4
LIBRARY OF THE
UN1VERSITY OF ILLINOIS
AT URBANA-CHAMPAIGN
Q. 271.1
P899p
v.2
Fbre Book & Spocial
Cciioctions Library
Digitized by the Internet Archive
in 2010 with funding from
University of Illinois Urbana-Champaign
http://www.archive.org/details/oprincipedospatr02praz
P R I N°C I P E
DOSPATRIARCHAS
S.BENTO
SEGUNDO TOMO
DESUA VIDA,
DISCURSADA EM EMPREZAS
Politicas y Sc Moraes.
TeloéM. %JPadnT regador Çèral
FREY JOAM DOS PRAZERES,
ChroniftaMòr da Congregação domefmo Prínci-
pe y natural da Cidade do Porto.
OFFERECIDO AO REVERENDÍSSIMO PADRE
FREY VICENTE DOS SANTOS,
T>. (lAbbade Çêralda l^eligiaÕ dejle Tay dm Religiões todas.
E POR ELLE DEDICADO AO EMINENTÍSSIMO SENHOR
D. JOSEPH DE AGUIRRE
CARDEAL DA SANTA IGREJA ROMANA
Monje Benedictino.
LISBOA.
NaOíficinadeJOAM GALRAM. Annodeióço.
Com todas as licenças neceffarias%
A cuftada Congregação de S. Bento.
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eminentíssimo senhor.
JSS OM as Purpuras de duzentos
i Cardeaesleeimalta a Imperial
i Cuculla doCefar dos Patriar-
chas S. Bento. Naõ fe compre-
hendendonefta forna os mnv-
tos, que das mays Cõgregaçoes BenedióH-
nas ferviráo a Igreja, (a) Todos elles , fobi-
raó á eminência defíe lugar , pelos gráos da
virtude, & pelas Aulas, & Cadeyrasdas
Univerfidades. (b) Nobrefa com que Chri-
fto Senhor noflòcallificou a feusDifcipulos
* 2 para
(a") Gènéhrard lib.%.
Chrônogra.&Soldo Oc-
cid. part. i.Treíud.c).
cap. i . $■ 2.
(b) Erantenimmona'
chi butus injlitutionis , o -
Um Vui fanEimionia Vitae
prcecipui , (ciência fenp-
turaru perfecliffime inf-
ti uEii , ad reqhmn Ec -
cie fiar um idonei> Vir: ate
m.igni , confeientia pwiy
omnium literarum erudi-
tione pro fundi, &c.
Trttbem.lib.^.dcVui.
ihj}>;Ord.S.ficn.c.ip.
zi.deCard. Ord,
(c) para moftrar ,q fó a virtude, & as letras fe
(c) Voseftk Sdter- haviaó de cfcolhcr para o Apoftolado , por
Mate < lerem unicamente precitas para o governo
de ília Igreja. Em o numero deftes cfcolhi-
dos, tem V.Eminencia o divido Solío^poc
quejVo-ou a ellecom as particulares azasyda
Águia, na ícienciaj ek do Pheniz, na virtu-
de; como fuás obras publicão em os livros,
que com tanta eminência defendem a fo-
beraniáj&c Apoftolicaauthorictade da San-
ta Igreja Çatholica: & na obra , que intitu-
lou Lu.di Saimamicenfes , em que com tanta
erudição, & clareia fobio, §c remontou a
Primazia do Príncipe dos Patriarchas -nof-
fo.grande Padre S. Bento 5 confirmando o
que dieta, com o que obra. Na virtude k#i-
nuou V. Eminência, fe remontava como
Pheniz, imitando a hu Principe que em to-
das as virtudes foy único. A eílc alvo fe en-
caminha a reverente gratidão , com que of-
fereço a V.Eminencia efte SegundoTomo
da vida de N. S. Patriarcha , diícurfada por
emprezas pelo actual Chronifta defta Con-
gregação 5 porque fey , que nem elle podia
afpirar a mayor premio ; nem Eu , a mayor
dita , do que ver efte livro nas maòs de taõ
eminente patrocinio , como pedia a maté-
ria de feu argumento. E fe os Romanos naõ
permittiaô , que as armas de Júlio Cefar fe
viífem em outras maõs , que naõ foííem as
de ícus principaes Cabos , porque o imita-
vão
vaõ nas proezas , (d) nas maõs de V. Emi-
nência íicaõ era feu próprio luear as excel- W ®reZmmfts ck
, . \ ^ r i t» - •• í í-r r %éiirl\Qmanorumcap.
lencias do Ceíar dos r atnarchas , diícurla- ^
das poremprezas, &: eftampadas no livro '
offerecido , como inftrumentos de fantas ,
& religioías virtudes. E pela honra , que
Eu, Teu Autor , & efta Congregação rece-
bemos, nos confideramos tão favorecidos,
quanto nos confeíTamos authorifados com
afagrada Purpura de V.Eminencia. Sobin-
do meu affecto acollocarfeentre as excel-
lencias do aííumpto, & a nobrefa do patro-
cinio, como a luz, que entranhada no efpe-
lho de Marte, confervava o refplandor em ^ fradilhfa de Su'
, ' _ n r i i- pernt/. Gentil, cab. o.
todo o tempo, & moítrava lubhme^aquem ^ 70.
o reverenciava obediente, (e)
Súbdito que mays venera a V. Eminência
F^EY VICENTE VOS SANTOS.
Geral cia Cmim-evacao de S. 'Bento de fortuvaL & Província
Brafil^c.
t
3 AO
AO REVERENDÍSSIMO PADRE
FREY VICENTE DOS SANTOS
Dom JbLide Gerdda Conorewcaõ de S. 'Bento,
de Tortmal , © TroVmaa do Brajti.
OBRINDO-S E da fombra do favor,& da
luperioridade,leanimavaóosefcritoresan-
tigos, afahiraluzcomospartosde feus en-
genhos:Efte amparo era oMecenasdaquel-
Ja idade, porque nelle achaváo feus efcri-
tos defenfa,& premio feus Autores : Húa, & outra cou-
fa tenho recebido de V. Reverendiífima , porque em todo
o tempo favorecido defua benevolência. Movido deita
obrigiçaõ,& animado do zelo com que V. Rr.meaíTiftioa
eíta obra, profegui o trabalho delia ; naõ fó para conhííàó
do que devo, mas também pelo credito, que ganance-ey
no patrocínio de hum Prelado,cujo governo manifefrou a
excellencia,queD. AffbnçoRey de Aragaó achava em a
vida de Alexandre, efcrita por Quinto Curcio;naqual,Ieo
os favores, Tem nota ;oscaftigos,cotn juftiça;& todaaMo-
narchia governada pelas máximas da inteireza,& da razão.
• EieatSyhwMm,®* Deftasvirtudes,fe compõem o livro,que V. Rr. deyxa
fidu ^)iffo»f,. -^joannet 3e illuftrado namemoria de léus íubditoscom a prudencial
j7.//4.8. politica, com que rege aramiha Monacnal do Pay dos
Monjes. Efe a limitação daofterta naõ for equivalente*
grandeza da divida, fcrá a paternal benignidade de V. Rr.
a que dará valor ao oflerecimentode hum filho,& fubdito
taõ humilde, & obrigado, como o publica icr de V. Rr.
Frey jfoaõdos Trazeres.
AO LEY«
AO LEYTOR
AM fe eftimaõ as arvores pelo verde,
nem pela multidão das tolhas, fenaõ pela
I bondadedos fru&os -.Damefma fóitecs
livros. Aterra naõfe cultiva tanto pelo
cuydado com que as galantea, como pelo
cuftozo com que as íructifica. Com faci-
lidade poderá multiplicar volumes, & a corpulência del-
les,feefcrevera para avultar, & naó para fervir; oufeo
meugeniofeaccómodaracomo de muytos,queambicio-
los da aceytaçaó do vulgo,roubaõ o tempo ao útil da> no-
ticias , pelo darem ao inútil das palavras. Donde naó cen-
lurafte prudente, fer oprimcyro tomo diminuto nocor-
po, fendo avultado de hiftorias. Se as palavras te recreaó,
& os documentos doóhinaes te enfaltiaõ, compra antes li-
vros
AO LEYTOR.
vros de Novellas, do que de Máximas. Saõ muytos os que
compraó os livros, como fe compraó as joyas , namorados
da galantaria, (em repararem no peío;naó advertindo, que
oíogeyto,quele, \\o femelhante ao que compra ; oqual
querendo para o deíempenho aproveytarfe da joya,pcrde
o feycio. Naõ4>c a minha locução taó humilde , que mere-
ça defprezós ; nem taó levantada 6 q«è provoque a iuveiaj
másnâoaconGderotap defvalida, que neceflire de favo-
res alheyos para íahir a publico. Se perdoares os defcyros
defíe Segundo Volume;, com a urbanidade com que diííi-
mulafíe os doprTmeyro,darmehasaninvo, paraque-no ie-
gui0te,ernoqual poremos remate ávida do Santo Patri-
archa, te prometa quarto livro ,em que te efereva as Tres-
ladaçoés de fuás Sagradas Reliquias : porque ainda que
às oceupaçoés de meu eftadó me defraudem ò tempo, as
obrigações de meu offiGf o otiraráo dofomno, para fatif-
fazer a teu agrado.
Fale.
L
■ ■
D I RE C Ç AM
DAS E M P R EJZ A S.
i f"^ Om a boa fama atrahem a fi os Principes os ânimos dos
^ji vaflailos: Authoriíao a fragrância da virtude de S. Bento.,
que obrigou a hús Monjes deftraidos ,aobnfcarempara feu Prelado.
pag. i.
Cwnmi/s in odorem
i O máocuftume, faz perdera boacreaçaõiCorruboraíTecoma
relaxação deftesMonies. pag. 37.
T)egenerat ubi mairVct.
3 Aobftinaçãodãculpapertende,queos Principes cedaódefea
direyto: Virificdíle com a tenacidade, com que os Monjes refiuiraó á
reforma do Santo Patriarcha. pag. 5 6.
Tu Cede.
4 A liçaõ dos livros prohibidos he o veneno, que mays inficiona a
republica: Confórmaífe com a iignificação da potagem , com que os
Monjes intentarão dar a morte ao Príncipe dos Pacriarchas. pag. 68.
TZon ex omni flore curpitur mel.
5 O caftigo para hum ingrato he dcyxalo lem remédio : Porque
aíiycaftigouoSãto Pauiarcha aosquelhequeriaótiura vida. pag. 82.
Com os deyxar os cjjligo.
6 A neceffidadequeos Principes tem de experiencia,antes de fu-
birem ao trono , fe infere dos trabalhos, que padecéo S. Bento antes de
initituir lua Ordem. púg. 92.
Gjrant ut luceant.
7 O conhecimento próprio he a luz, que melhor encaminha os
Principes: Razão, por onde o Príncipe dos Patriarchas governou com
Hiayor aceito, porque nunca lhe faltou efta claridade, pag. 103.
I\úh Voe exprimunt omv.es.
8 Daboadiipoílçáo,comque as republicas faó ordenadas , de-
pende a tuaconlervaçaó: Ao que rcípeytou o Príncipe i!os Patriar-
chas na Ordem com querecolhéo aos que ofeguiaó. pag. 144.
Colhcata proftmt.
9 O amor de Piincipe para com os vaíTallo1*, & o amor deites para
comos Principes faó as annasquc melhor defendem as republica>:Ccr-
rezacalihcada pelo Principe dos Patiiaichas,em fundai fua Religião
fobre a chama de tres fogos. pag. 125.
A flamma fartitudo.
** 10 Os
DIRECÇ AM
io Oslmperiostemnaextenção afua ruina. Motivo que obri-
gou a S. Bento (nos exórdios da ercçáo de lua familia) a não eítcnder
osbraçosdeíeuMonachato. psg. 141.
Non nina Vires.
li Nainteyrezadasleysconfilte toda a boa fortuna dos povos. A
Regra que o banco Patriareha deu a feus Monjes os pronofticou filices.
pag. 15 1.
JlkVat , & Vexat.
1 2 Colunas dosRcynos,iaô os Sábios: Cauza,porondco Prim
cipe dos Patriarchas quiz,que Tua Religião íe povoafie de honiês Dou-
tos, erigindoeni feus ConventosUniveííidadespublicas. pag. 1 67.
Sine culmine corruit.
15 Asartesliberaes ennobrecema todaa forte de pefíóas. O que
feilluftracom o Príncipe dos Patriarchas querer, que feus Monjes fe
exercitaílcmnellas.pag. 181.
V bique flores.
14 He o fogo único remédio, com que íe extingue ojudajfmo.
CoinprovaíTecotnafcífcõdehum Concilio ,aque aííiluo o Santo Pa-
tiiarchd. pag. 1 92.
Extinzaetur h>ie.
15 O beneficio ha de fer fey to á medida ,&gofto de quem o rece-
be. AbonafíecomofavorqueDeosfcza S. Bento, mandando-Jhc dizer
por hum Anjo: Que lhe pediffe mercês, pag. 203.
Jgojlo , S? a medida.
\6 O defentereíTecom que os validos haõ de aííiftir aos Príncipes,
mofuou-oarcfignaçãoeomquco Sáto Patriarcha fecompromecéona
vontade divina, pag. 2 1 o.
Non aVnra dum jnVatur.
ij Obrigação he dos Príncipes engrandecer, 8c perpetuar a no«
brczadeleuPieyno. O que abonou o Ceo, prometendo Deos a S. Ben-
to, que lua Religião duraria até o fim do mundo. pag. 2 17.
ISle pereat immumtcts.
18 Singular efcudohe a Fé Catholica, que defende de todos os
perigos: Razáo por onde a Religião de S. Bento, em quanto o mundo
durar, ha de vencer todas as oppoílçoésdo Inferno , porque fempre ha
de eftar firme na Fé. p^g. 2 50.
Extra Ec ele fiam nuíli falia.
j.y 19 Para fe conformar com a politica do Ceo , devem querer os
pays para herdeyros de feu folar, naõ ao fil!v> mays antigo , fim ao mays
benemérito: Acerto, que authoriz:» o Akiíliniona promefíà,quefezao
Prin-
D AS EMPREZAS.
Príncipe dos Patriarchas, de que rodos os que viveiTcm em íua R.eli-
giaó, acabariaõ em eftadode graça. pag. 243-
Torbantur , ut coronentur.
20 He natural dos precitos vexar o eíiadoReligiofo : Moftrou-o
Deos prometendo a S. Bento, teriaómáo fim todos os que foliem ini-
migos de lua Religião, pag. 261.
Se tpjum conFpurc.it.
21 Que dotes ha de ter o fogeito,que fe houver de efcolher para
amigo: Iníinados na utilidade, que tiiáotodos,osque la 5 devotos da
Religião de S. Bento. pag. 277.
ficijstmfubvenitmt.
22 Que prendas fe hãodebufcar napefloa ,q houver de ler Ayo
de hum Príncipe: Inculcadas no efpiritodequeS. Bento foy illuítra-
do, para Meflre de Santo Amaro,& S. Plácido, pag. 297.
Obumbrât,® dit.
2 3 Nem todos os amigos reconciliados faõ fofpeytos : VetificaíTe
coma fidelidade, com que húsMonjesfe reconciliarão com o Príncipe
dos Patriarchas. pag. 312.
Fiicile confiliatur.
24 Declaraííeas prendas,quehadetera Ama de hum Principe:E
a gratificação com que os Príncipes lhe devem pagar íua creaçáo: Ma-
nifeftaflehúa,& outra coufa na lantidade, com que vivéo, & morrèo a
Ama,quecreouao Santo Patriarcha; & ocuydado,& eílimação com
que a ttatou efte Príncipe, pag. 322.
Ingratiam educatlonti.
25 A pena haífe de medir com a culpa: Juíliça que oblervou o
Príncipe dos Patriarchas no caítigo,com que emendou a hú Monje de-
linquente, pag. 333.
TSlon fitfficit unum.
16 Com maysbrandura,querigorhaódegovernaros Principes:
Máxima de que uzou S. Bento authorizando o Monje, que havia cal-
tigado.pag. 347.
Nonfolum p&nis.
ij Na impofição dos tributos devem proceder os Principes com
toda a circunfpecçáo, & clemência: Virtudes, que ledefcebrem no mi-
lagre, que fez o Santo Patriarcha tirando agoa de huma dura penha.
5ag.35o.
Omnibus ac Jcmper.
28 O Príncipe com a brandura vence impoffiveis: JuftificaíTe ef-
ta verdade como milagre, que obrou o Príncipe dos Patriarchas faztn-
** 2 do
D1REC Ç AM
do nadar o ferro, íbbrças agoasde húa lagoa pag. 37 1 .
impoJjib'dta /u per ar.
29 Obrigação dos fubditoshe obedecer fem reparo: Doutrina a
que os perfuade Santo Amaro, entrando a pé enxuto peLsagoas dehú
pego fem reparar no perigo, pag. 383.
'Tareo quod préópk.
30 A inveja defearrega ogolpe,aondercconhece maysprendás:
Razão por onde o Sacerdote Florêncio intentou dará morte ao Santo
Patriarcha. pag. 395.
Quia Olet.
31 Alafcivia não fofre a companhia de virtude algúa : Motivo
que obrigou a S . Bento a fe auzentar de Sublaco , períuadindo Floren-
cioaíetemoiheresdepravadaSjentraiTem dentro da cerca do mofteyro.
pag. 407.
"Hequeunt pariter.
32 Emfe compadecer dos males de íèu inimigo moftr a o Principe
ageneroíidade de ftu animo : Como o Príncipe dos Patriarchas oíin-
guiar eípirito de lua fantidade,chorando o defeftrado fucccíTocom que
Deos caftigou a feu inimigo Florêncio, pag. 424.
Indicai tçretttdwm.
O
33 Devemos PrinçipesrepartiroslugareseonfórmeotaIcnto,&
mérito do fogey to: Sagrada politica, com que oAlriííimo influe nas
operações de feus íer vos , mandando hú Anjo ao monte Caííino , antes
que o Santo PatiiarchafobilTeaelle ,&c queda fua partediiTeífea hum
Santo Ermitão, que nelle vivia, Iargafíèopofío,porqueoutro feumi-
moío íobia aoccupalo. pag. 433.
"Hon tn una fede morantur.
34 S. Bentoem levara Prefidencia pelo mérito jmoftrou queera
como o Sol na Primazia, pag. 446.
Sol 04 SqIhs.
EXUNO
EX UNO AMÍCO SOCIETATIS JESU
lóhim Pacriarcharum
ac Protoparentem.
in D. Benedióhim Pacriarcharum Principem ,
ROma quid Auguftum moderantem legibui orbem ,
Tot que Virtim jactai parta trópica manu?
Llarior Aufontjsfivgit 'Benediclas aborvs^
Hic úbt pro tiViío Lee [are , C&far erií.
Me qiiidem extremos anfus fuper are 'Britaimos;
Hic potis viferni fi angçre cotia duas.
Vicit uterque boftem , Vir tule nfignis uterque
Máxima utrique juo gloria ab bofte Venit.
lllum etenim pátria Veteres dixeve Parentem
ífiecliiió hic Patru nomen^ © omen habet.
Scdicet beroas quotquot Virtutibus ohm
Inflruxit ; natos tot genuijje ptites.
Hunc nimium feltx natorum turba coronal.
Principia b<ec tanti jlcmma corona fttit.
Sic P«ter^ Princepsuotiafiiper <etbera ; dignm
Principtsobjequijs, dignm amcrePatris.
EX ALTERO AMÍCO EJUSDEM SOCIETA-
tis in D. Benediíhim Patriarcharuin Parentem,
ac Prinuim.
E P Y G R A M M A.
a Li antum flammigcra debent ftlendentia Soliy
Dumjubar injolitumjjdera c\mçla bibunt..
Tantum credo ttbi reliquo; dcbçre ^fecuii
Qui modo Junt gr c fins , o 'Benedtcle , tUQí.
ISIampo/uerefuis facri áu\x. jura Parentes ,
Hpsjvntn dederas omma jura priw.
Si lacras acies reitqui duxere Parentes ,
lpfos duxifli Dux priíií ipfe duces .
Júri witur Princeps , £? Magnus in orbe Võcaris,
Vox que bonúnum Primam te Vocat una Pairem.
Kam quamVísreliquiJint lumina clara Par entes ,
Omnia Junt racfijs inferior a tuis.
í ** 2 ALIUD
ALIUD EJUSDEM AUTORIS.
S7 quis erit tam lucepotens , & lumine clarus3
Ore bibant aítj quo praeunte faces-,
Si quis erit ViVos inter celeberrimm omnesy
Cujus grande decus , fama per ennis eat-3
Si quis, qui primas doceat documenta falutiâ,
Pnmus , ® exemplo feprobet efe Vucem>
Si quis erit , quiprimm opes contemnat, © tnter
Hórrida defertt degcre teSla Velit;
Si quis erit Princeps, qut Magnus in orbe Vocetnr^
Dicatur que Patrummaximineffe 'Pater;
St quis , ViVorum quem c (éter a turba fequatur>
'Difteream >fi nqn hic BenedtSlus ertt.
ADUC SOCIETAS ELUCIDAT.
Jrgumentum operis.
EPYGRAMMA.
JVre qiiidem ^fateor , meruit Patriarcha Vocari,
Qui ctftum inflituit (fteligione Sacrum.
2<[omine at boc reliquos Juperas , (Benedttle ;facratum
Te mthm nemo Principis omen habet.
Es prior , es Patrum Princeps Patriarcha ifuifli
Et prior ', 6£ Pr ince ps ^eligione Patrum.
Bis tgitur Patriarcha audw , (jua gloria tanta efl)
Lum prior ^ ÉS Princeps fts Patriarcha Patrum.
IN
INREVERENDISSIMUMPATREM,ET
Sapienciffi nutn Ses ipfortin , Fr. joannem dos Pruze-
rese Benediciiru Família, Santtiílimi Pa marchariam
Principis Benedjõi , res íiiigulas prxcLre gcítas
libris erudicione plenis, eloquio íuavibus, ar-
gumento í.me aurei», (quibus ticulum Má-
xima injidit) ornaté,graviter ,&co-
piolè mandantem.
EPYGRAMMA.
Ejufdem met Societatis.
Vemquejmim commendat opus ; mandata libeílis
Scribentem decoram inclytafacla "viram.
Ma<inus Virqjlius .mamus fimid exiat Homerus:
<lA mbo quod exímios conetnucre duces.
Scilicet hos magnos magna fecère Virorum
Vir tutes ^quorum facL dedére libris.
Facla mis libris fòenediclimaxtmamandcvs;
Maxhmíó inde atidts^ Máxima , © inde libri.
Maximafunt,jludus, opibus que referia MinerVrt:
DiVes, & IhU inlnat, doclus^ © ãa cuptt.
Jure aíios inter Scriptores maximtà audisj
Maximia ingenio , maximm eloquio.
DOCTORIS ANTONIJ DE VILAS BOAS ET
Sanipayo Portug.ilenlis Senatus, Serutoíis.
E PYGRAMMA.
S/c Benediclm erat (me mentem faliu imago)
Qualem de monflrantju bené dt3a, <Pa£ef'.
Jjjyice CaJJmum, 'Benedtaum cerne. Quid ultra !
Sic ojfert ocidvs cnncLi Videnda líber.
iSlecmiror :exalfos Tatris áejcribtí honores
Filitís. 0 tantum qui ber.è (cnbn oinis l
Magna eqttidem fecit 'BenedíSlus., tu quoqttc magna:
Si iliejuk Magnus^tiiqiíoquc Magnusens.
DO
DO PADRE D. GASPAR DA ENCARNAÇ AM
Cónego Regrante de Santo Auguftinho.
SONETO.
ESSE de quatro tiempos fabricado
Sacio volumen , cuerpo dividido,
Defiende lo fagradodel olvido
(Que tambien gime olvidos lo fagcado)
Es poço todo un Lethes confpirado
Quando deícoge plumas lo entendido,
Ralgo elegante, buelo defendido
DelCielo adonde afpira iluminado.
Supone mas impireos cila hiftoria
Silosuviera: arafgos de la fuma
Bolaran tus Emprezas a fu gloria.
Soípeche el Orbe , la razon prefuma
Que lobrando el aííumpto a la memoria,
Cupierondosprodigiosen la pluma.
D O PADRE FR. LUCAS DES. CATHERINA
Coilega do Pveal Collegio de Coimbra da
Ordem dos Pregadores.
SONETO.
A Gora, ò douto Joaõ, que a vòs fe fia
De Bento a fama, agora fe venera
Defempenhada em vòs , fe em fim ja era
De eílylo tal o aííumpto prophecia.
Celefieem vòs, & em Bento, fympatia
Quanto o aííumpto alenta, a penna efmera,
E foquem Chi onifh vos tivera
A aííombro tanto a vida alentaria.
Ja poisfamoío Bento, em vos fe chame,
Porem a penna que os aííbmbros move,
Em voíToaplaufo, osdefenganosame.
Paímea Fama, & o mundo que vos ouve
Sabendo teve Bento quem o aclame,
Conheça que naõ tendes quem vos louve.
DF
DE J O AM PEREYRADASYLVA.
EPYGRAMMA.
DE engenho aflbmbro, de faber portento
Segunda he parte , ou parto lem fegundo
Efte, que hoje ou politico, ou facundo
Tomo, a luz nova eleva o penfamento.
Go grande Heròedas Religiões atento
As Ernprezas nos dá, com que profundo
Deu mays hum templo á Fama, hum pafmo ao mundo3
Mays triumphoá Fé, mays gloria ao firmamento.
My fterio a Empreza foy , que callifica
A fympatia Angélica que teve
Co a voz de outro Joaó penna tão rica:
Cada qual de efcolhida a palma leve;
Pois fe ao Filho de Deos húa publica,
Ao Pay das Religiões outra defere ve.
DE TKOILLODEFJSCONCELLOS VACUKHA.
SONETO.
NO Moral, no Politico, admirado
Adondc mays vos excedeis duvido,
Pois hum de outro igualmente competido
Vosmoftraesaltamente equivocado.
AquelleSolprimeyro venerado
No Emisferio Monaftico luzido,
Por vòs fendo outra vez efclarecido
Quanto por vòsfe aplauda acreditado?
Rayo foisfeu, que repetindo enlayos
Segunda vez de feu fulgor jocundo,
O dais brilhante ao mundo fem defmayos.
Que por fer rayo em luzes fem fegundo,
Sebrilháopelo Sol no mundo osrayos,
Por vós aquelle Sol brilha no mundo.
***
LI-
LICENÇAS DA RELIGIAM.
JproVacaõdo ^eVerendiffimo Tadre Pregador Geral Fr .^aphuel de
fejus Lbronijia Mor do l^eynode Fortttgd.
ARmado da obediência venci a defconfiança,com que
me aílaltou o precey to de V. Reverendiííhria, orde.
nandome que vife,& examinaííe o Segundo Tomo da Vi-
da de N. Padre S. Bento, que o M.R. Padre Pregador Gé-
ral, & ChronifUMòr deíua Congregação neíie Reyno
tem compoík>,& pede licença para o dar áeftampa, inti-
tulado : 0 Trincipedos Tatt iarcíá* S. ©ewro, Segundo Tomo
de Tua Vida, em Emprezas Politícas,& Moraes. Supérflua
ha de julgar a diligencia, quem no Primeyro Tomovio
authoiizada adoutrina dcile Segundo, com ofubido da
locução, cadencia do eitilo, fazonado das ícntenças, ferti-
lidade de textos Civis, & Canónicos, abundância de hu-
manidades hiltoricas,& íufiíiicas, aplicadas com t^nta eru-
dição, & elegância, que parecem mays , que z legadas, naf-
cidas, para feu argumento; fendo eitaobra tão viva ima-
gem de feu Autor , que fe equivoca com íeu original vifto,
& ouvido nos púlpitos defta Corte, com aquella admira»
Çaõ, com que a fuprefticioía gentilidade celebrava a mara-
vilha, de húa imagem de fua Deofa Ceres, retratada tanto
ao vivo, que fenão defiinguia a imagem de feu original.
Emprezafoy defuaeftudiofa, & difcretainve&ivadifcur-
far por Emprezas a vida, & prodigiofas acções de bú San-
to por anthonomafia PfincipedosPatrianhas,emtu;a Re-
gra fevemeftampadas as máximas de hum governo íàgra-
damente politico, & politicamente fanto,dc que fenaõ
havia de apartar, nem i fquecer, quem por voto a proft flaj
comoque tenhodito,quenãoachey nas Emprezas deftc
Stgundo Tomo (que li húa, & muyras vezes, porque não
cntaltia o que delcyta)i ouf>,que cfltnda a pureza de noí-
fa lanta Fé ,8c menos a integridade dos bons cuíiumcs, &
vida
vida religiofa,queniepodefe occafionar o menor efcru-
pulo: Só me ficará, íenaó advertira V. ReverendiíTima,&
a toda efta Sanca Congregação , que concorra com todas
asdiligencias,& meyos neteííariospara continuação, &
complemento de obra cátodo íerviço de Deos, credito da
Religião Benedictina, & utilidade do próximo , leni efpe-
rarqueoinvernoda idade dcbeliteo vigor âa natureza ,&
do eltudo de fcu Autor; antes que íucceda em Portugal , o
que em Roma ao ultimo dos! aiquinos, que regateando
o cufto de três livros das Siby lias , quando os quiz haver á Pli*liv- '*.«/. i|^
mão, ficou ió com hum , por naõ acudir a tempo , em que
pela mefma valia poderá alcançar os mays. ReverendiíTi.
mo Padre N. tenhodito oqenrendo (laudaticiaheacen-
íura) & authorizarey o que nella digo , com o que o Dou-
tor Máximo deu aos elcti tos de Santo Ulario, & e fere ven-
do a Leta : Htlartj libros mtffenforecurrat pede. Dada em efte
Moiteyro de São Bento da Saúde da Corte de Lhboa 2 6.
de Fevereyrode 1 6bc?.
Humilde Súbdito de V.Reverendiííima.
Frey dfypbaelde lefm.
JproVacaÕdoM. ^eVerendoTadreTrégador Cerai Fr. ^oqtteda
Natividade D. Abbadcdejle Mofteyrode S. 'Bento da Saúde.
1~\ Ormandado deN.Reverendifllmo Padre Frey Vi-
cente dos SantosDom Abbade Geral daCongrega-
çãode Portugal, & Província do Braíil,comalegreanimo
vi eíte livro intitulado Segundo Tomo da Vida do íPrhtCh
pedos Tatritrcb.tsS. Bento compofto por Emprezas Politiu
cas, & Predicáveis pelo Reverendo Padre Pregador Ge-
ral Frey Joaó dos Prazeres Chronifta de noíla Sagrada
Religião j & acho, que empreza tão difficultola como he
eferever húa hiitoiiapor Fmprezasló leu íiiblime enge-
nho o poderá emprchender,& lendo efte Livroofegundo
bem lhe pòíTo chamar ronlequencia doprimeyro, & me
parece, que mays nt etílica de orador que o louve, do que
dercvedor,quc o cenlure, porque contem efte livro to-
das as cxcellencias , que íe requerem em húa. clciicura per-
feyta, que vem a fer, como diz nofíb Padre Bercorio: Ar.
vore chea de flores, campo fértil de fearas , prado de apra-
íivel rccreyo,& orta abundante de irmos : Abar plena flori*
bus , campus plenusfrugibiíó , praíum plenumgranwabus , qy tus pie*
mm f> uchbns . O que em abundância tem tile livro , porque
nelle Tc vem as flores dos bõs exemplos, afeara das melho-
res íenrenças, o recreyo das boas palavras, & nelle acharão
os que o lerem, os frutos da mays excellente doutrina afíy
Principescomovaííallos ;eíks, porque tem nelle os me-
lhores documentos } & os Piincipes , porque nelle podem
ler fingulares máximas , para vencer do natural alguns ex-
cêíros:& feTheodonio Meftre de Augufto Octaviano
compôs vinte & quatro palavras para que efte Principe,
encomendandoas a memoria, vcnccífeaííy mefmo,como
diz Pierio Valeriano. Eummomdt , utubi trajei c&piffet , qua-
tuor>& Vmnti ãas Grtecte ItterM in memoria recenjjeret. Com ma-
yor razão fe pôde perfuadir aosPrincipes,para moderarem
payxoés próprias, leáo eftas trinta & quatro Emprezas.
Pelo que me parece dignifíimo de fe imprimir falvo, &c.
Lisboa S. Bento da Saúde em 17.de Fevereyrode 1689.
Frey %oqueda Natividade.
FREY Vicente dos Santos Dom Abbade Geral da
Religião de São Bento nefte Reyno de Portugal, &
Pi ovincia do Brafil, &c. Damos licença ao M. Reverendo
Padre Pregador Geral, & Chronifta de noííá Congrega*
cio nefte Reyno Fr. Joaó dos Prazeres , para que (lia vidas
as licenças neceflarias, que na forma do Sagrado ConciJio
Tridentino, & leys defle Reyno devem preceder^) impri-
ma o Segundo Tomo do li vro intitulado: 0 Trincipe dos Ta*
triarchás ò ' .(Bento ytm Emprezas Politicas,& Moraes; oqual
foyvilio, & examinado por pefloas doutas, &graves de
noíTa S?grada Religiaó,& ler tãto do ferviço de Deos,cré-
*3itodenoíío Santo Abito,& utilidade do próximo: em
fé do que damos eila í» (finada por nòs, refrendada por nof-
io Sctj etário, & ielladacom olellodenoiTocftkio, nefte
NiofuyrodeS. Martinho deTibaés em os 10. de Março
deiób^.
Frej Fteente dos Santos Geral de S. Benta.
APRO-
APROVA Ç AM DOSANTOOFFICIO.
I)o %eVerendiffimo 'Padre Mefre o Doutor Frey Francifco de S.
loaõllaptiJlaDiffintdor Geral de toda a Família Serapbi*
có) £2 Qualificador do Santo Oficio.
EMINENTÍSSIMO senhor.
COntinua o M. Reverendo Padre Frey JoãodosPra»
zeres Pregador Geral , & Chronifta Mor da llluftrif»
íiuia Congregação do Senhor S. Bento neftes Reynosem
efie Segundo Tomo do Príncipe dos Patriarchas com a
mefma fortuna do primey ro: concordando com o motivo
que emprende,a doutrina que infinatQue febre fer a mays
principal hecompofta de tão próprias frafes, de tão ajufta-
<ias figuras, & pu>porcionadasmethaforas,de taõ mdicio-
fas maximas,& refoluçoés politicas, que bem íe pôde apli- pfiimoit.
car a eftesdilcurfos,o que o Pfalmifta dizia de outros mays
foberanos ; por quanto pela boa fé , & verdade com que os
Gedtíi,Junt judicia ver a \ pela variedade das provas com que
os authoriza ^juflificaía infemetipfa , & pela moralidade com
cjue oscriftianiza fera de muyto lucro afua obiervancia,
vi euflodiendis Mis rctnbutio multa. E por tanto os outros dous
volumes que promete )a ficaõ fendo : Vefiderabtliafuper au-
rum,& lapidem pretioíum:8i. com razáoiporquenefte Quadra- „. „,,., , « .
c i r J rr i cr- • rz ttír.FêUib. i9. de Quadra*
tolelogiaaemprelia da mays perreytaiapiencia : v éteres to.
Sapientum in Quadrato cotfituebant , por fe refumir em todos
quatro húa elegante Biblioteca, em que fe podem ver epi-
logadas as melhoresmoralidades,& politicas por onde to-
dos efliudem o mays importante para húa , & outra vida :
Ex Quadratis enim Ugnis conjiruere nos debere 'Bibltothecam, admo- litm ub'f"PT*-
net Adamantm , non ex ayejlibus , Cs impolitts, quippe ex Tropbe-
ticis , © apoflolicis Volumtmbus-, ih quibus folis Vera continetur fapien-
tia,ut pote , quiviújs ommbiurcfeclis , exci/ifijue Qnadratum Vide
t&mem injlmisfê ex omni parte libr atum per Je fer ant. Nefta con-
íi Jeraçáó me parece efte SegundoTomo muy digno da cf-
tampa: Salvo&c. NoíTa S.de Jefus 22 dejulhode 1689.
Frej Fmncifco de S. foaõfèaptijl.i.
*** 2 APRO«
í> <7?o í-rò cfe> ífc> vfc vfr> c?r> **> c*r> <rfo <íf> >3r> )*-*8
v°£9&yVR9<iJ&sí&
APROVAÇAM DO PAÇO.
Do fyverendijjimo Tadre Mejlre loaõ de Almeyda da Companhia
delEWS.
SENHOR.
Andame V. Magefíade veja efíe Segundo Toma»
que em Emprezas reprefenta, & diicurla as heroy-
cas acçoés da Vida do grande Tatriarcba, & 'Príncipe dos maji
S. Sétí/o, com pofto pelo Reverendo Padre Freyjoaõdos
Prazeres Pregador Geral, & Chroniítadefua Sagrada Re-
ligião, & que digameu parecer. Digo, Senhor, que anão
fero Primeyro Tomo domefmo Autor, fora elle, entre
qtiaefqueroutroSjComtodaarazãooprimeyrojnein pode*
ria ter lcgundofe leu Autor naõ prometera continuar, &
levar adiante efta empreza comdous mays. Quem leííeo
titulo julgaria por árdua, & pôde fer por arrojada a empre-
za, de emprender ainda íó o recupilar, quanto mays o am-
plificar vida,& acçoés de hum Santo a todas as luzes tão
grande,em rodas as idades taõadmiravel,queíocom admi-
rações íe pode fem ofíenfa do relpey to , & fem nota de te-
meiidade falar delle: E fe bem o amor de hum filho podia
embargar qualquer ceníura , efte grande filho defte taõ
grande Pay entrou nefta , & continua eftas emprezas com
tanto cabedal de omnigena, & vaiia erudição, que ningué
poderá arguir de incoherenteo titulo com a cbra:a húa.&
outra obrigação fa tis faz o Autor naõ ló quanto podiaõ
pedir os mays doutos,mas também quanto os mayscriticos
podiaõ defejar : com humeítylo taó íingmlar, quanto ítu
proprio^con ti nua ndo,&confervando o credito que a lua
fagnd5,&efclarecidaReligião,& utilidades! Igreja dcraó
os E fciitores Benediéiinos em todos osfeculos^& aily jul-
go muy to digno de V. Magefbde lhe conceder a licença
que pede. S. Roque 20. de Outubrode 1689.
loaõ de Almeyda.
LI-
<«S?,VS?» V5} vs^ Ví?> >«^ <<s>> *p> SS>> VJ-, «S>> <^> W9) V0) «0> <tf) <<S>) Sy» <«>> <^>
LICENÇAS.
AT" Iftas as informações, póde-fe imprimir o Segundo
Tomada Cidade S. 'BentOy Autor Ficy Joaõ dos Pra-
zeres ChronirtaMòr , & defpois de imprelTo tornará para
ie conferir, & dar licença que corra , & fem dia não corre-
ra. Lisboa 1 6. de Agolío de 1 68o.
Soares. Ttmoitd. Noronha. Caftro. Frey Vicente:
EíteVao de 'Britto Fqyos. Azevedo.
]^y Ode-fe imprimir o Livro de que a petição faz men-
ção, & defpois tornará para iè conferir, & fe dar li-
cença para correr, &íem ellanáo correrá. Lisboa 17.de
Outubrode 1 689.
Serrão.
1} Ode-fe imprimir viftas as licenças do Santo Officio,
& Ordinário, & defpois de impreífo tornará a efta
mefa p^ra fc conferir, & tayxar ,&fem iflò naõ correrá.
Lisboa 3 1 . de Outubro de 1 689.
MeíloT. Çtyxas. Lamprea. Marchai. A\f\>edo. i^iheyroa
V
1
T
Ifto eítar conforme com feu original, pôde correr.
Lisboa 1 4. de Julho de r 690.
Cimenta. Noronha. Caflro. EfteVaÕ de Brito Fojos. AçeVedo.
^ Ode correr Lisboa. 1 5. de Julhodc 1600.
Serrão.
Ayxáoefte livro em quinze toftoés. Lisboa15.dc
Julhode 1690.
fyxa*. Lamprea. A^eVedo*
Pag. t
BUSCAÕ HUNS MONJES
S BENTO
P A R A S E U P RE L A D O.1
R E S dias fuccefílvos dorme a
Panthera,&acordandomedtòfa,
como fe ache íoHcaria, moftra a
raodadcjyem os gritos ; & a vio-
lência deftes lança de fitão qran- » \AUnfi MM«™ <?<**?*»>
. , \ r .'A J~ da* Epillola* de S . Ih, ronymt.
de cbcyro , que pela luavidack. KaUra,raEf>fi>i* *d?><f:~
dclle a bulcão os animays diftantes : affiftindo-lhc revê- p^^Z^r^
tentes, os quedantes fugiio medròfos. * A fragrância, /,í.i8.w/.7*«
A 9*ue
i O T^JKCITE VOS <?AT. 7CM.1I.
que muda os anungs ,& çucupa os tangt^Lt a fama do
fogeyto,que ço/re emomun<J°3 ten<do akinajatxttrv
. _, ..., . r cão das azas, medida pela imencáo da virtude, i
■ C1r<fti bónus olcrfumus. * ' l *
i. Coriutb. cap. t.n . • 4.
p.0^ug!íit.JjeOoSrim. Ommbm tis Celebrem Virtiií dcdit inclj ta fartum.
Çhnpcaf.xi.lome). SlM^HS Táter.
- -d
mas primeyrodérão á fama cem olhos , & outros tnnfos
ouvidos, do que lhe pozenem as azas: precede primeyro
o ver , & ouvir,do que o voar j ouve ao vulgo, & examina
os procedimentos, FòrmaíTe a fama da virtude ; & nunca
aílentou com proporção, fenãolobre a nobiefi : igualda-
. „ „ , desoçde entre o procedimento, & o ianque. 2
i tatu ?/f iueht dirnitatis » p--' , x ' o
Jfatuf, vita,<5 moribus cowpit» ■ * .
M ortbiíi , £9 ]>/rV? pQ^ mbiiitai e Víros,,
úerman. de TSlobúitat , f§ Fanié,
■
&provàdotudo,accIamaa vitoria. Semelhante ao fogo,
que primeyro gafta o humor -contrario, do queleVame a
labareda, (aõ os princípios da fdma,aíTun nos iurrios da
inveja , como na averiguação das obras. 3 A tuuocitá
1 TiSmam primumemicaniê fogtyto, quem emtudo lè ha de moftrar claro.
<ju,dtmtfCVjn;fCltj«mi»va- 2. Os vagares , com que a lama aceyra ler correyo,
hfcMefefitmma. faÕ tantos , quanta he a detétlçá , que o fogey to pòeníem
Erafmus eX ?i»t*rcb. mo- eícrever a carta 5 (.os dias , que dorme a rantliera^ antes de
exalar o cheyro, o reprclentão ) fe bem , que ase xperien-
cias , com que a fama a pura ,le vão mays tempo, do que o
fogeyto oceupou em iemoftrar único. A fama he como
o Pintor, que pòem a pintura ao tempo, para que as tin-
tas provem definas, & téfthão lugardeappareceros dc-
4 r,8oresfepo»»»taãte-*. feytos. 4 Não admite aufenciasa fama, por iíío extin-
*u* opera fuyumexmuTvai- prLie a fombra, que entrcpòla o louvor : perpetua a vida, &
iutta, ,» caujaeft, quominut quer ver primeyro fe perle vera a chama: a vida,& acções,
^£?£Z£Z& a qu4td.de, & 9 procedimento a;uftadosçhe dífpoíiçáo
".• , para o mundo aplicar, áobra da lembrança perdurável,
' aquella virtude, com que a pedra muda emchriltal, & a
terra em bronze: porque nâofe conformando as acções
co u a pclíóa , fe ambos não filerem hum corpo, havei a di-
as de íortuua, mas nunca annos de ídma.
3 Naõ
mui
" g Náo fe achou pouca fortuna em Prompâlo Rey < Vapap campo fuigo/ai
tia byna, que hngmdo ler Alexandre,venceaaDernetr!0, wiikco perdoium,cUrhji/^
5 mas pira íi naó ganhou fama, porque, quem a adquirio ™ilS',*ftrei'te**Hfimt*
foy apeífóa, em cujo nome triunfou. A Smerdes Mago
naó amparou menos afortuna, oqual introdufindo-fe ir*
niióde CambiííesNRey dos AíTyrios , chegou a poííuir o , ... ,.
19 r - ° ir la inter caiercs Mara r *ó«
Rey no, 6 mas delamparou-o atamanque quem buíca n»*esmerde*,prop*erfimiihw
angue alheyo, deixa com mancha opropno : deicobre ^rw„OT Rrgit jranem; qJm
íuapobrcfa;quem feornacom as galas alheas. Aíiiingui- " '*Urfi'*'* jufrrat,fcjj»xie
cuarortuna a Arcnelao,que dilendo ler hino ae Mitn- Rcgnutnoccup»v,t.
íd.in ibi.
datesARey do Ponto, calou com afilha dePtholomeu»
ReydoEgypto, 7 mas naó occupou a fama, porque et? 7 oircheU** yimH*tè,fi
ta naõ fogey ta os hombros , a quem lóbe a ella por eícada fihumfingtvt ,&mr,*iqtíeíd*
alhea. Durou a eítimaçao deites, em quantote lhe naoco- Keg>if»Qus ; ?» ^/nqn^ui
lihecèoaculpaipareciáo ocontrario,doqueeraó: & fe o ™&'*>M»'te™*'$-
tempo no exame lhe trouxe o deipreío, 8 acabou-íelhe
o nomeconhecida a verdade 5 porque unindoílè a fortuna * amm*mijl*rtH*$#M*t*
com o fingimento, icparaíie aiama da íortuna indigna. exíoimvÁu.
]FamafrèquenteY eumfigmt, qui clignw honor eeíl*
lnfamis vitioperdidit omnis eam.
Idem. Supra.
4 Em o mundo naõhaquemdeyxedeperrenderef.
teapíaufojem os elementos he a actividade aípiraçáo a
exceíTo: em todos os eirados ha emulação a ventagés; mas
Taó dsfFerentesfaõ os fruetos da fama , quanta he a dtfi-
gualdade dos pretendentes 3 o trabalho, que he a arvore
daeftimaçáo, amuytos deu com difij borós fruâ:os,&fá
para os Príncipes os produz fazonados, porque afamahe
iruetodos Príncipes. Muytos cetros querendo goftar dei-
te pomo, fedefviaráo do caminho, que ha para o colher.
He o caminho da fama , como o celebre caminho de Ble-
kingia, oqualfimdo de mármores, eráoefcritura de letras,
9 as letras eráo as obras, &05 mármores o premio ;por-
Guenèllés fe eternifivaõ os ferviços : Osmannores da fa- o V>» f q»*jam tpudaie-
„ 1 r» • • - r • rr 11 \t*gi&adm\ra*da:::iiiierqiiM
n;a , nao houve Príncipe , que nao prelumille occupallos, mtuMm hco pia*ut»fial ..-.;
mas naó fazendo proefas,que nelles fe efcrevelTem, ficou o ^^/AZíiZ^^'
caminho de mármore, como a Ponte de lera, que tez Neí- s»wGr«mttie»r.
trácio ,aqual naó conferveu durável, aquém nellã íc retra-
tou desvanecido*
A 3 5 O
4 O f^mClTE VOS ®AT. TOMO II.
5 O princjpio que teve, o eternizar das obras , ema-
nou daquelle tempo, onde o triunfante ornava os tem-
plos, pendurava em as arvores, & enobrecia a caía comos
• RtfmuimVtíefiOlfthM dcípoio;» bcllicosda vi&oria. *
faitu:3 tjiu cultor. Iiv-t%. tf, * '
Multai}; perterea facris in pojlibm arma^
CaptiVt pendem curris , curVaq; fecures,
Et cnfiit capxtum% & portar um ingénua claujira3
Spiculaq; clypetq; eretaq-, rojlra carinis.
Virgil. JBneid. 7.
Subio defpoisamayor eílimação o triunfo 5 com que os
Romanos inventarão os Arcos triunfais, parte onde pu«
nháo o retrato das terras, que haviaoconquifUdo, a naçaó
de gentes, que avaflallaráo,& as armas, que haviáo ven-
cido, dominando a tudo a imagem do vencedor, a cujo*
• Benei,HHi oij-ot in Epifi, pés eitaváo rendidos , quantos dominou contrários. *
Fruflra igitur currus fummo mirantur in ar cu
Quadruugos.Jiantesq, duces m currxhm altisi
Subpedibuáq; ducum capttVospopltteflexo
(L/7 djuga deprefíos , mambufq; in terga retortiss
EtJufpenfagraVi tekrum fragmma trunco*
grudem lik 2 . in Symmach.
Foy enfraquecendo o valor; com que mudada a compe-
tência, fizcrãooshomé*juíriçaparaafama,do que ferve
de caul a para o elqut cimento ; porque mudando o depo-
íleo do teíiemunho,para o thalamo do defeanfo, compufe*
rão a parte, onde dormiaõ, dos inftrumentos liberays,com
• DhtBeri Rifi»i*r. vr*//. que fefeive Vénus. *
— — Arma polita^ & n\tidaí
Qualta non pugna Jed chorei Jpolia
Çhteu thdamumgemalem ornate ,fedarma crmre
frer fuja humano Mareia templa tenent.
jinthelog. Itb. 6.
Muda Tão de templo, porque variarão de armas: Em o
templo de Marte 3 lugar onde eftava o theíouro, que fo-
mente
EMT${EZA T. 5
mente foccorria , a quem oaugmentava, a ferrugenta el«
pada , a quem o langue contrario tirava o lufire , era a que
erdava oluíjmento do dcpoíko ; donde iediíTe,queiio
efpelhode Mute, o ferro, que a cile fanoftrava enfw>
guentado, reprefcntava marmóreo j lendo origem delta
converfaó a fama, que deyxava, quem enriquecia o tem-
plo com o defpojoj credito, aquele nega o ler viço, que
fc efconde a Marte.
6 Duas portas tem o pallacio da fama, húa principal,
& travèíía outra j da principal he porteyro Marte, & a
outra remporguarda a Cupido. 10 A por ta aonde aílif- .„ , *rv.^
te Marte, he introduccão á falia da perpetua memoria, «< »*/,*«/«* cftdomu* ahlivià*
dondeíahuao ostnunrantes da rama, que conbeceo re- afiril. T
írarcha. A porta , que guarda Cupido, he caminho para a 7°*nn» Efrufauitfinea*
morada do efquecimento, prifió, aonde encontrou Zezi-
mio Efpanhol os Emperadores , que intitulou mudosj
com a vida fe lhe acaba a eltes a falia , porque delpois da
morte fó tem voz, quem em vida revê bom nome: A Ale-
xandre retratarão dormindo, fallando comosDeufes,&
a Calígula de outra parte adormecido, com todas as appa-
rencias de morto j 1 1 as virtudes de Alexandre , Sc os n fsphomuigr^cuidtpic
vicios de Calígula, em vida competirão no exceíío ; entre ,urulinpertlg„um í.j,.z,maxi.
as fombras da morte emudeífe hum, & outro falia, porque "" 2C-
. os progreíTos da virtude tem o natural do Diamante, que , '
então cometia a receber o lultre, quando lhe lalta a penha, fica mjç^Jm ,« . ^ .
que o creou j 12 & os exceííos do vicio igualáo^ nos ef- Hfm!l^\ *'mut íj 'Jc:f'
feytos/ià medula da Arvore Xaqua, que quando anima a »j sJA*i*$Hh XaqufM-
Arvore,raz com que delia corra o licor negro, &cortan- T,ljlcvUv<i,ft-„,!K m.
do-fc o tronco, he cauía0 a medula, de fe corromper em 2^**£Sgjg
breves tempos , 8c reduzir-fe a bichos . 1 2 upium r^uat ,n & &&, ^,*
7 A nenhum deu entrada Marte, que naohzeíle da pa„r,cfEi,*fíu,,ub,f«p.
vida húa ponte, femclhante à de Polifanga, ornada de for-
mas varias, & de columnas diverfas , 14 moftrando nas •* 7»f~;"'' "•**•*,&
columnas os triunfos, Sc nas lórmas os vencidos: cann- a mb-. »o»procui ^
o,queemiuacompofiçaogaltaraoa vida Júlio Criar, tutl!;lt(iPf0„t ,„0ílo,s'ollij.
Scipião Africano, Scipião Emilio, Scipião Naíica, Qiu- ^^umj.m^o./rJn,,, , u/
viano Augulio, Quinto rabio Máximo, & Marco Cu- 4<j5«e uiânju^^u, r«í* »-
rioj em o* quais afama provou as forças, porque clles em ^^ffS^X
liias obras confirmarão a regalia da lama ; continuando o./ '."»<*<./"<"
^ r , . ° ,-> '. „ fe!uí hb 1. e»f% «7. Mfd
Ceíaremovalorjdaeía^-mque eiieve captivo em Cara- atí^iman
A 3 111 anu,
6 O 9í(!KCIfE WS <PJT. TOMOU.
mania, atéo tempo, que vencèoa Pontpeyo : Profeguln-
doScipião Aíiicanoconíórmeoalenro,doanno, cm cus
feupay deu batalha a Aníbal, até odia,emcjne de todo
deítruio os CarthagineíesjnãodefcançandoScipião Emí-
lio em acreditar asiorças,da hora, em que começou a guer-
ra onde vencèo a Pcrfeo, até quando avafíàllou psNfr»
mantinos; defvelãdo-fe Scipião Ndílca em o exercício das
armas, da eleyção,que delle fez o povo,acclamandc-o por
melhor, para entregar aDcufa Ydea^âdonztlla Claudia
Quincia, até a íegunda vez, que foy eleyto Conful ,mof-
trando-fe incanfavel Octaviano Augullogmo credito da
pátria, defde a vi&oria do Oriente , até que acabou de en-
grandecer a Roma com ediricios j não fe detendo Quinto
Fábio Máximo em o logro dos triunfos , da pòíTe , que to-
mou dos Lygures, (a que agora chamãoribeyra de Gé-
is Di!UfumUavhiun},JS -\ ■ r j- TL- I • f ■ 1
fubináefirci;urtv riconeinif nova) are o tnunio,de que iahiocom glonoia palma, ven-
tur itiuifuftm t» muita cen(j0 a Amba I : Finalmente,náo ouve parte onde Marco
facitlarcddttur òtcfamafim. . /ri _i
fsrshquiâaiiquidadjtcisnaã. Curió bayxaue a lança , começando do vencimento, que
9tepiuiareT.'in Moram. ceve ^os Samnitas, até a vi&oria , que alcançou de Pirrho:
«6 Níwofuturumputatdi- oque tudo fendo principio, & fim da vida deftes Heroes,
i,gi»rem,qu},ai»:pfaKov<ta> ' , ., r ,* ' ■• , r .,
teops,at>oniju*»onv,dei efe em toda cila ie achou conlervada arama, porque lua vida
ltt''r «'ti"' rlhu'u' foy hum valor continuo, i 5 Não deicançou o braço ao
•maré pia»ta, ih , ut reddaii ceco do primeyro triunfo ^ com influencias de Lua fe moí-
jr:t8urcpt3toj,qii<tfol.ciliifu. . « 1 .- 1
ctãtex/uiuubonbur. trai ao as primeyras coroas ,alterando-Je os mares da emu-
Xi*jfi»nj<b..:ÈpM. lacão,comas repetidas ondas do exercício : na multiplica*
furaatumaepeiit cet-ge-tmfum çãodos aplauíos dilatarão o nome , 1 6 corn que íendo
tiquioUrnardiiaífirafaclsr toda.a vida dekes Martespertençaoa novos cetros, bul-
ijm ghr,imq„ej5fim*mpro caváo <ó afama por premio ; 17 tendc-a mutuamente
J-.nih vrttTKioJiiorum operu SX- * *• '
pcbzbant. por emprego.
