Skip to main content

Full text of "O Estandarte"

See other formats


I 


\ 


UBRARY  OF  PRINCETON 


W 

JAN 


91994 


numa 


Pai  nosso 
que  estás  no  Céu. 
Que  seja  Teu  nome 
santificado 

pelos  teus  filhos 

em  todos  os  lares 
em  todas  as  mesas 

fartas  ou  pobres 
sobeja  ou  carente 

dos  injustiçados. 


ARVORA/ 


E  seja  Tua  vontade 
que  na  Terra  se  faça 
como  nos  céus. 
Em  todas  as  vidas 
que  estão  no  Caminhio 
em  todas  as  vidas 
perdidas  de  Ti. 


Ao  gosto  do  trigo 

de  Tuas  mãos 
nos  venhia  o  pão 
da  comunhão. 
O  pão  do  Amor. 
O  pão  da  amargura 
afasta  de  nós. 
Que  a  esperança 

se  faça  na  Fé 
no  trabalho  por  ti. 

Os  nossos  pecados 
perdoa,  ó  Pai 
como  nós  perdoamos 

ao  nosso  irmão. 
E  num  beijo  que  santo 
num  abraço  sincero 
a  Paz  nos  envolva. 

Não  nos  deixes.  Senhor 
tropeços,  caídos 

na  tentação  do  poder 
de  honras  e  glorias. 

E  do  orgulho  e  soberba 
vaidade  e  perfídia 
o  mal  nos  impeças. 

Pai  nosso,  do  Céu 
-  que  santificado 
seja  Teu  nome 
nas  Tuas  igrejas. 
E  por  todas  as  almas 
que  alegres  celebram 
o  NATAL  DEJESUS. 

Therezo  Andrade 


Daniel 


Natal  é  uma  criança  chegando, 
sorrindo,  trazendo  vida, 
iluminando. 
Natal  e  criança 
não  dá  pra  separar, 
porque  sem  criança 
o  Natal  não  existe. 

Deixe  a  sua  criança  livre. 

Com  tinta  e  pincel  nas  mãos, 

ela  poderá  fazer  arte 

no  seu  escritório, 

mas  com  certeza 

fará  o  Natal  mais  bonito, 

mais  criança, 

mais  Natal.  a 

★ 


Daniel 


3  f  f  CA^^ 


0  S^Ucutdantc  \ 

DEZEMBRO/1993 


O  ESTANDARTE 

Publte«9êo  Manul 

órgAo  oficul  da  igreja 
presbiteriana  independente 
do  brasil 

Fundado  em  7  de  taneko  de  1893.  por 
Rev  Eduardo  Cartos  Pereira,  Rev 
Bento  Ferraz  e  Prssb.  Joaquim  Ahiea 
CofTda.(Sucemorde'lrTpf»nsaEvan' 
géficaT,  tund.  em  7/9/18&4) 

ASSESSORIA  DE  IMPRENSA  E 
COMINICAÇAO 

Rev  João  Correta  Lima  (relator) 

Rev  Tarais  de  Cairpoe 

Rev  Súaa  de  Olveira 

Rev  Vakíomiro  Pires  de  Oliveira 

Presb.  Alcy  Thomâ  da  Silva 

Rev  Jonas  Qonçatvea 

Rev.  Lysias  Oliveira  dos  Santos 

Diretor 

Rev  Valdomiro  Pire»  de  Oliveira 

Adminlatndor 

Rev  Edson  Zemuner  de  Paula 

Editor 

Rev.  Lysias  Oliveira  doe  Santo* 
Redetor 

Rev  Tarsis  de  Cairpos 

Auxiliar  de  RedaçAo 

Moonir  Kamal  Ghobriai 

DlagramvçéoaArte: 

Roberto  Almenara  de  Freitas 

Compoalcao. 

Sheila  de  Amorim  Souza 

Aeelstente: 

RoeeI  Eug^to  da  SIva  Viana 

JomelMa  Reaponaável: 

Uassyr  Ferrera 
Reg  MT  n»  6220/Went. 
SJPESP  n»  65381 
Matr.  Sif>d.  n«  1276 

Redaçlo: 

Rua  Amaral  Guroel.  4S2  ■  S/L 
CEP  01221-000  São  Pauk)  -  SP 
Fone  (011)258  1422 
Expediente:  2*  a  6*.  das  9  ás  17  hs. 

Aietnatufi:  CR$  1  400,00 
Exemplar  Avuleo:  CR$  140,00 
Tlreoem:  3  SOO  exemplares 

ArtiBoe  aasinadoe  não  representam  ne- 
cesaanamenie  a  opinião  da  IPI  do  Bra- 
sil nem  da  própria  direção  do  )oma). 
Malèhas  enviadas  sem  a  aobcitação 
da  Redação  só  serão  publicadas  a 
cntèrio  da  mesma  O»  ormmaia  não 
ewá9dey<^^. 


EDITORIAL 


Ainda  não! 


Gostaria  que  todas  as  pessoas 
fossem  iguais  I 

Todos  chegassem  no  final  do 
mês  no  banco  e  recebessem  o 
mesmo  salário.  Com  ele,  conse- 
guinam  comprar  a  mesma  quan- 
udade  de  airoz,  feijão,  a  mesma 
dúzia  de  ovos,  o  mesmo  pé  de 
alface.  Poderiam  também  morar 
em  casas  iguais,  todas  iguais  e  do 
mesmo  tamanho,  só  mudariam  as 
cores.  Uns  pintariam  de  verme- 
lho, outros  de  azul.  branco,  ama- 
relo, sempre  cores  vivas  e  ale- 
gres. 

O  patrão  freqilentaria  a  mes- 
ma piscina  com  o  empregado 
porque  o  dinheiro  deles  teria  o 
mesmo  poder.  Nadariam  juntos, 
com  os  filhos  sendo  amigos  e 
usando  as  mesmas  marcas  de  rou- 
pa. Na  hora  do  lanche  estenderi- 
am uma  toalha  no  chão  e  todos 
juntos  participariam  da  refeição, 
mas  antes,  fariam  juntos  uma  bela 
prece  a  Deus. 

E  por  falar  em  Deus,  Ele  tam- 
bém seria  um  só.  Um  só  Deus 
para  o  patrão  e  para  o  empregado. 
Ambos  adorariam  o  mesmo  Deus, 


que  seria  lembrado  pelos  atribu- 
tos que  lhe  são  devidos;  não  por 
aqueles  que  dividem,  por  exem- 
plo, "Deus  da  prosperidade"  e 
"Deus  da  pobreza" .  Eu  não  gosto 
destes  dois  deuses  que  inventa- 
ram. Os  dois  só  causam  divisões 
entre  as  pessoas  colocando-as  em 
constante  conflito. 

A  propósito,  é  oportimo  lem- 
brar que  estamos  vivendo  o  natal. 
Penso  que  o  menino  Jesus  gosta- 
ria de  nascer  em  um  mundo  bas- 
tante parecido  com  este  pintado 
aqui:  igualdade,  solidariedade, 
fraternidade,  comunhão,  partilha, 
alegria,  festa,  amor,  e  outros  tan- 
tos frutos  da  árvore  da  Vida  que  se 
transformaria  na  árvore  de  Natal . 

Mas  infelizmente,  olho  para  o 
nosso  contexto  social:  fome, 
corrupção,  injustiça,  capitalismo; 
olho  para  as  igrejas:  prosperida- 
de, pobreza;  olho  ainda  para  as 
pessoas:  inveja,  disputas,  ódio,  e 
diante  desta  olhadela  penso  den- 
tro de  mim:  "AINDA  NÀO  VI- 
VEREMOS O  NATAL  DE  JE- 
SUS ESTE  ANOIM" 

Tarsis  de  Campos 


PARTICIPAÇÃO 

Matérias  e  Fotos 


Da  IPI  do  Brasil 


Aguardamos  a  colabo- 
ração dos  nossos  leitores 
participandodoespaço  "A 
Vez  do  Leitor'  através  de 
cortas;  'Nossas  Igrejas', 
através  de  reportagens  so- 
bre a  sua  Igreja. 

Pedimos  que  as  matéri- 


as, antes  de  nos  serem 
enviadas.sejam  revisadas 
por  alguém  contiecedor  de 
nossa  Língua  e  que  as  fotos 
sejam  em  preto-e-b ranço. 

Participe  do  seu  jornal 
"O  ESTANDARTE'. 


r/ 


30/4  E  01/5  de  1994 

ENCONTRO  DE 
PROJETOS  SOCIAIS 

SECRETARIA  DE  DIACONIA 


Nossa  Agenda/94  estó  mais  connpleta,  além  de 
ser  exclusiva  da  IPI  do  Brasil.  Neta,  52  nomes  de 
pessoas  que  fizeram  a  nossa  história  receberam 
uma  homenagem  especial.  Procure  em  nosso 

Escritório  Central  da  IP(B "  Fone  (011)  2581422-^'--i 


"Isto  vos  servirá  de  sinaL./' 


Isaías  7.10-16;  Lucas  2.912 


"Tu  vens,  tu  vens. ..  eu  já  escuto  os  teus 
sinais..." 

Este  refrão  popular  expressa  muito  bem 
o  que  foi  a  expectativa  messiânica  do  povo 
de  Deus  antes  do  nascimento  de  Jesus 
Cristo.  A  ansiedade  pela  vinda  do  Messias 
os  fazia  ficar  atentos  a  todos  os  sinais  que 
pudessem  indicar  o  seu 
nascimento.  Sinais  são 
símbolos  (visuais  ou  au- 
ditivos) que  indicam  uma 
certa  realidade  ou  reve- 
lam algo  que  não  é  per- 
cebido às  claras.  A  épo- 
ca do  natal  é  rica  em 
símbolos  e  sinais:  são 
vários  os  sinais  litiirgicos 
(sinos,  velas,  guirlandas, 
anjos,  enfeites  etc).  Po- 
rém, o  sinal  mais  origi- 
nal é  o  que  encontramos 
nas  própria  Escrituras: 
''uma  criança  envolta  em 
faixas  e  deitada  numa 
manjedoiua"  (isto  vos 
servirá  de  sinal...  cf  Ic 
2.10).  Osdoistextosaci- 
ma  falam  de  sinas  e  am- 
bos envolvem  crianças. 
Vamos  tentar  compreender  o  contexto  his- 
tórico dos  mesmos; 

Isaias  7.10-16  -  Esse  texto  nos  remete 
ao  %°  século  antes  de  Cristo,  durante  a 
aliança  entre  a  Síria  e  Israel  (tribos  do 
Norte)  visando  invadir  e  dominar  Judá  (as 
tribos  do  Sul).  Vivia-se  em  Judá  um  clima 
de  insegurança  política  e  instabilidade 
devido  à  falta  de  autoridade  do  rei  Acaz. 
Ele  não  tinha  carisma  político  nem  cora- 
gem para  proporcionar  segurança  ao  seu 
povo.  O  temor  de  uma  invasão  externa  era 
enorme.  Por  isso  Isaías  diz  que  aquele  povo 
"andava  em  tréguas".  O  medo  era  tanto 
que  Isaias  chega  a  afirmar  que  o  coração  de 
Acaz  e  de  seu  povo  "agitavam-se  como  as 
árvores  do  bosque  como  o  vento"  (v.2). 

Diante  da  ameaça  da  invasão,  o  profeta 
Isaias  vislumbra  uma  esperança  de  dias 
melhores  para  seu  povo:  o  nascimento  de 
Ezequias,  o  herdeiro  de  Acaz.  Quem  sabe 
não  seria  ele  o  Emanuel,  o  Messias?  A 
rainha,  esposa  de  Acaz,  já  estava  grávida 
de  Ezequias  e  naquela  criança  se  deposita- 
vam as  esperança  do  povo.  Talvez  o  fílho 
do  rei  tivesse  mais  autoridade  e  devolvesse 
a  estabilidade  a  Judá.  Essa  é  a  expectativa 
de  Isaias:  "o  Senhor  mesmo  vos  dará  um 
sinal:  ajovem  (ALmah,  em  hebraico)  con- 
cebeu, e  dará  à  luz  um  fílbo"  (v.  H).  A 
esperança  de  Isaias  era  de  que  o  filho  da 


jovem  rainha  trouxesse  paz  e  segurança  ao 
povo.  Ele  receberia  desde  cedo  a  boa  ali- 
mentação da  corte  (v.  1 5),  além  da  promes- 
sa de  que  até  que  chegasse  à  idade  do  juízo, 
os  reinos  da  Síria  e  de  Israel  (tribos  do 
Norte)  seriam  destruídos,  o  que  efetiva- 
mente  aconteceu. 


Ezequias,  porém,  não  era  o  messias,  o 
Emanuel;  e  logo  isso  ficou  claro.  Não  havia 
chegado  ainda  o  "Kairós",  o  tempo  certo 
de  Deus,  a  "plenimde  dos  tempos",  quan- 
do nasceria  o  Cristo.  Mais  tarde,  os  tradu- 
tores gregos  da  Septuaginta  (LXX)  tradu- 
ziriam "almah"  (jovem),  por  "párthenos" 

i 


(virgem).  Foi  da  Septuaginta  que  Mateus 
extraiu  a  citação  do  seu  evangelho  (Mt 
1.23).  O  sinal,  porém,  permaneceu:  um 
filho;  uma  criança;  uma  promessa:  o  Sal- 
vador! 

Lucas  2.9-12:  Na  plenitude  dos  tem- 
pos, o  povo  de  Deus  continuava  andando 
em  trevas:  dominado  por 
gentios  (romanos),  os  ju- 
deus estavam  prontos  a 
seguir  qualquer  um  que 
se  apresentasse  como  o 
Messias.  De  fato,  muitos 
Messias  apareceram, 
com  as  mais  mirabolan- 
tes propostas.  Porém,  o 
messias  anunciado  pelos 
anjos  era  diferente:  Seus 
sinais  não  eram  os  das 
armas  e  da  violência,  mas 
da  fraqueza  e  simplici- 
dade: uma  frágil  criança 
como  tantas  outras,  en- 
volvida em  panos, 
desprotegida  e  necessi- 
tada como  tantas  outras. 
Nos  lábios  dos  anjos,  en- 
tretanto, seu  nascimento 
foi  anunciado  como"no- 
tícia  de  grande  alegria  para  todo  o  povo". 

As  pessoas  do  seu  tempo,  no  entanto, 
não  compreenderam  a  beleza  e  profundi- 
dade desses  sinais,  O  evangelista  João  diz 
que  "os  seus  não  o  receberam".  Não  acei- 
taram aquele  sinal:  duvidaram  de  sua  efi- 


cácia; nâo  conseguiram  vislumbrar  para 
onde  o  sinal  apontava. 

