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Full text of "O Estandarte"

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in  2015 

https://archive.org/details/oestandarte1065igre 


o  Estandarte 


ARVORAI  O  ESTANDARTE  AS  GENTES  (Isoios  62.10)  -  PELA  COROA  REAL  DO  SALVADOR 


Maio 
1999 

ANO  106 

.„N«  05 


Órgão  Oficial  da  Igreja  Preshiítriana  ItideprnderUe  di>  Brasil 


Exemplar  Avulso  R$  t.50 


A  Secretaria  de 

Educação  Teológica  esteve 

reunida  em  São  Paulo 
para  planejar  o  futuro  O 

L  da  Educação  Teolog.ca 
foi  comemorado  em  21  de 

abriU  luando  o  Seminano 
de  São  Paulo  comemorou 
94  anos  com  mudanças.  Us 

Seminários  «Pref^ 
seus  formandos  de  mH. 


Livro  da  série  João  Calvino  é 
lançado  em  São  Paulo 

hoi  tan^'adocm  Sào         mais  um  Uvrodas 
PublÍLa^iVs  JoAt)  Calvino  A  i>l>ra.  intitulada  (uaiiik  s 
'rcina.<.      Iiadivã»  Kctoiíuada.  loi  cJiluila  |H'K>  \<v\ 
Bduardo Galasso  Hana,  (radu/ula  pcloRev  (ícimiii 
Correia  de  Lacerda  c  rcvihuda  pcln  Rcv.  I  vmíis 
Oliveira  do^  Santos. 

IPIB  participa  de  encontro 
entre  igrejas  reformadas 

A  IPIB  participou  no  úllimo  mês  de  enconini  a\\iv 
ií»rejas  reformadas,  evento  or^MHi/.idoptLi  AICKAI ., 
Aliança  de  Igrejas  l*resbilcnaius  c  KclurnuiJ.i^  da 
Aménca  Lalina.  Na  ocoJiiSo,  csieve  prcRcnle  o 
Sccrel/tno  lixeculivo  da  AMIR  (Alíanva  Mundial  de 
Igirjíts  Reformadas).  Rev.  Park  Seon^'  Won. 

Secretários,  relatores  e 
assessores  tomam  posse 

NaCalcdrulHvangclicadc  SãoP.itilo.  foi  i.  .ih/.i.i.i  ,i 
cerimónia  de  posvet  do»  %cçni'ãn*'    ftil.nittL  -.  r 
asscssorcs  da  IPIB, 


Ainda  nesta  edição:  Mães  de  Kosovo  e  soluções  da  igreja  para  o  Desemprego. 


Editorial 


o  Estandarte 


Rev.  Eduardo  Galasso  Faria 


Maio/ 1999 


AIPlea  Educação  Teológica 


O  mès  dc  abril  é  dedicado  cm  nov 
sa  Igreja  à  queslSo  da  cducavàn 
icdlóiiita.Falar  iicsm:  a.ssunln  icni  a  ver 
cm  primciri)  liipai  tom  a  hislrtria  c  a 
ra/ãi)  ík  ser  tl;i  Igtcia  Pícsbileriana 
ImlepL-iKlcnu-  dn  Hiasil  bt-ni  cnmo 
cum  as  idéias  dti  sl-u  Itindador,  Dois 
ailds  itpíts  a  sua  iifi;ai)i/avii<)  a  H- 
iilia  iTii  luiiLKinamcnloa  \ua  "tasadc 
prolclas"  para  atender  à  necessidade 
da  forniavâi'  dc  paslnrcs  para  as  lyre- 
jas  Para  o  Kev.  liduardo  Carlos  Pe- 
reira o  crihiiu»  leològiai  devia  csiar  n» 
centro  da  visiloda  novadcnotninavAo 
e  o  scriliiiário  devia  scrtoilsidci.tddt) 
.1  "iiicniiiados  iilhos"da  ijíreja  A  pri 
iiicira  i.aiii|)anlia  dc  tariílcf  iiaiional 
rcali/aila  |)cla  ifiu-\n  iiast  ciitc  Iiiilia  a 
ver  ctiiii  (I  prCdii)  dii  st'inin:'iriii  c  a 
Untiiaviíi'  diu|ucles  ()iic  aliiariain  nos 
lanipos  .iiiuiK  laiido  as  boas  imvas  do 
evanjíelhii. 

Assunto  sempre  atual.  ele  tem  sido 
retomado  niuitas  ve/es.  Nos  últimos 
dois  anos  a  lyicja,  através  dos  seus 
scmiiiíírios  c  da  Sci  iclaria  dc  lídiíca 
Vào  lciilójiit  a.  i'slcve  empenhada  em 
elaborai  tini  Pii>|elo  dc  luliiiavai)  Ic 
ojúf.'ii'a  Paia  issit  os  scmin.irios  lo 
laiu  convidados  a  lelictii  siihre  a  qucs 
lao  c  outras  pessoas  interessadas  tam 
Ixím  Loiílribiiírani  com  suas  idt'ias  em 
um  processo  que  ainda  nAo  esl^l  con- 
cluído 

No  Seminlirio  dc  SAo  Paulo  iimu 
comissilo  dc  pnifcssorcs  ficoii  cncur- 


ÍNDICE 


2  lidiloriul 

3  Palavra  dti  IVcsidcnic 

4  As  Igrejas  no  inunUo 

5  ScrmtVs 
6/7  Nossas  Igrqas 

8  Nossas  Igrejas 

9  Diálogo 
10/1  ISc  crciarios 

12    luhicavào  'Icológica 
13/14sc  IDIIlálioS 
15  BrasiIPrcv 
Lançamento 
Mundo 
Homenagem 
Notas  dc  l-alccuncnto 
CPAD 


16 
17 
18 
19 
20 


regada  dc  elaborar  subsídios  para  o 
projelo.  lendo  em  visia  unia  discus- 
sào  mais  ampla  c  posterior  que  pu- 
desse esqucrnah/iu  juntamente  tom 
outros  intcílotuiores  uma  diretri/ para 
esse  seior  lào  viial  na  vida  da  igreja. 
Parle  duque  tm  distui ido e  elaborado 
éoque  vamos,  resumidanienle.  apre- 
sentar nas  hiilias  que  se  seguem  e  que 
ternoifiiilode  "Ministérios.  Identida- 
dcc  Missào  (.imiribuiviioàclahoravào 
de  um  [irojcto  de  educai,ào  teológica 
para  a  IPI  do  HraMi"  ,  O  tonhecimenio 
dessas  idéia.s  pi>i  parte  da  igreja  pode- 
na  até  ampliai  o  alcaiitc  dessa  rcílcxâí) 
iinttal  c  ter  outras  tonlnbuiv^cs. 

O  dot  uinciilo  (.  nnK%a  com  a  afir- 
mav-iiidequc  "as  igrejas  proteslaiiles 
em  geral,  e  as  presbiterianas  em  parti- 
tulai.  dtsImgiii-Mi  sc  desde  ti  século 
XVI  pela  itiiporlaiiLiaquealiiliuema 
solida  linriunão académica,  espiritual 
e  moral  de  seu  minisiéno  tirdeiiado". 
lembra  entílo  que  uma  nova  situa^ílo 
económica,  política,  social  e  cultural 
na  i.lu-g;idii  de  um  linvo  imlcnio  mos- 
tia  umatiesccnic  perd.ulc  visibilida- 
de de  um  tciloesiil<ipiesbiteíianode 
vida  c  de  adorav^io  lai  paiioiama  sc 
liaiisliitmacm  um  veidadcwo  desatio 
niissinnario  que  exige,  mm  urgência, 
um  iiovii  projeto  de  educarão  leológi- 
ca, 

Assim,  i\  formavAo  de  um  minis- 
tério ordenado  bem  como  d(*s  demais 
niinisieiios  da  Igreia  ie(|uer  um  pro- 
jeto i|ue  promova  as  scguuites  dimen- 
sões da  nossa  linguagem  sttbie  Deus: 
em  pinneiio  lugar  uma  inteligência 
missionária  da  Ic  originada  na  reco- 
meiulai,  Ao  de  I  Pedro  V 1.^.  onde  so- 
mos incitados  u  responder  a  qualquer 
ijuc  pedir  a  m/Ao  dc  nossa  esperança. 
A  cdiicai»iii>  teológica  verdadeira  deve 
SC  voltai  para  o  aparelhamento  ilo 
povo  que  é  ch.imado  por  um  Deus 
que  e  missuniaiio  O  "ide  e  la/ei  dis- 
cípulos" e  o  impeiativo  no  qual  a  re- 
!lo\ãoieol(igK  a  encontra  o  seu  senli- 
du  A  ati\  idade  imssioiíiwia  da  igreja  é 
uniu  atividade  essencialmente  leiga  c 
se  este  sentido  tor  perdido  passare- 
mos a  valoii/ar  estruturas  iiistilU' 
cionais  e  a  la/er  mero  proselitismo  e 
marketing. 

A  UiH(,ãoda  cducai,ão  teológica  é 
rclacumai  as  estratégias  tia  Igreja  com 
a  atividade  ledentora  que  Deus  está 
realizando  no  mundo  Por  isso  a  igre- 
ja-in  st  itun;ào  deve  estar  sob  o  julga- 
mento e  a  Cl  itica  da  Pala\  ra  de  lX'us 
sempiv  O  a-ino  por  um  lado  e  mais 
amplo  que  as  tormas  msinucionais 
assumidas  pelos  cristíos  através  dos 
tempos,  mas  poi  oulio  osui  deiitio  do 
contexto  concreto  no  qual  \iscmos  o 
e\[>enmentaiuos  a  tecnsiã  Por  ivsoé 
preciso  compreendei  os  condiciona- 
mentos sociais,  culturais  e  religiosos 
que  limitam  a  a^^Vi  missioiuiria  Hm 
um  minuKí  globalizado  de  meivado 
excludente,  a  Igivia  deve  ou\  u  a  voi 
dos  que  sobraram  e  não  pailicq^am  do 


desenvolvimento.  A  Igreja  deve  com- 
preender a  cidade  global  tom  pessoas 
dcslotiidas.  eslressad;is  c  anónimas,  a 
fim  de  anuntiar  a  elas  as  bo.is  novas 

A  inteligência  missionária  deve 
levar  em  conta  ein  sua  a^ào  política  a 
tradição  democrática  c  a  cidadania 
amcavadas  pelo  poder  absoluto  dos 
poucos  privilegiados  Deve  pensar  na 
desiruivào  da  criarão  pelo  egoísmo 
humano,  "Urge  uma  reflexão  teológi- 
ca a  partir  dos  seminários  para  se  co- 
locar em  prática  unia  avão  missionária 
que  vise  ganhar  as  massas  urbanas 

Uma  inicligicncia  bíblica  da  té 
sempre  acompanhou  a  igreja  relomia- 
da  desde  sua  origem  e  as  ciências 
bíblicius  eonstiluem  um  dos  seus  prin- 
cipais tampos  de  aluarão  A  pregarão 
deve  ser  letla  em  absoluto  respeito  a 
Palavra  de  Deus,  com  n  estudo  seno  c 
conslanledas  Bscrituras  Os  scmma 
rios  devem  (ornecer  uma  prepararão 
extremamente  sólida  nas  ciências 
biTilicas 

Uma  inteligência  cclesíal  de  fé 
aponta  para  o  (alo  de  que  não  há  inie- 
ligénci.i  de  tc  sem  comunidade  de  íe. 
Por  ISSO  os  seminários  devem  pensar 
em  oferecer  capacitação  e  assessoria 
bíblica,  dtmtrinária.  teológica  e 
humanislica  aos  leigos.  I:  os  estudan- 
tes de  teologia  necesssitam  dc  estági 
os  práticos  obrigatórios. 

t  Ima  inteligéntia  reformada  da  té 
em  meio  ã  desorienla(,ão  e  falta  dc 
identidade  requer  clartis  princípio-' 
norteadores  para  se  \'ivcr  de  modo 
autêntico  o  testemunho  dc  Jesus  í  "ris 
lo  no  mundo  cm  que  nos  achamos.  O 
que  significa  ser  iclormado  cm  meio 
à  cultura  brasileira  e  latino-amenca- 
na?  Precisamos  conhecer  melhor  a 
nossa  tradição  e  busc;u.  na  libenladc 
do  Rspírilo.  a  oncniaçãoquc  pode  nos 
gui;u  hoje  da  mesma  lonna  que  guiou 
nossos  antepassados  na  le  Uma  edu 
cação  teológica  relormada  que  vise 
uma  ação  transformadora  na  socicda 
de  deve.  por  exemplo,  sc  inspirar  na 
atuaçào  de  Calvino  em  (íenebra  no 
século  XVI. 

n  ptrciso  buscar  na  liturgia  dc  ins 
piração  rvfoniiada  o  equili'blio  entre 
Palavra  (pregação)  e  s.icr.uneiilos,  c\i 
I;uido-se  açiics  lilúigicas  que  se  exprc^ 
sem  apenas  por  meio  de  tornuil,i>- 
intelectUiUizjdas.  sem  dar  liigiu^  lug;u  .i 
cnatividade.E  preciso  uma  nova  com 
pircnsão  dos  tninisténos  e  dons  no 
NovoTcsliuncnto,  O  ministéno  da  IgR" 
|a  não  de\e  estar  centralizado  apenas 
na  ação  do  pasior.  mxs  pnncipaimcnic 
no  p<,»vo  c  ginu  em  lonio  do  ministêno 
de  nosso  Senhor  Jesus  Cnslo. 


O  Rev.  Eduardo  e  pastor  da  2*  IPI  de 
São  Caetano  do  Sul.  professor  do 
Seminário  óe  São  Paulo  e  membro 
dfl  Assessoria  de  Imprensa  e 
Comunicação 


A  VEZ  DO  Leitor 

Sorocaba 

Sou  membro  da  5'  IPI  dc  Sorocaba  c  quero  consieslar  manchelc  do 
ultimo  í)  Kstandarle  pois  a  Igreja  d«  Sacomã  não  foi  a  pnmcira  que  sofreu 
m<idifit3vão  após  a  homol(»gação  da  nova  constiluiçào  A  I*  IPI  DE 
SORCK  ABA  SAIU  NA  HítNTt.  perdendo  seu  vitc-presidentetPresbílen. 
Amaun  Amaral)  por  não  encontrar,  na  Bíblia,  nenhum  fundamento  que  apro- 
se  tal  ordenação. Infcli/mcnte  a  manchete  SACOMÃ  ^AIL  NA  F-RHN- 
TE!"  lem  marcado  muito  mais  aos  simples  da  igreja  e  (cm  agradado  a  pi>ucos 
que  propuseram  isto  Não  é  vontade  do  povo  da  IPI  esl5  ordenação,  não  é 
vontade  do  pí)vo  da  IPI  a  bênção  apostólica  senão  pelo  ministro,  não  é  vonta- 
de do  pino  da  IPI  a  participação  das  tnanças  na  Sanla  Ceia  Na  forma  de 
votação  no  presbitério  a  representação  de  cada  igreja  lotai  é  prejudicada  Ptxlc 
trer.  Sr  Hdilor.  esta  mudança  não  esiá  sendo  aceita  pelo  povo  da  IPI 
Logicamente,  é  muito  mais  preocupante  perder  membros,  muito  mais 
presbíteros,  do  que  termos  posse  de  novi»s  oficiais  O  Estandarte  precisa 
parar  de  ser  "marqueiciro".  estampando  em  pnmeira  página  que  alguém  saiu 
na  frente,  fa/endo  apologia  da  ordenação  dc  mulheres  numa  atitude  dc 
"marketing"  agressivo,  e  quero  entender  desesperador,  num  "por  favor, 
aceiiem  todos!"  e  ser  o  órgão  itficial  da  Igreja.  ArMirando  o  Estandarte  às 
gentes.  Pela  Coroa  Real  do  SaKador.  manifestando  todas  as  correntes  exis- 
tentes, cnando  o  debate,  m>lu  lando  lati>'.  que  afeiam  a  nossa  Igreja 

Presb.Davi  de  Brito  Maciel  •  E-mail:  ábrHo@ splicenet.com.br 
NR  ■  Respeitamos  a  opinião  do  innão,  mas  tida  (Uscordamos  por  várias 
razões:  li  A  deciulo  pela  ordenação  femmina  foi  aprovada  pelo  Supremo 
Com  dio.  iralando-se  de  nonmi  le^id  e  em  vigor;  2)  A  manchete  simplesmen- 
if  e  um  registro  histórico  da  maior  importâm  ia.  pois  destaca  a  primeira  IPI 
a  seguir  íi  nova  legislação.  J)  A  matéria  publicada  não  e  nem  pretende  ser 
propaganda,  coisa  totalmente  desnecessária  visto  que  a  ordenação  feminina 
foi  amplamente  debatida  e  api ovada  peia  IPIH.  4  i  .\í  reditamos  que  a  vvnta- 
de  do  povo  presbiteriano  independente  já  se  manifestou  claramente  na  vota- 
ção ocorrida  e  que  o  irmão  não  lem  procuração  para  se  apresentar  como 
seu  legitimo  representante  Ino  máximo,  pode  continuar  a  dizer  que  pensa 
diferente).  5)  Quanto  à.\  base\ bíblicas  da  ordenação  fetninina.  admitimos  a 
pii\sd>ilidadc  de  dilerenles  opiniões  s(d>rc  o  assunto,  o  que  não  da  aulonda- 
de  para  que  o  irjnão  se  considere  dono  e  guardião  da  verdade  e  do  palavra 
final  Afinal,  quando  mais  de  dos  nossos  presbitérios  apnnaram  a 
matéria,  implicitamente,  rei  onheceram        hou-s  bíblicas 


Expediente 


O  Estandarte 

Publicação  mensal 
ÓRGÃO  OPICIAL  DA 
ICKKJA  PKKSBH  F.KIANA  INDKPENDKNTK  D<)  BRASIL 

Fundado  em  7  dc  janeiro  de  18^;^.  por  Rev  Eduardo  Carlos  Pereira. 
Rev.  Bento  Ferra/  c  Presb.  Joaquim  Alves  Conca. 
(Suces.sordc  'Imprensa  Evangélica',  fundada  cm  7/9/ IH64) 


ASSKSSORIA  DE 
IMPRENSA  E  COMUNICA- 
ÇÃO 

Re\'  Gcnyon  C,  dc  Lacerda  (relator) 

Rev  Josué  Xavier 

Rev.  Eduardo  Galasso  Fana 

Presb.  Wilson  Zanella 

Albeno  Klcin 

Diretor  e  K^itor: 

Re\  Gerson  Correia  dc  Lacerda 

Redutora: 

Pnscda  Dadona 

Revisão: 

Rev,  Ger\on  Coneia  de  Lacerda 

Jom^Lsta  respoiLsi\el: 

Dr,  1'assyr  Ferreira 

Reg  MT  6220  -  SJPESP  65381 

Matr  Sind.  n'  12763 

Redação: 

Rua  Amaral  Gurgcl.  452  -  S/L 
CEP  01221-000  São  PauIo-SP 
Fone;  (011)255-3995 


Fax:  25«>0(K)9 
E-niail:  e.standiírte^ipib.org 
Expediente:  2"  a  6"  feira,  das 
9à,s  18  horas 

Dia^nimação  e  Cadastro: 
Sheila  de  Amorim  Souza 

Assinatura  anual:  RS  IS.OO 
Depósito  no  Bradeseo 
Agência  «95-7  C/C  151.212-9 

Tiragem:  7.000cxemplares. 
Fololitn: 

Dubau  Sludio  Gráfico  Fotolito  Itda 
Impressão: 

Recorp-lmagraf  Gráficos  Lida 
Aniftos  assiníuíos  não  representiun 
nrcessanamenie  a  opinião  da  IPI 
do  Brasil,  nem  da  própria  direção 
do  jornal.  Matérias  enviadas  sem 
solicitação  da  Redução  só  serão 
publicadas  a  critério  da  direloria. 
Oi  originai^  não  se rãode\  olvidos 


Maio/1999  q  Estandarte 

Palavra  do  Presidente 


Rev.  Leontino  Farias  dos  Santos 


Pastoral  à  Igreja  Presbiteriana 
Independente  do  Brasil 


N..  Últimas  publicações  de  "O  Estan- 
darte", nossa  palavra  ressaltou  a  importância  da 
comunhão,  da  unidade,  da  paz  e  da  esperança 
como  fatores  fundamentais  para  que  a  nossa  Igre- 
ja cumpra  a  missão  de  Deus  no  mundo,  Desde 
que  a  atual  Direção  da  Igreja  se  instalou,  em 
todos  os  momentos,  sempre  se  apresentou  de 
maneira  transparente,  equilibrada,  lúcida,  coe- 
rente e  fiel  aos  princípios  da  Palavra  de  Deus. 
aos  pnncípios  doutrinários  da  tradição  reforma- 
da, aos  princípios  democráticos  que  norteiam  o 
presbiterianismo  no  mundo  e  fiel  às  decisões  da 
Assembleia  Geral  e  da  Comissão  Executiva  re- 
centemente reunida. 

Lamentavelmente,  porém,  a  atual  Direção 
tem  sido  responsabilizada  por  atitudes  e  deci- 
sões que  nunca  tomou,  por  palavras  que  nunca 
pronunciou,  por  compromissos  que  nunca  assu- 
mm.  A  bem  da  verdade,  a  Direção  da  Igreja  só 
fez  o  que  determinaram  a  Assembleia  Geral  e 
sua  Comissão  Executiva.  De  maneira  responsá- 
vel, essa  Direção  tem  procurado  administrar  cri- 
ses e  conflitos  que  já  existiam,  com  sobnedade. 
isenção  de  ânimo  e  espírito  pastoral,  sem  querer 
ser  problema  para  tais  situações,  mas  agente 
facilitador  de  soluções  que  garantam  a  saúde,  a 
paz  e  a  harmonia  da  Igreja 

Apesar  desse  procedimento  coerente  e  res- 
ponsável, a  cizânia  tem  sido  semeada  no  meio  do 
nosso  povo.  através  de  insinuações  maldosas, 
preconceituosas  e  mentirosas,  que  visam 
desestabilizar  o  governo  da  Igreja  e  promover  a 
confusão,  a  desconfiança,  a  discórdia,  a  instabi- 
lidade mstitucional  e  emocional  dos  nossos  fi- 
éis, porjiessoas  infiéis  à  Palavra  de  Deus  e  à 
consciência  cristã  (porque  mentem,  agem  dolosa 
e  irresponsavelmente),  sem  levarem  em  consi- 
deração os  riscos  e  os  prejuízos  que  estão  cau- 
sando à  família  presbitenana  independente. 

De  maneira  irresponsável,  alguns  têm  dito 
que  o  Presidente  da  Igreja  "está  para  soltar  o 
negócio  da  liturgia",  que  seria  um  documento 
que  determinana  a  unificação  da  liturgia  da  Igre- 
ja em  todo  o  país.  seguindo  o  modelo  da  missa 
da  Igreja  Católica.  Ainda  de  maneira  irresponsá- 
vel e  mentirosa,  alguns  têm  semeado  a  notícia  de 
que  o  Presidente  da  Assembleia  Geral  teria  con- 
vidado um  Cardeal  Católico  para  impetrar  a  bên- 


ção sobre  a  atual  Diretoria  da  I.P.I.  do  Brasil,  no 
culto  que  foi  realizado  na  Pnmeira  I.P.I.  de  São 
Paulo  no  último  dia  1 1  de  abnl.  Os  que  partici- 
param desse  culto  certamente  poderão  testemu- 
nhar o  que  de  fato  aconteceu.  Para  se  ter  uma 
ideia  sobre  tais  acontecimentos,  registro  o  fato 
de  um  pastor,  que  acaba  de  deixar  a  nossa  Deno- 
minação, que  afirmou  que  o  Presidente  da  Igreja 
está  ligado  à  doutnna  da  "Nova  Era",  pois  saúda 
os  seus  ouvintes  com  a  paz  de  Deus.  numa  gra- 
vação em  vídeo  distribuída  pela  igreja  local  que 
pastoreia. 

Os  fatos  acima  sào  algumas  das  evidências 
do  descompromisso  com  a  verdade,  com  a  paz  e 
com  a  harmonia  do  rebanho  e,  além  disso,  de 
que  também  não  entendem  bem  o  que  significa  o 
governo  presbitenano  na  vida  da  Igreja  que  fre- 
quentam. Essas  pessoas  pensam  que  numa  Igreja 
Presbitenana  seu  presidente  tem  autondade  para 
decretar  liturgias,  doutnnas,  penalidades,  usos  e 
costumes,  como  se  fosse  um  sistema  episcopal. 
Certamente  não  entendem  que  o  Presidente  da 
Igreja  está  subordinado  às  determinações  de  sua 
Assembléia  Geral  e  de  sua  Comissão  Executiva. 
Tais  aberrações  e  insinuações  são  incompatíveis 
com  o  sistema  presbiteriano  de  governo  e  não  se 
coadunam  com  a  administração  de  uma  Direto- 
na  que  quer  ser.  tanto  quanto  possível,  com  hu- 
mildade, fiel  â  Palavra  de  Deus  e  aos  pnncípios 
da  tradição  reformada,  os  quais  não  abrem  bre- 
chas para  atitudes  políticas  que  não  sejam  demo- 
cráticas e  que  não  favoreçam  a  liberdade  de  ex- 
pressão. Como  se  percebe,  tudo  não  passa  de 
especulação  descabida  de  quem  quer  ver  a  des- 
graça, a  divisão,  a  confusão  na  vida  da  comuni- 
dade. 

A  propósito  desses  fatos  aqui  relatados,  que- 
remos também  fazer  referência  às  manifestações 
de  um  grupo  de  pessoas,  entre  elas  pastores  e 
presbíteros,  que  distribuíram  para  a  Igreja  a  "Car- 
ta do  Rio  de  Janeiro".  Lamentamos  profunda- 
mente as  dificuldades  que  enfrentam  as  Igrejas  e 
Presbiténos  do  Rio  de  Janeiro  Podemos  imagi- 
nar o  solnmento  dos  membros  de  nossas  Igrejas 
nessa  região.  É  possível  que.  nessa  caminhada  e 
no  desejo  de  acertiir.  equívocos  possam  ter  sido 
cometidos.  No  desempenho  da  missão,  muitas 
vezes  nos  entnstecemos  com  frustrações  em  vir- 


tude de  termos  sonhado  com  a  realização  de  pro- 
jetos  que  vão  além  das  nossas  possibilidades.  E 
por  conta  disso,  às  vezes  nos  excedemos  nas 
nossas  reivindicações,  muitas  vezes  de  maneira 
apaixonada  e  até  irreverente,  como  nos  parecem 
implícitas  no  texto  citado. 

Embora  entendamos  o  desconforto  que  a  si- 
tuação nos  impõe,  não  podemos  abnr  mão  do 
princípio  de  autondade,  de  disciplina,  de  hierar- 
quia que  deve  haver  na  relação  entre  Igrejas.  Pres- 
biténos. Sínodos  e  a  Assembléia  Geral  da  Igreja. 
Esta  é  soberana.  Os  concílios  menores  devem  se 
subordinar  às  determinações  da  Assembléia  Ge- 
ral. Isto  não  significa  que  não  possamos  discor- 
dar de  suas  decisões  e  orientações.  Tudo,  porém, 
tem  o  seu  lugar  próprio  e  o  seu  momento  opor- 
tuno para  acontecer:  nunca,  porém,  em  espíniu 
de  rebeldia,  numa  postura  de  insubmissão  e  des- 
respeito à  autondade  e  governo  da  Igreja,  Tais 
atitudes  não  ajudam  a  resolver  os  problemas  já 
existentes  Apenas  dificultam  mais  a  descoberta 
de  soluções  necessárias  para  que  a  paz  se  estabe- 
leça 

A  Direção  da  Igreja  está  alenta  às  manifesta- 
ções extemporâneas  e  inconvenientes  que  amea- 
çam o  bem-estar  da  comunidade  presbitenana 
independente  e  quer  entender  pastoralmenie  os 
problemas  que  vierem  a  surgir  em  sua  adminis- 
tração, estando  disposta  a  lutar,  com  amor,  pela 
garantia  da  paz  e  da  estabilidade  na  vida  da  Igre- 
ja. Mas  não  pode  omitir-se  diante  das  necessida- 
des de  ordem  e  respeito  ao  patrimônio  moral, 
espintual  e  matenal  da  igreja. 

