' ioda a Kiirona p sugraen- | OeÍp qiie vem do Kgypc (a/m, compreen-
taram o seu poder e riquezas. Tanta nro^- 1 d^^r, estabelecer, moslrsr, e empe ou m*ié
peridade excitou a invej.í, e lendo se corrom- i forniadq de ma, Ingar^ g pé ou pké^ c^új^
pido os templários, os ^èus vícios t orgulho | medida jda durai;5o das cousas, da sucçeí-:
deram aos sons Inimigosíumbello pretexto, do ■ são dos phenomenos; esnaçp, dilação ; yâ-
que Filinpe-o-fÀello «é serviu <3om liabdilade . i gar ; ppnurtuni lado, conjectura, pccasí^o ^;
TUI
— , lomar — , pedir — , para executar al-
guma cousa. O — da vinlima, da ceifa.
— s, as estações do anno Tascar o — ou o
seu — em alguma rousa, occupando seem
neH<»cio ou era diverlimeulo. Mell^r — em
njeio, delmgar a conclu-ão do negocio, dei-
xar, osqiiecer com o andar do — . Ganhar
— , ancelerar-se, appre$sar-se, demorar, di-
tjjr a onnriusãodo ncpuio, procrastinar, de -
longar, temporisar. Tomar o — a «Iguem,
eçttrva Io. u — , o estado da alhu)osphe-
ra ; íli}f.) temporal, tormenta. O — esiáfa-
vpfavel para saliir do p"rto. « Quando fez
— , » bom vento para navt^gar. Barros. O
— ou o<i —5, (lig ) o estado politico, o es-
tado dos costum -s da época presente — ,
na ixuisiea, cf«mpasso. iis — i, nad«nsa,no
manej > das armas, as occasiões mesuradas
erp ques« executam c^TtosmovimenUts. —.v
dos vpfbos, nrt gr»nimatica , intlt'XÕ''S do ver-
ba que d^^noíam a época, determinada ou in-
determinada, í!o acto ou acção. C'>ai oau-
dar do — , p'*la cí>niinuai,ã'). Andar cora o
— , conforraar-se «o estado das cousas. Com
o — , conformar-se ao estado das cousas
Com opudardo — , pelo decurso. A — , loc
adv., em tempoopportuno. A seu — .quan-
do chegar a ocitasiào A — *. por inlerval-
\f^s De — s a — s, era intorvallos distantes
de — . Sem — , fora de — , eru occasiâo.
nào oppnrtuna. Roupa do—. V. Roda. —
Yeriadeiro, o que é marca lo p^^lo curso do
sol ; — mó lio, o que é marcado p.or um re-
lógio bíun regulad».
Sy!v. comp Tempo, durarão. O tempo,
diz D. Fr. Francisco de S. i uiz, é para a du-
ração como o espaço é para a extinção. A
duração m^de-se pelo íe;«/)o. como a exten-
são pelo esp?iço O tempo detine-se geral-
mei le, medida d í tí?í rarão das cousas ; du-
rarão é a permanência d'ufiia cousa por
certo tempo. Duração é tempo áeienmnBii] >]
tempo é mais vago c illimiisdo. E assim di-
zemos, que um3 cousa durou muito tempo,
quando não podemos, ou não queremos pre-
cisar sua duração; quando porem a que-
remos determinar, dizemos Cjuo duruii tan-
tos dias ou an jg.», cu que leve tantos ao-
ni s de duração.
TEMPoHA, s. /". mais u5 no pi. lemporan
(pron o accenlo na primeira. Os etymolo-
gistas referem o termo í.at. tempus, ora.
pi , tempo, I» tontes, ao mesmo radicíd, que
não apontam. Vem do Gr. homoros, que
conlina, que lera os mesmos limites], fon-
tes da c^ly^ça
TKMPORAUA, s. f. largo espaço de tempo
TEJIP0R.4L, odj d>s 2 g. [Lm. têmpora-
/t«), que dura e passa r m tempo iimiiad» :
transitório, v g. Dsns temporaeSi profanO;
THH
TEMPORAL, adj dos 2 g. (têmpora, des.
daj. ai', (t. anat.) Arteiia, osso — .
TEMPORAL, s f». [tempo , B des. raivem
de ruo, arremessar), tormenta teropesta/le,
^lig ) (h p. us.), — de artilharia, repelidas
descargas.
TEMPORAL, s. m (l. anat ) Oí temporaet,
são os dois ossos das têmporas.
TRMPOHALiUADE, 5. f. a quali ladc de spf
temporal, as cousas e bens lerapora<^s, mun-
danos. — s, pi , fructos,' rendas, b^nes^es
dos eccKsiflslicos. As —s d'esta vida, os
ganhos, bens, proveitos.
TEMPORALMENTE, adc. {menti sufT ), ppr
algum tempo, hiimanaraente.
TKíPORâNEO, A, a''j . (Lai. tempnranens],
que dura tempo limitado, lemp f^rio.
TF.MiOHÃo, Ã, adj. que amadurece cedo
na estação; Figos —ç, prematuro, antes do,
tempo ordina'io. Casar — , com cedo. Chu-
va — , que vera cedo, antes da época or-
dinária Ser dos — *, d'aquelles que ante-
cipara, que se antecipam.
TEMPORÁRIO. A. d (/ (l^at. íempurarius),
transitório, não perpetuo.
TKMPORis, s. f. pi ires diasde jfjiim na
«emana em cada uma dis quatro estaçõej
do anno.
TEMPORiSAÇÁo, s. f. O acto dc tempofi-
sar, dilação caliíulada.
tempohisador, A, adj. e 8. quo lepapo-
risa.
temporisamento, í. m. (ant ) V. Te/íi/)o-
risaçào.
TEMP.ni^ANTE, adj. do$ 2 h. (des. do p.
a. L.it. em a/i?, tis , que temporisa. |1q?
mens, espiritos, conselhos — s.
temporisar ou TKMPORIZ^B, V. n (Fr,
lem'10'iaer, do Lat tempus, orú, o tempo),
passar, ganhar, pairar tem »o, delongar, ha-
ver se com dilação ; v. g. — com alguém,
conlemporisar, accuramodar se ao tempo.
<eder ás cire^u osL^ncias — , u flf, dtlon-
íí?ir, procraslimr ; v. g. temporisar o nego-
cio.
TEMPK\MENio, (a!:t.) V. Temperamento.
fEMPRAR, (nnl.) V, Temperar.
'fEMPREiRO, í m. (aul.) V. Jtmplario.
TKMprAÇoa. V lenlaçãQ-
iKMULKiNCiA, s. f (Lat temnienll-i) b&^
b"dice. embri.-ígijiez.
TF.MULENro. A, adj. ( at. temu^entus, àe
temi-tam, viuh^ forte : r«d. Gr. meiliu ou
melliy, vinho, mel uj(), embebedar se.) us.
na puefia, embriaga lo, bêbado. A — com-
panhia » Diniz.
TENAÇA. V. 'íenaz
rENAcioAnK, s. f. ( at. tinacitas, tis.) a
qualidade de ser ienaz ; f>»rça com que se
s"gura cousa que se aferrou; (dg) apego,
ntmvTOi ^'. ffí %• nds t)cns^ U múiàen nfà
692
TEN
TEN
conselhos, aos propósitos. — na^ opiniões^
nos vicios, afinco, constância, adhesão.
ténaCissímo , A, adj. supsrl, de tenace,
muito tenaz, pertinaz.
TÊNALiiA, s, f. (Fr. tenaille.) Simpleê — ,
(fort.) obra que tem na frente dois ângulos
salientes, e um reintrante. — dobre ou flan-
queada, tem na frente qualro faces que se
ílanqueam reciprocamente cada duas, for-
mando dois ângulos reinlranles e três sa-
lientes.
TENANTO, 5. m, V,, Cordo,.
TÉNARE, (geogr.) hoje Caih^res, cidade
da Laconia, ao S(>. nas costas do mar, junto
do promontório do mt smo nome (hoje cahn
MaUpan. Junto do cabo Tenare existia uma
caverna profunda d'onde sahiam vapores
mephilicos ; os habitantes do paizolhavam-
na, como a entrada do iaferno, edeahi se
derivou, entre es poetas, a synnnjmia de
Tenaro e dos infernos.
tenariaou tanaiua. V. Pellamc.
tenasserim , (geogr.) cidade da índia
Transgangetica, a 1/ léguas e meia ao So.
de Merghi.
TENAZ , s. f. (do Lat. teneo, ere, segu-
rar.) instrumento de metal formado de duas
peças unidas por ura eixo, com as extre^
midades do qual s*^ aperta ou agarra algum
corpo; é usado por ourives, ferreiros e ou-
tros artífices. — , na milícia romana, tena-
Iha. esquadrão disposto era tenalha. Tena-
zes dos caranguejos, as unhas com que se
aferram e pegam nas cousas.
TENAZ, adj. dos i g. (Lat. tenax, eis,
mesma origem que o precedente) quo se.
apega a alguma cousa, v, 5». a colía, o,r'-n -
de — . — , quo prendí% agarra. A — ua
cora. — , (fig.) aferrado, obstinado, v.g. —
na* opinião, erro, propósito. Mentira — ,10-
tentiva Gente — , seccanto, iojportuna.
TENAZiNHA, s f. diminut de tenaz.
TENAZMENTE, adv. fmeníe suíf.) com tena-.
cidade.
tenca, s^ f. (Lat. tinca, cu.) nome de um
peixe.
tença, s. f. (contracção de teença , ant
do veibo ter.) pensão temporária e vitalícia
concedida a alguém era premio de serviços.
ler se ás — 5 de onirem, (loc. ant.) fiar-se,
confiar no seu patrocínio.
TE^•gA, s. f. (contracção de íefTifa.) (ant }
o acto do ter, possuir, mantença Damos
posse e — . — , sustentHçào, mantença, de-
fesa , V. g. para — do casiello Venhamos
á nossa — , ao que nos imporia. Surgidou-
ro de firme — , onde a ancora prende bera,
o não esgarra. ,
íirç.io, s. fí (contrafçao ([(^.intevção, on
do teiisuni, superl. de /cn(í:r<', tndrr.) in-
tenção, inienio, própostia. dc.íignii». Ter, fa-
zer—. As tençõss do homem só Deus as sa-
be. — , assumpto, v g. — do escriptor. «A
— deste capitulo. » Barros. — , propósito
constante, empreza proseguida com constân-
cia.— do infante D. lienriquQ. A —da lei,
a sua mente —, o que alguém demanda em
juizes,. Dizer missa por — de alguém. — ,
for.) parecer que dá por escripto nos autos
o desembargador. — , nos escudos, divisa
allusiva ao pi.nsamento ou desígnio que al-
guera tem do emprehender feitos altos e
gloriosos: a figura que dá a entender os in-
tentos e emprezas que tinhi tomado o dono
delle. « Com motos e tençõss de seus amo-
res. »
TENCE, (geogr.) cidade do França, a 4 lé-
guas ao E, de Yssengeaux; 5.39S habi-
tantes.
TESCEiRO, s. m. [tença, des. eira.) cobra-
dor de tenças, de rendas.
TENCN (("laudina Alexandrina Guérin de),
(hist ) mulher celebre pelo seu talento, nas-
ceu em li 81, morreu em 17^9, foi 5 an-
nos religiosa, porem alcançou depois dis-
pensa dos votos. Enriqueceu, como seu ir-
mão, no tempo de Law, aíTectava muita re-
ligião ; porem apesar disso levou uma vida
muito irregular e immoral. Sua casa era o
ponto de rosiaião dos f^abios, e dos talen-
tos da época, aos quaes chamava gracejan-
do a su'i mèi^agerie (pátio ou collecçãode
anifoacs ferozes e raros). Deixou muitas
obras, entre ellas os dous romances : o Con-
de de Commingos e o Cerco de Calaif.
TENCIONADO, A, p'. p. de leucionar ', adj.
exposto em tenção forense. Feito — , em
que o desembargador escreveu sua tenção.
TENCIONAR, V. tt (íeMfão, or des. iuf ) dar
o desembargador a sua tenção nos autos.
— , hoje muito usado em sentido abs , ler
tenção, desígnio do fazer alguma cousa.
Tencionara ir ao campo.
TENCiONAKio. s m 0 que recebe tença.
TENÇ0E1RO, s VI (do ltí»l. íe.izone.) (ant.)
o que traz vontade antiga ou rixa contra
alguém.
TENçoEiRO , A, adj obstinaõo , pertinaz,
rixoso. «O villào ó— . Os velhos mais ra-
bugentos e — s. »
TENçoM, s. m. (do Ital tenzone.) (ant.)
briga, volta, rixa, disputa, altercação.
TENCTEBA, (geogr ) povo da Germânia ao
O , que mudou muitas vezes de habitação,
e foi por fim incluído na liga dos Francos.
TENDA, s. /" (Fr. teníc.) Irja de vender
viveres ; barraca de campanha"; navilhnode
j.irdim. Lnantar as —s, arma-las para pou-
sar, abarrac-r s?s levantar o campo, aba-
lar.
tí:nd\i.s. (geog-.l villa de lortngal Ue-
guiis do Lamefif»; Í,.tíO habitantes.
tEfl
tkJN
963
TENDAL, s. m. (do Lsii. tendo, «r^, esten-
der.) tolda íixa sobre a primeira coberta do
navio. «As galés com shuí /eíirfaes de ricos
paramentos.» Barros. — , lugar onde su tos-
quiam as ovelhas. — , nos engenhos deas-
sucar, o espaço onde se assentam as formas
de assucar.
TENDÃO, s. m. (Lat. tendo, us. no pi. ten-
dines ou tendones, do verbo tendere, esten-
der.) terminação dura, branca e íibrosa dos
músculos. Os tendões no estado natural são
insensíveis.
TENDE , (geogr.) cidade dos Estados Sar-
dos, a l2 léguas ao NE. de Kice; 1,100
habitantes.
TRNDE (Renato de Saboya, conde de) (hist.)
filho natural de ihillippe 11, duque de Sa-
baya. Fixou-se em França, onde foi eleva-
do ás maiores dignidades por Francisco I,
seu sobrinho. Morreu em Pavia em 1525.
TENDEDEiRA , s. f. [tender, des. eira.)^ a
taboa sobre que se tende o pão. e se dá íór-
ma á mas5a.
TENDEiRA, s. f. (des. eim.) mulher que
tem tenda ou loja de viveres.
TENDEitto, s. m. (des. eiró.) o que vende
Tiveres em lenda ou loja.
TENDÊNCIA, *. f. propeDsão, pendor, in-
clinação. Os corpos tem — para o centro da
terra. As substancias animaes evegelaes tem
— á podridão.
TENDENTE, ãdj . dos 2 g. (Lat. íendens,
tis, p. a. de tendo, cre, tender.) que tende,
tem tendência, que se encaminha, dirige.
Meios — s á mina da nação. Ventos ou mon-
ção — , que leva ao porto do destino, ven-
tos lesos e continues. — , que propende e
se encaminha. Substancias — s á podridão.
TRPiDER, V. a. (Lai. ítTidere, estender.) es-
tender. — a massa, dividi-la em pães. O
vento tende ns telas, enche. — as telas, des-
ferir, (iesfraldar ; — as bandeiras, as mãos,
estender. — se, v. r. estender-se, alargar-se.
— , V. n. ler tendência, propender, ler pen-
dor. As substancias animaes tendem á po-
dridão. Os corpos graves tendem ao centro
da terra. 'íende o vento a lésle.
TENDIDO, A, p. p. de tender ; adj. esten-
dido, desferido, desfraldado. Bandeiras— s,
despregadas. Velas — com o vento, enfuna-
das. Ver a olhos— s, (fig.) esforçando a vis-
ta para distinguir objtclus distantes.
TBNDiLHA , «. f. dimínul de lenda.
TENDiLOÃo, s. m. augment. de lenda, ten-
da de campanha, pavilhão. — , tentilhão,
ave.
TENDINOSO, A, adj, (Lat. tendinosus.) (l.
anal.) de tendão; da natureza dos tendões.
As partes — s.
lENEBRA. V. Treva.
TKNiUKicoso, A, adj. (Lat. tenebricosus.)
▼OL. ly.
acompanhado de escuridão ou perturbação
da vista, do entendimento. Vertigem — .
TENEBRicosiDADE, s. f. & qualidade de ser
tenebrosos A — da noite ; (dg.) — de pen-
samentos
TENEBR0.S0. A, adj. (Lat. tenebrosus), mui-
to escuro, envolto em trevas; u. g. noite,
dia, tempo, sitio — ; (fig.) obscuro, diíTicil
do entender. Matéria — , malévolo, infer-
nal. Concelhos —s, ideias, pensamentos —s.
TENEDOS , (geogr.) entre os antigos Bok-
htolia-Adassi dos Turcos, ilha doarchipela-
go, ao S. de i emnos ; G,(JOU habitantes.
TENENCiA, s. f.o cargo de tenente ; a casa
em que habita e tenente. — , oííicio, repar-
tição do tenente general de artilharia. No ar-
mazém da — estjvam lodos os depósitos de
armas.
TENENTE, s m. (de tenens, tis, p a. de
tencre, ler, segurar), o que suppre o lugar
de outrem que o encarregou de fazer as suas
vezes; cíTicialiiijrDediatoe inferior ao capi-
tão. — s dos Césares, governadores, vice reis
de provindas. — . (ant.), governador de ci-
dade por el-rei. — general, — rei, govc^r-
nador de praça forte. — oironel, oíTicial
inferior immedialo ao coronel. — do mar,
capitão — , oííiciaes de marinha de menor
graduaçàj que os capitães de mar e guer-
ra.
TENENTE, HO scniido participai adj. em
composição, V. g. lugar — . A' mão — , de
mui perto. Felejar á mão — , travados.
i ENERiFFE (Hha). (geogr.) Nivaria ou Plu-
nialia dos auligos, a maiur das Canárias ;
80,000 habitantes. Capital Santa ítuz.
TENESMO, s. m. (Lai. tenesmuft), (t med.),
puXos para obrar.
TENEsMODico, A, adj . [t. mcd.), acompa-
nhado de tenesmo.
TííNETA, W 'íinela.
TENEZ, (geogr ) cabo da Barbaria.
TE-NGAN, (geogr ) cidade da China, 25
léguas ao NU. de Vou-lchaug.
lENG-TCHEON , (geogr.) Cidade aporto da
China, nas margens do mar Amarello.
TENiA, s. f. (Lat, toBnia, íita, nastro), (t.
med.), lombriga mui longa e chata, e de
ordinário solitaiia.
TENiERS (David), (hist.) chamado o Velho,
pintor flamengo, nasceu em Antuérpia em
1582, morreu em 16^9. Foi primeiro dis-
cípulo de Rubens, depois ligou-se a Elzhei-
mer, e foi seu imitador.
TENiR. V. linnir,
TENOR. Y. Teor.
TENcR, s. m. (liai), VOZ entre adecon-
traho e baixo ; cantor que itm esta voz.
TENOR, s. m. (pruvaveln.enie de íÍKa). es-
pécie de vaso. « Aos cantos quatro teno-
res. » Mendes iinlo, cap. I2l4.
li 4
I
ÍÉÍi
TErí
TÈísÀÀiiiètítK, adv. [mente suff
tenro, (p. us ), ternamente.
TENREIRO, A, oâj . (p. US.), teriro. Meni-
na — .
TENREIRO (António), (hist ) (listincto por-
tufíuez, natural de Coicbbrá. homem de cs-
|iirito e esfoí-çado, Hnin de OrrTMiz pnH
Bácora em Í52H &úúáb por terra fez jorna-
da para Portugal Escreveu: Itenerarw dè
António tenreiro, que da índia ttio pof
terra a este reino de Porlvgal.
TENRiLiiò. V. Tenrinho.
TENRiNíiõ, A, ádj. diminut. de tenro.
TENRissiiiO, A, ádj. súperlat. áé tenro,
muho tenro; (fig.) (p. us.) náuito terno.
TENRO. A, adj. (í.àt. (ènèr, de tenuo, arè,
•tlenuar], molle, brando, v. g. Legumes
até ficar i se, — , induzir a obrar mâl, sedazir fenm
promessas, dadivas, esperanças. — a fé,
procurar corrompe-la. —aDeus, fazeroro»*
vâ do seu poder infinito, provocar a omni-*
potencia divina
TENTATIVA, í. f. áic^ão cnm que setenta
alguma c tusa, ensaio, pr.wa ; tentaífié, eíí*'
saio Gserip«o pa^a fdzer prova de capacida-
de em úíiíversidade.
TÊNtR, adj dos tg. (do Lat. ítfnen.í, tis)
(hnt.) A mão — , mui dfj pfjrto. Pelfjar a
mão — , travados os combatentes. V. Ti*-
nehte.
TENTEADO, A, p p. de tentear; adj. sol-
dado, examinado, calculado.
TEíiTEADOR, A, «dj qué tefttea.
tknteak, V. a. (n.odiricação de tentar. X
dés ear denota ffiovio enfo, e vem do lat.
eo, ire, ir) sondar, examinar com algum ins-
trumento o terreno ou cavidade, f>. g. ò c(fg6
tetiiêa b caminho com o bordão. ■— a fe-
rida, sondar bom a tenta ; -^ o fundo áa
rio. — , (fig.) calcular, ensaiar, xí. g. — o
negocio, a disposição dos anirnos, .'empre-
sa ; dirigir as cousas aos setas fins cfom ton?o.
— de lòhge, Ciílcular, providenciar anteci-
padamente.
TENtEioGo, i. íí>. V. ?>ubítitutó, Lugar-
tenente.
TÉistiLíiÃo, $ ih. âvé vulgar da feif'&ndò
verdelhào ; nos cotos das azas e nô rabo tenã
peíiriáà brancas.
TKÍíTilã, s m. diminuí, detento (do Laf.
tenuatim, com miudeza) — por — , conlf
ioda a miiiííèza.
íEilTO, s m. (do lât. teiítum, sup. de iéri'
</o, «rc, tender, procurar) attôhçào. cuidado.
Ter, pôr trazer — ém alguma cousa, cui-
iar, dar aílertção. Dar — , reparar, consi-
derar, ponderar Perder o — das suas obri-
gações, descuidar se d'el!as A — , (loc. adv.j
coui cuidado, ait^ntamertle; apalpando,
pouco a pouco. Sem — , desíllentámenre.
Com — , com prudência. PÔr — no leme.
Pof mau — se perdeu o nhclò, por falta
do áltençãu ao leme, á fíianobra ou aos bai-
xos, escolhos. — . varinha qaè 6 pintor tem
nS iíiâó esquerda e èrn qUe hpoia a direita
pára dar os traços do pincíd com tnr-Às fir-
meza.
TiiNtO, s. m (do Làt tenuatus, feito mid
s, _, de pouca idade, delicado. — san
nos, os da mininice. Engenho —, recenle-
mente c Uivado. — , terno.
TENROZiNHO, A, ádj. diminut.ÔB tenro,
algum tanto tenro, delicado. Pés ~.
TENRURA, s. f. a qualidade de ser tenro,
(p us.) ternura.
jmí\. fensa-
TENSÃO, 5. f. (Lat. íensio, anis), estado
tenso dos corpos, v. g. — das cordas, dos
nervos ; (p. us.) V. Tenção.
TENsivo, A, adj. que estira, causa téfa-
sâo.
TEfífso, A, adj. (Lat tensus), estirado, cm
éitado de tensão.
TENsoEiRO. V. Tènpoeiro, Uixoio
TENTA, «. f. (de tentar ou íenvear) ins-
trumento cirúrgico com que se sonda feri-
da profunda.
TENTAÇÃO, í. f. (Lai. ícríifl fio tí%Í5J, acto
de tentar, cousa com que se tenta al-
guém; induzimento â obrar íbal ; v. g.
Cahir em —, cedera el!a.
TENTAÇÃO. V. Tentativa.
TENTADO, A, p p. de tentar; adj. indu-
zido a obrar inál, seduzido; experimenta-
do, empreendido, intentado, sondado.
TENTADOR, «. ríi. (lat. t^nfator) O que ten-
ta. O —, ó demofíic.
TENTADOR, A, àdj quc t »ntA, è&áúi.
TENTAME è teSíaJseN, í. Wl. (tàt. ttnta-
men) tentativa, ensaio.
TENTA54ENTO, s. w. (aut.) V. Intento.
TENTAR, v.a. [tm. tenlarè Veííi dorad.
commumá /en(íér, qáfé o F{:ypcio í<)? mão, I do) grão, pedrinha do qae sè USàva antiga-
íiouíoi. (íar, ínover, eiecutar. f/zer : tièh
tot, ajudar, auxiliar) apalpar, éxperímèutAr,
ensaiar, comraelter, empíébender : - - o vao
a empreza, a viagem ; — a sorte, povar.
Ttnlou lodosos ineios, proctírou, êtís.tlòu-
— os mares, éxpÔf-s^ iía^erí^^ da nâVe-
g^-gã-o ; — íneioè. Curativo^s, noVoScaminbos.
— à praça, •acomicÈiéttè ta 'h ^etèeáé pode
levfr deimprõYisô. ~ ptHUfti, àtenlurífr
' meniô pára fazer contas, Cxlculos ; heje é
peça de maríim, o&sò, madreperoLi, ou fei-
jão, ètè., com qué se ifiarcãtíi éspontoS rftt
jogo.
TEítfóRio, *. m. ttat. tenti)riu)n) {p.\ís.]
téntta, barraca.
TtNTUGAL, (geogr.) villa de fortngat, Si-
tuada em ameno e fertíTiíisiTiiO cam^^ò, 2le-
guèà à Mt). dè Coiffibraéa 1 doSíoudègo. Wo
tkR
tÈk
m
tén concelho do I«do de Cadima, ha uma fon-
te ou grande fojo denominado d& tertença,
que sorve tudo quanto lhe lançam dentro :
parece ser aqueducto sublírranco natural,
cuja particularidade já t-ra conheciJa nu
tempo de Plinio.
TENLE, adj. *ios 2y. {l&l. tenuis, do íc-
nuo, arcj attenuar, que creio vem do Egy-
pòio nÒit, farinha Ninguém até ao prpsen-
te tinha descoberto esta etymologia, que me
parece muito provável) delgado, de pouca
consistência ; (tig ) fraco, débil, v. y —
fundamento. Esmola — , de pouco valor.
Sncco, caldo — , pouco eápesso.
TisuiDADK, 8. f. (Lat. tenuitas, íis) a qua-
lidade do ser ténue; delgadcza de sólidos e
líquidos ; (fi^ ) — da esmola, pouco valor,
escassez.
Thisuissmò, A, adj. supcrl. de ténue ;
Oiuiio ténue.
TEOLOGIA, tfol.jGO. V. Ihcologia, Tkeo-
ícfjo.
TEOR, s. m. e não TQEon, que é contra-
rio á elymoiogia, e não justiíicído pela pro-
nuncia (do Lat. tenor] o conteúdo textual de
ura escripto ; (íig.) modo, maneira, nor-
ma.
TEORfMA. V ThéorertM.
TEOBii. V. Theoria.
tfpe, s. m. V. Cesptd^'.
tepez, (ant.) V. Contumaz.
TEriDAíir^TE adv. {mente snlT ) com pou-
c^ calur, tibiamente.
TÍpiDO, A, adj (Lat. tepidus) morno, pou-
co quente , (fig.) tibio, frouxo.
TKPoR. s.m. (Lat,) temperatura do corpo
tépido. Pron. íepór.
TEQLE. V. Âté que.
Ter, ».a.(Lat íengrc. Deriva-se do Egí-
pcio tot, mão, ewtfm, com. ou titot^ tomar.
O Gr. tcinô, estender, tender, vem do mes-
mo radical íoí. mão) possuir, conservarem
seu poder, ». g. — bens, dinheiro, íllhos;
possuir qualidades, gozar '.e, ou padecer,
soffrer, v. g. — iuizo, talento, razão, justi-
ça ; — saúde, dores, penas, cuidados, sau-
dades. — ideias, noções, sensações Tenho
cincoenla annos, d« idade. Teve boi viagem.
— vma posição, occuftór, estar de posse
d'tlla. Us Mouros tinham o cabeço, o cas-
lello. — mão, suster, resistir, fenka ir'*íf>i
susppnda, nãoprosiga. — o /ja«o, alaíbar.
— d^encontro, resistir ao choque, ao em-
bate. — , manter, cumprir ; — a promessa.
— inveja, invejar. — receio^ receiar. —
susto, a!-suslar-se. — dó, condoer-se. —
eompairúo, compadecer-se. — que fazer
com alguém, ter negócios com elle. — ra-
zões com 'alguém. — o preito ou plcUo,
(ant ) sustentar, defenáer a d manda, ir —
fi algum lugar, fallando de caminho, termi-
nar, V. g. esta estrada vai — á cidade ; esta
rua vai — aocáes. Ir — , failando de pes-
soas, navios, animaes, chegar a um sitio,
aportar, fr — com alguém, ir procurâlo.
j — po.- certo, crer, jul;?arcomo cousa cer
tá. — alguém por verdadeiro, flel^ r»>pu-
I lâ lo por lai, fazer conceito d*elle, fazergraa;
; de apreço, — em pouco, desprezar. — , .^anl )
I valer. E' trova que tem por seis, que vale
seis. — SB. t. r. conter se, reprimir-se. —
cm si, raoderar-se. — .■« C4>m alguém, re-
sistir-lhe. — se empe, su-^ter-se. — st acU'
guma cousa, ater-sp, estar seguro, confíi-
do nella ; estar satisfeito cooi ella. — , é ver-
bo auxiliar, e assim como /latcr serve a for-
mar os tempos compostos dos outros verbos,
e att^ os do mesmo verbo, r. g. tinha havi-
do, lido, amado. Teria feito, fallado
TER, substantivado, bens, havnres. linha
teres K' mais us , no p/ V. Teres.
TERÇA, s. f. 8 terça parte, v g. — da he-
rança, das rendas do conselho. — , uma das
hoias canónicas depois da prima. — , peça
de madeira que se lança por baixo dos cai-
bros, para não dubrarem ou sellarem.
T£ilÇ.\A ou TKàÇAN, adj. f. OU S. /. (do
Lat tcrtiana) febre cujos paroxysmos voltam
no terceiro dia, ouu.m dt.Miiu, outro não.
TKRÇADO, A, p. p. do terçar; «<//. que
tem mistura de três cousas. Pão — , de fa-
rinha de liigo, milho esenleio. — . traça-
do. Tinha — a cap''. — , posto detravez.
A lança — por cima da cabeça, atravessa-
da.
TERÇíDO, s. m. vulgo THAÇ.^DO (do pre-
cedente] espada curta. — s mouriscos.
TERÇADOK, A, adj. (ant ) V Terceiro, Me-
dianeiro.
TERÇA-FEIKA, s f. 0 dia da semana que
vem depois da segunda feira, o terceiro, can-
tando o domingo por primeiro V. Feira o
Feria.
TSHçio, s. m. (agric.) ramo de vide que
nasce da cepa, e que se deixa i vinha eo
poda-la.
tekçar , V. a. {terço, ar des. inf.) atii-
tarar ires cousas, •. g. trig*», milho esen-
teio, para fazer pâo. — cal, ftmassa-la com
agua e areia. — , repartir em três par tvs, ».
g. — a presa, o despego. — , airave.iSar: -^
a capa, a lança. — , favorecer « Terjça-me
o jogo mal e and« de pirda. » — , servir de
medianeiro, «. g. -7- p^ amante, '-er aloo-
vileiro. — , (ant ) favorecer, ser favttrav«l.
«O vento nom ttrçaia para naveg/?r »
lne«). 1. 4G1.
TERÇAFIA, *. f. (ant.) intercessão» media-
ção ; deposito, íieldade de terceiro. « .Maa-
d(.u o pfntlice ínnocencio iÚ %ueasviUas
da contenda se puzesstm em — . » }A^a.
Lus.
«74 .
696
TER
TER
TERÇAS , 5. f. as terças partes. Ás — do
concelho, a terça parte das rendas das ca-
maríis que os povos concederam aos reis
para sustentação das fortalezas, — pontifi-
caes, a tprça parte das rendas ou obloções
feitas ás igrejas que pertencem á mantença
dos bispos. As — do anno, os três quartéis
de quatro mezes cada um
TERCEIRA, s. f. medianeira, alcoviteira.
— , na musica, consonância que compre-
hende o intervallo de dois tons e meio.
TERCEIRAMENTE, adv. [mente suff.) em ter-
ceiro lugar.
TERCEIRO, A, ttdj , (Lat. tcrtins, àeíres.)
que está logo depois do segundo. — pessoa
do verbo. Ordem — de S. Francisco.
TERCEIRO, s. m. (do precedente, por elli-
pse, subentendido individuo.) medianeiro,
o que faz bons oíTicios a alguém ; alcovi-
teiro.
TERCENA , s. f. (Ital. darsena, do Arab.
darsena ou tarçana ; dar, casa, e sena,
obras.) almazem, v. g. — de trigo, de cor-
doalha, munições.
TERCENAR.io, s. m. beiíeficiado na terça,
parte dos benesses.
TERCENEiRO, s. f». 0 que trabalha nas ter-
cenas.
TERCER, (ant.) V. Terctiro.
teRcerdia, s. f, (ant.) prítzo de três an-
nos, três mezes, três seman?s e três dias
que a lei concedia para se cobrar divida.
TERCES1M0. V. "írigesimo.
TERCETAR, V. tt. OU n. [tcrceto, ar des.
inf.) (ant.) fazer tercetos.
TERCETO, s. m. tres versos que fazem par-
te do soneto.
TERCiA , s. f. uma das horas canónicas
que se segue á de Prima.
TERCiAR, V. a. V. lerçar, a lança.
TERCíENA. V. lercena.
TERCINELA OU TERCIOKELA, S. f. eStOÍÍO
de seda de Itaha, mais encorpado que o ta-
fetá.
TERCiODECiMO, adj . docimoterceiro.
terciopello, s, m. (Cast,)velludodelres
pellos.
TERÇO, s. m. a terça parte. Um — .—da
espada. — de soldados, na milícia antiga,
era quasi um regimento. — de návs, divi-
são. — , (Snt.) bom meio de conseguir.
TERÇO, A, adj. V. Teimoso, Pertinaz,
Obstinado.
TEEÇÓ, s.m. V. Trfçó, Açor. Falcão — .
TERÇOL, s. m. (taluzcoLat. tors\,m, sup,
de tojqveo ete, torcer) lumoizinho que nas-
ce na f^j.tlla do olho.
TEtEBiMiuNA, s.f. (Lut., doGr. íerebin-
ihos, ê^^enn, molle, e /n/7/5, pinheiro) re-
sina de terebinlho.
TEREBiNTHiNADO, A, ãdj. preparado com
terebinlhina
TEREBiNTHol s. m. (do Lai. terehinthus)
arvore que dá a resina chamada terebin-
thina.
N. B. Na ultima edição de Moraes raan-
da-se ver iherebentina atherebinío, orlho-
graphia errada.
TEREBRA, s. f. (Lat. terebrv.^ verruma) ma-
china de guerra antiga.
TEREBRAR. V. Furãv com verruma.
TERECENA. V. lerceno,
TERGEMiNo, A, ttdj . {LaiAergeminus] tri-
plo. O — Geryão, que tinha tres corpos
unidos em um.
TERGIVERSAÇÃO, s. f. (Lat. tergitcrsatio^
onis] meios, razões, desculpas, pretextos eva-
sivos.
TERGiVERSADDR, A, adj. 8 s, (Lat. tergi-
versafor) pessoa que tergiversa, que usa de
tergiversações.
TERGIVERSAR, V. u. (Lat. tergiversavi, de
tergum, costas, e tJenor, ari, voltar as cos-
tas ; (fig. e mais us.) usar de meios evasi-
vos.
TERGo, s. m. (Lat. tergum) (p. us.) as cos*
tas.
TERiciA. V. Ictericia.
tErjlraír. V. Tresjurar.
iermeNtina, erro vulgar por terebinlhi-
na.
TERMINAÇÃO, s. f. (Lat. terminatio, onis,
conclusão, remate ; desinência das palavras.
As íermiííCfões porluguezas emão, ões, são
ingratas ao ouvido.
TERMINADO, A, p. f. de terminar ; adj.
coneluido, rematado. Palavras — por som
nasal.
TERMINAI-, adj. dos 2 g. final, que ter-
mina, remata ; que diz respeito aos termos
ou marcos dos campos. Deuses ternrinaes,
'iERBiNANTE, cdj , dos 2 </. (Lat.íerwuVíCtií,
tis, p. a. de termino, are] que termina ; .de-
cisivo, llazões, textos, provas — .
TERMiNANTissiMO, A, adj. swperl. deter-
minante.
TERMINAR , t;. a (1 at. termino, are, de
terminus, limite; (ir ícrn- o, lim, termo,
limite; plania do pc. Court de Gébelin con-
funde terma com //crwjw, e as suas estatuas
mutiladas qu<; decoravam os jr.rdins O vo-
cábulo i at. e Gr. vem de horos fim, limi-
te , legra, maneira ; horizô, limitar, termi-
nar, ceterminar. Daqui vem todas as ac-
ctpções íi^íUíadasde termo. O t inicial vem
de litlumi, jôr, collocar.) pôr termo, Irmi-
te, í,m', limitar. — a diícuíísão, o prccf sso^
a guerra, a ( bra con fÇf da. — se, t). r aca-
be* r. A ttbie teimiiuM por Lm suor. A pa-
lavra termina em vogal.
»\
>
tER
TER
«97
TiBUiNÁtiVAMENTí, adf). (men<« suff), de
mof^o terminante, respectivamente ao termo,
ao objecto.
TERMiNi, (geogr.) cidade da Sicília, 9 lé-
guas a E. de Palermo; 14,í()í) habitantes.
TiRiíNO, s. m. (pron. término: Lat. ter-
minus), limite, termo, raia, fim, marco di-
visório € Tendo o — ardente já passado. »
Camões, a lona tórrida.
TERMO, s. m. (Fr. terme, do Lat. termi-
nus), marco divisório, limite, raia ; (fig.),
remate, conclusão ; tempo fixo para execu-
tar algun^a coiisa, prazo. Fazer — , cessar.
— , espaço de tempo que soda aos litigan-
tes no foro. — , (t. for.), declaração feita
por alguém de fazer ou de se abster de al-
gum aclo. V. g. Assignar um — , nos au-
tos judiciaes. — , (fig.) modo, geito, manei
ra de se portar, maneiras, cortezia ; estado
convincente, v. g. Pôr-se em — s de bri-
gar. Fazer — í de morte, (ant.), estar expi-
rando. — médio, temperamento para se di-
rigir em algum negocio, igualmente afastado
dos dois extremos; palliativos, modos de
escapar, de eludir, tergiversões. Em —«ba-
beis, sem inconveniente, sem prejuízo ile
terreiro. Levar uma cousa por seus -~, or-
denadamente, por meios ap})ropriados — ,
vocábulo, dicção, palavra. — s sci*»ntificos.
— de villa, limites da jurisdicção do magis-
trado. — , no calculo é ura membro da pro-
porção arilhmetica ou geométrica. — ante-
cedente, — consequente.
SYN. comp. Termo próprio, sentido pró-
prio. Talvez se confundam vulgarmente es-
tas duas expressões, mas em litteratura de-
signam cousas mui distinctas.
Termo próprio quer dizer termo que ex-
prime bem a id«ia, esteja elle tomado na
accepção que se queira ; termo tomado em
sentido próprio, quer dizer que está toma-
do na accepção primitiva, em sentido recto,
não translato. Assim, por exemplo, quando
usámos a palavra coração para disignar a
parte moral do homem, servimo nosd'um
termo propritt e propriissimo, porque ex-
prime perfeitamente a ideia ; porem não es-
tá tomado em sentido próprio, pois cora-
ção nio designa, em sua primitiva accep-
ção, mais do que a estranha matéria que se
chama assim em nossa lingua.
TERMO, (myth.) deus latino protector dos
limites. O deus Termo era muito venerado
no campo. Representavam como um marco
de pedra com braços e cabeça.
TKRifAMENTE, adv. (meníc suff.), com ter-
nura.
TERNÁRIO, A, adj (Lat. íernortus), de
três. iNumero — , na musica : compasso — ,
em três tempos iguaes.
TERNAS, S. m. pi. ou TERNOS, S. m.pl.
▼01» 1T«
o ponto de três pintado no mesmo lado dos
dois dados.
TERNEíRA, s f. (Cast. temera), novilha
tenra, vilella.
TF.RNEZA. V. Ternura.
TERNi, (geogr ) cidade do Estados Ecclii-
siaíniico, 5 léguas a SO. de Spoleto ; 8,IjOO
habitantes.
teRNissimamente, adv superlat. de ter-
namente.
terníssimo, a, adJ. 5M;)er/aí. de terno.
TERNO, A, adj. (Lat. tener, tenro), mavio-
so, meigo, compassivo, brando, v. g. — s
queixumes. Palavras —s. Os clássicos anti-
gos escrevem tenro.
TERNO, *. m. (Lat. ternns, adj.), appa-
relho de três cousas semelhantes ; Ires nú-
meros da loteria de noventa, de que se ex-
trahem cinco, —s, pi. os três pontos que
pintão o? dados do um lanço.
TERNURA, s. f. brandura maviosa, o ser
terno : v. g — de n^ãi.
TRROLERO, 5. m. uM soffi OU toada a que
se dansava.
TiRPANDRO, (hist.) musico 6 poeta grego,
nasceu na ilha de Lesbos no anno 67H antes
de Jesu-Christo. Ajuntou 3 cordfs á lyra.
TERPSicoRE, (myth ) uma das nove mu-
sas, éra a que presidia á dansa
TERRA, s. f. (Lat. terra ; Sanscrit. dha-
ra ; Pers. ard, arz, arzu ou ers ; Gr. éra;
Céltico ar, er, ter,tir; Saxão e Aliem, crd,
aerd: Ingl. earth, liebr. Chald. ari,ãrez,
ou araz, A ab. ârd. A origem d'esle vo-
cábulo quasi idêntico em todas as referidas
línguas, é incerta. O celebre e agudo Hor-
ne Tooke o deriva do Angio-S^xào erian,
que corresponde ao Lat arare, lavrar com
arado; mas parece-me incontestável que o
termo é muito mais antigo que o uso do
arado, e até dos instrumentos os mais vul-
gares e simples da agricultura. A meu ver
o sentido primitivo de terra refere-se ao
cbão solido comparado com as aguas. O
Sanscrit. dhara vem de dhri, soster. Em
Gallez troes significa o pé, e em Teutoni-
co e taxão tredan, pisar, caminhar. M.
Webster no seu novo Diccionario Inglez $«p-
põequc vera do Arab aratza que significa
roer, reduzir a pó. Parpce-m<5 inadmissível
tal supposição, e creio que a origí^m é hgy-
pcia, do radical rat, pé; kkarat, debaixo
de mim, o que está debaixo dos pés, isto
é, a parte solida, firme do globo sobre que
caminhamos, e pisamos ; talio erat, estar
firme, e com o artigo, estabelidade. Neste
sentido o radical se applica igualmente ao
Lat. terere, pisar, calcar, ao Gr. tribo, cal-
car ; tribos, caminhos. estraHa batida, e
enerthe, por baixo, inferiormente), o solo,
a parte branda ou pidverulenla do solo, em
176
698
TER
TtR
opposiçSo ás pedras, metaes, crystallisado-
res. — , (t. scientifico), antigamente signi-
ficava o mais pesado dos quatro suppostos
elementos , e as substancias solidas eão me-
tallicas ILJe na chiraica moderna nãoé usa-
do. Na pharmacia dá-se o nome de — a mui-
tas substancias sjilinas, ©. g. — foliada de
tártaro. — ponderosa, barytes. — , terre-
no. E — própria para lavoura, pasto, hor-
ta, pí»mares. Oanhar o inimigo — , fazer
progressos, entrando pelo campo Ganhar
— com alguém, (fig.) grang^ara sua ga-
ça, o seu favor por lisonjas, serviços, me
xericos. — chan, plana, campina, nào cer
cada de muros. — secca, afastada de rio
ou do mar. A — fria.(rig ]a sepultura.
TEBRA, (mylh.) Tellas deuza dos pagãos
segundo «Iguns autores a mesma que Cabe-
ie, era mulher d'l]rano e mài do Oceano,
dos Tilães, dos Gigantes, dos Cyclopes, de
Rhea, Temis, Telhys o Mnosymo
TERRA FIRME, (gpogr.) dá-se algumas ve-
ies este nome : 1.° á parte septentrional da
' Aíuerica do Sul, 2.° ás províncias €onti-
iientaes da republica de \enpz.i.
TERRANOVA, (gcogr.) nome de muitas cf-
dades do reino das Duis Sicilias, as princi-
pass são: l.'* na Cnlabria 41pguasao S de
Cassano ; 2 * na Calabria-Ulterior, 5 léguas
e meia a NO. deGerace; ^>.^ na^^icili», 15
léguas a SO. de Catana; 9,200 habitantes
TERRA DOS COELHOS, (geogr.) ilha da Guia-
na hrazileira, entre os confluentes dos rios
Aruari ou Carapapuris com o Amazonas, e
o Araguari com o Oceano.
TKRRA NOVA, (geogr.) vasto banco d'areia
no Atlântico, a K. e a SE. da ilha da Torra
fíova ; é «onde se faz a pesca d.i baca-
lhau.
TERRA ?íovA, (geogf.) em inglez New fonud
land grande ilha da America Si»ptentrional
Ingleza. perto deLabrador; 11)0,000 habi
lantes. Capitui S. João.
TitRRAÇA, i. f. (Fr. terrasse.) terrsdo.
terrackna. V. Tercena.
lERRACiNA, (geogr.) cidade do Estado Ec-
clesi&stico, 20 léguas a SE. de Roma ; 4,100
habitantes.
trrraço, *. t». V, Terrado.
TeRRADA, s. f. (do Arab. tsrrad.) navio
pequeno asiático de guerra.
TERRADEGO, s. m (ícr^fl, rf^^o sufT ) (ant. '
quarentena, a quadrfigesima parte do valor
do pr«dio que o foreiro paga de laulemio
ao senhoi* «íireito, pela licença de alienar f>
prédio.
lERRADBGUiiRO, t. m. 0 cóneRO da Sé de
Coimbra que cobra os terrade^osou laude-
mios pertí-ncentes ao cabido.
TMRAUiGo, i. m. rend»» qnfi fagaor^a»
4eiro do prédio «ibeio gu« oulliva.
TERRADiNflA , *. f diminut. de terrada
TERRADO, s, m. {tema, 'ies. ac/o que de-
nota extensão ) terreno que cada tenda oc-
cupa na feira, e que 4 oeçupado por todas
as lewdas da feira; tea descoberta, e arga-
massada sobre a casa eu vez de telhado,
onde se pa«seia « toma o ar nos paizes quen-
tes ; o p3vimenlo do edificio.
TERRADO, A, adj . coberto de telhado ar-
gamassado. € Os edifícios .«ão todos — s por
terra. » Tenreiro. — por baixo , aterrado o
splho não solhado, ladrilhado ou lageado.
TERRAL, adj. dos % g. quij vem ou sopra
da terra. Vento — .
TERRANQuiM, s. tn. (t. Asiat.) espécie de
embitrcaçfo da índia.
TERRA w TEZ,' adj. dos 2 g. natural de uma
terra, nascido, produzido nclla. « Daqui é
é _. » terra — ,
TERRÃo, s. m. V. Torrão por uso.
iV. B. Barros escreve íerrão, deriva ni 0-0
de terra, mas o uso constante tem preferi-
do torrão.
terrapleuado, A, p. p. de terraplenar ;
a^Ij alizado em terrapleno.
TERRAPLENAR, V. a. [t$rra, pUno, ar CQi
inf.) encher um vão de terra fazendo-o mas-
tro : — o baluarte.
TERRAPLENO, s. Til (Fr. terrepleín.] terre-
no com que se enche algum vão, olizadí,
aplanado • — de re} aro, do. baluarte.
terráqueo, a, at/j do globo da terra. O
globo — . a terra, planeta.
terkaçson, (gyogr ] cidade de França, 8
léguas aoN. deSarlat ; 2,945 habitantes.
terRatorio. V. Território.
terRkal, adj. dos t ^. da terpa, munda-
no. O paraiso — . Concupiscências terreaet
e carnais.
terrear, V. a. ou n. apparecer a terra,
o solo descoberto sem vegetação. « Em Ja-
neiro põe-te no outeiro, sa vires verde.sr poe-
te a chorar, se vires terrear põe-te a an-
dar »
terreiro, s. m. espaço despejado plano,
espaçoso, lugar onde antigamente se exer-
'íiam a tirar a besta ; lugar onde os pastores
se ajuntam a cantar e bailar. /''azer — , fazer
lugar, desembaraçar a praça. Fazer— s de
patacão, (expr. chula) basofiar muitn. Ser
— , alvo, ol-j^cto, ». g. — da maledicência,
do aborrecimento Tirar o — , desafiar. —
io trigo,\higar onde os particulares sãoobri-
içados a depositar o seu trigo, e outros ce-
reais para ali se venderem ao publico.
TERRURO, A, aí/;", (anl.) térreo. Caíoí — s,
terress.
TERREMOTO, s. m. (Lat. terr(Z-motm ) aba-
lo, rumor do sfdo causado por volcõas ou
outros agentes n>turaes ; (fig.) grande es-
trondo, Aj>alo, p, g.-^^^ bombarda»,
.7í ..*UV
TER
TES
699
TERRENno , A , adj . da terra, terrestre ;
mundano. V. Terreno.
TERRENO, A, atlj . (Lat. ter r enut. ) de ifr-
M ; terrestre, mundano. « Dv.'leitações — . »
Arraes. Vento — , terral. «A tôr — e pa-
Ifda. » Camões, côr de lerra.
TERRENO, s. m. (Lat. terrenum.) campo,
perçào do lerra para agricultura ou pari
edilicação.
TKRRKNTO , A, údj . (des. enío.) que teuí
mistura ou natureza de terra. Ferros ior-
mentos.
TERREWTORio, (flut.) V. Tetritorio.
TERiiEo, A, adj. (Lat. í«rr«iíí ) da lerra;
da natureza da terra. «Às partes —t dos
corpos.» (,ôr — . Casns — 5, rentes com o
tiro. Entender — , (fig.) entendimento ras-
ttint. Linha—, na pintura, q;i« se íigura
tirada dos pés das íiguras horizontaLitente.
TÉRREO, 8. m. (aat) terreno baldio, ter-
ra inculta.
TeRRE8T*e , adj. dos 2 g. (Lat. terres-
trif) da terra, mundano. Guerta — , (p. us.)
que se faz po" tí»rra.
Iehribkl V. Ttrrirel.
lERHiBELMEWTE. V. Terrivelmente.
TERKíBiL. V. Territel.
TERRiBiLiDADE ^ s. f. & qualidade dê ser
terriveL
TERRiBiLissiMO, A, ãdj . supcrl. de terri-
bih
TEHRiBUí.AiiENTo, *. f». (Lat. terricula-
mentum] (ant. e des.) terror, assombra-
merio.
lERRiFiCADO, A, p. p. de terr ficar; adj.
a queiQ se in>pifou terror, amedrontado.
TERRIFICANTE, adj. do$ 2 Q. (Lai terri-
^cans, tis, p. a. de ícrr?7?co, are.) que ins-
pira, ciusa terror.
TEKRiFiCAR , t. a. (lat. tcrrifico, are.)
causar, inspirar terror.
TERRiFCo, A, adj. (Lat. terrificus.) que
causa, inspira terror.
TERRiGE^o, A, oí//. (l at. íerr/^cfiMí.) ge-
rado na terra, nascido delia.
TERRtJtA, s f. (Fr. ícrrinc.) vaso de lou-
ça, porcelana, ou prata, redondo ou oblon-
go, em qire st serve na mesa sopa ou cal-
do.
TERRiPLKWAR. V. Teiraplenav.
TERRITORIAL, udj dos 2 ç. do territorio,
que rpsptíiía ao território. Justiça — .Divi-
sões territoriaes,
TERRITÓRIO .^. m. (Lat terriíorium ] área
occupttda por cidade, villa ou lugai; o cir-
cuito a que abrange a jurisdic<,iio do ma-
gistrado ou prelado, comarca.
TERRÍVEL, adj. dos ^ g. (Lat. territnlis.)
que causa terror. Terrtceif calamidades. —
estrigo.
TERRiviL, (geogr.) montanha da Suiísa,
ao SE. deForenty; o seu verdadeiro nome
ó mente Terri.
T^.RRiVELMENiE, adv, (men<0 suff.) de BQO-
do territel.
TEHROADA OU TORROADA, 8. /*. (ant.j «F-
remesso, tiro com torrões.
TERROR, «. m. (Lat. teiror), grande me-
do, susto, pavor com perturbação do espi»-
rito causado por perigo imminente. v. g.
Causar — . Pôr — nosaiiimos; j.ôr os âni-
mos em — . « tra-mos — e medo a todo
aquelle oriente. » Barros, ij, 6, i.
TERRURISAR OU TERRORIZAR. V. a. [t^rror,
e ixar des.), inspirar terror aos iniiLigos do
systema pfililico dominante ; terr. ficar.
TERRORISMO, s. w. (des. ismo), sjstema
politico fundado em incutir terror aos adver-
sários.
TERRORISTA, s. m. (des. ista], partidário,
fautor do terrorismo.
TERROSO, A, adj. (Lat. íerrosus), térreo.
Condecorações — s.
TERRLGEii, (geogr.) povoação de Portugal,
no concelho de Cintra, a 4 léguas delisboa
1,100 hal itates. lia outra a 2 léguas de
Évora.
terí-ão. V. Torsào.
tersarolx ou verçarola, s. f. (ant.), ar-
cabuz.
TERSissiMO, A, adj. superlai. de terso.
terso, a, adj. (Lat. tersus, de tergeo,
ere, limpar), iimpo, lustroso, polido. (íig.)
eslyto — , correcto, limado, puro.
lERsó. V. Ter sol.
TtHSOL, s. m. (ant.), toalha do altar em
que o «ac4ird')te enxuga os dedos.
tertulliano, (hií«l.) doutor da igreja, nas-
ceu em KiUem Carihago, converte.i-se vcn,
do a paciência heróica dos martyres. >tor-
reu em 24 í. Deixou muitos escriptos : o Apo-
iageiicn, Tratados contra os Èxpeclaculos,
eto.
teruel, (geogr.) cidade de Ilispanha, so-
bre o Guadalaviar, a 35 léguas de Saragoça ;
7,500 habitantes.
terzo. V. Terso.
TES. V. Tex.
tesamentb, adv. [mente $viíí.], rijamente,
sem afrouxar; t. g. Vercejar — , com ar-
tilharia.
TES.40, s. m. (do Lat. tensio, onis, esta-
do tenso), esiado de corpo leso, estirado.
O — da agua, corrente impetuosa ; — da
maré, íotçí — de f)cn3, do castigo, inten-
sidade, rigor excessivo. — , (fig.) grande
constância, perseverança : — do propósito,
do esforço, da paciência. —, erecção do roen-
bro musculo. — da voz, força constante.
O - - do monte, grande teso, mgrennidtde
difiicil de subir. — , uma espécie de rede
de pi-scar.
'■>
ÍÒO
íéú
xbsCáo, obsolv. V. Vadio,
TESCATUBOCHTLl ou TLALOCH, {myth.) (leUS
mexicano, o principal depois de Teotl ; pre-
sidia á vida penitenciaria e á punição dos
crimes.
TESCHEN ou TiEssiN, (geogr.) cidado dos
Estados Auslriacos, 7 léguas a SE. de Mcehs
risch-Ostran ; 5,000 habitantes.
TESiDÃo, s f. o ser teso.
TESO, A, adj. [Lat. tensus, de tendo, ert,
estirar), estirado, tenso, não bambo, v g.
A corda — . O arco teso, inteiriçado : o cor-
po, os membros — s de frio. O chão — ,
duro. — , rijo forte. Vento — . Agua que
corre —.Chuva—. Maré — , (fig.) o mais
— do exercito, a porção a mais forte. — no
parecer, no voto, no propósito, firme, cons-
tante. Ter-se — em alguma cousa, soster-
se eom vigor. Repreensão — , áspera. Briga
— , renhida, impetuosa. Ter — . soster fir-
me, com toda a força, estirando oi múscu-
los dos braços. Com remo — , voft forçada,
— , immovel. Olhos —s, fitos Olhar — ,
fitando, encarar sem pejo. A lança — ou
em — .' Monte — , alcantilado, Íngreme. —
ou em — , adverbialmente, rijamente, esti-
rado ; com Ímpeto Ter se —com alguém,
resistir-lhe. Ter algum negocio em — , sos-
te-lo com firmeza, não afrouxar.
TESO, *. »».(subst. do precedente), o al-
to do monte alcantilado, do morro.
TESOURA, í f. (de tosar, Lat. tondêre,
tosquiar, tonsio, tonsura), instrumento de
aço, formado de duas peças de gume cor-
tante desde o eixo que as une até ás pon-
tas ; que movidas pelas duas extremidades
oppostas, apertando-se uma contra a outra
e sobrepondo-se, cortão panuo, coiro, ca-
bello, metaes, etc. — i, aspasdepáuemque
66 serra a madeira antes de se rachar em le-
nha; aspas que sostem acumieira de edi-
fício; V g. ~~ do coche, correias fortes de
sustentar de trás o balanço. — s, nas aves,
são as primeiras pennas da ponta da aza
TESOURADA, s. f. golpo de tesoura.
TESOURAS, fgeogr.) villa da província de
Goyáz, nc Brazil, na margem direita do rio
de seu nom 5, íO léguas ao NNE. de Santa
Rita, e S6 ao NNE. da cidade de Goyaz.
TESOURAS, (gfsogr.) río da província de
Goyáz, no Brazil.
TESOUREIRO. V- Thesourtiro.
TESOURINHA, 5. f- diminut. de tesoura ;
V. g. — das vides, etc. Fazer — s com os
dedos, (fig.) «chula, ateimar, porfiar, não
ceder da porfia,
TESOURO. V. Thesouro.
TESSENOER-LOO, (geogr ) cidade da Bélgi-
ca, 6 legaas a NO. de Hass«lt.
TÉssERA, s. f. (Lat. do Gr. téssares, qua-
tro), dado de osso ou marfim que servia de
senha entre os antigos Romanos.
TESfiNO, (geogr.) río da Suissa, nasce no
monte S. Gothardo, e une-se com o Po per-
to de Pavia.
TEssiNO, (geogr.) 18.* cantão da confede-
ração germânica, limitado aO, e a SO. pe-
los Estâdos-Sardos, ao 8 e ao SE. pelo
reino Lombardo-Venezíano, ao N. pelos can-
tões de Valais, e d'Uri ; 108,000 habitan-
tes. Capital Lugano.
TEssuM. V. Tissú.
TESST, (geogr.) cidade de França, 4 lé-
guas e meio ao 2i. de S. So ; 1,643 habi-
tantes.
TESTA, s. f. (Fr. tête, ant. teste, Lat. tet-
ia, vaso de barro, concha), a parte supe-
rior do rosto, fronte, v. g. — coroada de
rei; rei. — , (íig ) frente. Fazer — , resis-
tir. Por-se á — do exercito, á frente. — «
das galés, vãos entre os bancos onde se ar-
mavam beUches para os criados d'El-rei. Cou-
to.
TESTACEO, A, adj. /'Lat. testaceus], de
concha, que tem concha, como as ostras, e
outros mariscos. Os — í, siibst.
TESTAÇOM. s. m. (aut.) Por testações, se-
questrar, embargar.
testaçudo, a, adj. cabeçudo, obstinado.
TESTADA, s. f. [tcsta, frente, des. ado)^
limite, raia, estrada que serve de limite a
prédio rústico. <( Alimpe ca la qual a sua — , )►
(fig.j emende seus defeitos.
TESTADO, A. p p. de testar ; deixado por
testamento, disposío em testamento.
TESTADOR, A, s. (Lat. testator)^ pessoa
que faz testamento.
TESTAMENTARí.i, *. f. (des. ta), oíTicío do
testamenteiro ; administração dos bens do
defunto.
TESTAMENTARio, A, adj. (Lat testamento»
rixis), que respeita ao testamento, á testa-
mentária ; nomeado pelo testador.
testamente RO, 5. m. administrador dos
bens do testador; nomeado por elle ; c. g.
tutor — . testamentario.
testamento, s. m (Lat. tesiameníum],
declaração escripta que alguém faz da sua
vontade relativamente á distribuição dos seus
bens a filhos, á família depois de fallecer;
V. g. — holographo, escripto inteiramente
pela mão do testador ; — militar, feito por
mihtares em campanha sem as formalida-
des ordinárias. Fazer — . — *, (ant.), casas
religiosas, solares, casaes fundados por fidal-
gos cujos herdeiros gozam de parte da ren-
da, de foro, emolumento, ou da totalida-
de do rendimento. — í, (ant.) doações, títu-
los authenticos como testemunhos das von-
tades dos contractantes. — velho, os livros
da Bíblia anteriores a Jesu-t-hristo. — no-
vo, os evangelhos, as epistolas dos após-
TES
rsT
701
tolos, e outros livros canónicos da lei chris-
t&.
TRSTÃo. V. Tostão.
TESTAR. V. a, (Lat. í«<íor, ari), deixar em
testamento, dispor por testamento ; v. g.
Testou dois milhões de cruzados.
TESTKiRA, s. f. {tosttt, dcs. eira], a par-
te diant*»ira : — do carro ; — do caixão, as
peças das ilhargas, — de prédio, testada;
— dos arreios, armadura da testa dos ca-
vallos acobertados.
TESTEiRo, *. m. (ant.), V. Testada.
TESTKMOIO, TESTEMONIO, TESTEMOTO, obsol.
V. Testemunho.
TESTEMUNHA , s. f. (Lat. testimonium),
pessoa qne dá testemunho em justiça. Ti-
rar — f, inquiri-las. — , testemuuho, cou-
sa que attesta a verdade de algum facto, — s,
duas pedras que se fincão e enterram aos
lados de cada marco, ou duas arvores plan-
tadas ao lado de arvore servindo de baliza.
TESTEMUNHA, s. dos 2 g. pcssoa quc les-
temunha em juizo.
TESTEMUNHADO, A, p. p dc testcmunhar;
adj. alTirmado, atlestado por testemunhas;
aulhenticado com testemunhas. Testamento,
casamento, facto — .
TKSTEMUNHADOR, A, adj. qiiB dá tcstemu-
nho. .|ue comprova, attesta.
TESTEMUNHAR, V. a. [testemunho, ar áes.
inf.) dar lestcrriunho, nUestar. Aspyramides
do Egypto testemunham o poder daquella
nação.
lESTEMUisHAVEL, adj. dos 2 g. [áes. atei.)
que serve de testemunho, que faz fé. Car-
tas testemunháveis, copias authenticas.
TESTEMUNHO , s. m. fLat. teslimonium.)
declaração authentica dada em juizo , de-
poimento de testemunha; fé, prova. Em —
de verdade; cousa que faz fé, que attesta
Dar — , testemunhar. Levantar, assacar — ,
imputar, attribuir falsamente a alguém ac-
ção má, aleive, calumniar.
TESTi (Fulvio), (hist.) poeta italiano, nas-
ceu em lt.93, morreu em 1H47. A princi-
pal de suas poesias é Canhone diiigida a
Montecuculli.
TESTicos , s. m. testeiras, cabeceiras da
serra onde se encaixa o alfeisar, e se prende
a folha e o cairo.
TESTÍCULO, s. m (Lat. testiculus, dimi-
nui, de testis, testemunha.) Os —s, são dois
órgãos encerrados no escroto onde se segre-
ga o sémen, e que caracterisam o sexo mas-
culino.
TESTiFiCAÇÃo, s. f. (Lst. tcstifíçatio , onis )
acção de testificar, testemunho.
TESTIFICADO, A, p. p. dc testificar ; adj.
attestado.
TESTiFiCADOR , A, adj. que testifica, at-
iesta. . . ' '
testíficar , V. a. (Lat testificor, ari.)
dar testemunho, testemunhar; itlestar, com-
provar.
TESTiNiio, s m. diminut de testo, ca-
co, cacozinho.
TESTO , s m. (Lat. teslum.) a tampa de
ba?ro da panella ou do cântaro; vaso de
barro onde se põe a enl para caiar. — do
boi, do touro, cnsco da cabeça.
TESTO, A, adj. (Y. Téstudo) (fig.) resolu-
to, firme em fazer cousas de esforço e pe-
rigo, cabeçudo.
TESTRY, (geogr.) antiga villa de França,
perto do Peronne.
TESTUDAÇO, A, ttdj. úu^ment. de téstu-
do, adj.
TESTUDO , A , adj. (Fr. têtu, ant. testu,
cabeçudo, de téte, cabeça.) cabeçudo, tes-
to, teimoso.
TRSTUDEM, s. f. Q testudo, s. m. (Lat.
testudo, tartaruga.) defesa que faziam os sol-
dados romanos cobrindo-se com os escudos
e offerecendo a figura de uma tartaruga -
TESURA , s. f. [teso, des. ura ] rigidez ,
estado de cousa tesa, estirada ; (fig.) rispi-
dez altiva.
TET, (geogr ) Tetis, rio da França, nas-
ce nos confins do departamento d'Ariege, e
lança se no Mediterrâneo,
TETA, s. f. (Fr. tetle, do Gr titthé, bi-
co do peito.) mama, peito. Hoje diz-se prin-
cipalmente das fêmeas dos animaes , t?. g.
— das vaccas, porcas, cadellas — de terra,
(fig.) empola. í/m — s , diz-se jocosamente
de um maricas, homem molie.
TETANOS, s. m. (do Gr teinò, estender.)
(med.) doença em que os membios se tor-
nam rigidos.
TETE, (geogr.) cidade da Africa meridio-
nal, na capitania geral de Moçambique.
TETEiA, s f. (t. infantil usado no Brasil)
brinco, dixe de crianças.
TETHYS, (myth.), a primeira das divinda-
des do mar, filha d'Urano e da Terra, ca-
sou com o Oceano seu irmão, e teve d'elle
as 8,000 Oceanides.
TETiM , s. m. argamassa de pó de tijolo
com cal e azeite.
TETONAN, (geogr.) cidade dos Estados de
MarrDcos, 11 léguas ao SE. de Tanger,
15,000 habitantes.
TETOR. T. Tutor.
TETRA, do Gr. té l tar a, qua^ir o. Entra co-
mo prefixo em muitas palavras d irivadas do
Grego.
TETRACORDio, *. m. (mus ) scriedequa-
tro sons diff"erentes separados um do outro
por três inlervallos.
TETRACORUO, s. wí . lyra de quatro cor-
das.
lETRAEDBO, s, m. (geogr.) cprpo regular,
176 '
702
TtU
ffit
pyramidal cuja superfície se compõe d« qxia-l do Sufiana, enviou ao cerco de Tróia 20, ÔOO
tro t^iariííulos iguaes e equiláteros | homens commandadospor Memnon.
TETR\G0?50, s. m. (geoiu.j figura rectili-
nea de quatro anguloâ iguaes.
TETRAGRAMMATON , s. m (Gr.) nome de
quatro leiras, e por excellencia o nome de
Deus em Grego e Latim.
TETRArHALANGARCHiA, s. f. (Gf.) Capita-
nia de quatro phalangps.
TETRAPL»), s. m. V. Quadruplicado.
TETRAPOLK, (geogr.) nome dado pelos an-
tigos a muitos paizes aonde se achavam
quatro cidades notáveis.
lETKARCHA, s. m (Lat. e Gr.) principe
sujeito a um soberano.
TETRAUCiiiA, s. f. autoridade, e districto
de tetraroha.
TETRARCHíA, (hist.) nomo dâdo pelos an-
tigos: 1.** a pequenos Estados, fracções de
um império, que ers dividido em 4 ; 2° a
uma f'!rma de governo, no qunl o poder
era o exercido por 4 pessoas.
TEiRÁsTiciio, s m. poema de quatro ver-
sos
TÉTRÍco, A, adj. (Lat. teíricus.) melan-
choiico, tristemente grave, carregado; (tig.)
áspero, severo.
TÉTRICO, (hist ) P. Pivesus ou Pesuvius
Tetricus, usurp^^dor, tomôu a purpura era
268 em Bordeis, e dominou perto de 6 an-
nos sobre as Galhas, a Hispa si bn, e a Breta-
nha. Batido era 274, por Aureliano renun-
ciou ás suas prí^tenções
TETSCFIEN OU oiECZiN, (gcogr.) cidade da
B(»hemia, 7 léguas ao N. de Leutmerilz ;
l,70í) habitantes.
TETRO, A, adj. (Lat. feíer.) negro; man-
chado.
TETUB\R. V. Titubar.
tetudo V. Mamudo.
TEU , r». , TUA , f. adj. articular ; que
pertence a ti. relativo a ti. — capote, —
íiiho, — íilha. Por — amor, pof - tenção o
fiz.
teucro, a, adj Troiano, de Tróia.
TELCRo, (hist.) principe de origem eretez,
segundo uns, asifltica spgondo outros, rei-
nou sobre a Troade (que do seu nome se
chamou Teucria), quando Dardono man-
ch.ido pelo sangue de seu irmão .lasion a-
porlou «os seus estados; Teucro purilicon-o
e deu-ihe em casam^ntosua filha Arish.
teúoo, p.p. (ant.) de ter. tido —eman-
teúda , diz se de riuihí^r que algUem tem
por sua fonlí», amiga.
teut.*, (hist ) [roi';ba dá ífyria, viuva
d'Agron, remava n » ar.no "1 >t anies iJe Jesu-
Christo, Foi vonclda pelos conluies roma-
nos L. T^àtunioAlbin»» etneio FuIvioCen-
iumalo.
Tkltaxb, (hist ) aaligi rei da Âásiria ou
TEUTADES, (mytli ) deus d^os Germanos,
dos Celtas ou Gaulezes, presidia ás bata-
lhas, ao commercio, ao dinheiro, e á intel-
ligencia.
TEUTOBURGERWALD OU EGGE, (geagr.f cor-
dilheira de Allemanha.
TEuTÓNiCo, A, adj. Gcrmaníco, día ÁJle-
manha. Os cavalleiros — 5.
íKUTONicos (cavalheiros), (hist) ordem
religioza e mditar fundada em S. João d'A-
cre em 1 i90, para proverão allivio dos Cru-
zados doentes ou feridos. Tornaram-se dentro
em pouco muito poderosos, e li zera na gran-
des conquistas Napoleão suprimia esta or-
dem por um decreto, que foi confirmado no
congresso de Vi-nna.
teCtões, (geogr ) Teutones, povo germâ-
nico originário das marg^r.s do Báltico, oa
anUiS nome commum a muitos povos da ger-
mânica. Os Teutõíís são Ctíl«br«^s pela parte
que tomaram na invâzão da Giilia e da
Itália de 114 a iOl antes de J<-su-Chris-
to.
teverose, (geogr ) Aúa no dos Estados
Ecclesifisiicos, nasce rta extremidade N. da
delegação de Fronsinone, e lançou- se no
Tibr»^ a légua e meia de Ho ma.
TEVior, (gengr ) rio da E.>cocia, nasce nis
confins do condado de Dumfries, e lança-
so no Twe»^d.
TEWKESBURY, (gcogr.) cidadc d' Inglaterra,
3 léguas e meia ao^. de Glocester ; 6,000
habitantes.
TEX. V. Tez.
TEXAS, (geogr ) novo estado da America
seplenlrional, entre os Estados-lnidoá e a
Confederação Mexicana, tem limites ao >', o
Hed-River, a E. a Sabina, ao /^E. o rio das
^ozes ; 320, OuO habitantes Capital Aus-
lius. As divízõtís administrativas de Texas
hão as seguiu ies :
DiáTRICTOS
Alabaraa
Hrazoria
Colorado
Cu manche
Gol ia d
Gonzilés
liarrisburgo
Houston
J.Hsper
J< fferson
La baça
Liberty
\j«ta^orda
CAPITÃES.
Alabama.
Bra7oria.
Colorado.
€
Goliad ou Bdhia.
Gonz«lés.
llaTisburgo.
Houston.
Savali.
Sabina.
Vicloria.
l iberty.
MatA (Horda.
Ifli
TDA
705
Milms
Mina
Nacogíloches
Ked-Kiver
hefugio
Sabina
Santo Agostinho
Santo ÍÀutonio
S. Philippe
H. Patrício
Tanaha
Travis
Washington
Tinoxtitlan.
Anstin.
Kacogdocbes.
€
Refugio.
«
Santo Agostinho.
Santo António de Bé-
TnAi-TCHEOu, (geosfr.) cidade da China,
jna província deTcbfkíang.
THAi-TouNG, (liBogr.) cídadc da Chína, 70
léguas a NK. de Thai-Yonen.
Tiui-YONEH, (geogr) cidade da China, 50
léguas a ^0. de 1'eking
THALA, (geogr) cidade de Byzacene, per-
tencia á >uiiii(iia.
TiiALAMO, s. m. (Lat. thalamus,(\f.thá'
TEUL, (geogr ) ilha do reino de Hr lian-
da, no mar do .Norte, na ponta KO. doQuif-
diTzée ; ?i,OnO habitantes.
Tfxo. V. Teixo.
tbUto, «. m. (Lat. ícxíuí ) as palavras dp
que consta alguma escripiura, e de ordiná-
rio passagem qne se cita para prova de dou-
trina nu ailegaçáo.
TEXTUAL, adj. dos 2 g. conforme ao que
diz o leito.
TEXTURA, s. f. tecido; (6g.) contexturas
un'ãO imima das partes de um lodo: — das
íibras óa madeira.
TEXUGo. V. Teixugot
tzyo. V. Tin.
TRTOR. V. Teor.
TFZ , * f epiderme. A — do rosto, do
carão ; — do pomo.
TEZAO. V. TfSM.
Tfzctcn, (geogr.) «idade do Meiíico, R lé-
guas e meia aoíNE. doMcxieo ; 5,000 babi-
lrfí>tes.
TíiABOR ou TAROR, ígeogr ) DQontanha d» ■
Sjría. ao SE do lago Taba rieh. '
TffAGARA. ígeogr.) cidade do Indostão, m>* }
estados deNizam, p^^rlo d'Aurengabad. ■
TiunHASp I ou tiiaMas. (hist ) segundo
S. Philippe de k\n-\ íamos,) leito nupcial, conjugai. —í , (fiir.)
tin. i núpcias, bodas. Os — da aurora , do sol ,
S. Palricio. (poet ) o pomo do horizonte donde nasc©
« o astro.
Montgomery. thales, (hist.) celfbre philosopho origi-
Washinglhon. nario da i'henicia, nasceu no anno 1-39 an-
tes de Josu-Chríslo, vi«jou no Egypto para
se instruir; fundou df^p^is era Mdelo a Es-
cola Jonia. Altribuem a Thaie^ a famosa má-
xima : Conhece-te a ti mesmo.
thalia, (myth.) uma dasnore musas, pre-,
sidia á coaiedia e ao epigramma. Também
é o nome de uma das três graças.
thamar, (hist.) mulher cananea, foi ca-
sada com 03 doíjs filhos de Juda. Her e Onan.
Outra Thamar lilha de Datid, foi violada por
seu irmão Abra hão.
TUAME, (geogr.) tio d'ínglaterro, nasce
no condado de Buekingham, ejunta-secom
o íris em Dorche*ter.
THAME, (geogr.) cid<^d^ dTnglaterra, 5 lé-
guas a E. d*Uxford ; 2,500 habitantes.
TUAíTRis, (hist.) antigo poeta grego, íi-
Iho de iiiilamon e d'Arsinoe. u isce\j ní Thfa-
ci?», ganhou o preço da iyra no» j"gos py-^
ihictís.
thaFíe, (hist ) nome dado pelos Anglo-
Sax''nios ao chefe cfum bando ou de ura
caintâo
THÂNEt, (geogr.; ilha d'ÍDgl3terra, forma-
da pela ensbocadura do Tamisa, e por dois
bpaçfS do Stour ; 20,0(10 habitantes.
TUANN, (gengr.) cidade do Kranç^, 8 lé-
guas ao r<È. de Re for t ; 5,n8í» habitantes.
TíiAO, s. rn. medida iiin^raria do Pegú,
sort da Pérsia, filho ue i.hs-h-ismaií, subia! igual a aioa l?gua portugneza.
ao trono era 15'2íi com lO annos d'idadf?,
ncopfpu envenenado, tinha ^'ó acínos.
TBAHMASP n, (hist ) 12^." soli da Pérsia,
foi pfoclaniado em kezbin em l"2J{y fui de-
posto em l/3i.
TfíAPSACO, (geogr.) Thapsacua, hoje ííei)',
antiga e wlnbre cidade da Palpyrena, rtí*
margem direita do Euphrates, a O. deCir-
cesiiwBr
THAPsOf (geogr) hoje Demsas , cidade
THAi-wGAjr, (geof!'.) cidadeda ChÍB«, a 15 1 da Afciea, em Byzacene, n E
léguas de Tri-nan. thargeltas, s. f ((ir. íftez-íl, aquecer, 9
TRAI PKiNG, (gcfigr.) ckiáde da Cbina na gh^, a terra) festas dos antigos Aiheníen-
provinfia- de Konang-si. ses em honra de ApoHo e «ie Diana em que
THAi ouAW, ígeogr ) cidade da China, ea- ; se oíTereciam fructíts passados,
pitai da Ilha Formoza. j thaso, (geogr.) /Elhria, Chrysn, Thasox
THAis, (hist.) coftf^zà de Athenas , fm á j dos antigos, ilha da Tiirqu-a europea, na
Ásia e agrad"ii a Alt-xandre^ Tomou parte 'cosia da Rouraeha : 600 habitantes.
na orgia depois da qual o con juis^tador rnan-
ár*u largar fogo a I erscpolís-. Fui depoií
amante de Ptolomeo.
TH*u , í. n%. ultima letra do alphabcto
ch;HHaico e hebraico.
TuAu, (gíwy j^ lag^a de França, no do-
170 ^
704
THE
THE
parlamento do Herault, esteade-se desde
Agde até aos limites do departamento de
GaTd.
THAUMANTiAS, (mylh.) sobrenome d'lris,
tirado de seu pai Theumas, filho do Ocea-
no e da Terra.
THAUMATURGO , adj . G s. m. (Gr. thau-
ma, atos, milagre, e érgon, obra.) o que
faz milagres.
TBRAME, s. f. pedra da Ethiopia que se
dizia repellir o ferro.
THEANDRico, A. adj. ^Gr. theós, Deus, e
andrós , genit. de anér, homem.) (theol.)
que respeita a Deus feito homem.
THEANo, (hist.) filhado Cissea, e mulher
de d'Anlenar, gran sacerdotisa de Minerra
em Troi», entregou Paladium aos Gregos.
Outra Theano, filha de Fylhagoras, era há-
bil na philosophia.
THEATiNo, A, adj. CUrigo — , de S. Cae-
tano. Vem de Theos, Deus.
THEATiNos, (hist.) chamados também C/c-
rigos regulares da Congregação de Latrdo,
ordem religiosa estabelecida em 1524, em
Chieni (em latim Teate ou Theate) por S.
Caetano de Thieune, e por Caralta, depois
papa com o nome de Paulo IV.
THEATHAL, adj. dos 2 ^. do theatro, con-
cernente ao theatro. Representação — . Sce-
nas theatraes. Voz — , forte, própria do
theairo.
THEATKO, s. iri. (Lat. theatrum, Gr. théa-
tron, de theaomai, ver.) lugar onde se re-
presentam dramas. Figuras de — , actores,
actrizes. Âs regras do — , dramáticas. O —
de mundo, (fig.) os acontecimentos, succes-
sos.
THiiDAiDA, (geogr.) Ihebasca regia, hoje
o Said e parte S. do Oueslanieh, região
do Egyplo meridional.
THKBANo, A, adj. e s. de Thebas, natu-
ral de Thebas, na Grécia.
THEBAS, (geogr.) Tpé em velho egypcio,
a Thebas Hacatompylos (ou das cem por-
tas), dos gregos e latinos, cidade do Egy-
pto Superior, que d'ella tomou o nome de
Thebaida, sobre as duas margens do r<ilo.
Foi por muito tempo a capital do Egypto.
THEBCENNA OU THEBAlNA, (tíst ) legião rO-
mtna, toda composta de christàos e com-
mandada por S. tMaurício ; antes quiz ser
morta do que sacrificar aos Ídolos.
THEMA, í. m (Lat. do Gr. rad. íithémi,
pôr) texto que o pregador toma por assum-
pto do sermão , assumpto, sujeito.
THEMiAMA. V. '['kymiama-
THEOCRACiA, s. f. (Lat. do Gr. theôsDeus,
e kratos, poder) governo sacerdotal.
theocratico, a, adj. sacerdotal. Gover-
no — .
- iHEOFORio, A, adj. V. Divino.
THEOGONiA, s. f. (Lat. do Gr. theós, deus,
6 ghenos, raça, geração) genealogia dos deu-
ses da fabula.
TUEOLOGAL, adj. dos 2 g . Virtudes theo-
logaes, são fó, esperança e caridade Pre-
bendado — . Com obrigação de ler theolo-
gia nas cathedraes.
iHEOLOGiA, s. f. (Lat. eGr. í/icJs, logia,
suff.) sciencia de Deus e das cousas divinas,
dos dogmas da crença religiosa : — dogmá-
tica, moral, natural, revelada, symbolica,
mystica, exegética, etc.
THEOLOGiCAMENTE, adv . [mente suff.) co-
mo theologo, á maneira dos theologos.
THEOLOGico, A, adj. da theologia, que res-
peita á theologia.
THEOLOGiZAR, V. u. [theologo, ixar des.)
discorrer como theologo, segundo a theolo-
gia.
THEOLOGO, s. m. homem versado na theo-
logia.
THEOPHONiA, s. f. (Lat. Gr. theós, Btus,
phainô, brilhar) manifestação da divinda-
de.
THEOPHOBiA, s. f. (Gr. theós, Deus, e p/id-
hos, temor) temor excessivo de Deus, que
))erturba a razÔo.
THEOR. V. Teor.
THEOREMA, s. m. (Lat., do Gr. theôrós,
contemplação) (geom ) proposição e demons-
tração (la verdade especulativa.
TiiRORiA e THEORiCA, s f. (Lat., do Gr.
theoria, contemplação) conhecimento espe-
culativo de sciencia ou arte ; systema das leis
que ligam as causas e eífeitos naturaes. Á
— chimica, medica.
THE08ISTA, * w. (dos. ísta) O que pro-
põe ou ensina theoria.
THEOSEBiA, s. f, (Gr. í/icds, Dous, e««6d,
venerar, adorar) culto dado a Deus.
THEOTONio (S.), (geogr) povoação de Por-
tugal, no Alemtpjo no concelho de Sines ;
3,'i('0 habitantes.
therapeutes, s.m.pl. nome do uma sei-
ta antiga dos Judeus, chamada também «*-
senos, cuja moral e costumes tinham a maior
analogia com as dos primeiros christãos.
THERAPEUTiCA, 5. /". (Lat- do Gr. tkerapeud
servir, cuidar de um doente) parte da me-
dicina que ensina os meios curativos.
THEREBENTiNA V. Terebinthina.
XHEREBiNTo. V. Terebinto.
N. B. Estes dois lermos vem erradamen-
te em Moraes escriptos com th inicial.
thereza ou TAREJA (D.), (hlst.) primeira
rainha de Portugal ; mulher do conde D.
Henrique, e m*i de D. Affonso Henriques o
primeiro rei portuguez. Era filha do rei de
Leão e Castella D. AflFonso VI. e em 1095,
foi dada em casamento aocondB D. Henri-
que juntamente com o governo e posse do
THE
THR
m
paiz situado entre Douro e Minho, que já
então se denominava Portugal. Por morte do
conde D. Henrique, D Thereza assumiu a
regência do reino, que exerceu desde ltl2
até 112S, e tomou então o titulo de rai-
nha, pois era vida de seu esposo, apenas
se intitulara infante e condessa. Durante a
regência sustentou guerras com sua irmã D.
Urraca, rainha de Castella, e com o filho e
successor desta D. AfTon^o. O favor, com
que tratava o conde D. Fernando de Trans-
taraarn, natural da G»lliza tinha excitado
todos os ânimos contra D. Thereza, que pela
sua parte recusava entregar o governo do
reino a seu filho já chegado á maioridade
Isto produsiu uma lucta encarniçada entre
D. Thpreza e seu filho, lucta que terminou
pela victoria de Guimarães, que asseí?urou
o trono a D. Affonso Henriques, D. There-
za fugiu para o casteilo de Lanhoso ; mor-
reu em 1 1 G9 c jaz na sé d ? T raga .
THERiAGA OU fRiACA, s. f. (Lat theriãca.
Chardin o deriva do Persa theriac, cordial)
composição pharmaceutica. V. Triaga por
uso.
THERisTRo. s. m. {Gr. therós, verão] veu
ligeiro que as mulheres traziam antigamen-
te de verão.
TQERMA, s. f. (Gr. thermós, quente) casa
de banho de agua quente.
IHERMAL, adi. dos 2 g. quente. Águas
thermaes, naturalmente quentes.
THERMOço, ant. e errado por tremoço.
THERMOMETBico, A, odj . que rcspcita ao
thermometro.
THERMOMETRO, s. t». (do Gf. thérô, que-
cer, e metro, sufF.) instrumento que serve a
medir os gráos do calor.
THESBíTiNo, A, adj , dc Thcsbis, perten-
cente a Thesbis
THESE, s. f. (Lat. thfisis, do Gr. tithèm,
pôr) proposição que alguém expõe propon-
do-se defende-la, asierção. Defender — s.
conclusões.
THESOURADO, s. m. officio de thesoureiro.
THEsouRKiRO, s. t». guarda dothesouro,
ou dos coffres de alguma arrecadação.
TUESOURO, s. m. [La. thesaurus, do <ir.
tithemi, pôr, e aurós, rico) casa ou cnfre
onde se guarda dinheiro, jóias e preciosi-
dade, burra, quantidade grande de dinhei-
''0 ' (fig) grande copia, cousa mui precio-
sa. Este litro é nm — de verdades, encer-
ra grande numero Fazer — , prover-se,
munir-sp, v. g. — de paciência, de virtu-
des, de prudentes avisos, da ira, da vingan-
ça.
THEssALico, A, arf;. da Thessalia. perten-
cente áThessalia
THíssALONiCENSE, adj dos lg. delhes-
salonica.
▼OL. IT
THÉTico, A, e THKTio, A, adj, (poet.) de
Thetis, deusa do mar, pertencente a Tne-
this.
THSTis, s.f. (myth. e poet.) (Gr. rad. thaô,
nutrir) deusa marina, filha de Nereo, espo-
sa de Peleo e mai de Achilles ; o mar.
THEUDO, (ant.j por trudo. V. Tido.
THKURGiA, t. f. (Lat. e Gr.) magia bran-
ca, supposta sciencia de obrar maravilhas
invocando as potenciís celestes. « Cada re-
ligião tem a sua — . »
THKURGico, A, adj que respeita á theur-
gia.
THiAGo (S.), (geogr.) povoaçãode Portugu,
no concelho de Tondella, a 2 léguas de Vi-
seu, situada era terreno frigido e pouco pro-
ductivo. S.Thiago de Cacem, villa do A.lem-
tejo no districto de Bpja, donde dista 1 lé-
guas paraO., no fundo deuma enseada, em
lugar sobranceiro, descortinando o Oceano
que lhe fica a O. ; 2,400 habitantes.
THiMiAMA. V. Thym'.ama.
THiPG, fgeogr.) praso da Coroa Portugue-
za no districto de Tette, que tem de com-
primento 2 emeia, e de largura 3 léguas.
THíRSO (Santo), fgeogr.) villa de Portugal,
situada k léguas e meia a NE. do Porto e 56
de Lisboa; 1,560 habitantes.
THOMAR, (geogr.) cidade de Portugal, si-
tuada pertr> dasruinas da antiga Wabancia.
em fértil e deliciosa planície, muito abun-
dante de oliveiras, vinhas e pastos, na direi-
ta do rio Nabão, (jue desagua 2 léguas a
SE. no Zezí^re.
TH0M4Z (Fr. Leão de S.), (hist.) escriptor
portutjuez, nascnu em Coimbra em 1574, e
ahi falleceu em i651. Foi monge benedicti-
no, e le-ite na universidade de Coimbra. Es-
creveu : Benediclina portuguexa.
THOME e PRÍNCIPE fgovemo de S.), (geo-
gr ) denomina sft também este governo Gui-
né Portugupza do Sul, e comprehende as
ilhas deS. Thomé, doPrincip>, das Rolas e
de Anno-Bom, assim como algumas feito-
rias situadas na fronteira cosia chamada da
Sáina.
THORACico, A, adj. do thorax, pertencen-
te ao thorax.
TnoRAx, s.m. (Lat., e Gr. thóro. bater)
(anat.) a cavidade do peito que enjerra o co-
ração e o bofe.
THORO. V. Toro.
THRAciA, s. f. pedra, que segundo al-
guns, se acende com agua e se apaga com
azeite
THRACio, A, adj daThracia, pertencente
á Thracia.
THRACONico,- A, adj. Iraidor, como se iii
que ernra os naturaes da Thracia.
THRASomsMO, s. m. (p. us.) iosolencia,
temeridade.
70»
ÍÍA
TI6
THRílcio, A, aàj. daThracia, pef!encen-
te áThracia. O cantor — . Rei — .
TiiRENO, *. m. (Gr. tfirenos, choros) ía-
mentaçào , canto enternec do com gemi-
dos.
THRONO, s. m. (Lat. thronm, àoGiT. tkrao
assenlar-se, assento regro; ('fig.) o throno,
a realeza, dignidade, autoridade regia.
THURiBULARio, s. m. O qus incensa com
thnribulo.
THURiBULO, s. m. (Lat. thuribulum, de
thus, ris, incenso) o vaso onde se queima
incenso.
rnuRiCREMO, A, adj. (l at. thuricremuf)
(poet ) que que ma incenso.
TnuRiFÉRARio, s. f». (Lat. tkuriferarius]
o que ministra otím ibnlo.
THURiFERO, A, ãdj (Lat. thurifer) que pro-
duz incenso.
TURiFiCAÇÃo, s f. o acto de inccnsar.
THUKircAUo, A, p. p de thuriffear ; adj
incensado.
THURIFICADOR C TnUniFrCANTE, S. tn. O
que incensa nas ceremonias religiosas.
TOLRiFiCAR. V, Ificensar.
THUSCo. V. Toscano.
THYESTEo, A, aJj. de thyestes ; (fig.) cruel,
atroz Mesas — s.
THYMKA, s. m. sacrifício que faziam os pes
cadonjs em honra de Neptuno.
THYMELE, s f. (Gr. altar, de thyo, sacri-
ficar) arrt, prinripalme ite de Baccho ; espe
cie de púlpito da orchesta grega.
THTMiAMA, s. f. (Gr rad thymio, exha-
lar perfumes) (p. us } cheiro, perfuma
TiiYMO, s m (Lat. thymum, ihimion ou
thymium) tomilho.
TFiYKO, s.m (Lat thy mus) 'insi.) corpo
glandular situado na parte superior e ante-
rirr do ihorax, mui «pparente no feto, e
que se oblitera depois de elle nascido, fgno-
ra-se o uso d'este órgão.
THYROIliE, ádj. dot 2 g. ou THYROIDÈÓ,
A, ac(/. (do Gr. thyréns, es(Miflo)(anat.) Car-
tilagem — , uma das que formam a tra-
chea.
THYRSiGiRO, A, odj , (Lat thyrsifer] (poet.)
armado de ihyrso, c^mo as baiíchantes. As
— Thyadas.
THYRso. í. m. (Lai thyrsus, âoCir.thyr-
sus, ha.-te. meia lança) dardo ornado de fiera
a paoipilbos que traziam na mão as báchan-
tes ; insígnia de Baccho. O verde — foi de
Baccho usado.
TiiYfeico. V. TíííVo ou Phúsico.
TI, variação do pronome tu (do fat. lihi,
a ti) : a ti, de li, parati. Dizemos poreu-
phr.nia com ligo em vez âecom H. V. Tigo.
Se eu fora ti ti, idiotisi i6 por se eu jorã
^ tu, se éii fstivesse ém len Ihs';*^,
TiA, s. f. ^Ual. íía^ i<>. (aftíe, hM. íf»íi(ía
O nome Porf. vem do ItaL, dérit, do Gr.
thtia, on tethé, ou tithis, tia, ama, de thao
nutrir, educar) a irmã do pai ou mai, do
avô ou avó relativamente aos sobrinhos.
TIA, (ant.) por tinha, imperf. de ter.
T'ARA, s. f. (Lat e tir ) antigo ornato dos
reis e sacerdotes da >ersia ; mura pontifical
do papa ; (fig ) dignidade pontifícia,
TiBKZ^. V. Iibieta.
TiBiKS, (g'0gr.) povoação de Portugal, t
légua e meia a O. de Braga, 3,' 00 habitan-
tes.
TfBiA, «. f. (Lat. tihia, provavelmente do
Egypc. lihs, calcanhar, pó, perna de animal
edo homem) (anat.) o osso mais grosso da
perna.
tíbia, s. f. (Lat. tihia, flauta) flama, trom-
beta flautada,
TiBiASENTK, oãv. (míTOíf soff.) com tib?e-
za, frouxamente.
TIBIEZA, s f. pouco cator de corpo mor-
no; ffig.] frieza, frouxidão, falta de activi-
dade, de fervor, de zelo : — da luz, das
paixões,
TÍBIO, A, adj. (do Lat. tepidus] morno, té-
pido ; (íig.) frouxo, remisso, falto â» energia,
falto de fervor, de zelo. Os —5 raios da luz.
Ficou a gente mai — do alvoroço que até
ali mostrava.
TiBORNA, 8. f. (t, da Beira) pão quente era*
bebido em azeite.
Tiç.\o. s. m. (Fr- lison, do Lat titio, onis)
pedaço de lenha aceso, ou meio queimado ;
(fig.) pessoa tíríii suja. —dnf inferno, (fig )
o con.ieranado ás p' nas inf rnaes.
TIÇÃO, s. m. (t, áepedreim) (tto Fr. tes-
smi, caco} Aáf&nfiar otijol&—, comolon-
gor para o fundo, ficando a t^^sta ou apar-
te roais estreita á face da parede.
TiçoADA, s. f. [des ada] golpecom l-ção.
TiçoRiRo, s tn. instrumento d*í ferro com
que se atiça o fogo, princip>almente o de car-
vão de pedra.
TIDO, A, p. p. deter, havido; possuído.
V. ler e Havtr.
TIGELA. >. f. (Lat. scut^lla, frscudelia) vaso
covo de barro, ou de rfietal par» sopas —
da casa, grande pote onde se vasam as aguas
da cozinha Fidalgo de meia — , de famí-
lia poico illustre, de escajso ren limento.
Moraes suppõe que vem da ração que rece-
biam das cozmhas rea s os fidalgos que ti-
nham moradias.
TíGRf.ADA, s. f. tigela cheia. Camarõesde
— . guisados em tig^-ia (om certos adubos.
Estarem — , íp os ecrftuln) promiscuamen-
te V. g gente que esiá em estalagem.
tmELiNHA, s. f. ditAinut. de tigeia. —
de cor. que enceira arrebique para o ros-
to.
TiGELO. V. Ti/oía^
TÍM
m
707
T16R1, s.m. e f. [Ift. tiq*i!t, qu«íOsefy-
itiologistas derivaoí do hal líico gtiif, «iar-
(fo, 011 (1«^ digkfl, rapidi. A meu vor vem
do Cir, lakfnj, com Ímpeto, rwpilnm^nle, e
orouOf arremessar-se) anira»! «]iia'lrupfjd«
carnívoro, ímp-liioso e mui lii,'»»íro em s»
arríitíessar. « Criado ao [)eilo de maa — Uyr-
caoii » Oimões, Kleg. i.
Tir.REziNHO, *. m. í/imínMí. deligre, pe-
queno tigre.
T I ENTo, $. m. obsol. acção de reter, de-
tença : t. g. — da carreira.
TIJOLO, *. m. (do Itit. tegula), Larrt) Co-
zido ao forno em peças ile. forma regiihr para
edifif^ar; ladrilho; flr-rro redondo em que os
ourives vasão as arruelas. l>ocede — , g^jaia-
bada. da forma e còr de — .
TIL, s. m.{'), signal ortographico, que
primitivamente denotava letra sjpprimida na
palavra, e que depuis, alem d'este uso, sér-
vio para marear o som fanhoso da vogal
sobre ques« põn. Er. sãto, qiãto, u, por
santo, quanto, um .q por que; mão, chão,
opin õfs. Um — , (lig.) o^íu-ía mínima. So-
brancelhas de — , mui delgadas .\o Ará-
bico P MO Hebraico ha um smal orthographi-
co dn fó^ma semelhante ao nosso í«/, e que
denota terminação nasalem an, on, un.
T'L, s. m. V. Titia.
T LDE, s. m. (Cast.) V. Ti/, sínil orto-
graphin,"».
TiLH.Í, s. f., TiLFiADO, 5. m. (snt.) (Fr.
íillac] Coberta de barco, coxii de navio.
Batelão com sua — . Em terra, platafor-
ma.
TILH4D1, *. m. V. Tillid.
TÍLIA, s. f (Lat ). arvore de ornato, cuja
flor é usada em medicina.
•. TIMÃO ou TEMÀo, s. w (Lat tftmo, onis],
létn e ; lança de coche, cabeçalho do ara(lo,
ou do carro. Moraes diz que no Brasil se
usa dtj — por queimão, roupão aberto por
diante.
TiVBAL ou Ti»BALE, s. m. (do Pers. tam-
bal], tambor da cavallaiia, atabal.
TiMRÓ, s. m (t. Brasil), n\)ò trepador,
plan'a com que no Brasil se embebeda o
peixe nos rios.
TIMBRADO, A, f. f) . de tímbrsr ; a//;', que
tem timbre, fcséudo — com o campo de
prata.
TfWBHAR, c. a [timbre, arde? inf ] (t.
do bras ), prtr por tifubre ; — o escudo.
TiMBR«. s. m. (d<t Fr. ti^b'-e\ insig'iia
qtie <e jôe no escudo de armas para m*ar-
car «is- graus de nobreza ; (fi^ ) af.jã » glo-
riosa que exijn e ^nnobrece. Faz^r — de
alguma ci)u<!a. gloriar se. — , (tig ) auge Foi
— dos ítradorps. o mais i'min»>nle. Contou
por — de suas f)»ç''iih'»'í.
TiMi^XA. V. Thiini<iH%Í^
Ti«io\M<?<TB, ado. (meMt«, saíT), com ti-
midez, com temor.
Tiniosz, s. f. a qualidade de ser tímido.
TiMiD ssiMO, A, adj. supçrht. de tímido.
TisuDO, A. adj. (Lai. timidus), que tem
temor ; acanhado, falto de d^-senabaraço.
TiMo?í, obsol. V. Timão, Leme.
TIMONEIRA, s. /". (t. naut.), o vão onde an-
da o pi'içote do leme.
TiMONKiRo, s. m. (t. naut.), marinheiro
que vai ao lemee o maneja.
TIMOR, (g»^ogp.) ilha situada ao S. de Lis-
boa (o Cabo de S').) a qual se extende de
NE. a SO. umas 60 léguas sobre IK de lar-
gura, que n'algumas partes chega a 25, e
n'ouiras apenas a 8 ; com muitos poitos,
de que o maior e mais celebre é ode Babao,^
bahia que liça abrigada com aponta de L.
e ond*? podem surgir com segurança gran-
des esquadras , 8U0,500 híbilantes.
TIMOR ATAMKiSTf, odn. (mcAtíe sufT.), de mo-
do timorato.
TiMORATí^, A, adj. (do Lat. íimor, des.
ato], tímido, medroso, cheio de temor. v.
g. Consciência — .escrupulosa.
TCMORiSADO. V. Atemorizado.
TÍMPANO V. Tympano.
TINA. s. f. (Lat tina^, vasilha de aduela
aberia por cima, como pipa serrada pelo
meio. Também se diz de Tasilha: de metal
para banhos.
T Nada, s. f. tina cheia.
TiNAi HA. s. f. tina, dorna, pequena cuva
para vintio.
Ti?iAziNHA, s. f dimiyiut. de tina.
tínca, *. /*. (Lat.) nome de um peixe de
lagoa ou rio.
TiNC\L, s. m. (do Pers. teneal.) bórax,
sal que fjuda a derreter os melaes e outras
subsl/incias.
TiNC* LEIRA, s. f. [tincãl, des. eira.] Va-
so em que se deita o lineal para fundir me-
taes.
fnfDO, (ant.) V. Tido.
TiNEi, s, f. V. Traça, Caruncho,
TiNNELLEirtO , X. m. O que provo ao ti-
nello ; o que come no tíncUo dê algum sç-
nhor.
TiNELio, s. m. (Ilal. tinelto, Fr. ant. ít-
nel, quarto baixo onde coÍDÍam os orlados
do rei, ou de fidalgo ) casa, quarto onde
comem os criados e fâmulos em mesa com -
mum.
/". diminui, de tina, pequena
TlNETA, s.
tiri?.
riXETÁ, í.
tfiriêl, do Lat
f krvÁf.rt, i. ri (dò Tngl.
fenen, tre, ter, possuir.) (anl.)
dogma, opinião errónea.
liNoiDo, A. p. p. âe tingir; adj. que se
tingiu que tingiu
flNGlDOH. WTintfireiro.
1i7 •
708
TIH
TIP
TiNGiDURA, *. f. acção de tingir.
TINGIR, V. a. (Lat. tiw^o, erc, Gr. iengò,
tingir, molhar, hutnedecep, que os lexico-
graphos derivam de íetnò, ostender.) dar
côr ao fio ou a tecidos de lã, seda , linho,
algodão, etc , mettendo-os em liquido ap-
propriado ; (fig.) fazer corar, v. g. o pejo
lhe tinge as faces ; a pallidez da morte lhe
tinge o rosto. — o cabello , com diversas
composiçõfts liquidas ou unctosas. — se, v.
r. tomar côr : tingem-sc-lhe as faces de
carmim. «Quando o Betis de sangue se íin-
gia.» Camões, Lusiad. 3, 75.
TiNGiTANO, A, adj . e í. pertencente á ci-
dade de Tanger ; natural de Tanger. Jor-
nada — . Lobos — .
TiNGUEiRO, adj.m BoU — , embarcação
pequena usada no Tejj
TiNGui s. m. (t. Brasil, pron. ownãosôa :
de tinga, fétida, eiagua na lingua dos in-
dígenas), cipó fedorento, qne se deita mas-
cado nos rios para embebedar o peixe, como
o trovisco na europa, herva que mata o ga-
do vacum.
TiNGuiJADA, s. f. pescaria do peixe em-
bebedado pelo tingui.
TiNGUiJADo A, p. p. do tiuguijar ; adj.
embebedado com o tingui.
TiNGUijAR, V. a. (t. Brasil ; tingui, jar
des.' por ejar^ lançar) : — os rios, lançar
nelles tingui para embebedar o peixe, em
sentido abs — o gado, morrer de herva
venenosa.
TINHA, s. f. (Lat. tinea, bichinho que se
pega á madeira, e a roe ; rad. teneo, ere,
agarrar), espécie de lepra que ataca a cabe-
ça, e faz cahir o cabello ; (fig.) defeito.
TINHA, (ant ) V. Tina.
TiNHÃo, s. m. augmentat. de tinha, s. f.
TiNHELA, (geogr.) rio de Portugal, em
Traz-os-Montes que entra na direita do Tua
perto d'Alva, com 7 léguas de curso ; a po-
voação do mesmo nome por onde elle passa
é do concelho de Monforte ; 500 habitan-
tes.
TINHOSO, A, adj. (des. oso), doente de
tinha, que tem tinha.
TINIDO ou TiNNiDO, sup. do tinir ou tin-
nir, que tinnio.
TINIDO ou TiNNiDo; s. I». (Lat. tinnitus),
som agudo de metal vibrado, de vidro, etc.
TiNiNTE ou TiNNiNTE, adj. dos 2 g. que
tinne
TINIR ou TiNNiR , V. n. (Lat. tinnere,
tinn, rad. immitativo), vibrar com som agu-
do, como os metaes, o vidro. Os ouvidos
tinnem, sentem uma vibração ou som se-
melhante ao dos metaes ou do vidro.
T!No. s. m. (Covarruvias o deriva do Lat.
tenere, e com razão, porque equivale a ten-
tum, sup. de ienere. V. Tento) instincto,
sagacidade, juizo natural ; facilidade de te
dirigir na escuridão seguido dos sons ou
de signaes locaes. v. g. Atirar pelo — , di-
rigindo-se pelo ponto d'onde vem o rumor.
TINO, «. m. (ant ) V. Tina.
TINTA, s. f. (subst. da des. f. do Lat.
tinctus. p. p. de tingere, tingir), liquido
corado para tingir ou escrever ; substancia
desfeita em óleo, agua, colla ou gomma para
pintar ; (fig.) côr, matiz. Meia — , na pin-
tura, a côr que medeia entre as cores as mai»
vivas e as sombras. Fazer-se do melhor — ,
mais polido, culto 4rraes, Tomar pouca — ,
(p. us.), fazer-se familiar. Encommendar a
alguém de boa — , com louvor, tomar —
de alguma cousa, tintura. « Rústico, que
nunca tomará — de discrição. » Lobo.
TINTE, s m. (ant.) oíBcina de tingir, tin-
turaria,
TINTEIRO, * m. {tinta, des. eiró], vaso
que encerra a tinta com que se escreve
(fig.) Fica alguma cousa no — , omjittida.
Deixar no — , ojiittir, deixar de mencio-
nar.
TINTIM, expressão fam. — por — , coma
maior individuação. Contar, dizer alguma
cousa — por — .
TjNTiNi, s. m. obsol.,jogo antigo de pa-
rar.
TINTO, A, (Lat. tinctus], p. p. de tingir ;
adj. tingido. Vinho — , de cor roxa ou car •
regada, (fig.) — de sangue, ensanguenta-
do. Penna — em fel, na calumnia, vingan-
ça, ódio, escripto dictado por estes affectos
— de verdade, representado com as cores
da verdade
TiNTOR. V. Tintureiro.
TiNTOREiRA. V. Tintureira.
TINTURA OU TINCTURA, S. f. (Lat. tinctu-
ra], o acto de tingir, infusão de substancias
colorantes ; (t. de pharm.), infusão em liqui-
do aqueo ou vinoso. — , (fig.) cor; conhe-
cimento leve, superficial ; c. g. tem uma —
de mathematica.
TINTURARIA, s. f. (des. ia), officina do tin-
gir ; exercício, arte de tingir. Drogas de — ,
próprias para tingir.
TINTUREIRA, s. f. cspccie de tubarão gran-
de.
TINTUREIRO, s. f» O que tinge pauuos, sc-
das, chapeos, ele.
TINTUREIRO, A, adj tiuto. Uva -~, tinta.
Plantas — , que dão fécula própria para tin-
gir.
TIO, s. m. (V. Tia), o irmão do pai ou
da mãi relativamente aos sobrinhos.
TIORHA, s. f. (Fr. thcórbe), alaúde maior
e de mais cordas.
TiPiTi, s.m. (t. do Brasil.), tecido cylin-
drico de palhas, dentro do qual se mette a
mandioca moida, para a espremer.
flA
Ttk
Vò«
TiFLE, s. m. (do Ital.), a toz mais alta na
consonância musica, sujeito quejtem esta voz.
TIPÓIA, s. f. (voz africana), palanquim de
rede.
TIQUE, TAQUE, s. M. (Fr. tric, trac), jogo
de tabolas.
TIRA, s. f. (de íirar, puxar), banda de
panno, deestoífo de seda, de coiro. — ver-
gai, coiro como mang«note que firma os ma-
chos á liteira. — , pressa. Remar a todo — .
Toar i —.
TiRABRAGAL, «. m. funda de quebrado.
TiRABHAGUEL, s. m. (ant.), tirabragal, ou
tiravergal.
TiRACOLLO, s. I». correia atravessada de
um lado do pescoço para o lado do corpo
opposto, por baixo do braço, em que se le-
va o braço ou outra cousa suspensa. Levar
o braço ferido a — . — do terçado, tala-
barte.
TIRADA, s. f. (subst. da des. f. de tirado),
•iportação, extracção de géneros para fora
do paiz ; espaço largo de caminho, andadu-
ra , de tempo. — do preso á justiça, tira-
lo por força das mãos da justiça, — de obra
(do Ital. tirata, ou do Fr. tirade], passagem
de alguma extensão, v. g. — de versos. É
escusado, pois temos enfada, sequencia.
. TiRADEiRAS, s. f. pi. nos cogenhos de as-
sucar, são tirantes entre os quaes vão pre-
sas as bestas que puxão asalmanjarras.
TIRADO, A, p. p. de tirar ; adj. abstraí-
do, puxado ; v. g. o carro — por bois, bes-
tas. Ouro — pela fieira, estirado. Letra — ,
feita á pressa. V Tirar.
TiRADOR, t m. o que tira as folhas nas
typographias ; o que tira ouro ou prata pela
fieira.
TiRAFUNDO, s. f». sacafuudo, espécie de
verruma com cabo munido de um aro de
ferro, usada pelos torneiros, e bombardei-
ros.
TiRAMENTO, *. »i. (menío su ff.), o acto de
tirar, sacar ; izenção, cobrança, arrecada-
ção, exportação. E p. us.
TiRAUo. \. Tyranno.
TIRANTE,, adj dos 2 g. (des. dop. a. Lat.
em ans, tis], que tira, puxa. Cor — a ama-
rello, que se apprcxima do amarello.
TIRANTE, s. m. corda ou correia de pu-
xar por alguma cousa cousa, v. g. os — s
da sege, de coche ; barra de ferro atraves-
sada de uma a outra parede do edificio para
nella se pendurarem candieiros, etc. — s de
liteira, de cadeira de armar, varas
TIRÃO, 5. m. puxão ; estirão, caminho
longo.
TiRAPé, s. m. correia estreita fechada com
que os sapateiros seguram a obra sobre a for-
ma posta no joelho, passando a volta por
baixo do pé.
▼o*, r?.
íiRAit, V. a. (Fr. tirer, do Lat. hakere^
puxar; Gi. sj/rò, puxar, arrastar), puxar,
t». g. as bestas íir«n» o carro, a sege, a car-
roça ; os bois tirão o arado, ou em sentido
abs , pelo carro, pela sege, carroça. — , sa-
car, extrahir com força ; v. g. — um den-
te, a setta da ferida, o espinho da carne ;
— o chapéo, a capa ; — a espada da bai-
nha. — géneros, exportar para outro paiz ;
— agua do poço, — dinheiro da gaveta. —
o preso á justiça, livra-lo do poder, dos be-
leguins, — das mãos do poder, — da prisão,
do cativeiro. — foros, dividas, arrecada-
las, cobra-las judicialmente, — esmolas,
pedi-las e obte-las, — foros, impostos, ju-
gadas, cobrar ; — licença, tença, graça,
mercê, alcançar; — palavra de alguém, obter
promessa formal ; fsze-lo fallar. — a pa-
lavra da bocca a alguém, previni-lo, ante-
cipar o que elie ia a proferir. — o bocca-
do da bocca; (fig.)privar-se do necessário.
— vangloria, vangloriar-se. — forças da
fraqueza, fazer esforços extraordinários su-
periores ás forças da pessoa. — , afastar;
— os olhos, ou sentido de um objecto. —
á luz, publicar — a terreiro, desafiar para
cantar, bailar, ou o sentido de um objecto.
— á luz, publicar. — , afastar, — a terrei-
ro, desafiar para cantar, bailar, ou para
combater. — a ave os pintos dos ovos, in-
cubar — , estampar; v, g. — as folhas de
livro que se imprime, — ouro, prata, es-
tirar o fio pela fieira. — linhas, traçar, des-
crever. — a sardinha do fogo com as mãos
do gato, dictado que equivale a servir-se
de outrem para executar cousa arriscada ou
incommoda. — de uma lingua em outra,
traduzir, verter. — a prova, verificar se o
calculo está exacto. — a sua a limpo, sahir
bem da empreza. — a sua verdade, a sua
honra a hmpo. — , attrahir, fazer ir. O ala-
rido tirou todos ájanella. — a publico, fa-
zer apparecer em publico. O iman tirão fer-
ro, attrahe. — , abstrahir, privar, remover,
— as nódoas, a casca, a pelle, — duvidas,
erros, — do pensamento, do sentido, dessua-
dir. — parte, porção de um todo, esta via-
gem tirou-me dez annos devida. — .infe-
rir, deduzir; v. g. — por conclusão. Ti-
rou d'alli exemplo. — , em sentido abs. di-
rigir-se, inclinar-se, v. g. — para um lu-
gar. ^-- uma côr a outra, approximar-se.
— SE, V, r. sahir, escapar, c. g. — do pe-
rigo. — de cuidados, ou de maus cuida-
dos, loc. fam. empreender inconsideravel-
mente, tentar sem reflexão, tomar resolu-
ção repentina.
TIRAR, V, Atirar.
TiRATEgTA, s. m, arreío que guarnece a
testeira do cavallo. j
TIRAVERGAL, s. 1». V. Tira.
178
TIS
TIT
TiRAz, s. m. (ant.) tecido de liaho com
kvores usado antignmenle.
TiRiDiA. V. Ictericia.
TiRiciADo, A, adj . loftnte d» iclericip.
TiRi«HA, s. f. diminui, de tira.
• TiRiNTiMTiM, «. m. (voí imitativa) sonda
trombet» .
TiRiTANA, j. f. mantéo de sirguilha que
as mulheres rusiicns trazem por cima de ou-
tro mantéo. V. ^Paritária.
TIRITAR, V. n. (voz imitativa) tremer com
frio.
TIRO, s.m. (Ft. íir, àeiirer, atirar, que
Court deijéb* liii deriva do Céltico tir, pu-
xar, d'on e elle eré que oiatiii trahere é
decivado O s<?fnido de atirar vem do arco
que antigamente era o p incipal inslrum' n-
to com que se lançavam seitas fazf>ndo tiro)
acção de atirar, arremesso: — de '-anhão,
esp"ngarda, pistola, frecha, besta. Estar a
— , em pontaria. Estar a melhor — , mais
em ,)ontaria. — , (fig.) arma que lança, d'on-
de se disparam, v.g baUs, settas, dardos.
— 5 de fogo, com prilvora ; a pólvora em-
pregada em rada tiro : distancia onde al-
cança o tiro V: g. estamos a dois — s de
espingarda do poito. do rio, da cidade. A
— de canhão, ao ale nce. Extar o — , a
pontaria. — , (fig ) remoque. Um — de bes-
tas, quatro ou seis iguaes que tiram o co-
che. — de bois, junta, parelha Animaes
de —, de tirar, puxar carruagens, cairos,
carretfis — , corda grossa com que se ajun-
ta raajs um boi ou besta ao arado ou co^^he.
TiROCiMO, s.m. (í-at. tirocinium, de tiro,
onis, aprendiz, prificipia«te) o ensino, ees-
Itidos do principiante, aprendizado
fTiROLico-Tico, s. m. expressão infantil
tísada em um jogo de crianças. V. Bico.
TiR-TE, abreviaçã'^ de tira-te.
TiRUF.LA, s. f. estoíTo de seda que >inha
de Castelia.
TISANA, í, /". (Lat. pt^sana, cevada descas-
cada, doGr. píi.ssd, desiascarj (pharm.) co-
zimento de cevaria, de raízes e fulhas de plan-
tas medicinaes.
TisiCA, s f. (do Gr. phthisis, de phthio,
se«car, íizer seccar) (med.) doença em q le
o corpo se extenua com febre hectica. —
pulmonar, causada por alteração tubercu-
losa do Uofe.
Tísico, A, adj. (med.; doente de tisica,
m<ui magro, frango—. — s, leques da Chi-
na de varetas mui estreitas e longas.
TisiQUiDADE, s. f. V. Etiguidade.
TISNA, s. f. (do tisnar) aiancha negra de
fumo.
TISNADO, A, p. p. de tisnar; adj. enne-
grecido por fumo, chamuscado.
TisNADtJRA, s. f. (des. ura) maneha de cou-
sa tisnada.
TISNAR, «. a. (do Lat. titio, onis, lição)
ennegrecer com carvão, fumo, fulisem. —
a reputação, a fama, manchar. « Também
os cysnes se tisnam, » (fig.) ató os bons e
puros se mancham."
TISNE. s. ríi. a côr que o íu no ou if) ca-
lor faz na tez da pelle.
TisouHA. V. Tesoura, ele.
Tissú, *. m. (Fr.) tela forte bordada 4«
ouro
TiTELA, s. f. o peito carnudo da ave ; o
lado das aves que se cobre cora as azas ; (lig.^
a parte «mais preciosa, «c Era o no^^so reino
a — da Europa. » Ter — , (fig.) ser corajo-
so, animoso.
Ti FERE, s. m. pi. títeres, (do Cost. títe'
re, bonifrale, bonccc^de engonços, ("ovarru-
vias deriva este termo do Gr. titizein, cbil-
rar, como fazem os pássaros no ninho) bo-
necos que se movem por engonços e que
servem a representar farças.
TiTEREAR, ç. n. [titeve, ar, des. inf.) ma-
ntvjar os ti teres.
TiTEREiRo, s m. (des €Íf0) o que mane-
ja os lileres.
TiTHONiA, s. f. (Lat ) (poet ) a Auiora.
tithymalo, s. w..(Lat. titymalus) herva
maleiteira.
TiTiLLAÇÃo, í. /".'(Lat. titillatio, oni^) ac-
ção de tiiíllaf ; cócogí»s.
TiTiLLADO, A, p.p. de litiliar ; adj. prm-
do, a quem se fez cócegas. A vaidade —
pela libonjaria, (tig.)
TiiiLLvR, V a UM. íitiilo, are) fazer có-
cegas, pruido, pruir; (fig.) lisongear agra-
da velmente : — a vaidade.
tiullar. adj dosig. (anat.) Veias titi-
lares, que estão debaixo do sovaco.
TiTiM, s. m. (t. Brasil.) espécie de coca
para matai peixe.
TíTiNA, s f. avezinha que tem as pen-
nps ciiizentas salpicadas de branco ; frequen-
ta as terras de lavoura.
TiTiRE. V. Titere.
TiTOR, TiTORiA. V. Tutor, TxUoria.
TíiuBANTE, adj. dos 2 g. (Lai. titubans,
íii) que tituba.
TiTUBAR. t?. n (Lat. titttbo,arc ; rad. imi-
tativo; vacillar, n^osete i>em nos pés ; (fiç.)
hesitar, balouciar. — a li/i^ua. — a alma
na fé, na crença, 'fíg.)
TITUBEAR V. Tilubar.
TITULADO, A, /). p. de titular ; adj. fun-
dado em titulo. Ca a, —s, cujos fidafços
são titulares. — , intitulado.
Titular, v. a {tíiuic, ar des. inf) dar
titulo, intitular; dar titulo jurídico ; escre-
ver em livro depadrrtes, e liluíos authenti-
cos <l'onde coBSteffl as acções e direitos, t.
g. — dividas 'ii.;.t ..; oyiyp
TiTu«AR, adj. dos9>g. que tem titulo fie
kit:
TOà
TOC
711
graduação, v. g. fidalgo — . Ábbdde — , o
que tem o beneficio coui asuccessào no car-
go 6 não em commenda. Bispo — , sem exer-
cício na diocese.
TiTULEiRO, s. m. (anl.) inscripção s pul-
cral, epitaphio.
jiTULo, s.m. (Lat. íiía/uí, áo Gr. titios,
rad. tiò, honrar) denominação de dignidade,
V. g. o — de coude, duque, (fig ) um titu-
lo, fidalgo titular ; rotulo, inscripção, v. g.
— do livro. — , (fig.) nota, reputação. Mu-
lher ou homem de ruim — , do má nota.
Navio dft máo — , suspeito de pirata ou cor-
sário. Ir de máo titulo a alguma par-
te, com mao intento — , côr, protexlo. A
— , (loc. adv.) com p eleito, côr; com fun-
damento, motivo, — . (jur ) documento que
confere poíse ou dá direito em justiça, v.
g. — d*í compra, venda, doação, divida.
. TiTTíiALO. y . lithymalo.
TizouRA V. Tesoura^
TMESE, s. f. (Lat. tmesis, do Gr. temno,
cortar) figura que c<^»nsiste em dividir uma
palavra composta metteado outra ou outras
em meio.
TÓ, interj. usada para chamar um cão
pççiueno,
t'o, te o. Eu t'o direi, por te o.
TÔA, *. f. (Pr. ínue, de louer, puxar á
sirga, do golbico tilnian, Aog!.-S,ri. teon,
puxar) sirga, corda que a embarcação maior
dá á menor para a levar arebíque; cabo,
cerda atada da proa, ou da popa do navio
a um ponto fixo ou a outra embarcação,
para se alarem por ella os de dentro. De-
ram suas — * pela proa — os cavallos á
— , tirados por uma cprda para atravessa-
rem o rio. andar, ir á — , sem governo
Andar d — de alguém, seguir as suas di-
recçõ-s.
TOADA, s. f. tom, som, soada, a musica
com que a letra se acompanha Tomar as
palavras pela — , attendenio meramente ao
som, e não á significação. Fallar pela mes-
ma — , na mesma substancia, conformando-
se ao que outra pessoa acabada de dizer
XQaPo, a, p. p. de toar, adj. que soou.
Voz — .
toalqa, *. /. (ítal. totegalia, Fr. ant.
touaille ou toa^lle, B. Lat. toacula, toalia).
peça de panno de linho ou de algodão para
íimp.ir os mãos ; — da mesa, com que se
cobre a me*a — , ppça de panno de linho
que as mulheres antigamente traziam na ca-
beça, hoje só u«id« pelas freiras.
toalhbte, s. m. diminut. du toalha. |;uar-
danapo.
TOALHiNHA, s. m. diminut. de toalha, pe-
quena toalha.
TOANTE, adj. dos 2 ^. [4e.s. dop.a. Lat.
em anSf ím), na rersihcação dú-$e de pa-
lavras que terminão por duas sj^llabas cujas
vogaes sào semelhantes ; v. g. romance e
soante
TOAR, V. n. (de tom, ar des. inf.), dar
som furte, soar. — alguma cousa bem ou
mal, (fig ) agradar, conformar se com o nos-
so sentimento, com a nossa opinião, — , »,
n (do Lat. tono, are], (p, us), trovejar.
.« Jove toou da esleliifera morada, » Eneid.
Port.
TOA BUAS. V. Atoardas.
toCa, s f. (Fr, a;it. toucquet, canto;, bu-
raco no tronco de arvore, em rocha ou em
terra, onde o coelho e alguns outros ani-
maes se recolhem ; chulo, casebre.
TOCADiLuo, 5. m. um jogo detabolas.
tocado, a, p. p. de tocar; adj. palpa-
do, aiiingido; ^fig.) muvido, v. g. — de
amor, d; compaixão; encetado, principiado,
V. g. — de passagem — , (fig ) eivado, is-
cado, infeccionado, ferido; v. g. — da pes-
te, o animo — de vicio — do mão ou da
mão de Deus, ferido de mal, doença. Fruta
— , que começa a apodrecer.
TOCADOR, *. m. tangedor de instrumen-
tos músicos.
tocadura, s, f. toque com as mãos ou
pés; contacto, encontro.
ToCAaarfio, s. ni, {mento suíT.), (p. us,),
toque, contacto, —js torpes, da mulher, ou
entre os dois sexos.
ToCAíío. s. n (í. do Brasil.), ave do Bra-
sil semilhaule ao pombo,
TOCANTE adj. dos 2 g. (des. do p. a,
Lat. e.m ans, íií), concernente, que ^íiz res-
peito. iNo — a isso, subst. por eilípse, no
ponto que rpspeitaaisso. — , aíTectuoso que
comraove. « Com maviosas lagrimas —s .»
Barros, Uarim.
TOCAR. V. a. e n (Fr. toucher, e toquer,
taquer, toe, toquf, Lat tangere, sup. ía-
ctam; Céltico lac. /se; .Angl-Sax. lekkan.
Gr. thiqô Todos estes radicaes vem, a meu
ver, do Egjpcio tul, mão, e talio ou tako,
tomar), palmar, mover com a mão, dedo,
pé ou outra parte do corpo, mover, altin-
gir, topar; v. g. — o tronco da arvore, a
pedra. O navio toco)* terra ; tocou o por-
to, (fig.) entrou nelle, tanger instrumentos
rústicos, » g. — flauta, cravo, piano, har-
pa, — os sinos. — as bestas, com vara ou
azurrague. « Tocáo o céu de ondas, » Ca-
mões, sobem tão alto que parecem atlia-^
gir as nuvens. — ouro, prata, esfregar ná*
pedra de toque para cojiheçer os quilates
ou grau da pureza do metal Este ouro ío-
ca dezaseis quilates, mostra pelo toque ter.
Pedra de — , pedra preta mui dura em que
se esfrega o ouro e a prata para conhecer
o seu grau de pureza, comparando a côr
das parcelUs que se separam com a do me»*
178 i.
1i%
ÍOD
TOJ
tal já ensaiado ; (flg.) meio de ajuizax, de
avaliar as pessoas ou cousas. — uma ma-
téria, tratar de passagem. — o céu como
dedo, (íig.) fazer impossiveis. — , (fig ) fa-
zer abalo, impressão, mover, v. g. — o co-
ração. — , pertencer, caber em sorte. To-
cou-lhe a metade da herança ; — o terço
do despojo do inimigo. — , (fig ) (p. us.),
ceRiurar, notar. — alguém onde elle sõ
doe» fallar-lhe em cousa que lhe causa dôr,
sen timento, pezar. — , eivar. A saraiva ío-
cow a fructa. — os figos., applicar ás figuei-
ras certos insectos a que se attribueo effei-
to de as fecundar. — o painel, dar-lhe to-
ques ou pinceladas. — . em sentido abs. :
— em alguma cousa, attingi-la, dar emba-
te, poa-se em contacto. O navio tocou no
baixo, nos cachopos, — de alguma cousa,
(p. us.), ter mistura, ter parte, participar.
Terra que toca de areia, areenta. « Toca
de desenvolta esta moça. » Bera. Lima. — ,
ferir, offender. Graças que toquem. — , com-
petir, pertencer. Toca-me vigiar sobre a
execução das crdens. Toca-lhe entrar de
guarda. Toca a dansar, a folgar, é tempo
de, convém, locar-se a besta, ferir-se an-
dando batendo com os cascos nas mãos.
« Vossa mercê não se toca de fiar, » phra-
se ant. e chula, não expõe a fazenda fian-
do-a de quem não dê boa couta d'ella.
toce. V. Toose, etc.
TOCHA, s. f. [Fr.torche, di Lat. íorçuc-
rc, torcer) facho, archote ; vela grande de
cera, brandão; velador, donzella sobre a
qual se põe o candíeiro. —s de prata so-
bre que estavam candieiros.
ToCHEiRA, s. f. [tocha, eLat. /"ero, levo)
castiçal grande onde se põem tochas.
TOCHEiRO, s. m. V. Tocheira.
TÔCHO, í. m. (ant.) páo, cassete
TOCO, s.m. (do Fr. ant. toe, Celt. tac, tach,
tronco de arvôre) (ant.) tronco do arvore,
«epa que ficou na^ terra, cortada a arvore.
TODA, í. f. nome de uma ave.
todalas, por todas as.
TODAVIA, adv. ainda assim, com tudo ;
ainda.
TODiHOJK (coqcp. de todo hoje) (ant ) ho-
je todo o dia.
TODO, A, adj. (Fr. tout, doLat. totus. A
verdadeira origem d'este vocábulo é desco-
nhecida aos etymologistas. Vem do Egypcio
thouots, congerie ; thouot, ajuntar, congre-
gar) arlicular que denota a aggregação das
partes de um individuo, ou o caracter com-
mum a muitos indivíduos. — o homem é
mortal. — s os homem são mortaes, isto é
o homem considerado como formando um
género ou espécie animal. Por — a parte,
na universalidade de lugares. — o homem,
(p. us) o homem considerado como compos-
to de alma e de corpo. — , inteiro, que abran-
ge todas as partes. Em — a cidade não se
achou quem soubesse o arábigo*, Em — o
reino. — o dia, mez, anno, em toda a du-
ração.
Os antigos supprimiam de ordinário o ar-
tigo, V. g. — homem é mortal. Deus está
em — parte.
Todo, posposto, significa a união collec-
tiva dfls partes de um iddividuo inteiro, v.
g. o homem — , em toda a extensão da sua
pessoa. O obelisco está — coberto de hie-
rogjlyphos. — , no singular tem a dobrada
accepçào do Lat. Í0ÍU5, inteiro, e ownú, ge-
ral, commum á universalidade dos indiví-
duos. O melhor meio de evitar ambiguida-
de, quando a pode haver, é pospor todo no
sentido de inteiro, v.g. o homem — . Nas
phrases — a terra, a cidade, o reino, não
ha ambiguidade, visto designar-se a exten-
são total, e não haver pluralidade de indi-
víduos
No plural é sempre collectivo. — s os ho-
mens, animaes, vícios. — as mulheres.
TODO, s. ':í. (do precedente) o aggregado
de partes. Um — , a oongerie das partes in-
tegrantes O — deste edifício magestoso,
considerado na correspondência das suas
parles, e não examinado por partes. Ao — ,
(loc. adv.) contando tudo, comprehendídas
todas as partes ou quantias. De — , adv.
totalmente, inteiramente.
tOdolos, (ant.) por todos os.
TOESA, s. f, (Fr. toise) medida franceza
de seis ] és de rei.
TOFACEo. V. Tofaceo.
ToFEL, s m. (^ant ) instrumento muiíco
como pandeiro ou adufe.
TOGA, s. f. (Lat. toga) vestidura talar an-
tiga romana ; entre nós, vestidura dê magis-
trado ; (fig.) a magistratura.
TOGADO ou TOGATO, A, adj. (Lat. togatus]
que traz toga. Magistrado — .
TOiçA. V. Touca.
TOiciNCO. V. Toucinho.
TOisoN, s. m (Fr. toison, vello) tusão ;
isignia de uma oi dem de cavallaria de Hes-
panha de Áustria. O — de ouro.
TOJAL, s. m. [tojo, des. coUect. ai) mata
de tojos.
TOJAL e TOJALTWHO, (geogr.) duas aldeias
de Portugal no ribatejo a 2 léguas de Lis-
boa: ai.* contém 1 ,000 habitantes ; a 2.*
8u0 habitantes.
TOJEiRA, s. f. V. Tojo.
TOJEiRO, s. m o que acarreta tojo e ma-
io para aquentar o forno.
TOJO, s m, pi. Tojos (do Fr. ant. tou-^
che, moira, mato), arbusto todo espinhoso,
usado para aquentar fornos e fazer fogo
chammejante.
TOL
TOL
713
TOLA. V. To/o.
TOLA, s. f. (t. chulo), a cabeça.
TOLAMENTE, adv. [mente suíT.), inepta-
mente, como tolo.
TOLAN, s. f. V. Tolina.
ToLÃo. V. Toleirão.
Tolda, s. f, (do Lat. tegnla, cobertura,
tecto), primeira coberta dos navios ou bar-
cos sobre a qual a gente anda; obra de lo-
na estendida sobre barco ou escaler, rua ou
praça, para abrigar do sol da chuva, toldo.
— do vinho, a côr escura que o vinho to-
ma, fazendo-se turvo
toldaDO, a, p. f). de toldar ; adj. cober-
to de tolda ou toldo ; (íig ) nublado, offus-
cado, anuveado, v. §. Luz — , não clara
Dia — , de nebrina. O céu — , coberto de
nuvens, nublado. Vinho — , turro. UoiLem
— do vinho, quasi bêbedo.
TOLDAR, V a. [tolda, ar des. inf.), co-
brir de tolda ou toldo; — o navio, olhea-
tro, o carro; (fig ) anuvear, nublar, oíTus-
car. Nuvens que toldam o ; éu, (íig.) nu-
vens que toldam o entendi nento, escure-
ciam, oíTuscam, perturbam —se o céo de
nuvens. — se o vinho, faz4!r-^e turvo.
TOLDO, s. m. tolda de barco, ou que co-
bre rua, praça, para abrigar do sol.
toledano, a, adj. de Toledo, cidade de
Hispanha.
TOLEDO (reino de), (geogr] existiu de i03l
a 1085.
TOLEDO, (hist.) general hispanhol, nasceu
em 1484, morreu em 1553, dislinguiu-se
na guerra de Navarra e n« dos Flamengos
contra Carlos Quinto. Houve outros dois per-
sonagens do apellico de Toledo , D. Fran-
cisco vice-rei do Peru, em 1666; e D. Pedro
condeslavel de Castella em 1608.
TOLEDO, (geogr.) cidade de Hispânia, ca-
pital da intendência de loledo, là léguas
aoSO. de Madrid ; 15,000 habitantes.
TOLEiMA, s. f. (t. vulg.i. toUce, inepcJa.
TOLEIRÃO, ONA, adj ■ aug menta t de tolo,
muito tolo.
TOLRNTiNo d'almeida (Nicolau), (hist ) poe-
ta portugez do século passado, e um dos
mais populares ; foi professor de rhethorica
e poeta satyrieo de immensa graça e chiste.
Escreveu Salyras o outrss poesias, que são
apreciáveis j)ela formosura e pureza das
ideias, e mordaz decência da sua critica.
TOLEisTmo, (geogr.) cidade do estados ec-
clesiastico, perto de Chiento, 4 léguas ao
SE. deMaratá; 8,850 habitantes.
TOLBR, (anw.l V. Tolher.
toíerado, a, p.p. de tolerar ; ad;. per-
mittido, consentido. Culto — , de religião
ou seita diversa da dominante. Abusos— í.
tolerawca, í. /".(Lat ío/eranítfl), o acto
de tolerar, soíTrer, consentimento dado a
TOt. IT.
cousas que não approvamos. v g, — re-
ligiosa, das religiões diversas da q*e p.u-
fessa o governo om a maioria da nação ', —
de abusos.
SYN. comp Tolerância, indulgência Con-
siste a tolerância em soffrer o mal, ou o
abuso, fazendo que se ignora sua existên-
cia, ou sua malicia ; mas fila não o con-
sente, nem o permitte, <; não renuncia a
castigá-lo. A indulfiencia ou dissimula as
culpas ou as perdoa facilmente. Esta pode
virou de bondade ou de fraqueza; aquej-
la Tem da prudência.
TOLERANTE, ttdj. dosi.g. (Lat. íolerans,
tis. p. a. de tolero, are], que tolera, per-
mitte. O paganismo pra - , perrailtia todos
os cultos, ritos.
TOLERAR, V. fl. (Lat. loU.Yo, are), permit-
tir, soffrer tacitamente cousa refvrehensivel
ou que merece castig"», censura, levar com
paciência; v. g. — cultos, religiões diver-
sos da crença do governo ou da maioria de
uma nação, — abusos, dissimular.
SYN. comp. Tolerar, soportir, aturar,
soffrer. Tolerar é soffrer, não impedindo
o mal, quem tem poder para isso, é dei-
xar fazer, dissimulando soffrer, fazendo sem-
blante de que se não vê ou se não enten-
de, ou se não soffre.
Soffrer não exprime qualidade alguma
do soffrimento, e diz-se de qualquer gé-
nero de mal. ^o/frcmos os trabalhos da vi-
da, as enfermidades, a pobreza, as inju-
rias, itc.
Aturar diz soffrimento com'c9nformida-
de, ou porque o mal é inevitável, ou por
que não consideramos vont'jde deliberada,
de fazer mal em quem o pratica, tSoporta-
mos os defeitos dos nossos amigos ; as fra-
quezas dos nossos semelhantes ;. o geni» das
pessoas, com quem vivemos ; as imperfei-
ções inevitáveis da natureza humana. So-
portamos os golpes da adversidade : a sau-
dade dos amigos, a morte dos parentes-
etc
Tolerar, exprime soffrimento com dissi-
mulação. Toleramos um mal para evitar
outro maior.
Soportar ó soffrer com paciência, e boa
sombra ; soffrer de bom grado
Aturar é soffrer com custo, e difficulda-
' de ; soffrer, porquo mais não podemos.
So/frer significa absoluta, e genericamen-
te levar, ou ir levando o mal que nos acon-
í tece, ou nos fazem
TOLERÁVEL, adj dosl.g. (Lat. tolerabi-
I /ts), supportavel, soffrivel ; queadmilteper-
: dão, exoravel. Marés toleráveis
i TOLERAVELMiNTE, adv . [mente suff.), de
1 modo tolerável, soffrivelmente.
I TOLiTE, s. m. (Fr. tolet), cavilha ábor-
17»
I
714
TOL
TQII
da do barco na qual se fixa o remo por
meio de corda ou estropo.
101 E TE, adj. dos 2 g. diminuí, de tolo.
algum tanto tolo.
TOIHEDUfiA ou TALHADURA, S. f. (t de
vciateria), excremèuio das aves de rapina.
TOLHEiTo, (ani.) V, Tolhido.
TOLHER, V. a. (Ital. togliere : pron. tô-
Ihiere. do Lat. tollere, remover), impedir,
obstar, estorvar ; — o passo, prohibir, ve-
dar, V. g. — a sabida, a entrada. — ope-
nbor «o porteiro, (ant ), impedir i penhora.
Ord AíToBS. — , privar. «Alei tolhe a he-
rança ao herdeiro inhabil, » Eufr. — , os
membros, balda-los, paralisa-l«s. — sede
membros, perder o movimento, ficar leso,
paralytico. — , diz Moraes, vem na Orde-
nação Affonsina por talhar, cortar de sor-
te que tolha o membro. Eu creio que não
corresponde á acção de talhar, mas unica-
mente ao eíTeilo d'ella.
TOLHIDO, A, p. p. de tolher; adj. leso,
paralytico. Ficar ou andar de falias — com
alguém, (p. us.), não se fallar por inimi-
zade com a pessoa.
TOLHiiíENTo, s. m. [meuto suff.), estado
tolhido, parílysia, ~ de penhora, (ant.) o
impedir a penhora.
TOLHO, s. m. nome de una peixe da
feição do pargo, que se pesca no Algar-
ve.
TOLICE, s. f. [telo, des. ice], acção, di-
to de tolo ; necedade, parvoíce.
TOLiNA, s f. [t. chulo), logração com que
alguém come e vive á custa de um tolo.
TOLiNAR, V. a. mais usado como abs. ou
n. (t. chulo), chupar, viver de tolina, des-
frutar algum tolo.
TOLiNEiRO, s. m. (t. chulo), chupista.
Subst. Una — , o que vive á custa alheia,
que desfruta algum tolo.
roLiHHO, A, adj. diminuí, de tolo.
TOLLE, s. m. (do hat. tolle, imperativo
de tollere.). Tomar o — , (fam), fugir-se,
ir-se.
TOLLETE, adj. V. Tohíe, Tolinho.
TOinNS, (hist.) sábio hoUandez, nasceu
em 1630, morreu em 1696.
TOLNA, (geogr.) villa da Hungria, % lé-
guas emeia aNE. deSzexard ; 1,800 habi-
tantea.
TOLO, A, ady. (do Lat. stolidus. on stolo,
onis, e não do Alhm. icll, louco, doudo,
como diz Moraes), falto de siso, de juizo,
estulto, estólido; (figj pj^smado. Ficfr —
de alguma cousa.
TOLOMETA, (gcogr.) cidade da Barberia,
37 léguas a HE. de Benghazy.
TOLONA. V Toleirona, e Toleirão.
TOLONTRO, g. m. (do Cast. tolondro, con-
tasão, gaUo na testa), (p. us.), túbarft^ ca-
roço, umor eausado por contusão na ca '
beça.
TOLOSA, (geogr) cidade da Galiia na Nar-
boneza 1.*
TOLOSA, (geogr ) cidade de Hispanha. 5 lé-
guas e meia ao S. de S. Sebastião ; 5,0!0 ha-
bitantes.
lOLU, (geogr.) cidade da America do Sul,
^5 léguas aoS. deCarlhagena.
TOJ.uCA, (gengr.) cidade do México, 10 le-
gussaoSj, do México.
TOLOAWDi, (geogr.) cidade do reino do La-
bore
TOM, s. m (Lat. tonus, do Gr. teinô,
estender ; cantar), inflexão da voz ; eleva-
ção ou abatimento da voz ou de outro som.
Dar o — nos coros, ferir o som em que so
ha-de cantar. Dar o — nas sociedades, —
á moda, servir de modelo. — , força, vi-
gor. Dar — ás fibras, vigorar. Sem — nem
som, despropositadamente. — , (fig ) teor,
sentido, cstjlo. A este — me disse cousas
nesse — .
STN. comp. Tom, som. Tom exprime
mais particularmente o som apreciável ; o
som, que tem um valor ; a sua maior ou
menor elevação calculavel.
Toina-se o tom dos instrumentos músi-
cos, mede-se, calcula-se, devide-se, et3 ;
mas não se pode fazer outro tanto ao som
do tiro de uma peça de artilharia, de um
corpo que cae, do martôllo que bate, do
madeiro que feãtalla, etc.
Em linguagem musica chama-se íom o
intervallo que separa um sor» apreciável de
outro na escala diatónica, e por isso se
diz que a oitava de ut a ut consta de cin-
co tons, dois semitons, etc.
Som exprime tudo o que é objecto do
sentido do ouvido; e significa genericamen-
te a sensação da impressão que faz uo ou-
vido o ar ou outro corpo elástico como o ar,
movido de um certo modo.
TOM, s m. (t. Asiat.), edificioou templo
na Ásia.
Tom. V. Peucedano, herva.
Tom, (geogr) rio da Sibéria, cae noObi.
Tomada, s. f. (subst. da des. f. de ío-
mado), o acto de tomar, de se apoderar.
A — da fraca, acto de prender, apanhar,
V. g. — do escravo fugido.
TOMADETE, oúj . dos 2 g. dimíiiut. de
tomado ; adj. — de vinho, algum tanto
bêbado,
TOMADiA, s. f, (des .ia], o acto de tomar
conquistando ; de apressar, conOscar : —
de escravos, contrabandos, íant,), direitode
tomar mantimentos e roupas entre os se-»
nhores e vassallos.
TOMADiço, A, ajd. agastadiço, sujeito a
enfadar-se, aisomado.
TOM
TOM
745
TOMADO, A, p. p. de toíii»r ; adj. [appre- ,
hendido, apresado ; qne toDiou. — de vi-
nho, en-briagado, bêbedo. — de medo, do-
mioddo, espavorido ; — do somuo, do amor,
de zelos, ciúmes, possuído, entregue á in-
fluencia ; — da pobreza, reduzido a este
egtado. A cadeila — do cio. Besta de car-
ga — , iiiagoada, ferida no costado. — , (lig.)
agastado, picado, oíTenJicIo, ressenti Jo. Cou-
sa — ás mãos, conbf.citja, mui averigua-
(ilk. EogAno, mentira, — dsraãos, palpável.
TOMADOR, s. m. o quo tomou ; • — de
praça, de navio : « aos tomadores de Arzi-.
la. » Ltão. Chron. do D. João l.
TOMADuiiA, s. f. maladura de besta feita
p^ sella ou albarda mal cheia.
* ^TQíiAli, t. a. (do Lat. .sumo, ere, sum-
piPiín, ou sunitum, cuja raiz • manus, mão,
com a qual Court deGéboliunâo acertou),
empolgar, approende-, segurar, alcançar,
colher coi^íí a mão. Tomou a espada, a pen-
na, um livro; — assento, sentar-se — das
mãos de alguém, v. g. — carta. — as ar-
mas, p.xra pelejar. — alguém pela mão,
pelo braço, para o conduzir; — pelos ca-
bellos. — ás mãos, prender, apanhir, agar-
rar : — as abas, es fraldas do vestido, apa-
nhar, levantar. — , apoderar-se. — posse,
apossar-sfi ; — o Ululo, appropriar-se ; —
o titulo do rei; — uiva praça, couquislar,
— navios, apresar, — aves, caçar, opachsr,
— poixe, pescar. — aiguem por amigo,
juiz, arbitro, fazer escolha da pessoa. —
por perdido, confiscar; o. g. contrabandos,
mercadorias iulroduzidas em fraude. — de
cór, decorar; — conselho, aconselhar- se,
-^ alento, folguedo, respirar, — somno,
dq^canço, dormir, repousar. — côr, corar,
-^ g05'.G. goz;ír, deieilar se, — o gosto a
alguma cousa, provar, saborear, - o fres-
co, pondo-so ao ar, — osgI.^ — augura,
a forma do posboa ou cousa, transfigurir-
se, disfarçar- se, — a ccrr, pretexto, —or-
dens, orden>-.r-so saçerdol-?. — ordens do
alguém, ir ivccbe-las d'éllc — , receber ou
engulir, v. g. — alimentos, bebidas. — ura
clyster, pelo anus. Tomou muitos remedius
durante a doença — uma resoluç^^o, adop-
ta-la, — sobr^ si, encarregir-s^. — aiiii-
zade, ódio a alguém, coulrahir. - - a cc-
casião, aproveita la. — o caminho, a estra-
da, seguir. — o tempo a alguém, importu-
nar. — . entender iaterpretar, v. ^. — les-
mo5, palavras, em um sentido oi^ accepção.
— a bem, com approvação, — a ttal, es-
tranha, desaprovar, oíftnder-se. — terra o
navio, aportar. — a morte por suas mãos,
m^lar-se, ^fig.) ser causa da própria ruiua.
— a direita, pcr-so á direita, — á diriila,
seguir essa direcção. — a alguém em co-
che, sege, faze-lo entrar. — f^go aleuha,
a pólvora, inflammar-se, — algaem fogo,
(fig.) apaixonar-se, enfurecer-se. — , ata-
lhar, tolher ; — o passo, o rio, o cami-
nho, — a luz, obscurecer, — a luz a al-
guém. — alguém em palavras, fazer fallar,
fazer confessar. — cm caso de honra, con-
siderar como tal. Toma-la com alí5uera,
(phr. elliptica, por-lhe a culpa, andar com
elle, agastar-se, criar-lhe ódio. — a peito,
ressoniir-se. — , sobrevir. Anles de sahir
do bosque tomou-o a noite. í'ela manhã o
tomaram grandes cólicas, dores. — , adop-
tar. Os Romanos íomaram dos Gregos as
leis das doze taboas. — em consideração,
attender. — sentido, attender, — cami-
nho, seguir boa direcção, — ensino, apren-
der, seguir boa direcção, — ensino, apren-
der, seguir com docilidade os preceitos da-
dos, — cuidado, cuidar. — por injuria o
beneficio. — o macho a fêmea, cobrir, ter
cópula. — paixão, apaixonar-se. — por si
algum dito, considera-lo como allusivo a si
próprio. — casa, alugar, pôr casa, — niu-
Itier, casar. Toma ou toma lá, diz-se fa-
miliar e ellipticamente a alguém quando
lhe damos golpe ou f claque, iííais vale um '
torrta (subi lantivado o imperativo toma] que
dois te darei, provérbio. — a palavra, por
— a mão, começar a fallar, é gaUicismo
moderno e inadEuissivcl. — sb, v. r. agas-
tar-S8, offeader-se, — de ira, paixão, v«i-
dc-de, senlir-se aniniado , — da vinho, em-
bebednr-se. Tomar tem os oo rnudss, ex-
cepto no prés. ind. n. f. eu tomo, as, o,
íómam, no subj. tome. €s_. e tomem, eno
imper. toma.
TOMARA, s. f. \X. Ásiat.) arma usada na
Ásia. « Remettpu a elle com uma — que
é uma arma cruel. » Couto,
TOMAaES, s.m. pi. (no inf. íowar, subst.)
Ter dares e — com alguém, trato, jonne-
xão, relações, disputa,
iOMATii, f m. (Bluteau o deriva de tomar,
cnmose este vocábulo Hguiíicasse lomai. Ou-
tros o derlví^í; ' ' ' lico lomat com mais ra-
zão. .iJgun.s |ne vem do Lat. toma-
cinçi, íomaculuifi om iQmaclum, csp<:cio de
pi&adlo do carne de porco) fructo de UJtia
pl(inla baixa, mvi saboroso par.i fazer raô.-
\hí)S', 6 decair vermelha quando madura.
tohaszow, (gc 'i:r.) cidn-Ie da Rússia, A
le^as eoSÓ. de Raw : u.íllK) babitanies.
io]|íAT,f:ií^Oi í^.w. planta que dá lomates;
j tem talos e ramos felpudos.
I TOMBA, s.f. {áe,{^orol remendo no ros-
■ to dosa,pato. '
TOMBADILHO., s. m . (n.-.i.t ) Hicia cobefla
j nocaslelio da pô{»a.
; TOMBADO, A> P- p de tombar ; adj. caUid ),
derrubado. Bcxks — í, de qu,o se fez lambo.
ToKBADOft, f. m. oquçílá tojiibosoudei,*
179^
716
TOM
TOÍí
xa tombar, cahir ; o que faz tombo de pre •
dios.
TOMBAR, V. n. [tombo, ar des. inf.) dar
tombo, cahir; (p. us.) retumbar. « Tomba-
va a voz agradavelmente. » Barros, Clarim.
TOMBAR, V a. dar tombo, fazer cahir, v
g, — os bancos, — marcos, as estacas —
terras, fazer o tombo d'ellas, verificar a sua
demarcação.
TOMBECKBEE, (geogr.) rio dos Estados-Uni-
dos, nasce na extremidade E. do Estado de
Mississipi, e cae no Alabama.
TOMBO, s. m. (do Fr. íombcr, cahir, deriv.
do Gr. ptôma, queda) queda de corpo que
se Tolve cahindo de alto. Dar um — . Os
— s dos dados, lanços. Aos — s dos dados,
(fig.) incertamente á toa. Andar aos — s,
(fig ) com grande fadiga ,
TOMBO, í. m. (talvez do Lat, tomex ou. to-
mix, icis ; Gr. thominx, cordel) inventario
authentico dos bens de raiz, com as suas
demarcações e confrontações, '[orredo — ,
archivo do reino. Esle hêmem ê — , (fig.)
mui versado, noticioso,
TOMBOWCTON, (geogr.) cidade da Africa in-
terior, em uma vasta planicie ; 17,000 ha-
bitantes.
TOMBORO, s. m. (pron. a primeira domi-
nante, do Lat. tumulus, elevação, outeiri-
nho) (ant.) V. Combro ou Cômoro.
TOMELLOso, (gPogr ) cidadc de Hispanha,
16 léguas ao ^. de Villa-JNueva de los in-
fantes; 5,100 habitantes.
lOMENTELLO, s. m, dtmííiMí. de tomenló.
tOmentina, s. f. nome de uma planta.
TOMENTo, s. m. (Lat. tomenium) parte fi-
brosa e áspera do linho, de que se alimpa
assedando-o.
TOMES, (geogr ) cidade da Mesia-inf^r or;
o uma de» fronteiras do império romano.
TOMILHO, s. m. (Lat. thym,um) arbusto
arematico.
TOMiM, s. m. (ant.) (Cast. tomine) peso
maior que a oitava.
TOMisvAR, (geogr.) cidade da Turquia eu-
rop«a ; 30 léguas a SE. deSilistri.
TOMO, s. m. (I at tomus, Gr. tomos, for-
mado do pret. mei. de temnó, corlar, sepa-
rar) volume de obra impressa. — , (fig. p.
us.) píso, importância. « Homem de grande
— e saber. » Homem de — e tombo, bera
fornido de membros ; (fig.) de grande prés-
timo, merecimento, valor. Cousa de nenhum
tomo
Stn. corap. Tomo, volume. Tomo é ter-
mo de hiteratura, e designa as differentes
partes em que um autor divide a sua obra;
volume é termo de livreiro ou de encader-
nador, e designa um livro in preiso, enca-
dernado ou brochado. O «o/ume pôde con-
ter muitos tomos ; e o tomo pôde fazer mui-
'tos volumes. A encadernação separa os«o-
lumes; a divisão da obra distingue os ío-
mos. Uma obra pode formar um só volu-
me, mas não se dirá um só tomo ; e nun-
ca pôde ter menos de dous tomos. Não se
deve julgar dasciencia d'um autor pelo ta-
manho do volume. Ha bastantes obras em
muitos tomos que seriam melhores se se re-
duzissem a um só.
TOMORO, s. m. (Lat. tumulus, elevação,
montículo, tumulo) ant. e provincial. V. Cô-
moro.
TOMSK, (geogr.) cidade da Rússia asiáti-
ca, sobre o Tom; 10,000 habitantes.
TONA, *. f. (do Lat. túnica] pelle, casca
fina ; superfície. A — da cebola, da roman,
da arvore. A — d' agua, á superfície ou qua-
si á superfície. Uma — de terra ou areiãf
camada de pouca grossura.
TONANTE, adj. dos2g. [Lãi. tonans, íw,
de tonOf are) epitheto poético deJove, que
troveja.
TONBRiDGE, (geogr.) cilade d'Inglaterra,
5 léguas e meia a SO. de Maldstone ; 8,000
habitantes.
TONDA, (geogr.) cidade da índia ingleza,
17 léguas aoN. de Mourchedabad.
TON»ELLA, /^geogr.) villa de Portugal, si-
tuada 3 léguas a SE. de Viseu, no concelho
denominado de Besteiras, 1,450 habitan-
tes.
TONDERN, (geogr.) cidade da Dinamarca,
11 léguas ao S. de Riba ; 3,000 habitan-
tes.
TONE, s. m. (t. Asiat.) almadia, «mbarca-
ção asiática.
TONEL ou TONNEL, s. m (Fr. tonr^c, do
Lat. Barb. tonna, AU tonne, do Lai. tina,
ou antes, como quer Horne Tooke. do Angl.-
Sax. tynan, conter, f-ncerrar) vaso ie adue-
la que leva de sessenta a setenta e cinco o
maisalmudes. Tonéis, toneladas. « \ maior
nau que então andava na índia (1509) era
de quatrocentos tonéis. » Barros.
TONiLADA. 8. f. [tontl, des ada) medida
pela qual se calcula o porte e frete dos na-
vios: dois mil ar ratei» fazem uma tonelada,
— de vinho, cincoenta alraudes. — s, (âg.)
porte do navio. « Peitos de mais — s de va-
lor, de brios, de perfídias, deous.idias. »
TONELARiA. V. Tanoaria.
TONELEiRO. V. Tanoeiro.
TONELETBs, s. «t pi. (Fr. tounclet, parte
da armadura antiga, espécie de saio) fral-
da, fraldão da antiga armadura que descia
da cintura até ao joelho.
TONGA, (geogr.) Archipelo dos Amigos, na
Polynesia, ao SE. das ilhas Fidji ; 50,000 ha-
bitantes.
TONCATABON, (geogr.) 8 maior e a mais
povoada das ilhas Tonga.
TOIf
TOP
717
TortGRis, (geogr.) cidade da Bélgica, 5
léguas a NO. de Liege ; 4,000 habitan-
tes.
TONiDO. V. Tinido, Sonido,
TOWiLHO, s. m. diminut. de tom, soada
musica seguida, de instrumentos ou de voz.
TONINHA, s. f. diminut. (V. Toninho)
atum novo fêmea.
TONINHO, s. m. diminui, (do Lat. thun-
nus, Fr. íhon, atum) atum novo pequeno.
TomoNEiA, s. f ave do Brasil mui peque-
na.
TONITRUOSO, A, adj . [áoLdiL toiíitrus tro-
vào, des. aso) (poet.) sujeito a trovoadas ;
estação, região — . Júpiter — , que lança,
dardeja o trovão.
TONKAT, (geogr.) cidade do Turkestan in-
dependente, 25 léguas aoS.deTaraz.
TONNAT-BONTOMRE , (geogr ) Cidade de
França, 4 léguas a NE. dei. João d'Ange-
1/; 1,300 habitantes.
TONNEiNS, (geogr ) cidade de França, 4 lé-
guas e meia a SE. de í armande ; 7,0(10 ha-
bitantes.
TONNEKRE, (geogr ) cidflde de França, 10
léguas 80 NE d'Auxerre; 4,271 habitan-
tes.
TONO, *. m. (Lat. tojius) toada musica,
tom de voz de quem falia; (fig.) disposição.
Pôr-se [em — de fazer alguma cousa.
TONO, s. m. titulo honorifico no Japão.
Lucena.
TONOA. ;ant ) V. Tanoa.
TONOE!RO, (ant.) Y Tanoeiro.
ToNQLiN, (googr.) região da Iiidia alem do
Ganges, outr'ora reino independente, hoje
província do império d'Aunam ; 8,000,ObO
habitantes.
TONSAR, V. a. (ant.) (Lat. tondeo^ «r«, ton-
sum). V. Tosquiar,
TONSURA, s f. (Lat.) acto de tosquiar, de
aparí«r o cabello ; córle que o bispo dá no
cabello do ordinando ; a coroinha do ordi-
nando.
TONSURADO, A, p. p de tousurar ; adj.
tosquiado : a quem o bispo abrio coroinha
na cabeça.
TONSURAR, V a. (ímsura, ar des. inf.)
tosquiar, aparar o cabello ; abrir a coroi-
nha ao ordinando.
TONTEAR, V. n. [tonto, «r des inf.) ter
tonturas ; fazer, dizer tontices.
TONTEIRA ou TONTiCE, s. f. patctico, en-
fraquecimento do juizo poreíTeito de velhi-
ce, dito ou acção de velho decrépito.
TONTO, A, adj. (contrahido de attonito]
que tem tonturas de cabeça, estonteado com
somno, por vinho, aturdido por golpe na
cabeça ; apatetado por velhice.
TONTURA, s. f. vertigem. — s de cabe-
ça.
?0L. ly.
TOPA, i. f. jogo pueril que se joga com
um osso de quatro faces.
TOPADA, *. f. acto de topar com o pó.
Dar uma — , (fig e famil.) obrar mal por
fragilidade ou por inconsideração ca-
sual.
TOPAR, c. n (de íocar; ep^j prop rir» men-
te significa dar de encontro com o pé ; en-
contrar accidentalmente. — com ahjuem ;
— com olhos, reparar, parar con» reflexão.
TOPAR, V. a. encontrar accidentalmente :
— alguém. Topet-o na escada. Homem que
topa a tudo, (fig. e famil.) o que aceita ne-
gócios bons e ináos ; que tem commercio
com toda a qualidade de mulheres. — , em
jogos deparar, aceitar a parada do ponto.
Topa tudo.
TO PAZ. V. Topázio.
TOPAz, s. m. (t Aiiat.) christão D&estiço
de Malaca.
TOPÁZIO, s w». (Ldt. topazion, queosety-
mologistas derivam de íopa<z<í, buscar, inda-
gar. Court deCiébelin o derivado Chaldaico
the artigo, e paz, pads ou pats, puro ; em
Kgypcio touhe ou toubo significa pureza) pe-
dra preciosa transparente e brilhante decôr
amarella.
TOPE, s. m. (de topar) choque, embate
de dois corpos que se tooam, v. g. — de
auas bolas, no bilhar ou no jogo da bola;
golpe de raartello nas ferrarias ; cbice, obs-
táculo.
TOPE, s. m. (V. Topo) sumrLidaJii. O —
da gávea ; — da mesa. — de fita, i.iço que
se traz no chapéu ou as mulheres no tou-
cado.
TOPETADA, 5. /■ (de íopar) cabeçada, mar-
rad?i, encontrão. Dar uma — .
TOPETAR, V. n. (de topo, topar, emAugl.-
Saxào, Inglez, íop significa cimo, cume) mar-
rar ; (fig ) montíir, subir, elevar-se ao topo,
cume.
TOPiÉTE. *. Vi. (Fr. toupet) o cabello da
parte dianteira da cabeça riçado.
TOPETEiRA. V. lesteira.
TOPETUDO, A, adj. que traz topéle.
TOPHACEO, A, adj. (Cat. tophaceus, de to-
phus, areia) (med ) Concreções — , duras.
TOPiARiA. í f. (Lat. topiaria, de topia,
orum, figuras recortadas na summidade de
arvores) arte de fazer figuras de murlae ou-
tros arbustos em jardins
TÓPICO, A, adj. [L&t. topicus, do (ir. to-
pos, lugar) (med.) que se applica sobre a
parte. Remédios —s, que se applicam so-
bre as partes doentes, v. g. cataplasmas.
TÓPICO, s. m. (med.) remédio tópico.
TOPIWAMHA, s. dos 2 g. none dado aos in-
dígenas da America meridional.
TOPO, s. m. (do Anglo-Saxão top, cimo)
summidade, aparte amais alta, remate. O
180
m
tOR
tÔl
— do mastro, da mesa, do corredor. Os — s
das vigias.
TOPO, s. m. [de topar). V. Choque, En-
contro.
TOPO, (geogr ) villa dailiiade S. Jocome
e cabeça de um concelho do mesmo nomf);
2,(199 tiabitantes.
TÓPOGRAPHiA, s. f. (Lat., do Gp. topos,
lugar, e graphia] descripção das localida-
des de u n território.
TOPOGRAPHico, A-, adj . qu8 respetta á to-
|;0graphia.
TOPÓGRAPHO, s. m. o que faz discripção
topographica.
TOQUE, s. m. (do tocar. V] acção de
tocar, contacto; «ò — de suas rnàos fez o
milagre, s> Vioia ; som de instrumento mu-
sico, n- g- ^ — d* sino, de clarins de cai-
xa ou tambor. — , topade, erabato. dar —
o navio, tocar no fundo ou em baixos, —s de
pincel, pinceLidas que dá o pintor no pai-
nel. — , leve impulso «Ao — de qualquer
peita dno com a justiçado avesso, » Arraes.
«Dar um — de murmuração, i> murmurar
sem offender, sem escandalisar. — , (fig.)
prova, ensaio, demonstração, v. g — da ver
dade, do entendimento Pedra de — , pedra
dura em que se esfregam as peças de o aro
ou prata cuja pureza se quer conhecer;
(fig.) meio de avaliar, apreciar, v. g. —da
sinceridade, da amizade, do amor. — da
mão de Deus, trabalhos.
TOQUE EMBOQUE, 5. m. jogo de bola cora
aro.
TOQUEixo, s. m (provavelmente contrac-
ção á<ò aia-queixo ou de touca] (ant) tou-
cado antigo de mulher.
TOR, (geogr.) cidaJe da Arábia, sobre o
golpho de Suez,
TORADO, A, p. p. de torar ; adj. cortado,
dividido em toros.
TORAL, s. m. (de toro) — da lança, o ter-
ço o mais forte d*ella. O -- da camisa, o
cabeção,
toraNja. V. 'toronja.
TOBÃo, s. m. (do Fr. tóron, eminericí»)
bolo de nozes, amêndoas e mel.
TORAR, V. a. [tora, ardes inf) serrará
arvore em toros
TORÇAL ou TORSAi., s TH. [áh túTcer] cot-
dão de vários ílos de seda torcidos
TORÇALADO, A, adj. omado de torçnns.
TORÇÃO, s w, V. Terçol e Torsào
TORC^-TO (S.;, (geogp.; vilk' de Poi^tugal.
situada a 3 léguas de Braga; l,iO(J habi-
tantes.
TORCEDOR, s. m instrumento ou pessoa
que torCe.; arrocho, garrote; (fig) — do
coração, do entendimento, da justiça, cousa
que faz desviar, p. g o amor é — da justi-
ça, — , (fig.) cousa coDQqueseduiiraos, ou
Molestamos alguém para o dobrar ao nosso
intento.
TORCEDURA, s. f. (des. «ra) acção detor-
eer e efieilo d'ella : — de membro, da pr-r-
na, volta tortuosa que dá o rio. Jmtiça sem
— , recta, sem. desvio do direito caminho.
TORCELADO, A, adj. V. Torçaladò.
TOHCELLO, (geogr.) cidade do reino Lom-
bardo Veneziano, 2 léguas a NE. de Veneza ;
9,000 habitantes.
TORCKR, » n (Lat Torqusre, p. p". tor~
íWí, sup. tortum ou tomam) fazT volver.
— as ramas, as fibras d^ plantas; — os
fios, a corda. — , desviar da linha recta. —
um braço ; — espada, virar-lhe o fio. —
caminho, ir com rodeio, afast/ído da estra-
da direita. — o pauso, voltar atrás, virar
de caminho, — oí rédeas no cavado, para
mudar de caminho. — 05 olhos, olhar vts-
go ; — a bocca. 7— é focinho ou o rosto,
(fig efamil) em signal de des.ipprovação,
de aversão ou inveja. — o í^ostê ao inimi-
go, reinar -í^eiValU — alguém, fí»z-?- lo des-
viar da justiça, do recto caminho. — o sen-
tido, dar sentido viol-nto aos textos, —as
his, dar -lhe sentido forçado, violento, fa-
zer má applicação d'ellas — verdade da
historia, altera la. — a vinha, dar volta á
rara principal para que a seve fique nos pri-
meiros olhos da vide. — , em sentidon.se-
gnir, tomar direcção tortuosa. Torce o rio,
dá voltas tortuosas « Homem de antes que-
brar que — , y^ Sá Miranda, istoé, que nada
é capaz de fazer ceder ou dobrar contra o
seu dever ou convicção. — avia deshones-
ta, desviar-se do caminho da virtude. — SE,
V. r. dobrarse. — a espada, o alfange,
nào cortar, por ter o fio dobrado. « Em rai-
zes os pés (da nympha) se vão toree'»do. »
Canoõe?, Egloga 7. --, (fig ) deixar-se ga-
nhar, v.g. — a peitas a empenhos, a adu-
lações, lisonjas.
TORcnADO. V. Trochado.
TORCIA, s f. (ant ) diíTiculdade, obstácu-
lo, embaraço.
TORCJCOLLO, *. tn. volta tortuosa; gyr»,
rodeio ; (fig ) ambiguidade de palavras.
tôRCrcoLLO, A, odj. que inclina a cibe-
ç,i á haiidá', que tem o pescoço torto ; (lig.)
hypocrita,
TORCfDA, t f. (:>ubst. da des. f de tórrido]
fio-, de linho óii algodão torcidos para me-
chas de velas, candeias, etc.
fÒRCiDAHENTK, udv. [mente suíT.) de mo-
do forçado, violento. Applicar — as leis,, os
textos.
TORCIDO, A, p. j[). de torcer; adj. tortuo-
so, volvido sobre si. Fio, ramo, braço — .
Caminho, rio — , tortuoso, que dá voltas.
Escada — , em caracol. Olhos — 1, (fig.) os
do invejoao. Rosto — , (fig.) de quem des-
tor
VII
approra, duvida. Sentido — , desviado. — ,
(fig.) apartado da rectidão, d» justi(;a, da ver-
dade. Caminhos — , tortuosos. — do dever,
desviado por peita, sedncrâo.
ToílciLHÃo, s. m. cólica qtie dá nas bes-
tas.
TORCiMEíiTO, s.m. [meiíto suíT.) acçriode
torcer; estado da cousi torcida, torcedu-
ra.
torCióNaíiio. A,adj. acompanhando de tor-
s5o. Dore^ — s, ({uo fazem torcer os metrl-
bros.
tdacttLo, s. m (Lat. torculum, prensa)
p^q^ltíná preúsá ; machinade lapidar, v.g.
crystaes.
TORCY. (geogr.) villa de França, A léguas
ao SK.deDieppe; 600 habitantes
TORDESiLLAS, (geogr.) cidade de Hispanha,
7 léguas a SO do Valladolid ; t,» 00 hsbi-
tsntes.
TORDiLii ), A, aJj. cor de tordo. Cavallo
com pello mesclado branco e preto.
TORDO, s. m. (Lat. turdus) ave vulgar áe
cor negra e branca.
' tOrGa, tobgãa, s. f. V. Urze.
torgan, (geogr.) cidade da Prússia, 15 lé-
guas a WE. de Marseburgo ; 8,00D habitan-
tes.
TORi, s. m. (t. Asiat ) um legume de que
se faz a ema.
TORiBios, s. m. pi. contai de crystal que
vem da índia
tOriondo. V. Touriondo.
toRJOK, (gecígr.) cidade da llussia, íTle-
goas âPCO deTver; 10,010 habitantes.
tOrma. V. Turma.
tormenta, *. f. (Fr. tourmeníe, do Lat.
tormentum) grande agitação do mar com
vento rijo, borrasca, tempestade; (fig.) tra-
balho perigoso ; violenta agitação, tumulto,
desordem. Correr — < ntnra-la, soíTrê la,
ígOantA-la s^^bro amarra, e riãn á vela. I ma
-- de guerras, de trabalhos, cuidados, -^à
do estado, revoluções.
tORmeNTaR. V, Atormentar.
tORmk^^íTativo. V. Atormentador.
TORMENTO, s. m. [l&i. totnientum) acçào
de aiurmefltar, ou de ser atormentado ; tra-
0$, lortnráí, dor, pena, angustia, afflicção
corporal, ou moral. — do animo í^ôr, met-
ier a — s, dartrélos. — , causi de tormen-
to < TeT!«5 deido-nhcsos cibos —s de minha
alma. »
TOèKEM^^Rio, 1, adj: [/fès 6n'f»\ onde
ba tórmefitas t) c/iho -— .
TORMENTOSO, A, adj. (des. ório) onde há
lorínentas, <ètf!ji'èstàoSò, príicelloso. Mares,
cdst.is —s. — , que causa tormentas. Os — s
ventos. Cuidados — *, qne atormentam.
TORiES, fgeogr.) rio He Hispanha, sae dos
montes de Gredos, e (Ae no lyoíuWí.
TORNA, *. f. (de tornar) compensação do
excesso de valor de cousa recebida era tro-
ca de outra, —s, compensação em dinhei-
ro que o herdeiro melhorado em partilha
dá aos coherdeiros, para ficarem tudoscom
igual quinhão
ToRffADA, s. f o flcio de tomar ou de
voltar para o lugar d'ondese sahio, ragres-
£0
tnnTfADA, s f . {áe torno] liquido que cor-
•re da vasilha a que se tirou o torno ou ba-
toque.
TORN*ADiço, A, adj. (des. iço, que deno-
ta habito) quo deixou o amo ou senhor com
quem vivia para ir servir outro; renegado,
que mudou de religião.
TORNADO, A, p. /?. de tomar ; adj. volta-
do, convertido, 1? g. — ao lugar; — á fé.
Tinha -^ a n, recobndo os sentidos. As es-
peranças íinham-se — em fumo, reduzi lo
a fumo,
TORNADOURA, •«. f inslru aeuto de tanoei
ro para torcer e cobrrr arcos de vasilhas.
TORNAiSE. V, Tornes. Soldados — s, lor-
nezes, de Tours, em França.
TORNAHENTO, s. fíi. V. Tomada.
TORNAR, u. n (Lat. torno, are, de tor^
nus, torno ; Gr tornoô, tornear, trabalhar
coíD a roda aò toríio. D'aquivemaaccepção
m?is usual que tsti em Portuguez, voltar)
volta , regressar ao lugar d'onde se sshio,
V. g.diO porto; — de jornada. — , repetir,
V. g. — afazer, fazer du rtovo, outra vez.
— em ou a si, recobrar os sentidos, oac-
côrdo ; reavisar-se, reconhecer a culpa, o
erro, cahir em si. — sobre si, reconhecer
á culpa. — por si, (ant ) acudir por suas
cousas. — atrás, regressar; (fig.) arrep^n-
der-se ; voltar á religão abjurada. — em
proveito em damno, con\erter-se. — por ai'
guem ou por alguma cousa, acudir, lahir
caj sua defesi!, v. g. — pelo credito, hon-
ra de .'Uguem. — por alguma cousa, v(j|-
tar ílfás a buscar — , v.a. restituir: <hr
torna, cmpensfir o excesso de valor da c:»u-
si recebida Cííi troca. Tornou- //ié três moe-
das. — , da- torn?ís o herdeiro melhor-ido
na partiiha aos coherdeiros « As ondas tor-
na ás ondas que tomou.» Camões, I.us.v.
22. « Tornai-ine ftieu amor, se o lev.TÍs, ven-
tos. » Fofreiía, Eleg 7, restitui. — , res-
ponder ft quera impugnou ou fez o';}servR-
ções acerca doque di.ssemos. — , imputar,
t. 5». -— a culpa a outrem, — oíTensa, dam-
no; — abi. prover o frtagistrado, da\ aspio-
videncias p.ira punir o culpado. — . tradu-
zir, verter, t.g. — do latim em portuguez
— , mudar, transfigurar. Jove a íornoH cm
loureiro. — , (t. dí tanoeiro) dar volta aos
arcos daá vasilhas com a lornadoum. —
rrtâtf, resistir. —-SE, c. r. converter-áe. Tot*
180 «
720
TOR
TOR
naram-se as esperanças em fumo. — , trans-
formar-se. v. g. a nympha tornou-se em lou-
reiro. — se a sentar, sfíntar-se oulra vez.
— ífi a a/^wem, recorrer a elle. — agastar-
se, pegar comclle. — se, converter á cren-
ça, religião. — tem os oo mudos excepto
no prés. indic. tónio, as, a, tornam; no
subj. torne, es, e, tornem ; enoimper. tor-
na
TORNASOL, s. m. (Fr. tournesol) gyrasol,
planta.
TORNAYiAGEM, S. f. (comp.), volta aopor-
to d'onde se tinha antecedentemente parti-
do.
tornavoda, $. f. segunda voda feita em
casa de um dos sogros noivos.
TORNEADO, A, p p. de tomear ; adj. la-
vrado em torno, roliço , cercado, rodeado;
V. g. terra — de agua ; ilha — das nos-
.sas embarcações. A garganta — de um fio
de pérolas. « Barbacan — de uma gran-
de cava. » Barros. Braços — s, bem con-
torneado». — , (íig.) feito com curiosidade,
apurado. Estylo bem — . Versos. — s.
TORNEADOR, s. m. tomador, banco de
quatro pés sobre que os segeiros trabalham
as rodas grandes , instrumento com que os
esping^rdeiros abrem as escorvas
TORNEAR, f). a. (Lat. torno, are], lavrar
ao torno, dár forma, feição cylindrica e ro-
liça ; formar o estatuário os contornos do
mármore; v g. — o pescoço, os braços.
A natureza lhe torneou os braços — , ro-
deiar, dar volta, andar em torno. O rio íor-
nêa a cidade. À cava tor.<êa a piaçfl. « E
torneando a ilha, » dando volta, fazendo
o circuito. Torneámos a ala esquerda
do exercito inimigo, passámos por de-
trás da ala, envolvendo-o, fazendo o cir-
cuito.
TORNEARIA, í. f. (des, ia), rua onde ha
torneiros de lavrar madeira.
TORNEiADOR, s.m. homcm dcstro uos tor-
niios.
TORNEíAR, V. n. fazcF O jogo do tomeio,
fí.ercitar-se em torneios. V. Tornear.
TORNEIO, *. m. (Fr. tournois, de tourner,
(Iir voltas), combate simulado de muitos
« ivalleiros em quadrilhas, a cavallo com
liinça. ou a pé com espada.
TORNEIO ou TOi NEO, s. w. feição Foliça
que dá o torneiro á madeira ou ao metal.
TORNEIRA, s. f. tomo de pipa.
TORNEIRO, s. m. oíTicial que lavra ao tor-
no alizando e fazendo roliço, páu, marfim,
osso ou metal.
TORNEJA, s. f. o calço do pedra que se
põe debaixo da roda do carro ou sege quan-
do sobe por ladeira.
TORNEL, s. m. uma argola cravada em
haste de metal, sobre a qual se revolve
para todos os lados. v. g. Torneis de fer-
ro para a bomba da roda.
tornenses. V. Tornezes.
lORNEO. V. Torneio
tornezes, s. m. pL (do Fr. tournois),
moedas de D. Pedro I que valiam pouco
mais de sete soldos. Meios — . — petiles
(do Fr.), cujo valor não se sabe ao certo.
TORNEYAR. V. Tomciar.
TORNiLHEiRO, A, adj . s. (p. us.), quB
deserta do serviço militar para a casa pa-
terna.
TORNiLHO, s.m' castigo militar que seda
com duas espingardas atravessadas, uma
sobre o pescoço, e a outra nas curvas das
pernas, e apertadas com c irreias de sorte
que façam curvar e dobrar o corpo com
pena e moléstia ; torninho.
TORNiNHO s. m. diminuí- de torno, pe-
queno torno em que os ferreiros apertão as
peças que querem hmar.
TORNO, s. m. (Lat. tornus, roda de tor-
neiro), engenho em que o torneiro lavra as
peças ; espécie de prego roliço ou quadra-
do de páu, como os com que os sapatei-
ros pregam os tacões ; canudo com seu ba-
toque ou rolha, o qual se embebe em uma
abertura de pipa ou tonel, por onde corre
ou sae o liquido contido na vasilha ; (fig.)
— d'agua, bico, d'onde sae espadana forte.
— , volta. Fazem alguns —s á ilha Em — ,
em redor, ao redor, em volta, em gyro ;
— da cidade. l*or a vela em — de espa-
da, cruza-la, manobra antiga náutica ; por
as vergas Dru — de espada, enfiar de popa
á proa. ; esta de — . V. Besta. — , torni-
nho de ferreiro onde elles apertão com um
parafuso as peças que querem limar.
TORNOZELO, s. m. {tomo, e (Ir. óxos, nó
de arvort), cabeça do osso resaltada da per-
na de um e outro junto ao pé. Prezar-se
de não ter — s, (phr jocosa ant.), de bem
feito, delicado. Homem de três —s, mui
rijos.
TORO, s. m. (Lat. torus). tronco da ar-
vore limpo de rama; (Gg.) o corpo do ho-
mem destroncados os membros.
TORO, s. m. (Lat. torus), leito,
TORO, (geogr ) cidade de llispanha, & lé-
guas e meia a NE. de Salamanca ; habitantes.
TORONJA. 5. f. arvore e fruta de espécie
media entre o limão e laranja, mais gros-
sa e carnuda cjue esta.
TOROPETSK, (geogr.) cidade da Rússia Eu-
ropea. 60 léguas a SE. de Pskov ; 12,U00 ha-
bitantes.
TOROPi, (geogr.) rio do Brazil. na provín-
cia de São Pedro do Mio tirande : vem dos
campos da Vacaria e vai juntar-se com o
rio ibicui pela margem exposta junto da
povoação da Forquilha.
TOR
TOR
7S1
TORPE, adj. (Lat. lorpidus), (ant.), <iue
causa torpor, que entorpece. « Os — s frios, »
Camões, Lasiad., VI, « A longa velhice, —
e tarda. » Eneid. Port., IX, 147.
TORPE, adj dos 2 q. [turpis, sujo, im-
mundo), deshonesto, impudico, v. g. amor
— , indecoroso, ignominioso. — * meios, pa-
lavras.
TORPEÇAR. V. Tropeçar.
TORPECRR. V. Entorpecer.
TORPEÇO. V. Tropeço.
TORPEDO, s. m. (Lat.), peixe eléctrico,
cujo toque entorpece.
TORPEMENTE, adv. [mente suíT.), de modo
torpe, com torpeza. Fugir — , com igno-
minia.
TORPEZA, s. f. (des. eza), fealdade ; des-
honestidade, v. g. — uas acções, das pala-
vras — ,. na phrase biblic), as partes puden-
das da mulher. Revelar a — , conhecer a
mulher carnalmente.
TORPiDADE, s. f. (Lat. turpitudo, onis],
torpeza.
TÓRPiDO, A, adj. entorpecido.
TORPissiMAMENTE, ttdv. superlat. de tor-
pemente.
torpíssimo, a, adj. superlat. de torpe.
Acções, palavras — *.
TORPOii s. m. (Lat,), entorpecimento de
membro ; estado torpido de alguma parte
do corpo.
torquemada, (hist.) primeiro inquizidor
garal dellispanha, nasceu em 1420, mor-
reu em 1498
TORQUEZ, s f. (do Lat. torqueo, ere, tor-
cer), especie.de tenaz.
TORQuEZA. V. Turqueza
TORRA, s. f. ( íe torrar], acção de tor-
rar; torrada.
TORRADA, *. f. (subst. da des. f. de tor-
rado), falia de pão torrada.
TORRADO, A, p. p. de torrar; adj. sec-
cado ao sol, ou ligeiramente queimado. Zo-
na — , tórrida. Café — .
TORRANTEZ ou TERRANTKZ, adj. doS 2 Q
Uva — , depelle muito delgada, esujeitaa
apodrecer.
TORRÃO, s. m. (do Gr. torêo, volver, re-
volver), pequena porção êe terra presa e
separada da outra ; (fig.)paiz, terra, região.
— de assucar, pedaço de assucai crystal-
lisado, Lom e fértil — , solo.
TORRÃO, (geogr.) povoação de Portugal,
situada 7 léguas a SO. d'Evora, 1,380 ha-
bitantes, ila out^a povoação no de Penafiel
eaíMeguns do Porto; Í,t0{) habitanles. E
pátria de Bernardim Ribeiro, um dos melho-
res poetas portuguezes.
TORRAR, V. a. (Lat. torreo, ere, de uro,
ere^ queimar, e torno, volver), seccar mui-
to ao sol, ou ao lume. O sol torra as es-
▼•1. IT.
pigas, as folhas ; queimar levemente a su-
perfície ] V. g. — i^ão, café.
TORRE, s. f. (Lat. tnrris. Gr. tursis. O
termo com ligeiras diíTerenças de desinên-
cia é commum aos diidectos do Céltico com
a significação de torre, montão, cousa ele-
vada. Creio que o radical ó o Egypcio íuo»,
subir, alçar-se, e djor. forte), edifício for-
tificado e alto destinado a proteger os que
a elle se acolhem dos ataques do inimigo, e
{íara de lá lançarem contra os sitiadores ar-
mas de arremesso ; hoje servem de prisão,
ou armazéns de armas ; — de sinos, onde
se suspendem os sinos em templos, ou igre-
jas. — , (fíg.), fortaleza. « As —s de vosso
animo. » Eufr. « As velivolas — s, » (loe.
poet.). naus.
TORRE, (geogr.) ha cora este nome em
Portugal, pprto de 20 povoações pela maior
parte insignificantes : as que comtudo me-
recem alguma menção oPO as seguintes ; 1.*
no concelho de Monção, a 9 léguas de Bra-
ga, 1,00) habitantes. 2.* — do Pinhão,
no de Villa-Keal, 720 habitantes. 3.* — de
Moncorvo (V. Moncorvo). 4.' — de Dona
Chama, villa de Tras-os-Montes, cujo con-
celho encerra 1,000 habitantes, situada em
uma elevada campina aoS. do Rio Tuela, e
4 léguas ao*N. de Mirandella.
TOHRE, (geogr.) serra da província do Cea-
ra no Brazil, no termo da antiga villa do
Mecejana.
TORRE d'avila, (geogr.) antiga villa da
província da Bahia, no Brazil, 12 léguas ao
I\E da cidade capital da província.
TORRE, (gpogr.) cidade d'Italia, nos Es-
tados-Sardos ; 4 léguas SO. de Pignerol ;
2,2 O habitantes.
TORRE E espada (ordcm da), (hist.) or-
dem militar portugueza, creada por D. Af-
fonso V em 1459 para condecorar os caval-
leiros, que fossem ás conquistas d'Africa,
íJahida em desuso foi de novo instaurada
em 18U8 por D João VI, então príncipe
regente para premiar os militares não ca-
iholicos, que não podião usar as insígnias
das outras ordens. Na regência de D. Pe-
dro IV em 18 !3 foi de novo reformada esta
ordem, que ficou intitulando : antiga e
muito nobre ordem da lorre e Espada d o
Valor Lealdade e Mérito. Hoje é a mais
nobre e estimada do reino, e pôde ser con-
cedida a pessoas de todas as religiões e pro-
fissões.
torreado, a, p. p. de torrear ; adj. mu-
nido, fortifícado com torres. O muro — .A
cidade — . Elephanie — , que leva torre de
úoadeira. « Itália vallada e — dos montes
Alpes. » Barreiros, Corogr. As penhas —s,
que tem a forma de torres,
torredeita, (geogr.) aldeia de Portugal,
181
11
■ftftf
situada a 1 légua e inêia de Vi «eu, 1,500
habitantes Corre-lhe junto o fio do mesmo
nome, o qual entra na direita do Dão.
TÓRREANTE, ttdj . dos 2 g. (des. do p. a
Lat. em cns, tis) que se eleva como torre.
O — cume ás nuvens ergue. A — soberba.
O — orgulho. Cidade — , cheia de edifiêios
m ages toses.
TORREÃO, s. m. augment. de torro, gran-
de torre; (fig ) — de nuvens, amontoadas.
TORREAR, V. ã. [torrc, ar des. inf.) for-
tificar, munir com torres, (fig ) cercar en-
cerrar em torno, fallando de terras, e mon-
tes altos — , v.n alçar-SB, mostrar-se ele-
vado á maneira de torre. É só usado na poe-
sia.
TORREAu vem na Monarch. Lusit. de Bran-
dão. Moraes suppõe ser erro \ or TortcaUi
t. Fr., tnrtão. V. Tortão.
TORREFACTO , A , adj . (Lat. torrefactus)
(pharm.) torrado
TORREIRA, s f. [do torrar) A — do sol,
o tempo do dia em que o sol é mais ar-
dente.
TORREJADO. V. Torreado
torreloa, s. f. nome de um jogo anti-
go, prohibido pela Orlenação Aífonsina.
TORRENTE, s wi 6 /". (Fr. íorrgwí, do Lat.
lorrens, tis, s. m.) agua passageira que <íor-
re rápida sem álvo certo, epro^pra ds^í chu-
vas abundantes ou do s ibito derretimento
das neves. — de chuva giossa, enxurrada.
— , (íig.) grande copia de cousas que cor-
rem umas apó» outras, v.g. unaa — desan-
gue, de iagfiraas, de iuz ; - de palavr.^s,
injurias , de males, infortúnios, calamidades
O — dos dotares, o maior numero d'elles,
que seguem a mesma doutrina.
TORRES (Domingos Maximiano), (hist ) poe-
ta portuguez, falltícido em ^ 180,8. Foi um
dos membros da academia d^ Arcádia, pos-
suia a fundo o idioma palrio, que escreveu
com a míiior pureza, e as suas obras são
modelos de correcção. Escreveu : Éclogas
Cançonetas e loutras poetias.
TORRfcs NorAS, (gpogr.) viUa de Portugal,
nod'f>tricto de Santarém, don'3e dista 5 lé-
guas a ^K., e '2 aoN. d^Tt^o, junto ao rio
Azinhaga e em lugar baixo: ó cercada de
muros e tem um forte castello com i i tor-
res ; 4,600 habitantes.
TORRES-VEDRAS, (gcogr ) auliga e niiiavel
viila de Portugal, na disiricto do Lisboa,
dorde dista 7 léguas ao N. j a 2 da costa ma-
ritima, situada sobre o rio Sizandro. n'um
terreno abundante em c rcaes e vinho;
3,6Ut) habitantes.
TORRESMO. $ m (deíor.ar) á parle mem-
brancsí» e torrada que fica da banha frita de
porco.
TOJRREZiiNMA, s. f. diminuí, dé toVfÔ
ÍORRIDO, A, adj. (Lat (orridus) queima-
áo. Zona — , que fica de um e outro ladd
do equador, exposta a um sol vertical.
TORRiJAS, s f. pi. fatias torradas embe-
bidas eâQ vinho • cobertas de ovos
TORRíHHA, í. f. diminui, de torre.
TORRO. V. Tarro.
TORROADA, s. f, tiro, golpe com torrão;
grande quantidade de torrões.
TORSÃo, s. f. (Lat. tortio, onis) acto de
torcer, estado de cousa torcida ; cólica nui
dolorosa de honaem e das bestas.
TORSO, s. m. {Uai. torso, tronco de arvo-
re cortado) esculptor, tronco de estatua.
TORSO, A, adj. torcido. Columnas — í,
bronze ou pedra lavradas em espiral.
TORTA, s. f. (Fr. íourte) empada recheia-
da de pombos, carne, nata. fruta.
TORTÃO, s. f. (Fr tourteau) (braz.) espé-
cie de arruela em forma de torta.
TORTEAU (t. Fr.), y, Tortão
TORTEfRA, s. f. vaso de CO b PB em que se
coze a torta.
TORTELos, adj. m (chul ) que tem os
olhos tort'S.
TORTiLiiA, 8. f. diminuí, de torta, peque-
na torti.
TORTO, A, adj. (Lat tortus, de torqueo,
ere, torcer) não direito, retorcido; que não
olha direito, vesgo; (fig) não recto .rioral-
mente. A — e a direito, (phr. fam ) sem
fítteoder ao que é justo.
TÓftTo, í. m. (Fr. iort, injuria), (ant),
injuria, serarazão. Receber — Ser preso á
— , sem justo motivo. Satisfazer damnos e
— s.
TORTO, (geogr.) rio de Tortugal, na pro-
vincia de Traz os-fWontes que entra na di-
reita do Tua. meia logua acima de Miran-
della. Ha outro na Beira-Alta que desagua
no Douro, abaixo do Pinhão, com 9 léguas
dê curíjé , lambem se lhe chama Coura.
TORTOS, s. m. pi. dores violentas de bar-
riga quft sobrevem ás recem-paridas,
TORTUAL, s m. barra de madeira que se
metle no olho do fuso dolagaf, para o fa-
zer volver.
tortulho, í. m. cogumelo; móiho de
tripas atadas para vender ; (ííg / pessoa bai-
xa e gorla desairosa.
TORTUOSIDADE, s f. O lançsmeulo tortuo-
so, tortura, v. g. do ramo da arvoro
tortuso, a, adj. (loI. tortuosus], que
dá voltas, torcido Caminho — . llio — , ser-
t»eant<». ^fig ) Meios — , não conformes á
justiça, á probidade
tortlka. s. f. inflexão, volla."?, desvio da
linha recta ; (í g.) desvio da rectidão mo-
ral. — dabocca; — dos olho^. Fazer, cau-
sar - a alguém, iacoíiimpdo, leve inju-
ria. ■ "" _^
fO»
TORVA, s. f. (ant ) V. Est&rvo, Ifnpedi-
mento.
TORVAÇÃO, s. f. (Lat. turbatio, onis), per-
turbação do animo causada por medo, sus-
to ou ira ; susto. Tl. 'Torvações.
TORVADO, A, p. p. de torvar; adj. per-
turbado, assustado.
ToRVAMENTE, adv. {mente suíT ), torva-
çío, inquietação, com os olhos torvos.
ToRVAMENTo, s. w», (»»«nro jsuíT.), topva-
çàn, perturbação, desassocego
TORVAR, c à (Lat. turbo, are, pertur-
bar), perturbar, o. g. — os sentidos, a ra-
zão.
TORVELTWHO, s. m. (áo Lat. turbo, onis,
Fr. tourhillon), remoinho causado, #. (f.
por ventos encontrados.
TORv.sco. V. Trovisco.
TORVO, A, adj. (! at. tomus, d<4 rate, ne-
gro, fero, hediondo), terrivel, iracundo, que
infunde terror. O — gesto, catadura. A —
face do tjranno. Olhar com — s olhos.
tORVo, s. m. (ant ) V, Estorvo.
TORVAiiNHO. V. Torvelinho.
TOSA, s. f. (do l.at. to^us, espancado), (t.
vulgar). Dar uma — a alguém, quantida-
de de pancadas, páoladas.
TOSADO, A, p. p. de tosar ; adj. aparado
a felpa, roído.
TOSADOR, s" m, o que tosa pannos de lã
TOSADURA s. f 0 acto de tosar ; o tra-
balho feito pelo tosador.
TOSÃO, s. m. (Fr. toison], vello de car-
neiro. O - de ouro, insignia de uma or-
dem de cavallaria de Uispanha e .\ustria.
TOSÃO, adj. m. (do precedente), (ant.) tos-
quiado.
TOSAR, V. a. (Ital. tosare, Fr. ant, t9u-
zer, do Lat. tondo, ere. onsum), aparar a
felpa (lo estoffo de lã ; (Qg ) roer, cortar ren-
te. Tesa a ovelha o prado — a murta, apa-
rar por igual.
TOSCAMENTE, adt>. {mente suff.), em es-
tado toSco, sem lavor, grosseiraoienté, sem
adorno
TOSCâi^EJAR, V. 11. (do Lat. oscilo, are,
ter aijfimentos de bocca), estar cahindocom
somno, abrindo a bocca e cerrando os olhos
iosc\NO, A. adj. da Toscana. Ordom — .
TOSCANO (Thome), (hi.st.) e«criptor porlu-
guez do principio do século XVIi. e natJiral
da cidade de Kv"bra. Esrr<rVi^u : Parallelos
de. príncipes e varões illustres
Tosco,- A, adj. (talvez do Ital. íosco, tos-
cano, da Ordem de architectura toscana),
não lavrado, bruto, rud»», como sahio das
mãos da natureza. Obra — . grosseira, mal
feita. Engenlio — , sem cult*ira.
toíqueneJah. V. Toscanejar.
TOSQUIA, s. f. (d*»s. ta), acção de tos-
quiar 08 carneiros, ovelhas, e outros aoi»
mais. Fazer a — , (fig.) chulo, censurar, cri-
ticar.
TOSQUIADO, A, p. p, de tosquíar ; adj.
corta !0 rente aparado. « Ir por lã e sahir
— . » Adagio.
TOSQUIADOR, s m. o que tosquia animaes,
arvores, ou arbustos.
TOSQUIAR, V. a. (de tosão, e Lat. geco^
are, cortar), aparar, cortar rente o pello
dos carneiros, das ovelhas; v. g. — bes-
tas, o cabello. — arvores, murta, arbustos.
— , (fig ) despojar com violência, por meios
illictos ; — o povo. com iiipostos, exacções.
«Ao — achas dono, nas pressas não te
conhecem, » adagio, isto ó, quando alguém
tem fazenda, v g. a lã do seu rebanho,
acha dono, senhor t[ue vera cxgir pagamen-
to ou serviço; quando está. em aperto, to-
dos fogem do miserável. « Depois de rapar,
não ha que — , » adagio.
TOSSE, s. f. (Lat. ta<!sis, que parece ser
voz imitativa do som que faz quem tosse),
movimento convulsivo para lançar dos bron-
chios ou do bofe escarros, ou mucco. —
secca, em que não ha expectoração.* D'alli
vem a — ao gato, y> (loo. proverbial), cau-
sa de queixa.
TOSSE, s. f. (do Fr. ant. tous.^ere, torcer),
fant. e obsoí.), dissimulação, disfarce, pro-
jecto encoberto de engano.
TOSSEGOso, A, adj. doente de tosse.
TOSSEZiNHi, a. f. diminui, de tosse, tos-
se pouco [violenta.
TOSSIDO, s m. (ant ), mostra de querer
dizer ou fazer alguma cousa, dando sinal
com tosse.
TOSSíGoso, A, adj doente de tosse.
TOSsiNHA, s. f. diminut. de tosse, tosse
pouco violenta.
TOSSIR, V. n. (lat tussire), fazer esfor-*
ço para expectorar, soífrer tosse. P. p. de
tossido .
TOSTA, s. fé y{á6 Lat. tostis, torradí-^j
fatia de pão torrado, torrada.
TOSTADO, A, p. p. de tostar ; adj. leve-^
mente queimado; de côf adusta, p. ^i. ?áõs
— g Leitão bem — . iíusio — .
TÔSTABUR.^, S. f. {ítífe. i^ta), O íkòitS d*
tostar ou torrar.
TOSTÃO, s m. (ant ) tístío fdd \iá\, Ws-
lone, (esta\ moela de jíiral» dè Portugil
qoe vale iOO réis
tostãoziniio, s. m. diminut. de tostão.
« Vrti por baixo o corta a sedella, (jaelhe
piscou os tostõezKàhos » Vi <!pai, Arl-i de fur-»
tar.
.TOSTAR, V. a. {<HLà\: íostus, torrado»),
torrar queimar leve\i3*nte, v. g- no forniò
« Os B.jrbaros t'ys(â9 p.1o<í agaloai com que
fazéni irros. * Harros.- d»r cdr ^uita. «O
sol tostão carão.» — se queimar-so.
181 «
fí4
TOU
TOU
-i'TOSTAR, «. a. (do Ingl. to toasi, fazer
brindes), (t. moderno), escusado einadoais-
sivel, brindar, fazer brindes.
TOSTE, adj. dos 2 g. eadj.[¥r. &nt. íosí,
hoje tòt). (anl.), breve, prompto.
TOTE. adv. (do precedente), ant.j, depres-
sa, em breve.
TOSTE, s. f. (Larramendi diz que é ter-
mo vasconço tostac], banco da galé onde
vão aferrolhados os forçados. « As — s vi-
nham atochadas « Barros, 1, 5, 3.
TOSTEMENTE, ãdv. (V. Toste), (ant,), de-
pressa.
TOSTO, adv. V. Toste.
TOTAL, adj. dos 2 g. (Lat. lotalis], de
todas as partes que formam um todo.», g.
A ruina — do edifício ; — do commercio
TOTAL, s. m. (do precedente), a somma
total, a totalidade
TOTALIDADE, s. f. O aggrpgado de todas as
partes que formam um todo, de todas as
quantidades integrantes de um numero.
totalissimamente, adv. superl. impró-
prio de totalmente.
totaussimo, a, adj. superl. impróprio
de total.
totalmente, adv. [mente suíf ), inteira-
mente, de todo.
touca, s. f. (talvez do Fr. ant. tasser,
crescer, ou tasson, estaca), o pé do casta-
nheiro d'onde sahem as varas de que se
fazem arcos, o pé da canna de assucar
TOUCA, s. f (doPers. tachia, carapuça)
adorno de cabeça usado pelas freiras, viu-
vas e as mulheres em geral, feito delença-
ria ; espécie de turbante usado pelos anti-
gos sacerdotes ehoje pelos Turcos, Mouros
Asiáticos ; (ant.) rebuço que os homens tra-
ziam antigamente para não serem conheci-
dos.
TOUCADO, A, p. p. de toucar ; adj. concer-
tado o cabello, adornado de touca. «O feio
monstro d'aspides — . » Bocage.
TOUCADO, í. m. ornato e penteado de ca-
beça das mulheres.
TOUCADOR, í. «t. traste com espelho eap-
parelhos de toucar ; quarto onde se touca e
concerta o cabello ; lenço, ou toucado que
as mulheres põem na cabeça para conservar
o cabello com algum concerto na cama.
ToucAif, s. m. e tucana, s f. ave do Bra-
zil do tamanho de um pombo ; nome de
uma constellaçào austral.
TOUCAR. V, a. [touca, ar des. inf.) con-
certar o cab dlo ; pôr touca ou toucado,
usar por toucado. « Elle toucava grandes
trunfas ou coifas. » Couto.
Hoje só se diz de quem concerta o cabei-
lo de mulher ou lhe põe toucado.
toucar-se, t. r. pôr toucado a si pró-
prio.
TOUCEIRA, *. f. grande touca, pó de ar-
vore ou de canna d'on1e nascem vergonteas
ou ramos.
TOuciNHEiRO, A, í., p9ssoa que veudo tou-
cinho.
TOUCINHO, s. m. (Cast. tocino. NemBlu-
teau, nem Moraes dão a origem d'este vo-
cábulo. Creio que vem do Lat. cútis, pelle,
e suinus, de porco pegada á pelle). — do
ceu, espécie de doce delicado. — «, (fort )
sacos cheios de terra.
touga. V. Touca
TOUGUE, s. m. (do Arab. íouA/ic, bandei-
ra, pendão) bandeira ou estandarte que um
alferes leva diante do gran-senhor, quando
sáe a cavallo. Também os baiás e sangiacos
são distinguidos por estas ban eiras. Baxa
de três — *, que vulgarmente vertemos de
três caudas.
TOUPEIRA, s f. (Lat. taipa, Fr, taupe, do
Gr. thalpô, fossar) animal pequeno de qua-
tro pós, cujos olhos apenas se distinguem ;
vive debaixo da terra, que excava com a
maior facilidade; (fig.) homem cego de in-
telligeiícia, ou de mui curta intelligencia.
TouQuiNHA, s. f. diminut. de touca.
TouRA, s. f. (Lat. taura) vacca estéril.
TOURA, s. f. (do Hebr. tourá. lei) fant.)
Pentateucho sobre o qual se tomava o ju-
ramento aos Judeus tolerados em Portugal.
Em Hespanha, familia judenga , certo tri-
buto imposto aos Judeus, tourinhas,
toijral, s.m lugar onde o coelho do ma-
to costuma estercar, e onde se lhe faz es-
pera.
TOURÃO, s m sacarrabo, bicho qu« co-
me as gallinhas
TOURvRiAS, s f. pi. (famil.) desordens,
estrondos, estraladas. Fazer — , cousas de
estrondo.
TOUREADO, A, p. p. de lourear ; adj. in-
vestido no corro ou praça de touros (fig.)
investido, meltido a bulha.
TOUREADOR, s tn . O quo lourêa, corre
touros, a cavallo ou a pé, que os agarrocha
e mata.
toureah, V n. [touro, ar des. inf.) com-
bater o touro íio corro, agarrnchâ-lo, fa-
zer-lhe sortes; (fig.) endoudecer.
tourear, V. a — alguém, (fig.) inves-
tir, dar investida a alguém,
toureiro, s. m o que guia e tange os
touros ; toureador
TOUREJÃO, s. m. torno de pao da roda de
carreta.
TOUREiAR. V. Tourear.
TOURiL, s. TH. curral de gado vaccum.
TOURINHAS, s f. pi jogo em que se tou-
reavam novilhas mansas ; arremedo d'este
jogo com touros fingidos feitos de canas-
tras.
TRA
TRA
715
TOURiNHAS. #. f. pi. (T. Toura, livro da
lei judaica) (ant.) livros destacados do Pen-
tateucho.
TouRiNHO, s. m. (iiminut, ds touro, no-
vilho, pequeno touro.
TOuiioNDo, A, arí/. que anda com os tou-
ros na brama ou no cio. Vacca novilha — .
TOURO, s. m. (Lat. taurus. Gr. taúros,
Chald. thor. Em Ègypcio ehe corresponde ao
Lat. bos, boi ou vacca ; é feminino, e leva
o artigo lia, tiehe,era, productor, máscu-
lo ou íowroj boi novo, não capado. — s, es-
pectáculo bárbaro commum em Hespanha e
em Portugal, em que se combatem touros 3
cavallo e a pó em corro ou praça, assanhan-
do-os com garrochas, e de ordinário acaban-
do por serem mortos por toureador a pé á
espada. Lançar a capa — , (fig.) deixar tu-
do para se salvar, como faz o capinha fu-
gindo do louro. Verse nos cornos do — ,
(íig.) em grande perigo ou «perto.
tousaçom. V. Taixaçáo ou laxação.
TOUSAR. V. Tãxar.
touta, s. f V. Toutiço.
touTeador, toutear vem na ultima edi-
ção de Moraes entre os vocábulos ajuntados
pelo editor. São erros manifestos por ton-
teador ou tontear, copiados de Bento Pe-
reira.
TOUTiçADA, s. f. paucada no toutiço.
TOUTIÇO, s. m. (Lat. occipitinm) a parte
posterior e inferior da cabeça.
TO u TINAS, erro, por lontinas. V. Doudi-
vanas.
TOUTINEGRA, s. f. (áo Fr. têle, cabeça) ave
maior que o pintasilgo ; tem a cabeça ne-
gra, o alto do pescoço cinzento e o corpo par-
do com pennas negras.
TOUTivANANAS, crro, por Toutivanas. V.
Doudivanas.
TOXICO, s. m. (Lat. toxicum, veneno, do
Gr. tôxon, arco de atirar frechas) veneno, pe-
çonha ; adj. que encerra veneno, veneno-
so.
TRABAL, adj. dosl g. (Lat. trabalis, de
trabs, trave) Prego — , de pregar traves,
grande e grosso.
TRABALHADAMENTE, adv. {mcnte siiS.) com
írabalho, laboriosamente.
Trabalhadeira, adj. ou*, f. mulher la-
borioáa, amiga de trabalhar.
TRABALHADO, A, p.p. de trabalhar ; adj.
que empregou esforço ; obrado com arte,
feito com esforço, diligencia ; cansado, afa-
digado : posto em trabalho, alllicto, v. g.
— de doenças, da guerra, de necessidades.
Gente — da fome efrio. Vida — , cheia de
trabalhos, angustias. O cérebro — de atu-
radas meditações; — o coração de scbre-
saltos.
Trabalhador, s. m. obreiro, ganhão ;
▼01. IT.
adj. dado ao tral)alho, laborioso. Gente tra-
balhadora.
TRABALHAR, V. u. (ridiculas são as eti-
mologias que os lexicographos tom dado d'e8-
te verbo ; uns o derivam do Gr. í/i/i6d,
comprimir, .jpertar, Lat. tero, furar, rom-
per ; outros áotrabs, trave. Creio que vem
do Lat terra, e laboro, are, lavrar, ou de
tribulare, malhar o trigo ; (figj opprimir,
vexar ; de tribula, carroça com que os an-
tigos Romanos calcavam o trigo na eira) em-
pregar as forças corpóreas na execução de
obra, exercício, lavor da agricultura, das ar-
tes, V. g. lavrando, semeando, colhendo,
cavando, serrando e preparando madeira,
lavraido os melses, etc. ; applicar as facul-
dades intellectuaes 4 execução de obras do
engenho — por conseguir ; —em corrom-
per. Os antigos supprimiam muitas vezes as
preposições, dizendo: « Trafea //lei expri-
mir. » Mousinho. « Trabalha corromper o
bom, » Ulis. « Tra6a//igi de mostrar, » Bar-
ros. — , lidar. — o navio na termenta,
Jogar de popa á proa, ou de um ao outro
bordo.
TRABALHAR, V. a lavrar, por em obra,
V. g. — os metaes. — o cavallo, fazê-lo
manejar, alguém, darem que entender. — ,
(fig.) diligenciar, precurar. — se, v. r. (ant )
dar-se trabalho por conseguir alguma cou-
sa. « Me trabalhasse logo de ajuntar e es-
crever os feitos. » Barros « Atormentar-se,
e — se pola partida. > Costa Terenc.
TRABALHO, 5. w». (Fr. travail) exercicio
corpóreo, rústico ou mechanico; ffig. )
obra, fructo d'este exercicio: — do enten-
dimento. — , (fig.) a diíTiculdade, o incom--
modo do esforço corpóreo ; cousa que in-
commoda, afflige o corpo ou o espirito. Não
perdoei — , ou não poupei o — . — do
parto, as dores da mulher no acto de pa-
rir.
TRABALHOSAMENTE, adv. [mente suíT.) com
trabalho, com difliculdade.
TRABALHOSISSIMAMKNTB, odv. SUpevl. de
trabalhosamente.
TRABALHOSÍSSIMO, A, adj. supevl. do tra-
balhoso.
TRABALHOSO, A, adj. (des. oso) (jue dá
trabalho, cansativo, molesto. Exercicio — .
Vida — . — , em que ha trabalhos : tempos
— s. Homem — de condiçáo, forte, áspe-
ro, diíiicil. Annos — , os da velhice, cheios
de incommodos. « A fortaleza estava muito
— , e tinha todos os dias grandes rebates,
e assaltos do inimigo. » Couto.
TRABEA, S. f. eTRABEO, *. m. (Lat. ífO-
bea) roupa ou toga romana, usada pelos côn-
sules e augures.
TRABOLHAR, (ant.) V. Trabalhar.
TRABUCADO, A, f. p. de trabucar ; adj. ba-
182
736
T9Á
UUí
ti(}o com trabuco; trabalhado muito ecom
estrondo.
TBA8UCAD0R, í- w. O que traUuca, lida-
dor, trabalhador ; adj. que trabuca.
JRABLCAR, V. Q. [irabuco, ar dos. inf.)
bater com o trabuco; era sentido abs., tra-
balhar muito e com estrondo. — uma ern-
barcaçãOy fa?e-]a voltar.
TRABUCO, s. m. (voz inailâtiva) machina
bellica antiga com que se lançavam pedras
contra as praças.
TBABUQUETE, s. m. diminut. de trabu-
co.
trabuzana, s. f (cbul.) tormenta.
traca-arteria. V. Trachea.
TRAÇA, «. f. (do Gr. trox, verme) bicho
qac5 roe a roupa, o papel, os livros.
TBAÇA, s. f. (de traçar, delinear) planta
rascunho, plano. Ás — s, resto, vestígios.
— , ^ig.) meio, industria, « Deu — como
se tomaria a foríaltza. » A esta — .» d'este
modo, neste gosto, neste estj'lo. Arraes.
TRAÇADO, A, p. p. de tfaçar ; a^j. debu-
xado, delineado, projectado; roido da tra-
ça.
TRAÇADO, é usual ipOT terçado, #. ; p. p.
de terçar, a '.apa.
TRAÇADOR, s. m. O quG traça, debuxa,
projecta; adj que traça, machina, v.g.—r
de mortes, enganos.
tracaliiaz. V. Iracanaz.
TRACAKAZ, s. m. (do Gr. irógô, comer,
roer) pedaço, v. §. um — de pão.
TRAÇÃo, s. m. augment, (ant.) de traço.
— do rosto, forma, perfil.
TRAçlo, s.m. (ant ) pedaço, v.g. — da
haste de lança.
TRAÇAR, V, a. (Fr. t acer do Lat. traho,
ere, tirar, puxar), delinear, dar traços, v,
y. — debuxo, planta, obra, [ediíicio. — um
ardil na guerra, a ruina d( oulreíij, pro^-
jector. — a cspa, tcmar-lheas pontas de-
baixo do brâÇQ, ou cFiVolver ntlla o braço
e cobrir o peito.
TRAç^íjí, V. a. [àiò traça, bicho), roer co-
mo 8 traça ; (íjg ) « cuidados que traçam a
alma suidamente, » atormentam.
TRACÇÃO, *■ / (Fr. traction), (t. de mech.),
acção da força motri» pela qual um corpo
é altrahido para o ponto onde resida a po-
tencia. Linha .de ^-^.
TRACHEA, s. f. (© í/l sôa Í : Lât.'áoGr.
trakliys^ aapero), (t. cnr.t.), cíual canlilagi-
noso que conduz do lar>í)x aos bfonchios
e bofe.
TRACHEOTOMiA, *• /• (í/flcka, e>Gr Umn^,
cortar), (t. air.),, inoisÂo da trachea,
TíiACBfloiio, í. m. (mfvsm/j rad. que Tw-
chta), ft cir.), aspereza doítiro das pesta-
nas como |rtta5-(^ milho.
TRÁCIO. V. Thracio.
TRACiSTA, s. dos 2 g. (des. Uta), peçsoi
que dá traças, que machina, inventor de
alvitres para conseguir alguma cousa.
TRAÇO, s. m. (do Lat. traho, ere, lev^r,
conduzir), linha traçada com a penua. Ja-
pis ou pincel. «. g. — s do desenho, da
penna. — , (fig.) (ant.), modo, uso, cqíIíi-
me,
traçom, (ant.), V. 'íracçáo.
traçoo. Duarte Nunes de Leâi? o traz
por Treçó,
tractadO. V. Tratado.
tractar, V. a. (Lat. tractare ) V. Tratar.
tRactavel. V Tratavel.
tracto, s. m. (Lat. tractus), região, es-
paço de terreno. — do tempo, decurso —
de missa, uma parte d'elía. V. Trato.
TRACTORIO, A. adj. (des. ório], de trac-
ção. V. g. Linha — .
TRADEADO, A, p.p. tradfRr ; adj. furudo
com trad©
xradear, V. a. [trado, ar des. inf.), fu-
rar com trado,
tradição, (Lat. tradUio, onis)^ noticia
de facto, transmittida oralpíente ou por e»-
cripto ; entrega, acto de entregar.
trado, s. m. (do Lat terede, verme que
roe e fura a madeira., de tero, cre, furar,,
vcrrumão de carpinteiro ; o buraco íeito
cpm o trado.
trâdlcção, s. f (Lat. traductio, onis),
versão de uma hnguagem em, outra; a obra
traduzida.
SYN. comp. Traducção, tersáo. De ambos
estes modos se traslada d'uma língua paia
ou ire, porem a versão é mais lilieral, nm§
limitada aos giros próprios da língua origi-
nal, e mai5 sujeita em seus meios ás regras
da couslrucção analylica ; a ti^adueção re-
f'jre-s,e mais parliQuíarniento ao fundo dos
pensamentos, com msisaítençào a prosen-
ta-los debaixo da íóriafi quo rrWhor eon-
vem i m a nova |lingua, e mais esmerada
nas ^xp,ess.pes, phraso a idiolismQsd'eâíla,
A arte cie traduzir supppe a de vei ícr. A.
tersão deve ser fiel e dera, oçinservawiô
alguns vestígios da língua origina,! ; a ír-«-
ducçãu deve ter meãs facilidade, mais cor-
recção, e o tom próprio úi m&Leráa dcque
se trata, em completar coufocmidado coai>«
indplo do novo idioma. Para fajer uma tfr-
sap exacta ó necessário saber a signiíicaçôp
das palavras da liuè.ua que í>e xerU a ou-
tra ; para fajzer uma boa tradacção é .oe-?
ce^sanio saber a fund'. a índole das duas
linguas.
traductor, a, í. pessoa quo traduz, ver-
te vle uma lingua em oiittu
TRADLZiDO, A ;) /). do traduzir ; «^v
verUdp ,de uma língua era tfòUl*.... j
THA
uT
TRf
w
tbaDuzidor. V. Traductor.
TiiADuziR, V. a. 5(Lal. tradueo, erc, tra
por trans, alem, e duco, ne, levar], ver-
ter as palavras de uma lingua em outra ;
(ant.), transferir, levar. « — á brandura
os ânimos ferozes. » Arraes.
tbakr, (ant.), V. Trahir, Trazer.
trAfaco. V. Iráfcgo.
IRAFEGAR, V. n. V, Trasfegar ^ Udãr.
TRÁFEGO, s m. (Fr. trafic. V. Tráfico),
trato mercantil, negociar e fanicularmea-
le com terras estrangeiras ; trato e conver-
sação dos hoKieDS ; lida, trabalho, f. ^. «o
— da ponle. » Vieira.
THAFKGUEAn, f. n. traficar.
TRAFEGUEiRo, 5 m. crro, por Irasfoguei-
ro.
TKAFiCA.NciA, 5. f. iTôio áo traficante ;
(t. fam.1, negocio fraudulento.
iraficante, s. m. negociante, o que tem
trato mercantil; (fam.), homem frauduloso
TRAFICAR, V. «. ( trafico, ar des. inf ),
negociar, chatinar, ter trato mercantil ; fa-
zer iraficancias, fraudes em commercio.
TRÁFICO, s. m. [?r. trafic, áoL&i trans,
alem, e ejjicio, ere, fazer, conseguir), trato
mercantil, negocio.
TRaFOGLeiro. V. Trasfoguebo.
TRAO^LiH, s. m. fiucto de palmeiras íyl-
veslres.
tragacantho, s. ri (Lai. tragacantha).
V. Alquiíira.
TRAGADEiRo, s. m. V. Esofliago
TRAGADO, A, p. p. do tragar ; adj . engu-
lido, devorado, (fig.) — das ondas, submer-
gido.
TRAiADOB, A, adJ . s. 0 quo traga, de-
vora. O tempo — das cousas, que as con-
some, destroe. Fcgo, incêndio, chamas, on-
das — *.
TRAGAiTALUO, s. m. impos/o quB pagam
os pescadores de Lisboa.
TRAGAMENTO, s. wi [mento snff.), acção
de tragar.
TRAGAR, D. ã. (do Gr. trógô, comer, de-
vorar], engulir sem mastigar, devorar ; (fig.)
consumir, v. g. O fogo íra^atudo. As on-
das tragaram Si invencível aroiada. — , (fig )
soffrer em silencio, levar com paciência ; —
o fel das tribulações, as armagur?s dos tra-
balhos
TRAGK. V. Iraje.
TRAGEDIA, <. f. (Lat., do Gr. íro^foí, bo-
de, e ódè, canK>, porque primitivamente
um bode ou um cabrito era o premio do
poeta trágico), drama serio epa:hetico, que
tem de ordinário desfecho funesto, que ex-
cita terror ou compaixio ; (fig ) s»cces20 fu-
nesto. tJ. ^. A — da sua vida, série de suc-
cessos infaustos.
TRAGW, (ant.) Y. Tram,
TRAGiCAUENFE, ã^v. m^ntc 8UÍT.), de mo-
do tiagico.
TRÁGICO, A, adj. que respeita á tragedia;
funesto. V. g. Caso, successo — . Poeta — ,
compositor de tragedias Homem — , (p us.),
a quem succedeu cousa triste; funesta.
TRAGicoMEDiA, s. f. drama meio trágico,
e meio cómico ; tragedia entremiada de sce-
nas cómicas.
TRAGicOMico, A, ãdj. tragico entremiado
de scf'nas cómicas, Actor, drama trágico-
mico.
TRAGiDO, A, p. p. de trazer ; (obsol.) T.
Trazido.
TRAGiMENTO, s. m. O acto de trazer, v.
g, o — de armas, procedimento.
TRAGO, s, m. (de tragar), o que se bebe
de um gole ou golpe ; v. g Beber a —s.
— , (fig j angustia. O — da morte, o acto
de a padecer, de expirar.
TRAGUAR, (ant.) V. Tragar.
traguinho e traguito, s. m. diminui^
de trago, pequeno gole.
TRAniDO, A, p. p. de trahir ; adj. atrai-
çoado. ,
trahir, V. a. (Fr. trahir, do Lat. tra^
dere, de trans, alem, e ire, ir), atraiçoar,
entregar aleivosamente ao inimigo. O sen-
tido rigoroso é fugir para o inimigo.
traição, $. f. (Fr trahison], perfídia,
entrega aleivosa, quebra aleivosa da fé pro-
metida e empenhada. A — , atraiçoadamen-
te. Matar á — .
traído. V. Trahido.
traidor, a, 5 o que fez traição , que
trahio, atraiçoou.
traidor, a, adj. que atraiçoou. O — pen-
samento.
TRAiMENTO, s. m. V Traição.
trair. V. Trahir.
traita, s. f. (do Fr. íraif, a r.^^emesso) aba-
lada : — da caça.
TRAiTE, s. m (mesmo rad. que o prece-
dente) golpe de cardar là ou pannos Dois
— s de cardos.
TRAJADO, A, p, p, 4q trajar ; adj. vesti-
do, ». g. — á franceza. ,g
TRAJAR, V. a. (talvez do Fr targer, cp-
brir-se de tarja ou broquel) vestir certos es-
toíTos, V. g. — sedas. - -, v. n. e — se r. r.
trazer certo vestido ou certas rqiipas. — á
franceza, á moda.
TRAJE oy TRAJO, f.^. 0 vcslido que al-
guem traz habitualmente, ou prp.prio de ai;*,
guma profissão, v.g. em — do marujo, de
brahmanc. Trajos' caseiros.
TRAJECTO, s.m [toii. trajectus, d*^ traji-
cio, ere] passagem atravessando porlQ, rio
ou de costa a cesta . „
TRALHA, s. f ou TRALBO, S. m. (ÍO J^f.
traii^e) malha. Uade de — s ^miU) toLudai.
182 , ^v .
728
TRA
TRA
Escapar pela — da rede, adagio, diíTicil-
mente.
TRALiiADO, vem no Elucidário por Trasla-
do.
TRALHADO, A, p. p. d© tralhaf ; adj. pôr
a tralha á rede.
TRALHÃo V. Taralhão.
TRALUAR, V. a. tralha, ar des. inf.) por
a tralha á rede, ou a corda que faz a tra-
lha.
trallação. V. Trasladação.
tRÃ, abreviatura antiga de terra.
TRAMA, s. f. (Lat. trama) o fio com que
se tece o panno, e anda na lançadeira por
entre os fios da ordidura ; tecido, textura ;
(fig.) tramóia, enredo — , se^^a mais gros-
seira que os fabricantes de meias de seda
misturam com a melhor ou com o estam-
bre. — de peste. Duarte Imunes de Leão diz
que é termo de origem portugueza e Moraes
verte inchaço, e cita Lopes, (^hron. de D.
João, Eufr. e Camões. E' corrupção do Lat.
struma, alporca, escrófula.
TRAMADO, A, p.p. de tramar; adj. teci-
do. Engano — . Tinha — enganos.
TRAMADOR, s. f». 0 que trama, tece : —
de enganos, de intrigas.
trambolhada, s. f. [trambolho, des. ada]
ramal : « e ao pescoço traziam um grande
— de concnas vermelhas do tamanho de
ciscas de ostras. » Mendes Pinto, cap. 73.
trambolhão, s. m. [trambolho, des. ão,
denotando o som do baque) queda com rui-
do, tombo. Deu um — . Andar aos tram-
bões, aos tombos, rolando.
TRAMBOLHO, *. m. (do Fr. trone, tronco,
e bloc, cepo) cepo que se ata a animaes do-
mésticos para que não se afastem muito da
casa ; ramal, v. g. — de chaves, enfiada
d'ellâs que se trazem á cinta.
traMela. V. Tacamela.
tramelaga. V. Tremelga.
tramoçada, s. f. quantidade de tramo-
ços.
tramoço. V. Tremoço.
tramóia, s. f (de trama) trama, enredo,
ardil doloso ; certa renda de ponto largo.
— s de theatro, machinas.
tramolhada, s. f. por terra molhado,
trã escripto em abreviatura, por terra.
tramontana, s. /. (do Uai.) o vento, eo
rumo do norte Perdera — , o norte, o go-
verno, o rumo ; metaphora tirada da agu
lha de marear que aponta o norte
IRAMONTANO. V. Irasmontano.
tRamontar, v.n. [traidor trans, e mon-
te) pôr-se atrás dos montes. «Ao — do sol.»
tramoseiro. Y. Iremoreiro.
TRAMPA, s. f. (do Fr. trampois, agua em
que se põe de molho peixe ou carne salga-
da) excremento grosso, fétido.
trampa, s. f. (corrupção de trapaça, do
¥r. trompcr, enganar) (ant.) enredo, fraude,
burla. Moraes manda ver trapa, e diz que
é o certo.
trampão, ona, adj. (de trampa, fraude)
que usa de fraudes, enganos. « Procurado-
res trampões, que enredam a justiça, » tra-
paceiros. Vida doArceb.
TRAMPEADOR, A, adj. V. Trampão.
trampear, í;. a. (tra»n/?a, engano, ardes,
inf.) fraudar, •^calotear ; em sentido abs:
usar de enganos, tr;»pacear.
TRAMPiSTA, s. dos 2 ^f. V. Trampão.
tramposamente, adv. [mente suíf.), com
fraude, dolo, trapaça.
TRAMPOSO, a, adj. (des. oso)t trapaceiro,
velhaco ; subst. enredador no foro, rábu-
la : « — s a que as partes chamam procu-
radores, » Mendes Pinto, cap. 102.
TRANAR, V. a. (Lat. tranare ou trana-
tare), nadar alem, atravessar nadando, ou
a nado.
TRANCA, s, f. (do Lat. trabécula, dimi-
nut. de trabs, trave), travessa de páo com
que se fecha a porta por dentro ou por
fora; (fig.) cousa que impede atravessando-
se. Dar ás — s, phr. chula, fugir, correr.
TRANÇA, s. f. (Fr. tresse), cousa entrela-
çada, V. g. — decabello, defiosde relroz,
de fio de ouro.
TRANCADO, A, p. p. do troucar ; adj.íe-
chado com tranca. Tinha — a porta.
TRANCAR, V. a. [tranca , ar des. inf.),
por tranca, fechar com tranca , atravessar.
« Uma frecha desmandada lhe trancou o
pescoço. » Castanh.
trancarruas, s. m. (comp.) o valentão,
armador. Cavallo — , guinador, que dá gui-
nadas.
trancadeira, s. f. fita de trançar o ca-
bello.
TRANÇADO, A, p.p. de trançar ; adj. en-
trelaçado. Ocabello — . Trazia o cab«llo —.
TRANÇADO, s. m. (do precedente) o cabei-
lo disposto em tranças ; a fita que serve de
trançar.
TRANÇAR, v.a. trança, ar, des. inf.) en-
trelaçar, V g. — o cabello, formar com
porções de cabello comprido tranças,
TRANCE. V. Transi.
iV. B. i«oraes deriva este vocábulo do Fr.
outranse, a pezar da autoridade de Bluteau
que dá a verdadeira etymologia de transe,
deriv. do verbo francez transir. Deve por
tanto escrever-se com s, e não com c.
TRANCELiM, s m. trauçado estreito de fios
de seda ou de metal
TRANCINHA, s. f. dxminut. de trança, pe-
quena trança.
TRANCO, s. m (Duarte Wunes de Leão
diz que é vocábulo de origem portugueza,
TRA
TRA
719
toas Bluteau DOta também ó Castelhano
Covarrubias não acertou todavia com a ety-
raologia d'elle. Vem do Fr tranchée,U»\
íracea, e por isso, na phrnse a troncos e
barrancos, significa, saltando valias, fos-
sos 8 barrancos), vallo, espaço de certos
pés. — , salto largo que o cavallo dá pa-
rando logo. r. (}. A ~-g (barrancos, aos
saltos, depressa mas não seguidamente.
TRANCOSO, (geogr.) villa de Portugal, si-
tuada perto da nascente do rio Távora, 4 lé-
guas e meia a O. de Pinhel, 7 a E. de Vizeu,
eb ao N. da Guarda; 1,300 habitan-
tes.
TRANCOSO, (geogr.) villa do Brazil, na pro-
víncia da Bahia, na comarca de Porto-Segu-
ro, 4 léguas ao Sul da caber? d'esta sobre-
dita comarca, assentada na margem d'uma
pequena bahia que tem o mesmo nome.
TR AN GOLA, s. f». segundo Bento Perei-
ra sigmflca homem de longo corpo, magro
e doscórado.
TRANQUA. V. Tranca.
TRANQUEIRA , s. f. (Fr. tranchéc, ant.
tranquis], cerca de madeira, estacada, pa-
lissada para fortificar algum posto : v. g
— de pedra. Paliar de — , fora de peri-
go, em salvo.
TRANQBEiRO, s. tn. páo quo suslem no
meio o madeiro que se vai serrar com ser-
ra braçal.
TRANQUETA, s. f. dimwut. do trauca,
ferro chato, que levantando-seouabaixan-
do-Sí abre e fecha porta ou janella
TRANQuiA, s. f. (dcs. to), tranqueira,
cerca de páos em distancia uns dos outros
para atalhar algum passo. Atravessar o rio
com — , estacada que impede a navega-
ção.
TRANQUILHA, S. f. UO jOgO doS pãOS, é
o que em uma das fileiras não faz angulo,
e com o qual se derribam poucos páos v.
g. Levar as cousas por — , (fig)por meios
indirectos e talvez illegilimos. — , peça do
manejo com que se aperta o cavallo.
ThANQUiLLAMENTE , adv. {mente suff.),
com tranquillidade, socego v. g. Dormir
— , com somno tranquillo
TRANQUILLIDADE, s. f. (Lat. tranquUH-
las, tis), estado tranquillo, socego, quie-
tação ; V. g. — do animo, do espirito, da
alma ; — do mar immoto, não agitado.
TRANQUILLO, A, adj . (1 at, tranquUlvs,
de trans, alem, muito, e quies, socego,
descanso, e ludere, brinca^', divertir go-
zar), quieto, socegado. O coração, e ani-
mo — . Vida —, não agitada por trabalhos,
cuidados.
TRANS, prep. latina que entra na com-
posição de muitas palavras e significa alem,
em Sanscrit. tra. Deriva-se de itnm sup.
TOfc. IV.
de eo, ire, ir, d'onde vera íambem iter^
caminho, e de nans, p. a. de no are, na-
dar Signiíica propriamente passagem a
uado (de uma borda do rio á oulra). Mui-
tas vezes se contraheera trás, v. g. tras-
bordar por transbordar, traspôr por trans-
por.
TRANSACÇÃO, s. f. (Lat. transactio. onis).
convenção, ajuste entre litigantes pelo qual
põem termo á contestação ; contracto, ajus •
te
TRANSACTOR, s. m. (Lat ), o que faz
transacção.
TRANSBORDAR, é correcto, mas por us»,
V. Trasbordar.
TRANSCENDÊNCIA, s /*. soVopujança, su-
perioridaue em qualidade ; (fig.) superio-
dade de intelligencia, de penetração, de
virtude. A — da questão, a superior im-
portância.
TRANSCENDENTAL, adj. dos t g. trans-
cendente Na metaphysica de Kant deno-
ta superior transcendência.
TRANSCENDENTALMENIE, ttdv. (meníesuff),
de modo transcendental
TRANSCENDENTE, adj. dos 1 g. (Lat.
transcendens, tis, p. a. transcendo, ere),
que sobrepuja, de superior excellencia,
sublimado; mui subtil, v. g. Engenho — ,
que se avantaja em compreensão, em intel-
ligencia. Arithemetica, philosophia — , a
mais subida, subtil.
TRANSCENDER, 13. O. (Lat transccndo, ere,
subir), exceder muito, abranger com o espi-
rito ; V. g. — com a compreensão, pene-
trar, — os segredos divinos. Defeitos que
transcendem a todos, em sentido abs., se
agrangem, se avantajão.
TRANSCOLAÇÃO, s. f. c 9cto de coar, fil-
tração.
TRANscoLAR, V. 71. (Lat. trans, atravez,
e colo, are, coar), coar, filtrar pelos po-
ros, exsudar.
TRANSCREVEDOR. V. CoplStã.
TRANSCREVER, ♦?. a. (com ), trasladar,
copiar.
TRASNCRiPTO, A, p. p de trauscrover; adj.
copiado; subs., p. g.um — , copia.
TRANscuRSAR, tp. a. (cofflp ), passar alom
de um termo, transpor.
TRANSE, s. m. (do Fr. transe de íran-
sir. enregelar, fazer dormente com frio),
aperto, pressa na guerra e facção arrisca-
da; angustia, afflicção, adversidade ; ago-
nia. — s, desmaios; raptos, êxtases. O ul-
timo — da vida, agonia. — , duello, qui
se fazia por ostentação de valor. v. g. Com-
bater-se a todo — , até á morte.
TRANSEFFUSÃo. V. Transfusão. ^
TRANSKUNTB, adj. dos 2 g. (Lat. tran-
siens, euntis, p. a. de transeo, ire, passar
183
I
TâO
l?ft&
Tai
alem), (t. philos.), que passa, não perma-
nente; v. g. AcQko, paixâo — .
TRANSFERENCIA, s. f. DQudança, pasãft-
gem.
TRANSFERIDO, A, p.p. de trauferir ,' «cí/.
uiudado de um lugar a outro, espaçado,
diíferido.
TRANSFERIDOR, s. m. instruojenlo geo-
métrico ; é um semicírculo dividido em
cento e oitenta gráos.
TRANSFERIR, V. tt. {hâ\. tfansfero, rre :
trãns, alem, e ferre, levar), mudar de um
lugar a outro ; passar, transpassar a outra
pessoa ; dilatar, espaçar para outro tempo.
— as palavras, dar-lhes sentido trsnslato,
metaphorico. v. g. [Trans ferio o tribunal
para outra cidade.
SYN. comp. Transferir , transportar.
Transferir suppõe moviíuenlo d'ura lugar
para outro, ou mudança d'um tempo para
Outro ; traúsportar suppõe uma acção ma-
terial que acompanha o movimento. Mui-
tas cousas se transferem que não se trans^
portam. A côríe, um tribunal, tudo que
é pessoal, transfere-se duma cidade para
outra, etc. , transportom-se os moveis, os
archivos, etc. Os navios transportam, tmns-
ferem as mercadorias. Trans ferern-se es
lestas, 8S sessões pafa oaíro dia ou outra
época, e não so transporiam.
D'8qui vem qn% transferir sósedizcoffi
oropriedade das pessoas, sem relação a seu
peso, nem volume ; e transportar , dos
corpos, com reiaçã® a seu volume e peso.
TRANSFIGURAÇÃO, S f. (L8t. transfííjU-
ratio, onis), mudança d^e íigura, o tomar,
outra. V. g. A. — de Jesus no Tábor.
SYN. comp. Tran figuração, transpotta-
fão. Sendo a trans fiynração a mudança
d'uma figura em outra, e a transforma-
ção a mudança d'uma forma em outra ,
haverá por tanto entre estes dous termos
uma diífereiíça análoga á que notámos
naquelles. A primeira encerra mudança
na figura, no aspecto, na apparencia ex-
terna do objecto transfigurado , mas é
de ordinário transitória ; a segunda é
a mudança na forma , na construcção,
n« organisação do objecto transformado,
e como tal permsnente e durável. « Trans
figurou-se Lhristo no Thabor , diz Viei-
I a , e não parou .- transfiguração na
sagrada humanidade , mas d'eila tras-
bordou, redundou nas roupas de que es-
lava vestido. O rosto resj^lanclecente como
coroítdo do sol, as vestiduras brencas co-
mo tecidas de neve (Vil, ?.(»-.), » Foi tran-
sitória, como se saise, esla tBud«nça, não
assim a da mulher de Lot, q«c peideu o
ser humano, e se transformou para sem-
pre em estatua petrefica^a. D'e*te género
são igualmente &s trans fer mações fabulo^
sas, a que se dá o nome áemêtamorpko^
ses, e de qae mui poeticamente escreveu
Ovídio.
TRANSFIGURADO, A. p. p. do trans»gu-<
rar ; adj. que mudou a figura, cujo aspe*
cta mudou. v. g. — e demudado coi»
a doença,
TRANSFIGURAR, V. ã. (Lat. tranflgur^,
are], mudar a figura, fazer tomar outra
figura ou aspecto, transformar, v, g. —
em si a imagem de rei, querer imita -lo,
usurpando talvez os poderes. Vieiía. — se,
V. r. tomar outra figura, Tranfignrou-se
Lhristo no Tabor.
TRANSFixÃo, s. f. (do Lat. transfigo ,
ere, de trans, a travez, e figere, cravar,
peneirar), acto de ferir penetrando, d^
traspassar com espada ou arma penetran-
te.
TRANSFORMAÇÃO, s. f. (Lat- transf&rmã^
tio, enis), o acto de transformar ou de ser
transformado, metamorphose, mudança de
forma.
TRANSFORMADO, A, p. p. d® transformar;
adj. que mudou de l<kma, foetamorplio-
sefido.
TRANSFORMADOtt, A, ãdj . s. quc iransfor*
ma. V. g. O tempo — de tudíf.
TRANSFORMASTE, adj. éos^g, (Lat. trans^
formans, tis, p. a. de transforma, are),
que transforma.
TRANSFORMAR, V d. (Lat. transfoimo,
are, trans, alem, e ferrnare), níudar a for-
ma, metamorphosear. — se, v. r. tomar
nova forma ; (fig.) — o amador na cousa
amada, revestir-se d« seus sentimentos.
TRANSFORMATívo, A, adj. que tcm a vir-»
tude (ie transformar.
TRANSFRETANO, A, adj. (do Lat. tranfre-
tare, trans, alera, e/Veít^m, braço domar),
d'8lem do estreito de Gibraltar.*
TRAxNSFUGA, s. dos 2 ^. (pron. a primei-
ra accentuada : Lât.), o desertor.
TRANSFUGUEiRO. V. Trasfoguetto.
TRANSFUNDIDO, A, p. p. d« traasfund-ir ;
adj. transvasado, derramado de «m vaso
em outro.
TRANSFUNDIR, V. a. (Lat. transfundere.
trans, alem, e fundo, ere, vasarj, verter
um liquido de um lado cm outro ; (fig.)
derramar.
TRANSFUSÃO, s. f. [hài. transfu9Ío, onis],
acto de transfundir, ou de ser transfundi-
do, v. g. A — dt) sangue, injecçãe de
homem ou animal vivo nfls reií»* de outre.
TRANSGRíDíoe, A, p. p. de lransf:refin' ;
TRANSGREDIR, V. a. (Lat. transgi^diwr ,
i, tranSi alet», e gradioi\ andar, cami-
nhai^, passai" alem dos limitas ; t?. g. — as
leis, os preceitos, quebrantar, violar.
TRA
TRA
TftASSGavssÃo, s, f. (Lat. trantgretiot
onis), acto de transgredir, quebrantamento.
V. y. — da lei, dos preceitos.
TiUNSGRussoR, s. m. (í at.), quebranta-
dor, o que transgredio.
THASsiçio, s f. (L,at. ^raH»ilio, ohm),
passagem no discurso de iim asiumpto p^ra
oulro
TRANsiuo, A, adj. (fff« ^fansi}, pas9ado,
esmorecido de susto, dor, paixào ; (anU,
daausado. t
THAMSifiNTK, ac/y'. dos2y. {l»i. transiens,
euntis, p. a. de iranteo, ire], que passa,
passageiro.
TRANsiGiH, V. }i. (L^t. írausigire, j. a
troíM, alem, o a§o, $rê, fazer), fazer trans-
ação, ajuste ; cm sentido «clivo, compor por
tiansacçào; v. g, — demanda, olitjgio. P.
p. iansigido.
THAKsiTtVAiisNTE, adj. (inêtite suff), de
modo transitivo, de passagem, por tra»si-
ção. V. g. Usar os verbos — , adi vãmen-
te.
TRANSITIVO, A, adj. (t. gram.) Sentido
— do verbo, activo, que tem paciente.
TRANSITO, s. m. (pron. o acceato na pri-
meira : Lai. transiius), passagem, espaço
entre as bordas de um rio ou a travéz bra-
ço do mar ; (íig.) mudança de um lugar a
onlro ; passamenU), BSorte.
TKANSiTOBiA)if.«TE, adv. {mtnU suíT.), áe
paisagem, lem loaga duração.
TRANSITÓRIO, A, tidj . {l»i. tranÂÍtm'iuê],
que dura |>ou60, que pa»&« prompio, não
perraanenie.
THANsr.AÇÃo, s. f. {L*i. translaiw, onis],
acção de transferir; traducção, melapbora.
TfiANSLATíC 0, A, adj. [Lit. translatitiii?],
n.etnphorico, Iranslato, figurado, v. g. Sen-
tido — .
TRANSLATO, A, adj.[Ln. t>'aHslatus), me-
taphorico. r g. Sentido — .
TBAKsUíCiDO, A, adj. (L^t. íra»Mlujcidus),
transpareole, que 4á paísageniá Inz;e. 0.
Vidro — .
TRANSLL)i|B»Aiio. Deslumbradt.
ini^SLun^iAB, V. Cl. Deslumbrar.
TRANSLUZENTE, «(//. (foí 2 5r. tf«íl»luOÍ49,
que transluz.
TUANSLLZIHBaiQ . S. m. [MUniíi Suií.) ,
transparência r di«pbao«i(ííide, o transluzir.
TUANSLLaiB, V H. (ep^p.), &er IfUBS^^-
rente, ui<if;hano ; ajipai-eceí 4j ialejior de
cousa ou feaso*. «. §, Tramiuziã-lMe no
rosto o j^ubik» 46 wh*^, 'iramlnz o co-
ral debajKO da« oadds i?ftlavras eoa que
tramiuz « (^erúdia, a fii«ii«ia,. ou a bofi-
dade. 7Yar?.s/Mzt'aí?» indícios dn oíicajJta ttn-
ção.
TBAMMARim). V. IJliramariiU),
TRANSMRAVFL, odj.dos ^ g. (Úl íffi^»*-
miabilis)^ (t. med.], que pode transpirar, ou
passar pelos poros do corpo.
TRANSMIGRAÇÃO,*, f [\M. íransmigrotio,
onis], passagem do uma região para ou-
tra V. g. — das almas, de ijmcQrpoiEor-
to para outro vivo.
TRANSHiGHADO, A, p. p. de transmigrar ;
adj. que emigrou, pafsou de uma terr^
para outra.
TRANSMiGBADOR, .?. m. Lat. transmigrç,-
íor), o que transmigre.
THANSMiGBAB, V. f». (Lflt. transmigrare,
trans, alem, e migrare, emigrar), emigrar
de uma região para outra (íig.) — a indus-
tria, o commercio, passar para outra ter-
ra ; — a alma, passar de um corpo mor-
to para outro vivo. — se, v. r. mudar-se,
deixar um sitio para outro.
TRANSMIGRAR, V. tt. (p. us.), fazer mu-
dar de assento ou domicilio. « Acabou de
os — , » os judeus das dez tribus, Tieira.
TR4NSM5SSÃ0, 5. /. (Lnt. trausmissio, onisi
acto de transmittir. '
TRANS...ISS1VEL, adj. dos2g. que se pode
transmittir ou ceder a outra pessoa.
TRANSMiTTiDO, A, p. p. do tránsmittif ;
adj. communrcado.
TRANSMITTIR, v. a. (Lal. transmittere,
trans, alem, emittere, enviar) deixar pas-
sar alem. O vidro cos corpos transparentes
trarumittem a luz. — , enviar, participar,
V. g. — ordens, despachos.
TRAasiw.NTADO, A. p. p. de transmontar,
adj. passado por cima do monte ; (íig.) alto,
elevado oa gráo.
TBAijsiior^TAR, V. G. (comp.) passar por
cima do mente; (íig) exceder muito. — se
o sol, pôr-se — , em s- ntido, abs. ou n.,
fugir, úeaai parecer.
iR.UíiMUpAçÃo, «. /. iLf?t, transmulalio,
onis] traspassação, alhearão da cousa a ou
trero ; transformaçrio.
TRANSMUDADO, A, p p. (Id traflsmudar ;
adj. traspassado, transfortuado.
TRANSJÍUOAMENTO, í. Í7». {mcntO SUff.) p.
us.) poí^âgetn da gousíí a outra mão, do-
mia\i) ; trmiPin-àGíki).
TRANSMUDAR , V. tt. (La], trãnsmutare,
irans, alem, % mui are, mudar) traspassara
cousa a outra mã^, po^cr, ^sf^uidor ; trans •
íwmaí, V. g- — 00 meirics; — os bens em
males.
iBAMSMiJTAÇÃo, 5. f ( fil transmutalio,
quis] ijji|i«nça de lupr ; transformação de
I u<na ^oa^ em ^ulra. Os alquimistas acre-
ditavam na — dos corpos
TBAKsmjTADO, A, P. p. lo trausmutar ;
; adj. iraa&íoriaado.
j TBÀWSM4JTAÍI, V. O. (-.aí. tfausihulo, are,
trans, aifoj, e wiiiiar«, anular) mudar para
' outro lugaf ; transíorirjar (eín cousa deon-
18i .
733!
m
TRA
tra natureza . — os aliraenloá em chylo i
— o apostema, faze-lo desapparecer.
TRANSMUTATivo, A, ãdj . que tem virtude
de transmutar.
TRANSMUTAVEL, ttdj , dos 2 Q. (des. ttvel)
que se pôde transmutar.
TRANSNADAU , V. ã. (Lat. transnãlare,
trans, alem, e nataie, nadar) atravessar a
nado, V. g. — o rio — , transportar por
agua, pessoa, animaes, ou cousas.
TRANSNOMiNAçÃo, s. f. (Lat. transnomi-
natio, onis) uso transl«to das palavras.
TRANSORDiNARio, A, adj . superior ao or-
dinário.
TRANSt»ADANO, A, adj. (Lat. transpadanus)
d'alem do Pó, rio de Itália em Lat. Padus.
TRANSPARECER, V. íi. (Lat. transpavere)
transluzir.
TRANSPARÊNCIA, s. f. qualidsde de ser
transparente, diaphaneidade. A — do vi-
dro.
TRANSPARENTE, adj. do.i^g. [L^i. tv anu -
parens, tis) diaphano, que deixa pássaros
raios de luz.
TRANSPIRAÇÃO, s. f. (Lat. transpiratio,
onis) passagem do humor pelos poros do
corpo. A — insensível.
SvN.comp, Transpiração, suor. Trans-
piração é a exhalação insensível dos humo-
ros pelos poros Io corpo; suor é esta mes-
ma exhalação, mas abundante, copiosa. A
transpiração, maior ou menor, é perma-
nente nos animaes ; o suor é resultado do
calor, do exercício, do trabalho corporal ou
de remédios sudoríficos. A transpire çâo é
invisível; o suor cai em bagas, ou gotas vi-
síveis, da fronte, ou sai pelos poros dapelle
em todo o corpo.
TRANSPIRADEIRO, S. Wl (p. US.) pÓrO, Ofi-
ficio subtil da pelle por onde se opera a trans-
piração.
TRANSPIRADO, A, p. p. de transpirar ; adj.
que transpirou O suor — . O segredo — ,
(fig.) que se divulgou.
TRANSPIRAR, V. a. (Lat. transpiro, are,
trans, a travéz, e spiro, are, respirar) exha-
lar pelos poros ; em sentido abs. efig. di-
vulgar-se, v. g. — a noticia.
TRANSPiRAVEL, odj dos 2 g. (des avel)
susceptível de ser exhalado pelos poros do
corpo. Matéria — , que pode sahir pela trans-
piração.
TRANSPLANTAÇÃO, s. f. acção de transplan-
tar ou de ser transplantado. Diz-se (fig )
das pessoas, e das instituições, da industria,
artes, etc.
TRANSPLANTADO, A, p p. de transplantar;
adj. mudado do terreno em que estava plan-
tado para outro; (fig ) Gente, doutrina -
do oriente para o occidente.
TRAWSPLANTADOR, «. m. O quB transplanta
TRANSPLANTAR, v.a. (comp.)mudar a plan-
ta com as suas raizes do terreno em que
está plantada para outro lugar ; (fig.) — gen-
te, costumes, doutrina, artes, instituições
de uma região para outra. — doenças, ino-
culâ-las. — SE, V. r. mudar de assento, de
lugar, residência.
TRANSPLANTATORio, A, adj. (des. &rio)
(med.) que tem virtude de transplantar doen-
ças, virus.
TRANSPOR, V. a. (Lat. transponere) pôr
alem, transferir. — se o sol, pôr-sealemdo
nonte que no-lo encobre.
TRANSPORTAÇÃo, s. f. (Lat. transpõttatio ,
onis) acção de transportar, de conduzir, le-
var de um lugar para outro ; (fig.) êxtase
arrebatamento, enlevo
TRANSPORTADO, A, p p. dft trausportaf ;
adj. levado, conduzido de um lugar para
outro ; (fig.) absorto, enlevado, arrebatado,
extático. Rosto — , que denota este estado
do animo.
TRANSPORTAMENTo, s. m. (p. us.) transpof-
te, êxtase, enlevo.
TRANSPORTAR, ^. a. (L»t. trãnsportarc,
trans, alem, eportare, levar) levar de um
logar para outro, cg. — mercadorias, gé-
neros, gente, animaes; (fig.) fazer sahir de
si, do siso, fazer perder ossentidís. — al-
guém para o lugar de desterro. — sk. v.r.
ficar transido, enlevado, extasiado, arreba-
tado; sentir-se possuído de paixão, v. g.
de prazer, jubilo, medo, susto.
Moraes interpreta transportar levar fora
do porto, cuidado sem duvida que o radi-
cal é porto, quando é ptrta Lat., que si-
gnifica passagem, enlrada. Transportare em
Lat, diz-se tanto de t ondução por terra
como por mar.
TRANSPORTE, s.m O acto de transportar,
ou de exportar. Navios de — , de carga.
Carros de—. — , (fig) êxtase, enlevo, ar-
rebatamento ; perturbação súbita causada
por paixão. — de humor morbifico, (phr.
med.) melástase. — de conta, parcellaf o
passa la de um livro para outro, ou con-
tinuação d'ella de uma columna ou pagina
para a immediata.
TRANSPOSIÇÃO, s. f. (Lai. transpositio,
onis) acto de transpor, «u de ser transposto.
TRANSPOSTO, A, p. p. de trauspóf ; adj.
mudado de um lugar para o outro.
TRANssuRSTANciAçÃo , s. f. mudança ,
transformação de uma substancia em outra
a que na eucharistia se faz do pão, vinho
e agua em o corpo, sangue, alma e divin-
dade de Jesu-thristo, .segundo a crença dos
catholicos.
TRANSSURSTANCiADO, A, p. p. de traus-
substanciar; adj. mudado em outra sub-
stancia. Pào — em Deus.
TRA
TRA
733
TRANSSUBSTANCiAL, ãdj, dos 2 g. que 88
muda totalmente em outra substancia.
TRANSsuBSTANCiAR, V, a. (comp.) couver-
ter, transformar uma substancia em outra.
€ Christo transsubstanciado o pão o vinho
em seu verdadeiro corpo e sangue. » — se,
V, r. converter-se uma substancia em ou-
tra.
transsudaçáo, s. f. a expulsão por suor;
a matéria que sahe pelos poros da pelle
ou de membrana.
trawssudado, a, p. p de transsudar ; adj.
que passou a travéz os poros
TRANSSUDAR. V. n. (Lat. trans, e sudo,
ate, suar) passar a travóz os poros, sahir
pelos poros
1RANSTAGAN0, A, adj. {tvans, e Lat. Ta-
gus, o rio Tejo) de alem do Tejo, Alemte-
jo.
TRANSTORNADO. V. Trãstomado.
Transtornar T. Trçstoinar.
TRANSTRAVADO, A, adj. Cavallo — , que
tem o pé direito e ambas as mãos brancas;
outros dizem irastavado.
TRANSTROCAB, V. a. (comp.) (p. us,) tro-
car, dar em troca, mudar, converter em ou-
tra cousa.
TRANSUMPTO, íf.w. (do Lat transumpíum.
sup de transumere) copia, traslado ; retra-
to. « Deixaram um fiel — de sua vaidade. \
Barreto.
TRANSVERBEHAR, V. a. (Lat. írãnsverbe-
rar) (p, us.) transluzir, reverberar.
TRANSVERSAL, adj. dos 2 g. (Lat. trans-
versalis] que tem ou segue a direcção trans-
versa. Linhas, ventos transversaes .
TRANSVERSALIDADE, S. f. pOSlÇãO, direc-
ção transversal.
TRANSVERSALMENTE, adv. (me«íe suff,) em
direcção transversal.
TRANSVER8AR10S, s. fíi. pi. (Lat. transtei-
sarius, adj.) travessas da balestilha.
TRANSVERSO, A, adj. (Lat. transversusj
atravessado, de travéz.
TRANSVERTKR, V. a. (Lat. Iransverto, ere)
trastornar ; fazer sahir de si.
TRANSVERTiDO, A, p. p. de trausverter ;
adj. trastornado.
TRANS''iAR-SE. V. Extraviar-se.
TRAPA, s. f. (Fr. trappe) cova ou alçapão
de armar ás feras.
TRAPA, (geogr) povoação de Portugal, no
concelho de Lafões.
jiiAPAÇA, s. f. (a Ordenação lhe chama
tru)'pa8so) contracto fraudulento que faz o I
usurário com quem lhe toma dinheiro em-
prestado, dan lo-lhe mercadorias por p''eço
exorbitante em vez de moeda ; (fig ) dolo,
fraudo, cavillaçào em negocio, ou em de-
manda. Fazer — s no jogo.
irapaçadoh. V. Trapaceiro.
või.. ilr.
TRAPAÇAR. V. Trapacear.
TRAPACEADO, A, p. p. de trapacear ', adj.
fraudado, cavillado. J"go. negocio, deman-
da ^.
TKAPACEAR, V. u. [irapaçu, ar des. inf )
fraudar, c.ivillar, f«zer trapaças; em senti-
do activo, conduzir com trapaça, v. g. —
a demanda, o jogo.
fRAPALHADA, s. f. grande quantidade de
trapos; (tig efamil.) confusão, cousa enre-
dada.
trâpalhado, a, Q(Jj. Leite — , mal coa-
lhado
TRAPALHÃO, ona, adj.Qs. coborto de tra-
pos ; trapento ; individuo trap^-ntu, roto, es-
farrapado.
TRAPASSADO, A, /) p- dc trapassar ; odj.
(ant.) decorriílo ; passado.
thapassar. V. a passar alem, decorrer.
TRAPASSENTO. Y. TrapasseiTO.
TRAPE, voz imitativa que inuica goipe ba-
tendo.
TRAPEAR, v.n. [trapo, ar des. inf.) — a
vela do navio, dar pancadas com os emba-
tes do vento, fazendo balancear a embarca-
ção. «A nau, com o pairar e — , abrio por
muitas partes. » Couto.
trXpeira, s. f. (Fr. trappe, alçapão) es-
pécie de alçapão no telhado para dar luz e
ar á casa. — do batel, a parle sobre que
o arraes o vai governando. — , armadilha
de caçar.
TRAPEIRO, s. m. (aat ) fanqueiro, merca-
dor que vende pannodc linhoás va^^s ; ho-
mem que vende trapos e fato vílhu.
TRAPiíNro, A, adj. vostido de trapos, ro-
to.
TRAPEZAPE, voz imiiaíiva que exprime o
som de golpes, v. g. de espada batendo em
outra.
TAPEzio ou TRAPgsio, s. m. (do Gr. írrf-
peza, mesa)(geom.) figura rectilínea de qua-
tro lados desiguaes, dos quaes dois sãopa-
railelos, e outros não
TRAPICHE, s. m. (Cast. trapiche, engenho
pequeno de moer cannas deassucar, do Lat.
trapes ou trapetum, lagar, prensa de azei-
te.) No Brazil casa de guardar géneros de
embarque, com aparelhos para carregar na-
vios, barcos.
TRAPiCHEiRo, s. w». douo, rcndciro, ou
administrador do trapiche.
TRApii.HO, s. m. ditninut. de trapo, (ant.)
Dia de — , de feira de fato velho, chama-
da vulgarmente feira da ladra.
TRAPINHO, s. m. diminui, de trapo, pe
queno trapo.
TRAPO, s.m (do Fr. ant. drapcaw, pron.
drapô, na B. Lat drappus que os etymo -
logistas derivão do Gr. rhaptô, e que eu
derivara <1b dmpiô, «Uí/rupò, lacerar, ras-
^^4
734
TUA
Tfii
gar), (ant ) patmo ; e só usado hoje, peda-
ço lacerado de | anno, de fato roto ; (fig)
vestido, fato V!)lho. v. ^f. Com um — atras,
outro adiajite, chulo, roto, pobro, trapen-
to. Língua do — s, que articula cora diffi-
culdade.
TRAPOLA, 0!1 TfliPULÀ, S, f. (pPOn. trcí-
pula, trdpula : do Ital. trapola, armadi-
lha de caçar), armadilha de apanhar caça.
TRAQUE, s. m. (voz imitativa de cousa
que dá estouro), foguete que dá estouros ;
(t. vulg.), peido. V. g. Dar um — .
TRAQUEAii. V. Traquejar.
TRAQUEJADO, A, p. p. de traquejar ; adj.
escarmentado, alertado. Diz se das pessoas,
e das aves
TRAQUEJAR, V. a. (do Fr. traquer, bater
o mato para hiav levantai u apanhar a caça),
perseguir, v g — a caça, o inimigo. — ,
V. n. dar traques, peidos.
TRAQUETK, s. w, (Fr trinquet], (t. naut.),
a maior vela do mastro da proa.
TRAQUE! INHO , s. wi. díminut. de tra-
quete.
TRAQUINADA, s. f TOOtinada, estrondo,
ruido na briga, peleja :íj. g. — de campai-
nhas soando, chocalhada, acção de traqui-
nas.
TRAQUINAS, ttdj . dos '2, g . buliçoso, tra-
vesso, inquieto, v. g. Rapaz — .
tras, preposição, usada como prefixo em
palavras compostas, por trans, alem, a tra-
vés, V. g. trasbordar^ traspassar. Moraes
diz que differe de tiana, e dá por exemplo
traspôr, e transpor, vertendo o primeiro
pôr atrds, deixar atrús, e o segundo pôr
alem ; mas não reílectio que passar alem
de um limite, ó o mesmo que deixa-lo atrás,
nas costas, v. g.traspozúu. transpoz a me-
ta. Trastornar , nunca sign ficou tornar
atrás V. Traspor.
TRÁS, prcp. (do Lat à tergo , de trás ,
atrás), atrás, detrás; v.g. — si, atrás de si.
TRAS ou TRAZ-0S-M0NTE3, (geogr.; dâs an-
tigas provindas em que se dividia o reino
de Portugal, formava a região deste nome
uma das mais extensas: hoje divide -se em
á districtos administrativos. Capital Villa-
Beal,
TRASANDAR OU TRESANDAR, COíflO 80 prO-
nuncia de ordinário Moraes o faz activo, e
dá a segninte explicação : « fazer aadsr,
tornar atrás, com dôr, sensação iogreía ; »
e cita a seguinte phrase sem nomear autor :
« Resnendente bodum trasanda as fúrias
dos famintos dfstJQ*', » e <f.como amari-
ta fede trasanda o.í cães, » isto é, faz re-
cuar. .*Sa phrase vulgar fede que tresanda
lem acc^pçáo absoluta ou neutra. Eu creio
que víím do Fr. transir^ penetrar de írio,
TRASANDAR, V. Q. {trás, 6 andar), tras-
tornar. ¥. Tresandar. -•
TRASANTEHONTEM OU TRASANTHONIEM ,
adv. no dia anterior ao de hontem.