Todo  ano,  a  cada  Natal,  Deus  contínua 
a  nos  enviar  sinais:  nós  gostamos  de  mon- 
tar presépios  com  manjedouras  e  não  há 
problema  algum  nisso,  desde  que  esteja- 
mos atentos  para  o  que  tais  símbolos  reve- 
lam: a  criança  pobre,  carente,  tal  como  foi 
o  menino  Jesus.  É  preciso  compreender 
que  em  nosso  tempo,  tais  sinais  estão  es- 
tampados diariamente  nas  ruas  das  nossas 
cidades,  nas  páginas  dos  jornais  e  telas  de 
televisão.  Deus  insiste  em  nos  dizer  algo 
através  deles:  em  cada  criança  que  nasce. 
Deus  revela  que  não  desi  stiu  da  humanida- 
de e  ainda  está  disposto  a  derramar  sua 
graça  e  seu  amor  sobre  o  mundo.  A  mani- 
festação nova  e  definitiva  do  reinado  de 
Cristo  (Parusia),  esperada  com  ansiedade 
pelo  seu  povo,  requer  uma  nova  mediação 
histórica,  tal  como  a  primeira  vinda  de 
Jesus.  Sua  segunda  vinda  (manifestação 
nova  e  definitiva  de  sua  Soberania  e  de  seu 
reino  de  Justiça  e  Paz)  será  apressada,  na 
medida  em  que  cuidarmos  e  valorizarmos 
nossas  crianças:  são  elas  sinais  do  novo 
tempo,  do  fiituro  messiânico. 

"  A  voz  do  anjo  sussurrou  no  meu  ouvi- 
do... eu  não  duvido,  já  escuto  os  teus 
sinais"  diz  a  canção  popular.  (?ue  sua 
igreja  esteja  aberta  e  sensível  a  esses  sinais 
que  Deus  ainda  nos  dá. 

Rev.  Caries  Eduardo  B.  Calvani 

(mensagem  pregada  na  IPI  do 
Jabaquara  20/12/92) 


Jesus:  motivo  de  festa 


o  Natal  é  o  dia  cm  que  comemora- 
mos o  nascimento  de  Jesus.  É,  portanto, 
um  aniversário.  Nas  festas  de  aniversá- 
rio nós  costumamos  presentear  o  ani- 
versariante. N4as  no  Natal  é  diferente. 
Nós  recebemos  presentes. 

Por  que  nesta  festa  de  aniversário 
nós  recebemos  presentes  ao  invés  de 
oferccê-losí  Será  que  o  aniversariante 
não  os  merecei  Será  que  o  aniversarian- 
te nâo  querí  Ou  será  que  o  nosso  desejo 
é  sempre  receber  mais  c  mais  presentes. 


csquccendo-nos  do  aniversariante! 

Jesus,  o  motivo  da  festa,  foi  em  ri 
mesmo  o  maior  presente  que  a  humani- 
dade poderia  receber.  Junto  com  Ele, 
recebemos  muitos  outros  presentes  de 
Deus.  Presentes  que  se  renovam  dia 
após  dia,  momento  após  momento. 
Vida,  paz,  salvação,  misericórdia,  per- 
dão c  tantos  outros  presentes  ninguém 
mais  os  poderia  dar,  só  Deus, 

Se  Ele  já  nos  deu  tantos  presentes, 
que  mais  posso  eu  pedirl  Nadal  Ao 


contrário,  eu  é  que  devo  lhe  daralguma 
coisa  cm  Seu  aniversário.  O  presente 
que  Etc  quer  de  nós  é  um  maior  compro- 
misso com  Ele  c  com  Seu  Reino,  mani- 
festo numa  oferenda  de  nossas  vidas  cm 
favor  daqueles  que  por  algum  motivo 
estão  privados  de  vivera  vida  em  pleni- 
tude, presente  de  Deus  aos  homens. 

Se  cu  ainda  pedisse  alguma  coisa, 
não  pediria  a  Jesus,  mas  aos  homens  que 
entendessem  esta  verdade. 

Rev.  Marcos  Paulo  Monteiro  da 
Cruz  Bailõo 


LITURGIA  DE  NAX 


DEZEMBRO/1993 


Culto  das  Ivu^s 


AGUARDAMOS  ANSIOSAMENTE  A  VINDA 
DO  MESSIAS  -  (Iluminação  nonnal) 

-  Hino;  "EM  Sn-ÊNCIO  TODA  CARNE"  (IV  Céus 
Proclamam  n"^  163) 

1.  Em  silêncio  toda  carne,  com  temor  e  devoção, 
Abandone  reverente  todo  pensamento  vão; 
Nosso  Deus  à  terra  desce:  tributai-lhe  áiíiáfaçâo. 

2.  Rei  dos  reis,  da  virgem  filho,  entre  nós  ele  habitou. 
Deus  em  corpo  e  sangue  humano,  Deus-Senhor  que 

se  humilhou. 

Os  seus  filhos  alimenta;  cie  disse:  "O  Pão  eu  sou". 

3 .  Hostes  celestiais  preparam  o  caminho  do  Senhor, 
Ao  descer  a  luz  das  luzes  do  seu  reino  de  esplendor, 
(^em  tombou  seu  inimigo  extinguiu  a  treva  e  a  dor. 

4.  Vigilantes  anjos  voam  ao  redor  do  criador 

E  cobrindo  as  suas  faces  cantam  o  eternal  louvor: 
"Aleluia!  Aleluia!  Ao  supremo  Deus-Senhor!" 

-  Oração  de  súplica  e  confiança 

Todos:  Deus,  olha  para  nós  lá  do  céu,  lá  do 
lugar  santo  e  glorioso  onde  moras.  Onde  está  o  teu 
poder  e  o  teu  cuidado  por  nós?  Náo  retires  de  nós  o  teu 
«mor  e  a  tua  compatxSo.  Procuramos  a  luz,  mas  só 
encontramos  a  escuridão;  buscamos  lugares  claros, 
mas  continuamos  nas  trevas.  Andamos  apalpando  as 
paredes  como  se  fôssemos  cegos,  como  se  n2o  tivésse- 
mos olhos;  ao  meio  dia  tropeçamos  como  se  fosse  de 


noite,  e  em  plena  flor  da  idade  parecemos  mortos. 
Esperamos  a  salvação,  porém  ela  demora.  Mas  tu,  ó 
Deus  Eterno,  és  o  nosso  Pai.  Não  te  esqueças  de  que 
somos  o  teu  povo."  Amém.  (Isaias  64  e  59) 

-  Responso  Congregacional  -  "COMIGO  HABITA" 
(Salmos  e  Hinos  n*"  361) 

1.  Comigo  habita,  ó  Deus!  A  noite  vem,  as  trevas 
crescera  e  o  temor  também;  Socorro  espero,  ó  Deus,  da  tua 
mão.  Oh!  Vem  fazer  comigo  habitação! 

2.  Vem  rcvelar-te  a  mim,  ó  meu  Senhor,  Pai  podero- 
so, pleno  de  amori  Meu  guia  forte,  amparo  em  tentação: 
vem,  vem  fazer  comigo  habitação! 

ATRAVÉS  DOS  PROFETAS,  DEUS  PROMETE 
O  SALVADOR  -  (Apagam  se  as  luzes) 

-  Oficiante:  "A  terra  está  coberta  de  escuridão;  os 
povos  vivem  nas  trevas.  Mas  a  luz  do  Senhor  brilhará  e  a 
glória  do  Senhor  aparecerá"  (Isaías  60.2). 

-  Congregação  (cantando):  Ó  vem,  ó  vem  Emanuel! 
Liberta  o  povo  de  Israel 

(^e  geme  em  triste  exílio  e  dor  e  aguarda  o  grande 
redentor. 

Dai  glória  a  Deus,  Emanuel  virá  em  breve,  ó  Israel 

cm  Céus  Proclamam  n"  93) 

-  Oficiante:  "O  Senhor  mesmo  lhes  dará  um  sinal:  a 
virgem  que  está  grávida  dará  à  luz  um  filho  e  porá  nele  o 
nome  de  Emanuel,  (guando  ele  chegar  á  idade  de  saber 
escolher  o  bem  e  rejeitar  o  mal,  o  povo  estará  comendo 


I 


A  igreja  iluminada  pelas  velas,  no  Culto  das  Luzes  da 
Pnmeira  Igreja  Presbiteriana  Independente  de  Sáo  PaulOu 


coalhada  e  mel"  (Isaías  7.14-15). 

-  Congregação  (cantando) :  Ó  vem  aqui  nos  animar  e 
nossas  almas  despertar. 

Dispersa  as  sombras  do  temor  e  as  nuvens  negras  do 
terror. 

-  Oficiante:  "Virá  um  descendente  do  rei  Davi,  filho 
de  Jessé,  que  será  como  um  ramo  que  brota  de  um  toco, 
como  um  broto  que  surge  das  raízes.  O  Espírito  do  Deus 
Eterno  estará  sobre  ele  e  lhe  dará  sabedoria  e  conhecimen- 
to, capacidade  e  poder.  Ele  temerá  ao  Deus  Eterno, 
conhecerá  a  sua  vontade  e  terá  prazer  em  obedecer-lhe.  Ele 
não  julgará  pela  aparência,  nem  decidirá  somente  por 
ouvir  dizer.  Mas  com  justiça  julgará  os  necessitados  e 
defenderá  os  direitos  dos  pobres"  (Isaias  11.1-4). 

-  Congregação  (cantando):  Ó  vem  rebento  de  Jessé, 
e  aos  filhos  teus  renova  a  fé; 

(^e  possam  Hades  dominar  e  sobre  a  morte  tritmÊu ! 

-  Oficiante:  "Porque  um  menino  nos  nasceu,  um 
filho  se  nos  deu;  o  governo  está  sobre  os  seus  ombros;  e  o 
seu  nome  será  Maravilhoso  Conselheiro,  Deus  Forte,  Pai 
da  Eternidade,  Príncipe  da  Paz.  Para  que  se  aumente  o  seu 
governo  e  venha  paz  sem  fim  sobre  o  trono  de  Davi  e  sobre 
o  seu  reino,  para  o  estabelecer  e  o  firmar  mediante  o  juízo 
e  a  justiça,  desde  agora  e  para  sempre.  O  zelo  do  Senhor 
dos  Exércitos  fará  isso"  (Isaías  9.5-6). 

-  Congregação  (cantando):  Vem,  filho  de  Davi,  ó 
vem!  Descerra  o  céu  de  todo  o  bem. 

Suprema  glória  nos  dará  por  esta  senda  que  abrirás! 

DEUS  CUMPRE  A  PROMESSA  NO  NASCI- 
MENTO DE  JESUS  (Acende-se  uma  vela  na  mesa) 

-  Oficiante;  "O  povo  que  andava  em  trevas  viu  uma 
grande  luz,  e  sobre  os  que  habitavam  na  região  da  sombra 
da  morte  resplandeceu  a  luz"  Gsaias  9.2). 

-  Hino:  "SENTINELA,  VAI-SE  A  NOITE" 
(Hinos  Contemporâneos  n**  14  -  durante  este  cântico 

o  pastor  acende  as  velas  e  passa  para  os  presbíteros  que 
acendem  as  velas  que  estão  nas  mãos  dos  irmãos  da 
congregação). 

1 .  Sentinela,  vai-se  a  noite,  que  sinais  me  tens  a  dar? 
Que  me  dizes  das  promessas  do  divino  amor  sem  par? 
Caminheiro!  Não  percebes  sobre  a  noite  a  cintilar, 
Nova  estrela  portadora  de  mensagem  singular? 

2.  Sentinela,  tais  fulgores  podem  bênçãos  predizer? 
Sim,  o  brilho  desta  estrela  novos  tempos  vem  trazer, 
Novos  dias,  novas  eras,  tudo  novo  nos  vai  ser 
Para  todos  neste  mundo  quando  o  brilho  seu  vencer! 

3.  Sentinela,  eis  nasce  o  dia;  foge  a  noite,  tudo  é  luz; 
Vai-se  treva,  cesse  o  medo,  já  nos  falam  de  Jesus! 
Sentinela,  vai-le  embora,  grande  graça  nos  conduz. 
Pois  na  terra  já  dominam  doce  amor  e  paz,  a  flux. 

-  Oficiante:  "O  anjo  disse  a  Maria:  Não  temas; 
porque  achaste  graça  diante  de  Deus.  Eis  que  conceberá  e 
darás  à  luz  um  filho  a  quem  chamarás  pelo  nome  de  Jesus. 
Este  será  grande  e  será  chamado  filho  do  Altíssimo;  Deus, 
o  Senhor,  lhe  dará  o  trono  de  Davi ,  seu  pai ;  ele  reinará  para 
sempre,  e  o  seu  reinado  não  lerá  fim.  Então  Maria 
respondeu:  O  meu  coração  louva  ao  Senhor.  A  minha  alma 
está  alegre  por  causa  de  Deus,  o  meu  salvador"  (Lucas  I ). 

-  Oficiante:  "Naquela  região  havia  pastores  que 
estavam  passando  a  noite  nos  campos,  tomando  oonta  dos 
rebanhos.  Enláo  um  anjo  do  Senhor  apareceu,  e  a  luz 


LITURGIA  DE  NATAL 


Cm] 


gloriosa  do  Senhor  brilhou  sobre  os  pastores.  Eles  ficaram 
com  muito  medo,  mas  o  anjo  disse:  Não  tenham  medo! 
Estou  aqui  para  trazer  uma  boa  notícia,  e  ela  será  motivo 
de  grande  alegria  para  lodo  povo !  Hoje,  na  cidade  de  Davi, 
nasceu  o  Salvador,  o  Messias,  o  Senhor!"  (Lucas  2.8-U ). 

-  Hino:  "NASCE  JESUS!"  (Salmos  e  Hinos  75) 

1.  Nasce  Jesus!  Fonte  de  luz! 
Descem  os  anjos  cantando. 

Nasce  Jesus!  E  nossa  luz,  que  as  trevas  vai  dissipando 
Nasce  Jesus!  Nasce  Jesus!  Eis  a  mensagem  celeste: 
Raia  enfim  a  salvação,  triunfante  vemi 
Cristo  bendito!  Firma  teu  justo  império! 
Gratos  louvores  homens  e  anjos  dêem! 

Nasce  Jesus!  Nasce  Jesus! 
Glória  a  Deus  nas  alturas! 
Paz  na  terra,  graça  e  amor, 
que  a  todos  Deus  quer  bem! 

2.  Deus  nos  amou!  Deus  nos  mandou 
Cristo  Jesus,  filho  amado. 

Deus  nos  amou!  Deus  encarnou! 

Vede  o  menino  deitado! 

Deus  nos  amou!  Deus  nos  amoul 

Digam-no  todos  os  povos. 

Gozam  paz  e  salvado  todos  os  que  crêem. 

Reino  bendito!  Reino  de  amor  divino! 

Gratos  louvores  homens  e  anjos  dêem! 