Diante  do  acima  exposto,  queremos  expres- 
sar nossa  tnsieza  e  repúdio  em  relação  a  essas 
manifestações  de  maldade  e  perversidade  dos 
que  querem  ver  a  Igreja  confusa  e  desconfiada 
de  sua  liderança.  Lembramos  que  ninguém  da 
Direção  se  fez  Diretor  da  Igreja.  A  escolha  do 
grupo  que  a  dirige  resulta  de  um  esforço  e  de 
uma  resposta  de  Deus  às  orações  de  seu  povo. 
Os  que  dingem  a  Igreja  Presbiteriana  Indepen- 
dente do  Brasil  hoje  não  são  os  senhores  da 
Igreja,  mas  servos  de  Deus  para  uma  missão 
espinhosa  e  desafiadora.  E  é  com  humildade  que 
nos  reconhecemos  à  disposição  de  Deus,  para 
ser  agentes  facilitadores  de  Sua  missão  no  mun- 
do através  do  ministéno  da  I.P.I.  do  Brasil. 


Reafinnamos  aqui  nosso  compromisso  de 
lealdade  e  de  fimiezadoulnnãnas  tendo  por  base 
a  Palavra  de  Deus  e  os  nossos  símbolos  dc  fé. 
contomie  estabelece  a  Constituição  de  nossa  Igreja. 

Se,  por  um  lado.  vivenciamos  nunnenios  de 
tnsieza  e  preocupação,  por  oulru.  percebemos 
que  o  Deus  da  históna  está  do  nossit  lado.  mos- 
Irando-nos  a  cada  dia  novas  oportunidades  de 
serviço,  com  manifestações  de  Siui  glória  sobre 
os  projetos  que  pouco  a  pouco  vão  sendo  postos 
em  prática,  confirmando  assim  "...  as  obras  de 
nossas  mãos".  Acredilanms  que  a  tiirefa  que  Deas 
nos  confia  é  supenor  às  nossas  mesquinharias, 
às  malícias  dos  nossos  corações,  às  limitações 
de  nossas  mentes  e  vontade  Pois  enquanto  al- 
guns tentam  desestabiliziu  o  muiislério  d.i  Igreja 
e  desviar  a  atenção  dos  que  trabalham  construin- 
do o  Reino  de  Deus  nesie  mundo,  muitos,  fora 
das  paredes  dos  nossos  templos,  eslâo  a  sucum- 
bir sem  Cristo  e  sem  salvação,  ameaçados  pelas 
forças  da  morte. 

Não  temos  tempo  a  perder.  Assim,  deixe- 
mos de  lado  pesstmismos  e  ressentimentos  e,  de 
mãos  dadas,  trabalhemos  pela  transformação  do 
ser  humano  e  sua  redenção  através  de  Cristo,  o 
nosso  Redentor! 

Que  o  Senhor  nos  abençoe  e  nos  guarde, 
que  o  Senhor  taça  resplandecer  o  seu  rosto  so- 
bre nós  e  tenha  misencórdia  de  nós.  Que  o  Se- 
nhor sobre  nós  levante  o  seu  rosto  e  nos  dê  a 
paz! 

"Pela Coroa  Real  do  Salvador"! 

Rev.  Leontino  Farias  dos  Santos 
Presidente  da  Assembleia  Geral  da  Igreja 
Presbiteriana  Independente  do  Brasil 


Datas  e  Eventos 


Encontro  de  Casais       Encontro  Nacional  dos  Sós 


A  Coordenadoria  Regional  de  Adultos  do 
Presbitério  Bandeirante  realiza  no  dia  22  de 
maio.  a  partir  das  9h.  na  IPI  de  Vila  Sabnna  o 
1 "  Encontro  de  Casais  do  Presbiténo  Bandei- 
rante. O  tema  será  a  Família.  O  evento  é  só 
para  casais. 

Informações:  (011)  201-8885  (Presb. 
Mário)  e  (01 1 )  201-4682  fNicinhaZemuner) 


Nos  dias  3  a  6  de  junho  o  grupo  dos  SOS 
(Solteiros.  Descasados  e  Viúvos)  terá  um  En- 
contro Nacional  em  Brasília.  DF  O  tema  do  en- 
contro será  "Virando  a  página". 

Mais  informações: 

(035 )  34 1 -2 1 77  e  34 1-2079. 


Convocado 


Por  ordem  do  Senhor  Presidente.  Rev,  Val- 
dir Mariano  de  Souza,  convoca-se  o  Sínodo  Se- 
tentrional para  sua  reunião  ordinána  nos  dias  22 
a  25  de  julho,  no  Acampamento  Mar  Dunas,  na 
cidade  de  Natal,  RN. 


Umpistas  do  Bandeirante 

A  Coordenadona  Regional  de  Umpismo 
do  Presbitério  BandeuTinte  apresenta  agenda 
de  ativ  idades: 

19  de  junho  -  Festa  das  Nações 

21  de  agosto  -  PalesUa  "Música  Evangé- 
lica" com  Rev.  Edilson  Botelho 

1 1  de  setembro  -  Festival  de  música 
"Celebrai" 

16  de  outubro  -  Pic-nic 

1 3  a  1 5  de  novembro  -  Acampamneto 


o  Estandarte 


Maio/ 1999 


As  IGREJAS  NO  MUNDO  -  Feitos,  Ditos  e  Acontecidos 


Rev.  Richard  William  Irwin 


Igrejas  disfanciam-se  das  seitas  apocalípticas 

(FEITO  E  DITO  em  Jerusalém  •  24  de  fevereiro) 

Ao  invés  de  enfocar  as  preparações  feilas  pelas  igrejas  do  inundo  para  festejar  o  2000°  aniversá- 
rio da  vinda  de  Cristo  no  raiar  do  novo  milénio,  os  meios  de  comunicação  estão  dando  um  destaque 
desproporcional  às  pequenmas  seitas  norte-aniericanas.  delemiinadas  a  transformar  a  ocasião  num 
evenit)  de  violência  e  horror,  miagmando  assim  apressar  o  fim  dos  tempos  Em  visia  desse  problema, 
líderes  protestantes  e  católicos  reuniram-se  em  Jerusalém  para  debater  o  lema:  "Fervor  Milenar  - 
Motivo  para  Pânico  ou  Celebração '.' " 

Comentando  o  assunto,  disse  o  Núncio  Apostólico  do  V^ilicano  para  Israel,  monsenhor  Pietro 
Sambi;  "É  de  lamentar-se  que  tais  alegações  bizarras  (das  seitas)  nscebam  a  atenção  maciça  da  mídia, 
enquanto  o  sentido  espintual  do  ano  santo  é  colocado  em  segundo  plano.  As  seitas  extremistas 
representam  um  número  relativamente  pequeno,  talvez  até  perigoso,  contudo  um  número  muilo 
pequeno.  Para  cnstãos.  o  novo  milénio  lem  pouco  sentido  se  divorciado  do  evento  central,  que  é  o 
nascimento  de  Cristo", 

Sinagoga  colonial  em  restauração 

(ACONTECIDO  em  Recife) 


Primeira 

Sinagoga 
crguiíla 
pelos  judeus 
hrasileiws 
em  Curação 
no  ano  de 
1674 


Foi  aprovado,  faz  poucas  semanas,  o  proje- 
lo  de  historiadores  pernambucanos,  de  desapro- 
priar e  restaurar  u  antigo  casarão  no  centro  de 
Recife.,  o  qual  serviu  de  sinagoga  para  1,200 
judeus,  durante  a  ocupação  holandesa  de  1630 
até  1 654.  Fugindo  da  Santa  Inquisição  em  Por- 
tuga!, eles  vieram  para  o  Brasil,  atraídos  pela 
liberdade  religiosa,  que  os  holandeses  começa- 
vam a  instalar  no  territ(')ri<>  recém -conquistado 
no  Nordeste  O  velho  prédio,  antes  ignorado 
como  monumento  histórico,  será  transformado 
no  Centro  de  Documentação  e  Pesquisas  da  His- 
tórica Judaica,  a  fim  de  tomar  conhecido  o  papel 
significativo  exercido  pelos  judeus,  na  fundação 
da  cidade  de  Recife. 

Em  1654.  com  a  retomada  portuguesa  das 
terras  dominadas  pelos  holandeses,  a  comunida- 
de israelita  se  viu  mais  uma  vez  sujeita  às  siste- 
máticas perseguições  da  Inquisição,  Três  meses 
depois  da  expulsão  dos  holandeses,  os  judeus 
resolveram  abandonar  tudo  o  que  haviam  conse- 
guido em  Recife,  procurando  refúgio  novamen- 
te sob  a  bandeira  da  Holanda.  Um  pequeno  gru- 
po partiu  para  Nova  Amsterdã.  na  Aménca  do 
Norte  ■  hoje  a  cidade  de  Nova  Iorque  -  onde 
fomiaram  o  pnmeu"o  núcleo  judaicu  naquela  parte 
do  mundi»  Mas  a  maioria  buscou  abngi>  num 
domínio  holandês  mais  próximo  du  Brasil  -  a 
Ilha  de  Curaçao.  no  Mar  do  Canbe  AU  fundou  a 
Congregação  Mikvé  Israel  CA  Esperança  de  Is- 
rael"), que  consagrou  sua  pnmeira  sinagoga  no 
ano  de  1 674.  Com  a  passagem  do  lempo.  a  co- 
munidade israelita  de  Curaçao  desenvolveu-se 
na  maior,  mais  próspera  e  mais  influente  das 


Américas.  Em  1 729.  quando  a  congregação  mais 
pobre  de  Nova  Iorque  esforçava-se  parta  cons- 
truir sua  primeira  sinagoga,  os  judeus  de  Curaçao 
lhes  enviaram  uma  generosa  doação  para  ajudar 
naquela  construção. 

Contra  as  fogueiras  da  Santa  Inquisição  nos 
séculos  16  e  17.  nem  judeus  convertidos  ao  ca- 
tolicismo romano  (cnstãos  novos)  estavam  se- 
guros Não  é  por  acaso  que  a  Holanda  calvinista 
dava  abrigo  ao  povo  judeu  nesse  lempo  de  hor- 
renda intolerância  religiosa.  A  Reforma 
Calvinista,  com  .sua  insistência  na  importância 
do  Antigo  Testamento,  fez  com  que  nascesse  uma 
nova  apreciação  do  lugiu"  ocupado  pelos  israelitiLs 
na  economia  de  Deus.  o  que,  por  sua  vez.  contri- 
buiu para  acabar  com  o  opróbno  e  perseguição 
dos  judeus  em  países  de  lê  Reformada,  como  a 
Holanda  e  a  Inglaterra  e  suas  respectivas  colóni- 
as do  além-mar.  Calvino  ensinou  que  os  judeus 
"são  os  primogénitos  na  fanulia  de  Deus".  Em- 
bora rejeitassem  o  Evangelho,  "a  bênção  de  Deus 
continua  a  habitar  com  eles"  (As  Instituías.  Li- 
\To4. Capítulo  16. Seção  14). Em  l619,aRepú- 
blica  Unida  da  Holanda  concedeu  aos  judeus 
todos  os  direitos  de  cidadania. 

Durante  a  ocupação  holandesa  no  norte  do 
Brasil,  si)b  o  govemo  de  João  Maurício.  Conde 
de  Nassau.  embora  a  religião  oficial  fosse  o  Cul- 
to Reformado,  era  permitido  o  exercício  tanto  do 
catolicismo  romano  como  das  celebrações 
israelitas.  Até  hoje,  o  anii-semiiismo  nunca  en- 
controu solo  propício  entre  povos  de  tradição 
Reformada. 


O  fato  número  um  do  segundo  milénio 

(ACONTECIDO  em  Estrasburgo,  no  ano  de  1455) 

Na  edição  especial,  MILÉNIO,  a  revista  Veja 
destaca  os  1  (X)  fatos,  que  mudaram  o  mundo  duran- 
te o  Segundo  Milénio  (1(X)1  a  1999).  Escolheu  como 
fato  de  primeira  importância  a  publicação  da  Bíblia 
por  Johanes  Gulemberg,  inventor  do  primeiro  sis- 1 
tema  de  tipos  móveis  na  Europa,  nos  meados  do 
século  15.  Antes  de  Gutemberg,  os  livros  eram  co- 
piados à  mão.  Pouca  gente  tinha  acesso  à  leitura. 
Para  Gutemberg,  a  Bíblia  era  de  tiimanha  importân- 
cia, que  só  ela  merecia  ser  o  pnmeiro  livro  impresso 
no  mundo.  (Que  contraste  neste  fim  de  milénio, 
quando  se  vê  a  maravilha  dos  novos  meios  de  co- 
municação criados  pela  ciência,  como  a  televisão  e  a 
internei,  sendo  utilizados  não  só  para  transmitir  in- 
fonnações  valiosas,  mas  também  banalidade,  su- 
perstições, pornografia  e  preconceitos. ) 

Embora  muito  trabalhoso,  o  sistema  de  impressão  feito  por  Giiiemherg  -  provavelmente  cada 
página  levava  um  dia  para  ser  montada  -  uma  vez  lendo  os  tipos  no  lugar,  era  relativamente 
fácil  reproduzi-lo  com  rapidez.  Sem  a  imprensa  de  Gutemberg,  que  tornou  possível  a  larga 
puhlica(;ão  de  Bíblias,  tratados  teológicos,  .saltérios  e  hinário.'!,  é  quase  certeza  que  a  Reforma 
Protestante,  sem  meios  de  propagar-se.  feria  abortado 


Primeira  Prova  da  Imprensa  de  Gulemberg 


Protesto  contra  perseguição  religiosa 

(FEITO  em  Nova  Dèlhi,  capital  da  índia,  no  dia  18  de  março  último) 

Em  16  de  março,  quase  1 500  cnstãos  pobres  perderam  suas  casas,  incendiadas  num  surto  de 
sentimento  anti-crístão  fomentado  por  fundamentalistas  hindus  no  vilarejo  de  Ranalei.  estado  de 
Onssa  no  leste  da  índia  -  o  mesmo  estado  onde.  há  dois  meses,  um  missionário  baiisia  da  Austrália 
foi  queimado  vivo  juntamente  com  os  dois  filhos,  por  fanáticos  do  hinduísmo  ultraconservador 

Dois  dias  depois,  mais  de  200  oficiais  eclesiásticos,  reunidos  em  Nova  Délhi  para  uma  conven- 
ção nacional  sobre  a  pobreza,  marcharam  até  a  sede  do  govemo  numa  manifestação  de  protesto 
silencioso,  contra  esse  mais  recente  ato  de  violência  aos  cristãos.  Uma  delegação  de  seis  membros, 
liderados  por  K  Rajarainam.  presidente  do  Conselho  Nacional  de  Igrejas  da  índia,  foi  escoltada  pela 
polícia  alé  o  gabinete  do  pnmeiro  ministro,  a  quem  iria  entregar  um  memorando  de  protesto.  Na 
ausência  do  pnmeiro  ministro,  a  delegação  recusou-se  a  entregar  o  documento  aos  seus  auxiliares/ 

Exigindo  medidas  severas  para  garantir  a  segurança  da  população  cnslã,  o  memorando  afinnava 
que  "as  atrocidades  cometidas  contra  cnstãos  representam  uma  reação  ao  processo  em  andamento 
(feito  pelas  igrejas)  com  o  propósito  de  habilitar  a  oprimidae  marginalizada  casta  dos  intocáveis  na  índia 
( A  maioria  dos  cristãos  pertence  à  faixa  de  renda  mais  baixa  da  .sociedade  indiana). 


Apoio  dado  a  Caio  Fábio 


(FEITO  em  Recife) 

O  Concílio  da  Diocese  Anglicana  de  Recite,  reunindo  o  clero  e  as  forças  leigas  do  Pará  à  Bahia, 
aprovou,  por  unanimidade,  voto  de  solidariedade  ã  pessoa  e  ministéno  de  Caio  Fábio  de  Araujo 
Filho,  no  recente  "pretenso"  escândalo  político  pelo  qual  foi  acusado  e  que  se  tomou  notóno  através 
da  mídia  secular  O  Rev.  Caio  Fábio  é  pastor  presbiteriano,  dingente  da  VINDE,  presidente  de  honra 
da  AEVB  (Associação  Evangélica  Beneficente),  escritor  e  evangelista.  Sua  carta  aberta  ao  povo 
evangélico,  dando  a  própna  ótica  sobre  a  situação  infeliz  em  que  caiu,  foi  recentemente  publicada  em 
O  Estandarte. 

(DITO  por  Robinson  Cavalcanti,  bispo  da  Diocese  Anglicana  de  Recife,  sobre  "Caio  Fábio  e  seus 

amigos-da-onça" ) 

"Os  heróis  da  fé  do  protestantismo  brasileiro  não  são  constituídos  a  partir  de  uma  perspectiva 
bíblica  ou  rcfomiada  -  vasos  de  barro  disponíveis  nas  mãos  do  Senhor  -  mas  perspectiva  católica 
romana  da  nossa  cultura  popular,  de  santos  perfeitos,  supercristãos,  em  estado  de  graça.  Projeta-se  e 
espera-se  perfeição  A  qualquer  comportamento  aquém  da  pretendida  perfeição  destrói-se 
impiedosamente  o  ídolo,  em  um  processo  que  já  foi  denominado  por  uma  de  suas  vítimas  de 
"inquisição  sem  fogueiras". 

O  ponto  de  vista  de  Caio  Fábio,  assim  como  a  solidariedade  de  um  punhado  de  abnegados 
amigos,  ficou  restnlo  a  uma  desigual  veiculação  pelo  correio  eletrónico, 

A  imprensa  evangélica,  denominacional  ou  não.  em  quase  sua  totalidade,  manteve-se  em  culposo 
silêncio  (racionalizado  com  prudência),  como  se  nada  tivesse  acontecido.  O  povo  evangélico  não  teve 
acesso  a  outra  ótica  sobre  a  questão,  relorçando-se  a  suspeita  de  que  a  grande  imprensa  eslava 
certa, ..A  sociedade  secular  passou  a  perceber  claramente  que  líderes  evangélicos  apedrejados  (como 
Estêvão)  morrem  sós.  enquanto  colegas  sustentam  as  vestes  dos  apedrej adores". 


FONTES:  Músca  Sacra  Evangélica  no  Brasil,  Henriqueta  R.  F.  Braga;  Noticias  Ecuménicas  Intemacionales' 
Synagogue  Guidebook:  Curaçao,  "Rie  Church's  Mission  !o  the  Jews.  R,W,  Irwin;  Ultimato;  Veja, 


O  Rev.  Richard  é  obreiro  fraterno  da  IP  (EUA),  membro  da  equipe  pastoral  da 
P IPI  de  São  Paulo,  professor  do  Seminário  Teológico  de  São  Paulo  e  escreve 

a  pedido  de  O  Estandarte  desde  1981 


Maio/1999 


O  Estandarte 


Ordenação  Feminina 


Mais  uma  presbítera  em  São 

Paulo 


A  IPI  do  Grajaú  ordenou  no  dia 
14  de  fevereiro  a  Presbítera  Ildemara 
Quinna  Bonifim.  Ildemara.  ou  Mara, 
é  missionária  do  Presbiténo  São  Pau- 
lo e  cursa  o  3°  ano  do  curso  do  CTM 
de  Cuiabá,  MT  Nordestina  do  inten- 
or  da  Bahia.  Mara  tem  uma  filha  de  1 4 
anos.  Daniela,  e  está  trabalhando  na 
IPI  do  Grajaú.  São  Paulo. 

A  presbítera  também  está  cunhando 
o  r  ano  no  Semináno  de  São  Paulo. 

Enfim,  a  ordenação 
feminina! 

Alguns  fatores  influenciaram  pani 
que  a  igreja  fosse,  durante  muito  tem- 
po, contra  a  ordenação  feminina.  Sem 
dúvida  o  fator  de  maior  influência  foi 
a  liderança  predominantemente  mas- 
culina existente  no  meio  eclesiástico 
no  decorrer  dos  séculos.  A  mulher  foi 


negado  o  direito  de  opinar  e.  até  mes- 
mo, de  exercer  sua  capacidade  de  de- 
cisão e  liderança,  Entrentanto.  mesmo 
diante  das  dificuldades,  a  mulher  ven- 
ceu a  barreira  do  preconceito  e  mos- 
trou seu  talento,  desenvolvendo  tra- 
balhos brilhantes  na  igreja,  mostran- 
do-se  indispensável,  tanto  para  a  obra 
de  Deus.  quanto  para  o  próprio  ho- 
mem. 

Há  pouco  mais  de  tiés  meses  a 
IP!B  entendeu  que  era  chegada  a  hora 
(já  não  era  sem  tempo)  de  reconhecer 
o  trabalho  feminino  pela  ordenação  e. 
hoje.  já  é  possível  participarmos  dire- 
tamente  da  direção  da  Igreja. 

Como  pnmeira  presbítera  do  pres- 
biténo de  São  Paulo,  eleita  pela  IPI  de 
Grajaú  e  participando  ativamente  das 
decisões  do  Conselho,  eu  louvo  a  Deus 
por  esse  grande  e  importante  pa.sso 
dado  pela  IPIB.  rogando  a  Ele  as  suas 
bênçãos  sobre  nós  mulheres  para  que 


Sá/  JÍÍÉI 


Preshii 


'liara  í'  ordenada 


possamos  criar  modelos  de  Presbíteras 
e  Pastoras  que  contribuam  para  o  en- 
grandecimento do  Seu  Reino  aqui  na 
terra. 

Presb.  e  Miss.  Udemara  Bonfim 


Sínodo  Brasil  Central 
elege  presbítera 


É  com  muita  alegria  e.  ao  mesmo  tempo,  satisfação  que 
estamos  informando  às  IPls  do  Brasil  a  eleição  da  primeira 
presbítera  do  Sínodo  Brasil  Central.  A  escolha  aconteceu 
no  dia  14  de  março,  por  ocasião  da  Assembléia  Extraordi- 
nána  da  IPl  do  Jardim  América.  Goiânia,  GO,  A  pnmeira 
mulher  eleita  foi  a  irmã  Ana  Francisca  Resende. 

No  momento  da  eleição  da  irmã  Ana  houve  grande  emo- 
ção, pois.  quando  lhe  foi  perguntada  se  aceitaria  o  desafio  ela. 
com  lágnmas  e  muito  emocionada,  respondeu  positivamen- 
te Toda  a  igreja,  também  emocionada,  teve  certeza  neste 
momento  que  Deus  conduziu  e  apnwou  a  escolha. 

"A  grande  satisfação  nisso  tudo  é  ver  que  a  luta  de 
vários  anos  se  transformou  em  vitóna.  Tenho  certeza  que  a 
IPIB  está  cada  vez  mais  se  inovando  e  se  preparando  para 
adentrar  no  novo  milénio  com  novos  desafios  missionári- 
os. Com  a  graça  de  Deus  e  agora  com  mais  a  ajuda  da 
capacidade  feminina,  a  IPIB  caminha  para  o  seu  centenáno 
fazendo  história",  diz  o  Lie.  Adilson  de  Souza  Filho. 


Jd.  Amerua-  {esq  p/ dir)  Presbs  Kohson  it»n  U'llty(.  lu. 
Fernando.  Ana  e  esposo  Maiinr.  Jantar.  Lic  Adilson  e 
Presb.  Alberro  e  Euridice 


Candidatas  ao  ministério:  uma 
realidade  no  Presbitério  São 
Paulo 


o  Presbitério  de  São  Paulo  viveu,  no  último  dia  27 
de  março,  uma  expenência  inédita  e  ao  mesmo  tempo 
gratificante.  Tratando-se  de  reunião  exiraordmána  com 
agenda  definida  dava  a  impressão,  num  pnmeiro  mo- 
mento, que  aquela  seria  apenas  mais  uma  reunião  de  Pres- 
biténo, No  entato,  havia  uma  fato  novo  e  inédito  aconte- 
cendo naquele  momento:  quatro  mulheres  apresentavam- 
se  como  candidatas  oficiais  ao  Sagrado  Ministério. 

Ainda  que  o  Presbiténo  de  São  Paulo  lenha  atual- 
mente  nove  candidatos  oficiais  (5  homens  e  4  mulheres), 
pela  primeira  vez  no  Presbitério  mais  antigo  da  IPIB 
procedia-se  ao  exame  de  número  tão  grande  de  candidatas 
ao  Ministéno  da  Palavra  e  agora  oficialmente,  em  função 
da  nova  constituição. 

Lá  estavam  Carmem  Silvia  I.  dos  Santos.  4"  ano. 
Ildemara  Querina  Bonfim.  1°  ano.  íris  Marli  Hansen.  5° 
ano.  e  Regiane  Claudia  Barbosa,  2"  ano.  convictas  de  seu 
chamado  e  determinadas  a  mostrarem  o  quanto  sentem- 
se  vocacionadas  a  cumprirem  a  missão  a  que  foram  cha- 
madas. 

Novo  é  o  fato.  nova  é  a  situação  e  acima  de  tudo  novo 
é  o  momento  que  a  IPIB  desfruta  nesse  novo  contexto 
histórico.  Não  há  mais  o  porquê  falar  sobre  a  conquista 
de  um  espaço  de  direito  para  as  mulheres.  Vivemos  agora 
o  momento  em  que  homens  e  mulheres  submetem-se  à 
vontade  de  Deus  para  cumpnrem  única  e  tão  somente  a 
missão  e  vocação  a  que  foram  chamados:  Pastorear  um 
rebanho  que  quer  continuar  a  participar  da  construção  do 
Reino  de  Deus. 

Necessário  se  faz  apoiar  as  nossas  futuras  pastoras 
orando  por  elas.  incentivando-as  e,  pnncipalmente.  ofe- 
recendo-lhes  oportunidades  de  trabalhar  nas  igrejas  des- 
te e  de  outros  presbitérios.  Que  Deus  as  abençoe! 

Iris  Marli  Hansen 


Sermões 


"ENVOLVE.  TE  COM  ESTE  JUSTO" 

(Mateus  27.11. 26} 


Neste  texto.  Jesus  está  sendo  interrogado  por  Pilatos,  que  tinha  a  res- 
ponsabilidade de  decidir  sobre  Seu  futuro,  se  Ele  sena  condenado  ou  absol- 
vido. Na  sequência  vemos  que  a  opção  dc  Pilatos  foi  pela  condenação  de 
Jesus,  santo  e  justo,  e  a  absolvição  dc  um  homicida  chamado  Barrabás, 
pessoa  comprovadamente  comprometida  com  tantas  maldades  a  seres  hu- 
manos. Mas  não  é  sobre  isto  que  falaremos  nesta  nicdilação,  O  que  nos 
chama  a  atenção,  é  o  faio  da  mulher  de  Pilatos  niandar-lhe  um  recado 
quando  ele  eslava  no  tnbunal;  "Não  te  envolvas  com  este  justo  porque  hoje 
em  sonhos  muito  sofri  por  teu  respeito"  (versículo  19).  A  pergunta  que 
fazemos  é  esta;  Por  que  esta  mulher  sofreu  tanto  ao  sonhíir  com  Jesus?  Qual 
é  o  conteúdo  deste  sonho  que  lhe  trouxe  tanta  preocupação? 