TRASBORDADO, A, p. jo. de trasbordaf ;
adj. que trasbordou, sabido fora das bordas.
TRASBORDAR, V. u. {tras, por trans, bor-
da, ar des. inf ), sihir fora das bordas, «. »
g. — o liquido do vaso; — o rio das mar-
gens, ftíg ) supprabundar, eicerier os limi-
tes, V g. trasborda a maldade , a graça,
não caber em si, v. g. trasbordando do pra-
zer, de jubilo.
TRASBORDAR, V. a. sahif para fora, v. g.
o vinho trasborda as taças. O rio trasbor-
dou as margens.
trascalar, t>. a. penetrar muito (cheiro).
TRASCAMAHA, s. f. antec/mara.
TRASCOLAÇÃo. V. Transcoloção.
TRASEIRO, A, adj. [irãs pref.), posterior,
que fica na parte posterior, detrás, por de-
trás. V. g. O — , (subot.). o cú.
TRASFEGADO, A, p. p. ÚQ trasftígar ; adj.
transfundido. Vinho — , (tíg.) (ani.), agita-
do. « A nossa alma tão inquieta, tão mu-
dável, tão — . » Heitor Pinto.
TRASFEGADOR, s. m. O que trasfega.
TRASFEGADURA, s. f. V. Trasfêgo.
TRASFEGAR, V. a. (d ) Lai. trans, e fjtx,
eis, borra), transfundir de uma vasilha em
outra; v. g. — vinho, azeite, (fig.) con- -
duzir — , (ant.), lidar, traficar, negociar.
« Trasfegaram com suas mercadorias. » Elu-
cid. E corrupção de — .
TRASFEGO, 8. w. (de trasfegar], acto de
trasfegar vinho, ar.eite, etc.
TRASFEGO. V. Tráfego.
TRASFEGUEiRO. V. Trasfogueiro.
TRASFLOR, s. w. (t. dc ourivcs), UvOT de
ouro sobre esmalte.
TRAsroGUEiRO, S- í». a acha que está por
detrás das outras na chaminé,
TRASFOLEADO, A, p. p. de trasfoleaf ; adj,
copiado (a pintura) em papel azeitado ap-
plieado sf>bre ella.
TRASFOLEAR, f). ti. {íVãS pOr trUtlS, fo-'
lha, ar des. inf.), copiar sobro o papel azei-
tadoa pintara applicando-o sobro elia.
TRASGO, s. m. {diz Bliiteau que vem do
ir. tragos, bode, porque o diabo costuma
tomar a forma d'este animal I), diabo ca-
seiío^ duende.
TiiASGUEAR, V H. [trasgo, ar des. inf),
fazer travessuras de tr3sgi;S.
TRASLAÇÃo, s. f. \ . TrasladaçãOfTraiis-
laçâo, e Tradueção.
TRASLAnAÇÃo, *. f. (alterado do Lat. trans-
latio, onts), o aeto de trasladar, tn nsfe-
rir: c. g. — dos ossos, relíquias, do con-
cilio ; — de paU?ra5, ra«taphor§^ traduo-
çSo.
TRi
TRà
TRASLADADO, A, f.p ÚG trasladar; ai{j.
copiado, transíerklo, traduxido.
thaslauadúk, s. m. o quo trAsiada, co^
pista ; traduclor.
TUASLADAR, V. «. (do Lfll. í' 'v, p.
p. de I r^Hí/ífo, cr rt), eop»«r ; • .ir'i«
um lugar para outro, v. ^ — g» V()|kM).
o concilio, v»Tler, tradukir da Htíil> iwgtll
para outra, (p. us.), dar seuiiuo trauiiiiéiat
ou melapliorico, c y. '•- a paUvré, dij uiua
sijínitioação coi outra, (íii{.) retratar. « Eiiíd-
£0 a primavera trasladando em vossa vista. »
T«ASLADO, í. m, copia dp esGíiplufa, de
^«ijuKd, pintura, o exooipiar, nas e^coiAs
do eserèvtír sa dá a quoiu aprende ; iiia-
gem, copia, modtlo, i.nitação. v u.iieia&r
— do que alguém deve Uiiír, Jif4ie§ões
eicriptas.
TáASi.AH, s. tít.. p»fle traseira úo l^f. ou
fogão, lugar nos fornos junto do borra Ihei!-
ro.
tbasllzir V. Tiausluzir.
iMAStfALOADO. V. Ivtumalhíido
TfiÂSMALHAR, ». O. (tV* tramãil ou íré-
mail). V. 'íresmalhur.
TRASMALUO, s. w, (Ff. trumãH ou íf^^
wtfií). V. Jresmalho.
THASMONTADO, A, jp. p. dô Iransojontar ;
aeíj. que desappareceu atra» dos montes.
TRASMONTANo, A, adj . 6 *. da proviucia
de Trás-os-mOLtes.
TRASMONTAR, V. u. des/ippHrecer por de-
trás dos montes, v.g. o sol quando se põe,
O gado traH4ihtínta de viila do pasto, ca-
Baiaha. n Trqmmontoié-^e Iht uma rez. -»
Lobo, tglog. 3. — , (fig.j fugir; ir desçâ
hindo.
TRASMUDAR V. Tr«íwmuí«r ou Trosmu-
dãr* cte.
TRASKoiTABO, Ai ;>. p. de l^asaoitar » #ti(y
que não dormio u«)a ou «iais noites âtr4s-
TRASNOiTAR, V. u. fazer passar as ijpiti*
a&m dormir, privar do ^omno.
TgASôLA, $. f. V. C^imlla. ^ Uifam di
i3eirB.
TRASORDiNARio. V. Jr^ã^ráuiârio
TRAÃPASfcA, «. /. («ai.) trfti)aç(í, c-oiUfacta
doloso, ksivo.
ínASfAesAÇÃo, *, f, o a^U> detr«*pt6s:>r
a dór, a magoa ia«i trasftiiSQU o coração.
— , passar, ceder, transferir a outrem, v. g.
— direiloi, dividas, coutraOo ; o cargo, oííi-
cii), tuiíprego, fazenda, eíTeitos. — , mudar,
remover para outr > lugar; transpor; pa«-
sar iilcitp, deiíLif atráz. v. g. — o rio, os
mo.slt;,, oíítíares; (tiij.) eiceder, v. g. —
os devores, osjwnJaiiui», deuifjiiiar-se. — ,
i;. Ji e — SE, v.r. í>eQetrar-su, fp.g. — de
m .;'la, de respeito —se, ficar cooao morto.
V. 'ífêspasso.'
TRASPASSO, s m. o acto de traspassar, de
dar, o^utír a 6uir«ra. ». //. o.~ dodopoinio,
da divida, do contracto, à»ê direitos, d^ príi-
Çi> que seda ao ven-.^eior.
TitASPés, s. m. pi. {(\i\ C^st. ^fii^iV, que,
segundo G.^varruvias , significa eambofté ;
masOudin in^^rpreia estado de quem cajet-
balé* ou vócdla cotoo o Homem bêbado) í)ar
— , vacillar.
^as 4o golpe íjfi^ o Cáucaso romper
Quasi fica o l^agSo fóra iiié tino.
K foi ciando traspés a(é affirmar-se,
E íoriuidavel toma por vingar-se.
Maluca Conquiet., cant. ii, 31.
TRASPíLAb.. S. í ;
por detrás.
TRASPLAÍiTAa. V
TRASPOSIÇÃO, V
pilar, columua qu« iica
atravessado por armn penelflit^tíL V
TUASPAssAB, V. a. (formado do trás por
4r a> t s, a\co^, c panar) «lí-ay^ssia* cam «rmà
pxãel/siiie. TrMftussou oApHnne^padíit per
N<^tra4^, V. g. « luB <^raMfmssa o vid«»i ^-^
Tr(iti$f)ls,ntar, etfi'
Transposição .
TRASPOR, v.a. [trat por írans, e/zôr) le-
var OU fazer passar do um liigar para ou-
tro, transpiaalar, e. g.- - arvores peqat*nas.
V. Trasposto. — , deixar at/á», jiassaado
alam V. g. — o» montes. «Tr ispofcrafti os
amores,» abandouarâm, riá Miranda. O spl
tí^êfoz 03 moates. — ssj v.r. pjs#àr, p«r-
4«r-ge, V. §. — A íccfisiâo. — , «. n de*-
apparecer por detrás, v. y. o sol transpm,
ptí^ &'^. O — dosei, ooccaso. — , (fig.)dor-
i4dt.-ir, r(ií«06t^r-se. Trfispozrse o wl, des-
d|ípar*4itíu, jwjj-sc dôbaiío dohorijonlií.
gg^p.>.-.:i .*« »t:í?b^ o. a. (ant.) V. Tr^-
\itr. 4
TtiASPOuiAU. V. írAiísportar, ele
?KAsposTA V. Emposla.
TRASPOSTo, A, p p.detraspor; a<^/. d*>i-
lia4o .#ir4ii pa^jMiúdo êlem ; trari^plantado.
TRASPASSADO, A. p. f». ò^ trasposcfir ; a^j. «^i^ta mUiJ^M vezes — n-m cresct», nem
Tríf .»<fí>lí*. » Adagio.
j*isp^A!vrA*i, (ant ) >'. Tramplemifir.
I^AgfAí^ÍAi»Oih f- t». l»t|l5«ÍÍ)ílSpa6Wi,^r|. WA§T6 OU TRASíO, S. f». (Cast. tr(tSiO.
iNã^ v<em do Lai. tnxuãlrum, baoco de/emtjti-
ros, mas de irans e st9.n$, q,u9 está dk^HItê^-
6ado. <ii>v*rruvi(?,* df-U vma definição gf acta
4# couid, ipns iUiO ai^ei40Mi jPOfii a etj^ji^l^-
%\$i] -^§ .«IW 6&c4«s ou ar,ami^âtr,aijilfi|g|^s
184*
736
TRA
TRA
de viola ou rabeca, rabecão. — s móveis de
casa. Neste sentido parece-me derivado do
Lat. tractus, p. p. de traho, ere, puxar, mo-
ver. E' forte — , (phr. chula^ applica-se a
homem mal procedido.
TRASTEjAR, V. w. [de traste, alfaia) hbu-
tar, lidar, procurar ganhar a vida negocian-
do em cousas de pouco valor.
TRASTEMPAR. V. Prescrevev.
TRASTEMPO, s. m. V. Prescripção.
TRASTO. V, Traste, em ambos os sentidos
do termo.
TRASTORNADO, A, p.p. de translomar ; adj.
derribado para trás ; perturbado. Ficou —
com a noticia.
TRASTORNAR, V. a. {trás, e tornar) revol-
ver de baixo para cima, derribar para trás;
(tig.) perturbar o espirito ; alterar a boa har-
monia ; fazer voltar ao antigo estado. A cu-
bica e a ambição transtornam os mais dos
homens, corrompem, desviam do caminho
do dever, da virtude. — o entendimento, o
coração ; — famílias, cidades, agitar, causar
desordem, dissensão.
TRASTRAVADO, A, adj. traustravado Ca-
vallo — , que tem o pé direito e a mão es-
querda branca ; (fig ) engenho — , avesso.
trastrocado, a, p. p. de trastrocar; adj.
investido ; (fig.) alterado, perturbado, con-
fundido, desordenado.
TRASTROCAR, V. a. [tras por trans) inver-
ter a ordem, desordenar ; (tig.) alterar, per-
turbar, confundir.
trasvaliar. V. Iresvariar.
TRATADA, s. f. velhacaria, fraude em con-
tracto, negocio.
tratado, s.m. (Lat. tractatus) artigos de
convenção entre estados ou nações indepen-
dentes, relativos a paz, alliança, commercio,
etc. ; dissertação sobre assumpto scientifi-
co.
TRATADO, A, p p. detratar; adj. pegado
com as mãos, manuseado ; conversado, fre-
quentado. O sertão nunca foi — nem visto
dos nossos — , contracto. Tinha — com os
habitantes. O doente foi — pelo methodo de
Gullen. — , examinado, discutido.
TRATADOR, S.M. (p. us.) tratante, contra-
ctador.
TRATAMENTO, s m. (mcnío suff.) modo de
tratar alguém ; curativo de doença ; titulo de
graduação ; conversação, trato do mundo.
TRATANTE, s. m. (des. do p. a. Lat. em
ant, tis) traficante, negociante; (fig.) o que
usa de tretas, ardis em negocio, homem ar-
diloso, cavilloso.
TRATAR, V a. (Lat. tracto, are) manear,
manusear, pegar com a mão, palpar ; (fig.)
praticar, usar, v. g. — verdade com todos,
— amores, namorar, requestar. — armas,
/iwo», dtr-se a exercícios guerreiros ori lit-
terarios. — um assumpto, disseitar sobre
elle. — alguém; conversâ-lo, ter trato com
elle, portar-se com elle , v. g. tratou-me
bem, cortezmente, ou mal, indignamente.
— , dar titulo, qualificação, v. g. — por
excellencia, senhoria. — , em sentido abs.,
negociar, v. g. em fazendas da índia. — ,
cuidar, fazer diligencia, v. g . — da vida, da
saúde, da demanda, do negocio. — do doen-
te, dirigir o curativo. — se, v. r. — bem,
com grandeza, magnificência, gastar, des-
pender.
TRATAVEL, adj. dos 2 g, (Lat. tractabi-
lis) que se pode tratar, conversar. Homem
— , de trato agradável Gen'>,o, condição — ,
brando .
TRATAVELMENTE, adv. [mentc suff.) (p. us.)
de modo tratavel.
TRATEAR, V. a. [tratos, ar des. inf.) dar
tratos.
TRATO, s. m. (Ldit. tractus) acção detra-
tar, manusear, de trazer entre mãos ; trata-
mento ; conversação, frequentação ; amiza-
de; commercio, negocio. Gente de — , com-
merciantes. — , conversação carnal. — do-
bre. V. Dobre. Ter — com alguém. Dar
bom — . — habitual, convivência familiar.
— s, tormentos, tortura : — de polé, cor-
del. Dar — s ao juízo, atormentar-se por
descobrir alguma verdade, ou para excogi-
tar alguma subtileza.
TRAUSAR. V. Taxar.
TRAUSO, s. m. V. Taxa.
TRAussAçÃo V. Transacção.
TRAUTA, s. f. [Ldil. tractus) o rasto da ca-
ça
TRAUTADO. V. Tratado.
TRAUTAR. V. Tratar, etc.
TRAUíO, s. m. (do Lat. tractus) tirada.
« Pagareis um bom feixe de palha triga,
quanto um homem possa levar um — . »
Elucid.
TRAVA, s f. (Lat. trabs, trave) travessa,
trave delgada atravessada sobre paredes, pi-
lares. — s da cruz, os braços. — da besta,
pêa, prisão dos pés.
TRAVAÇÃo, s. f. connexão de cousas tra-
vadas umas com outras, encadeamento.
tratacontas, s. f. pi. contenda, altera-
ção, controvérsia, particularmente em ajuste
de contas, E' mais usado como s. m. Tive
um — com elle.
travadamente, adv. [mente suíf.) bara-
Ihando-se uns com outros. Pelejaram — .
TRAVADEIRA, s. f. forro com que se tor-
cem os dentes da serra um para um lado,
e o outro para oopposto, afim de alargar o
talho.
TRAVADO, A, j9. p. de tra ar ; adj. enre-
dado, encadeado. — * ramos de hera. Con-
tradansa — ou de braços — #. PeUíja, bry-
TRÁ
TRi
7»7
ga — , baralhada. Guerra — , começada.
em — guerra, envolvido. Besta — , peada;
calçada de branco por onde se trava, de pé
e mão de um lado. Falia — , qu« se pega,
embaraçada, —s, ventos fortes, tufões que
reinam entre a costa do Brazil e a da Áfri-
ca.
travador, a, x pessoa que trava ; adj.
que trava.
TRAVADOURO, s. m. & parte delgada da per-
na da besta onde se ata a trava oupêa.
TRAVADURA, s. f. travamcnto, acção de
travar.
TRAVAL, adj, dos i g. (Lat. trahalig) de
trave. Pregos iravaes, grandes e grossos com
que se pregam traves e travessas
TRAVAMENTo, s.m. (wíwío suff.) Bcção de
travar a peleja.
TRAVANCA, s. f. cmbaraço, empecilho
TRAVANCA, (geogr.) villa de Portugal, 7
léguas de Braga e2d'Amarante; 1,500 ha-
bitantes Ha mais no reino pf^rto de 10 po-
voações do mesmo nome ; as principaes são :
1.' no concelho de Pinheiro de I emposta a
6 léguas de Aveiro, 700 habitantes ; 2.^ no
da Feira, h léguas ao S. do Porto, 850 habi-
tantes ; 3." denominada do Douro, a tí léguas
de Lamego. 5H0 habitantes ; a.* denomina-
da de Lagos, no concelho da Lagos, da Beira
ea 10 léguas de Coimbra, 1,100 habitan-
tes.
travancado V. Atravancado.
tRavancar. V Atravancar
TRAVÃO, s m. [Vr. entrave) trav? oupêa,
cadêa de travar as bestas.
TRAVAR, V a. {trave, ar des. inf.) pren-
der, en;adear peças de madeira ; pear bes-
ta com trava ou travão — pé com pé, na
lucta, brigar arca por arca. -r- de alguém
o» alguém pelo braço, tomâ-lo, enlaça lo
— com alguém, acommetter. — nau com
nau ou. fortaleza, abalroar. — , ligar, v.g.
— practica, conversação, amizade, parentes
co, peleja, briga com alguém, começar e
continuar. — a serra, voltar-lhe alternada-
mente os dentes para os lados oppostos, para
abrir mais largo talho na macieira. — , c
n. (do Gr. trakhys, áspero) ter sabor áspe-
ro, aslringente, como fruta verde; (tig.)
« sempre na pronunciaçào travam da ma-
dre, » da língua materna. Banos, Gram. —
sa, V. r. ligar-se, enlaçar-se, tecer-se ; (fig.)
andar de companhia. « Travam-se gosto e
dor, socego e lida. » Bocage.
TRAVE, s. f. (Lat. trabs, quasi (oru« ar^
baris) lenho grasso, longo, falquejado, de
que se usa na construcção de edifício ; o ara-
me da flvela, que une a charneira e fusilào
to arco.
thaVecir. V. Travessia.
TRAVEJAR, V. a, {trave, cardes.) assen
Tni. rv
tar as traves no edifício, mettô-las na pare-
de.
TRAVÉS ou TRAvéz, s. m. (Fr. travers)
flanco, V g. de baluarte; situação atraves-
sada. Os travezes da fortuna^ (fig.) as con-
trariedades, desgraças. De — , em — , em
situação atravessada. Dar o navio de — ,
ficar atravessado com o lado ao-vento. Dar
comsigo a — , (fig,) perder-se. Deu a — com
o negocio, deitou-o a perder. Olhar de — ,
com os olhos torcidos, em signal dedesap-
provaçào, de enfado. Olhar alguém de — .
Ficar de — , atravessa<lo, de modo a atalhar
a passag^ím , o caminho. Estar a naa de
mar em — , (loc naut.) A capa, pairando,
off*3recendo o costado. Ir a — , para o lado
opposlo, V. g. — da virtude, da verdade.
TRAVESSA, s.f. pcçfi de madeira outaboa
estreita com que se atravessa a porta. Pôr
— s nas portas do sequestrado. — sdacuz,
braços. — , caminho atravessado; rua que
corta as ruas direitas e principaes ; po'"ção
de mar ou de íerra que fórraa limite divi-
sório. — , o acto de atravessar : «na —
d'aqutílle gólfão Barros. — , armadilha na
lucta para derribar o contrario.
TRAVESSA, adj. f. atravessada Porta — ,
que íica a um dos lados do edifício. Mão — ,
a medida da largura da mão. Flauta — ,
que 83 sopra atravessada.
TRAVESSÃO, adj. m. que dá de travéz.
Vento — , contrario, de travessia mui rijo.
Temporal — . Um súbito — .
TRAVESSÃO, s. m : — da balança, peça
onde está o fiel, e d'ondG pendem os pra-
tos,
TRAVESSAR, V. Atravessará^
TRAVESSEAR, V. n. fazor travessuras, ba-
rulhar. Af.
TRAVESSEIRO, s TO. (Fr. travcrsiu) almo-
fada de cama onde descansa a cabeça, e que
se põo atravessada no topo da cama. Reso-
lução consultada com os — , bem cuida-
da
TRAVESSIA, s. f. (des. ia) vento travessão
contrario á navegação.
TRAVESSO, A, adj. posto de travéz, atra-
vessado Porta — , a um dos lados do edi-
ficio. Linha — desuccessdo, collateral. Mar
— , — s ondas, que batem no costado do
navio. Estradas — , que cortam as princi-
paes. Rua — , travessa, s. f.
TRAVESSO, A, adj. quo faz travessuras,
inquieto. Menino, génio — .
TRAVEtáURA, s. f. {través, dcs. ura) des-
ordem, peça maliciosa, estúrdia. — -* de ra-
pazes Fazer —s.
TRAVESSURiNHA, s. f. dxminut. de traves-
sura.
TRAVEZ. V. Través. O primeiro é mai?
usado.
138
TRA
TRÉ
TRAViNCAVACàR. M Alramncar.
TRAVisiA. V. Travessia.
TftAvo, i. f. ((6 travar, sabor áspero
da fruta. « O en^^aço põe ^ no$ vinhos* >
Alarte.
TUAVO, s. m, (de tramr, pear), (p. u».),
lolhiíBonlo, contratcão dos membros que
qu6 tolhe o uso d'eUes.
TRAVOSLAj s. f. esp^oie de Irado ou ver»
ruma.
Traz V Trás, Atrás.
TnAZSDa«, s. m. (p. us.), o que iraz,
introduz.
THAiiE'Ko, A, adj quG íica detrás, atrás
V. Traseiro.
TRAZsiftO, s. m o cú. V. Tra?eiro.
TRAZER, c. a. (iat. traho, ere . Aliem.
drogen, pron. iraghen ; Ingl. árai/, arras-
tar. Kstã raiz CAmmum a muitas linguas
vem, sfi me nâo engano, do Kgypcio tako,
tomar, conduzir, e rodj. a. rojar, arrsstar.
Court. d« Gúbeiin a deriva do íer, exUiíso,
o quí! é inaiiiiissivei) . conduzir para um
lugar determinado deoutro mais ou meno«
remoto, «. ^. es e <orr«Mo trouxe notioiàs
importantes de França.. O meu nasio troit-
xe uma rica carregação. Trazia na mão um
livro. — ás costas um saco, - - á cabeça um
vaso. — , (íig ) attrahir, » g. — alguém á
nossa opinião, bando, partido, allegar, v.
(f, — textos argumentos, para provar al-
guma proposisão. — , levar vestii >, ir.ijar,
«. tj. os Turcos trazem turbantes na ca-
beça e calça» Idrgas ; os Europc<i5 trasetn
oh«peu. As mulb»írí3s trazem véus, brace-
letes, o cabello entrançando, (íig ) — na
mente, na memoria, no pensamento, ante
es olhos, ter pr<»sen.e ; — má vontade a
alguém, conserva-la, persistir neste senti-
ffieflto ; — nos olhos alguém, ter-lhe mui-
to amor, aíífcto; — na bocea algum dito,
repeti-lo continuamente, — - negocio entre
mãos, andar occupado com ella. — , deri-
var, v. g. — origem, principio, descen-
dencifi, proceder: d»z-se das pessoas, dos
animaes edas cousas. — , produzir, cau-
sar, ». 5. «st« vento traz chuva e dfcn-
ças. « O ffucto que nos trouxe a morty, »
Barros, «Iludindo ao pomo defeso a Adão.
— alguém entre dentes, ter-lhe má vontade.
— guerra, rixa com alguém, ter, conserva-
la. — vontade, te-ia habitualmente ; -*-ou-
gíidia, «fania, conliança ; — uma preten-
ção teima, illusào. — panno de alguém,
(ant,), hbré ; -*■ alguém em sua casa, (aul ),
te-kí tomo criado oa faoiulo — se bem,
(ant. e oijsol.), trajar.
TRAZIDA , s. f. O aeto de trazt^r : c. g.
trazida e levada do recados. K pouco asa-
do e devera «p k», pois nlk> tebjos e<}uiva-
lente.
TRAZIDO, A, p. p. de trazer; adj. acar-
retado, conduzido de fora para um lugar
aduzido, produzido ; causado.
TRAZiMENTo, s. tti. {mr,nto sufi ), o acto
de tpaser, importação, introducç&o.
TRAZÓLA V. Trasóía.
Tui5, s. m. espécie de ruão.
TRttBELHARj V. n (do Fr. trepêiller, agi-
tar se, áj Lat tripwiiere), brincar, bailar.
jogar os trebelhos, o xadrez.
TRjíBSLHO, í. m. (de trebelhar]i pecado
jogo do xadfei ; vaso pequeno , Jogue-
te , brinco de crianças , (ant.) , imposto
que pagava o que reblhdva vinhos.
TBÊBfiLo, «. «1 V. Trtheiko.
TUEBOLA, s. f. peixe do mar Oceano mui
volura< so
tkíbôlha' s, f. odre grande para vinho
que fazia a carga de uma besta.
tRíiBUCAR. V. Trabucar.
TflEBUCo. V. Trabuco.
TRIBUTO. Y, Tributo.
TtiRÇADo, A, adj V. í«rçã4o.
TRf.c«if.io, mdv. (dd írêi ÍV. muilu';, (p.
us ), fcin grande cópia.
TRif.eiío, s. m. (Lat. treckus, espaço, in-
lervallo, de lugar e de tempo), intervallo,
espaço de tempo, e de lugar. A — s, de
tempo a tempo, de distancia em distancio.
« Murmurando a —s, certas palavras. »
Bern. Florest. « Era todo de chaparia e Qgu-
ras de ouro, e pedraria preciosa, e a — «
umas romãas de rubins escachados. » Id.
TREçó, s. m. o macho de uma ave de
rapina. V. Terço.
TftiíçOL. V. Terçéi.
TREDiCE, s. f. («nt.) V. Traição.
TREDO, (ant ), V. Traidor.
TREDOOT, (ant.) (do Fr. <raè(r«.)V. Trai
dor.
TRePF.Go, A, adj. (Moraes pergunta se
virá de leufeL em AUemã» diabo I Vem do
Fr, ant. tru.émir, alteração de trompeur,
enganador, velhaco, astuto, ardil*"»©, dis-
simulado eom rnali :ia, que faz travessuras
dissimuladâmente. Duarte Nunes de Leio diz
qtie é term 1 plebeu. Uoje — é usado na ac-
j ce|)ção de inquieto, buliçoso.
! TREFO. V. Trefego, mais usado.
j TRfiGEiTABo*, s. ffi O qu€ fflz irdgetioi,
I momos.
! tREoeiTOS, s. m. (do Ff. «nl trtsch€,
! momices, e geiíos], adetnães, toomos, me-
' mices. destrezas, pelolioas.
TtiÚGOh, t.f.[?r. trvot, na B. Lat. íreu-
ffií, do Angl-Sax. iregkifin, obriffir-sepúr
pal«vr3, ímx, fn.»fl&««*iij, ♦««pwwlodetra-
! bêlho, de pena. mccrti>«Mi»«kl ; t (j. — da
dôrou á dôr, cuidado, — de ventos. — s,
1 ferias Fôr --.?, Intefrotfaper, ». ^. áfuer-
' ra.
TRE
TRG
m
TiEiçÃo. V, Traição.
TREiçOADO. V. Atraiçoado.
TRF.içoAR. V. Atraiçoar.
treidor. V. Traidor.
trein, (do Fr. train). V Trem.
TREINA, s. f. fdo Lai. traho, ere, puxar,
induzir, eogodar), a ave ou animal que se
ák ao falcão e a outras aves de rapina pard
as afiostunaar a ca<;ar o a fazer essas aves
d't'l!as sua ralé; (tíg.) cevo, pisto habi-
tual.
TMEiNADO, A, p. p. de treinar ; adj. acos-
tumado a í.açar as aves de que se ceva. «.
g . Falcão — a caçor ddens,
TRKiNiR, V. a. [treina, ardes, inf), acos-
tumar com o cevo ou treina a ave du rapi
na a caçar as aves com que a cevão, o a
fazer delias sua ralé. Treyftewt-sgosguviõfís
em frangojí, (Hg ) heb.tuar, oco3.tuDiar.
TREiTA, s f. (do Lat. tritus, a, «m, pi-
sado, frequentado), trilha, pegadas, rastos,
vestígios. V. g. Seguir a — ; andar pela
— , .sfguir as pisadas, oexpff.plo.
TRKiTENTo, A, tttlj . [ild tieta, O t é eupho-
iiico), que usa de tretas,
TRiíO, A, adj, (do í.al. í/iíus, trilhado),
acostumado, usado, trilhado, exposto, su-
jeito. V. g h' — a dores de cabeça. São
— y a errar. Antigamente usava-se com a
preposição de, v. g. — de madorra, de er-
rar. Mal — , (ant), maltratado.
TREJURAR. V 'Tresjurar.
TfiÊLADO. V. '[restado, ou Traslado.
TRELLA, s. f (do Lai. truliere, puxar, e
lorum, l oro, correi.^*), a correia, a que se
leva preso o cão de caça. v. g Cão de — ,
o que vai preso aella.5o/íar a — ao cão,
solta-lo para que corra atrás da caça. Le-
var á — o cão, conduzir pela — . SoUwr
a — ; dar — , (íig.) dar folga, licença, pcr-
mittir, dar largas. Roera — ,(rig.) estai í«b-
paciente perfazer slguma cousa qua algum
embaraço nos tolhe. JElsganicar na — , diz-
S€ do cão preso que procura soltar-ae; (% )
ralhar, impacientar-íií, indignar-se u« ver
a m:ddade irapunida. Trazer á — , a t(>«.
Dar — flo estylo, dar lurgas.
TREM, S. in. (Fr. train), a hti%»%em ecriâ-
dos que acompanham «igucHi eai jornada^
U — do exercito, ' :ii ; — de artilha-
ria, o aoareiho u rretas. ler — de
tariarusífl, diz-&e joftu.-aãieule dequeailraí
sobre a sma pessoa qaanto poss«e. '— dfi
vila, por modo de vida, é gallicismo escu-
sado « ifiopropio, porque — «m l'ortugaez
não signiticía aadfiiT.cnio.
T«BMAi.Ho. V. Três;:
TRRMANTE V. TrC))
TREMAR, V. a. (Fr. ant tremeur, pertur-
bar, remexer), descompor os Iv^^ '''^ nma
tecedura.
THEHEBUNDO, A, adj. (Lat. trem^undiís)^
(poet ), tremulo, mui timorato, receioso.
trehecem, adj. lu. treniHz. V. Tremez.
TREMEDAL, s. m. (dd (rd^dr), tdrreuo ala-
gadiço, brejo, lameiro; r. g. — dearroa.
1*1 Tremedaes.
TRESEDOB, 8. Hl. O ([iiQ trciue, tremei-
ga; adj.
TREMELA». V, TreuioUr.
TREMELEGA. X. Truuelgu.
TREMELGA, s. /. (de Ovíner, e i\r. algheú,
sentir ddr), peiíío do p' M'. cartilagiqq*o, e
oibicular semelhante & arraia, que tocado
dá um choque eleotri^v», que entorpece os
Míonibros.
TKEiiiLniCAR, V. íi. tremer com fiio, tre-
mer a miúdo.
TREMELIOOSO V. Tréiuulo.
TREMENDAMKNTE, adv. [rncMC Suff.j, de
modo tremendo.
TaEUESDissiao, A, adj. super lat. dv* tre-
mendo.
TUEMKND), A, adj. (Lat. tremendas], que
f.^íz tremer, ti^rrivel
TREHEínK, adj dos 2 g. (Lat. íremens,
tis, p. a. de (r^nio, ere), que trecte.
TREaESliNA. y. Terebinlhina.
TREMER, V. n. (I at. tremo, ere, Gr. tre-
mo, tremer, A syilaba rad. trem, é imita-
tiva), sentir movimento convulsivo por elíei-
lo do frio, d» susto, medo, o.</. — o quei-
xo, de frio : tremerem as pernas, de n^edo,
ou por debilidade — , abanar, não estar
tlr.íie, «?. g — aterf.i. — derfliva. Treme
o jiijase mento horrorisaio. Trem€m-lh« os
btí.tjOs das mentiras que diz. Treme-me o
coração. — , om seníi'lo activo, tremer, ver
com horfor. E' de^susado.
TREMRTTEa-SE. V. Eiiivemetter-^e.
TREaES, adj. dos^g . [^r, »ni. tremes oii
tremois), que iiasoe e amadurece Uentro de
três meies. Trigo — r.
TREME2tsao, A, adj. tremez. Trigo — ,
TttBiiDo, A, p. p. de tremer ; ^4/ ^^'^
tremeu ; f<;ilo ogki noSo treOBula, pouco
Letra -r- LinUes — ,'ie pontinhos, que na$
cartas de mareof iiidic*<n os rumo» ioter-
mediafios,
TREMI! HiCAR, 15.71. (Lfit irosíKUir^, ire ^
mer a miudo, cambaleai.
TREMILIGOSO, A, adj V Tf'^<»u/{).
TREMissF.s, 8. n\ m ioda antiga quo va-
lia a terça parle de um âoldod'aqueile Iç^**
po. '
TKfiívó, s. m {'ii'. irwficaw, trunoo, es-
pelho ^ue se pOíí m^ paofio de uigia jíá.re-
de entre duas janellás Tramo émm^dQtr
recto.
TRiiiMO^, s, m (doArab. tormoçQ^ deri-
vado do Gr. í/iermds, bígume quente , rad.
teird, aquecet. Foi este legume entrodmzi-
185 ,
740
TRE
^ TRE
do em Híspanha pelos árabes), mais usado
no pi. — s, grãos chatos amargos envoltos
empelle grossa, que cozidos se fazem ama-
rellos e se comem, a planta que dá estes
grãos.
TREMOLADO, A. p. p. dc tfemubír ; adj.
agitado com movimento trémulo. Bandei-
ras \—s.
TREMOLANTE, adj. dos 2g,{áes.áo p, a,
Lat. em ans , tis], que tremola. — s ban-
deiras.
tremolar, V. a. {tremulo, ar des. icf.),
agita, com movimento trémulo, t;. g. — as
bandeiras.
TREMOLAR, V. n. mover-sc com movimen-
to trémulo, v. g. tremulam as bandeiras;
— as cannas de assucar.
TREMONADO, s. m. O vaso oude cae a fa-
rinha moida.
TREMONHA, s. f- (Fr. trémie, que se de-
riv. do Lat. íremodia, porque continha três
modios), canoura. vaso de madeira quadra-
do com uma extremidade afunilada pela
qual cae o grão no moinho, para se moer.
TREMOR, S'. m. (lat. tremor; rad. imita-
tivo), agitação convulsiva, movimento violen-
to vibratório em diversas direcções; v. g.
— de terra, — dos membros, por frio, sus-
to, ou debilidade.
Syn. comp. Tremor de terra, terramoto.
Estas duas palavras, uma portugneza outra
latina, exprimem uma mesma ideia, queé
um movimento violento de alguma parte da
terra ; com tudo terremoto é expressão mais
enérgica, e parece designar que ao movi-
mento violento se seguira '^n ruinas e fracas-
so. Quem chamasse tremor de terra aoíer-
remoto de que Lisboa foi theatro em 1755,
não exprimiria cabalmente a triste ideia que
ainda hoje subsiste d'aquelle calamitoso suc-
cesso. Tem havido depois vários tremores
de terra em Lisboa, porem, Deus louvado,
não houve mais nenhum terremoto.
TREMPE, s. f. (Fr. trépied, Lat. trepus,
odis, tripeça), aro de ferro sobre três pés,
em que se assenta a panella ao fogo.
TREMUDAR. V. Traumudar .
TREMULAR, é mais corrccto, mas por uso.
V, Tremolar, etc.
TRÉMULO, A, adj. (Lat. tremulus), vibra-
tório. Movimento — A — luz da candeia,
as mãos — s, de medo, ou por convulsão.
Com passos —5. O — velho.
TRÉMULOS, s. m. t(do precedente), flores
de pedraria soslida sobre arame elástico, e
que tremem na cabeça ou no peito que
adornam.
TREMBLOso, A, ttdj . trémulo.
TRKMURAS, s. f. susto com tremor, v. g.
Soffrer — , angustias.
TRHííA, 8. f. (do Fr.trainer, puxar), âta
I de seda, de fio de ouro, prata, para tran-
I çar o cabello, correia com que os rapazes
fazem gyrar o pião.
TRENÇA. V. Trança.
trençar- V. Trançar.
TRENO, s. m. (Fr. traineau, de trfíiner,
arrastar, puxar), carro de rojo, carreta sem
rodas em que se viaja sobre o gelo nos »
paizes, «. g. na Rússia, Noruega,
trepadeira, adj. f. que trepa. v. g.
Plantas — s.
trepador, a, s. m. o que trepa; volteador
na maroma, ou corda tesa, adj. que trepa
enroscando-se, enrolando-se. c. g. Plantas,
hervas — *, que trepam pelas arvores como
a hera, os cipós. Vinho — , (fig.) que sobe
á cabeça.
trepadouro, s. m. lugar onde se trepa.
TREPANAÇÃO, s. f, acto, opcração detre-
panar.
TREPANADO, A, p. p. de trepanar ; adj'
aberto com trépano.
TRFPANAR, V. tt. (Fr. trépaner, de íre-
pan, trépano), (t. cir.), abrir o craneo com
a coroa do trépano.
TRÉPANO, s. m. (Fr. trépan, do Gr. tre-
po, volver, mover circularmente), instru-
mento cirúrgico munido de uma coroa ou
cylindro ouço terminado por dentes com que
se serra circiílarmente o craneo, paraextra-
hir lascas de osso ou fluido extravasa-
do.
TREPAR, V. a. (do Lat. adrepere, sup.
adreptum, e não do Aliem* treppe, escada,
degrau, como quer Moraes), subir, v. g. —
o monte, a muralha, a escada, montar.
TREPAR, V. n. subir, v. g. — ao monte,
á muralha, pela escada, á gavia pelas cor-
das, á arvore ; — nas penhas. Segura pe-
los olmos trepa a hera
TREPEÇA, s. f. (Lat. tripus, odis) assento
com três pés V. Tripeça.
TREPEES, V. Trempe.
TREPíCHE, s m. Moraes inl^^rpreta dubi-
tativamente machina de peneirar a farinha,
e manda ver Trapiche.
TREPIDAÇÃO, s. f. (Lat. trepidatio, onis)
balanço, abalo, tremor leve ; balanço que
os antiiços astrónomos attribuiam ao firma-
mento, do norte para o sul.
TREPIDANTE, adj. dos 2 ^f. fLat. trepidans,
tis, p. a. de trepido, are) que sente abalo,
que treme. Vôo — das azas da ave agita-
das,
TREPIDAR, v.n [Leii. trepido, are, do Gr.
trepo, volver) ter medo, tremer.
TRÉpTDO, A, adj. (Lat. trepidus) trémulo,
assustado ; temeroso. O — tridente ; o —
ruido. Tumulto — .
TREPLICA, s. f. a resposta que o réo dá
á replica do autor, impiignando-a.
tHE
TRC
7 41
tRKPLiCADO, A, p. p. (le treplicar ; adj.
impugnado a replica.
TREPLICAR, V. ã (forcns.) contrariar, im-
pugnar a replica do autor ; em sentido abs.
— por negação.
TRKPRiCA. V. Treplica
TRBPRiCAR V. triplicar.
TRES, adj. numeral dos tg. (Lat. três,
tria, Gr.treis, Sanscr. írcia, ín) duas uni-
dades com aaddição demais uma.
Ninguém até ao presente explicou a ori-
gem d'este vocábulo cujo radical ócoramum
a tantas linguas. Court de Gébelin diz que
vem do primitivo íer que significa multidão,
e com eíTeito em Egypcio ter significa tudo,
todo ; mas o termo, a meu ver, assim como
os outros numeraes, até cinco, deve primi-
tivamente ter sidoHerivado defilgum obje-
cto que a natureza offerece triplo, ou com
três faces, ou partes proeminentes. Lançan-
do os olhos em torno parece-me que as plan-
tas de três folhas, as arvores essencialmen-
te compostas de raiz, tronco e folhas ou de
três divisões principaes do tronco foram o
typo primitiva) d'este numeral. Se a minha
conjectura é fundada, o rad. commum en-
contra-se no Grego [thrion), folha, {drys), ar-
vore. O termo Zend e Peblvi seh, três, tem
muita analogia com o Egypcio .^che, arvo-
re, schai, nascer, vegetar.
A comparação entre os termos que em dif-
ferentes linguas mais significam três e ar-
vore é favorável á nossa conjectura.
Três.
Arvore.
Lat. Três, tria. Turio, vergontea.
Sanscr. Tri, treia. Taru.
Saxão Treo, treu. Threo^ thri.
Ingl. Three. Tree.
Ceít. Tri. Dar, carvalho,
Owen, no seu Diccionario da língua do
paiz de Galles, suspeita que o sentido pri-
mitivo do termo é cousa firme, fixa como as
,arvores. M. Webster confessa a sua igno-
rância sobre o radical primitivo e s*^u sen-
tido.
TRES, prefixa impropriamente usado em
vez de Trás, t>. g. tresbordar.
TRE8 BARRAS, (geogr.) povoaçào do Brazil,
na província de Minas-Geraes, na margem
direita do rio Guaicuhi ou das Velh.\s,
TRES BARRAS, (gcogr ) fio do Brazil, na
provincia de Mato-Grosso , no districto de
Ari nos.
TRES IRMÃOS, (geogr.) serra do Brazil que
consta de três morros quasi de igual gran-
deza, entre acidada de São Christovam eo
TOi. rr.
mar, na provincia de Sergipe, na margem
direita dorio Irapirang ou Vaza Barris.
TRES PONTES, (geogr ) villa do Brazil, na
provincia de Minas-Geraes, situada entre o
rio de seu nome, 10 léguas a Leste da villa
das Lavras do Funil.
TRESANDAR, V. a. Bluteau verte transfor-
mar, tr.Míbfigurar, e cita Sá Mir«nda :
Essa Circe feiticeira
Da corte tudo tresanda :
D'este faz ouça ligeira
Lobo outro, que á carniça anda,
Outro oào que emprazae cheira.
A verdadeira accepção ó trastornar. V
Trasandar. — , v. n. {V. Transandar) pe-
netrar, Fde que tresanda, isto é, o fedor
é tal que penetra tudo.
TRESAVÔ, s. n terceiro avô.
TRESAvó, s. f. terceira avó.
TRE.sBoRDAR. V. Trasbordar, etc.
trescalar. V. Trascalar.
TRESDOBRADO, A, p. p. de tresdobrar ; arf/.
que t«m três dobras ou laminas, triplicado :
« arnez — . » (fig ) o velhaco — de cautelas
e malícias, armado, munido.
TRESDOBiíADURA, s. f. O ser OU eslaf tres-
dobrado.
TRESDOBRAR, 0. a. triplicar ; fazer lucrar
em tresdobro ; applicar e unir laminas ou
chapas, v.g. de ferro sobre o escudo para
o reforçar.
TRESDEBRE, adj . dos t q . (milt.) diz-sede
uma das formaturas ou evoluções das tro-
pas.
TRESDOBRO, s. w. O triplo, tfes vezes ou-
tro* tanto.
Trbsfegar. V. trasfegar,
tresjurar, V. n. [três vezes) jurar re-
petidas vezes. Jurou e tresjurou.
tResladar. V. trasladar.
treslado. V. traslado,
tresler, t), n. [três, do Fr. três, muito)
(famil.) perder o siso á força de ler, de es-
tuda.»*. Tanto leu que tresleu.
TRESL1D0, A, p. p de trcsler , adj. cujo
juizo se alterou por nimio estudo. «Não as
engana Satanás senão de — s. » Eufr.
TRESLOUCADO, A, adj. [tres pref., do Fr.
três, muitoj muito louco.
trksmalhado, A, p. p. de tresmalhar ; adj.
escapado, fugido, desapparecido.
TRESMALHAR, V. tt. [tresmolho, ar des.
inf.) deixar escapar ; perder, tresmalharam
muita parte da preza. — se, *. r. escapar,
fugir. — o peixe, escapar por entre as ma-
lhas. — o gado, (fig.) espalbar-se, disper-
sar-se.
TRKSMALHO, s. m. [Fr. tremail, de trois,
186
742
TRE
TRI
mailleM, três malhas, e não de tratift e wa-
Iha, como aíTirroa Moraes) rede de malh»
larga a que anda unida outra de rualha miú-
da para pesenr.
TRE9M0NTAR. V. Irasffioiíiar.
THESMUDADO, A, ]).p de lres(T»u,d«r ; a4j.
(forens ) traspassado. « A cousa Utigioaa ires-
passe fia etn outra. » Urd. AíFon».
TRESMUDAR. V. Trasmudur.
TRESNETA, s. f. terceira neta,
TRESNETo, s. m. tefcejro neto.
TRESNoiTADo, %, 04}*, Ágúà — , tomada
do dia 8nt4?€ed^nt€, V. 'frãsnoiíada.
TREso, A, Qí/;. "A significação é incerta
Moraes lhe dá a extravagante origem do
Aliem, teu fel, djabo, e verte malicioso, de
més entranhas, tu creio que é erro por
íredo ou tredor, tríjdor ; ou de irefo como
ifitíntia à^oracfft
TRESPANKO, s m tecido de três liço».
Trespassar V. Traspassar, etc.
Trespasso. V, 'íraspasso, Iraspassação.
TRESPASSO, s. m {i'r. trepas, do cuire,
alem, epas, p8?<io] dôpque penetra a alma;
desíslleeimento , morte, desmaio mortfil ;
dilação, demora de tempo ; iraspassamento.
Jejuar o — , desde Quinta Feira Santa até
o dia dePfiSchoa. V. Traspasso.
N. B. TrespassHT e seus derivados vem
ào¥r. trespasser, átíOíUre, alem, e pas€iír,
passar.
TRffS?OR. V. Traup^f.
TttEstORTALECER. V. 'ffasporlakcer.
TRESPOSTA. V. Emposta.
TREftsuADO, A, p p. € tresguar ; adj. fei-
to, consegiíido eom muito suor, trabalho.
IRESSUAR, t\ n. [ires pref , do Fr. trèi^
mnito) suar muilci, ecm excesso.
TRtSTAMPAR, V. H. (joc] destampar coai
excesso, dizer os maiores destampatórios.
IRESTRAVADO. V. JrastravadG .
tRevaliad®. V. Tresvanaúe.
lí^KsvALiAR. V. Trasvariar.
TiiESVARiADO, A, p. p. d •, tresvaríâr ; adj.
delirante.
TRÉsvARiAfe, u. n. (ires pref., doFr, «r^s,
muito] delirar.
iRESTARio, ». r». estado de pessoa d<;li-
r»nW, dtlirio causado por doença, ou p<5r
paixão vi<>l)enta ; halJucica^çâo.
TfiEsvtiiTiiMjRA. V. Verteàura
t-UEta, 5./ (do Fr &ní.treieroMtrelenr,
gtjhblerfttigío.) destreza m^ jogo <k luta para
derribar o contrario ; liíiia a» jog© da es-
pada ', eng^HO artificioso, ardil.
TKáu, s. «í. (eto Fr. ani. Prez, v«l« qM-
^Tii*i& das gales € tartAJ^»â) vdA a^ttèttJUi
que ^ra temporal ae põo h»s fídé? e ntwèfi
lati*«s; \íig.) v«l« *( A — ««remo. » lA-
cena. <( Dar o — aovenlo^ Camões. Pên-
treusassom. V. Tratarão.
TREVA, 5. /". mais usado no/)/, —s (Lat.
íenebrce, que Court de Gêbelin deriva de ían
ou ten, fogo, e bre ou brec, romper, ejyt
mologia extravagante. O termo vem do Gr.
tcinô, estender, e érebos, inferno, lugar es-
curo, de erepJiO, cobrir} escuriílio Ueaws,
espessas, profundas — s. As —s da HOite ;
— da mort« eterna — , (líg.) íalta àe \m
intellectual, v. g. ai —s da ignorância, dâ
superstição.
TaavES, (geogr.) cidade da Prússia Rbe-^
nana, 114 leguflts a IvB. de í^aris ; 17,B0U hi.
bitantes.
TBiviTB, 8. m. uma droga mediei uai da
índia.
tkbvo, s. m. {hai, Irifolbum] h'^Vi» yuU
gar qiiG serve do pasto ao gado.
TREvOA. V. Trçva.
Titívoso. V. Tenebroso.
TREvoux, (geogr.) cidade (h £r«itj4ja, \$
léguas 8 SO. de Bourg ; 2,6âÚ habitanies.
THEVi DJrji V. Tributar.
treyido. V. Tributo.
trez, s. m, {¥r. ant. írez, v«)a 4e navio)
V. 'Srespanno.
TREza, adj. num/íral dos % <j. [ImI.. (»*«-
'keim] éoze « r$iãís um. KHiçr nQsdcH*'-,
(ant.) persistir u» teima, estai t4i»«si#
TREZEiNA, s. f. O numero tfeití ; Fêí*s Ciui-
tíBUedas tc<ize difts. cocsecutÍYt>s
XREZBNO, A, adj. nnmer. ordv». úimme
terceirOj qae na sítio nu*Derie« sis^gaíiW»
duodeci.nno.
TREZENTOS, AS, adj. nurãcr. Ires vezes
cem. — s, s. f. as avemarias, ou o rosário
da Virgem Maria dobrado. As —s de João
de Moura, coplas d'este poeta hespanliol.
TRIAGA, s. f. (Lat. ihcriaca, do Gr. thé-
riaké, anlidoto, contravenenq, de thér, fora)
composição pbarmaceuticá.
TRiAGUEiao, s. m. p que coínpue triaga.
TKIANGULABO, A, à'fj. a que SO deU 8 fof-
ma triangular.
TiíUHtiufcAR, adj. déçtg. [L^l. írianfju-
laris) da ft riíía de um tíiauguJi©
TRIANGULO, s m. [lãí. irian^uluÂi [^mm )
figura de três lados e tre» íii>)fuj«s : — m-
clangulo, igo€e>ee, eto. ¥, eikm voe«i«-
los.
TRiASO. V. TrienvAç.
TRiAPHARMACO, *. m. (pUarcfl ) ÊaifItiAo
compo.<^to de iiihãígyrio, víu^^ié eaMÍle.
TRiARios, $. m. pi. (lat. <rÍ!N^ «^iàêfi
veteranos d^s legiões tomê«M,. qita èèatíÊ^'
yam a referva ou t«f!t€4#â Unka.
ttíim, (aftt.) V. Tí.íi6tt
Tr)bolo. V. Thnribulo.
TRiB«ACBO, s m. (<io Gr. Irds, !«««, e
brakhys, br«ye) {iué do t«<riro lalijio, ifiMicw
trfs syilahos bre-yes
TRI
TRI
743
TRiBU, s. m. ou f. (Lai. trilins, que os
etymologislas dizem derivar so dadÍTisãoem
Ires 3«»cções qu« do povo roraano fe« Hooju*
lo) dirisão de uraa na;ão. Os — s árabes, —
de Israel. A — de Judá. O povo roíBino foi
dividido ena — 8 urbana» e rti^tieas.
TAiBUkAç.lo, i f. (I.at. trihulati», ònif),
trabalho, perseguição.
TRtBULADe», p. p. V. Atribulado.
TiiBULii, 9. a. (i a{, tfibularê, de iri-
huki, trilho, earroça com que pritaitivam n-
lese debulhava o grão □aeira.jV. ylínèi*-
lar.
TRiDULUO. V. Akrolho.-
trííulo, V. *(kHTibulo.
TftjBUMA. *. f. {úfi tribunal), UigfiT ehysi-'
do no foro de Roma anti^ d'oud9 oe tri-
bnno« fallatft!^ «oê «idadâ^s; h»Uln no
«'urpo da igreja onde p.ssiste alguea) aos offi-
cius divinos; espécie d« pul|ilo d'oude fal-
iam 08 oradores nas assembteas legislati-
vas.
TRIBUNADO, í. »». (Lst íribuHãtHit), di-
ffuidade de tribuno, duração do é«fg>o de
tribuno;
TRIBUNAL, s. m. {i.»l. dtí íri6ufiw.j» ^^~
pecie de pui-pit^ jjJMkifenktf 9í*bre o ^nú
s«coHoe«va a <çád#Pf» curai do4 ffif>u«os,
na antiga lUim* ; aa*», ff^fttlo de magis-
trados que adm^íiili^iaf a justiça }i»rMk4Íc»
ção d'e5tes maUflJWH^bs ; jii^a fwâ is>os«>» ite
magistrados.
TiuBUSATO, ». m. (iat. íriôuiualíw), ear-
go do Iribafk), e duraçôo d«8 fuili^ões.
TRíBtJNO, «. m. [iM. trilíikn^, á^* tribug,
Iribu), magistrado da anúga re^ublií-a ro-
mana ; — do povo, noítteado p^r elle para
o proteger corttra as pfepotencias do sôoa-
do, dos consuli*sc doí^pétfkfòs, — oaiiití^r,
que ex«rcia grandes poderes no exercito.
TRIBUTADO, A, p. f. do tributar; alj.
servido com tributo, dado vm tributo, one-
rado coa> tributos ; otíerecido como tribu-
to, v.g. Tinha-lhe — amkade gratidão.
TRíBUTAL, adj. úm t g. (p. U9 ), obri-
gado a trilMJto, a pensão. Terra, herdai
— . A elte são tributaen. tributários.
TRIBUTAR» V. ã. (friòfito, «r des. iaf ),
impor tribttios, oaeíar coai tributas ; pí^pít
tributo, e ra*is usado, proslar ; t;, g. —
obséquios, adoraçées, g-ralidèo, amizade.
TRIBUTÁRIO, A, odj . (lat, iributaríus],
que p»ga iriimto, obnga4o a ^agar tri buícs
Hei, nação, reino — .
TRiBUTEiRo, s. tft, (anl.), arreeadndor d3
tributos.
TaiBiiTO> s. m. (lat. iriÍJMíw^, de fri-
buo, er«, «<»»», d«r, prestar), impoBlo ^i*e
o povo paga aogov«rno para os gastos pú-
blicos ; páreas de nação a na^, (fíg.) pa-
IjBir — á Daturezft, naorror.
Tiar-AS, s. f. (Lat. tricv, enredos), enre-
das, maranha», trapaça? forens»>s.
TRICANA, .?. f. (tilrezdo Fr. írt>o<, pon-
to d<» meia), l3ia df) carnponeía. mantéo ;
(lig ) a mulher nue traz esto trajo, campo-
nesa.
TRiCRSiHO, A, adj. nunseral ordinal, que
corresponde Bâ seiie no nnmero trinta.
TRiciiiASis, s. f. (o ek sôa k : do tir.
thrix, eabello), (t. med ), iotersèo doséa-
bellinhos das pestanas.
triclínio, s. m. {Lai itridinium, do Gr.
klinein, inclinar, kliné, leito), easa dej.in-
lar com caaiilhas em roda da mesa sobre
que os antigos Uomanos se recostavam ora
sobre um cotovelo, ora sobre o outro em
quanto comião.
TRICOLOR, adj. d09 2 Q. OU
TRíCOLOREO, A, adj. (Lat. trieolor), de
três cores. v. g. A bandeira ^ oa — . i)
íris — .
TiUDENTE. s. 171- (Lat. {tridens, tis), o
«ceptro de ires farpas que os poetas põem
nas màos de Neptuno ; (fig ) o mar, v. ^.
0 — de ^'eptuno, (fig.) o império domai.
TRiOENTiGERo, A, ãdj , (Lat. tridtntiger) ,
(i. pm^.), q»e traz lridw!t«. f. f. Nêfrtii-
■no —
TRtftLO, .«. Pt' (Lat. triduiim), espaço de
três dias; íesta de igreja, cerimOô*a que
dufa iresdiaa.
TRiENNAL, adj. dos 2 g. (Lat. tfiennes),
que vem de tr*ís eni Ires annos. Ofticios,
cargos triennaes.
TiuESNARio, A V, V. Iriêtiat.
TftiRNNíO, s m. (Lat. tritnnium], espa-
ço de três anitos.
TííiETtKRs .» f. (Lat.:lrí€íem.) V. 'Xnen-
nio.
TR1K7EKIC0, A» adj. de três anões, ^ue
compreende tros ânaos
TRiFALCE, adj. dos 2 g. (Lat. vifavx ,
eis), t. poet.), (jae tem ires guelas. O —
ctítbero. Subsl. O — bofrtMido.
TRiFiDO, A, adj. (Lat. irifféus, áe findrt,
ere, iVnder), rpcortàido em três p«ftes ; cu •
ja [wnta é dividida em tcis partas.
TR1F0L?©, s. m. (Lat. trifoHnm), herva
j (jw tem ttes folhas, trevo.
1 TR4#0RME, adj. {L»t. triformi^i) que tefh
i ires f-órttw. A — oabeça de Cerbí^ro. Pn>-
seqiitía — .
I tiHGAíi<;A, s f. (ant.) V. Pt»sm.
TRHJAR, » a. (tlÒLsl triga, carrtMjd t*^
rada por três cavallos de frente] dar pres^,
estimular : — o c«\alio ; — a 8«è jtw^p^ada.
: —SE, <?. r. apres»ar-6e.
TRtGEMlNO, A, ijdj. [Lfli jTfgfawrWMH) tfi-
plo, de Ires parles.
Tfti&EsiHo, A. adj. ordin que Ba serie cor-
respoRée b0 numete itmin.
186 ^
i
IKh
m
§TR1
THiGLTfPHo, s. m. (Lat. tfygliphus, tri
pref. três, e Gr. glyphis, entalhe, rad, gla-
pho, excavar) (arch.) membro de três canaes,
que se repartem no iriso da columna dóri-
ca.
TRIGO, s. m. (I.at. triticufV, de tritam,
sup. de íero, ere, pisar, moer) grão fariná-
ceo que moido serve afazer pão: — mou-
risco, tremez, durazio, etc
TBiGO, A, adj. (do precedente) de trigo.
Farinha — .
TBIGO, A, adj. (V. Trigar) (ant ) animoso.
Estar — , animado. iVão C5íflr — , estar des-
animado.
TRiGONO, A, adj. (astrologia) aggregado
de três signos da mesma natureza.
TRjGoiNOMETRiA, s.f. (Lat., CO Gr. íri pref .
tres, gonia, angulo, melria, sufi.) parte da
mathennatica que ensina a nr.cdir os triângu-
los, planos e esphericos.
TBiGOSAMEKTE, odv. [mente suíf.) (ant.)
com trigança, pressa.
TRiGoso, A, adj. (de trigar^ des. oso) (ant.)
apressado. Vontade — , a de acabar as ccu-
sas depressa.
TRiGUAR. Y. Trigar.
trigueibão, o^A, adj. um tanto triguei-
ro.
TRiGUEiRÃo, s. m nome de um a ave agres-
te vulgar. (Lat. tetrao?)
TRIGUEIRO, A, adj. [âetiigo) pouco bran-
co, tirante a pardo,
TRiLÁTERO, A, odj . (l 8t. íii" pref. trcs, e
lalus, erts, lado) (gecm.) de três lados. Fi-
gvra — , fornada por três recta^.
iRiLiiA, $ /. (de trilhar) trtila, tsrf.fctos
ou v(stigi(s que deixou pessoa, btsta cu car-
ro no caminho por onde pasíou. Seguir a
— dt algvtm, iraj^ós elh , íiguirome^mo
c«mÍLhò, seguir o seu exemplo, imita lo.
Dar na — a oJgvtnit (íig.) desccbrir-lhe
CS intentos, desígnios, e o círuinho queleva
para os conseguir. — , (fig.) cfníirho, car-
reira, norma, doutrina guiadora. — , trilho
de trilhar o grão.
1 RILHADA, s. f. trilha, rasto, \estigio.
TRILHADO, Á, p. p. detiilhar; adj. pisa-
do, calcado, caminhado. íão — na eira. Ca-
minho — . — , frequentado; usado, (om-
mum, trivial: dito, adagio . — , (íig.) ex-
perinLcntado : um — capitão. Corpo de tio~
fo já lum — , exercitado. — , maltratado,
V, g. * ficava o reino -- da pfisspge d'elles
quando entravam (a fas^fr guerra). » Bar-
ros.
iRiLHAUOR, s. m. o que trilha.
7R1LHADIJPA, S.f. a impressão que se faz
trilhando; dejaulha dogião com o trilho
TBii.BAB, t. a. [dolhi. tribulare, debu-
lhar o trigo na eira com a carroça chamada
t ribulãf trilho) pisar com o trilho na eira ;
pisar, calcar * « os elephantes trilharam e
arrebentaram muitos homens. » Cast. — o
linho, pisâ-lo e batê-lo. — um pé, pisâ-lo
andando. — , (fig.) seguir, v.g. — as vias
da virtude. — o termo da vida, andarem
perigo de morrer. « Irilhando na guerra
o natural termo, » (loc. ant.), desprezar a
morte.
TRILHO, s. m. madeiro grosso que os bois
rojão sobre o trigo para o debulhar; ins-
trumento de bater a coalhada para fazer
queijo.
TRiiHOADA, s. f. (provavelmeuts do Lat.
tribula, carroça de debulhar), (ant.) Lavrar
com — , (phr. ant.), intelligencia, duvida
Moraes. E' provável que era ( rado leve.
TRiLiCE, odj. dos 2 g. àe três liços.
TRILINGUE, adj. dês 2, g. de três linguas,
». g. Bocca — .
TRiMENSAL, odj. dos 2g. que se faz, ou
dá cada ires mezes ou nos trimestres.
1R]MAD0, A, p. P' de trinar ; adj. can-
tado trinado. Voz — , que trina.
TRINADO, s. m. (do prcedeme), canto tri-
nado.
TRINAR, V. n. (voz imitativa), fazer com
a voz cadencias, passando no canto de uma
nota á immediata e mais alta na escala mu-
sica ; (t. de astrologia), apparecer o astro
e influir com aspecto trino. — , v. a, ex-
primir Contando; — louvores, versos. — a
ave seusemores, seus queixumes. ,
TRINCA, s.f. (naut.) — sdogurupés, vol-
tas de um ctbo que se \tm fazer fixo no
talhamar. Baruma — , voltas ou reataduras
do cabo, para segurar ou fixar alguma pe-
ça no navio. Pôr a nauá — , pòr-se á — ,
pairar á — , á capa cem a proa ao vento
cem asseias levantadas. — , no jogo da ga-
ratuza, são três cartas do mesmo valor.
TRiFCADEiRA, adj. f. llva — , olho de le-
bre.
TRINCADO, A, p. p. de trincar ; adj. cor-
tado com os dentes, cortado, feito estalar.
— , breado, calafetado. Taboado — . — ,
(fig.) — demalicia, forrado d'ella. — , as-
tuto, dejuizo subtil, expeito. «Oscadincs
e os — s. » Tempo o*Agora. Esta accepção
vem doltal. trincato, sagaz, subtil.
TRiNCAFiADO, A, adj. cosido com trinca -
fio ; (fig.) ordido com ardil.
TRiNGAFio, s. m. fio brauco usado por
sapateiros; (fig.) meio indirecto, astúcia. «.
g. Levar os cousas por — «.
TRiNCAL. V. lineal.
TRiNCALBcz, s. m. Moraes escreve erra-
damente trincalhos. Bluteau diz que nas
ilhas dos Açores e particularmente na de
Flores e Corvo, trincalhaes são sinos.
TRiNCANis, s. m. (do Fr. trinquenir, nas
galés as taboas uais altas do costados), (t.
TUI
Tíil
745
naut.), rego por onde corra a agua no in-
terior do navio ao pó dos embornaes. ^
JV. B. Na ultima ediçào de Moraes vem
ornidamente tricanis,
TRINCAR, «. a. (do lat. trunco, are]j cor-
tar cora 03 dentes, roendo ]v. g. — o peixe
a seòela, roê-la ; (fig.) escapar levando cou-
sa alheia. — a amarra, corta-la.
TRiTSCAR, V. n. estalar, cortado pelos den-
tes: rebentiir, v. g. a amarra. Trincou-
lhe a amarra pela proa. — por uma lingua-
gem, (fig.) cortar, lallar mal.
TRINCHA, s. f. (ant.) trincheira ; ferro
cortante como enxó com que os carpintei-
ros alimJJam buracos no meio das peças dos
carros.
TRINCHA, (do Fr. tranche), apara delga-
da que se corta com trincha ou faca, ta-
lhe ; V. g, -^ de presunto.
TRINCHADO, A, p. p. de triuchar ; adj.
cortado com trincha ou faca de trinchar;
retalhado, acutilado.
TRINCHANTE, s. m, O quo triucha vianda ;
V. g. — mór, official da casa real que trin-
cha o comer.
TRINCHAR, V. a. (Fr. traneher, do Lat,
trans, e seco, are, cortar), cortar o comer
no trincho ou sem elle, v. g. — aves. — ,
em sentido abs., fazer oííicio de trinchan-
te. Trinchar, (t. de alfaiate), dar com a
tesoura cortes na baioha, para que assen-
to bem.
TRiNCHEA. V. Trincheira.
TRINCHEIRA, s. f. (Fr, tranchée), cava ou
vallo aberto com terra levantada para ser-r
vir de parapeUo aos soldados, e defensa ao
campo ou ao exercito siliador. v. g. Abrir
a — , contra praça forte. Forçar as — s do
inimigo.
TRiNCHEiRADO. V. Entrincheirado.
TRiNCHEiRAR. V. Entrincheirar.
TRiNCHEiRiNHA, s. f. diminut. de trin-
cheira.
TRiNCHETE, s. m. diminut.{¥T. tranchei),
faca de sapateiro
TRINCHO, s. m. prato sobre que se trin-
cha o comer ; de ordinário era de páo ; a
parte por onde se trincha facilmente a a\e.
V. g. Saber o — ás viandas. — , escude-
la de páo ; taboa sobre que se põe a coa-
lhada apertada pelo cincho.
TRINCO, s. m. (voz imitativa), estalinho
que se dá com os dedos ; som semelhante
ao d'este estahnho.
TRiNCOLHOs-BRiNCOLHOs, 5. m. pi. brin-
cos de meninos, frandulsgens.
TRINDADE, s. f. (Lat. trinitas, tis), união
de três pessoas, entidades dislinctas em uma
só divindade, mysterio da religião chris-
tã. — s , (fig ) , a hora da tarde em que
nas terras catholicas se rezam asavemarias.
VOL. lY.
tJ. g. Tocar as —s, tocar os sinos três ve-
zes.
TRiNiTARio, A, adj. reiigioso da trinda-
de ; subst. V. g. Os — s, religoisos trinos.
TRINO, A, apj. (Lat. trinus), que consta
de três. v. í/. Aspecto — , (phr. da astrolo-
gia). Os — s, subs os religiosos da trinda-
de.
TRiNOMio, A, adj. de três nomes.
TRINQUE, s. m. cousa do — , nova que
ainda não sérvio. Capa, vestido do — .Viei-
ra. Arte de Furtar.
TRINQUE TA. V. Tranqucia.
TRINTA, adj. num. dos 2g. [hàt. trigin-
ta, Fr. trente, Ital. trenta), três vezes dez,
três dezenas.
TRiNTAiRo, (ant.) V. Trintario.
TRiNTARio, s. m. {trinta, des. ário), exé-
quias qne se faziam trinta dias depois da
morte v. g. Um — de missas, consecuti-
vas, celebradas em diversos dias ou no mes-
mo dia. — cerrado, em que os sacerdotes
diziam orações por algum defunto sem se
apartar do cadáver ; — aberto, durante o
qual os sacerdotes, depois de rezar se re-
tiravam para seu domicilio. ír-se chegan-
do p«ra o trintario , para a mor-
te.
TRINTENA, s. f. (Fr. tríntainc), a trigési-
ma parte.
TRIPA, s. f. (Fr. iripe. Este termo, com-
mum a quasi todas as línguas da europa,
não tem origem conhecida , Court de Gé •
belin o refere ao radical de stringerr. isto
ó a inter, entre, ou intra, dentro. Eu creio
que vem do Gr. trepo, volver, agitar, re-
volver. Os Gregos modernos pronunciam
tripu), intestino, canal intestinal do homem
e dos animaes. tj. (/. Levaras — 5 nas mãos,
ter o ventre roto. Viajar, viverá — forra,
(chulo), á custa alheia. Fazer das —«cora-
ção, fazer das fraquezas forças.
TRiPAGEM, s. f. (des. colloct. agem), to-
das as tripas.
TRiPALHADA, s. f. (dos. collct. alhada),
muitas tripas.
TRiPARTiTO, A, adj. (Lat. tripartitus) ,
dividido em três partes.
TRIPÉ, s. m. (Fr. tripé), nome de um es-
toffo.
TRipFÇA, s. f. (Lat. tripus, odis). assen-
to de três pés, de páo ou ferro.
TRIPEIRA, s. f. mulher que vende tripa.
TRiPEíRO, s. m. homem que vende tripas
homem que vive principalmente de tripas.
TRiPETREPE, ãdv. pó auto pó, de mansi-
nho.
TRiPHTHONGO OU TRiTONGO, como do Or-
dinário se pronuncia [e escreve (Lat. tri~
phthongus, do Gr. tri, perf., e phthengo-
mia, soar), três vogaes seguidas pronuncia-
187
746
TRl
TRI
das de um só jacto de voz ; v. g. em Por-
tuguez feiOf baio, raio.
TJRiPLE, adj. dos t g triplica, triplicado,
composto de três.
TRIPLICADO, A, ttdj . (Lat. tripHcatus, tri
pref., e plicatus, dobrado), tresdobrado ; p.
p..sup. de Triplicar.
TRIPLICAR, V. a. tresbordar ; (fig.) mul-
tiplicar.
tríplice, ad; dos 2 g,{L9it. triplex^cis),
tresdobrado.
TRiPLiciDADE, $. f. (Lat. tripUcitas, tis),
aspecto trino , na astrologia ; o ser tri-
plo.
TRiPÓ, s. m. (Lat. tripus, odis), tripeça
com assento de coiro ; consta de um peda-
ço de coiro triangular pregado em três pés
iguaes que lhe servem de pés.
TRiPODA, s. m, ou f. V. Tripode.
TRipoDE, s. f. (Lat. tripus, odis], tripe-
Ça ; em que se assentavam as sacerdotizas
para dar as respostas aos oráculos; vaso
antigo precioso com três pés.
TRiPODO, A, adj. da feição de tripode ;
« as aras — s. » Elegiad.
TRipOLAçÃo, s. /". (V. Tripolar), esquipa-
ção de marinheiros.
tripolado , A , p. p. de tripolar ; adj.
provido de Iripolação.
TRIPOLAR, V. a. (talvez do Fr. ant. trou-
fe/e, tropa, multidão), prover de tripolação,
esquipar ; — os navios.
TRIPOLI, (geogr.) o mais oriental dos Es-
tados-Barbarescos, entre o Egypto a E., o
estado de Tunis a 0., o deserto de Fez-
zan ao S, ; 1,500,000 habitantes. Capital
Tripoli.
TRIPUDIADO, A, p, p. do tripudiar; adj.
Baile, daasa — .
TRiPUDiANTE, ttdj. dos 2. g. (Lat. tripu-
dians, tis, p. a. de tripudio , are], que
tripudia.
TRIPUDIAR, V. n. (Lat. tripudio, are),
bailar batendo com os pés e dando sapa-
teadas.
thipudio, 8. m. (Lar. tripudium), baile,
dansa sapateada.
TRiQUERAL, s. m. (Fr. triqueballe), ma-
china de transportar peças de artilharia.
TRiQUESTROQUEs, s.m.pl.{t. chulo), tro-
cados de palavras, períodos de som seme-
■ Ihante.
TRiQUETE, s. w, (t. chulo). A cada — ,
a cada passo.
TRiQUETRAz. V, Traquiiias.
TRiREGNo, s. m. O seuhorio de três rei-
nos, de três coroas.
THiREME, s. f. (Lat. triremis], galé ou
navio de três ordens de remos usado pelos
Romanos, e outras nações antigas.
TBis, s. m. (voz imitativa do som de vi-
dro quebrado), (t. chulo). í?. ^í. Escapou por
um — , por um nada.
TRisAGio, s. m. (Lat. trisagium, do Gr.
tri, pref., e haghios, santo], hymno qne
se canta na Igreja grega, hymno á -trinda-
de, em que se repete trez vezes santo.
TRiSAGO, s. m, carvalhinha, planta.
TRISAVÔ. V. Tresavô.
TRISAVÔ. V. Iresavó.
TRisCA, s. f. (p. us.) rixa, briga.
TRiscAR, V. n. (do Gr. tyrkhô, quebrar)
ter briga com alguein ; enredar.
TRiSMEGiSTO, adj. m. (Lat. trimegistus, do
Gr. iris, três, meghitos, superl , máximo,
muito grande) três vezes máximo. Mercúrio
— , Hermes — .
TiusNETO V. Tresneto.
TRissYLLABO, A, ttdj. quc tem três sylla-
bas. Palavra — .
TRISTE, adj. dos2g. {tat. iristis. que al-
guns dizem ser formado de ater, lúgubre.
Court de Gébelin o deriva do Céltico tru, si-
nistro, funesto. Nós cremos que vem do Gr.
teirô, aííligir, atormentar) desconsolado, pe-
nalisado, aíílicto. O animo, o semblante — .
— , desgraçado, infeliz. — de mim 10 —
de mim , s. As — s , horas de estudo na
universidade de Coimbra. Os — s, anneis que
as mulheres traziam em torno da cabeça.
TRiSTEGA, s. f. (ant.) a parte superior de
casa de três andares, aguas furtadas.
TRISTEMENTE, adv. [meutc suíT.) com tris-
teza.
TRISTEZA, s. f. ([ at. tristitia) estado tris-
te do animo, magoa, aítlicção, pena. Tomar
— de alguma cousa. Tomar a — posse dos
ânimos. Éntregar-se á — .
SYN. comp. Iristeza , tristura. Ambas
estas palavras são o contrario |de alegria^
com tudo, pela variedade das terminações,
tristeza exprime a qualidade que faz o ho-
mem triste, ou a paixão, ou estado a que
damos este nome ; e tristura parace refe-
rir-se mais propriamente aos eíTeitos d'esta
paixro, e ás mostras que ordinariamente se
notam na pessoa triste.
TRISTEMENTE, adv. supcrl. de tristemen-
te.
tristíssimo, a, adj. superl. de triste.
TRISTONHO, A, adj. dc semblante triste.
Lugar — , tétrico, que inspira tristeza.
TRISTURA, s. f. (ant.) tristeza.
trisulco, A, adj (Lat. trisulcus] de três
pontas. O — raio. A — língua, de serpen-
te.
TPisYLLABO. T. Trissylabo.
TRITÃO, s. m. (Lat. eGr. triton) (myth.)
monstro marinho meio homem meio pei-
xe.
TRiTONGO. V. Triphthongo.
TRiTONO, s. m. (mus.) intervallo dissonan-
TRI
lao
747
le composto de três tons, e que consiste na
razão oe 45 para ;i2.
TRITURA, s. f. (Lat ) V. Trituração.
TRiTURAtio. s. f. o acto tlo triturar ; o
estado do corpo triturado.
TRITURADO, A, p.f. do triturar ; arf/. pi-
sado, moldo em pó.
TRiTUBAR, tj. tt. (Lat. íníMfO, are) redu-
zir a pó, moer, pulverisar.
TRUMpnADO, A,/j. p. detriumphar ; adj.
quo triumphou. Cousa — , (p. us.) de quese
alcançou triumpho.
TRiLMPOADOR, s. m. O que alcançou vi-
ctorias e obteve as honras do triumpho. Co-
sar — da Africa, do Egypto e das Galhas — . ,
adj. que triumphou, venceu, obteve victo-
ria, viclorioso.
TRiuMPHAL, adj. dostg [LdX. triumpha^
lis] próprio do triumpho , que serviu ao
triumpho. Coroa, carroça, carro, arco — ;
viclorioso • armas triumphaes. Ileroe — ,
victorioso, que triumphou.
TiuuMPHALMENTE, ttdv. [mente suff.) em
triumpho em modo de triumpho ; de modo a
merecer honras de triuraphador.
TRiUHPHANTE, adj dos 2 Q. [Idit. tríum-
j)hans, tis) que triumpha, victorioso, trium-
phal. A parte — da carroça, onle vai o
triumphador.
TRiuMpHAR, V. íi. (Lat. triumpho, are,
do Gr. thríambos, de thrion, folha, e am-
bainó, cingir) receber as honras do trium-
pho, a coroa triumphal, etc, por victoria
decisiva alcançada sobre o inimigo, v. g.
triumphou dos Parthos, das Galhas ; conse-
guir victoria total. Amor triumpha dos co-
rações ; (fig.) gloriar-se, exultar por ter con-
seguido a empresa tentada. — , v. a. (p.
us.) fazer triumpha nte, glorioso: « aquelles
a quem um valor heróico triumphou, » fez
triumphar. — fama ao autor, afamar. « —
a vida com prazeres. » Eufr. — se, v. r. (ant.)
fazer-se triumphante, vencer, gloriar-se.
TRIUMPHO, s. m. (Lat. triumphus. V.
Triumphar) honra que se concedia aos ge-
neraes romanos que alcançavam victoria de-
cisiva do inimigo, ou que subjugavam uma
nação. Eram levados em carro magnifico,
ornados de coroa de louro, ao Capitólio, e
diante do carro iam presos os reis ou chefes
vencidos, etc. — , (fig.) victoria grande dos
iuimigos, na guerra, ou do adversário ; ven-
cimento das paixões.
TRIUMPHO, (geogr.) villa da província de
São Pedro do Rio Grande, no Brazil, na mar-
gem esquerda do rio Taquari e perto do seu
confluente cjm o Jacuhi, 12 léguas ao poen-
te da cidade de Porto- Alegre ; 3.462 habi-
tantes.
TRiuMPHoso, A, adj. (des. oto) triumphan-
te, cheio de triumpho.
TRiuMviR ou TRiuHviHo, s. m. (Lat. írium-
vir) membro dqtriumvirato.
TRiuaviRAL, adj. dos 2 g. (Lat. trium-
viralis) pertencente ao triumvirato.
TRiUMviRATO, (hist.) juuta suprcma de
três magistrados, na antiga republica roma-
na. O — , os três usurpadores que se apode-
raram da autoridade suprema em Roma. O
— dos padres gregos, os três maiores entre
os padres gregos.
TRIUNFAR. V. Triumphar, etc.
TRIVIAL, adj. dos l g. (Lat. trivialis, de
trivium, lugar onde se encontram três ruas)
commum, vulgar, corriqueiro, sabido de to-
dos. Expressões iriviaes, baixas.
Syn. comp. Trivial, vulgar, familiar.
O estylo elevado, oratório e poético rejei-
tam tudo que ó trivial, vulgar, familiar;
mas nem por isso se devem ter em igual
conta estas três espécies de pensamentos ou
de expressões, que entre si muito differem,
e é mister não confundir.
Chama-se familiar o que tem relação com
a familia ou se usa em familiaridade, e em
litteratura se pôde chamar commum, por-
que é conhecido de todos, e nada tem de
novidade. Se um pensamento ou uma ex-
pressão não só é familiar, mas é commum
ao ponto de andar na boca do vulgo, é
vulgar ; e se entre o vulgo mesmo for tão
trilhada que cora frequência a repitam ain-
da os mais ignorantes, chega a ser o que
se chama trivial.
O familiar é ameno, engraçado, elegan-
te, correcto, e pôde ter certa sublimidade
que lhe é própria ; o vulgar, e ainda mais
o trivial, é grosseiro, insípido, por vezes
indecente ou estulto, e dista tanto do fa-
miliar, quanto o familiar dista do eloquen-
te e grandiloco.
TRIVIALIDADE, s. /. O ser trivial ; baixeza,
v. g. — de um pensamento, das expressões.
TRiviALisADO, A, p. p. do trivialisar ; adj.
vulgarisado, feito trivial.
TRiviAUSAR, V. a, fazer trivial, vulgari-
sar á plebe : — os segredos doestado.
TRiviALissiMO, A, ttdj . supcrl. de trivial.
TRIVIALMENTE, adv, [mente suff ) com tri-
vialidade, vulgarmente, dj modo trivial.
TRivio, s. m. (Lat. trivium] flugar onde
se encontram três ruas o a caminhos, ou on-
de se dividem.
TRivuDAR. V. Tributar.
TROADA. V. Atroada.
TROADOR. V. Atroador.
T RO ANTE, adj. dos 2 g. V. Tonante.
TROAR, o. o. V. Atroar.
TROAR, V. n. V. Trovejar.
TROCA, s. f. (Fr. troe) o acto de trocar,
permutar uma cousa por outra equivalente;
mudança, emenda de hábitos, devida.
187 .
I
748
TRO
TRO
TROCADAMENTE, adt). {mente suff.) com in-
versão. Usar as letras — ; reciprocamente,
mutuamente.
TROCADILHO, s. m. iuversão, troca de pa-
lavras.
TROCADO, A, p. p. de trocar; adj. per-
mutado ; investido , substituido. Amor — ,
mutuo, reciproco. — , (p. us.) mudado. « Tão
— de quem eras. » Lobo. Olhos — s, do
vesgo.
TROCADOR, A, s. pessoaquo troca, permu-
ta, V. g. — de dinheiro, papel moeda, b3s-
tas; adj. que troca.
TROCADOS, s. m. pi. — de palavras, in-
versão.
TROCA», V. a. (Fr. írogwer, Ingl. eAnglo-
Sax. truck) permutar, dar uma cousa por
outra, V. g. — dinheiro, dando o equiva-
lente em peças miúdas. Troquei o cavailo
por uma égua. Não me troco por ti, istoé,
julgo valer mais qae tu, ou não quizera ser
o que tu és. — , substituir, v. g.trocaram-
me o chapéu, a capa. — . inverter a ordem,
ou o sentido, v. g. — as palavras, ou sub-
stituir outras em lugar das próprias. — o
nome, mudar, tomar outro nome. — os cos-
tumes, mudar. O tempo — a face das cou-
sas. — as pernas, dansando, cruzá-las.
TROCAS-BALDROCAS, S. f.pl. (chulo) trOCaS,
barganhas,
TROCAVEL, adj. dos%g.[àQS.atel) que se
podo trocar.
TROCER. V. Torcer, etc.
TROCHA, s.f. (ant.) caminho torcido, des-
viado, atalho. E' corrupção de torcer.
TROCHADO, A, p. p. de trochar ; adj. Cano
de espingarda — , forte, reforçado.
TROCHAR, V. a. (cremos que vera do Fr.
tors, torcido) torcer e reforçar o cano de es-
pingarda.
' TROCíiENociiE^ adv. (chulo) A — , confu-
samente,
TROCHEO. adj, (o eh sôa k : Lat. trochaus,
do Gr. trêkhò, correr, e trôkhos, corrida) pé
de verso grego e latino composto de uma
syilaba longa e outra breve. Pó — .
TROCnisco, s. m. (Lat. trochicus, do Gr.
irúkhô, cortar) (pharm.) pastilha, ou roU-
nho de massa medicinal.
TRôciio, s. m. (do Fr. ant, trance, tronco,
toro) bordão, pedaço de pao tosco,
TROCHOELA, s. f. (prov.) bacaUiau, pei-
xe.
TROCiFAL ou TuRCiFAL, (geogr.) povoação
de Portugal, situada quasi 7 léguas ao N.
de Lisboa e a meia legaa de Torres-Vedras,
1,780 habitantes.
TROCisco. V. Trochisco.
TROCO, s. m. (de trocar] (ant ) troca, v.
g. — de prisioneiros. — , peças miúdas de
moeda que se dão por peça de maior valor.
A — de, em troca, em compensação. Dei-
xamse illudir a — de boas promessas.
TROÇO, s. m. (do Fr. ant. tronce, tronco
de arvore) pau tosco e roliço, toro ; pau qua-
drado ; peça em que se formam os degráos
de escada de escalar muros. Escada de três
troços. — , (milit.J parte, porção de ura cor-
po de tropa. Um — de cavallaria, do exer-
cito ; — da armada ; de gente, povo. A — s,
com interrupções.
TROCULO. V. Torculo.
TROFA, s. f. (t. da I*eira) capa de junco
contra a chuva.
tRoféo. V. Trophéo.
TROGALHO, s. m. (plob.) peça com que sq
ata.
TROGLODITAS, s.m. pi. (os etjmologistas
o derivam do Gr. troklé, caverna, e dynô,
penetrar, que habita cavernas. Eu creio que
vem de trógô, comer, e lótôs, que vive de
lotos) povos antigos daEthiopia.
TROu, s. m. jogo antigo, hoje chamado
canas.
troia' (geogr.) capital da Troade e de
toda a Tróia, no reverso do Ida, e sepa-
rado do mar uma planície.
SOBRANOS DE TRÓIA.
Scamandro, antes de Jesu-Christo 1614
Tancer .. .. .. .. .. 1590
Derdano 1568
Eurichfonio 1539
Tros .. .. 146a
lio 1403
Laomedon .. .... .. 1347
Priamo 1311-1270
trolha, s f. (Fr. truelle, d'onde é deri-
vado o Ingl. troivel, que Moraes dá como ra-
dical, ambos do Lai. trulla) pá que os pe-
dreiros tem na mão esquerda com a cal amas-
sada de que se vão servindo.
trolho, s. m. (ant.) medida provincial de
grãos que leva meio selamim.
TROM, í. m. (do Lat. tonitru, trovão, voí
imitativa) machina bellica de atirar pedras;
o som dos canhões; peça de artilharia. «A
bombarda lhe chamaram — . » Barros ,
Gram.
TROMBA, s. f. (Fr. trompe, do Lat. trum-
pa. V. Trombeta) trombeta — do elephan-
te, proboscis, prolongsçãoouca, muscular e
flexível terminada por uma espécie de dedo
com que o animal toma corpos = pequenos ;
com a tromba sorve líquidos e leva á boca
o alimento; com elli abraça, levanta e ar-
remessa corpos pesados.
TRO
TRO
749
A definição que dá Moraes da tromba do
elephanle é curiosa, e para recreio do leitor
vou transcrevê-la : « o nariz do elefante lon-
go como uma cana muito grossa. » — da
chaminé, cano por onde saho o fumo. Fa-
xer — a alguém, má cara. —s, (naut ) tron-
coi com muitas raizes que se encontram na
paragem das iíhas do Tristão da Cunha. Pi-
mentel. — s, {aut ) diz o Elucidário que pa-
rece ser insígnia como maças quo se con-
servam em algumas collegiadas. Kós incli-
namo-nos a crer com Moraes que eram trom-
pas, instrumentos musicoj.
TROMBA, adj. f. Abobra — , quo tem a
forma de tromba.
TROMBA, (geogr.) serra do Brazil, na pro-
víncia da Bahia, na distancia do 8 léguas
ao NE. davilla do Rio de Contas.
TROMBÃO, s. m. augment. de tromba ,
trombeta grande ; o som d'ella ; trombeta
grande que se alonga e encolhe.
TROMBEJAR, t). 11. dar pancada, golpe com
a tromba ou focinho ; fazer carrancas.
TROMBETA, s. /". (Fr. trompetc, Ital. írom-
ha, trombelía, do rad. imitativo írom, eGr.
boaò, resoar, fazer estrondo) instrumento
musico, bellico, metallico, e de sopro, for-
mado de um cano retorcido e terminado por
bocca campanuda. Dar á ou ás — , para
fazer marchar a cavallaria, ou investir com
o inimigo. Tremer antes da — , antes de
ella soar, antes do perigo. — bastarda, que
tem o cano mais estreito, e dá som mais
agudo. — marinha , instrumento musico
triangular ou redondo da forma pyramidal,
de quatro ou cinco pés de alto, com cava-
lete a modo de rabecão e uma só corda gros-
sa, que ferida com arco dá um som seme-
lhante ao da trombeta. Tocar — . Podar a — ,
é deixar na cepa velha a vara do vinho, e
diante um terçào. — , s.m. o homem quo
toca trombeta nos regimentos de cavallaria,
trombeteiro.
Era mancebo grande negro e feio
Trombeta de seu pai e seu correio.
Camões, Lus.
TROMBETKiRA, s. f. tocadora de trombe-
ta.
TROMBEiEiROj s. 1». tocador de trombe-
ta.
TROMBETiNHA, s. f. dimínut. de trombe-
ta, trombeta pequena.
TROMBONE, *. m. (Uai.) trombeta grande
que se alonga e encolhe.
TROMBONio, s. w. especio de narcizo, plan-
ta.
TROMBUDO, A, ãdj , {ifombâ, des. udo) que
tem tromba ; (íig.) carrancudo.
tOL. IV,
TROMPA, s. f. instrumento musico de so-
pro maior que a trombeta bellica o mais so-
norosa; usada em orchestras.
TROMPETA. V. Trombtla.
TRONANTE. V. Atroante^ Atroador.
TRONAR. V. Trovejar.
TRONCADAMENTE, ttdv. {mente suff.) do um
modo troncado
TRONCADO, A, p p. de troncar ; adj, cor-
tado do tronco. Ossos, membros — s. Pa-
lavras — s.
TRONCAR, V. a. (Lat. trunco, are. Gr.
trukhô, cortar, romper, quebrar ; do trans,
esecare, cortar) cortar do tronco, v. g. —
os membros do corpo, os ramos da arvore ;
— a cabeça. — vidas, (fig ) matar. — as
pal.ivras, os períodos, tirai alguma parte.
— a historia, não a acabar, omitlir algu-
ma parte d'ella.
TRONCAssiA, s. f. dircito que se paga ao
tron ]ueiro-mór, de peixe pescado nos do-
mmgos e dias santos.
TRONCHADO. A, p. p. dtí tronchar ; cor-
tado rente, feito troncho, troncado.
TRONCHAR, V. a. (Lat. truncare, Fr. ant.
tronce, tronco, troncer, troncar) cortar ren-
te, fazer troncho ; cortar as orelhas, v. g.
a cães.
TRONCHO, A, adj. cortado rente, tronca-
do. Cão — , que tem as orelhas corta-
das.
TRONCHO, s. m. (do precedente) o mem-
bro ou peça que se cortou do tronco.
TRONCHUDO, A, adj. (dts. udo) Aq gran-
des e grossos talos. Couve — , que tem os
talos grossos e poucas folhas.
TRONCO, s. ni. (Lat. truncus, Aq trunca-
re, troncar) aparte da arvore que flca entre
a raiz e a rama ; cepo, (fig.) pessoa estúpi-
da, insensível. — do corpo humano, ©cor-
po, sem comprehender a cabeça nem as ex-
tremidades, os braços, coxas e pernas. — de
geração, a pessoa d'ond8 ella procedeu, em
quem começou a nobreza da Imhagem, da
arvore genealógica. — , cepo com olhos on-
de se prende o pé cu o pescoço : cárcere,
cadeia com grades ; (fig. e ant.) prisão, obri-
gação.
TRONCO, A, adj. troncado, descabeçado,
mutilado.
TRONEiRA, s. f. V. Bombardeira.
TRONO. V. Throno.
TRONQUEiRO, s. w». guarda do tronco (pri-
são, cadeia) carcereiro.
TROPA, s. f. (Fr. troupe, do Lat. turba,
multidão) companhia de cavallaria ; nume-
ro considerável de soldados de qualquer ar-
ma.— s, gente de guerra, exércitos. £m — ,
em formatura militar-, por companhias ,
batalhões, esquadrões. Marchar em tro-
pa.
Ib8
750
TRO
TRO
TROPEAR, erro por trapear, o navio. V.
Jrapear,
TROPEç AMENTO, s. m. [mento suíT.) acto
de tropeçar.
TROPEÇÃO, s. m. augment. de tropeço,
grande tropeço. Dar um — , tropeçar.
TROPEÇAR, V, n. (do Fr. trébucher] esbar-
rar, toj)ar em corpo que nos faz vacillar e
expõe a cahir. Tropeçou em um tronco de
arvore. — , (fig.) commetter erro Moraes
ou o seu additador termina o artigo dizen-
do : « àlias torpeçar, de torpeço, Lat,, » ety-
naologia absurda, e por conseguinte errada
orthographia.
TROPEÇO, s. m. cousa etu que se trope-
ça ; (íig.) obstáculo, embaraço. Pôr —s á
empresa, á victoria. — s da memoria, em
baraços causados por falta d'ella. Pedra de
— , cousa que obsta, estorva o consegui-
mento de algum negocio ou empresa.
TROPEÇUDO, A, ãdj . (chul.) sujcíto a tro-
poçar, por fraqueza ou velhice.
TRÔPEGO, A, adj. (de tropeçar) que não
tem o uso livre dos membros. — das pernas,
da língua.
TRÔPEGO, TRÓPICO, ant. cerrada orth, por
hydropicO.
TROPEIRO, s. m. homem que viaja cem
cavalgaduras de carga, recoveiro.
TROPEL, s. m. (Fr. ant., do Lat. turba)
multidão tumultuosa de gente ; o estrondo
que fazem com os pés. De — , acÍD. em tro-
pa, tumultuariamente. — , (fig.) montão,
grande numero, quantidade, v. g. um —
de males, penas, necessidades, calamidades,
nomes.
TROPELIA, s. /". desordem, tumulto que
faz gente em tropel. As —s do mundo, (ant.)
revezes.
TROPEziA, erro ant. e vulg. porhydropi-
sia .
TROPoÉo, s. m. (Lat. trophoeum, do Gr.
tropaion, despojo do inimigo suspendido a
uma arvore : de trepo, derrotar) primitiva-
mente era uma arvore desgalnados os ra-
mos, e penduradas nellesas armas, bandei-
ras e despojos tomados ao inimigo ; armas,
despojos do inimigo, monumento em que se
expõe as bandeiras e armas do inimigo. — ,
(6g.) victoria, triumpho. « Theatro de seus
— s. » Vieira.
TROPiCAR, V. n. (V. Tropeçar) tropeçar a
miúdo. Este burro trópica.
TROPICAL, adj. dos ^Ig. dos trópicos, si-
tuado debaixo dos trópicos. Regiões, plan-
tas tropicaes.
TRÓPICO, s.m. (Lat. tropicus^ do Gr. tre-
po, voltar). Os — s são dois circulos imagi-
nários parallelos ao equador , e afastadOg
i
d'elle de23 2 gráos, que é o termo ou li-
mite atá onde o sol se aparta lios dois sol-
sticios. O — do Câncer ou sei^tentrional : o
do Capricórnio ou meridional, O primeiro
corresponde ao solsticio estival, e o segundo.
ao hyemal.
THÓPiGO. V. Trôpego.
Tropo, s. m. (Lat. tropos, do Gr. trépò^
virar, volver) uso translato ou figurado que
se dá a uma palavra.
TROPOLOGiA, s. f. [trópo , /o^ífl suíT.) dis-
curso moral allegoric(\ figurado todo.
TROPOLOGico, A, adj. figurativo. Interpre-
tação — .
TROQUEZ. V, Torquez.
TROSQUíA. V. Tosquia.
TROSQUIAR. V. Tosquiar.
TRosso, s. m. (do Fr. ant. Irose, tropa,
multidão) forção de gente. Marinheiro do
— ou do terço de trezentos alistados para
o serviço da armada real.
TROTADO, A, p. p. de trotar ; adj. que
trotou; meltido a trote. Cavallo — . Tinha
— dez léguas.
TROTÃo, s. m. cavallo que anda de tro-
te.
TROTAR, v.a. {trote, ar des. inf ) metter
de trote : — o cavallo. — , v. n. andar de
trote. Os cavallos inglezes trotam bem. — ,
(fig.) andar de corrida.
TROTE, s. m. (Fr. trot, voz imitativa) an-
dadura natural do cavallo entre o passo e
o galope,
TROTEiRO, A, aá/. quc anda do troto. Ca-
vallo — , s. trotão, corredor, homem que
anda apressado.
TROTO. V. Trote.
tROUciar, (ant.) V. Passar, Exceder,
tROUfer, por Trouxer.
tROUsar. V. Taxar.
tROuver, por Trouxer. .
TROUXA, s. f. (do Fr. trousse, trousseau)
roupa, fato envolto, embrulhado. — s de
ovos, doce de ovos seccos feitos em canudos.
TROUXEL, s. m. fardo. O Elucidário diz
que é dim. de trouxa.
TROUxiNHA, s. f. diminut. de trouxa, pe-
quena trouxa, embrulho,
TROTA, s. f. (do Fr. trouvère, trovador)
composição em vulgar. — s, composições poé-
ticas pouco polidas.
TROVADO, A, p. p. de trovar ; adj. expos-
to, cantado em trovas.
TROVABOR, A, s. {¥ r . trohadour) autor de
trovas, o que compõe trovas.
TROVÃO, s. m. (alterado do Lat. tonitru)
estampido que faz no ar a explosão da ele-
ctricidade atmospherica. Os trovõe.f da ar-
tilharia. Teu pai foi um — de pataratas. Bo-
cage.
TROVAR, V. n. (Fr. ant. trover ou troveir,
inventar) compor trovas.
TIllI
TUA
751
TROVAR, ant., erro. Y. Torrar.
TROVEJAR, V. n. [trovão, ejar des ) haver
trovões, soar o trovão. — , (poet.) lançar o
trovão ou trovões Júpiter — .
TROviNiiA, s f. diminui, de trova.
TROvisCADA, s. f. trovisco p'sado que se
lança nos rios para matar o pei.xe V. En-
trociscada.
TROVISCAL, (geogr.) povoação de Portugal,
no concelho de Hecardaens, 1,000 habitan-
tes Ha outra no conselho da Certãa ; l,3i0
habitantes.
TROVISCO, s. f. (talvez do' Gr. órós, leite
claro, sueco lácteo das arvores ; ataõ, fe-
rir, otTender, e iskhys, força) arbusto vul-
gar que tem um sueco leitoso e amargo ;
lança-se pisado nos rios, para matar o pei-
xe.
TROviSQUEiRA, s. f. V. Trovisco.
TROVOADA, s. f. [trovão, des. ada) multi-
dão de trovões; (fig.) grande estrondo, v.g.
— de liros, buzinas, vozes, gritaria, motim.
trovoar. V. Trotejar.
TRUANAZ, s. m. augment. de truão.
TRUAiVEAR, V. n. [truão, ar des. inf.),
fazer truão.
TRUNiA, s. f. (V. Truão), embustes su-
persticiosos.
TRUANiCE, s f. (des. ice), dito, momices
de truão ; impostura^ embuste.
TRUÃO, s. m. (Fr, truand), bobo, cho-
carreiro ; embusteiro, impOí-tor. (Pi. ant.).
Truáes, hoje Truões.
TRUARiA. V. Truania.
TRUCAR, V. n. (de truco ou truqxhe, jo-
go, ar des. inf.), no jogo do truque, en-
vidar : V. g — de falso, sem ter jogo,
para intimidar o contrario ; (fig.) osten-
tar u que se não possue, blazonar.
TRUCIDAR, v. a. (Lat. irucidere), (p. us.j,
malar cruelmente.
TRUCo. V. Truque.
TRUCULÊNCIA, s. f. (Lat. truculentia],
crueldade ferina, ferocidade.
TRUCULENTO, A, adj . (Lat. truculentus) ,
TRUFA. V. Trunfa.
TRUFARiA, s. f. (aut.), escameo, mofa,
zombaria.
TRUFAR, c. n. (do Ital. trujfare), (ant.),
mofar, zombar, escarnecer.
TRUGiMÁo, s. m. (do Arab. ou Chald.
torgeman. interprete e directamente do Fr.
truchement], interpetre, o língua, falante.
TRunÃo. V. Truão.
TRuiTA. V. Truta.
TRUMÓ, s. m. (Fr. trumeau). V. Tremo.
TRUNCADAMENTE. V. Troncadamente,
TRUNCADO. V. Troncado.
TRUNCAR, é conforme ao Lat. truncare,
mas de truncas fizemos tronco. V. Tron-
car, etc.
TRUNFA, s. f. turbante, touca mourisca,
antigamente toucado de damas; v. g. —
de cabello, porção do cabello comprido para
formar trança.
TRUNFO, s. m. (Fr. triomphe), naipe íjue
em certos jogos ganha aos outros naipes,
e que é indicado pela j carta que descobre
na mesa quem as distribuo aos parceiros ,
jogo em que se levanta o trunfo ou carta
cujo metal deve predominar.
truOes ou TRUÃES, fl. do truão.
TRupiRAR, (ant.), V. Estrepitar.
TRUQUE, s. m. ;ogo de três cartas entro
dois ou quatro parceiros ; jogo de bolas
vulgarmente de taco ; — de pé, jogo seme-
lhante ao do aro, e no qual. não se abai-
xa quem joga. Fazer — , metter bola pela
ventilha do bilhar. — alto, é deitar a joia
do parceiro por cima das bordas ou varan-
das da mesa de bilhar. « Chamam-lhe os
mestre d'aríe — s altos. » JNicol. Tolent.
TRTJSQUIAR OU TROSQUIAR. V. Tosquiav.
TRUTA, s. f. (Fr. truité], peixe de rio mui-
to saboroso que vive nas laliscas dos pene-
dos. « fido se comem — s a barbas enxu-
tas, » adagio que equivale a : não se goza
sem trabalho o que bem sabe.
TRUTESCO, vem em Moraes por grotesco
ou brutescOf E' erro dos transcriptores de
manuscriptos antigos : í por g ou- b.
TRUTiFERO, A, adj. que cria trutas. v.g.
Rio —.
TRUZ, interj. voz imitativa de corpo que
cae e dá baque ao som cheio e forte.
TU, (Lat. tu, Sanscrit. tuam, Coptico ou
nthot m., ntho f., que me parece forma-
do de thohem, chamar), pronome da segun-
da pessoa (como denominam os grammati-
cos), de que usamos fallando a outra pes-
soa dirigiodo-lhe pergunta , ou aííirmando
d'ella alguma cousa, v. g. queres — ^? —
fazes, queres, amas.
TU, s. m. outro — , pessoa semelhante
a ti ; a expressão de — , o tratar por — a
outra pessoa, signal de familiaridade, v.g.
Tratar por — .
N. B. Usamos de tu codj pessoa fami-
har, amigo ou amada ; a mulher para com
marido, e ambos fallando aos filhos ou aos
criados. Também invocando o Deus usamos
de tu.
TUA, desinência femenina de teu.
TUA, (geogr.) rio de Portugal, que nasce
na serra de Cabrera, província de Valladolid,
e havendo recebido alguns aííluentes, entra
em Trás-os-Montes 2 léguas ao S. de Vi-
nhaes, com o nome de Tuela ; unem-se-lhe
pela esquerda-o Baceiro, e pela direita o cau-
daloso Rabaçal eo ttagua, que correm da
Galliza, e reunidos pouco abaixo de Yal-
de-Telhas, tomam o nome de Tua, haven-
188 «
"tb^
ÍL'F
ILM
do antes, pelo seu curso parallclo, forma-
do uma espécie de península que se. deno-
mina Terra daLonciba.
TUACA, s. f. (t. Asiat.), espécie de vinho
da '"Ásia. Barros.
TUBA, s, f. (Lat iuha Creio q-ae (5 for-
mado de intus, dentro, e hoo^ mugir, dar
som forte. Court de Gébelin o os maisety-
mologistas nada dizem que satisfaça), (t.
poet.), trombeta; (íig.) estylo épico.
TÚBARA, s. /".(Lat. í«6er)i substancia ve-
getal que nasce debaixo da terra sem rai-
zes, folhas nem órgãos sexuaes ; testículos
de [carneiro.
TUBARÃO, 5. m, peixe hxoso e mui voraz;
tem duas ordens de dentes.
TUBARÃO, (geogr.) rio do Brazil, na pro-
víncia de Santa Catharina, eppeUidado an-
tigamente rio da Laguna, nome que mudou
no de Tubarão.
TUBA ROSA. V. Inberosa.
TÚBERA. V. lúbara.
TuBERÃo. V. Tubarão.
Tubérculo, s. m. (Lat. tuberculum),iii-
mor pequeno que vem ao bofe e causa
phtisica.
TUBERCULOSO, A, adj . [áes. oso), que tem
tubérculos. Planta — , cujas raízes sãôbul-
bosas, semelhantes a túbaras.
TUBEROSA, s. f. (Fr. tubéreuse), angéli-
ca, flor que nasce de um tubérculo, plan-
ta bulbosa.
TUBEROSO, A, adj. (t. bot.), bulboso. v.
g. Plantas — s, que brotam de raiz seme-
lhante a uma túbara.
TUBO, s. m. (Lat. tubus ; mesmo rad. que
tuba], canudo : — óptico, óculo de ver ao
longe, telescópio.
TúçARO, (obsol.) V. Hórrido, Cruel. E'
provavelmente corrupção do Lat, írua?, eis,
ferino.
TUDESCO, A, adj. (alterado do Âllemão
deutsch, aliemão. Sala dos — s, no paço, a
sala em que estava guarda allemã.
TUDO, (ant.) por teiide.
TUDO, s. m. deriv. do adj. todo (Fr. tout],
a totalidade das cousas de que se trata, v.
g, — ia bem acondicionado no navio. —
annunciava próxima catastrophe. Sobre
— , adv, principalmente. E' o meu — , ex-
pressão carinhosa, que equivale a : nessa
pessoa se concentra todo o meu affecto.
TUFADO, A, p. p. de tufar ; adj. incha-
do com vento; (íig.) inchado de sober-
ba.
TUFÃO, s. m. (do Arab. tufan), vento
tempestuoso e repentino que corre com gran-
de luría todos os rumos. v. g. — de agua
6 vento. — , (fig.j grande tormenta causa-
da pelo — .
TUFAR, V. n. (do Yr.touffe], inchar com
ar refeito, lufa o pão no forno, (fig.) en-
funar-be, inchar com soberba.
TUFO, s. m. (Lat. tufus), pedra leve, es-
ponjosa.
TUFO, s. m. (do Arab, tauph, o;ires cheios
de vento de que usão os naJadores.) — de
lã, porção d'ella aberta ; — do turbante,
a parle convexa e mais elevada. — , nas
roupas, a parte mais elevada ; bulhão d'agua
que rebenta e gorgulha grosso. — , instru-
mento de espingardeiro
TUFOSO, A, adj. (des. oso) inchado.
TUGIR, V. n. (voz imitativa) fallar em tom
de voz miii baixo. Não — nem mugir, es-
tar calado, não dizer palavra.
TUGÚRIO, s. m. (Lat. tugurium, de tego,'
ere, cobrir), cabana, choça, choupana.
TUINS, s. m pi. (t. Brasil.), papagaios
pequenos.
TuiTivo, A, adj. (do Lat. tueor, eri, de-
fender, proteger) que protege. Carias — s,
(jue se concedem a alguém para o conser-
var na posse, ou para o hvrar de ser pre-
so.
Tujuco, s. m. (t. Brasil), lameirão, tre-
medal de mangue. Bandeira de algodão
tinta em juco, de preto.
TUJUPAR, s tn. (t. Brasil.), palhoça dos
indígenas ou de negros.
TULHA, s. /, (talvez do Fr. ant, toul,
canal, fosso, ou de toulon, tonel pequeno),
monte de p.ã s, arroz, castanhas, nozes,
etc. : — de azeitona, recinto de pedra ou
cova onde se deita a azeitona que não pO"
de ser immediatamente moída.
TULIPA, 5, f. {doVevs. tolipan) flor vul-
gar, de planta buibosa.
TULuxi, s. m. (t. Asiat.) mangericão.
TUMBA, s f (do Gr. í«m6oí, tuirulo) pro-
priamente significa tumulo, mas de ordiná-
rio se toma por caixão de levar defuntos á
sepultura, — da misericórdia, que leva os
pobres á sepultura.
TUMBAQUE. V. Tamboque.
TUMBAziNHA, s. f. diminut. de tumba.
TUMENTE, adj. dostg, [LhX.tumens, tis)
inchado, intumescido.
TUHESCENCiA. V. Intumesceucia.
TUMESCENTE, adj. dos 2 g. V. Humentc.
TÚMIDO, A, adj. (Lat. tumidus) inchado,
intumescido ; grosso, v. g, a — corrente
do rio. — , (fig.) orgulhoso, enfunado.
TUMiino. V. Tomilho.
TUMOR, s. m. (Lat. tumor, de tumeo, ere,
intumescer) inchaço mórbido no corpo hu-
mano e no dos animaes.
TUMOROSO V. Túmido.
TUMULAR. V. Enterrar.
TÚMULO, s. m. (Let. tumulus) armação alta
sobre que se põe a tumba, caixão ou ataú-
de na igreja : monumento funerário.
TUP
TUR
753
TLMULTO, s. m. (Lat. tumuUus) agita<;So,
laoliiD, Alvoroço da gente, desordem ; (íig.)
egitM;ão violeula : — das paixões, dos ne-
gócios O — da 6Ôrle confusão, barulho.
TUMULTUAR, i". O. (Liit. tuiuulto, are) ex-
citar luiEulio, amotinar ; (íig ) excitar, des-
ordenar, V g. — as puixôes. — , v. n. amo-
linar-se, levantar-se em tumulto.
TUMiiLTUAiUAMEMK, adv. [mente suff.jom
tumulto ; em desordem, confusamente.
TLULLTUARio, A, Oíi/. (Lst. tumulluarius)
feito em tumulto ; desordenado; perturba-
do.
iLMiLTLOs.^MENTE, adv. (mcníe su ff ) CIll
luniulio, em desordem, confusamente.
TLMtLTLoso, A, adj . (Lat. tumuUuosus]
posto em tumulto, amolinado, acompanha-
do de tumulto, desordenado ; que causa
tuoiulio. Assembleia — .A — invasão dos
bárbaros. Estarão — , (poet ) o inverno.
TfMLKOSO, (anl.) V. Intumecido.
TtNA, s. f. (de tona] Andar á — , (loc.
chula) vagsmundear, ser tunante, vadiar.
TLNAL, s, m. planta mexicana, chama-
da fiOchtli\ é um cactus. As armas do an-
tigo império mexicano eram uma águia so-
bre um tunal.
TUNÁMA, (geogr.) rio do Brazil, na pro-
víncia de Mato-Grosso.
TUNANTE, s w. (de /una) vadio, que an-
da á tuna. Gato—, (fig. echulo) que anda
preando fora da casa.
TUNDA, s. f. (do Lat. tundo, ere, pisar
com pancadas] sova de pancadas. Dar uma
— e Q alguém. Levar uma — .
TUNDiA, s. f. nome de uma moeda da
Asia.
TLNDO, s.m prelado dos bonzos no Ja-
pã9.
Bahia, no Brazil, na comarca de Valença.
TUPiuo. V. Enlufiido.
TU PU TA OU TUPUTÓ, s. f. OU m. ave in-
dica cujo nomo vem do som que ella f<u.
Chamam-lhe também ave verminosa.
TURAMÃo. V. Targimão, Interprete.
TUHUA, $. f. (Lat. turba) multidão de gen-
te ; união de vozes cantando em coro.
TURBAÇÃO, s. f. estado perturbado, agi-
tação; estado turvo, v. </. — daagua, tor-
vação, desassocego do animo.
TUIIB4DAMCNTE , aic. [mtute suíT) com
turbação.
TURBADO, A, p. p dc turbar ; adj desor-
denado : fileiras — s. O ar — . O raar —
em tormenta. O animo, o coração -das pai-
xões, perturbado. — do somno. A cons-
ciência — , com roaorsos.
TURBADOR, s. m. 0 que perturba, amo-
tinador , perturbador ; aJJ» que pertur-
ba.
TURBAMULTA, s. f. tropol de gcntc, mul-
tidão.
TURBANTE, s. u. (do Pcrs. toruan) touca
em que os Orientaes e os Mouros trazem en-
volta a cabeça.
TURBÃO. V. Turbante.
TURBAR, V. a- [Lai. turbo, are) escurecer,
privar da transparência, turvar, fazer turvo.
— O ar, com chuveiros, nuvens. A névoa
turba o dia. — , perturbsr, v.g. — oani-
mo. — Os prazeres, estorvar. — se, v. r.
perturbar-se, «. fj. — no meio do discurso,
do sermão,
TUBBATivo, A, adj. quB causa perturba-
ção Diz-se só das cousas, e não das pessoas,
V. g. acto — .
TÚRBIDO, A, adj. (Lat túrbidas) turvo,
turbado, escurecido. J iquido — . Nuvem — ,
TUNE, s, m. ave pequena de Angola de O ceu — . — , que perturba. — s vapores,
^.enuas brancas e cinzentas, mui festejada ! que sobem á cabeça.
das outras aves, que acodem a cila apenas a
ayislani.
TUMCA, s. f. (Lat. túnica) vestidura tala
chegada ao corpo ; (anat.) membrana, ea-
voltura, t?. g. as túnicas da^ artérias.
TUNiCELLA, s. f (dim. Lat. de túnica) ca-
sula de bispo, que elle traz entre a alva e
a vestimenta.
TUNiFEH, /'geogr.) serra da província do
Rio de Janeiro, na margem esquerda do rio
Parahiba
TUNiQUETE, s. «i. diminut. de túnica, pe-
quena túnica.
TUNis, (geogr.) cidade d' Africa, capital do
Estado de Tunis. Ió5 léguas a E. d'Argel ;
116,000 habitantes.
TUKUiii, fgeogr.) grande serra da provín-
cia do Pará, na Guiana brazileira^ nas cabe-
ceiras do rie Negro.
iLPiAçu, (geogr.) ilha da província da
VOL. lY.
TURBILHÃO, s. in. (Fr. tourbíllon) volume
de ar ou de matéria subtil que se revolve so-
bre um centro,
TURBINADO, A, adj. (Lflt turbinatus) em
forma de concha espiral. Ossos — s, ossinhos
do nariz.
TURBíNOSO, A, ttdj (Lat. turbineus) quo
se volve sobre um centro, como a agua do
um sorvedouro.
TURBiT, s. m (do Arab. turbid, Lat. í/iur-
petlium) riíz medicinal. — mineral, sul-
phato de mercúrio.
TURBO. V. Turvo.
TURBULÊNCIA, s. f. perturbação do esta-
do com sedições, tumultos, guerras.
TuaBULENTissiMo, A, adj . superl. de tur-
bulento.
TURBULENTO, A, ãdj. (Lftt. turbulentus)
agitado, em que ha turbulência. Estado,
tempos— í. — , revoltoso, sedicioso, o que
loi)
754
TUH
*9BCf
njOTe sedições. Homem, gente, genío, con-
selhos — s.
TURCA, * f. herva rasteira, também cha-
mada herniaria.
TURCHiaAN. V. Turgimão.
TURCO, A, adj. e s , da Turquia ; natu-
ral da Turquia. Pombas — *, guisadas de
certo modo.
TURCO, s. m. natural de Turquia. Os
Turcos.
TURCO, s. m. (naut.) apparelho mellido
na serviola junto de beque para erguer as
ancoras.
TURCOL, s. m. (t. Arab.) convento.
TURGESCiA, *. f. (med.) estado túrgido
do vasos.
TURGENTE, ãdj . dos 2 g . em que ha turgen-
cia ; que causa turgencia.
TÚRGIDO A, adj. (Lat. turgidus) (raed.) di-
latado por excessiva quantidade de sangue
ou de humores : os vasos sanguíneos — .
— , (íig.) inchado, empolado. Estylo, ver-
sos —s.
TURGIMÃO, s. m. (do Chald. e Arab. íor-
geman) interprete, o língua.
TURiAS, s. f. pi. pannos de algodão ver-
melho, que vem de Cambaia.
TURiBios. V. Toribios.
TuRiBULO. V. Thuribulo.
TuRiFERO. V. Thurifero.
TURiFiCAR. V. Thurificar.
TURiN, (geogr.) capital dos Estados Sar*
dos, sobreofó: 125,000 habitantes.'
TURiONDO. Y. Touriondo.
TURKESTAN, (gcogr.) região da Asia habi-
tada pelos Turcos, é também chamada Tar-
íaria.
TURMA, s. f. (Lat. tuima] na milícia ro-
mana era esquadra de trinta de cavai-
lo ; numero certo de pessoas ; multidão
em bando. — s, cardumes. — s das couta-
das — s, animaes do serviço dos officiaes
d'ella.
TURiso, s. w. (Fr. tour, do Lat. tornus,
de torno, are) gyro. Por seu — , por sua
vez, a revezes.
TURPiLOQuio, s. m. ('Lat. turpiloquium)
expressão sórdida, que contêm torpeza; con-
versação torpe, obscena.
TURPissiMAMENTE, ttdv. supevl. ds torpe-
mente.
TURPissiMO, A, adj. (superl. Lat. turpis-
simus) muito torpe.
TURQUESCA. V. Turqueza.
TURQUESco, A, adj. do Turco, pertencen-
te a Turco ; á moda dos Turcos.
TuRQUETi. V. Turbit,
TURQUEZA, s. f. pedra fina azul.
TURQUEZADO, A, adj. de côr de turque-
za.
TURQBi, adj, dostg. azul mui claro e fino.
TURQUIA, (geogr.) império Oltomano, um
dos mais vastos estados do globo, divide-se
em duas partes , Turquia-europea e Tur-
quia-asiatica ; á primeira corresponde a
Thracia, a Macedónia alllyria, o Epiro ea
Thessalia dos antigos Capital geral Cons-
tantinopla , 19 milhões de habitantes.
SULTÕES OTTOMANOS.
Olhman
1299
Mustapha I se
-
Orkhan
1326
gunda vez
1622
Amurat I
3 3«0
Amurat IV
1623
Bajfizeto I
138J
Ibrahím
16'»0
Solimào 1
1402
Mahomet IV
1649
Mousa
1410
Solimão ill
1687
Mahomet l
14J3
Ahmed 11
1691
Amurot 11
1421
Mustapha II
1605
Mahomet II
1451
Ahmed III
17o:{
Bajazeto 11
1481
Mahmoud I
1730
Selim I
Í515
Othman lU
175í
Solimão II
15i'0
Aiustapha lil
1757
Selim 11
156G
Abdul llamid
1774
Amurat líl
1574
Selim 111
1789
Mahomet 111
1595
Mustapha IV
180/
Ahmed I
1603
Mahmoud II
18í^8
Mustapha I
1617
Abdul-Medjid
1839
Olhman li
1618
TURRÃO, *. »». (do Fr. touron] espécie de
confeitos. »
TURRÃO, adj, m. (de turrar) costumade
a turrar, teimoso-
TURRAR, V. n. (de touro) marrar com a
cabeça ; (fig.) ateimar com paixão.
TURRiFRAGO, A, adj, (poct.J arruínador
de torres.
TURRiGiRO, A, odj . (Lat. iurriger) (poet.)
que leva torre, encasteUado. Eleph.ante — .
TURTUEiRAL. V. Tortual.
TURTuRiNO, A, adj. (do Lat. íurtus] de
pombo, de rola. O gemido — .
TURUHBANTE, (aut.) V. Turbante.
turvação, s. f. perturbação do anime.
TURVADO, A, p. p. de turvar; adj. feito
turvo: perturbado do animo.
TURVAR, V. a. [turvo, ar des. iof.) fazer
turvo. — a agua, o ar, perturbar.
turvejar. V. Turbar, Turtar.
turvo, a, adj. (do Lat. turbidus] que per-
deu a tiansparencia. Agua — .
TUSSiLAGRM, s.f. (Lat. tussUago, inis) her-
va, também chamada unha de cavallo.
TUTANAGA, s. f. estanho mais tino que o
calaim.
TUTANO, *. m, (do Gr. ostéon, osso, e en-
tas, dentro) a medulla pingue dos ossos lon-
gos dos bois, etc. ; (fig.) «o — espírito da
TTM
TYR
755
lei.» Arraêl. — do pensamento, a parle es-
sencial.
TUTÃo, s. m. (t. Asiat.) governador de pro-
▼incia
TLTB (doLat. tutè) (anl.) A — , em abun-
dância.
TUTELA, *. /". (Lat. de tueor, eri, prote-
ger, defender) tutoria. — testamentária, a
que confere o pai, a mài ou o avô ao orphão
por testamento. — dativa, a que dá o juiz
dos orphSos. — , (fig.) protecção, amparo.
TUTELADO, A, p. f. de tutelar ; adj. pro-
tegido por tutor.
TUTELAR, V. a. ftuíela, ar des. inf.) pro-
teger como tutor, amparar.
TuxEiAB, a'f;'. dos 2 g, (Lat. íuíe/aris) que
protege, ampara, como o tutor deve ampa-
rar o orphão.
TUTENAGA. V. Tuteuaga.
tutIa, s.f. (doArab. íitíía) oxydo impu-
ro d<í zin-íO.
TUTmKGRA. V. Toutinegra.
TiiTO, A, adj. (Lat, tutus, seguro) segu-
ro, firme.
TUTOR, s. m. (Lat. tutor, de tueor, eri,
defender, amparar, proteger) (jurid.) pessoa
nomeada para proteger o pupiilo e conser-
var os seus bens. — legitimo, que o é pela
lei. — testamentario , nomeado por testa-
mento. — dativo, nomeado pelo juiz dos
orphãos.
TUTORA, s. f. (V. Tutor) a mulher en-
carregada da tutela.
TUTORAR, TUTOREAR, t. a. [ttuoT, or des.
inf.) governar, dirigir.
TUTORIA, s. f, (des. ta) tutela, oílicio de
tutor.
TUTOYA, (geogr.) nova villa da província
do Maranhão, na margem esquerda do ribei-
ro do seu nome, no lugar onde elle se per-
de no canal do mesmo nome, um dos bra-
ços do rio Parnahiba que tem mais longo
curso.
TUTRiz. V. Tutora.
TUTU, s. m. (voz infantil) coco, voz com
que se foz medo ás crianças.
tutunaga. V. Tutanaga.
TUZÂo. í. m. (Fr. toisor^i vello de cordeiro.
Ordem do — de ouro, ordem militar de ca-
vallaria cuja insignia é um vello de cordei-
ro de ouro pendente de um collar.
tybr, (geogr.) cidade da Russia-europea,
44 léguas a NO. deMoscow ; 25,00S habi-
tantes.
TWEED , (geogr.) rio da Gran-Bretanha,
nasce na Escócia no condado de Peebles ,
perde-se em Berwick, no mar do Norte.
TTPflON, (mylh.) deus egypcio, irmão de
Osiris, era o principio do mal e da esterilida-
de-
tymo. Y. Thymo.
TTMPAUisAR, t. a. (med.) causar tympa-
nilis —SE, V. r. tornar-se Ivmpanitico.
TTKPANiTís, 8. f. (de tympano] (med.)
intumescência causada por ar encerrado no
abdnraen.
TYMPANiTico, A, adj. (mcd.) doente de
tympaniles.
TYMPANO, s. m. (Lat. íympanum, tambor)
(anat.) uma parte do ouvido interno ; parte
da imprensa onde se regista a folha.
TypHEO, A, adj. (poet.) pertencente ao gi-
gante Typheo.
TYPiío, s. m. (Lat. typhus) (med.) febre
maligna.
TYPHo, s.m. {úoGr. typhos, fumo) (ant.)
orgulho, presumpção, vaidade.
TYpBOMANiA, S.f. (do prcccdente) espan-
to que priva dojuizo.
TYPico, A, adj. que serve de typo figura-
tivo. Sentido — , symbolico, allegorico, em-
blemático.
TYPO, s. m. (Lat typus. Gr. typos) mo-
delo, exemplar ; (fig.) figura, symbolo. — s,
caracteres com que se imprimem livros.
TYPOGRAFHIA, S.f.[typO, O ^fOf /ua Suff.)
officiua de imprimir livros.
TTPOGRAPHTOO, A, ad/. concemeute á im-
prensa OU typographia.
TYpÓGRAPíio, s. m., impiessor.
ttrapíisamkntb, ad\:. [mente saff.) com
tyrannia.
TYRANNiA, s. f. (d«s. <a) govcmo de ty-
ranno ; acção deshumana, crael, injusta.
tyrannicamentb, add. [mente su(f.) com
tyrannia, como tyranno ; como usurpador
do trono, da autoridade suprema.
TYRANr^iGiDA, s. dos 2 g. matador de ty-
ranno.
tyrannicidio, #. m. morte dada ao ty-
ranno.
ttrannico, a, adj. de tyranno, em que
ha tyrannia. Jugo — . Lois — s. Actos — s.
TfRANRiZADO, A, p. p. de tyraunizar ; adj.
tratado com tyrannia ; extorquido por vio-
lência, ou por tyrannia ; usurpado. A re-
publica romana antes de ser — .
tyrannizar, V. a, [tyranno, izar des.-
inf.) governar tyrannicamente ; usurpar a
soberania. — o povo, (fig.) opprimir os in-
feriores.
tyranno, s. m. (Lat. tyrannus, do Ge.
tyrannus, tyranno, rei, de teirô, subjugar,
opprimir) rei despótico, absoluto ; o que go-
verna com injsutiça, oppressor.
Syn. comp. Tyranno, déspota. Palavras
muilo usadas, e de que muito se tem abu-
sado nestes últimos tempos, que vulgar-
mente se confundem, mas cuja diíTerença
é bem notável, attendida sua elymologia e
significação histórica.
Tyranno é palavra grega, que significa-
189 ^
750
TYR
TZI
va primitivflmwils senhor absoluto, rei, che-
fe ou príncipe; depois deu-se este nome ao
que usurpava o poder absoluto n'uma re-
publica, ao príncipe oppressor, ou usurpa-
dor ; e por fim ao que exercia autoridade
com injustiça e crueldade. Neste sentido é
que esta palavra era usada de nossos clássi-
cos ; Yiei^^, fallandode llerodes, diz : « Co-
mo era intruso na coroa, e reinou quaren-
ta e dous annos, sempre com receio de que
o privassem do reino ; a unsgrangeavacom
favores, como rei, a outros sujeitava com
rigores e castigos coi;io tyranno (11, 413). »
I)espota é também palavra grega, que
significava primitivíimente senhor d'um es-
cravo ; depois significou dono da casa, che-
fe de familia, e por fim senhor absuluto, so-
berano ; eeste é o sentido que lhe convêm
em nosso idioma.
Nestes últimos tempos tem «se dado tanto
o nome de tyranno como o de déspota ao rei
absoluto, só porque governa como senhor
absoluto, o que é um grave erro, porque tão
tyranno e despótico pôde ser o governo de
um como ode muitos cônsules. Xtyrannia
e o despotismo não estão nas instituições,
senão na applicação d'éllas ; não na forma
do governo, senão nos actos dos que gover-
nam.
Para comprehender pois com exactidão a
diíYerença que existe entre as duas palavras
tyranno e déspota, basta ter presente que
tyranno é aquelle que opprime a outro, ain-
da quando seja seu igual na sociedade ; e
déspota aquelle em ({uem se reconhece um
direito indisputável de mando, seja legal ou
de força, eque valendo-se do dito direito,
obriga aos demais afazer o que não devem
contra toda a razão e justiça,
Tyranno por conseguinte ó o oppressor;
déspota não somente o oppressor, senão o
dominador.
TYRANNO, A, ãdj . quB obra com tyran-
nia ; cruel. Morte — . Ainor — , que tyran-
nisa.
TYRio, A, adj, deTyro. Côr —, de pur-
pura.
TYRNAU, (geogr.) cidade da Hungria, 11
léguas aNE, del'resburgo ; 5.100 habitan-
tes.
TYRO, s. m. (poet.) purpura.
TYRo, (geogr.) nome de duas cidades da
?heiiicia, uma S. de Byblos, outra n'uma
ilha próxima.
TIROCÍNIO. V. Tirocinio.
TYROL, (geogr.) parte oriental da Rhetia
dos antigos, grande governo da monarchia
austríaca, limitado ao N. pela Baviera, a O.
pelos Grizôes, a E. pela Illyria, ao S. pelo
reino Lombardo-Veneziano ; 860,000 habi-
tantes. Capital Innspruck.
TYRONE, (geogr.) condado dTrlanda, en-
tre os de Londonderry ao N. e d'Autrim a E.
315,000 habitantes. Capital Dungan-
non.
TYRRHio (mar), (geogr.) Internum maré,
parte do Mediterrânico, entre a costa Occi-
dental da Itália e a Sicília.
TYRso. V. Thyrso.
TYSDRus, (geogr ) cidade d' Africa, perto
do mar.
TYTHiMALO. V. Títhymalo.
TZAPAR-BAZARDJiK, (gcogr ) cidadc da Tur-
quía-europea, 9 léguas aO. de Philispopoli;
10,000 habitantes.
TZARiTZiN, (geogr.) cidade daRussia-eu-
ropea, 100 léguas aoS. deSaratov; 2,300
habitantes.
TZARSKOE-SELO, (geogr.) cidado da Bus-
sia-europea, 6 léguas ao S. de S. Petrsbur—
TziNTzoNTZAN, (geogr.) cídade do México,
4 léguas ao NO. dePascuaro; 2,500 habi-
tantes.
líDO
ULL
rn4
757
U
u, s, )n. quinta das vogaes, e vigésima
prim€ir«i letra do alphabelo portuguez. Os
Romanos não distinguiam o U vogal do V
na sua fórma. V. V. Soava ora w ora u con-
forme o lugar que occupava nas vozes di-
>ersas. Em Portuguez tem três sons, um lon-
go como em nu, cru, Peru, outro breve,
como o primeiro u de cúmulo; e fanhoso
ou nasal, como em hi, ou um, mundo, in- i
cumbir. ■
u, adv. (do Fr. oà, onde) (ant ) onde. Es- j
crevia-se antigamente hu, v, q. hu te le-
vam os pés. L tds ? i moras / V. Lillo.
UBÁ, s. f. (t. Brasil.) canna b'ava que dá
frechas, usada para gradar casas de taipa de
sebe, e rachada para fachos de alumiar.
UBAiA, s. f. (t. Brasil.) fruta azedinha ;
tem a casca como avelans.
LMíKRDADE, s. /'. (Lat. ubertas], tis abun-
dância, fartura de novidades ou de fructos.
LBERE. V. l'bre.
UBÉRRIMO, A, adj . svperl. (Lat. uberri-
mus, superl. detíZícr) muito abundante
UBi , s. m (Lat. ubi, adv., onde) (ant.)
lugar que se occupa, onde se está, mora
da, assento.
UBiCAçÃo, s. f. (eschol.) o acto de occu-
par algum lugar.
UBIQUIDADE, s. f. {L&l. ubique, em todo o
lugar) (iheol.) a actual presença de Deus em
todo o lugar.
UBRE, s. m. (Lat. uber) teta das fêmeas
dos auimaes ; (íig.) abundância.
UCHA, s. f. (Fr. huche) caixão de guar-
dar pão.
ucuÃo, s. m. (de ucha) despenseiro, cai-
xeiro.
ucHARTA, s. f, (des. ária) casa onde se põe
as viandas, o fão, etc.
UDO, A, adj. (Lat. udus, molhado) E só
usado nesta phrase : « não deixar em —
nem miúdo, > nem grande nem raiudo.
LDO, desinência da latina t/íus que deno-
ta possessão, qualidade, propriedade, e vem
TOL. IT.
do participio do pretérito. Ex. sanhudo, fel-
pudo.
UFA ! inter j. (p. us ) admirativa de dito
em louvor.
UFANADO, A, p. p. de ufanar ; adj. feito
ufano, que ostenta ufania.
UFANAR, V. n. encher-se de ufania, ja-
ctar-se, ostentar.
UFANIA, s. f. (des. la) jactância, ostenta-
ção ; bizarria, brio.
UFANO, A, adj. (Duarte Nunes de Leão es-
creve oufano, e diz que é antiquado. Do
Lat. ovaus, tis, ovante, triumphante) jactan-
cioso, soberbo.
uga, uge ou UGiA, s. f. nome de um
peixe.
UGALIIA, s. f. (rústico). V. Ijualdade.
UGAR, V. a. (rústico). V. Ljualar.
m, inter j. que exprime admiração, es-
panto.
1 UIVAR, V. n. [uivo, ar des. inf.) dar ui-
I vos, ulular ; em sentido fíg. e activo : —
tristes agouros.
uivo. s.m. (voz imitativa) som agudo que
! solta o lobo ou o cão.
I UJA. V. Uga.
\ ULCERA, s. f. (Fr. ulcere, do Lat. uícus,
I eris) (med.) chaga viva.
j ULCERAÇ.lo, s. f. (Lat. ulceratiOf onis)
(med.) estado ulcerado da ferida ; ulcera,
i chaga viva.
ULCERADO, A, p. p. de ulcerar ; adj. con-
I vertido em ulcera, que se ulcerou; (tíg.) o
coração — .
ULCERAR, V. a. (Lat. ulcero, are) formar
ulcera, pôr em estado de ulcera. — aferi-
da, (fig.) chagar, affligir profundamente,
V. g. — a alma, o coração. — se, v. r. fa-
zer-se chaga, v. g. — a ferida, criar pus,
pôr se em estado de ulceração.
ULCERE. V. Ulcera.
ULCEROSO, A, adj. (Lat. ulcerosus] cheio,
coberto de ulceras.
ULLO, Á, adj. (do Lat. ullus, qual, al-
190 *
i
7S8
ULT
tMB
gunO; oti o que me parece mais provável, de
alio, adv., para outro lugar, fira, objecto;
e não, como diz Moraes, de w, adv. ant.,
onde, com o artigo antigo lo, la, los, las)
Tsava-se interrogando, v. g. — s thesou-
ros dos antigos reis da Pérsia? que foi fei-
to dos thesouros ? que fim tivera tu ? — s par-
tes que damos a Deus? — s partes que dei-
xamos á virtude ? quaes^ são, e não, como
interpreta Moraes, onde estão ? « — aquelle
grande amigo, » Sá Miranda, que é feito,
para que lugar se foi, retirou ?
ULMARiA, s. /. ('Lat.) barba de bode, plan-
ta que tem as folhas como as do ulmeiro.
LLMEiRo, $. m (Lat. ulmus] V. Olmeiro.
ULMO, s. m. (Lat. ulmus) V. Olmo.
ULNA, s. f. (Lat.) (anat.) o cubito , osso
m«ior do antebraço ; côvado, vara, ou me-
dida dos dois braços.
ULTERIOR, adj. dos 2 g. (Lat. ulterior)
alem, que fica alem de um limite. His-
panha -*:. *—, posterior em data : noticias
ulteriores. Consequências, successos ulte^
riores.
ULTERIORIDADE, s. f. a qualidade de ser
ulterior ou posterior em data. A — d'este
successo é notória.
ULTERIORMENTE, ttdv. {mente suíT.) era ul-
timo lugar, posteriormente.
uLTiaiADAMEiNTE, adv. (mewíe suff.) pof ul-
timo, ultimando, em conclusão.
ULTIMADO, A, p.p. de ultimar ; adj. con-
cluido, inteiramente terminado-. Negocio — .
Fim — , é o que em ultimo se propõe aos
nossos desejos.
ULTIMAMENTE, adv. [mente suíT.) por ul-
timo, em ultimo lugar ; pela ultima vez ;
ha pouco,- recentemenl'©.
ULTIMAR, V. a. [ultimo, ar des. inf.) con-
cluir, terminar inteiramente.
ULTIMATUM, s. f. (t. dc diplomacia) con-
dições, proposições ultimas que uma poten-
cia faz doutra, v. g. em casn de contesta-
ção, eem vésperas de rompimento, ou em
negociação tendente a terminar guerra. Dar
o seu — .
ULTIMO, A, adj. (Lat. ultimus, de imus,
Ínfimo, ew/í, cont ahido de w/íra, alem) der-
radeiro, que termina a serie. — dia da vi-
da. Estava sentado no — lugar. A -— von-
tade do testador. O — da vida (instante)
termo, a hora da morte. — mão, (fig.) tra-
balho com que se termina e aperfeiçoa a
obra, v. g. painel, obra litteraria. Dar, pôr
» — mão. Pena—, — supphcio, apeaade
morte.
Syn. comp. Ultimo e derradeiro se usam
indilferentemente para designar o que em
sua Unha ou serie não tem outro depois de
si, mas com differente relação. Ultimo, que
vemdeM/íra, além, denota distancia, situa-
ção ulterior alem d'um termo ; derradeiro
refere-se propriamente ao que depois de si
não tem outro na serie : é o dernier dos
francezes e corresjíonde ao postremus dos
latinos.
ULTRA, prep. Latina, alem. Entra na com-
posição de algumas palavras, v. g ultra-
mar. Vem do rad. tar ou tra em Sanscrit
atravessar; trans em Lat. ; eul contracção
áeilhid, alti.
ULTRAJADO, A,p. p. ÚQ ultrajar ; adj. tra-
tado com ultraje.
ULTRAjADOR, s. O quc ultraja ; adj. que
ultraja.
ULTRAJANTE, adj. dos. 1g.[àes.do p. a.
Lat. ena ans, íis), que ultraja, ultrajoso, ia-
sultante.
ULTRAJAR f. tf. (Lat. w/íra, eager€),of-
fender, injuriar, de obra ou do palavra, in-
suhar.
ULTRAJE, s. m. (Fr. outrage, de outra^
ger, ultrajar), oííensa, de obra ou palavras,
insulto.
ULTRAJOSO, A, adj, (des. oso), que con-
tem ultraje ; que exprime ultraje, t. g. Pa^
lavras — s, insultantes.
ULTRAMAR, s. w». alcm mar. O — , as ter-
ras que ficam alem do mar que banha as
costas de Portugal, os estabelecimentos Por-
tuguezes da America, Ásia. Antigamente si-
gnificava a Terra-Santâ ou Palestina, v. g.
Guerra do — , as cruzadas.
ULTRAMARINO, A, adj. do ultramar , das
conquistas de Portugal.
ULTRAMARINO, adj. m. (do Fr. outremôr,
ultramar, porque vinha de levante.) v. g.
Azul — .
ULTRAMONTANO, A, acíj. fd 'alem dos mon-
les, trasmontano ; d'alem dos Alpes, Dou-
trinas — , da cúria Romana.
uLTRiCE, adj. dos 2 .9. (Lat. Hiíríor, rií),
(p. us.), vingador. V. Ultriz. i
ULTRICE, s. f. a vingadora.
ULTRIZ, adj. (Lat. ultrix, eis), (t. poet.),
vingador, que vinga.
ULTHÔNEO. V. Espontâneo.
ULULANTE, adj. dos 2. g. (Lat. ululans,
tis, p. a. de ululo, are), que ulula, que
uiva uivante.
ULULAR, f>. n. (Lat. ululo , are), aivar,
como fazem o» lobos.
UMANiDADR. V. Humanidade.
UMANo, V. Humano.
UMBELLA, s. f. (Lat. umbellã, de umbor,
onis, escudo), pallio pequeno om forma de
chapéu de sol.
UMBIGO, mais couforme ao radical, Lat.
umbilicus. V, Embigo.
UMBILICAL, adj. dos'2g.{L»X. nmbilieus},
(t. anat.), do embigo. Cordão — . Vusos
umbelicaes.
U5D
vm
759
UMBRAL, ç. m, hombreira tie porta, (fig.)
(t. poe«.) entrada, porta. v. g. Os celestes
Mmbraet, a entraria do céo.
uMBRÃo, s. m. (t. Asial), titulo de nobre-
za no MoRol.
UMBRATico, A, adj . (Lat. umbraticus),
phantastico, chimerico.
uMBRATiL, adj. dos2 g. (Lat. umbratalis),
figurativo. Sentido — , assombrado.
UMBREIRA ou OMBREIRA, S. f. V. Hombrci'
ras. Peca — , adjectivado, que sostem a
verga da porta,
UMBRiA, 8. f. (Lat. umbra, sombra), a par-
te do monte que fica ao poente ou á som-
bra.
UMBRiFERO, A, adj. (Lat, umbrifer), um-
broso, sombrio. Bosque — .
UMBRO, s. m. cão de caçar veados.
UMBROSO, A, adj. (Lat. umbrosus), som-
brio, assombrado. Bosque — . arvore — ,
(tíg ) escuro, c. g. mysterios — s,
UMBU ou iNBÚ, s. m, (t. Brazil.), arvore
fructifera do Brazil que dá umas como amei-
xas agridoces.
UMEDO, (ant.) V. Humilde.
LMiDADE. V. Humidade.
«MiLDE. Y. Humilde.
UNANIMADO, A, p.p. de Unanimar; adj. fei-
to unanime.
unai«imar, V a. [unanime, ar, des. inf),
fazer conformes em o mesmo parecer, ani-
mo, resolução. — se, t?. r. conformar-seno
animo, parecer,
UNANIME, adj. dos t g (Lat. unanimus],
que está do mesmo animo, parecer que ou-
tro ; comforme consigo mesmo, não vario.
— s em Deus, conformes por seu amor.
UNANIMEMENTE, adi?, [mente suS.), de ani-
mo conforme.
UNANIMIDADE, s. f. (Tat. unanimitas, tis),
parecer unanime, conformidade em parecer
de animo,
UNÇÃO ou uNCçio, s. f. (Lat. unctio, onis),
acto de ungir. v. g A eitrema-unção, sa-
cramento que se administra aos íieis em pe-
rigo de morte, ungindo com óleo certas par-
tes do corpo.
UNCINADO, A, adj. (Lat. uncinatus), cur-
vo, recurvado como as garras das aves de
rapina.
UNCTORio, s. m. (do Lat. unctor, ungi-
dor], lugar dos banhos antigos onde se un-
tavam com unguentos as pessoas que sa-
biam do suadouro.
unctuoso, a, adj. (Lat. unctuosus), oleo-
so; que se assemelha ao unto.
ondação, í. /*. V. Inundação.
UWDANTB, adj. dos 2 g. (Lat. undans,
tis), que faz ondas ; (fig.) que corre em gran-
de cursei, 9. g. — chuveiro, que fluctua,
ondeante. Plumas, roupas ■— .
URDE, (ant.), V. Onde.
UNDECAGONNO, *. m. (t. geom,), figura dc
onze lados ou ângulos.
undécimo, a, adj. (Lat. undecimus), o
onzeno.
undecimviro, s. m. um dos onze magis-
trados de Alhsnas.
undísono, a adj. Lat. undisonus), que
resôa com o vaguear ou embater das ondas.
UNDÍVA60, A, adj, que vaga pelas ondas,
ou pelo mar.
undoso, a, adj. (Lat. undosus], que tem
ou faz ondas. O pélago. — .
ungido, a, p. p. de ungir ; adj. untado
com óleo. Subst. Os — s do senhor, os reis
ou os sacerdotes.
ungir, V. a. (Lat. ungo, ere), untar com
óleo, ou com unguento, perfumes ; sagrar:
— os reis; (fig.) conferir poder, v. g. —
em prophela.
UNGUENTARio, A^ adj. (Lat, unguenta'
rius), de unguentos ou perfumes. Vasos,
officiaes — . Loges — s, de perfumadores.
UNGUENTO, s. m. (Lat. ungucntum), com-
posição oleosa pharmaceutica para se ap-
plicar a tumores, chagas ; aroma oleoso, ba-
nha de cheiro perfumada, (fig.) o — da ca-
ridade, da contrição.
uNGuiNOSO, A, adj. (Lat. unguinosus] ,
unctuoso, oleoso.
UNGULA, s. f. (Lat. diminut. de vnguis,
unha), unha, — caballina, tussilagem, plan-
ta meílicinal.
ungulado. A, adj. que tem unha, como
o boi e outros quadrúpedes.
UNHA, s. f. {LSii.ur*guis, Gr, on?/x, rad,
uncus curvo, retorcido. Outros derivam o
termo grego de nyssô, pisar, lacerar), pro-
longação córnea que cobre a extremidade
dos dedos do homem opposta á palma, do
macaco, e de outros animaes , e os pés de ou-
tros ; garra das feras. — da gran besta. V.
Alce. — , (fig,) garra, extremidade curva, c.
g. — dô ancora ; — dos caranguejos, as le-
nases com que agarram. Fugir a — s de
cavallo, á desalada, a toda a pressa. A — s,
com todo o trabalho. — 5 abaixo, na esgri-
ma, com a palma da mão voltada para o
chão. — s a riba, com a palma voltada para
o ar. Ter — na palma da mão, (loc. chulo),
ser ladrão. Ser — e carne com alguém, ter
grande intimidade, ^ão se apartar uma —
da verdade, não discrepar d'ella. Metter a
— , (fam.), levar mais do que é devido,
do que é de direito. Untar as — í, peitar,
corromper. Estar na — , (chula, ter na sua
mão, na posse. Levar alguma nas— í, prea-
lo, tomar por força, por violência. — , (f
{ anat.), excrecencia membranosa no canto do
olho» — da vide, porção da videira que vai
I pegada «o bacello, quando este se desgalha
750
UM
U.^I
d'»;lla. — de asno, de ca v alio, Lervas me-
dicinacs. — - V. Presumo.
UNHADA, s. f. golpe ou risca coiíi a unha.
UNHADO, A, jt;. p. de unhar; a d/, ferido
com as unhas.
UNUAGATA, s. f. herva oíiicinal.
UNiiAMENTo, s. m. [mento sulí ), acção
de unhar o bacello ; o lagar por onde se
unha o bacello, e se mergulha a vara.
UNUAR, V. a. [unha, ar des. inf.), ferir,
arranhar, riscar com a unha, ou unhas : —
o bacelio, mergulha-lo puxando pela pon-
ta da vara para cima.
UNHEIRO, s. m. apostema na raiz da unha.
iiNL\o, s, f. (Lat unto, onís), ajuntamen-
to de varias cousas em ura todo, juncção:
— da? tropas, em um cor{)0 ; — de vonta-
des, conformidade. — das partes cortadas,
dos Iftblos da ítrida, adhesão, consolidação-
UNICAMENTE, adv. {m(ínte suíT.), só, so-
mente, singularmente.
UNiCANTE, adj. dos 1 g. planta — , ar-
busto de um só talo.
uNico, A, adj. (Lat. unicus] de unus,
um), que uão tem outro semelhante na sua
espécie, singular, v g, é o — remédio.
soN. comp. Único, só, singular. Uma
cousa é única quando não ha outra de sua
mesma espécie. Um objecto é só quando
não está acompanhado de outros. O que é
aingular representa o individuo d' uma es-
pécie como único e só, sem relação aos de-
mais indivíduos. Um íllho de íamilia que
não tem irmãos neoQ irmãs, é único. Um
homem abandonado de todos e retirado do
trato do mundo , é ou está só. A phenix,
be existisse, seria singular entre as aves.
UNiCoiikiE, s. m. e
UNICÓRNIO*, s. m. (Lat. unicorais, adj ),
animal que tem um corno na testa ; uma
sorte de pedra.
unídade, s. f. (Lat. unilas, tis), (t. ma-
th.) o numero um, elemento individual; a
qualidade de ser um, indiviso. A — da fa-
bula. As três —5 dramáticas, do lugar, tem-
po e acção, o estar só uuico, união, con-
córdia de vontades.
UNIDAMENTE, ãdv . [mente sufi.), com u-
nião ; com conformidade.
UN DO, A, p. p. de unir; adj. ajuntado,
junto, confederado, que vive em estreita
• amisade. Os laDios — s por pontos falsos.
— , no sentido de hso, plano, é gallicis-
mo.
UNIFORMADO, A, p. p. dc uniformar ; ací/*
feito uniforme.
vKíFOKT&ÁK, V. a. [uniforme, ar des. inf.),
dar uniformidade, fazer uniforme.
UNIFORME, adj. dos 2 g. (Lat. uniformis),
que tem uma só forma, da mesma côr ; não
variado; v. g. esiylo — , conforme, v, g.
em opinião, resolução, vontade. Approva-
çào — , unanime. Alovimonlo — de dois
corpos que em tempos iguaes percorrem
espaços iguaes.
UNIFORME, s.m. vestido, farda uniforme.
O — da tropa.
UNIFORMEMENTE, ttdv. [mente, suíT ) de-
modo uniforme, com uniformidade.
UNIFORMIDADE, s. f. (Lat. uniformiias,
tis) conformidade de forma, feição, etc. ; a
qualidade de ser uniforme.
UNIGÉNITO, A, ttdj . (Lat. unigcmtus) úni-
co gorado. Filho — . O — subst. ou o —
de Deus Padre, Jesu-Christo.
UNIR, «. a. (Lat. unire, de i<nu5 um) ajun-
tar duas ou mais peças em uma ; achegar,
pôr em immediato contacto, d g. — os lá-
bios da ferida. — , causar união moral de
pareceres, vontades. A necessidade unto os
homens em sociedade. — se, v. r. combi-
nar-se, ligar-se. v g. o azougue com o ouro
e a prata ; consolidar-se, c. g. uniram-se os
lábios da ferida. Uíàu-se a tropa, a gente.
— se por matrimonio ; — em espirito de pie-
dade.
uNisoNANCiA, s. f. concurrencia de duas
ou mais vozes em um tono de musica ; mo-
notonia ; conformidade, cohereucia, harmo-
nia.
uNisoNANTE, adj. dos 2 ^. Y. Uniso-
no.
UNisoNO, A, adj. (Lat. unisonus) que tem
o mesmo som que outra voz, ou outro ter-
mo, palavra ; que conforma com outro no
mesmo tom ; (tig.) igual, semelhante, da
mesma condição, que teve a mesma sorte,
V. g. « — 5 na morie. » Ulis.
UNISONUS. V. Lnisorto.
UNissiMO, A, adj: super l. de unicoou um,
(p. us.) «A divina essência é — . » Vieira.
UNITIVO, A, adj que tem virtude de unir.
Força — .
UNiYALVE, adj. dos 2 g. (hist. nat.) que
tem uma só valva.
UNIVERSAL, adj. dos '2g. (Lat. ^^nivcrsa'
lis) que comp.*ehende todos os indivíduos,
ou a totalidade da cousa. Herdeiro — , de
todos os bens. Em — , (loc. adv. p. us ) sem
excepção de pessoa.
UNIVERSAL, s. M. (do preccdcnte) (»!Schol.)
noção que abrande a todos os indivíduos de
uma espécie ou género,
UNivERSALiSADo, A, p. p. de unlvcrsaU-
sar ; adj. feito universal.
UNIVKRSAUSAR OU UNIVERSALIZAR, V. a.
[u7iiversal, isar des ) fazer universal.
uNivERSAUssiMO, A, adj.superl. de uni-
versal.
UNIVERSALMENTE, odv. [mente SUÍT.) com
universalidade, gecalmente a todos.
UNIVERSIDADE, s. f. (Lat. uniteríilaSf tis)
URB
URI
761
a tolalidade das cousas, o universo ; aca-
demia onde se ensinam as scieacias ; a to-
talidade dos membros decollegio, concelho,
confraria. Á. — do mundo, a conversação
e trato com as nações, com Iodas as clas-
ses de pessoas.
oiVERSo, A, adj. (Lat. unitersus), uni-
versal, lodo inleiro. Terra, mundo, orbe — .
UNIVERSO, s. m. (do precedente), a totali-
dade dos entes, celestes e terrestes.
uj^ivocAMENTE, ado. {mtfHíc suff.), de mo-
do unívoco.
L'«i\oco, A, adj. [L&í.univocus, àeunus,
um, e rox, voz), synonimo, semelhante, to-
talmente parecido ; (t. escol ], que produz
cousas semelhantes a si.
UNO, adj. m. (Lat. unus, um), único, um
só. v.g. l)eus é — e trino, — em essência.
LNTADO, p. p. de untar ; adj. applicado
esfregando com substancias oleosas ; (íig. e
ant.), contaminado: « toda a índia era —
da lei' de Mafamede. » Couto, 4, 10, 4.
lntador, a, adj. e s. pessoa que unta.
u MADURA, s. f. acção de untar.
L'-"<(TAR, V. a. (do Lat. unctilare, frequent.
de unguo, ere), applicar esfiegando com
substancia oleosa : v. g. — o corpo
com óleo, mel. — os eixos do carro. — o
carro, ou as mãos, (Gg ) peitar, dar peita,
corromper.
untO, s. m. (Fr. oinfi, ou ant. oingt,
do Lat. unguentum), a gordura dos rins. e
das entranhas do porco, eíc. Caldo de — ,
temperado com elle.
UNTOSo. V. Lnctuoso.
tisTURA, s, s. (Lat. unctura), uncção com
oleo, unguento, óleo aromático ; fricção com
unguento medicinal.
lipos, s. m. pi. (t. Asiat.), oíliciaes de
justiça, Mendes Pinto.
L'QUER, (obsoi ), onde quer.
URACA ou ARACA, í. f. (t. Asiat.), vinho
de palmeira.
lbacão. V. Furacão.
LKACO, s. m. (Lat. uracus), (t. anat.),
saco umbical do feto dos animaes, e que
alguns anatómicos modernos aílirmam exis-
tir uo feto humano.
LRANOscopio, «. w. (do Gf. ourauos, o
ceu e skopéó, olhar), nome de um peixe
de um aspecto raicaceo.
URARIRÁ, (geogr.) rio da Guiena brazilei-
ra. em cujas margens dominava antiga-
mente a grande nação Manáo.
L'RBA^'A■E^TE, adv. [menle suíT.), com
urbanidade.
CKiiANiDADE, s f. (Lat. urbanitas, tis,
de urbs, a c\dade], cortezia, civilidade, po-
lidez, maneiras cortezes. polidas.
LRBAMSADO, A, p. p. de urbunisar ; adj.
civilisado, polido, feito urbano.
VOL. IV.
URBANISAR, V. a. (urí/ítíio, íjar des. inf),
fazer urbano, polir, v. g. — a gente rús-
tica.
URBANiTA, s. dos 2 g. desusado. V. CU
dadão.
URBAivo, A, adj. (Lat. urbanus, à^urbs,
a cidade), da cidade, v. g. Prédio — , (tlg.)
cortez polido, dotado de urbanidade. Tra-
to — .
uflCA, s. f. (t. naut.) ; embarcação de
transporte pesada, barco granae e muito
largo ; cavallo frisão. V. Lrco.
URcniLiA, s. f. e
uRceiLLA, 5". f. côr roxa que se tira de
varias plantas : — das arvores, musgo.
URCHO, s. m. (p. us ), baloqne, rolha,
tudo o que serve par.i tapar.
URCO ou URCiio, 5. w». cavallo frisão, de
grande corpo ; — das cubas, rolha grande,
batoque.
URDIDEIRA, S. f. V. TeCClÔã.
URDIR. V. Ordir.
URÉA, (geogr.) freguezia de Portugal, no
districto de Villa-Real, concelho d'AÍfarela;
l.íOO habitantes.
URÉA, (geogr.) villa de Portugal, no con-
celho de Villa-Pouca d'Aguiar ; l,2õU habi-
tantes.
URETERES, s. m. pi. (t. auat.), canaes que
conduzem a ourina dos rins á bexiga.
URETERO, A, adj. vcm em Ferreira, Luz
da cirurgia, no sentido áe pertencente á
urethra. V. Urethral.
URETHRA ou URETRA, S. [.{áoGt.OUréOf
ourinar), (t anat.), canal por onde se eva-
cua a ourina da bexiga.
URETHRAL OU URKTRAL, adj. doS 2 g.
pertencente á furethra, v. g.^ vasos ure-
traes.
URGA, s. /. (Lat. eruca), nome de uma
herva.
URGÊNCIA, s. f. cousn que urge, aperta,
pressa, cousa que obriga, v. g. — das ra-
zões.
URGENTE, adj. dos 2 g. (Lat. urgens, tis,
p. a. áeurgeo, cre, urgir), que urge, aper-
ta. Necessidade — . Argumentos, razões — s,
(p. us.), oppressor, v. g. tyrania — .
URGíNTissiMAMENTE, adv. superl. de ur-
gentemente.
URGENTÍSSIMO, A, adj. supcrl. de urgen-
te, muito urgente.
URGEVÃo. V Orgevão.
URGIR, V. n. (Lat. wr^ere, do Gr. orgaô,
desejar com ardor), apertar com alguém,
dar pressa, sollicitar com instancia /reque-
rer prompto exame, discução, execução. P.
p. adj. Urgido.
urina, s. f. (Lat.), por uso. V. Ourina.
URINAR. V. Ourinar.
URINÁRIO, A, adj. (des. ário]^ (l. anat),
191
"m
IRU
VSi
da curina, pertencente á ourina. Vaso --
Vias —8.
URNA, s. f. (Lat. urna, do Gr. aruein,
tirar agua ou outro liquido de fonte, poço,
etc), vaso onde se guardavam ascin^zasdos
mortos ; vaso para comer liquides; vaso com
que se representavam as tiguras simbóli-
cas dos rios entornando d'el]e as aguas. v.
g. A — era também uma medida de lí-
quidos, entre os Romanos.
URo, s m, (Lat. urus), espécie de touro
bravo do norte.
UROPíGio, s. m. (Lat. u7'opygium], sobre-
cu, bispo das aves.
URRACA, s. f.y. Uraca ou Aracá.
URRACA (D), (bist.) rainha de Portugal
por ter casado com elrei D. Alfanso II e
era íilha de D. AíTouso IX de Castolla, ca-
sou em 1201 , morreu em Coimbra em
1^20, e jaz com seu mando no mosteiro
de .Alcobaça. Outras infòntas porlu-
guezas houve deste nome, como foram /D.
Urraca, filha do conde D. Henrique, que
casou com o conde de Trastamara, D Ur-
raca, filha de D. AíTonso Henriques, e rai-
nha de Leão, nasceu em 114^, cssoa com
D, Fernando II, de quem foi separada por
censura papal em razão de parentesco. E
outras.
URRACA, s. f. (ant.), pega, ave.
URRAR, V. n. {urro, ar des. inf.), bra-
mir : diz-se do elephante, do louro e da
leão.
URRO, s, m. (voz imitativa), bramido do
elephante, do touro, do le&o.
URRO, (geogr.) aldeia de Portugal, no con-
celho de Arouca, 7 léguas ao SE. do Por-
to; 800 habitantes,
URROS, (geogr.) freguezia de Portugal, no
concelho de Moncorvo, e perto da serra de
Winde ; BOO habitantes.
UBSA, s. f. (Lat. ursa), fômea do urso.
A — maior, — menor, são duas constei -
lações boreacs.
URSiNO, A, adj. (Lat. ursinus), de urso.
Herva — , herva gigante. Uva — , planta.
URSO, s. m. (Lat. ursus), animal feroz cu-
jo corpo éxoberto de pellomui comprido.
URSULiNA , (geogr.) aldeia da ilha de S.
Jorge, que está situada á beiramar, 2 le-
gues ao S. da villa das Vellas.
URSANflUE , (geogr.) pequeno praso da
coroa portugueza, no districto de Sofalla,
que pertenceu ao reino de Quiteve, e que
íica situado ao O, da aldeia de Xiforanhe.
URTiCAçÃo, s, f. (Lat. urtícaiio), (t. med.),
fricção com ortigas.
URTIGA, s. f. (Lat- uríica), por ujo, Y.
Ortiga.
URTiGAR, por uso, V. OrligãT.
uauÁ, (§€0§r.) ilha do riu da Madeira^ na
província do fará, abaixo da confluência do
rio Maluaúra, e acima da villa de Borba»
' LRUÁ, (geogr.) povoação da província doj
Brazil, no Uio Grande do Norte, nodislriclo
de Villa Flor; suas terras com serem rega-
das pelo ribeiro Jiqui da banda donorte, e
pelo Piquiri da do sul, são pela maior par-
te catmgas.
URUBU, s. m. (t. Brazil.), corvo grande que
tem a cabeça pellada.
URUBU, (geogr.) rio da província do Fa-
rá, na Guiana braziieira; tinha ao princi-'
pio o nome da tribu. Barururú , que os
porluguezes abreviaram mudando-o no de
Urubu.
uiíuBÚ, (geogr.) villa da província da Ba-
hia, no Brazil, na comarca de seu nome.
URUBU, (geo,^r.) aldeia da p, ovincia do
Maranhão, no Brazil, na margem esqaerda
doltapicurú, na coiuarca de Caxias.
URUBURETÁaA, (gcogp.) grande serra da
província do Ceará, no Brazil, distncto de
Vilia-da-lmperairiz.
UHUCAiA, (j.eogr.) rio da província de
Minas-6er.!es, no Brazd, na comarca de
Paracatú. JNasce na serra de Tabatinga.
URUÇANGA, (geogr.) serra da província da
Rio-de-Janeiro, no Brazil, comarca de Cabo
Frio.
URUÇANGA, (geogr.) rio da província da
Santa-Catharina, no Brazil.
URUCu, s. m. (t. ijrazil.), V. Orucú.
uHueuAi, (geogr.) grande rio da Ameri-
ca meridional, no lirazil, nasce do verten-r
te Occidental da cordilheira vizinha do mar
no norte da provmcia de São-Pedro-do-Río-
Grande.
URUMBEBA, s. f. (t. Brazíl.), planta de fo-
lha grossa e armada de paus, também cha-
mada jurabeba.
URUPEMA ou URUPEMBA, 5. /". (t. Brazíl.),
tecido dtí palha chamada uru, ou de caona
brava.
ururAhi, (geogr.) rio da província do Rio-
de-Janeiro, no Brazil, no dístricio da cida-
de de Campos.
URUXÔ, s. m. (t. Asíat.), um verniz do Ja«
pão.
URZ. V. Urze.
URZE, s. v;*. (Lat. eriça), arbusto de ra-
mos duros e folhas ásperas.
U.SADO, A, p. p. de usar ; adj. de que se
faz uso, que está em uso, v. g. traje, cos-
tume — ; gastado pelouso, c.^. fato, cha-
péo — , exercitado, v. g. oouco — em ar-
mas, acostumado, afeito.
usageh, s. f. (ant.j, tributo antigo.
USAGR8. V. Ozagre.
USANÇA, s. f. uso, costame, eslylo.
USANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a. em
ans^ ús)^ (ant.) que u$a, exerce, t a to-
usu
UtI
m
fl(i]Qi _-í podcfio «a ttrra, » a loiios oique'
exercem poderio Foral de Thoiuardc llV-i.
USAR, r. a. (Lat. tiíor, uít, wsms; Gr.
ff/i(). Creio qtio vem do rad. Egypcio da
iaho, conduzir, tomar, formado de tot, mão),
empregai", t) í/. — alguma cousa, sorvir-Sc;
d'ella 1, pralicar, — fraude, dolo, gastar peio
u^o . —o fato, o calçado. —, v. /». fuzor
U50, — do oíii^io; — de manha, astúcia,
caulelft. —SE, c. »". estar cm uso, (ant.), uti-
lisar-se, servir-se.
LSAVKL, adj. ihs 2 g. V. Usual.
USEIRO, A, aàj. cosinraado , habituado.
Diz-se de ordinário á má parte. Str — e
vezeiro em ou a furtar.
USNF..V, s. f. (Lat lanugo, inis], a pen-
nugem ou musgo das arvores; (íig.) a «/ue
se cria na superfície dos ossos expostos ao
ar.
uso, s. in. (Lat. «ms) costume, pratica,
exercício, estvto, pratica gorai; o direito,
acto de usar; continuação frequente, t;.^.
o — (lo cbá, do café, facilidade adquiri-
da pela pratica ; utilidade que resulta do
serviço de alguma cousa olhein por tempo
limitado. — , serviço, préstimo. Cousa de
muito — . —, moda. Viver, trajar ao—.
isoFRUCTO. V. Usufructo.
issA, s. f. herva que alguns dizem ser o
seDol ou herva ursa.
!SSA, (anl ), V. Ursa.
jssiA, (ant.), V. Adussia, Capella mór.
Lsso, (aut.j, V. Urso.
usTÉDA, s. f. droga dela, com festo ou
«m elle.
USUAL, adj. dos 2 ^f. (des. adj. ai), que
stá em uso, ordinário, que serve no uso
;ommum, v. g. Tributo — , sobre os vive-
res.
USUÁRIO, 5. m. (Lat. usuarius), (t. jur.).
o que goza unicamente do usufructo de uma
propriedade.
usrCAPiÃo, s. f. (Lat. usucapio, ou usu-
eaptio, o«i«), (t. jm.), propriedade adque-
rida por posse continuada e consentida pelo
dono da cousa.
usuCAPiANTE, odj . dos 2. g. (Lat. ustica-
picns,tis), (t. jur.), que vai adquerindo ou
que adquerio por usucapião.
usuCAPiH, V. a. (Lat. usucapio, ere), (t.
jur.), adquirir a propriedade por longa pos-
se consentida pelo dono.
USUFRUCTO, s. m. (Lat. usufructus), (t.
jur.), dominio útil, direito de disfructar, de
asar de propriedade alheia.
usuFRUCTUAR, V. a. [usufructo, ar des.
inf.), desfructar a propiiedade alheia, go-
xar do usufructo.
usuFRUCTUARio, A, s. (Lat. usufructua-
rius)t pessoa que goza do usufructo.
USURA, ». f. (Lat. usura, de usus, uso),
prí»mío ^ne se dá pelo dinheiro (t«óalguétfi
nos dá de empréstimo ; beneíicio em retor-
no maior que o beneOcio recebido, lucrrt
avantajado qtie se tira de dinheiro dado dl»
omprestiraOí o. g. Dar, tomar a — , cobran •
do ou pagando lucro avantajado. l*agaf com
— , muito mais doíjue se deve.
SYK. conap. Usura, Onxena. Segundo o
jurista José Ferreira Borges, usura signi-
íicsva entre os Romanos toda a espécie de
interesse mesmo legitimo ; com o andar dds
tempos veio esta palavra a significar o lu-
cro illegal quo se exige por uma samma dada
de empréstimo. Onzena sempre significou
usura immoderada eillegitima, e sempre se
tomou em máu sentido.
Os amigos chamavam aos juros do di-
nheiro emprestado usuras, isto é, o preço
do uso, e então era necessária a palavni
onzena para designar a usura immodera-
da ; hoje a palavra usura só se appliea aos
juros excessivos, illegaes, por isso não se
usa eo. phrase jurídica e mercantil a pala-
vra onzena, e tornou-se desnecessária.
usuRAR, V. n. (Lat. usurj, ardes. ínf),
dar dinheiro á usura.
usuRARiAHENTg, adv. [mente suíT.}, com
usura.
USURÁRIO, A, adj. (Lat. usurarius], em
que ha usura. Contractos — s.
USURÁRIO, s. m. o que faz usuras ; (fig.)
onzeneiro.
usuREiRO, s. m. e adj. V. Usurário,
USURPAÇÃO, s f. (Lat. usurpatio, onis],
o acto de usurpar.
USURPADO, A, p. p. de usurpar ; at/;". to-
mado contra ^ direito.
USURPADOR, s. m. [L&t. usurpator), o que
usurpa ; v. g. — do tbrono, da autorida-
de, dos direitos da nação.
USURPAR, V. a. (Lat. usurpare, de usus,
o uso, e rapcre, arrebatar), tomar contra
o direito o alheio, v. g. — a autoridade, o
poder supremo, o tbrono, os direitos da na-
ção.
UT, s. m. a primeira nota de musica, da
solfa.
utar, V. a. V. Outar.
UTENSÍLIOS, s. m. pi. (Lai. utensílio, pi, '
de utensile), trastes do uso, instrumentos
de oílicio mechanico, v. g. — de cozinha,
de ferreiro.
uTERiKO, A, adj. (Lat. uterinus), do úte-
ro. Irmãos — s, filhos da mesma mài e de
pais dilTerentes.
ÚTERO, *. m. (Lat. uteruSt de uter, odre),
(t. anat.), a madre da mulher, e das fê-
meas dos animaes.
UTIL, adj. dos 2 g. (Lat. wíi/is), que tem
algum uso, serviço, préstimo. Dominio — ,
o que tem a pessoa que desfruta proprie-
191 »
76i
UTI
fJ?T
dade de que não é senhor directo. Despe-
za — , que melhora a cousa em que se em-
prega. Dias úteis, aquelles em que se está
emjoizo, em que pôde correr a causa.
UTiLKS, pi. (ant.), de útil por úteis, co-
m'o hoje dizemos.
UTILIDADE, 8. f, (Lat. utilitas, tis), qua-
lidade útil, prôslimo ; commodo, serviço.
SYN. comp. Utilidade, proveito, vanta-
gem. A utilidade nasce do sjrviço que se
tira das cousas ; oproteito, da ganância que
produzem ; a tantajem resulta da honra ou
da commodidade que nellas se encontra.
Um movei tem sua uiilidade ; o commercio
traz grandes proveitos ; uma casa grande
tem suas tantagens. Um autor honesto que
publica uma obra litteraria deseja que ella
seja útil ao leitor, que lhe dê algum provei-
to pecuniário ou ao livreiro que a vende, e
que Ihegrangeiea vantagem do apreço pu-
blico.
uTiLisADO, A, p. p. deutilisar ; adj. apro-
veitado por alguém.
uTiLisAR, V. a.{util,áes. isar), aprovei-
tar, cousa ou pessoa, fazer servir ao uso.
empregar com proveito ; ganhar, lucrar ; v.
g. não utiliso nada nisso, — se, v. r. ser-
vir-se para sou commodo, aproveitar-se de
cousa ou pessoa. — , ler uso, ser ulil, pro-
veitoso.
utilíssimo. A, adj. superl. de ulil, mui-
to ulil.
UTOPIA, s. f. forma de governo perfeito e
por conseguinte imaginário. Vem do titulo
de uma obra do inglez Thomáx Morus.
UTÚ, (geogr ) ilha da província do Rio-de-
Janeiro, no Brazil. na bahia d'Angra-dos-
lleis, defronte do districlo da vilia de Pa-
rati.
UVA, s. f. (Lat. uva, de uvo, ter humi-
dade), fructo da videira, que nasce em ca-
chos.
UVA DE CÃO, s. f. herva vulgar.
uvA-ESPíM, s. f. arbusto que da fruetos aci-
dulos.
uvEA, s. f. (pron. úvea), túnica do olho
onde está a pupilla.
uvEiRA, s. f. a arvore a que se encosta e
por que trepa a vide.
uviAR. V. Uivar.
uvRE. V. Ubre.
uxi (u onde, e xe, se), obsol.
UYVAR. V. Uivar.
UYVO. V. Uivo.
VAC
VJkC
7G5
V
V, s. m., vc ou u consoa níe, a vigesiaja
segunda letra do alphabeto portuguez, e de-
cima septima das consoantes.
Os Romanos, e nós á imitação delles, não
diferençávamos na forma o r do u.
Os Minhotos assim como os Gallegos e
Castelhanos pronunciam 6, e dizem biriho
ou bmo porrín/io ecino. Os Romanos pri-
mitivamente pronunciavam o u copsoante
como f. v.g. seruus, neruus, serfus, ner-
fns.
V letra numeral entre os Romanos, va-
ha 5, e com uma risca por cima, õOOO.
Precedida de 1 vale quatro, e seguida de I
seis ; IV, Vr.
y, abreviatura por Veja.
vÃâ, des. f. de Vão. V. Vão.
vÃAGLORiA. V. Vangloria, ctc.
VÃA6L0RIAR-SK. V. Vangloriar -se.
vACAçÃo, s. f. (Lat. vacatio, anis) suspen-
são de estudos, e do curso forense ; desape-
go de negócios, com applicaçào a estudos.
VACADA, s. f. (des. collect. ada) manada
de vacas.
VACA-LOURA, s. f abadpjo, insecto.
VACAKCiA, s. f. estado vago de car^o, em-
prego, officio. .
VACANTc, utf/, aosTL g. (Lat. racan^, lis,
p. a. de taco, are] que está vago. Sede — ,
faltando o bispo, o prelado. A minina náo
está — , sem amigo ou amante.
VACAR, V. n. (Lat. taco, are) occupar-se
dar-se, empregar o seu tempo. — na con-
templação. — o tempo, ser de vago, para
ócio, desoccupado.
VACARIA, 3. f. (des. ária) gado vaccum.
VACARiçA, (geogr ) villa de Portugal, mui-
to abastada, 4 léguas ao N. de Coimbra e
í e meia ao S. do Bussaco ; 1,800 habi-
tantes.
VACARiL, adj. dos 2 §. (ant.) de vaca.
Coiros vaeari».
VACATURA, s. f. (Lat.) vacância.
vacca ou VACA, s. f. (Lat. tacca, do Egyp.
buhti ; de the, boi^ ciy filho, cria, e bi,
VOL. IV.
j tròzer) a fêmea áo touro. — de chocalho,
a que serve de guia aos touros ; (/ig.) a mu-
|Iher que ameiga, que traz as raparigas es-
quivas, ariscas á conversação amorosa. —
(ant.) um jogo defeso na Ordenação. ~ for^
ra, na Ásia, vadio.
vAcciNA, s. /. pus de vesículas que vem
ás tetas das vaccasecuja inoculação no ho-
mem produz uma pústula que preserva da
erupção variolica.
VAcciNADo, A, p. p. dô vaccinar : adi
inoculado com a vaccioa.
vaccinador, s. m. o que vaecina, ino-
culador da vaceiaa.
VACCINAR, v.a. [vaecina, ardes, inf.) in-
ocular a vaecina.
VACILLAÇÃO, s. f. (Lat. vacillatio, onis) es-
tado vaciUante ; (íig.) hesitação, irresoiução.
VACiLLANiE adj.dostg. [lat. vacillans,
tis), que vacilla, abana; (ti^.) que hesita
irresoluto. v o / ^ a,
VACiLLAR, v.n.{lat:vacillo, are, deba-
cillum, pequeno bastão, baste, vara) não
estarhrme, abanar. Vacilla a estaca, a luz,
líig.) hesitar, estar irresoluto, indecisp.r
gos. — , em sentido activo, p.us., abalar;
(íig ) causar irresoiução.
VACINO ou VACiNio, s. m. (Lat. ta^cinium}
nome de uma planta.
VACUAÇÃo. V. Evacuação,
VACUIDADE, s. f. (Lat. xacuitos^ tis) es-
tado vazio, vácuo.
VACUM ou VACCUM, adj. dos2^. de vaca.
Gado — , bois, vaccas, bezerros.
vacuo, A, adj. (Lat. tacuus. Talvez do
Egypc. kohi, bainha) vazio, cuco. O — ar^
permeável. Posse — , (jur.) de que se não
goia. Aposento — , não occupado.
VAGuo, *. m. (do precedente) (physica)
espaço vaiio de corpos. O — B»yleano, o
da machina peneumatica, de cujo recipien^
te se extrahiu a maior parte doar. — per-
feito, que alguns physicos sappõem sem
razão existir nos espaços planetários.
in
I
76S
VAG
TAI
VADEAÇÃO, s. f. O acto de vadcsf, ou de
passar a vao.
VADEAR, V. a. (Lat. vadere, de vadum,
vao) passar a vao : — o rio.
vADEAVEL. ttdj . dos 2 g. (des. avel) que
se pode vadear, passar a vao.
VADE-MECO, s. wi. (do Lai. vade-mecum,
ide comigo) pasta que os meninos levam á
escola.
VADES, (ant.) por Ides, do verbo Ir.
vADiAgÃo; s. f. o acto de vadiar, vida de
vadio.
VADIAMENTE, údv, («leníc suíl ) como va-
dio.
VADIAR, V. n. fazer vida de vadio.
vADiCK ou VADiiCE, s. f. vida de vadio.
VADIO, A, adj. (do Arab. haduido) ocioso,
vagabundo, errante, que nso tem domici-
lio certo.
vADOso, A, adj. que tem vao, que dá
vao. rio — , cheio de baixios, de bancos de
areia, perigoso á navegação.
vaga, s. f. (Fr. vague) onda grande que
corre, se amontoa erola a praia ; onda.
vaca, s. f. vacância. Vôr á — , (ant.)
haver por escuso do serviço,
VAGABUNDO» A, adj. (Lat. Tagahundus) er-
rante, sem domicilio fixo ; (fig) animo — ,
inconstante.
vAGAçÃo, s. f. V. Vaguearão,
TAGAçoM. V. Vacância.
VAGADA, s. f. (ant.) V. Vagante e Va-
cância.
VAGADO, A, p. p. de vagar, que vagou.
Tinha — o beneficio.
VAGADO, s. m. V. Vertigem.
VAGALUME, s. «i. pjrilampo, lumieira, in-
secto luminoso.
VAG.4MENTE, adc. [mente suff.), de modo
vago, com incerteza, indeterminadamente,
mundo, sgr-Ví%oi3Ua«u.^^^»'»' vida de vaga-
VAGAMUNDO, adj. V. Vagabundo.
vaganao, s. m (ant) maroto, mariola
de carregar ; vadio, vagabundo.
vagante, adj. doslg. [Uuvagans, tis,
p. a. de vagor ari) que vagua, vaga, er>
hknn' r^^^"»^'^- ^^^^ -> que carece de
í)ispo, de prelado, por morte ou passagem
. a outra sede. °
vagante, 8. f. (do precedente) vacância.
VAGAa, V. n. (Lat. vaco, are) estar vago
'f>' 9' — o olFicio, o cargo, o bispado. —
para a coroa devolver-se aeliaooílicioou
outra cousa da doação do rei. -se o hene^
fiCio, ficar vago. -, ficar livre. desocCu-
pa^. «..^..««s horas que lhe tagqtam.i^
n J^í*^-* ^1 "• ^^^ P®"^ ^*80. « O reitor
n^o havia de - a cadeira. » Vieira, car-
VAGAR, V. n. (de taga, e do hd.X.tagor,
ari, andar errante) (luctuar sobre as vagas
ou ondas ; (fig.) vaguear, andar errante,
sem destino certo, v. g. — pelo mundo,
pelos mares ; correr, espalhar-se, v. g. —
a noticia.
VAGAR, V. a. correr, discorrer vagando.
« Os maré.* que naufrago vagava. » El pino.
— o deus cm ócio santo, dar-se á vida es-
piritual.
VAGAR, s. m. (di vago) tempo desoccu-
pado, ócio. ^ão teniio — para tão frivola
occupação. — , íiilta de diligencia , oppõe-
se a pfcssa. De — , com — , vagarosamei»-
te, pausadamente.
VAGAROSAMENTE, ttdv. de vagar, pausada-
mente.
VAGAROSÍSSIMO, A, adj. supcrl de vaga-*
roso.
VAGAROSO, A, ttdj. (dcs. oso) tardo, lento,
faito de diligencia. Com passos —5, delon-
gador, detençoso.
vAGEiRos, s.m pi. {[tOT vagueiros) (ant, f
as terras vagas não cultivadas por más, ou
as calvas nos plantios onde ha cabeços es-
téreis.
VAGEM, s. f. (Lat. vagina] a bainha qnô
contêm as sementes das plantas legumino-
sas, V. g. das favas, feijões, ervilhas.
VAGIDO, s. m. [Líxl.vagitiis) o choro das
crianças.
vAGiTO. V. Vagido.
VAGO, A, círf;. (Lat. ra/yt/s) vagante, erran-
te, vagabundo; (fig) volúvel, v. g. o —
pensamento ; indeterminado, incerto, não
fixo, tj. g. desejo, discurso — . Exame — ,
sobre todos os ramos de uma scieucia. Olhoi
— , de quem os volve a todas as partes.
Forças —s, derramadas por vários lugares.
Andar — pelo campo, soltamente, sem re^
ceio do inimigo. — , (p. us.) ocioso.
"/fío A. adj. [áoLSii. vacuns, vazio) va-
cante. Lsicxí - . ^^,,^ ^ officio, o empre^
go. — , desoccupado. v. g. caba» —a ; be-
ras— s Está a moça de — , sem amante,
sem amigo.
VAGOS, (geogr.) villa de Portugal, 2 legnas
distante de Aveiro ; 8,400 habitantes.
vAGUEAçÃo. *. f. estado do que anda va-
gueando, peregrinação. — dos olhos, da
vista, agitação continua.
VAGUEADO, A, p. p, de vaguear, que va-
gueou.
VAGUEAR, V. n. andar vogando, errante,
sem objecto fixo : — com o pensamento de
objecto em objecto. — o mundo, em seo-
tido ^ctivo, correr, .i ?ob .
VAGUEAR, V. n. fluctuar, andar sobre u
ondas.
VAGUEDO. V. Vagado.
VAIA, $. f. (talvez do Lat. ta, ou do Cast.
TAl
TAL
767
naya. subjanct. fiei?*) zombaria, apupada.
Dar uma — . Levar — .
Vaidade, s. /". (Lat. vanitas, tis) osten-
tação van, yangloria, presurapção maUun-
dada de si. Diser — s, cousas sem seiílido,
fúteis. — s de pedra e cal.
VAiLETA, 8. m. (ant ) V. Velite*
TAIS, por /{i«s, do verbo Ir ; boje usa-se
por tás.
T.4I-TB-A-KLLB, í. 11». jogo dô rapazes cm
que uns andaoí ein soguirneulo dos outros.
VAJVEM , s. m. {vai, e vem) trave longa
com que antigamente se bal am as portas e
muros das cidades, e praças íortes ; o gol-
pe, o embate d'esta Irave. Dar — á porta.
Os vaizens da fortuna, do mundo, os re-<
vezes, as alternativas. Vaivéns, (!ig. eant.)
intrigas, macbinaçõas.
VAivoDA, s. f prmcipe soberano da Mol-
dávia, e Valarhia.
VAL. V. Yale.
VAL, ígeogr.) com este prefixo ba per-
to de GO povoações em Portugal, pela moior
parle insigaiílcantes ; as mais notáveis são :
1.*, — <rAzeres,'ò iegnas distante da Guar-
da, com 7l)2 habitantes ; 2.", — de Bes^
teiros, fertelissimo terreno outeirado e chão
no concelbo de Tondella, 3 léguas a O de
Vizeu, com 1,628 babitanles ; 3.", — Bom,
1 légua a E. do Porto, com 1,800 habi-
tantes ; 4.^, — de Nogueirut vila no dis-
tricto de Bragança, 8 léguas distante de
Miranda, com 450 habitantes; 5.*, — de
Nojrteiras, no concelho de ViUa-Real, 1,000
habitantes ; 6.°, — de Passos, no conce-
lho de Chaves , com Í,7U0 habitan-
tes.
TALA. V. Valia.
VALAUARCS, (gcogr.) freguezia de Portu-
ga], uo concelho de Villa-iNov i de Gaia, e
1 légua do Porto; 1,010 habitantes. Ha ou-
tra villa pouco arruada perto de Monção, 11
léguas ao S. do Braga; 12, COO habitantes.
vAi.ADio, «. TO. (aut ) baldio. De — , (loc.
adr.) de balde, inutilmente.
VALADO. V. Vallado.
VALAKCINA OU VALRNCINA, S. f. CStoffo ftn-
tigo de là que se fabricava em Valença.
TALASCO (Álvaro Vaz ou), (hist j insigne
jurisconsulto portuguez, nasceu em Évora
em 1526, falleceu em Lisboa em 1593. Dou-
torou-se na Universidade de Coimbra aonde
começou a servir como lente em 1556. Em
1560 veiu para Lisboa exercer a advocacia;
em loG7 foi nomeado desembargador da
Casa da Supplicação. Nesse mesmo anno
voltou á universidade, mas o seu estado de
saúde o obrigou a largar o lugar, voltando
a servir como desembargador em Lisboa,
aonde morreu. Compoz : Consultas, Deci'
êãeSj Praxe dç Partilhas, Questões de di-
reito emphytentico, e outras muitas, escri-
ptas indas em latim.
VAi.Dio, A, adj. V. Baldio.
VALDO, (ant.) V. Baldo e Valio.
VALE, s. w. (t. latino) a deus, formula
com que nos despedimos de alguém, ou se
termina carta familiar.
VALEDEiRo, A, odj. (ant.) V. Válido, Fir-
me.
vALEDio, A. adj. Dobras — s, eram moe^
das castelhanas que correram em Portu*
gal.
vALEDOiRo, A, ãdj . (juf. ant ) v-llido.
valedor, a, adj. (jur. ant.) vélido. t Do«r
ção entre vivos — . » Ord AíTons. l;'.-í«,,
VALEDOR, s. m. protector, que é da va-
lia de alguém ; o que vem acodir a outro
em briga, aperto.
VALEDOURo, A, adj. (ant.) váUdo, obriga-
tório,
VALEGO, A, adj. o autor do Elucidarão
conjectura que odres valégos significa no-
vos, e que ainda eslão com pez ; ou atado,
preso, como velegado, que diz ser o mesmo
que relegado. Nós cremos que vem do Fr.
ant. vealô vacca, bezerra.
VALEIRO, s. m. (do Lat. velis tis, soldado
armado aligeira) (aut.) soldado que não le-
vava besta.
VALELHAS, (gGOgr.) viUa de Portugal 3 lé-
guas distante da Guarda ; 1,360 habitantes.
VALENÇA DO DOURO, (googr.) villa de Por-
tugal, 4 léguas e meia a E. de Lamego,
perto do rio Távora.
VALENç*. DO Mono, (gôogr.) vilia e pra-
ça d'armas de Portugal, situada na esquer-
da do Minho, quasi em frente de Tuy na
Galliza ; l.ííOO habitantes.
VALÊNCIA, s. f. planta também chamada
anguira, que tem flores semelhantes ás da
giesta.
VALEXSA, s. f. (do Lat. valentia de valeo,
tre, ter força, vigor) valor, força, vigor.
VALENTÃO, ONA, adj 6 í. fanfarrão, oquo
blazona de valente, roncador, bravo. Cam-
peão, carr^peador de alguém.
vALENiE, adj. dos 2 gr. (Lat. ta/erw, tis,
p. a. de mleo, ere, ter força, vigor) que tem
valor, esforçado; que tem força, energia.
Remédio, mentira — . « Homens — s pelo
braço, pela cabeça, por letras. » Pincel — ,
de pintor insigne — , mantenedor, campeão.
— s de longe, que blazonam fora do perigo,
e que nelle esmorecem.
VALENTEMENTE, adv. [mente suff .) com va •
lentia, com esforço.
VALENTIA, s. f. valor corporal, esforço ;
acção que exige grande força, valor ; ener-
gia, r>. g. — da pintura, das expressões.
SYN. comp. Valentia, valor. A valentia
é a ostentação do valor. Aquella pôde ser
192 .
I
7G8
TAL
TAL
í*ffeito da educação, do amor, próprio, da
vaidade, e por ventura d'um puro costu-
me adquirido cora o exemplo ; este é inhe-
rente ao caracter e próprio d'nm espirito
nobre, superior a lodo risco. Aquella bus-
ca os lances em que pôde raoslrar-se ; este
os evita, porem não os refusa, quando o
ílever ou a necessidade o exigem. For isso
quando se trata duma acção em que tem
parte a arrogância e desejo de applauso,
lisa-se com mais propriedade da palavra
'valentia, que da palavra valor; assim que
a um soldado se pode chamar valeroso,
porem não o um toureiro ; este propria-
mente é valente.
vALENTissiMAMENTE, adv. supevl. de va-
lente.
VALENTONA, s. f. Ã — , (loc. adv.) por
meios violentos, pela força; com brios de
valente.
VALER, V. n. (Lat. valeo, ere, ter vigor,
força, energia) ser útil, servir, prestar, dar
soccorro, amparar, — a alguém, \aleu-me
na desgraça, em grande aperto. — com al-
guém, ter valimento, ser attendido por elle.
— , ter certo valor, preço, valia, custar.
Valia o pão a vinte róis o alqueire. Valia
o vinho caro. Valia uma gallinha um cru-
zado. — , ter estimação, ser estimado, apre-
ciado. * Tanto vales quanto has. » O saber
não vale na praça, não se vende, não pro-
duz dinheiro. — mais, ser preferível. « Não
valem cem prazeres um dos seus desgostos,»
não igualam. — menos, (ant.) perder a no-
breza. « Sob pena de menos — . » — , ter
íorça. Não valem razões , desculpas, não
lem força, não aproveitam. Valha-meDeus,
me acuda, venha em meu auxilio, —se, v.
r. servir-se de alguma cousa ou pessoa, v.
y. — do amigo, recorrer a elle ; resguardar-
sí^, defender-se, vrg. — do inimigo; — do
frio, euroupando-se.
VALERiANA, s. f. (Lat. de taleo, ere, ter
ou dar força, vigor), herva medicinal.
VALEROSAMENTE, ttdv. [mente suíT.), com
valor, esforçadamente.
VALERosiDADE, s. f. (p. us.), & qualida-
de de ser valeroso; vigor, v. g. — dos
membros.
vALERosissiMAMENTE, adv. supcrl. ds va-
ierosamente.
VALERosissiMO, A, aJj . supcrl. de vale-
roso, muito valeroso, esforçado.
valeroso, a, adj. (alterado por uso de
valoroso), dotado de valor, animoso, esfor-
çado ; que tem valia, de grande preço.
¥. Que presentes me trazem — s ? Camões,
Lusiad. Vlll, 62. E' antiquado nesta acce-
pçào. — , forte, activo, \inbo, remédio fa-
leroso.
VALfiTUDiNAaio, A. adj. (lat. vjletuiina -
rius), mal convalescido de doença, adoenta-
do.
VALHA, s. f. (do imperativo ou subjun-
ctivo do verbo valer, (ant.) Ser — , bom,
digno de approvação.
vALiiACo, (ant.) V. Velhaco.
VALHACOUTO, s. íTi. (de Valer, e couto),
lugar seguro, forte, defensável ; asylo, re-
fugio. — seguro de malfeitores. — , expe-
diente, meio de encobrir, disfarçar os seus
intentos ou defeitos. « Talvez o silencio e
a taciturnidade ^ão o — da estupidez, rião
já da modéstia »
VALHBR, (ant ) V. Valer.
VALIA, s f. valor ÍDlrinsico, ou de opi-
nião ; valimento com alguém. Carta de — ,
de favor, patrocínio, empenho ; (f g.) o va-
ledor, protector, guarda, a — a alguém, a
alguma cousa, respeita-la, guardar-lhe os
foros. — , preço, estimação. Encelleira'
ram o trigo para o não darem senão á
mór — . » Lobo, Peregr. Emprestar á mór
— , com o maior juro, usura. Comprax á
mór — . — , valor do animo, préstimo.
« Ambos são de — e de concelho. » Ca-
mões, Lusiad IV, 62.
VALIAR V. Avaliar.
VALIDAÇÃO. 5. /. o acto de fazer válido,
de dar validade.
VALIDADE, s. f. (Lat. validitas, tis), o ser
válido, legitimo v. g. A — do contracto.
VALIDADO, A, p. p. de valldar ; adj. fei-
to álido.
VALIDAMENTE, flí/p. [mcutô suíT.), com va-
lidade, de modo válido.
VALIDAR, V. a. [válido, ardes, inf.), fa-
zer válido, dar validade, legitimar ; r. g.
— um acto, contracto.
VALiDiçÃo. V. Validação.
VALIDÍSSIMO, A, adj. svpêrl. de válido v.
g. Testemunho — .
VÁLIDO, A, adj. (Lat. validus), forçoso,
robusto, potente. «Figura robusta e — . *
Camões. « Apartai — s a voga, » com for-
ça, com braço vigoroso. Contracto, acto,
juramento — , que tem validade legal. — s
concelhos, prestantes. — . (fig.) forte, acti-
vo. V. g. — s venenos.
valído, a, adj. (do sup. de valer), favo-
recido, o que lem valia, valimento, priva a-
ça com alguém, v. g. O rei tinha muitos
— s, protegidos.
VALIMENTO, s. m. [mento suíT.), privan-
ça com pessoa poderosa, de quem se con-
seguem facilmente graças, favores, para si
ou para outrem.
VALIOSAMENTE, odv . [mente suS.), de mo-
do valioso, com validade.
vAposo, A, adj. válido, que lem vali-
dade. Contracto — .
YALKi, (geogr ] cidade da Pvussia euro-
VAt
VAL
769
pea, 10 léguas ao SO. de Kharkov ; 10,000
habitantes.
vALKiRiAS,(mylh.) divindades scandinavas,
que cortam o tio da vida dos guerreiros no
campo da batalha, eos conduzem a Valhai-
la, aonde lhes servem em abundância o
hidromel.
VALLA, subjunctivo ant. de valer, valha,
valla, s. f. (Lat. valiam], escavação lon-
gitudinal, mais ou menos profunda e larga,
aberta para «iefesa de fortificação ou para
d.tr sabida ás aguas para navegação de em-
barcações pequenas.
VALtADA, s. f. valle muito extenso e
largo. ^< O monle faz grandes — s. » Pan-
taltíào d'Aveiro.
VAI.LADA, (geogr.) povoação de Portugal,
no districto de Santarém , na direita do
Tejo a 12 léguas de Lisboa ; [1,400 habi-
tantes.
VALLADO, s. m. (subst. do p. p. de val-
ia r), valla de pouco fundo com sebe ou ta-
pume para fechar ou cercar quinta ; (fig.)
quinta ou fazenda vallada.
▼ALLADO, A, p. p. devallar; adj. cerca-
do com valla, defendido, rodeado de val-
laa'. (íig.) cercado por inimigo, cercado, v.
g. lugar — de rosas.
VALLADOcm, (geogr.) cidade dellispanha
no reino de Leão, capital da intendência de
Valladolid , a 38 léguas N. de Madrid;
21,51)0 habitantes. A intendência de Valla-
dolid fica enlre as de Leão ePalencia aoN.
as de Segóvia e Ávila ao S. ; 200,000 habi-
tantes.
VALLADOLID, (gcogr.) cidadc do México,
capital do estado do mesmo nome, a 45 lé-
guas NO. do México; 18,OOU habitantes.
VAiLADOR, s. m. o c[\iG abre valias, val-
la dos ou cavfis de fortificação.
VALI AR, V. a. (Lat. vullo, are), abrir valla
para defender algum lugar , fortificar com
vallos ou valias guarnecidas de tapumes ou
topigo ; murar. — a quinta ; — as terras,
para as desaguar. — , rodear, cercar, v.
g. « vallou a natureza com os Alpes a
lialia. » Barreiros Corograf.
VALLE, s. m. (Lat. valiis, que Court de
Gébtílin deriva de bal, que elle diz signi-
ficar lugar baixo. Vem do Gr. auíós, pron.
avlós, valle, lugar estreito e longo ; aulax,
rego aberto pelo arado ; rad. phlaô, rom-
per), planicie estreita entre montes, ou ao
pé de um monte, ^fig.) « — s que os ven»
tos cavam no mar. » Vieira. Este — de
lagrimas, o mundo, a vida cheia de des-
gostos, de tribulações.
VALLE DAS FURNAS, (gcogr.) pequcua al-
deia da ilha de S. Miguel, mas celebre pelas
suas excellentes aguas thermaes. Está situa-
da no interior dá ilha, n'';.m espaçoso valle,
YOL. lY.
que lera de circumfcrencia mais de uma lo-
gua, distante cousa de légua o meia domar,
e cercado aoM. por umas rochas, a L. pela
Serra do trigo, eaoS. por pequenos outei-
ros.
VALLE, (geogr.) algumas povoaçõej em
Portugal, com esta denominação ; as mais
importantes são : 1.*, no concelho d'Ar-
cos de Val-de-Vez, com 1,000 habitantes;
2.**, a 2 léguas do Braga, com 860 habi-
tantes ; 3.^, no concelho da Feira, 4 lé-
guas ao S. do Porto, com 1,000 habitan-
tes ; 4.'', — de S. Maninho, a 2 léguas de
Braga, com 500 habitantes.
valle de zebro, (geogr ) povoação de
Portugal, situada n'uma enseida da esquer-
da do Tejo , no concelho de Alhos- Ve-
dros.
VALLELONGA, (gcogr.) cidadc do reino de
Nápoles, a 5 léguas de Mileto ; 5,000 ha-
bitantes.
VALLEZiNHO, s. wi. dimxnut. de valle.
VALLIA ou WAILIA, (hist.) 4.° TOi doS WÍ-
sigodos, vingou a morte d'Ataulfo, seu cu-
nhado, sobre o usurpador Sigerico, e tomou
o lugar deste ultimo. Morreu em 419.
VALLO , s. m. (Lat. vallum. V. Valle),
muro de pedra ou de terra para defender ■
a entrada, valla io, valla aberta.
VALLONGO, (geogr ) vila de Portugal, no
concelho da Maia 2 léguas ao N. do Porto;
3,166 habitantes.
VALLS, (geogr.) cidade dellispanha, a 4
léguas N. de Tarragona ; 9,C00 habitantes.
VALMiKi, (hist.) poeta índio, o mais an-
tigo e o mais celebre de todos : julga- se ter
sido contemporâneo de Rama, no XV sécu-
lo antes de Jesu-Christo. E' considerado co-
mo o pai da poesia épica dos Índios e atlri-
buem-lhe a invenção do dístico indio, cha-
mado sloka. Ha em nome de Valmiki um
famoso poema épico em Sanscrito, com o ti-
tulo dellamayana.
VALOS, (geogr.) paiz dos Vadicasses ou
Viducasses, antigo paiz da França, hoje ó
dividido entre a parte E. do departamento
d'Oise, e a parte do departamento dMisne ;
capital Crespy.
VALOis (Henrique de), (hist.) historiogra-
pho de França, um dos maiores sábios do
XVil século, nasceu em 160 i, morriu em
1676. As suas principaes obras são uma
edição das Uislorias ecclesiaslicas d'Eusebio,
de Sócrates, de Sozomeno, Theodoret, etc.
VALOR, s. m. (Lat. valor, preço, de «a-
leo, ere, valer, ter força, poder), preço, es-
timação, V. g. o — do dinheiro, da moe-
da, dos diamantes, das fazendas ; (fig.) me-
recimento, vaha, V. g. — da pessoa, dos
serviços. — , (fig.) valentia, esforço do ani-
mo.
193
770
VàN
XkJH
vALonBE, (geogr.) viila da Suissa, a 3 lé-
guas SO. d'Orbe; 1,000 habitantes.
vALoaosAMENTE, é corrccta ortographia,
mas por uso V. Valerosamente.
VALOROSO, A, adj. [valor, des. oso), por
uso V. Valeroso,
vALPAíiAtso, (geog".) cidade do Chili, a
25 léguas NO. de Santiago ; 40,000 habi-
tantes.
VALPERGA, (geogr.) cidade dos Estados-
Sardos, a ÍO léguas ISO. de Turim ; 3,500
habitantes.
YALPERGA Dl CALUSO, (^hist.) sabío italía-
ní>, nasceu eai 1737, morreu em 1818. Dei-
xou varias obras sobre mathematicas e so-
bre as línguas orientaes.
VALREAS (geogr,) cidade de França, a 8
léguas ^O.d'Orange; 4,270 habitantes.
VALSESiA, (geogr.) provincia dt s Estados-
Sardos, entre as d'Ossold aoN., de Pallan-
za edePiovara a E., d'Aoste a O. de Ver-
ceis e de Biella ao S. ; 35,000 habitantes.
Capital Varallo.
VALYA, s. f. (do Lat. vahce, pi., portas
que se abrem e fecham pelo meio), uma
das duas peças da concha dos mariscos. V.
Bivalve.
VALVERDE, s. fíi. planta de ornato, de fi-
gura pyramidal, belveder.
VALVERDE, (geogr.) capilal da ilha de Fer-
ro, uma das Canárias, na costa NE.
VALVERDE DEL CAMiNO, (googr.) cidadc de
Hispanha, a 9 léguas S. de Sevilha ; 1,600
habitantes.
VALVERDE DE xuCAR, (gcogr.) villa de His-
panha, a 7 léguas S. deCuença, 1.600 ha-
bitantes,
VÁLVULA, s. f. (Lat.), (t, anat.), dobra
membranosa que nos vasos sanguíneos, e
particularmente nas veias, obsta ao regres-
so do sangue, — s de bombas, peça de coi-
ro que faz o officio das válvulas dos va-
sos sanguineoí.
VAMBA, (hist.) rei dos Wisigodos, foi eleito
em 672, mas teve que lutar incessantemen-
te contra o espirito faccioso dos nobres e
contra os senhores da Septimanía. Tomou de
assalto Narbonna e Nimes. No fim de 8 annos
de feliz reinado foi destronado por Ervige.
Rfttirou-se a um mosteiro em 680.
VAMOS, como hoje dizemos no presente do
indicativo de Ir , acha-se na Eufrozma, e
na Vida do Arcebispo por Sousa.
VAMPIROS, (myth.) seres phantasticos ima-
ginários por certos povos modernos, e cuja
existência é acreditada na Hungria, na Po-
lónia na Esclavonia e nas ilhas da Grécia.
Segundo a opinião do vulgo os vampiros são
os finados que saem das sepulturas e vão
succar o sangue das suas victimas sem as
acordar.
VAN, (geogr.) cidade da Turquia-Âsiatica,
capital do pachalik, a 75 léguas SE. d'Erze-
roum ; 15,000 habitantes.
VAN (lago de), ou ardjich, (geogr.) lago
da Turquia-Asiatica, no meio do pachalik de
Van.
vANCÃo, s, TO, (t. Asiat). género de em>-
barcação da índia. Mendes Pinto.
VANDALiA, (geogr.) citlaie d' America, so-
bre o Kaskaskia ; 2.000 habitantes.
VÂNDALOS, (hist ) Vandali, nome deriva-
do de Wendes, povo da família wende, de
origem slava, habitou successivamente en^
tra o Yistula e o Oder nas costas do Báltico,
entre o Oder e o Elba, na Lusace dos moder-
nos, depois ao S , no meio dos llennunda-
res e dosQuados. Unidos aos Alanos e aos
Suevos passaram o Hheno no fim do anno
406, invadiram a Gallia penetraram na His-
panha, e estabeleceram-se na Betica, que to-
mou dtílleso nomede Vandalusía. Persegui-
dos pelos Wisigodos e Suevos deiíaram «
Hispanha em 428, ettabeleceram-se primei-
ramente na Mauritânia, depois conquistaram
toda a dioceze d'Africa.
VANDALUSÍA, (geogr ) nome das possessões
dos Vândalos na Hispanha. E' hoje a Anda-
luzia e reino de Granada.
VANDAVAL. Y. Vendaval.
VANDEUVRE OU VANDOEUVRE, (geogr.) Ci-
dade de França, a 6 léguas O. de Bar-sur-
Aube ; 1730 habitantes.
VANDOLA. V. Bandolas'
VANDOLEiRO. V. Bandolciro.
VANDRiLLE (S.), (hist.) condc do palácio no
reinado de Bagoberto I, claasurou-se em
629, pregou no paiz de Caux, fundou em
648 a fibbadia do seu nome, e morreu em
666. L' commemorado a 22 de Julho.
vANGiONEs, (geogr.)povo da Gallia, na Ger-
mânia I entre os Caracates eosNemeles, ti-
nha por capital Vangiones hoje Vorms.
VANGLORIA, s. f. jactaucía, vaidade, pre-
sumpção mal fundada do próprio mereci-
mento, OU de dotes pessoaes, desvaneci-
mento.
VANGLORiAR-SE V. r. enchop-se de vanglo-
ria, enfunar-se, jactar-se, ter presu opção
das próprias acções ou dos dotes pessoaes.
Vangloriar alguém , em sentido activo,
inspirar-lhe vangloria , desvanecimento.
vANGLORiosAMENTE , flrfv. [mente sujr,)j
com vangloria, com desvanecimento.
VANGLORIOSO, A, adj, (dos. oso), que fa-
cilmente se desvanece, presumido, presu m-
pçoso, jactancioso, vaidoso.
VANGOR, s. m. (t. Asiat.), o cabeça de ca-
sal o seus herdeiros que tem voto nasgan»
carias.
VANGUARDA,*, f. [ào¥r. ãvant-gcrde), a
dianteira, frjjnte, rosto do exercito, do re-
VÂO
TAO
771
gímento ou corpo de tropas, v. g. Levar a
— , ir adiante, na dianteira.
vanguejar, V. n. vacillar, ir escorregan-
dD.
VAífiKORO, (geogr.) grupo d'ilhas da Ocea-
nia, ó composto i)or duas ilhas Vaaikoro e
Tevai ou Amherst.
vANiLOCAHENTE, ãdv. [mente suíT.), com
vaniloquio.
TANILOQUIO, s. m. (Lat. raniloquium),
praclica. discurso vâo, palavras vans, fúteis.
vANio, s. m. na índia c a casta que se
aparenta com es Charodos.
VANissiMO, A, adj. (Lat. vanissimus, su-
perl. de vanus, vão), summamente vão, v
g. — ambição, confiança.
vANMENTK, ãdv. [mente suff.), debalde,
inutilmente, em vão.
va:ínes, (geogr.) cidade de França, perto
do golpho de Morbihon, a 105 O. de Paris •
11,020 habitantes.
VATfs, (geogr.) cidade de França, a 6 lé-
guas SO. d'Argentiere ; 2,6 iO habitantes.
VANTAGEM, s. f. (Fr. avaníage, úe avãiit,
diante, do Lai. ante ; a des. vem de ago,
ere, obrar, fazer), o levar a dianteira *, pro-
veito, superioridade. — é conforme ao Fran-
cez, d'onde o tomámos, e os radicaes lati-
nos, mas ouso antigo emoderne tem pre-
ferido ventagem.
VANTE, (ant.) V. Avante, Adiante.
vA^vRES, (geogr.) villa de França, a 1
quarto de léguas SO.de Paris; 1,700 habi-
tantes.
VAWZEÁR, V. n. (t, naut.), estar o mar
banzeiro ou vanzeiro; jogar o navio rio
mar vanzeiro.
VANZEIRO. V. Banzeiro.
VAO, s. m. (Lat. vadum, de vado, ere,
ir), lugar onde a agua do rioé pouco fun-
da, e se pode atravessar a pé ou a cavallo.
— , baixo, porcel, banco. — s cegos, (t.
naut), baixos, parcéis, bancos. Madeira de
— , de jangada, fluctuada. Tentar o — , to-
mar o *— , (fig.) sondar um negocio com pre-
caução, tentear. Não achar — , (fig ) meio
de conseguir algum intento, negocio. Se o
céu ier — , (fig.j commodidade, meio op-
portuno, ensejo, opportunidade. Fazer — ,
passa-lo primeiro servindo de guia. — s, (t.
naut.), traves em que assenta a coberta da
náu onde anda a artilharia, ou por baixo
dos castellos ; paus gradados na cabeça do
riastro onde assentam as coroas e enxárcia ;
paus cruzados nas gáveas.
VÃO, adj. m., vÃA ou vaw, f. (Lat. va-
nus, de vanescere, desvanecer, desappare-
cer. Os etymologistas derivam «anus de ca-
care, ou vacuare, vasar, quasi vaeuanus),
cuco, vazio Conchas — «, (fig.) inútil, fú-
til, sem fundamento, sem razão. — «cuida^
!dos, receios. Esperança — .Razõjs— í.' — ,
I vaidoso, desvanecido, r. g. mais — qjieuai
I pavão. « A ambição é — e ventosa. » Ilei-
1 tor Pinto. Em — , sem apoio, sem asscn-
I to ; (fig ) debalde. Sahir em — ; achar-se
em — , ficar em — , sahir — , baldar-se.
v.Ão, s. m. (do precedente), espaço vão,
vazio, intervallo. Um — na parede. O —
entre as columnas. PI. — s.
VAOUR, (geogr.) villa de França, a 7 léguas
NO. de Gaillac ; 650 habitantes.
VAPOR, s. m. (Lat. vapor, ou vapos, oris,
do Gr. aúô. pronunciado avo ou apo. Em
Egypc. phoci significa arder), exhalação,
fumo que se separa dos corpos aquecidos;
agua ou outro liquido reduzido a gazpelo
calor. Vapores athmosphcricos , que se le-
vantara da terra ; — fulphureos., Aíachina
de — , cujo o motor é o vapor da agua aque-
cida em um cylindro, e condensado em ou-
tro. Barco a — , movido por machina de
vapor que dá o impulso a rodas.
vAPORAçÂo, s. f. (Lat. vaporatio, onis],
o acto de vaporar ; elevação de vapor.
VAPORADO, A, p. p, de vaporar ; adj. eva-
porado, exhalado vapor, ou fumo.
VAPORAR, V. a. (Lat. t;fl;?oro, are), lançar,
exhalar vapores, evaporar. « Caçoulas va-
poram aromas. Barros. — cheiros, « Viam
no cume da ilha — fogo. » Barros, Dec.
III, 5, 5, alludindo a um vulcão. « Vapo-
ra sulphiireas ondas em fumoso rolo. »
Mousinho. — , v. n. exhalar fumo, vapo-
res. « Âmbares, e aromas vaporando nas
caçoulas. » Vieira.
Vi; naquella que o tempo tornou ilha.
Que taaibem áammas trémulas vapora.
Camões, Lus. X, 135. j
VAPOROSO, A, adj. (des. oso), que solta,
lança de si vapores; da natureza de vapor,
cheio de vapores, tj. ^. o ar — . Fomen-
tação — , fumigação. Cabeças — s, (fig.)
cheias de vaidade. — , doente de vapores,
flatos ou de hysleria.
VAPORZINHO, s. m. diminuí, de vapor, ex-
halação subtil.
VAPULAR, V. a. (Lat. vapulare.) V, Açou-
tar.
VAQUEIRO, s. m. pastor, guardador de ga-
do vaccum , vestido rústico pastoril, vestido
de tambor apassamanado de mangas perdi-
das e estreitas.
VAQUETA, s. f. (de tawfl), sola branda de
sapatos e botas.
VAQUETA, s. f. (Fr. bagMette), vara com
pilãozinho com que se ataca a pólvora na es-
pingarda. — *, peças de páu torneadas com
que se toca o tambor.
193 .
77S
VAR
TRl
VAQUINHA, s. f. diminui, de vacca, no-
vilha, vacca pequena.
VAR, (geogr.) Taro em italiano, Varusem
latim, rio de França, que sae dos Alpes, e
que se lança no Mediterrâneo, perto de S.
Lourenço de Var,
var, (geogr.) departamento maritimo da
França, no seu angulo SE. limitado ao N.
pelo dos Baixos-Alpes, a O. pelo das Boccas
de Rhodano, ao S. pjlo Mediterrâneo, a E.
pela Sabóia ; 823,000 habitantes. Capital
Draguignan.
VARA, s. f. (Lai. vara, estaca. Court, de
Gébelin o deriva de bar, var ou par, ra-
dical que elle diz significar travez. Eu in-
clino a crer que cara vem de arbor, arvo-
re), haste, ramo delgado de arvore ; ramo
lizo, direito de arvore, v. g. de varejar, ou
para fazer andar barcos em rios pouco fun-
dos. — do lagar, tronco direito de arvo-
re que espreme as uvas ou azeitonas, por
meio do peso que tem pendente da cabeça.
— ou varinha do condão, vara magica, de
fazer encantos com o toque d'ella ; (fig.) vir-
tude, dom de fazer cousas extraordinárias.
— , insígnia de magistrado ; (fig.) juiz, ma-
gistrado, autoridade, poder , império. A
real — , osceptro, o império, o mando. Cor-
rido á — , perseguido da justiça. Empunhar
a — , entrar no cargo de juiz, magistrado,
começar a governar. Encostar a — , deixar
de ser juiz. — de castigar ; (fig.) açoute,
castigo. — de caçar aves, enviscada. — s.
tenras ; (fig.) gente moça. Lançar — s, para
descobrir thesouros, espécie de feitiçaria ,
segundo a crença do vulgo, e impostura dos
enobusteiros ; para descubrir agua subter-
rânea. Tremer como — s verdes, de medo,
como os ramos da «Tvorecgitados pelo ven-
to. — , medida de extensão igual a cinco
palmos craveiros, ou três e meio pés por-
tuguezes. Uma — de panno, de fita. --,
(fig.) linha extensa, grande enfiada r — de
porcos, 40 a 50 porcos. — do castello, a
parte mais alta d'elle d'onde se descortina
mais parte ao longe. — de Coromandel,
corda rija de vento teso que vareja, açouta
aquella costa
VARAÇÃo, s. f. varadouro ; o acto de va-
rar,
VARADES, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas E d'Aucenis ; 3,620 habitantes.
VARADiN, (geogr.) cidade da Hungria, a
8 légua iNO. de Paucsova ; 3,007 habitantes.
VARADiN ou VARASDiN, (gcogr ) cidade dos
Estados-Austriacos, 17 léguas NE. d'Agram,
4,500 habitantes.
VARADIN (Grande), (geogr.) Gross War-
dein em allemào, Nagy, Varas emmaágyAT,
cidade da Hungria, capital do condado de
Bihar ; 17,500 habitantes.
VARADO, A, p. p. de varar ; adj. enca-
lhado; remo — , fiacado, que não rema.
Lança — enrestada, tesa. Quilha — , pos-
ta em secco.
VARADOURO, 5. m. O lugar secco onde se
recolhem de inverno as embarcações peque-
nas ; (fig. p. us.), lugar onde se ajuntam
pessoas para descançar, v.g. — de vaquei-
ros,
VARAL, s. m. vara longa e grossa para
vários usos, v. g. — de liteira, ou pira es-
tender redes. Entre os varaes da sege vai
a besta.
VARALLO, (geogr.) cidade dos Estados-Sar-
dos, capital da intendência de Valsesia, a Vá
léguas NO. de Novara ; 3,250 habitantes.
VARAiscADA. V. Vardascada.
VARANDA, s. f. (t. Sanscrit. virayidah]^
obra sacada do corpo do edifício, coberta ou
descoberta, de ordinário com grades ou ba-
laústres, onde se toma o fresco, o sol —
da popa, (t. naut.), espécie de galeria. —
de lagar de azeite, roda dentada que en-
granza em outra chamada enírosa de moi-
nho, e a faz andar. — , (ant. e obsol.), vem
em Freire, Eljsios, foi. 174, no sentido fi-
gurado de varadouro.
VARANDINHA, s. f. diminut. de varanda.
VARANES ou VARANANES, (hist.) uomc dado
pelos historiadores gregos a muitos reis per-
sas da dynastia dos Sassanides, cujo verda-
deiro nome éBahram ou Behram.
VARÃO, s m. (Lat. vir, contracção do
Egypc. piromi ou phiromi, pi artigo mas-
culino, e romi, homem, varão. O accusa-
tiyo virum corresponde perfeitamente ao ra-
dical, substituído o /"ou V, ao p ou ph, E-
gypcio. Romi é formado de hra, face, figu-
ra, e meui, memoria, intelligenoia), homem,
marido ; homem esforçado, adulto ; homem
corajoso, valoroso. Filho — , macho.
VARÃO, s, m. augment. de vara, haste
de ferro ou outro metal, vara de ferro.
VARÃO ou BARÃO, (gcogr.), villa de Por-
tugal, situada perto de 2 milhas acima de
Monte-mdr o Velho na esquerda dn Monde-
go e a 2 léguas e meia de Coimbra ; 1,300
habitantes .
VARAPAO, s m. (comp.), vara grosas e
forte de malhar, espancar, cajado.
VARAR, V. a. (talvez venha de vara de
barqueiro, e significa fazer encalhar o barco
impellindo-o com varas), fazer encalhar a
embarcarão. — navios em terra, fazer en-
calhar, tirar, puchar para o varadouro, pôr
em secco. — , fazer sahir : « até os — fo-
ra da povoação. » Góes, — , atravessar, r.
g. — com a espada ou lança, de parte a
parte. — , passar alem sem entrar; — a
barra, o rio, o porto. — alguém o seu bai-
lei em algum negocio, (fig.) — , t?. n. en-
VAH
VAR
m
talhar, dar em secco ; passar alem, alrn-
vessar, v. g. n o navio varou por eimado
arrecife. » Mendes Pinto, cap. fil, s^hir
para fóra, « varou por uma porta. » Cou-
to. € — por entre o? navios da armada. »
Chron. de D. Joho III.
VARD\NE ou vARTAN, (hist.) rei dos Par-
thos, succedeu a seu pai Artab.in IH, no
anno 4^ de Jesu-Christo, teve durantfi todo
o seu reinado que combater as pretenções de
seu sobrinho liotarsés, foi assassinado pe-
los seus ofliijiaes no momento em que aca-
bava de vencer.
v*RDANE. (hist.) príncipe de Daron na Ar-
ménia, govornoa o seu paiz no interregno
que durou d^sde-ilGaté 41S, Poz-se 4 fren-
te de uma insurreição contra Yesdedjerd II
rei da Pérsia, e bateu os Persas n6S margens
do C}T0. Morreu em 451.
VARDARi, (geogr.) rio da Turquia-Euro-
pea, sae da vertente oriental do Tchar-
dagh.
VARDASCA, s. f. (de vara), vara delgada
de acoutar.
vardascada, *. f. golpe com vardasca.
vareaÇão. V. Vereação.
VARKADO, A, p. p- de varear; adj, me-
dido ás varas.
VAREAGEM, s. f. medíção ás varas.
VAREAR, V. a. [vara, ar des. inf.), me-
dir ás varas, v. g- pannos, estofíbsv.
vAREDA, V. Vereda.
VAREGLES, (geogr.) (de Tí*ar5í, banido) povo
normando saido da Noruega, foi chamado á
SIavoíiia pelos Novogorodios pára deílender
a fronteira septentrional contra as incursões
dos Finnezes, mas no fim de alguns annos
Rurik, seu chefe apo'lerou-se de Novoro-
god, e tomou o titulo de princepe.
TARKJA, s. f, lêndea de mosca varejei-
ra.
VAREJADO, A, p.p. de varejar ; adj. açou-
tado com varas, derribado com varas, v.
g, as oliveiras — s, examinado pelo vare-
jo, medido.
VAREJADO», s, m. o que faz o varejo ,
medidor,
varejadlra, s. m. acto de varejar.
VAREJAMEMO, s. m. [mento suíT.), o acto
de varejar, medição de fazendas para co-
brar as sizas d'eUas.
varejão, s. m. augmení. de vara, vara
grande.
varejar, c. a. [vara, des. e/ar), exami-
nar pelos ofliciaes do varejo as fazendas que
05 mercadores tinham nas suas loges, para
cobrar a siza das vendidas. — , sacudir der-
ribar com varas, açoutar; v. g. — as oli-
veiras, para fazer cahir a azeitona ; (fig.)
— a praça com tiros, bater com artilharia,
soprar rijo, com violência, v. g. o vento
»0L. IT.
varejava a cnsla, ou em 'sentido abs., o
vento varejava do mar, .soprava rijo, teso.
va^kjrira, s. f. mosca grosa que ator-
menta as bestas e fax um zuuido, donde lho
vem o nomo.
varejo, s. m, (de tara), acção de vare-
jar arvoret, para fazer cahir os fructos, n.
g. o — das oliveiras, (fig.) acção do bater
com artilharia e outras armas de arremes-
so. — , (fig ) correcção, reprehensào !»spe-
ra. — , (ant.), averiguação, medição das fa-
zendas existentes nas logps e almazens dos
mercadores, para cobrar a siza das vendi-
(\%s, e Foconbecer se houve descaminho oii
fraude nas declarações feitas nas alfander
gas. Dar — nos mantimentos, averiguar os
que ha, para ver se abastara ; — nas lo-
ges, para vei se ha contrabando ; nas lo-
ges dos ourives, para averiguar se as peças
de ouro ou prata tem os quilates da lei.
— de almotaceis, vereadores, vereação.
VAREL, (geogr.) cidade do gran-ducado
d'OIdenburgo, a 7 léguas N. d'Oldenburgo ,
3,000 habitantes.
VARELETE. V. Varhte.
VARELLA, s. f. (t. Asíat.}, pagodo, tem-
plo.
VARENNES, (gcogr.) cidade França, a 6 lé-
guas E.deLangres; 1,300 habitantes.
vARENNns-EN-ARGONNE, (geogr.) cídado dft
França, a 7 léguas NO. de Verdun ; 1,700
habitantes.
vARENNES-suR-ALUBR, (geogr.) cida ]e de
França, ali léguas NO. de Falisse ; 2,190
habitantes.
VARETA, s. f. díminut. de vara, vara pe-
quena, varinha de páu ou ferro para ata-
car a pólvora n^s espingardas , pistolas,
etc. — « de tambor, vaquetas ; — do leque.
Passar pelas — 5, castigo militar, açoutar
com as varetas, das espingardas, ou com
chibatas*
TARGA, s. f. (talvez do Fr. varra, arpéo
de pescar tartarugas), (ant.), certo artificio
de pescar.
VARGA, s. /". vargem alagadiça.
VARGEA2ISHA, s. f. diminut. de vargem,
pequena vargem.
VARGEM. V. Várzea.
vaRguijar. V. Vergar, Dobrar.
VARDELV, (geogr.) villa da Transylvania,
a 4 léguas SO. deiiatszeg,
V.4RIA, s. f, ou varíax, s. m. peite do
tamanho da tainha, pintainha ; pesca-se na
barra de Setúbal.
vARiAç.vo, s f. (Lat. varialio, onis), a
acto de variar ; inconstância, variedade de
principios, systema, ditos. A — da agulha,
o seu desvio do verdadeiro ponto do norte.
A legislação é sujeita a frequentes caria-
ções^
Í9\
774
VAR
TAR
SYN. comp. variação, variedade. As mu-
danças successivas num objecto constituem
a variação. A multidão de diííerentes obje-
ctos produz a variedade. Por esta razão se
diz, a variação dos tempos e a variedade
das cores. Não pôde haver governo estável
num povo, cuja legislação é sujeita a con-
tinuas variações. Nas differentes espécies dos
seres criados observam-se muitas varieda-
des.
Variado, a, p. p. de variar; adj. que
soíTreu variações, v. g. este sujeito tem —
muito nas suas opiniões. Cores — s, mati-
zadas. Mármores — s com ondas e aguas.
« Terra — de valles e cabeços. > Lucena.
variagem, s. f. direito que se paga na
alfandega.
VARIAMENTE, ttdv. [mente suff.), de vários,
diversos modos.
VARIANTE, adj. dos 2 g. (Lat. variatis,
tis, p. a, de variar e], que varia, mudável,
inconstante. Testemunhas — s, que variam
em seus depoimentos, que ora dizem uma
cousa ora outra. Lição — do texto, diffe-
renças entre os diversos exemplares, códices
ou manuscriptos. Juizo — , delirante.
VARIANTE, s. f. (do precedente, lição va-
riante do texto. V. g. As — s da Biblia.
VARIAR, V, a. (Lat. vario, are. V. Vario),
fazer vario, diverso, diversificar, dar varie-
dade, V. g. — as cores, os vestidos, as
viandas, as expressões, o ostylo. — , fazer
inconstante; — o juizo, fazer desvairar. —
as occupações, os estudos ; o trabalho com
o ócio, alternar. — , v. n. mudar, sollrer
mudança, ser inconstante. Variam as esta-
ções, as circumslancias, os gostos, as modas,
as opiniões. Variou a fortuna. — a agu-
lha, desviar-se do ponto norte. Variam os
pareceres, desconformam. — ^^se, v. r. imp.
mudar-se alternadamente.
VARIÁVEL, adj. dos 2 g. (des. avel), su-
jeito a variar, mudável, inconstante, v. g.
Homem, génio, fortuna — . As variáveis
sortes das cousas humanas. Tempo, vento,
temperatura — .
VARIAZ, s. m. V. Varia, peixe.
TARiCEs. V. Varizes.
VARicoso, A, adj. (Lat. varicosus], (t.
med.), que tem varizes. ». 5». Pernas — s.
VARIEDADE, s. f. (Lat. varietas, tis), di-
versidade de indivíduos, de cousas ; mul-
tiplicidade de cousas ; instabelidade. v. g.
— da fortuna, do tempo. — , (t. de hist.
nat. e de bot.), subdivisão das espécies, que
consiste em leves diíTerenças dos caracte-
l-es disti activos.
VARIEGADO, A, ttdj. (Lat. voriegatus), de
varias cores, pintas, matizes.
VARiLHES, (geogr.) cidade de França, at
léguas S. dePamiers ; 1,600 habitantes.
VARINA, 5. /.embarcação pequena déra-
mos.
VARINAS, (geogr.) cidade da republica de
Venezuela, a 112 léguas SO. de Caracas ;
6,000 habitantes.
VARTNEL. V. Barinel.
VARINHA, *. f, diminuí, de vara vara
delgada. Ter — de condão, (fig.) conseguir
quanto se deseja.
VARIO, A, adj. (Lat. «anus, que uns de-
rivam do Gr. baliós, manchado; outros do
Lat. viarius, dedi\ersos caminhos. Eu an-
tes o derivara do Gr. aerethô, suspender,
ser ligeiro, inconstante), diversos do outro,
V. g. cores --#. — s nações. — s vezes; de
diversas cores, v. g. o — pintasilgo, pa-
vão. — , inconstante, mudável. Juizo — .
Vontade — . — , que varia nos ditos, que
se desdiz, contradiz. A — deposição das
testemunhas.
VARÍOLA, 8. f. (Lat. de vari, signaes, co-
vinhas das bexigas), (t. med.), bexigas.
VARIOLOSO, A, adj. (des. oso), da varíola.
Matéria, vírus — . Erupção — .
VARius, (hist.) poeta latino, amigo de Vir-
gílio e de Horácio, sobre vi veu-lhes e dizem
que corrigiu a Eneida. Morreu no anno 10
ou 11 antes de Jesu-Christo.
VARIZES, 8. f. pi. (Lat. varix, icis), (t.
med.), tumorzinhos causados pela dilatação
parcial das veias.
VARLETE. s. f. (Ff varUt), lacaio, cria-
do, servidor.
VARNA, (geogr.) cidade da Turquia-euro-
pea, na costa do mar negro a 24 léguas ao
SE. de Silistria : 16,000 habitantes.
vARNEs ou vARiNs, (geogr.) povo da Ger-
mânia, aoN., sobre o mar Báltico, entre o
Elba e o Oder, no Mecklemburgo, era de ori-
gem slava.
VAROA, s. f. V. Virago.
VARÕIL. V. Varonil.
vARõiLMENTE. V. Varonilmente.
VARONiA, s. f. a qualidade de homem
feito, ou varão. Descender por — , por ma-
chos, e fêmeas, por linha masculina.
varonil; adj. dos 2g. de varão ; de ho-
mem feit s robusto, esforçado. Idade, voz,
animo — .
varonilidade, s. /", idade varonil, a qua-
lidade de ser varão, varonil, esforçado.
VARONILMENTE, ndv. [mento suff), como
varão, com esforço varonil.
VAROUNA, (myth.) o deus das aguas na my-
thologia Índia, tem por mulher Varouni ; a
sua corle é" composta pelo Oceano ou Samon-
dra, pela deuza Ganga e pelas outras divin-
dades dos lagos e dos rios.
vARBÃo, 8. m. (Fr. verràt, do Lat. ter^
res), porco não capado, para fecundar as
porcas. Vulgo barrão, bar rasco.
TAR
VAS
775
VARRÃO, (hisl.) C. Terentius Varro, côn-
sul romano no anno216 antes de Jesu-Chris-
to, era íilho de um carniceiro e deveu a sua
eilevação á populaça, assignalou a sua co-
ragem pela temeridade com que deu a de-
sastroza batalha de Canoas, em que só lhe
eicaparam 10,000 homens.
vARRÃo, (hist.) M. Terentius Karro cha-
mado o mais sábio dos Itomanos, nasceu no
anuo 115 antes de Josu-Christo, terminou a
fua educação nas escolas d'Athenas. Escre-
veu mais de^)00 volumes, mas só nos res-
tam as seguintes obras : De re rústica, Scrl-
ptores rei rusticce ; De (ingua latina, e fra-
gmentos das Satyras Menippeas.
VARRÃo, (hist.) P. Terentius Varro Âtaci-
nus, poeta, nasceu no anão 82 antes de
Jesu-Christo. Alem de dous ou três poe-
mas didaticos, traduziu em verso os Argo-
nautas d'Apollonio.
VARREDEiRA, s. f. (dc varter), (t. naat.),
veia do navio, que se lhe põe para tomar
mais vento, quando ellc ó favorável.
VARHEDEiRO, s. TM. (aut.), varredor.
VARREDOR, s. w. moço que varre a casa,
homem que varre as ruas. — , varre deira,
vela.
VARREDORA, adj.f. quearrasta^ Uede-^,
que arrasta e traz muito peixe. E uma re-
de — , (loc. tig. efamil.) nada Ine escapa,
tudo leva após si, ou furtando.
VARRBDOURO, s. m. vassoura do forno.
VARREDURA, s. f. acção de varrcr ; o que
se tira varrendo. As — s, lixo.
VARRER, c a. {Lat. verrere] limpar o li-
xo, o pó a poeira das casas, as immundi-
cies da rua com vassoura ; (fig.) arrastar
pelo chão, V. g. — o chão com o vestido
roçagante. « Varrendo triumphantes estan-
dartes pelas ondas. » Camões, Lusiad. x,
73, em sentido absoluto. O vento varre a
areia da praia. O norte frio o largo ceu
varria. — as ondas, as aguas, levar com
Ímpeto. — , (fíg.) tirar, expellir, v. g. —
da memoria. A artilharia tarreu tudo, fez
desapparecer o inimigo, derribou as fortifi-
cações.
VARRIDO, A, p. p. de varrer ; adj. V. o
verbo. Louco — , (fig.) completo, sem ponta
de juizo. « — de vergonha, » desavergo-
nhado. Camões, Seleuco.
VARSÓVIA, (geogr.) Warsava em polaco,
Warschau em allemão, cidade da Kussia-
europea, capital da Polónia russa, na mar-
gem esquerda do Vistula ; 125,000 habitan-
tes.
TARUDO, A, adj. que tem vara, haste gran-
de e direita. Pao — , arvore de hasta gran-
de e direita.
varus (P. Quintilius), (hist.) general ro-
mano foi cônsul no anão 12 autes de Jesu-
Chrislo, e depois procônsul naSyria, apnde
Se enriqueceu com as extorsões, finalmente
foi governador da Germânia. Foi morto no
anno 10 antes de Jesu-Christo nos desfiladei-
ros de Teutberg , pelos Germanos revollt-
dos.
VÁRZEA, (geogr.) ha no reino de Portu-,
gal uma dúzia de povoações d'este nome ;
as que mais avultam são : 1 .*, no conce-
lho de Santarém, com 700 habitantes ; 2.*,
no de Tavares, 4 léguas e meia a E. de
Viseu, com 6Ú0 ; 3.^, no da Certãa, com
1,100; 4*, no de Amarante, com 800;
5.^, denominada de Àbrunhaes, perto de
Lamego, com 680 ; 6.', ^ do Douro, no
concelho de Penafiel^ com 700; 7.*, — de
Góes, no de Góes, com 1,000 habitantes.
VÁRZEA, s f. (do Arab. barr, campo, e
sahra, seara, campina semeada de pão) cam-
po plano ou de pouco pendor, e cultivado :
— de pão, de arroz.
VARZY, (geogr.) cidade de França, a 4 lé-
guas SO. de Clamecy ; 2,740 habitantes.
VASA, s. f. (Fr. vase) o fundo de rio ou
do mar, térreo ou de iodo atoladiço.
VASA, s. f. (t. de jogo carteado) (Cast.
baza) a totalidade das cartas jogadas a cada
mão recolhidas pelo parceiro que ganhou.
Fazer — , — todas as — s. Deixar fazer
— s, (fig ) deixar participar alguém de al-
gum commodo, vantagem. — s, nome de
um jogo, também chauiado pisioletas. — ,
(ant.) V. Base.
VASABARRis, í. m. lugar da costa mui su-
jeito a naufrágios. — , (fig.) « Dar com tudo
em — , » deitar a perder, arruinar. •« Dar
com a gente em — , » matar. Bocage.
VASADO, A, p. p. de vasar ; adj. evacua-
do, despejado ; fundido, furado.
VASAUOR, s. m. ferro de correeiro com
que se abrem buracos redondos,
VASADURA, s. f. ã agua que so vasa e des-
peja ; o vasar líquidos em vasilhas, ou o der-
ramâ-lo.
VASANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a. Lat.
em ans, tis) que vasa .Maré --.
VASANTE, s. f. A — da maré, quando ella
vasa. — da /wa, minguante. Dar — , va-
são, sabida.
VAS.Ão, s. m. ou f. (do Lat. evasio, onis)
evasão, sabida ; o acto de esgotar o liquido
de um vaso ; (fig.) exportação, sabida, ex-
tracção. Estes géneros tem — para o Le-
vante. Dar — , expedição a negócios, aos
requerimentos.
vaSar, V. a. (do Lat. t?acuo, are) despe-
jar o liquido do vaso, tanque, desaguar, k O
Indo e o Ganges que descarregam, etUsam
suas aguas em o grande Oceano oriental. »
Barros. — as carnes do sangue, (ant.) san-
gra-Ias, esgotd-las d'elle, — muito san~
194 «
776
TAS
VAS
gue, perde-lo. — ascasas, almazens de mó-
veis, fazendas, despejar. — , (tig.) dar lar-
gamente, v.q. vasou a bolsa. — , dar ex-
tracção, satiida a mercadorias : óant. nesta
«ccepção. — , fazer cuco, abrir buraco. —
um olho, exlrahir-lhe o buííalho, ou os hu-
mores. — a parede, abrir-lhe um vão. —
peça solida, cavâ-la. — buracos, abri-los,
furar. — , fundir, v. g. — obras de ouri-
ves, peças de ferro, ou de outro metal. — ,
passar de parte aparte. « Vasou-lhe as coi-
xas com um tiro. » Góes. — o lança em
alguém, embeber-lb'a toda, traspassâ-locom
tília. — , V. n. esgotar-se, ir-se esgotando
o liquido, V. g. — a maré. — , sahir. «A
gente vasou pela porta. » Barros, Dec 2,
'i, A. « Assi como entravam por uma porta,
vasavam' logo por outra.» ílendes Finto,
cap. 65. — SE, t). r. ficar vazio, despejar-
áe ; escapar-S(í, esooar-se(a gente). Vasar-
.se em sangue ou de sangue, ficar exhaus-
to d'elle, por grande hemorrhagia. — se, ex-
portar-se clandestinamente : « por ali se va-
sáva a maior parte da pimenta da índia. »
« Com que o reino se vasou e esgotou de la-
vradores, » Couto, alludindo á emigração
para as conquistas do ultramar.
VASARHEI.Y, (geogr.) cidade da Hungria,
sobre olagoHode o canal Carolino, a 5 lé-
guas ^E. deSzegedin ; 6,000 habitantes.
VASCA, s. f movimento convulsivo. — 5,
náuseas, anciãs de vomitar. Fazer — s a al-
guém sobre alguma cousa, mostrar que
d'ella recebe grande desgosto e angustia.
VASCÃO, (gtíogr.) pequeno rio de Portu-
gal, no Algarve, nasce ao N. da serra do
Caldeirão, e entra na direita do Guadiana,
unido ao Careiras e Lampas que corre do
Alemtejo : tem de curso 9 léguas ; é rápi-
do e pouco piscoso.
VASCOLEJADO, A, p.páe ascolejar ; adj.
agitado o liquido encerrado em vaso.
VASCOLEJADOR, A, adj. que vascoleja ; (fig.)
que perturba. « A mesma propriedade da
nqueza é inquieta, e — de si mesma. » llei-
tor Pinto.
vascolejar, V. a. (Lat. vasculum, dim.
decaí, vaso, «/ardes.) agitar o liquido con-
tido em garraía ou vaso semelhante ; (fig.)
perturbar, inquietar, agitar.
vasconf.s, (geogr) ho]e Navarra e talvez
parte da Bisjaya, povo Ibero, que habitou
por muito tempo na Hispanha, ao N. do Ibe~
rus (Ebro) entre os Canlabrios e os lacceia-
«i.
VASCONGADO, A, adj. V. Vasconço, Vaj-
cangado,
vaSconcíar, V. n. fallar vasconço ; joco-
so, em sentido activo. — finezas, dizô-ias
em phrase grosseira.
yA3Co.v;o, a, adj. da Biscaja e Guipuscoa.
— , s. m. a lingua vasconça ou vasconga-
da ; (fig.) linguagem embaraçada, tosca,
grosseira, quasi inintelligivel.
VASCONGADO, A, adj. da Biscava e Gui-
puscoa. Lingua, províncias — s.
vASCoso, A, adj. [vasco, des. oso) que
tem vascas, convulso ; que tem anciãs, náu-
sea.
VASCUENCE. V. Vasconço.
vasculho, s. m. vassoura fixada em uma
vara, para limpar fornos ; (fig.) cousa ou
pessoa muito suja.
VASEiRO, A, adj. Veado — , de casta pe-
quena .
vASENTo, A, adj. {rasãf lodo, des. ento)
lodoso, atoladiço.
VASiADOR. V. Vaziador.
VASILHA, s. f. [vaso, 8 dcs. ilha vem do
Gr. ehelein, encerrar), vaso do serviço de
casa e da adega ; navio. « — s de menos
porte. » Barros. Cheirar á — , diz-se do
vinho, azeite, etc. quo contrahe o sabor da
madeira ou bafio do vaso ; (fig.) diz-s3 do
estrangeiro que pronuncia e falia mal a
lingua portugueza.
vAsio. V. Vazio.
VASO, s. m. (Lat. vas,vasis, aqneM.de
Roquefort dá a extravagante etymologia de
vescus, bom para se comer. Court de Gé-
belin diz que significa levar, mas não ex-
plica a origem do s radical. Em Egypcio
fai significa levar, e ce ou çô bebida), qual-
quer peça concava de barro, páu, vidro,
metal, etc. destinada a conter líquidos ou
sólidos. É nome genérico e applica se a to-
da a qualidade de vasilhas, grandes e pe-
quenas. — , navio. — s de gtierra, navios.
— s de flores, cheios de terra onde estão
plantadas plantas que dão flor. — *, (t. anat.j,
as artérias, veias, duetos lymphalicos, etc.
— , (fig.) tudo aquillo que encerra, ou é
susceptível de encher ou de conter grande
porção. — do rio, alveo, leito. — terreno,
o corpo humano. O negro — , a sepultura,
o tumulo. — s de honra, os bons, os jus-
tos que honram a Deus. — s de ignorância,
os pecadores, os maus. O homem — da ne-
quicia, máu, perverso. — de fúria, ira,
vingança, (fig.) estas paixões em summo
grau. Beber o — da ira, da fúria, irar-se,
enfurecer-se. Beber o — das amarguras ,
tormentos, trabalhos, (fig.) sofl'rer muitos
males. Beber o caliz da lisonja, embriagar-
se com ella. O — da mulher, a natura, o
órgão da geração. — , nome de uma con-
steilação, o copo. — s, (t. naui.), na anti-
ga construcçào náutica, onvasadura, peças
em quiB se sostinha o casco do navio.
VASO, s. m. (do Ingl. baize. panno dela
felpudo, do Pers. pozah^ felpa do panno),
(ant,), droga antiga de lã, preta, que se
VAS
TAU
777
ra7Ía por luclo. « Dona vestida de — , »
Palm. « lodo o reino se vestio de — e al-
mdfega. » Resende, Chron. de D. João li,
cap. 132.
Moraes cuida que virá de 6a/oou baço,
côr escura, no quu evideulemenlc se enga-
na.
vasoso, a, adj. {vasa, des. oso], lodoso.
Fundo — de rio.
VASOZiKHO, 8. m. diminui, de vaso.
VASQUEJADO, A, p. p. de vasquejar ; adj.
convulso ; nauseado, engulhado.
VASQUEJAR, V. H. ler vascas, torcer- se com
convulsões ; ter nauseos, engulhos.
VASQUEIRO, A, adj. que causa vascas, au-
cias, afllicção ; (fig.) trabalhoso de alcan-
çar. Anda — , o que custa trabalho para
conseguir. Dar — e não em cheio, de es-
guelha. « Lançai-lhe d conta sem a hospe-
da, e olhai não vos saia — . » Eufr.
vASQUiNDA, s. f. (Cast.), sflia curta anti-
ga, e hoje usada pelas mulheres em Hispa-
nha, com muitas pregas em roda da cin-
tura.
vassa. V. Vaia,
YASSALLA, s. f. (V. Vassalo], mulher su-
jeita ao rei.
VASSALLAGEM, s. f. (Fr. vassclagé). a qua-
lidade, os serviços e obrigações de vsssal-
lo ; multidão de vassallos. v. g. Fazer, re-
conhecer — , reconhecer-se por vassalJo.
VASSALLAR, tJ. a. {tãssallo, ar des. inf.),
tributar vossallagem. f. p. e adj. de Vas-
sallado.
VASSALLO, s. m. (Fr. vassal, do Céltico
vas ou^uoí,, varão, senhor, e do Saxão
lyda, obedecer, ou leu, livre, porque os
vassallos eram senhores livres, e só obede-
ciam ao rei, o qual, no systema feudal, era
o único que não tributava vassallagem a
outrem), antigamente os grandes, e os ricos-
homens se diziam vassallos d'El-rei : — s
grandes ou maiores. Também os havia não
fídalgos, ou que só tinham algum dos fo-
ros menores. Os senhores f*udaes também
tinham vassallos. — hoje é sinonimo de
súbdito, sujeito do rei.
VASSKLONF", (geogr.) W.isselnheim em al-
lemão, cidade de França, 5 léguas e meia
ao O. de Strasburgo ; 4,375 habitantes.
VASSOURA, s. f. (do Lst. versum, sup.
de verro, ere, limpar, varrer), molhos de
palhas, piaçá, ou de cabello, etc. fixado na
extremidade de um páu para varrer.
VASSOURADA, s. f. golpe do vassoura.
VASSORINHA, *. /. dlmtnut. de vassoura.
VASST, fgeogr.) Vadicassis, cidade d\i Fran-
ça, 11 léguas ao KO. de Chaumont ; 2,700
habitantes,
VASTAÇÃo, s. f. (Lai. tastatio, onis], as-
solação, estrago, devastação.
VOL. lY.
VASTADOR, A, odj . s. (Lat. vastalor), AS'
selador, devastador. Feras — *.
VASTAMENTE, adv. {mente sulT.), larga-
mente, amplamente.
VASTEZA, s. f. (Lat. vastUits.) V. Vasti-
dão,
VASTHi, (hist.) espoza d'Assuero, rei da
Pcrsia, foi repudiada por este príncipe em
consequência do seu caracter altivo, foi sub-
stituída pela judia Esther.
VASTIDÃO, 8. f. grande, muito dilatada
extensão, v. g. k — do Oceano, — dode-
ierto.
VASTÍSSIMO, A, adj. superL de vasto, mui-
to vasto, muito extenso. — s regiões, cam-
pinas ; — s mares, (fig.) — incêndio, es-
trago. — s ruinas. — fome. Vieira.
VASTO, A, adj. (Lat. vasius, de vastare,
devastar, assolar), muito extenso. — mar,
campo, espaço, enormente grande. Corpo
— Ma baleia, do elephante.
VASTO, (geogr.) Istonium, cidade do rei-
no de Nápoles, perto do Adriático, 12 lé-
guas SE. de Chieti; 8,600 habitantes.
VATARLO ou VATERLO , (hist.) eSCriptOF
francez do século XVI, morreu era 1547.
Publicou uma edicção da Biblia latina de"
Leão de Judá. A biblia chamada de Vata-
blo, contem alem do Hebreo, a versão da
Vulgata e a de Leão de Judá.
VATACE (João II Ducas, chamado Batatze-
tes ou), (hist.) filho e successor de Theo-
doro I, imperador de Nicea, subiu ao tro-
no em 12?3, na idade de 27 annos, mor-
reu em 1255.
VATAN, (geogr.) cidade de França, 5 b-
guas ao O. d'Issondun ; 2,912 habitantes,
VATE, s. m. (Lat. uo/es), poeta ; prophe-
ta, o que vaticina.
VATHi, (geogr.) cidade das ilhas Jonias,
capital da ilha de Theaki; 1,800 habitan-
tes.
VATICANO, (geogr.) Vaticanus mons, col-
lina de Roma, a O. do Tibre, e ao N. do
Janiculo, era situada fora de Roma e não
fazia parte das collinas ; ó hoje notável por
causa do magnifico palácio dos papas, jar-
dins, e bibUotheca chamada do Vaticano e
pela basílica de S. Pedro.
VATICINADO, A, p. p. de vaticiuar ; adj.
prophetizado em verso, cantando.
vATiciNADOR, s. wi. (Lat. vaticinator), o
que vaticina.
vATiciNANTE, adj. dos 2 g. (Lat. vaíici-
nans, tis), que vaticina.
VATICINAR, v.a. (Lat. vaíicinare, de va-
tes, vate), prophetizar em verso, cantan-
do.
VATICÍNIO, s. m. (Lat. vaticinium), pre-
dicçào do vate, prophecia.
VAURECOURT, (geogr.) cidade de França
195
I
779
VAZ
VEA
5 léguas ao N. de bar-le-Deu ; 1,150 ha-
bitantes.
vAUCLUSE, (geogr.) villa de França, 4 lé-
guas e meia a E. d'Avignou.
VAUCLUSE (departamento de), (geogr.) de-
partamento de França, a E, do Kheno, en-
tre os de Drome ao N. <las Boccas do Rhe-
no, ao S., os Baiios-Alpes a E. ;2i6,070
habitantes. Capital Avignon.
vAucouLEURs, (geogr.) Lorium, cidade de
França, 5 léguas ao SE. de Commercy ;
2,420 habitantes.
VAUD, (geogr.) Waadt em allemão, Pa-
gus Urbigenus em latim, 19.® cantão da
confe daraçuo helvética, entre os de Neu-
chatel, Friburgo, Berne, Valais e a Fran-
ça ; 183,000 habitantes. Capital Lausanne,
VAUDEMONT, (geogr.) villa de França, 2
léguas e um quarto ao S. de Vezelise ;
450 habitantes.
VAUGiRARD, (geogr.) Vallis Bosíronioe na
idade media, depois Vaugirard, villa de
França, próxima a. Paris ; 8,850 habitan-
tes.
VAUGNERAY, (geogr.) cidade de França, 3
léguas e meia ao 80. de Lyon ; 1,500 ha-
bitantes.
VAUVENABGUES, (geogr.) viUa de França,
3 léguas ao NE. d'Aix ; 400 habitantes.
VAUVERT, (geogr.) cidade de França, 5
léguas a 0. de Nimes; 4,1^0 habitantes.
VAUViLLiERS, (geogr.) cidade de França,
11 léguas ao íí. de Vesoul ; 1,270 habi-
tantes.
VAUX, (geogr.) villa de França, 1 quarto
de légua a È. deMeulan;b7Ú habitantes.
VAUX ou vAUX-EU-vELiN, (geogr.) villa dos
antigo Delphinado, 2 léguas ao NE. de Lyon;
1,100 haljitantes.
VAUX DE VIRE, (geogr ) valle de França,
perto de Vire. Era neste bilio a habitação
do poeta OU v eiró Basselin, celebre pelas
suas canções alegres e malignas designa-
das primeiramente 'em o nome de vaux-de-
vire, e depois com o de vandevilles.
VAviNGouRT, (gcogr.) viUa de França, 2
léguas ao S. de Bar-le-Duc ; 900 habitan-
tes.
vayrac, (geogr.) cidade de França, 13
léguas ao NE. de Gourdon ; 1,713 habi-
tantes.
VAYS, (ant.), por ides ou vais do verbo
Ir.
VAZA. V. Vasa.
VAZADO. V. Vasado.
VAZAR. V. Vasar.
VAZiADO, A, p. p. de vaziar ; adj. des-
pejado, evacuado.
VAZiADOR, A, adj. que estrava ou bosta
com excesso, v. g. Cavallo — , que não me-
dra em razão de bosta r muito. •
VAziAR, t). o. [tazio, ar des. itif.), des-
pejar, tornar vazio, evacuar.
VAZIO, A, adj. (É melhor orlhographia
que vasio , do Lat. tacuus]^ despejado, «.
g. pipas, garrafas, canastras —s. — de
sangue, esgotado d'elle. — , (fig.) falto.
Terra — de defensores. Olhos — s de la-
grimas. — de cuidados, livre d'elles, sem
cuidados. Espaços — s, o vácuo. Espaços — s
e despejados de negócios, vagos. — ^, não
occupado, vago. Sego, caleça, besta de alu-
guel — . — , vão, aéreo, fútil. « Nomes
— s a quí o mundo chama honra. » Viei-
ra. De — , sem trabalhar. Vencer soldo de
— . Pagar soldo a alguém de — . Os — s,
subst. hypochondrios, O — da barriga, os
ilhaes. Pagar os altos de -^, ser tolo. Os
— s da divindade, chama Vieira aos attri-
butos ou condições humanas que Christo
tomou fazendo-se homem.
VEA ou VEIA, $. f. (Lat. vena, que os
elymologistas derivam de venio, ire, eque
creio derivado do Gr. naô, co.rer, manar,
e com o pref. aei, sempre, aeinaos, que
corre sempre, continuamente.) As — s são
canaes por onde o sangue volta ao cora-
ção depois de propellido palas artérias ; são
de côr azulada, e tem de ordinário válvu-
las para obstar ao regresso do sangue. A
— d'agua do rio, onde a agua corre mais
tesa. Nadar contra a —7 d'aguaa, contra a
maré, no fig. — , (íig.) — de lagrimas, pran-
to. Nas minas, beta, a parte onde se acha
o metal ou mineral. — s de mármores, ma-
lhas de varias cores, veios. — , (fig.) san-
gue, geração. Homem de alta — . — , estro
poético. — de doudo. Ter — de poeta, —
de doudo.
vEAçÃo, 5. f. (Lat. venatio, onis. Fr. re*-
naison] caça brava de monte. Caça de — ,
veados, corças r— , a carne do animal mor*
to em montaria.
VEADA , s. f. (p. us.j a fêmea do vea-
do.
vEADEiROs, (^eogr.) grande serra da pro-
víncia de Guiaz, no Brazil.
VEA.DO, s.7n. (do Lat. yenaíuj, caça) ani-
mal quadrúpede de cornos ramosos mui li-
geiro e timido.
VEADO d'ouro, (h. s.) em quanto Moy-
zes esteve no monte Sinai, os Israelitas obri-
garam Aarão a erigir-lhes um idolo de ou-
ro em forma de um veado , Moyzes des-
cendo da montanha despedaçou o idolo.
O mado d'ouro era uma imitação do bor
Apis.
VEA&OR, s, m. (V. Vedor) vedor : — da
rainha, — dos infantes.
vEADOR , s. m. (Lat. ve/mtor] (ant.) V.
Monteiro, Caçador.
YEADORiÀ. V. Védoria,.
TEG
VEH
779
VEARIA OU VENARiA, s. f. (Ff. tèneHe) casa
onde se guarda a veação, para comer.
VEAZiNHA, s. f. fiiminvt. de vêa.
YEí.ASSAiM, (geogr.) aldeia da província de
Barder ; 2,247 habitantes.
VECEJAR. V. Vicejar.
vecslli, (hist.) irmão de Ticino e seu
discípulo, aproximou-se muilo ao estilo des-
te grande pintor e deixou quadros muito
estimados.
vECTAçÃo, s, f. (Lat. vectalio, onis) o an-
dar a cavallo, ou em seje, coche, carro.
VECTOR, adj. ni.{L&l. vector, s. m.) Raio
— , (astr.) linha recta imaginai ia tirada da
orbita do planeta ao centro do olho.
VEDADO, A, p. p. de vedar; adj. defeso,
prohibido. Terras — 5, ou s. —s, coutos,
coutadas. — , estancado (o sangue).
vedador, a, St ou adj. que veda.
vedAlhas, s. f. pi. (de voda] (l, da Bei-
ra) a jóia que o padrinho da noiva dá á afi-
lhada íiodia do noivado.
VEDAR, V. a. (LdX.neto, are) prohibir, to-
lher, impedir, i?. g. — a entrada enj algum
lugar ; — a entrada ou sabida de mantimen
tos, de géneros, de gente, etc. — alguém
de fazer mal, (loc. aiit.) — o sangue, es-
tancar.
VEDAS, (hist.) os mais antigos e veneran-
dos livros sagrados dos llindous, e que são
o fandamento da sua religião. São 4 : o Ríg,
o Yadjour, o Sarna, o Athartaii:
vÍDOR, s. m. (de teedor, s. verb. de veer,
ant. ver) mordomo. — da casa real, (ant.)
mordomo mór ; inspector, v. g. — das
obras, — do exercito; administrador, v.g.
— da herança, do3 bens do casal. -^ da
agua, o que descobre ou pretende descobrir
nascente de agua subterrânea.
vÉDORiA, s. f. (des. ia) cilicio de vedor ;
junta de vedores : casa onde elles se ajun-
tam ; os livros e cofres dos vedores do exer-
cito; inspecção, administração do que per-
tence aos exércitos. — , (ant.) sabedoria,
noticia, conhecimento. « Se vier a nossa — .»
Ord.Affons. I, \i.Ud.
VBDRO, A, adj. (ant.) velho. Torres — s.
vedro, s. m. (ant ) tapigo, cômoio.
vgECA, g. f. Y. Beca.
VEEDOR, s. m. (de veer, ant. por ver) (ant.)
vedor ; inspector, administrador, v. g. — da
fazenda real ; — dos sapateiros, juiz do oíli-
cio. V. Vedor.
VEEIRO, s. m. (Fr. vair, pelles de forrar
custosas.
VEEKDAM, (geogr.) cidade de Hollanda,
5 léguas e meia ao de Groningue ; 6,000
habitantes.
VEER, V. a. (Fr. ant. veer ou veoitt do
Lat. videre, ver) (ant.) V. Ver.
YiCA (Kossa Senhora da), (geogr.) cidade
de Uispanha, 9 léguas ao SE. de Santan-
der ; 50,000 habitantes.
VEGA ou CoNCEriioTf, (geogf.) cidade da
ilha do Haiti, a 27 léguas ao NO. de S.
Domingos;
VEGADA, i. f. V. Vez.
vEGAs, s. /. pL V. Vezes.
VEGETAÇÃO, s. f. (Lat. vegetatio, onis) o
crescimento, nutrição e vida das plantas.
VEGETAL, adj, dos 2 g. (Lfit. vegetabilia)
que veg?la ; pertencente ás plantas. O&re-
getaes, s.
VEGETALISAtt OU VEGETALIZAR, V. a. (p.
us.) converter em vegetal, dar a natureza
vegetal. — os mineraes.
VEGETANTE, údj. dos 'Í g . {Ldt. vegeíatis,
tis) que vegeta.
VEGETAR, V. u. (Lat. vcgcto, are) crescer,
lançar folhas, otc. ; manifestar os pheno-
menos da vida vegetal.
VEGETAR, V. a. (p. u5.) nutrir, fazer cres-
cer, fazer medrar as plantas.
VEGETATIVO, A, ttdj . (Lat, vegeítttivus) que
vegeto, que faz vegetar.
VEGETAL, adj. dos 2 g. V. Vegetal.
VEGETO, A, adj. (Lat. vegetus) bem nu-
trido, crescido. Corpo — . — , vegetativo,
que faz vegetar. Calor — . Força — .
VE6ET0-M1NERAL, odj . dos 2 g . composto
de uma substancia vegetal e de outra mi-
neral. Agua — , preparação liquida de vi-
nagre ede um sal de chumbo.
VEGLiA, (geogr.) Curicta, ilha dos Esta-
dos-Austriacos, no golpho de Quarnero;
17,000 habitantes. Capital Veglia.
VEHARIA. V. Vearia.
VEHEMENCiA, s. f. (Lat. veliemeutia) ím-
peto, força, violência ; grande energia ;
agitação forte, abalo : — das paixões, ào
discurso, da dôr, das supplicas. Requerer
com — .
. VEHEMENTE, odj . dos t g . (Lat. Tc/iemens,
tis) impetuoso, forte, activo, enérgico. Dór
— , mui aguda. Paixão — , muito fortej
Eloquência — , mui enérgica, persuasiva.
Preterições — (em direito), mui fortes.
VEHEMENTEMENTE, adv. [mente suS.) com
vehemencia.
vEHEMENTissiMAMERTE, adv. suptrl. de ve-
hementemente.
vEHEHEKTtssiMO, A, adj. superl. do vehe-
mente, mui vehemente. Desejo, dôr, pero-
ração, affectos, paixões, argumentos — .
Vehiculo, s. m. (Lat. vehiculvm) (med.)
os vasos sanguíneos; liquido em que se dis-
solve substancia activa.
VKHMB (Santa) ou tribunaes vehiicoSí
(hist.) (do velho allemão/"c/»tfrwan,condem-
nar, banir), tribunaes secretos estabeleci-
dos na Veslhalia ; tinham por fim manter
a paz publica ou a religião. Os seusmem-
780
VEt
VEL
bros chamados, francos-juizes, involviam-
se no mais profundo mysterio e tinham ini-
ciados em toda a parte os quaes lhes de-
nunciavam os culpados.
veía, s. f. (Lat. vena). V. Vea.
VEIES, (geogr.) yeii, ciiade da Etruria
uma das \t Jocomonias struscas, a mais
meridional, e mais próxima de Roma, teve
muitas vezes 'guerra com os Romanos, que
se apoderaram d'ella em 395.