£TcZT"rttflZ:qu* \ 8 Mas a vifta defta occupaçaõ, & esforço , a quem
íji, oceupa«t aure, , qU,a rjif,,. nãofará duvida , haver Autor, que «{firme , ficara aíama
pe-facioft , © ex magna parte - . . /» .. . 1-1 • •- 1
me»dax. co o antiguo deicredito , nao perdedo a opinião de pouco
tefinoPrtr»U''"h'dc'tÍ°h,Ut*' verdadeyra, ainda com fe empregar neftes beneméritos?
19 ra»ia,qucee(i contraria 18 E £.bida a caufa da fenrenç3,deuíelhe em culpa, enna-
iâcom^ufarr.ofirKfa^fuc brecer por exemplar, a quem a vida condenava noexem-
re^inúittfimaioquay.fMi pj0 jq concedendoífe fó à fama melhoras de reputação,
tnendacium cpertum. * ' 1
;«;««» cv/>j. quando períiitio noseccos,com que oceupou o mundo
^Z^::^::^ ^ valor Catholico5 20 &çomo defteiorão as armas
Tibu.*quaieiou*nubuspr*cQ- Luíiranas , as que ie laurearãoinvencivtvs leàmósem òs
Mtiimii ihfiiiituitmbHt. mármores de bicKingi^ipartí dos nomes daquelics , que
enve-
EMVTyEZA 1. f
envelhecendo os antigos decreto* , era qne afama corce*
dia adorações , Coubera© tanto apurar o va?or,que acbâtP
donelle a fama dobrada eíumaçâo, tez do valor Lwíitano
oscuatheres daaudi^riJade, &rdo antiguo esforço, a !e-
trada narração ; eíliinando emtantoefte novo efpiruo,
tjuedefcftima a antigua coroa ; Semelhante aCefar,que
nãofe prelava deoutro criunfogá viík da vitoria , que ai»
cançoude Pompeyo.
o Neí1:aoccaíiaõ,em que o trabalhou minha obra
pede,o acredite comeíias luzes,veioqueovalor Lufitano
começa a intrifticet orofiro ,qual outro Balrhazar amu- . ,,. ■.•„,„r,
* ' J _ 11 vot-paruerw-1 dt£iti quaji
dará face , vendo que hum dedo começa aeicrever , 2 1 »<•»»' bemmbfcrtbe»th «>»-
ombra de hum elmo commum,o que a niaoda .„„„„*„*#.
fciencianáopòde tresladar^com os claros de toda a eru- *>«««'" *•
dição. Com tanta ma^eftade refplandece o esforço Por-
tuguês f^nas memorias de fuás proezas, como Alexandre
Ma^no no retratar de fua peíTóa , dando licença ,que ió o
fizeífeemeícultura PyrgoteIez,em pintura Ap<.llts,em /, ,. , , ,.
«ftatua Lyzipo: 22 Não íe na dopouco perito, oque ao xit,neçui,fpfumai>ur,quím
mundo he com excefío admirável. M/£ rJlpefe, _ J,m L)JiJ>u,
10 Amayor<lifficuldadehe,repartiros prémios con- ex*reJucer*.
torme os merecimentos, & numerar o exerci to por 4ua or-
dem. Misnão nve aproveitando eu de codos, por ferem
muitos livros breve pagina, para ávida de hum ígHcioc
Português; nem feguindoorde-m, porque o valor Lu ílta-
no excedèo toda a regra ; menos repartindo conforme,
porque fó para hudelles faõ poucos os prémios jficarei íe-
inelhanteaDencio Veneíiano,dequéfe queixou Ncme-
rida, porque a roubou deíua pátria, & de quem íenãooí- í% p^at0„jUfie tj}iZa>-
fendeu Medetna, de anão efeolher por cl pofa j 23 fOK-
«jueaefta não tirava elhmaçáo a mão humilde,queefco.
lhia,quandoellaem fitinha afermolura ,que a (ing^lari-
fava: fendo o aggravo de Nemerida, verfe tratadi^dc
quemanãoeílimava fenhora j inasfoy injufta aqiãtyWft,
porque, quem não conhece a pérola, que muito he lhe nnó
dèo valor?
11 O primeyro Hercules Português, que conrveça a
desluftrar as antiguas procfasjie ElKey Oom Aífonco
Henriques, vencendo em o campo de Ourique aHydra
Mahometana , que compondo-ie íeu exercito dte fuveo
Keys
na iti vim >-»'■ "'>•
JJliJttUf,
8 O VkmCITE WS <?JT. TOMO II.
Reys Mouros, valia cada humdelles per dez cabeças, que
unidas em hum corpo,foraõ por eíte Hercules privadas da
vida,& a produção de luas cabeças impoíTibilitadas de
forças; viâtoria donde feu valor mereceu o cetro da terra,
24 Quem Dou immònálu & fua Monarquia alcançou confirmação do Ceo. 24
fi,„xit. De todos íeusdeícendentesíoy herdado eite estorço: en-
tre os quays me illufíraó a memoria EIRey D. Sancho o
Primeiro,airoládoocampode Xarafe,&deítruindoo Mi»
ramolimjíendooprimeyroFrincipt Chiiíião,qdefpoisdc
vencida Sevilha pelos Mouros, chegou vi&oriolòa feus
muros; acrefeentando a eftes for talela , cõ leu nome, Sc ao
Reyno^mur«ilhas,comfua memoria. EIRey D.AfFonçoo
Segundo,que vencendo em Elvas aosReysde Sevilha, Sc
Jacin, coroou feuexercico com o vencimento, Sc enno-
breceo os vencidos com íeu valor. EIRey Dom AÍionço
o Tcrceiro,acabando de extinguir os Mouros do Algarve;
livrandoaefte Reyno da mortalha, & viitindo a Monar-
quia nova purpura. EIRey Dom Deniz, que triunfando
de hlReyDom Sancho de Caftella, chegou com aefpa-
da até Valhadolid, & Salamanca ; dtixando entre as lç-
tras aefpadacjpor enfino,& no comercio o nome^ por ri-
queia. .
1 2 EIRey Dom ArTonçooQuarfo3em a memorável
batalha do ba Jado,ondedevendo-fe a leu animo a empre-
2a, íoy feu o triunfo; dependendo delle a vitoria, porque
ctta não fe alcança lem esforço. EIRey Dom Pedro o j uf-
tiçofo,que fe nunca defen bainhou aeípada para a guer-
ra, nunca a tirou da mão para ajuíliça. EIRey Dom João
oPrimeyro, na vidoria de Algibarrota, & na tomada de
Ctuta , vencendo as duas nações mayspoderoías, parais
coroar com o triunfo de todas. EIRey Dom Aífonço o
Quinto,na tomada de Arfila,&Tangere, eícurecendo á
Lua,que aparecia em fuás torres, os claros de fuás proefas.
EIRey Dom Joaõo Segundo, delet brindo o Reyno de
Congo, & Cabo de Boa Efperança, Sc faindo gloriofo da
Batalhado Touro; parte, onde em hum mefmo tempo
ferviofeu braço de amparo, & de ruina , òèÚ* aos contrá-
rios, 8c deamparo aos amidos. EIRey Dom Manoel, inti-
tulado Emperadordo Oriente, & defcobridor do novo
mundo j não baftando pherdado^para fua Magelbde,
foy
EMfftEZA l 9
foy necefíario appareceííe novo mundo, para capaz ef-
trado,deíeu crono. EiRey Dom Joaó, oTerceyro, que
empunhando a efpada concra o judaifmo , rcduíío o Santo
Tribunal da Inquiílção, á forma, em que hoje exifte j ten-
do o zello de Deos por empreza , para moftrar, que vivia
fem temor. ElRey Dom Sebafíião, aquém a dilatação da
fé levou a Africa; naófeílie pôde negaro Louro, porque
o intentallo, bailou por triunfo. EIReyD.Joaõ,GQuar-
to, oqual armado com Teu nome,foy para Elpanha rnveh*
eivei exercito, & para omundo todo reconhecido Mo-
narca. ElRey Dom Affbnço ,o Sexto, a quem deraõ o
nome de Victoriofo, porque emfeu tempo foraõ tantas
as viaorias, que a nenhuma fe deu completo aplaufo.
ElRey Dom !Jedro,o Segundo do nome,reí peitado de to-
do o mundo, & confervando em paz a lua Monarquia , no
tempo, em que os de mays Príncipes viviaõ em guerra:
fendo taõfíngular o governo defíes adeofados,que ^q["
pois, que florecerãoj naõ avultou outrem em apaz,nera
cm a guerra.
ÚfarOj ònejjum , d? in alta fama faglta^
Vididopo cofliíi (pio no me enganno)
Opor arte di pace^ o di battagha
Tmach. ttt. 2. Trittnf. de Fama.
E fe o trono do victoriofo compunhaó os Athenienfes de
braços, em lugar de nuvésjhe impoíivel numerar todos os
braços,qiuftétaóotronoLuficano;náohafamiIia illuftre,
cm Portugal, que os não tenha multiplicados 3 menos fè
pode particularizar triunfo, emqueeftes credicos prova-
rão invcnciveysj porquetodo otempo, que governarão
hús,& militarão outros ,foy húa dilatada pilma j & taõ
valentes todas fuás proc ias, que fendo a gema do valor , o
braço , que as alcançou, a nenhúa concede ventageni, ain-
da que lha déííc o tempo.
Kon con altro rumor dipetto danfi
Duo Leonfiri^òdtto fdgori ardenti
Cby a Uehy& terra , fé mar dar lu^ofan^t.
(Petracb. Triunf. de QJHtat,
tt 13 To-
I0 O T^IKCITE VOS 9 AT. TOMO II.
1 5 Todo o defcredito,que padecia a fama, antes que
eftesSoys iiluílraífem as forças, era, fer como osrios,c]ue
na corrente que levaõ, metem em li, quantos regatos a->
chaó; aíli afama levava configo, quanto acreíeentava o
vulgo.
Fama loquax pervenit ad aures
Dejmira tiifá , qu<e Ver is adderefalfa
Gaudet : & è mínimo fua per mendacia crefett.
Ovid. a. Met.
Com o que perdendo o nome de verdadeyrà , affirmavaõ,
que durava, em quanto a mentira vivia. 24 Era taócó-
.4 Ea iF.cmâithhjt quoâ ft Conceito,que nas primeyras emprezas Lufica-
Honmji cummcntiturp erjeve- • " • w -■ n I J i
rat, $ia>tJiu vivit , quanJiu naS) fe abraçou por certo; mas como íerepetillem as vo-
nonprobat,ft quidem ejl Proba- r _ XT . , .
vit,cfaiefc;tf quaft ofício zes , rorao muy tas así>açoes,que quizerao conhecer do
jurtie»Jijjin84,remtraJit. prjncjpjj0 & naó menos os eípiritos nobres, que fe empe»
1 ertul .tA^ol .c ap .7 de fama. í í ' 1 -n 1
nharaõ no exame j mas fe a fama os trouxe á aviítar o valor
»s idem Rcgma Sahaautit* Português, aíTi comoá Rainha Sabá o reconhecer afabe-
fama Sahmonit :: venit tenta- I • 1 /> .1 - _ D "_U. C ÍT -
neum. i.Reg.cap. ,0. dona de Salamao, 25 como a Kainnaconteíjarao os ex-
ploradores, fero exceífo da fama brado femalma,á vi fia
,6 Vtrwe?ifermo,quemau- daalma , que lhe fervia de efpirito; 26 & padecendo rui-
itviinterra meã ::vidi ocMit * . » . /-• • 'ri -
tnsu,rd frobavi, qmd media na, os que vinhao a tomar a relidencia, louberao, com
Cíf^tfaX^Z Perda da vida , que a fama , a quem dantes chama vaõ dita-
fuam rumor, qHimaudui.ibj. dora da mentira, era ja fonte da verdade.
. — Se d Vox hoc ntmetat omnis,
Credo íibiiVerum dicerefamafolet.
Mart. 7.
14 Donde reftituido o credito á fama , ficou fendo
conhecida pelo ceyo da immortalidade , por fer a parte a-
onde o terreno fica fempiterno, porq a virtude, que entre
, asligadurasdocorpo,caduca,Iivredeilasficairnmortal27
27 Nammortui non habtnt O í ' • '
epenift debile ,quod manet itt
efZZrl;%,s.Man,, QuilibetbaricfaVôVitammibifiniatenfe,
Fama rer^mgeftarHmfoji mar' ]fi £ tametl eXtlUCÍO fami [libei flíS £»'/'.'.
temviverefacit. n J nr ' n
Livtc.i.Dm.lib.i. UVict. I . 1 njí. 7.
porque fendo a fama oultimo fufpiro, em que fe rcfol-
vemnoílas obras, íó entaõ fora mudo voato ,fe fenecen-
do
EM?%EZA 1. ri
doa vida acabara a memoria ; provandoemferefimera,a
mentira, de quea levanta o vulgo ; Sc noferimmortal,a
verdade, com queella mefma celebra asproefas; eíViman-
do-ie a fama em Ceo, porque, o que nelía fe ve, faó efí. y-
tos de luz; em beinaventurança , porque fó a alcança a vir- ** fm*fequiJm wht, ef
. 0 i*i i* r-v • a. i & ideo tndie qui* ex opcribui
tude: 2õ conhecido remédio, que o Divino Amor deu h'A
ás perdas, que nos refultàraó da deiobediencia ; porque D-BtrnardítT i\f"ícãt<
ficando mortal a crcatura, na fama, por compenfr çaõ, lhe
reítituio a immortalidade : fendo a fama taó íuperior,
quefó lhe faz fombra o eterno; & fua voz Caó útil pa-
ra o particular, comoparaocommum; para efí;e,na imita- r a ,,.,..
caõ , a que o excita ; & para o particular, no rei peico , de monpter proximum ■. quanta
C 1 ' r i 1 • .. J aafi propter duo : primo , auiã
que o orna a 9 ficando a lama pregão da virtude, porque hJJfaL ^^««,,1 ti
fem fama aproveita ao particular,com o meiito ; & naó á ommíhonaêxterUn.Secmiot
republlCa,COir) O exemplo. ma mterdum homo abjlinetje»
ftccatU : 'i5 proptir a'iot , qttia
ex ptceato unnu puh!>cati
Vtlc latem vir tus j quid enim fubmerfa tenebris mu!ti Pr°w»* ■>dp^ccanda.
-. . . a l * J ^AbuUnf.fup.Mstlb.tom
•rroderaf %.&,<>, mh,%%.
Uaudianusinq.. Hom.
Entrou a fama em o numero dosbés ,que Deos fez a Da- ,'?, *"**"*•««««;*•*;
3 Tl Jt Magnorutn qitt cítcbrr.tiir m
•vid , 30 contando-le, por excellentia, entre as prendas, fina. i.faraiifoij. ».«.
comquedotou ahumíbgeito, 31 & achando-íe por a-
dj '• 1 ■ 3 r» • • j r» • I ' "Mutnificuvit eum in ti*
orno da virtude , com que viveoo rrincipe dos r atirar- £„tinimieorwn.
chás. £«/«/.♦$ «.1,
1 5 Em a fua cova deixamos , no primeyro tomo , a
SaóBento,vi&oriofo do penfamento impuro, que calVi- „ ,
'.,» , r ' ~l )t Keeedente içjtur tcn'an-
goucomosefpinhosinloportaveis jinasfervindo oauxi- auivirDeiqmjijpi** w«í*r
1:_ ■• /-> 1 ' 1 1 cxnltatterra,d:virtutHm Cere*
io,que o reclinou na Çarça,de queda , com que quebran- npritci^s^dcJ.uPr/ca-
doífe aquelledepofírodefantidade, comeífou a exalar o ?«""'?»* exmUewnrj-«ti<>-
, j r • 1 1 r 1 r- ritt ctlebri nome ejut babebattir .
cheyro de lua virtude , correndo a fama de leu nome : 3 1 D.G,iS.Mag.i.\ior c*p.9
& fe danteschegáva a fragrância aos pertos , pelo reclulo,
aos longes fe encaminhou o odorifero, pela effuzaó; 3 3 a- ^Jq^&J?
proximando-lelhe osdiftantes,guiados por eíle conforto. ipf*moJori*fUgràti*m;fint».
Cii-j 1 r • \ \\ L'- tiinrffundatur ,ipjnm qiioque
ada nu» da? chagas, que os elpinhos lhe abrirão em rc^etãerem% r 1
o corpo, era húa boca, por onde a virtude dava vozes de ■^.««.'.Ci»
• C ' r o • I • 1 - • C fíonitedor,fainjbr-itj,l>onufe»
Victoriold j Sc a violência , com que aclamavao otnunlo, i„tenjcUnti» fe»*
fazia,com mayor actividade, fairo fragrante: comtantas * *^£?efZg{m«i!#
ventagés começou a viver fua fama, que nefte tempo íb taefmmcurnmmt.
avultava feunome: afíemelhando-fçfua virtude áluavi-
]> 2 dade
rs O TTsjKCITE VOS TaT. TOMO II.
fs Exejtuiomt*teeJt,títvi»- ^ je do Ginnamomo,que cem por naturela.haõ íef fentt*.
tat omnem odorem prepterfu», } r /rn
tinoncenfceaturcumco. do outro cheyro , aonde o ku aíliiíe. 35 Vendo acova
^fmrâmtaeiitodonm efte lucceílo publicaria , á imitação da Lipola , que o leu,
/"'"» <-->»•»• Nardo dera o próprio cheyro 26 & com r.ilaõ dava a
„í7 (iaUJetprtrofirioeu,tfo- \ l l, n , ^ -" i" 1 ]•
^/rc, uStvjtittitiitatuftalr.i- Sao bento o nome deita planta -y porque le o hálito, que
^a^o^prcsoJ^av,-^^^ edelalia'á fuavidade, que as mays flores tem,. 27
• ciopi !re,!>o herdar. «^5 bento deípois , que ie examinou penitente , aperte v-
18 0;:n:um /uflorum fhiritlt . . 1 J . p • 1 1
fhnusfuit. ço-ou virtudes : com o que , tendo íeu nome a amenidade
DGrcg. x.Diaio. docampo, ennobrecido de variís flores , porque reípira-
^g tialjjmtis,iiiciturqua/í Ba 1 ' . ' ix 1
a'jH>cwe>i, idefi 'rmcepjun- •va com o el pilito de todos osjuítos, 38 ficou lendo rei*
çt<t»1or:t»' -.qui* inter caiem ■ 1 n ir J r • 1 J " íV
vtguenuacL.u,. peytado pelo baliamo da lantidade j poique 2IÍ1 como
itorerjhp Ecdefn .96t. Q jga][amo pela muita virtude que tem, lhe chama© o
* Multipha g<at<a decora- ' * J
tu,,acriphtíis Spntxuf Sá». Principedos unguentos, 39 Saó bento,peloexcelio das
Bus, Iníhiutor, ac Leais lator i • i JIJ" JT1-" l *
fcjri, E,em,ra,mco- excellencias, he venerado Príncipe dos Putriarchas.*
rctj,Pote»finv.rh, v ope,e. ,5 Donde , mudando-fe a co va em alampada , nr-
facie*r miracula miiItJ, tf ma. . . , . . , II I j lo
gna,i-»mo máxima j;i, omni dia com o óleo da entidade , aquella luz de exemplo; &
Ç7Z^cí:^:fu' quanto mays a luz le augrttentava, mays crefeia o óleo;
ter. uionif. c>ribuj.jcrmo»e conformando- fe a cova com a Alampada do Mofteyro Pi-
\o in Patavienj, etiamfanti cavience , aonde , quanto nella mays ardia o lume , tanto
^^^"^"'"''"^maysfobiaoazeyte. 40 Inundava a cova com eftasen-
aReJegiua kegina^LrucuUo- J J i
mmmojtnfa.úcuiaeiíaiafum clientes, & era a abertura, que afazia cDrx,mtinicavela-
ma relivionc cJcbaiur Jampas i r I • I: i\~'C - i i ' r 11
èrtiyerpÂuh *rJen,,qu/qUo parte , por onde iahia oluor íaluníero 5 nao iokmelhan-
maguardebauine* magú ohu cC a f)nte de azey te, qiufeachâ em o monte Urânio, pa*
r.Ju.iJ^oJt. D.<jreç iuru- . J ' J r ''
renfi, apud Mayoium verbo x <i aqu>jl ha de liir dtípido, quem ie ouver de aproveytar
?írilCi^I?«fe«i2 ns delia ; 41 fenaõ tau bem , como a da libeyra de Exaucia,
procui*ch»tcedonefonumb»_ ími#com igualdade Te communica a todos: 42 porque
btt ohi,cui vole-.ttm propmquu ^ . ° _ -n-ri l n C T>
fer>,nu<ume\ie:pnnet. os peccadores , & os juíti hcados todos, neita lonte benta
f^M»ZdVC'bj Mmt" bebi.õ a doutrina j& comeanto excedo acha váo em Saó
4?. Magtjter PetrusPen-onius Bento remédio , para tudo quanto neceffitava, sííl a alma,
verbo oleum. num.\. l r • J o J iV PI f
4, Nuíitupoft^poftoioi,® como o corpo, que delpois dos sagrados Apoitoios,ac
Eva^ri^F^^pau*,^ Evangeliftas, nenhum iufto o igualou na abundância da
morn4Pencuu,cUnB,fqueam- \\xiuae. at, Entre os de particular nome, que guiados
Í.HrumisHajicnfujerm.^. da faina ,& íequiolos deite necbr,vierao bulcarai. ben-
ieCónfifforibuz. t foraõ hús Monies, a osouays havendo falecido o Pre-
44 No» longe ameti monaf- ' à • ' • ■• n 'A '
te>iwnfu>ty'cu/iu*ongreg«t>i>r lado , rogarão a eite Príncipe, para ieu novo 1 altor. 44
P^JX^£SÍÍ Propõem ao Santo a neceííidade , que tirrhaõ, de quem os
2#«» ventraMem BemUMtím guia(Te,& o perigo , que corriaõ, lem ter quem os defen-
venit.tf ■»a'iHií precbuíyUieu l „ I O '1 -1
prueOed ben-t . petvt dClle. A*y
O .Grei Yi "/ 1 !'. j .r ap.%.
4í ÍV k habc»t Prhicipcm^tf
tdjuvantem , «íikc í/^c expug- "
uemufillot. i. trlach. cap. ii, ,,, /- i
r • £/ ej.ju-iaron
'
Elefqundron degènté nw lu^idd
Sm Capttanferk vencido, y roto;
La Naoempave^ada^y b.ifleada
Lafobraràn Us agocvs fin Pitoto;
7)eJpcjado/eià dejangre , y Vida
(^ebãúbo fin pafior con alboroto ,
Ecbando en elfunofos diente , ygarrA
Lobo qtie roba ,y OJfo, que dejgarra.
BraVoinfua 'BencdiclmaToetica Canto 4.
... .. 1
Recufa o Santo repetidas vefesa Prelaíia, mas continuai**
doos rogos, abraçou a Cruz 46.
17 Naõ podia afama ancilar outra occaíiaõ, para *6 Q»'*** negtnio àifiuiit,
r r 1 A (\ (T t - rv-irJUorumauefrelrum mori-
provar luas torças, do que o tempo deita orlerta. 1 aoen- *«,/< ««*«,,>* »on pofcpr*-
contrada era a vida deftes Monies,ao exercício defte Prirn *5/,--/y*la»/5f*t"/»*»
' ' Ciem afFtnfum dcdit.
ripe, queo Santo, porque conhecia adefigualdade, recu- D.Gngor.HHjup.
fava o governo (em a feguinteeiiipreza íemoika,) & tâó
poderòfa foy a fama,c|ue ie divulgou da fantidade de Ben-
to , que a léus eccos íc renderão os etfcranhos ; he efte o ti*
tuia, que a abltinencia deu, aos que vivem lem reforma, a
refpey todo timorato; & pára que os eftranhos: ie fogey-
taílcm, fuy primeyro neceífario,quea famacorrène. Da-
vid, nas graças, que deu a Deos, pelo livrar de feus inimi-
gos,publ ica, que fe os eítranhos lhe refiftiíTem á peíloa , os 47 m ,,,-.„; f(f;fiM ^
hàviadeavaíldlar fuafama; 47 naÕ fiou da prefença o ai,J"" e*r* »>>' i>~"* >>•'■< ■
poder, natama pos as torças da eitimaçao; porque fen-
do-íe os eftranhos em conta de inimigos, 48 lendodeíte «s SiH0*fu*texftri;*tõ
toJa a diligencia bufear refguardos,qiie íervindo-lhe de f^i&g^CT
muros, rcfiitáo à logeyçaó ; osmuros,quereparaõacon- e*fy&^taie>ikiie*tiè «*
trarios, humilhao-le a fama , & reiíitem a peíloa. Fortale-
ciáo-iecom os muros de Jericó os inimigos de Deos : rc-
parava-fe com os muros de Abela, Seba , contrario de 49 Voxfonitufque i»ã ■■■-
David j& não efperando os muros de Jericó pela riaéaria ""<"—<"••'",. a-
dos Toldados de Jofué , porque cahiráo , antes que os fol-
dados pelejafíem, 49 os muros de Abela reíiítiraõ is
forças de íoab , com tanta fortak f.i , que rodo hum exer- , , , , . ,
titoíeoccupava em lua conquiita : cjo MnytadcÍ!s;ual- »■<>/. t.
dade havia em a fortalcf 1 de hús , & ourros màros; porque
os àt' JtíHCÒ eiaó lumptuoi*» , & 09 de Abela de hkitos
B 3 . bri-
io n. (,
s4 O ?%2NC1?B WS <?AT. TOMO II.
fabrica ; donde ao contrario ru via defer o lucceíío, fendo
os muros de Abela, por menos fortes, os que menos rtúC-
tiííem; &os dejericò, por mays fortificados, osquemays
icpugnaíTem; mas na defigualdade dos combates íèniani-
feitou toda adiveríidade das fortalelas: Ao exercito de
Joliiè acompanhava hum numero de trombetas vocife-
rando, 51 Sc aoexercito de Joab,aprdença delk Ca-
„ lèm-nripopãioei. P»«õ,& defeus foldados empenhados, na bateria, 52
ftrsnte,® ciamiuaibMtatu. &aoiom ààs trombetas faltou aos muros de Jeritò oali-
iiomnu auum turba, qu* ceife ; mas á prefença dos foldados , & da peiiÒade Joab
tratcumjoabmoi.bMturJtf- naó defamparou a fortaleía , aqj muros de Abela : com o
que, defendendo eites a hum contrario , nao reiguardarao
os de Jericó a muitos inimigos: Da fama eraô inftrumen*
toas vozes dosclarins, & auseccos da fama naõ ha forta-
leía firme ; quando a afíiftencia dapeífóa acha a fraqueza
conftancia.
18 O vicio, que eraomayor inimigo de Bento, to-»
woupormuro,aeiia capa religiofa,& naõ foybaílante
íeu poder , para fe repat ar á voz óã fama • porque ou lejào
efhanhos, ou inimigos os oppoftos, nem ahuns favorece
o ódio, nem a outros ajuda a pátria j porque afama faz
defíítimaraefta,& acabar o outro. Paííbu MoyíésoMar
Vermelho com o povo Ifrailiitico, Sc defpois de andar ai*
gús tempos em a ioledade, naô faltou dos Egypfios3quein
defeiaífe de o acompanhar: Ç2 Poyshú Moyfés, aquém
* ? Mvlti ex Egypiyr cupic- J r * . • l • • 1 ri •*
ttntaÇoatriiUi. Meef»nssut os tgypiíos encontravao , ja ne apencido por ienhorí
iitiijtor.EvpM. Q Egypto, que era fua pátria , eftimaífe em tão pouco,
que fedefeja trocar por hum deferto? Si, que da foledade,
,4 jiMmmimpni^ aonde vi.vi? Moyíéí.fe encaminha va ao Egypto a fama,
qu* Mcyfcf/crvHs Otifacicbtt dos prodígios ,coui que capitania va o Povo, 54 & a os
Mcof ,n.+ combates da fama nem o amor da pátria lhe refilíe, nem o
ódio os rebate, porqueafama mudou em afledo o ódio,
& em folidaõ a pátria.
19 Eftes faõ os poderes da fama ; mas advirtâo os
Príncipes,© quanto cuíiou a São Bento de exercício a for-
ça delta íuavidade. Pede advertência ,que em Efide , par-
te onde o Príncipe dos Patriarchas lançou a príiney-
ra fragrância de fua virtude, (que toy opriméyro mila-
gre , que fez , ) a voz que delle devulgou a fama , não foy
tão uoderófa jtouw aque nefU occafiáolhe celebrou o
nome.
EM? (REZA 1. Tç
nome. Em Efide fendo muitos, osque fe compungirão,
não houve hum, que c acompsnhaíle , Sc em Sublaco , re-
duziraõ-le todos , os que conhecerão a virtude do Santo».
Donde fe acha com mayores forças a fama , nefie deferto,
do que naquelle lugar, porque nellefoy aaceytaçaó dos
milagres, de hum vulgo deítraido na vida, & nefta foleda-
de teve o aplaufo de lua virtude,de húa companhia pouco
reformada. A culpa, que vive entre unidos, he a que mnys
retine ácxpulçaó doerroj aque habita entre dilperíos,
deyxaffe vencer com mays íacilidade: schaiTecom mayor
fjrça a fama em Sublaco, do que em Efide, para que reco-
nheçioos Príncipes, naó ferem as primeyras vozes da fa-
ma, as que vencem a valentes ; porque fó ás fegundas fe
rendem os alentados. A ordem,com que os filhos de Ifrael,
nodeferto,mudaváo dealojamento , aonde efía vão, era
ao fom de lula trombeta , por efia ordem: Ao primeyro a-
vifo da trombeta fe moviaõ,os que eftavão para a parte do
Oriente, & ao fegundo final felevantavão os aquartela-
os , para o Meridiano: 5 5 os aquartelados nelta parte e0„e,fu, ciingbri» Ubpuent,
eraõ os de valor conhecido, <6 osquevivíaõparao O- "7at"*"",í'J/í'^''''"''''"'/',!í
_. ter 1 aJorientakmp-hgsii. Inj cu-
nente,naoerao tao alentados ; & paraie mudarem osde âàáute>nfomrn&r*riittuuiH
r 1 IT f t 1 > tubec Lvabui:ttcitor:j, ...... :-
menos forças, baita valo a pruneyra voz da trombeta j mas Muím *tfra*< &*>**
para fe moverem os mays animoíos,era necelTario fegundo rum '°- ■'■ *■ V
avilo rnaoha animo, aquém acompanhe ovalor,que (P-beUture/jbrtiffimi.
•bedeça áprimeyra nova ; na repetição aplica a fama a e«'uíR-:{i:"f""JuP-"-'
virtude.
20 Comaprimeyra noticia fica oceupado hum ou-
vido, livre o outro para o exame ; mas na repetição, como
os oceupa ambos, não fica lugar á duvida, tudo faó razoes
de temor ; & efie para obrar o effeyto, ha de oceupar todo
ofentido. Defcuydado o Sacerdote Heli da creação de
feus filhos, deyxando-os viver conformes com fuás vonta-
des, & não com osdivinos preceytos, dilTe Deos a Sa-
muel; que com tal rigor caftigariaefh culpa, que a ambos
o; ouvidos havia de oceupara narração do cazo: 57 o |y Etce ^fjeit)veriltn, „
caitigo foy a morte dos filhos de Heli, & a noriciaera p3ra Tjv»ci, que lq»icumque*uJis-
temor do povodellrael; do conhecimento deite lucceíio ..r^»,»^., ,. ,,.
fchaviãode emendar, da mefma culpa ,muytos do povo,
quenella dilinquiaõ; 6: para que o temor èbraíTeefltYCQJ
oceupou a noticia ambos os ouvidos do povo.
2 1 Do us
-1(5 O <?%!KCI?E DOS QAT. TOM. 11.
1 1 Dous citados de peíióas reduz a fama ; avaflàlla
a necefifitados, Sc reconcilia inimigos -y & para cites he ne-
celíariotoda a força, & para osncccíikadcs baita menos
empenho. Mandava Dcos aos iervos , que acabando o
tempo de lua efcravidáo3quizeíTern,de livre vontade,ficar
em caia, de quem haviáo fervido, que ofenhor lhe furaí-
íe húa orelha , em final, deque ficava perpetuo eícravo:
. «... ,. . , Ç8 efta marca era, para que o fervo conheceiíe a iogev-
çS SittautcmJixcrit nofoe- ' _ -10011
grtJi,<»$u<>jJi!igaiie,&Jo- caõ,que tinha j Sc ena lembrança, para quem tem conve-
7$::^?:tXÍZ "ienciaemfer dominado, baíhva,que tá em húa parte a
Vptrfonabi, aurem tjutitij». trouxeíle, porqueema outra,orefpeyto era ferrete da
mm donius lua , £? ferviet Pbi x x i ■ i • r r \ \-
vfauei**urttum. memoria j mas em quem acha detrimento no ler íubdito,
4 Lutero*. »5.«. ,8. heneceíTario,como osIfraelitas,que o exceíTo da Lnu
Jheoccupe o lugar da dependência.
•2 1 Todas as quatro partes do mundo oceupou a fa-
ma da fantidade de Bento : em toda a parte onde Chrifio
foy,&he conhecido por Deos, teve, Sc tem São Bento
r r, • a .,„ ,a particular veneração ; sQ dilatando-fe o nome deite
fçitityimeriu. Ge>-.cat,. 28. Pnncipe,nao por nua lo voz,nem em nua lo Região, Pro-«
KS^-SgSS.5 vincia,ou Cidade, fenio.por donde a Igre;a Catholica i
e
MeriJiê. JVj
<i*mtnqMrtuormu- dilitaem Tnbus,em Nações, & em Lmguas.fe reconhef-
tuscoUtUr,mewor>a bemd.Eii ie a grandela de Sao Bento, oo Dilie liaias,havia de nai-
l£Z£&!*Mr'"ferm'0^ cerhum Vaiáojoqualjcomas azasdefuavirtude,tinha de
encher todas as cerras de Chrifto. * Bem fe pôde acomo-
jãMà*7^uml*mF»xtneiui>M dará S. Bento ena extençao deíantidade, pojsque ato-
Ca*grtg»tut»ecuniv*bssva cja a parre do mundo chegarão fuás memorias. O mundo
rrovweia prí.clai?ai ;Jjtlubi- 1 O %
tanque s*«a»Èc<!efi»diffitn- todo, quecontra Sáo Bentofehavia empenhado, o vene-
êiiar per Tribus , per Natio- r> j j 1 j c-
«c/trLmguassi*** Be»edi- r°u Santo : porque a todas as partes do mundo , ou de ieu
aifitj»e*tatM s.odfjmfir. inimigo, pós Sáo Bento em temor, com a repitiçáodefua
ihriacent. íamn. òuccefliVdS rot ao as vicionas , com que encadean-
* Erit ex:e*th ,Urv,n ,jus ^0-l\ os apIaufos,íiciaráo o mundo. Todos os quatro Cli-
ityhHstatttudmem terra t«* niasíè tributarão feudatarios a Sáo Bento; porque Jhedé-
oksn/wueL JJ.imB.h.S. . -no ir- rii- j -•
raoosmays siluítres Varões, para íubditos: de mnumera-
veys,queforão, fejáo poucos, os que o teftimunhc.O Oc-
cidencedeu a Sáo BentohuSão Gregório Magno, Sum-
mo Pontífice da Igreja, & feu Doutor ; hum São Millão
deLacogolla, Patrão de Efpanhaj &hum Sáo Ildeícrço
Arcebiípode Toledo, & Doutor da Virgem; & hum Sáo
Lvfnes, Protector de Burgos. O Oriente deu hum São
João Dimaícenojhuin São Pedro Monje, inventor do
Rola-
EMT^EZA 1. i7
Kofarxo da Virgem Sanriífima , que def pois redufio a cen-
to^ fincoenta Ave Marias o Patiiarcha Saó Domingos.
Q Meyo dia, deu hum Contamino, que foube quantas
línguas fe fdllaraõ em o mundo. O Scptentriaó,deu hum
Saó Beda,hum Santo Anfelmo Arcebifpo deCantuaria,
&Doutorda Virgem. 61 Delpois deites, (e multiplica- *» sei áo octiá „tt>gmt i,
ião turmas em todas as partes do mundo , de quem a Keh-
giaó de S. Bento loy campann3T& o Ceo he Palácio.
23 Afly í^be multiplicar reípeytoshum Principe,
que como Saó Bento accumula virtudes. Dos progréllos
continuados emanaõ os poderes da fama. Ahúacieatura,
que vi vendo eíquecida, defejava íer lembrada no mundo,
ítconfelha lfaias, pegue em húacithara, & correndo as ruas
^aCidade, cante íellcótoá doçura do inftrumento tempe- 6x Suwccnh3rjmx;rtuto-
»do,&cjprofegiiindoo canto haverá desmemoria: fó ^^$Z^Z
ISaõ diíle o Profeta , que cantando bem húa ló vez alcan- *'«"», utmewunê n,if,u
Caria fama; deu-lhepor confelho ,continuaflt com amef- «* v •
jnabondade da nuifiea, para adquirir nome. Todo odif»
vellodeftacreaturaera,fereftimada 5 & aeftimaçaó,que
relul ta da fama, naõ a conlegue a primey ra acçaó ; em fre-
quentar o bom exercício fe adquire apóiTe. Aprimeyra
letra, que fe canta, correipendeá pi imeyra proeza, que íe
obra j & aífy como fenaõ particularifa nos primeyros qué-
bros, quem naõ continuar igual, tatu bem naó alcança no-
me o valor, que naõ piofeguio conforme. Quiz Jonathas
eternizar a memoria de leu Irmaõ Simaó Macluibéo, &
cmaCidadedeModim,ondelhedepofitouosoílos,man-
doulevantarfobrefuafepultura columnas varias, aqutm
íeívi<iõ de chapiteis armas ditTerctes, acompanhadas de e<-
culturas, em que lemofíravaó embarcpções diverfas. 63 «, Hitcireumfcfuit.cium.
E fe o Texto diz, que o depofito das anuas foy , para que JJ WJJ ^^."^
a memoria fofle perdurável, para que a juntou ás armas ef- ma**®/*»' f*** »«»/*»/-
tadiverlidade de navios? Porque naoganhanao os ler vi- %Ufn0\litHUbu'wett.
ços das armas o premio immortal, fem a companhia das •.■&'"*•««/•• j ■"■>*•
mos; em a dellgualdade deitas, he fignifitado o progréijo
da vida, no rumo da viagem ; & a divei fidade de fortunas,
navegando huns, neftavida,tm en bartaçóes priíranttsj
outros,em menos;& os mays,em diminuta^ tendoo mun-
do para hús , as riquezas do mar ; para outros , as póllcs óo
rio ;& paraosmays, a pobrela do regato: & o ciarem a«>
C com-
1 8 O PUJNCITE WS VAT. TOM. II.
companhadas dcfta variedade as armas do Machdbéo , Foy
para teíiemunho , de que feu valor em toda a vida , & em
coda a fortuna fora lempre o mefmo : que fe a fama põe as
obras ao tempo para o exame, netòa variedade de fucceílòs
fe moílra a fineza do eípirico.
24. Correfpondencias pede o premio com os fervi*
ços, para que a honra fiquecom eífobilidade,& femceji->
lura. Quemafpira a exceder na memoria os termos da vi-
da,ha de aloirar na vidada exceder no merecimento: Não fe
accómoda com a grandefa de húa fó virtude , quem ha de
ficar em eterna lembrança. Coníidera Jeremias , fer a me-
moriados homésa parte,onde feu nome havia de ficar per-
durável, & confeflà , enfermara fua alma na permiditação
6>» Mt,m;s memorero & • ^e^a vida. 64 Pois fe até efa tempo naõ fentia Jeremias
'"kícet^^-ea^mamet. doença, como agora publica, padece fua alma enfermida-
de? Ln\ nenhum tempo a padeceo a alma de tao períey to
jufto; mas quizdizero Profeta, queainda, que fua virtude
to fie muyta, a achava enferma oefpirito, porque tinha
de ficar em memoria: pedindo tanto augmento de per-
feyçáo efta vida ,que em refpey to de feu valor , parece , fe
moilraafantidadede Jeremias neceílitada de virtude: A-
juftada com os merecimentos, queria Jeremias ficaííefua
memoria ; & no tempo, em que a confeiencia (perniitaíTe-
me dizello ) o arguia de menos perfeyçáo , tratou de dey-
xarápofteridadehum retrato de feu eícrupulo. Aquan*
tos condenou a confeiencia , quando os laureava a lifonja?
6<, Quiâamiauães hominum 65 Não forão poucos , os que defpois da morte tiveráó
vilipendttnt,® inhoefumlau- i ' • r r ' C 51L 1 -
dêbiíet, quid»monmiumpon nonorincos kpitahos j mas nao lhes valerão os mármores,
venanturfawmficHii&omni em que fe abrirão , para que permanecefiem :á morte não
lempore Junt infames, quidam -^ r * r . ..
cpudau,, vt»tt*b,ie, , af>ud fc relute a pedra, que perpetua o indigno.
vílcfium.quidampltisfedelin
ZiiaaJulatrici, quim confeien-
"inthtJlml^k Pmt" RaHli Mm eúamfaxis , tnarmoreifqtte Venit.
<zAtv$onim.
A voz da lifon)a, fomente aíTeyçoa ao adulado ; faltalhe o
mérito , com que a bonada a fama, fogeyte a inimigos: não
intimada ásforças contrarias oouvir,femo ver ; as vozes
doaplaufo,fema vifta das obras: então fe acobarda oíini*
mo contrario, faltandolhe forças para arefiftencia , quan-
do juntamente as obras fe vem, & afama feouve. Contra
o ia-
ElífQtEZA 1. IO
o innumeravel exercito dos Madianitas , fahio acampo
Gedeaõ có Eiezencos loidados, guarnecidos deita forte, &
ió com eílas armas: Cada hú levava em húa maõ húa trom-
beta j& na outra maõ,húa luz encuberta, dentro em hú va- 66 DMfttpe trecmtct *u
zoaebarroj 66 o»: chegando aos arraays contrários, uran „,„*»*& «*■*»», Ugcu^ut
doas luzes o empedimento, ao me imo palio tocarão as •"•"*»■"' l'»<í**« ">•"<-"
trombetas j com o que intimidados osMadianitas defam-
s » -i ■ f n , 67 CumqucpcrgitumcefiiO'
paraoocampo. 67 Nas luzes ie repretentavao as obras rumperfon*r*,ticckti5hdri-
(commúi he a interpetraçaó) & nas trombetas, 2 fama: & " "">«'/•"'» "*«<«»">£;
a voz da fama junta com o teítimunho das obras , he morte dwrufowinto »«** ■•.•••: »«»-
repencinadas torças contrarias: de allakoíoy o erUyto, e v,:Jf.^nie, , Hi*t**t<fiua
porque toda a induftria naõ vai para reíliur, quãdo a fama, /**<«««■ í««m°-3 i4-
& o braço íaem a pelejar. Naõ levarão os foldados de Ge-
deaõ húa, (cm outra couia jnem as trombétas,fem as lucer-
nas ; nem eftas, fem as trombètas^que he o melmo,que nem
fama lem obras , nem obras fem fama ; & menos tocáraõ as
trombetas, (em manifcftar as luzes j porque aviitude oc-
culta, como vive ló para fi, naõ merece fama j nem a fama
fem obras faz eflfey to 3 & da uicima forte as obras fem fama
naõ tem valia.
25 Com toda a companhia neceífaria para o venci-
mento, fe encaminhava a toda a parte do mundo a fama do
noífo Principe. Semoteftemunho dos olhos, nunca feaf-
fèguraóos ouvidos 5 nuvem toy a cova de Sublaco,& to-
da a vida de Bento, que nunca fez eftrondo fem compa- 6? qubí me futre wjtrh*
nhia do Rayo ;masie a Gedeão glorificou afama, naõ lo bocf*ate. il>«- >7
I Cf- f J C. P 1 1 J 69 D,f^::,r in tabu c.4-
peloquetez ,íenaoem relpeyto,doqueíeus loidados o- }„otvrdiwi>nium,iniàf*dibut
braraó, fendo eftes os braços, que o fubiráo magnifico: <!»>>** >>'<r*t>'1">"'';-
Ainda, que em o mundo íe acha ara particular á veneração tom.% apud gij òrâi.ibi.
r 1 o - D 1 V 1 * 70 £r ccmmorentt»' Circum-
conlagrada a bao bento, pelo que loy ; também o mun- ' „,Mhififâ>»t*i\fr*4i-
ào lhe acrefeentou a eminência, pelo que feus filhos obra- í"''*^<rt/j^!l*S"*
raó. Saõ Bento, ally como Gedeão óS fovo primeyio, 7- ^Jndefiunujquifjutfuâ
que tomou a trombeta, & alucerna-que entendendo-ie ^l/Vlw /4rtew cbnihmtétk
por efta, as obras milagroías; & poraquella, aprégioõ btbererreduttur.^zor um.
V- i- z c- r, i ^r j \.b>fiM*.Ub. xz.(»f a».
í.vangelica; 60 bao Bento, de quem toya vidaoflxer* y.dcmuxquít^uiiofepefu*-
cicio deita conformidade , 70 afly foy acompanhado £j? ZÍ^.lZtult
d;iq!)elles que o fcguiraõ, encaminhados pelo txtm-fi^w^^J""!"™;/""»
pio dcfte Gedeao Monaltico 3 & com tanta rot tuna ,urí,au uru*mf*um t**
accommeterão o exercito das herefias, que ficarão tri- rv*JgJ2Sf«ioi 5*/»*.
unfantes das três partes do mundo: 71 Sendo os prin- t*p. .o.>-.,-w*, M,.y„/>.
C 2 cipais
a o O f^lMBB VOS <?JT. TOMO 17.
cipais braços, que fervem denuvésaefte trono Benediti-
no, os Sancos de lua Religião, que deraó a vida em deten-
ça da fé;& os que diverfosRey nos, Provincias,& Cidades
veneraõporfeus Apoftolos,porierein os que as rcímui-
raõ ao grémio da Igreja. Somente dos Martyres leria a ma-
yorproluxidadeeícrever-lhe os nomes: íehe, que baila-
va eite volume para lhe abranger a multidão.
2 6 Na entrada dos Normandos , & Sarracenos em os
annos de oitocentos, &nove centos foraõ tantos os fi-
lhos de Saõ Bento, que morrerão pela fé , que fe chama
numero innumeravel: Em Inglaterra, fó na Carhedral de
Cantuaria , padecerão dez mil Monjes pela fé de Chr ifto;
EraoMofteyrodeSantaMariade Nonaltula, noanno de
oitocentos & noventa & féis martyrizáraõ os Ungaros
mil, & quarenta Monjes. EmoMofteyro de Saó Vicen-
te junto ás Fontes , onde nafee o rio Vulturno ,de báa vez
padecerão martyrio nove centos Monjes : O Convento
F loriacenfe,de húa vez deu ao Ceo feíTenta: O Turunen-
ie> cento & vinte ; o de Benchor em Hybernia , novecen-
tos: O Gemeticenfe em França deu o mefmo numero j o
de CaíTmo deu infinidades, fendo Abbadedelle SaõBer-
tario.O de Cardenha deu de húa vez dufentos.Hum Mofc
tey ro em Elpanha junto ao rio Genil , deu ao Ceo na en-
trada dos Mouros treíentas Monjas Martyres. O Moftey-
ro Codeligenfe emEfcocia,íendo Abbadeça delle San-
ta Eva, deu o mefmo numero. Curto andou, quem deu á
* wisgnacopia^uatantítiUi Igreja Catholica para cada dia trinta mil Martyres; * quã-
:!zin^:;jz^ do a Re%iaó de Saó Bcnto i Para cada dia affi<maó rer ^
Gcnebrardtafup. p/ai,». 78. te centos Martyres : * ainda que outros lhe acrefeentaó
* Poutv.anutde ornamento o numero.Naõ foraó fóeftas as vefes,que a exércitos man-
ífr^TÍ*c*^, dava a Religião de Saó Bento Martyres ao Ceo j nemef-
tas fó ascampanhas,onde fe laurearão os Herócs.Em o Sol
doOccidente,noprimeyro tomo fe pode vera mulridaõ
de Conventos,que repetidas vefes foraõ defpovoados pe-
la tyrannia dos bárbaros; que agora fópertendo,íirva a re-
lação feguinte de limitado index,ondeíè veja, quaes fora 6
os braços, &r quaes as terras , que conquiílaráo para Deos,
aíTy S. Bento, como feus filhos.
n s.Greg.Mag t.Mtrai.e. 27 Saó Bento, conveitéo i fé de Chrifto os morado-
18. Dominas ie Cravina Vox r* 1 i /-> /r* e> - r-> • •
turt»ri*e,p.9.%.h ies circun-velinhos do monte Caíiino 72 baoKemigio,
redu-
I».
Mo-
E M <P <\E Z A I. 11
fedufio á fé a EIRey de França Clodovèo , & juntamente
a todo feuReyno. 73 O noílb Monje São Martinho, 7» Wd»m.
rrouxe ao grémio da igreja os Suevos Arianos. 74. A
gentilidade de Inglaterra abraçou a Fé Catholica, pela 7*
piégzçãode Santo Auguftinho,&dos Monjes feuscom-
panneyros,queinviounoíTo Padre Saó Gregório Mogno.
JPorfeu Apoftolo reconhece Inglaterra, ao noííoSátoAu-
guftinho. 75 Apoftolo de França Oriental, que com- 7t mtcuiMinjipdogiapn
inummente chamáo Franconia, foy SâoQuiliano Biípo/,r'-/ír£í',l"fJ^","",/-f,";/' >?
Heibipolenfe. 76 Frizia, Olanda ,& Saxoniaforãoinf- . e . , - ..
ttuidas em a fe por Ubií rido Monje ,& defpois BilpoE- Hpoknfit,® MafcusUb. i4.
boracenfej 77 aquemfeguioUbilibordo, queosdeFri-
ziavencraópor Apoftolo, em companhia dedoze Mon- ,7 T"vm* fra'
jcs, que o ajudarão nefta converfaó uni verfal. 78 São ^ s.Btiamh,Rcr-a ^
Bonifácio Arcebifpo de Maguncia,he Apoftolo deOer*4/rfW 5 :C*J!-*''??,Z'®1
mama: 79 Dos Saxones,íoy Apoftolo LambertoBiípo
Trugenle. Saó Eftevaó Bifpo de Suécia, aquém chama- 79 Mtf«*«< tf< ,3 «&»/, ^
raò rumados Ídolos, ioy o Apoftolo dos Elfingos. 80 A ttS^to
idolatria de Dacia, Suécia, Gocia,& Grothlandia foy def- /*'• MeurdeM Monyrei.
Iiuída pelo noíTo Monje Afcario, & por crescompanhey -
rosleus damelmaprchíVaó. 81 Albo Abbade do Mof*
nr \ t r r 1 '• Gríviít.FextHTtttiiM.
onacenie em Valcovia , com leu companheyro
Gaudêncio convertéo as Províncias deGafconia, Pano»
Dia, & a dos Sarmátas;& em diferentes Rey nos deftrui- %z ibidem.
raò a Idolatria: 82 Os Priirfos,LirhuanosdeSalmancia,
reconhecem por Teu Apoftolo a Saó Bruno Monje do
MofteyroFloriacenfe; Apoftolo dos Rufios,&Hugnos »* Wdem.
he Saó Bonifácio Bifpo Bofnieníe: 82 DosFrixos,Saó
TV ■ r>T i> • • o r» - a ! 1» a 84 S.Peirut Der>:ia*.m*f
LoiepertODilpoKeg!on3no. 04. SaoAdaluerto Arce- us.RomuaU Ventrabiu, Be-
bifpo de Praga, foy Apoftolo de Polónia, Sc Boémia. 85 ^tt^Drãã^h.
Os Reynos de Ungria convertéo á fé , Saó Gerardo Biípo Bam^i 6.vt»«at siiv.a?
dcMoravia. 36 Apoltolodos R.utenosNarbonenks,he ub.*.decsd.„
Szó Adalberto Arcebifpo de Rugia. 87 Dos Atrabaren- S;^^;^^^,-
feseui a Gália Bélgica, Saó Quilino Bifpo defta melma «8 Vmeeiput6e\%»cemfism
terra. 88 De Brabancia,Flandes,Efc!avonia,& Qlfi^AÇ^*;^^}„.r"'"
vefinhade Efpanha, Saó Amando. 8o Os pòvosde Fri- *s> ™T']* 'ffí"?*:
gia trouxe a re, Saó Vukfrano Monje do M-oíteyro de Germânia.
Í-. ! t-\ r^ i d r-v a _'„_„:,. QO Lcr.tliur títn.fio dt cri*
'ontanela. 90 OsGodos,& os Danos Septenmonais g,F /;í. ( -M/ .;c .1, Mtm
conauiftoupara oCco Saó Anfgario,aQuem chamavaõ ****&?' '}■
o Grande ZJl poftw: 9 1 Dos r rixos Otieníais, ioy Apol- f^, l9.
C 3 tolo
2 2 O PRÍNCIPE VOS TJT. TOMO 11.
9t Ucmcap.i. toloSaõ Lugero. 92 Dos U vândalos, Saó VigelmoBif-
yt Hcr moldo mCbronica. . , . ° />• i -n t Pr c- - i 1
yi imuijrii.www*»/. pQ Aldeburgcnle. 93 Dos 1 ranulianos, bao Ltbuino
/^w;fT^$/'tf6'6'^'Í"^illP0^c&,onario- 94 £>£&?"*>& Dania Aquilonar,
S. Ubino Arccbifpobiemenie. 95
90 Martyrohg Rom.i.iuiii. 28 Saó Ocon Bifpo Bambcrgenfe, íoy o A poftolo
lib.s.crt.fig.tí. y dos Pomaranos em Sarmacia. 96 Aos Vicegodoscon-
vertéo a Fé, S.Leandro Arccbiípo de Sevilha. 97 Pity
Bernardo Buyl Monje doMoftcyro deMoníerrate,por
mandado do Pontífice Alexandre Sexto, em companhia
dedozeMonjesfoy a America a planear a FéCacholicaj
intirula-fe , Vrimeyro JpoUoto cio noVo mundo: Ncfta Mii-
faõ levou Buyl as preeminências de Legado Alatare. Lm
húa (o Ilha, que chamaó Efpanhola , deítruío Buyl cento,
Scieccnca mil ídolos. 98 ConverteraóáLédeCiniítoas
Regiões de França, Bemoides, & Dreut,S. Vilealdo,&
Saõ Flugdero. Saó Martinho Domienfe Arcebifpo de
98 G?aimaYtx?u»tu\u d. Braga, exiinguio de Galiza, & Portugal aceyta Ariana.
lotijiMimGayktiniuàii RM- qq A niuycos em Inglaterra reduíloá obediência da Içre-
giort; òantii Iguala injtitiii c.'' J .°, . O
%fah*i. GekiMik, tkbroniYi ja,Saõ Pedro Marvinha ; aquém martynzáraõ os Ingle-
MÍ&^ffiuSí. z« ,& lhe cortarão a lingua , porque em fuás pregações
pohxupropft.\9' cudo concluía dizendo : Extra EccleJnimtiuHa falia : fora do
99 Ecckf'* >i* próprio officio . . • 0 ■ r ri ivi-r
zo.M*rtjf. grémio da Igreja Romana ninguém ietalva. Nao íecom-
prehende em eite numero todas as terras , que os filhos de
S. Bento cultivarão com a pregação Evangélica : nem to-
dos os braços Beneditinos, que em augmento daFé em-
pregáraõas forças ^porque alem deites, que do Sol do Oc-
cidente refumi a eite breve paragrafo, le pôde ver mayor
numero em Bucelino, nofeu Moniologio Beneditino.