Será  que  em  sonhos  ela  viu  Jesus  cheio  de  ternura,  estendendo  a  mão 
e  curando  alguém  dc  fornia  maravilhosa''  Será  que  em  sonhos  ela  viu  Jesus 
sendo  crucificado,  agredido  e  ao 
mesmo  tempo  atendendo  ao  clamor 
de  um  pecador  na  cruz:  "Em  verdade 
te  digo  que  hoje  mesmo  estarás  co- 
migo no  p;u"aíso'"'  Ou  será  que  em 
sonhos  ela  viu  Jesus  estendendo  a 
mão  sobre  o  mar  revoltado  ordenan- 
do "Aquieia-le"  e  o  mar  imediata- 
mente se  tranquilizando  '  Será  que  em 
sonhos  cia  VIU  o  momento  sublime 
da  ressurreição  de  Jesus''  Ou  será 
que  ela  viu  o  Trono  de  Deus  e  o 
Senhor  à  Sua  direita  em  majestade  e 
glóna''  Jamais  saberemos  o  conteú- 
do do  sonho  desta  mulher  Todavia, 
é  claro  que  este  fato  lhe  transtornou 
a  mente  e  o  coração  a  ponto  de  levá- 
la  a  aconselhar  o  marido  a  não  preju- 
dicar a  Jesus  que  era  santo  e  justo,  "Não  te  envolvas  com  este  justo". 

Mas  nossa  palavra  a  você  nesta  mensagem  é  :  "Envolve-te  com  este 
justo  chamado  Cnsio  ",  Vale  a  pena  o  envolvimento  em  profundidade  com 
Ele,  O  testemunho  bíblico  é  de  que  todas  as  pes.soas  que  se  envolveram  com 
Ele  com  smcendade.  seriedade  e  fé.  foram  profundamente  abençoadas  pelo 
seu  grande  amor  Envolve-te  com  este  justo  chamado  Cnsto. 

r-  Envolve-te.  no  sentido  dc  receber  Sua  salvação. 

Só  Ele  pode  salvar  a  vida  humana  do  distanciamento  de  Deus  c  da 
morte  eterna.  Atos  4:12  diz  que.  abaixo  do  céu.  não  existe  nenhum  outro 
nome  pelo  qual  importa  que  sejamos  salvos.  Só  Jesus  pode.  Por  isso, 
envolve-te  envolvas  mais  com  Ele  Só  Ele  pode  dar  alívio  às  pessoas 
cansadas  e  aflitas  em  nossos  dias  (Mt  11,28-30)  Envolve-ie  com  Ele  e 
cante  com  alegria:  "É  Cristo  só  meu  salvador,  por  Ele  cu  lenho  paz.  Jesus 
a  Ti,  louvor  darei,  pois  tudo  Tu  medas"  Que  doce  privilégio  o  envolvimento 
com  Jesus,  para  amá-Lo  mais.  obedecé-Lo  mais,  adorá-Lo  mais  e  ter  Nele  a 
segurança  de  uma  salvação  eterna. 


Rt  v.  Valdir 


2"-  Envolve-te.  no  sentido  dc  te  consagrares  inteiramente  ao  Seu  serviço. 

Este  justo  deseja  que  seus  discípulos  se  envolvam  mais  com  Ele.  Alme- 
ja que  cada  um  diga  "Senhor.  eis-me  aqui.  para  servir-te  enquanto  aqui 
viver  Usa-me  em  algum  ministério  que  engrandeça  o  teu  Reino  na  terra.  Na 
evangelização,  para  que  mais  vidas  alegremente  se  envolvam  contigo  e  com 
a  salvação.  No  trabalho  missionáno.  a  fim  de  que  todas  as  nações  conheçam 
Teu  nome.  Tua  glória  e  confessem  que  Tu  és  Senhor,  Na  prática  da 
misericórdia  para  com  os  abandonados,  doentes,  mendigos  e  pobres  deste 
mundo,  para  levar-lhes  o  pão.  a  justiça,  o  consolo  c  a  salvação.  Na  igreja 
local,  contribuindo,  participando  dos  cultos  e  dc  algum  ministéno  que  con- 
tnbuirá  para  seu  fortalecimento,  para  a  glória  dc  Deus  O  cnstianismo  atual 
precisa  de  maior  consagração.  Há  muitos  anos  auás.  um  marajá  da  índia 
vinha  por  uma  estrada  e  encontrou  urn  mendigo  com  uma  sacola  cheia  de 
arroz  e  disse-Ihe:  dá-me  um  pouco  do  seu  arroz.  O  mendigo  pegou  três 
grãos  de  arroz  e  lhe  deu.  Então  o  marajá  tomou  três  pedras  de  ouro  e 
colocou  na  mão  do  mendigo  e  se  foi  estrada  a  fora,  O  mendigo  abrindo  a 
mão  e  vendo  as  três  pedras  dc  ouro.  fechou  os  olhos  e  chorou  dizendo: 
"Por  que  eu  não  dei  tudo '  Envolve-ie  mais  com  este  justo,  fazendo  mais  era 
sua  obra  e  recebendo  dele  bênçãos  sem  medida. 

Conclusão 

Você  já  se  envolveu  com  Jesus''  Você  O  serve  com  alcgna  '  Dê  este  passo 
e  você  verá  que  pnvilégio  incomparável  é  se  envolver  com  Jesus  Vale  a  pena. 


Escreva  para  o  Rev.  Valdir  Alves 
Av.  Senador  Souza  Neves.  455 Apto  101  ■  86900-000  -  Jandaia  do  Sul  -  PR- 
tone  fax  (043)  432-3329  •  aevreis&inbrapenetcom.br 


s 

Nossas  Igrejas 


O  Estandarte 


Maio/ 1999 


r-iiiin  Divulgaçaii 


IPI  da  Casa  Verde  comemora  Jubileu  de  Ouro 


A  IPI  de  Cxsa  Verde  completou  no  dij  27 
de  marv"o  seu  Jubileu  de  Ouro.  Os  50  anos  da 
Igreja  foram  comemorados  com  dois  cultos, 
um  no  dia  27  (sábado)  e  outro  no  dia  2K  (do- 
mingo), A  IPI  da  Casa  Verde  foi  organizada 
em  1949,0  culto  de  ai,"ào  de  gradas  do  dia  27 
contou  com  a  panicipa^âo  da  IPI  do  Cambuci, 
do  seu  coral  e  do  .seu  pastor.  Rev,  Assir  Perei- 
ra, como  pregador  da  nojte.  O  culto  de  a(,ão  de 
graças  do  dommgo  contou  também  com  a  pre- 
sença de  visitantes  de  igrejas  de  São  Paulo  e 
teve  como  pregador  o  Rev.  Cláudio  Oliver  dos 
Santos,  pastor  da  igreja  Participaram  t;uiibém 
grupos  musicais  da  igreja  local. 

As  mensagens  tanto  do  sábado  quanto  do 
domingo  tiveram  uma  abordagem  desafiadora 
"no  senudo  de  esiimulare  convocar  a  igreja  local 
para  uma  maior  inserção  pastoral  na  sociedade 
em  que  vive.  retomando  sua  missão  numa  pers- 
pectiva global",  disse  o  Rev  Cláudio, 

A  IPI  de  Casa  Verde  tem  120  membros  e 
conta  como  membros  do  conselho,  além  do  pas- 
tor, o  Rev.  Adílio  Gomes,  emérito,  e  os  presbs. 
Valdoir  Marinelli  (vice-presidente),  João  Ferreira 
Franco  Filho  ( secretánn  1.  Jomar  Franco.  ( tesou- 
reiro). Edson  Nascimento  Gonçalves.  Fábio 
Mannelli.  José  Roberto,  Wilson  Izzo  e  Wilson 
Cruz.  aJém  dos  presbíteros  eménio  Hermínio 
Sticio.  fundador  da  igreja,  e  Levi  Vieira  Ramos, 
já  falecido 

A  Igreja  mantém  uma  congregação  em  Vila 
Nova  Cachoeinnha  e  é  mãe  da  IPI  de  Vila  Santa 
Maria.  Sustenta  projelos  sociais  como  a  entrega 
de  cestas  básicai.  cursos  profisssionalizantes  de 


Cimumarai,íií):  Conselho  de  mãos  dadas:  Revs. 
Cláudio  €  Assir  (ao  centro) 

datilografia  e  informática  para  jovens  de  família  | 
de  baixa  renda  e.  em  parcena  com  o  Sesi  (Servi- 
ço Social  da  Indústria),  um  curso  básico  da  1'  à 
4'  série 

HISTÓRIA  -  A  IPI  de  Casa  Verde  começou 
no  bairro  em  1933.  quando  membros 
da  família  Amaral  Camargo  se  transfe- 
riram para  São  Paulo  Com  visão 
missionária,  os  irmãos  Presbs 
Juvenlino  e  Osias  Amaral  pediram  aju- 
da para  a  4'  IPI  de  São  Paulo  para  aber- 
tura de  uma  congregação.  Em  1937. 
foi  alugado  um  pequeno  salão  na  rua 
Lençóis.  5-A  e  instalado  o  ponto  de 
pregação  com  a  família  dos  presbíteros 
e  assessorada  pelo  Rev.  Francisco 
Augusto  P  Júnior,  da  4'  IPI. 

Em  2S  de  março  de  1 938  o  ponto 
de  pregação  foi  transformado  em  con- 
gregação, lendo  como  pnmeiro  diretor 


Jaime  Domingos  Correia,  Em  I94fí 
comprou  uma  sede  própria  (Rua 
Urbano  Duarie.  63)  e  no  dia  27  de 
março  de  1 949  f bi  transformada  em 
igreja. 

Fizeram  parte  da  comissão 
organizadora  os  Revs  Alfredo 
Borçes  Teixeira.  Roldão  Tnndade 
de  Avila.  Adolpho  Machado  Cor- 
reia e  os  Presbs ,  José  da  Costa  Júnior 
e  Ricardo  Casarino.  O  pnmeiro  pas- 
tor foi  o  Rev.  Alfredo  Borges 
Teixeira, 

Pensando  no  futuro,  a  IPI  de 
Casa  Verde  está  durante  todo  o  ano  de 
1 999  ( Ano  do  Jubi  leu )  realizando  reuniões,  trei- 
namentos e  planejando  estrategicamente  sua  re- 
lação entre  missão  e  niimsténos  na  igreja  local 
dentro  da  nova  visão  da  IPIB  para  o  século  2 1 


Jidnleu-  festa  com  cultos  no  sábado  e  domingo 


Palavra:  Rev-  Cláudio, 
pastor,  fala  à  congregação 


Templo  lotado:  muitos 
vtMiaram  a  IPI  de 
Casa  Verde 


IPI  do  Tucuruvi:  36  anos  de  lutas  e  bênçãos 


Com  um  clima  de  festa,  a  IPI  do  Tucuruvi 
comemorou  no  dia  20  de  março,  sábado.  36  anos 
Seu  pastor  atual.  Rev.  Izaias  de  Souza  Can  alho. 
iniciou  o  trabalho  agradecendo  a  Deus  pela  pre- 
sença de  ttxlos.  em  especial  daqueles  que  ajuda- 
ram a  fazer  a  históna  da  igreja  Muitos  não  são 
mais  membros,  mas  estiveram  no  evento. 

Muitas  pessoas  foram  homenageadas  Entre 
elas  as  filhas  dos  fundadores,  as  irmãs  da  extinta 
SAS  (Sociedade  Auxiliadora  de  Senhoras),  jo- 
vens da  LfMP!  e  desbravadoras  do  início  da  igreja 
em  1.963  Em  especial  foi  homenageada  Dona 
Hortência  Rodrigues  de  Souza,  86  anos,  que.  no 
passado,  foi  presidente  e  vice  da  SAS  Com 
torça  e  vigor  Dona  Hortência  trouxe  uma  pala- 
vra de  ânimo  a  Iodos  os  presentes. 

Participou  também  da  festa  o  Coral  da  Igre- 
ja Metodista  da  Vila  Nivi,  que  entoou  hinos  de 
louvor  a  Deus  numa  homenagem  aos  seus  par- 
ceiros de  muito  tempo  na  pregação  do  Reino  de 
Deus  na  zona  Norte  de  São  Paulo.  Seu  pastor,  o 
Rev  José  Gonçalves  Pereira,  foi  o  pregador  da 
noite  extraindo  a  sua  mensagem  do  Livro  do 
Apocalipse  cap  1 

O  Conjunto  Maranata  participou  cantando 
hinos  de  louvor  a  Deus  e  dingindo  os  cânticos 
congregacionais.  A  homenagem  final  ficou  por 
conta  da  Coordenadona  de  Adultos,  quando  sua 
coordenadora.  Maura  Nunes  de  Andrade 
Ravazzi.  leu  o  histónco  da  igreja. 

Históna  -  No  dia  1 5  de  fevereiro  de  1 953  o 
casal  Benedito  Nunes  de  Andrade  e  Leonídia 


Conselho  da  ii^reja:  J6  anos  dc  lufas  c  bêm^ãos 


Martins  de  Andrade  recebeu  em  sua  casa  a  visita 
do  seminarista  Emiliano  Gomes  de  Brito  e  do 
Presb.  José  Boletti.  ambos  da  3'  IPI  de  São  Pau- 
lo, no  Brás.  convidando-os  para  que  fossem 
dirigentes  de  uma  escola  dominical  no  TUcuruvi. 
Foi  aceito  o  convite  e  começaram  a  procurar  o 
local,  que  foi  prontamente  cedido  pelo  Sr.  Jorge 
da  Silveira  Barros  e  sua  esposa  Dna  Sebastiana 
Pereira  Banos,  residentes  à  Rua  do  Campo.  09. 

O  trabalho  teve  início  no  dia  22  de  fevereiro 
de  1953,  com  a  presença  de  20  pessoas  entre 
adultos  e  cnanças,  entre  eles  o  Sr  Jorge  Silveira 
Banos.  Dna  Sebastiana,  sua  esposa,  e  os  filhos 
Ademar.  Ruth,  Carlos  e  Isaura,  Sr.  Benedito 
Nunes  de  Andrade,  sua  esposa  Leonídia  e  os 


lilhos  Milso.  Moacyr.  Martinho  e 
Maura.  Dna  Antónia  Gianini  e  as  fi- 
lhas Doracy  e  Esther.  Dna  Clementina 
dos  Santos  e  os  seminaristas  Emiliano 
Gomes  de  Bnto  e  o  Rev.  Silas  Silveira 
(pastorem  Brasília),  Este  trabalho  fun- 
cionou neste  local  até  abnl  de  1953 
passando  posteriormente  para  Rua 
Tanque  Velho.  51,  na  residência  dos 
irmãos  Deoclides  Lula  e  Dna  Isaura 
Lula  de  Matos,  que  cederam  a  casa 
onde  a  congregação  esteve  durante  7 
anos. 


ISIi 


Hoinengagem.  D.  Hortência, 
uma  das  fundadoras 


Com  muito  esforço  e  dedicação  os  irmãos 
trabalhavam  imensamente  com  a  finalidade  de 
arrecadar  fundos  para  compra  de  um  teneno  e  a 
construção  de  um  templo,  E  foi  assim  que  o  iní- 
cio de  1960  os  trabalhos  passaram  a  funcionar 
em  seu  leneno  e  sede  prõpna  à  Rua  Dragões  da 
Independência.  2 1 ,  ainda  como  congregação  até 
o  dia  09  de  março  de  1963.  No  dia  10  se  organi- 
zou como  IPI  do  Tucuruvi. 

PASTORES  -  O  Rev.  Dr.  João  Bernardes 
da  Silva  foi  o  pnmeiro  pastor  e  ficou  3  anos 
sendo  sucedido  pelos  pastores  Rev,  Darcy  do 
Amaral  Camargo.  3  anos,  Rev  Benedito  Antó- 
nio dos  Santos.  9  anos;  Rev.  Saulo  de  Castilho, 
1 2  anos,;Rev,  Irdo  Vargas  Riveira,  2  anos  e  atu- 
almente  o  Rev  Izaias.  que  pastoreia  a  igreja  há  7 
anos.  A  Igreja  prosperou  e  frutificou  tendo  saído 
daqui  4  pastores:  Rev,  Edson  Rios,  IPI  de  Dou- 
rados; Rev.  José  Carlos  da  Silva,  Sul;  Rev, 
Israel  Piacente,  Rev,  José  Carlos  Nímia  { já  fale- 
cido) e  a  missionária  Sulamita,  casada  com  o 
Rev.  Daniel,  que  está  se  preparando  junto  à  mis- 
são Sepal  para  o  trabalho  de  evangelização  dos 
Maias  na  Guatemala  (  Am.  Central).  No  mo- 
mento contamos  com  a  valiosa  cooperação  da 
Bel  em  Teologia  Mara  Cnstina  e  dos  seminaris- 
tas Edy,  Jane  e  o  mais  recente  seminarista  Ricardo 
Vidal, 

Coordenadoria  de  Adultos  do  Presb. 
Bandeirante.  Texto  Presb.  Wagner  J.  Costa 


Maio/ 1999 

Nossas  Igrejas 


O  Estandarte 


Ma/S  uma  IPI  em  Cambé 


Desde  o  dia  7  de  fevereiro  deste  ano  a  1 
progressista  cidade  de  Cambé.  Paraná,  per- 
tencente à  região  metropolitana  de  Londnna. 
passou  a  ter  mais  uma  Igreja  Presbiteriana 
independente.  A  sede  provisóna  da  Igreja  é 
um  imóvel  alugado  à  Rua  Pascoal  Moreira 
Cabral.  1.135.  região  leste  da  cidade  quase  na 
divisa  com  a  cidade  de  Londrina,  no  Jardim 
Novo  Bandeirantes,  Esta  é  uma  região  bem 
típica  de  uma  cidade  em  desenvolvimento.  O  I 
bairro  é  cortado  por  uma  rodovia  federal  qiw 
liga  o  sudoeste  do  Estado  de  São  Paulo,  re- 
gião de  Assis,  com  a  região  Sul  do  Paraná, 
caminho  para  Ponta  Grossa  e  Curitiba,  A 
margem  desta  rodovia,  no  territóno  de  Londri- 
na, está  a  Universidade  Estadual  (UEL).  nosso 
Seminário  Teológico,  um  dos  maiores  shopping 
do  sul  do  país.  bem  como  indústrias  de  confec- 
ções e  laticínios.  No  território  de  Cambé  o  co- 
mércio também  é  pujante.  Aqui  estão  sendo  ins- 
taladas grandes  firmas  comerciais  e  indústrias 
de  transformação  Entretanto,  o  problema  social 
e  religioso  é  muito  sério  Há  muitas  famílias  po- 


Conselho:  a  IPI  de  Cainhe  já  tem  uma  preshíleni 


Templo  parle  da  igreja  de  Cambé,  recém  i  ruída 


bres.  ausência  de  emprego,  cnanças  desnutndas 
e  jovens  sem  rumo  na  vida.  A  região  onde  está 
agora  a  Igreja  também  não  possuía  uma  Igreja 
Reformada.  Existem  muitas  comunidades  peque- 
nas que  aparecem  e  logo  desaparecem.  Por  isso 
a  Igreja  foi  organizada  com  um  objetivo  essenci- 
almente missionário. 

A  organização  esteve  sob  a  responsabilida- 
de de  comissão  designada  pelo  Presbi- 
tério Norte  do  Paraná  e  formada  pelos 
Reverendos  Leonardo  Mendes.  Anto- 
nio Carlos  Cardoso,  Uriel  Silveira, 
presbíteros  Jorge  Fidelino.  Sidney  Luiz 
Tiziani  e  Luiz  Carlos  de  Almeida.  Na 
oportunidade  foram  reeleitos  os 
presbíteros  Daniel  de  Lima.  Giomar  Ri- 
beiro dos  Santos.  Saul  Dias  Duarte  e 
eleita  a  presbítera  Sandra  Zequim 
Rodrigues.  Esta.  certamente,  uma  das 
primeiras  presbíteras  a  ser  eleita  após  a 
reforma  de  nossa  Carta  Magna,  Para 
compor  a  Mesa  Diaconal  foram  reeleitos 


Marcos  da  Silva,  Ereni  de  Moraes  Pereira  de 
Lima  e  eleitos  Daniel  da  Silva.  Pedro  Chaves 
Cardoso.  Helena  Corrêa  e  Mana  Aparecida 
Borim.  Também  foram  aprovados  os  estatutos 
da  Igreja  e  empossado  ao  seu  novo  pastor.  Rev 
Unel  Silveira. 

Durante  sua  fase  de  gestação  a  Igreia  esteve 
ligada  á  IPI  de  Cambé,  pastoreada  pelos  Reve- 
rendos Antonio  Carlos  Cardoso  e  Leonardo 
Mendes,  Ela  recebeu  também  o  acompanhamen- 
to espontâneo  e  eficaz  de  pastores  que  prega- 
vam, ensinavam  e  que  estavam  sempre  ao  lado 
dos  irmãos:  Reverendos  Éber  Ferreira  Silveira 
Lima.  Antonio  de  Godoy  Sobrinho.  Aldo  Anto- 
nio Gonçalves  e  Carlos  Roberto  Metittier  Re- 
gistnimos  ainda  o  trabalho  relevante  do  missio- 
náno  e  músico  Fams  McDaniel  Goodrun  e  es- 
posa Telma  Boasorte  Goodrun,  membros  da  nova 
Igreja. 

Mesmo  sendo  Congregação,  esta  comuni- 
dade atuava  como  se  fosse  Igreja,  pois  possuía 
uma  liderança  íorte  e  atuanie.  umaCoordenadona 
de  Adultos  organizada,  uma  UMPI  ativa.  uma 
Escola  Dominical  dinâmica,  uma  receita  finan- 
ceira razoável,  e  cobria  seus  compromissos  par^i 
com  o  Presbiténo  e  Supremo  Concílio,  via  Igrt' 
ja  mãe. 

Neste  momento  em  que  o  povo  Presbiienam  < 
Independente  é  informado  oficialmente  sobre  a 
existência  desta  Igreja,  pedimos  de  todos  as  ora 
çôes  para  que  não  seja  ela  apenas  mais  uma  igreja, 
porém  que  seja  uma  Igreja  nova  para  fazer  dile 
rença  no  lugar  em  que  está  A  Deus  toda  glón^i' 

Presb.  Giomar  Ribeiro  dos  Santos 
Secretário  do  Conselho 


Coordenadoria  de  Adultos  começa 
atividades  com  vigília 


A  Coordenadoria  Regional  de  Adultos  do 
Presbiténo  Bandeirante  iniciou  suas  atividades 
de  1999  com  um  culto  de  vigília.  Reuniram-se 
no  dia  19  de  março  no  templo  da  P  IPI  de 
Guarulhos  cerca  de  50  pessoas  com  o  firme  pro- 
pósito de  orar  a  Deus  em  vigília  e  também  para 
estudar  a  palavra  num  debate  onde  o  lema  central 
era  a  família. 

Este  é  o  pnmeiro  trabalho  realizado  pelos 
coordenadores  regionais.  Presb.  Wagner  Jardim 
da  Costa  e  Elza 

DEBATES 
-Durante  o  cul- 
to aconteceram 
três  foros  de 
debates.  O  pn- 
meiro com  o 
tema"Asrefe- 
r  è  n  c  i  a  s 
bíblicas  sobre 
a  família  no 
Velho  e  no 
Novo  Testa- 
mentos" foi 
ministrado 


!iex_  Fernando  deh.'J<- 


pelo  Rev.  Fernando  Bortolleto 
Filho,  pastor  da  igreja.  Den- 
tre as  conclusões  tiradas  da 
exposição  se  destaca  a  respon- 
sabilidade dos  pais  nos  tem- 
pos bíblicos  perante  a  educa- 
ção dos  filhos. 

O  segundo  tema  foi  "Os 
desafios  da  vida  moderna  na 
igreja",  sob  a  responsabilidade 
do  Rev.  Edson  Tadeu  Duran, 
pastor  da  3'  IPI  de  Guarulhos 
Na  discussão,  o  pastor  procurou 
mostrar  as  características  da  pós- 
modemaidade  e  suas  influéncixs 
sobre  as  famílias  da  igreja.  "A  pnncipal  caracte- 
rística é  a  falta  de  compromisso  com  as  institui- 
ções, pnncipalmente  a  igreja". 

O  terceiro  e  último  tema  foi  "A  família  na 
igreja"  exposto  pelo  Rev  Jesus  Ross  Martins, 
pastor  da  IP!  de  Vila  Sabrina,  que  procurou  iden- 
tificar que  tipo  de  família  cultua  a  Deus  nos  nos- 
sos dias.  concluindo  que  esta  família  é  a  família 
comum,  que  vive  seu  dia  a  dia.  A  única  diferen- 
ça, disse  o  pastor,  "é  que  a  famíha  não  deve  estar 


Paieslrantes:  Rev.  Jesus  (à  esq)  e  Rev.  Edson 


somente  na  igreja,  mas  a  igreja  dentro  da  fami- 
Ua". 

A  intenção  da  Coordenadoria  de  Adultos  é 
continuar  a  debater  a  família  pois.  segundo  os 
coordenadores,  este  é  o  caminho  para  que  haja 
um  resgate  das  coisas  essenciais  e  importantes 
para  o  Reino  de  Deus. 

Texto  originai  WJC 


IPI  de  Maracaju 
comemora  um  ano 


A  IPI  de  Maracaju.  Mato  Grosso  do 
Sul.  completou  no  dia  1"  de  março  um  ano 
de  existência.  A  comemoração  foi  realiz;ida 
no  dia  28  de  fevereiro  A  data  também  teve 
outK>  nmtivo  de  comemoração  o  recebimento 
de  mais  1 1  irmãos  e  imiãs  como  mcmbnís  c 
S  menores.  totali7.ando  54  membros  comun- 
gantes  e  37  menores. 

Na  ocasião  a  igreja  recebeu  várias  pes- 
soas visitantes  c  após  o  culto  ã  noite  todos 
puderam  se  alegrar  cortando  o  bolo  de  ani- 
versário, 

Missionário  Paulo  Alves  Domingues 


Hora  do  Holo:  lesq  p/dir)  PcncHvâma. 
nu.\.  Paulo,  Eli  inéia  e  Rev-  Edson 


Cantinho  do  Umpismo 


A  Coordenadoria  Regional  do  Umpismo 
do  Presbitério  Bandeirante  reuniu  no  dia  1 6  de 
março  na  IPI  do  Tucuruvi  200  jovens,  O  en- 
contro marcou  o  início  das  atividades  da  CRU 
para  1999,  O  louvor  loi  a  pnncipal  atração 
liderado  pela  equipe  dos  Jovens  da  Verdade, 
quando  também  apresentaram  hinos  de  louvor 
a  Deus  outros  grupos  das  igrejas  da  CRU 

Na  ocasião,  também  foram  empossados, 
pelo  presidente  do  Presbiténo.  Presb.  Ervio  de 
Mattos,  os  coordenadores  da  CRU.  A  mensa- 
gem foi  ministrada  pelo  bacharel  William,  es- 
tudante no  2"  semestre  do  Seminário  Teológi- 
co de  São  Paulo. 


