I
\
UBRARY OF PRINCETON
W
JAN
91994
numa
Pai nosso
que estás no Céu.
Que seja Teu nome
santificado
pelos teus filhos
em todos os lares
em todas as mesas
fartas ou pobres
sobeja ou carente
dos injustiçados.
ARVORA/
E seja Tua vontade
que na Terra se faça
como nos céus.
Em todas as vidas
que estão no Caminhio
em todas as vidas
perdidas de Ti.
Ao gosto do trigo
de Tuas mãos
nos venhia o pão
da comunhão.
O pão do Amor.
O pão da amargura
afasta de nós.
Que a esperança
se faça na Fé
no trabalho por ti.
Os nossos pecados
perdoa, ó Pai
como nós perdoamos
ao nosso irmão.
E num beijo que santo
num abraço sincero
a Paz nos envolva.
Não nos deixes. Senhor
tropeços, caídos
na tentação do poder
de honras e glorias.
E do orgulho e soberba
vaidade e perfídia
o mal nos impeças.
Pai nosso, do Céu
- que santificado
seja Teu nome
nas Tuas igrejas.
E por todas as almas
que alegres celebram
o NATAL DEJESUS.
Therezo Andrade
Daniel
Natal é uma criança chegando,
sorrindo, trazendo vida,
iluminando.
Natal e criança
não dá pra separar,
porque sem criança
o Natal não existe.
Deixe a sua criança livre.
Com tinta e pincel nas mãos,
ela poderá fazer arte
no seu escritório,
mas com certeza
fará o Natal mais bonito,
mais criança,
mais Natal. a
★
Daniel
3 f f CA^^
0 S^Ucutdantc \
DEZEMBRO/1993
O ESTANDARTE
Publte«9êo Manul
órgAo oficul da igreja
presbiteriana independente
do brasil
Fundado em 7 de taneko de 1893. por
Rev Eduardo Cartos Pereira, Rev
Bento Ferraz e Prssb. Joaquim Ahiea
CofTda.(Sucemorde'lrTpf»nsaEvan'
géficaT, tund. em 7/9/18&4)
ASSESSORIA DE IMPRENSA E
COMINICAÇAO
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Rev Tarais de Cairpoe
Rev Súaa de Olveira
Rev Vakíomiro Pires de Oliveira
Presb. Alcy Thomâ da Silva
Rev Jonas Qonçatvea
Rev. Lysias Oliveira dos Santos
Diretor
Rev Valdomiro Pire» de Oliveira
Adminlatndor
Rev Edson Zemuner de Paula
Editor
Rev. Lysias Oliveira doe Santo*
Redetor
Rev Tarsis de Cairpos
Auxiliar de RedaçAo
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Compoalcao.
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cesaanamenie a opinião da IPI do Bra-
sil nem da própria direção do )oma).
Malèhas enviadas sem a aobcitação
da Redação só serão publicadas a
cntèrio da mesma O» ormmaia não
ewá9dey<^^.
EDITORIAL
Ainda não!
Gostaria que todas as pessoas
fossem iguais I
Todos chegassem no final do
mês no banco e recebessem o
mesmo salário. Com ele, conse-
guinam comprar a mesma quan-
udade de airoz, feijão, a mesma
dúzia de ovos, o mesmo pé de
alface. Poderiam também morar
em casas iguais, todas iguais e do
mesmo tamanho, só mudariam as
cores. Uns pintariam de verme-
lho, outros de azul. branco, ama-
relo, sempre cores vivas e ale-
gres.
O patrão freqilentaria a mes-
ma piscina com o empregado
porque o dinheiro deles teria o
mesmo poder. Nadariam juntos,
com os filhos sendo amigos e
usando as mesmas marcas de rou-
pa. Na hora do lanche estenderi-
am uma toalha no chão e todos
juntos participariam da refeição,
mas antes, fariam juntos uma bela
prece a Deus.
E por falar em Deus, Ele tam-
bém seria um só. Um só Deus
para o patrão e para o empregado.
Ambos adorariam o mesmo Deus,
que seria lembrado pelos atribu-
tos que lhe são devidos; não por
aqueles que dividem, por exem-
plo, "Deus da prosperidade" e
"Deus da pobreza" . Eu não gosto
destes dois deuses que inventa-
ram. Os dois só causam divisões
entre as pessoas colocando-as em
constante conflito.
A propósito, é oportimo lem-
brar que estamos vivendo o natal.
Penso que o menino Jesus gosta-
ria de nascer em um mundo bas-
tante parecido com este pintado
aqui: igualdade, solidariedade,
fraternidade, comunhão, partilha,
alegria, festa, amor, e outros tan-
tos frutos da árvore da Vida que se
transformaria na árvore de Natal .
Mas infelizmente, olho para o
nosso contexto social: fome,
corrupção, injustiça, capitalismo;
olho para as igrejas: prosperida-
de, pobreza; olho ainda para as
pessoas: inveja, disputas, ódio, e
diante desta olhadela penso den-
tro de mim: "AINDA NÀO VI-
VEREMOS O NATAL DE JE-
SUS ESTE ANOIM"
Tarsis de Campos
PARTICIPAÇÃO
Matérias e Fotos
Da IPI do Brasil
Aguardamos a colabo-
ração dos nossos leitores
participandodoespaço "A
Vez do Leitor' através de
cortas; 'Nossas Igrejas',
através de reportagens so-
bre a sua Igreja.
Pedimos que as matéri-
as, antes de nos serem
enviadas.sejam revisadas
por alguém contiecedor de
nossa Língua e que as fotos
sejam em preto-e-b ranço.
Participe do seu jornal
"O ESTANDARTE'.
r/
30/4 E 01/5 de 1994
ENCONTRO DE
PROJETOS SOCIAIS
SECRETARIA DE DIACONIA
Nossa Agenda/94 estó mais connpleta, além de
ser exclusiva da IPI do Brasil. Neta, 52 nomes de
pessoas que fizeram a nossa história receberam
uma homenagem especial. Procure em nosso
Escritório Central da IP(B " Fone (011) 2581422-^'--i
"Isto vos servirá de sinaL./'
Isaías 7.10-16; Lucas 2.912
"Tu vens, tu vens. .. eu já escuto os teus
sinais..."
Este refrão popular expressa muito bem
o que foi a expectativa messiânica do povo
de Deus antes do nascimento de Jesus
Cristo. A ansiedade pela vinda do Messias
os fazia ficar atentos a todos os sinais que
pudessem indicar o seu
nascimento. Sinais são
símbolos (visuais ou au-
ditivos) que indicam uma
certa realidade ou reve-
lam algo que não é per-
cebido às claras. A épo-
ca do natal é rica em
símbolos e sinais: são
vários os sinais litiirgicos
(sinos, velas, guirlandas,
anjos, enfeites etc). Po-
rém, o sinal mais origi-
nal é o que encontramos
nas própria Escrituras:
''uma criança envolta em
faixas e deitada numa
manjedoiua" (isto vos
servirá de sinal... cf Ic
2.10). Osdoistextosaci-
ma falam de sinas e am-
bos envolvem crianças.
Vamos tentar compreender o contexto his-
tórico dos mesmos;
Isaias 7.10-16 - Esse texto nos remete
ao %° século antes de Cristo, durante a
aliança entre a Síria e Israel (tribos do
Norte) visando invadir e dominar Judá (as
tribos do Sul). Vivia-se em Judá um clima
de insegurança política e instabilidade
devido à falta de autoridade do rei Acaz.
Ele não tinha carisma político nem cora-
gem para proporcionar segurança ao seu
povo. O temor de uma invasão externa era
enorme. Por isso Isaías diz que aquele povo
"andava em tréguas". O medo era tanto
que Isaias chega a afirmar que o coração de
Acaz e de seu povo "agitavam-se como as
árvores do bosque como o vento" (v.2).
Diante da ameaça da invasão, o profeta
Isaias vislumbra uma esperança de dias
melhores para seu povo: o nascimento de
Ezequias, o herdeiro de Acaz. Quem sabe
não seria ele o Emanuel, o Messias? A
rainha, esposa de Acaz, já estava grávida
de Ezequias e naquela criança se deposita-
vam as esperança do povo. Talvez o fílho
do rei tivesse mais autoridade e devolvesse
a estabilidade a Judá. Essa é a expectativa
de Isaias: "o Senhor mesmo vos dará um
sinal: ajovem (ALmah, em hebraico) con-
cebeu, e dará à luz um fílbo" (v. H). A
esperança de Isaias era de que o filho da
jovem rainha trouxesse paz e segurança ao
povo. Ele receberia desde cedo a boa ali-
mentação da corte (v. 1 5), além da promes-
sa de que até que chegasse à idade do juízo,
os reinos da Síria e de Israel (tribos do
Norte) seriam destruídos, o que efetiva-
mente aconteceu.
Ezequias, porém, não era o messias, o
Emanuel; e logo isso ficou claro. Não havia
chegado ainda o "Kairós", o tempo certo
de Deus, a "plenimde dos tempos", quan-
do nasceria o Cristo. Mais tarde, os tradu-
tores gregos da Septuaginta (LXX) tradu-
ziriam "almah" (jovem), por "párthenos"
i
(virgem). Foi da Septuaginta que Mateus
extraiu a citação do seu evangelho (Mt
1.23). O sinal, porém, permaneceu: um
filho; uma criança; uma promessa: o Sal-
vador!
Lucas 2.9-12: Na plenitude dos tem-
pos, o povo de Deus continuava andando
em trevas: dominado por
gentios (romanos), os ju-
deus estavam prontos a
seguir qualquer um que
se apresentasse como o
Messias. De fato, muitos
Messias apareceram,
com as mais mirabolan-
tes propostas. Porém, o
messias anunciado pelos
anjos era diferente: Seus
sinais não eram os das
armas e da violência, mas
da fraqueza e simplici-
dade: uma frágil criança
como tantas outras, en-
volvida em panos,
desprotegida e necessi-
tada como tantas outras.
Nos lábios dos anjos, en-
tretanto, seu nascimento
foi anunciado como"no-
tícia de grande alegria para todo o povo".
As pessoas do seu tempo, no entanto,
não compreenderam a beleza e profundi-
dade desses sinais, O evangelista João diz
que "os seus não o receberam". Não acei-
taram aquele sinal: duvidaram de sua efi-
cácia; nâo conseguiram vislumbrar para
onde o sinal apontava.
Todo ano, a cada Natal, Deus contínua
a nos enviar sinais: nós gostamos de mon-
tar presépios com manjedouras e não há
problema algum nisso, desde que esteja-
mos atentos para o que tais símbolos reve-
lam: a criança pobre, carente, tal como foi
o menino Jesus. É preciso compreender
que em nosso tempo, tais sinais estão es-
tampados diariamente nas ruas das nossas
cidades, nas páginas dos jornais e telas de
televisão. Deus insiste em nos dizer algo
através deles: em cada criança que nasce.