TRAZEMOS  OFERENDAS  AO  MENINO  JE- 
SUS (Apagam-se  as  velas  e  são  acendidas  luzes  normais 
do  teo^lo) 

-  Oficiante:  "Tendo  Jesus  nascido  em  Belém  da 
Judéia,  em  dias  do  rei  Herodes,  eis  que  vieram  uns  magos 
do  oriente  a  Jerusalém.  No  caminho  viram  uma  estreia. 
Ela  foi  adiante  deles  eparou  acima  do  lugar  onde  o  menino 
estava.  Eles  ficaram  muito  felizes  e  contentes,  quando 
viram  a  estrela.  Entraram  na  casa  e  encontraram  o  menino 
com  Maria,  a  sua  mãe.  Então  se  ajoelharam  diante  dele  e 
o  adoraram.  Depois  abriram  as  suas  caixas  e  lhe  oferece- 
ram  presentes:  ouro,  incenso  e  mirra"  (Mateus  2. 1, 9-12). 

-  Hino:  "Ó  LINDA  ESTKELA" 
(Novo  Cântico  n''237A) 

1.  ó  lirKia  estrela!  FulgOT  cintilante! 
Rumo  nas  trevas  teu  brilho  nos  dà 
Vem  oonduzir-nos,  ó  hmie  divino! 
Para  <xide  o  inânie  nascido  já  está. 

2.  golas  de  orvalho  no  berço  rd)rilham; 
na  manjedoura,  sozinho,  ele  jaz. 
Anjos  o  adoram,  real  maravilha! 
Deus  sempiterno  do  reino  de  paz. 

3.  Que  lhe  traremos,  que  pias  ofertas? 
Raros  odores?  Presentes  de  luz? 
Pérolas  puras  de  mares  longínquos? 
Mirra  na  Arábia?  Tesouros  de  Ormuz? 

4.  Vãs  as  ofertas  de  preços  mundanos 
Ouro  não  pode  comprar  teu  &vor! 
Cristo,  porém,  de  nós  todos  aceita 

as  oferendas  sinceras  de  amor! 

-  Oração  de  consagração  das  oferendas 


LOUVAMOS  E  ADORAMOS  O  MENINO  DI- 
VINO 

-  Oração:  "PRECE  DE  NATAL"  (G.  Shimizu) 
Todos  -  **Senhor  Jesus,  neste  natal,  revive  em  nós 

o  espírito  da  cniz!  Dá  que  possamos,  em  te  louvando, 
sentir  o  amor  tão  diviniU  que  te  moveu  aos  céus  deixar 
para  conosco  vires  morar.  Jesus  Menino,  tu  que 
nascestes  como  um  de  nós  e  te  fizeste  tão  pequenino,  dá 
que  sintamos,  no  coração,  que  o  teu  natal,  que  se 
transformou  numa  cruz,  também,  um  dia,  se  transfigu- 
ra em  ressurreição!  E  dá.  Senhor,  que  em  nós  sintamos, 
enquanto  te  adoramos,  o  verdadeiro  espírito  do  teu 
natal!**  Amém. 

-  Hino  -  Coro  ou  Congregação 

-  Oficiante:  "Então  Maria  deu  à  luz  o  seu  primeiro 
filho.  Enrolou  o  menino  em  panos  e  o  deitou  numa 
manjedoura,  pois  não  havia  lugar  para  eles  na  hospeda- 
ria" (Lucas  2.7). 

-  Hino  -  Coro  ou  Ongregação 

-  Saudação  de  Natal  -  Pastor 

-  Hino  -  "UM  ANJO  FORMOSO"  (SH  n°  91) 

1 .  Um  anjo  formoso  desceu  das  alturas 
Na  doce  frescura  da  noite  em  Belém, 
E  a  luz  fulgurante  brilhou  nas  colinas 
Encheu  as  campinas  e  vales  também. 

2.  A  doce  mensagem  que  o  anjo  trazia. 
De  grande  alegria  e  amor  divinal, 
Encheu  de  esperanças  a  vida  do  crente. 
Fez  bem  toda  a  gente  naquele  Natal. 

3.  Se  há  sombras  de  medo  e  o  mundo  se  empenha 
Em  luta  ferrenha  e  ao  bem  quer  se  opor, 

Mal  surge  dezembro  supera  outro  clima 
Pois  vem  lá  de  cima  bafejos  de  amor. 

4.  É  o  anjo  formoso  que  vem  novamente, 
Lançar  a  semente  do  amor  divinal. 
Enchendo  este  mundo  de  doce  alegria 

E  santa  magia  feliz  do  Natal! 

JÁ  VIMOS  A  SALVAÇÃO  -  SAÍMOS  A 
PROCLAMÁ-LA 

-  Leitura  Bíblica  em  uníssono 

"Agora,  Senhor,  despede  em  paz  os  teus  servos, 
segundo  a  tua  Palavra,  porque  os  nossos  olhos  já  viram 
a  tua  salvação,  a  qual  preparaste  diante  de  todos  os 
povos:  luz  para  revelação  aos  gentios  e  para  glória  do 
teu  povo  em  todo  a  terra**  (Lucas  2.29-32). 

-  Hino:  "NOITE  DE  PAZ"  (Sahnos  e  Hinos  n"  74) 

1.  Noite  de  paz!  Noite  de  arrwr! 
Tudo  dorme  em  derredor. 

Entre  os  astros  que  espargem  a  luz, 

proclamando  o  menino  Jesus, 

Brilha  a  estrela  da  paz!  Brilha  a  estrela  da  paz! 

2.  Noite  de  paz!  Noite  de  amor! 
Nas  campinas  ao  pastor 
Lindos  anjos  mandados  por  Deus 
anunciam  a  nova  dos  céus, 

Nasce  o  bom  salvador,  nasce  o  bom  salvador. 


3.  Noite  de  paz!  Noite  de  amor! 

Oh!  Que  belo  esplendor! 

Dumina  o  menino  Jesus! 

No  presépio  do  mundo  eis  a  luz, 

Sol  de  eterno  fulgor!  Sol  de  eterno  fulgon 

•  Bênção  Apostólica 
-  Rcccssional: 

"CRISTO  NASCEU!  NAÇÕES  OUVI!" 
(Salmos  e  Hinos  n"  80) 

1.  Cristo  nasceu!  Nações  ouvi,  O  vosso  rei  saudai; 
Os  corações  a  ele  abri.  Oh!  Terra  e  céus,  cantai! 
Oh!  Terra  e  céus  cantai!  Oh!  Terra,  e  céus  cantai! 

2.  Ao  mundo  veio  o  salvador!  Vós,  todos,  celebrail 
Florestas,  rios  e  prado  em  fior,  contentes  exaltai, 
Contentes  exaltai,  contentes,  todos  exaltai! 

3.  Fujam  pecado,  escuridão,  espinhos  e  temor. 
Pois  ele  traz  a  redenção  e  é  nosso  benfeitor, 

É  nosso  benfeitor,  é  nosso,  é  nosso  benfeitor! 

4.  Ele  as  nações  governará,  com  graça  divinal; 
Glorioso  dom  concederá  de  glória  perenal. 
De  glória  perenal,  de  glória,  glória  perenal. 


Um  Natal  na  roça 


o  que  você  acha  do  Natal? 

Paulo:  Eu  acho  que  o  Natal  é 
uma  festa  espiritual,  quando  se 
comemora  o  nascimento  do  me- 
nino Jesus. 

O  que  represenU  o  natal 
para  nós  crístios? 

Paulo:  Significa  paz,  ^egría, 
amor  e  principalmente  a  união 
entre  a  igreja;  todos  podem  ter 
essa  representação,  mas  para  a 
igreja  o  natal  é  uma  festa  maior, . . 

Como  vai  sero  Natal  aqui  na 
roça  em  S&o  Pedro? 


Se  vocês  fossem  man  dar  uma 
mensagem  de  natal  para  a  IPI 
do  Brasil,  qual  sería? 

Paulo:  Que  a  IPl  do  Brasil 
pudesse  pregar  a  Palavra  para  as 
pessoas  que  ainda  não  conhecem 
Jesus  Cristo  pessoalmente. 


Jaci:  Que  as  igrejas  comemo- 
rassem o  natal,  como  Jesus  esti- 
vesse nascendo  em  cada  coração. 

Oraci:  Para  que  todas  as  igre- 
jas preguem  o  amor  de  Deus. 

Ana:  Que  Jesus  nascesse  em 
muitos  corações;  para  que  estes  o 
aceitassem  como  Salvador. 


Esta  entrevista  sobre  o  Natal  foi  realizada  na  IPI  de  São 
Lourenço.  O  irmão  Paulo  é  diácono  na  congregação,  a  irmã  Jaci  é 
diaconisa  e  os  demais  são  membros  residentes  na  roça  e  comun- 
gantes  da  Congregação. 

A  Congregação  de  São  Pedro  fica  no  município  de  Baependi  - 
Minas  Gerais,  dista  cerca  de  50  quilómetros  de  São  Lourenço,  em 
estrada  de  chão  1 6  quilómetros.  As  visitas  pastorais  à  congregação 
são  feitas  bimestralmente. 


Noemia:  Na  roça  o  natal  é  ^ 
comemorado  nas  igrejas,  com 
festas,  com  cultos,  e  geralmente 
quando  nós  (IPI)  fazemos  festas 
outras  igrejas  também  fazem  (ca- 
tólicos e  pentecostais). 

Jaci:  na  casa  dos  crentes  é 
tudo  igual  aos  demais  dias  do 
ano,  só  muda  se  houver  visitante, 
ai  a  gente  come  um  leitãozinho, 
ou  uma  carne  diferente! 

Se  Jesus  viesse  anascer  hoje, 
como  seria  o  seu  nascimento? 
Quem  sería  a  ma  mSe,  e  em  que 
lugar  nasce ría? 

Jaci:  Nasceria  da  forma  hu- 
milde, igual  a  que  ele  nasceu  há 
2.000  anos  atrás,  numa  manje- 
doura. Maria,  sua  mãe  seria  uma 
mulher  humilde,  simples,  moça 
nova,  trabalharia  possivelmente 
numa  oficina,  fazendo  quem  sabe 
balaio  de  bambu  que  nem  nós. 

Oraci:  Eu  acho  que  ele  nasce 
no  coração  de  todas  as  pessoas, 
em  todo  mundolll 

Se  Jesus  fosse  brasileiro, 
como  sería  ele? 

Paulo:  Eu  não  sei  não,  você 
me  apertou. .!  Não  consigo  ter 
uma  imagem  de  Jesus  na  minha 
cabeça,  muito  menos  brasileiro. 

Jaci:  Se  Ele  estivesse  traba- 
lhando estaria  com  roupa  de  tra- 
balho, mas  se  tivesse  na  igreja 
estaria  cora  rou[)a  bonita. 

Oraci ;  Eu  acho  que  Ele  seria 
loiro,  não  sei  se  teria  baiba.. 


Olha  o  anjo  Gabriel 
conversando  com  Maria 
anunciando  a  gravidez 
e  o  seu  novo  papel: 

"Alegra-te  Maria 
favorecida  do  Senhor 
pra  ser  sinal  de  alegria, 
ser  mãe  do  salvador". 

Essa  saudação  em  tom  maior 

pequenou  seu  coração... 

Maria  muito  nervosa 

quase  contestou, 

mas  nada  respondeu. 

-  Então  Gabriel  continuou: 

"A  graça  de  Dçus 

como  uma  enchente 

se  derramou  sobre  você, 

inundando  todo  o  seu  ser 

e  você  Maria 

dará  a  luz  um  filho 

que  se  chamará  Jesus." 

Valdomiro  Pires  de  Oli 


Uma 
visão 
feminina 
do 
Natal 

o  Natal  é  uma  data  significa- 
tiva para  o  Cristão.  A  cada  final 
de  ano  as  atenções  estão  voltadas 
para  o  evento  que  marca  o  início 
de  um  novo  momento  na  história 
da  humanidade. 

Quando  pensamos  no  natal 
não  podemos  deixar  passar  des- 
percebido o  aspecto  feminino  que 
compõem  esta  história. 

Para  se  entenda  o  que  é  Na- 
tal, é  preciso  saber  e  vivenciar  o 
que  é  doação  -  Não  há  vida  sem 
doação! 

Não  encontramos  ninguém 
que  possa  exemplificar  melhor  o 
sentido  desta  data  do  que  Maria, 
a  qual  se  doou  para  que  através 
dela  se  efetivasse  o  projeto  de 
Deus. 

A  doação  de  Maria  pressupõe 
o  reconhecimento  e  o  assumir-se 
mulher.  Ela  pode  exercer  o  dom 
da  continuidade  da  vida  e  não  se 
escondeu  das  pessoas  nem  do  seu 
noivo,  pois  estava  certa  ter  sido 
escolhida  para  gerar  o  Filho  de 
Deus.  Não  se  impoitou  com  os 
possíveis  rótulos  que  lhe  deram: 
mulher,  solteira,  dizendo-se  grá- 
vida pela  açâo  do  Divino! 

Maria  é  lembrada  por  sua 
maternidade  e  não  por  ser  mu- 
lher. 

Enquanto  mulher  ela  se  tor- 
na, sem  constrangimento,  serva 
do  Senhor  da  vida.  Reconhece 
que  somente  através  do  corpo  da 
mulher  Deus  poderia  encamar- 
se.  Não  tenta  persuadir  o  noivo 
para  aceitá-la.  Maria  já  havia  se 
aceitado  enquanto  mulher  e  futu- 
ra mãe  do  Salvador. 

Até  do  doar-se  a  si  mesmo,  o 
Natal  sugere  a  igualdade. 

Maria  trazia  em  seu  ventre 
aquele  que  iria  colocar  um  fim  às 
inimizades,  preconceitos,  luta 
pelo  poder,  hipocrisia,  pois  o  Seu 
Reino  seria  de  justiça,  compre- 
ensão e  amor.  O  filho  de  Deus  e 
da  mulher  Maria  ensinaria  que 


para  pertencer  ao  Seu  Reino  seria 
precisoque  seus  discípulos  doas- 
sem suas  vidas  em  favor  dos  mar- 
ginalizados, dos  esquecidos,  dos 
abandonados,  dos  que  não  t^ 
seus  direitos  respeitados. 

Quem  não  compreoide  que 
Jesus  nasceu,  se  doou  para  que 
todos  fossemos  iguais,  imo  en- 
tende o  que  é  o  natal. 

Natal  é  a  expressão  máxima 
do  anúncio  da  Boa  Nova  que  nos 
toma  solidários  ao  sofrimento 
causado  pelo  abandono, 
incompreensão,  discriminação, 
enfim,  por  todo  e  qualquer  tipo 
de  violência  que  cada  um  de  nós 
pratica. 