Décio,  coordenador  da  CRU 


o  Estandarte 


Maio/ 1999 


Nossas  Igrejas 


O  ir  aniversário  da  3"  IPI  de  São  Paulo 


Nos  dias  27  e  28  de  março,  a  3'  IPI  de 
São  Paulo  comemorou  o  seu  77"  aniversã- 
no.  Foram  realizadas  vána,s  atividades  ao 
longo  dos  dias.  A  programação  foi  iniciada 
no  sábado  com  o  Torneio  de  Fulsal.  con- 
tando com  a  participação  das  IPIs 
Betânia.  Vila  Formosa  e  Carandini.  além  dos 
times  da  3'  IPI. 

Após  o  torneio,  houve  um  Louvoriào 
sob  a  direção  do  Rev.  William  Souza 
(Willião)  da  IPI  do  Carandiru.  juntamente 
com  a  equipe  de  divulgação  do  Seminário 
Jovens  da  Verdade. 

No  domingo,  a  Escola  Dommical  foi 
dingida  pelo  Rev,  João  Rodngues.  da  5° 
iPI  de  Manngã.  além  da  presença  da  banda 
J.V.  ministrando  o  louvor. 


77  anos:  Rev.  João  Icom  iJaJo)  t-  o  l  otiselho  da  igrejti  aniversananle 


No  culto  vespertino, 
trouxe  a  palavra,  novamente, 
o  Rev,  João  Rodrigues  e  con- 
tou com  a  participação  do 
Coral  Mama  e  do  Quarteto 
Renovação,  da  IPI  de  Cida- 
de Palnarca. 

Finalizando  a  noite,  hou- 
ve o  tradicional  "Parabéns"  e 
o  bolo  de  aniversáno  propor- 
cionando momentos  de  co- 
munhão e  reencontros  com 
aniigos  membros  e  visitantes 

Flávia  Adorno  e  Tatiana 
Aguiar 


Pariu  ipaf^õo:  jovem  tia  3"  IPI  e  convidados 


IPI  de  Cidade  Patriarca  comemora  7  anos  de  Conjunto  Ágape 


No  dia  5  de  abril  o  conjunto  Ágape  co- 
memorou 7  anos-  A  festa  começou  cedo  no  dia 
10.  com  um  café  da  manhã  que  reuniu  todas  as 
integrantes  para  um  momento  de  comunhão  e 
bale-papo  com  a  Leila  de  Carv  alho  Coutinho, 
psicóloga  que  realiza  trabalho  de  conscienuzação 
e  integração  através  de  dinâmicas  de  grupos  À 
noite,  cerca  de  1 00  pessoas  estiveram  reunidas 
no  culto  de  agradecimento  na  IPI  de  Cidade  Pa- 
triarca, onde  o  grupo  congrega.  O  pregador  foi 
o  Rev.  Carlos  Bartiosa,  pastor  da  igreja.  Além 
da  participação  do  conjunto,  cantou  o  quarteto 
masculino  RenovAção.  que  também  faz  parte 
do  ministério  da  música  da  igreja. 

O  conjunto  já  viveu  momentos  difíceis 
como  a  saída  de  integrantes  ou  mesmo  proble- 
mas técnicos,  mas  nunca  desanimou,  foi  além 
e  perseverou.  "Nosso  ministéno  é  louvar  e  é 
isso  que  estamos  fazendo  graças  às  nossas  ora- 
ções e  da  amada  igreja",  diz  Gislene  Portela  de 
Souza,  integrante  do  Ágape. 

Com  um  repertório  bem  variado,  o  conjun- 
to já  fez  e  participou  de  algumas  cantatas.  aJém 
de  atender  convites  para  cantar  em  outras  igre- 


LOUVAMOSaDEUS 

f^/o  7-Anmr9ano 


J 


Ágape:  15  integrantes  na  comemoração  do  7°  aniversário 


Quartelo  Renovação:  minisu  rio  musica! 


jas.  casamentos  e  formaturas.  Vários  músicos  aju- 
daram o  conjunto  Ágape  como  Ronaldo  de  Sou- 
za. Célia  Medina.  Fábio  Santana.  Wesley  Portela. 
Atualmente.  o  grupo  recebe  o  apoio  das  pianistas 
Cristiane  Jordão.  Priscila  Spósito  e  Telma  de  Sou- 
za. A  formação  atual  é  composta  por  com  1 5  mo- 
ças: Alessandra.  Ana  Paula.  Carolina.  Francine, 
Gisele.  Gislene.  Graziela.  Karina,  Patrícia. 


Paulinha,  Priscila,  Sara,  Sheila. 
Tatiana  e  Telma. 

A  oração  do  Conjunto  Ágape 
é  de  agradecimento  ao  Senhor  pe- 
las vozes  e  vidas  que  são 
dedicadas  ao  serviço  do  Reino, 
"Obrigado,  ó  Deus,  por  apenas 
nos  amar". 


CafcdaManiwiniegraçi 


scimento 


2°  IPI  de  São  Bernardo  vive  novo  tempo 


A  2'  IPI  de  São  Bernardo  do  Campo  está 
vivendo  um  novo  tempo.  Há  exatamente  quatro 
meses  esta  Igreja  está  vivendo  um  momento  ma- 
ravilhoso de  renovo  espiritual.  No  dia  3  de  janei- 
ro tomou  posse  como  pastor  da  igreja,  que  fica 
no  bairro  de  Baeta  Neves,  o  Rev.  Pedro  Sanches 
Vierma. 

"Sempre  que  nos  reunimos  para  o  louvor  do 
Senhor  nosso  Deus.  temos  sentido  a  doce  presen- 
ça do  Espínto  Santo" 

Domingo  após  domingo,  o  templo  tem  esta- 
do cheio  e  como  não  podena  deixar  de  ser.  atual- 
mente, conta  com  uma  Escola  Dominical  dinâ- 
mica em  que  a  esposa  do  pastor,  a  senhora  Mana 
Ester  Lyra  Sanches,  tem  desempenhado  papel 
importantíssimo,  ensinando,  onentando.  tendo 


em  vista  o  crescimento  espintual  de  todos.  Tam- 
bém, neste  curto  espaço  de  tempo,  fomiaram-se 
conjuntos  de  louvor  de  jovens  e  adultos.  O  con- 
junto coral  está  se  organizando  novamente. 

As  terças-feiras  há  reunião  de  oração  no  tem- 
plo, no  período  da  manhã.  Ás  quartas-f eiras  te- 
mos cultos  nos  lares,  no  período  da  tarde,  e  às 
quintas-feiris,  à  noite,  há  estudos  bíblicos  mi- 
nistrados pelo  Rev.  Pedro.  Em  todas  as  ocasi- 
ões, há  um  número  considerável  de  irmãos  que 
se  reúnem  para  louvar,  orar  e  aprender  mais  so- 
bre a  Palavra  de  Deus. 

A  Igreja  continua  crescendo.  Seu  progresso 
é  visível.  "Temos  a  certeza  que  a  mão  do  Senhor 
está  nos  guiando.  Ainda  há  muito  o  que  fazer 
para  o  crescimento  da  obra  neste  local,  damos 


graças  ao  Senhor  da  Igreja  pelos  obstáculos  ven- 
cidos e  as  vitórias  alcançadas.  Estamos  cami- 
nhando, prosseguindo,  olhando  fixamente  para 
Jesus  Cnsto.  o  autor  e  consumador  da  nossa  fé. 


portanto,  a  Ele  seja  dada  toda  honra  e  toda  gló- 
ria". 

A  semelhança  de  Samuel,  também  nós  dizemos 
"  Ebenézer,  até  aqui  nos  ajudou  o  Senhor". 


Marla  Raquel  Olmo 
Verzegnassi 


Novo  Tempo:  2° 
IPI  de  São 
Bernardo  do  ^ 
Campo  durante 
um  culto  de  açâo 
de  graças  . 


Maio/1999 


Diálogo 


o  Estandarte 


Aipral  promove  encontro  de  igrejas  reformadas 


No  último  dia  17  de  abni  a  AIPRAL 
Aiiiuiça  de  Igrejas  Presbitenanas  e  Reíormadas 
da  América  Lalina  -  promoveu  um  verdadeiro 
enconlro  de  cooperavâo  Em  forma  de  reunião, 
o  trabalho  com  a  participarão  de  12  igrejas  re- 
formadas entre  presbitenanas  e  congregacionais. 
A  organizarão  das  aiividade.s  ficou  por  conta 
do  presidente  da  AIPRAL.  Rev.  Hírcio  de  Oli- 
veira Guim;irães.  pastor  da  fPIB  e  r  Secretário 
da  Assembleia  Geral, 

Segundo  ele.  a  reunião  teve  dois  objelivos 
a  cnaçâo  de  meios  de  conhecimentos  mútuos 
entres  as  igrejas  presbitenanas.  reformadas  e 
congregacionais  no  Brasil  e  a  recepção  do  Se- 
cretário Executivo  do  Departamento  de  Coope- 
ração e  Testemunho  da  AMIR  (Aliança  Mundi- 
al de  Igreja  Reformadas).  Rev.  Dr.  Park  Seong 
Won  (veja  maiéna).  A IPIB  mantém  várias  par- 
cerias com  igrejas  presbitenanas  e  reformadas 
entre  elas  a  IPB,  IPU  e  IPUSA. 

A  participação  do  Dr  Park  teve  como  obje- 
livo  fazer  com  que  a  AMIR  conhecesse  igrejas 
não  membros  e  aproximasse  as  já  fiUadas  "O 
Dr.  Park  veio  em  nome  da  AMIR  dar  uma  pala- 
vra de  estímulo  para  que  as  igrejas  brasileiras 
estejam  se  unindo",  diz  o  Rev.  Hírcio.  A  AMIR 
atua  em  105  países  e  possui  208  denominações 
filiadas,  somando  cerca  de  80  milhões  de  mem- 
bros em  todo  o  mundo. 

PARTICIPAÇÕES  -  O  encontro  foi  realiza- 
do na  I '  IPl  de  São  Paulo  e  contou  com  a  presen- 
ça de  representantes  das  seguintes  denomina- 
ções: Igreja  Presbiteriana  do  Bra- 
sil. Igreja  Presbiteriana  Unida, 
Igreja  Presbitenana  Renovada  d*  < 
Brasil,  Igreja  Luterana,  Igre).i 
Pres-bitenana  Coreana  do  Brasi  i. 
Igreja  Evangélica  Árabe.  Igreja 
Evangélica  Congregacional  do 
Brasil,  Igreja  Presbiteriana  de 
Formosa.  Igreja  Presbiteriana 
Tradicional  do  Brasil.  Igreja 
Evangélica  Refomiada  no  Brasil. 
Igreja  Presbiteriana  Antioquia 
Coreana  do  Brasil  e  Igreja 
Presbiteriana  Independente  do 
Brasil. 

Questionados  sobre  o  encon- 
tro a  maioria  dos  participantes 
mostrou-se  muito  estimulada: 

"Sempre  um  encontro  como  este  é  impor- 
tante, edificante.  Conhecendo  o  trabalho  de  ou- 
tras denominações  aprendemos  e  ensinamos", 
diz  o  Rev.  Egon  Lindoifo  Gund,  pastor  e  um  dos 
diretores  da  Igreja  Evangélica  Congregacional 
do  Brasil,  que  atua  principalmente  no  Sul  do 
Brasil.  Mato  Grosso  e  Mato  Grosso  do  Sul 
Desde  1 972.  a  igreja  atua  no  Paraguai 

"Acho  importante  este  tipo  de  encontro,  pois 
entendo  que  o  evangelho  devena  ser  uma  comu- 
nidade de  fé  e  amor.  Não  só  dentro  da  igreja,  mas 
fora.  no  mundo.  À  medida  em  que  a  igreja  pensa 
em  se  unir  neste  espírito,  acho  muito  bom  Me 
preocupo  um  pouco  quando  a  igreja  está  muito 
voltada  para  si  mesmo,  com  seus  princípios  e  se 
esquece  do  evangelho  de  que  o  Jesus  veio  para  a 
salvação  e  para  o  mundo",  disse  Elinele  Paes, 
presbítera  da  Igreja  Presbiteriana  Unida  em 
Indaiatuba, 

Para  os  representantes  das  igrejas,  a  reunião 
também  trouxe  momentos  de  reflexão,  "Uma 
oportunidade  excelente  de  refletir  sobre  uma  vi- 


l^rejm  refonnadm:  12  igrejas  estiveram  reunidas 


são  mais  ampla  da  igreja  até  sob  o  aspecto  da 
Aliança  Mundial  de  Igreja  Refonnadai,  Esta  reu- 
nião foi  para  mmi  muito  benéfica",  disse  o  Rev. 
Wilson  de  Souza  Lopes.  Secretário  Executivo 
da  IPB  "A  meu  ver.  a  reunião  ajudou  a  despertar 
a  responsabilidade  da  igreja  no  sentido  de  dar 
respostas  eclesiolõgicas  para  o  mundo,  pnnci- 
paimente  neste  mundo  globalizado  e  tão  rápido 
Também  ajudou  a  tomar  consciência  da  impor- 
tância da  unidade  entre  as  igrejas  quando  estas 
tiverem  de  dar  à  sociedade  uma  resposta  de 
Deus",  diz  Chang  Lien  Chuan,  pastor  titular  da 
Igreja  Presbitenana  de  Formosa  de  São  Paulo  e 
presidente  do  Presbitério  desta  igreja. 


IhiiloKo:  enconlro  st-rvu  paro 


troco  ileidémsenireãmommKÕes 


Rev.  Rtrk  (à  esq)  jiihmdo  cm  coreano  e  traduzido  pelo 
Se/n.  Shung 


Participantes 

!PU:Presbs,  Elinele  Paes,  Celso  de  Oliveira. 
Marcos  dos  Santos;_!PB;  Rev,  Wilson  Lopes 
e  Presb,  Custódio  Pereira,  Cary  de  Souza; 
(PR;  Revs,  Ciaudenir  de  Pien  e  Carlos  Pe- 
reira; IP  Tradicional:  Rev  Benon  Paes;  iP 
Coreana  Revs,  Sung  Kang.  Kang  Hl  Dong; 
IP  de  Formosa  Rev  Chang  Chuan;  IP 
Antioquia:  Sem  Shung  Choi;  Iq.Ev.Árabe: 
Rev.  Khalil  e  Tereza  Samara  ,  lg.  Ev.  Refor- 
mada: Rev  Marcos  Lourenço:  Ig.Ev. 
Congregacional  Rev  Egon  Gund;  Ig, 
Anglicana  Luiz  Caetano  Teixeira;  IPIB 


Revs,  Leontino  dos  Santos,  Hirdo  Guima- 
rães, Luís  Sabanay,  Éber  Lima,  Abival  Silveira, 
Odair  Mateus,  Leonildo  Campos;  Presb.  Alcy 
da  Silva.  Vera  Roberto.  Tirza  Guimarães  e 
Rev,  Archibald  Woodruff. 


Representante  da  Amir 
incentiva  cooperação 

programa  de  Cooperação  e  Unidade  desenvolvido  pela  Aliança.  "O  objelivo  é  ajudar  a  promo- 
ver entre  as  jgreja.s  membros  e  as  que  ainda  não  são  um  espínio  de  cooperação  c  entendinien- 
lo  ,  disse  o  Dr,  Park  em  entrevista  a  O  Estandarte. 

Segundo  ele,  outras  metas  norteiam  o  trabalho  da  AMIR  para  as  igrejas  no  Brasil  como 

umameIhorprolm^■ãodaJustlçaeconômicaeacongn^gaclonallz;lçãodomov,nlenI..ecun.ê^ 
Ou  seja.  levar  o  espinlo  ecumêmco  à.s  comunidades  locais,  "Não  é  objetivo  da  AMIR  impor 
suas  ideias  e.  sim.  compartilhar  com  as   bases  as  necessidades  das  igrejas.  Vejo  um  grande 
potencial  das  igrejas  locais  e  a  Aliança 
deve  estimular  essas  pessoas  para  o  tra- 
balho ecuménico",  diz  o  pastor. 

Além  do  Brasil,  o  pastor  visitou  ou- 
tros dois  países  da  América  Latina.  Peru 
e  Bolívia.  Esta  é  a  pnmeira  vez  que  ele 
visita  os  latino  americanos. 

Durante  a  reunião  entre  as  igreja.s  re- 
formadas, o  Dr  Park  esteve  falando  por 
alguns  minutos  sobre  a  Aliança,  seus  oh- 
jetivos  e  a  importância  da  troca  de  idéia.s 
entre  as  igrejas  reformadas.  "Estou  mui- 
to impressionado  com  a  proposta  das 
Igrejas  se  reunirem  para  conversar  Um 
evento  como  este  na  Coreia,  por  exem- 
plo, seria  mais  difícil  acontecer,  pois  as 
pessoas  lã  estariam  um  pouco  pessimis- 
tas. Aqui  as  pessoas  tiveram  coragem  de  vir.  de  falar  e  de  ouvir",  disse  o  pastor. 

Para  o  Dr  Park  a  ordenação  de  mulheres  é  muito  positiva,  "Na  minha  igreja  na  Coréia.  que 
so  há  três  anos  começou  a  ordenar  mulheres,  já  começamos  a  colher  frutos  positivos  Os 
membros  do  conselho  tiveram  de  se  comportar  mais  gentilmente  com  a  presença  das  mulheres 
e  elas  estão  dando  reais  contribuições  ã  vida  da  igreja",  disse  ele.  O  pastor  sugere  que  lalvez 
na  IPIB  aconteça  a  mesma  coisa  e.  lambem,  deseja  que  ela  possa  ser  exemplo  para  outras 
igrejas  que  ainda  não  adotaram  a  ordenação  feminina. 

O  Dr  Park  é  coreano,  pertence  ã  Igreja  Presbitenana  da  Coréia  (IPK)  e  mora  em  Genebra, 
Ele  é  formado  em  Teologia  por  um  dos  Seminános  da  Igreja  Presbiteriana  da  Coréia.  em 
música  pela  Universidade  de  Seul.  e  e  doutor  em  Teologia  pelo  Seminário  Teológico  de  São 
Francisco,  nos  Estados  Unidos,  O  Dr  Park  está  envolvido  com  a  AMIR  desde  1986.  quando 
era  um  dos  articuladores  das  conversas  entre  as  igrejas  coreanas  e  a  Aliança.  Desde  1995. 
trabalha  como  Secretário  Executivo  em  Genebra,  na  Suíça,  sede  da  AMIR. 


I 


10 


O  Estandarte 


Maio/1999 


Secretários 


Secretários  e  relatores  tomam  posse 


No  dia  1 1  de  abril  a  direioria  da  Assembleia 
Geral  da  IPIB  realizou  um  culto  na  1 '  IPI  de  São 
Paulo  para  celebrar  a  posse  dos  novos  secretári- 
os, secreiánas,  relatores  e  assessores  das  diver- 
sas áreas  da  igreja. 

"Este  é  um  momento  do  compromisso  com 
a  IPIB  e  com  o  reino  de  Deus",  disse  o  Rev.  Éber 
Ferreira  SiK  eira  Lima,  Secreláno  Executivo  da 
IPIB.  Estiveram  presentes  os  secretários  e  se- 
cretárias de  área;  Rev  Gerson  Annunciação. 
Missões;  ProP  Shirley  Mana  dos  Santos  Pro- 
ença. Cnanças;  Noemi  Machado.  Adolescentes; 
Ronaldo  Dias  de  Andrade.  Juventude;  Rev  Luís 
Sabanay.  Diaconia;  Elisabete  Cinira  Damião. 
Música  e  Liturgia:  Presb.  Francisco  de  Almeida. 
Adultos:  Presb  Reuel  de  Matos  Oliveira.  Ad- 
nunistração  e  Planejamento;  Rev.  Silas  Oliveira, 
Educação  Cristã;  Rev.  Júlio  Paulo  Zabatiero. 


Educação  Teológica;  Rev.  Valdinei 
Aparecido  Ferreira.  Ação  Pastoral. 
Também  estiveram  presentes  os  as- 
sessores e  relatores,  Rev  Carlos 
Barbosa,  Jurídico;  Rev  Eduardo 
Galasso  Fana.  Imprensa  e  Comu- 
nicação: Rev  Tiago  Escobar  Fun- 
dação Eduardo  Carlos  Pereira.  Ou- 
tros membros  das  secretarias,  as- 
sessorias e  comissões  também  par- 
ticiparam. 

O  pregador  da  manhã  foi  o  pa,s- 
torda  Igreja  hospedeira.  Rev  Abival 
Pires  da  Silveira,  que  falou  sobre 
paixão;  "Temos  de  ter  paixão  pela 
Glòna  de  Deus.  pela  Palavra,  pela 
Missão  e  pela  Unidade  de  Deus".  Sua  mensa- 
gem que  foi  baseada  em  João  1 7. 


Fnin  oficial,  /xrvsc  ilos  secretários,  si  i  i  t  hinti\.  relatores  e  assessores 


Rev.  Eber  ia  dir):  desafio  ao  compromisso 


A  celebração  contou  com  a  parti- 
cipação do  coral  feminino  da  l'  IPI  de 
São  Paulo  sob  a  regência  da  maestnna 
Dorotéa  Ken 

Durante  a  posse  dos  novos  secre- 
tános.  secretánas.  relatores  e  assesso- 
res o  Rev,  Leontino  Farias  dos  Santos, 
presidente  da  Assembléia  Geral,  disse 
da  importância  em  termos  "os  olhos 
voltados  para  Deus  neste  compromis- 
so com  o  Remo  dele.  E  também  da  nos- 
sa responsabilidade  em  levar  este  com- 
promisso para  fora  da  igreja'". 

Algumas  secretarias  e  comissões 
estiveram  se  reunindo  desde  que  fo- 
ram nomeadas,  no  dia  1 2  de  março  pela 
Comissão  Executiva,  Até  o  fechamento  desta 
edição  recebemos  informações  das  Secretarias 
de  Adultos.  Criança,  Missões,  Educação  Teoló- 
gica e  da  Fundação  Eduardo  Carlos  Pereira,  As 
reuniões  e  decisões  das  outras  áreas  da  igrejas 
deverão  ser  publicadas  nas  próximas  edições. 


'"'^^decercadeSOpes: 


"'"''-^ci.ersas  éreas  da  U 


igreja 


Inu  IO  Jo  irahollio:  secretarias  começam  a  planejar  o  finura 


Agora  você  tem  a  oportunidade  de  conhecer  mais  sobre  a  vida  e  a  trajetória 

de  um  dos  mais  notáveis  expoentes  da  igreja  evangélica  nesse  século. 
A  DIDAQUÈ  acaba  de  lançar  "JOHN  A.  MACKAY:  UM  ESCOCÊS  COM  ALMA 
LATINA".  Nesta  obra.  de  autoria  de  John  H.  Sinclair,  você  se  defrontará 
com  o  teólogo,  o  missionário  e  missiólogo,  o  militante  peia  justiça,  o 

líder  da  igreja,  o  escritor  e  intérprete  do  ecumenismo. 
John  A.  Mackay,  incontestavelmente,  influenciou  toda  uma  geração  de 
pensadores  evangélicos.  Você  não  pode  deixar  de  conhecer  a  biografia 

desse  homem. 

Adquira  já  o  seu  exemplar  e  inicie  o  quanto  antes  a  prazerosa  e  enriquecedora 
leitura  de  "JOHN  A.  MACKAY:  UM  ESCOCÊS  COM  ALMA  LATINA". 

Pedidos  à: 


Autor  John  H.  Sinclair 
Tradução:  Rev.  Joás  Dias  de  Araiíjo 

Rev.  Nephtali  Vieira  Jr. 
Formato:  14x21  cm 
r  de  páginas:  192 


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LIVROS  DIDAQUÊ:  PARA  QUEM  QUER  MERGULHAR  MAIS  FUNDO 


Grandes  Temas  da 
Tradição  Reformada 


As  doutrinas  básicas  à  luz  da  teologia 
calvinista.  Questões  atuais  e  polémicas.  Obra 
de  referência  para  pastores,  professores  de 
Escola  Dominical  e  outros  líderes  da  igreja. 
Mais  uma  obra  das  Publicações  João  Calvino, 

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gélica Pendão  Real 

(01  Ij  257-4847.  Preço  R$  20,00. 


O  Estandarte 


Missões 


Nova  diretoria  da  SMI  realiza  primeira 


reunião 


A  nova  direiona  da  Secretaria  de  Missões 
se  reuniu  pela  primeira  vez  nos  dias  1 6  e  1 7  de 
março.  O  Rev.  Gerson  Mendonça  Annunciação 
foi  reconduzido  para  mais  uma  gestão  como 
Secretário  de  Missões  da  IPIB.  trabalho  com  o 
qual  está  envolvido  desde  1990  tendo,  neste 
periodo.  ocupado  também  a  função  de  Secretá- 
rio Executivo  Os  demais  direlores  nomeados 
pela  Comissão  Executiva  da  Assembléia  Geral 
são:  Sra.  Tirza  Guimarães.  Sta  Vera  Maria 
Roberto  e  os  Revs,  Silvânio  Silas  Ribeiro  Cabnal. 
Valdir  Alves  dos  Reis,  Antônio  Carlos  Alves! 
Ademar  Rogalo.  Aury  Vieira  Reinaldei.  José 
Rómulo  Magalhães  Filho.  Valdir  Bnzola  de 
Almeida  e  Marco  Antônio  Barbosa,  O  Rev 
Enock  Coelho  de  Assis  foi  convidado  a  conti- 
nuar na  Secretana  Executiva  da  SMI.  respon- 
dendo pelo  andamento  do  trabalho  na  sede  da 
Secretana  e  executando  as  decisões  da  diretona, 
A  reunião,  que  teve  início  por  volta  das  1 5h 
do  dia  1 6.  contou  com  a  presença  do  Rev.  Éber 
Ferreira  Silveira  Lima,  Secretário  Executivo  da 
IPIB.  Ao  dingir  uma  reHexão  bíblica,  ele  expres- 
sou também  a  esperança  do  presidente  da  As- 
sembleia Geral.  Rev  Leontino  Fanas  dos  San- 
tos, em  relação  ao  trabalho  missionário. 

Foi  apresentada,  principalmente  àqueles 
que  pela  primeira  vez  fazem  parte  da  diretoria. 


SMI:  Rev.  Gerson  {centro)  e  a  nova  equipe  da  Secreta 


a  situação  da  SMI.  como  projetos  em  andamen- 
to, os  que  ainda  serão  executados  e  o  cuidado 
com  os  missionários-  Dentre  as  atividades  de- 
senvolvidas pela  Secretana.  a  atenção  dispensa- 
da aos  missionános  e  missionánas  tem  se  desta- 
cado. 

Nesta  gestão  lerão  atenção  também  :  1 )  a 
retomada  do  Plano  Missionário  Global  (PMG). 
avaliando-se  o  que  foi  alcançado  e  novas  metas 
a  serem  incluídas;  2)  a  discussão  junto  aos  par- 


Fundação  reúne  nova 
diretoria 


A  nova  diretoria  da  Fundação  Eduardo 
Carlos  Pereira  se  reuniu  pela  primeira  vez  no 
dia  1 9  de  março  em  São  Paulo.  Na  ocasião  foi 
dada  posse  aos  novos  direlores  nomeados  pela 
Comissão  Executiva  da  Assembléia  Geral.  O 
Rev  Eber  Ferreira  Silveira  Lima,  Secretáno  Exe- 
cutivo da  IPIB.  deu  posse  ao  Rev  Tiago  Escobar 
de  Azevedo,  presidente,  Rev  Paulo  Cintra 
Damião,  Vice-presidente.  Rev  Filippo  Blancato. 
Secretário.  Presb  Lindemberg  da  Silva  Pereira . 
Tesoureiro.  Rev  Doracy  Natalino  de  Souza.  Rev 
Silvio  Araújo  Lobo.  Presb  Renê  Ribeiro  da  Sil- 
va. Presb  Darnei  Machado,  e  Presb  Nerode 
Rodngues  de  Moraes 

Durante  a  reunião,  o  Rev  Paulo  Damião  re- 
latou, com  muita  propnedade,  a  história  da  Fun- 
dação, esclarecendo  a  ongem  da  FECP  e  suas 
diferenças  em  relação  a  outras  fundações  exis- 
tentes. No  histórico,  ele  contou  como  tem  sido 
o  relacionamento  com  a  administração  do  cemi- 
téno  Congonhas,  para  captação  dos  recursos  e 
como  tem  sido  a  relação  da  entidade  com  a 
Curadoria  das  Fundações. 