VEIGA, s. f. (Cast. vega) campo cultivado.
VEiLLY, (geogr.) villa de França, 4 lé-
guas e meia ao NO. de Beanne.
VEIO, s. m. barra de ferro sobre que re-
volvo roda horizontal ou perpendicular ;
malha dos mármores e outras pedras fi-
nas.
VEIR, (ant.) V. Vir.
VKIRADO, A, adj. (braz.) ornado de vei-
ros.
VEIROS, s. m. pi. (braz.) risca na faixa do
escudo, cada banda da qual se pinta com as
eôres que a arte indica.
VEIROS, (geogr.) villa de Portugal, no
concelho de Estarreja, 7 léguas ao S. do
Porto.
vEiZA. V. Yersa.
VELA, s. f. (Lat. velum) panno preso ao
mastro que se solta para tomar o vento, que
enfunando-o impelle a embarcação ; (fig.)
navio. Dar á — , soltar, desfraldar as ve-
las. Fazer-se á — . Andará — , com as ve-
las desfraldadas. Metter — , pô-las nos mas-
tros. Ir a — s tendidas, cheias. Darás — s
ao vento. Amainar as — s da ambição, re-
nunciar a ella.
VELA, s. f. (de velar) a pessoa que vigia
vela , sentinella ; o acto de velar, vigília,.
Passar á — toda a noite. A primeira — ,
vigia. Estar em — , vigilante. — , rolo de
cera ou sebo com pavio, para dar luz.
VELAçÃo, s. f. (p. us.) benção nupcial.
VELACHO, s,m. (naut.) vela do mastro da
proa entre o traquete e o joanete.
VELADO, A, p. p. de velar, (cobrir com véo)
adj. coberto com véo ; occulto, encoberto.
— aos olhos.
VELADO, A, p. p. de velar (vigiar) ; adj.
vigiado, passado a noite sem dormir. Noi-
tes — s.
VELADOR, s.m. o que vigia, passa a noi-
te em sentinella ; páo com seu pé e roda
em cima em que se fixa vela, candeia.
VELADOR, A, adj. que vela. O mocho — .
Cuidados, receios — s.
VELADURA, s. f. O acto de velar de noi-
te.
VELAME, s. m. as velas do navio e seus
apparelhos ; véo, disfarce.
VELAMENTO, s. m. (L«t. vclamen, inis] véo,
cobertura ; signal de submissão.
VELANÇA. V. Yeladura.
VELAR, V. a. {LdiX velar e, develum) co-
briu com véo, pôr véo, v. g. — a freira :
— os casados.
VELAR, V. a. (Lat. vigilare, Fr. veiller) vi-
giar, V. g. — ocastello, a praça. — asar^
mas, era ceremonia que faziam oscavallei-
ros na véspera <la sua recepção, passando
a noite sem dormir vigiando as armas. — ,
V. n. passar a noite sem dormir, acordado.
As horas de dormir passou velando. Velo,
ou sonho ? — SK, V. r. vigiar-se, acautelar-
se.
VELASCO, (hist.) poeta hispanhol, nasceu
no meado do XVI século. Traduziu em ver-
so o poema de Sannazar, De partu Vir-
ginis.
VELASQUEZ, (hist.) celebr.3 [pintor hispa-
nhol, nasceu em 1599, morreu em 16*íO ;
foi discipulo de Herrera-o-Velho. e de Fran-
cisco Pacheco. Entre os seus mais bellos
quadros cita-se a Túnica de José, o Retra'
to d'Olivares, e o Quadro de familla.
VELASQUEZ DE VELASCO, (hlst ) anliquario
hispanhol, nasceu em 1722, morreu em
1772. Deixou : Annaes da nação hispanho-
la desde os tempos mais remotos até d en-
trada dos Romanos, etc.
VELAY, (geogr.) \elavi, antigo paiz da
França, no Languedoc, hoje no departa-
mento do Alto-Loire, era situado entre o
Forez do N. , o Alto-Auvergue ao O.. Ge-
vandan ao S. tinha por capital Pay-eu-Ve.
lay.
VELDENZ, (geogr.) villa da Prússia, 1 lé-
gua ao SO. de Berncastel ; 700 habitan-
tes.
YELEÁDO, A, p. p. de velear; adj. pro-
vido de velas. Navio bem — , esquipaao de
velame.
VELEAR, V. a. [vela, ar des. inf.) (naut.)
prover de velame o navio.
VELEIRA, 5. /. mulher que, nos conven-
tos de freiras, serve fora das portas.
VELEIRO, A, s. pessoa que faz velas de na-
vio ou de cera, sebo, etc, ; pessoa que faz
recados fora das portas de convento de frei-
ras.
VELEIRO, A, adj. (naut.) ligeiro, que anda
bem á vela. Navio mui — . — , armado á
ligeira. Soldados — s.
VELEJAR, V. n. nivegar á vela.
VELETA, s. f. grimpa qne se põe no alto
dos edifícios ; (fig.) o que muda a cada passo
de intentos, de projectos.
VELEZ, (geogr.) cidade da Nova-Granada,
20 léguas ao SO. do Soccorro ; í,500 ha-
bitantes.
vELEZ-BLANco, (geogr.) cidade de Hispa-
nha 13 léguas ao NE. de Roza í 6,600 ha-
bitantes.
VEL
YEL
781
VELKZ-DE-G01IERA, ^geogr.) Parietina, ci-
dade de Marrocos, 20 léguas a E. de To-
íuan.
vEí.RZ-MALAGA, (gBOgr.) Menoba, cidade
de Hispanha, 5 léguas e meia a E. de Má-
laga.
VELEZ -RUBio, (geogr.) 31orus, cidade de
Hispanha, 3 léguas ao S. de Velez-Blanco;
12,000 habitantes.
VELHA, (geogr.) alta e dilatada s^rra no
Bratil, na Guiena brazileira, entre o rio Pa-
ru e o Amazonas.
vELHACADA, s. f. acção de velhacG ; ajun-
tamento de velhacos.
VELHACAMENTE, adv. {mente suíT ) com ve-
lliacaria.
vELOACARTA, s. f. (des. ária] acção de ve-
lhaco, jicção deshoncsla.
VELHACAZ, adj. e s. m. augment. de ve-
lhaco.
VELHACO, s. m. (do Fr. veillaque, corru-
pto do Valaque, Yalaco, que antigamente
passavam por gente de má fé) o que engana
com dolo ; (p. us.) homem lascivo.
VELHACOUTO, erro por valhacouto.
vELHADA, s f. cousa do vclhos, anliar']a-
Ih».
▼ELHARCÃO, ONA, VELHÃO, ONA, adj. au-
gment. famil. de velho.
VELHAQUEAR, t). ã. [celhaco, ar des. inf.)
fraudar, illudir, lograr. — os tolos e os
simplórios. — , «. rt. portar-se como ve-
lhaco ; (p. us.) fazer acções libidinosas.
VELHAQUEsco, A, adj. de velhaco ; (p. us )
libidinoso, licencioso. Estylo — . Phrase — .
VELiiAQUETE, s. TW. diminut. de velhaco.
vELHAQuiNoo, A, adj. OU s. diminut. de
velhaco.
VELHAS (rio das), (geogr.) grande rio da
provincia de Minas-Geraes, no Brazil.
VELHAS, (geogr.) rio na extrema das pro-
víncias de Minas-Geraes e de Guyaz, no
firazil.
VELHiCE, s. f. (Fr. vieiUesse] idade dos
velhos, ancianidade ; dito, acção, estylo an-
tiquado.
VELHINHA, 5. f. diminut. de velha, mu-
lher velha e decrépita.
VELHINHO, s. m. di':iinut. de velho, ve-
lho decrépito.
VELHÍSSIMO, A, adj. supcvl, de velho, mui-
to velho ; antiquado.
VELHO. A, adj. (Fr. tieiJ, do Lat. tetuson
tttulus, ancião, velho, antigo, de csvitas,
idade) ancião, adiantado em annos ; anti-
go. A lei — , o antigo Testamento. — , usa-
do, gasto pelo uso, v. ^r. fato, calçado—.
Soldado — , que tem muitos annos de ser-
viço, exercitado na guerra, no serviço mili-
tar. Contos, de : — , historias fabulosas, pa-
tranhas que as velhas con iam. Despir oho-
VOL. IV.
mem — , regenerar-se pelo sacramento da
penitencia. Estar no calçado — , (phr. ta-
mil.) em idade velha, não estar para cousns
quo só convôm a gente moça. Lua — , o
minguante da lua : oppõe-se a lua nota.
viLHO, A, s. homem ou mulher velha.
Os — s. As — s.
SYN. comp. Velko , envelhecido, enre-
Ihentado. O que tem larga idade, relativa-
mente a sua duração ordinária, é velho. C*
que envelheceu, so fez velho, ou tem dura •
do largo tempo em algum exercicio ; diz-se
envelhecido. O que se fez velho antes de
tempo, está comovetho, diz-se envelhenla-
do, ou avelhantado. O homem é menino, é
moço, depois envelhece. Os peccadores en-
velhecidos nas culpas e peccados diíRculto-
samenle se emendam. As aíllicções e os des-
gostos envelhentam mais o homem que o
trabalho corporal. Os trabalhos, as doen-
ças, as mortificações , etc. , avelhaníam q
homem.
vELHORi, s. m. (t. Asit.) Cavallo — , par-
do cinzento.
vílhozinho. V. Velhinho,
YELiCAÇÃo. V. Vellicação.
VELicfi, (ant.) V. Velhice.
TELiDA. V. Delida.
vELiFERo, A, adj. (Lat. velifer) (poet )
que leva vela.
VELIGE, (geogr.) cidade da Rússia euro^
pea, 22 léguas ao NE. de Vitebsk ; 5,l'0a
habitantes.
VELiKiiA LOUKi, (googr.) Cidade da Russíft
europea, 50 léguas ao SE. de Pskov ; 3,500
habitantes.
VELiLHO, s. m. (de véo) tela transparen-
te, volante para véos de mulher e outros or-
natos.
VELiMES, (geogr.) villa de França, 7 lé-
guas e meia ao 0. de Bergerac ; 80J ha-
bitantes.
TELíNHA, s. f. diminut. de vela (de alu-
minr) vela pequena ; (cirurg.) tenta de cor-
da de veola, gomma elástica ou de outras
substancias para introduzir na urethra, etc.
vELiNO, (geogr ) Velinus, rio d'ltalia, nas-
ce no reino de Nápoles, e cae no Neva.
VELíNO, (geogr.) montanha do reino de
Nápoles, perto do lago Fucino.
VELIOCASSES OU VELLOCASSES, (gCOgr ) pO-
vo da Gallia, na 2.* Lyoneza, occupava a
dioceze de Rouen e tinha "por capital /íú-
tomagus.
TELiscAR. V. Deltiscar.
VELisco. V. Bellisco.
VELiTES, (hist ) corpo de infantería ligei-
ra entre os Romanos, era formado pelos
cidadãos mais pobres e moços. Collocavam-
os quasi sempre entre as fileiras da caval-
laria, cujos movimentos acompanhavam. !^a-
19G
782
VEL
ru
p )le4.o lambem estabeleceu no exercito fran-
cez corpos de tropas ligeiras chamadas ves
lites.
VELITOLO, A, adj. (Lat. velivolus) que vôa
com as Yelas. É só usado na poesia fallan-
do de navios. — s casíellos, náos de guer-
ra.
vELiTSCHTERiN OU vousiTRiN, (geogr.) Ci-
dade da Turquia europea, capital de Livah,
5 léguas e meia ao NO. de Trislina ; 3,000
habitantes,
VELLAR, V. a. cobrir com vóo. V. Ve-
lar.
VELLAS (viila das), (geogr.) capital da ilha
de S. Jorge, que lhe íca ao ME. ; 4,000
habitantes.
VELLAUDUNUM OU VELLAUNODUNUM , (geO-
gr.) cidade da Gallia, entre os 5enones, im-
portante no tempo de Cezar.
\ELLAVi, (geogr.) hoje Velay, povo da 6al-
lia entre os Avermes, aoN. dos Gabali, ao
S. dos Segusiani, tinha por capital Vella-
vi.
VELLEANO, àdj . m. (direit. roman.) Se-
natusconsulto — , que dispunha que a mu-
lher se nho pudesse valiosamente obrigar
por outrem. « O beneficio do — , » O rd
Aífons , que annullava as ojrigaçõds con-
trahidas pelas mulheres a favor de outrem,
em certos casos.
VELLEDA, (hist.) prophetiza germana do
tempo de Vespaziano, era da nação dos Bru-
cleros, e exercia grande iuíluencia em todas
as povoações germânicas. Concorreu muito
para a inssurreição dos Batavos, mas qtiando
viu o máu successo da empreza ajudou o ge-
neral romano Cerealis a pacificar o paiz. Foi
depois de alguns annos apanhada por Rutí-
lío GsUico e levada a Roma em triumpho.
VELLEIDADE, s. f (Ff. velléité] (cschol.)
vontade pouco eíTicaz.
VELLEio PATERCULO, (hist.) hístoriadoF la-
tino, no anno 19 antes de Jesu-Christo, ser-
viu 9 annos com Tibério como comman-
dante de cavallaria, foi successivamente ques-
tor, tribuno do povo, pretor e cônsul. Só
nos resta deste autor um fragmento relativo
á historia grega e á historia romana desde
a guerra de Persêo até ao 6.° anno de Ti-
bério.
vELLETRi, (geogr.) Velitrcs, cidade dos
Estados da Igreja, 8 léguas ao SE. de Ro-
íca ; 10,000 habitantes.
vELLiCAçÃo, 5. f- (Lat. velUcaíio, onis)
belliscão^ pungimento. — , (med.) pungi-
mento das partículas acres na pelle.
VELLICADO, A, p. /?. de velUcaf ; adj.héi'
liscado ; pungido.
vELLiCAR, V. a. [L&i. vellico, are) (med.)
belliscar ; pungir. O humor acre vellica a
pelle.
VELLO, s- m. (Lat. velius, erls, de velo,
are, cobrir, vestir) o ^pello, a lã dos cor-
deiros, carneiros, ovelhas ; a pelle com os
vellos ; lã cardada e empastada. — - da bar-
ba longa. — , (fig.) o — de ouro. Y. Fei-
locino.
vELLO, (ant.) V. Velho.
vELLOCiNO, s. m. (do Lat. vellus , eris)
(myth.) o carneiro com vellodeouro obje-
cto da expedição de Jason e dos Argonautas.
VELLOSO, A, adj. [veílo, des. oso) felpu-
do, que tem grande guedelha. Leão, urso
— . Homem — , cabelludo. Marmelos, p^-
cegos — , que tem colão.
VELLORE ou VELAR, (geogr.) cidadc da ín-
dia ingleza, no antigo Karnatic, 5 léguas e
meia ao NE. d'Arcot.
VELLUDO, A, adj. V. Velloso.
VELLUDO, s. m. (Fr. velours, Ital. vehiio]
seda com pello raso. — de algodão, fabri-
cado de algodão. Flor — , amaranto.
VELOCES, pi. de veloce, ant., por velox,
VELOCIDADE, s. f. (Lat. ulocitas, tis) mo-
vimento veloz, rapidez ; o ser -veloz.
SYN. comp. Velocidade, rapidez. A velo-
cidade exprime genericamente o movimen-
to prompto ou accelaradod'um corpo ; po-
rem rapidez parece que accrescenta mais
energia á idéa, mais impeto ao movimen-
to, representando ao mesmo tempo 0'esfor-
ço violento com que o corpo corre, e com
qué corta ou separa qualquer diííiculdade ou
resistência que possa oppor-se-lhe.
D'uma torrente pôde dizer-se que desce
com velocidade das montanhas ; porem se
se disser que desce com rapidez, oíTerece-se
á imaginação, com mais energia, o movi-
mento impetuoso com que se precipita, sem
que haja obstáculo que possa conte-la.
O fogo eleva-se com velocidade e conso-
me uma casa com ra/?iífe^. D'aqui vem que
a rapidez só se apphca á acção, e não ao
agente. Pôde sor rápida a carreira d'um
cavallo, o vôo d'uma águia ; porem nem o
cavallo, nem i\ águia são rápidos, senão
velozes.
« O máu exemplo faz rápidos progres-
sos. Um general faz rápidas conquistas. » Nes-
tes exemplos o adjectivo velozes não repre-
sentaria com igual propriedade a innocen-
cia, ou a razão atropelladas pelo máu exem-
plo ; a força, a resistência derrotadas
pelas armas victoriosas do conquistador.
VKLOCISSIHAMENTE, odv. SUpCrl. de VG-
lozmenle.
VELOCÍSSIMO, A, ttdj . suptrl. de veloce,
(ant.) (hoje veloz) muito veloz.
VELÓRIOS, s. m. pi. uvas miudinhas que
nem são boas para comer nem para fazer
vinho. V. A%ellor\os^
víLOZ, adj. dos lg. (Lat. vc/ox, «>, dQ
VEN
VEÍÍ
uz
tola, planta do pé, e oeius, muito depres-
sa) rápido, accelerado. O — galgo, cavallo.
A — lebre. Os velozes a-mos, que correm
rapidamente. O pensamento — . A — baila.
O — vento, rio. Foge o tempo — .
VELOZMENTE, adv. [mente suíT.) com ve-
locidade.
VELUOAOO, vELUTAEO. V. Avelludadô.
vEMASsE, j(geo!?r.j dislricto maritimo da
iliia de Timor ; 30,000 habitantes.
• VBNABLO, .VESABULO, s. w. (Lat. veuccbu'
lum, de venare, caçar) dardo de montaria;
iusignia militar que>.antigamente o alferes
trazia, eia apresenta -ia ao general quando
entrava na praça.
vENAissiN, (geogr ) Comitatus Vindasci-
nus, pequeno paiz do meio dia da França,
outrora pertencente aos papas, entre a Pro-
' vença, o Delphinado, o ílhone e Durance,
linha por capital Carpentras.
VENAL, adj. dos2g: {Laí. venalis) que se
vende, de venda ; que se deixa peitar para
obrar mal, contra odever, ajustiça. «Tão
venaes, e postas em preço andavam naquel-
le tempo as honras. » Leão, Chron. Aífons.
Producçòes venaes, commerciaes, mercá-
veis, para venda e negocio. Eloquência, es-
criptor — . — escudo de nobreza. Digni-
dades venaes, obtidas por dinheiro, e não
por merecimento ou serviços.
VENAL, adj. dos 2g. (do Lat. t?ena, veia)
(anat.) das veias. Sangue, circulação — . V.
\enoso.
VENALIDADE, s. f. a qualidado de ser ve-
nal ; o abuso de se vender o que só deve
ser concedido ao merecimento ou aos servi-
ços, V. g. a — dos cargos. oíTicios, digni-
da íes.
vENARios, s. m. pi. (da B.Lat. venarii]
(ant.) vindiços, estrangeiros.
vENASCO, (geogr,) Vindascinum, villa de
trança, 3 léguas ao SE. de Carpentras ;
1,Í00 habitantes.
vKNATORio, A, adj. (Lat. venatorius) de
montaria, da caça, que respeita á caça. Arte
— , ou s. a — , arte da caça.
vENATRO, (geogr.) Venatrum cidade da
Campania, ao N. perto de Vultumo. Hoje
a cidade moderna ó na Terra de Lavrador,
5 léguas ao SO. de Isernia ; 2,800 habitan-
tes.
VENATURA, s. f. (Lat.) V. ^eai^ão.
VENCE, (geogr.) Ventia, cidade de França,
5 léguas e me\a ao KE, de Grasse; 3,160
habitantes.
VENCEDOR, A, adj.Qs. quc ticou victorio-
so ; que ganhou a demanda. Armas, ban-
deiras vencedoras, victoriosas, triumphan-
tes. « A parte -r—, » Ord. Affons. Hoje usa-
mos da des. f. com os nomes femininos.
VENCELHO, s. f» (do Lat. vincio, ire, atar)
atilho de palha, verga, ou junco para atar
as pavôas, baraço. Em um — , juntos. — ,
gavião, ave de rapina.
VENCER, V. a. (Lat. vinco, ere, de tis ,
força, e ago, ere, fazer) superar, desbara-
tar, derrotar, v. g. — o inimigo em bata-
lha, combate ou briga. — a batalha, a
demanda, ganhar sobre o contrario. — as
paixõt>s, reíreà-las. — em votos, aa^guem^
ter mais votos a seu favor. — o caminho,
chegar ao fim d'elle. Vencemos mais uma
légua de costa, adiantámos. — alguém em
dias, viver mais que elle, sobreviver lhe*
— , exceder. « O galardão vencia o serviço.»
Clarim. — o vento, ornar, aguentar, resis-
tir-lhe navegando. « O somno vence os ho-
mens, » adormece. As paixões vencem o ho-
mem^ sujeitam, dominam. — comas bom-
bas a agua que o naino fazia, conseguir
esgotâ-la. — soldo, soldada, ter direito a
ella por serviço, trabalho. — emjuizo, ga-
nhar a causa, a demanda. — , adquirir.
« Uma celebridade em fama não se vence em
pouco tempo.» Vida do Arceb. Venci com
elle se embarcasse, consegui, persuadi-lo. —
SE, V. T. passivo^ ou impessoal, ser venci-
do, render-se ás razões, ás supplicas. Ven-
ceu-se a proposição, foi adoptada depois de
discussão e opposição.
VENCIDA, s. f, (subst. da des. f. de vencido)
acto de vencei ou de ser vencido. Levar de
— , ir no alcance do inimigo vencido. Jrde
— , desbaratado.
VENCIDO, A, p. p. de vencer ; adj. sub-
jugado, superado : v. g. — do somno, do-
minado por elle. Ter — a demanda, a ba-
talha, ganhado. Ficar — emjuizo, perder
a demanda. Soldada — , ganhada. — por
juizo, convencido de delicto. — o parecer,
adoptado á maioria de votos. Ficar — em
votos, ter contra si a maioria.
VENCiLHO, s. m. V. \encelho.
VENCIMENTO, s. m. [mcnlo sufi.), acção
de vencer ou de ser vencido, victoria, che-
gada do prazo em que um pagamento é
exigível; v, g. o — da letra de cambio, —
da soldada.
VENCÍVEL, adj. dos 2 g. (des. ivel), que
se pôde vencer. Ignorância — . Diíficulda-
des venciveis.
VENDA, 5. f. (Fr. vente, Lat. vendiiio),
alheação da causa por certo preço. Pôr á
ou de — ; expor á — . Sustentara — , de-
mora-la. Desatar a — , dissolver, desfazer.
:— , (ant.) laudemio. — , taverna, estalagem
no campo.
VENDA, s. f. (Fr. bande, bandeau, Aliem.
bandet), faixa de cobrir os olhos ; (fig.) ce-
gueira. — , fita, banda.
VENDADO, A, p. p. de vendar ; adj. que
tem OS olhos cobertos com venda ; atado
1% ,
784
VEN
VEN
com faixa, ou fita. «E — s os ramos te trou-
xesse. » Eneid. Port. tiii, 29. O deus — ,
Cupido.
^ VENDAGEM, s. f. acto do Vender.
VENDAR, V. a. [venda ar des. inf.) cobrir
os olhos com venda ; (fig.) escurecer, ce-
gar, V. g. — a razão.
VENDAVAL, s. m. OU ttdj . w. {Ff. vetit
d'aval] vento sul ; vento forte inclinado ao
poente.
vENDAVEL, adj . dos 2 g. (des. avel) pró-
prio para a venda, que tem boa venda e
sabida.
vENDUA, (geogr.) rio de França, nasce no
departamento dos dous Sevres, e cae no
Sevre Niortez, 1 quarto de légua de Ma-
rans.
VENDEA {departamento da), (geogr.) de-
partamento maritimo da França, sobre o
golpho de Gasconha, ao S. do departamen-
to de Loire-lnferior, ao N. do de Charen-
te-Inferior; 340,320 habitantes. Capital
Bourbon-Vendee.
VENDEÇÃO, s. f. (ant.) V. Yindicação.
viNDEDEiRA, s. f. mulhcr que vende nas
praças, nas feiras ou mercados.
. vENDEDOiRO, 5. «i. (aut.) lugai' oudc as
vendedeiras vendem os seus géneros por miú-
do.
VENDEDOR, s, m. (Lat. tenditor) o que
vende alguma cousa.
vKSDEDORA, s. f. mulher que vende al-
guma cousa em mercado, feira.
. VENDEIRA, s. f. tavcmeira, mulher que
tom venda, estalagem no campo.
VENDEIRO, s. m. dono de venda, taverna,
ou estalagem no campo.
VENDEN, (geogr.) cidade da Rússia euro-
pea, 20 léguas ao NE. de Riga; 1,000 ha-
bitantes.
VENDER, V. a. (Lat. vendo, ere, do Gr.
òneornal, comprar, ônos, preço, compra ;
ônioSt exposto á venda) alhear alguma cou-
sa por certo preço : — mercadorias, géne-
ros, fruclos, prédios ; — em grosso, ataca-
do, ou — em retalho, por miúdo. — a vi-
da, a honra, a liberdade, privar-se d'ellas
por algum lucro ; expô-las a gcande risco;
sujeitâ-las a arbítrio de outrem. — , trahir
por peita, v. g. — a pátria, os amigos, o
segredo. — ávida caro, ferindo, matando
quem nos ataca. — seu engenho, enculcar-
se por engenhoso. — , dar com descontos.
« Os deuses nos vendem os bens que nos
concedem, » porque são mesclados de ma-
les. — se douto, ou por douto, enculcar-se
por tal.
VENDES; (geogr.) villfl de França, 4 lé-
guas a O. de Caen ; 500 habitantes.
VE5DIBIL, (aut.) y. Vendivel.
VENDICAR. V. Vindicar,
vENDiCATivo. V. 'Sindicativo.
VENDiço. V. Yindiço.
vENDiçoM, s. f. V. Venda.
vENDiDigo, A, adj. vendido phantastica-
meníe, que se finge vendido.
VEISD5D0, A, p. p. do vcnder ; adj. alhea-
do por certo preço. Atidar, estar, achar-
se — , enganado por pessoa que vendeu
os nossos interesses a outrem.
VENDILHÃO, s. m. bufarinheiro, que ven-
de cousas miúdas ede pouco preço.
VENDiMA. V. vindima.
VENDiMAR. V. vindimar.
VENDIMENTO, s. m. [mento suff.) Cant.)
venda.
VENDITA, s. f. [áoL&i. vindicta) V. Vtn-
dicta.
VENDÍVEL, adj. dos 2g. (des. iml) que es-
tá para se vender ; vendavel, que tem boa
venda, sabida.
VENDiDAD SADE. (hist.) livro sagrado dos
Tersas, coutem 3 partes : o Vindidad, o
Vispered e o Yaçna.
VENDOME, (geogr.) cidade de França, so-
bre o Loir, 8 léguas ao RO. de Blois , 8,2.0
habitantes.
VENDOME [César, duque de), (hist.) filho
primogénito de Henrique IV, e de Gabrie-
la d'Etrice, nasceu em 1594, foi legitima-
do cm 1595 e casou com afilha do duque
de Mercceur. Entrou na conspiração de Cha-
lais contra Richelieu ; foi um dos chefes do
partido dos Inportantes contra Mazarim.
VENDOME (Luiz, duquo de), (hist.) filho
mais velho do precedente, nasceu em 161%
morreu em 1669, usou o titulo de duque
de MerccBur. Foi casado com Laura Man-
cini, sobrinha de Mazarino , e por morte
desta senhora tomou Ordens e foi eleito car-
deal em 1667.
VENDOME (L-José, duquc de), (hist.) filho
do precedente, nasceu eml6ã4, teve o ti-
tulo de duque de Penthievre até á morte
de seu pai; foi ura celebre general. Mor-
reu em i7l2.
VENDOMEz, (geogr.) antigo paizda França,
no Orleanez, fazia parte doBeauce, e tinha
por capital Vendome.
VENDUDO. V. fendido,
vENEFicio, s. m. [Ld.\. veneficium) o acto
ou crime de compor e dar venenos.
vENEFico, A, Gryj. (Lat. cení^cus) veneno-
so. Doença, mal — , funesto como o ve-
neno. Homem — , preparador e propina-
dor de veneno. — , (fig.) «Os — s olhos,»
matadores.
VENENO, s. m. (Lat. renewwm, dequoos
etymologistas não dão origem plausível. Cre-
míis que vem do Gr. phenô, ou phoneuô^
matar) peçonha. — s, animaes, vegetaes,
mineraes, tirados d'estas três origens. —
YEN
YEN
785
(lig.) maligaidade, maligno influxo, v. g. o
— da inveja, da calumnia.
Syn. comp. yeneno, peçonha A palavra
veneno exlendo-se, nfto só aos simples, que
naturalmente sào nocivos, senão também,
e com mais propriedade, aos compostos;
misturas ou preparações, que destroem a
saúde, ou tiram a vida. A palavra peçonha
só se applica aos simples, que por si sós
são nocivos, e com mais propriedade aos
que naturalmente se encontram no corpo
de vários animaes.
Compõe-se, prepara-se um veneno, não
uma peçonha ; esta a dá preparada a na-
tureza,
VENENOSAMENTE, udv. {meníc suff.) com
qualidades venenosas.
TENENosiDADE, s. f. (p. us.) a qualidado
de ser venenoso.
venenosíssimo, a, adj. super l. de vene-
noso, mui venenoso. Gaz, vapor — . Peço-
nha— .
venenoso, a, adj. (Lat. venenosus] que
contém veneno, peçonhento.
vtN£RA, s. f. insignia dos romeiros de
Santiago : insignia dos cavalleiros das ordens
miUtares.
VENER, (geogr.) grande lago da Suécia,
entre Carlstad, Esfsburgoe Skaraborg.
vENERABiLiDADE, s. f. a qualidade de ser
venerável.
VENERABiLissiMO, A, adj. supcrl. de ve-
nerabil, (ant.) muito venerável. Nome — .
VENERABLNDO, A, adj. (Lat,, des. p, fut.)
com demonstrações de veneração.
VENERAÇÃO, s. f. (Lat. veneratio, onis)
acto de venerar, grande respeito e acatamen-
to ás cousas santas : grande respeito.
Syn. comp. Veneração, respeito, deferen-
cia, reverencia, acatamento. A veneração
reside no coração ; o respeito, na imagina-
ção. Aquella é eíTeito da persuasão interior
do animo; este resulta da impressão que o
objecto causa em nossos sentidos. Por isso
se venera a virtude, e se respeita a auto-
ridade. Um varão apostólico excita nossa ce -
nerarão ; um fai, nosso respeito ; um so-
berano virtuoso, nosso respeito e venera-
ção.
Deferência ó o respeito que os deveres
sociaes e a boa educação nos impõem rela-
tivamente aos desejos ou diclames alheios.
Reverencia é o respeito acompanhado de
veneração.
Acatamento é todo o acto externo com
que mostrámos nosso respeito, ou venera-
rão, com que acatamos ; neste sentido disse
-Camões, fallando dos deuses quando se re-
tiraram da presença de Júpiter:
voL. rr.
Peio caminho lácteo glorioso
Logo cada um dus deuses se partio,
r.izendo seus reaes acatamentos.
Pura 08 determinados aposentos.
(Luz. 1, 41.)
No sentido figurado diz o mesmo quer«#-
peiío reverencioso. assim disse Paiva : « Aca-
tamento que El-Rei tem ao santo conci-
lio. »
VENERADAMENTE, odv. [mente suíT.) com
veneração.
VENERADO, A, p. p. dc veucrar ; adj. tra-
tado com veneração, mui respeitado.
VENERADOR, A, adj. quo venera,
VENERANDO, A, adj. (des. da Lat. eman-
dus) digno de veneração.
VENERAR, u. a. (Lat. veneror, arí, dooc-
nio, ire. vir, ou de vénia, favor, e oro,
are, regar) manifestar grande respeito a cou-
sas santas ; respeitar, acatar muito.
VENERÁVEL, adj. dos 2 g . (Lat. venera-
bilis) digno de veneração, v. <jí.— ancião.
Veneráveis relíquias da antiquidade. — ,
qualificação que a Igreja dá a pessoa morta
havida por santa,
VENERAVELMENTE, adv. [mente suff.) com
veneração, com respeito, acatamento.
VENÉREO, A, adj. (Lat venerceus) concer-
nente a Vénus ; que respeita a appetites car-
naes. Mal —, syphilis, gallico. Acto —,
cópula. Appetite — .
VENERO, A, adj. ipoet.) de Vénus. A —
estrella, o planeta Vénus.
VENETA, s. f. (dim. do Lat. vena] veiazi-
nha de loucura. Ter —s. Deu-lhe na — fa-
zer isso.
VENETEs, (geogr ) povo de origem Slava,
que deu o seu nome á Venecia. — , povo
da Gallia na Lyoneza 3.^. tinham por capi-
tal Veneti. • "
VENETiA, (geogr.) hoje a parte veneziana
do reino Lombardo-Veneziano, região da an-
tiga Itália septentrional, ao N. do Padus ,
entre o Oilius e o Adriático, devia o seu
nome aos Wendes, que se tinham ido estabe-
lecer em Aquilea, Patavium e Verona.
VENEZUELA (republica de), (geogr.) estado
da America do Sul, limitado ao N. pelo
mar des Antilhas, a É. pelo Atlântico, aoS.
pelo Brazil, a 0. pelas republicas de Nova
granada e do Equador ; 278,000 habitan-
tes. Capital Caracal. Dividida em 4 depar-
tamentos, subdivididos em lí províncias
pela maneira seguinte.
Venezuela-Caracas, Carabobo, Zulia-Mara-
cajbo. Coro, Xruxillo, Merida. Orenoco-
Varinas, Apure, Gyana. Maturin, Cumana,
I Barcelona, Margarida.
VENEZA, (geogr.) Venetia em latim, Fe-
1 necia em itahaoo, cidade marilima dos Es-
197
im
mm
VEN
tados austriacoâ, d'ítalia e uma das duas
capilaes do reino Lombardo-Veneziano, a
61 léguas a E. de Milão; 110,000 habi-
tantes.
VENEZA (estado de), antes de 1789 com-
preendia as seguiiiíes províncias.
.1.®, O Dogado ou ducado de Veneza,
(Veneza, algumas ilhas e um pouco da Ter-
ra Firme).
S.**, O Padvano, (Pádua, Bassano, iba-
no, Este).
3.°, A Polesina de Bovigo.
4°, O Kero7ie^, (Verona, Carpi, Paschie-
ra).
5.^, O Vicentino, (Vicença. Asiago).
6.'', O Dressan, (Brescia , Saio , Lualo,
Cbiari).
7.", O Bergamase, (Bergamo, Cremona.)
ii.^, Cremarco, (Cremo.)
9 ''j A Marcha Trevizana, (subdividida
em Trevisano, Feitrin, Heliunez e Cadorn).
10.**, O Frioul, (Udína, Sacile, Pordeno-
ne).
11.° A Istria, (Pola, Capo d'ístria).
12.°, Sobre a costa de Dalmácia, Kona,
Zara, Trau, Spalatro, Sebenico, Clissa, a
província Primorisa, Signia, Kerzegovia, Gai-
tar o.
13°, As ilhas dálmatas, desde Osero até
Carzola,
14.°, Na Albânia, (Parga, Prevesa, Vo-
uizza, Butrinto.
15.°, As ilhas Jonias.
VENEZA (governo de), província da mo-
narchia austríaca, um dos dous governos
do reino Lombardo-Veneziano, tem por li-
mites o de Milão a 0., o Tyrol e a lUyria
aoN., o Estado EcclesiasticoaoS-; 2,000,000
habitantes. Capital Veneza.
VENGALA. V. Bengala, Bastão.
VÉNIA, s. f. [Ls^i. vénia) licen;a, permis-
são.. Pedir — .
VENIAGA, s f. (do Lat. veneo, ire, vender,
pôr á venda) mercadoria vendível. Trazer
de — , para commercio, trafico.
VENIAL, adj. dos 2g. [Lat. venialis) que
admitte fácil perdão. Peccado — , leve, que
os theologos dizem não ser punido com pe-
nas eternas : oppõe-se a mortal.
VENIALIDADE, s. f. 3 qualidade de ser ve-
nial, erro leve, descuido, falta perdoável :
peccado venial.
VENiALMENTE, adv. [mente suff.) de modo
venial. Peccar — . Dizer alguma cousa — ,
por graça, sem intenção deoffender.
VENiDA, s. f. vinda. Idase — s. — , ata-
que imprevisto dos inimigos, sorprcza ; bote
no jogo da espada. Todas as — « tem suas
contras,
VENiFLucv. A, adj. (Lat, teniflirns] que cor-
re pelas veias. Sangue —.
VENLOO, (geogr.) Sablones, cidade doLim-
burgo-hollandez, 5 léguas ao NE. de Ru-
remond ; 6,000 habílantes.
VEM SI, por bem si, outro si.
VENOSA, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, 9 léguas ao N. de Potenza; 3,5U0
habitantes.
VENOSO, A, adj. (Lat. venosus) (anat.) pjr-
tencente ás veias. Sangue — . — , que tem
veias, da natureza das veias. Canaes — s. In-
flammsção — .
VENTA, s. f. (de vento) As — 5, são as duas
aberturas exteriores do nariz, no homem e
nos animaes ; — , (chulo) cara. Pespegou-
Ihe nas — s.
VENTA, (geogr.) nome commum a duas
cidades da Bretanha romana. Venta Bel-
garum, hoje VMnchester, Venta icenorum,
hoje Norwich ou Caster.
VEKTÃA. V. Venta.
VENTADOUR, (googr.) villa de França, 6
léguas de Talle.
VENTiDio, BAsso, (híst.) general romano,
natural d'Asculum, tinha sido feito escravo
na guerra social. César confiou-lhe muitos
negócios importantes na guerra das Gallias
e nomeou-o senador, tribuno do povo e pre-
tor, depois da morte de César seguiu o par-
tido de António e foi um dos seus primei*
ros lugares-tenentes.,
veNjaGEM. V. Vantagem.
veNtaJAdo. V. Avantajado.
ventaJem. V. Vantagem.
VENTAíAR. V. Avantajar.
VENTAjasAMENTE. V. Vantajosamenie.
ventajoso. V. Vantajoso.
VENTAM, 5. f. (V. Venta, e Venta) venta.
Andar sempre com o faro na — •.
ventasa. V. Ventanilha.
VENTANEAR, V, a. [ventania, ardes, inf.)
abanar, separar, excitar vento. O penna-
cho ventanêa as ancas do cavallo.
ventaneira, s.f. vento forte e que dura.
VENTANIA, s. f. vento forte e continua-
do.
VENTANILHA, s. f. (do Cast. ventaua, ja-
nella) abertura da mesa do bilhar por onde
entra a bola.
VENTAPOPA ou vent'em-popa, (Ioc adv.)
com vento em popa ; /'fig.) prosperamen-
te.
VENTAR, t).n. [vento, ardes, inf.) soprar
o vento, haver vento. — de rosto ou pe/o
olho, pela proa. — do norte, do sul. — ,
aventar. Venta-lhe afortuna, foi-lhe pros-
pera. Se lhes ventasse a fortuna.
VENTAR, V. a. (p. us.) soprar; (fig.) favo-
recer , animar. Ventar sangue. V. j4t>en-
tar.
VENTAROLA, s. f. abauo, ventilador.
VEiíiK, adj. dos 2 g. (contrahido de *h
VEN
TO!
787
dtnte] (ant.) vidente. Os — », i. propbetas
entre os Judeus.
vENTii.^BRO, «. m. (Lat. tentilabrum) }oei'
ra, ou pá de limpar o trigo scparando-o da
palha.
VKNTFLAÇÂo, s. f. (Laft. tcfilUatio, onis]
acção de ventilar, exposição ao ar livfe ;
introducção de ar fresco nas casas, navios,
noeio empregado para renovar o ar nos lu-
gares fechados; (lig.) Á— da questão, dis-
cussão. — , (med.) sangria pequena.
VENTILADO, A, p. p. de vonlilar ; adj. re-
frescado com ar novo ; (fig.) agitado, dis-
cutido (a questão).
VENTILADOR, s. m. appafclho ou inf tru-
mento que serve a renovar o ar tornado im-
próprio i\ ser respirado, era quartos, na-
vios e outros lugares fechados.
VENTiLAWTE, adj dos ^ Q . (Lat. venti-
lans, tis, p. a. áe ventilo, are) que ventila,
renova o ar ; ondeante, que ondêa á dis-
crição do vento. « Comas —s. » Eueid. Fort.
E' hoje desusado.
VENTILAR, V. tt. (Lat. tentílo, are, de vcn-
tus, vento, e {lo, are, soprar) renovar o ar
em lucrares fechados em que elle se tornou
impróprio a ser respirado, arejar; alimpar
o trigo da palha por meio de peneiras, joei-
ras ou pás ; agitar o ar com as azas, com
abano, etc. — a artéria, fazer sangria pe-
quena. — a questão, discutir.
vENTiNHO, s. m, diminui, de vjnto, ara-
gem de vento, vento pouco forte, viração.
VENTO, s. m. [Lai. ventus, queosetymo-
legistas derivam de veniens, aer, ar que
vem. Creio que se deriva do Gr. aéíes, so-
pro, ou do Égypc. phen ou hi, lançar, dif-
íundir, e iheou, ar, vento ; hi-theou, so-
prar, É' de notar que a mesma analogia que
existe em Lat. entre o verl)o venire, sup
ventum, eeste vocábulo, se encontra tam-
bém nas línguas Germânicas, c. ^r, em Teu-
tonico ícendan) corrente de ar atmospheri-'
CO, mais ou menos agitado. Os náuticos dis-
tinguem os ventos pelos pontos do horizon-
te d'onde sopram, e contam trinta e dois
marcados na rosa de marcar. D'estes. qua-
tro são chamados primitivos ou cardinaes,
e correspondem ao norte, sul, leste, e oeste,
quatro são collateraes, o nordeste, noroes-
te, sucaie e sudoeste. A estes oito se dá tam-
bém o nome de rumos inteiros. Os outros
distinguem-se pelas denominações seguin-
tes : norte quarta a nordeste, nornordéste,
nordeste quarta a norte, nordeste quarta
a leste, lésnordéste, leste quarta a nordeste,
leste quarta a sueste, léssuéste, sueste quar-
ta a leste, sueste quarta a sul, sussuéste,
su) qua''ta a sueste, sul quarta a sudoeste,
sussudoésle, sudoeste quarta a sul, sud-
oeste quarta a oeste , oéssudoésle, oeste
quarta a sudoeste, oeste qnarta a noroeste,
oesnorodsto, noro(5sto quarta a nésto, nor-
oeste quarta a norte, nornoroéste, norte
quarta a nornésto. Vm — , na phrase náu-
tica são as quatro quartas do rumo ; meio
vento, são duas quartas; uma quarta do
vento é um rumo apartado do outro de
11° 15'. — em popa, ou pela popa, favo-
rável. Ir alguma cousa — em popa, (fig.)
prosperamente, segundo des^^jamos. — teso,
fresco, rijo, ponteiro, de cima, da terra,
escasso, — frio, durável e favorável. —
geral, (jue sopra regularmente em certa
estação em uma altura, mar. — pelo olho,
contrario ; — a uma larga. Pé de —, fu-
racão. Em quanto ventar este ^, (fig.) em
quanto as circumstancias forem as mesmas.
Levar o mesmo — , seguir o mesmo cami-
nho, estado, a mesma fortuna. — , (fig.)
aura ; — popular, da fortuna. Moter-se com
todos os —s. ser inconstantissimo. Mostrar
alguém o — que traz, os seus intentos.
Furtar o —a alguém, mettê-lo em cousa
de que se saia mal, por falto de uso, de
exercício. Commctter alguém o peito a—,
contra a corrente, luclando contra obstácu-
los. Instrumento de — , de sopro, como a
flauta, a trompa. — , (fig.) cousa ligeira,
que passa rapidamente ; cousa vã, sem fun-
damento. O — das vaidades d'este mundo.
Dfísfaztr-seem — , desvanecer-se. — , faro
dos animaes. Cão de bom — . Certo prom-
pto no — , que tem bom faro, e pressen-
te os cães para lhes fugi^*. — do corpo, ou
—s, ventosidades, flatos. — do canhão,
(artilh.) folga da bala, maioria entreo diâ-
metro da peça e o da bsla. — da bombar-
da, do pellouro, a impressão que faz no ar.
— ou ar do raio. Andar de — , perdido.
Gado do — , abandonado, sem dono. Di~
reito do —, de fazer arrematar o gado a
que não sahio lono. Dar — a alguém, lou-
vor vão, que desvanece. Dar — , ajudar,
V. g. — ao canhão que estava enterrado.
Dar o — na corda, (fig.) chegar a veneta
de doidice. Moça de — , (nos conventos de
freiras) a que não tem ama certa. Beber os
—s por alguém, (fig.) fazer excessos por
elle.
VENTO, s. m. peça acharoada da China
que tem uma portinha e escriplorio.
VENTOINHA, s. f. bandeirinha que indica
a direcção do vento; ~s, (fig.) pessoas ou
cousa.s mudáveis, ineonslantus.
VENTOR, s. m. cão de bom faro, que ras-
teja e descobre a caça.
VENTOSA, s. f. (Fr. ventúuse) (med.) vaso
de metal ou de vidro cujo ar interior rare-
feito por meio de estopa queimada forma
um vácuo, e que applicado á pelle prende
nclla e a fai inchar. — s sarjadas, appli-
788
VEN
YER
cadas sobre apelle sarjada, para tirar san-
gue. — s, nome que se dava aos barretes
dos jesuítas.
~ VENTOSIDADE, s. /". ílato doestomago ou
do canal intestinal, —s, flatos.
vENTOSB, s. m. nome do sexto mez do
anno republicano francez, mez ventoso. Co-
meçava a 20 de Fevereiro e terminava a 21
de Março.
VENTOSO, A, adj. (Lat. ventosus) exposto
aos ventos, v.g.siúo, monte — . — , cheio
de vento. Folie — . — , sujeito a flatos ou
acompanhado de flatos, v.g.iumoT — . Có-
lica — , — , (íig.) vão, aéreo, vaidoso, fú-
til. Homem — . Jactância, arrogância, lín-
gua, nação — .
VENTOux, (geogr ) montanha da França,
ao NE. de Carpentr-s, faz parte dos Alpes
Cocianos.
VENTOZíNHO, s. w. diminut. de vento,
viração.
VENTRE, s. m. {La.t. venter, tris, do Gr.
ènteron, entranhas ; rad. entós, dentro) ab-
dómen, cavidade abdominal que encerra o
estômago, canal intestinal e outras vísce-
ras ; (fig.) barriga, útero, prenhez. O —
materno. O filho segue o — , (jur. ant.) fi-
ca da condição, civil da mãi. — , (fig.) bojo,
T. g. — do vaso; — da lapa, caverna, in-
terior, concavidade. — do dragão, na lua,
são os dois pontos da orbita em que a lua
tem a máxima latitude e dista 90^ dos no-
dos ou nós.
VENTRECHA, s. f. a posta que fica abaixo
da cabeça do peixe.
ventrículo, s. m. (Lat. ventriculus, dim.
àe venter] (anat ) o estômago. Os — s do co-
ração; — do cérebro, cavidades.
VENTRiLOQUO, A, ãdj . (Lat. ventrUoquus)
que falia com voz que parece sahir do in-
terior do corpo ou do estômago.
VENTRiNHO, s. m. diminut. de ventre.
vENTRiscA, s.f. a posta do peixe imme-
diata á cabeça, e a mais saborosa.
VENTUiRA, (ant.) V. Ventura.
VENTURA, s. f. (subst. da des. f. do Lat.
venturus, a um^ p.fat. áe vento, ire, vir,
acontecer) dita, sorte, fortuna, boa ou má,
risco, peiigo; boa fortuna, sorte feliz. Pôr
em — , arriscar, expor a risco, perigo. « Fei-
tos d'alta — . » Lucena, alludindo aos des-
cobrimentos de Vasco da Gama. De — , por
— , por acaso. Pola — , (ant.) por ventura,
por acaso. « Este homem é todo boa — . »
Eufr., sempre jovial, alegre.
VENTURÃo, adj, (desus ) V. Venturoso^
Afortunado.
VENTURÃO, s. m. augment. de ventura.
— , (chulo) grande ventura.
VENTURAR. V. Avôuturar.
VENTUREIRO. V. Avcntu^eiro.
VENTURINA. V. Aventurirlã.
VENTURO, A, adj. (Lat. venturus, p. fut.
áevenio, ire^ vir) (p. us.) futuro, que ha-
de vir.
VENTUROSAMENTE, adv. [mente suíT.) com
ventura, ditosamente.
VENruRosissiMO, A, adj. superí. de ven-
turoso, muito venturoso, muito afortunado.
Povo — .
VENTUROSO, A, adj. [ventura, des. aso) di-
toso, afortunado, feliz ; (p. us.) arriscado,
aventurado.
VÉNUS, s. f. (Lat. Vénus, erís. Cícero o
deriva de venio, ire, vir, nascer ; mas creio
que se engana. O nome da deusa symbolica
da geração, vem a meu ver do Egypcío phen^
derramar, e ounof, prazer, voluptuosidade.
A Vénus genitrix dos Romanos correspon-
de á Neith ou Nethe da mythologia egypcia)
(myth. epoet ) deusa do amor ; (fig ) mu-
lher muito formosa : é uma — . — , (astr.),
planeta entre Mercúrio e a Terra. Quando
apparece de manhã chama-se estrella da alta
e de tarde hespero, estrella do pastor. — ,
(fig.) Odeleite sensual. Monte de — , (anat.)
a proeminência do púbis nas muliaeres ; na
chiromancia, eminência na palma da mão,
na raiz dos dedos. — , na chimica antiga,
o cobre. Kão muda no plural, v g. eram
duas — .
vENusiA, (geogr.) cidade d'Apulia, naDan-
nía, perto da Lucania, ao SO de Cannes;
foi a pátria de Horácio.
VENUSTADE, s. f. (Lat. venustas, tis, de
Vénus) grande formosuri. '
VENUSTO, A, adj. (Lat. vénus tus, de Vé-
nus) muito formoso.
vÉo, s. m. (Lat. velum] peça de lençaría
ou de seda mui rala e transparente cora que
as mulheres cobrem o rosto ; (íig.) todo o
que cobre, encobre, t>. g. tirar dos olnos
o veu da cegueira. Lançar o veu da decên-
cia sobre objectos torpes. O pallido, mor-
tal — , a physionomia doiuoribundo. — ,
(anat.) membrana, túnica subtil, v. g.o —
do paladar,
vÉoziNuo, s. m. diminut. de véb, véo
pequeno, oa mui ténue, raro.
vf.R, v.a. [Lai. video, cre; Fr. coir ; do
Gr. eidein, ver, conhecer, saber ; rad. eidos,
forma, figura, apparencía) perceber as for-
mas dos objectos corados ou luminosos pelo
sentido da vista ; (fig.) considerar, observar,
notar ; conhecer, Fazer — , mostrar, paten-
tear, provar, demonstrar. — a sua (sub-
entende-se hora ou vez] (loe. ant.) o tempo
favorável ao seu intento. Ter de — com al-
guma cousa enaodecer, como escrevemos
antigos, ter relação, connexão. Não tem de
— comigo, hoje dizemos que ver. Ir —
mundo, ir viajar. — , (p. us.) olhar para,
VER
VER
780
ter diante. « Esta província tê pelo sertão
os altos montes do l*erú. » Amaral. — sé,
V. r. — ao espelho, ver a própria imagem
reflectida no espelho; — em aperto, Uncí5
perigoso, em estado prospero, estar, achar-
se.
Syn. corap. Ver, olhar. Ver não carece
de esforço. Olhar denota attençào, é «cio
voluntário. Não é effeito de olhar como diz
Moraes. Polo contrario olhar ó considerar
com attençào objecto visivel.
TER, s. m. (o infinitivo Ver substantiva-
do) o acto de ver. .1 meu — , na minha opi-
nião, segundo o meu juizo.
VERA, (geogr.) cidade de Uispanha, per-
to do mar, 15 léguas ao NE. d'Almeria ;
8,000 habitantes.
VERA-CRLZ, (geogr.) cidade e porto da
confederação mexicana, capital do estado
de Véra-truz, a 6J léguas a E. do México;
113.000 habitantes O estado de Vera-Cruz
fica entre os de Puebla e de S. Luiz de
Potosi; 150,000 habitantes.
VERACIDADE, s. f. (Lat. teracitas, tis] a
qualidade de fallar verdade, de ser verda-
de.
veracíssimo, a, adj. superl. alalinado,
mui veridico ou >eraz.
vERAGRi, (geogr.) povo da Ildvecia, ha-
bitava na parte inferior do Valais, para o
lado de Génova e Sion, capital Octodurus.
VERAGUA, (geogr.) antiga provincia re-
publica de Colômbia , no districto do
Isthrao , tinha por limites a E. a pro-
vincia do Islhmo, a O. o Guatimala, so
N. o mar das Antilhas, ao S. o Grande Ocea-
no; ^lO.OOO habitantes. Capital Santiago de
Veragua.
VERAMENTE, adv. [mente sutf.) verdadei-
ramente, em verdade.
VERANDOIRO. V. Yaradouvo.
vKRATSico, s. m. diminuí, de verão, ve-
ràozinho. O — de São Martinho, dias quen-
tes que de ordinário vem no raez de Novem-
bro.
VERÃO, s. m. (Cast. terano, rad.Lat. cer,
primavera, e annus, anno, isto é, a parte
do anno em que a terra está coberta de ver-
dura e as arvores de folhas), considerando
o anno dividido em duas amelades o —
coiLpreende a primavera e o estio ; mas é
mais usual como synonimo de estio, esta-
ção que vem depois da primavera , e é a
mais calmosa do anno. PI. Vtrões.
, SYN. comp. Verão, estio. Verão é termo
mais vago, e indica todo o tempo do anno
em que faz calor, coou opposição a inver-
no. Estio e determinadamente a segunda
estação do anno. Diz-se que o terão come-
çou cedo, e acabou tarde, ou vice-versa ;
o que dá a entender que este termo refe-
VOl. IT.
re-se mais á temperatura quente que á di-
visão regular do anno em quatro parles íi.a
estações iguas. primavera, estio, outono,
inverno. Barros, e outros, chamaram verão
á primavera, seguindo a siguificsção de
ver dos latinos ; e vulgarmente chamou-se
terão ao estio.
Vieira, qneera Ião atilado ns lingragem
clássica, como respeitador do bom usoees-
t)'lo de fallar, usou ambas as expressões,
uma vulgar, outra clássica, quando disse :
« Quanto vai da primavera ao verão, ou do
verão ao estio (11, 45(1). » a conjuncçãoou
de que aqui usa o celebre orador significa
substituição de phrase, mas não mudança
de ideia; nunca lhe veio ao pensamento fa-
zer uma estação media entre primavera e
verão, como suppõe o autor dos synonymos
da língua porlugueza o que só fez foi usar
de duas formas para exprimir o mesmo pen-
samento, para que os mais entendidos com-
prehendessem que, apezar de se conformar
com o uso, muito bem conhecia qual era;
o termo próprio e clássico naquelle caso :
« Da primavera ao verão (como vulgarmen-
te se diz) ou do verão ao estio (como em
rigor se deve dizer). )>
vERÃoziNHO, s. m. diminuí, de verão, dias
quentes que vem no fim do outono, pelo S.
Martinho.
VERAPAZ (5 Domingos de) ou coban, ^eco-
gr.) cidade do Guatimala, capital de um dis-
tricto do mesmo nome 50 léguas ao NE. de
Guatimala ; 12,000 habitantes.
VERAS, s. f. pi. (do Lat Tsrus, verda-
deiro), cousas serias, verdadeiras. Vede se
ião — ou burlas. De — ,adv. com verda-
de ; seriamente, não por brinco.
VERAZ, adj. dos 2 g. (Lat. verax, eis),
veridico, que diz, falia verdade; iTig.)que
faz fallar verdade, v. g vinho — .A — pro-
bidade.
vERBi, s. f. (do Lat. verba, pi. de ver-
bum, palavra), artigo do contexto de escrí-
ptura ; declaração, apostilla em escriplura.
Pôr—.
VERBAL, adj. dos 2 </.(Lat. verbalis], áe
viva voz, V. g. promessa, ordem, manda-
do — . Injurias verbaes Nome — , deriva-
do de um verbo, matador, matança, verbe-
ração.
VERBALMENTE, adv. [mente suií.), de vi-
va voz, de palavra.
VERBASCO, s. m. (Lat. cerbascum), plan-
ta medicinal, e usada para matar o peixe
nos rios.
VERBANA, s. f. (Lat.), orgévão, planta;
toda a sorte de plantas de que os antigos
teciam coroas com que os sacriticad jres cin-
giam a cabeça.
vERBENECA, s. f. uome de uma herva, que
)U8
790
VER
VER
Banlo Pereira diz corresponder aoLat. cir-
cea.
vERBEBAçÃo, s. w. (Lat vcrbõraiio, onis),
flagellação, acto de açoutar.
YEKBEaÃo. V. Oryf^vão, \erbana.
VERBERAR, í?- tt. (Lat. zcrbíTo, are), (p.
U8.), açoutar, llagollar.
vERBERATivo, A, oí//". proprio paro açou-
íar. Inslrumenlos — s.
vERBERTE, (geogr.) villa do Françn, 4 lé-
guas ao NE. de Seulis , 1,300 habitantes.
VERBIGENES, (gcogr.) uma das tribus da
Helvética, no leinpo de César, habitava nos
arredores de Soleure, entre o Juva, o Aar
e o Limat
vERBi-GRATiA, expr. Lat., por exemplo.
VERno, s. m. (Lat. verbmn pronunciado
primitivamente ferbum. Alguns derivam este
vocábulo do Gr. êreô, dizer, fallar. Eu
creio que o termo é puramente latino de
for^ fari, fallar, dorad. Egypcio ro, bocca
Propriamente significa palavra por excellen-
cia, alma do discurso), parte complexa da
oração que exprime acção, acto, movimen-
to, estado, affectos, com relação ao agente
ou paciente, ao modo, maneira, attributos
de pessoa, animal ou cousa, e tempo. Es-
tas modificações da ideia principal do radi-
cal são indicadas em portuguez por desi-
nências imitadas e alteradas do latim, que
são verdadeiros suflSxos contrahidos de ter-
mos significativos, dos quaes alguns são ver-
bos ou proposições. Ko latim, no grego e ou-
tras linguas as variações dos —s consistem
emsyliabas prefixas, sufixas, e outras intro-
duzidas no meio do termo ; v. g. em Lat.
tango, loco, pretérito tetigi, toquei.
O systema das variações, desinências ou
inlleiôes dos — s denomina se conjugação.
V. Modo, Tempo, Conjugação.
Alguns grammaticos. dizem que o — éa
parte da oração com queaílirmamos ; o que
é manifestamente errado, por quanto mui-
tos exprimem duvida, outros negativa. Ou-
tros querem que ser seja o único e verda-
deiro — , e parte intregrante de todos os
mais ; «. g. amo, segundo elles, significa
eu sou amante ou sou possuído de amor.
São luteis subtilidades que nada explicam.
a verdade é que o radical de amar é o
mesmo de amor, e exprime o affecto que
sente quem ama, e cujo objecto se expressa
ou se subentende. Em muitas linguas não
existe o — ser, ou o ser equivalente : e este
mesmo — é em todas as linguas composto,
V. g. em Lat. do- rad. es eáe fao ; o mes-
. mo em Sanscrit e em Persa.
Ka realidade o — é um termo composto
de vários elementos ligados em Latim, Gre-
go, Sanscrit e nas linguas célticas e ger-
ou syllaba, radical, c. g. em amare lat.,
m ou am, que vem da raiz mu ou mau
cm Egypc. âm, cm ou ôm, em Chaldaico,
Hebraico, Arábico, etc. mae, typo de amor
2.'' da desinência ou suííixo que denota tem-
po, raodo, V. g. are ou re do infinitivo,
indeterminada ; a de futuro em atnabo, a
(lo condicion.i! amavero, do imperfeito ama-
ba<n, que são derivadas do — ire ; ÍJ." da
desinência que denota pessoa, »;. g\ o, as,
at,\ lu, is, nl, em amo, as, at, amamus,
aíii, anty O — ire, ir; que entra na com-
posição dos outros —5. assim como habe-
re, ler, haver, são igualmente termos com-
postos, o primeiro do rad. i, o segundo de
fiab, Ibo equivale a ire, vblo: i (ir), tol,
querer, e ego, eu. V- a Grammatica.
Os grammaticos tem dado diversas deno-
minsções aos — », quasi todas inexactas.
— activo, que outros chamam transitivo, o
que exprime acção communicada ou execu-
tada em objecto diverso do agente. Moraes
o define: « oqueafl[irma um attributo que
consiste em acção e energia ; » definirão que
se applica igualmente a muitos —/deno-
minados neutros on absolutos, v. g. correr,
ir, vir, fugir. Eu lhe daria o nome de —
objectivo, V. g. amar, matar, dar, vencer,
rogar. - - passivo. Propriamente não ha em
portuguez forma ou voz passiva dos —s
activos como em latim, e suppre-se pela
forma reflexa ou pronominal, v. g. amar-
se' matar -se, ferir-se, e pelo — ser, v.g.
sou amado, ferido, etc. — neutro, é, di-
zem 03 grammaticos, o que nem é activo nem
passivo, definição ridicula e fútil. Outros o
denominam absoluto, cora mais razão. Eu
o denominaria subjectivo porque o caracter
d'este — consiste em exprimir de per si a
acção, estado, acto ou movimento, e o sujei-
to que é o objecto d'estas modificações, v.
g. dormir, vir fugir, viver, morrer. Os —s
objectivos (activos), quando não se referem a
objecto expresso na phrase, são subjectivos,
V. g. amar, quando se não refere a pessoa
ou cousa determinada. Pela mesma razão
analógica, quando por ellipse se ajunta um
objecto aos — s subjectivos( neutros ou abso-
lutos), convertem- se em — s objectivos (acti-
vos), V. g. viver vida regalada, morrer mor-
te crua. Alguns são impessoaes e não se re-
ferem a pessoas, v. g. chove, venta, nexa,
gela, e por isso só tem as terceiras pessoas.
— reflexo, reciproco ou pronominal, é o
que se conjuga com o pTonome pessoal, e
cujo sentido é subjectivo, v. g. ferir -se con-
rencer-se. Alguns são impessoaes, iste é,
não tem senão as terceiras pesstas, por-
que exprimem um facto, successo, estado
que senão refere a pessoas determinadas, v.
laanicas. Estes eiemenlos são: 1.° a \e\r&^ g.jdiz -se, faz-se. —s auxiliares, sàoaquel-
VER
VlER
791
lís qae servem a conjugar os outros, ou n
formar os seus tempos compostos, tstessào
ser , estar , ter , haver , fazer. — irre-
gular, que se desvia do syslema geral da
conjugação. — defectivo, aquelle que só tem,
ou é só usado em certos tempos o pessoas,
r. g. feder. Pôr o — no cabo, rematar to-
das ph rases com ura —
VKRBO, s. m. palavra, — a — . palavra
por palavra. O divino — , Jesu-Christo, o
íilho de Deus, a segunda pessoa da sanctis-
sima Trindade, segundo a crença da maior
parte dos chrislàos ; corresponde ao Logos
dos Gregos.
VERBOSIDADE, s. f. & qualidade de ser ver-
boso, loquacidade ; grande copia de pala-
vras.
▼iRBOso, A, adj. (Lat. verbosus], loquaz,
palavroso, v. g. Homem — . Autor, discur-
so — , mui difVuso.
VBRÇA. V. Versa.
vebçar. V. Versar.
VERCi'L, (geogr.) cidade dos Estados-Sar-
dos, capital de uraa pequena intendência,
a 17 léguas rsE. de Turin ; 16,000 habi-
tantes.
yercel, {geogr.j cidade de França, a 5 lé-
guas S. deBautiie ;. I,l2!-i5 habitantes.
vercell/K, (geogr.) cidade da Gailia Trans-
]iadana, aoSÈ. d'Lporedea, ao NE. de Bo-
dincoraagus.
VERÇUDO, A, adj. (corrupção de Lat. hír-
suttis, pelludo, cabelludo), que tem miiite
pello ou barba. v. q. Homem — , cabellu-
do, fallando das plantas , crespo , áspero.
« Aç arxjores do cravo da índia são mui-
to grandes, — seponieagudas. » Couto, Dec.
IV, 7, 9. — , (fig.) carrancudo, rispido. De-
vera escreve r-se tersudo.
vERDACHO, s. m. lintó verde mineral ti-
rante a côr de canua.
VERDADE, s f. (Lat. teritas. tis. A origem
deste vocábulo é desconhecida ; as etymolo-
gias propostas ale ao presente não salisfa-
lem. Eu creio que vem do Gr. /lorad, ver,
considerar. Venis significa propriamente
real, q reritas, rsalidade). conformidade da
ideia com o reu objecto, do pensamento com
as palavras, do facto narrado co n a reali-
dade ; expressão fiel da natureza. Em — ,
na — , em perfeita conformidade com o que
sentimos, sabemos de ura facto, successo.
Paliar — , dizer o que pensamos, sentimos,
sabemos. Rào faltar á — . Homem de — ,
verdadeiro, sincero.
VERDADEIRAMENTE, adv. [mente sufT.j. na
verdade, com verdade.
VERDADEIRISSIMAMENTE , adj. SUpevl. dc
verdadeiramente.
VERDADEiRissiMO, A, adj. «wpcr/. de VOf-
dadeiro, muito verdadeiro, llomem — .
TKRDAntiRO, A, idj . [oerdade, des. eiró,
que denota igonie) , conforme á verdade,
que falia verdade ; fiel á& promessas. Pro-
posição, eiposição — . O — sentido de uma
phrase, genuino. Homem — , que falia ver-
dade, sincero.
SYN. comp. Verdadeiro, veridico. Verda-'
deiro toma-so algumas vezes na accepcão
de veridico, o que diz a verdade porem em
melhor sentido. Os latinos diziam também
verus por veridicut.
O homem veridico snppõe o verdadeiro;
o homem verdadeiro nôo conhece senào a
verdade. O homem verdadeiro é veridico por
caracter, pela singeleza, rectidão e veraci-
dade de seu caracter. O homem veridico di-
rige-se sempre a dizer claramente a verda-
de; porem o homem verdadeiro não pôde dei-
xar de dize-la ; é um dever seu.
SYN. comp. Verdadeiro homem, homem
verdadeiro. Na primeira expressão o adjecti-
vo verdadeiro tem um sentido physieo ; n.i
segunda, um sentido morol. Verdadeiro ho"
mem jignitica o individuo que tem todas as
propriedades que constituem a natureza da
espet-ie humana. Homem verdadeiro éoque
por caracter diz sempre a verdade.
VERDADURAS, s. f. fl. (aot.), esvcrdados,
verduras.
vtRDB, adj. dost g. (Lat. tiridis, deriva-
do do Egjpcio phiri, nascer, b otar, ou de
bsri, noYo, ri?dical do Chald. e Hebr. bara.
Em Sanserit harit significa verde, earam
jardim, assim como em Persa. Oroihe.d^
oruere, em Zend. arvore; e também em
Sanserit. verekie on verekxa Todos me
parecem derivados do Egypcio rôt, nascer),
da côr das hervas, das folhas da maior par-
te das plantas, e dos fructus antes de ma-
duros. Fructos — s, ainda não maduros. Le-
nha — , que ainda não seccou e perdeu a
côr natural. Cortar em — , emherva, v, g.
a cevada. Vinho — , de uvas pouco madu-
ras ou feito recentemente. — , (fig.) que
ainda não se desenvolveu completamente.
Annos — s, idade juvenil, ainda não madu-
ra. M*iÇO — , sem madureza, sem experiên-
cia: Velho — , rijo, que ainda não perdeu o
vigor da mocidade. Juizo — , falto de dis-
cernimento, de pessoa mui moça, pouco ex-
periente. Tempos — s, marés —s, quando
ainda domina o inverno. Estar o apostema
— , nào maduro, que ainda não tem pus,
e não está em estado de se abrir. Esperan-
ças em — , só concebidas e cuja rcalisação
ó duvidosa. Estar o negodlo em — , apenas
começado, em projecto. « O barco — mil
ramas, » ornado, coberto, juncado. Dar
uma — com uma madura, (loc. fam.), mis-
turar cousas, expressões desabridas com ou-
tras agradáveis.
198 *
792
\£R
VER
VERDE, s. m. (do precedente), a côr verde,
a côr das hervas. — mar é o mais claro. —
de gaio, claro. — do lirio, difesmaiado, ma-
{,â, escuro ou garrafa, etc, diversas mo-
dificações da côr. — terra, bórax amarel-
lo que se faz lançando agua nas veias mi-
iieraes. — bexiga, tinta feita de summode
arrQda, her\a moura, etc. — , ferran, os
cereaes em verde. Mandar as bestas ao — ,
(fig.) Dar um — , cousa que alegre, v. g.
— á tropa, o saque da praça ou campo ini-
go. Lugrar um — , prazer. Tomar — ; pas-
tar; (fig.) gozar. — de porco, ou de boi, o
sangue guizado.
vERLE (Serra), ^geogr.) montanhas da Ame-
rica, ao K. do México, formam o prolonga-
mento meridional dos montes Pedregozos.
VERDEA, s. /". espécie de vinho cuja côr
tira a verde. A — de Florença é estimada.
VERDEAL, s. w. oíTicial do meirinho da
Universidade de Coimbra, que anda vestido
de verde.
VERDEAL, adj. dos 2 g. Trigo, pêro — , es-
pécies d'estes íruclos.
VERDEAR, V n. V, Verdejar.
VERDECER, V. n. [verde, des. inceptiva),
apparecer verde ; tomar a côr verde Ver-
decem as arvores, os fructos.
YERDECRE, s. m. cÒT vcrde sobre ouro.
vERDEGAi, adj. dos 2 g verde claro ou
gaio.
VERDEJAR, r. n. (des. ejar, do Cast. echar,
lançar) apparecer verde ; tomar a côr ver-
de. Verdeja o prado.
VERDELHÃo, í. ?». &\G vulgar esverdinha-
ds.
VERDLMAR, s.m. côv verde muito clara.
VERDEMONTANiiA, 5. «i. verde azulado, tin-
ia usada, na pintura para pintar os montes.
VEUDEN, (geogr.) cidade do reinj do iiano-
vre, capital do principado de NVerdea, a 8
léguas sE. de Breme ; 3,500 habitantes.
VERDENEGRO, A, adj. de côr verde mui
escuro.
VERDEFEso OU VER O PESO. V. Aver do
peso. do Fr. avoir du poids.
vERDESELBA, s. f. planta trepadeira vul-
gar.
VERDESELLA OU VERDISELLA, S. f. varinha
mettida na teira e que se curva para armar
os buizes.
vERDETE, s. w. tinta feita com azinha-
vre, isto é, cobre ou latão exposto aos va-
pores de vinagre.
VERDILHÃO. V. Veidelháo.
VERDiNEGRO. V. Verdenegro.
VERDISELLA. V. Verdesellu.
VERDIZELLOS, s. m pi. (ant.) vidrinhos,
galhetas.
VERDOAGA, VERDOGADA, VEHDOEGA. V. Bel-
droega.
VEHDOENGO, A, aJj . esverdinhado, algum
tanto verde. Pedras — . Fruta — .
VERDON, (geogr.) rio de França, nasce ao
S. de Barcelona, corre ao S., depois a O.,
separa os departamentos dos Baixos Alpes e
do Var, e cae no Duratice.
VERDOR, s. m. côr verde das plantas, es-
tado da planta verde ; (fig.) estado tenro,
t. g. — da mocidade, os tenros annos, pou-
ca idale. Verdores da mocidade, imprudên-
cias próprias d'esta idade. «O — do senti-
mento, viveza, vigor. » Bocaíre.
veRDOSo ou vERDOZO, A, V. Verde.
veRdugada. V. Averdugada.
VERDUGO, s. m. (do Cast. verdugo, vari-
nha, chibata) algoz, carrasco. — , [^i^,.] es-
pada sem gumes, muito longa, delgada e
íltíxivel ; navalha pequena. — , (ant.) dobra
feita na roupa ou no fato, por ornato.
verdun, (geogr.) cidade de França, ali
léguas NE. de Bar-le-Duc ; 10,580 habitan-
tes.
VERDUNS (governo de), (geogr.) um dos 8
pequenos governos da antiga França era
composto por 2 districtos : 1.° cidade e con-
dado deVerdun; 2 /^bispado deYerdun,
VERDUN-SLR-SAONE , (googr.) cidadc de
França, a 5 léguas e um quarto NE, de
Chalons-sur-Saone ; 1,900 habitantes.
VERDUNEZ OURIO VERDUN, (gOOgr.) autigO
paiz da França, no Baixo-Armagnac, entre
'o Garonna, o Save e o Gimone. Capital Ver-
dun-sobre-o-Garona.
VERDURA, s. f. a côr verde das plantas; es-
tado verde, não maduro dos ; fructos (fig ) as
plantas. — s, hortaliça. — 5 de mocidade,
verdores. A — do estylo do principiante,
viço, imperfeição, pouca correcção.
VERÉA, (ant.) V. Vereda.
VEREAÇÃO, s. f. officio dc voreador ; jun-
ta de vereadores ; conferencia sobre cousas
do bem publico do districto da jurisdicção
dos vereadores , postura dos vereadores para
o bom regimento da terra ; taxa sobre cou-
sas de venda, ou sobre maneio de mecha-
nicos.
VEREADO, A, p. p. d© vcrear ; adj. go-
vernado, regido, regulado.
VEBEADOR, s. w. ollicial do coucelho ou
da camará, eleito pelos cidadãos, e encar-
regado do regimento da policia da terra,
dos caminhos, dos etc. Moraes o deriva de
veréa estrada, caminho Eu creio que vem
de verear.
vEREAMENTo, s. m. [mcnto suff.), exer-
cido e jurisdicção dos vereadores ; governo
económico, regimento da terra.
VEREAR, V. a. (creio que é contracção de
verificar), vigiar sobre a boa policiada ter-
ra, reger, cuidar do bem publico da ter-
ra.
VER
TER
7S3
VERZCLNDIA, s. f. (Lai.) V. Vtrgonha,
VERECUNDO. V. yergonkoso.
VEREDA, s, (do Arab.wareda) caminho es-
treito, atalho ; (fig.) modo de vida, caminho.
« Este autor lera diversa — , » rumo. direc-
'ção.
vEREDE, s m. (ant.) (do Lat. uirírfií, ver-
de. V. Pomar.
vERBDiNO, s. m. ant. e de significação in-
certa.
vERiNDO. V. Venerável. Creio que é abre-
viatura de venerando.
VERES-VAGAS, (gcogr.) lago da Hungria,
a 5 léguas SE. de Eneries.
vERFEiL, (geogr.) cidade de França, a 7
léguas *de Toloza ; 2,460 habitantes.
VERGA, s. f. (Lat. virga) vara dobradiça,
de açoutar ou de fazer cestos; vara de ma-
gico, varinha. — , (p. us.) (do Fr. verge] vara
de medir. — [¥r.verguel (naut.) pau atra-
vessado no mastro, onde se prende a vela.
Estar de — d''aUo, ou de — s altas, dis-
posto a partir, a fazer-se á vela. — da por-
ia, a pedra superior do portal. — s de ferro,
barrinhas delgadas d'este metal.
VERGA d'alto, adv. (naut.) prompto a fa-
zer-se á vela, com as velas ferradas Estar
a armada — d'alto ou de — .
VERGADO, a, p. p. de vergar ; adj. cur-
vado, dobrado. Tinha — com o peso.
VERGAL. V. Tiravergal.
vERGALRADA, s. f. golpe de vcrgalho,
açoute dado com vergalho.
vERGALuÃo, s. w. (de verga) barras de
ferro estreitas.
vergalho, s.m. [de verga, vara) o mem-
bro masculino do cavallo e do boi secco, de
que se fazem azoiragues.
vERG.Ã.0, s. m. augment. de verga, verga
grossa; marca, signal que deixa o golpe de
vara ou azorrague.
VERGAR, V. a. [verga, ar des. inf.) do-
brar, curvar, «. g. — o ramo da arvore, a
barra d€ ferro.
VERGAR, V. n. curvar-se, v. g. — como
peso.
VERGASTA, s. f. diminut. de verga, chi-
bata, varinha de açoutar.
VERGASTADA, s. f. açoutc, golpe d€ vef-
gasta .
VERGEL, s. m. (de verde, e Lat. agellus,
dim. de a^^er, campo) horto ameno, jardim.
— , (fig.) uns vergéis de virtude.
vERGONÇA, (ant.) (do Cast. verguenza). V.
Vergonha.
vERGONÇANTE, adj. dos 2 g. V. Enver-
gonkado.
VERGONçoso, (aut.) V. Vergonhoso.
VERGONHA, s. f. (Fr. vergogne, do Lat. ce-
recundia, áevereor, eri, receiar) pejo ho-
nesto, pejo de acção feita contra o decoro,
TOL. lY.
a decência, pejo de ser visto em estado in-
decente. Ter — , envergonhar- se. — , (fig.)
deshonra ; cousa ou pessoa que causa des-
honra. Ser — a alguém, causar-lha. Este
filho ó a minha — . — , rubor das faces cau-
sado pelo pejo. Foge a casta — . As — *, as
partes puaendàs.
VERGONHOSA, s. f. V. Mimosã pudica,
planta.
VERGOKBOSAHENTE, ãdv. [menle suíí.) de
modo vergonhoso ; com deshonra, infâmia.
VERGONHOSÍSSIMO, A, superl. de vergonho-
nhoso, muito vergonhoso. Virgem — , mui
pudica. Peccados — , torpíssimos.
VERGONTEA, s. f. (Lat. virgulta, dim.de
virga) vara tenra, renovo das arvoros ; (fig.)
a prole tenra.
VERGONTEAR, V. T». [vergoutea, ar des.
inf.) lançar vergonteas, a arvore, ou o ar-
busto. « Vergontêa a estirpe annosa. » Al-
feno. Poesias.
VERGUEIRO, s. w». cabo de pau em cujo
extremo cravâo os ferreiros as suas talha-
deiras, e os carpinteiros de engenhos as
palmetas, para se baterem com a marreta
sem oíTender as mãos.
VERIA, (geogr.) a antiga Berea, chama-
da também Irenopolis, Carapheria, cidade
da Turquia europea, a 15 léguas 0. de Sa-
lonica ; 8,000 habitantes.
VERÍDICO, A, adj. (Lat. veridicus) que falia
verdade, veraz.
VERIFICAÇÃO, s. f. acto de verificar, v.
g. — do facto allegado ; — das marcas das
caixas. — , cumprimento, v. g. õ. — das pro-
phecias.
VERIFICADO, A, p. p. do veriCcar ; adj.
examinado ; cumprido. Tinha-se — a pro-
phecia.
VERIFICAR. V. a. (Lat. verus, des. ficar)
examinar, indagar a verdade de facto, ou o
v<;rdadeiro estado da cousa , v. g. — as
marcas das caixas ; — as assignaluras, —
a posição do exercito, o numero dos navios.
— SE, r. r. impessoal, cumprir-se, realizar-
se : verificou-se a prophecia, o annuncio.
Nisto se verifica o que diz o autor, se mos-
tra ser verdade.
vERiFiCATivo, A, adj. que serve de veri-
ficar. Documentos —s. Testemunhos — .
VERiLHA. V. Virilha.
VERINA, (hist.) esposa do imperador do
Oriente Leão I, conspirou depois da mor-
te deste príncipe contra Zenão seu genro,
em favor de Basilico, que o poz no thro-
no. Morreu em 485 depois de ter tomado
parte em muitas intrigas.
vERisiMiL, adj. dostg. (Lat. «mnmi/w,-
verus, verdadeiro, e similis, semelhante)
provável, que parece verdadeiro. Verosi'
mil é mais asado.
199
794
VER
VER
vERismiLHAíírA, s. f. verositDÍlhaDça, ap-
parenc.ia verosimií, probabilidade.
vERisiMiLiDADE. V. XerisimUliança.
vEKisiMiLiTUDE, $. f. (Lai. terisimilitudo]
apparencia verosiícil.
vERisíMiLMENTE, adv. (wieníe suíT.) com
verosimilhança.
VERissiKO, A, adj. (superl. Lat de verus,
verdadeiro) muito verdadeiro.
VERMAND, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas NO. de 8. Quintiao; 1,200 habi-
tantes.
vERMANDPz, (geogr.) parte do paiz dos
Veromandui. anligo paiz de França, na Al-
ta Picardia, ao NO. da Ibierache em redor
da,s nascentes do Sorame. O Yermandez foi
titulo de um condado, e os mais celebres
deste titulo foram : lierberto II, 4. descen-
dente de Pepino, rei de Itália ; Raoul í,
chamado o Valente, neto do rei Henrique
I, Luiz de Bourbon, filho natural de Luiz
XJV e da senhora de Vailiere.
vermanton, (geogr.) cidade de França,
a 5 léguas e meia SE. do Auxerre ; 2,720
habitantes.
VERME, s. m. (Lat. cermi-ç, que Court de
Gébelin deriva de era, lerra, mas não dá
razão da syllaba final, que me parece vir de
/tomos, semelhante) bichinho longo, em ge-
ral côr da terra, e sem vértebras nem arti-
culações, V. g. as minhocas, os bichinhos da
fruta, os que se criam nacarae podre, as
lombrigas.
VERMELHAÇO, A, adj. (dcs. augm. aço)
avermelhado, í^lgum tanto vermelho,
VERMELHÃO, s. m. ãugment. de verme-
lho, minlo, mineral de côr vermelha acesa;
cinnabrio, composição de enxofra e azougue;
arrebique, côr do rosto postiça.
VERMELHIDÃO, s. f. côf vermelha, v. g.
— do rosto, — de parte inQammada.
VERMELHO, A, ãdj . (Fr. vermeíl, que os
etymologistas derivam de vermiculus dim.
devermis, oorser a côr escarlate tirada dos
iasectos da gran ; etjmologia que julgo inad-
missível, visto ser o termo mais antigo que
a iatroducção da cocheuilha na tinturaria.
Creio (]ue vem do Gr. oraô, ver, e mélon,
pomo, maçã, a face, os beiços) da côr do
minio, dos baiços, do rosto encendido com
o pejo. Fazer-se — , córfir de pejo. Bala
— , posta em brasa no fornilho.
VBRMELHO, (mar) (geogr.) ou golpho de
Califórnia, golpho do grande Oceano, en-
tre a costa do México e a península da Ca^
lifornia,
VERMELHO OU RIO GRANDE, (geogr.) rio da
America do Sul, nasce na Bolivia^ depois
forma o limite desta republica e das Pro-
viacias Unidas do Uio da Prata, lança-se
no Paraguay.
VERMES!. V. Verme.
vERMicuLAR, adj, dos ig. (Lat. vermieu'
laris) semelhante no movimento ao dos ver-
mes. Múviucnto — , herca — , sempre vi-
va.
vERMicuLO, s. m. (Lat. vermiculus, dim.
de vermis) bichinho mui pequeno.
vEHMíNOSO, A, adj. (Lat. verm.inosus) que
tem vermes, bichinhos. Chaga — . Doen'
ças — , causadas por vermes.
VERMONT, (geogr.) um dos Estados Uni-
dos da America do iNorte, tem por limites
aoN. o Baixo Canada, a E. o Novo-Hamps-
hire, ao S, o Massachussets, a O. o Estado
doxNova-Yorck, 300,000 habitantes. Capital
iMontpellier.
VERMUiL, (geogr.) povoação de Portugal
situada a 3 léguas de Leiria, 1,400 habi-
tantes.
vERNA, (geogr.) aldeia da província de Sai-
sette, 2,842 habitantes.
VERNÁCULO, A, odj. (Lat. vernaculus) da
terra. Lingua — , a da terra.
VERNAL, adj. dos2g. (Lat. cerna/ts) per-
tencente á primavera. O equinoxio — .
VERNEuiL, (geogr.) cidade de França, a
13 léguas de Evreuse ; 3,500 habitantes.
VERNEUiL, (geogr.) Vernogihtm nu Ter-
nolitim, castello de França, a 13 léguas
de Paris e perto de Sewlis.
VERNIZ, s. m. (Fr. vernis, B.-Lat. rernix,
do Gr. berniké, por beroniké, nome que os
Gregos asiáticos davam ao âmbar) compo-
sição de resina e óleos que se applica á ma-
deira, aos metaes, etc, e que seccanao con-
serva a superfície mui liz» e lustrosa.
VERNO, A, adj. {L&t. vernus, de cer, pri-
mavera) da primavera, vernal. A — flor.
VERNoux, (geogr.) cidade de França, a 9
léguas SO. de Tourmon ; 3,014 habitantes.
Verny ou pournoy-la-grasse, (geogr.)
vi lia de França ; a 4 léguas S. de Metz ;
590 habitantes.
VERO, A, adj. (Lat. verus. V. Verdade)
verdadeiro. A — elJigie, a verdadeira ima-
gem.
VERO, (hist.) L, Áureliui Ceionius Com-
modus \erus, imperador romano, íilfao dô
um outro Vero, que tinha sido adoptado por
Adriano em 135, mas que morreu em 138 ;
foi adoptado por Antonino, ao mesmo tem-
po que Marco Aurélio, e foi por este asso-
ciado ao império. Casou com afilha de .Mar-
co Aurélio, e commandou o exercito des-
tinado contra osFarthos. Morreu pouco de-
pois de regressar do Oriente.
vEROLi, (geogr.) cidade dos Estados eccle-
siasticos, a 2 léguas SO. de Frosinone; 8,000
habitantes.
VEROMANDUI, (gcogr.) hoje o Yermandez,
povo da Gallia, na Bélgica 2.*, limitado s
VEK
VER
79^5
F. pelos AlrebatôS e os líervios, linha por
capital Av (justa Vero-yiaiulorntn.
YEROMCA, s. f. (Lai. rcruí, c Gr. eikóa,
imagem) imagem do roslo e do corpo do san-
to impressa em metal, cpra, ele; feifào do
rosto. — , nome de uma planta medicinal.
VRROUUNENSIS OU V8HISL'I (gOOgr ) pOVO
da Gallia na IJelgica 1.", a K. dos Laucí
e dos Mediomatrices, tinha por capital Ve-
rodunuin, (hoje Verdnn).
VERONA, (geogr.) Verona em latim e ita-
liano. Bem om allemão, cidade do reino
Lombardo Veneziano, capital dn delegação
de Verona, a 37 léguas E. de Milão; 50,000
habitantes. A delegação de Verona, entre
o lago de Garda a O., as províncias de Vi-
cença e de Fadua a E., coala 285,000 ha-
bitantes.
VERONESO, (Paulo Caliari, chamado o)
fhist.) celebre pintor iiaUano, nasceu em
1528 ou 1530, morreu em 1588, era filho
de um esculptor. Tomou por modelos Ti-
ciano e Tintoreto. Os seus melhores quadros
são : a Âpotheose de Veneza ; as Ceias ; as
Núpcias de Canaã. Paulo Veronezo teve um
irmão, Benedicto Caliari, que o ajudou em
muitos dos seus quadros,
VERÓNICA, (Santa) (hist.) Julga-se que es-
te ndme é uma corrupção do de Berenice,
mulher judia, que segundo uma tradicção
popular, lançou um lenço sobre o rosto de
Jhísus quando subiu ao Calvário, para lhe
eachugar o sangue e o suor, de que esta-
va coberto, e o rosto do Salvador ficou im-
presso sobre este lenço, guardado depois
como preciosa relíquia. Os melhores ando-
res derivam o nome de Verónica de vera
ican (a verdadeira imagem do Salvador),
e não admittem Santa deste nome. Santa
Verónica é festejada a 4 de fevereiro,
VER-o-PESO, s. rrt. (alterado de Fr. avoir
du poids, aver o peso). V. Aver do peso.
VEROSÍMIL, adj. dos 2 g. mais usado. V.
\erisimil.
vEROSiHiLDiíNÇA, 8. f. V. "Verisimilhan-
ía.
. VEROSIMILIDADE, VEROSIBILITUDB. V. Vc-
nsimilhança.
VEROSIMILMENTE, adv. [mente suflf.) com
Terosimiihança.
^ERPiLLiERE, (gcogr.) cidadc de França,
a 6 léguas M). de Vienua ; 1,060 habi-
tantes.
VERRÂ, (anl.) por rirá do verbo vir.
VERRKS, (Caio Licinio) Romano celebre pe-
las suas concussões, da familia nobre dos Liei-
nios, nasceu no anno 119 antes de I. C.
Enviado á Ásia como logar tenente do côn-
sul Dolabella, tornou -se notável pelas suas
delapidações e devassidão. Nomeado pretor
da Sicília no anno 75 vexou esta proviocia
com impostos e cnieldades. Qoando voUou
a Roma fui accusado e condemnado a res-
tituir aos Sicilianos o que lhes linha rou-
bado.
vERRiDE, (geogr.) villa e freguezia de Por-
tugal, 1,100 habitantes, situada 5 léguas
a 0. de Coimbra.
VKuRiERES, (geogr.) villa de França, a 3
léguas SE. de Versailles ; 1,200 habitantes.
vERRio FL*cco (hist.) grammatico latino,
primeiramente escravo, depois liberto, te-
ve em Roma uma escolla, que foi a mais
afamada desta cidade, e depois foi encar-
regado por Augusto da educarão de seus ne-
tos. Morreu muito velho no reinado de Ti-
bério. Das muitas obras, que compoz a mais
famosa é o tratado. De significatione ver-
borum, espécie de grande diccionario la-
tino.
vERRucARiA, s. f. (Lat dc verruca, ver-
ruga) nome de uma herva.
VERRUGA, s. f. (Lai. verruca, de verres
porco, animal, e ruga) excrescência callosa
e com raizes que nasce na pelle do homem.
VERRUGOSO, A, adj. (Lat. verrucosus) cheio
de verrugas, que tem verrugas.
VERRUGUENTO. V. Verrugoso.
vERRUGuiNQA, s. f. diminut. de verruga.
VERRUMA, s. /. (doArab. barrima, de bar-
rama, torcer) haste de aço lavrada em ros-
cas espiraes, terminada em ponta e fixada
a um cabo transversal, com que se fura a
madeira. •
VERRUMADO, A, p. p. áò verruffiar ; adj.
furado com verruma.
vERRUMÃo, s. m. augmení. de verruma,
verruma grossa ; nome de um insecto que
fura a madeira com o rabo.
VERRUMAR, V. a. [verruma, ar des. inf.)
furar com verruma.
VERSA, s. /. couve gallega. — *, pi. fo-
lhagens inúteis ; (fig.) versos pobres de con-
ceitos, palavrosos. Vieira.
vERSADissiMO, A, adj. superL de versa-
do.
VERSADO, A, p.p.àe versar; adj. exer-
citado, practico ; perito, v. g. — nas lín-
guas antigas, nas sciencias ; — na corte, no
commercio.
VERSAILLES, (gQOgr.) Versalia em latim
moderno, cidade de França, a 5 léguas SO.
de Paris; 28,000 habitantes.
VERSÃO, s. f. (Lat. versio, anis) Iraducção
de obra, de uma língua em outra ; volta.
A — dos astros, o curso d'elles nas suas
orbitas.
VERSAR, V. n. (do Lat. tersor, ari, exer-
cer-se) ter por objecto, v. g. a questão —
sobre matérias phílosophícas. — sb, f>. r. tem
a mesma significação que o precedente^
ma» é pouco usado.
199 «
79G
tÉti
VER
I' VERSAR, tj. O. (Lat. vei^so, are, revolver)
exercitar. « Os religiosos não foram criados
na guerra, nem & versaram >> Couto. É des-
usado.
VERSÁTIL, adj. dos 'í.g. (Lat. versatilis)
inclinjido a mudar, mudável, inconstante,
vario, volúvel. Homem, engenhos — , Opi-
niões versáteis.
VERSATILIDADE, s. f. 3 qualidade de ser
versátil.
VERSEJADOR, s. m. 0 quB fdz versos sem
ter estro, trovista.
VERSEJAR, V. n. {verso, des. ejar) fazer
versos sem ter estro, trovar, fazer trovas.
VERSETo, s.m. diminut. de yerso, as pa-
lavras que se dizem no oíiicio divino an-
tes dfs lições.
VERSETZ, (geogr.) cidade da Hungria, a
19 léguas S. de Temesvar ; 16,200 habi-
tantes.
VERSÍCULO, s. m. diminut. de verso (Lat.
^ersiculus) pequeno verso.
VERsiFERO, A, adj. quc traz versos ; que
faz versos.
VERSIFICAÇÃO, s. f. & composição dos ver-
sos.
VERSIFICADO, A, p. p. posto cm verso.
VERsiFiCADOR, s. m. (Lat. versificator) o
que faz versos.
•v VERSIFICAR, V. n. fazer, compor versos.
-t^, v.a. pôr em verso. Versificou as hyen-
tuias deTelemaco de Fenelon.
VERSiNHO, s. «t. diminut. de verso.
VERSISTA, s. m. mau poeta, versejador.
VÊRsiSTA, s. f. mulher que vende versa
ou couves gallegas.
TERSO, s. m. [hhi.v&fsus, áe verto, ere,
verter, volver) pensamento exprimido em
um pequeno e restricto numero de palavras,
cujo numero de syllabas e a sua colloca-
ção é sujeita a certa medida regulada pe-
io accento métrico e natureza longa ou bre-
ve de cada syllaba. — 5, composição poé-
tica, poesia. — s soltos ou rimados , os
primeiros tem numero limitado de sylla-
bas e accento métrico, mas não terminam
por syllaba consoante. — s, (fig.) o canto
das aves.
VERSO, adj. m. que está nas costas da pa-
gina ; subst. e mais us. O — da folha.
VERSOix, (geogr.) cidade da Suissa, a 3
íeg. N. de Génova; 1,200 habitantes.
VERSuciA, s.f, (Lat. Tersuíia) sagacidade,
astúcia, manha.
VERSUDO, A, aáy. (alterado do Lat. hir.m-
tus, cabelludo) cabelludo ; crespo de rama
(arvores) ; (fig.) carrancudo, de rosto car-
regado. V. Verçudo.
^ TERSUTO, A, adj. (Lat. versutus) (p. us.)
Boanhoso, arteiro, sagaz.
YERTAisoN, (geogr.) cidadc de França, a
5 léguas NO. do Billom ; 2,670 habitantes.
YERiEiLLAC (geogr.) cidâde de França, a
3 léguas e meia N. de Riberac, 1,200 ha-
bitantes.
vERTEÁs, s. m. pi. (t. Asit.) rehgiososde
Cambaia que attribuem alma á agua.
VÉRTEBRA, s. f. (Lat. Vértebra, de terto,
ere, volver) nome dos ossos do espinhaço.
VERTEBRADO, A, adj. quc tem vértebras.
Animaes — s.
VERTEBRAL, ttdj . dos 2g. (Lat. vértebra-
lis] pertencente, relativo ás vértebras. Co-
lumna — .
vERTEBRoso, A, ãdj . que tem vértebras,
que consta de vértebras.
VERTEDOR, s. w. traductor; vaso de ver-
ter agua, como jarro.
VERTEDURA, s. f. 0 liquido que trasbor-
da do vaso, v.g. azeite, vinho, \inagce,
vERTEisciA, $. f. (ant ) decurso do tem-
po.
VERTENTE, adj. dos 2 g. (Lat. vertens, tis,
p. a. áe verto, ere, volver) que verte. Aguas
— s, que correm da encosta do monte; As
— s do monte, s. f. as encostas por onde
correm as aguas.
VERTENTES, (geogr.) tío do Brazil, na pro-
vinda deMato-Grosso, nas terras pouco co-
nhecidas que demoram entre os rios Ara-
guaia e Xingu.
VERTER, V. a. (Lai. verto, ere, verter, vol-
ver) entornar, derramar de ferida. — o san^
gne, na guerra, sendo ferido, ou derra-
mando-o. — suor esanguç, (tlg.) afadigar-
se. — aguas, ourinar. — o sangue, ávi-
da, a alma pela pátria. — , traduzir de uma
hngua em outra. — , em sentido absol. cor-
rer, manar, desaguar. << Rios que vertem no
grande Oceano, » desembocam. Barros.
« Ventos que vertem pela garganta do es-
treito, » sopram. Vertem nos das serras.
Vertem lagrimas dos olhos. Palavras de fo-
go que 'Vertiam da boccâ, (fig.) que sabiam.
Vertia lhe o vinho das faces, (íig.) diz-se
do bêbado. — o vaso, a medida, cheia de
liquido, transbordar.
VERTICAL, adj, dos 2g. [urtice, ai, des.
adj.) perpendicular sobre o vértice ou so-
bre a linha horizontal ; que sabe ou parte
do vértice. Linha — , Sol — , que dardeja
perpendicularmente.
vERTiGALMEiSTE, adc. [mentc suíí.) pelo
vértice, em direcção vertical. Ângulos oppos-
tos — .
VÉRTICE, s. »t. (Lat zertex, cí.?, pólo, al-
to da cabeça, summidade, de teííere, volver,'
accepçào tirada do polo ^o mundo) summi-
dade, v. g. — do triangulo, opposto ábase;
ponto superior, cume. Pron. vértice.
vBRTiciDADE, s f. faculdadc de 56 moveT
circularmente. i
VES
yts
T97
Vertido, a, p p. de verter ; adj. derra-
mado ; traduzido. Tinha — lagrincas, san-
gue.
VERTIGEM, s. f. {\M vertigo, inis^ de
perto, ere, vol?er) tontura de cabeç.i, vaga-
do em que os objectos parecem andar á ro-
da.
VERTIGINOSO, A, adj. (des. oso) sujeito a
vertigens, que soíTre vertigem ; que causa
vertigens, v. g. & torre — , mui alta, da
qual quem olha para o solo sente vertigem,
ou fugir-lhe o lume dos olhos, — , que gy-
ra, se revolve em roda. O tufão — , A vo-
ragem — .
vKRiou, (geogr.) pequena cidade aí lé-
guas SvJ. de Nantes ; 5,480 habitantes.
TKRTUMNO, fmvth.) dsus latino, presidia
ás transformações, mas sobre tudo ás que
soíTro a vegetação, e por consequência aos
jardins e aos prados, ao anno e ás esta-
ções ; tinha por mulher Pomona, deusa dos
fructoi. Representam-o moço, coroado de
hervas, e tendo nas mãos fructcs e a eor-
Qocopia da abundância.
VERTUS, (geogr.) cidade de França, a 7
léguas SO. de Chalons sobre o Mame ; 2,220
habitantes.
VERULAMio, (geogr.) Verulamium, cidade
da Bretanha romana, hoje em ruinas, ao
K. da cidade actual de Santo Albano.
vERviERS, (geogr.) Vervevia, cidade da
Bélgica, a 4 1 guas e meia E, de Liege ;
20,000 habitantes.
>erví:ss, (geogr.) Yerbinum, cidade de
França, a 10 leg. NE. delaon; ^,f>70 ha-
bitantes.
VERZLOLO, (geogrj cidade e forte dos Es-
tados Sardos, a 1 íeg. S. deSalmes ; 5,000
habitantes.
VERZY, (geogr.) cidade de Franca, a 4
léguas SE. de Reims ; 1,120 habitant3s.
VESANO, A, adj. (Lat. vesanus ; i;e partí-
cula negativa, esanus, são) (p. us.) insen-
sato, louco, furiosa.
VESCO, A, adj. [Lãt. vescus, áeesea^ co-
mida) bom, próprio para se comer. « Folhas
— í. » Costa, Georg.
vESCovAio, (geogr.) Episeopatus, burgo
da Córsega, a 6 leg. S. de Bastião; 1,050
habitantes.
VESERONCE, (geogr.) cidade de França, a
2 léguas £. de Vienna.
VESGO, A, adj. (de viex, obliquo, torto, e
Cast. Ofo, olho) torto dos olhí>s, que mette
um olho pelo outro.
vESGUFAR, V. n. ser vesgo, olhar com a
\ista torcida; (Dg.) ver mal.
VESICATÓRIO, s. »i. (Lat. vesicalormm)
(med.) emplasto ou unguento composto de
cantharidas ou outras substancias vesican-
tefi, que applicando á pelle faz levantar bo-
VOL. IV.
lha. — , aí/;, vesicante. Massa — . Unguen-
to — .
VES'GA, (ant.) V. Bexiga.
VESiNHANÇA, V. Vizinhança.
VESiNHO. V. Vixiyiho.
VESLE, (geogr.) rio de França, no depar-
tamento de Marne e de Aisne, rega Reims
e engrossa o Aisne.
vísoNTio, (geogr.) hoje Desanron, cida-
de da Gallia, capital da grande Sequaneza,
foi tomada por César,
VESOUL, (geogr.) cidade de França, a 88
legilas SE. de Paris; 3,Í>A0 habitantes.
VESPA, s. f. (Lat. tespa, voz imitativa]
mosca semelhante á abelha, cuja mordedura
inftamraa a pelle, efaz um zunido.
vEspÃo, s. m. augment. de vespa, vespa
grande que come o mel ás abelhas.
VESPASIANO, (hist ) T. Flavius Vespasin-
nus, imperador romano, nasceu em Riato
no anno 7 de Jesu-Chcisto, era filho de um
publicaro. Desempenhou diversos cargos nos
reinados de Cláudio. Caligula, e Nero, no
tempo deste ultimo foi procônsul na Afri-
ca, depois commandou a guerra da Judea.
Neste paiz ganhou grandes vantagens ; for
proclamado imperador no anno ôO, e mor-
reu em 71>.
VÉSPER. V. Vespero.
VÉSPERA, s. f. (Lat.) a tarde. — 4\ iioras
canónicas que se dizem de tarde, — de festa,
as orações que se rezam na tarde que pre-
cede o 'dia da festa. — , o dia anterior.
VÉSPERAS S1CILIAN.AS, (hist.) nome dado a
mortandade que os Sicilianos fizeram nos
Francezes em 128^, e cujo resultado foi ti-
rar a Carlos de Anjou a soberania da Sicí-
lia. A mortandade começou em Palermo 9
80 de Março, á hora das vésperas, e esten-
deu-se depressa por toda a Sicília
VESPÉRiAS, s.f /?/. acto que antes d» re-
forma da universidade d« Coimbra fazia o
thcol<'go na véspera ào dia do doutoramen-
to.
VESPERO, s. m. (Lat vesper, do Gr. hes'
peros) estrella da tarde, o planeta Vénus.
Do — té á aurora.
VESPERTINO, A, adj. (Lat. Tespertinux] da
tarde. Astro — , que apparece de tarde na
occidenle-.
vESFiciAS, .9. f. pi. (t. Asit.) pannos de
Cambaia.
VESPORA. V. Véspera.
\ VESSADA, s. f. — de terra, Elucid. Ben-
td Pereira verte jugerum, geira,
! VESSADELLA, s. f. (aut.) vessada. Na Beir»
campo, lameiro que se lavra eniumdiacom
duas ou três juntas de bois.
j VESSADOiRO, 5. m. (ant.) o direito de la-
vrar, lavrage de terra. Flucid.
VESSAB, V. o. (alterado do Lat. verso, ar^<
200
798
?E$
VES
revolver, remexer) (ant.) — aterra, lavrá-
la com regos profundos ou atravessados,
para a revolver bem.
vEssAS, .s. f. pi. Ás — -, do avesso, do lado
opposto ao direito.
VESTA, (ant.) V. lièsta.
VESTA, s. f. (myth.) deusa da terra, o fogo
interno do globo.
VESTAL, .V. f. Vestaes, pi sacerdotiza de
Vesta, virgem consagrada a Vesta. Violaras
vestaes. — , ^íig.) virgem mui pudica.
vESTALiAS, 5, f. pi festas que os antigos
liottjanos faziam a Vesta.
VESTE, s. f. (Lat. vesliS, de vfstio, ire,
vestir) vestidura, habito. JJoje é só usado
na accepção de colete. As ~s, as diversas
peças cona que se veste o homem.
Sy?«. conip. Veste, vestido, vestid^t-
ra . vestimenta , trajo. Veste é palavra
mui genérica, e significa todo o adorno ou
cobertura que se põe no corpo para abrigo
ou honestidade, por isso se diz « vestes
usuaes, reaes, sacerdotaes, ele. » VfstiJo
designa, para os homens, as diíTerentea ves-
tes com que se veste ordinariamente ou em
dias de apparato; e para as mulheres, uma
roupa com que cobrem e adornara o cor-
po todo. Vestidura, ás vezes se confunde
com veste, mas significa particularmente uma
veste especial de grande distincção ; tal é o
manto r.íal, a capa magna, a becca, etc.
Vestimenta é propriamente a veste de que
usam os ministros da Igreja na celebração
dos divinos oiricios. Trajo denota não tan-
to o rei tido como a forma delle, o modo
particular de veslir-se, e certos ornatos que
o acompanham ; assim se diz trajo orien-
tai, trajo europeo, trajos de caçador, tra-
jos caseiros, etc.
VESTERiA, s. f, (des. ia) (ant.) rowpa, pan-
no para fazer vestidos; falo.
VEsriA, s. f. (Lai. veste) colete, jaleco,
parte da vestidura dos homens q e cobre
o tronco, com mangas ou sem ellas.
vKSTiABio, s m. (anl ) inspector daves-
tiaria de convento.
VESTiARiA, s. f. guarda roupa de com-
naunidade religiosa ; o dinheiro para os há-
bitos.
vestíbulo, s.m. (Lat vestihulum) portal,
enirada de qualquer edificio.
VESTIDINHO, s. m. diminnt. de vestido.
VESTIDO, s. m. (Lat. vestitiis] vestidura,
casaca do homom ; roupas de mulher. Um
— completo, todas as prças de vestidura de
homem, isto é, casaca, vestia e calções.
VESTIDO, A, p. p. de vestir ; adj. cober-
to com falo, roupas, v. g. — de panno de
seda ; ou — (por ellipse) [de branco, azul,
isto é, de esloíTos d'estas cores. O altar —
de branco, oohdvlo. — , revestido, que pos-
sue, ». g. homem — de honra, virtude, glo-
ria, esforço, humanidade ; — de summa
autoridade. Alma — desab d)ria e santida-
de, de immortalidade. « David queria os sa-
cerdotes vestidos de perfeita religião e virtu-
de. » Lucena. « A santa Virgem... — do Sol,
e sob os pés a Lua, diz o Apocalypse fail in-
do da Virgem Matia. O prado — de relva,
os montes de arvores, as arvores de folhas.
Escripluras — s de fé. — e calçado, (loc.
famil.) sem fazer diligencia por obter, sem
ler méritos, v. g. ir para o cea — è cal-
çado. Casos —s das mesmas circumstancias,
acompanhados
VESTiDUiiA, s, f. tudo o que serve a ves-
tir.
VESTiGio, * m. (Lat. vestigium; áepe^,
dis, mudado o p em /", e depois era r e ago,
ere, fazer, segundo Court de Gcbelin. Toda-
via inclinamo-nos a crer que vem de via,
caminho, ficxsto, are, itum, ficar) pegada,
pisada, signal que deixa a pisada; (fig )
signal que fica de cousa que pereceu, que
passou, V. g. os — s da antiga cidade, de
templo, da antiguidade. Os — s da bocca,
lugar onde ella tocou.
Syn. comp. Vestigio, pegada, pisada, ras-
to, trilha, pista, ^'^estigio é termo genéri-
co que significa o sinal ou mostra que dei-
xou de si, em algum lugar, a cousa que
nelle esteve ou por ali passou.
Pegada é o vestigio do pó do homem ou
do bruto que fica impresso na terra. Pisa-
da significa o mesmo qnQ pegada; masusa-
se mais no sentido figurado. Um bom filho
segue as pisadas de seu honrado pai.
Basto é vestigio que d«ixa na terra o
animal que por ali se arrastou, e em ge-
ral o vestigio que fica de algum cousa.
Trilha é o raslo quti deixa no chão uma
cousa pesada carregando, ou pessoas e ani-
maes passando frequentemente. Pista é o
rasto que deixam os animaes por onde pas-
sam ; lambem se diz das pegadas de queaa
se retira.
VESTIMENTA, 5, /"-, vestidura. As — , os
hábitos s.demnes sacerdotaes.
vESTiMENTEiRO, s. VI., 0 que fdz vesti-
meniHS,
VESTiísos, (geogr.) povo da Itália central,
no mar superior, ao S. dos Prcetutii, ao
N. dos Marrucini , fazia parte da grande
faoiilia sóbellica
VESTIR, V. a [Lài. vestire, Gr.heô, ves-
tir, hestés, vestido, veste; em Egypc. hebç,
\estir, e schtheii, túnica), cubrir o corpo com
fato, roupa, v. g. — camisa, casaca ; — so-
da, lan ; — de branco, azul, isto é, esioíTos
destas matérias e cores. — A' franceza, á
moda de França. — Os criados, a tropa,
dar-lhe vestidos^ farda? ; — alguém, dar-
VET
VEY
799
lhe vestidos, «juda-lo a veslir-se coroo faz
o criado ou criada. — , (fig) cobrir, ornar.
A primavera reste ocampo de relva, deflo-
res, as arvores de folhas. — as paredes do
tapeçarias, ou de painéis. — o rosto de gra-
vidade, confiança, seriedade. — o discurso
de palavras elegantes. « Me cingiste de im-
mortalidade e vestiste de alegria, » Arraeá.
«Os peccados vestiiam as rosas de espi-
nhos, » Paiva, Serra. — , encobrir, disfarçar.
T. g. — a c?>lun)nia, a mentira. —se, v.r.,
cobrir-se com fato, roupas: — de purpura,
<ie louçainhas ; — em trajes de farçante, de
marujo*. — , (fig) — se de luz, de gravida-
da, dtí seriedade. — se a alma de Christo,
de virtudes christans, penetrar-se dos pre-
ceitos de Cbrislo. « O verbo divino desceu
do céo a — se de nossa carne, » a fazer-se
homem.
Maia (e rhoram as alma<!, que vestindo,
Se iam na sauta fé que lhe ensinaste.
Camões, Lus., x, 1!8.
VESTORIA, «./"., ó menos próprio, mas
mais usado que Vistoria. V. Mòioria.
VRSUGO, 5. m., nome de um peixe vul-
gar, espécie de pargo. Em Setúbal chamam
tnaraiote ao vosugo pequeno. « E por pin-
gue o — despjado. » Insul., x, 125.
VESÚVIO, (gfogr.) Vesevus ou \'esuKÍus,
celebre volcão do reino de ISapoles, e uni-
do aos Apeninos, Distinguem- se hoje dous
cumes, o Somma e o Uttojsno. Todas as
suas encostas são cultivadas, produzem o
celebre vinho, chamado Lucnjma Christi.
A pfimeira erupção conhecida do Vesúvio
teve logar no anno 79 de JesrU^.hristo
VESZPRiN, (geogr.) cidade dos Estados aus-
tríacos, capital da delegação de Veszprim,
3 5'J léguas SO. de Buda ; 8,0(lO habitan-
tes. A delegação de Veszpriro, no circulo
elém do Danubí/) entre os de Raab, Ro3-
Hiceru, Stuhl-\\eipembourg, Schameg, ti-
senburg, conta 172,000 habitantes.
VET.V, V. Ihta.
vETEHAisiCE, s. f , 8 qualidade de ser ve-
terano.
VET8BAN0, A, adj . (Lat. rcíccnuí), an-
tigo serviço militar. Soldado — . — s- os — «.
VBTERiNARiA, s. f., alvtíilaria, arte de tra-
tar das doenças dos animaes.
VKTEtiiJiARro, A, adj. (Ldt. veterinarius,
de vetcrinns, besta de carga ; rad. mhere,
levar, transportar), relativo ao tratamento
das doenças dos animaes. Arte, medicina
— . Vm — , alveitar.
VBTO, (hist J formula pela qual os tribu-
nos do povo em Poma, seoppunham a um
decreto do senado. Kos tempos modernos,
é assim cbamflda a recusa do rei ou do
chefe do estado asanccionar uma lei adop-
tada pelo parlamento.
vETRANiÃo, /'hist) general romano, natu-
ral-da Mesia, era governador da Panonia.
quando a revolta de Magr.encio o decidia
a tomar a purpura em Sirmium, em 350.
Constancio 11 reconheceu-o como augusto,
e reuniu as suas tropas ás delle para mar-
chHrera contra Magnencio, mas logo depois
da chegada de Vetranião fez-lhe desertar os
soldados, e elle teve de se retirar como par-
ticular a Pruso.
VETBESCIVEL, adj. dos 'È g . V, Viirescirel.
vetkifiCar, V. Vitrificar,
VETTER, (geogr.) lago da Suécia, a 9 lé-
guas SE. do lago Bener, entre as prefeitu-
ras de Linhoeping, Skaraborg, Jonbaping
e (Erebro.
VETTONESOu VECTONES, (geogr ) hoje pro-
vincia de Salamanca eN. da Estremadura
hespanhola, povo de Hespanha, Tinha ao
íN. o Douro, ao S. o Tejo, aE. os Vacceos
e os Carpetanos ; Capital Salmantica (Sala-
msnca).
VETULONiA, (geogr.) cidade da Etruria,
uma das 12 lucomonias, entre Umbro e o
Amo.
VETUSTO, A, adj. (Lat. vetiistus)^ velho,
antigo.
VEVAY, (geogr,) Viviscum dos Romanos,
linda cidade da Suissa, a 4 léguas SE. de
Lausanna ; 4,500 habitantes.
VEXAÇÃO, s. f. [L&i. vexatio, onis]^ o acto
de vexar, ou de ser vexado; aperto, prés-'
sa, lance trabalhoso, tormento.
VEXADO, A, p. p. de vexdp; adj.^ qu©
soífreu ou fez soffrer vexação ; aíilicto, ator-
mentado, opprimido ; envergonhado.
VEXADOR, A, adj.j que vexa; pessoa que
vexa. As fúrias — s. — s cuidados.
VEXAME, s. m., cousa que vexa, affron-
ta, vexação.
VEXAR, V. a. (Lat rcxo, are de vis. for-
ça, violência, e agOy ere, fazer), atormen-
tar, molestar, opprimir : — alguém. — , fa-
zer envergonhar.
VEXtGA, y. Bexiga.
vExiLLO, s, m. (Lat. vexillum, de cehe,
ere, levar), estandarte, bandeira. Pron. vec-
cito.
VExiNO, (geogr.) Veliocasses, e em latim
da edade media Vulcassinus pagus, paiz
de França, outr'ora na ííormandia, e de-
pois dividido em Vexiao normando, e Ve-
xino francez.
vEXOR's, (hist.) rei do Egypto, do qual
se não pôde fixar a epocha, fez uma expe-
dição contra os Scythas, mas foi repellido-
com perda.
?EYA, Y. Veia.
iOO .,
sm
VIA
VIA
VEVIE, (geogr.) rio da Franja, nasce no
departamento d'Áni, e iança-se no Saona,
perto de Macon.
vEYNEs, (geogr.) viila de França, a 5 lé-
guas e meia O. de Gap; 1,900 habitantes,
vEYo, s. m., barra de ferro sobre que
se revolve roda horizontal. V. Veio.
VEYRE, (geogr.) cidade de França, a 4
Jeg SK. de Clermont-Ferrand ; 3,ÔtíO ha-
hítantes.
VEZ, s. f. (Lat. vicis, mudança, curso,
vez, lugar, que Court de Gébelin deriva do
Céltico xic, lugar), tempo, occasião em que
se faz alguma cousa, turno. Fiz isto três
vezes, três repetições do acto. Chegou a mi-
nha — , o meu turno, a oceasiào propicia,
favorável. Ter — , cabimento, occasião. Es-
tar de — , bem disposto a fazer alguma
cousa. Estar o negocio de — , em boa dis-
posição para se eíTectuar. Fazer as tezes
de alguém, supprir. Outra — , em, outra
occasião. Â vezes, alternadamente. As vezes
de quando em quando, de tempos a tem-
pos. l'ma — de tinho, a porção que de
uma — se bebe, traga.
v£z, (geogr.) pequeno rio de Portugal,
que rega o fértil valle do mesmo nome, e
oom mais 3 silluentes entra na direita do
Lima, quasi em frente de Ponte da Barca;
pertence ao districto de Vianna, Chama-se
xambem rio Cabrão . um dos seus ramos
nasce na serra da Estrica e outro na de
Soajo.
YEZADO. V. Avezaio.
VEZAR, V. Avezar. — se, V. Avezar-se.
VEZEIRA, s. f. V. Vara de porcos.
YEZEiRO, A, adj. (de rezo), costumado a
fazer as cousas, avezado. Useiro e — .
VEZELAY, (geogr.) Vizeliacam, cidade de
França, a 3 léguas e meia 0. d'Availon ; [
1,170 habitantes.
VEZELiSE, (geogr ) cidade de França, a
7 léguas SO de Nancy ; 1,190 habitantes.
vEZEEE, (geogr.) rio de França, nasce per-
to de Chavagnac. e engrossa o Ferdonhe.
VEZERE (o Alto) (geogr.) rio de França,
cahe no Isie, a 2. léguas e meia E. de Pe-
rigueuse.
VEZINHO, V. Vizinho, etc.
VEZINS, (geogr. J villa de França, a 2 lé-
guas e meia HO. de Severac ; GOO habi-
lântes.
VEZO, s. m. (de vez), habito, costume.
De ordinário diz-se de habito vicioso. Tem
máos —s.
VEZOLZE, (geogr.) rio de França rega Ci-
reve Blamont, depois lança-se no Meurthe.
vEZzANi, (geogr.) villa da Córsega, a 4
léguas e meia de Corte ; 953 habitantes.
▼IA, s. f. (Lat. via, de ire, ir, ou do
Gr. bainô, andar, caminhar), caminho, es-
trada : (fig.) meio, arte, maneira ; — , (t.
anat.), canal, dueto, v. g. as — s urina-
rias. A — , aurelhra; — posterior, o anus.
— militar, estrada. — ordinária, no foro,
o curso regular prescripto pelas leis ou usos
forenses. — (íig.) pessoa que serve de inter-
mediário Escrevi-lhe por — do meu ban-
queiro. Este sujeito é — segura para en-
caminhar o negocio. Primeira, segunda^
terceira — , de letra de cambio, recibo,
carta, etc, o original, e as copias que delle
se fazem, para valerem no caso de se per-
der alguma d'ellas. — s desuccessão no gO'
verno, cartas cerradas e selladas em que o
rei nomeava diversas pessoas ao governo,
no caso de fallecer o actual governador ou
vice rei do ultramar, substituindo umas na
falta das outras em primeiro, segundo, ter-
ceiro lugar. — sacra orações que se rezam
parando em certas estações diante de cru-
zes; (Qg.) correr a — sacra, loc. fam., ir
por casa de todos os amigos ou conhecidos
para obter alguma cousa. — %initiva. —
purgativa, expressões mysticas que designam
a união com Deus, e a purgação de todas
as máculas do peccado. — Lictea, t. aslr.,
a congerie de estrellas cuja luz parece es-
branquiçada ; o vulgo lhe chama estrada de
Santiago. Pôr a — , a caminho, partir. Pôr
em — , a caminho, encaminhar. Todavia,
adv., não obstante isso, com tudo ; ainda,
simultaneamente. — , usado adverbialmenta,
pelo caminho, v, g — da índia.
VIA, obsol., por Vinha, do verbo Vir,
e por Vinha, s, f.
vfADEiROS, fgeogr.) serra do Brazil, na
província de Goyáz, na comarca de Caval-
cante, entre o no Marachão eoParanan.
YiA-LONGA, (geogr.) amena e agradável
povoação de Portugal no termo de Lisboa,
donde dista 3 léguas a NE., e 1 de Alver-
ca para o centro; 1,350 habitantes.
VIADOR, s. m. (Lat. vintor, caminhante),
(t. de iheol.,) o que anda nesta vida mortal.
V. Vedor, Veador.
VIAGEM, s. f. (Fr. voyage ; do Lat. tia,
e ago, ere, fazer), caminho que se faz por
mar. Fazer — , navegar, seguir a sua der-
rota. Desfazer a — , arribando, ou mudan-
do o destino, voltando para o porto de que
partimos. — , jornada por terra. PI. — s.
VIAJADOR, s. m., o que viaja ou viajou.,
VIAJANTE, adj. dos 1 g. (Do Lat. vriam
agens, que faz caminho.) Pombos majan-
tes.
VIAJANTE, s. dos 2 g. pessoa que viaja.
VIAJAR, c. n. (Lat. via, e ago, ere, fa-
zer), fazer viagens ; transitar por mar ou por
terra. — , v- a.: — terras, correr; — um
cavallo, provar a sua força, vigor.
VUJEIRO, s. m. V. Viajante.
VIA
VIC
801
VIAJOR, é impróprio. (Do Fr. voyageur) V.
\iajante.
VIANA, (geogr.) cidade de Hespanha, a 2
Icguss e 1 qiiarlo JÍO. deLogrono; 3,300
habitantes.
VIANDA, $. f. (Fr. viande ; na B.-Lat. vi-
Vanda, de vivere, viver) cousa de cjmor ; o
comer com que se ceva a ave de rapina.
— í, guisados, pratos,
VIANDANTE, s. dos 2 Q, (vifl, O andante]
peregrino, caminhante.
viANDEiRO, A, adj . comilão, glotão.
viANEN, (geogr.) cidade de llollandd, a
3 léguas S. de Utrecht, 1,800 habitantes.
viANNA, (geogr.) denominada do Alemte-
jo, villa de Portugal, districto de Évora,
donde dista 5 léguas a SO., situada sobre
o rio Charrama, allluente do Sado, em de-
liciosa campina por se achar rodeada de
arvoredo, vinhas e terras mui frucliferas,
dominando extensas várzeas n'uma encosta
da serra do seu nome. 1,500 habitantes.
VIANNA, (geogr.) denominada do Minho
ou do Lima, antiga, rica e uma das mais
notáveis povoações do reino de Portugal,
capital de um dos seus 17 districtos admi-
nistrativos; 1,500 habitantes.
VIANNA, (geogr.) villa do Brazil no sertão
da província do Maranhão, obra de 30 lé-
guas ao SO. da cidade de vS. Luiz.
VIANNA, (geogr.) nova villa da província
do Espirito Santo no Brazil, na comarca de
Vicloria, perto da cordilheira dos Aimorés,
e obra de 14 léguas ao NO. da cidade de
Victoria.
viAREGGio, (geogr.) cidade e porto do du-
cado de Lucca, a 6 léguas E. do Luc-
ca ; 2,500 habitantes.
VIAS, (hist.) poeta latino moderno, nasceu
em 1587 em Marselha , morreu em 1667.
Deixou com o titulo de Henriccea uma col-
lecção de poesias.
viÁnco, 8. m. (Lat. viaticum) dinheiro,
ou provisão para a jornada ; o sacramento
cucharistico que se administra ao moribun-
do.
viATKA, (geogr.) Khlinov, cidade da Rús-
sia cúropea, cajjital do governo de Viatka,
a A75 léguas de S. Pelersburgo; 12,000
habitantes. O governo de Viatka, situado
entre os de ITostroma a 0., de Perm aE,
conta i3i,500 habitantes.
VIATKA, (geogr.) rio da Bussia europea,
msce a 8 léguas NE. de Glazov, e cabe
no Ilama.
viAUR, (geogr j rio de França, separa o
departp mento de Aveyron do de Tarn, e
Linça-se no Aveyron.
viAZMA, fgeogr.) cidade da Rnssia euro-
pea. a 37 léguas NK. de Smolensk ; 1,500
habitantes.
YOL. IV.
viBii FÓRUM (geogr.) hoje Revello, cidadí
da Gallia Cisalpina, capital dos Rivelli.
viBio SEQUESTRR, (hist ) gcographo lati-
no, que se suppõe ter vivido do V ao VII
século, é conhecido por um opúsculo inti-
tulado De (luminibus, fontibus, lacubus. .
quorum apud poetas fit mentia.
viBOUA, s. f. (Lat. vijocra) espécie de ser-
pente muito venenosa ; (fig.) pessoa mui as-
sanhada, irritada. Pron tíbora.
viBORG ouwiBORG, (gcogr.) cidadc da Rus-
sia europea, capital do governo deViborg,
a 27 léguas NO. de S. Petersburgo ; 3.200
habitantes. O governo de Viborg, situado
entre os de Kouopio ao N. de Kymmene-
gard a O., conta 226,000 habitantes.
VIBORG, (geogr.) cidade da Dinamarca, so-
bre o lago de Viborg; 3,000 habitantes.
VIBRAÇÃO, s. f. (Lat. vibratio, anis) mo-
vimento vibratório , oscillante, oscillação,
balanços do pêndulo.
VIBRANTE, adj. dos ^ g. {L&L vibrans, tis,
p. a. àe víbrare] que vijra, que oscilla. As
cordas — s da harpa.
VIBRAR, V. a. (Lat. vibro, are, de vis,
força, e bra, rad. de brachium, o braço)
fazer oscillar ; brandir, arremessar brandin-
do, v. ^f. — a lança. Júpiter vibrando o raio.
— , (f g.) — luz, dardejar ; — palavras com
a lingua ; — is olhos assanhados, fitando
alguém ; — mortes. — , em sentido abso-
luto, oscillar. Vibram as cordas da harpa.
VIBRATÓRIO, A, odj . (dcs, ório) que vi-
bra, oscilla. Movimento — .
viBRAYE, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas N. de S. Calais ; 2,000 habitan-
tes.
VIC, (geogr.) Viçus cidade de França, a
légua e meia SC. de Chateau-Saluis , 3,600
habitantes.
VIC DESSos, (geogr.) cidade de França, a
8 léguas SO. de Foix; 1,136 habitantes.
vic-EN-BiGORRE, (gBogr.) cidado de Fran-
ça, a 4 léguas N. de Tarbes; 3,850 habi-
tantes.
VIC-EN CARLADES OU VíC-SUR'CERE,fgeOgr.)
cidade de França, a 4 léguas NE. de Au-
rillac ; 2,400 habitantes.
vic-FE^ENZAC, (geogr.) cidade de França,
a 7 léguas NO. de Auch ; 3,715 habitan-
tes.
vic-LE-coMTF-, (geogr.) cidade de França,
a 5 léguas SE. de Clermont ; 3,3?0 habi-
tantes.
vic-suR-AisNE, (geogr ) villa de França,
a 5 léguas O. de Soissons ; 700 habitan-
tes.
vicarfato, s. m. (Lat, vicariatus) oíficio
áo vigaiio, o tempo que dura o officio de
vigário.
VICÁRIO, A, adj (Lat. vicariut] que fai
201
802
VIC
víc
on suppre as vezes de outra pessoa ou cou-
sa.
VIÇAR. V. Vicejar.
VICE, palavra que entra na composiç?)o
de muitos vocábulos, e designa substitui-
ção de pessoa no cargo ou emprego signi-
ficado pelo termo aíTixo. Vera do Làt. vicis,
V. Vez, V. g. mce-rei^ que faz as vezes do
rei. Muitas vez^s se contrahe em vis^ v. g.
visconde, visconsul.
viCE-cnANCELLBR, s.m. 0 quo faz as ve-
zes de chanceller.
viCE-DEUs, s. m. epitheto impróprio que
alguns dão aos santos.
viCE-DÓMiNO, s. m. o què representa o
bispo no dominio temporal.
vicE-GovERNADOií, s. M, O quc faz as ve-
zes do governador.
viCE-GOVERKADORA, s. f. a quo faz as vo-
zes da governadora.
VICEJANTE, adj. dos 2 g. (des. do p. a.
Lat. em fíns, tis) que viceja, que tem viço.
O prado, a primavera — . Oração, esty lo— ,
ornado.
VICEJAR, v.n. [viço, c/ctr des. inf.) estar
viçoso, ter viço, vegetar cora vigor. Vice-
jam as plantas Viceja a arvore em folhas,
lançando muitas folhas e poucos fructos. Yi-
ceja o rosto em juventude. Viceja-lhe no
rosto a flor da mocidade. — em mil virtu-
des. A imaginação que viceja em excessi-
vos floreios. — em lascivia, em sensualida-
de. — , V. a. dar viço. A luz, o calor ea
humidade vicejam as plantas.
viCK-LEGADO, s. m. O qua faz as vezes do
legado.
viCE-MÓRDOMO, s. IH. O quo faz as vezes
de mordomo.
vice-morte, s. f. quasi morte. «A au-
sência é uma — . » Vieira.
viCENÇA, (geogr,) yicentia em latim, Vi-
cenza em italiano, capital da província de
Vicença, no reino Lombardo Veneziano, a
17 léguas O. de Veneza ; 30,000 habitan-
tes. A província de Vicença situada entre
as deBellune, Treviso, Pádua, Verona e o
Tyrol, conta 310,000 habitantes.
VICENTE (Gil), (hist.) distinto poeta dra-
mático portuguez, cognonimado o Flauto
portuguez. Ignora-se a epocha e o logar
do seu nascimento (Lisboa, Guimarães, e
Barcellos disputam esta honra) e só se sa-
be que já vivia no tempo de D. João II,
pois num dos seus autos disse ter visto
aquelle monarcha em Lisboa. Seus pais,
que eram de iliustre nascimento o desti-
navam á magistratura, e para esse fim lhe
fizeram estudar em Lisboa jurisprudência,
o poeta porém abandonou «ste estudo pa-
ra seguir a sua natural vocação para o com-
mercio das museus. Os seus ensaios drama- '
ticos datani de 1503, ânno em que Gil Vi-
cente, no caracter de pastor foi recitar um
Djonologo na presença da rainha D. Bea-
triz, mulher de D. Manoel, felicitando- a
peio nascimento do herdeiro da coroa, de-
pois D. João in. A rainha, tendo ficado
muito agradada do monologo ; pediu ao
poeta lh'o repetisse em dia de Natal, ao que
o poeta correspondeu compondo para esse
dia o seu primeiro auto. Desde então a sua
musa esteve em constante actividade nos
reinados de D. Manoel e seu successor, não
havendo festa do anno, nascimento ou ca-
samento de pessoa real, para cujo esplen-
do" não contribuíssem os talentos de Gil
Vicente. Foi casado com Branca Beressa,
de quem teve Gil Vicente, Luiz Vicente e
Paula Vicente. Morreu era Évora para on-
de tinha acompanhado a corte, em 1557,
segundo uns, e, segundo outros em 1537,
e jaz enterrado no convento de S. Francis-
co daquella cidade. A Compilação de to-
das as suas obras, que comprehende Au-
tos, Comedias, Tragicomedias, Farças, e
mnitâs poesias, foi pela primeira vez pi'-
blicada em 1562. Foi Gil Vicente no cómi-
co um tios mais famosos poetas da sua ida-
de, não só em Portugal, mas ainda em to-
da a Europa, pois em tedos os lugares cul-
tos delia era conhecido o seu nome. Eras-
mo, esse grande restaurador das leiras,
deu-lhe ò primeiro lugar entre os poetas
cómicos modernos, e aprendeu de propósi-
to o Portuguez só para poder apreciar me-
lhor as bellézas de (lil Vicente. Na reali-
dade em suas composições, além da urba-
nidade e graça natural, reina um génio ver-
dadeiramente cómico, e fecundíssimo em
conceitos joviaes, agudos e delicados, e
uma pureza de frase, que lhe mereceu os
elogios de liarros, Resende, Severino de Fa-
ria e outros, fíão era porém o talento poé-
tico o único que Gil "Vicente possuia, pois
não só compunha elle a musica das folias
e cantigas, que introduzia em suas peças,
mas, como o celebre Moliere reunia ao ta-
lento de autor o de actor. Apesar porém
dos seus talentos teve a sorte de todo o gé-
nio portuguez, vendo-se no ultimo quartel
da vida em miséria, e redusido a desvalli-
do requerente, remettido a ministros, quan-
do não pedia mais do que para matar a
fome.
VICENTE (Gil), (hist) filho do precedente;
desenvolveu um tal talento na poesia cómi-
ca, que assombrava, e em breve prometlia
ecclipsar seu pai; conta -se que este, toma-
do de inveja, o fizera embarcar para a ín-
dia, onde, depois de se haver mostrado não
menos esforçado soldado do que engenho-
so poeta, morrera no campo de batalha. De
YIC
vie
803
suas composições &|)CBas se conserva otttit-
Io do um auto cliamaiio de D. Luiz de los
Turcos. Comludo a existência desto Olho de
Gil ViceBle, qae é atteslada por Faria e
Sousa, o Harbosa, é posto em duvida, por
outros, que sustentaua que Gil Vicenl<í só
tivera dois filhos, Taula Vicente e Luiz Vi-
cenle ; e João Baptista de Castro conta des-
te ultimo, o que Faria refere de Gil, o diz
que do mesmo Luiz ó o auio dos Cativos
ou de D. Luiz e dos Turcos.
viCEiNTE (Cabo de S.), (geogr ) outr'ora
Promontório Sacro, é a ponta de terra mais
Occidental do continente da Europa e de
Portugal (depois do cabo da Roca), Fornsa
uma pequena península de 80 braças de
comprido, variando na largura de 18 a 30
cujas ribas de rochedo a pique tem por ve-
zes mais de 300 pés de oltura. Kasuasum-
midade t}m um convento, baleria desman-
telada e hospicio para os navegantes, e bem
que era grande altura, quando o mar ba-
te encapellado no fraguedo, salta por cima
dos telhados de um ao -outro lado.
VICENTE DA BEIRA (S,), villa 6 freguczia
de Portugal no districto de Castello- Bran-
co, donde dista \ léguas aoN., situada em
terreno montanhoso e pouco fértil : encer-
ra 1,710 habitantes.
viCE-PRONOMES, s. m. pi. assim denomi-
na um dos nossos grammalicos modernos
as desinências pessoaes do infinitivo. E, a
meu ver, desacertada esta denominação,
que não convêm ás modificações do infini-
tivo substantivado.
viCE-PROYiNCiAL, s. TH O religioso que faz
as vezes de provincial.
viCE-PROviNCiALADO, s. m.oíTicio, gover-
no do vice-provincial.
viCE-REi, s. m. governador, com pode-
res qunsi de rei. Os antigos diziam eiso-rei.
viCE-REiNA, s. f governadora, com po-
deres de vice-iei.
vice-reinado, s. m. cargo de vice-rei ;
tempo da duração do seu governo ; terri-
tório da jurisdicção do vice-rei.
viCE-REiNAR, V. u. govcmar como vice-
rei.
viCE-REiNO, s. m. território sujeito ao
vice-rei.
viCESiMUR, (geogr.) (isto é a vinte mi-
lha.':) nome de muitos logares entre os an-
tigos ; os mais celebres são : um na Gran-
de Grécia sobre o golpho de Tarento ; ou-
tro na Etruria, sobre o Soracte.
viCB-vERSA, phr. latina, em sentido inver-
so ou contrario, reciprocamente.
vicri ou vic d'osona, (geogr.) Ausa, Au-
sona, cidade de Hespanha, a 13 léguas M.
de Barcelona ; 12,600 habitantes.
YiCHNOU, (mylh.) divindade india, 2.*
pessoa da Trimourli ou Trindade india, é
considerado como conservador. Segundo a
crença dos índios toma do tempos a tem-
pos uma forma vizivel para felicidade da
terra, iá foi iiicaraado nove vezes e ainda
hadtí incarnar a decima. Estas incarnações
são chamadas avatar.. As quatro primeiras
tiveram logar na primeira edade do mundo,
as seguintes na segunda e terceira edade,
a decima hade terminar o periodo actual,
ou odado negra e porá fim á existência do
mundo.
V1CHN0U-SARMA, (hist.) brahmene, que se
suppõe ter sido o verdadeiro auctor da col-
lecçào conhecida pelo nome de Fabulas de
Filpai ou Bidpai.
vicnY, (geogr.) Aqux calidoe, cidade de
França, a G léguas bO. do Falisse; 1,200
habitantes.
VICIADO, A, p. p. de viciar ; adj. cor-
rompido, depravado. Mulher — , corrupta.
Escriplura — , era que se fez falsidade. Dro-
gas— s, falsificadas, adulteradas.
viciADOR, s. m. o que corrompe, depra-
va, vicia.
VICIAR, V. a. {iM.vitio, are) corromper,
depravar. A respiração vicia o ar. — iima
donzella, seduzi la, corrompe la, deshonrâ-
la. — uma escriplura, falsifictl-la. — dro^
gas, adulterâ-las, falsificâ-las. — a alma,
com a culpa ; — os costumes, a mocida-
de.
viciLiNO, s. m. chupamel, ave.
VICIO, s. m. (Lat. vitium, que Court de
Gébelin deriva de vito, are, evitar, cousa
que se deve evitar) falta, defeito physicoou
moral ; habito de mal obrar. — , erro con-
tra as regras da arte ousciencia. Escriplu-
ra sem — , sem defeito.
VICIOSAMENTE, adv. [mente suíí.) de modo
vicioso.
viciosiDADE, s. f. (Lat. vitiositas, tis) a
qualidade de ser vicioso.
viciosíssimo. A, adj. superl. de vicioso.
Extremo — . Mancebo — . Mulher — .
vicioso, A, adj. (Lat. titiosus) habituado
ao vicio, dado aos vicios ; que tem vicio ;
depravado, corrupto, adulterado. Estíjlo — ,
incorrecto. Humor — , (med.) alterado.
VICISSITUDE, s. f. (Lat vicissitude, inis)
alternativa. As — s do mundo, os revezes
da fortuna, as alternat vas prosperas ou in-
faustas.
VICISSITUDINÁRIO, A, adj. sujeito a vicis-
situdes.
VIÇO, *. f». (do Lat. vigeo, erc, crescer;
de vis, força, energia, e a^, ere, lazer,
impellir, incitar) o vigor, a força vegetati-
va da planta. — do animal, estado bem nu-
trido, e o ardor que resulta d'esse estado,
V* g, cavallo de muito — , muifogoso. — ',
201 «
804
VIC
VIC
(fig.) da mocidade, da belleza, — , mimo
de bom trato, regalo, luxo. Criado a gran
--, com muito mimo,
vico, (geogr.) villa de Córsega, a 7 lé-
guas N. de Ajaccio ; 1,400 habitantes.
vico, (geogr J cidade do reino de Nápo-
les, a 15 léguas de Foggia ; 9,000 habi-
tantes.
VICO Dl MONDOvi, (geogr.) Augusta Va-
giennGTum, cidade da Itália, a 1 quarto
de légua SE. de Mondovi ; 3,300 hsbitad-
tes.
VICO-EQUENSE OU VICO-Dl-SORRENTO, (geo-
gr.) cidade do reino de Nápoles, a légua e
meia de Castello a-Mare ; 2, 6D0 habitan-
tes.
VICO, (hist.) sábio italiano, nasceu em
1688, morreu em l744, A sua principal
obra é : Princípios de uma sciencia nova
relativa á natureza commum das na-
ções.
VIÇOSA, (geogr.) villa marítima da pro-
víncia da Bahia no Brazil, na comarca de
Caravellas.
VIÇOSA, (geogr.) villa do Brazil na pro-
víncia do Ceará, na serra Uibiapaba. 12
léguas ao SO da villa de Granja, e 66 pou-
co mais ou menos ao NO. da cidade de For-
taleza.
VIÇOSAMENTE, adv. [mente suff.) com vi-
ço.
viçosissiMAMENTE, adv. svperl. de viço-
samente.
VIÇOSÍSSIMO, A, adj . superl. de viço.
viçoso. A, adj. [viço, des. aso] que tem
viço, que vegeta com vigor. Flor, planta
— , luxuriante. Terra — , coberta de ver-
dura, de vegetação. «*'erlão — de arvoredo.»
Lucena. — , (íig.) «ilha muito — de rios,
fontes, criações, e frutas. » Duarte Barbo-
sa. Homem — , mimoso no trato. Filho — ,
tratado com mimo e perdido por isso.
viCRAMADiTTA, (hist.) Celebre priuceza da
índia, que reinava em Oudjein, no primei-
ro século antes de Jcsu-Christo. Conquistou
Bengala, Oripa, Guzzerate, e Delbi, mas
morreu pouco depois desta ultima conquis-
ta em uma batalha contra o rei de Prati-
chthana.
vicTiMA, s. f. (Lat. de vincio, ire, atar)
animal ou pe?soa destinada e conduzida ao
sacrificio ; (fig.) pessoa perseguida, sacrifi
cada pelo furor, inveja.
viCTO, s. m. (Lat. victus, alimento) (p.
tis.) sustento, alimento.
VICTOR (Lat. victor, o vencedor) termo
cora que applaudioios o triumpho de ou-
trem. — serio, fallemos serio.
viCTOH (.S ), (hist.) natural de Marselha^
era soldado uo oxcpímIo do imperador Ma-
ximiano, preso como chfisiao, sõíTreu o mar-
tyrio em 303, a 21 de Julho, dia em que
se celebra a sua festa.
VICTOR I, (S ), (hist.) papa de 185 a 197,
era Africano ; condemnou e escommungou
Theodoro de Byzancio, que negava a divin-
dade de Jesu-Christo, e fixou a festa da
Paschoa para o domingo, que^egue o 14. °
dia da lua de Março. Soffreu o martyrio
no reinado de Severo. E commemorado a
28 de julho.
VICTOR 11, (hist 1 Gelbard, papa desde o
anno 1055 até 105/. Foi eleito papa por
intervenção do imperador Henrique III.
VICTOR III, (hist.) Ridier, papa de 1086
a 1087, era da casa ducal de Capua ; foi
sagrado em 1087 e só reinou 4 mezes.
VICTOR IV, (hist.) anti-papa, foi nomea-
do pelo partido imperial depois da morte
de Adriano iv em 1159, em quanto o par-
tido normando elegia Alexandre III. Morreu
em 1164.
VICTOR, (hist ) -chamado de \ite, bispo
de Tite em Bysacene, fugiu para Constan-
tinopla em 4ií3 por causa da perseguição
dos Vândalos contra os catholicos. Escre-
veu : Historia persecutionis vandalicce si-
ve africance sub Genserico.
viCTOR-AMADEO I, (hist.) duque de Sabóia
filho de Carlos Manuel I subio ao throno
em 16-50. Adquiriu, á (justa do duque de
Mantua, Alva sobre o Teoaro e Albesan ;
distinguiu-se na guerra dos Trinta annos e
foi generalíssimo dos Francezes na Itália.
Morreu em 1637.
viCTOR-AMADEO 11, (hist.) primeiramente
duque de Sabóia, depois rei da Sardenha,
nasceu em 1665, succedeu a Carlos Ma-
nuel II em 16/5. Tornou-se celebre yela
saa politica tortuosa o versátil. Abdicou em
1730 ; morreu em 1732.
victor-Amadeo III, (hist.) nasceu em 1726
subio ao throno da Sabóia em 1773. Foi
um dos príncipes mais ardentes contra a
revolução franceza, franqueou os seus es-
tados aos primeiros emigrados. Morreu em
1796.
viCTOR-MANUEL I, (hist ) 1 ci da Sardenha,
nasceu em 1749, era segundo filho de Vic-
tor-Amadeo III e irmão de Carlos Manuel
IV, ao qual succedeu em 1802, Este prín-
cipe mostrou-se muito hostil ás ideias 11-
beraes, e soíTreu em 18£1 nos seus Estados
uma violenta insurreição em favor da cons-
tituição ; Victor Manuel antes quiz abdicar
do qufi acceder aos desejos do seu povo,
e deixou o throno ao duque de Génova,
Carlos F(dix, seu irmão. Morreu em 18^4.
ViCTOKiA, s. f. (Lat de cinco, ere, ven-
cerj vencimento do inimigo. Alcançar — ,
vencer, triumjihar. —das paixões, resislir-
Ihes.
VIC
VID
«05
Syn. corap. yictoria, vencimento. Camões
e outros clássicos confundiram eslas duas
palavras, que significam duas cousas bom
diíTercntPS. Mctoria é a acção de vencer;
vencimento a do ser vencido. — O general
que ganha uma batalha, publica sun vicio-
ria ; o que a perde procura occultar seu
vencimento. — O vencimento das paixões é
a victoria da razão. — Teu r e7icimen to íoi
tua victoria ; isto ó, venceste com ser ven-
cido.
Stn. comp. \ictoria, triumpho. Mcto-
ria é o acto de vencer, e a vanlngom que
se alcança sobre outro, vencendo ; trium-
pho é a ostentação da victoria, ou a so-
lemnidade com que ella se celebra em hon-
ra do vencedor. Joã) de Castro ganhou a
victoria em Diu, e teve seu triumpho em
Goa. — Em sentido figurado, triumpho ó
uma grande victoria.
VICTORIA, (myth.) deusa allegorica, filha
da Força e do Valor. Sylla construíu-lhe
um templo era Rana. A estatua desta deu-
sa estava no Capitólio, e nelle se conser-
vou até 8'^2.
VICTORIA (S.), (hist.) virgem martyrisada
em Koma cm 2'i9 ; é festpjada a 23 de de
zembro. — Outra S Victoria soíTreu o mar-
tjrio em Carthago em 'SQ\ com S. Satur-
nino. £' festejada a li de fevereiro.
viCTORíA, (ijiiza Thereza), (hist.) conhe-
cida pelo nome de Madama \ictoria, filha
de Luiz XV, irmã do delphms e lia de Luiz
XV, nasceu em 1733, distinguiu se prla
pureza de seus costumes. Morreu em
1791.
VICTORIA, (googr ) terra descoberta era
18lil, no grande Oceano austral, pelo ca-
pitão Rosa.
VICTORIA, (geogr.) cidade da Republica
de Venezuela, a 15 léguas SO. de Caracas;
8,000 habitantes.
VICTORIA, (geogr.) nova villa da provín-
cia da Bahia no Brazil, na comarca de
Urubu.
VICTORIA, (geogr.) Ilha da província de
São Paulo no Brasil, ao oriente da ilha de
São Sebastião, e obra de légua e meia a
ES. da Ponta Grossa.
TiCTORiADO, A, p. p. do víctoríar ; adj.
applaudido com enthusiasmo.
viCTORiANO (S ), (hist) procônsul na Afri-
ca, foi martyrisado pelos Vândalos em 484.
E festojado a Tò de Março.
, viCTORiAR, v.a. [vitor, ar dt^s. inf.) dar
victors, applaudir dando victors.
viCTORiPíA ou VICTORIA, (hist.) Aurelia
\ictorina, irmã de Poslhun:o, tyranno das
Gallias e mãi de Victoria l. Fez com que
roslhumo adoptasse seu filho em 264, De-
pois da morte de Victorino prolongou por
VOl. IV.
algum tempo a resistência dos Gaulezcs con-
tra Roma. Morreu em 268.
VICTORINO, (hist ) M. Aurclius Piauvonius
Yictorinus, filho da colcbre Victorina, um
dos 30 tyrannos, que assumiram a purpu-
ra no reinado de dallieno, linha sido as-
sociado ao império por Poslhumo em 26t.
Depois da morije deste usurpador ficou se-
nhor da Gallia, á qual juntou a Bretanha
o a Hespanha. Foi morto em uma sedição
em 268.
viCTORTo, (hist.) era Italiano Veltosi, sa-
')io italiano, nasceu era 1499, raorreu em
1585 As suas principaes obras são: com-
mentarios estimados sobre a Rhetorica, a
Poética, a Politica e a Moral.
viCTORiosAMENTE, adv. {mcnte suíí.) de
raodo victorioso, como vencedor.
VICTORIOSISSIMAHENTE, Oc/u. SUpcrl. de vi-
ctoriosaraente.
vicTORiosissiMo, A, adj. superl. de victo-
rioso.
v CTORioso, A, adj. (Lat. victoriosus) que
alcançou a victoria, que venceu o inimigo,
vencedor.
víCTRiCE, adj. dos2g. (Lat. ricínar, eis}
(p. us.) vencedor. Palmas — s. Alma — .
viCTUALHAs, s.f.pl. [do Lat. victus, ali-
mento) viveres, provisões de bocca.
vicruMviA, (geogr.) pequena cidaie da
Gallia Cisalpina, hoje Vigevano.
VICUNHA ou viGONiiA, s. f quadrupcdo
da America meridional, cuja lã é finíssi-
ma.
vicijs augusti, (geogr.) cidade da Afri-
ca, hoje Hairon«in.
' vicus juLir, (geogr.) cidade da Lyoneza
3.^ hoje Aire.
vícus juLíus, (geogr.) cidade da Germâ-
nia, hoje Germersheim.
vicus SPACORUM, (geogr ) cidade da Iles-
panha, hoje Vigo ou Vic de Otona.
VIDA, s. f. (Lat. vita, de vivere, viver ;
Gv. bios, vida) estado do animal o do vege-
tal (iue exercita todas ou parle das func-
ções orgânicas. — animal, vegetal. — , (fig.)
tempo, duração da vida ; biographia, histo-
ria dos actos e successos de uma pessoa du-
rante toda a sua vida. Pena de — , capital.
Conceder em ou por uma, duas ou três
— s, a alguém, e por sua morte ao herdei-
ro imraediato, e morrendo este, ao que so
lhe segue. — temporal, a duração d 'ella
neste mundo. — futura, a que os espiri-
tualistas attribuem á alma separada do cor-
po. — eterna, a dos bem aventurados no
ceu. Modo de — , oíllcio, profissão com que
alguém ganha o sustento. — boa ou rega-
lada, de quem vive com regalo. Levar boa
— , viver regaladamente sem trabalhar, sem
cuidados. Ter — , modo devida. Fazer —
Í02
VID
YIE
de soldado, exercer esta profissão. « Fazer
o pedinte — das aleijões e chagas, » mostrá-
las ,para excitar a commiseração do publico,
e obter assim esmolas, \iver na — de al-
guém, (loc. ant.) ter nella o seu amparo, a
sua confiança, felicidade. — de sempre, (ant.)
vida eterna. — do mez, (ant.) tributo an-
tigo. Era um diii de comida que se dava ao
mordomo menor d'El-Rei, no mez.
VIDA, (hist.) latino moderno, nasceu em
Cremona em 14ÍJ0, morreu em 1566. Dei-
xou : Christiade, Arte Poética, etc.
VIDAL. V. yital.
viDAMA, s m. [Fc.vidame] o que repre-
sentava a pessoa do bispo como senhor tem-
poral.
VIDAR, V. a. (Lat. vitis, vide) (ant.) plan-
tar vinhas, fazer mergulhias.
viDAZiNíiA, s, f. diminui, devida.
VIDE, s. f. (Lat. vitis. Talvez de vinco,
erCi inctum, enlaçar) aramaevaras da vi-
deira; (fig.) videira; o cordão umbilical.
VIDE, villa e freguezia de Portugal de
2,200 habitantes no districto da Guarda,
situada perto da villa de Gea, em sitio mon-
tanhoso e frio.
VIDEIRA, s. f. cepa que dá vides e uvas.
— de enforcado, que trepa e se prende a
arvores, v.g. aos salgueros. — de cabeça,
cepa velha que se enterra mais fanda de-
pois de se lhe cortarem algumas raizes.
VIDIGUEIRA, villa de Portugal situada 7
léguas ao S. de Évora, em aprasivei e fér-
til campina : 2,400 habitantes. E' palria do
celebre escriptor Achiiles Estaco.
viDMA, s. f. (anat. p. us ) vide, cordão
umblicai.
vjDONno, s. m. os sarmentos ou varas da
videira; casta, espécie de uvas. — labrus-
cOy uvas agrestes. — , os renovos da videira
que se cortam para bacello ; (fig.) as pessoas
que se casam para ter filhos, successão.
VÍDOURÍ.E, (geogr.) rio de França, nasce
no departamento de Gard, ecahe noThau.
VIDUCASSES ou VADICASSES, (hist.) pOVO
daGallia Lyoneza, tinham por capital uma
cidade do mesmo nome (hoje Yieux).
VIDRAÇA, s. f. [vidro, des. aça) caixilho,
com vidro para fechar janella ou porta, dei-
xando entrar a luz.
viDRAÇARiA, s, f. (dos ária) as vidraças
do editicio.
viDRACE'RO, s. ff». 0 quo põo vidros nas
vidraças.
VIDRADO, A, p p. de vidrar ; ad/. cober-
to de substancia vitrea. Louça — . Olhos
— s, os do moribundo, faltos de transparên-
cia. Agua — , espécie de mormo que vem
aos falcões,
VIDRAR, V. a. [vidro, ar, des. inf.) co-
brir de substancia vitrea: — a louça, va-
sos do barro. Vidraram-se os olhos ao m u-
ribundo, perderem a transparência.
vidraría, s. f. (des. %a) fabrica, manu-
factura de vidros.
VIDREIRO, s, m o que faz e vende vi-
dros.
viDRENTO, a, adj. frágil como o vidro.
« A fortuna é — e assim a privança, a hon-
ra. » Eufr. Sujeito — , melindroso que des-
confia facilmente, e requer ser tratado com
melindre na conversação. Condição — . — ,
(fig.) que quebra facilmente os seus deve-
res.
VIDRINHO, s m. diminut. de vidro, pe-
queno vidro, frasquinho, pequena redoma.
viDRiNO, a, adj (ant.) de vidro, vítreo.
— esmalte.
VIDRO, s.m, [Lãi.vitrum, queosetymo-
logistas derivam, uns de videre, ver, outros
devireo, ere, brilhar. Plinio diz que o vidro
fora descoberto ajcidentalmente por mari-
nheiros que empregaram nitro para prepa-
rar a comida, na falta de outro combustí-
vel. Nesse caso parece formado de nitrum
nitro, e verto, ere, mudar, transformar)
corpo lizo, lúcido e transparente formado
pela fusão da areia ou silexcom saes alca-
linos ; (fig.) vaso de vidro para encerrar
óleos, aguas de cheiro; peças feitas de vi-
dro ] V. g. — de óculos, lente. — de vi-
draça, lamina de vidro. — ou cousa de — ,
frágil. — , (fig.) génio agastadiço que que-
bra com os outros facilmente.
viDUAL, adj. dos 2 g. {do Lat. viduus) de
viuvo ou viuva, de viuvez. Estado — . Kojo,
leito, thalamo. Trajos, roupas viduaes.
VIEIRA, s. f. marisco semelhante á amêi-
joa : concha, e principalmente das que os
romeiros trazem.
VIEIRA, (Padre António), (hist.) distincto
pregador poituguez, e um dos escriptores
clássicos da nossa lingua ; nasceu em Lis-
boa em 1608, e falleceu na Bahia em 1697,
Pertencia á ordem dos Jesuítas, e foi o
fijais distincto pregador do seu século, me-
recendo nas differentes cortes da Euiopa,
onde pregou em Latim e Francez os applau-
sos de todos os doutos. Manyou a lingua
pátria com energia e natural propriedade ;
a sua eloquência arrebatava, o lhe gran-
geou os títulos de Cicero Catholico e de
Pai da eloquência portugueza. Escreveu
Sermões, Cartas, Vozes, Saudades, Histo-
lia do Futuro, etc.
VIEIRA, (João Fernandes), (hist.) chama-
do o Castrioto Lusitano, illustre guerrei-
ro portuguez ; nasceu na Ilha da Madeira
em 1613, o falleceu em Lisboa ignora-se a
epocha, Achava-se em Pernambuco, quan-
do parte do Brasil estava occupado pelos
Hollandezes, e conseguiu libertar aquella
VIE
VIG
807
província do seu jugo, o rostitui-la á co-
roa porlugueza eralGU, pondo-se áfren-
lo de uma revoluç5o, obrando prodígios de
valor, o rogeitando dozentos mil cruzados,
com que os Uollandezes o quizeram com-
prar. Em 1658, foi nomeado governador
de Angola, lugar que desempenhou com
honra, o grande proveito daquella provin-
cia. A vida deste illustre guerreiro foi es-
cripla por diíTerentes authores, entre elles
por Fr. Rafael do Jesus.
VIEIRA, concelho do Portugal distante 2
léguas e meia a E. de Braga ; 4,000 habi-
tantes, lia uma freguezia do mesmo nomo
3 léguas a O. de Leiria e do seu concelho
com 580 habitantes.
viEiRiNHA, s. f. diminut. de vieira.
viEiRo, s. m. V. VeiOt Veeiro, Veiame'
talica,
viEis. V. Viez.
VIELAS, s. f. pi. quatro ferros com argo-
las quQ andam sobre o rodízio de moi-
nho.
víella, s. f. (dim.de rio) beco, rua es-
treita.
VIELLE ou VIEILLE-AURE, (gCOgr.) villa de
França, a 11 léguas de Bagneres ; 410 ha-
bitantes.
viELMUR, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas O, do Castres; I.IGO habiífntes.
visNxNENSE, (geogr. ) \iennensis, parte
Occidental das duas provincias do Delphi-
nado o de Provença, junclamcnte cem o
condado yenessino , uma das 17 provin-
cias da diocese das Gallias.
viENNA, (geogr ) em latim Yindohona, Fia-
viana castra, Juliobona, emallemão \\icu,
capilal da Áustria e de toda a monarchia
austríaca, na direita do Danúbio ; 357,930
habitantes.
viENNA, (geogr.) \icnna, \ienna Allo-
brogum, cidade de França, na confluência
do Gero e do Rhodano, a 20 léguas KO. de
Grcnoblc ; 16,480 habitantes.
viENRA, (geogr.) \igcnna, rio de França
nasce no departamento de Correze, o lan-
ça-so no Loire em Candes.
viENNÀ (departamento do) (geogr.) depar-
tamento do França, entro os Dous Sevres,
a O. do iMaíne e Loire e do Indre o Loire
aoN. ; 288,200 habitantes. Capital Toi-
liers.
viENNA (departamento do Alto), (geogr.)
departamento de França, cnlre os de Vien-
na e Indre ao N., de Dordogne e de Cor-
seze ao S. de Charente a O. ; 293,000 ha-
bitantes. Capital Limoges
viEMNEZ, (geogr.) antigo paiz da França,
no Baixo Delphinado, entre o Bhodano, o
Isero c o Gresivaudon.
Yii^RZOH ou VIBnZON-VlLLE, (gcogr.) cídd-
de do França, a 9 léguas NO. doBourges;
4,980 habitantes.
viESTi, (geogr.) cidade do reino de Pfa-
polés, a 10 léguas NE. do Manfredonía ;
4,720 habitantes.
viEux, (geogr.) Viducasses villa de Fran-
ça, a 2 léguas o meia SO. de Caen ; 550
habitantes.
viEz, s. m. (Fr. biais^ «Iterado do Lat.
obliquua] direcção obliqua. Cortar ao — ,
obliquamente.
viF, (geogr ) cidade de França, a 4 lé-
guas N. de Grenoble; 2,360 habitantes.
VIGA, s. f. (provavelmente do Lat. vigeo^
ere, ter força, vigor) trave de ediflcio.
VIGADO, A, p. p. de vigar; adj. assenta-
do o vigamenlo.
VIG AIR A. V. Vigaria.
viGAiRo. V. Vigário.
viGAMENTO, s. íw. (wicnío suff.) as vigas
do edificio.
viGAN, (geogr.) Vindomagus, cidade de
França, a 19 léguas NO. de Nimes ; 5,049
habitantes.
VIGAR, V. a. {tiga, ar des. inf.) assentar
as vigas no ediGcio.
VIGARIA, s. f. nas ordens terceiras irman
— > a que faz as vezes de outra.
VIGARIA, s. f. o oíTicio do vigarío ; paro-
chíp..
VIGÁRIO, s. m. [L&t. viçar lum) o que faz
as vezes do prelado ou de cura d'almas ;
cura d'almas. — geral do bispado, da vara.
— do império, príncipe que faz as vezes
do imperador.
VIGÁRIO, A. adj. V. Vicário.
viGEDis, (geogr.) cidade de França, so-
bre o Vezere, a 8 léguas N. de Brives ;
2,500 habitantes
VIGÉSIMO, A, oí/y. (Lat. vigesimus)iminQ-
ral ordinal, que na serie numérica se segue
ao decimo nono.
viGEVANO, (gcogr.) \ictumbiat cidade dos
Estados Sardos ; a 27 leg. E. de Turin ;
15,500 habitantes.
viGGiANO, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a 9 Icg. S. de Potenza ; 5,500 ha-
bitantes.
VIGIA, s f. [L&i. vigil^ Fr. vigie) o acto
de vigiar; estado de vela. Horas de — . Le-
var cm — , V g. — o baixo, navegar com
tento, ter o olho no perigo. — , vigilância.
— , senlinelia. — , vigília, insomnia. — s,
baixos, parcéis, cachopos de que os nave-
gantes se devem guardar. Os — s, s. in.pl.
os veladores.
VIGIA, (gcogr.) antiga villa da província
do Pará no Brazil, a 15 léguas da cidade
de Bolem."
VIGIADO, A, p.p. de vigiar; at/j. a quem
5c poz, sôlíie quem se traz vigia ; que se
202 *
808
VIG
VIL
vigia de alguém ; suspeitoso, canto, preveni-
do ; vigilante.
viGiADOR, s. m. o que vigia, velador.
viGiADOR, A, adj\ vigilante, disposto.
viGiANTE, adj. dos^ g.{L&i.vigilans, tis]
que vigia ,
VIGIAR, v.a, [LSil. vigilaré) observar com
attenção, com desvelo. — o mar ao longe,
extender a vista, para ver o que vem ou
apparece ao longe. — , t?. n. velar, estar
desperto, vigilante. — se, v. r. acautelar-
se, andar com cautela para se resguardar
de perigo ou de inimigo.
VIGILÂNCIA, s. f. (Lat. vigilantia) vigia
cuidadosa, desvelada.
VIGILANTE, adj. dos 2 g. (Lat. vigilans,
tis) dotado de vigilância, velador.
VIGILANTEMENTE, ttdv. [mínte suff.) com
vigilância.
viGiLANTissiMAMENTE, adv.superl. de vi-
gilantemente.
vigilantíssimo. A, adj. superl. de vigi-
lante, muito vigilante.
vigília, s. f. (Lat vigília) falta de som-
no, estado desperto ; desvelo em algum tra-
balho : véspera de festa. Ter — , por devo-
ção, em alguma igreja. «Em — da morte.»
na véspera, perto da hora da morte. Âr-
raes. — , vigia, em que se reparte a noi-
te; é de três horas.
vigilo, (hist) papa, natural de Roma,
foi eleito, sendo ainda vivo Silvério, por in-
fluencia da Imperatriz Theodora, que jul-
gou encontra-lo inimigo do concilio de Cal-
cedonia, e foi reconhecido depois da mor-
te de Silvério, em 5ii8. SoíTreu muitas per-
seguições até que foi preso e tratado como
herege pelos catholicos zelosos, por causa
da questão dos Capítulos. Morreu em 555.
vigivel e viGivELMENTE, (aut. O plcb.) por
visivel, visivelmente.
V1GNEMALE, (gcogr.) montanha do Fran-
ça, um dos mais altos cumes dos Piryneos.
viGNEULLES, (gcogr.) cidade de França,
a 7 léguas SC. de Commercy ; 1,070 ha-
bitantes.
viGNOLA, (geogr.) cidade do reino de Ná-
poles, a 2 léguas e 1 quarto SO. de f o-
tenza ; 4,000 habitantes.
viGNORiz, (geogr.) villa de França, a 5
léguas N. de Chaumont; 770 habitantes.
VIGO, (geogr.) ^icus Spacorum, cidade
da Hespanha, a 20 léguas 80. de Santia-
go; 5,000 habitantes.
viGONHA, s. f. (Cast. vicwia) quadrúpede
da America meridional cuja lã é finíssima.
V. yicunha.
VIGOR, 8. m. (Lat. de vis, força, energia,
e ago, ere, obrar) esfoi ço enérgico do cor-
po ou da alma. O — dos braços ; — da elo-
quência. Estar cm — , diz- se das leis, usos.
VIGORADO, A, p, p, de vigorar ; adj. for-
tificado, fortalecido, roborado.
viGORANTE, ãdj . dos2g. (med.) que vi-
gora, fortalece. Caldos, substancias — s.
VIGORAR, V. a. {vigor ar des. inf.) forti-
ficar, roborar, fortalecer, dar vigor. — se,
V. r. ou — , V. n. adquirir vigor, força.
viGORiSAR ou VIGORIZAR. V. Vigorar, For-
talecer.
VIGOROSAMENTE, adt). [mente suíT.) com vi-
gor, com força, com energia.
viGOROSissiMAMENTE, adv. superl. de vi-
gorosamente.
VIGOROSO, A, adj. (des. aso) que tem vi-
gor, robusto, forte, enérgico.
viGOTA, s. f, diminuí, de viga, viga pe-
quena.
viGOTE, s. m. V. \igota.
viGY, (geogr.) villa de França, a 4 lé-
guas NE. de Metz ; 600 habitantes.
viiR, (ant.) V. Vir.
VIL, adj. dos 2 g. (Ut. vilis, Gr. phaú-
loSf vil, pequeno, baixo, mau ; de phlaó,
espedaçar) baixo de pouca conta, de pouco
preço, desprezível. Homem — , da Ínfima
plebe, desprezível, que faz acções deshon-
rosas. Acções vis. Homem d^j — condição,
plebeo.
viLAiNE, (geogr.) Herius e Vicinovia, rio
de França, nasce no departamento deMayen-
ne, e lança-se no Atlântico.
VILEZA, s. f. o ser vil ; baixeza ; acção
de homem vil, acção deshonrosa, animo vil,
baixo.
VILOANESCA, S. f. 6 VILHANCETE, S. m.
V. Villancete.
viLiiETE, erro por bilhete.
viLiAR. V. Aviltar, Vilipendiar.
YiLiCE. V. Velhice.
víLiDA, V. Belida.
vilificado. V Aviltado, Envilecido.
viLiFiCAR, V. a. (Lat. vilifícare) V. Avil'
tar, Envilecer.
VILIPENDIADO, A, p. p. dc vilipendiar ;
adj. tido por vil ; tratado como vil ; trata-
do com desprezo.
VILIPENDIAR, V, fl. (Lat. vHipcndo, ere)
ter por vil ; tratar como vil ; tratar com
desprezo, por obras ou palavras.
VILIPENDIO, s. m. desprezo, menoscabo,
desdouro.
viLiPENDioso, A, adj. (des. oso) que traz
vilipendio, que manifesta vilipendio. Pala-
vras, maneiras, tratamento — .
viLissiMAMENTE, ado. supcrl. de vilmen-
te.
viLissiMO, A, adj. superl. de vil, muito
vil.
viLLA, s. f. (Lat. villa, casa de campo.
Os etymologistas tom dito disparates, á cer-
ca da origem desto termo e de ville Fr. ci-
VIL
VIL
809
dado. Em quanto a nós vom de vallere,
cercar dovallado ou do muros) povoação do
menor graduação que cidade. Moça da — ,
camponeza, mulher do campo. — , casa de
campo.
viLLA DO BISPO, (geogr.) villfl de Porlugal
no Algarve, 1 légua e meia a K do Cabo de
S. Vicente e 9 de Faro ; 750 hibitantes.
VILLA BOA, (geogr.) povoação de Portugal,
no districto de Vizeu, donde dista .S léguas
1,030 habitantes. — Boado Biapo, no con-
celho de Penafiel, 7 léguas a. NE. do Porto,
1,380 habitantes. — Boa de Roda, povoa-
ção no c.mcelho do Guimarães ; 1,108 ha-
bitantes,
viiLLA BOiM, (geogr.) villa de Portugal, a
1 légua d'Elvas, 900 habitantes.
viLLA cnÃA, (geogr.) ha era Portugal no
Minho e em Traz-os-Montes 16 povoações
com esta denominação, pordra todas escas-
samente povoadas e pouco importantes.
VILLA DO CONDE, (geogr.) villa de Portu-
gal, no districto do Ponto, donde dista 4
léguas ao N., situada na margem direita e
junto á foz do rio Ave, em frente de Azu-
rara; 3,200 habitantes.
VILLA COVA, denoirinada da Coelheira,
(geogr ) villa c freguezia do Portugal a 4
léguas de í amego ; l,ii20 habitantes. —
Cova da Lixa, freguezia do concelho de
Felgueiras e a 7 léguas de Braga, 1,?U0 ha-
bitantes. Ha mais no Minho <> Villas Covas,
todas povoações medianas.
VILLA FACAiA, ígeogr.) povoação de Por-
tugal, no concelho de Pedrogão-Grande,
em sitio montuoso e de bons pastos; t,170
habitantes.
VILLA FERNANDO, (googr ) villa de Portu-
gal, a 2 léguas da Guarda ; 1,080 habitan-
tes.
YiLLA FLOR, oulr'ora Povoa d'além-Sa'}or,
(geogr) concelho de Portugal, situada 3 lé-
guas e meia a iSO de Moncorvo, nas faldas
da serra de Valfreixoso, 3,4C0 habitantes,
lia outra pequena villa do mesmo nome,
situada / léguas a KO. de Portalegre, jun-
to á esquerda do Tejo, a qual é o solar do
sr. duque da Terceira.
v Li.A DE FRADES (S. Cucufate), fgeogr.)
concelho de Portugal, no districto de Keja,
siiuado 5 léguas ao N. ; 1,340 habitantes.
VILLA FRANCA DE XIRA, villa de Portugal
no districto de Lisboa, donde dista 5 lé-
guas e meia a ISc)., situada na direita do
Tejo, importante viila de 5.000 habitantes,
e a 2 ** povoação de Ribatejo ; possue al-
gumas casas nobres e faz considerável com-
mercio com Lisboa e Santarém: os seus ar-
redores são airenos e fertilissiraos.
VILLA DE IGREJA, villa 6 freguezia de Por-
tugal; 1,260 habitantes, a 3 léguas deVi-
VOL. iv.
zeu, próxima á direita do riacho Salão, que
desagua na direita do Dão : o seu concelho
denominado Satão; 3,000 habitantes: abun-
da em gado, milho e centeio.
VILLA NOVA DA CERVEIRA, (gCOgr.) praça
d'nrmas o villa fronteira da província do
Minho e do districto de Vianna em Portu-
gal, situada na margem esquerda do rio
Minho, a 2 léguas e meia da sua desem-
bocadura, o 9 a NO. de Braga, em fi*ente
do forte hespanhol de Goyau, que a domi-
na!: 1,200 habitantes. — Nova de Foz-Coa,
villa do Portugal ; 2,900 habitantes situa-
da perto da esquerda e foz de Goa com o
Douro, e 1 Icgua e meia ao S. de Moncor-
vo. — Nova de Gaia, V. Gaia. — Nova de
Mil Fontes, concelho no districto de Beja,
donde dista 14 léguas a SO., situado na di-
reita da foz do rio Odemira, onde tem um
pequeno porto; 1,830 habitantes. — Nova
de Portimão, V. Portimão. — Nova da Rai-
nha, freguezia do concelho d'AIemquer, si-
tuada junto ao rio deste nome e a 1 quar-
to de légua da direita do Tejo, dista 9 lé-
guas e meia a KE. de Lisboa : é nesse si-
tio que está o cáes dos vapores de Riba-
tejo e onde cessa a sua navegação de bar-
cos de quilha. Os seus arredores produzem
vinhos excellentes; 1,400 habitantes.
VILLA POUCA d'aguiar, villa e freguezia
de Portugal, no districto de Villa Real,
donde dista 5 léguas ao N., e situada per-
to do rio Corgo; 1,400 habitantes, e o con-
celho 8.700. Pouco ao Poente fica-lhe a ser-
ra do mesmo nome, a qual so prolonga
com o Tâmega e p Pinhão para o S. ; não
é mais que ura ramo do Marão.
VILLA REAL, fica, industriosa G importan-
te viila de Porlugal, a mais considerável
povoação de Trás-os-Montes, de quem é uma
das suas capitães (a outra é Bragança),
5,000 habitantes.
VILLA REAL DE SANTO ANTÓNIO DE ARENI-
LHA, (geogr.) povoação de Portugal, no Al-
garve fundada pelo marquez de Pombal,
que a fez edificar em 5 mezes no anno de
174*.
VILLA DE REI. (geogr.) villa de Portugal
em Santarém, 5 léguas e meia a NE. de
Thomar, i 30O habitantes e com o conce-
lho 3,400.'
VIMA DO SUL, (geogr.) villa de Portugal
a 4 léguas de Viseu; 1,635 habitantes, si-
tuada porto do Riacho Sul, que se lança
na direita do Vouga em S Pedro do Sul.
VILLA VERDE, (geogr.) Ha 5 povoações
deste nome em Portugal, todas insignifican-
tes ; a mais notável é a denominada dos
Francos, situada 2 léguas e meia a ISE.
do Torres-Vedras, nas faldas da serra de
Montejunto.
203
^n
VIL
VIL
viLU VIÇOSA, (geogr.) villa de Portuga /a 2 léguas e 1 quarto SO. de CastelloQ ;
léguas S. 0. do
situada nuED& planície tão fértil e viçosa,
que lhe veio a dar nome ; pertence ao dis-
tricto do Évora, donde dista 7 léguas a
NIÍ. e 2 léguas e meia de Estremoz ; 3,600
habitantes.
viLLA GARCIA, (geogr.) cidado e pequeno
porto de ílespanha, a 10 léguas SO. de
Santiago; 1,900 habitantes.
viLLA DEL FUERTo, (gôogr.) cidado do Me-
xico, a 41 leg. K. de Sinalca ; 7,900 ha-
bitantes.
VILLA DEL príncipe, (geogf.) cidâdc da
ilha de Cuba a 54 léguas SE. de Porto-
del-Prineipe.
VILLA FRANCA, (gcogr.) Cidade dos Esta-
dos Sardos, a 4 léguas SE. de Pignerol ;
0,800 habitantes.
viLLA FRANCA, (gcogr.) cidade do reino
Lombardo Veneziano, a 4
Verona ; 5,400 habitantes
viiLA FRANCA DEL Buzzo, (geogr ) cidade
de Hespanha ; a 3 leg. O. de Ponferrada ",
3,OOJ habitantes.
VILLA FRANCA DE LOS BARROS, (gCOgr.) ci-
dade de ílespanha, a 8 léguas 5. de Meri-
da ; 6,40') habitantes.
VlLLA FRANCA DF. PAREDES, (gCOgr.) All-
íistiana, cidade do ílespanha, a 12 léguas
O. de Barcelona ; 4,701) habitônles.
VILLA JOYOSA, (googr.) cidade de ílespa-
nha, a 6 léguas e maia I^E. de Alicante ;
7,400 habitantes.
VILLA DA PRiNCEZA, (geogr.) villa popu-
losa e mercantil da provincia doRio-Gran-
de-do-Norte no Brazil, cabeça da comarca
d'Açú, situada n'uma vasta campina, so-
bre a margem esquerda do rio das Pira-
nhas,
VILLA DO 1SIPERA'D0R, ^-COgr.) nOVR VJlk
(h provincia de Parahiba no Brasil, na co-
marca deste nome.
VILLA FRANCA, ígcogr.) vilIa doprovincia
do4'ará no Brazil, em principio a aldeia
Camarú.
ViLLA NOVA DE CABF.LLAS, (gCOgr.) cidade
de ílespanha, a 12 léguas KE. de Tarra-
•goiííi ; 9,5ô0 habitantes.
VILLA NUEVA DEL ARZOBispo, (geogr.) Ci-
dade de ílespanha, a 9 'léguas KE. de Ube-
da ; 4,500 habitantes.
•VILLA NU-EVA DE LA SERENA, (gCOgr.) ci-
àftde de ílespanha, a 20 léguas E.^ de Ba-
dí jaz ; l'2,O0O habitaíntes.
>VILLA NUEVA líE LOS IiNFANTES, (^COgr.) ci-
flado de Ílespanha, a Oieguas SE. deCiu-
dad-fReal ; 7,500 habita ales.
viiLA NUEVA DE SAN MARCOS, (geogr.) ci-
dade de Hespanha, a 6 léguas e meia iSE.
,de Antequera ; 5^<iOjQ habitantes.
yiLLA REAL, (gcogf .^xífíjfide de Hespauha,
8,000 habitantes.
viLLA VICIOSA, (geogr.) villa de Hespanha,
a 1 quarto de légua S. de Brihuega ; 800
habitantes.
viLLACii, (geogr.) cidade da Illyria, ca-
pital de circulo, a 9 leg. 0. do Klagonfurth;
4,000 habitantes.
viLLAGEM, s.f. [Fr.vUlage] villa, povoa-
ção menor que a de cidade ; casa rús-
tica.
viLLAiNE LA JUHEL, (gcogr.) cidade de
França, a 9 leg. E. de Mayenne; 2,440
habitantes.
viLLALAR, (geogr.) villa de Hespanha, a
9 léguas SO. de Valladolid ; 700 habitan-
tes.
vjLLAMBLARD, (geogr.j cidads de França,
a 6 léguas NE. de Bergerac ; 1,230 habi-
tantes.
viLLAMENTE. V. VUlãmente.
viLLÃMKNTE, adv. [mente suff ) de modo
villão, como villão.
viLLANAGEM, s. f. mullidão do villães,
viLLANAz, s m.OMadj, m. augment. da
villão, grande villão.
viLLANCP.TE, s. m. pocjDa brovo e rústi-
co, chacota.
viLLANDRAUT, (geogr.) villa de França, a
3 Icguas 0. de Bagas; 730 habitantes.
viLLARESCO, A, ãdj . ruslico Poe.ia — ,
villnncete.
VlLLANlA, S. f.
lães, de rústicos;
dtí animo.
viLLANUOVA, (gcogr.) cidado dos Estados
Sardos, a 2 léguas SO. de Macdovi ; 3,0(jO
habitantes.
VILLÃO, S, tn. VIIXÃ ou VILLAN, S. f. (dc
viila) rústico, camponcz, homem ou mulher
({ue habita Gm villa; homem não nobre,
peiío ; homem vil, dcsprczivel. — ruim,
tormo do desprezo.
vJLLÃo, ÃA ou AN, ãdj. campoucz, rusli-
co ; (íig.) descortez ; não nobre. Camlleiro
— ,, que não 4 de linhagem.
viLLÃoziNíio, s. m. dimmut. de villão.
viLLAR, s. m. (ant.) casal, aldeia. <« Os
vlllares novos que então se povoavam. »
Eluoid.
VILLAR, ígeogr.) lia cm todo o reino de
Portugal perto de duas dúzias de .povoa-
ções deste :nome, ou com mais alguma d^
iwminação, como sejão : — do Paraiso,
— de Perdizes, — do Pinlheiro, — Torpin
etc , porém quasi todas as froguezias ^u al-
deias derramadas, insignificantes em rique-
za e população.
viLLARD DE LANS, (gcogr.) cidadc do Frao-
ça, a 5 léguas e meia SÓ. de Granada ;
2,190 habitantes.
(des. ia) mullidão do vil-
acção de villão ; baixeza
VIL
VIL
811
viLLARBLHO, (geogr.) cordilheira de moíi-c», a 4 léguas e meia E. d*Alb)'; 1,360
tes graníticos om Portugal quo com diver-
sas denominaçõíis se estendem desdo o rio
Tua ató S. Fins do Douro, no districto de
Villa-Real. Nas suas raizcs estão as povoa-
ções de Favaios, Alijó, ele. Esta ultima é
regada por um grande manancial que nas-
ce n'uma alta planicie ou plalõ que existe
no cume da serra. Do pincaro do cabeço
da Senhora da Cunha, que está próxima
ao Amieiro, se goza da óptica do uma vas-
ta extensão.
viLLARiNHO, (geogr.) com este nome ha
em Portugal perto de 15 povoações só nas
provindas do Minho e Tras-os-Monles, qua-
si todas pouco importantes ; as mais notá-
veis são: — 1.", no concelho de Louzã a
4 léguas de Coimbra, 1.20Í) habitantes ;
2,*, — do Bairro, villa e freguezia do dis-
tricto d(j Aveiro, l.GOí) habitantes; 3", —
da Castanheira, também villa de 900 e o
seu concelho de 3,700 habitantes, situada
2 léguas a í\0. de Moncotvo, n'um outei-
ro, coai ruínas de antigo castello : f.bunda
cm castanha, sumagre, seda, gado ecaça;
à.^, — de S. fíomáo, no concelho do Vil-
la-Real, 1,100 habitantes ; b ^, — de Sã-
mardã, aldeia do mesmo concelho, 9í;0
habitantes.
viLLE ouviLLER, (gcogr.) Cidade de Fran-
ça, a 3 léguas 0. de Schelestadt ; 1,100
habitantes.
viLLEBOis, (gcogr.) villa do França, a 3
léguas SE. de Ambrieux ; 1,650 habitan-
tes.
viLLEBRUMiER, (geogr.) vllla de França,
a 4 léguas SE. de j.ontauban ; 814 habi-
tantes.
VILLE d'avray, (geogr.) villa do França,
a meia légua KO. de Sevres ; 500 habi-
tantes.
viLLE-DiEu, (geogr.) villa de França, a
3 léguas e meia S. de Poitiers; 33ò ha-
bitantes.
VILLE-DIEU-LES-POELES, (gtOgr.) CÍdadc
do França, a 5 léguas ÍSE. de Al>ranches ;
3,850 habitantes.
viLLE-DEU (Maria líortenso Desjardins),
litterata franceza, nasceu em 1632, mor-
reu cm 1683. Corapoz algu«ias poesias e
romances, que não são destituídos de me-
recimento.
VILLE-EN-TAHDENOIS, ígCOgr.) villa d^
França, a 4 léguas c meia SO. do Reims;
500 habitantes.
viLLEFAGNAN, (gcogr.) cidade da França,
a 2 léguas e meia SO. de iluíTec ; 1,680
habitantes,
viLLEFORT, (geogr.) cidade de França, a
11 léguas E. defende; 1,640 habitantes.
viLLEFRANCHE, (gcogr.) Cidade de Fran-
habítantes.
VH.LKFRANCnE-DE-BELVEZ OU DE PERIGORD,
(geogr.) cidade de França, a 9 léguas SO.
do Sartat ; 1,K00 habitantes.
VILLEFRANCUE-DE-CONFLENT, (gO )gr.) CÍ-
dado forte de França, a legua o naeia SO.
de Prades ; 600 habitantes.
villefranche-de-lauraguais. (geogr.) ci-
dade de França, a 8 léguas SE. de Tou-
louse; 2,760 habitantes.
VTLLEFRANCHE-DE-LONCHAPT, (gCOgr.) ci-
dade de França a 10 léguas f>0. de Bcr-
gerac ; 786 habitantes.
VILLEFRANCHE DE ROUERGUE, (gCOgr.) Ci-
dade de França, a 13 leg. O. de Rhodei;
8740 habitantes.
VILLEFRATÇCIIE-SUR-SAONE, (gCOgT.) cidado
do França, a 7 leg. e meia N. de Lyou ;
7,560 habitantes.
viLLEJUiF, (geogr.) Villa Judea, cidade
de França , a 2 legaas S. de Paris ; 1,650
habitantes.
viLLELA, (geogr ) lia em Portugal 7 al-
deias ou freguezias d^sto nome na provín-
cia do Minho e 2 na de Tras-os-Montes ;
700 habitantes.
viLLEMUR, (gcogr.) cidflde de Frariça, a
9 leg. n, delolosa; 5,570 habitantes.
- viLLENA, (geo^;r.) cidade de ílespanha, a
£0 léguas NE. de Murcia ; 9,000 habitan-
tes.
viLLENAUXE, (gcogr.j cídade de França,
a 4 léguas E de Kogent ; 2,713 habitan-
tes.
viLLENEuvE, (gcogr.) cídade de França,
a 2 léguas e meia N. do ^illefranche de
Rouergue ; 3,361^ habitantes.
VILLE NEUVE d'AGEN OU VILLENEUVE SUR
LOT, (geogr.) cidade de França, a 7 léguas
NE. d'Agen; 11,220 habitantes.
VILLE KEUVE-i^E-BERG, (cidsde de França,
a 7 léguas S. do Privas ; 2.5ii(í habitantes.
ViLLENEDVE DE MARSAN, (geogr.) cidadi5 de
França, a 5 léguas de Monto-de-Marsan ;
1,610 habitantes.
VILLENEUVE LARCHEVEQUK. (gCOgr. ) CÍda-
dc de França, a 6 leg. E- de Sens ; 1,U80
habitantes.
VILLF.?íEUVE-LE-R01 OU ViLLENEUVE SUR
YONNE, (geogr.) cidade do França, a 4 lé-
guas e meia NO. de Joigny ; 5,l90 habi-
tantes.
VILLESEUVE-LBS-AVÍGNON, (geogf.) CÍd«de
de França, a 8 léguas E. de Uzés ; 3,630
habitantes.
VILLENEUVE s. GEORGKS, (geogf.) Cidade
de França, a 4 léguas SK. de Paris; 1,100
habitantes.
viLLEQUiER. (gcogr.) villft de França, a
1 légua SO. de Caudebec ; 900 habitante?.
203 ,
812
?IB!
VIN
viLLEREAL, (geogr.) cidade de França, a
8 léguas N. de Villeneuve-sur-Lot ; l',420
habitantes.
viLLERS BOCAGE, (geogr.) cidade do Fran-
ça, a 6 léguas e meia O. de Caen ; 1,!Í00
habitantes.
VILLERS-COTTERETS OU CORTE-RETZ, (geO-
gr.) cidade de França, a 7 léguas e meia,
SO. de Soissons ; 2,700 habitantes.
viLLERS-FARLAY, (geogr.) villa dc Frauça,
a 5 léguas N. de Poligny ; 950 habitantes.
viLLERs-SEXEL, (gcogr.) cidade de Fran-
ça, a 4 léguas e meia S. de Lure : 1,260
habitantes.
viLLETA, s. f. diminut. deviWà, pequena
villa.
viLLETTE, (geogr.) cidade de França con-
tigua a Paris, do lado doN. ; 7,080 habi-
tantes.
viLLico, s. m. (Lat. villicus) (ant.) casei-
ro, abegão, feitor.
viLLiERS, (geogr.) cidade de França, a 9
léguas S. O. de Saumur ; 1,000 habitan-
tes.
viLLiERS-LE-BEL, (geogr ) villa de Fran-
ça, a 5 léguas e meia SE. de Pontoise ;
1,500 habitantes,
VILLIERS-SAINT-GEORGES, (geOgr.) villa dc
França, a 4 léguas INE. de Provins ; 550
habitantes.
viLLÔA, /. (p, us.) devillão. V. Vil lan ou.
Villã.
viLLULA, s. f. (Lat ) prédio rústico pe-
queno, herdade insignificante
viLMANSTRAND, (geogr.) cidade forte da
Ilussia europe?, a 12 léguas NO. de Vi-
borg; 300 habitantes.
VILMENTE, adv. [mente suíT.) de modo vil,
com vileza •, por vil ou baixo preço « O ma-
rinheiro que — á vida apreça. » Sá Miran-
da.
VTLNA, (geogr.) antiga cidade da Lilhua-
nia, hoje na Rússia europea, capital do go-
verno de Vilna, a 230 léguas SC. de S.
Petersburgo ; 26,000 habitantes. O gover-
no de Yilna foimado pela antiga Lithua-
nia, tom por limites os de ilroduo a O.,
de Minsk a E. e confina com o reino da
Polónia, com a Prússia e o mar Báltico ;
1,380,01)0 habitantes.
viLTA, s. f. (ant j palavra ou acção para
aviltar alguém.
vltauo. V. Aviltaio.
viLTANÇA, s. f. (ant.) V. Aviltamento,
Dcshonra.
vjltaR, (ant.) V. Aviilar.
viLVEiiDEN, (geogr.) cidade da Bélgica ;
a 3 léguas, NE. deBruxellas; 8,000 habi-
tantes.
VIMA, 5. f. emplasto que os rústicos pre-
param.
VIME, s. m. [L&t. vimen) arbusto que dá
varinhas tenras e elásticas, de que se fazem
cestos. -
VIMEIRO, (geogr.) freguezia de Portugal,
480 habitantes, do dislricto de Leiria, si-
tuada n'um valle regado pelo riacho Ma-
ceira, 18 léguas ao N. do Lisboa. — aldeia
ao concelho da Lourinhãa 10 léguas a NO.
de Lisboa, 30i) habitantes.
viMEM. V. Vime.
viMEux, (geogr.) peguena região da Fran-
ça, na Picardia, entre o Bresle '?o Somme.
VIMIEIRO, (geogr.) villa e freguezia de
Portugal, do districlo de Braga ; 1,570 ha-
bitantes. Ha outra villa e termo, 1,701 ha-
bitantes, situada 5 léguas a NK. de Évora
e 2 o meia de Estremoz. Ha outra aldeia
no concelho de Tordella, a légua e meia
de Viseu, 420 habitantes.
viMiNAL (monte) , Viminalis mons, uma
das collinas de Koma, na parte oriental,
entre o Quirinal ao N., eoEsquilino ao 8.
viMiNEO, A, adj. (Lat. vimineus) de vime.
Cestos —s.
VIMIOSO, (geogr.) villa e freguezia de Por-
tugal do districto de Bragança, situada per-
to da esquerda do rio de Maçãas, o qual
forma em parte o limite da fronteira e 'ó
léguas a 0. de Miranda do Douro, 1,000
habitantes, e o seu concelho, 2,000.
viMORG, (geogr.) villa de França, a 1 quar-
to de légua S. de Montargis.
viMOUTiERS. (geogr.) cidade de França,
a 7 léguas NE. de Argentan ; 4,080 habi-
tantes.
viMY, ({):eogr.) cidade de Fra!?ça, a 3 lé-
guas N. d' Arras ; 1,1 60 habitantes.
viNA, (ant.) V. Vinha.
VINAGRADO V. Avinojjrado.
VINAGRAR. V. Avinagrar.
VINAGRE, s. m. (Fr. mnaigre ; vin, vinho,
eaigre, a^^ro, azedo) vinho ou outro liqui-
do fermentado e azedado. Este homem é um,
— , (fig.) tem grnio azedo, desabrido,
VINAGREIRA, s. f. vaso cm que se faz, ou
em que se guarda o vinagre ; azedas, her-
va.
VINAGREIRO, s. m. 0 quo faz ou vende vi-
nagre.
viNALiAS, s. f. pi. (Lat. vinalia) festas da
antiga Roma em Seplembro para celebrar o
começo da vindima, e em Maio quando se
provava o vinho novo.
viHARio, A, adj. (Lat. vinarim) próprio
para vinho. Casa, celta — , adega.
viNAROZ, (geogr.) cidadã de ilespanha, a
3 léguas e meia li. de Península; 10,000
habitantes.
viNAY, (geogr.) Ventia cidade de Fran-
ça, a 2' léguas e meia NE. de S. Marcellin
'òyó^a habitantes.
VIU
VIN
813
viNÇA, (geogr.) cidade de França, a 2
léguas e meia M. de Prades; 2,070 ha-
bitantes.
YiNCAPERviNCA, s. f. Home de uma her-
va.
viNCENNES, (geogr.) AcítJÍc««as, cidade de
França, a 2 léguas E. de Paris ; 3,032 ha-
bitantes.
viNCENNEs, (geogr.) cidade dos Estados
Unidos, a 50 léguas SO. de Indianopolis;
1,500 habitantes.
viNCETOx CO, s. m. (Lat. vincetoxicum)
herva contra veneno.
TiNCi (Leonardo de), (hist.) pintor italia-
no, nasceu era 1452, morreu em 1519,
foi discípulo de André Verrochio, dislin-
guio-se como pintor, esculptor, mecânico,
engenheiro o architecto. O museu possuo
y quadros de Leonardo de Vinci, entre ou-
tros, a Virgem nos rochedcs, o retrato de
Carlos Vlíl, e o celebre retrato de Lisa
dei Giocondo.
viNCiAC ou vmcY, (geogr.) antiga villa
de França, que se julga ser hoje Jinchy
ou Crevecoeur^ entre Arras o Cambraya.
VINCO, s. m. (do Lat. vincio, ire, atar)
marca que íica em cousa que se dobrou, ou
no corpo, em parte apertada com liga, íita
etc.
VINCULADO, A, p. p de vincular ; adj. li-
gado, preso por vínculos, v.g. — com ou
por matrimonio ; — por ajuste, pacto, con-
venção. Bens — s, de morgado, sobre que
se instituio vinculo.
viNCULADOR, A, «. 0 que vincula, liga ;
o instituidor de vinculo ou bens de morga-
do.
VINCULAR, V. a. [vinculo, ar, des. inf )
prender, ligar, v. g. — alguém por benefí-
cios. — bens, annexâ-los em vinculo ou
morgado. — , impor a obrigação, annexar,
segurar a posse. — a promessa. — se, v.
g. — por parentesco, matrimonio, obriga-
ções.
VINCULATIVO. A, VINCULATÓRIO, A, adj.
que serve de vincular, manter, firmar, v.
g. — de contracto, disposição.
viNcuLAVEL, adj. dos2g. fães avel) qae
se pode vincular. Bens vinculáveis.
VINCULO, s. m. (Lat. vinculum) laço, ata-
dura, liame; (lig.) laço moral. O — ou — s
conjugaes. «Atados em — de irmandade es-
piritual. » Barros. — , obrigação nascida da
vontade outorgante ; relação obrigatória de
deveres recíprocos. — de morgado, capella,
instituição de administração de bens inalie-
náveis em certa linhagem com certos en-
cargos. V. Morgado.
VINDA, s. f. \(\ovir) o acto do vir, che-
gada Dar as boas — , a quem chegou do
novo á terra. — do mez. V. Vida domrz.
VOL. 1?
viNDELiciA, (geogr.) hoje o S. do Wur^
íemberg e da Baviera occidental, região
da Europa, entre a Rhetia ao S., o Danú-
bio ao N.
viNDHYA (montanhas), (geogr.) cordilhei-
ra da índia septentrional, extende-se de Ro-
tasghor ao golpho de Cambaya.
viNDiCAÇÃO, s. f. (Lat. vindicaíio, onis)
o acto de vindicar ; apologia. — , (ant.) vin-
gança, punição.
VINDICADO, A, p.p. de vindicar; ad;. re-
cuperado ; vingado ; justificado.
VINDICAR, V. a. (Lat. vindico, are) exigir
a restituição do que se nos tirou ; cobrar,
recuperar por acção jurídica ou por ar-
mas. — , impor penas, castigar : « as leis
vincíícam taes injurias. » — , defender, jus-
tificar, v.g. — a verdade, a fama perdida.
viNDiCATivo, A, adj. puuitivo. Justiça — .
viNDiciA, s. f. (Lat.) o acto de revendi-
car, ou de fazer valer direito sobre pessoa
ou cousa.
VINDICO, A, adj. que veio para a terra
oade e«tá, estrangeiro.
VINDICTA, s.f. (Lat.) vingança que se to-
ma de quem commette acção má ; castigo,
punição,
viNDiLES, (hist.) Vindili (o mesmo nome
que Wendes e Vândalos) parece terem sido
aquelles dos Wendes, que ficaram no ter-
ritório do golpho Yenedico.
viNDiLis, (geogr.) ilha do Oceano Atlân-
tico, perto da costa do paiz dosVenetes na
Gallia, é hoje Belle-lle.
VINDIMA, s. f. (Lat. vindemia) a colheita
das uvas : a tempo e trabalho de vindi-
mar.
viNDTMADEiRA, s. f. mulhcr quo vindi-
ma.
VINDIMADO, A, f. p. de vindimar ; adj. co-
lhido a uva.
viNDiMADOR, s. m. (Lat. vindemiator) o
que vindima.
viNDiMADURA, s. f. V. Vindima.
VINDIMAR, V' a. (Lat. vindemiare) colher
as uvas da vinha, ou das parreiras; (fíg. e
pleb.) matar.
VINDIMO, A, adj. serôdio, do tempo da
vindima. Peras — s. Cesto — , próprio para
recolher as uvas.
VINDITA, s. f. V. Vendita e Vindicta.
"Vindo, a, p. p de vir ; adj. chegado,
que veio; — a noite. « E' — o claro dia.»
Caminha. « Para ver-teeouvir-tesó sou — .»
Ferreira. « Era — nesta terra. » Clarim. « O
pai de Eui'rt:sina ó — . » Eufros. « De que
tamanho bem ó — , » causado, procedido.
Ferreira, Cai tas. Os homens — s da(.hina.
— também é gerúndio. Em — a primave-
ra, quando vier.
viNDOBONA, (geogr.) algumas vezes Julio-
204
rm
wm
boztd, hoje Vienim, cidade da Pa»acia sti-
pofior. sobre o Danúbio.
rjKDOMACUs, (g«ogr.) hoje o Vigan, ci-
dade da Gallia entre os Arecomicoí.
VHíBe«is, '^gféog-r.) cidade da BrelaBka,
kaj» Wkads«ir.
viNDONissA, (geogr.) boje Windisch, ci-
«1^» d» íàdllia, Ba grande iequaueza, en-
U» 06 littlvetes, perto, d'Aral».
viNDOuuo, A, adj. [i^ãt. v$nPurits^ p. fut.
de«d»*», ire, vip) (juoestá porvir, futuro.
Os — s, subsl. , a posteridade.
viNER, vem no |Eiucidario por Vir. Nós
cremos qiie é corrupção do Fr. vf-nir, vir.
YiNGA.Da, A, p. p. de vingar ; adj. de que
ou de quem se tirou vingança. A morte
d'elle foi viiígada. Tinha — o amigo. Tinha-
se — do pérfido inimigo. — , que chegou á
maturidade, chegado a. Lavoura — . A fru-
ta tiaha — . «Achou-se aa altura do baixo
da Índia, o qual o piloto fazia — por noi-
te, estimava, julgava ter passado de noite.
Couto.
VINGADOR, A, s. O adj. quo vingou, cas-
tigou, que tirou vingança de alguém por
olfensacommettida contra apropria pessoa
ou contra outrem ; que serve de castigo.
Deus vingador de sims injurias, que se vin-
ga.
VINGANÇA, s. f. (Fr vengeance) o acto de
se vingar, ou de vingar outra pessoa oífen-
dida ; vindicta, punição. Pedir, tomar, fa-
zer— de alguém, ou de algum delicto, of-
fensa. Dar — de uma pessoa a outrem, cas-
tigar o oíTensor. « A cubica dos Romanos,
e as suas desordens destruíram Roma, e
deram — d'ella ao mundo. » Barros.
VINGAR, í;. a [h&l. vindicare, ¥r,venger
de vis, força, violência, e dica, ere, fazer
voto, dedicar, prometter) tirar vingança do
mal feito por alguém a nós ou a outrem, in-
fligir pena, castigo a quem commetteu of-
fensa ; punir delicto, crime. «Km simn^fa-
va o erro alheio. » Resende. — offensas,
aífrontas, — com pena de morte, punir.
-—SE, V. r. tirar vingança de alguém, ti-
rar satisfação da injuria. VÍ7iguei-me, fiz
mal a quem m'o havia feito. Vingou-se do
traidor.
VINGAR, V. a. (é alteração do Lat. vinco,
ere, vencer) alcançar, attingiro termo, ven-
cer: — termo, lugar, espaço; — a banda
d'alem nadando « — a altura do Cabo de
Boa Esperança. » Couto, Dec. VII, 4, l.
« Para poder — as oito léguas Eufr. 2, 5.
— a sclla, montar, cavalgar. « Ao saltar
não vingou o cavallo á outra banda. » « Nãe
pudemos — as ondas, » vencer. — , v. n.
chegar ao termo de perfeição. Vingou a fru-
ta. «Nem todas fis flores mn^^am em fruto.»
Bern. Florest. — a agua do rio, começar
!a correr pelo alveo que se lhe abriu. — ,
j (a»t.) coferar, vencer, receber. Escudeiro,
I fidalgo ou cavalleiro de — 500 ou maii
\ soldos, isto ó, cuja morte ou ferida se re
j mio cora aquella quantia. «A cousa que a
1 mulher deaaandare — . » (jvô. AÍTous., co-
brar.
viNG.vTivo, A, adj. inclinado á vingança,
amigo d» >ingar-so,
viPWA, s. f. (Lat vinea. V. \inho) lugar
plantado de videiras. «A — do Senhor, » o
pasto espiritual da alma.
viNHAÇA, s. f. (des. peiorativa aça) mau
vinho desbotado ; (fig.) borracheira. Cozer
a — .
VINMADEGO OU VINIIAGO, S. m. (aut.j V.
Vinha.
viNiíADEiRO. Y. Vinheiro.
viNUAEs, (geogr.) grande concelho de Por-
tugal no districto de Bragimça, dista 4 lé-
guas a O., situado perto da direita do rio
Tuela, aííluenle do Tua ; encerra antigui-
dades no seu território ; 600 habitantes.
viNHAR, s. m. lugar plantado de vi-
nha.
viNHATARiA, s. [.{áds. aría) cultura das
vinhas ; fabricação do vinho.
viNHATEGO. V. Vinhadego, Vinha.
VINHATEIRO, s. m. agricultor de vinhas ;
fabricador de vinho.
viNOATico, s.rn. pau amareliado doBra-
zil, de que se fazem tonneis para vinho,
VINHEDO, s m. vinha, terra plantada do
videiras.
VINHEIRO, s. m. guardador da vinha, o
que a cultiva como servo, ou como ren-
deiro.
viNHETE, s. m. diminui, de vinho, vi-
nho fraco.
VINHO, s. m. (Lat. vinum. Gr. olnos, que
os etymologistas derivam de onewi, ser útil.
A verdadeira origem ó o t. Egypcio ounof,
alegria, alegrar-so) o sueco das uvas fer-
mentado. -- donzel, ou — macho, puro.
— bolado, que perdeu a côr, — gordo, que
faz fio. — toldado, não depurado, que tem
fezes. — cascarrão, áspero ao paladar e
forte. — molle, em mosto. — de cutello,
da colheita própria. — de pé, de cepas po-
dadas, e não enforcadas ou embarradas. —
pAlhete, de côr tirante á de palha. — , li-
cor fermentado extrahido de diversas arvo-
res e frutos. — , napharmacia, composição
em que entra vinho, infusão vinosa, v. g.
— de ipecacuanha, quinado.
VíNflOGO, s. m. (ant.) lugar de muitas vi-
nhas, abundante em vinho.
viNHOTE, s. m. (t. famil.) homem dado oo
vinho.
viNOLENCiA, s. f. (Lat. vinolentia) bebe-
dice, embriaguez.
vw
VIO
m^
viifOLSffTO, A, ot^*. (Lat. vinolen^Hs) (hão
a beber vinho.
viiK>so, A, ad^. (Lat. tinosus) que dá vi-
nho. Planta — . — , próprio para guardar
ou •ontor vinho. A'as(»8 — *. — , dritk) ao
vinho. Infusão, tiníur» — , feila com vi-
nho. Licor — , espirituoso, semulhanle ao
vir»R, Y. Víf.
YiílTADôzBiio. V. Vintedoaeno.
viRTAmiRO. Y. VintieriCiro.
viNTARimo, A, atlj. (ant.) Terra — . O
Elucidário interprPt» : terra rauifrítca, dif-
ficil d'.5 cultivar e que só se cultiva de vin-
te em vinte annos.
VINTE, axlj. numeral dos 2 g. (Lat. ti-
ginti ; no dialecto Ejirypcio, Thebano ouSai-
tico djt ou d j CDU te. l&Ueztigínti s(^ja for-
mado de bis, duas vezes, o decem, dez, as-
sim como em Saxão iuenti, é formado de
íueo, dois, e ti, dez) duas dezenas, duas
vezes dez. Os — e quatro, ou casa dos — ,
delegados dosoflicios mechanicos de Lisboa
eleitos para membros da camará municipal
da cidade com voto em matérias económi-
cas, boje já não existe.
VINTE, s. m. O — . no jogo da bola; éo
pau que vale 20 pontos para quem o der-
riba. O — e um, nome de um jogo de car-
tas em que este ponto éoquo ganha.
vi?<Tg, adj. dos 2 g (Lat. veniens, tis)
vindo, (ant. e obsol.) « E — o dito dia, » — s
elles. Os — s, os vindouros.
vintedoze.no, a, adj. Panno — , segun-
do o Regimento de 1690, tem de ordidura
dois mil e duzeitos fios.
VINTE E OCHENO, A, adj. Panuo — , que
tem dois mil e oitocentos fios de ordidura.
VINTE B QUATRENO, A, adj. PãUnO — ,
que tem 2400 fios de ordidura.
VINTE E QUATRO. V. Vintô.
VINTÉM, s. f. pi. Vinténs, antiga moeda
de prata e hoje de cobre que vale vinte réis.
VINTENA, s. f. a vigésima parte ; o nu-
mero vinte ; tributo de um tirado de cada
vinte ; um homem tirado de cada vinte ;
junta de vinteneiros ; vinte vizinhos ou ca-
saes, d'onde vem a denominação de juiz
da — . Catallo da — , cavallo pai que se
lacça todos os annos a vmte éguas de raça.
viNTENEiRO, s. m. cabo, oílicial dos bar-
queiros ou pescado es alistados para o ser-
viço das galés e das armadas reaes.
viNTENO, A, adj. vigésimo. Panno — , que
tem dois mil fios de ordidura.
vintequatría, s. f. o grémio dos vinte e
quatro membros mechanicos da camará mu-
nicipal de Lisboa. Privilegio de — .
viNTimcLiA, (geogr.) Vintimiglia em ita-
liano, Âlbium Intemelium em latim, cida-
de dos estados sardos, a 7 léguas e meia
INE. de Rice ; 5,000 habitantes.
vio, obsol. ?. Yinho^
riotA, s. f. (}l&l. viola, é% alaúde, em
Arab. alaúd) instrumenta d» cordas de tri-
pas éo carneiro com braç(> guarfieekh» de
trastes. — «Harce, rabecar. — , peixe da fei-
ção de viol».
VIOLA, s. f. (Lat. ziola, Gr. ion) flt>r de
cdr rôi» 6 ii planta que a dá, violet»
VIOLAÇÃO, í. /". (Lat. «'lo/afcw, ont*)'aaeto
de violar ovt de ser- violado .
VIOLÁCEO, A, aáj. (Lat. violitceus) da côr
de violas out violetas, arroxado.
VIOLADO, A, p. p. de violar ; adj. quebran-
tado, v,g. o pacto, ajuste, a convenção — .
Mulher — , desflorada, forçada, estuprada.
— , profanado. Templo — .
VIOLADO, A, adj. da côr de violas ou vio-
letas. Xarope — , de violas.
VIOLADOR, s. m. o que violou, quebran-
tou, profanou : — de mulher ; — das leis
sagradas ; — pez, do pacto.
viOLAT, s. m. (des. collect. aí) campo em
que ha muitas violas (flor).
VIOLÃO, s. f. (Fr. cío/on) rabeca.
VOLAH, s. m. V. Violai.
VIOLAR, V. a [Lat. violare, devi, abl.de
vis, força, violência, elcedo, ere, oíTender)
quebrantar : — a lei, o preceito, o pacto,
o tratado, a paz. — a donzella, desflorar.
— a mulher, forçar. — , profanar. — o
lugar sagrado , pulluir. — composições
alheias, fazer nellas correcções não autori-
sadas, sem ter certeza de serem cí rrectas.
viOLAVEL, adj. dos 2 g. (Lat. violabilis)
que se pode violar.
VIOLEIRO, s. m. o que faz e vende vio-
las ; tangedor de viola.
viOLENCiA, s. f. (Lat. violentia) força, ím-
peto, granda impulso. A — da corrente, —
do vento. — , intensidade, v. g. — da dôr,
da paixão do frio, do calor. — , força feita
a alguém contra o direito.
VIOLENTADO, A, p. p. de violcutar; adj.
forçado, constrangido, tomado por força,
por violência.
viOLENTADoR, «. m. O que violenta.
VIOLENTAMENTE, adv. [mente suff.) com
violência, por violência.
VIOLENTAR, V. a. {violcnto, ar des. inf.)
forçar , empregar violência ; constranger,
forçar a vontade.
VIOLENTO, A, adj. (Lat. violentus) vehe-
mente, impetuoso. Homem — , arrebatado.
Morte — , dada a alguém por meios violen-
tos. Pôr mãos — s em alguém, atacA-lo.
viOLBiA, s. f. diminut. de viola, flor. — s,
flor roxa e cheirosa.
viOLBTE, ãdj, dos 2 g. da côr de violas,
arroxado.
violinhA, s. f. diminui i de viola, ins-«
trumento musico.
204 «
816
VIR
VIR
VIOLINO, s. m. (Ital.) rabeca.
viPERO, A, adj. (Lat. mpereus) de víbora.
« — s grenhai. » Bocage.
TiPERiNO, A, adj. (Lat. viperinus) de ví-
bora. Dente — , venenoso. Veneno — , da
víbora. « Tísifone as — s azas sacudindo, ».
Vasconcellos.
VIR, V. n. (Lat. cenio, ire, que os anti-
gos Portuguezes pronunciavam sem duvida
veir ou viir, d'onde por contracção disse-
ram zir. Vem do Egypcio neou ou na, vir,
e ouei, longe, distancia) transpartar-se de
um lugar, mais ou menos distante, para
aquelle onde pára ou está alguém. Díz-se
das pessoas, anitnaes e cousas. Este cantor
veio de Itália. As aves de arribação vem
todos os annos de regiões remotis. Este
navio í?eio da China. — , chegar, v. g vie-
ram cartas, veio o paquete de Inglaterra.
— sobre a praça, marchar contra ella para
a acommetter. — , cheg.r, fallando do tem-
po, V. g, veio em fim a occasião ; virá tem-
po em que te arrependerás ; veio a prima-
vera, a madrugada, a noite ; o trigo vem gra-
do porSeptembro ; estas uvas rem em Agos-
to. — a palavras, a razões desconcertadas.
— ás mãos, ter brigas, brigar, ou — aos
cabellos, — á memoria, ao pensamento,
occorrer. — aprova, fazer ou soffrer exame,
experiência. — asaber-se, divulgar-so. Vi-
nham fallando, discorrendo, discorriam ca-
minhando. — , (ant.)ajustar-se. « Vinham-
llie as armas muito bem. » Palmeir., assen-
tavam bem na pessoa. — , (ant.) avançar-se,
ter vista, deitar para, v. g. vinha a va-
randa para o rio. -^, nascer, proceder, v:
g. da excessiva ambição vieram os desas-
tres da republica e do império romano. Da
ignorância vem a superstição e os seus fu-
nestos eífeitos.
Os antigos diziam : — em um lugar, v.
g. cm a casa, á quinta, cidade. — se, v.
r. vir. Veiu-SG fugindo, tndando.
VIRA, s. f. {Fr. vire, flecha, dardo) setta
mui aguda. « Metter — em barreira. » Ulis.
VIRA, s. f. (do Fr. mro/e) o Elucidário diz
que era tira de coiro com que os besteiros
forravam as mãos para armarem a besta.
— , peça de coiro que se cose no lugar on-
de o sapato arrebentou. Meia — , tira de
coiro entre a palmilha e a sola ; (fig.) me-
tade do que íòra sufficiente.
VIRAÇÃO, s. f. [é contracção áe suave au-
ra) vento brando e fresco; (fig) a — da
graça, inspiríição.
vír'accento, s. m. apostropho, signalor-
thographíco (' ).
VIRADO, A, p. p. de virar; adj. voltado,
mudado de direcção, invertido, gyrado. .
viHADOH, s m. cabo cm que sealaopeso
quo so quer mover com cabrestante, e se
vai envolvendo no cylindro. \iradores de
encadernador ou livreiro, ferros de dourar
com que se fazem fihtes delgados e direi-
tos.
VIRAGO, s. f. (Lat. virago, de vir, varão)
mulher de estatura feições e voz varo-
nil.
VIRAR, íj. a. (Fr. rírer, do Lat. ^ft/ro, are,
gyrar) voltar, mudar a direcção de alguma
cousa. — a proa, mudar de rumo. — a ca-
saca, pôr o avesso do panno para fora ; (fig.)
mudar de opinião, de partido. — , rodear,
tornear. «Yirando e revirando grandes rios.»
Naufr. de Sepulv. — as armas contra o ini-
saigo. — , v.n ^ — SE, v. r. voltar-se. —
na cama, dar voltas. — para Deus, recor-
rer a elle, converter-se. — se a alguém o
miollo, perder o juízo.
viRATÃO; s. m. angment. de vira. V. \i-
rotão.
V1RAV0T.TAS, s. f pi. ídas e vindas; (fig.)
vicissitudes, alternativas, v. g. — da for-
tuna.
viRBio, (mylh.) filho de Hyppolito e de
Aricia, e o próprio Hippolyto depois que
Diana lhe restituiu a vida.
V RE, (geogr.) Viria, Castrum Viriense,
cidade de França, a 15 léguas SO. deCaen;
7,340 habitantes.
VIRE, (geogr.) rio de França, nasce nos
confins dos departamentos da Mancha e
Calvados, >e cahe na Mancha, pouco acima
de Isigny.
VIRENTE, adj. dos 2 g. (Lat. virens, tis)
verde, viçoso, queverdpja. — s palmas. A
— fortuna, (fig ) próspera.
viRGA, s f, (Lat. virga, vara) vara, açou-
te. É só usado na phrase adverbial : á —
férrea, por força, com todo o rigor.
VIRGEM, s. f. (Lat virgo, inis, de vir,
homem, varão, e egeo, ere, carecer), mu-
lher que ainda não teve cópula carnal com
homem, donzella. Signo da — , virgo, cons-
tellação zodiacal representada ,por uma mu-
lher com espiga na mão. É hieroglypbo
symbolico do mez que no zodíaco primiti-
vo correspondia á colheita dos pães. A san-
ta Virgem, Maria, mãi de Jesu-Christo, a
mãi de Deus. Virgens do lagar, duas pe-
ças empinadas fora do lagar, que tolhera
que a vara ou o feixo decline para um la-
do: — dos engenhos de moer cabinas, qua-
tro paus quadrados r-erpendiculares sobre
os quaes se põe os dormentes, aponte, os
gatos, etc. ; entre ellas andam os três ei-
xos.
VIRGEM, adj. dos 2 g. Mulher — , casta.
(fig ) qre ainda não sérvio, ou que não re-
cebeu preparo. Ovro, prata — , bruta, co-
mo sahe da mina. Terra — , que ainda não
recebeu cultura, Cal — , não preparada.
vm
YIR
817
Mares virgens, nunca d'aDtes navegados.
V. Virginal.
VIRGENS, (geogr.) grupo de ilhas, que fa-
zem parte das Antilhas ; são 40 e contam
20,000 habitantes.
viKGEU, (ant.) V, \ergel, Pomar.
VIRGÍLIO, (hist ) P. Mryilius Maro, o
principo dos poetas latinos, nasceu em 70
ou em 69 antes de J. C. na villa de An-
des perto de Manliia, foi educado em Cre-
mona e ^apules e preparou-se para a poe-
sia com o aturado estudo das lellras gre-
gas. Morreu era Brindes na Calábria no
aono 19 antes de Jesu- thristo, o seu cor-
po foi transportado a Nápoles ; e pôz-se no
seu tumulo este dislico por elle composto
nos últimos instantes da vida :
llantua me genuit, Calabri rapuefe ; tenet nunc
Parlhenope : cecini pascua, rura, duces
Alem das Buccolicas, Georgicas e a Enei-
da ha em nome de Virgílio algumas obras,
que evidentemente não lhe pertencem.
VIRGINAL, adj. dos^g. (Lat. virginalis),
de virgem,- puro, casto como a virgem. Pe-
jo, candura — . Leite — , preparação cos-
mética para fazer bom carão
VIRGINDADE, s f. (Lat. virginitas, tis),
estado de virgem, pure/a virginal ; o virgo.
VIRGÍNEO, A, adj. (Lat. virgineus), de
virgem, virginal.
03 formosos limões, alU cheirando,
Estáo virgiaeas tetas imitando.
Camões, Lus. ix, 56.
VIRGÍNIA, (geogr.) um dos Estados da União
da America do Norte, tem por limites ao
N. o Marylsnd e a Pensylvania, ao S. a
Carolina e o T»^nesseo, a O. o Kentuki e
o Ohio ; ,:á50,000 habitantes. Capital Ri-
cheuiond.
viRGiMO RUFO, (hist ) general romano,
nasceu nos arredores de Como no anno l-i
de Jesu-Christo, obteve tres vezes o consu-
lado, foi governador da Alta Germânia, rL-ar-
chou contra Vindei, aquém venceu, recu-
sou duas vezes o império e morreu em 07.
VIRGO, s. m. o hvmon, membrana que
de ordinário se dil-^cera pela cópula cainal;
virgindade. Ter, perder o — .
MRGO, s f. o signo do zodiaco, Virgem.
viKGLL^, s. /. (Lat. dim. devír^o, vara)
signal orlhogiãphico ( , ] que divide os mem-
bros do periodo, ou da phrase
viKCULADo, A, p. p. de virgular ; adj se-
parado por virgulas.
YiRGULAn, V. a. {airgula, ar des. inf.) 86'
vni. IV
parar com ou por virgulas : — o periodo, a
phrase.
viRGiiLOSA, adj. f. {de virgula. Fr. virgu-
leuse) Peva — , de exceliente gosto, e cujo
pó tem curvatura semelhante á de uma vir-
gula.
viRGULTA, s f. (Lat. virgullum) varinha
de arvore, vara tenra e ílôxivel.
VIRIATO, (hist) chefe lusil«no, foi succes-
sivamente pastor, caçador, chefe de saltea-
dores ; levantou o estandarte da revolta con-
tra os Homanos, no anno Míí antes '!eJe-
su-Christo ; derrotou 4 pretores, levantou
contra os Romanos muitos povos da Celti-
beria, e obrigou o cônsul Fábio Maiimo a
concluir paz com elle, mas foi assassinado
no anno 142 por dois dos seus generaes
comprados por Cepião.
viridante, adj. dos 2 g. (Lat. viridans,
tis] que começa a verdejar; que verdeja.
viHiEu, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas SE. de la Tour do Pin ; 1,270 ha-
bitantes.
viRiEU LE-GRAND, (googr.) cidado de Fran-
ça, a 4 léguas NO. de Belley ; 780 habi-
tantes.
VIRIL, adj. dos2g. (Lat. tirí/is) de varão,
másculo, de homem adulto, varonil. Estatu-
ra, rosto, voz — . Ânimo — , esforçado. O
membro — , o penis,. Forças viris, varo-
nis.
VIRIL, s. m. {por veril) (ant ) redoma, am-
bula, vaso de vidro, metal, etc.
VERiLHA, s. f. (deturi/j aparte superior
e interna da coxa, ou inguinal.
VIRILIDADE, s. f. (Lat. tiHUtas, tis] a qua-
lidade de ser viril, masculinidade ; idade,
esforço varonil.
viRi POTENTE, ttdj . dos 2 g . {L&i. viripotens,
tis) Moça — , quo pode imir-.se a varão.
VIROSO, A, adj. (Lat tirosut, de virus)
(raed e'bot ) nocivo. Plantas —s, veneno-
sas. Cheiro — , desagradável, como o que
lançam de ordinário as píantas venenosas.
viuoTADA, s. f. golpe de virote.
viROTÃo, s. m. aiígment. de virote, viro-
te grande, grosso. « \irolõês atirados, corn
espingftrdões. » í.eão, Chron. deD.JoSo I.
VIROTE, s. m. {ôevira) vira grande; sei-
ta g curta eni{ienn«da. Os — s da espada, o
ferro atravessado saibre os copos da espada,
e que sabe fora d^elitíS. Olhar pelo — , (íig.j
g jardar-se, ncautelar-se. estar aca_telado.
— , peça que cruza a balestilha de tomara
altura do sol. —s, (naut.) as ppças das obras
mortas, que formam o remate do navio so-
bre os pés mancos, de alto abaixo.
viuTAES, s. m. pi. (t. Asiat.) lista que nas:
aldeia5 de Goa se faz dos avençaes, ou st.-
cios das várzeas.
viftTUAL, adj. dos 2,7. que em vil tudo,.
2<'5"
VIS
VIS
força, actividade equifale a outro, e tem ai
mesmas virtudes.
^ VIRTUALIDADE, s. f. a qualidade de ser
virtual.
VIRTUALMENTE, adt. {mente suíf.) de mo-
do virtual.
VIRTUDE, s. f. {Lil. virtus, tis. Todosos
Ptymologistas concordam em derivar este ter-
mo de vir, vario, assim como vis, força,
'vires pi., mas não explicam a syllaba aíTi-
x&tus. íutis, tuteni, tutc, nos diversos ca-
sos. Nós cremos que vera áeíueor, erí, de-
fender, proteger ; tutus, seguro, tu(è, com
segurança. Á virtude éa defesa do boraem,
e constituo a força moral) energia moral no
desempenho e exercício dos deveres sociaes;
força, energia physica benéfica, v. g. — das
plantas medicinaes, — curativa. — , (ant.)
validade, v. f . — do testamento. A — na-
tural, (lo í. ant.) as forças naturaes ; o vi-
gor do corpo. As — s celestes, anjos do quin-
to coro. Em — ie, poreffeito, v. g. — do
poder, das ordens, das instrucções.
VIRTUOSAMENTE, ttdv (mewí« suff .) de mo-
áo virtuoso, como pessoa virtuosa.
viRTuosissiMO, A, adj , supcvl. de virtuo-
so, mui virtuoso.
VIRTUOSO, A, adj. (do Lat. virtvs, iitis,
des. oso] que pratica a virtude, dado á vir-
tude. Homem — . Acção — , conforme á
virtude, fíemedio — , prestante, efficaz.
viRuiENCiA, s, f. (Lat. virulentus, adj.)
propriedade virulenta, venenosa; (fig.) ten-
dência virulenta. A — da accusação
VIRULENTO, A, adj. [[ tít. virulentus) que
tem vírus, peçonha ; (fig.) eheio de rancor,
dictado pelo ódio. Accusação, declamação
virulenta.
viRUS, s. m. (Lat. virus, de vis, força, vio-
lência, e do Gr. veneno) matéria formada no
corpo animal, que introduzida no corpo de
outros indivíduos os iníiciona e se reproduz
nelles. O — variolico, syphilitico. pestilen-
cial, vaccinico.
Syn. comp O virus é producto de doen-
ça. O veneno ou peçonha é sueco animal ou
vegetal, ou preparação minerxl
VISA, (geogr ) Bisia cidade da Turquia
europea, a <<3 léguas NO. de Constanti-
nopla.
visagem, s. f. (Fr. visage, cara) rosto,
cara. A — da celada, h viseira. — , cara
feia. VisagenSy caretas, carantonhas.
viSAGiA. V. Visagra.
visagrA, s. f. V. Bisagra.
viSANTE- V. Bisante.
VISÃO, s. f. (Lat. iJi.no, onis) o acto de
ver. — directa, a que se faz pjlos raios do
luz emanados do objecto. — refleza, que
se faz por meio de raios de luz reflectidos.
— refracta, de Deus. Visões, espectros, ima*
g«ns que inspiram terror ou espanto. Ter
visões,
viSAVÔ. V. Bisavô.
visAVÓ V; Bisavó,
VÍSCERA, s. f. [do iM.viscus, pi. víscera)
tntranba do homem, ou de mimai.
VISCERAL, adj. dos 2 g. (des. adj. ai) das
visceras, concernente ás vísceras, ferido — .
VasDs, nervos Dtseeraes
viscERoso, A, adj. V. Visceral.
VISCO ouví.ÇGO, s m. (Lat. viscusonvis-
cum, úevis, força, e Gr. skheô, possuir, ter)
sueco vegetal glutinoso com que os caçado-
res untam as varas para apa.ihar as aves ;
(fig.) f^oufta que prende, sttrahe ; engodo.
Muito — tem os prazeres sensuaes. •
viscoNDADO, s.m. a dignidade de viscon-
de ; o território pertencente a um viscon-
de.
VISCONDE, (hist.) de vice era vez de, e
comes, conde\ Os viscondes, cuja institui-
ção data dos últimos tempos do império
romrno, eram os vigários ou legares tenen-
tes do.s condes. Entre os Francos o titulo
de visconde foi empregado pela primeira
vez em 819. No reinado dos últimos Car-
lovingios os viscondes, seguindo o exemplo
dos condes e duques, erigiram os seus go-
vernos em feudos hereditários, dependen-
tes, uns dos reis, outros dos duques ou
condes.
VISCONDESSA, s. f. 8 mulher do visconde;
senhora de viscondado.
VISCOSIDADE, s. f. (Lat, viscositas, tis) qua-
lidade glutinosa ; estado viscoso dos s-iccos
animaes.
VISCOSO, A, adj. (Lat viscosus) pegajoso,
COMO o visco ; untado com visco.
VISEIRA, s f. {^T.visière) peça da arma-
dura antiga que cobria o rosto Calara — ,
deixâ-Ia cahir sobre o rosto, baixâ-la.
VISEU. (geoRr.) cidade de Portugal, an-
tiquíssima, situada na Beira-Alta, em apra-
zível campina sobreposta ao vasto plató do
mesmo nome que tem 1,300 pés de altura
acima do niv^l do mar ; 0,800 habitantes.
VISGO. V. visco.
visGUEiRO, s.m. arvore do Brasil queda
umas vagens cheias de visco ; a madeira é
molle, e serrase para caixas de açúcar.
visiHiLiDADE, s. f. 8 qualidade de ser vi-
sível.
visiNHO. V. Vizinho.
VISIONÁRIO, A. adj. (Fr. visionnaire) que
crê em visões phantasticas ; que finge vi-
sões, que quer dar importância ás suas ima-
ginações phaDtasticas. — , s. pessoa visio-
naria £' um — .
visiR. V. Vizir.
VISITA, s. f. [de>uútar) o acto de visitar
por cortezia, para examinar, dar busca, ou
?18
VIS
8111
como qaeiico. — de medico, a qu»l ellofâz
ao do«nle para examinar o seu estado, e pres-
crever os remédios. — da saúde, a que fa-
zem os médicos ao navio, para examinar te
traz contagio, ou se vem do porto uiide rei-
na doença cojitagixtóa ; (Ijg.) meliiopia appa-
renle doduenle seguida em brev« du n.orte.
— , (ant.) mimo, preseule quooeiíípbyleu-
ta fasia ao^nborio. — -, (fig ) ^pessoa que
viíita outra, porcorlczia.
viiiTAgÃo. s f. (i.at mitatip, oíwí) acto
de visitar ; iuformação qu,e lira' o visiladur
do bispado ; foragem que antigamente se pa-
gava, ao senhor lerritoíial.
vi&iTAçÃo (fesla da], (bist.) festa da egre-
ja calhohca, insliluida no XIV século em
memoria da visita, que a virgem fez » San-
ta Izabel, alguns dias depois da aiinimcia-
ção. Esta festa é a 2 de julho.
VISITADO, A, p p. de visitar ; adj que
fez ou recebeu visita ; examinado. Tinbam
— o navio em busca de fazendas de contra-
bando. -^, culpedo eo) visitação de bispo.
— com mimo, i>7'esente, presenteado. « —
de Deus 3om luzes, com trabalhos. ^> Luce-
na.
visiTAJJOB, s.m. b que vai visitar espon-
taneamente ou por mandado de outrem ; o
sacerdote que visita a igreji por comojissão
do bispo, lue cbrisma, ele; um oflicialdo
terreiro do trigo de Lisboa.
VISITAR, V. a. (Lat. visito, are, frequent
de tidere, ver] ir a casa de alguém para o ver,
saber da sua saúde, conversar com elle, ou
examin.'ir o seu estado como m^ídico. — a
casa, dar busca para ver se n«lla ha fazenda
decoctrabando ou prova de delicio uu crime
commettido. — as feridas, examinâ-lds co-
mo cirurgião. — ashoúcas, para examinar
se os medicamentos csião bem preparados.
— o prelado os súbditos, imiuirir do seu
procedimento, \isitou-o Deus com esse tra-
oalho, enviou-lh'o. «Deus visita a malda-
de dos pais nus íillios, » inflige o castigo aos
filhos. — , congratular. « iMandaram-no -
d'essa victoria. » Barros. Mandou-o — do
nascimento de ieu filho, cumprimentar. — ,
(poet.)
Já o raio Apoilíneo visitava
Os montes Nabatheos accrndido.
Camões, Lus., 1, '4.
Visível, adj. dng 2 g. (í.at. visibilis] que
se v6, que pode ser visto, ou ver se claro,
manifesto.
Visivelmente, adv. [mente suíT.) de mo-
do visivel ; manifestamente.
visivo, A, adj concernente á vista, do
vista ; visual. Lm —- , os olhos.
vjSLiMuuAbo, A, p. p. de vislumbrar;
adj. eulrflvislo ; visto indistinclamente.
viSLUHUflAR, V a. (do Lat. nix, apenas,
lúmen, luz, des. ar) vor indistinclamente,
deviáar confusamente. — , v. n. apparécef
indisíifltítamente, começar a apparecer. Ain-
da vislumbram senti tientosda antiga liber-
dade. Mslumbrana-ihe no rosto n daranada
tenção.
viSLfttBgE, $. w. mais us. no pi , appa-
rencias indislincta.s, mo&iríis ; ideias obscu-
ras.
vísLUMR. V. Vislumbre.
viso, s. m. (Lat. visum) vista. A voiso
— . — , vullo, semblante — s, ares, appji-
rencias, v. g. vicios com — de virtude. — ,
a hora da apparição, v. g. — da aurora.
O — de um oiteiro, o miis alto d'elle, d'on-
de se avista ao longo.
VISO, (geogr ] \esulus mons, ncs .Mpes
Xotianos, entre os Estados Sardos e a França.
visoRKi. V. Vice-rei.
VISOU RO. V. Bcfiouro.
viSQUBiaA, s. f. V. Visgueiro.
VISTA, s. /", (subst. da des. f de visto) o
acto de ver A primeira — . — , o sentido
de ver. Ter — curta, longa, ver bem os
objectos de perto ou de longe. Perder de — ,
cessar dever, ou de considerar, de cu dar.
Perdtr-se de — , ficar fora do alcanc^. da
vista ; (fig.) descuidar-se. Dar — dos autos,
no foro, ao juiz ou ao advogado da parte.
Estar á — , patente, manifesto; ao alcance
da vista, cm distancia a poder verse. Dar
— á praça, ao campo, chpgar-se para exami-
nar o estado da praça, docarapo. Dar uma
— d^olhcs, ver de passagem. A — d'isso.
considerado ocaso, attendendo a isso. — o
que se passou. — da carta, (p. us.) o so-
brescripto. — , aspecto. Tem ou faz bella
— , causa prazer á vis'a. A varanda tem —
para o mar, d'alli se avista o mar. — s, os
olhos. « Falta l!ie uma — . » A -^ do elmo,
lugar d'elle que correspondia aos olhos, e
por onde se podia ver por uma gradezinha
ou rede de arame. Atf.rcr d — , ao rosto,
(fig.) fazer grande aíTronta. Ficar uma cou-
sa a perder de — deoutra, levar-lhegian-
dissima vantagem, teruma differença enor-
míssima. — 5, encontro aprazado de pessoas
para CDnferirem As — s da lanterna os bu-
racos ou as vidraças por onde entra a luz.
Óculos de longa ou larga — , de ver ao lon-
ge. — , o objecto que se vê As — s do thea-
iro, o scenario « l3a — se tirou aquelia - -,»
Camões, Sext —5, (fig.) intuitos, desígnios,
intentos. Peneirei as — íd'elle. A — do en-
tendimento, perspicácia, penetração. — ou
— de passnporte, declaração «jue uma au-
toridade civil ou militar ajunta ao passapor-
te altestando ter-lhe sido apresentado pelos
£05 «
820
VIT
VIT
olhos; olhado. Ser bem on mal — , ter boa
ou má vista ; (fig. e mais us.) ser tido em
boa ou mácontn, bem ou mal quisto, ava-
liado. Cousa — , sabida, averiguada. Eslar
— ou muito — em uma matéria, versado,
— , adverb., attendendo, considerando. —
ser assim.
VISTO, s. m. : — de passaporte, declara-
ção escripta nelle fazendo constar o dia em
que o portador se apresentou a autoridade
civil ou miliíar. Pôr o — .
visTOR, s. m. (ant.) o que faz vistoria,
louvado.
VISTORIA ou VESTORiA, mais usado, s. f.
exame feito por juiz e louvados, t>. g, dos
limites de prédio.
VISTOSAMENTE, xxdv. \menie suíf ) de mo-
do vistoso.
vistosíssimo, a, adj. super l.áe vistoso,
muito vistoso. Espectáculo — .
VISTOSO, A, adj. [vista, des. oso) que con-
vida a vista, apparatoso, luzido. Espectá-
culo — .
visTULA, (geogr.) \izla era polaco, Wei-
chsel em albmão, rio da Europa central,
nasce no monte Skalza na Moravia e cabe
no Báltico.
Visual, adj. dos'2.g, que pertence avis-
ta. Raios visuaes, que fazem ver o objec-
to.
VISUALMENTE, adv. [mente suff.) por meio
da visia, pelos olhos.
viTA, s. f. (Lat. vitta) fita com que os an-
tigos cingiam a testa, ou seguravam na testi
as coroas.
VITAL, adj. dos2g. [Lai. vitalis) da vi-
da, períencdnte á vida, que concorre a man-
ter a ^ida. O» órgãos, ssíurçasvitaes Calor
— . Ar — , o oxjgeneo, ar respirável. — ,
(fig.) que vi-ifica, v. g. as parles mais vi-
taes da republica, doestado. Arvore — , a
arvore da vida.
VITAL (S), (hist ), nasceu em 1,060, na
diocese de Bayeux em França, era capelão
de Roberto. Fundou o convento de Saviitny
perto de Coutances em 111 á e deu-lhe a
regra de 6^ Bene. icto. Morreu em 1122. Ê
festejado a 56 de Septembro Um outro S.
Vital, de '^ilão, raartyr eraRavenna noan-
nò 62, é festejado a 2« de Abril.
viTALiANO, (hist.) general Scylhfí, neto
de Aspar, era chefe da confederação dos
habitantes da Scylhia, da Thraida, daMce-
sia, no reinado do imperador Anastácio e
seus successores. Foi duas vezes a Cons-
tantinopla com um exercito para proteger
os Cathobcos perseguidos por Anastácio.
Foi assassinado em Constantinopla.
viTALiANO. (hist.) papa de 657 a67i, era
de Signia na Campania. '
YiTALiciAR, V. a. {vitalício, ardes. inf.)
fazer vitalício o que era temporário, v. g.
— os juros da divida publica,
vitalício, a, adj. que dura por toda a
vida. Emprego, juro — .
viíALiDADE, s. f as propriedades e func-
ções vituaes, potencia, energia vital; du-
ração da vida humana.
VITALMENTE, ttdv: [mente suíT ) com vida,
de modo vital ; de modo a interessar os ór-
fãos vitaes.
viTANDO, A, adj. (Lat. vitandug, p. fui.
ôevito, are, evitar) (p.iis.) que se deve evi-
tar.
viTEBSK ou viTEPiK, (geogr.) cidado da
Rússia Europea, capital do governo deVin
tebsch, a 18** léguas de S. Petersburgo ;
15,000 habitantes. O governo de Vitebsk,
entre os de Minsk a E. de Mohilev a O. ;
960,000 habitantes.
viTECOMADO, A, ttdj . (Lat. vitis, parra^
(poet.) que tem a coma de parra ou a cabe-
ça ornada de parras.
VITELA, s. f (Lat. vitula) bezerra, novi-
lha dn um an .0 ; ca ne de vitela.
viTELLiNo, A, adj. (Lat. vitellinus) ama-
rello, de côr da gemma d'ovo
viTELLio (\ulo) (hist.) 8.° imperador ro-
mano, nasceu no anuo rj deJt^-^u (^hristo,
era lilho de ura dos m^tis vis aduladores
de Chudio, passou a sua mocidade na cor-
te de Tibério, e foi companheiro das de-
vassidões de .ero; foi nomeado cônsul em
^i8, e<'lt'ito pop Galba para governador mi-
litar da Baixa Germânia em OS. As legiões
deslf4 fíoninira acciamaram-o imperador por
niorte de Galba em 69, em quanto Othbn
era scelamítdo era Poma ; os seus logaies
t^npfites ííranharam a batalha de Hedriac e
Othfin matou-se de desespero. Vitellio foi
rec^-biio em Roma como Ubt^rtado^, mas
«penas se estabeleceu no ihrono o exercito
do t;rrenle proclamou Vespasiano e Vitellio
foi morto em Roma pela populriça.
viTEUBO, (geogr.) outr'ora Fanvm Vol-
ínmaa, cidade dos Estados Ecciesiasticus, ca-
f)ital da delegação de Viterbo, a 19 léguas
i> de Roma; 15,0(K> babifant'5. A delega-
ção de Viterbo tem por cidades priocipses
.Viontefiascone,. Nepi, Civita Castellana, Ron-
cijiílione.
ViTERXO, (hist ) rei dos \N'i>igodos, su-
biu ao throno ptlo a:>sassinato de Liuva 11
em 603. O seu reinado não foi mais do que
uma reacção de arianismo contra o catho-
licismo.
y TI, (geojír.) archipelago do grande Ocea-
no equinoxial. Foi descoberto por Tasman
em i643.
viTiGES, (hist.) 4.° rei dos ostrogodos de
Itália, tinha sido um dos mais illustres ge-
ntraes de Theodorico I. Foi proclamado rei
VIT
VIT
821
em 336, em logar do fraco Theodoro. Mor-
reu em bhi,
vniM, (geogr.) rio da Sibéria, sahe dos
montes de Daonria e cahe no Sena.
viriNGA, s. f. (t. Brasil) sorte de farinha
de Brnzil.
viTizA, (hist.) rei dos Wisigidos de Hes-
panha, er.\ íiiho de Egiza, que o associou
ao ihrono em 6 6 e reinou só em 701. Foi
destronado em 710 por Uoderico, que Wíh
.mandou arrancar os olhos.
Tiro. V. Vicio.
viToDARUM, (geogr.) cidade dos llelvecios,
enlre os Tugen^s, hoje Winterlhur.
viToiA Y. Bitola.
líiToRiA. V. Mctoria.
VITORIA, ígeog".) cidade dl ITespanha sep-
tentrional, capital da província do mesmo
nome e do antigo paiz de Alava, a 12 lé-
guas e meia Sii, de Bilbao ; i2,000 habi-
tantes.
VITORIOSO. V. Victorioso.
viTOBiNA. V. Âtenturina.
viTOUGUi (S ), (hist.) Vtíits, martyrnoIV
século CO ti S. Mode-to e santo (Irescenio,
é festejado a 15 de junho.
viTRg, fgeogr.) antiga cidade da Breta-
nha, a Ví léguas E. do lleniies ; 8,^00 ha-
bitantes.
vítreo, a, adj. (Lat. vitreus] de vidro,
da natureza do vidro; transparente como o-
vidro. O humor — , ura dos humores do
olho, que fica por detrás do crystallino.
viTREScivEL, ãdj . dos 2 Q. susceptivel
de ?e vitrificar. Rocb,T3, metais vitresciveii.
vitrificação, s. f. conversão de substan-
cia em vidro pela fusão.
vitrificado, a, p. p. de vitrificar ; adj.
convertido pela fusão em vidro.
VITRIFICAR, V. a. coiiverttr em vidro ou
em substancia crystalliaa como o vidro, A
fuíão vitrifica ns mineraes.
viTBioLA, .5.' f peça d« ferro usada na
fabricação dos botões de casquinha para ti-
rar a impressão do cunho.
viTRioLADo, A, adj. em que entra vitrío-
lo. Tártaro — ,
viTRiOLico, A, adj. de vitríolo. Acido — ,
o que hoje sedenoíiúna sulphurico.
VITRÍOLO, s. m. sal formado por um me-
tal ccmbin.ido com o acido vitriulico. —
axul, sulphato de cobre. — branco^ sul-
phato de zinco. — xerde, sulphato -de fer-
ro.
viTRuvio", (hist.) M. Vilruvius Pollio, ar-
chitecto romano, natural de Verona, flores-
cia no I.° século antes de iesu-Christo.
Deixou um celebre trac^ado De Archiíectu-
ra, dedicado a Augusto
viTRY, (geogr.) cidade de França, a 10
léguas NO. de Vesoul ; 1,032 habitantes.
VOL. IV.
viTRY, (geogr.) Victoriacum cidade de
França, a 4 léguas NE. d' Arras ; 2,666 ha-
bitantes.
VITRY-LR-BRIJLK OU VITRY-EN-PARTHOIS,
(groíjr.) villa ce França a 1 légua NE. de
Vitry-la-Français ; 6IK) habitantes.
viTRY-LE FRANCAis chama-lo também vi-
TRY suii MARNE, (geogr.) cídado de França,
a i lezua SO. de Vitre-le-Brulé ; 6,8^0 ha-
bitantes.
viTRY-suR-SEmi, (gpogr.) villa de Fran-
ça, a 2 léguas S. de Paris ; 2,100 habitan-
tes.
viTRY, (hist ) historiador franoez do XIIl
século ; morreu em 12-44. Alóm de Cartas,
Sermões, e Vida de Santos deiíou uma His"
toria Oriental.
viTSLiBOcnxLi, (myth.) deus mexicano,
presidia á guerra e ^ adivinhação. Jbni um
oráculo para os Mexicanos
viTTEAux, (geogr.) cidade de França, a
6 léguas SE. de Semur ; 1,960 habitan-
tes.
viTTEL, (geogr ) cidade d^ França, a 6
léguas SO. de Mirecourt ; ','.00 habitan-
tes.
viTTORiA, (geogr.) cidade da Sicília, a
(j légua e meia NO. de Módica, 10, OUO ha-
bitantes.
viTUALHADO, A, p. p dc vilualhar ; adj.
provido de vitualhas ou viveres
YiiUALHAR, V. ã. {viiualha, ar des. inf.)
prover de vitualhas, viveres ou mantimen-
tos.
VITUALHAS, s. f. pi. (Lst. victus. alimen-
to) viveres, provisões debocca, mantimen-
tos.
víTULO, s. m. (Lat. vitulus] bezerro : o boi
marinho, peixe.
viTUPERAÇ.lo, s. f. (Lat. vituperatiOf onis)
acto d« vituperar ou de ser vituperado ; ex-
pressões de vitupério.
VITUPERADO, A, p. p. de vituperar ; adj.
tratado com vitupério ; manchado com des-
honra.
VITUPERAR, f, a. (Lat. vituperare, de
vitiurn, vicio, e parare, fazer, preparar),
tratar com vitupério, lançar em rosto : me-
noscabar, desprezar, improperar ; accusar
de culpa, defeito, v. g. — de fraqueza,
cobardia.
viTUPERAVEL, adj dos 2 g. (Lat. vitupe-
rabilis], que merece vitupério.
VITUPÉRIO, í. m. (Lat. viíuperium), acção
de vitupério ; deíhonra, desprezo, oppobrio,
ignomíni.T ; accusação, reproche.
viiuPERioso, A, adj. (des oso], que en-
cerra, contêm, denota vitupério, opprobrío-
so, ignominioso.
YITUPEROSAMENTE, adv. (mení« fuff.), com
vitupério.
* 206
%n
w^
m
viTLPBRoso, A, (tdj, (des, oio), ignomi-
nioso ; opprobrioso.
viuDEZ. V. Viuvez.
. viLivA, s. f. (Fr. teuve, do Lat. vidua),
a mulher cujo marido morreu.
VIUVAR, t>. n. [tiuvo, ar des. inf.) íicar
viuvo ou viuva.
VIUVEZ, s. f. estado de viuvo ou viuva.
viuvEZA e vn viDADR, V, Viuvez.
VIUVO, s m. (Fr. veuf , d<^ Lai. viduus\
homora fujíí mulher morreu, adj. (fig.) pri-
vado. A inãi viuva do filho, que lhe mor-
reu. A palria viuva tios seus defensores
viva I interj. de applauso.
VIVACIDADE, .$. /. (Lat. vivacitas, tis],
viveza, actividade, v. g. — das cores, dos
olhos ; — do engenho, energia no obrar ;
a qualidftde dns plantas vivazes
viVACissiMO, A, ad^j. supe.l. á% Vivac?,
ant. por Vivaz.
VIVAM ENiE, adv. [menle suíT), com vi-
veza, vivacidade, alaorid«de ; com energia.
vivANDEiRo, A, s., O liumem ou mulher
que vende viveres nas feiras, ou que segue
o exercito.
vjVARAis, (geogr ) paiz dos Hehii, anti-
go paiz da Frauda, uo iNK, do í-«riguedoc.
viVAS, s. m. pi., applausos. Dar — .
VIVAZ, adj. dos 2 y. [Lãt. vivaz, eis],
vividor. Plantas virazes ou vivaccs.
vivEDOR. A, adj. que vive muito tempo,
vivaz; que sabe gariíiar ávida com imlus-
tria, diligencia.
▼iVKDouíio. V. Vivi'huro.
vivEiao, s. m, (do viver), tanque onde
»e criam peixes : — de plantax, plantação
de arvoresuihas ou arl«ustos para serem de-
pois transplantadas ; — de aves, lugar ond»
ellfls fazem criação. — ^tig ), lugar onde
se conserva, e d'ondG se propaga alguma
cousa, V. g. Á. terra era um — de vícios.
VIVENDA, s. f. habitação, lugar da resi-
dência de alguém, domicilio, assento. Ca-
sas de — . Fez alli sua — . — , o viver, ser
doniifiliadc, habitar em algum lugar —
(«nt.) modo de ganhar a vida ; — («ni , com-
poriameuio : fazer — , portar-se, haver-se.
viVEiNTE, s. m. (Lat. vivem, tij,), indivi-
duo que goza da vida. Os — s.
Viver, v. n. (Lat vivere, (ir bios, vi-
da, viver; Sanscritj íí;^íum, viver ; jicami,
eu vivo. Os eijmol«»g»si8S iiào «lào origem
8atisfact^»ri« a este vpitíO. Creio que tem o
mwmo radií^al que cicíUvV, alimento, susten-
to Em Kgjrpc. onkh signitica vida, viver,
9omk, C"mer, devorar], ler vida animal ou
vegeiat, eslar Ci>m vida ; alimentar se, uu
trir-se, v. y. — defructos, leite, — de pei*-
xo, «rntz; passar a vida, v. g. — pare»*
menle. p/jbremenlo ou lautamente, regala-
damente. — , tirar a subsistência, v g. vi«
vem de roubos, do cnmmura, da própria
industria, de abusos. — do seu, dos seus
haveres ; — do alheio, á rusta alheia. — ,
portar-so. v. g. honradamente ; — hcm, ter
bons costumes; — castamente — , habitar,
residir. Vive nocarapo, na cidade. — , (fig.)
conservar-so, durar. Ainda vive a fama das
nossas victorias, dos feitos illustres de nos-
sos antepassados — aos dia<: ou dia por
dia, sem cuidados, sem se inquieta' do fu-
turo ; — de modo pre«ario. — comsifo, som
se communicar a outrem, Firocomige; ci-
ria comsigo. — depressa; {\)hv prov. p us.).
arriscar ávida meltendo se de continuo nos
pfirigos. '^%va mil aiuios, formula de cor-
tezia com que manifestamos a alguém o nos-
so agradecimento, desejando-lhe dilatada
vida. Viva Deus! exclamação de ameaçar,
espécie de juramento. — vida folgada, re-
galada, eic, em sentido activo, encerra el-
lipse, equivale a: — gozando, disfnttando
vida ílgada. — s«, impessoal, Vivc-se alli
commodarnente, passi se.
VIVERES, s. m pi [áavioer], victualhaS;
raaniiuientos, provisões de bocca,
viVERO, (geogr) porto do Uespanha, a 8
léguas No. de Mondonedo ; 4,700 habilan-
tos.
Viv.cROL, (geogr.) cidade de França, a 7
léguas hE. d'.Amberi; !,.H9{) babilautei.
VIVEZA, s. f., vivacidade, alacridade, v.
g. — das cores, das imagens ; dos olhos.
— do engenho, penetração, perspicácia. De^
fender -se com — , com energia Lavrava o
incêndio com — .
vivido, p. p sup. de Viver, eadj., que
viveu. ^ Dou o viver já por — . » Carcôes,
Sonoto 21»?.
vivido, a, adj (Lat. vividus), dotado de
viveza. Vividas còvfs, ima/ens.
viviDOURO, A, adj. (des do p fut. Lat.
em urus] quo vive largos annos. Homem
— . Os ampinhios sào mui vividouros.
viviERS, igt'ogr ) Albaugutta, Alba Hei-
viorum, Vivarium. cida Ih d»' Fran<;3, a 9
If-guas SE. de Privas ; t 65 i habiianies.
viviFiCAçio. s. f. o acto de vivificar , ou
de ser vi vi li ca da.
VIVIFICADO, p p. sup. de Vivificar, e adj.
alentado, restituído as forças
VIVIFICADOR, s w., oque vivilica. — adj.,
que vivi|i(!a Virtude viviticadora,
VI iFic*NTK, adj. dox 2 g.. (Lat. ríui/í-
c-tus, lis, p. a de rivífico, are), que Vi-
vitica — s aurat. espirito — ,
VIVIFICAR, r II (Lai vififiro, htí] dar vi-
da ; fouiemar a vida ; restituir os «lentos
vítars; dar.altíiití) A esperança vmfica os
amanlus O sol vivifica toda a natureza. O
e-^pirto do Deus vivifica es nlmas dos jus-
tOSk
Vil
YiTiFiCATivo, A, adj. quo Ylvifloa, que
tem propriedade vivificante.
tivIpico, a, a'ij. vivificante. «As mesas
de — s manjares» Camões. — commercio
as artes nulre, fecundi a agricultura.
vivlPARO, A, adj. (Lat, viviparus, de vi-
vus, vivo, epario, ire, parir) que pare os
filhos sem sabirem de ovo, como as fêmeas
dos quadrúpedes. Oppõe-se a oviparo.
vivissiMAMENTK, adv. superl. de vivameo-
te, com summa viveza.
VIVÍSSIMO, A, adj. superl. de vivo, mui
vivo.
VIVO, A, adj. (Lat. vivus, Fr. vif m, vive
f., do vivere, viver) que tem vida, que vive
(animal ou vegetai ; op^Õ8-se a morto. Car-
ne — , a cuiis privada de epiderme. Cha-
ga — , ulcera. Itetratar ao — , imitando
peifeiíamente as feições de pessoa viya, ((ig.)
pintar ou deícrever com a maior exacção.
Quamo vai do — ao pintado^ da realidade á
imilayão ou narravão. De — voz, de pala-
vra, não pur escripto. — , que subsiste, es-
tá em vi^or. Lei — Exemplo — . A fama
ainda esiá — , fresca ua memoria. — , li-
geiro, rápido Catalij — , na andadura.
— » (''g ) activo Chamma — , labareda
Lume — , mui ac^^so, activo; (fig ) — de
amor, mui ardeule amor. Tocou-me no —
do coração, na parte a iwais seusiv&l. Bra-
^a — • — , energÍTO. Palavras, respostas,
razões —s. — guerra, altercação, briga.
— , cheio de vivacidade, de viveza. Olhos
— 5. Ter ou trazer olho — , vigiar com mui-
ta attenção. Côr — , brilhante, como o en
(arnado, cAr de fogo. 4yua --, nativa
Pedra — , nativa Aijnas —s, corr'»hte<:, nãii
encharcadas ; marés mui fortes nas Juas
cheias. Serra, rocha — , escalvada, nua
sem arvQreao ou vegetação. Andar numa
roda—, (fig.) eHQ moviinfínto continuo, muito
arervor.'«du. Praça — , (loc, milit.j í^ da sol-
dado eíTciíLjv > : oppõij se a morta Obras
— s, (naat.) loJo o costado do navio d^sde
a quilha até á primeira! coberta. — , (theol )
obras que tem elTicaci.i, que aproveitam a
quem qsLiz para com l)t:us Cortar no — ,
onde doe; (fig.) fazer grande sacriticio para
não perder tudo, v. g renunciando a boa
parte de divida ou dtMntcresscs. Os — s do
vestido, da farda, subst., orla, debrum ou
ornatos de còr diversa da do vestido, e mais
brilhante. — ^ adverbinlmente, cora viveza.
\eriiar — , rijo, Aíliruiar seroais ao — , com
mais certeza. A força—, com muita força,
por violí-ncia.
vivo.NME, (gpogr.) cidade de França, a h
léguas 0. de rni'iers ;, 2.70; habitantes.
viVREs. V. Viteres
vizagapataw, ^•^«■•gr.) cidade da Índia ia-
%UiQt sul^fB & golpbo de bengala.
vu
vizAGRA., ». f. Y. Biiagra,
viziLLB, (geogr.) cidade da França, a 4
léguas SE. de Grenoble ; 3,000 habitan-
tes.
viziNOADO, A, p. p. V. Avizinhado.
VIZINHANÇA, 8 f. [vizinho, des. ançu) o
ser vizinho de algum lugar ; os direitos e
encargos de vizinho de algum lugar ; Fazer
— , gozar d'estes direitos, e cumprir comos
encargos. — . proximidade a um lugar, sitio,
ou á morada de outrem. Carta d^i—, (anl.)
aquella pela qual alguém era recebido por
viíinho de villa. Na vizinhança, na proxi-
midade a um lugar, sitio ; perto, a pouca
distancia. A — , os vizinhos.
VIZINHAR, V. a. (vizinho, ar des. inf.)
(ant.) habitar próximo. « Povos que a ha-
bitam e vizinham. T^ «....vizinham acos-
ta.» Barros. — , v. n. fazer os oílicios de
vizinho. V. Anizinhar, Achegar-se.
VIZINHO, A, adj. (Lat. vicinus, de vicus,
rua) que habita, reside e goza dos foros de
cidadão de cidade, villa, etc : chegado, pró-
ximo, em espaço ou tempo. Lugar — . Lou-
sa — .
VIZINHO, A. «.habitante, residente em ci-
dade, villa, lugar, bairro, rua Us — 8.
viz'RES, (bist ) mais correctamente tezi-
r€5 grandes fuaccionarios turcos, correspon-
dr;rn aos ministros das potencias europeas.
Oá principaes são o gran-vezir, logar te-
(lenlíí do sultão; o kiaiassi logar tenente ou
gran-vizir, ministro do interior ; o reis effen-
di ou ministro das relações interiores ; o
tchaouchbachi ou marechal do palácio.
vi.AARin.NGP.N, (gengr.) Flenium, cidade
do reino da Hodanda^ a 3 léguas O. de Rot-
terdam ; 6,1(>0 tiabitantes.
vLAUiuiR, (bist )o Grnnde, o Santo, gran-
principe da liussia, filho de Sviatoslao I,
íQ )iu ao throno da Rússia em 980 Reto-
mo i a«iaiicia aos Polacos, subroelteu mui-
tos povos bárbaros, atacou e venceu os Búl-
garas do Oriento. Obrigou os imperadores
gregos B?silio 11 e Constantino VIU a da-
rem-lhe sua irmã em casamento, fez-se
christào e quiz que todos os seus vassallos
se baptizassem. Fundou escolas publicas.
Morreu em 1015,
VLADiMiR II, (bist.) neto do prer.edente
e filho de VseVoiod I, nas^pu em 1053, su-
bio ao throno da Rússia era ltl3. Morreu
em 1125.
VLADIMIR, (geogr.) cidade da Russiã eu-
ropea, capital do governo de Vládimir, 9
47 léguas K. deM scoii; o.OOO habitantes.
O governo de Vladiíuir tem por limites os
do Toer e do Moscou a O., de ^ijnei-No»
vorogod a E., de Jarcslav e de Kostromt
ao ;> ; de Tambov c da Uiazao U> $■ *
l,y7&,0-t) habivmitíí.
^6 .
<ái
624
VLA
TOC
vladímir, /"geogr.) Wlodzimirz <3m pola-
co, cidade da antiga Polónia, hoje perten-
cente á Rússia europpa, a 89 léguas NO.
de Jitomir ; 2,000 habitantes.
VLADiSLAO í, (hist.) succedeu em 1081 a
seu irmão Boleslau U. no thrnno da. Poló-
nia, e teve que combater Vratislao 11, du-
que de Bohemia, e os Prussianos. Morreu
em 1Í02
VLADISLAO lí, (hist.) filho primogeulto de
BoleslaoIIl, foiacclamado rei em 1138, foi
expulso por seus irmãos e refugiou-se na
côrle do imperador Conrado ; morreu era
1159.
VLADISLAO Ilf, (hist ) chamado Laskono-
gi, filho de Miecislau lII, foi eleito lei da
Polónia em 1202. Repelliu uma invasão do
Romano, príncipe de llalicz. Morreu exila-
do em 1233.
VLADISLAO IV, (hist.) chamado Lokietek
ou o Anão, sobrinho deVladislao lil, e ir-
mão de Lech-o-Kegro, foi um dos b com-
petidores, que disputaram a coroa por mor-
te deste ultimo em 128y, mas só foi reco-
nhecido em I0O4. Morreu em 1333.