29 Naõ fó em a milícia, onde para Deos era o venci»
mentodeyxoueíte Príncipe, & feusfubditos fcyto proe-
zas , que ao fomdos inftrumentos coreays narraílaõ á vir-
tude, para incitar á imitação oefpirito (aíTy como em os
banquetes ufavaõ os Romanos;) 100 mas cambem em
asfanguinolencas batalhas, onde para oshomés foraõ os
defpojos , tanto obrarão de prodigios em vida, Sc defpois
Zl:^Í3: da »lorCe i <\™ por muytos feculos ti veraó os cia, ins da &.
cotivivufadtibiam anebãtur, ma, que lembrar aos homés, 8c que agradecer a Deos : A\f-
wflamn, trenutr. »y touberao eternizar a rama, entre os exércitos opoltosa
t}on*rtlusf»p.£cchf.c.w. fe ? & noscontrarios aos homés, que deites , foraõ t (colhi-
dos por Patrões ; 8c da fé , por efeudos. De hum , & outro
cam-
campo ganharão osçfiendartesefte General invi£io,eom
eftes Heroycos<bra£os> para que de toda a variedade dé
croléos fe ornaííe o tronco. Aos fieis íley xárão para exhor-
tâçáa os fer viços, que fizeraOâDeos nas almas, que con-
qui#áráo;& para os Príncipes, têíiimo a memoria dos ini-
migos, que vencerão em favor das ÍVlageftades , que em
íeuscxerGitosfearmarfiodasorá^oèSj^patrGGinioaíTy de
S. Bento, como de fetts filhos.
30 A Sáo Bento ofTerecefáo o governo de íeus exér-
citos, os Empewdores do Oriente Aleyxo Comnenus , tk
Calo-Joâo.Gs Empérádofesdo Qeeidence Carolo Mag-
no, LuduvicoPio, Lotarió Primeyro, o Segundo, &o
Terceyro, & Otho Terteyro. Pipin© de Corolinges
Rey de França , Hugo Capecò)& Roberto Pio. 10 1
Contem as hiflorias deites cetros, o quanto lhe augmen-
tou o herdado , & defendéo o adquirido á proteção deite
Principe ; mas nãofoy muytofairem vicioriofos, levando l0l yiwhgio BuceimU»
cúnfigo as forças de hum Santo, que tinha em íioeípiritó vJ^Jt9if Bcltedf' ã" "*
de todos osjuftos. Ao NoíTo Padre Sáo Bernardo , entre*
gou Eugénio Terceyro o baftáo de Capitão General, pa-
ra a conquifta da terra Senta. SáoSigisbertoRey,&Mon-
jedeSáo Bento, dõsClauftros do Moíteyro íahio ago-»
vernarhum exercito de Catholicos. A SáoFilano Abba*
de, tomou Roberto BruíTo Rey de Eícocia por amparo
do exercito, com que fahia a encontrar a opreííaó , que re-
cebiáo fuás terras dos Francefes ;& fendo o exercito deita
naçáoomayof , que até aquelle tempo tinha vifio Efco-
cia, foy vencido do pouco numero , com que R.oberto lhe
impedia o paíToj ficando dos Francefes mortas palfante de $** jZmury. * "
fincoentamil. 102
EIRey Dom Sancho , & feu filho Dom Pedro levarão
as relíquias de Saõ Vi&oriafioem lbueXercito,quando ia*
hiráo contra os Mouros i& indoíóa fepararfe,foy com
tanta felicidade o fucceílb, que tomarão a Cidade deOf-
ca, matando entre quarenta mil Mouros, àqu.uro Reyi <°* W.x%.Jumf.
Mahometanos. 105 Santa Ida Virgem, vendo o cerco,
que Hybernia lba pátria padecia <, & confiderando a pou-
cagente de guerra, quenella cftava, mandou fe afmaifein
eftes poucos que tinha ;& pondo-os em peleja, foy por
íua oração libertada Hybernia. 140 Saõ LaimcsAbba- «4 m.ti.^nfkm.
de
3 4 O QltfNClfR VOS TJT. TOMO 11.
de,& Patrão deBurgos,naõ foy hú.a fó vez,qucosfiarur2es
em íua detença o virão vigilante, porque iimytosfor aõ, os
que em íius praças o encontrarão aunada iintinéla. Saõ
Remberco vna occaíião em que os Danos , &c Noimanos
vieraó contra Germania,iecioío$ elles da pelt ja,esí orçou-
cs o Santo com luas pregações ; & na occafiaõdoconflic-
to fe pos em oraçaõ ibbre hum monte * como outro Moy-
fés á viíta dos exércitos ; & alcançando do Ceo vi&ona,
fugirão os bárbaros, deixando de penhor a dez mil, rrefen-
«05 ibi, 4. Ftbruari/. tos, & fetenta, & oito mortos. ío5 AoStpulcrodeSaõ
Ricardo foy pedir auxilio, Angliberto genro do {impe-
rador Carlos de França, quando hia ainveftiros Danos;
& ao tempo, em que osdous exércitos começavaõ a pe-
leja, cahio do Ceo, por largoefpaço, grande multidão de
pedras de neve, que encaminha ndo-íe aos contrários, rica-
106 w.:i. NeoemM, lAõ deftruidos. 106 Saõ Fineno , que vendo os Ssxo-
nes invadira Britaria Tua pátria , por íuas orações não po-
derão paliar hum monte, ondeefiaváo juntos. 107 AS.
' Suuberto, tinha o Capitão Pipino encomendado a proí-
peridade de íuas armas ; & no tempo , em que fe via quaíi
vencido dos Saxones , apparecéode lua parte húa luz ful-
íoS ibi.n.Mtrty. gcntiíTnna, comeujo relplendor cégosos inimigos, foraó
avaíTallados. 108
ASaò Aldeberto Prior de hum Mofteyro de meu Pa-
dre Saõ Bernardo, ( oqual defpois foy Abbade de Saò
Joaõ de Tarouca,) levou emíeu exercito EIRey Dom
AfTonço Henriques, quando Albucazan Rey de Badajoz
opremia as terras deTrancozo; & no tempo da batalha
mandou EIRey ao Santo,íc puzcííe em oraçaó; efteve por
horas endecilo o triunfo; mas Deos, pelas orações de íiu
fervo deu aos Portuguefes vi&oria ; aqualDtosquizniof-
trar, havia concedido por deprecaçáo do Santo ; poique,
querendo ElKey tomar vingança dadeít.ruiçaõ,quehião
fazendo húas tropas inimigas remanecentes da batalha,
como naõlevalTe ao Santo Prior coníígo, foy pouco . o
frucio : o que reconhecido pelo invido Monarcha , como
ao voltar de Trancolo foubcl]e,que os Mouros lhe tinhaÓ
impedido o paiTo junto ao rio Ta vora, dilTe ao Santo; que
fiado em luas orações dava a batalha ; & foy tal o derro-
co, que em breves horas, & fem algum perigo alcançou a
pj«
Elt<P\EZ A 1. ^
palma, ioq Saó AnféJmb Luceníls, em cujo tempo fe *ognKu,Martif.'Briu
levantou contra a Igreja num grande numero de ícilmati-
cos, lançando a bençaõ fobre o exercito Catholico , ainda
que limitado, foy o fciimaticoddiruido. 1 10 no /*;. 18. M«r/?.
31 ASaóllidoro BifpoHiípílenfe, tomou blfpanha
por hum de Teus Tutellares peias vJciorias,que muy tas ve-
les alcançou de léus contrários , dtprecando o auxilio
defteSanto. iii Sáo Uifmaro Bifpo, livrou a Cidade ... . .,.
Laubienledo innumeravel exercito aos Ungaros ; a cujo
vencimento, ainda hoje confagraóadousde Abril gntas
memorias. 112 AoMofteyrode Saó Pedro Teutonico m w.it. *dfriih.
vinhaódar aífalto hús bárbaros, & vendo o Santo de húa
janela a multidão, fez em o ar o final da Cruz ; & Tendo o
dia claro, de repente cercou os inimigos húa nuvem efeu-
rifíima, com que atemorifadospuferaó-fe em fugida. 113 ,,J ',2 ' ™ tm'
Em vidade SaóMarculphoforaõ os moradores das Ilhas
Agninas pofluidoresdetoda a boa fortuna, pelas orações
deíteSanto. 114 ASaõ Mauronte Abbade, viraõosda , lbi Ma„
Cidade Duacena andar vellidocoma Cucula de Saó Ben-
to , com hum cetro em a maó correndo as muralhas da Ci-
dade. 115 ASaõ Adalberto Martyr, acharão fempreos "5 Ui.%,£jufâcm.
de Polónia propicio a fu<is opreçoés, com que o toma-
rão por feu Patraó. 116 Saó Aydano Biípo Lidisfar-
neniis , quando o Capitão Penda tinha poito íogo a Cida-
deRegia , com fuás orações fez, que o fogo feviraííe con-
tra o exercito de Penda, &confumifle a muy tos. 117 Os ,)7 z«,ji. •/%*/$■.
<ie Avinháo de França tomarão por feu advogado a Sáo
Agricolo Bifpo, & todas as veies, que os ameaçava algum
infortúnio, apparecia em fuás muralhas húa fay xa de fogo,
com o que não fó os avifava doperigo,mas també lhes aile-
cí^rl 1 - Ti 1 „ 1 • 8 lí>i. t- Scptcmèrif.
gurava o vencimento. 118 S.UvencesIao,aqueos heysde r
•Boémia confeíTaõ de ver o efUbelicimento de fuascoroas,
-pelas numerofas batalhas , com que os firmou no Impcrio.
.119 SaôLucas Abbade, fahiocomfeusMonjcs acampo jn.xt. Eju/dcm.
contra os Sarracenos , & fendo a aima , que leva va,o Bacti-
4o, que trazia na mão. pondo-fe a cavallojhe cercou o rof-
tohvn luz divina •& dizendo citas patavras: ExurgatVeuíy
® difftpentur mima ejm , polir -ou a morte innumeravcis in-
fiéis. 120 Sáo Bcrcarius Abbade, mm vinte Monjes de 120 J«.i }.o&*w«
feu Mofteyro deftruío fetecentos inimigos, atemoriian-
D do-os
;«
2 6 O T^INCIVE WS 9 AT. TOMO II.
i ti m. \t. EjufJem. do-os o Ceo com a efcuridão de hú fumo prodigiofo. 1 1 1
Sào Ray mundo Abbade do Moltey ro de Firero , não ío*
frendo asinfolencias dosSaxones, queaccõmetião a Ef-
panha, tez prefidiono primeyro lugar de Calatrava ; Sc
com o favor Divino, com armas, & rogos odeffendéo ie*
lizmenre ; & como quer, que aquelles a quem mays per-
tencia, receaílem entrar na guerra, elle fó confiado em
Deos , chamando algús fieis, alcançou repetidas victorias
dos inimigos deChrifto; & para propagação da fé inti-
tulo a Ordem de Calatrava; com oquemerecéo o titulo
de Libertador da patria,& defenfor da Igreja Catholica.
3 2 Com eftes braços , fe exalta no campo da Igreja o
Trono Beneditino; mas fe eftes Heróes forão,os que o co-
locarão na eminência, também lhe fervem de compoí]-»
çáo. Donde acho com femelhanças do Trono, que vio
líaias, eíie , aonde São Bento he intronizado Príncipe
dos Patriarchas. Sobre hum Trono vio a Deos o Profeta,
cheyo detanta virtude o Trono, que, a que Deos nelle
Tr ,. n . „ , .dominava, enchia toda a grandefa do Templo. 122 Su-
fuperfoiínm exceift,m,tf tieva- heiente ornato tinha a Igreja de Deos , quando não tiveííè
7ep'ubjttuln,lpium.b '^ íwí outro , nas obras deites Santos, que aSaóBento remon»
ij»i*6.verf.u taõ , & lhe teftimunhaõ apureia. De toda a Igreja forão
gloria, porqucdefpois dos Apofl:olosdeChrifl:o, de ne-
nhúamão recebéo com tanto empenho o adorno, como
das proezas, que com a virtude deíua verdade fizeraõ os
braços Beneditinos, que a defenderão.
33 A gloria , que oceupava o Templo , era o rerna-
necente da luz inacceííivel, de que feveftia o Trono de
Deos. Saó tão dilatados osgozos Monachais , com queo
Pay dos Monjes diviza o cetro , que o reftan te aparato , do
que mays feennobrece,aífy he abundante de merecirnen»
tos, que a toda a Igreja fervio decompofiçaõ; o que au-
thorizão os Inventores de divei fas feííividades , ceremo-
r»iss,& louváveis cuftumesda Igreja,que foraó filhos de S.
Bento: Efte Patriarcha,ajútouo Te DeumLatidamufis Ma-
tinas; foy o primeyro,que pos as Cõpletas no Officio Di-
vino: 8c inventou os jejús regulares. S. Gregório Magno
filho de S. Bento foy o primcyro, que fe aíignou ^Servo das
ferVos de Deos • em a Miffa inventou no fim do intróito o
Gloria Tatrt $ que fs repetifle o IÇ)iieelc}Jon nove vefep; que
fe
' EWP^EZ A 1. 27
fe cantaífe a Âttrfuya ; ao Ofertório deipois do E vançelho
a creice n to u , dieffte noflros, a té in eleclorum tuorum^ jubecisgege
numerare j diípos , que íè diíicíle a Oraçaó de Chriiio , que
he o Pater uofter ,• & que fe acabaíiè a MiíTa com a Commu- • ?-i Guiíseime Dunnã m
JR-iionalc Utvincr. 0n.11 ,'if.n.
A dilnoíiçaó do Officio Ecclefiaftico foy obra de Saó ^/-v? *"■«' ■• ■■'«■ S«"A-
Oregono ; aeJiemandouledeliepnnctpio pelo Plalnio, taS.Grego,$.
Veusin acijutoriuM; da Regra, que proícOou, tirou para toda
a Igreja elia ordem. O Officio da Circúciçaó,& a Reza de
muytos tantos ioycompoíiçao lua. 125 Os quatro Do- «JLwjL.» /». ,.«^.1
mingosdo Advento foy initituiçaõ deite Pontince 5 para Fh" '" vm "''*•
elles compôs todo officio. 126
A Ceremoma dasCandeyasema Purificação da Vir- li- , e»f^oljl,M.B.i.eth.(,f.
gem: 127 A Ceremonia da Cinza de Quarta feyra da '4 l ''
Quarefma:AProciíLõdeDomingodeRamosjoLava. I2; Dur^imRatUliel^
pés na Quinta fcyraMjyor; 128 &a Adoraçjóda Cruz 6-cnP ?R-
emabeltareyra Santa tudo roy dictame deite Pontífice; ,,9 s.^r.u„p.x t>iu/., 7..
120 como também a feira da Didicaçaõ da Igreja: 1 20 "^ ''„ ,. n. . .,
7 9.1 O f 3 no Ka1i:it. VttMt li»."] c>D.
Inliituío as Ladainhas; 121 foy inventor do Canto Ro- 47 e?»'"™.
&r\Cd • J o - aj a P » T^v •'> Polidor Virg <te invetiti
composo Orneio de Santo André Apoltofo:Da rerumut 6. ctf.it.
Igreja foy Saó Gregório Numa; Licaon; Si Amphion;
Numa, no culto, que augmentou a Deos; Licaon, nas tre«
goas, que fezeom a Juftiça Divina;& Amphion, no Can-
to,queinventou: A rogação das Ladainhas iníiituioSaó
Gregório, para moderar osrigoresDivinos, & as manda
fazera Igreja: as celebridades Divinas, augmentos laó á
veneração eterna.
O Pontífice Bonifácio Quarto, ordenou em a Igreja a
veneração de todos os Santos Martyres; donde o Pontífi-
ce Gregório Quarto Monie também de Saó Bento , tirou
afolemnidade do dia de todos os Santos, de que compôs
oOfficio. 132 SaóOdilo AbbadeCluniacenfe, deter-
minou em feuMoftcyro hum dia particular , para acom* n. PUt;*si**iH Ceget.
memoraçaodos heisdinuntos ; a cuja imitação o ma noa- *j ^ f ^
raõ obfervar os Pontifices por toda a Igreja , no dia íe-
guinte ao de todos os Santos; 154 tendo duzentos an- «m SiSitert.»Js»*mm.999.
nos antes defte decreto , compofto o Officio dos difluntos
0 noíTo Arcebifpo de Trevens Humularin Furtunaro. ^ BuniUUrilnU, ,6,
1 "•«; A antiguidade ( íabulofa neftu parte) ennobreceo àturàmc*dm}ho»atumc(>u
aNáxienes por inventor da contemplação das fon.brus;
D 2 a Si-
c8 O &HJNC&E WS >PAT. TOMO 11.
a Sinon GTego, por inventor dos efpelhos ;& A thalo, por
inventor do tecer o ouro: Entreos inventores Ecclciiàl-
ticos (com verdade) ficou Gregório Quarto fendo Atha-
lo, poi quedo ouro vario nos quilates, que faõ as diferen-
tes vi ! tudes , tecéo á Igreja o melhor ornamento , que he a
feita de todos os Santos. Odilo, fendo Sinon , porque os
efpelhos do que fomos, he a memoria dos que exifti-
raõ; Humoiario, fendo Naxienes , porque a contempla-
ção das fombrashe o conhecimento da pouca durrçaõda
vida.
Santo Anfelmo, inftituío a feíla da Conceyçaõ da Vir-
M6 BiptiHa lâaMuatitisãe gem. 136 Leaó Quarto, deu Outavario áAíTumpçaõ
jípito invha sanBoru,n da Senhora ; como também Innocencio Quarto, a Nativi-
ni:t.cap.4i apuâBarbMum Jjde. ^ fefta da Aprefentaçaõ da Mãy de Deos, foy infti-
i» Martjrol.9. Dezembrií. . »* • n .n j 1 e - XT 1
^rnaUuflXjkionLiffí.Mtf tmçao de hum Monje oento Abbade de SaoíNiculaoem
#.*.,.«> iof. ., Normandia. 127 Santo Ildefonco, inftituío afefta da
i,b.<,.cap.,o6. Expectação. E Eugénio Terceyro ,a da Annunciaçaõ.
1.8 UemiíiMi.i.cap.G). i 38 S. Sérgio Papa Monje de S. Bento, ordenou, que em
a Mi fia fe ditíefíe o À^mísVei. O Officio de NoíTa Senho-
raefcrevéojou encomendou a Igreja Urbano Segundo ;
concedéo a Bulia da Cruzada contra os infiéis ; dedicou o
Sabbadoápurefa da Virgem; acrefeentou em o Prefacio
da MiíTa : Et te inVeneratione (Beata Virgtnk Maria cottaudare^
1.9 ^ntomp.^t.\t.cap.y henedicerc ^ pr adie are : rqo determinou, que em todo9
os Templos da Univerfal Igreja fe tocaífe hum fino de
manhã, á carde, & ánoyre, que faõ as Ave M arm , para
140 ^r»oii.rup.ub.),cap. alcançarmos a interceíTaõ da Senhora. 130 Defpois Gre-
gório Nono, também noífo Monje Camaldulenfe,man«
dou, que fe tocafie á faudaçaó Angélica pofto o Sol. A
hofpitalidade para os Enfermos , & Perigrinos foy iní-
tituiçaõ dos filhos de Saó Bento. NoíTo Monje Pedro
Ermitão ("chamado aíTy porque de Monje do Mofteyro
Grandimontenfe fe paíTou á folidaõ de Anacoreta") in*
i4! Poi.j.Virg.i.deUven, ver>tou ° Rofario da Virgem; a que antiguamenre cha-
,iOTerum w-»:">-9- mavaõ Pfalterio de Maria : 141 Devoção naqutlles
tempos particularentreos Monjes de Saó Bento. NoíTo
.«* <ArnoUMbi0n.f»p.to. Mon'e Michael Florentino inventou a Coroa deChrif.
z.ub.i.caj>.6B. to,aquemchamaó Camandulas. 142 Gliceria, inven-
tou a Coroa de Rofas ; & Edimion,foy oprimeyro, que
obfervou o curió da Lua. Os paíTos da Lua Soberana mof-
trou
E M Q %K Z A 1. g$
trou obfervara , quem a feus mylter ios inftituio applaufos
divinos j Coroas teceu deRoías,quemá Virgem inventou
oRofario,& os eípinhosde Chrifio mudou cm flores de
devoção.
Hermano Contrato Monje Beneditino compôs a ÓV-
Yc^únba, a quem meu Padre São Bernardo acrefeentou 8
LiemenSjòTia^ò DulasVirgo Marta; compôs também Her-
mano a Antiphona Alma ^edemptoris Mater-, 145 & foy in-
ventor do Aílrolabio. 144 Innocencio Quarto, inven* i4, jacotm miip.Bergo-
cou as Iníígnias dos Eminentiííimos Cardeaes. 145 *%f!{ffi££?i£
fefta de Corpus revelou-aDeos a Santa juliana; publi- d,a>ci>p.%.
o r Ln*-io-r.-/ 144 DurSJ.de Divin .Offic.
cou-a Santa hva ambas Monjas de òao Bento ;aprovou-a m^.cop. u.>w/'>«íw9-
o noíTo Pontífice Urbano Quarto 3 & compos-lhe o Offi- ^f*"? ^f "m*
cio o Angélico Doutor SantoThomás,queainda,quenão
protelTou a Regra de Saõ Bento , criou-fe á fuaíbmbra no 145 puri«tâ« Ynmcmij
MofteyrodeCaffino. 188 O Cardeal São Guido deter- O»"1''
minou, que quando felevantaíTe aHoftia naMiíTa feto- l{tg TideSoiemOecidcrUp.
cafle a campanhia}& também quando felevaíTe o Sacra- \pr"lud %xfP 2 j*;.'/"'*7'
1 r o /i tt •♦» • ubi inventes bdC ,ÍSp.u<-a.
mento a algum enfermo, roo OHymnoVexitlaregispro- 189 cyy>r tísfierbtcbeufi»
deunt compôs o noíToMonjeTheodulfoprimeyro Abba- ^ 9 dei ufir-mru ,c*f il
deFloriacenfe; como cambem o G/orá, Laus t& Honor. Tritímrievi,u,i'»ji.or-
100 São Guido Abbade doMofteyro de Santa Cruzde *»wS.*««*ftf*-*-«?-4*
<. r. ir- r * * * r T^ • Suplemento Cbrotstc-Jib. n.
Avilana,loyinventordasieisvolesdaMuuca. u/,^,?;?/,
y^,/ç/,/d,ckda mãodocanto. 194 AGlofa ordinariade ,94 Tritmijup-cy.n sí-
hum, & outro Teftamento foy inve&i va de Strabáo. A in- *i*""1' ^"''' £""/rf '«'
trelinial , de Santo Anielmo Laudunenfe. O Martyrolo- iç< íf> ^rtere BenediBm*
eiofoy trabalhodeBeda,Uíuardo,& Adon. jq<; Onof- «"»«<■
4o Monje Gracian ajuntou, & ordenou as Decretaes. A pr(,iicamumtom.^. ihcoUg.
compoíiçaó dos orgáos,deveiTe ao Pontífice Sy lveftre Se- gfijSgJ^ * ^
gundo; 160 aíTy como também a perfeyçaõ do Relo-
gio:Sc a DionyfioExiguo,o Circulo Pafchal,& o compu*
to Ecclefiaftico. 197 Alcuino ordenou o Officio de San- >96 *s*rhrBe*eJ.Ram. z
to Eftevão , & da SantiíTuna Trindade , aquém defpois a- ^^ ^^
provou Saõ Gregório Magno ; 8c efte Pontífice foy o pri-
meyro, que mandou edificar Templos em veneração da
Sanciííiina Trindade. * Inventor da Purpura toy Her- • dm-mA* HAforfi dh>.
cules; do Relógio, & Esfera Anaximandei ;MileGs 5 da ^ ''*■ ***«*. *"*
ordem das letras, Palamides Nauplius ; do ulbdo Mel en-
tre os Efpanhoes, Gorgorisjda Obfervaçaódo Ecliplcdo
Sol, Acreus ; da kiencía das Eíhellas, Bcllo ; da Bibliore-
D 3 ca
3o O ?i\mCl?E WS PAT. TOMO II.
ca entre os Romanos, Afinio Polio. O lugar de Hercules
oceupou em a Igreja Innoccncio Quarto , de Anaximan-
der , sylveiue Segundo ; de Palamides (aprovey tome da
feme!hança)Guido jdeGorgoris, Strabúõ} de Acteus,
Dionyfio Exiguo; de Bello, Hermano Contrato, de Aíí-
nio Polio, Bedj, Ufuatdo, Sc Adon.
34 De innumeraveis Santos Canonizados , & Beati-
ííc idos fe ornaó os rayos defte Sol ; ou o abono deita fama:
Naõ lia com certefa podelos refumir a numero jporque em
tempo, que a Religião de Saó Bento tinha trinta, & fere
mil iVíoíteyros,& muytosdelles de novecentos Monjes;
al92^rhar,i' '" Cbf**Ka\ catorze mil Pt ioratos 5 quinze mil Conventos de Monjas
.99 DomRodrigoãtCunh* ,gg em trezentos annos,he opinião, que fenaõ perdéo
f.\ M Hijlor.EcrtefiallicaJos . r i ■ l o - r> C ' r^ ÍT r
~-irccb,jfot de Magoem ávida hum hino de Sao Bento. 1 99 Somente Caílmo tem i?n-
dtitjhnofoi.^ co mii j& quinhentos & ílncoenta & finco Santos Cano.
>co w^.wp^.w.8. nizadosprofeflòseiníuaclauzura. 200 Donde,amulti-
«fiz» 9 p '• daó de Santos Beneditinos lotem o numero, que Virgílio
deu a hum aggregado incomprehenfivel.
Quam mula Lybico Volvtmtur mármore fluclta^
S<eVM ubi Orion bibernis conditur undtt,
Velquum Sole noVo dttnfie torrentur arifl<e,
Qjtut Hcrmi campo, aut Lycia fiaVenttbus arVis.
Lib. 7 Jtneid.
Dos Sãtos Canonizados faz numero oDoutifíimoQuin»
tanaduenhas, illuftre Efcritor da efclarecida , & reforma»
diílima Companhia de J ESUS, repartindo o numero pe-
los dias, affirma: ter a Religião de S. Bento para cada dia
feimum Qamgt. foi. ,o*. mil, & quinhentos Santos ; 201 nao lendo eíte Autor, o
que lhe remonta mays o numero jporque ofamoío P20-
letto Eremita AuguíHnhoem oSermaõ de S. Bento diz:
;"■>» Paoiettu* ,« r- ks querem fóde Santos Canonizados a Religião Benediri*
n >. ["í-* inji, mane Ha, * O
usBtneSím. na: Hum milbaÕ, finco mil, & /eis centos Santos. 202 Naôfal-
lando em os Beatificados, porque eftes, na opinião deto-
tíos, naõ tem numero. Oqueconilderado pelos Summos
Pontifices, concederão á Religião Beneditina hum dia
particular do anno, em que fe celebraíTe, com officio par-
ticular, todos os Santos de fua Ordem : Sendo eila eíc]<ire<
cida íamilia aprimeyra,que na Igreja de Dcos teve ef-
ta
E lf <P % E Z A l 5t
íafeftividade-, & agora á lua imitação a logrão algúas fa-
mílias Rcligiofas. A mays feremontaria o numero de San«
■tos Canonizados, le minha Religião não impedira a Ca-
nonização de muicosfem a primeyra parte odeixo autha-
lifado na Empreza trinta & húa, numero 846)8.: para que
em cudo foíTe primas a Religião deíre Principe,lheconce~
óko o Supremo Pontifice, queoprimeyro Santo Confef- zo' < B**epi*«*tegifitt*
íor , a quem a Igreja Canonizafte lolemnemente ,íoíie teu urm».tom.».M. i.cap.sdt
MonjeS. Suitberto. 203 Sendo efta Religião, como a **^;]u*ah,íuiiner,f.,lm
Palmeyrade EzechieLaqual na multidão de íèus palmitos «« tiMHhuim* palmam» jw.
, J, , - + L rum. tzcch. ia.ietf. 11.
conneceo a ventagem de lua eminência.
37 Logo em Teus princípios foy efta Religião criada
para Princela. Afemelhança da Igreja de Deos, aquém
trinta,& três Summos Pontífices Martyres fervem de fun-
damento,foy a Beneditina regada, & plantada com o lan-
gue de trinta, & três Martyres, que em Miffina na compa-
nhia de São Plácido alcançarão a palma, antes que São
Bento poíTuifíe a gloria. Oíitio, queefte Patriarcha eíco-
lhéo para cabeça de fua Ordem, foy oMonteCaffino, em
cujas faldas, (que he a Cidade) deícançou do caminho
por algús dias o Príncipe da Igreja São Pedro, antes que l<?4 Dom^ntonirnScipitS
entraflè cm Roma. 204 Era efta terra , onde fua Igreja fc^^****".*7'^"^
T^ » f . o ' f0l, 10. tfjrqq. f pitem: oacr»
havia de achar denença nas mayores calamidades, por /w.n.*er/.
iíTonella tomou São Pedro defeanço. O que claramente
teftimunhou omcfmo Príncipe da Igreja, em o cazo fe-
guinte.Hião huns peregrinos viíitar oSepulchro deSão
-Bento ao Monte Caífmo ;chegou-fe á fua companhia hú
Varão de afpeâo venerando emabitos de Clérigo: Per-
•guntarão-lheos peregrinos, quem era, & para onde hia?
Oqualrefpondéo: 205 Souo<lAposloloS.'Pedro^VotiáO *o< Que m,quú ejfetinurrt*
~kf r TC 11 i ~m f J I çanici.tlcatum fetrum ^pof~
Monte laj/ino para celebrar, com meu lrmao 'Bento , odtaaenn- t<,iumfceffcre/p'*J>t -.:■.: Vaio
nbafefta • porque os faias levantarão contra minha Ureia tal tempef- 'd fr'"™ "*? *"«*??"*
J J ' 1 l ii>» , 1 uteum 1L0 cajji-mi me* atem
tade ,que naõ pòffohabitar em^Roma. Como a Primogénita da celebrem Kam Kcmaccr.j~.iu-
-1 • • - r« • i- n *-^ t - *-k *" J^^, rc n;,a talco, varijj cn:n: trocei-
Igreja reverenciavao os Pontífices cita Ordc: Qiundoem luEccl(r,Jmf,:u{,.,/i:í,r.
Romana Igreja de São João de Latram fe coroaváo os ^fuj LeonlUcfiic^mhb.
O r J m , i.cap 67 inChronic.CjjJ.f.cf.
Pontifices, hiáocom amefmapompa repetira coroação $ cafar Bar™, icm.u. amo
aCaíTino. 206 Não era iito, reconhecerem os Pontiri- ,c8?-
ecs a Religião de Sao Bento por Princcfa da Igreja de ?o6 D,Conjijnu^Caye.
Deos/ Em dilatados feculos a venerarão Primogénita de umumviuGeja cu*difoi.
Igieja os Kl yuos de Sciulia , Aquitania , Inglaterra , Sue- ,, irchd. z. m/. i.«, 15.
cia3
5 1 O l%mCl?E VOS $ÃT. TOMO 11.
cia,&emalgúsReynosde Elpanha,onde pornuiytos fe-
culosnaõ podia ferBilpo, quem não foíie filho de bão
sc7 EpHcmeSAcrofoi.-Lo. g.^nto . 2oj os bés reays lo pertencem á Coro;». O zel-
lo, com que apacent^vaõ o rebanho ; &oaugmento, cm
quepunhaóa Elpoía ioy tambtm huma das razões, por-
que ló delles fiavaó aschaves do thelouro , & o Báculo
Paitoral j por tempode íeis centos annos eítiveião^scha.-
vesdeS. Pedro em poder dos Monies Beneditinos: cento
s.HcKea.a», tr. ihf,wM d; & trinta, & três bummos rontinces ; duzentos Cardeais;
r?f'!i0r! ''l""h<tJ,cet°;'Z 208 mil ,& féis centos Arcebiípos , & quatro mil & feis
injcrm.s.títmtdtâi&.w. centos Biípos foraõ , os que até otempo do difcipulode
Trítemio tinhão fido filhos defie Patriarcha : Delles iahi-
rá o ultimo Pontífice Romano , que ha degovernar a lgre-
i.0» EpitgrrrefJcrof.6i.verf. ■«,--. A u l - J r t. j5V/
r jadeDeos. 209 Aquelles tempos,haode ler,ondea Nao
2<o F,*rTfo™«s.ci- de S. Pedro fentuá as mayorestempeftades;& paraalhrar
riioOrà.m^armiiMuiniib ^ foorrafcas fempre a entregou a Monies Bentos. 210
oc GLru Matru Ccchfisi foi. í ° , ' _
«'"'509 Sincoenca Patriarchas de diverlosReynosíorão filhos de-
i.uiftuifwnM i.tr*a.+tír- "? Pá}' Univerial de todos os Monjcs. 2 1 1
b, F,«Sm/ecu>dut. 2 5 ^aõ f0y fó a efpada ofTenfiva , &: defenfiva do
martyrio,d,i jurifdiçaó, ou do amparo , a que (ó conftituío
a Saõ Bento o Cefar dos Patriarchas ; as (ciências , de que
feus filhos foraó cultores lhe cõíumaraõ Cefario o Trono,
emquepreíide: nas armas, Sc letras foy Ceíar: Quinze mil,
& fette centos Doutores teve efra Religião até o tempo,
que eferevéo Briterio ; quem lhe poderá agora contar o
numero? Sincoenta mil, duzentos, & fefenta livros ha-
viaõ cópoftoos fiihos deita Religião até o tempo , que di-
tou Pedro Baranguel, que ha mays de trezentos , & oiten-
ta annos, que eferevéo o ícu Opufculo dos Varões Dou-
tos- eítaõcheas as livrarias, dos que defpoisdefte annofa-
hiraóa luz dos filhos deite Príncipe. Em Roma fundou
Saõ Bento as Efcollas Lateranenie, & Vaticana. 212
Defpoisdefte Patriarcha, oprimeyro,que fundou Uni-
.. _ verfidades fovmeu PadrcS. Béda 1 ade Pariz dersõprin-
i,,v:tjGturi;Pap*pa<r í7.e? cipio Akuino, Claudio,C Iemente,& João rJcotoMon-
ÍfMÉSr^)n >cs Bentos 5 a Univcrfidadc de Pavia , em Itália , fundou
j.u.ii. sahr<at,ce»ft Pi^iud.g. cambem Joaõ Efcoto. A Theologienfe, fundou Saõ Pau-
14 ' . JoMonje Beneditino. A Luxovienfe, Saõ Columbano:
a 1 ubania , Saõ Piuperto. Todos os Conventos Msç;nifi-
cos da Oíderu de Saõ Bento tinhaõ dentro em feus Clauf-
tros
EMT^EZ A l 33
tros Univeifidades publicas ; * entre todas foraõ mays * ^"*'w Bc«:d,a;rwu<n
i , ir-ii -i x * • *-> i MGUtfleri»fchol*public<teiãt.
celebres a de r ulda, que tinha quacro centos Monjes Col- Exu* Monafier^vciutexar-
leeiais ; a de São Gálio, em os Alpes ; a de Corbeya, em «Jtp''»'1' >"»">»'>■ ™'pro-
-haxonia j a de Uvemburgo, em Alíacia ; a de Augia a Ri- eagmthme phtp$ntei , d*ma*%
«a* em a Ilha do rio Rheno ; a de FJoriaco, em França > a de "'^JZlTdTpuermji.thb^.
Jrache, em Navarra. Reftauradores das fciencias foraõ os "f- *• ., „ ,
£11 j c D J J J-/T r r T-L ' r> • 1,} íaudjitfjl,rd,xijft^,fi
nlhos de b. bento : donde dille o ramoio 1 homas bócio, Bcwf,aur ^ir,gius ex ord-.ne
Pr esby tero da Congrcgaç aó do Oratório , que íe os filhos í,^^£*$:
de Saõ Bento naó íoraõ, em inuy tas partes do mundo môSt^nif< ^ugupnilt Roma-
, • % r ■ J r.1 ri - fx/ ex erdi/ie codim pfodyflct,
chegaria a luz das lciencias. 213 Formuytosíeculosnao nUu<>,b»be,et *A*ighajittpto-
ouve elcòlas de todas as (ciências .íenaõ em os mofteyros |'r' \"^t^fil *****"?'
<ie Saõ Bento. 214 Seis centos foraõ os annos,que os ef- g">° » M"™**/ smx, , s,»>-
os eítiverao dentro dos Claulíros beneditinos. 2 1 5 ^dcmarm mm Ge,mamcM\
Osfamoíbs Aurores, que em todas as faculdades teve a «* *"»*"« «>/<'£*" ««-
'1 Jignaptnt , qui juerunx cmner
Religião de Saõ Bento, vivos andaõ em a memoria dos « <tràmes:&tntàmi,GtrmtT
lábios , porque o nao íeriao lem elles ; quem os ignora li- ffz*fhiffi*H tèàthhfipuu*
guaasiciencias, curfe os eíludos,& os encontrará cextoí,/'^'^ef'i*íf'^e's«"
fc , . . . nts EccUÇ Ub.%.cip 8.
em quantas lciencias ha em o mundo j&interpreces,de to- 214 Uem,b,i,b.io.aczz.
as as línguas que íe íalJarao nelle. ^ ^.^ ^ k^wí^
/Cif
6 Para exceder ámageftade demuytosHeròes, ef- Cbriflisin.6.'*af.j f„i,z%9
verf.
colhéo Belifario por carroíTa os ombros dos captivos
•Alexandre, os braços dos vaíTallos, & Sefoftris pos por
tiro da carroíTa triunfal a quatro Reys,que havia vencido.
De Braços , Ombros , & Coroas íe fabrica o Trono Mc-
nachal : as Coroas, que renunciaráocento,& doze Empe- a„ Pa<,itmsfer.s.te»ej:
radores, 21c quarenta, & íeis Emperatrizes, cento & FM^nmtiH7c^-^rm
dozeReys, 216 fincoenta& húa Rainhas, &innumera- Bercmit*amboS.*j9u£x/u»i.
veis Príncipes, 6c litularespor veitirem aCoculladeb. Zl7 ^idebtmJoxeetreni
Tknto , faõ , as com que ficou o mundo ; 8c com ellas,fer- ffmf»»*- o*»"h- *>crf.9.
ve ao tiro da carroflà. Os ombros daquelles, que iogey-
taraó á Igreja, 8c reduzirão áféos filhos de Saõ Bento,
íuftenraõ os braços , a quefe renderão ; 8c eft.es ,0 Patriar-
cha aquém íepuiraõ. Nofentidomoralde Saõ Greporio,
1 ~ , ' rrn- ll^ TrcuUt Dei morahter
os muytos tronos que vio Daniel, em queDeos aíiiíiia,/«H» Moiatbi :.■■.-. qu, »»ohe<>
laóosMonjesquc o louvaó. 2r8 DeÍ^,que^a?jR^i^£*;i
Deos de Trono, o que também he Trono de S. Bento. So- *?«•• ,hi-
b\ % 1 r -i^-i r n r "9 B.oiic ejui igitii acanfut
re rodas de togo vio Daniel, moverle a mageitola pom- n, verf. \o
pa cmqueDeoslheapparccia; 219 & fe nas rodas fe re- ^J^if^thul?^
preícntavaó os Pregadores Evangélicos , 220 abayxo "»»'« Deificcen/p/. Rupcrt.
deite, nao íey houvelle irono, a quem movellem rodas btmsUm.
E mjys
94 O PRÍNCIPE DOS <PJT. TOMO 11.
inaysabrafadas em fogo do Amor Divino, do que faõás
fobrequefemoveaCarrolIàde Bento. Ezechiel, quevio
a Deos em folio mays eminente , aílihido o elcrcve de
11'. Lt íh médio ejurfim,!,. quatro animaes. 221 emq ienVuravaó os quatro E van-
tHclo quattior animaliuw, ■* , * i. ■ n • * i
tzcvbtduxo.-verf. j. gcliitas: De outros quatro animaes miítetioíoshe reveren-
ciado Saõ Bento em o Trono, que faõ os quatro Douto-
res da Virgem, que foraó feus filhos Saõ Bernardo, San-
to Ildefonço, Santo Anfelmo, & Saõ Ruperto. Junto aos
fagrados animaes apparecéo nomeyoda terra huma roda
^,^?ffifÍTS>ír 222 que reprefentava a Sagrada Elcritura: 223 Acom*
in-rarr.iuxuanir.iiiia. panhadas de olhos fe viraõ as rodas do Trono á vifia deite
>m Kiiiina^atàaScrífc Volume Sacro; 224 faõ os olhos imagem dos Efcripto-
r^?Z^Jo"Z:::Z res Sagrados: 225 Oh de quantos he frequentado elte
G!,f.crJi*sj.,h,. Trono Monachal ! Quando Deos aííentado fobre o
22.4 7 otií corpus oceulis plc» <-|-. * p | » 0
Humm chá,*:» \ ipfarum qua- * r°no deil vozes , elconderao as azas,& pararão com o
íucr.ih-j:-,/.,,). vo-otodososeípintos,quemoviaõaCarrotTa: 226 efte
1.15 Occulisplenum , Scrip- ■£ f \ _
tortsSicri.^iUuinusfup.E- Trono , era figura da Igreja ;&osefpiritos repreftnravaõ
zió Kam,cum finei Voxfn- os Juííos(ne commum ientimento dos ladres j as vozes
fnfirv.j.mr.n.myHoJerttju- que ouvirão .fov hum epilogo da Tuítiça com que Deos
per capht eotum.fiabam^JUb- * , . r . , ° . J * . .^
/».;(v;J-,:,>/^yiWjí;T,.r/;l5 era venerado: 227 & a viltada mageltade coqueDeos
J*J««.«/«w>fc ' períuadeadoraçóes, todos osjuftos abatem as azas. Co-
locado Saõ Bento em a fupenor parte de feu Trono, arti-
cula o direyto, com que oceupaolugarde Príncipe dos <Pa~
niarchcvS) Sc fundando a juftiça , naõ ló em ter o efpiritode
rodos os Juftos, donde irtoítrava, que fó valia por todos;
fe naõ também em fer o Legislador, que naRegra que deu3
reítaurou oeftado Religiofo; & nos filhos que teve, am-
plificou Sc reparou a Igreja ; &á vifta da virtude, & obras
em que fe exaltou efte Soberano Principe, lebre rodos, re-
2,18 Tamam'* Domino pr<>. conhecendo loexcèífo em os Santos A poltolos, 228 en-
tncnut grafam ,ut r>emi«i prfi , - . o r \ r « • 1
primor Beato, ^p0jioio,,un cobre os antecedentes, & iublcquentes Pa trianlias as azas
%7í::::ízi:ãi%úz com que voaraó> que ld6 as Regras que deraó-. 2 2? con~
iumabBi,&sn,oTenio inCon- feíTándo na fumilíaó dos ferviços,aíumma eminencia,que
1 \9 s,c Sanàerumpract no eftado Monachal tem o Pay dos Monjes S. Bento.
^3tó!|I^S .37 Maysíaóasagoas^uedafontedoPaniíorega-
wJiSi icngr. pr<tfutlt„jr j ?1<<í faõ a Imperidl planta Monaftica, com cujos tru&o* fe au.
antcillum fatre, S.inBi conf- i • t- n i« • ri ■'
titueru»t,veiut lex Moyj; ju- tnorízâ o i rono Beneditino , a léus lugares ira connnuan-
",&<&'* fcwftfc, do acorrente. Só pata documento dos Príncipes fiz eíh
hibhotb.pp.p.t.fa.s.Btned. rélcnha dos fubditos, & ajuntey elta íabnea ao Trono.
A fama de Saõ Bento, & o fragrante defua virtade atra-
hiraó
e •
110
EM PREZ A 7. ^
hiiuo afia multidão; as obras deite Príncipe, encaminha-
rão o valordefeusfubditos ; nãao lugar, fim a luz própria
taz ao Sol o trono de rayos ; não he Sol pelo lugar , que
occupa,íenão pela luz, que communica; osefTeytos da
juzlaõcreditosdo Sol ; aobranãodágloriaaoiniuumen- mo nunquíâ giorhbiturji-
]r a -r • • r ' turit contra tunt , qui Itcei m
avrou,lenaoao Artince,queguiouoinitrume- M? ^tauiuUtur ferra ton-
co : 2 30 efte,iaõ os vaíÍ3llos,de quem he Artífice o Prin- *''!»•">• tuo1 "*'""*
-> . , •* 1 ■ • tf*'* to.verf. 16.
cipe; cuja fama ferve aoslubditosdeluz,que es encami-
nha ;& de virtude, que os move: oprogréílòdo vaílàllo,
he produção do exemplo do Príncipe.! oda a eftimação a
que chegou o frucèo,he credito da terra. Apparecéo Deos
a Moyíés em húa Çarça , queabrafada em fogo não perdia
a verdura ;quizMoyíésceitificarfe do prodígio, &man-
dou-lhe Deos, ie defcalçafle,pcr razão de íer iãnta a terra, *n SeheeaiteameutaJep
ceitavaMoyies: 231 niaysconiorme parecía^oíley^^,^..^^ e#t
a reverencia areípeyto da Çarça, donde Deos falia va,&: Ge"eJ •»■ "as-
para onde Moyfés corria: Antes que Deos apparecefle em
efta Çarça, andava Moy fés calçado por aquella terra ; lo-
go, fe defpois da vifaõ toy necetTario odefcalçarfe, fendo a
Carça a que motivou o reipeyto , porque ha a terra de le-
var o aplaufo ? Sirva efta ceremonia , de infinuar a Moy fés
a virtude da Çarça, &não a fantidade da terra. Oh não
vem, que a Çarça era produção da terra/ Pois todo oref-
peito, que adquirio a Çarça, refundia em abono da terra,
que a produfio. Çarça , onde o fogo não confóme a verdu-
ra, he a fama, onde a inveja, & o tempo não extingue a me-
moria j fe Moyfés não vira o prodígio , naõ deyxara os re-
banhos : fe no mundonão houvera o bom exemplo, vive-
rão os homés defanimados, & fem eftimulo o valor ; liber-
tador do povo Ifraelitico ficou Moyfés, defpois que fe a-
proxhnou á Çarça:Reftauradores das pátrias foraõ todos,
os que a fama unio a fi animofos ; mas a refolução a que o-
brigou a Moyfés o milagre da Çarça, foy para veneração
da terra que a produfio: toda a luz que adquire o valor , he
em gloria da fama, que lhe incitou o brio. Nafcendo das
obras taõgloriofo onomedo Heròe, que fe orna de tanta
variedade de flores , quantas forãoas diverfidadesde proe-
zas; das quaes, divididas pela terra, naíce a compofição do
nome, que o eterniza.
E 2 £>if,
gé O P$jNCl?E VOS PJT. TOMO II.
Dk^pãbitsinterris tr.Jcnpú nomina^egum
'JSLajúmtur fores : & fbylhda Jq[m bubeto.
firg. Edog. 3,
Defconíando odifficil , que-efta virtude cufta sntes da
póíie, com a iuavidade, que trás contigo deípois do Jogto.
Pirtutem Volvère Dijfttdoreparari,
Ar dum efi adeam^ longufqne per árdua tracliu^
J\\w^ & efl primum :jed, ubi alta cacumina tanges,
■FitfacdM,qthe duraprimfuit, indyta Vtrtm.
Lucd. Hejlod. lib. Ope. Cí» Vier.
INTENTA
INTENTA ?
S. BENTO
REFORMAR OS MONJES, QUE
o buícaraõ para feu Prelado,
E M <2 %E Z A II.
<?",;
38
3 A YS dos accidentesjdoqueda
naturefa íe criáo as moníiro-ofi-
dades. Trabalhão a naturefa, &
a terra, em crear,& produíir os in-
divíduos confónre iuaseipecicsj
jgjg|2ͧ com tanta pafeyçáo defempe-
Strctc» ètUntty ÍUtuit
nbãò feu cuyciado , cjue deu motivo , 1 a que Stroton òtumtji* ugnukm
E 3 déíTc
5S O VQQKCIVE DOS <PAT. TOMO II.
déífe á naturefa adorações divinas , & o inclino culto trí->
t o4rcheiaut?hifteut*s3t- buta-fe aterra, Archeláo Phificode Appolodoio; 2 mas
{ílf^ÉlpfxaX^ue conhecendo, o quanto dependem das influencias dos Aí-
univerfarumprincipiumtffcvo trí)S a cornpofiçâó dos ff uctos , por fempiternos cíiimaraó
imt. Epiphonius. * /,'oií rtii a • •
ProdicusCeus,oSol,Lua,& Llemencos; 3 Amxmian-
, ProdicuiCeusquattioreic- der Milcíius,as Eítrellas. 4 Intentaõa naturela & ater-
^:^::tSr;S: «, que a feu tempo dem asplantasasflores,&íri:aos-mas
virtuum exifteie crtãtbm. Us. chegado o tempo, em que a virtude intrinílca ha de brotar
4 ^siu.iximanâcrfS iffc Mi- n° r \ ^ - CC • Jj
hftn,,fte0a*,tíefiraDeotç*. a flor na vergonta , lendo obotao aorncina , donde oem-
laÍS!^D[''X^': penhohadefahir aluz, acontece muytas vefes, atinuar-
Ihe o HiccOjO ar noci vo^ou defmayar-lhe a cor,o Sol inten»
co ; ou manchar-lhe a gala , a chuva continua ; ou compri»
mir-lhe as folhas , o rigor do frio ; ou defcompor-lhe a or-
dem, a fúria do vento; ou cortar-lhe a vida, a humidade da
névoa : & Te da flor nalce o fru&o , deyxa a eíle lezo , o que
á flor fez o dano. Conhecido fica o intento da terra , mas o
frueto da planta vendo-fe degenerado,naõfetem por le-
gitimo. A arvore Arenciana intenta produzir a terra em
linha revira, com medicinal virtude , que efeonde na caíca;
aíTy a bulcão os olhos, &aiTy a deleja a medicina ; o conti-
nuado Norte adòbradeíorte,quena inclinação aquea
obriga, lhe faz perder o natural impulfo que a fóbe, Sc
crivar venenoema parte, ondetomaogeyto; afly adulre-
raõosaccidentesosfruâos da terra j ckaílyafFcyãoosacci-
dentes os par tos da naturefa.
39 Entre todas as obras da naturefa he a humana, a
* MuKÍttstotftorilut;quo\ ^or com que fe orna o mundo : 5 Sem negligencia oc-
h°ttilZlet.^rai, ™pa ° tempo ,_&aperfeyço-a a obra, 6 cjiiando algum
6 NtíurawbupMitHrimper- accidente lhenão ferve de liga , com que pervertendo-lhe
fcUum. D. Bajl/ii/r. j 1 rr i j , n i-i - •
a vntude , de neceíiidade Uy monltro , o que dilmiava
perfeyto. Planta em a terra a flor humana rão viftoía , que
lendo creatura he retrato do Creador ; o mundo, q ue a re-
cebe por adorno, confpira ingrato contra ella , ou cora o
0 , . nocivo ar dalifonja: ou com o intenço calor da Lei via;
7 rulttJoCCHht fanei Jt;fic i r -J i ir r-
mtuiauo , cogmtuntm remm. ou com ademahada chuva dalortuna ; oucom or!í?urolo>
p;:^ÍJ^":fr°- frio ^omiflaõ 5 ou toiil o&riòfc vento da váglona j ou
8 Calor luxuri* tjfiviiiatur com a húmida névoa da inveja: Donde fica a creatura,
igni:itamignisfsrrum dtirum, — M»t_.J1_ •» t i-r • • 3 -n » •
&friíidumimmutatt&quafi cjuantlo «»ovido o ar da lilonia, .privada avilia doconhe-
^^crnntific^u.iM.ãinemo.cowopÒQuc levanta a adulação: 7 dcfpo
do mi:. Gemmtaitut lii. t. Jc , q !••• i í
c*h , e? titmenús. da da lorcalda, introduzido o calor da luxuiica j 8 Jh
ia-
áíhra
c:a
E M <? %E Z A II. 39
áa eternidade, pelos enganos da fortuna: o efquécida 9 s*pe numere maputudo
. . . - L P, . . . , . . y ' . x . fortuna' exlmguiiumorsrn Ge-
casobngaçoes,porqueío lembrada do vicio ; privada do *£»*. d. ^,,guji.
premio, na orientação da vãgloria: com que, omeimo ^ cemmadumjiium (**.
que á rlor deícompoem a ordem, perverte o fim de lua ***»" : cuwfcvaíu .víraJ.
»!w pcpultti effet dcfcjJns^Com-
CrCíiÇaO. modttmintetimere coithis eff,
ao Accidente donde feoriginaó asmayoresmonf- '«™i*'»?"»"'»""i>efermur
•„ -, ° ••il Commsdumnon Marer,fed La
rro-ondadeshe o maoculíume, porque per verte a Índole, »i(f*,aeGiadiatori,fi,u.>,f1(.
& a boacreaçaó : ímgular fby , a que deu ao Emperador 1fe-^^'fi''Ct"P3lu,rfl!l''
Commodofeu pay Marco Aurélio Antonino: &: aíTya- ,l Uajrf Macedo™™ mu
., j- rr - - \- r r\^ moraJeavertit,auibutnôMa-
perdco em ogoverno, que dulerao, nao podia ler hino ced^um arma de Psrfn,fcd
de tal pay , íenaõ de algum inferior ; io os vicios , a que ^V^JT^J^T
oacuUumaraõ íeusíequaíes,no principio do governo, ihe idewib.ap.t.
tizerao perder a clemência, com que havia lido creado. fearguitimfcripth fepuhn e-
Alexandre Magno, antes que triunfaííe dos Perfis zbo^,"Jdem;^uata!iiC'a':Pclu't'
o ' , m i o muttum vtm potare ,$3 ksc
minava as diiicias; no triunfo, que alcançou daquella/»™*?/^™. Ravif. offic. Fer.
naçaoafíy feentregou aellas,que pelo cutiume deu em ,, ^Ktlochi;t MagnUf dlC(
viciofo. 1 1 Dário , vivéocom toda a temperança muy- tot01 àommefoUbat obv,*oic-
tosannos; acultumou-le a banquetes, &morréo com a tnJ lusomorepucZ* cbaitidcnfu,
famiadedemaííado. i2 Antiocho Magno Rey da Afia tâ^SSZZSZ
& Syria, fendo elpelho da vigilância, o vicio a que fe en- eavinoindu/fit^ venere.