Deus revela que não desi stiu da humanida-
de e ainda está disposto a derramar sua
graça e seu amor sobre o mundo. A mani-
festação nova e definitiva do reinado de
Cristo (Parusia), esperada com ansiedade
pelo seu povo, requer uma nova mediação
histórica, tal como a primeira vinda de
Jesus. Sua segunda vinda (manifestação
nova e definitiva de sua Soberania e de seu
reino de Justiça e Paz) será apressada, na
medida em que cuidarmos e valorizarmos
nossas crianças: são elas sinais do novo
tempo, do fiituro messiânico.
" A voz do anjo sussurrou no meu ouvi-
do... eu não duvido, já escuto os teus
sinais" diz a canção popular. (?ue sua
igreja esteja aberta e sensível a esses sinais
que Deus ainda nos dá.
Rev. Caries Eduardo B. Calvani
(mensagem pregada na IPI do
Jabaquara 20/12/92)
Jesus: motivo de festa
o Natal é o dia cm que comemora-
mos o nascimento de Jesus. É, portanto,
um aniversário. Nas festas de aniversá-
rio nós costumamos presentear o ani-
versariante. N4as no Natal é diferente.
Nós recebemos presentes.
Por que nesta festa de aniversário
nós recebemos presentes ao invés de
oferccê-losí Será que o aniversariante
não os merecei Será que o aniversarian-
te nâo querí Ou será que o nosso desejo
é sempre receber mais c mais presentes.
csquccendo-nos do aniversariante!
Jesus, o motivo da festa, foi em ri
mesmo o maior presente que a humani-
dade poderia receber. Junto com Ele,
recebemos muitos outros presentes de
Deus. Presentes que se renovam dia
após dia, momento após momento.
Vida, paz, salvação, misericórdia, per-
dão c tantos outros presentes ninguém
mais os poderia dar, só Deus,
Se Ele já nos deu tantos presentes,
que mais posso eu pedirl Nadal Ao
contrário, eu é que devo lhe daralguma
coisa cm Seu aniversário. O presente
que Etc quer de nós é um maior compro-
misso com Ele c com Seu Reino, mani-
festo numa oferenda de nossas vidas cm
favor daqueles que por algum motivo
estão privados de vivera vida em pleni-
tude, presente de Deus aos homens.
Se cu ainda pedisse alguma coisa,
não pediria a Jesus, mas aos homens que
entendessem esta verdade.
Rev. Marcos Paulo Monteiro da
Cruz Bailõo
LITURGIA DE NAX
DEZEMBRO/1993
Culto das Ivu^s
AGUARDAMOS ANSIOSAMENTE A VINDA
DO MESSIAS - (Iluminação nonnal)
- Hino; "EM Sn-ÊNCIO TODA CARNE" (IV Céus
Proclamam n"^ 163)
1. Em silêncio toda carne, com temor e devoção,
Abandone reverente todo pensamento vão;
Nosso Deus à terra desce: tributai-lhe áiíiáfaçâo.
2. Rei dos reis, da virgem filho, entre nós ele habitou.
Deus em corpo e sangue humano, Deus-Senhor que
se humilhou.
Os seus filhos alimenta; cie disse: "O Pão eu sou".
3 . Hostes celestiais preparam o caminho do Senhor,
Ao descer a luz das luzes do seu reino de esplendor,
(^em tombou seu inimigo extinguiu a treva e a dor.
4. Vigilantes anjos voam ao redor do criador
E cobrindo as suas faces cantam o eternal louvor:
"Aleluia! Aleluia! Ao supremo Deus-Senhor!"
- Oração de súplica e confiança
Todos: Deus, olha para nós lá do céu, lá do
lugar santo e glorioso onde moras. Onde está o teu
poder e o teu cuidado por nós? Náo retires de nós o teu
«mor e a tua compatxSo. Procuramos a luz, mas só
encontramos a escuridão; buscamos lugares claros,
mas continuamos nas trevas. Andamos apalpando as
paredes como se fôssemos cegos, como se n2o tivésse-
mos olhos; ao meio dia tropeçamos como se fosse de
noite, e em plena flor da idade parecemos mortos.
Esperamos a salvação, porém ela demora. Mas tu, ó
Deus Eterno, és o nosso Pai. Não te esqueças de que
somos o teu povo." Amém. (Isaias 64 e 59)
- Responso Congregacional - "COMIGO HABITA"
(Salmos e Hinos n*" 361)
1. Comigo habita, ó Deus! A noite vem, as trevas
crescera e o temor também; Socorro espero, ó Deus, da tua
mão. Oh! Vem fazer comigo habitação!
2. Vem rcvelar-te a mim, ó meu Senhor, Pai podero-
so, pleno de amori Meu guia forte, amparo em tentação:
vem, vem fazer comigo habitação!
ATRAVÉS DOS PROFETAS, DEUS PROMETE
O SALVADOR - (Apagam se as luzes)
- Oficiante: "A terra está coberta de escuridão; os
povos vivem nas trevas. Mas a luz do Senhor brilhará e a
glória do Senhor aparecerá" (Isaías 60.2).
- Congregação (cantando): Ó vem, ó vem Emanuel!
Liberta o povo de Israel
(^e geme em triste exílio e dor e aguarda o grande
redentor.
Dai glória a Deus, Emanuel virá em breve, ó Israel
cm Céus Proclamam n" 93)
- Oficiante: "O Senhor mesmo lhes dará um sinal: a
virgem que está grávida dará à luz um filho e porá nele o
nome de Emanuel, (guando ele chegar á idade de saber
escolher o bem e rejeitar o mal, o povo estará comendo
I
A igreja iluminada pelas velas, no Culto das Luzes da
Pnmeira Igreja Presbiteriana Independente de Sáo PaulOu
coalhada e mel" (Isaías 7.14-15).
- Congregação (cantando) : Ó vem aqui nos animar e
nossas almas despertar.
Dispersa as sombras do temor e as nuvens negras do
terror.
- Oficiante: "Virá um descendente do rei Davi, filho
de Jessé, que será como um ramo que brota de um toco,
como um broto que surge das raízes. O Espírito do Deus
Eterno estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimen-
to, capacidade e poder. Ele temerá ao Deus Eterno,
conhecerá a sua vontade e terá prazer em obedecer-lhe. Ele
não julgará pela aparência, nem decidirá somente por
ouvir dizer. Mas com justiça julgará os necessitados e
defenderá os direitos dos pobres" (Isaias 11.1-4).
- Congregação (cantando): Ó vem rebento de Jessé,
e aos filhos teus renova a fé;
(^e possam Hades dominar e sobre a morte tritmÊu !
- Oficiante: "Porque um menino nos nasceu, um
filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o
seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai
da Eternidade, Príncipe da Paz. Para que se aumente o seu
governo e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre
o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo
e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor
dos Exércitos fará isso" (Isaías 9.5-6).
- Congregação (cantando): Vem, filho de Davi, ó
vem! Descerra o céu de todo o bem.
Suprema glória nos dará por esta senda que abrirás!
DEUS CUMPRE A PROMESSA NO NASCI-
MENTO DE JESUS (Acende-se uma vela na mesa)
- Oficiante; "O povo que andava em trevas viu uma
grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra
da morte resplandeceu a luz" Gsaias 9.2).
- Hino: "SENTINELA, VAI-SE A NOITE"
(Hinos Contemporâneos n** 14 - durante este cântico
o pastor acende as velas e passa para os presbíteros que
acendem as velas que estão nas mãos dos irmãos da
congregação).
1 . Sentinela, vai-se a noite, que sinais me tens a dar?
Que me dizes das promessas do divino amor sem par?
Caminheiro! Não percebes sobre a noite a cintilar,
Nova estrela portadora de mensagem singular?
2. Sentinela, tais fulgores podem bênçãos predizer?
Sim, o brilho desta estrela novos tempos vem trazer,
Novos dias, novas eras, tudo novo nos vai ser
Para todos neste mundo quando o brilho seu vencer!
3. Sentinela, eis nasce o dia; foge a noite, tudo é luz;
Vai-se treva, cesse o medo, já nos falam de Jesus!
Sentinela, vai-le embora, grande graça nos conduz.
Pois na terra já dominam doce amor e paz, a flux.
- Oficiante: "O anjo disse a Maria: Não temas;
porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberá e
darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus.
Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; Deus,
o Senhor, lhe dará o trono de Davi , seu pai ; ele reinará para
sempre, e o seu reinado não lerá fim. Então Maria
respondeu: O meu coração louva ao Senhor. A minha alma
está alegre por causa de Deus, o meu salvador" (Lucas I ).
- Oficiante: "Naquela região havia pastores que
estavam passando a noite nos campos, tomando oonta dos
rebanhos. Enláo um anjo do Senhor apareceu, e a luz
LITURGIA DE NATAL
Cm]
gloriosa do Senhor brilhou sobre os pastores. Eles ficaram
com muito medo, mas o anjo disse: Não tenham medo!
Estou aqui para trazer uma boa notícia, e ela será motivo
de grande alegria para lodo povo ! Hoje, na cidade de Davi,
nasceu o Salvador, o Messias, o Senhor!" (Lucas 2.8-U ).
- Hino: "NASCE JESUS!" (Salmos e Hinos 75)
1. Nasce Jesus! Fonte de luz!
Descem os anjos cantando.
Nasce Jesus! E nossa luz, que as trevas vai dissipando
Nasce Jesus! Nasce Jesus! Eis a mensagem celeste:
Raia enfim a salvação, triunfante vemi
Cristo bendito! Firma teu justo império!
Gratos louvores homens e anjos dêem!
Nasce Jesus! Nasce Jesus!
Glória a Deus nas alturas!
Paz na terra, graça e amor,
que a todos Deus quer bem!
2. Deus nos amou! Deus nos mandou
Cristo Jesus, filho amado.
Deus nos amou! Deus encarnou!
Vede o menino deitado!
Deus nos amou! Deus nos amoul
Digam-no todos os povos.
Gozam paz e salvado todos os que crêem.
Reino bendito! Reino de amor divino!
Gratos louvores homens e anjos dêem!
TRAZEMOS OFERENDAS AO MENINO JE-
SUS (Apagam-se as velas e são acendidas luzes normais
do teo^lo)
- Oficiante: "Tendo Jesus nascido em Belém da
Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos
do oriente a Jerusalém. No caminho viram uma estreia.
Ela foi adiante deles eparou acima do lugar onde o menino
estava. Eles ficaram muito felizes e contentes, quando
viram a estrela. Entraram na casa e encontraram o menino
com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e
o adoraram. Depois abriram as suas caixas e lhe oferece-
ram presentes: ouro, incenso e mirra" (Mateus 2. 1, 9-12).