VLADISLAO V, (Jagellão ou Jafíiel) primei-
ramente duque de Lithuania, depois rei da
Polónia, em consequeocia do seu casamen-
to com Hedwiges, herdeira da Hungria e aa
Polónia, foi o chefe da dynastia dos Jagel-
loes, e reinou na Polónia desde 138G até
1434.
VLADISLAO VI, (hist.) filho de Yladislao
V, nasceu em iA'^%, reinou na Polónia des-
de 1434 até 14^4, e foi eleito rei da Hungria
em 1440.
VLADISLAO VII, (hist.) filho dc Sigismun-
do Ilí, nasceu em íÍí95, subiu ao throno
em 1632. Morreu em i64í>.
VLADISLAO I, (hist.) duquc de Bohemia,
tinha si(io cm il05 0 competidor de Svrn-
topolk, e foi seu suceessor emUOU; mor-
reu em li25.
VLADISLAO II, (hist.) filhn do precedente,
subio ao throno depois da morte de So-
bieslao í, seu tio, emlí40. Teve que com-
bater muitas revoltas alé que foi destrona-
do em 1173 por Sobieslao II, seu primo.
Morreu em li 73.
VLADISLAO III (hist.) filho primogcnitó de
Brzetislao Ili, succedeu-lho em í 198; mas
abdicou depois de cinco mezes de reinado.
VLADISLAO, (hist ) filho primogcnito de
Huniade, reinou na Hungria deste 1457 ;
venceu os grandes revoltados na Alta-Hun-
gria e distinguiu-se pela sua bravura.
VLASTA, (hist.) amazona bohemia, foi uma
d3s companheiras de Libussa, equiz depois
da morte desta princeza, formar um estado
em que as mulheres dominassem sobre os
homens. Foi por outo annos o terror da
Bohemia, e publicou um código que con-
sagrava em todos os pontos a dependência
e inferioridade dos homens. Vlasta morreu
no forte de Vidovlé.
vLiE ou vLiELAUD (geogr.) Flevolandia^
ilha de Hollanda, a 'i leg. JSE. de Teiel ;
OiH) habitantes.
VOADO, A, p. p. de voar, que voou ou
saltou ao ar por explosão. A praça — , que
saltou por explosão da mina. Ep. us. como
adj,
VOADOR, A, aàj. que vôa ; (fig ) mui rá-
pido. A fama — . Plantas — s, pés mui li-
geiros. Lebreos voadores, mui rápidos, ve-
lozes.
VOADOR, s.m. peixe que vôa e tem azas
cartilaginosas.
VOADORA, 8. f acção de voar, vôo.
voANTK, adj. dos 2 g. (d»'S. dop. a. Lat.
em ans, tú) que vôa. Águia — .
VOAR, «. n. (Lai. volare, de ala, aza, ales,
avis, ave) librar-se a are nas azas, e agi-
tando-as para subir, descer ou percorrer o
ar. — o pousar^ parando de vôo a vôo. —
redondo, volteando. — dependurado, sem
bater as azas. — , (fig.) mover-se com gran-
de rapidez. Vôa a fama, a memoria de al-
gum successo. Vôa a carroça, a setta ; voam
as balas. — com o pensamento. Voaram
os christãos ao martírio, corriam apressa-
dos. — a alma, passar á outra vida, ou á
vida eterna. Voavafn os meus pensamentos,
suspiros, gemidos, aos ouvidos de alguém.
— , saltar, ir pelos arcS, v.g. — a mina, o
muro, por explosão de pólvora. — , percor-
rer voando. Voa a ligeira fama o univOi-
so.
VOARIA, s. f. (des- ia) (ant.) ave. raló.
« O falcão altaneiro caça toda a — . » 0 vôo
que o falcão dá para empolgar a raló ; o ca-
çar aves com as de rapina ensinadas a isso.
voATO, s. m., noticia dada em alta voz;
brado, clamr-r de novidade. Corre esse —
V. Boato.
VOCABULÁRIO, s. m , collecção dos vocá-
bulos de uma lingua, dispostos de ordiná-
rio por ordem alphabetica. O — Portuguez
de Bluteau. V. Diccionario.
vocABULiSTA, s. m. (dcs ista), autor de
vocabulário,
VOCÁBULO, s. m (Lat. Kocabulum, de tox,
voz), termo, dicção, palavra de qualquer
lingua. Trazer — s de conserva, palavras
estudadas. — s de honra, (ant.) tratamen-
tos, V. g. o de eicellencia, senhoria.
VOCAÇÃO, s. f. (Lat tocalio, onis), cha-
mamento, convocação; (fig.) chamamento
de Deus, v. g. para abraçar a vida reli-
giosa ; inclinação a seguir uma profissão.
Errou a — .
VOCAL, adj. dos 2 g. (Lat. vocahs), da
TOG
VOL
825
voz. Musica — . — que tem voz, com a voz.
Ordem — , de viva voz.
vocALMERTB, adv. [mente suíT.), de viva
voz.
vocATivo, s. m. (Lai tocativus, adj ),
caso que em Latira, Grego e outras línguas
serve á interrogação.
vociFERAÇÃo, s. f. (Lat. vociferatio, onis),
acto de vociferar, gritaria, alarido, brado
VOCIFERADO, /). p sup. de Vociferar, e
adj., bradado, dito em brados, vociferan-
do. Txnha — ameaças. Queixas vocifera-
das.
vociPERADOR, s. m. (Lat. vociferator), o
que vocifera, homem clamoroso.
vociFKRANTE, adj. dos 2 Q. (Lat. voci-
ferans, tis), que vocifera '
VOCIFERAR, V. a. (Lat. vociferare ; de
coa?, voz), bradar, proferir em alta voz.
« tstas sentenças taes vociferando. » Camões.
— , V. n. clamar, bradar.
vocoNCES, (geogr.) Vocontii, povo da
Viannense, entre os AHobr >ges ao N. os
estados de Coteius e os Caturiges a E., os
Cavares aO., tinha por capital Dea (Die).
voDA, 8. f. V. Boda.
vodína, (geogr.) Edessa de Macedónia,
cidade da Turquia europea ; a 20 leg. INO.
de Salonica ; 12 000 habitantes.
voDivos. V Bodo, Bodivo.
VODO. V. Bodo.
voENGA, s. m. (ant.) V. Avoengo]
VOGA, s. f. (Fr. vogue, movimento dos re-
mos ; de vogutr, vogar) remo ; remada. For-
çar a — , apertar a — , remar com força.
De — arrancada, remando com toda a for-
ça e expedição. A — surda, remando sem
ruido. Dar — , remar por diante. Não dar
— , (Og.) não saber manejar os negócios.
As —s, os remeiros do primeiro banco. Em
duas — s, remadas. Estarem — , em moda
mui seguido. Dar a — , o impulso.
VOGADO, A, p._p. de vogar; adj. rema-
do. A galé — rijamente.
VOGAL, adj. dostg. [L&t. vocalis) vocal.
Som — . Letras vogaes.
VOGAL, s. f. (do precedente) letra vogal
que representa som simples susceptível de
ser pronunciado de per si, ede se prolon-
gar e cantar, v. g. a, o, u. As consoantes
sibillanles podem prolongar-se, mas não
admittem modulações, v. g. s, x, x.
VOGAL, s m. (de voz) pessoa que tem voto
em junta, assembleia, etc Os vogaes.
voGANTE, adj. dostg. (des. do p. a. Lat.
em ans, tis) que voga.
VOGAR, tj. n. (Fr. voguer, que creio de-
rivado do Lat. tia eaqua, e nào de fugare,
como diz V. de Aoquefort) rem«r avante ;
navegar a remo.s. — , ter voga, estar em
uso. Vogava então a mania das cruzadas '
VOL. IV.
I — , (ant ) soar. « As lettras persianas vo-
gavam diversamente das portuguezas. — ,
(ant.) advogar.
vogaría, s. f. (ant.) advocacia.
voGELSBRRg, (geogr ) cordilheira de mon-
tanhas de Allemanha, no llesse.
vogfiera, I geogr. ) Ficns /rííB 014 /ria, ci-
dade dos Estados Sardos, capital de inten-
dência, a 8 léguas ao ívO. de Alexandria,
10,000 habitantes.
VOGOULO, VOGOULITCHES (geOgr.) pOVO DO-
mada da Rússia asiática, de raça finneza,
a E. do Ourai septenirional, está espalha-
do nos governos de Perm e de Toboisk. '
VOGUE, s. m. (t. Asiat.) embarcação pe-
quena da tndia.
voiD, (geogr ) cidade de França, a 2 lé-
guas S. de Commercy ; l.^^^O habitantes.
voiGTLAND, (gcogr ) Variscia, território
do antigo império de Ailemanha, compre-
hendia o circulo actual de Voiglland, bail-
Uado de Weyda, o circulo de Ziegenruch,
e o bailliado de Renneburg.
voioussA^, (geogr.) Amis, rio da Turquia
europea, nasce a E, do livah de Janina,
e lança-se no Adriático ao N. do golpho
de Âvlone.
voiRON, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas NO. de Grenoble ; 7,570 habitan-
tes.
voiTEUR, (geogr.) cidade de França, a 3
léguas N. de Lens-le-Saulnier, 1,092 habi-
tantes,
VOIVODE ou VOTVODE, (hist.) (istO é chcfô
de guerra) de duas palavras slavas voi tro-
pa, e vodit commandar, nome que usaram
primeiramente os príncipes de Valachia e
de Moldávia e que dopois foi substituído pe-
lo de hospodar. Este titulo também ousa-
do na Polónia para designar os governado-
res das províncias.
VOLANTE, s. m. (do Lat. volare, voar) tela
mui bgeira e rala de seda, lã ou algodão.
— ■, pedaço de cortiça empennada com que
se joga lançando-o aoare aparando-o com
a vaqueta. Jogar o — . — de relógio, peça
que resiste ao impulso da mola. — da roda,
que regula o movimento d'ella.
VOLANTE, cdj.dosÈg. (Lat. volans, tis,
p. a. de volo, are, voar) vonte. que vôa.
Setta — . Globo — , aerostato. Peixe — , voa-
dor. — , mui rápido. Carro — . — , (fig) não
Gxo. Campo — , de tropas ligeiras sem arti-
lharia nem bagagem. Soldado — , armado
á ligeira. Homem — , não assente. Co/n-
missario — , nào fixo. Sello — , pendente
de carta aberta. Papeis — 5, que se espa-
lham. Cervo — , um insecto que voa e tem
cominhos.
voLARTiM. V. Bolantim, Volantim.
VOLATARIA, ». /". VOLATEHIA, $. f. arte do
207
m
fOb
ni
eaçdp aves com falcõos o»i outras aves de
rapina^ onsinRdas ; as aves que se caçam.
voLATEARj e. n. (p. us ) adejar, esvoa-
çftr.
VOLATERRES, (geogf.) Volaterra, hoje Vol-
terra, cidade da Etruria, uma das 12 la-
comonias, a O. de Sena Ji^lia.
VOLÁTIL, adj. dos2g. {L!\t. volátil is) que
\6a. Aves voláteis. — , sublilissirao, queso
derrama espontaneamente na atmosphera,
u y-, sal — . O elher é um corpo mui —
VOLATILIDADE, s. f. 8 qualidadtí de ser vo-
lalil. A — da ammonia,
VOLATILISADO, A, p p. do volatilisfif ; adj.
derramado no ar. Saes — s.
voLATiLiSANTE, .tdj . dos 2 Q . {áes. do p a.
Lai em aní, íis) quefazvolaiilisar, evapo-
rar; que se evapora, volatilísn.
voLATiLiSAH, V. ã {volalíl, des isar] fa-
zer vdlòtil ; reduzira estado gaz^so. O ca-
lor tjo/oíwa muifas subslônci"ís. —se.^.t.
impíssosl, rt:duzir-se a vap^r ouagaz.
voLATf», s. m. volteador em maroma ;
o qoo vai diante do cocbe correndo ; ip. us )
Oínmfqbí iro.
voLÍ^ANiCo, A, adj de volcão. L«va — .
Materifls~5
vulCano ou vulcana , (geogf.) liiera,
uma das ilh-as Lipaii, a u;ais meridional,
é deserta.
voLCÃó, s m. [lio ^. Bi. Vulca nus, Vuloa
no) (myih ) mont»'. mais ou monos e!»'vad<»
que lança lava derretida e f<igo por uma ou
ou roais aberturas. V. Cratera.
voLros, (gí-ogr.J Vokw, povo da Galiia,
na Barlioneza 1.^. era dividido em ouiitas
tribus, as mais conhecidas são os Tectosa-
ges e os (Ireeonicos.
voLKNTiRA. s f (corrupçÃo de f/<í/e»i í)'na)
(anl.) panno de (à de Valença em iií spa •
nha.
r voLGA, (geogr ) liha dos anligos, o maior
rio da Rússia europea e àe toda a Europa,
nasce no gí>veríifi <te To<-r e cahe {:or 65
ou 70 emkjcaduras no mar Caspio.
voLnvNu, (geogr ; Wolkynsh em polaco,
governo da Rússia europfa, bmilado ])eios
de (irodno e Mui^k, ao N. de Podou ia i«o
S., de Uiev a E. e pela Pxilonia a 0. ;
1,54(MM>0 habitantes.
VOLIÇÃO, s. f. (I at. vohtio^ onis) acto de
querer, vontade e0ic»z
VOLIERE. (ant.) V Amario.
votiT vo, A, ndj que emana da vonta-
de. >cltts — s. iF'otencia — , expressivo de
vontade. Modo — .
víaivEL, adj. dos tg. (des irfí/i (p us ]
que Sf> pode querer; que pode ser obj^ícto
da vontadt^.
voLLOHE-vrLLE, (gcogr.) Lovolauir%uv\(\\\
VehlroxK»9 Canrum, ci4«t^8 do Fíti-psa, n
8 léguas SE, de Thiers ; 3,9 \0 babitan-
te<5.
voLMUNSTER, (geogf.) cidads de França,
a 10 Ingua^ E, de Sarreguemines; 1,516
hfibitanles
voLNAY, (geogr.) villa de França, a 1 lé-
gua SO. de Reaune ; 6.i0 habitantes.
voLNEY, (hist.) sábio francez, nasceu ena
1757, morreu em 1855). Emprehendeu uma
viagem ao Oriente, aprendeu o árabe em
um convento do Libano, e percorreu du-
rante 4 annos a Syria e o Egypto, Voltan-
do á Europa em 1787 publicou a relação
da sua viagem, que lhe deu grande repu-
tação. As suas principaes obras sào : Via-
qetn no Egypto e na Syria; as Ruinas ;
Lei natural ou Cathecismo do christão, etc.
VOLO, (geogr ) outr'ora Pagases, ou /oí-
cos, cidade do Estado da Grécia, a 12 lé-
guas e meia SE. de Larissa ; 3,500 habi-
tantes.
TOLOGDA, (geogr.) cidade da Rassia eu-
ropea, capit/U do governo de Vologda, a
:<^ í h'guHS S£. de s Petersburgo ; 15,OOU
híibiiantfs.
vooGDA', (geogr) rio da Rússia, cahe no
"oukhou.
voL GKSO 1, {hist.) rei dos Parthos, filho
e suí cessor de Venooe 11, reinou des 'o o
anno 50 até ao auno 80, deu a iiedi;i a
seu irmão l'acovo, collocou outro irmão no
Ihrono 'da Arménia, vio os s«uj Estados in-
vadidos {elos Romanos no r^nnado de ríe-
ro, mas rep^Uiu o exercito delles, bem co-
mo os Dahes, os Sacos e os Alanos. Morreu
em 90.
voL085-:so II (hist ) filho o successor ..o
{^hosriies, reniou de ! il a 15»', iviw. sem-
pre paz com os Romanos, apesar das aíTroa-
la-> que elíes lhe tizerarjo.
voLOGEso Hl, ibist ) ííUio 6 successor do
precedente, invadia a Ár^nenia em 161, e
estabeleceu Chosroes no logar de Soheme.
Morreu em 192.
VOLOGE-O IV OU ARDAWAN, (hlSt.), F i 00
anno í9., fingio sustentar o partido de
Piscennio I^ig^T, mas foi batido por Sepli-
mo Severo. Morreu era 207.
voLOC^Eso V, (hí.<ít.) filho do preredenle e
irmão de Artab^n v, ao qual <lispulou o
ihrono. Foi batlido pelos Persas e perdeu
a vida em ,219 ou 220.
voLONNE, (geogr ) cidade de F-ança, « 5
léguas SE. de Listeron ; 1,;i66 h<ibiiantes.
voLsk, (gt^iogr.) ci^lade da Rússia europea,
a 33 léguas ISc). de ôaralov ; 5,000 habi-
tantes.
VtíLsco.s, (hist.) Volsci povo do Lacio me»*
ridiunal, ao N. da Campania, e ao S. dos
Pelipn<>s..
votTA, *, /, (d^i w>/^ir},ac^ãd do voltar,
f«xr
voWep. Ida e — . Vaxfit-tena — ie terra,
(nant.) í1erannHâ-l« relroredenflo na derro-
ta. Faxer-se na — , (tiç(.) mudar de propó-
sito. EHnr de —, ter voltado ao lugar d'on-
de havia partido. — , curvatura, v. g. —
do bastno, da costa, da ensf-lada ; dobra,
cousa virada, v g. a — do cabeção; — de
clérigo <'apa e — . V. Capa. — , gyro, mo-
vinifnlo nircnlar ou oMiplico. direcçào cir-
cular. Mfi(jalf,áes deu a primeira — ao
mundo, foi o primei, o que navegou em tor-
no d'elle.
Anles que o sol no ccu cerre uma volta
Se pode melhorar minha ventura,
Canióes, Egl, 8.
Dar — á chata, na fechadura, paríí abrir
ou fechar. — aoarrocho, para apartar. —
com funda, para atirar pedra. A — da abo-
bada, — do arco Uma — àecorilel, cor-
dão, que cingH uma vez aUiim norpo. Uma
-^ a'olho^, movimento ra()ido «IVIlí^s, gei-
to de namor.Tr. .4* — s do Inhyrinto' acA-
oiinbos tortuosos, intricadrts D ir uma —
um passeio. De — com, drt mi-tura. 9 g.
«de — com a gerUe qun en;rflva » — em
redo ndo , n o JiM 1 e . — nos costumes, ir u d a n-
ça. Dnr ojuizo -•-, f^nlouqu^^c^^r. — , (ant j
briga, motim, alvoroço; choque. ppl»^ja ' —
da cantiga, estribilho, versos qoese repe-
tem nu remate. — do mofe, espécie de «lo-
sa. Voliaft no estyh. — , movimentos em tor-
no. Dar — s'nnça!«a, na cama, no mar. An
dar ás — s no mar, b «rd^jAndo Fazer-se
o entendimento em mU —s, est«r pf-rple-
10. — s do liiclndo'-, moviíuentoSfVelle para
derribar o contrario, ou resistir lhe Ter-se
ás — s, (íií? ) resistir, t>. g. — com os '<eie-
jos. Furtar as — s aaloufm, (fig.) procu-
rar evitar on frustrar' os seus oí.^íques, ou
desígnios hostis. Fflzer — «ao inimigo — s,
(íig ) alternativas, revezes, vicis^ittides Dar
'—s á fortuna, mudar Dar — s aox textos,
to ré i os do sentido obvio Dar — s por con-
seguir alguma cousa, trabídbar. lidar Fa
zer alguma cousa de -rS de outra, fphr
ant.) em qu^inlo se f^z outra, no iniervallo.
voi.tacara, * f. Favr — , voltar as cos-
tas para se retirar.
voLTAiio, A, p p. de voltir; ndj. vi-a-
do.
VOLTAIRE iFrao<i>co Marii Arouei de),
{h\^l 1 o t'Scriptor roais univi-rs;»! á<i Frun
ça. nas4í<-u em lti9'<. morreu utoífíS Ah
prittieira» pmdncçoes de Voltaire íoram a
Htnriadat (E Itpo, deu depois es tragedias
Artemira, Ma'iannn e a <omf»dia o lndis~
crfto. Em nenns de cine») antios públi-
cos ■ Srtitiis , Mrifhylo, Zaira, Aéelai-
n»v
fm-
dê dfl Gueselin , a Historia de Carlot
Xll, 0 aa Cartai philoiophicag, ou Car-
ta» inglêzas. Seria mister um longo cata-
logo para fazer menção das obr;«8 deste
grande escriplor, que abrangeu quasi todos
os géneros, omanejiu todos os estilos. Co-
mo poeta brilhou na tragedia aonde se col-
locou a par de Racine ; na epopea occopa
o primeiro lugar entre os poetas francezes,
na poesia philosopbica egnala Pope ; na
poesia ligeira não tem rival.
VOLTAR, v.a. {\.&l. toluto, ar) dar voè-
ta, volver, virar, o g. — o roslo. a cara,
coitas. — a casaca, ruudar de partido. -»-
SE, V r. vir«r-se. v. g. — para algueiB,
pôr-se em face d'ello. — , o. n. regressar,
tornar ao lugar d'onde alguém partio Vol-
tou da índia a Lisboa. — contra o inimigo.
— , virar-se, v. g. á direita, à esquerda.
Em um — d'olhos, em um mo^nenlo. Vol'
tarem a« noite: sobre os dias, (phr anl.)
sendo maiores que elles
voLTF.ADOR, A, 5 pessoa que robêa, faz
equilíbrios na maroma.
VOLTEAR, V a [volta, ar des. inf.) dar
vol as, gvrar, contorne.-ír, v. g. — as me-
trts, (i eidhde — as lindeiras, agii/indo-
as ; — a fund^ no ar. — , v n. dar vad-
ias, jjyrar, r*'Vôivpr se, volver. — na ma-
roma, faz^^^r equdibrios.
v;»LTR(HO, A, udj (dtí co/ía, brlgáj r/ant.)
rixõ.o. brii'O'^0.
voLTEJAnoR, s. m. FÍ gallicismo. V. Vol-
tcador.
VOLTEJAR, gallic'smo escusado V. Vol-
tear.
VOLTERETK OU V0LTARET8, S. m jOgO caf-
teftdo. esp«^cie de arrennga ia O ooitie vem
da carta <1a baralha que voltada pelo par-
ceiro que íem osdoit azes pretos vem a ser
trunf'».
vOLTERRA, fgeogr.) Volterra, fíjdade <ia
Toseatia, a 1 1 l«-guas ^E. de Pisa; 6,()(30
habitantes.
voLTivoLO, A, adj. (p. U5.) vario, incon-
stante
VííLTO, A. p. p. (ant ) devolver V. Vol-
vido, Voltado
voLTUMNA, (myih ) deuza da vontade e
do bom conselho, era muito venerada pe-
los Elruscos.
voLTUHAK^. fg^ogr."; ci^aie do reino de
Nápoles, a 6 léguas O. de Lucera ; 2,8Ul)
h:ibil'»'!ites
voLTURNo, í^'^^^g^ ) Vul turnos, rio do rei-
no de Nap*des, na-ce noSannw), e eahe no
mar Thyrno í»ra *.atfello-Volturno. .
VOLLDSL, VOLUBIL, adj. dof lg. V, Vo-
Ivtel. ■
voLUDtL^DAD?!, s. j. (Lflt vjlubiUtas, tU\
fecU-.dode etn dar voltas. — dx lingua., ffriA-
il)7 .
828
VOM
VOO
de presteza no fallar. — , (fig.) inconstân-
cia, V. g. — da fortuna.
VOLUME, s. m. (Lat. volumen, de volve,
ere, enrolar, envolver) corpo solido, fardo
de fazenda; tomo de obra.
voLuiumoso. V. \olumoso.
VOLUMNIA, (hist.) esposa de Coriolano,
foi com Veíusia, mãi deste general, na fren
te das mulheres que lhe foram pedir para
levantar o cerco de Uoma.
VOLUMOSO, A, adj. (deií, oso] que tem gran-
de volume, avultado.
VOLUNTARIAMENTE, adv [mente suff.) es-
pontaneamente, sem constrangimento ; por
cumprir vontade caprichosa, contra a ra-
zão.
VOLUNTARIEDADE, s. f. espontaneidade ;
vontade caprichosa.
VOLUNTÁRIO, A, adj. (Lat. voluníarius)
feito por vontade, sem constrangimento. Ho-
mem — , amigo de fazer a sua vontade, ca-
prichoso
voLUNTAFio, s. m. homem que assenta
praça voluntariamente.
voLunTARiosAMENTE, ttdv. poF caprlcho,
contra a razão.
VOLUNTARIOSO, A, ãdj . disposto a fazer
a sua vontade, capichoso.
voLUPTARio, V. Voluptuoso. ■
VOLUPTUOSO, A, adj. (Lat. voluptuosus]
dado % deleites, sensual; que deleita ; de-
leitoso Prazeres — s.
voLusio (C. Vibio), (hist.) filho do impe-
rador (àallo, foi associado ao império por
este principe em 252. Foi morto em í^53
pelos soldados, juniamente com .«eu pai.
VOLUTA, s. f. (Lat.) (arch ) orneio do ca-
pitel da colurana em forma de rolo.
VOLUTABRO, s. m. (Lflt volutabrum) la-
maçal, espojadouro de porcos
VOLÚVEL, adj. dos S g. (Lat. tíolubUis]
que se volve, gyra ; (fif .) vario, incons-
tante. Língua — , fluente
voLVEDOR. V. Envolvedor.
VOLVER, V. a. (Lat, volvo, ere) voltar, vi-
rar, ti, g. — os olhos a ídguem. — o ca-,
brestante. fazer gyrar ; — os eixos da moen-
da. — SK, V. r. revolver-se, agitar-se. — ,
em sentido abs,, voltar, regressar.
voLvic, (geogr.) Vialoscencis pagus, vil-
la de França, a 2 léguas SE. do Rion» ;
3,450 habitantes.
VOLVIDO, A, ;í p- devolver; adj. virado,
voltado.
vÓLVUio, s.m. {L&i, voivulus) (med.) có-
lica violenta causada pela inversão d ) mo-
vimenta peristaltico dos intestinos.
vÓMiCA, s. f, (de vomitar) (iLed.) tumor
enkystado cheio de pus, principalmente no
bofe.
vÓMiCA, adj. f. Nox — , venenosa, e que
fflz vomitar cães, gatos e outros quadrúpe-
des.
voMiL. V. Gomil.
vuMiTADo. A, p. p, de vomitar; adj.ex'
pulsado pelo vomito. Matarias — s. linha
— o comer, o alimento. Estar — , ter to-
mado um vomitório. — , (íig.) enjeitado com
asco.
VOMITAR, V a. (Lat. vomito, are) lançar
pela bocca com esforço materi.is encerra-
das no estômago. — , (íig.) arrojar de si com
violência O mar vomita os destroços dos na-
vios. Os canhõf^s vomitam balas. O vnlcào
'^omita lava, pídras, cinzas — a alma, o
e$pirito, a vida. moTTP.r. — injurias, blas-
pfiemias, proferir com violência. — veneno,
pOr meio das palavras. — o segredo ; vo-
mitou o que sajjia. A ferida vomitava san~
gue, vertí.M. — a fúria da paixão, profe-
rir pahTfls furiosas. — textos, cuâ los fora
de propo>ito.
voMiTivo, A, adj. emético, que faz vo-
mitar. Lim — , subst
VÓMITO, x. m. {Lf\t. vomitas) acção de vo-
mitar, exulsão violenta pela bocca, de ma-
térias contidas no estômago. — preto, doen-
ça mui perigosa, chamada também febre
amareUa. Tornar ao — , (phr. p. us. e fig.)
rccahir no erro, na culpa.
voMjTORio, ». m. (Lat. í-omiiorivs, adj.)
(med ) substancia que provoca o vomito.
Dar, administrar, tomar um — .
VONA ou voNO, (geogr.) Jasoniom pro-
moníorium, cabo da Turquia asiática,* so-
bre o mar í^egro .
voNiTZA, (geogr.) Anactorium, cidade do
novo reino da Grécia, a 25 léguas S. de
Janina ; 2,00li habitantes.
voNONE í, (hist ) rei dos Parthos, tinha
sido enviado a Roma como reféns. Augus-
to deu-lhe a liberdade no anno 14 de Je-
su-Chnsto, e foi escolhido para rei dos Par-
tho>, reinou pouco tempo porque os Par-
thos revollaram-se contra elle. Morreu no
anno 19.
VONONE II, (geogr) rei dos Parthos; rei-
nou no anno 50.
voNTADK. s. f. (Lat. voluntas, tis, do Gr.
boúlomai, querer, de laô, gozar, tomar) fa-
culdade que tem o homem eosanimaesée
fazer, ou de não fíízír um acto ; desejo. Ter
— de fazer alguma cousa^, áe^iP^i^r. — , sen-
tir-se impellido a faze.r, v g. — de comer,
beber, ourinar. dormir Homem feito de
sua — . que não conhece outra lei Sí-não
o .seu querer, o capricho. Sahir da — de
alguém, (ant.) não lh'af«zer. Á — , ao ar-
bítrio, V. g. navegar, correr o navio á —
dos ventos. — s, pi. (ant.) trastes, móveis
alfdias de iuio,.deappetito. tlucid.
vôo, s. m. (Fr. vo/, do Lat. volo, are, voar)
VOR
roT
829
movimento das azas da ave quando vòn,
ou percorre a ar ; sallo. Dar um — ; to-
mar o — muito alto, ^ti(ç) ensohfjrbectjr-
se ; elevnr-se com o pensamento a conce-
pções sublimes. Os toas do engenho do
poeta, pensamentos elevados Os — .çdo Pin-
daro. Elevaise deum — , mui rapidamen-
te. « Subir de — aos cens. » Cneid Port.
« A oraçSo ó um — da alma a Deus. »
Vieira
vooRN ou VOERN, (geogr.) pequena ilha
de Hollanda, na embocadura do M(!use ;
28,000 habitantes.
vopiscus, /'hist ) historiador latino, natu-
ral deSyracusa, gozou mnila reputação em
Roma no reinado de Diocleciano. Escreveu
as vidas de Aureliano, de Tácito, de Fla-
viano, de Probo, de Caro, etc.
VORACIDADE, 5. f. [Lut. toracitãs, tis) ap-
petite voraz, sofreguidão no comer, que faz
devorar ; (Hg.) grande actividade de cousa
que consome, v.g. a — do fogo, da cham-
ma, do incêndio.
voRACissiMAHKisTE, adv. sufcrl. de Voraz-
mente.
voracíssimo, a, adj. superl. de vorace,
(ant ] por Varas
voradur. Y. Devorador.
voRAGKsr, s. f (lat. vorago, inis, de
toro. are, devorar), sorvedouro, remoihho
no mar qu-^ sorve o leva ao funJo tudo o
que se mette no gyro da agua — , abysmo
na terra. A — dou vícios, das paixões, nbys-
mo.
voRAf.iNOSo, A, adj. (i.at. vorajir>osus],
onde ha voragem ; da natureza de vora-
gem ; muito rasgado, cavernoso. A bocca
— do leão.
VORARLBSRG. {ge<^gr.) circulo deTyiol, a
O., tem por liniiles. ao N e ao NE. a Ba-
viera, a K. o cirí^ulo «lo Junthal superior,
ao S o canfio dos riri.-íões ; 8U,000 habi-
tantes Capital Bregenz.
VORAZ, adi doi 2 g. (Lat. vorax, eis,
de tioro, are, ^evorarj, que devora, que
come cora sofreguidão; (íig ) qu» consome
rapidamente. A — chamma. O tempo — .
Us vorazes ai. nos.
votiPY, (g«^ogr ) cidade de França, a 4
1^2uas N do Puy ; 2,o8> habir.^tites
voRGvNiUM, (geogr) hoj- Carliaix, cida-
ae da Gallia, cíi pitai dos Odsmii.
voRONA, (geogr.) rio da Uussia europpa,
nasce no governo de i enza, e cahe no Kho-
per.
voRONEJO, (geogr.) cidade da Rússia Eu-
roppa, a l^iU léguas S. de Moscou; 15,000
habitantes.
VORONEJO, (geogr.) rio da RusMa, nasce
no governo de Tambov, e cahe no Don.
VORORT, (hist.) Directório federal dá Suis-
TOL. IT.
sa encarregado de expedir os negócios na
ausência da Dieta.
voRTiCís, s m. pi. [L&i. tortices, pi. dô
torlex], redemoinhos, voragens, tufões, re-
moinhos de vento. «. Caliginosos — vencen-
do [O navegante). » Hpino.
voRTiGKRN, (hist ) rei bretão, fez-se pro-
clamar rei em -^45. Foi deposto por Am-
brósio Aureliano e morreu em 485.
voRTiGiNOso, A, adj. (des. oso), da na-
tureza e mov-mento dos vórtices ; voragi-
noso. Tufões — s.
vós, pronome da segunda pessoa do plu-
ral. (Lat. vos, Sanscrit vah, cuja origem
nenhum etymologista tem dado ) Usamos
d'este termo em estylo elevado, fallando a
varias pessoas colleciivamente, e por abuso
fallando a uma só, Ex. — sois irmãos e
amigos. — , senhor (fallando ao rei). —
mesmos; — mesmo. De — , para — , por
— , em — , sem — . Quando se usa por íu,
o adjectivo põe-se no singular e o verbo no
plural. \ós, meu filho, estaes louca. \ôs
sois amigo terdadeiro.
vos; equivale a: a vós, v. g. não vos
peze. nãopeze avós; dou-vos as parabéns,
a vós.
vosco, u?a-se em vez de vós, quendo é
precedido de com. Nada quero cora — .
vos^íKS, (geoífr ) Vaqe^us mons, grande
cordilheira de montanhas, qufi cobre emas
suss ramificações o NE, da França, e oStí.
da Bélgica.
vosGES, (geogr.) departamento do interior
da França, limitado pelos departamentos de
Meurthe ao N do Alto Saona aoS., de Al-
to e Bóixo Rheno a E ; 5,8(30 habiiantes.
Capital Epinal.
vosQuo, ohsol V. \osco.
vossaNCe. obsol Vos?a mercê.
vossE, contracção de vos.^ia mercê, llsa-
se entro amigos familiares fallando um ao
<mlro
vosso. A, adj- (Fr. votre, do Lat. ves^
ter), de vós, que pertence, respeita a vós
(tanto plural como singular), — pai, — a
inãi, fallando a dois ou mais filhos ou a
um só Essa matéria não é vossa, (loc. ant.)
da vossa profissão, \ossa m-^gestade. ex-
celleacia, senhoria, paternidade, reveren-
cia, formulas de tratamento de que usatoos
fallando ao rei, a pessoas nobres, a reli-
giosos
vosTiTSA, (geogr.) Mgium, cidade da Gré-
cia, a 7 léguas E. de Pa trás ; 2,000 ha-
biiantes.
VOTAÇÃO, s. f., o acto de votar, de dar
votos
VOTADO, p. p sup. devotar, eadj , que
votou, deu voto; dedicado, consagrado. —
aos deuses infernaes ; — á morte.
X08 ,
1
830
YOZ
VOZ
vot'amares, jurauQento cómico e antiq.
VOTANTE, s. m., o quG vota, dá voto;
O que faz voto.
' VOTAR» V. n. (Fr. voter, do Lat. votum
sup. de tovere], dar oseuvolo; fazer vo-
to, yoto a Deus, faço voto. — se, v, r.,
dedicar-se, consagrar-se, v. g. — á pátria
ao serviço da pátria, socriíicar-se.
voTiAKS, (gfiogr.) povo da Rússia, de ori-
gem finneza, habita nos governos de Yia-
tha e de Orenburgo, em numero de 90,000
individuo i.
VOTIVO, A, adj. (Lat. vothus], prometti-
do, offertado em voto, em cumprimento de
voto feito. Oração — , feita por occasião de
cumprimento de voto.
VOTO, s. m. (Lat. 'ootum, s. m. e sup
de V)Ozere, fazer voto, desejar), promessa
solemne a Deus, ás divindísdes gentilicas',
a santos de fazer alguma cousa; promessa;
direito de votar. Ter — , ter direito de vo-
tar ; ter — na matéria, ser juiz compe-
tente. — , parecer, voz, suífragio dado por
vogaL Pessoas de melhor — , as mais ajui-
zadas, prudentes. Penáwrar o — nos alta-
res, a cousa ofTerecida em volo. — s, sup-
plicas, rogos; as obrigações que conlrahe
o rebgioso, a freira, v. g. fazer — de pobre-
za, de castidade. —5 ousados ou denoda-
dos, (ant.) os que faziam antigamente os
cavalleiros de fazer alguma façanha grande
e de muito risco na guerra.
vouGEOT, (geogr ) vtlla do França, a lé-
gua e meia NE. de fíuits ; 250 habitantes
vouiLLE, (geogr.) cidade de França, a 4
léguas W. de Poiliers ; 1,470 habitan-
tes.
vouNEuiL, (geogr.) cidade de França, a
3 léguas S. da ChateauUerauIt ; 1,390 ha-
bitantes.
vouRLA, (geogr.) Clazomenes, cidade da
Turquia asiática, a li léguas SO. de Smyr-
na ; 5,000 habitantes.
vouvRAY, (gprgr.) cidade de França, a 2
léguas E. de Tours ; 2,610 habitantes.
vouziERs, (geogr.) cidade de França, a
12 léguas S. de IVIezieres ; 2,100 habitan-
tes .
vovEs, (geogr.) cidade de França, a 5
léguas e meia SE. de Chastres ; 1,3 i 5 ha-
bitantes.
voz, s. f. (Lat. vox, eis, Gr. boé, boaô,
clamar; Sanscrit vac ; fers. '>^ac, auas ;
Egypcio ouô, otô ou ofô Cremos que são
vozes imilalivas) sons articulados formados
no larynx e bocca e modificados pela lingua
e lábios que constituem a falia no homem,
e são imitados pelo papagaio, a pega e al-
gumas outras aves; os sons modulados d«s
aves e de alguns animaes ; o berro, rugido
dos quadrúpedes, o assobio das cobras, ele.
— clara, branda, sonora, cheia, grossa, for-
te, delicada, áspera, agnda, atinada, entoa-
da, desentoada, fraca, rouca. — alia, ele-
vada ; em — alta. Em — baixa, falla.^ido
de modo a não ser ouvido pelos circums-
tanles. — de baixo, contrabaixo, tenor, con-
tralto, tiple, soprano. V. estes termos. — s,
na musica, &§ notas da solfa ut, re, mi, fa,
wl, lá. — , os cantores. Levantar a — ,
fallar em voz alta. Esforçar a — . Dar vo-
zes, gritar. Dar — de alguém^ bradar. —
de instrumento musico, o som que d'eUo
tira o muíico Tomar a — em discussão,
começar a fallar, quando o orador precp-
dente acabou o discurso. A — do povo, a
opinião pubhca. A — da consciência, (fig.)
o sentimento intimo. — , fama, voalo. Cor-
re — . Deitar — , espalhar. — , voto, pare-
cer. De uma ou a uma — , unanimemente.
Dar ■- a alguém, direito de votar. — , dic-
ção, paisvra, termo. — aclim, — passii^a
dos ve.^bos Em Portuguez não ha forma pas-
siva como em latim, e suppre-se com o ver-
bo ser, V. g. sou amado. Ter — activa e
pasnva, direito para votar na eleição do su-
perior e aptidão a ser eleito. Ter — activa,
(fig ) influencia directa. — , brado com que
os de um bando ou partido appellidam os
companheiros. A — d'£l-Rei. — porEl-Rei
de Portugal, acclamação. Ttr a — de al-
guém, ser do seu bando. Tomar, levantar,
seguir, ter, perder a — de alguém, o di-
reito a invocar a sua protecção, auxilio. Ter
praça a — de alguém, esta por tile como
senhor. — , chamamento, ordem dada a al-
guém em voz alta. Deu-lhe a — de pre-
so..
Syn. comp Voz, grito, brado, clamor.
\oz, ou antes, vozes, e os outros vocábu-
los significam o esforço maior ou meaor
que fazemos com a voz para que nos pa-
çam melhor ou para exprimir algum affec-
to do animo, \ozes suppõe um tom natu-
ral esforçado: grito ou gritos, é voz em
grita, i suppõe um tom msis agudo que o
natural. Brado é ^riío esforçado, que se
faz ouvir e talvez resoa ao longe. Clamor
é^nío esforçado e queixoso, ordinariamen-
te dos que pedem justiça, ou de muitas
pessoas que gritam muito alto, sem mode-
ração e como alborotadas, queixando-se,
pedindo (|ua]quer cousa, mostrando seus
desejos, etc D'aqui veio chamar-se antiga-
mente clamor á procissão de preces e ro-
gações publicas.
vozARiA. V. Xosearia.
vozEADOR, s. m. o quo vozôa, gritador,
grande fallador.
vozeamento, s. m. (p. us.) [mento suff.)
brados, vozeria, clamor.
VOZEAR, f.». (cojí, ear, des. ínf.) darvo-
VAJL
VUL
&31
zes, grilar, fallar muito' alio e deseoloado,
bradar, clamar.
vozF.mo, A, adj. gritador, palreiro, cla-
moroso. Aves uiui — *.
vozEiRO, .«. m. (flnl ) procurador, advo-
gado.
vczcRíÀ, s f. ^dci.cila] brados, clamar,
grilos confusos ; (íig ) grande estrondo.
voziNA- V. Buzina ou IJuaina.
VRAITA, (geogr.) Fevus, rio dos BfctMdos
Sardos, sahe dos Alpes mariíimos, e lan-
ça-se no Pó.
VRATisLAO I, (hist ) reinou na Bohemia
com o titulo de duque desde 921 até
925.
vratislaO II, (bjsl ) primeiro rei da Bo-
hemia, subio ao trono em i061 ; morreu
era 1092.
vsEvoLOD, (bist.) gran-principe da Rús-
sia, lilho de laroslao 1, leve como apaná-
gio o principado de Pereinslav, succedeu
como gran príncipe em lliev em 1078, rei-
nou 15 annos.
VSEVOLOD ]i, (bist.) um dos filhos d 'Oloy,
foi proclamado gran príncipe de Kiev em
113S, governou como lyranao e morreu em
1146.
vtBARANA, (t. Brozii.) peiíe da America
meridional semelhante á truta.
vuKOVAR, ígeogr.) cidade da Esclavonia,
a 8 léguas SE de Esgeh; 6, 000 babilan-
les.
VULCANAES ou VULCANIAS, 5. f. pL feStaS
da amiga Roma em honra de Vulcano.
vulcanko, a, a(i/. de Vulcano. Redes — s,
(poet.) OS laços em quesesurprendem e to-
mam Os adúlteros.
VULCÂNICO. A. flflfy, volcanicO; de volcão.
Matéria — . V. Volcanico
vuLCANio, A, adJ. V. Vulcânico.
VL'LCAN0, ( mylh ) Vulcanus em lalim,
HephíFslos em grego, deus do fogo, íiiho
único de Júpiter o de Juno. Como era feio
e deforme Júpiter precipilou-o do ceu ; caiu
na ilha de Lemnjs e ficou coxo da queda.
Vulcano est«beleceu as suas forjas nas ilhas
Lipare e sobre o Etna, aonde trabalhava
com os Cyclopes, forjando os raios. Ape-
sar da sua fealdade casou com Vénus, e
como eila lhe fazia infinitas infidelidades
vingou-seenvolvendo-a com .Marte seu aman-
te em uma rede.
VULCANIANAS OU EOLIENNAS, (geOgr.) ílhaS,
Vulcanioe ou /EolicB insula, boje ilhas Li-
pari.
VULCÃO. V. Volcão.
vuLGADO V. Divulgado.
VULGAR, adj. dos2g. (Lat. vulyaris) do
vulgo, da plebe. Homem — , de baixa con-
dição. — , commum, ordinário, nào raro.
— , subst. , o vulgo ; o idioma da terra . Tra-
duzir em — . — , (p. us ) que divulga o que
sabe.
VULGAR, r. a. V. Divulfjar.
VULGARIDADE, s. f a qualidade de ser vul-
gar, baixo, commum, trivial. Arriscar-se
com — , (p. us.) muitas vezes.
VULGARISAÇÂO, s. f. O aclo de vulgari- •
.sar.
vuLGARisADO, A, p /. . de vijlgarisar ; adj.
feito vulgar, reduzido a «:oadição vulgar;
publicado ; traduzido em língua vulgar.
vuLGARi.SADOR, s. m O que vulgarisa.
vuLGARiSAR, V. a. [vulgav, des. izar) re-
duzir a estado plebêo ; traduzir em língua
vulgar ; publicar, fazer publico. — as hon-
ras, asdistincções, conferi - las abusivamen-
mente. — o corpo, devassâ-lo. — se, v. r.
tornar- se vulgar.
vcLGARisMo, s. m. (des. ismo) modo de
obrar, fallar do vulgo.
VULGARMENTE, adv. [mente suíí.) de modo
vulgar ; commumente ; a modo do vulgo.
Faliar — .
VULGATA, s.m. ('Lat ) a traducção latina da
Biblia approvada pela igreja catholica.
TULGiENTEs, (geogr.) povo da (iallia ; ti-
nha poi capital Apta (hoje Apt.)
VULGO, s. m (Lat. vulgus) a plebe, o povo
còmmum ; o comncum da gente. O — cré-
dulo, superslicioso.
VULGO, adv. latino, vulgarmente, de or-
dinário, commumente.
vuLNERAÇÃo, s. f. (Lat. vulnevatio, onís)
(p. us.) o acto de ferir, ferimento
VULNERADO, A. p. p. de vulnerar ; feri-
do.
VULSERAR, V . a . [Lãl . vulnero , are) ferir;
(fig ) offender gravemente, v g. — a cons-
ciência, a honra, a fama.
VULNERARIA , s. f. (Lat.) herva ofíici-
nal.
VULNERÁRIO, A, adj. (Lat vulnerarius)
próprio a curar feridas, que cura feridas.
viiLNERATivo, A, ttdj . quo fere, faz feri-
das,
Vulnerável, adj.dos^g. (des. are/) que
pode ser ferido, que pode soífrer damno.
vuLNiFico, A, adj. (Lat. V. vulnifijus) (p.
us.) que causa feridas, capaz de vulnerar.
vuLSiNios, (geogr.) Vulsinii, boje Bolse-
na, celebre cidade da Etruria, ao N. dos
Tarquinios, era uma das 12 lucumonias
etruscas.
VULTAR. V. Avultar.
VULTO, s. m. (Lat tultus) cara, rosto,
semblante ; imitação da figura humana ou
do animaes, em pau, p-^dra, etc. Um — ,
uma figura indistiacla. Figura de — , es-
tatua. Atirar a — , a acertar, sem pontaria
cerla. Ver as cousas ao — , em grosso. ÁveL-
liar a — , pelo volume. Faxer — , Yolume
208 «
832
XAD
XAL
notável. Cousa de — , de momento, de im-
portância, avuUada.
VULTOSO, A, adj. (Lat. vultuosus) que
avulta, volumoso, que faz grande vulto.
vuLTURMONS, (geogr ) montanha, que fa-
zia parte dos Apeninos, separava a Luca-
nia da Apúlia.
vuLTURNO, s. m, (Lat. vulturnus) vento
que se levanta com o sol e segue a sua di-
recção até o pôr do astro.
wLTVR^o, [geogr. )VuUurnus, rio daCam-
pania, nascia noSamnium, ecahia no mar
inferior.
vuRMO, s. m. das chagas, sangue puru-
lento.
VYUviDADE, (ant.) V. Viuvez.
vzesLAv, (hist.) neto de Vladimir I, her-
dou o Folot^k em 10^4. Desembaraçou a
Polónia de toda a homenagem aKiev. Mor-
reu em 1101.
A
X, $. m. xii, vigésima terceira letra do
alphabeto portuguez, e decima oitava das
consoantes. Tem três sons mui distinctos :
1.° simples como em írarfrgí, xarão, xizqiiQ
corresponde a ck em chate, chá, chover ;
^.° composto ae es ou cç, em vozes deri-
vadas do Latim ou Grego, v. g nei-o, axio-
ma\ 3.° de s ouzpor contração, v. g. cá-
lix, Cadix, exemplo.
X, l^tra numeral, vale dez. Posto antes
de letra que vale maior numero, tira-lhe dez:
V, g. XL, quarenta ; XC, noventa.
X, signal anlhmetico e algébrico de mul-
tiplicação, V g. A \ S.
XÁ ou xah, s. m. (em Pérsico significa
rei) rei, soberano. O xah Tamas.
xk ou cnÁ, s. m. (t. Chinez) arvore cuja
folha se põe de infusão em agua que ite que
se bebe ; a infusão d'esta folha ; (fig.) in-
fusão, V. g. — de macf^la, de lilia.
XABANDAR, s. m (do Pers. xah'bandar,
senhor do porto) no Guzarate, cônsul de
uma nação.
XACA, s. m. rome de um idolo dos Ja-
ponezes.
XÁCARA OU CHÁCARA, $. f. (do CflSl.) rO-
mance, seguidilha que se canta á viola em
tom alegre.
x*coco. A, adj. que introduz barbaris-
mos na língua qu? falia.
X A COMA. V. Xuquema.
XADREZ, s, m. [xatrangve, voz pérsica,
dfl xax seis, e rangue, «íllrçôps. F>t«éa
elymologia adoptada pelo padre João de Sou-
sa ; mas é engano. O vocábulo éfomposto
de xah, rei, eranqúe, angustia, pprigo, e
com effeilo o objecto do jogo é o ataque con-
tra orei, peça principal dastaboias de que
é composto) jogo de taboleiro com sessenta
e quatro casas.
yaFariz. V. Chafariz.
XAGUA, (geogr.) bahia e porto da ilha da
Cuba, na costH S,
XAii, mais próprio que xá. V. Xá.
XAiNTRAiLLES, (geogr ) \illa de França,
a 3 léguas ^(). de ^e^ac ; 7('0 habitantes.
XAIREL, 5 m. (do Arab. xear, cobertura)
mania que se põe sobre as bestas.
Xal, s. m Xaes, pi. (voz ['easica. xahia,
moeda regia ; rad. xah, rei) moeda turca
que vale 200 réis
XALE, s m. (í!o Arab e Pers. ará/e) peça
de tecido de lã finíssima ou de pello de ca-
bras deCachemir, com que os orienlaes cin-
gem a cabeça em turbante, ou trazem como
cinta. As mulheres o trazem nos hombros.
V. Chai e.
XALisco ou GUADALAXARA, (gecgp.) esta-
do da Confederarão mexicana, tem por li-
mites os rstados d^^ líurango aoN., de So-
nora ao ^0., de Zacstecas ao >E., e o
grande Oceano a O. ; 800,000 habitantes.
Capital (juadalaxar-a,
XALMAS. V. Xelma.
XALON, (geogr.) Saio ou Dilbiles, tio de
Hespanha, na'^ce nos montefí de Albarra-
cin, recebe o Xilnca era ("alatayud e cahe
no Lbro perlo de Saragossa.
X4R
I
BF "XALOTA, s. f, {Vt. échallote) planta culi-
nária.
XAMATA, s. f. (t. Asiat.) sorte de vestido
oriental em forma de rapa.
XAMATK, s. m. (V. Xadrez) Dar — , ga-
nhar o jogo do xadrez, prendendo o rei.
XAMBKK. V. Chambre,
lANTs^L. V. Chantel.
xanten ou santepí, (geogr.) cidade an-
tiga dos Estados prussianos, no circulo de
Mftinberg, a 3 leg O. de Wesel ; 2,700
habitantes.
xanthk, (geogr.) Xanthus, hoje Ekseni-
déy cidade da Lycia sobre um no do mes-
mo nome.
xaistrippo, (hist.) XanthippuSf general
atheniense, substituiu Then^istocles depois
da pxpedi.ão de Paros, assistiu á batalha
de Mycaie, tomou Lesbos e assolou oCher-
soneso.
XANTn'PPO, (hist.) oflicial lacedemonio,
tomou o comroando dos auxiliares cartha-
ginezes em 255 antes de Jesu-Christo, ba-
teu Regulo eui Tunes, e fel-o prisioneiro ;
muripu quando voltava desta expedição.
XANTH1PPA, (hist.) esposa ae Sócrates, é
celebre peio seu génio rabugento e impe-
rioso, de que constantemente dava provas
apurando a paciência de seu marido.
XANTHO, (hist.) natural da Lydia, um dos
mais celebres historiadores gregos; redigiu
as LydiacQS ou Historia da Lydia, de que
só rest;im alguns iragnfíentos.
xaQue, *. m. (V. Xadrez) voz usada no
jogo de xadrez para advertir o contrario do
perigo em que está o rei [xah] ; [Qg.] pan-
cada, grande damno, ruina.
XAQUFAD0, A, p. p dexaqucar: adj.pos"
to em aperto.
lAQUEAR, V, a. {xaque, ar des. inf.) dar
xaqiie, no jogo do xadrez ; pôr em aperto.
xaqueca ou ENXAQUECA, *. f. (Arab. xa-
qucca] hemicrania, dôr de cabpça quu de
ordinário ataca ^ó a metade d'ella.
XAQUEHA, s. f (Arab. xaquema, cabeça de
besta ; rad. xacama, prender uma besta por
corda ou cabresto) tecido de cordel de fazer
silhas ás bestas ; cabresto.
XAQUEXATE. V. Xá^ate.
XaQuiha ou JAQUiMA. V. Xaquema.
xara, s f. pau tostado de fazer tiro, sei-
ta.
XaHa, s. f. (bot.) planta de esteva.
xaRa, s. f. (h. n } animal reptil muito
veloz.
Xabafim, s. m. (Arsb. xarafi) moeda da
índia que vale 300 réis, com pouca diffe-
rença.
XARÃo, s. m. (t. Asiat.) verniz da China.
xaraQUB, i. m. (Arab. xaraçui) praça de
grande área.
vot ít
XEN
833
XAREi.. V. Xairel.
XAR^o, s. m. (t. Brazil.) peixe grande e
grosseiro do Brezil.
XARBTA, 8. f. (Arab. xarita, tamiçi, cor-
del de esparto ou de palma) rede de pescar.
— s, pi. (naut.) redes para impedir a abor-
dagem.
XARKTADO, A, p p. de xarstar ; adj». guar-
necido de xaretas.
xaretar. V. a (naut.) (xareta, ar des.
inf.) bordar o navio de xarntas.
xaretas, *. f. pi. V. Xareta.
XARGÃo. V. Xtrgão, e Enxergão.
XARiFK, s. m. (Arab. àe xarafa, que na
quinta conjugação signiQca adquirir nobre-
za, gloria, dignidade honrosa) titulo de hon-
ra e dignidade entre os Turcos e Mouros.
xaroco, s. m. [Xr&h. xaruco, o vento les-
te, levante ; rad. xarqui, o nascente. D'aqui
vem o termo Italiano íúocco, realo siidéste,
no Mediterrâneo) vento terreal.
xaropada, í. f. {xarope, des. ada) bebi-
da adoçada com xarope; (fig ) riabo-
xaropado, a, p. p. de xaropar ; adj. V.
Enxaropar.
xaropar, V. a. [xarope, ar des. inf.) dar
xarope; embebedar. V. Enxaropar.
Xarope, «. m. (Arab. xorabe, lambedor)
lambedor preparado com açúcar ou mel.
XA ROUCO. V. Xaroco.
xArqub, s. m. (t. tír.zil) carne ftita em
mantas, salpicadas de sal e curadas ao sol.
V. Enxergar.
xarquia, s. f. (Arab.) cousa oriental.
xarkouCO. V. Enxarroco.
xarrua. V. Charrua.
xartre. V. Xnstre.
XASTRE, s. m. (Cast. sastre) (ant ) alfaiate.
Xàutrr, s. m. (Arab tater, homem pe»
rito, diligente na sua obrigação) o homem
que guia os caminhantes nosareaes do de-
serto da Arábia. Godinho, viagem da Jndia.
XAVECO. V. Chateco.
XivgGA. V. Enxavega.
XAVERo ou XAVIER, (gcogr.) villa deBtíS-
panha, a 1 quarto de légua E. de San-
guesa.
XE, por se, (ant ) «Jlie me queixarom, »
se rae queixaram Ord. AÍTons.
XELIM ou ciiELiM, s f. [Ingi. shilUng , do
Aliem.) moeda ingleza de prata, é a vigési-
ma parte da libra esterlina ou doze penui-
ques.
XRLMA, s. f. {kTah. sol lema) armadilha de
paos á feição de escada que se põe sobre
os cavalleles do carro para sustentar a pa-
lha. Também se põe nas bordas dosbarcos
que transportam palha.
XSNDI, *. m. (t. Asiat.) trança solta que
trazem pendente nas costas os Jogues ai
índia.
109
834
XEEi
Xm
XEPír ou GENTL, (gpngp.) rio de Hespa-
nh«, snhp da Serra- ^ey«^^a, e lança-se no
Gyad«l(juivir, pprio il'^ P^lma.
XENOCR^TFS. (hist ) philo«Ofiho gppgo, iias-
CPii na Calcednnia no annn 41 6 antes de
Jefu-Chrislo, foi umdos maisassi luos dis
cipulos de Plalão. e dirigiu a Academia,
n^orreu no anno 914. Deixou enlre outras
obras ?/w traindo da arte de reinar, e 6
livros da Natureza.
XEKOPU^NE, ihisl ) philosopho grego, nas-
ceu no anno 017 antes de Jesu-(.lirislo fm
ColophanlH na Asia Menor, morreu eru 53-^
com 1 O annos. Foi o chefe de uma seita
jdiilosophica, que se tornou celebre cora o
nome de escolla eUatica, o furiduu o sys-
tpma vilgarrocnte conhecido com o nome
de Panihciítmo.
XENOpiioNTE, (hist ) general, philosopho,
bisloriador grego, nasceu na Aiiica no
anno 44^ antes à^ Jesu Christo ; foi
discípulo de Sócrates, qun, lhe s«lvou a
vida na batalha de Oelium, cníiimiion a
sprvjr lanlo na guerra de Pelujionnzo ,
como entre os mer<'en?írios comui»n-
dados por Clearco, ao qual suf;ced«-u eofie-
rou a famosa retirada óos. Dtz mil. M/rreu
em Corinibo pra 13 -5 ou H5\ ames de Je-
su-Chrislo. As suas obras dioliiiguem se
em à classes : 1 ° históricas : ss lltlleuicas^
o Anatam, a Cfiropedia etc. : 2 " ptdilifas
Aí repvhlicai de SparKi e Álkfnas.; 3 ^
de láctica militar. — O general de Ca-
tallaria, os dineqe.licos, etc, ; 4.^ de
pbilosophia, o Banqutle, o Económico,
ele.
, XRNOPiioNTE D'EpnESO, (hist ) romancisla
grego, autor de um romance intitulado :
As Epheúaca<i ou Amores d^Ahrocome e
d'Anihin. Pí»rpce tor vivido no principio
do i1.® século de .lo«u- Christo.
XFQUE, 5 m (Ar^b. X' kh ou xeikh, ho-
mem ancião) rhefe de cabilda, ou de Iribu,
príncipe, régulo.
XRRAFiM V Xarafim.
Xf.BEL. V. Xairtl
XKREM, s. m. obsol. e de significação in-
certa.
XERFS OUXRPFZ OE L\ FBONTERA, (geogr )
Axta liegia. ci'ladft de Hespanha, a 5 lé-
guas e meia .NE de Cadix ; 32.000 habi-
tantes.
XEREZ DE 1.05? cabali EROS, fgeogr.) Em-
ris, cidade de llpspanha a lô legues S. de
Badajoz; 9 000 habitantes.
XEKG*, S f V. Enxerga.
Xercâo. s. m. (Arab xarrnn] coIxmo de
paimo grosieiro cheio de palha. V. Enxer-
gão.
XERiNOA, V. Seri*^ga.
StiaoCRAPuiA, ». f. [Q X c6a c«; Gr. 90-
roa, secco) jpjnm qnadragesira'?! dos chris-
làos na antiga igfpja, em que só comiam
pào e frutas secras.
XRRopiiTnAi MIA, s. f. (o x sòà cs] (mcd )
eippcie de o[)hihalmia serca.
xv.BQVK. adj dos2g (V. Xarquia) á mo-
da oriental. >ella — .
XRHT, (geogr ) ladibilis. cidade de ííes-
paiiha a 7 léguas !H. do Tortosa ; ^,300
habitantes.
XRRTiCNY, (geogr ] cidade de França, a
3 léguas S. de tpinal ; 3,5b0 habitan-
tes.
XRBXP.s £, (hist ) 5 ° rei d<> Pérsia, rei-
nou desde o nnno 4^5 a 472 antps de Je-
su-Christo, filho e succpssor de Dário I,
subiu ao ihrono com perjiiizo de Arlabaio,
seu irmão primogénito. Teve incessantes
Kuerras, e murrou assassinado porArlaban,
cspiíào (\hs suas guardas.
XKKXRs II, (hist] tilho e suocpssor deAr-
tax^rceá l. subiu ao ihrono em llS anies
'ie Jesu-Chri.sto ; foi assassinado por Sod-
diano, seu irn ào.
XÉ.VORA, (geogr ) rio de Portugal, no Alem-
lejo
XI, por se. obsol.
X'An. V. X)h,
XlBA^ç\. V. Chxfmiiça
xiB»MAR'A. V. Chittantaria.
xiBANTE. V. Chibante.
xibantear. V, Chibantear.
XtBAR. V. Chihaniear.
xibata. V. Chthnta
X baTaka. V. Cliibitada.
XIFAHOIE. V tlli/OrOÍe.
.xii.oba^samo ou xylobai.samo. s. m. ra-
minhos da arvore que dd 0 baUamo du Ju-
déa.
X'LOTFPFC, (geogr) cidade doGuatlmala,
a rnpSfíia que S. Martinho.
ximea. V. Suwea, (t. iiaut ).
xi«PNA DE 1.A FKOMKRA, (geogr ) cidade
de iipspanha, a 1«> leguaj: e meia de Me-
dina Sidt-nia ; 6,-Hl)0 habitantes.
X MRiSfS (FríiiíMsco de Cisneros) (hist.)
celebre ministro de estado h^spanhol, nas-
ceu em i437, abraçou o estado eridesias-
tico. foi nomeado arce uspo de Toledo em
1 93. hflbel, de quem elle ora ronf ssor,
cnníiou-lhe a administração de Casiell«, e
depois da mort<{ desta prií.ceza, Fernando
conservou-o neste cargo importante o Xi-
menes fez grandes serviços a p»tn príncipe,
por morte de Fernando em ITilG. fezpro»
clamar Chi los Quinto rei de C«ste|la. Xi-
menes morreu em 1G17, quando Jlie do-
ram a noticia do que apesar doa serviços
prestados a Carlos V tile o mandava reco<*
Iber & sua diocese.
xiHiA. Y. Mona, Macaca*
Xis
XYi
83&
XTMio. V. Mono, Macaco.
E' viciosa onhograpbia deiimius, simia,
Lat. mono.
xiMo ou Kiou-siou, (gt^ogr.) ilha do Ja-
pio, a maior depois de Niphon. É dividida
em nove províucias, e tem por capital Aaa-
gasftki.
iiNA. V. China.
xiNEiao. V Chineiro.
xiPOiLiN, (hist ] palriarcha de Constan-
tinopla, desde 1066 aló l078, era natural
de Trebizonda e tiuba sido eremita no
monte OI)^mpo.
X PHiLii»», (bist ) cbamado o Moço, histo-
riador grtígo, sobrinho do precedente, vi-
via no Híu do Xl s^^culo, no reinado do im-
perador Miguel liucas. Deixou um resumo
de Uion Cassio.
xiPHoiDE, odj dos 2 g. (do Gr xiphos, es-
cada) (anat.) Curlilayem — , a que termi-
na o «iterno, e que tem fei^ào de espada.
XiOUKK. (ant ) por se quer.
xiBA, s f. (do Fr. cfière, comida, e ant.
chiere. agazalho, recopçào) Ter boa — ,
bom pasto.
xirinca V. Seringa.
XiKÓ, s. m. [i. brazil.) caldo de arroz com
sal.
XIS ou x'Z. í, m. nome d« letra X.
xisuTURo, {wy\h ) o ultimo dos reisante-
diliivianos da AiSyr a. segundo a iradict^òo
daqiiellepovo, piido.Mdu infirmado por um
sonho que o género humano hia morrer era
um diluvio, cocilruiu uma ar^a ou grande na-
>io, e nt^lle f<z tuirar a sua familia, o« seus
passar s eosaoimaes de (ada espécie, de-
pois quando as aguíís bsixdram, deãernbar-
cou bobre uma montanha e foi arrebatado au
ceo, Xisuihro, cuja historia se parece muito
com a de Noé. só é conhecidnpHlo testemu-
nho de historiador nacional lierosa^ que dá a
seu reinado uma duração de omites milhares
de annos.
xixo. obsnl. V. Secco.
xó, intcj. (voz Pei-sica, imperativo de
xou, parar, estar parado) voz com que so
faz parar a besta.
xocHiHíLCo, (geogr.) lago do México, um
dos cinco do valle do México, corre ao N.
I^ra o lago de Terenco.
xocoLATí. V. Chocolate.
xocoLATEiRA. V. Chocolateira.
x<^coiATEiRO. V. Chocolateira.
XoFraDO V. Chofrado.
xófkango. X. m ave de rapina.
XOPKAR V. Chofrar.
xoFaE, V. Chofre.
xois, ÍRCOgr.) cidade do Egypto inferior,
a 1 quarto de Ifgua M) de Busiris
XOFRA, intiTJ. (pleb.) admirativa e iróni-
ca.
XORCA ou axorca, s f. (Arab xnrea] ma-
nilha, argola, brac. lele que os africanos tra-
zem nos ^rar;os e nas pernas.
XOKRO. V. Jorro.
xucar, (geogr ) Sncro. rio de He.cpanha,
sabe da serra dn AJbarracin, na ()r(»vihcia
de C ença, e lança -se no Mediterrâneo,
um pouf-o ao S. do lago Albufera.
xuÉ ou cnué. a<ij dos í g. (chulo) Fa-
zenda — , de, má qualidade Ir vestido mui'
to — , com pouca roupa e de pouco preço.
xupAR e deriv. V. Chupar, ele.
xurHL'S, 'g^^ogr ) filho de Ileilen, e neto
de Ueucaliâ . teve de Creu«a, filha dfi Ere-
chtèo, dous filhos, Jon e Ach^o, que furam
o trcnco dos loiíios e dos Acheos
XVL4NUE». (hist ) filólogo allemão, na.s-
ceu em I Si. morreu em \ilC% Traduziu
em laiim muitos autores gregos : e publi-
cou algumas obras uri^ináes.
m ^
836
YAL
YAP
Y
Y, s. m. ypsilon (do Gr. ypsilnn, u breve)
Nào é propriamente letra do alphabelo por-
tuguez, e só deve usar-se ein lermos deri-
vados do «irego ou do Latim que sh escreveui
por ypsilon, ou em nomes de lioguas es-
trangeiras, V g typo,pyra, ly*-a', a York,
Young Os antigos usavam d'elle em mui-
tas vozes, em que ainda hoje alguns o em-
pregam, V g. mãi, pay . rcy.
Y, por hí ou i, ahi. antigo e ( bsol.
iV. B Moraes quer que se escreva irf«í/a,
feyo, caynr, sem a menor razào.
Y (golpho de) braço de mar da lloUan-
da, no Zuyderzee ; separa a 11'llanda sep-
lenlrional da Uollanda meridional,
yahia (Abou Sakharia), (hist.) general
musutraano, celebre no 12 ^ século, rece-
beu de Tachfin, rei de Man ocos, o com-
mando de todas as forças dos Almoravides
de Hespanha, foi reduzido, por uma revol
ta dos Ar«bes h' spanhocs, a unir-se com
o rei de Castella AíTs-nso Haymundo, via
os Almohades invadirem a península e foi
cercado por elles era Córdova e morreu em
uma sortida em 1149.
YAKoi B (Abou Yousouf), (hist ) chamado
o Al-Manf^or Billah, da dynaslia dos Me-
rinitas, substituiu em 1258 seu irmão Abou-
Bekr sobre o throno de Fez, reuniu Mar-
rocos aos seus estados, passou ires vezes á
Ilispanha para repellir Aflonso X, alliou-
se depois com este ultimo contra os seus
coreligionarios, e oiorreu em li8fi.
TAKOUB, (geogr.) chamado i4/-5o/7*ar. fun-
dador da dynaslia dosSoíTanides, lioha si-
do caldeireiro [Soffar em árabe) no Seis-
lan, metteu-so de}>ois a chefe de salteado-
res, oííereceu-se ao serviço de Salih Au-
Kasa, que expulsou os Tharides do Kho-
raçan, depois serviu seu iruião Darhara, e
subíliiuiu este uliiino Morreu em 879.
Y^LMA ou aialma, crro dos rus^ticos do
Minho e outras províncias, por alma.
YA-UVNQ-KiAKO, (geogr.) rio do império
chinez, nasce nn paiz de KhouVhounoo%
depois passa na província de Kam, e entra
na China, corre ao SE. e ao *., ejunta-se
com o Kin-cha-kiang.
yanaon, (geogr ) cidade da Índia, a 10
léguas E. da embocadura do Godavery ;
7, «00 habitantes.
yasdabon, (geogr ) cidade do império bir-
man, a tò léguas SO. de Ava.
YAisDON, s. m abestruz de grande vulto
da ilha de Sào Lourenço.
YANG-iCHKOJ, (peogi ) cidade da China
a 20 léguas ^E. de.Nan king; 200.OIO ha-
bitantes
YAííG-TSE-KiANG, ( geogr ) chamado rio
azul pdos Europeos, grande rio do impé-
rio chinez, é formado pelo Kincha-kiang
e pelo Ya \' ng-kiang.
yaisi, (geogr ) reino da Spnegauibia, so-
bre o Gambia ; capital Kalaba.
YANKEES, (hist ) ttome dado írrisoriamea-
te pelos Ingl-zes aos habitantes dos Lsia-
do.« Unidos oriundos dos primeiros colonos
inglezes.
YAN NGAN, (gBogr.) cidade da China, na
província de Chea-si, a 95 léguas JN. de
di ngan.
YAN-PHiNG, (geogr.) cidade da China, na
província de Fou-kian.
YAN-TCHEOU, (geogr.) nome de duas ci-
dades da China, uma na província de Tche-
kiang, a outra na de Chan-toung,
YAO, (hist ) soberano da China em 2357
antes deJesu-Christo, estabeleceu a sua re-
sidência em King yang, fez um nnvo ca-
lendário, e inventou a musica religiosa.
YAO-NGAN, igeogr.) cidade da Lhiaa na
província de Yun-nan.
YAOUHt. (,'eogr,) reino da Negricia, entre
os de .NiíTé ao S., Burgou a O., lioussa a
E. Capital \'aouri.
^ Yapi!j, s. m. (t. Drazil.) pássaro parecido
com a pega.
Yafura, (geogr.) rio da America merí-*
TEZ
TOK
837
dional, nasce nas Andes ao SE. de Alma-
qu»iP, e lança-se no Amazonas.
TAR-UROK-YON-MTUSO OU P\LTO, (geogr.)
lago do império chinez, a ii) léguas S. de
Lassa.
TARKAND, (geogr.) rio doTurkeslan chi-
nez, corre ao NE, e cahe no lago Lop,
YARKAND, (gpogr.) ridade do Turkf^stan
cliinez, na conlluencia do Meltcba edoTe-
lour sou ; fiO.OOU habitantes.
YAHMUOTH (Great\ (geogr.) Garianonum,
cidade e porto de Insílaterra, a 7 léguas
E. de Norwich; 22,000 habitantes.
TARMOiiTH (souih), (geogr.) villa e porto
de Inglaterra, a 4 léguas O. deWewport;
1,000 habitantes.
tabkiba, (geogr.) vasto esiado da Negri-
cia central a O. do Niffó e ao S. do Bor-
gou; capital Katounga.
iCHÃo. V. Ucháo.
TCHKCO. V. Enxeco.
Tt, (geogr.) cidade da índia ingleza trans-
gangelica, capital da provincia de Ye, a 35
léguas S. de Martabano.
tucla, (geogr ) cidade de Hespanha, a 6
léguas O. de Willeiía; 11,6U0 habitantes.
TELLOW-STONB. (geogr.) rio dos Estados
Unidos, sahe da vertente E. dos Montes Pe-
dregosos, corre ao NE.
TKMAL. V. Hyenal.
^ykbanah, (geogr.) cidade da Arábia, a
35 léguas SO de Derreych.
YEME?i, (ííeogr.) regão SO. da Arábia,
parte principal da Ârabia feliz dos antigos
tem por limites a O. o mar Vermelho, a%
S. o golpho de Aden, a E. o Hadramaout
ao N. o iiedjaz ; 2.500 habitantes.
YeiiNs, (geogr.) Epauna, cidade dos Es-
tados Sardos, a i* léguas NO. de Chambery ;
2,500 habitantes.
YKou, (geogr.) rio da Negricia, nasce no
paiz de Djakoba, elança-so no lago Tchad.
YERES, (geogr.) rio de França, nasce no
departamento de Sena e Marne, e perde-se
no Sena em Villa Nova de S Jorge.
YKRviLLB, (geogr.) cidade de França, a
2 léguas NE de Yvetot ; 1,6 «O habitantes.
YEso, (geogr.) grande ilha do Japão, ca-
pital Matsmai.
TETiM, s. m. (voz Brazil.) mosquito que
pica com ferrão mui subtil.
YKZD. (geogr.) cidade de Iran, a 67 lé-
guas ôE. de ispahan ; 20 a 30,000 habi-
tantes.
YEZOEDJEBD 1, (hist.) Tci da Pcrsia, da
dynastia dos Sassaaides, reinou de 399 a
420 depois de Josu-t^hristo. Conservou paz
com os Homanos, protegeu os christãos, e
incorreu no ódio dos ma^os.
YEZDEOJKRD li. (hist ) rei da Pérsia de
4^0 a 457, fez guerra aos Albaoios aos
▼OL. IV.
Arménios e aos Ibérios, para lhes impor a
religião do fogo; ficou vencedor ao princi-
pio e fez destruir os templos christãos, mas
dentro era pouco os Arménios deram o si-
gnal de uma revolta geral, mas foram sub-
jugados pela deíTtíCçào dos Iberins e Alta-
nios, que abjuraram o christianisrao.
YEZDEnjERu III, (hist.) rei da Pérsia de
6.32 a 652 restabeleceu a paz nos seus es-
tados, e foi tolera ntH» era matéria de reli-
gião. Apesar da sua prudência não poude
resistir aos ataques dos fanáticos dirigidos
por Omar, os quaes o privaram das pro-
víncias de todo o seu reino e o fizeram mor-
rer por traiçc^o ; com elle acabou a raça
dos Sassanidas.
YCZiD I, (hist.) 9.° califa ommiade, rei-
nou em Damasco desde 680 atéf'>8-í, ven-
ceu Kocein, filho de Hali, fez guerra ao
rebelde Abdaliah, cercou e assoUou Medi-
na, e ia invadir a Meca quando morreu.
O seu nome é execrado pelos Chystas.
YKZiO 11, (bist ) 9.^ califa ommiade, pri-
mo e su^jessor de Ornar II, foi um prin-
cipe voluptuoso e indolente, perseguiu os
chrislãos e ordenou a deslrniçào das ima-
gens.
YEZiD 111, (hist.) sobrinho de Yezid II,
fez morrer Valid 11 seu primo para lhe usur-
par o throno, mas só reinou seis mezes.
Yezid ibn mahlee, (hist.) celebre gene-
ral musulmano, governador do Khoraçan
em 7u2, ganhou fama pelas suas expedi-
ções, mas lofnou-se odioso ao general lied-
jadj, seu rival, [que fez com que Walid 1 o di-
mitlísse. No reinado de Omar li Yezid tor-
nou-se independente em Bassora em 720 ;
mas pouco depois foi derrotado sobre o Eu-
phrates e ficou no campo de batalha.
YEZiDis, (hist.) tribu hurda espalhada
nos montes ?>indjar, entre Mossous e o Kha-
bur, no pachahk de Alepo, no Diarbekir
e na provincia russa de Erivan ; 200,000
indivíduos.
Y-KiSG, (hist.) ou Livro das Transfor'
mações, o 1 .° dos livros sagrados dos chi-
nezes, e.'«cripto por Weng-Waug no 12 ** se-
cul.í antes de Jesu-Christo.
YLOEGouz (Chams-Eddin), (hist.) funda-
dor da dynastia dos Atabeks do Adebtaid-
jan, foi escravo, ganhou a ci níiança dos
sultões seidjoucidas Mahamond e Maçond,
foi emir no remado deste ulli no, cazou com
a viuva de Mahamoud, tomou o titulo de
atahek, substituiu os Seidjoucidas em qua-
si toda a Pérsia e morreu em 1172.
YLMOFERiz, obsol. V. Almofariz.
YPSiLoiDK, aijj. f. de forma do ypsiloa.
YON, ^geogr.) rio de França, nasce no
departaminto da Vendee o engrossa o Lay.
\Oíi(á.), (hist.) lon, íunius JÊ^oniu.s, dis-
210
tiè
Tcm
w»
cipulo de S. DIonizio, pregou a íó no ojiIz Yo-tcheou, (gengr.) cidflde da China,
ao S. fie ^ariz, prini;ip«liu<!riíe em Arpe- 3/ le^^iias ti. de Tchang-cha ; 2 10,000 ha-
jon e solTreii o luariyrio nesta ci lade em bilaiiies.
2i90. K' commemor.ido a 5 de ai?osto. | youn-toiieaou, (geogr.) cidade da China,
YONNR, (geogr ) Icaana, rio de França, na provnioa Ue Kiang-si.
na^ce no departamento do JNievre e lança- | YouuuiCHrHiR.v, (hisi ) príncipe indio o
se no Sena. : primeiro dos l*andous, perdeu ao j<'go os
YONNE, (geogr.) departamento do intprior seus estadas, seus quatro irmãos e sua mu*
da França, entre os d Aube ao JNfcl. de Se- Iher, o que foi uma das principaes causas
na e Mame ao >0, de ^ievre ao S., de
Loirei a O. ; 355,2j7 habitantes. Capital
Auxerre.
YOKK, (geoíçr ) Eboracum, cidade de In-
glaterra, capital do condado de York a 80
léguas AO. de Londres; 35,00J habitan-
tes. O condado de York tem por limites os
de Durhara ao N., de Lincoln ao S., de
Westmoreland a O. ; «98,700 habitan-
tes.
YORK ou TORONTO, (gcogf ) cidade da
America do Worte, capital do Alto Canada,
na margem KO. do lago Ontário; 2O,00lí
habitantes.
YORK. (g-^ogr ) cidade dos Estados Uni-
dos, a 7 léguas SE. de Uarrisburgo ; 4,^00
habitantes.
YOBK, (geogr.) peabo mais septentrional
da JNova HoUanda, no estreito de Ter-
res.
YORit (casa de). Celebre ramo da casa real
dos Plantagenetas, representou um papel
importante na guerra das Ouas Hosas. em
que ella luctava com a casa de Lencastre Nas
guerras civis, os partidários da casa de York
tinham par distinçà») uma rosa branca, «
os da casa de Lencastre uma rosa encarna-
da. Os membros mais celebres desta casa
foram: l." Kdmundo de Lan^lf^y, dm/ue
de York, tronco desta casa, 4." filho do
rei de Inglaterra, Eduardo 4.^, governou
o reino como regente durante a menori-
dade de Hicardo 11, filho do principe ne-
gro. Morreu em 1402. 2.° Ricardo, duque
de York, nasceu cm I4ltí, morreu em 1460,
neto do precedente foi regente de França,
durante a menoridade de Henrique \1, e
depois foi governador da Irlanda, e ani-
mado pela fraqueza do rei, e p»ílas discór-
dias da corte atreveu-se a fazer valer as
pretençõ^is da casa de York ao throno, é
das guerras entre os Paudons e os Kou-
rous. Vrnoeu os Kourous e ainda reinou
35 anno>. Deu o shu nome a uma era in-
dia, quecomegou 1200 annos antes doJe-
sun.hiisto.
TOUGHALL, (gcogr ) cldade e porto de Ir-
landa, a 11 léguas E. de Cork, y,(;00 ha-
bitantes.
YuuN-CHAN, (geogr.) parte do império de
Sião. ó separado do império birman pelo
Ihaleajn, Capital Zima.
TOUNG /'Eduardo], (hist ) poeta inglez,
nasceu em 1118 1, em Upharo, morreu em
I7t)j. Deixou duas tragedias: Basiris; a
Vingança; um poema sobre ojvizo finalf
e as JSuiies, especi'i de meditat,ões melan-
cólicas em verso.
YULNG-PE, (geogr) cidade da China, aS7
léguas AO. da Vun nan.
YouNG pHl^G, (geogr.) cidade da China,
a 5U léguas E. de Pe-king.
YouNG-iCHANG, (geogr ) cidade da Chi-
na, a 99 léguas O. de Youn-nan.
YouNG-TCHiN, (geogr ) cidade da China,
a <i> léguas »0. de Tchang-rha.
» You^G-LUlG (geogr.) cordilheira de mnn-
lanhas, no Thibel.
yoUáOLF B4LKi^ (Ablul Fethah) , (hist )
fuudador da dyrisstia dos Zeiriíes, vingou a -
morte de seu pai Zeirí-Ben-Mounad , por
uma vicioria s)brea t'ibudos Z^nates, sub-
meitou Bongia, Biscara, Befra, etc , exlen-
deu-se até aos desertos desabara e Barca;
obiere do califa Moez-Lediuillah toda a Afri-
ca Occidental muulmana.
YOUSUUF-BKN T^SCHFYH . (hist.) principO
musulmano d'Africa, e eito em 1H(»9, fun-
dou a cidade de Marrocos, que fez a capi-
tal dos seus estados, h expulsou os Z^^irites
da Africa Occidental. <^ hamado á Hispanha
pelos príncipes musulmanos, Yousou( der-
depois de diversas batalhas vio desfeitas as rolou completamente AlTonso VI de Ca'»lella,
suas esperanças. 3.° Frederico duque de 1 perto de Badajoz em 1 85, e conquistou
York, 2.° lilho de Jorge III, morreu em grande parte do território hispanhol. Mor-
1*63 foi nomeado bispo lutherano de Os- reu em 1106.
nabrufk, commandou em 176H contra a | Ypb lko, (geogr.) rio da Pe'gi''a, msce
França (» corpo auxiliar doi Austríacos, nos peto ^'Ypr^s, e ca« no wa'' d - >'or e.
I*ai2"s Baixos perdeu as bslftlhas de Xends- yfbís (íJfORr ) cidad»^ do rei-oda B^lgi-
cho<»t e de Turoning íiorrn»: en» 1S27. 4;». a 11 léguas Sl> deBrugeis; 15,5 O ha*
YOhKTowí», (g6«'gf' ) cidade » purto dos tiMning,
ILsmdOd 1/ <i os, a 25 léguas bfi« Uo Hiuku" yp^ii.ar i. (bist ) família grega fanjfiotn,
Uiuuai i i&OU tiabiUau^i Ur^ijittarift u^ in;Dut)Ddai adquiriu u^titf d
TUC
Txe
seeulo X^IÍI um grande credito e imraen- centr«l o um dos Tstadns da Confederíiçfio
MS riqu«»zHs om ConsinniitnpM, aond^i os
Sftu^ rIl^^mb^()5 exerciauí a prolissào de mó-
dicos e droguisias.
YPáiLoN, w. m (do (ir., significa t peque-
no) M letra y.
•»»exi<'aua, letn por lim lies a O o^siado do
Mexícjoo d^i 'tirtpa, ao S. o <.i]Alimaia, pe-
los outrus lados o mar do Mhjíco easAnii-
Uíns, Mi.OA) h^hiianies. CapiíHl Menda.
YUCATA.N, (g**«'gr.) brthia ftirmada pelo
YaiAN, s. m. obsol, esquadrão, exerci- , mar úas Auiilbas, sobre a cosia E. do Yuca-
to. tdtl.
YRíARTE, (hist ) I oeta hispanhol, naspftu
175l>, era sobrinho do João d'Vriarto, lil-
YUCATAN ou nE CÓRDOVA, (geogr.) estrei-
to pelo (^uni ornar das Antilhas communi-
tHP^^to d slinoto, dirigiu o >tercurio de .Ma- ! ca com n gulpbo do Mexico.
dfid. morreu em 17lM. Iieixou : Fabulas yuíi-nan, (geogi.) província da China, ao
htteraritis t» Copitulos morne.s *^0.\ i^.Uj bòbitariies. CapilwlYun-n n.
yrieix 011 YRif.R (S.), (hisf.) 603 latim
Afedíus ou 4'*i»i^?í«, nasceu em Limogeiem
YVKKUUN, (geogr.) Ifeiern em Allemào,
IPtrudunum úi>s antigos, cilade da ^uíssa,
511, foi chancnller do rei Theo-íoberio. 1 «m uma iiba do Thieie, a 7 léguas W. de
fundou o convento d*A tua, em redor «Jo qu«l ' Lausanna ; 2,5l)0 habitantes
»H formou de, ois a rilade cfiam.»da de í> j tvo hiíloki (S), (tusi ) patrono dos ad-
Yrieix. Morreu em 591. h' festejado a lO j vagados ejunsocnsuli.is, nasceu em 1203,
d'Af<«»slo. i moiTcja em i5 ó, t^stulnu direito em Tariz,
ISLY, (içeogr ) rio situado no limite dei loniuu sh notável pelas suas austeridadese
Marrocos e d*/4!gpria. j caridade, foi ciliciai era Kennes e Tnguier,
YSSFL ouJovEK YSSEL, (geogr ) ísto é Tv.? ! ^«Juioii depois oídens, foi reitor ou cura de
tupenor, Sala, rio da llolUnda. formas^ TeJriz, depois de Lohj»nnec. e mereceu o
emDjisburgo pe'a uniào do Velho e Nov«» bello sobrenome de Adroyado dos pobret.
»*"» canonizado emlGl7, eéfcStgado a lil
tie Maio. .
YVKTOT, (geogr.) cidade de França, a 10
léguas i>K. de Huào ; 2.913 habitantes.
YVhTiE, !geogr ) lio deFrança, nasce ao
.Mi, de ilamb'»iiillet, e lança-se no tírge.
YVOY-iE-pKÉ, (geogr ) villa de FMPça a
2 léguas AO de lleurichòmont ; á,500 ha-
bita nies.
\X£CO. V, Enxeco.
Ys
IV, (h St.) imperadorchinpz, ramo da dj-
na-ia d s IJia. tinha sido intendente de
Yao, e primeiro ministro de<h<uji hncce-
deu a e>te uliimo no anuo 219/ antes de Je-
sn-i;hrisio, rnm y^annos, e morreu no lim
de sete annos de reinado.
YuCAr, s. f. (t. Americano) batatada Ame-
rica
yucatan, (geogr.) península da Americjy
210,
840
WAK
WAI.
W
w, u vogal doslnglezes, e consoante dos
Allemaes, Belgas, e dos Franc^zes que o
adoptaram d'eslas nações, ^ão é letra por-
tugueza, mas é indispensável para escrever
nomes inglezes próprios de pessoas, luga-
res e cousas, v. g. whist, jogo, nos quaes
são como M. Em quanto ás vozes em que
sôa V devem escreverse por t?, e não por
w, V. g Vestphalia, Valido, guardas val-
lonas, Veser, rio. Veimar, cidade. VállaS'
tein, general celebre, etc.
WAARSCHOOT, (geogr ) cidade da Bélgica,
a 3 léguas emeia NO. deliand; 5,300 ha-
bitantes.
WAAS, (geogr.) pequeno paiz de Flandres
ao longo do Escaut.
WABASH, (geogr.) rio dos Estados-Unidos,
nasce a O. do estado d'uhio, e lança-se no
Ohio.
WADOWiCR, (hist.) circulo da Galicia, entre
a republica de Cracóvia do N., os circulos
de Bohemia e de Sandec a E. ; 280,000 ha-
bitantes.
wagram, (geogr.) villa dos estados austria-
cos, a 4 léguas íNE. de Vienua,
WAGRIA, (geogr.) antigo paizdollôlslein,
compreende as cidades de Lubeck, Oiden-
burgo, PlíBU, Eulin, etc.
WAHABiTAS, (geogr.) poderosa seita árabe,
espalhada hoje pelo iSedjed, e naLahsa. Der-
reyeh 6 o seu lugar principd.
WAHAL, (geogr.) braço meridional do Rhe-
no.
wAiBLNGEN, (geogr.) pequena cidade de
Wurlemberg, a 3kguas e meia KE. de Stutt-
garí.
WAiGATZ, (geogr.) ilha eestroito da Rús-
sia.
WAiTZEN, (geogr.) cidade da Hungria, a
8 le^ruas N. de Bade ; 10.500 habitantes.
WAKEFiELD, (hist.) celebre critico inglez,
nasceu em 1756, morreu em 1801. Deixou
edicQÔes estimadas de Hc^racio, Virgilic, Lu-
cr^cift, BioB, efe.
W4KEFIELD, (geogr.) cidade d' Inglaterra,
a 3 léguas S. deí.eeds; 2^^,000 habitantes.
WALCHEBEN, (geogr ) ilha do reino de
UoHanda, na embocadura do Escaut ; dO.OOO
habitantes.
WALCOURT, (geogr.j cidade da Bélgica, a
10 léguas SO. deiNamur; 800 habitantes.
WALDBURGO, (gfíogr.) antigo estado d'Al-
lemanha, no circulo de Suabia, entreoiller
e o Rheno.
WALDECK (principado de), (hist) pequeno
Estado da Confederação (iermanica ; forma'
do de duas partes desiguaes • 1.° o princi-
pado de Waldeck propriamente dicto ; %,^
o condado de Pyrmont. Capital Corbch ;
56,000 habitantes,
WALDENBURG, (geogr.) cidade do reino de
Saxonia, a O léguas e meia NO. de Chemnitz ;
*S,O0i) habitantes.
WALDST.fiTTEs, (geogr.) são assinQ chama-
dos 4 cantõ^^ssuissos: Schwitz, Uri, Unter-
wald e Lucerna.
WALDST.fiTTES (Isgo dos), (geogr.) ou Lago
dos quatro Cantões, lago da Suissa, rega os
quatro cantões chamados Waldsfeelles.
wALiD,(hist.) 6.° califa ommiada do Orien-
te, succedou a seu paiÂbdel-Melekem 705.
Morreu em 715.
v/AUD lí, (hist.) 11.° califa ommiada do
Oriente, filho d'YezidIÍ, subiu ao trono em
743', foi destronado em 7M.
WALLENSTADT, (geogr.) cidado daSuissa
ato léguas NO. de Coire ; 300 habitan-
tes.
WALLER, (hist ) poeta inglez, nasceu em
1605, morreu em 1687. Adiantou muito a
poesia ingleza.
WALLis (Samuel), (hist.) navegante inglez
continuou as explorações do commo.ioro
Bjron, e descobriu as ilhas que teem o seu
nome.
WALLIS, fgeogr ) grupo d^ilhas do grande
oceano equiaocií)!, aoN. das ilhas Viti.
WALi/0K9f (gctogr.) Erlim assim chamvka
WAR
WEN
841
antigamente os habitantes dos Paizes-Bai-
xos, que fallavam o antigo francez chama-
do wallon, eque se julga derivado dogau-
lez [vual em hollandoz.)
WALSALL, (geogr.) cidade de Inglaterra,
a 7 léguas S. de MaíTord ; 15,000 habi-
tantes.
WALSiscnAM, (geogr.) cidade delnglater
ra, a 10 léguas NO. deNorwich, 1,OUO ha-
bitantes
WALSiNGHAM, (hlst ) um dos principnes
ministros de Isabel. Morreu em J51)0
com 54 annos. Fundou i sua custa a bi-
bliotheca do rei em Cambridge.
WALTER, (hist) anatómico prussiaoo, nas-
ceu era 1734, morreu em i8l8. Formou
uma famosa collecção de anatomia. Escre-
veu um Manual de Miohgia.
WALTON, (hist.) orientalista inglez, nas-
ceu em t600, morreu em ICGl Deixou
Iniroductio ad lectionem linguarum orien-
talinm.
walton, (hist.) poeta inglez, nasceu em
159J, morreu em 16*^3. A sua melhor poe-
sia é o Pescador d linha.
WANDELATíCouRT, (hist ) escriptor frapcez,
nasceu em )t73l, morreu em i819. Publi-
cou diversas obras de politica moral, e de
educação.
WARBURTON, (hist.) sabío prelado inglez,
nasceu em 16í)8, morreu em 1779. As suas
melhores obras são : Allíança entre a Eijre-
ja e o Estado, a Divina Legação de Moi-
sés.
WARMBRUSH, (geogr.) cidade dos Estados
prussianos, a legua e meia SO. de llirsch-
berg ; 1,800 habitantes.
WARMELASD, (geogr.) antiga província da
Suécia, forma hoje o governo de Carlstad.
WAHMíA ou RRMELAKD, (geogf.) antigo paíz
da Europa, hoje Biarmia ou Perraia.
WARNACHAIRE OU GARNIER, (hist ) Senhor
da Borgonha no reinado de Clotario ii, en-
tregou Brunehauta este príncipe, pelo que
recebeu delle grandes benefícios.
WARNETON, (geogr.) Cidade da Bélgica, a
3 léguas SE. de Ypres ; 5,Hli0 habitan -
les.
WARNOw, (geogr.) rio do ducado de iMech-
lemburgo Schwerin.
WARRiNGTOM, (geogr.) cidade de Inglater-
ra, a 7 léguas E. de Liverpool ; 20,000 ha-
bitantes.
warta, (geogr.) rio da Rússia europea,
nasce na Cracóvia, e lança -se no Odei.
wartbuhgo, (geogr.) castello forte dogran-
ducado de Saxe-Veimar, a meia legua de
iaseoach.
WARTON, (hist ) Iltterato inglez, nasceu
em 1722, morreu em 1800. Traduziu em
Ingléí ís Eglogoã fe ÍIrÇor^w*>í (fc Virgilió
tOli 17.
WABwick, (geogr.) Caer Guarvic, ou Caer
Leon em inglez, cidade d'mglaterra, 18
léguas ao Nu. de Londres ; 9,400 habitan-
tes.
TfASHiNGTON, (hist ) fundadorda republica
dos Estados-Unidos, nasceu em 1732, mor-
reu em 1/29. Foi engenheiro depois serviu
com» ciliciai na guerra dos inglezes contra os
francezes ; era 1775 recebeu o c immando em
chefe do exercito anglo-americano. Foi elei -
to 4 vozes presidente da Uniào, e conside-
rada como o homem mais probo e maissa-
boque jamais tenha governado uma na-
ção.
WASHINGTON, (geogr ) ou a cidade fede-
ral, capital dos Estados-Unidos, no distric-
to de Colômbia ; 25,000 habiiante.";.
WEissESFEi.s, (geogr ) cidade da Prússia,
4 léguas ao S de Merseburgo ; 5,650 habi-
tani.os.
wsiTRA, (geogr.) villa do archiducado da
Áustria, 15 léguas de Kremà; 1,800 habi-
tantes.
wEiATABOs, (geogr.) chamados também
Wiltses, povo da Germânia, de raça slava,
habitou desde o Vil a) XI século as mar-
gens do Báltico a O. do Oder, no Brande-
burgo.
WELCiiES ou VELCBF^s (geogr.) pabvra de-
rivada de Gaels oiiGalli, e o nome primi-
tivo dos Celtas, que formaram a população
principal da Galiia e do paiz de (íallos na
Grã-<Tet;mha.
WELLAND, (geogr.) rio d'ínglaterra. nasce
no condado de iSorthampton , e lança-se
no mar.
WELLINGTON, (geogr ) cidado d'lnglaterra,
16 léguas ao SE, de Shrewsbury ; 9,0j0
habitantes.
WELLINGTON, (geogr.) Cidade d'Inglaterra,
i5 léguas ao SO. de Bristol; 4,501) habi-
tantes.
WENCESLAO I, (hist.) chamado o Sancto,
duque de Boheraia> nasceu em 907, subiu
ao trono por morte de seu pai em 925.
Wenceslao destruiu os idolos e perseguiu
os sectários da idolatria. Foi mono em 9^6
por ordem de sua mai e de seu irmão Boles-
lao.
WENCESLAO II, (hist.) duque de Bohemia
era 1191, esteve 18 annos exilado, e em
vão tentou tirar o trono a seu tio Frederico,
Morreu era li 94.
WESCESLAo. Ill, (Hl como duque. I, como
rei), (hist.) filho de Przemislao Ottocar I,
iiasceu em 1205, começou a reinar era 1230.
O seu reinado é notável pela chogida dos
Mogoes á .Moravia. Morreu em 1253.
WENCESLAO IV (ou II). (hist.) appelUdado
o Velho, nasceu em lí70, subiu ao trono
da DuheoQia ^m li6^. \u oai l«.iiUO foi eiei^
Sll
m
WES
WEH
to rei daBohemia, era oapnslçâa a Vlalis-
lao iV e tomou posse do reino. Morreu em
13' 5.
WKNCESLAO V (ou TH), (hist.) filho do pro,-
cedente, foi eleito rei da ii» gria em 1 Ol,
suslenlou-se conlra Carlos Uobertoató liOJ,
deixou depois este reino e abandonou -o a
Oihon IV de Baviera. Morreu assassina lo
em 1306.
WE^CESLA0 VI (ou IV), (bist.) chamado o
Bêbado, rei da Bohemia e imperador d*Aile-
manha, filho do imperador Carlos IV. nas-
ceu em l-'tl9 Causou infinitos m/des peh
sua apalbia , simi amor p' Ihs voinpiuo-
2Ídad«'S infauTs, e tornou se universalmen-
te detestado pelo seu caracter' Foi despo-
jado do titulo de imperador em l400 Mor-
reu era 1^9.
WENDES, (gengr ) grande divizão da fa-
mília slava, tojo nome se recoiih^íce no dos
Venedes, Venetos, Heuelos, Antes, Vindt;-
los. Vândalos
WENuico (circulo\ ígeogr.) nma das re-
giôt'S do gran ducado de .Me< kleniburgo-
Schwerin. tem por capital (iiísirow.
wen-wang, (hist.) tronco da d)'nastia chi-
neza dos Icheou. nasceu no anno 1-^1 an-
tes de Jesu-Christo, obteve do imperador
Ti-}le o commando de todas as tropas do
insperio, ijspirou recnios ao successordes
le prinripe, que o teve três anrms c.»ptivo
em Veou-li, retirou se desde então a Tche m
seu domicdio hereditário que e igrandeceu
muito e morreu em M27, depois de 5(1 an
nos de reinado, deixando seus estados a shw
filho Fá, que não tardou a apoderar-se do
trono iniperiai.
AVEHDEN, (geogr ) da Prn<?sia, 5 léguas e
meia ao KK. de Dusseldoif; 2,500 habi-
tantes.
WEBNíGERODE. (geogr.) povoação da Prús-
sia, f» léguas ao bO. de Ilalberstadt ; 3,4 'O
habitantes.
WERNSpoRF, (geogr ) familia da Saxonia,
que produziu muitos «abios disiinctos. O
niais conheíido é J C Wernsdorf. a quem
se deve a sua excellente edição dos poetas
latinos.
WEROviTZ (delegação de) (hist ) nos esta-
dos austríacos, entre os de Srhinreg, Bara
nya, Bacs, Synnia. Rrads, Posega o (roa
cia; 16.1^00 h^hiiantes Capital Kszvk
WEHHA, (geogr ) no da Âllemanha, nas-
ce no Thuringerwald, e un«-&e comoMuu-
den em Fulde.
wehtaCu, (geogr.) rio da Baviera, corre
ao ^ e une s-e ao Uerh
WKRiHR'M, ítreogr.) cidade do ffran-dura -
Ho df Hai.H. 37 Ingiias ao Mi. doCdrlsfu-
Jii;: 3,«tMt habitantes.
*"VfiRW»cjL, (gtt)gr.) ijídadtí da Belgivífly oo
cid-^ntal, 3 léguas ao Sí. d'Tprc8 ; 4,300
hab lantes.
wKRWicK, (geogr.) vjlla de França, 4 le-
gues ao íN. de 8il!e; 1 , M)0 habií^ntes.
WESEL. (g^ogr ) cidade da Prus>ia Hl lé-
guas ao SE. de Cleves ; ilá.lOO habitan-
tes.
wESER, (gfogr ) Visurgig, rio d'Allema-
nha na parte do fiO. de«te paiz, forraa-se
perto de Munden pela reunião do Falde e
do Werra e cae no mar do norte.
WKSLK.Y, (hist.) celebre ingl»*z. fiinda-
dor do M^'lhoilismo, nasceu em 1703, mor-
reu em 17.H. heixou : òVrwõev, e outras
ob as o l'apismo txwninni a suuyne fno.
AVESsi X /'reino dej, (hist ) ou dos S'JXo-
nioi d'(fts^te, um d»»s sete da llep-
tarchia aui^lo-saxonia, fji fundfldo em 510
por Cerdic.
WKST, (hist ) pintor americano. nasReu em
i7 8, morreu em 1M20 Os seus primqres
d'arie são : A morte de Sócrates ; Ore$tes,
!*if Iodes, Agrij)f)ina, Ueijulo v» tnndo a Car-
thaqn, a Mi>rie do (jenefal Wolf.
wESTE»M*NN, (hist ) general IVrinccz, uas-
rpu em I/tíí em MoNheim. .Vccuzatfode ler
excitado muitas revohas foi pruso f.or al-
yiim lempí), dt^pojs ft>i a P«r'z, lig<iu-se c^im
Hanlori, foi nomeado ajudante g-n^rfll, aju-
dou Duraourtez rns suBsnegociaçÕHS couj o
duque de Brunswich, seguiu-o á Bélgica,
f<i depois enviado a Vienna como gr>neral
de brigada, acmile des^nvid^eu granle bra-
vura, penetrou no interior do paiz. «leixou-
se batnrpplos Vr'n<lÍHcios ern Chaidion, fnas
bateu os em Beaupré, Lavai, (Iranville e
riaiigé Foi prosiTÍpl(í com Oauton eguilao-
lina-lo a ó de Abrd de '7^4.
westbukY, (geítgr ) cidade d'íng1aterra 9
legu«s ao JNU. de Salisbury ; 8,000 habi-
tantes.
\*ESTERW4LD, (gft'igr.) cordilheira de mon-
tanhas d*4llemhnlja. na Westphalia, entre
o iahn. o Siog eoUheno.
WEST-Fi 'RD, (geogr ) grande golpho dò
(JcHano Ailaniico, entre acostada Norvega
e as ilhas Lf.fftden.
wEí5T,wissTKR, (geogr ) (isto é convento
ou Ahhadia do Oeste), um dos bairros do
Londres, sobre a marg?m dir elti do Tami-
sa era oulora uma cidade difírirente West-
rninisler é celebre pela sua antiga e vasta
abbrtdia , sepultura dí)S soberauos e dos
granoes homens dln^Lslerra.
wí..sTMORti.AND, 'g^'ogr ) c<mdado dTngla-
terra, entre os de Duiham e di» Ciurber-
hnd ao •). d'Vorck a i.., de Lencastre ao
S H aO, O ',OwO habitantei. Capital Áp^
pM\y
WPsTPHALiA. íaeogr ) rPt'iãod'All^'manha,
t^T
vmi
8<1
m«d/i dos WestphnHos. a míifs occidontsl
dAs tros gran<les iribusda prituUivA Saxo-
nÍA.
w»sTpnAM4 (duoalo de), (g«ogr ) nome
dado: l/* n'»s te'npos antigos A parle Oc-
cidental da S<<xonia, entre o Klba e o We-
ser ; i° A uma das quatro provint;ias do
eleitorado de Colónia, este ducado, qno li-
mitava.i O. corn o coniado d • la M«rrk e
a E. com opriMcipsdo de Waldech. perten-
cia ao circulo do Baixo-Klieno : foi dado em
ItiO ■ a casa d'H«*s3e-l)armstadt.
wESrpiiALU (circulo de), chamado fnra-
bem circulo do9 Paizes liiixos e 'le Wfist-
phoUa, circulo da We-dfihnlia sobre o b^ii^
xo /í/ie»»o, tinha por limites o mar dom»r-
te, as proviricias Unidas p os circulas de
Borgonha, Aito-I^hpuoe Baixo-íilieno ('om-
preendia a ariiigH Westphalm, algumas par-
tes da Lotharingia sepleulrional, da Ustpha-
li.i e da Thuringia.
WESTPIMLIA (rnino de), (gpogr.) um d^s
4 reinos da Confederação do Rheno, linha
por limites ao N. os ducados de iMeekV-m-
burgo, a E. os reinos da 1'russia o da Sa-
1'inia, ao S. os gran -ducados de Francfori
e Ih IJesse í assei Capital » assei.
WKSIPHALI.\ (província de) («eogr.) pro-
víncia da Prússia, tem por limite.') ao N.o
reino de llanover, ao NO o de ll(dlania,
a O. a prdvincia Hh^nana, ao S. o duca-
do de ^assau ; 1,1^^0,000 habitantes Ca-
pital Munster
westphalía (paz publica de), (hisl ) É
as-i u tham.ido um regulamento feito em
137* pelo imperarJor Carlos IV, de combi-
nação com diversos estados d'Allemauha
pTa manterem a paz entre si
wKSTPii^in (tracirtdode), (hist ) nome d«^
doiis t atados, assiííuafí»s, um em Osnab'u<k
a 6 de agosto de 1648; o ouiru em Muns
ter a 8 deseptembro dome^moanno, e pu-
blicados ambos a 2i de oulubro seguinte
O Iractado dví Munster era enire o impera-
dor o a França, o d'Osnabrutkentre o impH-
rador da Sut-cia. As duas potencias victorio
zas iFrança e ^uecia) sm garantiam rautufl-
menteas suas acquisições e g^r/»niiam aos
Sf-us alliados uo império importantes conces-
sões.
wRST-poiNT, (g^^ogr ) cidade dos E<lados-
Uni-los, capital do território dos Highlands,
25 l^^gu^s ao iN. de *ew-Yofck.
wcsr-puRT, 'geogr ) ei lad« dMrlanda, 4
lojU.-ís ao SO. á-i Casllebdr; 3-,50tí habi-
tantes.
Wcsr-C^ppp.L fffeoinr.) riiale da llolhn-
da, » legijaHajKO de Midimburgo ; 1,3<JI>
haliitanies |
WTTKn^TlA. (gpogr.) antiga p-ovmnia j
U'iliktiiUuUai 'M fiaiiu-Kheuu, li^^e cuia* I
pr<»endida no nesso«>*Assau e nos paizes cíf-
cum\izinhos
WETrEnKJr, fgftogr ) cilada da Rolgica, 4
léguas a O. de Uendermade ; 7,40U habi-
tantes.
WETTERHOR?!, (g ogr.) TOontanha daSuis-
sa, nos Alpes Cernezes, ao N. doSchreck-
horn.
WETTiN. ígeogp ) cidade da Prus'ia, 9 lé-
guas ao iNO. de Merseburgo ; 2,600 habi-
tantes.
w«TZL\R ou wETíi.AER, Cidade da Prús-
sia, capital do circulo de Welzlar-Orsunfels,
l!> léguas ao Nti. de Cobhntz ; 4,75J ha-
bitantes.
WEXFOan, fgengr ) cidade e porto d*frlan-
da, capitfll do condado de Wexford, 24 lé-
guas ao S. de Dublin ; 12,50t) habitantes.
O condado dn Wexford situado entre os de
Wicklov ao N , de Kilkennjr e de Carlow a
O. conta 2l2.<Mm habitantes.
WKXiOE, (geogr.) ci lade da Suécia, capi-
tal do g'> erno dn Oonenburgo. lOO lé-
guas ao SO. deSlotkholmo ; 1,200 habitan-
tes.
wp.YMOUTH, (g^ogr.) cidade dMngUterra,
\ léguas ao S. de Dorchester ; 2,y00 ha-
biiHUtes.
wiiAMPO\, (geogr.) porto da China, 1 quar-
to de légua acima de Caulào, em uma ilha
do Pe-kiang.
wiiARTOíí ( rhomaz, marquez de', (hist.)
tilho de lord Wh«rion, fez «íonstante oppo-
siçào a tlarlos II ea Jacques »I, prov«icou
a fain >za proposta, que convidava o p in-
cipe d*Orani{B a lomar as re eas do Estado,
foi vice-rei da trlan la em !• 08, deixou este
cirgo era 1810, mas recebeu os títulos de
lord do.sello privado e marquez de Whar-
ton e Malmesbury, morreu em 1715
wiiiGs, (hist.) nome q .e era Inglaterra
dão á(|u-llesque se intitulam defensores das
liberdides publi(;as : éoupostoaode lories.
Esi« nome parece derivado de whiggam, gri-
lo «'OH qtie os carroieiros escossezes esti-
rauhin os seus ca allos. Este lerrao foi ap-
plicad í primeiram-ínte ais rebelles e^icoá-
se^es. que no reinado d« Carlos .1, mar-
charam contra Ediujburgo Os Ilealis?asde-
rara-no depoi< aos inimigos da re.st.iuraçào,
muitos dos quaes eram escossezes presbi-
terianos, e depois a todos os inimigos dos
Stuarls.
wHirBY, (geogr) cidade dMnglaterra, IS
legaas ao ME. d'Yorch ; 10,500 habitan-
tes
wsiTEii^vEv, gergr ) cidade dMngl^-terra,
14 léguas ao SO. U0 Carliãle ; 1«5,ti«)0 ha-
u;\f nes
wHiTR-«niRTAiSí (gpogp.) 'Wo é fK on ^
taahca \>runt!as], wQiiUiiih.^9 dos 1^8.^40^
844
wa
WIT
Unidos, no N. do estado de New-Hanap-
pshíre.
wiCK, (geogr.) cidade d'Escossia, capital
do condado de Caithness, 75 léguas ao M.
d*Edimburgo; 1,100 habitantes.
wiCKLOw, (geogr.) cidaie d'Irlanda, ca-
pital do condado de Wicklow, 10 léguas ao
SE. de Dublin: H,Oi'0 habitantes. O con-
dado de Wicklol. situado entre os de Du-
blin ao N-, do Wexford, ao S , de Kitáa-
re e de Carlow a O., conta 136,000 habi-
tantes.
wiDDiN, (geogr.) cidade da Turquia, ca-
pital de Livfth ; 56 léguas a E. de Belgrado ;
SiO.OOO habitantes.
wiELicszKA, (ííeogr.) cidade da Galicia, a
4 léguas SE. de Cracóvia ; 3,400 habitan-
tes.
wiENKRWALD, (geogr.) montanhas do ar-
chi:lucado d'Austria, nopaizdoEns,
wiESBADEN, (geogr.) capital do ducalo de
Nassau, a 2 léguas JNO. deMayence; 7,3-0
habitantes.
wiESEi-BURGO, (geogr.) cidade da Hungria,
a 8 léguas á. de Presbourg ; 3,4a0 habitan-
tes.
wiGAN, (geogr ) cidade dTnglaterra, a 7
léguas NO. de Manchester ; 20,000 h/ibitan-
tes.
wiGHT (ilha de), /^geogr.) ilha d'Inglater-
ra, p'^rience ao condado de Southampton ;
33,000 habitantes.
wiGTON, (geogr.) cidade dMnglaterra. a
4 léguas SO. de Carlisle ; 5,«j00 habitan-
tes.
wiLDHAUS, (geogr.) villa da Suissa, a 5
léguas e useia S.deS.Gall.
wiLFaiD(S ), (hist.) monge anglo-saxonio
nasceu em 134, morreu em 709, construiu
os conventos deStamfv>rd e de ílippon, foi
bispo deNorlhumberland, tomou parle nas
negociações, que ruslabeleííeram Ijagoberto
li no trono d'Austrasia, e fez na Friza nu-
merosas conversões. E' festejado a 12 de Ou-
tubro.
wiLLEMSTADT, (geogr.) cspital da ilha de
Corflçao, SO., sobre a bahia de Santa Anna;
3,500 habitantes.
wiLMiNGToN, (gcogr.) cidade dos í'*stados-
Unidos, a 20 léguas N. de Dover ; 0,700 ha-
bita ntes.
WÍLSON, (gíí^gr.) cabo que forma aponta
mais meridional da Nova llollanda.
wiLTON, (geogr.) cidade d'lngl8terra, a 2
léguas O. de Salisbnry; 8,('0 » habitantes.
WíLTS OU wiLTSHiKE , (geogr.) con<lado
de Inglaterra, tem por limites os deGluces-
ter ao*N.. de Somerset a 0., de Souiham-
pton edtíDorsetaoS. ; 204,080 habitantes.
Capital ^8lisbury.
WJi,T9-8i KKRjis, (geogr.) caaal d'ínglater-
ra, faz parte do systema hydraulico de Lon^
dres.
wiMBLEDON, (gcogr.) villa d'lngl8terra, a
20 léguas SO. de Londres ; 2, 000 habitan-
tes.
wiHTLLE, (ge^gr.) villa de França, a 2 lé-
guas N. de Bolonha; 1,100 habitantes
wiMPFEN, (geogr) cidade do gran-ducado
de Uesse Darrastadt : a 2 léguas e meia N.
de ileilbronn , "2,000 habitantes.
wiNCHELSRA, (geo^r.) cidade d*fnglaterra
a 4 léguas ^iL. de llasiings ; 65T) habitan-
tes.
WINCHESTER, (gcogr ) cidade dTnglaterra,
capital deSouihampton, a 8 léguas iNO.de
Portsmouth ; 9,200 habitantes
WINCHESTER, (geogr.) cidadc dosEstados-
Unidos, a 50 léguas N. de Uichemond ;
3,0|JO habitantes.
wiNDSHEiM, (geo;?r.) cidade murada da
Baviera, a l2 léguas O. de Nuremberg ;
4,00u habitantes.
wiNDSOR cu Ntw-wiNDSOR, (geogr ) cida-
de d'Ingl«terra, aOleguas O. de Londres;
7,600 habitantes.
wiNDSoR, (geogr.) nome de muitas cida-
des dos Estados Unidos, a principal ^^ no Es-
tado de V^ermont, a 25 léguas S. de Mootpel-
lier; 9.150 habitantes.
wiNTERTUiiR, (geogr ) cidade dl Suissa, a
5 léguas ISli. deZurich: 3,í]00 habitantes.
wiNTZKiNHEiM. (hist ) vilia de França, a lé-
gua e meia de Colmar; 3,380 habitantes.
wippER, (geogr.) nome de muitos rios de
Allemanha, entre outros um aílluente do
fíheno. que nasce na Westphalia ; ouiro um
aílluente do Saale, que nasce na Saxonia
prussiana.
wisBSACH, (geogr.) cidade d'ínglaterra, a
10 léguas K. de Cambridge , 8,000 habitan-
tes.
wiSBY, (geogr) cidade da Suécia, a 43 lé-
guas SE. de ilockholmo ; 4,000 habitantes.
wiSLOK, (geogr.) rio da Galicia, sae dos
Carpathos, e cae no San, a 2 léguas NE. de
Grudisca.
wisMAR, (geogr.) cidade do gran-ducado
de Mecklcmburgo-Schpwerin, a 7 léguas N.
deSohwerln; iO 000 habitantes.
wissANT, (geogr ) cidade de França, a 4
guas NE. de Bolonha-sobre-o-Mar ; 8O0 ha-
bitantes.
wissRHBOURG, (gpogr ) cidade de França,
a 9 léguas e meia NE. de Slrasburgo ; 5,680
habitantes.
wisTH, s. m. jogo de cartas de quatro
pecsoas.
wiTiKiND, (hist.) heroe saionio, foi anta-
gonista de Carlos Magno, na grande guerra
que elle f^z contra a Saionia. Começou a fa-
zot &tí GOdbecido cm 772 ; sublevou osseoa
I
WOL
WRE
845
concidadãos contra os Francos, por três ▼?••
zes teve de retirar-se da Saionia, mas iia ul-
tima guerra tornoa-se tào poderoso que Car-
los-Mi^gno tratou nom elle eo nomeou du-
que deSaxonia. Foi morto era 807 comba-
tendo conira oduqurt de Suabia.
wiroLD. (hist ) gran-duque deLilhuania,
era primo de Vladislao Jagellon Foi bapti
zado com este princnpe em I3>'>6, em13u2
foi creado lugar teneiile do rei da Polónia
na Liihuania, onde quasi se tornou indepen-
dente, rftpelliu oscavalleiros leutonícos, que
tinham invadido a Lilhumia, penetrou de-
pois na Livonia, tomou Smolensk. e augmen-
tou os seus estados à custa do príncipe rasso
Vasili íl, bateu os Tártaros de Oimea, mas
foi vencido por tdiía seu chefe, voltou-se
enlào para Gs Russos eparaaordora Teuto-
ni-a, e venceu Calas duas potencias. Morreu
em 1430.
w.TT (Terra de), fgeogr.) parte da costa
ao NO da nova Hollanda, entre a terra d'£n-
dracht ao S., a de Diemeu ao M.
wirTEMBERG , (geogr ) Witlemberga ou
Leucorca era latim moderno, cidade da Prús-
sia, capital do ciaulo do mesmo nome, 22
léguas ao NE. de verseburgo, sobre o Elba;
8,00(1 habitantes.
wiTTENAGEMOTT, (hist.) assembleia nacío-
nal dos Anglo-Saionios, no tempo da ílep-
t ar chia.
wiirGENSTEiN, fgeogr.) circulo da Prús-
sia na regência d' \rensberg ; 18, OOJ habi-
tantes Capital Berleburg'1,
WíTfSToCK, (g-^ogr.) citl.íde da Prussia 20
léguas ao NO. de Potsdam ; 4,6 JO habitan-
tes.
wobrden, fg<íogr.) cidade da HoUanda, 4
léguas a O. d'Utrecht; 2.80' habitantes.
woERTH-suR-SANtR , (geogr ) cidade de
França, 5 léguas de Wissem burgo ; 1,200
habitantes.
woLA, (geogr.) villada Polónia, 1 quar-
to de legna a O. de Varsóvia.
woLBECK, (geogr.) cidade da Prússia, 1 lé-
gua ao SK. deMunsler; 1,000 habitantes.
wolpebnuttel, (geogr.) Cnuljerbijium,
cidade do ducado de Brunswick, 3 léguas e
meia ao S. de Brunswick; 8,íõ0 habitan-
tes.
woLFTANG (s.), (hist.)| nasccu na Suabia,
foi amigo do arcebispo de Col<»nia Brunon.
e do arcebispo de Treves Henrique, viveu
muito íempo em uni convento no meio dos
bosques, recusando o sacerdócio por modés-
tia, 8ló que fui sagrado por S. UdaUich,
pregou o evangelho na Hungria. Morreu
em 972. E' festejado a 31 d'out'jbro.
wolgast, (geogr ) cidade e porto da Prús-
sia, no estreito Us SiraUuad ; 4,500 babi-
tautei.
tOL. It.
WOLLIN, (geogr.) oulr'ora JnUn, ilha da
Prússia, na reg»inc'a de Stettin, é formada
pelos dous braços orientaes do Oder ; 3»00U
habitantes.
woLVEHíiAMPTON, (gcogr.) cidade d'íngla-
terra, 6 léguas ao S. de Stafford, 4 léguas
e meia de Birmingham ; 70,000 habitan-
tes.
wooosTOCK, (geogr.) cidade d'Ing1aterra,
3 léguas ao WO. d'Oxford; 7,000 habitan-
tes.
WOOLSTHORPE OU WOOLSTROPE, (geOgf.) vil-
la d'lnglaierra, 12 léguas ao Slf. de Lin-
coln ; 5i O habitantes.
wooLwicn, (geogr.) cidade dTnglaterra,
3 léguas e m)ia a £. de Londres ; :i8,000
habitantes.
woBCESTER, (gí^ogr.) cidade d'luplaterra,
capiíal do condado de W irrMer, 42 léguas
«o N^. de Londres ; 27,000 habitantes O
condado de Worcesler situado «nire os de
Stafford, Wttrvick. Glocester , Hereford ,
Shrop coma 215,000 habitantes.
woncESTER, (geogr.) cidade dos Est»dos-
Unidos, 15 léguas ao SO. deBosto; 4,500
habitantes.
woHiisGEif, (geogr.) Buruncum, cidade da
Prússia, 5 léguas ao NO. de Colania ; 1,50'J
habitantes.
woHKi.>GTO!í, (geogr.) cidade e porto dTn-
glaterra, 12 léguas ao SO. de Carlisle ;
S.OOO habitantes.
^vonKUM, (geogr.) cidade da Hollauda, 4
léguas ao SO. de Sneek ; 3,000 habitan-
tes.
woRMBOUDT, (geogr ) villa de França, 5
léguas ao SE. de Dunkerque ; 3,900 habi-
tantes.
woRif?, (geogr.) Vangionts^ Borbotamã'
^H.v,'jepois Vormalia. cidade do gran-ducado
de Iltísse Darmstadt, ^ léguas ao SO. de
Oarmstadt ; 8,000 h.ibitantes.
wORSLEY, (geogr ) cidade dTnglaterra, 2
léguas ao Nu. de A anchester ; 10,000 ha-
bitantes.
wou-TCHANG, (geogr.) cidade da China,
cipilal da província de Uou-pé; 600,000
habitantes.
wou-WANG , (hist.) primeiro imperador
chinez da dynastia dos Tcheou, recebeu em
herança de seu pai Wen Wang quasi as .res
quarl.<is parles da China, destronou o im-
perador Cheou-sin em 1109, e deu uma
nova organisação ao império chinez. Morreu
em 1116.
wREDB (C. Philippe, conde de) . (hist.)
feld-raarechal bavaro, nasceu em 1767, mor-
reu em i83S, comiuandou as tropas bavaras
auxiliares da França . disiin^niu-se em
Àbensberg. Wf^graiu e sobre tudo em Leip-
gick combateu us FraneeiHs quando a fiavie*
lia
846
WUR
WYK
ra s*> separava de Napoleão, e foi battido
em IIan<)u.
wKtxíiAM, ígeogr.) cidade d'Ingl;íierr8, 9
leguis ao SE. de Denbigh ; 0,000 habi-
tantes.
WRINGTON, (gpogr.) \illa d'lngl8lerr«, &
léguas ao S. de Bristol; I.ÍOO habitantes.
wuRMSER (fonde d«^), (hist ) general aus-
tríaco nasceu na Alsacia em 172i, mor-
reu em 179/, foi enviado em 1793 contra
os FrancfZfS, ?k-ançftu algumas vantagens
S('bre Castine. lanç<íuas^ linhas de Wissera-
burgn, fez capitular a guarnição de Forte-
Luiz, mas foi balido em Freischweiler.
WURSCHE.N, (gHogr.) villa da Saxonia. 3 lé-
guas a K. de Hautzen.
wURTEMBEBG OU wiHTEiiBERG, fgeogr.) an-
tigo castello próximo á cidade de Canstadt,
deu o seu nome á família e au rtiao de Wur-
tembtrg
AVLRTEMBPRG {r?ino de) , fg^^ogr ] um dos
4 reines serund«riosda ConfedHrayàogerrr a-
nita, liuiitaHo a O. peo gr«n-(lucad(» de Ba -
de, a E . aoS, e ao i> p^ lo reino de Ba «e-
ra ; ',575,000 habitantes. Capital Stuligard.
wunTEMREHG (condndo e ducado de), (geo-
gr.) antigo estado d'Alltímanha, no circulo de
Suabia.era menos vasto do que o rei:. o ac-
tual de Wuriemberg, e era divido em três
parles: o Baixo-ducado, o Alto-ducado e o
central Ducado.
LISTA DOS príncipes DE WURTEMBERG.
1.** Condes^
2.® Separação em condados.
ririro 1, isr.o
í bei ha rd I 1205
UIrico II, 1^25
Lbeihard Ȓ. com
Lírico 111 s«a
irnrJo
El.eihardllr,
hbcih«rd IV,
Luiz I e Uliico
IV, 1441
1301
1417
£«1 Vrach
Luiz I I44l
Luiz II, 1450
Eberhard V,
1457-1495
Em Nevffen.
UlricolV, 1441
Eberhard Vi,
1480-1496
3.* Ducados.
Eberhard V ou
i como du-
que, 1495
Ebiírbard VI ou
II 1496
UIrico Voul. 14<)8
l.hrihtovào 15u0
Luiz, [q PiedO'
ao] lf.08
Frederico 1593
João Frederico
Ebe'hard II,
C-uilherme Luiz
Eberhard Luiz
Carlos Alexan-
dre
Carlos Eugénio
Frederico I,
Frederico 11 ^
IfiOS
1028
10 4
1677
17^3
1737
17»5
1797
4.0 Reis,
Frederico I, 1£06 Guilherme 1816
wurtzburgo, (geogr.) TferbipoHs, cidade
do rf-ino de Riviírs 58 léguas ao *N0. de
Mun-ch ; 23.000 habitantes
WURIZBUBGO (grau ducado de), (geogr )
non.e que tomou o bispado secularizadu em
180j.
WYE, (geogr ) Ilatosíaihybius, rio d'ín-
glatrrra, nasceu no condado de V.ontgome-
ry. e cae no Saverue.
WYK. (geogr.) Duiarodurvm. cidade da
licltanda. 5 léguas ao b£. dXHrechl; 1/J40
habitantes*
2AB
UÇ
W
z
Z. s. m. zé, vigésima quinta letra do al-
phsbeto portuguez e uluma das cunsoan-
tes
No principio e corpo das palavras si^»» com
s entro vogaes ; m^s no tini dos vocsbulos
nàodiíTeredo som d » s quísi x, v '/ zona,
azymo. oziimia] epaz. capaz, audaz, um
que siihstitue o x l<iiino.
z. leira niimiífal valia 1,000 e com um
traço por cima èOOO
zaadona, s f (de 22a por saa, sua. e
dona) (aut ) senhora, mulher livre. Elu>
cid.
Zab. (gpozr ] ontr'ara parte S. da 3/a>í-
ritana de Selif e da Gentlia, região d'Al-
geria. ao S. das pro^in<Masde Titleria e de
Constantina, entre o Atlas e o Biledulge-
rid. Ci ladií principn! Bisi;ara.
z»n ou ADUB. geogr I nome de 2 rios
da Turquia asinlica, íÍH ierit»s do Tigre,
wm chamado o Grande Zab Zahalus major,
Li/PTis, isto é L''b>], no p<ichíilik <le lírfg
dad, sae dos montrt'* KoQ"ilisim ; eontr.x»
P queno Z'ib ^Zahnfus minof, o Caprns dos
Grejíos \ «orre «o SE. e lança-se 110 Tibre.
ZaBkNPIRa on saB\nebrjha, s J (do r.asl.
sahana, lençol) ;ant J mulher desavergonha-
da.
ZaBxrella, (hist 1 chamado o Cardeal de
Florença, nasceu em 1M39 f-m Pádua, mor-
reu em 1417. Asna prin<'ipal obra tem por
titulo : Coinmentarii in Decrelules e( Cie-
mentirias.
ZaBra, s. f fArab zaòra] fragata peque-
na (\n costa de B-snaia.
ZaBLCaes. V. Sapucaia.
ZaBucaio V. Sapucaia.
Zabui/>n (tribu de), 'gpogr ) uma das do-
ze dívizo^s da antigif Pflli<tina. entre i la$;o
de TibHriad« e o Mediterrâneo, ora lifuita-
da ao N pelas de Aser e de .Neph«iali, ao
S. pela d'l3sachar. Correspondia á parte S.
4a ualilea.
Zauumba, i.m. (ro2ÍíuítsUYBj tambor aui
grande e sonoro usado na musica militar
Idrar — .
z* BURRO, adi. Milho — , grossa, milho
grande dn In lia.
.zaCa ou xaCa, s.m. o pontífice dos bon-
zf»s Lucena.
zaCatkcas, (g'*ogr.) cidade da fnnit^áe-
ração m-^xicana, cap<tal do estado de Zirate-
cas. 112 léguas ao .\0 do México ; 33 000
habitantes. O estado de Zacatecas. situado
entre os de Cohahuila ao N., o Novo Leão
<to .NE.. S. LuizPoloua E., conta ltíO,OOJ
ha jjiantes.
ZACAiLAN, (geogr.) cilad.j do México, 37
léguas ao.>E. do México; 8,00J habitan-
tes.
zaccarta<?, (hist ) escriptor veneziano,
nasceu em 1/14. morreu em l795 Deixou
grande numero d'obr«s, a.s mais importan-
tes sào • Anecdoionin medii (toi colleclio;
Storia luurarij, d^ítalia ; Aiinxli Utlerari
d' lialia.
Z\Cif\RiAS, (hist ) fiiho do r»i dTsrael Je-
mboào li. sjcce le,a-lh'i d^^p )is d-i um in-
t> rvallo de onze ann s e m-io, no atino 7G7.
antes de .Insu Chnslo Só reinou s^israezes
e foi morto pt^lo usurpador Scllum, por se ler
tornado cru-^l. .
zaciiarias, (hist ) filho e succes<;or do
summ > Si<:ordote Jojali, f d, aoezar dos
snrviços prestados poi seu p.ni a Joaz, lapi-
dado por ordem d^sle prinuipe
z»CH*RiAS, (hist ) o i^ dos prophetas me-
nores, ajudou os ju léus a reeiilicarem o
templo. Kni o mais tecundo e o mais obscuro
dos pequenos prophetas Deixou muitos
commentarios. 1 rophelizava no principio
do reinado de Dano , íilho de ti^sta-
(•es.
zaCharias. (hist) pai de 8. João Baptis-
ta e mando dn Saneia Izibel. era um pfi-
dre do templo de Jerusnlem : emmudeceu
por ter recusado acreditar o anj ) (iabriel,
que lhe auuuuciava o na&cimeaio dd um U"
848
ZÀG
2AM
lho, e recobrou a voz quando nasceu este
filho. Julgou-se que foi mandado matar por
Herodes porque quiz salvar seu filho da
mortandade dos Inoocentes.
ZACHARiAS (s.), (hist ) papa, s"Ccessor de
Gregório íll, reinou de 74 1, a 752, era gre-
go de nascimento. Perguntando Pepino-o-
Breve quem devia utar do titulo de rei, se
aquelle que tem este nome sem ter o poder
ou a capacidade, ou se aquelle que tem ca-
pacidade e o poder, sem ter o nome, Zachi-
rias responceu : «aquelle qne tema capa-
cidade eo poder» e justificou assimaelle-
vaçào dos Calrovinigos. E' festejado a 15 de
março.
zacharias, (hist.) poeta allemão, nasceu
em 1 726, morreu em «777. Deixou muitas
poesias: Phaetonte ; o Lenço; as Quatro
partes do dia ', as Mulheres nas quatro
partes da sna idade,
^AciiM, s. m. (Vrab ;:acwm) fructobran-,
CO rauiío amargoso semelhante á amêndoa.
Os Árabes lhe chamam frucío infernal, em
razão da sua amflrgura. — , a arvore espi-
nhosa que o dá,
ZACYNTHo, (gengr ) Zacyníhus, hnjp! Zan-
te. ilha ííoroarjonio, ao S. da Cephalenia,
defronte ^a embocadura do Alpg^^o.
z^EHRiNGEN, (g^ogr.) caslello e villa do
gran- durado deBade, t quarto de légua ao
N. de Friburgo.
ZyEiiRjGEN (casa de), (hist ) celebre casa
allemã. oriunda de Gontram-o-llico, con-
de d«Bripgan, que vivia em ÍS90 e descen-
dia d'Ethico I, duque d'Alsaciano XII século.
ZAFiRA. V. Sapliira.
z^FRA- (gengp.) Segeda, RêslitutaJuUa.
ci^^ade de Hispanha 15 Ifgaas ao bE. de
Badajoz; 7,501) habitantes.
ZaGa, cbsol, V. í^aga, Rectaguarda,
ZAGA, s. f. arvore de cujo pao se fazem
as z?^ gaias.
ZAGA'A ou AZAGAIA, s. f. (Arab- alkha-
Zfika, d» khaza a, rasgar) dardo de arreoies-
so usado ni costa d'Africa. V. Azagaia.
ZAGAiADA, 8. f. /'des. s. arfa) golpo de za-
gaia, ferida feita por zagaia arremessada.
ZAGAi , s m. (Cast., do Xrah zegal, ves-
tir-se deptílles) criado do maioral. — , pas-
tos.
Syn. com\).' Zagal, maioral, pastor, pe-
gureiro. Zagal é propriamente o que guar
da o gado lanígero nos campos, que cuida
d'elle no redil ou no aprisco.
Maioral diz se particularmente do que
manda no*'-, zagaes. Pastor significa em ge-
ral oque guarda e apascenta o gaiio. Pegu-
reiro é o guardador do gado de outrem, sub-
ordinado ao f^a^íor ; óo mais indmo dos /cas-
tor «rs .
Pegurtiro exprime A ideia de baitezii «
servidão; maiofal, a de costumes rústicos;
zagal, a de costumes singelos e suaves, tm
sentido figurado, pastor exprime a ideia de
um ministro espiritual, próprio para con-
duzir as almas á salvação.
ZAGALA, s. f. pastora, moça do campo sol-
teira.
ZAGALEJO ou ZAGALRTO, S. ff», dimínut.
de zagal, zagal moço.
ZAGARi, s. rri. uma sorte delençaria.
ZAGOURA, (geogr.) o Ackerontf. dos anti-
gos, rio da Turquia europea, na Albsuia ,
cae no mar Jonio, a 2 léguas a E. dePar-
ga-
ZAGOURA OU PETRA, (geogr.) O auligo Pí-
lion, montanha da Grécia, na Thessalia,
perto do archipelago.
zagreo, (mylh.) deus cretez, filho de
Júpiter e de Ferséphone, era uma das prin-
cipaes divindades infernaes, mas também
tinh» poder sobre a terra, e oíTeretia mui-
ta analogia com Baccho.
Zagros, fgeogr ) Zagrus mons, chamado
X^mht^m D jebeltak. montanhas da Ásia, nas-
ciam no limite da Arábia e da Pérsia.
Zaguncho V Zarguncho.
ZÃiBRO. V. Zambro.
ZAiNo. A. adj. (do Cast. zaino, que, se-
gundo Covarrubias significa castanho em
Arab ) Carallo — , castanho escuro sem mes-
cla. — , dissimulftdo, velhaco.
ZAiRO, (geogr.) chamado também Coango
ou Congo, do nome dopaiz, queellerfga,
e Moienza-Eazaddi, principal rio do C »ngo,
nasce entre os Regas, e cae ro Ailantico.
zaleuco, (hist.) philosopho grego, nasceu
noariQO 700 antes de Jesu-Christo, passou
por discípulo de Pytbsgoras. Deu aos Locrios
Kpizephyrios um código notável pela sua
sabedoria. Uma das leis deste código pro-
nunciava que o adultero t»;ria os oltttts va-
zados, sendo seu filho convencido d'eôte cri-
me, Zaleuco quiz applicar-lhe a lei, o povo
intercedeu por elle, então Zaleuco conten-^
tou-se em f«zer lhe vazar um olho, mas va-
zou um a si mesmo.
ZAMA, (geogr.) hoje Zowarin ou ZaoU"
harim cidade d'Afrioa, naZengitana, a 37
Ipguas SE de Carlhago.
ZAMAH (Ben-Melik-al-Khaoulani\ (hist )
emir árabe de Hispanha, desde 718 até "í 21,
invadiu a Aquitanif^, percorreu desde Car-
cassona até Tolosa, e íbi vencido e morto de-
baixo das mufrilhas desta ultima cidade por
turles. duque d'Aquitania,
ZAMBKZE ou CONAMA, (geogr.) ríodaAfri-
ca inerílional, nasc^?nopaiz dos Cazimbes,
e lança -se no canal de Moçambique por mui-
tas embocaduras
ZAHDO. V. Zambro.
BAMBOA, i.f. (talvez deiaòúlo) espécie di
ZAR
ZÀN
849
cidra, fructo grosso insípido. To'o, parvo
como — , tolííirào, sem subor. — , marmelt»
eni»'ria'*o e melhorado.
2AMBOKIRA, s f. arvope que dá zamboas.
ZAMURAi.Ho. s. vn. ave aquática do tama-
nho (la gHllinha, pescoço e bico como o de
patu. lia muitas de inverno no rio Sado.
ZiUBRO, A, aifj, (do Kr jamhe, perna, e
croché ou crocliu, torto, curvo) que tem os
jot^lhos metiidos para dentro e as pernas di-
ve^-gentes
z\MBUco, s. m. (t. Âsíat.) embarcação de
cargA. na Ásia.
zasiblgal, * m. (t. Brazil ) arvore do
Brazd, que dá fructns do tamanho de cocos
que enceiram castanhas mui duras e sabo-
rosas
ZAMBUJAL, (gengr.) povoação de Portugal
a 3 It^guas d»j Coimbra ; 7U0 habitantes, ila
outra inferior no concelho deKedonJo, a íi
legues d'Kvoia.
ZAMBUJEiRiNOO, s. m, diminut. de zam-
bujeiro.
Z4MBUJ0 ou AZAVBUJO, s. m. {^Ttib. oxza-
bvjn, zambnjo, ohveira brava) oliveira bra
va.
ZAMBUJO ou azambujo, *. ffi. (V. O prece-
dente) nzambuj^iro.
Zamolxis. {myih.) personagem fabulosa,
era adorado pelus óeta^ da Tliracia como
uma divindade; davam-loe for residência
o monte Coc^j <n, que se julga ler sido si-
tuado nos Carpaíhas. Segunio llf^rodoto,
era nm philosopho da Thriícia, que depois
de ler h«bitadoa Gtecia, voltou «o seu pniz,
aonde ensinou o dogma da immortalida-
de.
ZAMORA, (geogr.) Ocellodurum, cidade de
liispanha, capital d'intendKncia, a 5(J léguas
KO d<^. Madrid: 1(»,(IU0 habitantes.
ZAMORA, (gpogr.) cidade da America, na
republica da Nova-Granada, a KUeguas L.
de Loxa, sobre um rio do mesmo nume.
zauorih, (bist ) titulo que os Tortuguczes
d&o ao sultão de Calicut.
ZAMosK, (g-^ogr ) cidade da Polónia russa
a to léguas SE. de Dublin ; (>,tiOJ habitan-
tes.
Zamrí, (hist ) rei d' Israel, apoderou-se do
trono em*Jl8. depoisde ter morto o r»^i Ela,
foi depois cercado na cidade de I hersa por
AoLir, tí morreu no incêndio de um palá-
cio.
Z4NAGA, a^jf. ou s dos 2 g (talvez do
Tasconço zayarca, atravessado) vesgo, za-
rolho, torto dos olhos.
Zanciii, (hist.) menibro dn Academia ro-
mana com o nome de Peireins Z<jnchus,
nasceu em Bergnma em i&Ol entrou na
Oíd^m dos confK"^» de Latrào, rultivou a poe-
BÍã lotiiia, A foi gUHrdH tia b bli*.lhe(-« do v m*
♦lU |¥.
ticino. Foi preso em Roma por ter desobede-
cido ao papa Paulo. As suas obras são: de
linrio Soph̀e libri duo ; Poematum libri
Mil.
zandj*n, (geogr ) cidade do Fran, 10 lé-
guas ao NO. de Sultanabad ; 10,000 habi-
tantes.
z\NKSviLLB, (geogr ) cidade dos Estados-
Unido4, tã léguas a E. de Coiuiubus ; U,600
habitantes.
zanetti. (hist ) família de Veneza, de que
caíram muitos antiquários distinclos. Os
princ'paes foram : o conde António Maria,
iiASí u em »680' morr«Mj em 1766, compoz
um riuo gab:n*'tHd'antigiiidade8 , Alexandre
Zímniti, nasceu em 1\H, morreu em 1778.
t screveu 5 livros sobre pintores da eicola
neneiiana.
Zanga, .* f. (yoi Afric ) (famil.) antipa-
ttiia, aversão a alguém ; máo agouro, v g.
tenho — com aranhas. — , utu jogo de tar-
tas entre duas pessoas.
Zanga, s f. (<int.) moinho de mão.
Zangado, a, p. p. du zaugtr ; adj. eofa»
dado.
z^NGADOR, A, s. 9 oàj. quo zanga (pes-
soa ou cousa).
ZA^GAL^Ão, s. m. Bento Pereira verte em
Lat monngaihus.
ZANGANo. s. m. (de zangão^ inse >to) adello
alravessador. corrector q(ie não é autorisa-
do a exercer o uflício ; (tig ) o que logra s
desfruta outrem com engano e fraude nos
tratos.
ZANGÃO, s. m. espécie de abelha que não
faz mel, a come o que as abelhas fazem ;
(Hg.) o alravessador de mercadorias, zan-
g«no.
ZANGAR, V. a. {zanga, ar des. inf.) cau-
sar zanva. enfadar; dar mau agouro, v. <f,
— o jogador. — SE, v. r enfadar-se. — d4
alguma cousa, tirar d'ella mau agouro.
zangarriar, V. n (voz imitativa) (chul.)
tocar viola desentoadamenle.
zangukbar (costa de), (geogr ) grande re-
gião da /.merica oriental, extende-se sobre
o mar das índias, entre a costa d'Ajan ao
N., e a r»pitflnia geral de Moçambique ao
S. ; 1,000,000 habitantes.
zanguizakra. s. f. (voz imitativa) (chul.)
desordem, tltercaçào.
zakgurriana, $. f. (chul.) bebedicei be<*
bedeira.
Zanolho. V Zarolho.
zanotti, (hist ) pintor e poeta bolonhez,
nasí'eu em 1ti7 », morreu e i i765. Assuas
melhores obr/is de poesia são : uma trage-
dia, DiJo, Dexrcipçáo das pinturas doins-
liimo de Bolonha.
Zanotti, hi^l.) irmão do precedente, phi*
losopho boluubez, nasceu em t6Ulí, mnrrea
850
ZAR
em 1777. Deixou diversas obras, entre tu-
tras uma áePhilosophia moral.
ZAPiTo, (geogr.) Zacynthís, uma das ilhas
lonias, 5 léguas a O. das costas da Moreiff ;
40,000 habitantes .
tANuo, s. m. (t. da Ásia Portugueza) lan*-
ço nas arrjmatações.
lAWZiBàR (ilha de), (geogr.) ilha do mar
das índias, na costa do reino de Zanguebar;
90,000 haditantes.
ZANZIBAR, (geogr.) reino na Africa orien-
tal, na cosfâ de Zanguebar, entre os reinos
de Melinde ao K., e de Quiloa aoS.
zÃozÃo, s. m. (yoz imitativa) som monó-
tono e repetido. O — dos consoantes.
zÁPETi, s. m. espécie de truque, jogo de
cartas; o quatro de paos neste jogo.
ZAPOLT , (hist.) nobre famiha húngara,
cujos membros mais celebres são : ^tevão
um dos quatro lugares tenentes de Mathias
Corvino, concorreu muito para a eleição de
Ladislao da Polónia para rei da Hungria,
morreu em 1499 ; João I, um dos três íilhos
do precedente, nasceu em 1487, morreu em
1540 ; João II, filho do precedente, nasceu
1540, foi reconhecido por Soliraão lí, rei de
uma parte da Hungria, e reinou depois na
Transylvania e na Baixa-Hungria, foi o ul-
timo dos Zapoly,
ZApOROGUEs (('ossacos), (hist.) ramo dos
Cossacos da Ukraina, foram assim chama-
dos, porque habitavam perto das cataractas,
do Dniepr, chamadas em russo porogia.
ZARA, (geogr.) cidade dos estados aus-
tríacos, capital de circulo, 7 léguas ao NO.
de Zara-Vechia ; 6,900 habitantes.
ZARA-vECHiA, (geogr.) (isto é \elha-Za'
ra)t Biograd, ou Biogrod, em esclavonio.
Jadera Blandona ou Alba marítima dos an-
tigos, villa da Dalmácia, 7 léguas ao Slí. de
Iara ; 1,350 habitantes.
ZARABATANA, s. f. {¥r. sarbacane) (anu-
do longo por meio do qual se sopram e ar-
remessam setas e bolinhas.
ZARA8ALHADA, S. f. (chul. 6 p. US.j turbfll-
multa.
ZARAGATÔA, s. f. (Arab, bazercatona, her-
va pulgueira ; ràd. bexer, semente, eca^tu-
na, nome da herva que os Árabes denomi-
nam também haxixat elbargut, herva das
pulgas) nome de uma herva medicinal
2ARAG0TA. V. Zaragãtoa.
ZARANO, (geogr.) delegação da Transyl-
vania, a O. no paz dos húngaros, entre as
delegações de Hunyad e de Weissemburgo
inferior e a Hungria. Capital Altemburgo.
ZARAVATANA. V. Zarabatana.
ZARCÃO ou azarçáo. V. Minio.
ZARCO, A, adj. (Àrab. azeraco, que tem
os olhos azues) que tem os olhos azuescla-
roi, ou garços.
ZARCO, (hist.) navegante poríuguea, des-
cobriu em 1417 a ilha de Porto-Santo, nas
costas da qual naufragou, e em 14iya da
Madeira, na qual se estabeleceu em 1421.
Attribuem-lhe o uso de artilharia a bordo
dos navios.
ZAhGO* V. Zarolho .a,.^
ZARGUNCHADA, s. f. feridft com zarguQ*
cho.
ZAR6UNCHAD0, A, p. p. de zarguuchar ;
adj. ferido com zarguncho.
ZARGUNCHAR, V. ã. [zargunchOy ar des.
inf.J ferir com zarguncho; (fig.) picar, pe-
netrar muito, V. g. o frio zarguncha.
ZARGUNCHO, s. t», (voz Africaoa) meia lan-
ça, azagaia de arremesso usada pelos Ca-
fres.
ZAROLHO, A, adj. (doVasconço zaihara,
inclinado, eoí/io) torto, vesgo, zanaga, que
mette ura olho pelo outro.
ZARPAR. V. Sarpar.
ZARRA. V. Jarra.
ZÁS ou ZAZ, interj. imitativa do som de
corpo que cáe de repente com estampi-
do.
ZATAS ou ZETAS, (gcogr.) rio de Portugal
no Alemtejo, nasce perto de 2 léguas aoS,
de Veiros.
ZATÚ ou TATU, s. w. animal do Brazil,
notável pelas placas testaceas de que aco-
berto.
ZAVANEIRA. V. Zabantira.
Zavra. V. Zabra.
zazagitania, s.f. (t. Asiat.) droga de al-
godão de que se fazem canisas mouriscas,
ZAZERiNO, adj, V. Jazerino.
ZAZO, s. m. pontífice dos Japonezes.
ZBiGNEv, (hist.) (filho illegitimo dorei da
Polónia Ladislao I, recebeu de seu pai um
terço do reino com o titulo de duque da
Mazovia, reinou junctamente com seu irmão
Boleslao III, até 1107, mas traindo este
príncipe foi por elle vencido, eapriziona-
do. Morreu em 1116. »
^EBA, (geogr.) ilha do archipelago das
Philipinas, no grupo das Bissayas ; 157,000
habitantes. Capital Zeba.
ZEBELiNA, s. f. espccio dc doniuha, ou
marta da Moscovia cuja pelle é mui estima-
da ; â pelle d'esíe animal.
ZEBiD, (geogr.) Sabia Regia , cidade da
Arábia, 38 léguas ao SE. de Sana,
ZEBRA, s. f. animal africano semelhante
ao burro, com raias pretas regulares por lo-
do o corpo.
ZEBRAL, adj. doís2g. de zebra. Pelle — .
ZEBRAL, adj. dos % g. (ant.) Uma pedra
— . Foraes antigos. O Elucidário conjectura
ser peso de uma arroba.
ZEBRUNO, A, adj. corrupto doCast, cebru*
no) da côr do cervo ou veado. Cavallo— •
m
XEDURíiA, », fy (ant,) virgala» signal or«
thographico.
zécoRA, s. f. (t. elhiopico) animal àqiie
os Porluguezes dtram o nome de burro (ío
mato, onagro.
z ECOARIA, s, f. (em Arab. gheduaront Lat.
zedoaria, do Asiático zadurU, ou í^aauar)
herva cuja raiz é medicinal.
ZEG-ZEG, (geogr.) vasta região do Haous-
sfl, entre oKano ao N., o Djakoba ao S.,
o NifTe eo Gonori a O. ; capital Zaria.
ZEiAD, (bist ) irmão natural do califa Mòa-
viah I , foi um dos mais valentes capitães
árabes, sustentou a causados Alides, enão
a abandonou senão quando Hakan abdicou,
Moaviah encheu-o de honras e confiou-lhe o
governo deBassora. Zeiad livrou este paiz
de ladrões que o infestavam , morreu em
«73.
ZEID OU ZEID-BEN-THABET (hist.) um doS
secretários e dos mais zelozos sectários de
Mabomet, só tinha onze annos quando o
pro.pheta fugiu de Meca. Assistiu á batalba
adhod e a todas as que se lhe seguiram.
ZEiLL, (geogr.) cidade da Baviera, 13 lé-
guas ao NE. de Wurtzburgo; 1,20U habi-
tantes.
ZEiLAH, (geogr.] Âvaliíes EmpoHtímf ppr-
tO€l'Africa, sobie" o golpho d'Adén ; 4,000
habitantes.
' «EiRE-BEN-sorNAD , (hJst.) chamado ai
Taclani, chefe dos Zeirites-Sanhadjidesou
Badissides, oriundo dos antigos reis d'Ara-
bia, bateu os Zeirites Zenates , conquistou
todo o paiz, quê se ettendé d'Alger a Tri-
poli, fundou Achir em 935 , e mor-
reu na batalha de Mausourah em 971.
Seu filho Tousóuf-Balkin fundou a dyUas-
lia dos Zeirites Sanhadjides.
ZEiRE-BEN-ATTAH , (tiist ) pHmeiro rei
zeirite de Fez, foi primeiramente cheik de
lima tribu de Zeirites-Zenates, e aprovei-
tou a decadência dos Edrisitas para se li-
vrar da soberania dos reis de Córdova, ti-
rou Pez aos Zeirites-Badissides, e teVe a
combater dous competidores ; morreu etá
1001.
zsiRiTKS OU ZEiRiDEs, (hist.) (vulgarmen-
te Ze^rú), tribu edynastia moura, de que
sairam muitos soberanos de Fez, liemcen,
Alger, Tunis, Kairouen, Maldyah e Tripo-
li. O seu domínio durou desde 972, até
1050.
IzEiTouN, (gecgr.) cidade da Grécia, 15
léguas 80 NO. deLivadia; 4,€00 habitan-
tes. .^'-. .
ZEiToofí (geogr ), pequeno rio d'Algeria,
saedo Alias, e lança- se nu Oaed-lsser '
ZEiTZ, (geogr.) cidade da Prússia. 1!) lé-
guas ao S. de Éerseburgo; 7,200 habitan-
tes.
m
«i .
ZELADO, A, p. p. dezelar; 447* cuidado,
vigiado com zelo.
ZELADOR, A, s. earf;. que zela, queatten-
dò, cnida de íilgucio cousa com zelo : —
da fé, da honra, íía Ibi,. da fazenda.
ZELADORES, (hist.] scíta de judeus, quje
appareceram no anno 66 depois de /esu .
Christo, cujo chefe era um certo Judas d
Galiiea. Deveram o seu nome de zeladores,
ao seu zelo pela liberdade da pátria'
'o ' seu zelo e excessos appressaram a
queda de Jerusalém tomada por Tito no
anno 70.
ZELAKA, (geogr.) pequena fortaleza de
Hispanha, perto de Badajoz.
ZELÂNDIA, (geogr.) Zecland, em hollan-
dez, isto é paiz do mar, provinciá do rei-
no de Uollanda, ao SO. composta das ilhas
Walchefen, Beveland, Schonven , etc. ;
145,000 habitantes. Capital Middelburgo.
ZELÂNDIA (flova), (geogr.) chamada tam-
bém Terra dos Estados^ Terra de Cook,
e finalmente Tasmania, nome de duas ilhas
Ika-na-Maoui, e Tavai-Ponnamou, separa-
das pelo estreito de Cook, e situadas no Ocea-
no Pacifico austral.
ZELANTE, adj. dos2g. (Lat. zelans, <ú,
p. a. de;je/o, are) que zela. Subst. zelote.
ZELAK, v.a, [Ldit. zelo, are. V. Zelo) ti a-
tar, procurar com zelo : — a honra, a fa-
zenda do amigo, — a mulher, ter ciúmes
d'ella.
ZELE, (geogr.) villa da Bélgica, 2 léguas
ao NO. de Dendermond ; 10,078, habitan-
tes.
ZELEiA OU ziELA, (geogr.) hoje Zileh, ci-
dade do Ponto Occidental, ao SE. sobre o
Scylax.
ZELL, ZELLE OU CELLE, (geogr.) cidado do
reino de Hanover. no principado de Lune-
burgo, 9 léguas ao NO. de Hanover , 8,500
habitantes.
ZELLERZEE, (gfiogr.) isto é Ittgo de Zell,
parte NO. do lago de Constança.
ZELO, s.m, (Lat, zchts, do Gr. zcô, ardor
empenho solicito em p'ocurar o bem, o com-
náodo, a honra de alguém. — s, ciúmes amo-
rosos.
ZELOSAMENTE, adv). [mente suff.) com zelo;
cotti ciúmes.
zelosíssimo, a. adj. superl. de zeloso
ZELOSO, A, adj. (des. oso] que tem zelo,
que se porta com zelo ; cioso, que tem ciu- ,
mes
ZEL0T2, s. ni. (Lat. zeloíes, cioso) o que,
affecta zelo ; o que tem zelo mal entendido.
— s, nome de uma seita dos antigos Xudeus.
ZELOTTPiA, s. f. (Lat. zelotypio^ ciúme,
de zelótypuít, cioso) (p. us.) ciuaDe, suspei-
ta, desconfiança de pessoa a que se tem amor
ou amizade.
113 ,
Sh%
ZEN
2ER
ZELozu OU ZELOSTA. V. Gelosiã.
zcMBi.A (nova), (^eogr.) isto é em russo
Terra-Nnva, nome dado á reunião dp-dua**
ilhas do ini()erio russo situadas nn nceario
Glacial árctico, ao N. do governo d*Archan-
gel.
ZEND-AVKSTA, (hlst ) Isto é pahvva viva,
livro sagrado dos Guebros ou Tarais, com-
posto dtí doas parles, uma escripta em Z nn,
a outra era peldvi. A primeira compreen-
de . o \end>dad Sad^, espécie de breviá-
rio, que os padres devem ter lilo antes do
nascimento do poI ; segundo os Jec/íí-6'at/^.v,
orações: lerc- iro o Siro.z^ (ou os 30 dias),
espécie de calendário litúrgico. A segun ia
parte reduz- se ao lionnithech, espécie de
en(7cl>pedia, q'ie contém n(i(,õris sobre a
cosmogonia, sobre a religião e o culto, so-
Lre asiroraia, sobre as instituições civis,
etc.
ZENDAL. V. Sewial.
ZENcn, (geogr )Se'inaem italiano, Szeny
era croata, cidade dos estados austríacos,
20 léguas ao SO. deCariíladt; 2. COO ha-
bilsntes.
ZENGiiíAN, fgpogr.) cidade da Fersia, no
Irak-Aíljemi. 75 léguas ao KO, de Tehc-
ran ; í),0(.)0 h.sbitanles.
ZEwiAR, s. m. {zenyar, voz Pérsica, azi-
nhavie) V. Azinhavre.
Zêmoo. V. Zunido.
ZKMTii. s. m. (Arab. ícm/. erom o artigo
asstmct, ponto v^rlicaij (asiron ) ponto ver
tical no ctu Osol (juandoaitioge o — . — ,
(lig.) auge, cume. O — da gloria, do — .
ZENOBiA, (hisr,) espoza de ll'iadamisto, rei
da Ibéria, e tilhí» de Miiliridates rei d'Ar-
menia. Seu esposo, obrigado a fugir e te-
mendo deixa la no poder do inimigo, apu-
nhaloií-a e lançou e iio Ar«xe; m«s Zono
bia escapou e fui conduzida a Tiridate rei
d'Armenia, que a tratou como rainha.
ZENOBiA, (hist.) Sepiimia '/.em,bia, rai-
nha dn Pahiiyfa, Çilh» de um pf incipe ara-
lie da Mesopotâmia, foi casado em segun-
das núpcias Cí>ni ndenalo, a queui elL aju-
dou nas suas expedirõos contra a >ap(tr.
Depois da mortn de Ul»nalo tomou o tilul(»
de rairha t\o Oriente e Vi guerra aos i 0-
inan<s; fui vencida por Aureliauo, que a
conduziu a Homa
ZENODORO, (hist ) lyranno de Paneas, ex-
tendeu o seu domínio sobre uma parte .da
^}ria, no tempo d^^ Aiignsin, morreu no an-
no "li) antes de Jesu Cliristo.
ZENÃO (hist.) fundador do sloiclsmo. nss-
ceu em ijiliuru, na ilha <ie (.liypre, no
anuo Í)'i0 anles de jHSii-i:hri^io. tntrndo
por ací<.sí» n^ lofj[tí de um livreiro dept ou
Com as Mtinftriíta do Xenoplio-He .sobre ^^.
ÇITM s, u cumub^-u d sdú untà<> u>it gosiu
tão vivo pela philnsophia que desde logo se
entregou lodo a ella. Formou ura sysipma
próprio e abriu na idade de 4U ann(j<í[30J
íinnos antes de Jesu-(Jhristo). uma escola
debaixo do ct lebre pórtico d'Ather'«s. cha-
mado o Pecio; é esta a razãr) porque esla
escida tomou o nome de Pericà ou escola
stoica (do grego .si ia, pórtico) A solidez das
suas lições, a sublimi.lade da sua moral,
e mais ain ia os b-llos exemplos da sua
conducta, aitrairam-lbe numerozos discipii-
los. Morreu no anno 26J antes de Jesu-
• bristo. Us principaes escriptos f(»rara :
Da vida segundo a natureza, do deter, da
lei, da natureza humana, das paixões, das
palavras.
ZENTA, fí^eogr ) viila da Tlungria, 3 lé-
guas e meia ao S. de kis-Kanizo, sobre o
-Ibeiss.
ZK>zaRE[RO, s. m. (l.at. eOr. zephyrus,
de zoé, a vida, e phoros. que traz, leVa)
(poel.) vento brando, genial
ZRPiiYKO, (myih ) nome que os gregos
davam ao vento do oestn, vento do. « e
ligHiro. ('onsideravara-o como lilho d'Eolo
e d'Aurora, e marido d^t^iloris O» latinos
davam a /ephyroe a < hloris os nomes de
Kavonio e Hora. Z-phyro é repr-esentado
debaixo da f)rma de um mantwbi, Cí»ra ar
meigo e sereno com azas de borboleta e uma
coroa de flores.
7.EPiivRiNo(s ), (hiu ) papa desde o anno
2 2 a :diK. viu rebentar a perseguição de
Severo, l.' fe>lt'jado a '2^ d'agoslo
ZEPHYHiUM PKoauNroRiuH. Igeogr.) isto
é Rabo do poente, nome commum a mui-
tos (nbos emr'^ os antigos, o principal era
0 c;ibo Ru ria no, na Itália.
z QuiM ou SfQLiy, s. m. (Ital. zecchino^
de z-í-ra, casa da monda) moeda de rmrode
Veneza, qu^ vala l.bOO réis com pouca dif-
ferença.
zER afchan ou sor.D , ígfíogr ) rio do
1 nkesiau ifidependente. cae d » lago Paa-
dj kand, e cae no hg) Kara koul.
zkhB\TaNa. V. Zarabatana.
z-HBi ou GRKBi (ilha , ilha do estado de
funis, no golphj de Cabes; 30,000 habi-
iai.les.
ZKKBiT, ígRog-^j cidade d'Al!emanha, no
íjucado d'Anhnl Dessan, 5 léguas ao >0. de
Oe<san ; 7,4 'Oliabiiantes.
ZíhBo ou ziHBi. s. m (Arab cerbon, re-
denlio z'rb », redenho.
ZKiiiiiANnA, s. /".(>'. Zeribando) sova, tua-
da l)ar, levar uma — .
ZKHiBvNDo, s m. {t. Arab ) azorrflgue.
Zkho. s m. (rio Arab ZTok ou z-rnti, an*
nel, cir*'ulo) ocaraciur «riiliiiielico na nu-
••ier/o;âo ar-íibioM. qu»* posio -lep »Í3 de outro
algMk^Uio Ibi: c'(l LUi ul> r d(iii|to, V. y. ^
znr
seguido (lo O v«l« vinte, o^Ospgnidodoou-
tro zero vflie 200 («liiienlos) ; e de dois zeros,
2000 (dois mil), elrt.
' ZáROATANA. V Zarabatana,
ZíROMK. V Cerome,
zekraii, (giíogr ) IagodoZ'»boal. Nomeio
tem U1IA ilh-i. nu qual eslá edilicada a ci-
dade de Konkííhozerdo
zFRVAisE akkrenk, (mjlh.) deus supremo
entre os Tersas, »*ra superior a Urmuzdeft
Ahriman, ambos os quaes dependiam dello,
O seu nome (\\vr dizer tempi sem limites^
ZKTiiiíS E caAis, (myili ) geraeus 11 lios
do B »réo o d'urilh}a. lizeram paflo da ex-
pedi(;ào dos Argin^nulas, expulsaram as IJar-
pyns, que atormentava n 1 hineas, seu cu-
nhado, mas foram mortos por Hercules, os
Iran-tirraado* em dous ventos.
ZETiio, (niyili ) filho de Júpiter e d'An-
tiope e iriLào d'A(nphion, /«judou este a
levantar as d uralhas de Tróia.
zélgitana. (geogr ) região da Africa ro-
mana, compreendia os arredores de Cariha-
go.
ZEUGMA, s. m. (Lat., do Gr. zeiigô, jun-
gir) figura de grammaiica na qual um mes-
mo verbj liga duas proposi|;ôtíS ou senlen-
ÇJS.
ZEUGONA, (geogr ) isto é laço, reunião,
cidade da Fyria, em Comageue, ao Sfcl. na
mariíem direita do KupUrates.
ZRVRA. V Zi-hra.
ZEVRiVA. V. Ztheiina.
ZÊZERE, ònúfín Osecanus, (geogr.) ornais
rápido rio de Portugal, nasce nos galeiros
da serra da rstrella, no sitio de Vai da Loba
perto d'Alfaiies.
ziA ou ZKA, (gpogr ) Céos dos antigos,
ilha do archipela^o. uma das Cycl.ides a
4 léguas ao SE, do cabo ColOxinia ; 5,000
habitantes.
z(*NiDEs, (hist.) dynaslia ransulmana ,
fundada em llcmeceu por Yagmourezen-
ben Zian.
z BELiNA. V. Zehelina.
zitRiKZEA, (geogr ) cidado da Ilollanda,
sobre o Kscaut oripnial, 7 léguas ao iNE.
de Mídelburgo; 6,700 habitantes.
zigujzacuk, s. m. [Vr. zigzag, voziraifa-
tiva) (l. da fort ) volta tortuosa, torcicollo.
Em — , ?m direcção tortuosa.
ziGUEZicuE (voz Pérsica, ou antes imitati-
va) tambor ppqweno para brinco de rapazfs,
(fig ) homem buliçoso, inquinio.
ziLEU, (geogr.) Zdeia, cidade da Tur-
quia europoa, lO léguas ao SO. de Fo-
kat.
zm^RRA. V Snmarra.
Z MBi, s. f. (t. deTongo) marisoqníí ser-
ro do moeda em Aagola, eaomao do Con-
go.
vn?.. iv.
z<m
m
ziTfDORio, 9, m (do cimo, e horos^ alio)
cúpola deedilicio. v g. de igreja.
ZIMBRADO, A. p. p. de zimbrar ; adj. açou-
tado, zurzido.
ziuoRAL, s. m. (des. collect. a/j mata de
zimbros.
ZIMBRAR, V. a. (do Lat. verbero, are) açou-
lar, zurzir.
ziMBiio, s m. (Lat. jun/pcru.?) arbusto que
dá bagas com qu« se aromatisa a aguaarden-
le chamada genebra.
ziiSABRE. V. Azinhazre.
zi>ro, s.m. (Hr zinc] metal de côr bran-
ca azulada, e muito volaiil, que ligado ao
ccbre o torna amarello. t lures de — , zinco
sublimado.
ziNGAUOCHO, s. m. rf^mate de cousa alta.
ziNGRAR, V. a. (chul) cscamecer, illu-
dir.
ziMR e deri'^. V. Zunir, etn.
ziH, (geogr.) deserto da Palestina, na tri-
bu de Juda, perto do mar morto e dopaíz
d'Engaddi.
ziHBAL, adj. dos2g. (anat. p. us.) do zir-
bo ou red'inho.
ziRBO ou ZERBO, s. f». redeuho. V. ZeV'
bo. ,
ziRCELisi. V. Gergelim,
ziTTANG ou FA^LA^G. (geogr.) rio do im-
perador chinez, ó um braço do íraouaddy,
do qual se separa entre Ava e Amasspou-
ra.
ziTTAN, (geogr ) ci^íade do reino da Sa-
xonia , ^0 léguas a E. de Dresde ; 8,100
habitantes.
zizANEiRO, A, a. o que semeia zizania ; en-
redador, mexeriqueiro.
ziZANfA, s f. (Lat. zizania ou zisunium^
do tiF zizanion, joio. Em Syrinco z xiano ou
zionah, joio que nasce entre o trigo, do
Kgypcio çoio, trigo, e od, darano) herva que
nasce entre o trigo, joio, (fig ) discórdia,
dissensão. Semear — .
ziZAMAR, V. n. {zizania, ardes Inf.) (fig )
;íis:.) semear zizania, fjzcV enredos, mexe-
ricos.
zizAMSTA, s. ou odj . dos '2. g . (des. wío)
enredador, mexeriqueiro.
zi.oczow, (ge(igr.) cidade da dalicia, 20
léguas a E. de Lemberg ; 6,200 habitan-
tes.
ZNAYM, (geogr.) cidade dos estados aus-
tríacos. Ia léguas ao SO. de Brunn, 5,000
habitantes.
ZOADA, s. f. soada, i(ra forte.
ZOAR, V. n. soar fortemente, dar som for-
te.
zoBKiR. (geogr.) cidade da Turauin abia-
ticfl, U kguas e meia ao S. de Bassu-
rc.
lODíACAL, adj. im 9. fl, idos. adj a/J do
114
854
7m
ZUq
zodiaeo, pertencente ao zodíaco. Constella'-
ções zodiacaes.
ZODÍACO, s. m. (Lat. zodiacus, do Gr. zo-
diahos ; rad. zôon, animal) (astr.) circulo ce-
leste que o sol parece percorrer no seu cur-
so annual. É repartido em doze secções
iguaes correspondentes aos doze mezes, e
caJa uma repr sentada por um signo ou fi-
gura symbolica.
zoDOARiA. V. Zedoaria,
ZOILO, s. m.{Zoilus, nome próprio de um
celebre crítico grego) ; (íig.) critico mor-
daz.
ZOILO, (bist.) celebre grego, conhecido
pela rigidez das suas censuras contra Home-
ro. Attribuiam-lhe : 9 Iwros de observa-
ções criticas sobre Homero e uma His-
toria de Amphipolís.
zoiívA, s. f. (Arab. zaina) meretriz vil, que
corre as ruas.
zoMBADEiRA, s. f. OU ttdj . f. mulhor que
zomba, escarnece.
ZOMBADO, A, p /). de zombar ; adj. escar-
necido. Ficou ~.
ZOMBADOR, A, s. OU ttdj . quo zomba, escar-
nece.
ZOMBAR, «. a. (alterado do Lat. yocor, ari)
escarnecer, mofar, motejar, ridiculizar ; lo-
grar, illudir. — , V. n. mais usado, fazer
escarneo, mofa ; gracejar, não fallar serio;
não fazer caso, desprezar. Zombou das amea-
ças. Zomba Zombando, (loc. adv.) por zom-
baria, gracejando.
ZOMBARIA, s. f. (des. ta) mofa, escarneo;
gracejo ; motejo ; ludibrio. Lançar o feito
a — , mette a bulha. Fazer — , zombar. —
das ameaças, despreza-las.
zoMBAzoNBANDo, (loc. adv. V. Zombav.
ZOMBETEIRO, A, ttdj. que faz zombaria,
que escarnece. Subst , escarnecedor, mote-
jador, mofador. A fortuna — •, que mofa,
faz lubibrio dos homens.
zoMBiDO. Y, Zumbido.
ZONA, s. f. (Lat., do Gr. zôHé, cinto, de
zônnuó, cingir que* vem do Egypcio cen]
cinta. A — tórrida, secção circular do glo-
bo terráqueo entre os trópicos : As — stem"
peradas, as immediatas á tórrida. — fri-
gidas, glaciaes, próximas aos poios. ^
zoNCHADURA, 3. f. acção do zonchar, de
levantar ozoncho; golpe dezoncho.
lOHCHAR, V. n, {zoncho, ar des, inf.) dar
ao aoncho, levantar ozoncho para extrahir
o ar da bomba ou seringa, e fazer subir a
agua.
«OHCHo, s. m. (Cast. sancho) [embole de
bomba de navio ou seringa ; pêndulo de f«r-
ro que serve a levantar o «'oboio ou «oo-
cho.
IdO. T. fiot>0.
zooLATRiA, s. f. (do Gf, zòon^ animal) cul-
to dos animaes.
ZOOLOGIA, s f. parte da Historia Natural
que trata dos animaes.
zoÓLOGO, s. m perito na zoologia.
zooNOMiA, s. f. (Gr. nomos) lei, exposição
das leis do corpo animal, em saúde e nas
doenças.
zoÓPHYTO, s. m. (do Gr. zôon, animal, e
phyton, planta) animal que vive em ceilu-
las, e tem grande semelhança ás plantas,
animal planta.
zooTOMiA, s. f. (do Gr. zôon, animal, o
temnô, cortar) anatomia comparada, dissec-
ção dos animaes.
zoRAME, .5. m. (Do Arab. solhame). V. Ce-
rome.
zoRiA, s. f. V. Palmatória.
ZOROASTRO, (hist.) em peklvi Zaradot,
em Zeud Zeretochtro, autor ou reformador
do magismo ou religião dos Persas anti-
gos, dos Parthos, dos Guebros, nasceu aa
Media, no reinado de Gonchtasp, e de Dá-
rio I.
zoaffBABEL, (hist ) judeu, que se poz á
frente dos seus compatriotas, que quize-
ram voltar de Babylonia á Judea, quando
Ckroíh, o permittiu no anno 336 antes de
Jesu-Christo.
ZORRA, s./". (Gast, jíorra) espécie de rapo-
sa ; (fig.) carrinho baixo com rodilhões, de
levar pedras e cousas pesadas Amt-taphora
vem da pouca altura do carrinho que pare-
ce levar de rojo os pesos ; forquilha usada
no mato para facilitar o arrasto da madeira
cortada que se traz de rojo.
zoRREiRO, A, adj. (de zorra, des. eiró)
ronceiro. Navio — . Homem — .
ZORRO, 5. í», ou antes jorro ouhojo. Le-
var a — s, de rojo, arrastar.
zorro, X, adj. [de zorra, raposa) arteiro,
astuto como a raposa ; concho, agachado.
ZORZAL, s. m. [áo kvàh. zarzur, o esíoí-
ninho) estorninho.
zoRZALEiRO, A, adj. Falcâo — , que oaça
estorninhos ou zorzaes.
zoTE, s. m. (do Fr. sot, contracção do Lat.
stultus, estulto) ifliota, pateta ; — , adj.
dos tg.
zoTiSMO, s. m. [zote, des. Ismó) patetice
tolice, desacerto.
zoupEiRO, A, adj. (do Ital. zoppo, coxo)
decrépito, que se não pode bulir Velho ^oii-*
peiro.
zovo, s. m. hipfopotamo ou cavtllo ma-
rnho d »s rios de Cua ma e de Sofá la. Santos
Ethiop.
ZUARTE, .?. m. (t. Asit.) gnnero de lonça-
ria do algodão que vem da Indin
ztiCHc;, s. m. (t, BraeíL] nomedc uiua co<
bftt doBraiii,
m
zu
\ m
zuH , e zuM zuu, voz onomatopica que ex-
prime o zunido ou zumbido.
zuMDAiA, s. f. (t. Asial.) cortezia profun-
da, cruzNodo os braços. Fazer — s.
zuMBAiADo, A, p. p. de zumbaiar ; adj.
cortejado com zumbaias.
zuHRAiAR, V. a. {zutnbaia, ar des. inf ]
cortejar profundamente, fazendo zumbaia;
(flg ) — homem poderoso, humilhar-se dian-
te d'elle.
zuMBAR , V. n, (t. Asiat.) fazer zum-
baia.
ZUMBIDO, A, p. p. de zumbir, sussurra-
do.
ZUMBIDO, s. m. (do precedente) sussurro
das abelhas, mosquitos, moscas.
Syn. comp. Zumbido, zunido. Confun-
dem-se vulgarmente estas duas palavras ;
porém é mister distingui-las, pois signifi-
car»! cousas diíTerentes.
Zumbido é o sussurro das abelhas, mos-
quitos, moscas e outros insectos alados. Zu-
nido éosom agudo do vento enfiado ecoa-
do por gretas, ou de quplquer corpo que
vai zunindo pelo ar, como pelouros, balas,
etc Este corresponde &osifJlement, e aquel-
le aa bourdonnement dos írancezes.
ZUMBIR, t?. n. (voz imitativa) sussurrar co-
mo as abelhas, as moscas, os mosquitos.
zuMiRiDO, A, p. p. de zumDrir-se ; adj.
dobrado, curvado ; prostrado, humilhado.
lUMBRiR-sE, V. r. (V. Zumbaia) dobrar-se
curvar-se ; humilhar-se.
zuNGA, *. f. (t. Brazil.) ningoa, bichi-
nho.
zuNiADA, X, f. [zunir, des. ada] xunido
prolongado
ZUNIDEIRA, X. f. (t de ourives) pedra so-
bre que os ourives alizam o ouro.
ZUNIDO, s. m. (de zunir) som agudo, do
vento passando por fenda, sussurro como o
éts abelhas, e particularmente o tinnido dos
ouvidos.
zuNiDOR, ▲, adj. que zune. Insectos — t.
Moscas —s.
zuNiMENTO. V. ZunidOt i> m.
zuNiR, o. n. (^oz imitativa) do som de
vários insectos como as abelhas, moscas, etc.
« Zunem os ventos na concavidade das caver-
nas. » lleitor Pinto. Zunem-me os ouvidos.
— , dar som agudo, v. g. zunem as balas,
a labareda.
zuRRACiiA, s. f. (de zorreiro) barco da car-
reira, ou da passagem.
ZURRADO, A, p. p. de zurrar.
zuRRAPA. V. Surrapa.
ZURRAR, V. n. (imitativa da voz do burr(5)
ornejar o burro, soltar a sua discordante voz;
em sentido activo : « zurrando conceitos
graves. » Bocage.
ZURRARIA, s. /. (des. ta) quantidade de
zurros ; (tíg ) grande numero de jumentos,
de burros que ornejam.
ZURRO, s.m. ornejo, a voz discordante do
burro ou jumento.
zuRziDO, A, p. p. de zurzir ; adj. açou-
tado, azorragado ; (fig.) maltratado.
zuRziDURA, s. f. acção de zurzir; o ser
zurzido.
ZURZIR, V. a. (voz imitativa) açoutar, azor-
ragor ; (fig.) maltratar, reprehendtr aspera-
mente.
ZYGOMA, s. m. (do Gr. zeugò, jungir) (anat.)
osso jugal, articulação dos ossos temporaes.
ZYGOMATico, A, adj. (anat.) de zjgoma.
Apophyse — .
ZTMOLOGiA, s.f. (Lat., do Gr. jfym^, leva-
dura, ferimento) parte da chimica que trata
da fermentação.
zwOLL, (geogr.) cidade da Hollanda,
20 léguas ao ISE. d'Am»terdam ; 13,5iO
habitantes.
ZTMOTECHNIA, X. f. (mesmo rad. que o pre-
cedente, e tekhnéf arte). V. ZymoUgia.
ZYTHO, s. m. (Lat. zythmm, do Gr. zythog,
cerveja, e ftrver) espécie de cerveja.
^14
DICCIOIVARIO
DE
p
▼OU J^#
115
ABREVIATURAS.
<: A- ,*,,, ^ -I -ip-
a ou V. a.
adj.
adv:
inter j.
m.
p. pas
•ctÍTO OU verbo activo.
pi.
adjectivo,
adverbio.
prep.
r.
interjeição,
masculino ( substan-
s
s. pi.
tivo].
f-
neatro ou verbo neu-
tro.
—
participio passivo.
plural,
preposição,
reciproco (verbo).
substantivo,
substantivo plural,
termo antigo ou an-
tiquado,
flccepçio diversa.
rr»
I H»
DICCIONARIO
DE
SYNONYMOS POHTTOUEZES.
■ii^s^ê4'>Je8H»€i">l>»"^'^'
A
ABA, extremidade, fralda, orla, 'ourela —
beira, margem, praia, costa — riba, ribaa-
ceira [pi.] arredares, pertos.
ÁBACO, aparador, bofete, meza — capitel,
coroa (da coiumua), taboada (de Pytha go-
ras).
ABADA, bada, rhinoceronte.
AB ADEJO, badeijo — vacaloura.
abafadamente , cobertamente — escon-
dida, occulta, secretamente.
abafadiço, abraseado, calmoso — suffo-
cante, suflocativo.
abafado, basto, espesso — coberto, em-
buçado — escondido, occulto — apertado,
opprimido preso — tapado.
ABAFAMENTO, afogo. suíTocação, ardor.
ABAFAR, afogar, estrangular — suffocar —
cobrir, enroupar,, tapar — atabafar, escon-
der, occultfr, sonegar — atalhar, enleiar —
humilhar.
ABAFO, suííooação, estufa.
ABAINHAR, bainhar, debruar, orlar.
ABAIXAR, abater, deprimir , humilhar —
arriar, baixar, descer — curvar, dobrar, in-
clinar — aluir, prostrar — apoucar, dimi-
nuir, minguar.
ABATXAR-SE, abatef-so, aniqnilar-se, hu-
milhar-se — aviltar-se, coneulcar-se, des-
presar-se — submetter-so, sugeitar-se — ar-
quí^ar-^ÃO, curvar-so, dobrarsn, inclmar-so,
prottíF-se — 8g«ebar-80, boquear-sfe, do-
Dfuçar-èo.
abalamento , partida — abalo, abano,
agitação, balanço, sacudidura.
ABALAiNÇAR-sj£, arriscar-se, aventurar-se,
expôr-se — equilibrar-se — arremeçar-se,
arrojar-se, atirar-se, lançar-se — arfar, ba-
lançar, soluçar.
ABALAR, abanar, agitar, sacudir — ímpel-
iir, incitar, mover — assustar, inquietar —
marchar, partir.
• ABALisADAMRNTE , dlsUncta , esmerada ,
vantajosamente.
ANALISADO, assignalado, distincto — con-
summado, exímio, perfeito — egrégio, illus-
tre, insigne — celeberrimo, celebrado, ce-
lebre, famoso.
ABALiSADOR, agrimeusor — balisador.
ABALisAR, assignar, demarcor, marcar.
ABALíSAR-sE. assignal*r-se, distinguir-se,
extremar-se, singularisar-se.
ABALO, alvoroço, bulha, motim — com-
moção — agitação, balanço, sacudidela, sa-
cudidura, tremor — impulso, movimento —
impressão, mófsa — partida.
ABALROADA, a jalroação, abordagem, cho-
que, embate, encontro — acommelimen-
to.
ABALROAR, acommettor, assaltar, «traçar
— bater, chocar, encontrar, encontroar,
marrar, topar, topetar — achegar.
ABA:vAnoR, abanico, leque, TentaroU, al^Á*
no, Tenlilador.
ABAiHADURA, balflnço, salto, salaTance^
815 «
sea
ABA
ABE
sacudida, sacudidura — areja çSo, ventila -
çào.
ABANDO^Ano, deixado, desemparado —
deserto, inruho.
ABANDONAR, abrir roâo de .. deixar. lar-
gar — ceder, renunciar — desamparar —
repudiar.
ABANDONO, desaoiparo — cessão, deixa-
çào. desi«tencia.
ABANiNHO. absnico — leque.
ABANO, abalo, balanço, sacudidura, sola-
vanco — abanadop. l^que, ventarola.
ABANTESMA, avcjào, iafva , phanlasma ,
spectro.
ABARBADO, sobrccarregado — chegado —
próximo.
ABARBAR. arrosiar-s«i — resistir — che-
gar-stí,encostar-se,unir-Fe — igualar, nivelar
ABARCADO, crcsdo, cingido. rodeado.
ABARCADon, cingedor — açambarcador.
atravessador. monopolista.
abaRCamento, monopdlio, monopolo
ABARCAR abraçar — cercar, cingir, ro-
dear — abranger, alcançar — conter, rn-
cerrar, incluir — atravessar, monopolisar
— eiiiprender, encarregar- se.
abarracamento, acampamento — aquar-
telamento — caserna, «juarlel
ABARRACAR, alojnr, pqtiarlelar.
*aBarregado, amancebado amigado.
* /b»rregamento, amancebamenio, con-
cubinato, mancebia.
*ABABREGAR-SE, amaucebar-se, amigar-se
aB\rrisco, abundante, copiosamente-
abaR«oado, cabeçudo, obstinado, opiniá-
tico. t»im(»so, testo, lestudo.
ABARROTAR, atcstar, atulhar, cogular, en-
cher.
abarrotar-se, atulhar-se, empanturrar-
se, empanzinar-sc,
*ABASMAR, desprezar, prasmar.
abastadamesie, abundante, cupiosa, suf-
íicienleroenle.
ABASTADO, abundante, cheio, cupioso, far-
to, — fértil, recheado — opulento, rico —
contente, satisfeito
abastamento, fartura.
ABASTANÇA, abasto, abiindancia, bastan-
ça, copia, fartura, suíliciencia.
abastantemente , abundante , copiosa-
mente.
abastar, bastecer , fornecer, prover —
fartar.
abastardado, degenerado — alterado,
corrompido, depravado, viciado.
abastardar, adulterar, corromper, falsi-
ficar.
abasteckr , fcbastar, bastecer, fornecer,
íurnir, prover, vitualhar,
ABASTKGim), bast^icido, furoido — cheio,
povoado.
ABASTECIMENTO, fomecimento, provimeii'
to.
* ABASTO, abastança, abundância, <:opia,
fartura.
*ABASToso, bastante — abastado, rico —
abundante, copioso, farto.
AB\TE, abaliiuento, quebra — baixa, de-
dufçà'>, desconto, rebate, subtracção, —
desfalque, diminuição — humilhação, vil-
tança.
ABATFDOR, Bcanhador. depressor — ar-
ruinador , assolador , destrurtor, destrui-
dor — arrasador, decnpador, derribador.
abater, aluir, derribar, prostrar — arra-
sar, arruinar, destruir — derrocar, abaixar,
arriar, dtscer — deprimir — humilhar —
desalentar, desanimar —enfraquecer, que-
bra n tf. r — conter, enfreia r — domar, sul»j'i-
gar, subnaetter — render, vencer — afiou-
xar, diritiiiuir — descontar, rebater.
ABATER -SE, abaixai sfi — submetter se —
cair — avillar-se, desacrolitar-se — desani-
mar-se.
abktido, desal*>ntado, desanimado, enfra-
quecido, quebrenlado - - humilhado — pros-
trado — domado, rendido, subjugado, supe-
rado, vencido — submisso — desprpsado —
humilde — mingoado. pobre — abjec'o, in-
fame, vil — perseguido — desgraçado, in-
feliz — lastimoso, mísero, misérrimo — aga-
chado, alapardado.
AHATiMENTO, debilidade, enfranuecimen-
to, fraqueza — languor — desalento — hu-
mildade, hnmiliaçâo — prostração — rendi-
mento, sujeição — abate, baixa diminui-
ção desconto, quebra, reb'íle — decadên-
cia, descaimento — destruição, queda, rui-
na, viltança.
abaulado, convexo, curvo.
abbade, 'clérigo — confessor — cura —
padre — parocho — archimandrita — her-
ermiião.
abbadessa, prelada.
ABB.4DIA, convento, mosteiro — presbyle-
rio.
abbatina, batina.
A, B. c, abecedario, alfabeto — elemen-
tos, principios, rudimentos.
ABDICAÇÃO, cessão, deixação, demissão,
posição, renuncia, resignarão.
ABU CAR, abandonar, ceder, deixar, de-
por — desistir, renunciar, resignar.
ABDICAR SE, demiitir-se, cspojar-se pri-
var se.
ABDiCAVEL, rpounciavel.
ABDÓMEN, epigastro. mirac.
ABDOMINAL, OffigastricO.
abductor, a|)artador,
ABECtDABio. 8, b, c — rudímeuiot.
ABrcÀo, caseiro, quinteiro.
AfiCuOA, caieira, quiut(:ita,
ÍB1
AEO
861
íbelhAo, besouro, respao, zangano ou
zangÀo.
ABELHAR-SK. flb-lhuarse, apressar se,
aviar-se, despachar se.
ABFi.iuKLCu, abfjíiruco. abelheiro.
ABELHUDO, «i;iivo, apressado, diligente,
ex|iedii(> prf'S^uroso — sulicito — eulínmel-
lido — f^if.ilhào.
abemolauo. brando, doce — harmónico,
hariuofiiobo, nuelodioso — afeminado — af-
feeiado.
AHKM<UAR, abrandar, adoçur, suavisar,
temperar — harmoriisar, melodi^ir.
AbKNçoADO, b^^ndiílo, befiio, bMizido —
saniificado — huivadu — favuravel, ftliz.
ABg>Ç0AB, benzer, consagrar — bemdi-
zer, louvar — glorilicar — lavorecer, pros-
perar — appritv^r.
abenu çnAH, abençoar, b^ndiçoar — en-
grnudecer, louvar — afortunar.
ABF.HKAii-SE, ftfdslar-so, aparlar-se, des-
viar se.
ABEHT* abertura, buraco, f<índfl, fi*ga,
grela, — fresia — brecha — entrada — saí-
da - - vai;ii », vasio — conjectura, opporlu-
nidade — sanj i — c^spagâo.
ABEKTAiiEMK. piiblicaiuentp — clara, des-
ciiR.inada. ujanifeilamenle — indissiniulada,
EÍnge|,inientH
ABEKTO, claro, paionte — descoberto, des-
tapado— espaçoso, l^irgo, vasto — desem-
baraçado, de>in)pedido, livre — raso — il-
liniil^do — iiiconiluso — dessb ttoado —
franco, ingí-nuo. lhano, liso, sincero, sin-
gelo — ^^.lalhado.
j^BERTUHA, começo, principio — abaria,
brecha — boi^ueirão, cavi fade — fenda, lis-
g«, greta — racha, rachadura — rasgamen-
to, rotura — hiaio.
ABESOURO, abespa, abesdão, abespinha.
ABKsil*. abesto.
abksthlz, flvestruz, ema.
abft^hha, b'tarda.
ABUK ou Aheln, pinheiro.
ABBTfMADO, melancubco, severo, tacitur
no, trigin.
ab CaDO, chegndo, proiimo.
abicaR, ancorar, aportar, arribar, sur-
gir.
* ABiinAVEMO, adereço, adorno, atavio,
enfeite, ornato.
* ABI HAR, adereçar, ataviar, enfeitar.
ABISMADO ou Ahysmado, confundido, con-
COIlfuS'» — OSpHlilrtdo
ABl^MAR OU Abijsmar. submergir — con-
fundir — espantar
ABISMO ou Ahys-mn abysso. barálhro, bi-
queífào, ouí^o, precipicio — buraj-o, cavi-
dadf, rova. fo>í.>'a — poço — prufundí^zi,
prifiindidade — ({'ilplio. pégu Survbduuro
Vorajjem — iuf-rno, »ir»ro.
V <t ••
AiJECçAo, abatimento, aviltamento, des-
esliiu/içào, dejí|»rezo.
ABjKCTo, baixo, desprezado, desprezível
— Ignóbil, infíime, vd.
ABJURAÇÃO, delestaçào, renunciação, re-
Iraciaçào,
>BJuuAR, desapprovar, reprovar — re-
nunciar — desdizer-se — perjurar — detes-
tar.
ÂBL4CTAD0, destramado.
ABi.Kr.AR, desterrar.
ABNEtíAÇÃo, abiiiinenlo, humildade — re-
nuncia — desapego
ABNEGAR, reoudciar — desconhecer.
abobada. arcada, arqu^amento, cimbre —
casa-niata, casa subterrea.
ABÓBORA, abobra, cabaça — fraco, mari-
cas.
ABOCADO ou Aboccado, assestado, emboc-
cado.
ABOCANHAR, fitassalhar, morder — censu-
rar, criticar, saiyrnar — diíTamar — enxo-
valhar — eniprenilí-r.
ABOCAR ou Ahoccar, embocar, entrar —
asse>tar — alcançar, conseguir.
AB Cf-TAno, circular, crbicular, redondo.
ABoiAR. boiar, Oucturr, uadar, sobreauar,
sabrunadar.
ABOLAR, amassar, amoígar — escalavrar
— eiubcttar. rebolar — abjlir — cancellar,
riscar, sumir.
ABoLEiMAUO chato — grosseiro, tosco.
ABOLETAR, alijar, aquartelar.
ABOLIÇÃO, abrogaçã), annullação, cassa-
ção. derog«çà'), snppressio.
abo-imento. graça, perdão — abolição.
ABOLIR, abrogar, annuHar, cassar, exlia-
guir — apagar, riscar.
AB0L0RECER, embidorecef — apodrecer.
iiB ilumado, avolumado, empachado.
ABOMINAÇÃO, delesl^çào. exeor»çào — aver-
>ão, ódio, rancor — atrocidade — colpa,
d^^licto — peccado, impiedade, sacrilégio —
ini(|uidadH.
ABOMINAR, aborrecer, odiar — detestar «
execrar.
ABOMi!«AVEL, «bominando, abominnso —
horrendo, horrível, horroroso — amaldiçoa-
do, raj»ldicto — execrando — nefaud o, tor-
pe — iiialisàimo.
ABOMiNoso, abominável, detestável.
ABOMINAÇÃO, abono, canção, fiança, ga-
rantia — aprovarão — louvor — recommen-
daçào.
ABiNADOR. caução, fiador, garauto — ap-
pnva lor — gabador.
ABONANÇADO, bonançoso, calmo, sereno,
Iranqoillo
ABíNANt^R, abrandar, acalmar, apati-
guar, aquiuiar, pacificar, ser* nar — inodu-
r«r.
tu
iW^fr
ABONAR, afflançap, garantir — approvar -^
louvar — acreditar — justificar.
ABONAR-si, acredilar-se — gabar-se, lou-
var-se — jactar-se, prezar~se.
ABONO, abonação, fiança, garantia — cre-
dito — lovvor.
ABORDADA, abordagem.
ABORCADOR, abalroador.
ABORDAGEM, abalroada, abordada.
ABORDAR, abalroar — chegar, encostar —
aportar, arribar.
ABORRECEDOR, odicnto, raucoroso.
Aborrecer, abominar, detestar — abor-
rir, desamar, odiar — atediar, enojar.
aborrecer-se, enfastiar-se — desgostar-
se — agastar-ge.
aborrecido, aborrido — enfastiado, en-
fadado.
aborricimento, aversão, ódio, rancor —
ressentimento — antipathia, repugnância —
fastio, tédio.
aborrkcitkl, aborrivel, odioso — abo-
minável, detestável.
aborrido, afflicto, desgostoso, melancó-
lico — rabugento — tedioso.
aborrimento, descontentamento.
ABORRIR, aborrecer, detestar, odiar.
^boarivel, aborrecivél — abominável, de-
testável.
abortar; mal parir, mover.
ABORTIVO, mal pando — frustraneo, mal
logrado — imperfeito.
ABORTO, abortamento, moviío.
ABOTOAR, abrolhar, brotar, rebentar.
aboubado, asnatico, atoleimado, babões ,
basbaque, bolonio, desassisado, inepto, pa-
teta, simplório.
aboubír-se, âpatotar-se, atoleimar-se.
abra, ancoradouro, angra, bahia, barra,
enseada, porto, surgidonro.
ABRAÇAR , abarcar , cingir — abranger ,
comprender , conter , encerrar , incluir —
cercar, rodeai" — seguir — admitt'T, adoptar.
xBraço, abraçamento, amplexo.
ABRANDAR, abonauçar, acalmar, aquietar,
pacificar , serenar , socegar — apazigtiar,
aplacar — amansar, dobrar, domar — do-
mesticar — comprimir, rebater, refrear, re-
primir — abemolar , melodiar — adoçar ,
suavisíir , temperar — alliviar , mitigar —
moderar, modificar — amoUecer, lenir, mol-
lificar, diminuir.
ABRAÍIDÍ.CER, abrandar, eiobrandecer —
ámollecer, moíiificar.
EBRANGBF, abarcar, cercar , cingir , cir-
cumdar, rodear — ^ comprender, conter, en-
cerrar, incluir — alcançar — abastar.
ABRASADOR, coúsumidor, devorftdoT, de-
vorante, voraz — calidissimo.
ABRASAMENTO, combustão, inceudio, qtièi-
ma, queimamento — ardor.
ABRASA», abrase»r> afoguear, inoendiíie,
inflammar, queimar — dissecar, resequif —
assalar, destruir, devastar — prodigali-
zar,
j ABRE60, Africo, vento sudueste.
i ABREPTicio, emdemoninhado, possesso.
I ABREVIAÇÃO, abreviatura, concisão, en-
j curtamente — cifra , compendio, epilogo ,
epitome , extracto , recupilação , resumo ,
sumraa, summarío.
ABREViADOR, opitomista, resumidor.
ABREVIAR , apertar, contrair, diminuir,
encolher, encurtar — compendiar, epilogar,
epitomar, recopilar, resumir, summariar —
aviar, despachar, expedir.
ABRIDOR, gravador, insculptor.
ABRIGADA, abrigo, acolheita, asylo, cou-
to, refugio, valhacouto — abra, enseada.
ABRiGADOR, dcfendedor, defensor, prote-
ctor.
ABRIGAR, acolher, agasalhar — cobrir —
adargar, amparar, auxiliar, proteger.
ABRIGO, abrigada, angra, bahia, enseada,
porto — asylo, guarida, refugio, valhacou-
to — ajuda, ajadatorio — amparo, escudo
— patrocínio, protecção, sombra.
ABRiMENTo, abertura.
ABRIR, desatar, desembrulhar — alargar
— lacerar, rasgar — désinvolver, manifes-
tar — desbotoar — entf Ihar, exarar, gravar
— arar, fender, sulcar — partir, quebrar
— azar , facilitar — desistir — começar ,
principiar — desenrolar.
ABRiR-sB, dividir-se, fender-se — desabo-
toar-se — declarar-se.
ABROCHAR, colchetar — afivelar.
ABROGAçÃo, abohção, annulação, cassa-
ção, derogação, extincção, revogação, sup-
presslo.
ABROGADOR, abrogatorio.
ABRCGAR, abolir, annullar, cassar, dero-
gar, revogar, supprimir.
ABROLHAR, brollíar, brotar, rebentar.
ABROLHO, estrepe — pua — {pL) cachopos,
escolhos.
A^BROQUELADO, cscudado — dôfcndido" —
protegido^
ABROQUELAR-sE, amparar-se — gnardar-
se — escuda r-se.
abrotar, pollular. rebentar, surdir —
abrolhar, brotar, germinar.
ABSCESSO, apostema, tumor.
ABSiNTHio, losna,
ABSOLVER, perdoar, relevar, remittir —
dispensar, eximir, exonerar. -
ABSOLVIÇÃO, absolução, graç^a, indulgên-
cia, indulto, perdão, remissão.
ABSOLVIDO, absolto, perdoado.
ABSOLUTAMENTE, despotJca, impcriosa, so-
beranamente — necessariamente — decidi-
da, determinadamente.
AflÀ
ABSOLUTO, independente , livre — deso-
brigado, isento — despótico , imperioso —
absolto, perdoado — acabado, completo —
amplo.
ABSÔNO, desentoado, desmusico, discorde,
dissonante, inharmonico.
ABSORTO, abstraído, arrebatado, eraleve-
eido, enlevado, extático, transportado — at-
tonito, pasmado -^ comido, tragado.
ABSORTOS, enlevações , eitesis.
ABSORVER, chupar, sorver — esconder,
recolher — consumir, desbaratar, dissipar,
gastflr — engolir, sumergir — esgotar, es-
tancar, i^xbaurir.
ABsoRviMENTO, eulevação, transporte.
ABSTER, embaraçar, estorvar, impedir.
ABSTER-SE, cohibir-se, privar-se — con-
ter-se, terse.
abstirgeUte, abstersivo, detersivo.
ABSTERGER, limpar, purgar.
ABSTiRsivo, abstergente, detergente, de-
tersivo, mundicalivo.
ABSTINÊNCIA, dieta, inedia — jejum —
frugaliddde, parcimonia, sobriedade, tem-
perança — privaçio
ABSTINENTE, jejuadeiro, jejuador — mode-
rado, parco, sóbrio, temperante.
ABSTRACÇÃO , desattenção, distracção —
extasis — separação.
ABSTRACTO, absorto, enlevado — abstraí-
do, desatteíito, distraído, divertido — se-
parado — diíDcil — metaphjsico.
ABSTRAÍDO, abstractivo, abstracto.
ABSTRAIR, separar.
ABSTRUso, -difíicil — cscondido , escuro,
impenetrável, incógnito, recôndito.
abslrdidade, absurdo, disparate, extra-
vagância, impertinência, ridieu|ez.
ABSURDO, desarrosoado, despropositado,
extravagante, impertinente, insensato, lou-
co, ridículo, (s.) disparate.
ABUNDÂNCIA, aíflueucia, diluvio — abas-
tança, abasto, copia, copiosidade, exube-
rância , fartura — íeundidade, fertilidade
— mina, opulência — riqueza.
ABUNDANTE, abf stecido. farto — copioso,
exuberante — fecundo, feracissimo, fértil,
fmctuoso, fructifero , pingue — opulento,
rico — caudal, caudaloso.
ABUNDAR, esuberar, superabundar.
ABUNDOSO, abundante.
aburacar, buracar, esburacar, furar.
ABURRAR, emburrar — teimar.
ABUSÃO, agoura, superstição — abuso, er-
ro — catachresis.
ABUSAR, mal-usar — enganar.
ABUSIVO, mal-ueado impróprio.
ABUSO, máu uso' — corruptela — desman-
cho — abusão, engano, erro — excesso.
ABUTRE, butre.
ACABADO, despeso, exhausto — cabal, com-
W^^^
m
pleto — concluso, findo — cousumido —
morto.
ACABAMENTO , couclusão , fím , remate,
termo — perfeição, ultima mio — finamen-
i to. , ..
I ACABAR, aperfeiçoar, polir — consumir,
exhaurir — extinguir — aniquilar, destruir
— expirar, fenecer, morrer.
ACABO, depois, emfim — juncto, perto —
cabo, fim.
ACABRUNHAR, aíTligir, atormentar, moles-
tar, opprimir, vexar.
ACAÇAPADO, baixo, baiiotc, curto, peque-
no — aparrado.
AÇAPAR-sE, abaixar-se, acocorar-se, aga-
char-se.
ACADEMIA, assembleia, junta, palestra —
aula, classe, eschola — gymnasio — athe-
neu, liceu, museu, universidade.
ACAFELADO, caiado, estucado.
ACAFELAR, branquear, caiar — engessar.
ACAiRELAR, agaluar, debruar.
ACALCANHAR, cnrugar — calcar, pizar,
ACALENTAR, adormocer, aninar — apla-
car — consolar.
ACALMAR, abonançar, serenar, socegar —
amansar, aplacar.
ACAMPAMENTO, arraial, campo.
ACAMPAR-SE, abarracar-so, arraiar-se.
ACANHADO, atacado , limido — envergo-
nhado — humilde, rasteiro — curto, estrei-
to — illiberal, fono, somitego. sovina.
ACANHAMENTO, dcscorçoamento, desalen-
to — enctlhimento — estreiteza — pejo —
mesquinheza. • ^^
aCaNhar, abater, apoucar — acobardar,
intimidar — diminuir, minorar — enculher,
encurtar — desgabar.
acanhar-se, desanimar-se, desconforta r-
se — humilhar-se — ceder, render-se.
ACANTONAR, alojar. aquartelar. ^^j
aCàpellar, encapellar — alagar, soço-
brar, submergir.
acariciar, acarinhar, afagar amimar.
acarear, acarretar, trazer — causar, oc-
casionar.
acarretar , transportar — accumular ,
amontoar — guiar — causar, occasionar —
produzir, trazer.
ACASO, accidente, casualidade, fortuna,
sorte.
ACATAMENTO, cortczia, urbanidado — de-
coro, honra, respeito — adoração, culto, la-
tria — reverencia, veneração — gesto, sem-
blante.
ACATAR, cortejar — honrar, respeitar, ve-
nerar — adorar — vigiar.
acataRRaDo, encaiarroado, endeíluxado.
ACAUTELADO, Bvisado, prudoute — cauto,
precatado, previsto, próvido, vigilante —
doloso — providenciado.
216 «
864
ACC
ACE
ACAUTELAR, obviaF, precaver, precautelar,
prevenir.
ACAUTELAR-sE, guardar-se, resguardai -se,
vigiar se.
açacalador, brunidor, pollidor — alfage-
me.
AÇ4CALAR, aluziar, brunir, buir, limpar,
lusirar, polir.
AÇAFATE, cestinho, condeça.
açamak ou Açaimar^ refrear, sopear —
donoar, subjugar.
ACÇÃO, acio, feito, obra — gesto, mostra
— batalha, combate — postura, posi<;âo.
aCCeuer, annuir, assentir.
acceiehaç\o, celeridade, diligencia, li-
geireza, prensa, prompiidào, velocidade.
ACCKLERADO, precipite, rápido, veloz —
arrebatado, inconsiderado.
acublerar, abreviar, apressar, aviar —
anticipar.
accelerar-sb, açodar-se, despachar-se —
irar-ie.
ACCEND«R ou Arender, abrasar, infiam-
mar — atiçar, estimular, excitar, impellir,
instigar.
aCCknsão, ardor, íncpndimento.
accepçâo, in»pndimpnto, st^nlido, signifi-
caÇíio, significado — acceitaçào.
ACCrso 011 Aceso_ ahraseado. incendido,
inflarnmado — luzente, vivo — incitado, ins-
tigado — desejoso.
ACCKSSÀo. accrescimo, addição, augmen-
to — acqnisi^ão — accesso.
ACCE«isivKL, aberto, communicavel, coil-
versavel, lhano, traclavel.
ACCESSO, chegada — augmento, elovaçSo
— aproximação — enchente, maré — [udj.)
accessivel
aCCessorio, adventício, extrínseco.
aCCidental, casual, fortuito, imprevisto —
accessorio, estranho, nâo essencial.
ACCiOENTAHio, &ccidental.
ACCiuENTE, accaso, inc dente — circums-
tan.^ia — desmaio — ataque — s)'raptoma.
accionado, gesticulação, gestos, momos,
paijtomima.
^ccioNADOR, gesticulador.
j^ccimnaR, gesticular.
aCCionaRio, accionista.
acclamaÇão, applausos, louvores, vivas
— clamor.
aCclawador, acdimanle.
aCCLaMar. apre^'0ar, proclamar.
accomjiodação, acordo, avença, concilia-
ção.
ACCOSiaoDADAMKNTE, agcitada, coramoda-
mente — conveniente, ordenndamente —
apropriadamente
/CcoMíouADO, conveniente, disposto, op-
|)hMuno — manso, paciticu, tranijuillo —
ttáoderado.
ACCOMMODAMENTO, accommodação, con-
córdia, pazes — commodida e.
ACCoMM'»DAR, adí»piar, ajustar, cirzir —
reconriliar - arranjar, dispor, ordenar.
AíCOMHODAR-SE , adjectivar- se, c«sar-se,
quadrdr — apropriar-se — confoimar-se ,
moldar se — conieniar-se — habilitar-se —
aquiefar-se — siíTrer.
ACCoMMonAVEL, ^j•lstavel.
* ACCOMODO, apto, commodo, opporluno.
aCCrescrntauor ou Acrecentador, ampli-
ficador, aijgmentadur.
ACCHESCENTAMENTO OU AcríSffW ÍÓmfWÍO,
acessão, achega, accre&cimo , appendice,
crescença, parergon — adiantamento, ele-
vação.
ACCRESCEMAR OU AcrescentaT , addir ,
ajunctar — ampliar, augmentar enadir, es-
tender
ACCRESCER OU AcresrfVy ajunctar-se.
ACCRESCIMO f.u i4írre#dmo,accrescentamen-
to. acliega, acrem^nio.
accumulaçâo íicervo, amonloação, cumu-
lo, montão, pilha.
aCCumulamento, cumulo, montão.
ACCiMULAR, flccrescentar, ajunctar, au-
gmentar — apinhar, concervar, empilhar.
ACCUMULATivo, ajuuclado, cumulado —
reíiundanio.
* accuradamente, cuidadosa, diligenle-
meniR — exa<ta, perfeitamente.
* aCCLRado, eiacto.
accusaçÂo, criminação, queixa, querela
— con(iSv-ão.
ACCUSADO, criminoso, culpado, réo.
accussDor, delatador, denunciante, mal-
sina es o r
ACCUSANTE, accusador.
accusar, culpar, imputar — denunciar —
increpar, reprehender -—confessar, declarar,
dizer — notar, taxar -- mencionar — refe-
ri r.se.
aCCUsavbl, criminoso, culpado.
ACEADOoU;4ceiarfo, decente, limpo — ní-
tido.
ACEAR OU Aceiar, «Ifanar, ataviar, ornar
— limpar
ACEio, adereço, al>nho — limpeza, mun-
dicia — esmero, niii<lez, primor.
* aceirad'^, ajustado, concloido — guar-
dado.
*ACEiRAR, ajustar, apalavrar — fotlale-
cer, roborar, \igorar.
-" aCeiro, aço.
ACKiT^AÇio, ancppção, aceite — approva-
ção. asseiHo, benepliioito, consenso, consen-
timento, prasme — parcialidade — perdilec-
ção.
ACEiTADOR, aceitante, recebedor J—» par-
cial.
AceirANTE, ficeitador, recebedor.
ÂCH
ACO
865
ACRiTAR, approvar, consentir - receber,
tomar — encarregar-se, incumbirse.
ACRiTA' EL, adujissivel, assumplivel, bom,
recebi vel.
ACEITO, agradável, bem quisto, bem vis-
to — aceitado, recebido — admillido, appro-
vado.
*ACKiToso, acceito, agradável.
ACENAR, prrvocar,
ACENDiMivou AcendedaUia, aparas, car-
queja, cavacos.
ACENDRAK, acrisolar, afinar, purificar, re-
finar — '•purar.
ACENO, gfsio, indicio, mostra, signai.
AUEPiLnu)UHA, apara, maravalba.
ACRPiLUAR, aliz^ír, aplainar — polir.
ACEQuu, aqueducto, canal, cano, reguei-
ro, sargenla, valleta.
ACERBiDADK, ai idez, 8crimonia, amargor,
azedume — aspereza, rigor, rispidez, seve-
ridad;' — moleslia.
ACERBO, acre, agraz, agro — duro, rígi-
do, severo — doloroso, molesto, penoso,
verde.
ACERCA, perto, próximo, visinho de .. —
quasi — entre — sobre.
ACERCAR SE, chpgar-se, avisinhar-se.
ACEREJADO ou AcercijadOj rubro, verme-
lho — sazonado.
ACEREJAR ou Acereijar, avermelhar —
brunir, polir — amadurecer, madurar.
ACÉRRIMO, aper'ssirao — fortíssimo.
ACERTADO, fjustado, conccrtado — (a<(/)
assisado, judicioso, prudente.
aCertamento, acerto — acaso.
ACERTAR, conseguir, sair bem — (n.) acon-
tecer succeder.
ACERTO, accordo, discernimento, pondera-
ção, reflexão— acaso, casualidade — aconte-
cimento — dita, ventura — opportunida-
de,
ACERVO, cumulo, montão , monte, pilha
— aggregado, ajuntamento.
ACKTOso, acido, agro, aze^lo.
ACRA. facha — archote, brandão, facho,
lêa, tocha.
ACHACADO, achacadiço, adoentado, egro,
"enfermo, valetudinário.
ACHACAR, accusar, assacar, imputar —
desgostar — rnaiiractar — (n ) arlcecer.
aCHaCoso, achacadiço, doente, doentio.
ACHADO, achada — descoberta.
ACHADoR, descobridor, inventor.
achamboado, achavascado, grosseiro, mal
obrado, losco
ACHAMENTO, flchado, inveução, invento.
àChanar, alizar, aplanar, igualar, unir
— alhanar , facilittir — quitlar, socegar
— vencer.
ACHAQUE, dooiça, enfermidade, indespb-
siçèo, moléstia — côr, pretexto — ufftínsa.
YUL IV.
queixa — defeito, desar — falta — vicio —
desgosto, dissabor — trabalho,
ACHAR, í^ncontrar — descobrir, inventar
— intender, julgar — averiguar, verificar.
ACHATAR, i planar, igualar, unir — (n.)
aquiescer, assentir, conceder.
ACQATES, agatha.
acqavascauo, grosseiro, maçorral, rústi-
co^ tosco.
acme, arranhadura, borbulhinha, feridi-
nha, gclpinho.
ACHK.r.A, accrescimo, addiçSo, augmento,
crescença — adjulorio, auxilio — protec-
tor, valfdor — adherencia.
ACHEGADO, consanguiuco, parente, próxi-
mo — alliado
ACHEGAMENTO, proximidade.
ACHEGAR, chegar — unir.
ACHEGAR-sE, appropinquar-se, avisinhar-
se — unir-so — í»junctar-se — accrescer.
■ ACUERONTE, Cocyto, Esljge, Phlegeton-
te.
A CHOCALHAR , chacotear , escarnecer ,
mofar, zombar.
ACHiNELAR, acalcanhar.
ACÍDIA, deleixo. frouxidão, inércia, pri-
guiça, tibieza.
ACIDIOSO, priguiçOSO.
ACIDO, acetoso, agi o, azedo.
ACIDULO, azediaho;
ACINTE ou Assinte, obstinação, pirraça,
teima.
ACINTOSO, obstinado, teimosa.
ACiNTRO. absynthio- losna.
ACipiPE, golodice, golosina — alfitete, bo-
linhos, confeitos, doces, rebuçados.
AciPREsiE ou Acyprestet cypreste — ar-
cipreste.
ACiRANDAR, cirandar, crivar, joeirar..
ACLARAR, alumiar, esclarecer — apurar,
averiguar, deslindar — dilucidar, explicar,
expor — descobrir, manifestar, revelar —
(n.) abrir, alvorecer.
acobardamento, cobardia, medo, poltro-
neria, temor — achamento, tin^idez.
ACOBARDAR, amedrontar, assustar — de-
satentar , desanimar , descoroçoar — aca-
nhar.
acobertado, coberto, enroupado.
acobertar, cobertar — jaezar.
ACOCHAR, acamar — conchegar.
acochar-sb, abaixar-se, acaçapar-se, aga-
char-se.
ACOIMAR, encoimar — castigar, punir —
censurar — accusar — reprehender — ' re-
[irovar.
aColA, além, alli, lá.
ACOLHEITA, abrigada, abrigo, a sy lo, cou-
to, guarida , recept.iculo, refúgio, roi\roi
valhacouto — casa, habitaçào, morada —
evasão, fuga ■*— retirada.
&17
ACC^
xm
ACotHER, acoutar , asylar — a
hospedar — patrocinar, proteger — adqui-
rtr , grangear — surprender — apf»nhar ,
prender — «olher.
ACOLHíR-SE, abrigar-se, aconiap-st?, re-
fugiar-se — escapar, fugir, salvar- se —
retirar-se.
ACOLHIDA . acolheita , asylo, refugia —
acrescentamento.
ACOLHIDO, colhido, recolhido — acouta-
d«, asylado — homiziado.
ACOLHIMENTO, «colho — asylo, refugio.
ACOMMETEDOR, aggfossor, assaltadof, in-
vestidor — empreudedor.
ACOHMETtER, arrcmetter, arroja r-se, in-
vestir — atacar, combater — invadir, sal-
tear — provocar — insultar — irritar —
intentar, tentar — buscar, procurar — de-
safiar.
aCOMMettimento, começo — empresa —
tentativa — acommeltida, arremeço — ata-
que, oppugnação — invasão, desafio — in^
8ulto — proposta.
aCommettivel, atacavel, expugnavel.
acommunar-se, ass(»iâr-se, mãocummu-
war-se.
acompanhador , acompanhante , compa-
nheiro.
«1 ACOMPANHAMENTO, comitiva, coftejo, equi-
pagem, séquito, trem — assistência, compa-
nhia.
ACCOMPANHAR, escoltar, seguir.
ACONSELHADOR, aconselhanto, conselhei-
ro.
ACONSELHAR, admoestar, advertir, avisar.
ACONTECER, sobrevir, succeder.
ACONTECIMENTO, caso, facto, successo —
êxito, resulta.
aContioso, abonado, bastante.
ACORCOVAR, corcovar — arquear, dobrar,
encurvar.
ACORDADO, desperto, vigilante — adverti-
do — prudente — avindo, concordado —
acorde, consono, harmónico — lent^brado.
ACORDANTE, Gcorde, harmonioso, urisO'
BG* — ct>neofde, conforme.
• ACCôRDAR, despertar, espertar — aôna-r,
temperar — amigar, compor , conciliar -*
conceder, outorgar — [n.) determinar, re-
solver.
ACCORDAR-SE, lembrar-se, recordar-se —
8justap-se, convir — conselhar-se — resol-
ver-se.
ACORDAR, concordante — ajustado, con-
sono.
ACORDO, conformidade — cpncento, con-
sonância, harmonia — aviso, concelho —
resolução — lembrança — ajuste, conven-
Çio, picto, acordào.
ACOHoçoAR, afoutar, alentar, animar, con-
(oriar, esforçar.
ACORRER, acudir — soccorrer.
ACC0S5AD0R, perscguídor, seguidor.
ACossAMENTO, alcauce, encalço, segui-
mento — perseguição.
ACOSSAR, correr atraz de...., seguir —
perseguir.
ACOSTAMENTO, cadcira, canapé, encosto ,
leito, poltrona — moradia, ordenado, sol-
do, tensa.
ACOSTAR, arrimarj encostar.
aCostar-se, encostar-se — deitar-se.
ACOSTUMADO, morigerado — avezado —
commum, frequente, habitual , ordinário ,
usado.
acostumeado, acostumado.
acotar, cotar, notar,
acouceAr, escoucear, escoucinhar.
acoutador, asylador — censor — cota-
dor.
acoutar-se, abrigar-se, refugiar-se.
AÇO, aceiro — {pi.) espadas, gládios, sa-
bres — {(idj ) forte, rijo.
açodado, apressado, rápido, veloz — im-
petuoso, violento — perseguido.
açodamento, afogadilho, celeridade, pre-
cipitação, pressa, presteza, promptidão.
AçoDAR, abteviar, accelarar, aligeirar, di-
ligenciar.
AÇODAR-SE, apressar-se, aviar-se, despa-
char se.
AÇOR, gavião.
AÇORDA, sorda.
AçouGAGEM, açougaria — brancagem —
bulha, traquinada — gritaria, vozeria.
AÇOUGUE, talho — degoladouro, matadei-
ro — carniça, carniçaria, carnificina, cla-
de, matança,
AçouTADURA, açoutameuto.
AçouFAR, punir — atribular, mortificar
— azorragar, flagellar, fustigar — vare-
jar.
AçouTAR-SE, disciplinar-se
AçoufE, chicote, disciplinas, látego, man-
silha, varinhas, vergalho, zorrague — ca-
lamidade, castigo.
ACQURiDOR, acquirinte. adquirinie, obte-
dor.
acquírir, eonseguir, grangear.
AGRAVAR, enterrar — cravar, embeber,
fincar.
acri, agro, azedo, picante — activo —
forte.
ACREDITAR, crer, dar credito — abonar,
auctorisar.
ACREDOR, credor — [adj.) digno, mere-
cedor.
ACREMENTO, accrescimo, augmento — ex-
cremento.
ACRiMiNAR, acousar, denunciar — cri-
minar.
ACRiMONiA, acidez, azedume — activida-
áUO
ADfi
M
de, energia, vigor — • espereza, oaustioida-
de.
ACRISOLAR, aíioar, apurar, purificar, aper-
feiçoar.
achoâtico, particular, reservado, secre-
to.
AGIAS, determinações, resoluções, sanc-
ções — escripluras, memorias.
ACTIVIDADE, acrimouia, força , vigor —
celeridade, ligeireza, prtssa, rapidez, velo-
cidade.
ACTIVO, ágil, diligente , expedito , pres-
tes, prompto — enérgico, forte.
ACTO, acção, eíTeito — execução, feito,
obra — postura — (pi.) autos — netas.
ACTOR, coauediaute, cómico, histrião, re-
presentante.
ACTRIZ, cómica.
AC ILAÇÃO, verbalisaçâo — actividade.
ACTUAL, existente, presente, real.
ACTUALMENTE, 8gora , presentemente —
recentemente — elFeclivauiente.
ACTUAR, autuar — activar.
ACTUoso, activo, diligente, expedito, vi-
vo.
ACUDIR, ajudar, auxiliar, soccorrer, valer
— sobrevir — trazer — defender.
ACUGULADURA, COgulo.
ACULEO, aguilhão, ponta, pua. — estimu-
lo, incenfvo.
AGUHiNADO, aguçado, agudo, bicudo, pon-
t'agudo — picante, pungente.
ACUSHAR, cunhar.
ACUKRAiAR, encurralar ~ encantoar.
ACURTAR, ctrcear, diminuir, encurtar.
ACURVAR, curvar, dobrar, encurvar.
ACUTiLADOR, fcutilâdiço, brlgào, briguen-
to sabreador.
ACUTiLAR, golpear, sabrear.
AÇUCARAR ou Assucavar , dulciíiear —
abrandar, suavisar.
AÇUCE.XA, cecém, lirio branco.
ADAGIO, anexira, apophtegcua. axioma ,
dictado, máxima, paremia, provérbio, rifão,
sentença.
adamado, dengue, galan — efleíninado,
maninelo.
aDamaneS, bichancros, gestos.
ADAMANTINO, duríssimo, rijíssimo — cons-
tante, firme.
ADAPTAÇÃO, accommodação applicação.
ADAPTAR, accommodlar, adequar, J»justar'
appropriar, aplar.
ADARGA, broquel, escudo, rodela.
ADUABGAR-sp, broqudar-se — rrmar-se
— ahrigar-se.
addelnsar, condensar, densar, espessar.
ADD5ÇÃ0 , sorama — acrescentamento,
acréscimo, adjecção, appendix , augmen-
to.
XDDiCiONAL, áccresctatado, ajuoctado.
▲DDicioNAA , somm&r — aooreftCftAtir ,
ajuuctar.
▲DDiCTO, afifeiçoado, apegado* dedicado,
devoto, inclinado, propenso.
ÁDDiMEMTO, accrescimo, addição.
▲DuiR, accrescentar, ajuuctar.
ADDiiiENTO, accrescimo , augmento , pa>
rergon.
ADDiTAR, addicionar, addir, ampliar.
ADDuz^a., trazer.
ADEGA, cava.
ADEJAR, alear, esvoaçar,
adelfa, loendro.
Adelgaçar, delgaçar, desbastar, desen-
grossar — diminuir, minoar — acanhar,
apoucar — rarefazer — analysar — («.) defi-
nhar, emmagrecer.
ADEMAN, signal, gesto.
adenoso, glanduioso.
adeos ou Adeus, cumprimento, saudação
— despedida, separação.
ADEOsAa ou Adeusar, divinisar, enden-
sar,
ADEQUADAMENTE, a proposito — exacta ,
justamente.
ADEQUADO, apto, couforme, justo, pró-
prio.
ADEQUAR, accommodar, adaptar, ajustar,
moldar, proporcionar.
ADERRÇAR, adornar, compor, concertar,
guarnecer, ornar — dirigir.
ADEREÇO, adorno, atavio, compostura, en-
feite, ornato — concerto.
ADERNAR, abaixar-se, abater.
ADESTRADAMENTE, destra. habilmente.
ADESTRADO, conduzido, govemado, man-
dado — ensinado, exercitado.
ADESTRAMENTO, iustrucção — picaria^^
ADESiRAR, «meslfar, disciplinar, doctri-
nar, habilitar, insíruir.
ADVINHA OU id/iwin/ia, adivinhadura, pro-
pheliza — dívinh.ição.
ADEviNHAÇÃ) ou Aditinhação, prognosti •
CO, prophecia, vaticínio — enigma.
ADEViNHADOR OU Adivinhador, advinho
ADEviNHAR OU Adivínliar, predizer, pro-
gnosticar, prophetizar, vaticinar — presen-
tir, prever.
ADEviNHo ou Adivinho, adivinbadeiro ,
agoureiro, a iolo, arúspice, astrólogo, au-
gur, propheta.
AuiiERKNCiA, eulace, vinculo, união —
intercessor, medianeiro, padrinho, pedrei-
ra, valedor — favor, protecção.
ADHKRENTE, contíguo , juncto, ppgado,
unido — {s.) protector, valedor — partidis-
ta, sectário, sequaz.
ADHERiR , concordar, conformar-se, se-
guir.
ADHFSÃo, apego, união — aferro, tenaci-
dade.
117 .
868
AD»
ADS
ADIADO, designado, 'determinado, prefi-
xo.
ADIANTADO , antecsdente, anterior, pré-
vio.
ADIANTAMENTO, avanço, dianteira — aug-
menio, engrandecimenlo, fortuna, melhura-
menlo, progresso -
ADiANiAU, accelerar, apressar — melho-
rar.
ADiANTAR-sE, antecipar-ss— avantajar-se,
exceder, melhora r-se.
ADIANTE, i.a freme — presença — depois
— mais abaixo, mais longe — de tempo fu-
turo.
ADIANTO, avança.
; ADiAPtíORO , indilferente — desnecessário.
adiak; aprazar, lixar dia — delongar, de-
morar, dilatar, espiçar.
ADiNHEiHADo, eiidinhcirado, rico.
ADiio, entrada, passaua — accesso, cabi-
mento.
ADJACÊNCIA, contiguidado, proximidade,
visinhança.
ADJACENTE, chegado, próximo — comar-
cão, conlermino.
ADJECçÃo, accrescentamento, achega, ad-
dição.
ADJECTIVAR, concordar — accommodar.
ADJfccTivAR-sE, coiicordar-se.
ADjEc'rivo, epiíheto.
ADJUDICAR, assignar — atlribuir, dar.
adjud'cak-se. arrogar-se, attnbuir-se.
ADJUNTO ou Adjuncto, associado, collega,
companheiro, socio — [««O-) jnncto, pega-
do.
ADJURAR, confirmar, jurar — esconjurar,
exorcizar.
ADjuTORio. assistência, favor, soccorro —
adjudador, auxiliador.
ADMiNicuLANTE, ajudante.
ADMiNicuLAR, ajudador, auxiliador, soc-
corredor.
ADMiNicuLO, adjutorio, auxilio, soccor-
ro.
ADMINISTRAÇÃO, cargo, direcção, gover-
nança, governo, jurisiicção, ministério, re-
gência, regimen, regimento, vara.
ADMINISTRADOR, dircctor, ministradoT, re-
gedor.
ADMINISTRAR, dirigir, govcmar, reger —
dar, fornecer — exercer — ajudar — ser-
vir.
ADMIRAÇÃO, assombro, enleio, espanto,
pasmo, surpreza, suspensão. »
ADMIRANDO, admirável.
ADMIRAR, assombrar, maravilhar.
ADMiRAH-SE, espantar-so, maravilhar-se ,
pasmar.
ADMIRÁVEL, assombroso, espantoso, estu-
pendo, maravilhoso, pasm^so, portentoso,
prodigiuso — btilUsãimu, excellente, óptimo.
ADMISSÃO, entrada, introducção, recebi-
mento, recepção.
admissivíll, assumptivel, receptivel, váli-
do, valioso.
ADMiniR, hospedar, recolher — abraçaj,
aceitar — permilii. , soffrer.
ADMOESTAÇÃO, ndvertencia, aviso, conse-
lho, txhortação, lembrete.
ADMOESTADOR, reprehcnsor.
ADMOESTAR, advcrlir, avisir, lembrar —
arguir, censurar, reprehender — denun-
ciar.
ADOBA, Adobe ou Adobo, ladrilho, tijolo
— grilhão.
adoçamento, afrouxamento, moderação
— miiigaçào, linitivo, refrigério.
ADOÇANTE, milÍg«tÍVO.
ADOÇAR, açucarar, adocicar, meiliíicar —
abrandar, moderar, suavisar — temperar —
afiar.
ADOCICADO, açucarado — erjoativo.
ADOECEU, ciír doente, enfermar.
ADOLESCÊNCIA, juvcnlude, mocidade, pu-
berdade,
ADOLESCENTE, adulto, jovcu, maucebo ,
moço.
ADOPÇÃO ou Adoptação, perfilhação, per-
filhameiíto — admissão.
ADOPTAR, perfilhar — aceitar, receber —
abraçar, seguir.
Auopiivo, perfilhado — enxertado.
ADORAÇÃO, acalamenlo, veneração — ge-
nuflexão, prostração — culto, honra, la-
iria.
ADORAR, idolatrar, incensar — respeitar,
revenmciar — orar, proslrar-se.
ADORMECEDOR, uarcotico, soporifcro.
ADORMECER, ^madoruar, modorrar, ador-
mentar, entorpecer — (n.) desciiidar-se.
ADORMECIDO, adormido , dormente , so-
pito.
ADORMECIMENTO, lethargo, modorra, som-
no — entorpecimento — torpor — deleixo,
descuido, indolência.
ADORMENTAR, adormccer , amadorrar —
entorpecer.
ADORMia, adormecer.
ADORNAR, adereçar, arreiar, ataviar, en-
feitar, ornar.
ADORNO, adereço, alinho, atavio, concer-
lo, enfeite, gala — apparato, pon^pa.
ADOIDADO, desallento, estabanado, estou-
vado — aloucado, aluadn, tonto.
ADQUiRiDOR, Rcqulridor, grangeador.
ADQUIRIR, alcançar, conseguir, grangear,
obter.
ADREDE, acinte, de propósito, expressa-
mente.
ADRO, átrio, vestíbulo.
ADsTRicTo, aj erlôdis&imo — constrangido
obrigado.
ADV
AFF
869
ADSTnmciH, apertar, cerrar, unir.
ADUANA, olfrtndega-
ADUBAR, guisa»", temperar — curtir, pre-
parar— agricultar — acanhar, cultivar —
ester^^ar, estrumar — adernar, ornar — con-
certar.
ADUDio, amanho — concerto, reparo —
cultura.
ADUBO, condimento, espoci«ria, môIho;
tempero — adorno.
ADUFA, tejadilho — dique, exclusa, reprft-
za.
ADupg, pandeiro, sistro.
ADULAÇÃO, incenso, lisonja, lisonjaria, lou-
vor.
ADULADOR, lisonjeiro, Icuvador.
ADULAR, gabar, incensar, lisonjar, lou-
var
ADULAToRio, adulativo, lisonjoiro.
Adulteração, alic.-^ção, fíiUilioa^ão.
ADULTERADO, corrompido, espuno, falsifi-
cado, vicios.>.
ADULTtRADOR, falsificador.
ADULTERiNO. bsslardo, fornesinho, illegi-
timo — adull«^rado, contrafeito , falsifica-
do.
ADULTÉRIO, dultcrio, malfario, falsifica-
ção.
ADULTO, cdolesccnle — crescido, espigado
— maduro.
ADUNCO, curvo, retorcido.
ADUSTÃo. incêndio, queima.
ADUSTO, denegrido, fulo, moreno, triguei-
ro — abrasador, ardente — cálido, calmoso,
caloroso.
ADVENA, estrangeiro, estranho, perigri-
no-
adventício, accessorio, extrínseco — es-
tranho, vindico.
ADVERSÁRIO, contrario, inimigo — antago-
nista, competidor, emulo, rival.
ADVERsiDADR , contr^riedado. contraste,
foniratempo — calamidade, desventura, rn-
foriunio, transe, tribulação.
ADVERSO, fatal, infausto, sinistro, dam-
noso, nociío — contrario, opposto
ADVERTÊNCIA, attenção — consideração,
reflexão — prudência, aviso, conselho, lem-
brete.
ADVERTIDO, admocstado, avisado, acaute-
lado, cauto, precatado, circumspecto, cor-
dato, judicioso, prudente, sisudo.
ADVíRTiR, aconselhar, avisar, arguir, re-
prehend«^r — attentar^ darfe, notar, obser-
var, reparar.
ADvocATURA, invocação —patrocínio, pro-
tecção.
ADVOGADO, favorecedor, patrono, prote-
ctor.
ADVOGAR, interceder por... — patrocinar
— perorar.
voí.. IT.
AEREO, alto — fútil, vão.
AFADiGAR OU Affudijar, cançar, estafar,
fatigar.
AFAbinoso ou Affadigoso, cançativo.
apa<íadoh ou Alfigador, caiinhoso, fa-
gueiro, meigo.
AFAGAR ou Affdgar, acariciar, acarinhar,
ameigar, amimar — lisonjear.
AFAGO ou i^/fa^o, carinho, meiguice, mi-
mo.
afamado, abalizido. assigrialado, celeber-
rimo. celebrado, celebre, conspícuo, de-
cantado, egrégio, eximio, famigerado, fa-
moso, illustre, Ínclito, insigne, memorando,
notaví^l.
afamar, famigerar — esfaimar.
afancumnado, finchono, puto.
AFANOSO ou Affanoso, laborioso, penosís-
simo, Irabilhoso.
AFÃo, Afan, Afano ou Affào, Affiin, Af'
fano, cangaço, canceira, fadiga, pena, tra-
balho.
AF.KSTAD^ou A (f aí} íado, arredado, distan-
te— desviado, removido.
AFASTAMENTO OU A ffdslamento, apparla-
mento, distancia, ausência.
AFASTAR ou Affdstar. auseolar — alongar,
apartar, desviar— banir, desterrar — expul-
sar.
AFASTAR-SE OU Affãstar-se, alongar-se,
sep.irar-se — desviíir-se — exlinguir-se.
afatiado. esfaliado — cortado, fendido,
quebrado, roto.
AFFABiLTDADE, agrado, amabilidade, lha-
neza, urbanidade, civilidade, cortezia — be-
nsDcencia.
AFFAVÊL, benigno, brando, carinhoso,
fsgueiro,. meigo.
AFAZENDADO. abastado, opulento, rica-
ço.
AFFAZER ou Afãzcr, acostumar. avezar,
habituar.
affeamento ou Afeiamenío, deformida-
de, fealdade.
AFFEAR OU Afeiav, deformar, desfear, des-
figurar — deslustrar , escurecer^ man-
char,
aFFecção, impressão.
affectação, apparencia, impostura — sin-
gularidade, ostentação.
affectado, esquisito, estudado — fingi-
do.
affectar , appetecer , cub'çar , desejar
— ambicionar — ostentar de . . . fingir-
se
AFFECTivo, aíTectuoso, meigo, terno.
affecto, f.ffeiçà.i, amizade, amor, bene-
vnlencia, carinho — commoçào — (fl<0 •) ^^^
feiçpado, inclinado.
AFFRCiuoso, t morarei, amoroso, carinho^
so, extremoso, terno.
213
870
AFF
AFFEiçÃo, affecto, bemquerença, carinho,
terneza — inclinnção, propensão.
AFFEiçoADO, affecto — devoto, inclinado
— parcialisado.
ÀFFEiçoAR-sE, aiDar, despjar, prezar.
AFFEiTO, avCzado, costumado, habitua-
do.
AFFRMiNADO OU Afeminado, adamado, al-
feninado, damo, maninolo, mulherengo,
semiviro — cobarde, fraco, maricas.
AFFEiíiNAR OU Afeminar, adamar, mu-
Iherengar — amollecer, enervar, enfraque-
cer.
AFFERMOSEAR, Afermoscar ou Aformosear
alindar, embellezar, formosear — adornar,
arreiar, enfeitar.
AFFERRADO. agarrado, empolgado — ar-
poado— preso — cabeçudo, contumaz, obs-
tinado, testo
AFFERRAMENTO, abalroada.
AFFERRAR OU Aferrar, empolgar, empu-
nhar — arpar, arpoar — aportar, fundear,
surgir.
AFFERRAR-SE, 8garrar-se, pegar-se —
obstinar-se, porfiar, teimar,
AFFERRKTOAR OU Aferveloar, picar, pun-
gir— aguilhoar, pstimular, incitar.
AFFEKRO ou Aferro, adhesão — birra,
contumácia, teima.
AFFERaoi HAR OU Aferrolhar, ferrolhar —
encadeiar — encarcerar.
AFFERVENTAR OU. A fervcutar^ apressar,dar
calor.
AFFERVORADO OU Âfervorado, activo, ar-
dente, vi«issimo.
affervorar ou Afervorar, actuar — ac-
cender, animar.
AFFiAçÃo ou Afiação, aguçadura, amola-
dura.
AFFiADO OU Afiado, aguçado — cortador,
cortante — enfileirado — completo — apu-
rado.
AFFiADOR ou Afiador, amolador,
AFFJANÇADOR OU kfançador, abonador,
fiador — prometledor.
AFFiAKÇAR ou Afiançar, abonar — espe-
rançar, prometter.
AFFiAR ou Afiar, aguçar, amolar, apontar.
AFFiGURAÇÃo OU Kfiguração , imagem,
fantazia — apparpncia.
AFFiGíjRAROu A^(/Mrar, delinear, figurar,
imaginar, representar.
AFFiGURAR-SE OU Af\gurar-se, crer, cui-
dar, representar-se — parecer.
AFFiNAÇÃo ou Afinação, consonância - -
refinnção.
AFFiNADOR OU Afinador, refinador — afe-
ridor.
AFFiNAR ou Afinar, acrisolar, apurar, pu-
rificar— acordar «jubtar — d»'lfj;u;ar, des-
bf&tar — aferir, afilar t- (n.) agastar-se.
AFF
AFFiNCADO OU A/íncado, fincado — firme,
obstinado, resoluto.
AFFiNCAR ou Afincar, cravar, fincar —
insistir, porfiar, teimar — filar — importu-
nar,
AFFiNCO ou Afinco, aferro, contumácia,
insistência, perseverança, porfia, tenacida-
de — apego — rnsolução.
AFFiNiDADE, alUança, cognação, parentes-
co — analogia, conformidade, connexão,
correlação, relação, semelhança.
affirmação, asserção, asseveração, attes-
tação, protesto.
affirmar, assegurar, certificar — com-
provar, confirmar — ajustar, contractir —
assentar sobre... , descançar.
affirmar-se, cerlificar-se — apoiar-se ,
firmar-se, segurar-se — attentar, reparar.
AFFiuM^Tivo, aílirraação, asseveração.
affirmativo, assertorio, certo, decisivo,
indubitável, positivo.
AFFisTULAR-SE OU Afistular-sc, fistular-
se — inveíerar-S8.
AFPiXAR, apegar, fixar — pregar. — en-
cravar.
AFFLicçÃo, anciã, angustia, aperto, des-
gosto, dôr, magoa, martyrio, modificação,
pena , pezar , tormento , transe , tribula-
ção.
afflvctivo, acerbo, aílligidor, doloroso,
molesto.
AFFLiCTO, aílligido, atormcntado — des-
consolado, ni« lancolico.
aefligir. agoniar, amargurar, consumir,
contristar.
AFFLiGia-sE, agaslar-se, anojar-se — in-
fernar-se — doer-se.
AFFi.ufiNCiA, abundância, copia — multi-
dão — enxurro.
AFFLUEiSTE, copioso, Hco — caudal, cau-
daloso.
AFFLUiR, abundar — concorrer — desem-
bocar.
AFFociNnAR OU Èfocinhar , abater-se,
C3Ír — succumbir.
AFFOUTAR ou A/buíar, acoroçoar, desaco-
bar-iar.
AFFUUTAR-SE OU Afoutar se, atrever-se.
ousar.
AFFOUTFZA ouA/oiUeza, animo, bravura,
coração, corajem, denodo, ardimento, ou-
sadia, reiolução, valor.
AFFOUTO ou Afouto, audaz, deliberado,
intrépido — desembaraçado, desenvolto, des-
pejado.
AFFRONTA, aggravo, bUdão, contumel«a,
convicio, deshonra, ignominia, impropério,
injuria, insulto, lab o. cíí-nsa, opprobrid,
vilipendio, vitupério, u trajn — pengo, ris-
co — prt^ssa — flnxii'da<le, cançavo.
AFFuoMADO, aflliclo, auciado — agastado.
b
AFR
AGE
871
igoniado — «fogueado, encalfflado -^ corri-
do, envergonhado.
AFFRONTADOR, injuriador, ultrajador.
1FFR0NTAH8NT0, anxíedade, vascas, in-
cendimento — calor — fadiga.
AFFRONTAR OU Afroutar, denunciar— en-
xovalhar, injuriar, insultar, ultrajar — aco-
bardar — acommetter, assaltar, investir —
envergonhar — (n.) avernielhar-se. '
AFFROiNTAR-SE, cnvergonhar-so — inves-
tir — ultrajar- se — arrostar, encarar»
AFFRONTO«:o, difTamatorio, ignominioso,
infamante, injurioso, opprobrioso, aviltan-
te, vituperinso, ultrajante.
AFiDALGADO, bem aforado, illustre, nobre
— mimoso.
AFiDALGAR, ennobrecer, iliustrar.
AFILAR, aferir — açular.
AFILHADO, apadrinhado, protegido.
AFILHAR açular, atilar.
AFOGADILHO, açodamento, diligencia, pres-
sa, promptidão.
AFOGADO, desalentado, opprimido — ala-
gado — abafado — sobrecarregado.
afogador, coUar, gargantilha.
AFOGADURA, ab"famenlo, abafo, afoga-
mento, afogo, suííucação.
AFOGAR, abafar — estrangular — compri-
mir — dissimular, occultar — submergir.
AFOGO, afogadura, suffocação — constran-
gimento, oppressão, violência — affronta —
angustia, anxia, aperto — vexame — pres-
sa.
AFOGUEADO, aíTroutado — ardente, inflam*
mado — tostado — caloroso.
AFOGUEAR, abrasar, incendiar, queimar.
afolhado, numerado, rubricado,
^FOEA, além, excepto, exceptuando, sal-
vante, salvo, senão.
AFORADOR, censuslista, censuario, rendei-
ro.
AFORAMENTO, conso, empbyleosis, foro.
AFOKAR, arrendar.
AFOhçuHADO, apressado, occupado.
AFORRADO, á ligeira, escoteiro.
AFFORRAR, arregaçar — evitar, poupar —
libertar — alforriar — forrar.
AF4ÍRRAR-SB, expedir-se, ir escoteiro.
afortalecer, fortalecer, reforçar.
afortalezar, fortiticar, murar, torrear
— corroborar.
afortunado, ditoso, feliz, venturoso —
fausto, propicio — paciíico, tranquiilo.
AFORTUNAR, aditar, fortunar — molestar,
trabalhar.
AFRÀCAR, desanimar — afrouxar, enfra-
quecer, fraquear.
AFRICA, Lihya, Getulia, Numidia.
aFro, africano.
AFRouxAHEiiio , debelidado , frouxidão,
relaxação.
AFROUXAR, alargar, desapertar, descnte-
zar — abater, amainar — enfraquecer —
entibiar, esfriar — abrandar, moderar —
(n.) relaxar.
AFUGENTAR, coxotar, expulsar, sacudir
— rechaçar, lepellir.
afumadura, defumadura, perfumadura.
AFUMAR, defumar — denegrir, tisnar —
escurecer, esourentar — estrumar.
afundar, afundir — mergulhar 7— fun-
dear.
afundar-sb, alagar-se, sossobrar-se, sub-
mergir-se — profundar-se.
AFUSiLAR ou Afuzilav, i^eúsc&T — cham-
mejar, fulgurar, scintiUar.
AGAGHAR-SE, acaçapar-se , acocorar-se ,
alapardar-se, arquear se, baquear-se cur-
var-se, debruçar-se, prostrar-se — render-
se, sujeitar-se — ceder.
agadanhador, gatuno, ladrão.
agadanhar, agatanhar, arranhar — la-
cerar — agarrar, empolgar, tomar — fur-
tar, roubar surripiar.
agalardoar, galardoar, premiar, recom-
pensar, remunerar.
agaloadura, alamares, galões, passama-
nes.
agaloar, acairelar, galoar.
AOALOPAR, galopar, galopear.
AGANIPPE, Caballina, flippocrene.
AGARRADOR, aguasil, alcaido , beleguim,
esbirro, galfarro, quadrilheiro.
AGARRAR, aferrar, empolgar — colher —
empunhar — asir, prender, segurar.
AGARRAR-SE , pegar-so — conchegar-se,
unir-se.
AGASALHADOR, agasalhadeiro , hospitalei-
ro.
AGASALHAR, albergar, alojar, hospedar —
abrigar — acoutar — arrumar, estabelecer
— auxiliar, proteger — arrecadar, guar-
dar, reter.
AGASALHO, acolhimouto — gasalhado, hos-
pedagem
AGASTADiço, assoma io , colérico, irasci-
vel.
AGASTAR, assanhar, encolerisar, enfadar,
irar, irritar.
AGASTAR-SE, aíiuar-se, amuar-se, anojar-
se, apaixonar-se. embespinhar-se — aífli-
gir-se, agoniar se — abafar, anciar.
agatanhadura, arranhadura, esfoladura.
AGATANHAR, ag^^dauhar — arranhar.
AGEiTAR, accommadar, adjectivar, azar,
conformar, moldar.
AGENCIA, diligencia, grangearia, industria,
trabalho — administração.
AGENCIAR, adquirir, grangear — conse-
guir — negociar, procurar, soUicitar.
AGENTE, enviado, ministro — procurador
— potencia — [adj.) activo, enérgico.
218 «
872
AGO
AGU
AGERMANAR, jgaalar, irmanar — assomar.
agermanar-se, confederar-se, unir-se.
AGGLUTiNANTE, agglulinalivo , congluti-
nanle^ grudante.
agglutinar, apegar, coUar, grudar.
aggravante, queixoso — oflensivo.
aggravar, augiuenlar, irritar — oílender
— opprimir — adquirir, procurar.
aggravo, allVonta. injuria, insulto. oíTen-
sa, opprobrio, vitupério — gravame, oppres-
são.
ACCREGAçÃo, admissio, recepção — en-
corporaçào.
acgregado, complexo, união.
aggregar, admitiir, associar, encorporar
— amontoar, cumurar — rebanhnr.
aggressão, acommelimenlo, hosliladadé,
salto.
AGGRESSIVO, OÍTtínsivO.
acgressor, acommeltedor, assaltador, in-
vasor — tentador.
AGIGANTADO, colossal, giganleo, g'gan-
tesco — desmesurado — grand« — largo.
AGIGANTAR, corpulcnciar — alongar, es-
tender — exaggerar.
agil, despachado, expedito, lesto, leve,
prorcplo — geilrso.
agilidade, actividade, celeridade, desem-
baraço, ligeireza, presteza, rapidez, veloci-
dade.
AGITAÇÃO, alvoroço, boliço, bulha, mo-
tim — commoção, dessocego, inquietação
— balanço.
AGITAR, abalar, abanar, sacudir — alvo-
roçar, amotinar — dessocegar. estimular,
incitar — mover, propor, suscitar.
AGNAçÃo, cognaçào, consanguinidade, pa-
rentesco.
AGNADO, parente.
AGNO, cordeirinho, cordeiro.
AGNOME, alcunha, appellido, cognome,
sobrenome.
AGCA ou Aguttj lyntpha •— - chuva — la-
grymas — mor — suor — [pi.) aíllicções,
pena. trabalhos — urinas.
acoaçal ou Aguaçal, balseiro, pântano,
paul.
AGOACEiRO ou Agnacciro, aguada, bor-
rasseiro, bursigniada, chuveiro.
AGOACENTO OU Agvaceiíto , alíígadiço ,
apaulado, brejoso, eulodado, lentejoso, lo-
doso, pantanoso
agoaDeiro ou Aguadeiro, «çacal,
AGOADO ou Aguado, chuvoso — destem-
perado.
agoador ou Aguador, borrifador, rega-
dor.
agoa-pé ou Agua-pé, surrapa.
agomar, abrolhar, gomar.
AGONCoftADo, enigmalico^ escuFO, incom-
prehensivel.
AGONIA. aíTIicção, anciã, anxiedade, mar-
tyrio, tormento, transe — combate, lucta
— perigo, risco — temor.
AGONIAR, amargurar, attribular, magoar,
monilioar, penali/ar — agastar.
agoniar-se, aínÍKÍr-se, angustiar-so —
enc('lorisar-se, enfadar se.
AG0N1SA.NTE, tíxpirnnte, moribundo.
AGOHA, actualmente, ora, presentemen-
te — ou, qner.
aGutar. enxugar, sec^ar — esgotar, es-
tancar, exhaurir.
AGOURAR, íiugurar, presagiar, propheli-
sar, prognosticar, vaticinar — predizer.
AGuuREiRO, adivinhador, adiviuho^ arús-
pice, augiir, agure.
AGOURO, presagio — predicção, prophe-
cia, vaticínio.
*agra, agro, agrura, penediss , serros-
agraciado, engraçado, galante.
Agradado, comente, gostoso, satisfeito.
ahaDar, aprazer — contentar, satisfa-
zer.
AGRADÁVEL, amavel, altractivo, grato —
caro, gostoso — aíTavel, benigno, faguei-
ro, meigo — bello, gentil — doce, macio,
melliíluu — ameno, aprazível, suave — de-
leitavel, deleitoso, in^^antador — alegre,
gracioso, jucundo, recreativo — saborido,
saboroso.
AGRADECER, gratificar, gratular, remer-
cear.
AGRADECIDO, grâto, gratulo, reconheci-
do.
agradecmento, gratidão, reconhecimen-
to — correspondência, gratificação, paga,
recompensa.
agradecivel, agradavil, grato.
AGRADO, aílabilidade, aroabilidade — cor-
tezia, urbanidade — amenidade, suavida-
de — brandura, doçura — amizade, gra-
ça, privança, valimento — contentamento,
gosto, prazer — approvação, beneplácito,
consentimento — satisfação — vontada —
alegria, j cundidade.
agrapim, alamar, apertador, broche, col-
chete.
AGRÁRIO, campestie, campezino, campo-
nez.
AGRAZ, acerbo, agro, azedo — (s.)cgra-
ço.
agreste, campestre, caroponez. monta-
nhez, montesinho — selvagem, selvático —
bravio — boçal, bronco, rústico, villão —
desabrido.
xGricula, agricultor, colono, cultivador.
aCricultar, cultivar, lavrar, rotear.
AGRICULTOR, agrícola, campr-ncz, colono,
culiivodor, lavrador.
agricultura, aradura, cultura, lavoura,
lavra, lavrada.
ÀJIJ
klk
873
agbidocb, agridulce. bical, doce-amargo.
AGRILHOAR, encaileiar — captivar.
AGiiisAniiAR, encanecer, grisalhar.
AGKo, alcantil, aspereza , escnlirosiclade,
fragosidade — {a'ij.) acurbo, acido, agraz,
azedo - - desabrido, molesto — fragoso, inac-
cessivel.
AGRURA, azedia, azedume — alcantil, fra-
gosidade, penedia
AGUARDAR, e«íperar — appetecer, desejar
— accncnpanhar — escoltar , guar-
dar — aguentar — observar — olhar —
servir.
AGUARRNTADOR, desabinador. dectraclor.
aguarentar, economisar, pnupar — aper-
feiç^^ar, polir, reií^car — censurar, repro-
var — cortar, diriiinuir.
aguçadura, aQação amoiadura.
AGUÇAR, afiar, amolar — adelgaçar, agu-
dar — avivar, sublilisar — «guilhoar, es-
pertar, estimular — animar — excitar —
(n.) subir.
AGUÇOSO, activo, apressado, diligente —
habil, industrioso, solerle.
AGULfEZA, lio gume , ponta — astúcia,
destreza — habilidade, industria, ingenho
— espertez?!, penetração, peispicacia, sa-
gacidade, sulitileza, vivacidade — argúcia,
chiste, conceito — foriiijão — viveza.
AGUuii HO. agudinho, bicudinho.
AGUDO, afiado, amolado, cortante — apon-
tado, bicudo, pontudo — arj^nlo, cliisloso
— activo, destro, esperlo, penetrante, per-
spicaz — fino — forte — doloroso, vio-
lento — alegre, alvoraçado — ardente.
AGUcNTA» ou P.guontar, aturar, c> ro[)Or-
tar, sofirer, supporiíír, sustentar, lolerar,
AGUiLUÃo, aguilliada — ^ico, ferrão, pon-
ta — fspmho. pua estimulo, incenti-
vo — irritamenio.
AGuiLHArt, a^uilhoar, — atalaiar, velar,
vigiar.
AGUiLHOADOR, estimuladof, instigador.
aGUii.hhamemto. esporada — e-limnlo.
aGuii.hoa», atcjrrotear, pungir — animar,
excitar, instigar.
AHi ou AÍ, acolá, «ilé'n, alli. hi.lá.
AiiLSTK, amarra, bragii*'iro. cabo.
Al, geoiido, lamento, queixa, queixumíft-
AIA, ama.
AiJESu, mimoso, querido.
A'NDA, actualmente — mais.
ainoaquando, no caso, na hypolh'»fe' —
emiantoque.
■ AiNDAQUE, bemqiie, postoque — mas.
AIO, mestre, pedagogo, preceptor.
AIROSO, bizarro, engraçado, par.aníe, gar-
bos». t:t*ntil, lindo
A^OMjiAçÃo. ajodhadura. gí^naflexão..
AJOUJAR, C«8ar, empartdhar, juiilar.
AJUDA ou XdjwJa, adjutorio, as&iste ocia
auxilio, soccorro — crystel, laTatorio, me-
zinha.
AJUDADOR ou Ujudador, auxiliador.
AJUDAR, ou kdjudar, apadrinhar, prote-
ger, segundar, sustar — promover — mi-
nistrar — concorrer, cooperar.
AJUDAR-SE ou Adjuduv- 86, aproveitaf-se,
valer-se.
AJUIZADO, atinado, avisado, discreto, ju-
dicioso, prudente, sensato.
ajuizauor, conceituador — • apreciador,
avaliador.
ajuizar, arbitrar, avaliar, estimar, arra-
zoar, discorrer.
ajuntahrnio, accrescentamento, aflluen-
cia. aiMontoamento —- cdlecção, corpo —
concurso, multidão — concibabulo, con-
venticulo, juncta — casamenio — copula.
ajuntar, accumular, apinhar — liar. unir
— • emparelhar, irmanar — achegar, apro-
ximar colligir.
ajuntar-se, accrescer — appropinquar-
se, aproximar-se — copiilar-se.
aJU.ntavel, sociável, univel.
AJURAMRNfAR-SB, conjurar s^ — jurar.
aiustado, concordado, convindo ^ con-
f rme. congruente — justo, racionavel —
afinado, concorde, unisono.
AJusTAMRiNTO, ajusie — con<'.erto, con-
venção, pacto — consiliação, concordata —
pazís, r-confiliação.
AJUSTAR, unir — accommodar, avir, pa-
cificar — adoptar, moldar, soldar - con-
f)rmar-se, convir — conlraciar, pactuar —
igualar — pref«zpr.
AJUSTE, f»jnslrtmento — reconciliação —
cnncerU), pauto.
Al. A, enfiada, líeira, fila, fileira, renque
— labareda, aza.
ALABARDA, chuço, espoutão. partssana.
ALABARDEiRO, archeiro, hastario, pi(j[uei-
ro.
alabastríno, alvíssimo, b»'anquissimo.
Ai-ARAsTRO, pndra lustrosa •>- alvura.
alachao ou Alacrau , escorpião, lacrai,
lacrau
ALACRIDADE, alegria, jubilo — activida-
de, promptidào.
ALAGADiçt), apaulado, lamacento, lodoso,
par taiioso.
A! AGADf), inundado — mergulhado — Op-
primido.
aiagador, inundador — desperdiçador,
dissipador; esiragador, gastador.
alagamento, aliuvião, cheia —submer-
são, sossí>bro.
AL*GAR, ítcapellar, inundar -^ afundar —
dissifiar — opprimir.
alagoa, iMgoa. pântano.
alaguNa ahgoflsinha, chatco.
alahar, cordão, firmai.
«19
t if
fm
MW
AW
ALAMBAZADO, glotão, goloso -—.esfarrapa"
de, rolo. irapento.
ALAMBAZAR-SE, fartar-se, saciar-se.
ALAMBICAR, distillar — requiatar, subti-
lisar.
ALAMBRE, elcctrO.
ALAMEDA, avenida, lameda.
Alão, cão de fila, mastim, rafeiro.
ALAPARDAR-SE, acaçapar-se, agaciíar-se
— esconder-se. cccultar-se.
ALAR, alçar, elevar, levantar, subir.
ALARDEAR, ostmtar — (n.) bazofiar.
ALARDO ou Alarde, mostra, resenha —
fausto, ostentação, pompa — bazoíia, de-
vaneio, jactância, vaidade — altivez, sober-
ba.
■ .ALARGAMENTO, dilatação, extcnsão,
.'ALARGAR, largar — prorogar — augmen-
tar — amplificar — dilatar, prolongar —
abrir.
ALARGAR-SE, dcsencolher-se, desentesar-
se, estender-se — afastar-se — demorar-se,
dilatar-se.
ALARIDO, alarida, algazarra, clamor, gri-
ta, gritaria, vozeria — motim, rumor — ce-
leuma.
ALARVARIA , gargantoice, glotoaeria —
bruteza, grosseria.
ALARVE, comilão — cstupido — grosseiro,
rude — csmpino.
ALASTRAR, coalhar, espalhar, juncar —
arrasar, derribar.
aLaude, ciihara, guitarra, lyra, viola.
ALAVANCA, alçaprema.
aLbergador, alojador — agasalhador.
ALBERGAR, alojar , aposentar , hospe-
dar.
ALBERGARIA, estalagem, estão — hospicio
— pousada.
ALBERGUE OU klvergue^ hospicio — hos-
pital — estalagem, hospedaria.
ALBEKGUEiRO, cstalajadciro, hospede.
ALBOR ou klvor, alva, aurora, madruga-
da.
ALBÒRCAR, cambiar, permutar, trocar.
ALBORQUE, barganha, cambio, commuta-
ção, permutação, troca.
ALBUFEIRA, agua — Tuça — lago — tan-
que.
ALCAÇAR, Xlcacer ou klcazar, paços, cas-
tello, fortaleza, praça — templo.
aLCAçaria, castello — palácio.
ALCÁÇOVA ou Álcácevãy castello — forta-
leza.
ALCAÇUZ ou Alcaçus , regoliz , ou re-
gliz.
ALCAIDE, capitão de castello, castellào.-
alcançádo, atalhado, perturbado — en-
vergonhado, pejado — atrazado ■— acquiri-
do, conseguido, obtido — emjpenhado, en-
âividado — pobre.
.ucançar/ abúMMft^er — ' chagar a. ., lo-
car — conseguir — coraprohender, penetrar,
perceber — adquirir, grangear.
ALCANCE, alcançadura — seguimento —
comprehensão — {adv ) perto, quasi.
ALCANTILADO, alto. profundo— despenha-
do, Íngreme — escarpado, fragoso.
ALGATRUZAR-SE, (jorcovar- se, encurvar-
se,
ALÇADA, poder — districlo, jurisdicçào.
ALÇAPERNA, alçapé, cambadelia, camba-
pó.
ALÇAR, erigir — arvorar, erguer — elevar,
exaltar, sublimar.
ALÇAR-SE, levantar-se, rebellar-se, suble-
var se.
ALCioN ou klciona, maçarico.
AicoFA, cabaz, c>\nistrel, cesto, teiga —
alcoviteira.
ALCoucE, bordel, lupanar, putaria.
ALCOVITEIRO, alcajole, alcofa.
ALCUNHA, appellido — sobrenome.
ALEGRAR-SE, desenfador-sc, folgar, rego-
zijar-se.
ALEGRIA, contentamento, deleite, gosto,
gozo, jubilo, prazer, regozijo — galhofa.
ALEJADO ou A /eirado, estropeado, manco,
maneta, tolhido.
ALEIJAR, derrear, estropear.
ALEivE, calumnia — aleivosia, traição.
ALEivosiA, deslealdade, infidelidade, per-
dão, traição >
ALEIVOSO, desleal, pérfido, traidor.
ALEM ou AtV/», longe — mais acima, para
lá — demais.