A  oportunidade  também  serviu  para  que  os 
diretores  presentes  tomassem  conhecimento  do 
Estatuto  e  da  situação  financeira  da  FECP  fi- 
cando cada  um  com  uma  cópia  dos  documen- 
tos, para  uma  análise  melhor  da  entidade. 

Os  novos  direlores  discutiram  a  possibili- 
dade de  buscar  novas  formas  de  captação  de 


recursos,  para  ampliar  sua  prestação  de  servi- 
ços e  de  contabilização,  para  modernizar  a  ob- 
tenção de  informações  de  seus  recursos  dispo- 
níveis. 

DECISÕES  -  A  FECP  decidiu  continuar 
com  as  condições  atuais  de  funcionamento, 
sendo  seu  prestador  de  serviços,  o  Presb  Dr 
Osias  Camargo  Lopes.  Também  foi  manifesto 
o  interesse  de  adquinr  um  imóvel  para  o  Semi- 
nário de  São  Paulo,  cumprindo  a  resolução  da 
Assembléia  Geral,  Para  isso,  marcou  uma  visi- 
ta a  um  prédio,  localizado  à  Rua  Genebra,  pró- 
ximo à  Câmara  de  Vereadores. 

Texto  original  Rev.  Tiago, 
presidente  da  FECP 

Assinaturas  €  Anúncios 

A  pariir  de  maio.  os  contatos  comerciais 
do  "O  Estandarte"  serão  feitos  através  da 
Associação  Evangélica  Pendão  Real.  sob  a 
responsabilidade  do  Presb.  José  Maria 
Siqueira,  gerente  comercial. 

O  endereço  para  atendimento  será  na  Rua 
Rego  Freitas.  530  -  Loja  O  e  o  telefone  con- 
tinua sendo: 

(011)  255.3995 


ceiros  da  SMI  na  Mis- 
são Caiuá,  que  há  mais 
de  70  anos  lem  dado  as- 
sistência ao  povo  indí- 
gena na  região  de  Doura- 
dos. MS;  3)  Crescimen- 
to da  IPIB.  através  do 
Projeto  Natanael,  que 
^erá  elaborado 
detalhadamente  e  divul- 
gado nas  igrejas;  4)  am- 
pliação da  açâo  irans- 
culiural  com  prioridade 
para  parcerias  entre  igre- 
jas reformadas;  5)  ênfa- 
se na  questão  das  Mis- 
sões Urbanas,  orientan- 
do e  apoiando  o  minis- 
tério de  nossas  igrejas 
inseridas  no  contexto  das  grandes  cidades;  6) 
início  do  projelo  missionário  para  o  sertão  do 
nordeste  brasileiro  e.  nos  mesmos  moldes,  a  ela- 
boração de  um  projeto  para  o  Sul.  estendendo- 
se  para  os  países  do  Cone  Sul  e  7)  a  consolida- 
ção do  projeto  dos  Centros  de  Treinamento 
Missionários  (CTMs). 

"Queremos  ressaltar  que  um  dos  motivos 
para  que  o  trabalho  da  SMI  tenha  sido  bem  su- 


cedido aié  aqui  é  o  apoio  recebido  das  igrejas 
locais.  Temos  cerca  de  100  IPIs  que  se  envol- 
vem com  o  nosso  trabalho.  Nestes  tempos  de 
prenuncio  de  dificuldades  financeiras,  a  nossa 
confiança  e  que  Deus  há  de  continuar  desper- 
tando cada  vez  mais  as  nossas  igrejas  para  que 
este  u-abalho  missionário  prospere  para  a  Sua 
glona".  diz  o  Rev.  Gerson  Annunciação. 


Planejcwwnio:  reunião  diloti  novos  nirnos  da 
Secrelana  de  Missões  para  os  próximos  4  anos 


Jovens  terão  mais 
atenção  com  Secretaria 


Ronaldo,  novo  secrelário 
Com  a  divisão  da  Secretana  Nacional  de 
Forças  Leigas  em  quatro  secretarias,  o  traba- 
lhos dos  quatro  segmentos  da  IPIB.  Adultos. 
Crianças,  Adolescentes  e  Jovens,  ganharam  se- 
cretarias próprias,  É  o  caso  da  Secretana  Naci- 
onal de  Juventude.  Formada  pelos  jovens: 
Ronaldo  Dias  de  Andrade  (secretário)  e  pelos 
assessores  Vera  Maria  Roberto  e  Marcelo 
Silveira,  a  nova  secretaria  terá  como  objeiivo 
principal  acompanhar  o  trabalho  da 
Coordenadoria  Nacional  do  Umpismo,  A  Co- 
ordenadora Nacional  do  Umpismo,  Maria 
Aparecida  da  Silva  Lisboa,  também  integra  a 
nova  secretaria. 


"A  meu  ver  a  juventude  passará  a  ler  uma 
atenção  individualizada  por  parte  da  secrelana 
e  um  contato  ou  uma  voz  mais  aliva  e  mais 
próxima  da  direção  da  igreja",  diz  Ronaldo, 

Segundo  o  Secretáno.  a  Secretaria  já  esteve 
reunida  por  dua.-.  vezes  para  discutir  a  elabora- 
ção de  um  Estatuto,  "Fizemos  duas  reuniões 
junto  com  os  outros  segmentos.  O  Estatuto, 
apesar  de  individualizado  p;ira  cada  Secrelana. 
vai  manter  um  padrão  seguido  pelas  quatro", 
afirma  Ronaldo. 

A  SNJ  lambem  se  reuniujuntocomaCNU 
para  definir  os  trabalhos  para  os  próximos  anos. 
Entre  as  decisões  ficou  acertada  uma  rotina  de 
U-abalho  com  a  implalanção  de  vános  proje- 
tos: como  o  Proli  (Programa  de  Formação  de 
Liderança);  a  cnação  de  uma  home  page  daju- 
ventude  e  o  lançamento  de  um  livro  e  um  vídeo 
sobre  a  história  do  umpismo  Destes  projelos, 
o  Proli  e  a  home  page  já  haviam  sido  apresen- 
tados pela  CNU  durante  o  Congresso  Nacio- 
nal, realizado  em  novembro  de  98  no  Paraná. 

Ronaldo  informa  que  a  Secretaria  também 
acena  com  a  possibilidade  de  parcenas  com 
outras  secretarias,  "Enire  elas  a  de  Diaconia 
para  a  cnação  de  cartilhas  para  cnanças"  Já 
para  esle  ano.  a  SNJ  e  a  CNU  promoverão  o 
Congresso  Nacional  para  reformulação  do  Es- 
lamto  da  Juventude 


o  Estandarte 


FmcÁCÁO  Teológica 


Maio/ 1999 


Rev.  Júlio  Paulo  Tavares Zabatiero 


Secretaria  se  reúne  para  planejar  o  futuro 


No  dia  2 1  de  abnl  a  nossa  Igreja  celebra  n 
Dia  da  Educação  Teológica,  em  comemoração  à 
fundação  do  Seniinárm  Teológico  de  São  Paulo, 
no  ano  de  1905  Esia  data  convida  a  Igreja  ã 
reflexão  sobre  a  importância  da  formação  teoló- 
gica emmisterial  para  sua  vida  e  missão.  Lidera- 
da por  pastores  e  pastoras  bem  capacitados  e 
formados  teologicamente,  a  Igreja  realiza  com 
fervor  e  inteligência  a  sua  missão,  conduz  a  sua 
vida  de  acordo  com  a  Palavra  de  Deus.  e  na 
busca  de  uma  permanente  e  crítica 
contextualização  na  realidade  brasileira-  Neste 
fina)  de  milénio,  as  ondas  de  irracionalismo. 
emocionaltsmo  e  consumismo  que  assolam  as 
sociedades  (n  idenlais,  ameaçam  reduzir  a  Igreja 
a  um  mero  ajuntamento  de  pessoas  desespera- 
das, consumindo  avidamente  expenèncias  reli- 
giosas e  discursos  tranquilizantes.  Neste  con- 
texto de  ameaça  à  prõpna  fé  crislã.  o  povo  de 
Deus  necessita,  cada  vez  mais,  de  homens  e 
mulheres  com  fidelidade  a  Deus.  ministros  e 
ministras  que  atuem  com  eficiência  e  cnatividade 
minislenal,  profunda  e  transformadora  visão  te- 
ológica, autêntica  e  contagiante  espiritualidade. 
Pasiores  e  pastora.s  que  saibam  discernir,  que 
saibam  conduzu*  o  povo  de  Deus  a  discernir  e  a 
viver  a  fé  cristã  em  plenitude,  que  liderem  o  povo 
de  Deus  na  realização  da  missão  da  Igreja  na 


sociedade.  Em  busca  do  aperte içoanien to  cons- 
lanle  da  formação  teológica  e  ministenal  em  nos- 
sa Igreja  Presbitenana  Independente  do  Brasil,  a 
Secrelariade  Educação  Teológica  e  os  Seminári- 
os da  Igreja  esforçar-se-ão,  neste  quadriénio,  para 
reali/iu^  os  sonhos  da  Igreja  e  enfrentar  os  desa- 
fios do  nosso  tempo. 

A  SET  eíitá  composta  pelos  .seguintes  irmãos; 
Rev.  Júlio  Paulo  Tavares  Zabatiero  (Presidente); 
Rev.  Sérgio  Francisco  dos  Santos  {Vice-Presi- 
dente):  Presb.  Neilton  Diniz  Silva  (Secretário); 
Rev.  Lysias  Oliveira  dos  Santos;  Rev.  Jonas  de 
Araújo;  Rev.  Clayton  Leal  da  Silva;  Rev.  Gérson 
Correia  de  Lacerda  (representando  o  Seminário 
Teológico  de  São  Paulo).  Rev.  Silas  de  Oliveira 
(representando  o  Seminário  Teológico  Rev  An- 
tônio de  Godoy  Sobrinho)  e  Rev  Áureo 
Rodrigues  de  Oliveira  (representandi)  u  Semi- 
nário Teológico  de  Fortaleza).  Nossa  pnmeira 
reunião  foi  realizada  no  dia  27  de  março  do  cor- 
rente ano.  durante  a  qual  foram  tomadas  várias 
decisões,  das  quais  apresentamos  as  mais  im- 
port;intes. 

Foi  nomeado,  como  Diretor  do  Seminário 
Teológico  de  São  Paulo,  em  substituição  ao  Rev. 
Leontino  Farias  dos  Santos  que  renunciou  ao 
assumir  a  Presidência  da  Assembleia  Geral  da 
Igreja,  o  Rev.  Gérson  Correia  de  Lacerda,  com 


mandato  ate  o  final  deste  ano  de  I  999,  Foraiti 
nomeados,  no  Seminário  Teológico  Rev.  Anto- 
nio de  Godoy  Sobrinho,  como  Diretor,  o  Rev. 
Uriel  Silveira  e.  como  Deão.  o  Rev.  Silas  de 
Oliveira,  ambos  com  mandato  até  o  final  deste 
ano  de  1999. 

Duas  comissões  estão  elaborando  a  Projeto 
de  Educação  Teológica,  que  deverá  ser  discutido 
e  aprovado  pela  Comissão  Executiva  da  Igreja,  a 
fim  de  nortear  as  alividadej.  da  educação  teológi- 
ca em  nossa  amada  Igreja  Presbiteriana  Inde- 
pendente do  Brasil. 

Uma  comissão  está  elaborando  o  projeto  para 
a  cnação  de  Niícleos  de  Educação  Teológica  à 
Distância.  O  objetivo  desses  núcleos  é  levar  a 
educação  teológica  às  regiões  da  Igreja  que  care- 
cem da  mesma  e  estão  distantes  dos  nossos  Se- 
minários. Nesses  Núcleos  será  oferecido  o  cur- 
so de  Bacharel  em  Teologia,  com  o  me.smo  cur- 
rículo e  com  a  mesma  busca  de  qualidade  que 
regem  o  trabalho  dos  Seminários  em  seus  cur- 
sos presenciais. 

Foi  nomeada  também  uma  Comissão  para 
buscar,  junto  ao  Ministério  da  Educação,  o  reco- 
nhecimento dos  cursos  de  Teologia  dos  nossos 
Seminános.  de  modo  que  os  Bacharéis  em  Teo- 
logia e  pós-graduandos  por  eles  formados  te- 
nham acesso  aos  direitos  que  tai  reconhecimento 


proporciona  aos  profissionais  de  outras  iireas  do 
saber. 

Um  projeto  especialmente  import:mte  para  a 
Igreja  é  a  criação  de  Faculdades  Presbiterianas 
Independentes.  Através  desse  projeto  buscare- 
mos oferecer  à  sociedade  e  à  cultura  brasileira, 
homens  e  mulheres,  profissionais  formados  com 
qualidade  e  com  valores  cristãos,  capazes  de 
servir  à  sociedade  e  ao  Reino  de  Deus.  cumprin- 
do o  ideal  calvinista  da  vocação.  Certamente  este 
projeto  é  desafiador  e  já  estamos  buscando  as 
parcerias  necessárias  para  concrelizá-Io  no  tem- 
po mais  breve  possível. 

Pedimos,  portanto,  a  todos  os  irmãos  e  ir- 
mãs membros  de  nossa  Igreja,  a  todos  os  pasto- 
res e  pastoras,  que  estejam  orando  por  nós  e 
pelos  Seminários,  de  modo  que  sejamos  guia- 
dos e  inspirados  por  Deus  para  cumprir  nosso 
trabalho.  Pedimos,  também,  que  enviem  suas 
sugestões  e  críticas,  à  Secretaria  de  Educação 
Teológica,  contribuindo,  assim,  para  que  o  currí- 
culo e  o  trabalho  dos  Semin;'u"ios  possam  ser 
aperfeiçoados  e  a  Igreja  receba  homens  e  mulhe- 
res sempre  melhor  preparados  para  o  serviço  do 
Senhor! 

O  Rev.  Júlio  é  Secretário  de  Educação 
Teológica  da  IPIB  e  diretor  do  CTM-Sul 


Desemprego  recorde:  igrejas  buscam  soluções 


Neste  mês  comemoramos  o  Dia  Interna- 
cional do  Trabalho.  Entretanto,  o  Brasil  não 
tem  muito  o  que  comemorar  nesta  data.  Ao 
invés  de  trabalhadores  ativos,  temos  pessoas 
sem  renda  e.  o  que  é  pior.  sem  perspectiva  de 
emprego.  Os  números,  infelizmente,  confir- 
mam esta  inste  realidade, 

O  desemprego  no  país  já  chegou  a  8. 1 5% 
em  março,  segundo  dados  do  IBGE  (Instituto 
Brasileú^o  de  Geografia  e  Estatística) .  No  pn- 
meiro  tnmestre,  de  acordo  com  o  instituto,  j 
taxa  chegou  a  um  recorde  hislónco  de  7.79% 

Recorde  também  é  o  desemprego  na  re- 
gião mais  rica  do  Brasil.  São  Paulo,  e  chegou 
a  19.9%  (segundo  pesquisa  do  Seade  e 
Dieese),  Segundo  o  Dieese/  Seade.  este  índi- 
ce é  o  mais  alio  já  registrado  desde  que  a  pes- 
quisa começou  a  ser  feita  em  1985- Os  I9.9'7f 
representam  cerca  de  1.7  milhão  de  pessoas 
sem  emprego  na  Grande  São  Paulo. 

Outjo  dado  preocupante  é  em  relação  às 
mulheres  que  estão  sendo  as  mais  prejudica- 
das com  o  desemprego  nesta  década.  Entre 
1 997  e  1 998.  a  participação  delas  no  mercado 
de  trabalho  cresceu  50.9%.  entretanto,  houve 
aumento  de  desemprego  para  elas  de  21.2% 
no  ano  passado.  Para  os  homens,  o  desem- 
prego cresceu  16%  neste  mesmo  período- 
Uma  das  causas  do  desemprego  das  mulhe- 
res ler  crescido  é  o  aumento,  a  cada  ano.  da 


população  feminina  economicamente  ativa, 

O  tempo  de  desemprego  vem  aumentando 
progressivamente  para  os  dois  sexos.  Para  os 
desempregados  com  expenência  anterior,  o  tem- 
po corresponde  a  um  ano  e  cinco  meses  sem 
trabalho.  Também  neste  quesito  as  mulheres  es- 
tão em  desvantagem  pois.  tradicionalmente,  le- 
vam mais  tempo  que  os  homens  para  conseguir 
outro  emprego  Desde  1989.  elas  (mulheres  que 
já  tenham  expenência)  demoram  mais  de  um  ano 
para  conseguir  uma  nova  colocaçâo- 

Outro  dado  preocupante  é  que  a  recessão  e  os 
juros  altos  provocaram  o  fechamento  de  75  mil 
postos  de  trabalho  enire  comércio  e  indústria. 


O  que  a  igreja  pode 
fazer 

Diante  deste  quadro  tão 
preocupante,  a  IPIB  tem  tentado  reali- 
zar projetos  sociais  que  visam  ameni- 
zar o  problema  do  desemprego.  De 
acordo  com  cadastro  da  Secretana  Na- 
cional de  Diaconia.  alguns  projetos 
mantidos  pelas  lP!s  locais  em  todo  o 
Brasil  pretendem  ajudar  na  solução 


desse  problema. 

A IPI  de  iepé.  por  exemplo,  mantém  cur- 
so de  bordado,  tapeçaria  e  de  alfabetização 
de  adultos-  A  T  IPI  de  São  Luis.  Maranhão, 
mantém  uma  Cooperativa  Mista  de  Produ- 
ção, Vila  Conceição,  como  é  chamada,  pro- 
duz roupas,  sandálias  e  estofados.  Também 
realiza  programas  de  preparação  de  mâo-de- 
obra. 

A  IPI  de  Votuporanga  tem  a  Associação 
Assistencial  Evangélica,  que  será  instrumento 
de  cnação  de  escolas  e  creches,  promoção  de 
assistências  médica,  social 
e  hospitalar  e  um  posto  de 
emprego;  programas  de 
proteção  à  velhice  e,  ainda, 
promove  cursos  especiais 
de  aprendizado. 

Através  da  Associação 
Comunitária  Evangélica 
Canaã,  a  PIPI  deCuntiba 
organiza  e  mantém  serviços 
de  assistência  social,  edu- 
cacional e  profissional,  além 
de  assistência  jurídica  e 
médica, 

A  IPI  de  Teresina  pro- 
move programas  de  saúde 
e  educação  para  melhoria  da 
renda  das  famílias  carentes. 


Maio/1999 

Seminários 


o  Estandarte 


Seminário  mais  antigo,  de  São  Pauio,  faz  94 


anos 


No  dia  2 1  de  abril  foi  comemorado  o  aniver- 
sário do  Seminário  Teológico  de  São  Paulo,  que 
completou  94  anos.  Esta  data  representa  a  inau- 
guração do  Semináno.  a  instituição  teológica 
mais  antiga  da  IPIB.  A  ocasião  foi  comemorada 
com  uma  festa  em  forma  de  um  culto  na  Capela 
da  IMPI  de  São  Paulo  no  dia  19.  com  a  partici- 
pação de  cerca  de  1 50  pessoas. 

Estiveram  presentes  o  Secretário  Executivo 
do  Departamento  de  Testemunho  e  Cooperação 
da  AMIR,  Rev  Park  Seong  Won.  o  Presidente 
da  Assembleia  Geral,  Rev.  Leontino  Fanas  dos 
Santos,  o  Secretário  Executivo  da  iPIB.  Rev. 
Éber  Ferreira  Silveira  Lima,  o  Secretáno  Nacio- 
nal de  Educação  Teológica,  Rev  Júlio  Pauio 
Tavares  Zabatiero.  o  diretor  e  o  Deão  do  Semi- 
náno. Rev.  Gerson  Correia  de  Lacerda  e  Rev, 
Eliseu  Rodrigues  Cremm.  respectivamente,  o 
pastor  da  igreja  anfitnã.  Rev  Abival  Pires  da 
Silveira,  e  o  professor  Rev  Odair  Pedroso 
Mateus,  pregador  da  noite,  O  Seminário  de  São 
Paulo  está  sediado  no  Prédio  da  P  IPI  de  São 
Paulo  e  possui  um  corpo  docente  composto  de 
19  professores  e  professoras,  um  Departamento 
de  Música,  dingido  pela  Prof  Elisabete  J,  Cintra 
Damião  Alves,  Otesoureiro  é  o  Rev.  Pedro 
Sanches  Vierma.  Hoje  a  instituição  tem  aproxi- 
madamente 1 00  alunos, 

O  Dia  de  Educação  Teológica  é  comemora- 
do no  dia  21  de  abnl  em  virtude  do  aniversáno 
do  Seminário  de  São  Paulo. 

Formandos  de  1998 


Turma  Rev.  Isaar  Soares 
de  Carvalho" 


o  Seminário  de  São  PauJo  entregou  aos  Pres- 
bitérios do  ABC.  da  Freguesia.  Leste  Paulistano 
e  à  Igreja  Metodista  os  seus  respectivos  Bacha- 
réis em  Teologia:  Elias  Ribeiro,  Robinson  de 
Souza  Brondi.  Afonso  de  Oliveira.  Otoniel  Ma- 
rinho de  Oliveira  Júnior  e  Dr.  Cláudio  de  Maio 
Ribeiro  A  cerimónia  aconteceu  no  dia  06  de 
dezembro  de  1998.  no  templo  da  Pnmeira  Igreja 
Presbiienana  Independente  de  São  Paulo,  num 
culto  de  açâo  de  graças,  A  liturgia  esteve  sob  a 
responsabilidade  do  formando  Otomel  Mannho 
de  Oliveira  Júnior  e  do  Rev.  Prof.  Dr.  Odau- 
Pedroso  Mateus,  A  orgamsta  foi  a  Prof  Elisabete 
Jansen  Cmlra  Damião  e  participaram  ainda  o  Con- 
junto Femimno  e  quarteto  da  [PI  de  Cidade  Patn- 
arca  e  o  Coral  da  1 MPI  de  São  Caetano  do  Sul. 

Os  bacharelandos,  além  de  homenagearem 
o  Rev.  Prof.  Isaar  Soares  de  Carvalho  que  deu  o 
nome  à  turma,  homenagearam  também  o  Rev. 
Prof.  Eduardo  Galasso  Faria,  como  Paraninfo  e 
o  Rev,  Prof.  Paulo  Sérgio  de  Proença,  como 
Pregador  da  Palavra. 

Foram  momentos  de  grande  inspiração!  Des- 
taca-se  o  compromisso  dos  formandos:  "Pro- 
metemos solenemente,  diante  de  Deus  e  da  Igre- 
ja, honrar  o  grau  de  Bacharel  em  Teologia  e  cul- 
tivar, humilde  e  responsavelmente,  a  vocação 
profética,  tendo  em  vista  a  glorificação  da 
Santíssima  Tnndade  e  a  promoção  de  seu  Reino 
em  Ioda  a  coação.  Que  Deus  nos  ajude". 

Assim  a  Igreja  fica  ennquecida  com  as  vo- 
cações agora  preparadas  para  o  exercício  do  mi- 
nisténo  sagrado. 


Seminário  de  São  Paulo,  culio  de  comemoração  dos  94  anos  e  o<: 
formandos  de  1998  durante  cerimónia  de  formatura  (à  esq) 


Um  pedido  e  um  desejo:  poder  e  serviço  -  Mt  20, 7 7-28 

Texto  do  Rev  Paulo  Sérgio  Proença  durante  formatura  em  dezembrv  de  98. 


"Quero  propor  uma  reflexão  breve  sobre  o 
pedido  da  mãe  dos  filhos  de  Zebedeu:  queria 
ela  que  seus  dois  filhos  se  assentassem,  um  à 
direita,  outro  à  esquerda,  "  no  teu  reino",  disse 
a  Jesus,  Segundo  Marcos,  não  houve 
intermediação  da  mãe.  os  própnos  interessa- 
dos. Tiago  e  João,  é  que  pedem  diretamente  a 
Jesus  ISSO.  Para  Mateus  é  providencial  a  inter- 
ferência da  mãe;  não  se  nega  um  pedido,  pnn- 
cipalmente  quando  age  no  interesse  de  seus 
filhos,  por  quem  tem  obngação  de  zelar  Nós. 
que  somos  mães  e  pais.  fatalmente  faríamos  o 
mesmo  pedido. 

Formandos,  reparemos  um  pouco  em  al- 
guns detalhes  muito  sugestivos: 

/  -  ANTECEDEIVTES  DO  PEDIDO 

(A  MULHER  FALAI 

Sofrimento  e  morle:  Os  vs.  17-19  fazem 
referência  à  preocupação  que  Jesus  teve  em 
preparar  o  coração  dos  discípulos  para  a  sua 
morte  que  se  aproximava.  Marcos  registra  que 
os  discípulos  estavam  apreensivos,  sintoma 
própno  de  quem  fareja  tragédia,  mone.  deses- 
pero, Jesus  e  os  discípulos  estavam  sofrendo. 
Falta  de  sensibilidade:  O  pedido  daquela 
mãe  ocorre  num  momento  de  grande  tensão  e 
aperto  no  coração.  Estava  preocupada  com  seus 
filhos.  Aliás,  temos  aqui  um  detalhe;  a  última 
palavra  do  verso  19  é  "ressurgirá",  que  faz 
ligação  com  o  v,  20.  no  qual  entra  em  cena  a 
mulher  de  Zebedeu;  portanto,  há.  sim.  estreita 
ligação  entre  os  vs,  17-20  e  os  versículos  se- 
guintes; na  seqiiência.  verifica-se  que  está 
'"antenada":  se  Ele  vai  ressurgir,  vai  ter  po- 
der.,. Aqui  reside  a  gnmde  falta  de  sensibilida- 
de: não  se  preocupou  ela  com  o  sofnmento 
nem  com  a  morte  da  qual  Jesus  estava  falando. 

Adoração:  A  adoração  da  mulher  não  é 
um  gesto  absoluto  e  incondicional,  próprio  da- 
queles que  se  abandonam  à  ação  de  Deus;  há, 
no  caso,  uma  vinculação  necessána  da  adora- 
ção ao  pedido  que  ela  faz  Portanto,  a  adoração 
é  motivada  pela  expectativa  de  ter  seu  pedido 
aceito.  E.  como  Jesus  diz  que  ela  não  sabia  o 
que  fazia,  podemos  admitir  então,  formandos 


amigos,  que  a  mulher  não  estava  adorando  Je- 
sus, mas  um  ídt)lo.  do  qual  deriva  uma  relação 
uulitána  (que  pode  explicar  a  natureza  de  nossas 
relações  interpessoais):  adora-se  Jesus  não  pelo 
que  Ele  é.  mas  pelo  que  Ele  pode  dar  Temo  que 
esse  ídolo  esteja  sendo  adorado  em  nossos  tem- 
plos, 

//  -  O  PEDIDO:  PODER  E  INTRIGA 

lOS  DISCÍPULOS  FALAM) 

A  natureza  do  pedido  -  Assentar-se  ao  lado 
do  rei  é  índice  de  poder.  Esse  poder,  para  ela. 
ocorrena  em  função  da  proximidade  a  Jesus. 
Estar  próximo  a  Jesus  é  o  mesmo  que  estar  in- 
vestido de  poder.  Deus  não  se  impõe  ao  homem 
pelo  seu  poder;  aliás.  Deus  não  se  impõe  a  nin- 
guém. Ele  anula  os  poderosos,  anula  o  poder  no 
serviço  de  resgate  que  Jesus  realiza  definitiva- 
mente em  favor  dos  homens. 