- Hino: "Ó LINDA ESTKELA"
(Novo Cântico n''237A)
1. ó lirKia estrela! FulgOT cintilante!
Rumo nas trevas teu brilho nos dà
Vem oonduzir-nos, ó hmie divino!
Para <xide o inânie nascido já está.
2. golas de orvalho no berço rd)rilham;
na manjedoura, sozinho, ele jaz.
Anjos o adoram, real maravilha!
Deus sempiterno do reino de paz.
3. Que lhe traremos, que pias ofertas?
Raros odores? Presentes de luz?
Pérolas puras de mares longínquos?
Mirra na Arábia? Tesouros de Ormuz?
4. Vãs as ofertas de preços mundanos
Ouro não pode comprar teu &vor!
Cristo, porém, de nós todos aceita
as oferendas sinceras de amor!
- Oração de consagração das oferendas
LOUVAMOS E ADORAMOS O MENINO DI-
VINO
- Oração: "PRECE DE NATAL" (G. Shimizu)
Todos - **Senhor Jesus, neste natal, revive em nós
o espírito da cniz! Dá que possamos, em te louvando,
sentir o amor tão diviniU que te moveu aos céus deixar
para conosco vires morar. Jesus Menino, tu que
nascestes como um de nós e te fizeste tão pequenino, dá
que sintamos, no coração, que o teu natal, que se
transformou numa cruz, também, um dia, se transfigu-
ra em ressurreição! E dá. Senhor, que em nós sintamos,
enquanto te adoramos, o verdadeiro espírito do teu
natal!** Amém.
- Hino - Coro ou Congregação
- Oficiante: "Então Maria deu à luz o seu primeiro
filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa
manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospeda-
ria" (Lucas 2.7).
- Hino - Coro ou Ongregação
- Saudação de Natal - Pastor
- Hino - "UM ANJO FORMOSO" (SH n° 91)
1 . Um anjo formoso desceu das alturas
Na doce frescura da noite em Belém,
E a luz fulgurante brilhou nas colinas
Encheu as campinas e vales também.
2. A doce mensagem que o anjo trazia.
De grande alegria e amor divinal,
Encheu de esperanças a vida do crente.
Fez bem toda a gente naquele Natal.
3. Se há sombras de medo e o mundo se empenha
Em luta ferrenha e ao bem quer se opor,
Mal surge dezembro supera outro clima
Pois vem lá de cima bafejos de amor.
4. É o anjo formoso que vem novamente,
Lançar a semente do amor divinal.
Enchendo este mundo de doce alegria
E santa magia feliz do Natal!
JÁ VIMOS A SALVAÇÃO - SAÍMOS A
PROCLAMÁ-LA
- Leitura Bíblica em uníssono
"Agora, Senhor, despede em paz os teus servos,
segundo a tua Palavra, porque os nossos olhos já viram
a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os
povos: luz para revelação aos gentios e para glória do
teu povo em todo a terra** (Lucas 2.29-32).
- Hino: "NOITE DE PAZ" (Sahnos e Hinos n" 74)
1. Noite de paz! Noite de arrwr!
Tudo dorme em derredor.
Entre os astros que espargem a luz,
proclamando o menino Jesus,
Brilha a estrela da paz! Brilha a estrela da paz!
2. Noite de paz! Noite de amor!
Nas campinas ao pastor
Lindos anjos mandados por Deus
anunciam a nova dos céus,
Nasce o bom salvador, nasce o bom salvador.
3. Noite de paz! Noite de amor!
Oh! Que belo esplendor!
Dumina o menino Jesus!
No presépio do mundo eis a luz,
Sol de eterno fulgor! Sol de eterno fulgon
• Bênção Apostólica
- Rcccssional:
"CRISTO NASCEU! NAÇÕES OUVI!"
(Salmos e Hinos n" 80)
1. Cristo nasceu! Nações ouvi, O vosso rei saudai;
Os corações a ele abri. Oh! Terra e céus, cantai!
Oh! Terra e céus cantai! Oh! Terra, e céus cantai!
2. Ao mundo veio o salvador! Vós, todos, celebrail
Florestas, rios e prado em fior, contentes exaltai,
Contentes exaltai, contentes, todos exaltai!
3. Fujam pecado, escuridão, espinhos e temor.
Pois ele traz a redenção e é nosso benfeitor,
É nosso benfeitor, é nosso, é nosso benfeitor!
4. Ele as nações governará, com graça divinal;
Glorioso dom concederá de glória perenal.
De glória perenal, de glória, glória perenal.
Um Natal na roça
o que você acha do Natal?
Paulo: Eu acho que o Natal é
uma festa espiritual, quando se
comemora o nascimento do me-
nino Jesus.
O que represenU o natal
para nós crístios?
Paulo: Significa paz, ^egría,
amor e principalmente a união
entre a igreja; todos podem ter
essa representação, mas para a
igreja o natal é uma festa maior, . .
Como vai sero Natal aqui na
roça em S&o Pedro?
Se vocês fossem man dar uma
mensagem de natal para a IPI
do Brasil, qual sería?
Paulo: Que a IPl do Brasil
pudesse pregar a Palavra para as
pessoas que ainda não conhecem
Jesus Cristo pessoalmente.
Jaci: Que as igrejas comemo-
rassem o natal, como Jesus esti-
vesse nascendo em cada coração.
Oraci: Para que todas as igre-
jas preguem o amor de Deus.
Ana: Que Jesus nascesse em
muitos corações; para que estes o
aceitassem como Salvador.
Esta entrevista sobre o Natal foi realizada na IPI de São
Lourenço. O irmão Paulo é diácono na congregação, a irmã Jaci é
diaconisa e os demais são membros residentes na roça e comun-
gantes da Congregação.
A Congregação de São Pedro fica no município de Baependi -
Minas Gerais, dista cerca de 50 quilómetros de São Lourenço, em
estrada de chão 1 6 quilómetros. As visitas pastorais à congregação
são feitas bimestralmente.
Noemia: Na roça o natal é ^
comemorado nas igrejas, com
festas, com cultos, e geralmente
quando nós (IPI) fazemos festas
outras igrejas também fazem (ca-
tólicos e pentecostais).
Jaci: na casa dos crentes é
tudo igual aos demais dias do
ano, só muda se houver visitante,
ai a gente come um leitãozinho,
ou uma carne diferente!
Se Jesus viesse anascer hoje,
como seria o seu nascimento?
Quem sería a ma mSe, e em que
lugar nasce ría?
Jaci: Nasceria da forma hu-
milde, igual a que ele nasceu há
2.000 anos atrás, numa manje-
doura. Maria, sua mãe seria uma
mulher humilde, simples, moça
nova, trabalharia possivelmente
numa oficina, fazendo quem sabe
balaio de bambu que nem nós.
Oraci: Eu acho que ele nasce
no coração de todas as pessoas,
em todo mundolll
Se Jesus fosse brasileiro,
como sería ele?
Paulo: Eu não sei não, você
me apertou. .! Não consigo ter
uma imagem de Jesus na minha
cabeça, muito menos brasileiro.
Jaci: Se Ele estivesse traba-
lhando estaria com roupa de tra-
balho, mas se tivesse na igreja
estaria cora rou[)a bonita.
Oraci ; Eu acho que Ele seria
loiro, não sei se teria baiba..
Olha o anjo Gabriel
conversando com Maria
anunciando a gravidez
e o seu novo papel:
"Alegra-te Maria
favorecida do Senhor
pra ser sinal de alegria,
ser mãe do salvador".
Essa saudação em tom maior
pequenou seu coração...
Maria muito nervosa
quase contestou,
mas nada respondeu.
- Então Gabriel continuou:
"A graça de Dçus
como uma enchente
se derramou sobre você,
inundando todo o seu ser
e você Maria
dará a luz um filho
que se chamará Jesus."
Valdomiro Pires de Oli
Uma
visão
feminina
do
Natal
o Natal é uma data significa-
tiva para o Cristão. A cada final
de ano as atenções estão voltadas
para o evento que marca o início
de um novo momento na história
da humanidade.
Quando pensamos no natal
não podemos deixar passar des-
percebido o aspecto feminino que
compõem esta história.
Para se entenda o que é Na-
tal, é preciso saber e vivenciar o
que é doação - Não há vida sem
doação!
Não encontramos ninguém
que possa exemplificar melhor o
sentido desta data do que Maria,
a qual se doou para que através
dela se efetivasse o projeto de
Deus.
A doação de Maria pressupõe
o reconhecimento e o assumir-se
mulher. Ela pode exercer o dom
da continuidade da vida e não se
escondeu das pessoas nem do seu
noivo, pois estava certa ter sido
escolhida para gerar o Filho de
Deus. Não se impoitou com os
possíveis rótulos que lhe deram:
mulher, solteira, dizendo-se grá-
vida pela açâo do Divino!
Maria é lembrada por sua
maternidade e não por ser mu-
lher.
Enquanto mulher ela se tor-
na, sem constrangimento, serva
do Senhor da vida. Reconhece
que somente através do corpo da
mulher Deus poderia encamar-
se. Não tenta persuadir o noivo
para aceitá-la. Maria já havia se
aceitado enquanto mulher e futu-
ra mãe do Salvador.
Até do doar-se a si mesmo, o
Natal sugere a igualdade.
Maria trazia em seu ventre
aquele que iria colocar um fim às
inimizades, preconceitos, luta
pelo poder, hipocrisia, pois o Seu
Reino seria de justiça, compre-
ensão e amor. O filho de Deus e
da mulher Maria ensinaria que
para pertencer ao Seu Reino seria
precisoque seus discípulos doas-
sem suas vidas em favor dos mar-
ginalizados, dos esquecidos, dos
abandonados, dos que não t^
seus direitos respeitados.
Quem não compreoide que
Jesus nasceu, se doou para que
todos fossemos iguais, imo en-
tende o que é o natal.
Natal é a expressão máxima
do anúncio da Boa Nova que nos
toma solidários ao sofrimento
causado pelo abandono,
incompreensão, discriminação,
enfim, por todo e qualquer tipo
de violência que cada um de nós
pratica.
Sendo assim. Natal acontece
todo dia, sempre que nasce em
nosso coraç ão a e sperança de uma
igreja continuadora dos
ensinamentos de Jesus; e^ran-
Ça de não haver mais discrimina-
ção de raça, de classe ou de sexo;
esperança de nos assentarmos
todos na mesma mesa e partilhar-
mos uns com os outros a alegria
do Pão da Vida que nasceu de
Maria para alimentar a todos que
querem ter a vida em sua plenitu-
de.
Na cidade de Belém não ha-
via lugar para uma mulher grávi-
da, um carpinteiro pobre e uma
criança que eslava para nascer.