3 \r i • & A ldemibi.
tregou o tez retrato do ocio: 15 antes que eltas arvores ,4 MacedonumRex^íiexi-
rea ys fe dobraífem ás forças do máo cuftume , lemelhantes ierfi?*r'"u *eIjlt>ab>f' M*
J * -" cedcntci ínodejti* , vrjtcvt pa-
a Arenciana feguião a regalia; mas na fogeyção dos vicios num ?erfit omament» muta-
r 1 - ■ 2 - _» */'». BjptiFia Campo Fuhtlut,
a que ie derao,crearao o veneno, com que degenerarão do llb , . „,, 6 ' s
tronco, & perderão a virtude. ',< Et 'Pfi* #0 ?"<" «
fc-< i-i •• >n Cleópatra gtncrái , in turca
41 amos palácios dos Príncipes põem omáocuflu- Tbronofiderunt,prepieromnB
J . /3T. 11 " .. .. Remanor um morem ■.;.■•..■:..
tnea tenda , para que os vaíiallos imitem, ou compremí l6 W^M .íWAt ?ttJ,;> 4/ig
em Alexandre, mudando asvefliasMacedonicas em Per^- readjuiu^paiudamentoCeru-
s. * * * • rr 1 (* r icouf»' efl: marim cnim,^ c*-
iunasj \a em Marco António, aikntando comigo os h- ufikceiorhegefertur^umgef.
lhosemoTrono,coufanáov!ftaarcaqueÍle tehlpo, i$ ^fBEHT *tm* """
cm Sexto Pompeyo, trocando em a capa a corpurpurea, >7 VrimutmterRoman.c*-
d.r ' -ri 1 11 Jarct Baibarorum Rrgum more
cqueiuaraoos Komanos, pela azul, de que nunca traja- hill/t,„ „uU,vit. Uemibi
raó í ó em Eliò Adriano , fendo Celar Romano, cream ,8 ^^fJ"' GotburHif.
pantrum tier :::: rrgio aiaae-
.in-
ç-
am
do barbas a modo de Rey bárbaro ; 17 em Leovegildo mateprimutuuenpit,etima,
Rey d.is Klpanlias , tilando de coroa , de que feus antepaf- g\\d„\7aiZ"^rTma^qua
fados não uíaráo 1 1 S cm Afionco Segundo Rey de Na- m»mic)èimfmO**i»-
, ... 11 ■ r> • mutirur digntfccrchtur.
poies, trajando-le de I urco para lembrar aviaona,que ]dt,-,,b,.
dellcs alcançou em a Cidade de Hydróes. 19 Tudo '* ^"'f^Sffnt
, * J / íurCJi u tnorci>ij<j>iajJe,uj no-
loy innovacaõ, com que os louváveis cuftumes afly das w/« »/»««« mem riam excite*
, ' . ,- , ,- , ;- rct.terj.tpeutcbatur. ibi,
nações, como dos mítitutos perderão aíoberania, hcan- r r
do
4o O FUJKCIVE VOS TJT. TOM. 11.
do adulterados. Domáocull;ume,aceytoentre os Punci*
pes,derãoosEgypciospor hieroglyphico ao Corvo No-
cturno , que íazendo-fe domellico com a Cabra, toda ítia
ao Pcmitiof* coHfuetuJtnh apetência he, chegarlhe ás tetas ; mas em goltando doley-
homincm mdicatufu au Ifiam, r ■ 1 i\ J CL } J Tl
ç*nimMi&Hm*vcmf\r,£t^ te, hca o animal exaulto dontCtai $ pnvaoo daviita j ao
emminu, ■ caprM famúiarittr deminuido dela : debelitado de forças -,6c venenadas as
rajugtrt>quoâ ct,mfccern\uber carnes. 2i Delpois,que omaocultume remaceytação
™JZ*&TvXu£Z cm os Pl inciPes' Pertende ^oMn^k em as leys, c-ue iaó
ta. de caprimuigo. os peytos da Monarchia ; & chegando a pofluir e ite logro,
5.1 ^iufuns icttidet.lii.». > ',., , • . .n ° • -n &
àtCifrimuigo. priva aMonarchia da vuta, porque os miniltros a quem
tem por olhos, o que acháoemaley ,não omlgãoculpa;
& lendo a expurgação delia o ne&ar, com que alimeman-
do-feo merecimenco feconfervaajuíViça, efieriiiza omáo
cuíiume os peytos donde emanava o vigor, fazendo do-
meítico o vicio,& dando torças, por agrado, ao erro: prin-
cipio, donde o ornato da Monarchia ,quehea nobrez3,fc
dcminue , porque na imitação fe empeyora ; & as forças,
que iàô os vaflallos, em quererem alTemelhar fe enfraque-
cem j com que toda a Monarchia fica contaminada , & as
bazes de fua confervação , fem vigor.
42 A diiíimulação, he , a com que fe introduz o máo
cuftume jcomo a Serpente Chylidrus caminha, &como
ella mata; para encubrir ovenenofofumo que lança deli,
fe envolve a Serpente na terra j 22 com que anão feri-
Z^Ct*;ã::J^L Km, fenaó defpois que inficiona -.acompanhado da terra
anda o máo culiume, porque fevefte do luxo das como-
didades, ou do exemplo da companhia: femelhante ao ve-
neno do Afpide,he o feu veneno, que faz adormecer, a
quem morde; & a naó fentir odamno, a quem contamina:
fará repugnância ao principiar, mas não ao profeguir.
Quodmalefers, afine (ce aferes bene, multa Vetujltf
Leria. OVtd. 2 . de Art . amandi.
O Paftor, pela continuação tem os ardores do Solpof
a? Co»f»etMâim, magna vi, refrigério, & a frialdade da neve, por regalo. 2 3
e/t, pernoct jnt venatoret inni- O ' ' l «-> -»
■vt, in montibut urifepatiunlHr
c,cer. ». Tufe*. QJfJfietudotenet Vires imniobdis acres:
Edomttans homínummembra laboregravi.
German.
Nao
Não ha quem dé mayor gofto , ao que de fi não tem fabor,
doqueheocuftume, 24 cem efte a propriedade doca- m M«**» ?»<«**«»«•
. * ,. n r- 1 r J • tionfunt diictíabilia , cum aj-
10, que iaz perder o ienli vd : com canta torça domina,que fuefa8*fn»t, dâtubiuafiunt.
lhechamão legundanaturefa. 25 Os que vivem emlu- ^d>'ll-Rhct ■«•
gar a peitado, não lhe faz mal ocontagio ; aMethridates rr r.; m
naó fazia dano a peçonha, porque fecreou com veneno. da,®q»*fiiffabr,cnj natura
n J i r ' Q J J 1 • . J àicitur.tAug,l,b.6.de Mu/i.
4.3 Paraadiipoiiçao,<xadornodequalquervirtude
achou Licurgo,fer o bom cuftume oprimeyro,encre os
mays accidences. 26 Muyto pôde o natural ; mas fem Z6 ^j ptrmi„m , ^«/r,
difciplina.he como a pedra cofca : poderofa hea difcipli- vnhm.mMUf^ium^^.
na, mas lemobomcultume he,comooinfirumentorude, doãriM^vittiafUtktio.
• - 1 rr* • 1 j n ■> • %/ipuâ Plut»rtbum.quÍírSC'
namaodequemnaoheorhcial,queou deuroe a matéria, fertuauh Gdiofuhutuh?,*»
oudeyxalem femelhança a forma, que nella crabalhou. "?'» <*<">«*"■
27 Quem pertendéo fedeftruiíTe a republica dos EíTenes, TT, „ . .
alternados por dias lhes dava os inltitutos; a nenhum dey- uttuntituumeftjuiemabuun-
1 _._ 1 • /^\ /• 1 - dofacere vitia.aut bonc uícnj»
xava continuar, quem os ajudava acahir. Conlulcarao a vinut„.
Morte, & a Inveja, como poderia refvellar aeftabilidade D.Bern.dcConfiJ.iib.z.
de hú império ; & refolverão , queacabando a Morte com
o inveterado;& a Inveja,com o Iuftrofo; introdufindo en-
tre os Romanos as leys dos Egypcios , & entre os de Cre-
ta, as leys dos Scy tas ; ou confundindo os foros do Magif*
trado, comos poderes dos Ceníores : 28 na confuzaó
. n 1- 11 jr ij j • ti.' ■ ** ^mbrofitu Efiartanut
doscultumes,punhaoamelhoradelua maldade j invecti- deReftubuctmixia.
va, que fer vio de mão , donde cahio a coroa fobre a cabeça
de muy tos pufilanimes; deftes , he retrato a hera, aqual ar-
ribada á columna cinge a coroa j o primeyro, que delia fez
hierogly phico de fua fortuna, foy Aufieníe Montano , fi-
xo efteve emoblervar oscuftumes,& leysMacedonicas,
em tempo, que nefta Monarchia fe introdufia, ourefuf-
•* r , .,., , 1L .- ia lâcmibiful titulo dc Pá*
citava o traje Peruano; 29 de tanta utilidade lhe lervio tlcn(l0.
o arrimo, que o laurearão defenfor da pátria. Ainda que o
anélfeja de cobre, tendo em fio diamante, he de mayoc
preço que o de ouro, fervindo de engafte á pedra falça;
defta, he o mão cuftume imagem , porque do bom não tem
mays que asapparcncias; oqualpofioem anobrela, aíly
lhe abate a eflimação, que o fangue illufirc que oíóbe,
perde o refplendor que o illuftra. Não faz rcfpeytada a
pedóa, o traje peregrino á nação : para que a roupa nos a-
brigue do frio, o corpo lhe communica o calor ; mal pôde
livrar da irreverência hum traje, aquém o calor Portuguez
F não
4* O ^INCITE WS VÃT. TOM. U.
náo conhece próprio j& fe asriquefas fe intituláo calor
da pefioa , todo elle fegafla, em fazer domeftico ocultu-
me eftranho : & nunca lè reparou do frio, quem lhe faltou
ocalor natural. A Manedémo Cynicoretratavão comhú
veftido de cores varias, quem o efcurecéo no refpeytoj
deu-fe com o retrato principio a mil defprefos ; & iúo os
occaíionou menos á nação, verfe hum natural feyto ma-
pa de nações eftranhas. Conhecidas forão as antiguas na-
ções, não fó pelo valor, fenão pelo traje -0 hoje temo cuf-
tumeintroduíido tal variedade, que fenão conhece adif-
ferença de nações, fenão pela diverfidade de linguas ^don-
de fe encontra comveftidos deEzaii ahuniPortuguez,a
quem Deos abendiço-ou como a Jacob.
44. Ja&ava-fe Vatinio,dedarmilpaiTos eftandoa*
»o VatimtusautonVtocroiio, chacado da gota ; 20 pertendia o não tiveíTe por enfer-
c^mnvupro..egalaborartt,volc- ° • rr ML L rvT ir >
batvUcriíiuum dijcuffifc , tf mo, quem o vilie trilhar o achaque. Dikulpa-le o niao
7lfTP" <"niuUre^h"í- curtume, com imitar a nobrefa ; melhor fora fe culpara em
^puãRívift.inoffici.titu. fia vaidade; maspertende eximirfe da culpa, com fizer
fh,i moibu aliquiã infcSi , tí , • j rr • r
0ffe8ifHcruntl rratavel oerro : ignorando, que aíiy como o propnoafpe-
&0 des Infira, ou fermozea o natural,da mefma forte o máo
cuftume indica vaidade,em quem o fegue. Requerente de
refpeytos conftituhio aprotanidade, ao curtume; náo o
julgou alTy Rociano, que lolicitando alcançar entre os
Scytas,aginetade capitão, fazia os requirimentos acom-
panhado daquelles, que no traje fediffèrençavão do pa-
?i jaeob^fjrethjeuflttei' terno . ^ t emque nelle oviíTem conforme, animava a
tico £.pygraw* )). tíêtno ,7. ' j ~i '
pòlTe do que efperava. He a republica , como a cobra,
com todos uía do veneno , mas quando vé o homem deC-
pojadodas roupas, efquece-fe donocivo ; naquelle efta-
12 ní ,cí •ipfitm animai Ser- do, fe reprefenta o homem em o da innocencia; tempo em
•nshoc Çuapxê natura contef- * 1 - 1 o r
/«r.wíwrwííTOíwt-f/^ Que Adão posatodas ascreaturas o nome; & como rei-
fenil
tatur ,rcv:ritut bomntemvelut qUe AíiiiO p(
Dommumi ittum tnim nudum pey tando efta divida, moftraíTe domertica a cobra, a quem
vi rai adifonevit ante lapfum, r 1 ' ' *
proptereaimJum htmmcm ena vè parecido ao bem-feytor. 32 Aos antigos devem as
bedienen audet attwçcre. * * 1 • 11 11 1 - r n -
jftdtruihb.u.t*} >%.,»/«. Monarchias o nome, porque elles lhe derao oicr ; cv nso
he mays poderofa a lembrança da injuria , para a vingança,
iy yithenhnfes ob injuriam do que a memoria do beneficio , paraagncidaó. Se forão
publicam , òamiorbcuo captor, * 1 ■ r 1
nonnotua,fed SamextiavUfig- muy tas as idades, que entre os Athenienles permaneceo o
^tt^paZ ZlHEL odioconrrao. Samios,pelodefpreíocó quceftes trotarão
inptrfiua crimwe, dunnata. a Religião, que guardavão aquelles : 22 também os Pla-
J*eob ^fdreth Epnramma ° ? & • i - l j • r 1 -
j. Ramo 9. teences , todos os annos tinhao hum dia conlngrado a me-
moria
EM PREZA 11. 43
snoria dos Gregos, que deraó ávida pela fua liberdade.
34 A Luí fóquando nublada, fingem, padecer defpreíbs M Phieerftinjgrofití-.quoJ
jt~\ n - - j o ! o l '"tocomijjumà Gr<tci4*4ver-
doiJeos raoj «tmava-a por irmadoòoi,& vendo-a co-/<« e*rfa*pr<eiiumfu<ir*t,quo
berça de fombras, iulgou-a filha da noyce. Defeus Qiy*It"*j,*Gr*Cfn'' ""•""•
iraíi.iõ os Athenienfes as inlignias , paraq osconheceílem '"»b*er*r.t,ft>ieí»nipon!paf«-
por ieus deícendentes. Llizeu fem a capa de Elias naó éafh/aFuigoftvM.i.
teftimunhava, com evidencia, ficar herdeyro de feu ef«
piri to.
45 ProhibiaCharandesTyroem aley, quedeu aos
Athenienfes, naó feacompanhaíle de armas, quem vieííe
para aoraçaõ; 25 eflando efte Legislador para fahir a yJ, Ch*,?»*í' Tyrhu *pui
campo contra léus inimigos, teveaviío, que hum Athe- *rmanu vemrei »» W/*»«».
1' 11 1 1 r~\ 1 11 Ra vi flui in offici tit.Letiflato-
nienle lhe quebrantara o precey to: deyxou Gharandes de ^,àivcrf»t»m£imiu<«.
dar a batalha, & veyoem peíioa adar-lhe o caftigo ; 36
mayor utilidade mlgoufer para a republica, o evitar a in- *6 <À»fa"' ***e*'Gh4T»u-
J . - j i • À , ... ,. . aei,euine!ftt in l/ello,nuoJ nui-
troduçaode hum niao cultume,doquedilatar-lhe oim- i*mp«giiocompofit™y ,» cen-
perio , ifto he augmento, & confervaçaô o outro ; a falta ^^SSÍ^/S
defta, he perda mayor da republica: razão, por onde os La- eumpwicn*fito ^«u.
. • ,J '£ /!■ f r Bonfim dl objervatizn: ievit
cedemoniosdavao caítigo,aquem na guerra perdia o d- tumpio^.
cudo, ainda que ficaíTe com as outras armas : efeudo da re-
publica chamarão os Romanos, a Marco Maximo,porque
os confervou paci ficos j & Teu eflóque, a Marco Marcelo,
porque lhe deu augmentos. Naó fica com que fe reparar
do golpe, quem perde o efeudo ; aguarda óeíie , he a obri-
g-.çiõ do Príncipe ; razáoque tiveráo os Políticos, para
aírlrmarem,fer de mayor utilidade a afíiftencia dos Prínci-
pes em a corte , do que em as campanhas 5 he mays neceíTà-
rio a confervação, do que a conquifta , para a perpetuida-
de dos impérios ; puferáoa mayor força, onde acharão a
mayor importância. Dequeaproveyta a arvore eftender
os braços , fe lhe faltarem as raizes ? Será mayor triunfo do
vento,tudo quanto a terra gaftar de fubftancia,em lhe pro-
longar a circunferência.
46 Solicita o jardineyro, que na raiz da planta fe-
não introduíà bicho ; fabe o pouco que lhe aproveytaa
mays diligencia, tendo a raizaqucllcoffenfivo. Bicho,que
introduíido na raiz da Monarchia , que faõ as leys , a im-
poíTibilita de todo o augmento, he omáocufhime; á vi-
gilância do Principe compe'te, & importa o reíguardo.
Com forças de Ley permanecem algús cuftumes,a quem
bz aan«
44 0 PRÍNCIPE WS PAT. TOMO 11.
a antiguidade izenta de repulça ; mas não goza efte foro, o
i7 Co»fuetuio,ptrquã>»quu qUe jie encontrado ao direyro Divino, & natural : 37
indticuttr ai peccandum non f. ri, . . , -*
9tier.»tee*ií*iRttmr*d*. Sim aquclle , a quema neceilidade do tempo ,011 lugar ao
ctwprpttuj vil in dam*™ commodouo uzo, conformando-fe com o licito. 58
Ecrtejt/e, vei contra jtu natu-' ' 3
r7rie,vcl contra rationem, Ç$ ve-
ritatem ; <« onwibtu praditlis „ i, n • j /~ , /• ' /
caf.bui a* [miúdo aboienda e/i. Çuod loca cuncla tenent , ta conjuetudvm longa
~tbh«*in G.npnuàecon- Firmumiure maVet , in mime coreu
JtictuJi.tf Xi.dcL.noi diatur. J '
)8 Com/u eludiu um diverfi- GeWWL
t.t* pro loco ,1$ tempere non cii
reprobanda^dummodo nonfi ra-
ticnifsvertut, contraria. Heocuftumeo melhor interprete das leys, fendoutil á
Cap.t.SciUn.D. • • j f o r»
?9 cenfuetudoeR óptima ie- conveniência, lem perjuizo doque ne oanto. 39 Fre~
5;S3S|S,ÍVÍSS eminências de Príncipe tem o cultume,pofto neítes ter-
ea firmim rji. Dccor/uetud.c mos ■ a0 afív o venerou a religião, & valentia de Hec-
^o cmfueutdohabapotefia- tor, & Eneas. Naoeraley , masíoy cultume dos antigos,
UmF'''"c'[" ., naóíazeré iacrificios, nem pegarem em coufas dedicadas
vrfpIldjUIUCOHful. .j/í fii'i- 1
20 culto de teus ídolos, lem pnmeyro lavarem as mãos
quando fahião dealgúabatalha , ou haviaõ feyto algum
homicídio: da guerra fahio He&or,apedir ás molheres
Troyanas,rogaííèm a Palias o foccorre-fe; & querendo
neítaacçaófuamãy Ecuba,fizeíTe Heór.orfacrificio a Jú-
piter, relpondéo , o naõ podia fazer , porque naõ tinha la-
vadas as mãos. Eneas, trazendo feu pay ás coftas, para o li»
vrardo incêndio, lhe encomendou crouxeíTe os Deofes
Penates, em quanto elle fenaó purificava nas agoas,
Tu genitor capefacra manu , Patriosque 'Penates:
Me beUo è tanto digrcjjum , & ccede recente
Attreftare nefa6y done eme fulmine VtVo
Abluero Virgili.
Efte uzo , afíy foy recebido & eftimado, que a feus tranf*
grelTorescaftigaraõ os Deofescom irreparável ira j o que
teftemunharaó os Gregos, aquém Palias foy contraria^
porque Diomédes,& UlyíTes tendo morto as guardas , lhe
puferaóasmãos.
.. — ^_-, Manibufque cruentis
Virgínea* auji DiV* conúngere vittas:
Ex illofluere, ac reSlofub lapfa rejèrri
Spes iXanaum. — — — —
47 Ade«
cattf
47 Adevoção,aneceííidade,otempo,olugar,cka
experiência acreícentaião, & diminuirão nos cuftumes
mu y tas coufas , que as leys não preverão ; alcançou a vir-
tude de muytosjoquenaõ pode comprehender oefpiri-
to de hum iò. A reforma , & moderação deites cuftumes,
pede cautel-la na execução dos Príncipes ; advertindo em
os da devoção, que não querendo os Athenienfes, foubef-
lem os profanos na vida a forma dos louvores, que davaõ
a ieus idolos , Diagoras Melius , achando niftofuprefti-
Çaõ, as revelou a todos; 41 com oquenaófizerãomays 4, r>iagor*t yiehtu arcana
efTeyro luas deprecaçoés. 42 Lembrando-íe em os àâ ^r\'^?uaTU"Í^fAZ
J L i ~ fjnu dexulgare) cn.mbiu dele-
neceífidade, queosdifcipulosde Apoléo,emquantoan- *i* Ravrftu moffiem Verbo
uavaodeícalços,toraophilolophosjdelpoisqueos ebri- 42 t ,\uw Retr.,g!ro ie ce-
garão a fe calçar, deyxaráo a Phílofophia ; omefíre,que ràtiouc Dwrum.lib.yc»p.7.x.
lhe deu o inftituto, não o fez fó para di vifa,attendèo á pof-
fibilidade ; a falta de póííes obrigava a muytos , a que fof-
fcmdifcipulos ; porque comefte eíiadoencobriaõ a po-
breia: & como lhe tirarão a conveniência, deyxarão-fe _ , .r r ,
oaoccupaçao. 45 Coniiderandoem os do tempo , que jaJhufirumHattuorHm.
os PeloponnenfestinhãodeinftitutOjfazeremofacrificio
de cem vitimas na feita Hecatombe, em gratificação das
C- j j — • L - J L - L " 44 Kscâtombe Cacnficium
idades qtinhao; 44 dobrarão huannoo numero, t^emum ^adiruí,,**
& multiplicarãofe-lhe as felicidades ; em outro anno não 1*'* (tntum *&&»**& •**
. L _ • rr \ r bcfidfiacbint.Ravifituinct-
poderão continuar o augmento,& nem por illo os delam-/cy.f^. de P*t$* cehbnttu-
parou a fortuna: 45 conhecendo em os do lugar,queVo- ^f^JtZ;^,^.
non Rey dos Perfas foy lançado fora do Reyno , porque
ua Pet fia queria viver, & que viveíTem ao modo de Roma,
ondeie havia criado ; he antigo documento3conformar-
le no cuftume , com a parte onde fe vive.
Sedulo moneo , qu<epoffnmpro mcafapientia
Verum qkidfiKtaé? ut homo esl, ita morem geras.
lerenttM Adel.
Nos da experiência , não tome o Principe por concelhey-
rososcazosadventicios,porquenão percaaeítabilidade,
como a perderão os de Arcádia , que tazendo em o Morr- mJUiuu,ãtExnnáro Rfgc^ir-
te Aventino a ferta Lupercalia, em veneração de Romu- ^^^S;
lo & Remo, que nefte Monte foraó creados aos peytos ta à Lupa m*fve*tinMm-
,,,--.. -• > , r j • J *cyub-fubat. Rawfi ineffetri!)
dehuaLoba, 40 em hum anno ioy grande amnunda- Bw/VM.
F 3 gaõj
4<5 O f^lHCWE WS TJT. TOMO II.
çio,& não fe fazendo com toda afolemnidadco rito,dif.
lerão algús, não querião os Deofes, folie mays dedicada a-
«7 PtuutTien»gerahbifuf. qUella parte ao culto , 47 para a Cidade mudarão o coi>
grelfo,& com ifio expulfaráo o fado, & leintroduzioa
Parca ; a corrente das agoas, não fe pervertéolem perda;
perdéo a fonte , quem a defviou da máy ; fer tilizou as ter-
ras alheas, quem das próprias de fviou o regato.
48 Tibério, & Augufto Cefar authorizaváo asleys,
com oscuftumes antiguos; para os bancos de arèa, que
defpoisaugmentárão as agoas, ferve de carta 3 experiên-
cia do piloto, & não o rumo daantigua navegação; mas
com elte refpey to , que o piloto não fe defvia do in vetera-
do,fenáo na experiência dos perigos modernos. O exce-
der aos antepaflados ,náo topa, em lazer mudar de lugircs
aos fubditosjfimjem os melhorar de governo. Quando Ne-
ro tomou póífe do cetro, fingio a antiguidade, que muda-
rãoasarvores de fitio. 48 Entrou aíbmbra, & fugirão
48 AV/íhí. princibasu nrho. . i 11 j'/r c 1 n r -
rf, fedem nmtavtuwt. Rovf as plantas, para onde lhe delle o boi : os Romanos lorao os
uflSSa'^ ^ ^'•^r«^m«darándrlugar,por^aè Néromudou ofer deRo-
ma ,com depravados collumes. Dezia Nero , havia de cu*
raras enfermidades, que o governo antigo tinha caufado
na republica j femelhante a Sérvio Clodio, que pondo ve-
neno em a parte , onde o moleftava a gota, perdéo o juizo:
«9 serviu, chJiur equet 49 AlTy Nero , a companhia dos melhores, em curar com
]U,ubor/c0llziLái cruraper vícios , aos que íem elles coníiderava enlermos: Muyros
umgerci quo fi.a<> fe-fi* ?«>u- affirmão , ferem as arvores quefe tranfplantaráo .osmuv-
vifi. ubifup. vi. quí morbitm tos Cidadãos Romanos , que fugirão ; ioráo viver em par-
&"**&**«*"• íe,onde fe obfervaíTem os dogmas de fua creação; que aíTy
variou Nero os inftitutos Romanos ; viáo-le elles , com as
forças de Antéo , a quem as de Hercules não poderão ven-
cer, em quantofe abraçava com a terra , que era fua máy;
confideravão-fe fora de feu centro , porque fe achavão
fem aaâividadedc fua difeiplina; & antes que tivelfem
por região ainconftancia doar, puzerão-fe em terra fir-
me.
46 O máo cuftume, a quem o ócio introdufio por
occupação,he, a quem o Príncipe naó ha de confenrir jpor
que faz mudar de fitio , & enfraquecer as terras , com que
degenerão as plantas : mas fehum caído não pòdc levan-
tar a outro, o Principefeguindo o cuftume, mal o poderá
refur-
E M <P %E Z A 11. 47
reformar nos vaíTallos; avara torcida naõ fazfombra di-
rey ta : Será coufa moníiruofa, ver a hum cego curar de vel-
lidas. Entre na reforma com prudência, porque muy tas ve-
ies o útil perturba na novidade. 50 Não queyradehúa \° ipf*muutioeoHfuetuii+
* 0 p . 1, niuctiamquc ulililate ajjuvat.
vez cortar a rama, & arrancar araiz, ie quizer colher o novtuupcrtu.bat.
fru&o: si o mufico, pouco apouco levanta ascòrdas, D-*gH»fti'b*'
/ m "* *•_ u ' |I Nam mores ref ente tenta*
para affinar o inítrumento, o que não pode arazão, acabou »•*/».?«•£, tf/Wo/ê converter^
o vagar conveniente. fa^acymuitumfonuiat^o.
pet magnas . Debct autcmfuut
...._._. tintim imtioabmádcvinciiur
Troinde quidquidejl^ da/patium, & tempuótibi: itteatú , moxiauterexcaiefa-
si J , • '.. / r . :. ci'edo,per ftnçtunem diffufíutn-
Ouod ratio nequit , fape JanaVit mora. ijjkmwf^L b.bJJ, çj
Senec. Agam. v"fJt- , „
0 BluUrcdePtitccftaPcltiicã.
Mandou Sertório, trazer dous cavallos, & ordenou a dous
fer vos, lhe tiraífem as fedas ; o que lhas quiz arrancar jun-
tas, perdéo o tempo , & cançou as forças; o que húa, a húa
lhas tirava, logrou o trabalho, & não moleltou o corpo.
Syi NãorefpeyteapeíTóa,paraadiiiimulação,fenãopa- ía oinfaneManotUeFs-
ra o modo; húa ío rede não he para toda a cafta de peyxes, ^fJ^^f/J.0^'
o rigor do fogo abráda o ferro,& não molefica ao diamãte.
TSÍam quomam Var iant animi , Variahimus arte
Miik mdi fpecies , núílefalum erunt.
Corpora Vtx ferro quedam Janantur acuto:
Atixtlium multts fucem ', &? berbafuit.
OVtdim.
1
Se dértempo,aqueomáo cuítumefe faça fenhor das
vontades, não aprovey tara a diligencia, porque entranha-
do o cuílumeaíTy refifte ás forças, que o não poderão ex-
pulçar as da fantidade do noílò Príncipe.
50 Sahiodanuvem,oSol;da aljava, a fetta ; da co-
va, o Leão; da furna, o Gigante; da fonte, o rio; da pedra,
afonre; da bainha, a efpada;&dos incêndios, o ouro; fa-
hio São Bento da cova de Sublaco , para que luziíTe , co«
mo Sol ; conquiíhffc ,como fetta ; venccíTe, como Leão;
avultaíTe, como Gigante; fertilizaíTc, como rio; faciaílè,
como fonte; cortaíle,como cfpada;& enriquiceíTe, co-
mo ouro: a fer Prelado daquelles Monjcs, que ovierão
kuicará cova, onde feefeondia, encaminhou São Bento
os
48 o p^/nc/ph ws qat. tomo u.
os paíTos, dotado deftas virtudes. Tomou pófie domof.
u xJrbiMexicotèmpiumu- teyro.aqual habitação provou ler mays dilatada, do que
nuui adeo ingeris, ut inillo (oo, J » *-, • i » i • j I l_ • ■
âomuifint*dtfic*t*. o Templo da Cidade México j dentro no qual havia qui«
^%T^J^—UÍCMlfíi^^t3Ssaotaiàs^ 53 porque em fitinha oMofteyroao
i"4 vir'ueiBenediSutom»h domicilio ,donde coube o elpirito detodososjuítos,que
Umpi/lorum/piritupleiíuífiii!. • i t n \ n r • ■ r
tí.Grg, làtf.mMoitif. era a virtude de Bento. 54 Mas quem prelumina,ouvel-
fe neve, a quem não derreteíTe os ardores defte Sol ; pey-
to, a quem não penetraííe o agudo deftafetta; empreza,
quenáoconfeguiíTe as forças defte Leão, animo, aquém
não acobardaíle oafpe&o defte Gigante ; terra, aquém
não molificaiTe as enchentes defte rio; fede,a quem não ex-
?5 CumqucincoJimMo»af- tinguifle as agoasdefta fonte; refiftencia, a quem não avaf*
SÍ^^SS?; ftllaflc os golpes defta efpada ; & pobrefa , a quem não
aUutiUiciioti»dextramtuvã- enriqueceííe a póíTe defteouro?
que partem defleílere a cenver- -s.i - r r ÍT r l • C r>
jationit ,t,»ereiicerct jufcepti 5 i I\ao íc crera o íuccello , lem que o authonza-le S.
$^$Z2& G'eg°"° : Principiou São Bento a governar omofteyro,
quuhunc ftbi fraeÇe popo/ce- & começarão logo os Monjes , a fe culparem de infelices,
rar.t : quorum Jcilicetfortitudo . . „ p T1LJO-D r r» 1
htwmaejits rtãstudiniroffen porque tmhao íey to ekolna de Sao Bento para leu Prela-
dehat.idtmub.x. Morai,. f., j ^ q reconhecerão os brutos , não refpey tarão
56 Qui mito eonjtlio venenu J J ^ 1 ' 1 J
viptmijiununt. idemíbi. eftes homés. O cavallo BucephaIo,vendo em fi a pefíóa de
<7 trefidemiirapudPlinium „ ■ , /-> O 1 r
ufiuttURermiwputrumad Alexandre ,moltrava gozo na mageítade com que lepu-
amatuma Deipbi*o,ve8umq*e njia ^a mefma forte o Rebo, íendo dominado de Mezcn-
per maria , cumquetempe>tate * _ . r-t 1 •»ir>
fubor/a pervffet Herm,af,ama- cio; pelo conleguinte o Ethon,quí ndo era regido pelo li-
^:^t^^l^^EvandroiPareceJepréíahumbrutodemaiorte;&
tit. jimmuhbittdivcrftiamà- tizeráoeftes Monjes defiftima de lua fortuna. Morrem de
\% utsr Leucadh Virgint fentimento os irracionaes , vendo morto quem os fazia ef-
iTZZltZlLudi^ timados;& pertenderaó eftes Monjes matar «Saõ Ben-
í9 EJucata a vngwe apud to , que lhe dava toda a eftimaçaõ: 56 Morréo o Del-
Seilon itrbcm^iAquila retulit %. , r r ti • ' ^ n . ■
gr«vam,*vejpr,ma,moxdeittde pnim , quando morreo o leu Hermias. 57 (J Pavão de
vt»auu aggeren, , Quin dum Leucaa>ja acabou a vida, vendo-a morta. í8 A Águia
inortutfogumj; cot;ecit,volu- ' , ' O
crisjtmuiqutcoKpgravit. laiiçoulTe nas chamas, que confumiaó osolíos de lua le-
Plini lib.to.es. apud etindê. i a~v r»i {!• •%r P
60 Xerxer adamavit puta- nhora: 5 9 O Platanoaquem eltimava Xerxes, lecou no
«*'».í*'«7/^'''**. í-yw dia.emqueelleefpirou: óo atéosincenfitivos acuzáoa
Xerxet expiravit. aondut de . ' r.
Prodigij, atrocidade de hum ingrato.
6\ Citquefibi (ubeoccfhice- y~* • r> - r> • r\ _~ J C J
renuiJtuíoniuere^fedo. 5l Quiz Sao Bento cvitaros cuítumesdeiordena-
hrent ad/ueta reiwquere , du- dos.comquele relnxavão na obfervancia eftes Monjes, a
r urr que ejji-t,qujdin mente ve- • i r \ ^' r> JJP
tericogebantur «ova meditari, quem tinha por lubditos ; Sc nao podendo ioportar a re«
fjZg:tubf£:Z^e fórma, porque era nellesinvelhecido ocuftume, convic
de ejiu morte aiiqui conaú /um, raõ, em matar a Saõ Bento com veneno. 61 Era o Prin-
qui mito concilio vtnenutn vino • j r» • i i r 1 r i
m-jiuerHnt.D.Grcg.Magfup. cipedos ratriaichas a terra, onde le occultavaoíi go do
Amor
EM?<kEZ A 11. 49
Amor Divino: 61 & começando a chama no efoirito, 6z H*MB«t'*™*8icer
com que os compunha, & na vida, com queos eníinava, quorimtdtbn»* ignUSfvHu*
naófoypoderoiaa actividade deite fogo, para confumir ^2$E2S332
aquellas verduras.'' O fogo dos montes Hephefos, em Ly- lib- i.mtbth».
. . ,. l-ii -O- i *M In Lycia Hóphtílv tnon-
cia,nao tendo igual virtude, he tao activo, que reduza ttsi*4afi*9>mmúnhifi»gf*t
cinzas as pedras, & aréas, que eíHo dentro nas agoas : 6 2 ^»i«/^**í«^e'»*'«7,
r ' ' i_ o ' J <S arttiíC mipjií aquir araeani%
aindaque asda culpa cubriflem os corações deites Mon- aihurque iUepinp. eun.uk.
r i f i r cr z.cep. >o6.
ies, o logo mays intenio , como nao chegou a lazer eriey to 6._ uud, moKUK;t ^u
igual ? Haííe de prefumir , eraõ os poderesde feu efpirito igritoi*p**Aãumum{i*
da qualidade do logo, que dizem, da Pedrade Nymphei, â»mtffet*iut«sxquaig»vcm»
que nao apareíie, íenao lançandoíleazey te lebre a pedra ; um*hH«,effunàLr,co»ti»»<»
64 oqual licor fígnirlcando a natural diípoíiçaõ para re- fi*»>»>*'x«rgit.*drijiotei.iib.
cebe^òcconlervar adoutrina, comoíalta-ie elta,em os 6, mqueâijcrefetaieoqua
Mon jes, naó pode aclarar arabaieda ? Ficou com femelhâ- VSXS^ZT
cãs do logo Ethnico, a quem naó modera a quentura, a ne- àuim%wep^anivihw » J....7
r> i 1 • /"• utinviãainutroqatviohr,ciã,
ve, queocerca, nem leu calor derreteaneve,queoavni- neeciiorjrigeremttiScturtr.ee
rha, 6s hum efpirito, que aos mays tíbios inflamou na j^'<<<«^'/:^-'-;<'--*-'*p''
Santidade ?Foy acazoíua virtude,comoofogo, dequetef- >.?•">•
temunha o Philolopho, ler calsdo com exceílo, mas qo^f„v„tem, & cauium igntm
naó queyma de nenhuma forte ? 66 Finalmente,era por nhmmmmoium repmrt,™*
* J . i-iitr i/~l x* un:en comburCTC. i/iriiiol.ds
ventura da qualidade do rogo, quede li lança o Monte ^jmirac*p.%s tpuieum.
Chimera,oqual fe acccnde,com agoa,& fe apaga,com fe- ^^fS^StíS
110? 67 Naó; porque nefte mundo, nenhum contrario dubuf,ac0otntiuji»mm». ig.
1. r > ■ i 1 i o 1 • niijuttccúaJisqua, cxtirgxi
podia pervalecer a virtude de hum banto, que com domi- vcratev^aut/Mo timMb.i.
nio fuperior introduzio,em o caminho do Ceo , a infinitas «Jjj '££— ^m ^rw_
almas. 68 Nem o feno, que íignifica a varia fortuna: 69 terinà*xit*ãftqu<-nàa-v&t-
, A 9 , ValcP.tChr>FliO*'>i»t">c!írr.
nem as agoas, pelo que reípey tao ao peccadoj 7 o nem a jj«;e^ „. Pr^Biouefep-
durefa do efpirito era matéria fufficiente, para mortificar ^^JVSSw«w«». §.
rm parte ,a efte todo do efpirito, dosiuftos. Naó laó po- ieVtseiabimHscsp.ià.
oerolos os ventos,para mover a piramede de rumo , que a- Pf.lm gt.mf |a
parece de continuo, fobre o Monte de Churutecal; 71 ?' ^ "*<««*«<< Híf*-
* ' * ' ri* , rui nem:» <-::» uu-
OS montes ignitos, que ocercaõ,vaporãotodos, por eltc prevwcu Tefcehtcaijuhiimi*
monte ; & a rcfpiraçao de muy tos fogos nao a doora ne- metmàt% SvJquefum
nhum vento. Todos os montes ignitos, que eraõ os iuuos fergimr&!*iPM"li'r*
r • - r • • » n • • r? n 1- 1 tiumpcrillumvaporat. r.
icl pirarão no elpinto defie Príncipe^ òtellava livre ,ce ^vr^/.^i.. . ■...-. .
que prevalecelTem contrários, a quem tinha tanta for tale- /-v'r •v;flPfl'HÍ • f"
fii Para doutrina da coroa foy,efta refute ncia dos vícios.
$ z Determinou Deos calVigar as terras do Egypto,có
apr.igadosGafanhòtos^paraoquc, todo hum dia, & noy-
*c os efteve ajuntando o vento ; Sc de manhaiíjos reparrio
G pelo
ftíei r*i.
$o OT\lKClfE DOS fJT. TOMO II.
7» Domi«utiHãiixitver.tH>tt pelo Egvpto. 72 Atemorizou-íe Pharaò;confcfTa lua
,u4,.cfutio vciuf u,<n, u™- culpa , & pede a Moyíes alcance de Deos, lhe k vante a-
J8^±ãE2ftÊS qutlla oportunidade l fello afiy o Propheta, & houveu
jw.^. o.™,/ .,. Deos poibcm- com que, levantando-ie hum vento, ic-
t^çid»Mèv*itn>mii0imm,^ pentin.unente,lançou os Ijaiannotos un ornar. 73 ÍNdO
^r^X^^^^oyncccílario tanta duração de vento, para os expulç.r
do Eçypto, quanta foy,para os introduzir ntllc.Hum oi,i,
&noyte de agitação, cuílou ao vento ointrodiizillos,&f
poucas horas de movimento lhe foy b«iíiante,paraos tx-
pulfar. Ajuntava-os da parte, onde íecnaráo,& \ j v i j < ■ -
& tircu-os doEgypto,onde começáváo a viver ;8c para os
tirar da habitação antigua, foy todo o trabalho ; mas para
os expulçar da nova habitação, naó foy tanto o euíto. He
ocuftumede bocaeLireyta,&deefí.Gmsgo dilatado, por
i-ííb defficultoío, cm retroceder o caminho; em quanto
não toma aílento, he fácil a voka , mas deípois, deíBcil. A
húsMonjes,cuííumadosa viverlem regra,queria São Ben-
to tirar da liberdade, para a obediência; comeíluu leu el-
pirito a congregar, aquelle defgarrado rebanho; doan-
tjpuo pafto,os intentava mudar para novo fuíiento ; refif-
tiráo-lhe pertinafes, por Te não atreverem a dey xar, o que
poíIuhiaó,havia tempos.
Sic úbl (Penélope frugi ejl :qU(efifemeluno
Defenegujíarit: ttcumpanita iucellum:
Vt canis , à corio nunquam ahjlm ebitur uncío
Horat.Jermo 5 .
Encontrado áquelie vento, era o eípiri to defte Príncipe:
para o Egypto encaminhou o vento,aos animais;& para a
terra de PromiíTaõ guiava São Bento,aquelles Monjes ; o
vento tirava-osdo bem, para o mal;& Saõ Bento, domai,
p3ra o bem; 8c não foy exceíTo, que o vento com trabalho
confeguiííe o fim ; mas he aífombro, que São Bento traba-
lha ndo,não íízeíTe fruôo; mas não foy novidade , porque
mayorhearefíftencia,queoshomésfazem,para a acey ra-
ção dobem, do que para a introdução do mal. Ulou Deos
de infinitos milagres, paraqueoslíraclitas oconhecc.ílem
ia Cem», quoãpopuhu ift Deos verdadeyro:indurecidos os schou ít mpre a fua obe-
curitcervicufit. Exodi i».«, ,. . . . , i • „ r r . r
9.t$c,p ,1.*.,. ciência; 7^ masnaoaidoiatria3&ituiequito; onulmo
foy
foy verem o ídolo, que lhe fez Aaron, do que deyxarem
a hii.n Deos, que os fez hoir.és ; 7s aífy os Monies fize- ?* t gritante* wtutum to**
rao renitência a virtude, queos relormava, £*nao lemos Dyui iffaci,qm\c eduxe,u»t
repugnaífcm á díííoluçáo, queos dertrahia. d*tortí,^£mri.mn.n.^
54. Perfeycos foráo os princípios dertes Monjesja
vocação, que os levou ao deíerco , em derey tura os enca-
minhava ágloria ; deyxarão o natural, & dobraráo-feac*
curtume j tiveráo-no porley, porque o viáo introdufido.
O amor obrigou a hum Pay, a que chegafie a idolatrar eni
hum filho j morréo erte,a forças do achaque,& quiz o Pay,
octernizaiíe alua eftimaçáo jfezhuma imagem do filho
morto, & adorou por Deos, aquém tinha gerado homem j
76 mrroduzioíTeerte curtume, entre as famílias ,& ficou
irn.ioley,erte curtume. 77 Oh quanto cuftou defpois a -,(> acerto :Kim n&xâoitnt
rr 1 1 r ' 1 r J - r o f parem tilo fibi rotíi f.Vfecit
reforma ! Inhni tas almas íe perderão no íequito, & o mel-^^g.V^iíf ?«-
mo de vidas fe oaftaráo, no empenho. Acudia a íantidade, f,homo '"°'tu'" f",eral < """*
0 . I . 1 f n -li tanquamDeum tolere cti^ii^5
quando o erro tinha chegado aoíummo. Por maravilha conflitua inter finos fuorja-
conta a Efcritura daquelles , quefeguiráoaDavid , parta- "ff?"*™' ***"'*'' "'
remo Tordáo , quando principiavão as enchentes. 78 n Deittde natne*it»u »*-
. J ,* - - J i /T> r Pore,coKVjlefcente iníqua eon-
Dominar, quandocomeçaoainundarasagoas.podeíie ta- fuauJwetic error ttquamitx
zer, mas he com efpanco; que defpois decompleta a inun. 'jfÇJJ* % n&tnt
dacáo, fóhúa Arca fenhoreou o diluvio, mas foy, porque jeràaiuni,meyf<fiiim,qu»ndo
_~* . ;, si inundar* confuivilfiiper tipat
Deos movia as agoas: naqudlas,emqueaculpa levantou fliaf, t.parJi;fcm. c*p. .2.
a tormenta , perigou a mayor íantidade. 79 O Divino ■•£ Jj£. .^^ ^
Verbo fez viagem do Ceo á terra em tempo,que o mundo tk&umfefiatdcmerjit »»&.
íe achou com loiças, para caufar tempeítade ; & defpois, f*tm' ' W'Â }"
queertaie levanta, não ha quem a domine ; hum Deos o
deyxou por exemplo, podendoa predominar por virtu-
dei & São Bento, em a experimentar invencível , poden-
doa prevallecer por privilegio.
Mm cl mal, que fe depare m úémpoUrgõ^
TSlo fe borra delpecho fácil mente ,
Que comeu carne hedionda el 'Sujtre chico^
1 enellaccba^ quando gr ande }el pico.
BraVo Supra.
$ <5 Para não receberem a reforma, apegárão-fe os
Monjcs , a que era antigo o curtume 3 fempre com o curtu-
me fe condecorou o delicio. Rachel , para encubi iro rou-
G z bo
$ 2 O f^JKClVE VOS TJT. TOMO U.
bo dos ídolos , que havia furtado a leu pay Labáo , náo te-
ve, com que disfarçar aaltucia,fenáo recor rendo ao cuí-
toH$ittft*iHtâomMtumt. tuine# &0 Labáo faltoua Jacob, com o piemio deleus
tn.auod coram te tflurgcretie- . . J j i> l I r
qufj.-quiajuxtaconfnctiiJiitem lerviços, dando-lhe Lia, em lugar dekacncl; queyxou-le
fc,*£,u,n»u«y su.j.t mibi. jaa>b doengano,& refpõdéo L<bão,náoeítarem uzo,ca-
8. R.-jpcnditUbsm:uoHtii zar n, hney ro as filhas mays novas , do que as may s velhas.
in loco na/iro co^fueiudi nts , ut «-» *.i- i r I - f • 1 _!•/"" •■ f - r
tnmotutnttitajimustdnuf. 81 Nao achou Labao larda aodiipnmor, ítnaonasior-
tiat. i«29.i».z6. çasdocuftume. Anenhúacouía guardáoíéosmundanos,
fenáoaocuítume; efteobfervão,a tudoomais faltáo. A-
marrados efta vão os Monjes ao antigo,com e !le fe pre tt u-
diãoeícuzar da nova reforma: ignorando, que mandava
Deos ao povo, comer dos fru&os velhos, em quanto náo
havia os novos; mas entrando eíles, que não uíaífcmdos
- ,„ . . >*■*.£ outros. 82 Foy São Bento novo fmeio da praça, &: cx-
tnumtf veumnovisjupcr k- if» ndo efte fuílento, acabavafíe oantiguo, ainda que foí-
it.nrf ío. leluítento: peilevera anoyte,em.quanto nao iae oòoJ;
em amanhecendo o dia, apagaíTe a candeya. O fuílento,
com que fe alimenta a vida religiofa, faõosinftitutos ; eí-
tes tomarão o fabor conforme a virtude, de quem os deu;
& Saõ Bento, como teve mays graça, era fua doutrina fuí-
%%h»Si»ru,Hiutitmporit. tento de melhor goíto. 82 Naõ o acharem os Monjes na
fttudumiiUmftHaDtog,». & ? _ '
»;-/«; MoxScherumiegtsftaiuc- rerorma,toy, porque nella lhe impedia oao líento, a Jiber-
Z^^&^-í dade;& na falta delta, naóachaváo luavidade,emooutro.
yoremgrBuamperccp.tstsmt- Amoeita o Eccleíiaítico, a quem tiver hum fervo pruden-
horemligcm inftiluit. Cardi- r i , o r L * 1
«ahrGofiidiutofHAi.Bib.PB. te,oamecomo alua própria alma, &le naja com largue-
'^tSi^^^nillialiberdade: 84 & naõ baftava para cftimaçâo
k8Hs,quafiauimi,tu;nondc- do fervo , fer fenhor do amor de feuamo.? Paraque enco-
fraudet ,Un hbertatc. Ettlef. i pi j j J r • J
i.ticrj.z}. menda a liberdade, delpois que o manda tratar, com tan-
to mimo? Porque fem ella nenhúa conveniência achai ia
ofervo,nafortuna;feriãotudo afperefas, quanto encon-
traífede afagos; tudo diíTabores, quanto lhefizeflèm de
carinhos,faltando-lhc a liberdade. A mayor fortuna, a que
podiáo chegar aquelles fubdi tos era , ter a São Bento , por
feu Prelado; negou-lheópaíTeyo,& naõ acharão conve-
niência em a dita. A clauzura não he cati veyro ; para o laí-
civofaó ashorasdcfono,martirios da vontade. Quem fe
recolhe da chuva, recolhe-fe por horas ; qucmfe auzenra
pordividas,efconde-feporannos; aténãopagar,não apa-
rece na terra; & o outro, acabando de chover, logo fay d
rua: recolher ás religiões,para fe reparai das chuvas da nc-
cefílda-
EWP^EZA 11. £2
ceífidade , ou para fatisfazer o empenho das dividas da
culpa , he , o que faz ter aos clauftros por grilhões , cu por
liberdade ;afly oseftima, quem tratade fatisfazer; & da
outra forte os coníidera,quemfó trata do iemedio,& não * **«««*«* nuiufecuiari-
11/^1 - jfc bus negAi/slt itntlicct ,nn b r
cuyda da íaívaçao. * w»,^ w,/,*, J«i
cltujlro fiio fit contintm, r>e fif-
fí>r-n 7 7 J ." ' '^us extra ^uatnpofnutjjitai
<J\e(igwJe ! mml mundana negocia cures, km. c. ?ucmt 16. ?. i,
SeddaufitscLuftroreligionts erit.
German de (Religtojh .
Deftes jornaleyroserão,aquelles Mon;es;& dos outros
cfficiaes^ueriaSáoBentOjquefoíTemjnaóíèacommoda-
rão, porque lhe tinha introduíido o ufo,o contrario, do
que lhe mandava aRegra.
5 6 Coníervando os cuílumes antigos,queriáo, que
São Bento foífefeu novo Prelado; pertendiáo,lançar em
faccos velhos, o trigo novo. AíTy o fizeráo os Gabaoniras,
para disfarce do engano, quando vieraõ render vaíídlla-
gein a Joíuè. Caminhava, efíe Capitão com o Povo de
Deos;& vendo os Gabaonitas,fereminexpugnaveisfuas
forças , fingirão vir de longe , fendo de perto ; & para cer-
tificara diíbncia,trouxeraõ,em faccos velhos, o fuftento, ç< ^if^f^i'- "''e~
h,. . -ir r cr rr ***'Jt*i ci»ana,facc s-uttcrcy
aviapoucosdiastiraraodeíuascaía*; 05 íeztncy- -v . -- <r.:>/ .-; \
£oocngano,>orqucjofué,&osmays«pitáes,comiura- X5'£X>SÃ%"*g
mento, lhes aífeguraraó as vidas. 8ó Do meímo ufa o hi - f •<;»-' >: •• •,p*í»
■ . 1 ... èipit quique mulinudmit ju~
pocrita,paraatramr vontades; mas nao a virtude, porque ravetuntar. ;<,--. .,,
nãobufeafequito: queriáoos Monjes,ter a virtude apa^
rente; por iíforecuzaráo ascondiçóesdareal. Faráocuf-
tume ler aprafivel,aos olhos dos homês,o veftido defayal,
remendadocom télla : mas nunca, aos olhos de Deos , foy V No? '""«f^jlJf^^r-
plaufível pedaços de luz,em veftido de fombras. 87 EHÍ- «;»?*</«•«»*«« , m»Si.
ieCnníto, que ninguém lançava remendo de pano novo, . \CMp f.i„rM
em veftido velho: 88 erao meímo.que adminiftrar os *\ N "■-■■"'
' _ ' ~l _ . tnilívmiK BJlti 111.1 11 ;., -
novos Sacramentos da Igreja, aquém eftiveíTe invclhccido mmtum vaus.- ali item
naculpa: 89 Emchun.boquenaoosMonjes,acenraíieo^;
ouro: ficandocoma ferrugem , que osacompanhilcolu- 8,j uicittimmnu, <
. 11 • ^ ■ • r ruiit ; per qite/n ,ÇÍ i
Zíuiento: parciaes daqutl les, que vi vendo viuolos, que- f„„.r- rawwitM iac<»*m-
rem lhes affifta o reípey to 5 ou com o cuftume cftr anho,tcr J^£S$ £
<js toros de naturais: o que lendo contra a vótade de Deos; »• vituftnepttatorvm » **í-
r.uoioyconlentidodel). bento. juMwti.
G 3 57 Com
ç 4. O TQJNCTPE VOS $AT. TOM. 1 1.
tyj Comhúa,& outra coufa,querião ficar os Mon-
jes ; com a nova virtude de feu Prelado , & com o íèu inve-
terado cuítume y tendo cite por corpo , & a outra, por ver-
tido. Não era eihanho á pcrfeyção da vida, a conier vaçào
deita defiguaidade , fe fora ianto o cuftume ; porque moí-
traváo ajuntar para imitação, a virtude dos antigos Pa-
dres^ a de feu novo Paftor ; o que aprovou ptlamayor
purefa doelpiritoa Alma Santa , guardando para feu Li-
^Sfc^^poíoosíVuaosvell^&osnovosi 90 oquerepreíenta
9. òm*ia?omaiMv*&vett- a emulação do efpirito, enthezoiírando viríudes,para que
lafítTianl^iutn converti otv.nií , . . 0 ■ - _, . , .
o?o a amnjHoiu^d '»°Jcr„o- a todas imite, & nennua ignore. 91 Com igual adorno
rum eMtrmmsdimitMBdmmfiu acrecJitavãoa vida , fendo louvável , o que oblervavão co-
^ikfiàemihi infecudofenfu. mo initituto j uzando defte abito , & querendo fobre el-
le confervar a nova purpura 5 porque aíly guardou os fiu-
dtiitmMNuurmeM,mpJ*it «os novos, aquella antigua eípola ; 92 lervindc-Ihedc
fn mí tibi ih-cdvrausaf.uu abono á vida . ter a columna nova, íobrt baze velha ; por-
uLyílctitm.lbitn^ptndtctex -st* \ • i
f»jitienHmê»uqu«r.íF. que então hcava mays abonaoa a virtude, compro vaoa
com o teftcmunhodehum,& outro tempo. EIRey Arte-
xerxes , na carta, que efcrevèo em favor dos judeos , & em
dkrimento dos íequazes de Amão,dezia;efbrem provadas
fuás culpas nas injuftiças , que tinhaõ feyto, & nas que de
9,fi5f«r,íííi«tf«r»«/r#Prefe,lte obravaó. 93 Corroborando a verdade, que o
taturbijtorjjf&utbit^uiege. movéo a abíol ver a hus,& condenar a outros, com moílrar
ru»1 quotidic,quomodo mallit r \ r 1 /~\ P r 1
gtiotudtmf,ggepi>h,bttiftudia íer a culpa prelente,malantigo. U melmo hcava abonan-
éffmhMr.ífitMtimiyTfo do a reforma , fendo a virtude, quenella fe plantava fru&o
colhido, daquellasceleftiays arvores , que primeyro o de-
raõ.