Sendo  assim.  Natal  acontece 
todo  dia,  sempre  que  nasce  em 
nosso  coraç  ão  a  e  sperança  de  uma 
igreja  continuadora  dos 
ensinamentos  de  Jesus;  e^ran- 
Ça  de  não  haver  mais  discrimina- 
ção de  raça,  de  classe  ou  de  sexo; 
esperança  de  nos  assentarmos 
todos  na  mesma  mesa  e  partilhar- 
mos uns  com  os  outros  a  alegria 
do  Pão  da  Vida  que  nasceu  de 
Maria  para  alimentar  a  todos  que 
querem  ter  a  vida  em  sua  plenitu- 
de. 

Na  cidade  de  Belém  não  ha- 
via lugar  para  uma  mulher  grávi- 
da, um  carpinteiro  pobre  e  uma 
criança  que  eslava  para  nascer. 

No  Natal  cristão  que  deveria 
acontecer  todos  os  dias,  também 
não  há  lugar  para  a  mulher,  o 
homem  e  a  criança  exercerem 
plenamente  os  seus  direitos  com 
dignidade  e  respeito. 

O  natal  é  a  própria  manifesta- 
ção da  vida  expressa  no  doar-se  a 
si  mesmo,  na  solidariedade,  e  na 
humildade  diante  do  Senhor  da 
Vida.  Quando  isso  acontece  há 
também  espaço  para  um  visão 
feminina  do  Natal. 


Grupo  de  Reflexão  do 
Ministério  Feminino 


o  Natal  nos  Meios  de  Comunicação 

de  Massa  e  na  Vida 


Os  meios  de  comunicação 
de  massa  Fec^)eram  em  nossa 
sociedade  o  dom  de  criar  uma 
outra  realidade.  Eles  se  com- 
portam como  se  fossem  donos 
de  uma  verdade  acima  da 
própria  vida  cotidiana,  exigindo 
que  a  nossa  realidade  se  adapte 
a  essa  realidade  artificial, 
criada  para  defender  este  ou 
aquele  interesse.  É  com  essa 
força  que  a  propaganda  age  ao 
apresentar  uma  calça  nova 
dizendo  que  'Você  foi  feita  para 
ela".  Mas,  e  se  você  não  couber 
dentro  dela?  A  propaganda 
então  diz:  "faça  um  regime...". 
Esse  é  o  mundo  artificial  da 
mercadoria.  Elas  não  foram 
criadas  para  servir  o  ser 
humano.  £  ele  que  deve  a  ela  se 
adaptar! 

O  MARAVILHOSO  MUNDO 
DAS  COMPRAS 

É  justamente  nesta  parte  do 
ano  que  o  "maravilhoso  mundo 
das  compras"  se  faz  presente 
em  nossa  casa.  O  natal  dos 
meios  de  comunicação  se 
resume  numa  só  palavra  - 
COMPRAR  Você  é  gente  se 
comprar,  comprar  e  comprar. 
Não  é  o  Filho  de  Deus,  cujo 
nascimento  por  falta  de  outra 
data  é  comemorado  em  25  de 
dezembro,  é  que  dá  sentido  a 
vida  das  pessoas,  o  sentido  está, 
nâo  numa  manjedoura,  nimia 
cerimónia  litúrgica  ou  numa 
oração  familiar.  Tudo  isso  será 
vão  se  nâo  receber  o  toque  da 
sociedade  do  consumo  dirigido. 
A  bênção  se  recebe  num 
moderno  centro  de  compras,  se 
possível  num  iluminado 
shopping  center  das  grandes 
cidades.  Neste  final  de  1993, 
um  dos  mais  tradicionais 
centros  de  compras  de  S.  Paulo, 


o  Shopping  Ibirapuera,  colocou 
no  meio  de  suas  colunas 
centrais  (que  imitam  uma 
catedral)  um  presépio  totalmen- 
te automatizado.  Todos  os 
participantes  se  movimentam, 
desde  os  anjos  até  os  pastores. 
Ao  fimdo  músicas  natalinas  dão 
a  sensação  aos  ávidos  compra- 
dores que  eles  estão  recebendo 
as  bênçãos  do  próprio  menino 
Jesus. 

É  curioso  como  essa  socie- 
dade, fundamentada  no  dinhei- 
ro, que  deixa  de  lado  uma 
grande  parcela  da  população  (os 
que  nâo  possuem  acesso  ao 
consumo),  se  apossa  de  ima- 
gens religiosas  para  legitimar 
os  seus  negócios.  Vivemos  uma 
sociedade  "sem  coração", 
insensível  ao  clamor  dos  que 
nada  tem,  mas  é  exatamente 
essa  economia  impiedosa  que 
proclama  o  tempo  todo,  através 
do  rádio  e  da  televisão:  "Natal, 
paz  na  terra  entre  os  homens 
abençoados  por  Deus".  Que 
"Deus"  é  esse?  Podemos 
identificar  o  "Jesus"  do  natal 
comercial  com  o  JESUS  do 
primeiro  Natal,  acontecido 
numa  estrebaria  porque  não 
havia  um  lugar  melhor  para  ele 
nas  pensões  e  hotéis?  Fica  aqui 
bem  claro  o  caráter  ídolátrico 
do  natal  comercial. 

VAMOS  DESMASCARAR  O 
NATAL? 

Estou  cada  vez  mais 
desconfiado  que  o  Natal  de 
Jesus,  com  todas  as  suas 
histórias  piedosas  e  suas 
músicas  sensibilizantes,  foi 
inventado  apenas  para  ser  uma 
oportunidade  de  festas.  O  ser 
humano  precisa  das  festas  para 
seu  lazer.  A  festividade  não  é 
má,  por  si  mesma.  Afinal  de 
contas  ninguém  é  de  ferro!  O 
lúdico,  o  festivo,  a  ale^a, 
fazem  parte  da  vida.  E  preciso 
ter  um  dia  para  reunir  a 
família,  comer  bem,  trocar 
presentes,  até  para  se  fazer  uma 
caridade.  Os  americanos  fazem 
isso  no  "dia  nacional  de  ação 
de  graças",  a  maior  data  do 
calendário  deles.  Nós  temos  o 
carnaval,  quando  se  festeja  o 
"deus  momo"  e  o  natal  do 
"menino  Jesus".  Entre  uma 


data  e  outra  o  dia  dos  pais,  das 
mães,  da  criança  etc.  O  brasilei- 
ro que  também  gosta  muito  de 
festas,  por  via  das  dúvidas 
comemora  a  todas  essas  datas. 
Para  recebê-las  os  shoppings 
centers  se  preparam.  Não  se 
pode  comemorar  nenhumas 
dessas  datas  sem  roupas 
apropriadas  e  ao  som  de  uma 
música  qualquer.  Dançamos 
conforme  a  música  e  quem  é  o 
regente  dessa  orquestra  que  nos 
empolga  inconscientemente? 
Está  na  hora  de  desmascarar- 
mos o  Natal.  De  redescobrirmos 
que  estamos  comemorando  a 


pessoa  errada*  numa  data 
errada  e  de  uma  forma 
inadequada  e  totalmente 
contraditória.  O  Natal  dos 
meios  de  comunicação  de 
massa  nâo  é  o  natal  de  lesus  e  o 
"Jesus"  cultuado  não  tem  nada 
a  ver  com  o  Jesus  pobre,  de 
uma  família  humilde,  que 
trouxe  boas  novas  inversas  as 
"boas  novas"  do  culto  do 
mercado.  Chega  de  se  fazer 
média  com  os  donos  do  merca- 
do. É  preciso  redescobrirmos 
que  Natal  é  "Deus  conosco"  e 
o  culto  ao  Jesus  do  verdadeiro 
natal  "não  consiste  em  comida 


ou  b^ida,  mas  justiça  e  paz,  e 
gozo  no  Espírito  Santo"  (Rm 
14.17). 

O  QUE  FAZER  ENTÃO? 

Não  estamos  sugerindo  a 
adoção  de  uma  vida  triste, 
escura  e  sem  festas  Essas 
coisas  boas  da  vida  não  devem 
ser  extirpadas  da  vida  do 
cristão.  Podemos  nos  alegrai  e 
até  é  bíblico  fazê-lo,  mas  não 
vamos  confundir  as  cosias. 
Natal  de  Jesus  é  NATAL,  o 
outro,  o  que  está  ai  é  o  antigo 
culto  ao  "Sol  Invictus", 
comemorado  pelo  Império 
Romano  exatamente  no  dia  25 
de  dezembro.  Que  taJ,  para 
evitar  confusão  sc  mudássemos 
o  natal  para  uma  outra  data? 
Ou  então,  se  fizéssemos  como  a 
Igreja  Primitiva,  comemorar 
apenas  a  morte  e  a  ressurreição 
de  Jesus?  Afinal  não  é  a  sua 
morte  que  nos  deu  vida  e  nos 
garantiu  a  salvação?  Por  que 
não  substituirmos  a  comemora- 
ção piedosa  do  nalal  por  uma 
reflexão  crítica  que  desmascare 
os  fimdamentos  idolátrioos  do 
Natal  da  sociedade  de  consu- 
mo? Até  quando  iremos 
comemorar  um  ídolo  que  nos 
foi  imposto,  massacrando  os 
pobres,  excluídos  e  marginali- 
zados por  um  sistema  económi- 
co que  nos  roubou  nossos 
conceitos  teológicos  e  ainda  os 
usa  impunemente  para  destruir 
o  próprio  centro  da  mensagem 
cristã  que  fala  de  um  Deus  que 
ama  os  pobres,  os  perdidos  e 
pecadores,  gratuitamente?  O 
Messias,  neste  nalal,  mais  uma 
vez  irá  chegar  na  figura  de 
necessitados  e  excluídos  de  uma 
economia  sem  coração  Nova- 
mente ele  irá  para  as  manjedou- 
ras, isto  é,  será  expulso  para  a 
periferia  da  vida.  Continua 
inexistindo  lugar  para  ele.  Até 
em  nossas  casas!  No  fundo  até 
suspiramos:  "Tomara  que  ele 
não  venha  como  antes.  Irá, 
certamente,  quebrar  o  brilho  de 
nossa  ceia  de  natal"  Poucos 
cristãos  podem  dizer  hoje,  com 
uma  consciência  clara: 
"Maranatha,  ora  vem  Senhor 
Jesus!". 

Rev.  Leonikk)  SiKcin  Campos 
Pastor  r  IPI  de  SSo  André 


Acalanto  de 
Natal 


Durmam  Maria  e  José 
recostem  nesse  curral 
a  agonia  maior  já  passou 
o  menino  já  chegou 

Saibam  Maria  e  José 
os  magos  estào  a  caminho 
trazendo  beios  presentes 
num  gesto  de  carinho 

Acordem  Maria  e  José 
Herodes  faz  a  matança 
covarde  fez  do  seu  medo 
ódio  e  vingança 

Fujam  Maria  e  José 
estamos  todos  aflitos 
rejeitados  foram  em  Belém 
estrangeiros  serào  no  Egito 

Corram  Maria  e  José 
nâo  existe  outra  saído 
pro  salvar  a  salvação 
e  a  esperanço  de  vida 

Paciência  Maria  e  José 
O  menino  haverá  de  crescer 
e  um  dia  hòo  de  chomá-Lo 
de  Jesus  de  Nazaré. 


Valdomiro  Pires  de  Oliveira 


0  Sàt^^^^  \ 

DEZEMBRO/1993 


Revelações  de  um  massacre  de  crianças 


"Herodes  ficou  com  muita 
raiva  e  mandou  malar  todos  os 
meninos  com  menos  de  dois  anos, 
em  Belém  e  vizinhanças.  Assim 
aconteceu  o  que  o  profeta  Jeremias 
havia  dito: 

"Ouviu-se  um  som  em  Rama, 
o  som  de  um  choro  amargo.  Era 
Raquel  chorando  pelos  seus  fi- 
lhos, Ela  não  quer  ser  consolada 
porque  eles  já  não  existem" 
(Mateus  2.16-18). 

Há  algum  tempo,  o  Fundo  das 
Nações  Unidas  para  a  Infância 
publicou  um  relatório  a  respeito 
da  situação  das  crianças  em  nosso 
inundo.  Os  dados  eram  estar- 
rècedores.  Diariameme,  morrem, 
no  mundo  todo.  cerca  de  40  mil 
crianças.  As  que  sobrevivem  nâo 
têm  sorte  melhor.  Cem  milhões 
de  crianças,  entre  6  e  1 1  anos  de 
idade,  nâo  fireqiientam  a  escola. 
Oitenta  milhões  de  crianças  sào 
exploradas  como  mâo-de-obra 
mal  remimerada. 

Trinta  milhões  de  crianças 
estão  perambulando  pelas  ruas, 
principalmente  nas  grandes  ci- 
dades. 

Esses  números  rcferem-se  ao 
mundo  lodo.  Quanto  ao  nosso 
país.  asituaçàoéparticularmente 
terrível.  No  Brasil,  morrem  diari- 
amente cerca  de  mil  crianças  com 
menos  de  quatro  anos,  De  cada 
mil  chanças  que  nascem  em  nos- 
sa terra,  oitenta  e  cinco  vivem  em 
condições  precárias,  têm  um  cres- 
cimento deficiente  e  morrem  an- 
tes de  completar  cinco  anos  de 
vida. 

Tudo  isso  indica  que  está  em 
andamento  um  verdadeiro  mas- 
sacre de  crianças  em  nosso  mun- 
do, E  é  muito  significativo  lem- 
brarmos isso  exatamenle  na  épo- 
ca do  Natal.  Afinal,  no  primeiro 
natal  nâo  houve  somente  festas  e 
alegria,  como  muita  gente  pensa. 
No  primeiro  natal,  nâo  houve 
somente  anjos  a  cantar  e  regozijo 
nos  campos  e  nas  cidades.  No 
primeiro  natal,  também  houve 
um  massacre  de  crianças,  muito 
semelhante  ao  massacre  denun- 
ciado pelo  relalóno  da  Organiza- 
ção das  Nações  Unidas. 

O  texto  bíblico  que  transcre- 
vemos acima  trata  desse  assunto. 
E  ele  merece  a  nossa  reflexão 
neste  tempo  de  Natal. 

1.  Uma  breve  apresentação 
de  Herodes 

Antes  de  mais  nada,  é  preciso 
que  esclareçamos  bem  quem  era 
Herodes.  A  própria  Bíblia  fala  a 
respeito  de  vários  Herodes.  Foi 
um  o  Herodes  que  mandou  matar 
as  crianças  em  Belém  Outro  o 
que  providenciou  a  morte  de  João 
Batista.  E  ainda  outro  o  que  a|>a- 
rece  perseguindo  os  cristãos  no 


livro  de  Atos  dos  Apóstolos. 