No Natal cristão que deveria
acontecer todos os dias, também
não há lugar para a mulher, o
homem e a criança exercerem
plenamente os seus direitos com
dignidade e respeito.
O natal é a própria manifesta-
ção da vida expressa no doar-se a
si mesmo, na solidariedade, e na
humildade diante do Senhor da
Vida. Quando isso acontece há
também espaço para um visão
feminina do Natal.
Grupo de Reflexão do
Ministério Feminino
o Natal nos Meios de Comunicação
de Massa e na Vida
Os meios de comunicação
de massa Fec^)eram em nossa
sociedade o dom de criar uma
outra realidade. Eles se com-
portam como se fossem donos
de uma verdade acima da
própria vida cotidiana, exigindo
que a nossa realidade se adapte
a essa realidade artificial,
criada para defender este ou
aquele interesse. É com essa
força que a propaganda age ao
apresentar uma calça nova
dizendo que 'Você foi feita para
ela". Mas, e se você não couber
dentro dela? A propaganda
então diz: "faça um regime...".
Esse é o mundo artificial da
mercadoria. Elas não foram
criadas para servir o ser
humano. £ ele que deve a ela se
adaptar!
O MARAVILHOSO MUNDO
DAS COMPRAS
É justamente nesta parte do
ano que o "maravilhoso mundo
das compras" se faz presente
em nossa casa. O natal dos
meios de comunicação se
resume numa só palavra -
COMPRAR Você é gente se
comprar, comprar e comprar.
Não é o Filho de Deus, cujo
nascimento por falta de outra
data é comemorado em 25 de
dezembro, é que dá sentido a
vida das pessoas, o sentido está,
nâo numa manjedoura, nimia
cerimónia litúrgica ou numa
oração familiar. Tudo isso será
vão se nâo receber o toque da
sociedade do consumo dirigido.
A bênção se recebe num
moderno centro de compras, se
possível num iluminado
shopping center das grandes
cidades. Neste final de 1993,
um dos mais tradicionais
centros de compras de S. Paulo,
o Shopping Ibirapuera, colocou
no meio de suas colunas
centrais (que imitam uma
catedral) um presépio totalmen-
te automatizado. Todos os
participantes se movimentam,
desde os anjos até os pastores.
Ao fimdo músicas natalinas dão
a sensação aos ávidos compra-
dores que eles estão recebendo
as bênçãos do próprio menino
Jesus.
É curioso como essa socie-
dade, fundamentada no dinhei-
ro, que deixa de lado uma
grande parcela da população (os
que nâo possuem acesso ao
consumo), se apossa de ima-
gens religiosas para legitimar
os seus negócios. Vivemos uma
sociedade "sem coração",
insensível ao clamor dos que
nada tem, mas é exatamente
essa economia impiedosa que
proclama o tempo todo, através
do rádio e da televisão: "Natal,
paz na terra entre os homens
abençoados por Deus". Que
"Deus" é esse? Podemos
identificar o "Jesus" do natal
comercial com o JESUS do
primeiro Natal, acontecido
numa estrebaria porque não
havia um lugar melhor para ele
nas pensões e hotéis? Fica aqui
bem claro o caráter ídolátrico
do natal comercial.
VAMOS DESMASCARAR O
NATAL?
Estou cada vez mais
desconfiado que o Natal de
Jesus, com todas as suas
histórias piedosas e suas
músicas sensibilizantes, foi
inventado apenas para ser uma
oportunidade de festas. O ser
humano precisa das festas para
seu lazer. A festividade não é
má, por si mesma. Afinal de
contas ninguém é de ferro! O
lúdico, o festivo, a ale^a,
fazem parte da vida. E preciso
ter um dia para reunir a
família, comer bem, trocar
presentes, até para se fazer uma
caridade. Os americanos fazem
isso no "dia nacional de ação
de graças", a maior data do
calendário deles. Nós temos o
carnaval, quando se festeja o
"deus momo" e o natal do
"menino Jesus". Entre uma
data e outra o dia dos pais, das
mães, da criança etc. O brasilei-
ro que também gosta muito de
festas, por via das dúvidas
comemora a todas essas datas.
Para recebê-las os shoppings
centers se preparam. Não se
pode comemorar nenhumas
dessas datas sem roupas
apropriadas e ao som de uma
música qualquer. Dançamos
conforme a música e quem é o
regente dessa orquestra que nos
empolga inconscientemente?
Está na hora de desmascarar-
mos o Natal. De redescobrirmos
que estamos comemorando a
pessoa errada* numa data
errada e de uma forma
inadequada e totalmente
contraditória. O Natal dos
meios de comunicação de
massa nâo é o natal de lesus e o
"Jesus" cultuado não tem nada
a ver com o Jesus pobre, de
uma família humilde, que
trouxe boas novas inversas as
"boas novas" do culto do
mercado. Chega de se fazer
média com os donos do merca-
do. É preciso redescobrirmos
que Natal é "Deus conosco" e
o culto ao Jesus do verdadeiro
natal "não consiste em comida
ou b^ida, mas justiça e paz, e
gozo no Espírito Santo" (Rm
14.17).
O QUE FAZER ENTÃO?
Não estamos sugerindo a
adoção de uma vida triste,
escura e sem festas Essas
coisas boas da vida não devem
ser extirpadas da vida do
cristão. Podemos nos alegrai e
até é bíblico fazê-lo, mas não
vamos confundir as cosias.
Natal de Jesus é NATAL, o
outro, o que está ai é o antigo
culto ao "Sol Invictus",
comemorado pelo Império
Romano exatamente no dia 25
de dezembro. Que taJ, para
evitar confusão sc mudássemos
o natal para uma outra data?
Ou então, se fizéssemos como a
Igreja Primitiva, comemorar
apenas a morte e a ressurreição
de Jesus? Afinal não é a sua
morte que nos deu vida e nos
garantiu a salvação? Por que
não substituirmos a comemora-
ção piedosa do nalal por uma
reflexão crítica que desmascare
os fimdamentos idolátrioos do
Natal da sociedade de consu-
mo? Até quando iremos
comemorar um ídolo que nos
foi imposto, massacrando os
pobres, excluídos e marginali-
zados por um sistema económi-
co que nos roubou nossos
conceitos teológicos e ainda os
usa impunemente para destruir
o próprio centro da mensagem
cristã que fala de um Deus que
ama os pobres, os perdidos e
pecadores, gratuitamente? O
Messias, neste nalal, mais uma
vez irá chegar na figura de
necessitados e excluídos de uma
economia sem coração Nova-
mente ele irá para as manjedou-
ras, isto é, será expulso para a
periferia da vida. Continua
inexistindo lugar para ele. Até
em nossas casas! No fundo até
suspiramos: "Tomara que ele
não venha como antes. Irá,
certamente, quebrar o brilho de
nossa ceia de natal" Poucos
cristãos podem dizer hoje, com
uma consciência clara:
"Maranatha, ora vem Senhor
Jesus!".
Rev. Leonikk) SiKcin Campos
Pastor r IPI de SSo André
Acalanto de
Natal
Durmam Maria e José
recostem nesse curral
a agonia maior já passou
o menino já chegou
Saibam Maria e José
os magos estào a caminho
trazendo beios presentes
num gesto de carinho
Acordem Maria e José
Herodes faz a matança
covarde fez do seu medo
ódio e vingança
Fujam Maria e José
estamos todos aflitos
rejeitados foram em Belém
estrangeiros serào no Egito
Corram Maria e José
nâo existe outra saído
pro salvar a salvação
e a esperanço de vida
Paciência Maria e José
O menino haverá de crescer
e um dia hòo de chomá-Lo
de Jesus de Nazaré.
Valdomiro Pires de Oliveira
0 Sàt^^^^ \
DEZEMBRO/1993
Revelações de um massacre de crianças
"Herodes ficou com muita
raiva e mandou malar todos os
meninos com menos de dois anos,
em Belém e vizinhanças. Assim
aconteceu o que o profeta Jeremias
havia dito:
"Ouviu-se um som em Rama,
o som de um choro amargo. Era
Raquel chorando pelos seus fi-
lhos, Ela não quer ser consolada
porque eles já não existem"
(Mateus 2.16-18).
Há algum tempo, o Fundo das
Nações Unidas para a Infância
publicou um relatório a respeito
da situação das crianças em nosso
inundo. Os dados eram estar-
rècedores. Diariameme, morrem,
no mundo todo. cerca de 40 mil
crianças. As que sobrevivem nâo
têm sorte melhor. Cem milhões
de crianças, entre 6 e 1 1 anos de
idade, nâo fireqiientam a escola.
Oitenta milhões de crianças sào
exploradas como mâo-de-obra
mal remimerada.
Trinta milhões de crianças
estão perambulando pelas ruas,
principalmente nas grandes ci-
dades.
Esses números rcferem-se ao
mundo lodo. Quanto ao nosso
país. asituaçàoéparticularmente
terrível. No Brasil, morrem diari-
amente cerca de mil crianças com
menos de quatro anos, De cada
mil chanças que nascem em nos-
sa terra, oitenta e cinco vivem em
condições precárias, têm um cres-
cimento deficiente e morrem an-
tes de completar cinco anos de
vida.
Tudo isso indica que está em
andamento um verdadeiro mas-
sacre de crianças em nosso mun-
do, E é muito significativo lem-
brarmos isso exatamenle na épo-
ca do Natal. Afinal, no primeiro
natal nâo houve somente festas e
alegria, como muita gente pensa.
No primeiro natal, nâo houve
somente anjos a cantar e regozijo
nos campos e nas cidades. No
primeiro natal, também houve
um massacre de crianças, muito
semelhante ao massacre denun-
ciado pelo relalóno da Organiza-
ção das Nações Unidas.
O texto bíblico que transcre-
vemos acima trata desse assunto.
E ele merece a nossa reflexão
neste tempo de Natal.
1. Uma breve apresentação
de Herodes
Antes de mais nada, é preciso
que esclareçamos bem quem era
Herodes. A própria Bíblia fala a
respeito de vários Herodes. Foi
um o Herodes que mandou matar
as crianças em Belém Outro o
que providenciou a morte de João
Batista. E ainda outro o que a|>a-
rece perseguindo os cristãos no
livro de Atos dos Apóstolos.
O Herodes que nos interessa é
que foi nomeado rei dos judeus
pelo Senado Romano. Essa era
uma prática política dos roma-
nos. Elespreferiam controlar cer-
tos territórios de seu vasto impé-
rio através de reis locais que obe-
decessem às suas ordens.
Aliás, foi essa a característica
principal do governo de Herodes.
Para permanecer no poder, ele foi
sempre completamente fiel a
Roma.
Herodes assumiu o reinado
em Jerusalém no ano trinta e sete
antes de Cristo. Governou duran-
te trinta e quatro anos. E conse-
guiu permanecer no poder até
o final de sua vida, quando
morreu de grave enfer
midade.