58 Ultimamente, fe os antigos curtumes mereceíTcm
94 9,** * tftctitntim guardallosjcomo exemplos , para com elles mitigar algúa
confo,temurexemf,i„,ne„,fir. moleftia, quelhe cauza-leo novo eftado,era reparoda vir-
tnot mt^setimidos pr.tcepta lué 1 r r r r • 1
mu vulnere*, jimhvant. tude j 9+ porque o meimo contortou o iohimento de
jfcrlh 8 "" Gr'g' Ma£' **' Jcremias>quandopoík>emo calabouço, onde ometeraõ
oscidadáos de Sedicias ; compadece o-fe da penúria, em
que eftava o Profeta,o mefmo Rey,que deu confen timen-
toá pi iíaõ,& mandou por Abdemelechfoccorrello j foy
9, jiS*n,tr„ ergo jiiàc- ° ™enfageyro, & ajuntando a roupa desbaratada, que ha-
'mUth,jec*mvirix,ifigreÇHi via em palácio, a lançou a jeremias. 95 Que amparo hc
toj+tíimuiildeveurvfãm. eíte > p«ira quem efta va tao deit!tuido?Ouqueconíorto>
mos&fubmfitcaad \erM»m para Ca5 grande defalento?Muyto prandeineHa roupa ar -
inlicu-»p'.rfunisul»t.Jerem. • \ p r- l • o •
}8. wj; i 1. rumada ie hguravao os exeniplos antigos j & para mitigar
no-
MMf<kEZ A 11. 5Í5
moletVias rnòhimelhormedicina. oó Donde, tudo ie- 9* Mim*nui«t>f»?*"W»
rua acordos de prudência, iepara eltcs tinsnao duniui- mor, >,»<<M <*<,>•,.. g»oquo.u
í ímj os M oníes, do ancião cuílume ; nem a fatuidade deite *«*«"''«" - £/^* *J Jj*
Príncipe o havia de encontrar , pois feguia as piladas de
Chrifto, que dando nova douciina ao mundo, iempre a
autorizou com antigos documentos.
5 9 Húa «afa, em tudoconfórme áquella , onde Da-
vid naò achou em léus habitadores mays, óo que inía von-
tade, 97 era,a que Saõ Bento pertendia, edificar aquel- & Entrevi h»Htarcf>tu
I» • • 1 c , r-< • • o imitis norn in Jzn.i. Pfjím.
esMonjes,paraquena vidacorrcípondenemaoabito. 98 76.™/7.
Aveíía a íeus procedimentos lhe ficava a morada; com co- *8 siwcbatveroprohomi.
modo á lua vida achavaõ a habitação , que lhe tit;ha í^bri- xa Prophcu.feu ummmu mo.
o o cultume, o que lendo erro enveihecido,quena Sao In Gbf, **—.&.
Bento expulfallo, para os confervar em paz. 99 Levan-
tou-íè motim, quando S. Bento intentou. diípcdirocuf- 99 Vetus error aUiijtrvAit
tunie; eue,a todos achou da íua parte ja nenhu vio b.Ben-
to, que o íeguiíTe j eraõ grandes as raizes, quetinha-cria-
do, trouxe configo toda a terra, quando o quis arran-
car efte Príncipe. Vio-fe arriícada a vida de Saó
Bento , & com o meiYno perigo encontrará
o cetro, fe na introdução do curtu-
me, der eípérasá reforma.
PERTENCEM
5«
PERTENDEM OS
MONJESjQVE O FERVOROSO ESPIRITO DE
S BENTO
Se accommode com fuás tibezas.
i Dimifítit fíenslèrt i» /?•
60 l^^ék^^m o M hum Leão , & Boy pofos
;^ ao jugo, mandou Hannon Cac-
thaginenfe, lavrar as terras: 1 &
rcparou-fe, que o Boy fenão tira-
va do feu vagarofo paíío , pertcn -
dendomoderaíTe o Leão,íeu arre-
batado movimento 5 do Leão, queria o Boy, íoíTe toda a
mudan-
EM? (REZA 111. t$f
niu dança , fem q ue da fua parte ai teraílè o cuítume. inten-
ta o vulgo, permanecer na culpa, èVque oPrincipeíe a-
comode com o erro da contumácia, cortando pelos fo-
ros, & conveniências da regalia: i não aipira amenos a * Viie?. 7Aagijt.Joan.it
por ha, de quem nao conhece a gravidade daonenla^eni j-up.azeeh. cap,7.i,b,z. §. 1V
témea virtudedooffendido.Comprehédida noadukerio
amolherdcGandulpho quiz teftemunhar de innocente,
& pedioaosDeolcs,não permitiílem tirar ella amãoda
agoa, onde a metia, leni notório ímaldelezão,fe ella ti-
veík delinquido no peccado de que a aculavão j não lhe
fuccedéocomo imaginou, porque a agoa fezotffeytode
foço: 2 pertendia, cedeílem os Deoíes de feu direyro J Ga"J"Wiaf"» *»w-
O J I ' J dienu uxor adultério comma-
rajuíuça, fem que ella mudaíTe de feu citado na culpa, tuhta, cumpram vcBa <»-
A tudo da motivo acommiíeraçao do Príncipe na retar- d^rjamáuadjíravi,,™,*
dação docaíVigo,ouna nimia clemência, com que v.\mz^nefrc,d'^pec'e^'culi''Jn''
í r^ c i i ri i i Mí'""»e/"'/"» **■«" -mira, tf
as culpas. Ololdado,que ialtava aospreceytos da nuli- adtortrfa8afitit,cnm afoute
jai 1 j C — • manumtollertt.deficcatiunex-'
cia, em tempo de Alexandre,oudava a íi próprio amor- uaxit-^onauJ^uam/nn
te,ouhia, fem que olevafíem, receber ocaftigo : todos ""àysignibutcamien*ijjct.i-
ri- ■ ri-L-rj jj -o--J-r- taqutaviro,obprodigiumfepa-
iabiaoainralibiJidadedaexecuçao, & naotinnaoelpera- ratafuh.Bapiíjt. £uigcj.i,b.%.
Çasde recurfo, que lhe embargaífea pena merecida. A-
tenacidade do animo, dilleião muy tos Politicas, fer, a que
obrigava aos fubditos a intentar femelhante empreza : aíTy 4 7# ">""W 7};rr'"
O í. J lum L/num tique aj tSJnttgo-
o conheço ; mas também alcanço, nãolerem todos como numhofttmdeduBum, cumqui
rr*. ^->i • r j •/• i r deduccbjntboYtBri\uibcuoc(Tet
1 hcocritoCnio,quencandoprilioneyro de ieus contra» animoveiict-, dictbantfore%t
rios, lheaíTeguravãomuytos o perdão, íeelle opedille a ******* •*«*%<>** 'çcukspr*-
'O J L > l Jetitjretiir,v.rJiam nnptlrai ttf
Elliey Antigono; Sc antesquiz confervarfe na arro^an- intamoUpcricuio pojitusadi-
cia,doquenavida. 4 As ondas empoladas dos ventos, qtiefntLft, de/La,,», efc
mays as anima afubir os penhalcos a que fe arrimaõ, do dixitjtqmdemaiurumjinu-
J -1 ' -, •* gonuitiniumhabcrctoccu.um.
queascorrentes, que as levao ; as valias aque le acoítáo Cujutvtrhuacrímomaymotu*
muytoslhc infunde oeípirito;como aoCavalleyro Ro- ^jtTdtti^^'
mano , que confiado em trazer conuVo o ovo da Serpente, * ttin <<£<»■>,& i»ft* '"»i
, . _, i- » n r> fuii EquitU Romani damiat>ot
teve valor para contender com Cláudio Augulto. 5 be dum coram audio jiugun»
a Águia não tomara fobre fuás azas a Ganymedes,nunca fe to*«-«-N«A/«*»/.//*-
O y ' cmngcliareòerpet.tii ovu»uju-
originarão os delprcfos á Deofa Juno. ferftnhue mtutyquodeoim-
vcn:f.cut wtcijscijujj'ui íí?.
Manet nltci meme repo/itum Uemih.
Judiciam Taridts , ípreta que injuria for ma,
Etgenm inVifum, & rapti Ganymedis honores,
VirgdtJib.i.
H 61 Atrc-
$s o príncipe dos <pat. tomo n.
61 AtreveíTe o rato, a acometer a tromba do Elefan-
te, quando o vê dormente; perde o medo, quando o expe-
rimenta infenfivel j a falta de virtude he letargo das poten-
cias; fem ella , todas obrão remidas ; Sc não julgou Domi-
ciano por animofos aos dous tr«iy dores , porq os conhecéo
e Nd«!CMMí*ear«»»»we- fem virtude i 6 aíTy íepci Juade o vulgo , como o ícmio
ir»Domitunú conflirivcrant, Donuciano.O Leao,lendo o Kcy dos ammaes, he acome-
«uiia re Lhmtianuf magu aá t^0 ^ Leontophonommas he em parte,onde naõ nafce a
impudica eftnorat. Puiav.t erva Sazinga cujavirtude, dizem, fervir derefguardo ao
t»diti*,tfa»iJivigor,*e*ir. Leão, para que o nao íegue o po, que levanta o Leonto-
tuímauerent. Uemtbi. Dhonon. 7 O pò, que levanta o vulgo para cegar o Prin-
in t.sètmn. fé/funis. cipe, íao os contínuos enganos de que vive ; para feu rei«
guardo íe iníiituiraõ os tribunaes ; & quando os Principes
julgáo á reveria dos miniítros, facilmente fe enganão : pa-
ra anão feni enxárcia, he todo oaltomar,bayxo perigo-
ib. Em o mar faz a corrente do rio diftinçaõ de agoas,
quando leva muytas j o mar, todas lhe comunicou , 8c
porquerepartio muytascomelle,feachaorio com cabe-
dais , para entrar no mar com íoberba : naõ alíy o regato,
paga o tributo, rende a obediência, & o maysa que chegâj
he a murmurar deíóra : O muyco valimento he como as
muytas agoas; & naõ achou Tracenfe nos Cidadãos de
Apúlia, quem íhefize-fe oppofiçaõ aogofto,que tinha
emaugmentar as calas, íenaõ aprivança de feu criado, a
quem havia dado o ílcio neceíTario para a extençaó delias.
De muytas pedras, & dehúa fó chave fe compõem hum
edifício j aíTy a republica, de muy tos homés,queobede*
ção; 8c de hú fó fenhor, que governe.
62 Bem fe alcança, naõ perdéo oSolamageftade,
2 neiuxitumfoam perime* em retroceder o curfo a petições de ífaias; 8 antespro-
<w. quibus iam àefcenàertt in 1 t j J - j r» r i-> r
torcVogió Jiifá'r vou de monarcha, em obedecer as vozes do rroreta: Li-
4- Rtg. zo. vsrf. 11. te, para faudede Ezechiasfez adeprecaçaõ,& para efte
efieyto fez o Sol o regréífo. Se a perfiitcncia da ley he
nociva á republica, toda a mudança ferve de firmeza. Nem
todas as leys criminaes dos Romanos eítavaõ efeulpidas
em laminas de bronze j nem todas as leys civis, em folhas
de taboa : r.eftas , <e liaó as Leys Emilia , Orthia , Fannia,
Furmentaria , Sc a Ci chia , que era criminal : naquellas , fe
achavãoa Cornélia, a Apuleia,& Lacinia,que era civil:
aeferitura em taboa muda-fe com o tempo 5 aberta em
bron-
EMT^EZJ 111. 59
bronze, em nenhum tempo femuda ; ofer irrefragavel,
nem em todos oscazoshe deeflencia daley. Também íe
deyxa ver ,que o Sol fezo beneficio, porquelfaias inter-
pôs o íeu merecimento : haõdeíuprir algúas vefes osler-
viçosdo interceílor, asfaltas do intercedido: As feridas,
que Marco António Orador tinha recebido emdefença 9 ^ccupanu -M.^quúim
r - i_ ~ 1 j i .. » -i. r rePe,UKÍ->r>im:iJcH,pa ufm-
da pátria, nzeraoabloJver da culpa a Marco Aquiho,el' cercpccunUmpubi,/» trata/-
tava condenado á pena de ulurario , Marco António, que ^ZZÍ^Z'"'^ '•"«'""L"
lhe foliei^ va a cauta, vendo-o entregue ao caftigo,deíco- 3ui eiwc auf*m àefendebat,—
no opeyto,& nelle moltrou ostinais dos golpes, quc^M^B^j,^
offerecidos pelo crime de Aquilio,lhealcancaraó o per- —i*?*-*i** *]>&«*,?»
*■ * ri. * • fa:"a exceperat , qitibus mott
daõ. 9 O que detém em Deos oc2Ííigo,em os P rincr judicerjiatimeumabfiiverint.
pes ha de fufpender o golpe. Muy tas foraõ as veles , que a ^T%\™v££'(maUcuti
fantidade de Moylés valco aospeccados do povo: nias/'"""f,"'•',r*,Dom",í>-^t'■'f'',
com eítacircunitancia,queprimeyro o povo te cometia- vbqus Moyfe* ftopopuio&c.
va culpado , do que Moy fés empenhaíTe o valimento, i o AWi"» *•• »«tf ?•
O Príncipe compadeceilè do humilhado; odebayxafór-
te empenha a efpada no rendido.
^í/o qtúfque ejl maior , m agis ejl placâbilis ira:
Etfaciles motus mensgenerofa capit.
At lupm , & turpes inftant morientibiu Urft,
Et cjucuumque minar nobilitattfera ejl.
Ovtd.^.TriJ}.^.
63 Confiado marcha, quem com toda a preparação
íahe ao campo: pertende o perdaõ com juftiça3quem mof-
trafentimento de haver caidonaculpa.O reconhecimen'
todorèohefuplicio anticipado:efte,baítou a Egas Mo-
niz, para que EIRey Dom Affonço deCaftella o abíol-
vcfíe da prometia, que tem coníentimento delPvey Dom
Aífonço Henriques, lhe tinha feyto em o cerco de Gui-
marães: Com cordas ao pelcoçoíov o Moniz, & toda lua
r ... . r 1 _» i í n 1 ^ n 11 J " t*tuminSt*aUticta\
lamina lançar-ie aos pes daMagettade Caitelhana jdeu- égernur inter PbMppi,fiiiu
íe cita por fatisfeyta , vendo ao agreíToríentenciarle a fi ^^SSSmí
próprio. A mays fe eftendéo a piedade do Senado , perdo- " itfe»fionu tAwfw *« w-
1 1 J r»1 ir TJ 1 * /f 1 • 1 ta crimina, quaverepêtri obti-
anao as culpas de rhiilippe Key de Macedónia, pelo pe- tieb»»tur :idmififfevidchaturt
jo, que delias moiirou ter leu filho Demétrio, quando xcrum «'"? fr^ior'
' » , , ' T mentir crubuerat, Ucxr:
lhas relatarão os juizes; 11 condoeraó-tedo tronco, mo< *e&au matm fenatt* ** «««-
i . 1 . r tv.1 - 1" • 1 "i fationibusiprumpatrêlibcravit
vidos das l.igrymas dogarío. Mao le;uigou por temenda- idemBa/tipFtt^ofjiifM^
H 2 de
ri
ia
min-
6o O PRÍNCIPE DOS TJT. TOMO 12.
de querer CaíTandro defpenhar a pédra,queerahúmon«
te na grandefa; achou-a deiamparada da terra , & animou-
fe,aque íóapodeílèmover. O Príncipe faltodereípeyca
hecoino afortalera íemprefidio. Oquefempre foy abo-
minado, he, pertender a pertinácia, redufir a inteyreza.
Confiado nacalidade, ou no prcílimo emprende como
Jaíòn, & Tiphis dominar 05 mares, & reíiílir aos vemos.
Triftis , Hyad<M) rabiemque noti, infames fcopulos ,
Jcrocer 'amua , S> mareturbtdum Jicisocculisprojpicientes.
Claudianits.
Ou como Bellorophonte , eftabellecer-fe no ar, quando fe
viopoftoemocavalloPegaíTo: 12 não lhe afligindo de
»i Beiioropho» i*fihn, ?c- forças mays do que a razão, que ti verão os Gigantes para
itJ^toTcZfl °fftndcr a J uPiter' 4ue %> náo fc ^omodar com íeu gof-
^iudaces, c Temerarj/. to as levs, que deu aos de Athenas.
TentaVere Cnefis ) olim detrudere mundo
Sjdera>caj)tivii]ue íovistranferre Gigantes
Impertum, & Vicio leges nnponere mundo.
Auwr Jfctbnx*
Fazem algús todo o fundamento de lua inflexibilidade,
em que fendo viflos refiftir aos decre'tos ,os tenháo por fu-
blimesjcomo Empédocles Agregentino, que fe lançou
em as chamas do E thna , para que imaginaífem , affiitia t n*
., Hmpthtu, uSgrígenti- tre os Deofes. 13 Que a virtude dos mays íe regulaíTc
mu Poatai* EthnamfecSjccit, peJ0 feu procedimento, foy toda a anciã de Mixus Sacer-
uretur.Ravifmubifuf.titui. dote de Diana ; & queatrauta de Apollo íeartinaiíepela
arrogantes. fua frauta, afpirava Maríyas: nas cearas levanta-ie febre
todas a efpiga,que he falta de grão : nas republicas fó per-
tende femelhante excélTo,quemcareíTe de conhecimen*
to, ou quem tem amor apropria culpa. A que todos ado-
«4 Mifinfim Tonam de ™ffem a leuidolo> folicitava Ezechero j também a Apòllo
Culta Dccrttm. convidou para a adoração, quando o vio em Athenas: 1 4.
a todooalvidriodefeja a contumácia, reduzir a leu parti-
cular gofto: até áfantidade de Bento quiz trazer aícufe-
quito.
Ó4 Não fez a Lua mayor excélTo pelo logro dopaf-
tor
E M P \ E Z A 111. tf|
íorEndimion, do que osMon.;esfizeraó pela conferva-
çaõ de Teu máo cuitume ; poreíie ,menofprezaráo a com-
panhia de Sào Benco j afly como a Lua, que peio paftor ef-
timou em menos a habitação da Ceo.
TSLudm, & Ev.dimhúon ^htén , ccpifjeferarem
Diàtur j & uudie coiicubrajje De#,
Qroperúuóltb. 2.
Hia o Príncipe dos Patriarchas afíbgândo aocufiume,
com a innundação de feu efpirito ; & os Monjes achando
menos a permiílaó , derão vozes de magoados , com mays
fortuna do que Hercules j porque elies tornarão a deíki-
mergirao feu ídolo ;& Hercules, por mays que chamou
pelo feu amado Hylam filho deTheodamanto, quando
asagoas lhofepukaráoemafurna, nunca maysoviodos
olhos.
%urfiu Hylam, © rurjtts Hylam per longa reclamai
Avia refyonjat JiivU, & Vaga certat imago.
Idem. lib. i .
Entregues ao amor de fua relaxação, emprenderãc, que o
Principe dos Patriarchas íeguifiè feus afle&os. Veneno
Jhequilerãodar na bebida, com que ofizeíTem mudar de
inclinação: i? a fimdeque o jordaóretrocedefleacor- „ .. . ;.
rente, qucriaõieparar asago2s do mar: 16 que faltaíTe txtium,quòânaiurlmejw,cui
aSao Bento oeipuito, para que dey xaile acorrente: ou nfLa:ir(u,.!;„^iiugcr:aj-a--
que o Sol Monaftico 17 paraíTe em o curfo, para que hVtne»um.
n cr. n r A a. X ,6 M*reviditt$fugitt&tH
-asbltrellas,que eraoos leuspreceytos, ioitiveiiem a ac« jorã^uquia eo»verpa eire-
tividade. Naó prometéo a feyticeyra a Virgílio menos ^fTà!í{Íil^MÍJeS.
fortuna a feus encantos, doqueeítes Moniesconíiavaõde Beneiiao) per quem ^
r a ■ J t „ , congregam» illiiftru ubtque rc-
lua altucia, que era, retroceder a corrente as agoas ; K-as àiw^anquam Lunaper soie.
Eftrellasdeterocurfo. k^j^Á'^'^
Htecfe carmbiibta promittit foiveremfíUes7
QtiM Velit, ítjl díji dtrcvs immtttere chias,
Siflere aquam fiuVijs, ʣ Verterejydera retro.
^irgil. 4. ÀEneid.
65 AogenerofoLeaóNurfíno, que era Sào Bento,
pertendiaõ foiier o movimento, & defviar do caminho?
H 3 Foy
62 O PRÍNCIPE DOS VAT. TOM. 11
18 rgteriâaximujrtimEe. Foy o Príncipe dos Patriarchas 18 caõ velloz em o fe-
tleji* tuliiairntu.&orma Re- / * ,
Ugionú.LcgiiiatorcxccBentijri- axxito da virtude , que no tempo, em que Chrilto corria
:ZZeToí:;lu:Xíar «m arreba tados pálios , então o leguio , & conleguio São
■UvetuettuRoUuviud.exfami-. Bento, i 9 Acomoda-le Chrifto com as forças do cípiri-
lia Carttifiana.inlaciculo.tcm- i I , i< •, r * .
*eri„». to, que tem cada num daquelles, que ointentao ieguirj
,9 curretê CbriHum cur. & ra hus uza <]e vaarares do paflcyo i & para outros, das
ácftititydonectoxfequeretur. detençofas paliadas, que con> opezodaCruz deu como
.i Partis Damianus m fitrm. i • i j g~\
Sa«8i Bentdim. homem j caminhando coma Cmzparaque, quem ativer
20 siquUvuitvcmreponme 0 pofla leguir ; 20 detendo-íe em o caminho, para dar
alncget ftmeltpfum , tf fsfl,» * fc> ? r n j £
Cruccmfua», ,-dfcquatur me. tempo de o acompanhar, a quem toiie detençolo em le
Maitb. 16.verf.t4. reíoiver: porem, chegado o tempo em que S. Bento cur*
fava a carreyra da virtude , apreflou Chrifto o paíib , por-
que Saõ Bento naõ tinha quem lhe cauía-fe vagares: ao
pezo da natuieíademinuía a gravidade aafliftencia doef-
piritode todos os juftos, que habitava emSaóBento; 8c
para quem voava com tantas azas , neceííario foy , que
Chriílo caminhaíTè com aquella préíTa.
66 AefteCervoligeyrohe,aquemaquellesfubditos
queriaófervir derémora, para que detendo-lhe o fervor
da fantidade, profeguiííem na póíle de feu vicio. A Chnf-
to pofto em a Cruz, diííeráo os judeos ,que fe defceífe del-
ia, o reconheceria© por Deos: 21 em quanto o viaõna-
». sumut Deieft, àefan- <lUc^e Lenho ,cftaváo pertinafes em feu ódio ; fe o viíTem
àatdeCruce&credimusei, deyxaraCruz, prometiáo mudar de aflfe&o. Equemavs
agrado, ou conveniência achavaõ em Chrifto deyxando
de morrer , que acabando de elpirar ? O leguinte : Chrifto
confumando a morte de Cruz, deftruía o peccado do mun-
do j Sc deyxando de morrer , ficava permanecendo o pec-
cado: poíto o decreto de que Chrifto morreífe , fe o não fi-
zera, naõ ficava o mudo redemido. Poisdifleraõosjudeos:
Para o admitirmos em noífo fuperior , ha de mudar de
ii Jtia*i,yu,ajíiii iníqua oceupaçaõ , defeftindo da virtude com que nos tira opec-
[fríl°r^TfJirfum'R Re~ cado, para que fiquemos vivendo com a culpa: 2 2 fe nos
ittpeceoto per man/uri acomo- quizer imperar , naõ ha de dar complemento a ley \ a efta,
datiutfibi cxiili-nubant domi- i J J « CV ' • f J
nmm Pater Rod.ncu, de tf ha de dominar a nolia pertinácia, para que le veja ceder a
ZXlZ^C^t ma8cftade» a »oíío g°fto- Semelhante acfta petição do
Calvário, foy, aquefe intentou confeguir no niolteyro;
mas nem hum, nem outro Leaõ, ode Judá,& ode Nurfij
moderarão as forças 3 porque a contumácia naõ iefiringue
aopoder independente. Chrifto não neceíTitava da ado-
ração
ÈMPKEZjt Ul 44
ração dos judeos, para efíabelicimento do cetro ; nem São
Bento, da acey tacão dos Monjes, para apóffe do mona-
chato-.&o poder de hurn Príncipe, fona dependência íe
conforma com a contumácia. Humilhou-fe Chrilio em
ÍUa Payxáo á Vontade dos jlldeOS; 25 excepto aOS rÒ- uTradiditqttevelunWieo-
gos daquella petição: poderoio era (Jhriíto, para fedc-r*""' *'•**•'*'
iender de mays contrários, mas como dependia dos judeos
para padecer a morre , 8c náo para poífuir o Reyno , o po-
der, cjue na exençáo triunfou da contumácia , rendeo-fe a
ella, na dependência.
67 Com a íingular agudefa , com que os Eícritores
da llluftre Companhia de J ESUS cultivarão as letras,
delcòbre hum fogey to delia , que os intentos deíles Mon-
jes íoraô pertençóes, a que em íeu tenipo fuccedeííè o
meímo,que nos dias de Ezechias, ou Jcfué j mas que íe en-
ganarão na pertençaõ, porque Saõ Bento naõ era como o
boi material, para que podefle fazer regrefib,ou deter o
curió. 24 Naõ chega a ver tanto a agudefa do Lince,
quanto penetrou o engenho defte Padre. Gimpulío,que ?í Pater TranfcifeuiToien.
ol, iigmhca o movimento corporal porque nos w;,to4§?
movemos j 25 & poreíte, nunca fe governou o Sol Mo- as Gemenknu/in muitu hei*
naftico: o corpo de Saõ Bento nunca deyxou de fer fe-
nhoreado docfpirito; anaturela naõulou nunca de luas
forçasjasdafantidadeeraõ asqueomoviaõ. 26 E com
razaó diííe o fútil engenho, padecerão engano os Monjes, z6 ^T^T^ISw!
intentando, fizefle Saõ Bento péacraz na obra a que ha- diBieretquafifaccut, .«<•</
, , . . . r \ r r r cipIiit*tur.&reichturJ!idlp
viadaoo principio, paraqueíe acomoda-ie com leu gol- nÇ,i.ir d/x<íb«/-
to: porquexomo a Saõ Bento não obrigou a naturefa,náo H?}°£ue£i CU!'' '" ,
non
»
o podia dobrar a pertinácia. Pcdio Adonias a Bethfabee,
ntáydeSalamaó,alcança-fe deite, odar-lheporefpofa a
Abifag Sunamitis lencarregou-fe Bethlabeedeopcdir a
fcalamao; tezamayorogoaohlno,oqualem lugar da eí- smumit^ ^jjjwuji
pofa, mandou dar a morte a Adonias: 27 SoubeoSuccr- ""'• .. /'"
dote Abiatnardeltecafoj& ficou pezarofo,de ter ííJoini- tccidetur«Adow*t.
migodeSalamaõ. 28 Era AbiatharhumdosqueíeCGiv- U J^J »w
federarão com Adonias, contra Salamaõ; 29 mas fe até s*ctrdotp*nituitfcvide, «>
n r • ai • 1 1 > » 1 1- 1 quodeffaimmicusS*
eltetempo conipirava Abiathar contra o l\ey ueliraei &fecu ■. odium .•;/,-
comprofiados defprefos,como agora dcfiítcdefua con- — £ ,
tumacia,arrcpendendo-ledoerro?Foyacaufa: Vio Abia- 'n ■"■'"''
; - t ■ ( n 1 - r dotem,® JetbfiitimÒJtfiJt.
ti)ai,qucnaoubngouanatureia abalamao,aqueíavore- nÍVC,j lt.
ce-íe
o> O 1%1NCI<?E WS <PâT. TOMO 21.
ce-fe a Adonias, porque Salamáo a fua própria mãynão
quiz conceder eiie favor^ & achou Abiathar, não [cr preí •
timo a contumácia, contra quem náoobrigava anarure-
ía. Para que Salamão ie dobr^-fe a ttmer , ou a amar a
Adonias ,íoy toda a pertinácia do ódio, com que iecon-
graçou Abiathar ; mas eníinou-lhe Salamáo, que não va-
liaa contumácia, commoítrar, que para com cJIe não ti-
nha forças a naturefa. Como Salamão foy São Bento, &
tem de ler todo o Principe; mas não forão como Abiathar
os Monjes; porque efte,deíiftio da contumácia, & os Mon-
?o BcHutiBtudbbM Be»e' jes peííeverarão nella. Sem fruclo ficou o empenho; não
diluis donum grati* ^quodjc- .,-> ir rt • • •! «
€cper*t,muh>p!icijvit, quando inoJeitou ao noílo Príncipe a caviiação , porque São Ben-
ZZT^ãTfZ^. tofbyimmovelatudo,oquenáoeradeDeos; 3o &co-
amfmheioegita»in,<t,quan- mo tinha a Dcos de fua parte , tomou oCeo áíua conta,
àoKihilprapcfitit Diz;na Cb3- r I 1 I •
tiuxi. d,x« neouVirgoMa- relguarda-Jo dospengos.
tia atuJ ò.inFiam Brigitam lib.
j. hcvel. op.\o.
0 nmúum dilecle Veo , tibi mditat JEtèv^
Et conjurai i Veniunt ad Clafjia Ve?iti) ,
CUudian. tn Taw«. ad Honor mm.
o
68 Os Monjes nãodeyxavão de conhecer a efuma-
ção , que lhe reíultava da companhia de São Bento ; mas
podia com elles mays ogofto,que ocredito,mays ccuf-
tume,que a reforma ; querião viver com ocuíinme, por
ley^ & por ceremonia, com São Bento j * firmando o co-
ração no mundo, quando defejavão teraSaõ Bento por
• BeninacesJAmaMmag<f- paftor; não os reconhece'o Saõ Bento por vafia]ios,por-
tramhattnt volunJttem luam. J - r ~ " 11 r-» /* • ^L -n
*ch Rfgui*m,»on abatem. <3ue "c coração ienao união com elle. Ueiviou Cnniioa
u.Bcrntrâ.fue.c»m.fcr.i9 cabeça da parte efquerda , ondeeftava crucificado Geftas,
&inclinou-a para apartedireyta, onde eíiava crucifica-
do Dimas : foy o delvio repulia a peiTóa de Geílas ; foy a
„ ,. inclinação reconhecimento á peílóa de Dimas : a efte , a-
?i HodiemccumerisinP». * . . /r 1 1 -
raJi/í.Luc. xyverf.^. ceytou Chriito por vjiiàllo ; 51 ao outro, nao o rcco-
nhecéo por fervo ; porque Gefbs crucificado á mão ef-
querda de Chrifto, ficava com o coração virado para o
mundo- Sc Dimas crucificado á mão direyta , ficava com o
coraçãovirado para Chriito ; nefie modo em que ficarão
osdous crucificados, fevia oarrependimento de Dimas,
& a contumácia de Geftas jacontumacia, em fugir com o
coração de Chriftoi & ° arrcpendimcnto,cm lhe f zer en-
trega
E M <P %E Z A 111. 6$
rregadelle. A Geftas entregou Chrifto ájuftiça;&aDi-
nvàis íocconéocoma milencordia :achou-feChrifto obri-
gado a ira vorecer como Pay,a quem fe unia com elle de ve-
ras j&i a caliigar como Senhor, a quem o acompanhava íèm
afedilidadedeanngo: Em companhia domayor Monar-
cha fe achava Geitas no Calvário- & companheyros do
Pnncipedos Pacriarchas eráo os Monjes na claufura; para
comeítes, foy São Bento hum Elias, íendo para com os
tnays, húMoylés j para todos era omays brando, & para
COtll OS de vidadiílolutafoV S.BentOOmaVSrJPUrolÒ: 22 '*■ ^'Xteriaremeonverfa-
. c , 1 " , » . r'. . ° g-C r ,wnew ,í1tu «'«iijmw, totiu
da ionte,dondetmanoutodaapiedade,iahio contra Gel» cxewpiuru , /,««./„ tham*n-
tas ajuftiça ; excluirão-nos do favor, porque os não co- T:*i?ã"£ipTfutíUf,-\ ?
/ í ' 'li oviiim Lhrilíi Piijtt-r vigiiatif-
nheCláopor domefticOS. fmiu.quiaamoreDtiniHlui-
, (1 ' * v ' » 1 Ti ' ■ 1 qttam trupofuit. Etiamen cum
69 rareceme, que a imitação de buzins, que de to- Utu exigcbat,Zeio difdpu**
dos os que hofpedava fazia iàcrificio a íeus ídolos, 23 acc^pa-v^orun,,,^ cor..
afty os Mondes ointentarão fazer do novo hofpede, ao m. \-àev>ru iiíufirib.vràinu
ieuantigo cultume. Agradar adinerentespeíioaspeiten- ,, iBote*pore?veiR'ex',vd
diáo os Monies em lua vida, a Deos, & ao mudo: com am- P*im, ^ra""M *«f '« . /*«
' . Dijskejpjt:t tnimoiãbtt , ciuem
bos queriaõ comprazer de lorte, que íeuexercicio correi- //;•*»» Neftum,peritent,tíc.
drr ' 11 J ' r D <ylui.Ub,v%. dcCiv, Dei.
etie nas acções, com aquellesdous extremos ; naole tí*
lhe rectbéo a offerta , porque Deos a náo acey ta. Abel , &
Caim fahiráo a offerecer viótimas a Deos ; poíeráo o fogo,
abrazarào-fe ambos osholocauftos,mas náo agradarão a
Deos os facrificios ambos: em ode Abelemprcgou Deos '4 Rrjpexit aurem Dominut
.n i/->- - r^ 11 tD. aã *A.fol , 2? ad muncra e/tu ai
a vilta;node Caim, nao pos Deos os olhos: 54 naorece- çaim vero ,& ad muncra cju*
bèoDeos a offerta de Caim, & aceytou a de Abel, por- "°"n'-%e*'1\rr «<
que o fumo do Iàcrificio de Caim terminando-fe aoCeo,
■vinha a fenecer na terra ; & ofumodo facrificio de Abel
fó para o Ceo fe encaminhava: ^K em femelhantes ac- n Moxprotimvehumi»
c r 1 r • 1 rr n «/ara afcendu conbuUm fu-
çoesera o turno iinal reprelentativo doatíceto , com que ^^^««.-«rcwMrj/w/*
feofferecia a Deos oholocaufto: & moftrava Caim o a- "'nev**Z£Íl?«Zfui*£
mor dividido com Deos, & com o mundo j & Abel, que mn,»iytnp?M*>idi**w*t>Vi-
pi T-V r 1 A 1 1 / i' ílorinuilib. ia Cienej; ia í»ita
io amava a Deos, porque o íumodemonltrador deicu aí- Ê;egi(,. ,,,.
fecio fó para o Ceo iubia.Com repartições no afle£lo per-
tendiaCaim fer agradável a Deos ; &: os Mon)cs,a S. Ben-
to: não fe humanou á deprecaçáo o Monaicha, nem íe in-
clinou oPrincipe ; cm lugar de agrsdocorrefpondcráo có
defprcfos: abrirão as portas da juftiça , quando intentavão
fazer patentes as do valimento ; puxarão contra fiatfpa-
da doiigor, quando emprendiaõ movei paia fia do poder.
I 70 Ne-
66 O PRÍNCIPE WS PJT. TOMO 11.
70 NecciTario era aos Monjes fazerem híía def-
união, paraíè unirem com São Bento ; rx as errarão na el-
colha 5 porque havendo-le de dividir de Lot, como íez
Abrahão, elles a ti mefmofe dividirão, como fez Ruben.
Defpois queAbrahão fe apartou deLot, logoDeos lhe
16 Viy.it Donimu ad ^/3bra , r • \ 3 \ r i r J ■ , . (r
baw,Pofiq:,amd,vfHi£nabto promereo a prolpendade de lua deicendcncu : 63 Aíiy
L.ot:tev»eccuiotiutti®mdc coino Ruben dividio os fcus 2rTcâ:os, começarão os pran-
W.Omnemlerratn ,qiuiii conj- * 7; .
picutibidabotVfeminithouj- desde leu Reyno a entrar em contendas. 37 Lot íigni-
queinfempiternum. r r 1_ J . . ' O v
Gí»f/i,.Ver/í4.efu. nca o melmo, que o homem atado a outrem : 30 a von-
l7 Lw.ftu cor.tr* Ruben tade ligada ao terreno repreíentava Lot : & deípois que
magyammornmrepertacjlcon- - O ^ * - * -1
n»fio.jud,cumcjf.s.rerf.\s Abrahao iedelumo deite atkcto, logrou toda aroirtina:
ctwíuTc^nn-:. ""'^'^ a do Ceo nâo íe g™™™ corn a do mundo ; divizoés de
affc&o forãomuyras veies fcguranças do poder terrer.03
masnunca logro do Divino. O mundo ,comonãohever-
dadeyro fenhor de noífa liberdade, confcnte, como con-
lentiaa mãy fupotta, nocazo de Sahimão, que íedividiíTe
19 Econinrio itia dicãat: ofopeyto. 20 Deos, como he legitimo Senhor de nofíò
hecix,bi,nectibifit,fed divi- i • , • - J J - c
tihur.) .%;.,. alvidno, como a may verdadeyra nao comente parti-
<c ,!)«,, ,?,„,„ mu}nr cu- j{lag> .Q
jusfilnuerai vivi„,ad Regem T _ .
r:\obfvc, domine dite m> m- 7 i inhóbih ta vac-le para hinos de S. Bento Monjes,
cttceum.ib.vcrf.iô. que no procedimento íakavao em tributar a Deos todo
o aífèâo j lo os que encaminhão para Deos o fim de
fuás obras,faõ filhos defte Patriarcha. 43 Como a pedra
4» ErSoiiUeiiMí»achuiBí Iman, que aíly une o ferro , queriaatrahir o ouro, aperti-
e:illI'cl'l't!"lobeJ"r:v,'Uy naciadeftes pettendentes :com a culpa , que 2 íiatrahe o
nccmmoribiuthcuípiaterede íerro do caltigo , qucíião obrigar o ouro dafantidade:
fidcrat, tuf, Oco. Dixit Chrif. r ■ £ J P ■ - T" 1 1
tut Dominw Beau Briga* ,ut lem le tirarem das agoas aipiravao como 1 antalo,Oicpro
ipfrtejirturiib.+ Revchti.cop. do pomo. Como David , que com abrirabeca atrahio a fi
4-t otmeumaperui,® atra- oefpirito,da mcfma forte clles , lo com palavras intenta-
xijpiriturn , quia mandata tua - _• ■ J £T ? • 1 • J J J c ' r>
dtjiderabiir. iPjat.n3.verf., , vao participar da artabilidade de Sao bento: naoreparan-
*\ Ko,iomnu,qu,die,sm,hi do, que a guarda dos pieccvtos fov , oque deu aboca de
Deuiini Domine intrabhinre- t^-j Cl- • 1 l ./ í
gu-»c<ciorum.Mat.i.vcrfíi, David ã actividade. 42 Nem todososquemvccaoono-
"^n^:i;:™r:;t mcdeDeosJogrãoo favor do Ceo : 43 quem dcíprefa
rum UtquidmibithwdeSaba a Icv, tira o valor á deprecacão : 4 < ti 111 elia roays ouza*
afftttUSS calamumfuavc ohn- j- r j 11' r t / ■ j 1 1 -
umdt terra i<mg.n,qua ? hdo- dla na itaqueza da cuipajQo que nas torças da lantidade jhu
uuftiy&tMinmjHHtucm.* juft0 no pedir , pórta-ie como peccador: 8c o peccador.co-
rummihi jeremu 6. verfzo. Hiojultoj aspeiiçoés, que eíte fazaDeos,faõ acompa-
4Í Objecrojn.pnt, ne ira/ca- _L J_„ J o 1 C , s~^
tu Domine fiioquar.vc. nhadas de temor; 45 Sc o outro, de confiança. 46 O
Genef .8. ^ ,». qUe Deos obra neftes cazos, moftrou Elias no modo , com
46 OcfccimeJeLiuce. r \ 11 j y-v •
Maiib.z7.verf.ai. que íe iiouvc com os embayxadores de Ochozias Rey de
Sarna»
rei,
EMT^EZJ 111. 6j
Samaria :Tres vefes mandou Ochozias, porfeus Prínci-
pes,chamar o Proíeta; aosprimeyrosdous inviados,&a
todo leu acoinpanlumsnto , abrazou Elias, com fogo do «7 DefeeuJit i^nu ãe cv'>;
s^ ri (i a i. n-« o & devoravit tilam, & quinau»»
Ceo; 47 íuaoterceyro,iuipendeoocaitigo,&aceytou gintaejus itcrum mifit.èc
oro?o: 48 deu aos mays a morre, porque faltando ave- \R7cif''l'1'^/''^?^'
nerjcáo,que íeueviaa táo grande Padre, quizeráo obe* Jítcumco ad regem. iHvef.tt
d-/p »j r : ' /- 1- /• 1 • 1 J* r W H01»? Uei,hae dieii Ksx
cceíleo rroicta,asiuasordes: iemocLvidoreípeyto fa* ftm»» <*«/««&. íííw,/..*.
Jaráo com o Santo , dando-lhe,com altiveza, o recado de
Ochozias j 49 condeícendeu com a petição, do outro,
porque de joelhos, & humilhado a feus pés, pedio a mer-
cê, & feconfcíTou indigno do favor. Co Acentado,em *,° Cuntvitgmuajk»thr»
o cabeço uo monte Carmello , recebeu Lhas, os embay- ait.H0r.1o uànoh a^uertã-
xadores, 51 Foyefte monte o trono", aonde ozelióde ^"^«riZfciíjt.
Deoso havia fubido. Do trono defeco, para acompanhar imtiantm venta monu*. ia
ao terceyro PrincJpe,&:delleíezcaíb'garaosdousantece- ter-1'9,
dences ', defcer do trono, foy como depor Elias, de íeu
poderj valer-fe do fogo do Ceo, foy puxar da èfpada, que
fendo a de leu zello,oCeo lhe fervia de bainha :uzar de
efpada, contra quem fe oppoem ao poder, & mitigar o
poder,com quem fe fogey ta ao caíiigo, faõ termos da ma-
geftade. Aípirar, a que hum Príncipe dcfç3 do trono , que
S. Bento, fe incline a forças da altiveza , faó prefunções da
pertinácia 5 que modere ocaíligo, aiogosdo reconheci-
mento da culpa , he divido á clemência 3 o .rctonliecimen-
to da culpa , fuõcreditos do offendido-âpertinacia no
erro, he defabono doaggraVado. O Príncipe em
caftigar efta ouzadia ymoftraíTe Cêntimano ; &
em favorecer áquella íomiçaõ , Coroa de
Palias, que em todo o débil in-
fundia no vai forças.
t 3 PROCU-
ó8
PROCURAO DESTRAH1MENTO
7) OS MO Kj ES VAa\AMO%TE AO
SANTO
COM VENENO.
E M <í %E Z A IV.
• Velut apet non omnibtufl/i •
tibus infiJunt,neque eif aJquot
Acetdunt, omnia auferrt conã-
tur.JrJ quamum ipfir ad opttt
tteccjSariumfuerit comprchen-
âíntes,reliqHam dimitiut. Nor
etia/titfjhbri? fapientefque.qui
Zum congrum» nobii,propinqH~
umque veriiati ex ipjit ,fnerit
ftijeqatrniir , reliquumprtte-
riamuf. D.Bafil.Ijom.i^deli-
gend.lib. Gcncf. i.
r "Non ocbj, fcJ vcrltitr eji
^manda ,Jap! anitm reptritur
/implícita* verídica* fôjalcitaf
compoftlê. S.ljldgr.defumm»
bn$s.
ABELHA naõ tira omel,dc to-
da a flor j nem de todo o livro, fe
tira a doutrina, i Muy tas veies
fe acha a mentira , eõ enfíèy tes de
verdade. 2 Efvaicida a flor ve-
nenoía de lua pompa ,acufaá abe-
lha, de ignorante ? em a naóefcoiherparaiuíiento jmaso
na tu-
EM<?%EZA IV. £9
natural inftinto deícobre a abelha o veneno , que efeonde
iua aparência. O deíàbridodoviciodisfarça-le,comado- » Uonaecufivetiaquiftvà-
cura daspalavras: 3 nem atouosiemaniretta,eitaziza- em»» ^ued-uteUwbKpropi-
nia, portal» do conhecimento dotrigo,ou pelas feme- ^Z^^lmZl
\\\ mças , que tem com o fuftento : enganáo os ovosdo Aí- ^ug.ut.i.Conf.cap. 16.
pid, cem a alvura dos mays, fendo a gema do veneno. A
licáodos livros, aproveytamays acautela, do que á fingi- , , ,
* /->i . r - • r \ r 4 itiqueqmdquiJ itii'iun<eK
lezj. 4 As liladas lao mays pengolas, do que omelino pbiiofophiaperappvuiijdom.
perigo, quandoevidente. Sendoobrigaçáo,do que lè,e^ Z^-^tfZít
colher o útil, Ç aíTy confunde ascores ,quem intenta in- tffug'«mw- Gj*g- n*/w »«
. . , rr ' i r • r j ■ • orati.funebriinLoudêbeftlij,
rroduziroerro,queneneceliario, valerlc lempre domi- ç Legimusahqv,»,ncmcgii.
zo , pedra de toque , que difiingue a verdade da mentira,^-^— «£ -» -
para não cair, no erro de Glauco, que trocou as armas de fup.j-uttmin. «.
ouro, pelas de ferro, com que ferefguardavaDiomèdes;
fez Glauco a troca, a pezar de fua fama , mas a contento de
ieu iuizo: caula, por onde Homero, nao ceníurou a troca, cum Lycim JCCIIpt ou»,*,,,,
ainda que a acufou Licio : 6 de hum homem, tão nefeio iâcir"> q™*™"' »>'>■» "»<-
como Glauco, achou Homero, não fer admiração ocom- mu, qu* movem foiummoJocê-
Ij.n i • * J „ L - ftrentur. K'iax tnusl mus / /-
erro ; mas deteíiou-oLicio, por dar a conhecer ^J,)l3_x^d(lionabomtm m,lliS
aftucia, com que o enganou Diomèdes. «*»«/*.
73 A pedra Filofofal , de que efereveraõ os Filofo-
fos, facilitarão osEícritores \ a pena, com que eícrevem,
ainda he mays poderofa , porque naõ fó muda , em ouro o
ferro; mas também em ferro,o ouro; conhecida elU troca,
bafia para perder a eftimaçaõ, nojuizodo Sábio ; mas naõ
bafia efte conhecimento, para defenganar a rudez do nel-
cio: tem efte por faudavel documento , o que fó he conhe-
cido defmancho , que entaõ he útil a liçaó, quando fe obra
tudo, quanto felé: daliçaó efpiritual heafentença ; 7
mas á carga cerrada, a entendéo o Graó Turco Solimaõ,
1j 1 r-y . , "» i« «-» a r> 7 LeRiotHttc titihteft , eu-n
endo pelos Comentários, de Júlio Gelar , porque nao lo jç,f/w„/W,^ ligtmur. o.
o imitou na juftiça, mastambem na crueldade. 8 Entre ^^Z'^ pa«.
as ervas faudaveis achaó-fe as nocivas , & fe o Boticário as fitnfis <» froiog.
naõ efeolhera , fe fizera de todas o medicamento, fora mi-
na a coinpoficáo do remédio.
74 O Oráculo aconfdhou ao Filofofo Zcnon, com-
ínunicaííe com os mortos , fe quize-fe fer perfeyto, na vi-
1 r .. - , V r ,- 11 o DioztnctLiertius m uto
«a; o que nve-íe Jjçaodos livros ,loy o conlclho, que Zi
lhe deu o Oráculo: naõ lhecfpccificou,dequaislivros ha-
via de ter lição, a todos lhe deu por clpelho; dobem, Sc
I 3 do
liiiumx.
70 0 PRÍNCIPE WS PJT. TOMO II.
óo mal, ha de Ter a noticia , para eítimaçaó de hum , & des-
prezo de outro: de entre elpinhosfaheaRofa,&daterra
efieril o ouro j da hifíoria pr oíana ie tira a abominação do
vicio j do livro herético íe conhece aíalfidadeda íeyta, Sc
íe corrobora a verdade da fé Catholica^ aeliimaçaõ do
diamante teve os créditos , quando examinadas as mays
pedras, conhecerão, que nenhiía o igualava. Dentro na
terra Te cria o ferro, com que alavráo ; da pedra faheofo-
í*o, com que a pai tem : do melmo erro íe tira a liçaõ , com
que íe conhece o bem: com as mefmas armas do Gigante,
o matou David: infinitos foraõ os Padres,que com as mef-
mas razoes dos hereges , confundirão ashereílas. Ao Em-
perador Adriano moflrou Qiiadrato, o mal que fazia, em
perítguir osCatholicos,com as authoiidades dosGentios:
c que não paliou da própria terra,efíá impoííibilitado,pa-
ra deffènder, com razaõ, a fua bondade: mete-fe em o
exercito,ofoldadoinimigo,paraíaber, oque nellepaífa;
com cuja noticia, facilita ao amigo a vi&oria ; mas efíe ef-
tudo,nãohe documento para todos: as flores dos livros
profanos faó flores murchas, & a abelha, não tira omel da
flor, que eftá murcha, (o a abelha medira, temefta virtu-
prclatíe rriigiznis phrmrJJ; qui- UC. IO.
bup.*f„nt<luiexitthpo!SH»t _h He a lição doslivros profanos o mel , cujo chey-
Mic»minmjfarrt:qHemadmo- ro faz perder o juizo; 1 1 tirão o juizocom o cheyro,por
tttnturãnapharmtcajsvene que aiultanciahe venenola. 12 roííema, ondeie amn-
Mtqmhuiiiê umperare vei táo todos osmáos humores , & fonte donde correm todos
tri>ese{t!Citi!£U>a artcm líbia- ~ 1-1
gr.rtan,poffwi> quauvhJatau os erros, faó íuas noticias j moítra em huahora , o que não
alfaqui* fi: tanoranrilntj rim.ea j c L * • * J'fl_ 1*
tômincrí èoSorPctru, Gre- deícubno o vicio, em muy tos annos i diipoem as inclina-
goriut Tbohzauux tomo z.je çóes,a perderem omedoaoindecorofo: não achou disfór-
i". Nafciturmei txbuxo,iK mea torpeza , quem pnmeyro a vio retratada. O tinto-
^SS^SSSA re>' ro ' P«paraâcom cor diyerfa,a ceda , que quer tingir de
c<mvcrtere,fioJorpercif,iatur. purpura : muytos autores intitulão, o argumento de fua
ti.âc^áàmíra/tpHàUoyoi» Imiona , incontrado aosnns deleusiníentos: paraqueo
A ProprietatcJocorim, coUo- £jíul0 obrioaíTe á virtude , intitulou hum herege, a fuás o-
12 Faifi Je8rinaeft, icpra hrasjornada deferufalem: & aíly inficionou a purcía daquel-
fo.fam.z. Jesiugares lagrados, noqueejaeveo,queapcucuareda
verdade.Innumeraveisfaõoslivros,queíedivu]gáocom
eíte dislarfe , faó poucos os profanos, a quem léus autores
não condecorem, com aíFuniptés ureys,& devotos ; mas
quem q^izi» j } tirar delles o fruÇto , ha íò de encontrar com
dpi-
EMPftEZJ IV. yi
elpinhos; 12 bem podia teftemunhar efle meu dizer '' t)c8rinapermautpeu
1 . J \ \\ r C 1 - J 11 1 mci '"f'Pe ytítiui inter fl-ina*y
com bom numero deiles, ienzera relação daquelles, de cauteiege^edumqumufi-uc-
que me acordo. Saó cites, os que cauíaó o mayor mal; 1 4 w£XtW~
porque correm as maõs de todo o eftado , tazendo-fe do- »4 w* hngemcetfa^ ca
melhcos a toda a lortedepdioas. I ícainutil o reiguardo w^J.d .liem/^.Lns.
da pureia, tratando com eíte inimigo, pois mudamente lhe .'' UuUo m'g* ferip***
» ' r • r • cvJCAnetum ,(ju<f p:ipr.:ii te*
infinua,oquea profanidadefeenvergonha de pronunciar rumar, em uUenda memetia
1 1 \ TIL J • ■ o * quilii ecrie in permeiem rei-
com palavras : lendo conklneyros de vícios; & prevarica- jU//Crf>»i */£»,,» ««//«,««
dores de innocencias. 1 < ?r^f'/"í J"a Pe""ncf,ora
' jwt tlepbaiíiislibcliiu-cei Mi-
lefia i/irijliJU , vel Sibai itbici
Gftis cum pueris tonara pueBa mariú, t^Z&ZZZfà
Difceret unde preces r Vates m Mula dediffet? d,"um »><>g'ilr°'i"»><iu>bMPe-
J LT _ .„ J JJ pvluiinficitur.
ídoratWó 1 . hplit. I . Clcmemt ^lexwdr.in Peda-
gogolib. z, etp . 5.
76 Nas maõsdapuericia,&dacegueyra faô mays
perigofas as armas de fogo: os livros profanos, & heréti-
cos faó armas de fogo pela matéria, que contem, & pelo
fim para que foráo feytos. Henrique VIII. deite nome
Rey de Inglaterra mandou, que os meninos aprendeífem
a ler pelos livros, em que eftaváo recopilaladas as herefias
do infernal Martim Lutero ; o mefmo fizeraó para propa-
gação de fuás hereíías , os Acephalos ; os diícipulos de A-
logio; os fequazes de Ario, de Donato Africano, & de
Berilo Prefidente de Boftrene, Cidade de Arábia. Se o
leyte de húa Loba não pode mudar o generofo natural de
Rómulo, & Remo, de quem fe alimentarão meninos , não
aíTy asherefias ,aos que fe crearáo a feus pey tos. Em a caf-
ca das arvores quando tenra, eícrevião os antigos aman-
tes o nome de feus amores, & oprogrèflbdefuas finezas;
crefcia,&engroífava a arvore, & avultavãomaysos cara- .
teres; donde quem quizefie confundir oíignificativodas
letras, havia de tirar a capa das arvores ; com o que ainda
quenáofecaíTcmde todo,íempre a falta teítemunhava o
eferito. Com os vicioíos,queiaó os cegos, fez Lutero,
Mafoma,&Calvino guerraaos mayores Linces dalgre-
ja;foraõasleytasas que derão liberdade aosvicios ;& tó-
rio tão poderofas eítas armas, nas maõs daquelles cegos,
queintentarão pòr em efeuridade ao Manancial dat. lu-
zes, crefeéo a chama pela omillaõ, com que fe ouveraÕ
os Frincipes,em àsnão apagar quando principiou taif-
ca.