ALÉM-MAR, ultramar.
ALENTADO, csforçado, forte, robusto —
animoso, bravo, valente — atrevido, deste-
mido, intrépido, ousado — brioso, magnâ-
nimo.
ALENTAR, animar -— esforçar, fortificar,
vigorar — buzinar, trombetar — n.) res-
pirar
ALENTO, fôlego, hálito, respiração — espi-
rito, vida — animo, intrepidez, ousadia —
brio, valor — força, robustez, vigor — ge-
nerosidade, magnanimidade.
alestar, desembaraçar — aprestar — sa-
far.
ALFABETO OU hlphabeio, a, b, c, abece-
dario — princípios.
ALFAIAS ou Alfayas , moveis, trastes,
utensílios — adornos — cabedaes, rique-
zas.
ALFANAR, pcnleíar — aceiar — enfeitar,
ornar — polir.
ALFANCEGA, aduana.
ALFENiNADo, afeminado, delicado, mol-
le.
ALFORGK OU klforjii cõvadeífa, saocõU*
BaquiahOt
à&tli
ÀLôAR, barraaco, caverna, cava — cra-
tera.
ALGAZAR.4 ou Kl^azQrra, clamor» grita-
ria^ vozeria.
ALGOZ, carnifice, carrasco, verdugo — ma-
tador— bárbaro, cruel, tyranno —sangui-
nário.
AiGozARiA, crueldade — carniçaria, ma
tança.
ALHADA, embrulhada, enredo.
ALHANAR, achanar, aplanar, unir — arra-
sar, assolar — facilitar.
ALUANAR-sE, humauar-se — humilhar-
se.
ALHEAçÃo, hallucinação — distração — es-
quecimento — insensibilidade.
ALDEADO , absorto , alienado , enleva-
do.
ALIÁS, d'outro modo — em outras cir-
cumstancias — a outros respeitos.
ALiCANTiNA , astúcia, engano, trapaça,
trela.
ALiCANTiNEiRO, trapaceiro.
ALiCECE ou Alicerce, base, fundamento
apoio.
ALIMENTAR, nutrir, sustentar — cevar.
ALIMENTO, manlimento, nnlrimanto, re-
feição, sustento — nomer , iguaria, man-
jar.
ALiMENTOSO, Hutritivo, subslancial. ^
AuiiPAR, aceiar, esfregar, limpar, var-
rer— munJar — expurgar, purgar.
ALiNHAR-SE , adcreçar-se , adoroar-se ,
ataviar se, concertar-se, enfeitar-se, ornar-
se.
ALINHO, aceio, concerto — adorno, ata-
vio, enfeite.
ALIZAR, brunir , polir — achatar , apla-
nar,
AUAvA ou Âljaba, carcaz, coldre.
allega^ão, cilaçrio.
ALLEGAR, cllar, ppoduzir, trazer.
ali.egoria, allusão, figura, sombra.
ALLi, lá, nesse lugar — mais longe.
AU.iADO, culligado, confederado, ligado,
unido.
ALLiANÇA, parentesco — confederação —
concerto, pacto — alliagem, liga.
ALLiciAii, requebrar, requestar — sedu-
zir.
ALLiviAçÃo, alliviamento, allivlo, conso-
lo.
ALUViAR, abrandar, mitigar, suavisar —
desculpar — ciminuir — desobrigar, dis-
pensar — flpgrar — consolar — desaba-
far, divertir.
ALLiviQ, consolíição, lenitivo — - dÉsafcgo,
..iveuimento, recreação, r&creio — dtscan-
ço, socego. ■ '.
ALi.LCiNAÇÃo ou Halhicinoção, alltcação
— dcàiumbremenlo — cegueira, engano.
ALUCiMAR-sB (mà Balliuinar^H, «iifip
oar-se, errar, ornar, ourJjar.
ALLiiHiAa ou ÁJu-miar, cclarAr. clarear,
dar luz, esclarecer — ' illustrar — hiw.^
instruir -^ inspirar — dingir,
ALLUV1Ã0, cheia, diluvio, enchente, inun-
dação — enxurrada, levaída.
ALMA, espirito, vida — animo — «ulor,
causa, motor — forma, nciodelo, molde —
consciência — individuo, pessoa — cabeça,
chefe — centro — energia — desenho, ideia.
ALMADiA, barca, canoa, tone.
ALUANACH OU Álmanak, calendário, fo-
lhinha.
ALMO, creador. <,
A' MOCREVE, moço de mulas, recoveiro»
ALOJAMENTO, casa, domicllío, babitaçiO',
morada, pousada.
ALOJAR, albergar, recolher — (n.) assistir,
morar, residir.
ALOMBAR, derrear, desancar.
ALONGADO, dilatado, estendido — distante
longiquo — desviado, remoto.
ALONGAMENTO, dcmora, dilação, prolonga-
ção, tardança — comprimento, extensão —
apartamento, distam ia.
ALONGAR, afastfr, apartar — dilatar, es-
tender — distanciar, espaçar — delongar'
demorar. -
ALOUCADO , desaitentado , estouvado —
adoudado, louco.
ALPESTRE, alcantilado, alpestrico, áspero
fragoso.
ALQUIMIA ou Alchimia, chrysopedia, phi-
losophia, spagyrica.
ALROTAR, jactar-se — escarnecer — insul-
tar — bradar.
ALTANADO, altaneiro, altivo, arrogante,
soberbo-
ALTAR, ara.
ALTEAR, alçar, elevar, erguer, líjvantar —
profundar.
ALTEAR-SE, clevar-sc, sublimar-se — aba-
ter-se, humilhar-se — profundar-se.
ALTERAÇÃO, mudança — corrupção, falsifi-
cação ^- bulido — abdlo, emoção.
ALTERADO, mudado, perturbado — altana-
do eusuberbecido — inquieto — levanta-
do.
ALTERAR, mudar, transformar, transtor-
nar — turbar — irritar — ionovar — perver-
ter — commover — aiLOtinar — conturbar,
confundir.
ALTERAR-SE, perturbar sc — alborotar se,
amotinar-se, lumuliuar — encrespar se, re-
ferver — irar-se.
ALTERCAÇÃO, porfia — impugnação — con-
tenda, disputa — controvérsia, duvida —
questão — combale, rixa — discórdia — de-
bate.
ALTEiiCAR, proí ar — contender — contro-
219
87Q
AMA
AMB
verter, rJisputar — contestar — ventiLir —
combater, debatpr.
ALTERNAÇÃO, alternativa, vicissitude — re-
vezes-
ALTERNATIVA, rcvezamento , vira volta,
volia.
ALTERNATIVO, flllernado, alterno.
ALTRRoSD, alio, elevado.
ALTEZA, altura, celsitude, elevação, emi
nencia — soberania.
ALTIBAIXOS, desigualdade, fragosidade —
alternativas, revezes — deíV^itos — imperfei-
ções.
ALTÍLOCO ou Alilloquo, altisoiiante, altiso-
no, flliivo, alto, sublime
ALTIVEZ ou Aliiceza. arrogância, sober-
ba — elevação — orgulho, ufania — f isto —
grandeza , magnanimidade — presumpção
— magesiade, soberania.
ALTIVO, alto, elevado — brioso, ufano —
vanglorioso, arrogante ; imperioso, orgu-
lhoso, suberbo — magpsioso, sublime.
ALTO, erguido, levantado — » levado, su-
blime — eminente, excelso — profundo —
in^omprebensivel — illu»tre, nobre — gene-
roso — Ínclito — magestoso — poderoso —
soberano — caro.
ALTURA, elevação — sublimidade — auge,
eminência — apogeu, ztinith — cume — as-
somado, teso — profunilidade
ALUADO, doudo, insensato, lunático, phan-
tastico — estouvado.
ALUIR, abalar, abanar, mover — arruinar,
derrocar.
ALUMiNO, académico, aulisla, estudante —
porcjonisia — discipulo.
ALVA, alvor, alvorada, aurora, madruga-
da, manhã.
ALVAR, inepto, néscio, parvo, pateta, to-
lo — alvacento
ALVEDRIO, alvidrio, arbitrio, vontade —
liberdade — juízo — querer — eleição,
escolha.
alviçaras, dadiva, estreia, premio, re-
compensa.
ALVITRE, alvidramento, aviso, conselho,
parecer, projecto — noticia, novidade,
Aivo, baliza, filo, meta, mira, ponto —
fim, termo — («<(/•) branco, cândido.
ALvoRAR, aclarar, alvorecer, amanhe-
cer.
ALVOROÇADO, mal soíTrido — revoltoso —
accel^rado.
ALVOROÇAR, commover — agitar, inquie-
tar — revoltar, sublevar.
ALVOROÇO, expectação — comrao(,ão —
alacridad'^, pro i ptidào — alvoroto, mo-
tiíu, ruld", sediçôo.
ALVU81, braticiin, cí«ndidez.
AjiA, oin — benh'prt — H»t(«if<jadeira, hos-
peda.
AMADTLTDADB, amenidade, doçura, suavi-
dades — aíTabilidflde, agrado, cortezia.
AMADA, querida — amasia — namora-
da. *
AMADO, caro, presado, querido.
AMADORNAR, adormccer, adormentar —
quebrantar.
AM* DURAR, acereijar, amadurecer, assa-
zonar, madurecrr.
amago, imo, interior — intrínseco, me-
dula, substancia' — centro, cerne, cora-
ção.
AMAINAR, abaixar, abater, calar — afrou-
xar, ceder — cessar — acalmar, sucegar,
tramiuillisar.
amald çoado, abominável, detestável, exe-
cravel, maldicto.
amaldiçoar, anathematisar — imprecar
— maldizer, praguejar, castigar.
amancebado, amasio, amigo, concubina-
rio-
AMAT«CEBAMENTo, abarregamento, concubi-
nato, mancebia.
AMANHAR, compor, concertar — agricul-
tar, cujiivar, b vrar.
AMANHAR-sE, accommodar-se, ageitar-se,
dispor-se.
AMANHECER, alvorar, alvorecer — madru-
gar — íChar-se, apparecer.
AMANSAR, domar, subjugar, submetler ,
sujeitf.r — abrandar, mingar, moderar —
applacar — cultivar, hortar.
AMANTE, amador, amoroso, apaixonado,
namorado.
A\^A^UENSE, copista, escrevente.
Amar, estimar, querer bem — apreciar —
dese'ar, querer — escolher, seguir.
AMARGO, amargoso, amaro — duro, pe-
noso.
AMARGURA, amargor, amargueza, azelu-
me — afflicção, desgosto, dôr, pena, tor-
mento.
AMARiisHAR , marinhar, manear, tripu-
lar.
AMARRADO, atalo, ligado, prcso — obsti-
nado, pertinaz, teimoso.
AMARRAR, atar, ligar, prender.
amAsia, amante, amiga, concubina, man-
ceba.
AMASIO, amante, amigo.
AMASSADO, aboleimado, chato — ameiga-
do — grosseiro, tosco.
AMASSAR, sovar — abolar, amolgar — es-
magar — afundir.
AMATORio, erótico.
AMÁVEL, Pgradttvel, encantador.
AwuiçÀo, desg), sede — appelile — cu-
bica.
>!i!D GUiDADB. rmphlbologla — duvidain-
ceri' t.n
A»n Guo pquivwo
dublo, dílvi^ltisti; IH'
AMO
A5C
877
certo, vario -^ índeliberado, indeterminado,
irresoluto, perplexo.
ÂMBITO, circulo, gyro — circuito, circum-
fertJncia, redondeza.
AHBULANTB, errante, eiratico, vagabun-
do.
AMBULATÓRIO, mudavel, vario.
AMKAÇAR, injuriar — amedrontar — annun-
ciar, prognosiic.ir.
AMEAÇAS, barbajas, feros — pragas, ralhos
— rebates.
AMEDRONTAR OU AmedreiUar, alemorisar,
aterrar, intimidar
AMEIGAR, acarinhar, aílagar, amimar, ca-
riciar.
AMENíDADE, frescura , viço — elegância,
graça, suavidade.
AMENO, agradável, aprazivel, deleitavel,
deleitoso, delicioso, gr/ito, jucundo, suave
— viçoso — fresco— frondente, frondoso —
sombrio — amoroso — benigno, brando,
tractavel.
AMESTRAR, adestrar; dirigir, doclrinar, en-
sinar, exercitar, industriar, instruir.
AMIGA, amasia, concubina.
amigar-se, reconciliar-se — amancebar-
se.
AMIGÁVEL, doce — sociavcl — gracioso —
amigo — amoroso
AMIGO, amante, amasio — (oí//.) benéfico,
favorável, propi<"io.
AMIMAR, acarinhar, aíFagar, ameigar, ca-
riciar.
AMiSERAR-SB, amesquinhar-se — apiedar-
se, compadecer-se, condoer-se , doer-se,
lastimar.
AMIUDAR, reduplicar, repetir.
AMIÚDE ou kmiwío, frequentemente, mui-
tas vezes — era breve tempo.
AMIZADE, nff^ícto, amor. carinho — bene-
volência— concórdia, união.
AMO, aio — senhor.
AMOFINAÇÃO , aborrecimento , desgosto ,
desprazer, enfado — pena, tormento.
amofinaR-se, apastar-se, apaixpnar-se, en-
fadar-se — affl'gir-se, agoniar-se.
amoldaR, ajustar, conformar.
amolgar, abolar, amassar — render —
abalar — vencer — (n ) ceder, render-se.,
a,,ollrcer, amollentar, mollificar — ado-
çar enfraquecer — abrandar, enternecer.
amostoamento, cumulo, monte, ruma —
ajuntamento, amontoação — confusão.
amontoar, acciímuUr, aggregar, apinhoar
adqui'ir — multiplicar.
aMor, pfTecto, òffeição, inclinação — ami-
zade — sympíiiia — [-aiiào — aífabilidade,
bent^volencia — o nmanie.
AMfiiuH. esconder — reter.
am»'Hah-8K, a"seiitflr-se, uccultar-se, ex-|
palrl«r-^e |
»UL. IV
AMOROSO, «manto, namorado — {aàj.) amá-
vel — alíiotuoso, aíTciçoado — brando, favo-
rável, .uacio.
AMORTECER, «pagar, extinguir — diminuir,
quebrantar — (n.) entorpecer-se, intume-
cer-sé.
AMORTECIDO, mortal — immobíl, languido
— estanque.
AMOTINAÇÃO, alvoroto, amotinaia, motim,
tumulto - sedição.
AMOTINADOR, faCCiOSO, TCVOltOSO, SedÍCÍO-
so — perturbador — turbulento.
AMOTINAR, akorotar, revoltar, sublevar,
tumHÍtaar — perturbar.
amover, apartar, desviar, remover, ti-
rar.
AMPARAR, favorecer, protoger — defender
— apadrinhar, patrocinar — soccorrer —
abrigar.
AMPARAR-SE, acoutar-so — broquelar-se,
esc idar-se — guardar-se.
AMPARO, abrigo — escudo — apoio — de-
fensa — patrocínio, protecção.
AMPHiTHEATRO, área, circo, colisseu.
AMPLIAR^ accrescentar, augo entar, dila-
tar, estender — dilfundir, propagar — en-
carecer, engrandecer, exaggerar.
AMPLIDÃO, amplitude, extensão, largura ,
latidào.
AMPLIFICAÇÃO, accrescimo, augmento —
exaggeração.
AMi-LiFiCAR, engrandecer, exaggerar — di-
latar.
AMPLO^ amplifico — dilatado, espaçoso,
extenso, largo, vasto — diífuso — abundan-
te, copioso.
AMpoLLA, ambula — bolha.
AMUAR-SE, arrufar-se. desconfiar — agas-
tar-se — encruar-se — parar.
AMUO, arrufo, enfajo, mau humor.
ANACORETA OU Anachoreía, eremita, ermi-
tão — canobita, solitário.
aNaDDIr, accrescentar, addir, ajunctar.
ANAFADO, gordo, liso, luzidio.
analecto, collecção,
ANALOGIA, anaiogisoQO, conformidade, pro-
porção, similhança — comparação — relação
— conveniência, propriedade.
ANÁLOGO, conveniente, proporcionado —
similhante.
analysar. examinar — adelgaçar.
ANATUEMATisAR, excommungap — amaldi-
çoar, maldizer.
ANCA, nádegas, quadril — ^ garupa.
ANCHO, largo — membrudo — ensuberbe-
cido.
A^ciA ou Ânsia, angustia — aperto — af-
flicção, desKOsto, m^gn», penn — efliracia.
ancianidaD"?, anriani.i, v»*lhipe. vetastez
— hraii''fts, C88 — rugis — antiguidade —
pnfrencia.
9 >
xm
áNCÃo, anciaoo, volho— (aoí/.) antigo,
antiquado, envelhecido, idoso, prisco —
aucturisado — usado.
ANcioso, Agitado, inquieto — desvelado,
soiiicito.
ANCO, angulo, cotovelo, recanto.
ANCORADOURO, ancoração, ancoragem —
pouso — amaiTação,
ANDAÇO, contagio, epidemia.
AiND^DOR, andadeiro, andejo — caminhei-
ro.
ANDANÇA, aventura — fortuna, succes-
so.
ANDANTE, er/aute, errático, vagabundo
— aveitureiro,
ANUAR, caminhar, marchar, mover-se —
portar-se — estar, existir.
ANDORINHA, philomeia, progne,
ANDRAJOS, farrapos, trapos.
ANimAjoso , esferrapado , roto , trapen-
to.
ANExiM, axioma — adagio, provérbio, ri-
fão.
ANGRA, enseadinha, portinho.
ANGUSTIA, fííílicção , agouia , ' aperto —
aíFronta, anciã, aaciedado — dôr, marty-
rio, p'ena, tormento, tribulação — cuida-
do, magoa, pezar, sentimento, tristeza —
estreiteza.
ANGusTo, apertado, estreito.
anhiíliio, alento, respiração — bafo.
Anuo, cordeiro,
AiMMADVEusÃo, alteoção, consideração —
advertência, reprehensão — nota, reparo,
ANiJiADVERTiH, casligar, punir.
ANiM\L, basta, bruto — estúpido.
ANIMAI IA, bêstíí, bruto, irracional.
ANIMAR, acoroçosr, ;í lenta r, esforçar —
accetider, incitar, inflammar — accelerar,
avivar.
AN MO, alma, espirito - sentimento —
tenção, esforço, fortaleza — coração, cora-
jem , intrepifiez, valentia magnanimida-
de.
ANIMOSIDADE, magnanimidade — arrojo,
temeridade — ousadia — esforço.
AMMoso, alentado, esforçado, forte — va-
lente, valoroso — audaz, denodado, ire.pa-
vido, intrépido, ousado, resoluto — constan-
te — brioso, gí^ncfoso.
AKiQuiLAu, aninilar, destruir — abater,
humilhar.
ANivELAR, nivelar — emparelhar, hom-
brear, igualar;
, ANNEXAR, incorporar, junctar, vincular,
unir.
ANNOso, idoso — anttgo, velbissimo.
ANNoiAÇÃo, aponlameiito, cuia, nuta, no-
tai^ào, obíítíívação.
anndr, conlirjLar — consentir — appro-
vttr.
ANNULLAR, abolir, abrogar, cassar •— des^
fazer, supprimir — aniquilar.
ANNUNCiAR, publicar — predizer, prognos
ticar, vaticinar — advertir.
ANNUNCio, rroticia, nova — agouro, pre-
sagio — predicçlio, vaticínio — indicio, si-
gnal — publicação.
ANOJADO, enluctado— aíflicto — agastado,
colérico, enfadado, irado — triste.
ANojAR-sE, agastar-se, enfadar-se.
anojo, aborrimento — agastaraenlo, en-
fado.
ANÓMALO, desigual, irregular.
ANTAGONISTA , adversarío , competidor ,
contrario, emulo, oppositor.
ANTE, adiante — antes.
AN lECESsoR, predccessor — {pi.) antepas-
sados, avós.
ANTELOQuio, exordío.
ANTEPARAR, fortiíicar — resguardar — ob-
viar, tolher.
ANTEPARO, bastida, trincheira — defensi-
vo, reparo.
ANTEPASSADOS, avoeugos, avós, maiores
— passados, predecessores.
ANTEPASSAR, passar antes, preceder.
ANTEPOsiçÃo , precedência, preferencia,
primado, primazia.
ANTEKioR, precedente — antecipado, pré-
vio.
ANTES, antecedentemente, de principio,
precedentemente, primeiramente, primeiro
— com preferencia.
ANTEVER, prever — presentir — adivi-
nhar.
ANiiciPAçÃo, adiatamenlo, anterioridade,
prevenção — precaução.
ANTiciPADO , immaturo , precoce, pré-
vio.
anticipar, adiantarse, preceder, preve-
nir.
ANTÍDOTO, contraveneno, preservativo,
triaga.
ANTIGO ou. Ântíguo, prisco, pristino, ve-
tusto — envelhecido, inveterado — antiqua-
do— ancião, idoso, prov.-cto, senil, volho.
ANTiPATHiA, aversão, ódio — geriza, gri-
ma, repugnância.
ANTisTiTE, bispo, prclado — pastor, sacer-
dote. .
antojo, enlejo — capricho — desvario.
aNIonomasia, alcunha.
ANTRO , caverna , cavidade , cova , fur-
na,
ANUVIAR, eclipsar, escurecer, ennoitar,
toldrr.
ANXiiiDADF, fiíllicção, tormcuto — dôf -r
ti islr/j* — cuidado.
APADRINHAR, fdvortícer, patrocinar, pro-
teger — amp *rflr defender.
APAGADO, euiucto — borrodo, riscado —
Âfiu
igBorimlô -^ b»léflL4o — ignobií, i^^>-
to
APAGAR, exticguir, matar — desbotar —
desvaní^oep — destruir — desfazer -^ ris-
car — círigerar.
A PAG 8, fora — guarda — irra -^ tira
lá.
AP\ixoNAR-sE, agaslar-se . • spiahar-se,
irar-FO, irrit4r-se.
APAi PAR, manenr — esperiMiAntr^r — exa-
minar, sondar, teatear.
APANHADO, conciso — colbldo — conven-
cido — breve, curto, estreito, resumido —
arregaçado.
APANHAR, colher — agarrar, empolgar —
roubar — cobrar, recadar — sobresaltear
— caçar — suíTrer experimenlar — col-
ligir — convencer — alcançar, sobrevir —
arregaçar, recolher,
APANHAR-SE, estreitar-so — íinar-se, mor-
APANUo, apanhadura — arregaçamento —
colheita.
1 AFAR, a-la-par, ao lado — junto, perto
— em comparação.
APARADO, talhado — correcto, ellegante
— emendado, polido.
APARADOR, bufete, espinhela,
APARAR, receber — talhar — cerceiar —
separar — aguçar — sustentar, suster.
APARO, talho — apara.
APARTADO, afastado, desviado — separa-
do — ausente, retirado — desunido, di-
vidido — distante, lungiquo, remoto — so-
litário — incommunicavel, insociável.
APARTAMENTO, ausoncia, despedida — se-
paração — afastamento, distancia — ermo,
retiro, solidão — desistência — divorcio —
camará, quarto.
APARTAR, desviar — separar — perder —
apaziguar — distribuir, repartir — retirar
— desmembrar, desunir.
APARTAR-SE, separar-se — afaslar-se, au-
sentar-se, retirar-se — distanciar-se — di-
vidir-se — desunir-se, partir-se — divor-
ciar-se — desmancebar-se — esgarrar-se
desprender se.
APATHÍA, estoicismo, indolência, insensi-
bilidade, negligencia.
APATHico. indolente, insensível, negligen-
te.
APAULADO, aguacento, alagadiço, brejoso,
encharcado, enlodado, húmido, lodoso, pan-
tanoso.
APAULAR-SE, cncharcar-se, enlagoar-se.
apavonar-se, desvanecer-se, enrufar-se,
vangloriar-se.
APAVORAR, assustar, atemorizar, espan-
tar, espavorir.
APAZIGUADO, aquietado, pacificado, quie»
to.
Ali
m9
A-PAfliíGifAMBáfro. .pacificarão tranquillida-
do.
APAZIGUAR, applaoar, aquietar, pacificar
— si»rea»p — amansar, socegar — abran<i
dflr, miligíH'.
APFADO, abaixado, aba'ifl), descido —
desmnnlado.
APEAR-SK, pôr-se j pé — descavalgar,
desmontado.
APEÇONHENTADO, envBnonado — agastado.
ArFÇONUENTAR, apeçonhar, envenenar —
ôsfrag^r.
APBGADrço, pogajoso, viscoso — contagio-
so — constante.
APEGADO, addicto, affeiçoado — «barba-
do, contíguo, junto, próximo, visinho —
aferrado.
apegamknto, adhesão, affeição — tenaci-
dade — Contagio.
apegar, collar, grudar, pegar — juncar,
liar, unir.
AlíEGAR-slG, conglutinar-se — enredar-
se — arriraar-se , encostar-se, segurar-se.
apego, aferro, afinco, contumácia, tena-
c'dade — adhesão, constância.
APENAR, castigar, condemnar — erabar-
gsr — mulclar. '
APENAS, dillicilmente — escassamente —
logo que.
• APERCEBER, aprestar,, pôr prompto, pre-
parar — acautelar, prevenir, prever — an-
ticip3r-se — munir-se — apparelhar-se, es-
quipar
APERCEBER-SE, apparelhar-sc, aprestar-se,
dispôr-se — municiar-se, munir-se.
APERCEBIDO, disposto — acaulelado —
advertido, lembrado — "apparelhado, pre*
parado, prevenido — provido,
APERCEBIMENTO, apparelho, apresto, pre-
parativo — disposição.
APERFEIÇOAMENTO , acabameuto , ultima
mão — p' rfeição.
APERFEIÇOAR, acabar, cousummar, rema-
tar— apurar, limar, pohr, retocar — me-
Ihorar.
APERREAR, amofinar, molestar, opprimir,
vexar — apertar, encolher.
APERTADA, apcrlão, aperto, oppressão —
azáfama, tropel.
APERTADO, alado, cingido, ligado, preso
— comprimido, oppresso -- angusto, es-
treito — escasso mesquinho.
APERTAM8NT0, aporto — austeridado, se-
veridade.
APERTÃO, apertada, aperto — coartamen-
to, restric^ão.
APERTAR, comprimir — cingir — unir,
estreitar, encolher, encurtar — instar — res-
tringir.
APERTO, compressão — pressa, urgência
— trabalho — rigor, penúria, pobreza —
22U «
8S0
APO
APP
dífficuldade -^ vexação -r- aíllicçâo, angus-
tia, transe.
APESARADO ou Apczãrado, arrependido,
pezaroso — constrangido, obrigado.
APESTAR , contaminar , corromper, em-
pestar, infectar, inficionar.
APiCAÇAR, aferrolear, picar, pungir.
APíCE ou Apex, cume, poma, remate,
summidade.
APiEDAR-sE, compadecer-se, condoer-se,
doer-se.
APLACAR, acalmar, mitigar, moderar,
;»brflndar. alliviar — abonançar, socegar,
tranquillisar.
APLAINAR, alizar, igular, levigar, polir,
unir — alhanar, facilitar.
AV0C1MF0 ou Âpocrypho, duvidoso, incer-
to, supposto — fabuloso, falso, tingido.
APODAR, gracejar, motejar — esmar, or-
çar.
APODERAR-SE , apossar-so , apropiar-se,
senhorear-se — usurpar — domar, subjugar,
submetter — conquistar, ganhar
APODO, adagio, anexim, provérbio, ri-
fão,
APODRECER' SE, 8podrentar-se, cariar, cor-
Homper-se, damnar se.
AP0DRtciM*ENT0, apodr^ntameuto, corrup-
ção, podridão, pulrefacção, infecção.
aPOGEo ou Apogeu, elevação
APÓS, atraz — em seguimento — depois.
APOSENTAK, albergar, alojar, hospedar,
recolher — (n.) morar, viver.
aposento, casa, edifício — camará, quar-
to — domif^ilio, estancia — aposentadoria
— habitação, morada, pousada.
APOSSA R-sE, empossar-se — apoderar-se,
senhorear-se.
APOSTADO, deliberado, determinado, re-
soluto — aposto.
APOSTO, alinhado, bem posto, concerta-
do.
APOSTURA, postura — galhardia, garbo.
APOTEcíMA, Apothegma ou Apopàihegma^
agudeza, apotégmala, argúcia, diclo, sen-
tença.
APOTEOSE, Apotheosis ou Apolheose, ca-
noniziíção -— deíficação.
APOUCADO, illiberaí — timido '— abati-
do — desautorado.
apoucamento, abatimento — acanhamen-
to — diminuição — mesquinhez — desa-
lento, pusillanimidade.
APOUCAR, abater, diminuir — extenuar
— desdenhar, desprezar.
APOUCAR SE, abaier-se, humilhar-se —
encurtar-se.
apparato, preparação — adereço, ador-
no, ornato — fausto, grandeza, magnifi-
ceiícia, pompa, sumptuosidade — appare-
APOiAH, basear, especar, fundamentar — j |hos, aprestos
escorar, sustentar, suster — apadriuhar, fa- apparatoso, esplendido, magnifico, sump-
tuoso.
appaRecer, comparecer , deixar-se ver,
mostrar-se, ser visto abrir — assomar.
appareliiar ou Aparelhar, aperciber,
rança — protector — base, } eanha — ergu- aprnmptar, dispor, ordenar, preparar —
mento — auctoridade, pi ova.
APOJADO, cheio, rtlfsado.
vorecer, patrocinar.
APOJAR-SE, firmar-se, fundear-se, suster-
se.
APOIO, escora, espeque — arrimo, spgu
APOLEGAR ou Apollegar^ manusear,, so-
var.
apollo, o sol.
APO'OGiA, defeza, descarga, escusa,, jus-
tificação.
apoloqo, conto, fabula, ficção.
APONTADO fxacto ~ alilado — curioso —
ppchooo — designíído — prevenido — ade-
quado, conveniente — preparado — provido
— correcto, emerdado — cosido.
enjí^ezar.
APPARELHO ou Aparelho, apercebimento,
apresto, preparamento, pteparação — ma-
çame.
APPARENCIA, exterior, exterioridade — fi-
gura, forma — ficção, fingimento — enga-
no, falsidade, mentira — chimera, i'.lu-ão
— pflrpcer similh^^nça — imitação, sombra,
v^r^similh^nça, vislnrubre, visos — proba-
bilidade — capa. (ôr
APPAfiENTE, cl«ro evidente manifesto —
1 parecido, similhante — verosímil --fingi-
do.
espectro,
APONTADOR, marcador — ponto -— aluma-
dor, lançarote. j appabtção, apoarecimento
APONTAMENTO, ementst,. nota. ! phantasma, visão.
apontar, «contar, n<3tiar — CMtar — pro- ; appeludar. abrmear — clamar, vosear
por. suggerir — indicar, marcar — aguçar; — proclamar — nomear — excitar — con-
— alistar. 1 vidar, convocar.
A PONTO, a pique, a proposit.o. | appellido, alcunha, denominação, 80-
APONTOAR, «pontear, escornr, especar, branome — chHmaminto, convocação —
estacar, eslaqnear, pontaietar. reb«te — clamor, ruido.
APORTAR, fazer vir, trazer — levar — (n.) appenso, appensado, pendente — aujun-
aferrar, ancorar, dar fundo, lançar ferro, cto
surgir, tomar porto. í appeteceb, desejar, ter vontade.
APR
AQU
«81
APPETKNCiA, desfjo, vontade.
APPETiTK oxí* Appeiiio, desejo, empenho,
Tontade.
APPLAUDiR, louvar , palmear — apro-
var.
APPLAUSO, acclaraaçà'^, parabéns, viclors,
v'vas — elogio, encumio, louvor — gos-
to, jubilo, prnzpr
appliCaÇao. ac-ornmodação — altençào,
cuidtdo — iudiisiria, primor.
APPLiCADO, ajustado — atlento — estu-
dioso — diligente.
Arpi.iCAR , acommodar , adaptar, apro-
priar — , ajunctar , unir — pôr sobre —
recfitar — destinar — destribuir — esper-
iar.
APPLiCAR-SE, dar-se, occupar-se, vacar
— arrogar-se, atlribiiir-se.
APPOsiTo, accommodado, adequado, apro-
positado. conveniente.
APPREBEPiDER, prender — tomar — re-
ceiar, temer — intender, perceber.
APPRiHEWSÃo, tomadia — comprehen-
são, percepção — temor, imaginação, ima-
ginativa — phanthasia, representação.
APPROPiNQUAR-SE, acercar-sc, aproxincar-
se, avisinhar-se, chegar-se.
approvação. assenso, beneplácito, con^
sentimento — abonação, confirmação — ap-
plauso, louvor.
APPROvADO, confirmado, ratificado.
apphovar, assellar, confirmar, ratificar
— auctorisar.
APRAZAMBNTO, atempaçSo, emprazamento,
prazo — assignação, cuaçào, n(>liUcação.
APRAZAR, adiar, atempar, delongar — ci-
tar.
APRAZES, agradar — deleitar, recrear —
satisfazer.
aprazimento, contentamento — desen-
íi do, prazer — approvação, prasme — be-
neplácito.
aprazível, alegre, jucundo — deleitoso,
gostos*», suave — gracioso, vistoso — agra-
dável, caro, grato — allrrclivo — ameno
— harmónico, sonoro — bem lavrado.
aPRk, apage, fora, irra.
APREÇAR ou Appreçar , avaliar , esti-
mar.
APREÇO, estima, estimação — couta, pre-
ço.
apr«goar, annunciar, divulgar, publi-
car — convocar.
apremar. apertar — constranger, obri-
gar — opiírimir, vexar.
APRENDER, instruir-st».
APRiM)iz, principiante — bisonho, l»ii-
go, novel, noviço.
APRESENTAÇÃO, <iíT»»perimento, oITerta.
APRESENTAR, exhíbir, mostrar, ollurecer,
preseniar, produzir.
TOL. if.
APRESSADO, activo, agil, diligente, eipe-
dito — promplo, veloz.
APRESSAR, accelara. , precipitar — anli-
cipar.
APRi^sTAR, aperceber, aparelhar, aprom-
ptar, dispor, preparar.
APRESTO, app«relho, preparo.
APhESUHAR ou Appressurar, accelerar,
appie>s«r.
APRISCO, curral, redil — cabana, chou-
pana, tegurio.
APHOMPTAR, aviar, dispor, preparar.
APHOP«iA.H, flccomuiodar, a(lí»ptar, adje-
ctivar, a()plicar — atinbuir.
APROVEITADO, adiantado — cultivado —
económico, governado poupado.
APROvEiiAMENio, adiantamooto, melho-
ramento, melhoria, progresso, proveito —
bemfeiíoria
AfROVEiiAR, ganhar, lucrar, utilizar —
(n.) crescer, medrar — servir.
APROXIMAR SE, acercar-se, visinhar-se.
aptar, acconríDQodar, adaptar.
APTIDÃO, capacidado. disposição, habili-
dade, idoneidade, suífioiencia.
APTO, capaz conveniente, hábil, idóneo
— accommodado, proporcionado, próprio
— disposto.
APUNiiAR, empunhar.
APUPADA, apupo, corrima^a, vaia — ma-
traca.
APUPAR, assobiar — patear.
Apupò, apupada, surriada, vaia •— siWo
— brado, gnio — vozeria.
ApuKAÇÀo, apuramento — escolha.
APURADO, puíificado — escolhido — re-
clutado — exhausto, gastado, pobre —
selecto
APURAR, afinar, limpar, purificar — aper-
feiçoar, polir — irritar — provocar *-
averiguar, examinar, inquirir — verificar.
AQUAHTEi.AMENTO, filujamento, quartéis.
AouAHTKLAR, ahjar, casernar — abarra-
car, cantonar.
AQUÁTICO, apaulado, húmido, pantano-
so.
aqueducto, acéquia, cano.
AuuEM, desta pane, para cá — antes —
atraz.
AQURNTAR, aquecer — favorecer, fomen-
tar — animar, excitar.
AQUI, nesie lugar — n^ste ensejo, tem-
po. . .
AQUIKTAÇÂO, pacificação, paz, tranqailU-
dadH.
AQUIETAR, abrandar, acalmar, aplacar,
quioiHr, sofegar.
aQuiiatar. avaliar, determinar — apu-
rar, purificar — melho.-ar, aperfeiçoar.
/Quou, aquilão, bureas.
AU toso, seroso.
Ui
882
ARD
ALIi
AR, aura, sopr« — vapôr — feições —
talhe — geito — bafo, fôlego — apparen-
cia — mostra, parecença — bizarria, do-
naire, galhardia, garbo, graça — chiste,
pico — xnaneiras.
aRa, aliar -- pyra.
aRabe, sabeu. .
ARADO, charrua.
ARAME, bronze.
ABAriZEL, directório, formulário, regimen-
to — tarifa — ladainha, parlenda.'
ahar, arrotear, lavrar, romper — agri-
cultar, cultivar — abrir, arregar — nave-
gar, sul^^ar.
ABAviA, geringonça, vasconço.
ARAUTO, rei de armas — correio, posti-
lhão.
abbíthar, aviltrar, avaliar, estimar.
ARBÍTRIO, alvidrio, vontade — escolha de
totó — estimativa.
ARBITRO, arbitrador, avaliador.
ARBUSTO, arvorezinha, çarça frutice, ver-
go ntea.
ARCA, caixa, cofre — bahú — ataúde,
caixão.
ARCABOUÇO, esqueleto, ossada — arma-
ção, carcassa — cadáver.
arcabuZaR, arcabuzear, espingardear ,
fuzilar.
arCaDURa, curvadura, curvatura.
arcano, mysterio, segredo — enigma —
[adj.) oceulto, secreto.
ARCAR, arquear, curvar, dobrar — cin-
gir, apertar, estimular — (w.) arquejar.
ARCUETiPoou Archetypo, exemplar, idea ,
modelo, molde, original, planta.
ARcniTECro, arcbilector, cbradar — au-
Ctor, inventor.
ARCuiviSTA, cartulario, carturario, cartu-
rciro.
1 ARCaivo, cartório, conservatório, torre do
.^!tembo — secretaria.
*í' AnCnOTE, acha, facho, tea, tocha.
ÁRCTICO, aqiiilonar, aquilinio, arcluro,
boreal, glaciai, byperboreo, scythico, thra
cio.
ARCTOS, hélice, plaustro, ursamaior.
ARDECO, ardente, fogoso — irritável —
quente — apressado — afanoso, difícil,
trabalhoso.
A^nENCiA, ardor, fogo — ardenlía.
ARDENTE, abrasado , acceso , igneo, in-
flammado — fervente, fervido — brilhan-
te, fulguranie, lumdo, lumino.so, luzente,
radiante, refulgente, rcs^ilaudecenle, ruti-
lante — fogoso, impetuoso.
ARDER, abrasar-se, afoguear-se, incen-
der-.se, inílamraar-se, queimar-sd — bri-
lhar — fstragar-se — irar- se.
ardiheza, alrevimenlo, desenvoltura, des-
pejo, ousadia, soltura.
ARDIDO, alirasado, consumido, queimado
— alentado — animoso, atrevido, ousado
— apaixonado — fogoso.
ARuiLfeZA, ardil, astúcia, manha — es-
tratagema.
ARDILOSO, ardidoso, astucioso, astuto, fi-
no, manhí'S0 — acautelado — artiíicioso.
ARDiMENTo, atrevimento, bravura, deno-
do, ousadia — fogo, íuria, Ímpeto.
ARDOR, amor, paixão — fervor — calor
— fogo — Ímpeto — actividade, energia.
ARuuo, áspero, trabalhoso — diíficil —
duro, custoso, penoso — arriscado, perigo-
tío — escabroso, escarpado.
AREADO ou Areiado, attonito, pasmado.
areento ou AreientOf areioso, arenoso,
saibroso.
AREJAR, ventilar.
ARBiNGA, discurso, falia, oração, pratica
— palavrorio, parolagem.
ARENGAR, orar, perorar — bacharelar,
charhr, pairar.
ARFAR, balancear, cabecear, jogar, solu-
çar — empioar-se.
ARGENTAR, argentear, pratear, — bran-
quear, clarear.
ARGÚCIA, agudeza, subtileza — chiste —
sophisma.
ARGUEiREiRo, pichoso, minucioso — sub-
tilizador.
ARGUIR, increpsr, reprehender — accu-
sar, culpar, redarguir — censurar, criticar
— condemnar, reprovar — contradizer.
ARGUMENTO, argumentação — indicio,
prova — assumpto, matéria, sugeito — syl-
logismo — conjtí^ítnra, indicio.
ARGUTO, agudo, judicioso, subtil — cla«
ro — for»e.
ARíDo, adusto — seceo — estéril.
aríuura, aridade, aridez, seccura, sequi-
dâo.
ARISCO, bravio — esquivo — espantadi-
ço — isento — seoco — solto — areioso.
ARLíQuiM, bufão, chocarceiro, farçante,
farcisla, mimo. saltimbanco — palhaço.
ARMADA, esquadra — comboi, frota —
exercito,
ARaADiLHA, boiz, costella, espar reli a, la-
ço, rede — cilada, engano.
ahmar, suscitar — traçar — construir,
levantar — alcatifar, tapizar.
armar-se, ajunclar-se, engrossar-se, for-
mar-se.
AROMA , cheiro, insenso, odor, perfu-
me.
ARQUEJAR, anhelar — bocejar — offe-
gar.
Arrabalde, burgo, subúrbio.
ARIMIAL, acampamont*!, campo, real.
AHH*u.Au-sR, radwar-se — inlroduzír-S8
— inveterar so — pfgar.
Aim
ATin
888
ABRVTccAn, desarraigar — sacar --^ extir-
par — desiruir.
AHRiNjA», coKocar, compor, dispcr, or-
denar.
ARRAS ou Ârrhas^ signal — penhores,
rcfins.
ARRASAR ou Arrazar, nplnnar, igualar —
flbaler, aluir, arruiii.ír. desmarilfíar, des-
xroçar , destruir, prostrar — assolar, ta-
lar.
ARBASTADO, dslongado , prolongado —
abaiido, dtsprezado — impf-llido.
abrastau ou Arraslrar, rojar — demo-
rar — constranger, forçar.
ARiuvsssAR, lançar, vomitar.
ARRAZOADO ou Arrezoain, avizndo. dis-
creta — t)flslaiUe, mcdiar.o, sulDcieute —
rízoatti. solliivfi — (s.J arenga, discurso,
oração, razo*uoenLo.
ARRAZOAR OU Arrcxoãr, discorrer, dis-
cursar, failar, praticar — argumentar.
abrbbanhar-se, í»junclar-se, apinhar-se,
apinlioar-se.
ARREBATADO, repcolino — imp'uden(e —
assomado, viol-nto — arrojado, inconside-
rado — radido, veloz — presenlissimo —
enlevado — t-xialieo^ alienado.
arklb\tado», raptor, roubador — de-
lic.os , incaaiador.
aruebatamento, rapto, roubo — incon-
sidt-raí^ão — eiilevai^ào, enlevo, extasis,
Iransporie — admiração, pasmo.
arkeratah, rapinar, roubar — deleitar,
incanlar — enlevar, pasmar.
arrebentar, quebrar, romper — dispa-
rar — apparecer, assomar — dar, sair —
estalar, estourar — brotar — almejar, an-
Lelar.
AUHEBiQ-JE ou Arrabique, arrtbol, côr,
postura.
ARREBITAR, alçar, erguer — encrespar,
franzir.
AURtCADAÇÃo, cobrauça, cobro — cerii-
dão
A RR eca D A dor, cobrador, recebedor— guar-
dador.
ARRtCADAB, cobrar, recídar, receber —
guardar.
akkscadas, argolinhas, brincos, penden-
les. pingentes.
AitHk.UAU0, afasiado, dislaalc, longinquo,
remoto — letirado.
ahhedak, afastar, apertar, desviar — alon-
gar, <li»ianciar.
arri:feglr, abrandar, afrouxar — enfiar,
esfriíír.
AHiiEL^R, ajaezar — adereçar, adornar,
ataviar, eufeitor, ornar.
AREEiQi, aruezei, jaeses — adornos, en-
feiieè
ARRKAATAR, elmoudar "- aperfeiçoar —
acabar, conclui'*, findar. uUimar — prague-
jar — r«Irtvrrtr — fechar.
ARREMEÇADO ou Arremcssado. despedido,
vibrado — desenfreido — atrevido, temerá-
rio — impruilenle, inconsiderado.
ARREMi.çÂo, dardo, rojão, venabulo.
AHREMEÇAii 011 Arrcmc^sar, arro ar, alti-
rar, vibrar — rebolar, repellir — acommel-
ter, lanç."ír-se.
ARREMfço ou Arremesso, tiro — arrojo,
jacto, lanço.
auremedar, contrafazer, fingir, imitar,
renicdar — (n.) assimilhar-se , parecer-
se.
arremedo, imitação, apparencia — ficção
— farÇa.
arremetter, acommelter» arrojar-se, in-
vestir, lançar-se.
ARREMETriDA, acommcttimento, assalto,
cargi, rhoqne, investida. ^
ARRENEGADO, eufadado, irado — {s.) após-'
tala — perjuro, traidor.
ARRENEGAR, aborrecer, detestar — amal-
diçoar, blasphomar — [n ) apostatar — en-
raivecer, raivar.
ARREPANHAR, agafanhar, arrebatar, pilhar,
rapinsr
abhepender-se, apezarar se,duer-se, sea-
lir-se — retractar-se.
ARREPENDIMENTO, contrição, dôr, pesar,
sentimento.
ARRIAR, abaixar, abater, amainar, des-
cer - aírcuxsr.
ARRIBAR, fporlar, chegar — urdir — exce-
der-- assomar, montar.
arriÇaDO, cordoado — entesado, crespo,
hirsuto, Ijirio hispilo, ouriçado.
ar«iça», arripiar, erriçar.
arrjar, enrijir — convalescer.
ARKiMAR-sE, apoiar-se, encostar-se, es-
leiar-se , est ibar-se , íirmar-se , fuudar-
se.
arrimo, encosto — espeque, esteio — ba-
cnlo, bordão — amparo, patrocínio — pa-
drinno, pat^^oi.o, valedor.
ARRiPíAR SK ou A rrepiar-se, badalejar —
c-,nriçar-se, ouriçar-se.
ARRISCADO, filr.antilado, alto, empinado,
íngreme — perigoso — aventuroso, destemi-
do, temerário — casual, fortuito.
ARRISCAR^ aventurar, comprometler, eX"*
pôr.
ARROCHADA, bordoada, lambada, paula-
da.
ARROCKiRo, arrieiro — almocreve.
ARROGÂNCIA, altania, altivez, gjgulho, so-
berba - jactância, presampçâo — f islo. o$«-
tentação, vangloria — nudaiia, insolência.
ABnnGA>TK, alio — impfl-ioRÒ — enlona-»
<^n. inchado, preaumida — deioaradOl— ^féOi'
ifariãQ»
S2X «
884
ASC
AS8
ARROIO nu Arroyo, regato, remanso, ri-
beiro.
arkojado, arremeçado, assomado, impe-
tuoso, precipitado — .'ilrevido, audaz, ousa-
do, temerário — denodado, dPst(^mido, im-
pávido, intrépido, resoluto — animoso, va-
loroso — alentado, esforçado
ARROJAR, arremeçar, atirar, despedir, lan-
çar — arrastar, rojar.
ARROJO, expulsão — arrojamento, temeri-
dade, denodo — arremeço.
ARROMBAR, britar, espedaçar, quebrar,
romper — desfazer, desmanchar.
ARROSTAR, encarar— acommelter,empren-
der.
arrostar-se, afTrontarse, expôr-se.
ARROTADOR, bHgoso — faufairão, ronca-
dor.
ARROTAR, basofiar, bravatear, jactar-
se.
arroudamento, arrebatamento, arroubo,
extasis..
ARROUBAR-SB , arrcbatar-so, enlevar-se,
extasiar-se.
ARROUPAR, enroupar — cobrir, v^^stir.
ARHUFAR-sE, enrugar-SB — eufadar-se.
arrlfo, agastamento, amuo, culera, des-
peito.
ARRuiDO, estrondo, ruido — briga, pen-
dência.
arruípíar, abater, aluir, demolir, derro-
car, destruir — desbaratar, estragar.
arruínhar, abrir, escachar, escarchar,
rachar.
ARTE, disciplina, methodo, norma, regra
— artiílrio, industria, iiigenho — destreza,
habilidade, sul.tileza — esmero, perfeição,
primor — faculdade — doutrina, estudo —
sciencia — fraude —ardil, astúcia. í^strata-
gema. traça — caracter, génio, Índole —
manufactura.
ARTEIRO, astuto, mauhoso, sagaz, zorra.
ARTEMAGico, ftiticeiro, magico, nigroman-
te.
artífice, artista, obreiro, official, opifi-
ce — causador.
ARTIFICIO, arte, industria — astúcia, fin-
gimento — fabricí.
ARTIFICIOSO, fabril — ingenhoso — artei •
roso, doloso, enganoso— fallaz, fingido —
astuto, destro, subtil,
ARTiMAPíHA, artlficio, dolo, fraude, tre-
ta.
ARTISTA, artifice —estudante— [adj.] ar-
teiro, manhoso.
ARÚSPICE ou Haruspice, augoureir.), au-
gur —adivinhador, adivinho.
ARVORE, arvor, tronco — mastro — náu,
navio.
ASA ou Aza, penna.
AiCfini^ftACM^ estirpe^ genealogia, gerBg&o^
progénie, prosápia — antecessores, antepas-
sados, avós, progenitores.
ASCENDENTE , predomiuio, superioridade
— autoridade, poder,
ASCENSÃO, ascenso, elevação, subida.
ASCO, enjoo, náusea — fastio — nojo —
aversão, repugnância
ASCRiPTO, escripto — numerado, regista-
do
AscuA, brasa — chamma.
ASILO ou Asylo, abrigo, acolheita, refu-
gio— couto, guarida valhacouto.
* ASINHA, depressa — cedo, em breve.
ASiR, agarrar, segurar.
ASNEIRA, asnidade, parvoíce, sandice, to-
lice
ASNEiRÃo, sandeu, toleirão, zote,
ASNO, burro, jumento — bestial, estólido,
estólido, estúpido, ignorante, lorpa, tolo.
ASPAR, avexar, rLorliticar.
ASPECTO, cara, face, parecer, rosto, sem-
blante — vi^ta — apparencia, exterior.
* ASPEITO, aspecto, catadura — attenção,
respeito — presença, vista.
AstEBFZA, desabrimento, dureza, rudeza
— escabrosidada — inclemência, rigor —
austeridade, mortificação, penitencia — acri-
monia, agrura.
ASPERGER ou Aspergir, borrifar — ba-
nhar, molhar — regar, salpicar — aguar,
rociar
ÁSPERO, bronco, desigual, escabroso, fra-
goso — duro, severo — austero — desabri-
do, destemperado, inharmonico — acerbo,
azedo.
ÁSPIDE ou Axpid, basilisco, vibora.
ASPIRAR, conseguir — desejiír — preten-
der, sollicitar — respirar — exhalar, recen-
der — favorecer j [n.) assoprar.
ASQUEROSO, ascarento, hediondo, s^trdido
— immundo — nauseoso, nojoso — feio.
ASSALTADA, arrcmcttida, assalto, investi-
da, salteada.
ASSALTAR OU Assaltear, acommelter, ar-
renreiter, atacar, investir, saltear.
ASSALTO, acommettimento, investida, op*
pugnação, salto.
AssANHAR-SE,agastar-se, embespinhar-se,
encolerisar-se, enfurecer-se,írar-se, irrilar-
se.
ASSANHO, cólera, enfado, furor, ira, rai-
va.
ASSAR ou Açar, torrar, tostar.
ASSAS ou Assaz, abundante, ampla, suf-
ficientemente.
ASSASSINAR, ferir, matar — aílligir — en-
fadar, importunar.
ASSASSÍNIO, assassinato, occisão.
ASSAzoADO, idóneo, próprio ~ recosído,
ressicado.
AvdsDiARy ceroari íitiafi
iSS
ASS
885
ASSEDIO, bloqueio, cerco, circumvallação,
cordio, sitio.
ASSEGURADO, seguFO — capscilado, certifi-
cado — dcsassustado , quieio , socegado ,
(ranquillo
ASSEGURAR, affirmar, asseverar — garan-
tir.
ASSELLAR, sellar — approvar — acurvar,
vergar.
ASSEMBLEA OU ÂssembUia. ajuntamento,
auditório, congresso, conselho, convenlicu-
lo, corrilho — chamada.
ASSRHRLHAR OU Assimilhar, arremedar,
contrafazer imitar — comparar.
ASSKNTADO. coucordí^, couforme — soce-
gado, Iranquillo — moderado, prudente —
avisado,, discreto — collocado, posto, sitia-
do— ajupiado, determinado, pacteado.
ASSENTAMENTO, asscnto — base —situação
— habitação — acordo, consentimento.
ASSENTAR, Hotar, rpgisiar — estabelecer
— situar — ordenar, regular — acordar, de-
cidir, resolver pôr — fixar — coUocar —
julgar — dar — calcar — traçar — (n.) ajus-
tar, quadrai .
ASSRNTAR-sE, alistar-se — determinar-se
— e»tabel'c«r-s*^.
ASMNTR, firme, solido — assentado —cor-
dato, maduro, repousado.
ASSENTIR, annuir, approvar, consentir.
ASSENTO, banco, cadeira — povoação —
alistamento — circumspecçào, prudência, si-
so, sisudeza — apontamento, n^^t» — reso-
lução — morada, vivenda — pó, sedimento
— constância, firmeza, resolução — ajuste,
concerto, pacto — estabelecimento — quie-
tação, socego.
Assioso, apto, id^^neo.
ASSERÇÃO, aílirmação, asserto — proposi-
ção.
ASSEHTOR, defensor, mantenedor, protec-
tor — libertador, salvador.
ASSESTAR, collocnr, dispôr, situar.
ASSEVERAÇÃO, aftirmação, certeza, segu-
rança.
ASSEVERAR, aíTirmar, assegurar, certificar,
confirmar.
Ass'DLÍDADB, coDtinuaçào, frequência —
exactidão.
assíduo, aturado, continuo, frequente —
applicado — diligente — exacto.
ASSIGNAÇÃO, citação, mandado, notifica-
ção— aprazamento — assignatura.
ASSIGNALAR, marcar, notar, sígnalar —
mostrar — abalizar — dist nguir — illustrar
— aprazer, especificar.
ASSiGNALAR-SB, mostrar-se — avantajar-
56, distiaguir-se , esmerar-se , extremar-
M.
ASSiGNAR, firmar — aprazar, designar,
dcftbrmiaar — applibar — r^artir — dar^
distribuir — apontar , mostrar — limi-
tar.
ASsiH 011 Am, deste modo, desta sorte
— tara, tanto.
ASSISADO ou Assixado, discreto, pruden-
te, sábio, sensato.
Assisio, meio cónego, tercenario.
ASSISTÊNCIA, proseoça — morada, residên-
cia — auxilio, soccorro — companhia— aus-
picio— menstruo.
ASSISTENTE, cspectador, oavinte — pre-
sente — residente.
ASSISTIR, morar, residir — auxiliar, soc-
correr — adjudar, proteger — galantear —
acompanhar — permanecer — advogar —
procurar.
ASSOBIAR, apitar, ciciar, sibilar, silvar —
escarnecer — apupar.
ASSOBIO, apito — silvo — {pi.) apupada,
pateada.
ASSOCIAR, junctar — (n.) conviver.
assol.ação, destroço, destruição, devasta-
ção, estrago, rui na.
assolado, arrasado, arruinado, destruí-
do, devast\do — aniquilado — despojado,
roubado, saqueado.
ASSOLAR, nrrapar. arruinar, derrocar —
destroçar, destruir, devastar, estragar, talar.
assoldadar, assalariar — alistar.
ASSOMADA, alto, altura, cume — appare-
cimento.
ASSOMADO, irascivel — impaciente — resu-
mido.
ASSOMAR, apparecer, chegar — começar
— esmar, orçar — abreviar, cifrar, resu-
mir — irritar.
ASSOMAR-SE , apparecor , mostrar-se —
írar-se — resurair-se
ASSOMBRADO, sombrcado — attonito, ma-
ravilhado, pasmado — empanado, obscure-
cido, toldado.
ASsi>MBRAMENTO , admiração — espanto,
susto — feição — sombra
ASSOMBRAR, sombrear — aíTeiçoar — ame-
drontar, assustar — espantar, maravilhar
— eclipsar, escurecer.
ASSOMBRO, admiração, p^smo — espanto
— estupidrz — encanto, maravilha, porten-
to, prodígio.
ASSOMBROSO, admirável, notável, porten-
toso
ASSOMO, apparencia, indicio, mostra, si-
gnal.
ASSONANCiA, consonaucia.
ASsoNANTE, assoauto, consono.
ASSOPRAOOR, folie.
ASSOPRAR, ventar — inspirar — favorecer
— arejar, refrescar.
ASSOPRO, assopradura, sopro — bafo, fo«
lego, hálito, respiraç&o -^arageiBi aura^
liaiagem.
m
830
AU
Ml
AssossEGAMRNTO, quietaçSo, repouso, 80-
ccga.
AsscviNAR, irritar — picar.
assuada ou Asxoala, flgflzarra, gritirla
— barafunda, barulho — balburJia, lumul-
lo — motim — briga.
ASSUMIR, arrogar, allribuir-SB, tomap.
ASSUMPriVEL, admisaivel, válido, valioso,
legilirao.
ASSUMPTO, argumento, matéria, sujeito,
Ihema — abjecto, motivo, propósito.
ASSUSTAR, ai iedrontar, atemorizar, inti-
midar.
ASSixAR, afrouxar, alargar.
astkea, é justiça.
ASTRÓLOGO, 8Str,)riomO.
ASfRCSO, desastrado, infeliz, mofino.
ASTLCiA , arte, arliticio — SAgatidade ,
subtileza — alif.aalina, esiralagerua, macliia-
vellismo — ardil, destreza, engano, tra-
ma.
ASTUCIOSO, arteiro, astuto.
ASTuio, ardiloso, artificioso — malicioso,
manhoso — a\isado, iogeuhoso, sagaz —
fino.
ATABAFAR, abafar — encobrir, occul-
tar.
ATABALHOADO, aduudado, atarantado, es
louvado
ATABUCAR, engodar, «-nlreter, illudir,
ATACADOtt, aiacía, cordão.
ATACAR, iig'<r, preuiler — carregar, ce-
var, encher — òcommeller, assaliar, jnvcs-
lir.
ATADO, amarrado, liado — acanhado, ti-
mitlo — enleiado, irresolulo
ATADURA, ligadura — liame — nó, vincu-
lo.
ATAiM^D", ardiloso, aslu^lo — dissimulado
— >elhaco.
ATAi.A>A, sentinella, vedeta, vela, vigia
— guarita, torre — fusta.
atala'ar, avistar, descortinar, vigiar —
especular, «.bscrvar — espiar, ♦spreitar.
.; ATALAiAR-Síf, acautelar s»», guardar se.
^ATALHADO, cofifuso, Huiharaçído, perple-
xo, perturbado — chnfrado. ^
atalílar, cortar, embararap, fechar, im-
pedir, inierroraper — encjiriar, estreitar —
lalar, talhar — estovar, obviar, prevenir.
ATA' HAR SE, p'jar-se — confundir se ,
embaraçar-se.
atai.hr, compendio, resumo, summa
aTai.ho, remai»», tnrmo — caminho —
carreiro, trarfdte, irilh<>^ vereda — < ó te,
desvio, cujpecilh I, esloivo — abreviatu-
ra.
atamento, atadura, enlace^ ligadura —
prisão.
Aik^kiKK nn ^ttnaxar, aflligir, atormea-
tiP — iuiporlunar, perseguir. ., •■ *
ataour, acomraetimenlo, assa'ío, cho-
que, investi la — accesso — carga.
atar, cingir, ligar, nodar — amarrar,
prender, segurar — juiictar, uuir — atalhar,
embfiraçar, enlfiar.
ataiuntau, confundir, perturbar — aloa-
tar, aturdir, azoar, azoinar.
ATARRACAR, atochar — confundir, enlciar
— í.ííliair.
ataruaciiar, parafusT — segurar.
aIascadeiuo, atoleiro, monturo — loda-
çal.
atassalhar, «lanhar, despedaçar, lace-
rar, rasgar — esfarpar, esfarrapar.
ataiíde, caixão, esquife, féretro, tum-
ba.
ataviar, aceiar — adereçar, adornar, en-
feitar, ornar.
atavio, adorno, enfeite, ornato — aceio
— arreio, gala.
atbar ou Xíeíar, abrasar, accander, in-
flammar.
atkuIar, aborrecer, aborrir, anojir, en-
fastiar, molestar.
atkmorisar on klemorizar, amedronta r,
assooibrar, assustar, aterrar, espantar, es-
pavorir, intimidar.
ATKKiiAR 011 Átterrar, amedrontar, as-
sustar, espavitrir — derribar.
ATKK-se, arrimar-se, pegar-se — acostar-
se, referir- se,
ATKSAB, entesar, estender, estirar.
atestar. entestar — abarrotar, arrunhar
— e"»pHchar.
atiiknko ou ktheneu^ academia,, lyceu,
univer.sidade.
AiuLKTA. campeão, c^mliatenle. gladia-
dor luciadir — htialahdor, guerreiro — ^
[adj ) animoso, robusto.
atii'.ktica, {^ynastica.
ATHLfcTico, íorte, nervoso, nervudo, po-
buáio
ati(;ad9r, espivilador — fomentador, ins-
tig-^ Jor.
AT çament^, instigação — irritação.
ATIÇAR, espiviíar — alniar — estimular,
instigir — excitar, provocar, s scilar —
irrita-.
atilado, aperfeiçoado, aprimorado —
ciilio, elegante, oruado, polido — espini-
Cddo
ATI' AR, aceiar, arreiar — ataviar, or-
nar — íipuiar, polir — aperfr:ii^oar, apri-
ujorar.
Aiimo, barbante, cordãosinho , cordel,
guita.
ATr.VAR, aihar. descobrir, enconlrat—
encofiiríf — acertar.
jiTiMo, > peno. jirzi, tino. |^
ATiKA». xrreriiHçir. arr<«jaffíbolar, UnQ^rj
vibfttr — caiuiuhar. ir.. . ,. ■
ATR
ATT
887
ATinAH-si, abalançar-se — arremeçar-se
arr('j«r-se.
atíUar, apitar.
,- -AfoAa, rebuquear, sirgar — atemorizar,
■aterrar.
ATOARDAS, boalos, DOticias, rumores.
atocíiar, aptrlar — euibulir.
ATOLADO, atascado — apatetado, atolei-
mado.
ATOLAR, alascar, enlodar.
ATOLAR-SK, ararv«r-sc, eoabarrar-se, em-
paianar-se, piilodnr-se, envasar-so.
Ai0LRiM*Do, basbaque, néscio, parvo, pa-
teta. sim[iles, simplório.
ATOLEIRO, aiascHdeiro, <;eno, l«maçal, la-
lOarão, lameiro, lodaçal, monturo, vasa.
AToíio, corpúsculo — pomo — i^dj.)
indivisivel.
ATONíTo, areado, assombrado, confuso,
perturbado.
ATONTAR, entontecer, estontear.
ATORDOAMENTO, perlurbaçào — pasmo,
surprezn.
ATORDOAR, aturdir, azoar — assombrar,
espantar.
ATORMENTAR, flagellap, marlyrisar, tra-
tear — aíTligir, airihular, aperrear, molts-
ler, mortiticar, trabalhar.
*-<' ATRABILIÁRIO, atribilioso — melancólico,
triste — colerino.
atbacar, arcar, travar — aferrar, ar-
poar.
ATRAIÇOADO on Atreiçoado,íP9\eíico, máu,
pérfido, lefrtlsado, traidor.
ATRAIÇOAR ou Aireiçoar, trfír.
ATRAPALHAÇÃO, barafunda, coufusàe, des-
ordem, embaraço.
-w*"'iTRAPALnAn, entrapar — embaraçar, em-
baralhar — perturbar.
atravaíccar, embaraçar, empachar, im-
pedir, pfjar.
atravessar, oppôr — trespassar — mo-
nopolisar.
atravessar-sr, oppôr-se — expôr-se —
anticipar-se — entremellcr-se.
'p atraz ou Atrás, áquem — menos —
após, depois.
ATRAZAR, delongar, demorar, diíTerir, re-
tardar.
A1RAZ0, alrazamento, demora — deca-
dência.
Al REVIDO, arrojado, ousado, temerário —
descorctdido, impeninenle.
ATREvMENTo. arrojo, audácia, corajem,
intrt'pidez — confisnça, fiança.
ATRIBULAÇÃO, tiílliççào, dòr, magoa —
adversidade — inquietação — vexação.
ATniBui.AB, aílliKir, lorraentar — mallia-
Ctar, molestar — inouiclar.
ATnl^cuKU^AR, entrincheirar.
AiHio, adro — palio — vestíbulo.
atripular, marínheirar.
ATRO, negro — lúgubre.
ATROADA, estrondo, ruído. >
ATROAR, retumbar — aturdir — abalar,
estremecer.
ATR0C8 ouAíroz, enorme, grave *-.
cruel, deshumano, despiedado, fero, fe-
roz,
ATROCIDADE, barbaridade, crueldade, fe-
reza, ferocidade, sevícia.
ATROPELLADO, calcado, pizado, trilhado
— persrguido, trabalhado — atormenta-
do.
ATROPELLAR, derribar — calcar, pizar,
trilhar — deprimir, op:)rimir, vexar — de-
sestimar, desprezar — desattender.
ATTENçÃo, advertência, cuidado, tento -*-
applicação — consideração, respeito •«-
corlezia, urbanidade.
ATTENCioso, coricz, polido, urbano -*-
attento.
ATiENDFR, cspcrar — tender — alten-
tar, fiçguardar, reparar.
ATTKNTADO, arrazoado, discreto, judicio-
so, prudente — acautelado, advertido -^
apontado, exacto — {*.) desacato, sacrilé-
gio.
ATTENTAR, reparar — advertir, reflectir,
rcnexionar — a[>8lpar — atíender, consi-
derar — começar, commetter, emprendtír
— propor — iotentnr — experimentar.
ATTENTO, atlencioso — applcado, cui-
dadoso — enlevado, pasmado,
ATTENUAÇÃo, debilidade, enfraquecimen-
to, fraqueza — dimir.uiçào.
ATTENiiAR, debilitar, detinhar, emmagre-
cer — diminuir, minorar — empobrecet.
attestaÇão, certidão — testimunho
attestak, eflirmar, assegurar, certificar,
testimunhar.
ATTiC SMO, delicadeza, elegância, pureza
— jovialidade, motejo.
ATTco, polido.
ATiiTfDE, acçio, ar, desplanto — posi-
ção, positura, postura, situação.
ATTO?<iTo, enlevado, estupefacto, pasma*
do, assombrado, espantado.
attraCçào, atraímento — tendência —
proprensão.
ATTUACTivo,iman — engodo — (/)í.)for-
mozura, graças, incantos — aff^gos.
ATTRACTO. coutraldo, eocolhido.
AETRAHiMENTo OU kUraimtnio, enleva-
ção, exinsis, rapto — attractivo.
ATTRAiiui ou Atlroir^ puchar, tirar, —
carear, chamar, convidar — alliciar, engo-
dar — induzir — negociar.
ATTRiBuiR, conceder, dar — appUcar,
imjiutar, referir.
ATTRIBUIR SE, adscrcvcr se apropriar-iB)
arrogar-se
nt ,
888
AUS
ATA
ATTRiBUTAR, avassallar — tributarear.
ATTRiBUTO, condição, predicado, proprie-
dade, qualidade — perfeição — insignia,
sigoal, syaubolo.
attrição , arrependimento , contrição ,
dôr.
ATULHAR, entulhar -- abarrotar, encher
ATUMULTUAR, alvomttr, amotinar.
ATUPiK, eniulbar, entupir — atalhar ,
embaraçar.
ATURADO, continuo, não interrupto, se-
guido — assiduo, constante, perseverante,
porfioso.
ATURADOR, paciente, soífredor — aguen-
tador.
ATURAR, padecer, soíTrer, supportar, to-
lerar — resistir — continuar, perseverar,
persistir.
ATURDIR, apatetar, estontear — atordoar,
azoinar — assustar, intimidar.
AUDÁCIA, atrevimento, denodo, aidide-
za, intrepidez, ousadia, valor — desp'jo.
AUDAZ ou Xudace, atrevido, dest^^mido,
ardido, ousado, valoroso — despachado, des-
pejado.
AUDIÊNCIA, auditório, ouvintes — tribu-
nal.
AUDITÓRIO, assembleia, assistência.
AUGE, apogeu, zenith — cume, eleva-
ção, eminência — alteza, sublimidade.
AUuMENTAÇÃo, accesso, accrescimo, ad-
dição, augmento, incremento.
aucmentar, accresceutar, redupUcar —
aggravar, engrossar — amphlicar, engran-
decer.
AUGMENTO, ampliação — accrescentamen-
to, accrescimo — crescimento — adianta-
mento, progresso.
AUGUR, agoureiro, angure.
AUGURAR, agourar, auspicar , predizer ,
presagiar, prognoâlicar, prophetizar, con-
jecturar.
aUGurio, agouro, presagio.
^L CUSTO, grande, magestoso, respeitável,
venerando, venerável
AULA, «'lasse — acaderpia, lyceu — cor-
te, palácio.
auuco, cortezão, palaciano — civil.
AULiSTA, alumno, discípulo, estudante —
academista.
4 URA, ar, aragem, favonio, zephiro —
aceitação, favor — applauso— alento, há-
lito, respiração.
AUREO, dourado — brilhante, rutilante
— nobre, pohdo.
AUREOLA, coroa, resplandor — gloria.
AURORA, alva, madrugada — levante,
oriente.
AUSÊNCIA, apartamento, distancia — re-
tiro, sitledade — saudade — desemporo»
demui&v) .
AUSENTADO, ausente, remoto, retirado.
AUSENTAR-SE, afastar-se, apartar-se, ar-
redar-se — ir-se, retirar se.
AUSENTE, apartado, retirado — afastado,
distante, longe — desunido, separado —
degradado, desterrado.
AUSO. ousadia.
ausp.Cah, augurar, predizer, prognosti-
car.
AUSPICIO, advinhação, presagio — assis-
tência, protecção — conselho, direcção —
auctoridade.
auster-dadp, abstinência, jgum, morti-
ficação — austpreza, estoicismo, inteireza,
rigidez, severidade.
AUSTERO, áspero, rigido, rigoroso, seve-
ro — a<*erbo.
AUSTRAL, austrino, do sul.
AUsTRO, sul.
AUTHEN31CAR, autorizar, legalisar, vali-
dar.
AUTHENTIC0. Icgalisado, solemne — ap-
provado, válido — celebre, notável.
AUTO ou Âucto, instrumento — acção,
acto — continência, gesto, postura — (pi.)
escripturas, processos — farças.
AUTOR, Xulkor ou Auctor, escriplor — -
descobridor, inventor — fundador, insti-
tuidor -— chefe — fonte, principio — tron-
co — demandista.
AUTORIDADE OU Auctoridadc , dominio,
mando, poder — credito — governo —
licença, permissão — consideração, força,
peso — (pi.) sentenças, textos.
AUTORIZAR, Autorisar ou Xuctorixãr ,
acreditar — approvar — confirmar — au-
thenticar, legalisar.
AUi'LiAR, ajudar, soccorrer — favore-
cer, proteger.
AUXILIO, ajuda, soccorro — • adjudatorio,
assistência — remédio.
AVALIAÇÃO, apreciação, apreço, conta,
estima, estimação.
AVALIADO, apreciado, estimado , julga-
do.
AVALIADOR, apreciador, contraste, esti-
mação.
AVANÇADA, accommettida, assalto — irru-
pção.
AVANÇAR, adiantar, apressar— acomme-
ter, investir, vencer, vingar — servir.
AVANÇO, adiantamento, augmento, pro-
gresso — lucro, usura — melhoria, \aa-
tagem.
AVANiA, affronta, vexação, ultrf>je.
aVaNTagkm om Xvantaj em, addiantamen-
to — proveito — dute. prenda — melho-
ria, superioridade — vicloria.
AV ^TAJ*R Se, exceder-se — destinguif'
se, eitrernar fe.
AVA«TAJo8o, proyfiiosi», útil.
JLVJ
izfí
883
AVA5TE, adianto, por diante — mais pas-
sante.
AVARENTO, Bvaro, fons, mesquinho —
CSCaso, parco — nvido, ciiLiçoso.
AVARKZA, avnricia, mesquinliana, mes-
quinhez, mofina.
AVASS\LL\R, domar, render, subjugar,
sul»meler, vencer — conquistar, ganhar, se-
nhorear — dominar.
AVE. pássaro.
AVKAUO, adoudado, alnado.
AVELAR í'U AttUar, seccar -^ engelhar
— ci'.VL'liiec«'r — amarroiar.
avkna, chsramtl.i — gaita — fraula.
AVEKÇA, acordo, convenção, pacto — con-
certo, concórdia, nniâo.
AVENf.AL, jornaleiro, servidor.
AVKMUA, entrada, passagem — alça, ca-
minho, estiada — atalho.
avemlra, andança — pergo, risco, ac-
cidenie, caso — aciíso, sorlo
AVENTLRAR-SE, abalançar SG, arriscar-se,
expor-se — arremeçar-se, arrojar se, lan-
çançar-se.
AVEiNTURFjno, paladino — voluntário —
arruftdor, vadio.
AVENTUKOso, arriscado — denodado.
AViíKii;uAÇÀo. exame, icquiiiçào — liqui-
dação, verilic/^ção.
AVERIGUAR, apurar, deslindar, examinar,
ind/igar — Iquidar, verificar— «justar, con-
certar — terminar — informar-se - corar.
AVERNO, inferno, orço — lagoa infernal.
AVERSÃO, anthipalliia, contrariedade, op-
posiçào — .'xborrecimenlo, honor, ódio —
íasiio, nojo, tédio.
AVERSo, contrario, inimigo opposto.
AVESSO, envez — o contrario, opposlo
— erro [adj.) ao revés, contrario — extra-
vagante.
avexar, amofinar, angustiar, atormen-
tar — assolar, l«lar.
AVEZAR , acostumar , afazer — habi-
tuar.
^ AVIAMENTO, achegas, apparelho, male-
riaes — despacha, preparo — auxilio, expe-
diente; meio — ddigenf.ia.
AVIAR, apressar, despachar, expedir—'
aparelhar, dispor, preparar.
AViAR-sE, apressar-se — apromplar.
AViARio, viveiro, volljere,
AviCTUALHAR OU Xtiiualliar, abastecer,
fornecr, vitualhar.
Avino, anci.so, anhelante — esfaimado,
lofreíío. voraz— cubiçoso, (ifspjoso.
AviLLANAno, grosseiro, rústico.
AVLTAÇÃo , abatimento, humiliação —
abjecção, baixeza, vileza.
AVILTAMENTO, baixcza, 'ril^^za.
AVILTAR, abater, desprezar —envilecer
— deprimir, humilhar.
YOL. ir.
AViTíARRAno, «ccrbo, áspero, azedo.
AviNuo, ajustado, concertado — confor-
mo.
Avin-sE, conformar-se — ajustar-se, con-
cor.iar.
AviSAno, ajuizad^^, atilado, discreto, ma-
duro, prudente, sabio, sisudo.
AVISAR, acunstlhar, admoestar, advertir
— ufiliciar.
AVISO, advertência, admoestaç?io, conse-
lho — notiria — emenda — caiiiel.i, preven-
ção, ])rud''ncia — discrição, juízo, sagaci-
dade — ordenarão. *
AVISTAR, atalaiar, d3SC0brir, descortinar
— divisar, enxergar.
AVIVAR, asíiliiar, espertar — animar, es-
forçar — activar, aprrlar, cxeilar — aviven-
tar, realçar — (n ) crescer — refrescar.
avivemar, avivar — fortilicar, reani-
mar.
AVIZINHAR. Atczinhar ou Atisinhar ,
aproximar, chegar — (n.) confinar, conter-
minar.
AVOCAR, evocar — chamar — allraír —
attpibuir-se.
avof.ja«, adpjir, alear.
AvoENGCS, antepassados, ascendências,
ascendentes, avós, maiores.
AVULSO, arrancado, separado — espar-
so.
AVULTADO, avulloso, corpolento, volumo-
so — grande.
AVULTAR, relevar — resaltar — (n.) cres-
C3r, realçar, — exceder, sobrepujar.
AXE, eixo — feridinha, golpinho.
AXIOMA, aphorisMO, apophihegma, dicta-
me, máxima, sentença.
AZ, ponto — bando, esquadrão alcalea
— ala, fileira — multidão.
AZADO 01^ Asado, alado — ágil, habilido-
so — accommodado, geitoso, idóneo.
AZÁFAMA, pressa — multidão — bulha,
motim.
aZaGata, arremeção, dardo, pique.
AzAMBOADO, escabroso — atarantado.
AZAR, desastre, desgraça, infortúnio —
ponto — (o. a.) accomnodar, ageilar, dis-
por — facilitar — aiijudar, auxiliar.
AZEOAMKNTO, azedume — aspereza — in-
dignação.
azk»ar, desgostar, indispor, irritar.
AZEUARSE, assanhar-se, exasperar-se —
encrucer-se.
AZEDiA, acidez, acido, acrimonia, aiedu-
mo.
AZEDO, aciJo — áspero, desabrido.
AZEDUME, azedura — desabrimento — im-
posição.
AZEMALA, Azemela ou Azemola, macho,
mula, ctc.de carga — estúpido, lolo.
AZEMEL, almocreve, mo^o de mulas.
j^p'tòri^ {[itifiiá, iòfêil^, r\iò Jiro^p èfS;
j^ZiMO, asfíjo, nhò íèvcííàfio.
xZ'MiAf.A, caminho, cavado, carreiro.
aÍ.o\ iniiÍ\vo\ occnsito ~ auxilio, in'ér-
venção, nifio ~- destreia, geiío — côr, |)re-
lex o— perigo, iiscó.
AioiNAR, atóriíoar, áturdif, âzóar, eátrií-
Uòbràgue, açoúlè,^ cbícÓté, lálêgò', Vèr-
galho.
/zoÒGM^O, iníjúiéto, irefo, íurÈúfeiito,
vivo.
Aznur.ÁR, avivar, cs|>erfár.
AZuLAUO, cerúleo, cérulo.
AZULEJOS, alizares, ladrilhos.
â
f Aiflf; 'bábujem, éscuttíâ — èus]pt>, sa-
liva.
ij^BÁo, bab^ósò — toW.
BaBejro, bahadeiro, babadonro.
ij^nch, bàbbjir, cscíirnar, sahváf.
DaBar se , balbuciar — a^aiíohar-se
pSt\ . .
BABAREÒ, pálâvfórió — íiáatfacir', Vaíá.
bvbuca, bajoújo, basbaqfie, bofdnio, ^'n-
palvo, pateta, ])atola — material, óescío,
siraples, simplório.
baBoso, bábào — delii^ánte, tolo — naínb-
rado.
baBUCem, Babvjem ou Babvjc, baba —
flor, tona.
bacaluao on Bacalhau, badejo'.
B/vCCrio, lyeii.
B*ciiAREL, * beneficiado — cbarlador,
fallador , linguareiro , palrador, lagarel-
la.
bachareuciç, líbia, pHavrorio, parola,
parolagem, prosa, tagare)lice.
BACio, calandro, camareiro.
BAÇO, entranha — {aí(y) fulo, moreno,
pardo — empanado
BaCui.0, bago, hasião — amparo, arrimo
BaDa, abada, ihinoceronle.
BM)AiEjAB, badalar — arripiar-se, tiritar
— estremecer.
baoamkco, pasta — bandalho, bonifrale
— ■ casquilho — peralvilho.
lJ.\i)i.i.A0ij8, cliHufana — tarcços.
Ik i>,.i«M «', AVfl}(.m, bafir>ietó.
í»«i^*»AlV', búfàr — Vfilielar, Uriíníjtr '^
BAFTÒ, frÓfo.
íafo, alento, anholito, fulegn, fialilo,
oíT-go, respiração — ar, sOprQ — abrigo —•
favor, protefçao.
BAFoftAD.í, baíoi, fespíraÇlió ~ rajada, rls'-
banád.i — evapóVéç*!©, exhabçâò— (/^/ ) Lídí-
vafá^!, feros,
BtGKciíií, Bo^jàjem ótí Bágoje, cargas,
eqnr|)Vf?'em, saecos, trem.
bagatei a ou liagntella, bugiariam, nruíiif-
ria. hoWádA. ridicul-iria.
bago, grão — báculo.
BaHía ou Haiff, abra, ençeadá, bavré.
Ba nu ou i^ativl, caixa, caixão, cofre.
bailador, bailarino, dançante, dansàrí-
no. íoliào.
BÀíLAR, dançar, éktàcúiéáf', li^cbilh^,
tripudiar — cabriolar, saltar.
BViLARiNO, báilador, bàilào , dançari-
no.
BAILE onBailo, chacota, choreia, dança,
saráo, tripudio.
B\iLEo, andaimo — cadafalso, palanque
— varanda — assento, banco.
B\n.iiEUio. boiante, lev«i, yfleirò.
Baínha, forro, funda — estojo — vagenj
— costura, dobra, orla.
bailca , bctesga , bodega , tasca , tá-
verria.
BAiiQUEiRO, bodogueiro, cbanfanelro, la-
be'iu'iro.
bajoujick, asneira, tolico.
iiAj.iiM>, alvar, t»fit»oèr », íís('rtpt15. toirt.
ttviXÍN\\ii, flg\'ia'r, bilaòicVâr — èi«\ni-
Tt\T.A?fçA, nrrpílnijçn — nKÍi,T;?in, balancca-
dtJfi, liMlnm» .i{r.O'ilo, li.iiuUalcii). '
D-Liio, l»aU)Ut TMiu». g »;:'), lariimuilo.
liu.itLCUK, pa^mj-ír. larifliiiiMlcar.
luiuLC-K, btílbuciagào, bdlbuiifucia, ga-
gueira -.
UALBURnA, Jlalborda ou Balbúrdia, des-
ordem, lumullo — aigizarra, eblrondo, gn-
liina, vuzerh.
iiAicAo, gnleria — sacada — varanda.
BUDA, tiefuilo. ta< ha — eiva.
ii*i.i>Ann, desvaner.id», frusirado, fruslra-
flPO, iiil(UClii<'S<). inulil, prrdúlo, vão.
Daldào. »'X})r(ibr«(;íio, répmelio — aífron-
U, conviíio, doe.sio, impropério, liijiiria,
ludibrio, o[tprobri().
bai.dar". frustrar, inulilizar— atalhar, cm-
bar«(^ar, iuipedir.
BAi uEAR-sK, lançar-so, passar se — mo-
Ihar-se.
bai Dio, frnstaneo, inulil — ocioso — in-
culto, maninho.
BAi DO, carecido, fal«o.
B*ríz\ ou lalisa, braite, marco, signal
— leriKO — raia ponto.
B*Liz\R ou l!a/úar, demírcar, limitar
— HSQiar, orçar.
nvLiFo, fufo, ÍLchado, túmido — empo-
lado. ^
Balsa ou Ba/fa. brenha, çarça, espinhal,
malta, silvad.» — j'<iig'', jang«da.
balteo , boldnó, cinto, talabarte, ta-
lim.
Baluarte, bastião — antemural — dcfen-
£8.
BVMBALFAR OU Bomòf/ear, agitar-se, mo-
\er-fe, titubear, vaciUí r.
BAMBO, friiuxo, laxo, s 10.
B«.MBLi, canna dn índia — bordão.
Bancarrota, íalbmento, quebra — des-
amparo.
BANCO, assento, poial — balcão — cacho-
po, escolho
BANDv, lado — bando, facção, partido —
bordada, descarga — ítixâ — venda — char-
pa, cinta.
ba^dai.ik», casquilho, paralvilho — bil-
Ire. vadio — *farrapf».
BA^D\BHA, nciandrião, ocioso, preguiçoso.
B^Nl)AU•»^■AB, vadiar — pn guiçar.
nv^DAHRlCB , raadraçana , niandrieira,
ociosidade, prfgni(;a, vadiação, vadico.
bandeam, revoltar — favorecer.
B*>uRiRA, «unílamma, eblandarte, guião,
lábaro, pendão.
B»NDEiRo, sedicioso, tuibulento — parcial
— (le-xtvel.
BA>Diuo, bandoleiro, ladrão, malfeitor,
sebeadur — banido.
Ba:^uir. banir, defrad&r, deiUrrar^ eii-
liar, pruwrcTcr, *
m
m
RiNno, facrJií). parcialidado, parti-lo —
companha — al''aleii, rancho •— prega').
ll\^uoLElRO, lajrào, saVftíador — iàcòns-
tanio. • •' • ■ ■■ '■■*"" "^ "'"'^
H^NDoniA, çedição, tumulto.
B\M)iJLiio, barriga", p.inça.
li^MiA, gordura, unto — ^ pomada.
iiv.MiAR, huineclar, huraedpcer — agu^r.
molhftr — aii[)Hrgir, orvalhar, salpicar -—
borrifar — alagar, inundar — tingir.
II A MIO, pregio, pocl^pa — masmorra,
prisiV) — (;/7 ) caldas, "
n\MR, oegradar, encartar, desterrar, exi-
liar, proscrever.
BAN^uk-Tv,, bodo, bródio, festim — colla-
(;ào — convite — regalo,
B^^TISM0, lavacro.
BAUUE, despenho, queda — estrondo, rai-
do.
BAQUEAR-sE, abalxar-SB, abater-se, de-
bruça r-se.
DAR4FUNDA, algazarra, vozeria — confu-
são — desordem, lumullo.
BARAFUSTAR, debaler-so — embater, tc-
pelar — reluclar.
BKKALHA, macete — altercação, contenda
— briga — (j)l ) enredos, meiadas.
BARAi.iiADoR, alrapalhrtdor, embrulhador
— p' rlurbador revoltoso.
BARALHAR, confundir, misturar — pertur-
bar.
BARÃO, * varão.
BARATAR, baratear — desbaratar, esper-
diçar.
BÁRATRO ou Baralhro, abysmo, boquei-
rão, [jrofundeza — pego, sorvedouro, vora-
gem — inf.Tno,
barba, b'iço , p»íllo — cara, presença,
rosto — ipl.) annos, idade — barbatanas.
BARBANTE, cordelinho, guita.
BAhBuuA, barbaridade, crueldade — gros-
seria, ignorância.
BU.BARIDADK. cruelladp, crueza, deshu-
manidade. sevicia, lyrannia — fereza, fero-
cidade — atrocidade, impiedade.
BARBARISMO, erronia — barbaridade.
BÁRBARO, atroz, barbaiico. cruel desbu-
mano, furoz — selvaj»ím, grosseiro, inculto
— estranhfi, impróprio
BA «BARRÃO, barbsças, baibaçudo, bar-
budo
Babbjteso, duro, forte, rijo.
BAKCO, barca, balei, bote, lancha.
Ba RDA, sebe, t^pigo — «m^nloamenlo.
BarGamia, permutação, troca,
bargamiar, canibiar, trocar — negociar.
BAbGANTK, biltre, picaro — ocioso, vadio
— íitrevido, desvergonhado.
barga>teah, peralvilhar, vadiar.
BAR6AI1TKHIA ou linrgantaria, 'nfatâiâ,
fe(bac«da — duraasidau, hberun8|f!ni.
tí'ò .
m
DAT
DEM
HAURA, cama, leilo — alavanca — embo-
cadura — cinto, tira.
BAURACA, pavilhão, tenda — cabana, cho-
ça, fhoupana.
BARRANCO, cova. qucbrada — barrora,
despenho, precipicio — daranò — mispria
— perigo — estorvo, impedimento, obstá-
culo.
B\RRANCoso, abarrocado — impiedoso,
impraticável.
BAiiREGÀA, OU Barregã, concubina, DQan-
cebfl.
B\RRECÃo, amancebado, amigo.
BARREOuiCE, abarregamento, concubina-
to, mancebia.
bahrb'ra, bastida, estacada, trinf^heira.
vallo — defensa, alvo. mira — obstáculo.
BiRRELA on Darrella, cenrada, decoada,
lixívia — engflno, logração.
BARRENn.\o, alguidar — bacio, servidor.
BARRKNTO, argÍl)SO.
BAuRi<iA, b-^ndulho, pança, ventre, úte-
ro — bojo — feto — prenhez.
barrigaDa, fítrtadella
., BARRIGUDO, alacoado, barrigão, pançudo
BARRO, argillfl, greda.
BARROCA, esbairondeiro , quebrada —
barreira.
BARROSO, argillento, b'rrento.
B^RHLNTAR, cofijeciurar, suspeltar,
BXRRUNTO, descoiiliança, susp^-ita.
BARULHO, balburda, barafunda — motim,
tumulto.
Basbaque, estólido, insensato, pateta, to-
lo.
BVSE, peanha, plintho, soco — alicerce,
apoio, ciiihasamento, sustento — foco —
fundamento, principio.
BaSilísco, regulo, serpente — * canhão.
«astaNTE, assa», suíliciente.
B *STÃo, báculo — bengala, bordão — páu
— canna.
BASTARDO, illpgilimo — espurjo.
bastecer, abastar, fornecer, fornir —
municionar, pelrechflr, prover.
BASTtciMENTo OU Dasiimento, provimen-
to, provisão, viiualha.
BASriÃo, baluarte.
BASTIDA, cerca, tranqueira.
BASTO, abafado, denso, espesso — con-
densado, grosso.
bastura, baslidào, espessura.
BATALHA, acção, brigi, combste, peleja
— recontro, refrega — esquadrão — * tro-
ço, turma — condido — dutllo — contenda,
disputa, dissensão, rixa — lucta — [pi.] alas,
linhas.
BATALHADOR , combatentô , pelejador —
lidador.
BaTalhAo, brigada, cobortel companhia,
et^uadièQ.
BATALHAR, brigar, combater, pelejar, pu-»
gnar, renhir — altercar, disputar.
batkdor, malhador ~ espancador — ex-
plorador.
batkga, bacia — ngnacriro. chuveiro.
Bvtkl, barquinho, hole, catraio, esquife.
batek, marietlar, etc. — cunhar — com-
hater — derrotar, vencer.
Bateria ou Bataria, pancadaria — bri-
ga, «couin;etlimcnto, assalto.
batidarca, corrimaça — reprehensão, sa-
bonete.
B^XAR ou Baixar, abater, arriar, descer
— curvar, dobrar — (n.) vasar.
BAXEZA ou Baixeza, abatimento, h mil-
dade — ignobilidade. vileva.
BAXio ou Baixio, arrecife, escolho, par-
cel — banco de areia.
BAX'» ou Baixo, pequeno — débil — pro-
fundo — abatido, humdde, rasteiro — abje-
cto, desprezível, ignóbil, vil.
BAZOFiA, íaufarnce, jactância — fero —
ca perolada.
bazofiar, gabar-se, vangloriar-se — bra-
valear.
b^zofio, gabarola — bravateador, ronca-
dor.
bkata, devota — freira.
BicATARiA ou Beatice, racbolice, bypo-
crisia. raomice, tarlulice.
beateiho. freiralico — cacbob, j^cobeu.
BRA'»o, bem.-vHnlurado — bealiticado —
hyporrila, tartufo.
BÊBADO ou Bêbedo, borracbo, ébrio, em-
briagado, temu!»'nlo.
Bf-nEuicE, b^berronla, borracheira, em-
briague/., vinhaça.
DEBKR, engulir (líquidos) — absorver, chu-
par — receber — passi^r, soffrer.
b?=:íço. lábio, iabro.
BEIJAR, oscular — tocar — chegar.
BEIJO, osculo — beijoca.
BEIRA, aba, borda, margem, orla, riba,
ribanceira.
BELLEGUiM, aguazil, quadrilhciro — agar-
rador, gaifarro.
BALLEz A, 'beldade, boniteza, formosura,
lin<l*'za.
BELLicoso. b^^llico, belUgeranle. bplligero,
guerreiro, marcial, mareio, mavórcio.
BELLo, formoso, lindo — gentil — agradá-
vel — |)r<íclHro — excellenle.
BELLLÍ.^o. bestial, brutal — ferino, fe-
roz.
BEM, beneficio — proveito, utilidade —
(pi ) frtzendíis, haveres.
B':MAVE^TURADO, afortunado, ditoso, fe-
liz, pr(i?ppro, venturoso — (s.) san<to.
B M*.vfcNTi:R*i^çA, gloria, parei:0 — COO,
eto( )'r!^n — boav. nturn. f.trtuíia.
l>(ii«uiio cu BvmUicto, betudiloso, fvlii*
ET3
EOD
S93
nT!MTiTZKn, abençoar, abendiçoar — aqo-
nar. Icnv^r.
dkvfazkiste, bembazcjo, bcmfeilnr, be-
nelir.iente, benéfico, Lcuigao, carilalivo, li-
Lerfll.
lUMFEiTon, b?ne(ici«(lnr —patrono.
BEMFiiTORiA, bea;, beueficio, favor, gra-
• Ç8, mertò.
BEMFEiTORisAn oii fíemfeitorhar, melho-
rar, reparar, restaurar.
BEYirARiciDO, agradável, aprazível — for-
m(so.
1JK»(0L'E, indflque. postoquo.
bemqlebença, aíTclo, aileição, agrado,
benev» l^^ncia. cordiftlidade.
bemqlistauo ou liewqnisto, àm&do, bem
aceito, estimado, querido.
BKNf FICE^CIA, bondade — caridade, ge-
ncfcsidade, liberalidade — favor, protecção.
BE.MFirtME, benríia), bom.
BENEFICIAR, benifíizer — ra(dIiorar.
Bii>EFicio, mcjlioria — favor, fjraça, mer-
co — dadiva, denalivo, mimo, oírerla, pre-
sente.
BENÉFICO, bpTcfizf jr> — liberal — provei-
toso, útil — salulifero, saudável.
BENFAiERiTo, dign'^, merccedor — hábil,
suílicifiite.
BKiNErLACiTQ. vontade — faculdade — con-
senso, consentimento — liceoç«, permissão
— approvfl(,ão prasme.
BENKVdi.EMiA, iillecto, aíTeíção, amizade
— bondade — graça.
BE^tvoLO. btíueliciente, benigno — aíTe-
Clucíso, Cordial.
BRNGAi.A, bastião, bordão.
benigmoaor, bondade, cl.mencia, huma-
nidade — brandur'», mnnsidíio
BíNu-.NO. jilLivel, ag'"adavel, suave — fa-
vorável, grato — benéfico
bento, abençoado, bemdiclo, benzido.
Bll^z■R-sE, persignar se.
berço, ninho, patiia — nascimento — in-
fância, meninice, puerícia — origem, prin-
cipio.
berrar, gritar — mugir — balar, bra-
mir.
BEBRO, grilo — rangido — balido.
. BKSBELMOTEiRO OU liísbUliote.iro, mexeri-
queiro — enre lador — desprezível.
BFsiA, animal — asno, estnpido, igno-
rante, parvo, sindeu, tolo, zole.
BESTIAL, belluino, brutal, formo — estú-
pido — erróneo.
BtST ALiuAUE, estupidez — beslidade, bru-
talidade.
BETAR, listrar, matizar, ralar — (n.)
•companlíar-se, dizer.
BETE8GA, fasra, laverninha.
Bi'EEHHo, boiíinhe, novilho, titullo.
«iUUutUECA. livraria.
BTCHA, cobra — lombriga — scrpenlo, ar-
sccada.
BicuAiscROS, ademães, gestos, momos, tÍ"
sagens.
Diciio, animalejo — insecto — vermo —
fera.
BICO, ponta — b^quo — quina — focinho
— cume, pico — (pi ) pontinhos.
BiciDO, pontiagudo, pontudo.
BiLTftu, bigornlha, birbanle, magano, V8«
Ihaco — vadio.
BiRBA.NTE, biltre, velhaco— vadio, vaga-
mundo.
BIRRA, aíTinco, pertinácia, porfia, teima
— agaslamento, pai\ào, sanha — ódio, ran-
cor.
BiRBENTO, ferrenho, pertinaz, teimoso —
agastadiço, cnfadadiço — aUuado, assanha-
do, enraivado.
biscaTO, fragmento, pedaço, resto.
BisoNHARiA OU Uisouliice, indisciplina —
ignorância, rudeza.
B SONHO, recruta — calouro, novato, no-
vel, noviço.
BisiAR, descorlín.ir, divisar, lobrigar, ver
ao longo — enxergar.
Bspo, antistite, pastor, prelado.
bispotr, penico, unnol.
DizARREAii, vangloriar-se — bravatear,
ronrar.
luzARRiA, galhardia, garbo, graça, gua-
pice — r appTato, gala, pompa — adorno,
decoro — garridice, louçania, jactância —
bravura, esf tço — caj-riího.
BIZARRO, airoso, garrido, gentil, loução
— brioso— campanudo — arrogante, jaclan-
cioso — bra\o, valente — extravagante.
BLANDÍCIAS, ôir^gos, mimos.
BLASFEMAR ou lUa^plieiiiar, amaldiçoar —
praguejar — arren'>gar.
BLASFÉMIA OU Ulaniihemia, praga.
BLASONAR, gabar-se, gloriar se. j^ctar-se,
vangloriar-se — ostentar — desvanecer-S8,
inchar se, ufanar-se.
BLESo, gago. tartamudo.
BLOQUEAR OU liíocar, cercar, cingir, si-
tiar.
BLOQUEO òu Bloqueio, asscdio, cerco.
B 1AT0 ou Vvaio, noticia — estrondo, ru-
mor.
BOB"», bufão, chocarrciro, gracioso, pan-
talào^- alvar, estúpido, tolo.
ttòcA. ou bocca, abertura, entrada, passo
— birra, emboca<liira — cr meço, principio
— velcào — móá.^a, quebra —individuo,
pessoa — bocal.
BOÇAL, bulonio, idiota, ignorante — sín-
gflo — rndrt, sem arte.
BODA, casamento, coLBorcio, desponsorio,
noivado, núpcias.
BoDi. oaiiiiio, eabtilo, cabrOt liiroo»
UOft
líoDEc.i iiKo , La.utiU' iro, cbacfauciro —
tajjt^rneiro.
ini)0, banquplo, feslim. rpgalo.
w iFETADA, bíiftíião — (icsfciia — aíTronlfl,
irjiifia, ulir.tjd.
uoiAR, aboiar, ílucluar, nadar, sobrena-
dar.
iiaiz ou ZVu's', armadilha, coslella, laro-r-
cngaru), irflinoia.
ítojo, b^rrigi», pança, ventre -' convexi-
dade — capa<'ida'ie.
II jui),>, ' barrigudo, pançudo.
u )LA. , bola — [ ela — c>pbera , globo —
cabaça itoUeira.
iji LDRii?, lalieo, talabarte, labm.
)iOLiiA, enp' la.
Boii», agitar, mover — revolver — apal-
par, locar— {n ) ferver.
1J0LOM1. indoiito — idiota, parvo, tolo.
B')LOKE>To, embolorccido, mofento — an-
t'go, vidho.
BOM, prestadio, útil — favorável, prospe-
ro, sereno — babil, grande — fácil, suave
— ami^'«vel — clernenta, compadecido, mi-
spriííordic so — probo — sadio, saialifero —
ci<-»dlHrite, gostoso — niuilo.
liOMBA, granflda, pelouro.
BONANÇA, «a ler no — prosperidade — soce-
gn\ tran(|iJÍllidaíio.
BONANÇOSO, Cíilmo, quieto, socegado, tran-
quillo — fivoravtd, prospero.
BovDAUE, cUm^ncia, humanidade — libe-
rfbdadtí — excelljncia — doçura --corlezia
— favor, mer(ê.
BoNjFRATK, automaío, bonerro — banda-
lho, casquilho, peralvilho, badíimeco.
BONiro, agradável, f<írmoso, gentil, lindo.
BiQL'E/^R ou JUqnejar, bocjnr — censu-
rar, 6rit car —murmurar^— resmungar,- ros-
nar.
BORBDT^o bolhão, borbulhão, cação, gur-
gnlhão, olheirào.
BORBULHA, empola — bolãosinho, olhi-
nho.
BORDA, extremidade — ourtUa — beira,
margem, riba.
BOBPAnA, banda, descarga, surriada.
BOBDALEKCO, crasso , estúpido, grosso,
ignorante.
BuRoÃo, bastão, b' ngala —báculo —bam-
bu—canna — cajado, páu, vara — estribi-
lho.
BonT>AR, bordamenlar. brnslar, Iflvrar,
rpcaasar — debruar — fraldar — acompa-
LliHr, truarnecpr. '
BORDÍ.L, tloouce, lupanar, mancebia, ser-
^^ll.o. ■' ■
fiORUo, rnmo — borda — humor, intento,
pareoerj resuluf&o — bordada — to^r — na-
m
BORRA, lia, pó — olimpndura, fezes — »
barlnlho.
noKRACnFTRA, bebedeira, bebedirp, bor-
lach' ria, c^^apuia, ebried.níe, erubriagutz.
bokhaCUO, pouiljiuho — (ííl//-) ebrio, em-
briagado.
iioKhÀo, minuta, rascunho — bosquejo,
eshoço.
BORRAR, apagar — canccUar, rabiscar, ris^
car. — snj-ír,*
BoiíBAscA, furacão, rajada, refega — tem-
poral, torruertia — trabalho — dessocego, in-
quietação — s.'bfevenlo.
BORRASCOSO, procelloso, tempestuoso, lor-
mentnso.
BORKiFAR, aspergir — aguar, molhar.
BOKKiPO, borrifada — asperçào,
Ba1l^A, Bozina ou hnzina, trompa —
trojr peta — corneta — búzio — uísa me-
nor.
BOSQUE, arvoredo, boscagem, espessura,
floresta, luro, raatia, selva — inuliidâo.
BOSQUEJAR, debuxar, d-^lifiear, esboçar.
BOSQiiEjo, debuxo — eshoço — rascunho.
B .sTELi.A ou basltlla^ borbulha, fenda,
pústula.
BOTÃO, abrolho, borbulha, olho, renovo
— boslella, empola, pústula.
ROTAR. deitar, lançar — arreneçar, ati-
rar, expellir, vibrar — pAr — en boiar.
BOTE, barquinha, e«quife, pangaio.
BOTELHA, frasco, garrafa, redoma.
BOTO, rombo — grosseiro, rude, tosco —
indigente, preguiçoso.
BR.sCELETF, pulseira.
BKAço, auctoridade, jnrisdicção — credi-
to — íoíça, poder, vigor — protecção — ra-
mo
B«ADAR, clamar, vociferar, vozear — ap-
pellidar, proclamar.
BHAuo, alarido, clamor, grilaria, grilo,
vozeria — berro, bi amido — tom.
BHAGA, argola, grilhão, grilho — cabo,
corna.
BHAGUEiRO, funda — manteo — cabo.
BUAMíbO, frémito, grito — berro, mugido,
urro.
BRAMiDOR ou Bramante, befrador, mugi-
dor, rugidor.
BKAMiH. fremir, gritar — berrar, bramar,
mugir, rugir, urrar — retumbar.
bkaNC^s, cãs, ruças.
BRANCO, íilahastrino. alvo. argênteo, ran-
did«), ♦burneo, lácteo, nevatlo, niveo —
iran;8C'jlado, innocenle, puro, virgiueo -?*
int.-íjio — encanecida.
B«ANCrRA, alvura, candidez, candor.
BhaM>ão, cirio. tôa. tocha.
BaAKUiii, agitar, mover — lacudir, tí»
brar.
BaANoo, mrineavel — Bi(«cio, mollõ, temo
m
m
m
— Íl.«50 - galerno, séròríò, SíiaVè -i» ii^n-
qiíil o — benigno, bondadoso — conversà-
\el— fraco, lumioso — ojanso — sbèiDuUdo.
è ^À^DLi<A. fijollezà — docilidàdtí — Utili-
dade, suavidade' — man&idiío — airtíbilidade
— aíT.ígoà, caricias, ca.iabas, niciíjiiíceá —
bkanqueak, aUoiecer. dealbar, embl-an-
^1], cer — caiai" — corar, lavâr.
iíHAi<iO'JEAR-SÈ, encanecer, envelhecer.
BRA^OU^JAK, alvejar — embranqueter.
BiuvATA, fanfarnce, faufurron&da, rífbu-
hria — bazofia, jactância.
BRAVATEA<t, bazofeflr, roncar.
BRAVtZA. bravosidado , embravecimer lo
— fúria, furor — ferelè, ferocidade — des-
Lua anidade - - nudicia, bravura.
BRAVIO, inculio, iDaniub*» — montesino,
séíváíjpÍD — cruel, feroz — áspero, dillicil
BRAVO, ferino, fero — áspero — irado ,
fuifanào, roncador — ai''òso, bizarro, ga-
Ifliiie — bravio, iiicullo, maninho — deno-
dado, valente, valoroso — raagnilico, nobre
— rxtraordinario — osíeoloso — grande —
bravoso, lorraentuso — marulhado — («rfo.
ou inierj.) bellamente, optimamente.
E«avlra. aniàio, coragem, inlrèpidel —
esforço, ví^lor — façanha, pròezà — beroi-
cTd/ldè — bizarrice, galhard.á'.
esazão íHi tíra.ãj, coluíurla-, é^ífftià,]^-
drào, pyramidn, iropbeu.
BuECiiA, aberta, boqueirão, queb:ada —
danino, dclri ^eiilo — olleLiba, atirouU.
BapJEiRiCs, maruttíira.
BaEJKiRo, garulo, marolo — gatuno, ve-
Uaco.
BREJO, lamsral, pântano, paul.
BítEJOso, aldi;adi(.o, apaulado, encharca-
do, paludoso, pantanoso, iamaceuio, lo-
do«o.
BREKnA, caverna, concaviJade, cova, gra-
ta — balia, matla.
BiiETE, aboiz, costella — laço, prisão.
BRKVB, curio — conciso — compendioso,
lac«niro, succinto — instantâneo, momeu-
laneo — caduco, ephemero, frágil, transi-
tório.
BREVIDADE, curteza — expedição.
BRIGA, acção, combate, couilicto, pelrja
— pendência, rixa — certame, disputa.
BRIGADOR, brigão, brigoso, bulbento —
elt-rcadur, dispuiador. rixoso.
BHiLiiAME, diamantí' — (a (/ ) cspl.inde-
cente. es^ilpiid^ute. luoido, iucif-To, luzi ío.
BKii.iiAH, fulgurar, luzir, relltíClir, res-
Jiland(cer, rf;vefber«r, bcinlillar — avultar,
realçar, sobre -«xceder.
DKii.iiO, darão, esplendor, lustro, luzl-
Di«Mito, resj líiudecencia.
nHl^CAl•HKA. Irmco. brinqu'3do, diverli-
tneiilo, /"'"ucdo — grac-jo.
b<íi!'5cXD0ítt brincalhlo, biincSo, folgaiãj
— alegre, divertido.
biu.ncar, folgar, galhofear- — galantear—^
èracejâr — ohíár.
BKiNCo, brincadeira, brinqijíído, diverti^
mento, folguedo — gracíj», j" gueío — ludi-
biio, zOTibaria — arrecada. '
BKio, d^•licadeza, pundennr — pUIvcz, or-
gulho, bfaniá — crédito, reputação — zelo
— esforço, valor— bbehlidado.
Brioso, altivo, èíuberbo. vaidoso, uíân©
— gtlhardo. guapo — cavàlleiroso.
BiiiTAMEMo, arrombnnento, quebr-ã.
Britar, arrombar, espedaçar. ^juebraf.
BnícriE, alamar, coNhete, Cinuhl.
Bródio, caldo — banqííPle, festim.
CKOMA, bronco, estúpido, ignorantò —
grosseiro.
BRONCO, aspéfò, tosco — grosseiro, rudi
— inurbano.
BKONZK ou Brojízó, aramo — dureza, 'irf^
seúiibilidaàe.
BROQUEL, adarga, egíde, escudo, pavi;!,
rodela.
PROtAR, abrolhiff, abrotar, jjérmíàíll' -^
soltir — rebentar, surdir — pullular.
BRUsíA, chuva — éèrração, nebiinà^^ in-
verno.
BhuMAt, chnvosõ — fnverrioso.
BHLNDUSio, melancólico, tnsto — scfè-
ro.
BRUNIR, lustrar, polir — ali/ar.
BRUNO, es';uro, negro — cruel — desas-
trada, io feliz.
BRUSCO, áspero, desabrido — escuro, opa-
co — nublado — Irisie.
BRTTAL, belluíuo, ferino, feroz — deshu-
mano — selvagem — incivil.
BRUTALIDADE , bestialidade , besti.lade ,
bruieza, bruiilào — fereza, feridade, fero-
cidade — estupidez , grosseria, ruslicida-
de.
BRUTO, alimária, animal, b^sta — (af^j)
tosco — rude — grosseiro — brul»l — maú
— feio — bravo.
BRUXA, feiticeira — magica.
BrIXaria, f-iiiceira.
bklxo, feiticeiro, nigromanlico — magica
— incanlador.
BUCHO, estômago, venlriculo ] — parca,
veolrH.
BUÇO. líínupem — rcll^, pfnnngem.
BUFÃO, bravaleador, faiifditno - bebo,
chucarreiro, farelo, gracioso, jogral — ba-
far; n beiro.
bufab, soprar — bravalear, fanfarrcar,
roncar.
BLFETR, aparador — mera.
bufid), ofl* go, s'^pro.
Ill FONEAR, caiurrar, chocarrear, gracpJAP,
truaiicar.
89Q
tun
wcz
puFONEnu , arlcqwinada, bobicc, catur-
rice, chocariico — facécia, galanteio, gra-
cejo.
BUGU, 'macaca — mona, fymia — vela de
cora.
BUCTARIAS, bonpcros, brinco — bagatel-
las, f.andulagt ns, ninlíarias — carsnlonbas,
careias — momices, rnomos.
BLGio, macaco, mol» qup, mono, nico, sy-
mio — ioiilador, rfmedòdor.
BUiiiA. contenda, disputa, rixi — estron-
do, noiim — balbúrdia, reboliço — briga,
combato.
BULHAR, brigar — contender, disputar,
poifiar, renbir — borbulhar.
BLM.^E^To, brigão, brigoso, espadachim
— «Itercador, dispulador, rixoso.
BUi.icio, huliçoouVoliço, altercação, in-
quietação — desordem — ruido — tom.
BULçoso, bulhento — perturbador, revol-
toso — inquieto, traquinas.
BUMBA, pancada — maçada, sova, tun-
da.
BI raCo, cavidade, cova, toca — abertn-
r«, furo, rombo — casebre, casinha, casi-
nhola.
BURGO, arrabalde subúrbio — aldeia, ci-
dade, íiovoarão, villa*
burguêz , cidadão — burgalez , vi:i-
BURt.A ou Bií/ra,embus!í>, engano, frau-
de, trapaça — chança, thasco, chufa — mo-
fa, zonjbaria.
BURLADOR ou Bur/íío, trann^ioso, trapa-
ceiro.
BURLAR, enganar, fraudar, lograr — es-
carnecer, zombar — apodar, chasquear. mo-
tejar.
BURLESCO, divertido, faceto. joco-ser'o,
jocoso — extravagante, ridículo — chulo,
inacarronico.
BuuRA. asna, jumenta — cofie — lhc>ou-
ro — esiupida.
BURRADA, burricada — asneira, asnidade,
sandicH — ignuran^^ia.
BLiiRÃo, amuo, enfado.
BUHR3, asno, jumento — besta, estúpido,
ignora ntH.
BUftsiGuiADA, aguaceiro, bátega, chuvei-
ro.
BUSCA, cata, pesqniza, procura — averi-
guação, exame, inquirição.
BU Cau, calar, procurar — especular, es-
quadrinhar, indagar, inquirir, investigar,
pesqii-zar, mendigar -
extrair — tender.
BUSiLis ou husillís,
raçõ. fbstaculo.
BUzio. mergulhador -
[adj.] escuro, fusco.
sondar, tentear —
difiiculdado, cmba-
- concha, corneta —
CiB
CID
697
C
CA, * « ca.
CaaS, CanSt Cãf, brancas, canicie, ru-
ças.
Cabaça, abobara, calabaça — pendente,
pinjeni:).
Cabal, coroplnto, perfeito — franco, sin-
cero.
Cabala, intriga, machin^.ção, tramóia —
conluio, conspiração, fdcrào
Cabalar, conspirar — conluiar, intrigar,
mach nar, tramar.
CaBílisíico, escuro, roysterioso.
Cabana, choça, chonnana, malhada, pa-
lhoça pardieiro, tujiturio.
Cab^z, baixio, canistiel, ceâlo.
CABrç*. bola. carhola, louia — inlendi-
mento, juizo — cabo, capitão, cbefe — au-
cior, ujoior — causa, fonte, origt- m, prin-
cipio — n aanate, regedor — capital, empó-
rio, mniropoltí — artigo, capitulo, mmi.bro
— individuo — fouwuiador, insítigador.
CaBkçada, topetada — cabresto — erro —
des«ceito, despropósito.
CABSÇAL, cabectira, traTcsseiro — chu-
maça.
Cabeceira, travesseiro - caveira — come-
ço, prinripio — cltefn — guia.
CaB ço , cocuroto, cume, pico. ponta,
sumuiidade — montesinho, outeiro.
c^BtÇLD'*, capitoso, obstinado, pertinaz,
teimiiso, lesto.
Cabehal, o capital, principal — apreço,
estimação — bens , haveres, riquezas —
[ãáj ) caudal, caudaloso, peren i«.
CaBkllo, conaa, grenha, guedelha, madei
xa — buço, pello — crina, f«lpa, juba.
Cabkr. pertencer — convir — * tomar.
CABiUA. amizade — cabimento — adheren-
cia, favor — entrada.
Cabido, capitulo — corpo — («<(/.) estima-
do, valido.
CaBidoal. capital, principal, real.
CABiiiiUTO, adheren-ia, pnvauça, tali-
aeuiu — entrada, intruduc^âo.
«Ok IV.
CABO, canda, rabo — promontório — fan*
do - amarra, corda, maroma — chefo —
couce, tím. topo — auge, cumulo — confim,
exiremo, limite.
CaBr*, mulato — {adj ) fulo.
CaBRÀo, bode, hirco — cornudo.
Cabro, bode, cabrão.
CAC* borrada, cagada — estolídez, parvoi*
ce, sandice
caçapam-se abaixar-se, curvar se — aga-
char se — baquHar «e. iil
caçapo, coelho, láparo.
CAÇ4R, apanhar — perseguir — (n.) ca-
cear, descer.
cacha, dissimulação, engano, ficção —
repiquHte — ardi'.
Cachação, pascoçào.
Cachado, coberto, escondido, occulto.
Cachamobra, cacheira, clava, maça, por-
rete.
CAcniVAnnA, cabala, engano, enredo.
CACHiMONiA, juizo. sagicidade.
C^CiioEiHA, cntadupa, cataracta, salto.
CACHOPA, menina, rapariga — * cachopo,
escolho.
CACHopicB, meninice, rapazeada.
CACHOPO, rapaz, rapazinho — [pi ) arre-
cifes, escolhos, parceis — penedos, penhas-
cos, rochas, rochedos.
CaCuurra , negra, preta — cadella —
atum.
CaChorro, negro, prelo — cãosinho.
Cadafalso, andaime, estiado, tablado.
CADÁVER, defunclo, morto — esquehto,
ossada.
CADAVÉRICO, cadaveroso, defuncto — des-
figurado, magro, pallido.
cadea ou Cadeia , calabouço, cárcere,
masmorra, prisão — algema, ferros, grilhão
— eníiada, serie.
Cadeira, assento — canapé, poltrona -•
tamborete — banco — sóde — (fi.j aacai»
nádegas, qUadris.
Caoiio, ardiloso •* destro, perito.
888
Cit
CAM
CADUCEADOR, arauto^ messageiro, núncio
(de paz).
CADUCIDADE, caduquez, decrepidez — im-
becilidade, tontice.
CADUCO, veltio — decrépito — enfermo —
fraco — deciduo, perecedeuro — inconstan-
te, passageiro, transitório —caídiço.
CaFila, caravana, recova — comboi.
CAFRE, bárbaro, deshumano — rude, sel-
Yag-m
CaFuA, cova, furna.
CaGalumb, lumiPiira, perilampo, vagalu-
me.
caganeira, diarrhea, fluxo de ventre.
CAGÃO, dysftnterioso — cobarde, fraco,
poltrão — meiíroso.
CaGar-Sb, borrar-se.
CaGarola. maricas, {HieilUoime -^ medro-
so, timorato.
Cabida ou Caida, queda, tombo -^ ba*
que — decadência, ruina.
Cabimento ou Caimmto , queda, ruína
— falta, q ebra.
cahir ou Cair, desabar, tombar — des
cer — abatei -s<», desfaliec^nr'— morrer — ad
vertir — incorrer — acontecer — vir.
CAHOS ou Chaog, massa, montào '- con-
fusão, desordem, mistura.
CAiMÃO, crocodilo, jacaré.
CAIXA ou Caxa, arca, caixão, cofre —
tambor.
* Cajão, desastre, desgraça -r- qu4da '—
perda — ruina — causa, occasião.
Calabouço, enxovia, masmorra.
CALABRE, amarra, amarreta, cabo, cabre,
oalabrote. ma romã.
CALABRtAB, adubar, temperar — ordenar
— empeioar — confundir, perverter.
Calacear, madracear, mandriar, vadiar
— velhaquear.
CALACKiRO, mandrião, ocioso, preguiçoso
— devasso, dissoluto, perdido.
CALADA, silencio — Gíssaçâo, falta.
calado, silencioso — tácito — discreto —
encoberto, não publico
Calamidade, adversidade, desgraça, des-
ventura, ÍLfelicidade, inforludio — miséria,
penúria — afllicçào — desastre — peste —
fome — guerra — tormentas.
Calamitoso, desgraçado, infeliz, miserá-
vel— aflligidor — fatal, funesto, trágico —
prejudicial, ruinoso.
Galar, abaixar, abate" — abrir, rasgar —
(n.) descer — dissimular, encobrir, occuifar
ommittir — emmudecer — encetar.
Calcar, pizar — machucar, pilar — des-
prezar — vexar — atropellar, opprimir.
Calças, pautalonas — bragas, ceroulas,
Cuecas.
caicitrar, pernear — recalcitrar, repu-
gnar
calcular, computar, contar, num«rar,
sommar — esmar, orçar — regular.
calculista, contador — prognosticador.
calculo , calculação , computo, conta,
supputação — balanço — tento.
CALDEAR-, pegar, soldar, unir — temperar
misturar — entretecer.
CALDEIRA, caldeirão, marmita — escava,
poça — lagamar, molhe.
CALEiáDO, caloso, duro — endurecido, in-
veterado.
CALEJAR, endurecer.
CALENDÁRIO, almauak, folhinha.
Ca '-Ha, quelha — acéquia, cano.
CALfUNDRO, bacio, camarciro.
CALiiAO ou Caí/iau, b:elho, canto, peder-
neira, pedra, seixo.
CALHETA, abrigada, angra, cala, enseadi-
nha, portinho — aberta, boqueirão, quebra-
da.
CALMA, calor, quentura — ardência, ar-
dor — calmaria — quietação, socego.
«almab, acalmar, serenar — desancar —
golpear.
calmaria, malacia — bonança, tranquil-
lidtde.
Calmoso, caloroso, quente — ardente.
CA' o ou Callo, c«llosidad« — dureza, in-
sensibilidade — logro.
CALOR, calma, quentura — bafo — acti-
vidade, fervor, viveza — fomento — ira, pai-
xão.
CALUMTSiA, aleive, impostura — crimina-
ção.
calumniabor, aleivoso, maldizente.
calumniar, censurar, condemnar, maldi-
zer.
calvo, pellado, rapado — deshervoso —
escalvado.
CAMA, catre, leito — thalamo, thoro —
cevai, jazida.
CAMADA, barda, cumulo, monião.
CAMALEÃO ou Chamaleão, inconstante i
mudável, vario.
Camará ou Camera, alcova — quarto —
tribunal — (pi) evacuação, curso.
Camarada, companheiro, sócio — mata-
lote — soldado.
CAMAhÇO, infortúnio, trabalho.
camareiro, camarista — bacio, bispote,
servidor.
Camarim, gabinete, retrete.
Cambada, ramal — canalha, corja, gen-
talha.
cambaio, zambro.
cahbalacha, albnrqne, barganha, troca
— ettgino. logro, tramóia.
Cambalear, cambeiear, termelhicar, ya-
cillar.
Cambalhota, camba delia — queda, tom-
bo.
CAI!
GAP
899
CAMBAptf, alçapema, cambadella, passapé,
engano.
Cambar, cambetear — alborcar, cambiar,
trocar.
CAMBiADOR, caTTibista — bsDqupiro.
cambiar, permutar, trocar — lucrar,
c^mb o, alborqiie, troca.
c^MsLo, ♦'Stupido, igiioraote.
C***iiNAS, uiusns, pinrides.
cAMinHANTK, caminheiro — viajor, vian-
dan^^.
CAMINHO, entrada. Fira, via — ataVbo, trâ-
mite , vereda — avenida , p«s-eio — meio,
modo — (pi ) jornadas, peregrinações — ^via-
gens, romarias.
Camowz, maçã, pêro, pomo.
Campa, lapida, mármore, pedra — sepul-
cro, tumulo
CamsaPario, torre de sinos
CAMPANUDO, bizarro, galbardo "— pompo-
so.
Campear, abarracar-se, acampar -— cam-
pestrar — dominar, exceder — avantajir-se,
sobresair — blasonar — brdhar, lustrar.
Campestre ou Campextno , camponez ,
camponio — aldeão , montanhez — agreste,
rústico
CAMPINA, chã, plaino, planície, planura.
Campo, campina, veiga — área, cirjo —
acampamento, arraial -- occasião, opportu-
aidade — assumpto, matéria.
CAMP tNEZ, camponio — agricultor, colo-
no» lavríídõr — monianhei — agreste, rús-
tico — villào.
CANAL, aqueducto, boeiro, eano — meio,
modo, via — {pi) estrias
CAN*niA, corjfl, gRutalha, vulgacho.
CA^Api^, espriguiceiro, poltrona.
CahÇaço ou Cansaço, * afan, canceira,
fadiga — estafa — abatimento, langor, las-
sidà'> — gravame, oppressão.
CANvÃo, an», cântico, cantiga, chaoot'»,
bymno, jácara, lettra, motete, seguidilha,
vilhancico
cançar ou Caníar, afadigar, estafar, fa-
tigar, moer — molestar — atanazar, impor-
tumar — (n.) c^^ssar.
CATfCEiHA ou Canseira, cançaço, fadiga,
lassidào.
CANDIDEZ, Candidéxa, bondade, candor,
candura, «ingelex» — inn» c^ncia, pureza.
Çandiooc alvo, branquíssimo — innocen-
te, puro — ingénuo, lhano, simples, siuce-
ro, singelo.
CANDiKmo, alaropada, alamprdario can
ditti», lampíHi^, lustre — fogar<JO — > manta
Cano nga, lisonja
cani)«»noubIi»o, enRanador, lisonjeiro.
OaíTOura, alvura, brancura, candidez —
dianfifl) iDfyDUidad6i IhsaMM, lirarvi sin*
eeHdadéi
CAnniNHO, ementário, livro de lembran»
ças.
CANHO^ eanbenho, canhoto, esquerdo,
CANiciA ou Canicie, cãs, rnças.
CAN cui A, sirin.
GANiSTRiL. açafate, bvlaio, cabai, casas-
triíiLa, condena, golpellia, teig».
CANO aqu^^ducto, bica, boeiro, etAkà^
canal, sargnnta —canado, tubo — bi^queiva,
gotteira — fuste — canhão — espingarda —
meio, via — {adj ) alvo, branco.
Canoa, bote, chalupa, lancha, patfgtti^.
Canonizado ou ÍMnonisad&, sancto.
Canoro, brando, harmónico, harmoniosa,
mt^lodioto, swive.
Cansativo gu Cançatif>9, afadigado, f^
digOSO.
CANTAR, cantarolar, gargantear — eút<5iir,
rticiíar, solfear ^- chilrar, ebilrear, gof*
geiar — celebrar, publ car — louvar.
CANTARiifA, cantadeira, cantadora, eltn-
latrice, cantatrii, cantora.
CÂNTARO, bilha, cantara, quarta — alúia-
de
CANTEIRO, alvanel, pedreiro — alfobre,
laboleiro.
CÂNTICO, eao^ão, cantar, bymno, ode>
psalmo.
Cantiga, ária, canção, chatíçonetir, ean-
iilena. copla.
CANTO, cantar, cantiga, cantoria — gar»
ganiateio — chilro, gorgeio-" pedra, seixo
- angulo, esquina. '-^
Cantor, cantador, cantarino--' poeta, ta-
te.
CANUDO, cano, tubo.
CÃO, perro — alão, dogue, galgo, ma^iiff»
mollosso, rafeiro, sabujo — fraldelW)— ga-
tilho — [adj ) cano, encanecido.
CAPA, I lanlilha — capote — coberta, for-
ro, involtorio — sobrescripto — apparendia,
côr, pretexto.
CAPACETE , casco, cimcíra, elmo, mOi*-
rião.
CAPACHO, esteirio — abaiio — cesto. **
CaPaCidaoe , bojo, vão — faculdade, po-
der—aptidão, idoneidade— doclrina, scien-
cia — inteiligencia, talento — extensão, grão*
deza.
CAPACITAR, convencer, persuadir — alcan-
çar, comprehender.
CAPftZ. sufflciente — digno»— espaçOisSJi
v5sto — habil, intelligenlé -* aptO, idóneo
— dpc<«nie, decorofo.
CAPCIOSO, enganador, enganoso, fallífiP,
fraijdul»^nto, sophisiico.
capba'r, disf/<rçar, encvbrir, palliar, pre-
textar — enganar.
CaP»lix>, oratório — grttialda, gairhftid&.
CAPEtiLOt o«pu»--'rf^rehenslio.
CAPiT.tt, fcâbe^â, rAne, éthpm^ tôtstitík
Íl6 «
m
c^n
thfii
poli •'fundfo ^ Ío(fj.) essencial, jmportaote,
principal — rnortal.
CAPITANEAR, cAudelar, caudíihar, com-
mandar — mandar, governar.
CAPiTjío, contmandante — cabe«,a. chefe.
>^ CAPITOSO, (-abeçudo, obstinado, teimoso
— presumido.
CAPiTiiLAÇÃo, ajuste, concerto, condição,
estipula^àn, parto, partido.
Capitular, í-justar, convir, estipular.
Capitulo, cal»ido — artigo — assumpto,
matéria.
CAP TE, croça, m«nto — capa, pretexto
— disfarce, embuço, ié>.
CAPRICHO, extravagância, phantasia, si^s-
Iro — arbítrio, vontade — obstinarão, per-
tinácia.
CAPRICHOSO, cbymerico, esquipatico. ex-
travagante, pbautasioso, singular — obsti-
nado.
Captar, a-^quirir, alcançar, conciliar, ga-
nhar, grí>ngHar.
CARA, face, rosto, semblante, vult n phy-
sionomia, presença — exteiior — fachada,
froniispicio.
cakacter ou Character^ dignidade, pos-
to, titulo — 1'stjlo — costumes, gemo, ha-
bito, qualidades — marca, signal — leltra.
CARACTIÍ.R18AR OU ihãracterisar, descre-
ver, exprimir, pintar, representar — diífe-
renç«r — gradunr, qualili ar.
Característico, disiincto, essencial, par-
ticular, próprio.
Caramanchão, Charamanchel , eirado,
miradouro, mirante, torre.
CARAMbOLA, enredo, logro, tractada, tra-
paça.
C4RAMR01ETR0, enredador, trapaceiro.
CaRaminhola, arenga — enredo.
Caravana, cáfila — comboi, frota.
c%RBUNCiLO. pyropo.
carcaz, Carcas ou Carcassa, aljava, col-
dre — bomba.
cárcere, aljube, cadela, calabouço, car-
cer, enxovia, ergástulo, limoeiro, masmor-
ra, prifà» — ferros — clausura
Cakuume, bando, multidão, numero, quan-
tidade.
Caríação, caricia, altraclivo — chamariz,
engodo.
Cariar, allrahir, ganhar, granjear — cha-
mar, convidar — alliciar, engodar, induzir
— condu'»ir, Ifvar.
careci>tb, falto, mingoado, necessita-
do.
Cabscrr, faltar, necessitar, precisar.
carência, can-rimeato. falta, prt-cibão,
urBenc a — pHvaçio
CARidTiA ou Carexff, falta, mingoa, na
ceí8id«dB — fonue, penaria ; pubieM — cus
ta, díííptiw.
careta, ea>'aça. earatula, p)ssc»ra «» |«|«
fona, momo, tregeito.
CAHGA, carrego, fardo, peso — gravame,
incommodo — imposição — dfscaríçi.
Cargo, carga, pes»» — dignidade, honra,
posto — emprego, ministério, oflieio — com<-
mibhào, encargo — conta, cuidado.
CARiCiAR, acariciar, acarinhar, afifagar,
amtigar, amimar.
Caricias, allag s, blandícias, carinhos,
meiguices, requebros.
Caridade ou i har idade y amor — benefi-
cência, beneficio — dom, esm(>h, Lberali-
lidade.
Caridoso ou Charidoao, caritativo, esmo-
ler, liberal — bom, humano — serviçal —
amigável.
cahinuo» caricia, mimo — amor, teroa-
ra.
CARINHOSO, caridoso, fagueiro — aíTabil,
mdg.», terno.
CaRMb poema.
CaRNaGeu, caruiceria, matança.
Carnal, concu(>i-icente, impudico, Iasci«
vo, luYurios«>, sensual.
cai»ne, vianda — concupiscência, paixão,
sensualidade — consanguinidade, parentes-
co.
Carneiro, tosão — catacumba — ariete —
a fies.
Carniceria ou Carniçaria^ açougue, ma-
tadouro, talho — matança, mortandade.
CAKNiFicE. algoz, carrnsio, verdugo.
C4R0 ou Charo, amndo, dibcto, querido
— acceito, grato — cii>toso, duro. penoso.
^ Caroavel. alTttiçoado, apaixonado.
Carpidos, choraueira, choro, lagrimas,
pranto — gemiuos, lamentações, lamentos.
Carpir, arrancar — chorar, prantear —
deplorar, lamentar.
Carranca, senho, caranionha.
Carrancudo, irado, sanhudo, sombrio,
torto — fucmhudo, malassooibrado, malen-
carado.
Carrasco , carrasqueifo — algoz, * sa-
giào, verdugo.
cokkeuaÇÀo. carga, carga, carrego.
Carrigado, des-agradavrl — at.'«c/'do, ce-
vado, cheio — apertado, *»8curo — pesado —
currancudo, severo, tétrico, triste, trombu-
do
Carregamento, carregume, gravidade, pe-
so — pezídume.
Carregar, amontoar, cumular — ínpôr
— atac<«r, cevar — acommeiter, investir —
imputar — repetir, repicar — (n.) moles*
tar.
CAiRrQAR 8B, entrit^tecer-so — condensar-
se, pmbu«car-se, encapolar-se, ennevoap-
^e, ennoitar-B^, esourecer-iei Qub.ar-ie^ tol^
dw-ôo.
C4S
CAU
m
CA^HKTnA, cftrrlffíi, cnrso — (!orro</i, ro-
ta. Mrril — rastilho — peregrínsçào, roriiíi-
ri« — caniinho, cslrada — meio —• cirí^o,
pr«C'U
C^npriRrt, fftnlho. tri'ho, "vereda.
C^^BO. cnrtoça. coo.he, phtistro.
CARHUAGm coche. Iileiffl. Sf^u".
CARTA, Lilbete, cédula, epistula, escrí-
pto
CaRtorriro. archiviMft, cartorário.
CiRioan, archivo * carl«)'ro, tombo.
CAhUNCilo, carcoma, rarugem.
CA»UNCH(»so, carcítmido. padre — velho
C*PA, aposento, domicilio, liabiiaçào, lar.
morada — alberg^M'*, p<iu<iada, hospício
— residencii — ediHcio. pnços, palácio —
quarto — ftgo — fdmilia, getayão, pro-
le.
CAs»iiFWTo. consorc'o dpspnsorio, byme-
Deu. matrimonio, núpcias, reiebioieulo ,
unJào. vodas — dotes.
cts\R-SK. desposar SP. receber-se — ac-
comm'»dar-se — adjectivar-se, moldar-se,
quadrar.
CASCATA, cochoeíra, catadupa, cataracta,
salto.
Casco, caveira, cranpo — unha — capa-
cete, flmo — baixel, navio — concha —
birril, pipa, quariola — inteadimento. jui-
10.
CASRiRO. abeirão, fcinr, q.»inlPÍro. ren-
deiro — {odj ) domestico — sedentário —
simi les. singHlo
CASO, aconteci«^ento, facto, successo —
historia — acção, fe'to — apnço, conta.
Casqimih'^, peralta, petimelre — banda-
lho. facei''A. peralvilho.
c*s^ar, abrogar, aanullar — quebrar —
supprimir.
c*STA, de«'^endencia, geração, linhagem,
prosápia — espécie, raça — feitio, lata.
relê — qualidí^de
Castí" lão, alcaide, castelleiro, * casle-
val.
c^STELLO. alcaçar. alcáçova, ci iadella ,
fcrmleia fortp. fortim, praça, t«)rro
Castjçar. cobrir, copular — engendrar,
gerar, pncosr.
Castiço, frascario, garanhão, — vigoroso
— puro.
Castidadi. continência, honestidade, hon-
ra, puHicicia, pud<»r, purpzi, virKÍndade
CastiGado. a,tura'1o. correcto, emendado,
poliiJo — eicarmentafo. m«ltraciíi<lo,
Ca<^tig*r, punir, vindicar, viiignr — re-
prehender — • apurar, emendar — advertir,
em-clar — esrarnenlar.
C^ftTiQo, pena, puniçio, tsupplicio. tor-
mento — c^indemuAÇ^o , Justiça — flai^eU
In, n^gitii — ensinança ^9- oorrtcj^èo, lem-
brete, reprehe'i*ào.
CA8T0, continente, decente, honesto, hon*»
rado, pudibundo, pudico, puro, vergonbo*
50 — intacto, isento,
CASUAL, accideniil. contingente, oven*
tual. i iiprevislo, inopinado.
cuuALioAoe, acaso, accidento , acerto,
C mtin^encia.
cvTa, ave.-i^uação.busca, inquirição, pes-
quisa
c TADUI»A, cachoeira, cataf-arta.
CATAnuRA, acíitadura, nr, aspecto, aspei*
to, Re-^to, sembhnifi — humor.
CaTai.ogo ou Cadinlogo, Ista. rol — re-
gistro — iodex , tabuada — enumcra-
<,ão.
C\Tana, alfange, chif.irotc, sfíbre. tef^çado.
Catar, buscar, procurar — indAgar. pes-
qu zar — guardar — acatar, respeitar, ve-
nerar— observar, olhar.
CATARATA ou Co íaracía, cachoeira, cata-
dupa — btílida.
CATÁSTROFE OU Catastvophe, (ie?graçn —
•]eslruit.ão — revolução — mudança
CAT*vfcXTo, ventilador — bandeirinha,
venl. í'tha.
CAiEKVA, alcatéa, bando, multidão.
Catbkgoria ou ilategoria, classe, ordem,
pred'c«menio, q<ialidflde, sene.
Cativau ou Cafiiitar, avassallar, subja-
gar, sugtíit«r — escravisar — prender.
CaTIVkiro ouCnptiteiío, CMsraviJào, ser-
vidão — jugo. sojeiçào — prisão.
C\Tivy ou Ca/>ííco, escravo — sujeito —
■«et vo.
CATURRA, bobo, chocarreiro.
Caturhich:. bobice. chocarri.e, inepHí.
Ca«ção, fiança, hypoiheca, penhor —
«bi»nador, fiador, garanto — cautela.
cal'da. cabo colla, rabo — íraiJa, ponta
do ve^tido).
cauual, abundante, cabedal, caudeloso
— farto, rico.
cuualoso, ab'ind'So, caudal, perenne —
tbeio — r.«-o — faculioso
CaUSa, fundaiupulo, origem, principio —
motivo, razão — pretexto — demauda,
plf^iio.
Ca«:sador, anclor. motor.
causar, occa&iouar, irrogar, motivar —
gerar.
causticar, atazanar, incommodar, mo*
leil«r — cançar.
CaussiCo, vi<icalorio — fot/y.) morJente,
satírico - enfadonho, importuno.
Cautela, circu-nspecção — prevenção,
providencia — cobru, resguardo — t)ugt«
iio. fr«uda,
C4i!TíLo«n, acaulehdo, cauto — asturio*
so. «<>tuto, dututo, unginador, eiiganoiO, má*
llcioío.
CaU 10, acautelado, averiguado» oatiioBOi
901
CE!»
Ct%
previsto, próvido — coasiderado^ pondera-
tivo — prudente, sábio.
CAVA. fosso — cav«<jão, cavadura — cir-
cuojvftllaçào — adega
CAVAíLEiRi», bellicoso, esfoFçado — mon-
tado — ftlto, sobranceiro.
CAVAi.LEiRoso, brioso, gcneroso, flobre —
esforçado, valente.
CAVALLO, corcel, ginete — faca, hacanéa
rocim, sende ro — palftfrem.
CAVAR, excavar — lavrar, rotear.
CAVERNA, algar,' antro, buraco, concnvi-
dade, cova, covil, furna , gruta , mina,
ouço.
CAviDoso, acautelado, cauto, circumspe-
Cto, p.ec»tado, previsto.
c*viLL»çÃo, argacia, sophisma — enga-
no, trapaça.
cavilloso, capcioso, sophistico — enga-
nador, fallaz — fraudulento, trapaceiro.
CKDRR, dar, deixar — renunciar — obe
decer, submeiter-se — conf<»rmar-s<^ — (n.)
abater-se. sbysmar-se. render-se.
CEDO * asinha, depressa, promptamente
— imaiediít/ímeiite, logo.
CEGAR, deslumbrar, offuscar — entupir,
tapar.
CEGAR-SE, enganar-se, . hallucinar-se —
tapar se.
CEGO, obcecado — eatulhado — escuro,
tentbroso — intrincado.
CEGuiiaA, crguidade. ceguidão — cali-
gem, escuridão, nevt>eiro — descaminho,
erro.
CEIFA, sega — mortandade — proscri-
pção.
Ceifar, segar — anniquillar , arruinar,
exlinRuir. perder.
CEiFURo, ccifào, segador.
cklfbrar, fesujar, solemnisar — cantar,
descantar -r- enoomiar, gabar, louvar —
fazer — cfliciflr.
ciLEBUí, abíílizado; afamado, celebrado,
decantado, famuso, nomeado — illustre, Ín-
clito, inwgne.
^ celebhidade, ceremonia, festividade —
disliiicção, estima — fama, nome, nomea-
da, reputação,
CELEKiOADs, diligencia, -presteza, prom-
piidão, velocidade.
c«LE*TB, celesti/»!, célico, ethereo — di-
vino — pxcell.-nte, extraordinário, perfeito
.— admirnvtl, bello.
CRLSiTUDH, alteza, altura, elevação.
CELSO, exc<ílso — *i<o, elevfldo.
•i».^KSo, iodo — ateitíiro, lameira., lamei-
tio.
CBiwso, lamacento, lodoío, t<»9o»o.
0&k«adv, bnrrela, di^onada, iixivia.
CEfison, ctensurador, oriílcadol*, citlco»
toiíMRAft, orúlicar , jploitap— awdmar,
condemnar, reprehender — fiscalizar, syn-
dicar — abocanhar, morder.
CENTRO, âmago, coração, imo , intimo^
meduHa — gemma, meio.
CEO, Empyreo — Olympo — pólo — pa-
raizo — asiros — ar, nuvens — Deus —
l*rovidenMa — clima, paiz, rt^{,''ào,
CEPO. toro, tronco — armadilha — («áy.)
bronco, fSt»)[)ido. ^rrosseiro.
ckRCa. altiarrada, cerc^tdo. cerrado, es-
tacada, ^)alis«»ada, tapada, vallado — cir-
cuito — [adv.) junto, pyrto — em breve
— entre — a respeito de — pouco mais ou
menos — próximo.
ceucaduha. âmbito, circuito — orla, ou-
rela — bordadura — circulo.
CERCAR, assediar, bloquear, sitiar — gi-
rar, rodeiar, tornear- - abraçar, cingir, cir-
cundar.
CERCAR-sB, acercar-se, aproximar-se, vi-
sinhar-se.
CERCO, assedio, sitio — bloqueio, cor-
dão, trincheiras — curral, redil.
CíBDOSo, sedecido — duro, hispido.
CEREMONIA, filo solemnidade — compri-
mento, cortezania, cortezia, obzequio, pala»
cianidade.
CBjiotiLAS ou Siroulas^ cuecas.
CERRAÇÃO, escuridão, neblina, nevoeiro —
suff.icaçào.
CERRADO, cbousa, horto, jardim — (flfl[/.)
escuro, espesso nublado — fechado — com-
pacto — unido — duro. obstinado, perti-
naz — impedido, insulcavel.
CERRAR, fnehar — conchegar, juntar, unir
— travar — aportar, atochar — (n ) aca-
bar-se, findar — tapar se — escurecer-so
— encour/ir, endurecer — s«r«r.
CERRO, altura , colie, coUina, eminên-
cia.
ccRTAMi, combate, conflicto, guerra, p«ff
Kj") — lucta — contt^stação, disputa — ar»
gumento, controvérsia, ibese.
ciRTtiA, evidencia, infaliibilidade, vera-
cidade — firmeza, segurança.
CERTIFICAR, afirmar, assegurar, attestar;
confirmar.
CERTO, verdadeiro, vero — infallivel — ♦
demonstrado, ôvident*^, indubitável, irrefra-
gavel — claro, mtnifesto, pateníe — está-
vel, firme, fixo — exacto — desenganado,
verdadeiro
CERVIZ C.erviije, collo, garganta — caoha-
ço, pescoço — cabeça.
CERVO, corço, veado,
CRB2IR ou úérztr^ coser — accommodar,
adaptar, ajustar
CESSAÇÃO, descoDtinuação , intenrapçio,.
8uspf'nrão, tregut.
c»BsÃo, étdtaçào^ d««^iiB%o, d«ijs(6tl0iav
renuncia,
CHÂ
CHO
119
€«8ar, «CMbur, des«ODtínaAr , desistir,
interromper. Isrgar, par*r, qaeckir.
CWTO, cabuz, cestu.
CEVAR, acevar — carregar, escorvar —
iscar — alir»frRlAr, mitrir — én^dnr —
fartar, saciar, satisfazer — fomeraar.
c»vo, cev«, e»go4o, !9c« — p«slo — «a-
r«ação.
cnÂA ou Chã, campina, * chaada, piai
no, p'anici«.
coACnTA, mofa. motpjo zombaria — can-
tiga — gar^lba^ia, risada — baile, dansa
— fefitim — folia.
chacot«ar , chasquear, motejar, zom-
bar.
CHACOTEiRO, chocarrciro, escarnecedor,
gracejador, molej«dor.
chapurdak, enlamear-se, enlodar-se —
barbdtar, patinhar
chaga, axe, feri<1a, golpe — apostema,
fístul^. ulcera — cicatriz, lezão.
CHAGAR, fr^r/r, golpear — ulcerar.
CRaI^cda, batt*l, rincha.
CHAMA ou Chamma, flamma, fogo, in-
cêndio, lahareda — amor, paixão — ardor
— fragoa — calma, calor.
CHAMAR, ap^-lUdar, nompar — attrahir,
convidar — avocsr — convocar, janctar —
poiar — desviar, divertir — citar.
CHAMAR-sE, Domear-se — appellar, recor-
rer.
CHaMariz, engodo, negaça.
CHambão. cbamhoa<1o, grosíteiro, tosco.
CHAMBníCE, incivilidade, rudeza.
chamejante nu Chammejante, ardente,
coruscante, fl^mmifero, fl^mraigero, resplan-
decente, rutilatiie. s<Mnlj|lante.
CD\MBJAR ou Chammejart chispir. fais-
car, labar^dar, scinlillar — brilhar, resplan
dec»^, rutilar.
CHANÇA, pézorro — mofa, zombaria —
chascho, chufa, motejo, pulha, remoque,
sarcasmo.
chançoneta, cançãosinha, cantiga, can-
tiguinha, cantilena, modinha — chança.
CHaNeza, chã, plaino, planura — fran-
queza, ingenuidade, Ihanura, singeleza, sim-
plicidadrt.
CHANFANA, badulaque.
CHÃO, solo, terra, terreno — pavimento,
terrado — (arf/) igual, plano, unido — não
fortificado — claro — baixo, humilde — Iha-
Ho, simples, sincero.
CHAPAiio. coroplpto, insigne, perfeito.
CHARLATÃO, pedante — fallador, palreiro
— saltimbanco — empírico — impostor, ye-
Ibaco.
charfa, banda, cinto.
charro, apoucado, desprezível, vil —
apagado, bronco, grosseiro, rústico.
charrua, arado. •
CHASco, borla, gracejo, iDolejo, Eomba-
ria — seca.
CHASQURâH, cfewfer, escameccr, remo-
qwear, ridicuiimr.
CHATiM, traciantft, traflcaale — mercador,
nefíocianfe. exp^rfo.
ciiatinaR, lrati*-ar — mercadejar.
CHATO, igual, liso, plaino, raso, mari-
do.
CHAVE, gazua — caravelha — explicaçSo,
noticia — domiriio, fícul-lade, pi-d^p.
CHEA ou C/icia, »l8grtmenio,alluviào,inun-
dação
CHP.FA, cabeça, cabeceira, superior — ca-
bo, capitão, comnandante, gí»nera!.
Chegada, acesso, alcance — entrada —
vinda, volta.
CHKGAOo, co»narcáo, confinante, conter-
mino — visfuho — com-partnle, parente
— conjuncto.
CHEGAR, achegar, unir — aproxinnar —
abícar, abordar, arribar — mover, reduzir
cohabilar — aicauçar, conseguir — fe-
rir, tocar
CHEIO ou Chèo, pejado — gordo, grosso
inteiro, maciço — completo, pleno,
CHEIRAR, aventar — .farejar — presentir,
prever
CUEIRO, fragancia, odor, oíor — almis*
car, âmbar, incenso — olfacto — faro —
noticia, suspeita — fama, uomeada, repu-
tação.
CHEIROSO, almiscarado, aromático, chei-
raute, fragante, odorífero, odoroso, musca-
do. perfumado. •
CHiBKNTE, garrido, guapo — bravo, pi-
cão, valentão, valente.
CHIBAR, bizarrear — bravatear, roncar.
CHiBARRO, bode, capado, capreolo, cbi-
bo, hirco.
. CHIBATA, junco, varinha, vergasta,
CHiBA'^0, bode, hirco.
CHICOTE, açoute, azorrague, látego — ra-
bicho.
CHijfRB, chavelho, corno, ponta.
CHILRAR, Chirlar ou Chilrear, gorgear —
garalhar — pipilar, pipilar — chiar»
CHIMPAR, metter — pespegar.
CHiNcAR, gostar, provar, saborear.
CH'SME, chinclfe, chin^ue, percevejo.
CHISTE, apodo, argúcia, conceito — tomi-
lho.
CHOCALHO, choca — campainha — falla-
dor, lambareiro.
chòcar, abalroar, bater, encontroar, mar-
rar, lopetar — acommetler — brigar, pelei-
jar — ferir, oíTender.
CHocARREiRo, bobo, bufSo, caturra, gra-
cioso, jogral, truão.
CHnCARRiCE OU chofarrôfia, lufonefiai
cbauça, factcia, zombaria.
226 ^
904
CIM
CHOCHO, engclh«.lo, meigengro, pêoo —
debil, fraco, qu*'brado, velho.
CHoouí. eiDbnte, encontro, pancada, to-
que — acomroelliuiento, ataque — combate»
recontro, refrega.
cnoRADtiRA, carpideira, pr^nteadora —
lagrimas, pranto — jerimiada, Iflocuria.
CHOKÀo, chorador, choraraingador, cbo-
ramigas — apaiionodo, namorado, babo
80.
CHORAR, lagrimar, lagrimejar — prantear
— carpir , deplorar , lameuiar — disiillar,
gollejíir.
CHoRFA ou Choreia, baile, dansa.
cnoBiNA, cabelleira, peruca.
CHORO. Iflgrimas — pranto — dôr — gemi-
dos, ÍAuientos.
CROBLDO, gordo, rechonchudo — succoso,
fuctuknu).
cnoRLME, humor, sueco — dinheiro, ha-
veres, riqueia.
CHOUPANA, akergue, cabana, choça, te-
gurio.
CMOVFR, flioviscar, molinhar — desaguar,
diluviar — manhr, v» rter.
CHRiSTo. Jesu, Uedcmptor do ipundo.
Salvador, Vertvo Divino — Crucilixo.
CHLÇA, alabaida, chuço, pariasana, pi-
que.
CHUFA, chalaça, chocrrrice, mofa, zom-
baria.
CHUFAR, illudir, logrfir — chalacear, mo-
íar, zombar.
CHULO, burlesco, faceio, folgasâo, jocose
rio, ridiculo.
CHUPAR , chuchar, sorver — embeber - -
esgotar, exhaurir — desfruclar.
CHUVA, aguacriro, biirsiguiada, chuveiro
— borraceiro, oivalbado, orvalhos — mui
tidào.
CHUVE'BO, aguaceiro, bátega — orvalha-
da, rociada — gran'uumero, iuGnidade.
CHUVOSO, pluvjal.
c:i)AnELiA ou Cilaitílla, castello, fortale-
xa, forte, foriim.
CIFRA, icro — compendio, epilogo, sum-
ma.
CIFRAR, abreviar, epilogar, recopilar, re-
sumir.
CILADA, emboscada — artificio, engano.
eslral«gema — dolo, trapaça — insidia, irai-
çào — armadilha, laço.
CIMA, alto, cin o, cocuruto, cume, espi-
gão, piro, lenate.
CiMfciRAS, crina*;, crista, pennacho — ca-
pacidade, casco, elmo.
CiMVNTAR, argamassar, betumar — erigir,
estat)* Iticer, fundar, instituir — assegurar,
fira ar
cmiKto, argamassa — alicercei funJa-
tUeuio.
GU
CINGIR, abraçar, cercar, rodear, torneiar
coroar — apertar, liar.
cioso, ciumento, zeloso — invejoso, ema«
lo.
CIRCO, Cf liseu, praça — circulo — circui-
to — cLincho.
ciRCiiro, âmbito, circumd«mento. pyro
— precinto — cercadura — circumkquio,
p^riphrasis, rodeio — repetição.
ciHCUL^R, orbicular, redondo — (v. ti.)
gyrar. torneiar.
CIRCULO, âmbito, circuito, gyro, rodeio
— circumferencia, contorno, roda — arco,
aro — periodo.
ciRCUMDAR ou Circundar, cercar, cingir,
rodear.
ciRCUMLOCUçÃo OU Cirntmloquio, peri-
phrasis — parlenda, palanfrono — r.deio,
regiro, volia, voltpjo.
ciRCi MSCREVRR OU CJrcunscretcr, abran-
ger— demarcar, limitar
ciRCUMSPicçÃo OU Circunspfirçào, mira-
mento — assento, discriçAo, madureza — cau-
t»l/i, pru<ieiHÍa — r« c«lo.
ciBCUMSPECTO ou Circunspecío, allpn^af^o,
considerado — acaultlado, cauto, prudente
— recatado.
CihCUMSTANCiA ou Circunsíanc'a, acresso-
rio, incidente, particularidade — coojunctu-
ra, deppndencia.
ciRCUMSTANCiKR ou CArcunstanciarj desin-
volvnr, esmiu«;nr, explicar.
circumstam» ou Vircunst ante, cercador,
rodn^nle — {s ) a<-sisiente, presente.
ci«car-se escapulir-se, escafeJer-se, es-
coar se, furta r-se,
CITAR, allegar, apontar, notar, trazer —
notificar.
CITARA ou Cithara, lyra, plertro, sistro.
CIÚME, ztlos — emubçãi) — invej-*.
CiveL, camponez, rústico — mechanico —
indigno, vil.
CIVIL , «ÍTavel, cortez, polido^ urbano.
Civi IDADE, èíTabilidade, cortezia, uiba«
nidade
çiViiisAR, policiar, pol-r.
cuanu. jiio — desavença, discórdia, dis-
sensão, divisão.
clamar, chamar — bradar, gritar — ac«
clamar, exclamíir — voiift-rar, v<>zeí»r —
apregoar — ladrar — ^ balir, benar —
chiar.
clamor, br»do, grito — alarido, vozeria
— pcciamação — exclamação.
CLANUEsii.NO, escondido, ccculto, secre-
to.
CLARAiioiA. espiraculo, fresta.
CLARÃO, biilho, claiidade, espleodof —
cldrim.
CLARiDAns, esplendor, gloria — clare-
U — clftrào,.luz, resplendor — tUo, AU*
COB
rora — sol — dia — áiaphf neidade. trans-
parência,
GLàRiPiCAR, aclarar — illustrar — crys-
talizar.
CLARIM, charamella, clarão, parche, trom-
beta.
CLARO, allamiado — lúcido, luzente —
nitido— brilhante, fulgente luminoso, reful-
gente, r<»spla'idecenie — coruscanle, radinn-
te, scinlillante — diaphano, transparente
— certo, evidente, manifesto , patente —
perapicuo — perc»»ptivel — egrégio, eximio,
Ínclito — illustre, nobre — generoso — afa-
mado, celebrado — celebre, memorável.
CLASSE, lugar, ordem — cargo, dignida-
de — graduação, gráo — academia, aula,
eschola
ciAUDiCANTK, coxo, manco — duvido-
so, incerto, vacillante.
CLAUDICAR, coxear, manquejar — faltar,
yacillflr.
CLAUSTRO, claustra , crasta — cenóbio ,
convento, roosieiro — communidade
CLAUSULA, artigo, condição, estipulação,
obrigação.
CLAUSULAR, encerrar, limitar.
CLAisuHA, claustro, convento — encerra-
mento, encerro, reci>lhim»?nto.
Ciava, maça — cacheira.
CLEMÊNCIA, benegnidade, bondade, doçu-
ra — dó, misericórdia, piedade.
CLBmriTK, benigno, bum, humano — pio
— indulgente — doce, manso.
clkrigu. ecclesiastico, sacerdote — pa-
dre.
CLIMA , paiz , plaga , região — pátria ,
terra — districto, província, sitio — ares,
céu.
CLTSTKLou Cristel^ ajuda, mesinha.
CloaCa» cano, sentma.
COALUAR, congelar, encaramelar — ad-
densar, condensar, espessar — alastrar co«
. brir.
COALHO, coagulação — enlace, vinculo.
COAR-SR, desmaiar — enfiar-se, metter-
se — escapar se, isentar -se, tirar-se.
COARCTAR, limitar, restringir — diminuir,
encurtar, estrettar.
coBARDB, fraco, poltrão, pusillaaiffie, tí-
mido ~ ignavo.
COBARDIA, acobardamento, fraqueza, pol-
troneria, pusillanimidade.
COBERTA, cobertura—* cobertal, cobertor,
* cobrictma, manta — capa.
COBKRTo oii Cu6crío, enroupado, vestido
— escon.lido, occulto — amparado — cheio
— brusco, carregado , escuro, nebuloso,
nublado — disfarçado, dissimulado, tingi-
do.
COBERTURA ou Cuhertuía, * acitara, co-
berta, cobertor, colcha, manta — tecto, te-
»»c it.
COL
905
Ihado — capa, ínvoltorio —dissimulo, si-
mulação.
COBIÇA ou Cubica, ambição, avidez, hy-
dropisia , sede — avareza — ardor , pai-
xão.
COBIÇAR ou Cui/tfar, anhel&r, appetecer ,
appetir, desejar, invejar.
COBIÇOSO ou Cubiçoso, ávido, cúpido, fa-
minto— des^-joso — invejoso.
COBRA, biclia, serpe, serpente — reptil.
COBRAR, arrebadar, recadar — aqcuirír,
grangear — recuperar — alcançar, conse-
guir, haver, obter — perceber, receber.
coBHia ou Citôrtr, tapar — telhar —
toldar — encobrir, esconder , 0':cultdr —
enroupar, vestir — abrigar, agasalhar —
atulhar, coalhar, encher — disfarçar, dissi-
mular, pallíar.
COBRIR -SB ou Cubrir-se, enroupar-se —
escurecer- se. nublar- se, loldar-se.
COBRO, cobrança — cautela — guarda, vi-
gia — custodia.
COÇA, esfrega, maçada, pisa, sova, tun-
da.
C0CF6AS, coçadura, coceira, pruído, pru-
rido, tililação — tentações — receios.
COCKGUÍNTO, comichoso, titilloso.
C0CH8, carruagem — caleça, sege — carro
— carreta — carroça.
COCHEIRO, auriga, regedor.
cociiiNO, cerdo, " cachim-, porco — báco-
ro, leitão — mafrão, varrão — javali.
cocuRiiTA ou Cocuruto, cimo, cume, co-
miada, pico, ponta — grimpa.
Codkar, comer, manducar.
CosLflO, laparo.
COETÂNEO, coevo, contemporaueo.
Cofre, arca, caixa — burra — mysterio,
segredo.
CdGiTAR, imaginar, meditar, pensar.
cognação, agna>,ão, consanguinidade, pa-
rentela, parentesco.
COGNiTO, conhecido, sabido.
coHERENciA, adherencia ,adhesào confor-
midade, conuexào, conveniência, união.
consRENTE, ajustado , conforme , conse-
quente.
CuHtDiR, comprimir, conter, moderar, re-
frear, reprimir.
coiNCiEiR, ajustar-se, aptar-se — concor-
rer — cair — convir.
COITADO, atribulado — desgraçado, mes-
quinho, miserável — necessitado, pobre —
apoucíido. medroso.
cóiTO, cohabitação, copula.
CÓLERA ou tholera, ageslamenlo , bilis,
aespeito, enfado— assanho, furor, ira, ira-
cundia.
COLÉRICO, bilioso — assomado, fogofo — *
agastadiço, iracundo.
COLHER, recolher — apanhar, surprender,
lí7
906
ÇOM
GOM
ic mar — agarrar, prender — embaraçrir,, per-
turbar ~ concluir, inferir — culiigir — es-
conder, ccciiltar — íiubrA?, involv.er»
coLiSEo, Colisseo QuCoíisscii, aa3piiithe&r
{ro, circo.
cc>LLE, cabeço, coUiu.i, outeiro.
coLLEGío, gymiiíisJo, universidade — se-
minário-^ a sociação, coagfeg,!íi(;ão, c^jrpo,
corporação, grémio.
cuLLEiRA, gorjal — argola.
coi,LiGA(:Ão,liga, união — confederação.
coLLiGAuo, aliiado, coafedrado, — asso-
ciado — conjuncto, ligado, unido.
coLLiGAR, falar, juutar, ligar, unir — alliar,
confederar.
COI.LIG1R, ajuntar, recolher — colle,ciorwf
— coijcluir, liifori!'.
coLLiNA, cabeço, colle, outeiro.
couLiJNOSO, ouleiroso.
coLLo. serviz, gargajita , pescoço -r- re-
gaço — stíio — Cabeça — boxíibros -r gar-
galo.
collocar, arranjar , dispor — pôr , si-
tuar.
coLLOQUiô, conversa, conveísào, dialogjO,
entreíenimemo, praciicíi — asseiiit^eiia,. con-
ferencia.
cojuoso, agricula, agricultor, araxior, cul-
tivador, cuUor, lavrador.
coLLOssAL, giganteo, gigantesco, grandis-
colossal gigante,
simo — desmedi Jo, enorme.
COLUMNA ou Coluna , pilar — eoip^rQ ,
opoio, arrimo.
COM, a — por — entre — a respeito --
para.
COMA, clina, crina, juba — cabello, guede-
lha — folhas.
COMADRK, madrinha — psrteira.
coMAiicÃo, contermino, íinitimo, fronteiro
-r- próximo, visinho.
COMBALIDO, doente, enfermo — achacado,
achacoso — adoentado, indisposto, malato —
corrupto, podre — abalado. |
COMBALIR oj Combanir , abalar — (w )
coiromper-se, damnar-se — adoecer, enfer-
mar.
COMBATI?, arção, briga, conflito, peleja —
certame, debate — lucta, pendência — cho-
que, embíite — agonia.
COMBATENTE , guerreiro — batalhador ,
comboiedor, pelejíídor — athleta.
COMBATTEB, guerrear, pelt^jar — brigar,
contender, pendenciar — competir, pugnar
— oppôr-so — (a.) acommetter, atacar, in
vestir I
COMjjonç^, .amiga -r- rival.
c<mBuSTÃn, abríisampnto, iiicendio.
cr-Hf.çAii, abrir, encetar, principiar.
Co?JEço, principio — cab-^t-eira — eimiio-
ÍQUoUo, preludio, primórdio — fundamen,
io, origem.
coâiííDiA, draraa — farça — facécia rr di-
veriiiiieuio.
coMEDiANTi:, actor, comicho, histrião, re-
presentante ,— íarçanltí, mimo, saltimban-
co
COMEDIMENTO , moderação , modéstia, re-
portagãí) — temperança.
coMKDia, coiumensurar, medir — propor-
cionar
coMEDia-SÊ , moderar-S6, reportar^se —
, compnssar-se.
coMKDOR, lambão — comilão, gargantão,
voraz — glotào — viandeiro,
coMiKR, cQd/8ar, gram^f , manjar, papar
— mascar, masliaar, ruminar -eogulir —
desfrjULctar — acahar — agastar, roer — ab-
sorver — elidir, supprimir.
çoaiCfjiÃo, coceira — pruído,
coMiCHOso, doscontentadiço , rabugento.
COMIDA, alimento, conier , pasto , refei-
ção, sustento — comida, comedoria — gui-
sados, iguarias -r manjares — meza — ban-
quete.
COMILÃO, gargantão, glotào, lambaz.
comilHO, denie, presa.
íCOMiTiVA, acampamento, cortejo, séquito
— pompa — equipí^gem, trem.
comma^ídanie, «abo. capitão, chefj.
cokmaRDaR, governar, mandar — acaudi-
Ihar. ~
com MEMORAR, lembrar, memorar, mencio-
nar, recordar.
COMMENTAR, declarar, — explanar, expli-
car, glossar, interpetrar — acotar, anaotar
— fingir, inventar — assacar, forjiicar.
coMMEHCiAR , chatinar , negociar , trafi-
car.
j coMMKBCio, negocio, trafego, troca — cor-
respondência— communicaçào, conversação,
tracto..
coMMKTTER, fazor — tentar — 'começar
— encarregar, incumbir — emprender —
provar , entregar ■ — oíTerecer , propor —
delei<ar — induzir, provocar — atacar, in-
vesti r.
C0MMETTIDA, assalto, ataque, commetti-
mento
commiseração, compaixão, dó, dôr, lasti-
ma, misericórdia, piedade.
c^mMissÃo, cargo, encargo incumbência.
coMUiNAÇÃo, comparação, confraontação, jm*'ss;»g' ra ~ jnrisdicção, podor
conformidade , igualdade ,
equipa rencia
propor;ào.
COMBOIOU Comboy, cáfila, conducção ,.,lo, s^icudidura.
trsnsputte. cummodo, commodidade
Comm'SSario, agente, delegado, feitor.
coMMOçÃo, agitação, perturbação --aba-
de3C.\nço —
COM
COM
907
•-^ convenípncia, interesse, ppAve'ío, utili-
dado — iadj ) apto — condescendente, fá-
cil, indulgente.
coNMovKR, abalar, perturbar (o nnimo; —
ajKuilhoftp^ eslimnlar, incitar — =• alterar —
alvornrflr.
commla, latrina, privada, i»étrete, sroíd-
ta.
coMMLM , ordinard, tfivial — sabido,
■nsuftl. vulgir — mechiínico, plebeu — sim-
ples — gerfll, universííl. raedi"cre.
CnMMUNfC^ÇÃ.0, (ílmviVtiríciíí , tffiCtO —
ami^íide, comcberclo. coníi«nça,conheciaa«n-
to, conversação, familiaridade, intelligencia,
soclPffftde.
coMMUNiCATt, fíomtnurtar , gí^neralizar —
paiticipar — ci>ti versar, fallar, frequentar,
tractar — peg^r.
comsujnidadp, cf>n<?reg><çStí — ' irmanda-
de — convento, mosteiro, corpo, socieda-
de — as«emb'eia, jun^-ia, união — conse-
lhos — republica — moradores — igual-
dade
coMMirTAçÃo, alborque. cambio , permu-
tação, troca — roudaiiga — variní;ào.
coMMUTAR , mudar — permutar , tro-
car.
COMO, de que modo — do mpsmo modo
que — nó modo em que — porque.
CÔMORO, cabeço, cutuulo, outeiro.
COMPACTO, solido — condensado, denso,
esppsso.
COMPADECER-SE, condoer-se, doer-se, las-
timar.
COMPADRE, padrinho.
COMPAIXÃO, crimmiseraçào, dó, dôr, las-
tima, magoa, miseração, misericórdia, pe-
na, pezar, piedade, senlimenlo.
CONP NHA. rorenanhia — equipagem, ma-
rinhagem, tripulação — cardume.
coMPANHEif^©, amigo — contidente — só-
cio — coll-jga — coatrade — camarada —
igual
C( MPA75HIA, sociedade—^ união — acom-
panhamento, séquito — conserva — com-
panha — ajuíitamento — consorte — as-
sistenc'a.
COMPARAÇÃO, combinação, equipareíicia,
par/>lltlo, simile, similhança.
coMPARí.R, assimilar, cotifroniar, cotejar,
equipar.ir — adequar, igu:iter.
>AR- SB, cotóedir-gé, mod^erar-se,
1 ,0.
coMPASSiTO, compidecido, condoido.en-
tornerido, roavir.so, wiisericordioso, piedo-
so, sensivel, sentido — henetico, bônigno,
indiil;„'en1<», propicírt - ■ ivo.
COMPATRIOTA, ron i conlerpaneo,
patricií».
coMPiiLLirt. conslra'nl;»^r, força'*, iiúripltír
cfeíi^iir. vio!cnt<ír,
coMi^RíiDiAR, abreviar, cifrar, encnrlnr'
o|i!(igflr, epitom.ir, resumir, Snmmariar.
Co^pBJíDfiy, abr«''viaç?i0, abfevindo, cifra,
eí)i!ogo, epitfíTfle, r^ètípú^t^uo, rcsnmo sonr*
mã, snnimnri)
coMPítiíMrtSo. abiWtfííHí bi^vii í(ímp^n-
diário, resfimilOí
Cosíi«Eftâ»^íí(,- snpprlmento — éqtiirTileft^
te, indemnidade, resarcimento — pagã, fô^
compensa.
COMPFNSAR, resarcir, supprir — recompeil-
par, sfllisfazej"
coMPETKNCíA, competimento, efítulaçaOi
rivalidade — debate, disputa -^ oppo<?)Çào
— concurrencia, pretençào — autoridade,
poder.
COMPETENTE, ac(fommodado, conveniente,
proporcionado, próprio — capaz, devido^
sUÍflciente.
COMPETIDOR, adversário, antagonista, coií-
tendor, emulo, rivâl -- concurrente, oppo-
sitor.
COMPETIR, concorrer, medir-se — emular,
rivalisnr — pertencer^ tocar,
Compilação, collecção — compendio, re-
copilação.
COMPILADOR, redactor — copista — plagiá-
rio.
COMPILAR , ajuntar -^ colher , colligir ,
unir.
COMPUCENCIA, gosto, prazer — condes-
cendência, deferência — atíençãOj obsequio
— bnndnde, indulgência.
COMPL/^CENTE, coudesceudente, indulgen-
te — civil, cortez.
COMPLEIÇÃO, constituição, temperamen-.
to.
COMPLEMENTO, acabamento, fim, -remati
— aperfeiçoamento, perfeição.
coMpi etar, acabar, cousummar, rematar
— ajustar, encher, inteirar, prefazer —
aperfeiçoar.
COMPLETO, abalizado, perfeito — acabado,
conclui«lo. pffeituado, terminado.
COMPLICAÇÃO, implicância — enlace, en-*
redo, mistura, mixlo.
COMPLICAR, implicar —atar, enlaçar —
mesclar, misturar.
COMPLICR ou Cúmplice, co réo.
COMroR, escrever — iiivi?nlar -^ tecer —
concordar, pacificar, reconciliar — indeta-
nisar, rep*arap, satisfazer — sepultar.
COMPOSTA, adufa , dlqmè, eclusa, Re-
presa.
coMPOftTAR, padecer, soffrer, supportar,
tolerar.
COMPORTAR-S* , coilduzir-se, portâr-se,
proreder.
coíPoSiçÃo, disposição — acordo, concer*-
to, convenção — capitulaçSo, ]!az — e&èri-
•i ptOi lhf?ma — corrp?^»*=t"ira — repouso.
na? «
m
COH
aoK
COMPOSITOR, autor, ^compoedor, compo-
siteiro, escrjptor.
COMPOSTO, acabado — organizado, tecido
— («fl(;) grave, modesto, sisudo — ajorca-
do.
COMPOSTURA, composiçRo, estructura —
regularidade — decência, gravidade, modés-
tia, recato — escriplura — adereço, adorno,
arreio, atavio.
COMPHÀ, mercado — acquisiçSo — empre-
go
COMPRAR, mercar — peitar, subornar —
grangeart negociar — resgatar.
coMPRAzfcR , agradar — deleitar — satis-
fazer.
COMPREHBNDKR OU Comprender^ abarcar,
•branger, encerrar, incluir —- alcançar, co-
nhecer, intender, perceber — mencionar.
coMpREnENSÃo. comprehensiva, concep-
çÃo, intelligencia, inteudiraento, penetra-
ção.
comprtdAo. amplidão, comprimento, ex-
tenção, longor, longura.
COMPRIDO, completo, perfeito — (a<í/.) di-
latado, espaçoso, estendido, longo — diffu-
so, prolixo — esguio
C0MPR1MRN1AR. congratular, felicitar.
COMPRIMENTO, extertsão, longor — {pi.) cor-
tejos, cortezanias, saudações — cerimonias
— continências — lisonjas — obséquios —
ofiferecimentos.
COMPRIMIR, apertar, restringir — conter,
moderar, refrear, reprimir.
coMpROMiTTBR-SB, arriscar-SG, aventurar-
86, <3xpor-se.
COMPROVAÇÃO, confirmação, prova, veri^
íicaçào.
COMPROVAR, auctorisar, confirmar, pro-
var.
COMPUTAR, calcular, contar, numerar,
supputar.
COMPUTO, calculo, conta, numero, som-
ma, supputaçào
CONCAVIDADE , burflco, cavidade, cova,
fossa, furna, cuco, profundidade, subterrâ-
neo.
CONCAVO, cavado, cavo, covo.
CONCEBER, emprenhar, Rravidar, pejar,
prenhar — coroprehender, intender, perce-
ber— imaginar, inventar, meditar.
CONCEBIDO, grado — formalisado — inten-
dido.
coNCEBiMENTO, coDcelção — prenhez —
concepção.
CONCEDER, acordar, dar, outorgar, defe-
rir — convir — annuir.
CONCEITO , agudeza, sentença — id«ia,
imagem, pensamento — dicto — conta, juí-
zo, opinião — credito, f^ma, reputação.
CONCEifro, canlo, consonância, consono,
harmonia, oiciodia, musica.
CONCEPÇÃO , concebimento — conceito »
concpil«çào — coap-^ehensào, percepção.
CONCERNENTE, pertencoute, relativo, resi
peclivo, tocante.
CONCERTADO, Rtacado, remendado — res-
tabelecido — rprazado, ajustado, justo —
adubado, guisado — comparado, cot^^jado
— conforme, pontual — grave, modesto.
CONCERTAR, ordenar — remendar — repa-
rar, restabelecer — ajustar, concordar, re-
conciliar — enfeitar, ornar — melodiar.
CONCERTAR SE, Rccommcdar-se, ajustar-
se — conformar-se — alinhar-se, ataviar-
se.
CONCERTO, reparação— aceio, atavio, com-
postura, ornato — ajuste, convenção, pacto
— accoramodamento, reconciliação.
CONCESSÃO, doação, outorga — permissão
— graça, privilegio.
CONCHAVAR, ajustar, concluir.
conchegau-se , achegar-se, chegar-se,
unir-se — accommodar-se.
CONCHEGO, achega, conforto — refugio —
commodo.
coNci lABULO, ajunctamento, assembleia,
junta — concilio.
CONCILIAÇÃO, accordo, concordância, con-
córdia.
CONCILIAR, ajustar, amigar, reconciliar,
unir — adquirir, grangear, negociar — cau-
sar, trazer.
CONCILIO, assembleia, conselho, junta.
CONCISÃO, abreviação, precisão.
CONCISO, abreviado, apanhado, cerrado,
curto, estreito, lacónico, resunido, succin-
to.
CONCITAR, excitar, incitar, instigar, mo-
ver— animar.
CONCLUIR, acabar, "^ concludir, fechar,
finalizar, findar, rematar, terminar — ajus-
tar, compor, concertar — conchavar — col-
ligir, deduzir, inferir.
coNCLUiR-sE, finar-se, morrer.
CONCLUSÃO, fim, remate — theorema. the-
se — epilogo, fecho, peroração — consequên-
cia, deducção, illaçào, inferência — leso-
luçào.
CONCLUSO, acabado, findo, ultimado —
assentado, determinado.
coNCoMi TANGIA , companhia, connexão,
união — coíoparação.
CONCORDÂNCIA, acordo, conformidade —
consonância, consono, hnrmonia — concor-
data, pacto — coherencia, connexão.
CONCORDAR, concertar, conciliar — acom-
panhar, associar — [n ) harmonisar — casar,
coadunar, convir, quadrar, rhymar.
CONCORDATA, coucordftto, convenção —
acordo, ajustH, tratado.
CONCORDE, conforme.
coNCoROiA, amizade, harmoiiia , pai,
CON
uní&o — acordo, njuste, pacto ■— allíança,
confederação.
CONCoRRKR, contribuir, cooper/tr, influir
— coexistir - - coincidir, concordar — - aju-
dar, auxiliar.
CONCUBINA, amasii, amiga, manceba —
combopça— • iça, meretriz.
coNCUBiNARio , amsncebado , amigado ,
comborço.
CONCUBINATO, abarregamento, amanceba-
mento, mancebia
CONCULCAR, calcar, pizar, trilhar — des-
prezar.
CONCUPISCÊNCIA, carnalidade, immodestia,
incontinência, lascívia, luxuria, sensualiHa
de.
coNCURRENCiA, competencia, competiçfio,
ajuoctamento, concurso — conformidade —
frequência - - confluência, encontro.
co^cuHRlíNTE, conteiidor — courpetidor ,
emulo, rival.
CONCURSO opposiçSo — pretençSo — ajun-
tamf^n'o, muliidào.
CONCUSSÃO, abalo, commoção — extorsão,
fraude, vexação, violência.
CONDÃO, excellencia, graça, preeminência,
prerogativa, privilegio.
co^DKMNAçÃo ou Condetiação, condemna-
ment , damnação — multa, pena — castigo,
supplicio — censura, desapprovação.
CuNDEMNAR OU Condftnar ^ desapprovar,
estranhar, reprovar — reprehender — mul-
tar — sentencear.
CONDENSAR, addensar, apertar, densar,
engrossar, espessar, giomerar.
CONDESCENDÊNCIA. aitençSo. bondade ^
complacência, obsequio — indulgência
CONDESCENDER, aicommodar se, confor-
mar se, dobrar-sp, moldar-se.
CONDIRÃO, estado — graduação, gráo —
nasciínento — profissão — casta, estofa, sor-
te — caracter, geuio, Índole — artigo, clau-
sula — pacto, partido — modo — (pi ) does,
qualidades.
CONDIGNO, adequado, igual, proporcio-
nal.
CONDIMENTO, adubo, temppro.
CONDIR, adubar, confeitar, temperar.
coNDOER-SE, apicdar-se, compadecer-se ,
lastimar.
coNDUCTA, conducção, aqueducto, cano,
receptáculo, reconditorio — governo, proce-
dim»'nto — direcção, guia.
coNDucTOK, guia — directof, mestre.
CONDUZIR, acompanhar, guiar — levar,
transportar — trazer — dirigir, manejar -
capitanear, mandar, reger — (n.) contribuir,
servir.
CONFEDERAÇÃO, allíança. coUígação, con-
federamenlo, federação, liga.
ÇúiirKijKRAR-st,0Ílio>6«, ligar-se, unir-se»
CON
909
coNFiBENciA, colloqulo, practica — con"»
cilio, congresso — comparação, confrontft*
çào, parallello — communicação.
CONFERIR, conversar, fallar, praclicar,
ventilar — comparar, confrontar, coiejar —
conceder, dar, outorgar — [n.) auxiliar —
conformar-so.
CONFESSAR, declarar, dizer, manifestar,
revelar — conceder, convir, reconhecer —
aíFirmar.
CONFIADO, atrevido, desmedroso. resolu-
to — arrogante, insolente — impertineute —
descarado, desvergonhado.
CONFIANÇA, segurança — credito — espe-
rança, fiducia, * fiusa — amizade, faruilia-
ridade - confidencia — animo, valor — de-
liberação , liberdade , resolu(,ão — atrevi-
mento, audácia, auso, despejo, ousadia.
CONF AR, cooimetter, fiar, recommendar
— (n.) escorar — esperar.
co^F DE>ciA, boa fó, opinião — segredo
— fi telidade.
CONFIDENTE, amlgo inlimo, depositário —
[adj] familiar, intrínseco.
CONFIM, confinante, contermino — {s pi,)
cxtr»^mas, extremidades. 1 mites, lermos —
balizas, metas — fronteiras, raias.
CONFINANTE, comarcão, conterojiuio, fron-
teiro.
CONFINAR, comarcar, visinhar.
CONFIRMARÃO, chrisma — raiiGcação, se-
gurança— evidencia, prova.
CONFIRMAR, chrismar — apoiar, corrobo-
rar, roborar, solidar.
CONFISSÃO, declaraçSo, descobrimento,
manifestnção, manifesto — aílirmaçào.
CONFUCTO, aperto, ardor (do combate) —
choque, pelrj a, recoi.tro — debate, dispu-
ta.
CONFORMAR, conciliar, concordar - - ade-
quar, casar, moldar.
confokmar-se , accommodar-se , f geitar-
se, amoldar se — ceder — resignar-se — cor-
lesponder com...
CONFORME, idêntico, semelhante — con-
gruente, i^jiifll — consoante, unisono — ajus-
tado, avindo — resignado.
CONFORMIDADE, ptoporção, spmelhauça —
concordância, congruência — unanimidade
— resignação, submissão.
CONFORTAR, coHSolidar, fortalecer, forti-
ficar — alentar, animar, corroborar — con-
solar.
CONFORTO, corifortação, corroboração —
allivio, consolação, consolo — alento, ani-
mo, coragem, vigor — assistência.
CONFBADK, adepto — co-irmào — compa-
nheiro, sócio.
coNFRAatSO, a.^pero, duro, escabroso, ru-
de.
C0MRAW61MIHTO contraoção,torcedura —
910
CON
CO^
acanbamenlo , aperrei) mento , constrangi-
mei)io.
CONFRARIA, irmandadfí —congregação, or-
dem — companhia sociedade:
CONFRONTAR, determinar, limitar — com-
parar, conferir, cotejar, equiparar.
CONFUNDIR, irfistocar atrapalhar, emba-
ralhar — mesclar, misturar — perturbar —
envergonhar —• convencer.
CONFUSÃO, PDQ baraço — dessocego, perple-
xidade — encníhimento, pt-jo, vergfínha —
enleio, perturbação — atrflpalhação, embru-
lhada , misceilanea — tumulto — obysi lo ,
cabos — bab3'lfinia, Isbyrintho — inferno.
CONFiso, desordenado, imperfeito — en-
leiado, turbado — atónito, perftlexo — du
vi«loso, equivoco, escuro — incerto, indis-
tincto — misturado — envergonhado , pe-
jado,
coNFUTAR, desfazer, destruir, refutar —
convencer.
CONGELADO, eucaramelado, frio, gélido,
nevado.
CONGELAR, encaramelsr, g*^lar, nevar, re-
gelar — coalhar, — condensar — atalhar,
prender.
CONGi.UTTNAR, appgí»r, collar, grudar, unir
— consolidar. v)rroborar.
c .NGoxA, aíHicgão, aucia, angustia, dôr,
martyio
coNGoxAR, affligir, angustiar, vexar.
corsGoxuso, anelado, aíllitto, inquieto —
apressado.
coNGRATUi AçÃo, cutDprimentos, felicita-
ções, par?«bens.
coNGKATULAR, cumprímentar , felicitar,
gratular.
CONGREGAÇÃO, assemblela, junta — com-
munid«de — confraria- sjunSampnto, união,
CDNGRítSsO, assembleia, auditório, junta
— ajuntamento , concurso — cohabitfíçào ,
copia
CONGRUÊNCIA, conformidade, semelhança
-^ couYHniencia, porpor<;/io.
CONGRUENTE, couveuiénte, proporcionado
— suíTi.ienie.
CÔNGRUO, congruente, conveniente, decen-
te, proporcionada, próprio, suííicieníe.
CONHECEDOR, experto, hábil, inlelligente,
intendido.
CONHECER, divisar, enxergar, notar, vôr,
— perceber — discernir — considerar, reíle-
ctir — cohabit*ir.
coNURCiMENTo, coõiprehensSo, int*»llig<.n-
cia — amizade — commiinicação, trar.to —
commercio , correspondência — rioctrina ,
erudição, luz, sciem ia — idnia, noção, no-
ticia — gahrdão. recompensa — pritstação.
CONJECTURA,* conj^^itúra, sns|.ei»a — in-
dicio, sigaal
íáiSo.
agouro, presagio — quadra.
CONJECTURAR, fljuizar — inferir, presumir,
suppôr, suspeitar — antever, presogiar
coNJUNCçÃo ou Conjunção, concurrencia
— ensejo, ma:é, occ^são — opportunidade
— proximidade — parlicula — encontro — ;
sa«ào. ,
coNJUNCTO, chegado, junto, pegado, pró-
ximo, único.
coNiuHAÇÃo, conspiração, levantamento,
rebelliào, sedição — alvoroto, motim, tu-
multo — rnachinação, trama — exorcismo.
CONJURAR, conspirar — instar, pedir, ro-
gar, supplicar — machinar, tramar — exor-
cizar.
CONJURO, conjura, esconjuro — impreca-
ção
CONLUIO, collusão — connivfíncia, dissi-
mulação, engano, íingimersto.
CONNEXAO, àlfinidade, conformidade, ron-
nexidade, proporção — «-nlace, nexo, tra-
v«ção,' uniào — parentesco, relação, séíôe-
Ihança.
CONQUISTA, debellaçâo, tomada — trium-
pho, tro )heii, victona — acquisição — lu-
cta, pendência.
co>quistaR, avassallar, domar, s^jbjugar,
sujeitar, vencer — tnumphar — adquirir,
conseguir.
Consagrar, dedicar, rfíerecer, offertar —
immolar, sacrificar — canonizar — destinar.
consciência ou Conciencia, advertência,
conhecimento (intimo) — escrúpulo — pro-
bidade.
coíiseguir, acquirir alcançar, haver im-
petrar, obter — acertar.
conselho, aviso, parecer — dpterm"fla-
ção. intento, resolução — con«:ulla — ad-
moestftção — ensino — inspiração — indu-
zimento — consultação, junta — desembar-
go — sanado.
coNSRKso, approvsção, benepltíèitc, corl"
sentimento, pr«sn e.
coksentanlo, ajustado, conforme, cOii'"*
ven^ente.
consentimento, apprOVação, prásmé —
outorga, permissão. '
CONSKNT^R, appl^ovar, assentir — perrait-
tir — S' íTrer, tolerar — - dissimular , cotlôe-
der, ontorgrár
CONSKQURNCíA, deducção, illnção, infe-
rência — éíTeito. resulta — iinportan^ia.
CONSERVAR, g[U8rdar — cultivar, áJBdlêf
— defendíjr , preservar — poupar -^ ffetét* i
sustentar.
coNS'DERAÇÃo, attençãó, respeito — ooa-
seqTiehcia, estimação, importância -^ Ctttti^
tertíf^lação. ponderação — cogitação, n1^'di-
taçíio, reflexão — cautela, temo.
CON.sH)E{!AR, * consírar, meditar, pf one-
rar, rellectir — éxamirtar, observa)* — oíÍ*5í.
— flprfeci**-, ptéts!".
CON
COH
911
CONSIDERÁVEL, impoftante, notável — ce-
lebre, disimcio, grande, iilustre, insigne —
precioso — merauravel.
GORsisTKNCiA, Gsiado — estabilidade, fir-
meza, fíirç'1, permanenria. solidez.
consisTiK, depender, fundur i^e.
CONSISTÓRIO, assembleia, copilulo, con-
selho, dieta, junt-T — seíiado.
CONSOLAÇÃO, allivio, leiíilivo. refrigério,
*si>Iás — conforto, refiiedio — alefjria, con-
tem mienlo, salisf«ç.TO — * consoflda.
CONSOLAR, adoçar, aliiviar, mingar, mo-
derar.
CONSOLIDAR, fortalecer, solidar — corro-
borar — saQ»*ar, sarar — unir.
coNsoiO. ailívio. consolação.
CONSONÂNCIA, concenio, harmonia, melo-
dia — cnforniidade, uniíorioida'!©.
coMsoNo, ccnsouaoie. harmónico, harmo-
nioso — concorde, uniforme.
CONSORCIO, companhia — conversação, so-
ciedade — hymeneu
coNsaBTE, companheiro, participante —
marido, mulher -conjuncto.
coNSffcCTO, aspeito, conspeito, presença,
vista.
CONSPÍCUO, abalizado, distincto, iilustre
— nntavel — visivi 1
CONSPIRAÇÃO, conjugação, cabala, machi-
nação, trnma — facção, 1 ga, partido.
coN.>piHADOR, conjurado, faccioso — ma-
chinador
CONSPURCAR, inficionar, iscar, manchar,
sujar.
CONSTÂNCIA, estabilidade, firmeza, immo-
bilidade, permanência, persistência — per-
severaiiça, pertinácia, tenacidade — valor —
soíírimento.
CONSTANTE firme, immudavel. seguro. —
aturado — certo, invariável — impávido, in-
trépido.
CONSTAR, consistir — compôr-se de...—
ser crrto, evidente
coNSTELLAÇÃo. astro, cassiopeia, signo —
horóscopo — fiscrndpnle.
coNSTKRNAÇÃi, afllicção, dôr, magoa —
desalenio — aperto — cobardia, medo, te-
mor.
CONSTERNAR, aílligir, agoniar — desalen-
tar, desanimar — aterrar.
CONSTITUIÇÃO, estatuto, regra — decreto,
lei, ordenação — canonos, instituto, prema-
tica — fompleição, Índole — temperatura.
CONSTITUIR, pôr — ordenar, regular —
crear, instituir — firmar.
coNsiiTuiR-sE, fazer-se, estabelecer-
se.
CONSTRANGER, compelUr, forçar, obrigar,
violentar — restringir.
constrangek-sb, absler-se — moderar se
— violeniar-stí.
C6NSTRAN6ID0, coacto — compellido, im-
pellido — forçado, obrigado, violentado —
aperir.do, conslricto.
CONSTRANGIMENTO, confrangimento, pre-
ma — força, violência — necessidade — in-
comroodo, sujeição.
coNSTBiNiíia, apertar, estreitar.
coN^TKUcçÃo ou Construiçào, còUocação,
disposição, ordem — synlaxe — estructura,
fabrica
CONSTRUIR, edificíir, f ibricar — decifrar,
deletrear — collocar, ordenar — traduzir,
verter.
consultação, conferencia, consulta, de-
liberação — aviso , conselho , parecer —
exame.
CONSULTAR, pedir conselho — deliberar,
resolver — psaminar.
CONSUMIÇÃO, mortincação, pena, pezar,
tormento — enfado, enojo.
CONSUMIDOR, arruiaador, destriictor, de-
vorador — «ÍBijíidor.
CONSUMIR, dissipar, estragar, gastar —
atlenuar — destruir — comer — devorar —
absorver, funoir — agoniar, enfadar — re-
primir — empregar.
CuNsuuiR-sK, amoíinar-se atormentar-se
— enfadar-se — estilar-se, finar-se, gastar-
se.
consummaÇão, consummo — acabamento,
fim, termo, ullimjçào — complemento, per-
feição — dissipai.ão.
consummado, acabado, findo — completo,
perfeito.
conslmmab, acabar, terminar — aperfei-
çoar, completar — cumprir, prefazer.
CONSUMMO^ consummação, despesa, gasto
— uso.
CONTA, calculo, computo, numero — cui-
dado — estimação valia — conceito, opinião
— narração — {pi ) camaldulas, rosário.
coNTABiLinADB, responsabilidado — arre-
cadação — thesouraria.
CONTACTO, tacto, toquo.
contador, historiador, narrador — calcu-
lador, calculista.
coNTAGi ) , contagião , epidemia, peste,
pestilencii — corrupção, infecção, inficio-
nação — andaço, g'»feira
CONTAGIOSO apegadiço, epidemico — pes-
tifero, pestilencial, pestilento — corruptor,
estragador.
CONTAMINAR, manchar, sujar — iofectir,
inficionar — profanar — corromper, depra-
var, viciar. •
CONTAR, calcular, computar, numerar —
narrar, referir, relatar — historiar.
CONTEMPLAÇÃO, coiisideraçào — obsequio,
res[teito — meditação.
CONTEMPLAR, mirar, notar — considerar,
meditar, reflectir.
228 «
9!í
CON
COS
coNTEMPLATiTo, absorto, enlevado, extá-
tico, suspenso — medita íivo, pensativo.
CONTEMPORÂNEO, coetaneo, coevo.
coNTEMpoKizAR, lenoporis«r — accommo-
dar-se, condescender.
coNTEMPTiVEL, desprezivel.
CONTENÇÃO, altercação, contenda, contro-
vérsia, debate, disputa — rixa — activi-
dade, calor, eflicafia, vehemencia — força,
vigor.
CONTENCIOSO, demandão, litigioso — al-
tercador. dispulador — rixoso — incerto
CONTENDA, altercação, i-ertarae, compe-
tência, controvérsia, disputa, porfia — dis-
córdia — conflito.
CONTENDER, b. igsF, renhir — altercar,
disputnr — intender — competir.
CONTENDOR. disputadoF — concurrente,
rival — adversário, inimigo.
CONTEISTAMENTO, allegria, contento, gos-
to, prazer, satisfação — deleite, desenfa-
do, recreação — allivio — delicias.
CONTENTAR, agradar , aprazer, satisfa-
zer.
CONTENTE, alegre, festival, jovial, riso-
nho — gostoso, satisfeito — consolado —
abastado — pago.
CONTENTO, contentamento, gosto, satisfa-
ção — a bit lio, desejo, jjrado, voto.
CONTER, abarcar, abranger, encerrar, in-
cluir — moderar, refrear, reprimir.
coNTER-SK, moderar-se, refrear-se, so-
frear-se, soffrer-se — abster-te, cohibir-
se.
contkrmino , adjacente, chegado a . . .
comarcão, contíguo, pegado, visinho.
conterranro, compatriota, patrício, pa-
triota — concidadão.
CONTESTAÇÃO, altercação, debate, disputa
— combate, lide, lucta
CONTESTAR, controverter, debater, dispu-
tar— questionar — litigar.
CONTENDO, contido, encerrado.
CONTEXTO, contextura, theor — tecido,
travflçào.
CONTÍGUO, chegado, pegado, unido — con-
fin**, prnximo, visinho.
C0NTINENCI4, sbstinencía , sobriedade,
temperança — moderação — castidade — mo-
déstia, recato — semblante — postura.
CONTINGÊNCIA, acaso. casualidadc— evCD-
to — occurrencia — incerteza — risco.
CONTIGENTE, casual, fortuito, incerto.
CONTINUAÇÃO, continuidade, serie — pro-
gressão, pnseguimento — duração.
CONTINUAR, estender, prolongar — proro-
gar — perseverar, persistir, proííar — [n )
prosegnir — aturar, durar-
CONTINUO, assíduo, *cotíno, continuado,
incessante — pegado com . .
conto , alvado , extremidade, ponta —
conta, numero — milhão — phantasia, vi-
são — (p/-) fabulas, historias, novellas.
CONTORNO, âmbito, circuito, redor — li«
neamenlo, risco — [pi.) arrabaldes, subúr-
bios.
CONTRACÇÃO , convulsão , encolhimento ,
torcimento.
CONTRACTO, abr«viado — encolhido.
coNTRADicçÃo, cDLtrarícdade — opposição
resistência —objecção - repugnância — re-
provação.
CONTRADIZER, coutradictar — replicar —
arguir — refutar — contrastar, oppor-se —
combater — destruir.
CONTRAFAZER, arremedar, imitar -^fin-
gir, desfigurar, falsificar — disfarçar, dissi-
mulir
CONTRAFEITO, copiado, remeudfldo — fin-
gido — falsificado — forçado — disforme,
malfeito.
coNTRAniR. acquirir, agenciar, conseguir,
grau gear— fazer. ~
coNTRAHiH-SB, cncolhcr-se — estreitar-se,
limitar-se
contraminar, atalhar, estorvar — baldar,
desfazer, destruir.
CONTRAPOR, entestar — oppor — compa-
rar, Cotejar — refutar.
CONTRAPOSIÇÃO, contraposta — contrarie-
dade, opposii.ão — parallelo.
contrariador, contradictor, contrarian-
te — opposto.
CONTRARIAR, conlrastar, oppor-se— es-
torvar, impedir, obviar — repugnar — des-
approvar, encontrar — impugnar, rt-futar.
CONTRARIAR SB, contradizer-se, desdizer-
se.
CONTRARIEDADE, contradicção — contrapo-
sição, opposição. resistência — diíliculdade,
estorvo , obstáculo — competência, emula-
ção — antipathia — contenda.
CONTRARIO, adversário, * contrario, ini-
migo — emulo, oppositor — objf^cção -- con-
tra-ordem — {adj ) damnoso, nocivo —
a verso.
CONTRASTAR, oontraHar — oppor-so re-
sistir — contender, luctar — contestar — re-
futar.
CONTRASTE, opposição, resistencia — con-
tenda, disputa — contestação, controvérsia
— estorvo, obstacnlo — adversidade, des-
graça — avaliador — censor.
CONTRATAÇÃO OU Contractação, contracto,
tracto (mercantil).
CONTRATADOR OU Contraclador^ contra-
ctante — commerciante, negociante — mer-
cador.
CONTRATAR OU Contractar , ajustar —
commerciar, negociar, traficar.
CONTRATEMPO, accidente-^ estorvo*-' ad-
versidade, iafurtunio.
con
COP
9Í3
c 0NrriA.T0 OQ Contracto, ajuste, conven-
çào, pacto — coaimflrcio, noKOcio.
coNTRAVENENo, anlidoto, contrapeçonha,
triaga.
coNTRTBuiR, ajudar, concorrer , coope-
rar.
coNTRíçÃo , arrependimento , attrição ,
compunção.
CONTRISTAR, entristecer, mel«ncolis«r —
aflligir, angustiar, magoar — desconfor-
tar.
CONTRITO , compungido , rependido —
afflicto, morlificado. triste.
CONTROVÉRSIA, altercação, disputa — du-
vida — objecção — contradição.
CONTUMÁCIA, obsliuação, pt^rtinacia, tena-
cidade — rebeldia — porfia, teima "- per-
severança.
CONTUMAZ, * referleiro — obstinado, opi-
niático, tenaz.
contumelia, afronta, injuria, ultraje.
CONTUNDIR, moer, piz»r — abalar, amor-
gar.
CONTURBAR, perturbar, turbar — enfra-
quecer, quebrantar.
CONTUSÃO, nodoa, pizadura.
co.'STUso, pizado — macbucado — aba-
lado, amassado.
CoNVALECENCiA, Couvalecença ou Conva-
lescença, melhoras, restabelecimento.
coNVALKCER ou Convalcscer, melhorar,
restib lecer-se.
CONVÉM, cumpre, imporia, releva.
CONVENÇÃO, acordo, ajuste concerto, pa-
cto — contracto — traclado.
CONVENCER, capacitar, persuadir — con-
futar — demonstrar, provar.
CONVENCIONAR, ajusiar, convir, estipular,
pactear.
CONVENIÊNCIA, íuteresse, luco, proveito,
utildadn — conformidade , congruência ,
similhança.
conv&niehte, interessante , proveitoso,
ulil — capaz digno , habil — côngruo,
justo, proporcionado — decente — neces-
sário.
coNVENTicuLO, assBmbleia, conciliábulo,
juncta.
CONVENTO, mosteiro — communidade —
clausura, recolhimento.
CONVERSAÇÃO, coUoquio, conversa, dialo-
go, entretenimento, palestra, practica —
conferencia — tacto.
CONVERSÃO, arrependimento , converti-
menio — mudança — transformação — evo-
lução.
CONVERSAR , fallar , praticar — pairar
— discorrer , discursar — frequentar ,
Iractar.
CONVERSAYKL, coftez, affavel — accessi-
tel, communicavel, tract&vel.
vou IT.
CONVERSO, arrependido , convertido —
tornadiço.
CONVERTER, reformar — mudar, trans-
formar , transmutar — applicar — virar ,
voltar.
coNVffRTiDO, converso, arrependido — mu-
dado, trasformado.
convicção, evidencia — prova — cren-
ça, persuação.
CONVICTO, convencido.
CONVIDAR, invidar — acarear, attraír —
chamar , convocar — reduzir — desafiar ,
provocar — excitar, instigar.
* coNviNHAVEL, accommodado, adequa-
do , conveniente — razoado , competen-
te.
CONVIR, convencionar — concordar, coin-
cidir, quadrar — ajustar-se, concertar-se
— perteiicer, tocar.
CONVITE, banquete, bodo, festim — adu-
bos, guisados, iguarias — invite.
CONVOCAÇÃO, chamamento, — assembleia,
juncta.
CONVOCAR, chamar, junctar.
COOPERAÇÃO, ajuda, assistência, soccor-
ro.
COOPERADO», ajudador, cooperante, coo-
pera rio.
COOPERAR, ajudar — concorrer, contri-
buir.
cooRDiNAçÃo, arranjo, disposição, ordem
— cnmpnsição.
cooRDTNAR OU Coordenar, arranjar, dis-
por, ordenar.
COPA, aparador — coma, rama, ramada
— copo, cyfltho, taça.
COPADO, comado, folhudo, frondifero, fron-
doso — basto, cerrado, espesso , sombrio
— redondo,
COPAR , decotar , despontar , derramar ^
tosquiar — arrendondar, redondar — pen •
teiar.
COPEIRA, aparador, copa.
COPETE, mcnho. topete, trunfa.
ccpiA, abundância, aílluencia, fartura —
numero — retrato, transumpto — iuimita-
ção, representação — Iranscripção, trasla-
do — par, parelha.
COPIADOR, amanuense, cop'$ta, traslada-
(Jop — compilador, plagiário — imita-
dor.
COPIOSO, abastoso. abundante, farto — ri-
co — numeraso — fértil.
COPISTA, cipiador — bebe'for.
COPLA, copra, quarteto.
COPULA, ajuncta mento, cohabitação, coi-
*^' . . . , .
COPULAR, ajuntar, coitar — igualar, irma-
nar — emparelhar, jungir.
COQui, carolo, pancada.
cÔR, tinta — aLTebique — pudor, fubor,
914
CCR
COU
Termelhidão — causa, color, pretexto —
colorido — apjjareocia — desculpa, eicu-
sa.
CÓR,* desejo; * vontade — memoria.
CORAÇÃO, alma, espirito — peito — ani-
mo, Vttlor — iniento, pensamento — âma-
go, medulia, miolo — centro, imo — gem-
ma, meio — affecio, amizade, amor.
COR/ÇLDO, animoso, denodado, dtsieipi-
do, impávido, intrépido.
CORADO, rubicundo, vermelho — appa-
íente, tingido.
CORAGEM, Corage ou Corojem, anitno,
bravura, denodo, exfurço, irnre4>idez, reso-
lução, valentia, valor — bizarria, brio —
paixão, sanha,
coRAioso, CmajeníOf alentsdo, anirooso,
arn jido, bravo, brioso, cora^udo, denoda
do, dtsiemido, esforçado, forte, impávido,
iatrepido, valoroso.
corab, acafeiar — pintar, tiogir — co-
lofeajr colorir — arrebicar — enrubecer,
rub ar — disfarçar, simular — desculpw,
prr.textar
coKço, cervo, gamo. veado -tr {adj\] ex-
pedito, ligeiro.
COR cos ou Corcoz, coricovado, oar^jundo,
giboso.
CORCOVA, alcorcova, carcunda, giba.
CORUA, amarra beta, calabre, calabre
— baraço — cordilliej ' a, enàadá, espinha-
ço.
CORDATO, assente, cordo, prudente, sisu-
do.
CORDEIRO, anho, borr-eguinho, carneiri-
nho, * cucio.
CORDEL, barbante, fio, guita.
CORDIAL, conforiativo, cnrroborativo, es-
tomacal — affectuoso, amigo, fiel, since-
ro.
codialidade, alTeição, amizade, ternura
— franqueza, sinceridade.
CORDILHEIRA, corda, espinhaço (de ser-
ras, etc.
coadoalha, cordame, maçanie — enxár-
cia — amarras, cabos, calabres, cordas.
corduka, juizo, siso , sisudeza — pru-
dência.
coRiFEO, Corypheo oa Corypheu^ cabeça,
chefe, primeiro, principal.
CORJA, canalha, gentalha, matula, vul-
ganto — muludào.
coRNisoLO, cornifero, cornigero, cornu-
do, comuto.
CORNO, chavelho, chifre, ponta — cornu
copia — busina, corneta, trompa — cornu-
do.
CORÔA, diadema — capella, grinalda —
laurel, Iflureola — mitra, tiara — tonsura
^Oftbeçii, cume — dominio, potencia, so-
""laia —« e«(ad0) reino»
COROAR, cercar, cingir, rodear.
coROLLARio, compendio, resumo, summa
— consequência, illaçào.
CORPO, cadáver — pessoa — estatura —
multidão — espessura, grossura — mole —
coilecçào — companhia, sociedade.
CORPORAÇÃO, faculdade — congrogação.
CORPÓREO, material, corporal, physico.
COKPULKNTO. fornido, gordo, grosso —
corpanzil, giganteo.
CORPÚSCULO, átomo, corpinho.
coftfi»c«çÃo, 8d»iQj0tftçài>. aviso, repreen-
são — emonda — correctivo — castiKO, pu-
nição — censura, disciplina magistério —
exactidão, puBt^za, r,egularidade — polimen-
to, retoque.
CORHKCTO, castigado, emendado, polido
— exacto, verídico — expurgado, limpo,
puro.
corhidura, correria , corso — carreira,
eorredela, corrida.
coERÇiQ <iu Gomeo^ estafeta, niessageiro,
postilhão — próprio — recoveiro.
GORRELAÇÃo, Eelftçào muiut^ — conuexão
nexo — cOfrespondencift,
CORRELATAR, correferir.
* coRKBWÇA, Cfrmaras, cursos, diarrhea,
fluxo de ventre
coflHE.»TB. cheia, enchente, levada, ri-
beira-id, torrente -— • copia — multidão —
sijctesso — Cftd^ia, grilhão, prisão —{adj.)
exen itado, perito, versado — praticado,
usado -r- facil — prestes, prompto — fre-
quente.
correntezv. corrente — enfiada, fieira,
serie — facilida ie — eXj)edi;ão
CORRER, apressar-se — perseguir — con-
tinuar, prós guir — gyrar — tractar de...
— conccorrer — [a.] andar per... — vi-
sitar -— soífrer.
correr-se, corar, envergonhar- se, pejar-
se.
coRREJiA, assaltada, incursão, invasão,
salto.
CORRESPONDÊNCIA, proporçSo, symmetría
— aoeotdo, relação, — agradecimento —
desquite, retorno.
CORRESPONDER, respoudcr — pagar, satis-
fazer — symmetrisar — cartear se com...
CORRIDA, carreira, curso — assaltado, cor-
reria,
CORRIDO, envergonhado — acossada, per-
seguido — corredio
CORRIGIR ou Corregir, emendar, retocar
— concertar, rcfiarar — cssii^ar , punir —
reprehender — adoçar, diminuir, temperar.
CORRILHO, ajuntamento fde gente) — cir-
culo — convenliculo.
corrimaça, apupada, apupo, vaia.
cuiiRiMENTO, purgação — pejo, rergo*
COR
CIIA
915
coKNioLA, engano, lograç&o, logro — es •
parrella.
comiiouiiiio, trivial, vulgar.
COHHO, área, circo, pmça — mó, roda.
COHROB0UAH, enriJAr, fortalecer, vigori-
par — coufurlar — confirmar, roborar —
conídlidar.
CORROER, gastar, roer.
coHRoMPBR, peitar, 8ul>ornar — seduzir
— violar — «h «r/ir, deformar — f/ilsitlar
— depravar, viciar — apodreatar, estra-
gar.
CORRUPÇÃO, contaminwgíio — fedor, in
fec(,ào — imiiiuniieia, sordicia — conta>íio,
peste — podridão — alteração — prevari
cação, suborno — estupro — abuso, cor-
ruptela.
CORRUPTO, contaminado, *corruto, infi-
ciouado — contanioso, empestado — pú-
trido — adulinradu, depravado, viciado —
daiiiDado, mali^oado.
coKKUPTOR, corrompedor, depravador —
subornador.
CoKSAaio ou Cossario, * cossairo, pira-
ta.
CORSO, pirataria — área, circo.
CORTADO, atalhado — assustado — des-
confiado — maltractado — ferido, golpea-
do — aberto, corto — escavado, talhado
— interrompido — aparado.
COKTAR. serrar — cortilhar, stolpear —
abrir, separar — andar — surdir — ata-
lhar, impedir, interromper — pronunciar
— romper, vt^ncer — aparar — talhar -
dividir — entalhar, gravar — avaliar, ta-
xar — dissipar, estragar — mu-^murar.
CORTE, golpe — inci.«.ão — fio, gume,
talho — aparo — cerrado — quintal.
CORTE, paço, pal«cio — capital, metró-
pole — pessoas reses — cortejo, séquito
— cúria — tribunrl —senado — cerrado
— viveiro.
coaTKjADOR, corlez, corlezão, polido
CORTEJAR, fazer corte — obsequiar —
galantear, namorar — acatar, respeitar, ve
nerar.
CORTEJO, acompanhamento, comitiva, com-
panhia, séquito — corte, estado — obse-
quio — galanteio — curtezia, reverencia,
saudação.
CORTSZ, civil, cortezão, polido, urbf^no
— affivel , gracioso, lhano — compraze-
dor, condescendente.
coRTtzÃo, aulico, pelicano — [adj] civil
cortez, discreto urbano — obséquios-», oíTi
cioso — ftffavel, bsrnigno — communica-
Tel.
coaTEzu, civilidade, cortezania, cortezB-
nice, urbanidale — acolhimento, affahili
dade — acatamento, respeito, réverenfifa,
veacrà^&o.
CORTIÇA, casca, * cort«za.
cortido oa Curtido, surrado — corrom*
pido — calejado.
cortina, pano, véu — oorródiça — díi-
farce.
coRuscANTt. rhamraejnnle, coriíoantô ,
flammante, 'n4mmi((»>ro.
coscoRRimio, chelpa, dinhoiro, pecúlio,
pecuuia — ihertlheiro, melgueira, thesoii»-
ro. ^;
cosKR, pespontar, pontoar — digerir —
abraçar — snffrer — chegar, unir.
Costa, declive, ladeira, queda — subida
-- aba beira, margem — {pi.) costado,
dorso, lombo — costellas.
COSTADO, costas, dorso, espinhaço, lom«
bo — casco.
COSTEIRO, encosta, ladeira, èubida.
Costumar, acostumar, af/izer, ávezar, ha-
bituar — [n ) estar afeito, soher.
COSTUME, habito, habitule, usança, uso
— manha — maneira, modo, estylo — fá-,
ro, v^ zo. '^
COSTURA, pontos — cicatriz — tarefa,
trabalho.
COTA, saia de malha — apoTítamento, ci-
tação, nota — sobrepelliz.
cuTAR, acolar, apoutar, designar, mar-
car, notar.
cotfjar, comparar, conferir, confrontar.
COTB.I0, auão, baixinho, pequeuo, pyg-
meu.
COTURNO ou Cothurno, borze^uim, cha-
pim.
COUCE, pernada — pontapé — patada — .
cabo, fim — couceira.
courama, couros, pellame, pelles.
COURO, pelle.
cousa ou Coisa, acção — negocio — bení
— interesse — opinião — reflexão, etc.
CuUTO, abrigo, asylo, guarida, rtr^fuj^io.
cova, antro, cavidade , furna — gruta,
lapa — buraco, fossa, covil.
covil, Cova — lóca — abrigada, escou-
drijo, ladrO'-ira — choça, choupana.
covo, concíivo, fundo.
coxear. m>»uquejar — claudicar, vacil-
lar.
coMM, canapé, sophá — almofada, almo-
fadinha.
coxo, claudicante, manco.
cozi>UA ou Cuzinha, comida — frasc4»
cozinhar ou Cuzuikar, hdubar, cozér,
guinar, temperar.
CRÁPULA, bebedice, borracheira, embrií^
guez.
crassidade, crassidão, crasSie, áehlíaa-
de, espessura, grossura.
crasso, denso, esposso, grosãb — |r'cJâ-
seiro. ^ . ■
craVau, aéfavar,^ encravar, fifli^, pre|íf
916
CRI
CXJI
— ferrar, — fitar, fixar — embuUr, en-
gastar.
CRAVO, prego — borbulha.
cni, greda — giz.
CRBBRO. amiudado, repetido.
CRECENÇà ou Crescença, acréscimo, aug-
mento — appendix — inundação.
CRECENTE OU Crescente, cheia, enchente,
inundação — corrente — esto, maré — meia
lua — topete — fermento, levadura.
CRECEU ou Crescer, augmentar-se, avul-
tar, medrar, vingar — alongar-se, dilatar-
se — sobejar.
CRECiMENTO OU Crescimento, accrescenta-
mento, augmento — crescimento, engra-
decimento.
CREDITO, assenso, crença, fé — estima,
reputação, autoridade, favor, poder — abo-
no — confiança — valimento.
CREME, nata.
CRENÇA, opinião, parecer — fé -^ reli-
gião — con//ança.
CRENTE, crédulo — fiel.
CREPE, fumo.
CREPITANTE, faiscaute, scinlillante.
CREPITAR, estalar — faiscar , scintillar.
CRER, acreditar — intender, julgar, pen-
sar — fiar-se — persuadir-se.
CREsriDÃo, aspereza, escabrosidade —
encrespadura.
CRESPO, áspero, escabroso — cravado,
crivado, empennado — encarapinhado, re-
volto — ouriçado.
CRESTA, crestadura — concução, rapi-
na.
CRESTAR , chamuscar — resicar — esti-
nhar — pilhar, roubar, saquear.
CRUçÃa ou Creação, alimento , sustento
— educação, ensino — infância — princi-
pio.
CRIADO ou Creado , moço, servente, ser-
vidor, servo — fâmulo — • {adj.) educado
— nutrido-
CRIADOR on Creador, Deus —■ [adj.) almo
— gerador.
CRIANÇA ou Creança, infante, menino —
cria — creação, educação — [adj.) novo,
pequenino.
CHIAR ou Crear,, alimentar — educar —
estabelecer, fundar, instituir — causar —
produzir — erigir — edificar — fomentar,
nutrir.
CRiAR-sE ou Crear-se^ nascer, produzir-
se.
CRIATURA ou Creatura , pessoa — r ente
— feto — menino — apaniguado.
CRIDO, acreditado.
CRiMK, culpa, delicto, falta — peccsdo-^
maldade — iniquidade — impiedade, sacri-
légio — Bggravo, offflnsa — [adj.) criminal,
CMKinADOR, Accuaador — calumniiidor. i
CRIMINAR, accusar, acriminar, culpar, in-
culpar.
CRIMINOSO, culpado, delinquente, réo —
facinorrfso, malfeitor — malvado, perverso,
scelerado.
CRINA ou Crine, clina, coma, crins — ju-
ba — cauda.
CRiNiTO, crinigero — cabelludo, corna-
do.
CRISTA, pennacho, plumagem — (pi.) or-
gulho, suberba.
CRISTAL ou Crystal, vidro.
CRisTALLiNO OU CrystalHno, claro, dlapha-
no, límpido, transparente.
CRisTEL ou Crystel, ajuda, mezinha.
CRITICA, censura — capacidade, discer-
nimento, gosto — discussão, exame, juizo
— crise
CRITICAR, censurar, critiquizar.
CRITICO, aristarcho, censor, criticador.
crível, probavel, verosímil.
CRIVO, joeira, peneira.
CROCODILO, jacaré — caimão.
CRU, áspero, austero, severo — cruel, des-
humano — indigesto — imperfeito.
CRUCIFICAR, immolar — maltractar, mor-
tificar.
CRUEL, bárbaro, diro, inhumano — Ím-
pio — tyranno — atroz — ferino, feroz,
truculento — implacável, inexorável, infle-
xivel — sanguinolento, sanguinoso — era,
fero, inclemente — bruto, sevo.
CRUELDADE, crueza, fereza, ferocidade,
furor — atrocidade — impiedade — barbari-
dade, deshumanidade, immanidade, inhu-
manidade, sevicia, tyrannia — hostilidade.
CRUENTO, ensanguentado, sanguento —
sanguinolento, sanguinoso — atroz, cruel,
inhumano.
CRUEZA, indigestão — crueldade, feroci-
dade, inhumanidade — rigor.
CRUSTA, codoa, crosta.
CRUZAR, crucificar — encruzar — borde-
jar, pairar — acuular, navalhar — cancel-
lar, deriscar.
CRUZES, adversidades, tormentos, traba-
lhos, tribulações.
cu, anus, sesso — nádegas, pousadeíro,
trazeiro — anca, garupa — fundo.
CUIDADO, afílicção, anciã, angustia, ma-
goa, pena, sentimento, tristeza — dessoce-
go, inquietação — attençào , precaução —
desvelo, diligencia, exactidão.
CUIDADOSO, diligente expedito — desso-
cegado , inquieto — cuidoso , pensativo —
exacto — vigilante.
CUIDAR, velar, vigiar — considerar, refle-
ctir — imagmar, pensar — suspeitar — ex-
cogitar, meditar, traçar — crer.
^ CUÍD&, cuidado, imagmaclo, pensa*
mento.
CUíl
CUT
917
* cuiDOSo, cuidadoso — pensativo — re-
ceioso, suspeitoso.
cuiTA, aíDicçao, angustia — trabalho.
CUJO, do qual.
CULPA, aggravo, offensa — falta, pecca-
do — crime, delicto — erro, error.
CULPADO, criminoso, delinquente, róo.
CULPAR, accusar, inculpar — criminar —
arguir.
cuLTifADOfl, cultor — agricula, agricul-
tor, colono, lavrador.
CULTIVAR, agricultar, arar, lavrar — adu-
bar — aperfeiçoar, polir — exercitar — ap-
plicar se, dar se.
CULTO, adoração, prostração, veneração
— acabamento, respeito, reverencia — hon-
ra, obsequio — dulia, latria — [adj.] enfei-
tado, ornado — polido.
CULTOR, cultivador — adorador — exer-
citador, exercitante.
CULTURA, cultivaçào, cultivo — ornato —
policia — culto.
CUME. aUo, cimo, sumidade — pico, pon-
ta — fastígio, zenith.
CUMPRIDOR, testamenteiro — {<idj ) execu-
tor, observante.
cuMPRiMEíSTO, execução, observância —
acabamento, complemento, fim, remate,
termo.
CUMPRIR, acabar, effeituar, terminar —
executar , observar, satisfazer — relevar,
servir.
CUMULAR, accumular, amontoar, apinhar
— attestar, cogular, encher.
CUMULO, acervo, montão — monte — co-
gulo.
CUPIDO, amor.
CÚPIDO , ambicioso, cubiçoso — desejo-
so.
CÚPULA ou Cúpula, domo, zimbório.
CURA, parocho — curação, curativo.
CURAR, mezinhar — sanear, sarar — guar-
necer, remediar — limpar, pensar — cui-
dar.
CURIOSIDADE, cuidado, desejo — appeti-
te — maravilha, preciosidade, raridade.
CURIOSO, cuidadoso — estudioso — nDvel-
lista — extraordinário, maravilhoso, raro,
singular.
curral, aprisco, bardo, cercado, redil,
CURSADO, frequflntado — trilhado — pra-
ctico, versado.
cursar, frequentar, seguir — andar, per-
correr — observar , praclicar — correr —
passar — cagar.
CURSO, caminho, direcção, via — carrei-
ra, corso — gyro — frequentação — progres-
so, propagação — exercício — leitura, pre-
lecções — excremento — cameras, dejecção.
CURTEZA, acanhamento — illiberalidade,
mesqíiinheza — estreiteza, limitação.
CURTO, breve — pequeno — acanhado, tí-
mido, vergonhoso — conciso, lacónico, suc-
cinto.
c JRVADURA, arcadura, curvidade, dobra-
dura.
CURVAR , alcatruzar , arquear, dobrar,
torcer.
CURVO , arqueado , convexo , curvado ,
torto.
cuspo, saliva — escarro — baba, espuma.
CUSTA, despesa, dispêndio, gasto.
CUSTAR, penalisar — importar, valer.
CUSTO, despesa, gasto, " sumpto — im-
porte, preço — difficuldade, trabalho.
CUSTODIA, conservação, cuidado — guar-
da — prisão.
CUSTOSO, magnifico, precioso, sumptuo-
so — caro — enfadonho, molesto, trabalho-
so — difficil, diíTicultoso.
CUTELO ou Cwíeí/o, alfange, catana, espa-
da, sabre
CUTILADA ou Cutcllada, alfanjada, cala-
nada, espadeirada.
tra. ir,
«O
118
6M
0BB
D
DADIVA, dom, donativo, mimo, presente
— liber^ilidade — oífr-rla. favor, graça.
DADIVOSO, benéfico, dador, generoso, li-
beral.
nAKA, na? trona, senhora — amiga, con-
cubina— meretriz.
DaM\ria, damice.
da^Nação, condemnação — perda, ruí-
na.
damnado , condemnado — malévolo —
apaixonado , irado — arruinado, corrupto
— bydrophobo, raivoso
daMiNar ou Danar, condemnar, sentpn-
cinr — apodrecer , corromper — perverter ,
prevaricar — damnificar — molestar, cíTen-
der — arruinar — reprovar — enraivcer.
DAMNAR-SE OU Danar-sc, apodrecer, aze-
dar-se, corromper-sè, perverter-se, pie-
varicar-se.
DAMNiFiCAÇÃo OU Dãnificação , damno,
prejuízo.
DAMNiFiCAMENTO OQ Danificametito, áSiUi-
no, detrimento, quebra.
DAMNIF1CAR OU Danificar, arruinar, es-
tragar - prejudicar — incommodar.
damninbo ou Daninho, damuificO, dam-
noso, nocivo, prejudicial — desiructor.
DAMWO ou Dano, detrimento, mal, pre-
juizo ~ destroço,, estrago — perda.
DAMNOSO ou Danoso, nocivo, prejudi-
ciante, prejudicial.
DaMO, amasio, galante, namorado.
DA^ÇA ou Dansa, baile, choreia.
DANÇADEIRA OU Dansadeiitt, bailadeira,
dançarina, saltatrice.
DANÇADOR OU Dansadnr, bailador, baila-
rino, dançante, dançarino.
DANÇAR ou Dansar, bailar, chacotear,
tripuliar — cabriolar, pular, saltar,
d'antkmão ou D' ante -mão, antecipada-
mente, antes, com prevenção.
D*AiSTES, anteriormente, antes, n*outro
tempo . outr'ora , precedentemente — ha
pouco tuaipo, pouco ha
d'aquvM, á quem, de cá, desta paríe,
<lest < siiio.
d'aql'i, deste logar.
DAR, cascar — d«»ar — entregar — conce-
der, outorgar — prescrever — causar, occa-
sionar — achar, encontrar — (n.) produzir.
DAR-SE, entiegar-se, render-se — appli-
car se.
DARDO, árremeção, farpão, passador, ve-
nabulo, virote, zarguncho.
Data, epocha — dadiva, dom.
DATILE, tâmara.
dkado, decanado,
DEBAIXO, per baixo, sob.
debalde , b.ildia, frustrado, frustanea,
inuiil, vãmente.
DEBATE, aliercação. contenda, disputa —
controvérsia, questão — competência, oppo-
sição — porfia, teima — combate , contli-
cto, peleja — emulação.
DEBATER, altercar, disputar — brigar,
combater — contender, justar.
D»BATKR-SE, agiiar-se , extrcbuxar-se ,
luctar.
DEB1LLAÇÃ0, dcrrota, desbarato, rota —
vencimento — conquista.
DEBEíLAR, desbaratar, destroçar — asso-
lar — domar, render, submetter, sujeitar,
superar, vencer — ganhar.
DEBICAR, lambiscar, provar.
DÉBIL, fraco, franzino, ténue — brando,
frouxo, laxo, mnlle
dhbiliuade, debilitaçào, debilitamento,
enfraquecimento, fraqueza — afrouxamen-
to
DEBILITAR, eufraquecer, enfraquentar —
afracar, fraquear — abater, apoucar, atte-
nuar, diminuir — desalintar, desanimar.
DÉBITOS, obrigações — dividas — empe-
nhos.
DKB.HUÇAR-SB, 8caixar-se, inclinar-se —
humilhar-so.
DEBttUM, bainha, orla, orladura — cerca-
dura, gdiào.
DEC
DEF
91d
DEBULHAR, desgranar — desfolhar, esfo-
Ihar.
DPBULHO, barbas, casulos, praganas, etc
— bamloubi, deventre, rtídftoho.
DEBUXAR, delinear, deseuhar, riscar -?-
imitar, represonlar, retratar
DRBUXo ou Dibuxo, dolineação, desenljp,
risco — iconographia, planta — lavor — bos-
quejo, esl»oço.
dbcadencu, declinação, descaiiçento —
atrazo — q lé la, ruina.
dkcaktar, engraadeiep, exagí^raf — pon-
derar - divulgar, publicar — celel»rí>r, exal-
tar, gabar.
DBCKNfiA, honestidade -^ recolhimento —
decoro — compostura— r conformidade, con-
Ywniencia.
DtciNTS, decoroso — congruí), convenien-
te, próprio — capaz — bom.
DKCEPAUO, cortado, separado — apagado,
inepto, inhabil — d*#rrotado, de$b#xaiado,
■vedcido.
DECEPAR, amputar, cortar, muiilar — des-
unir -r truncar — abater, derribar — inha-
bilitar.
DECIDIR, dele minar, resolver — declarar,
deCntr — julgar, sentenciar — tí^rrainar
DECIFRAR, interpretar — adivinhari inten-
der, peneirar — aclarar, explicar — lêr —
desemniaraiihar.
Decimo, dezeno.
Decisão, acurdo, determinação, resolução
— deliberação — ^cordão, aresto, sentença
— juízo, opinião — decreto, lei, regula-
mento — fim, terminação, termo.
DKCiSiYAMENTB , detioitiva, indubitável,
magistralmente.
, t decisivo ou DecisoriOf decretorio, perem-
ptório.
DECLAMAÇÃO, arenga, discurso, oração —
gestos, pronuncia — affectação — invecti-
va.
DECLAMAR, recitar — arrazoar, discorrer,
razoar — invectivar — gritar, vociferar, vo-
zear.
DECLARAÇÃO, cxplicação, exposif.ão — ma-
mf^-stflçào, publicação — depoimento, testi-
ficação, testimunbo.
DECLARADAMENTE, clara, descoberta, ex-
pressamente.
DECLARAR, expli':ar — menifestar — com-
ment«r, expor — articular, exprimir, pro-
nunciar — eleger, nomear — denunciar.
DECLINAÇÃO, decadência — decremento,
decresi-imo.
DECLINAR, descair — abaixar, descer —
dobrar — poiorar — incliuar-se, propender
•—diminuir, mingoar.
DiCLivK, inclinado, ladeirento, peadoro-
10.
deClivio, deoUvidade, pendor.
DECOADA, barreia, cenrada, lixívia.
DKC0R4R, memorar — ennobrecer, hon-
rar, illustrar — adornar.
DBCOHo, decência — gravidade — credito,
reputação — honra, respeito — {adj ) formo-
so — honesto.
Dí'CORoçp, 4í^ftent^ modesto — gravo —
li ou roso.
DECORRER, andar — discorrer, percorrer
— correr — passar — esgolar-se
DECOTAR, desbastar, descoroar, despao^ar
'iHsrarnar, esgalbflr — cortar.
DECHEMENTo, baixs, d- crescimento, di-
minuição, mingoa — decadência, declin&it
ção
DECRÉPITO, caduco, idosQ, velho — car-
comido.
DECBESCIMBNTO, dccremento, diiípinuição,
mingoa
DECKBTAR, determinar, ordenar, resolver
— julgar, sentenciar
DECRETO, deliberação, nesolução --r lei,
mandão, ordem, ordenação — decisão, es-
tatuto, regulam^-nto.
DECRETORIO, decisivo, terminante — criti-
co.
DECURSO, lapso, successão — gyro.
DEDICAR, oif^recer, oíT-írtar -^ destinar,
dirigir — consagrar, inaugurar — sacrifi-!
car.
DEDICATÓRIA, dedica.
dkd'GNar-S8, desdenhar-sfi, despreww-se
— in'iignar-se.
DKDucçÃo, abatimento, deduzimento, des-
falcamento, desfalque, diminuição, subtrac-
ção — illaçãçi, inferência-
DKDUZiR, abater, descontar, diminuir -m
colligír, derivar, inferir
DnFECvR. clarificar, depurar, desenfezar^
limpar, purificar.
dkfsctdoso, defeituoso, disforme, imper-
feito — incorrecto, vicioso.
DEFRiTO, achaque, balda, * defecto, de-
sar, frtlha, f^lta, imperfeição, macula, man-
cha, nota, pecha, tacha — labéo, vicio, v
DEFEITUOSO, imperfcjto — vicioso — fal-
to
DEFENDER, ajudar — amparar, favorecer
— auxiliar, * defesa r, escudar, soccorrer
— a[)adrinhar, patrocinar, protege. — im-
pedir, prohibir, vedar — guardar, preservar
— sustentar.
DEFENSA ou Defensão, amparo, patrocí-
nio, protHC',ão — adjuiorio, auxilto, soccor-
ro — escudo — favor — abngo, asylo, refu-
gio — prohibiçào — apologia, justificação.
DEFENSOR, defendedor — padrinho, prote-
ctor — advogado.
DEFERIR, despachar — responder — res-
peitar — ettender — ceder — obedecer —
conceder, conferir, dar — demorar*
2^0 «
920
DEI
^DEL
DEFESA, casíollo, foFça, forte, otc. — am-
paro, protecção — 'resistência — apologia,
juslificftção — prohibição — devesa.
DEFESO, defendido, livre — interdicto, pro-
hibido, vedado.
DEFiciEWciA, falta — falha, quebra.
DEFINHAR OU Definav, altenuar-se, em-
magrecer.
DEFINIÇÃO, declaração, exposição — deci-
são.
DEFINIR, declarar, explicar — aprazar,
assignar, determinar.
DEFINITIVO, explicatorio — decisivo, de-
cretorio — final, ultimo.
DEFLORAR, deshourar, desvirgar, violar
— viciar — deslustrar.
DEFLUXO, catarro, defluxão, fluxão.
DEFORMAR, afeiar, desfigurar — corrom-
per, viciar.
DEFORME, desfigurado — feio — torpe —
informe — disforme, monstruoso.
Deformidade, fealdade — monstruosidade
— torpesa — irregularidade.
DEFRAUDADOR, agadanhador, gatuno, ra-
toneiro — caloteiro, velharo.
DEFRAUDAR, enganar, fraudar, lograr —
agadanhar, gatunar.
DEFRAUDO, engano, fraude — gatunice —
calote, jtratantice.
DEFRONTE, a carão, a rosto, cara acara,
diante, fronteiro.
DEFUMAR, afumar, fumear — denegrir,
ennpgrecer — aromatizar, perfumar.
DEFUNTO ou DefuTicto, cadaver, morto
— [adj ] acabado, extincto — cadavérico,
fallecido — livido» pallido — inútil — perdi-
do.
DEGELAR, descaramelap, desenregelar —
descoalhar, derreter -se.
DEGENERAR, bastardeaf — peiorar — des-
botar— afastar-se, desviar-se.
DEGOLAR ou Degollat^ decapitar, desca-
beçar, jugular — matar.
degkadação, ^aixa, deposição, destitui-
ção — aviltamento.
degradado ou Degredado, degraduado,
desauctonsado — banido, exiliado.
•^ DEGRADAR ou Degredar, degraduar — ba-
nir, desterrar, eiiliar — excusar.
DR GRADO, com vontade, de boa mente,
de boa vontade.
DEGK-EDO, banimento, desterra, exilio, ex-
termínio.
DEIDADE, divindade, numen.
déificação, apotheosis — consagração.
DEIFICAR, divinisar, endeusar — enco-
miar.
deifico, Deiforme, divinal, divino,
DEITAR, estender. e?tirar — arremeçar,
botar, Iflnçar — attribuir, imputar — broiajr
^ espalhar,
DHiXA., dofção, legado. i
DEixAÇÃo, abdicação, cessão, demissão,
renuncia.
DEIXAR , largar, soltar — desemparar —
abster-se , descontinuar — consentir, per-
mittir, tolerar — doar, legar — ceder, de-
sistir.
DEJECÇÃO, camarás, curso, diarrhea, flu-
xo de ventre.
DELAÇÃO, accusação, criminação, denun-
cia, dftnunciação.
DELAMBER SE, lambcrse, requebrar-se.
DELAMBIDO, lambido — afl"ectado, apura-
do.
DELATAR, accusar, denunciar, malsinar.
DELATOR, accusador, denunciador, de-
nunciante.
DELECTO, eleição — escolha, selecção.
DELEGADO, commíssario, deputado, lega-
do.
DELEGAR, deputar, encarregar — abando-
nar, ceder, transmittir.
DELEITAÇÃO, deleite, gosto, prazer.
DKLEiTAR-SE, aprazcr-so, comprazer-se,
deliciar-se, folgar, gostar,
DELEiTAVEL, agradável, aprazível, deli-
cioso , incantador — divertido — sensual ,
voluptuoso.
DELEITE, * deleito, delicias, gosto, pra-
zer, regalo — passatempo — sensualidade,
volúpia.
DELEITOSO, agradável, deleitavel, delicio-
so.
DELEiXAçÃo , desleixamento , frouxidão,
molieza, tibieza, inacção, indiligencia, inér-
cia — desapplicação, descuido, incúria.
deleixado, descuidado, esmalmado, re-
misso — indolente, priguiçoso — frouxo,
molle.
DELEiXAR, afrouxar, entibiar.
DELBixo, ócio — descuido, negligencia —
desapplicação — frouxidão, ignavia, incú-
ria, inércia, preguiça, tibieza.
DELETREAR ou Delettrear, soletrar.
DELGADEZA, flgudeza, delicadeza, prespi-
cacia, subtileza, viveza — finura, miudeza,
tenuidade.
DELGADO, esguio, magro — franzino — té-
nue— r«ro, subtil — delicado, fino — le-
ve.
DELIBERAÇÃO , determinação, propósito ,
resolução — consulta, exame.
DELIBERADO, decídído, dctermlnado, re-
solvido— atrevido, ousado, resoluto.
DELIBERAR, cousiderar, consultar, discor-
rer, julg«r, premeditar, assentar, decidir,
determinar, resolver.
DELICADEZA, delgadeza, finura — tenuida-
de — melindre — fineza, mimo — • agudeza,
subtileza.
DELICADO, delgado, franzino — molle, ten«
LEM
^EPí
021
ro — débil, ínimoso — siiMil — babll — de-
liciosi, cxíjuisito — fiillicil.
DBUCiAtt SK, <!e!f?itar-s&, recreiar-so.
DELICIAS, deleite?, goslos', prazeres, re-
galos — voliiptuosidade.
DELICIOSO, opríizivel, deleitoso, gostoso,
incantador — doce, suave,
DELiiSKAÇÃO, represenlaoão — debuxo, de-
senbo, risco — bosquejo, esboço — plano,
pníjscto.
DELINEAR, descrcver — debuxar, traçar —
gisar — projectar.
• DELiNQLEME, oriminoso, culpado, réo.
DKLiQuio, desalento, deàíallecimenlo, des-
mítio.
DELIRAR, desvariar, devanear, tresvariar
— disparatar.
DKLiRio, deliração, deliramenlo, desva-
rio, devaneio, iusania, loucura, tresvario
— desacordo.
DKi.iTo ou Delicio, attentado, iniquidade
— maldade — crime, culpa, falta, peccado
— • infracção, transgressão.
Di-LivuAH-SE, psrir, — dt'quitar-so.
DELO.NuA, deiLora, dilação, mura, tar-
dança.
DELONGAR, atrazar, demorar, diíTerir, di-
latar, pairar, retardar — impedir, suspen-
der.
DEMANDAR, litigar — exigir — requerer,
regar — pedir — desejar — inquirir , per-
guniar.
DtHAiNDisTA, demandador, demandante,
dernandào.
demakcaçío, medição — limite, raia —
baliza, mnirco.
dlmarcar, balizar, limitar.
djvMasia, restante, resto, sobejo — exor-
bitância, ni í iedadtí, superQuidade — ex-
cesso, immoduração — dtstemperança, in-
temperança.
DtMASiADr), exorbitante, immodcrado —
niíuio, subnjo, supérfluo — descomedido —
{adv ] excessivameuie.
DEMASiAR-si, dcscomedir-se, desmandar-
se
DEMRNCiA, alienação, delírio, insânia —
extravagância, loucura, mania — furor,
plircnt&i, transporto.
DEMENTE, doudo, icscnsato, louco — ma-
níaco — furioso.
DEMÉRITO, desraerecimento.
DEMISSÃO, abdicação, deixação, renun-
cia.
DEMISSO, baixo, inclinado — abatido, hu-
milhado.
DEHiiTiR, abdicar, renunciar — largar —
despCilir, licenciar.
DLMO, derai-nio, diabo, di.icho.
' DsaoLiR, aluir, arrasar, dernbar, derro"
car, desmanltlrr, destruir,
YóL tr.
DK! .MO, demo, diAbo — AsmT.deu, Be-
liemol, lielfagop. Polz^-iiut, l.ucifor, Sata-
naz — jsonio — espirito, trasgo.
DE.MC^iS9TiiâÇío, indicio, mostra — con-
vicção, evidencia — argumento, prova, tes-
temunho.
Díiao.NSTRAa ou Demostrar, evidenciar,
provar.
DEMORA, delonga, detenç-i, dilação, mo-
ra, retardamento, tardança, vagar — espera,
DEMORAR, alongar, rspr.çar, pairar, pro-
longar, retardar — deter, impodir, sospea-
•Jor,
DRJio[ÍAR-SE, deler-so, tardar, tardinbar
— ficar.
DEMovKR, apartar, desviar — desapossar
— abalar, coiíimover.
DEMUUAn, comrnover, perturbar— mudar.
DEMUDAR-SE, descorar, enfiar — pertur-
har-se, lurb.ir-se.
DENEGAR, negar, recusar, refusar — arre-
negar, renegar.
DENEGP.iii, ^enegrecer, denigrar, enne-
grecer, tisnar — ddlámnr, infamar, man-
char — dts.^.cred!!ar — despr. zar.
denodalo, desempftdido, soíto — despe-
jado—arrebatado, precipitado, rápido —
animoso, ardido, int epido, ousado.
DE^'.;uo, audácia, brio, denodamento, ar-
dimenlo, intrepidez, ousadia, valor — des-
pejo, desembaraço, d-^senvollura, soltura.
DEiNOMiNAçÁo, appídlido, Dome — quali-
íicíição, titulo — dt rivaçâo.
DíLNOMir^AR, alcunhar, appelU iar, coga^-
minar, sobrenomear.
DEKorAÇÂ!», designação, indicação, indi-
cio, nota, signal.
DE.NUTAH, annunciar, designar, indicar,
mostrar, signiíicaf — presaglar — s^mbo-
lisar.
DEjisiDADiE, baslidão, espessura — cras-
sidão — condensação.
DSNso, compacto, espesso — crasso, gros-
so.
DEisTADA, mnrd»^dura, mordidtla — im*
properio — torquezada.
DENLNCiA, accusaçào, delação, denuncia-
ção — dedaraçào publicação.
DENu.NCiANTE, âccusador, delator, denun-
ciador
DENUNCIAR, declarar — accusar, delatar
— malquistar, n:alsinar — denotar, indicar,
significar — proclamar.
DEos ou Deus, Altissimo, Cresdor do uni-
V'}rso, Knte supremo, tlterno, Omnipotente,
Todo Poderoso — divo, numen. .
DKOSA ou Dema, dea, diva — mulher
bellissima — amada.
Dsosss OU Deuses, divindndes, numes.
Deparar, acabar, encontrar — dar, cire-
recor.
tioguiF, extremfr—- doíparoap, dividir.
DEPENDENCíA, subordinação, sujeição —
obediência, vassaliagem — connexão, rela-
ção.
DEPENDENTE, ínferior, subordinado, su-
jeito — vassallo — correlativo.
DEPENDER, peodcr — nascer, proceder,
provir — pertencer, referir-se.
DEPENDURAR, pcnduraf, -suspender.
DEPLORAR, carpir, chorar, compadecer,
lastimar.
DEri.ORAVEL, lamcntavcl, lastimoso, mi-
serável — abandonado, desamparado.
DEPOIMENTO, dcclaração, deposição, tes-
limunho.
DEPOIS, após, * pos.
DEPOR, abdicar, ceder, largar — apartar
de si, deixar — confiar, entregar — depo-
íifar — declarar, testemunhar — privar, ti-
rar.
DEPORTAÇÃO, degredo, desterro, exilio,
proscripção.
DEPORTADO, dcsterrado, exiliado, pros-
cripto.
DRPORTE , desenfado , divertimento, re-
creio.
DEPOSIÇÃO, abdicação — destituição — de-
poimento, teslimunho.
DEPOSITAR, confiar, fiar — entregar^— pôr.
DEPOSITÁRIO, confidente, guarda.
DEPOSITO, consignação, deposição — bor-
ra, lia, sedimento -- abceesso, tumor.
1 EPOSTo, desliíuido, expulso, removido.
DEPRAVAÇÃO , alteração , perturbação —
corrupção, perversidade.
DEPRAVADO, perverso, scelerado — dis-
soluto, estragado — desenfreado, "^discolo,
licencioso — vicioso— escandaloso.
DEPRAVAR, adulterar, falsificar — corrom-
per, inficionar — esíeagar, perverter, vi-
ciar.
DEPRECAçÕES, prcccs, rogativas, rogos,
supplicas — petições, requerimentos.
dEprecaR, implorar, pedir, rogar.
DEPREDAÇÃO, assolação — roubo, saque.
depredar, roubar, saquear — apresar —
assolar, devastar — despovoar — destruir,
talar.
DEPRESSA, ligeira, prestes, prompta, ve-
lozmente.
DEPRESSÃO, abatimento.
DEPRIMIR, abaixar, abater, humilhar —
envilecer.
depurar, alimpar, purgar — purificar.
bEPUTAÇÃO, embaixada.
DEPUTADO , assignado, consignado — [s.)
agente, delegado, enviado — embaixador,
plenitotenciaria — ministro — residente.
DEPUTAR, delegar, enviar, enviar, man-
dar *-« ijissigoalar, consignar.
parado.
DERisIo, desprezo, escarneo, irris&o, lu-
dibrio, mofa, zombaria.
D£RisCAR, apagar, cancellar, riscar, tran-
car.
DERisoR, escarnecedor, escarnicador, mo-
fador, zombador..
DERIVAÇÃO, elymologia, formação, origem
— deducção.
DERivAR-SE, desceudcr, proceder, vir — -
correr.
DEROGAçÃo, abolição, abrogação, annul-
lação.
DEUOGAR, abolir, annullar — abater, di-
minuir.
DERRADEIRO, postreiro^ postriraenlo, ulti-
mo — novíssimo.
DERRAMADO, dcsencaminhado, perdido —
difiuso, inconciso — decotado, desramado
— disperso, espalhado, espargido — damna-
do — estendido — solto.
DERRAMAMENTO, dcrramação, eífusão, es-
pargimento.
DERRAMAR, cntomar, verter — espalhar,
espargir, lançar — desramar.
DERRAMAR-SB, esteuderse — communi-
car-se, espalhar-se — entornar-se, perder-
se — afâslar-se, apartar-se — damnar-se.
derrancar, arruinar, estragar — corrom-
per, depravar.
DERREAR, fílcijar , ranJef — desancar,
descadeirar, deslembrar.
DERRETER-SE, dis5olver-se, fundir-se, li-<
quidarse — ímpacientar-se — desfazer se.
DERRETIMENTO, fuudição, fusão, lique-«
facção.
DSRRiBADouRO, alcantiJ, despenhadeiro,
precipicio.
DERR1BAMENT0, caíJa, qucda, ruina, de-
molição, destruição.
DERRIBAR , arrasar , arruinar , demolir,
derrubar, derruir, desmantelar, prost&r— *
assolar, destruir, devastar.
DERíiiÇAR, ataçaihar, rasgar — espedaçar
— remorquear -^ motejar, zombar, zombe-*
teiar.
DEHROCAR, abater, aluir, derribar — ar-*
ruinar, assolar.
DERROTA, rumo — navegação, viagem — ^
caminho, jornada, peregrinação — desba*
rato, desfeita, rota.
DERROTADO, dcsbarata-Jo, roto — desani-
mado, quebrado — fallido.
DEHROTAR, dosparatar, destruir, romper
— desarvorar — destroçar.
DERRUIR, arruinar, derribar, desboroari
desmoronar, destruir.
Dss, desde.
DESABáFADAMBNTB , aborta , destemida I
blgadamente.
PK^
m
m
DKSADAFAMRríTO, eYaporaçlo — dcsafo»»
go.
DB8ABAFA1, arejar, descobrir -— desapres-
sar, livrar — (n.) desafogar, eilialar — alli-
viar.
DESABALADO, excôssivo, iramenso — dés-
compassndo, enormo, gran<liáSÍmo.
D''Sabar, arruiiiar-se, cair, tombar.
DESABITADO ou Deshobitado, deserto, des-
povoado, eriDO, inhnbitado, solitário.
DESABITAR OU Deftliabitar, despovoar.
DESABITUAR OU Deskabiluar, descostu-
mar.
DESABONAR, abocaobar, desacreditar, dif-
famar.
DESABONo, descrédito, prejuízo — quebra.
DsíSABORiDO OU Dcssaborido^ áspero, des-
abrido.
DESABOTOAR-SE , abrir-se , desabrochar,
desdobrar se-
. DESABRIDO, «spcTO , duTO — inclemente,
intractavel, rígido, rigoroso — aspérrimo —
injucundo — insoíTrivtd, iusupportavel, in-
tolerável, acerbo, azedo ~ desenxabido —
agreste.
DESABRIGAR, dosasylar — abandonar, des-
amparar.
DESABRIGO, desasylo — pardieiro — aban-
dono, deixaçào.
DESABRiMSNTO, inr.leffiencía. intempérie
— aspurí-za, dureza, rigor, severidatlo —
desprazer, dissabor — esquivança, seccura
— azedume.
DESABROCHAR , desapertar , desbrochar ,
desprender — soltar-se.
DESABUSAR, desenganar — pesencasque-
tar, dospreoccupar, dissuadir.
DESACATAMENTO, dtisacato, desvencração
■^ desaUtnção, descorlezia.
di;saCatar, desprezar, menosprezar— des-
í^enerar.
DESACiTo; aíTronta, aggravn, injuria —
desestima, desprezo, menoscsbo — deshon-
ra — dcsvcneração, irreverência.
DESACERTAR, cnganur-sc, equivocar-se,
errar, illudir-se.
DESACERTO, cabeçada, engano, erro —
descuido, inadvertência.
DESACOBARUAR, acoraçoar, alentar, ani-
mar.
DESACOLCHíTAR, deabotoar, desabrochar.
DESACOMMODAR, desarranjar — incommo-
dar — irapor.unar.
DESACOMPAr^HADO, SÓ, UUÍCO — fallO — lí-
vre — prmo, solitário.
DisACOMPANHAR, descompanhar —desunir
. — largar, separar-»©.
D-íSACONsiLHiDO, díssuadiJo— i upruden-
iB, incousi<lorado, tomerario.
DESACONSELHAR, diifiuãdir.
DSSACORAÇOAR OU Desacoroçoar, acobar-
' dar, deianimar, doscorçoar -^ (n.) deífalle-
cer, desmaiar,
DESACORDADO, desconcordado, desconfop-
me — discordo, dissonante, dissonj — alie-
nado, tonto, esquecido.
DEs.ACouDAR-SE, dcslcmbrar-se, esque-
ce r-se.
DESACORDO , csquecimento — alienação,
delírio — descuido, negligencia — desalten-
ção— incúria, inércia, preguiça — impru-
dência — enlevação, transporte — desaven-
ça, discórdia.
DESACOSTUMADO, dcsusado, insólito — ex-
traordinário.
DESACOSTUMAR, dcsafazcr, desavezar, des-
habituar.
DESACREDITAR, desabonar— dííTamar, mas-
cabar.
DESAuGRAçÃo, avorsão, deteslação, ódio
— impaciência.
desadorado, desvenerado — impaciente,
raivoso.
DESADORAR, desacítar, desvenerar, exe-
crar— abominar, detestar — (n.) indignar-
se, irar-so, irrilar-se — irapacientar-se.
desafazer, desacostumar, desavezar, des-
habituar.
DESAFERRAR, desamarrar, desancorar —
largar, soltar.
DESAFiiiiROLHAR, desferrolhap — soltar —
abrir.
TESAFFECTAçÃo. dcsaffecto, desaííeição — ■
naturalidade, singeleza.
DESAFFECTAD0, liso, síucero, síogelo.
DESAFFECT0, avcrsão, ódio — desaffei-
ção.
DESAFFEiçÃo, Bversão, ódio — desamor.
DESAFFiiçoAR, dpsgoslar, indispor.
DESAFIAR, incitar, provocar — assuber-
bar — buscar — embotar.
DESAFIO, duello — cartel — provocação
— competência, requesta — bataiha, bri-
ga-
DESAFOGADO, desalfigado — desembaraça-
do, livre' — subctssivo — alliviado, desaba-
fado — espaçoso, largo.
DESAFOGAR, allivíar, desabafar — desaper-
tar — satisfazer — des(?mbaraçar.
DESAFOGO, allivio, couforto, refrigério —
folga, repouso — distracção.
DESAFORADO, atrcvído, in?olente, petulan-
te — desvergonhado, impudente — licencio-
so.
DESAFORAMENTO, dcscaramento, desvergo-
nha — desaforo, petulância — insolência,
protervia.
desaforar-se, demandar-so — desppjar-
se.
desaforo, insolência, petulância — nl-
trajff — injustiça — despejo, desyergoaba-
menlo, iropudeacia.
914
DÉSÍ
im
D^^sAFowcNAfo, coitado, desditos?», des-
graç.ido, i i'' Hz, misHFO.
DESAGASTADO, dcsenfsdado — apaziguado,
calmo — aii^gre.
pssAGASTAMKNTO, desenffldo.
pesagastah, desapaixonar, desencolen-
gar, desenfadar.
PESAGOAR ou DesaguaVf vasar '— desala-
gar, seccar.
DESAGRADAR , dftssprazor, descontentar,
dcs;^o^'ar, desprazer — enfadar,
ííE s^ GiiADAVEL. desamoravel — dessabo*
rido, ndigesto, insípido.
DE-.^G i-DKCiDO, ingmto.
DE'AG íadecimento, desconhecimento, in-
gratidão
DESAGnADO, asperezf», desabriraento, en-
fado — desgosto, desprazer, displicência ,
dissabor, pena, pe'ar.
DESAGRAGo OU DdsaggravOf desforra, sa-
tisfação.
dksairau, afeiar.
DESAIRE, inlnnaire--desar,
DESArRoso, desasado, desastrado — des-
agradável, desengraçndo.
DF.souDAR ou Dcsadjudav, desauxiliar,
desfavorecer — emppcer, estorvar, obstar.
DESAJUSTAR, descnrapôr, desordenar.
DES*LAGAR, desaguar, enxugar, esgotar,
seccar — despojar.
DESAT.EisrAR, acobardar, desammar, des-
corçoar — (n.) dí^sraaiar
D'-SA'ENTo, cobardia, desacorçoamento
— dc^faliecimentn, desmaio.
drsalinho, desatavio, descomposição, ne-
gligencia.
DESALiV(AR OU Desallhiav, alliviar.
DESALMADO, crucl, inhumauo — scelera-
do.
Di^SALojAR, desaninhar — desapossar —
(n ) d campar — mudar-se./
D samamiar, descompor, desconcertar,
desordt^nap
desamar, aborrecer, odiar.
DESAMA hRADo, sollo — dcsembaraçado ,
despejado, livre.
DESAMARRAR, desstar, desprender, soltar
— des'trr<íigíir — desaferrar, desatracar. í
DES*MOEsr^ç*.o, dissiiarào.
DfcSí,H"ESTAR, desaconselhar, dissuadir
DESAMOR, designado - desaíTeição. des-
apego desestima — esquivança, seccura —
as]iereza, desabnmnnto. rigor — téJio.
DESÀMOftAYEL, dcsdenlioso — áspero, du-
ro.
LESAMORoso, desaraoravel — insensival.
DESAMPARADA OU Descmpavado, «bando-
nad", dfi^ado — careeenie, carecido, des
titiiido, f«ha.
pesA^TAUAR ou Desemparar^ a^jandonar, •
dyjxer — privar — desabrigar '^ ôesaÊSls-.
«ir.
DESAMP4R0 OU Desempavo, abandono —
desarrirao — desabrigo —- miséria — soli-
dào.
DE3AMUAD0, desBgastado, desombezerra*
do, desenfadado.
DESAMUAR-.9B, dcsagastar-se, desenfadar-*
se.
DESA.NCAB, derrear, deslombar — espanai
car, maçar,. motr.
DESANcnoRAR OU Dcsaucorar , desafer*
rar.
DESANDAR, recuâr, retroceder, retrogra-
dar.
DESAKGRAR, saugrar (muito) — debilitar ,
enfraquecer.
DESANIMAR , amedrontar , desacoraçoar,
desalentar, desconfortar, intimidar — («.)
fraquejar.
DESANINHAR OU Desninhav, desalojar, ex-
pulsar.
DESANNEXAR, desmembrar, desunir, se-
parar.
DESANOJAR, dcsagastar, desapaixonar, des-
enfadar.
DESAPAIXONAR , desagastar, desenfadar,
soccgar,
DESAPARECER OU De^appareéfív, de-^pare-
cer, csconder-se, es^aecer-se, sumir se —
reíirar-se — voar — tresmalhar-so — mor-
rer.
DESAPARELHAR OU Desãpparclhar, desir-
manar, troncar — dc^jaezar — desarmar,
desguarnecer - - desmembrar, estroncar.
DES^PARiçlo ou Desapparição, desappa*
recimenlo, desparição, sumiço — tresma-»
lho.
DESAPARTAR , apartar , desunir , sepa-
rar.
DESAPEGAR, arrancar, desgrudar, despe-
gar — largar — desunir, soltar.
DESAPEGO, deixação, despego, renuncia
— desinteresse — esquivança, indiíTerença,
sequidão — desunião, separação.
DESAPRRCEBiDo, desprovido, falto — des-
armado — descuidado
DESAPERTAR, afrouxap, alargar — desatar,
desprender, soltar — desabrochar.
nESAPiADADo ou /)ê.Ç(7pí>/ia'io, criiel, des-
piedado, inrtplacivel, inexorável, iaílexivel,
rigido, rigoroso, severo.
desàpoderar, desapossar, desapropriar,'
privar.
DESAPOSSAR, dcscmpossar, despossar, es-
bulhsr,
DESAPPROVAçÃo, dissontimento, reprova-
ção.
DESAPPROVAR, condemnar , reprovar -*•
••onírariíij:.
Ml'
DEi
m^
DESArnAZRn, dosflptrfldsr, dpsgostar,
DRs^rnií -RAPO, grnssniro, iririvil.
DiSApRorRiAR ou Dcsapjrropiar, alienar,
separar, lirar.
DESAPROVEITADO, baldado, baldo, infru-
oluoso, inútil.
DKSArnovEiTiR, descuidar, desprezar, ne-
glicenciar.
nitsAR, defeito, falta, nódoa — desgraç»»,
infortúnio — desairo.
DKSARCAno , desnaarcado , desmesurado,
enorme, giganteo — dGsoonjunctndo.
'^ DESARMAPO desnpercpbi-lo, falto — bal-
dado, f. ustrado — mal fortalecido — inerme
— des^uirnecido, dosornarlo.
DESARMAR, afrouiar, desapertar, dp?5en-
tesTT — apaziguar, npplacar — desappare-
Ihor, desornar, d'^spir — (n.) desconcordar,
desconvir — disparar.
DES4RR4IGAR, arraocar — extinguir, ex-
tirpar— expulsar.
DESARRANJAR, coufuadír — perturbar —
incoraiijrdar.
DESARRANJO, des^irranjamcnto, incommo-
do — desordem - confusão, d^sarrumação
— discórdia — dissipm.ão, profu-^íio
DFSARRESOADO OU Dezarrazoado, despro-
positado, desrazoado, injusto.
DES^.RBísío, desabrigo, desamparo.
DESARRLTAR, dosagast^T, desamuar.
DESARRUGAR, descarugar, despregar —
alegrar.
DESARRuaAçio, dcsarranjo, desconcerto,
desordem.
DFSARRfMAR , desarr«njnr , descompor ,
desconcertar, desmanchar, desordenar.
DESAHvoRAR, abaixar, abater, derrib.ir —
desmastrear.
desvsado ou Desazado , desmasclado —
descuidado, negligente — desgeiloso — ine
pio.
DESASAR ou Desaxar, desancar, espancar,
maçar.
desasnar adestrar, dcsemburrar.
desaso, des' uido, desmazelo, ncgligenci;
— deshabilidado, incúria — pobrrza
desassisado, adoudado, estouvado, ex
trav.igante, fátuo, louco.
DESASsisTTR, desauxiljar, dessoccorrer -
abandonar, desamparar.
DKSASSOMBRAR. desassustar, desmedionta»-
— alínilnr, animar — tranquiilisar.
DESASSOSSEGAR OU Dssassoccjar, dessoce-
gar, inquietir, pertiirfcar.
DKSASSo.<;stGo OU Oexcusoccgo, dessocego,
inquietação. perlurb«rho. turbação — cui-
da4o — aíllicção. anciã angustia, pena, pe-
zar, tristeza — desordem — impa«iencia.
DisASTaADo, desgraçado, ,infelice — ca-
lamitogi», funesto.
D^SASTRU, desvnntup», infrtlicldadn, in-
fortúnio — calamidade, cata^tropbe, desola*
ç&o, rui na.
DESATAI, desnodar — dcapronder, soltar
— diluir, dissolver — derreter — de»pr««
«ar.
DKSATAT-AR, desonfeitar, df»gorn«r.
DESATAVIO, desalinho, desconcerto, des-
enfeite,
DESATENÇÃO OU Desattcnção, abstracção,
desaccordo — distracção — desdém — gros-
seria, impolidez
DE^^ATEiSCioso OU Besattencioso , descor-
tez, incivil.
DESATENDER OU Desattender, insnU^r — •
menosprezar — desprezar, neslígpncinr
DESATENTADO ou \)e!(altentado, atabalhoa-
do, estouvado — imprudente, inronsidf^ra-
do — adoudfl^o, alnui'.ado, «luado — d''S-
cautelado, descuidado — dfsallento, incivil.
DESATENTAR OU DeíQííeníar, descuidar,
neglig^íncisr.
DEs*TENTOOuDesaíítfríío. descuido, inad-
vertência , inconsideração — d^scortezia ,
(grosseria —[adj.] distrabido — incivil, inur-
bano.
DRSATiNADO , cstouvado , iuconsiderado,
louco — insano.