O que mais ca- y
racterizou He-
rodes foi a sua
grande habi- k
lidade poli- '
tica. Para
preservar
seu podert
ele procu-
rava, ao
mesmo
tempo,
agradar
aos domi-
nadores ro-
manos e aos
d(Hninados ju-
deus.
Assim é que,
para agradai os ju-
deus, ele começou a
reconstrução do templo de
Jerusalém, a fim de fazer dele
uma suntuosa obra de arquitetu-
ra. E, Para agradar os romanos,
mandou edificar, na mesma cida-
de de Jerusalém, um teatro e um
anfiteatro. Os judeus abomina-
vam os teatros romanos, mas fi-
caram satisfeitos com as obras no
templo. Os romanos despreza-
vam a religião dos judeus, mas
apreciaram a edificação do teatro
e do anfiteatro.
Para Herodes, pouco impor-
tava o templo dos judeus e o
Deus que eles adoravam. Para
Herodes, pouco importava o te-
atro e o anfiteatro dos romanos
e os espetáculos que ali aconte-
ciam. Herodes tinba outro inte-
resse! Sua paixfto era o poder!
Seu desejo maior era o de man-
ter o poder! Seu interesse único
era o de permanecer no poder!
2. A morte das crianças re-
velou quem era Herodes
Ora, foi exatamenle isso o que
Herodes revelou nos episódios que
ççrcaram o nascimento de Jesus.
Tildo começou quarnlo alguns
magos apareceram na cidade de
Jerusalém, perguntando onde es-
tava o menino nascido para ser
rei dos judeus.
Não temos muitos detalhes a
respeito de tais magos Não sabe-
mos se vinham da Pérsia ou da
Babilónia. ABíblia diz vagamente
que eram do Oriente. E certo que
se dõlicavam ao estudo dos as-
tros. Em todo caso, lemos a infor-
mação a respeito do seu interesse
maior: queriam adorar a criança
que tinlà nascido.
Herodes soube do caso. Ime-
diatamente, ficou em estado de
alerta. O nascimento de um novo
rei representava uma ameaça ao
seu poder. Era preciso eliminar o
perigo.
todavia, Herodes nâo queria
se expor. Ele sabia que os judeu
tinham textos proféticos que
anunciavam a vinda de um Mes-
sias. Ele sabia que muitos judeus
estavam a aguardar ansiosamen-
te a chegada de um libertador
mandado por Deus. Ele sabia que
seria arriscado manífestar-se
abertamente contra o rei que to-
dos estavam a esperar.
Foi por isso que Herodes agiu
com extrema habilidade. Cha-
mou os magos para uma reunião
secreta e procurou obter mais in-
formações. Era necessário desco-
brir onde estava o novo rei e quem
era novo rei.
Para disfarçar suas inten-
ções, Herodes vestiu sua fuita-
sia de religioso. Afirmou que
também queria ir adorar o
Messias. Para todos os efeitos.
Herodes era um piedoso servi-
dor do Deus Altíssimo. Para
todos os efeitos, Herodes se ma-
nifestava profundamente inte-
ressado na chegada do novo rei.
Ninguém desconfiou das
boas intenções de Herodes. Na
arte do disfarce, cie era um
génio. Foi somente o massacre
das crianças de Belém que ras-
gou sua fantasia e fez cair sua
máscara. Foi somente o massa-
cre das crianças de Belém que
revelou suas reais intenções.
O preço foi alto. Muitas cri-
anças morreram. Mas a morte
daquelas crianças serviu para
revelar quem era Herodes.
3. A morte das crianças
revelou o que fariam a
Jesus ,
E interessante ob-
servar como o evan-
gelho de Mateus
apresenta sua nar-
rativa a respeito
dos fatos. Os
magos cairam
na conversa de
Herodes. Fo-
ram até Belém,
encontraram o
menino Jesus e
tiveram a inten-
ção de voltar a
Jerusalém. Foi a
intervenção de
Deus, através de
um sonho, que mu-
dou o comportamen-
to dos magos. Eles aca-
baram voltando para sua
terra por um outro caminho.
Não demorou muito para
Herodes perceber que tinha sido
enganado. Sem saber onde estava
o menino Jesus, ele só teve uma
alternativa: mandou matar todos
os meninos de Belém e arredores,
com menos de dois anos de idade.
O evangelho de Mateus lem-
bra, então, o texto do profeta
Jeremias F>ara descrever a situa-
ção: Ouviu-se um som em Ramá,
o som de um choro amargo. Era
Raquel chorando pelos seus fi-
lhos. Ela não quer ser consola-
da porque eles já não existem**.
Esse texto do profeta Jeremias
era uma descrição das mulheres
de Jerusalém, no tempo em que os
Babilónios conquistaram a cida-
de. Muitos foram mortos. Muitos
foram levados para o cativeiro. E
as mulheres de Jerusalém chora-
ram amargamente porque seus
filhos nâo mais existiam.
De acordo com Mateus, a his-
tória tomava a ser repetir. Raquel
era o símbolo de todas as mães em
Israel. Por causa da matança or-
denada por Heip(le&, el^ chora-
vam amargamente, sem adimtir
qualquer consolo.
Jesus escapou desse massa-
cre. Orientado por Deus, José le-
vou seu filho ao Egito, para ga-
rantir-lhe a segurança. Mesmo
assim, a matança de inocentes em
Belém serviu para mostrar o que
haveriam de fezer com Jesus mais
tarde.
Em outras palavras, no nas-
cimento de Jesus ji se vislum-
brava a sua paixfto. No natal já
se manifestava a cruz.
O preço foi alto! Muitas cri-
anças morreram! Mas a morte
daquelas crianças serviu pani
r«velar como Jesus era acolhi-
do neste mundo!
Condusfto
Vinte séculos já se passaram.
Muitas mudanças ocorreram na
história. Mas o relatório da Orga-
nização das Nações Unidas sobre
a infância nos diz que muita coisa
continua da mesma maneira.
Como no tempo do nascimen-
to de Jesus, um massacre de cri-
anças está em andamento. Não
em Belém e arredores, mas em
toda extensão do vasto mundo.
Não somente de crianças do sexo
masculino, mas de meninos e de
meninas. Não somente de bêbes
com menos de dois anos de idade,
mas de crianças de todas as ida-
des.
Como no tempo do nascimen-
to de Jesus, "ouve-se um som no
mundo todç, o som de um choro
amargo". E Raquel! É Raquel
aue chorando pelos seus fi-
10$ I È Raquel que chora sem
consolo porque seus filhos já nâo
existem!
Como no tempo do nascimen-
to de Jesus, o choro de Raquel é
revelador. Seu choro é uma de-
núncia! Mostra que as autorida-
des políticas de todos os cantos
estão mais interessadas na pre-
servação de seus poderes, do que
no bem-estar e na melhoria da
vida do seu próprio povo.
Como no tempo do nascimen-
to de Jesus, o choro de Raquel é
esclarecedor. Seu choro é uma
proclamação. Anuncia que Jesus
continua a ser rejeitado em nosso
mundo, apesar de todas as come-
morações do seu Natal.
No primeiro Natal, houve tmi
som em Ramá, som de choro
amargo. Era Raquel chorando
pelos seus filhos.
Natal também é issol Natal
também é ouvir o choro de Ra-
quel! Deus nos ajude a ouvi-lo e a
entender as revelações que esse
choro nos traz!
Rev. Gerson Correia de
Lacerda
- ■ «--1,1,: to:*"-*.'.'
Violência, violência!
Até quando?
Hoje. as palavras do profeta
Habacuque ainda buscam
respostas dentro da nossa
realidade de século XX: "Até
quando, Senhor, clamarei eu, e
tu não me escutarás? Gritar-te-
ei: Violência! E não salvarás?
Por que me mostras a iniqOida-
de, e me fazer ver a opressão?
Pois a destruição e a violência
estão diante de mim, há
contendas e o litígio se susci-
ta". (Hc 1, 2-3).
Tais palavras ecoaram no
século Vn a.C., num momento
em que o Reino de Judá sofria
o medo da parte dos Assírios,
que já tinham invadido e
extOTninado barbaramente o
Reino de Israel (norte). Esta
síndrome do medo de ser
invadido e chacinado pelo
outro, quer aação ou indivíduo,
leva-nos a viver inseguros e
atemorizados, pois parece-nos
que não temos a quem recorrer.
Quando um povo sente na
pele. e no estômago, a falta de
perspectivas para um futuro
melhor para seus filhos - onde
via de regra já vivem a desa-
gregação familiar de suas
tradições, quer culturais, quer
religiosas - o morrer e viver
tanto faz. pois. estão exclusos
do sistema hegemónico que
privilegia os alfabetizados, os
que possuem raão-de-obra
especializada, e que não são
mui tilados e idosos; para tanto,
o raminho sinalizado e imposto
é o da prostituição infantil, da
exploração barata e sem
previdência de adolescentes,
dos milhares de menores de rua
e infiratores, do crescimento
generalizado do narcotráfico e
da violência quer urbana, quer
no campo.
Vivemos hoje um momento
mundial onde se clama por
justiça, por reformas profundas
no que tange aos Sistemas
Tributários e de Distribuição de
Renda, onde era países como o
Brasil, urge ser realizado a
Reforma Agrária para conter as
conentes migratórias e gerar ,
mecanismo de superação da
dívida extema. Cabe ao Estado,
através dos Ministérios e
Secretarias da Fazenda, Educa-
ção, Saúde, Planejamento
prover condições para a
efetivação de tais reformas; da
abertura de frentes de trabalho
a orientação do planejamento
familiar, cabe a educação
preventiva exercer com eficiên-
cia seu papel; e ainda, se as
ONGs (organizações não
governamentais) e todos os
segmentos da sociedade não se
mobilizarera, pagaremos com
certeza o preço de nossa
omissão e inércia, pois a
violência continuará sua
trajetória através dos meios de
comunicação (como bem temos
assistido e lido nos vídeos,
novelas e jornais...), e nas
relá^s'«ntre pah e filhos.
patrões e empregados, profes-
sores e alunos, sacerdotes e
fiéis, dos que têm dinheiro e
dos que não têm dinheiro...
pois, o poder e a sedução da
capital permeiam todas as
estratificações sociais e étnicas,
onde existir o ser humano, aí
existirá a competição e explo-
ração do homem pelo próprio
homem.