7 2 O <?%JNCI<PE DOS VAT. TOMO II.
mô Refecatt3*funt putriâ* c%m j £ Vioííe a Náo de São Pedro combatida de todasas
carnes, tf Jciíiojacvis ab ovi/Ii . . -r • -r ir
rtfíiiendacft^enudomut^ par tes,& correr ia per igo, ienaotora incoltratavela hrme-
pt(coraardeamc*r,umfantur j leme, que a governa, a vifta do íurioio fequito t pois
futnjcant ,iniereant, mirrais • >-■■■ 5 <-j j, 7 -3 5f
/» ídhxu.uUii unafcintiUa fendo a Ley de Chriílo a Torre mays Forte, & eminente,
fui! Çed úiiia non llat.ni obpref. r . . • 1 11
%*4l,i»****t*cj*ffé!m íoraoinnumeraveisasareas,comque os ventos das here-
fopuht.ái. íiasapeitenderãodeltiuir,&ruflocar;iiiasaviftorÍ3,que
u. tlieron, m Efijt. t ' ' T
Luciier nãoconleguiodoSol , alcançou de muyta parte
das eftrelJas, porque entre o vulgo levouconílgo a nobre-
fa. Nunca houveráo de conltituir império as hereíias ,íeas
não abraçarão osPrincipes ; iaõ a nobreza, & o vulgo nas
republicas, como a cal,& aréa nosedificios, íenão fe amaf-
faõ não ligaõ;& fe á aréa faltar a cal, não faz obra: os gran-
desfaõos Mecenas, que amparaõ os Efcritores • foraó os
Príncipes, os queeftabeleceráooerro ^nenhú hereje fen-
tio a falta, que chorou Marcial, porque a nenhum lhe fal-
tou arrimo ílluftre.
Shit MecenateS) non efeerunt, FLice, Marones^
Virgdiumque tibi Veltua rum dabunt.
Marcial lib. 8.
77 São os livros como anneis de lembrança, com que
fe acórdão os homés, do que eftãoeí queridos ; ¶ fe
efquecerem de todo, tiraõ a lembrança do dedo. Das maõs
lança vaõ em ofoao os livros vedados, aquelles, aquém
i7 Muiti autem exeu.qui baptifavaõos Apoftolos. 17 Os Philifteos, querendo en«
{ZT^:Xtfu%:7t ^nquecer de todo aos Ifraelitas , náo fó lhe prohibiaó ar-
ràommhut ^s0r.tg.verf.,9 mas, mas também os inlirumentos ,com que aspodeífem
1 8 Porro faber ferrarias non r O k s • • j • r 1 1
invwiibauir in omni terral/, razer. i õ Maximiano , querendo nicar da memoria dos
"í?r'7 /*^?7« fieis a ley de Chrifto , mandou queymar os livros, que
ne forte f acerem Hebrai gladt. •> ' 1 J ' J
umautiauceam. tratavão delia, & eícrever outros, encontrados á Fé Ca«
1. Reg. cap. 1 \. verf. 10. 1 .%• ,-y. r c 1 ^• n • I'iit
19 Eu/cíi.Eccief.Hijor.iiB.^0"^' 10 O meimo lez J uliano. 20 Henrique VIU.
Q.caps.vg. Rey de Inglaterra a todos os que encontravaó a fevta
20 Nic.pborus Eccle/ Hijlo. J a 1 j
Hb.xo. cjp z\. de Lutero: 21 as raizes das arvores de diflerente calia,
zi Petrui ds RibjJeneyra nv • i i « - j - r r
Uifloriar.Eeciefidt i»gia,trra co,l'gadas huas, com outras nao deyxao crelcer , nem tru-
i,b. t.tap 7-7. âificar a nenhúa delias: afiv a memoria do bem, junta com
\JioUm chthstai He br ais i- - . i '. • ..„
fabros omnetferrarioi atqueo- a lição do mal; & a memoria do mal ,mnta coma lição do
pi/ices Jrmwum aJuxerunt ,ne L»„, „ r 1 CP . 1" - ■ tv
beBarepojfentauxrebãarc-.fic bci" conrundein os cfky tos , porque comphcao osaflec-
fíaretúi doãrina ceia, qu*ju~ tos. Os Pr incipcs , que quizeraõ coiifer var , & dilatar a re-
gulantvanadoarinarum ••_ » ' '
Lypftusnb.de un« Reiigione. ^giao verdadey ra, ioraó , como os que trataó da utilidade
das
E M V %E Z A IV. 7z
das arvores, que apartar» delias a companhia, que as afíoni-
brj • & as raizes, que as eiterelizão. Os Lacedemonios pro-
hibiráo em Ícus Reynos os livros intitulados Jtcbiiocbiy
porque fecompunháo de deshoneludades :8c Segilmun-
doPvey de Polónia a todos, os que tratavão de hereíidS. lt Suriudn Comum,?, Je
rZ ,. C o \ r C 11 í rebuijuotemj>orep<r oibt.m&e-
11 (Js livros profanos, & hei éticos com luas rolhas akyz».
iombiáo avirtude,&a Religião Catholica. Q Empera-
dor Zenon, deftruío a elcolla Ediííena, a quem chamavam
Feiíica : porque nella revevifcião alguns erros. 1 2 São »' £?*"" Ha'yl'%z-
aseícollas as raizes donde nalce, ou a hera, que abraça 3biftor.im.tom.Bibiisifan8*.
arvore, para le amparar dos ventos, oua Çarça,que a não
bulca, lenão para aferir com os elpinhos. Deu repulfa o
Jtmperador Zenon, como também neites noííos tempos,
o Chriftianilíimo Rey de França Luis XIV. à politica
pouco Catholica, com que muytos Príncipes íc fazem
poderofos Tendo Ícus Reynos agoas ufuaes , onde todos os
fequiofos a pagão a íede : havendo lo de ferem eíte refugio
paraosCatholicos; & para os mays, como as agoas parti-
culares de Clitorio, Cidade de Arcádia, de quem fogem
todos os que laõ inclinados ao vinho. 2 4.
2.4 Vinum tadio v,s , qui ex
Clilorio Laci/ bibíiint, Pimi.
Qitorio úuicumque fítim de fonte íeVarit* w; » • .«/>.>.
/.*.'* J J »Ç rtltHtó tUjm,quOtl bibit
U<*tt íot , tjl pérvttfmjenfia Jatuf
/-., ■ / 1 r . ,7 Sàcm Scribtuine/JLt vinu^auo
OVid. 1 5 . Metamapb. i»áru»tJ R<>*'ic\ </' iLi
Scriptura tiule iHteUcãa. J'.c
. . r . ' „ . furmnthcereticivin : ceflJo-
No vinho uiado com immoderaçao temos hsrejes , & Brhaerrc»ca.o.Bie,o».Gre-
ereíias a lua lemelhança, porque delles tem osefteycos.f^ JIIfXona t .erh3.,,„um.
•25 Quemconfentioem amà companhia, permitio are- *6 s»rar«w » Hnmortif»
J3xaçao: (Jquc nao aparta acame contaminada, da que uqu*c*rnu pane dmwjit*cõ-
mo eliáfentida, expõem a laã ale corromper. 16 *&^Z$^&%
ao amor de pay ,0 que arriíca a lande dos filhos na compa- mtrbuferftjtani^mwHnÊi >h-
,. 1 r a y y-, 1 ■ • r fravilú mfocielalí SjkBoi um
unia uos prevcrios: & tem pouco ue Catholico , o que tàZ f>.MmMferiift ,« e*»m}io fu*
.comercio do prohibido. /t^-;»,/;^«»ri/i^c
78 Das Serpentes tomarão os hereies , & profanos mui «lurutruan
a aiiucia , com que intentao inncionar com ícus cícritos ,a fcrove„,„0,„fici/,.U: .,<.,„,/,„_
pureza da fé,&doscul"iumcs. 27 Quantas i.\ó asefpeci- rcthi /"•<**«»* M'ij»rí/
, 0 , ', ^~~ , ' picteí. falir duui L-uri'. m
cs de Serpentes, tantas laó asdiflerença» de léus venenos- jw-.^-í. .
& quanta he a variedade de luas cores, tanta he a que le wn,aqlgí„ _,,, ,/,.
xoerimenta em onotivode lua ralidade. qS O eltudo í"" ;/•""' ■** nt jc:°c>
, i • /- ,. . T ' 1 r' CíLro. iflâúr, hv \ i. .
dosnereies naole aplica a introduz,» humioerro,qu2n- ^t,uj v^ii^ii serena.
K tas
acri
74. O $<%JHClfE WS QAT. TOMO 11.
tas laó as faculdades, que profeíTaõ , tantos faõ os géneros
de veneno, que vomitaó j íiuns o lanção ao longe , c omo a
Serpente Quintina, cujo iialito tanto mays inficiona,
quanto mays diíianre fere: Ekondem-le entre as tolhas de
léus clcritos, como a cobra, que le enroíca entre as dos
matos para íe dilatar ao longe j tendo tanto dealtutos,
quanto de venenofos. 29 Saódiflerentes asclpeciesde
JioZquc^fdtiwnio. lerpentes; huas, que matao aos que dormem: Ha tícnto-
Mãyni.-iti. res ^ qUe arruinaõ de todo com luas profanidades , aos que
vivem delcuydados da morte. As lei pentes, a quem fJtão
forças , fó fe atrevem aos animaes pequenos: Muy tos buf-
cáo fcquito na ignorância, que com facilidade atrahcm afi.
Junto ao rio Euphrates ha ferpentes,quenão mordem a
,0 ^nflcieUf âe^iãmira. inferioridade dos Syrios , fenáo a luperioiidade dos Gre-
cep.iv&nt.affirmaufiuJggQz-. ^o Muytos hereges , & profanos tomaõ por alvo
tpfum circa Eupbraiem , fra- , r r J i- i o i r C i
jhiinicowpertumrfc; numu de luas ltytas aos entendidos , & poderolos i, razendo
Ztl%"XZ:4Z7t?l »ro_á cabeça, para ficar fenhores do corpo. EmMefopo-
qucfiuvupartcm,irii»f<anuiti tamia, região da Syria,crião-le ferpentes ,que naõmor>
altera tu ripa pofiti òyicr der- , ° . r , .- . ' . • _
mttKitt non Lrâmt , G,-*cU deus , aos que delcançao, ienao aos que caminhão ; 3 1
7u7ub$TUHU"iu" K'"yo' nos que naó tem tomado aííento na vida, fazem mays im-
*• l»Ue[opotamiaemmSy- prefiaÓ OS CrrOS.
gui quijjm jèrjjwvi *»fiu*- 79 Pelosares le introduz o contagio nas partes , on-
lur^uiMiginUnonmoràeaht, de naó pode chegar a corrupção da fera. Naõ falta vento.
at tn externos magnopere Juvi- Z o r 5 *
jin.Uemibi. que leve aos Palácios a peífonha de muytos Eicritores;
em cuja liçaõ acharão alguns Piincipes a approvação de
íeus defesos j porque nelles viraõ abonadas luas inclina-
da ^,>$Meas Sylv . de dtBií.tf - s-\ - j -i j • ^ l~\„ *. r
faSu.sVffo„p. coes. O que nao poderão obrar as medecinas em Dom A 1-
nu1(„„,„/(;<ím{siw«, fonçoReyde Aragão, confeguio a lição da hiftoriaJen-
etiamob cauf*t>i anibuhmusyfit ■ . « j i 1 r • • * •
natur<n»mn,Mt*oiertmur;fic doa vida de Alexandre elenta por Quinto Cutcio. 3 2
tâ^S^ÍZ Eftaíaude caulaem os Príncipes a liçaõ de I.vros permi-
tram,iiiort,mcii»ni, quaft co- tidos i mas a verdade deftes ioy doença p^ra muytos :& a
loran.Cicer i.JeOratio. . , rCn- í 1 À n j i L 1L
4 4 kfieeivi mimaria the- mentira dos lonlticos, laude. Com o enudo do trabalho a-
^w^S^^^í^yo^ anima a própria Icienciai 33 & quemdeuoluf-
ta*ut,iu<]uamraU<, ,aVeihgã- treao ouro excedendo as regias, efcurecéo-lhe o quila-
JcCCrpH.fí-iti.lerjcrvzn.r a r- ' 1 ■ ... , V
s.L>nr?KLjufi,n.ubjcus. te- A lciencia de reynar, tirou principioscciros da hç;»o
v>t<tcap%. verdadeyra : tomou das noticidS ,oque lhe faltou daex-
iS laeo oním cuitoiiia anima / ' ' ,,
fcrvanda^eperfc-mor.uvoíup periencia. He a memoria depofito, onde lo devem enthe-
fimuia^Àl: vduti, <,L*e zourar o preciofoi 34 & íazer thezouro do vil , he para
mnatummtiitèoHcinnant^a* gente <kb ;y xa forte. Muyto ha de ler , quem de ve acei rar
q«c occithit. S. Bafil.kom.2q. u ,. J J ML J 1" 1-
dcLegend.hb.Genti. ° remédio a muy tosiniás do iitilna de ler a Jiçao^ 35 por-
que
EUVKUZA IV. 75
que os Príncipes 1<5 de Aia obrigação háo de tereftudo.
Para todos he inútil a iicáo de muytas matérias , 26 & *6 L*Bio"utiòrut»w>}umh
para os Príncipes pcrjudicial ; a aplicação, que o Empera- babctai;qu,dv*&umj5i*fuit-
dor Eraclio teve aAftrologia judiciaria, lhe divertio os /f" tettesa Et'fi- *•
cuydados de lua obiigaçáo 3 fazia eftndo, doquelóhade
ler divertimento. 27 Emprendéo Alexandre Severo, p , . ' ,, ,
Jl r '17 rrcbatMjemprr libres le-
Jcr todos os livros que tinha na lua livraria, 8c faltou 2o^'^f':,lr-'-"'ã0i"íal"",i'Vír
-'ji .. , r\ Ti nbucnT, aJ pnerctrede.
governo: quem nao pode ler, quanto tem os livros, balia Uemíbi.
que retenha , o que delles tem lido: 2.3 não acredita a
oceupaó fendo infiu&ifera. 29 O fru&o.queíe colhe »*««'*«"«« W^»*:
dos livros vedados ,hemél nocivo. Alexandre, filho dei- '<•<?■" ibem.h
ey Pnihppe nao ha dos poetas lenaoa Homero, & per- ^um^k^^J^.
guntada acaufa, porque fófeoceupava na lição deite au- <st"fi-<>pudDicg.hb. ,.
tor,refpondéo; que nem toda a liçãodos livros convinha „.„ , , ..
' ~ . ' ^ . * 40 Dio» K/fi9 de lnf.ttut.
aos Pnncipes: 40 roy particular empenho daquelle trm.orai. 2.
Poeta, enfinar os Príncipes a reynar com mageftade, &
sjuftava Alexandre as operações com a doutrina , para o-
biarcom decência. Sabidaainclinaçáo,queo Emperador
Gordiano tinha aos livros , lhe meterão entre os de que
fazin particular eftudo, hum, noqual perfuadia o Autor
com razoes politicas , ler de utilidade á veneração dos
Empcradores ufarem de feveridade : Leo Gordiano o ar-
gumento do livro, & a tirando com elle ao chão, levantou
a vozdizendo : Quem me lanaue fie Veneno , em o meu comer} E
não focegouatéo ver porto no fogo j 41 eníinando aos
■Príncipes acautella,quehaõ de ter na efeolha dos livros, 4' Pater ^4i»hóftuiie*du-
1 L o ,>• 1 - j 1 f " lioinCtttbtua Hiihr, verbo Je
quelem j&ocaltigo que haodeda^aosquenaoíaopa-^;,,^ „/,M
ra lidos. x\ moralidade deites exemplos ,elpiritualizou o 4* Giorhfui Mcntcbomm
„ • . n • , r ' r Dux, Migifttr,* Lcgifcr.
Príncipe dos Patriart has. 4 2 d. Ser». inferi», s &e»eiM.
. 80 EmocopodorefcCtorio,ouCalizcomolhecha-
fnãomuytos-, por onde culminava beber São Bento, lhe
UnçmoosMonjes veneno; com erte, disfarçado nabe- ^^iSÍSÍBS^SÍ
bida, intentarão dar-lhe 3 morte- 42, Ao$ que feadian- nwvran cdp.-y.
«aváo nas carrevras premeaváoosScirrhas,com Ihedarem
7 i-\ \- . ■ r ■ 1 /• ...U, ~ 44 Bokr.íCTiutiomaz. titula
humCahz-, 44 entreas inliguias deque lecompuniiao j;^,,,.,,*
tauuíodos E.mperadores4era húa redonuideouro ,&: pe-
dras precioías, que fabricou Paulo Emilio para ferviço 4> h rf^d^xr .^.f,/-
1 • 1 11 ■ TinebantJaCiêQirblaUnt, qutr»
dosDeofes. 4^ A ventagem ,queo Principe dos Patn- ta»im ^jÉ^m^uridee^»
archis levou a todos, os quedeipois doslagiados Apolto- urchu;^u^
Josleguiraó aChiifto ,acakfica o Angélico Doutor pe- »itodei\iu^f'i/x?r).
K 2 1*
76 O ^INCITE DOS VAT. TOMO II.
46 CmmgHumin qua»3o- \ã mays eminente. 46 O triunfo, quealtançou do mun-
que, quoâ untu homo lepentem , J . r» j l II F - II - 1
cijtiaiaítiorigfàâtf/hfiiuiu do , todos os Padres que delle eícreverao , o celebrao peio
**jfMx àc tsoio BenSj,8o. efclarecido: donde não fica va ícndo pouco miheiio-
fa a apparição do Caliz nas mãos deites Monjes, diante
de quem havia excedido na carreyra, & triunfado do ini-
migo, fcnáofora o Caliz como a redoma, cujo licor lan-
<7 htquantu^Hgtitueffu- çouo Anjo contra o Sol, para lhe deícornpor a virtude,
àn FlnaUm tuam m Solem , (J »-..-, . l » ' f, -. n I
inumeft,in«ftuajiii*eb,mi- 47 k"e premio davao a bao bento pelos querer aper-
n*ri8wL*0tec.t6.vcrf.i. feyçoar na vida ; mas ficou o Caliz porhúadas infignias,
que acompanháo os eftendartes de fua virtude.
8 1 Na mefa conventual, onde na companhia de ro-
dos os Monjes tomava Sáo Bento a moderada refeyçáo,
comquefempre fe alimentou, lhe offereccraó da bebida.
Puzerão-fe diante do Santo, tendo o Caliz em as mãos,
mays diítante do que cuftumavaó fazer, & pediraõ-lhe
lança-fe a bençào como era cuftume. Levantou o Santo o
q*/c'!jUf™o?u!l7bmblZ braço, & foimando contra elle o final da Cruz , fe fez pe-
«f'''»^''^'''" " '«^e A^-daços o Caliz, como fe lhe atirara Sáo Bento com húd pé«
Mttum^xicHfsmw uencJi- ara. 40 Creia a gentilidade, que os Ueoies aíliitiaoaos
Busfignum crucU edidntf vat j
quod ivrrgius tentbaJur , rodem »■*-"* vltta«
fignorupit: ficquo conjraQum
eft,acJ:inrlIo vafe mortú ,frt r v r • rt 1
crueeiap,dem dsiiffet. An f ocos oltmjcamnts confedere lotigts
d. Grcg.uUfuf. Moserat, $0 menjtaedere adejje Dm.
OVid.^.Faflor.
Reconciliavaõ-fe nelles os ânimos encontrados ; & ò
comerem juntos era o mcfiiio , que apartarem de fi o ódio:
Marco Craflb, havendo dehir para a guerra Particha,&
querendo fazer-fe amigo com Cicero , rogou fe para ceac
com elle j aceytou Cicero aofTerta,& logo fe desfez o
ódio. 49 Scipiaó,& Afdrubal da mefma forte feamifta-
40 sic lAarcttsCnffus, ad raócom EIRey Syphasj 50 & as contendas de Arthe-
n^c,cVrhnTcfSurMma' menes,&Xerxesderão fim, comfe atentarem ambos a
inimicumrtimqucrciqitareeâ fuíamefa: 51 Rodolpho, afíy metigou a payxão do Ab-
amict compeliam *bui eum fe \ J J o /^> 11 - C n. r ' J l - C L Q
dixit-vtiitc*»»re,é<. Mayoiia bade de b. Uallo. 5 2 titã lociedade , nao roy baítante
i> Puniei. ânimos gencios, naõ pode obrigar os depravados.
51 Jujliniis lib.i. o e ., t\ "~r rr •
it May,i.usubifnf. °2 oemelnanças tem eite luccello , com a appançao
u Etmuiitr ■:^«/^f»:doApoca]ypfe,ondeSaó [oão viohúa molher,que tra-
ebowinjthné. ^poc.iT.icrf.^ zia na mao hum vazo de ouro cheyo de abominações: 5 3
pci~>
E U Q ^ fí Z A VI. y7
pelo qudl entendendo-fe a Sagrada Efcritura viciada com
os erros das herefias, 54. disfarçado com o titulo do livro
mays faneo, iazia apetici vel o mays peíufero veneno , que
oceulcava. Eíta inolher communicava os erros em bebi-
da, pira que como luftento fe converteíTe em natureza.
Perderão o iuizo todos os que delia beberão; «5 < por» «4 MuHerbtcíahiupoca-,
que íe apartarão da verdadeyra relígiao,donde emanamos ^;ií,íf/,t,„W; ,,; fflJ,;il , ,Jt;í,
todos. 56 Livro,ondeeftavaviciadaare]igiãodequeíe j^jR'*'8'^^
compunha a vida deites Monjes,eraefte Caliz, queorTe- °- ^«toniutãsPadua .,,-.
,, - r> -il J 1- <L Fragmcntujup. situe.
receraoahaobcnto; miiturado como licor mays nobre, <í% ívúTítíujun^quiAinbi-
eftava o veneno mays refinado: com o abito, & eftado ^^^dcvinoyimu.
.. . . ticnuejw.
maysperfeytOjOsvicios mays indecentes.Invadiraõavir- bfpoe.uttjup.inrf. i.
tude deite Pnnci pe , por todas as partes : inexpugnável a - tum hltretici^ex ee> iuclS e.
charaõ a fortaleza, & encomendarão à difíimulação,o que g*/fifi*** tcc;cf,a^n,^,t
' 11 1 Junt traaanler doarinxm erro-
nãopodião romper apeyto deícuberto. Palleadocom o ne»m,m Domo Dei fur,qucm
fuitento lhe quizeraó introduzir o mortífero ; a falfidade ^S^SfSr
da doutrina , com a capa da Religião. Bem podia Saõ Ben-
to ler por elte livro , ou beber deite veneno, fem que com
elle perigafíe a faude , porque tinha em feu efpirito a tria-
ga. 57 Saudável fez Chrifto para feus fer vos efta pota- -- d«-*/>-/í«/ít«/««/í<>»«
gemmorntera: 50 mas ainda que Cnriltonrou ooley- inemfr*t,»mmmmtferttabu
to ao veneno, fempre no veneno ficou eferita a culpa, por tur )!"""{Lrry" p'u"cm f;
queteftemunhavaomaleficio: 59 Era São Bento San- d .Greg. Mag.Umii. >9./-
ro,& Príncipe, &fecom a virtude de Santo podia beber "^Ètfimorifftrumquiia*
da po tagem, pelo que era , naó covinha ao officio de Prin- bcr,n,> ntn e" "cccb,t ^*reiS
ro'11-' ^o Orr.nti enun vcneKttm ca-
cipe, pelo que reprefentava. cuUntuiniquU&aâverfitvir*
03 Arrebatado em extalis vioSao Pedro, que do tm„ts.B»pim.
Ceo lhe punhão por mela , & iguarias a hum lançol , no
qual eítavaó todas as fevandijas da terra ; neftas viíias ou-
vio húa voz, que lhe mandava matar,& comer delias; a cu-
jo mãdadorefpondéoS. Pedro; que de nenhúa forte o ha-
via de fazer ; porque nunca em fua vida comera coulaim-
munda: 60 reprehendéo-o a voz do Ceo, de que cha- J^£Sfâ£,£
mafícimmundos aquellesanimaes, porque Deososhavia te»,» M°g>»< »>■■■■■■ mquoer»t
. r , J . , n r omnUauúd\Mptài«^SStTftn'
ipunhcados: masnemaindacom elieleguro,quiz comer xiaU„< y%i9in>h»c*u. Et
delles o Apoftolo : 6r Que São Pedro os naó comede f^^o^u*™-.}^?*-
antes defaber, que eraõ purificados, dava latbíaçaó ao i,us:Abf,iOimwc,qH:**»rcu*
ivino,que prohibia comer animaesunmunaos; im,!liraum, ^^a^.vnfi
ma^deipoisda certeza, dequeonaõcraó, maysparece'oa "Wí-.
r , P r - j r 6l U}'(dDc">fur'^c':'tit
repugnância erley tos do alço, que lhe caular ao, do que cl tom^m m d,xcru Mjtrj. , 5
K 3 ciupu-
78 O PRÍNCIPE WS ?JT. TOMO 11.
crupulo de violar a virtude , queo prohibia : mas on.ifte-
rioefieve, em que o Apoitolo, ainda que por Sdmopo-
deíle comer dos animais lendo venenoios,íem queperi.
gafle, como era Principe achou , que lhe não convinha ía-
zello ainda deipois de faber ,que onaó eiáo, pelo que fe
lhe reprelentava na vizáo.O Lançol , que tinha tm li toda
afórte de animais fipuravao livro, ondeeftavaõ aíknta-
i,br«m Sr.-rjCru,in quo ir.-nt vos os )iútos,(k os peccaaovts : 02 com cita inculuiaj
m£'™Mt&Ji*ftf.v queosjuftosefíaváo oceultos entre os peccadores ; fanou
deo\i,., jit.l, v,ti.c. io n A. cCtcs m?.ys, Sc osoiKTosn\Qt)0Sj 62 Sc como São Pedro
6» Lnrt lamrn in hoc vaie • i- .... . • f - J 11
f«u^a^n nuLajcdpe.fal,. vio ao li vro ta o viciado , na o quis ter iiçaodeUe \ nao quis
ea&M ^mt^du.bjcolna. ftber.do que nelle fe continha . Efte livro foy oflèrecido a
òao redro, nao lo porque era Santo, lenao,pcrqueera
Principe da Igreja: & fenaó perjudicava à ína virtude , era
indecente alua dignidade o terliçaó dehú livro vedado.
AíTy foy , ao parecer, ocazodo Principe dos Patriarchas,
como avizaõ do Principe dos Apoftolos ; a fantidadeaf-
fegurava a Saó Bento , poder golíar da bebida fem perigo;
afiy como a Saó Pedro comer dos animais fem receyo;
mas adignidade,que hum , & outro logra vaó, foy, a que
naieprefentaçaõachouaindecencia.
48 A vozdoCeomandavaa Sáo Pedro^comer dosa-
nimaisj o intento dos Monjes era , que Sáo Bento btbtífe
doveneno.. De animais fe compunh.iõ as folhas do livro,
que fe reprefentou a Saõ Pedro em o lançol ; com o vene-
no eftava viciado o livro, que fe figurava a Saó Bento em
oCaliz: para que fofleaceytadeíies Príncipes a doutrina
de que trata vaó, obrigava a húo preceyto, 8c a outro 3 of-
ferta. O Ceo,& o mundo tem feus livros, tk empenhaó-le
comosPrincipes,a queosleyaõ: hum,& outro como bul-
cão lequito pertendem,que os Príncipes fiauaõ a lua dou*
trina;porque naõ fefa tisfcizem oslubditosde outra, fenaó
daquelld,que vem aos Príncipes obiervar emas fuasebras
Queyxon-le Deos ao Profeta Ezechiel,deque todo d po-
vo lefuilentaííe lómente daquellas coufas, que feus Prin-
64 Etovtrmeaiiuquaco»- cipesnizavaó comospés; 64 E tão comcííivd fe fazia
culcattpcdil>iu*;tirufuerar,t, V, • 11 r Tl
pifccbiniur: tf qv.« pc Jex vrf. com cite mão tra to,aquelle 1 nlten to,que as von tades mays
HzcckuiUi^verf.xa. ocíconiormes,&melindroías conoidoas ck- hunrpovo,
aífy gofi:av.-iõdelle,quenaõuzavaõ de outro ? A nenhum
caufava afeo , a todos latisfazia o goíto ?.Si : que o fulltn-
10
' t+
EMVKEZA IV. 79
retorque não lhe fatisfazia outra doutrina. 6$ Enímava .*< Bibuntoveituthetampe
Qciuo Ungullano a arcicular oíeu nome,nao a todas as nHam,cumfuV]&i<aaàuYm-
aves, como o fazia Annon ,fenáoló a Águia :hea Águia ^^P^M
Ramhadasaves,& achou, baftava para todosoeftimarem, v"***** ?*&&* %»vrciià
r . c • n- >» òjva isâlicgcna.tii. bibcrc.
ler huamagdtade a que o proieriíie.
85 OmodocomqueeltesMonjcs intentarão intro-
dufit em São Bento a talia doutrina , era com húa novida-
de j porque ainda deípois deabendiçoadoo veneno ,pcr-
íuadirão-fe ,a que ficava mortífero. Queriáo perturbar a-
quella republica de efpiritos,deque leanima-va o de São ft om„i„mjufteru»>ftiritn
Bento, 66 & valerão-fedenovasopimões:eíusnáodaõ f'lenu,S""-
oucro fru&o em todas as republicas : 67 à dos Gregos, . „ , „ . r
faltou a confervação, porque defíerrarão a doutrina anti- perandamperfiSam mn»u™,
gua. 68 Mandava Deos dizer a íeupovo,queícmror- ceopimo«ctfrifcL,vom;M
BiaíTedosnaturaes da terra, quaeserão os caminhos mays ®c\ ■/M° ^h*tni\ >"jn l,b-
1/Tii • 1 r dt Sacrificas u2bel,U>Çaim.
trilhados, & queandàflem por elies,para caminharem ie- 68 os i^isto,i«6f«i
guros. 69 A doutrina nova não he etfrada íeguida,f^lta-{^^^;^";;^^
lhe a frequentação commúa. O povodelfrael perdéo-ít "•"» "<"»'« «*•«?»* w«'«
em a parte, que nao tinha laida; 70 a taltadetnlho a tez im eftfcnex. D.cjnitujiíe-
monte. Todos os Elcritores emprenderáo, abrir caminho Xjn'J/f ■\-t""r' J"*'""">f
a nofia intelligencia ,comleus difeurfos ; mas os de alguns, iu>ntjfn«* Gr*cot.
naotiveraolaida ; rorao pararcom elles aparteinhabita- Uquu^u*f,tv:a bina, $*•»>■
vel, onde não encontrarão fabio , com que apoyar fua ^/^'««.-í"'^""'»'/''-
doutrina. Aconíelha a Sabedoria, a quem anda em peitem 7o Errarefi&^it<»m*iè^§
1 1 r - n 1 -nonin ti*. f'Jl.to\ .v?rf ai.
coes de alcançar fama, nao palie os termos a que cnega- ?i Ke u;„^reã:3rií „.,„,.
vão feus antigos. 7 1 Querer dar faida, ao que os anti- >*«*}»»^ f»»f»tf« ••,'"*
gosnao acharão vereda, pertender introduzir a novida-
de, que não delcobrio ouzo,& que não iníinou onatu*
ral, inventando novidades de vocábulos ,que offendem,
&náo agradaõj sfícócando no raro,orediculo, nãofer-
■vindo á clarefa de fraze , lenão de desfogo á impertinen- 7r aw*<w moter umerft*-
cia , he diliriodo juizo , p,rto da preíunçao , frucb da oc- ^$Eg&$£t
ciofídade, leviandade da altiveza, 72 contemporilaçio
com o tempo, ou falta de fr u&os.
85 Eiies autores, fió femelhantesaosdcfgraçadosj
porque eftcs,naó acháo agoa no mar ; tern , no campo ; ri •
quefa, no thefouroj& ouro,na mina^&caquellcsnãoachão 7, QuotiquirtcntUorvcg-
lciencia, nas lciencias. Para adquirirem kquito dizem, que lcJsJ:ct „„,;,._..,.
aÍ.:áncaráo o que nunca leexccgitou: 73 Eo Evange- r^^f"'^""^'-^--'-:^
liita São João, para angmentar o numero de léus IJtlci- vivuthituauiib.t.etf. >8.
pulos
8o 0 M(!NC1QE DOS $AT. TOMO 21.
pulosconvidavaatodos,a que aprendefíem dtlle adou-
74 char\!TimiMnminiiUtm trina ancigua: 74 Náolhedeuonome de nova, porque
novuwfcribo vcbirfed mtnJa- O ' ' . . - * f
ihvtiM,qnodhabutjiis«bini:- ralava verdade no queperluadia j oc elcrevia parau[iii-
l„.i:/,//./^.^'2.^;7dadec|OS(]UedoutriI)ava#
(Percwitatoremfugito : mm gárrulas idem ejl :
' ÍVf c retinem pat til <t commtfjafidehter aures.
Horat. i. £/>//?. 18.
O ouro fendo omaysprecioíb dos metais, fcnão he
polido , não he viftofo. Convém , que a doutrina anti-
gua le efmalte com oidioma ; fe faça agradável com a
diípofição, &quefe fublime noeiVillo. Chrifío dando
com lua vida luz ásantiguas efcrituras, fentado fobre
o monte, inilnou ás turbas a intelligencia dos precey-
7í i~lJí>:ij,fu»tttrbM,af- tos do Decálogo: 75 na alrura, que efcolhéo para ca-
eenjit, ia montem : :: tfaperi- > r\ r i • i •
cmcju-.unâ.cetiteos. deyra, moltrou o auge, a que lobia a doutrina antigua.
Mtnh.^.vcfVfeq. Sendo Chrifto oSummo Legislador, & a íua doutri-
na nova em aterra, eícrevéo o Teftamento novo, com
,v £ . as letras do velho Teílamento. 76 A antiguidade heref-
ieriUteraimpre]í.»merix. plandor da nova dou trina. Para engrandecer a íantidade,
&gog?n'X ' ,.U' Pe~ &fabedoria de Chriito dilTerão os judeos, que refuíci»
77 U2'.*i»-opheuumtsdea». tara nelle hum dos Profetas antigos. 77 O Efcritor ha
■Lucccqvtrf.s. de fazer oofficioda lima, aperfeyçoa, mas não falfiHca,
^JZ{l)!7í'rca:ll3C^h; nem adultera osmetais : afly o efcritor, ás efcrituras : 78
t^wpon.^ame^tu^itmentur, o que obriga a adulterar as efcrituras , fendo a falta da ver-
fo1iar.tur:fed nef.xs e/l,ut com- , \ ° ,- r , , .- r
t»utentUr\Hidttrunce»tHTtut dadc,comque le elereve, he também quererem ler lm-
"e»}IZpr'z/riee''t''a **'"" gularcsna doutrina de que tratâo ; fogindo da inteligên-
cia cómúa, para fedefviarem da companhia dos mays. São
os autores teftemunhas • 8c pormays verdadeyros , quefe-
jáo os eferitos, neceííitáo delias para abono. Ordenou
Deos alfaias ,efcreveíle em hum livro o nome do filho,
que lhe havia de nafcer: feio aífy o Profeta; & baltando,
79 Sumeubnibrum grande, queelle mefmo firmaíTe efia ordem, para fe lhe dar todo
£? lenhe inro(ly!oho'iJm,i, tf c. J- i ' r r 1 i n I
Etadhibuh mihi tlftet fideitr, ° medito, ajuntou a lua hrrna, a de duas telteniunnas : . 79
^iZ''\Srtce*0U'Y6'íscha- era escritura, & fem ellas achou Ifaias.anáo teriáo por va-
Jlda.
87 Poucas faõas flores , de que a abelha não fabrica
mel ; & a razaõ , porque o não tira de todas he , não achar
em as poucas de que não uza, a virtude das muytas.de
que
MMVfEZÂ IV. ££
quefeaproveyta. A finc:uIarklade'Iieefieríl,&c2vi!oza;
8o hecomoafcrpenreL>iança,qiie encobre.com oodo- 8o **">&**<& inféevpis,
• f j' • 1 1 - i - ?"" K0" docet ni/i errorem , 2?
TirerOjOteu veneno; -em quarto Jhe nao conhecerão a vún- chimer»m,tavihfije»g,tSutor
Jicia, vefcdi aíTecor fragwnoia, &: defpois.fó teve gíffio 'V™>''0»f™*''^ *"/'>/*'
' -T , O » r ' 6< r^juaderemahtiamjubutnbrae-
paraick»'nçaro©.íogOi'porçjue<í>ium.od£Íle^diz«m.,j>if- '»?<««"/>. ?*n*rHcBor d,s.
r jj ' L O o n ■ - • bernardo inv.la Moyfihb. i.
itrrva de dores <ae-C3beç3. 01 beos Príncipes nao quize- <-J£> ,»0 .,.9,.
retn enfermai-, foça o meímo aos livros vedados, & ÍD- ?' ^"'f*'* *'&'*'*;■& °-
preiticioíos j para que no^engarrodoodorfíero, não finta ràprovecb«f*,noúciMfoi. 1,6
oseff;-ytosdap.otagem,emqucfcrcprefentavaania- "9-V-*-»***»**»-
Jignidadedefuadoctrinazdaqual livrou Deosao
Princi pe dos Patriarchas,& guar-
de açodas os Principes
Catholicos.
DEIXA
DEIXA
S BENTO
A COMPANHIA DOS MONJES.
£ M ÍP %E Z A Vi
88
ERRIVEISÍaõosmaIes,para
quem não ha medicamentos. En-
finouanaturefa,&defpois a ex-
periência, remédios contra todas
as enfermidades.
Omnes humanos famt medicina dolcres.
Troperú. 2.
Só
mmur
iti
EU? KEZA V. 85
So parahúi não receytou medicina, porque todas, ■
quantasihe aplicou, não íortiraõ cfFey to : dey xou incurá-
vel o mayor mal 3 porque naõ acercou a cura a ingratidão.
Os medicamentos, iaó armas de que le ajuda a nacurefa
para vencer ocontrario : lendoosbenericios os que amé-
íinhãoa neceílidade,aproveyta-íe deíles a ingratidão co- « s"»t mim quii*m mim,
mo deinitrumento,paraottenderoaricctuoío. 1 {Jaòig- f,j,cl!:c,K h\ ;í]lllbtlr lbi,Jt.
nidade, em que le vio o humilde Mutfiphlo, fez amvdsjí""'' ^"'"i" lie"c'fic'-
* „ t a I •• 1Z demum interfe c-
com que matou aohmperador Aleyxo, que oiubioael tu"ft*Murr,pbtoquoàjamis.
k: 2 do fenhorio, que chegou aterTheodoro entre os t^Z^St^'
Godos, nafeéo a morte, que deu á Rainha Amalaluntha,q ***•/**>* offiçfoa verto /»-
o fez feucompanheyro no governo. 3 Oenfermo rece- * ^imaiafumb» Gtnru ne-
bendo a medicina, & náo obedecendo a ella anaturefa/r,r/í''^J-/?^"'J c"^-
augmentaomal : vay em crelcimentooingiato,fenaõ o- &»• confine adegam, idem.
bedeceábenificencia, que o obriga. Os A thenienfes ex-
cederão a todas asnaçoés,nefta culpa j tiveráo osHeróes
niays benéficos, & a nenhum rcfpeytaraõ como abem-
r n 1 • j- 1 r r - 4 VaUer. Max lib .f.Bjtti-
tcytores. 4 He o mal irremediável, le an3turela nao a- pFuig»fu,i.b.i sihèticuíi.-,
iuda as medicinas: vai taó pouco a nacurefa com humin- ' .£*"" " x :;•■'" M»*«fin**
grato, para o fazer agradecido, que Pharnaz leopos a leu reguobfedit^adrtecemjpo»-
rmaoMetndates. 5 O Emperador HenqueV.a leu pay tbãHUt,„£lBioH„^
Henrique: 6 & nas guerras civis, íolicitava a morte a 6 *?«"/«' ui»f«p.
. ,. r ru s^r? 7 ldtmibi.
Annalio,leuhlhoOuio. 7
89 Para que os medicamentos náo exafperem o acha-
que, obíerva o medico a conjunção, &eftado da Lua ^aug-
mencaó-fe os males, com o crefeimento do Planeta: 8 8 Cauiurt&perfi8nrmeJ,\.
nunca para hú ingrato he mingoãte a Lua, porque o retra- ^/^S^Sí
ta quando chea: nefta conjunção, converte em ma lignida- /*«*«.• qnatuue crefcunthu-
11 1 J • n » 1 1 mores m omn-.bui. ]cjr,n:i a
de o benévolo das influencias dos mays planetas, que re- DivoGem.nUno ordims Pr*.
cebequandoprincipiaocrefcimenco: 9 aííy humingra- *«*•»***■•■ ^cw», tf
to, converte o medicamento dos benefícios em o maligno 9 Petrurde ^uguinLu»*-
umor, emquepeccalua ingratidão. Os sabinos encer-
rarão viva a Tarpeia virgem veftaltdevendo-lhe a gloria )0 Tarpeiaviipvefi»ihtqu*
de expupnarem o Capitólio 10 Calphurnio Craflb, »«■» "pi''»»"» ?»>» Sf
- *, c . , . ' ' .. 1 a<pti> ciifioji* eomifan , -> ■
defpreíou aBallacia, tendo-o livrado damoite,que lhe tiwpndidtt :.:feutit u .
-1 \/l/T,l- c J 'I„:~«^ nbrutã,1 úrpeio monte uomefe*
quenaodar emMdíIilia. ir Se a doença pnncipia no cit .Far,6fyud cw««/«-
tetnpo, em que a Lua anda na cafade Efcorpiaõ,hemor- pbMúmubifup.
taJ:Ordinarianicnte tem leu principio neíteíigno, a doen-
ça de hum ingrato: a influencia do Efcorpiáooflfende os
olhos j da vifta perde hum ingrato a divida , porque fecha
L^ 3 os
84 O fflLmCME WS TAT. TOMO II.
os olhos á dadiva. Intentando Alexandre, dar amortea
Clito filho deHellanice, dequein havia recebido opri-
me vroley te, lhe recordou, quem íe compadecia do con-
denado, os refpey tos que fe deviãoaefta obrigação ; ao
que relpondéo Alexandre , que nunca a tivera por benefi-
cio ;& não lhe quiz perdoara morte. 12 He impoflivcl
dar remédio a quem tem todos os males j o íer ingrato íaõ
^^/S^^^^todososmalesjuntos: 13 aílyquenãohe medicina, que
• } vixnu m»tedi8» cuMa, 0 melhore , porque hum natural ingrato he opofto á vir tu-
(um ingrata hominem ãixerií. . . ..l * ° A
Putí.Mim. de dos medicamentos.
90 Muytos,quenáoquizeráodar oingrato por in-
curável,receytarão,que tratando-o com aggra vos, o farião
&&2£wÍ5itZ& conhecer o beneficio: 14 porque o ingrato he como a
fanguexuga, que não lança de fio langue alheyo, fenão
obiigidadosgolpes :mas nas oífençasle porta o ingrato
dedifTcrente íórte, que comosbeneficios ; porque não fa-
zendo eftimação deites , que o obrigão , faz grande cago
m UafuntiHi omnsinoihi dos aggra vos , que o exafperáo: 15 he tempo perdido
vtor pluma, u.gr*tiaeft:fiquii querer extinguir a chama com o nutrimento delia : lo os
Fccc*,u,nt(i,piumke*sira*ge- *bos çc fazem mtlhores com as moleftias. 1 6 AíTentaião
rant. clautustn ranu. ,
16 sicuthniper contumeii- outros, continuafie com os ta vores,o que não quizeíTe ex-
Of melioret exiíluKl: itarepmbt ■ i ' r
debcncfJ^oreffunu perimentar ingratos: 17 o que naohe certo; porque ef-
D.ceg iniAwaiibut. tes faõ como os fequioíos; para apagar a lede trazemos o«
17 Scmpcrbtneficf5nonvi .. 1 , ■ t /- • r r 1 l - ti
àebu ingraiu. Traiiut âc <Af- lhos nas iontes, inas dei pois de íatistey ta a iede,voitac-Jne
"Ti7y«ii»htfi«g»i»e» a* cè{b8áhea'diiiiWolap fei ingrato, ofer ambiciofo, 18
amhtt.cu, r>:jximoPere,fcm. & dado que atonte leia perenne , & oingrato iníaciavel,
idemibi. necomo a área, que quanto mays agoa Ineiançao, leraz
mays dura : não deyxa o mar de ler falgado, por mays rios
deagoa doce, que recebe. Também efereverão outros,
que publicar a mercê, que fez ,& o máo pago, que lhe de-
ráo, he remédio para a ingratidão: 19 masifio hefJfc?,
Jla\uZ!le^M^T porque fupoem,que o ingrato nãoperdéo obrio de r*.
f4citpud,bunjiu,quòdna»fe- cional,quehe fentirmays a palavra, que ocafiigo. Não
tilgrattu. Bio4. ' n J l *, . r,
creou a terra monitronem mays, nem taodeíorme, que o
10 higreto homimnihiiptjut ingrato. 2o Todo o animal obta conforme leu género,
ttrr*crcat.¥i*bmMim. & naturefii; hum ingrato nem obra como bruto, nem co-
mo racional: no< brutos mays ferozesachou agradecimen-
to o beneficio jhú Elefante lcguio aquém o tire u de Ima
cova j hum Tigre fe fez domeítico a quem o livrou de fe-
melhante fojo ; hum Leão íuíientou o ioldado , que o li-
vrou
E M Q %E Z A V. 8$
vfoudo aperto, emque otinhapoifo húaferpente: 21 ai Patír ««" Bercorim ver-
donde aproveytando-leolavor,queiefezahuatera,per* íZ gu,j ,!C„ vtmt gratumi
déo-i'e,oque ieíaz a hum ingrato, zz ennondJtum
Qjhe damtii ingratií penitus moriuntur ibidem:
(Junque damm gratió, nmnera ViVa manent.
Cerman.
o ! O Sol infinou o remédio, em que não derão 03 ho-
més. Gaita oSolas horasemierviçodascreaturas,todoo
gy ro em que anda, vive occupado em utilidade de todos:a
elte bemfeytor univerfalapedrejavãoos Bithinios , & ou-
trosgentios, 23 quando o viáo no occazoj eftefoy o pre-
mio, que da vão ao Sol pelos benefícios, qdellerectbiáo; 2) jw^-fl. jjetonitu àD.
&ocafíigo,quelhedavaoSol pela ingratidão, quecom ?au]o- iT»aMCuit»Dw*
elle uzaváo, era deyxalos em íbmbras: delamparaloso Sol
foy o remedio^porque virar as coitas ao ingrato he doutri-
na, & caftigo. O mundo fem Sol, hehúReyno fem Prínci-
pe,& húa republica Íem varoésclaros.He morte eivei para
hum cego, faltar quem oencaminhe; &hecegueyra,para
quem tem vifhnáo haver luz,quelhaaclare. Deyxou Py-
rh?goras aSamosj 24 LicurgoaLacedemonia; Solon,& 74 ?po«te Pjtttena* stmS
Demotthenes,a Athenasj 25 Scipiao Africano, & bei- ^^^^^s.Bi^fj.
piaõNaílc3,aRoma; 26 foráoeftesos íoys,queilluifra- $»&/'*'» °&c*Wer- *?*'
r. . , , 1 - / ximusl-b. f,
raoapatna,hunsemasIeys quederao; outros, nas proe- L< &<iiãk tA&tnu in «-«-
I 11 Uuriam l>if:iÍJ»i , ubt ajylum
zas que obrarão i os naturaes pagarao-lhe coma^gravos,^'^^^,,^, M, ,.
&: elles caltigaraõ-nos com retiros. Levaraõconfigo toda c*ro>.M *upb»m»i» D,ã"-
a UiZjhcoucom elles, toda a eícundade ;lentiraopnmey ■ l6 Maxim* ub.%.
to a pena, do que conheceífem a falta. Corrompefie em
breve tempo a parte, que não animáo os efpiritos ; faltou-
Ihes piloto ao leme, 8c naufragava o governo j na primey-
ra borrafea fe chorarão perdidos , porque tinhaõ perdio o
lume dos olhos; 8c ficando íem leme, & Íem lume, era cer-
to o naufrágio.
9 2 Tem fuás horas de racional o ingrato, mas he def-
pois que padece ; conhece o preltimo , mas he quando ne- *? L'-lí:s s*1»»*1" . «•« ie
ceffica. Livio Salinator, victoriolo dos Illiricos roy tao fib, ghri» compara
moleltado dos naturacs,que deyxou a terra; invadionelte }u„tãrium ;xiliuni f„cfíSus
tempo Aníbal a Itália, tk os mefmos que o repudiarão, #:pêfifumfmÊcnm^m»
, . . 1 • rr y-v 1 ■ n • - C nibalc ltaliamopprurmttt.
lue iorao pedir os deítndefle. 27 Os de Dacia,nao ta- fUviJiwfupra.
L 3 ziaó
8 6 O fflyNC&E DOS VÂT. TOMO 11.
ziaócazodo ídolo, qchamaváooDeos velho, porque lhe
2.8 PetriuRauiimuJeNtr- falava trémulo; deíaparecéo o ldolo,& tudoforãodcpre-
caçoes, para que tornaíie: 20 em quanto Iphicrates vi-
véocmTracidjThimonthe,eniLesbojChabíias3em Egy-
proj 8c Chares,emIncigeoforãoalvodos delprezosj mas
deípois que fugirão , foraõ emprego dos afTeâos : O cor-
po defpois que enferma defeja afaude, quenáoeítimoiij
apreíençido Heróe helaude da republica, a íua falta en-
fermidade. Os de Si 1 la conhecendo a afronta , que lhe cau-
favaoConlul Publio Rutilio vivendo defterrado,decri-
minarão, refhtuiloá pátria ;& aquém lhe levou a ein-
bjyxaâj, rtfpondéo Publio; queria antes fe envergonhaf-
feaparriadeieudell:erro,doque feentrilteceile com feu
19 P. Rutiiiut Coh/ c». r d/i r • r j j
lAaniiijCoUgi.rtiegMw eft a regrcíJo. 29 biieriliza oingrato aiontede toda a com-
Í^Z£;::t::;;^:Z P"y «o5 feus termos &ò vento abrafador , que indureíle as
ihon.iaoubcjcat.qnamreJi- entranhas mays piadoías: 20 a auzencia do bemfeytoi
tu mctreat RaviJiuJUpra. i j j 1 j • r ■
ío irgrathudo inimica efi abre em veasdeagoa ao pedrenal mays duro jhe lua reti-
a»im*: cxmumuo merhorum rac{a vento n0rte, que expelle a névoa da mata mays den«
•oirtuiu clijperjto %bcncficiorum ' * t * -J
fercduo&venttuurentjic/wt la. Deíle remédio, que inlinouo Sol aos bemfeytores mal
wJi^fiuenugrMU. correípondidos, uzou o Príncipe dos Parnarchas 31 com
d. liernard.fup. Gant. os Mon ics Í ngrat CS.
*< Monachirum ordoincd* o l- 1 M r " íT I i t
fita Bc*to Be»*Ji8o , viro uti- 93 buccedido o mi lagre , ncarao allombrados osde-
jEr; ZEfyZZÉ linquentes; mas não fe affuftou o Parriarcha ; com grande
2..Conco,j.vetcritfnovneft3- foce po de efpirito.naó en tresue á cólera, antes dado á má-
menticab.\S^ D.Bern.m De- r i - r i l n l t
ciavauo/up. tece no, retiq. "dao, km mudar a cor do rolto , nem alterar a voz, Jevan-
pofi médium. tando-fe da mela, com húa cara alegre, & aprafivtlman-
douchamaros Monjes, quealli faltavão , & juntos todos
,,.„ „ . „ lhe dille Saó Bento: Deostodoboderofo, Irmaõs.Vos perdoe: por-
?i Mifercjturveftn,fiatrer ' J * ' Ç 'r
omnipoient Deus,quare i» me quera^ao haVeis machinado contra mim ejtúi coujetf nSíaõVosdiJJe
f a cere > ff a volvi/h ? Nunquid, , r n . % /? is% ~l l ■> O ci
»c»p,,ur d,x, vobu,qu,a leftrl m-> ^ndo mefojtes rogar para VoJSo Trelado , que os VoJSos cuilumes
m meu moribus mmimfi co*ve- fe)UQ coiiformaVaõcom os meits , nem a minha Vida com a Vofl ? ?ro<
Mn-c?lte,tfji,xtave(lro,more,J ■' . JJ
fatrtmvoiu quante, quiapoii curoji Trel 'do , que /e ajujtecom Vojfo trato , <3 modo de Vida, boi quê
^"^MgZrSMolti. dePM deflefuccejjòj naõ hey dejer Voffo Tajlor. 3 2
Cljp.i.
Si la deuda dl Maeslro tan devida,
TVo 'ty recompen/a , que pagar lapucday
Oy ha cejfido con el hecho Vueflro,
Ley natural de amor , j/ de Mm firo.
'BraVusinjuaBenediElma Lant. 4.
94 Efta
94. Eftafoyareprehençaõ, &eíi.3aclefpedida;na6
fe deteve São Bento em o Mofíeyr o , veyo logo em direy-
tura , para a cova de Sublaco , donde havia fahido. Re ve-
lou Chrifto a Santa Hidelguarda, que aífycomo Moyfés
fora o niays brando de condição, entre todos, os quehabi-
tavaó a terra , da mefma forte São Bento , entre todos, os
r I7C-T? 1 l_ - " ■^' **/*« iJ tirco Cantil*
que vi verão em teu tempo. 32 bra bao Bento todo bra- taitfr*dm»rumvrtuum?ie-
dura,rcfpirava,em feu alento,a fuavidadedoEfpirito San- ".""""> ^tmaãmoiã úoy-
to: a viigem Manaodiilea b.bnziua. 24 q»i'»orebimiurmterr».s.Hi~
delgirda In Exfufiiotie Regu-
la.
Con eUa el Santo rinde, 6> atropefla, A * De Sacc° Beíii Renegai
Vel bombre el ódio , de Tluton la rabia ai. u,x,t Bear* Viry, Mari*
Stendo delbiermo, en el luzir eftrella. a/uJ s ■**'&•"<"»>'>> -i-K™-
, , x , utian.caf. zo.
Líbia, de amor , y dei olor Arábia»
Idem Cant. 5»
Efpelho de Príncipes foy São Bento , fua vida o mof-
tra: emfehavercompaílivojcomosqueotinháoaggrava-
do, naõfó foy clemência da indole,tambem foy condição
da mageftade; verificou o principado,em não uzar dos po-
deres: aífy o aííirmaraó de Cefar, fazendo Conful, aC.
Meinmio, que ohaviadeiautorifado depalavra ; & em
não permittirofiTendeííem a Cornellio Phagita,quelhe
fora traydor : foy Ceftr entre os Emperadores o piimey- „ E*eatr!u*fanspofteaCée
roxrne ic coro-ou de Louro: 2 <i foy São Bento, entre os J* u™<»}"™«* '"£':'/'
Patriarciías opnmeyro,que íe laureou Ceur:& quanto i«j{;«/w«»ír«c#/iw«j»-
Jogravaodepremezia,moltraraonaurbanidade. i$.c«. jo.