DKSATiNo, delírio, demência, desvario,
insânia, loucura — absurdo — furor.
DESAVENÇA, cizânia, discórdia, dissensào
— disputa, rixa.
DESAVENTLKA, desgrfiça. desventura, in-
felicidade, infoftunio — accidente, desastre.
DESAVENTURADO, desgr.^íçado, infeliz, mes-
{uinho, miserável — maligno, mallissimo,
.erverso.
DESAVERGONHADO, dcscarado, dpspí^jado,
icsvergonhado, impudente — insolente, pe-
alante.
DESAVKRGONHAMENTO CU Destcrgonhnmen'
o, desaforo, insolência — despejo, impu-
eiicia — atrevimento, ousadia — pytulan-
ii.
DESAVERGONHAR-SE OU ])esvergonhar'Se,
espejar-se — desmandar-so.
DESAVESVR ou Bcsavczar, desacostumar,
le.>a fazer.
desaviamento, desleixo, negligencia— es-
torvo.
DESAViAR, desencaminhar — baldar, frus-
trar.
DESAVINDO, discorde, malavlndo, malquis-
tado.
DESAViR-sí, desconcertar-se — disconcor-
•íar, di«cordar.
DESAVISADO, desassisado — imprudente,
indisireto.
DESBANCAR, avautajar-se, exceder, sobre-
pujar, superar.
DC9
DES
DíSBARATADO, dcrrotado, desfeito, des-
truído — desordenado, dissipado — confuso
— desmantelado, devastado — prcíligado —
extirpado — perdido — devasso, dissoluto —
arruinado, pobro — desapparelhado, des-
provido — disparatado — diminuído.
OESBARATAUOR, arrasador, arruinador, as-
solador, df"Síruidor — dissipador.
DESBARATAR, dcbellar, derrotar, destro-
çar, rnmper — arruinar, desfezer, destruir
— desperdiçar, dissipar — cstiagar, per-
der — ap.igar — corromper — alienar, des-
pender.
DESBARATAR-SE, aifuinar SC, desfazer-se,
destruir-sB.
DKSBARATB OU Dcsbarato^ desperdício ,
dissipação — debellação, derrota, destroço,
rota — destruição, estrago, ruina — ma-
tança.
DESBARBADO, imberbe, lampinho.
DESBASTAR, adelgaçRf , desengrossar —
alhanar, aplanar — desembaraçar, desen-
redar — (iesramar.
DESBOCADO ou Dcaboccado, des^inguado,
maldizente, preguento , sa!)'rico — desen-
freado.
DESBOCAR-SE ou Dcsòoccar-se, dcsenfrear-
se — maldizer, praguejar — taramelar.
DESBOTAR, tícscdrar, deslustrrtr, desiuzir,
desmsiat' — [n.] desdizer, desmerecer —
desfiar, cuibotar.
DESBLCiiAH, desembuchar — descobrir,
manifestar.
DEsCABíÇAR, decapitar, degollar — dimi-
nuij, vfisar — esjíecoçar.
descaBSllar, dtstoucar — desgrenhar,
defpenU-i^ír, escabellar, esgadeíhar.
DESCADiíRAa, derrear.
DKSCAHiDA ou Descãídã, cabedclla — que-
da, ruina — dicto — replica.
. DESCABia ou Descair, decair, declinar —
cacear.
DESCAMBADELLA, descambação — chiste
— hufen/irifl, galanteria, despropósito.
DESÇAM BA u, cair — ; escorregar — cam-
biar, escambar, trocar.
DESCAMINHO, dcsvio, cxlravio — devassi-
dão.
. DESCAMPADO, deserto, ermo, solidão —
plaino, pjanicie.
DESCALÇADO OU Descãnsãdo, quieto, soce-
gí»do. tr»nquillo — ocioso — pausado,
jblegmalico — ronceiro, vagaroso.
DiísCANÇAR ou Descansar, ajudar, alli-
viar — (n ) repousar — dormir — respi-
rar — apoiar s«. encostar se — fiar-se.
DisCAi^ço 6u Descanso, quietação, repou-
so, focef^o — c3mmodo — f«»lga, ócio,
ociosidade — deleixo, inactividade, inércia.
DESCANTB, macliim — concerto, serena-
ta — alvorada — b^bos-^ra, vdice.
PESCA.TIAOO, atrevido, desfaçado, desver-
gonhado, iuipudento.
DESCARAMENTO , atrevimento , desaforo ,
desvergonha, impudência — ousadia.
DESCARGA, descarrega — banda, surria-
da, salva (d'artilheria) — apologia, descul-
pa, defesa — absolvição — pagamento —
purga.
DESCARGO, desobrigação — apologia, de-
feza, desculpa — justificação, satisfação.
DESCARNADO, maciltínto, magro — desape-
gado — árido, secco.
DESCARNAR , emmagrecep — escarnar ,
escaveirar.
DESCARREGAR, dcsfechaf, disparar — des-
oneaar, libertar — absoher, eximir, livrar
— (n.) empregar- se, alliviar.
DESCARTAR SB, dcsculpar-so — deixar-ae,
privar-se.
DESCAVALGAR, apear-se, descer — (n.)
desmontar.
DESCENDÊNCIA, oslirpe , geração, nasf^i-
menlo, netos, postoridad«, progénie, prole,
prosápia, * s^mel, vindouros.
DESCENDENTES, postcridado, progénie, vin-
douros.
DESCENDER, baix«r, descer — dirivar-se,
proceder, provir, vir.
DESCER, abaixar, baixar — declinar —
descender, vir — (o ) abater, arriar.
DESCIDA, calçada, costa, declivio, encos-
ta, ladeira.
descoalhar. derreter, liquidar.
DEscoBKRTA, descobtímenlo — achado,
invenção, invento.
descobertamente, clara, declarada, de-
sembocada, deseng«nfldamente.
DESCOBERTO, de.spido, nu, desacautelada
— indefeso, raso — franco, .si n caro — aber-
to, desabrigado — manifesto, patente, re-
conhecido.
DESCOBRIDOR, cspía — cxplorador — in-
ventor
DK.SC0BRIR, avistar, descortinar — achar
— manifestar, patentear — divulgar —
explorar — espiar, observar — declarar,
revelar — desíncirrar — inventar.
DESCOCADO, atrevido, confiado, licencio-
so.
Dsscoco, atrevimento, audácia, desafo-
ro, descaramento, despejo, impudência, ou-
sadia.
DiscoMEDiDO, ioimodcrado — despropor-
cionado, ex^esfivo.
biscoMEDiMS.NTO, immodtstiâ >- intempe-
rança — .<;oltura.
DBscoMOoe ou Descommtdo, descommo-
didtde. incomraodo.
DiicoMPAMADo, desmesurado, gr*ndissi-
mo — excessivo — de?froporciouado, irr<ft-.
guiar.
m
dcfiornar — baldar, frufitra? — afronUF,
injuriar, insultar -— perturbar -r- alterar,
corromper, viciar.
DEscoM POSIÇÃO, desalinho — desaranjo,
desconcerto — descompostura — desordem
— discórdia.
nEscoMPOSTO, desalinhado, desconcertado
— indecente — confuso, desarranjado —
desordenado — dissonante, horríssono —
dessymmetrico.
DESCOMPOSTURA, immodeslia, indecencia
— injuria, insulto — desalinho, desatavio.
DESCONCERTADO, dcsacciado, desalinhado
desmandado, devasso — desmwichado.
DESCONCERTAB, coufundir , misturar —
desmanchar — (n.) discrepar — tresva-
riar.
DEscoKCERTAft-sE, desaviF-so — desmaQ-
char-se.
DESCONCERTO, dcscomposíção, desmancho
— desordem — desunião, discórdia — des-
propósito, tolice — devassidão.
DBSCONConDANCiA, desconformidade, dis-
cordância, discrepância — desunião.
♦ DKscoNCORUANTE, discordo, dissoDante ,
dissono — contrario, opposto — dissemi-
Ihante — contrariador, contrariante.
DESCONCORDAR, desvflirar, discrepar.
DESCONFIADO, suspcitoso — agasladiço,
enfadado.
DEscoíSFiANÇA, mêdo, temor — suspeita.
DESCONFIAR, receiap, suspeitar, temer.
DEscOxNFORMiDADE.incoherencia, incompa-
tibilidade — descordancia, desvario — de-
sunião.
DESCONFORTAR, desalentar, desanimar —
desconsolar.
DESCONFORTO, dosalento, desanimação —
desconsolação, desconsolo.
DESCONHECER, desagradeccr — negar.
DESCONHECIDO, iguoto, iucognito — dcsa-
gratlecido, ingrato.
DESCONnECiMBNTO, ignoraucía — desa-
gradecimento, ingratidão.
DESCONJUNTAR ou Descovjunctar, deslocar
— desencaixar — desengonçar — desman-
char.
DEscoNJUiíTURA OU Desconjunctura, des-
locação — desconjunção — desconjuncta-
mento.
DESCONSAGRAR, profíDaF.
DEscoNsoLáçÃo, fiíllicção, pszar, tristt«a
— desconforto, desconsolo.
DESCONSOLADO, aíllicto, desgostoso, tris-
te — insípido.
DESCONSOLAR, aOlIglr, entristecer, morti-
ficar — desconfortar.
DESCONTAR, abflter, deduzir, diminuir.
DESCONTENTAMENTO, desprazer, dissabor
"^ desgosto, pena, tristeza.
dòíagradar. *
DEíicoNTENTB. dúsagFadado, malcoBienla
— alilicto, desgostoso, triste — [pi) amo-
tinados, sediciosos.
DEscoNTiNUAÇÃo, cessação, interrupção — -
infrequencia.
DESCONTINUAR, ccssar, interromper, sus-
pender, infrequentar.
DESCONTO, abate, desfalque, diminuição
— deficit, quebra — compensação, satis-
fação — {pi.) desavenças — desgostos, dis-
sabores.
DESCONVENIENCTA, desproporção, discre-
pância — incoherencia.
DESCONVENiENTE, dcsproporcionado —
contrario, opposto.
DESCONVERSAVEL, insociavel, intractavel
— enfadonho, incommodo — desabrido.
DESCONVIR, desconcordar, discordar dis-
crepar.
DESCORADO, pallido — amortecido, des-
maiado, assustado, enfiado — desbotado.
DESCORAR-SE, empailidecer — desmaiar,
enfiar — desbotar.
DESCORTEZ, dcsattcnto, incivil, inurbano
— rústico, villão.
DEscoHTEZiA, impolitica, incivilidade.in-
urbanidade — grosseria, rusticidade, villa-
nia.
DESCORTINAR, avJstar, descobrir — vêr —
dominar.
DESCOSER, cortar — desconjunctar — des-
fazer — censurar, morder, murmurar.
DESC0STUM3, deshabito, desvezo, desu-
so.
DESCRÉDITO, desdouro, deslustre, masca-
bo — labéo — vileza, vilipendio — affron-
ta — deshonra, infâmia.
DESCREVER, descnhar, figurar, pintar —
delinear, traçar — caracterisar, represen-
tar — definir, explicar.
DESCRIDO, * descrfiudo, incrédulo — in-
fiel.
DESCRipçÃo, debuxo, delineação, desenho,
plano, pintura, representação — definição j
explicação — enumer/jção.
DESCUIDADO, descuiduso, deleixado, des-
mazelado, indolente, ne>?ligente, preguiçoso
— excuso, occulto, retirado — infrequen-
tado.
DESCUIDAR, negligenciar — esquecer, ol-
vidar — descançar.
DESCUIDO, deleixo, desmazelo, * escuido,
esquecimento, incúria, negligencia.
DESCuiDOSo, descuidado, desmazelado, ne-
gligente — desmsginativo.
DEsc JLPA, coarctada, excusa, justificação
— côr, pretexto.
DESCULPAR- SE, descartar so, excusar>se,
justificar se.
231 ,
m^
DtíS
des
DESCULPÁVEL, cxcusavel, jusUíicavel, per-
doável.
DESDÉM, desprezo — desabrimento, sec-
cnra — esquivança — desallençâo — de-
salinho, descuido,
DESDENHAR, desprezsr — apoucar.
DEíDEMioso, desdcnhador, desprezador —
orgulhoso.
DESDITA, desgraça, desventura, infelici-
dade, infortimio.
DRSDiTADo, iofeliz, mesquínho.
DESDITOSO, coitado, dtíSíí fortunado, des-
graçado, desventurado, infeliz, infortuna-
do
DESDIZER, contestar, contradictar, con-
tr.idizer, dtsmeniir — (n.) discordar, dis-
crepar.
DESDiZÊR-SE, contradizer-se , retractar-
se.
DESDOBRAR, descnrolar, desinvolver, es-
tender.
DESDOURAR, «bocanhar, desacreditar, dif-
ffim.nr — diminuir — deslustrar.
DESDOURO, deshonra, deslustre, labeo,
manchi, masc/ibo, vergAnha.
DESEJAR, anhelar, appelecer, cubicar —
requerer.
DESEJO, appp.tile, cubica, vontade — em-
penho, prelenrào, voto — cuidado, mira —
esperança.
DESEJOSO, appefecftdor, appelitoso — an-
cioso — querençoso.
DESESlBAttAÇADO, livrBi Safo, SoltO — flCtí-
vo. ágil, despfjado, expedito, lésio — dis-
posto, promplo-
DESEMBAKAÇAR. desemmaranbar, desera-
pecer, desinvolver — desalravancar — de-
sencadeiar — expedir — safar.
DESEMBARAÇO, (lenodo, ousadía — despe-
jo, soltura — agilidade, vivacidade — fa-
cilidade.
DESEMBARGAR, despachap, expedir — des-
€irib«raçar
D' SRMBARQUK, dcscIda. desembarcsção.
DESkMB^B DAR ddsbebedar, desemborra-
char, descmbriagar.
DífSEjsBoiçAR, despender, gastar — ex-
plicar, manifestflr.
DESKMBRAVECER, acaltpar, apaziguar, ppla-
car, desagfistar — aniançar, domesticar.
DESEMBRULHAR, desdobrar, desenrolar —
desenfadar, desenfardelar — desfazer, de-
sinvolver.
DE s EMBICAR, descubrir, desrebuçar —
manifestar patentear
DESEMBURBAu, desasuar — alegrar, de-
senfadar, deíentristecer.
DF.SEMAKASHAR, dtíiembaraçar, desenre-
dar — dinifràr.
DESEMPACHAR, desatraváncaf, desembara-
çar -^ despnjar — aiUviar,
DESsaPEÇAR, deâatravancar, desembaraçar
— livrar.
DESEMPEDiR OU Desimj)edir, desembaraçar
' — abrir — facilitar.
DESEMPENHAR, cumprir, satisfazer.
DESENCADEAR OU Desencadeiar, desgri-
Ihoar — soltar — desligar, desunir — de-
sembaraçar.
desencalmar-se, refrescar- se, refregerar-
se — desal"rontar-se, desagastar-se.
DESENCAMiNUAii, dcscaminhar, extraviar
— apartar — corromper, depravar, perver-
ter.
DESENCAXA.R OU Deseficãixar, dcsconjun-
ctar, deslocar.
DESENCERUAR, libertar, soltar — desco-
brir, mauifestar.
DESENcoLORisAR OU Desencolorizaff apa-
ziguar, desagastar, desenfadar.
DESENCOLiiEii, abrir, desdobrar — alon-
gar, esl*-.nd;cr — alargar.
desencolher-sk, df'sembar«çar-se, despe-
jar se — estender-se, desinvolver-se.
DESENCOLHmaNTO, deseavoiíurs, despe-
jo.
desencontrar-sf. , desencaminhar-se — ■
discordar, discrepar — dilferençar-se, dis-
tinguir se.
DasBNCosTRO, extravio — desconfoímida-
de, discrepância.
DESíiíscuSTAR-SE, desarfionar-se.
DBbENCp.AVAR, descravar, despregar.
dksenfaD\Diço, agradíivel, divertido, re-
creativo — engragaao, jucundo
DESENFADADO, alcgíe, divertido, faceto,
jocoso — desenfailiado — paciUco, soue»
(^ado.
DfeSESFADAR, desagastaf , desencolorizar
— divirlir, recreiar, regoz-jar — di«lrair,
dkseí\Fado , desagasis mento , dnsenfa-
damtíulo, deporte, divettitueulo, recreio —
«llivio, cunsolaçào — igualdade, Irauquilli-
dadtí.
desenfardelar, deseramalar, desenfar-
dar — desembrulhar — descobrir, p&ten*
tei.ir.
DKSENFASTiADo, PDgraçado, faceio, jovial,
lepit^o — agradável.
Dás ENFEITAR, desadercçar , desadornar,
desataviar, desornar.
desenfízar, deíecar.
DESENFREADO OU Deseufreiãdo, desenca-
bvestado — livre, solto — dissoluto, li-
cencirso — atrevido — immod-^rftdo.
I DFSENFRFAR-SE OU Desetift eiarse, dts-
1 frear-se — desm«ndar-se, desregrar sfl -^
I enfurecer-se — enco!erisar-so, enfad^r-se.
DESENGANADO, abei to, sincôfo — desabu-
sado.
! DÈSENGiNAft-SR, df^Sabusaf-se.
\ DtíENGASo; desabuso — boa fé, canda*
DES
DES
919
ra, franqueza , ingenuidade, sinceridade,
singeleza.
DESKNGASTAR, descncasloar.
UE5BNGKNI10 OU ])csinijcnho, beslidade,
estupidez, lolico.
DKSENGBNUoso OU Desingetihoso, estúpido,
inepto, néscio, parvo, UAo.
DKSSNGONÇAR, dtísconjunctar.
busiWGHAÇADO, dcsair.iso, desasado — in-
jucundo — frieirão, insípido, semsabor.
DESENHADOR, debuxador, debuiante, dese-
^nhista.
ntsiNHAR, debuxar, delinear, traçar —
conceber, idear — intentar, projectar — re-
solver.
DESE5H0, debuxo, * dissenho, traço —
ideia, modelo, molde — desígnio, empresa,
intento, projecto.
DKSENTERttAR, dessoterrar — achar, des-
cobrir.
desejiteZar ou Desentesar f afrouxar,
bambar, su-var.
DKSEiNTOAÇÃo, desentoamenlo, dissonân-
cia — faborJão.
D8SRN roADo, desmusíco, descorde, disso-
nante, dissono.
DESENVOLTO, desscanhado — ágil, destro
eipediío — descurado, despejado, desvergo-
nhadi> — immodeslo.
DEiENvoLTLRA, agilidade, desembaraço,
Jigeireza, promptidào — immodesiia — de-
nodo, hardideza — desencolhimento.
DESENVOLVEa OU Desinvolvev, abrir, des-
ílobrar, e5t''nder — desembrulhar — d sem-
baraçar d' spejar — explicar — empliar. —
DRSíNXABiiíO, dessabjrido insipidi, in-
sulso, seujsibor — desengraçado. frieiíâo.
desingeuhoso.
DESERTO, descampado, errao, solidão —
íeliro [adj.] abandouido, despovoado, iuha-
bitado, solidário.
DkSkrtuk, fugiiiro, transfuga.
desespeiiação, desesperança, desespero
— angusiia, pezar.
LESEsPErtADo, iueapcrado — raivoso —
perro.
Desestimado, abjeclo, desprezado.
DKS»sTiiiAR, dtísprezar, menosprezar —
delríiír, menoscabar, vilipendirtr. vituperar.
, DESFALCA3ÍENT0, dcsfalquã, diuiínuição,
rebite
, disfaLCar, abater, diminuir.
DESFALECER OU UfisfalUct-r, faltar — des-
saaiar — esmorecer — decoir.
DKSKALfcciDj ou DesfaLUcAilo. destituído,
^llo — <'niraquL'CÍdo, latígnido.
desfaliíCjjiicxio ou licsjulUcimcnlo. des-
ífi&io, esvaecimento. S) nr opo — iniercrtden-
tia — ftbalituenlo, frsqueza, langor — di-
tniauiçàu.
, SâávAVóA ou Di«/'u ror, d^sabono, deláo-
foL. ir.
dito, desvalimenlo — desgraça — repulsa.
dispavoravel, desvantajoso, prejudicial
— contrario, opposto.
DESFAVORECER OU hisfavorccer ^ desaju-
dar — contrariar— encontrar.
desfazbr, desmanchar — demolir, des-
truir — deformar, desfigurar — abater, aca-
nhar, apoucar — alimpar, privar, tirar —
dissipar — desbaratar, destruir — soltar —
annuUar — depor.
DESFAZER SE, vender — albear-se, privar-
se — desembaraçar so, livrar-se — dis.sipar-
»ô — deserapeçar-se, despejar se — ilerreter-
se, dissolver-se — acabar, arruinar-se, per-
der-se.
DESFECHADO, aberto, descoberto, desta-
pado — desmarcado.
DisFECHAR , abrir, destapar — a:;sentar,
descarregar — (n ) disparar, rebentar — con-
cluir — desarmar — desvanecer-se.
DESFEITA, debeilação, derrota — descul-
pa, excusa, pretexto — insulto — conclu-
são.
DESFEITO, desconcúrto. desmanchado —
magríssimo — delido, dissolvido — desatado
— debilitado, enfraquecido — macilento —
derrotado, desbiratado, roto — baldo, frus-
trado—falto, mingoado — furioso, grande
(vento).
DESFIADO, derramado, espalhado — des-
baratado, vencido.
DESFIAR, desenfiar — desbaratar, romper,
vencer.
DESFIGURAR, afoiar, deformar — desafiei*
coar, mascftrar.
DESFiLADKiRO, garganta, passo, estreito.
DESFLORAR OU Dcflorar, deshonrar, for-
çar, violar — d^^sluslrar
DESF0RR.4R-S8 , desquitar-se , forrar se,
indemr^isar se — desaggravar-se.
D&JtFRUTAii ou Des/ruciar, fruir, gozar
— comer.
desgabar, censurar, condemuar. deslou-
var, depreciar, menosc-^bar, vituperar.
desgad&luar, descsbeliar, desgrenhar, eS"
gadelhar.
dksgarro, brio, denodo, desembaraço,
desp»'jo.
DitsGosTAR, descontentar — desabrir, en-
fadar — aílligir, mortificar.
DESGOSTO, " descouinntamento, desprazer,
dissabor, enfado — moléstia, trabalho —
aílli^^çào, pezar — fastio, nojo.
DESGOSTOSO, aborrido, dt^sccnlente, triste
— abatido, desanimado — de^3abondo, iu-
sipid.0, illSlliO.
desgovernado , desregrado, dissipador,
mal regido, perdulário.
ní.scovKKNAa Sá, de:muudar-se, desre-
gra r-so.
DKVGáAÇA, adveèidftdcsííeSYeQlura, In-
•23^
9:o
BES
DES
felicidade, infortúnio — accidente, desastre
— calamidade — males.
DKsGRAÇADD, dcsditoso, dásgracíado, infe-
liz, mesquinho, miserável, moQuo — cala-
miloso, desastroso — aziago, funesto.
DESHONESTiDADE , impudicicia , lascivia,
torpeza — immodestia.
uEsiioNESTO, impudico, inhonesto, lasci-
vo, obsceno, torpe.
DESHOiNOR, deshonra, infâmia, torpeza,
vileza — desdouro.
DESHONRA, descredito, desdouro, deslus-
tre — infâmia, labeo — vilipendio, vitupé-
rio.
DEsnoNRAR, aviltar, infamar — injuriar
•*- profanar — desflorar, forçar.
deshumanidade, barbaridade, brutalida-
de, inhumanidade, sevícia.
DESHUMANO, atroz, brutal, cru, cruel, du-
ro , feroz , immisericordioso , implacável,
inexorável, inhumano, insensivel, rigorisis-
simo.
desídia, frouxidão, indolência, inércia,
preguiça — madraçaria, mandriice, ociosi-
dade— detença, vagar.
designação , assignalação, indicação —
nomeação.
DESIGNAR, apontar, indicar, mostrar —
eleger, nomear — assignaiar — depurar —
determinar, significar.
DESÍGNIO, desenho, intento, projecto, ten-
ção, vistas.
DESIGUALDADE, dcsigualcza, desproporção
— disparidade, irregularidade.
DESiMAGiNAR, desmaginar, dissuadir.
DESIMPEDIR, desembaraçar — facilitar.
DEsiNÇAR, limpar — destruir, extinguir.
DESINQUIETAR, dessoccgar, inquietar —
aôligir, agoniar, atormentar, mortificar, pe-
nalizar.
DESINQUIETO, agitado, dessocegado, in-
quieto — revoltoso, sedicioso, turbulento —
cuidadoso — buhçoso, traquinas, trafego,
vivo.
'DESINTERESSADO, desintercsseiro, imper-
tendeute.
DESIRMANA», desemparelhar, separar —
truncar.
■ DESLAVADO, dcscolorado, esbranquiçado
— desvergonhado, impudente.
DESLEAL, atraiçoado, deshumano, infiel,
pérfido, traidor.
DtSLEALDADE, infidelidade, perfídia, trai-
çSo,
dislembrau, esquezer, olvidar.
DESLIGAR, desitar, desnodar — desliar —
desunir— deseiicadeiar.
DESLINDAR, aclarar, apurar, averiguar,
examinar — desembaraçar.
DE9L1NGUAD0, <lesboccado, pragaent(H
DBíLOCADURA, doglocação, diasti^.sé.
DESLOCAR, desconjanctar , deseacaixap,
duslaçar, desmanchar. -
DESLOMBAR, alombar, derrear, dasancar,
estafar.
DESLOUVAR, dcsgabar, vituperar.
DESLUMBRAMENTO, hallucinação — ceguei-»
ra illusão.
DESLUMBRAR, cegar, hallucinar, oíTascar
— ennevoar, escurecer.
DESLUSTRAR, desbolar, desmaiar, mur-
char— desdourar.
DESLUSTRE, abatimento, quebra — macu*
Ia, nódoa — desdouro, deshonra.
DESLuziR, apagar, oífuscar — eclipsar —
desdourar.
DESMAIAR, desanimar — (n.) desfallecer,
esmaiar, esmorecer — descorar, enfiar —
desbotar.
DESMAIO, accidente, delíquio, desfalleci-
mento, syncope — desalento, desanimo, fra-
queza.
DESMAMAR, desleitar, destetar.
DESMANCHAR, dcsfazcr — desconcertar — -
descoDJunctar, deslocar.
DF;SMANcnAR-SE, dcsunir-so, separar-se -—
deslocar-se — desmandar-se , desregrar-
se.
DESMANCHO, confusão, desconcerto, des-
ordem— desregra, desregramento, dissolu-
ção — destemperança — deslocação,
DESMANDADO, liceucíoso — infrene, descar-
nado, esgarrado, perdido.
DESMANDAR, contramaudar, revogar —
atalhar, desfazer, desviar, empecer.
DESMANDAR-SE, depravar-se, desregrar-se
— empolar-se (o mar)
DESMANTELAR, abater, arrasar, arruinar,
demolir, derribar, destruir, escorar.
DESMARCADO, descompassado, desmedido,
desmesurado, enorme — excessivo, illimita-
do, immoderado.
DESMAZELADO, inepto, inhabil, inútil —
desasado — desalinhado — descuidado, ne-
gligente, preguiçoso.
DESMAZEio, deleixo, indoleni^ia, negligen-
cia, preguiça — desprestimo, inaptidão — •
desalinho, de«aso.
DESMEDIDO, desmarcado, desmesurado -•
descomedido — extraordinário.
DKSMEDiR-SE, dcsmaudar-se, malreger-se
— descomedir-se.
DEs«EDaAR, diminuir, mingoar — deca-
hir, declinar — peiorar — emmagrecer.
DESMEMDíiAR, coftar, decepar, destroncáf
— desunir, separar.
DESMENTIR, coutradizor — deslocar, deí«
manchar — enganar — discordar.
DESMERECiMSNTO OU Demerecimento, de^i
merit ) — culpa, falta, peccfdo.
DESMESURA ou Desmezura^ descortezla.
dàsmksurado, a^iganladOí de compassa^
DES
DES
9ai
do, desmedido, enorme —• desabalado, ex-
cessivo.
DRSMONiAR, desmontaf — descavalgar (a
artilheria) — (n.) apear-se.
DESMORONAR-sE, derrocar-S6, derruir-se,
desabar, desasir-se, desfazer- se, esbroar-
se, sollar-se.
DESMusico, desentoado, iaharmonico, in-
sonoro.
DESNATURAR, desnaturalizar.
DESNECESSÁRIO, cxcusado, inulil, supér-
fluo.
DKSSEVAR, degelar, descoalhar, desenre-
gelar.
DESNiNOAR, desaninhar, expulsar,
DEssLD.vR, desnuar, despir.
DESSUDEZ, desQudeza, nudez — miséria,
pobreza.
DESOBEDECER, recalcítrar — teimar — re-
bellar-se, revollar-se.
DESOBEDIÊNCIA, inobediencia — recalcitra-
ção, leiuia — rebeldia.
DESOBEDIENTE, ífiObediente — obstinado,
recalcitrante, leimoso — rebelde.
DLSOBHiGADO, absoluto, ísento, livre.
DEsoBítiGAR, absolver, eximir, exonerar,
livrar — perdoar, remiliir.
DESOCCLTADO, doscmbaraçado, franco, li-
Tre — ocioso.
DEsoccuPAR, desembaraçar, despejar, eva-
cuar.
DESQFFuscAR, dtísassombrar;
DESOLAÇÃO, assolação, destruição, estra-
go, ruína.
DESOLAR, arruinar, assolar, destruir, ta-
lar.
DESORDEM, desarranjo, desconcerto, des-
mancho — atrapalhação, barafunda, con-
fusão — revolta, lumulln,
DESORDENAR, desconccrtar, perturbar.
DeSoknar, desaliviar, desenfeiíar.
DESPAcaADO, activo, deligenle, executivo,
expedito, prestes.
despachar , deseoTibaraçar , despejai —
enviar — auhbar, finiar — aviar.
despaCuar-se , flpromplar-sa — appres-
sar-ío, aviar-se.
DFSPACiío, aviamento — acabamento, fim
— distracção — aresto, senleuça — decisão.
desparar ou Disparar, descarregar, des-
fechar — arrojar — soltar.
DESPARiiR, dividir, esparlir, separar —
íiudar, terminar.
DESPARZIR, espalhar — derramar, espar-
zir, verter.
DESPEDAÇAR, destron.^^ar — dilacerar, es-
peddçar,- lacerar — atassalhar, derriçar, es-
patifar, rasgar.
DEsrEDiOA, adeus, despedimento — sepa-
ração — conclusão. Qm — baixa — ueoiissão
— retirada.
DESPEDIR, expulsar — licenciar — enviar,
mandar — despachar, eipedir — arremcçar,
atirar, lançar, vibrar.
DESPEGADO, desgrudado — desamorard
secco — independente, isento, livre.
DESPEGAR-SE, dcsapegar-sc, descoUar-se,
desgrudar-se — desaíleiçoar-se.
DESPEGO, desapego - desaffecto, desaffei-
ção, desamor — isenção.
DESPEITO, cólera, ira, paixão — desprezo
— mau grado, repugnância — pczar.
DESPEiTOso, agastado, colérico, enfadado,
irado, raivoso.
DESPEJADO, desembaraçado, desenvolto,
lesto — denodado, resoluto — vasio — des-
carado, desvergonhado.
DESPEJAR, desencher, vasar — alijar —
desoccupar, evacuar,
DESPEJO, vasadura — desembaraço, desen-
voltura — denodo , ousaília — desacanha- ,
mento, desencolhjmenlo — audácia, desca-
ramento, iHipudencia — desvão.
DESPENDER OU Dispendcr, desembolçar,
gastar — dar, produzir — proferir.
DESPíNDio ou Dispêndio, custo, despeza,
gasto — consummo.
DESPENHADEíRO, barranco, derribadouro,
despenho, esbarrondoneiro, preci|.icio.
DESPENHAR, proí-ipitar.
DESPERDIÇADO, mal gaslado — esperdiça-
do, pródigo — amoroso — mimoso, valíio. ,
DESPERDiçADOR, dissipador, esperdiçado,
gastador, perdulário, pródigo.
DESPERDIÇAR, prodigalizap — desbaratar,
dissipar, estragar — entornar — desaprovei-
tar.
DESPERDÍCIO ou Desperdiço, dissipação,
prodigalidade, profusão — deterioração.
DKSPERECiMENio, acabameuto, consumo
— destruição.
DESPERTAR, acordap , espertar — avivar,
estimular, excitar — desentorpecer.
DESPERTO, aco*dado, esperto.
DESPESA ou Despeza, dispêndio, expen- .
sa, gasto — custo, importe, preço.
DESPESO, despendido, gasto — necessita-
do — consumi Jo, gastado, magro — dimi-
nuido.
DESPIDO, desvestido, nu.
DESPiEDADE, barbario, crueldade, crue-
zs, deshumanidade, ferocidade, rigor.
DESPiEDADo, Dcspiedoso^ bárbaro, cru,
cruel, desalmado, feroz.
DESPIR, desvestir — despejar — deixar.
DESPLUMAR, (Icpeunar, despennar.
DESPOJAR, esbulhar, espoliar — privar —
tirar — despir. ,
DESPOJO, espolio, tomadia — esbulho, pre-
sa — pilhagem, roubo, saque.
DESPOSAR SE. cRSÃr, receber-se.
I DfispcsoRio, esponsac'* — boda, casamea-
Í63 ♦
m
TM
tf?> n-rmtclõi hymnn?U; mvirfrnnnin, «<«!*
ofgf-jTA, tlí-siitíitt. {^vrí^nnè:
|)fsp.>ri6Q, «U^oImiu, «rtítirarlOj M>erft.-
PO. |vrn?UUCO,
DESPOTISMO, »b3ohiii?r»n, lyrRnni»
PRsrí-voAUO, tíesrrlo, deshabiiàd), '.rrrjo,
solUario.
DRSPHAZRR. dcs»grarlar, desgostar, enfa-
dar—(.? ) »(n cçSo, dôp, pena, peznr.
DESpRAZfWENTO, dcsagrado, desgosto, dis-
sabor, moleslia.
DFSPRAzivEL, desagradável, de^goloso.
• DEspiircAR, desenuravar— abrir — desen-
rolar, desffíildflr — desftírir — desabrochar
DRSPRKNDER, soUar — desatar.
DESPRENDER-SE, soltar — apartap-se, se-
pnrar-se.
DKSPREVRNiDO, desapercebido, descuida-
do, impróvido, incauto.
DESPREZAR, conculear, desestimar, me-
nosprezar, postergar.
DESPREZÍVEL, abjecto, contemptivel, des-
prezável, igrobil, vil.
DESPREZO desestima, desestin^açSo, me-
nosprezo— affronta, agtí;ravo, contumelia,
injuria, ludibrio, opprobrio, vilipendio —
desattençSo.
DESPRIMOR, descortezia,
DESPROPORÇÃO, desigualdade, differcnça
enormidade.
DESPROPORCIONADO, dcscompassado, enor-
me, dt.'sigu«l.
DESPROPOSITADO , desapropositado , des-
tampado, disparatado — absurdo, desarra-
zoado, extr«vagante.
D»'SPROPosiTAu, destampar, destemperar,
enfadar-se, deparrífzoar, di-sparalar.
DESPROPÓSITO, absurdo, destempero, dis-
parate, extravagância, impertinência, iné-
pcia
DESPROVIDO, desapercebido, falto.
DESQuiETo, agitado, dessocegado, inquie-
do. irrequi,'to.
DEfQUiTíçAo, divorcio.
DESQUiTAR-SB , 8partar-se , descasar-se,
divorciar-se — desforrar-se, forrar-se (no
jogo).
DESQUITE, diversio, quitamento, desfor-
ra
DESRAMAB, dccOtaP.
DESREGRADO, gastadop, perdulário — glu-
tão, inleroperante
DESREfiRAR-SE, dcsmanchar-se — despen-
der, g«siar.
DEsuEGULAMFNTO, descoDccrto, dcsmau-
cho. dp\aS'id«o.
f>ís<^ Bo< ou Dixftohifr. descnnlentamen-
1r, d sgost , dr>pr<izer, displicência — des
ab mento enfado — moléstia — enjoo, fas-
tio.
il-ííkiílu, ifhUÍsu «* liid!^or!i!.'i.
penie, divfrag,
ugissoçEGO, dí-sftssGfeiío, inquintarfto.
UF.STAMPADO, despropositado, exlfavag'^?!"'
le, ioiro
dkstampab. dcsp'oposJtar, disparatar —
enc(ilerÍ7ar-.'-e, entiusr se, uufiirecer-so.
DESTEMIDO, arrojsdo, audflz, corajoso,
denodado, impávido, ousndo - precipitado,
temerário — impertubsvcl — generoso.
DESTEMPERA, desflvença, desordem, dis-
córdia — b'ÍKa, pendência.
DESTEMPEHADO, desmusico, discorde, dis-
sono — modificado — immoderado, violen-
to — relaxado.
oisTKMPERAMESTO, intempérie — camarás,
dysenteria — desconto — desconcerto.
DESTEMPERANÇA, di sofdem, intempérie —
glolonia — devassidão.
jiESTEMPERAR, desaliuar, discordar — des-
concertar — diluir, misturar.
DESTEMPERO, intempérie — despropósito,
ertravíígincia, lou-ura — dissonância,
DESTERRADO, degradado, exiliado.
DESTERRAR, bflnir, degradar, exiliar, ex-
pulsar, exterminar, proscrever.
DESTERRO, degrodo, exilio, extermínio —
descampado, ermo.
destetar, desleitar, desmamar.
DESTINAÇÃO, destino, fado — deliberação,
projecto.
DESTiiNAR, assignalar, determinar— »p-
plicar, dedicar — dispor, projectar.
DKSTiNO, fado, fortuna, sma, sorte — de-
sfMiho, fim, intento, propósito — fatalidade,
destinação.
DESTITUIÇÃO, carência, falta, privação —
desenjparo — deposição.
DESTITUÍDO, desemparo — carecente, des-
provido, falto, privado — despido, despo-
jado—deposto, removido.
DESTITUIR, desemparar, faltar — depor,
privar, remover
DESTREZA, agdidado, expedição, facilida-
de, ligeireza — perfeição — arte, h^bdida-
de, industria, pericin, astúcia, finura, ma-
nha — prudência ~ politica.
DESTRO, astuto, cadimo, fino, ladino, ma-
licioso — agil, industrioso — avisado, sagaz,
subtil.
DESTROÇAR, dilacerar — desbaratar, rom-
per, arruinar, desmantelar, destruir — trun-
car
DESTROÇO, desolação, destruição, mina
— desbarato, rola — mort3ndad«\ p^rda —
!,adaver, drspojo, ossada — (/// ) r<\«.(os.
DESTRONAR ou Desikronar, disenl oDizar,
dcilirfinar.
DisTROKCAR, es3?lbar, estroncar — cor-
DkS
ut
003
?«fc»it^ào. ofcrsHc), cicidlo — dfiliflralo, ro-
ta — p»>rtla.
uitsjRi moíi. arrasador, arruinador, asso-
lad<»r, di8l»uclor, ovnsor.
DfsrBiiR, an-quil p, apruin^r, assolar,
consuii ir, devíi$iar, ps'rflg,ir -demolir, dt^p-
rubsp, pposlrar — derrotar, desbaralar, ven-
cer.
nESTRUiR-sK,mal8rrse,suicidap-8e — des-
barat«r-so.
DESUNIÃO, dflsmemb-^ação — rotura , se-
paraçào — dcscouformidadQ — discórdia ,
dissensão, divisão, apartamento, divorcio
— autifen.
DEsuisiR, despegsr, separar, soltar — des-
menibrar — divorciar — desacordar.
DESUSADO, extraordinário, sobrenatural
— desacnslumado, estranho — insulito, in-
suelo. inusitado.
DESUSO, descostume, infreqnencia.
DESVAIRADO, diversifico, encontrado, in-
consoante — discorde, discrepante — desva-
riado — diverso — inconstante.
DESVAIRAR, desconcordar, discordar, dis-
crepar — desvariar.
DESVAIRO, desavença, discórdia — des-
conformidade — desconcerto, desvario —
variedade.
DKSVAMA, desagrado, descrédito, deses-
tima, deshvor, desvalimento.
DESVALIDO, abandonado, deixado — des-
graçado, desgraciado.
desvalimrnto, desprivança, desvalia —
desagrado, desfavor — desgraça.
DESVANECKR, ensuberbeccr— baldar, frus-
trar — esvaecer.
desvanecer-se, entonar-se, enlufar-se,
inchar se, vnngloriar-se — baldar-se, frus-
Irar-se — acabar , lindar , passar — dissi-
par-se.
desvanecido, arrogante, presumido, pre-
sumpçoso, vaidoso, vanglorioso — baldo,
frustrado — vão — despersutdido.
DESVANECIMENTO, orgnlho, ufauía — pre-
sumpçío, vaidade — frustração.
DESVAA, aguar-furtadas — sótão.
DESVARIADO, diverso, vario — inconstan-
te, mudável — delirante.
DESVARIAR, mudar , variar — devanear,
tresvariar — discordar — conlrariar-se.
DESVARIO, delirio, desatin >, extravagân-
cia , insânia , loucura , mania — frenesi ,
tresvario — desacerto — culpa, erro.
DESVELADO, flcorJado, attento, cuidado-
so, vi^Mlante
DES\ FL\B-SK, esmorar-se — vcl.^r, vigiar.
DESVELO, aiten';ão, cuidado, desvidamea-
to, diligencia, vii^dancia — vigília.
ÍQI, IT.
DMfiMiiACÂo, d«9acflitam<;n;o, irrcveron-
ela.
nisvefiiRAn, dcficalar, Irr^vuronolaf-
DEsvEMiRA, ?«(lv^psit|fldu. «lesaventura,
desgraça, inf(di<iidjd«, infortúnio.
DESAVEMUfiADo, cQit*»do, dtísfoptunado,
desgraf.alo, inf^lij, miserável.
DESvERGOPín^v, d«scapamento, despejo.
D£svERG.")Niivoo, doiRvergonhado, desoa*
rado, drspnjado.
desvergOíNh AMENTO, desavergonhamcnto,
despejo.
DESVESTIR, desnudar, despir.
DESVIADO, afastado, apartado, distante —
não conforme — baldado, baldo, frustrado
— desencaminhado, extraviado,
DESVIAR, araover, apartar — rechaçar —
extraviar — dissuadir — estorvar — fartar
— baldar.
DKsviAR-SE , desgarrar-se, extraviar se,
perder-s*^ — esgueirar-se, furtar-se, apar-
tar-se, sair.
DRSVio, ermo, retiro, solidão — aparla-
mputo — escapula, subterfúgio — desca-
minho—estorvo, impedimento — frustra-
ção.
DETENÇA, dihção, mora, tardança», de-
longa, prorogação — vagar — atrazameato
atrazo.
DETENÇÃO, demora, de.ença — retenção.
DETENçoso, lenp, lenioso, vagaroso —
serôdio, tardeiro, tardio, ta. do.
DETER, demorar, suspender — retardar,
retnr — pai'-8r, suster — impedir.
DETERIORAÇÃO, corrupção — peioria.
DaTERiORAR, arruinar — (n.) peiorar.
detebioridadk, peioría.
DETERMINAÇÃO, d cisào, resoIução — man-
dado, ordem — decreto, diploma, estatuto
— acordo, disposição — limitação — termi-
nação.
DETERMINADO, estabelccido — decisivo, íi-
aal — aprazado, fixo — ousado, resoluto.
DETERMINAR, flsseatar, decidir, resolver
— así»ignar, designar — decretíir. ordenar.
DKTEsrAçÃo, abominação, execração —
horror, indignação — desadoiação — impre-
cação, maldição.
DETESTAR, aborrcccr, odiar — abominar,
execrar — desadorar — blasphemar.
DETESTÁVEL, «bominavel.^execrando— dc-
tpstando, horrível — aborrivel, odioso —
nefando — maldicto.
DETHACçÃo, diíTamação — calumnia — ma-
ledicência — murmuração — safyra.
DETRACTOR, detrahidor, diíTaraador, mal-
dizente, maledico, murmuridor — censura -
dor. s^iyrico.
DETiiAÍn, murmurar — ceníu'"ar, pofyri-
acatíhar, apoucar — calumniar. itiía-
sar -
mar
deslustrar, desluzir — dinDÍnuir.
Í24
m\
DU
DIF
DETRIMENTO, dflronificsção, d8mno> per-
da, prejuízo — dimimiição, quebra,
DEVAGAR, docô, leuU, pausada, vagsro-
snoatítife.
DEVANEAR ou Detanciav, delirar, desvariar
—- variar.
DEVAiSEo on Devaneio, desvanecimento,
vaidade — delírio, desvario, loucura.
DEVASSA, averiguôção, informação, inqui-
rição.
DEVASSADO, aberlo, descoberto, paten-
te.
DEVASSADOR , dcvassante, inquiridor —
publicador.
DEVASSAR, inílagar, inquirir — abrir,
alargar — publicar, vulgarisar — corrom-
per, dibochar — prosliluir.
DEVASSAR-SE, dtssfurar se — proslitiiir-
se,
DEVASSIDÃO ou Devassidade, deboche, dis-
solução, libiirtin-ígpm, licença — prostitui-
ção — intemperança.
DEVASSO, aberto, patente, publico — li-
vre—dissoluto, tstragado — prostituto —
errado — I«rgo, laxo.
DEVASTAÇÃO, físsolação, estrago destroço,
destruição, ruina — d)ípojo, esbulho, sa-
que,
DíLVAST^DOA, ass-lidor, dobcllador, des
povoador — dessolador,
DEVASTAR, arruinar , assolar, destruir,
talar — depridar, eslsagar — pilhar, sa-
quear.
DEVEK, obiigação — conaexão, correla-
ção.
DEVERAS, inclissimulada, seria, sincera, ve-
rametile.
deveza ou Decesa, defesa — cercado —
pastagem, pasto — uialio. scha.
devjdo, juslo, recto — (s ) equidatle —
jus iça — dtíver.
'^ DEVISA, demarcação, divisão, parti-
lha.
devoção, * Deração, culto, religião —
oblação — piedade — aUrição, apego, zelo
— sujtição — {pi.) oraçõefe, rezas.
DEVOLUTO, coattjriao, dado — desoccu-
pado, vasio.
DEVORADOR, devoranto, engulidor, gar-
ga. tão — consumidor, devastador.
DEVORAR, ^.ngulir , tragar — consumir,
destruir — estragar, malbaratar,
DEVOTO, beato, pio — aífes-to, afeiçoa-
do — dedicado, ollerecilo — addiclo.
d!a, claridade, bn — (^/ ) i(ladi% tempo
DIABO, Dt Utbuth, Lúcifer, Satauaz — de
IDO, demiiuio, diacho — espirito, g^ nio -
[adj.] mau, períi-lo — sapieniissimo, vivis-
biuiO.
DIABÓLICO, diabolical, infernal ■«- mali-
gno, ín»u,
DiABTiETE, diabinho ^ maligno, travo»-,
so, rapaz.
DiABRURA, feiíiceriâ, malefício, sortilégio
— maldade — peça, travessura.
DIADEMA, coroa — laureola — laurel —
faixa, império, reinado, soberania.
DIÁFANO ou Dia/) /ta no, claro, crystalliao»
limpido, transparente.
DIAL. diário, diurno, quotidiano.
DIALOGO, coiloquio, conversa, entretém,
practica.
DIAMANTE, brilhante, * diam&c — (aá/.)
insensibil.
DIANA, Uecate, Lua, Phebe.
d;ante, ante, perante.
DIANTEIRA, vauguardd — fachada, froa-.'
traria, fronlispicio.
DIÁRIO, gazela, jornal — M ) tliurnal,
diurno, quotidiano.
DIARISTA, gozeteiro, jornalista.
DiARHEA ou />iarr/iea, camaras, fluxode.
ventre, corrença'
DiATKiBE, discurso, disscrtação — censu-
ra, correcção, rtípr.;ht'nsão.
DiCAGiDADE, malcdiíencla, mordacidade..
DICÇÃO, expressão, palavra, tirm^, voca- .
bulo, voz — elocução, linguagem, pronun-
cia — estylo. ,
DCCiONARio, glossário, lexicon, vocabu-^
lano.
DlCCIONARlSTA, It xic-^^grapho. r
d.ctado ou Ditado, adagio, provérbio,
rifão, síctença.
dictàme, doctrina, regra — máxima, sen-
tença — juizo, opinião. ,
DiCTAR, apontar, notar — ensinar, in-
sinuar, inspirar suggerir — ordenar, pres-
crever.
DiCTERio, chasco. chufa, motejo, pulha, ,
remoque, sarcasmo.
DIETA, abstinência, jgurn, temperança
— assembleia, comícios, juncta.
diffa«ação, calumnia. deshonra, detrac-
ção, igaoniinia, iníaOiação, infóimia, man- '
cha, oppfbrio.
diffamador , calumnia ior , infamador , j
maledico.
die-famante, deihonroso , ignominioso,^
infamante.
DiFFAMAR, cftlumniar, desacreditar, des-
honrítr, infamar, macular, opprobriar. ,
díffahatorío. ignominioso, infamante,
infamatorio, infame. ;
DIFFER8NÇA. dissimilhança , distincçlio ,
diversidade — desigualtlad>í , despropor-.,
ção, discrepância — contenda, controver-,
sia, desavença, discórdia.
differençar , (MTerenciar , dissimilhar, .
distinguir — diveísificar, variar.
I DIFKERENÇAR .«^E, descnooutrar se. disiin-
çuir-so, dive^rsiíicai se. j
D!L
DTS
935
niFFERENTW, contrario, desigu»!, discre-
pante, diveráo, opposto.
niFFgRiR. diíTerenciar, discrepar, dissi-
milhar — (a ) demorar, dilatar, retardar —
deslerir, larfçar (as vellas).
DiFFiciL, ar luo, diílicultoso — duro, pe-
noso, traballioso, ttlcanliUdo, escarpado —
caprichoso, extrava^jnnte — pichoso, rabu-
gento — abslruso, escuro.
DÍEFicuLDADE, custo, fadiga, trabalho —
embaraço, estorvo, impedimento, obstáculo
^— opposição, resistência — repugnância —
duvida, objí^crão.
DiFFicuLTOso, custoso, diíTicil — arduo,
duro, espinhoso — embaraçado.
DiFFiDK>'ciA, desconliança.
DlFFu^DIR, derramar, eutornar, verter —
espalhar.
DiFFUsÃo, derramamento , espargimen-
to — prolixidade, verbosidade — exten-
são.
DíFFuso, derramado; espalhado, vertido
— amplo, comprido, dilatado, extenso, vas-
to — enfadonho, prohxo — distribuido, re-
partido.
DIGERIR, esmoer, gastar — dissimular,
pacientar, solTrcr.
DIGESTO, cozido — digerido, esmoido —
concertado, ordenado.
DIGNIDADE, cargo , officío — cmprego,
lugar, posto — jerarchia — magistratura,
presidência — prelazia — grandeza, hon-
ra, preeminência — mérito — gravidade,
respeito — decência.
DIGNO, acredor, benemérito, capaz, dino,
merecedor.
DILAÇÃO, delonga, demora, detença, per-
longa — vagar — interrupção.
DILACERAÇÃO, desmembramento, despeda-
çamento, laceração, rasgamento.
DILACERAR, espedaçar, lacerar — rasgar,
romper — cortar — arrancar — devorar —
destroçar.
DILAPIDAÇÃO, dissipação, prodigalidade,
profusão.
DILAPIDAR, desperdiçar, dissipar, prodi-
gar.
DILATAÇÃO, alargamento, expansão;- ex-
tensão, prolongaçâo — relaxação.
DILATADOR, demorador — contemporiza-
dor, temporisador — propagador.
■ DiLATAii, alargar, ampliar, estender —
alrazar, demorar — alongar, prolongar —
dilferir — diffundi.*, propagar — rarefa-
zer.
DiLECçÃo, aíTeição, amizade, amor, ternu-
ra — caridade — Denevolencia.
DILECTO, amado, querido.
DiLiGKNCiA, desvelo, exactldáo — ftpplioa-
çSo, |fttiençào, cuidado — actividade, celeri-
àade, i^fs^isa — carruagem, oochei
DiLiCESTE, activo, esperlo, vivo — agu-
çoso, exp(ídito, prorapto — exacto, sollicito,
vigilante — altenlo, cuilndoso.
DILUCIDAÇÃO, í'xplicação, illujtraçâo.
DiLuciDvH, aclarar, declarar, explicar, ex-
por, iilustrar.
DiLLiR, delir, deslavar — humectar, des-
fazer, dissolver.
DILUVIO, alluviào.caiaclysmo, cheia, inun-
dação, torrente — intinidadB.
DIMANAR, brotar, correr — nascer, origi-
nar-se, proceder, sair, vir.
DIMINUIÇÃO ou JJiminuimento , perda ,
quebra — decremento, mmgoa — abate,
desconto.
DIMINUÍDO , debilitado, quebrantado — •
subtrahiílo — desbastado.
DIMINUIR, minuir, tirar — abater, subtra-
hir — mingar, mingoar, minorar — apou-
car, coarctar, modiiicar — adelgaçar.
DIMINUTO, defraudado, falto — defeituoso,
imperfeito.
DINHEIRO, pecunia — moeda — cabedal —
bens, riqufza — ouro — prata — chelpa,
china, chocalhinho, quatrini.
DIPLOMA, alvará, carta, despacho, edicto,
mandado, patente, provisão — breve, bulia.
DIQUE, adique, represa — diíliculdade,
obstáculo.
DIRECÇÃO, directoria, norma, regimen —
administração, governo.
DIRECTOR, conductor, guia — pedagogo
— confessor — admiaistrador — mordo-
mo.
DiREiTEZA, equidade, integridade, leal-
dade, probidadfl, rectidão, sinceridade.
DIREITO, lei — faculdade, jus — foro, ju-
risiicção — equidade, justiça, razão — au-
toridade, domínio, poder, senhorio, vara —
prerogâtiva, privilegio — jurisprudência —
impoílo, tributo — [adj.) não torcido, recto
— [adv.) directamente — perpendicular, ver-
ticalmente.
DIREITURA, direi teza — inteireza , pro-
bidade, rectidão
DIRIGIR, encamiuhar, gui^r —eaderíçar,
enviar — dispor, ordenar, regular — gover-
nar, rcgor — ensinar — tender.
DiRiGia-SE, encaminhar-se —recorrer —
reger-se,
DIRIMIR, acabar, terminar — decidir, sol-
tar — desfazer — annular.
DiRO, cruel.
DisCE\NiMKxro , dÍ5liii?ção, escolha —
Juízo, gosto, penjtraçãj, porspicdcia, saga-
cidade, tacto.
DnCERNiH, distinguir — conhecer, divi-
"dir, separar — ajuizar, julgar, resyiver, sen-
tenciar.
DisctNGift oúDescingif, alargar, de saper^*
tar»
234 ,'
DIS
BIS
DISCIPLINA, arte, faculdade, sciencla —
creação, educação, ensino, inslrucção —
exercício — governo, ordem, regra — poli-
cia — fufctigaçâo. maceração.
DISCIPLINAR, educar, ensinar, instruir —
reger — dirigir — açoutar, fustigar.
DisciPLirtAVEL, dócil, ílexivel.
discípulo, escholar, estudante — alumno
— aprendiz — partidário, sequaz.
DÍSCOLO, depravado.
discordância, disconveniencia — disso-
nância.
DISCORDANTE, dissonante, dissono — an-
tipathico, contrario, opposto — absono, dis-
corde.
DISCORDAR, desconcordar — desentoar.
DISCORDE, contrario, desavindo, opposto
— dissonante, dissono — desconforme, dis-
crepante.
DISCÓRDIA, desavença, dissensão, rixa. zi-
zaiiia — inimizade, ódio — desunião, divi-
são— opposição.
DISCORRER, discursar, raciocinar — expor,
tractar — examinar — percorrer.
DISCREPÂNCIA, diíferença, diversidade —
discordante.
DISCREPANTE, discordaute, discorde.
DisciiEPAR, desconcordar -r- contradizer-
se — apartar-se.
DISCRETAMENTE, ingenhosa, prudentemen-
te.
Dif^CREiO, ajuizado, judicioso, prudente,
sábio — ingentioso — agudo, perspicaz, sub-
tiir — elegant'^ eloquente, facundo — avi-
sado, intendido — cortezão, palaciano.
DisCHiçÃo, discernimento, intendimento,
juizo — a.^udeza, sal — circurnspetçào, pru-
dência — arbítrio, vontade, modestij.
DisCRiME, diíTerença.
DiscRiMiíSAB, distinguir, dividir, separar.
DISCURSAR, ajuizar, arrazoar, disconer,
raciocinar — pensar — fallar, praticar.
DISCURSO, colioquio, conversa, falia, prac-
lica, raciocínio, razoamenio — arenga, ora-
ção — deiurso, espaço.
DISCUSSÃO, contestação, conlroversla —
exame.
DISCUTIR, argumentar — ventilar — ex-
aminar, investigar — averiguar , ponde-
rar.
DISFARÇADO, dissimulado — mascarado.
DISFARÇAR, dissimular, encobrir, occul-
tflr — coniraffizer, tingir — destigurar, mas-
carar.
DiSKARCE, m?sc^ra — capa , rebuço —
dissimulo, fingimento.
díjLatEj disparato, loucura.
díspar, «iesigual, dissimilhante,
i)i!ípAKATAD(.» ou Deuparãtudo^ hhsufdo,
eilravagáiite. in'3Çínsdio, lodco — despro-
fosiudu — itiCoíineio, incohôreate.
DISPARATE ou Desparate, desbarate —
dislate, doudice, extravagância, tolice, va-
niloquio.
DispARiDADi, diíTerença , dissimilhança,
distincçSo , diversidade — desigualdade,
desproporção.
DtspENSAçÃo ou Díspença, favor, indulto
— despesa — administração — distribui-
ção, repartição.
DISPENSADOR, dislribuidop, repartidor.
DISPENSAR, absolver , isentar, livrar — ,
distribuir, repartir — consumir, despen-
der, gastar, usar — determinar, ordenar.,
d'spersão, desunião, separação — espa-
lhamento.
DISPERSAR, espalhar, semear — distri-
buir.
disperso, derramado, espalhado.
DISPLICÊNCIA, aborrimento , desagrado ,
descontentamento, desgosto, desprezo, des-
satisfação, nojo.
DISPLICENTE, dcsagradavcl , desengraça-
do,
DISPOR, mandar, ordenar — determinar,
resolver — arranjar — entabolar, prepa-
rar — plantar , transplantar — depôr —
desfflzer-se,
DispÔR-sE, preparar- se, prevenir-se.
DISPOSIÇÃO, decisão, determin»çào, or-;
dem — capacidade, habilidade, talento —
exoídio, narração, preparação, provas —
animo, vontade — arranjo, arrumação —
alienação — arbítrio, discrição -- poder.
DISPOSTO, arranjado, arrumado — appf-
relhado, preparado — promplo — apto,
capaz — propenso — deposto
DISPUTA, altercação, competência, coa«
tenda, controvérsia, debate.
D'SPUTAR, altercar, contender, contestar,
debater — controverter.
DispuTAVEL, contestável, controverso —
duvidoso, incerto, indeciso, iudelermluado,
problemático.
DISSECAR, analomisar — cortar, Irinchaf
— decompor.
DissKCTOft, anatomiijo.
DissKNsÁo, desavença — discórdia, divi*
são, zizania — discrepância.
DissENTANEO, diícordaute, repugnflnle.
DISSENTIMENTO, discordaucia, discrepân-
cia — desapprovação.
DISSENTIR, desconcertar, desconformar-
se, discordar, dijcrepsr.
DissBRTAÇÃo, diatribe, exame.
DISSERTAR, arr.^zoar, discorrer, discu-
tir.
Dissidência, divisão, ssparação.
DISSIDENTE, conlruVt-rso , deicoliformo,
discorde.
DissiBULAÇÂO, Dissimuh, í'aoh,i, disfar-
ce, lingimento, rebuço, tèfulho.
i
DIS
DIV
937
DISSIMULADO, Tefolhado, tredo — disfar- 1
çado, encoberto. 1
, DissjMULAR, encobrir, occultar, simular
— • disfarçar, fingir — mascarar, rebuçar,
DISSIPAÇÃO, desbarale, estrago — prodi-
galidade, profusão — distracção, inapplica-
ção.
DISSIPADOR, estragado, gastador, perdu-
lário, pródigo.
, DISSIPAR, consumir, estragar, gastar, mal-
baratar — prodigar — perder — desfazer
— dissolver.
, DISSOLUÇÃO , devassidão , licenciosidade ,
soltura, evaporação, exhalação.
DISSOLUTO, deshonesto, devasso, licencio-
so, solto — estragado — cassado, desata-
do, desfeito, irrito, nullo, roto.
DissoLVKR, desunir, separar — delir, der-
reter, fundir — annuUar — destruir, sol-
tar.
. DISSONÂNCIA, desentoação , discordância
— contrariedade, diííerença, opposição.
DISSONANTE, disscuo, iuconsono, inhar-
lionico — èonlrario, opposto.
DissoNAB, dissoar — desconformar.
DissoNO, dissonante, dissonoro, inconso-
DO.
DISSUADIR , desamoestar , desconselhar ,
despersuadir — apartar, desviar.
. DISSUASÃO , desamoestação , despersua-
çâo.
DISTANCIA, apartamento, separação — au-
sência—afastamento, espaço, intervallo —
excesso, vantagem — diíTerença.
DistANCiAR-sK , afasiar-sB , alongar-se,
apsrtar-se.
DISTANTE, afastado, apartado, desviado,
Ipnge, longiquo, remoto.
DisTiLLAB, estillar, gottear, gottejar, pin-
gar.
DiSTiNcçÃo, diíTerença, dissímilhança, di-
tersidade — preferencia, prerogativa, pri-
>dlegio — estimação — clareza, evidencia —
nobreza, qualidade.
DisTiNCTAKBNTS, clara . separadamente.
DisTiNCTO ou Búiinio^ instincto — (<><(;'•)
diíTerente, diverso — separado — claro —
conspicuo, eminente, insigne, preclaro —
abalisado, extremado.
DISTINGUIR, diííerençar, discernir — mar-
car — dividir, separar — assignalar, real-
DiSTiNGUiR-SR, assigualar-sB, extremar-se
— esmerar-se — desencontrar -se, differen-
çar-se.
DISTRACÇÃO , desattenção , inapplicação
— desconlinuação — divertimenio , re-
creio.
DisTRACTivo, divertido, recreativ).
DISTRAÍDO, desaplicado, desalento — abs-
tracto — divertido — dividido.
TOi. it.
DisTRAÍR, alegrar, divertir — desaplicar
— desencaminhar, desviar.
DISTRATAR OM D IS ti actarj abolir, anuUar.
cassar.
DISTRIBUIÇÃO, partição, partilha, reparti-
ção.
DISTRIBUIR, dispensar, partilhar, repartir
— dispor — dividir.
DiSTRicTO, alçada, jurisdição, termo, ter-
ritório — capitania.
DiSTURBAR, interromper, perturbar — al-
terar.
DITA, felicidade, ventura — fortuna, pros-
peridade — contentamento, satisfação —
bonança — vantajem.
DITO ou DictOf palavra — [adj.) antedio
to, mencionado, referido, sobredicto.
DITOSO, abençoado, favorável, fausto —
prospero, propicio — afortunado, feliz, ven-
turoso.
DiLRNO, diurnal, quotidiano.
DivA, dea, deidade, deusa, devindade.
DIVAGAR, errar, vagamundear, vaguear.
DIVERSÃO, desattenção, distracção — di-
gressão — divertimento.
DIVERSIDADE, diíTtírença, dissimilhança —
variedade — distincção.
DIVERSIFICAR, mudar, variar.
DIVERSO, diíTerente — outro, vario — dií-
tincto — desconforme.
DIVERTIDO, desattenlo, distraído — ale-
gre, jucundo — brincão — faceto.
DIVERTIMENTO, brincadeira, brinco, «o-
tretenimento. folguedo, passatempo, recreio
— desattenção, distracção.
DIVERTIR, alegrar, desenfadar, râcreiaft
regozijar — distrair — desencaminhar, dei-
viar.
DiviciAS, riquezas.
DIVIDA, debito — obrigação — dever —
empenho.
DIVIDIR, apartar, desunir, separar— abrir,
fender, romper — rasgar, sulcar — re-
partir.
DiviNDADB, deidade, deus, deusa, ntt«
men.
Divmo, sancto — deífico — sagrado -^
celeste, celestial — sobrenatural — admi'*
ravel, extraordinário, maravilhoso, pasmo-
so, portentoso, prodigioso, raro — oxcellen-
te, singular — eximio, perfeito — subli-
me.
DIVISA ou Devisa, signal — insignia —
embloma, empresa — limite, marco, raia
máxima sentença.
DIVISÃO, discórdia, perturbação — desu-
nião — repartição — partilha — desmem-
bramento, separaç?;o — destacamento.
DIVISAR ou Devisar, abalizar, demarcar
— avistar, bispar, ( lescorlinar, enxergar, lo-
brigar — aprazar.
t35
DO
m
Diviso, dividido, separfldo — discorde.
Tjivo, divinal, (Uvino — deifico, endeusa-
do — [pi.) deuses, numes.
DIVORCIO, separação — abandono, renun-
cia — desunião, rotura — repudio.
' DIVULGAR, espalhar, publicar, vulgarisar
— assoalhar, descobrir, manifestar.
DIXES, bonitos, brincos, jóias.
DIZER, annuuciar, exprimir, manifestar
s— orar, rezar — celebrar — assegurar,
persuadir — contar^ narrar, «referir — man-
dar, ordenar — concordar, convir, frisar
— exphcar, significar — aproveitar — al-
legar — motejar.
"DIZERES, ttetracções, mexericos, murmu-
rações — apodos.
doação; * adoação, deixa, doa, legado
— benesse — dom, liberalidade, presen-
te.
DOADOR, dador,
"^ DOAiRO, rosto, semblante, vulto ;
DOAR, dar, entregar — conceder, outor-
gar.
DOBRA, prega, ruga, vinco — dobrez —
dobrão.
DOBRADIÇO, flexível — brando, dócil.
' DOBRADO, torcido, torto , voltado — do-
bre — fornido — duplicado, duplo — am-
bíguo, duvidoso, equivoco.
>lboBRADURA, franzido, pregas — flexura
— dobrez.
' DOBRAR, curvar, vergar, voltar — com-
mover, demover, mover — passar — repicar
— ' amansar, domar — mudar — fortalecer,
reforçar, accrescentar, augmentar — voltar
— duplicar, multiplicar, repeíir-se.
DOBRE, dobrado — dissimulado, não sin-
cero — enganador — traidor, tredo, ambí-
guo, equivoco.
DOBREZ ou Dohreza, dobradura — dissi-
mulação, dissimulo, fingimento, refolho, si-
mulhação — do!o, trapaça {adj.) dobre,
DOBRO, dobrado, dublo, duplo
DÔCR, açucarado, melliíluo — agradável,
ameno, aprazível, grato, suave — deleitoso,
jucundo — delicioso — brando.
DOCEL, espaldar — pallio — pavilhão.
- DÓCIL, brando , doce, tractaveí — obe-
diente, Submisso — flexível.
• DOCILIDADE, brandura, doçura — obe-
diência, submissão — facilidade, flexibili-
dade.
DOCUMENTO, maxíma, preceito, principio
y doctrina, instrucção — monumento —
instrumento, prova, testimunho — indício,
notícia.
DOÇURA , dulcidào , dulçor — gosto —
suavidade — deleite, delícias — mansidão
— benignidade, bondade — aífabilidade —
ipl.) dons, mimos, prés Sntes.
.jDOEKÇA, achaque, enfe risidade, mal, mol-
BOM ^ .
lestia, raoíbo — indisposição — aíIlicçãO/
soffrimento. '
DOEivTE, achacado, doentio, egro, enfer-
mo, mal são, molesto, morboso, valetudiná-
rio — indisposto.
DOENTIO, achacado, achacoso, cacheticO,_
enfermo, mal são, morboso
DOER-SE, lastimar-se, queíxar-se — com-
padecer-se, condoer-se.
DOESTO, deshonra, injuria.
DOGMA, mysterio — maxíma, preceito — '
opinião.
DOGo, alão, mastim, mollosso.
DOLO, dobrez, engano, fraude, logro, tra-«
paca, velhacada.
DOLOR, dôr.
doiorído, dorido.
DOLOROSO, dorido, doroso — molesto, pe-«
noso — acerbo, áspero — tormentoso — affli-
cto — lamentável, lastimoso — lacrymoso —
miserável, mísero.
DOLOSO, enganador, enganoso, fraudulen-
to, insidioso, mentiroso.
DOM, dadiva, donativo, mimo, presente
— doação — graça, mercê — dote, prenda
— talento — liberalidade — facilidade — ti-
tula.
DOMADOR, amansador — subjugador — de-
bellador, vencedor — conquisladorv
DOMAR, açaimar, aminsar — enfreiar, re-
frear— debeilar, subjugar, submetter, su-
perar, vence, sopear, sujeitar.
DOMAVEL, amansave], domestícavel — sub-
jugavél, sujeítavel.
DOMESTICAR, amansar, domar — costumar,
familíarisar — abrandar, civilisar.
DOMESTICO, caseiro, familiar — manso—'
civil. ^*> « '-^^
DOMICILIADO, estabelecido, habitador, mo-
rador, residente.
DOMicíLiÂR-SE, assistir, morar, residir —
estabelecer-se.
DODiciLio, casa, e:>tancia, habitação, mo-
rada — alvergue, pousada — hospício — re-
ceptáculo'— assento, residência.
DOMINAÇÃO, astctoridado, domínio, man lo,
poder — império, senhorio — soberania, su-
perioridade.
DOMINANTE, domínatívo, imperante, rei,
soberano — senhor — superior — [adj.) in-»
fluente, predominante.
DOMINAR, imperar, reger — mandar —
dirigir, governar — commandar — senho-
rear — descobrir, descortinar — refrear —
influenciar — prevalecer. '^ "^ y«-i»i.
DOMINGUEIRO, asseiado, limpo —melhor.
DOMÍNIO, estado, império, reino — senho-
rio — mando, poder— ^ autoridade — influen-
cia.
DOMiNioso, »lli?o, arrogante, imperioso»
suborbo.
vv2
DOU
DUT
939
DonAi ES, anquinbas — aírosldado, garbo
graça — discripção — chaoçn.
DONAiRoso ou Donoso, agradav3l — airo-
so, garboso.
DONATIVO, dadiva, dom— oblaçSo, offer-
ta, oíTrenda.
DONATO, leigo.
DONO, senbor — possuidor.
* DoNzEL, moço, rapaz — (afl[;) brando,
dócil.
DONZELLA, poncolla, virgem.
DÔR, aíll cção, angustia, desgosto, des
prazer, dulor, mal, pena, pezar, senlimen-
to, tiisteza.
DORIDO, sensível, sentido — dolorido, do-
loroso .
-.^POFMENTE, adormecido, adormido — en-
torpecido.
DORMINHOCO, dormidof, dormilào, somno-
fento.
^ DORMIR, manar — dormi'ar — descançar,
lepousflr — [s ) somno.
DORMITAR, aiurmecer, toscanejar — cabe-
cear.
jDORMiTivo, soranifero.
, DORSO, costado. coslAS, lombo.
d.^aR, dosr, prendar — ornar.
DOTES, exce!lt'nci8s, partes, p-^endas. pre-
rogativss, qualidades, vantagens — bens.
DOLDiCE, demência, loucura — di-parate,
extravagância — imprudência, temeridade.
DOUDO, <itímente, louco, meniecapto, ton-
to — imprudente — embellezado, incautado
— alegre, briucào, folgasão.
DOURADO, áureo, aurífero, auriílão, auri-
gero.
DOURAR, honrar— ornar — aditar — real-
çar — encobrir, paliisr.
,. DOUTO ou Dueto, sabedor, sabio", S'»pien
te, sciente — erudito — babil, instruído,
perito.
DOUTOR ou Doctor, mestre, professor.
, DOUTRINA ou Doctrina. sabedoria, saber
— erudição, scieucii — disciplina, ensino,
instrucção — letras — artes.
dragXo. drago, serpe, serpente — solda-
do — boíida — {ci(^j') feio, horrendo — in«
supportavel — máu — turbulento.
DUBio, ambiguo, duvidoso, incerto, vario,
perplexo, suspenso, vacillanto.
DUELLO, desafio, * dueo — combato, liça,
•requesta — pundonor.
DUENDE, espectro, larva — demónio — es-
pirito — t''asgo.
DULCiFiCAR, adoçar, edulcerar.
DULCisoNo, doce.
DULÇOR, doçura — melindre, mimo.
DUPLICAÇÃO, repptiçôo.
DUPLICAR, dobrar, redobrar — reiterar,
repetir.
DUPLO, dobro — dobrador.
DUHAçÃo, dura, espaço, hitervallo, tem-
po — decurso — continuação, permanência,-
perseverança.
DURADOURO, durável — estável, permanen-
te— aiurador, tirme, solido.
DURAR, conlinuar, p«'rsistir — existir, sub-
sistir, viver — aturar, permanecer, perseve-
rar — resistir, soíTrer — dilatar-se, eslen-
der-se. .•■.',.,
DURÁVEL, duradouro — duro — estável,
tirme, solido.
DUREZA, firmfsa, solidez — asperesa, aus-
teridade, rogidez — crueza, deshuraanidade
— constância, inflexibilidade.
DUKo, foíte, rijo, solido — firme, inílexi-
vel — teimosj. lesto — ferrenho — repu-
gnante, resistente, difficil — cruel, deshu-'
mano — áspero, molt sto, pesado.
DUVIDA, ambiguidade, incerteza — indeli-
beração, indeterminarão — hesitação, sus-
ppinsão — irresolução, perplexidade. vacilia«
cão — objecção — altercação, contenda, con-
trovérsia, debate, dispuia — discórdia, dis-
sensão. -
DUVIDAR, hesitar, vaclllar — receiar, sus-
peitar, temer — escusar, recusar.
DUVIDOSO, ambiguo, equivoco — dúbio,
incerto — suspt^ilo — perigo — indeciso, ir-
resoluto, vacillante — casual, precário.
235
040
EDU
ELG
E
I9RIBDADB, bebedice, borracheira, em-
briaguez.
ÉBRIO onEbrioiOt bêbado, borracho, em'
briagado, temulento,
EBÚRNEO, marfiloso — alvo, branco, can^
dido ^ liso.
EÇA, cenotaphio, mausoleo, sarcophago,
tumulo — sepulcro.
ECCLEsusTico, clerlgo, padre, sacerdote
— ■ {(idj.) cânon, canónico.
ECHO ou Ecco, resono, reiumbo, som. tom.
ECLIPSAR, escurecer, obscurecer, oííuscar
— cobrir, esconder, occultar.
ECLipsAR-SR, desapparecer, esconder-se
— ausentar-se,
ÉCLOGA ou Egloga, idyllio,
ECOSOMIA, económica direcçSo, governo,
regimen — parcimonia, poupamento.
ECONÓMICO, governado, poupado — mo-
derado.
ECONOMisADOR, ecouomico, poupado, par-
co.
ECONOMisAR, poupar — reservar— admi-
nistrar, governar (bem).
ECÓNOMO, administrador, mordomo — des-
penseiro.
ECÚLEO ou Equleo, cavallete, polé, potro.
EDACiDADE , sofrcguidão , voracidado —
glotonia.
EDAx, comedor, comilão, gargantão, vo-
raz — gastador.
EDIFICAR, construir, fabricar, lavrar, le-
Tanlar, plantar — estabelecer, fundar.
EDiFiCATivo, edificante, exemplar, regu-
lar.
EDIFÍCIO, casa, palácio, templo — fabrica
— domicilio, habitação, morada — compo-
sição.
EDITAL OU Edictal, cartaz — mandato,
ordem, ordenação.
EDITO ou Edicto, decreto, ordem, prag-
mática.
EDUCAÇÃO, creação, disciplina, ensio-
iosirucção.
BDucARt orear, doctrinar, ensinar, instit
tuir.
EFEBO ou Ephebo, adolescente, mancebo,^
moço, rnpaz.
EFFECTivo, certo, real, verdadeiro — efli»
caz, positivo — existente — convincente -*
perseverante.
EFFEciuoso, efficaz — effectivo.
EPFEiTO , cumprimento , realisaçJio — i
execução — fim — consequência, resulta -*
[pi.) roupa, trastes.
EFFEiTUAR, cufflprir, eucher, executar.
EFFEMiNAçÃo, braudura, delicadeza, indo»
lencia, molleza.
EFFEMiNADo, adamado — mulherengo — •
deUcado — moUe — voluptuoso — cobarde^
fraco, maricas.
EFFEMiNAR, amoUeccr, enervar, enfraque*
cer — acobardar.
EFFERADO, cmbravecido, enfurecido.
EFFiCACiA, actividade, energia — força,^
poder, propriedade, virtude.
EFFICAZ, aflTicaz, certo, infallivel — sau*
davel.
EFFiGiE, figura, imagem, retrato — esta*
tua — representação.
EFFUGio, desvio, escapula, excusa, sub»»
terfugio.
EFFusÃo , derramamento, espargimento-
— confiança.
ÉGIDE, escudo, rodela.
EGRÉGIO, admirável, excellente, eximiOn
insigne, perfeito — ncbre.
EGRO, achacado, doente, enfermo.
EIRADO, galeria, terrado, varanda.
EITO, ordem, serie.
EIVA, falha, fenda, racha — balJa, defei*»
to, falta, pecha — podre, podridão.
EIVADO, falhado, falho, rachado — bicho«
so. podre, defeituoso.
* Eixmo, cerrado, hort?, quintal — bal<
dio.
EIXO, aie.
ELCHE, arrenegado
apc5tala,
EMB
BLRRANCiÀ, delicadeza, escolha, policia
— aceio, limpeza — polidei — belleza, for-
mesura — graça.
iLiGAWTE, discreto, polido — melindroso
— airoso, bizarro, guapo — bello, galante,
lindo.
f LiGER, adoptar, escolher, preferir.
iLirçlo, delecto, escolha — designação,
elosimento, nomeaç&o — sanctiíicação, vo-
OAçao. '
BLiiTo ou EUctOt escolhido.
ILEMKMTO, massa, matéria — fundamen-
tO| principio — ípl.) rudimentos.
BLBNCo, cathalogo, índex, taboada.
iLtvAçÃo, altura — celsitude , grandeza
•— exaltação, sublimidade — magnanimida-
de— cima, cume, pico —■ cômoro, eminên-
cia — orgulho, tumidez.
ELiVADO, alteroso, alto — erguido, excel-
lente, nobre, sublime •— altivo, orgulhoso.
ELEVAR, alçar, erguer, levantar, subir
•— exaltar, sublimar — enlevar.
iLMO, * almafre, cspacete, casco, cimei-
ra, morriào.
ELOCUÇÃO, dicçào, enunciação, estylo, ex-
pressão, fraze.
BLOGiADOR, gabadoF, louvador — lison-
geiro — panegyrista.
ELOGIAR, gabar, louvar — celebrar, exal-
tar, panegyricar, preconisar — exaggerar.
BLOGio , panegírico — encómio , gabo ,
louvor — approvaçào — recommendação.
ELOQURRCiA, facundia — rhetorica.
BLOQUBUTE, discrolo, elegante, facundo —
enérgico, nobre, palhetico, persuasivo.
ELUCIDAÇÃO, clareza, esclarecimento, ex-
plicação, exposição,
ELUCIDAR, explanar, explicar.
eva» abestruz, grou.
EMANAÇÃO, nascimento, origem, principio
•^dependência.
emanar, nascer, originar-se, proceder,
sair, vir.
EMBARAÇAR, enganar, entreter, illudir.
EMBAÇAR, descorar, empallidecer — (n.)
assombrar-se.
Embaciar, deslustrar, desluzir. empanar
embaídor, embusteiro, enganador, trapa-
ceiro.
embaís, enganar, illudir, lograr — embe-
lecar.
embalar, acalentar, adormecer — diver-
tir, empalhar, entreter, esperançar.
embaraçar, enleiar — atalhar, estorvar,
impedir, tolher — emmaranhar — atravan-
car, empachar — incommodar.
embaraço, enleio, perturbação — diíTicul-
dade, estorvo, impedimento, obstáculo —
empacho.
EMBARAÇOSO, dilTicil, cspinhoso — impi-
doso — importuno, incommodo.
EMB
9U
embaralhar, confundir, mesclar, mistu-
rar— baralhar, pertubar.
embarbascar, atontar, entonlocor — Iro»
pecar.
EMBARCAÇÃO , embarcamento, embarque
— náu, navio, vasilha, vaso — galeão, ga-
lera — barco, esquife — lenho, pinho, vé-»
la.
BMBARCAR-sB, melter-so (em barco, etc.)
— entremetter-se , ingerir-se — começar ,
emprehender.
EMBARGAR, pcnhoraf, sequestrar — ata-
lhar, obstar — tolher — reprimir — empatar.
IMBARGO, empacho, estorvo — impedi-
mento, suspensão — duvida, opposiçào,
EMBARQUE, cmbarcamento.
BMBARRANCAR, embaraçar — atascar, ato-
lar,
EMBARRARCAR-SE , atalhar, enleiar-se —
despenhar-se.
EMBARRAR, arglllar — luctar — (n.) embi»
car, topar, tropeçar — (r.) galgar, trepar.
EMBASBACAR, cmbeilezar-se, enlevar-se — -
duvidar, hesitar.
EMBATE, chofre, choque, encontrão, en-
contro, pancada, topada, tope, topetada,
toque — marrada.
EMBAUCAR, embelecar, enganar — hallu-
cinar.
EMBAXAOA OU Embaixada, deputação, le-
gação — commissão, encargo, messagem — ^
noticia, nova — aviso, recado.
EMBAXfADOR OU Embaíxodor, agente, de-
putado, enviado, ministro, núncio — mes-
sageiro.
EMBEBECER, embriagar — enlevar — (r.)
embasbacar-se.
EMBEBEDAR, omborrachar, embriagar, ine-
briar.
EMBEBEDAR-SE, chupistar.
EMBEBER, banhar, ensopar, molhar — be-
ber, sorver — encaixar, metter — absorver,
gastar — encobrir,
EMBEBIDO, ensopado — encaixado, intro-
duzido, mettido — absorto, enlevado — ce-
vado.
EMBBLÍ.CAD0R, enganador.
EMBELECAR, cmbair — embcllecer, embel-
lezir.
EMBELEco, embaímento — illusão — estu-
pefacção, pasmo — embuste, engano, im-
postura.
EMBELLEZAR, aformosear, alindar, embol-
lecer — adornar, enfeitar, ornar — altraír,
enlevar, inijanlar.
EMBESPINHAR-SE, 8ssanhar-se, enf&dar-se,
irar se, irritar-se.
EMBEZERRADO, carrflncudo, carregado —
amii.ido.
EMBICAR i topar, tropeçar ~ n^tar - cen-
surar.
?36
942
EMB
EMP
EMBiCAR-si, dirigir^se, encaminhar se, en-
dereçar se. -
EMBíRRAR, o^stinar-se, profiar, teimar.
Ks^BUEMA, divisa, empresa — gerogllBco
— allegoria, figura, iioagem, representação,
signal, syrobolo, lypo.
i-mbocadura cu Emboccadura, barra, bo-
ca, Ênirada, í'oz.
EMBOCAR ou Emboccar, enfiar, entrar.
£mb:lSar, arrecadar — pagar, reembol-
sar,
IMBOLSO, ppganaento, recrob.lso.
EMBORAS, congratulações, felicitações, pa-
ralDcns.
íMBOiíRACHAii, embebedar, embriagar,
inebriar.
EMBOSCADA, cilad.i, espera — espreita —
artificio, ecigano —- bosque, floresta,
EMBOTAR, botsr, desaUar, rebotar — amol-
lectír, enervar, enfraquecer.
EMURANDircER, abruudar, adoçar, amol-
lecer — enternecer.
EMltRAx^QUECEa, branquear, cfil.^r — cm-
rar, levar — (n ) alvejar — encanecer, en-
velhecer.
EMBRAVECRR-SE, eíTtifíir SB. embospinhar-
se, embravear-se, enfurecer-se — encrue-
cer-se — er.capeliar-se.
>iMBRAV2ciMENT0 , braveza , bravosidade ,
crueldade, ferociJade, fúria.
EMBRENHAR- SE , cmboscar se , enselvar-
se.
EMBRIAGAR, ecibebodar, emborríchar, ine
bri/»r.
EMBRIAGUEZ, bebedice, cabelleira, ebrie-
dsde.
EMBRIÃO, aborto, feto — anão, pitorro.
pygtneu.
EMBBíDAR SE, 60 subcrbeccr SB, entonar-
se — desaforar se.
EMEKULiiAriA, confusão, garabulha, sal-
sada— enredo, intriga.
íMnRLLUADOR, iotTigaute, involvedor, re-
■yclyedítr — perturbador, turbíilento.
ÉMBRCLBAMENTO, CíIgulllO, UaUSa.
EMBKULHAK, eucerrar, iuvolver — entrou-
xar— confundir, embaraçar, perturbar —
engvilhfír, nausear — arrojar, desgostar.
EMBRULUAR-SK, encapolar-so — auuviar-
se, escur^cer-se, toldar-se.
EMBKLLno, invoitorio — pacote, Irouxi-
nha.
EMBRUSCAR-SE, anuviar-se, escurecer-se,
toldir se — carregar so — encolerisar-se, eti-
fttdar-se — entristecer- se.
£MB»i!XAR, encfirouchar, enfeitiç*ir.
KMBLç\i)o, riisfarçaçlo, dissimulado — «a-
coberlo. incógnito. oceuUo — rebuçado.
EMBLÇAR-sK, cobrírsô — diàfarçar-stí, dis-
simular se.
tiiuucuiii, fartar, saciar.
aaBuço, bioco, rebuço — disfarce, dissi»
mulaçSo, dissimulo,
EUBUDE, funil.
_ EMULSTE, dolo, Gogano, falsidade, men»
tira — trapaça, velhacaria.
EMBUSTEIRO, fallaz, impostor, nientircsí)
— velhaco — tratante, truão, tunante.
FKBUTiR, atochar, incrustar, marchetar,
EMENi>A, corref-ção, lima, polimento —
reforma — escarmento — satisfeção — mul-
eta.
EMENDADOR, corrcctor.
EMENUA», corrigir, polir, retocar — cas-
tigar, punir — vingar — remediar — itfor-
mar — resarcir, sanear — indemnisar — re-
compensar. .,.,
EMÉRITO, aposentado — reformado — in-
valido — jubilado.
EMiNEKciA, alLura — altiveza, elevação,
sublimidade.
emínejste, alto, elevado, subido — gran-
de — superior — exccllente, iiiustre.
EMISSÁRIO, espia, espião — guarda, olhei-
ro, vigia.
EMMAGuECER, emmagrentar.
EMMARA.-^HAR, embdfaçar, enredar, intrin-
car, travar. \^
EMAi UQUECER, ensurdecor.
iMOLLui, Abrandar, amollentrr, embrãn-
decer, nnilliíicar — «frouiar, relaxsr.
emollmãnto, benesse, ganho, lucro, pre-
calço, prol, proveito
líMPACUAR, atravancar — embaraçar, pe-
jar — atalhar, estorvar, impedir — sobre-
carregar.
EMPACHO, embaraço, obstáculo — pf^jo.
emi>antaNado, atascado, atola-lo — («<{/)'
iílagsdiço, apaulado, brejoso, lodoso, pau-
ta iiuso j _
E5ÍPANTANAH-SE , acafvar so, atascar-se,,
atobr-se — íniaularse, ^'ucbarc^r-se. ,,
ímpastufak-se, ensuberbecèr se, inflár-
se.
EMPANTURRAR-SE, atulhar se, ÍArtar-se —
repimpar-se — dosvanecer-se, entonar-se,
intumocer so.
EMPARAR, banhar, embeber, ensopar, im-
pregnar, molhar. ^^
EMPAREi)AR-SE , oncerrar-so , entaipar se
— clausurar-se, encelíar-se, reclusar-se. ;
EMPARELHAR, "^ igar, iguaUr — irmanar —
jungir.
EMPATAR, embargar — embaraçar, sus-
pender — atalhar-se oppôrse.
EMPATE, embargo — indecisão, irresolu-
çào — op posição.
EMPEÇAR, embicar, topar, tropeçar.
fMPííCER, alíjlhar, estorvar — damnificar,
prejudicar.
KMpeciLHO,^ emp-^ço, estorvilho, estorvo,
óbice, obiiacúlo, òi-posiçâa.
EMp
E.^C
943
Empeço, empecilho, estorno — * come-
ço. ' •
EMPEçoiNHKMAn, envcncnir.
EMpEDKRNiii-sK, empoderneccr-se, empe •
drar-se, pelrificar-se — endurecer-se.
EMPEDRADOR, calceleifo -^ petrificador.
EMPEDRAR-SE, empedemecer-se, petrifi-
car-so.
' EMPENHADO, cndividado — hypothecado
— interessado.
EMPENHAR- SB, penhorap-sB — endividar-
se — trabalhar por...
EMPENHO, penhor — divida — atlenção,
cuidado, desvelo, zelo — protector, valedor
^— recommendação-
EMpFRRADO, aferrsdo, obstinado, teimoso.
EMpERRAK-SE, obstinap-se, teimar.
EMPESTADO, pcsiifcro, pestiltínte.
EMPESTAR , apeçonhenlar , inficionar --
corromper.
EMPINADO, alto, erguido, l3vantado — al-
tivo, soberbo — escarpado, Íngreme — exal-
tado — encumeado.
EMPINAR, encumear — alçar, erguer, le-
vantar.
empíreo ou Empyreo, bemaventurança,
céu. paraiso.
empobrecer-se, arruinar-se, exhaurir-se.
Empobrecimento^ indigência, miséria, ne-
cessidade, penúria, pobreza.
empola, bolha, fula — pomar, quinta, —
* amhula.
■•' empolado, inchado, túmido— alto — cres-
cido — gordo — medra-lo — túrgido.
empolar, ensurberbecer, entonar, inchar
— (n.) enriqu«ícer.
empolgar, apolgar, empunhar — agarrar,
aferrar.
^ empobio, cidade — porto — capital.
empregar, occupar — apoderar, servir-se,
usar — consumir, despender, gastar — ap-
plicar.
emprego, cargo, posto — cíficio — occu.
pação — ■ ccmmissão, negocio — compra,
gaslo.
empreitada, tarefa.
EMPRENDER OU Emprehender, começar, in-
terprender, tentar — cercar, sitiar — ex-
pôr-se.
emprenhada, gravida, pejada, prenhada,
preuha.
•EMPRENHAR, concebcr, prenhar.
EMPRENHiDÃ'^. gravidcz, prenhez.
EMPRESA ou Emprcza, desígnio, projecto,
resolução — divisa, emblema --- ensaio, ten-
tativa.
•'eMPrestar, prestar — attribuir.
EMPROADO, altivo, arrogante, ufano — an-
corado.
EMPROAR, aproar, proejar — ancorar, fun-
dear — varar.
EMPULHAR, aíTrontar, ÍDJariar — zombar
do...
iMPLRHAR, apunhar, punhar — pegar, to-
mar.
EMPURRAçÃo ou Empurva, sé^ía — impef*
linencia — canceira, trabalhadeira (a ou-
trem).
BMPunRAH, empuchar, impellir.
EMPUX4R, empurrar, impellir — rechaçar,
repellir.
EMULAÇÃO, estimulo — rivalidade — com«
petencia, concorrência — ciúme, inveja —
imitação.
EMULAR, competir, rivalisar.
EMULO, rival — competidor, concurren-
te — adversário, antagonista — cioso, in-
vejoso.
EKCADEAÇÃo OU Encãdeiação, nexo, or-
dem, serie — connexão, encadeamento.
ENCADEAR ou Eiicadeiãr, agrilhoar — li-
gar, prender — ajunctar, unir.
ENCAIXAR, encaixotar — inculcar , per-
suadir — cair — embutir, engastar.
ENCAIXE ou Encaixo, embutido, engaste
— nexo, travação, união.
* ENCALÇAR, pcrseguir, seguir — alcançar.
* ENCALÇO, seguimento — pegada, pista,
sigoal, vestígio.
eí^calhar, varar — coalhar.
encaminhalor, conductor, director, guia.
ENCAMINHAMENTO, consclho, dirocçào —
estabelecimento.
ENCAMINHAR, guiar — dirigir, endereçar
— inspirar — ensinar — persuadir.
ENCANECER, embrauqurcer — alvejar.
ENCANECico, cano, grisalho — debilita-
do, enfraquecido — alvo, branco.
ENCANTADO OU Incantado, encerrado — '
recatado — maravilhado, namorado.
encat^tador ou Incantadcr , feiticeiro,
magico, mago, veneíico — (ad;.) agradável,
amável, delicioso.
ENCANTAR ou Jucantar, enfeitiçar — ar-
rebatar, enlevar, extasiar — surprender —
deleitar — esconder.
ENCANTO ou Iiicanto, feitiço — incanta-
mento, magia — prestigio — adraitação,
assombro, enleio, pasmo, suspehsão — ma-
ravilha, portento, prodígio. '^
enCantoar-se, acantoar- se — retlrar-sô
encapoeíRar-se, encantoarse.
enCarado, considerado, olhado, visto.
encaramelar-se, congelar-se — encodea^-
se, ^'*
encarapinhado, crespo, encrespado, fri-
sado, lanoso.
encarar, arrostar — considerar, mirar.
FNCARCERAR, prender — aferrolhar —
engaiolar.
ENCARECER» cngrandtícer, exagerar, hy-
perbolisar — encarentar.
m ^
9'i4
ENC
EKC
ENCARECIMENTO, amplificaçSo, augmento,
engrandecimento, escarceo, exaggeração, hy-
perbole — carestia.
, ENCARENTAR, Biicarecor.
ENCA.jtETAR-sE , caralular-SG , encaraçar-
se, mascarar-se.
ENCARGO, cargo, dever, obrigação, ptn
Sáo — commissão, encarrego, incuDabencia
— <5esconlo, gravame.
ieNCAKNA, encaixe, engaste — chanfro.
ENCARNAÇÃO, carnação.
eisca«nado, rubro, vermelho — corado,
rubicundo — entranhado — encarniçado.
ENCARKiçADO, assanhado, enfurecido, ir
rilado — cevado — pertinaz.
ENCARRIÇAM2NT0, flferro, obslínação, per-
tinácia — perseguição — furor, irritação, sa-
nha — animosidade , paixão — crueldade ,
ferocidade.
ENCARNIÇAR, açular, incitar — encoleri-
sar, enfurecer, irritar — perseguir — afer-
vorar.
ENCARNIÇAR- SE , assanhar-sG — cevar-se
— ' golpear-se , lacerar-se — afervorar-se,
8Íincar-se — obstinar-se, porfiar, teimar —
perseguir — vexar.
EKCAROuCHAR, embruxar, enfeitiçar — en-
garchar.
ENCARQUILHAR, arrugar^ enrugar, rugar.
ENCARREGADO, agente — (ad;'.) encommen-
dado, recommendado.
ENCARREGAR, encommendar, incumbir —
gravar.
ENCARREGO, cargo, encargo, obrigação.
. EscARTAçÃo, encartamento, encarte — de-
gredo, desterro, proscripção.
. ENCARTAR, banir, proscrever.
^ ENCARVOAR ou Encarvoiçar^ enfarruscar,
tisnar — ennegrecer.
ENCASAR, encaixar — introduzir — habi-
tuar.
encasquetar, encabeçar, persuadir.
ENCASTELLAR-sE, forlalezar-sG, fortificar-
se.
ENCASTOAR, engastar — encasquilhar —
embutir, encaixar.
^ ENCATAKROAR-SE , cndeíluiar- Sô — cons-
tipar-se.
ENCENDiMENTO, iac6ndio — ardor, inflam-
mação.
ENCENDRAR, apurar, purificar.
. ENCERRADLRA, Encerramento ou Encerro^
clausula — retiro — conculsão, fim.
ENCERRAR, clausurar, encellar — cercar,
fechar — comprehender, incluir — concluir,
rematar, terminar.
ENCETAR , começar, principiar — calar
— propor.
ENCHARCAR, alagar, inundar.
v.NciiAHCAa-SE, cnsopar-SG, líiolhar^se -—
enbmearse.
ENCHENTE, cheia, esto, levada, torrente
— alluvião, innundação.
ENCHER, abarrotar, attestar, '^emprir, re-
cheiar — occupar — cumprir, satisfazer '-^,
agradar.
ENCHIMENTO, repleção — oppilação — em-*
pachamenlo — plenitude — copia — pasta.
* ENCIMAR, alçar, elevar — acabar, con-»
cluir, terminar.
ENCLAUSTRAR, clausurar — encorrar, fe-
char, ferroihar.
ENCOBERTA, abrigo, valhacouto — escon-
dedouro, escondrijo — escaninho.
ENCOBERTO, occulto, sccreto — desconhe-
cido, incógnito — furtado.
ENCOBRIDOR, escoudedor, occultador.
ENCOBRIR ou Ejicubrir, esconder, occul-
tar — disfarçar, dissimular — calar, guar-
dar — acolher — favorecer.
ENCo^ERisAMENTO , agastameuto, cólera,
enfado.
ENC0LERI5AR-SE, agastar-se, enfadar-se,
indignar-se, irar-se, irritar-se.
ENCOLHER, contrahír, encurtar, estreitar
— acanhar — attraclar.
ENCOLHER-SE , contrahir-se, estreitar-se,
retrahir-se — acanhar-se.
ENCOLHIDO, contracto — retrahido — timi*
do, vergonhoso.
iNcoLHiMENTO, contracçSo — ftcanhamen*
to, timidez — pejo, vergonha.
ENCOMENDA o\i Encommenda, commissio,
incumbência.
ENCOMiAR, elogiar, gabar, louvar.
ENCÓMIO, elogio, gabo, louvor, panegy*
rico.
ENCONTRADO, junto, unidô — contrario ,
opposto — impugnado, resistido — atacado
— incompatível.
ENCONTRÃO, choque, embate, pancada—
empurrão.
ENCONTRAR, fichar, dar com. . . topar,
chocar, encontroar — achegar, unir — dea*
ajudar, desfavorecer — offender — oppôr-
se.
EííCONTRO, achado, descoberta — estorvo,
obstáculo, opposiçâo — contrariedade— cho*
que, embate, conflicto, recontro — àct*
so.
ENCopAR, enfunar, inchar,^
ENcoBDio, bubão, gallico, ingua, mula.
ENCORDOAR, cordar, cordoar — (n.) des-
confiar.
' ENCORNELHADO, aviltado — dcshonrado,
escornado — rejeitado-
ENCORPADO, corpulento — expesso, forni-
do, grosso.
íNCOHPADURA OU EncorpomcntOt corpo,'
corpulência — espessura, grossura.
ENCORPAR, crescer — engrossar. ^ ,
íNGORPORAR, anncxor, unir — admillir,
ENIV
EJIP
945
associar — mesclar, misturar — colleccio-
nar.
ENCORREAR-sE, — encarquilhaf-se, enco-
Iher-se, enrugar-se.
ENCOSTO, costeiro, ladeira, subida.
ENCOSTAR, acostar, animar — apoiar.
ENCOSTA, arrimo, encostaraento — recli-
natorio — columna — protecção.
ENCOuciiADO, acanhado, encolhido.
ENCoucnAR, curvar — acocorar — aba-
ter, comprimir, deprimir.
ENCOVAR, enterrar — esconder, occultar.
ENGOVAR-SE, bsconder-se, occultar-se —
rctirar-se — encantoar-se.
ENCRAVADO, piegado — logrado — cul-
pado.
• ENCRAVAR, cravar, pregar — enganar,
lograr — accusar, culpar.
ENCRESPAR, anueUr, frisar, riçar — en-
rugar.
F.MCRUAR, exasperar, indignar, irritar.
ENCRUAR-SE, engorlar-SB — encarniçar-
se — encruLcer-se — exasperar-se.
• ENCRUECER-sE, encruar-sB — embravecer-
Se — enfurecer-se.
. eíccruzar, atravessar.
ENCRUZILHADO, cruzado, encruzade — (pi.)
bravos, encapellados (mares).
ENCUBADO, tscondido, occulto.
INCUBAR, cubar — esconder.
encukralar, acurralar — encantoar —
encerrar, rodear.
encurtamento, abreviação, contracção,
diminuição, encolhimento.
- ENCURTAR, abreviar, acurlar, diminuir, es-
treitar — cortar, decepar — atalhar.
encurvadura , arqueadura , curvatura ,
curvidade,
ENCURVAR, acurAar, arquear, dobrar, en-
vergar, inclinar — emborcar — abater, hu-
milhar.
ENDECQA ou Enãexã, nenia.
ENDEMONINHADO, dcmoninhado, endiabra-
do, obsesso, possesso — energúmeno, espi-
ritado — furioso — extravagante, louco —
maligno.
endeusamento ou Endeusamento , apo-
Iheosis, deílicaçào.
ENDEOSAR OU Endeusar» adeusar , deifi-
car, divioisar.
enrereçamknto, direcção endereço.
ENDEREÇAR, encamiuhar, endereçar, di-
rigir — endireitar.
ENDIABRADO, cndemoniiihado — diabóli-
co, infernal — desatinado, furioso — máu.
ENDINHEIRADO, peCUUioSO, ficO.
ENDiíEiTAR, clircitar — alinhar — cor-
rigir, emenlar — c-minhar, dirigir-se a...
ENíuviDAUo, empenhado.
KNDiiDAR, empenhar, penhotar — obri-
gar.
VOL. IV.
E:<;DoexçAS, dò'e5, padecimentos, paixões,
tormentos — indulgências.
enduramento, callo — dureza — obsti-
nação.
ENDURECER, endurar, endurentar — en-
rijar — callejar, curtir — obstinar — pren-
der — fortificar — insensibilisar.
ENDURECIMENTO, durcza, iuduração — obs-
tinação, teima — insensibilidade.
ENEO, brônzeo.
ENERGIA, caracterismo, hypotyposis, vi-
veza — emphasis, nervo — ellicacia, for-
ça, virtude — vshemencia — animo, vi-
gor.
ENÉRGICO, emphatico, expressivo, forte,
nervoso, significativo — animoso, vigoroso
— poderoso.
EN.^íRGUMENO, endcmouinhado, possesso.
ENERVAçÃo, ^dfcbiliJade, debilitação, en-
fraquecimento, fraqueza.
ENERVAR, abater, afracar, atlenuar, de-
bilitar, enfraquecer — effeminar.
ENFADADiço, agastadíço, rabogento, toma»
diço.
ENFADAMENTO, eufado — desgosto — mo-
léstia — fastio.
ENFADAR, aborrir, enojar, molestar —
desgostar — incommodar.
BNFADAR-sF, desgostar-sô — enfastlar-
se, agaslar-se, anojar-se — arrufar-se —
cançar.
ENFADO, agastamenlo, enfadamento — ar-
rufo — consumição, moléstia, pena — fa-
diga, trabalho.
ENFADONHO OU Enfaioso, trabalhoso —
cáustico, impertinente, importuno — moles-
to, pestdo — fâsticso.
ENFARDAR OU Enfardelar^ empaquetar,
enf&tilhar, entrouxar.
ENFARINHAUAMENTE, dissimukda, OCCulla-
mente.
ENFARO, asco, fâstio, tédio.
ENFARRUSCAR, afumar, encarvoar, ennô*
grecer, tisnar.
ENFASTíAR-sK, atediar-SB, desgostar-âe —
cançar-se,
ENFEITAR, adcreçar, afeitar, ataviar, con-
certar — adornar — ornar — embellezar.
ENFEITE, adereço, atavio, concerto, gala
— adorno — louçania — ornato.
ENFEITIÇAR, cmbruxar — arrebatar, ia-
cantar.
ENFERMAR, adoecer.
ENFERMIDADE, achaque, doença, moléstia,
indisposição.
ENFERMO, doente, doentio, valetudinário
— invalido — vacillante.
FNFESTA, alto, assomada, cimo, cume, cu-
miada.
iNFEiADO, definhado, peco.
ENFEZAR, eacoleris-jir, eafadar.
ia;
€46
ENti
zm
■ENFIADA, enca<Ieação, encadeamento, ne-
xo, serie — fieira, fileira, íio.
ENFIADO, descorado, desfallecido, pallido
— - dirigido — cravado, enfileirado.
enfiam«nto, cólera, paixão, sanha.
ENFIAR, continuar — entrar — dirigir
— enfileirar — [n.) empallidecer — assus-
tar-se — perturbar-^e — acommelter,
enflorecer, ílorecer, florir.
Enfraquecer, afracar, attenuar, debili-
tar, enervar, enfraquear — gastar.
ENFRAQUECIMENTO, debilidade, fraqueja.
EMFRASGAR-SE, melter-se — enredar-se,
implicar-se — entregar-se — cevar-se, en
carniçar-se.
Enfrear ou Enfreiar, bridar — mode-
rar, refrear — conter, suspender — do-
mar, reprimir.
ENFRiAR, arrefecer, esfriar, resfriar.
enfronhar-se, arrogar-se, impor-se —
,insinuar-se, introduzir-se.
ENFUNADO, cheio, iuchado, retesado —
soberbo, ufano,
Enfunar, atesar, encher, entesar, inchar.
enfunar-se, desvanecer-se, ensoberbecer-
se, inflamar-se — elevar-se, inchar-se.
enfurecer-se, assanhar-se, enfuriar-se,
irar-se, irritar-se — esquentar-se.
enfurecido ou: Enfuriado, colérico, furi-
bundo, furioso, irado.
E]sF[jscAR,oífuscar— denegrir, ennegrecer,
enGalfinoar-se, agarrar-se, travar-se.
ENGANADOR, caloteifo, trapaceiro, velha-
co [adj.) embaidor — seductor, subornador.
enganar, burlar, illudir — atraiçoar —
seduzir, subornar.
ENGANO, fallaoia, fraude — dolo, embus-
te, falsidade — burla, logro — embaimen-
to — esparrella, maranha, tramóia — illu-
são — artificio, astúcia dissimulo — cinca,
erro — equivocação.
ENGANOSO, capcioso, lllusorio — falso —
,doloso^ fallaz, fallacioso — fraudulento.
engarampar, Engarapar ou Engaram-
ponar, enganar, engodar, fraudar, lograr.
engaranhado, embaraçado, enleiado.
ENGARAYiTADO, arripiado, enganido, in-
teiriçado, tolhido.
ENGASGADO, engasgalhado , entalado —
afogado, sufí'ocado — enleiado, turbado.
ENGASGALHAR-SE, enleiar-se — entalar-se,
prender-se.
ENGASGAR, suíTocar — entalar — emba-
raçar.
ENGASGAR-SE, afogar-^B, suíTocar-se —
embaraçar se, entalar-se, preuder-se — en-
leiar-se, perturbar-se.
ENGASTE, embutido.
ESGEiTADO ou Erijeitado, abandonado,
rejeitado — refasado — exposto — [s.)
renotalho.
ENGEiTAiiEHTO ott Enj&itamento, repu*
dio — rebotalho, refugo — redhibiçâo.
ENGEiTAR OU Enjeitar, desacceitar, re-
cusar, refusar — expulsar, repellir — re**
gar — repudiar — [expor — regeitar —
reprovar.
ENGELHADO, onfugado, Tugoso — acanha»
do, eoícolhido, enleiado.
ENGELHAR-SK, arrugar-so, rugar-se — myr-»
rar-se.
ENGENDRAR, gerar, procrear — causar,
occasionar, produzir — excitar.
ENGENHAR OU; Ingenhav, imaginar, in-
ventar — machinar, traçar — fabricar —
adaptar.
ENGENHO ou Ingeuho, espirito, génio, ta»
lentt" — destreza, habilidade — agudeza,
subtileza — capacidade — machina — ar-
dil, astúcia.
ENGENHOSO OU Ingenhoso, artificioso^ so-
lerte — agudo, arguto, conceituoso — es-
tudado — inventivo.
ENGODAR, aliciar — embelecar — embaír,
lograr.
ENGODO, cevo, isca — attractivo, carea-
ção — chamariz, negaça — affago, cwi-
cia.
engolfar-sk ou Engolphar-se, emmarar-»
se, empegar se — eatranhar-se, entregar-
se.
engordar, cevar — engordurar, ence-
bar, untar — adubar, adubiar, estercar,
estrumar.
ENGRAÇADO, divcrtido, gracioso, jovial — •
lépido, loução — agradável, galante, gen-
til.
ENGRANDECER, accrcsceutar, alargar, am-»
pliar, amplificar, augmentar; dilatar, es-
tender — encarecer, ex?ggerar — elevar,
exaltar, sublimar — decantar.
ENGRANDECIMENTO, amphficação, augmen-
to — elevação — encarecimento, hyper-»
bole.
ENGRANZAR on EngroxaTt enfiar (contas)
— burlar, enganar.
ENGRAXAR OU EngraíxaT, graixar — sujar,
ENGRiLAR-sE, agastar-so, embespinhar-se,
enfadar-se, irar-se.
ENGR1M.ANÇ0 OU EnguiHmanço, artima-»
nha, engano.
ENGRINALDAR, griualdar — enflorar — *
enfeitar.
ENGROSSAR, accrosccntar, augmeiítar, en-
ENGASTADO, eucastoado — embebido, en-ígrandecer — encorpar, fornir — (n ) inchar
xerido, mettido.
ENGASTAR, encastoar, engastoar — embu-
tir, encaixar, enxerir.
— espessar — enr quecer.
ENGUIÇO, olhado — zanga — desastre,
infortúnio — aborto.
£K0
ENS
947
tNGULiR OU Engolir, engulipar — gra-
mar — devorar, tragar — acapellar, sor-
ver — absorver — dissimular, occullar —
desprezar, soíTrer.
. ENIGMA ou * Enima, advinhaçâo — pa-
rábola— allegoria, emblema, symbolo.
ENIGM4T1C0, abslraclo , abstruso, escu-
ro
ENJAizAR, ajaezar, arreiar.
iRJOADO, nauseado — aborrido, enfastia-
do.
ENJOAMENTO, enjôo, n.Tusea.
ENJOAR, nausear — aborrecer, causlicar.
ENJOO ou Eftjôo, enjoamenlo, náusea, vo-
mito — aborrimenlo, desprazer.
ENLAÇAR, prender, travar — enleiar, illa-
quear.
^ ENLACE, enlaçamento, ligadnra, nó —
TÍncuIo, uniào — enleio, perplexidade —
coalho.
ENLAMEAR, l»mear — enlodar.
Enleado ou Enleiado, embaraçado — en-
redado, intrincado — confuso, indeciso,
perplexo, suspenso — acanhado.
enlear ou Enkiart atar, enlaçar, ligar
— embaraçar, implicar — suspender —
confundir.
enleio ou Enlêo^ atilho, liame — trava-
ção — embaraço, enredo — confusão, la-
byrintho — diili>juMade, duvida — flu:)tua-
ção, indeterminação, perplexidade, vacilla-
ção
enlevação, extasis. rebatamento, trans-
porte — suspenção.
ENLEVAMENTo, enlcvação, extasis, Tapto,
roubo — suspensão.
ENLEVAR, arrebatar, extasiar, transportar
— suspender — admirar, incantar — le-
vantar.
KNLHEAMKNTO, confusão, cmbaraço, en-
leio.
ENLHEAH, alhear, alienar.
ENLODAR, Iodar — enlamear.
enloquecer, endoudecer — (n ) ensan-
decer.
ENLOURECER, amarellecer, lourecer — (n.)
amadurecer, seccar — flavescer.
' ENLUTAR ou Eíiluctar, aluctar — aílli-
gir, angustiar, penalizar — entristecer.
' ENLUTAR-SK OU Enluctar-se, ennuviar-
se, entenobrecer-se, escurecer, toldar-se.
ENMANQUECER, claudícar, coxoar, nctn-
qurjar.
ENNEGRECER, denegrir, tisnar — escure-
cer — dilfamar, infamar.
ENNEVOAR-SB, pscwrecer-se, obscurece r-se,
toldar-se — deslumbrar-se, hallucinar.
ENNOBRECER, nobiUtar, nobrecer — illos-
trar — decorar.
ENOJAR, agastar, (»nfadar — aborrir —
cííender — nausear.
BNOJAii'«E, agfistar-se, eofadar-se — des-
goslar-se.
ENOJO , cólera , enfadamento , enfado
— tédio, tristeza — aborrimento —
damno.
ENOJOSO, nojento, nojoso — aborrido —
molesto — odioso — tedioso.
ENORME, irregular — f e o — excessivo,
exorbitante — descompassado, desmarcado,
dosproporcionado — grandíssimo — prodi-
gioso— atroz, horrível — nefando.
ENORMIDADE, dcsproporção — fealdade —
atrocidade, horror.
ENOURiÇAR-SE, arripiar-se, encrespar-se,
ouriçar-se — ennjar-se, entesar-se — inleri-
çar-se.
ENRAIVECER, agastar, desesperar, enrai-
var, impacientar.
ENRAIVECIDO, cnraivado, raivoso — dam-
nado — furibundo, furioso, violento — en-
colerisado — desesperado.
ENREDADO, coufuso, cugrenhado, enleia-
do, implicado.
ENREDADOR, intrigante — embrulhador —
trapaceiro — artiíicioso.
ENREDAR, entretecer, tecer, travar — pren-
•ier — enleiar — surprender — intrigar —
machioar, tramar.
ENREDO, tecido — artificio, cabala — ardil,
engano — laço — maranha — mexerico —
intriga.
ENREGELAR, coDgelar , gelar — enfriar,
resfriar.
ENRIQUECER, curicar — engrossar — ador-
nar, ornar.
ENROLAR, rolar — esconder, involver.
ENR03CADURA OU Enroscamento, dobra,
volta — torcedura.
ENROSCAR- SE, eurolar-se, entortilhar-se,
ENROUPAR, cobrir, roupar.
ENROUQUiciMENTO , rouquez , rouquice,
rouquidão.
ENRUBECER, avcrmelhar-so, corar, rnbre-
cer.
ENSACAR oiEnsaccary emprazar, encan-
toar, encurralar.
ENSAIAR, experimentar, provar, sondar,
tentar, tentear.
ENSAIO , exame , experiência , preludio,
prova, tentame, tentativa — noviciado, ty-
rocinio.
ENSANCHAR, alargar, dilatar, espaçar.
ENSANDECER, enlouquecer.
ENSEADA ou Ensaiada, abra, angra, ba-
hia — abrigada — ancoradouro.
ENSECAR ou Enscccar, consumir, esgotar,
exhaurir — averiguar — concluir — exami-
nar — varar.
ENSFjo, occasião, opportunidade, tempo
— conllicio, pd^j».
iKSENHoREAR, dominaj. senhôréHr,
^37 *
948
ENT
EIÍT
KTfSRNnoREAR-SE, apodorar-se, spossar-so,
assenhorar- so, senhorear-se, towar.
♦ ENSINANÇA, doctrina, ensiaação, ensino
— máxima, preceito,
ENSiNAB, doctrinnr, instruir — adestrar,
amestrar — dictar, inspirar — educar —
escarmentar — » indicar , mostrar — repe-
tir,
ENSINO , creação , educação, ensinação,
inslrucção — disciplina — preceito — ades
tramento — {pi.) donseliios, direcções, má-
ximas, preceitos.
EissoBRRBECER-SB OU Ensuberbccer-se ,
enfunar-se, entonar-se, inchar-se, intume-
cer-s8 — allerarse, empolar-se.
ENSOLHAR, assoalhar, pnvimentar, sobra-
dar.
ENSOPAR, embeber, empapar — banhar,
molhar — humectar, humedecer,
■ ENSOSSO, dcsenxabido, insulso, semsabor,
sem sal, sosso — tosco — deseograçado.
• * ENSUJENTAR , emporcalhar, manchar,
sujar.
ENSURDECER, emmouquecer, ensurdar.
ENSURDECiMENTO , mouquidão , surdez ,
surdeza
ENTABOADO OU Entabuado , assolhado ,
pavimentado <— duro, retesado, rijo , te-
so.
• ENTABOAR OU Entabuarf assolhar, forrar,
pranchear.
. ENTABOLAR, díspor. Ordenar, preparar.
ENTABOLAR-sE, inserir-se, metter-se — en-
xertar-se.
ENTAiPAR, enclausurar — encerrar — en-
carcerar, prender — murar.
, iNTALAçÃo ou Entaladura^ diíficuldade,
embaraço — aíllicção, aporto.
ENTALAR, apertar — embaraçar.
ENTALEiGADO, ensaccsdo — cheio, farto
-»- repimpado.
ENTALHAR, abrir, cortar, exarar, livrar.
^ ENTANGuiDO, arripiado, enteriçado.
ENTApiÇAR ou Eíitapizav, alcatifar, guar-
necer, tapiçar — esmaltar, matizar.
ENT8, existência, ser, subsistência, vida
— entidade.
ENTEjo, antojo •— enjoo, fastio — aversão,
tédio.
ENTENDEDOR OU lutendedor, intelligente,
intendido, perito, sciente — hábil.
ENTENDER OU Intender, perceber, saber
— aicanf;ar, comprehender, crer — sentir
-r- concluir — julgar, pensar — conhecer —
intentar, tencionar — occupar-se — * alar-
gar, ampliar, estender — {s.) intelligen •
cia. ^
ENTENDIMENTO OU Iniendimnto , intelli-
gencia, juizo, ra/.ão, souso — cí^pacidadc,
saber, laleiílo - coujpiehençiiu, inenle —
madureza.
ENThNEBRECER-rSE , emluctar-so , escure-
cer-síí, tolilar-se.
ENTENRECER, abrandar, amoliecer.
ENTERNECER, abrandar, apiedar, compun»
gir, mover — amansar — entenrecer— amol-
iecer, molliíicar.
ENTERRADOR, COVeírO.
ENTERRAMENTO, enterra ção — onterro, exé-
quias, funeral, sepultura.
ENTERRAR, sotcrrar -^ sepultar, esconder,
occultar — inutílisar,
ENTERRO, enterração, enterramento, exe*»
quias, funeral, sahiraento — mortalha,
ENTERTUBAR, Interromper, perturbar.
ENTES ídura, rijeza, tesão, tesura.
ENTESAB, alesar, estender, estirar — en-
durecer, enrijar — afitar, levantar.
ENTESTAR, demarcar — encostar — confi-
nar, defrontar.
ENTHESOURAR, athcsourar — accumular,
amontoar (ouro, etc) — depor— guardar,
recolher.
ENTiiusiASMAR, arrebatar, extasiar, incan-
tar, transportar.
ENxnusiASMo, delirio, estro, transporte-
— inspiração.
ENTuusiASTA, fanatico, lonatico, visioná-
rio.
ENTiBiAR-SE, afracar, aíTrouxar— resfriar-
se.
entidadb, essência, natura, qualidade,
ser — ente — existência, realidade — impor-
tância.
entoação, solfejo — consonância, r jelo-
dia. »
ENTOAR, cantar — recitar — solfejar.
entonado , altivo, desvanecido, suber-
bo.
ENTONAR-SE, onsuberbecor, desvanecer-se,
inchar-se — empertigar-se, entesar se.
ENTONO, arrogância, orgulho, suberba —
insolência.
entornadura, derramamento, eílusão.
ENTORNAR, derramar, vasa r, verter — es-
palhar, esparzir — desperdiçar.
ENTORPECER, adormentar, entumecer —
atar, enleiar — alalh.ir — qualhar.
entorpecisento, adormecimento, entu-
mecimento, torpor.
entortadura, torcedura, torcimento, tor-
tura— curvidrde. \
entortar, dobrar, torcar, voltar.
entrada, ingresso — correria, corrida -— ',
começo, principio — amizade, conhecimpn-
to — occasiã j, opportuiiidade — accosso — ^
cabida, privança, valimento — exórdio —
* renda — * pensão.
ENTRADO, movido — pcnotrado, persuadi-
do, apod(?rado.
EKi RALHAR, emffialhar — enleiar, pren-
der — enredar.
ENT
EXV
94i)
ENTRANHARsc, cnirar, racllor-so.
ENTRANHAS, cnlredenhas, intestinos, tri-
pas — vísceras — coração — naliirAl — aíTtn-
ç8o, íircizade, benevolência, sensibilidade,
ternura.
ENTttANnAVKL, ppofunio — cxlremo, inti-
mo — affectuoso.
INTRAH, introduzir-se, penetrar — prin-
cipiar — desomboccar — estonder-so — exa-
minar— dtílornr — * obrigar-se.
ENTR8 ou * Antre^ no meio — dentro —
a través.
EiSTREDiZER , defondtíP , prohibir , ve-
dar.
BNTREFORKo, guardapó — entrecasca.
ENTREGA, outorgamento — rendição —
traição.
ENTUEGAB, daf — restiluir — outorgar —
denunciar, trabir.
ENTREGiiR-sE, dar-ss — 8pplicar-se — ren-
der-se — prender-se — satisfazer- se.
ENTREGUE, entregado — dado — remédio,
sujeito, vencido — habituado — reslituido
— traíJo, vendido.
ENTREMKios. cntremedios, interposições
. — adhcreucias, intervenções, valias.
ENTREMENTES, entretanto — ena quanto.
ENTHEMETTKR, intcrpôr.
ENTREMETTER-SE, intervir — ingerir -se
t— influir — eaiprender — atravessar-se.
ENTREMíTTiDO, cntrcturbado. interrom-
pido — misturado — {adj ) intrigante.
ENTRSMETTiMSNTO, íutorposição, iuterveii-
çào — mediação — ajuda, soccoiro — meio
— ministério.
ENTREMEZ, farça — riso, zombaria.
INTRESACHAR, eutremciar, mesclar, mis-
turar.
ENIRESOLHO, assoalUado —sótão — sobre-
loja.
ENTRETECER, entremeltcr, ensachar, tra-
Tar.
ENTRETENiDO, occupado divertido — agra-
dável.
ENTRETENIMENTO, eutretimento, passatem-
po, recreio — alimento, mantença — delon-
ga — eí^perença.
ENTRETER , divertir , recreiar — manter,
sustent-ir — demorar, deter, suspender.
ENTREVADO, paralytíco, tolhido — entene-
brecido, escurecido.
ENTREVAR, paraljticar — entenebrecer,
toldar.
ENTREVISTO, penetrante, previsto, subtil.
ENTREZiLiiADO, de-camatlo, esguio, ma-
gro, secco.
ENTRISTECER, aífligir, augustíar, contris-
tar, magoar, luelancolizar, penalizar — des-
confurlar.
ESTRONCADO, allía !o — descendeute ,
oriundo.
VOL. ÍT;,
ENinoNCAR , inserir, inlerpollar — [n.\
desccndíT do... *
ENTRONEAR, Kntmnizar ou Enlhronisar,
elevar, exaltar, sublimar.
ENTROUXAR, empacotar, eníardar, enfa^jy,^
delar, enfatilhar. ^^
ENTRUDO, carnaval.
ENGULHO, caliça, cascalho, pedregulho,
etc.
ENTUPIR, atupir, entulhar, obstruir, tu-
p:r.
ENTuviADA , confusão — pressa — briga,
pendência.
ENUNCIAÇÃO, articulação, expressão, lo»
cução, palavra — asserção, proposição the-
se — explicação — adagio, aphoiismo, apo-
phetegma, axioma, máxima, provérbio, sen-
tença.
ENUNCIADO, expresso, exprimido, signifi-
cado — [s.) enunciação.
ENUNCIAR, declarar, explicar, expor —
articular, dizer, exprimir, pronunciar.
ENVASAR, envasilhar — atascar , atolar,
enlodar.
ENVENCiLHAR, atar, liar, ligar, prender.
ENVENciLii.\R-SE, enrcdar-se, liar-so.
ENVERDECER, reverdeccp, verdejar — [n )
revpgetar — enramar- so — enfolhar-se — vi-
gorar-se.
ENVERGONHADO, COUfuSO, VOrgOnhoSO.
E>?vERGONH.\R, abater, humilhar — con-
fundir.
ENVERGONHAR-sE, corar, correr-se, enver-
gonçar-se, pejar-se.
envermeliieCer , en vermelhar , rubos-
cer.
* ENVESTiR, forrar — vestir — revestir.
ENVEZ ou Envés, aveso, reverso.
ENVIADO, agente, deputado, embaixador,
ministro — apostolo — (arf;.) mandado.
ENVIAR, mandar^ rcmelter — despachar,
expedir.
ENVjEzADO. esguelhado, torto.
enViEzar, esguelhar, obliquar.
ENVILECER, abater, humilhar — aviltar, ^
deprimir, vilipendiar.
ENviLEciMENTo, abatimcnto , humiliflção
— baixeza, desprezo — aviltamrnto, vileza
— abjecção, corrupção, degradação.
ENVOLTA ou luvolta, comp.^uhia — con«
fusão — mistura — ensejo, occasião, tempo
— [pi] enredos, meiadas.
ENVOLTO ou Involto, iuvolvido — emba-
raçado — occupado — encoberto — confusa
— enlaçado — turvo — acompanhado — r.^.-
curo, toldado — misturado — circumdado,
rodeado.
ENVOLTÓRIO OU InvoUorio , cmbrulho ,
Irouva — lió.
iiNvoLVtiJOR ou Tnvoltedor, iuiolturio —
çaredador, mexeriqueiro.
238
450
EPI
EEO
BNVOLVEDouRO o\x Invohçdouro , cinleiro,
faixa, mantilha.
ENVOLVER ou Involver, eoabrulhar— ac-
cusar — escurecer, toldar — comprehender,
conter — melter — embaraçar.
' ENXABiDO, desenxsbido — insulso.
ENXAcoco, algaravia, geringonça, vascon-
ço.
ENXADÃO, diferce, alvião.
£:;xâm£:, cardume — caterva, multidão,
tropa.
INXARA, raeíagal,
*EKXECo, dumno, mal — perda, prejuí-
zo—coima, muleta, pena,
ENXERGÃO, almadraque, enxerga, xer-
bkxeroar, distinguir, divisar, observar,
vêr.
ENXERiR, inserir — enxertar, plantar,
ENXOFRE, Sulfur,
ENXOFRENTO, cnxofrado, sulpburoso.
ENXOTAR, afugentar, expellir, expulsar —
apartar, desviar.
ENXOVALHAR, manohar, sujar — deslustrar
— afíronlar, injuriar, insultar — diílamar.
ENxovALHAR-SE, enlamear-se — emporca-
Ibar-se, sujar-se — desacreditar-se — pros-
tituir-se,
ENXOVALHO, aíTrouta, descrédito, injuria
— desprezo.
ENXOVAR, encerrar, prender.
tNXOviA, calabouço, ergástulo, masmor-
ra.
ENXUGAR, seccar — esgotar, vasar.
. ENXURDAR-SE, eulameaí-se, enlodar-se.
ENxuRDEiRO, enxodrciío, lameiro, loda-
çal (de porcos).
ENXURRADA OU Enxuvro^ cbcia, crescen-
te, levada, torrente — demazia, excesso.
ENXUTO ou * Enxuito, secco — ii;agro —
desabrido — deschoroso — insensivel — des-
pejado — deschuvoso.
eoo, oriental,
EPANAFORA ou EfauaphorA, reloção —
repetição.
EPHiMERO, diário.
EriCEDio, elegia, nenias.
epiceNO, promíscuo.
KPico, beroico.
EPiDEMJA, andaço, coutagião, contagio.
EPiDEMico, contagioso, pestilencial, pcs-
tilente — communicativo.
Epj DERMA ou Epiderme, cutícula, pelli-
cula, tez.
j{;riGASTR0, abdómen.
jçPiGRAPHE, inscripção. titulo.
EPILEPSIA, golta coral, malcaduro.
EPILOGAR, concluir — recapitular, resu-
mir.
EpiioGO, conclusão, fecho, remate — ci-
fra» compendio, rcsi*oio, summa.
EPISODIO, digressão, incidente
EPISTOLA, carta, missiva.
EPITÁFIO ou Epitaphio, inscripçSO; se*»
pulcbral.
EPiTiiETO, adjectivo — qualidade, quali^
ficação — appelUdo, sobreuomo — alcunba,
antonomásia.
EPiTOMAR, abreviar, coropendíar, epilo-
gar, recapitular, reduiir, resumir.
EpiTOME, abreviação, compendio, resu*
mo, summa.
EPOCA ou Epocha, era, idade, tempo.
EfODO, máxima, sentença.
EQUIDADE, igualdade, imparcialidade, in-
tegridade, justiça, retidào — razão — mo-
deração.
equilíbrio, equilibraçSo, igualdade, pro^
porção.
EQUiPAGE ou Equipagem , acompanha-
mento, comitiva — carruagens, estado, trem
— cáfilas, comboy — marinhagem, tripula-
ção.
EQuivocAçÃo, engano, equivoco, erro.
equivocar-se, enganar-se.
Equivoco, amphibologico, duvidoso, in-
certo— p) oblematico, suspeito — (*.) ambi--
guidade — subtileza.
equoreo, marino, maritimo.
equuleo, cavallete, potro (de tractos).
ERÁRIO, thesouro.
ERAS, epochas, idades, tempos — dias —
duração.
EREBO, Averno, Tártaro — Estyge — in-
ferno.
ERECÇÃO, creação, estabelecimento, fun-
dação, instituição — elevação.
ERECTO, erigido, fundado.
EHECTOR, creador, fundador, instituidor
— elalor.
EREKiiA, anachoreta, ermitão, monge,
sohlario.
EREO, herdeiro — senhorio — [adj ) brôn-
zeo, eril.
ERGÁSTULO, cadeia, cárcere, masmorra,
prirão.
EKGO , logo — excepto , salvo — mas —
pois.
ERGUER, alçar — aprumar, endireitar —
guiíidar.
Erguer-se, levantar-se — elevar-se.
ERIÇAR, arfiçar, arripiar, ouriçar.
erigir, alçar, levantar — guardar — crear,
estabelecer, fundar, instituir.
ERIL, brônzeo, eneo.
ERMAR, despovoar.
Ef-.MtDA, igreginha — cppella — en*mitfirIo,
ERRiiTÃo, anachoreta, cenobita, eremita,
monge ~ recluso, solitário.
ERMO, desvio, retiro, solidão — drcam*
pado —[adj.) deserto, déspovoacb, solití«rio.
ERoticó, aipatçrio, amoroso.
ESB
ESC
051
ERRADICAR, arrancar, desarraigar.
ERRADO, erróneo, falso — culpado ■— de-
íeituoso — desgarrado-
errantk, erralicD, fagilivo, vagnmundo.
notAii, vagamundear, vagar, vaguear —
desacertar — cincar — peccar — oíTeader —
desenconirar-se.
. ERRÁTICO, desordenado, irregular — an-
dante, vagabundo.
iRRiÇAR, encrespar, entesar, ouriçar.
iRRO, desacerto, engano, inadvertência
— error — falsa opinião — crime, delicto
— culpa, peccado — illusào.
^ iRROR, desvio, rodeio — culpa, erro, er-
ronia.
ERUDIÇÃO , capaeidade , conhecimento ,
doutrina, instrucçào, saber, sciencia.
erudicto, douto, sabedor^ sábio — let-
terador.
invoDO, medronheiro.
ESBABACADo, attonito, estupefacto, pas-
mado.
ESBABACAR, cmbasbacar, estupescer.
ESBAFORIDO OU Esboforido, ancioso^, an-
h^ante — açodado, apressado.
ESBANDAiHAR, esfarrapar, rasgar.
ísbanjador, dissipador, perdulário.
ESBANJAR, dissipar, estragar, estruir.
esbarrar, atirar, lançar — {n.) topar —
escorregar — cair — errar.
esbarrocar-se, atirar-se, despenhar-se,
lançar-se, precipitar-se.
esbarrondadeiro, barranco, despenhadei-
ro, precipício.
esbarrondar, cair, despenhar-se, pníci-
pitar-se — investir.
esbirro, alcaide, alguazil — agarrad-or,
beleguim, quadrilheiro — archeiro — sai.el-
lite.
. EsaocAR ou Esboccar, desemboccar.
esboçar, bosquejar, delinear, traçar.
esboço , bosquejo — debuxo , desenho ,
risco — delineação — borrão, rascunho.
esbofar, anhelar, arquejar — cançar, es-
tafar.
esbofetear, bofetear.
esbombardbar, bombardear, bombear —
canhonear, varejar — trovejar.
esboroar, desterroar, pulverisar.
esborrachar, esmagar, machucar, pizar
— arrebentar.
ESBORRALUADA, dispersào, espalhafato, es-
palhamento.
esborrondar, derribar, precipitar.
esbranquiçado, alvacento, alvadio, exal-
■«içado, ruço.
ESBKAVEAR OU EsbratejãT, agastar-se, en-
colerisar-se, enfadar-se — enfurecer-se —
grilar.
ESBRAYACER, bravear, embravecer, esbra-
vejar.
iSBRAZTAR OU EsbrãsiaT, abrasar, accea*
der, afoguear, inflammar — avermelhar, co-
rar.
ESBUGALHAR, esmigalhar, esmiuçar, puN
verisar.
ESBULHAR, desapodcrar, desapossar, des-
pojar, despropriar — espoliar.
ESBULHO, despojamento, despojo, espolio
— furto, roubo — pilhagem, presa, saque.
ESBURACAR, buracar, furar.
ESBURGAR, descascar — descarnar.
ESBUXAR ou Esbuchar, deslocar, desqpan*
char — esmigalhar, espedaçar, que*jrar.
EscABECflE, conserva — enfeite, ornato —
ardil, artimanha, treta.
ESCABELLAR , desgrcuhar — destoucar —
esguadelhar.
escabello ou Scabello, tamborete — ban-
quinho — estradinho.
ESCABROSO ou ScabrosOf áspero, sarabu-
Ihento — diíTicil — árduo, perigoso — des-
igual, escarpado — desabrido, rispido — du-
ro, insonoro.
ESCACEZA, Escacez ou Escassez, caínheza,
mesquinharia, tacanharia — avareza, illibe-
ralidade.
ESCACHAR, abrir, fender, separar.
ESCACO ou Escasso, avaro, fona, illibe-
ral — acanhado, mesquinho — parco — di-
minuto, insufficiente — apertado, curto, es-
treito — pouco.
ESCADA, degraus, escala — subida.
esgadeleckr, dormitar, toscanejar,
escafeder-sb, abalar, retirar-se, safar-
se — fugir.
ESCÃiBAR, cambiar, permutar, trocar.
EscÀiBo, commutação, permutaçÃo, tro-
ca.
ESCALA, escada — espalio, saque — em-
pório — exportação, saca.
escaLada» assalto, escala, escalamento,
ESCALAR, abrir, fender — estripar — rou-
bar.
ESCALADURA, abrasamcnto, queimadura.
ESCALDAR, abrasar, queimar — escarmen-
tar — seccar — esterelizar.
E.scAPíCAJiAR, abrir, patentear — devas-
sar.
esCvaNCHar-se, escarranchar-se.
ESC ANDiiLiSAR, maltractar, offender— in-
dignara
EscA HDAi.o , offensa — injuria — crime ,
delicto,
ESCAi ^DALO SC , offensivo — indigno — in-
jurioso. . .
escan;ifradcs descarnado, magríssimo.
ESCAP AR, ev itar — livrar, salvar — eva-
dir-se, retirar-s e — escapulir-se, fugir.
ESCAP OLA, esc^ lia — empório.
iscAP ULA, subt erfugio, traça — escapató-
ria.
. 238 ^
952
ESC
ESC
ESCAPULIR OU Escapulir^se, abafar, esca-
feder-se, fugir.
ESCARAMUÇA, briga, choquo, combate.
ESCABAPELAR, agatanbar, arranhar, arre-
pelar.
• ESCARMENTAR, castigar, corrigir — repre-
liendcr.
ESCARMENTAR-ss , corrigir-se, emendar-
se. .
ESCARMENTO, documento, exemplo — des-
engano — emenda — aviso, reprehensão —
castigo — correcção,
ESCARNAR, descamar — esmiuçar, esqua-
drinhar.
ESCARTíECEDOR , spodadoF , chocarrciro ,
modojador, zombador.
ESCARNECER, apodar, chasquear, motejar,
zombar — ridicuíisar.
ESCARNEO, escarneeimento, irrisão, mofa,
zombaria — menospreço.
escarNícador, derisor, mofador, zomba-
dor.
escarniCaR , chocarrear, mofar , zom-
bar.
ESCARPADO, alcantilado, árduo, imprati-
cável.
ESCARRAR, cuspinhar, cuspir.
kscarro, cuspo, saliva — cuspidura.
ESCARVAR, cavar, escavar — comer, mi-
nar, solapar.
esclareckr, ennobrecer, illustrar — (n.)
abrir, aclarar, alvorecer, clarificar.
ESCLARECIDO, famoso, illustre, Ínclito, no-
bre — sagaz.
ESCOAR, clarificar, filtrar.
EãcoAR-sE, deslizar-se, resvalar — fugir,
reíirar-se — soltar-se.
ESCODEAR-SE, dascôscaf, descortiçar.
ESCOLA OU Eschola, aula — academia,
palestra — classe — doutrina, ensino — sei-
ta.
ESCOLAR ou Escholar, sulista, discipulo,
estudante — [adj.] clássico, escholastico.
ESC05 ASTico ou Escholãstico, aulista, es-
tudante— [adj.) esciíolar,
ESCOLHA, delecto, soleccção — discerni»
mento, preferencia — designação, nomea-
ção.
ESCOLHER, discernir, distinguir — eleger,
preferir — antepor.
ESCOLHIDO, elegido, eleito, * (jscc /Iheito
— separado — [s. pi ) predestinad os,
EscoLHiMENTO, eleição, escolha .
•ÈscoLuo, arrecife, cachopo, pfjnha 5co,ro-
cheJo — perigo.
ESCONDER, * absconder, encfjbrir, occul-
tar — disfarçar, dissimular.
EscoNDaR-SE, cobrir se — ( jccuUai '-se, re-
tirar-se.
KscoNDiDAMitNTe, clandesi'iúa, furtv tda oc
culiaáiente.
ESCOSDRiJO, encoberta, escondcdouro, la-*
libulo.
ESCONJURADOR, exorcisti.
ESCONJURAR, exorcisar.
ESCONJURO, conjuro, esconjuração, exor-
cismo.
KscoNSo, esguelhido, obliquo.
"^ ESGONTRA, coutra, para.
ESCOPETA, arquebuz, clavina, espingar-
da.
ESCOPETADA, arcabuzada, clavinaço, es-
pingardada.
EscopfiíEAR, espiogardear.
ESCOPO, alvo, íito, ponto — intento, pro-
jecto.
ESCORA, espeque, esteio — amparo, apoio,
arrimo. '
ESCORAR, apoiar, especar, firmar, suster
— emparar.
EscoRCHAR, dcscascar — despejar — pri-
var — esfolar.
ESCORIA, fezes — lia — escuma — refu-
go — vileza.
BSCORNEAR, abater, menosprezar — envi-
lecer — míltractar — altercar, ventilar.
ESCORPIÃO, escorpio, lacrau.
EscoRRALHAS, fezfts, lía, pó sedimeúto.
ESCORREGADIO , cscorrcgavel , lúbrico — •
resvaladiço, resvaladio.
EscoRREtíADouRO, resvaladoiro. ^
ESCORREGAR, dcslizar-sc, resvalar.
ESCORREGAVEL, cscorregadio, lúbrico» '■
ESCORREITO, são — defciluoso.
ESCORRER, dislillar, goltejar, pingar «-•
esgotar- se — canjar.
HscoRRiDO, esgotado. '
?sscoRROPiCHAR OU EscorripichaTt ensec-
car, esgotar, exhaurír.
ÈscosER, ferir, magoar.
íiscosiMENTO, ferida, golpe — dam no,
prtjuizo.
ESCRAVIDÃO, captiveiro, servidão.
ESCRAVA, * anciila, serva, '
ESCRAVO, captivo — negro — servo, sub*
-dito — i^dj.) dependente, sujeito.
ESCREVENTE, amanueuse, copista.
ESCREVER, compor — traçar.
ESCRIBA» escrivão, — copista, escreventei
EsCíUTA, caracter, lettra — escriptos —
memorias, ele,
ESCRITO, bilhete — sedula — composi-*
cão, livro, obra.
ESCRITOR, autor. !
ESCRITÓRIO, bufete, contador, papeleira
— cartório.
esckítura, escriptos, obras — composi-'
rão, livro.
ESCRÚPULO, duvida, incerteza — inquie-
tação — repugnância — escropulo.
escaupuloso, consciônôioso — minucio-
so — cui ladoso, exacto — timorato. '
£8P
rsM
953
« CiuiAuOR, esquftdrinhi<lor, iiidííSfAclor,
inqiindvr, iiirestigador — oxaminador.
fSCRUTiR, investigar, sondar.
ESCRUTÍNIO, averiguação, exame, indaga-
ção, informarão, inqueiição.
KscuDAR, abroqueldr — defender, pro-
teger.
KSCLDO, egido — broquel, rodela — abri-
go, guarida — amparo, protecção — de-
fesa.
ESCULÁPIO, medico.
KscuLriR, abrir, entalhar, gravar, lavrar
— si n zelar — imprimir.
ESCULTOR, entalhador — eslaluario.
ESCULTURA, cstatuaria — relevo — la-
Yor,
ESCUMA, baba, cuspo, saliva — bolhas —
escaria, fezes.
ESCURECER, involver — diflicultar — des-
lumbrar, olFuscar, infamar — apagar, des-
lustrar — ()i ) embruscar-se, loldar-se.
ESCURBZA, Escuridade ou Escuridão, cer-
ração, negrume, nevoeiro, trevas — ce-
gueira — abatimento — diíTiculdade — du-
vida — incúria.
ESCURO, anuvitdo, nebuloso, opaco, tol-
dado — lubrego, negro, tenebroso — diíTicil
— plebeu.
ESCUSA ou Êxcwsa, desculpa — coarcta-
da — palliativo, pretexto — dispensa.
ESCUSADO on Excusado, desatcessario,
supérfluo — desculpado — preterido —
eximido, indeferido.
ESCUSAR ou Excusar, eviiar, poupar —
dispensar, eximir — desculpar, perdoar —
tolerar.
iscuTA, espia — òtalala — corredor.
EscuTADoa, ouvinte.
ESCUTAR ou * Escuitar, ouvir — conce-
der — consôntir.
ESDRÚXULO, caprichoso — impertinente.
ESFAIMADO, esfomeado, faminto — ávido,
cubiçoso — inasciavel.
EàFAiMAn, afaimar, esfomear.
esfalpar, cançar, estafar, fatigar, moer.
Esfarrapado, andrajoso, maltrapilho, pel-
lilrapo, roto.
esfarrapar, espedaçar, rasgar — atas-
salhar, lacerar.
esfera, bola, globo, orba — capacida-
de, extensão — graduaçSo.
esf&BiCO, espheral, globoso, redondo.
ksfggab, desafogar, exhaiar.
f.sfolacaras, vadio — facinoroso, scele-
r&d).
ESFOLAGATO , admoestação , reprebensão
— tergiversação — interpretação.
esfolar, despellar, escorchar — esco-
riar — arranhar.
ESFOMEADO, esfsimado, famélico, faminto
— ávido, cubiçoso.
ESFORÇADO, foi te, robusto — animoso,
valeriio — varonil — • (í.) inforcialo. *í
ESFORÇAR, fortificar, reforçar — alentar,
anira.ir — confirmar, corroborar. i
ESFORÇO, forçíi, fortaleza, vigor — alen-
to, animo, brio — audácia, denodo, valen-
tia — confiança, esperança — contenção
— violência.
ESFREGA, «;astigo, pena — coça, maçada,
sova, tunda.
esfregação, esfrcgadura, fricção, loca-
dora.
ESFREGAR, TOçar — limpar — bater, mal-
tractar.
ESFRiAR-sE. refecer, resfriar-se — enti-
biar-se — ííTrouxar.
esfuracar, esburacar, furar, rombar.
ESFusiADA, descarga, surriada — pegão,
rajada.
ESFusuR, assobiar, sibilar — soprar.
ESFusiOTB, repellão — lembrete, repre-
bensão.
ESGALGADO, esguio, mflgro.
ESGALUADO, galhudo, ramoso — pontu-
do.
ESGALHAIS, desramar — desgalhar — de-
cotar, podar.
ESGALHO, pimpolho, íebenío, renovo, ter*
gon<ea — raminho — ramificação.
ESGANAR, estrangular -^ afogar.
ESGARAVATAR , csgarafunhar —
— buscar — examinar, indagar,
rir.
ESGARES, caretas, carrancas
Iregeiíos — gestos, visagens.
ESGARRAR-SE, afastar-S8, apartar-se, des-
viar-se — desmandar-se.
ESGOTAR, agotar, enseccar, estancar, ex-
haurir — consumir.
ESGRiMiDOR, brigão, espadachim — gla-
diador.
ESGRIMIR, floretear — esloquear — bri-
gar, combater, renhir — argumentar.
ESGROuviADO, arganaz, esguio, magro.
* ESGUARDAR, attendtír, considerar — reS*
guardar — olhar.
* isGUARDo, cautela, resguardo — reca*
to — cuidado — respeito.
ESGUEiRAR-SE, desviar-so — desapparô»
cer, retirar-se.
ESGUIO, comprido, longo — estreito — •
magro.
ESMAGAR, e«borrachar, machucar — cal-
car, pizar — rebantar.
ESMALTAR, matizar —' adomar, ornar —
embellezar — variar.
ESMALTE, adorno, realce — perfeição, pri-
mor— matiz.
E9MAR, avaliar, orçar — conjecturar.
E8M2RAD0, completo, eximio, perfeito ^-*
labslizado, distincto, singular.
139
palitar
inque-
momos,
954
ESP
fSf
. ESMERáR-SE, sbâljzar sG, apurír-se, ex-; ksparecer oui?5/íaírccer, divertir-so, M-
tremar-se , singiilariiar-se — dislinguir-se. crear-se ~ passear.
KSMERO, períeição, primor — aeeio, ali-
nho — cuidado, diligencia.
ESMIUÇAR ou Esmiunçar, esmigalhar —
pulverisar — considerar, examinar, ponde-
rar.
ESMO, estimação, estimativa, orçamento.
ESMOER, triturar — digerir.
EsaoLER, esmolador — caridoso, carita-
tivo.
ESMORECER, desfallecer, desmaiar — des-
aBÍmar-5e — •aííUgir-se, constemar-se — ido-
latrar.
ESMORECiMENTo, abatimèoto, desaleíito ,
desanimação — desmaio, esvaecimento —
consternação — aífei^, ternura.
^eskoga, syaagoj^a.
ESPAÇAR, espacejar — alongar, estendw
— delongar, prolongar — deDBkorar, proro-
gar — ■ dilatar, esnsanchar.
ESPAÇO, distancia, extensão, intervallo —
dura, duração — decurso.
ESPAÇOSO, amplo, dilatado, espacioso, ex-
tenso, grande, largo, vasto.
ESPADA, alfange, catana, cbifarote, cimi-
tarra, cutelo, estoque, gladio, montante,
sabre, terçado — ferro, lamina — [pi.] nai-
pe.
ESPADACHIM, brigão, esgrimidor, penden-
ciador.
ESPADANA , jorro, torno — barbatana —
labareda.
ESPADANAR, esguichar, rebentar, repuxar
— (a.) juncar.
ESPADÃO, montante — espadarte.
ESPADIM, coto, faim, florete.
i^spadua, costas, espalda, hombro.
ESPALDEiRADA, pranchada.
ESPALHADO , dispenso — derramado , es-
pargido— desunido— espraiado.
ESPALHAFATO, desm&ncho, desordem —
estrondo.
EMPALHAR, dispersar — derramar, entor-
nar, espargir — divulgar — alastrar, juncar
— semeiar — disseminar, seminar.
ESPALMADO, batido — plano, raso — Hm-
po.
ESPALMAR, alizar, aplanar — limpar, que-
renar — abaixar — vasar.
ESPANCAR, bater, desancar, maçar, zurzir.
ESPANTADiço, poUrão, timido — arisco.
K&PASTAR, assombrar, aterrar —amedron-
tar, assustar, atemorizar— conturbar — hor-
ESPANTO, admiração, assombro, pasmo
•»" enleio, suspensão — medo, susto, temor
— horror, terror — estupidez — conturba-
Ção, pavor — maravilha.
ESPANTOSO, espantavel, horrífico, meda-
Uno, terrível.
EsrAHGiMí..NT0, derramamento, eííusão —
dispersão, separa <;ão.
ESPARGIR, derramar, diffundir, verter —
espalhar.
EspARRELLA, boiz, costelk, laço — engft<4
no, logra ção.
ESPARSO, derramado, esparzido — esten-
dido— avulso.
ESPARZIR, derramar, espalhar, espargir.
ESPAVORECIDO OU Espavorido, amedronta-
do, assombrado, assustado, espantado, pa«
vido.
ESPAvainR, apavorar, lerrorisar — assus-
tar, intimidar — espantar.
ESPECIAL, característico, distinctivo — es-
sencial — particular , peculiar, próprio —
excellente — uat^iral — principal.
ESPECIALIDADE, p*rticularidade — distrac-
ção.
ESPECIALIZAR OU EspeciãUsar, earacteri-
sar, denotar, designar, distinguir — esmiu-
çar, particularisar.
ESPECIARIA, adubos, drogas, especias.
ESPÉCIE, classe — casta, laia, relê — for-
ma, género, modo, sorte — ideia, imagem
— noticia — [pL] adubo, especiaria.
ESPECiEiRO, tendeiro — drogubta.
ESPECIFICAÇÃO, dislincção — designação ,
determinação , indicação — enumeração —
miudeza.
ESPECIFICAR, especialisar, partioularisar.
ESPECIFICO, particular, singular — eílicaz,
próprio, saudável, utiL
ESPECiosiDADE, belleza, formosura, gen-
tileza, graça.
ESPECIOSO, apparente, verosímil — artifi-
cioso , insidioso — seductor — plausível —
bem assombrado — coradi?.
ESPECTÁCULO, jogo, represeutação — sce-
ua, iheatro — successo.
ESPECTADOR, assíàtente, observador, tes»
temunha.
espectaiiva, espera, esperança, expecta-
ção.
ESPECTRO, duende, larva, phantasma —
visão.
especulação, contemplação — exame —
meditação, reflexão — Ibeoria.
especular, contemplar, observar — exa*
minar, indagar, inquirir, investigar, pes-
quizar — sublilisar.
especulativo, contemplativo, meditativo
— theorelico.
bspedaçar-se, despedaçar — dividír-se,
repartir-se.
* ESPEWR, • despedir — expulsar, sacudir
— repellir.
ESPELHO, cryslal, vidro— exemplar, mode-
lo, Original, prototypo, traslado — imagem»
ESP
ESr
fM»
isPBLUNCA, antro, caverna, cova, furna.
EçPENiCADO, atilado, enfeitado — garri-
do.
ESPEQUE, trave, viga — alavanca — ampa-
ro, arrimo, prolecçíio.
ESPERA, esperada, esperança — expecta-
ção — demora — cilada, emboscada—' moe-
da.
ESPERANÇA, espectativa, espectaçao •— con-
fiança.
BSPBRAR, aguardar — appetecer, desejar
— promelter-se — receiar, temer.
ESPERDIÇADO, mimoso, querido — estra-
gado, proíligado — dissipador, produlario.
ESPERDiçADon, gastadur, pródigo, profu-
so.
BSPERDTÇvR, despcrdlçar, dissipar, pro-
digar— destruir, estragar.
ESPERTAR, «cord.u, despertar — avivar —
agnilboar, estimular — endireitar.
BSPERTEZ.i, alacridade, prpmptidào, vi-
veza — subtileza.
ESPERTO, acordado, desperto — activo, di-
ligente, vivo — ladino, marau — industrioso,
ESPESSAR, densar, condensar — coalhar
— engrossar — apertar.
íSiEssiuÃo, condensação, densidade.
ESPKsso, basto, errado — condensalo,
denso — crasso, grosso — [pi.] amiudados,
muitos.
HspííssuRA, densidade, grossura — basti-
dào.
ESPETADO, eoQ.ido, furado — direito, teso
ESPsiAR, cravar, ent^r, passar — em-
polar.
EbPLZíMMR, brear — acabrunhar, aífli-
gir, moriitlcar, vex:«r.
*spiA, olhí^iro, vigia — escuta — psprei
tador — atalaia — sentinella — eipluradoi
• — corda.
ispiADOR, espia — explorador.
ESPIAR, espreitar, observar — atalaiar —
explorar.
ESPICAÇAR, esburacar, farsr, picar.
EspiciiAR, enfiar, traspassar.
ESPIGADO, adulto, crescido, graúdo —
agu lo, pontudo.
fspiGÃo, bt iar^o — espiga —remate —
cimo, cume, cumiala.
KsPniAK, cresc r, medrar.
ispi.xcAHOA, arcabuz, bacam*rle, cara-
bina, mosqufMff;
FSpisfrAHDEAR, arcabuzar^ escopelear, fu-
zibr.
ESfiNDA, espinho, pua — borbulha — cui
dado — raol'Jistia — »i«gu'jtia — dilliculdade
— oíTonsa.
isp puaço, cordilhpíra, serio [do montras)
EStiMiAoo, pg'istfldo, oilcndido, sentido
Es^•'^^^R sb, íurir-so, picâr-so — ag's-
tar &e»
ESpiNHBLA , cartilhagem — espinella —
aparador.
ESPinno, ponta, pua — aOlicç&o, moles*
tia.
ESPirHHOso, escabroso —diflicil, embara*
çado — delicado —perigoso.
EspiNiCADO, migalheiro, pechoso — atila-
do.
BSPiOLHAR, catar — esquadrinhar, exami-
nar, investigar, pesquizar — escolher.
EspiRAcuLO, oriíicio, resfolgadouro, res-
piradouro.
ESPiRANTE, rcspirante, vivo — soprador,
ESPIRAR, respirar — morrer — soprar —
exhslar — acabar, lindar.
ESpiBiTADO, endemoninhado, energúme-
no, possesso.
ESPIRITAR, inspirar.
espírito, alma -^ hálito, respiro, sopro
— alento, vigor ~ energia — razão — apti-
dão — génio — presumpção — animo, brio
— esforço, valor — devoção, piedade, re-
ligião, deoionio.
ESPIRITUAL, devoto — íngcnhoso, subtil.
ESPIRITUOSO, espiritoso — agudo, discre-
to, solerte.
ESPIRRAR, cripitar. estalar, faiscar, scia-
tillar — re alcitrar — resingar.
ESPIRRO, esternudação — crepitação, es-
talido.
EspiviTAR , atiçar , esmurrar (a vela ,
etc.)
Esp^ANDEGENTE, brilbautc, resplandecen-
te — illuòtre, nobre.
Es^PLAiíuECBR, resplandecer.
Esplendeste, brilhante, coruscante, Ití-
miuoso, resplandecente.
ísp PNDKSCER, brilhar, resplandecer.
ESPLENl'U)^ZA, csplendor, lustre — luxo
— magnifioeocia — riqueza.
ESPLENDIDO, brilhanttí, luminoso, luzen-
te — g'aQdi'^so, magnifico, pomposo, sum-
ptMftSO.
ESPLENDOR, claridade, luz — fasto, luxo»,
mauiiifkencia , pompa , sumplucsidade —
lustre — nobrezi,
ESPOJA i-SK, rebolar-se, retottçjir-se
ESPOLIAR, desapossar, esbulhar — pilhar,
rcuhar.
Esporio, despojo, saque —captura, pre-
^a, toraadia-
E!<pouA, acirate — estimulo, incenlivo.
ESPORifAft, aaluiar — aguiluoar, estimu-
lar. inc't.T
ESPORTA, alcofa — ceíra — cesta — capa-
cho.
PSP0HTl'LA, propini — rftrihnição.
ESPOSA, casada, consorte, mulher — noi-
va - viro;e n.
ESP .SAR, cas.ir, desposar, receber.
Espos'», consorte, »aiida— noivo.
2 1).
956
ESS
EST
íSPRAiAR-SB , dilatar-se, estender-se —
propaga r-S8.
ESPRíiTADOH, Gspía, espíão — olheiro.
ESPREITAR, attentap — otservar — ata-
laiar, vigiar — espiar.
ESPREMER, apertar, premar.
ESPREMIDO, apertado, premado — esgani-
çado, fino — averiguado, examinado.
ESFUMA, escuma — bava, cuspo, saliva.
ESPUMOSO, espumante, espumeo, espumi-
íero.
ESPURCiciA, immundicia — impureza —
indecencia.
ESPÚRIO, bastardo — adulterado -~ falto,
privado.
ESQUADRÃO, * az, ^ 8ze,
ESQUADRiSDADOR, cscruíador, investiga-
dor — conhecedor.
ESQUADRINHAR, especular, examinar, in-
dagar, investigar — buscar.
ESQUÁLIDO, desalinhado — immundo, su-
ESQUECER, deslembrar, olvidar.
ESQUECIDO, deslembrado, olvidado — des-
cuidado — frouxo, tardo, vagaroso.
ESQUEC1MEM0, dcslembrauça, olvido —
descuido — desacordo.
ESQUELETO, arcabouço, ossada — descar-
nado, ético, magro.
ESQUENTAR-sE, aqueutar-se, escandecer-se
— encalmar-se — encolerisar-se, enfurecer-
se, irar- se, enfuriar-se.
ESQUKRDEAR, enganar, trapacear, velha-
quear — escarnecer.
ESQUERDO, canho, canhoto — sestro — si-
nistro.
ESQUIFE, féretro — ataúde, caixão, tum-
ba — bote, chalupa, lancha.
ESQUINA, angulo, canto, quina.
ESQuipAçÃo , esquipamento — chusma .
equipagem, marinharia — capricho, singu-
laridade.
ESQUIPADO, chusmado — apparelhado —
accelerado, ligeiro — justo — rápido.
ESQUIPAR, armar, eprestar, prover— chus-
mar, marinheirar.
ESQiiPATico, extravagante, singular,
ESQUiTAR , descontar — abonar, credi-
tar.
ESQUIVANÇA, dcsdem, desprezo, desvio —
desabrimento, desamor — aversão, repu-
gnância — altivez, arrogância.
ESQUIVAR, atalhar, evitar — afastar, re-
pulsar — defender, prohibir — escapar, fu-
gir..
ESQUIVO ou Esquitoso , desdenhoso —
diíliiíil ~ arisco, áspero, ialractavel — fugi-
tivo.
ESSLKCiA. entidade, ser — corisíitulivo,
natureza, qualidade — oloo, perfuioe.
ESSiiKUUi, constitutivo, natural — iin-
portantâ, indispensável — pa'ticular— seju^
ro, solido.
ESTABANADO , ftdoudado , extravagante,
louco — inquieto, turbulento.
ESTABELECEDOR, crector, fumador, fun*
dador.
ESTABELECER, cresr, fundar, instituir —
dar — fazer — determinar, mandar, ordenar
— assentar, pôr — firmar, fixar.
eltabelecimento, creação, estabelímftn*
to, instituição — fundação, principio, mo-'
rada — lei, ordenação — cargo.
estadelidàde, esiabeleza, firmeza, segu-
rança, solidez — permanência, pgrsislencia
— constância, invariabilidade,
estabeutar , estabelecer , firmar , fi-
xar.
* ESTABULO, diversorio,' estalagem, pou«
sada,
ESTACA, pau (í^gudo) — vara — tanchâo.
estacada ou Estacado, área, liça — pa-
liçada, trjsnqueira — cerca, cercado.
estação, estancia — quadra, sazão, tem-
po — parada, pausa.
ESTADA, assisttíucia, habitação, morada,
residência , vivenda — dem )ra, dilação —
parada.
estadsador , alardeador, ostentador — ^
blasonador.
ESTADEAR-SE, alardear, ostentar.
estádio, área, carreira, circo, liça.
ESTADISTA, poUtico — machibVid.
estado, dominío, senhorio, terras — im-
pério, reino — mister, profiísão — classe,
graduação, predicamento — situação— casa,
família — circumstancia, termo — apparalo,
pompa — magestade — comitiva, equipa-
gem, trem — cortejo.
estafa, cançaço, fadiga, trabalho — ma-
çada, sova, tuada — calote, gatuuií e— cáus-
tico, importuno.
estafado, cançado, fatigado, lasso— ga-
tunado.
estafador. caloteiro — tratante — cáusti-
co — chTlâlão.
estafar, cançar, fatigar, moer — desan-
car, maçar — atormentar, vexar — calotear
gatunar.
ESTAFEIRO, andarilho — palafreneiro — ^
estribeiro.
ESTAFERMO, bojiecro, figura — peralvilho
— patife.
ESTAPfiTA , correio , messageiro, posti-
lhão.
ESTALAGEM, albergaria, albergue, pousa-
da. '
ESTALAJADEIRO, hospede — taverneiro —
albtTgneiro.
ESTALAR, crepitar — retubar — soar, toar
~ auh lar, níbentar — acabar, morrer.
ESIAI.1D0 ou Estalo, est&Iajadura — estou^
EST
EST
957
ro, estrondo, reboiubr, retumbo — crepita-
ção, estridor.
ESTALLA, cavallariça, estrebaria.
ESTAMPA, figura, imagem — impressão —
imprensa, prelo, typographia.
ESTAMPAR, imprimir — gravar — retratar
— marcar, signalar — mostrar — ostentar.
ESTAMPIDO, estrondo, fragor -- boato, ru-
mor — brado.
ESTANCAR, esgotar, exbaurir — vencer —
(n.) cangar, esfalfar-se — seccar.
ESTANCIA, sento, morada, residência —
estada — aposento, casa — legar, paragem
— varadouro — força, fortim, reduclo — pa-
ra ia — estanca — rancho.
ESTANCIAR, albergar, alojar — • parar.
ESTANDAUTE, bsoieira, guião, pendão.
ESTANB vuo, calmo, liso, sereno — desla-
vado.
ESTANHO, metal — mar.
isTANQUE, calafetado— tapado— estagna-
do.
ESTANTE, prateleira — (aí(;".) estável, fixo
— morador, residente.
ESTÃO, hostao — residência — casa, paço,
real.
^ ESTAR, existir, permanecer — ficar — ha-
bitar, morar, residir — convir — consistir —
fundar-se — jszer.
ESTATFLADO, immobil, oarado — posto.
ESTATUA, figura, vulto — imagem, simu-
lacro— {adj.) in^raobil, quieto.
iSfâTUARio, escu'piior, esciilptor.
ESTATUIR, determinar, ordonar, prescre-
ver — decidir, estabelecer.
ESTATURA, corpulcncia, g-andeza, tama-
nho — grossura — forma, porte, talhe.
ESTATUTO, decreto, ordenação, regulamen-
to — regimen, regra.
ESTÁVEL, duradouro, firme, fixo, perma-
nente, peTpetuo, solido.
ESTEiAR, escorar, especar — apoiar, sus-
ter.
ESTEIO, escora, es,^eque — agulha — co-
lumna — adjuda, favor — amparo, arri-
mo.
ESTEIRA, esteirão — aberta, rasto, sulco.
ESTELLiPERO 011 EstelifeTo, estellanle, es-
trellado.
ESTtNDER, abrir, desdobrar, desenrolar,
desinvclver — alargar, alongar, dilatar —
communicar, divulgar, propagar — estirar
— derribar, prostrar.
ESTENDKR-SK, divu'gar so, propagar se —
dilatar srt, e«praiar-se — entrar — correr —
abarcar, abrftnger.
ESTENDIDO, abcito, dosdobfado — amplo
compiido. dilatfiido, espaçoso — deitado —
prcstrado, (Jt-if-^íldídíi, tendido.
ESTERCAR , adubiar , engrossar, estru-
jnar.
yoí,. IV,
ESTERCO, adubio, estrume.
ESTÉRIL, infecundo, iníruciifero — incul-
to, maninho — áspero, rude — secco.
ESTERILIDADE, infecuudidade — carestia
carência, penúria — fome — maninhez.
ESTIAR, parar — afrouxar, relaxar,
ESTiLAR-SE, costumar-so, usar-se.
ESTiLLAR, destillar, goitoiar; goit^^jar, pin-
gar.
isTiLLiciDio, gottpjo — catarro, corrimea-
lo, dtífluxão, fluxo.
ESTILO ou Estijlo, dicçSo, elocução, ex-
pressão — rgulha — ponteiro — formula,
iheor — costume, modo, uso.
ESTIMA ou Estimação, apreço, caso, con-
ceito— d»'Coro, honra — aucloridade, res- *
peito — avfiliação
ESTIMADOR, apreciador — avaliador, con-
traste.
ESTIMAR, apreciar, prezar — avaliar —
receiar, temer — sentir.
ESTIMATIVA, coDJ3ctura — csmo,
ESTIMÁVEL, louvável — apreciável, avaliá-
vel.
ESTIMULAR, excitar, impellir, incitar, mo-
ver— irritar, oífender— aguilhoar, espo-
rear, picar, pungir.
ESTIMULO, estimulação, impulso, incenti-
vo — aguilhào — espora — irritação.
ESTIO, verão.
ESTIPENDIAR , assoldadar , pagar, sala-
riar.
ESTIPENDIO, salário, soldada — paga, sol-
do.
ESTIPULAR , contratar — convencionar ,
convir — pedir, requerer,
ESTIRADO, leso — forçado — exacto, per-
feito — autorisado, grave — suberbo.
ESTIRAR, atesar, estender, puxar — derri-
bar.
ESTIRAR SE, abater se, humilhar-se — ba-
quear-sc, estender-se.
E3T1DP8, casta, geração, linhagem, raça
— origem, tronco.
ESTO, maré cheia — ardor, calor.
FsTCFA, panno — condição, laia, quali»
dade — classe, sorte
EsroíCis.M3, auíteridadô, regidez, severi-
dade.'
ESTÓICO, fpathico, impassível — grave —
austero, constante, ri-zido, severo.
ESTOLiDEZ, estupidez, ueccdade, parvoíce,
sandice, tolice.
ESTOL DO. asno, bosta — estúpido, néscio,
parvo; tolo — ignorasito, rude — faluo.
ESTõMAGAR SE , agastar-so , iruligr.ar-se^
irar so — amuar-so, cLubezerrar-sc.
ESTÔMAGO, bu\:ho, venlriculo — bojo, sof •
IVirnento - animo, ^cnio.
tsTo.NTE.^R, ai' rdoar, aturdir, azoinar,
ESTOQyE, espada, iloreio.
958
irsT
EST
isTOQUEAn, esíocfldMr, ferir, furar-* ar-
guir, disputar, questionar.
ESTORTEGAR, estorcef, retorcer, torcer —
doílocar-
ESTOBVAR, oíalhnr. ínterroroper — impe-
dir, tolher — desviar, embaraçar — íDapor-
lunar.
«STORViLHO , essopeçilho , óbice, pegui-
lho.
ESTORVO ou Estorvamênto, âi\fí{nu\â8iá&
"— contraste, impí-dimemo, obstáculo —con-
trariedade , opposição — desvio ,' interru-
pção.
ESTOUFAR, bramar, detonar, rebentar,
rebombar — gritar — ralhar,
KSTouKO, detonação, estalo, estampido,
rebnffibo — [pL] panf^adas.
ESTOUVADO, atabalhoado, dcsaítentado—
adoudado, louco, tonto — imprudente, in-
considerado.
ESTRADA, caminho, via — calçada, rua
avenida — maneira, meio -^ exemplo — ras-
to, vestígio.
EST«ADAR, calçar — pavimentar, solhar
— cobrir — ^^ encaminhar, guier.
ESTBAUO, assento, banquinho, escabpllo
— * ccidtúra, séJe — *tribuual —{adj.) alas-
trado, coberto, juncado.
ESTRAGADO OU Estrag^ãdov , dissipador,
gastador, perdulário, pródigo — dev»S50,
dissoluto, perdido — • depravado, máu.
tSTKAGAK, arruinar, assolar, destruir —
depravar — desbaratar, desperdiçar — cor-
romper, damn.ar.
ESTRAGO ou Estragamcnto, destroço, rui-
na — essí^lnção — mortandade — perda —
desperdício — depravação.
r.sTRALADA, gritaria,' vozeria — rumor,
soada— bulha, — desordem — boato— aba-
lo.
ESTRALAR, estalar,
ESTRAMBÓTICO, esquipatico, exótico, sin-
gular — aííectado — extravagante, ridícu-
lo.
ESTRANGEIRO, advona. alienígena, estra-
nho — perigf ino — alheio — externo.
ESTfiA^GULAR, garroto&r — afogar, suíío-
car — esganar.
ESTRANHADO, ceusurado, desaprovado —
castigado, punido — abominado. >
ESTRANHÃO, ariíico. esquivo.
ESTRANHAR , descoubtcer — censurar ,
condemuar, reprehender — castigar — es-
quivar, evitar,
ESTRANHiiZA, abalo, impressão — espan-
to, surpreza — maravilha, prodígio — no
vidadtí, raridade.
ESTRANHO, estrangeiro — desconhecido,
ineoguito — peregrino — alheio, descon-
forme - marôTilho^o, portentoso.
esTRAiAsEiA, ardil, ajtu«ia, traça — do-
lo, engano, trapaça — arte, destreza, ma-
chinaçSo.
ESTREA ou Estieia, dom, presente -—
agouro, presagto — destino, fado, sorte —
astro — dita, felicidade, ventura — aují^
picio.
ESTREBARIA, cavôUariça, estalla, prese-
pe.
BSTREBuxAR, agilar-ss, debater-se, mover*.
86 '— enfsdar-s9.
* ESTRECER-SB, dlminuír-se,
bstreita, aperto — infortúnio — mise-
rit, penúria.
ESTRBiTAMSKTB, apertada, unidamente —
rigorosamonta.
ESTREITAR, diminuir, encolher, encurtar
— apçrtar, resiringir.
ESTREITEZA, cufteza, pequeoez — paroi-
monia — mesquinhez familiaridade, pri*
vança — afllic^ão, angustia, aperto — ca-
lamidade — trabalho — pobreza.
ESTREITO, augusto, brcve, curto — apar-
tado — intimo — apanhado, conciso — exa-
cto, miúdo — avaro, mesqainho — par-
co — rigido, rigoroso -^ (s.) bosphoro,
brsço de mar — vinculo — pressa.
ESTHEiTURA. estreiteza — aperto.
ESTRELLA, aslro, luzeiro — constellaçfio,
planeta — destino, fado, sorte — dita, for-
tuna — {pi) olhos.
ESTRELLADO, esiellifero, estrellante.
ESTREM, amarra, calabre, corda.
ESTREMA, baliza, limite, marco.
ESTREMADO, dividido, separado — abali-
zado, distincto, ftxcelltíute, perfeito.
ESTKEMADURA, extremo, fronteira, raia.
ESTREMAR, divi^lir, Separar — apartar,
desviar — deslindar — distinguir — avan-
tajar — divisar.
ESTREMAR- SE, abalizar-sc, assign»lar-se,
distifíguir-so — apartar se, dividir-se.
ESTREME ou Extreme, puro — nào mes-
clado.
ESTREMECER, sobrcsôltar-se, tremer — te-
mer.
ESTREMECIDO, assustado, inquieto, tremu-
lo.
ESTREMECiMKisTO, abalo, sobresalto, tre-
mor — arripiamento.
ESTRÉNUO, esforçado, forte.
ESTRsPií, abrolho, ferro, pua.
ESTREPiTANTE, estrepitoso. retumbante.
ESTRKPiTA, estalar, rebentar, soar.
ESTREPjTO. estrondo, ruida, rumor.
ESTRIBAR, asseittar, fundamentar, fundar
— audorisíir — (n.) firmar-se, suster-se —
escorar, estelar.
ESTRIDENTE, rechinauto, sibilante, zuni-
dor.
ESTRIDOR, sibilo, íunído.
E&TRijE, curuja, mocho.
ESV
£XÀ
0S9
isTuo, eDlhusiasmo — transporte — ge-
fiio — inspiração — brama, cio.
ESTRO.NDO, estampido, estrépito» fragor —
ruído, runiur — bulha, tumulto — rugido
— ai<»rido, gritos, vozeria — nome, repu-
tação — applauso.
ESTRONDOSO, clamoroso, estridente, estri-
dulo, ruidoso — pomposo — appiaudido,
soado.
xsTftOPiADA, estrupido, tropel.
BSTHOPEAR, aleijar, cortar, decepar, mu-
tilar, quebrar.
KSTuopHE, copla, estancia.
ESTRoviNflADo, iuconsiderado, temerário
— tonto.
ESTRUGIR, atroar, azoinar — ranger.
ESTRUiR, arriiinar, destruir.
ESTRUMàR, adubiar, estercar.
ESTRUME, adubio, esterco — excremen-
to.
estrupada, assalto, ímpeto, refega, [repel-
lâo.
ESTRUPIDO, estrepido, ruido, rumor.
ESTUDANTE, aulista, escholar.
ESTUDAR, aprender — meditar; preparar
— decorar — considerar, observar — ap-
piicar-ee, exercitar- se, instruir-se.
ESTUDO, applicação — saber — leitura
— meditação — cuidado — arte, artificio,
aula, classe.
ESTUGAR, apressar.
ESTULTÍCIA, asneira, fatuidade, neceda-
de, parvoíce, patetice, tolice — disparate,
loucura.
ESTULTO, asno, basbaque, bolonio, nés-
cio, parvo, pateta, simples, lolo.
ESTUPEFACÇÃO, adormocimento, entorpe-
cimento, estupor — assombro, pasmo.
ESTUPEFACTO, atordido, attonito, pasma-
do, surprezo.
ESTUPENDO, admirável, assombroso, ma-
ravilhoso , pasmoso — espantoso , terrí-
vel.
ESTUPIDEZ, asneira, I bestidade, inbecilí-
dade, tolice, tontice.
ESTÚPIDO, obtuso — estólido — besta —
insensato — adormecido, dormente — pas-
mado.
ESTuroR, adormecimento, entorpecimen-
to, torpor — admiração, assoojbio.
ESTUPRO, deíloração, violação — copu-
la.
isiuRDiA, peça, travessura — despropó-
sito, extravagância.
ESTÚRDIO, travesso — malicioso — tra-
quinas — adoudado, estouvado.
ESTURRADO, lorrado , tosto — adusto,
queimado — ardente, exaltado.
ESTURRAR, torrar, tostar — seccar.
ESVAECEB, aniquilar, desfazer — (n.) aguar
— desvanecer — desmaiar, esmorecer.
ESVAECER SE, desapparecoF, evaporar-se,
oxhíilar-so.-
BsvAEciMENTO, ovaporação — desmaio,
esmorecimento — vertigem — desvaneci-
mento.
ESVAÍDO, esmaiado — desfallecido — «ba-
tido, languido — dosangrado — arvorado
— murcho.
EsvAíiiENTO, evaporoçào — evacuação —
desmaio — vertigem.
EsvAÍR-sE, evaporar-se, exhalar-se — ir-
se, soUar-se — arvoar-se.
ESVOAÇAR, adejarr, alear.
ETERNAL, eterno, perpetuo.
ETERNIDADE, OVO, perpetuidade — im-
mortalidade.
ETERNIZAR, ímmortalizar — perpetuar.
ETERNO, ímmorlal —perpetuo — immu-
davel, invariável — permanente — peren-
ne — indelével — iucorruptivel.
ETHEREO, celeste, celestial, divino — al-
to, elevado — aéreo.
ETIQUETA, ceremonial — marca — rotu-
lo — letreiro.
EUMENiDES, furías.
EUNUCHO, capado, castrado.
EURO, vento oriental — leste, levante,
sudueste.
EVACUAÇÃO, despejo, vacuação — purga-
ção — saida — abandono — retirada.
EVACUAR, despejar — deixar, largar —
detergir, purgar.
EVADIR, escapar, evitar — fugir — estor-
var.
EVAPORAÇÃO, exhalação, vapo; — trans-
piração.
EVASÃO, escapula, fugida, saída — excu-
sa, pretexto, subterfúgio.
EVENTO, acontecimento , êxito , succes-
so.
EVENTUAL, accidental , acontecivel, ca-
sual, duvidoso," incerto.
EVERSÃo, assolação, destruição, estrago,
ruina — desolação,
EVERsno, arruinador, destructivo — trans-
tornador.
EVERSOR, arruinador, assolador, destra -
dor, destruidor.
EVIDENCIA, certeza, clareza, manifesta-
ção.
EVIDENTE, certo, incontestável, infallivel
— claro, distincto, manifesto, visível
EVITAR , fugir, livrar-se, guardar-se —
atalhar, excusai" — forrar, obviar, poupar.
EVITERNO, eterno, sempiterno.
EVO, duração — eternidade, perpetuida-
de — idade, século.
EvoLAR-sE, dissipar-se, evsporar-se.
EXABUNDANGiA, abasto, fartura, supera-
bundância.
ixaCção, cuidado — curiosidade — co-
2iO ^
960
EXC
EXE
branca — observância — pontualidade — -
acerío.
EwcsnBAçÃo, desabrimento, irritação —
paroxismo.
EXAGERBAR, fggravar, assanhar, azedar,
exasperar , irritar — augtnenlar — renovar.
EXACTIDÃO, cuidado, diligencia — exac-
ção, pontualidade — perfeição —justeza.
EXACTO, cuidadoso, diligente — pontual
— primoroso — coupassado — correcto.
EXACTon, arrecadador, cobrador.
EXAGEUAçÃo ou Exaggeraçílo, encareci-
mento —amplificação, hyperbole — augmen-
to.
EXAGERAR OU Exaggcrar, amplificar, en-
carecer — augtneutar, engrandecer, subir —
decantar. -
EXALTAÇÃO ou EiaJçamenío, angmento,
exaggcração, byperbole — elevação — su-
blimação.
exaltau ou Exaltar, elevar, levantar —
engrandecer, sublimar — encarecer, exag-
gerar, celebrar, louvar — entronizar.
EXALViÇADO, ftlvadio, esbranquiçado.
EXAME ou Examinação, averiguação, ve-
rificação — busca, indagação, inquirição —
ensaio, experiência, prova, tentativa.
EXAMINAR, averiguar, especular, inquirir
— considerar, ponderar, reflectir — buscar,
investigar, pesquizar — observar, sondar —
recensear — provar.
EXANGas ou Exsangue, desangrado — ex-
tenuado, fraco,
EXiKíME, defuncto, fallecido, morto
EXARAR, abrir, cortar, entalhar, gravar.
exaepêRaçâo, irritação.
EXASPERAR, endurecer — assanhar, en-
cruar, exacerbar, irritar.
EXCAWDESCENCiA, aqueutamento — incen-
diniento, iijflammação —cólera, ira.
ixcANDESCE^ , abrasoar — esquentar —
avermelhar, enrubecer — irar, irritar.
ÊXCAVAÇÃO, cavidade, cova, ouço — pro-
fundidade.
EXCAVAR, cavar — profundar.
EXCEDENTE, superfluo — excGSSO — » cres-
cença, resto, sobejo, sobra.
EXCEDER, transcender, tFaspassar — (n.)
sobejar, sobrelevar — sobrepujar, superar,
vencer.
ExcPLLENCiA , primazia , superioridade ,
vantagem — prerogaliva — attributo — es-
pecialidade.
ExCELLEiNTE, cxcelso, suporior — bello —
eximio — egrégio — admirável, maravilhoso
*— grande, magniíico, nobre — preeminen-
te — raro, singuhr — avantajado, prestante
— sobreexcellente, sobrepujante.
EXCELI EU, avántajar-se, exceder, sobre-
rtijnr.
EXCELSO, 8lto, [elevado --egregitíj sublime.
Excipgio, djtipin^ação, exclusio, isen-
ção—indulto, privilegio — Clausula, con-
dição.
EXCEPTO, dispensado, exceptado, exce-
ptuado, isento — [prep.) afora, salva nte,
salvo, senão, tirado, tirando, tirante.
ExCEGTUAR OU Exceptãr, dispensar, ex-
cluir, isentar — privilegiar — leservar,
tirar.
EXC2RPT03, apontamentos — extractos —
collecções.
EXCESSIVO, demasiado, exorbitante, su-
pérfluo — nimio, profuso — amplificado,
hyperbolico.
EXCESSO, avantfljem, superioridade — de-
masia, sobejo, superfluidade, redundância
— delicto — officsa, ultraje — desordem
— intenção.
ExCíDio, assolação, destruição, ruina —
perda — transtorno.
EXCITAÇÃO, estimulo, incitação, instigação,
provocação.
ExciTAD^R, incitador, instigador, provo-
cador — motor.
exgitaMeNto, excitação — revigoração.
EXCITAR, animar, avivar, despertar —
eslimula^r, incitar, provocar — consitar,
suscitar.
exclamação , acclam?.ção , applauso —
clamor, grito — epiphonema.
EXCLAMAR, bradar, griíar.
EXCLUIR, afastar, desviar *— expulsaf —
regeiíar.
EXCLUSÃO, exdusiva — expulsão — re-
cusa, repulsa.
ExcoGiTAÇÃo, imaginativa, invento.
EXCOGiTAR, imaginar, meditar, pensar —
inventar.
EXCOMUNGAR OU Excommutígart anathe-
malisar.
EXCOMUNHÃO ou ExcommunhãOt anathe-
ma.
ExcoHiAçÃo , esfuladura — arranhadu-
ra.
EXCORiAR, esfolar. ^ '
EXCURSÃO, correria, salto — inctirsSo,
invasão , irrupção — cavalgada , Saí-
da.
EXECHAçÃo, abominação, deteslaçSo —
imprecação , maldição , praga — hor-
ror.
EXECRANDO, abominável, detestável — ne-
fando, nefario — amaldiçoado, maldiclo —
odioso — horrendo, horroroso — impio
iníquo — malvado.
EXECRAR, abominar, amaldiçoar, detes-
tar.
ExscRAvEL, abominavel, execrando, hor-
rivél.
EXECUÇÃO, acto — cumprimento, tfleilo,
tealisação.
EX^^
li-^
961
EXECUTOR OU EfccutadúT^ testflmenleiro
— carrasco, verdugo, [aij.) cumpridoF.
fcXKGKSE, explicação, exposição, narra-
ção.
EXEG ÉTICO, expositiva, narrativo.
EXKMPçÃ(j, dispensaçâo — iromunidade.
privilegio — independência, superioridade.
rXEMPLAno, casligado — reprehendido
— exempliíicado.
hxemplar, retrato — anlityqo, etymo,
modiílo — original, paradigma, prototypo,
traslado — copia, t.ansumpto — ideia —
tomo, volume.
íxaMPLO, exemplar, traslado — modelo,
molde — espelho.
EXEMPTAR, dispensar, eximir, livrar.
EXdUPTO, desobrigado, livre, não sujei-
to.
EXÉQUIAS, enterro, sepultura — funeral,
mortuorio, soiaaeato.
EXERCER, practicar, professar — execu-
tar.
exercício, costume, habito, uso — ap-
plicaçâo, occupacão, trabalho — agitação,
movimento — experiência, practica — em-
prego, funcção — manpjo, manobra — ser-
viço {'pi.) conferencias.
iXKRCiTAR, exercer, praticar, usar —
tfar.
EX5RC1T0, hoste — milicias, tropas — ba*
talhões, esquadrões, legiões, phalanges —
multidão — arraial.
fiXUÀLAçlo, emanação, evaporação — va-
por — baf), ha li lo.
iXDALAR, tvaporar — lançar.
txaAURia ou Exhaustar, esgotar, vasar
— enseccar — empobrecer.
ExiiAUSTO, enseccado, esgotado — empo-
brecido, gastado — acabado.
sxBiBiR, apresentar^ mostrar — paten-
tear,
KxnoRTAÇÃo, advertência — admoesta-
ção.
ExnoRTAR, induzir, persuadir — animar,
incitar — mover.
ExiCíO. destruição, ruína — perda, per-
dição — fim.
EXiDo, esplanada — curral — cerrado —
baldio.
fixiGEfsciA, carência, precisão — impor-
tância, necessidade.
EXIGIR, demandar, requerer — pedir —
constranger, obrigar.
EXIGUIDADE, modicidade, pequenhez.
EXÍGUO, acanhado, módico, pequeno.
Exímio, grande — excellente — famoso,
insigne.
EXIMIR, livrar — absolver, desobrigar —
dispensar, exemptar.
EXiNANiR, esvasiar — evacuar^ exhaurir
«— aniquilar.
voL. ir.
EXISTÊNCIA, realidade, ser — subsistên-
cia, vida.
EXISTIR, subsistir, viver — eslar< ser— du-
rar, permanecer.
ExíTo. fim, saiia — econtecimento, even-
to, successo.
EXONERAR, alliviar, descarregar, desp8jí.r
— desobrigar.
EXORAR, orar, pediir, supplicar — abalar,
commover, demover — conseguir.
EXORAVEL, flexível — compadecido, pie-
doso.
exorbitância, transgressão — demasia,
excesso — immoderação.
EXORBITANTE, cxcessivo, uímio — des-
marcado, enorme, prodigioso — immode-
rado.
exorcismar, exorcisar — conjurar.
EXORCISMO, esconjuro.
EXÓRDIO, antiloquio — prefação, prologo
— preambulo, preludio — começo, entra-
da, principio.
ExoRNAK, embellezar, ornar.
EXÓTICO, estrangeiro, estranho — extra-
vagante — raro.
EXPECTAÇÃO, espera, esperança.
EXPECTADOR, preteudento — esperadoft .-,^
EXPECTATIVA, cspera, esperança — cott*
fiança.
EXPECTÁVEL, appetecivcl, cubíçavèl, dd«
sejavel.
EXPEDIÇÃO, diligencia, presteza , prõíâ*
ptidâo — desembaraço, despejo, soltura '^
facção — jornada — empresa.
EXPEDIDO, desembaraçado, solto -" dê*
sapegado — aviado.
EXP8DIENCIA, despacho — desembaraço.
EXPEDIENTE, meio, modo, via — oppor-
tunidade — conselho — despacho.
expedir, despachar — promulgar — ex- ,
pellir, expulsòT — desembargar — desem-
Daraçar — acabar, terminar — acceierar,
diligenciar — despedir.
EXPEDITO, activo, lesto, prompto — cor-
rente, desembaraçado, fácil.
EXPELLia, botar, expulsar, sacudir.
EXPENDER, despender, gastar — > explicar
— considerar, examinar, ponderar.
EXPENSAS, despezas, gasto — custas.
EXPERIÊNCIA, eusaio, experimento, tenta- .
tiva — exercício, practi^^a — costume, uso
— capacidade, conhecimento, habilidade.
EXPiSRiMKNTAR OU- Ejjonmeníar,, achar —
provar — apalpar, indagar, tentar.
EXPERIMENTO, exptríencia.
EXPERTO, experiente, experimentado, pe-
rito, versado — activo, vivo — agudo*
perspicaz.
EXPIAR, purgar, purificar — emendar ,
reparar, satisfazer.
EXPiLAH, rapinar, toubar, pilhar.
9&i
EXO.
EXT
EXPIRAR, morrer — acabar, findar —
respirar — soprar — exhalar — disáolver-
se, evaporar- se.
' EXPLANAÇÃO, explicação, exposição.
EXPLANAR, apostillar — explicar, expor.
"EXPLICAÇÃO, exposição, interpretação —
cpramento, glosa, nota — declaração, ma-
nifesto — definição.
EXPLICADOR, expositor, interprete.
EXPLICAR, declarar, manifestar — ex-
pender, explanar, expor — interpretar —
aclarar, alumiar, dilucidar.
EXPLICITO, declarado, expesso — claro,
distincto, formal.
EXPLORADOR, batcdor, corredor — espia
— lobrigador.
EXPLORAR, buscar — examinar, observar
— descobrir — vigiar — espiar — inves-
tigar, reconhecer.
EXPOR, patentear — propor — contar —
dizer — declarar, explicar, interpretar —
arriscar, aventurar, comprometter — pôr.
EXPORTÁVEL, transportavcl.
EXPOSIÇÃO, declaração, explicação — in-
terpretação — narração — amostra — po-
sição, situação.
EXPOSITOR, declarador, interprete — com-
mentador, explanador.
EXPOSTO, entregue, offerecido, sugeito —
explicado — arriscado — [s.) engeitado —
conteúdo.
EXPRESSÃO, representação — gesto — dic-
ção, elocução — estylo — palavra, termo,
voz — phrase.
EXPRESSAR, declarar, exprimir.
EXPRESSIVA, expressão — elocução — re-
citação.
EXPRESSIVO, claro, emphatico, enérgico,
significativo.
EXPRESSO, explicito — declarado, mani-
festo — retratado — expremido, repre-
sentado — (s.) mensageiro.
EXPRIMIR, enunciar, manifestar — repre-
sentar — tirar — espremer.
ixpROBRAçÃo, reproche — injuria, vitu-
pério.
EXPROBRAR, reprehendef — objectar —
censurar, condemnar.
* EXPROvADO, experimentado, provado.
EXPUGNADOR, couquistador , debellador,
vencedor.
EXPUGNAR, render, tomar, vencer — con-
quistar.
EXPULSAR, expellir, repulsar — afastar,
desviar.
íxpuRGAR, limpar, purgar — [corrigir,
emendar.
* KXQuisA, enquisa — informação, in-
quirição.
íXQuisiTO, escolhido — acarretado, ex-
cogitado — . exceilente, eximío — delicado
— raro, singular — selecto — grande,
sumrco.
ixsiccAçlo, marasmo, resicaç&o.
* extar, existir — haver.
EXTAsis, Esíase ou Estasi, enlevação, en-
levamento — lapto, transporte — admira-
ção.
EXTÁTICO, arrebatado, enlevado — absor-
to — admirado.
EXTEMPORANEAMENTE, improvisa, repen-
tina, subitamente.
EXTEMPORÂNEO, improviso, repeutino, sú-
bito — magistral.
EXTENSÃO, comprimento, latidâo, latitu-
de — alargação, amplitude, largura — es-
paço — augmento, prolongação.
EXTENSO, amplo, comprido, grande, lar-
go, longo — augmentado — diífuso, pro-
lixo.
EXTENUAÇÃo, enfraquecimeulo, fraqueza
— magreza — diminuição.
EXTENUAR, atteuuar, debilitar, enfraque-
cer — emmagrecer — abater.
KXTERiOR, aparente — externo, extrínse-
co — {s) ar, presença, rosto porte, talhe
— exterioridade — superfície.
EXTERiORiDADES, apparcucias, exteriores,
mostras
EXTERMINAÇÃO, destruição, excidio, ruí-
na — desolação.
EXTERMINAR, arruinar, assolar, destruir
— extirpar.
EXTERMÍNIO, cxpulsão — dcsterro, exilio
— destruição, ruina.
EXTERNO, exterior, extrínseco — estran-
geiro.
EXTiNCçÃo, aniquilação, destruição, exi- .
cio, ruina — morte.
EXTiNCTO, apagado, esquecido — morto
— amortecido, mortificado — acabado, per-
dido — annullado — abolido , supprimi-
do.
EXTINGUIR, apagar — destruir — abo*
lir, supprimir — acabar — dissipar, extir-
par — exterminar.
EXTIRPAR, desarreigar — abolir, destruir
— arrancar — extinguir.
EXTORQUIR, arrancar.
EXTORSÃO, rapina, usurpação, — violen*
cia.
EXTRACÇÃO, exportação — consumo, va*
são — extracto.
EXTRACTO, sumo, succo — compendio,
epitome — copia.
EXTRAÍR, espremer — levar — achar —
buscar — tirar — separar — abreviar, sum*
mariar — copiar, transcrever.
EXTRANEO, estraogeiro. estranho, novo--
maravilhoso, raro, singular — grande, il-
iustre, insigne — memorável , notável —
casual, fortuito, ridículo.
FAÇ
FAC
968
ixTBAOBDiíSARio, desusado, estranho, no-
vo — • maraviloso, raro, singular — gran-
de, illuslro, insigne — memorável, nota-
Vel — casual, fortuitoo.
EXTRVAGANCiA, dísp?irflte, loucura — de-
lírio, desvario — iuepcia — impertinên-
cia.
EXTRAVAGANTE, estrambolico, exótico —
insensato, louco — impertinente — ridicu-
lo, visionário.
EXTRAVIAR, dssencaminhar , desviar —
perder.
EXTRAVIO, descaminho, desvio.
EXTREMADO, acabsdo, completo — per-
feito — abalizado, insigne — excellenie.
extrexar-se, esmerar-so — abalizar-se
— disiÍDguir-se.
' extremidade, extremo — cabo, fim, ter*
mo, topo — bico, ponta — aperto.
EXTREMO, extremidade — excesso — fron-»
teira, raia — cume — (««O*-) ultimo — ex-
cessivo — extremado, extremoso.
EXTREMiso, extremado — excessivo, tii-
mio — terno — wipaixonado — aíTtctuoso.
extrínseco, accidcntal, adventício — ex*
terior.
EXUBERÂNCIA, aíHucncia, superabundân-
cia, suporflaidade.
EXUBERANTE, superabundaute — exce-
dente, redundante.
EXUBKRAR, superabundaf.
EXULTAçÂo, alvoroço, alegria, prater.
EXULTAR, alvoroí-ar-se — » alegrar-se, re-*
gozijar se.
F
FABORDÃo, desaCnnção, desentoação, des-
entoa me ato.
FABaiCA, composição — construcção, es-
tructura, organisaçro — edifício — ollicina
— feitio — artiticio, lavor, trabalho — mu-
leriaes — [pL] desenhos, ideias, projectos,
traçrts.
F.«BRiCAÇÃo, fabrica, manufactura.
fabwicaduh, ariitice ediUcadõr — auctor,
coo)['osiieiro — creador, inventor.
F«B<iiCAR, architeciurar, construir, edlQ-
car — cu .har — íh/hp — lecer — manufa-
cturar — ruliivar -- f>trJHr, imaginar, inven-
tar, urdir
FABHÍc^j, fabricação, obra — amanho, la-
voura.
Fabril, mechanico — artificioso.
FABRO, artífice, ollicial.
Fabula, apolcgo — chymera, firção —
riso, zombaria — cionlo, uovella, romance
— rnylholofiia — nncnlira, falsidade.
FABULAii ou FabulUar, apologar — fingir,
iuveniar — mentir.
Fabuloso, í,íUo. fingido — imppinado, in-
■vcnlado — cbjliienco, fioticio — sooliarlo.
FAÇíKUA j p'oeza — em|)resa, fãcrao —
heroicidade — acção, feitos — bravura —
maravilha.
FAÇANHE1R0, faufirrão, patarata, ronca-
dor, vaidoso.
FAÇANHOSO, extraordinário, inaudito — -»
enoruie, grande — monstruoso — memorá-
vel — famoso — heróico.
FACÇÃO, jirnflda — empresa, expedição —
bdiido, parcialidade, partido — conluio, li^
^'8 — conjuração, conspiração.
FACCIOSO, atuotinador, sedicioso — par-
cial.
face, cara, rosto, sembhnte — apparen-
cia — pre&e^ça — ílô'*, superficie, i(»na —
facha a, fronlaria, fronte, frontispício — ;
ordem.
fackcía, g-ílanteria, gr^ça, grat^iosidade
— airiisidade. donaire — jacosidade — cho-
carrice.
Faceira, baiofio, fanfarrão, patarata, vai-
doso— casquilho.
fackto, gaihoítiro. prazenteiro — engra-
çado, gracioso — lapido, cómico, festivitl,
mmiico.
FACHA, archote — loia. tocha — fi^cho —
cima — venda — bip-nnc ~ jface.
241 .
0C4
FAL
FAM
FAÇíUpA, faee, ffonlaria, fronte, ffônsU«
pioio-— appareneia, mostra, ostBiitaçSo,
FAcniNA ou Faxino, feixe, molho — des-
troço, astrago.
FAcno, Archote, braníiào — fanal, farol.
FÁCIL, natural — conversavel, lhano, tra-
etavel — comezinho — corrente, fluido —
condescendente — indulgente, propicio.
FACILIDADE , desembaraço — destreza ,
fubtihíza — agilidade, presteza — confiança
-— r affdbilidttde — inoonsidereção.
FACILITAR, achan&r, alhanar, desimpe-
dir.
facilitah-se, agilitar-se, desembaraçar-
se — familiarizar-se.
facinoroso, criminoso, flagicioso, malva-
do, scelerado — nefario.
factício, artificial — contrafeito, imita-
do,
factível, acontecivel — fscil — possível,
practicavel — liiito, permiltido.
FACTO, acção, feito —acontecimento, caso,
successo — realidade.
FACULDADE, direito, poder, potencia —
liberdade, licença — sciencia — capacidade
corporação — {pi ) qualidades — bens, cabe-
daes. haveres, posses.
FACULTAR, facilitar.
FACULToso, opulento, rico — caudal, cau-
daloso.
FACÚNDIA, eloquência — elegância, graça.
FaCundo, culto, discreto, eloquente.
FAÇUDO. bochechudo.
fada, maga — bruxa, feiticeira.
fadah, predizer, vaticinar — proteger.
FADApao, destino, sorte— fadiga, lida,
pena, trabalho — propensão.
FADIGA ou Fatiga, cançaço, lida —labor,
trabfllho — pena — embaraço.
FADIGOSO, cançativo, penoso, enfadonho,
importuno.
FADO, destino, sorte — oráculo, vaticínio
— finameato, morte.
FAGUEIRO, acariciador, afagador, affavel.
carinhoso, meigo.
FAiM ou Fai, espadim, florete.
FAÍSCA, centelha, chispa, faúla, scintilla.
FAISCAR, crepitar — scinlillar — chamme •
jar — brilhar, resplandecer.
* FALAMENTO OU Fãllamento, discurso
falia.
FALBALAS, folhos, guamição.
FALCATRUA, eng«no, logro, peça.
FALCATRUAR, caíotear, lograr — enganar,
illudir.
FALHA, eiva, fenda, racha — mossa —
defeito, macula, quebra.
FALHAR, estalar, quebrar — faKar.
FALLA, p'»l,ivrn, voz — lingua, linguapem
— estjlo, Irícuçiio — afCDga, oração, dl':
curso, practic?|.
' FALLACíA, sophisma --- eag^ao, fraude-^
enredo, tramóia.
FALLADOR, bâchapel. cbarUdor, gárrulo,
linguareiro, loquaz, palrador, palreiro, ta*»
rameleiro — dizedor, verboso.
FALLANTB, eloqucnts — avisado, discreto
— articulanto.
FALLAR, dizer — conversar — charlar, co-
cbichar, papear — conferir, discorrer, pra*
ticar — tractar — advogar, orar.
FALLAZ ou Fallace, enganador, engano*»
so — artificioso — fraudulento, impostor —
vão,
FALLiCER, falhar, faltar •— acabar, cxpí"
rar, fenecer, morrer.
FALLECiDo, morto — desapparecido — fal*
to, necessitado.
FALLECiBENTO, careucia, falta — finamen^
to, morte, óbito — desfallecimfnto.
FALLESCiA, falta — culpa, erro — enga-
no— excepção, limitação.
FALLiMKNTo, bancarrota, quebra — erro
— falíencia — diminuição —morte — culpa,
peccado — falta, omissão.
FALLiR, enganar — (n ) quebrar — empo-
brecer — arruinar-se.
FALSAR, falsificar —mentir— baldar, frus-
trar, inutilizar — (n.) falsear.
FALSARio, falsador, falsificador — engana-
dor — embusteiro, impostor — calumniador
— corruptor.
FALSIDADE OU Fãlsía, dolo, frauduleucia,
impostura — engano, mentira — dissimulo,
fingimento.
FALsiDico, doloso, Impostor— meutiroso.
FAi siFiCAçÃo, adulteração, alteração, cor-
rupção.
FALSIFICAR, adulterar, arremedar, contra-
fazer — alterar, perverter — corromper, vi-
ciar.
FALSIFICO, mentiroso — falso.
FALSO, aleivoso — astucioso — fingido,
sapposto — falsificado — postiço — (s.) falsi-
dade.
FALSURA, alei vosia, falsidade, má fó, per-
fídia — perjúrio.
FALTA, carência, inópia, penúria — cul-
pa, peccado — defeito — engano — omis-
são.
FALTAR, carecer — falhar — abortar—'
peccar.
FALTO, carecido, necessitado, desliíuido,
mingoado — dtf*íituoso — não inteiro.
FAMA (boa), credito, reputação — nome
— gloria — honra — boato, noticia, ruído,
soada — (má) deshonra, discredito, labeo
— ignominia, inf'ímia.
FAMÉLICO, esfiimado, esfomeado, faminto,
fainujpnlo — ávido, cuhiroso.
FiMiGERAtío, afamada celebro, famosa,
íií/iijeadp,
FA»
FAS
96&
f AMiijA, casa ^ obrigação, sangue — go-
râçào, raça — alliados, parentes —• extracção
— 'ganle — ospecio, género,
FAMILIAR» fâmulo — irasgo — confrade —
commisssrio — [adj.) cnseiro, domestico, fa-
milio — iniirao — acostumado , habitual ,
usual — fácil, natural.
FAMiLURiDADB , amlzado — confiança —
convivência, intimídadd, privança.
FAXiLURiZAR-SE OU FamUiarisar-se ,
acoEtumar so, avezar-se, habiiuar-so — aU
liar-se, ap«rentflr~se, emparentar-se.
FAMINTO, famaco, famélico, famulento,
esfaimado, esfomeado — ávido, cobiçoso —
anhtlante — miserável, misero, misérrimo
— pobre — avaro — pallido — dosfallecido,
languido — devorador, voraz — impaciente
— inquieto
FAMOSO, egrégio, Ínclito, insigne — cele-
bre, nomeado — afamado, fam'gerado- no-
tável — iiJustre.
FAMULA.a, ajudar, auxiliar, soccorrer —
servir.
FAMULKNTo, famelico, faminto.
FÂMULO, criado — estudante.
FANADO, maltractado, mutilado — circum-
cidado — miserável — pobre — estreito —
inurcho — secco,
FAWAL ou Phanal, faro, pharol— lam-
pião — facho.
FANAR, circumcidar — amputar, truncar
— aguarentar — murchar.
fanaTíco, desvariado, insepsato, louco
— arrebatado, furioso — lunático, visioná-
rio,
FANATISMO, loucura, phrenesi — supers-
tiçSo — obstinação, teima — enlhusiasmo.
fanchonice, mollicie — sodomia
FARcnoNO, sodomita — afeminado, mol-
le,
FANFARRÃO, chibante, rabulão, valentão
— mata sete — bazofio, blasonador, jactan-
cioso, roncador — farfante, patarata — or-
gulhoso.
FANFARRARIA, Faufarrice OM Fanfurria,
Fabularia — fanfarronada, jactância, osten-
tação — basofia, presumpção, ufania — cas-
quilhice.
FANHOSO, gangoso, roorfanho.
FANTASIA ou Pfiantasia, imaginação, ima-
ginativa — arbítrio, gosto, vontade — pre-
sumpção, suberba — chimera, sonho — ex-
travagância, loucura — ficção — preludio.
FANTASIAR OU Pliautasiar^ fingir, imagi-
nar, inventar — compor.
FANTASIOSO ou PKantasioso, persumido,
presumpçoso, vaidoso — caprichoso, chime-
rico, extravagante.
FANTASMA OU Pkantãsma, avejão, aven-
lesiíia, espectro, larva— Soiijbra — imagem
— . chiaiwa, illu^ão,
rok. it.
FANTÁSTICO CU Phmtastico, imaginário,
phaniasioso — fingindo, simulado.
FARANDULA OU Favandulagem, charlt-
lães, farçanies, etc. — bugiarias, farelorio,
ninharias.
FARAUTB, interprete, língua — arauto, rei
d'armas — corrector, medianeiro — cabeça,
chefe, guia.
FARç\, comedia, entremez — pelolicas —
bufonerin, caturrice, chocarrice.
FAE CANTE ou Fãrciifta, bobo, caturra,
chocarreiro, farçola, gracioso.
FARDA, uniformo — libro.
FARDAGEM ou Fardelagtm, fardamento —
bagagem, cargas, fardos.
FARDO, hó — bala — carga, peso— pacote,
FAREJAR, cheirar, fariscar.
farelorio, bugiarias, ninharias — írio-
leiras.
farfalha o\i Farfalhada, bulha, estron-
do, motim.
faufaldador ou Farfalhão^ amotinador
— parolador, parol-^iro.
farfalhar, estrondear — parolar, taga*
relar — remexer, revolver.
farfante, blasonador, vanglorioso — fan-
farrão.
farnel, fardel.
FARO, olfato — cheiro, exhalaçâo, odor
— indicio.
farol ou Pharol, lampião, lanterna —
pharo.
farpão, harpeo — arremeço, dardo, ve*
nabulo — setta.
farpar ou Farpear, harpoar — dardear
— assettear.
FARRAPO, andrajo, trapo.
farroma, bravata, faufarrice, fanfarro-
nada, pataratice, ronca.
farroupilha, escarpido, farrapão, mal-»
trapilho.
farroupinho, bacorote, raarranito.
faRROupo, marrão, porco.
FARRUSCA, farrumpeo, tarasca.
FARSOLA ou Farçola, bobo, chocarreiro,
farçante, galhofeiro — chibante, fanfarrão,
quichote.
FARTADELLA, barrígada, lambada, lam-«
buçada.
FARTAR, saciar — acevadar, cevar — atu-
lhar, encher — recheiar — satisfazer.
FARTO , saciado , s.-^lisfeito — atulhado ,
cheio — recheiado — copioso, fértil — abor-
rido, desgostoso de. . .
FARTUM, fedor, raáo cheiro.
FARTURA, saciedade — recheio — abasto,
abundsncia, cojna.
FASCINAÇÃO, olhado, olho máo, quebran»
to — deslumbramento — incanto.
FASCINAR, deslumbrar, incantar ^r- engv
nar — haUucinar.
242
866
FÀU
FEt
FASQuUf Uta.
FASTIDIOSO, FasHoso m FmHmtOi te-
dioso -* o&usUco, oafjidonho, molesto —
nbinivel,
fastígio, «cumen, 8uge •— cimo, cume —
reruaie — eltura, eminência — sublimidade
FASTIO, enfaro, onlojo, náusea, ledio —
ebarrííc! mento, desgosto -^ enfadamento -^
àesprczo.
FASTO, elevaçSo — soberania -- altivez,
arrogância, suberba — magnificência, pom-
pa — ostentação — apparato, estado, gran-
deza, lustre — (arf;.) fe!ii, prospero.
FASTOS, annaes — archivos — registos.
FASTOso, magnifico, pomposo, soberbo
.— ostentoso — altivo, arrogante, orgulho-
so, víto.
FATAL, calamitoso, desgraçado, funesto
«— trágico — prejudicial, ruinoso.
FATALIDADE, desiioo, sorte — desgraça —
penalidade.
FATEXA ou. Fateixa, ancora, arpeo, gan-
cho.
FATIA, talhad.i — lasca.
fatídico, adivinho, prophetico.
fAtiFero, mortífero.
FATIGAR, cançar — acossar, perseguir —
amofinar — affligir — importunar.
fatiota, fato, roupa — moveis — trou-
xas.
FATO, bens, moveis, roupas, vestidos, etc.
— manada, rebanho.
FATUÍDADE, inépcia, simpleza — ridicula-
ria — luuclira, necedade, tolice
FÁTUO, estúpido, louco, néscio, simples,
tolo.
Fauces, garganta, guela — bocca, bo-
queirão — abertura.
FAÚi.A, centelha, faisca.
Faúlhas , bagatellas — tolices — friolei-
ras, paiarfltas.
FAÚLHENTO, ffivolo, fulil, inulíl, VãO.
falnus, satyios, silíanos.
Favo, mel.
favonio, zephyro.
FAVOR, graça, mercê, mimo — amparo,
auxilio, deft^sa. protecção — adherencia, cre-
dito, benevolência.
FAVORÁVEL, benéfico, benigno, propicio
— bom, sadio — í«u>to, prospero, risonho
' — ami^o — empenhado, padrinho, patrono
— fautor — fresco, g«leriio.
FAVORECEDOR, padiiiiho, patrono, protec-
tor — defensor.
FAVORECER, araercear, gratificar — apa-
drinhar, patrocinar — auxiliar, favorizar,
proteger - avantajar — parci^lisar.
FAVORITO, o-imoso, querido — valido —
afiihíido, protegido.
pai/sto. afortunado, ditoso, feliz, propi-
cio, prospero.
PAUTOU, defendedor, favorecedor.
FAUTORA AR, apadrinhar, favorecer, pi*
trocinar.
FAX* ou Faixat tífR— «banda, charpa —
oingidouro, cinta — [pi] mantilhas
fazbnda, cabedal, dinheiro, riquezas -•
bons, haveres, posses — mercsdorias— ter-
ras— herdades —'* f5Cç5o, procedimento —
"^ duello — peleja — * batalha , confiioto -i
* correria — * labutaçfto, lida — serviço.
FAZBISDEIRO, quiotciro — feitor.
FAZER, executar, obrar — acabar, con-
cluir, terminar— compor, tecer — construir,
fabricar— causar, produzir — excitar — dis-
por, preparar — mandar — obrigar — con-
certar — servir - ajustar — vir — fingir.
fazbr-se, afazer-se, avezar-se — formar-
se — tornar-se.
FE, credito, crença — religiSo — boa fó,
fidelidade, lealdade, probidade — candura,
sinceridade — prova , testimunho — jura-
mento.
FEALDADE OU Feialdade, deformidade—*
enormidade — infâmia, torpeza.
FEANcnÀo ou FeianchãOj feiíssimo, hor-
rendo.
FEBE ou Phebe, a lua— Diana, Hecate,
Prosérpina.
FEBo ou Phebq, o sol — Apollo.
FEhRA. fibra, filamento.
FECHAR, cerrar — tapar — acabar, con-
cluir, findar, terminar — cercar.
FECBO, aldraba, íerrolho — belho, iin-
gueta - conclusão, fim.
FECUNDAR, fertclizar, fructificar — adian-
tar, augtnentar.
FECUNDIDADE, abundaucia, copia, fertili-
dade.
FKCUNDO, abundante , fértil, fructifero,
productivo.
FEDELUO, estudantinho — rapazinho — fi-
gurinha — fedorento.
FEDKRADo, confederado, federalista.
federalismo ou Federação, aliiança, con-
federação, união — ajuste.
FEDERAR, alliar, confederar, unir.
fedu, feio, horrendo, torpe.
FEDOR, fedito, rnáo cheiro — corrupção,
infecção, patrefacção.
FEDORENTO, felido, mal cheirante, mal,
cheiroso — corrupto, pútrido — descouten-.
ladiço.
FEIÇÃO, feitio, figura, forma — gesto —
cote, iiniamenlo'?, t«lhe — maneira, modo,
ordem — condescendência — jovialidade.
FEiHA, mercado.
FEIRAR, comprar, vender, negociar, tro-
car.
FEITA, acção, vez.
FKiT Ceira, bri'Xa — maga.
FEíT CfiiRo, magico, mago -— brujo, ni-
FER
gromanlico — fascinador, hallucinador, in-
car.tador — [ddj ) npr<ízivel.
FKiTiCERiA, bruxaria — magia — feitiço,
maleQcio, sortilégio, veneflcio — fascinação,
incflnto.
PKiTiço, bruxaria, magia, nigromancia
— incauto, sortilégio, Yeneficio — fasoina-
ção, olhado — philtro — {(ídj.) artificial —
falso, fingido.
Feitio, feiçSo, forma — diligencia — cas-
ta, laia. sorte.
FEITO, acção, * fazimento — proeza —
facção — acontecimento, facto, snccesso —
questão — autos — processo — {adj.) obra-
do — afeito.
FEITOR, administrador, negociador — ca-
seiro, rendeiro — [adj.) auctor, credor —
fazedor, obrador.
FEITURA , feitio — factura — trabalho —
creàtura.
. FfiixE, lió, molho.
Fel, amargo, amargor, amargura — ódio,
rancor — paixão — cólera.
. FELICIDADE, dita, veulura — fortuna, pros-
peridade — gloria — salvação— sorte — bo-
nança — satisfação — suocesso.
FELICITAÇÃO, congratulação, emboras, pa-
rabéns.
FELICITAR, cumprimentar, congratular —
aditar, afortunar, bema^eniurar.
FELIZ ou FelicCj afortunado, ditoso — fa-
vçravel , fausto", prospero — contente —
abençoado, bemditoso.
. FELPA, pellucia, rico — cabello, pello.
Felpudo ou Felpado, aveludado, pellu-
do — cabelludo, velludo.
FÊMEA ou F etnia, mulher — dama — don-
zella.
" FEiíKAÇo, fêmeas — concubinas, meretri-
zes.
FEMENTIDO, fraudulento, pérfido, preju-
rOj tredo.
FEMINIL ou FemininOf femeal, femineo,
mulheril.
FENDA, fisga, greta, rgcha.
FENDENTE, aU'abaixo, cutilada, golpe.
FENDER, abrir, cortar, rachar — retalhar
— sulcar — separar.
FENECER, acabar, findar, terminar — ex-
pirar, fallecer, morrer.
Feo ou Feio, mal parecido — desagradá-
vel — deforme — torpe — enorme , mons-
truoso — horrendo.
FERA, monstro — cruel, iahumano.
FERAC1DADE, feftíliJade.
Féretro, ataúde, caixão, esquife, tumba.
Fereza ou Feridade, braveza, ferocidade
•- barbaridade, crueldade, deshumanidade
— arrogância.
FERIDA, chsga — golpe — cutilada, esto-
cada, lançada — axe, lesão — pancada.
FER
967
FERINO, belluíQo, cerval — cruel, feroz,
sanguinário.
FEKiR, golpear, mutilar — assetlear, vul-
nerar — chegar , tocar — castigar — insul-
tar, offender.
fermií:nta'ção, ebuUiçSo, eíTervescencia —
agitação — dissenção.
FRBMENTAR, agitnr-se — decompor-se.
FERMOSEAR OU Formoscav f aformosar,
alindar, formosentar.
FERMOSo ou Formoso^ bello, lindo — bi-
zarro, galhardo, gentil — agradável,
FERMOSURA OU Fcrmosura, b.^lleza, bo-
niteza, lindeza — galhardia, gentileza.
FERO, ameaça, bravata, bazoUa — [adj.]
brutal , duro — ferino — grandíssimo —
monstruoso.
FEROCIDADE, braveza, fereza — crueldade,
crueza — dureza — arrogância, orgulho.
FEROZ, bravo, imminente — ferino, fero —
bárbaro, cruel, deshumano, inexorável —
atroz, violento.
FERRAR, cravar, pregar — arpoar, fisgar
— colher — - encorar, fundear, surgir — fer-
retar.
FERRAR-SB, arcsr, cerrar, travar.
FERRENHO, fluTO, in£lexivel, pertinaz —
bárbaro — rigoroso.
FERRETE, marca, signal, infâmia, labeo,
macula, manha.
FERRicocos, gatos pingados — peniten-
tes.
FERRO, instrumento — ancora, fateixa —
alfange, espada, punhal, etc. — viajem — ■
vez — ipL] cadeias, grilhões.
ferrolhaR, prender.
ferropeias, ferros, grilhões, grilhos —
cadeias.
FERRUGENTO , euferrujado — antigo, ve*
lho.
fehrugineo, escuro, negro — triste.
FERRUMPSA, cspadão, farrusca, ferrugen-
ta, tarabca, timebunt.
FÉRTIL, abundante, copioso, pigue — fe-
cundo , feracissimo — fructuoso, frugife-
ro.
FERTILIDADE, abundancia, feracidade —
fecundidade.
FERTILIZAR ou FertUísar, fecundar.
FERVEDOURO desassocego, inquietação —
formigueiro — bulício.
FERVENCiA, fervura — ebulição — agita-
ção, ardor, eíTervescencia.
FERVENTE, ardente quentíssimo — fervo-
roso, vehemente — activo, vivíssimo.
FERVER , bolhar, ebulír — agíiar-se —
afanar-se, fadígar-se.
FÉRVIDO, abrasado, ardente — enérgico —
apaixonado — rapidíssimo — fogoso, impe-
tuosa, violento — activo, fervcroso, vehe-
mentCi títo.
242 «
968
FID
FERVOR, fervura — chamtna, labareda —
ardor — empenho, zelo — fogo, vehemencia
— impaciência — energia — afano — canga-
FEavnRoso, activo, diligente, térvido, ve-
hemento.
FitRvuRA, cachão — fervencia, fervor
rf?.STA, festejo, festividade, função — cele-
bridade, solemnidade — applauso — alegria
— divertimento — regozijo — dia santo.
FESTÀTsçA., brinco, divertimento — rega-
bofe.
FESTÃO, ramilhete •— florão — laçaria —
bambolira.
festsjador, festivel, festivo -^ alegre,
divertido.
FESTEJAR, applaudir, celebrar, solemni-
sar — cariciar — alegrar-se.
FESTEJO, acolhimento, gasalhado — ale-
gria, regozijo — festa.
FESTIM, banquete, bodo — regalo — con-
vite — festa, festejo, função.
FESTIVAL, alegre, faceto, jucundo, pra-
zenteiro — apraiivel, festivo.
FESTIVO, divertido, galante, recreativo —
soleinne.
FsTiDO. fedorento, mal cheiroso — pu-
tr do — hediondo, sórdido.
FSUDO, reconhecimeatOj vassallageda ^
tributa.
tn ou FéSi borra, cscurralhas, lis, pé,
sedimento -^ «scoíia.
l^UDôít, fibonador, caução — caráão,
¥UNÇA, ou Fiadoria. abono, caução, ga-
ftnúfk — aboaaçào, Confirmaçào — con-
ílança, fé — • ccnâdencia — esterco, estra-
vo.
FIAR. abanar, garantir — commeter, re-
còmmendar — arriscar, aventurar — esco-
rar, estribar — confiar, esperar.
FiBFA, fio — fevera — {pi.) raizinhas.
FíBULA, fivela.
FICADA, demora, parada — assistência,
estada, permanência — habitação, morada,
residência.
FICAR, permanecer — demorar-se — res-
tar — durar — estar — afiançar — con-
certar-se — prometter — * fincar.
FICÇÃO, fabula, invenção — dissimulo,
fingimento — mentira, supposição.
FICTÍCIO, fabuloso, íictil, fingido, imagi-
nário.
FiDALGAMENTE, esplendida, nobremente.
FIDALGO, cavalheiro, gentilhomem — con-
de, duque, marquoz, etc. — • [adj ] nobre
— grande — va!eroso.
FIDALGUIA, nobreza, sangue iilustre —
generosidade — soberania — dignidade.
FiDETCOMMisso, deposito, doação, lega-
do.
FiDELiDADB, fe, fieldâdõ *- fealdade, sin-
FíN
ceridade, verdade — exactidão — cons-
tância — segurança.
FiDEOs, aletria.
FJDO, fiel, lesl, sincero — constante, se-
guro — verdadeiro.
FiDuciA. atrevimento, ousadia — confian-
ça — esforço.
FIEIRA, enfiada, fileira, linha, renque.
FIEL, fido, leal — constante, seguro — •
sincero — exacto, verídico — [s.] confiden-
te — [pi.) os christâos.
FIGADAL, enlrenhavel, intimo — cordial
alegre, jubiloso.
FÍGADO, entranha, viscera — disposição,
vontade — animo, espíritos, valor.
FiGuiiA, imagem, retrato — feição, for-
ma — ideia — representação — apparen-
cia — estatua, vulto — eoublema, geroglí-
fico, symbolo — significação — altitude.
FIGURAÇÃO, aspecto, figura, forma.
FIGURADO, allegorico — im*'ginEdo, sup*
posto, pintado, representado.
FiGUHANTE, dausarirío — comparsa.
FIGURAR, delinear, traçar — symbolisaf
— crnar — [n.) parecer, representar.
FiGUOARiAS, admães, gtsío?, momos.
FIGURATIVO, symbolico — allegorico, UDtt*
bratil — mystico.
FiGURiLHA, boneco -^ manequim — figa* .
rinha, horaeniculo.
FILA, fileira •— enfiada.
FILEIRA, íila, linha — ala, ficirâj ren-
que.
FíLHO, fructo, prole — menino, neno —
herdeiro — effeilo, obra — gomo, renovo —
natural — {;??.) descendentes, auccessores,
vindouros — obras.
Fiino (illegitimo), adulterino, bastardo»
desnaturai, espúrio.
FiLOMsLA ou PhUomela, andorinha — rou-
xinol.
FiM, cabo, extremidade — desígnio, in-
tento — alvo, fito — causa, razão — morte
— • limite, termo — fecho, remate.
FÍMBRIA, cadilhos, franja — orla — fe-
bre.
FINADO, defunto, morto.
Final, derradeiro, ultimo.
FiNALiSAR ou Finalizar, acabar, concluif,
findar, rematar, terminar.
^ FíNaheisto, acabamento, fallecimento»
morte.
FiNAR-SE, altenuar-se, consumir-se — es-
tilar-se, definar-se, myrrhar-se, seccar-se
— morrer.
FINCAR, chantar, cravar, enterrar, pre-
gar — embeber, enxerir — atochar — fitar,
fixar.
fincaR-se, ficaf-se, parar — insistir, ídí-
tar.
FINDAR, acabar, concluir, fechar, finalí-
FiX
FLO
%9
lar, rematar, uliimar — (?i.) complelar-
6e.
• iriNDo, acabado, finalisado, terminado.
FiNKZA, delgadezH — pureza — delicade-
M — Subtileza — primor — galanteria — fa-
vor — complacência — façanha, proeza.
FíNGiDO, apocrypho — enliulo, fabuloso,
fictício, fictil, phautaslico — fdlso, menti-
do.
iiNCnOR, síg .ulador — hypocrila.
FINGIMENTO, ficção — hvpocrisia — dissi-
mulação, refolho.
i'iKGiR. fsbular — suppor — imaginar, in-
ventar, phantasiar — dissimular, simular —
copiar, imitar — enganar.
FixiTiMO, comarcão, confinante, conter-
mino, fronteiro, limilrophe.
líMTO, balizado, determinado, limitado
■*-attrmado.
FINO, delgado — desvelado — extremoso,
( filoioso — amante , amoroso — alTectuoso
— excessivo, delicado, subtil — ladino —
acendrado, apurado — excellente.
FisTA, contribuição, imposto, tributo —
collecia.
Fio, cordel, linha, etc. — fibra — contex-
to— corte, gume — enfiada, fileira, serie
— decuíso — agudeza, viveza.
FiiiMA, assignatura, signai — fincapé —
testimunho.
Firmamento, céu, empyreu — bas9, fir-
meza.
FIRMAR, fixâr, segurar — consolidar, es-
tslitap — ajustar, contractar — approvar.
FIRME, seguro, solido — constante, per-
severante — estável, fixo, immovel — durá-
vel, immutavel — forte — inalterável , in-
cí>ncusso — eterno , immortal , perdoável ,
perpetuo — perenne.
FIRMEZA ou Firmidâo f estabilidade —
permanência, perseverança, persistência —
perpetuidade — segurança — • constância —
animo, resolução — dureza, solidez — íin-
cepó.
FISCAL, arlstarcho, censor, critico.
FISCALIZAR ou Fiscalisar, accusar, 06ú'
surar, reprehendcr.
FisGA, arp&o, arpéo, gancho — abertura,
greta.
FISTULA, chaga — avena, charameU, flau-
tlnha, gaita — oiificio.
FITAR, fincar — cravar, fixar, pregar.
FITO ou FictOt alvo, fim, mira, ponto — -
mnrco — [aíO ) cravado, embebido, fincado,
* FiúsA, confiança , fiducia — constan-
cii.
FiXAÇÃo , coagulação , densação — desí-
gnio, determinação — apreciação, taxa.
FiXAR, collar, p^gar, pregar — coagular
-» íiotar — assigaar, deteraiiuar.
VOL. lY.
FIXO, firmo, immovel — estável — certo
— cravado, fido, pregado — inerrante.
ii.ACCiDEZ, debilidade, fraqueza, relaxa-
ção.
Fi.ACCíDO, languido, molle, murcho, re-
laxado.
KI.AGEI.LAÇÃ0, fustigadura — açoutes, dis-
ciplinação.
FLiGELLAjiTKS, disciplinantcs.
FLAGELLAR, açoutar, disciplinar — atri-
bular, atormentar.
FLAGELLO, açoute, azorrague — tormento,
tractos — castigo.
FLAGÍCIO, altentado, crimei, maldade.
FLAGicioso , viciosíssimo — criminoso —
infame — facinoroso.
FLAGRÂNCIA, aroma, bom cheiro, fragan-
cia, odor.
FLAGRANTE, abrcsado, ardente, incendi-
do — coradissimo, rubicundo, rubro.
FLAMHA, chamma, labareda — ardor, fo-
go — amor, paixão — vivacidade.
FLAMaANTU, Flammifero, Flammigeroou,
Flammhomo, chammpjanto, ignifero — ar-
dente — lustroso.
flam»u'a, bandeirinha, bandeirola, ga-*
Ihardele.
FLATO ou Flatulência, arrotos, ventosi-
dade ■— soberba, vaidade — mania.
FLAVO, amarello, louro.
FLEBiL, choroso, lacrymoso — mavioso,
írisle
FLEG5IA ouPídegmãt pituíia — descanço,
pachorra, vagar — moderação — paciea-
cia.
F EGMATico OU phlegmatico, piíaitoso —
des"ançado, pachorra nto, vagaroso — • remis-
so — assente ■— pacifico, Iranquillo.
flbxão ou Flexura^ coivadara, dobra-
dura.
FLixiBJLiDADE, agilidade, destreza — do-
cilidade, facilidade — complacência, doçu-
ra.
FLEXiVEL ou Flexibil, dobradiço — dex-
tro — brando, tractnvel — exoravel.
FLEXuoso, sinuoso, torcido, tortuoso. Vol-
teado. ' ^
FLOR ou • Frol * bonina — vírglndaiJô,
virgo -^livel, superfície — escufioa — brilho,
lustre — ornato — frescura « escolha— pri-
mor.
F OREAR, enflorar, adornar, embeliôiar
— brandir, vibrar — (n.) brilhar.
FLORECER ou Florescev, florir — activar,
vigorar — prosperar.
FLORENTE ou Flóreo, florido — feliz, pros-
pero.
FLORESTA , 'õosque, laco — espessura ,
malta — vergfA — parque.
FLÓRIDO, boninoso, flóreo, florigero, flo*
rente — florliteado.
Í43
m
FOI.
FOR
FLOEiDO, elegante — bello , brilhante —
"visloso.
FLUCTisoNANTE, undisono.
FLLCTUANTE, fluctuoso, nadaote, undiva-
go — incerto, indeterminado, irresoluto, per-
plexo, vacillante — ambiguo, dúbio, duvi-
doso.
Fi ucTUAR, boiar, nadar — duvidar, hesi-
tar, vacillar.
FLucTuoso, procelloso, ^undoso — agitado,
tempesloso.
FLUÍDO, flácido, fluente, brando, molle
— corrente, fácil [s.] liquido.
FLUXO, defluxo, fluxão — camarás, cur-
so, diarrhea — enchente, vasante — loqua-
cidade.
FOÃo ou Fuão, fulano, pessoa, sujeito.
FOCINHEIRA OU Fucinhcira, açaimo, bo-
cal — tocinho — carranca.
FOCINHO OU FucinhOf narizes, ventas —
rosto — carranca.
FOCiNHUDO ou Fuciíihudo, carrancudo —
amuado, embezerrado.
FOCO, centro — fogão, fornalha, forni-
lho.
FOFiCE, molleza — jactância, ostentação,
vaidade — inchação, intumescência.
FOFO, poroso — brando, molle — entu-
fado — bazofio, presumido , presumpçoso,
vaidoso, vão.
FOGAÇA, bolo — pão de ló — boleima —
primazia, vantagem.
FOGÃO, lar — fornalha.
FOGO, chamma, labareda, lume — incên-
dio — fogueira — brasa — calor — casa, fa-
mília — atdor, vehemencia — refulgencia.
FOGOSO, abrasado , ardente — incendido
— flammigero , fl^mmivomo — arrebatado ,
iippaciente — colérico, desabrido — ardego-
FOGUETE, batibarba, reprehensão.
FÔLEGO, Follego, ou Folgo, bafo, hálito,
reiçpiração, sopro — alento — allivio, refri-
gério.
FOLGA , descanço , ócio — divertimento,
folgança, folguedo, recreio — largura.
FOLGAR, divertimento, folguedo, recreio
— {v. a.) alargar, desapertar, largar [n.)
alegrar-se, regozijar-se — brincalhar, brin-
car, galhofear.
. FOLGAsÃo, brincador, brincalhão, brin-
cão, folgante — galhofeiro — alegre, jovial
— ocioso, preguiçoso.
FOLGUEDO, brincadeira, brinco — diverti-
mento, passatempo, recreio.
FOLHA, chapa — lamina — relha — al-
qjieive — pagina.
FOLHINHA, almanak, calendário.
FOLHOSO ou Folkudo, cojíado, espesso,
íròndifero, írondos'^, sombrio.
FOLIA, daosa — brinco — eSil)ectaculo.
íoLiÂo, bailador, dansador.
FOME, appetite, gana, rafa — esterilida*
de, penúria — carestia — - cubica.
FOMENTADOR , auimador, favorecedor — <
fautor, motor.
F0M8NTAR, aquentar — conservar — ani-
mar, incitar — afomentar, favorecer, prote-
ger — cevar, nutar.
FOMENTO . fomentação — lenitivo — pro-
tecção — incitamento.
FONA, faisca — avarento, mesquinho, so-
vina — finfarrão, quichote.
FONTE , manancial, nascente — chafariz
— origem, principio.
*FOR, forma, modo — letra.
FORA, de fora — [adv.) aíóra, excepto —
contra, sem — [interj.) irra.
FORAGIDO , errante, fugitivo , vagabun-
do.
FORASTEIRO, estraugelro, estranho, pere-
grino.
FORCA, cadafalso, patíbulo — forca.
FORÇA, robustez, vigor — animo, esforço,
valor — espirito — constância — fortaleza ,
nervo — poder — resistência — actividade ,
energia, viveza — virtude — eíTicadia — nu-
mero, qualidade — estupro, violência —
praça — {pi.) fortificações, repairos — exér-
citos, tropas — armadas — o principal, a
substancia.
foraçdo, impellido, violen!ado — neces-
sário — forç so — esbulhado — [s.) o ga-
leote — [adv.) constrangidemente.
FORÇADOR, violador — esbulhador.
fokçaMerto, estupro, força, violação.
FORÇAR, constranger, obrigar, violentar
— impedir — reforçar — esbulhar — deflo-
rar, estuprar.
FORÇOSO, forte, robusto, vigoroso — in-
dispensável, necessário, preciso — rijo, te-
so.
FORJA, fogão, fornalha, fragoa.
FORJADOR , ferreiro — inventor — menti-
roso — paroleiro.
FORJAR , imaginar , inventar — tecer «—
machmar — suppôr.
FORMA, figura — modelo , molde — effi-
gie, imagem — exemplar , tjpo — ideia —
modo — disposição, organisação — [pL] for-
malidades.
FORMAL, claro, distincto — expresso, po-
sitivo.
FORMALIDADE , praxG — etiqueta — exa-
ctidão, pontuahdade, regularidade — gra-
vidade.
FORMALisAR-SE, aggravar-sc, escandalisar»
se, ofl'ender-se.
FORMAR , figurar — fazer — conceber ,
ideiar, produzir — ordenar, traçar — ames-
trar, instruir.
FOhMíD.^NbO on Formidável, terrível, ter-
rifico, tremendo — espantoso, medonho —
FOR
FRA
971
horren lo, horrlvôl, hórrido, hcrifico, hor-
roroso — IftUjivl.
FehMíDOLOso, espantoso, f rmidavel, le-
miJoT
FOHMíGÃo, s«lrhl(;ha — rastilho.
FORMULA, contexto, rf»|^ra — receituário.
FORKALHA, forji — forno.
FORNECKR, basteccr, prover — guarnecer
— fortiíi<'ar.
FORNECIMENTO, baslecímento, provimen-
to, provisão.
FORNICAÇÃO , copula camal — luxuria ,
prosiituiçào.
FoaNiCADOR, foruicario, frascarlo — im-
pudico, luxurios).
FOKNiDO, bast»ci'lo, provido — corpulen-
to — fort9, membrudo — cheio — grosso.
FORNiMSNTO, madeira, tabuado — corpu-
lência — nediez, nutri(^ào — baslecimenlo ,
provimento, provisão.
FORO, jurisdicçào — indulto, privilegio —
faudo, foral — prjzo — condição, gradua-
ção — conta, estima — costume, uso — pos-
se — direito, prerogntiva — af ifflmento —
lei, obrigação — pensão, renda, tributo (an-
nual).
FOKRAGAiTAs, foua, fjrreta, mesquinho
— ^ poupado.
FORRAGEM, feno. horva, palha, etc.
FORRA jiENTo , alforria — forro — guarni-
ção.
FORRAR , cobrir , revestir — economisar,
poupar — alforriar , libertar, assoalhar —
evitar.
FOHRAR-sE, livrar-se, poupar-se — co-
brir se — desforrar se, desquitar se, recu-
perar-s-^, resarcir se — entregar-se.
forrk.jar, assolar, devastar, estragar, ta-
lar — roubar.
forreta, avaro, forragaitas, myrrha, so-
vina, trtcanho — poupado, poupador.
forro, liberto — tseansado, livre — [s ]
tecto.
FORTALECKR, esforçar — solidar — corro-
liorar, robarar - fortificar.
fohtalícimiíuto, eiidiirecimento, firme-
za— consuli laçào — fortificação — enlrin-
cheiraniento.
FORTALEZA, alcaçova, castello, cidadella,
praça, propugnaculo — f «rça, robustez, vi-
gor — esforço, valor — firmeza.
fortalezar, fortificar, repairar, tranquei-
lar.
FORTK, praa — força, fortim, reducto.
tranqueira, etc. — (adj ) nervudo. rij», ro-
busto — áspero, rígido, rude — violento —
poleroso. possante — m«gnantmo — e^^for-
çado, valoroso — prosso , solido — fornido
— fiirtifif ado. fxíreinio.
ToRtinÃo, forçi», fortaleza — actividade,
er.erpia — g;OSi:U'"a,
roaiiFiCAR, anteparar, repairar — forta-
lecer, reforçar — corroborar, reanimar —
apoiar, sustenlir.
FORTUITO, casual, contingente, impensa-
do, imprevisto.
FORTUNA (t)oa), destino, fado, gorte —
dita. felicidade, ventura — (má) infelicida-
de, infortúnio — adversidade, deeiçraça,
desventura — incerteza — perigo, risco —
trabalho — {pi.) cabedaes, faculdades, ri-
quezas.
FORTUNADO, afortunado, ditoso, felice —
desgi-açado, infeliz.
FOSCA, gestos — provocação — disfarce
— {pi.) negaças.
jrossA, cova.
FOSSO, cava — cova, fossa.
FOZ ou Fos, embocadura, garganta —
desfiladeiro, est'eito.
FRACASSAR, arruioar, derrocar, derrubar
— espadaçar, quebrar.
FRACASSO, queda — baque, ertrondo, fra-
gor, ruido — assolação, ruina — desastíé
— desgraça.
FRACÇÃO, quebrado — infracção, infrié-
giraeolo.
FRACO, dehil, dtíbilitado — inviílido —
imbelle. inerte — pusillanime, timido — •
c )^arde, desvalente, manicica, poltrão —
desfalleciio, langui lo — cançado — enfra-
quecido — desmaiado — caduco , fragii ,
tfuue — iosi^nifio^^nte,
FRADE, padre, religioso — anarhoreta,
cenobita, ermitão, monge — marco, pi-
lar.
FRADESCO, monacal, monástico — po-
bre.
FRAGA, alcantil, fragosidade, fragilra — ^
brenha, ma tia — rocha, rochedo.
FRAGALHEiRO, audrajoso, maltrapilho, tra-
peiro, trapento.
fragaloo, andrajo, farr.ipo, trapo.
FRÁGIL, frangivel, quettradiço, vidrentO
— débil, delicado — caduco, transitório.
FRAGiLiDíDR, caducidade — debilid.ide,
f aqiieza — frivolidade.
FUACMENTO, píídaço, porção — biscate —
mig-^lba — pa^cella.
FRAGOA, forja, fornalhi — brasa — in-
cêndio — foKo — adversidade — aíílicção
— frag^, fragura.
FRAGOR, estampido, fracasso — estrondo,
rui lo.
FHAGcsiDADE. alcantil, fraga, fragura —
aspereza, esoabrosiJade.
FRAGOSO, alpestre, escabroso.
FHAGKANTK, aromático, cheiroso, odorífe-
ro, O'ioro«ío — ar<1ente.
FKAGUEiKO, infatigável — asppro, caleja-
do, duro — activo, fogoso, impaciente -^
encarniçado.
2)3 «
í)72
FnE
vm
.^ raiz — beira, pwia -' eenlro, meio —
(pi ) ebjs.
FflAKCo, livre — aberto — liberal, niu-
mílcio — desenganado, sinc:^ro, verdadeiro
—• eingelo — inteiro — largo.
FaAKGiVEL, frágil, quebradiço.
FiiANQUBAR, extmptar, eiip3ip — trans-
por — d-;s8mbaraçar, facilitar — d scO'
J>rir .— (h)— largiiear, proJigir — gas-
tar.
FRATíQUSZA, libaralidada — migniQcen
erope^
ma — candura, ingenuidade, sinceridade ria — indid^rença.
FK80, freio ou VreyQ, brida
l'MQ■,ií^c^kJrQq\imi^'hQ '^ repotfçlio —
concurso, muUiiâo.
FREQUESTB, assiduo, coatlfiuo ^ aroiii*
dado, repetido,
FRESCAL, frasco — reconta,
FaRSCO, frescura, viraçào — (aij. ) noTO,
recanto — rijo, robusto, são, verde — fio-
r6n'e, viçoso.
FUS5CURA, frescor, fresquidáo — viço —
vig'-)r.
FftULOADB, friagom, frio — deleito, frou-
xidão, inactividade — insipideza, semsabo*
iminunidada, privilegio — ísensão.
FRANZINO, delicado — delgado — te-'
FaANZiR, encrespar, enrugar.
FRAQusAR ou Fraquejar, afrouxar, — de-
sanimar-se — debiliiar-se.
FRAQUEZA, debilidade — frouxidão, inér-
cia — cobardia, pussillanimidade , tomor
— languid^íz — desalento — d^^sfallecimen-
to — cançaço, quebrantamento — incon-
stância.
FRASCA, utea«ilios — vitu lhas — baga-
gem, trem.
FRASCARiA, lascívia, luxuria, putaria.
FiiASCAHio, azovif^iro, garanhão, pulanhei-
ro — luxurioso.
FRASs ou Pkraso, expressão, locução.
FRASQUnao, libidinoâo, luxurioso, sen-
FRiTERNA, correcção, reprehensão.
FRVTgRNiDADg, irmandade.
FRATERNiSAÇÃo, fraternidade — convi^
vençi3, sociedade.
ÉRAUDS, engano, malicia — dolo, falsi-
dade, fraudulencia — artimanha, logro, ve-
lhaca.'ia.
FRAUDULSNCiA, engaao, logro — trapa-
ça.
FRAUDULii^TO, duloso, fraudubnto — en-
ganador, enganoso — ardiloso — impos-
tor.
FRECOA ou Ylecka, farpão, setta — dar-
do, rojão
FKEmA, professa, religiosa, sor, soror.
FRBMiR, bramir, uivar, urrar — retum-
bar.
FRÉMITO, estrepido, estropido — estron-
do, rumor — bramido, urro.
Faí-NiíSi on Phrenesi, deliiio — insânia,
loucura, tresvario — capricho, disparate
— mania — Iransporle.
FítEistiTico ou P/l rcneíico, obstinado, per-
tinaz, teimoso — impertinente, rabujontD
— louco, manisco — furioso
FRii«TR, fr >ntPj testa — dianteira — fron-
l§rií, frOiUíspicío — rt)sto (do livro).
FRICÇÃO, esfregfição, untura,
FRUiitÃo, dossaborido, iussipido, insul-»
so — desengraçado.
FRIEZA, frouxidão, tibieza — iad.fferen'
ça — semsaboria.-
F^íÍGiDO, frio, gelado, gélido — impo-
tente.
FRIO, geada, g«lo, neve, regelo — frial-
dade, inércia, tibieza — (ac/J.) socegado,
tranquillo — remisso — algente, nevado,
FRioLEiRA, despropósito, inépcia, tolice
— semsaboria.
FHiSc^R, encresp^ir (n.) betar, concordar,
simdhar-se.
FiuvoLiDADE, frioleira, futilidade, nona da,
ridioularia.
frívolo, fuiil, inútil, vão —frágil.
FRONDENTE, comante, folhudo, froniife»
ro, frondoso •— cerrado, espesso — ramo-
so.
FRONTA, declaração, denuncia, proposta,
requerim>into.
FRONTARiÀ, dianteira, frente — fachada,
froniispicio — face, presidio — fronteira
exterioridade.
FROME, testa — face, rosto — dianteira
•— vanguarda — costa — praia.
FRONTEIRA, confim, cxtrcma, extremo, li»;
mite, raia.
frontispício, fachada, froataria, fíce.
FnoTA, íarmada , esquadra — cáfila (de
nevios).
FROxiDÃo OU Frouxidão, frouxeza, tibie-
za — acídia — langor — negligencia —
laxidão.
FROxo ou Yrouxo, bambo, laxo — delei»
xado, negligente — remisso, tibio — co-
barde — folíçado. ;
FRUCTUOSQ, feriil, frucllfero — lucro^o,
proveitoso, vantajoso, útil.
FuuGAL, económico, poupado — parco,
sóbrio.
FRUGAi.iDADs, abstiuencia — parcimonia,
sobriedade, temperança.
FHUiçvo, dcsfrucUíliejilO , gozQ, logro.
FU.X
FUR
973
FáUin, £le»fruoiflr, gozar, lograr, possuir.
rAUBrAA?íEO, baldado, (fUíirado, írmira-
torlo, inútil.
PiíusTiuR, baldar, dcsvanacor, falsar, ma-
lograr.
FauTO, * Fruito ou /^rucío, lucro, pro-
veito, utilidade — ganância — rendimen-
to — emolumento — cileito.
FUGIDA, fuga •— evasão — retirada — es-
capatória, excusa.
FUGiDiço ou F« (7 iífío, fugitivo desertor —
bravo — espantadiço — icmoroso.
FUGIR ou Fojir, escapar, saWar-se, au-
íentar 83 — escapulir-se — correr, esqui-
nar, evitar, resguardar-se — negar-se.
FUGITIVO, fugace, fugaz, fugido, prófu-
go — desartor.
FULA, diligencia, pressa — empola.
FULANO, fu&o.
FULGENTE OU Tulgido, brilhante, luzen*
te, reluzente.
FULGOR, brilho, luzeiro, resplendor —
clarão.
FULGURANTE, brilhante, corusjante, res-
plandecenie, scintillante — fulminante.
FULGURAR, clarear, relampear — brilhar,
luzir, sciniillar.
FULIGINOSO, denegrido.
FULMINAR, despedir, lançar, (raios, etc )
— esbravejar, gritar — praguejar — emes-
çar — castigar — abrasar.
FULMiNEO OU FulmitiGso, fulminador —
devastador, torribil.
FULVO, arruivado, ruivo — áureo.
FUjiAÇA, fumo — v^^^pôr — jactância, or-
gulho, vaidade.
FUMAR, fumegar — irar -se — (« ) con-
sumir, dissipar, estragar.
fumarada, fumaça — orgulho, presum-
pçSo, vaidade.
FUMEGAR, fumar, fumear.
FUMO, fumaça — jactância, presutnpçâo,
yaidale, vangloria.
- FUM03IDADE, fumos, vapôrcs.
FUHOso, fumsf^ro, fumiUco — - orgulho-
so, presumido, vao.
FUNAMBULO, volalim, volteador.
FUNÇÃO ou FuncçãOi eiercicio — festa,
festim — solemnidade.
FUNDAÇÃO, erecção — estabelecimento,
insliiuição.
FUNDADOR, edificador, erector — auctor,
creaJor, ÍDSli'uidor, inventor.
FLNDAGEM, borra, lia, pé, sedimento
FUNDAMENTAL, csseucial, piiucipal — pri-
mitivo, primordial.
FUNDAMENTAR, asscgurar, cimentar, esla-
bilitar, firmar, fundar.
FUND»M2NT0, alirefce, base, cimento —
mot vo, principio — causa.
FUJiDAR, edificar, erigir •— fundamentar
Yop. iv,
— cimontar, estabelecer — Inítituir — oxa-
minar, penetrar, sondar — auclorisar —
[n] arrfligar-so.
FUNDEAR, ancorar, 8urg'p — afundar —
mergulhar,
FUNDIÇÃO, derretimento, fundimento;
FUNJioo, derretido —arruinado — dls*»
sipador.
FUNDIR, derreter, liquidar — afundar— -
render —consumir, desbaratar, dissipar— •
aproveitar — contribuir.
FUNDO, fundura — altura, profundida-
de — o capital — faculdades — substan-
cia — longes — base, fundamento — i^dj.)
alto, profundo.
FUNDURA, altura, fundo — profundeza,
profundidade,
FÚNEBRE, funéreo, funorico, luctuoso —
— escuro, lúgubre, sombrio — melancóli-
co, triste.
FUNERAL, dhterro, exoquiais, morlorio — *
{adj.) fúnebre,
FUNERF.o, fúnebre, funeral
FUNESTAçÃo, calamidade, desgraça — la-
cto, tristeza.
FUNESTAS, manchar, profanar — aíllgir,
entristecer,
FUNESTO , mortal — infausto, trágico —
deplorável — desgraçado, infeliz — fatal, si-
nistro.
FUNIL, embude — apertado, estreito.
FURACÃO, tufão, vorlice, uracão.
FURÃO, o averiguador, curioso, entrepQOt-
tido, etc.
FURAR, buracar — verrumar — espichar,
trespassar -— penetrar — franquear (o paS"
so).
FURTA, braveza, colora, ira, sanha — im'
peto, vehemencia — precipitaf;So, velocida-
de — trsinsporte — violência — [pi.) Eume-
nides — Alecto, Megera. Tisiphone.
FURiAL, furente, furioso.
FURIBUNDO, arrebatado, assomado — fu-
rioso — colérico.
FURIOSO, enfurecido, furibundo — coléri-
co, irado, irritado — violento — indómito
— insano, loico, lympbatico, phrenetico.
FURNA, gruta, lapa — caverna, cova —
cafua.
FURO, buraco — rombo.
FUtvOR, cólera, fúria, ira, sanha — de-
mência, loucura — insânia —mania— phre-
nesi — precipitação — violência. .
FURTADO, desviado, escuso — encoberto,
escondido, occuUo — bastardo, illegilimo,
FURTA», rapinar, roubar, sampiar —
falsificar — dtssviar, retirar.
FCRTAK-sE, escoade."-se,occultar-se— des-
viar-so, fugir.
FnnTivo, clandestino, occulto, secreto —
iUici^o,
244
97Í
GAG
GIÊ
FiTíTO, ladroíce, rapina, roubo — latrocí-
nio — (lí'sp<tjo, espolio, pilhagem, presa.
Fisco, escuro, trjguei.o — trisle.
fustígaçã.0, casligj — açoutes, discipli-
nas.
FLSTTGAB., chlbataf — açoutar, discipli-
nar— baler, fiilininar, varejar (com a ar-
tilharia).
FÚTIL, frívolo, inútil, vSo.
FUTILIDADE, bagfttella, frioleira, frivoli-
dadõi lidicuiaria.
FUTcRo, o porvir — {pi ) posteridade, vin-
douros — coniingení^iás.
FUZIL ou Fusil, argola — clarão — espin-
garda.
FUZILADA ou FusUadã, descarga — relâm-
pago.
FuziLANTB, brilhante, coruscante, scintil-
lante.
FUZILAR, relampaguear — scintillar — bri-
lhar, resplandecer — ameaçar.
G
GABADOR, bazofio, blasonsdor, jactancio-
80 — louvador.
GABÃO, elogiador, louvaior — casacão,
gabinardo.
GABAR ou Gavar, agabar, elogiar, louvar
— Celebrar, exaltar, preconisar — exagge-
rar.
GABAR-SE ou Gaí?ar-5c, jactar-se, louvar-
se.
GABELLA, imposição, tributo.
SaBinkte, Gamaria» — escripto''io^
GABO ou Garo, elogio, encómio, louvor
— applauso — jfictancia — louvaminhas,
GADANHO ou Gadanha, fouce roçadoura
— girra — {pi ) dedos — mãos.
GADO , armeniio, armeato, fato, reba-
nhos.
gafa^íhoto, locusta, saltão.
gafab, agarrar, empolgar — aferrar —
en^aiftícer.
gafeira, lepra, sarna — galem, morri-
nha, ronha.
GA.FE1RENT0, leproso, sameuto — gafei-
rento — gafo.
GAGK, penhor — paga — soldo — s?ílario,
soldaila -»- pr^calço, retribuição — lucro,
proveito, uúhdado.
GAGO. balbo, pevidoso, tartamudo, tataro,
tatibitHlibi.
GAGiifinx oii Gaqnez, b«lbncio
oaouí^jar, balbuciar, tartamudear — so-
letrar.
GAiFONAS , carecias , esgares — momos ,
visagens — gestos — gatimanhos — cari-
nhas.
G^io, alegre, divertido — vivo.
Gaiola, cárcere, prisão — casinha, cubí-
culo.
gaita, assobio, charamela, fistula, flauti-,
nha.
GAITEIRO, alí^gre, brincalhão, divertido.
GALA ou Galla. atavios, enfeite, louçania,
ornato — airosidade, garbo, graça.
GALAN, amante, n^ímorado — galante.
GALANTE, uamorado — (afiy.)gracioso, jo-
vial — discreto, paliiio — bello, gentil.
GALANTEAR, namorar — cortgar — grace-
ja''-
GALANTEO OU Galanteio, namoramento,
namoro — finezas, requebros.
galanteria ou Galantaria, namoramen-
to, namoro — discrição — facécia, saI — ur-'
banidade — donaire, gnbo — alinho, atavio
— aceio — adorno, enfeite.
gallão, cairel — pulo, salto, tranco (do
cavallo).
galardão, premio, recompensa — com-
pensação, pnga, remuneração — salário —
despacho.
galardoar, premiar, recompensar, remu-
nerar.
GALAXu, vifl-lncfea.
galr.kno bríindo, fi-esro (vento).
GAi.fAnRo, alcaide ^ pgarrador, ígua.il,
GAR
beleguim, quadrilheiro — gatuno, larapio
ladrão.
GALGAR, montar, subir, trepar.
GALGAZ, esgalgado, esguio, magro, per-
nalto.
GALHARDETE, bandeirinha, flammula.
Galdardía, animo, bravura, valor — bi-
zarria, gentileza — elegância, graça.
galhardo, alegre, fuJgasão — airoso, bi-
zarro, elegante, gentil — animoso, intrépi-
do — brioso — esforçado - - libei ai.
GALHOFA ou Galhofaria, festim — diver-
timento, festa, função — alegria, regozijo
— mandriice, vadiice.
GALHOFEAR, bandarrear, vadiar — diver-
tir-se — galhofar, gracejar — brincar.
GALHOFiiiRO, ocioso, vadlo, vagabundo —
brincalhão, folgasào — - faceto, gracioso, jo-
vial.
GALHUDO, ramalhudo, ramoso, ramudo —
(*.) farricoco, gatopingado.
GALLO, Francez —■ inchação, polmão, tu-
mor (p.a testa).
GALOPAR, galopear.
GAMBERRiÀ, falciilrua, logração, logro —
cambapé.
Gana, desejo, vontade.— fome.
GANÂNCIA ou * Gaança , ganho, lucro,
proTeilo.
GANATscioso, lucratlvo, lucroso, proveito-
so, útil.
Gancho, croque, fisga, harpeo — fateixa
— ganho.
GANDAIA ouGandaya, madraçaria, vadii-
ce.
GANDAEiRO OU GãndãyeirOf trapeiro —
mandiião, vadio.
GANGOso, fanho, fanhoso.
GANHÃO, jornaleiro, trabalhador — zagal
— mechanico.
GANHAR, lucrar, utilizar — acquirir, gran-
gear, obter — contrahir — apossar-se, to-
mar — conquistar, vencer — chegar, atrahir
— dilatar.
GARBO, ganância, lucro — interesse, usu-
ra — proveito, utilidade — ventajem — lo-
gro.
GANIR, esganiçar- se — latir — regougar
-^ clamar, gritar.
Ganso, adem.
GARABULHA, codIuío — confosão, embru-
lhada — garatujas, gregotim, rabiscas — (m.)
embrulhador, enredador — intrigante.
garabui BENTO, aspero, escabroso, ru-
d0.
garamufo, novato, principiante.
garanhão, f:a8cario, pulanheiro — liber-
tino, luxurioso.
caranjão, arganaz, espicho, magrellas.
Garante, abonador, caução, fiador, man
tedor, segurador.
QM
975
Garantia, abonação, abono, fiança— res-
ponsabilidade.
garantir, assegurar, segurar, manter —
abonar, afiançar — defender, isentar, 1 vrar,
preservar.
GARATUJA, garabulhas, garafunhas. gre-
golios, rabiscas — borra d ura
GARATUSA. cugano, fraude.
GARBO, bizarria, donaire, galhardia — gen-
tileza, graça — agrado — brio — valor.
GARGANTA, coUo, pescoço — guela — gol-
la, gorja — peito, seio — voz — bocca, em-
boccadura — desfiladeiro, estreito.
gargantão, comilão, lambão, lambaz —
devorador — goloso.
GARGANTEAR OU Gargatitar , cantarolar
— requebrar, trinar — gorgeiar.
GARGANTEO OU Gargantclo, trilo, trina-
do.
GAROTO, brejeiro, mal creado, maroto,
petulante.
GARRAS, gadangos. unhas — presas.
GARRiDiCE, lascívia — elegância — galan-
teio, galanteria — casquilharia, peraliice.
GARRIDO, deshonesto, impudico, lascivo,
libidinoso — amoroso — faceio, jocoso — ali-
lado, elegante — enfeltad ).
GARRIR, emproar-sG, pavonear-se — glo-
riar-se — brilhar.
GÁRRULO, fallador, loquaz, paroleiro —
chilrador, gorgeiador — murmurante.
Garupa, ancaF, grupa — atafal, rabicho,
retranca.
GASALHADO, albergue — hospedaria, pou-
sada — acolho, agasalho, eccpçeo.
GASALHAR, hospedar — receber.
GASALHOso , agasalhador — hospedeiro,
hospeduso, hospitaleiro.
GASTADO í/U Gasto, desposo — gualJido
usado — velho — desfeito - corrupto.
GASTADOR, disslpsdor, perdulário, pródi-
go— (ai;.) arruinador, consumidor — edaz,
roedor.
GASTAR, dispender — desperdiçar, dilapi-
dar, dissipar — safar, usar— arruinar, dam-
nificar, destruir, talar.
GASTO, despesa, dispêndio — compra —
consumo, emprego — profusão — prodiga-
lidade.
GAT*zio, calote, logração, logro.
gatimanhos , esgares — momos, trigel*
tos.
GATO, bixano.
GATUNAR, furtar, ratonar, surripiar '— tra-
pacear.
CAiumCE, alicanlina — ratoaice — trapa-
ça.
GATUNO, ratoneiro — trapaceiro.
GAZETA, diário, periódico.
GEADA, caramelo, gelo, neve, regelo —
orvalho.
24* ^
976
am
èLO
GEAR-SE, arrefecer, esfriar-£e — conge-
la r-se.
CERA, corcova, gibba.
GEiTO, feição, modo — ar, m>^neio — ap-
pti'Jão , (iestrrza, habilidaJe, preslimo —
cabimento — propensão.
r.F.iToso, flpto, próprio — desíro, hábil
— airoso, vesgo.
GELAii, congelar, regelar — (n.) ccalhar-
se, endurecer.
GÉLIDO, congelado, gelado, gldcifero, friís-
simo — condensado.
GELO, neve, regelo — frialdade.
GEME.n, suspirar — soluçar — chorar, pran-
tear — iamentar-se, queixnr-se — lastimar,
GEMIDOS, ais, suspiros — soluços — cho-
ro, pranto — lamentos — queixumes — ruí-
do.
CEiísANTE, brilhante, resplandecente, scin-
tillante.
GENEALOGIA, casta, geraçSo, linhagem —
ascendência, avós, maioies, pães, proge-
nitores.
GENERAL, cabo, chcfe, commandante.
GENEBALiDADE, tolfilidade, universaUdadõ
— ' generala to.
GENÉRICO, geral, universal.
GENEUO, espécie, qualidade, sorte — es
t}la, maneira, modo.
GENEROSIDADE, biiarría, brio — liberali-
dade, uujniQcencia — magnanimidade — be-
neficência.