De maneira mais localizada,
no eixo Rio-São Paulo, a
cidade de São José dos Campos
se ressente da recessão econó-
mica que vive o país, bem
como, da crescente violência
instaurada; o índice de homicí-
dios no período de Abril a
Setembro de 1992 chegou a 62
pessoas, cerca de 38,9% do
total de causa mortis, sendo
que de janeiro a Novembro de
1993 o número chega a 138; o
número de desempregados no
mesmo ano foi de 31.570
trabalhadores, e os dados
concernentes aos Soro-Positi-
vos em HTV e doentes de AIDS
entre 1984 e 1993 é de 877
casos, ironicamente diríamos
que não precisamos aprovar a
pena de Morte, e nem necessá-
rio será, legalizar o Aborto,
pois o caos já está instalado* ! !
Apesar destes dados,
c&fteiàmamos àsj^ejas cristãs ■ '
e entidades religiosas a tudo ^ ^
fazer para que este quadro se
reverta, diante dos fatos, cabe-
nos somar forças e envidar uma
ação conjunta frente a
pauperização e violência que
vive os municípios joseenses.
Que possamos refletir sobre
nossa prática à luz das palavras
do apóstolo João: "Se não
amamos ao nosso próximo a .
quem vemos, como haveremos
de amar a Deus a quem não
vemos?" (1 Jo 4.20); que a
nossa fé e a nossa solidariedade
se expressem em atos concre-
tos, pois a fé não subsiste sem
as obras o amor.
Rev, Tércio Paulo de
Almeida
Há um século^
no Estandarte
ANNOÍ - N^52
SÃO PAULO, 30 DE DEZEMBRO DE 1 893
Finda-sc com o presente nu-
mero o primeiro anno de nossa
campanna.
Quando á frente de uma pro-
pãganda generosa desdobramos
nosso pavilhão, não nos demorá-
mos em medir a temeridade de
nosso passo ou em considerar a
exiguidade de nossos recursos.
Pareceu-nos que nas guerras de
Emmanuel largo espaço deve ser,
por certo, deixado ao exercido da
fé. Nem sempre nessas luctas
seculares coube a vidoria aos cam-
peões de acalada couraça e pesa-
dos montantes. O philistêu
agigantado e possante abro-
qucTado em férrea armadura c so
pesando adextrada lança suc-
cumbe á pedra (xrteira ímpellida
pela funaa de um joven pastor de
Israel. No desenvolvimento
historio) de seu Reino se compraz
o Senhor em repetir esta licção
fecunda de sua providcnda.
Era este o pensamento que
então externámos
Que nos importava, pois, nos-
sa pcquenczante a magnitude do
commettimentoí a difficuldade
séria de orientação ante a
anarchia moral, religiosa c politica
dps tempos» o exemplo uniforme
jâjo jo^alismo religioso, cujas
í ariííás de extstenda só houvera
até então no copioso auxilio das
missões extrangciras! Que im-
portava tudo isso, si era cm nome
do Senhor que arvorávamos a
bandeira, si era em nome de um
dever sagrado que occupavamos
o posto do sacrifido, si era cm
nome da verdade e do bem que
íamos enfrentar os inimigos da
seriedade e da religião, com as
pedras lisas colhidas nas límpidas
consentes de nossas intenções!
De Deus nos viria o socon^o: nós
criamos, porisso é que falávamos.
E não foram frustadas as an-
tedpaçõcs de nossa fé: o braço
invisível do Deus a quem servi-
mos apoiou nossa fraqueza.
Si, pois, nestas primeiras ar-
masalgum lourelveiu coroar nos-
sos esforço, atiramol-o aos pés
d'AqueUe que escolhe as Cousas
fracas pra confundir as fortes, as
que não são para destruir as que
são.
Si bem interpretámos cm nos-
sa orientação jomalistica o mo-
mento histórico, si bem compre-
hendemos a f ndole de nosso povo,
e as necessidades aduacs da pro-
paganda nomeio em que agimos/
si através do tumultuar das pai*
xões do desnortear dos tempos,
pudemos manter passo firme da
trilha estreita de nossa missão,
não nos compete dizcl-o.
Certo, não nos devanecemos
em possuir critério infallivcl e
nem é justo exigir daquelles que
são forçados a ter cm uma nas
mãos a trolhas do pedreiro e na
outra a espada do combatente,
não é justo exigir mais do que
esforço diligente no cumpirmento
dc seus deveres.
Alémdisso,édaoontingenda
humana que os ideacs mais puros
rocem suas brancas azas no pó,
aqui c alli, quando lá das cerúleas
regiões do espirito descem sobre
o campo acddentado da vida
pra dica.
Entretanto, conforta-noshoje,
ao enxugar da fronte o suor do
afanoso hdardc 1 893, o testemu-
nho intimo e as provas
incquívocasdc sympathiacapoio
cffedivo, dcnho c dora da Egrcja
Evangélica,
Aquideixámos, pois, um voto
dc sincera gratidão a todos os
nossos amigos que, com suas
asrig-naturas, palavras, offertase
collaboração, efficazmcntc con-
correram para que tremulasse o
nosso Estàndarte ao vento das
idéas na propaganda dos bons
prindpios. E, agora, sob o lábaro
soaosando dos prindpios sodaes
de um diristianísmo extcmc, en-
carando, serenos, o futuro, tendo
a fé por talabarte de nossos rins,
na cfextra a espada do Espirito,
seja-nos lidto, em nome dc Deus
e da humanidade, bradar a nos-
sos leaes amigos:
Camaradas, ao novo rumo!
o que a nossa
Menino Jesus
Primeiro amor
Precisamos voltar ao primeiro amor.
Que os nossos gestos se tomem claros,
simples e objetivos como um gesto de
criança; e ainda, que possamos crescer no
conhecimento e na ^ça, seguindo os
passos dos nossos heróis da fé. Que Cristo
seja sempre acolhido em nosso meio. As-
sim o nosso natal será sempre constante. ...
José Xavier de Freitas
2* IPI de S&o José dos Campos
Firmeza na fé
- Que Ele nos dê sabedoria e firmeza na
fé, nestes dias de tanto descompromisso
com a Palavra.
- Que Ele nos dê os Seus olhos, para
vermos a miséria, afim de combatê-la.
- Que Ele conceda-nos a Sua paz, para
podermos reparti-la com os desesperados e
os doentes que vivem ao nosso redor.
Nâo somente no dia de Natal, mas em
todos os novos dias de 94.
É a nossa oração.
Rev. Almir Pezzolo
Perfil próprio
Que haja sempre entendimento na Igre-
ja, discernimento na realização da obra e
boa vontade no trabalho missionário. A
nossa Igreja precisa criar um perfil pró-
prio, sem se espelhar em outras institui-
ções. Não digo que ela seja fechada, con-
servadora, rançosa mas que sej a pura man-
tendo a verdade do evangelho de forma
atual. Que leve "As Boas Novas" para
toda criatura.
Presb. José Aotonio Souza
2' IPI de Carapicuíba
Uma Igreja graciosa
A Igreja está precisando ser compro-
metida com o Reino de Deus, que seja uma
Igreja Fiel, que tenha mensagens que al-
cancem as pessoas em suas necessidades;
que expresse através de suas atitudes, o
amor de Deus, de forma restauradora à
vida humana.
Enfim, que seja uma Igreja graciosa,
cheia do amor de Cristo, tendo a ação de
DEUS de forma concreta.
Rev. Luiz Henrique S. Rossi
IPI Cornélio Proc6pio-PR
Redobre sua ajuda
Que as palavras bonitas e desgastadas
se revitalizem e saiam da nossa mera lite-
ratura. Quando isto acontecer, o Menino
Jesus irá ouvir nossas preces, e a felicidade
será um fato. Dai se conclui num misto de
pessimismo com realismo a grande difi-
culdade que temos pela fi'ente.
Menino Jesus, redobre sua ajuda para a
nossa amada IPIB.
AnÔDÍmo - «*t*
Igreja está precisando ped
Estes pedidos ao meni-
neste Natal? ztnt/Zl^^^lTe
presbíteros presentes na
reunião do Supremo Con-
cílio, que ocorreu no dia
27 de novembro de 1993
na 1- IPI de São Paulo,
Alguns assinaram, outros
assinaram de maneira
ilegível e outros deixaram
de colocar seus nomes,
mas o que importa são os
pedidos feitos ao menino
Jesus em resposta à nos-
sa pergunta acima.
Direito à vida
Fecho os olhos e penso: Senhor, há
tantas crianças perambulando sujas e fa-
mintas pelas ruas. ao desprezo de todos.
Porque não lhes djar o direito a uma vida
nobre e um fiituro feliz? A indignidade
humana corrompeu o homem, mesmo os
considerados justos e correios, de forma
que a desilusão tomou conta dos corações.
Porque não restaiuar a crença, a fé, a força
que alimenta a vida, tendo o Senhor como
fimdamento dessas virtudes? Há tanta fome.
rostos famintos, mâo estendidas, irmãos
vivendo em condições sub-humanas, ver-
dadeiros miseráveis, todos em cima de
uma terra rica, boa, produtiva na qual em
se lançando a semente, que nem precisa ser
bem cuidada, produz e produz e mata a
fome. Porque não abrir os olhos dos ho-
mens para esse tesouro pois o trabalho
honesto engrandece e soluciona as maze-
las da vida? Senhor, vejo os homens olhan-
do para o alto, olhos estatelados, mãos
estendidas, faces enrugadas, marcas su-
premas do sofrimento. Esperam o que não
sabem possível, sem saber do que se trata.
Esperam, Senhor! A resposta está em nós,
em tua noiva, em tua Igreja, Senhor. En-
tão. Senhor, entre tantos pedidos, se eu
tivesse que pedir ao Menino Jesus neste
Natal, pediria; Una, sar.tifique. desperte a
tua noiva e faça dela a soluto dos proble-
mas que angustiam os homens, levando-os
à felicidade. Dé-lhes Senhor um pastor,
nesta hora difícil, e não os deixem viver
como o Menino Jesus os viu no passado
sem pastor, sem esperança, sem futuro!
■• .Rfv. Ezequias dos Santos
1* IPI do Tatuapé
Venha o teu Reino
Neste momento em que o país está
estarrecido diante das revelações da CPI
do Orçamento, em que a nossa democracia
corre sérios riscos de retrocesso, em que a
fome e a miséria alcançam níveis jamais
visto, justamente naquele que poderia ser
o maior celeiro do mundo, nâo poderia ser
outra a nossa súplica: "Venha o teu Reino
Senhor , resgate a dignidade do nosso povo
ó DEUS. Faça renascer a esperança restau-
rando em nós o genuíno espírito protestan-
te; e que a ttia Igreja volte a ser IGREJA à
imagem do seu Filho Jesus.
Rev. Assir Pereira
IPI de Pinheiros
Sabedoria
Eu peço sabedoria para que os irmãos
tenham o conhecimento vindo de DEUS.