95 Entre os Epithetos de Sáo Bento, fedeviza a ef-
te Príncipe, com o timbre de Leão, de Baxel, de Aguia,&
de Rocio} o Leaõ, domina a terra ; o Baxel, as agoas j a A-
guia, os ventos; &aAgoa, o fogo. Jurifdiçaõ teve São • vr,f<cunfcàtincUfr<mn
Bento ,fobre os quatro elementos : a terra não recebéo cm f'llcet ^tVí^fV^'-
.1 * dofromonialtbHfdfjiiiiituora-
\\ a num Monje, porque naõ eftava em graça , com Sao vit MignefanufiicoqHemruit
Bento ; a Agoafe-íe em mãos, para trazer a Sao bento, nu ^w,/frf/r/?„„.#,,A>,-
ferro,quecahioem fua profundidade: o Ar lhe mandou qfquanJoPiaeUumm^cim
r • /T r- 1 ■ n* 1^ J ' lib'ravit. In lerra ,qua»a> a-
trescorvos,queolerviiie,&obedecelte ; orogoperdeo quamieterrafraduxit inc*h
aaaivid.de, porque nãoqueymou á vilbdeSaó Bento: ^J^Zl^
mó fóneftcs , mas em outros milagres, nioftrou SaõBcn-tf*-. Magifcr Lco**rJw Jt
to domínio, (obre os quatro elementos: deites pode- ditttomminjirm. s,Benediã.
ies,que lhe concedéo o Alciííimo ? pcdia,Saõ Bento uzar,
para
SS OT^KClfE WS TAT. TOMO II.
pprs fatisfação tio aggravo , íazendo , com que os tragaífe
aterra, ou os dcr^inparaííe o ar ; que osafogaíle aagoa,
ou os íibrazafle p fogo : para tudo Deos, lhe havia dado
graça; mas como a culpa ioy de ingratidão, deu-lhe o cai-
nhem os deyxar fem paltor. Oprimido o povo de Urael
do poder de Seia ç,Rey do Egypto, entrou o Profeta Se-
meias , em Jerulaleni, parte aonde eftavaó retirados, os
Príncipes do povo, em companhia de EIRey Roboam; Sc
da parte de Deos,di|Ie aos Magnates: Vòs me dey xaftes,&
eu vosdeixeyemasmãosde Seíac: 36 reconhecem todos
«6 fí.f,-,í,rrfDfl„.;/,,.r.,.,/,c ferjitfioocaUie^&arrependendo-ledaculpajrefpeytou
lUl ^%t t%',p°Z :Deos íua hum,Wade ; com <?ue lhe tornou a mándar d,2er>
**&$■ pelo Profeta;quejarepremirafeu furor, & não feriaõ âei-
nuidos,masqueficariáofervos. 27 Opeccado,queco-
í7 Non ffillabit furor mtur , J « • Kl -■ \ C • r
fuperferufihm.-:; vetumia- meteo o povo, era de ingratidão; porque deipois , que fe
mKftrvitrteUhverf.* vioopulentOjfeífe idolatra: 28 & primeyroDeosode-
regnum Roíoim^confortitum famparou , do que o puzefle em efcravidào ; o dclamparo
de mliiitifiint lerem Dowini. n iv o f ' i~ J í C 1
i.Paríiip.caf.fz.vaf.,, íoy caitigo;&: a ticravidao,a emenda; o ler elcravohe tri-
buto do agradecimento, & para hum ingrato fer agrade-
eido, he remédio o defamparalo.
06 Em quanto aílifte o bemfeytor,nãohe tempo há-
bil, para hum ingrato cuydar, no que deve; diverteosa
luz , que lhe afliiU^obriga-os a efcuridade,em que fe vem:
a aufencia do bemfeytor os põem em trevas , & eíbs os
fazem emendar da culpa. Repreftnta Ifdias ao povo, as
calamidades de Jerufalem dizendo: Ellá defamparada a
multidão; efeundades h>bitaõ tm Jerufjlem; 50 mas
chegará tempo , em que o povo , ha de defeança 1 de tantos
trabalhos, & log»arhúa paz muy firme. 40 Enaõforaó
14 MuItrtuJotirbUrehBarJt . c r J • J 11
ten>br<*\vp*ij>atiof48*fMt. mays bem acey tos os lavores, iem a precedência daqueJJes
lf,uc%l TÁ\V , infortúnios? Para fueceder ella alegria, foy necfílàiio ha-
inpuichr.uuhnepacusdinta- ver aquella triuxza. Cometerão osde Jerulaltm, contra
Sttniculii Caiu: i * in rcauie o- »-« 11- r*/V £T„
fcitntaAbivvf.iv. Deos, a culpa deingratos, em preultiremnasoíitnças ;a-
plicor>lhe Deos o remédio, que foy auzentai-fe de lua
cópanhia: ficarão fem luz, & nasfon.bras, emquefeviraõ
conhecerão o mal, que havido fcy to; Tecorreraó a Deos
arrependidos , vifirou-os Deos mifericordicíb : o que naó
conleguiraõ os annos da afíiftencia, alcançar; õ os dias
do retiro: naó baftouhúa Coluna de fogo, que tantos an-
nos, os acompanhou nodtíerto,paraque oslfraclitas,fe
mol-
41 Viài cun&um Ifrirldif-
EMPOLE Z A K
flioftraíTen> gratos^a efcuridade os fez agradecidos. AiTy íc
houve Saõ Bento , com os Monjes, a quem a luz de fua af-
fiftécia,naó pode aclarar os olhos,para reconhecerem a di-
vida j aufentoufe delles, & as fombras, em que os deyxou,
íe naõ emendarão a culpa,deftruiraõ aos culpados.
No ay cafo , que a la emienda los cmVmqfo
Yafjy caflojufin, y cautiVerio
(Pues nené certo el mi fero defajlre
fòaxel) que de peccados ha^e el hftre*
BraVo Canto 4.
07 Prometia pouca duração família , que ficava fem
governo. Para Deos moftrar a Micheas , feriaõ deftruidos
os I fraelitas , fe fahiíTem a pelejar contra os Sírios , lhe re-
prcfentou ao povo de Ifrael , figurado em hú rebanho fem
paftor. 41 Confomeatodaafortaleza,eftedefamparoi/ír/j(OTmma
infunde alentos aosmays fracos inimigos ; faz humilhar a *&Mn*er'fifhrt*. }. Rtg.
nrayor altura, efta aufencia ; perde orefpeyto a toda a lo-
berania,quemaviofolitaria. DiíTe Deos porlfáiasjque
cmjeruíalem,haviade pafbr hum bezerro, oqualarrui- 41 SfeeiôfaV^marp *-
nanaasfuas eminências. 42 Pois hum animal, que naó Kim"" ■ H"*f' Jf^-y^f
voa,nemfóbe com facilidade, como lie o bezerro, ha de <w*«w>'*;;*;« «/»*. tf»*
precipitar ao mays levantado ? Se ainda he falto de forças, *7' **%"J™
porque naÒ eíU animal perfey to, como tem vallorpara
accommeter,& arruinar o maysfolido? Naoccaíiaõ, em
<^ue deyxaííem a Jerufalem, os que a defendÍ3Õ,era o tem- ^ Sp:,sr.r-j;ríf.ciuT tf*.
po, em que nellafe havia, de crear o bezerro; 43 &húa
Cidade, ou hum Reyno,defguarnecido de varões claros,
que lhe infundem vallor,& lhe caufaórefpeyto,ficataó
defeftimada, perde tanto as forças, que baila hum animal
novilho, paraopòr em ruina.Naófe izentaraõ asalturas
de feu furor , porque reprefentavaó as mageílades íem
guarda , que he hum Principe , fem Heróes. Hum bezerro
íoy pricipicio de tudo , quanto achou fem reparo.
98 Em lamentáveis vozes mandou Jeremias a to-
dos ,os que o ouviaõ , fizeíTem as mayores demonitrações
defentimento,porqueDeoshaviadeyxado,ageraçaõde qjj^.g^jji3£
feu furor, 44 que era o povo Hcbrèo, contraquê Deos ttmuim#iiifrvte*&»"«**
rT \ r . r r c \ , .- v r :1 i qi4 11 $;n<.TJU7ncm furara
atirava asíettas de iuaira,porque iempre íoy o alvo de iu.i Jui, ^9n„M7.rtrf.i9.
M indigna^
9» O T1{INCITR 3K& $AT. TOMO II.
4t udiifiJciti. ifiidignâçãoj 45 niuyÊa* veies, tomou Deos fatisfaça»
das etvfpas deite povo, & nunca o Profeta pediojtivdiem
deite f anta piedade j & ió quando o vio fero proteclor) en-
comenda a mayor compayxaó:.era irreparável a lua, ruí-
na, &pOfiiío merecedora de toda alaítísna. Nenluuine-
rtíTe,quc tenhaó delle, hum povo, que a rodo o mundo
enílnoua íâi ingrato T porque lempfc dos benefícios cou,-
posa oífença. Multiplicou Deos, á cite povo bsriquefas,
augmentou-lhe o oufo,& a prata , quetrnbaõ ; & defta a-
bundancia de ouro, & prata tàbrtcáraó hú Ídolo, com que
46 ^rgtmum muitipucavi oíFenderaó a Deos. 46 Aítyíaõ todos os ingratos, para
iwiZSSfi^'™***" com osbemfeytotesjcomo laó,&foraõeficsfaciilegcs,
para com Deos.
c/o FoyLazatOy imagem do agradecido, & a Ç arca,
47 statimpreiyt quifuerat do ingrato. Refurcicou Chriftoa Lazaro j & atado de pés,
merttttts >/i>ijiuf pedes ,ÇS n/a- r, - ■ ' • ; <■ i #-m -n i -
nn.jaan tuvfrf.tA, & maosappareceo Lazaro^diame de Cnnlto; 47 horou
Deos a Çarça.coinaeíèxilber portrono, & abrazouílecin
48 ^n«vitp»mi»minfis. f0p,0 quando fe vio favorecida; 48 a honra atèa ala*
mmgnudc mtdio rubi. txvJi o ' U ■ m r • 1 • II*
í.w»/:». bareda do ingrato. Comobenencio, perde o racional ah-
^ZnrZ^ll^n&tltm betàzde } obrigaffc ácorrefpondencia , '& entregafie á fo-
/^u^í,,;w,.tf«ít^í, ««„.,/; geyçaõ. EfcièveSáoPaulo.queemmorrerChriilo.íele-
jjtiuunc 4cu!:tí walitupUnu, ° J. i . * . . r -. r
v^yaiumcHhurti^upopu- gmoó morreremos todos: 49 aocontrario-ioyoíuccci-
%fgkfprm Ç^m%- ÍQ . porqUe a moIte de chriíto nos deu a vida 5 fem a iua
49 <~hariiafcHimítjY,jiitír- morte.ei a moite a ncílà vida.FallouSaó Paulo3em ordem
getnot, aiiimtntet boc,quoniã , ,. . , ,1 /-M • fl * 1
fiunmproommbtumorumeft: adi vida j em qUe eltamos aL,hriliG, pois morrendo por
<rg»omr.u,r,o,tu,funt.7.. jià nòs , ficamos obrigados^ mori cr por ellcj <o demitti-
50 ti f,o mnmitus mortuus mos do amor proprio,para naõ ralcarmos á corrcíponden-
j*mnonfibivlvllttt\ fedei, qui C,J- tua iogeyçao hc a mayor liberdade , lendo a ízençao
fnnmfou mormus t). ib, <jo ingrato, o mayor cariveyro : toda no fia vida depende
defta morte, & toda amorte do ingrato, he naõ feguir eira
vida : o faltar a recompenfa ,lhe faz perder o arrimo ; ex-
pellede (1 o protector, & fica em húapena perpetua ;a
máfatisfaçaõ acendeemobemfeytor, hum fogointenio,
com que trata de coníumir, o que até aquelle tempo con-
s, ZtrthqutrufoU abhere- fervou. Publica Deos ,por boca de Jeremias, queo 1 ribu
Hut, tua^quamjcdi »*»:«. --^ TuJi ine acendera , em leu furor , hú feígo íhexfeui-
quoniêm igntm JiicccnJi(li m J ' ' _ ' ° -
juro, u/quein *t'ernum vcl j 5 i fov eite Tribu caõ ingrato a Deos , que confiou
,2 M»hd-xSitu homo qmto^- luá »ortuna das mãos dos home»: 52 taltou alJeosemo
fiànm\,**nt\vpomtc*r»m n »õ reconhecer , centro de toda a prníperidadt -:& empe-
ff</*> cott/w.jHvcrf.ié nhou-ieDeos,emque txpenUiCu-ieoiogodeíuaruína:
o Lr-
EMT^EZA V. £i
olír^arDco- ui.a,õ tleUe oovo, ioy o íikv^V';. ru!L f:..-
braloujuJi' íem haver,quem o lanientaTfc perdido; mss
fe hum Wíjratx> acçude cite Ffego, làiz Sfaias.p^lle íc coníli- < » £íTí «*>"»«»« *"»*.
i\W, para que elle p emende, 53 ,>Nainu/,j»»q,torhajO/Je b»uieir.!u,»,«eignuvtttriyis
noiesrfifique , Uauvefie, n*juelk tempZ, quwn f4^&SS£^!3£
doene da*niAfav'e-leíUdo,, ery c|i>e r^ca^c* o«Mo^u 3? '»Moribn*'jormieti*.ijaUio
dulcérínos ; nâóíabemos,tÍvéífbm, por efiercnípo, outro
Prelado; fioar^è-aod&fampapq jcita.ipy aíu* morte, par-
que a ingratidão era a, fu a, doença.. ^
100 He taõ afearozo cHe mal, quando o padecehum
PiinçipejqueoD.empniojfendpo áutor_dç todo5,naô quer
ottnbáoporautQjdélle.Haqueítáo7eXtre os Expofico-
re?, fe o.Demo^io, queatorrnentaYa a SaiiL,-|h|r aííiftio àa
occaílí o, e.nqub.eíle íl ey arrerjiefTou a lazlçà > contra Da- u TtmUtpt Sauiu*ets,
víd; 54 f>upfalr||^
tara antes dpjfu-€cedido. £3 .Poísfíè^até aquelle tempo àtcumvn Dat,d apa f/ur
fazia oDemonlo fua habit-çiõ^rnjSaul^oúiO o deixa neí- Jel'[nJp,ufi%?m\úd!caà'-
u hora ? Fpy David hum íoldajjp ^que.-fervíd também ao mo iJ-'-n"1' "z "■' m«-
Revno dellraél, aquém adminíítrava SauLqncellt íó vé-
ceo aoexerciípdos r ílníeos ; 5 o õz paganríc; num Ivty ,-„, lJUOli ,«„»»- ep-ifiniffi*
taesfervjços, como querer atraveffar com Eca lança 'fugio »'"><°™"<f"{e'u",^ •• *<*•
oDe8ionio;>pprqueo naodí^lkm porautor,detal ingrati-
dão: auícntqU:ÍV também pàvjd, & tpjnqiio DempToloa
atromentaraáaul; tudo foíáo finais, que- dava -cite inimi-
go,-paraperíuadir os homês,não concorrera para tátex-
otbitãcia: o Demónio náo tem,que petíe.r^jjaas como buf-
ca íc qut to"^iÇK> fc :quer moíl raj.i^gra té*'A a iifen cia de
David foy -origem da morte de!Saul ; corre omef-
rao perigo , Jbum pHnçjpeTfem Herpes > do
que hum Reynoyíem Príncipe,
M a DE QUE
DE QUE SERVIRÃO AO
SANTO
PATRIARCHA ASCONTRADI-
£Õ€$, & »oleftias,que íbportou naquelle Mofteyro?
Z OU Calígula de tresdiver-
íidades de coroas , a quem cha-
mava,Efpias;emhúa, figurava
o Sol; em outra ,a Lua -, 8c na
terceyra, as Eílrellas: Na vi-
gilância, com queosafíros de
cia, 8c de noyte, elpeculão do Ceo,as couías da terra,
achou
achou Picrio , á propriedade do nome , com que ennobre-
ciaó as coroas, i Bonfio Aufienfe , querendo-asrepar- ■ ^hSctmàumtmtxfh'
^ ' _1 r rattomt ergtC. Calígula tiovu
lir, conformes á neccílidade dos Príncipes, & nãofeajuf- quoâexcsgitavhixoionaruge~
ocomaíuprcltiçaodeCahguIajCoro-ouarealtrenEej^riej^xíí,^^^»,^
fócom duas;a primeyra,deeíirellas errantes:&: a fegunda, "ov»aiammmi»eexphratori-
-, r „•* ,. „r ,, i i r afappellavit,utpote^uife>Sc-
de Sóys, prelos ao Zodíaco. 2 Lítrella errante ha de ler hmdiurmr^er Lmi$stH~
ii-».- • I ,^oo1J/' /-»>■ nodurnot exphva:orts intel
todo o Príncipe, antes qucimpunhe o cetro j & Sol, dei- //£íref. ^ v^M.xihyi*
pois, quecinge a coroa. Náofeaparta o Sol do Zodíaco, 5,cZ,r- „ „ ,
cm que anda, nem para aeltrella errante, em o meirnolu- tomt^mfi^timpemorum
gar, onde appareííe: antes de governar os eííados, o correr »**» £**&**
terras alheas , he aíTegurar as próprias , que defpois da
póíTe,heperdellas. 3 O General, antecipaíTe ás horas % mii,fíllíi &**»,, fuS
da peleja, para veftiras armas, íè deíampara ocampo no Sohmâicít&ope«âitcj[eaui
n-ci 1 r r i • » i - rcam caicnam , ama dum Sol
connicto, para buícar o relguardo, perigara todo o exerci- mu«iumíuoc»fjuambittacii^
to. He afciencia experimental, feiencia de reynar: V^frl^^^nt
weyro,que o Leão acometa as afperefas , enfaya-íe ríá /«»*>*« w?»**/^*^'"''»./^
planície; a Aguta,antes que domine asnuves, voa na este- ^àui^ttumvt imerímnt.
ra das mays aves, para exercitar as azas : as armas, com que ?UtHS-
hum Príncipe fahe a campo, quando íbbe ao trono , faõ as
virtudes, que o acompanhão j a quem a experiência ferve
de medida, para aíTentarem com decência. 4 Dótedana- _, . ., . „.
turefa he o engenho , porém rudc,em quanto o não agelita /*/««/«» *?««, j«//«*/>«h-
oexercicio; 5 & otempodogovcrnonaohedeítinado f ^iUb **»#>* t»ú>»**e
para aprender, fenão para doutrinar. Seja oPrincipe para/^'í'<íiJtmff^'J/';''^•v'•Y;i'',''
ri rr tf ijm.itut. cxctíflavnixumt.
li, antes de entrar no governo,para que no governo enten- pafchaiij.
da,como ha de fer para todos jfeguindo os di&ames dos an-
tigos, que chama vão ás eftrellas , exploradoras de Júpiter,
a quem o falfo Deos mandava pelo mundo , para que ten-
do noticiadas operações dosmortaes,nãoerraíre nas do
governo.
Qui efl hiper ator fiivum , atque Ummumjttpiter-,
Is nos per gentes alias alia dijparat,
Çhãfafla bominum , mores, pietatem , &fidem
Nofcamia
Eorum refenmus nomina excripta acffoVem,
Ouotidie illefcit, quis bíc quarat malum.
QApud Tlautum.
X02 Muyias nações ti verão por cuftume , efeolhe-
M 3 ícin
94- O TlllNCITE WS TJT. TOM. II.
rern para ícu Kcy entre os illuftres , a quem tiveíle milita-
do, em outras terras ; fizeráo-no os Romanos, os Eílcncs,
& ainda hoje os Polacos. Politica obiervada de muytcs
Fiincipes, mandar os filhos a ver Reynos, antes que lhe
dem citado; íazendu-os lenhores , de húa pedra ilmclhan-
6 Gjgp-it* Lyior«mgem. te, á que trazia, engaitada em hú anel, Gyges R ey dos bp
,Kum hatuit iam* virtuut ,n ^os na qUal virando-a para íi, via tudo, quantoqueria: 6
eKii: o,ul taadjf veija vtiierit n -t, r\ \ \ i_ • i l^
quófcu»queveM<:t,ncmi*noitf. icnitlhante aeltapcdra, he a experiência ; tudo moíu?,
íir^^r::!; porque enfina açudo; 7 os que foráo dotados com dia
voto. Rav$r. tn oj/.chw veika prenda,a!cançárão a melhor forte, como foy David, o fâ>
7 cummim error, e? petca- moíoCyro, & Augufto Cefar : era inftituto real , OCXCÍ-
tu.HjticrebusbHmtnisfiah cjc!0 ances da oceupação: 8 cm húa fó tei ra,náo fe ciiâo
tnjfnnt , Utreque hominet ma. > C í *.
» e»t»r, ncfestnjoàemiaftde todos os monftro-os; achando-fe em húa republica , todas
titruiKofíendaUtr. In exempla .> /"" j j r\ tv n J* n i
taíciJu. as monltro-olidades. U Medico, que melhor conhece os
s Lum &èiéy i* tffe pr*ip nu\çs he , o que roays tempo aíTifiio nos hoípitais : todas
Jspiui oportcat^muitariiius ter * "_ .J . „ *■ „ í„ '
u-:;:r.,bus exe> cere puerum cô- as nações o laõ, cadahua tem enfermos diverfos, porque
SS^S^S tem vícios differentes; as deformidades,em que fe oceupa,
tat ubtrorum. ml]V tas vefes,a natur eia, foõ hum manifefío , doquefeoc-
«. Rejpiceferat Sylvaruin,tJ/i , .1. r - C • s 1 -
v , t.m demonjiratur <tq«ai<- culta nasrepubjicas: 9 a natureía nao posclçol3,em hua
tK.p.M.s.&eJa. fá provjnc*,a í em differentes partes, deu diverfos docu-
mentos: em Levante creou hum monftro,queaté a cin-
ta eráo duas çreaturas , ambas conformes nas vontades:
n. xi a ri ^ 1 io emos confins, entre Bretanha,& Normandia, outro
to Divur iS9u£uft. lib.16 Je ' ' » -. rr n
Çfâtffjs Da cap 8 cia mefma fórte;mas tão encótrados nos anectos , que quá-
• i (-, uilhermo Mateo Palme- 1 1 - - 1 r j 1
r< -r.crnchcy ,3.m ^,_ do hua ria, a outra chorava: n tm o que deu a conhecer
g$'wid*U i'vrodc-feu e3dhí> a natureía ,0 mefmoq fuecede , na politica ; bailando para
algús, favorecer o Príncipe a húa peííoa,de lua deícenden-
cia,para que to/da a família lhe fique obrigada; em outros,
he o me imo, ennobrecer a algú, do que eílimular os mays:
Experimentou-o Alexandre, premeando osíerviços de
dous foldados; os parentes de hum, lhe tecerão húa coroa;
& os de outro,lhe fugirão do exercito. 12 Emafoleda*
*> fater *A»tomut ãt Cri- deapparecéo, a Santo António Irmitão, hum monílro,
*n 'ííi/flííSi,,.» jjf. que parecendolhefalvagcm, era racional; 1 5 em outros
*"»'• , , defertos forão viítos muy tos, que parecendo racionaes»
»4 Meyolut verbo Monftrut. . r , á-^ ,r\ r r r
eraoialvagens. 14 O que nuto eniinou a natureía, ioy,
não le conformar em todos, o ler,çom o afpe&o : deforme
foy Sócrates, & proporcionado PhilonidesMelitenfe,ef.
te , inerte; & o outro , fabio.
103 EmSaxonia5ai;harão os cafiadoreshunimrnf-
EUfTiEZA VI. 9-
rroíylveítre, a quem defpois am.iníaráo:; tí em Ale- n CMMJíSí/"«»(«ití-
, , :'\ r r \\ flori* dos %sdni maii quitât upe-
manha cornarão outro da meima íetiteihança,a quem nun- Ji,.
ca poderão fazer dorneftico. 16 Foy advertência da na- ,6 Uem,ti-
fufefj , que não conforma a diíciphna ,a quem disconfór-
im o génio. AvaíLllou Júlio Cefir,aos Alexandrinos, &:
•Eipa .->hoes}efies,com o era to dosRomanos,fizcrúo-fe a el-
iesmuacs nimillcia;& os outros,tendo igual communica- , *, .......
ção, bcaráoendiíciplinados. 17 Quando Itália andava, ^'«.'«-™f,Jí/;/;)-.;„.,,j
cm guerras civis, naíceo,em barzana num moniiro; 1 o rmfu àemf,o»ibu,.
& nodia.emqueosGenoveiesfizeráo pazes, com os Ve- '8 c'í,'»?'«/'í'»»w.*4-A
* f * Jmh hilloriM anusuM cjp, 1.
neziancs,naiceo outro: icj com oqucdeuanaturefa,a i9 j«e*«/f»«/e/j«.
entender aos homés, não nafeerem íó da guerra , as moní«
tro-ofidades, fenaõ cambem dapaz:da guerra, he hierogly-
phico a Serpente , enrofeada nos pês do Elefante, efte
morre com o veneno , 8i cahindo mata , com o pefo á Ser-
pente, que triunfa. Da pazhe hieroglyphico oCaducèo
•de Mercúrio, acompanhado das duas Serpentes Hercúle-
as: 20 não fôrfioíó as guerras, as que abraz3ráoTroya,
também a paz dcfuuio Eípanha. En.iNuiíia,pariohuma
molhcr ahiu creâtura, que tinha' abertos, os pey tos, por
ondeie lhe vião as entranhas : 2 1 dous nalcérãoem as
Índias Orientaes, que tinhaó pedras, em lugar de pey tos: ao ?}érí*tjfáerm.%ii,tih
vi acautella ,& a fíngellc tacom os amigos he, o que de- St7\F'^tli',,ouíquiuc,r.7oo
Imiou aaui anatmefa : não cauíaráo tanta admirarão os Aeprety** :<ri";'" ■"""; .,
doiv»,qse trouxerao 09peytos tachados, como o que ti- wfoo^i.t.Js^J»'»-*»-1"-
iiha as entranhas abertas : he íáouzual faltarem os homés,
ao reciproco da amifide<qtte por caufa cornmúa,não dey-
xuáo dclles os antigos, memoria particular; fazendo-a
•tanto dos verdadeyros, que difeorrendo por muy tos íècu-
■los,fó referem, que oforáoThezeo,& Pirro ; Achylles,
& Patroclo- Oreftes,& Pilades; Epaminondes,& Ptlo-
-pides; Damon,&Pithias; Jonathas,& David.
1 04 Diz' Plínio , houve homés, que cada nove nnnos
feconvertéraõ em Lobos: 23 ordinariamente íuecede,
mudarem oshoméá de condição, com variarem de iorn:-
ni; •íerevéo-oana:uicTaneftesmonftros-,&:connrmou-oo »i w»««".**.8 e«p »»
_. . . • r.i .1 - 1 j Natumhifl r.
E>i>pera<.ior António Philolopno, comodeyxamos trata- ,., ílf? r,,,fr,í ,..-. n
do,noprmvyroromo. Em certas montanhas ha homens, PH'?£jjpZ"lí^?JÍ7fcZ
que nãofalão,mas ladrão como cães, 24. afTyhe dinVtf- li.ScgHHiêfsrt.foi.mibi^x.
jof.?,como cilas feras, ladra quando murmura. Finalmente
ha
96 0P<?y!KCl?EDQS$AT.T0M017.
ha homês , que não podem andar de pè, fcnaõ de joelhos:
z$ myiiutvertoiAoHJitua. 2£ ne original do lifongeyro, eííe aborto da naturefa-
andaõ fempre de joelhos, porque naõ tem pès ,em que le
eftribem, faltalhe o merecmnéto, Sc Aipié com a adularão.
* Experto creJo, aVirmid am- ' _ \ ' - „ r - ' J J n
fiutmvcwcsmjyiv.x, qnim fcnímao os bolques, o que ienao pode aprender nos eku-
i»rg»i,,1ij*,vi,fidttd^ ^ * Efcosmonftro-os,qucaterractia,f5Ócipelhosda9
jaeKtifrj/.^.D.Etrn.fyiji.t iyjonftro-oíidades,de queíècompoein húa republica, con-
veniência he do Príncipe, antesde ier Sol pieíoá obriga-
ção, o ler eítrella errante, para conhecer das féías, antes cie
governar os homés, para que da íon. bra tire a luz,com que
nogovernoobreíingular..
Exfumo íiare Incem
Cogitatfê fpeciofa de bine miracula promat
Horaúm in Toática.
Politica tão neceflaria, a da experiência, antes da adminif-
tração,que o meímo Deos quis,ati velle o Principe des Pa-
triaichas 26 prímeyro.quegovernaíle a própria família.
utuIZ^£::^. *°5 OsMonjes,quequeriãodaramorteaSáoBen-
h^utaâiebutiHí9bitavit,ibique to , puardavão a Repra de São Pachomio,&: habicaváoem
rW«í, Ran.cíirzmhntmu- num lugar chamado V icoverra jnao erao creaçao deite Pa-
t-^rli^;"" triarcha ; antesque São Bemo déíle Regra,& funda fle Re-
i'j iit. Oí>> dianw mvíts San- 1 1 O '
Si eiaàJi ^imolam ub.ôi.g. ligião , foy para ília companhia: ío delpois,que osdey-
C::u, crowc* Cafmm. Mag. xou, teve Monjes próprios. Os que viiíem a bao Bento,
^attiMUarem™0^'1*' devxar a °úa c^vã •> & recolher-fc a hum mofíeyro , imagi-
nariaõ, com razaó, que Deos mandava a cite Santo,o me£
mo, que aconfelhou o Oráculo, aírizioGryfpe,que foyj
fahifeda còva,onde efíava,& foííe ás partes de Roma,ccn-
7-7 Feier FeruanJmieHyie fultar com o Oráculo das virtudes ; 27 deílas he aclau-
tofthcitudimhiK *' v,xertn" zura,efcola,quádo,os que a tabitaõ faõ religiefos perfey-
tosjfaltavão os Manjes a efta obrigação, com que naõhí-
via em o moftey ro a virtude da clauzura. Pois logo , para
quedeyxa São Bento o lugardafantidade, quefoy alua
cova , & vay bufear a húa habitação defamparada do ei pi-
rito, comoeraaquelle Convento?delpois delivrarda tro-
menta,quelhecauíou atétação, vay-le expor a nova tem-
peítade ? era neceíXario para o Sol mofirar a actividade dos
rayos, mays do que triunfar daprimeyra nuvem, que íe
lhe oppunha? Chegavaíe o tempo; cm que São Bento ha-
via
EM?<REZ A V. 9j^
via de governar o Império dos Monjes , confumando a o-
bra, a que tinha lançado a primeyra pédra,emoprimeyro i8 Viitfrimtyratomotmy.-e»
milagre, quetezem iinde, 20 ik a nces que regei le a pró-
pria Monarchia, ordenou Deos,tiveíTe conhecimento dos
males, de que informava o Reyno alheyo.
icó Foráo grandes as experiências, que teve Sáo
Bento, antes de reger o eftadoreligiofo:aíTiítio em Roma, l9 iii„Hmero^9,
onde conhecéo os cfTeytos da culpa naquelles , que íi-
guiáoosvicios; 20 recolheo-fe a húa cova, onde expe-
rimentou as moleltias , Sc os regalos ; as molcltias da vida,
& os regalos do Ceo; 30 dettesfoy o mays venerado, & 'G j£ ?'eKti^'" riJ^fi
das outras,o mays devotoj não houve penitencia,que não <>? jêt&* d 'c<>rra>juu>» >,< mui
r O " J /_ ' r I Itefíeritéteolt an'inè viit» cru-
imita-iej&quenaoexcede-le: 3 1 o inimigo umveríal .J^,^,,^ Dlx.,D,.
inferindoda lantidade de hummeninoodamno,quelhe »>*"#r«t«n.idtSarJuhi>z.
havia de caular,quando varão, intentou cortarlhe as azas, ,, u,, nuvem i6i.evpr.ij.
para que não profeguiíle o vo-o : de todos os combates, &
oprefloés ficou Saó Bento vitoriofo,& experimentado:
as neceíTidades, que podia paííàr o mays humilde fervo , &
que merecia padeflèr o mayor peccador, foportou São
Bento jmas em todas lhe aífiílio Deos, com mimo , & com
cuydado. Quero nefíe lugar, fazer memoria de humcazo
prodigiofo, que fuccede'o a São Bento, nos prirneyros três •
annos, que eíteve em a cova de Sublaco. As inclemências
do tempo, tratarão tao mal a Sáo Bento , que não parecia
homem deAa vida, fenaó hum de funto rcíufcitado. Ohs i-
gou-oafomc,afahir nua tarde da cova, onde fe enterrou
vivo ; chegou a hum lugar vizinho de Sublaco, chamado g£Lj£S
Rojite: tal horror cEufouaosnaturacs, oaíbcciíade São &w»>*(i>*itM
_ , , p . . aí pidumtn<inibufcif>aum)vocit%
Bento, que imaginarão ler algum homem apeltido, GQ $ojtenJui>t;cumtn.m box/ut
que lhe trazia algummal contagiofo; naó o quizeráo dey- f^^ZÍtZtt
xar na povoação , lançaráo-no fora do lugar , oqual como j'8- 4 inproxinmmiSnurft
C n- J r l_ > a r c~ n conferem tamrum , ir. tfhera
íoíle murado, reenarao as portas, & hcou Sao Bento no qU»dam iecubuu ru?e,qu<e
campo: abrigouíTe nas entranhas de húa penha, para paiíar n'?aem »»'«*•*«* i&uhm.m.
4 c r r r ottiiinqueretffit tfíi f i'ru for-
a noyte : scudioDeos aodefamparo, em que via a feu ler- m*m beneUSus Hefie^usum.
vo,& abrandou rantoa pedra,em que fe reclinou SaoBen- f„^;J /w,^/^tí:
to, queficounellaimprélíaaelbtura,&f forma de íeu cor- rniif púí?** CtS» Bímíj-
1 t-\ r i-r j c trixu Lvjiiriirpèité>.
po. 32 Ueoskmpre molincou acjma, onoeieuslervos ,, v,,.,,,/:.-: «„r. ■• . «*
David
i
?3 OTXiNClfE WS VAT. TOMO 11.
David para fegurança,& a São Bento, para memoria: Em
três pedras, a deyxou Clirillode lua ptííóa: na jornada do
Egypto, como ao paliar do rio Nilo , maltratafíè o borrifo
dasagoas,a túnica de J ESU S, a Virgem Maria ,orecli«
liou lobre hum mármore , em quanto Jhe enxugava o vef-
tido ; ( não te pareíía defamor , o que foy myííetio ) tor-
nouíic cera branda, a pedra mays dura^ nella le exculpio o
corpo do Menino Deos. 35 Quando os naturaes de Na-
zareth, querião precipitar a Chriilo , de hum pináculo, o-
nliic*tiÀefacr*iiHdo»Uc*p cultou-o liua pedra , t ecebendo-oem li 3 onde deyxou ef-
i:*um.i7*&mrCiriJ?àmu. crjca até a minima dobra de fuás roupas; 26 emoutrapé-
fantuliuriin^yt.gypiumfugie- , r > j J r e ' J r
ia* ,adisiii,fiuvíum * Dcpa-àfà. hcarao as pegadas de léus pes, quando lcauzentou pa-
ri prginemtrmo.ifi.ijftfycr ra a gloría ; náo^foy admirada na peflòa de Chrifío, efía
po]itwn,dor>ec mádida ejurve- o ~o . J t '
fie, exficcarent„r,eiJem amem mudança das pedras j a virtude infinita ,queascreoubru-
mamori corpufciih (uififuram v " l i
mftuipifiijqi,*** bicufque tas, as podia converter racionaes, quanto maysabrandar
te*p*r»fjázyptumperagra» como cera- masque a húa creatura correfpondeffem com a
tinir oft.nJtuur. iiencdittut n • 1 i i- • 1 •> ri r% f
Haftenusiib.fupn. melma virtude obediencidlí' quem ioube, que aoBilpo
£P^:^JS?Ptf;. São U volfango fuccedèo o mefmo , que a feu Pay S. Ben-
c*P*>.%x,.refcrt;\nu,bciii- to. entregue ás admirações conta o fuecefib.
Zirethiniefi xufupercilifcolIU 'O
arde iiipij Ntzrrytba aceol*
Cbrifiu mprtcipitem agere de- gae autm íre$ m'tra) mnm bUntafúuk pedefauè
videri, ubi chrifiu rqucd trsn- Accipit immerjos , wttVttm obltta rigor em^
flTifZZ, 'IZIâôHUfiHH. Nuda filex : cedtt locum móffiffima taSht,
pc&mtr*fefm 0p,fic, pãr anti "Duclúti vi modiwi arqãdt , c e><e Vê liquentis.
Uubulum.mquorugavellimê- -...,. , - .. A j m , \» •„ •
toruw&pedttm chrifii veftigi» Tbtltppm Me^elius, apucl [l$adenim. 'UaVaria
in.pr.jja «, mnfur. Um to. Sa£U y0lmme primo.
107 NáofatisfeytoDeos,de que São Bento ti vèfTe
experimentado tantos infortunios,quisultimamente,con-
íumalo prove&o,nas experiencias,emconipanhia daquel-
les Monjes; porque ficava có as expei iencias de Príncipe,
fendo vaiTallo}& de Principe,íendo Paftorjefte foy na co-
munidade alhea;& o outro, nos difeomodos próprios. Na
idade de Antigono, perdéo Pirro, fer abalizado pelo ma-
queMcfu*rtatJ*Jucibus{,rZ yor Heroe, porque era lalto de experiência: 37 entre os
fiãt.jfimum^â.carciiRefto»- patriarchas he São Bento, aclamado Príncipe de todos:
promiiiitazit opúmum fere ,/i òc oanto,a quem Deos elcoJhia para leu rimcipe,nao lhe
terun experieniitm atitf id- L,_„* j ri • j f.~ j
iungerà.¥iHÍ.invitaBiJ,u havia de taltar a providencia , com os requiiitos da mayo-
?8 renitgertxcniurumfau- ridade. Jacob eftando em cafa de feu pay llaac, levou a bé>
dulcntcrtf accipitbenediãienè r J . * , n l/r r n
iq*m.àY*ef.i7,vfrf:iy, caoaieuiriiiao Ezau, 30 auzentcuíie,receolo,paracaía
de
■
EM$<REZ A VI. 99
defeu parente L^bão, & no caminho lhe fez Deos pro-
metia da deleendencia, quando, entreíonhos ,lheappare-
céunaclcada. 39 Sahio [acobde cafade Labáo,óí con- i9^itquefimmtuumq„afi
himou-oDeos no Patriarchado, lutando comelleemfi- «o NequaqúMm^mquh, /*-
1 1 , ■ ri I I - C P cob appciiâbiiur nomen luum.
guradenum Anp. 40 Jacob em levarabençao,toy ei- j^^^.-^i^/x/r.
colhido ; na proniéfia de Deos,actamado ; & na confirma- u"íí'ií- **/•& c&jo.
ção,coroado Principe. Antes que Jaccbchegaíle aefte ul-
timo degráo,primeyro em caía de léus pays experimen-
tou os acertos do governo Económico j efeolhendo lua
máy Rebeca para a lucceííaó, a quem era omays perteyto,
aindaquenãofoííeomaysantigojexcluindoa Ezaii,&: le-
gitimando a Jacob. Em a vifaõ da efeada experimentou al-
gúa bondade, que tem ogoverno Ariftocracio, fendo os
nobres reprelentados em os Anjos , que oceu pa vão os de-
gráos da eícada, imagem dos lugares da republica ; tão pa*
ternaleraofeu governo, que vendoa Jacob neceííkado,
híis, fe tizerão feus requerentes; & outros, feus enfermey-
rosj eílies, eráo os Anjos, que deiciáo; & os que Tubi áo, os
outros. Em caía de Labáo experimentou os delacertos
do governo Dcmocracionos rebanhos, que apalcentou;
osquaesfendodeLabáo, derãomays lucro 3 Jacob^ogo-
vernodo povofoy fempredefbuição dos Príncipes. De{-
nois,que facob efteve verfado nefíes governos, entre*
goulne Deos o Monárquico, razendo-o cabeçada ramilia „i„;kMqUrfqueieiet,quodqui
mays dilatada, mays fanta, & mays illuftre. 41 TÍQdfè mun*?mStrvit?l2tt'Z '
■eftasexcellenciastem a Religião,que São Bento fundou: puudcLeg.Dtti.à.
fnasantes,quelhedéíTe principio,foy táo experimentado,
quecreando-o Deos para centro das agoas, o fez mendi-
gar, como o regato pobre jeorrendo as afperezas,antes que
Fe rccolheífe ao Império }& eftendefle os braços do pró-
prio dominio.
Hoc SophU íifperior is iterjttperantulè pergM,
Dummoclojpos fellis pocuLi) neciar babes.
Qujntilianus.
1 08 Entroniza Deos a feus Príncipes expertos no
pertencente ao lugar, para que os elege. Delpois de Da-
vid apafeentar rebanhos, matar Leoés,& Gigantes, foy ^ g^^àtm^m
ungido eiiiRey dellrael. 42 Asfemelhanças, que feito <,*,*<*, 6t.?j»i. ?-.
N 2 eftas
ioo 0 VTqKClTR ws $at. TOMO 77.
eftasoccupaçoés com a dignidade, ficãoja exportas. Por
nuys perfeyta, que feja a creatura, femprc neccílita de
fragoa, antes que laya a publico. Em hum meiiiio ventre
4i Froiinu, alter tgrtdun,, efo vão germanados Jacob, Si Ezaii:&por maysdiliccn-
fljiita<nfiatrht$ntbat manu; ri l l > C ' f> •
ViJcncoappeiiiv.tcumiscob cias, que tez Jacob para prender a Ezau,nakeo cite pn-
^'^nÉnpnorEzau, "'eyro: 43 a naturefa primeyro fe deu a conhecer, que o
qu„t» Jacob quiiprm, eftear- (.j'p]rito;eiíe, figura va ]acob:& a outra, Ezaii : 44 asac-
i>alc,quam/birituale; & prior . , r r • r j j j r ■
r;»„t-;;ií/d,íHrfr<»«f«y«^-ij- çoesdanaturela lao menos conlioeradas,que asooeipi-
i*rv>rt«ubHí.L**T«»si*i>3i , ico. razáo,por onde eftas Te retardão , & as outras iea nre-
va iSlu?*orti.vsibo tgreJere. » . T ' I
JttGiojaOrdfup.eap.íi.Gen. çâoj oque as fazadvertidas,he a experiência. Não admitte
ignorâncias a oceupação do trono } he officio de entendi-
mento oreynar: nas preparações fe advertem os defeuy-
dos, para que deminuindo-fe o material, appareça mays
efpiricualizado. Osprimeyros dias, que faõ danatuteza,
haõ-fedegaftarno exercício, para fe fazer idóneo daina-
gcftade.Antes,que DeoslevalTe a Alma Santa aodezerto,
onde lhe communicou os fegredos da Divindade , dey-
xou-a viver algús tempos entre os bolicios da Corte : *
na Cidadeefpiritualizou a natureza nos conflitos , & ex-
ercitou o efpirito na vigilância, com que merecéo fingu-»
• Peuam etmhfaitum :::: larizallaDeosem o monte. O mcfmouzouDeoscom São
àutam^é^in/Mudinem^è Bento; ° Convento lhe fervio de Cidade, & a cova de Su-
ioq«*radco,<,u, ' 'b\ãCO de monte.
1 09 Bem podiafupriragraçadivina ,que illuftrou a
São Bento, a falta que tinha de experiência : a feiencia in->
m v>d:i.iomeemp,eza\o. fuza com que Deosohavia ennobrecido, 45 fobrepu»
java para os acertos do trono ; mas quiz Deos foífe experi.
mental a feiencia de quem era Principe. Fechou o grande
Padre Elias asportasdoCeo com fuaoraçaó > três annos
A6Pcfidie,autemj;ccaturejicom'muosmò chovéo em toda aterra a petições defte
torreis .-:: FaButeji ergoferm» Santo: feguic-fe grandeforne, a efía falta deagoa. Osror-
VowimaJcttm d/cens : Surre, ° - r n r» C C 11
távadein sareptaSidonhrtm vos trouxerao í ultento ao Protetajmas ioy,em quanto Jhe
SSSSfaSSSCní'* durou a corrente daagoa,que fe metia em o Jordão : fe-
i-R'g.cap.,7.vcrfi.i.9. cou também o regato, & mandou Deos a Elias, fo He para
47 Defec:runH*orv,,aui,l- c , ,P ., r/1 . , D • n
inntiiberaiiutpafcerit?J»dif. aarepnta, que nua molher o lultentaria. 40 roísaliyco-
■íw^^^^^^nio Deos mandava a efte feu particular fervo o mays
ultudc de convívio Rigu mi- _ í m J
pifirum.eumsufimBSmofer- fufiento pelos corvos , não lhe mandaria pelos corvos a
tuloraptum aitliimtranifer. „„ >f 1 - i - L - A J T
tojtcut Dnhu inheum Lee- agoa- ialtavao corvos , ou nao ha via Anjos, queadminit-
«umejhntntipratdium mett. traiTcm? 47 Sim havia; mas falta va a Elias nocicia.do que
tiumcxbtbitum e/í ! TtrtulUn. p ÍT r> • I 1 •
//*. adverfHííi^hicas.caf.i. ie palia va em as mays terras , porque lo tinha comiecimen-
to
EM PREZ A VI lor
to das ncceíTi Jades , que padeciáo os habitadores de Ga-
laad. Era tempo de lazer Elias habitação en» o monte
Carmelo, fohode fuagrandefa ; Sc antes que o occupaíle,
quiaDeoscorrcííe terras, para que ti vefíe experiência do 48 TsefááttUitt^mmoi»
queacontecia em todo o mundo : 40 aluindo roy eite ret:cun,e»-m*»uniocofe<!e-
iingular Profeta da illutfração divina, com, a qual não íó '^^%£Z*
conhecia otuturo,mas cambem odiítante, faltava-lhe a u.cbry^fiomut.
fciencia experimental, & não quiz Deos coilocalo na emi-
nência, leni que primcyro a tivefle. Não querendo íuprir
coma graça, o que São Bento, & Elias podião adquerir
com a experiência.
1 10 Nos cazos fe advertem os acertos ;& he divina
politica fer experimentado no que defpois ha de cauzar
eítimaçáo. Quem reparar nas veies, que em a Sagrada Pa-
gina fe encontra o peyto de Chriilo expofto a cruelda-
de da lança , ha de conhecer , cj entre todas as partes de feu
corpo foyefta, a que antes de receber o golpe em o Cal va-
rio, o havia ja fentido antes da Payxão. Chriíto figurado
no Efpofoconfeflbu,que a Alma Santa lhe trefpaífara o
pcvto. 40 Reprefemado em David, pede a Teu Eterno „, .. __
Pay, livreafeuladodeíiecrueliníirumento: 50 ck ii!CUjJ,„/w.-/!/«fw««.
Padre São Bernardo affirma , que antes do ódio abrir o G*^'E%l"L^tt d
ISUí 311-
peytoa Chníio.ia odmno amor lho tinha ferido: 5 1 *«m me»m.Pf»i. >■•*«/■' ••
eltasantecedencias,torao remedos da execução. Mas le- is„c£fu„3, vulneram.
náo antecederão eftes enfayos de feridas ás mays partes do D- B'rn'rd-
corpo , porque íó precederão ao peyto ? Em todo o Cor-
po de Chrifto a parte, que alcançou mayor eftimação da
chagi,quelheabrirão,foyolado;alanca,qorafeoufoy a ,.
queoengrandecéo: 52 &feocòrte da lança lhe havia de ru.D.Bcr»*rJ.v^UÍUj}.
caufareftim.içáo,poriíToopeyto de Chrifto foy experi-
mentado no golpe, antes que recebcííe a ferida. São innu-
meraveis as partes, onde na Efcritura fe defcobre ao Di vi •
no Verbo exercitando os acl:os de hununo,antesde tomar
anoflanaturefa : parece, que ate a mefma Divindade ne-
ccíTica da antecipada experiência, para os créditos da ma-
gcítade. Com femelhanças da ferida do peyto , donde ía-
hirão germanados os Sacramentos da Igreja jfoy a Fveli-
guio Beneditina, donde emanou conforme a vida Ktligio- nlpcl0rdinh Vemer*mâ* reli.
fa: Sc fe o peyto defte Principe havia de fer o manancial git>,qu»fiJeP*T*Hfiff*tê
puncipiode tanta luz, 53 mito foy, que aexpencncia ^.i„aíHàit»Lnnumft
N 3 de
mtnt
i o 2 O PRÍNCIPE DOS VaT. TOMO 21.
de tantas delordens acompanhafie a vinuoe luays bem
ordenada jlervindo-lhe de lança , oque llie cauiou cancã
moleltia, para que ficafleadvei eido nos eniayos , p«.rao
tempo doexercicio. Aprovando Chtiiio em ii5 Sc
em léus Príncipes, o quanto he ucil ao cetro
iereibella errance, primeyro que
Sol, fixo em o trono.
SEGUNDA
SEGUNDA VES SE RETIRA
BENTO
A SUA ANTIGUA GOVA DE SUBLACO.
E M <P %E Z A VIL
E inútil o conhecimento das
coufas , em quem ignora a íí
mefmo: i o medico, que co-
nhecéo a comolexáo alhea , & • £*» •««■* ">>">•'' a'*
nãoa lua, paraomays impor- J-í/jí atitviintt MArtrut*,&
cante lhe faltou aiticncu. O 2ES3SSÍÍS^*fi
Conhecimento próprio não VÍ- rumtfrelitywHfi iffot^nee
vc,onde vive o engano 5 hc necellano accumular Juzes
alhèas
>o4 O I^IKCITE VOS TAT. TOMO 11.
i 2»»>/í»»^w<,«/'í,<'''*'""'^a{[K»as pafacaniiccer menos viltoíàs as próprias, 2 o gvro,
ligercqualisefi , tatu nimtriim '* . í * ' W '
óibet cor.j},ccn\q»ai,f Ktm cft; em que na de andar o I rinci pe , anres de lazer aílento no
ut exbonorumfoima metiatur, - v nt i » f ' C
iJ^to/fcrtobotoJefor- trono, nao hc fo, pata conhecerdes outros , fenao para li-
mutjl:D.G,-<£.MaS.s. Mor. bct de íl . 2 Df zia Demo mz, que fenão acha va em ff ; &
* l'idi\oPiinc[ps,videalta , iJ r \ i ij li" r rif
nc concha monuum ,& fofo» paraie adiar, Conliderou-lè pct dido : buicou-ie na ioli-
«/„foJtol»v,r«ffflKj. dc contemplou o natural dos Planetas, a firmeza
ttijcrianttuam. haynur.duxdc ■' £ '
toafiderationt. da'tcn a, a inconifancia das agoas, & a vida dos bt utos j 8c
4 hirtai Demcnax , fe no" C • i r ' \ L /* r L
tog«ot,liTe,»<fiPoftquam,wíe. conierindo lua vida , com o^uecbicrvoujlotbc, o que
grC$u,conump)avitcurf»spi- JhçfdltaVa para fer perfev to: como que cncendéo, que u
HetarUtM.prmttateinterr^levi- I • /* i i~ •'
taum aqu*,& víi» bruto, um. fe conhecia, & que ja íe achara a li próprio j 4 porqueno
Pater 1*1 atilíer lvnatuts Sindt i j i Dl • /-•
PwnnJLinfun.uUb.por. boi , que nao dey xa luzir os roays Planetas, vioreprcfen.
Phihjephorum. tâCja a COndiçáo do foberbo. Em Mercuf io , que vefiindo
1 tratzrjoenner a D. Ge- ■ * -ir =t" o 1 • 1
tmmtnohb.t.deCah^ch- de cor de prata, nao deiacompanna o boi, 5 vioospode-
TVlL%y,§»«u»tTem> res dariqueza : na Lua , queda fombra , que em fi tem , lhe
Vquendamjtmpcrumbramji- provéni condençar o ar , os éfTeytosda preguiça: 6 em
veobjcuritateminjehabentem, >- ,. - j i r
inuhge acedam, quanunt, Vénus , que domina os corações dos brutos , 7 as roíças
,*gemt quandam«,g,c^n ^\u^mn . em Marte, que por fi he benévolo , & iuntan-
fí> quawinjfifíxt,X5 conturbai ^***"'» 'Ti • n •
an,mu. rationcm. idcmib,. doíTe com outro Plane ta he maligno , o a influencia da "
l Gvnitun*, ubijupra , tf má companhia : em Júpiter , por cuja virtude correm os
***'*%', ventos faudaveis, 9 a utilidade do confelhorE em Satur-
noa.companhado de hum Dragão, & Ba fiíifco, a pefíò-
nha da vingança,
1 j 2 Nefias obfervações conhecèo Demonazos ma-
les, de que enfermãomu.y tos ; & paraiaber,osque otra-
fiáo queyxofode íi proprio,deícéo na confideração á ter-
ra::/ remédio, que Job ja tinha enfinado, a quem molefta-
„ . . . . vafemelhantedoença^) 10 & na rirmeza,quea terra tem
10 Nimirum interroga jume- . "• . . , , r \ ■ • J l • n- o r
ta , c5 docbuntte : cí w*»iV/« na igualdade , deicubtJO; a virtude da juitiça , õc le acuzou
C<*hS5 mdicabunt tibiJoqucre , • • o r 1 J 1 "„_ L
urrà^rejpondahukpb. de injufto, faltando coma doutrina, aquém o havia ag-
n.t-Kr/8. gravado. * Seguioasagoas,& vendonellas,quearuael^
* i,ún[idera1ainfirmit*fpro- O ^ . O f 1 j •* j
primai* notir excu/ai ai,ena timaçao naicia da purela , conhecèo o abono da virtude,
Gng.MagM. s.Morahum. & a razã0) p0rqUe os naturaes, lhedcrprefavão os confe-
, , quoí- Demova* diBabat, MíS* i » bufcou os brutos , & nos que tomáo arremder,
ippdejpiciebantytratenimvii* defpois que comem , alcançou as obrigações do íabio,&
iiniHjdujíie.Kecordatux Jcbona /> , t r í i ■ - r í J
Vita. acertefi dodefeyto, deque oarguhiao,em reíolver de
repente,tudoquantolhepropunháo. 12 A Alma Santa,
àtÀT M"g>Jler hn"'"S quando moftrou ignorar a fi própria , mandoulhe o Efpo-
1, si coraste, tpiticherri- fo, (eguir as pifadas dos rebanhos. 13 Oefpelho, quefe
ma mulierm» , abi pu{\ viftigia , . Cl J 'fT „ .'
pegum. àfftL >.»!'/. ■}. comprou para ornato, he cambem moltradorj aííy as noti-
cias, ennobreffem, & recratão.