GENEROSO, illustre, nobre — liberal — ani-
moso, forte.
GENio, aptidão — ingenho, talento — ín-
dole, natural — inclinação, propensão.
GeníTO, engendrado, gerado, produzido.
GEfíiTORiA OMGenitura, geração, origem,
principio.
— GENTALHA, pltíbc — Canalha, corja.
GENTE, nação, povo, tribu — família, pa-
rente — tropa — concurso, multidão.
GENTIL, bello, formoso, liado — engraça-
do, giílhardo — especioso — illustre, nobre.
GENTILEZA, l>elleza, formosura, lindeza,
— elegância, graça — galanteio, galanteria
— cortezsnia, urbanidade •— fidalguia, no-
breza—(/?/) feitos, prceias.
GENTIL HOMEM OU Gentilhomcm, camaris-
ta — fidalgo, nobre — [adj.] bem apessoa-
do — formoso — airoso.
GENTILIDADE, gentíhsmo, paganismo —
gentios, idolatras, infiéis.
GENTIO, idolatra, pagão — bárbaro, sel-
vagem — ethnico.
GENUFLEXÃO, ajoelhação, ajoelhamento —
reverencia, zumbaia.
GENuírío, legitimo, natur^^^l, próprio —
Castiço, puro.
GERAQÃo, ascendência, descendência, ge-
nealogia, progénie, prosápia^ *sem — fa-,
milia, parentela, sangue — estirpe — nas<«
cimento — copula, procreação — producçâo
— gente, nação.
GEKAL , genérico — commum , universal
— transcendente.
GERAR, engendrar, procrear, prolificar — •
causar, produzir — excitar.
GEHiNGONÇA OU Geringonça, gira, ingre*
zia, vasconço.
GEUiZA, antipathia, aversão, ódio.
geRjunar, conft-dorar, unir.
GERBiiNO, natuí-al, próprio, verdadeiro —
legitimo, não adulterado, puro.
GÉRMEN ou Germe, olho, renovo — cau-
sa, origem, principio, raiz — embrião —
semente.
GESTO, acção, aceno, meneio — parecer,
physiouomia , rosto , semblante — face —
app:?rencia — {pi.) ademães — momos —
gai fonas.
GIBA ou Gihba, carcunda, corcova.
GIBÃO ou Jubão, colete, veste.
GiDOso ou Gibboso, carcunda, corcovado
— convexo.
GTLA VENTO, sotavento.
GIRAR ou Gijrar, virar, voltar — (n.) ro-
dear — percorrer.
GiHAsoL OE Gyrasol, heliotroplo.
ciBiA, artificio, astúcia, malícia — geri*
gonça, gira.
GIRO ou Gyro, circuito, rodeio — vira»
volta, volta — circulo, circumfereacia, ro-
da.
GiSAR ou Gizar, delinear, desenhar, tra-
çar — dispor, dedeuar.
GLACIAL, congelído, gelado.
GLADIADOR OU Glãdíator, batalhador —
guerreiro — campeão — athleta, luctador
— esgrimidor.
GLADIAR, esgrimir — batalhar, luctar.
GLADIO, espada,
GLOBO, mundo, orbe, terra —^ esphera —
bola, balão, máchina.
GLOBoso, redondo — espherico.
GLOMEKAR, amontoar, condensar ^ ennO«
velar.
GLORIA, honra — applíuso, louvor —
opinião — fama, nome, reputação — res-
piaodor — bemavenlurança, vida elern*
— felicidade — culto — váid&de, VâQglo-
ría.
GLORIAR- SE, gabar-se, jactar- so, vanglo-
riar-se.
GLORIFICADO, hourado, louvado.
GLORIFICAR, venerar — gloriar, incensar
— louvar — magnificar.
GLORIOSO, bemaventurado — illustre, pre-
claro — inchado, orgulhoso, vaidoso, van-
glorioso, vão, soberbo.
GLOSA, Gloza ou Glossàf interpretação •**
çommcuto — censura.
GOZ
GRA
97t
GLOSADOR, interprete — annofador, com-
menlador — arislarcho, censor, critico
GLOSAR ou (ilossar, explicar, interpretar
— commeutar — tlelrair, rcpreliender, vi-
tuperar — censurar, criticar.
GLOSSÁRIO, diccionano, lexicou, vocabu-
lário.
GLOTÃo ou Cilutão, comilão, lambaz —
devorador — famélico — insaciável.
GLLTiNoso, pegajoso, viscoso.
GOLA ou Ciolla, gorjal —cabeção — gar-
ganta, guela.
GOLE ou GoUe, golpe, sorvo, trago,
GOLFADA, chorro, repuxo.
GOLODiCK, gloloueria — doces, golosi-
na.
GOLOso ou Guloso, regalado — bom,ex-
Cellento — delicado.
GOLPE, corte, ferida — incisão — cuti-
lada, lançada, etc. — pancada — fenda,
talho — desgraça, infortúnio — lance, ras-
go — copia, quantidade.
GOLPEAR, agolpcar, ferir — acutilar, re-
talhar, talhar.
gclpelha, alcofa, costa — raposa.
GOMO, betão, olho. renovo.
GONio, couceira, dobradiça, macha fêmea,
quicio.
GOBAR-SE, frustrar-se, malograr-se.
G0P.D0, nédio, obeso — barrigudo, pan-
çndo — cevado, j'ingue.
CORDURA, adipe, banias, enxúndia, tou-
cinho — nediez, obesidade.
GORGKAa ou Gorgeiar, chilrar, chilrear.
GORGEio, canto, chilr&da, chilro, modula-
ção, quebro, requebro.
cohGETA, espórtula.
coRGOLÃo ou Gcrgolhão, borbotão, espa-
dana, golfada, golpe.
• GOEJA, tfclhamar — garganta.
GORO, gorado, frustrado, mallogrado.
GOSTAR, provar, saborear — approvar —
eiperinceutar.
GOSTO, alegria, ccnlenlamento, deleite,
gozo, prazer — desenfado , divertimento,
passatempo — descernimento — vontade —
sJbor.
GOSTOSO, saboroso — grato, alegre, con-
tente, satisfeito.
' GOTA ou GoUa, pinga— chiragra, poda-
gra.
COXEAR, Gotejar cu Goííejar, pingar —
manar — eslillar — chorar, lagrymejar.
GOVERWAR, dirigir, reger — imperar, man-
dar — administrar — acaudilhar.
govirnau-sk, reger-se, regu!ar-se— man
ter se, sustentar se — proceder.
GOVER^o, governança — dominio, senho-
rio— direcção, regimen, regimento —
administrfçâo — filimento.
ctZAR, desfruclar, fruir, lograr, possuir,
101. IV.
tozo, alegria, gosto, prazer, regozijo —
fruição, logro, posse.
GRAÇi, merco — beneficio, favor — be-
nevolência — valimento — galanteria, gra-
ciosidade —facécia —sal — indulgência, in-
dulto — agradecimento — zombaria — pri-
vilegio. '['^
GRACFJAR, ehasquear, facetar, motejar.
graCil, delgado, subtil.
GRACIOSIDADE, facccia, graça — galante-
ria — regalo.
; GRACIOSO, bobo — [adj .] faceto, jocoso,
Jovial — bonito, lindo — ameno, aprazí-
vel, deleitoso — loução.
GRAÇOLA, disparate, frioleira — imperti-
nência.
GrADAR, desterroar — crescer, medrar,
vingar.
GRADt, cancella — canniçada — locuto-
íio, parlatorio.
GRADO, gosto, vontade — concessão, con-
sentimento — galardão, paga, recompensa
— premio, presente — [adj.) crescido,
gíosso, medrado — granado, graúdo —
LObre — grandioso — liberal, grato.
GRADUAÇÃO , preeminência , prerogatíva
— classe, posto — esphera — jerarchia.
GRADUADO, condecoíado — douto, sciea*
le — eminente.
GRADUAR, cbaraclerisar — condecorar —
calcinar — preparar.
GRAL, almofsriz.
GRALHADA CU Grãlhcadã, grasnada —
gritaria, vozeria — loquacidade, parola-
gem.
GRALHADOR OU Gralheador, fallador, lin-
guareiro, palrador, paroleiro, tagarella.
GRALliAR ou Gralhear, crocitar, grasnar
— pairar, parolar -— gritar, vozear.
gramar, comer, manJucar — engulif
tragar — trincar.
gramimho ou Graminoso, relvoso, gramo-
so, hervoso.
granado, avultado, crescido, grado —
escolhido — melhor.
Grande ou Gran\ alto, colossal, corpan-
zil — espaçoso, largo, longo — ingente —
magno, egrégio, illustre, insigne, nobre —
generoso — sublime [s. pi.) duques, mar-
quezes, etc. .^
-GRARDEVO, lOUgCVO, Velhissín-O. í,v>
GRANDEZA, amplidão, extensão — esta-
tura, tamanho — fausto , magnificência , ■
pompa — dignidade — generosidade — ma-
gesiade.
GuAjiDiLOco OU Grandisono, ep'co, pom-
poso, sublime.
Gr?A:,DiosiDADE, graudcza, pompa, sum-
pluosi(Jadt3. j -„
GRANDIOSO, esplendido, grande, lauto, ma-
gnifico, pomposo, suDr.piuoso.
145
^^.
8Í? ' GRE
GRANDURA, grandeza, tamanho — exlen-
slo, longor.
GKANGKAR, beneficiar, cultivar — adu-
bar — acquirir, ganhar, obter — captar,
conciliar.
GRANGEARiA, benificio , cultura, serviço
(de granja, etc.) — agricultura, — lucro,
proveito, vantajem — tracto.
graNizo, pedrisco, saraiva — granito.
GRANJA, casal, herdade, quinta — prédio
— celleiro.
GRÃO ou Grau^ caliGcaçâo, dignidade —
classe, elevação, graduação — cargo, lu-
gar, officio — intensão.
GRATIDÃO, agradecimento, reconhecimen-
to.
GRATIFICAÇÃO OU Gratificio , donativo ,
premio, presente — liberalidade, remune-
ração.
* GRATIFICAR OU GratiT, agradecer, gra-
cir — pagar, recompensar, remunerar.
GRATO, agradecido — agradável , doce,
gostoso — acceito.
GRATDLAçÃo, sgradecimento.
GRATULO, agradecido, gratulatorio.
GRAÚDO, granado — crescido, espigado,
grande — grado — distinclo.
GRAVADOR, abridor.
GRAVADURA, insculpturà.
GRAVAME, carga, peso — oppressão — ag-
gravo — injustiça — vexação — vexame.
GRAVAR, carregar, opprimir, vexar —
abrir— entalhar, exarar, insculpir.
GRAVE, pesado — autorisado — dedoroso,
serio, sisudo — probo — difficil — molesto
magestoso, severo — perigoso.
GRAVEMENTE, dccorosa, scria, sisuda, pe-
rigosamente.
GRAVEZA, enormidade, peso — gravame,
oppressão — importância — gravidade.
gravidação, prenhez.
GRAVIDADE, pcso — graveza — compostu-
ra, decoro, modéstia— severidade — mages-
tade.
GRAVIDAR, emprenhar, pejar.
GRAVIDO, pejado, prenhe.
GRAVOSO, oppressivo — ení-idonho, incom-
modo, molesto, grave, oneroso, pesado.
GRÉCIA, Achaya.
GREDA, argilla, barro.
GREGOS, Acheos. Argivos, Argolicos, Atti-
cos, Dansos, Dóricos.
GRKGOTiNS, garabulhas, garatujas, rabis-
cas, riscos.
GRÉMIO, rpgaço, seio — corporação,
GRENHA, cabellos, falripas — ramos,
grfta, abertura, racha — fenda — fresta.
GRETAR, abrir-se, feader-se, rachar-se.
GREY ou Grei, rebanho — gado — povo
— súbditos, vassallos ^ congregação.
GUA
CRiLiiÃo OU G rilho, adoba, cadeia, farto-
peia, peia — ferros — algemas.
GRiMA, anlipathia.
GRIMPA, bandeiíinha, veleta, ventoinha
coruchoo — cimo — cume, summidade —
auge.
GRINALDA, capcUa, coToa —diadema, lau-
rea, laureola.
GRISALHO , branco , cano , encanecido ,
ruço.
GRITA ou Gníaáa, alarido, clamor — al-
gazarra, berros, vozeria — estrondo, rebo-
liço.
GRITADOR, borrador , vozeador — taga*
relia.
GRITAR, bradar, clamar, vozear — apre*
goar — chiar — ladrar.
GRITARIA, alarido, algazarra, berraria, vo*
zearia — celeuma.
GRITO, berro, brado — alarido, clamor,
vozeria — estridor — lamento — pio — ga-
nido.
GROSA ou Groza, lima — commento —
interpretação — exposição.
GROSSEIRO, crasso, espesso — rude, tos-
co — incivii — rústico, viilão — acham-
boado.
GROSSERIA ou Grosseíria, rudeza — inci-,
vilidade, inurbanidade — rusticidade, villa-
nia — indeceneia.
GROSsiDÃo, espessidão — grossura.
GKOSSO, não delgado — gordo — cheio,
fornido, repleto — denso — espesso — rica^
grado — copioso — empolado, inchado, tú-
mido — grosseiro — fértil.
GROSSURA, corpulência — crassidão, es-,
pessidão — enxúndia, gordura, graixa, oleO
— abundância, fertilidade.
GROTESCO ou Gruttesco, burlesco — ex-
travagante, ridículo — gracioso, jovial, íol-
gasão. .
GRULHA, fallador, linguareiro, palrador,
t8garella — gritador, ralhador — amotinadof
bulhento.
GRULEíADAOu Groulhadd, bulha, gritaria,
vozeria.
Gruta ou Grutla, lapa — antro, caver-
na, concavidade, cova — brenha.
guadanha, fouce.
* GUAiA, choro, gemido, lamento — pe*
nia.
GUAivA, cava, fosso — buraco, cava.
GUALDiDO, gastado, gasto —comido— per-
dido.
GUALDiR, comer, consumir, dissipar, gas»,
tar, desbaratar, desperdiçar.
GUALDRiPAR, furtar, roubar, surripiar. J
cuanik, luva — manopla. |
GUApics, denodo, valor — bizarria, ele*
I
GUE
GUR
m
ciUAPO, animoso, denodado —arriscado — |
airoso, gentil — atilado, elepsnto — aceia-
do, loução — ufrtno — pomposo.
GUARDA, sentinella — vela — vigia — de-
fensa, protecçio — cautela, cobro, resguar-
do — custodia — conservação — vigilância
— observância.
GUARDADOR, guafdâ, vigia — defendedor,
protector.
GUARDAR velar, vigiar — defender, prote-
ger — arrecadar, conservar, reter — obser-
Tar — preservar.
GUARDAR-ss, desviar-se, evitar — acau-
telar-se, resguardar-se — fugir — encobrir-
se — broqufclar-se.
GUARDOPiflO ou Guardoso , guardador —
ecónomo, parco, poupado.
guarpcer, curar, sarar — convalescer —
reme-iiar — ab^oquelar, defenier, escuda-
— manter-se, viver.
cuaííkcer-sk. guardar-se — salvar-se.
GUARIDA, cova, covii — sbrjgo, aeolhida,
asyló — refugio, valhacouto — amparo, pro-
tecção — soccorro — sslvação.
GUARNECER, adereçar, adornar, ornar —
fortificar, reforçar — abasiccer, prover, vi-
tualhar — armar.
GUARNIÇÃO, presidio — moveis — pedraria
— fitas, galões, rendas, etij. — arreios —
copos, cruz, punhos (da espada).
GUÁRTE ou Guar-ts, arreda-le, desvia te
— foge.
GUAZiL, aguazil.
GUEDELHA OU Gadelha, cabeilo, melena
— madeixa — felpa — azo, nieio.
GUEDELOUDO, Câbclludo — fipudo.
GutiA, garganta — tragadouro, vora-
gem.
GUERRA, hostilidades — batalha, combatH,
conllicto, pel»'ja —briga, requesta— ataque
— discórdia — ininiizade.
GUERRE4D0R , bcUicoso — combaleute ,
guerreiro.
GUERREAR, brigar, combater, pelejar, pu-
gnar.
GUERREIRO, combatente, militar, soldado
— [adj.) armigero. bellicoso, belligerante,
btílligero , guerreador, marcial, mavórcio,
pugnaz.
GUIA, conductor, guiador — cabeça, che-
fe, director — auctor, motor — batedor —
itinerário — avisos, directório — passaporte,
salvo conducto '- (p/.) cordões.
GUIÃO, estandarte — bandtíira.
GUiAR, dirigir, encaminhar— conduzir,
levar — ensinar — governar.
Guii.HA, sea^a — fraude, lcgr8ç5o..
GUiLnoTE, folgasão — vadio — enganador,
fraudador, fraudulento — parasito.
GUINADA, rumbo, volla.
GUI^c^AR, chiar — ganir, latir.
Gu NCno, grilo — g«uido, regougo.
GUINDAR, alçar, erguer, iç/ir, levantar.
* GUISA, maneira, modo — graça — or-,
dem, qualidade.
GUISADOS, iguarias, manjares.
GUITA, barb-Hote, cordelnho. ^
GUITARRA, bandoliao, cjthnra, viola. .j^
GULA, garganta, guela — crápula, glotó-
naria, gloionia — voracidade.
GUME, corte, fio.
gurgulhar, brotar — borbulhar, fer-^
ver.
gurgutuo, acabou-53, findou — foi-S8 ^
feito é.
m ♦
ÍÍ.VY
um
H
BABiL, apto, capaz, destro, perito — ágil,
expedito — conveniente — sábio — benemé-
rito, bom.
HABILIDADE, cspacidade, ingenbo — arte,
sciencia — aptidão, idoneidade — destreza,
geito — agilidade, subtileza — {pi.) peloti-
C8S, trelas,
HABfuD:)So, 8gil, capaz — destro, babil
— instruído.
HABILITAR, adestrar, instruir.
HABiTAçio, albergue, aposento, casa, do-
micilio, estancia, morada, vivenda — esta-
da, residência.
HABITÁCULO. habltaçÃo, morada.
HABITADOR ou Habitante, cidadão — co-
lono, insulano — domiciliado, morador, re-
sidente.
Habitar, assistir, morar, residir, viver.
HABITO, vestido, vestidura — insígnia —
costumo, estylo, habitude, manha, usança,
uso — facilidade, propensSo.
HABITUAL, costumeiro, usual — invetera-
do,
HABITUAR, pcostumar, afazer, avezar.
HABnuua, costume, habito, uso — cons"
tiluiçSo,
HACANE4, cavalhinho, faca, palafrem.
HÁLITO, alento, bafo, folpgo — anhellto,
respiração — sopro — exhalaçào.
haRem, serralho.
HARMONIA, concenlo, consonância, melo-
dia — symphonia — proporç&o — symetria
— concórdia, paz, socego
HABMONíco ou Harmonioso, afinado, ca-
noro, consono, melodioso, musico, sonoro,
íonoroso.
iiARPEO, croque, fisga, harpâo.
HARPIA, monstro — ladra.
HASTA ou Haslia, chuço, lança, pique
«— dardo, rojno.
nAsriLiiA, basti fiha — farpa — bastil —
(/// ) isiilhaços — lascas, rachas
HAVER, alcançar, consegnir, obter — pos-
suir, ter ~ {ff ,) julgar, tractar — {s. pi.) bens,
fazendas — posses — cabedaes, riquezas.
haver-se, conduzir-se, obrar, portar-se,
proceder.
HecricA, consumpção, magreira, tisica.
nrcTico, tísico.
HEDIONDO, asqueroso, esquálido, imuun-
do, sórdido —pútrido — fedorento, fétido
— pestífero, pestilento — horrendo, hórri-
do, horroroso.
nsLiCE, uròa maior — espi^-a.
iiELicoN, Parnas^o, Perm-ísso, Pindo.
ncLioTfiOPio, gyrasol.
hkra??ça, successão — herdade — patri"
moa'o — prédio — casa — quinta.
HERAUTO, rei d'Arraas.
HKRCULEs, ALides — (ai/.) forte, robusto.
— esforçado.
HERDADE, bous, casa, fazenda, prediOi
quinta, terra, etc.
HERDEifios, heroes, successores — descen*
dencia, filhos — posteridade, vindouros.
HEREGE ou Hcrcje, novador — heterodo-
xo — gentio, mouro, turco, etc.
HEREGiA ou Hcresia, heterodoxia -» des-
acerto.
HEUNiA, descida, quebradura; rotura,
HEROA, h^iroe,
HEROE cu I/írot, varSo illustre, etc— •
semideus — conquistador.
HEROICIDADE, heioísmo — magnanimida^
de — grandeza d'alo:a,
HERÓICO, valoroso —varonil — grande, no-
bre, sublime — excellente , exímio — ma-
gnânimo — maravilhoso.
BERVA ou Erva, planta — hervagera, pas-
t.Tgem , pasto — relva, verdura — verde —
[pX) hortaliça.
HERvAííço, grão, legume.
HESITAÇÃO, duvida, enleio, incerteza, ir-
rísolução, preplexidade, suspensão, vacilla-
çào.
nrsuAR, duvidar^ vacillar — trcm»rlt?ar,
HO.N
HUM
SSl
pêro
BESPAisnA, íltíspetia, Ibéria, .^j^^,,
niRCo, bodo, capreolo.
tiiRSLTo, nfripiado, prrisado — cardoso -~
í?pf!ro, duro, leso — cebiliudo — itilonso — -
pvIKso — birlo, horiiib - inlractavcl.
"^rinn, arfiç^Rdo, arripindo, hirío— -85'•
— duro — inculto — ft Ipà !o.
u'STORu , chronica — Buiiaes, faslos —
conto, romance — descripçSo, narraçSo.
insTonioGRApno , chronisla, chronogra*
pho.
nisTniXo , comediante , cómico — bobo,
bufào, farcista — roimo, salliuibanco,
HEDiERNO, deste dia, da hojo.
liojE ou OJn, neste dii — actualmente,
agora, ao presente, prescnternente.
HOLOCAUSTO, consagração, dedicat^ão, hós-
tia— sacrifício, vielima — oblação, offreu-
da.
noMnRKAR, emparelhar, igualar-se —emu-
lar, rivsljçar.
II iMoaiDADE, virilidade •— altivez, arro-
gância — audácia, depppjo.
noMSM , individuo — humano , mortal ,
fiador — varSo — alma.
UOMI^MZARFÃO, colosso.
BOMEMzi.Nno, anão, cucufate, homenicu-
lo, pygraeu.
iiOMENAGEi ou Ilomenage, respeito, re-
Yerencia — veneração— obadiencia. submis-
Sào — estima — cortezia — menagem.
HOMICIDA, assas^-ino, matador.
aoMiCiDio, assassinato, morto.
HOMILIA, sermão — discurso, practica —
exhort«ção — conferencia.
noMiziAR-sa, fugir— esconder-se (da jus-
tiça.
HOMIZIO, fugida — escondimento— inimi-
zade, ódio.
HONESTAR, condccorar — palliar — coho-
nestar, corar — ornar,
HONESTIDADE, casiídado — pudicícia, pu-
dor — decência, dojoro, modcst'a.
HONESTO, casto, modeslo — pudico — pro-
bo — decente, honroso — coriez — compe-
tente, razcado, sufficiente,
BONOR, honra.
BONORAB, honrar.
HONRA, credito, reputação — fama — glo-
ria — cargo — dignidade , preeminência —
estima, estimação — acatamento, respeito,
reverencia— culto, veneração — obsequio
— caslidsde, honestidade — pudicícia.
HONRADO , acatado , respeitido — [aâj.)
probo — nobre — casto — v rtuoso — corte -
zão — primoroso.
HONRAI», elevar, exaltar — condecorar —
engrandecer — ennobrecer, nobilitar — res-
peitar, reverenciar, venerar — obsequiar.
HONROSO, honesto, honrado — decoroso,
honorifico — glurioso — louvável,
VCL lY.
HORA ou 0/(7, agora,
HORRENDO, horrível, hórrido,' horrífico,
lorroro5o — feio, medrniiO— espantoso, for-
niidavcl — lorável, tcrrifioo, ireccendo'--
diform'3, hediondo, torpe — ecornso, ieoíjS'
Irucso,
iiORRio, cilibiro, tulLa.
HÓRRIDO, horrendo, bcrrifico, horrisono
— áspero, inculto.
HORRivEL ou //crrífcí/, hórrido — nof do-
nho ,' pavoroso — horrendo , tremendo —
atroz — exocravel.
HORROR, temor, tremor — espanto, pas*
mo, modo, pavor, susto — aversío, ódio.
HORRORIZAR ou líorrorisav, atemorisar,
espantar, espavorir.
horroroso; horrível, hórrido — hediondo
— temeroso.
HORTALIÇA, alfaces, couves, legumes, etc,
HORio, jardim — horta — cerrado.
HOSPEDAGEM OU Uo^pcdaje, agasalho, hos*
pitalidado — acoihiiriento — hospedaria.
HOSPEDAR, albergar, alojar, gasalhar.
HOSPEDARIA, cstfllsgcm — filberguc, hos-
pício— hospedagem.
HOSPEDE, estalajadeiro — forasteiro, p^s»'
sageiro, viandante — [ndj.) ignorante, lei*
HOSPÍCIO, casa, domicilio, habitíçío, mo-
rada — conventmho — hospilslidade — hos-
pedagem.
HOSPITALIDADE, hospcdagem — hberalida-
de.
* nosTAo, hospedaria.
HOSTE, exercito, tropas — inimigo -— ar-
raial.
HÓSTIA, pão ázimo — victima — holocaus-
to,
HOSTIL, contrario, inimigo, opposto — no-
civo, pernicioso, prejudicial.
HOSTILIDADE, aiaquQ — roubo — assola-
ção, destroço, devastação —correria,
huivar, ulular — wrar — bramar.
Hiívo, guincho — ululo — urro.
HUMANAL, humano.
HUMANIDADE, tffabilídade, benigoidado,
brandura, clemência, compaixão— ■ agrado,
benevolência, corlezania, urbanídade — [pi]
bellas artes,
humanisar ou Humanar, aíTabilísar —
amansar , domesticar — civjhsar — adoçar ,
mitigir.
humano, humanai — bom, bondadoso ,
clemente — benigno, piedoso — tensivel —
8 íTavei — beneficente — (s. pi.] homens, mor-
taes, viveates.
HUMEDECER OU Humeclar, molhar, refres-
car, regar — ( mbeber, ensopar.
HUMKNTE, humilo
HUMIDADE, agua — lentura — mclhadur/i.
Ht MíD :\ bumenle, lento — cqnoso - eu-
982
IDO
IdS
sopado, molbado, orvalhado — alagadiço ,
pantanoso — chuvoso — nublado — incou-
BUMíLDADs, abatimento, bumillaçSo. ren-
(límeato ™- submissão , snjeiçSio ~ baixeza,
vileza
RUMíLDAs, èbâter, hamilliar — conían-
dif, mortificar,
EUSÍLTiS, IJOdsStO — subi» isso, SUJrÚtO —
prostrado, rendido — abstido, huoiil, hu-
milhado—pobre— baixo, igaobil, rastei-
ro, vil — p!e')eu — despreza io, desprezível
•^ abjecto — d^^scoaheciio, ignoto.
HUMILHAR , abater — sujeitar — depriroir
•— ffiortiíicar,
HUMILHAR- SB, abaixar -ge, sbater-se, acur-
tar-se — submelter-se, giijoliar-sg — prós
trar-se, reader-se — aniquilar- se, coacul-
car-se. dííspreznr-sa.
HUjaiLHOso ou Ilumildoso, humilde, su
bffiísso.
HUMiuAçÀo ou HumWtação, abatimento,
submissão.
HUMOR, caracter, conligSo, génio, natu-
ra' -- temperamento ^ bordo, parecer,
nYADA.8 ou EyadeSf Plêiade»,
hyBrido, mestiço — bárbaro.
HYORA, dragão, serpe, serpente — cons-
tiílioção.
nvDRTA, bilha, quarta, vaso.
nYDROPico, desfjoso — insaciável, seden-
to, sequioso.
BYMENEO ou Hymcneu, bodas, casamen-
to, espuíorio, bymen, matrimonio, noiva-
do, nupciss.
HYpgBBOLíi, amplificação, augmonto, exa«
geração,
EYPEaBOLico, amplificado, augmenlado,
eiíggerado, excessivo.
HYP2RCH1TIC0, censor, critico, satyricOí
HYPOcoisD&u, melancolia, tristeza.
BypocoRDiHACO, atrabilario, bilioso — me-
lancólico, triste, tristonho — caprichoso, ex-
travagante, rabugento.
BYPocftisiA, beatioe, cacholice, tartufic©
— - fiagiraento.
BYPOCRiTA, beato falso, cachola, jacobeu,
sanctilão.
HYsnpa ou Hyssope, aspersorio — asper--
ges.
I
IÇAR, alçap, erguer, levantar, subir.
IDADE, annos, vida — velhice — duiagão,
tempo — epof-ha, era, evo, século.
iDíA ou Lltia, figura, iin«gem — exrím-
plsr, modelo, molde — d< buxo, dt^senho —
rascunho , traço — conceito , phantasia —
iiivpnçãi», invento.
IDEAL, chimerico,* imaginativo, phantas-
tico, vão.
IDEAR, cogitar, imaginar — projectar, tra
çar.
IDIOMA, língua, linguagem — dialecto.
IDIOTA, estúpido, ignorante, imbecil, nés-
cio, tolo, zote.
IDOLATRA ou Idololatra, gentio, hereJH,
pagão.
IDOLATRAR , p3ganÍ£ar — adorar, amar,
venerar.
IDOLATRIA, gentilismo, paganismo, pnly-
theismo — superstição — adoração, venera-
ção - íçenu flexão.
luOLO. estatua, figura, imagem, simula-
cro— ideia — objecto, amado.
inoNKiDADZ, aptidão, capacidade, propí^r-
ção. propritidade.
iDONE •, apto, capaz, próprio — propor-
cionado — pertenceníe — suíliciente.
iDYLLio, echga.
iGNAKo, estúpido, ignorante, imperito,
inepto, néscio, zote.
IGNAVIA, dsleixo, frouxidão, inércia, ne-
gligencia , prejíuiça — cobardia — baixt^za.
IGNAVO, inerte, ocioso — deleixado. ina-
ctivo, indiligpntfí, nejílig-^ncia — c<ibHide,
fraco — frouxo, l«uguido — desaniaiad»j —
entorpecido — estúpido.
ILL
ÍGNEO, abrasado, flammeo, flammifero,
fiammigero, rubro.
IGNÓBIL, baixo, humilde — infame, vil
■— plebeu , popular — escuro — ignorado ,
incógnito — sórdido, torpe — desprezivo, Ín-
fimo — abatido — deshonrado — desconhe-
cido, ignoto.
iGNOBiLTDADB, humildade — baixeza, vi-
leza.
IGNOMINIA, affrcnta, injuria, opprobrio —
deshonra, descrédito, infâmia — desdouro,
deslustre.
IGNOMINIOSO, affrontoso, vituperioso — in-
fame, vergonhoso.
iGNOBADO, desconhecido, não sabido —
incógnito, occulto.
iGNOBANCiA, impericia, ' insabidade, ins-
ciencia, rudeza — materialidade, necedade
— desacerto, erro.
IGNORANTE, idiota, imporilo, indouto —
boçal, néscio, zote.
IGNORAR, não saber — desconhecer, in-
horar.
IGREJA, templo — calhedral, só — basili-
ca — capella — clero, ecdesiasticos.
IGUAL , irmão , semelhante — conforme ,
uniforme, unisono — liso, unido.
IGUALAR, emparelhar, igualdar, irmanar
— achatar, alizar, aplanar — adquar, ajus-
tar.
iGUALDADR OU Tgualeza^ identidade, se-
melhança — paiidado — proporção — equi-
dade, justiça, rectidão — uniformidade.
* IGUAR, igualar — emparelhar-se.
IGUARIA, comer, comida, manjar — pra-
to — guizado — acipipe.
ILHARGA, flanco, lado — [s. pi.) conse-
lheiros — validos.
iLHso ou Ilhéu, ilhasinha, ilheta, ilhota
— insulano — insular, isleno.
illação, consequência, inferência — co-
rollario, deducção.
iLLAQUEAR, enlftçap, enleiar, enredar.
illeckbras, attractivos — caricias, cari-
nhos, meiguices.
iLLEGiTisio, illegal, illícico — iníquo, in-
justo — adullerino, bastardo.
iLLiso, incólume, intacto, inteiro — in-
corrupto, são — immaculado, inviolado —
illibado.
iLLiBADo, illeso, intacto.
iLLiBKRALiDiT)!!, avareza, mofineza.
iiLiciTo, defeso, inconcesso, prohibido,
vedado.
iLLTDiR, destruir, refutar.
iLLiMiTADO, indefiniio, indeterminado —
incircumscripto.
iLLUDBNTE, engauador, fallaz, seductor.
ILLUDIR, engamr — zombar — frustrar.
iiLUJíiNAÇÂo, luminárias — illuminura
illttslfaçôo — inspiração,
LMM
983
illuminar, allumiar — illustrar — acla-
rar, decifrar — colorir — matizar.
iLLUSÃo, engano, hallucinação — pban-
tasma, sombra, visão — delírio — sonho
— escarneo, mofa.
iLLuso, escarnecido, mofado, zombado —
enganado, illudido.
iLLusoR, enganador — mofador, zomba-
dor.
iLLusoRio, artificioso, capcioso, simulado
— enganoso, falso — chimerico, frívolo
— inútil, vão.
iLLusTRAçÃo, cxplícação — iUumínação
— inspiração.
ILLUSTRAR, onnobreccr, nobilitar — al-
lumiar — illuminar —matizar — aclarar,
elucidar, explicar.
ILLUSTRB, claro, esclarecido — preclaro
nobre — heróico, excelso, preexcelso
— insigne — conspícuo — ínclito — exí-
mio — prestante — excellente, sobreexcel-
lente — afamado, famigerado, famoso —
abalizado, — celebrado, celebre — im-
mortal — memorável — respeitável, vene-
rável — egrégio.
IMAGEM ou Image, figur^, forma — oíR-
gie, simulacro — retrato — pintura —
ideia — simile, símilhança — gerogliíico,
symbolo — exemplar, prototypo, traslido
— transumpto — imitação , representa-
ção.
IMAGINAÇÃO . imaginativa , imnginação ,
pensamento, phintasia — ideia, imagem
— visão — ciiimera» erro, illusão — ap-
prehensão.
iMAGíNAR, phanlasiar — pensar — co-
gitar, cuidar fingir — ideiar — traçar.
IMAGINÁRIO, sonhado — phantastico ■—
enganoso, falso — apparente, illusorio —
chimerico.
imaGibativa, imaginação vao.
IMAGINATIVO, apprehensivo — contem-
plativo — pensativo — duvidoso, preple-
xo — enlevado, extático, solitário — so-
turno.
ihâginavel, crivei, provável, verosímil
— possível.
lAiAN, magneto — calamita ■— pedra de
cevar — atlractivo.
imbecil, tonto — néscio, pateta, sim*
pies.
imbecilidade, debelidade , fraqueza —
simplicidade — asneira, parvoíce, toli-
ce.
iMBELLE, fraco.
IMITAÇÃO, arremedo — copia — repre-
sentação — falsificação.
IMITAR, adumerar, arremedar, contrafa-
zer — copiar — trasladar — retratar — re-
presentar — (n.) frisar, similhar se.
I IMMàCULADO, limpo, puro.
246 ^
984
IMP
immaNIDADE, crueldade, inhumanidade. i
iMMAKo, cruel, dcshumano, ferino, fe-
roz.
iHíiàTLRO, verde — anlicipado, prema-
turo — juvenil,
nsMEDUTAMENTR , directamente — sem
demora, sem interrup(;ão — em continen-
te, instanianeamente, logo.
iMMEDiATO, pegado, unido — conligjo,
próximo.
iMMKMORAvEL, immemorlal, immemoria-
vel — antiquíssimo.
immensidade, immensidão — infinidade..
iMMEKso, illimítado , immensuravel —
dosmcd do — ampiissimo, diiaiadissimo, ex-
tensíssimo, grandíssimo, vaslissimo — ex-
cessivo, immudico — díílasissimo.
IKME^suUAVEL, amplíssímo. immenso.
JMMERSÃo, mergulho, submersão.
íkhlrso, merguiliado, submerso.'
iMMiTE, bravio, ferino, feroz.
immobiudade;, estabilidade — constância,
firmeza — apalhia, imperlui habilidade.
iMMODERAÇÃo, demasia, excesso — desco-
medimento— desenfreamenlo.
íMMODERADO, dfsmaudado — descomedido
— demasiado, excessivo — intemperado.^
iMnoDESTiA, desenvoltura, despejo — in-
decencia — irreverência — insolência.
iMiaoDico, excessivo — sobejo, supérfluo,
iMMOLAçÃo, holocausto, sacrifício, vicli*
tua.
iiraOLADOR; sacrificador.
liiMOLAR, sacrificar, victimar — abando-
nar, entregar.
i^soRTAL, ettrno, sempiterno — perenne,
perpetuo — immulavel, invariável — incor-
ruptível -^ immareessivel — permanente ,
persistente — interminável, indelével.
iMaoKTALiDADE, eternidade, perpetuida-
de.
laMORTALiZAR, ctcmizar, perpetuidade.
iMMovEL ou Immobil, immolo, immuta-
vfel — inalterável, inconcusso — quedo —
estável, firme, fixo.
iMMUDAVEL, immutavcl.
msiLKDiciA, espuricia, sordidez, sujida-
de — lixo — excremento — piolhos, etc.
iKMUKDO, esquálido, porco, sórdido, sujo
— «impUro.
iMMUNE, franco, isento, livre.
iMMuis dade, isenção — prerogativa, pri-
Yiiegio — franqupza, liberdade.
immutaVkl ou ímmutabíl, constante —
iriimudavel — infallivel — irrevocável —
immobil, lirme, fixo.
íMPACiKNCiA, agar.tamcnto, enfado, ira,
paixão — ardor — promptidão, vivacidade
— desassocego, inquietarão — pena.
ijh'aCientar, cílligir — inquietar — in-
dignar, i.riíar.
IMP
iKPACiitiSiE, ardente, assomado, fogoso —
insoíTrido, intolerante — agastado, irritado
— aíTiiclo, inquieto.
1MPABC1AL, neutral — apathico — jus-
to, recto, -
iMPARCiALiDADR, neutralidade — desinte»
resse — equidade, igualdade, justiça. ^ ,
IMPASSÍVEL, isento, livre — apathico, in-
seniivel.
IMPÁVIDO, animoso, denodado, destemido,
intrépido.
IMPEDIMENTO, cmpecilbo, estorvo, obstá-
culo — desvio — difficuldade.
IMPEDIR, atalhar — embaraçar, estorvar,
obstar, tolher — prohibir, vedar.
iMPELLíB, compulsar, empuxar — esti-
mular, incitar — abalar.
IMPENETRÁVEL OU ImpcnelralU, imper-
meável — incomprehensivel — compacto ,
duro, espesso — mysterioso, profundo —
inaccessivel.
iMpEKSADo, imprevisto — inopinado, su-^
bito — ignorado.
impsrador, monarcha, soberano.
IMPERANTE, monarcha, rei, soberano —
{aJj.) dominante, reinante.
i.MPERAn, governar, reinar — dominar ,
mandar — senhorear — preceituar — decre*
tar, determinar, estabelecer.
imperativo, imperioso^ — absoluto, deci-
sivo.
IMPERCEPTÍVEL, subtíl, tôDue — invisibil
— incomprehensivel.
IMPERFEIÇÃO, defeito, falta — erro, incor-
recção. ' ^
IMPERFEITO, incompleto — defeituoso, yí»
cioso.
imperícia, ignorância — grosseria. ^
IMPÉRIO, monarchia, reino — dominio, se-
nhorio — sceptro — coroa — autoi idade,
poder — estados — mando, preceito — de-
creto, lei.
IMPERIOSO, altivo, arrogante, suberbo —
dominioso.
IMPERITO, ignorante, indouto — inepto»
inbabil — despótico.
iMPiRMAiNENCiA, iuconslancia — instabili-
dade.
iMPERMANKNTE, iustabil — incoustante^
mudável, vario.
IMPERTINÊNCIA, importuuidade — des-
propósito, destempero, loucura, tolice —
capricho, extravagância — atrevimento, de-
saforo, insolência.
IMPERTINENTE, desappropositado — im-
portuno — enfadonho, pesado — atrevido,
confiado, insolente — pateta, tolo — impru-
dente, indiscreto — dillicil — inadmissí-
vel.
IMPERTURBABILIDADE, apalhifl, coDstancifl,
esl3bilidado, firmeza, uanquilUdaio.
IMPERTURBÁVEL, apalhico, consUnte, es-
tóico, firme, invariável, Iranquillo.
iMPERVio, inaccessivel.
ÍMPETO ou Impeiu, impetuosidade, -vio-
lência — impulso — força , vehemencia --
precipitação — fúria , furor — ecommetli-
mento.
IMPETRAR, pedir, rogar, supplicar — al-
cançar, conseguir, obter.
IMPETUOSIDADE, csfoíço, impcto, violeu-
cia — vehemencia — ardor, transporte, vi-
vacidade.
IMPETUOSO, ardente, vehemente — arro-
jado, violento — accelerado, rápido.
IMPIEDADE, irreligião — profanação, sa-
crilégio — crueldade, deshumanidade —bar-
baridade, lyrannia — crueza, fereza — atro-
cidade, se vicia.
ÍMPIO, atheo, deista — (at/J ) incrédulo,
irreligioso — profanador, sacrilego — blas-
phemador — iniquo, malvado, perverso —
cruel, deshumano.
IMPLACÁVEL OU ImplãcabU, ineioravel,
inQexivel — obstinado, opiniaiico.
IMPLANTAR, plantar — inserir— arrei
gar. ,
IMPLICAÇÃO ou/mp/ícancta, contradicçao,
contrariedade — incompatibilidade — com-
plicação — enredo — repugnância.
iMt-L-CADO, contradiclorio — embaraçado,
enredado — compromettido.
IMPLICAR, repugnar — (a.) complicar, in-
volver.
IMPLICAR- SE, enredar se, involver-se —
metter-se — contradizer se.
- implícito, não expesso, subiatendido —
tácito — embaraçado, escuro.
IMPLORAÇÃO, rogo, supplica.
IMPLORAR, invocar — pedir, rogar — sol-
licilar, supplicar.
IMPOR, sobrepor — assacar, attribuir, im-
putar— enganar — mentir.
IMPORTÂNCIA, Eomma, valor — peso — im-
porte, preço — consequência, momento —
consideração — mereciaiento, utilidade.
IMPORTASTE, precioso — caro, custoso —
necessário, util — vantajoso — relevante.
IMPORTAR, introduzir— (71.) custar — apro-
veitar, convir.
IMPORTUNAR, apertar, instar — enfadar —
incommodar, molestar — atanazar, tormen-
tar.
iMPORTUNiDADE, causticldadc, importuna-
ção — impertinência.
-IMPORTUNO, cáustico, cnfadonho, molesto,
seccantG — gravoso, oppressivo, pesado —
morlificanti}.
IMPOSIÇÃO, imposto, taxa, tributo — ca-
pitação, contribuição.
iMPOsSiDiLinADP, impUcancía, repugnân-
cia — empeço, obstáculo.
VOL. IV.
lUP
985
IMPOSSÍVEL OU Impossibilf impraticável,
inexecutavel.
IMPOSTO, imposição, tributo.
IMPOSTOR, calumniador , embusteiro —
embaídor, enganador, mentiroso.
IMPOSTURA, aleive, calumnia, embuste —
embaí iiiento, engano.
IMPOTÊNCIA , impossibilidade — inbabili-
dade — incapacidade — fraqueza.
IMPOTENTE, débil, fraco — ineíRcaz — in-
habil.
IMPRATICÁVEL OU Impracticavcl, impossí-
vel — intransitável.
IMPRECAÇÃO, arrenego, maldição, praga
— rogativa.
IMPRECAR, amaldiçoar, maldizer, prague-
jar— deprecar, rogar, supplicar.
IMPRENSA, impressão, ofllcina, prelo, ty-
pographia — estampa.
IMPRESSÃO, aííecção — abalo — prensa —
phenomeno.
I--.PRESS0, estampado, imprimido — repre-
sentado, retratado.
IMPRESSOR, imprimidor, typographo.
IMPREVISTO, impensado, não previsto —
inopinado, insperado — surprendente.
IMPRIMIR, estampar — esculpir, gravar —
caracterisar — marcar — inspirar — dar.
improbabilidade, incerteza, inverosimi-
Ihança.
ÍMPROBO, máu — malicioso — custoso, dif-
ficil.
IMPROPERAR, exprobrar, reprchender —
injuriar.
impropério, reprebenaâo, reproche — a(*
fronta, injuria.
impropriedade, descoaveniencia — disso-
nância — barbarismo.
impróprio, indecente — inexacto — disso-
no, duro — bárbaro.
iMPROviDENCiA, doscuido, dcsmazelo, in-
cúria, negligencia.
iMPROviDo, descautelado, descuidado, des-
prevenido, imprudente.
IMPROVISO, impensado, imprevisto, ines-
perado — inopinado, repentino» subitaneo,
súbito.
imprudência; inconsideração -—precipi-
tação — ignorância — inadvertência — erro.
IMPRUDENTE, ignorante — arrebatado, te-
merário — estouvado — incauto, inconside-
rado — indiscreto.
IMPUDÊNCIA, despejo, desvergonhamento
— desaforo, descaramento — insolência.
IMPUDENTE , desavergonhado , despejado
— descarado, desaforado.
iMPDDiciciA, concupiscência, deshonesti-
dade, immc»destia, incontinência, lascívia,
sensuílidad 3, torpeza.
IMPUDICO , deshonesto, iccasto, lascivo, h-
bidinoso, 1 iviano, luxurio*©, obsceno.
Í47
985
LNC
m
iMPUGJíAçXo, opposiçSo, resistência — re-
futação.
IMPUGNAR, combater — resistir — refutar
— cotitrarikr — oppór-se — propugnar.
IMPULSO, abalo, impeio — estináulo — in-
cflàméato, iastigação — inspiração — con-
selho.
ijrtPUNK, impunido, nâo castigado.
Impunidade, descasligo — tolerância.
IMPUREZA, desbooestidade, impudicicia —
luxuria, obscenidade — torpeza — immun-
dicia, sordidez,
IMPURO , impudico, laseivò, obsceno —
turvo — immundo, sujo — manchado.
IMPUTAR, applicar, attíibuir — accusar,
criminar, culpar.
INABALÁVEL, immobil, inconcusso — fir-
me, immiidavel, permanente — constante —
inflexível.
INACÇÃO, deleixamento, inércia — ócio.
iNACCESSivEL, alcautilado, fragoso — al-
tivo, intractavel.
INADVERTÊNCIA, imprudeucia, inconside-
ração — descuido, esquecimento.
INADVERTIDO, imprudente, inconsiderado
— negligente — imprevisto.
INALTERÁVEL, estavel, immudavel, incon-
cusso, permanente — conslaute — impertu-
bavel — incorruptível.
iNANiçÂo, enfraquecimento, fraqueza —
desalento,
INANIMADO, defuncto, morto — frio»
inappetencia, fastio.
inapplicação, distracção, inadvertência.
inaturavel, insoffrivtíi, insupportavel, in-
tolerável.
inaudito ou InaudictOf não ouvido —
extraordinário, maravilhoso, pasmoso — ra-
ro— novo.
INAUGURAÇÃO, cousagraçao, sagração —
iniciação — recepção.
INAUGURAR, dtídicar — consagrar, sagrar.
incançavel ou Incansável, infatigável —
fragueiro, robusto, vigoroso — indefeso —
assíduo, incessante.
INCAPACIDADE, insufficiencia — inaptidão,
inhabilidade.
INCAPAZ, inhabil — insufficiente — indi-
gno — ignorante — fraco, impotente.
ISCAPILLATO, calvo
INCAUTO, desacautelado, desapercebido —
inadverlidp — imprudente — imprevisto —
improvido — temerário.
iNç R, propagar — povoar — encher.
INCENDIAR, abrasar, inflammar, queirnsf.
INCENDIÁRIO, bola fogO.
1NC8NDI0, chamma , foco, Jabareda —
abrasamento, combustão — quei ma, quei-
mamenlo — ardor, incendimento.'
INCENSADOR, aduladof, lisongei ro.
iííCE«8Aa, aromar perfumar^ thi irificar —
adular, lisongéàr — hohrár —louvar —ado-
rar.
JNCKNSARio, incensório, thuribulo.
INCENSO, aroma, perfume — elogios, lou-
voreá — adulações, lisopjas.
TRcENtm), agaUhão, estimulo — impulso,
incitamenio, ináligação.
iNCÊRtpiJA, duvida, íncertidão, indecisão,
írresolução, perpl«xídácle — contingência.
INCERTO, ambíguo, dúbio, dúbio, duvi-
doso— indeciso, irrésoluto, perplexo, sus-
penso — contingente — inde.liberado, inde-
terminado — fluoiuahte, hesitante, vacillan-
te — vago — arriscado.
iíícessaNte oii Incessavel, assiduo, con-
tiniiado, continiló.
incha, desavença — ódio.
INCHAÇÃO, tumor, turgencia — orgulho,'
sobfirba — desvanecimento, ufania.
INCHAÇO, inchação — agastamenlo — pai-
xão, incha.
jnchado. crescido, grosso — tumente, tu-'
mido , túrgido — hydropico — emphalioo ,
hyperbolico — altivo, orgulhoso, vão.
íNCiiAR , intumecer — enfunar — (n.)
desvanecer-se ensuberbecer-se.
INCIDENTE, accidente, caso, circumstaa-
cia, successo — {adj.) incisivo.
INCIKCUNSCRJPTO OU Incircumseripto, in^
determinado, illimitado.
incisão ou Incisura^ corladura, corte» ^
golpe — entalhe.
INCISIVO , cortante — dissolvente» peno- '
trante.
INCISO, cortado.
INCITAÇÃO ou Incitamento, instigação —
estimulo, incentivo — impulso.
lncitah, agrilhoar, esporear, pungir —
excitar, mover — estimular, instigar — pro-
vocar, suscitar — compelhr, impeli ir — ac«
cender, inflammar.
iNCiviL, desatteucioso, descorlôz — iade*
cenie.
iNCíviLiDADE, desatteução, descortezia.
iNCLRMENCiA, desabrim«nto, dureza, in^ '
flexibilidade, rigor — intempérie.
INCLEMENTE, aspero, desabrido, rigoroso
— cruel, implacável.
iNCiNAçÃo, pendor, tendência — disposi- '
ção, Índole, propensão — affeição, amizade,
amor — vontade — sympathia.
INCLINAR, abaixar, curvar — dispor, mo-
ver — (íi ) pender — dirigir-se.
iNCLiNAR-sK, curvar-se, dobrar-se — di- '
rigir-se, eucaminhar-se — favorecer, pro-
mover,
ÍNCLITO, illustre — notável — celebre, fa-
moso.
INCLUIR, abranger, comprohender, con-
ter, encerrar.
INCLUSO, contido» incluido.
IKC
INC
987
INCÓGNITO, desconhecido, ignoto -^.oo-,
culto.
iNconraínciA, inconsequência — descon
íormidade, desconvynittpcia — discrepância.
mcouERENiB , discrepante — de$conCor-
,fne.
JKCOLA, hsbilador, habitante, morador
— povoador.
INCÓLUME , salvo — sSo — illeso — inta-
cto.
jNCOMMODAR, desncommodar, desnrranjar
— inquietar, perturbar — causticar, impor-
tunar.
iNCOMnoDiDADE, incomuíodo — constran-
gimento — aborrimeato , desgosto — doen-
ça, indisposi';ào.
iscoMMoDo , descommodo — pena — tra-
balho— incoromodidade. moléstia.
iKCOMMUNiCAVKL, indlzível — ínsociavel
inlract.ivel
INCOMPATIVRL, antipftthico, contrario, op-
posto — repijgn«nle — desconforrae, incom-
^inavel, incnnp,ili«vel— insociável.
LNCOiMPETfcNciA, iucapacidade, inhabilida-
4e — incongruência.
INCOMPETENTE, incapaz — incongruo — il-
legal, illí^giiimo — impróprio, inulil.
INCOMPLETO, defeituoso, imperfeito — n5o
acabado.
iNCOMPLExo, não composto, simples.
INCOMPORTÁVEL, insoff(ivel, iosuppoftavel,
iptoleravcl.
, ; incom possível, incompatível.
iNCOBiPREHENsivEL, incfivel, jnimcginavel
— confuso, escuro, iniotebigivel.
iNCONCEsso, illicito — defeso, prohil'ido,
vedftdo — indecente, indecoroso -- irr;>cio-
navel — impudico, impuro, torpe — desho-
,j3esto, immodesto — iníquo.
l^co^CILlAVEL, antipaihico, contrario, in-
conipalivel.
l^C0NC0RpAVEL, ipconciliavel.
INCONCUSSO, immobil — firme, srlído.
INCo^FIl)^fNCU, desle.-ddade, perfidia.
, iNCONFiofiNTE, desl^fll, infiel, pérfido.
inco>ghUencià., barb.srismo, fio!ftc"'smo —
impropriedade — indec^ncia, incivilidade —
iNCONGUUENTR OU Jncongruo, desconve-
'niente, impróprio — desproporcionado.
, INCONSEQUÊNCIA, írrogularidadd — inc^ho-
rencia — absurdo, impertinência — contra-
dicçào.
iNCONSEQuETtTE , flbsurdo, contradlctftrio
— impertinente — incuheiente— incoustan
te.
INCONSIDERAÇÃO, imprudência — defatlen-
^0, inadvertência — fftciiidada, leveza —
indiscrição.
iNcoissiDERAno, imprudente/ indiscreto —
aríebataclo — imprevisto, inadvtrtido — e«i-
tuidio.
INCONSONANCIA, dissonancia.
iNcoNSTANcrA, impermauencía, instabili^
d«de — 1'geireza , mudançi . variodide —
mutabilidadii, vicis^^iiudo. volubilidade.
INCONSTANTE , love , lifTciro -^ mudável,
vario — ia^pjirqjapentp, instável. '
INCONTAMINAOA, immacul^da, pura — in-
corrupta, inviolada — illesa, intacta — cas-
ta, impollula, virgem,
INCONTESTÁVEL, certo, iudubitavel — in-
contrasiavel.
icoNTiNKNCiA, intemperança — concupis-
cência . sensualidade — deshonestid^ide,
immodestia — lascívia, luxuria — torpe-
za.
INCONTINENTE, immoderado — dissoluto,
ibertino — impudico, lascivio, luxurioso
— iadv] inslanlanf-amente — apresada, re-
pentinamf-nte — logo
INCONTHASTAVEL, iusupemvel, invensivel
— in''ontr(»VHrA'o — irresislivel.
iNCONVKNíENCiA, descoof<iímidadô — {*.)
estorvo, obstáculo.
iNCONVKNiRNiR, dlfficuldade, embaraço —
empeço — desvantagem, perda — accideiir
to, contratempo.
INCORRECÇÃO , defeito , imperfeição — ^
inexactidão, irrpgularidftdn — negligencia,
IS coB RECTO, defeituoso, imperfeito — iao^
xacto, irregular.
iNCGRHEGivEL, indÍ5cip]inavel, indócil —
obstinadi), renitente.
iNCoaxiíR, cair, ficar sujeito — mere-
cer.
iPíCORRUPçÃo, integridade, inteireza.
mcoRRUpriVEL , inalterável — integra,
recto. ;
iNCOKRUPTO, puro, são — intoipo — iii^
tegro — intemerado.
iKRRKDULTDADK , rf>pugnancia (era crer)
— fiíheismo — impiedade — irreligião.
INCRÉDULO, descrente — impio — irrelí-'»
gloso — infiel.
iNCRK.MaNro , augmento, crescimento —
crescente.
INCREPAR, reprehender — censurar.
INCRÍVEL, Incredivel ou Increivel.f^TCfís-
slvn, hyperbolico — inverosimil — indizí-
vel
INCUBO, pps^delo.
INCUDE, bicoroa, bigorna.
INCULCA, bu-^ca, pesquiza — indagação,
infi»níia;;ão, inquirição — recommt^ndação,
INCULCAR, indirar, propor — recommen-
dar — repetir, rí^pi^ar.
ixcuLCAR-sR, ííar-stí— Tender se — des-
cobrir-se , mostiar-se — recommeadar-
i!scui.pADO, innocpntft.
INCULPÁVEL,' irr{»prt-iiensiy§l -?- ipnotíeQ-
t*e — períeilo, puro
988
IRD
INCULTO, baldio — agreste, infecundo —
grosseiro, rude — bárbaro — ignorante.
iRCULTURA, bruteza, rudeza.
INCUMBÊNCIA, commissão — dever, encar-
go.
INCUMBIR, commeter, encarregar.
INCURÁVEL, insanável — irremediável.
INCÚRIA, descuido, negligencia — delei-
xamento, desmazelo, indolência — descii-
riosidado.
INCURSÃO, correria, invasão, irrupção, sal-
to.
INCURSO, encontro — ímpeto.
INDAGAÇÃO, busca, Biame, inquirirão, pes-
-quiza — especulação.
INDAGADOR, cscrutador, investigador, pes-
quizsdor — observador — especulador.
INDAGAR, inquirir, pesqaizar — procu-
rar — informar-se.
iNDECENciA, descompostura — desacato,
irreverência — desprezo,
iNDECBNTE. dosbonesto. immodesto, im-
pudico — indecoroso.
INDECISÃO, duvida, hesitação, indetermi-
naçíio, irresoluçào, perplexidade, vacilla-
çào.
INDECISO, não decidido — equivoco, pro-
blemático — irresoluto, vacillante, perple»
xo.
iNDECLARAVEL, indizível,
JNDECORADO. desacreditado, desdourado,
deihonrado.
INDECORO, iadecenoia — {adj.) indecoro-
so.
INDECOROSO, immodesto, indecente — des-
honesto, vergonhoso — - deshonroso — af-
frontoso, ignominioso, injurioso, opprobrio-
so — indigno, infame, vil — soraido, tor-
pe — feio.
iiíDEFECTivEL, ínfalivel — indestruclivel,
perdurável.
. iNDEFESso, incansável, infatigável.
iNDEFiciENTE , infallivcl — íucxoravel,
inexhaurivel, inexhausto.
iNDEFiNiTO, incerto, indeciso, indetermi-
nado — illimitado.
iNDELEtEL, indestructivcl — durável, eter-
no, permanente.
iNDELiBERAçÃo, indeterminação, irresolu-
ção — enleio.
JNDEMINUTO, iuleirO.
iNDEMNiDADE OU Indemnisãção, compen*
sação, resarcimento.
iNUEMNisAR, compeusar, recompensar, re-
parar, retribuir,
INDEPENDÊNCIA, Uberdade — isenção.
INDETERMINAÇÃO, duvida, incp>rteza — in-
decisão, irresolução, perplexidade, vacilla-
ção.
INDETERMINADO, duvidoso, iucerto — he-
sitado, irresoluto.
INDEVIDO, desrazoado — insólito — im-«
próprio, intempestivo — iníquo, injusto—»
desmerecido,
iNDEVOçÃo, irreligião. _
INDEVOTO, Ímpio, irreligioso.
INDEX ou Indece, cathalogo, lista, taboa»
da.
INDICAÇÃO, iadicio, signal — denotação,
designação.
INDICAR, apontar — mostrar — ensinar
— designar, indicar — descobrir, divul»
gar — annunciar, declarar — ordenar, prés-
crever.
INDICIAR, apontar, mostrar.
INDICIO, signal, vestigio — indicação,
mostra — apparencia, probabilidade.
iNOiFFERENÇA ou Indiffvença, apathia —
equilíbrio , imparcialidade — desinteressa
— incúria, indolência -;- phlegma. ^
iNDiFFiRENTB, ígual, imparcial — insen*
sivel — indeciso — desinteressado — de-»
leixado, indolente — frio, phlegmatico.
INDÍGENA, íncola, natural — cidadão —
habitador, morador — povoador.
INDIGÊNCIA, carência, falta, ^ necessidade
— penúria, pobreza — miséria.
INDIGENTE, necessitado, pobre.
INDIGESTO, cru — coufuso, desordeuado,
indígetp, divo, semideus.
INDIGNAÇÃO, egastamento, cólera, furor,
ira — paixão — escândalo.
INDIGNADO, agastado, colérico, encolori-
sado, enfadado, irado, irritado — furibun*
do, jfurioso.
INDIGNAR, enfadar, irritar,
iNDXGNAi-sB, ag8star-se, irar-se — eseaii»
dalísar-se -^ dedignar-se.
INDIGNIDADE, aífrouta , insulto, ultrajfi
-^ desprezo — infâmia — atrocidade, hor^
ror •— barbaridade, crueza,
INDIGNO ou Indino , desmerecedor, — •
baixo, vil -— vergonhoso — indecente -«
injurioso, — infame.
ÍNDIGO, anil.
iNDiLiGBNCiA, descuído , negligenoi« — *
deleixado.
INDIRECTO, obliquo, sinuoso, torcido.
INDISCIPLINADO, dcseusinado , ignorante
— desmandado,
iNDisciPLiNAVEL, íncorregível, indócil, ia-
domavel, intractavel,
INDISCRETO, imprudente , inconsiderado
INDISCRIÇÃO, imprudência, inconsideração
— bscharelice, pairaria.
INDISPENSÁVEL, inovitavel, nacessario -^
obrigatório,
INDISPOR, desavir — agravar, azedar, en»
fadar, irritar.
INDISPOSIÇÃO, incommodidade — acha-
que, moléstia — aversão, tédio — desa-
mão — desavença.
INE
INF
989
J5DISP0ST0, doente, molesto — agasta-
do.
INDISPUTÁVEL, incontestavel.
INDISSOLÚVEL, indesalavel, indivisível •—
constante — inviolável.
iNDiSTiNCTO, confuso, embaraçado —es-
curo — idêntico.
INDIVIDUAÇÃO, circumstancia, particulari-
dade — especificação.
INDIVIDUAL, pessoal — particular, pecu-
liar, próprio.
INDIVIDUAR, especificar, particularizar.
INDIVIDUO, pessoa — ente.
INDIVISÍVEL, indissolúvel, inseparável.
indizível, ineiprimivel — indeclaravel
— inexplicável.
INDÓCIL, indisciplinavel — incorrigível —
Indomável, indómito — opiniático.
iNDOciLiDADB, incorrigibilidado — obsti-
nação — resistência.
ÍNDOLE, caracter, genio — condiçSo, na-
tural — inclinaç&o, propensSo — tempe-
ramento.
INDOLÊNCIA, apalhia, impassibilidade —
incúria, inércia — indiíTerença — delei-
xo, desmazelo — preguiça.
IMDOLBNTE, inseusível — indiíTerente —
deleií&do, descuidado, negligente.
INDOMADO OU Ifidomito, fogoso — incor-
rigível, indócil — obstinado, testo — in-
▼encivel.
iNDONTO ou Indocto, imperito — ignaro,
ignorante.
INDUBITÁVEL, evidente, inconquístavel -~
infallivel, manifesto — certo, seguro,
iNDucçio, induzimento, ínstigaçào — per-
SuaçSo — enumeração,
IRDUCTO, induzido — introduzido.
INDULGÊNCIA, graça, indulto, perdão —
jubileu — bondade, doçura — clemên-
cia.
INDULGENTE, bom, brando, doce, buma-
no — clemente — modensdo, passsculpas.
INDULTAR, livrar, salvar — perdoar —
eiemptar.
INDULTO, graça — perdão, remissão —
foro, privilegio — favor.
INCUSTRIA, arte — destreza, habilidade
— diligencia — ardil, artificio, traça — agu-
deza.
INDUSTRIAR , adestrar , amestrar , ensi-
nar.
INDUSTRIOSO, destro, haljil, industrioso
— ingenhoso, intelligente.
iNDUSiDOR, instigador.
iNDUzisiENTO, inducção — instigsçSo, per-
suação.
INDUZIR, aconselhar — incitar, instigar
i — introduzir — trazer — causar.
INEBRIAR, embebedar, emb-iagar.
JNKDiA, abstinência, dieta.
VOL. lY.
iNEFFAVBL OU IneffahU,, indfzivel, ine-
narrável, inexplicável, incompreljen^ivcl.
m^FFiCACU, insuíTiciencia — fraqueza,
impotência — inutilidade.
iNEFFiCAz, insuíRcicnte — impotente —
inuiil.
iisELUCTAv L , invensivel — inevitável.
INÉPCIA, fatuidade — imbeciUidade — •
parvoíce, pequice, sandice, tolice.
INEPTIDÃO, incapacidade, inhabilidade.
INEPTO, incapaz, inhabil— absurdo, tolo—
desmazelado, inerte.
INÉRCIA, deleixo — ignavia — indolência
— inacção.
INERME, desarmado.
ineRrante, fixo, immobil.
INERTE, ignavo — frouxo — cobarde,
pussillanime — lento, tardo — languido,
raoUe — ocioso, preguiçoso.
INESGOTÁVEL, ínexhaurivel, ínexhausto —
incansável.
INESPERADO OU Inspôrado, impensado, im«
previsto — inopinado, repentino, subido.
INESTIMÁVEL OU InestimobH, inapreciá-
vel, incalculável — impagável.
INEVITÁVEL, indospensavel, necessário.
INEXCRUTAVEL, incomprehensivel, impe-
netrável, inscrutavel — mysterirso, profun-
do,
iNKxcusAVEL, índesculpavcl — imperdoa-
NCl.
iNFxnAURiVEL, inesgotavel," ínexhausto.
ínexhausto, ínexhaurivel — inseccavel —
infindo.
INEXORÁVEL OU IncxorabUt implacável,
inflexível — duro. insensível — indócil, in-
domável, indómito — rígido, rigoroso, se-
vero.
INEXPERTO, inexperiente — aprendiz —
bisonho, leigo, novato — ignorante — inep-
to
iNEXPiAVEi^, imperdoável, irremissível.
" INEXPLICÁVEL, indizível, ineífavel — es-
curo.
INEXPRIMÍVEL, indizível — inarticulavel.
INEXPUGNÁVEL OU IncxpugnabU, incon»
trastavel, insuperável, invencível — invicto
— constante — firme.
INEXTINGUÍVEL OU InextinguihU, inextin-
cto — íaexgotavel. inexhausto — immenso,
infinito — continuo, perenne, perpetuo.
iNEXTRiCAVítL OU InextricãbH, indesata-
vel — indesembaraçavel — inexplicável, obs-
curo.
iNFALLiviL , c^vrto — mauifesto , patente
— demonstrativo , evidente — indubitável,
seguro — claro, palpável.
INFAMADO, difl"amado — infame — macu-
lado — desacreditado.
INFAMAR, diflamar — desacreditar — des-
hourar — ca!umniar^— cr.anchnr.
Í4ÍJ
990
IISP
INF
TNFidMAR-sE , desacreditar- se — cleslaon-
rar-se.
iNFAMí^TORío, diíT/imatorío, infamante.
iiíFAMEf desacreditado — ignomiaiuso —
Ml.
INFÂMIA, injuria, opprobrio — de?honra,
viloia — descrédito , desdouro — effronta .
JRnominia— baixeza — labóo, macula, man-
cha.
JXPANCIA, meninice, puerícia — mantilhas
— berço — nascimento, origem , principio
— singeleza.
isFANTE ou ^ Ifante, criança, menino —
príncipe — peão.
iríFATiGAVEL ou InfatigabU, incansável
— fofte, robusto.
iNFATUAÇÃo, preoccupaçâo — birra, per-
tinácia.
infatuado, desvanacido, presumido, pre-
sumpçoso.
INFATUAR, encísqnetar, preoccupar.
INFAUSTO, desgraçado, infeliz — aziago ,
funesto, negreg«do
JNifECçÃo, contagio — corrupção, podri-
dão — futido.
INFECTAR, corromper, inficionar.
ipiFKCTo , corrupio, infiinonado — fedo-
rento, fétido — pudre, pútrido.
iisFFCUNDinAoR, esterilidade.
iNFKCUNno, estéril — siíbventaneo, trido.
i>Feijcii)A[)R;, desditi, df's«r«çfli, desven-
tura, infortúnio — adversidade — accidente
— calaioiiade.
iNFELíZ. Inffílice ou Infelix, desditoso,
desgraçado — d<*sventurado, raalaveaturado
— miserável, misero, misérrimo — triste —
f^ílal, inf«usto, sinistro — adverso — medío-
cre — raáu.
jfíFWSo, contrario, inimigo — adversário,
oppo^to — emulo.
iNFfCRENCiA, conclusão, consequência, de-
du'ÇP0, dla(,ão.
•^ jiNFKKiOR , súbdito — menor — desigual ,
somenos.
INFERIR, cclligir, concluir, deduzir, jul-
gar.
iiSFERNAT,, averbai, tartareo, tenareo.
JNFKhNAR-sK, desesperar-.se — aílligir-se.
]^FEH^KJRA, bulha, confusão, iufemali-
dade, inftíjno.
)NFERNO, Averno. Baralhro. Cocyto, Ere-
bo. Kstyge, rhbKetoiite profundo — ge-
bena — bulha, motim, ruído.
jwFF.Ro, baixo, infenòr.
3NFKRTIL, estéril, infecundo — inútil.
INFERTILIDADE, esterilidade, inftcuudida-
de.
JKFKSTAR, devastar, talar — pilhar, rou-
bar - |.r^•jlIui<;nr.
i^Fi-sTo, nocivo, pernicioso — coEtr&rio,
inim/yo.
IS FicioiíADo, maligno — corrupto — con-
tagioso, pestífero, ptslilente — mortífero -rj
* viciado — damnoso.
iNFíCioKAR, empestar, infectar — corrom-
per, depravar — manchar, sujar.
lis FIDELIDADE OU Infiddaáe ^ çlcivosía ,
perfidia, traição — deslealdade, falsa f0 r^
cilada — idolatria, gentilismo, paguuismp.
INFIDO, desleal, iníiel. pérfido.
INFIEL, infido, pérfido — desleal, traidor
— aleivoso, falso — inimigo — dtdoso, fal-
laz, fementido, fraudulento — enganador,
enganoso, fingido, simulado — embusteiro,
mentiroso — insidioso — («■) gentio, idola-
tra, p*gão.
ínfimo, baixo — ultimo — inferior — des-
prezível, vil — abatido.
INFINIDADE, immensidade — multidão.
'^FlISlTo ou Inundo, illimitado, immen-
so , interminável — immensuravei — innu-
meravel — excellente.
iNFiNTO, dissimulado, fingido.
i^FittMAR, enfraquecer — annullar, inva-
lidar.
jNFLACçÃo ou Inflação, inchação — or-
gulho, soberba.
INFLADO, inchado, túmido — altivo, ar-
rogante, soberbo — orgulhoso, ufano — im-
periíiáo.
iNFLA?iaAçÃo, ardor, incendimenlo — ca-
lor— escandescencia - rubor.
iNFLAMMAUo, abrasado, acceso, ardente
— estimulado, incitado, instigado, movido,
provocado.
í^FLAMMAR, abrasar, iacender — estimu-
lar, instigar.
iNFL.^MitfATORio, ardente, calidlssimo, cá-
lido. '
INFLEXIBILIDADE, coustancia, firmezR —
obstinação — rigidez, severidade.
i.NELEXivEL ou InflexíbH, firme, immu-
davel — ferrenho, obsiinado, pertinaz — ir-
reduzivel.
INFLUENCIA ou Influição, ascendência, in-
fluxo — operação.
iSFLUiK, actuar, concorrer, cooperar, ope-
rar — inspirar.
iSFLUXo, inlluencia, influição — enchen-
te, esto, maré.
INFORMAÇÃO, averiguação, busca, inqui-
rição — direcção, irisirueçào.
INFORMAR, devassar — [a.] advertir, ins-
truir.
IN FORMAR- sa, instruir-se, inteirar-so —
inquirir.
l^F0RaE, informação — [adj-] imperfeito,
rude, tosco.
iNFoiuuíJio, adversidade, desgraça — ca-
Ianiidrtde—ma|es — desdita, desveniurpi, ia-
fejjcid.dô — misérias - treb-nlbos.
i.*;faa^ abaixo^ <8Ítbstixof, parai baixa.
m
INS
8.91
iTSFRiTíGih, cohtravir, quebrantar, traos-
grnlir, violar — cnfrnquecer.
iNFRtJCTii't:no, esterli, infrilôtuo^o.
iNFRUCTuoso, eslo.ril, infructifero — bal-
dão, itleAicàz, inútil.
iM'UNi}iÇA, birrela, liiivia.
iNFONDiá, embeber, ensopar, molhar —
ins ;irar.
j^FusA, bilha, qiinrta.
j^jíLisó, itíFuildiao — introduzido.
inGemto, coiinalUrál, inhato.
iNGENtÊ, enrrmft, f^ráride, grandíssimo.
i>gkislidadk, boudadift, candura — cha-
ne:!, singeleza — inieireia, sinceridade.
iíngenuo, cândido, sincero, singelo — in-
no:ènie, simples.
INGERIR SK, intervir, introduzir-se, intro-
jHe ipr sé, metter-se.
INGRATIDÃO, desagrjf.decioiento, ingrati-
tude — desconhecimçn'.o.
j>GRATo, desagradecido — desconhecido.
iNGRBME, alto, emj;jinadD — alcantilado.
INGRESSO, entrada^
n H 1 BI I. , inepto '— ignorante — incapaz ,
insuíTiciente.
jNBABii lOAbE, 7.nc8paoidade — ineptidão.
"ítíhabitado, deserto, deshabitado, despo-
voado, ermo, solitário.
iNiiÉRENciA , connexão , dependência —
juncçào, uniSo-
iNHKRRNTE, ligado, unído.
^ neiBiçÃo, impedimetíto — defensa, pro-
híbtção.
iNHiBiR, prohibir, vedar — impedir.
iNuoNKSTO, desbonesto.
inhumamdaDe, crufildade, crueza, des-
humanidade — desabrimènto, rigor.
inhumano, bárbaro, crnel, deshuraano,
feroz — brutal, duro — implacável, inexo-
rável — insensivel, rigoroso.
iMciAB, começar, principiar — admiitír,
ass)ciar — instruir — introduzir — receber.
i>iciO, compço, principio.
iTímiciciA, inimizade
iMMiso ou Imigo, adversário, contrario
— adverso, opposto — antagonista — o dia-
bo.
INIMITÁVEL, incomparável — admirável ,
maravilhoso.
immizade ou Inimísade, aversão, imiza-
de, ódio — contrariedade, opposição — dis-
córdia, dissensão.
ii^iXiELi iGi^EL, confuso, embaraçado —
incomprehensivel — incrivel,
INIQUIDADE, culpa, peccado — cricae —
vicio — iniquicia — maldade — injustiça.
jWiQuo, inifio, injusto — maÀevolo, máu.
i.^JUBiX , affronta , convicio — aggravo,
contumeiia — desprezo — deshonra — ca-
hrrania — ignominia , ififamia, vitupério^—
iaiproperio, oppíobrlo.
iNjuRiADOR ou Injuriaute, calumniador
— iníamador.
INJURIAR, infamar — deshonrar — impro-
perar , vituperar — aífiontar , aggravar —
calumniar — des >rez.jr.
iNjuhiaso, affrontoso, contumelioso — in-
sullanle,. ultrajante — iniquo.
INJUSTIÇA, somjdstiçà — iniquidade — ty-
rannia — vexação — desaforo.
INJUSTO, iniquo, mdu — desarrazoado.
innato, ingenito, n.Uural.
iNNOCRNCiA, inteireza, pureza — candu-
ra, fcimplicidade, singeleza.
I^NOCFNTs. criaiiça. menino — {adj )bom
— cândido , singelo — inculpável, insonto
— idiota, ignorante.
iNNOVAÇÃo, mudança, novidade — muta-
ção.
innovar, mudar, variar — desarranjar —
concertar, reparar.
innumeravel ou ínnumerabil ^ innume-
roso — immenso, infinito, prodigioso.
iN^íUPTo, não casado soltein.
iNoBEDiESCiA, desobedieniia.
iNoPFicioso, descomplacenttí — ineífieaz,
inútil.
iNopiA, indigência, penúria, pobreza —
mingoi.
INOPINADO, repentino, súbito — impensa-
do, inesperado.
INQUIETAÇÃO, agitação, dessncego, per-
turbação — sobresalto — sedição — motim
— anciã, pena — cuidado, tristeza — mal.
INQUIETAR, dòssocegar, perturbar — an-
nojar, attribular.
iNQuiBTo. desassocegado— azougado. bu-
liçoso, traquinas — cuidadoso, pensativo —
ancioso — alterado, perturbado — amolina-
dor, perturbador, turbulento — revoltoso,
sedicioso, tumultuoso — seductor.
INQUINAR manchar, polluir, sujar.
INQUIRIÇÃO, averiguação, especulação,
exame, indagação, informação, pesquiza.
ijíQUiRiDOR, indagador.
INQUIRIR, especular, indagar, perguntar,
pesquizar.
íNsaciavel, esfaimado, famélico, famu-
lento — devorador — ávido, cubiçoso.
INSALUBRE , docntio , ÍQsaluliftíro , mal
são.
INSANÁVEL OU lusanabU, incurável — ir-
remidiavel — insupprivBl.
INSÂNIA, demência, doudice, loucura —
fatuidade — estultícia — desvario, Iresva-
rio — delírio, desatino —fúria, phrenesi.
iKSANO, estulto — faluo — dementr). dou-
do, louco — delirante — furioso, ptireno-
tico — desatinado, tresvariado.
INSATURAVKL, ÍnS?íCÍAVel.
ii<sciHNciA, ignorância, imperícia.
iMscUiMB, ignorante, itcpeiilo.
2 8 <,
mt
lU
m
inscripçao, leltra, lettreiro — Ululo.
iRscaiPTO, exarado, gravado.
i?«scuLPiR, exarar, gravar.
iNSECAVEL ou Itiseccavel, inesgoiavel, inex-
liaurivol.
INSECTO, bichinho — borboleta, formi-
ga, mosca, etc.
INSENSATEZ, demeucia, iusania, loucu-
ra.
INSENSATO, demente, insano, louco —
basbaque — inseusivel.
INSENSIBILIDADE, spalMa, impassibilidade
— constância, íirmeza.
1NS2NS1VEL ou ItisensibU, imperceptível,
iiivisivel — constante, estóico, firma — in-
dolente.
ii^separavel, indissolúvel, indivisível.
iJirEHia, intercalar, introduzir, metter.
i.NSERTO, inxerido, meltido.
"^ iNsiPioADE. ignorância, insapiencia.
INSIDIA, cilada, traição.
INSIDIAR, atraiçoar.
INSIDIOSO, atraiçoado, capcioso, doloso,
fraudulento — sophisíico — embusteiro, en-
ganador.
INSIGNE, illuslre, nobre — notável, sin-
gular — abalizado, dislmcto — famoso, Ín-
clito — tvanlajsdo.
l^SIGRIA , modalba — divisa, signal —
bandeira — {pi.) armas — timbres — em-
presas, brasão.
1^'sínuaçâo , admoestação , advertência,
aviso, conselho — apontamento.
INSINUAR, induzir, persuadir — admoes-
tar, exhortar — incitar, instigar — regis-
tar.
iNSiNUAR-SB, introduzir-se — installar-
se.
iNsipiD&z, semsaboria.
INSÍPIDO, dessaborido, dessaboroso, easos-
80, sem sabor, sem sal — imprudente —
parvo — desengraçado — desgostoso
INSIPIÊNCIA, imprudência, inconsideração
— ignorância, * insibidade.
INSIPIENTE, imprudente — ignorante, nés-
cio.
INSISTIU, continuar, proseguir — perse-
verar, persistir — teimar.
INSOCIÁVEL ou InscciabU, enfadonho, in-
coramodo — caprichoso, extravagante —
arisco.
iNsoFFRiDO ou InsofridOf impaciente, mal
soíTrido.
iNsoFFRivEL OU lusofrivelf inaturavel, in-
supportavel, intolerável.
insolb:^cia, arrogância — atrevimento,
desaforo — desavergonb amento.
INSOLENTE, desiforado, petulante — alti-
vo -— atrevido, audaz, ousado — arrogan-
te, suberbo ^ inpudtnte, prolervo, desu*
Sado.
iNSOLiDO , inteiramente, por inteiro —
[adj.) ouço, vão.
INSÓLITO, desacostumado, desusado, ex-
traordinário, insueto, novo.
INSOLÚVEL, indesatavel , indissolúvel —
inresolvivel.
iNSOJffNíA OU Insomnolencia, vigília.
JNSONTE, descriminoso, innocente.
iNáPECçÃo, attenção , cuidado — vigiu,
vigilância — exeme, observação — espe-
culação — visita — vista.
INSPECTOR, registador, veriflcador — exa-
minador, observador.
INSPIRAÇÃO, illustração, toque, sentimen» ,
to — instincto — pausa.
INSPIRAR, iliustrar — infundir, insinuar, ,
suggerir — excitar, incitar.
INSTABILIDADE, iucerteza — inconstância,
— mobilidade, impermanencia — varieda-
de. >
INSTANCIA, rogo, solli ílação, supp/ica —
poifia — coarctada.
INSTANTÂNEO, momentanco.
INSTANTE, momento — (cií/J.) aflincado
— eííicaz, vehemente — urgente,
INSTAR, apertar, insistir — sollicitar.
INSTÁVEL ou luslabil, impermanente, mu-
dável — inconstante, vario.
INSTAURAR, pefazep, renovar — reformar
— reedificar, reparar — restabílecer.
INSTIGAÇÃO, aiiçamento, incitação — ia- '
duzimento, suggestão — concelho — per-
suação.
iNSTi&AR, animar — atiçar, incitar — in-i '
flammar — aconselhar — induzir.
INSTINCTO, conhecimento, sagacidade —
iaspirôção — presentimento.
iNSTfiuçÃo, estabelecimento, fundação'
— educação — {pi.) preceitos, regras.
INSTITUIDOR, fundador.
INSTITUIR, estabelecer, fundar — decla-
rar, nomear — educar, instruir.
INSTITUTO, designio, intento — assum-
pto, sujeito — lei, ordem, regra — obser-
vância.
iNSTRucçÃo, doctrina, ensino ~ informa-
ção — documento — apontamento, regi-
mento.
iNSTRUCTivo, doutrinal — srienlifico.
iNSTRUCTO ou Instruído, ensinado, indus-
triado — douto, sábio — erudito — pe-
rito.
INSIRUCTOR ou Instruidor, aio — mes-
tre — ensinador.
INSTRUCTURA , Bslfuctura — disposiçSo,
ordem — traça — construcçSo, edifica-
ção.
INSTRUIR, adestrar, amestrar, ensinar —
adviítir.
INSTRUMENTO, ferramenta — acla, auto
— t'X]ed:etíl»í meio, via.
INT
INT
993
INSUA OU Insula, ilha, ilhote.
msuAVE, áspero, duro — desagradável.
INSUETO, desusado, insólito.
iNsuFFiciENCiA, incapacidade, ínhabilida-
de.
iNSUFFiciENTB, não bastauto — ignoran-
te, inepto, inhabil.
JNSUFFLAR, soprar, ventilar — bafejar.
INSULANO, ilheo, isleno.
INSULSO, desenxabido, dessat)orido, insí-
pido — desengraçado, injuriado.
INSULTAR, atrrontar, injuriar, ultrajar.
INSULTO , affronta, conlumelia, injuria,
ultraje.
INSULTUOSO, insolente.
INSUPERÁVEL, inexpugnavel, invencível.
iNsuppoRTAVEL, insoffrivel, intolerável —
aborrivel — incommodo.
i^suRDECENCiA, surdeza.
Iasustar, inspirar.
INSUSTENTÁVEL, ludcfensavel — ' intolerá-
vel.
intacto, illeso — illibado — casto.
INTEGRIDADE, ínleíreza, probidade, recti-
dão.
INTEGRO, inteiro, justo, recto.
INTEIRAMENTE, complcta, totalmente —
perfeitamente.
INTEIRAR, acabar, completar — informar,
instruir.
INTEIREZA, integridade — rigor, severi-
dade — probidade.
INIEIRO, completo — perfeito — integro
— innocento — incorrupto — intrépido.
iNTELLKCçÃo, iutelligencia, intendimen-
to.
iNTELLKCTUAL, espifilual — ÍQtellectivel,
intellectivo.
iNTELLiGENCTA, inteudímento , juizo —
comprehensão, penetração — conhecimen-
to — capacidade, ingenho — amizade, paz,
união — correspondência.
iNTELLiGENTE, douto, scíente — perito
— intendido, judicioso — hábil, industrio-
so — ^.prudente.
iNTELLiGiviiL, claro, perceptível.
INTEMPERANÇA, excesso, intemperamQU-
to — incontinência — glotonia, voracida-
de.
iNTEMPERANTE, intemporado — desregra-
do, excessivo.
INTEMPÉRIE, destempefança, intempera-
monto.
)NtímpeStivo, anticipado, posterior.
INTENÇÃO, desenho, disignio, fim, inten-
to, tenção.
iNTEKCiONADO, aíTecto, disposto.
1NTERSÃ0 ou Intensidade, actividade, ar-
dor — força — grandeza — vivacidade.
INTENSO, activo, ardente — extenso — -
fcTle — grande — vivo.
YOL IV.
INTENTAR, cuidar, meditar — pretender,
projectar — principiar. ^)
INTENTO, desígnio, intenção, projecto —
alvo, fim, mira — [adj.) applicado, attento.
INTERCADENCIA, íutcrrupção — desfalleci-
mento.
TNTERCADSNTE, dcscontinuado, interrom-
pido.
INTERCALAR, eutrcmcar, interpor — inse-
rir.
INTERCESSÃO, intorvenção, mediação, ro-
go, supplica.
INTERCESSOR, mediador, medianeiro, me-
diatario, padrinho, patrono, protector, ter-
ceiro, valedor.
iNTERDiCTO ou Interdito, prohibido — to-
lhido — attonito, estupefacto — espanta-
do — turbado — horrorisado.
INTERDIZER, probibir, vedar — impedia,
suspender — perturbar.
INTERESSAR, ganhar, lucrar — utilizar.
INTERESSE, lucro, proveíto, utilidade —
conveniência, partida.
INTERESSEIRO, egoista — avaro.
iNTERiçADO, aterecido, aterido, entangui-
do, teso.
iNTERiçAR-SE, arripiar-se.
ÍNTERIM, comenos, entretanto.
iNTERSiiNAVEL, etcrno, infinito.
iNiERMissÃo, descontinuação, interrupção.
iNTERMiTTENCiA , desconlinuação, perada
— intervallo.
intermitteNte, descontinuado.
iNTiRMiTTiR, ccssar, descontiuuar, sus-
pender.
internar-se, entranhar-se, penetrar —
metter-se — aprofundar.
INTERNO, interior, intimo, intrínseco.
INTERPOLAÇÃO, descoutinuação, intermis-
são, interrupção, parada.
INTERPOLAR, descontínuar, interromper,
suspendender — entremeiar.
iNTEBPOR, entremetter, inserir — empre-
gar.
INTERPOSIÇÃO, entrepoímento — interven-
ção, mediação.
iNTERPRENDER, acommetter — sobresal»
tar, surprender — emprehender.
INTERPRETAÇÃO , traduccão, trasladação,
versão — explicação, exposição — commen-
to, glõssa.
iNTERPRíTAR, traduzír, verter, commen-
tar, explanar, expor — decifrar, declarar»
explicar.
INTERPRETATIVO, declâratívo, explicativo.
iNTERi'RET8 OU Interpretador % faraute ,
jurubaço, língua, trucheman — - commen-
tario, es-coliaste, expositor, glossador — tra*
ductor.
INTEUPREZA ou IntrepTcsa, empresa **•
surpreOT.
149
994
IJST
INTERROGAÇÃO, pergunta — informe, in-
quirição — interrogatório.
INTERROGAR , perguular, questionar —
informar-se.
INTERROMPER, atalhar, suspender — es-
torvar, impedir — cortar.
interroto, desordenado, desunido.
INTERRUPÇÃO, cessão, descontinuarão —
intermissão, interpolação.
interrupto, interrompido — desconti-
nuado, interpolado.
iNTERVALLAR, ospaçar.
iNTERVALLO, distancia, . espaço — delon-
ga, demora.
INTERVENÇÃO , adherencia , intercessão ,
mediação.
INTERVENTOR, mediador, medianeiro.
INTERVIR, entremetter-se, entrepor-se —
sobrevir.
INTESTINO, domestico — interior, interi-
no—(s. pi.) entranhas, tripas, visceras.
INTIMAÇÃO, assigoação, citação, mandado.
INTIMAMENTE, entranhavel, internamente.
INTIMAR, declarar, significar — represem-
tar — inculcar — citar, notificar, ordenar.
iMTiMiDAÇÂO, ameaço — amedrontamen-
to.
INTIMIDAR » amedrontar , assustar , ati"
midar.
INUMO, imo, interno, intrínseco — par-
ticular, secreto — (s.) âmago, centro.
iNTiTULAÇÃô ou Intitulametiio, titulo.
INTITULAR, chamar, denominar, nomear.
INTOLERÂNCIA, impaciencía.
INTOLERANTE, impaciente, insofffido.
INTOLERÁVEL, iusoífrivel , iusupportavel
— desmedido.
iNTRANCiA , entrada, ingresso — princi-
pio.
INTRATÁVEL OU IntvactateU desabrido,
desconversavel — áspero -- alcantilado —
impenetrável.
INTREPIDEZ ou lutrepideza, bravura, au-
dácia, coração, denodo, hardimento, ousa-
dia, valor — desenvoltura, despejo,
INTRÉPIDO, afouto, audaz — destomido,
impávido — imperturbável.
mTRiNCvDo, emmâranhâdo, enredado
— embaraçado,, enleado — confuso —
cego.
INTRIGA, artificio, enrodô — ifisidia — ca-
bala — conspiração — -esíratageitia — machi-
naç&o.
INTRIGANTE, eutremettido — s-rdiloso, as-
tuto -— insidiador , insidioso — i tjachinador
— embrulhador, ehredador.
•■ liVTRiGAR, embaraçar, embrulhar, enre-
dar, intrincar — machinar, tram ar — tíie-
xericsr.
INTRÍNSECO, imo, interior, intii uo — in-
testino.
INV
intríscado, enredado, intrincado, trava-
do.
introducção, cabimento, entrada — proe-
mio — exórdio — prefacio, prologo — prin-
cipio.
INTRODUZIR, cravar, embeber, meter —
inserir — insinuar, iotrohir.
intrOito, cocoeço, principio.
INTUITO, alvo, fim — consideração.
iNTUMECENCiA OU Intumcscmcia, incha-
ção.
iNTUMfiCER-SE, iuchar se — ensuberbecôf*
se — empolar-se.
iNiURvAR, turvar.
INUNDAÇÃO, alagamento, diluvio — cheia,
torrente — multidão.
INUNDAR, alagar, submergir ^ eniameaf
— [n.) derramar-se — trasbordar.
INUSITADO, desusado.
INÚTIL, desnecessário — baldo , frivolo,
vâo.
INVADIR, acommetter , investir — usur-
par.
invalescer , estabelecer-se — confirmar-
se — avigorarse.
ínvalidade, inefiíicacidade, nuUidade.
INVALIDAR, abrogar, annullar, cassar.
INVALIDO , estropeado — ferido — fraCô ,
languido — enformo — illegal, illegititno —
insubsistente, nullo.
INVARIÁVEL, ímmudavel, inalterável, per-
manente -^ constante, firme — irrevocável.
^ INVASÃO, incursão, irrupção — acommet-
timenlo.
iNVASoRf acommettidor — usurpador.
INVECTIVA, declamação — reprehensão "^
satyra.
INVEJA, desejo —cubica — ciúme — emu-
lação.
INVEJADO, desejado — aborrecido — des-
approvado.
INVEJAR, appetecer, cubicar, desejar.
INVEJOSO, iniido— odioso.
INVENÇÃO, invento — artificio, astúcia, su-
btileza — ficção — arte, traça — habilidade
— {pi.) extravagâncias, singularidades.
isvaNCioNEiRo, caprichoso — aífectado,
requebrado.
iNVEKCiVEL, inexpugnável, insuperável —
incoalraslaveL
IKVEKTAR, crear, produzir — fingir, ima-
ginar — - achar, descoi)f ír — excogilar.
Inventiva, invento.
INVENTIVO, ingenhoso — imaginativo.
ikvento, alvitre, invenção — achado, des-
coberta — artificio — arte, traça.
INVERNADA OU Ilínvemada , cerrações ,
chuveiros, nevoeiros.
j INVERNO OU Uinverno, frio, geada, ne-
' ves.
iKvBRNOso ou Ilimcmosõ, brumsl, hi-
IRO
berno. I.eiaal, binvernal — horrível, máu
(tempo).
iNVKRosiMiL, improvável. nSo verosímil.
INVERTER, mudar, transpor.
mvESTiDA, acommcltimeiít ), arremetlida
— flssalio — choque — ataque — irrupçio —
zombaria.
INVESTIGAÇÃO, busca, indagação, pesqui-
za.
INVESTIGADOR, esquadrinhadoF, inquiri-
dor, pesquizador.
INVESTIGAR , buscar, esquadrinhar, in-
dagar, inquirir, procurar — explorar — ras-
tejar, especular.
INVESTIR, accmmetter, arremetter, atacar
— motejar — empossar.
INVETERADO, arraígado — antigo, enve-
lhecido, velho.
iNVETERAR-SE, arraigar-se.
INVICTO, indomável, invencivel.
iNviDO, cioso, invejoso — odiento.
iNvio, desencaminhado.
iNviOLADO, inviolável — illeso, intacto, in-
teiro — immaculado, limpo, puro — incon-
taminado, incorrupto.
INVIOLÁVEL, respeitável , sagrado — im-
noulavel, permanente.
invisível ou Invisibil, imperceptível —
impenetravU, occulto.
iNviTAR, convidar.
in'Ite, convite — batalha, conflicto,
iNviTO, coacto, constrangido, forçado, im
pellido, involuntirio, obrigado, violenta
do.
INVOCAR , implorar , rrgar — sollicitar ,
supplicar — chamar.
INVOLUNTÁRIO, coustrangido, forçado, in
vilo, obrigado.
IR, andar, camiuh'ír — marchar — pas-
sear — mo ver-se —continuar — aproximar •
se — passar.
iR-SB, ausentar-se, partir — fugir — mor-
rer — voher-se.
IBA, tolera, furor, iracundia, raiva —
agastamento, assanho.
IRACUNDO, agastrtdo, colérico, iroso.
IRADO, iracundo, iroso — i;olerico, irri
tado — furioso, sanhudo — bravo, tormen-
toso.
IRAR-SE, agastar se, encolerisar-se, irri-
tar-se.
iRis, arco celeste, arco da volha — fíôr.
ihmaNar, ajuntar, unir — assimilhar —
emparelhar — confederar.
IRMANDADE , fraternidade — confraria —
liga.
IRMÃO, confrade — (nt(;.) Jg"*!» pftirecido,
semelhante.
IRONIA, dicterio, mofa, motejo, remoque
sarcasmo, zombaria.
iRomco, mofador, molejador, zumbador.
ISC
995
IROSO, colérico, irado, sanboso, ganha-
do.
IRRA, 8 page I fora !
IRRACIONAL OU írracionavel, desarrazoa-
do, iníquo, injusto — insensato, louco.
iRTiECUPERAVEL, irrí^paravel.
iRRED(!z;vKL, inflexível.
iRREFRAGAVtL, certo, infallível, irrecusá-
vel, seguro.
IRREGULAR, defeituoso, imperfeito — ano- ,
maio.
IRREGULAR, defoituoso, ímperfoíto — anó-
malo.
IRREGULARIDADE, anomalÍA — defeito, im-
perfeição.
IRRELIGIÃO, atheismo, impiedade — incre-
dulidade, indevoção — profanação, sacrilé-
gio.
IRRELIGIOSO , Ímpio — índovoto — sacrí-
lego.
IRREMEDIÁVEL, dosesporado, incurável.
IRREMISSÍVEL, imperdoavcl — inexpira-
vel.
IRREPARÁVEL, iusanavel, irremediável.
iRREPREOENSivEL, completo, ôxacto, per-
feito, regular.
iRREsoLuçÃo, incerteza, indeterminação,
preplexidade — indeliberação, suspensão —
duvida — fluctuação, hesitação, vacillação
— indiíTtirença — embaraço.
iRRESOLUTO, duvidoso, hcsítante, indeci-
so, indeterminado, preplexo — atado, en-
leiado.
IRREVERÊNCIA, desacíto, desveneração —
desprezo — indecencía.
iHREVERENCiAR, desacataf — profanar —
menosprezar.
iRREVERENTí, iudeceute — desprezador —
desacatador.
jRRKvocAvEL OU Irrcvogavel, estável, per-
manente, perpetuo.
iRttisÃo ou /míão, escarneo, mofa, zom-
baria - desprezo, ludibrio.
iRRisoR ou Irrizor, escarnecedor, mofa-
dor, zombador.
IRRITAÇÃO. irrit'\ mento — agitação.
IRRITAR, ftbrogar, annuUar — estimular,
íncitHr — picar, pungir — assanhar, encan-
zinar , exacerbar — indignar — etifadar —
impacientar — des? fiar , provocar — au-
gmentar, renovar.
iKRiTATivo. irritante.
IRRITO, irritado — nulo — frustrado.
IRROGAR, impor — trazer —^ causar.
iKRUPÇÃo, assaltada, salto — invasão —
correria.
isagoce , elementos, principios, rudi-
mentos- introducção.
ISCA, engodo — altraclivo — negaça.
iscAr. c<ivar — tocar — contaminar.
ISENÇÃO ou Izcrít-ão, dispenseção, immu-
241) ^
996
JEJ
JOV
nidade, privilegio — independência, isenli-
dão — esquivança — livramento — superio-
ridade.
iSEHTAR, dispensar, eximir, livrar, pri-
Tilegiar — exceptuar.
ISENTO, desobrigado, franco, livre — pri-
vilegiado.
ITEM, de mais, também — [fl.) alterca-
ções — recados ~ respostas.
ITERAR, reiterar, repetir.
iTiRERARio, roteiro.
J
. u, agora, n'este momento^ sem demora,
jaCa, durião — bolsa.
jACARiS ou Jacareo, caímaa, crocodilo.
JACENIBS, alfaques, baixos, bancos, par-
ceis.
JACTÂNCIA, altivez, arrogância, soberba
— vaidade , ufania — fausto , ostentação ,
vangloria.
jACTANCioso ou Jactante, alabancioso,
blasonador — vanglorioso — ufano.
JACTAR-SE , ostentar — desvanecer-se —
gloriar-se, vangloriar-se — apregoar-se, ga-
Bar-se, alardear, blasonar.
JACTO, arremeço, tiro — vez.
JACTURÁ, damno, perda,
jACULAçÃo, tiro.
jABz, espécie, género, laia, sorte — {pi)
arreios.
JAiDE ou Jalne, amarello,
jAtBco, vestia — jaqueta,
jalofo, boçal, rude ^ bárbaro,
J*MAis, nunca.
JAGARA, balsa, janga.
JAQUETA, casaqueta — opa, roupSo, ves-
tia.
JARDIM, borto — borta — pomar, vergel
— - tempe.
JARRRTADO, docopado — dorribado.
jARREiAR, cortar, decepar — impossibili-
tar.
JAVALI ou Javalim, porco montez.
* JAZER ou Jouver, estar — dormir.
JAZIGO, carneiro, sepultura — enterro —
covil, ninho, toca — jazida — estancia.
jEHOVA, Deus.
JEJUM, abstinência, inedia — dieta — - par-
cimonia, spkiedade.
' jERARciiiA ou Jerarquia^ classe, gradua-»
çlo, ordem.
jEROGLYPHico, Hievoglyphico ou Gerogli'^
fico, figura, imagem, retrato — symbolo —
ideia, renresentação.
jEROPiGA, ajuda, cryste^ mezinha,
jEsu-CHRisTO, Homem-Deus, Redemptor,
Salvador, Verbo Encarnado.
jocosERio, burlesco, cómico, faceto.
jocosiDADE, brinco — facécia — zomba-
ria.
JOCOSO, faceto, graciosa, prazenteiro —
garrido — desenfadado.
JOGAR , atirar, descarregar, disparar —
manejar -— (n.) mover-se — brincar — ba-
lancear, soluçar (o navio).
JOGO, brinco, desenfado, passatempo, re-
creio — escarneo, zombaria — apparelho —
artificio, destreza •— astúcia, manha — arte
— enredo, intriga,
JOGRAL, gracioso — bobo, chocarreiro —
* dizidor — * cantou — * poeta.
JOGUETAR ou Joguctcar , brincar — gra*
cejar — chasquear, motejar, zombar — flo-
rear, manejar.
JOGUETE, brinco, divertimento — graça—
zombaria.
JORNADA, caminho — marcha -~» viajem
— empresa , expedição , facção — bata-
lha.
JORRAR, esguichar, rebentar — bojar.
JORRO, esguicho, repuxo — barriga, co-
tovelo (da parede).
jovEN ou Jove, mancebo, moço.
jovEHCA ou Juvenca, novilha, vitella.
JOVIAL, alegre, divertido, folgasão — pra-
genteirç — fesiivQ.
JUN
JUV
997
joviALiDArE, alegria — facécia — agrado
— graça.
JOYA ou Jóia, annel, gargantilha, etc. —
bocal — aslragalo — {pi.) diamantes, pedra-
rias.
joYALnEiRO, Jceyro ou Joeiro, oirives—
lapidaria.
juBETEiRo, adelo, algibebe.
JUBILADO, consummado, perfeito (em sa-
ber).
JUBILAR, alegrar, regozijar.
JUBILO, alegria, gosto, prazer.
jucuRDiDADB, Bgrado — alegria — facécia
— prazer.
JUCUKDO, alegre, jovial —agradável, àpra-
xivel.
juDío ou J"uí/<??*, Hebreu, Idumeu, Israe-
lita, Nazareno, Palestino, Phariseu.
JUDIAR, judaisar — • escarnecer — enga-
nar.
JUDIARIA, acinte — tormento — escarneo,
zombaria.
JUDICIOSO, discreto, prudente — intelli-
gente, sábio, sensato.
JUGO, apeiro, cabeçalho, canga — cargo
•- obrigação — dependência, sujeição — ca-
ptiveiro — obediência.
JUGULAR, degollar, descabeçar.
JUIZ, magistrado, senador — julgador —
arbitro — conhecedor.
juízo, senso, siso — intelligencia, inten-
dimento — comprehensão — mente — razão
prudência — conceito, opinião — audiência,
tribunal.
julgar, avaliar, conceituar — esmar —
sentenciar — arbitrar — conhecer, discernir
— augurar, conjecturar.
JUMKKTA, asna, burra.
jumrhto, asno, burro — animal — estóli-
do, estúpido, ignorante.
JUNCAR, ei^uncar — alastrar, enober» es-
palhar — cobrir.
JUNçXo ou Juncção, encorporação — ajun-
ctamento, unifio
JUNCTURA, jiincta — nexo, união.
JUNTA ou Juncta, junclura — capitulo —
concilio, conclave," synodo — conciliábulo,
conventiculo — ajunctamento, assembleia,
congresso — corporação — tribunal — pare-
lha.
JUNTAR ou Junctar, aggregar, unir.
JUNTO ou Juncto, ligado, pegado, unido
— perto, próximo — contíguo, visinho —
em companhia.
JURA, juramento.
JURAMENTO, jura — aílirmação — promes-
sa — protesto — blasphemia, imprecação.
JURAR, aíBrmar, protestar — blasphe-
raar.
jurisconsulto, Jurisperito, jurista — le»
gista.
jURiSDicçÃo, alçada — auctoridade, poder
influencia.
JURO, direito, jus— ganho, lucro — in-
teresse, usura — logro — equidade, jusli-»
ça.
JUS ou Jus, direito,
JUSANTE, vasante (da maré).
JUSTA, torneio — (p/.) cavalhadas.
JUSTIÇA, juizes, etc. — direito — equida-
de, razão, rectidão — rigor, severidade —
favor, graça — jurisdicção.
JUSTIFICAÇÃO, graça, remissão — apologia,
desculpa.
JUSTIFICAR, desculpar — sauctiíicar — evi-
denciar, provar.
justilho, espartilho.
JUSTO, adequado, proporcionado, próprio,
racionavel —-conveniente, devido — integer-
rimo, recto — apertado, estreito.
juvENiALiDABEs , meníníces, rapaiias —
liviandades.
JUVENTUDE, adolescência, oaocidade, pu-^
berviftde,
TOL. JT.
950
098
lÁb
Lur
LA, acolá, a la, alem, alli-— longe —
perdido.
LÃA ou Lã, pello, véllo.
LáBA.Ri!.DA OU Lavareda , ala , chamma,
ílamma.
LAB8FACTAD0. arruinado — viciado.
LABEo ou LabeUt labe, macula, mancha,
nódoa — defeito, desar, quebra — descrédi-
to, desdouro, deshcnra, deslustre — aífron-
ta — infaaiia, vileza — opprobrio, vitupé-
rio.
LABERTNTHO OU. LahyHntho, chãos, déda-
lo — enleio, enredo — confusão, embaraço
— intriga.
Labia, falladura, palradura — giria.
La BIOS. beiços, labros — bof*ca — bordas
(da ferida).
* LABori, fadiga, trabalho.
laborab, trabalhar.
LABORIOSO, dilFicil — cançativo, penoso —
activo, operoso.
labuego, camponeo — grosseiro, rústi-
co.
LABRUSCO, agreste, bravio — inculto, ma-
ninho — vil.
labutação, lida — oíTicio — mister,
laButa», lidar, trabalhar — luctir.
laCaio, criado, mochila — bobo, bufão,
gracioso.
lacão. presunto.
LACESAR, dilacerar, dilaniar, esfarrapar,
rasgar, romper.
lacónico, breve, conciso, curto — judi-
cioso.
LACONISMO, brachiologia — concisão.
LAÇO, l.Mçada, nó — prisão, vinculo — ci
lada, trairão — engano, frauda — artificio
— armadilha, rede.
LACRAO ou Lacrau, escorpião, escorpio.
LACTBo, branco, cândido, níveo.
LAD^íKA, descida, lomba,* rampa, recos-
to, subida.
LADiLUA, piolho ladro.
LADINO, destro, experto, flno, sagaz — ar-^
diloso, astuto.
LADO, banda, ilharga — flanco — costado
— {pi ) conselheiros — valias — apaixona-
dos — [adj.) largo.
LADRÃO, bandoleiro, roubador, salteador
— cossario, pirata.
LADRAR, latir — gritar, vozear — perse-
guir, importunar.
LADiiíDO, ladrado, latido.
LADRILHO, tijolo.
LADRO, ladriio, latido — {(^dj ) ladrão,
roubador.
LADROEIRA OU Ladfoíce, furto, latroDinio,
roubo.
lage, Lagea ou Lagem, lousa, pedra.
Lagoa, lago, p-Jude.
LAGRIMAS ou Lagrymas, choro, pranto
— lucio, tristeza — lamentações — gotti-
nhas.
LAGRIMEJAR OU Lagrymejarf choramingar
— gottejar, pinf?nr.
Lagrimoso, Lagrimante ou Lacrimoso^
choroso — aíllicto, triste
LAIVOS. m?nchas, nódoas — tinctura.
lama, lodo — vasa.
LAMAÇAL ou Zamarão, atoleiro, enxardei-
ro, lameiro — ceno, lodaçal, paul, treme-
dal.
lambad V, arrochada, p^n^ada — brigada ,
fartadella.
LAMHNO ou Lanibaz f comilão — lambe
pratos — vrtssoura.
lambareiro, goloso — chocalheiro — fal-
lador, tarameleiro.
lambear, comer, codear — alambazar-se
— desengaçar — golosear.
LAMBER, chupar, locar — aperfeiçoar, po-
lir.
LAMBisQijEiRo , goloso — chocalhciro — ■
lambareiro.
lambuçada, barrigada, fartadella — Iam -
buzadella.
lAN
us
999
.LAMBUGEM, acipipes, golodicos — cngodo,
isca.
LAMsiRo, lamaçal — prado.
LAMKNrAÇÃo, «ís, lameiíto, queixa, quei-
xume, gemido, suspiro — choro — grito.
LAMENTAR, deplorar, lastimar — queixar-
56 — car|>ir, gemer.
LAMENTAR-sí, prantcar-so — lastimar-
se, queiiar-S8 — suspirar — chorar — ge-
mer.
LAMENTÁVEL, deploravel, lastimoso, mí-
sero, misérrimo, piedoso, triste.
LAMENTOS , choTO, lagpymas, pranto —
gemiJos, suspiros — dôr — aucia — lasti-
mas — alaridos , brados , clamores, gri-
tos,
LAMENTOSO, lamonlavel — carpido, choro-
so—lugubre.
La Ml A, bruxa, feiticeira.
Lamina, chapa, folha — espada, ete. —
ia — tábua — figurinha, pintura.
LÂMPADA, alampada, candeia, candiei-
ro, lampião.
LAMPADÁRIO, candelabro, lampião, lus-
tre.
LAMPAS, ílor, primicias — palma, vanta-
jem.
LAMPEÂo OU Lampião, lampadário.
LAMPEJAR, relampear — brilhar, scinti-
Ihar.
LAMPiNDO, desbarbado, imberbe.
LAMPO, relâmpago — {(tdj.) temporão
(figo).
LANÇA, esponlão, pique — chuço — ala-
barda, partazana — varal.
LANÇALUZ, lumieira, noctiluz, perilampo,
vagakme.
LANÇAMENTO, arremeço — expulsão —
estimação , orçamento — gomo , reno-
vo.
LANÇAR, arremeçar, 'arrojar, atirar, vi-
brar — botar — exhalar — derramar —
brotar — deitar — produzir — publicar
— imputar — exarar, lavrar — enterrar
— apartar — inclinar — manobrar, ma-
rear (a náu).
LANÇAROTE, apoutadoT — . sarcocolla (re-
sina).
jAJíCE, acção, rasgo — occasião.
* LANCEADA, lançada.
LANCHA, barca, batel, chalupa, cymba,
esquife.
LANÇO, Unce •— arremeço, tiro, serie— ^
comprimento, Icogor -^ arremate.
LANDE ou Lmdea, boleta, bolota, glan-
de.
LANGUIDRZ OU Languor, frouxidão, mol-
leza — debilidade, fraqueza — • dosfalleci-
mento.
LAKQuiDo, desfallccido — fcouxo — dé-
bil — murcho.
LANGUiNHENio OU Latiguinhoso, flácido,
molie — murcho, peco.
LaNGlotim, tan;ça.
lanife&o. Lanígero ou Lanoso, lanu-
do.
LANTERNA, phsnal, pharol — mirante —
rodízio.
lanugem, barba, buço — carepa, pello.
LAPA, caverna, concavidade, cova,-e8pe-
lunca, furna.
LAPARO, coelhinho,
LAPIDA, campa, lousa — inscrlpç&o, Id«
treiro.
LAPIDAR, facetar, lavrar, polir, talhar,
trabalhar (diamantes, etc.)
LAPSO, decurso, dureção, espaço, succes-
são (do tempo) — [cídj.) céído.
LAPUZ, labrego — grosseiro, rústico —
porco, sujo — comedor, comilão , glotào,
lambaz.
LaR» fogão — casa, habitação, morada
— templo — cadeia.
larga, liberdade, licença, soltura.
Largar, abondonar, deixar — soltar.
Largo, amplo, comprido, dilatado, espa-
çoso, bxtenso — diffuso, prolixo — lite-
ral — relaxado — esplendido, samptuoso,
affluenle, copioso.
Largueza, largura — liberalidade, pro-
digalidade — abundância, copia — fran-
queza.
largura, amplidão, amplitude, anchura i
extensão — latitude.
larvas , espectros , lemures , sombras ,
phautasmas.
LASCA, estilhaço — fatia, talhada — fo-
lheta.
LASCAR ou Lascarim, marinheiro, maru-
jo (asiático) — azevieiro, velhaco,
lascar-se, desaparecer, fugir, moscar.
LASCÍVIA, luxuria, sensualidade — obsce-
nidade, impudicicia — incontinência, sol-
tura — immodestia — alegria, garridice.
LASCIVO, libidinoso, luxurioso, sensual
— obsceno, torpe — deshonesto, impudi-
co — amoroso — brincador, brincalhão
— buliçoso — saltador — garrido — ri-
sonho.
LASSO, cançado, fatigado, quebrantado
— fraco.
LASTIMA, commiseraçQO, compaixão, dó,
sentimento — magoa, pena, dòr.
LASTIMADO, compadecido, condoíio.
í.ASiiMAR, compungir, enternece*, mo-
ver, locar — «fíligir, magoar — aiormeg-
tar, molestar — d 'piorar.
lastímar-sk, am<8jrjr-:e, chorar-se, la*
meutar-stí, compadecer- se.
* LASTIME Ko OU Lasilmoso , lapiepla-
ví-l, piedoso — deplorável, Uiiíiero. misof-
rimo.
S50 ^
lèQO
IM
tiES
lasto ou Lastro, calhaos, pedras, sai-
bro, etc. — fundo — base, fundamen-
to.
LATA, folha de Flandres — vara — tra-
ve — ripa — latada.-
LÁTEGO, açoute, chicote, mansilha, zor-
ra gue.
LATBJAR, bater, palpitar.
LjcTiBULO, escondrijo.
LATiDÃo, amplidão, comprimento, exten-
são, longor.
LATIDO, ladrado, ladrido, ladro.
LATIR, ladrar.
LATITUDE, extensão — distancia — lar-
gueza.
LATRINA, cloaca , commua, necessária,
privada, secreta.
LâTROCiNio, furto, ladroíce, rapina, rou-
bo — despojo, presa.
LAUDA, folha, pagina.
LAURO, louro.
LAUTO, profuso — esplendido, magnifi-
co, sumptuoso — exhuberante — pródigo
— régio — opíparo — opulento, soberbo
— delicado, exquesito — estrondoso, gran-
dioso, magnifico, pomposo.
lavacro, banho — baptismo — lavató-
rio.
LAVAR, banhar — purificar.
LAVAR-SE, purificar-se — justificar-se.
LAVATÓRIO, chafariz — bica — banho.
LAVOR, arte, artificio, ingenho — primor
— trabalho — cultura — beneficio — fru-
cto.
LAVOURA ou Lavra, agricultura, aradura,
lavradra.
LAVRADOR, sgricola, agricultoF, b'folco
— cavador — colono — camponez.
LAVRAR, trabalhar — lapidar — bordar
— coser — agricultar, arar, cavar.
LAXANTE ou Laxativo, brando, purgativo.
LAXAR, alliviar — afrouxar, alargar, re-
laxar, soltar.
LAxiDÃo, frouxidão — relaxação.
LAXO, bambo, débil, frouxo.
LAYA ou Laia, lã — casta, espécie, es-
tofa, reló.
LAZARENTO, Laxaro ou Lazerento, lepro-
so — lazeirento, miserável.
LAZEiRA, miséria, pobreza — calamida-
de, desgraça, trabalhos — feridas — ma-
greza — lepra.
L^, igual.
LEAL, fido, fiel, franco, sincero — hon-
rado, probo.
LEALDADE, fidelidade — candura, franque-
ia — honra, probidade — sinceridade.
*LEDíCE, alegria, jubilo, prazer— exal-
tação.
LEDO, alegre, jubiloso, risonho — gosto-
so.
*leDor, leitor.
Legista, jurisconsulto, jurista.
legitima, herança.
LEGiiiMAçÃo, legitimidade.
LEGiTiMAii, legalisar.
LEI, decreto, edicto — mandamento, man-
do — dominação, império, poder — estatu-
to, preceito, regra — norma.
LEicENço , fleimão , fruncho , furúnculo,
tumor.
LEIGO, não ecclesiastico — ignorante.
LEILÃO, almoedâ, pregão.
Leitão, bacorinho, porquinho.
LEITO, cama, barra — matrimonio — ai- .
veo, madre (do rio).
LEITOR, lector, íedor — lente, professor.
LEITURA, ledura — erudição, saber, scien-
cia .
LEIVA, céspede, terrão.
LEMBRANÇA , memoria — commemoraçâo,
recordação, reminiscência — menção — fa-
ma, reputação.
LEMBRAR, occorror — memorar, mentar,
rememorar — admoestar.
LEMBRAR-SE, acordar-sc, recordar-se.
LEMBRETE, p.pontamento, nota — adrer-
tencia — reprehensão — castigo.
LEME, governalho — timão — administra-
ção, direcção, governo, rédeas.
Lemuãe, alma, sombra — trasgo.
lenhador ou Lenheiro, mateiro.
LENHO , madeiro , tronco — baixel, em-
barcação, náu, navio.
lenídade, brandura, doçura.
LeNir, abrandar, moUiftcar.
LENITIVO, allivio, consoladeza — leniaien-
to — [adj.) mollifieante.
lenocínio, alcovitice.
LENTAMENTE,' a pouco 6 pouco, do vagsr,
vagarosamente.
LENTE, leitor — professor — cathedralico
— microscópio.
LENTE1R0, pântano, tremedal.
lenteza ou Lentidão, pachorra, phlegma
— vagar — delonga , tardança — preguiça
— moderação.
LENTO, húmido — passeiro, vagaroso —•
descançado, pachorrento.
LENTURA, humidade — lentor, vagar.
LÉPIDO, alegre, jovial — agradável — en*
graçado — galante.
LEQUE, abanico — ventarola.
LER, pronunciar (a escriptura, etc.) —
estudar — descobrir, ver — adivinhar, co«
nhecer -— explicar, expor — interpretar.
LERDO, grosseiro — pesado — simplo»
rio.
LESNo, ferida, golpe — damno — ÍDJuria,-
offensa.
LESAR, damnificar, prejudicar insultar,
offender, ultrajar — inoommodar.
L£V
LID
1001
LISO, damnificado — offendido — pa-
ralítico, tolhido — quebrado, ferido.
LssTKS ou Lesto, invariável — prestes,
prompto — expedito, ligeiro — desemba-
raçado, desempachado, despejado — pre-
parado.
LKTHAL, mortal.
iKTHARGu OU Lethargo, desleixo, inér-
cia — esquecimento — modorra — pre-
guiça — apathia.
LETHiFERO OU Lectifít'0, mortal.
LKTRA OU Lettra, character, typo — ins-
cripçào, leltreiro — diploma — mote —
(pi.) saber, sciencia.
LETRADO on leííf ado, lettrador — advo-
gado, jurisconsulto.
LETREIRO ou LeUreWOt inscripção, letra
— rotulo, taboleta.
LBVAçÃo ou Levadiga, inchaço, leicen-
ço, tumor.
LEVADA, corrente, torrente — transpor-
te — rapto, roubo — conducçâo, condu-
ota.
LEVADiA, mareta.
levadura, fermento.
LEVANTADO, erguido, subido — alto, su-
blime — amotinado, rebellado.
LEVAIS tamp.nto , levantadura — motim ,
tumulio — rebellião, revolta, sedição.
levantar , alçar , erguer — aprumar ,
arvorar — construir , erigir, fabricar —
reedificar, alvoroçar, amotinar — alistar,
reclutar — abalar, marchar — augmentar
— aclamar, eleger — abolir, revogar, sus-
pender, tirar — absolver — excitar, sus-
citar — serenar-se.
LEVANTAR -SR , «rguer-so — crescer —
elevar-se — rebellar-se — arrancar, sair.
levante, alevanto — Estio, Oriente.
LEVAR, conduzir, transportar — tirar —
desmembrar, destroncar — descaminhar —
furtar, roubar — altrair — dirigir, guiar
— incitar.
LEVAR-sK , mover-se — Ir — appare-
cer.
LEVE, ténue — ágil, ligeiro — rápido,
veloz — instável, mudável — inconstante,
leviano, vario — imprudente, incauto, in-
considerado — fátuo , néscio — alegre,
folgasão — breve.
LEVEDO, levedado — fofo.
LEVEZA ou LecidãOt levez, levidade — in-
consideração.
LEVIANDADE, Inconstaucia , ligeireza —
inconsideração — juvenilidade — immo-
destia — levidão.
LiviAifo, inconstante, ligeiro, vario —
inconsequente, indiscreto.
LEViATHáif ou Letiathão, baleia.
Lbvidadk, leveza — faoilidadei
LeTígar, alizar, polir, unifi
YOL, ly.
LExicoGRAPO ou Lexicograpko, dicciona-
rista.
LEXicoN, diccionario, léxico, vocabulá-
rio.
LExiviA, ou lixicm, barreia, cenrada,
coada, decoada, lexia.
LHANEZA, ingenuidade, simplicidade, sin-
geleza — ^ candura, lisura, sinceridade.
LHANO, ingénuo, singelo -^ ch&o, fran-
co, sincero.
LIA, borra, fezes, pó — * linha.
LiAÇA, feixe, molho — palhas.
LiAÇÃo ou Liame. laço.
LiANÇA, atadura, liame — alliança.
liaR, atar, ligar, prender.
LiAR-sE, alliar-se, aparentar-se — abra-
çar-se, cingir-se, travar-se.
LIBAR, provar — tocar — offerecer.
LIBERAL, generoso, largo, munifico —
grandioso, magnifico — pródigo — bene*
fico — dadivoso — franco, livre.
LiBERALEZA OU Liberalidade , largueza,
prodigalidade, profusão — magnificência —
generosidade, munificência — grandeza.
LIBERDADE, alforria — soltura — fran-
queza, immunidade, isenção — prerogati-
va, privilegio — permissão, poder — con-
fiança, familiaridade — sinceridade — atre-
vimento — temeridade.
LIBERTAR, soltar — forrar — descapti-
var — livrar — desembaraçar, desencarre-
gar.
LIBERTINAGEM OU Libcrtinage, bargante-
ria, devassidão.
LIBERTINO, bargante, depravado, devasso,
dissoluto, licencioso — ímpio, incrédulo»
irreligioso — liberto.
LIBERTO, forro, livre.
LIBIDINOSO, carnal, impudico, incontinen^
te, lascivio, luxurioso — deshonesto.
LiBiTiNA, morte.
LIBRAR, balancear, equilibrar — escortr»
sustentar — fundar.
LIÇA ou Ligada, arena, campo, circo —
batalha — duello.
LiçÂo, leitura — ensino, instrucção -^
documento — correcção — máxima, precei-
to.
Licença, faculdade, indulto, permissão
— approvação — isenção — abuso.
LICENCIADO, graduado — (ad;.) despedi-
do.
LICENCIAR, demitir — despedir.
LICENCIOSO, desaforado, descocado, desefi*
f/eado — dissoluto, libertino.
LicBO ou Lyceu, aula, eschola — acade-
mia — universidade — gymnasio.
LICITO, concedido, permiitido, telerado.
LICOR ou Liquor, agua — vinho — olaol
— espíritos, eto. — çumo — bebldai
LiOAt lide -* fadiga, trabalho i
151
1003
LIN
LIY
LiDAnoR, baUlhador, combatente, pe-
leijíidor.
LiD.iR, batalhar, brigar, pelejar ~ luclar
— trabalhar — labutar, trafegar — 6gi-
Iar-S3.
LIDE, batalha, peleja — demanda, lili-
gip — contestação, disputa.
*" LiDiMAa, legitimar.
* lídimo, legitimo.
LIDO, erudito, iastruido, sabedor, sá-
bio.
LIGA, jarreteira — atilho, fita, etc. —
allianç-t, confedo:ação — bando, íâcção —
pacto, união — mescla, mistura.
LIGADURA, atadura, tira — união.
LIGAMENTO, ligadura — tendão.
LIGAR, atar, liar, prender — vincular—
juntar, unir — contrahlr — obrigar — mis-
turar.
" LIGEIREZA ou Ligeiricet agilidade, pres-
teza, velocidade — inconstância, levianda-
de — pelotica.
LIGEIRO, ágil. apressado — alipede, le-
ve, levipede, veloz — inconstante — ía-
cil — superficial.
LiLip, lirio.
LIMAR, aperfeiçoar, castigar, polir — ali-
zar, brunir, igualar — gíistar, roer —ar-
ruinar.
LiMiTAÇio, excepção — modificação, res-
triççáo — escacez, mediocridade, modici-
dada, pouquidade, tenuidade.
Limitado, abalizado, demarcado — apra-
2ado, certo, determinado — acanhado, es-
treito, módico — iQsapiente — desatina-
do.
LIMITAR, demarcar — atermar — taxar
— aprazar, assignar — determinar, fixar
— exceptuar — estreitar, restringir.
LiMiTAR-ss, astringir-se.
LIMITE, confim, extrema, fronteira, raia
— extremidade, termo — demarcação, maj-
co, meta — linha — signal.
LIMO, alga, sargaço, sebe — lamarão,
vasa.
Limoeiro, cadeia, prisão.
LiMOso, lodoso.
Limpar, aceiar — escovar — varrer —
anafar — purificar — roubar.
LIMPEZA, acero, limpidão — alinho, de-
cência — pureza.
LÍMPIDO, claro, cryslalino — lustros(>,
transparente — limpo, puro.
LIMPO, aceiado — claro, são — puro, se -
reno — não infestado.
LLNCE ou li/ ncc, lobo cerval — (a^;*.) agu-
do, subtil — activo, psptírio.
LINDEZA, belleza, formozura — elegân-
cia. I
u^r-o,^ bello, bonito, formoso — elegau-j
íe, gentil — naoioso — enfdlado. í
lsneamekíos, feições — linhss, riscos.
LiNGOA ou Lingua, dialecto, idioma, liat
guayem — vascoiiço — estjlo, palavra —
interprete, fiel, Ijngueta — faxa.
LiKGUAGEM ovi Linguage dialecto, idioma,
lingua — giria, vasconçD — dicção, esiy-
lo, locução.
LINGUA RAZ ou Linguareiro, fallador, p»l-
rador, paíoleiro — maledico — chocalhei-
ro.
litíguiçâ, chouriço, salchicba.
LiSHA, estame, fio — regra, risco — ^ fi-
leira -- descendência, serie — equador —
[pi,] rasgos, írsços.
linhagem ou Linhag&i descendência, ge-
ração — casta, raça.
LiNHAGisTA, genealogista
LIO, feixe, móiho — fardo — * linho.
LIQUIDAÇÃO, averiguação — avaliação, cal-
culo, computo.
LIQUIDAR, derreter, fundir — • apurar, ave-
riguar — ■ regular, taxar — decidir.
LIQUIDO, fluido — derretido — certo, clâ-^
ro, evidente.
LIRA ou Lyra, citharai l&úde, pelectro,
viola.
LiBio, açucena.
LISBOA, Elysia, Lysia, líiyssea.
LISO ou Lizo, plaao, unido — corredio,
nédio — franco, sincero — desenganado.
LISONJA, adulação, incenso, Usonjaria —
louvor — ■ caricia — deleite.
LISONJEAR, Lesíyngear oa Lisonjart ada-i
lar, inceasar — afagar, amimar — aplau-
dir, louvar -r- desculpar — deleitar.
LISONJEIRO ou Lisongeiro, adulador «*
fagueiro — {adj.) deleitavel.
LISTA, caihalogo, lol — mappa — lis«/
tra.
LISURA, polidez — sinceridade, siDgete-
za.
LITE, lide -^ demanda, litigio.
LITERATO ou Littcrato, douto, lettrado,-
litterador.
Literatura ou LilieratMra, letradur**
— doutrina, erudição, saber.
Litigante, demandista, pleteante.
LITIGAR, pleitar — contender.
litígio, demanda, pleito — contenda, de-
bate — controvérsia.
LITIGIOSO, demandista — conteDcioso.
Liiuo, clarim, parche, trombeta — bá-
culo, cajado. '
LivRADOR, libertador, salvador — defen-
sor, protector.
LIVRAMENTO, soltura — despacbo.
xiybah, salvar — defender — libertar —
loltar •-- deíCíLbaraçar — («-.) escapar.
LtVRARiA. bibiiolheca.
jLi!ra£, siUp — feôlvo - df sobrigado, esem-
pto -*^ i!e?pejado ~- desiachsdo ^ foiro,
LOU
LCM
1003
liberlo -^ indepfindeniô — farai'i»r — alfe-
vido — dovflsso, licencioso.
Livfto, tomo, volume — canhenbo — es-
crijitos, obra — registro.
1.1Z ou Lis, açucena, lidio.
LOBREGO, escuro, tenebroso — lúgubre,
triste.
• LOBRiGADOR, eiploradoF, TÍgia.
LOBRIGAR, entrever.
lccaçáo, alngunr, arrcncaraento.
LOCAL, localidade — logar, silio.
LOCUÇÃO, estylo, expressão, loquela, pbra-
se.
LocusTÀ, gafanhoto.
LOCUTÓRIO, grado, parlalorio.
LODAÇAL, atascadeiro, lamaçal — paul,
tremedal.
LODO, lamaceno, fange, vasa.
LOGiCA, dialéctica.
LOGO, em continente, sem demora — bre-
vemente — por tanto.
LOGRAÇÃo, engano — peça — esparrella.
LOGRAR, ganhar, lucrar — gozar, possuir,
ter — empregar — enganar.
* lOGHEiRO, onzeneiro, usurário-
LOGRO, deifructo, gozo, posse — lograçlo,
logradPira, peça — * usura.
LOJA, ofll-ina, etc. — casa térrea.
lomBa, encosta, ladeira. »
LOMBADA, lombo — pancada.
lombo, espinhaço, rins — costas, espá-
duas — sacada — lombada (de livro).
longe, afastado, dtstant'», remoto — [adv.)
muito.
longevo, grandevo, idoso, velho, vivi-
douro.
lorginquo ou LongiquOt afast.'»do, dis-
tante, remnto.
lo:ígo, comprido, dilatado, distenso —
diíFaso, prolixo — du r;» vel.
LONGoa, comprimento, extensão, longu-
ra — diuturnidade.
LOQUACIDADE, dicacidado, redundância ,
verboãidad'^.
l(QUa/., fallador, gárrulo, palrador, pal-
reiro
LOQíiiLA, locução — O fflll/«r.
lobica ou Loriga, cota, coura, coura-
ça.
LOSNA. absinthio.
LOTK, espécie, gon^ro, laia, qualidade.
iotç*ÍNnAou Louçania , enfeites, gala
— adorno, atavio — pompa.
LOUÇÃo, custo*?. pfHcioso - galante, gen-
til, guapo — a^eiado — ornato — gra moso.
LOUCO, estólido, pslulio, f;»tuo, ins'«no —
amante, demente, douto, mf ntecaplo — es-
túpido — delirante, lunático, lyrnpbalico —
man-aco, phrenetico, tresvariado — fuiioso
— imprudonte, in''.onsiderado, temerário —
alegre — zombeteiro.
LOUCURA, amen ia, demência, doudiria,
doudictí, insansa — estultícia, fatuidade —
delifio, pbrenosi — fúria — desvario, trts-
vario — mania — imprudência.
LOURA ou Louraça, bisonho, boçal, no-
vel.
LOURSiRO, lauro — {adj.) travesso — in-
quieto.
LOURO, amarello, áureo, flavo.
LOUSA, lage — campa — sepulcro, sepul-
tura — armadilha.
LouvAMiNHA, gabo, louvor — lisonja.
louvamiishar, adular, lisonjear — ga-
bar.
LouvAMiNHEiRO , adulador, lisonjeiro —
elogiador, gabador — vanglorioso.
LOUVAR, elogiar,, encoraiar, gabar, loar
— incensar, preconizar — bemdizer — cele-
brar.
LOuvAR-sE. gabar-se, jactar-se — appro-
var.
LOUVÁVEL, lauda vel — bom — estimável
— honroso.
LOUVOR, encómio, gtbo -» applauso — elo-
gio, panpgyris — honra — abono, recom-
mendação — incenso, lisonja.
LUA, «Jyothia, Delia, Diana, Ilecate, Li-
tonia, Pheba.
LÚBRICO, escorregadio, resvaladiço,
LUCRRNA, candeia.
LÚCIDO, claro, luminoso, luzente, resplan-
decente — traspsrente — brilhante.
LÚCIFER, Lusbel, Satan.
LucíFBRo, brilhante, resplandecente —ma-
tutino.
LuciNA, lua.
Luco, bosque, floresta.
LUCRAR, gHiihar, interessar, precalçar.
LUCRATIVO ou Lucroso, ganhoso, provei-
toso.
LUCRO, ganância, ganho — interesse, pro-
veito, utilidade — rendimento.
LucTiFico ou Luctifero, aíll.ctivo, affli-
gidor — fúnebre — triste.
LucTuoso, fúnebre, funéreo, luctoso, lu-
gubrn — fatal, funesto — melancólico, triste
— deplorável. la;nfíntavel.
LUoiBRio, escarneo, irrisão, mofa, zom-
baria — joguete — desprezo — vilipendio.
LUDiBHinso, injurioso, ultrajante — escar-
nicador, zombador.
LUDo, jogo.
LUFADA, embato, furacão, rajada, refega
— frequência — multidão
LUiiAR ou Logor, sitio — vez — dignida-
de graduação, posto — citação, passo occa»
sião, opportunidade — tempo, vagar — al-
deia, burgo — assento — habitação.
LÚGUBRE, fúnebre, fun'?reo, juctuoso —
carregado, sombrio, tri.^te — carpido,
l L^UB, fogo — luz — vista — clarão — 00-
^51 *
lb04
LUT
LYW
nheclraento, noticia — especía — "vivacidade
superfície — douto, sábio.
LuuuA, allumiar — * («.) liminar, um-
bral.
LUMiEiRA, lampadário — clarabóia, fresta
— perilampo, vagalume, luz,
LUMINOSO, brilhante, claro, lúcido, lumi-
noso, resplandecente.
LUNÁTICO , aluado — doudo , insensato,
phantastico.
LUPANAR , alcouce, bordel, prostíbulo,
serralho — mancebia, putaria,
LURiDO, negro — amarello, áureo — pal-
lido.
LUSITÂNIA, Portugal.
LUSITANO, Luso, Portuguez.
LusiRAftj illustrar — (n.) luzir, resplan-
decer.
LUSTRE, luz, resplandor — realce — lou-
çania — lampadário.
LUSTRO, lustre — Olyrapiada,
LUSTROSO, flammanie, luminoso, resplan^
decente — brilhante, esplóndido.
LUTA oviLucta, combate — guerra — plei-
to.
LUTADOR OU itícíflífor, athleta, gladiador,
campeào — batalhador, guerreiro.
LUTAR ou Luctar, combater, pugnar —
debalep-se — esforçnr-se — defender- se.
LUTO oulwcío, dó, nojo — aíllicçào, an-
ela, dôr, magoa, pena.
LUTULBNro, límoso, lodoso, paludoso.
LUTUOSO ou Luctuoso, fúnebre, funéreo
— . deplorável, lamentável, triste.
LUTA, guante — manopla — "(pi.) recom- '
pensa.
LUXO, apparato, fausto, grandeia, osten*
tacão, pompa, sumptuosidade — profusão,
superfluidade.
LUXURIA, lascívia, sensualidade — obsce-
nidade — incontinência — libei tinngem.
LUXURIOSO, carnal, frasoario, lascivo, li-
bidinoso, sensual — desbonesto, impudico,
obsceno — impuro, torpa — voluptuoso.
LUZ ou * Lux, claridade, lume, resplan-
dor — ciarão, fulgor — raios — dia -- vela
— inlelligencia, penetração — aviso — indi-
cio, existência, vida,
LUZKiRo, astro, constellaçSo, estrella, pla^
neta — clarão, claridade, luz — {pi.) olhos.
LUZELUZK, pyrilampo, vagalume.
LuzitNTB, brilhante, claro, lúcido, lumi-
noso, refulgente.
LUZERNA, vagalume — lomieira, lampadá-
rio.
LUZIDIO, nédio, nítido — luminoso, res-
plandecente.
LUZIDO, brilhante, lustroso ~ magnifico,
pomposo — ataviado.
LUZ1M8NI0, brilhantismo, magnificência,
pompa — brilh), esplendor, lustre — aceio
— realce.
Luzto, olhar, olho. vista.
LUZIR, brilhar, rjsplandecer — crescer,
meJrar — apparecer — fundir.
LTEo ou Lyeu, Baccho — • vinho.
LYMPHA, agua — corrente — liquor ^ hu-
mor.
MAÇ
MAO
1005
1
M
■aCAco, bugio, mono, nico, 8ymio, ximio
*^{aíij.) imitadop, remodador.
macacoa, achaque, doença, enfermida-
de.
MACAQUICES, bugíariaSf momices, momos
— arremedos.
MACAPBONio ou iãacarronico^ burlesco,
jocoso — bárbaro — maçorral.
MAÇA, clava — cacheira,
MiçÂA, Mafon cu Mapan, pêro, pomo.
MAÇADA ou ^laçadura, pauladas — coça,
sova, tunda.
MAÇAME, cordoalha — lastro — argamas-
sa.
MAÇAR, moer, pizar — estafar, sovar — fe-
rir, golpear.
MAÇARICO, alcyon.
MACEA, pia — gamella.
MACEiRo, bedel — portamaça.
MACERAÇÃO ou Macerãção , austeridade,
mortificação, penitencia — flsgellaçâo,
MACERAR, affligir, mortificar — flagellar
— machucar, pízar.
MACHACAZ, grandalhão.
MACHETE, espada, sabre— violinha — des-
cante.
MACHO, * mu, mulo — grilbío — {adj.)
varonil — esforçado, forte, robusto, vigo-
roso.
MACHUCADURA, csmagadura, pizadura —
compressão.
M4CHUCAR , esmagar — pizar, trilhar —
comprimir.
machucho, maduro, sensato — esforçado
— poderoso — rico, grande.
MACIÇO ou }i\assiço, solido — atacado,
cheio, entulhado.
MACILENTO, despamado, magro— amarel-
lo, pallido, desfigurado.
MACo, brando, mimoso, suavo.
maçobral, grosseiro, rude, tosco — ma-
Cjirrpnico.
VOL. IV.
MACULA, mancha, nódoa — defeito, desar
— desdouro, deslustra — infâmia, labeo, vi-
leza— descrédito, d^shonra, ignominia-—
affronta, injuria — magoa — malha.
MACULAR, manchar, sujar — diffamar.
M ADAM A, senhora.
MADKiRO, lenho, páu, tronco, viga ^es-
túpido, obtuso.
MvDKiXA, negalho — cabello, coma, gue-
delha.
MADRAÇARiA, desídía, inércia, mandrieira,
ociosidade, preguiça, vadico — frouxidão —
inapplicação,
MADRACEAR, calaccar, mandriar, vadiar.
MADRAÇO, mandrião, ocioso, preguiçoso,
vadio — deleixado, inerte.
MADRE , útero — alveo , leito — terra —
* mãe.
MADKEPEROLA, coucha prociosa, nácar.
MADRUGADA, alva, aurora, diluculo — au-
tioipaçSo.
MADRUGAR, mstinar — anticipar-se.
MADUREZA OU MaduTcs, circimspecção ,
siso, prudência — perfeição — maturação.
MADURO, maturo, sazonado — circumspe-
cto, judicioso, sábio, sisudo — moderado,
prudente — velho, usado.
MAGA, feiticeira, magica.
MAGAKÃo, malicioso — libertino.
MAGANEiRA ou Mãgonice, travessuras —
astúcia — ppça — libertinagem.
MAGANO, mariola — vil — impudico, las-
civo — maroto — malicioso, íino.
HAGESTADE OU Mojesiade, soberania — al-
teza, excellencia, sublimidade — superiori-
dade.
MAGISTOSO, respeitoso, venerável — au-
gusto, grande, nobre — pomposo, sublime.
MAGIA ou Magica, incantamento, incan-
to — fascinação, hallucinação, prestígios —
bruxaria, feitiçeria, sortilégio.
MAGICO, incantador, mago — feiticeiro ,
252
Id06
MAl
nigPOiiQante---prGn"giaJor, ven^fico -^{adj,)
ío^renaiural.
MiGisTERio, cadeira» doutrina, ensino,
insuucção.
MAGi^ARiMipADE, animosidade, intrepidez,
valentia , valor — fortaleza — grandeza de
animo, heroicidade — generosidade, libera-
lidade— nobreza.
ittAGNANiMO, animoso, bravo, intrépido,
valente — generoso, liberal —grandioso.
MAGNATE, grande, potentado, senhor.
M^GNííTg, iaian.
MAGNÉTICO, attracti\o.
MAGSiPiCAR, engrandecer, exaltar — lou-
var— exajígerar.
MAGNiFíCKNCiA, csplondor — generosida-
de, liberalidade, muniíicencia — grandeza,
poDpa, sumptuosidade — opulência, rique-
za.
MAGNiFiCO, esplendido, grandioso, pom-
pOiO — liberal, munifico.
MAGríiLoco, grandiloco, grandisono, su-
bliíne.
. MAGICO ou Manho, grande.
M«G0, sábio — magico — feiticeiro.
MAGOA, angustia, dôp, pena, pezar, sen-
timento, tristeza ~ dó , lastima — Daacula
— mancha, nódoa.
MAGOAR, contundir, pizar — aífl^gir, ape-
zarar — oiacular — offeader — bsttmar.
MAGOTE, taudo, rancho — montão.
MAGhEiítA ou Magreza, emmagrecimen-
to, magrem — debilidade, fraqueza.
MAGaO, descarnado, estitico — esgalgado,
esgiiio — chupado, myrihado, s-^cco.
MÃi ou Mde^ madfe — origem — princi-
pio.
MAIOR, mór — superior — [pi] antepas-
sadas, avós.
MAIORAL, cabeça, chsfe, primeiro, supe-
rior.
MíviOBiA, excesso, superioridade, vanta-
gem — pluralidade.
MAfS, além, antes.
ML, incommodo — damno, detrimento,
prpjiiizo — destruição , rui na — achaque ,
doença, enfermidade, moléstia — dôr — ca-
lamidade , desgraça , infortúnio — miséria
— [udv ) imperfeita, inhonesta, irregular-
mente " apenss
MALA ou Malla , alforge , almofreixe ,
sacco.
MALACTA, calma, calmaria.
malaNmhim , magano — velhaco — vadio,
Vfgííbunuo — mauíl-ião.
MALAV Nao ou Mal-avindo , desavindo ,
discorde.
MALCRKADO OU jUal-creudo, desattencioso,
descortez.
maldaor. malicia, malignidade — iniqni-
d'? de, neqtíicia, perversidade — impiedade
MAl
-^ crime, delicto — culpa, peceado — m^"
leza.
MALDIÇÃO, imprecação, praga, abomina^
ção, execração, destruição.
maldiçoar, amaldiçoar, maldizer, pra-
guejar — condemnar, reprovar.
HALDTTO ou Maldicto, amaldíçoado, de-
testável, execrando, execravel.
MALDIZENTE, praguento — detractor, mur-
murador — maledico, mordaz — diffama-
dor.
MALDIZER, amaldiçoar, praguejar — mur-
murar.
MALEDICÊNCIA, detracção — murmuração
— satyra.
MALEDico , pragwento — maldizente —
murmurador — detractor , infamador —
mordaz, satyrico — maldoso.
MAi.EFiciADO, effibruxado, enfeitiçado.
malefício, feiticeria, feitiço, sorlilegu)
— damno — crime — adultério.
MALÉFICO, malfazejo, nocivo,
MALEITAS, S8ZÕ3S.
malencarado ou Mal-encaradOf carran-
cudo, carregado.
màlevolencia, df^samor, malquerença-*
aversão, odio — inimizade — antipalhla,
contrariedade.
malévolo, moleíico, mal intencionado-—
opposto — inimigo.
* malbza , maldade — ruindade — malí-
cia — fraude.
malfadado, desditoso, desgraçado, infe*»
liz
MALFALLÀNTZ, malfallado —maldizente,
maiedico.
MALFAZEJO, maléfico, malfazente — dam-
noso, nocivo.
MALFAZER, damnar, damniíicar — oíTen-
der.
MALFEITO, impei feito, malobrado — con-
trafeito, deforme.
MALFEITOR, íacinoroso — máo, perversOn
sceierado — criminoso, delinquente, réo.
MALFEITORIA, malefico — damno — cri-
me, delicio.
MALGA, sopeira, tigela.
MALHAR, martellar — censurar.
malho, maço, martello.
MALicU, engano — dolo, fraude — mal-
dade, travessura.
MALICIOSO, maligno, mdo — magano —
travtsso — astuto, manhoso.
malignar, cortompKr, depravar, viciar»
MALiGiNiDiDs, iniquidade, perversidade —
maldade — malicia
MALIGNO ou Malino, máo — malicioso —
diabrete — perigoso — iuiquo.
MALLOGRAft-SK, baldar-se, frustar-se, ga-
rar.
MALPARiR ou Mal-parir, abortar, mover.
MALQUEíiFíÇA OU Mul-qucretiça, aveisào,
tào — inicíis?.»le — maluvolcncia.
. MALQUKitEftou Afai-çuerer, aborrecer, de-
"lenar, odiar.
MALQUISTO . inimizade — aborrecido, de-
testado, odiado.
MALFÃo ou Ma/- ião, doentio, insalubre,
não sadio — iralcnrado.
¥ALS!M, accusador, deUlo — syndicant-
— calumnijdor.
MaLsinaçâo, accusação, dcnunciação.
Malsinar, accusar, delatar, denunciar.
' MALSISUD3 ou }\al-sisudo, desassisado,
desjuizado, insano.
kalsoante, desmusico, dissono.
malsoffrido ou }\al soffrido, impaciente,
impassível, -insoílrido.
MALTRAULHO , esfarrapado , farrapão —
mal -vestido.
MAL! RATAR OU Maltractar, bater — in-
sultar, oífender, ultrajar — molestar, ve-
xar-
M\LTiiiD0, golpeado.
MALVADO, máo , perverso , scelerado —
ímpio — mal inclinado — ímprobo — iní-
quo.
VAVA ou Mamma^ peito — teta — mam-
maiura — colle, collina, outeiro.
KANADA. armento, fato, gado, rebanho —
Vara (de porcos).
uanadeiro, fonte, manancial.
HATSAR, derramar, verter — (w ) correr,
dçfivar-se.
MANCAU, aleijar, estropiar— (n.) faltar.
maNÇeba, amiga, concubina — meretrií.
MANCEBIA , adolescência , juventude —
amancebamento — alcouce, lupanar.
matccebo , adolescente , ephebo , joven,
mogo — servidor — matelote — [adj.) juve-
nil.
MAKcnA, laivo, malba, nódoa— labeo —
macula — {pi.) dom, presente.
MATíCHAR , betar , malhar , matizar —
afeiar — mascular, magoar.
MANCO , aleijado , estropeado — clandi-
ç^nle, coxo — canhoto — falto.
MANDADO ou Mandato, determinaçãa ,
preceito — mando, ordem — messagem, re-
éaío — * deixa, legado.
MANDAMENTO, preceito — ordem — raan*
dado — decreto — estatuto , regra — lei —
oVdenação.
MANDAR , ordenar — dominar , governar
— enviar , remetter — dar — legar — ma-
MANDINGA, artiílcio, astúcia.
MANDO, auctoridade, poder — direito —
domínio, governo, império — j ar isdicção —
decreto — mandado, ordem.
.Mandrião , ocioso, preguiçoso — d* ssp-
plica 'o — êèiupido, trio — bajii; roupão.
MAN
U07
MANDiíUR, perguiçar — mandracear —
Còl.iíenr, v.uijar.
Makdíiick, Mandrice ou Mandrieira ,
madraçarii, preguiça — ociosidade — ban-
darrice, calaç*jria.
manducar, codear, comer.
MANEAR ou McTiear , mexer, mover —
apslpar.
mankavrl ou Meneavel, maneavel, pal-
pável — flíixibil — fácil , tractavel — bran-
do, doce.
MANEiaA , estylo, feiçSo, guisa, modo,
sorte, iheor — arte, geito.
MANFiiío, leve — pequeno — manual —
protabil, portátil.
MANEJAR, trabalhar — manobrar — admi-
nistrar, dirigir, governar.
MANEJO, evolução, manobra — adminis-
tração, direcção, gerência — tracto.
maNes, almas, sombras — deoses infer-
nass.
MANKTA, manente, manita,
MANGA, manguito— tromba — ala -» meio
— adjuda, soccorro.
MANGAçÃo, escarneo, zombaria — engano.
MANGALAÇA, alcouce, bofdel, mancebia,
pularia.
manganilha, engano, fraude.
MANGÃo ou Mangador ,. escarnecedôr,
zombador.
MANGAR, petear — escarnecer, zombar —
chasquear — enganar, illudir.
MÀNGERONA, amaraco.
mangona, mandrieira, preguiça.
MANHA, habilidade, parte, prenda ^ —
qualidade — costume , hábito — sestro —
ardil, dolo, engano — destreza — indus-
tria.
MANHÃ ou Manhâa, aurora, madrugada.
MANHOSO . ardiloso, arterio, artificioso,
astuto, versuto — fino — hebilidoso.
MANIA, delírio, loucura — raiva — paixão
— furor — doudice, extravagância.
MANÍACO, extravagante, louco» lymphati-
co, visionário — furioso.
manicaca, fraco, maricas.
MT NiFESTAçÃo, descobrimeuto — conhecia
mento — indício, signal — revelação.
MANIFESTAR, dcclarar, descobrir, revelar
— divulgar, patentear, publicar — aclarar
— explicar, expor — confessar-se.
MANIFESTO , apologia, memoria, eto. — -
[adj.) claro , evidente — notório — desco-
berto.
MANILHA, bracelete — argola.
MúNiNELO ou * Marine/o, bobo, caturra,
tolo — afeminado, mulherengo.
MARiNHEZ, esterilidBde, infecundidade.
míni?;ho. estéril, infocuado, mania —
árido, ÍQCullo — infruolifuro.
«aSJau, alimento. íviaritimenlo, susiento,
253 ^
1008
MAR
MAR
— comer, vianda — iguaria (o. 7i.) masli-
gar
M^NO ou Mana, irmão, irmã.
maNQIíejab, claudicar, coxear.
Manqueira, coxeadura — defeito, desar,
falta.
MANSÃO, aposento, habitação, morada.
MANSIDÃO, brandura, serenidade, tran-
quilidade — benignidade, bondade.
* MANSILHA, azorrague, látego — flagel-
lo.
MANSO, brando, pacifico — plácido, sere-
no, sonegado, tranqaillo — affavel, beni-
gno, humano — clemente, piedoso — suave
— amansado, domado, domesticado —
abrandado — tratavei — applacado, sere-
nado — {adv ) mansamente.
' MANTA, capa. bodem, penula.
MANTEKÇA, alimeuto, mantimento, sus-
tento — manutenção.
MANTENEDOR OU Mautedor, campeão —
defensor.
Manter, conservar, continuar, entreter,
sustentar — guardar — defender — ter mão.
MANTILHA, manta, mantilete — [pi.) fai-
xas — coeiros.
MANTIMENTO, alimeuto, pasto , sustento
— comeres, vitualhas, viveres — manuten-
ção.
MANTO, véo — capa — cobertura.
MANUFACTURA, fabrica, officina — feitio.
MANUFACTURAR, fabricar, fazer, lavrar,
obrar, trabalhar.
MANUFACTUREIRO OU Manufactunsta, fa-
bricante, obreiro.
^MÁo ou Mau, pernicioso, prejudicial —
trabalhoso — irregular — perverso, scelera-
do — iniquo , pérfido, ruim — maligno —
injusto — defeituoso — velho — maio.
MÃO, punho — lado, parte — poder —
gadanho, garra.
MAPA ou Mappa, carta geographica — lis-
ta.
MAQUINA ou Machina t engenho— tra-
móia — massa — multidão.
MAQUINAR ou Machinar , idear — deli-
near, traçar — inventor — excogilar.
Mar, pego, profundo — golpho — Ocea-
no ^ Amphitrite — Koptuno — Thetis —
sal.
MARACHÃO, restinga — diquo, molhe.
marafona, mulheriaha — michela — me-
retriz, prostituta.
^ maranha, enredo, intriga — ardil, sub-
tileza.
MABÃo ou Maraw, mariola — esperto, ladi-
no — maroto, velhaco.
MARAVILHA , portento, prodígio — mila-
gre ~ raridade — obrapima.
W uaravilhar, admirar» espantar — (v.r.}
admirar^SQ.
Maravilhoso, admirável — estupendo,
extraordinário, portentoso — milagroso.
MARCA, nota, signal — cunho — firma,
rubrica — ferrete.
MARCADO, regular — ferretado — abali-
zado, distincto.
MARCHA, caminho, jornada — volta — ?
* marco.
MARCHAR, andar, caminhar.
MARCIAL, Mamo ou Mavórcio, beUioo,
belligerfute, belli^jero — guerreiro — ar-
mipotente — valente, valoroso — valente,
animoso — esforçado, forte.
MARCO, bahza, demarcação, limite, linde
— termo.
MARÉ, esto — conjuncção, ensejo, occa*
sião.
MAREANTE, marinhoiro, marinho, mara**
jo.
MAREAR, manobrar, reger(anáu) — (n.J
enjoar — embaçar.
marEar-sk, alterar-se, avariar-se, cor*
romper-se — dirigir-se, governar-se.
Marejar, reçumar — distillar , gottearii
pingar.
MARGARITA, perola.
MARGEM OU Mar^e, borda , extremidade
— fralda, orla — riba, ribeira — praia.
MARICAS ou Uaricão, fraco, manicaca, ma<
Iherengo.
MARIDO, cônjuge, consorte, esposo.
MARINHA, praia — costa — salina.
MARINHAGEM OU Marinharia, equipagemi
ínarujos — marcação.
MARINHAR, chusmar, esquipar, marinhen
rar — (n.) subir, trepar.
MARINHEIRO, marltimo , marujo , matalO"
te.
Mariola, gallego — marau.
MARIPOSA, borboleta.
MARITAL, conjugal, matrlmoniali
marítimo, equoreo, marino*
MARLOTAR, enxovalhar.
MARMITA, panella.
marotsar, brejeirar, vadiar.
MAROTEiRá, brejeirice — tractada, velha*
cada.
MAROTO, brejeiro —velhaco — descorleí
— tractante, vil.
MARRAFÃo, máu — grosseiro, incivil.
MarralhbirOi astuto, fino , ladinho «^
velhaco.
marrar, encontroar, topear.
Marreco, adem, pato — {adj.) astuto, ta«
gaz.
MARRUAZ, obstinado, opiniático, teímosOi
testo — grosseiro, incivil, rústico.
M ARRUFA 01 MaffOffo, barbato, leigo *^
astuto, sagai.
MARTB, Mavorte — guerra, pugna — di*
ligencia — trabalho.
Bl'AT
MED
1C09
M4RTIXKTB, gaviào — pentincho — co
car — roin«s
MÁRTIR ou Mar/l/r , padecedor , sofifre-
dor.
martírio ou Maríi/no, * nurteiro, sap-
plicio, tractos — aiSicçào, ddr, tormento
— calamidade, ílsgello.
MaRtkirar, Martirisar ou Marít/rísor,
supplicar, tractear, aflligír, atornreniar.
MaRUJO, mariaheíro.
MAS, porém.
MASCABAR, deteriorar, perder — abater,
diminuir — deslustrar, desluzir — escu-
recer, oíTascar.
mascabo, descrédito, deshonra — desdou-
ro — damno — injuria.
MASCAR, mastigar, ruminar.
uacara, caraça, caratuia — carantonha,
careta — apparencia, exterior.
Mascarar, caratular — disfarçar, dissi-
mular, encobrir.
mascarra, enfarruscadela — nódoa, la-
beo.
MASCABRAR, encarvoiçar, faligínar — en-
negrecer — manchar.
MASCOTAR, quebrar.
Masmorra ou Matamorra, calabouço, cár-
cere, ergástulo, prisão — cova. fossa.
MASSA, acervo, montão — total — espe-
ciaria — grossura — peso — quantidade
— volume.
MASTIGAR » mascar , triturar — rumi-
nar.
MASTIM, lycisco, molosso, rateiro.
MATA ou i&alta^ bosque, floresta, luco
— espessura — brenha , selva — matto ,
tapada.
KaTação, amofinação, tormt^nto.
Matador, assassino, immícída, sicário —
impertinente — (adj ) morlifero.
maTalotb, marintieiro, marujo — com-
panheiro.
matamouros, yalentão, fanfarrão, jactan-
cioso, quicbote.
MATANÇA, carniça, carnificina, mortanda-
de, mortecinio.
maTar, assassinar, trucidar — degolar —
apagar — extinguir — fatigar, incommo-
dar — impacieniar — mortificar.
matar-se, alorment«r-pe — molestar-se,
peoalisar-se — angiistiar-se, consumir-se
mariyrisar-se *^ aiiligir-se, magoar- se —
cançar-se.
matarisis, brigaentos, rixosos.
MATEIRO ou }Aaítei o, lenhador.
Matbria. puz — argumento, assumpto,
sujeito — maileira — practica — escripta,
escriptura — poema — copia.
Material, Corpóreo — crasso, grosseiro,
rudt — estúpido, imboeil — * [pi,] aube-
gaAi
YOL. if.
materialidade om Ma trialeirat erro, igno-
rauiiia, parvoice.
HATERNáL, materno.
matinaua, estrondo, motim, ruí Jo, alga-
zarra — confusão, tumulto.
MATiRAR, madrugar — estrondear — in-
sistir.
Matizar, colorir, illuminar — ornar, ta-
riar — betar, marcheta*.
MATO ou Maíío , brenha , charneca —
abrolhos, espinhos, tojos. etc.
MATRACA, apoupada, apupo, raia — zom«
baria, motfjo.
MATRAQUEAR OU Uatraquejar ^ apupar,
vozear — amofinar.
matreiro, astuto, fino, sagaz — sabido
— escarmentado.
matrimonio, casamento, conjugio, consor-
cio, desposorio, bymen, bymeneu, núpcias,
vodas.
matriz , madre , ulero -r cathedral —
fonte — reservatório — {pi ) moldes.
mausíílro, sepulcro, tumulo — eça.
mavioso, compassivo — brando — ter-
no — pathetico.
Mavórcio ou Mavoríico^ bellico, guerrei-
ro.
MAVORTB, Karle — guerra.
matima, axioma — dogma principio —
dintame, docjimeoto — adagio, aphorisfflo,
sentença, governo, regime.
Maximg, principalmente.
Maximo, grandíssimo — Ínclito.
Mazela ou Mazella, ferida, ma tad ura —
achaque, donnça — mal — trabalho — po-
breza — afflicçâo — magreza.
MAZORRAL, gfosseiro, incivil, mazal —
rústico.
M8Ã0 ou Meião, mediano, medíocre.
mbato, caminho, via — (pi.) canaes, dtl*
ctos — poros.
mrCenas, patrono, protector.
MECO, adultero — devasso, dissoluto —
lascivo, luxurioso.
MEDA, acervo, montão, monte.
Medalha, verónica — estampa — laml-
ma.
MEDIAÇÃO, intercessão, intervenção.
MEDIADOR ou iMetitanciro. meiiaiario, re-
conciliador — aivogado. intercessor — pa-
drinho, patrono, protector.
MKDi%NiA, me'iiocridado — moderação*
mkdi^no, meão. mediocre — moderado*
MEDIANTE, com o auxilio — por m«io«
por via.
MEDICINA, medicamento, remédio.
MEDICO physico — d»>cior — Hippocra-
tes — Esculápio — curador, mesiahiro —
puUista.
MEOiOA, medição — proporção— ttodt*
ração, cautella, prudência.
1010
mm
MEa
medíocre, meão, mediano, módico.
MEDiocRiUADB, mediania, moderação —
limitação — lenuidade.
MEOiH, mensurar — compassar, regulíir
— averiguar, examinar — ajuizar, avaliar
— proporcionar — governar — sendar ,
tentear.
MEDIR-S8, igualar-se — compelir, dispu-
tar — rtsislir.
MEDITAÇÃO, conlemplação — considera-
ção, reflexão.
MEDITAR, considerar, ponderar, reflectir
— cogitar, cuidar — especular.
MKDO ou Mêiio, pavor, susto, temor —
sobresallo — horror, terror — tremor —
assombra mento — covardia, pusillanimida-
de — trepidação
MBDONao, horrendo , hórrido, horrível,
terrível , pavoroso — espantoso — formi-
dável.
MEDRA ou Medrança, augmento, cresci-
menlo, progresso.
MEDRAR, aproveitar, luzir— crescer, pros-
perar — enriquecer- se.
MGDR'SO, cobarde, mijote, pusillanime,
ilmidOi
MEDULLA, tutano — âmago, imo — sub-
sranria — realidade.
MKiGENORO, cbocho, pêco — lorto (fru-
cto).
MEiGO , affavel , carinhoso , fagueiro -^
brando, doce, terno — amável.
MEIGUICES, affdgos, caricias, mimos — do-
çuras — lisonjas.
Maio, metade — azo, modo, via- — expe-
diente, traça — centro, getnma.
MEL, favo — doçura, suavidade.
MELANCOLIA , bypocondria — aíllicção —
taciturnidade, trisieza — lucío, nojo.
MF.L\PiCOLico, injucundo, melanculízado
— aíll cio — pensativo — soaibrio, taci-
turno, inste — fllrabilliario, bilioso.
MELENA, gueJelha — cabelleira,
MELHOR, superior — [adv ) melhormen-
te.
usLnoRA ou Melhoria, convalescença —
adiameuto , progresso — bemfeitjria —
apfoveilameuio.
MKmoMAR, bemfeítorizar, beneficiar — re-
parar, restaurar — resarcir.
MELINDRE, delicadeza — mimo — cons-
cieucia — probidade — • bioco.
MELINDROSO, itlft^uado, delícado, mimoso
escrupuloso — «gastadiço.
mallifluo, mellifero, mellefico, melloso
— doce, suave.
MKLODiA ou iiUllodia, consonaQCÍa, har-
monia — musica — canio.
melodioso ou Mellodioso, canoro, harmó-
nico, harniuníoso — doce, suave.
M&MBiiUDo, aihletico, reforçado — enorm».
MEMOTiAHDO, memorado, memorável —
oeleberrimo, celebrado, celfíhre, fòmoso.
MiíttORAR, aroenlar,. lembrar, recordar.
mf.moru, lembrança, record.^çãa, remi-
niscência — monumento, padrão.
MENÇÃO, commemoraçào, lembrança, me-
moria — cii«çào.
MKNDAZ, mentiroso.
MENDICANTE OM Me ndigaute, mendigo, p6<*
dinie, pobre.
MENDIGAR OU Mendigar, esmolar — im-
plorar, reclamar, sollicitar — recorrer.
MEN4)iG0, ptjdinte, pobre — falto, neces-
sitado.
MBNDiGuBZ, meadíoídade, mendiguidade,
pedintaria, pobreza.
mendoso, defeituoso.
MKNKo on Meneio, gesto — manobra —
adtuinistraçâo — [pi,) ademanes, gatima-
nhos.
MiíNiNA, rapariga.
MENiNicB, infância, puerícia — puerili-
dade — berço, mantilhas.
MENINO ou Minino^ infante, pequeno, ra-
pazinho — Amor, Cupido.
MRKOR, mais moço, mais pequeno — des-
igual, inferior, . somenos.
MENOS, inferior — (adi?.) afora, excepto.
MENOSCABAR, mf^uosprezar — aviltar, des-
acreditar, destraír, diífamar, desdourar,
deslustrar, desluzir.
MENOSCABO, descrédito, desprezo — vili-
pendio, vitupério.
MENOSPREZAR, dcsestimar, desprezar.
MííPiospftKÇO, dist^siima, desprezo,
mknsageihO ou Messageiro, recadista —
enviado — almocreve, recoveiro — annua-,
ciador, annuncio, precursor.
Mi^NSACEitf, Mcnsage ouMessage, commis-
são, encargo — despacho — recado.
MENSURAR, moílir.
MENTE, entendimento, juízo — espírito — •
ingenbo — pensamento — memoria.
MKNTECApTo, duudo, íusauo, ínseusato»
louco — eslupido. sandea.
MENTIDO ou ^intido, enganoso, falias,
falloso, falso, mentiroso — enganador — fe-
mentido — doloso, fraudulento — apparen-
le, conlrafijito, fingido, iiiuaivo — simulado,
vão.
MENTIR ou Mintir, enganar — petear —
parolar — falhar, fallir — contrafazer.
MENTIRA ou Minííra, peta — embust*?,
falsidade, impostura — patranha — fabula ,
novella — erro, illusão — vaidade.
MENTIROSO ou Mintiroso, enganoso, fal-
so, meudaz — embusteiro, impostor.
MEQuKTRdFE , eutremeiído — buliçoso — ,
ílno, sábio.
M&RCàDEjAR ou Mereancear t chatinar».
mercauiear, traíicar. ,
MET
Mllf
toa
MERCADO, preço — compra — íèira — tl«
oaodda.
HCfiCANC[Á, fazenda, mercadoria •— oom*
mercio, negocio, tracto,
MKRCANTK, mercador — traficante - («<(;'.)
mercantil.
MRRCAR, comprar, contractar.
MERCB, beneficio, dom, favor, graça — *
emolumento — * poga, soldada.
MERCuBio. C}'llenio — azougue — alcofl-
nha, corredor.
MKRECeooR, digno.
MKRECKH. garhar — obter — raler.
KKRF.ciDO, devido, digno.
MERECiMiiNTO, beneriierencia, mérito —
serviços — bondade — eicellencia — virtude
— valor.
* MKRENcoBio, melancólico, carregado —
assanhado, enfadado, irado, iroso
MERKTRix, alcouceira, loureira, prostituta,
puta. rameira —marota — cantoneira — ma-
rafuna, michela — porca — [adj.] mundana-
ria.
MKBiTO, merecimento — [adj.) merecido
— mHrecedor.
mks<;la, mistura, mixto.
MKSCLAR, misturar.
MisMO, idêntico — constante, igual — pa-
recido, similhflnte.
* mesquindadi, desgraça, infortúnio, mo-
fina.
MKfJQuiwnARTA, }ilesquinhei ou ^'f^í/ui-
nheza, parcimoaia — avareza, cwínheza —
curttíia, estreiteza — laz**ira, miséria.
MEsQumno, desgraça<io, infeliz, mofino
— acanhado, parco — fona, somitego, sovi-
na — cainho — avarento — miseravtl — sor
dido — fraco.
MESSE, seara — * centeio.
MESSIAS, Jesu-Christo.
MKSTER ouMisíer. arte, eílicio, profissão
— agencia— anifice.
MKSTo. afflicto. triste.
MESTRE, aio. preceilor, preceptor — dou-
tor — calh^^dratico.
MKSTRiA, habiiidaiie, saber.
MKSURAOU Wezura, corlezia. salva, vénia
MRSURADO, aliento. considerado — com-
posto, modesto - grave — prud»»nte
MKSURAR, cortejar, reverenciar, saudar —
idiminuir, moderar.
MB-^uREiKO, corteja-lor — lisonjeiro.
MiíTA, baliza — lifíjile. termo -raia.
metamorphosb, mudança, transfurmação,
transmui8(,ão.
metamorpuosear, transformar, transmu-
dar.
METEDiço ou )iettediço, entremettido.
MRTiioDO. dispo^içà'». ordem — costume,
habito — destrez"», babiUdado — meio — as-
túcia.
MiTicuLOso, nedreso, tímido.
viTRiFiCADOB, verseJador, versístA <-* tro«
vador.
METRIFICAR, metricar, versejar — poetar,
trovar — rbymar.
METRO, verso — poesia.
MKTRopoLi, capitai, corte — mâe — fonte,
hktropolita ou iAetropolitano, arcebii«
po.
MiTTER, pôr, situar — faier — ordenar
— embeber, introduzir — procurar — tra-
zer — causar — entregar — intender — en-
canar, enfiar.
METTER-SE, íngerir-ss, insiuuar-se, intro-
duzir-«e.
. MRXEDOR, espátula — enredador, intrigan-
te, tecedor.
MEXER, bolir, tocar — misturar — enre-
dar — perturbar.
MEx«R caR, chocalhar, pairar.
Mexericos ou Mexericada, cbocalbices —
enredos.
MEXERIQUEIRO, chocalheíro, fallador —
indiscreto — intrigante.
M^xiLnÃo, buliçoso — entremettido — in-
trigante.
MEZINHA, ajuda, crystel — purga — me«
dicamento, remédio — aniidoto.
MfZimiAR, medicar — curar.
MiCANTB, brilhante, resplandecente.
«icoRLA. meretriz, prostituta — marafo-
na — cantoneira.
MIGALHA, bocca d inbo, fragmento, parcel-
la, paaicula — nounada — atumo.
MJj»R, urinar.
Mijo, aguas, urina.
MijoTK, medroso, timido.
Milagre, assombro, maravilha, portento,
prodígio — obra prirna.
MILAGROSO ou Miraculoso, admirável, por-
tenioso.
MiL'CiA, soldadesca, soldados, tropa —
exercito — guerra arte militar.
MILICIANO, lúáonho, indisciplinado.
M'LiTANTE, guerreiro, snlilado
MILITAR, guerreiro, soldado — [v. n.) com-
bater, guerrear, pe.l-jar.
MIMO, delicadeza, melindre — brandura,
(aricia. carinho - dadiva, favor, pre^eute
— gesticulanip, momo.
MIMOSO, delicado, melindroso — m«cio,
molle — delicioso - brando, suave — débil,
fraco — aijesu, favorito, valido.
MINA. erário, ihesoura — fi>nte.
MiNACR ou Minoz. ameaçaditr.
MiNGOA, carência, falta, penúria — decres-
cimento.
MiNGOADO, diminuto, mingado — desfalle-
cido, falto — desdito.so — estéril.
* MiisGOAMENTO, dimiuuiçào, qu3bra —
falta.
Í53 *
1012
MIS
MOD
m^noTO, n3ilhi»f''e, mílbana,
MiMiSTgRio. ministraria — eargo, âmpra*
fo, eíercioip, mister, oooupação, oflicio —
«genei«, iotervençào.
HiNiSTRA, criada, servente — roda,
HiNiSTEAB, dar, fornecer, prover — cau-
>ar.
MiN*STRO, inagi8trad>, embaixador, en-
TÍado — pregador •— «xeculor — instruajen-
to, meio — medianeiro.
umoRAÇÃo ou íninoramentOt decremento,
deminuição, mingoa.
minoraRi abater, apoucar, diminuir.
MiNuciA, bagntelía, frioleira, nintiaria,
MINUCIOSO, impertinente, pichoso, pon-
loso.
HiNUDiNCu. miu<leza — minúcia.
lUNUia, diminuir,
MINÚSCULO, miúdo, pequeno,
NiNUTA, borrão, rascunho,
jjiOLO, cérebro — juiio — intíirior,
jiiRA, alvo, fito — desejo — intento.
»iiR«c. abdómen.
MiRAHENTO, attenç&o, circumspecçSo.
MIRANTE, eirado, miradouro.
MiRARi apontar — olhar "- considerar, re-
flectir.
mirífico, adooiravol, maravilhoso.
MIRRA ou Mt/rra. gorooja — rooroia — es-
canifrado, m>«griço — avaro, morde cunhos
— fona, mesquinho,
H1RHAR-SS i>u Myrrar^se, emro/»grecer —
attenuar-se, deíinar-se — lecc r-se.
MissRAÇÀo, compnixão, misericórdia.
MISERANDO, miserável - aílligidor — de-
plorável, lastimoso — triste.
MisBHAH-SB, Carpir, deplorar, laslimar-
86.
MISERÁVEL, miserando, misero, misérri-
mo — desgraçado, infeliz — deplorável, las-
timoso — avarento, avaro — a vido — mes-
quinho, rooíino ' triste -- desastrado.
MISÉRIA, desgraça, infelicidade, infortú-
nio— trabalho — calamidade — mendiguez
pobreza — mopia, penúria — lastima — des-
amparo — avareza — cainheza, motina.
MISERICÓRDIA, commjseração, compaixão,
lastima miseração, piedade.
MISERICORDIOSO, bom, caridoso, clemen-
te, compassivo, indulgente, piedoso.
MÍSERO, infeliz, miserável, misérrimo, mo-
fino — avaro — escaco, mesquinho.
MISÉRRIMO, infortunoso — deplorável.
MJSTEBio ou híysterio, arcano, segtedo.
MISTERIOSO ou Mysterioso, impenetrável,
inescrutável — obscuro, profundo — mysti-
co — * necessário.
MÍSTICO ou Mystico, mysterioso — allego-
rico, figurado — miscellaneo — alambica-
do.
vmo ou Uixto^ mesclado, mieturado —
(<•) mistura,
MMUHA, mescla, meiurufada, mistura*
mento — complicaçSo,
MISTURADA, moscla, mistura, miit&o — •
confusão.
MisruRAR, remexer -^ baralhar, eonfuQ*
dir —complicar, involver.
MITIGAÇÃO, adoçamento, allivio, consolo,
lenitivo.
MITIGAR , abrandar , amansar •<- adoçar,
aliviar, suavisar — applaoar — diminuir,
moderar.
MIUDEZA, minúcia, minudência ^ perfei«
çio, primor.
MiuDO, pequenino — minucioso — repeti*
do — exacto ^{pl.) troços,
MÓ, circulo, roda.
MuBiLiA. moveis, trastes,
MocANiiEiRO , engodador, invenclonelro,
moquenoo.
MocA^QUICE, a(Tf<go, carinho, meiguice,
mimo — momo, trig^'lto.
MOÇA ou \ioça, criada, serva — donzella,
repangíi — «miga.
Moç*ro, Alcorão.
MOçAo, movimento — ahalo, impreísio,
MOi-niLA. sacco — lacaio — capa razio.
MOCHO, bufo, coruja, cuco — (adj.) mu*
tilado.
MOCIDADE, adolescência, juvenilídade, ju*
ventude,
MOÇO. ephebo,jo»en, mancebo, rapai —
onado, servo — {adj ) imprudente, inconsi •
derado.
MODA, oostume, habito, uso — > Toga -«
cantiga.
MODKLO, archefypo, exemplar, original,
pi-ototypo — molde
MODERAÇÃO, circumspecçlo, comedimento
— reportação — regra — modiflcaçào.
MODERADO, comodldo, reportado — me-
diado, feobrio.
MODERAR, Fpger — Tcfrear, reprimir —
abrandar, mitigar, temperar — modic.ar.
MODERAR-SE. comedir-se, repurtar-se —
abster se, cohibir-se - sopear-se — serenar*»
se — applacar-se.
MODERNO, hodierno, moterico, novo, re»
cente.
MODÉSTIA, pejo, pudor — comedimento
— circumspeçÃo — compostura, gravidade
— severidade.
MODESTO, grave, sisudo — comedido, mo-
derado — decoroso — honesto, pudico.
HODiCAR , abrandar , diminuir , mode-
rar.
MÓDICO, pequeno — ligeiro — mediocre —
pouco — escasso.
MODIFICAÇÃO, limitação, restricçSo ~ mo-
deração, temperamento.
MOl
MON
1013
woniFitíAP, mcdear, temperar — adoçar,
corrigir.
notio, arte. forma, maneira — e$tad<>, dis-
posição — ejlylo, uso — - moaa — regime —
modtíroção — ffiçSo, g-^ilo.
MODOKRA, leibargo, somnolpnela,
VODORatNTo, amodorrado, letbargico, so-
ponfero, soporoso.
VODUL.AÇÃO, entoação, melodia, neuma
NODULAR, [entoar, tiarmonisar, melodiar
MODULO, canoro, consono, barmcnioso.
melodioso.
MOEDA, dinheiro — (/?/.) louras,
mokla, bucho, o:^to(Dflgo (das aves).
MoiffDA, mó — moinho.
MoiR, pizar, trilhar — fatigar — causticsr.
imporiunar — amotinar, atormentar — aíllt
gir, m bestar — qu^-imar.
ver 4 ou }Hofaduraf derisão, escarneo,
lOmbaria — vitupério.
MOFA DOR, escarnicador, irrisor, mofarei
ro, zooibador.
MOFAR, achincalhar, chacotear, chinca
Ibar — apodar, motejar — g-^aoejar, zomb^-
teÍAr.
MOFINA* desdita, desgraça, ioff^licidade —
miséria — mesquinhez — avareza.
MOFINO, desgraçado, infelu — forreta, mes-
qu.nho, tacanho,
M Fo, bolor,
MuFuso. bolorento, embolorecido, mofado,
mofunto,
MOÍDO, csnçado, fatigado, lasso, quebran
tadi.
Mominio. canç»ço, fadiga, quebranta-
mento — monumento — mausoleo, tumu-
lo.
MOLAKQUETPO, fraco, mnlle.
MOLDAR ou Moldear, emmoldar — impri
mir — accommodar, adaptar, conformar.
MOLD», exemplar, modelo — lypo— amos-
tra — desenho — ideia — molhe.
MOLDURA, caixilho — feitio, molde,
MOLi, corpo, volume — grandeza — mo-
lhe.
MOLiQUB, negrinho, pretinho — maca-
co.
MOLESTAR, anojar — aílligir, magoar —
inquietar — aggravar — maliractar.
MOLÉSTIA, (luen<,a — incommodo — op-
pressào, vexaçào — aíDicçào, dôr, pena —
inquietação, eufido, irab.lho.
MOLESTO ou ^lolestoso, doente, indispos-
to — enfadonho, importuno — incommodo,
penoso, duro.
MOLUADURA, banhação — humidade — es
portula, gorgela, propina — gralifioação.
MOLHAR, aguar, ensopar — banhar, bor-
rifar, tiumectar.
MOLHE, dique, marachão, paredão.
MOiDO, feixe, liflça.
▼OL IV.
MOLH, flaccldo — brando, d-lio^do — de»
bil, fraco — adamado, afeminado •— limido
— rí-mis-ío.
MOLLiiaA ou Mjleira, sinciput, sutura
coronal —* azenha, moinho.
HoiLBTE. fresco, molle (pio).
MOLLKZA ou yiolliddo, frouxid&o. langop,
nQolIura — preguiça — braiiduia, deli"'ade«
«a — afeminação.
aoiLicu ou íAolUcie, dnllcadeza, molin-
Ire-, mimo — regilo — delicias — sensuali*
lade.
MOLMFicATi, abrandar, amollecop.
MOLLiNHA, chuveiro, ctiuvisco — g^ada,
neblina.
MOLLiNHAR, chuviscar.
MOLLOso, masiim, rafeiro.
M0M8NTANEO, iustautaneo — transitório,
MOMENTO, instante, minuto, ponto — coQ-»
sequencia, consideração — importância, pe-
0, valor.
MOM CE, affectação — disfarce — bufona-
ria — macaquice.
MOMO. bugiaria, trigeito — gesto, meneio
— zombaria.
MONA, macaca, symia — bebedice, borra-
eh». ira. ,
MONARCA ou yionarcha, imperador, pria«
cipe, rei soberano - ch^fe.
MONARQUIA ou Monarc/ita, i.npario, reino
— governo.
MONÁSTICO, monacal,
honcah. assoar se.
MiiNçÀo. occasiào, opportunidade, Tez*
McNco, muco, ranho.
Mo^coso, ranhoso.
moNd*, moodadura.
MON'D''NGo. porco, sordido, sucz, sujo — •
(s ) dt^bulho, tntrnnhas. miúdos (darez).
MONDONGUEiRo, tripoiro — porco — iU-
MONGE OU yionje, frade, religioso — ana-
choreta. eremita — solitf^rio.
Mojfjv, freira, religiosa.
MONiR. admoestar.
MONO, bugio, macaco — feianchão — en-
gano, logro.
MONOi'OLio ou Mono/}oío, «barcamentn.
MONOPOLISTA, abarcador, açambarcador,
atravessador.
MONOPOLfs^R ou MonopoUzar^ abarcar,
atravessar (frtzendfls).
MONSTRO, portento, prodígio — maravi-
lha — assombro, pasmo — bárbaro, scelera-
do.
MONSTRUOSO OU Mo'»>5íro50, extraordiná-
rio, inaudito, prolenloso — façanhoso, fero
— monslnfero.
MONTA, somma — importe.
MONTANHA, uionie — ahura, elevação.
MONiANEEZ, Tustico, serrano.
254
MOR
MOV
MONTAiíTr, espndSo — - enchente.
mostAo, acervo, * amas, cumulo, ruma
-— flggregado.
MONTAR, subir, trepar — dobrar, tras-
pôr — aprov» itar — importar, sommar.
MONTE, montanha — penedia, serra, ser-
rania — acervo, cumulo.
MONTEZINHO ou ¥onteZf montanhez —
rude, ruslico.
MONTURO, lamein, rouladar.
MOT^LMFNTO, edlficio, íabnca «t- memo-
ria, padrão — inseripçào, lapida — man-
soliío, moimento, sepulcro, tumulo.
Mí>RA, delonga, demora, dil«ção.
morauv, aposento, casi, domicilio, es-
tancia, habitação, * s*'jorno, pousada —
hoipicio -- assento — ninho
MORADOR, habitador, habitante, íncola —
visioho.
MORAR, tlojar, assistir, habUíir, residir.
MÓRBIDO, macio, moUe — delicado, mi-
mOsO — doentio.
morbo, doença.
MORBoso, a hacado , doentio, enfermo,
malsão.
mí-rdacidadí:, csuslicidade, malidicenci?
— sfttyra — dicscidade.
mordaz ou Mordace, dicaz, maldizente,
raaledico — satyrico — corrosivo, pican-
te, pungpnte.
woRpEnuRA ou ^'otdidela, dentada.
MORi)Ea, deniar, mort-litar — pie ir —
roer — salyrissr — moiojar.
MOR DIÇÃO, beliscão, belisco.
M.OHD MKNTo, remorso
mObk^o. ps-rdo triífueifO.
MOKFANno, ffnhoso.
MO«'GRRíL«, corejar, obsequiar.
kormkntx, maiormenie, principalmente,
sob 'et a do
• MORosroADE, demora, detença.
í'ORO«o, d morado, detido
MOKHRH, expTíír, fallecer, fenecer, ir-se,
perecer — ncibar, rematar, — terminar
mOhrião, c«sco, elmo.
MOKttO, cabeço, corabro, monta, outeiri-
nho
MORTAL, homem, individuo — {aâj.) ca-
duco, fagil, pas«^ageiro — lelhal, mur.ife-
ro, períjiioso^ — excessivo.
Mortalha, lençol, sudário — enterro, ca-
dáver.
MORTiNDAOE. carnic^fifl. carnificina, ma-
tança, * morteilade — dí^stroço, estrago
MOfiTR, f-dlecimenío , finamento , óbito.
p?'Ssam^'nfo. transito,
MGRTEC(N'o OU Moríidíu, cadavei , defun-
cto — mortandade.
MORTFíiiO, 'ethifero, mortal — perigo-
so.
MORTiF CAÇÃO, amortecimento — alIIicjSo,
desgosto, dissabor, pesar — * abstint noi»,
jejum — austeridade, penilencia.
MORTIFICAR, contrisíar , dissaborear —
atormentar — macerar — domar , ripri*
ffiir.
KORTO, cadáver, defancto — («<(;.) exan-
gue, exânime, fallecido, lívido, pailido.
MORTORio, ou bloriuoriot exéquias, fune*
ral.
MOSCAR, fugir.
MOSCARDO, atavSo, tavão,
MOSQUETE, arcabuz , clavina, espingar-
da.
, MOSSA, boca — abalo, comaioçào, im-
pressão.
MOSTRA, amostra, congesto — demonstra-
;ção, significação — indício — prova —
apparencia, especiosidade — exemplar, mo-
delo — molde — cortejo, pompa.
MOSTRADOR, balcão — demonilrador —
indicador,
MOSTRAR, descobrir, amostrar, expor, pa-
tentear — manifestar — apontar, indicar
— significar — tingir, simular, ensinar.
MOSTHENGO, errante, vadio, vagabundo,
MOTE, agudeza, dicterio — esierbilho.
MOTKJADOR, dizedor, gracejador, zomba-
dor.
MOTEJAR , apodar , matraquear , remo-
quear.
MOTETE, agudeza, apodo — motejo —
coj la, mote,
BioTiM, alvoroço, turnuUo — rabellião,
revolta, sedição — levaíitamento — assua-
da — bulha, estrondo.
MOTIVAR, causar.
MOTIVO, cau'-'a, fim, razão — aro, occa-
s ão — estimulo, impuUo, in^-enuvo — {adj.)
movente.
MOTO, impulso, movimento — desígnio,
intençfi5, vontade — mote — letra, divisa.
MOTOR, rausador — movedor — auclor
— principio.
MoTKECO, naco, pedaço.
MOUCO, surdo,
MOURO, Afiicano, Mauritano — (ati;.) mau-
ro.
MÓVEL, firmamento —
'arf/ ) movediço, variável
siarite.
MovEB, manear, to^ar
por — intentar — estinnilar, snseitar —
irritar, provocar — inspirar — abalar —
[n.) abortar.
MovKR-sE, mexerse — andar, caminhar,
»gi!a'-se.
MOVIMENTO, meneio — mudança — aba-
lo, ag ta(,30, impuho, moto — allor — [pi.)
pertjrba . ões.
MoviTO, aborto.
Mjvivel, móbil, movediça — mu-avel.
alfaia, traste —
— lucerto, iucon-
— levantar, pro-
MUN
MUT
1015
• MU, macho, mulo.
* Mi;^, mula.
MLDAJKNTE, Calada, silenciosamente.
mud^mkmo, alteração, mudança.
mujíaNçí, alteração, innovação, reforma
— transformação — diíTerença — incon-
stância, variedade — impertinência, insta-
bilidade, mutabilidade.
/ MUDAR, levar, transportar — trocar, va-
riar — alterar, innovar, reformar — per-
der — converter.
MUDÁVEL, incerto, vario — inconstante
variável — impermanente, instável — le-
ve — móbil, movivel, mudadiço — alterá-
vel.
MUDO, calado, silencioso, tácito.
MUGIDO, berro, bramido.
MUGIR, berrar, bramir — gritar,
MUI, muito, sobfjamente.
MULA, * mua.
liuLHEEULHs. cbuveiro, chuvisco.
«ULHER ou Molher, fêmea — matrona —
dcnzçlla, virgem — moça — esposa.
MULHERENGO OU Molfierengo. eíTemina-
do
aiULHERio, mulheres.
uuLnsEMENTE, femenil, fracamente.
MULTA OU Muleta , coima , condemna-
çSo.
Ml ltídAo, multiplicidade — numero —
cardume, enxame — torrente — caterva
povo, vulgo.
MULTIPLICAÇÃO, accrescimeuto, augmen-
to.
MULTIPLICAR, augmentar, crescer — pro-
pagar.
MULTipLic DADB, accumulação, amontoa-
mento — muliidào.
MuNoiciA, aceio, limpeza*
Mundificar, alimpar.
Mundo, globc, orbe, terrí, universo —
homens — costume, uso, vicio — Ictt//.)
limpo, puro.
deslustrar — gec-
desmaiado — seo-
calumniador, maldizente»
MUNGia, ordenhar.
MuRiFiCEKCíA, bencficlo — largueza, li-
be ralidãJe — generosidade — magnifiecn-
cia.
MUjqiFiCQ, dadivoso, largueador, liberal.
MUNiK, fortalecer, forliQcar — defender
— clrcumvallar — abastecer, municonar,
prover.
MURALHA, muro.
MURCHAR, desbotar ,
car.
MURCHO, desbotado.
CO, languido.
MUftMUR, estrondo.
MURMURAÇÃO, calumnia, detracçao, male-
dicência.
MURMURADOR
maltdico.
MURMURANTE, sosnte, sussurraut^í.
MURMURAI», rosnar — detrair, maldizer
— sussurrar, censurar —toar.
MURHURiNíio ou Murmurio, murmuro, ruí-
do, sussurro, tom.
MUBO, parede, muralha.
MURRO, mochicão, murraça, punhada, sò*
GO.
MURTA, royrto.
musas, Camenas, Pierides.
muscado, alraiscarado — aromático, chôi«
roso.
MusEo ou Museu, templo das Musas —
academia — universidade.
BusiCA, acentos, canto — harmonia, me»
lodia.
MUSICO, instrumentista , symphonista —
cantor — [adj ) canoro, harmónico.
MUTABILIDADE, ínconstaucia, mudança — .
instabilid/íde.
MUTAÇÃO, mudança, vicissitude.
MUTUAL ou Mutuo, alternado, alternati-
vo, reciprocado, reciproco — correspondea-
le, respectivo.
Í54 >
1018
KAT
mc
N
NACARADO» carmiaeo, róseo.
naçâo, ^eate, povo — casti, espécie,
raça.
wacivkl, nadivel, nalivo.
' NACO, pedaço.
Nada. zero — bagaloUa, minúcia — nS o .
nauegas, bebas, nalgas.
Nauo, nsscido.
Namoração, namoraraento, namoro.
namokauo, amador, amantts , íimoroso,
apaixonado, gal«n.
Namorar, cortejar, enamorar, galantear.
namorar-se, apaixonar-se» namoricar-se
— embellezar-se.
nAo JSau, baixel , embarcação , * nave,
navio.
napeas , Dryades , llamadriades , Orea-
des.
napkiro, dormichoco — deleixado, iner-
te.
NAnciso ou iVarcisso, junquilho, lirio —
Termelho — namorado (de si).
NABiz ou iYaWí. ppnca.
Narração , exposição , narraiiva , rela-
ção.
narrar, contar, recitar — expor, refe-
rir - declarar, dizer, njaDifi-slar — expla-
nar, ei|,iirar — exprimir — especificar.
Narrativa, narr/»(^âo.
NASCitAÇA, nascimento — origem, prin-
cipio.
NasCer. apparecer, sair — brotar, rebí^n-
tar — romeçrtr, princpiar — derivar, ema-
nar, ori,<ioar-8e, pro eder.
Nascida, leioençíí. postema, tumor.
Nascimento. nnscenç/i, naiio, —descen-
dência, família, geração — começo, ori-
gem, priocipio — bnrço, infância.
NATIVIDADE, na c u.a. nascimento.
Nativo ou Nad'ro, nascidiço — genuí-
no, ingenilo, inmlo, natural, próprio
NaturaL , conUiçào, génio — imlo-
w -— iauliaaçào — «ompleiçlo, humor.
temp^.ramenlo — {adj.) ingenito, nativo —
cjn^rdnieute, porporcionado.
NvTURftZA ou Natura, universo -— clas-
se, tspecie, qualidade, sorte — génio, in-
do e, natural — compleição — iastincto —
pairia.
nalfraGante, naufrago.
NAUFRAGAR, porder-se — submergir-se
arrjinar-se.
Naufrágio, perda, submerçâo (de navio).
— decadência, queda, ruina.
Nausea, embrulhamento, engulho, en-
nauskativo, enjoativo, nauseoso.
nauta, mareante, marinheiro, maritimo.
murujo.
* Navb, náu, nn\i).
naveGaçào, derrota, viagem — Hydro-
graphia. •'
NAVEGADOR OU Nategaute, argonauta —
embarcadiço — marinheiro, marujo, nau-
ta.
navEgar, singrar, velejar — governar. '
marear. • w p
Navío, baixel, barinel, embarcação, ?a-
s«ma, vaso — freixo, pinho.
NEBLINA, cerrí»çào, névoa, nevoeiro.
nebuloso, nubifero, nublado — denso,
escuro.
NECBDAD8, e«»tuliicia, tolíce — ignorin»
cia — fatuidade.
NECESSÁRIAS, commua, latrina, secreta.
NECESSÁRIO, forçoso, importante, indii«
pensavel, inevitável, preciso.
necessioade, coacção, constrangimento —
obrigação, precisão — falta — inl gencia,
inópia, miséria, pobreza — desamparo —
«perto — trabalho.
Nrckss-tado , indigente, necessítOfO <*•»
constrrtngido, forçado, obrigado, urgido.
n«Cbssitar, constranger, obrigar, urgif.
NiiCio ou Ntscio, broma, demente, U\ú9»
igauiaate, parvo, iinipi«s, tolo.
NIM
KôT
1017
NiCTAR, aaibrosia — vinho, delicioso.
NÉDIO, liso, luzidio — gordo, rechonchu-
do.
NEFANDO OU Nefurio, abominável, detes-
tável, execrando — impio, pudendo, tor-
pe — infame, vil — indigno — malvado
— maldiclo.
NEGAÇA, anegsça, armadilha, isca — cha-
mariz, reclamo — engodo — estratage-
ma.
NEGAÇÃO, negameato, negativa, recusa-
çâo, repulsa.
REGAR, denegar, recusar, refuiar — con-
tradizer, desmentir.
«egar-sr. evitar, fugir.
NEGLIGENCIA, deleixo, desidia, ignavia,
Incúria, preguiça.
NEGLIGENTE, deleixado, indiligente, indo-
lente, inerte, preguiçoso — desapplicado,
descuidado — impedido.
«EGociAçÀo, agencia — negocio — com-
mercio, tracto.
necociado, despachado — provido.
NEGOCIADOR, dgeuts — medíador, me-
dianeiro.
nigociaNTE, commerciante, tractante.
Negociar, commerciar — cbatinar, tra-
ficar — comprar, trocar, vender — dili-
genciar, procurar.
NEGOCIO, * afere — commercio, trafego
■^ empresa, facção — batalha, condicto.
Nbgregado, desgraçado, infausto, moíi-
.flo. ^
HEGRiDÂo, negrura, prelidSo.
negro, fusco, preto — infausto — tris-
te — desgraçado — tenebroso.
NEOPHYTO ou Neophyla, prosélito.
NKOTKRico, moderno.
NEPTUNO, m^^.
NrQuiciA, atrocidade, maldade, per&dia,
perversidade.
NERVO, correia — força, vigor — firme-
za — píder.
NERVOSO ou Nervudo, forte, robusto, vi-
goroso.
NeutraLi imparcial, recto — indifferen-
te.
NrUTrO, neutral.
Nevado, encanecido, enregelado, frigido
frio, gelado, gélido, nevoso.
NEVE, caramelo, gelo — alvura, brancu-
ra.
NEVOEIRO, névoa — cerração, escurida-
de — cegueira*
NEVoso ou Nivoso, branco, niveo.
NEXO, vinculo, união — connexâo.
NIGROMANTE, míglCO, pilhOQJSO.
NiHiAM&NTE, demasiada, excessivo, sobc^ja-
mente.
NimsDADt , demasia , sobcjidáo , sobe-
jo.
YOL.ir.
. NiMio , demais . desmasiado, excessivo,
exuberante, sobajo.
NiNHAHiA, b.igatella,
NiNflo, palria, terra — habitaç&o, mora-
da, pousada.
Nitidez, limpeza, polidez.
Nítido, luzente, resplandecente — luzi-
dio — nitente — liso — limpo.
nitrido, riucho.
NiTRiDOR, rinchador, rinchante.
NITRIR, rinchar.
níveo, ebúrneo, cândido, lácteo — ne-
vado, gélido.
NÓ, laçada, laço — prisão, vinculo.
NOBRE, fidalgo, gentilhomem — (a<(/*)
claro, egrégio, eximio, generoso, Ínclito ,
insigne — illustre — preclaro.
NOBRECER, eunobrecer. nobilitar — or-
nar.
NOBREZA, fidalguia — honra — excel-
leocia — elevação — grandeza.
NOÇÃO, conhecimento, ideia, noticia.
NOCIVO, contrario , damnoso , doleterio,
malfazenle. noxio, pernecioso, prejudioiai.
NOCTILLZ, perilanpo, cajíalume.
NOCTURNO, nocifero, nociivago.
NODA ou Nodoay mancha, signal,
NOITE, escuridão, trevas — morte.
NOIVADO, boda, hymeneu.
NOIVO ou Noiva, desposado, desposada*
NOJO, damno, mal — agastamento, en-
fado — desgosto — engulho, náusea — as«
co — dó -T- sentimento.
NOJOSO ou Nojento, damnoso, enfadonho
— ascoso — nauseoso — sujo — torpe»
NOME, substantivo — epitheto — apelli-
do, denominação — assignatura, firma —
credito, fama, reputação.
NOMEAÇÃO, nomeadura, nomina — desi-
gnação, eleição, escolha.
isomkãDa, celebridade, fama, reputação»
NOMEADAMENTE, exprcssa, íudlvidual, par-
ticularmente.
NOMEADO, descripto, designado — apoa«
tado, eleito — afamado, celebrado.
NOMEAR, appell.dar, chamar, denominar
— designar, menoionar,
NOMINAL, imaginário.
NOBMA, direcção , regra — regimento»
regulamento — exemplo, modelo, lypo.
NORTE. Aquillo, lioreas — guia — pon-
te — director.
NOTA, defeito, falha, macula — infamiai
labeo — signal — annotaçào» cola, expli-
cação, glossa, observação — reflexão — re-
paro — censura.
NOTAR, advertir, observar, refleclir —
dictar — acotar, annotar — aceusar — cri-
ticar — allentar. olbar^ vôr.
NOTÁVEL ou Nntahu, censurável, repre-
hensivei -— considerável — discreto, inteti-
1018
KOV
dido — adfíiifavel, pasmDso — áegHsâáo,
estranho, peregrino — famoso, Ínclito, m-
signe.
NOTICIA, conhecimento, informação — no«
çâo — erudição, lettras — leitura — es-
pécies — nova.
«oifcuR, declarar, manifestar —infor-
mar — notificar.
NOTICIOSO, erudito, instruído, sábio.
NOTIFICAÇÃO, ciiaçSo, consignação, em*
prazamento.
NOTIFICAR, asíigaar , dttr — * avisar,
noticiar.
NOTO, austro, vento austral —(ôíf;'.) co-
nhecido, notório, sabido — pateatÁ, pu-
biioo — clâro, evidente, manifesto, visivel
— • commum, vulgar,
NOTÓRIO, manifesto, publico, sabido.
NOVA, alvitre, annuncio, aviso — noti-
cia, novidade.
^ NOVATO, leigo, noviço, principiante —
imperito — rude.
NOVEDio, abrolho, renovo, vergontea.
NOVEL, recruta — {adj\) bisonho, nova-
to, noviço, novo, principiante.
NovBLLA, conto, Tomance — fabula, pa-
tranha.
NovLHLEiRo OU Nonllista^ portanovas —
embusteiro-
NovKLLO, embrulhada, enredo.
NOVÊRO, nono.
NOVIÇO, novato, novel, principiante — bi-
sonho, rude — moderno — nâo professo
N0VIDAD8, alvitre, novâ —estranheza —
çafra, coibeiía.
NOVILHA, vitella.
NOVILHO, bezerro, vilelld, viluiô.
T!?ovo, mcâertlô, récenle — fresco, verde
— moço — alheio, bisonho, ignorante, no-
vel — [s.] fruclo — renovo.
Noxro, damnoso, nocivo.
NU, despido — desembainhado — des-
coberto, manifesto — carecido, falto — livre
— singelo.
NUBLAR, ennuviar — escurecer, toldai
NUBLOSO ou Nublado, annuviado — oôâ**
CO, sombrio, toldado.
NuDE/., desnudez, nudeza, nueza, nuidâ*
de — mizeria, ppnuria,
NUGAÇÃO, futilidade.
NUGATosio , despropositado , i^áículo •
vao. *
NULLíDADE, iUeplidsde , invalidade -•
impotente, ineíTicacidade.
NULLo, abolido, annullado, irrito — iaef-
ficaz, invalido ~ estéril, vão.
Nu^E, divindade — [pi] deuses.
nuheRar, contar — reputar.
NUMEEO, somma — copia, multidão,
quantidade — verso, rhyma.
NUMEROSO, abundante, copioso, quantio-
so — harmónico, melodioso, rhythmico.
NUNCA ou Nunqua, jamais.
NUPCUL, conjugal.
NÚPCIAS, casamento, desposorio, hym6«
neu, matrimonio, vedas.
NUiANTE, vacillante.
NUTAR, pender — vacillar.
NUTttiMSNTo, alimento, nutrição.
NuiRift, dimentar, cevar, sustentar —
crear.
NUTRITIVO, alimontoso, altriz, nutriticio.
NUVEM ou Nute, vapor — escuridade —
tristeza — copia, multidão,
Olt
o
OBCDSCER, ceder, submetter^se.
OBEoiBNCu, domioio. sujeição — rendi-
mento, submissão — vassallagem — resi-
gnação.
ofiboiENTE, resignado, submisso, sujei-
to.
OBELISCO, agulha, pyramide — obelo.
iBiCK, impedimento, obstáculo.
oBiTO, decesso, fdllecimeoto, morte.
OBJECÇÃO, contradicção, diíBculdade, du-
vida — refutação — replica, resposta.
OBJECTAR, refutar — replicar, retrucar —
contrariar — reprehender.
0BJ«CT0, ' Objeito , assumpto, matéria,
sujeito — alvo, ponto.
OBLAÇÃO, dom, (íl-irta, oíTrenda, sacrifício
OBLIQUO, esguelhado, inclinado, sinuoso,
tortuoso — indirecto,
OBRA, artrífacto, trabalho — edifício, fa-
brica — producção.
obrador, arliíice, obreiro — executor.
obragkm, obra, trabalho.
OBRAR, executar, fazer, praticar — (n.)
hav«r-se, porta r-se, proceder — evacuar.
OBREIRO, jornaleiro, trabalhador, artífice,
ciliciai — operário — auctor.
OBRIGAÇÃO, deter, necessidade — empe-
nho — ordem, preceito — bilhete, cedi-
la — família.
OBRIGAR, constranger, forçar, impellir,
■violentar — empenhar, hypoihe^^ar.
ciBSCENfDADE, deshou^sudade, iniecencia
— impudência, lascívia, sensualidade, tor-
peza.
OBSCENO, lascivo, libidinoso, sensual —
deshonesto, impudico — impuro, to'p»i.
OBSKQUiAR, cortejar — servir — lison-
jear.
OBSEQUIO, aíTabilidade —cortejo, corle-
zia — acatamenio — aitenção — favor, ser-
viço.
OBSEQUIOSO, officioso, serviçal — affectuo-
80.
OBSERTAçÃo , aaaotaçSio, nota ^ reparo
— observância.
OBSERVADOR, guardadof — especulador —
contemplador — indagador, investigador,
pesquizador.
OBSERVÂNCIA , cumprímento , execnç&o,
observação.
0B3BB.VAB, conter, encerrar, guardar —
notar — especular — espiar, explorar — pon-
derar, reflectir — reparar — praticar, usar
— cumprir.
OBSESSO, endemoninhado, energúmeno,
posstsso.
OBSTÁCULO ou ObstacVo, empecilho, em-
pbço, estorvo, impedimento, óbice — diíli-
culiade. embaraço — encontro, repugnân-
cia, resistência.
OBSTAR, embaraçar, empecer, estorvar,
impedir — difticultar — atalhar, tolher —
reluctar, resistir — repugnar.
OBSTINAÇÃO, birra, contumácia, pertiná-
cia, porfia, teima — dureza, tenacidade.
OBSTINADO, cabeçudo, pertinaz, teimoso,
tésto — tenaz.
OBSTRUIR, embaraçar, entupir, impedir,
OBiENÇÃo , conseguimento , impetração,
obtenimento.
OBTER, alcançar, conseguir, haver, im-
petrar.
OBTUNDiR, rebater.
OBTUSO, estúpido, grosseiro, rude, tosco
— confuso, escuro.
OBUMBaAR, annuviar, nublar, toldar —
assombrar, escurecer.
OBuz, moaeiro.
OBVIAR, anteparar, precaver, precautelar
— evitar, impedir, prevenir.
OBVIO, n.jtural, j-aiente.
ocCASiÃo, conjuucção, conjuctura, ense-
jo, occurrencia, opportunidade, quadra —
ansa, azo — cansa, moxivo.
occasionado, causado, motivado — aza-
do, disposto, opportuno.
255 *
1020
OFP
m
OCCaítonau, acflrrear, causar, mftttvar.
0CCA80, Ocoideate — desiruiçàg, ruina —
occii>8»TE, Oocaso, Poente,
OCCiDUO, Occidental.
occisAo, assassinato, assassínio.
occorrer, lembrar — offerecor-se — so-
bi\»ivir — cair — acudir — obviar, preve-
nii'.
occuLTAçÃo, encobrioieato, escondimen*
to.
occuLTAR, enoobrir, ©soonder — dissimu
Isr,
OCCULTO, secreto — eoaboscado, encober-
to, escondido — encerrado, recôndito — dis-
farçado— desconhecido, incógnito — íurti-
"fO — iro penetrável.
occuPAÇÀo, exercício — emprego, offi-
cio — trabalho — mister — negocio — es-
tudo.
occopAR, encher — epoderar-se, aenho-
r@er-89, lomsr ^ habitar — possuir — • em-
pregar — demore p,
occuRRBí^ciA , conjuncçSo, conjunotura,
occasiào,
0CCUR8AB, apresentar-se — oceof rer.
OG o, desoccupaçSo, inaçSo, ociosidade
«!-» folga ^ quietação — ferias — delei*
xo.
qciôSíDABi, inacçlo, oeio -» preguiça —
acídia, ioprcla - descanço, quietação, soce-
gfí '^ íie^ligençia.
ociQgo, vadio «- desoccupado — calacei-
ro, madraço, mandnào -^ ignavo -^ iner^
te,
oco ou Ouço, vSo, vasado, vasio.
ODA ou Ode, canto, hyjjuno, poema, lí-
rico,
ODIAR, aborrecer, desamar, detestar.
0010, aversão, dissidio, rancor — inimi-
lade — aborrecimento— malevolencia -— in-
cha.
ODIOSO, aborrecido — detestável — intole-
rável.
ODOR, aroma, cheiro, fragrância, perfu-
me, olor.
ODORÍFERO, aromático, cheiroso, fragran-
te, odoro, odoroso, recendente.
©FPEGANTE, anhelante, anelho, arquejante
offegar ou Affegar, bofar, soprar,
GFFE^DER,apg^avar, escandalisar — affron-
tar, injuriar, íusultar — calumniar, vitupe-
rar — deshonrar.
OFPENSA, injustiça, semrazSo — afronta,
aggravo, injuria, insulto — deshonra, vitu-
pério — culpa, peccado.
OFFERECER OU OlJWccer, apresentar, dar
— offtírtar —consagrar, dicar —expor, mos-
trar.
oFFERECiHBNTo, oíTorta — dadi\a, donati-
vo.
OFFERTAR, offerecop.
oFrici^L, ariiQce, obreiro — alferes, te-
nente, elo.
OFF ciNA, loja —forj^, fragoa.
OFFicta, arte mecbanica — cargo, min{««
terio — emprego, mister, occupação — de-
ver, obrigsçào — preces.
OFFicioso. benéfico — obsequioso, serrí-
çal — cortei, urbano.
OFFRENDA, oblaçSo, offerta.
OFFUSCAR, escurecer, obscurar, obum«»
brnr, toldar — eiconder — desluiir -» cegar,
deslumbrar.
OGRiitZA, entipathU.
oiA, palmeira.
OLEQ, azeite — influxo, YÍrt'ide — (pi.)
chrisma — ordens — extreroa-unçào.
OLFATo ou Olfacto, cheiro.
OLHADO, notado, observado, visto — (#.)
quebranto,
OLHADOR, observador, vigiador — guaida,
olheiro.
olhadura, golpe de vista, olhadela, olhar,
OLHâR, avistar, divisar, enxergar, esguar-
dar, lobrigar, mirar, ver — aiteular, consi»
derar — vigiar — advertir, notar, observar
— attender — respeitar - prever,
OLHEIRO, guarda, vigia, vigiador — esprei*
tador, espreiíeiro.
Olho, olhar, vista *« mira — botSo — brl«
ibo, lustre — perspicácia, Mgacidade — vl«
gUaincia — {pi) olbeiros,
OLIVA, azeitona «- oliveira.
cLiVAL, olivedo, oUveiral,
OLivBL, nível,
0! Ml), ulmeiro.
OLOR, cheiro.
OLOROSO, balsâmico, cheiroso-
OLVIDAR, deslembrar, esquecer,
OLVIDO, esquecimento.
OLYMPO, ceu, empyreo.
OMicio, bon3Í(!Ídio.
OMISSÃO, falta — negligencia — esqueci-
mento — descuido.
OMiTTiR, faltar — cílar — esquecer, olvi-
dar — deixar.
ouNiGENO, de toda casta, de todo géne-
ro.
oMNiMODO, de todos os modos, de toda
sorte.
OHNiPATENrE, aberto, claro, patente.
OMNIPOTENTE , Altissimo, Todo-Podero-
so,
okda, vaga — agua, corrente, lympha.
ONDE, no qual logar — em que — aon-
de.
ONDEAR, ondejar.
ONERAR, carrfgar.
ONEROSO, grave, molesto — pesado — pe-
noso, trabalhoso — incommodo.
' oNzCNAj interesso, usura — fruclo»
í
OPP
^GWÈ
102t
' OHEiTfiiRO. usurário,
ONIINO, undécimo.
OPA., manto r»*«l — c»pa.
OPACIDADE ou Opaeacidade, densíd&o, es-
pessura.
OPACO, nSo transparente — atro, caligino-
10, denso, escuro, sorab-io, tetro.
OPERA, drama — comedia, tragedia, etc.
OpERâÇio, proceder — insinuaçno, sug-
ll^st&o — effeilo, resultado — calculo.
opiRADOR ou Operante , obrante — [s )
empírico.
0P2RAR, obrar, trabalhar — cffeituar, exe«
eular — produzir — praclioar.
opiRARio, obreiro, trabalhador «-jorna-
leiro,
0PM08O| diligente, serviçal — vigilan-
te.
OPiFict, artífice.
OPiFicio, artificio,
OPiMO, rioo — abundante, fértil,
OPINAR, votar — avaliar, reputar,
OPXNiAo, dictame, juito, sentimento —
nome, r<»putaçâo — presumpçlo — estiraaçSo
•-parecer, pennadi, voto,
OPiíiiATico ou OpiniosOt presumpçoso ,
Vanglorioso — birrento, obstinado, teimoso
•— pontoso.
OPio, lograçao, peça, pj^ta,
OPiPARo, custoso -* lauto, magnifico, sum-
ptuoso — opolento, rico — abundante, co-
pioso.
OPP^LAÇÃo on OpihçãOt ohstrucçío.
oppiLAR ou Opiiar^ obstruir — embara-
çar, impedir,
oppoR, contrapor — resistir.
OPPOR-se, contrariar, encontrar, obstar
•- impugnar — atravessai-se.
OPPORTUNiDADE. conjunclura, ensejo, oc-
cas'ào — logar, tempo — commodidade ,
comraodo.
oppoRTUNO, accommodado, accommodo,
apto, commodo, próprio — favorável, pro-
picio.
opposiçÃo, impugnação — contradicção,
contrariedade — obstáculo — contraste, re-
sistência.
opposiTOR. oppoenle — competidor — ad-
versário, emulo.
opposTO, adverso — contrario, opposito
• — contradictorio — fronteiro — reverso.
oppREssÃo, afogo, suffocaçío — aggrava-
mento, gravame, vexame — violência — mi-
séria.
OPPRESSOB , destructor — perseguidor —
tyranno.
OPPRIHTDO, oppresso — compresso, com-
primido — carregado, onerado — atropella-
do — attribulado, molestado, vexado — for-
çado, violentado — cercado — preso — sur-
preso.
VOL nr.
oppiíVTR, aterrar, molestar, vexar — car-
regar.
oppftOBUTO. deshonra — vergonha — «f-
frontíi, injuria — ignominia — conturn»»lia,
vitupério — infâmia, vilipendio — impropé-
rio.
opPHOBRioso, deshonroso — vergonhoso —
ignominioso.
oppuGffAçÃo, attaque, combate — assalto,
investida.
0PPUG?íAD0R , corabatfinte — anomrafitte-
dor, assaltador — aggressor — sitiador,
oppuGNAR, atacar, combater — assaltar
— expugnar.
ÓPTIMO, boníssimo — maiimo, gupetla*
tivo.
OPULÊNCIA , esplendor , magnificenoia ,
8umptuosi'lade — riqueza, thesouros,
OPULENTAR, enriqu^cer.
OPULENTO, esplendido, magnifico, sum-
ptuoso — riquissimo.
OPÚSCULO, obrioha, tratadinho.
ORA, agora.
ORAçio, arenga, discurso — preoei, rO'
galiva, supplica.
ORÁCULO ou Orac'lo, revelaçàcf^— verda-
de — orago,
ORADOR, pregador — perorador ^-- auppli-
cadop,
ORAL, vooal.
ORAR, pedir, rogar, supplina? — pregar.
QRATi;, doudo, louoo, lunático.
08 B?, globo, mando, redond^a, univer»
so. ^
ORBicuLAR, circular — esphcrico, gUbo-
80, redondo — [v.n] gyrar,
ORÇA, bolina.
ORÇAMENTO, esmo, estimativa.
CRÇAii, bolinar — avaliar, esmar, julgar.
ORCHESTRA, concíjrto, musica, sympho-
nia.
oRco, morte — inferno.
ORDEM ou Ordôt arranjflmento, coUocaçSo
disposição — serie — meihodo, regra — es-
tylo, modo, theor — mnnlo, preceito —
commissào — classe — communidade.
ORDBSAçÃo, alvará, decreto — lei — esta-
tuto, regul^mpnio.
ORDENADO, * flcostameuto, salário, soMa-
da — [adj ) regular.
* ORDENAMENTO , disposição, mandado,
ordem.
ORDENANÇA, Ici, ordeoação — disposição,
ordem — eslylo — gosto.
OHDENAR, decretar — mandar — arranjar,
arrumar — dirigir, regular — dispor, traçar
— dar.
ORDEN^^R, mungir.
ORDINÁRIO, commum, frequente, usado —
mediano — (s ) ordinária.
ORELHA, ouvido.
Í50
1031
0S7
oBGAiíizAçÃo OU Organisa^o, estructU'
ra, ffl brica.
OKGAmz/ítí on Organisar, dispor, formar,
tecer.
ORGULHO , suberba , vaidade — entono,
presumpção, vangloria — brio, ufania.
OR&ULHoso, altivo, arrogante, suberbo,
ySo — insolente.
ORIENTE, Levante, Kascente.
orifício, buraquinho, poro.
ORIGEM ou Orige, começo, principio —
fonte, nascimento — causa, motivo — estir-
pe— etymologia.
ORIGINAL ou Or'ginal , autographo —
exemplar, modelo, prototypo — padrão —
[adj ) extravagante, ridículo, singular.
ORIGINÁRIO, descendente, procedente, vin-
do — oriundo — natural.
ORIGINAR- SE, Dascer, principiar, proce-
der, vir — emanar — resultar.
ORIUNDO, natural, originário.
ORLA, bainha, ourela — borda — extremi-
dade.
ORLAR, abainhar, debruar.
ORNADO, adereçado, adornado — pompo-
so.
ORNAMFNTAR, sdomar, arraiar, enfeitar,
ornar — paramentar.
ORNAMENTO, adomo, atavio, enfeite, or-
nato.
ORNAR, adereçar, enfeitar — aformosear,
alindar — paramentar.
ORNATO, adereços, adorno, atavio, enfei-
te, ornamento — cultura.
OHNjçAR ou Ornejar, zurrar.
ORVALHADA, ofv^lbo, TOciada.
orvalhoso, chuvoso.
obva'-HaR, regar — molhar — [n.) chu-
viscar.
ORVALHO, rocio — chuvisco — gottas.
* osco, embuçado, encapotado.
OSCULAR, beijar, beijocar.
OSCULO, beijo.
OSSADA, esqueleto, oisos — fragmentos,
relíquias — rumas — alicerces.
osíARiA, casa de pasto, estalajeco, lucan-
(?a.
osTrNTAçÃOj alardo — orgulho, vaidade,
vanjíloria — magniti<^enciav pouipa.
ostf.ntador, snberbo, vanglorioso.
OSTENTAR, alardear, assoalhar, mostrar,
* ostendí^r.
osTtNTATivA, osteutação.
OXi
osTEKToso, glorioso, m8gni^60, p^mpQ*
so.
ourar, hallucinar-se.
OURELA, ourelo — beira -^ borda -" oosta
— horinha.
OURIÇAR, arriçar, entesar, espetar.
ouRiJADo, hallucinado, vertiginoso.
cuRUAR, hallucinar, ourar.
ouRiNA ou Urina , mija, mijo — aguas,
OURINAROU Urinar, mijar, verter aguas»
ouamoL ou Urinol, bispote, penico,
OURO ou Oiro , moedas, peças, etc. — "
opulência, riqueza — naipe.
OUSADIA, afouteza, animo, audácia, auso,
corsjem, hardimanto, ousio — atrevimento,
contiança — arrojo — despfjo.
OUSADO, atrevido, confiado, temerário —
animoso, audaz, denodado, hardido — ar-
riscado — arremeçado, arrojado — destemi-'
do, impávido, intrépido — deliberado — va-
lente, valoroso — esforçado, forte — magnâ-
nimo.
* ousAMENTO OU * Ousança, hardimento,
ous^ídia, * ousão,
OUSAR, aba!ançar-se, at?reer-se — com-
melter, emprender, tentar.
ouiEitto, collo, culliua, montanhola —
cômoro, teso
outorgambnto ou Outorga, approvação
— permissão — concessão, consentimento
— doação, entrega.
OUTORGAR ou Otorgãv , coucedcr, con-
sentir, permittír — dar, entregar.
OUTRO, outrem — diverso, mudado.
outh'ora OU Outrora, antigamente, n'ou-
tro tempo.
ouiRosi, Oatrosimon Outro-si, também
— igualmente — além ííisso, de mais.
OUVIDO, orelha — attenfào — applicação
— escuta.
OUVINTE, auditor — discipulo.
ouviK, escutar — atteuder — admiltir — ■
intender, perceber — consentir.
OVAÇÃO, triumj>ho.
OVAL, ovado.
OVANTE, triumphador, triumphante, victo-
ríoso — desvanecido, gloriosa, jactancioso
— altivo, soberbo.
OVELHA, borrega — {pi.) diocesanos, pa-
rocbianos.
OXALÁ, praza, prouvera a Deus 1 — qiei-
ra Deus 1
ÍàD
til
\m
p
CABULO, pasto — alimento, comida, bu-
IrímeDio.
paCacidade, phlegma, repouso, tranquil-
lidade.
PACATO, pacifico, tranquillo — quieto, se-
renado, sereno, socegado — pacitícado, pla-
45ido, acalmado, brando — aoaansado, do-
mado, manso — apaziguado — dócil — hu-
mano — prudente.
PACnoLA, roadraceirão, madraço.
PACHONCHBTAS, asnidadcs, parvoíces, to-
lices.
PACHORRA , lentidão, yagar — phlegma,
preguiça.
PACHORRENTO, phlegmatico, socegado.
PACIÊNCIA, constância, firmeza — soííri-
mento, tolerância — resignação — repouso,
IPADquillidade.
PACIENTE, constante, firme — soffredor —
pacifico.
pACiFiC/içÃo, apaziguarão — reconciliação
*•- socego.
p4CiFiCAR, apaziguar, aplacar, socegar,
tranquillisar.
pacífco, socegado, tranquillo — manso,
quieto, brando — benévolo, elemento, hu-
mano — affabil.
paCigo, pastagem, pasto.
PaCionar-sk, apaixonar-se.
Pacote, truuia — balole, fardo — embru-
lho, meço.
PAÇO, casa real — palácio — corte.
Pacto, íjuite, concerto, convenção — tra-
tado — alliança, confederação, liga.
PADA, merendeiro, pàosinho.
padar, paladar — jíosto, sabor.
PADítCEDOR, paciente, soffredor.
PADECER, aturar, soffrer, supportar, to-
lerar — penar — comportar, consentir.
padrcimento, íofffimento — dôr, peno,
tormento — tolerância.
PADRÃO, lapida -- monumento — memo»
ria — modelo.
I pkxjiíÁtiQ, colUna, monte — edifloJo (^uê
(Subreleva, etc.) — estorvo, impedimento,
' obstáculo.
I Padre, * pae — cleiigo, frade — ecclesias-
tico, Sacerdote.
I PADRINHO, patrono, pretector — compa-
dre — paranympho.
PADROEIRO, defensor, protector.
PAGA ou Pagamento, jornsl, soldada, sol»
do — estipendio — galardão, premio, recom-
pensa.
pagaDO, contente, satisfeito — pago.
PAGANISMO, gentilidade, idolatria, poly*
theismo.
Pagão ou Pagano, gentio, idolatra, in-
fiel.
Pagar, embolsar, satisfazer — recompen-
sar — corresponder — castigar.
PaGella, tiaginasinha — parte.
PaGem, Pajé ou Page, criado, moço.^
Pagina, folha, lauda — empurração, im-
pertinência, imporlunidade.
PAGO, paga — recompensa, satisfação —
[adj.) vingado — assoldadado, estipendiado
— pagado— contente.
Pagod«, templo — ídolo.
Pai, Pae ou Pay , padre — progenitor
— auior, inventor — beuifeilor.
Painel, pintura, quadro, retábulo.
paiuar, bordejar, cruzar — capear — sof-
frer , suster — (a.) demorar , tempori-
sar.
PAÍS ou Paix clima, plaga, região, terra
— comarca, província, roino— pátria.
PAÍSAGEK ou foúaflfg, arvoredos, campos,
paizes, etc.
paizano ou Paizano, compatriota, con-
terrâneo — alricào, saloio — camponio,
grojíseiro, rústico.
PAIXÃO, atTeclo— desejo — amor — «ver*
390, ódio — agastameuio, col»Ta, í:a —
nezir — soíírioaeaio — empenho — {pi )
lastimas.
S5C «
i02l
Vit
n%
PALiciiNO Oii Palacege, aulico, cortezão,
* pa.ão ->- civil, discreto, urbmo.
palacío, altíaçar — corte, paQO — * coa-
reoto.
PALADAR, padar, palat9 — gosto, sa-
bor.
- PALADiM ou Paladino, aventureiro, ca-
valleiro andante — chibante, fanfarrão.
PALAFREM OU Pãlafren, faca, facanea.
PALAVKA, exprt^ssào, termo, vocábulo, voz
.— som — promessa, fó, lealdade.
PALAVRADA, dict 'xio — brdvata, fero.
PALAVREAR, bacharelar, pairar, tarame-
lear.
PALAVREiRO, loquaz, palavroso, verbo-
so.
PALAVRORio, bacharelice, lábia, loquaci-
dade, palanfrorio, p-osa.
PALESTRA, academia, gymnasio — con-
versa, conversação, praciica.
palha, colmo, restolho.
PALHAÇO, arlequim — bobo.
pallas, Minerva.
PALLEscER, descorar, empallidecer.
PALLiAÇÀo, disfarce, dissimulo.
palliar, corar, disfarçar, dessimular, en-
cobrir.
PALLiDKZ, amarellidão, descoramento, pal-
lor.
pALLiDo, amarellento, descorado — amor-
tecido — desmaiado, enfiado.
Pallor, pallidez.
PALMA, palmeira — triumpho, victoria
- ppeferencia, primazia.
"- palmar, palmeiral — (aíí;*.) grande, visí-
vel.
^ PALM^ATOaiA, ferula (planta) — castiçal —
castigo, punição.
pALMEinA, palma, ola.
* pALMEiao, peregrino.
Palmeta, espátula — cunha.
PALPAR, apalpar, tocar — experimentar,
tentar, tentear.
PALPÁVEL, manejavel — claro, distincto,
evidente, manifesto, sensível — íirme, so-
lido.
PALPITAÇÃO, agitação, pulsação — estre-
mecimento.
- palí'itar, bater, latejar.
Palmadob, f«ilador, tagarella.
fi PALRADUBA OU Pairaria, garrulice, loqua-
cidade, tagareliice.
, palrar, bacharelar, gtlrar, papaguear,
parolar, tagarell^r, taramellear.
PALREsRo ou PalfoniOf fallador, pairei-
IO.
PALUDAMEwro, chlamide, manto régio, opa
imperial.
fAUUDB. charco, lagoa.
PALUooso, apoulido, brejoso, encharca-
do, lodoso — estagnado*
PÂMPANO, parra.
PAMPILHO, aguilhada, aguilhão — garro*
cha.
pampineo, pampinoso.
PANCADA, batedura — golpe — lamba-
da — pique — remoque — toque — ca-
dencia — aguaí^eiro, chuveiro.
pança, bandulho, barriga, ventre, bo*
jo.
PaNçudo, barrigudo, bojudo.
Pando, bojudo, concavo, inchado.
PMN8GYRIC0 OU PauegyriSf elogio, enco-»
mio, louvor.
PApTEGYRiSTA, encomiador, gabador, lou*
vador.
PANELLA, marmita.
LANO ou Panno, estofo — pranchada —
lanço — brim. etc. — velas.
PANTAFAÇUDO, bochechudo.
PANTALÃo, bobo, bulão, caturra, gracio*
so, rediculo.
PANTALONAS, CalçaS.
PANTANAL OU Pantano, aguaçal, atoleU
ro, brejo, lamarão, paul, tremedal.
Pantanoso, apaulado, atoladiço, brejoso;
lodoso.
pÁo ou Pau. lenho, madeira — bastSo,
bengala, cajado — muleta — báculo — em*
barcação — [pi.) chavelhos, cornos.
PÃO, alimento, sustento — renda — h&«
rança, património.
papa , Santo Padre , Summo Pontífice |
etc.
PAPAGKNiE ou Papa^gente^ antropopha-
go.
papajantares ou Papa-jantareSf part*
sito.
Papalvo, atoleimado, néscio, piegas, sim-»
plorio, tolo.
papamosc*s ou Papa-moscas, boca aber*
ta, embjbbacado — tolo.
Papança, comida, papazana.
Papão, coco, papa meninos.
PAPAR, comer, manducar.
PAPEIRA, bócio,
papbl, escripto — obra — composição —•
bilhete, carta.
PAPELÃO, cartão — fátuo, presumido.
PAPELEIRA, bufete, escriptorio.
PAPO, bexiga, bolso — bucho, estomagO
— papeira.
PAQUBOOTa, paquete (embarcação).
PAR, casal —parelha — (««(/•) igual, pa*
recido, semelhante.
PaRa, * pêra — a fim.
paRabem, congratulação, felicitação, prol«
jfaça. '
j PARÁBOLA, 8ll«^goria, apologo.
paradoiico, allegorico.
PARADEiHO oa ParadouTO , alto, piradA
-fim, (ermo.
PAU
PAR
1025
PARABiGiíAt exemplar, modelo, protóti-
po.
PARADO, iramobil, suspeaso — detido —
atalhado, interrompido.
PARAFUSAR, atarrachar — cuidar — es-
pecular, indagar — meditai, ponderar.
pARAGÂo, comparação, semelhança.
PAR AG KM ou Paraje, altura — espaço —
lugar, sitio — estam-ia.
PARAGRAFO OU ParagraphOf articulo, ar-
tigo, papho — aphoíismo.
PARAÍSO, Éden — céo, empyreo — bem-
aventurança.
parallelo, correspondente, equidistan-
te, symetrico — (s.) comparação , contra-
posição.
PARALOGISMO, sophisma.
PABALviLHO OU PeralvUko, casquilho, pe-
ralta — bandalho — bargante.
PARAMENTAR, adomar, aparamentar, or-
nar.
paramo, chã, plaino — amadigo.
paranomasia, adnomioação.
paranympbar, apadrinhar — apoiar, de-
fender, proteger.
parantmpho, padrinho — patrono, pro-
tector.
Parab, suspender — cessar, descontinuar
— reduzir — tornar — reparar — * pa-
gar.
Parapckve. preparação.
Parasito, papajantares — adulador, li-
sonjeiro.
pabca, morte — destino, sorte.
parcamente, moderada, poupada, regra*
da, sobriamente.
parceíro, companheiro, sócio.
PaRCíl, cachopo, escolho, íarilhão.
Parchb, pannosinho, etc. — mancha,
nódoa, Sfllpico — trombeta.
Parcial, facrionario, partid sta. sectário,
seguidor, spquflz.
pahcialiuaue, b«ndo, facção, partido —
opinião - conjuração.
pamcimonia, moderação, regra, tempe-
rança — economia, pouparcento — frugA-
lidade, sobiiedade — abstinência, conti-
tiencift.
PAHCO, económico, poupado — frugal,
obrio — moderado — abstinente.
PABDEiRO ou Pardieiro, casa arruinada,
casebre, paredeiro.
pardo, leopardo — {adj ) fulo, trigueiro
— baço, moreno, mulato.
Pabkckr, cara, pbysionomía, semblante
i— talhe — aviso, concelho, voto — sen-
tença.
Parede, muralha, muro.
parrlha, copla, par — igualdade.
pABFníA, aliegoria, parábola ~ adagio,
provérbio.
tOL. ITé
PABRNB5E OU Pareuesis, admoestação, ex-
hortação,
pahrntr, agoado, cognado, consanguí-
neo, divedo.
PERitSTBLA, parentalha, parentes.
parbntrsco, consanguinidade — aíiioi-
dale. alliança — agoação, cognaçno — as-
cendência, sangue — connexào, relação,
simjlhança.
parebgon, additamento.
paridadk, conformidade, igualdade, si-
miihança, uniformidade.
PAiiiouRA, pa'to.
parir ou * Pairir, dar á luz — causar,
prodyzir.
Par LERDA, arenga, palanfrorío.
Parochia. bairro, fregunzia.
PabOLa, loquacidade, verbosidade.
Parolar ou Parolear, bacharelar, tapa-
milar.
* Paroleiro ou Parolador, fallador, lingua-
reiro, palavroso, patarata.
PARQUE, cerca, cercado, tapada — matta
— borque, espessura, floresta — vergel.
Pabra, vide.
PaRBado, pampino.ço.
Partasana, alabarda, chuço.
Pabte, pedaço, porção — divisão, parti-
da — quinhão — banda, lado — (peda-
les, excellencias, predicados, prendas, qua-
lidí»des — bando, facção, parcialidade, par-
tido.
Partição, destribuição. partilha, repar-
tição — communicaçào, conversação, con-
vivência
participantí ou Participe, partícipador,
quinoofiiro.
Participar, ter parte — interessar-se —
communicar.
part cular, pRfuliar, próprio — espe-
cial, esppciflco, singular — extraordioario
— occullo — excelieute — distinuto, se-
parado.
pahticulabtdvde, circumslancia — ac-
essório, incidente — familiaridade, inti*
midadtí
pARTicuLARiSAR OU Particularizaft cir-
cumsianciar, esmiuçar,' individuar.
PARTiruLARiSAH-sB OH P articula nzar-s6t
familianzar-se — disiioguir-se, extremar-
se.
particularmente, especial, principal, se-
cretnrnenttí.
PAP.TiDA, apartamento, ausência — aba-
lada, despedida — separação — parcella,
porçàíO — região.
Paiítidabio, partidista — brigão, espa-
díchim — faccioso, turbulento.
Partido, bando, facção, parcialiJadai
sequtíla — conjuração, conspiração — eX*
peuiei^te, melo — condição, tiatureza — •
Í67
#?4 ns
lei — paga >— premio ?-• interesse, vanta
gem.
PARTiDOR, destribuidop, repartidor — di-
visor.
Partilha, divisão, partição, repartição
— porç&o, quinhão.
Partir, partilhar, dividir — apartar, des-
pedir, separar — fender, sulcar — (n.jir-
se, sair — agastar se, destampar.
PARTia-sE, despedir-Sô — «partar-se, se-
parar-s8 — ausenta ^-se, relirar-se — snir
— camiahar — abster-se, refrear- se — dôj-
sistir.
partivbl, divisivel.
PARTO, paridura, parimento -^ produç-
çSo — invento — geravão, prole.
Pakvidauk , pequenhez, pouquidade —
parvoíce, tolice.
PARVO, estólido, néscio, tolo, tonto —
fítuo — pequeno.
^ PARYoíçADA ou Parvoicô, asneira, inép-
cia, necedade, sandice, tolice.
PARvoísuo, tolinho, tontiaho,
PRAVULEZ, puerilidade — rapaziada.
PASCER, passar — nutrir — (n.) apas-
centar se, sustentar-se.
PASciGO, pastaKem, pasto.
Pasmado, areado, assombrado, espantado
— esiupido. insensato - admirado, boqui^i-
berlo — atlooiío, maravilhado.
Pasmar, arear, assombrar , espantar —
maravilhar.
PASMO, admiração — assombro, espanto
— maravilha, prote.nto, prodígio.
Pasmoso, admirável, maravilhoso.
Pasquim, pasquinada, satj-ra.
Passada, pernada — passa — passa-
gem. '^
PASSADIÇO, corredor, galeria — mexeri-
queiro — [adj.) Iransiiorio.
Passado, acabado, pretérito — aatíguo
prisco, velho — varado — levado, trans-
portado — experto, matreiro — curado,
secco.
Passageiro, caminhante, viand.inte —
, Tiajeiro, viajor — hospede — (arfí.) cadu-
co, transitório.
PASSAGEM ou Paftsgge , passada, passo,
transito — lugar, texto — navegação —
desculpa — autoridade.
Passamento, agonia — ultimo susr>íro.
PASSANTE, alem, mais de...
Passapjí. cambadella, oambapó
PASSAR, mover-se — viver — entrar, in-
troduzir-se -- ler ~ cessar - acon tecer
eicder - converter-se . transporta. --se.
varar ~ levar, sopponar — haver - s.if.
Irer — promulgar — declinar, d íuii-
«•assar SE, if, pâtiir — sèCíjaf ée.
Paísauo, five.
M
Passatempo, divõrlímeato, ontretlmeato»
folgiied». recre.içâo, recreio.
pASs&iao, vagaroso.
pAssiGo, passadiço, passagem.
PASSO, passada — entrada, pjssagem —
boca, garganta — lugar , clausula (do li-
vro, ele )
pasta, carlapacio, carteira -—chapa, fo-
lha, lamina, pUca.
pastagem ou Pastage, pacigo, pastio, dm«
to. .
pastar, apascentar -~ (n.) pascer — p&i«
torear.
Pastel, empada, empanada.
Pasto, pabulo, pastura — alimento, COí»
mida, nutrição — leitura — contemplaçiOi
meditação.
pASiOR, armenteiro, ovelheiro, pegarei-
ro, zngai — bispo, cura, parocho.
PASTORA, serrana, zagaia.
Pasiohadouko, pacigo, pastagem , pii«
to.
prstoral, bucolijip» campesino, campes-
tre, pastoril.
PASTORAR ou Pastoreart apascentar. m|*
cer.
PATA, marreca — pó.
patacoada. patacas, ;patfliCÕ^ — ostdQ-
tação — patarata.
patao ou Patau, babota, parvo, tolo.
Patarata ou Pa íara tice, friol^ira, patra-
nha — mentira, nela, -r- falsidade.
pataratar ou Paiaratear, mentif, pM
tear. r
patarateiro, patarata ^r- mentiroso —
oslentador.
PATEADA, apupos, asauada, gritos, YOie-
ria.
PATBAR, apupar — assobiar — tripu-
diar.
PATENTE, carta regia — etc. — diploma
— (aí/y.) evidente, manifesto, sabido — dit
vnlgado, publico — claro, indubitável, no-
tório — desembaraçado, livre — abertójj
Patentear, manifestar, publicar.
PaTeo ou Pátio, área, átrio — plateaf
PaTebnal, paterno.
PaTeta, imbecil, tonto — basbaque, nes<»
cio, lolo.
pathetico, enérgico, expressivo, Tehât"
mente — affecluoso, tocante.
patíbulo, cruz — cadafalso — forca — ^
poste.
PATiFÃo ou Patife, maráu, maroto, pi-
caro, velhaco.
PATIFARIA, barganteria, desaforo, maro*
teira. picardia, velhacada.
paTíM, pateosmho.
Pati>bo. marrecoãinho ^ a»ttiaho, paN
"Fâínho, tolinho.
PATOLA, estólido, tididloi ioioi
PATRANHA, coDto, fabulft ^ montirí, pe-
ti,
patrío, padíl) — patrono — arfaeÉ,
mestre, piloto — dono, senhor — * pa-
droeiro.
PÁTRIA, berço, ninho, terra.
patrícia, compatriota, conterrâneo.
pATRio, nativo, natural.
PATROCINADOR, defensop, protector.
PATROCINAR, defender, proteger — apa-
drinhar.
patrocínio, amparo, auxilio, 'proteção
PATRONA, advogado, padroeira, protecto-
ra — cartuxeira.
PATRONEAR, bacharelar , pairar , papa-
guear.
PATRONO, advogado, protector.
PATRULHA, ronda.
pAui., brejo, charco, lenteiro, pântano,
tremed«l.
palperismo, pobrissimo.
pausa, desça dço, intermissâo, interrup-
ção, intervailo, suspensão.
PAUSADO, moderado — lento, vagaroso
PaUsar, descançar — parar, suspender.
PAUTA, caibalogo, index, lista, rol, ta-
boada — tarifa
pAVEZ. escudo, padez.
pavido, amedrontado, assustado, medro-
so, tfjmeíoso.
PAVILHÃO ou Pavelhão, barraca, tenda
— loldo — sobreceo — abobada — cor-
tinas.
PAVIMENTO, chão — soalho, sobrado, so-
lho — Itígtído.
PAVIO, matula, torcida — rolo.
PÁvo, peru.
pavanada, guapice, ostentação, pompa
— gabo.
Pavonear -SE, apavonar-se, empavonar-
»e, emproar-se, gloriar-se , vangloriar se,
ufanar se.
Pavor, medo, temor — espanto, horror,
terror.
pavoroso, formidável, terrifioo — terri-
Tél, tremendo espantoso, medonho —
horrendo, hórrido, horriíico, horrivel, hor-
roroso — pânico.
PAZ, con(;ordia, união — amizade —
quietação, sooi^go, tranquillidade — sereni-
dade — dtscani,o.
pí, plania — pata — passo — base —
pegada — posição, situação — sob-pó —
raiz.
peanha, base, pedestal — apoio, arri-
ma.
PEÃO ou Piáo, plt^beu — infante (solda-
do) — piorra, piíorra.
pear, trav«r — embaraçar, estorvar —
PEft
itf)
canhão — logração, logro, peta — traste
^— obra.
peccado, culpa— delicto, maldade — cri"^
me, iniquidade — erro — vicio. '^
PECCADOR, prevaricador, trans^fressor —
Ímpio, iniquo — criminoso, delinquente —
culpado, réo — vicioso
piccAR, delinquir — transgredir — er-
rar.
PECHA, balda, defeito, tacha.
PECHELIN6UE, cofsario, flibusteÍTO, ladrão,
pirata.
PECHoso, contrariador — caprichoso.
PECO, chocho, meigengro — imbecil, nés-
cio, pflrvo, tolo.
PEÇONHA, veneno — matéria, pus.
PEçoNimNTAR, enveneoar.
PEÇONHENTO , vencnoso — maldizente,
maíedico.
pECLÍNHA. pepilo — remoque.
PECULIAR, especial, particular, próprio.
PECULio, bens, dinheiro, ete. — notas .
PECUNiA, chelpa, chocalhinho, dinheiro.
PsCUNii^so, endinheirado, rico.
píídaço, parte, porção — fragmento —
fracção — motreco, naco.
píídagogo, aio, regenie — mestre — pre-
ceptor.
PEDANTARiA OU Pedauteria , pedantis-
mo
PEDANTE, pedagogo — mestre — charla-
tão
PEDiçÃo, pedimento, petição.
.ui
p»"n«r
castigar, punir.
piçA, bocado, paxití, pedaço, porção — ,
PEDIDO, contribuição, finta — rogativa
supplica.
pêdíuor, pedinchão — requerente, sol-
licilador — importuno — pedigonho.
PEDiLUvio, lavapés.
PBDiNCBÃo, pedidor, pedigonho, pedin-
tão.
pEDiNTARiA, mendicidade.
ptDiNTK, pedigolho, pedinchão — men-
digo, pobre.
PfDiH, deprecar, exorar, obsecrar, orar
— implorar, rogar, supplu^ar — demandar,
exigir, requerer — pedinchar — buscar,
ir- ler.
PiíDiTORio ou Petitório, rogo, supplica.
PíiDRA, calhau, seixo — lage — roca, ro-
cha, rochedo.
p CORADA, seichada — dicto picante, re-
moque.
PiíDígGO«:o, saxeo, seixoso.
PKD•^E RA. rocha, opoio. protrcção — in-
terc«'SSor, valedor — adherente, valia.
PKDREihO, alvineo.
prdrisCada, granizada.
PEDHisco. saraiva.
PEGA, braga — fí^lladeíra, palreira.
pegada, pizada, vesiigia — pisia, rasto
— ' encalço.
157^
1028
PEIf
nm
fisAM^ço m Pegajoso, glutlnoso, visco-
PO — ' COi>l«gÍ"S().
me^MAC"- r.'>lla, grude, massa — cáus-
tico, importuno.
Pkoameisto ou Pegadura, coltadura, gro-
dadura.
i'EGAH, collsr, griíH/ir — fitar, pôr —
cnnui.uiiicHr — 6<'g<irar — eslcrvar — (w.)
arreigar- se — morder.
rico, ahysmo, profundeza, voragem —
ooncavídí de — mar «lt«>, pélago.
picGiJiLBO. estorvo, obslacuío — causa,
motivo, pretPXln.
PEGULHAL ou Pegvlhar. armenlio, armen-
to, fslo, rebanho — ovnlheiro.
vííGUREiuo ou PecueirOf pastorinho, za-
galinho.
PEIDO, traque.
pKiTAH, sut)oroar — coimar, muictar.
PEiTEitto, subornador — plebeu — vil-
Uo.
PEITO, Sí^lo — corfiçSo, animo, valor —
inteadimfinto — alma, espirito —(pi.) ma-
mas, ponriaif, tetas.
paiTOGUEiaA, catarro, tosse.
PEi'^0RiL, muro, parapeito,
pEÍx^tA, pfscada,
PEJADA, gravida, prenhída, prenhe.
Piíjado, cheio, occupado — envergonha-
do — gr<ívido, prenhe — acanhado, enco-
Jhido — cobarde — ajoujado — embara-
çado.
PBJAMENTO, embaraço, estorvo, obstácu-
lo.
PEJAR, embaraçar, occupar — atravan-
car — (n.) concebsr, emprenhar.
pFjAR 8E, correr sb, euvergonhar-se —
acanhar-se, embaraçar-se.
pFjo, pudor -- rubor — modéstia —
vergonha — acanhamento, enleio — diíli-
cnlHade. erabarsço, estorvo, obstáculo —
repugnância.
pklago, mar alto, pego.
pELAME ou Pellame, curtume — coura-
ma.
PELEJA, batalha, briga, comb^t-^í, confli-
cto, prélio, pu^na, recontro, refrega.
PELEJADOR , batalhador , combatente ,
guerreiro, piignador.
j-ELEjAH, batalhar, brigar, combater, con-
tender, giieíf^ar, pugnar, renhir — incre-
par, reprehender — lidar.
pELLiTRAFO, andrajoso, esfarrapado, ro-
to.
PELLO ou Pelo, buço — vello — cotão,
penugem — felpa — corte, fio, gume.
PELLOSO ou Peloso f pelludo, velloso, vel- i
ludo.
pELLuciDO, transparente.
PELOTA, bala, péla.
?£KA, aíHicçãOf úÒT> pezar — tormesto
— amofinaçSo — trabalho — repugnau*
cia, rastign, punição, supplicio.
PENAL, pí^navel - punível
pfeNALiDADt, trabalho, pena — adversU
dftdtí — calam dade ~ aíll.cção, angustia,
dôr — tormento, tribulfl^âo — opprtrsHào
— sentimento — r^olesiia — mftg«)a —
lasiima - miséria — supplicio.
PENALIZAI» ou Penaliaar, aflbgir — ator-
mentar — angiHtiar — entresiecer — ma-
goar - molestar, oppPimir - — alribular— .
martjrisar, pers^Rnir.
Pf.NÀo, v(»la laiina.
pENAR, atormentar, penalizar, peneficap
— {n.) padecer, soíírer.
PENATES, deuses domésticos — casa, ba«
bitação, morada — família.
PENCA, nariz.
PENDÃO, bandeira, estandarte, guião.
* pKNiiENÇA, penitencia — castigo — tra-
balho — penden('ia.
PENDÊNCIA, briga, contenda.
PENOENTE, pendurado, suspenso — debru- ^
çado, inclinado — imrainente, propinquo.
PENDER , debruçar-se , dependurar-se ,
impender — depender — inclinar se — pro-
ceder.
PENDOR, declividade, declivio, inclina-
ção, obliquidade — consideração — peso —
calafetagcm — {pi) bandos — balanças, in* ,
certezas.
PKKDURAR, dependurar, suspender — íl-
clar.
piNFDO, roca, rocha, rochedo — calhau
— cachopo.
PENETRAÇÃO, comprchensBo — agudeza,
viveza — discernimea.o, perspicácia— inlel-
iigencia — • profundidade
PENETRADOR OU Penetrante^ penetrativo
— insinuante — inteliigeute — - perspicaz —
profundo.
PENETRAR, ootranhar-se, entrar — profun-
dar — abrir — alcançar, comprehender, in-
tender.
PENETRATIVO, penetrante.
PENHA, roca, roçado, rochedo — penedo,
penhasco — escolho
PENnoR, segurança — garantia — prova.
PENHORAR, embargar — endividar — obri-
gar.
PENITENCIA, compunção, contrição — aus-
tereza, maceração, mortificação.
PENITENTE, arrependido, contrito.
PENNA, pluma, * pruma — cocar, marti-
nete.
PENNADA, rasgo de penna — opinião, ra-
zão.
PENNiFERO, Pennigero ou Pennudo, em*
pennado, emplumado, plumoso.
PENNUGBi, penninhas — frouxel — buço
*-> cotão»
PEn
Hfi.
iO!9
prifOiO, nmnrgo — ppzuroso — custoso,
difficil — molHSlo, tr«b«lhoso.
pkNSADO. considerado, muditado.
PRNSAMSNTO, cogii«ç«o, ideia — iritendi-
wenlo — parecer, opiniào, — desenho, des-
ígnio, intento.
PRifSAO, tributo — grstificwçfio — tençji
— encnrgo — tarefa , trabalho, cccupa-
çlo.
PENSAR, considerar, modifar, reneclip —
Julgar, cogitar, cuidar, imaginar.
I íNSATivo. conlemplalivo, imaginativo —
duvidoso, perplexo, suspenso — absorto,
extático, cogitabuado, cuiuadoso, peososo,
revoso
PÊNSIL I erguido, levantado — f uspen-
so.
PENSO, tratamento, trato, eto. — pensa-
mento.
pENsoso, cuida-ioso, pensativo.
pSNTíAR, alfanar, anafar.
píSuRiA, falta, iniagoa ~ fome — indi-
gência.
p»OR ou Peior^ daterior.
PEORAMSNTo, pelofia — deteriora-lo.
PEORAR ou Peiorar^ aggravar, empeo-
rar.
FEQURNHez, ppqueniopzi.
PKQU8R0 ouPí//wcno, côlo, curto — bai-
xo i— fraco — medíocre, módico — [pi.) os
populares— meninos.
PEQUICE, estupidez, loucura, sandice^
PERALTA ou Paralta, casquilho, petime-
tre, tafuU
PERANTE, ante, diante, em presença.
PERCRBgR, alcançar, corapreiíender, inten-
der — receber — aperceber — ouvir,
PERCEPÇÃO, arrecadação, cobrança — con-
cepção, percebimento — ideia, noção, pen-
samento.
PERCEPTÍVEL, cobravel — intelligivel, pal-
pável, visível.
PERCHA, pàu, vara.
PKRCUSSO, ferido.
PERDA, d imno, detrimento, j^ctura, pre-
juízo — dtísirof.o, ruiua — assolação, es-
trago, ommissão, descaminho, desvio, extra-
vio.
PERDÃO, absolvição, remissão — indulgên-
cia, indulto — vénia.
PERDER, desencaminhar, extraviar — fal-
tar com. . , — desaproveitar — errar — gas-
tar — arruinar.
PERDIÇÃO, estrago, ruina — condemna-
ç&o.
PERDIDA, perda.
PERDIDO, perd diço — arruinado, estraga-
do — deshonrado, diíTamado — libertino,
licencioso — inútil, vão.
PERDiMENTo, perda — »:strago, ruina.
pfRDOÀDOR, bom, iadui^ente.
roí* iT.
PERDOAR, remitiir — desculpar, relevar — •
dissimular - poupar.
PERDULÁRIO, díssipadoF, estragador, pro«
digo.
PíRncRAVEL, duradourp, durável, eterno,
permanente, perpetuo, sempiterno — n.emo<
ravtd.
PERErEDEiRO OU PerecedouTO^ caduco, fra-»-
gil, mortal, perecivpl.
PBHKCRR, expirar, finar se, morrer — aca-
bar, fenecer — findar.
PEREGRINAÇÃO, Fumaria — jornada — via-
jem.
PEREGRiNADOR, viajante, viandante — pe-
regrino, romeiro.
PEHEGRiNAR, Viajar.
PEREGRINO, romeiro — viajante, vi?*jnr,
viandante — vagamundo — estranho, fo-
rasteiro— (arfj.) extraordinário, raro, sin-
gular.
PEREMPTÓRIO, decisivo, uUimo — cathe-
gorico — Perto,
PERENNAL OU Perenne, continuo, perma-
nente, perpetuo — iuexhaurivel, inexhaus'
to — assíduo.
PERKNniDADg, perpetuidade.
PERFAZEa ou Pnfazer , npf;rfeiçcar —
consummar — completar, encher.
pekfeicionado, aperffiiçoído.
PERFEIÇÃO , acabamenio , complemento,
enchimento — ■ excelleacia, primor — dili-
gencia — exacção.
PERFEiçoAR, aperfeiçoar.
pEBFsiro, completo, consumraado — in-
teiro — puro.
perfídia, aieivosia, traição — filsidade r-
desfealdade, infidelidade — apostaria.
PÉRFIDO, aleivoso, doloso, fraudulento,
infido, insidioso — deskaí, traidor — infiel,
perjuro.
PERFiL ou Profil, delinesçSo — aspecto,
representação.
péhfílhar, adoptar, receber.
PErtFOKAR, furar.
pshfumar, defumar — aromatisar, embal-
samar.
PghFU.MK, aroma.
PERGUNTA, int" r-ogação — inquirição —
questão — interrogatório.
pehguntar, informar se, inquirir — in-
terrogar, questionar — desejar — reque-
rer.
PERÍCIA, dolrina. erudição, saber, scien-
cia - capacidade, destreza, habilidade.
PERiFBHio ou Periferia^ circufufeienf.ia.
PERIGO ou P'rigo, risco — fortuna, ven-
tura — embaraço, inconveni^-nte.
PERIGOSO ou PWigoso, arriscado — gra-*
ve.
pERiLAMpo, luzeluze, ourineu, vsgala-
me.
2u8
1030
VU
vm
plífítf DO, grau, ponto, temo - circulo,
cíf^uíto — clausula.
PERíQu TO. papagainho.
pr-RiTO, douto, instruído, sábio, versado
— hábil — defctpo.
PERJURAR, abjurar.
PERJURO, perjúrio — [adj.) desleal, infiel
-^ doloso, falsa rio, pérfido.
PERLA, pérola.
PERLONGA , delonga, demora, deteoçiio,
dilação.
pERMAisECER, continusr, perseverar, per-
sistir — aturar, durar — conservar- se, exis-
tir.
PERMANÊNCIA, immobilidade, firmeza, per-
severança.
PERMANENTE OU Permatiecente, estável,
firme, fiio - conátanie, invariável — durá-
vel — immutavel.
PERMiAR ou Permeiar, mediar.
pEHMíssÃo ou Perrnisso^ consentimento,
facuHade, licença.
PERMisTA, misturada.
PERMiTTiR, concede/ — consentir, soffrer,
tolftrnr — dissimular.
PERBUDAR OU Permutar^ cambiar, tro-
car.
PERMUTA ou Permutação^ cambio, tro-
ca.
P3RNA, jarrete — ramificação.
pebMcioso, mau — funesto - damnoso
— ruinoso — moriifero — detestável.
pKRNiL, persuntinho.
PERNÓSTICO, fallador, tagarella.
* PERo, mas, por tanto, posto qu'3.
PERO, maçã, pomo.
PEROL/t, marfjariía.
PERPASSAR, ir andando, ir de passagem,
passai.
perpendicuiab, vertical.
PERPENoicuLO, plumo OU prumo,
pehPrtrar, commetier, fazer.
prrpetuar, continuar, manter — eterni-
zar, perpetuisar.
PERPETuiDAOE. eternidade, perpetuação.
PRHPETUO, estável — durável, perdurável
— continuo, eterno — perenne — assíduo.
PERPL' xiDADE, hesitação, indeterminação,
irresolução — ftmbignidade, duvida, incer-
teza — embaraço, enleio, enredo.
PERPLEXO, aifllhftdo, confuso, embaraça-
do, enletado — cuidadoso ~ duvidoso, ín-
deiiso, irresoliitó — f[uc»uante, hesitante.
PERRA, cadella.
pERRARiA ou Perrice, malícia — obstina-
ção, teima.
PEBAo, cão, mastim, molosso, rafeiro —
{adj.) bírrento, o*bsiinado, té^to — deses-
perado.
x^KRscRUTADOR, cscrutador, indagador, in-
vestigador.
vtnstGviçlo ou * PerseruçãOf tormento,
tribulação — oppressão, vexação — tyrantfiã
-— ímportunidade.
pai^SKGuiR, «calçar, acoçar, dar alcarvce
— atormentar, molestar, vexar — importu-
nar.
PERSEVERADO, alurado, continuado, con-
tinuo
PERSEVERANÇA, constancia, firmeza— por-
menenoia, persistência.
PERSEVERANTE, constante, firme — está-
vel, invariável — impaciente.
PERSEVERAR, contiuuar — aturar, perma-
necer, persistir.
PERSiNAR-sE OU Persiguar-se , benzer-
se.
PERSISTÊNCIA, cotitinuação — estabilidade»'
firmeza, permanência.
PERSISTENTE, duravel, permanente, per-
severante.
PEBSisTiR , continuar — a'urar, existir,
p írseverar.
PERSONAGEM OU Pcrsonoge, fidalgo, no-
bre, etc. — homem, pessoa — imitação,
papel.
PERSPICÁCIA, agudeza— penetração •— dis-
cernimenlo, sagacidade — subtiltza.
PERSPICAZ, agudo, penetrante — experto,
íntflligente.
PEHSPicuíoADE, trausparencía — clareza,
nitidez.
FERSPicuo, transparente — claro.
paRsuADiR, acoustíihar — exhortar — in-
duzir, suadir — instigar.
píHSUAsÀo, inducijão , induzimento —
crença, opinião.
pehtknça, accessorio, appendix, parte.
PERTENcsiSiE, dependeot« — annexo —
apto, halíil — próprio.
PKRTENCER, ser a. . . convir, tocar — re-
ferir se, respeitar.
PEHTiGA, varapau — vara.
PERTINÁCIA, contumácia, obslinaçã), por-
fia, teima, tenacidade.
PERTINAZ ou Pertinace, contumaz, obsti-
nado, opiniático, teimoso — emperrado, en-
cabrunhado, ferrenho — revelão.
PERTINENTE, adequado, apropositado.
PERTO, chegado, juulo — contíguo, vísi-
oho - quasí.
PERTURBAÇÃO, alleração — agitação, in-
quietação — confusão, desordem — discór-
dia, dissensão — revolta, turbulência.
PERTURBADOR, faccíoso, sedicioso — intri-
gante.
PKRTURBAR, aUerar, confundir, disturbar
- atarantar — inquietar, embara<}ar— im-
pedir.
PERU ou Perum^ pavo — [adj ) presumi-
do.
PKaVERsiDA^», deprava<;ão — desordem
libertinagem — injustiça — maldade — ini-
quidade, perfídia — vicio.
pRRVKnso, corrompido, depravado — mal-
doso, móu — maligno — dissoluto, liber-
tino— malvado, pérfido, scelerato — yícío-
so.
pBRviRTiR, alterar — corromper, dam-
Bar, depravar — desencaminhar.
PFRViGiL, acordado, vigilante.
pKRvio, aberto, patente.
pksadklo, dandão, ephialta, incubo — op-
pressão, suffocaçíío — aborrimento, tédio.
PESADO, rijo, teso — carregado — gordo
— corpulento — oíTensivo — enfadonho —
triste — examinada, ponderado — onero-
so.
pESADUMBRi , Pesadume ou Pezadume ,
moléstia, pezar.
PKSARQuPezar, dôr, lastima, magoa, pe-
na, sentimento, tristeia — arrependimento,
contrição — (». a) equilibrar — exami-
nar, ponderar — considerar — avaliar, esti-
Biar.
PESAROSO OU PexarosOt aíllicto — sentido,
triste > arrependido
PEscoçÂo, pescovado.