O  Herodes  que  nos  interessa  é 
que  foi  nomeado  rei  dos  judeus 
pelo  Senado  Romano.  Essa  era 
uma  prática  política  dos  roma- 
nos. Elespreferiam  controlar  cer- 
tos territórios  de  seu  vasto  impé- 
rio através  de  reis  locais  que  obe- 
decessem às  suas  ordens. 

Aliás,  foi  essa  a  característica 
principal  do  governo  de  Herodes. 
Para  permanecer  no  poder,  ele  foi 
sempre  completamente  fiel  a 
Roma. 

Herodes  assumiu  o  reinado 
em  Jerusalém  no  ano  trinta  e  sete 
antes  de  Cristo.  Governou  duran- 
te trinta  e  quatro  anos.  E  conse- 
guiu permanecer  no  poder  até 
o  final  de  sua  vida,  quando 
morreu  de  grave  enfer 
midade. 

O  que  mais  ca-  y 
racterizou  He- 
rodes foi  a  sua 
grande  habi-  k 
lidade  poli-  ' 
tica.  Para 
preservar 
seu  podert 
ele  procu- 
rava, ao 
mesmo 
tempo, 
agradar 
aos  domi- 
nadores ro- 
manos e  aos 
d(Hninados  ju- 
deus. 

Assim  é  que, 
para  agradai  os  ju- 
deus, ele  começou  a 
reconstrução  do  templo  de 
Jerusalém,  a  fim  de  fazer  dele 
uma  suntuosa  obra  de  arquitetu- 
ra.  E,  Para  agradar  os  romanos, 
mandou  edificar,  na  mesma  cida- 
de de  Jerusalém,  um  teatro  e  um 
anfiteatro.  Os  judeus  abomina- 
vam os  teatros  romanos,  mas  fi- 
caram satisfeitos  com  as  obras  no 
templo.  Os  romanos  despreza- 
vam a  religião  dos  judeus,  mas 
apreciaram  a  edificação  do  teatro 
e  do  anfiteatro. 

Para  Herodes, pouco  impor- 
tava o  templo  dos  judeus  e  o 
Deus  que  eles  adoravam.  Para 
Herodes,  pouco  importava  o  te- 
atro e  o  anfiteatro  dos  romanos 
e  os  espetáculos  que  ali  aconte- 
ciam. Herodes  tinba  outro  inte- 
resse! Sua  paixfto  era  o  poder! 
Seu  desejo  maior  era  o  de  man- 
ter o  poder!  Seu  interesse  único 
era  o  de  permanecer  no  poder! 

2.  A  morte  das  crianças  re- 
velou quem  era  Herodes 

Ora,  foi  exatamenle  isso  o  que 
Herodes  revelou  nos  episódios  que 
ççrcaram  o  nascimento  de  Jesus. 

Tildo  começou  quarnlo  alguns 


magos  apareceram  na  cidade  de 
Jerusalém,  perguntando  onde  es- 
tava o  menino  nascido  para  ser 
rei  dos  judeus. 

Não  temos  muitos  detalhes  a 
respeito  de  tais  magos  Não  sabe- 
mos se  vinham  da  Pérsia  ou  da 
Babilónia.  ABíblia  diz  vagamente 
que  eram  do  Oriente.  E  certo  que 
se  dõlicavam  ao  estudo  dos  as- 
tros. Em  todo  caso,  lemos  a  infor- 
mação a  respeito  do  seu  interesse 
maior:  queriam  adorar  a  criança 
que  tinlà  nascido. 

Herodes  soube  do  caso.  Ime- 
diatamente, ficou  em  estado  de 


alerta.  O  nascimento  de  um  novo 
rei  representava  uma  ameaça  ao 
seu  poder.  Era  preciso  eliminar  o 
perigo. 

todavia,  Herodes  nâo  queria 
se  expor.  Ele  sabia  que  os  judeu 
tinham  textos  proféticos  que 
anunciavam  a  vinda  de  um  Mes- 
sias. Ele  sabia  que  muitos  judeus 
estavam  a  aguardar  ansiosamen- 
te a  chegada  de  um  libertador 
mandado  por  Deus.  Ele  sabia  que 
seria  arriscado  manífestar-se 
abertamente  contra  o  rei  que  to- 
dos estavam  a  esperar. 

Foi  por  isso  que  Herodes  agiu 
com  extrema  habilidade.  Cha- 
mou os  magos  para  uma  reunião 
secreta  e  procurou  obter  mais  in- 
formações. Era  necessário  desco- 
brir onde  estava  o  novo  rei  e  quem 
era  novo  rei. 

Para  disfarçar  suas  inten- 
ções, Herodes  vestiu  sua  fuita- 
sia  de  religioso.  Afirmou  que 
também  queria  ir  adorar  o 
Messias.  Para  todos  os  efeitos. 


Herodes  era  um  piedoso  servi- 
dor do  Deus  Altíssimo.  Para 
todos  os  efeitos,  Herodes  se  ma- 
nifestava profundamente  inte- 
ressado na  chegada  do  novo  rei. 

Ninguém  desconfiou  das 
boas  intenções  de  Herodes.  Na 
arte  do  disfarce,  cie  era  um 
génio.  Foi  somente  o  massacre 
das  crianças  de  Belém  que  ras- 
gou sua  fantasia  e  fez  cair  sua 
máscara.  Foi  somente  o  massa- 
cre das  crianças  de  Belém  que 
revelou  suas  reais  intenções. 

O  preço  foi  alto.  Muitas  cri- 
anças morreram.  Mas  a  morte 
daquelas  crianças  serviu  para 
revelar  quem  era  Herodes. 

3.  A  morte  das  crianças 
revelou  o  que  fariam  a 
Jesus , 

E  interessante  ob- 
servar como  o  evan- 
gelho  de  Mateus 
apresenta  sua  nar- 
rativa a  respeito 
dos  fatos.  Os 
magos  cairam 
na  conversa  de 
Herodes.  Fo- 
ram até  Belém, 
encontraram  o 
menino  Jesus  e 
tiveram  a  inten- 
ção de  voltar  a 
Jerusalém.  Foi  a 
intervenção  de 
Deus,  através  de 
um  sonho,  que  mu- 
dou o  comportamen- 
to dos  magos.  Eles  aca- 
baram voltando  para  sua 
terra  por  um  outro  caminho. 
Não  demorou  muito  para 
Herodes  perceber  que  tinha  sido 
enganado.  Sem  saber  onde  estava 
o  menino  Jesus,  ele  só  teve  uma 
alternativa:  mandou  matar  todos 
os  meninos  de  Belém  e  arredores, 
com  menos  de  dois  anos  de  idade. 

O  evangelho  de  Mateus  lem- 
bra, então,  o  texto  do  profeta 
Jeremias  F>ara  descrever  a  situa- 
ção: Ouviu-se  um  som  em  Ramá, 
o  som  de  um  choro  amargo.  Era 
Raquel  chorando  pelos  seus  fi- 
lhos. Ela  não  quer  ser  consola- 
da porque  eles  já  não  existem**. 

Esse  texto  do  profeta  Jeremias 
era  uma  descrição  das  mulheres 
de  Jerusalém,  no  tempo  em  que  os 
Babilónios  conquistaram  a  cida- 
de. Muitos  foram  mortos.  Muitos 
foram  levados  para  o  cativeiro.  E 
as  mulheres  de  Jerusalém  chora- 
ram amargamente  porque  seus 
filhos  nâo  mais  existiam. 

De  acordo  com  Mateus,  a  his- 
tória tomava  a  ser  repetir.  Raquel 
era  o  símbolo  de  todas  as  mães  em 
Israel.  Por  causa  da  matança  or- 
denada por  Heip(le&,  el^  chora- 
vam amargamente,  sem  adimtir 


qualquer  consolo. 

Jesus  escapou  desse  massa- 
cre. Orientado  por  Deus,  José  le- 
vou seu  filho  ao  Egito,  para  ga- 
rantir-lhe  a  segurança.  Mesmo 
assim,  a  matança  de  inocentes  em 
Belém  serviu  para  mostrar  o  que 
haveriam  de  fezer  com  Jesus  mais 
tarde. 

Em  outras  palavras,  no  nas- 
cimento de  Jesus  ji  se  vislum- 
brava a  sua  paixfto.  No  natal  já 
se  manifestava  a  cruz. 

O  preço  foi  alto!  Muitas  cri- 
anças morreram!  Mas  a  morte 
daquelas  crianças  serviu  pani 
r«velar  como  Jesus  era  acolhi- 
do neste  mundo! 

Condusfto 

Vinte  séculos  já  se  passaram. 
Muitas  mudanças  ocorreram  na 
história.  Mas  o  relatório  da  Orga- 
nização das  Nações  Unidas  sobre 
a  infância  nos  diz  que  muita  coisa 
continua  da  mesma  maneira. 

Como  no  tempo  do  nascimen- 
to de  Jesus,  um  massacre  de  cri- 
anças está  em  andamento.  Não 
em  Belém  e  arredores,  mas  em 
toda  extensão  do  vasto  mundo. 
Não  somente  de  crianças  do  sexo 
masculino,  mas  de  meninos  e  de 
meninas.  Não  somente  de  bêbes 
com  menos  de  dois  anos  de  idade, 
mas  de  crianças  de  todas  as  ida- 
des. 

Como  no  tempo  do  nascimen- 
to de  Jesus,  "ouve-se  um  som  no 
mundo  todç,  o  som  de  um  choro 
amargo".  E  Raquel!  É  Raquel 

aue  chorando  pelos  seus  fi- 
10$  I  È  Raquel  que  chora  sem 
consolo  porque  seus  filhos  já  nâo 
existem! 

Como  no  tempo  do  nascimen- 
to de  Jesus,  o  choro  de  Raquel  é 
revelador.  Seu  choro  é  uma  de- 
núncia! Mostra  que  as  autorida- 
des políticas  de  todos  os  cantos 
estão  mais  interessadas  na  pre- 
servação de  seus  poderes,  do  que 
no  bem-estar  e  na  melhoria  da 
vida  do  seu  próprio  povo. 

Como  no  tempo  do  nascimen- 
to de  Jesus,  o  choro  de  Raquel  é 
esclarecedor.  Seu  choro  é  uma 
proclamação.  Anuncia  que  Jesus 
continua  a  ser  rejeitado  em  nosso 
mundo,  apesar  de  todas  as  come- 
morações do  seu  Natal. 

No  primeiro  Natal,  houve  tmi 
som  em  Ramá,  som  de  choro 
amargo.  Era  Raquel  chorando 
pelos  seus  filhos. 

Natal  também  é  issol  Natal 
também  é  ouvir  o  choro  de  Ra- 
quel! Deus  nos  ajude  a  ouvi-lo  e  a 
entender  as  revelações  que  esse 
choro  nos  traz! 

Rev.  Gerson  Correia  de 
Lacerda 

-  ■  «--1,1,:  to:*"-*.'.' 


Violência,  violência! 
Até  quando? 


Hoje.  as  palavras  do  profeta 
Habacuque  ainda  buscam 
respostas  dentro  da  nossa 
realidade  de  século  XX:  "Até 
quando,  Senhor,  clamarei  eu,  e 
tu  não  me  escutarás?  Gritar-te- 
ei:  Violência!  E  não  salvarás? 
Por  que  me  mostras  a  iniqOida- 
de,  e  me  fazer  ver  a  opressão? 
Pois  a  destruição  e  a  violência 
estão  diante  de  mim,  há 
contendas  e  o  litígio  se  susci- 
ta". (Hc  1, 2-3). 

Tais  palavras  ecoaram  no 
século  Vn  a.C.,  num  momento 
em  que  o  Reino  de  Judá  sofria 
o  medo  da  parte  dos  Assírios, 
que  já  tinham  invadido  e 
extOTninado  barbaramente  o 
Reino  de  Israel  (norte).  Esta 
síndrome  do  medo  de  ser 
invadido  e  chacinado  pelo 
outro,  quer  aação  ou  indivíduo, 
leva-nos  a  viver  inseguros  e 
atemorizados,  pois  parece-nos 
que  não  temos  a  quem  recorrer. 

Quando  um  povo  sente  na 
pele.  e  no  estômago,  a  falta  de 
perspectivas  para  um  futuro 
melhor  para  seus  filhos  -  onde 
via  de  regra  já  vivem  a  desa- 
gregação familiar  de  suas 
tradições,  quer  culturais,  quer 
religiosas  -  o  morrer  e  viver 
tanto  faz.  pois.  estão  exclusos 
do  sistema  hegemónico  que 
privilegia  os  alfabetizados,  os 
que  possuem  raão-de-obra 
especializada,  e  que  não  são 
mui  tilados  e  idosos;  para  tanto, 
o  raminho  sinalizado  e  imposto 
é  o  da  prostituição  infantil,  da 
exploração  barata  e  sem 
previdência  de  adolescentes, 
dos  milhares  de  menores  de  rua 
e  infiratores,  do  crescimento 
generalizado  do  narcotráfico  e 
da  violência  quer  urbana,  quer 
no  campo. 

Vivemos  hoje  um  momento 
mundial  onde  se  clama  por 
justiça,  por  reformas  profundas 
no  que  tange  aos  Sistemas 
Tributários  e  de  Distribuição  de 
Renda,  onde  era  países  como  o 
Brasil,  urge  ser  realizado  a 
Reforma  Agrária  para  conter  as 
conentes  migratórias  e  gerar  , 
mecanismo  de  superação  da 


dívida  extema.  Cabe  ao  Estado, 
através  dos  Ministérios  e 
Secretarias  da  Fazenda,  Educa- 
ção, Saúde,  Planejamento 
prover  condições  para  a 
efetivação  de  tais  reformas;  da 
abertura  de  frentes  de  trabalho 
a  orientação  do  planejamento 
familiar,  cabe  a  educação 
preventiva  exercer  com  eficiên- 


cia seu  papel;  e  ainda,  se  as 
ONGs  (organizações  não 
governamentais)  e  todos  os 
segmentos  da  sociedade  não  se 
mobilizarera,  pagaremos  com 
certeza  o  preço  de  nossa 
omissão  e  inércia,  pois  a 
violência  continuará  sua 
trajetória  através  dos  meios  de 
comunicação  (como  bem  temos 
assistido  e  lido  nos  vídeos, 
novelas  e  jornais...),  e  nas 
relá^s'«ntre  pah  e  filhos. 


patrões  e  empregados,  profes- 
sores e  alunos,  sacerdotes  e 
fiéis,  dos  que  têm  dinheiro  e 
dos  que  não  têm  dinheiro... 
pois,  o  poder  e  a  sedução  da 
capital  permeiam  todas  as 
estratificações  sociais  e  étnicas, 
onde  existir  o  ser  humano,  aí 
existirá  a  competição  e  explo- 
ração do  homem  pelo  próprio 
homem. 