A  consequência  do  pedido  -  Segundo  o  v. 
24.  "os  dez  indignaram-se  contra  os  dois  irmãos". 
Aqui  a  mãe  sai  de  cena  -  aliás,  a  "mãe",  aqui.  não 
projeta  sobre  a  mulher  nem  sobre  o  papel  pró- 
pno de  mãe  nenhum  valor  negativo;  deve-se  en- 
tender a  e^ta  "mãe"  como  representante  de  todos 
o.s  humanos:  como  a  mãe  é  a  ongem  da  vida.  do 
"poder"  procedem  todos  os  males  A  proporção 
é  clara:  dois  dos  discípulos  causam  indignação 
nos  demais;  que  grande  poder  de  destruição!  O 
desejo  de  poder  é  a  mãe  de  toda,s  as  intngas  e  tem 
alto  poder  de  deformação  da  natureza  humana. 
///  •  A  CORREÇÃO  DO  SERVIÇO 

(JESUS  FALAI 

O  serviço  -  Jesus  resolve  a  intriga  dando 
uma  grande  lição:  se  os  povos  têm  governadores 
e  governados,  quem  manda  e  quem  obedece,  "não 
ê  assim  entre  vós"  (v.  26).  Em  outras  palavras:  a 
comunidade  dos  discípulos  deve  anular  os  efei- 
tos danosos  do  exercício  do  poder  O  único  poder 
admissível  na  comunidade  dos  santos  é  o  "poder 
de  servir".  O  serviço  é  a  solução,  a  salvação. 

"Entre  vós  não  é  assim "  -  Esta  cerimónia 
confere  a  vocês,  solenemente,  um  saber  -  e,  não 
posso  deixar  de  dizer,  um  poder  Este  momento 
é  um  rito  de  passagem  e  de  confirmação:  agora 
vocês  podem.  Vocês  podem  ser  pastores,  vocês 


podem  ser  agentes  autorizados  do  divino, 

Infelizmenlc,  a  intnga.  trutn  da  mal 
dislarçada  ambição  pelo  poder,  da  qual  locUis 
somos  vitimas,  leni  provocado  indignação  cm 
todos  os  ambientes:  basta  olharnio-s  para  iió.s 
mesmos,  para  nossos  desejos  inctinfessiivcis; 
basta  visitarmos  nossos  templos,  onde 
edificamos  altares  ao  deus  Poder  e  a  outra,s 
lomias  idolátncas  dele  denvadas.  como  o  deus 
Mamon;  basta  visitarmos  nossos  concílios, 
transformados  pelos  agentes  auton/ados  do 
divino  em  arena  autofágica  por  causa  da  am- 
bição pelo  poder... 

Infelizmente,  há  pessoa-s  -  e  até  pastores, 
como  vocês  serão  -  que  ao  invés  de  servir  a 
Igreja,  procuram,  sempre,  servir-se  dela' 

Ah!  Como  sena  diferente  o  mundo  se  to- 
dos nos  revestíssemos  do  ideal  do  serviço. 
Ele  nos  restaura  da  deformação  que  nos  causa 
o  poder.  Quem  serve  se  completa  no  outro; 
quem  serve  se  humaniza  no  outro;  quem  ser- 
ve resgata  a  dignidade  dos  indignados.  Quem 
ser\  e.  ama.  Quem  serve  sabe  adorar  correia- 
meiíie  o  Deus  verdadeiro. 

Saibamos  ^er  solidános  no  sofnmento; 
saibamos  pedir;  saibamos  adorar;  saibamos 
servir  Lembreni-se  do  alerta  de  Jesus:  "entre 
vós  não  é  assim". 

Mas,  atenção:  servir  não  significa  "ser  ser- 
vil" a  qualquer  interesse  estranho  a  ele.  Quem 
age  motivado  por  interesses  estranhos  ao  ser- 
viço toma-se  um  ser  vil. 

CONCLUSÃO 

Formandos  -  colegxs,  já  po.sso  di/er  -.  vocês 
tém  hoje  uma  escolha  a  fazer,  um  c;uninho  a 
percorrer  Encerro  com  os  seguintes  versos: 

Nossa  geração  leve  pouco  tempo,  come- 
çou pelo  fim.  mas  foi  bela  nossa  procura;  ah! 
Moça.  como  foi  bela  nossa  procura;mesmo 
com  tanla  ilusão  perdida;  quebrada.mesmo 
com  tanto  caco  de  sonho,  onde  até  hoje  a  gen- 
te se  corta! ,  Que  o  nosso  sonho  seja  o  servi- 
ço. Tenhamos  no  corpo  as  marcas  deste  so- 
nho; as  marcas  do  Cnsto  sotredor-glonoso, 
do  Cristo  que  serve.  Amém. 


o  Estandarte 


Seminários 


Maio/ 1999 


Rev.  Uriel  Silveira 


Seminário  "Rev.  Antônio  de  Godoy  Sobrinho'' 

forma  20  novos  alunos 


No  dia  05  de  dezembm  de  1998.  no  lemplo 
da  I*rPIde  Londnna  realizou-seocultoem  ação 
de  graças  e  a  colação  de  grau  da  I  y  turma  de 
formandos  do  Semináno  Teológico  de  Londn- 
na. agora  denominado  Seminário  Teológico '  'Rev 
Anlônio  de  Godoy  Sobnnho".  Como  acontece 
lodos  os  anos,  foi  uma  Imda  fesia.  Diga-se  de 
passagem,  uma  festa  que  lem  se  lomado  referên- 
cia tanto  para  a  IPIB  da  região  quanlo  para  a 
cidade  de  Londrina.  Com  o  templo  repleio  de 
familiares  dos  formandos,  dos  alunos  em  for- 
mação, de  muiios  membros  das  igrejas  da  cidade 
e  região,  de  muiios  pastores,  de  lideranças  liga- 
das ao  ensino  teológico  e  de  outros  visitantes 
ilustres,  \ibranienienie  agradecemos  a  Deus.  o 
Senhor  da  vocação,  mais  uma  vitória  da  Igreja 
de  Deus,  do  Reino  de  Deus  e  dos  nossos  alunos, 
Esta  é  a  segunda  maior  lurma  da 
histona  do  Seminário,  formada  por  vinie  alunos 
do  curso  de  Bacharelado  em  Teologia  e  dois  alu- 
nos do  Curso  Especialização  em  Teologia-  (A 
maior  tumia  até  hoje  foi  a  do  ano  de  1 9S6.  quan- 
do se  deu  a  primeira  fonnalura.)  Quem  são  eles? 


Bacharelandos 

São  eles:  Adilson  de  Souza  Filho.  Presbilé* 
rio  Brasil  Central:  Antonio  Fernandes  da  Rocha 


Rev.  Godoy  na  formatura:  seminário  leva 

seu  nome 


Neto.  Presbilénti  Fluminense;  Antonio  Pedro  de 
Moraes.  Presbiténo  Central  Paulista;  Carlos 
Roberto  Alves  de  Souza.  Presbiténo  Presidente 
Prudente;  Cleber  Riboli  Batista.  Presbitério  Oe.ste 
do  Paraná:  David  Aguiar  de  Oliveira,  orador  da 
lurnia.  Presbiténo  Distnto  Federal.  Davi  Diniz 
de  Andrade.  Presbitério  Norle  do  Paraná:  Dirk 
Timóteo  Batisia,  Presbitério  Araraquarense; 
Emerson  Orenha.  Presbiténo  Presidente  Praden- 
te;  Emílio  Carlos  Barbosa,  Presbitério  de 
Maringá:  Fabrizio  Salabai  Barboza.  Presbiténo 
de  Londnna:  Israel  Marcos  da  Silva.  Presbitério 
Norte  do  Paraná;  Iuri  dos  Santos  Silva,  Presbi- 
téno Norte  do  Paraná;  José  Hennque  Rosa.  Pres- 
biténo de  Arapongas:  José  Maria  Sena,  Presbi- 
téno de  Londnna  da  Igreja  Presbiteriana  do  Bra- 
sil; Kleuber  Leal  da  Silva,  Presbiténo  de  Botucatu: 
Marcos  Gonçalves  Mannho.  Presbiténo  Noro- 
este Paulista;  Máno  Jorge  Silva  Correa  Oliveira. 
Presbiténo  do  Rio  de  Janeiro.  Mauro  Maldonado. 
Presbitério  Araraquarense;  e  Paulo  Roberto 
Palhão.  Presbiténo  de  Londrina.  Destes  apenas 
três  são  solteiros 

Especialistas  em  Teologia 

Roberto  Mauro  de  Souza  Castro,  do  Presbi- 
tério de  Manngá.  pastor  da  3"  IPI  de  Maringá  e 
Valdir  Alves  dos  Reis.  Presbiténo  de  Arapongas, 


Fonnalura:  os 
20  novos 
alunos 

fonmdos  e  a 
congrega(;ão 
na  rjPIde 
UmdruHi  fã 
esq) 


pastor  da  IPI  de  Jandaia  do  Sul-Pr. 

Homenagens  especiais 

Os  formandos  decidiram  nominar  a  turma 
com  o  nome  do  Rev.  João  de  Godoy,  progenitor 
do  Diretor.  Rev  Antonio  de  Godoy  Sobrinho, 
falecido  em  1 996,  Emocionado,  o  diretor  recebeu 
carinhosamente  um  cartão  de  prata.  Também  rece- 
beu merecida  homenagem  a  simpática  sra.  Maria 
Aparecida  Teixeira  de  Souza  (tia  Cida),  pessoa 
muito  dedicada  e  querida  de  todos  e  que  há  dez 
anos  presta  serviços  ao  Senunário.  como  zeladora. 

Coral  dos  alunos 

Os  corais  de  alunos  reunidos  em  um  só  gru- 
po leve  participação  decisiva  no  culto.  Com  mui- 
ta satisfação  vimos  o  resultado  do  trabalho  efici- 
ente do  Prof  Fams  McDaniei  Goodrun.  res- 
ponsável pelo  Departamento  de  Música,  que.  ao 
piano,  com  indiscutível  eficiência,  acompanhou 
todos  os  cânticos  congregacionais  e  do  coral, 
bem  como  executou  as  demais  músicas  constan- 
tes da  liturgia.  Foi  uma  vibrante  manifestação  de 
espiritualidade,  com  arte  e  doçura.  Todos  os 
cânticos  foram  regidos  pelo  seminarista  Wagner 
Rodngues.  aluno  do  2"  ano. 


Paraninfo,  pregador  e 
convidados: 

O  Rev.  Júlio  Paulo  Tavares  Zabaliero.  ex- 
professor  da  casa  e  atualmente  Diretor  do  CTM 
de  Florianópolis,  foi  o  Paraninfo  da  turma.  A 
pregação  esteve  sob  a  responsabilidade  do  Rev, 
Silas  de  Oliveira.  O  Rev  Mário  Ademar  Fava 
representou  a  Secretaria  de  Educação  Teológica 
e.  emocionado,  usando  da  palavra  enalteceu  o 
trabalho  do  Semináno.  O  Rev  Mathias  Quintela 
de  Souza,  Presidente  do  Supremo  Concílio,  re- 
presentou a  IPIB.  e  o  corpo  pastoral  da  Igreja 
hospedeira. 

Ao  finalizar  esta  nota,  não  podemos  esque- 
cer que  esta  formatura  ficou  indelevelmente 
marcada  pela  alegna  e  entusiasmo  do  nosso  en- 
tão Diretor,  Rev.  António  de  Godoy  Sobnnho. 
agora  de  saudosa  memóna.  Como  ministro  de 
Deus,  apaixonado  pelo  Minisléno  da  Palavra, 
como  Teólogo  que  levava  a  sério  a  cátedra  e  que 
como  ninguém  ficava  extremamente  feliz  a  cada 
formatura,  assim  ele  se  expressou  logo  após  a 
celebração;  "Este  foi  um  dos  dias  mais  felizes  de 
minha  vida.  Por  este  resultado  posso  dizer  que 
sou  um  homem  ocamente  abençoado  por  Deus". 

O  Rev.  Uriel  é  diretor  do  Seminário 


Mestrado  no  Seminário  de  Fortaleza  é  implantado 


Em  fevereiro,  mais  especificamente  de  22  a 
26.  foi  implantado  no  Semináno  Teológico  de 
Fortaleza  o  Programa  de  Mestrado.  A  pnmeira 
semana  de  aula  foi  ministrada  pelo  Prof.  Rev. 
António  Gouvêa  Mendonça,  à  frente  da  cadeira 
■'Introdução  às  Ciências  da  Religião". 

A  pnmeira  turma  é  numerosa.  São  24  alu- 
nos e  alunas  das  mais  diversas  procedências  e 
confissões  religiosas.  Mestrandos  que  vêm  de 
Mato  Grosso  do  Sul.  Belém.  Maranhão.  Paraíba, 
etc,  Há  alunos  da  IPIB  (8).  IPB.  Igreja  de  Cns- 
10.  Assembléia  de  Deus.  Batista,  ele. 

Os  docentes  do  Mestrado  são  professores 
conhecidos  do  mundo  académico.  São  doutores 
ou  ainda  doutorandos  que  se  colocaram  ao  lado 
do  Seimnáno Teológico  de  Fortaleza  nesse  pro- 


cesso de  enorme  envergadura:  Antônio  G.  Men- 
donça. Leonildo  Silveira  Campos.  Jung  Mo  Sung. 
Juan  Siam.  Frank  Arnold.  Joyce  Every-Ciayton, 
Benjamim  Gutierrez.  Sharon  K.  George.  William 
Addley.  Ágabo  B.  de  Souza,  Carlos  dei  Pino, 
Júlio  Paulo  T.  Zabatiero.  Luiz  Alexandre  Solano 
Rossi  e  Guidoberto  Mahecha. 

O  próximo  período  para  inscrições  para  o 
Mestrado  é  de  20  de  junho  a  3  de  julho.  Para 
solicitar  um  catálogo  do  Programa  de  Mestrado 
junto  ao  Seminário  basta  escrever  para; 

Seminário  Teológico  de  Forialeza 
Av  João  Pessoa.  5580  -  Dornas 
CEP  60435-635  ■  Fortaleza  -  CE 
Fone  (085)  225-9894 


Maio/ 1999 


O  Estandarte 


BrasilPrev 


F>'l,i,  l)iMitj;,ivli. 


Comissão  distribui  cartillia  soire  Previdência  Privadi 


A  Comissão  Especial  que  tratará  da 
BrasilPrev  deve  distribuir  amda  este  mês  uma 
cartilha  explicativa  sobre  o  Plano  de  Previdência 
Privada  oferecida  pela  IPIB  aos  pastores  e  mis- 
sionários A  assinatura  do  acordo  entre  a 
BrasilPrev.  empresa  de  Previdência  Pnvada  do 
Banco  do  Brasil,  e  a  IPIB  aconteceu  no  último 
dia  1 3  de  março,  em  São  Paulo. 

■'Após  alguns  anos  de  estudos,  estamos  con- 
vidando nossos  amados  pastores  e  missionários 
para  que  se  empenhem  no  sentido  de  fihar-se  ao 
plano  de  Previdência  Pnvada",  afirma  o  relator 
da  Comissão.  Presb.  AJcy  Thomé  da  Silva,  que 
também  é  o  Tesoureiro  da  IPIB. 

Para  adquirir  o  plano  é  preciso  ler  entre  1  S  e 
55  anos  de  idade;  estar  contribuindo  para  o  INSS 
(Instituto  Nacional  de  Segundade  Social)  so- 
bre, no  mínimo,  três  salários  mínimos.  Quem 
não  satisfazer  essa  exigência  deverá  cumpri-la 
em.  no  máximo  36  meses. 

Para  se  aposentar,  é  preciso  ter  no  mínimo 
60  anos  de  idade  e  no  mínimo  1 5  anos  de  contri- 
buição ao  Plano. 

BENEFÍCIOS  -  Os  benefícios  oferecidos 
pela  BrasilPrev  aos  participantes  casados  são: 
aposentadoria  vitalícia;  renda  por  invalidez;  pen- 
são ao  cônjuge  e  pecúlio.  Aos  participantes  nào 
casados  e  sem  filhos  menores  de  21  anos  são 
oferecidos:  aposentadona  vitalícia;  renda  por 

Milénios 


invalidez  e  pecúlio, 

O  valor  mínimo  dos  benefícios  variam  de 
R$  390  para  aposentadona  vitalícia,  renda  por  Comissão 
invalidez  e  pensão  ao  cônjuge,  e  de  R$  1 1  700  Executiva: 
para  pecúlio  acordo  com  a 

A  divisão  do  custeio  será  de  30%  para  a  igre-      BrasilPrev  foi 
ja  líder;  20%  para  Presbiténos  e  Secretário  de  Mis-      assinado  em 
sões  e  50%  cabe  ao  pastor  ou  missionáno,  março  durame 

A  entrada  da  aposentadoria  será  feita  através  reunião 
dos  Presbiténos.  Qualquer  dúvida  o  pastor  ou 
missionáno  pode  entrar  em  contato  com  o  Presb. 
Alcy,  pelo  fone  (01 1 )  258-1422  ou  direto  com  a 
BrasilPrev  (01 1 )  5503-2914.  com  Sandra. 


Um  sonho  realizado 

Nestes  24  anos  de  ministério,  e  mui  especialmente  nestes  4  últimos 
servindo  a  IPIB  na  Secretana  de  Ação  Pa.storal.  sempre  chamou  a  minhà 
atenção  o  grande  número  de  pastores  que.  após  servirem  a  Igreia  por 
longos  anos.  acab;iram  ficando  esquecidos  e.  pior.  desamparados  Diaii- 
le  disso,  foi  brotando  no  coração  da  SAP  o  desejo  de  '"cuidar  do  pastor 
como  pessoa".  Quem  não  conhece  alguma  hisióna  a  respeito  de  um 
velho  pastor  ou  de  uma  viúva  de  pastor,  que  pa.ssa  dificuldades  sem 
casa  para  morar  e  sem  a  menor  assistência  por  parle  da  Igreja  '  Tocado 
por  essa  realidade,  e  tentando  evitar  que  essa  situação  se  repita  a  SAP 
passou  a  estudar,  pesquisar,  propor  e  insistir  na  criação  de  um  Plano  de 
Previdência  Pnvada.  Em  97-Mariápolis,  foi  apresentada  proposta  nesse 
sentido,  a  qual.  porém,  não  fo.  aprovada.  Vános  pastores  morreram 
desde  então.  Os  familiares  estão  ai",  sabe  Deus  como.  Por  isso  nào 
desistimos.  E  agora,  com  alegna.  vemos  a  conquista.  No  último  dia  13 
de  março  de  1999,  o  Plano  de  Previdência  Pnvada  foi  finalmente  ^Lssina- 
do  com  a  BrasilPrev.  Não  se  trata  de  uma  aposentadoria,  mas  uma 
complementação,  pois  para  ingressar  nesse  plano  é  necessário  estar 
comnbuindo  para  o  INSS,  O  Plano  iiidui  um  pecúlio  que  funciona 
como  um  seguro  para  a  família.  Que  bom'  Valeu  a  pena  sonhar! 

Rev.  Noidy  Barbosa  de  Souza  é  pastor  da  VIPI  de  Campinas 


Rev.  Gerson  Correia  de  Lacerda 


Messianismo:  visão  histórica 


continuação  da  edição  anterior 

3.  Messianismo  Brasileiro 

Do  messianismo  medieval,  saltamos  para  o 
messianismo  brasileiro.  Novamente,  o  salto  é 
muito  grande.  Deve  ser  antecedido  por  uma  pala- 
vra que  explique  a  passagem  entre  um  e  ouU-o. 

A  transição  do  messianismo  medieval  para  o 
messianismo  brasileiro  pode  ser  apresentada  atra- 
vés das  crenças  sebastianistas,  que  serviram  de 
base  para  alguns  movimentos  messiânicos  ocor- 
ndos  no  Brasil. 

E  Maria  Isaura  Pereira  de  Queiroz  quem  es- 
creve dizendo:  "Entre  1530  e  1540,  o  sapateiro 
Bandarra  escrevera  trovas  em  que  compilava  uma 
série  de  profecias  então  correntes,  provenientes 
de  diversas  fontes;  prometiam  a  vinda  de  um  gran- 
de principe  e  senhor,  o  Encoberto,  que  dana  in- 
falivelmente a  Portugal  a  hegemonia  sobre  as 
outras  nações". 

Podemos  perceber  que  as  trovas  de  Bandarra 
se  encaixavam  perfeitamente  no  messianismo 
medieval  que  acabamos  de  descrever  Falavam 
da  vinda  de  um  líder  que  u-aria  o  paraíso.  Mas.  ao 
mesmo  tempo,  revelavam  um  caráter  nacionalis- 
la.  pois  anunciavam  a  hegemonia  de  Portugal 
sobre  outros  povos. 

Essas  trovas  tiveram  larga  circulação  em  Por- 
tugal. Por  fim,  quando  em  1580  morreu  o  rei 
português  D.  Sebastião  e  Portugal  ficou  sob  o 
domínio  espanhol,  as  trovas  de  Bandarra  tiveram 
outra  aplicação.  O  Encoberto,  príncipe  e  senhor, 
que  dana  a  hegemonia  a  Portugal,  foi  identifica- 
do com  D.  Sebastião,  que  haveria  de  retomar 
As  crenças  sebastianistas  tiveram  vida  longa. 


Não  permaneceram  somente  em  Portugal.  Che- 
garam também  até  o  Brasil, 

Evidentemente,  aqui  no  Brasil,  adquiriram 
características  novas  Mana  Isaura  Pereira  de 
Queiroz  afirma:  "NO  Brasil  .  .D.  Sebastião  é  um 
grande  rei  que  distnbuirá  entre  seus  adeptos  imen- 
sas nquezas  e  cargos  honoríficos,  instalando  no 
mundo  o  paraíso  terrestre. ..Em  princípio  do  sé- 
culo XIX.  não  tinha  mais  sentido  para  os  brasilei- 
ros a  recondução  de  Portugal  à  liderança  enu-e  as 
nações;  o  que  importava  era  o  ennquecimento 
individual  e  a  ascensão  social,  , A  figura  de  D. 
Sebastião  é.  pois,  a  de  um  monarca  de 
magnificência  oriental,  a  distribuir  bens  às 
mancheias". 

As  crenças  sebastianistas  estiveram  presentes 
em  alguns  dos  mais  expressivos  movimentos 
messiânicos  ocorridos  no  Brasil.  Dentre  eles.  des- 
tacamos os  seguintes: 

a)  A  Cidade  do  Paraíso  Terrestre,  fundada 
por  Silvestre  José  dos  Santos,  chamado  de  O  Pro- 
feta, por  volta  de  1817.  em  Pernambuco.  Seus 
adeptos  cnam  quem  se  fossem  atacados.  D,  Se- 
bastião os  tomana  invisíveis  e  que.  quando  che- 
gassem a  mil  pessoas.  D.  Sebasúào  retomana  para 
instalar  o  paraíso  na  terra  Ioda. 

b)  O  Reino  Encantado,  também  em 
Pernambuco,  organizado  por  João  Antônio  dos 
Santos  e  João  Ferreira,  por  volta  de  1836,  e  que 
anunciava  que  D.  Sebastião  estava  para  chegar  e 
distribuir  riquezas  entre  os  seus  seguidores; 

c)  O  Império  do  Belo  Monte,  fundado  por 
Antônio  Vicente  Mendes  Maciel,  mais  conhecido 
como  Antônio  Conselheiro,  na  Bahia,  no  final  do 
século  XIX.  que  se  colocou  contra  a  proclamação 


da  república,  considerando-a  como  reinado  do 
Anticnsto,  anunciando  que  D.  Sebasúão  ina  u-azer 
o  paraíso  para  a  terra,  a  partir  de  Canudos, 

E  claro  que  nem  lodos  os  movimentos 
messiânicos  ocomdos  no  Brasil  inspiraram-se  em 
crenças  sebastianistas.  Todavia,  mesmo  quando 
as  crenças  sebastianistas  não  estiveram  presentes, 
podemos  afirmar  que  eles  apresentavam  certas 
características  em  comum:  "lodos  têm  como  ful- 
cro um  indivíduo  que  se  acredita  possuir  atribu- 
tos sobrenaturais  e  que  vaticina  catástrofes  de  que 
só  se  salvarão  os  seus  adeptos,  estes  buscam  ou 
desencantar  um  Reino  ou  fundar  uma  Cidade 
Santa,  pondo  para  isto  em  prática  os  comporta- 
mentos aconselhados  pelo  líder  Os  caracteres  do 
Reino  messiânico  também  são  do  mesmo  tipo 
geral:  trata-se  de  um  Reino  Celeste  que  existirá 
neste  mundo,  dotado  de  atnbulos  maravilhosos, 
lugar  onde  não  se  adoece,  onde  não  se  precisa 
trabalhar,  onde  se  é  plenamente  feliz,  onde  resi- 
dem os  santos". 

1-endo  atentamente  essas  características  his- 
tóncas  dos  movimentos  messiânicos,  entendemos 
porque  livemos  tantos  Messias  em  no.ssa  terra 
Afinal,  num  país  religioso,  profundamente  reli- 
gioso, e  ao  mesmo  tempo  em  que  muitos  vivem 
na  miséna.  nada  é  mais  compreensível  do  que  o 
surgimento  de  líderes  saudados  como  Messias, 
com  miraculosas  promessas  de  salvação. 

Conclusão: 

De  tudo  o  que  foi  dito  a  respeito  da  história 
do  messianismo,  queremos  destacar  as  seguintes 
conclusões: 

a)  sua  inspiração  é  de  origem  religiosa,  isto 


é.  repousa  na  crença  em  uma  atuação  divina  para  o 
restabelecimento  da  ordem,  do  bem  e  da  justiça; 

bt  sua  manifestação  se  concretiza  em  épocas 
de  cnse.  quando  as  pessoas  se  sentem  desonenta- 
das  e  impotentes  para  a  solução  de  seus  proble- 
mas ou  dificuldades; 

c)  seu  nimo  obedece  a  uma  determinada 
ordem:  a  princípio,  existe  a  espera  pelo  Messias, 
depois,  surge  a  figura  que  encarna  os  ideais 
messiânicos,  dando  ongem  a  um  movimento;  fi- 
nalmente, após  as  desilu.sôes  com  o  fracasso  do 
movimento  messiânico,  volta  outra  vez  o  tempo 
de  espera. 

Apesar  de  ser  ampla  e  longa  a  históna  do 
messianismo,  percebemos,  nos  dia.s  dc  hoje,  que 
manifestações  de  movimentos  messiânicos  conti- 
nuam a  oconrer  Talvez  ne,sse  sentido  possamos  re- 
peUr  as  palavras  de  um  estudioso  que  disse'  "a  histó- 
na fiiz  íis  ulopius  e  as  utopias  fazem  a  hisióna" 

O  Rev.  Gerson  é  diretor  do  Seminário  de  São 
Paulo  e  do  jornal 

Biblio^mfia 

Cohn.  N  .  Na  Scndu  do  Miléniu  -  milenaristas 

revoIucKinános  c  aiurquiMa.s  iiiislicos  da  Idade  Médiu 

-  Ljsbou.  Kdilonal  Prcseina.  1981 

Dcroehc,  H  ,  Siiciologju  da  tispcrunça 

São  Paulo.  Edições  Paiilma.<.,  1985 

Eusebius,  The  HisUiry  i>l  fhc  Churth 

Sullfolk.  Pcguin  BoDk-.,  I''86 

Nogueira. '.  Anlonio  Cunscliiciru  c  Canudoii 

São  Paulo.  Edilnrj  Nacional.  1978 

Queiroz.  Maria  Isauni  P  .  O  Messianismo  no  Brasil  c 

no  Mundo 

São  Paulo.  Edilora  da  Universidade  dc  Sfio  Paulo. 