PEscoCEinA, cachaço.
pescoço, carviz, collo, garganta, gssae-
te. '
PISO, carga, fardo — autoridade, força —
considnração, importância — encargo, ónus.
pgspEGAR, assentar, chimpar, dar.
PE€Qi}|ZA, busca, indagação, inquirição,
investigação — especulação — diligencia rr-
selií^itaçâo — negociação.
pcsQuiZADOR , indagador , investigador ,
observador.
PRSQuiZAR, esquadrinhar, investigar — in-
dflgar, informsr-se, inquirir — buscar, pro-
curar — especular.
PÉSSIMO, detfstavel, malissimo.
PissoA, creatura, individuo — persona-
gem — alguom.
' pibtb, contagio, epidemia, pestilência •—
corrupção, infecção — fedor.
pasTiPERO, pestilent3.
ptsTJLiRCiA, peste. ]>estencia.
pESTiLíNCiAL, contagioso, peslifero, pe»-
ti'ente, tabido.
pKTA, logração, peça — mentira.
pKTiçÃo, pedição. pedimento — requeri-
mento — rogo, supplica.
puTiMíTUí, penha, laful.
PETISCAR, ferir — bater, tocar — debicar,
provar.
pgio, pisco.
pF.TRKCnAR. municionar — vitualhar.
PETRKcaos, munido?»-— utensílios.
PiTRiNA, cinto, citiiura — peito
PiTt;LAN<Ui, atrevimento, desaforo, des-
pejo, desvergonhamenio, insolência.
m
mi
mtulaNtí, immodwlo — deiaYe'gonha«
do, descarado — arrogante, atrevido, inio^
lente _ d-isaforado.
phalangR. bAtnIh&o, esqu&df&o, eto.
pharktrar, sellpar.
PHARMACRUTico, boticarlo.
PQARMACOPEA, rcceltuario.
PHARO, pharol.
PHENis ou. Phenixt ave fabulosa — ílor —
paridade — pérola.
PH>LAuciA, amor próprio, egoismo.
pnYsico, corpóreo, natural — («.) me^i*
CO.
PHYsiOGNOMiA, feições — ar — • similhaat
ça.
PIACULÁR, expiatório.
piACULO, crime, dehcto —maldade — peo-»
cado.
Picado, estimulado — alterado (mar).
PiCADURA, picada, picadela.
piCawte, pungente — mordaz , satyri*»
CO.
piíAr, aguilhoar, espicaçar, sovinar —
iuspirftf, mover — estimular, incitar — cor-
tar T— lardear — censurar— saiyrisar — irri*
lar — otíendftr.
PICARDIA, baíxesa, vileza.
PiCABRSCO, burlesco, chulo, ridicnlo.
piCARO, bargante, maroto, patife — bai*
xo, vil — burlesco, ridículo.
PIÇARRA, cascalho.
picnoso, desdenhoso — cabeçudo — ra*
bujento — caprichoso — minucioso -^ pQQ-
toso.
PICO, picanço— cume, summidade — pon-
ta— bom gesto — graça, sal.
piKDADs, compaixão, dó -^ misericórdia
— commiseração, lastima.
Piedoso, misericordioso, pio — compade-
cido, compassivo — elemento, enternecido»
terno — desbaratado, maltratado — lastimo-
so — miserável — benigno — justo, lecto —
sancto, religioso-
piKRiDES ou lieiraSf Camenas, Musas.
PíFio, baixo, vil.
pigmeo ou PygmeUf anão, enano.
puar, moer, pizar — {s.)columna, pilas-
tra — apoio, esteio.
Pildar» abalar, fugir, safar-se.
PILHA, acervo, cumulo, montão, mon-
te.
pilhagcm ou Tilhage , pilhéria , roubo»
saque — depredação.
piLHANCARA, pelhauca, perigalho.
pilbante, ladrão, salteador — roubador,
saqueador — gatuno.
piLUAR, roubar, saquear — gatunar, sur-
ripiar.
piluíria, graça, pico — dicterio — chu-
fa — bngaiella
HLHsfiiA, pilhagem, roubo, saque.
Í5S ^
103)
HX
roE
PILOTO, Talínuro — arrais, nauta — coi-
ductor, giiia.
pinacolo. Pináculo ou Pinacro , fcorií-
cbtío, grinaja — elevação, fastígio — ci-
mo, cume, summidade — auge.
píncaro, cimo, cume, ponta.
PINGA, golta, gottioha.
piNGAF, gotieap, gollejar, lagrimar.
piKGO, goUa, pinga — nódoa.
PINGUE, gordo, grosso — abnadante, fér-
til, rico — fecundo — fructifero.
' Pi«H0, pinheiro — baixel, navio.
riNTALEGRETE , casquilho , peralta, ta-
ful.
FiNTAB, colorir — figurar, representar —
descrever, traçar — matizar — bordar, la-
vrar — [n.) madurecer,
piNTUBA, figura, imagem — painel, qua-
dro, retábulo ^— arrebique — descripção.
PIO, caridoso, compassivo, piedoso — de-
YOeionario, devoto, religioso.
PIPAROTE, talitro.
' pipiiAR ou Vipitar, piar.
pjQUE, lança— biiga — desgosto, desa-
bntueuto — desavença, discórdia, dísseii-
são.
PIRA ou Pyra, fogueira.
piRftMiDE, Fyramide ou Pyramef agu-
lha, obelisco.
pibata, corsário, ladrão, pechelingue.
PiR-\TAGEM ou Pirataria, piraiica, rapi-
na, roubo — concussão, extorsão.
piraTaR ou Piratear^ roubar, saquear.
PIRES, pralioho.
PIRILAMPO ou Pyrilampo, cagalume, no-
c!i uz, vagalume
PIRRAÇA, acinte — chasco — peça,
PISA, esiala, maçada, sova, tunda.
PISADA, pégadíí — rasto, vesiigio — en-
calço — {pi ) exemplo
PISADURA ou íHsadela, contusão — tri-
lha d ura.
PISAR ou Vizar, calcar, trilhar — con-
tundir — moer.
PISCINA, pia, tanque.
PISTA, rasto — piogada.
pitança, ordinária, ração — mesada, pen-
são.
pithoniso, nigromante.
" PCIORRA, pião.
PLACii>o, bonançoso, caltno, manso, pa-
ciQco, qaieio, sereno, socegado, tranquil-
lu
PLAGA, clima, paiz, região, terra.
PLANAMENTE, chã , clara , singelamen-
te.
PLANETAS, «s(ro^, estrellas. etc.
plankza ou VUnice, campo chã, nava,
plaino. plano, plaouia.
PLANO, superfície — plaioò, plaaiciô ~-
aibiiru, parecer, projecto— plaum — día-
pOiição, ordem — delineamento, desenho,
risco — («<(;•) chato, raso.
PLANTA, arbusto, ele. — sola — dese-
nho, risco, traça.
PLANTAR, pôr — assestar — assentar —
fundar — estabelecer — introduzir.
PLANURA, chã, plaino, planície, plano.
plâSIvel ou Vlausibil, louvável — cri-
vei, probavel, verosímil — conviniente.
PLAUSTRO, carro, carroça, coche.
PLEBE, gentalha, vulgacho, vulgo.
PLEBEO ou plebeu, mechanico — popu««
lar — baixo, humilde, ínfimo — ignóbil
— abjecto , infame , vil — vulgar, rústi-
co.
PLEGARUS, preces, rogativas, supplicas*
PLEiTANTK, demaudão, demandisia, liti-
gante.
PLEiTAR, litigar.
PLEITO, demanda, Htigio,
PLENÁRIO, inteiro, pleno.
PLENILÚNIO, lua cheia.
PLENITUDE, complemento, enchimento—*
perfeição.
PLENO, cheio, completo, inteiro, plenas
rio.
PLRURA, membrana, túnica.
plbyadas. sete estrello.
PLICA, dobra, dobradura.
flicado, dobrado.
PLUMA, ppnna — pennacho.
PLUMBuo, plumbario — azulado, livido,
FLUUoso, emplumado, plumeo, plumife-
ro.
PLURALIDADE, multídão, pluriílcação -^
maio ia>
piiv^AL, chuvoso.
PN^UMA, espiriro.
PO. poeira, polme.
poBhR, mendigo, pedinte — [adj ) coí»
tado, desgraçado, inftíbz, mizeravei — af*
flicto — triste — despecuniado — famo«
CO.
POBREZA, indigência, mendiguei, pena*
ria — inopii, n^-cessidade, nudez.
PODER OU Purfer, força, vigor — autori*
dade. domínio, império, jurisdicçâo, pos-
sanca, poiesiade, senhorio — credito —
muUidão — [pi ) estados, potencias — SO*
bera nos — potentados.
POD<tR'0. autoridade, império, poder.
podkrOso, forte, vigoroso — possante —
potente — rico — eíficaz — soberano, im*
perioso — armi potente.
PODICE, assento, pousadt^iro, trazeiro.
PODRE, apodncido, «poirentiido, corru*
pto, podridu, tábio — {pi.) baldas, defeitos.
PODRIDÃO, polre — carcoma — corrtt*
pção, putretacçào.
pOKiRA, pó — desordem — areia — bái*
ieza» humildada»
\
POM
roR
1033
FOFMA, epopeííi, ode, etc.
POiíNTK, Ocridente.
PORSU, melro, \ersiQcação — enlhusias-
mo, estro.
POKTA, cantor, vate — Tersificador.
POETAR, poetizar.
poktica, poesia.
F0ETiz\R, poetar — trovar.
POIS, porque, visto qiift.
POJAR ou / oiar^ ^ desembarcar — pôr —
sair.
POLDRA, égua (nova).
POLDRO, cavallinho, potro.
POLE*, moitão. roldana.
POLEGAR. Pollegar ou Polgar^ poUex,
pollice (dedo).
POLICIA, administração, governo — aceio,
limpeza — fartura — sef?urança — cultura,
polidez, urbanidade — adorno — polimento
civilidade, cortezia.
POLICIAR, civiliáar, polir.
POLIDEZ, civilidade, cortezia, urbanida-
de.
POLIDO ou Pwíiáo, polimento — {adj]
brunido — civilisado •— cortez, urbano —
limado, atilado, culto — galante.
POLinuRA ouPo/ímen(o, brunidura, lus-
tro — cultura policia.
POLIR ouPuiir, alizar, brunir — aperfei-
çiar, limar — aprimorar — ornar — ci?ili-
tar.
POLITICA, governo — dissimulo— prudên-
cia--'policia.
p.LiTico, estadista — (cí?y.) civil, urbano
— dissimulado, fingido.
POLLuçÂo, profanaç&o, contaminaçlo —
desbonra, labeo.
POLLuiR, inquinar, macular, manchar —
sujar — contaminar, inficionar — profa-
nar.
POLLUTO, immundo, maculado, mancha-
do — profanado — contaminado.
POLMÂo, inchaço, tumor.
POLME, sedimento — lia« pe.
PÓLO, ceu — Olympo — eixo.
poLTHÂo, cobarde, fraco, maricas — iner-
te, pussillanime.
POLTRONKBiA, cobardia — medo, timidez
•^ pussillanimidade.
POLVILHAR, apolvilhar, empoar.
POLVILHOS, pós.
POLVOROSO, poeiroso, pulvereo, pulveru-
lento.
POMA, esphera, globo — [pi.] mamas, pei-
tos, tetas.
pomab, Lorta, vergel.
pOMiFERO. pomigero.
POMO, maçã, pero — fructo.
POMPA, app^rflto, estado, fausto — luzi-
mento — grandeza, magnificência -- esplen-
dor — sumptuosidade.
YOLt If.
POMPOSO, appa^atoso. esplendido, luzido,
magnifico — emphatico.
poNCRLLA ou Pucella , donzella , vir-
gem.
poNDRBAçÃo, attenção, consideração, me-
ditação, reflexão.
PONDKRAR, examinar, pesar — conside-
rar, reflectir.
PONDEROSO, grave, importante, ppsado.
PONTA, bico — extremidade — cume, pi-
co — {pi ) cornos.
FONTADo, alinhavado — disposto.
PORTÃO, escora, espeque — barcaça —
ponte.
PONTARIA, alvo, mira.
pontífice, papa — arcebispo, bispo, pa-
triarcha — pustor, prelado.
PONTO, alvo, mira — assumpto, sujeito —
parte, questão — estado — occasião — fi-B,
termo - calculo, conjectura, estimação —
[pi.) malhas.
pontoso, brioso — caprichoso, extrava-
gante.
PONTUAL ou Punctual , attento, cuida-
doso, exacto, regular, vigilante.
PONTUALIDADE, attouçâo, cuidado — vigi*
lanciíi — exactidão.
PONTUDO, bicudo — áspero.
PONTURA ou Punctwa, picada.
POPULAR, commum, publico, vulgar —
mecânico, plebeu — baixo, rasteiro.
POPULOSO, habitado, povoado.
PÔR ou * Poer, collocar — apostar — de-
por — depositar -- dispor, plantar — impor
— fazer — fingir, imaginar, suppôr.
POR-SE, resolvor-se — occupar-se — ex-
por-se.
PORCARIA, immundicia, poiquidade, su-
jidade — grosseris — baiíeaa, vileza.
PoBCARiço, porqueiro.
PORÇÃO, bocado, pedaço -* parle — pitan-
ça, ração.
PORCO, chacim, cor.hino — javali — (acÇ.)
immundo, soez, sórdido, sujo.
POR FM ou Porém, mas — * por isso —
pelo que.
poRpiA ou Perfia, afinco, teima — contu-
mácia, pertinácia — instancia — oontea-
da.
PORFIADO, contumaz, obstinado, pervicax,
teimoso.
poB FIADOR, obstinado» opiniático, teimo-
so, testo.
PORFIAR, altercar, disputar — aporfiar,
insistir, teimnr.
poRFioso , obstinado, tésto — altercador
— aturado, Continuado.
pobPoem, gibão.
PORQUE oa Porquê, * ca. pof quanto»
para qmí— pnr qual causa?
POBQuBiR(», porcariço.
Sd9
103i
ros
FRÀ
pOPCKJii>iBH OU- Púrquidão, immufttii^fe,
porcan.s, sijjídade.
. P0fiQ'jiNai>, bacoFÍoko, leUão, marram-
to.
POKTA, abertura, entrada, passagem —
caminho — principio, commuiiicaçâo, tra-
to.
PORTADOR, messageiro — mariola.
portakovas ou Porta-^íiovas, novelkipo,
novfcllista.
portaR, aportar, surgir.
poaTAR-58, conduzir-se, haver-se, proce-
der ^ viver.
PORTE, carreto — frete — consideração»
importância, momento — coceporlameato,
proceder.
PORTEIRO, guarda portão — pregoeiro.
poRTfiLLA, portal.
PORTENTO, maravilha, raridade.
PORTENTOSO, fmaraviihoso,. raro — moHS-
truoso ~ assombraníe.
PÓRTICO, portada, portal, portão — peri-
ptero, perislylo.
PORTO, bahia, enseada, escala, surgidou-
ro — abertura, entrada, passo — asyio, re-
fugio — portagem.
" PORTUGAL, iusitania..
PORVIR ou Por-vir, futuro. ,
PÓS, após.
POSIÇÃO, disposição, situação — postura
— these.
P0SIÍ.GA, chiqueiro^ pftrsigal.
POSITIVO, certo — eífeciivo — constan-
te, solido.
POSPOSTO, postres^ sobremesa.
POSPOR, prt^ferir — desprezar, postergar.
PossAKÇA, força, poder — possa.
POSSANTE, podei*oso, potente — forte, ro-
busto, vigoroso — abastado, rico.
POSSE, gozo, logro, possessão — poder,
prepotência — {pi.} bens, haveres, riquezas
— faculdades, nieioS;
POssKsso, endeaiGiiinhado, energnmeno,
possiBiL-DADB , cnramodídade , facilida-
de.
possível ou Vcssibil, fácil, pr/ilicavel.
POSSUIDOR, possessor, proprietário, se-
nhor.
POSSUIR, ocóupar — gozar — ter — go-
vernar — coiihecer.
POSTA, pedaço — correio.
postak, collocar, pôr — * apostar — *
adubar, coicpor — " fabricar — * repa-
rar.
posTR, hombreira (da porta),
PuST ESGAR, desprezar — pospor.
posTicRiDADi!. filhos, notos — dfíscenden"^
tes, viadouios — fuíuro, porvir.
PDSTáHioH, seguinte, subseque ote — [pi)
pcatíífidade, vindouroâ.
posriLLà, esaoíío, nota ^ adiu iffiefllo.
POSTO, emprego, log.>r — citrgo, oflítsto,
predicamento — sitio — terreno — alvo,
mirsí, ponto — {adj ) collocado,
posTREiRo, derradeiro, ultimo.
postrrs, dessert, sobremesa*
POSTULADO, axioma.
postulaNoia, exigência.
POSTURA, attitude, g«ito, postura, situa-
ção — cores (no rosto).
poTAOKM ou Píií«fe, bebida — molho.
POTENCIA, auioridadtíi, mando, poder —
actividade força — - oapucida^* — viftudô
iaieadimento, vontade— oreação — {pi)
soberanos — estados.
potkntado, imperador, priaeipe^ tú —
monarcha, soberano.
P0TENT8, poderoso, pujante,
poiESTADB, força, poder.
POTRO, poldro.
POUCO, exiguidade, mediocridade, moài-
cidade.
POUPADO ou Poupadort económico, for-
reta, poupão.
POUPAR, economisar, forrar — evitar.
POUQUIDADE, bagatella — po'.ico.
POUSADA, casa, domicilio , habitação —
morada, residência — estalagem — pou-
sa, pousada.
pousADBiRO, ca, nádegas, trazeiro.
POUSADO, pausado, vagaroso — aposen-^
tado.
pousALOusA, borboleta.
POUSAR ou Poisar, descançar, repousaf:
— pernoitar.
POUSO ou Poiso, descanço — poleiro — ^
ancoradouro.
POVO, gente, nação — gentalha.
POVOADO, povoação — [adj.) basto, per*
rado, ftícbado.
POVOADOR, colono, habitante, Íncola, mo-
rador.
POVOAR, estabelecer-se, habitar — cres-^i
cer, multiplicar
POYAL ou Poial, assento, poyo.
PRAÇA, castello, fortaleza — lugdr, sitio
— emprego, ministério.
PBADO, nlmargeal, campina.
PRAGA, imprecação — calamidade, casti-
go.
praguejador, deslinguado, maldizente,
maledico, praguento, síityrico..
PRAGUEJAR, amaldiçoar, maldizer — sa-
tyrisar.
paA'A, aba, beira, margem.
pranteadeira cu Pranteadora , carpi-
deira, choradeira.
PRANTEADO, carpido,, chorado.
PíiANTEADãR, ^chorador, lameutador.
pRAfíifeAa, chorar — s^iluçar — d-'plo-
ffir, Iara nar.
prasto, choradeira, choro, lagriínas —
w
TRE
gemidos, soluços, suspiros — lucto, triste-
za.
" PKASHAR, arguir, iacrepar, reprehen-
der.
PHASM8, approvaçSo, * aprasmo, bene-
plácito, consentimeDto.
PRATA, argento.
PRATICA ou Practica, conversa, conver-
sação, palestra — arenga, discufáO, falU
— habito, uso — exercicío, praxe — ex-
hortação.
pRATicADOR ou Procticador, conversador
— palreiro.
PRATICANTE OU Pracíícanítf, aprendiz ,
PRATICAR OU Pactricar ^ convprsar —
tractar — fazer, obrar — exercitar, pra-
xear, usar.
PRATICO 011 Practico , cursado, experi-
mentado, veisado, usado.
' PB ATO, guisado — comida, sustento —
vienda.
PBAviDADE, iniquidade, malda de, perver-
sidade.
PKAxi ou Praxi , exercício , practica ,
uso.
PBA2BRTE4R, aduUr, lisonjcar — grace^
PRAZENTEIRO, wceto. gr«cioso, jocoso —
alpfrre, jovial — festival, festivo — folião,
galhofeiro — affabil.
* PBAZENTEo ou P azeuteto, lisonja.
PHAZKR, ílelpiíe, gosto — diveruropnto,
festa, regozijo — alngria, contentamento,
jubilo, ledico — {v. n.) agi-adar, aprszer.
PKAzo, limite, lermo.
PREA ou Preia, presa — despojo, esbu-
lho.
PREAMBULO, exórdio, prefacio, prologo —
principio.
pRiAR, pprezar — piratear, roubar, sa-
que» r, captivar.
* PRECAÇÃO, prece, rogativa — acquisi-
ção, colheita.
frecalçar, ganhar, lucrar.
pRECAi.ço, benesse, emolumento, g^ges,
ganho, lucro, proveito, utilidade.
PRECATADO, acíiutelftdo. prevenido.
phrcaTar, avisar, prev«'íiir.
PBRCaTAR SK. PCiUt^-lar-SH.
peecato «iU Preenvçno , acaut^^lamento ,
cautela - r.irc.urr..spe( çko prud^n-in.
PBiCAVB*. ot>vinr, p»*catar, preoautelar.
p^EoKDR^ClA, ant^cerit^ncia, anielação, aa-
terioridade, procedimí^nto
rHF.CKDF^^TE. anlecedntte, anterior.
PHt-CíDíM, «diaiiiar se. antecnd^r — avan-
tPJT se prevalecer — antev^riír.
PHfcCKiTO OU * P recepto, mandado, man
drtitento, ordem — documento, regra —
dogma — d».ctfin<. in?l-unção.
ritiCKPTOR OU FrfCfiWrj aio — mestre.
FBS
1C35
preces, rogativas, rogos, suppUcas.
PRíciNCTO, cingido.
paKciNTA, atadura, faixa.
pREciNfo, circuito, recinto.
pRBciOSADADB. custo, riquezR — rarida-
de.
PRECIOSO, custoso, magnifico, rico, — ra-
ro, singu'ar.
precipício, alcantil, barranco, despenha-
deiro, quebrada — decadência, declinação
— roina — perigo, risco.
PR8CEP1TAÇÂ0, ací^eleração — açodamen-
to , pressa — imprudência , inconsidera-
ção.
pfiECEPiTADO, arrojado , despenhado —
(adj.) accelerado, arrebatado, assomado —
inconsiderado — cego, impetuoso — im-
prudente, incauto, insano — furioso — bra-
vo.
PRECIPITAS, arrojír, despenhar, lançar
— acc^lerap, apressar.
PREctPiTáR-sK, daspenhar-se — perder-
S3 — arrebôtar-ss.
paECPiTE, precipitado -» accelerado, ar-
rebatado.
pREcipiToso, alcantilado, penhascoso ^-^
inconsiderado.
PAECiRADo, preciso, urgente—- constran-
gido. nece.«!siiado, obrigado.
paEGisAMiíNTE, absoluta, exacta, justamen-
te
PRECISÃO, constrangimento — necessida-
dd, obrigição — iodigenina — abstracção.
PftEcisAR, constranger, forçar, obrigar —
[n ) carecer, necessitar.
PRFCiso, forçoso, necessário — certo, de-
t^írroioado, limitado — abstracto — conci-
so, suei neto.
PRF.ciTO ou Vrescito, condemnado, reprq-
bro.
PRECLARO, illustre, nobre — grande, cer
lebre, nomeado — bello, formoso — emi-
nente — insigne.
PREÇO, custo — valia, valor — credito,
estima, importância — premio — conta —
aprt^ço — p^tita — merecimento.
paf conisaoor ou Vreconizador, apregoa-
dor. pregoeiro.
PRECONiS^R on Preconisíir, elogiar, gj-
hflr, l'>uvap - pub'ii'.;^r
* PHPCTO, litigio, pleito, preito.
PKKDKCfcS.íiOR, antecessor.
PHítDiCAOo , attribiito — parte , pren-
da.
PREniCAME^Ti, cath«goria —classe, gra-
duarão. ^lrÁl^ crediio. estima.
PR ui ÇÃO, iirf.jf.nosiifiaçao, prognostico,
pri'pt"iecia. vaticinio.
p/ RDiLECçÃo, preferencia — aceitação —
amizade.
PMEUio* fazendA, h°rd«de — campo»
IQ36
rRE
Hl
VRíDizRR. adivinhar prognosticar, pro|he-^
lluft vaticinar.
rRE00MiN4R, provalâcer — superar, ven-
cer.
FREnoMiNio, aíoendente, autoridade, su-
pari'»fida({t) — força, puder,
PRiEMtNgNCiA, prerogativa, primazia, 6U-
pf;riorid«de, vantagem,
pRKFMiiSBNTE, sublime, superior — ex
cc)l*?nte.
raERNCUER, satisfazer.
pRíFAÇÀo ou Vrefacio, antiloquio, exór-
dio, preaoíbulo. proemio, prologo — en-
traJa, prinopíO.
PREFBRENCiA , flntelaçBo , anteposiçlo ,
rnsiofi», predilecção, primiiia, vantajem.
p-.EFEiiiR, avantajir, antepor — escolher
vttKFixo, adiado, determinado, fixo, prés-
cripio. regulado.
phega, dobra, ruga, vinco.
phÉGação, sormão.
prégauo», orador — missionário.
pH^GAR, orar — moralizar — admoes-
tar, rcprebender — prego»r.
RREGAR, cravar, fitar — * pedir, ro^ar.
POFGO, cravo — íVuucho ou frunculo.
Pi^íGOAR, apregoar — louvar, preconi-
sar.
PBE6QEIR0, aprpguador— alardeador, as-
soai h« dor.
PHEGUtçA ou Vriguiça, desídia, ignavia
«- desmazelo, frouxidão, negligencia — pa-
chorra — tardeza.
PREGUIÇOSO ou Priguiçoso. lento, tardio,
vagaroHo desroazel ado, negligente — frou-
xo, remisso — ioertH, ociuso.
PREJUDICAR, damnar, detriorar.
pftBjUDiciAL, (lamuoso, nocivo, pernicio-
so.
prejuízo, preocupação — damno, detri-
mento.
pbelaçXo, prftfnrencia, primazia.
PRELADO, arcebispo, bispo , patriarcha ,
etc.
PRELIMINAR, preparatório, prévio.
PRELíO, baialua, combate , pelrja , pu-
gna.
PRELO, imprensa.
PRELUDIO, anteluquio, prologo — come-
ço, ensaio.
* PREMA, constrangimento, oppressão, ve-
xação.
*PRBKAR, constranger, opprimir, vexar
— espremer, premer.
PREMATURO, aut cipado — lampo, tempo-
Ião.
PREMIAR, galardoar, recompensar — pren- J
dar. '
PREMIO, paga, satisfação — galardão, gra-
tificação, recompensa, remuneração.
pREaUKiR, aciuíelar, prcc^^-ur.
rjiiNUi, donativo — penhor «« parte|
predicado -«- habilidade,
PREfíOAR, doar, do ar — premiar.
PHENDER, * aprisoar, encarrerar <— ata?,
ligar — encade.ar — ♦ apanhar, tomar-»
(n.) coalhar — aieisr-ge — arraigar-se,
PKEMHDA, gravida, pejada, prenhe,
PRENHE, gravida, pejada — cheia.
PRENHEZ, emprenhidào, gravidez, prenhi-
dão.
paE?«8A, imprensa, prelo — impressão.
PRENuisciAÇío, predicção, vaiicinio.
PRíNUKciAR, adivinhar, predizer, prophe*
tizar, vaticinar.
rRENUNci3. annuncío, prognostico.
pREOCcuPiÇÂo, prevenção.
Preoccupar, aniicipar, prevenir.
PREPARAÇÃO, Preparamento ou Preparo,
apparelho, appresto. aviamento.
PREPARAR, apparelhar, ipromptar — adu-
bar.
PREPASAR-SE. appBrelhar-so, aviar se —
dispor-se — ensaiar se.
PREPARATIVO, appar«to, apparelho, apres-
to, preparo.
Preparatório, preliminar.
PREFOiNDERAR, prevsleccr.
PRspÔR, antepor, preferir.
pREposiTO, ministro prelado.
pREPosTERO, aveíso. contrario.
prírogaTíva. excelloncia. maiorit, pri-
mazia, £U[>eiiori-lsde, vautsgem — foro, im-
muntdade, privilegio
PPESA ou Prexa, despojo — tomada, to-
madia — represa — garra.
pR&s»GiAR, antever, conjecturar.
pRESAGio, augúrio. pr(»gQostico, vatici*
nio — annuncio, conjectura,
PRESAGo, fatídico
PRESBYiERO, sacerdote.
PHESciTO , condemna Jo, damnado, ré-
probo.
PRESCREVER, mandar, ordenar — limitar
— designar, indicar.
pRESCRiFÇÃo, preceito.
pREsCRipro, mandado, ordenado — limi-
tado deierminalo, estabelecido.
PRESENÇA, cara, semblante — talhe — as-
sistência - - existência.
PrtESEKCiAR, assistir ~ observar, vêr.
PRKSENTANEO, eííicaz, promplo.
pRF.SENTE. assistente — actual r— existen-
te — favorável, propicio - (« ) dadiva, mi-
mo, oíferta.
piiESENTEMERTE, aclualmento , agora —
hoje.
PttESENTIDO, cauto.
PRESENTiMENTO, conjecturfl, suspeita.
pREsENTia ou Pre sentir, autever, con-
jeciurar — agourar, prognosticar — soa *
dar.
m
PRtSBPi OU Presépio, catorio — eslre-
taria. • «lala — viveiro (de f^ras).
mMgftVAi, assegurar, deíender, guar-
dar, livrar.
PRESIDIO, guurniçio -* praça — ajuda,
ftoxilio, S0''-corro.
FRESO, alado, ligado — algemado, enca-
deiado — en'"'arcerado — clausurado.
pkessa, acceleraç&n, açodamento, afoga-
dilho — celeridade, ligeireza, velocidade —
cxpediçSo, diligencia — actividade, viveza
— aíTfonla, aperto -- perigo — trabalho —
apenà) — barafunda, fulafula.
PHKSso, apertado, conciso.
PRESSUROSO, acceierado, apressado, dili-
gente, prompto. rápido, veloz.
PRKSTAÇào, empréstimo — contribuição.
PRESiADio, cíUcioso, preslioioso, servi-
çal,
prestàmento ou Prestança , préstimo,
.utilidade.
pRESTAKCiA, txcoUeacia — melhoria, van-
tagem.
PRESTANTE, excellente.
presTar, dar — emprestar — (n.) apre-
▼eitar — utilizar,
* preste, — presbítero, sacerdote.
p&ESTís, apparelbado, disposto, prepa-
rado, prompto — (atij.) ágil. léalo.
PHESIEZ*., cele.idade, ligeireza, veloci
dade — actividade , aglidedo , alacridade,
pressa.
prestígio, engano, fallacia, illusSo.
^ PRÉSTIMO, utilidade — prestança — capa-
oidade. mérito.
piiSSTO, breve, cedo, depressa, logo —
[adj ) r«pido, veloz.
PRKSUMiuo , conjecturado , supposto —
[adj ) desvanecido, presumpçoso, presum-
ptuoso, vdidoso.
pussuMia, conjecturar, suppôr — descon-
fiar, suspeitar.
puEsuMPçÃo on Presunção^ orgulho, phi-
laucia, soberba, vaidide.
p&EsuMpçoso ou Vresumptuoso, orgulho-
so, presumido, vaidoso.
PKE3L'pposTo, presupposição — conjectura
.— desígnio, proposiio, resolução — con-
selho.
PRETENDENTE, candidato.
PRETENDER OU Pcrítí/ttier, requerer, sol-
lioiíar — ioleniar — pretextar — requestar.
PHETEíiDiijo ou VrelensOj requerido, re-
questado — reputado.
PRETEhiK, oiuiltir — excluir, rejeitar.
PRETEBiTO, passado.
pretekinatukal, sobrenatural — maravi-
Ihpso, milagroso — monstruoso.
pretexto, côr, paUiativo, pretento, sub •
tíiríugio — capa, causa, motivo.
PRETiDÃo, negridào, nogrura. .
TOi. l^.
ni
mi
PRETIHHO, npgrinho. psisinho,
pR»To. n«gPo — oschorro.
pR«ToR, governador,
PREVALECER, superar — predoffiioaf,
pRBVA.li' c AR , trair — corromper, aubor*
nar.
pâEVENçXi , anlicipaçSo — preconceito,
preoccupaçào — obslmaçào — confiança —
satisfaç?io.
paíiVEMDo , atalhado, precavido — pre-
parando, provido - [adj.) acautelando, eaulo
~ previsto, prudente, sagaz ~ preoccupa-
do — seguro.
par.vEMR, atalhar, baldar, frustar — (n.)
anticipar se.
pRtvENiR SE, apparelhar SI, dispôr-se,
prt?parar-s9.
par.vsB, adivinhar, antever, presenlir,
pRRviDsNciA ou VrevisãOf anticipação ,
caut-lla, prevenção.
PREYio, adiantado, antecedente, anterior,
anticipado , prematuro , primeiro — preli-
minar,
pRLviSTO, acautelado, cauto —antevisto
— prudente.
"^ paEz, preço, valor.
PREZiDoa, avaliador, estimaior.
prezaR, apreciar, estimar — honrar.
PHí-ZAR-Si, gabar-se, jactar-se.
rniM.iiRío, principal.
PHiMvziA ou Vrimacia, prioridade — ex-
celloDcia, primado, superioridade,
p.iiaEiRo. anterior, preexisten.e — origi-
nal — primevo, primitivo — principal.
PRimcEiRo, mais antigo.
PRmiTivo. púmevo.
PhiMo, exceilenle, perfeito, primoroso —
primário, primeiro, primevo.
PRIMOR, belleza, excelleíicia, perfniçâo —
habilidade — generosidade — obra prima.
PRiMOiíDiAL, originário, primitivo.
pfiiMf.KUio, cortieço, principio
PRIMOR so , apurado , • esmerado , per-
feito.
PâixciPAL, primário — essencial, indis-
pensável — cabidoal, re^l
paiiNciPALMKisTE, sobrstudo — maior, par-
ticular, primariaraeote.
paiNcipE ou Vrincepe, monarchia, rei —
potentado — primeiro, principal.
PRiNCipiAKiií, apiendiz, noviço.
PtiiNCiíMAR, comf'çar, encetar.
PtiiNcirio, começo, enlrada, inicio — in-
tróito , primórdio — nascimento — causa ,
origem — agente.
PHiottiDADE, anterioridade, precedência,
preexistência — preeminência , prt ferencia.
PíiisÀo ou Irúão, cadeia, calabouço,
carrero, ergástulo, limoeiro, masmoTa —
aljube — laço — oorrcuie» forros — embara-
ço, enleio,
1038
PKO
pho
paisco, antigo, antiquado, príslino, ve-
tusto.
PíUSiONiR, aprisionar — captivar.
PftisiOMKiRO, captivo - preso-
^«'STíNO, antigo — primeiro.
Crivada, coraoiua, Jatrina, secreta.
^aivADO, particular, secreto — [s ) vali lo.
Riv^.^çA., confiança, intimidade — vaii-
menia.
PíiiVAR, despf^jar — defraudar — negar,
recusar — prohibir, tolher — íiustrar — (n.)
vaIcT.
PRIVATIVO, exclusivo.
PRIVILEGIO, exempção — excellencia, pre-
rjOg«tiva.
P\o lucro, proveito — [adv ) em favor.
P-HOv, intento, mira.
PROBIDAOE. bondade — brio — equidade,
integridade, inteireza, justiça, rectidão.
phoblematico, duvidoso, incerto — con-
troverso.
p«0B0, bom, virtuoso — inteiro, recto.
PttocEDER, continuar, proseguir — nascer,
origiaar-se , provir — causar-se, resultar,
vir — descender — haver -se, portar-se —
(s.) procedimento.
Procedido, causado, motivado, originado
— morigerfldo.
procedimento , comportamento , proce-
der.
procella, borrasca, tempestade, tempo-
ral, tormenta.
PRocsLLOSo, bravio, tempestuoso, tormen-
toso.
PROCRRIDADE, sllura.
pRoCEKO, alto, corpulento.
pRocpss*a, instruir — julgar.
pKOCEsso, encadeamento, serie — pro-
gresso — autos.
PROCLAMAÇÃO, acclamação — bando, pre
gào.
PROCLAMAR, apregoar — acclamar — pro-
mi)l;4ar.
paoco, «mante — pretendente — magna-
te - pincipe.
PAOCESSAR, engendrar, gerar — causar,
produz r.
PHocuRA, busca, cata, exame ^ pes-
qijiza.
PKOíTR^Do, buscado — diligenciado —
soliii-it>do
PROCURAR, buscar, catar — acquirir —
npgnciar.
PR"f)i'íAD0R, largii^ador, liberal — dis
sipador.
PK< dig^lidadr , largiipza , profusão —
abimd^tica — despprdici ».
PhODiGAR ou Prodigalizar, largu^ar —
di«sip«r. pstraíjar.
PHOD CIO, milíg e — raTavilhj», aon
ftfiAvMUadtt - iii/iVi prima»
PRODIGIOSO, extraordioariQ, mayRvUhosO|
milagroso, protentoso,
FR0D'6o, despardiçador, dissipador, gas»
tador ™ generoso, largo, liberal.
pflODiroR, traidor, tredo,
pAODiToRio, aleivoso, atraiçoado. ;
pRODUCçÂo, geração — procreação — ef«
feito — producto — escripto, obra.
PRODUCTtvo, producente — lucroso.
P..ODUCT0, renda — resulta, resultado—*
reddito — [adj.) gerado, produzido.
PRODUZI H, engendrar, gerar — apresen*
tar, mostrar — render.
PROEMio, antelogio, antekquio, exórdio,
primórdio — começo, principio.
paoRZA, façanha, feito — animo, coração^
esforço, valor.
PROFANAç-vo, impiedade, irreverência, sa-
crilégio — abiíso.
PROFANAR, abusar — [desbonrar, violar
— contaminar, manchar, poliuir — deterio-
rar.
PROFANO, Ímpio, irreverente — não sagra-
do.
PROFERIR, articular, dizer, pronunciar.
PROFESSAR, ensinar — practiear — prometi*
ter.
PROFESSOR, lente, mestre.
PR. Ficuo» proveitoso, utd.
PROFISSÃO, espado, mister, oííicio — de-
claração.
PHCFLiGADO, debellado, derrotado, des?
baratftdo, destruído.
PROFLiGAR, derrotar, desbaratar, rom-
per. '
PRÓFUGO, fugitivo — desterrado, exilíado
— «rírraiite. vagabunlo, »
PROFUNDAR ou Pfofundear, afundar —
imlftgflr. penetrar.
PrtOFUNurzA ou Profundidade, ílIurA,
fundo, fundura — peuetraçáo, sagacida-
de.
PROFUNDO, fundíssimo — (?''ande, vasto
— ab-struso - humilde — (s.) mar — Aver-
no — inferno.
PRCFusÃo, excesso, sobfjidào — eiorbi-
fancia, superfluidade.
PROFi'so, la^go, liberal, pródigo —abas-
tado, citpioso, farto.
PKOGfiniK, filhos, prole — casta, geração
- ftscendencifl, <iescend«nicia —estirpe, pro-
genitores, prosápia - farrnlia.
piioGENuoR ou ^rimogenitor, ascenden-
te - p,n — avô.
P)u.GKK.<sÃo. continuação, sprle.
PKOíihífSsa, aíliftntaait^nio, crn inuição —
allurn - me horamt^nto - íugmnnto
rKOHiBiçÃo, impedimento, itihbiç^o, ie-
terdicçào.
PKOHiB R, defender, veiar — proserrais
prevenir.
VVíOl
PRÓ
1039
PBOJàrtTsR d«^i«©«r, ideisr.
pRojrcTíf, desiípHo — empresa, traça —
coiTimeiUmí-nto, pfeteuçSo.
PHOL, lucro, proveito, utilidade — {pi.)
precaiçcs.
, PROLAÇÃO, pronuDcia, pronunciação.
PROLE, descendência, filhos, gera^ào, ra-
ça.
* PROLFAÇA, embora, parabém.
pROLipiCAR, gerar, procrear.
, pholixidadb, extensão. lloDgura — diffusÃo.
PROLIXO ou ?orluxo, comprido, dilatado,
extenso, longo — fastidioso, tedioso — im-
pertinente — odioso.
prologo, anteloquio, prefação, prefacio
— preambulo.
PROLONGAçÃo, alougamento, continuação,
prorogação — demora, dil«ç?«o.
prolorgado, dilatado, diuturno, extenso,
longo.
prolongar, alargar, dilatar, espaçar, es-
tender — temporisar — retardar.
FROMESSA, promeltimento — TOto — obri-
gação.
. raoMniRR, assegurar— indicar — presa-
giar.
PROMETTER-SE, csperar.
PKosiscui», confuso, misturado.
PROMISSÃO, promessa, promeltimento.
PROMOÇÃO, nomeação — elevação, exalta-
ção.
paoMoTKR. adiantar — elevar, exaltar.
pROMninÃo, actividade, diligencia, pres-
teza — fííciiidade — aiknçào.
pROMPTo ou Pron-ío, iCí:eler«do, veloz —
activo, vivo — focii — expedito — corrente
— lépido.
paoMPTUARio, resumo, summa.
^PROMULGAR, divulgar, publicar.
PRO^o. inclinado, propenso.
/pRoisosTiCAR ou Vrognostico ^ augurar,
predizt^r, conjticturar — adviobar.
pROwosTico ou írognostico , annuncio,
predicçao. presagio, progaosiicação, valici-
nip ~ adjvinhação.
PRONUNCIAR, articular, dij^pr, enunciar,
proferir — ordenar, regular.
píWJpiGAÇÃrt, multiplicação — augmento,
progre>so - extensão.
pífopAGAR, augmentar — multiplicar —
ampliar, dilatar, estender.
PBOPAGEM, mergulliia.
phOPRNDER, inclinar, pender.
pROPKNíÂo, inclinação, pendor, tendência
— iníole..
pRÓPíNSO, disposto, inclinailo.
PiíOPiisciA ou Vrofecia, prediçV»» reve-
Iflçao - pognostico. v.-ílicinio — conjectura,
pfos ^nlimonto — 8divinh8ç?ír».
pROPtisiA ou Pro/eítt, adivinho, traspU
Cê, anguf — vala,
r pROPsaiAR cu Trofelizar , annunciar,
p edizcr, prognosticar, vaticinar. *|.
PROPHKTico OU ?rofetico, augurante, fa*
tidico.
PROPICIO, bom -—clemente, indulgente —
amigo — fácil — prospero — benelico, beni-
gno.
PROPii^QuinADB , proximidade, yisinban-
ça.
PKOPiwQuo, chegado, pervinco, próximo,
visinho — imminenie.
PROPOR, representar — declarar, expor
— apontar — tencionar.
PROPORÇÃO, analogia, congruência, simi-
Ihrtnça — conformidade, igualdade — ido-
neidade.
PROPORCIONADO, competeute. congruente,
côngruo, idóneo, justo, propicio, respecti-
vo.
poRpORCioiTAR^ , accommodar , ajustar ,
igualar.
PROPOSIÇÃO, allegação, asserção, these —
proj»ícto — ' problema, questão, theorema —
promessa.
PROPÓSITO, deliberação, resolução — in-
tenção , intento "- assumpto , sujeito —
juiio, prudência — commodidade — apti-
dão.
PROPOSTA, proposição — offerta.
PROPOSTO, declarado, exposto — [$,] cai-
xeiro.
PH0PRIAM8NTB, acertada, conveniente, jus-
tamente.
p«0PBiEDADE, essência, natura -^ direi**
to, dominio.
pnopBisTARio, dono, pos«iessnr, senhor.
PRÓPRIO, particular , peculiar — apto,
commodo — adequado, congruente, conve-i
niente — assimdhado — veriJadeiro —
mesmo — amigo — (s ) messagpiro.
PROPUGNACUi.o, fortalnza ~ defesa.
propllsaR, rebater, rechuçnr.
pborogavâo, dilatarão (de tempo)
puohogar, «t»^rmar — alargar, ampliar,
dilatar — renovar.
PhOSA, ora(^ão corrente — lábia, lín-
gua.
PROSÁPIA, ascendência, casta, estirpe, pro-
génie.
proscrever, expnls'ír, exterminar — ba-
nir, desterrar — con(ÍKmn«r — encartar.
paoscaipçÃo, degredo, desterro , exilio ,
extermínio — oonliscação (de bens). ft
pROsCRiPio, banido, desterrado, exilado,
exhulado — encart;<do — contiscfldo.
PKosíCuçÃo, coutinuação, s^guim^mlo —
observa Dci.i.
PH08£Gu«Mi?NT0, tontínuação , prosegui»
çãi, s-guirnont!».
FRi s«GU?Rj coatinuar, ir ávâatd — pro-
Jong^f.
. 200 «
1(40
PRO
ítJ
PHOSKLYTO, eslrangftiro — peregrino —
convKfso.
PROSPERAR, avultar, medrar.
PRospERíDADE, felicidade, fortuna — aug-
men'o, medra
PKOgpERO, afortunado, ditoso, fausto, fe-
liz — brnigno, favorável, propicio — bo-
nançoso.
paosHBULO, alc^uce, bordel, lupanar.
PROSTITUIÇÃO, devassidão, libertinagem
PKosTiTLifi-sE, dehonesíar-se, devassar-
se.
PROSTITUTA OU Frosíííuída, meretriz, pu-
ta, rameira.
PROSTRAÇÃO, genuflexão — reverencia,
zumhaia — abatimento, fraqueza.
PROSTRAR, abater, derrubar — debilitar,
bnfrflquecer.
pRosTRAH-sp, OU Vrosternar-se, ajoelhar
— abater-se, humiihar-se.
PROTECÇÃO ou * l^roteição, amparo, ar-
rimo, patrocínio — abrigo, ref jgio — fa-
vor, gaça — advocatura.
PROTECTOR, padrinho, paranympho, pa-
trono — defensor.
PROTKaER, apadrinhar, paranympbar. pa-
trocinar — amparar, (defender, favorecer ■—
fomentar.
Protegido, apaniguado, valido.
protervía, desaforo, insolência.
pROTKRVO, atrevido, desaforado, insolente
— máu
PROTRSTAR, affirmar, assegurar, certificar
testimunhar.
PROTESTO, aílirmação, asseveração, pro-
testação
PROTÓTIPO , exemplar, modelo, molde,
originai.
PROVA, razão — testimunho — ersiio, ex
perinnc^a — indicio, mostra, signal.
PROVAR, saborear — ensaiar, experimen-
tar — commeter. tent»r.
pKOVAVEL ou Vrobabil, verosímil.
PROVECTO, aliantado.
Proveito, beneficio, conveniência, fructo,
ganho, iniejesse, lucro, prol, utilidade —
gfilardâi.
pkovêitofo, ffuctuoso, lucroso, profícuo,
vant/jo o, útil. ^
pr< ver, • açislmar, aprovisionar, baste-
cer. fornecer, foruir — examinar, rever.
PiiOViiRBio, adagio, paremia, proloquio,
rifão.
PROVIDENCIA, presciência — cautela, pre
vidência.
PRÓVIDO ou Vrotidinte^ aftento, cuidado-
so, dilijíenie, sollicito - breve — prudente
— sí bio — a aiteiado, cauto — previsto, vi
gil/intiJ — avisado.
Pi ovi jo, abastecido — «curado, tractad»
cou;iuefado, examinado, viílo.
PROVIMENTO , fornecimento , provisão —
mantimentos. Viveres — nom'-ação cuida-
do administração — attenção — exame —
{providencia
PHOviNCiA, comarca — paiz. região.
* PROViNCo, patente, pro^jinquo — [s.) pa-
rentela.
.PROVIR, descender, nascer, originar-se;
proceder, vir.
PROVISÃO, açaimo, provimento, vitualhas,
viveres, ete. — mantença, sustento — econo*
mia — decreto.
PROVISÓRIO, provisional.
PROVOCAR, excitar, incitar — estimular
— agastar, assanhar, irritar — desafiar —
constranger, obrigar.
paOvoCATivo, incitativo.
pfUíXiMiDADE, achegamento, contiguidade,
propinquidade, visinhança — parentesco.
PRÓXIMO, chegado, corjunclo, pegado —
perto, propioquo, visinho.
* pRU, custo, emporte, preço.
PRUDENCíA, circumspecção, consideraçio
— sabedoria, siso — assento, propósito.
PRUDENTE, discreto — sábio, sapiente —
acertado — juuto — recatado — adver-
tido.
pRuÍDO ou Prwriáo, cócegas, comichão.
pauiR, comer.
Prumo, perpendiculo — sonda.
^salmo ou Salmo, cântico, bymno, ode^
etc.
Pseudo, falso.
Pua, bico, ponta — bredequim — garfo.
Publicação, indicção.
^LBLiCAKO, asseniista, cobrador de ren^
das.
PUBLICAR, divulgar, vulgarísar — preço»
nisar — pregoar — promulgar — mamfeS*
tar.
PUBLICO, conhecido, manifesto, notório
[s ) gente, povo.
PÚCARO, * aceter, caneca.
PUDENDO, pudibundo, vergonhoso.
pudicícia, castidade, honestidade, hon«
rs, pureza.
PUDICA, casta, honesta, modesta.
PUDICO, casto — honesto — vergonhoso.
PUDOR, honestidade, modéstia — pejOi
vergonha.
PUERILIDADE, pUBricIa.
PUEKPERio, parto.
plgilo, punhado.
PUGNA, peleja.
PUGNAR, combater, pelejar — forcejar —
defender.
puGNAZ, guerreador, guerreiro, peleja-
lor.
ruía, pidir.
POJANÇA, fiirça, poder — excesso,
PúJAME, poderoso ^ soberbo.
PUÍl
I .......
■ PULAR. íaltrtp - bater, palpitar — estre-
mfc«r — pnlliilar — medrar.
PULHA, chufa — carapetào — escarneo,
moujo — r-ruiique
pullulaR. brotar — multiplicar.
PULO, salto — cambela — estremecimento
— emoção — palpitação.
puisar, excitar, insiigar —- ferir , tocar
— b^tf r.
PULSO, punho — pulsação.
puLVEiiisAÇAO, esbroftção, esbroadura, es-
brôo
PUNEOSOR, ponto de hrnra.
puNGKME, agudo, penetrante, picante,
purgiuvo.
piNGiMENTo, remorso — estimulo.
pu^GlR, picar - morder, mortilicar — es
timular — [li.) apontar.
puwHAnA. murro, sôcco.
PLiNHAR, apunhar, empugoar — pngoar.
PUNHO, puiso — punheie.
PUNIÇÃO, castigo, peiía.
puNiceo, rubro, vermelho.
PUNIR, castigar.
puNiVBL, penavtíl — penal.
puRAHKNTB, casta, limpamente.
PUREZA, castidade — innocencia — limpe-
za — candidez.
PYH 1041
purRaR, limpar, purificir -- expiar - jus-
ii(i(;rtr.
PUKO. ca^to, honesto - extreme -- lim-
po, purificado - innof-ente — sirfí^-lo - im-
maculado, virginio — cândido —claro, crys-
lailmo
PUhPuRA, lyrio
PuhPuRRo ou Purpurino, nacarado, pu-
nic.Ho, purpuro rosado, róseo, rubicundo,
rubro sanguíneo, vermelho.
PUS, matéria — peçonha.
pusiLL^NiHK 011 PussUlanimo , cobarde,
fraco, jmbelle, poltrão, tímido.
pijsillanihioade, cobardia, fraqueza, ti-
midez.
PÚSTULA, bnslella.
PUTA. meretriz, pmslitiita, rameira.
PiJTREF&cçÃo, apodrecimento, corrupção,
podridão.
putrrfacto, corrupto, podre.
pUTRtFACTOKio, corrompedor.
PÚTRIDO, corrupto, immundo — turbid
— fétido.
putkificar. apodrecer, corromper.
puxab, tirar per. . , — alar — estirar
— arrancar — attraír, inclinar, trazer.
puxo. esforço — cólica — tenesmo.
pyramidal, agudo, pontiagudo, pontu-
do.
tot. ly.
181
1042
QUE
Q
quàbríi, estaç&o, sazlõ -^ ooQJuQslupa.
oocasião.
QUADRAGÉSIMA, quaresma.
QUADRAR, accommodar-se — betar, con-
juatar, assentar — agradar.
QUADRIL, anca, coxa — [pi ) cadeiras.
QUADRILHEIRO, alguazíl, beleguim, esbir-
ro.
QUADRO, quadrado — painel, pintura, re-
tábulo.
QUALIDADE OU * Calidadô, attributo, na-
tura, propriedade — dote, prenda — con-
dição, manha — emprego — grau.
QUALIFICAR, caracterisar — denominar —
censurar (livros).
QUAíQUER, algum — quemquer. .
QUANTIA, conta, porção, somma.
QUANTibADE, exteusão, grandeza — abun-
dância, afiluencia — multidão, numero —
força.
QUANTIOSO, avultado, numeroso — abas-
tado, rico.
QUARTA, bilha, cântaro, infusa.
QUARTÃO, medalhão, tarja.
QUARTEL, aquartelamento, caserna— eS"
tacão.
QUARTO, aposento, camará.
QUAsi, cerca, perto, próximo.
QUATttiDuo, quatro dias.
QUEBRA, quebradura — diminuição — de-
trimento — abatimento — falha — desunião
— peoria — perda.
QUEBRADA, alcaulil, barrauco, * bsyança,
precipício — rotura — arrecife.
. QUEBRADIÇO, frágil, vidrento.
QUEBRADO, ffacçào — [adj.] fsllido — des
animado, quebrantado ^ abatido — des-
avindo.
QURBriADuRA, fractura, quebra.
QUEunANTADOft. íafrííctor, violador.
QCEBRANTAtíKfiTO, rOlUM — JtlffaCçâO,!
viuia^ào - ebâliíiièuto, dubilidádô. • }
quebhantàr, Infpiogir, violar — awoift*
bar .— quebrar, diminuir (a força, eto.).
quebrantar-sb, desanimar-se — enfra-
quecer-se.
QUEBRANTO, fascinaçâo, olhado — desfal-
lecimento — desastre — tristeza.
QUEBRAR, arrombar, britar, desfazer —
desunir, separar — quebrantar — annul-
lar — abater — abrandar — interromper
— dobrar , voltar — (n. ) fallir , dimi-
nuir.
QUEBRO, inflexão — trinado.
QUEDA, caída, caímento, tombo — jdô-
clinaçâo, pendor — baque , decadência ,
ruína — quebrada — geito, propensão.
QUEDAR, restar — cessar, descontinuar —
aquietar.
QUEDO, fixo, immobil, quieto.
* QUEJANDO, ou Que-jandOf de que qua-
lidade? que tal?
QUEIMA, abrasamento, combustão, incên-
dio.
QUETMàçÃo , Queimada ou Queimadu»
ra , abrasamento , incêndio, queimamen-
to.
QUEIMADO, abrasado — tisnado, tosta-
do.
QUEIMAR, abrasar — escaldar — resicaf
— desbaratar, gastar.
QUEIXA, queixume, *querima — clamo-
res, lamentos, lastimas — choro — suspi-
ros — descontentamento — querela — acha*
que, doença.
QUEIXADA, queixo.
QUEiXAR-SE, aqueixar-se, clamar, lamen-
tar» do«r- se — querelar- se. ^
QUEIXOSO, lamentoso, lastimoso — aggra-
vado, oíTendiuO.
QUBixuMS, queiia -- aggravo, oífensa —
qufíreia.
CJELHA» cjslhaj cano
gusa, quo pessoa ? — qual, quô — um
QUI
QUO
1043
outro — {adv.) áquem, de cá — de parte in-
ferior.
QUENTE, cálido, caloroso -- abrasado —
forie, perfioso (combate, etc).
QUENTURA , Calma , calor — actividade,
energia.
QURBELA ou QuergUa, * queixa — causa,
demanda.
QUERELOso OU Qucrelloso, querelante —
lamentoso, queixoso.
QUERENA, calafetaçao — limpeza — mos -
tra.
QUERBifAR , alcatroar, calafetar — lim-
par.
QUERBNÇÁ, mostra, vontade.
QUERENçoso, benévolo — amoravel, amo-
roso desejoso.
QUERER, desejsr — consentir — exigir,
mandar — procurar — suppôr — («.) desej ),
vontade.
QUERIDO, amado, quisto.
QUESíÃo, controvérsia, disputa — litigio
— exame — pergunta — duvida.
QUFSTioNAB, argumentar, discutir, venti-
lar.
QUESTUoso, lucroso. proveitoso.
QUIÇÁ ou * Quiçaitt por ventura — quem
sabe ? — talvez.
Quicio, Konzo.
QUiEiAÇàO, socego, tranquillidade — piz
— descanço, ocio, repouso — bonança, se-
renidade.
QUIETAR , aquietar , socegar , tranquil-
zar.
QUIETO, immobil, quedo —calmo, socega-
do, tranquillo — pacifico, plácido — descan-
çado, repousado;— brando, sereno — man-
so.
QUI6ILHA, Quigila ou Quijila, antipathia,
grima.
QuiLHà, baixel, nau, navio.
QUIMERA ou Chimera, imposfeivel — fic-
ção — visào — desvario — sonho
QUIMÉRICO ou ChimericOt fabuloso, fal-
so — imaginário, phi^ntaslico — frívolo,
vão — aerio — insubsistente — impossí-
vel.
QUINA, angulo, canto, esquina.
QUINHÃO, pitança, ração — parte, por-
ção.
QuiNHOEiRO, participante — comparte, só-
cio.
QuiNQUAGEsiMO, cíncoeuta.
QUISTA ou Quinta, casa de campo, ca-
sal, fazenda, herdade.
QUINTAL, cêfca, cercado — jardim — hor-
to.
QUINTEIRO, abegíio, caseir:).
QUISTO, amado, estimado, querido - vis
to.
QuiETAMENTO, desquite, divorcio — quie-
tação, quitança, recibo.
QUITAR, desobrigar — poupar — impedir,
tolher, vtídâr — tirar.
QuiTAR-SE, desquitar se, divorciar-se —
apartar-se — emendar-se.
QuiTAsoL oa Quita-sol, chapéu de scl —
sotiíbreiro
QUITE ou Quito, desobrigado — tirado.
QUOTIDIANO, diário, diurnal, diurno.
tèi«
1044
UAI
BAP
n
i|àbãld«, arrabalde, subúrbio.
MABíDO, (^Dibraveciílo, enfurecido, furioso,
iratlí>, '■«ivosQ. s^^nhu(lo.
Rabiscar, riscar, Irflçpr, tracejar.
RABISCAS, nsoos. Iraços.
BaBO, cú. trazíiro — c«nda.
«AB >LAia*. brav«ias, it-ros, roncas.
KAnuuo, cniidato.
BABUft»a ou Rjbuge, sarna — aborrimen-
to, UiíMi hiunOí.
PADUGKNTo, iropertinente —melancólico,
triste
RAÇA, csífa — des.jendtínoia, família, ge-
Píçào, linh«>íem
RAÇÃO ou lifção, pitanga, regra — por-
ção, quiuhào
RACU4, eiva ~ ftínd«, grela.
Rachadrla ou Rachadura, abortura, fen-
da racha.
racuar, abnr, fender, partir.
BAciuo, cacho.
raCiocinação ou B-aeiocinio^ discurso —
concepção — jui^o — demonstração.
RACIOCINAR, disitorrer, discursar.
raCiunal. arrazoado, racionavel.
RADIANTE, brilhante, resplandecente, scin-
tillante.
radiar, raiar — brilhar, luzir, resplan-
decer, scinlillar.
radicado, invetprado — arreigado.
radicar, arrpigar.
RADioso, radiante.
rafa, fome, galga, radiante.
rAfado, faminto — miserável — pobre.
RAFEIRO, mastim, molloso, sabujo.
raia, coDfim, limite, termo — baliza, de-
marcação, estrema, marco — linha — ar-
raia (peixe).
raiar, radiar — (a.) listrar — riscar.
RAiGOTAs, raizes.
RAINHA, princfza, soberana -— a princi-
pal.
RAIO. luz, rfisplandor.
BAivA, hydroi^ihubiH, rabia — arrenego,
colara, furor, irrt, rflncur, sauha.
RAIVOSO, enraivecido, rábido — irado,
iroso — deftjspnrado.
uAiz, pé — assento, estabelecimento —
csusa origem, principio.
if «JaDa, r^fr< g<, Uilao
RvMiAB. aKHsiar Srt. enfidsr-sfl.
iiALaus. ameflços — alg^zarres, grita-
rias
BALO, rala flor — (flnfy ) não p«pfiço, raro.
RAMA, íamad/i, rauisj^Hm, ramos.
RAMEIRA, loureira, meretriz, prostituta,
puta,
RAMO ou Ramalho, rama — ramificaçfio
- divisào — eslrophe — estaaça — ta-
berna.
RAMOSO, frondente, frondifero, frondoso,
ramitico.
RAMPA, ladeira.
RANCHO, bando, facçfio, parcialidade -•
cimaradagera — barraca, lenda,
RANCiuo, rançoso
RANÇOSO, ranrido — velbo, usa lo.
raNcor, aversão, ódio, resentimento.
raNgue, ralho, resinga.
RANHO, monco, muco.
rapace, ladrão, ropinante, roubador —
ávido.
RAPACIDADE, rapina — cubica.
raPaR. furtar, roubar — raspar.
RAPARIGA, moça, mochacha, mocinha, ra-
paza.
RAPAZ, adolescente, mancebo, moço —
[adj] rapace.
RAPAZIADA, cachopice. *
RAPAZINHO, cachopo, crianço.
RAPIDEZ, celeridade, ligeireza, velocida-
de — vehemencia.
RÁPIDO, accelerado, arrebatado, célero ,
ligííiro, Yblóz.
IlEA
m^c
1045
(, RAPmA, pilhagem, r( ubadia, roubo —
presa.
BAPiNAR, furtar, pilbar, roubar.
Br' RAPOSA, zorra.
W^' RAposKino ou Raposo, arteiro, astuto ,
maOhoso.
RAposiA, astúcia, manha.
RAPTO, roubo — alieaaçSo, enlevação,
extasis — arrebatamento.
RAPTOR, arrebatador, roubador — leva-
dop.
i^ARiDADfi, rari^Ka.
Raro, extraordinário, insólito — esqui-
sito » — estranho . pHregrino, singular —
ineitim^çel — especial, e^pncioso — eiotl-
lente, exioaio, insigne — liquido — poro-
so, ralo — incncuparavf-l.
n.vS4a, arrasar — cngulir — arru nhar.
RASCOA. aia. eto (dn senhoras.
RASCUNHAR, bosquejar, delinBar).
RASCUNHO ou liiscnnh) , delineamento
— borrador — minuta — escorçado, es-
corço.
RASGADO, aberto, feniido — lacerado,
roto — exiunsi), grunHe lonjío.
' RASSADBí.A ou iii.çjaíiíi.ra, abertura, sisu-
ra ríísgàj. r iur«
RASQÃo. fa'í)a, rasgadura.
rasgak. esf,irr«par, latiorar, romper —
fentl«r, suniar
BAsr..\B sx. abfir gfl, fendôf-sa.
Raso, JjiíiCB traço,
R^so. nú. rapa lo — calvo — manifesto
— claro — sirapiei — phno, uoiiu —
demolido — raspuJo, — «burto.
. Rastear, Rastrear ou Ranirejar^ inda-
gar — requHsiar — ifiiiiar — entrever.
HASTaiRo, tt»rreo — baixo, humilde —
rojanie — vil — commum.
RAsro ou Jlav/ro. pisia, pizada , signal
— veaiigio — rastilho.
RASUHA, limalhi, raspas.
RATAR. roer.
, RATIFICAR, autorisar, approvar, confir-
mar.
* RAviNfloso , impertinente , rabujen-
to.
RAZÃO, intendimento, juizo — discurso
— argumento, prova — causa, motivo,
pretexto — equidade, justiça — probida-
de — computo, conta — lei — ordem.
RAZOADO ou /íazoawenío, arrazoado, di5
CuriO, falia.
RAZOAR, discorrer, discursar, faliar.
/RAZOÁVEL, caminha vel. racionavel.
^REAL, realengo — generoso, liberal —
justo — excellente — grande, magnifico,
nobre, pomposo, soberbo — augusto, ma-
gestoso, régio, sober/?no — existente.
.»REALÇAR, elevar, exhallar — embellezar,
ornar — gabar, louvar.
TOL; IT,
REVLCi ou /íea/fo, es[lónJor, lustra, lu-
zimento.
REALIDADE, certeza — eíleito, existea*
cia.
REALisAR, verificar.
Rkassumir, rocobrar, recuperar.
rkbanho, * falo — grei — comitiva, com-
panhia.
RsBATE, alarma — susto — ataque —
ameaço — diminfliçSo — noticia.
REBATER, rechaçar, repellir, repulsar, re-
sistir — reflectir — refuiar — desf.ontar.
RRBATiMKNTo, rebate — repercurs&o, re-
vjrberaçào.
RKBSCAR. lançar, vomitar.
nEuKL, Rovel ou Rebelde, desobediente,
indócil — revoltoso, sedicioso — opiniáti-
co, pertinpz — reluctsnle
REBELDIA, rebelliào. revolta — pesisfencia,
RKBSLLÀo , manhoso — indócil , intraula-
vel — recíílciíro.
RKBai.LAR-sg, revoltar-se — teimar.
KKBKLLiÂo ou RtbrAUa, levantamento, re-
ví)lií. sedii;ào — turbuleauia — motim —
desobediência.
REBENTAR, arrebentar, estalar, estoirar
— trincar — brol^ír.
Rkbiqnís, arrebique, côr, postura, untu-
ra.
rEbo. caliça, cascalho, etc.
RKBoLAH, rodar, rolar — garacotear, tre-
biilhar.
REBnLA<\-gE, rohobíar Sf», rol-^r-se.
REBOLIÇO, bulha, dns-irdem, luotim.
Jinh< lua \H, Ribombar ou /íimfeo/nòar, re-
tunibar. soar
REBOMBo, Ribombo ou /ítmòomòo, relum*'
bo.
RítROQuE, sirga, tirSo lerro.
REB 'lALUM, refugo, rnst ).
ríBoTak, embolar — rechaçar, repellir.
RíBuÇAuo, embuçado — dissimulado, ea-
coberto.
REBUÇAR, embuçar-se — dissimular-se,
esconder, occullar.
nRBUÇAR-sE, riisfarçar-se.
rebusnAr, ornear, zurrar.
RBCAca^R, alçar, er^^uer, levantar.
recachar-se. endireíiar-se, euiunar-se.
RECADAR, arrecadar, cobrar.
RECADO, mandado, messagem — cautela,
prudência — le;ubranç?i — segurança —
provimento — reprehensão.
RECABiR ou iídcaír, reincidir — carregar
sobre...
RECALCITRANTE, rficusanto, renitente, re-
pugnante — rebelde.
rkcalcitrar, desobedecer, resistir.
RECAMADO, bor.íado,
RECVBADURA. bordadura, lavor.
R«C\mar, bordar^ realçar.
192
1043
Ml
ABC
RECAMO, bordado, lavor.
Bic*.NTo, anco, canto, reconcovio.
fiECATAoo, avisado, circumspecto, pruden
te — modesto.
brcatar, acautelar, resguardar.
RECATO, modéstia — precaução — pru-
dência.
RECEAR ou Receiar, apprehender, temer.
RECEBER, aceitar, tomar — adoptar —
soffrer, supportar — arrecadar — aparar
— admitir.
RECitBER-sE, casar-so.
RECEBIMENTO, acolhimeoto, recepção —
aceitação, admissão — casamento, vodas.
RECENTE, fresco, Dovo, tenro.
RECRO ou Receio, apprehensão, arreceio,
medo, receiaoça, susto, temor — suspei-
ta.
RECEOSO ou Rcceioso, medroso, tímido,
timorato — desconfiado, suspeitoso.
REcspçÃo, acolho, recebimento — admis-
são, introducção.
RECEPiACULo , abrigo, acolheita, asylo,
retiro, velhacouto — covil.
RECHAÇAR, desvíar — rebater, repellir,
repulsar — lançar.
RECfiAço, rebatimento — reacção — es-
torva — repulsa.
RECHEAR ou Recheiar, abarrotar, encher.
REcniNAR, ranger, tmnir.
■rfcíuno, estridor, rangido.
RECIBO, desi;arga, quitação.
KECiFE, arrecife, est^r.lho.
íEcrNTO, âmbito, rircuito, precinto.
í^Ecio ou Rocio, praça, terreiro — bor-
lifj, orvalho.
REcirE, receita.
RECIPROCO, alternado, mutual, mutuo.
RECITAR, declamar — contar, narrar —
representar.
RECLAMAR, ímplorar, iavocar — revindi-
cnr — negar, recusar — [n ) resoar, re-
tumbar — repetir.
RECLAMO, assobio — attraclivo , engo-
do.
RECUNAR, dobrar, inciínap — deitar, en-
costar, recotar.
RECLiNATOR^o, slmofada, cochim, encos-
to.
RECLUSÃO, encerramento, encerro.
REcruso, encerrado, recolhido — fecha-
do — encarcerado, preso.
recobramento, recobra, recuperação.
RECOBRAR, recuperar, rehover, retomar.
BacoCTO, recozido.
RECOLHRR. memorar — apanhar, colher,
tomar — guardar — abrigar, espiar — al-
bergar, alnjir — reconduzir — coliigir —
encolher — hauir («gna)
RRcoLBiDA, clausura.ía, rfeiclos^a — (s.)
fbbtJtíitffi^TíW - rbtfiwfl».
RECOLHIDO Ou * Recolheito , encerrado,
recluso — composto, modesto.
RECOLHIMENTO, euccrro — retirada — era"
são, — receptáculo, vão — hospício —
dormitório — claustro, clausura — abri-
go, asylo — estada — abstracção — medi-
tação.
BtcoMjiEKDAçXo, estím* — instancia —
civilidade — honra, respeito — ajuda, fa«
vor, protecção.
RECOMMENDAR, eucarrogar, encoramendar
— rogar — louvar — fa\orecer, proteger.
BECOHMENDAVEL, cstímavel, houfoso, res-
peitável.
recompensa ou Recompensação, compen-
sação, satisfação — gratificação, remunera-»
ção — galardão, premio — pag^i sala*»
rio.
recompensar, compensar, satisfazer —
gratificar, remunerar — galardoar, pre-
miar.
RECONCILIAÇÃO , accommodação , paz ,
união.
RECONCILIAR, Bccommodar, amigar, con-
graçar — ajustar, compor.
RECÔNDITO, encoberto, escondido, occul-
to — deisconhecido — não vulgar — se^
creto.
RECONHECER, coufcssar, declarar — ave-
riguar, examinar — considerar, observar
— not»r, ver — explorar — julgar — re-
munerar.
RECONHECIDO, 8gradecido, grato, obriga-
do.
RECONHECIMENTO OU Rcconheceiíça, " aco-
nhecimento. agradecimento, gratidão — con-
íissão — lembrança.
RECONTRO, conflicto, encontro, peloja.
RECOPiLAçÃo, compendio, epilogo, epito-
me, resumo, summa.
RECOPiLADOR, abrcvíador, epitomista.
RECOPILAR, abreviar, compendiar, resu-
mir.
RECORDAÇÃO, lembrança, memoria, reme-
msríção.
RECORDAR, relembrar, rememorar.
Recorrer, dirigir-se a... — soccorrer-se
a... valer-se de... ■ — concertar — exami-
nar — repassar — acudir.
Rp.cosTAR-sis, encostar- se, reclinar-se.
RECOSTO, cabeço, combro — costa, ladei-
ra — encosto.
RECOVA, cáfila (de bestas).
RECOVEIRO, almocreve, b/igageiro.
KRCREAÇÀO ou RecTCÍo, 8 livio - diverti-
mento, passatempo — prazer — desenfada,
folga.
recrear, alliviar — alegrar, regozijar —
desenfadar, divertir, entreter.
RFCRiATivo, divc^tldi:)} folgflz — gostb-
sb.
RED
REF
1047
rehaver.
— refu-
recrescer ou Hurectr, exercer, sobt^jar,
RFCRUTA on Recluía, conduola, leva —
[ailj ) bisonho.
REcriDÃo, direiteza, reclilude — inlegri-
daje, inteireza.
RECTIFICAR, corrigir, emendar.
RECTO, direito, igual — ialegro, justo.
RECUAR, arrecusr.
REçuHAR, escorrer, resudar.
HECUPERAÇÃo, recobramento.
RRCLPERAR, cobrar, recobrar,
RECURSO, remédio — soccorro
gio — expediente, regresso — appella-
ção.
hecurvar^, curvar , encurvar, inclinar,
torcer.
RECURVO, curvo» recurvado, torcido.
recusa ou RecusaçãOf denegação, nega-
tíva, repulsa.
recusar, engeitar, refusar, rejeitar, reu-
nir — negar.
REDAaGu:R, replicar — refutar — recrimi-
nar — accusar — conderanar.
REDDiTO, renda, rendimento — interesse,
hicro.
RBDE, lucão, nassa, tarrafa, trasmalho,
f)tc. — coifa — armadilha, armiiha, engano,
laço.
RÉDEA, brida, freio, loro.
RídemíR, remir, resgatar.
REDEMPçÃo, resgate — livramento, salva-
mento.
rsdbmptor ou Redentor, remidor, resga-
tador, salvador.
redbibir, encampar.
REDiL, aprisco, bardo, curral, malhada
— grémio.
REDiNGOTE OU ReguingotCf casacão, so-
brerasaca.
REDIVIVO, resuscitado.
REDOBRAR, augmentar, reduplicar — do-
brar — repetir, rejegundar — amiudar —
gargantear — gorgear.
HEUoi-ENTK. cheiroso.
BEDOMA, ambula, garrafinha.
REDoMOiNHo, bòlhãrt. gurgulhão — sorve-
douro, voragem — lufáo, turbilhão.
REooTVDAMSNTi, clrcular, franca, prom-
ptamcnte,
REDONDEZA, rotundidado — globo, mun-
do, orbe.
REDONDO, circular, espherico, globoso ,
orbicular , rotundo — maciço — conve-
xo.-
EEDOR, arredor, contorno.
REDucçÀo, dtminuiçSío, subtrttçao — mi-
noria — enfraquecimento.
r.RDLND^ítciA. sobíjidão, superfluidad»* —
dr-ípfrriMoio -*- dertyast», efoês^, eíubw ètt-
tif -* lucfyaetrtadí.
i>£t<uNDANt&; D aio, sub?jo, lupeeCiio. ^
RF.nuNnAS , trasbordar — superflbandar
— rcsult,ir.
REDiPiiCAçÃo, redobro, repetição — oug*
mento, crescimento.
RFDUPLíCAR, dobrar, redobrar, repelir —
augraentar, crescer.
RKDUio ou Reducto, força, forte, fortim
— molhe.
REDUZIR, constranger, obrigar — domar,
submelter — resumir — convidar — p írsua-
dir — annexar, encorporar — traduzir —
mudar.
REFALSADO, atraiçoado — enganador, fal-
so, velhaco.
REFAZER, restabelecer —recuperar, emen-
dar — completar — reformar, reparar.
REFAZER SE, restabelecer-so — reforçar-se
— prover-se.
REFEcsR, arrefecer, esfriar — entibiar-
83.
REFEGA, lufada, pegão, rajada, tufão —
sobresalto.
REFEIÇÃO, alimento, comida— supprimen-
to.
REFEITO, restabelecido — convalescido —
gordo, ob-^so.
RRFERiR, contar, dizer, narrar — alludir,
attribuir.
REFERTA, altercação, disputa ~ porfia —
briga — contenda.
RBFKRTAR, cootender, controverter, re-
sistir — demandar, requerer — contradizer,
impugnar.
rkfervsr, fermentar — azedar-se — alte*
rar-se, corromper-se.
RtFíNAR. atinar, purificar.
reflectir, resurtir — repercutir, reverbe-
rar — meditar, ponderar — considerar, re-
parar — advertir, observar.
reflexão, repercussão, reverberação —
consideração, meditação, ponderação — ad-
vertet.cia, reparo.
rfflexo, reflexivo — (s.) reverbero — re-
flexa;».
refocillamento, alento — allivio — pra-
zer — recreio, rf^fíozijo.
REFociLLAtt, alliviar — alentar — fomentar
— alegrar, rftCteisr — Bgazalbar.
refolhado, dissimulado, dobrado — em-
busieiro, enganador, velhaco.
R^FOLHAM8NToou í{e/io//io. dissimulo, do-
brez, dngimento, rebuço — vslbacada— im-
postura.
REFORÇADO , foTtificado — alentôdo, ro-
busto.
Ri^FORÇ^«, esforçar, forlificAf.
Bi fobmah. ínudat" — rest8l>ele'''ef — diffil*
nulr — desfuKfir — corrigir, emeniâf.
RrFiiúííiKHÀim, ficado — car fanoado, tif*
recado.
tfilRAOÇÃr, qicíMi
1048
RtG
RtL
B[.F^E4K0ij Riifreiar, acamar, bridar —
douiar, sii!'jiigar, subnn^tt r ^laltl^r, con-
ter. im(»B<lir - enfreiar, reprimir — gover-
nar. rejíPr - humilh^ír
BEFKRr,A, luí«<l», refega — batalha, bri-
ga, eonílicto pel ja.
EEFKKscAK. RíVescar, refrigerar — reno-
var— recordar enrijar —refazer.
REFRESCO, refrigeração, refngeiio — re-
forço — (de tropas, etc ).
RHFaiGERANTB, refrigero.
BEFttiGKRAR, reftícer, refrescar — acalmar,
alliviar - confortar.
í<EFRiGERi • ou Refrigeração , refresco,
resfriamento — ailivjo, cousuiação.
R8,FuGiAiv-SB, acclher-se, acoatar se — re-
lirar-se
REFUGIO, acolhida, aufugio, guarida, ve-
Ihaccuto — as)'lo, couto - abrigo, amparo,
sombra — recurso, regresso
REFUGO, rebotalho — escoria.
REFULGiiNCiA, luzeíro, resplaudoF.
REFULGENTE, brilhante, luminoso, res-
plandente.
REFULGIR, brilhar, luzir, resplandecer.
EEFUSAR, recusar, rejeitar — denegar,
negar.
REFUTAÇÃO, confutaç&o — replica, respos-
ta.
REFUTAR, confutar, contradizer — des-
truir, dissolver — replicar, responder, re-
trucar.
REGABOFE, folgança — banquete, festim
— alegrão.
REGAÇA cu iíeí/afo, seio — centro, meia
— grémio.
iisGADEiRA, enxurrada, levada.
REGALAR, diverúr. festejar — gratificar.
MtGALiA, prorogativa, privilegio — digni-
dade, direito, jurisdicção (do soberano).
REGALO, acipipe — hanquelfí, festim —
mimo, presente — deleito, delicias — man-
guito.
REGAR, flguar, banhar, molhar — borri-
far — humeder.
rRGatkiRa, collarfja — peixeira.
Iíegato, arroio, remanso, ribeiro.
hEGELAR, congelar, enrHgnlar, gtilar.
RKGiTLO, caramelo, geada, gelo, ne/e.
BEGENCiA, governo.
RBGEH, dirigir, governar — conduzir,
guiar.
REGIÃO, paiz, terra — plaga — partida —
ceu.
REGiMK ou Regimen, admiaistraçào, di-
recção, goveru!» — dieta.
RSGiMsNTo, direcção, governo — dieta,
KEGtMfNío, dirrírção, govarno — dieta, re-
gime — proceder, proc^-dimento -— directó-
rio, Qoroia — terço {de sddaUo»).
rfG o, augnsfo, s^bprano.
RfcGisTAH ou Registrar, cnregrstar, mo-
derar, regular — t-xaminar, ver — consuliar,
tratar — mflnifestar, mostrar.
BEGisTO (UL Registro , imagem — exame
— chave bica.
RuGO, sulco - cabril — abertura.
begozijaNie, al<-gre, f..lgaz.
REGOz-JAa, alegrar, nivenir, recreiar.
regoziJ'), alegria, jubdo — íestejo —
prazer.
REGRA, máxima, preceito — instituto —
dogma — costume — lei — exemplo, mo-
delo — norma, ordem — piíança, ração
— economia, moderação — menstruo
RxGHAOO. riscado — justo, moderado —
frugil, temperado — ab«iinonte, j'juador.
KKG^AR, iraçar — regular — moderar.
REGRESSÃO ou Begrcsso ^ tornada, volta
— abr go, refugio.
reguarda. retaguarda.
REGULAÇÃO, dietame. regra.
REGULAMENTO. eSl«tUtO, lei.
REtiULAR, uniforme — fixo — (tJ. o ) di-
rigir, governar — regrar — compassar, me-
dir, pautar.
REGULARIDADE, Uniformidade — exacti-
dão, poniunlidade.
REGULO, reisinho — basilisco.
REI OU Rey, imperador, monarchia, po-
tentado, principe, soberano,
REij^ANTE ou Regnante, dominante.
RKiNAH i dominar , governar , imperar,
mand/ir, senhorear.
RgiNGíDENCiA, recríia.
REiííciDiR, recair.
RKiNo ou * Regno, estado, império, mo-
narchia.
RE 10, arreio.
RKiTERAÇÃo, itprflção, repelição.
reiUrar, recomeçar, repetir.
RijtiTAu, enjeitar, recusar — «=• desprezar
— exoloir.
RELAÇÃO, narração — connexâo, depen-
dência, enlace — conversação, tracto —
negocio — dever — relação.
íiELAHBORIO, insípido, iuSUI.SO.
rklampago. relâmpado, rnlampo.
rblampagusar, relHmpadejar, reiampeaf»
relampejnr — fuzilar.
RELATAR, couiar, expor, referir.
relativo, concernente, tocante — aná-
logo, conforme, conveniente.
relatório, relação — descripçâo, exposi-
ção.
ttXLAXAÇÍo ou Relaxamento , fraque-
za , frouxidão — descaimento — iâxi*
dão.
rulaxar, afrouxar — di»f>í»nssr» exAin-
piar» ptrdoar — alargar, disieuder» Ifiiar
— iubirair.
n£M
nEN
1049
TiELs ou Raléf casta, espécie, eítofa,
laia.
HELEGO, adega , cava — celleiro — tu-
Iha.
BEiEVA, convém, cumpre, importa.
RELKVANCiA, import«ncia — vanlaj^m.
RELEvAisiE, impertaute, notável — van-
t^jOso, útil — necessário.
jRELKVAR, absolver, dispensar, perdoar —
alliviar — pintar — realçar — (n*) cum-
prir, importar.
RELIGIÃO, culto — crença, fé — devo-
ção — escrúpulo — justiça, pontualidade
— (falsa) seita.
RELIGIOSO, devoto, pio — justo, recto —
cenobitico , monástica — [s ) anachoreta,
erraiiâo, frade.
R8i INCHAR, rinchar.
RELINCHO, rincho.
RELÍQUIAS, residuos, restos, sobejos.
aKLUCTANCiA, repugnância, re-sistencia.
R8LL'CTAR, repugnar, resistir— barafus-
tar, debater- se.
i\KLL'Zi5NT8, brilhante, resplandecente.
RELUZIR, brihar, lustrar, reáplaudecer.
REMARCO ou lUmaníOi lago — recolhi-
meato, retiro — desbanco, socago — alli-
tio — refugio.
H«iisNECiR ou Rêtnamseer , ficar, res*
tar, sobe^jâr, sobrar — permanecer, perse»*
■verar.
RSiMATAtt , acabar , concluir , consum-
mar, findar , terminar — expiar , mor-
rer.
REMATE, conclusão — ÃCAbasoaônlo, ' fim,
termo.
REMEDAR, arremedar, fimitar.
REMEDIAR , curar , guarecer , sanear —
emendar.
REMÉDIO, epiíhema, medicamento, mezi-
nha — expediente, meio, auxdio.
REMEi»o, remador.
REMEMORAR, lembrar, recordar.
RBMBNDADO, atacoado, concertado — ma-
lhado.
REMENDAR, atacoar, concertar;
rkmeRCkar, agradecer.
rfmí:ssar, arremessar.
REMEiTER, enviar, mandar — confiar
— entregar — demorar, dilatar, retardar
— moderar — perdoar — rimitlir —
aquiescer — arremeiter.
R.f.METTiDA OU Remeltídura, assalto, com-
melliraento, investida.
rkmsxer, mesclar, misturar — icqa'etar.
RsMiR. redemir, resgatar — livrar.
^ REMISSÃO, intormissâo, intervallo — alli*
tio — perdoo — [quitação — írouzidào.
HM s8t*«ÍM perdoa Vfcl.
nsMisao, deleitado, frouio, negllgetitô —
tibio.
tot« tt»
BFMiTTiR, perdoar — quitar — ceder,
deixar, largar — afrouxar.
RKMOELA, acinte, desp^iilo, pirraça.
REMOER, rumiar, ruminar.
remoer-s*, raivar-se, zsngar-se.
REMOINHO, redemoinho, tufão, vorlice.
REMONTADO, distante, rtmoto — alto, ele-
vado — escondido.
RE-MONTAn-sE, aití^ar-so, elevar-se — en-
suberbecer-se, entonar-se.
REHORA, embaraço, estorvo, impedimen-
to, nbsia3iilo.
REMORDER, rocr — picar, pungir — ator-
mentar.
REMORSO, arrependimento, contrição, pe-
zar.
REMOTO, distante, loi giquo — aparta-
do, disjancto, separado — afastado, au-
Srulo, retirado — estranho — * semo-
to.
REMovíB, rev«"ílver — afastar , alongar,
apartar — expulsar.
HEMoviMESTo, remoção — trasfega, tras-
passo.
MMUNERAÇÃo. galardão, grAtiScaçSo, pre-
mio, recompensa.
iiaausEBAR, galardoar, recompensar.
RÊíí>,sGÊfsíKi pullulante,
iWKAgciDo, recovado — resufgido.
RENii£fl, fiubajeiter , vencer — dâr, ea*
tregar — derrear — * pagar, restituir, sa-
tisfazer — prestar — produzir — (n.) es-
talar, quebrar,
REKDSR SE, oedcf, entrcgar-ie — abater
— afundir-se.
RtND DO, submisso — reverente.
RERDiHS^To, reddito, renda — submis-
são.
RENDOSO, frucíuoso, lucroso, produoti-
vo.
RENEGADO, apóstata, arrenegado.
RENHIDO, debatido, porfiado, porfioso.
RENHIR, altercar , contender , disputar,
porfiar.
RENITÊNCIA, contrariedade , repugnância
— reslsteacia.
RENITENTE, opiniaiiço, teimoso, testo —
repu^'naut3.
RENiTiR, repugnar, resistir.
ROOME, boa fama, nome, nomeada, re-
putação.
RENOVAR, recomeçar, refazer — reanimar
— instaurar, restabetecer— reiterar, repetir.
KENOvo, pimpolho, vergontea — novedio
— eíieiío.
RíNQUB, ala, fileira — linha — se-^ie.
hENUir, recusar, rejeit.ir.
nKNONCiA ou Renunciaçáo, dcmissio, de-
sisteucia.
Ríí-NUflCiAR, abdicar, oeder, deitar, lar-
gar,, rcsigii&r -~ deat^itir, apartar- ae.
Í6d
iim
mf
BEPABAR, coneerter — emeadar — pa-
gar, satigfatwr — r«i8obmr — reformar,
restituir — censurar, notar — aperft^çear,
jetocar — (w.) observar, rtdec^^ir.
R-ftêAíiAR-^sí;, abrjgar-se, acolher-se — for-
talecer *se.
REPARO, attenção — concerto — emen-
da, nota^ JPtífléxo — ofojecçào — cenoura
— renovação, sup^rimeato — remédio —
exaaie, ia&pee\}ão — dtjfwsa, murayia, trin-
cheira — carreta — abrigo.
ftRPARiiçÃo » distribuirão — divisão ,
membro, parte — partilha» quinhão, sof-
tA.
REPARTIR, distribuir — compartir, divi-
dir, partir — appUcíir — obrigar.
»EP..4SSâR, entrelaçar, trançar — reler —
(«.) embeber, «nsopar.
REPELLÃo, empuxão, sacudidura — re-
prehensão — assalto — ataque.
REPELLiR, impellir, rebater, rechaçar, re-
pulsar — negar.
REPENTINO, improviso, inopinado, inopi-
no — subitaneo, súbito — impensado, im-
previsto, insperado.
REPERCUSSÃO, reflexão, reverberação.
REPERCUTIDO, reileciido.
REPERTÓRIO, Índex, taboada — calendá-
rio.
RBPETANADO OU Repetenado, insolente —
inc"hado, soberbo — repimpado.
REPETIÇÃO, reiteração — frequência.
REPETIDAMENTE, a miudo.
Repetido, seguido, succtssivo — mutuo
■— assiduo, frequente, incessante.
REPETIR, duplicar* iterar, reiterar, segun-
dar — replicar — narrar — continuar.
EEPiAR, arrepiar.
REPIQUE, abalo, alteração — alarma, re-
bate — carrilhão.
repleto, cheio, gordo, grosso.*
. REPLICA, resposta — contradicta «—repe-
tição.
replicar, responder, retrucar «— con-
tradizer — refutar.
reportaçâo, comedimento, moderação -^
modéstia, recato.
reportar, conter, moderar — alciínçar,
conseguir, obter — honrar, respeitar.
REP0RTAR-SE, moderar-so, refrear-s© —
remetter-se — referir- se.
beposta ou Resposta, replica— refuta-
ção.
REPOTREAR-sE, repimpar-se.
REPOUSADO, descançado, pacifico, socega-
do, tranquiilo — assente.
REPOUSAR, descançar, quietar, socegar —
dormir — morrer.
RLPouso ou Rifoiw, descanço, qui ela-
ção, socego — paz — somno.
REÔ
rbpíieBenbbr ou Reprender , * apras-
mar, arguir, exprobrar — injuriar, vitu^per-
ívHr — eensur-ar.
RE<>REaEP(SÃo ou Reprcnsão, accusaçâo»,
inorepação — censura — syndicatura.
BSPftfiSA, interrupção, suspensão — re-
pre&adura, represália — exciusa.
represar, deter, suspender — atalhar
— suster — embargar, reter — retomar.
representação, apparencia, mostra —
ar, porte.
RfiPRESENTADOR, ÍmÍtatÍV0.
REPRESENTAR, figufâr, mostrar — des-
crever — declamar, recitar — imaginar.
REPftiHiDO, represso.
REPRIMIR, conter, moderar — • refrear,
sopear.
RÉPROBO, condemnado, damnado, pres-
cito, reprovado.
REPROCHE, exprobraçâo, reprehensão.
REPROVA ou Reprovação, desapprovar,
improvar — condemnar.
REPTIL ou Reptile, rojador, rojante —
{s.) cobra, etc.
REPUDIAR, desquitar-se — abandonar,
deixar, desemparar — rejeitar.
REPUDIO, despique, divorcio — abando-
no.
REPUPNARCiÀ, renitência, resistência —
contradicção, imphcencia, opposição — re-
lactação — objecção, obstáculo — incom-
patibilidade.
REPUGNANTE, autipathico, contrarío, op-
posto — incompatível.
REPUGNAR ou Repunav, calcitrar, reni-
tir, resistir — obstar, oppôr-se — reluctar
— contradizer, contrariar.
REPULSA ou Repulsão, negação, recusa,
recusação.
REPULSAR, negar, refusar — repellír —
rejeitar.
REPUTAÇÃO, fama, nome, nomeada — cre-
dito, opinião — conceito.
REPUTAR, estimar, precar — avaliar —
crer, pensar.
REPUXO, esguicho — declividadê, pen-
dor — esoarpA.
REQUEBRADO, am&ttt6, galanto, namora-
do.
REQUEBRAR, galantear, namorar — inolU
aar, torcer.
REQUEBROS, finez8S, galanteios.
REQUERER , éxigip — demandar , pe-
dir — buscar — rever — recusar — aoi-
licitar.
RiiQUKRiDO, pedido, sollicilado — indis-
pensável, necessário.
REQUERIMENTO, memorial, petição — sup-
plica.
REQuiSTA, requerimento — supplica —
pre tenção -- desafio, duello — • guerra —
RES
contenda, disputa — briga, ooaibate fde
fesa, íorUâoaç&o,
REQSSTAR, pretonder, solUoítar — • l)us*
car, procurar — tentar —desafiar, reptar
•— galaQtear — amar,
REQuiNfADo, aurimorado, apurado, ei-
trotaoso, fino, subido -~ «oab&do, perfei-
to — subtiliaado.
REQuiwTAR, aprioQorar, apurar — refi-
nar, subtilizar.
SES OU Rex, boi. cabra, carneiro, etc.
Resabiado, aborrido, anojado, desgosta-
do -^ espantadiço , mandoso ( cavalio ,
eio.)
RESABíDO, experto — fino, matreiro.
msalva, excepção, reserva.
RSSalvar, exceptua?, reservar,
RB3ARCIR, emendar, iademnisar , repa-
rar, satisfazer.
iigscALDo, borralho, cinzas — calort
RKSCiNDiR, cortar, romper.
RSscisÃo, abolição, aunuUação, exiinc-
ç&o, revocaçíio.
RKSMTHiBKTO , piquo — disgosío, dis*
labor, pena — despraier, seniimealo -"
lembrança,
ResENTiR, experimentar, sentir.
RESKNTiH.sg, despertar — excita r-se —
ad?iriir, dar fó — agastar-se, offender-
80.
RESEQuiDO, murcho, secco — myrrhido,
queimado, torrado,
RESERVA, exííepção, restricção — cir-
cumspecção, recaio — discrição — refolho,
retn^ímeuio.
hkskrvaçâo, excepção, limitação, res-
Iricção.
UKSERVAD'). guardado, preservado — cau-
Itloso, r^^folhsílo, r«lf.*>í lo — prudente.
hnsKUVAíi, preservar, resalvar — «íon-
í;<Mvar, ídcliar, guardar — exceptuar —
hu^itsr.
fcESKRVATORio, reccptaculo, reconditorio
, — couserva (d'«gua).
KKSFOLGADOURO OU llesfolegadouro, ex-
hai.Hção, vapor — oriOcio, respiradouro.
iiEsroi.GAK OU Resfolejar^ espirar, res-
pirar — descançsr.
HEsFJLGO pu RenfolegOf anhelito, respi-
ro, sopro. .
uKSF«fAa-SE , esfriar-se — • acabar —
abrtter-se — eiilil^iar-se.
)a>GATAR, remir — livrar — recobrar
— ' eoojprar — ]>ermu4ar, trocar.
* k^sgUaRDa, retaguarda.
RR.'>RiiAHOAno. res>lvado , rescrvaíio —
acfiuiel.idij — circumspecto, prudente.
ki:sguari>ak, g'iflrd«r, vigiar — resal-
var. restírv<ir — ulbar, \ôr.
KiísiiUAHU\a-se, acauleUr-se , guardar-
fç, precatar-se, preveuir-se, vigiar-$e.
RES
%m
RisouARoo, cuidado, vigilância — pre-
venção — cauttílla, precauç&o — acata-
mento, atten^ão, respeito — abrigo, defesa.
RBsieAR, queimar, torrar, tostar •— seccar*
RBsio&KciA, assistência, domicilio, estada «
morada. '
RtsiDts, assistir, habitar, morar.
RESiouo, restante, resto, sobejo.
rcsignaçIo. submissão.
RKsiGNAR, demittir, renunciar.
REsi6NAR-ai, compor se, conformar-se —
rbsIng^> aUereaçào, contenda, disputa.
resinGAr, alterear, disputar.
RssisTENciA, reluctancía — difflculda-
de, embaraço, estorvo — defensa, opposi"
ção — desobediência — rebeldia.
REíísTEHTS, ferrcnho, tenai.
RisisTíft, rebater^ rap&Uir — > abarbar,
contrastar — oppôr-se — desobedecer — es-
torvar, impedir.
RESLUMBRAR, trausluzir — manifestar-se,
transpirar.
RSSH0K6AR, Resmoninhar^ ou JR«mo-
near, rosnar,
RCSOAR, echoar, soar -; retumbar,
RESOLUÇÃO, animo, destimidez, valor -—
confiança, firmeza — determinação, propó-
sito — concelho — decisão — declaração,
explicação.
RESOLUTO, dellbarado, determinado, re-
solvido — decretado, mandado, ordenado,
— estabelecido •— derretido, desfeito —
dessudo, dissolvido — firme — decisivo
— denodado.
RESOLVER, dissolver — desfazer — de-
cidir, determinar — converter, mudar, re-
duzir.
RKSONANCIA, Bcho, soada.
hf.sona?»te, ethnaate, rjsoante, retum-
bante, .soante, toante.
RKSONAR, echoar» ri:S0ar, soar — rebom-
bar, retumbar.
RESPECTIVO, concernente, relativo, mu-
tuo, reciproco — respeitoso — proporcio-
naco.
RKSPEiTAR ou Raspcituar, olhar — at-
trtnder, con-iiderar — acatar, reverenciar,
venerar, lonjtr.
RKSi>RiTAVKL, autorisíido, grave — ma-
pestjho — venerando, venerável — respei-
tado.
RKSPEiTO ou * iJff.çpcctio, acatamento, de-
ferência, reverencia, veneração — alleu-
çào, consideração, contem pUção — causa,
motivo, razão — lirn, intento, intuito —
j^ravidísde.
RESPEITOSO ou Respciíado , autorisado,
liOTiroso.
RESPINGAR, recalcitrar, rupu^rnar, resistir
— coucear, inquietar-se (a besta).
RasriNço, recáJcitro — couce.
1052
BES
REr
RESPIRAÇÃO, alento, anhelilo , arquejo,
fologo, ijalito.
BKsriRADOUfto, sheflura, resfolgadouro.
KESPiRAR, resfolgar — descacçar — espi-
rar, sopear.
KESPíRO, assopro, fôlego, hálito.
HESFLANDECENTE OU Rcsplendeyite , bri-
lhante, luminoso, iuzeote, micante.
RESPLANDECER OU Ucsplendecer, brilhar,
esplflndecer, luzir, radiar, rutilar — allu-
miar, illuminar — coruscar, sciotillar.
RESPLANDOR OU RespUndor, fulgor, luz,
raio — brilho, chamma, clarão, lume.
respondéNie, correspondente.
BESPONDEB, repUcar, retrucar — refutar
— abonar — igualar — conformar-se —cor-
responder.
RESQUÍCIO, abertura, fresta, greta — co-
va, lapa — biscate.
RESTA BELECKft, lustaurar, reformar, repa-
rar, restaurar.
RESTANTE, resto, sobejo, sobra,
BKSTAR. ficar, permanecer — remanes-
cer, sobí^fir.
RFSTAUBAÇÃo, Toparação, restabelecimen-
to, restituição.
RESTAURAR, roformar, renovar, reparar,
restituir — emendar — pagnr — ■ fortificar.
bestínga ou Ras:in(ja, escolho, recife.
BEsiiTUís, entregíír, tornar — reparar ,
restabelecer, restaurar.
mnw, dçmâsia, resíduo f rgilsnlej 80«
mo,
ep^^fto ^ ooísretaçlíi, MmiísçâQ
' RiSTiiiCTO ou ]Ustringido,^à9lmiOf apor*
tado, cfmniso, esireito,
iiBSTUiNtíia, apertar, coarctar, estreitar,
Hcoitíir.
KESTBiNGiR-sK. abster^se, conter-se, mo-
derar- se — cohibir-se, refrear-se.
resvalaDIO, escorregadio, lúbrico.
R8SVALAR, csoorregar.
RESUDAR , transpirar — coar-se , reca-
mar.
RESULTA ou Resultado, consequência, ef-
íeito.
RESULTAR, nssccr, originar-se -— causar -
so, proceder, redundar — eífeituar-se — se-
guir-se.
KESUMBRAR, verter.
RESUMIDO, brove, conciso, succinto.
RESUMiDOJi, abreviador, epitomista.
RESUMIR, abreviar, compendiar, epilogar,
recopilar — determinar, resolver.
RESUME ou Resumo , abreviação , com-
pendio, epilogo, epitome, recopilação, sum-
ma.
ASSUMPTA, resumo.
Rfisu&QíA, rsiaseilAr, teviv»!* ^ reoa^-
eer,
RESUSCiTAR, resurgir, reviver — [a] re-
novar, restabelecer — reproduzir — reme-
morar.
RESVALAR OU Rcsvclar, deslizar, escorre-
gar.
retãbolo, Retavolo ou Retábulo, painel,
quadro.
RETAGUARDA, resguarda, trazeira.
RETALHAR, cortar, talhar — dividir.
RETALHO, peça, podaço.
RETARDAMENTO, atrazo, delonga, demora,
dilação.
RETARDAR, atrazar, demorar, diíferir, pro-
longar — impedir, suspender.
RETENÇÃO, demora, detença.
RETENTiVA ou iíeíenírú, lembrança, me-
moria.
RETER, segurar — deter -- guardar, de-
morar, retardar — impedir, suspender.
RETENDO ou Retido , demorado, susti-
do.
RETiNNiDo ou Rctinido. scíJo, tinnido.
RETiíVNíR OU Retinir, soar, toar.
RETIRADO, escuHo, romoto, solitário.
RETIRAR, afastar, apartar, desviar.
retirar-sk , apartar-se, ausentar^-se —
escoar-s^, esquiver-se.
rbtiro, desvio, ermo, solidão,
retocar, aperfeiçoar, polir.
RETOQUE, eperfeiçohmeato, perfeição, Ul«
tima lima,
REToscíDO, reíôrio, torcido, torto -« re«
líiíído «" revolto «« ourvo.
R^TQr.WAít , feifcjSêSF, YoUíif, vâlfer m,
revirnr.
aaxo&Nô, recompensa '- carobío, troco ^
graiidão , recouhseiía«?nto — tornada, vol"
ia,
retouçador ou Rítovçâo, bulô-bule, bu-
liçoso, inquieto.
RETouçAR SB, espojar-se —brincar — cor-
rer — pular, saltar.
retkactação, negação, palinodia, revo-
gação.
retractar se, desdizer se.
RETRAÍDO, recolhido, letirado — dissimu-
lado.
Retraímrnto, retrete — retirada — re-
serva.
RETRAÍR, retirar — desvia?*, impedir, to-
lher — dissimular, occultar.
retratar, afigurar, pintar — imitar, re-
medear — descrever.
retrato, effigie, figura, imagona — copia,
imitação, semelhança.
RETRETE, Camarim, gabinete — commua,
privada, secreta.
RBTRiBuiçÃo, paga, salário —premio, re-«
compoasa.
HKt&tBuiii, pegar, t>.''emlftf, le^isp^a*
IlEV
RSTiiiLHAR, recalcar, repizar.
BKTn INÇADO, sublil — molicioso — cavil-
loso, dissimulAclo.
RETRO, atrás, detrás, para trás -- an-
tes.
RETROGRADAB, retrocedep.
RETUMBANTE, eStfOndoSO.
RiTUMBAB, reboar, resoar, resonar, soar,
toar — rebombar, rebramai — reflectir, re-
percutir.
RETUMBO, rebombo.
RETUNDiR, reprimir.
REUKiÃo, reconciliação.
REiNiR, resjunctar, reannexar — amigar,
reconciliar.
REvaLAÇÃo, inspiração — declaração, ma-
nifestação, publicação -— apocftlypse.
RKVELÃo, birrenío, opiniático, pertinaz,
teimoso, ic.sto.
RKVfiLAR, descobrir, divulgar , manifes-
tar.
REVENgRAR, acatar, reverenciar.
REVER, examinar — corrigir, retocar —
(w.) coar, reçumar.
RÊVfiíiBiíRAÇAO, reflexão, rtípercussão.
uRV£iiBEiiAR, brilbar, ruflectir, repercu-
tir,
ReVkpbrro, clarão, resplandor. '
REVKRENciAf, cortezÍ8, mesura — acat»-
Bienlo, respeito, veneração.
REVKRiHciAR, acatar, respeitar, vens-
t9t.
ísevBiisÂô, tornada, tolia,
»iYi|gAB, arrebeçar. lançar, voroitar,
_ BÍVÍ12 ou lUíéí, reverso — {pi) Rlierna»
ti?as, vicissitudes — desgraças, infortúnios
REVEZAR, alternar,
REvtzo , contrario, opposío — impidoso
— escabroso, diílicil — lempesluoso — vio-
lento (mar).
REVISÃO, exame, revista,
iiEVisTo , correcto, corrigido, emenda-
do.
KEviVKR, resurgir, resuscitar.
REVOGAÇÃO, auuullação.
REVOLTA, levantamento, sedição — con-
fusão, desordem, motim, tumulto — bando-
ria, união — briga — volta.
REVOLTAR, Teioiquir — amotíuar, suble-
var, revolver.
REVOLTO, revolvido — curvo, retorto, re-
virado — crespo, torcido — dobrado, volta-
do — inquieto — turvado — rebelde — bo-
to.
REVOLTOSO, perturbador, sedicioso— amo-
tinador, tumultuoso — inquieto, turbulento
— faccioso.
REVOLUÇÃO, amotinaçào, desordem — mu
dança — alternativa, successâo — decadoa-
çl», quóla, ruina — peidtt — cyclo,
RIP
10&3
R8V0LUTO, enrolado, enroscado.
REVOLVER, examinar, ver — considerar —
remexer — conspirar, revoltar — desandar,
retroceder.
RftvoLViMENTO, revolução.
Rezí, oração.
RumocERONTE, Rhinoceros on Rhinoce-r
rote, unicórnio.
RUiTMo ou Rhythmo, cadencia, medida,
numero, trovas.
RIBA ou Ilibada, corabro, outeirinho —
margem, ribanceira, ribeira — cima.
RiBALDiA, Ribaldaria ou Ribalderia, des*
lealdade — veihacaria'.
RíBALDo, desleal, pérfido — mau — velha^
CO.
RiBAwçA OU Ribanceira, borda, orla —
margem, riba.
* ribar, aluir, derribar, derrocar.
RIBFJRA, bo'da, msrgem, riba —- ribei-
ro.
RiBEiBADA, rio — arroio, regalo — cor-
rente, torrente.
RtpEiRo, arroio, regato, remanso.
RICO, opulento • caudaloso, copioso —
poderoso — bello — abundante, fértil - di-
nheiroso — precioso.
RiDEiSTB, risonho.
RDiCULARiA OU Ridicuks, inépcia, lou"
cura, tolice — bsgatfjla, friokira.
^ RIDÍCULO ou RidiculosQ, extrangaulQ —
biltre, picaresco.
mflOi adagio, pfovôíblo.
Mc,}í)n Qix Bi^ ideia, «ustaridaás »« ía«
neíi.bjiiJade — geveridade,
RiGiao, açpefo, duro -- foríe, rfbuita-"
rijo, solido — austero, savero — aspérrimo
— acérrimo — inclemente, rigoroso — jus-
ticioso — inexorável, ioflexiveí — estóico,
RIGOR ou Rígoridade, austeridade — a3«
pereza, dureza — inclemência — severidade
— força, fortaleza, exactidão.
RiGoiioso ou Riguroso, severo — cruel —
áspero, duro — estri.-^to — eíferado.
RiJsZA, dureza — força, vigor — firme-
za.
RIJO, durazio, duro — forte, robusto —
alto — inteiro, rigido — áspero, severo.
RIMA ou Rhyma, acervo, montão, mon-
te, ruma — consoante ~ [pi.) versos.
RiMADOR ou Rhymador, trovista, verse-
jador.
RIMAR ou Rhymar, metrificar, versificar
— concordar.
RiNCHADon, binnidor, rinchante.
RINCHAR, biunir, nitrir, relinchar.
RiNGiH, ranger.
BIO, flamen, ribeira — torrente — abun-
dância.
RipANço Q\xRip(tnio, Oímilha, esprpgui-
«eiro — pachôffa, vagar.
105*
BOÔ
ROT
htquezas , divicias, opulência — cabe-
daes, thesouro3 — bens, haveres, posses
— < fortuna.
EisiDA., gargalhada, riso.
RISCAR, aspar, raiar — apagar, borrar —
debuxar.
Risco, risca, traço — delíneaçSo — alcan-
til, penhasco — perigo.
Biscoso, arriscado, perigoso,
BisOi rir, soriiso — alegria, jubilo.
RISONHO, alegre, jubiloso, ridente.
RISPIDEZ ou fíispideza, aspereza, rigor,
braveza, ferocidade.
RÍSPIDO, bravo, cruel, feroz — áspero —
arrogante.
RIVAL, competidor, contendor, emulo —
concurrente — comborço.
RIVALIDADE, concurrencia, enulação.
RIXA, briga — desavença, discórdia ■—
lha. rifaria.
RixADOR ou Rixoso, altercador — brigão,
bulhento, rifador — inquieto, turbulento.
RiXAR, contender, disputar — brigar.
ROAZ, arrebatador, roubador — maldi-
zente, maledieo, murmur^dor — roedor
ROBOKAR, corroborar, fortificar — confir-
mar.
ROBUSTEZ ou Robusteza, força, fortaleza,
vigor.
ROBUSTO , athletico , forte, membrudo^
nervoso, nervudo, vigoroso.
ROÇAGANiE, caudal, caudato, rojsnte.
ROÇAR-SK, aproximar-se, parecer-se —
deprecações, rogativas, suppU*
arrastão, tir5o — [pL]
esfregar-se.
BOCHA, penha, [penhasco, roca, roçado,
rochedo,
ROCHEDO, penedo, penha, penhasco, ro-
çado, rocha.
R)CiA,DA, chuveiro, chuvisco, orvalhada,
orvalho, rocio.
liOCiAR ou J{05Cíar, borrifar, molhar, or-
valhar — humedecer.
KOCio ou Roscio. chuvisco, orvalho.
KODA, circulo, mó — âmbito, circuito.
iiODAMONrADA, biavaía, feros — fanfarri-
ce — bizarrice,
RODAR, gyrar, rolar, voltear.
RODKAR, abraçar, cercar, cingir, tornear
— - gyrer.
RODBLLA ou Rodclã, broquel, escudo.
RODEO 01 Rodeio, aufracto, gyro, regy-
ro, torciooilo, viravolta, volta — (de pala-
vras) acubages, circumioquios.
HOKDOR, consumidor.
ROER, carcomer — raiar — inquietar —
ítormentftr, consumir, molestar — maldizer,
muraíurar — pi;ar, pungir.
ROGAR, orar, pedir, supplicar — interce-
der.
ROGATIVA ou Rogatória, freccs, rogo,
guj^plica, I
ROGOS ,
oas.
Rojjo, garrochao
torresmos.
ROJAR, arrastar.
ROL, apontamento — catalogo, lista,
ROLDANA, moitào, poló.
ROLHO, gordo, redondo.
Romanos, Latines, Romuleos.
Romagem ou Romage, peregrinação, ro*
maria ou ronieria.
ROMANCE, conto, fabula, novella,
ROMBO, buraco, furo.
ROMíiRo ou Romario, peregrinador, pet
regrino.
BOMPíR , espedaçar, lacerar, rasgar — »
abrir, dividir, fender — partir, quebrar—*
separar — desbaratar, destroçar, vencer—.
bU' atravessar, cortai — atalhar, estorvar — des-»
parar — {n,.) apparecer, assomar.
ROMPIMENTO, arrombamento, quebradu-»
ra, rotura — desbarate, destroço, rota.
RONCA, bravata, fanfarrice, quichotadn
— busina, trompa.
RONCADOR, bravateador, fanfarrSo — ys."
lentào.
RoííCAR, resonar — rugir — bravatear -h
blasonar.
RONCARIA , ameaças , bravatas, feros -—>
fanfarrice, rabolaria.
RONCARIA, v«gar, zorrice.
RONCEIRO, pasáeiro, vagaroso, zorreiro -^ '
tardo.
Ri Nco, ronquido — rugido — bravata,
ronca — (arfj.) rouco.
RONHA, patrulha, * roída.
iio^iikou Runha, morrinha, sarn^ — er^
ronia • — malícia, manha.
BONQUE^^o, rouco.
robante OU Rorifero, orvalhoso. ;
ROSADO, nacarado, puaiceo, purpúreo,
róseo, rubicuudo. sanguiueo, vermelho.
ROSciDO, orvalhado.
ROSEAR, enverraelhecer, rosar
ROSNAR, resmungar — murmurar.
ROsiiR, moer, pizar — maUraclar — mas-
tigar.
ROSTO ou Jioatro, aspeito, cara, * doai-
ro, fac^, sembliule , vulto — dianteira,
frente.
rota , desbarato, destroço — caminho,
derreia, vifljt^m — estylo, ordem.
ROTAMENTE , aberta, clara, francamen-
te.
ROTEIRO, itinerário — insíracção, norma,
regimento.
KOTO. fendido, quebrado, rompido — es-
farrapado, rasgado —desbaratado, vencido
interrompido — ruinoso.
ROTOLo ou Rotulo, ioscripçâo, lettreirç)
— taboíeta — sobrescrÍT.to,
I
MG
IrotUnddadí, redondeza.
I ROTUNDO, circular, orbiculsr, redondo.
I ROTURA ou IXuptura, abertura — des-
■nião, rompimentu — quebra.
P BOUBADOtt, ladrão, rapinante.
í ROUBAR, furtar, pilhar, saquear — levar
— captar, rebatar, apossar-se, senhorear-
se.
ROUBO, furto, ladrcíce, latrocinio, pilha-
gem, pirataria, rapina — rapto.
ROUCO, enrouquecido, raucisono, rouque-
nho.
ROUPA, lençaria — fato — chlamyde —
cepa — vestidura.
ROUPAR, enroupar.
RouviNBOso, caprichoso, estravagante —
diílicil.
ROUXINOL ou Russinol^ Philomela.
RUBENTE, corado, rúbido, rubro.
RUBICUNDO, nacarado, purpúreo, rosado,
Toseo, rubro, vermelho, saoguineo.
RUBiM ou Rubif pyropo.
RUBO, çarça.
RUBo.R vermelhidão — pejo, vergonha.
RUBRO, ardente, colorado, rubicundo, rú-
bido, vermelho.
RUDS ou Rudo^ áspero, escabroso — gros-
seiro, tosco — boçal, estúpido, ignorante —
chavasco, jalofo.
RUDEZA, aspereza —grosseria— -estupidez,
ignorância — incultura.
RUDIMENTO, ensaio, principio.
^ RUFIÃO ou Rufista, brigão, espadachim,
íichoso — alcoviteiro.
RUGIDO, bramido, urro — estrido, estron-
do.
itiJSiKti, bramldor, rugidor.
RUT
ma
RUGia, bramir, urrar — estrondear, mur-
murar.
Rur.oso, decrépito — senil.
RUÍDO, estampido, estrepido, estrondo,
fragor, maliuada, rumor — alarido, clamor
— brados, gritos — voieria — murmúrio,
sussurro — fama, nome.
Ruíuoso, estrepitoso, eslrondo:>o, fragoroso
— b ixoso, rixador — gritador.
RtÍH ou Ruin, mau, péssimo.
Ruí?{A, destroço, destruição — exicio —
.^ssoljção, desolação — calamidade, desgra-
ça, infelicidade, infortúnio — miséria — des-
astre.
rlínador, assolador, dessolador, devas-
tador.
ruínar. arruinar, destruir.
RUiNDADR, maldade — iniquidade — tra*
vessura — malignidade.
RUINOSO, arruinado, velho — damaoso.
RUIR, arrasar, derribar, desfazer — (ti.)
cair, tombar.
RUMINAR, rumar, rumiar.
RUMOR , estrépito , estrondo , ruído — '
atoarda, boato, fama, noticia.
(URAL, campesino, campestre.
RURCiOLO, camponez,
RUSTiciDADB, Rustiquidadc OU Rusíiqui''
za, grosseria, rudeza.
RÚSTICO, camponez, colono — grosseiro,
tosco — descortez, inurbano — zote— agres-
te, inculto — áspero, hórrido — silvestre —
vilão — bordegão — vil — * saiguez —acha-
vasíado.
RUTILANTE, brilhante, corusctnte — áu-
reo, rutilo.
RUTILAR) bHlhar, luzir, resplandecer.
1Q\
1058
SÀF
SAL
S
SABEDOR, prudente, sábio — iaformado, >
instructo.
SABEDORIA. OU Sahiduria, douirina, sa-
ber, scienciâ, ♦ sageirs, * sageria — pru-
dência.
SABER, conhecer — agradar — (*.) dou-
trina, erudiçãOj letras, sciencía.
SABgRETES, crudições, noticias. I
8ABIAMKNT1S, ftssisada, prudente, sabedor-
mente.
SABIDO, conhecido, evidente, notório, pa-
tente, publico — astuto — destro, expe-
rioaentado, prudente.
sabio, douto, sabedor , "^ sagez, scien-
te — assisado, judicioso — cauto, pruden-
te — conspico — {s.) mago.
saBonets, apupada, vaia.
SABOR, gosto, paladar — discrição.
SABORiDo, Saboroso ou SabWoso, appe-
liíoso, gostoso — agradável — discreto —
doce, suave.
Sabre, chifarote, terçado.
SACA, exportação, extracção.
SACAR, arrancar, extrôhr, tirar — expor-
tar.
saCerdota, sacerJotiza.
SACKRDOTi, clérigo, padre, presbytero,
* preste.
SACIAR, farlar — {v. r.) abbre?iar-se.
Saciedade, fsrtura repleção.
SACRiFiCíO, holocausio, oblação, victi-
ma.
SACRILÉGIO, impiedade, irreverência, pro-
fanação,
saCiulego. Ímpio, profano.
SACRO, sagrado, sancto — adorado, ve-
nerado.
sicuDiDURA, abalo, sucudiia, sacudi-
dela.
SACUDIR, abalar, abjiiâr, agitar, toover
— arrojar, eípellíf.
siFAti, açáfátdí
SAFAR OU Çafar, gastar, u58r~ desem-
biraçar, despej/sr — («. r.) ciâcar-se, es-
capulir-se — ir se.
SAFARO, bravio, bravo, esquivo — as-
pf ro, rude — dêsôortei, gros&eiro — ia.
discreto.
sÁFíO, tosco — ignorante, inculto — bai-
xo.
SAFO, gasto, safido, usido — desecoba-
raçado, despejado — prompto.
SAFRA ou Ça/? a, bigorna, incude ~»aôa-
fra, novidade.
SAGACiDADK, Bgudeza, pônetfação, porspi*
* sagacrza, ♦ ssgacia ~ astúcia, tra-
cacia,
ça
SAGAZ cu Sagace, ar.liloso, arteiro, astu-
to, fino, manhoso, matreiro — agudo.
* SAGiÃo, algoz.
SAGRADO, sacro, sacrosancto, sancto —
augusto.
Sachar, consagrar, dedicar.
SAniDA ou Salda, exida, sortida — ven««
da — digressão — êxito — interpretação
— evasão — desculpa, expediente — meio,
via — apartamento.
SAHia ou Sair, apparecer — livrar-se»
tírar-so — desembaraçai -se — terminar
resultar*
SAHiR-sE ou Sair-se, aparíar-se, ir se —
dessforar-se.
SAiBiiO, areia (grossa).
Sal PICO, discrição, graça.
salariàr, assalariar, estipendiar.
SALÁRIO, estipendio, g«g^, remunera-
ção.
salaZ, icnpudi o, impuro.
Salgado, salso.
SALIVA, baba, cuspo, escuma, esputo.
Salivar, cuspir.
bàlpicadura. salpico.
salsada, alhada, erebraMda , enre*
SAN
SCE
1057
Salso, salivado, salitroso.
Saltada ou 5a /ícarfa. correria, incursão, j
salio — lairccinio. roubo.
Saltador, pulador — bailarim — brin-í
cadiT. I
SALTAR, pular, saltinhar. |
s.ii TATRicit, bailarinha , dansarina, dan-
satriz.
SALTEADOR, bandoleífo, foragido, ladrão
— pilhaule, rapionuto.
salteamknto, sobresalto.
SALiÊAH, assaltar, sobresallear — rapi-
nar, saquear.
saltisluanco, charlatão, farcista, peloU-
queifo,
SALTO, pulo — Cíbriola ~ salteada.
SALLBaE, sadio, salulifero, saudável.
SALiiAB ou Salulifero, s&udavel — be-
Leíico, útil.
SALVA, cortezia. saudação, vénia — des-
ça rj^a.
SiLVAçÃo, bemavonlurança, \idi eterna
— ccuservação — segurança.
sjiLViGsa, Sehagem ou SèUcgCt moa-
leziíiho, rústico, silvestre — bárbaro, cruel,
feroz — iíidoailto — estéril, iflcuUo — ru-
de — igitorantô.
SALVÁNI8, exorpto, senão.
bàlvau, bemaveatura? — saudar — cgd-
BTvar — livrar, preservar — doíonder —
desculpar.
SAL-^AR s£, abrigar- se, seoiher-sej re-
guarectr-se — fugir.
SALVO, incólume, são — inteiro — (a<i»)
excepto, s8i)âo.
sALv.ÁCo.NDLTO OU Salvo-comucto , ^àS'
saporle — istnção, privilegio.
SÃM2NTE, saudável, siucerameule.
-Sa>Cai)ílha, alçaperna, cambapé.
SANCÇÃo.constiiuição, ordeoac^ào, pragmá-
tica — couíirmaçào.
SA>cciONAR, contirmar.
SAjNLiáo ou Sandeu, insano , insensato ,
mentecapto — asno, pateta, raça, tolo —
inerte.
SAKDiAMENTE, parvoa, tolamente.
saM)ick, hsueira, loucura, ne ceda de, par-
voíce, tolice.
SANDio, papalvo, tolo.
sanevR ou Saíiar, curar, remediar, repa-
rar, sar.ar.
SAvNFONflA, flauta, gaita pastoril
sa>GL'e, ascendência, geração — familia
— estirpe, progénie, prosápia.
SANGui^Ko, encarnado, nacara-r^o, pu^pu
r^o rutii^undo, rubro, sanguinUo, vorme-
lllO
sanguinolento, sanguinário, sanguíneo,
farguir.oso, — ensínguentado — atroz,
bárbaro, cruel, crueuiu, feroz — imj.io —
inhumano, tyrauuo.
TOL IT.
fugiar-se
SANHA, coleia, furor, ira, raiva, indigna-
ção.
SA^^c;so, Sankudo ou Sanhado, assanha-
do, í'oso, irritado, rábido — mal assom-
brado.
sashijAdií ou Sanctidade, devoção, pie-
dade — iniiocencia — virtude — (p/.) deu-
ses, numes.
santilão on SanctUão, hypocrita.
Santo ou Sanrto, bemaventurado — di-
vo — [odj.) divino, sacro, sacrosanto, sa-
grado — bom. virtuoso — devoto, pio —
religioso, respeitável.
SAPiKNcrA, sabedoria — prudência.
s^piENTE, sábio — prudente.
s.iQUE ou ' Saco; puhh^nm.
Saquear, 0Xv»iiar, roubir.
s/QuiNno, saquete, s«qaitel.
Saiíaiva, granizo, pedra, pedrisco.
s^HAR, curar, guarecer — consolidar.
Sakca5M0, ironi>i — injuria, ultraje.
sahrackno ou Sarracino^ Agareno, Is-
maeiista, Maaritan;», Mauro, Mouro.
sartãa ou Sana, frig tioira.
satâNàz ou Satanás, Brhebuth , Lúci-
fer, Satfia — demonu?, disibo — tenta-
dor.
SATRLLUg. gnarda.
SATi-^A on Sahjya, critica, c;'ns«ra -«- es*
earneo, molejo — murraaração.
8ATÍK1C0 ou tatyrico, mordòz, picante
— (s ) zoilo
S.Í.TÍRISAR ou Saíyrisar, consurar, cri-
ticar — olieader, ultrajar, maldizer.
SAiiuos Oii Satyros, Kaunos, Silvanos.
SATISFAÇÃO, alegiia, contentamento, gos-
to, satisfaziuienlo — escusa.
SATiSFAZEu, coutontar — compensar, pa-
gar — remedia)*, reparar — obedecer — ■
cumprir, observar
SATisrEiío, contente — pago.
satrapà, sábio — fidalgo.^
SAUDAÇÃO, cortezia, salá.
saudak, comprimentar, salvar.
Saudável, salubre, salutar, salutifero —
benéfico, ulil.
SAUDOSO» SOÍ-JOSO.
SAZÃO, estação, quadra, 'tempo — con-
jancção; conjunctura, eos^^jo.
SAZOAR ou Sazonar, adubar, temperar
— íLaduj:ecer (os fructos).
saZOnvix) ou Razoado, maduro.
scELiíiAno ou Scclerato, dt^Sfiimado, fa-
cinoroso, malvado, perverso — atroz, hor-
rível.
SCíT^A, baslido^ps, visías — espectáculo
— [l>l.] circumstducias, estados, fortunas,
etc.
sCíNiCo, iheatral.
SCKpi'JCi.sMO, u^ríhunismo.
sctpiko, rrttleza, soberania» — rei,
^65
xm
gEG
SEM
sciEKCíA, sabedoria, saber — doutrina, I
erudição — conhecimento, noticia — expe-
riência — habilidade, industria, subtileza
— practica, uso.
sciENTE, douto, sabedor, sábio — iatel-
ligenle, periío.
sciENTiEiCO, douto, iostruidq, sábio -r-
líabil.
sciNTiLLANTis, ardente, brilhante, lumi-
liesQ, luzeiUo, radiante, refulgente.
scijsTiLLAR, chammejar — brilhar — cre-
pitar, faiscar.
scopo, alvo, fim, mira, objecto, ponto.
sÈy Gfilhedral.
SEARA, messe, SBnaenteira.
SEBENTO bu Sebaso, ensaboado, gordu-
rento, unetuoso.
SEPO, banha, gordura.
SECCAR, murchar, myrrhar-se — enxugar
— {n.) esgotar-se.
SECCAR-SE, deíinhar-se, finar-se — aca-
bar-se.
SECCO ou Seco, arido, myrrhado — en-
xuto— desabrido, esquivo — sequioso —
resequido,
SECCURA, aridura, secea — desabrinaen-
to.
SECRETA, commua, latrina, privada.
SECRETO, escondido, recôndito — occul-
to — escuso, retirado — calado — [s.) ar-
cano, segredo. I
SECTA, seita.
sECTvRio, defensor, partidário, sequaz;
SÉCULO ou Síclo, evo, idade, período, '
segre, * siglomundo.
siiDF, sssfnlo, cadeira.
SEDE, arder — anciã, desejo — amor —
appetiie, vontade — ambição, cubica —
avareya.^
sedeívTO, sequioso.
SEDEUDO, cerdoso, setigero.
SEDIÇÃO, alterarão, alvoroto, levantamen-
to, motim, tumulto — discórdia — con-
juração, rebellião — bando, partido.
SEDICIOSO, faccioso, perturbador, rebel-
de, revoltoso ~ turbulento.
SEDiço cu * Sediciço, podre — corru-
pjo — \eliio — sabido, trilhado,
SEDiMKSTo, borra, lia, pé.
.«EWICÇ40, ©ugíino. suborno — allicia^o
— careaçào — charla tanisico , úapostu-
ra.
SPDiLA, bilhete, escriptinho.
S2DUZ1H, enganar — corromper, peitar,
subornar — alliciar, caiear.
SEGA, ceifa, segadura.
SEGAbOa, ceifeiro.
SEGAR, ceifar — cercear, cortar.
SB6E, carrinho, carrocim, carroa^ fem —
caieçat
BJLGMinTo, pedaço, retalho,
s^"RAL, secular.
FEGaEDO, arcano, mysterio, secreto —
achado, invento.
SKGuiBO, acompanhado — frequentado,
trilhado — cortejado — pretendido.
SKGuiDOR, acompanhador — frequentador
— partidista, sequaz.
síiGUiMERTO, acompanhíimento, comitiva,
séquito — alcance.
siíGUiR, acompanhar — dirigir-se por...
— continuar, perseverar, persistir — imi-
tar — conformar-se — obedecer.
S£GuiR-SE, vir depois — causar-se, pro-
ceder.
segukdar, recomeçar, reiterar, renovar,
repelir.
segusdo, a segundo, conforme.
SEGURANÇA ou Seguridade, constância —
intrepidez — estabelidade, firmeza — cer-
teza — caução — salvo conducto.
SEGURAR, especar, firmar — apoiar, sus-
ter — agarrar, asir — prender.
SEGURE, * Segura ou isecurCf bipenne,
machada.
SEGURO, estável, firme, permanente, so-
lido — certo — fiel.
SEIO, regflço — grémio — centro — ma-
mas, peitos.
SEITA, cabala, facçSo, partido — schis-
ma.
SKixo, brelho, calhau, canto — {pi.) pe-
dregulho,
SELECÇÃO, escolha.
SELECTO, escolhido — excellente.
SELLAa, assellar — avaliar, julgar,
ter.
SELLO, sinete — apuramento, apuro, per-
feição, ultima mão.
SELVA ou Sevula, matta, matto — bos-
que, espessura, floresta.
SELVÁTICO, selvoso, silvestrc — agreste,
rústico, selvajtí — inculto — fero, feroz —
áspero, aspérrimo, duro — hórrido — gros-
seiro.
SEMBLANTE OU * Sembrante, cara, face,
rosto — aspeito, catadura, doairo , gesto,
pbysionomia, vulto — mostra, viso.
SEMBLEA ou Scmblcia, confíresso, jontá
de pessoas — chamada de soldados.
8E1KA, farello.
SEMEAR ou Sementar, espalhar — divul-
gar, publicar — «uscilar — prodigar.
" «BMEL, «leseendencia, geraçSo.
SEMELHANÇA ou Similhança, analogia, con-
formidade, igualha, * simildão — paren-
tesco — imagem, relrato.
SEMELHANTE OU Similhante , conforme,
igual, ir mão, par, parecido, similhavel —
(«.) comparação.
S£UELflAR-s« ou Similhar-se, parecer-se^
— comparar-se.
SE!9
SBft
Í0I8
8EM BMBABGO, 8 despeito, 8 pezoF, mau
grado, nâo obstante.
svusif, semente — esperma.
sEMBNTi, sémen — causa, motivo, ori-
gem.
SKHi, meio.
SKMiDKos ou Semideus^ heroe — meio-
deos.
skminario, coUegio — viveiro — (de plan-
tas).
SEMITA, atalho, tramite.
SEMiviRo, semihomem — effeminndo, fra-
co, molle,
SEMPTTSRRO, sb-etemo.
SBMPKE, continua, eterna, perenne, per-
petuamente.
SKMRAzÃo ou Sem-razão, affronta, ag-
gravo — injustiça damno.
SKMSABOR, desenxabido, iiisipido, insulso'
— desengraçado — indiscreto — inepto —
[s.) frieza, semsaboria — luepcia.
SEH SAL, insípido, insulso — fresco.
SENÃO, defeito, falta, mancha — [adv.)
excepto — menos.
SENDAL, véo — banda, liga.
SENGO, avisado, prudente — sabedor, sá-
bio — illustrado — sentencioso.
SENHO, carranca.
SENHOR, dono, proprietário — magnate
— pae — Adonai, Deos — mísser, moo-
seor — sô.
SENHORA, dona, madama, matrona.
SENHOREAR, dominar, governar, imperar,
mandar, reinar,
sknhobeak-se, apoderar-se, apossar-se,
tomar.
SENHORIO, império, reino — estados —
autoridade, domínio, mando — dono, pos-
suidor, senhor — posse.
SENIL, ancião, idoso, velho, maduro.
SENKLiDADE, braucas, velhice.
SENRsiRA, aversão.
SENSATO, ajuizado, prudente, sábio, si-
sudo.
• SENSIBILIDADE, beneguidado, bondade —
humanidade — ternura — diiicadeza, sen-
timento
SENSITIVO, mimoso, sensível, sensivo.
sensível OU Sensibil, delicado — dorido
— bom. humano - terno — grato.
SENSO, juízo — beslunto.
SENSUAL, carnal, impudico, lascivio.
SENSUALIDADE, carnalidado, impudicieia,
lascívia.
SENTENÇA, apophtegma, axioma, máxi-
ma — parecer, voto — conselho — aresto.
SENTENCIADOR, JUÍZ.
SENTENCIOSO, conceituoso.
SENTIDO, senso — s.gniticação, signifi-
cado — tento - (aij.) efllicto, pezaroso
•7- podre.
SENTIMENTO, afUicç&o, dôr, magoa, pe-
na — paixão — pezar, tristeza — marty-
rio, tormento — angustia, lastima — ago-
nia — opinião, parecer, voto — conheci-
mento, descftrnimento, intf»lligencia
SBNTiNELLA, atalaia, guarda, vela, vigia
— vedeta.
SENTIR doer-se — lastimar-se, queíxar-
se — aílligir-íe, agoniar-se, angusiiar-se,
magoar- se — entrístec^r-se — cundoer-se,
penalizar se — conhecer, intend«r, perce-
ber — (s.) juizo, opinião, parecer, senti-
mento, voto. •
SEPARAÇÃO, apartamento, ausência, reti-
ro — desunião, divisão — divorcio.
SEPARADO, desunido, excreto.
SEPARAR, apartar, desunir, disgregar, di-
vidir — eytremar — cortar.
SEPULCHRO ou Sepulcro, mau?oleo, moi-
mento, monumento, sepultura, tumulo —
carneiro, catacutobss, cova, jazigo.
SfcPULTADO, sepulto.
SEPULTAR, enterrar — esconder, occul-
tar.
sEpuLTtJRÀ, carneiro, cova.- enterro, jazi-
go sepulcro, tumulo — tumba.
SFQUACE ou Sequaz, partidista, sectário.
SFQUELLA OU Stqueltt, consequência, ef-
feito, resultado — seguimento — bando,
facção, partido.
SEQUER ou Siquer, ao menos, pelo me-
nos.
SEQUiDÃo, desabrimento, rigor — desa-
pego — esquivança — arídura, seccura.
SEQUIOSO, sedento , sederento — árido,
secco.
SÉQUITO ou Seguito^ acompanhamento —
amizade — benevolência — applauso —
obsequio popularidade.
SER. existir — estar — (s.) ente, pessoa
— existência, vida — essência — preço,
valor.
SEHÉA ou Sema, sirena — seductora.
SEfiRNAR, abonançar, assereuar — cal-
mar, tranquillisar — díssinar.
SERENIDADE, dcscinço, paz, socego, tran-
quillidade -- bonança, calma.
SERENO, claro, limpo — brando, placi lo,
tranquillo.
sEbiE, ordem — progressão— continua-
ção.
SERIEDADE, scrio — gravidade — impor-
tância,
SERIO, seriedade — {aáj.) grave, sisudo
— sincero.
SERMÃO, homilia, predica , pregarão —
reprehíínsào.
• SKhonio cu Sorodio, serotino, tardio, tar-
do, viudituo.
SEROSO, fqueo, acquoso.
1 SERPE ou Serpente, bicha, cobra, reptil.
Í0r3 ^
1060
SID
sm
SERPENTEAI, Serpear.
SKnpENTiMO, viperino.
^ SKRRA, monte, penedio, penhasco, serra-
nia — ruma.
&JÍRRALRO, harém — alcouce, bordel
SKBRANO. liionteahez.
sxbrazína, cáustico, impertinente, imp r-
tuno — desinqueto.
skrrazinab., causticar, importunar, in-
com!iiO(^ar.
SERRO, monte, outeiro, serra.
skRva, Servente ou Servidora, criada, •"
sargenta — escrava.
SERVENTE, criado, fâmulo, servo.
SERVENTIA ou Servenciu, uso — présti-
mo, utilidade — aberta, corredor, escada,
passadiço, rua, etc.
SERVIÇAL, obsequioso, oíTicioso, prestadio,
* servicio — operoso.
SERVIÇO, emprego, ministério — obse-
quio, oííiciosidade — proveito, utilidade —
apparelho, meneio — serventia — donati-
vo, mimo, presente | — tributo — bacio,
calhandro.
SBRviDÂo, captiveiro, escravidão — ju-
go.
SERVIL, abjecto, baixo, vil.
8ERYILHA, chincla.
S8RYIR, aproveitar, importar — obse-
quiar — ajudar, assistir, favorecer «— sup-
príp.
SERVO ou Semdor, criado, moço, ser-
vente, rarietô — • captívo, escravo -«« la-
caio.
8SSG0, obliquo, torcido '— sereno, soce-
g&do.
sEsso, anus, besbelho.
SESTA, meio dia.
sESTso, pandeiro, sistro — manha — vi-
cio — estro — (aí//.) esquerdo, sinistro.
skstroso ou Sestruoso , obstinado, tei-
moso — manhoscr.
SETA ou Setta, farpão, frecha, passador,
* xará.
SETJFERO ou Setigero, sedendo.
SETRiNA, birra, teima.
SEVERIDADE. des«brimento, rigor — aspe-
reza, austeridade, rigidez — ferocidade.
SEVERO, austero, carregado, sombrio —
rigoroso — áspero, rigido — acerbo, duro
— tétrico — implacável, inclemente — ine-
xorável, inflexível — circuraspecto — indo-
cjI — indomável, indsjmito — justiçoso.
sevícia, atrocidade, barbaridade, cruel-
dade, rigor.
SEVO, cruel, diro.
SIBILANTE, assoviante, ciciante.
stB LAR, assobiar ou assoviar — silvar —
citar.
SIBILO, assobio — silvo.
SIDÉREO, aslí-ifero — celeste, ethereo.
sisiLLO, mysterio, segrado — silencio —
sollo.
siCrNAcui-o, S"llo, sinete.
siGNiFic\R, dôclar<ip, denotar — manifes-
tar; nio.slrar — intimidar, notiticar.
SILENCIO, calada, roudvz, taciturnidadô
— reúcencia — discripção, moderação, pru-
dência — paz, tranquillidade.
SILENCIOSO, calado, mudo, tácito, tacitur-
no — socegado.
SILVADO ou Silvedo , carça — espinhal ,
matta — [adj ] espinhoso.
siL'^AN0, agreste.
siLTAR, assobiar, silvar.
SILVEIRA, silva.
siLvssiRB, agreste, montesinho, rude.
SILVO, assobio, sibilo — atito.
sia o<i * Si, certo, na verdade, sem du-
vida.
símile, comparação, confrontação, equi«
parencia — igualdade, semelhança.
SIMPLES ou Simple, parvo — néscio, tolo
— singelo — sincero — innocente — natu-
ral,
siMPLEZA ou Simplicidade, candura, in-
nocencia — lhaneza, lisura, singeleza — in-
teireza — ignorância, necedade, tolice.
SIMULAÇÃO, disfarce, dissimulação, fingi-
mento.
siMULAcao ou Simulachro, efíigie, esta-
tua, figura, ídolo, imagem.
SIMULADO, dissimulado — apparente, fin-
gido.
SIMULAR, disfêfçar, disiltnuler , fin«
gir.
SíNA, dôslino, ettrella, fado, sorte,
gtjíAL ou Signal, mancha, marca — fir-
ma — ferrete — presagio, prognostico — in-
dicaçào, indicio, mostra — divisa — arrhas
— *joia.
siscEiRO, salgueiro
SINCERIDADE, fraiiqueza, lisura, singele-
za — ingenuidade - simplicidade — candi-
dez, caadara, innocencia. '
SINCERO, cândido, innocente — ingénuo,
simplice, singelo — franco, lhano, lealdo-.
so, liso.
SINETE, sello.
SINGELEZA OU Singekz, candideza, inge-
nuidade , sinceridade — lhaneza , lisura ,
simplicidade — desaff-ictação.
SINGELO, ingemio, sincero — cândido, in-
nocente — Ih^no — desaíTectado.
SINGRAR, navegar, velejar.
SINGULAR, nnico — raro — extraordiná-
rio, insólito, peregrino — desusado, estra-
nho, inaudito, excellente, eximio — pres-
tante — dislinclo, insigne — summo — cons-
pícuo, egrégio — incomparável, inimitável
especial, bf?pecioso.
S1K6UI.1III0ADE, raridade — excellencia —
SOB
soe
1061
particularidade — distincção, especialidade,
especiosidadtí, |
siMSTRO. desgraçado, fatal, funesto, in-
fausto— mau, pernicioso — esquerdo, ses-
tro.
siiío, campa, campainha, garrida — en-
seada, seio.
siNuosioADE, reviravolta, rodeio, volta.
SINUOSO , enroscado, torcido, tortuoso,
\olleato — ondeante.
siRKNA, sereia.
SIRGAR, rebocar.
SISAR ou Sizar , furtar, pilhar , surri-
piar.
SISO, beslunto, juizo, senso — razão —
prudência —- sabedoria.
siSTRO, pandeiro,
SISUDO ou Sezudo , ajuizado, judicioso,
prudente — sábio.
sitiar, assediar, bloquear, cercar.
SITIBUNDO, sedento, sequioso.
smo, logar, paragem -- aptidão, dispo-
sição — assedio, bloqueio, cerco, cordão.
SITO,. coUocado, situado.
SITUAÇÃO, assento, logar — apostura, po-
sição.
SITUAR, assentar, collocar, pôr, sitar —
edi&car.
so ou Só, único — singular — solitário -—
[adv ) somente.
SOADA, fitma — rumor, toada.
SOADO, celebre, famoso, nomeado.
so&LRO, entabuamento, pavimento, 80>
brado, solho,
SOANTE, sonoro, toaute.
SOAR, cantar — toar -^ retumbar «^di-
viilgar-se — ouvir-se.
SOB ou Sub, abaixo, debaixo, por bai-
xo,
SOBEJAR , exceder , remanescer, restar,
sobrar ~ superar.
soBEJiDÃo ou Sobegidão, demasia, exces-
so, uitnitídade, superfluidade — atrevimen-
to, insolência.
SOBEJO, remanescente, resíduo, resto, so-
bra — [adj.) demasiado, nimio — atrevi-
do.
SOBERANIA, magestade, realeza — altive-
za, imperiosidade — dispolismo — excellen-
• cia, superioridade — orgulho, suberba.
, sOBERANisAR OU Soberauizar, eugrande-
cer, exaltar — imperar.
scBKRANo cu Sob'rano, imperador, rei,
ele. — (arfe. ) absoluto, independente, su-
premo — altivo — eílicaz-excel lente —au-
gusto
real, regio.
soBBRBA OH Suberba, altivez, arrogância,
entono. orgulho — fasto — presumpção, vai-
dade, vangloria.
SOBERBO, Superbo ou Suberbo, altivo,
arrog&nie, enfunado, entonado, suborboso
VOL. lY.
— presumido, ufano — elevado, imperioso,
soberano — esplendido, magnifico, assum-
ptuoso — precioso — augusto, regio — ma-
gestoso, pomposo — npparatoso, grandioso
opulento, rico — corajoso.
Sobrar, sobrelevar, sabrepujar — exce-
der, sobpjar;
SOBRAS, restos, sobf-jos.
sobrb, acima, de cima, em cima, por ci-
ma — acerca — além, demais.
SOBRECASACA, sobretudo.
SOBREDITO OU Sobredicto, acima dicto,
ante dii^io, susodicto.
scBRE8STARouSo6r'esíar, cessar, descon-
tinuar — impedir, obstar.
SOBRELEVAR, cxcoder, superar, vencer —
soíTrer, supportar.
soBREMAngiRA, sobremodo — excessiva,
extraordioariamento.
SOBREMESA OU Sobremeza, dessert, pos-
pasto, postres.
60BRSNADAR, boiar, fluctuar.
SOBRENATURAL, sobrehumaao — divino,
milagroso — extraordinário, maravilhoso,
prodigioso.
S0BUEN0M8, appellido, cognome.
soBREPujANÇA, excellencia, superiorida-
de, vani«jem — excesso.
SOBREPUJAR ou Sobrepojar, lustrar mais,
realçar-se — campear.
soBRESALTAR, sobf6salícar, surprender —
assustar, i^zquieí^f,
soBRESALTo, assaltada, saltesmsnío — des-
SQcego, inquietação, susto — alarma,^ reba-
te.
SOBRETUDO, císscão, sobrecasHca — {adv.)
mormente, principalmente,
soBRiviH, acontecer, occorrer, succeder.
soflíiíEDADB, moderação, temperança —
frug^lidâde — mediocridade.
SÓBRIO, moderado, temperado— frugal,
parco — abstinente.
SOBRCSO, embaraço, impedimento, obstá-
culo.
sócco ou Soco , borieguim — poanha ,
masmorra, prisão.
soccoRREa ou Socorrer, ajudar, auxiliar
acorrer, Rciidir, assistir, valer — apadri-
nhar— (r.) recorrer.
socGORRO ou Socorro, acorro, ajuda, as-
sistência, favor — adjulorlo, auxilio — pre-
sidio,
sfCEGADO, descançado, repousado — pia-
ciio, tranquiil) — calmo, quieto, sereno —
abrandado, npplaeado, raitigido — amansa-
do, domado.
socEGAR, aquietar, assocegar, remansar^M
tranquillisar — adormecer.
socKGo, assoc3go, descanço, quietação,
tranquillidado — bonança.
socuiAR, esconder.
266
IIU
mi
500I4V8L OU Sodahil, famUlRf, sooial -*
ftinigttval •— oosQpstive!.
mcío, adj anoto, ooUegff| companheiro,
parceiro — complice — pOTÚdista.
soco, murro, pnnbadit.
SOÇOBRAR ou Svssohmr, afundar, sub-
mergir — acapeikr, alagar — agitar, per-
turbar.
soçoBtK» ou Sossohro, inundeçào, sub-
roerfião — etnação, perturbação.
* S0ED4DB ou * Soicíarfe, ermo, soleda-
de, solidão ~ ssiidade,
* soRR ou Sohr. c stumar.
SOBZ, porco, sórdido, sujo.
soFFíiEDoa ou Sofredor, aturador, pa-'
oiente.
soFFAER ou Sofrer, «turar, curtir, eu-
durar, padecer, siipportar, tolerar — pe-
nar ~ disfarçar, dis>iiiiular
soFPRiDO ou Sofrido, paciente, resigna-
do, soíTredor.
soFFaiMENTO OU Sofrimsnto, bojo, pa-
ciência, resigaação, tolerância — dôr, pa-
decimento, pena, tormento —trabalho —
soffrença.
soFFftivEL, comportável, sup portável, to-
lei^avel.
SOFREAR, conter, reprimir.
SÔFREGO, açorado, ávido, cubiçoso, de-
sejoso — comilão, glotão, voraz, afervo-
rado.
soÍDO, estrondo, som, sonido.
* sojoRNo, casa, habitação, morada.
SOL, Apollo, Hyperion. fhebo, Titaa —
chão, terreno — dia — [íidj.) cynthio, de-
lio.
soLApADAMENTs, a occultas, ás escoudi-
das.
SOLÁRIO, soalheiro.
SOLAVANCO, sacão.
SOLDADA, estipendio, paga — premio, re-
compensa."
SOLDADO, combatente, guerreiro, militar
— {pi.) gente de armas.
SOLDO, pré — paga, salário.
SOLRDADK, desamparo — deserto, ermo,
solidão — desvio, retiro.
SOLEMNE, annual — cfílebre — apparato-
so, pomposo — authentico, publico.
SOLERCIA, astúcia, habilidfide industria.
SOLBRTE, filio, sagaz —hábil, ingenho-
so.
SOLEVANTAR OU Solcvxr, crguef.
SOLHO, pavioaonto, soalhj, sobrado, so-
lhado.
soLiCíTAR OU SoUicitar^ ageaciar, dili-
fçeudiap — iadusir, tentar —estimular, ia-
cit9r, iUítigir — allidi^r, requestar.
SOLICITO ott So/Zictío, diligeute — attea-
to. d3S/tíUdo, vigilintd — an;io50, cuida-
doso— caato, próvido — prudeute, sábio
SOM
-« afadigado, laborioso — incansável -« \nm
cessante — primoroso.
soLiDio, ermo, retiro *— * soadad^, soU
dão, soledade, solitude.
SOLIDAR, fortalecer, confirmar, corrobo-
rar— assentar, estabelecer, fundar.
SOLIDEZ ou Solideza, consistenoia, firme-^
za, força.
SOLIDO, duro, maciço — robusVo — firme,
fixo — constante — r^ial — durável, perdu-
rável — permanente, persistente — esuvtl,
inconcusso, s^^guro.
soLio, ihron)
soLíTA^io, anacjoreta, ceaobiti, e^mitÃo
— [adj] deserto, deshabitado, d3spovroalo,
ermo.
soLiTO, costumado, ordinário, usual.
soLLíCiTO. cuidadoso, diligente.
SOLO, chão, terra, terreno.
SOLTA, maniula, peia.
soLTAM'íNfK, desembaraçada, licenciosa,
livremeate,
SOLTAR, desamíirrar, desstar, desprenler,
suxar — abrir mão, largar —explicar ~des-
fazíír — dissolver — abandonar, deixar —
conceder, permittir.
suLTO, desatado, soluto, suxo — inle-
pendente, iivro — dissoluto, licencios j —
destorcido, frouxo, laxo, ligeiro —espargi-
do, nhado — deseafreado, infrene.
SOLTURA, liberdade, iivraoaento — dnsco-
mediaaento, despejo — denodo — dissotu;ão.
licenciosidade —explicação, interpretação,
solução — agilidade , desembaraço.
SOLUÇÃO, dissolução — explicação — re-
solução .
SOLUÇAR ou Sambar, ai, gemido, suspi-
ro.
SOLVER, derreter, dissolver.
SOM, soada, sonido, tom — bique, retu^n-
bfi — estrondo, ruido — consonância — cUn-
gor (da tuba).
SOMBRA, apparencia, ar, oôr, pret^xti —
figura, imagrím, representação — aiíipan,
favor, protecção — sooabreado — ei^-ioiro,
phantasma, visão — (pi ) almas, guiras, ma-
nes — irevas — signaes. vestígios.
soMBREtRO, alcornoque, chapeo di s^l,
quitt* sol — chapeo.
sosHjRio, escuro, fusco, opaco, umHrosa
— carrancudo, s^ívero — atro, túrbido.
soíKNOs, inferior.
soMiíNiE, meratninte, não mais, só. so-
lamenti, unicaoafiute — afora, excepto.
soMiTEOA^RiA, avareia, masquiahoz, so-
vinaria — sodonia.
soMiTEso, parco —cainho, masquinho —
sodomita.
so«v[A', addicção, importância, monta,
numero, qua itia.
souttAR, adlicioaar —epilogar, resaoir, -
MM
soMNiGERO. somnifero, somnifico, somno-
lento, soporifero. , .,
soMNOLENTO OU SonorcntOt adormecido
— entorpecido.
SONDA, prumo atenta.
SONDAR, apalpar, tentear — examinar, in-
dagar. . 1 • Ml
SONHO, visão — chimera, phantasia— lUu-
sãJ, vaidade.
scNiDD, soído, som, tom — estrondo, ruí-
SONO OU Somno, adormecimento, descan-
so, repouso. , . ,
SONOLENTO ou ^omnoleuto , dorminhoco,
sonorento, soporoso.
SONORO ou Sonoroso, canoro, harmónico,
harmonioso , melodioso , musico, soante,
sonante, sonisono— estrondoso, ruidoso.
SOPEAR, calcar, trilhar — enfreiar, re-
primir.
sopitar; adormecer, amadorar.
sopiTO, adormecido, adormentado.
sopoR, solopor — (s.) modorra.
sopoRTAR ou Supportar, aturar, soffrer,
tolerar — esc 3rar. suster, ter mão.
SOPRAR, assoprar — ventUar — favorecer,
proteger — aspirar.
soPRKSAR ou Soprezar, apresar. ^
SOPRO, assopro, bafo, fôlego, hálito, res-
piração, respiro — aragem, aura — ventila-
ção — favo.
soRÇi, capoeira.
SORDIDEZ ou Sordidade, immundicia, sor-
dice, sordicia — torpeza; vileza — fezes.
SÓRDIDO, esquálido, immundo, sujo —
impuro-, maculado, manchado, torpe — in-
fame, vil — baixo, humilde, plebeu.
soRNA, deleixo, indolência, [priguiça —
[adj.) pachorrento, vagaroso.
soHou ou Sor, irmã.
soRTB, acaso, accidente — destino, estrel-
la, fado, sina — boafortuna, dita, ventura
— ^ condição, estado — arte, geito, maneira,
modo — classe, espécie — porção, quinhão.
sortiação, sorteadura, sorteamento, sor-
teio.
soRTEiRO, sorteador.
soRTíLEGio, bruxaria^ feiticeria, maleíi-
cio — fascinação, prestigio.
sORTiMBNTO, copia, provisão.
SORTIR, causar^ produzir — obter.
SORUMBÁTICO, carraucudo, torvado— som-
brio — triste.
SORVEDOURO, abjsmo, redomoinho, vora-
SORVER, fhupar, 6Uí?ar — engolir.
SORVO, chupo, sorvedura.
SOSLAIO, esguelha, obliquidade, través.
sosTER ou Swsíer, segurar, sustentar —
Conservar — soffrer, supportar — deter, pa-
tar, repesar — ajudar, formenlart
SUB
1068
soTÂo, entresolho, esvão.
SOTAQUE, apodo, dicto
SOTERRAR, enterrar — escouder, occultar
— sepultar.
soto, abaixo, debaixo.
SQTRANCÃo, dissimulado, malicioso — car-
rancudo, Severo.
soTHAKCAR, abarcar, cingir.
SOTURNO, cabisbaixo — melancolibo, tris-
te — escuro, sombrio — taciturno — quie-
to.
SOVA, coçadura, maçada, pisa, tunda.
SOVAR, amassar — desancar, maçar, pi-
sar.
soviNA, avaro, fona, mesquinho, taca-
nho.
soviNAR, picar, pungir — molestar.
sterwudação ouSlernutação, espirro.
STRiGTO, apertado, estreito — rigoroso —
preciso •
sua. * sa.
suADiR, convencer, persuadir.
SUADO, banhado — cançado, fatigado.
suAR^ transpirar — afadigar-se, caaQSrt
suasâo, induzimento, persuasão.
SUASÓRIO, persuasivo.
SUAVE, agradável, aprazível, grato —
blandisono, delicioso, deleitavel, jucundo
— doce, melliíluo — brando , macio — le-
ve.
SUAVIDADE, amenidade, brandura, doçu-
ra—jocundidade.
suavisar ou Suavizar, abrandar, miti-
gar, moderar — abemolar — açucarar.
SÚBDITO, submisso, sujeito — («.) vassallo
— tributário.
SUBIDA, ascensão — calçada, emposta, en-
costa, ladeira, etc. — accrescimo, medra.
Subido, alto, elevado, erguido, levanta-
do — excellentí^, precioso — eminente, re-
montado, sublimado.
SUBIR, trepar — montar — crescer, me-
drar — exaggerar — içar.
SUBITAMENTE, do ropeuto, subitanea, su-
pitamente.
suBiTANEO ou Su6iío, improviso, inopi-
nado, inesperado, instantâneo, repentino
— surprendente.
suBJUGADOR, domador, vencedor — con-
quistador — («rf;'.) iúfestante.
SUBJUGAR, ' Sugigar oa Sujug ar, àomnr,
vencer — submeiter, sujeitar — conquis-
tar.
SUBLEVAÇÃO, amotinação, levantamento,
rebelliào, sedição.
SUBLEVAR, alçar, erguer, levantar — amo-
tinar, rebell.ir, revoltar.
SUBLIMAÇÃO, elevação, sublimidade.
SUBLIMAR, erguer, Idvautar — engrande-
cer, exaltar.
suBLiMi, alto, elevado, erguido, levanta*
266^
1C64
sue
SUM
do — exaUa<lo, sublimado — eminente, ex-
celso, preexcí-lõo — altiloquo, altisono, alti-
volo — excellf^nie.
SL'CL]MID\DE, altnra, elevação, eminên-
cia — alliveza — excellencia.
suBTíiERGiDO, submerso — naufrago.
suBMSRGiB, acapellar -- afagar, inundar
— afundir, anegar — mergulhar — sumir —
afogar.
suBMETTER o« Sofneíter, avassallar, su-
jeitar — domar, vencer — humilhar.
suBHissÃo, obediência, sujeição — humil-
dade, rendiméto — baixeza — obsequio.
SUBMISSO, humilile, obediente — submet-
tido, sujeito — avassallado, subjugado.
SUB jiiuiNAçÃo, coaaexão, dependência —
sujeição — inferioridade.
suBORBiNAB, submetíer, sujeitar.
subohnação ou Suborno, corrupção, se-
ducção -^ inducção, instigação.
SUBORNAR, corromper — abusar, sedu-
zir.
SUBSIDIAR, ajudar, auxiliar.
subsidio, imposto, tributo — auxilio, soc-
corro.
SUBSTÂNCIA, alimento — sustento — exis-
tência — . estabilidade, permanência.
suBSiSTia, exislir, viver.
SUBSTANCIA ou Sw^taucia , essência —
âmago, polpa — « sueco — epitom^, sum'
ma, corpo, matéria — bens, riqueza.
SUBSTANCIAL ou Síistancial , alimento ,
nutritivo — essencial, principal.
SUBSTANCIOSO ou SustanciosOf alimento-
so, nutrie;ite, niUrilivo.
síjBTtíiiFUGio, aftiíicio, pretexto — esca-
pula, excusa — desvio, eíTugio, tregiver-
sação.
suBTE8iiA]NE0 OU Sotterraneo, cava — ca-
verna, cova — {'^dj.) subterreo.
SUBTIL, Sotil ou Sutil, delgado, fino,
ténue — leve — pequeno — agudo, ar-
guto, perspicaz — ingenhoso — ardiloso
— delicado.
suBriinzA, Subtilesa ou Subtilidade, agu-
deza, arqueia — astúcia, treta — delgade-
za, tenuidade.
suBTíiACÇÀo, diminuição — privação.
suBTftvntu, diminuir, tirar — privar —
retirar.
suBunBio, arrabalde, burgo.
suBVKjdÁNKo, abortivo — infecundo.
SUBVIL15À0, ceída, destruição, ruina —
perversão.
suBVEHTKK OU Soifr/cí', arruinar, demo-
lir, fiestruir — transtornar — submergir
— pcrveitor.
suiMjEDRR, acontecer — seguir-se — so-
brevir — íub&tituir-sí?.
SUCCE.SSIV0, cousecuiivo, continuo , gra-
dtíal, progressivo — horidetario -*- pefetine.
SUCC8SS0 ou Succedimento, acontecimen-
to, caso, evento — conclusão — eífeito,
exilo — acção, feito.
succiNTO ou Socinto, breve, compendio-
so, conciso, curto.
sueco, çumo — chorume, substancia.
suFFiciENciA, abastauça, abasto — apti-
dão, capacidade — habili'iade ^- talento.
suFFíCiKJNTE, bastaute — apto, capaz —
hábil.
slffocar, afogar — abafar — compri-
mir.
suFFRAGio, opinião, parecer, voto — ap-
provação.
SUGA», chupar.
suGGKRiR ou Soí/erjr, ajvertir, inspirar»
'lembrar — inssig«r.
sugg«Stão ou Sugestão, incitação, insti-
gação — sollicitação — exhortaçào — ten-
tação.
suGGiLiAR, reprehender — vituperar.
SUICIDAR-S8, maiar-se.
sujar ôu Çiijarf conspurcar, emporca*
Ihar, manchar.
sujEíçAo, obediência, submissão — de*
pendência — jugo,
SUJEITAR ou Subjeitar, domar, subjugar»
submelttirj vencer — conter, refrear.
sujeíto, assumpto, objecto — argumen-
to, matéria — capacidade — índole — -
súbdito, vassalio — {adj.) domado, subju-
gado — dócil, obrliente — obsequioso.
SUJIDADE ou Çiijidade, immundicia, por-
caria — obscenidade.
sujo ou Cujo, immundo, mondonguei-
ro, porco, sórdido — enlremeiado — im-
pedido — dbshonesto, impudico — baixo,
vil.
SULCAR ou Surcar, lavrar — abrir, cor-
tar, fender, talhar — navegar.
SULCO, rego.
suLFUR ou Sulphur, enxofre.
SULFÚREO ou Sulpkureo, nitroso, sulpha-
rino.
SUMIÇO ou Sumidura, desaparecimento.^
SUMIDOURO, abjsmo, voragem — escoa-
douro.
KUMíR ou Somir, afundir, submergir —
esconder, occulíar.
suMia-SE ou Somir-se, afundar-se — des-
apparecer — esconder-se •• fugir.
SUMKA, compendio, epilogo, epitome, ro-
SuiiiO, soiutna.
sum^ariah, compendiar, epilogar, resu-
mir.
suMiiARTO, epitonne, re.^urao, summa —
[adj.) breve, cdmpeniicso.
suMHiUADK, cimo, cume, pincaro, pon-
ta, tope.
suMMO, alto, elevado — exctlso ~ emi-
cenle, sublime-» supremo, uUimo.
SIF
SIS
1065
SUMO CU Çumo, sueco.
si;mpto, c islo, fJtisiesa. gasto.
fviiMprLOSiDíiiK, fasto. g'aiido/a, magni-
ficência — ojunificiMicia.
SUMPTUOSO rji Sumluoso, aparnUso, bri-
IhnnU!, es^ilendiJo, magriitico, pum[)0so —
CUSlDSO.
suoa, lianspiração — sf^n, faJ ga, tra-
b.'ílbo.
srtPí£RABL\NDAKTE, desuficíissario, eicessi-
TO, fxiiberante, ledumUnle.
, supKRABuiNDAR OU Supraiuv.dar,C's.\ihQ-
rf.r, r«tluQdar.
siPKR.vDiTO, acresoeniado, augrcea?ado
soPiRAR. sf^ircpiijar, vtncer — avanta-
jar-so. OXCCdtT.
Sl'PER\^RL, Yincivel.
supiiRCiiERiA, burla, embuste , engano,
fraudo, tr/»p8(v<.
suPc.KCino, sobrancelha — soberania —
subt^lia.
suPE»iFíCiE,^codea, exterior, ílôr — ap-
pa^encia — no(,ão, lim-tura.
supsRFLUinALiE, sobpjidão — demasia ,
excesso, exuberância, riimiedade. .
supEhFLUo, desaecessfifio, uul — dema-
siado, sobejo. .
SUPERIOR ou Sup'rÍDrj supernal, super-
no, supiro — excelienle — soberano —
celeste, divino — extremado — autorisa-
do, dominioso, poderoso — afeiio.
SUPERIORIDADE, exceilencia, primazia ~
maioria, vsntajem — autoridade, domínio,
poder, Síiberania,
SUPERLATIVO, excellcnte, eximio , ópti-
mo,
supEUN") cu Svpero^ excellcnte, sobera-
no — Superior — exctUo.
supkrvaCaseo, baldado, inútil, supér-
fluo.
supiKO, alto, elevado.
supiTo, accelarado — colérico.
slppla>'taÇão, tngano — troivão.
suppLANTAR, atraiçoar — euganar — des
sappossftr.
suFPLEMFNTO.^acfrescimo, addimento, au-
gmento -- pcrfazimento.
supPLiCA ou Supplicação f deprecação ,
pltgaria, preces, rogativa, voto — memo-
rihl.
suppLiCATSTE, ímplorador, sufplice, sup-
plicador.
suppLiCAR, instar, pedir, rogar — depre
car — requertir, sollicilar.
SUPLICIAR, castigar, justiçar,
suppLKio, castigo, tractos, aíllicção, pe
na. tormento.
suppÔR, conjecturar, im?ginar, presu-
n*)ir.
srpposiçvo , conjectura, bypothesis —
falsidade, impostura, mentira.
YOL, IV,
I surposincio ou Supposilivõ, fingido, sup-
íposio
SL'PP0S'O. hjpoth^lico — im*giní>do.
SiJPPHKSsÂo, al>r<>!^a<;;>o, aiinuihção.
suppKKSáO, si/ppri;iiido.
KLppRiMiK, cil«r — reprimir — prohi-
bir, vedar — enuallaf, cíissár, extinguir —
imije-lip.
sLppiuR ou S>uprir, complôtar , encher,
riiencber - satisfaz." r.
suppuTAçXó, calculo, cumpiito.
suppuiAR, calcular , co.aputar , ccmtar.
supMA. acima.
SUPREMO, fillisslíno — uliimo — sob^ra-
no-, siip^Tior — excelso.
suauiz ou ^arddia, insardecencia, mpu-
quidfio,
suaoiR, surgir — brotar, manar — fias-
■zcTt rebeutar.
s-jRDo, mouco — calado, silencioso —
manso.
suuGiDouno, abra, ancoradouro, angra,
calheta, enseada.
suiiGiR, ancorar, aportar, fandear — le-
vantar-se, medrar, subir.
suíio, derrabado, descaudaío.
sunpREKUER ou S>urprchender, assustar,
sobresallar — admirar, espantar — enga-
nar.
suRPREZA, sobresalto — engano — assom-
bro, espanto , pasmo — perturbação —
SURRA, coça sova, tnnda.
SURRIADA, apupada, vaia — descarga. .
SURRIPIAR, bifar, furtar , gatunar, ra-
par.
SURTO, ancorado, aportado, . fundeado,
V SUS, animo 1 vfilor I
SUSCITAR, ascender, excitar, incitar, mo-
ver.
* suso, acima, antes.
suso Dicro ou SusodicíOt antedicto, so-
bredicto.
susPE TA, conjectura —desconfiança, re-
Cf:io — duvida.
SUSPEITAR, conjecturar, presumir — des-
confiar.-
SUSPEITO ou Suspeitoso, duvidoso — des-
conliflda, receioso.
susPAi^DER, pjniarar — enleiar — en-
treter — interromper — demorar, deter,
dilatar, prolongar, saslar.
SUSPENSÃO, privtíção — assombro , pas-
mo— abstracção, arrebatamento, exta-
sis — enleio — espanto — duvida, iucor-
loza.
SUSPENSO, pfindtnle, pendurado — ab-
straí i>>, extitico *— assombrado, estúpido
- espantado, pasrr.ado — absorto, altonito.
ènleiado — duvi,!o/.o,iacer'o, perplexo, v.icil-
lante — amb guo — descontinuado, inter-
rompido.
267
1066
'UT
SYS
SUSPIRADO, appetecido, desejado,
SUSPIRAR, gemer — lamentar — solu-
çar — alcQPJir, appetecer, desejar.
SUSPIRO, ai, gemido — desejo.
SUSPIROSO, gemedor, gemente.
SUSTENTAÇÃO, sustentamento , sustento.
SUSTENTAR , alimentar , manter, nutrir
— apoiar , librar , suster — cultivar ,
entreter — ' conservar — defender , re-
sistir — impedir — ajudar , favorecer ,
fomentar.
SUSTENTO, alimento, mantimento, nutri-
mento, nutritura — conservação — man-
tença, manutenção, sustentação — abrigo
— amparo — arrimo, encosto.
SUSTER, demorar, dilatar — suspen-
der.
SUSTO, medo, temor — espanto — ap-
prehensão, receio — alarma, rebate, sobre-
salto.
susuRRàR, zunir — murmurar —mexe-
ricar.
susuRRO, murmúrio, lumbido], zuni-
do.
fiUTURÀf costura.
suxAR, alargar — largar, soltar — mo-
derar, remittir.
suxo, solto — alargado, desapertado.
SYCOPHANTE, OU Siycophauta^ adulador,
lisonjeiro — impostor — accusador (fal-
so).
sYHROLico, allegorico, emblemático, íigu^
rativo, typico — conjectural.
SYMBOLO, hieroglypihco — figura, ima-
gem — divisa, emblema, empresa, signal^
tenção.
SYMETRiA, Symmetria ou Symethria, pro-
porção, semelliança — regularidade.
SYMio, bugio, macaco, mono.
SYMPHONIA, concerto, harmonia, melodift
— symetria — intelligencia, união.
SYNA60GA, '^ csuoga, seuoga. '
SYNCOPE, desfallecimento, desmaio.
SYNDiCAR, censurar, reprehender.
SYNODO, congregação, congresso — con*
cilio — assembleia
SYRTES, bancos, baixos, cachopos, esco-
lhos — perigos, riscos.
sYSTiMA, theoria — hypothese, supposH
ç|0.
TAG
UM
1067
T
TA, parai I tende mão I — basta I
lABiDO, ethico — corrupto, pôdre^ po-
drido.
TABLADO, theatro.
TABQA ou Tábua, prancha — painel,
quadro — mappa — plano.
TABOADA, Índex, tabeliã.
TaBOLEta ou' Tavoleta, figurino.
TABURNO, estradinlio — barra , catre ,
leito,
TACANHO , astuto , fraudulento, velhaco
— avaro, illiberal, mesquinho, mísero.
Taça ou Tassa, copo, cyatho.
Tacha ou Taxa, mancha, nódoa — de-
feito, falta, pecha — erro — preguinho.
Tachar ou Taxar, censurar, notar — vi-
tuperar.
TÁCITO, calado, silencioso — secreto.
TACITURNO, calado, silencioso — melan-
cólico, triste — soturno
TÁCTIL, palpável.
Tacto, contacto, tocamento, toque.
taful ou ' Tafur, casquilho , peralta ,
petimetre — jogador.
tafularia ou Tafulice, casquilhice.
TAGAKKLLA, gritari«, motim — fallador,
lambareiro — prenostico — palavroso.
TAGARKLLAR, berrar, gritar, vociferar,
voiear — bacharelar, pairar, papear, tara-
melear.
TAiMADO, astuto, malicioso, velhaco.
TAL, igual, semelhante — algum.
TALAS, aperto, embaraço — perigo.
Talabarte, boldrié, cinturão, talim.
TALAR, assolar — arruinar, destruir —
queimar.
TALENTO, iugenho — génio — capaci-
dade, mereííiraento , préstimo — parles,
prendas, habilidade.
TALHA, finta — vasilha.
TALHADA, fatia, posta, tira.
TALHADO, disposto — hábil — moldado
— Cortado — convencionado, determina-
do.
talhador, cutelo — carniceiro — trin-
cho.
TALH4R, cortar -— abrir, fender.
talhk, figura, íóriía —estatura.
TALHO, cepo — córtft. golpe — gyro ,
turno — decote — modo.
Talim, boldrié.
TALiNGAR, alar, liar.
talisca, f«nda, greta, resquício.
TAL1TH8 ou Talitfo, pip«roie.
TAi KDO, crescido, espigado.
TALVEZ, a caso, por ventura , pode ser
que... — qui»;á — ásvpzes.
TAMANCAS ou Tamancos, sÓ30S.
TAMANHO OU Tammanho, altura, grande-
za, volume.
267 *
1068
T£C
TEM
TAMP.ííW de m'«ií — juactaoiônla — dfíi
mesíiiH surta — ouiro ki. j
T*!«B;>K, «tarabor, caixa — Btabales —
tyfOí'ano
Tangedor, menestril.
- TANfigrt, tocar — picar — * pertencer,
respeitar*
Ta PAR. Cobrir — f&rcAT, cerrar, ferhnr
Tàpí<ça.í\Ia. oã Taptcerlíi, iapÍ2 — íljre»
TAPíiTg, alcatifa.
TÀPiz. alcatifa, tapecfiria, tapete.
TAPONA, golptí, pancada.
TAPUMa. cercn, lagsiíeía, tapigo.
tar%lhão, ealíemelido, mellidiço' — en-
graçado, faceto.
TARAMELA 011 Tramela, traaqaeta — fil-
iado r, pai adnr.
tabamklak ou Tartarear , bacharelar ,
palr/sr, tagareliar.
tardador, de ençoso, posseiro, tArdào,
tardeiro, tard liUniro, vagaroso.
TARD4KÇA, Tccrdida oa Tardfimento, de-
longa, de;iujrA, íit;tou);ai, ddaçao, mora, va-
gsr — phíegma.
tardak, demorar-so, di!atar-so.
taruo , detongoso , lento, vagaroso —
tardad'>r, tardeiro, tardio — preguiçoso,
ronceiro — inerte, pígro.
TAREFA, empreitada — occupação, obra,
trabfíUiu.
TAfiiKA^ pauta.
TAhTAMuosAa OU Tartãmclear , balbu-
ciar — gaguejar.
Tartamudo, balbuciante — cec-fioso, ga-
go, pe\ilo'íO, laflâro,
tartareo,- averaai, cosytío» es^j^gío, ia-
feíflal — luciferiao.
TAHTARO, iíi^eriio.
TAftTiFo, bypocrita — faUsrio, impos-
tor ■ — SBductor,
TASCAR , cooaer , tssqaiahar — caaMi-
gsr.
xassálho, naco, pedaço.
i:avâNiíz, inquieto, trefo.
XAVÃ0, alabào, moscardo.
T^^VEUííA ou Taberna, [baiuca, bodega ,
ta^iGa.
TAVERNEIRO OU Tabcmeiro , bodogue*.-
ro. . ,
lÁXA, imposto, tributo — liiiiiíe — mo-
do, termo — defeito — censura^ nota.
TAX.\u, alíDoLaçar — determinar, regrar,
regular — limitar, moderar — • ceiísiifâr ,
notar, reprehendcr,
Tií, aié.
TiíA Teia, lençaria, leiada — tela — íe-
cedura, urdidura. i.\ - -,
TECER, compor — liar, travar -^j içirdir.,
TECioo ou Teçume, tissu, trama — tex-
tura — [p, pas.) urdidoi
TROA, tea, tothi.
Ttóoio, aniojo, fastio — aborrecitieato ,
nojo — molpsiia,
TKDioso, aborrecivel, enojoso, fastidioso,
fasiioso.
TKiMA, birra, contumácia j obstinação,
■pe.-iiiiacia.
lEíM-iR, ateimar, embirrar, iosistir, por-
fia r.
TEIMOSO, aíeimado, cabeçu lo, obstinado,
p -iriuiaz, porfitso, léngoeiro, te-vío.
TEiRO OM Jeiroga, peguilho, tuima, tur-
ra ^ — aiitipalhia.
TEMER, apprehender, receiar — estreme-
cer.
TEMSiURio, arrojado, denodado, deste-
mido — ^ ííudaz , atrevido , ousado —
impávido, intrépido — cego, p^ecepi-
tado — imprudenle , incauto, inuouside-
íado.
TÊaiR'DAi)E, arrojo, atrevimento , audá-
cia ~ intrepidez, ousadia — imprudên-
cia, precepitaçào.
TEMEROSO t»u Temoroso t amedrontado,
pavoroso, assustado, m^ídroso, pusillaaime,
temera ndo, tímido, ti uorato.
TEMIVEU. íiSáUSlOSO.
TtMOR. modo, pavor, terror — receio —
estremecimeato — respeito.
TEMOHiZAR, atrfttioriZAr,
Tgy.Pií, jardim, porusr, vergel.
TiiMpgRA, rijtíza — temperatura — mo-
do — g.iStO - Bitylo, USdtlÇI.
TbmpjBramesto ou Tcmpramento , com-
pleiçíio, constituição — génio, iniulo —
moderfíç^^o, tamperAaça ■— mjjdes ia.
TsaPííRASÇA , comedimento, moleraçào
— moitstia — frugiilidado , subritida-
de.
TtMPBRAR ou Temperar , adubar , con-
dir — febí^andar, moderar — atinar.
Temp::ko, ddubo — meio, modo.
TKsiP.&siÁjDií, bunasca, procelia, tempo-
ral, toroieuia.
TiSMr£STi5AR, borra3']U6ar.
TESáPESiuoso OU Tcuipesioso, borrascoso.
Tí-iiPLo, basiUiia, igreja — capella, oia-
tofio — dclubro.
ThMpo, idade, século — demora, dila-
ção, espaço — coiijunctura-, occasiào ,
opporluaidade — estação ,• quadra —
teaipoiai, tornjenia — cadencia, conso-
nância.
Ti-MPOSAL, borrasca, tempestade, tormen-
'.a — (««!/•) profdao.
TKMroiiíSÀR ou Temporizar f aguardar,
contemporizar, retardar.
lEiauLENCiA, bebedice , borracbia, em-
briaguez.
temulénto, bêbado, borracho, ébrio,
ebrioso» embria^jado.
TER
TE3
1069
T«ri>ciDADR, af-òrro, conlumacla, obsii-
oaçNo, pHriiiiHcia.
TE>'AZ ou Jenace, afHrrado, obsliuado ,
periui,-«z, léslo — apegado, prés > — jtu-
njudavel — escasso — epertado, eslrei-
to.
TETíAZKS, pinças.
lENgÃo, animo, mAnte — intonto, von-
tade — deliUerflçào, detprmnia(;ào, pro-
pósito , resolução — S'giiificado — rei-
xa.
TíNcroNAR, ^assentar, decidir , determi-
nar, resolver.
TKNç«'Eiao, obstinado, renitente, teimo-o
— rixoso.
T8NDA, barraca, pavilhão, tentorio —
loja,
ij&NDESCiA, inclinação, pendor, propen-
são.
TRNnER , dirigir-se , encaminhar-se —
incliaar , propender — desferir , desfral-
dar.
TKNDER-sv, alargar-se, cslender-se.
TENDLHÃO, pavilhão.
TEr<LBEusiDADg, cerração, escuridão, tre-
TfS.
TiNEBROsojOu Tenebricoso , caliginoso ,
cpgo, ctríado, escuro, nebuloso, negro,
trevoso.
TtNKO, brando, mollo — delicado, mi-
moso — novo, recente.
TENTAÇÃO, impulso — seducção — de-
sejo, Vdulnde — propensão.
tentauor. demónio — sedudor.
TENTAR, induzir, instigar, suggerir -—
busrar, pncurar — sotlicilar — apalpar,
experimentar , provar — diligenciar —
ctmmetier, intentar — eipur-se.
TENTATIVA, cnsaio, prova — diligencia,
esforço.
TENTEAR, examioar, sondar — observar,
ponderar, reparar — calcular.
TENTO, atttnção, consideração, cuidado,
sentida.
TBNUK. débil, fraco — delgado, exilo,
leve, subtil — pequeno — • limitado.
TENLÍDADE, dclicadeza — delgadeza —
bagatcila.
lÉPE, terrão.
TEPRz, contumaz, obstinado.
TÉPIDO , morno — cálido — frouxo ,
tibio.
T£P0R , mornidão — frouxidão, tibie-
za.
TER, haver, possuir — crer, eatonder,
julgar — passar — dizer — aíTirmar —
demorar, deter — segurar — defender —
[interj.) parai!
TERCEIRO, tercio — {$ ) advogado, inter-
cessor, medianeiro , padrinho —' corretor
— - alcofa, alcoviteiro.
VOL* It.
TERCENA, armazflm, t^rracine.
TiiHCO, obblmado, pediíiaz, teimoso, tél«
to
TERGEMmo, trtsdohrado. triplo.
TEHUJVKHSAÇÃo , dissimulo } subterfúgio
— inctífieza. ircnsoluçào.
TfeHGO, c.istas, dorso, lombo.
TeuMJNAÇÃo, desinência — conclusão ,
fim, rematrt.
TEiiMiNAR, arrematar , fechar , findar ,
imiiar — situar — decidir — [n] acabar,
fenecer.
iekmii^ativo, final, ultimo.
tÉrmino, fim, liiuiie, raia, termo.
tehmo, cíibo, fira — baliza, limite, mar-
co, meta — g' ilo, modo — civilidade —
dilticção, palavra, vocábulo — estado —
posiura.
TEHNiiiBA, novilha.
TEaN£/.A ou Ternura , affecto, affeição,
* afftíito, amizade, amor — alTago, cari-
cias, carinho brandura.
Terno, brando , tenro — compassivo,
enternecido, a,ensivel — affectuoso, cari-
nhoso — dtilicado — amavtíl — caro — '
exlrt-moso. fino.
TERRA, mundo, universo — globo, re-
don ieza — houieus — ninho, paiz, re-
gião — pátria — campo — chão — fa-
-7J'.iiúa, herdade, propriedade.
TKRRADO, área, eirado.
TEa?<E«oTo, tremor de terra — abalo —
estrondo — rui na.
TERRENO, solo, terra — campo — ter-
ritório — [adj ) mundano, terrestre.
T2RRK0. % terroso.
TKRRssTE OU 'lerrcstre, mundano — ter»
real, térreo.
terrifíco, tremendo.
tkbrito, amedrontado.
TBRHiTORío, alçada, circuito, comarca,
districio -— estados, império, reino.
TKRuivEL ou lerribíl , terrifíco — me-
donho — espantoso , formidav*el , formi-
daiido, tremendo — pavoroso — honen-
do, hórrido, horrifico, horroroso — temo-
roso — fero.
TEauou, assombro, espanto, medo, pa-
vor.
TiíRso, limpo, lustroso, polido.
Tesão, rjjeza, vigor — constância.
TSSCÃ.0. calaceiro, vadio.
Teso, inteiriçado — osíir.ido — immobil
— furte, rijo, robusto — hirto — valente —
testo — constante — áspero — alcantila-
do.
TESTA, dianteira, frente, fronte.
TESTAçuDo. cabeçudo, contumaz, opiniá-
tico— rustioano.
testkmunuar ou Teslimunhart atlestar,
comprovar, provar, tt'stiticar.
268
11^70
m^
TESTEMUNHO OU lestimunho, depoimen-
to, deposição — atlestaoSo — prova — fé —
indicio.
TESTIFICAR, teslimunhar — assegurar —
comprovar.
TESTO, cabeçudo, teimoso, testudo — fir-
me, resoluto, teso.
, TETA, mama, peito.
TETERRiMo, mao — cruel — horroroso —
feio — hediondo — asqueroso.
TÉTRICO» carrancudo, carregado — melan-
cólico, triste — turvo.
TETRO, mancKado — negro.
'- TEXTURA, contextura — lecido.
TEODo, obrigado.
TEZ, epiderme, pelle — carão.
THALAMO, leito, ihroQO — [pi.) bodas, es-
posorios. núpcias.
THEATBO OU Teatro^ scena, tablado —
publicidade.
THEMA , assumpto , sujeito — proposi-
ção.
«HEOR ou Teor^ contexto — estylo, ma-
neira, modo.
THEsouRO ou Thisouro^ erário — precio-
sidades, riquezas — burra — collecção. *
THKTis, JNeriua.
thoro, thalamo.
THURiFiCAR, iuceusar.
* Tl, tu.
TIARA, triregno.
TÍBIA, frauta.
TIBIEZA, mornidão — frieza, frouxeza,
frouxidão.
TiBio, morno, tépido — frouxo, remis-
so.
TIDO, havido, possuido.
TiGELLA, malga.
TIGRE, bárbaro, cruel, feroz, inhuma-
no.
TIJOLO, adobe, ladrilho.
TIMÃO, leme.
TIMBRE, honra, pundonor — capricho ,
phaniasia. ,
TIMIDEZ ou Timidade , acanhamento ,
acobardamento — temor.
TÍMIDO, acanhado, encolhido — assusta-
do, pávido , pavoroso ,. temoroso — ame-
drontado, ateraorisado, medroso, receioso
— ignavo, imfoelie - cobarde, fraco, pus-
silianime.
TINGIR, corar, pín'ar.
TJ^HA, It^pra — deínito, falha, mncula.
Tí^uoso, gafeirento, leproso — {s.) demó-
nio.
TíNiDO ou Tinnido. retintim.
TINI DOR, soante, tiniuie.
TINIR oa yinMÍr, soar — zumbir
TINO, instincto, penetração, sagacidade
— juízo, senso — memoria.
Ti«T0 OU Tincto, tingido — pintado.
TINTUREIRO OU TiuciureirOf tinctor, tin*:
gidor.
TiORBA, alaud<^.
TiRAcoLi-o, boldrié, talabarte, talim.
TIRÃO, empuxão, puxão — estirão.
TIRAR, atirar — levar — livrar — privar
— apartar , dissuadir — attf aír — deduzir,
diminuir —- exportar, extrair, transportar —
puxar — inefrir — impedir, tolher — exigir
— pedir — descrever — copiar, retractar —
cobrar, recíçdar
TiRiTAíi, badalejiir, tremer.
TIRO, arremeço, jacto — ferida, golpe,
pancada -- dardo, setta — pelourada, pelou-
ro — allusão, remoque — parelha — trom
— jaculação.
TIROCÍNIO ou Tyrocinio, aprendizado —
noviciado.
TISNAR, farruscar.
TiTÃo ou Titan, o sol.
títere, ^boneco , figurilba — bonifra-
te.
TiTHANiA, a aurora.
TiTiLLAçÃo, cócegas, pruído — estimu-
lo.
TiTUBAR, Titubiar ou Titubear , balbu-
ciar— duvidar, hesitar, vacillar — cambe-
tear, manquejar.
TiTUBEAçÃo, hesitação, indeterminação,
vacillação.
TITULO, inseri pção^ letreiro, rotulo — de-
nominação — côr, pretexto.
TOA, rageira, rebique, sirga.
toadí, soada, som.
* TOALHgiE, guardanapo.
TOANTis, soante.
TOAR, soar ~ trovejar — agradar, apra-
zer.
TOCA , buraco, cavidade, ouço — caso-
bre.
TOCADORA OU Tocamento, toque.
TOCANTE, concernente,-relativo — affectuo-
so. mavioso, paihetico, sensível — lastimo-
so— [prep,] acarta, a respeito.
T0C*.R, bater — tanger — pertencer — es-
timular, instigar — encetar — inspirar, mo-
ver — musiqaear.
TOCH\, acha, brandão, lêa, teda — facho,
foga Tf o .
TODAVIA, ainda assim, com tudo — ain-
da
TODO, inteiro., total — [adv.) inteira-
mente.
TODOPODEROSO OU Todo poderoso, altís-
simo, omnipotente.
í TOLDAR, aunuviar, escurecer, offascar —
(r.) marear-se
TOLEiHA, asnada, asneira, necedade, to-
lice.
TOLiiRio, parvoalho, 'parvoeirSo, tolSo,
tolaz.
TOLKRARCiA, condesc9ndencia, indulgon-
cia — aturameato, paciência, soffrimento —
moderação.
tolrbar, soffrer, supportar — dissimnlar
— pefmiltlr.
TOLKRAVKL, soffrível, supportavel — per-
doável.
TOLETE, tolinho.
TOLHKiTA, empeço, estorvo.
TOLHER, defender, prohibir, vedar — es-
torvar, impedir, obstar — privar.
TOLHIDO ou Tolheito , impedido, inter-
dicto - paralytico.
TOLHiMSNTo, impedimento, obstáculo —
CortamcHito, talhamento — paralysia.
TOLics, baboseira, estultícia, fatuidade,
necedade, parvoíce, sandice, toleima — dis-
parate, frioleira.
TOLO, basbaque, eniovedo, estólido, fá-
tuo, inepto, insensato, néscio, papalro, par-
vo, patau, simpleirão.
TOLONTRO, caroço, tubara.
TOM, som — brado — tono.
TOMADA ou Tomadiat presa — pilha-
gem, roubo, saque — conquista — appre-
hensão.
TOMàDiço, agastadiço, colérico, enfadadi-
ço — vidrento — accelerado, assomado.
TOMAR, aceitar, receber — atalhar, tolher
— captivar, conquistar — considerar — in-
terpretar — avaliar — apanhar, recolher —
usurpar — sobrevir — alcançar — achar, en-
contrar — adoptar — imitar.
TOMBAR, baquear, cair, desabar, ruir —
retumbar — (a.) derrubar — demarcar, me-
dir (terras).
TOMBO , baque, queda — cambalhota —
archivo, cartório.
TOMO, exemplar, livro, volume.
TOHA, casca, pelle, pellicula — superfí-
cie.
TONANTE, fulminante.
TONO, tom.
TONSURAR,, tosquiar.
'' TONTEIRA, TonticeoTi Tonturat extrava-
gância, loucura.
TONTO, inhenho, louco, parvo, tolo —
extravagante — estouvado.
TOPAR, deparar, encontrar — embicar —
chocar, encontrar.
TOPS, cimo, summidade — choque, en-
contro — óbice, obstáculo — laço.
TOPBTAR, marrar.
TOPETE, copttte, monho, trunfa.
TOPO, fim, remate — choque, encontro.
TOQui, contacto, tactura, tocameiito —
som — ensaio , prova — quilate — ins-
piração — impulso, movimento — golpe,
pancada.
tOR
1071
TORCER, virar, voltar — estorcer, retor-
cer — dobrar, vergar — alterar — curvar,
curvilhar-
TORCER-sB, esquivar-se — confranger-
se.
TORCicoLLO, reviravolta, rodeio — ambi-
guidade— gyro — [adj.) hypocrita, tartufo.
TORCIDO, obliquo, recurvo, torto.
TORGA, urze.
TORMENTA, borrasca, procella, tempesta-
de, temporal — agitação, desordem, tumul-
to — trabalho — desgosta.
TORMENTAR. BÍlligir, atormentar, attri-
bular — amofinar, molestar, importunar —
fatigar.
TORMENTO, aíílícçâo, angustia, dôr, mar-
tyrio, pena — castigo , supplicio, tortura,
tractos.
TORMENTOSO, borrascoso, bravo, fluctuo-
so, procelloso, tempestuoso.
TORNADA, regresso, reversão, tornamen-
to, vinda, volta.
TORNAR, voltar, volver — restituir — tía-
duzir, verter — responder — mudar, trans-
figurar, transformar — retribuir.
TORNAR-sE, couverter-se, fazer-se — vol-
ver-se.
TORNEAR ou Tomeíar, cercar, cingir —
rodear.
torNeo ou Torneio f justa — volteio.
TORPE , deshonesto, impudico, impuro,
obsceno ^— ignominioso, indecoroso, indigno
infame, vil — esquálido, hediondo, immun*
do, sórdido •— nefario — deformei
TORPENTB, entorpecido.
TORPEZA ou Torpidade, fealdade^ — des-
honestidade , impudicicia , obscenidade —
baixeza, infâmia.
TORPOR, adormecimento, entorpecimento,
intumecimento.
TORQUEZ, tenaz.
TORRÃO ou Terrão, gleba — bocado, pe-
daço— paiz, região, terra.
TORRAR, torriticar, tostar — secôar.
TORRENTE, cheia — euxurrada, levada —
multidão.
TÓRRIDO, adusto, ardente, árido, torra-
do.
TORTO, cumbo, curvo, obliquo, retorci-
do— vesgo, zanaga, zarolho — (5.) injuria
— semrazão.
TORTUOSO ou TortosOf anfractuoso, si-
nuoso, vcltivago.
TORTURA ou Tortuosidadc, sinuosidade,
viravolta, volta — tractos.
TORVAÇÃO, inquietação, perturbação —
medo, susto.
TORVAR, dçissocegar , inquietar — pertur*
J)ar.
TORVELINHO OU TorvoUnhOi redomoinhOi
torvelin, tuif bilhão.
468^
1072,
TKÀ
nk
TORVO, terrível —■ ameaçador — sanliudo
— carrancu lo, severo — (s.) * eUcrvo, im-
pedimeíit >.
TOSA, coça, esfrega, estifa, maçada, pi-
sa, tunda.
Tosc-NEJAR, dormitar.
TOSCO, grosseiro, rude — malfeito — bron-
co, inculto — achamboado.
tostaDO, torrado — crestado.
TOSTAR, torrar — queimar, tisnar, cba
muscar, crestar.
total. tnlalidade — [adj.) completo, in-
teiro — universal.
TOURiL, curral ^ — corro.
XOU80, beierro, boi,_ novdho.
TouTA, cabeça, cachola, occipicio, tólaj
toutiço.
TOx^co, peçonha, veneno.
tuaBalhado, aprimorado — cançado, í&
tigado, lasso.
trabalbaoor, [ganhão, jornaleiro, obrei-
ro — [adj.) loborioso.
trabalhar, laborar, labutar, lidar, mou-
rejar — diligeaciar, negociar, procurar —
atormentar, molestar — polir, retocar.
trabalho, íadiga, suor — labor, .lida, ta-
refa— affiieção, pena — {pi.) calamidades,
desgraças, infortúnios — misérias — angus-
tias, tribulações perseguições. *
TRABALHOSO, frtligoso. laboraute, laborio-
so, penoso — cançativo — ditTicil.
TRABUZANA, tompcslade, tormenta — des-
ordeai.
TRAÇA , desenho , planta — invento —
meio, modo — ideia, plano, projecto -—
macbina — ardil', manha, treta — cabala
— industria.
tração, traça — feição, forma — per-
■ íil, traço — eítilhaçi, pedaço.
TRAÇvn, delinear, desenhar — descrever
— imaginar, inventar — arregaçar.
^ TRAÇO, costume, modo, uso, — linha —
risco.
TRACTO, extensão — espaço, lapso — ■ re-
gião.
TRADIÇÃO, nomeada — boato, noticia —
Listoria — entrega.
TaADOcçÃo, translação, tra3ladaçâo, ver-
são — interpretação.
THADucToa ou Traduzidor, translator,
vcrterior — interprete, iingua.
TRADUZIR, trasladar, verter — transferir,
transformar — levar — mover.
. TRAFEGAR, labutar, lidar, transfegar —
negociar.
TRAFEGO OU Trasfego, labutação, lida
— commercio, Lcgocio — conversação,
ti acto.
TrfAFicAKCiA, trafego, trafico — embuste,
velhacada.
XHAFiCAa,chatinar, commepcia.r, negociar.
Ti\Ã.FiC0, commercio. nogosio.
TR^rrAOKifto, esopbago, gaela.
TR^ovDOR, devorador, glotão, vorador,
voraz.
TRAGAR, devorar, enpjdir — • abnr/er, _
conmmir — aquiescer, soíTrer, suppofiar -—
;oroer.
TRAGEDíA, calastrophe — de3;^raça, infor-
túnio. \
TR&€fico , calamitoso , funesto — tris-
te.
TnAícr. chupo, goUo, servo.
TRAiçÁo ou Treíção . aleive , aloivosia,,
deslealdade, iníidelidada, insidia, períidia,
tredice.
TRAigoADO, malévolo.
TRAiívoR, aleiviiso, desloal, falso, femeti-
tido, pérfido, p.oditor, trcdo, * tredor, * tre-
doro.
TiUiR ou TrahWy atraiçoar — enganar —
dealnr^rt manifestar.
TRAJAR, f-ntriijar, roupar, vestir.
TRAJs , Tracô ou Trajo , gala — modft
— adorno, ornato.
TRAH^, teciio, textura — enredo, tra-
móia — ardil, dol), engano, fraude, Ira-
ça^ treta — artilicio, machina — cabala
•—inchaço.
TRAMAR, tecer, traçar, urdir — maohi-
nar.
TRAMBOLHO, cepo — enfiada, rama — em-
biraço. pegnilho.
Tramóia, ardil, engano, enredo, mara-
nha, írapíça.
Ta\^PA, esterco, excremento, rairda —
* engjna, enredo, tramóia — tr«ta.
. TttAMPoi.iNAf engano, maranha, treta.
TRAMP030, immunio, porco, sujo — ea*
redador, trampista — enganador, trapacei-
ro, velhaco.
TRANGARUUAS, arruadoT, cspadachifl}, va-
lentão.
tRais"ç\, * trença.
iftAsçAR , entrançar , entrelaçar , te-
cer.
TRATíCP. ou Transe, aíflicção, agonia, an-
gustia — aperto — perigo, risco — adversi-
dade, desgraça, infortúnio — calamidade,
desventura — trabslho.
TRANQUEIRA, ostacada , paliçada , tran- ;
quia.
tharquílltdIlDE, dfiscanço, quietação, re-
pouso, serenidade, socego, tranquillisaçãa
— bonança, calma —paz.
thanoijíllisar, aquietar, pacificar, soce-
gar — abonançar, applacar, calmar, mo-
derar.
traisquíllo , pacato, pacífico, plácido,
quitto, sereno, socegado.
tríiSquitana, carruagem, coche.
TK^íiSAÇÃo, ajusto^ Contracto,
m
TRA
1073
TaASSCENDtNciA , eicosso, sobrepujan-
TRANSCENDRNTAi, OU Transcendente, com-
ipum -- ppnetraiile — txcellento — maravi-
^Imso— • íjublifiíO.
trakscemjícb, avanfajar-se, exceder, so-
J)repiijnr [n ) coiumuuú ar-se.
TKAnsoBRVRK. copiar, Ufisjlailar.
TRANSCHJPÇÃO, copia.
TRANSFShill, c«n')u/ir, levar, transportar
— passar- traduzir, verter.
,. TMANsFí^RMAçÃo, mulação — metamorpho-
se, lríiní.í5guríit,ào.
transformak, transfigurar — mascarar
— oiudar.
TRANSFUGA , dèsertOF — fugido , fugiti-
vo.
IBANSGREDIR, quebrantar, quebrar, vio-
lar.
TRANSIDO, debilitado, fraco^— esmorecido
— antiquado, desusado.
TaANãiio, passagem — morte — espa-
ço.
TRANSITÓRIO, breve, fugitivo, passageiro
— caduco, ephimero — instantâneo, mo-
mentâneo — impermanenle , instável — in-
constante, mudável, vario.
TRANSLAÇÃO OU Traslação , traducçào ,
yersào — metapbora.
TRANSLATO ou Trãnslaticio , trasladado
— metapborico.
TRANSLUZENTa OU Trasluzente, claro, dia-
phano, translúcido, transparente.
TRANSLUZIR, reduzir — brilhar — transpi-
rar.
TaARSMUTAçio, mudança , transforma-
ção.
TRANSMUTAR, transformar — > mudar — - ce-
der, traspassar.
TRANSPARÊNCIA, dÍ8pbaoeidade, translu-
zimento.
TRANSPARENTE, díaphauo, lucido, perspi-
cuo, translúcido, transluzente — íino.
TRAisspiRAR. suar.
TRANSPLANTAR, mudar, transferir, trans-
portar.
TRANSPOR , deslocar , tirar — transfe-
rir.
TRANSPOhTAÇÃo, transpoitô — elevação,
exíasis, rebstamento.
TRANSPORTE , | transportação — arrebata-
mtnto, extasis — pcrtarbação.
TRANSVKRs.vL OU Tj ansvcrso , de tra-
vés.
TRANspíisiçio, iaveríão, mudança,
TRANSUNTO ou Transumpto, copia — tras-
lado — rotr.-íto.
TRANSVIAR SE, deseacamlnhâT-se, esgar-
rar, exiravisr-so.
THAPAç*, cavillação, dolo, engano, lican-
iiiia.
TRAPACRA»» nu Trapoçav, fraudar, gatu-
nar, velhaquear.
trapagkiui» nu TrapaçaiicOt bulrào, en-
gauadtir, velhaco. •
xiíapaliiào, anilrajoso, trapenlo — roto
— alabalhuddo.
TitAPuiiio, fraaalheiro, roupavelheiro. •^
ThAPO, andrajo, farrapo, fragalho, rodi-
lha.
Traque, peido — som.
Traquejar, eièn-itKr — [n ) peidar.
thaqujnaDa, alarido, bulha, estrondo,
matinada — travessura.
Traquinas, bubçusn, inquieto, travesso.
tresaisdau, transfigurar, transtornar —
feder.
Traseiro ou Trazeiro, assento, cu —
[adj.) posterior.
TRASco, riiaitinho, duende, lemure.
THASLADAR OU Tr€sladar, conduzir, le-
var, transferir — copiar — [traduzir, ver-
ter.
TRASLADO OU Tveslado, copia — efli^ie,
imagem, retrato, transumplo) — exemplar,
modelo — amostra.
TRANsaoNTAR , desapparecôF — tras-
por.
trasposta, emposta.
TRAsTB, corda — banca, cadeira, jóia,
ete. — velhaco — pstife — insolente,
trastejar, mobilar.
trastornar ou Transíornar, revirar, re-
volver, virar, voltar.
trastohno OU Transtorno, contratempo
— mudança.
TaAST&oCAR, alterar, confundir, pertur-
bar. /
TRATADA, alicautina, trapaça, velhaca-
ria.
TRATADO ou Tractado, dissertação, opús-
culo— ajuste, convenção — (aí/;.) debati-
do, disputado — recebido — regrado, re-
gulado.
TRATAMENTO OU Irãctamento , acolhi-
mento, recebimento — conversação — tra-
cto — dignidade, titulo.
TRATANTE OU Iratãdor. negociante, tra-
ficante — alicantineiro, velhaco.
TRATAR cu Tractar, haver-se, portar-se
— cuidar, diligenciar — practicar, usar —
manear — discorrer — escrever — nego-
ciar — tocar.
TRATAVEL OU Tractãvcl , ameno, brando
— manco vcl.
tbatkar, atormenta'', flageliar.
TRATO ou Trácio, tractaraento — com-
municflç^o, familiaridade — convers5Ç')0 —
coraoaercio. negocio — amizade — tor-
mento, tortura.
TRAVA, barrote, trave, viga — peia —
prisão.
269
ÍRE
TKI
TRAVADO, entrai^ado, preso — agarra-
do, ferrado — embaraçado, enredado —
implicado, involvido — enlaçado.
TRAVAÇÃo ou Travadura, connexão —
nexo, prisão.
travacontas, contendas, controvérsias ,
debates.
1'RAVADAMiRTi f baralhada , misturada ,
unidamente;
TRAVANCA, embaraço, empecilho, pegui*
lho.
TaAVAR,'pegar — liar, prender — acom-
metter.
XRAVB, barrote, viga -~ peia.
TRAVESSAR, atravessar.
TRAVissEiRO, almofada, cabeçal, chuma-
ço.
TRAVESSO, endiabrado, mau — inquie-
to, traquinas.
TRAVESSURA, maldade — estúrdia, malí-
cia.
traviz ou Través, esguelha, viez.
TRAZ ou Trás , após , atráz , depôs ,
detrás.
TRAZER, conduzir, levar, transportar —
allegar, citar — acompanhar-se — produ-
zir r— addizir.
TREBÊLHAR, briucar, folgar — pular, sal-
tar — bailar.
xREBELno, brinco.
T REDIGE, traição.
TREDO ou * Trecfor, traidor — falsario,
fementido.
TBEFJiGo ou Tre/o, ardiloso, atsuto, dis-
simulado, malicioso, sagaz.
TRKGEiTos; subúiezas — adamanes, ga-
timanhos — momos.
TRE60A ou Trégua, cessação, suspensão
— descanço, folga — feria,
TREiíA, rasto, trilha, vestigio -— pega-
das.
TREiTo, exposto, sujeito — avefzado, cos-
tumado — trilhado -- usado — tractado.
tRbm, comitiva — bagagem.
iREMANig, trercentfl, tremulo.
tRekkbundo, tremulo.
TREMEDAL, bfêjo. IcHteíro, paul.
TREMÉLEAft, tremular — hesitar, vacil-
lar— tfs^oaelkicar.
i&m&mo, espantoso, formidável, horren-
do, harníico , medonho, terrível , terrífi-
co.
T}8íEM£«^ badalejar — estremecer — ti-
tubiar — abanar, concutir. v
TRBMOLANT», ílílCtUajntB.
BtREMOLAR OU Tremular, fluctuar — flo-
roar.
TRjínoR, tremura — abalo — arripia-
mento, estremecimento — - terremoto —
medo, susto, temor — horror, pavor —
sobresalto. *
TREMULO, tremante, tremente, tremebun-
do, tremeUcoso, tremuloso, vacillante.
TREPAR,, atrepar, subir.
TREPIDANTE, agitado.
Trepido, assustado, medroso, sobresal-^
tado, temeroso.^timido — tremulo.
iRESANDAR, trausformar — confundir — *
feder.
TPESMALHAR^SE, escapar — desappare-
cer, perder-s8 — mesclar-sô — confuadír-
se.
TRESMALHO OU Trasmalkõf rede — dôi*^
parecimento, sumiço.
TRESPASSAÇÃo, morte, trespasso — trans-
migração — excesso — cessão — transpor-
te.
TRESPASSADO, ffiudado — desmaiado —
desanimado — varado — morto.
TRESPASSAMENTO, trcspasso — dcmora ,
dilação, espera — morte — atravessamen-
to.
TRESPASSAR OU Traspassar , varar —
transgredir — copiar, trasladar — tradu-
zir, verter — delongar, demorar — alhear,
ceder, transferir.
TRESPASSO ou Traspasso, dôr — demo-
ra, dilação — deliquo, desfallecimento ,
desmaio — morte — transmigração.
TRESVARIAR OU Tresvaliav, delirar, dis-»
paratar, eSvaliar.
TREsvARio ou Trcsvalio, delírio, desva-
rio, transporte — desatino, loucura, des-
concerto.
TRETA, destreza, ■'subtileza -í- raposío ^
engano — estratagema.
TREVAS, escuridade, escuridão, noite —
cegueira, erro — abysmo — inferno.
TREVOSO, escuro, tenebroso.
TRiBU, descendência, família.
TRIBULAÇÃO, aíllicção, desgosto, pena — <
perseguição — trabalho — adversidade,
calamidade, infortúnio.
TRIBUNA, igreja.
Tributar, obsequiar.
Tributo, Alcavala, finta, imposto, tax!^
— páreas.
trifobme, triplicado.
* TRiGANÇA, pressa.
tbigoso, apressado.
trigueiro, fusco. iTtoreno, pardo.
TRILHA ou Trilho, pista, rastro, signal,.
vestígio — pegada, piza.
trilhado, calcado , pizado — caminha-
do, cursado — frftf juentado — commum,
sa bido, usado, vulg ar, trivial — experi-
mt 'nlado.
1 RILHAR, pizar - - andar.
T. hinado, gargan teio — trilo.
TB iNAR, gargant ear.
TRi ^CADo, astutc ), sagaz — breado, can
lafetadí?.
TRO
cirio, arte, deglreu, Dneza.
liiiRCAs, cortar, picar — comer, papar
— (n,) eslalar, rebentar.
TRINCHEIRA, iatriacheiramento, '^trincha,
trinohea.
THiNCHiiRAR, entrincheirar.
Tripa, intestino.
Triplicar, tresdobrar, riplar — multi-
plicar.
TRiPLiCK, tresdobrado, triplicado, triplo.
Triplicidadk, trigono.
tripolação, equipagem , marinhagem ,
maruja.
TfliPORAR, chusmar, marinheirar.
Tripudio, dansa — sapateado.
Tripudiar, dansar.
"arisca, briga, rixa.
''riscar, brigar, contender — disputar
►— ralhar.
TRisTR, desalegre, injucundo, melancó-
lico, tristonho — affliclo — desgraçado,
infeliz, mofino — luctuoso, lúgubre —
sombrio.
TRISTEZA ou Tristura, aíllicção, dôr —
melancolia — descontentamento.
TRISTONHO, carregado, melancólico, té-
trico.
TRITURAR, debulhar, trilhar.
TriSulco, farpado, tripartido.
triumfador ou Triumphador, vencedor,
victOrioso.
TRiuMFANTB OU Triumphante^ ovante ,
triumphoso, vencedor, victonoso— glorioso.
TRIUMFAR ou Triumphar , conquistar ,
domar, vencer — prevalecer — aiegrar-
se.
TRioiTFO ou Triumpho, ovação — victo-
ria — superioridade — successo.
TRIVIAL, commum, sabido, vulgar
Troador ou Troante, fragoso, ruidoso.
Troar, trovejar, trovoar — atroar, es-
trondear.
TROCA, alborque, cambio, * cambo, com-
mutação, descambio, escambo, permuta-
çã3.
TRocADAMRKTK, trocRudo — mutua, re-
ciproc" mente.
trocador, alborcador, cambiador, cam-
bista. *
TROCAR, alborcar, cambiar, commutar,
premutar — mudar.
Troco, «Iborque, troca — cobres, miú-
dos.
TRoFEO, Tropheo ou Iropheu^ insígnia,
etc. — triumpho, victoria.
■^ TROiXA ou Trouxa, embrulho, fardinho,
freixe, invollorio, pacote, paquete.
TROM, canhão, morteiro, peça — rebom-
bo.
TROMBA, trombeta — carranca — foci-
nho — nariz, penca — manga.
TtJT
1075
TRomTi ott Tfomjíe(a, oUtíob, *^ par*
ohe, tuba-
TROMBUoo, carrancudo, embezerrado.
TRoMpA , busioa , clarim , trombeta —
proboscide.
TRONANTB, atroador.
troncar ou Truncar, cortar, tronchar
— descabeçar.
TRONCHO, talo — [adj ) manco.
TRONCO, talo — ar?ore — masto — ce-
po, toco — ascendência, estirpe, progénie
— cadeia, prisão — obrigação —{adj.) es-
túpido, insensível.
TRONO ou Throno, sólio — realeza, S3-
berania.
TROPA., gente de guerra, soldadesca —
multidão, numero — banda, quadrilha —
exercito, hoste — batalhão, esquadrão,
etc.
TROPEÇAR, embicar, topar, tropicar —
errar.
TROPEÇO, embicadela — embaraço, obstá-
culo.
TRÓPICO, coxo^ estropeado — gago, tar-
tamudo.
TROPEL, estropeada, estrupido — corpo
— tropa — chusma, multidão.
TROPRLiA, confusão, desordem — alter-
nativas, revezes, vicissitudes «— mudança
— volta.
TROPICAR, embicar, tropeçar.
TROVA, cantiga — cadencia, rhyma, ver-
so.
TRovADoit, rhymador, versejador, ver-
sista.
TROVAR, rhymar, versejar.
TROVEJAR ou Tfovoar, toar, troar.
TROVOADA, borriscada — estrondo — gri-
taria — motim.
TRUANEAR, vadiar — velhaquear.
TRUANiA ou Truanice, vadiice — velha-
caria — embuste — superstição.
TRUÃo ou Truhão, bobo, bufão, chocar-
reiro — vadio — impostor, velhaco.
TRUCIDAR, assassinar, matar.
TRucuLRNCiA, atrocidado, crueldade, fe-
ridade.
TRUCULENTO, atroz, cruel, ferino — bár-
baro.
TRUGiMÃo, interprete, língua — faraute
— alcoviteiro.
TRUNFA, turbante — touca — toncado —
estriga, monho.
TUBA, tromba, trombeta.
I TUBÉRCULO, tumor.
I TUBO, canudo.
TUCARO, crael — hórrido.
TUFÃO, farilhâo, furacão, (jpegão, rede-
moinho, turbilhão.
TUFAR, inchar — augmentar, crescer —
irar-s<í.
869 *
1076
TUR
TYR
TUFO, topho — bolhSo, borbotão.
TUMBi, ataúde, caixão, esquife, féretro
tumbeiro, gato pingado,
TUMENTE , Húmido OU THumescente , ia-
chado, inflamade, túrgido — grosso orgu-
lhoso, suberbo, \aidoso — elevado — em-
pollado, fofo.
TUMESCENCIA. ou Twmecfinm, inchação,
intumescência,
TiMiiR, inchação, inchaço, incordio, tu-
meseencia.
TUMOROso, inchado, intumescido
TUHULO, ffiâuêoleo, moiaento, [sepulcro,
sepultura — eça.
TUMULTO, rflvopoto, balbúrdia, barsfnn-
da, dtjgorjem, motim, perturbação, rebo-
liço, tarbuieíiCíS.
TUsiiLTUAR-ss, aG30lÍQar-88, levantar-se.
BublevâP-so,
TtísuiTuosAMBiff» , «moiinada, confusa.
pFnc.pilsda, liuiiulfufiriíueníe,
TUMULTUOSO, revoltoso, sfidicioso, tnnijtil-
tusrio — confuso, desordenado, perturba-
do.
TUNA, mandriíce, vadiire.
TUN*r5TB, mandrão vadio, vagaraundo —
emboi-teiro — parasito — mili«nte.
. TUNDA, esfrega, esiafa, maçada, sova.
Tupioo, entupido.
TuuB^, muilidào — tropel. — ccji,
TURBAÇÃO dessocego, pHrlurbnção, tor
vação, torvíEíento — raoliai.
TUHBAuoR, anaoiinadorj p';it!irbador, se-
dicioso.
TURBAMULTA, balburda, [barafunda, ba-
rulho.
TURBANTE, touca — trunfa — turbão,
turuuibante
TURRAR ou Turrar, escurecer— alíerar,
perlurbitr — interroropfr.
TURBAR- SB, ennoUsr se, escurecer se — I
confundir-se, equivocar-se — abalar-se — *
inquietar-se.
TÚRBIDO ou Twr&o, inquieto -*- pertur-
bado, torvado — escuro, opaco.
TURBILHÃO, furacão, redemoinho, tufão»
TURBULÊNCIA, perturba^jão — fuga, im-
petuosidade, violência.
TURBi LENTO, amotinador, revoltoso, se*
dicioso, tumultuoso — inquieto,
TURSENCiA, inchação, tumidez,
TURGino, inchado, túmido.
TURGin, empolar, inchar.
TURMA, bâudo, companhin, golpe, mui*
lidAo, iroço — {pi ) ondas, raachoi.
Tuniío, gyro. ordfem, vez.
1 URHÀo, confeito — {^dj.) obstinado, opU
niatico, testo.
TURBAR, marrar, iopatar— ateimar, \ni*
msr.
TU«UH8A?ÍTR, tU^bsntS,
TUujsvAR, enturvflr, turvar,
TURVO, sujo — embaciadoí eropanado —
escuro — túrbido, turbo.
TUTELA, tutoria •— amparo, protecção,
TtiTFLAR ou Jutellar^ defensor, patronOi ,
protector.
TV PICO, allegorico. figurativo, syrabolico,
TYPo, ÍHtrii — mí'!dti — exemplar, mo-
dtlo — figura, sytub lo.
TYPOGHAPHU, imprpssão.
typíiGkapro. impressor.
TYhAWTíiA, barbitridade. crueld-^de, des-
humaniHíide — «tro(íidade — impiodrtde,
iniquidàds — maldade — injusMça -— op-
pressão.
TYiiAjsNicOj atroz, cruel, injusto, violen-
to.
TYRANNiSAR 0'i lyrannizar , atormen-
tar, infernar, ro«líractar, vexar.
TYRANNo, bárbaro, cruel, diro, inhuraa-
no — injusto.
ULU
UKÍ
1077
U
UBTQUR, em toíía » parte.
iB^B, Ui)ro «tu Ubefe, teta.
LCHÀo. elardtí, jactância, oslentaçSo —
arrogância , suberba, vaidade — bizarria,
brio.
iFANO, jaclancioso, ostentador, vaidoso,
yanglorioso , vão, «fano — altivo, arro-
gante, suberbo — desvanecido, eoaproa-
do.
ULCKRA OU Ulcere,^ chaga.
ULCERAR, chsgar.
uíiG'Noso, pantanoso.
ULMRiRO, ulmo.
ULTIMADO , concluido, concluso, findo,
terminado.
ULTIMAR, acabar, concluir, fechar, fina-
lisar, rematar.
ULTIMA, ^derradeiro, extremo, final — Ín-
fimo.
ULTRA, além.
ULTRAJANKB, injuriOSO.
ULTRAJAR, affrontar, injuriar — maltra-
ctar, offender — desprezar.
ULTRAJE ou Ultrage, aíTronta, aggravo,
contumeiia, injuria — desprezo, ludibrio,
vilipendio.
ULTRAMAR, além mar.
ULULANTE, clamoroso.
ULULAR ou Urlar, alular, bradar, bramar
uivar — gritar — lamentar.
TOL !▼•
UMBRAL, oiubreips — porta.
UMnKATiL, allegorico, figurativo — som-
brio — interno.
UMBROSO ou Vmbrifero , assombrado ,
sombrio, sorab^oso' — opaco — copado —
frondente, frondoso.
UNANIME , acorde, concorde, conforme,
unisono.
UNANIMIDADE, acordo, couformidade, uni-
ponancia.
UiNCTUoso, gordurento, gorduroso, sebo-
so.
UNDANTE, ondeado, ondeante — flactuan-
te — copiosíssimo.
UNDÉCIMO, onze, onzeno.
UNDOSO, fluctisano, fluctivago, undivago
— equoreo, marinho.
UNGIR, untar — esfregar.
UNGULA, unha.
UNHA, anchora — (pL) garras.
UNIÃO, amizade — concórdia, paz — en-
delechia, harmonia, uniformidade — laço,
prisão, vinculo — bandoria — adhesão —
alliança, liga. _ "-.
uNico, singular, só — especifico, particu-
lar.
UNICÓRNIO ou Vnicorne, alicorne.
UNTDADB, um — couformidade —união.
unido, alliado, confederado — igual, liso,
plano — juncto.
270
vm
UíV
umFORWB, farda — {aífj) regular, raono-
tono — conforme, similhante,
UNIGÉNITO, só, único.
uma, atar — vincular — encorporar —
junctar — alizar, igualar — coadunar — as-
sociar — alliar , confederar — combinar —
consolidar.
uNisoNANcu, monotonia.
uNisoRO, unisonante — igual, similhan-
te.
UNIVERSAL, ecuménico — geral, total —
unanime — commum — universo.
UNIVERSIDADE, totalidade — universo --
academia, atheneu.
uNivKRSO, mundo, orbe, terra — homens
— - {adj.) universal.
unívoco, synonymo — parecido, unifor-
me.
UNTADURA ,^ fricção , linimento, unctu-
ra.
UNTO, banha, gordura, sebo.
URACÃo, furacão, torvolinho,
URBANiDADE, civiUdado, cortezia — poli-
cia — comedimento.
URBANO, aífavel — cortez — polido — cor-
tezão, palaciano
UBBiR ou Ordir, tecer, tramar — come-
çar, principiar — machiaar.
u»DU«E, tecido, urdidura.
URGiNCiA, aperto, pressa — necessi(?a-
de.
URGENTE, apertado, instante — eíiieaz —
necessitoso.
URGIR, apertaj, instar.
URNA, vaso.
UHRA^NTf , bramoso,
URRAR, berro, bramido.
URSO, * usso^ — [adj.) feroz, intracta«»
vel.
USADO, costumado, practicado — gastado,
velho — cognito.
USANÇA, costume, [estylo, uso — servi-
ço.
USAR, exercer, practicar — consumir, gas-
tar— {n.) servir-se.
USEIRO, costumado , habituado , vezei-
ro.
uso, costume, estylo, practica, vezo —
moda — experiência — serventia — utili-
dade.
USUAL, habitual, usado, usavel — com-
mum.
USURA, onzena.
USURÁRIO, onzeneiro, usureiro.
USURPAÇÃO, 11 extorsão ; roubo — tyran-
nia.
USURPADOR, ladrão, rouhador.
USURPAR, invadir — roubar.
UTKRO, madre — ventre.
UTiL , commodo - fructuoso , lucroso,
profícuo, proveitoso, vantajoso — salutife-
ro, saudável — encyclopedioo.
UTILIDADE , commodo — interesse , lu-
cro, proveito — bem — préstimo, servi-
ço.
UTILIZAR ou Utelizarf aproveitar — ser-
vir.
UYVAR ou Uivar, berrar, urrar.
UYvo ou Uivo, berro, grito, urro.
o^avi^flíf »c
, Tp.-, _
*tíi.í'íí:í
;:í}^íf ^í»>^
0V§
VÁfi
VAG
1071
V
▼A, consinto, seja.
VACA ou Vacca, novilha, vitella.
YACCA-.tDURA, sbadejo, badejo.
VACAçÃo, ferias, sueto.
VACAR, applicar-se, occupar-se.
VACiLLAçÃo, duvida, incerteza — hesi-
tação, indecisflção, indeterminarão^ irreso-
lução, perplexidade — inconstância, varia-
ção.
VACiLLANTB, fluctuoso, tremulo, tremu-
loso, tilubante, trepidante — dúbio, duvi-
doso, incerto — ambíguo, vago — perple-
xo — fluctuante ; nutante.
VACiLLAR, duvidar, tilubar — abanar, ba-
lancear, bambalear, nutar,
VACUIDADE, vácuo, vasio.
VÁCUO, ouço, vasio — permeiavel, ra-
FO.
VADIA, mandriona — meretriz , ramei-
ra.
VADIAÇÃO, VadiceoM Faátíce, mafidíiíce,
Vftgftèundice.
VADIAR, calacear, mandriar, priguiçar —
vagamundear.
VADIO, badajo, bargante, bilbardão, bir-
bante, cala<5*>!Íro, malandrim, ocioso, tunan-
te, vagabundo.
VÁ6A, onda.
VAGABUNDEAR OU Vãgamundcar, gazear
— vagar — brejeirar, marotear.
VAGABUHDO OU Vagamundo, dibro, er-
rante, vago — fugitivo — forasteiro — mos-
trengo — bnrganie, tunante^ vadio — ocio-
so, quebra-esquÍRas.
VAGADO, vertigem.
VA&AfLHÃo , embate , estalido (das on-
das).
VA6ALU1IE, lumieira, perilampo.
VAGANÃo ou VaganaUf mariola — maga-
nãío — maroto.
VAGANTE , vago — desoccupado, ocioso
-^ v«dio , vagabundo — [s.) vacatu-
ra.
?AM», floGtuar, sobrenadar — vaguear
Í70 ^
1080
VAL
— [s.) oclo, repouso — pachorra — demo-
ra — lentor. lentiira.
VIGÁRIO ou * Vigairo, cura — * juiz.
VAGAROSO , dctençtiso , lento, rorijC-iro.
tardo — negligealo, ptiguiyoso — pausa-
do.
VAGIDO, chcro (de meninos, etc.)
VAGO, vaganttí — ocioso — disp rso, et-
rante, vagal.uodo - inconstante, vario —
desaccnpado — incerto , indeterminado —
fugitivo, prófugo.
vagubação, dÍ3trac(,3o— desvario — ca-
laceria, vadiice — mandrieira , prigui-
ça.
VAGUEAR OU Vagucjar, meditar ^ ca-
lacear — mandriar — passeiar — boiar ,
ílnctuar.
VAIA, apupada, apudo, assuada, coirima-
ça, matraca.
Vaidade, fumaças, fumos,* presumpção,
vangloria — impermanencia — alarde, ja-
ctância, ostentação — desvanecimento, ufa-
nia — altivez, suberba — ambiçào.
VAIDOSO, inchado, orgulhoso, vanglorio-
so, Mio — desvanecido, jactancioso, presu-
mido — fastoso — brioso.
VAIVÉM, ariete — {pi.) embates — al-
ternativas — revezes — intrigas, machina-
ções.
VAL, vale.
VALA ou Vallat canal •-- rego, regueira
— cava, fosso.
VALAR ou Vallar, cercar, murar — mu-
nir.
VALDO, baldo — occioso — vadio.
VALE, adeus, etc.
VALEDEiRo , favorito, mimoso, privado,
valido.
valedoh, advogado — auxiliador, defen-
sor, patrono, protector.
valbntão , acutiJadiço, bravo, matante,
mata-sete — chibante —campeador, cam-
peão — bravateador, fanf<irrão.
^ valente, forçoso, forte, membrudo, ri-
jo, lobusto — esforçado, valoroso — ani-
moso , chibante , iuipavido, intrépido —
brioso — ueiiodado , destemido — alen-
tado — magnânimo — [s.) campeão, man-
lenador.
valexNTia. animo, bravura, chibança,
cor/tjem, denodo, esforço, vali.r - galhardia.
Valer, montír, prestar, servir— ampa-
rar, proteger, soccorrer — custar.
VALEROso ou Valoroso, alentado, esfor-
çado , forçoso, forte — aniraoso, bravo,
coraçiido, fouto, intrépido, valente - acti-
vo.
^ VArETUDiNARin, ach^^cado.achacoso, doen-
tio, enfermo.
VALHACOUTO, fibrigflda, asylo, colheita,
couto, ítfugio — ÊUbieilugio.
VAR
VALIA, adherencia, credito, favor — va-
limento — preço, valor — protector.
VALIDADE, congruidade, legitimidade, re-
gularidade, eto.
Validar, legitimar, etc.
valido, vahoso - legitimo - forçoso, po-
deroso. '^
Valído , favorito, privado — mimoso,
querido.
valiíisnto, bafo, graça, privança —
adherencia, intercessão — credito, favor,
valia.
valioso, custoso, precioso ~ válido.
valo ou Vallo, trincheira.
^ Valor, anitno, espirito — esforço, pu-
jança, valentia —bravura, denodo, hardí-
mento, intrepidez —alento, brio— mereci-
mento — estimação, preço, valia — heroís-
mo - ferocia.
vÃMKNfKou Vãamente, debalde, em vão,
inutilmente.
^ Vangloria ou Vãgloria, bazofia, jactân-
cia — suberba, unidade.
VANGLORIOSO, j^nctancioso, vão — suber-
bo, vaidoso — desvanecido — farfante, os-
teníador, gabador, gabarola.
vanguarda, anteguarda.
VANGUEJAR, cscorregar — vacíllar.
VANiLOQUENCiA, palavrorio, paroU.
VANiLOQUio , bacharelice, tagarellice —
disparate.
VANTAGEM, Vantãjem ou Vantage^ dian-
teira — melhoria —excesso, superiorida-
de — lucro, proveito, utilidade — merco
accrescimo — excellencia, primazia.
VANTAJOSO, proveitoso, útil — condu-
cente — considerável.
VANTE, adiante, avante.
YAO ou Vau, banco, parcel — commo-
didade, opportunidade.
VÃO, ouço, vasio — baldio, baldo, inú-
til — desvanecido , vaidoso — frivolo
insano, louco — chimerico, phantasli-
co.
VAPOR , bafo , hahto — fumo — bul-
cão.
VAPORAR, exhalar.
vAPdRoso, fumoso, vaporifero.
VAPULAR, açoutar.
VARA, verga, virga — chibata — reno-
vo.
VA RAÇÃO ou Yaradouro^ abrigadouro, cal-
deira, molhe.
vAHÃo. homem — marido — heroe —
macho, másculo.
v\RAH, encnlhar — e talhar, enleiaf
alròvessar, transpassar — (n.) sair.
VARiA?iTB, delirante — inconstante, mu-
dável, vario.
VARíAR, diversificar — [n ) mudir-se —
desconformar-se.
VE4
vm
1081
VARIÁVEL, inconstante, leve, mudável.
Variflnt', vario.
VAniRDApir, inconstnncia — instahillHs-
de, mnl;iL)»lidade — nitrarão, \irissitndtí
— mnd- nça — incerteza ~ diirtíren<,'a, di-
versidade.
VARINHA, fhibalinHfl, jiinco.
vahio, (1 ííerenie, diverso — imperroa-
nente, nnidavel, variável — incerlo, jn-
conslanlB, instável, versátil — vollivoio.
vARfiisiL ou Variil esforçado — herói-
co, iliosir*^, inliio
VARRÃo, Ci chino, javardo, porro.
Varrer, hmpar — tirar — levar — afu
genlar.
VÁRZEA, va'-gem — plaino, pbnira —
caiDpo.
Vasa, limo, lodo, lululencia, nateiro —
atoleiro, lameirão.
VA?Âo, exportação, pxlracção, saca, saí-
da — desembaieço, tí^Rdiçao (de nego-
gios).
vaSaR. desaguar, despejar — traspassar,
♦ yarar — sair — escapar-se, escoar se.
VASCA, coavulsào — desgosto -~ angus-
tia.
VASCOLtjAR, inquietar, perturbar — cho«
calhar (o liquido).
VASCONço ou Fflícuenfo, algAravía, geri*
gODça, jsrgão.
vascoso, anciado, convulso.
VASILHA, vaso — navio.
VASiu ou Vczio ^ despejado, devoluto,
inane, vão — cuco — [pi.) bypocoudrios
(«.) — bojo.
VASO, vasilha — urna — sepulcro, tu
mulo — baixel, nau, navio — barco.
VASOso, lamoso, lodoso.
VASSALAGEM ou Vassaltoge, dependência,
sujeição.
fASSALLO, súbdito, suJ8Íto — Iríbutarío
vaStação, assolflção, esírago.
VASTADOR, assolador, destruidor, devas-
tador.
VASTAME2HTE, aDQpla, largamente.
VASTEZA ou Vastidão, amplidão, ampli-
tude, txientão.
VASTO, amplo, dilatado, desmidido, es-
paçoso, extenso, imoienso, lato.
vatk, pceía — propheta.
vaticinaçáo ou Vaticínio , predioção ,
prrphecia — adivinhação — oráculo —
anijuncio, pressagio, prognostico — angu-
lio — horóscopo.
VATiciNADOH, advínho, agoureiro, arús-
pice, augur.
VATICINA», adivinhar, augurar, p'edizer,
prophetizar.
víA OQ Veia, beta, veio — choro— ge-
ração, sangud — agua — ingonho.
víADO, ceivo, ccrço, gamo.
VOL. IV.
víDATi, »l«li ar impr.dir, tolher, tomar
d''fender, prohihir.
VKGBTA' , produCÇãO.
VEGETATIVO, vegcial, vcgetanle, v.^g la-
vei — producMvo.
VEGETO, forte, robusto, vigoroso.
vj-HEMENCíA, força, vigor — impe!o, vio-
lência — tílicacia, energia — ■ an ia —
fogo. ^ ,
vr,nEMENTB, impetuoso, violento — ar-
dente — forte, 8Cii'0, enérgico.
VtiicULo, carrtla, carro — celeça, spje
— carruagora, coche.
vkíGa, campo, {lantcie — ffôdo.
VELA cu \éla. bougia, rolo - sinlinel-
la, vigia — embar«açâo — [pi] lenços,
linhos.
vei-ab, atalaiar, espiar, vigiar — occul-
tar.
vaLAR SI, acauU^lar se, esguardar-s<-«, vi-
giar-se.
VELHA, carcaça.
VELHACA DA OU Velhacaria , targf.nleria,
brej'^irice, desaforo, maroleira, patifaria,
traianiice.
vklhaCO, b.ugsnte, liialandrim — enga-
nador, fraudulento — impudico, liberti-
no.
VELHAQUEAR, calolear, engínar, trapacear
— gatunar.
VRLiuCE, ancianidade, «nnocidade, ca»
duquice, senectude, senilidade, velhez, ve-
tusiez — brancas, cãs, ruça?, ragas —
antiguidade.
VKLHO, ancião, encanecido, idoso, senil,
velhusco — usado — caduco, decrépito,
derrengado — antigo, vetusto, provecto —
experimentado.
yíLiFERO, vf-livago, velivJõ.
vSLiiCAR, bflUscar — pungir.
víLLO, pello ~ lã.
V8LL0S0 ou \iUoso, Mpudo, pelloso.
vELOCiDADs, 8ctÍYÍdade, desembaraço —
celeridade, ligeireza — agilidade, presteza,
promptidão, rapidez.
vELOx ou \eloz, célere, leve, hgeiro, rá-
pido, veloce — ágil, accelerado, arrebata-
do, impetuoso — aligero, alipede, apres-
sado — presto — correnlio.
VENAPLO ou \enabulo. adido, arteme-
ção, dardo.
VENCEDOR, ovante, trinmphador, trium-
phante, victorioso — conquistador, debel-
lador, domador.
VENCELHO. atilho.
VE??C£R, debellar, domAr, subjugar, su-
perar, supplrtntar — expujinar — desba-
ratar, dt-rrctar — exceder.
VENCIDA, desbarato, derrota — venci-
mento.
VEisciDO, suhjucado, superado — rendi-
271
nú
V£Q
VER
do, submeítido — debellado, domado ~
balido, derrotado, desbarótado, destroçado,
destruído — abatido, humilhado — pri-
sioneifo — prostrado.
VENCIKENTO, victOfia.
■vendjl, 6tadura — faixa — taberna —
estalajem — cegueira — * laudemio —
vendiçào.
VENDAR, cegar — escurecer.
VENDEIRO, estabjadeiro — taberneiro.
VENDE», alhear — traficar — trair.
VENDER-SE, ínculcar 86.
VENSNAR, envenenar, peçonhealar.
VENERO, peçonha , toxico — rosalgar,
etc.
■ VENENOSO, peçonhento, venefico.
VENERAÇÃO, culto, laípía — acatamento,
respeito, reverencia — obsequio.
VENERANDO, adurabundo — respeitado,
reverendo, venerável.
VENERAR, acatar, reverenciar — honrar,
respeitar — adorar, idolatrar.
VENERÁVEL ou Yenerabíl, grave, mages-
toso, respeitável, venerando, verendo.
VENETA, desejo, vontade — capricho —
loucura — veasinha.
" VENiA, licença, permissão — perdão.
Venial, leve, medíocre, pequeno —per-
doável, remissivel.
VENTANEAR, abanar, soprar, ventilar.
ventaneira ou Yeníania, furacão.
ViNTAR, soprar — peidar, traquear.
VENTAS, narizes.
VENTILAÇÃO, arejação — discussão.
VENTILANIE, arejante — ondeante.
VENTILAR, arejar — discutir.
Bentinho ou VentosinhOt arajem, aura,
fresco.
vsNTO, ar, aura — ventania — flato,
ventosidade — respiração, sopro — arro-
gância, orgulho, vaidade» vangloria.
VERioÍNHA, bandeirinha — (a rf;',) incons-
tante, mudável.
VENTOSIDADE, flatijlencia, vento.
VENTOSO, flatulento — suberbo, vaidoso,
vão — procellcso.
VENTRE, Ibarriga, estômago, pança ^
entranhes, seio, utero — bojo — concavi-
dade — parto, prenhez.
VENTRÍCULO, cstomago — bolsa, caridade.
VENTRUDO, barrigudo, pançudo.
VENTURA, felicidade, fortuna, prosperida-
de — acaso, sorte — dita — bonança —
perigo, risco.
VENTUROSO, arriscado, perigoso — afor-
tunado, ditoso, feliz, fortunoso — bem-
avenlurade — prosperado.
venus, Cytherea — belleza.
VENUSTO, engraçado, gentil, lindo.
vÉo, Remiltíeí — sendal — bioco, em-
buço, rebuço — corlina — pretexta.
VER, divisar, enxergar, olhar — atten-
der, considerar, reparar — conhecer — vi-
sitar — procurar — notar, observar —
conGnar.
VERACIDADE, caudura, engenuidade - re-
ctidão.
VERAMENTE, cofta, frauca, ingénua, sin-
cera, verdadeiramente — amen.
VERÃO, estio.
VERAS, verdade.
VERAZ, verídico, vero.
VERBEHANTE, rovcrberante.
VERBiAGEM, loquacidado, palãvrorio, pa-
rola.
vERBiGRACiA OU Verbi-graciã, porexem»
pio.
VERBOSIDADE, diffasâo, prolixidade.
vsRBoso, fftlíador, loquaz, palavroso, pa-
roleiro — diífuso, prolixo.
VERÇUDO, carrancudo — folhudo— pel-
loso.
VERDADE, realidade — veracidade — ada-
gio, Sintença.
VERDADEIRO, veridico, vero — real —
perfeito — provado.
VERDE, florescente, florente, flórido, flori-
do, frondente, frondifero, frondoso, ramos
— respendante, verdfjante, viridante — ^
viçoso — acerbo, immaturo — fresoo»—
rijo, robusto.
verdeàdo, enverdado.
VERDOR, verdura — acidez, aiisargor —
animo, força, nervo, vigor.
verdoso, verde, viridante.
VERDUGO, algoz, carnifice, carrasco, saiSft
— tyranno
verdjr, verdor — hortaliças*
verecundia, pejo, pudor, vergonha.^
VEREcuNDO, honesto, modesto, pudioo,
vergonhoso.
VEREDA, atalho, carreiro, semitu, trilho,
veréa — esiylo, modo — methodo, or-
dem.
Verendo, venerável. '
VERGA, chibata — vara.
VEhGADOR, dobradiço, flexível, flexil, ver-
gante.
VEBGALHO ouNirgalho^ chicote, látego.
VERGAR, avergar, curvar, dobrar, zumbrif
— deitar.
verGaSta, chibata.
VE&GASTADA, chibatada.
vergastar, chibatar.
VERGFL, hortQ, pomar — jardim —cam-
pina, prado.
VERGONHA, pfjo, pudor — pudicicia — •
encolhimento, modéstia — confusSo, cor-
rimento. !
VERGONHOSO, pudcudo, pudibundo, vere*
cundo — encolhido, modesto — indigno,
infame.
nx
VID
1€83
VERGONTA OU \ergdntea, vara — nove-
dio.
verídico, irrefragavvrl, voraz, verdadei-
ro, vero.
VBRiFiCAÇÃo, comparação, confrontação
— juslificação, prova.
VERIFICAR, averiguar, examinar — com-
parar — comprovar, provar.
VEM3 MIL ou Verosimil , verisimilhança,
verisimilidade, verisimilitude — [adj ) pro-
bavel.
vsRMSi.HÃo ou Vermilhão, arrebique.
v«RMELn\R, purpurear.
VERMELHIDÃO, Tubor — pudor.
VERMELHO, cBtrino, ígneo, nacarado, pu-
niceo, purpúreo, rosado, rubicundo, rúbi-
do, rubro, sanguíneo — (*.) coral, grà.
VERNO, biemal, biberno, hinvernoso.
VERO, certo — genuíno, verdadeiro.
VERSADO, affeilo — corrente, exercitado,
practico, visto.
' VERSÃO, traducção, traslado.
VERSÁTIL, móbil, mudável — inconstan-
te, vario, volabil.
VERSATILIDADE, incon3tancia, ligeireza,
variedade.
VERSEJADOR, poetastfo, trovador, trovis-
ta, versista.
VERSEJAR, trovar — versificar. ^
VERSO, metro — canto — poesia — poe»
ma.
VERSuciA, astúcia, manba, sagacidade*
VERsuTo, arteiro, manhoso, sagaz.
VtRTEBRA, Spondilo.
vERTEDoa, traductor — vertente.
VERTER, derramar, entornar, estiílar •—
traduzir, tresladar.
VERTIGEM, vagado.
VESANO, insensato, louco — furioso.
VESGO, torto, zanaga, zarolho.
VESTE ou Vestia, habito — trajo, vesti-
do, vestidura, vestimenta, vestuário — sur-
tum.
VESTIDO, altirna, vestidura — fato — ca»
saca — {(i'^j') enroupado.
VESTÍGIO, pegada, pizada — pista, rasto,
sigoal — exemplo.
VESTIR, ornar — guarnecer, preparar —
arroupar, cobrir.
VESTUÁRIO, fato, roupa — trsjo, vestidu*
ra.
vo.
VESÚVIO, Mongibello — ardor.
VBTERATío, antigo — experimentado.
viTo, prohíbição, suspensão.
Vetusto, antigo, prisco, velho — prime-
vEXAÇio ou Vexariíe, aperto, avexaçSo,
pena, pressa — ■ lance— gravame — tormen-
to — inquietação — perseguição.
TBXADon, aíllígídor, atormentador <^ pre-
seguidor — cáustico, importuno.
I VEXAR, atormentar, opprlmir — acabru-
íuh^T, inquietar, perseguir—* molestar — re-
; morder.
I viiz, gyro, turno, occasiâo — feita — ai-
ternaiivu, vicissitude .
vezaUO, acostumado, aíTeito.
V£zo, costume, estylo, habitO; maalia,
uso.
vÍA, ar!e, maneira, meio, modo— for-
ma — carril, carrilho, vereda — cxminha,
estrada, vestígio — messageiro, próprio.
viAGEiRO ou yiajeirot caminhante, pas-
sageiro.
VIAGEM, \iajem. ou Viaje, derrota— jor-
nada, peregrinação — romaria.
VIAJADO, yiojante ou Major, cami-
nhante, passaaítí, peregrino, viajyiro, vian-
dante.
VIAJAR, caminhar, peregrinip.
viAKDA, carne — peixe — guisado, man-
jar — aumento, sustento.
viakdeiro, comilão, glotão.
víbora ou Bibora, áspide, serpe^ ser-
pente.
VIBRAR, brandir — arremessar, arrojar,
cuspir, despedir, lançar — dârdejap.
vicavÊiisA ou Yíce-tersa, ás vesgas — ra*
ciprocamente.
VICIAR, corromper, depravar, lâbefactar
— alterar, deformar, falsiUcar — perverter,
seduzir — deshonrar.
YiCíO, msldâda — crinae, delimito — cul-
pa, erro, falta — defeito, macula, mancha,
senão.
VICIOSO, manhoso — defeituoso, imperfei-
to — falso — adulterado, corrupto, depra-
vado — libertino.
VICISSITUDE, alternativa, revés, volta —
revolução —inconstância, mudança — ins-
tabilidade.
VIÇO, viçor — viveza —alteração — brave-
za — altivez, bom tracto. ^ ,
viçoso, fresco — nutrido — vIvo — folho-
so, íolhudo — verde, verdejante, virente —
mimoso ^ frondente, frondoso >- bullçcsOi
inquieto.
viciiMA, holocausto, hóstia, libação, obla«
ção, sacriâcio.
viCTo, sustento.
víCTORiA, palma — triumpho, tropheu,
vencimento — preeminência, superioridade.
viCTORiADO, applaudido, celebrado — ' en-
grandecido, exaltado — elogiado, louvado
— honrado.
viCTOMOso, conquistador —ovante, trum-
phador, triumphante, vencedor.
viGTUAL^AS ou \itualhas i comestíveis,
manticaento, viveres — > munições.
VIDA, existência, s«ir — procedimento —
duração -* alma, calor, energia — alimen-
to—emprego, mister, cilicio.
271 «
1084
VIN
VIR
caracter, génio, in
VIDAL, vi(al.
VJDKNTS, prophela.
viDONHO, sarmento
(iole, r.aturfíl.
ViDRENTo, Yidrino ou \idroso, crystalli-
no — fr.-ígil, quebradiço — caduco.
VIDRO, cryslxi.
viEiRO. bela, veia.
viKLLA beco, chaacudo, travessa — en-
crusilhada.
viez, esguelha, obliquidade.
VIGA, barrete, irave - taipa.
VIGÉSIMO, "vinte.
VIGIA ou yejia, insomnoleneia, vé!a, vi-
gília — espia — guarda, semiuella — ata-
laia.
VIGIADO, atalaia, vigia — {adj ) pervigil,
vigUsnto — desperlo, observado.
VIGIAR, atslaiar, espiar, espreitar, obser-
var— {n.) velar.
VIGILÂNCIA, cuidado, desvelo, diligencia
— vela, vigia — resguardo.
VIGILANTE ou Yigil, attento, cuidadoso,
desvelado, insonme, pervigil, vigiaute —
exacto — solicito.
V GiLiA, vela, vigia — iasomnolencia —
cuidado, desvelo — vespora.
VIGOR, força, robustez — animo, esforço,
valor — alento — valentia — energia.
VIGORAR, fortificar, vigorisar.
VIGOROSO, forte, nervoso, robusto, vivi-
do — valoroso.
VIL, baixo, humilde — abjecto, deshon-
roso, desprezível — infama — plebeu —
ignóbil, sórdido — indigno — grosseiro, rus
tico — torpe — pifio.
VILEZA, baixeza, vulgaridade — ignobili-
dade, sordid-z.
VíLHAi^CETE ou Yíi/anceíe, chacota, vi-
Ihanesca.
vjLiPFNDiAR, desestimar, despresar, me-
nosp-ezsr.
víLiPEKDio, desestimação, desprezo, me-
noscabo — affronta, ultraje — aggravo,
conlumeiia — ignominia — injuria, ludi-
brio.
viLLA, * cidade — casa de campo.
yiLLAGEM OU ^illage, viila.
viLLANiA, baixeza, vileza— grcssaria, rus-
ticidade.
vRLÃo, aldeão, camponez, montanhez —
desçnrtez, grosseiro, rústico.
vjLTAR, aviltar, viciar.
vjNCo, dobra, ruga — carril.
VINCULAR, ligar, prender, unir — anne-
xar.
ViNCULO ou Vindo , atadura, *líajiie —
laço, nó — p iio — nexo, união.
vmDA, chpgada, regresso, volta.
viNDiCAÇÃo, vingança — cajiigoi puni-
ç&o.
VINDICAR , revindicar — vingar - defen-
der — csstigsr, punir.
VINDIMAR, acabar, matar.
vi.NuiMO, serôdio.
* VJNUÍTA, vinginça — acoimamento.
VINDO, chegado.
VINDOUROS, dysceidentes, futuros, netos,
posteridade, post-ros, posíumos.
VINGADOR, vindicB, ulírjz.
VINGANÇA, desaggravo. despique - vindi-
c.'iÇfio. vindita — castigo.
VINGAR, vindicar Gtfender — castigar,
punir — gauhar, passar, vencer — {n.j cres-
cer — medrar — chi^gar a. . .
VINGATIVO, rancoroso — implacável
viNflA, videirí?l. viaa, vinh^go, vinhedo.'
viiNHAÇA, bebedice, borracheira, ebrieda-
de.
vioLA, bandolim, bandarra, guitarra —
\'ioleta.
vioi.AÇAO, transgressão — estupro.
VIOLADOR, quebrantador, transgressor —
insultador - profanador.
VIOLAR, infringir, qu^íhrantar —profanar"
— forçar, incestar — offí^nder.
vioLKNCiA. força, Ímpeto — oppressão — •"
extorsão — tyrannia — constrangimeato —
intensidade.
vioLENFAR, compellip, constranger, for-
çar, obrigar
ViOLSHio constrangido, forçado, invicto,'
obrigado, violentado - accelerado, arreba-
tado, precipitado — furioso, impetuoso —
ifuprudente, t«nnerario — impaciente — fe-
roz — iníquo, injusto — cego — forie — in-
dócil, indómito.
VIPERINO , colobrino, serpentino, vipe-
reo.
VIR, chegar — voltar — entrar — derivar-
so, proceder — assentir, convir — occorrer
- dar se, nascer, reproduzir-se.
vífiA, setta, xará.
VífiAçÃo, ar, aura, bafígom, f esco.
VIRAR, voltar — mudar — converter —
rodear.
viKAvoLTAS, íJas, vindas, rodeios — al-
ternaúvas, variedades, viuis3iludes.
viuGA, açoute, vara.
víHuEM uu \irge, donzclla — {adj. m.) ia-
laeto, puro,
, VIRGINDADE, CastiJddo , virgO — pudicí- i
cia.
viiíGiNíO, virginal — illaso. intacto.
vie.iDANTE , vcídtíjanttí , viçoso , viren-
te.
VIROTE, arremcção, dardo, farpão, ro-
jão.
VIRTUDE, religião, saaciidade — piedade
— innoreneia — modéstia — castidade —
equidade, rectidão ~ energia, força ~ ani-
mo, Vdlcr.
VIV
TOt
1085
VIRTUOSO, integro, justo, leal, probo, re-
cto — casto, puro — modesto, pudico — pio
— r re]i>;ioso.
visAGKM, \isajo ou 'Sxsage, *cara, rosto
. — {pi) carantonhas, csrotos, esgares.
VISÃO, apparição — e^^peclro, Jarva, phaa-
tasma — chimera, phant«sia, sonlio.
viscoso, betuminoso, pegajoso, peganhen-
to.
visiNHANÇA., propinquidade, proximidade
— arredores, contorna — visinhns.
visiNHAR, achegar-se, aproximar-se —
COnformar-se.
vísiKHo. burguez — - {adj.] adjacente, che-
gado, contíguo, próximo.
VISITA, vista.
Visitador, visitei'0.
visiTSL ou yisihil^ claro, manifesto, sa-
bido - aspoot-wel.
vtso, vista — semblante, vulto — (pi jap*
pir^Qcias, ares. monstraçõas, mostras.
-víSTA, «8per4o, conspecto, objecto - de-
sigpo. intonío, proj^ícío — espaço —pç^ne-
Usçôo, sagacidade — (pi.) intuito, mira.
VISTA D'oLnos. goUe de vista, lanço de
olhos, olhada, olhadela.
VISTO, notado, observado, olhado — ver-
sado — averiguado, conhecido, sabido —
avaliado — recebido — quisto.
VISTOSO, agradável, bello — brilhante,
magnifi.o.
VITAL, fnimado, vivificante, vivifico.
ViTRLLA, bezíjrra, juveaca, novilha.
viiELLO, bezerro, juveaco, noviilio, vi-
tulo.
VITR80, crystallinn, espelhado,
viTUPíRAÇAO, diíís^maçSo — injuria, op-
probrio.
ViTupEBAR, desestimar, desprezar — con-
deainar, reprehender, suggdar — ignomi-
niar, * prascfjar,
viTLPíRio, deshonra, iofamia — desprezo,
rarnoscabo — ignominia — desprezo, me-
noscabo — ignominia — injuria.
viTUPERoso, ignominioso, infame, oppro-
brioso — condemnavel,
VIVA, applauso, victor.
VIVACIDADE, esperteza— vigor,
viVBNDA, casa, domicilio, habitação, mo-
rada, residência — passadio — comporta-
mento.
VIVENTE, animado, vivo — existente.
VIVER, txislip, subsistir — alimeotar-se,
nutrir se, sustentar-se — tractar-se — con-
servar-se. durar— portar-se — assistir, mo-
rar, residir.
VIVERES, comestíveis, mantimentos, vitua-
lhas.
VIVEZA, actividade, promptidâo ~ esper-
teza, vivacidade - ^gudf^za, penetração —
acrimon'a — energii, forç«,
VOL IV.
viviDouRO , duradouro , durante , vi-
vaz.
vivificar, alentar, animar, aviventar —
vigorar.
vivo, animado, esperto — efíicaz — acti-
vo, prompto — enérgico, forte — agudo,
penetrante — fogoso , violento — pican-
te.
VIUVEZ, viuvidade.
VOADOR ou toante , alígero — alipe-
de.
VOAR, adpjar, a voar, voejar, voltar —
correr — fugir — derramar-6e, espalhar-
se.
VOCABULÁRIO, diccionario, leiicon,
VOCÁBULO , dicção, expressão, palavra,
termo, voz.
vocAçio, chamamento, convocação — ins-
piração.
vociPKRAR, bradar, clamar, gritar, yo«
zear,
voda, caísmento, espcscrii, núpcias,
VQOA, credito, e$iimaçào, reputação,
vogar, remar — correr — ■ valer — * ad«
vogar — navegar.
voLANTB, garça — (a(/;' ) ambulante, er-
rante, erraiico — velifrtro.
VOLÁTEIS ou yolatihs, aves, pássaros.
voLATiH, funambulo, volteador — caiai-
nh^iro — andarilho.
voLiTANTs, gyrante, voUeante.
vOLiiAa, gyrar, tornear, voltear, volte-
jar.
VOLTA, curvatura, curvidade — reversão,
tornada •— allernativa, vicissitude — revés
— mudança — biigi, deserdem, alvoroto,
motim.
voLTAB, tornar, volver — gyrar ^ vivar
— (r.) rebolcar-se.
voLTKADoa, dans^rino, volantim.
voLTsADURA, gyro, volíoio.
volteAr^ gyrar, rodar — rodear, torn^íar
— contornear.
voLTivoLO, inconstarite, varinvel, vario.
. VOLTO, spsgo, virado, voltado, volvido.
voLLBinDADs, inconstsnoia, variedade.
VOLUME, brocha, exemplar, livro, tomo
— grandeza, tamanho — mole — trouxa
carga.
VOLUNTÁRIO, avonturciro — (oí/;'.) arbi-
trário ~ indócil — obstinado, teimoso —
recalcitrante.
VOLÚPIA, deleite, sensualidade.
voluptuar, luxuriar.
VOLUPTUOSIDADE, volúpia — delcitO, gOS-
to, praier — lascívia, luxuria, sensualida-
de — devassidão, libertinagem.
vOLUPiooso ou Soluptario , agradável,
delicioso, mimoso — libidinoso, lúbrico,
sensual.
volutabro, lodaçal.
272
KI86
m
VÇfe
VOLÚVEL OU Yoluhilf gyranle, rodeante,
folteante, iaconstsnte, vario.
VOLVIDOS, erivolvedor.
VOLVER, virar, voltar — revolver — (n.)
tornar.
VOMITAR, arrevessa?*, bolsâr — arremes-
sar, lançar — exbalâr, expelllr.
VONTADE, alvedrio, arbitrio, grado, que-
rer, Sabor — deliberação, determinarão,
resolução — [pi] * alfaias, moveis, tras-
tes,
vôo, adejo.
VORACIDADE, Oí^acidade, sofreguidão.
voEAGííM OU \orage, abysmo, redemoi-
nho, sorvedouro, sumidouro.
VORAZ, \orace ou \orás, comilão, glo-
180 — devorador, devoraale, tragador, vo-
rador — insaciável.
VÓRTICE, remoinho, tufão.
voTAR-SE, espor-se — sacrificar- se.
VOTO, promessa — juiio, parecer — [pi.)
supplicss.
vez, som, dlcç^ão, palavra, termo, vocá-
bulo — falia.
vozAWA ou Cozeria, alarido, algazar, nU
gazarra, brados, clamor, grita, gritaria.
VOzBADoa, bradador, clamador, gritador,
vozeaale — ralhador,
VOZEAR, berrar, bradar, clamar, gritar
— vociferar.
vozsiRO, estrondoso, núdoso («.) advoga-»
do, procurador — soUicitador,
VULCANO, fogo.
VULGAR, commum, ordinário — * sabido,
trivial — corriqueiro, plebeu — (s ) vuU
go — [v. a.) divulgar,
vuLGAHiSAR, dívulgar, espalhar, vulgap
— traduzir, verter — publicar.
VULGO, gentalha, plebe, vulgacho — - po^
YO.
vuLNgRiR, offender — ferir.
vuLNiFico, feridor.
vuLPE, raposa.
vuLiAR, avultar.
VULTO, cara, rosto, semblante — bulbe,
estatua, i;U8gem — massa, voluoie — ap-i
parencia, íigura — relevo — pessoa.
VULTOSO, groso, volumiaoso, volumoso^
XSR
XOP
108?
XiHASiz, engodo — omite.
XAQifAR. aperlsr — Yfextr.
* XARA^ flethi, Stílla.
XABCu, cordame, c rdosllia, ensaFoia,
XAíTRB ou Xartrôf alfaiate.
XEPGÀo, enxergão.
. XAttopE, laoibedor. meílicamento.
XERYA, canamo -— 1 'ho.
XUR ou Chiar, esgaaiçar-se,.g&air, ^mnn
char.
X BASCA, bajofia, fanfírrouíi^a, jactaQ*
cia, xibantoria.
xmANTP, goopo — arruador, valentão,
fanfarrão.
xiMío, raac^co, moleqae, mono, nico.
XIRA. comi-tla. papaníj.a, papszaiia, pasto.
xoF.HE, logo--T<ierepeiite— [s] embale.
jiitir
%n
1088
ZEI.
ZOIH
|4&<^U ou êa$sy9, iu^hk.
gASAUNo, pastorinho, Wffilôie,
jSAff^çA, ye?go, ?irolho,
I4RQA, iniroiíade — Rntlpçibiar ft^!5r8l>?,
íJAKQÀDô, encaniloado, irriífiflo
RASGAR, fiborflf, eafftdar, irriíap-^ des*
g atar, eaffistlar.
8Aíí8iii«ARRi, dcsôfdem.
lARCO, gaiio, íaroho,
^a^uKCBo ou ZagunúOt arremeçlo,
dardo, venabulo.
jEAROiHO, torto, ve?go, zanaga — {aáj.)
PEquinhado (olho)
ZELO, culda-io, desvelo ^ {pi) ciumea -*
auspeíias-
zKi oso , cuidA'lQso , desvelado — cioso.
zs^ifg, apQgâu, au|8, 6vb;9<
zgRíDASDA, maçada, íovs, tunli,
Z8B10AÍIDO, azorrague, UtegOi
í^na, cifra, nad^,
ziíBoaio, cnpiílfi, domo, niirAnle.
^««RRAfi, o<;outar-»espaiicaf,
íifíGRAÃ, 95oamôcer , motBJHr , «oo*
bar.
ZfZASU, joio -- deiavença, díicordia, dli-
seoçao.
ZOADA, retumbo — toada *- soada,
zoAB, toar - ribombar, retacobar -» tia*
Qir, zunir.
zoiío, critico, satírico » Insolente, male*
dico — invejoso.
ZOMBAR, chasqupa?, osoarnecer, mangar,
tnotpjir — ridiculiwr — - enganar, illudir —
gracHjíir — desobedecer.
z 'MíARU , «gudvza - graça - mot« ••
ZOT
escarneo . irrisão, mofa — chasco, chufa.
Djolpjo — remoque.
ZONA, cinto, faixa.
ZORiA, paluiatona.
zo»»A, raposa — [adj. m.) dissimulado,
mair» i'').
zohrai , estorninho.
ZORRKIRO, roncí3Íro, tardo, vagaroso —
indiiigenle — passt-iro — dtit-ixado — pro
gujçosu.
zoíBO. reboque si^ga, tirào - (acO" ) ar-
Iciro, astuto.
ZoHal, Pítorninho
luTs, jidliia, íjtn ranie. pateta, ti lo.
ZUR
1089
zoui^KiRO, decrépito, velho.
zumbaia, corlezia, inclinação, reveren-
cia.
z'JMBiDO ou Zomlido, susurro, zunido.
ZLMBiR, susurr/ir.
zuuBKiK SB, d«)t>rAr-se.
zuMut), sosurro, zunmenlo — sibilo.
ZUNIR, susurrar — sibilar.
zuRUAGua ou Zorrague, açoute, Ut^go,
vergfilho
ZURRAR, orn^^jip, rebusnar.
ZURRO, orneio, rebusno.
zuBíiR, bater, desancar, espancar — maU
tractor — injuriar — açoutar.
PIM DO QVAntO E ULTIMO VOTVME.
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^Af^^íílrjii
PC
5327
F3
1850
V.4
Faria, Eduardo de
Novo diccionario da lingua
portugueza 2, ed.
PLEASE DO NOT REMOVE
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