De  maneira  mais  localizada, 
no  eixo  Rio-São  Paulo,  a 
cidade  de  São  José  dos  Campos 
se  ressente  da  recessão  econó- 
mica que  vive  o  país,  bem 
como,  da  crescente  violência 
instaurada;  o  índice  de  homicí- 
dios no  período  de  Abril  a 
Setembro  de  1992  chegou  a  62 
pessoas,  cerca  de  38,9%  do 
total  de  causa  mortis,  sendo 
que  de  janeiro  a  Novembro  de 
1993  o  número  chega  a  138;  o 
número  de  desempregados  no 
mesmo  ano  foi  de  31.570 
trabalhadores,  e  os  dados 
concernentes  aos  Soro-Positi- 
vos  em  HTV  e  doentes  de  AIDS 
entre  1984  e  1993  é  de  877 
casos,  ironicamente  diríamos 
que  não  precisamos  aprovar  a 
pena  de  Morte,  e  nem  necessá- 
rio será,  legalizar  o  Aborto, 
pois  o  caos  já  está  instalado* ! ! 
Apesar  destes  dados, 
c&fteiàmamos  àsj^ejas  cristãs  ■ ' 
e  entidades  religiosas  a  tudo    ^  ^ 
fazer  para  que  este  quadro  se 
reverta,  diante  dos  fatos,  cabe- 
nos  somar  forças  e  envidar  uma 
ação  conjunta  frente  a 
pauperização  e  violência  que 
vive  os  municípios  joseenses. 

Que  possamos  refletir  sobre 
nossa  prática  à  luz  das  palavras 
do  apóstolo  João:  "Se  não 
amamos  ao  nosso  próximo  a  . 
quem  vemos,  como  haveremos 
de  amar  a  Deus  a  quem  não 
vemos?"  (1  Jo  4.20);  que  a 
nossa  fé  e  a  nossa  solidariedade 
se  expressem  em  atos  concre- 
tos, pois  a  fé  não  subsiste  sem 
as  obras  o  amor. 


Rev,  Tércio  Paulo  de 
Almeida 


Há  um  século^ 
no  Estandarte 


ANNOÍ  -  N^52 
SÃO  PAULO,  30  DE  DEZEMBRO  DE  1 893 


Finda-sc  com  o  presente  nu- 
mero o  primeiro  anno  de  nossa 
campanna. 

Quando  á  frente  de  uma  pro- 
pãganda  generosa  desdobramos 
nosso  pavilhão,  não  nos  demorá- 
mos em  medir  a  temeridade  de 
nosso  passo  ou  em  considerar  a 
exiguidade  de  nossos  recursos. 
Pareceu-nos  que  nas  guerras  de 
Emmanuel  largo  espaço  deve  ser, 
por  certo,  deixado  ao  exercido  da 
fé.  Nem  sempre  nessas  luctas 
seculares  coube  a  vidoria  aos  cam- 
peões de  acalada  couraça  e  pesa- 
dos montantes.  O  philistêu 
agigantado  e  possante  abro- 
qucTado  em  férrea  armadura  c  so 
pesando  adextrada  lança  suc- 
cumbe  á  pedra  (xrteira  ímpellida 
pela  funaa  de  um  joven  pastor  de 
Israel.  No  desenvolvimento 
historio)  de  seu  Reino  se  compraz 
o  Senhor  em  repetir  esta  licção 
fecunda  de  sua  providcnda. 

Era  este  o  pensamento  que 
então  externámos 

Que  nos  importava,  pois,  nos- 
sa pcquenczante  a  magnitude  do 
commettimentoí  a  difficuldade 
séria  de  orientação  ante  a 
anarchia  moral,  religiosa  c  politica 
dps  tempos»  o  exemplo  uniforme 
jâjo  jo^alismo  religioso,  cujas 
í  ariííás  de  extstenda  só  houvera 
até  então  no  copioso  auxilio  das 
missões  extrangciras!  Que  im- 
portava tudo  isso,  si  era  cm  nome 
do  Senhor  que  arvorávamos  a 
bandeira,  si  era  em  nome  de  um 
dever  sagrado  que  occupavamos 
o  posto  do  sacrifido,  si  era  cm 
nome  da  verdade  e  do  bem  que 
íamos  enfrentar  os  inimigos  da 
seriedade  e  da  religião,  com  as 
pedras  lisas  colhidas  nas  límpidas 
consentes  de  nossas  intenções! 
De  Deus  nos  viria  o  socon^o:  nós 
criamos,  porisso é que  falávamos. 

E  não  foram  frustadas  as  an- 
tedpaçõcs  de  nossa  fé:  o  braço 
invisível  do  Deus  a  quem  servi- 
mos apoiou  nossa  fraqueza. 

Si,  pois,  nestas  primeiras  ar- 
masalgum  lourelveiu coroar  nos- 
sos esforço,  atiramol-o  aos  pés 


d'AqueUe  que  escolhe  as  Cousas 
fracas  pra  confundir  as  fortes,  as 
que  não  são  para  destruir  as  que 
são. 

Si  bem  interpretámos  cm  nos- 
sa orientação  jomalistica  o  mo- 
mento histórico,  si  bem  compre- 
hendemos  a  f  ndole  de  nosso  povo, 
e  as  necessidades  aduacs  da  pro- 
paganda nomeio  em  que  agimos/ 
si  através  do  tumultuar  das  pai* 
xões  do  desnortear  dos  tempos, 
pudemos  manter  passo  firme  da 
trilha  estreita  de  nossa  missão, 
não  nos  compete  dizcl-o. 

Certo,  não  nos  devanecemos 
em  possuir  critério  infallivcl  e 
nem  é  justo  exigir  daquelles  que 
são  forçados  a  ter  cm  uma  nas 
mãos  a  trolhas  do  pedreiro  e  na 
outra  a  espada  do  combatente, 
não  é  justo  exigir  mais  do  que 
esforço  diligente  no  cumpirmento 
dc  seus  deveres. 

Alémdisso,édaoontingenda 
humana  que  os  ideacs  mais  puros 
rocem  suas  brancas  azas  no  pó, 
aqui  c  alli,  quando  lá  das  cerúleas 
regiões  do  espirito  descem  sobre 
o  campo  acddentado  da  vida 
pra  dica. 

Entretanto,  conforta-noshoje, 
ao  enxugar  da  fronte  o  suor  do 
afanoso  hdardc  1 893,  o  testemu- 
nho intimo  e  as  provas 
incquívocasdc  sympathiacapoio 
cffedivo,  dcnho  c  dora  da  Egrcja 
Evangélica, 

Aquideixámos,  pois,  um  voto 
dc  sincera  gratidão  a  todos  os 
nossos  amigos  que,  com  suas 
asrig-naturas,  palavras,  offertase 
collaboração,  efficazmcntc  con- 
correram para  que  tremulasse  o 
nosso  Estàndarte  ao  vento  das 
idéas  na  propaganda  dos  bons 
prindpios.  E,  agora,  sob  o  lábaro 
soaosando  dos  prindpios  sodaes 
de  um  diristianísmo  extcmc,  en- 
carando, serenos,  o  futuro,  tendo 
a  fé  por  talabarte  de  nossos  rins, 
na  cfextra  a  espada  do  Espirito, 
seja-nos  lidto,  em  nome  dc  Deus 
e  da  humanidade,  bradar  a  nos- 
sos leaes  amigos: 

Camaradas,  ao  novo  rumo! 


o  que  a  nossa 
Menino  Jesus 


Primeiro  amor 

Precisamos  voltar  ao  primeiro  amor. 
Que  os  nossos  gestos  se  tomem  claros, 
simples  e  objetivos  como  um  gesto  de 
criança;  e  ainda,  que  possamos  crescer  no 
conhecimento  e  na  ^ça,  seguindo  os 
passos  dos  nossos  heróis  da  fé.  Que  Cristo 
seja  sempre  acolhido  em  nosso  meio.  As- 
sim o  nosso  natal  será  sempre  constante. ... 

José  Xavier  de  Freitas 

2*  IPI  de  S&o  José  dos  Campos 


Firmeza  na  fé 

-  Que  Ele  nos  dê  sabedoria  e  firmeza  na 
fé,  nestes  dias  de  tanto  descompromisso 
com  a  Palavra. 

-  Que  Ele  nos  dê  os  Seus  olhos,  para 
vermos  a  miséria,  afim  de  combatê-la. 

-  Que  Ele  conceda-nos  a  Sua  paz,  para 
podermos  reparti-la  com  os  desesperados  e 
os  doentes  que  vivem  ao  nosso  redor. 

Nâo  somente  no  dia  de  Natal,  mas  em 
todos  os  novos  dias  de  94. 
É  a  nossa  oração. 

Rev.  Almir  Pezzolo 


Perfil  próprio 

Que  haja  sempre  entendimento  na  Igre- 
ja, discernimento  na  realização  da  obra  e 
boa  vontade  no  trabalho  missionário.  A 
nossa  Igreja  precisa  criar  um  perfil  pró- 
prio, sem  se  espelhar  em  outras  institui- 
ções. Não  digo  que  ela  seja  fechada,  con- 
servadora, rançosa  mas  que  sej  a  pura  man- 
tendo a  verdade  do  evangelho  de  forma 
atual.  Que  leve  "As  Boas  Novas"  para 
toda  criatura. 

Presb.  José  Aotonio  Souza 

2'  IPI  de  Carapicuíba  


Uma  Igreja  graciosa 

A  Igreja  está  precisando  ser  compro- 
metida com  o  Reino  de  Deus,  que  seja  uma 
Igreja  Fiel,  que  tenha  mensagens  que  al- 
cancem as  pessoas  em  suas  necessidades; 
que  expresse  através  de  suas  atitudes,  o 
amor  de  Deus,  de  forma  restauradora  à 
vida  humana. 

Enfim,  que  seja  uma  Igreja  graciosa, 
cheia  do  amor  de  Cristo,  tendo  a  ação  de 
DEUS  de  forma  concreta. 

Rev.  Luiz  Henrique  S.  Rossi 
IPI  Cornélio  Proc6pio-PR 


Redobre  sua  ajuda 

Que  as  palavras  bonitas  e  desgastadas 
se  revitalizem  e  saiam  da  nossa  mera  lite- 
ratura. Quando  isto  acontecer,  o  Menino 
Jesus  irá  ouvir  nossas  preces,  e  a  felicidade 
será  um  fato.  Dai  se  conclui  num  misto  de 
pessimismo  com  realismo  a  grande  difi- 
culdade que  temos  pela  fi'ente. 

Menino  Jesus,  redobre  sua  ajuda  para  a 
nossa  amada  IPIB. 

AnÔDÍmo  -  «*t* 


Igreja  está  precisando  ped 

Estes  pedidos  ao  meni- 

neste  Natal?  ztnt/Zl^^^lTe 

presbíteros  presentes  na 
reunião  do  Supremo  Con- 
cílio, que  ocorreu  no  dia 
27  de  novembro  de  1993 
na  1-  IPI  de  São  Paulo, 
Alguns  assinaram,  outros 
assinaram  de  maneira 
ilegível  e  outros  deixaram 
de  colocar  seus  nomes, 
mas  o  que  importa  são  os 
pedidos  feitos  ao  menino 
Jesus  em  resposta  à  nos- 
sa pergunta  acima. 


Direito  à  vida 


Fecho  os  olhos  e  penso:  Senhor,  há 
tantas  crianças  perambulando  sujas  e  fa- 
mintas pelas  ruas.  ao  desprezo  de  todos. 
Porque  não  lhes  djar  o  direito  a  uma  vida 
nobre  e  um  fiituro  feliz?  A  indignidade 
humana  corrompeu  o  homem,  mesmo  os 
considerados  justos  e  correios,  de  forma 
que  a  desilusão  tomou  conta  dos  corações. 
Porque  não  restaiuar  a  crença,  a  fé,  a  força 
que  alimenta  a  vida,  tendo  o  Senhor  como 
fimdamento  dessas  virtudes?  Há  tanta  fome. 
rostos  famintos,  mâo  estendidas,  irmãos 
vivendo  em  condições  sub-humanas,  ver- 
dadeiros miseráveis,  todos  em  cima  de 
uma  terra  rica,  boa,  produtiva  na  qual  em 
se  lançando  a  semente,  que  nem  precisa  ser 
bem  cuidada,  produz  e  produz  e  mata  a 
fome.  Porque  não  abrir  os  olhos  dos  ho- 
mens para  esse  tesouro  pois  o  trabalho 
honesto  engrandece  e  soluciona  as  maze- 
las da  vida?  Senhor,  vejo  os  homens  olhan- 
do para  o  alto,  olhos  estatelados,  mãos 
estendidas,  faces  enrugadas,  marcas  su- 
premas do  sofrimento.  Esperam  o  que  não 
sabem  possível,  sem  saber  do  que  se  trata. 
Esperam,  Senhor!  A  resposta  está  em  nós, 
em  tua  noiva,  em  tua  Igreja,  Senhor.  En- 
tão. Senhor,  entre  tantos  pedidos,  se  eu 
tivesse  que  pedir  ao  Menino  Jesus  neste 
Natal,  pediria;  Una,  sar.tifique.  desperte  a 
tua  noiva  e  faça  dela  a  soluto  dos  proble- 
mas que  angustiam  os  homens,  levando-os 
à  felicidade.  Dé-lhes  Senhor  um  pastor, 
nesta  hora  difícil,  e  não  os  deixem  viver 
como  o  Menino  Jesus  os  viu  no  passado 
sem  pastor,  sem  esperança,  sem  futuro! 

■•  .Rfv.  Ezequias  dos  Santos 
1*  IPI  do  Tatuapé 


Venha  o  teu  Reino 

Neste  momento  em  que  o  país  está 
estarrecido  diante  das  revelações  da  CPI 
do  Orçamento,  em  que  a  nossa  democracia 
corre  sérios  riscos  de  retrocesso,  em  que  a 
fome  e  a  miséria  alcançam  níveis  jamais 
visto,  justamente  naquele  que  poderia  ser 
o  maior  celeiro  do  mundo,  nâo  poderia  ser 
outra  a  nossa  súplica:  "Venha  o  teu  Reino 
Senhor  ,  resgate  a  dignidade  do  nosso  povo 
ó  DEUS.  Faça  renascer  a  esperança  restau- 
rando em  nós  o  genuíno  espírito  protestan- 
te; e  que  a  ttia  Igreja  volte  a  ser  IGREJA  à 
imagem  do  seu  Filho  Jesus. 

Rev.  Assir  Pereira 
IPI  de  Pinheiros 


Sabedoria 

Eu  peço  sabedoria  para  que  os  irmãos 
tenham  o  conhecimento  vindo  de  DEUS. 