Presb. Sebastião Sabino de Uma
IPI Jardim Califórnia
Abençoado por Deus
Que ele ajude o nosso paisa sair da crise
em que se encontra. Que tire a tristeza e a
vergonha dos nossos corações por causa da
corrupção do nosso Brasil. Que Jesus ajude
aos pobres dando o conforto material e
espiritual para viverem; e aos ricos, que o
menino Jesus possa tocar em seus corações
no aspecto da generosidade. Que o Brasil
possa ser um pais abençoado por Deus na
parte de honestidade.
Presb. Paulo Alves Domingos
1* IPI de Dourados-MS
Minimizar a pobreza
Que os nossos representantes políticos
possam ser tocados pelo Espírito do Se-
nhor, para que olhem com mais carinho
para a população Brasileira, e estudem
como minimizar a situação da pobreza do
país.
Nilton Alves de Souza
IPI de ScrtanópoUs
É de você!
Quero trazer uma mensagem aos can-
didatos a cargos Piiblicos que são leitores
do Jornal "O Estandarte".
Há imi ditado que como Pastor nâo
aprovo:
"O Homem que o Brasil precisa: JE-
SUS". Creio que não é verdade. O homem
que o Brasil precisa é você Pastor,
Presbítero, irmão. Que o Menino Jesus do
Natal, tenha como prioridade o seu cora-
ção e nele faça morada. E que o Senhor do
nosso natal venha fortalecer a sua vida
grandemente. Que Deus olhe para o povo
do nosso país. Amém.
Weber Orlando Braidotti
IPI de PonU Pora-MS
O centro de tudo
- Que a Igreja seja inundada pelo Amor
de Cristo.
- Que nós possamos encontrar o cami-
nho para ser na verdade tmia IGREJA em
missão.
- Que o entendimento possa surgir,
trazendo benefícios à vida da Igreja.
- Que Jesus possa ser o centro de tudo
na vida da igreja.
- Que a obra missionária seja tuna meta
importante.
Oswaldo B. Moraes
IPI de Vila São José-Osasco
Que a estrela nos
guie
Eu espero que, ao lado da sua Glória e
Majestade, ele continue sendo o Menino
Jesus, para que possamos pereira beleza
que se manifesta na humildade do Deus
Onipotente que se acomoda no colo de sua
mãe e que se nutre do leito materno.
Eu espero que o Espírito Santo traga à
nossa mente, o lindo qiudro do Rei dos reis
e Senhor dos senhores deitado numa man>
jedoura, sob os cuidados paternos de um
carpinteiro e matemos de uma camponesa,
adorado por pastores, sábios e anjos, para
que sejamos levados a chorar amargamen-
te por causa da nossa pretensão de glória e
poder.
Eu espero que a estrela nos guie à
presença do Senhor que se fez gente para
que nós pudéssemos ser eleitos à condição
de dignidade de filhos de Deus (João 1.12-
14).
Espero que a mensagem de renovação
nos inspire para que nos identifiquemos
com os famintos, os sedentos, os enfermos,
os presos e com todos aqueles com quem
Jesus se identificou para levar a mensagem
de Salvação. (Mateus 25.34-40).
Espero que neste Natal o Menino Jesus
derrube do Trono os poderosos e eleve os
humildes.
Rev. Mathias Quintela de Souza
DEZEMBRO/1993
lACONIA
UMPISMO
Uma palavra
diaconal
Amado irmão Diácono
Saudação Cristã
Estamos no apagar das liizes
do anode 1 993 e não podia deixar
p^sar sem que você soubesse de
minha gratidão, alegria e empe*
nho em poder contar com seu
trabalho nas bases da nossa ama-
da EPIB, sem o qual de nada vale-
ria meu esforço e sem sentido
nosso objetivo.
A você nossa palavra de estí-
mulo impacto. Nessa função
Diaconal é de vital importância
na sociedade e na Igreja. Somos
agentes transformadores nas duas
realidades e além disto discípulos
de Cristo para a edificação dos
Santos. Meu desejo é que o Espí-
rito Santo seja pleno em sua vida,
desepertando-lhe o desejo de ser
mais útil e profundamente sério
neste ministério que Deus tem
colocado em tuas mãos. É preciso
que nossas vidas façam "diferen-
ça" na igreja e na sociedade no
próximo ano.
Tenha sempre em mente "em
meus passos que faria Jesus" e
"filhinhos,
não amemos
de palavra,
nem de boca;
mas de fato
e de verdade"
(/ João 3:18}
você contemplará as mudanças
reais em sua vida e ao seu redor.
Não abra mão do seu sacerdó-
cio (servir aos demais), ser ínti-
mo de Deus. Nosso lugar é o lugar
do serviço, sem esperar o reco-
nhecimento. Fazemos porque so-
mos de Deus, pertencemos a uma
Igreja que é submissa ao Deus
"Eu Sou o que Sou" e nós seus
filhos que devemos ser o que so-
mos (servos) diáconos.
No amor de Cristo;
FELIZ NATAL E PRÓSPE-
RO ANO DIACONAL COM
MUITO SERVIÇO.
Pastor Bereta
MISSÕES
1
I
I
L
Fórum da Juventude
- um recomeço
Realizou-se no dia 27/1 1 na ci-
dade de São Paulo o Fórum da Juven-
tude da IPI do Brasil para reestniturar
os trabalhos e organizar a agenda
1994. A reunião teve início as 9:00h
com uma devocíonal feita pelo
Presbítero Adair Sérgio Camargo da
2' m de São José do Rio Preto, em
seguida tivemos o Pastor Cláudio
abordando o tema: "A Atuação da
Juventude no Velho Testamento",
antes do almoço ainda tivemos al-
guns testemunhos de irmãos e irmãs
que têm realizado trabalhos maravi-
lhosos de compromisso com o Reino
de Deus na área da evangelização e
na área social. Pessoas que tem dedi-
cado suas vidas no trabalho de res-
tauração de "Homens de Rua" (Igre-
ja Ipiranga-IPI SP), como também
irmãos que trabalham junto aos pre-
sos nas cadeias e penitenciárias. Es-
ses testemunhos foram importantes,
porque sonhamos com uma juventu-
de atuante na nossa igreja, uma ju-
ventude engajada, que realize o tra-
balho do Senhor com zelo e dedica-
ção, e que descubra outros ministéri-
os de atuação dentro e fora da igreja
que não seja apenas o louvor, mas
que abracem a oração e a Ação, que
vivam um evangelho hollstico. Após
o almoço fomos agraciados também,
com a fala do presbítero Paulo No-
gueira, secretário de Forças Leigas,
que enfatizou a importância do tra-
balho leigo rui igreja, e de uma parti-
cipação ativa da juventude. Em se-
guida, o Pastor Calvani trouxe-nos
uma mensagem que falou profunda-
mente em nossos corações sobre o
tema: "A Atuação da Juventude no
Novo Testamento" , É assim que pre-
tendemos caminhar como juventude,
em nossos encontros, buscarmos á
base do ensiruunento na Palavra de
Deus. Posteriormente, abrimos a dis-
cussão em grupo com os aproxima-
damente 80 jovens que lá estiveram
representando várias regiões da nos-
sa igreja como: Presbitério
Araraquarense, Botucatu, Leste
Paulistano, Sul do Paraná, Sul de
São Paulo, NovoOsasco, Brasil Cen-
tral, Caminho do mar, Carapicuiba,
Bauru, Sorocaba, Rio de Janeiro e
inúmeras cidades para ouvir os ir-
mãos falarem sobre suas idéias, so-
nhos, desejos, perspectivas como jo-
vens da IPI do Brasil, o que têm
acontecido em suas igrejas, regiões,
etc. Essa troca de experiências atra-
vés dos pronunciamentos dos irmãos
foi relevante para darmos continui-
dade aos trabalhos e para tomada de
algumas decisões. Primeiramente
formamos uma Comissão de Jovens
para serem os representantes e os
responsáveis pela Coordenadoria
Nacional da Juventude para ajudar
realizar eventos qessc período de
transição de 1 994 para 1 995 quando
deveremos ter eleições nacionais para
elegermos uma nova direloria para o
quadriêmode 1995 a 1998. Compõe
esse grupo os seguinlesjoveos: Aldina
(IPI Lençóis Pta), Edilson (IPI
Sorocaba), Najan(IPlPonta Grossa),
ValdeilsoD (IPI Central de Brasília).
Ronaldo (IPI Carapicuiba), Darli (IPI
Vila Aparecida-SP), Air (IPI Len-
çóis Pta), Márcia (IPI São Mateus-
SP), Vera (IPI São Caetano); Karyba
(IPI Bauru). Raquel (IPI Itaim
Paulista-SP). Paulo Bana (2' EPI S. J.
Rio Preto). Sérgio Camargo (2' IPI S.
J. Rio Preto), Marco Pedroso (IPI
Vila Talarico-SP), Gláuber (IPI
Votorantim).
Ficou decidido que esse grupo
estará se encontrando dia 19/12 no
Escritório da Igreja Nacional on S
Paulo para trabaÚiar a agenda que
ficou assim estabelecida: a) Reunião
com todos os representantes do6 pres-
bitérios no último sábado de fevcrei-
ro/94; b) Encontro Nacional da Ju-
ventude na Páscoa de 94; c) Encon-
tros Sinodais no 2" semestre de 94, d)
Congresso Nacional em fevereir(V95
para eleições.
Outra conquista da juventude
junto ao Supremo Concílio da nossa
igreja, foi a disponibilidade de verba
para "Pastora] da Juventude" - em
breve teremos o pastor escolhido, e
então, estaremos divulgando com
mais detalhes aos irmãos. Para en-
cenar, gostaria de pedir as orações
dos irmãos e a colaboração princi-
palmente dos pastores e da liderança
das igrejas para com o trabalho da
juventude. Visite o jovem, couvotc
com ele. estimule-o a participar dos
trabalhos locais, regionais e lucia-
nais. Prepare-o. Só assim seremos
uma igreja forte em Cristo.
Aldina Claréte Damico
Coordénadoria Nacional da
Juventude
Rev, Valdir é o novo Secretário da SMI
A partir de janeiro/1994 estará
assumindo a jimção de Secretário
Executivo da Secretaria de Missões
da IPI do Brasil: o Rev. Valdir Alves
dos Reis. Ele ocupará o cargo que.
nos últimos dois anos, está sendo
ocupado pelo Presb. Honesíálio de
Casti-o. o qual vinha acumulando
também a /unção de Supervisor dos
Campos Missionários. OPresbitero
Castro continuará nesta última/un-
ção que. aliás, exerce com muita
dedicação a mais de 5 anos.
O Rev. Valdir Alves dos Reis é
um jovem pastor. Nasceu na cidade
de Guaraci-PR. no dia 24.06.1966.