1965 


o  Estandarte 


Maio/ 1999 


Lançamento 


As  Publicações  João  Calvino 


Rev.  Eduardo  Galasso  Faria 


Com  a  publicação  de  Grandes  Temas  da  Tra- 
dição Reformada,  de  Dtmald  K  McKim. 
estamos  recebendo  o  segundo  volume  de  um 
projelo  que  foi  elaborado  com  simplicidade,  mas 
com  muila  esperança,  no  Seminánu  de  São  Pau- 
lo, há  mais  de  dez  anos  airás.  A  ongem  desse 
empreendimento  esiá.  na  verdade,  relacionada 
com  a  formação  leológica  que  tive  no  Semináno 
Presbilenano  do  Sul.  onde  estudei  de  I95X  a 
1961.  para  em  seguida  completar  o  curso  no 
nosso  seminário  de  São  Paulo,  em  1963. 

Ao  terminar  o  curso  colegial  no  instituto 
JMC  em  1 957.  manifestei  ao  meu  tutor  eclesiás- 
tico, do  Presbitério  da  Araraquarense,  o  desejo 
de  estudar  em  Campinas, Isso  me  possibilitou 
uma  vivência  de  4  anos  no  centro  teológict»  mais 
importante  em  nosso  país  naquela  época.  As  se- 
manas teológicas  que  ali  se  realizavam  anual- 
mente despertavam  enorme  interesse  e 
efervecência  intelectual  entre  os  alunos  e  profes- 
sores. As  grandes  correntes  de  pensamento  teo- 
lógico eram  estudadas  e  a  influência  da  teologia 
dialéticaedeseu  maior  representante  -  Karl  Banh 
-  forneciam  uma  nova  perspectiva  para  a  com- 
preensão da  fé.  vida  e  missão  da  Igreja 
M.Richard  Shaull.  notável  professor, 
faniiiinazou  os  estudantes  com  o  pensamento 
das  novas  correntes  lei)lógicas  da  Europa  e  dos 
Estados  Unidos  e  deu  importante  contribuição 
para  que  esse  estimulante  ambiente  de  estudos  e 


Editores.  Rcvs  Lysiiis.  Eduardo  e  Gerson  ni)  lançanicnio 


Re\  Eduardo:  sonho  realizado 


reflexão  teológica  fosse  uma  realidade. 

A  releitura  e  a  nova  compreensão  do  pensa- 
mento de  Lutero  e  Calvino,  feita  pela  teologia 
dialética.  parecia  operar  uma  nova  e  pertinente 
compreensão  do  evangelho  no  mundo  contem- 
porâneo. Com  Barth  podíamos  ter  a  critica  de 
Calvino  e  ao  mesmo  tempo,  e  com  muita  clareza, 
uma  nova  compreensão  da  enorme  importância 
do  reformador  genebrino  Podia-se  perceber 
também  como.  nos  séculos  poslenores  à  Refor- 
ma, os  seguidores  das  ideias  de  Lutero  e  Calvino 
acabaram  enrijecendo  o  seu  pensamento  e  a  mar- 
ca do  escolasDcismo  protestante  prejudicava  todo 
o  dinamismo  do  movimento  desenvolvido  por 
eles  no  século  XVI.  Não  era  difícil  perceber 
Lomo  uma  espintualidade  que  no  século  XVI  foi 
Ião  vigorosa  para  a  vivificação  da  Palavra  de 
Deus  acabara  ameaçada  por  discussões  doutri- 
nárias infinda.s  e  praticamente  estéreis. 

Em  1977,  quando  passei  a  fazer  parte  do 
corpo  de  professores  do  Semináno  de  São  Pau- 
lo, procurei  estimular  o  estudo  de  autores  que 
contemplassem  uma  volta  a  Calvino  e  a  releitura 
do  seu  pensamento  e  da  tradição  reformada.  Com 
outros  colegas  buscávamos  uma  atualização  do 
ensino  teológico,  acompanhando  o  que  vinha 
acontecendo  de  modo  geral  em  todo  o  mundo 
protestante.  Dez  anos  mais  tarde,  a  Congrega- 
ção do  Seminário  apoiava  e  incentivava  a  idéia 
de  editarmos  um  texto  importante  sobre  a  evolu- 
ção do  pensamento  religioso  de  João  Calvino, 
Em  busca  de  verbas,  o  Rev,  Abival  Pires  da 
Silveira,  da  Fundação  Eduardo  Carlos  Pereira, 
sugenu  a  ampliação  do  projeto.  de  modo  que 
incluísse  outros  textos  e  assim  fosse  encaminha- 


l.iuu,  .niu  nic  ,ln  livro,  parlic 
do  a  agências  internacionais  que  nos  pudessem 
ajudar.  Em  1 989,  tínhamos  quatro  textos  seleci- 
onados  de  uma  bibliografia  especializada  em  pen- 
samento reformado  calvinista, 

O  Dr  Julio  de  Santa  Ana  participou  de  al- 
guns dos  nossos  planos  e  iniciamos  uma  espé- 
cie de  peregrinação  em  busca  do  dinheiro  nece.s- 
sário  para  levar  à  frente  nosso  intento.Em  agosto 
de  1990,  quando  se  reuniu  em  São  Paulo  a  Co- 
missão Executiva  da  Aliança  Mundial  de  Igrejas 
Reformadas,  apresentamos  nosso  projeto  ã  sua 
presidente.  Dra  Jane  Dempsey  Douglass.  Esse 
encontro  foi  fundamental  para  que  conseguísse- 
mos o  dinheiro  necessário  para  iniciar  e  realizar 
pelo  menos  uma  parle  do  que  planejamos.  Foi  por 
intermédio  dela  que  uma  porta  se  abnu  para  nós. 

Por  outro  lado,  evoluímos  na  compreensão 
do  que  deveríamos  realmente  publicar.  A  certeza 
de  que  os  estudiosos  de  teologia  em  nosso  país, 
dominando  línguas  estrangeiras,  poderiam  ter 
acesso  a  textos  específicos,  nos  fez  pensar  em 
outros  que  atendessem  a  setores  maiores  da  igreja 
como  os  de  pastores,  seminanstas  e  leigos,  além 
dos  professores  de  teologia.  Essa  visão,  talvez 
mais  pragmática,  nos  levou  a  sub.stituir  a  escolha 
de  alguns  textos  por  outros  mais  atualizados, 
com  indicações  para  aprofundamento  e  que  sa- 
tisfizessem nossa  preocupação  com  uma  educa- 
ção teológica  contextualizada  no  Brasil. 

Nesse  ínterim  ocorreu  algo  muito  importan- 
te Em  um  encontro  dos  professores  dos  semi- 
nários presbitenanos  independentes,  realizado 
em  junho  de  1 992  em  São  Paulo,  falamos  sobre 
o  projeto  e  da  importância  que  ele  poderia  ter  no 
preparo  dos  estudantes  de  teologia  na  IPI.  Em 


ipanles  Ju  festa  no  l"  IPl  de  São  Paulo 

dezembro  do  ano  seguinte,  o  Conselho  de  Edu- 
cação Teológica,  que  reunia  representantes  dos 
três  seminános  da  IPI.  decidiu  patrocinar  a  edi- 
ção do  nosso  primeiro  livro,  publicado  através 
da  Pendão  Real  -  "A  Tradição  Re  formada,  uma 
maneira  de  ser  a  Comunidade  Cnstã".  de  John 
Leith,  que  saiu  em  1997  e  tem  prestado  bons 
serviços  à  causa  comum  da  educação  teológica 
na  Igreja.  Colegas  e  outras  pessoas  amigas,  aqui 
anónimas,  desempenharam  papel  importante 
para  que  pelo  menos  parte  do  projeto  se  tomasse 
realidade. 

Em  setembro  de  1995.  recebíamos  um  co- 
municado da  Secretaria  Geral  da  Aliança  Mun- 
dial informando  que  lenamos  à  nossa  disposi- 
ção o  dinheiro  para  atender  a  uma  parte  do  que 
pedíamos,  A  verba  que  recebemos  da  Aliança 
Mundial  atendia  a  apenas  um  terço  da  nossa  so- 
licitação e  estará  esgotada  em  breve,  mas  ela  nos 
permitiu  editar  "Grandes  Temas"  e  esperamos 
publicar,  ainda  neste  ano,  mais  um  pequeno  vo- 
lume sobre  a  perspectiva  reformada  acerca  da 
missão  da  igreja  no  mundo  pluralista  de  hoje.E. 
enquanto  nos  empenhávamos  no  trabalho  de  tra- 
dução dos  textos  vimos,  com  alegria,  o 
surgimento  dos  primeiros  Comentários  de 
Calvino,  publicados  pelos  nossos  irmãos 
presbiterianos. 

Embora  tendo  já  dois  volumes  do  nosso  Pro- 
jeto prontos  e  um  terceiro  em  andamento,  espera- 
mos não  ter  perdido  o  importante  desafio  que  per- 
manece desde  o  início  e  que  pretendemos  realizar 
-  a  publicação  de  uma  antologia  de  textos  signifi- 
cativos e  desconhecidos  de  João  Calvino,  o  nosso 
reformador,  servo  de  Jesus  Cnsto.  nosso  Senhor 


Curtas 


Vke-governadora  do  Rio  louva  a  Deus 

A  Vice-govemadora  do  Rio  de  Janeiro.  Benedita  da  Silva,  esteve  em  Petrópolis  para 
participar  de  um  culto  de  gratidão  a  Deus  pelo  aniversário  do  município  e.  junto  ao  Rev 
Everaldo  Dias  Pereira,  representante  do  governador  Anthony  Garotinho,  rogou  a  Deus 
por  paz  e  prospendade  para  a  cidade.  Pela  pnmeira  vez  na  história,  um  culto  evangélico 
fez  parte  da  programação  oficiai  das  comemorações  do  aniversário  de  Petrópolis. 

A  cidade  fez  1 56  anos  de  fundação  e  cerca  de  1 3()0  pessoas,  entre  pastores  e  mem- 
bros de  Igrejas  de  todas  as  denominações  evangélicas,  agradeceram  a  Deus  num  culto 
realizado  pelo  Conselho  de  Ministros  Evangélicos  do  Município  de  Petrópolis. 

Fonte:  Secretaria  de  Comunicação  Social  do  Governo  do  Rio  de  Janeiro 


Governo  cubano  permite  campanha  de 
evangelização 

o  governo  comunista  de  Cuba  deu  permissão  para  as  igrejas  protestantes  fazerem  uma 
grande  cmapanha  de  evangelização  no  país.  segundo  relatórios  da  World  Evangelical 
Fellowship, 

Os  organizadores  da  Celebración  Evangélica  Cubana  -  marcada  para  maio  e  junho  - 
esperam  aproximadamente  um  milhão  de  cubanos  participando  em  serviços  da  igreja,  semi- 
nários, concertos  e  eventos  ao  ar  livre,  disse  o  diretor  da  WEF,  Johan  Candelin.  Candelin 
retomou  recentemente  de  uma  viagem  a  Cuba  e  acredita  que  o  país  esteja  experimentando 
um  "avivamento  religioso". 

Fonte  CBN  News 


Maio/1999 


Mundo 


o  Estandarte 


Mões  de  Kosovo:  a  dura  realidade  de  uma  guerra 


Há  quase  três  meses  o  mundo  vê  de  longe  a 
dura  realidade  de  uma  guerra.  De  perto,  mães  de 
Kosovo.  província  da  lugoslávia  em  guerra,  vêem 
a  ameaça  de  uma  triste  realidade;  a  morte. 

Como  se  fossem  criminosos,  albaneses  mu- 
çulmanos estão  sendo  obrigados  a  deixar  suas 
casas,  famílias,  filhos  para  viverem  uma  vida 
incerta,  E.  o  que  é  pior.  sem  a  oportunidade  da 
escolha. 

Os  olhares  tristes  mostrados  pela  televisão 
demonstram  que  há  algo  de  errado  na  guerra. 
Mesmo  que  seja  uma  atitude  de  extrema  necessi- 
dade -  a  hberdade  da  província  -  como  dizem 
alguns,  ela  é  dolorosa  para  quem  não  luta  com 
armas  de  fogo.  apenas  com  a  vida  Isto  tudo 
porque  bngam  por  um  territóno  que,  afirmam  os 
sér\'ios.  não  lhes  pertence. 

Vidas  que  muitas  mães  estão  vendo  se  aca- 
bar diante  de  seus  olhos.  Inertes,  elas  não  têm  o 
que  fazer  a  não  ser  fugir  e  chorar.  A  emocionante 
anuzade  entre  cnanças  que  perderam  suas  mães 
e  mães  que  perderam  seus  filhos  nos  leva  a  uma 
comoção  nacional. 

Quem  não  se  emocionou  com  a  cena  da  mãe 
que.  impedida  de  atravessar  a  fronteira  de 
Kosovo  com  a  Macedónia,  entregou  seu  bebé 
para  que  fosse  levado  por  outras  pessoas  ?  É  o 
símbolo  extremo  de  amor  materno.  Triste  tam- 
bém o  relato  da  mulher  sérvia  que.  grávida,  teve 
um  aborto  espontâneo  ao  ouvir  uma  explosão  a 
pouco  menos  de  500  metros  de  sua  casa. 


Antes  desie  conflito,  iniciado  no  dia  24  de 
março  pelos  ataques  da  OTAN  (Organização 
do  Tratado  do  Atlântico  Norte),  muitas  mães 
albanesa.s  talvez  realmente  quisessem  a  liberda- 
de de  Kosovo,  uma  província  que  tinha  90%  da 
população  de  ongem  albanesa  e  de  muçulma- 
nos. Talvez  tinham  realmente  problemas  com  os 
sérvios,  povo  formado  por  cnstãos  ortodoxos 
ou  fanáticos,  e  que  representam  10%  da  popula- 
ção na  província  e  que  são  acusados  de  querer 
fazer  uma  limpeza  étnica  no  pais,  Ou  seja.  expul- 
sar todos  os  albaneses  do  temióno  iugoslávio. 
Mas  alguns  jornais  publicaram  depoimentos  de 
albaneses  que  afirmavam  viverem  bem  com  os 
sérvios.  A  partir  daí.  se  imagina  que  filhos  de 
sérvios  um  dia  brincaram  com  o.s  filhos  dos 
albaneses  e  mães  albanesas  viviam  com  mães 
sérvias, 

LUTA  RELIGIOSA  -  A  guerra  em  Kosovo 
começou  com  a  mtervenção  da  Otan  por  meio  de 
bombardeios  aéreos  na  lugoslávia.  para  inter- 
romper a  expulsão  de  albaneses  étnicos  ■  muçul- 
manos que  falam  o  albanês  -  de  Kosovo  pelas 
forças  da  Sérvia.  Os  sén'ios  acreditam  ler  direito 
a  Kosovo.  porque  era  um  territóno  da  nação 
sérvia  na  Idade  Média.  Em  contrapartida,  os 
albaneses  acreditam  ter  direito  à  província  por 
que  desde  a  Segunda  Guerra  Mundial  foram  es- 
tabelecidos lá  pelos  italianos.  A  limpeza  étnica 
de  que  é  acusado  o  presidente  da  lugoslávia. 
Slobodan  Milosevic.  é  uma  tática  usada  por  pa- 


íses que  dominam  uma  região  para  retirar  uma 
etnia  ou  tomá-la  minoritária  nessa  mesma  área. 
Vários  países  próximos  ao  conflito  como  a 
Macedónia  e  a  Albânia  esEâo  recebendo 
albaneses,  mas  a  situação  é  muito  ruim  pc)is,  no 
caso  da  Albânia  por  exemplo,  a  pobreza  é  muito 
grande  e  não  há  estrutura  suficiente  para  abngar 
esses  refugiados, 

Alé  agora  já  foram  feitos  dois  ataques  erra- 


Poucas  e  Boas 


Jubilaçáo  do  Rev.  Attílio  Fernandes 


No  dia  27/03/99.  o  Presbitério  Central 
Paulista,  reuniu-se  no  templo  da  I '  IPI  de  Bauru, 
para  a  cerimónia  de  Jubilação  do  Rev.  Attílio 
Fernandes.  O  templo  totalmente  tomado,  conta- 
va inclusive  com  a  presença  de  vários  pastores 
do  Presbitério  e  de  outras  denominações  da  ci- 
dade, tendo  como  pregador,  o  Rev.  Noidy  Bar- 
bosa de  Souza,  da  1"  IPI  de  Campinas. 

O  Rev.  Attriio  nasceu  no  dia  15/2/27.  na 
cidade  de  Campinas  -  SP.  converteu-se  a  Cris- 
to, em  1943.  no  "Orfanato  Betei"-  Campinas; 
em  1 945,  fez  sua  pública  profissão  de  fé  Cha- 
mado para  o  ministéno.  comunicou  sua  decisão 
aos  seus  familiares,  que  lhe  disseram;  "é  mais 
lácil  um  cavalo  voar  do  que  você  ser  pastor", 
pelo  que  ele,  convicto  do  chamado,  respondeu- 
Ihes:  "O  cavalo  não  vai  voar,  mas  eu  serei  um 
pastor".  Assim,  em  1 947.  foi  encammhado  pelo 
Presbitério  d'Oeste.  como  candidato  ao  minis- 
tério para  o  "instituto  José  Manoel  da  Concei- 
ção", onde  cursou  o  Ginásio  e  o  Clássico,  Em 
1958.  bacharelou-se  pela  Faculdade  de  Teolo- 
gia da  IPIB  -  S.Paulo.  No  dia  1 1/1/59.  foi  orde- 
nado Ministro  do  Evangelho  pelo  Presbitério 
da  Alta  Paulista  e  designado  para  a  IPI  de 
Marília-SP.  No  mesmo  ano.  casou-se  com  a 
Profa,  Clarice  Nunes  Fernandes  (falecida  em  7/ 
1  /98).  de  cujo  consórcio  nasceram  Keila,  Kelin, 
Keid  e  Heber,  este  pastor.  Além  da  Igreja  de 
Marília,  pastoreou  as  Igrejas;  1"  de  Bauru. 
Pirajuí,  Guaricanga.  S.Luiz  de  Guaricanga  e 


Senhor, 

Parabéns.  Rev. 
Attílio!  Que  o  Senhor 
continue  abençoando 
a  sua  vidae  ministé- 
no. servindo  de  ins- 
piração para  todos 
nós.  mais  novos. 

Rev.  Noidy  Barbosa 
de  Souza 


desde  1973.  a  3'  de  Bauru.  Além  do  pastorado, 
foi  Presidente  do  Con.se lho  de  Pastores  de  Baum. 
por  7  legislaturas;  capelão  hospitalar;  presidiu  e 
exerceu  outras  funçóes  no  Presbiténo,  por  vári- 
as vezes;  por  muitos  anos  representou  seu  Pres- 
bitério junto  ao  Supremo  Concilio  e  a  então  Mesa 
Administrativa,  Sob  o  seu  pastorado,  foram 
construídos  os  templos  da  2'.  3°.  4*.  e  já  em  fase 
de  organização,  a  5"  Igreja  de  Bauru;  mais  uma 
lista  de  6  imóveis  foram  construídos  e  1 3  terre- 
nos adquiridos. 

Rev.  Attílio,  um  pastor  sempre  amante,  mes- 
mo com  sua  jubilação  aos  72  anos  de  idade,  não 
pretende  parar.  Diz  ter  ainda  muita  "lenha  para 
queimar"  e  muita  disposição  para  o  trabalho  do 


Atenção 


AJUDA 


ACNUR  -  Alto  Comissariado  da  ONU  - 
www.unchcr.ch 
Escrilório  que  atende  ao  Brasil  -  Cerrilo  836 
pisolOBuenosAires,  lOIOArgentina 
argbu@acnur.ch 

DOAÇÕES 

Banco  do  Brasil 
Agência  3475-4 
C/C  222000-8 


dos  pela  Otan.  que  mataram  vários  civis,  pesso- 
as comuns.  Mas.  enquanto  a  guerra  não  acab;ir 
vamos  continuar  a  presenciar  vidas  sendo  dila- 
ceradas. Neste  mês  de  maio.  talvez  muitas  mães 
estejam  chorando  a  morte  de  seus  filhos  ao  invés 
de  estarem  sendo  homenageadas  por  eles.  Ore- 
mos por  nossos  irmãos  naquela  região. 

Fontes.  Folha  cJe  S.  Paulo,  Veja.  Época  e  Universo 

On  Line 


Foi  IH  l)lVljlgJ(ílo 

A  fé  vem  pelo  ouvir 

A  Sociedade  Bíblica  do  Bra-sil  acaba  de  lan- 
çar a  séne  A  Fé  Vem  pelo  Ouvir  Totalmente 
dramatizado,  o  programa  gravado  em  áudio  e 
apresentado  em  dois  formatos  -  CD  ou  fita  cas- 
sete -  iraz  na  íntegra  o  texto  do  Novo  Testamen- 
to. O  objelivo  da  SBB  é  estimular  o  hábito  da 
leitura  da  Bíblia  por  intermédio  de  sua  audição. 
O  projeto  levou  mais  de  quatro  anos  para  ser 
executado  e  o  resultado,  segundo  a  entidade,  é 
levar  as  Bililia  ao  alcance  de  todos  aqueles  que 
querem  tomar  contato  com  a  Palavra  de  Deu.s.  res- 
peitando a  fidelidade  ao  texto  bíblico  e  a  reverência 
exigida  à  narração  das  Escrimras  Sagradas. 

A  Fé  Vem  pelo  Ouvir  teve  seu  lançamento 
oficial  realizado  durante  o  Salão  Internacional 

do  Livro  de  São  Paulo,  que  aconteceu  na  Capital 

paulista  de  2 1  de  abril  a  2  de  maio. 

O  programa  será  apresentado  em  três  traduções 

da  Bíblia:  as  duas  de  Almeida.  Revista  eAiuaJizada 

e  Revista  e  Comgida.  e  na  Linguagem  de  Htíjc  A 

primeira  vepião  disponível  é  a  Revisui  e  Atualizada. 

Ao  longo  de  99.  as  demais  serão  lançadas.  O  kit  é 

composto  por  1 2  cassetes  e  1 8  CDs. 


Aos  presbiterianos  independente  de 
Pi  ndamonhangaba: 

"Se  você.  meu  irmão,  é  presbiteriano  inde- 
pendente, porém  está  frequentando  outras  deno- 
minações, por  favor,  entre  em  contato  comigo, 
por  caria  para  o  endereço:  Rua  Gomide  Santos. 
327  -  Monte  Castelo,  1 22 15- 1 20  -  São  José  dos 
Campos,  ou  pelo  telefone  964-0827. 

Rev.  Carlos  Roberto  Mettitíer 


o  Estandarte 


Homenagem 


Maio/ 1999 


Rev.  Uriel  Silveira 


Tudo  para  Ele  -  Romanos  1 1.36 

Sermão  proferido  no  ofício  fúnebre  do  Rev.  Antônio  de  Godoy  Sobrinho 


uando  damos  conta  de  que  fomos 
surpfeeTnTidos  por  uma  situação  de  sofrimento 
e  de  morte,  descobnmos  que  somos  muilo  pe- 
quenos, finitos,  e  vulneráveis-  A  morte  do  Rev, 
Antônio  de  Godoy  Sobnnho  mexeu  muito  com 
nossa  estrutura,  o  que  nos  leva  a  pensar  muito 
em  Deus  e  a  indagar:  Por  que  pemiile  Deus  que 
apareça  em  nossa  vida  situação  como  a  deste 
momento  tão  dura.  ião  trágica,  tão  repentina  e 
justamente  neste  momento  de  nossa  história? 
Por  causa  de  nosso  amor  e  de  nossa  amizade 
perguntamos  tantas  coisas  sobre  a  morle  desie 
nosÃO  irmão,  nosso  amigo,  nosso  colega  e  nos- 
so pastor 

Mas  neste  momento  não  pensamos  apenas 
nele.  Nós  também  pensamos  em  nossa  situação 
pessoal  e  eclesial  Assim,  perguntamos;  Por 
que  nõs  sofremos?  Por  que  nós  sentimos  do- 
res? Por  que  não  conseguimos  entender  muitas 
coisas?  Por  que  Deus  nos  separa  fisicamente  de 
pessoas  a  quem  tanto  amamos^  Por  que  Deus 
mexe  com  nossa  situação,  deixando-nos  como 
órfãos? 

A  razão  de  tantas  perguntas  é  uma  só.  Ha 
pessoas  que  nos  parecem  ser  imortais,  e  ha  rea- 
lidades que.  para  nós,  não  devenam  sofrer  mu- 
tações. Assim  acontece  em  relação  a  nossos  pais. 
Também  com  nossos  filhos  e  tantas  pessoas  com 
quem  mantemos  relações  ou  a  quem  admira- 
mos. Nós  estamos  perguntando  muito  em  rela- 
ção à  morte  do  Rev,  Godoy  Porque  nós  o  que- 
ríamos vivo  Nós  o  queríamos  presente.  Nós  o 
queríamos  trabalhando,  como  sempre  trabalhou. 
Nós  o  queríamos  ver  prestando  seus  relevantes 
serviços  à  Igreja,  ao  Reino  de  Deus.  a  Deus.  e 
aos  filhos  de  Deus  Nós  queríamos  direta  ou 
indiretamente  estar  ao  lado  dele  para  dele  apren- 
dermos e  para  com  ele  convivermos.  Porém  Deus 
não  quis  assim. 

O  que  nos  resta  agora?  Resta-nos  nesta 
hora  coniinuarmos  bem  juntos  a  Deus.  buscan- 
do a  orientação  de  Deus.  os  cuidados  de  Deus.  a 
voz  de  Deus.  E  nós  a  buscamos  em  um  texto 
bíblico  de  predileção  do  Rev  Godoy  e  sobre  o 
qual  estava  sempre  falando  e  pregando.  Este 
mesmo  texto  nos  ajuda  neste  duro  momento.  Ei- 
lo: 

"Ó  profundidade  da  nqueza.  tanto  da  sabe- 
doria como  do  conhecimento  de  Deus!  Quão 
insondáveis  são  os  seus  juízos  e  quão 
inescrutáveis,  os  seus  caminhos!  Quem.  pois. 
conheceu  a  mente  do  Senhor''  Ou  quem  foi  o 
seu  conselheiro'  Ou  quem  pnmeiro  deu  a  ele 
para  que  lhe  venha  a  ser  restituído''  Porque  dele. 
por  meio  dele.  e  para  ele  são  iodas  as  coisas.  A 
ele.  pois  a  glória  eternamente.  Amém". 