Presb.  Sebastião  Sabino  de  Uma 
IPI  Jardim  Califórnia 


Abençoado  por  Deus 

Que  ele  ajude  o  nosso  paisa  sair  da  crise 
em  que  se  encontra.  Que  tire  a  tristeza  e  a 
vergonha  dos  nossos  corações  por  causa  da 
corrupção  do  nosso  Brasil.  Que  Jesus  ajude 
aos  pobres  dando  o  conforto  material  e 
espiritual  para  viverem;  e  aos  ricos,  que  o 
menino  Jesus  possa  tocar  em  seus  corações 
no  aspecto  da  generosidade.  Que  o  Brasil 
possa  ser  um  pais  abençoado  por  Deus  na 
parte  de  honestidade. 

Presb.  Paulo  Alves  Domingos 
1*  IPI  de  Dourados-MS 


Minimizar  a  pobreza 

Que  os  nossos  representantes  políticos 
possam  ser  tocados  pelo  Espírito  do  Se- 
nhor, para  que  olhem  com  mais  carinho 
para  a  população  Brasileira,  e  estudem 
como  minimizar  a  situação  da  pobreza  do 
país. 

Nilton  Alves  de  Souza 
IPI  de  ScrtanópoUs 


É  de  você! 


Quero  trazer  uma  mensagem  aos  can- 
didatos a  cargos  Piiblicos  que  são  leitores 
do  Jornal  "O  Estandarte". 

Há  imi  ditado  que  como  Pastor  nâo 
aprovo: 

"O  Homem  que  o  Brasil  precisa:  JE- 
SUS". Creio  que  não  é  verdade.  O  homem 
que  o  Brasil  precisa  é  você  Pastor, 
Presbítero,  irmão.  Que  o  Menino  Jesus  do 
Natal,  tenha  como  prioridade  o  seu  cora- 
ção e  nele  faça  morada.  E  que  o  Senhor  do 
nosso  natal  venha  fortalecer  a  sua  vida 
grandemente.  Que  Deus  olhe  para  o  povo 
do  nosso  país.  Amém. 

Weber  Orlando  Braidotti 
IPI  de  PonU  Pora-MS 


O  centro  de  tudo 

-  Que  a  Igreja  seja  inundada  pelo  Amor 
de  Cristo. 

-  Que  nós  possamos  encontrar  o  cami- 
nho para  ser  na  verdade  tmia  IGREJA  em 
missão. 

-  Que  o  entendimento  possa  surgir, 
trazendo  benefícios  à  vida  da  Igreja. 

-  Que  Jesus  possa  ser  o  centro  de  tudo 
na  vida  da  igreja. 

-  Que  a  obra  missionária  seja  tuna  meta 
importante. 

Oswaldo  B.  Moraes 
IPI  de  Vila  São  José-Osasco 


Que  a  estrela  nos 
guie 

Eu  espero  que,  ao  lado  da  sua  Glória  e 
Majestade,  ele  continue  sendo  o  Menino 
Jesus,  para  que  possamos  pereira  beleza 
que  se  manifesta  na  humildade  do  Deus 
Onipotente  que  se  acomoda  no  colo  de  sua 
mãe  e  que  se  nutre  do  leito  materno. 

Eu  espero  que  o  Espírito  Santo  traga  à 
nossa  mente,  o  lindo  qiudro  do  Rei  dos  reis 
e  Senhor  dos  senhores  deitado  numa  man> 
jedoura,  sob  os  cuidados  paternos  de  um 
carpinteiro  e  matemos  de  uma  camponesa, 
adorado  por  pastores,  sábios  e  anjos,  para 
que  sejamos  levados  a  chorar  amargamen- 
te por  causa  da  nossa  pretensão  de  glória  e 
poder. 

Eu  espero  que  a  estrela  nos  guie  à 
presença  do  Senhor  que  se  fez  gente  para 
que  nós  pudéssemos  ser  eleitos  à  condição 
de  dignidade  de  filhos  de  Deus  (João  1.12- 
14). 

Espero  que  a  mensagem  de  renovação 
nos  inspire  para  que  nos  identifiquemos 
com  os  famintos,  os  sedentos,  os  enfermos, 
os  presos  e  com  todos  aqueles  com  quem 
Jesus  se  identificou  para  levar  a  mensagem 
de  Salvação.  (Mateus  25.34-40). 

Espero  que  neste  Natal  o  Menino  Jesus 
derrube  do  Trono  os  poderosos  e  eleve  os 
humildes. 

Rev.  Mathias  Quintela  de  Souza 


DEZEMBRO/1993 


lACONIA 


UMPISMO 


Uma  palavra 
diaconal 


Amado  irmão  Diácono 

Saudação  Cristã 

Estamos  no  apagar  das  liizes 
do  anode  1 993  e  não  podia  deixar 
p^sar  sem  que  você  soubesse  de 
minha  gratidão,  alegria  e  empe* 
nho  em  poder  contar  com  seu 
trabalho  nas  bases  da  nossa  ama- 
da EPIB,  sem  o  qual  de  nada  vale- 
ria meu  esforço  e  sem  sentido 
nosso  objetivo. 

A  você  nossa  palavra  de  estí- 
mulo impacto.  Nessa  função 
Diaconal  é  de  vital  importância 
na  sociedade  e  na  Igreja.  Somos 
agentes  transformadores  nas  duas 
realidades  e  além  disto  discípulos 
de  Cristo  para  a  edificação  dos 
Santos.  Meu  desejo  é  que  o  Espí- 
rito Santo  seja  pleno  em  sua  vida, 
desepertando-lhe  o  desejo  de  ser 
mais  útil  e  profundamente  sério 
neste  ministério  que  Deus  tem 
colocado  em  tuas  mãos.  É  preciso 
que  nossas  vidas  façam  "diferen- 
ça" na  igreja  e  na  sociedade  no 
próximo  ano. 

Tenha  sempre  em  mente  "em 
meus  passos  que  faria  Jesus"  e 


"filhinhos, 
não  amemos 
de  palavra, 
nem  de  boca; 

mas  de  fato 
e  de  verdade" 
(/  João  3:18} 


você  contemplará  as  mudanças 
reais  em  sua  vida  e  ao  seu  redor. 

Não  abra  mão  do  seu  sacerdó- 
cio (servir  aos  demais),  ser  ínti- 
mo de  Deus.  Nosso  lugar  é  o  lugar 
do  serviço,  sem  esperar  o  reco- 
nhecimento. Fazemos  porque  so- 
mos de  Deus,  pertencemos  a  uma 
Igreja  que  é  submissa  ao  Deus 
"Eu  Sou  o  que  Sou"  e  nós  seus 
filhos  que  devemos  ser  o  que  so- 
mos (servos)  diáconos. 

No  amor  de  Cristo; 

FELIZ  NATAL  E  PRÓSPE- 
RO ANO  DIACONAL  COM 
MUITO  SERVIÇO. 

Pastor  Bereta 


MISSÕES 


1 
I 
I 

L 


Fórum  da  Juventude 
-  um  recomeço 


Realizou-se  no  dia  27/1 1  na  ci- 
dade de  São  Paulo  o  Fórum  da  Juven- 
tude da  IPI  do  Brasil  para  reestniturar 
os  trabalhos  e  organizar  a  agenda 
1994.  A  reunião  teve  início  as  9:00h 
com  uma  devocíonal  feita  pelo 
Presbítero  Adair  Sérgio  Camargo  da 
2'  m  de  São  José  do  Rio  Preto,  em 
seguida  tivemos  o  Pastor  Cláudio 
abordando  o  tema:  "A  Atuação  da 
Juventude  no  Velho  Testamento", 
antes  do  almoço  ainda  tivemos  al- 
guns testemunhos  de  irmãos  e  irmãs 
que  têm  realizado  trabalhos  maravi- 
lhosos de  compromisso  com  o  Reino 
de  Deus  na  área  da  evangelização  e 
na  área  social.  Pessoas  que  tem  dedi- 
cado suas  vidas  no  trabalho  de  res- 
tauração de  "Homens  de  Rua"  (Igre- 
ja Ipiranga-IPI  SP),  como  também 
irmãos  que  trabalham  junto  aos  pre- 
sos nas  cadeias  e  penitenciárias.  Es- 
ses testemunhos  foram  importantes, 
porque  sonhamos  com  uma  juventu- 
de atuante  na  nossa  igreja,  uma  ju- 
ventude engajada,  que  realize  o  tra- 
balho do  Senhor  com  zelo  e  dedica- 
ção, e  que  descubra  outros  ministéri- 
os de  atuação  dentro  e  fora  da  igreja 
que  não  seja  apenas  o  louvor,  mas 
que  abracem  a  oração  e  a  Ação,  que 
vivam  um  evangelho  hollstico.  Após 
o  almoço  fomos  agraciados  também, 
com  a  fala  do  presbítero  Paulo  No- 
gueira, secretário  de  Forças  Leigas, 
que  enfatizou  a  importância  do  tra- 
balho leigo  rui  igreja,  e  de  uma  parti- 
cipação ativa  da  juventude.  Em  se- 
guida, o  Pastor  Calvani  trouxe-nos 
uma  mensagem  que  falou  profunda- 


mente em  nossos  corações  sobre  o 
tema:  "A  Atuação  da  Juventude  no 
Novo  Testamento" ,  É  assim  que  pre- 
tendemos caminhar  como  juventude, 
em  nossos  encontros,  buscarmos  á 
base  do  ensiruunento  na  Palavra  de 
Deus.  Posteriormente,  abrimos  a  dis- 
cussão em  grupo  com  os  aproxima- 
damente 80  jovens  que  lá  estiveram 
representando  várias  regiões  da  nos- 
sa igreja  como:  Presbitério 
Araraquarense,  Botucatu,  Leste 
Paulistano,  Sul  do  Paraná,  Sul  de 
São  Paulo,  NovoOsasco,  Brasil  Cen- 
tral, Caminho  do  mar,  Carapicuiba, 
Bauru,  Sorocaba,  Rio  de  Janeiro  e 
inúmeras  cidades  para  ouvir  os  ir- 
mãos falarem  sobre  suas  idéias,  so- 
nhos, desejos,  perspectivas  como  jo- 
vens da  IPI  do  Brasil,  o  que  têm 
acontecido  em  suas  igrejas,  regiões, 
etc.  Essa  troca  de  experiências  atra- 
vés dos  pronunciamentos  dos  irmãos 
foi  relevante  para  darmos  continui- 
dade aos  trabalhos  e  para  tomada  de 
algumas  decisões.  Primeiramente 
formamos  uma  Comissão  de  Jovens 
para  serem  os  representantes  e  os 
responsáveis  pela  Coordenadoria 
Nacional  da  Juventude  para  ajudar 
realizar  eventos  qessc  período  de 
transição  de  1 994  para  1 995  quando 
deveremos  ter  eleições  nacionais  para 
elegermos  uma  nova  direloria  para  o 
quadriêmode  1995  a  1998.  Compõe 
esse  grupo  os  seguinlesjoveos:  Aldina 
(IPI  Lençóis  Pta),  Edilson  (IPI 
Sorocaba),  Najan(IPlPonta  Grossa), 
ValdeilsoD  (IPI  Central  de  Brasília). 
Ronaldo  (IPI  Carapicuiba),  Darli  (IPI 


Vila  Aparecida-SP),  Air  (IPI  Len- 
çóis Pta),  Márcia  (IPI  São  Mateus- 
SP),  Vera  (IPI  São  Caetano);  Karyba 
(IPI  Bauru).  Raquel  (IPI  Itaim 
Paulista-SP).  Paulo  Bana  (2'  EPI  S.  J. 
Rio  Preto).  Sérgio  Camargo  (2'  IPI  S. 
J.  Rio  Preto),  Marco  Pedroso  (IPI 
Vila  Talarico-SP),  Gláuber  (IPI 
Votorantim). 

Ficou  decidido  que  esse  grupo 
estará  se  encontrando  dia  19/12  no 
Escritório  da  Igreja  Nacional  on  S 
Paulo  para  trabaÚiar  a  agenda  que 
ficou  assim  estabelecida:  a)  Reunião 
com  todos  os  representantes  do6  pres- 
bitérios no  último  sábado  de  fevcrei- 
ro/94;  b)  Encontro  Nacional  da  Ju- 
ventude na  Páscoa  de  94;  c)  Encon- 
tros Sinodais  no  2"  semestre  de  94,  d) 
Congresso  Nacional  em  fevereir(V95 
para  eleições. 

Outra  conquista  da  juventude 
junto  ao  Supremo  Concílio  da  nossa 
igreja,  foi  a  disponibilidade  de  verba 
para  "Pastora]  da  Juventude"  -  em 
breve  teremos  o  pastor  escolhido,  e 
então,  estaremos  divulgando  com 
mais  detalhes  aos  irmãos.  Para  en- 
cenar, gostaria  de  pedir  as  orações 
dos  irmãos  e  a  colaboração  princi- 
palmente dos  pastores  e  da  liderança 
das  igrejas  para  com  o  trabalho  da 
juventude.  Visite  o  jovem,  couvotc 
com  ele.  estimule-o  a  participar  dos 
trabalhos  locais,  regionais  e  lucia- 
nais.  Prepare-o.  Só  assim  seremos 
uma  igreja  forte  em  Cristo. 

Aldina  Claréte  Damico 
Coordénadoria  Nacional  da 
Juventude 


Rev,  Valdir  é  o  novo  Secretário  da  SMI 


A  partir  de  janeiro/1994  estará 
assumindo  a  jimção  de  Secretário 
Executivo  da  Secretaria  de  Missões 
da  IPI  do  Brasil:  o  Rev.  Valdir  Alves 
dos  Reis.  Ele  ocupará  o  cargo  que. 
nos  últimos  dois  anos,  está  sendo 
ocupado  pelo  Presb.  Honesíálio  de 
Casti-o.  o  qual  vinha  acumulando 
também  a  /unção  de  Supervisor  dos 
Campos  Missionários.  OPresbitero 
Castro  continuará  nesta  última/un- 
ção que.  aliás,  exerce  com  muita 
dedicação  a  mais  de  5  anos. 