É filho de pais evangélicos, tendo
sido batizado na infância na IPI de
Indianópolis-PR Converieu-se ao
Evangelho de Jesus Cristo em abril
de 1 985. Professou a sua fé em julho
do mesmo ano de sua conversão, rui
3" IPI de Londrina. Estudou no Se-
minário Teológico de Londrina em
1 989. sendo designado pelo Pre^bh ,
t^rio de Maringá para o pastorado
dà IPI de Jandaia do Sul-PR no ano
seguinte, onde ainda exerce o seu
pastorado. O seu ministério é mar-
cado por uma visão bem abrangente
da Missão da Igreja. Desde que as-
sumiu o pastorado da IPI de Jandaia
doSul. tem procurado estender o sêu
ministério à sociedade como um todo,
agindo principalmente a serviçodas
populações mais carentes. Lidera
um trabalho com favelados denomi-
n^ôs "Missão Ide Entre os Pth^-y.;,
bres" no <^l procurou envolver
profissionais cristãos das áreas da
saúde e assistência social. Em sua
luta em favor dos favelados tem pro-
curado ser-lhes a voz em busca de
melhorias nas condições de vida di-
ante das autoridades municipais. Tal
trabalho missionário já foi alvo das
atenções de igrejas evangélicas es-
trangeiras que se interessaram pelo
projeto.
Como Secretaria de Missões
damos graças ao bom Deus pelos
servos que Ele tem enviado para
contribuir com o nosso trabalho.
Agradecemos a Deus pelo esforço do
Presbítero Castro pela dedicação
que sempre demonstrou na execução
das tarefas a ele designadas. Agra-
decemos a Deus pela vida no novo
Secretário Executivo, pois sabemos
que com denodo realizará o seu tra-
balho.
Rev. Gerson Mendonça de
Annunciação
,]'.* Iktplo. de Comunicação e
Promoção da SMI
Mensagens da Catedral
Não perca esta preciosa série
de mensagens sobre o Espirito
Santo, proferidas pelo Rev.
Abival Pires da Silveira.
Faça seu pedido pelo telefone
(011) 255.6111 ramal 324 com
Ely ou Júnia.
1: Discernindo os Espíritos
2; O Espírito de Pentecostes
3 : O Batismo do Espirito Santo
4: APIenitudedoEspírito Santo
5; O Fruto do Espinto Santo
6: Os dons do Espinto Santo
7: O Super-Crentç
Com esta série você ganha mais
sete mensagens do culto da noite.
Não perca esta oportunidade!
As mensagens pregadas do
púlpito da Primeira Igreja estão
também à disposição dos interes-
sados. Aqui alguns litulos da úl-
timas mensagens pregadas pelo
Rev. Abival:
1 - O Significado da Vida
2 - A Revolução da Esperança
3 - A Oração do Perdão
4 - Da Sala do Trono
5 - A Bomba O
6 - Em Tempos de Calamidade
7 - Adversativa da Graça (Cul-
to das Pnmícias)
8 - O Pão c o Vinho Falam
9 - O Pão Nosso
I Preço de referencia de cada fita para dezembro
CR$ I 200,00 Para você presentear neste Natali
I
DEZEMBRO/1993
12
PALAVRA DA PRESlDENCIA|p
Dizer que vivemos tempos difí-
ceis é redundância- Há muito tempo
estamos vivendo tempos difíceis. De
modo que nosso problema hoje não é
mais o grau de dificuldade dos tem-
pos que vivemos - e que parece tende
a se agravar ainda mais - mas sim o
nosso grau de resistência em tempos
de dificuldade.
Nós os brasileiros vimos resis-
tindo bravamente aos desmandos
históricos a que vivemos sendo sub-
metidos nos últimos anos.
Não temos caminhado de fé em
fé. Nem de esperança em esperança.
Temos cammhado de fiacasso em
fracasso. Os fracassos da história
económica recente sâo apenas um
simbolo do que estamos dizendo;
fracasso do plano Samey. fracasso
do plano Color I. fracasso do plano
Color n. É natural que tanto fracasso
vé gerando nas mentes e nos cora-
ções das pessoas um sentimento de
desesperança para não dizer ansie-
dade e desespero Dai à total des-
crença é apenas um passo. Se fizer-
mos uma consulta vamos verificar
com facilidade que as pessoas não
crêem em mais nada e era mais nin-
guém, Tomaram-secéticas. Até mes-
mo cínicas. O cmismo é a expressão
mais grave e triste do ceticismo. As
pessoas se tomara imunes a tudo.
Nada mais as toca ou sensibiliza. São
descrentes. E neste contexto que va-
mos celebrar mais um natal. Será ele
apenas mais uma festa de fim de ano?
Mais uma data especial no nosso
calendário?
Em tempo de tanta descrença e
desesperança o Natal é um chama-
mento á crença e à esperança, Daí
por que neste natal, neste fina) de ano
que está sendo particularmente difi-
cil para nós brasileiros, somos desa-
fiados a uma reaTirmação de nosso
convicção de fé. O Natal é um convi-
Credo de Natal
te a que renovemos nosso credo não
como uma verda^ intelectual, mas
como um princípio de vida. Daí o
nosso CREEX) DE NATAL.
CREMOS NA VTDA - A vida é
o dom maior de Deus. Nenhum dom
é maior que a vida mesma. Daí seu
valor único e inestimável. Não troca-
mos a vida por nada. Mas a nossa
vida está cercada e ameaçada de
morte por todos os lados. O mundo
está tomado pelo cheiro da morte. Os
quatro cavaleiros do Apocalipse ca-
valgam de rédeas soltas espalhando
a morte por todos os quadrantes da
terra. Há sinais de morte nos céus e
há sinais de morte na terra. Há sinais
de morte na natureza e há sinais de
morte no homem. As pessoas trazem
estampados em seus rostos os terrí-
veis sinais da morte. Morte física.
Morte psicológica. Morte moral.
Morte espuitual. Vazio, solidão, de-
sânimo, frustração são alguns frutos
colhidos na árvore da morte.
Mas em meio a estes sentimen-
tos de morte, há sinais de vida. Dese-
jos de viver. Desejos de vencer De-
sejos de ser feliz, A árvore da vida
continua plantada no centro do Jar-
dim de Deus e é para o nosso bem.
Ela é afirmação de que a vida é mais
forte do que a morte. Por isso. a fé na
vida é a única força para a nossa
caminhada. Proclamemos neste na-
tal, cheios de fé e esperança: CRE^
MOS NA VIDA!
CREMOS NAS PESSOAS -
Vivemos num mundo deyi^- ,
sonaUzado e anónimo. Nele as pes-
soas desaparecem. As pessoas são
utilizadas e instrumentalizadas. São
um meio para algo mais. Para a pro-
dução. Para o lucro. Mas isso é uma
deturpação. Uma aberração. As coi-
sas existem em função das pessoas e
não as pessoas em fímção das coisas.
Não foi isso que Cristo ensinou? Que
o homem não foi leito para o sábado
e sim o sábado para o homem?
E não apenas isso. As próprias
pessoas parecem ter se tomado mais
feias. Parecem trazer uma carga anti-
humana. Estão sempre armadas, des-
confiadas, pessimistas, iradas, re-
voltadas. Sempre em guarda, des-
confiando dos outros. Precisamos
inverter o credo do mundo. Para nós
são as pessoas que importam. Elas é
que são importantes. Elas é que pre-
cisam ser resgatadas. Elas são a ma-
téria prima por excelência de huma-
nidaí^. Por isso, neste Natal, cheios
de fé e de esperança, tenhamos a
coragem de proclamar; CREMOS
NAS PESSOAS!
CREMOS NO AMOR - Parece
inócuo e vão fazer esta declaração de
fé no amor. Afinal o ódio parece
triunfar de ponta a ponta. O amor
parece ser a força dos fracos e o
refúgio dos românticos. No nosso
mundo feio e calculista parece não
ter lugar para o amor. As pessoas
respiram ódio e egoísmo. Por isso
são cada vez mais solitárias e cada
vez menos solidárias, A crença do
mundo está na força, no lucro, no
dinheiro, na fama, no sucesso, no
"status". E nele não há lugar para o
amor.
-j. Mas a vida não reconhece outra
força a não ser a força do ara«r. O
mundo tem amor á força mas a vida
vive da força do amor. É por isso que
tudo que não é enraizado no amor não
subsiste . Não há futuro fora do amor.
Na verdade, so o amor permanece.
Tudo passa. Até mesmo a fé e a
esperança. Mas o amor não. O amor
fica para sempre. É eterno como
Deus. Daí porque neste natal procla-
mamos com alegria: CREMOS NO
AMOR.
CREMOS NA JUSTIÇA - No
mundo lodo há um clamor por justi-
ça. A injustiça parece triunfar em
todas as fronteiras. Como o salmista
chegamos a "invejar os arrogantes
ao ver a prosperidaide dos perversos' '
(SI 73.3) Há uma prosperidade dos
maus e há uma maldade dos próspe-
ros. Há momentos em que eles pare-
cem estar com tudo. Parece que não
há sentido em ser bora^ honesto c
justo. Está aí a CPI do Orçamento e
os PCs devida que parecem confir-
mar a queixa do salmista. Mas tudo
isso é uma grande ilusão. Todos que
assim pensam e agem serão sepulta-
dos na vala comum do esquecimento.
Não serão abençoados e nem o será a
sua descendência enquanto se ali-
mentarem do fruto poder de injusti-
ça.
Só onde há amor é que acontece
a justiça. E só quando a justiça acon-
tece é que há paz. E fomos feitos para
isso. O nosso sangue e a nossa came
clamam por liberdade, igualdade e
fraternidade. Por isso lutamos por
uma humanidade livre, fraterna e
justa. As bombas, um dia cessarão.
As guerras serão ridicularizadas. E
serão tidos por louvar aqueles que
fazem do acúmulo de riqueza o fim
último da própria vida. Porissoneste
natal, em meio a um mundo de tanta
injustiça, continuamos a afirmar.
CREMOS NA JUSTIÇA.
CREMOS EM DEUS - Esse é o
nosso segredo derradeiro e final.
Cremos em Deus. Ura Deus que é a
força da vida. Um Deus que criou as
pessoas á sua imagem e semelhança.
Um Deus que é a fonte do amor. Um
Deus que se regozija com a justiça. E
para transformar todas as nossas as-
pirações era vida eterna deu-nos a
míiis preciosa de todas as dádivas:
Jesus Cristo.
É por isso que fazemos deste
Natal tempo de reafirmação de nossa
fé.
A toda a Igreja Presbiteriana In-
dependente do Brasil e a cada um de
seus membros os nossos votos de um
Feliz Natal e abençoadíssimo Ano
Novo.
Nalalde 1993
Rev. Ablval Pire« da SUvelra
" -- Presidente
'BRASÍLcopoeÍoS^ ^
"Arvonio estand»rtBàsgent9»"Çstlas 62. 10)
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^SEêfTeS
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