A  fi^e  final  revela  por  si  só  e  muito  bem  o 
modo  como  viveu,  a  forma  como  pensou  e  até 
mesmo  a  teologia  da  escola  formal  e  informal 
construída  por  este  nosso  querido  irmão,  dada 
sua  paixão  pelo  ensino  sobre  Deus  a  partir  da 
enorme  paixão  que  devotava  a  Deus.  E  a  melhor 
iniciativa  e  o  mais  importante  passo  que  pode- 
mos tomar  nesta  hora  é  buscar  reforço  para  nos- 
sa fé.  em  lugar  de  ficarmos  pergunundo.  O  fe- 
chamento do  capítulo  1 1  de  Romanos  com  este 
belíssimo  hino  do  apóstolo  Paulo  nos  fortalece 
nesta  hora.  porque  nos  ensina: 

1)  Que  de  Deus  são  todas 
as  coisas 


Afirmei  eu  que  nós  queríamos  o  Rev. 
Godoy  para  nós.  Sena  egoísmo  de  nossa  parle'' 
Sim.  nós  o  queríamos  vivo,  pela  importância 
que  ele  teve  para  Deus  e  para  nós.  Pela  relevân- 
cia de  seu  trabalho  para  a  Igreja  no  Brasil  e  fora 
do  Brasil,  pela  relevantíssima  contribuição  que 
ele  poderia  continuar  oferecendo  às  instituições 
da  Igreja.  Entre  elas.  as  escolas  de  Teologia. 

Temos  que  admitir,  porém,  que  nosso  que- 
rer nem  sempre  é  o  querer  de  Deus.  Se  nós  que- 
ríamos tanto  este  irmão  para  nós.  Deus  também 
o  queria  para  si-  Assim  temos  de  admitir  com 
muita  humildade  que  o  Rev.  Godoy  nunca  foi 
propnedade  nossa-  Mais  uma  vez  nos  equivoca- 
mos. Ele  nunca  nos  pertenceu.  Ele  sempre  per- 
tenceu a  Deus.  Somente  a  Deus. 

Permiiam-me,  amados  irmãos  que  eu  lhes 
transmita  o  resumo  de  uma  conversa  que  manti- 
ve com  nosso  irmão  semanas  antes  da  cnse  que 
o  levou  à  morte.  Foi  no  final  de  mais  um  dia  de 
trabalho,  num  dos  cantos  da  propnedade  do  Se- 
minário, onde  os  funcionános  jogam  as  aparas 
das  gramas  podadas.  Naquele  local,  entre  os  en- 
tulhos nasceu  uma  planta  e  esta  planta  exibia  no 
momento  uma  lindíssima  fior  cor  de  abóbora. 
Foi  então  que  ele  me  perguntou: 

-  Por  que  esta  linda  flor  não  tem  duração 
infinita?  Não  consigo  compreender  como  uma 
flor  tão  bela  com  esta.  surge  esplendorosamente 
hoje  e  amanhã  murcha,  depois  seca  e  logo  desa- 
parece, 

Antes  mesmo  que  eu  pudesse  contribuu"  com 
algum  argumento,  como  teólogo,  com  seu 
discernimento  espinlual,  com  sua  compreensão 
aguda  da  vontade  divina,  muito  pensativo,  com 
as  mãos  no  rosto  e  com  o  olhar  firme  para  aquela 
planta,  concluiu: 

-  Não  poderia  ser  de  outra  forma.  Conosco 
também  se  dá  o  mesmo.  No  momento,  lembrou- 
se  do  Salmo  90.5-6  e  o  recitou:  "somos  como 
erva  que  cresce  de  madrugada,  de  madrugada 
crescemos  e  florescemos,  e  à  tarde  somos  corta- 
dos e  secamos"-  A  seguir  fez  sua  própria  con- 
clusão: E  nós  que  somos  plantas  de  Deus!  Plan- 
tas de  Deus... 

Sim,  se  cremos  que  de  Deus  são  todas  as 
coisas,  nosso  irmão  é  de  Deus,  Se  é  de  Deus. 
somente  a  Ele  coube  a  sábia  decisão  de  conservá- 
lo  ou  de  tirá-lo  do  nosso  convívio.  E  foi  o  que 
Deus  fez!  Por  que  fez?  É  a  mensagem  na  se- 
quência do  texto  bíblico: 

2)  Que  por  meio  de  Deus 
são  todas  as  coisas 

Tem  sido  muito  difícil  para  a  humanidade 
entender  a  intervenção  de  Deus  em  todas  as  coi- 
sas. Certamente  gostaríamos  de  ter  um  Deus  e 
crer  num  Deus  que  fizesse  suas  intervenções 
em  apenas  algumas  coisas,  especialmente  naque- 
las de  nossa  preferência,  deixando  as  outras  por 
obras  do  acaso  ou  até  mesmo  por  interferência 
de  poderes  que  não  os  divinos.  Neste  caso  Deus 
não  sena  o  "Pai  Todo-Poderoso  coador  dos  céus 
e  da  terra",  como  cremos  e  como  afirmamos  em 
nossa  declaração  de  fé.  Mas  não  é  assim  que 
aprendemos,  não  é  assim  que  cremos  e  não  é 
assim  que  pregamos.  Nós  cremos,  sim.  que  "por 
meio  dele  são  todas  as  coisas". 

Ah!,  irmãos,  como  é  bom  crer  que  tudo  é 
feito  por  meio  de  Deus.  Como  é  bom  ler  e  crer 
num  Deus  que  tudo  faz  conforme  o  conselho  de 


Rev.  Amónio  de  Godoy  Sobrinho 

sua  vontade!  Como  isso  nos  é  extremamente 
consolador  nesta  hora!  E  nos  é  consolador  não 
apenas  porque  nós  cremos  que  tudo  é  feito  por 
meio  de  Deus.  mas,  especialmente,  porque  sabe- 
mos que  o  Rev.  Godoy  sempre  creu  assim,  e 
creu  de  forma  convicta,  que  tudo  se  faz  confor- 
me a  vontade  soberana  de  Deus,  Dias  após  a 
morte  de  seu  progenitor.  Rev,  João  de  Godoy,  o 
Rev.  Godoy  lembrava-nos  de  um  trecho  da  Con- 
fissão de  Fé  de  Westminster  sobre  este  assunto. 
Sena  bom  deixá-lo  com  os  irmãos  e  especial- 
mente com  os  membros  da  família  enlutada: 

'Deus  tem  em  si  mesmo  e  de  si  mesmo  toda 
a  vida,  glória,  bondade  e  bem-aventurança.  Ele  é 
todo  suficiente  em  si  e  para  si,  pois  não  precisa 
de  cnaturas  que  trouxe  à  existência,  não  denva 
delas  glóna  alguma,  mas  somente  manifesta  a 
sua  glóna  nelas,  por  elas.  para  elas  e  sobre  elas; 
dele.  por  meio  dele  e  para  ele  são  todas  as  coisas 
e  sobre  elas  tem  Ele  soberano  domínio  para  fazer 
com  elas.  para  elas  e  sobre  elas  tudo  quanto  qui- 
ser" (Confissão  de  Fé  e  Catecismo  Maior  da 
Igreja  Presbiteriana,  Casa  Editora  Presbiteriana. 
São  Paulo.  1957).  Se  o  Rev  Godoy  viveu  com 
esta  convicção,  e  viveu,  ele  mesmo  se  tomou 
agora,  e  por  todo  o  sempre,  pariicipante  da  von- 
tade divina.  Ele  morreu  para  Deus.  porque... 

3) ...  Para  Ele  são  todas  as 
coisas. 

Não  é  sem  razão  que  demos  a  esta  nossa 
mensagem  o  título  'Tudo  para  Ele".  Esta  frase 
final  deste  texto  bíblico  era  muiio  preciosa  ao 
nosso  irmão  e  deveria  sê-lo  para  todos  nós  tam- 
bém. E  a  afeição  dele  por  este  texto  revela  a  nós 
uma  qualidade  de  vida  extraordinária  e  ao  mes- 
mo tempo  pouco  conhecida:  um  homem  que  co- 
nheceu a  Deus.  que  viveu  para  Deus  e  que  agora 
se  entrega  nas  mãos  de  Deus.  O  conhecer,  o 
viver  e  o  se  oferecer  a  Deus  era  a  marca  de  sua 
piedade  cnstã. 

O  Rev.  Godoy  era  merecidamente  conheci- 
do como  erudito.  E  o  foi.  Quem  não  gostava  de 
ouvi-lo  falando  e  vibrando  com  a  música!  Quem 
não  se  encantava  em  ouvir  suas  longas  citações 


em  latim!  Quem  não  se  admirava  ao  ouvir  seus 
comentários  sobre  política,  sobre  filosofia  e  ou- 
tras ciências !  Porém  ele  era  mais  conhecido  como 
■  teólogo.  E  o  foi-  Todos  nós  gostávamos  de  ouvi- 
lo  falando  de  Deus.  da  natureza  de  Deus,  da 
Salvação  em  Cristo,  do  Ministéno  do  Espínto 
Santo.  Era  conhecido  como  amigo.  E  o  foi.  Quem 
não  gostaria  de  estar  ao  lado  dele,  conversando, 
rindo,  ouvindo  estórias.  bnncando  e  recebendo 
sua  preciosa  atenção.  Era  conhecido  como  pas- 
tor E  o  foi-  Como  tal.  visitava,  aconselhava, 
exortava.  Era  conhecido  como  defensor  intran- 
sigente da  ordem  da  Igreja.  E  o  foi.  Era  veemente 
em  seus  discursos,  firme  em  suas  convicções. 
Sempre  tive  a  impressão  de  que  enquanto  de- 
fendia suas  idéias.  expressando  seu  grande  amor 
pela  Igreja,  estava  ao  mesmo  tempo  sempre  pron- 
to para  morrer  por  Deus,  como  se  estivesse  ca- 
minhando com  a  firme  decisão  de  estar  lado  a 
lado  com  Cnsio  para  nos  dizer  assim:  "como 
Cristo,  eu  também  amo  a  Igreja,  e  estou  também 
entregando  a  minha  própria  vida  por  amor  a  ela". 

Por  estas  e  outras  razões  Deus  nos  está  pri- 
vando a  partu-  de  agora  da  companhia  de  um 
irmão  profundamente  piedoso,  E  o  foi.  Homem 
de  oração,  homem  de  recolhimento.  Um  rmstico 
do  nosso  tempo.  Este  homem  chorava  de  emo- 
ção ao  conhecer,  um  novo  candidato  ao  ministé- 
rio da  Palavra  de  Deus.  Este  homem  ficava  com 
seu  coração  embebido  de  alegna  quando  ficava 
sabendo  daquilo  que  Deus  estava  fazendo  na 
vida  das  pessoas.  Por  outro  lado  este  homem 
ficava  com  o  coração  dilacerado  ao  saber  da 
morte  de  alguém. 

Nosso  irmão  era  assim,  não  por  vaidade, 
Não  por  interesses-  Não  em  troca  de  bajulações. 
Era  assim  por  conta  da  graça  de  Deus.  Por  isso 
tivemos  entre  nós  um  irmão,  um  amigo,  um  co- 
lega, um  pastor,  um  teólogo  que  viveu  para  Deus 
e  que  morreu  para  Deus  com  a  consciência  firme 
de  que  "para  Deus  são  todas  as  coisas"-  Inclusi- 
ve sua  própria  vida! 

Conclusão.  Encerramos  nossa  palavra  ro- 
gando a  Deus  para  que  nos  faça  compreender  e 
viver  também  esta  verdade  ensinada  por  Paulo, 
o  Apóstolo,  a  mesma  verdade  assimilada,  ensi- 
nada e  vivida  pelo  saudoso  Rev-  Godoy,  consti- 
tuindo assim  o  centro  de  sua  vida:  Nós  cremos 
que  de  Deus  são  todas  as  coisas.  Nós  cremos 
que  por  meio  de  Deus  são  todas  as  coisas.  Nós 
cremos  que  para  Deus  são  todas  as  coisas. 

Se  assim  é.  ao  mesmo  tempo  em  que  chora- 
mos de  tnsteza  pela  enorme  falta  e  louvamos  a 
Deus  pela  vida  deste  irmão,  se  ainda  pudésse- 
mos, se  ainda  vivo  ele  estivesse,  deixaríamos  a 
ele  nossa  palavra  de  despedida,  dizendo-lhe;  vai. 
quendo  irmão,  vai  ã  presença  de  Jesus  tnunfan- 
temenle;  vai  com  suas  vestes  pastorais;  vai  à  pre- 
sença do  grande  Pastor:  vai  cantando  os  hinos 
majestosos  que  você  sempre  gostou  de  cantar; 
vai  descansar  merecidamente,  quendo  irmão, 
pois  você  já  ouviu  este  solene  chamado  da  voz 
de  Jesus,  a  quem  você  serviu  com  tanta  dedica- 
ção: "Vinde,  bendito  de  meu  Pai.  possuí  por  he- 
rança o  reino  que  vos  está  preparado  desde  a 
fundação  do  mundo".  Que  Deus  conforte  nos- 
sos tristes  corações.  Amém. 


O  Rev.  Uriel  é  diretor  do  Seminário  Rev. 

António  de  Godoy  Sobrinho 


Maio/1999 


O  Estandarte 


O  anonimato  do  serviço  cristão 


Na  realização  de  nossas  alividades  à  frente 
da  Capelania  do  Hospital  Evangélico  de 
Sorocaba,  senlimo-nos  animados  a  repartir  com 
a  Igreja  um  pouco  de  nossa  expenência,  propor- 
cionada pelo  próprio  Deus.  Autor  do  chamado  e 
da  vocação.  Não  nos  sentimos  no  direito  de  in- 
vadir a  pnvacidade  daqueles  a  quem.  muitas  ve- 
xes perdendo  a  própria  dignidade,  em  função  da 
angústia,  da  dor  e  das  provações  físicas,  pode- 
mos testemunhar.  Contudo,  agradecido  a  Deus 
pelo  rico  aprendizado,  que  não  cessa  nem  se  es- 
gota, podemos  de  maneira  genénca  e  à  luz  da 
Sagrada.s  Escnturas.  venficar  o  que  é  a  realidade 
da  vida  humana,  no  seu  viver  mais  duro.  e  tentar 
perceber  o  que  Deus  espera  de  todos  nós.  como 
servos,  naquilo  que  deve  ser.  por  excelência,  o 
anonimato  do  serviço  cristão. 

Vivemos  momento  notadamente  caractenza- 
do  pelo  individualismo,  não  só  na  sociedade, 
como  também  na  vida  eclesial  que  desfrutamos. 
O  que  nos  leva  a  crer  nesia  constatação?  Ora.  a 
própria  vida  humana,  no  seu  precário  desenvol- 
vimento e  nos  desenrolar  de  sua  complicada  his- 
lóna.  nos  mostra  com  todas  as  letras  e  cores 
mtensas  que.  quando  surgem  t>s  problemas,  sur- 
ge conjuntamente  a  falta  de  solidariedade.  O  povo 
de  Deus,  em  seu  passado  tumultuado,  não  foi  o 
melhor  exemplo  de  um  povo  solidário.  Nem 
mesmo  diante  de  Cristo  e  de  seu  exemplo 
inigualável,  o  povo  manifestou  solidanedade  fra- 
terna. Na  verdade,  a  grande  massa  de  desvalidos 


Rev.  Luiz  Henrique  dos  Reis 


que  percorria  as  trilhas  poeirentas  e  quentes  para 
ver  e  ouvir  o  nosso  mestre  eslava  preocupada 
com  seus  interesses  pessoais  e  particulares  A 
expressão  bíblica  daqueles  que  se  mantiveram 
fiéis  à  vontade  e  ao  chamado  de  Deus.  uma  pe- 
quena minona.  ainda  presente  desta  fornia  em 
nossos  dias.  é:  -cansados,  mas  ainda  perseguin- 
do" (Juízes  8:4).  A  nossa  vida  é  repleta  de  lulas, 
muitas  delas  travadas  no  campo  das  provações 
sejam  elas  físicas,  psíquicas,  emocionais  ou  es- 
pirituais. Ao  vencermos  algumas  batalhas,  ven- 
ficamos  de  nossa  pequenez  humana  que  a  luta 
não  cessa  e  que  deve  perdurar  por  todo  o  nosso 
existir.  Quando  adentramos  uma  mstituição  hos- 
pitalar, por  exemplo,  e  temos  contato  direto  com 
as  pessoas  que  esião  cansadas,  até  mesmo  esgo- 
tadas pela  realidade  do  desgaste  físico,  proporci- 
onado pela  enfermidade,  podemos  notar  que 
muitas  delas  prosseguem  lutando,  perseguindo 
com  coragem  e  valentia  momentos  melhores  e 
mais  saudáveis.  Outras,  por  sua  vez.  o  que  nos 
causa  tristeza,  se  entregam  ao  esgotamento  e  pa- 
ram de  lutar.  Faltam-lhes  a  fé  necessária  e  o 
reerguer  de  sua  auto-estima.  Precisam  de  ajuda 
para  recuperar  a  confiança,  o  espírito  de  lula.  a 
crença  em  Deus  e  a  vontade  de  prosseguir  lutan- 
do pela  vida.  na  dura  caminhada.  Há  muitas  oca- 
siões, na  exaustiva  jornada  de  todos  nós.  em  que 
começamos  a  sentir  o  sabor  da  derrota.  De  um 
lado,  porque  nos  sentimos  impotentes  contra  o 
sofrimento  de  nosso  semelhante;  de  outro,  sente 


este  sabor  ainda  mais  fone  o  semelhante  que 
sofrendo,  não  sabe  o  que  lhe  esiá  reser^'ado. 

Jesus,  em  dado  momento  de  seus  ministé- 
rio, faz  um  convite,  que  deve  ser  interpretado 
com  clareza  e  praticidade.  Eis  os  convite  do 
Mestre:  "Vinde  a  mim.  lodos  os  que  estais  can- 
sados e  sobrecarregados,  e  eu  vos  aliviarei. 
Tomais  sobre  vós  o  meu  jugo  e  aprendei  de  mim. 
porque  sou  manso  e  humilde  de  coração;  e 
achareis  descanso  para  a  vossa  alma.  Porque  o 
meu  jugo  é  suave  e  o  meu  fardo  é  leve"  (Mateus 
11-28-30). 

Como  agiríamos  diante  daquele  que  sofi-e 
mais  do  que  nós  e  observando  o  abatimento  no 
seu  rosto,  em  função  da  dor.  o  meu  desânimo  da 
sua  alma,  devido  à  ausência  de  perspectiva  de 
vida  e  o  esvair  da  fé.  elemento  ainda  pnmário  em 
seu  coração  *  Simplesmente  reproduziríamos  a 
expressão  belíssima  e  vigorosa,  proclamada  pelo 
própno  Cnsto.  registrada  acima,  aguardando  que 
de  maneira  mística  solucionasse  seu  problema  ' 
O  que  faríamos  então?  Quais  seriam  as  opções  > 
Há  muitas  abordagens  e  diversas  estratégias  para 
se  tentar  minimizar  o  sofrimento  de  nosso  próxi- 
mo. Seguramente  a  leitura  bíbhca  é  bastante  pro- 
dutiva neste  sentido.  Contudo,  sentimos  que  a 
busca  de  sua  materialização  em  gestos  e  atitudes 
práticas,  sempre  reverterá  no  melhor  consolo. 
Daí  surge  outra  indagação:  Como  ser  instrumen- 
to vivo  do  convite  do  Cnsto.  em  que  Ele  mesmo 
promete  aliviar  a  opressão  do  sofrimento  e  nos 


oferecer  o  descanso  que  buscamos?  Muitas  res- 
postas virão  de  nossa  comunhão  com  o  Senhor. 
A  verdade  de  nossa  convicção  nos  mostra  que 
precisamos  niediíiir  mais  nos  exemplos  de  Cris- 
to. Precisamos  viver  mais  com  Ele  e  busciir  o 
Seu  refngério,  Sentimos  que  viver  com  o  Se- 
nhor, embora  muitas  vezes  o  cansaço  nos  alcan- 
ce, é  como  estar  de  braços  abertos  c  olhos  fecha- 
dos e  ir  de  enconin.  ao  vento,  e  deixá-lo  vir  ao 
nosso  encontro,  como  se  estivéssemos  vo;indo 
Quando  o  vento  tociy  suavemenrte  o  nosso  ros- 
to, as  palmas  da.s  nossa.s  mãos.  os  nossos  braços 
e  o  nosso  corpo,  poderemos  abrir  os  nossos 
olhos  e  sentir  a  lorte  emoção  de  esnmnos  vivos. 
Será  que  sabemos  o  niomenlo,  na  prática,  em 
que  nos  sentiremos  exaiatnente  destii  f^mia,  com 
as  mesmas  sensações? 

Este  momento  ocorrerá  quando.  in)  anoni- 
mato do  serviço  cristão,  i.  qual  fumos  chamados 
a  abraçar,  nos  aprtíximaniios  do  nosso  próximo, 
aquele  que  precisa  de  nossa  ajuda,  despojado-,' 
da  imensidão  de  nossos  valores  religiosos  e.  como 
fez  o  Senhor,  lhe  oferecer  pacientemente  os  ou- 
vidos da  compreensão,  a  destra  de  companhia  e 
o  ombro  da  amizade  fraterna  Ainda  que  nos  sm- 
tamos  cansados,  estiiremos.  desta  lorma.  pros- 
seguindo na  carreira  cristã  e  m»  legítimo  teste- 
munho do  Evangelho  da  graça  de  Deus. 

O  Rev.  Luiz  Henrique  é  capelão  do  Hospital 
Evangélico  de  Sorocaba 


Notas  de  Falecimentos 


Ana  da  Cruz  Moreira  Barbosa 


% 


Aprouve  ao  Se- 
nhor, em  sua  sobe- 
rana vontade,  cha- 
mar a  nossa  irmã 
Diaconisa  Ana  à 
sua  presença,  no 
dia  15/02/99,  A  ce- 
rimónia fúnebre 
ocorreu  na  2"  IPI  de 
Cruzeiro.  O  Rev 
Natanael  da  Mata 
Costa  conduziu  o  ofício  fúnebre  com  a  partici- 
pação dos  Revs  José  Xavier  de  Freitas  (IPI  de 
Lorena).  Mitchel  Rosemberg  Galdino  (1'  IPI 
de  Cruzeiro)  e  Eli.  da  Igreja  Assembléia  de 
Deus.  A  diaconisa  Ana  era  sen-a  fiel  e  dedicada 
ao  seu  Senhor  e  deixa  muita  saudade  no  cora- 
ção dos  filhos:  Marly,  Dôra  e  Nói.  netos  e  bis- 
neto, e  também  na  sua  igreja.  A  Igreja  continu- 
ará orando,  pedindo  o  conforto  da  graça  e  da 
presença  do  Senhor  à  família. 
Rev.  Natanael  da  Mata  Costa,  pastor  da  2^  IPI 

de  Cruzeiro 


Valmir  Miranda  de  Oliveira 

Faleceu  no  dia  20  de  dezembro  de  1998, 
aos  54  anos  de  idade,  Valmir.  membro  da  I" 
IPI  do  Tatuapé.  Era  diácono  e  membro  atuan- 
te,  tendo  participado  do  coral  da  igreja  durante 
os  33  anos  em  que 
congregou  conosco, 
22  anos  como  mem- 
bro comungante. 
Durante  sua  vida,  tes- 
temunhou sua  fé  com 
muita  finneza.  tanto 
na  Igreja  como  entre 
seus  amigos  e  paren- 
tes. Deixa  esposa  e 
três  filhos:  Fábio,  Pa- 
trícia e  Cristina.  O  seu 
sepultamento  ocorreu 
no  dia  21  de  dezem- 
bro e  foram  oficiantes  os  Revs,  Mário  Ademar 
Fava,  pastor  da  igreja  na  ocasião,  e  Venício 
Nogueira. 

Conselho  da    IPI  do  Tatuapé 


Pendia  de  Almeida 


Nascida  em  24  de  Novembro  de  1 927,  mor- 
reu em  03  de  Março  de  1999.  deixa  os  filhos; 
Melo,  Geraldo,  Nicéia,  Elza.  Membro  assídua 
na  Igreja  hà  mais  de  60  anos.  Oficiou  o  funeral: 
^eu  pastor.  Rev.  Heitor  Beranger  Júnior.  A 
morte  da  nossa  irmã  Percília  de  Almeida,  na 
quarta-feira.  nos  traz  tristeza  e  saudades.  Nas- 


cida em  Pilar  do  Sul  em  24  de  Novembro  de 
1 927,era  viúva.  Foi  membro  e  Zeladora  de  nos- 
sa Igreja,  hoje  é  membro  e  zeladora  da  I  °  IPI  de 
Sorocaba,  A  família  necessita  de  oração  e  do 
consolo  de  Deus 

Rev.  Heitor  Júnior,  pastor  da  igreja 


Eduardo  Vieira 
Shiozaki 

"Saudades"-  Nosso  amado  e  querido  filho, 
Eduardo,  com  apenas  20  anos  e  9  meses,  deixou 
seus  pais  Máno  e  Élida  e  sua  irmã  Tatiana  no  dia 
1 8/02/99.  A  sua  partida  deixou  um  enorme  vazio 
em  nossos  corações,  em  nossas  vidas  e  em  nos- 
so lar,  quebrando  assim  um  pedaço  da  nossa 
família  que  era  tão  bonita,  unida  e  quase  perteila. 
Nosso  doce  menino  cursava  o  3°  ano  de  Enge- 
nharia, Era  um  menino  de  ouro,  um  excelente 
filho,  cannhoso.  amoroso,  sem  vícios,  verdadei- 
ramente nosso  orgulho  e  principalmente  firme 
nos  caminhos  do 

Senhor,  Filho,  obngado  pelos  anos  que  fi- 
caste conosco.  Foram  e  serão  anos  inesquecí- 
veis, páginas  de 
ouro.  inigualáveis, 
que  ficarão  grava- 
dos eternamente 
em  nosso  cora- 
ções. 

Dudu,  o  nos- 
so consolo  mais 
suave  e  sublime 
vem  através  do 
Espírito  Santo  de 
Deus.  porque  te- 
mos certeza  que 

estás  com  o  Senhor.  "O  Senhor  o  deu,  o  Senhor 
o  tomou,  bendito  seja  o  nome  do  Senhor".  Jo 
1,21 

Presb.  Mário  Shiozaki. 
pai  de  Eduardo 


Mário  Coelho  Ramalho 

Faleceu  no  dia  25/02/99.  o  irmão  Mário 
Coelho  Ramalho.  Nascido  em  16/08/48  no 
bairro  do  Lageadinho,  município  de  Ibiúna, 
Converteu-se  ao  Senhor  e  foi  recebido 
porbatismoe  pro- 
fissão de  fé  em 
abril  de  1994, 
Após  passar  por 
uma  cirurgia  que 
amputou  uma  de 
suas  pernas  ini- 
ciou sua  "cami- 
nhada" entre  nós 
na  Igreja,  puis 
quando  tinha  as 
duas  pernas  trazia 
sua  mãe.  esposa  e 

filhos  para  o  culto  e  ficava,  por  pura  vergonha, 
de  longe  esperando  u  término  para  levar  os 
seus  de  volta;  após  a  sua  conversão,  porém, 
não  perdia  um  culto  sequer,  além  de  testemu- 
nhar com  imenso  fervor  espinlual  e  ser  um 
modelo  de  homem  de  Deus  que.  lai  qual  Jó, 
jamais  queixou-se  de  seu  estado,  sendo  fiel  e 
temente  a  Deus.  Foi  rápida  sua  passagem  em 
nossa  igreja,  porém  de  uma  profunda  marca 
em  nossas  vidas.  Por  ocasião  de  seu  funeral 
oficiou  seu  primo  o  Pr  Nelson  Manoel  da  Rosa. 
pastor  da  Igreja  Assembléia  de  Deus  Deixa 
esposa,  filhos,  netos  e  os  irmãos  das  iPIs  de 
Ibiúna  com  a  dor  da  separação  e  o  consolo 
paternal  do  Senhor 

Presb.  Valmir  Coelho  Ramalho 
Agente  d'0  Estandarte  na  IPI  de  Ibiúna 


20 


O  Estandarte  )viaio/i990 


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