O  Rev.  Valdir  Alves  dos  Reis  é 
um  jovem  pastor.  Nasceu  na  cidade 
de  Guaraci-PR.  no  dia  24.06.1966. 
É  filho  de  pais  evangélicos,  tendo 
sido  batizado  na  infância  na  IPI  de 
Indianópolis-PR  Converieu-se  ao 
Evangelho  de  Jesus  Cristo  em  abril 
de  1 985.  Professou  a  sua  fé  em  julho 
do  mesmo  ano  de  sua  conversão,  rui 
3" IPI  de  Londrina.  Estudou  no  Se- 
minário Teológico  de  Londrina  em 
1 989.  sendo  designado  pelo  Pre^bh  , 
t^rio  de  Maringá  para  o  pastorado 
dà  IPI  de  Jandaia  do  Sul-PR  no  ano 


seguinte,  onde  ainda  exerce  o  seu 
pastorado.  O  seu  ministério  é  mar- 
cado por  uma  visão  bem  abrangente 
da  Missão  da  Igreja.  Desde  que  as- 
sumiu o  pastorado  da  IPI  de  Jandaia 
doSul.  tem  procurado  estender  o  sêu 
ministério  à  sociedade  como  um  todo, 
agindo  principalmente  a  serviçodas 
populações  mais  carentes.  Lidera 
um  trabalho  com  favelados  denomi- 
n^ôs  "Missão  Ide  Entre  os  Pth^-y.;, 
bres"  no  <^l  procurou  envolver 


profissionais  cristãos  das  áreas  da 
saúde  e  assistência  social.  Em  sua 
luta  em  favor  dos  favelados  tem  pro- 
curado ser-lhes  a  voz  em  busca  de 
melhorias  nas  condições  de  vida  di- 
ante das  autoridades  municipais.  Tal 
trabalho  missionário  já  foi  alvo  das 
atenções  de  igrejas  evangélicas  es- 
trangeiras que  se  interessaram  pelo 
projeto. 

Como  Secretaria  de  Missões 
damos  graças  ao  bom  Deus  pelos 
servos  que  Ele  tem  enviado  para 
contribuir  com  o  nosso  trabalho. 
Agradecemos  a  Deus  pelo  esforço  do 
Presbítero  Castro  pela  dedicação 
que  sempre  demonstrou  na  execução 
das  tarefas  a  ele  designadas.  Agra- 
decemos a  Deus  pela  vida  no  novo 
Secretário  Executivo,  pois  sabemos 
que  com  denodo  realizará  o  seu  tra- 
balho. 

Rev.  Gerson  Mendonça  de 
Annunciação 
,]'.*       Iktplo.  de  Comunicação  e 
Promoção  da  SMI 


Mensagens  da  Catedral 


Não  perca  esta  preciosa  série 
de  mensagens  sobre  o  Espirito 
Santo,  proferidas  pelo  Rev. 
Abival  Pires  da  Silveira. 

Faça  seu  pedido  pelo  telefone 
(011)  255.6111  ramal  324  com 
Ely  ou  Júnia. 

1:  Discernindo  os  Espíritos 
2;  O  Espírito  de  Pentecostes 
3 :  O  Batismo  do  Espirito  Santo 
4:  APIenitudedoEspírito  Santo 
5;  O  Fruto  do  Espinto  Santo 
6:  Os  dons  do  Espinto  Santo 
7:  O  Super-Crentç 

Com  esta  série  você  ganha  mais 
sete  mensagens  do  culto  da  noite. 
Não  perca  esta  oportunidade! 


As  mensagens  pregadas  do 
púlpito  da  Primeira  Igreja  estão 
também  à  disposição  dos  interes- 
sados. Aqui  alguns  litulos  da  úl- 
timas mensagens  pregadas  pelo 
Rev.  Abival: 

1  -  O  Significado  da  Vida 

2  -  A  Revolução  da  Esperança 

3  -  A  Oração  do  Perdão 

4  -  Da  Sala  do  Trono 

5  -  A  Bomba  O 

6  -  Em  Tempos  de  Calamidade 

7  -  Adversativa  da  Graça  (Cul- 
to das  Pnmícias) 

8  -  O  Pão  c  o  Vinho  Falam 

9  -  O  Pão  Nosso 


I Preço  de  referencia  de  cada  fita  para  dezembro 
CR$  I  200,00  Para  você  presentear  neste  Natali 


I 


DEZEMBRO/1993 


12 


PALAVRA  DA  PRESlDENCIA|p 


Dizer  que  vivemos  tempos  difí- 
ceis é  redundância-  Há  muito  tempo 
estamos  vivendo  tempos  difíceis.  De 
modo  que  nosso  problema  hoje  não  é 
mais  o  grau  de  dificuldade  dos  tem- 
pos que  vivemos  -  e  que  parece  tende 
a  se  agravar  ainda  mais  -  mas  sim  o 
nosso  grau  de  resistência  em  tempos 
de  dificuldade. 

Nós  os  brasileiros  vimos  resis- 
tindo bravamente  aos  desmandos 
históricos  a  que  vivemos  sendo  sub- 
metidos nos  últimos  anos. 

Não  temos  caminhado  de  fé  em 
fé.  Nem  de  esperança  em  esperança. 
Temos  cammhado  de  fiacasso  em 
fracasso.  Os  fracassos  da  história 
económica  recente  sâo  apenas  um 
simbolo  do  que  estamos  dizendo; 
fracasso  do  plano  Samey.  fracasso 
do  plano  Color  I.  fracasso  do  plano 
Color  n.  É  natural  que  tanto  fracasso 
vé  gerando  nas  mentes  e  nos  cora- 
ções das  pessoas  um  sentimento  de 
desesperança  para  não  dizer  ansie- 
dade e  desespero  Dai  à  total  des- 
crença é  apenas  um  passo.  Se  fizer- 
mos uma  consulta  vamos  verificar 
com  facilidade  que  as  pessoas  não 
crêem  em  mais  nada  e  era  mais  nin- 
guém, Tomaram-secéticas.  Até  mes- 
mo cínicas.  O  cmismo  é  a  expressão 
mais  grave  e  triste  do  ceticismo.  As 
pessoas  se  tomara  imunes  a  tudo. 
Nada  mais  as  toca  ou  sensibiliza.  São 
descrentes.  E  neste  contexto  que  va- 
mos celebrar  mais  um  natal.  Será  ele 
apenas  mais  uma  festa  de  fim  de  ano? 
Mais  uma  data  especial  no  nosso 
calendário? 

Em  tempo  de  tanta  descrença  e 
desesperança  o  Natal  é  um  chama- 
mento á  crença  e  à  esperança,  Daí 
por  que  neste  natal,  neste  fina)  de  ano 
que  está  sendo  particularmente  difi- 
cil  para  nós  brasileiros,  somos  desa- 
fiados a  uma  reaTirmação  de  nosso 
convicção  de  fé.  O  Natal  é  um  convi- 


Credo  de  Natal 


te  a  que  renovemos  nosso  credo  não 
como  uma  verda^  intelectual,  mas 
como  um  princípio  de  vida.  Daí  o 
nosso  CREEX)  DE  NATAL. 

CREMOS  NA  VTDA  -  A  vida  é 
o  dom  maior  de  Deus.  Nenhum  dom 
é  maior  que  a  vida  mesma.  Daí  seu 
valor  único  e  inestimável.  Não  troca- 
mos a  vida  por  nada.  Mas  a  nossa 
vida  está  cercada  e  ameaçada  de 
morte  por  todos  os  lados.  O  mundo 
está  tomado  pelo  cheiro  da  morte.  Os 
quatro  cavaleiros  do  Apocalipse  ca- 
valgam de  rédeas  soltas  espalhando 
a  morte  por  todos  os  quadrantes  da 
terra.  Há  sinais  de  morte  nos  céus  e 
há  sinais  de  morte  na  terra.  Há  sinais 
de  morte  na  natureza  e  há  sinais  de 
morte  no  homem.  As  pessoas  trazem 
estampados  em  seus  rostos  os  terrí- 
veis sinais  da  morte.  Morte  física. 
Morte  psicológica.  Morte  moral. 
Morte  espuitual.  Vazio,  solidão,  de- 
sânimo, frustração  são  alguns  frutos 
colhidos  na  árvore  da  morte. 

Mas  em  meio  a  estes  sentimen- 
tos de  morte,  há  sinais  de  vida.  Dese- 
jos de  viver.  Desejos  de  vencer  De- 
sejos de  ser  feliz,  A  árvore  da  vida 
continua  plantada  no  centro  do  Jar- 
dim de  Deus  e  é  para  o  nosso  bem. 
Ela  é  afirmação  de  que  a  vida  é  mais 
forte  do  que  a  morte.  Por  isso.  a  fé  na 
vida  é  a  única  força  para  a  nossa 
caminhada.  Proclamemos  neste  na- 
tal, cheios  de  fé  e  esperança:  CRE^ 
MOS  NA  VIDA! 

CREMOS  NAS  PESSOAS  - 
Vivemos  num  mundo  deyi^-  , 
sonaUzado  e  anónimo.  Nele  as  pes- 
soas desaparecem.  As  pessoas  são 
utilizadas  e  instrumentalizadas.  São 


um  meio  para  algo  mais.  Para  a  pro- 
dução. Para  o  lucro.  Mas  isso  é  uma 
deturpação.  Uma  aberração.  As  coi- 
sas existem  em  função  das  pessoas  e 
não  as  pessoas  em  fímção  das  coisas. 
Não  foi  isso  que  Cristo  ensinou?  Que 
o  homem  não  foi  leito  para  o  sábado 
e  sim  o  sábado  para  o  homem? 

E  não  apenas  isso.  As  próprias 
pessoas  parecem  ter  se  tomado  mais 
feias.  Parecem  trazer  uma  carga  anti- 
humana.  Estão  sempre  armadas,  des- 
confiadas, pessimistas,  iradas,  re- 
voltadas. Sempre  em  guarda,  des- 
confiando dos  outros.  Precisamos 
inverter  o  credo  do  mundo.  Para  nós 
são  as  pessoas  que  importam.  Elas  é 
que  são  importantes.  Elas  é  que  pre- 
cisam ser  resgatadas.  Elas  são  a  ma- 
téria prima  por  excelência  de  huma- 
nidaí^.  Por  isso,  neste  Natal,  cheios 
de  fé  e  de  esperança,  tenhamos  a 
coragem  de  proclamar;  CREMOS 
NAS  PESSOAS! 

CREMOS  NO  AMOR  -  Parece 
inócuo  e  vão  fazer  esta  declaração  de 
fé  no  amor.  Afinal  o  ódio  parece 
triunfar  de  ponta  a  ponta.  O  amor 
parece  ser  a  força  dos  fracos  e  o 
refúgio  dos  românticos.  No  nosso 
mundo  feio  e  calculista  parece  não 
ter  lugar  para  o  amor.  As  pessoas 
respiram  ódio  e  egoísmo.  Por  isso 
são  cada  vez  mais  solitárias  e  cada 
vez  menos  solidárias,  A  crença  do 
mundo  está  na  força,  no  lucro,  no 
dinheiro,  na  fama,  no  sucesso,  no 
"status".  E  nele  não  há  lugar  para  o 
amor. 

-j.  Mas  a  vida  não  reconhece  outra 
força  a  não  ser  a  força  do  ara«r.  O 
mundo  tem  amor  á  força  mas  a  vida 


vive  da  força  do  amor.  É  por  isso  que 
tudo  que  não  é  enraizado  no  amor  não 
subsiste .  Não  há  futuro  fora  do  amor. 
Na  verdade,  so  o  amor  permanece. 
Tudo  passa.  Até  mesmo  a  fé  e  a 
esperança.  Mas  o  amor  não.  O  amor 
fica  para  sempre.  É  eterno  como 
Deus.  Daí  porque  neste  natal  procla- 
mamos com  alegria:  CREMOS  NO 
AMOR. 

CREMOS  NA  JUSTIÇA  -  No 

mundo  lodo  há  um  clamor  por  justi- 
ça. A  injustiça  parece  triunfar  em 
todas  as  fronteiras.  Como  o  salmista 
chegamos  a  "invejar  os  arrogantes 
ao  ver  a  prosperidaide  dos  perversos' ' 
(SI  73.3)  Há  uma  prosperidade  dos 
maus  e  há  uma  maldade  dos  próspe- 
ros. Há  momentos  em  que  eles  pare- 
cem estar  com  tudo.  Parece  que  não 
há  sentido  em  ser  bora^  honesto  c 
justo.  Está  aí  a  CPI  do  Orçamento  e 
os  PCs  devida  que  parecem  confir- 


mar a  queixa  do  salmista.  Mas  tudo 
isso  é  uma  grande  ilusão.  Todos  que 
assim  pensam  e  agem  serão  sepulta- 
dos na  vala  comum  do  esquecimento. 
Não  serão  abençoados  e  nem  o  será  a 
sua  descendência  enquanto  se  ali- 
mentarem do  fruto  poder  de  injusti- 
ça. 

Só  onde  há  amor  é  que  acontece 
a  justiça.  E  só  quando  a  justiça  acon- 
tece é  que  há  paz.  E  fomos  feitos  para 
isso.  O  nosso  sangue  e  a  nossa  came 
clamam  por  liberdade,  igualdade  e 
fraternidade.  Por  isso  lutamos  por 
uma  humanidade  livre,  fraterna  e 
justa.  As  bombas,  um  dia  cessarão. 
As  guerras  serão  ridicularizadas.  E 
serão  tidos  por  louvar  aqueles  que 
fazem  do  acúmulo  de  riqueza  o  fim 
último  da  própria  vida.  Porissoneste 
natal,  em  meio  a  um  mundo  de  tanta 
injustiça,  continuamos  a  afirmar. 
CREMOS  NA  JUSTIÇA. 

CREMOS  EM  DEUS  -  Esse  é  o 
nosso  segredo  derradeiro  e  final. 
Cremos  em  Deus.  Ura  Deus  que  é  a 
força  da  vida.  Um  Deus  que  criou  as 
pessoas  á  sua  imagem  e  semelhança. 
Um  Deus  que  é  a  fonte  do  amor.  Um 
Deus  que  se  regozija  com  a  justiça.  E 
para  transformar  todas  as  nossas  as- 
pirações era  vida  eterna  deu-nos  a 
míiis  preciosa  de  todas  as  dádivas: 
Jesus  Cristo. 

É  por  isso  que  fazemos  deste 
Natal  tempo  de  reafirmação  de  nossa 
fé. 

A  toda  a  Igreja  Presbiteriana  In- 
dependente do  Brasil  e  a  cada  um  de 
seus  membros  os  nossos  votos  de  um 
Feliz  Natal  e  abençoadíssimo  Ano 
Novo. 

Nalalde  1993 

Rev.  Ablval  Pire«  da  SUvelra 
"  --  Presidente 

'BRASÍLcopoeÍoS^  ^ 


"Arvonio  estand»rtBàsgent9»"Çstlas  62. 10) 


mmmmã 


^SEêfTeS 


IGREJA  PRESBITERIANA  INDEPENDENTE  DO  BRASIL 

Rua  Amaral  Gurgel.  452  -  S/loja  ■  CEP  01221  -  Cx.  Postal  300 
Fones:  258-1422  ■  258-1809  -  258-1635  -  SÃO  PAULO  -  SP 
FAX  (011)  259-0009  ^  —  


Cod:   004343     Validade  Assin:  01/01/95 

PRINCETON   THEOLOGICAL  SEMINARY 

Speer  Library  -  Seriais  Dept. 

P.O.    Box   111  08542     Cx .  P :  USA 

Prínceton,   New  Jerse 


IMPRESSO 


\ 


1 


AS