1 1 3 Le-
EUTtEZA Vil. io?
i tcj Levaráoao EmperadorTr3Jano,húa fera , que
etnocotner dcflezia o jfej bruto, porque era muyto par-
co, & brnpo;feguio-fe deftas viítas(comofeíuhea o,m-
tor,queal]eí»oNi 14 moderarfeTmanodealíiúadefcom- *4 lv°k*t ?&*> i' fif**
poiiura,com que comia. Aníbal cncgandoiequioio a íuia
fonte, diíreráo-lhe os foidados-, não bebefiè daqueila a-
goa, porque corria pormeatos aicarofos: donde, dizem, iy Ucmíbinum^.
iuccedéo privar alguns miniftros, 8c eleger outros, i 5
dava, tendo-fe por immor tal: quem ha de julgar a iombra, 2*««v*>.Çr« 5. tov*U<
deve por os olhos na luz. 16
114 AconíelhavaBias atodosaquelles, quehaviáo
de fahir a publico com luas acçócs,primey roas compuíeí-
-„ r 1. r Ml /Tl '7 Biaf, b'tnine/ tá rui c?g~
Je ao eipelho, para aperteyçoar , as q lhe parecellem bem, nitionunducerct^beb^tm
&darrepu!ç3,ásquelheeftiveíTemmal: 17 para rodos ^^J^fí^r**'"
r f » J / I ri; ccntcmplarrtur^ui ho"cj'-af
heoenfinoj 18 Sc particular para o Principe^tédofem- «/£" w»^,*»/» *»•*«»*-
d. PI! f ' ò ' J djret. Siolauí f( rm. z* .
vertencianoelpelho,aqueieve;& nomodo,com l8 mneft,q»,,djie quifíue
que fe examina. Noefnelho de Proclus,quepofto (obre evto***'** *&*»>****-
osmuros,queymavaas naosemomar, 19 íemalignavao catjèj>jiutut.fci*£ici*tf<:-
calor do Sol ; via fie nelle o Sol abrafado em fua me ima luz; $j^£^'£j*££
& quando o Príncipe faz a conferencia, incendido todo tftaf5piãtet.D.***gJever-
\ K (\ 1 • C ■ • t bi.Dommi.
e;ii Mageltade, inreciona o próprio conhecimento, por- ,9 Nam^eeuUex^e faiú-
que fecéea confino. 20 O efpelhoovado,mofíra as cou- T^JÍ^ZÍTItzT!
íasmuytomenores,doquçfaõj náo recebe a imagem com um/u^euJiffet.-i.-iffMqueiu'
c 1 _, . . r rr r vet boHium combujilfet SI*i?-
acento; & quando o Príncipe ve os iuceelios, tem reparo, mtit.ií^cm^bitia.
tudo alcança diminuto.Oefpelhoconcavomoftra as çou- IO *?**. '"!■'{"■; '
lis ao revés : 21 faz nelle maisrevejberaçáoa luz -y Sc ío àh. o.Greg.Mq *. Morah.
„ jj £ J 'J r> • • ' J- 2' X3iiJ:f,t queJ U >,::•, cota»;
na vidireíormada pode ver o Príncipe as direytas,oque o eeMe0WlJj./tui)fej,fJj cjl*
mundo moftraásavèíTas. O efpelho coberto dçaepa,& fcW*» »•*'<■"•">■ «>«'■'#«•
r C I 1 n r f\ 1 Mayot.lb:.
po-io ao boi , em tempo claro , & íereno, mojtra em todas , i vmtrfu* g>cçuit<*»fuh
as horas Ima cOrelIa ; 2 2 íignificáo as agoas as tribuUçó- p^'^". M* '^
çsdopovo, (hecommúa allegoria)& quando o Piineipe
cpm animo paccato, diícorre pelos difeomodos dos fubdi-
tos, acha eftrclla,para acertar em todas luas acções, porque
tem regra, por ondeasmedir. Oelpelho concavo lendo
fextavado, lançado cm hum vafocheyo de nzeyte, molira r r , )
çlaramenLeosecIyplesdoSol,&: da Lua; 25 oazeytea- f„,r •>.,-., ■f,Hr»r,«. .
branda as poftemas indurecidas: 24 & quando o Piinci- 3^'ÍÍÍSÍ,-*,*< '
pe aos documentos da experiência, confronta sspropiias 24 »/««» f«fl/**t* < -
seçoesj iem a durela do amor propuojve os tcíyplcí.po!- ,,„.-,„.,/,„ íf;. j9
O que
íoô O PRÍNCIPE VOS <PJT. TOMO 17.
que conhece os defeytos, da purpura. Defta iórte ha o
Príncipe de ufar do conhecimento , que tem dos fucceíTos,
zç Verum tnaà Muraram paraquenão leia como AffonçoX. deCaftella; quefen-
prjftdvfjufuhví non oblatum *■ * ' , * . ^
ibéxterUGernuutu imperíum do verlado nas letras, perdeo o ReynOj por ignorância
tuetur ,imo pater num regnum nmnr:_ „ c
cumiguoraniiadeperdii. bha- r lyj[ O
tima derebwHejp.iib.il. r.j. l j^ De que ferve ao Piloto conhecer osbayxos,fe-
naõ ha de difviar delles a embarcação? ao pintor íaber o re-
alce das cores, fenaõ ha de accommodar as tintas na pintu-
ra Poupara que compra efpe lho, quem íenáoha decom-
16 St renita qute ai variam ll-\ ' j l_ - t a c
anmiiguruwjíti nriofitaum por a elle? o que ve no debuxo a acção valente , Sc na pei-
àifciturparumproieB.DMi- fá 3 repreíenta cobarde , a íl fe condemna. Saber por cu-
crim.lib.Jeb st* FP. .. Jf , '. m *
rioiídade, ou por jactância nao heplanta de eliima,por
quanto naó dá frutos proveytofos. 16
JtlaparVumprodeft^ quampeclora Vana capeffunt^
Et fia dijeentum peclm inane tttmet.
German.
Ignorar conhecendo,confunde,a oceupaçaõ do Keício,
com oeuudodo íabio.
fli/Jlmiles fatui fapknttbm inVemuntur,
Qjipta qmdemfapiens , Fiultus bieptafacit.
Idem.
Opirttl Regem memini(fc,
quej homo exijlcrií tolefíatem _ n r /■> •
ftadrpuHâ.v.nam.ut re, ho- Quantomelhor íoraa muytos, antes nalcerem inertes,
Z^ãu^uVSm"utT do <lue embruteííerem , defpois de entendidos ? dilo-ha a-
mnp.apuâsiobau. quelle, a quem aílifle o lume da fé, & falta ásobrigações
pus rogo cremarctur,co».buftu de Chnítao. Acuía a luz, a quem alumiando com léus ra-
1!cTbrT!S°lum ??*?'* vos, defprefou fuás illuitracócs.
íuig.i.b. i.demirabiiibtu 1 16 O conhecimento próprio he a melhor feiencia
fTmantfeaby,quividerutau- "os Príncipes : tem as lemelhanças de lua virtude, em
J6fe
taftan^aBumvaieiudincmho- forçasa hum debilitado : ou como fua fali va, de quem dif-
n*>nrectptfSe:*ahvaqueej»fdS r *. . , • o
c*cumjume*wuper*fe. tai ierao,com a melma verdade, dera vilta a num cego. 20
'% De™»** i»terrogat?*, ° entendimento de Demonaz, naó teve luz da hlofofia,
quando cttpijjvt pbitijhpbari,i& fenão delpois , que Demonaz fe conhecéo. 29 Fillippe
ifcrpi.stoba.fam. » ,„ JVlacedonio,pau íe reparar da iragiíidade humana5repena
todos
E MT (REZA VIL 107
todos os dias ao levantar da cama , eíias faudaveis pala-
vras: LeVantateíI(e)\& conjider ate homem. 20 Eiquecco-le ?° Mftofp** Mfg*âo rum
aulamas do que lhe lembrou bimonides,quecra, lere- Cíft>J„, „,„■>, *»i*» ,*„
conheceííe mortal em todo o tempo, & morréo ás maõs da Mtv*fi"i* ••• »**•***««*. »t
iobeiba. 31 Deipois que Placiíla moihcr do Êmpera- »»^6éw*/«:s*>$etffc)^i*».
dorTheodoíio ovio coroado Celar, continuamente lhe Tx^^„f.'J
pedia, ielembraífe do tempo em que fora homem parti- v '^i.b^j.v^-^hihr.
* . ' II!, 1 il riaclu-llrjul C, Iwpa*
cular. 3 2 A purpura he mortalna do conhecimento pro- morni,xorplí!H,j::v,.ÍKfub.n.
c 1 l'j J 1 - • \ J de mintam tdattHWt It! b^T
pno. Seguem alguns validos a adulação comtnulo _âe ^^^^^^.^
retpey to ; falta em muytos, a valentia do amor ; & naõ ha pr&itum a-w.-».-^/:,.»,,^,.
quem lembre aos Príncipes, o que rorao, oqueíao,oco «1.^.^2.
que haõ de vir a ler : por efta razaõ diíleraõ os antigos , que
naõ era para Príncipe, o que naõ foubefle andar acaval-
io 5 porque efte animal defeompoem a quem o naõ fabe
governar: advertindo do erro, lem refpey tara quem o do-
mina. * Efta falta fuprio a Providencia Divina coma * ^^^«.,5.
lição dos fueceífos anticipada aotcmpodogoverno,para
quenosdiasda adminiílraçaõ naõvivaõ os Príncipes nos
braços doengano , donde he certo cahir 30S pés da liionja;
& feosfucceííos faõ o cfpelho, em orna vscryftallino, que .
foy São Bento, onde deipois dos Sagrados Apoftolos íq pu^ eji w-no. Ecd^a ,nof.
viraomays perieytamente todasasprerogativas, 33 tem ?rUfaa,one mí$*.
o Príncipe de conhecer eRa virtude.
117 Profeguio vicloriolb o Príncipe dos Patriarchas ,ç w^«,L^r»>rf.
f o I cipuut Jux Moiitcborum.ltaif
24 o caminho para. Sublaco ; acompanhado com júbilos nei&M>i»tyj<h\£vi*fi)
Òj 1] r • - J íxponii i!!:iJ $*cr>fic:uml»it
as virtudes, quenelle íe viao coroadas. jE^/jí*iã«w«
Çnia numerofafides, queque dra rotunda Cyhetks
Mttratis quêjonant Ljrtapleclrachorú.
Troperúmlib. 4. Eleg. 7.
Repetidos eraõ os triunfos, que havia alcançado São
Bento ; a coroa com quefe laureava a naõ podiaõ cingir
muytosoibesjiiem iuftentar hum ló Atlante.
M(tvu<equc corona
Tantum orbem^ quanto cerVix nonjuffícit una.
fuVenalis Sátira 1 .
YioS. Bento afuatòva,& relle vioacòva de Si-blaco
O 2 afiu
i o8 O PRÍNCIPE WS PJT. TOMO 11.
a lua luz.Neitas viftas,me parece,fuccederia omefmo, que
,, Y.rg-quctvohtartv\fa no tempo dos K omanos, onde ie virão voar as pedras; 35
Cuntfaxa loventia ctiam, bthni n , .'. i ■ r ■{ 'li
lo.nmHoo.anoruinicmporc,® a liy oíariao as da rocha, para ie lançarem aos pes do ku
F°d>gi*«u*t^™fiàed*gn, habitador. Em Islanda ha pedras, que naturalmente Te
babcnja e/t. ^ l ' i
Mayoiiitdtiapiâibuitf Li- movem de húa, para outra par te, de hum, para outro inon-
"*6 õ^xJmLhiãJjiji^HcJ te: 36 donde as de Sublaco,quando não ioflem deita na-
wor.uumpr.oupianuUitxt,,» carefa podiáo para facilitar a mõtanhaimitaro penhaíco,
Jicj*«uaiio*etJcJ própria na- ' Z £ a •
tivaquc^ouoiepervvinare.òa quehngirao íe tez ponte para 1 amorJao paliar o no. A
Xo (jrwi'tiiiciis in fittfattionc \ t' ' 11 1 n
Jcrihuí4 penha ie ate aquelle tempochorou auzencias ,aiiy como
Damoepudeundcm. ih. delpois o fez milagrofa, poria termo a leu pranto , como a
47 Sed$lapi,,qi,i Menino- . / , . . ' P a ' J A Tt
rnsfuifimcmoratuTiVimigm pedra de Memnon,as iuas vozes j nelta pedra eitava eícul-
iZTsÔ^Zãur'. Pida húa eftatua ,aqual articulava palavrasao tempo , em
júspercupui voccm d*™ joii- que nâfcendo o Sol a feria com ieusrayos; masnafcido
tuslemptrfui1,ufúucadCI»f * d 1 -1 1 1 ' J 1 • 1
ih^jjvt»ium;anu»>cíjjjvit. o boi da gloria, emudeceo de todo: 47 íanao tinha por
Emfatiiu c*f»r. <-hronJc. eX gUcm cnamar aellatua ; nem tinha ia por quem chorar a
tnterpretJlione D. tiicro.jnno 1 » 'i.T c
/««/ií//^so. apud Mjjai.hbi penha.
iiEzechii.cap.A-j.verf.q. 1 1 8 Emo mar morto entrarão as agoas vivas j 38 o
yiirtrttwumnmuxirt, efpiriro dos juftos,em a penha deSublaco. Da forte que
O iij/irii,eu ratne,<S) openbui. f j íi i - rr \
^>/B ^tt,gor.ve,bointrotie. Noe fe recolliéo em a arca ,aiiy S. Bento em a cova ; com a
^°ecc?!b?^JiTd^mmt?^'n. cfpofa , & fi lhos , configo , & com as obras íe enclauzurou
gredera, es i»ci»dere in mdh> Noé: 3 o Com os triunfos , & confiVo mefmo entrou S.
£^rí. ,.t/£r/-.2.2.Si4- Bento na recluiao. Delpois que Lzechiel logrou em o
£4^STS£i campoa]uzdagloria,omandou Deos recolher afuacaía.
ftci:m,,»quartum ferira co- aq Alcançada a vi&oria , retirou-íe São Bento para ape-
gitattonu claiijua cu/lodivit. , 1 i • r- o L' r
D.Grtg.x.Morai.cap.t. nha , a habitar comigo: 41 bubjugou a naturela, para
4l »**^«^r*We«rW-nâòper<jer ostrofdos da graça. Circunfpe&o São Bento
rum Jecum babitafjí dixerim I o * I
2«/.i i»jttaftmptrcuftod,ac,r- em os enganos do mundo , diante dos olhos de Deos fez o
cux/bíBut ante oculor Condic- • t
torufcfimperajpmwtfefem- exame 42 com tantas experiências , quantas eraoas de
ftr examinam,. Utmibi. que eftava fenhor , fez contas configo. 42 Até aquelle
dUnt,cUmaiie*a* cuipa, aud,. tempo, como íe occupou nos cníayos, viviadivirtido nos
*«(, nmx aJ própria* Cor redu- l~ íT L J J J " ' (\ - 11 '
cu,n;VtJorea,u,fua<d»u- íuccefíos; chegado o tempo da adminiitraçao, recolheo os
d,ca»>, quito verm,ahena de- feiuidos ; oceupou-os todos cm hum objecto , para terem
florant j • • 1 •
Grcg. Mag.hb. io. Moral. CCrtO doiUIClllO.
Quifqim ubijiie habitai , maxime^ nufquam habitat.
Marúal lib.j. Epjgrama j 2 .
tStJmSH^t^ 0CH- Em fi fez empregoj 44 & para faber o que lhe falta-
idem ubifupra, va, morou configo.
Tecum
E M í> (J{E Z A Vil. io9
Tecum habita, & wrisy quamfit tibi curta fupetiex.
'Per um Sátira 4.
AflentouojuizOj&começoua abrir o livro da memo- * JtáiciumjMit ,,» hm *-
lia, onde tinha efcricos os fucceffos. * fDtmltícà^i.verf.io.
1 1 9 Compaflivo chorou S. Bento as culpas alheas;
ligurofamente condenou as próprias. Julgão os Santos as
venialidades, por culpas morcaesjnenhua cometéo S. Ben-
to em lua vida ; em toda ella o não deíamparou oEipiritO f* Viâelomoi.n*R*zaB&
. I Jt Defcfçao aotituli/ 113 livro.
Santo; 45 mas a virtude do conhecimento próprio bri- t6 ccdexpeccaiomBened,-
11 _ 1 Cl_JL.Jw o- _ D n Ut.Vttrnihi miferoha\):ntt con-
lhoucom talreiplandorem Sao Bento, que para teítemu- %t„ummWttm. Quireu,,»
nhodofeuexcélíb, quero faybas a protefíação com que w' «•""'*"> ?•'* ?•"< flí/t'-r-
_ ■,,.," * * » fimtur ihortbut meu malu.lu
rematou íua Regra. 46 vtioborumLe£hr,fttu&vium
■videi is , concorJare pretctf. r//-,
erant pio Scripiore , Codtcem
LIVRO DO PECCADOR BENTO, t^^^Z
8-JJimut Pater faipf.t própria
Mj* 11' • 1 I """"'• uíaferit 8e*cdi8ur.
1 erayel de mim , y Meneio ao contrario do h«P"""°>»o, d,^.^*.
y r fl V 7^1 r ta. \. de Regula S.UencJi8i.
que enjina ejte livro, cm todas as coujas a
queperjfuade, Vivo reo; porque todas fe encontrão
com minhas obras. Tu , ò Leytor ,fe achares , que
a tua Vida concorda com efla IÇegra , ora pelo Ef-
critor, &- toma a dar ejle Ihro ao Autor de lie.
ReparelTe , que faz São Bento diftinção entre Efcritor,
& Autor, porque o Santo eferevéo a Regra, & o Efpirito
Santo ditou-a. Eftaconfi{Taõ,quefezdeípoisde Príncipe
ioberano, he o conhecimento quede íi teve nefta ultima
difpofiçáo. VencéoS. Bento o mayor trabalho, em feco- ^ t.h hac w<„ /„/?«,««
nhecerimperfeyto: 47 noexamequefez,aindaqonáo W» ç/** vtfma '^'.'"J"1'"
r C L ■ 1 1 a 11 a„t^,uveuuníerflido^eor-
acuíava a conlciencia,compungio-o a humildade; elta lhe rig(„do*i mcUor» p,oducam.
fez abater as azas , mas também lhe alíegurou o trono ; & ^j^Jtpl.^^i^-
rkou a cova, por ler lugar do conhecimento próprio, li n- Mvtramerctricen,,& Domnt
doacaladeRahab,toradaqual lenaolalvou nenhum ha- igtfcciij*fuévrvcre.
bitadorde Jericó: 48 acafa ,dondequem a habita nun- 19 ?•""; •■"""'* Vf*^
J __ T t T ^ tUtautcm no manctirt t ornem
ca he fervo, fcnáofempre filho ; 49 acafa de Jolias ,on- ttttttium;fiiiut»uummtneu
e lenzerao as coroas para o grande Sacerdote Jczu,h .no ^rumetaUTum, &*rSe»tum:
de lofcdec; ^o & na cova ie tecerão a São Bento as co- o /*«« cero*a*&f>o»<"* ><j~
J uri- piteJefufilpJofedecStceráe-
roas, que lhe íabneou a graça. thmtgni. Zaçb«r.6.vlr/.ii>
O 3 J20 Def-
no O <Í%1NC1?E VOS <?JT. TOMO 11.
120 Defpois das experiências que ceve, & do nau-
frágio de que livrou São Bento ; na medicação a que Te
entregou na cova, difcorréo elie Príncipe pelo que tinha
de leu j & achando, que de mercê poíluia os foros de ilhjf-
trado,& que fó por naturelà tinha asmiíeriasde homem ;
premeditando o cargo em que Deos o havia pofto, &a
fraqueza, de que era formado, aílencou conílgo para iegu-
rança, o que o Centurio diílè aChrifto por reverencia:
Sou homem conjiituidoem dignidade. 51 A viíta de tantos ma-
5f ^'«c>/»/«i/i)r£./r(7rí ]esalheyos,quancos São Bento havia encontrado, a con-
clulao que tira de lua vida , roy, de ler homem, como os de
ma ys homé??na altura em que eft ava,não o diminuío a bai-
xela dos que havia vifto? as noticias que ceve das culpas,
que cometião os do mundo , efeurecerão-lhe o privilegio,
&a\ivaraó-lhea fogeyçaó. Efqueceo-fe S. Bencodoque
.lo os Piincipesfelembraõ ; &lembrou-fe,doq fó os Prín-
cipes feefquecem : de que era frágil como codos os home»
fe lembrou o noíTo Princi pe , quando eítava favorecido de
Deos, mays do que nenhú daquelle feculo, porque o mays
perfeyto,& mayseidarecido fiz das nocicias que tem ,ef-
pelho do pouco que he. Irado Deos concra os habitadores
das Cidades infames,communicou com Abrahão o acordo
de fua juftiça. Ouve Abrahaó as queyxas de Deos,& á vik
ta das abominações que ouve , confeíTa de fi , naõ fer oucra
(i Zíjíí^aJDe/^arawe- coufa mays do que pò, & cinza. 52 Verdadeyra confif-
*ZZZ{7Xt£ztCÍnÍ'' íaói ll13s naó fey> fe % fey ta a tcmP° congruente. Quan-
do Abrahaó , fendo valido de Deos , ouve os peccados da-
quelle povo, mays parecia occaííaõde íe ellimar homem
particular, do que parafe conhecer commum. Notribu-
nal em que oourodasvircudes de Abrahão fevia apura-
do^ as culpas dos delinquences condemnadasaofogo,
confeiTa o Pacriarcha , fer pò , & cinza? Sim,que Abrahão
foy o mays perfeyco , 8c o mays efclarecido encre os Patri-
archas daLey Efcrica, &canco fubio o conhecimento,
quanto o levantou o folio; as noticias que ceve das falcas
alheas foy oefpelho,emque vio o pouco que era. Não
fe aproveycou Abrahaó Príncipe dos PaCi iarchas da Ley
Elcrita,nem SãoBenco Príncipe dos Pacriarchas da Ley
daGraç3,efte,doquehaviaexperimencadoj&ooucro,do
que tinha ouvido, como de noticias, fenaõ como de de-
féiiga-
EM$%nz~Â vn. iii
fengano. A chama do amor de Deos, & do próximo, em
que fe ahf aia vaõ,os náo fez lébrados de outra coufa mays,
doquedascinzas,dequefecompunhaõ. <2 Afaltadef- *' fiemhftãmaeotipimptK
te incêndio, esína cm os Príncipes aqueíla memoria ,& eubemfpieiunt^ibiiaUud^uã
naó fabem conhecer as miferiasalheas , como ^o^pnòí^^f J«;jJ[J;i4#
próprios. "f"-
1 2 1 Sobre o conhecimento próprio, afferitou a dig-
nidade em Saõ Bento, dellefez aliceíTe,em que defean-
ça-fe a virtude; quefoy todafua regalia. CompoíTeSaõ
Bento para o trono, pela mageftade , com que Deos exal-
tou os mayores Príncipes da Igreja . Os Apoftolos de
j-^i -!\ - C J 1 J ~ 1 _ *4 Pater Meur Imtrrtutin
Chrilto erao figurados em as columnas do templo; 54 ^iiegor.verboCoiunm»,
as quais tinháooschapiteis tecidos comredes,& eftas,co- «»*■■«/*'*«"■ «&«■««:$
roadas com açucenas: 55 a virtude repreientada nas no- mmf,bnn viam miro opere a
les, 56 funda va-fe no conhecimento proprio,porqueík- fZ^ít^ZZ^Z
hiáodasredes: ForãoosDifcipulospefcadores.&quan- iu*fi °Pere hl? ****** *•*<?•
do levantados columnas da lgreia,polerao as redes diante ,6 ipf*$uoquevhtute*wi*
dos olhos; moftrando,que fe nãoefqueciaó,doqueforáo{^f7;(!','/'"^^!,'t'?r-
em o mundo: &neíl:e conhecimento, afientou toda alua
graça. Faltara remateá firmeza das columnas, & duração
aos iirios, fe lhe faltarão as redes : eftas erão o pezo,que ef-
tabelecia as columnas; & a terra, que confervava as açuce-
nas. Em húa flor naíeida, na raiz da planta, defeançou o
efpiritodeDeos; 57 & também nas rodas do carro, que y EttgreJieturvirgtàcra*
vio Ezechiel. 5 8 A creatura , que ha de fuftentar aquel- ^MVlftjí/JÍ^/! £r
la coroa, não he,a que fóbe á vara,fe náo,a q defee á miz.O eum sphitat DèmíuT. jyw
Príncipe em o trono , ha de ler como as rodas , para gover • < 8 spi/nut mm ■>** trst
narcomefpirito: a flor da Vara deJelTé vifinhava^coma ^■í^wí
terra ; 8c da mefma forte as rodas. Não dey xava a flor , de
fe apegar a afeendencia, nem as rodas de íe moverem com
xnageítade;& com tudo iíTo,nãoapartavão a viftada terra.
Columna,flor,& roda foy São Bcnto:Columna a mays al-
ta, em a Igreja de Deos, defpoisdos Sagrados Apoftolos.
50 Floramays primorofa,quedcfpois deftcsGiralocs, ^XJtntmiiUpoflptimet^iS
tioreceo em o mundo: 60 Roda em que delcançava o el- rilf(CU„jJ^. Eaupn* •**■■«
piritode humDcos: 61 com efta luz, vio mays tetra; **«•"■■'. ,.
com aquella perfeyção,viveomaysefcondido;& naquel- mtúitibutotbem. o« 1 Cb,u
la altura, mays humilhado : porque lendo columna porg;A//Hi
prnça, reconheceo-fe frágil por naturefa : fendo flor pelos * v*t OeiBentUBms^ttr^
o Sj » ^r, . j r uniu* Dei SphitumbtbMit.D,
tiotesdanaturefi,reconhccco3que odevu agraça;len- Grç.M*.a.M«vi.AyJ.
do
ii2 O 1%IKC1TE T>OS <PAT. TOMO Ih
do roda fabricada, de todas as virtudes , reconheceo-fe ex-
porto, aos ímpetos da inconftancia ; & com efte conheci-
mento fortalecéo a confbncia de luas virtudes.
12a Quem vifie a Sáo Bento, defpoi.s de exercitar o
cargo de Prelado,tornar para a cova pelo mefmo caminho,
por onde fahio para a prelazia , certo eitava, qne não havia
de enganar o mundocom a vaidade , a quem ie não aparta-
va do caminho da pobrefa. Morto de fome, & dei prtfivtl
notrage foy São Bento da cova, para o mofteyro^ccm
nnys provimento lahio do mofieyro, quando le foy ou-
tra vezmeter na cova. Não variou de penha ,por pão mu-
darde caminho: tornou a repifar o de Sublaco, para fenáo
efquecer do principio, que teve y & comtftas memorias
raó ha eftimação , que defvaneça ; nem bés,que enganem.
Aquaíi todos os Santos Padres fervio de motivo, para a
íombro,a abundância dasriquelàs,quepofluhioAbrahão,
& opoucocazo, que delias fez oPatriarcha. Encarecido
f* ^fn«in erg» ^hmiá he Abraháo de opulento, na eferitura, defpois que fahio
oe^fgypto:: Erat tntm divet lr, , . o J / • r I i
r^Uawporff.oneaur,,^ ar- do Egjypto; 02 mas antes, & delpois lempre aclamado
sTJF^Í'a'2erf'l:9K Santo. Aremediar a fome, defeco Abraháo ao Eçypto:
ft? taifa eíifimestn terra: m ... „ C-J í
àejceni,t què ^braham ir, 6 3, donde fahio com groflòs cabedais:mas nc em o ttmro
darome,roy mays Santo, nem delpois no da rartura me-
nos jufto: O ouro , de que tilava íenhor,não lhe ferviode
pezo,aque fe dobr^ fie ; porque Abraháo, quando fahio
(■» Kevrfusqueeftftrhtr, do Egypto, tornou pela melma parte , por onde defcéoa
r°™crat,v .hci^j^. e\\Qh ^ &os p3flosc]a miíeria trilhados defpois da a-
, _. . „ , bundancia , nao devxáo enganar com a opulência. 6<>
bus.nontnUiâiviuarum cofin De todo o antídoto uíou Sáo Bento , para que oreíplen-
.*.•.■ Hocjciai , mentis rSe oeti- 11 A.J1I - C L •
tntmtànarihmpfT prLipm, àor á* mageltade, lhe nao ccg?-ie , o conhecimento pro-
ts 'fi«*m$ procederei mãe e- prjo: bufeou primeyro todos os caminhos,por onde fe po-
gred,.D.^4mbr.l,b.z.Je^- \ , . , * J r - t f i
hrahamcap. j. de-ie achar, para que no trono k nao chega-le a peroer.
123 Alcançou o noífo Príncipe das noticias, vi ven-
do em graça, o que reconhecèo Saul,eftando em culpa;
vendo parte de lua veftidura cortada ,en)as máos deDa-
f\6 Juftioriu tt,qtiam erc:7u -j 11 ••Po r^v • 1 • _ „„.„ ,-f f
nimLLfi.mibi L.:^«! vid:queelleeraocrimtnoio,& David o innocente,coíel-
umrcâJiditiHmaia. •. Rtg. fouSaul. 66 Em íi arguio Sáo Bento a pouca tfficacia do
exemplo, & dikulpou nos lubditos atibeza doelpinto.
Neftaconfideraçaó fíouo Sanro,defcuconhecimento,o
que São Paulo infinouaos Hcbièos convertidos, confia-
femnaefperança,de correr o véo,& entrar noSãnclua-
rio:
EM?% EZ A Vil. 1.1 f
rio: 6j deyxar o munJo, &confcguir a gloria: como í? QMieemfiigimvttJtemm»
AdaõfecontlJerava defpido,& tratou de ie cobrir, naõ ^"aZZtlTfÃZllT^íl
com folhas de figuevra, com folhas de palma, fi :a fjguey- ****>*>»* firmam&incriciuê
. y rr • \ I r 1 1 l ufqueaà interieia vchimr.U.
ra^comodiltemosnoprimeyroromojheliniboloaavan- ^unArtost *»/•*•
gloria, & a palma, do próprio conhecimento jpprque fé
compõem defolhas, acompanhadas de efpinhos: comei-
las fe ampararãomefts mundo,muitos laureados na gloria.
A purpura dos Príncipes Samnitas, era de folhas de pal-
ma: Sc delias fe ha de comporá purpura, das mageftades
Catholicasj naõ apartando da palma,quando coroa,
os efpinhos da palma , quando eftimulo. Naõ
defprefando nos dias da mageftade,osa-
vifos dá experiência.
1
TRATA
«4
TRATA
S BENTO
DE INSTITUIR SUA ORDEM, COM A MUL-
tidaó de gente, queofeguia.
E M $ %E Z A VIU.
52
4 HSBÍ1P Smatenaesperdernopreftimo,
? K8SS?S 1 fora de lua ordem : nem a te I ha
i Omneorâinatum pulchrkm
i repara a chuva , nem a pedra
nVfjvB&iyí» íorma o edifício: deíampara o
IlIsSssa^ J c'Pir,to as partes leparadas do
^l^Í3m todo; falta a fermolura aodef-
unido: i nenhum valor tem a multidão, fem difeiplina,
o
n M ® %U Z A VIU: ri$
oexcrcito fem fornia. 2 Afifa-ac, Rey dos Numidas, , l Q!"m <**»**'» k/rifo;
r, ■ r o • r : /atcret,hsm,'j remiti morJi-
lendo igual aos Cartagineses, emas armas, & nqueia,nao nitiquidcmprojcSa, aJ mui
featrevéo afahircomelles a batalha, fem que tiveflepri- ffi^j^^j
mcyro cabos Romanos, que iníinaífem a ieus foldados a <iuaP-iUtScun^w,iutfi''un''u'
iorma da peleja. O amontoado, como nao leva ordem, »««/,«•//*««, *«»*<k«w**M
morre namefma coníuzão: os Celtiberos ,vendo-le em ZtStJlZ^tl
grande neceííidade,nas campanhas, forinaváo hum elqua- rum umen iffiam ,nipjt,xta
~, 1 - y> • e /l j ' ' trntaJS munumenta cortei ti m
drao,a quem chamavao Cumo, & nelta ordem erao mex- en/iuemcciiech.Xau^í.itiint
pugnáveis. Como também os Romanos, comas luas Le- *J**&«i&fiB*SocrMt*.
gioens ; & os Lacedemonios ,com as Falanges , onde uni-
do* compunháohúaefpefa mata de inftromentosbelicos;
& as veles , que a fuftentaráo , foraó vi&oriofos : hum pão
ínteyro, lançado na agoa tem-fe, partido, vay ao fundo,
Perfuadiráo-fe alguns Príncipes, podiáoconlèrvar o cé*
tro, governando lem diíTèrença, compondo a republica
de húafó gala, fazendo-ainftromento, de humafó corda}
eíh quebrou, em breve tempo, quando a tocou Sereutha-
el,EmperadorOchomano; durou humíóanno -f porque
logo defafinou acórda,fervindolhe de garrote, o que fu-
pos amarra.
125 Pertendia oOthomano,confeguir quietação,
naõ deítinguindo os efladosjfaltoulhe o fim de léus inten-
tos, & aprelTou o da lua vida. O caminho indire&o he fem ri{^$f»i$m. }"%'££
frueto: 3 aduraçaõ hearrifeada , entre os humores dcf-",!,r- LjS;"í""r-
compoíios:o relógio tendo em feu lugar as ródas,andacer- „ 1
to j nao ne durável oimperreyto: 4 dacompoiíçao da p0ttftejfe*tema: Ra)mu*àut
republica pende a fua bondade; * pode confiar o Princi- f^fe^*'*- par::
peafegurançadefeu Império, quando eftá em equilíbrio. * tn*an**$iàit*CMtatcttr.
JNadiíunçaodoselementos,conl)ncaordemdeíuascali- d.^â^ m.t ftúiixtf. *.
dades ;fe a agoa cobrira toda a fuperficie da terra ; fe o fo-
go abra fará toda a humidade doar, que miílo vivera? que
individuo feconfervara? ordenou Deos 35agoas,fuperio-
resáterra;& oar,inferior aofogo,paia queair.conlbncia
das2goas,feeftabellect-fe na firmefa da terra j& os incên-
dios do fogo, fe me tigaíTem com a frefeura , do ar. A conf-
tancia da nobrefa he reparo áinftabilidade do vulgo j&a
fogeyçáo deite ,rclrigcriodaquella: Confundida elta or-
dem , fica a republica , fendo como o cftamago enfermo , a
quem a intemperança do calor , ou da fiicldade dimir.ue a
fubftancia,com que na repartição do nutiimcnto , ficão
P 2 dei-
ii 6 O T1Ç1NCITE VOS TAT. TO\fO 11.
deítituidas as pi rncipacs partes do corpo.
116 Alguns Príncipes, cegos com afortuna, imita-
ráoa Albag;a-iaem , lUy da fartaria, fahindoa conquiíur
• ^«jrtM ^)rb*tcntu de terras alheas,antes de comporem as próprias j * com que
(tatu ItriArix £Jj>. 17. . • • ,1 1 L I»
amntandoaogovernoindigeito, a crueza das bata lhas, en-
fermarão de ral achaque,que todos os que livrarão, ficarão
como aedbeça de Oriledes,de qtié tingirão, feus inimigos,
andara embuíca de leu corpo, & que o achara cõ outra ca-
1 tiemihicàfj^: beça: 5 eng^narão-íe muytos Príncipes com o fequicò,
preli)minJobaftava,para os confervar,o mocim,que os ac-
clamou : os amotinados faó como pedras a vuílas, que lór-
máo cumulo fem arte , nem afíeflto. Não tem ainda caia , a
que fe. recolha, quem tem junta os materiaes para ella;
nem eftes,poAosfem ordeai formão obra, nem aífcgurão o
edifício.
1 27 He a republica, hiím corpo politico, compoflo
pelas máximas da razaó; & para que leja proporcionado,
bc durável convém, quea fua difpoíiçâó le regule pela or-
dem, queobilrva a naturef», na fabrica de hum corpo hu-
mano.Defpois que a natureza, tem os materiaes néeeuari-
os,para a orgarafaçaó do homem, forma htím refuffiído
f*nimtítãMtm-€*pritu. compendiodofer ifirmano: 6 Bc apfimeyracouft,que
guiimrw^v.in^frwcjma. nelle aperíeyçoa he o coração. 7 Na republica, O prr-
dtmt.-m \uoxamcn W7priusfe- m^yro , que le ha decompor he o Frmcipe,emamncíalda
eermt -,ac ?erfec,i jm* qiubu, vjjá poli tiea, aíív comoocoracaó da humafia. Em feu ot r-
v-mj.-.vari m/fim. Jotnigx r..-'r. *c «. . l
y.cdinp.u, u^.hmd, >,»t,. jneyFoprFncrpíOjVeííe a nsfurcw o coração oe cor branca,
SSSSS^^^ÍÍJ* n*w traníparenre, cofn que fé deíhngué claramente das
7 cieecrW^:rfi<,tquej>nmr, jmy$ par ccs, Dela m-íteria rubicunda, que por clle k dcy-
»« corpufcuhfjBina^erfcSã- xa ver. o fcm o pnncipio do goverwo , nao na o runeí-
^^írír^ií^^peaeapparecercodo purpureo^omdifTeTen^adoí fubvír-
8 Quamviteitm mitio ptre- cos, fLuias íèia-a die&nja idade conhecida peio cândido, &
xiguum ,corfit, canitdumque - ./. , ° - ■ . . * I. J/P
totum,ubco»tc«titj<nt<»utro- nao pelo ianguinoknto jnaopcío rigor, peia brandura fh
Í",;i"",,f"';-/"J™"" rr"^- A fliitido de recrias, & vcas , cria \opo a riaf nrefa ao cera
rentem rube tinem , a pirtibur ' ' Q
rettquirfaci!èdifi,Hguitur.idi cio: o eíte lhe communica o íanoue puro , cem que fc a
Fcilingiut ubi infra. 7- ia * * /r*A - 1 « "
cera-
a-»
. limentaocorpo^ ia ao Pi intiipe aíEíiaõ logo asai teriam,
9H»mhafi pr, re3M ve»* , d qUe ceprcfemáo os tribunais, & as Veasi, o^flíiwftfOS exe-
io i» carde eH principia ve. eucorej, para que cínn o caftit>o,& como premio, repare,
f^guintni, v ejuff»*gui, ,ft & angiiunte aMonaTchia. Com asar terias, & veaa corr.e-
mund^ciarHtsai.dutfS mi- ça Io(í(),Sí contiuuao coraçíoamovet Teú curfo: i i com
ii idem Vcshngiu, ubi jupr. os tribunais, Ò£ comos OHiHítiosha o Príncipe kinpre de
exer-
■J-
inci-
exercitar feuofficio: A íegmdacoufa,que aperfeyçoa a
naturefa- he o ficado, 12 oqual aparta ómáohumor, do ,z Moxjuuuahatptiii
bom ; he a Icgunda' purificação dafubitancia. íáj oobrc ú>t. tjem*b,jupra.
as confultas dos tribunais /deve o Príncipe de efco-lher ," W:^' e/f'"" ''* '"^
pefíbas timoratas, heis, & doutas ; para que fique apurada )ccunã»digefk<oS$ftf»Taúy®
3jU.iiva. jlhomaco Gcmimantls Ub.fi de
1 28 Ao coração acompanha a naturefa com os bo- Ho""n'£> »**"' ei*st*p- »»•
fes, para que eftes com íeumoviínen too refngcreni, quá-
dooexafperaoiralcivel: 14 faóasíeys, asquemaigão - a . ....
t • • 11 1 - 1 ° . >4 Cer ejt pulmoitiviemu^ut
acoleradehum Príncipe, poi cilas haóde regular o cal- tumnaince«ditur,bujufmodi
r ^i_ ^^il^. -" ri i~\ /" • J i^ a* L. • tulmottu remédio tci/iyci c.ur.
tiao, por lenao mottrar mjuíío. Delpois delia hbuca^-^j^,^ '
per íeyçoa a naturefa o cérebro, prependicular ao coração ;
eiie, defua naturefa he cal ido, & ocertbro frio 3 & para
oueo calor do coração não coniuma o corpo,tem eminen-
te a íi, a frieldáde do cérebro; 1 < oconhecimentopro- •■' Diât nihfifhu \6.Je
', ri- \, I J \ ' íi 1 «rima: quod prcflci cuioreicor
pno, (^comohcaditto) nade dominar a purpura , eíia Je- di,.p*fUit«at*T»memb,unj;i-
vanta chamas, o outro,caufa tibefas : mitig3-fe a frieldáde gidk?f °>pf'<> <»*»&><*
' ' > o ' embutiu, ljcmiíi,
com a vifinhança do fogo , & efte com aopofiçáodofrio.
Confumada a interior organifação do homem, começa a
i>iturefj*fort*leí1eros óôos, &'aVeftilosde carne. Còm-
pofto o Príncipe, levantados Os tribunais , èleycos os mi-
íiiftrosy Sc eílabeJecidas as Leys , aperfeyçoen.-le os óílos
da republica ^quiê como diílirfios em oprimeyro volume,
he a nobrefa, de quem he rêpárõ o vulgo jrnascom efi-acõ-
íicteraçáo , que nem todos os ófibs de hum corpo , fa© foli-
dos, & iguais ; não feja toda a nobrefa de" húa qualidade, Sc
esfera j conforme o lugar, que oceupáo, Sc c fíkio, que t x-
ercitâo, {iô os ótfosmays, oa menos itíâciços, mays ou
menos grandes, A naturefa , eifi liúas partes do corpo, fer-
mozea, &confotra as carnes, com mays primor, vivefa, &
agrado; neroa todoopopuiarha dédrataro Príncipe com
o mefmo íeiablarite -y porque em todos os eftados da repu-
hliea ha medianías 5 & com o preiiimo de cada hum, ha de
fr»ur aeiumaçáo.
129 SeanatUiefa,aprefeyçoaraprímeyroacarne,c[
os ótíos, levantava o ede" fi cio íeni fundamento, Sc ficava
íèndo o corpo, bifa republica fem fegurança , nem ordem.
Septimeyro apcrfcyçoará o cérebro, que o coração naõ
tivera cálor,com que exei citar as operaçõts;& ficava kn-
do híu republica dda-mpsrada de Principe,& 01 faã de go-
P 3 vemo.
ii8 O $%!KCFP E DOS >PAT. TOM. II.
verno. Seaperfeyçoara primcyro o fígado, que o cora-
ção , faltavalhe ocalor vital , com que actua fie , & ficava
fendo húa republica aííiítida de Príncipe , mas falta de ali-
mento. Se apcrfeyçoara primeyro os bofes, que ocora-
Çaó,creara hum initromentofrulhaneo; oqueíenaó ad-
mitte nas obras da naturela j 8c ficava fendo húa republica
com fuperfluidades em o trato jfecreara o coração fem ar-
térias, ficaráo as partes do corpo fem calor incluente,&:
mortas para asoperações ; 8c ficava fendo o corpo húa re-
publica fem minifixos, que a fomcnta-fem. Em obfervar a
ordem eftabeleíTe anaturefa ocompofto, & obra ajuiia-
da; tudo fe arruina faltandolhe a proporção} conlcivaiíè
tudo, o que íe compõem ordenado.
Ordine ferVato mundiujer^atur, at itlo
TsLegleclo pejjum totuí , & orbií ab'tjty
Macbina perpetuo ccdeflis ab ordmependet.
'Boeúus Metro, ó.ltb.i.
150 Occupaçaõ foy demuytos Príncipes, ordena-
rem fuás republicas, vivendo elles fem ordem j aíTeme-
Ihando-fe a Nero, aquemdiííe líidoro Cynico, cantara
bem os males de Nauplio , mas que defpunha mal os feus
.6 £,jemmriMeMeift-?IOP"ostós. 16 Sendocomo aave,que alimpa oninho
Jerur cynicttr Neronem xren- andando femprenolodo j donde nafce ter oninho enlo-
feuntem in publico clara você . . ■ /* I* /"\ J
eorripuit,(uei ú*upij! mai» dado,porque a ave vive tem limpeza. Uutros, de animo
iene emitam ,ju* honzmah pUfilanime,em tudo faórefpeytófos;naõ reparando , que
diJp'>neret,neqticuUummvit<i C IT-Tl o'J '1 1 'o
2t*orcr,2Umper*me'itumȉbi- em todo o edihcio le lavra, 8c mede a pedra, pela regra, 8c
itrit. Pieriur Fal.de Lyrâ. - r 1 ' J J J r ' J LI'
nLyir com^m dcteí- dre- nao a regra,pela pedra: 17 dondefervira arepublicaao
guia»,, no» rtguUad ibidem. principe,do mefmo,que para He&ora cafa, que levantou
*% Rav.fwifiOfficin». íem igualdade ; porque lhe íervio de iepultora : 10 ra-
zão, por onde Saõ Bento,como Príncipe experto ,conhe.
cendoapouca firmeza, que tem a multidão fem difcipli*
na, tratou logo de pòr em ordem o fequito,deque íe acha-
va aíliitidoem Sublaco.
iu Naó quiz Saó Bento , entre os clauftros daquel-
19 Fort;, etem^ praiiutef *e mofiey ro, de que tratamos, dar batalha ao inimigo,pro«
Deíjteneri intra daupamiuit vocou-o , a que íahi-fe ao campo; io & para a cova de
ccttiminis.campum qudíivit, cii Jí i /* r ' í V*A* t
D.Grct.M*g.t,.Mor.caf.). aubiaco, alternou o delaho. h menos preliUio na redu-
ção dos Monjes , por que achou fer tempo perdido, o que
fe
EMT<KEZA VLll. 119
fegaftava feni proveyto das almas : 20 foy São Bento, 2°,ff/^« '*'"" ■>**■•
como a terra, que lenao occupa íém iructo : mudou-ie pa- tereundu* «<>« e/n .•««« «<«
ra outra leara, onde o tempo do trabalho roíie,multiphcar ceUtljefJant,,nhcum*iiumaj
o trigo. Os favores, que recebéo doCeo,nefta fegunda Morem tumjru8umigr*nt.
& , , . Y1 ir r - litmibi.
vez, que habitou a cova, todos elcrevem , que torao muy-
tos , & continuados, não efpecificão, quais foráo, porque
São Bento os fechou em feupeyto,&osnão communi-
cou a nenhú feu difcipulo. Dilatou-íe o nome defte Prín-
cipe por partes mays remotas , do que dantes, & creícéo
pelas circun-vefinhas, em Roma deu mayor brado a fama,
por fe r cabeça do mundo , ou porque neíie tempo , não ti-
nha facilitado o fentido, para ouvir virtudes, porque lhe
fervia de impedimento, o vicio.
i 3 2 Tão poderofo , 8c refpey tado corria pelo mun-
do, o nome de São Bento , que mitigou as diífençóes entre
a graça,& a culpa, fazendo defíerrar a efta , & reynar a ou-
tra.Os lequafes do mundo,ás vozes defua Santidade,dey-
xaváo os entertinimentos da vaidade, por fe aiuftai é cõ os
da virtude: afly como os Gregos, aos jogos Olympios,por
acompanharem a Platão. 21 Asmaysclarasfamilias, ti- t, ReverímefisaniâFUt»
nhão por mays bem guardados os filhos,em companhia de e^>>>oijmj>igmpervatiffet,fa
J J 11 • 1 n rr puli qui ludorum grafia co cii'
São Bento, do que recolhidos em os moíteyros;aiiy como veneram, m ejtuadvthtím «-
os de Athenas,as chaves da Cidade, poftas aos pés de Ze- cxce^l;J^c^!Z
non Citteco Filoíofo, do que fechadas em o templo. 22 """■ 'iaFuJL *«(«/«•.**. i-
r mi n. 1 1 r 1 r 1 • dthltjítiã.
rrezavao-ieos illuítrcs, de haver em luas dclcendencias, %*. ^p„j eummimâ&*&-
quem foflè íervir a efte PrincipejaíTy como os antigos Ro- t^^ít, JJK
manos, tendo em defprefo as cafas, onde nãoeftiveíTe re- fthree^efeicccquamqiw-
j . . i->m r r T1 ir li vU intemylo, ftuifititet IJêibi.
tratado António riloloio. 25 1 oda aíortuna,quelne %iobld,Vr.u^ih»'o-iuove-
fuecedia, atribuhião a amifade de São Bento í aííy como as k fuf* [ "£e£"i'£?JL
victorias de Aibogait.es, á familiai idade , que tinha com w»^'"*** ""
S\ i C i^v y r r • • *4 t aitM i,"iur denebir vi-
anto Ambrolio. 24 Donde leieguio, queinnumera* &„•*««» iw»/>fc«c**f»*>j4/iM
veys peiTóas renunciarão fuás patrias,& bés,porfeaflocia- tf*»*»**"***"»** '»'»'«'
rem a cite Príncipe j não dando as almas por feguras, fenão twi,jhi*Àimk»ofy umuijtn-
ando a vida, noierviço de Deos,inímuado por elte
Patriarcha; da melma forte, que Maria, Pvainha dos Sarra- 1% v-*u»imUnoen<mimpt-
cenos,náo achando fer a mays perfeyta religião aquella, ^/•■#;,/'í^'-' yr;
a que a nao encaminhalfe o Ermitão Moylés fcgyp* adi*m,Ep>jc^Lw,^/de>do'
■ ^ 8trem.miÍicietsadCl:>iliaii*i*
VIU. 2^ rehgiiHcinjc ttl»fltnr»0i (Jjc.
1 33 JaSublaco nãoera deferto, Império fe via Sn- Me»»/,
bh;cojcrâopoucasfuascòvaspiradomiciIios,qLianJoaré
aquelle
1 2 o O Í%1NCI?E VOS VAT. TOMO 11.
aquellc tempo lá húa tinha occupado. Náole intitularia
por novela, L4 montanha eeba cor te, fe falara deita foledade:
nem Corte na aldeado leria, íefeuaífento fora Sublaco. Me-
nos reprefentaráofarciítas^^/wírçd^/ywa^ÉTYo, fe os ha-
bitadores delia folidáo foliem as hguras ; como também
náole apelidara chymera El pedernal ecboVidafc tratara def-
ta penha. Na concurrencia, parecia Sublaco o monte Cin-
thio,conlagradoa Appollo,porqueaellecorrião,detodas
as partes, a confultar o Oráculo. Os que eílimaváo a San-
tidade por riquefa,alevaváopara luascafas, enriquecen-
do as famílias, com a repetição das pala vras, que tinháo
ouvido a São Bento : muy tos, tendo por gloria a compa-
nhia defie Santo, fizeráo em Sublaco, o que São Pedro
queria fazer em o Tabor,ficando moradores,daquelle de-
lertoj que he o que São Pedro pettendéo, fec naquellc
raonte. 26
1 34. Como folie numerofo o fequito,pos logo em
. ic Ftdanmtbietria uber- ordem a multidão, o Principe dos Patriarchas ;(atéem o
Ceo o conhecèo Príncipe, fua filha Santa Gertrudes a
Magna,quando em húa revelação vio a São Bento , em lu-
gar de báculo, com hum cetro em a mão. 27 )Apenha
x-r GcRabatquebeaturBiHt. era hum Santuario;& SãoBento,como outro Moyfés,pos
ífZl^líZh,T'orc*puii «n ordem as alampadas , que nelle ,como no templo , ha-
quoaaam aecenttjjimum ,gem- A .
m ifpreeiojijfim,jm,recorujcâ- vião de alumear. 28 Levantava São Bento, em Sublaco
t 'bus exutraque parte mnabi- A ■ i^v ri J C • C 1 r
httrptr cnatuvt.BeattGtriru a Ara, aonde a Deos le ha viao de lacn ncar almas , íem nu-
áe, Magna i»hhitinjU*uo- mero que era a fua Religião ,a que agora dava principio;
in Fejh ticat, b:nediít,. E fe a lenha,aonde fe acendia o fogo , para confumir osfa-
28 Locatit per ordmtm lu- 'C ' n. T L _ A /" J
cemat.ExoJ cap«> ver/.^. cnhcios, era compoíta lobre a Ara ; 29 lendo os prit
x9 Genf^.verfQ.^Reg, nieyros diftipulos de São Bento a matéria , em que fe ha«
etp .18. ver]. \\ J I # i • « 1 r»
?o ut.z«,,iiieb,nur,quie. via de atear a chama do amor di vino, & da Santidade def-
ZZ^lt^naTinZt te Principe, 30 era decente, eftivelTem com ordem,&:
um.D.x, \BeauB,,íltíe,r,,g0 não amontoados. Chegou o tempo, em que o rebanho
Mar.al.b.^cap.zo.cjuroperu .. r r , . , °r, ' n , ./ i , •
«. ^ittetemporaBeauPa. dilperlo havia de tomar torma : oeltado Monacnal vivia
J^iS±SS3Í fóra dos clauftros;& a comunidade religiofa oredufio São
verfaj»cerutudi„! btc,& ,UaC Bento. Não erão firmes em obfervar a Regra, porque def-
vgabaniíir. S.HdJef. totn.it , , , . - D 11
ÈMhteeaPP. ' pois deguardareui hua , tomavao outra, que lhe parecia
ÍiíSaSSK5f§ ■>*»« 3\ erachegadootempo,digo,emqueoLigif-
lAbíaiutomjtitutíonei/ficut lador ( de quem os antecedentes Padres foráo lembras,)
a-teChn/iunt Legirhtor exte- _,- . L- - j 11 nj V.-.C 1 - J /»
titMoife,. CarJ,»*iu Gofii- 32 "a v,a de melhorar oeltado rcligiolo , com a luz de lua
du""fi4- doutrina, pondo o em maysperfey ta ordem iChrifto Se-
nhor
EMT^EZJ VIU. i2i
nhor NoíTo o diile : ^ E á luz da obíervancia ,com que *» sicctiam BchsJ;8us /**
_- _ r , . J J . . J--T1 -1! - r fUlW meti prorofiliu hnjut
bao Bento reluicitava avidareIigioía,numniiarao-ie to- x>rimu,quoi«nuiffumàivef
dos os documentos antigos , que trata vão delia : & luz d»- ÍSSKílSSXÍS
ante de quem fe humilhavão os documentos dos lábios, ^hutieamvujutritmSuSiu*
i ■ » i II ' Cl r J J í^v vilAhtibailinni.iliílstavil.Di~
havia de arder em lenhos compoilos. r oy ordem de Deos Xl! cbuih, &t»i* m^.ia,
dada a Moyfés.que junto d lenha compóftafobre a Ara, l 'verj^-" ,' ?}**«(**** .
para oiacnncio, eLtivelic outra amontoada pelo ehao. 34 "cmftiieiiptóHfMáinecetafé*
A lenha , que efiava coir.pófta fobre a Ara , era figura do '[\ 'L^e %'l!n^um trucif
ma de vro da Cruz, onde Chrifto havia de morrer; a ç & P/^f ^'P^f^taçfip.-jjh
J r . r. ? J> eorntf.Glof. Inttrl. íbi.
a tem ordem, hua reprelentaçao das profecias, que trata- * erophcti«,qit*ioquifa*tur
vãodeíh morte: * & á viftado verdadeyroíacrihY.o,& ^S^S,,?^ ^
da mayor luz, todos os documentos, que tratavãodella, fe
poftraráo efeurecidos. Em ordem eftava a!enha,ondefe
via a luz; & Tem ella a outra, onde apparecia a íbmbra ; &
por iilònão tinha ordem, porque erafombra; & a outra
eftava ordenada , porque era luz : á vifta do mays claro , Sc
natural reíplendor ficou íbmbra ,o que até aquclle tempo
o não parecia. He a Cruz natural retrato do eítado rcligio-
íb: defte,diíTe o Eminétiffimo Cardeal Gotfrido,fora São
Bento luz ,reduíindo a brandura, & fuavidade, o que os ?6 SicS*tt8orumpr*eede*?
Legisladores antecedentes, compuierao com durela,& dtmhc«i,fedvèneréhiubmt.
rigor : aó & a caufa defta excellencia , diíTe o meimo f^èflj^f^q^/^
Cardeal, fora, porque São Bento teve mays graça, &ncl- eniKuveiut)exMoyfid^a,tí
emlpirou o Lipintobanto, com mays incêndio; 37 Sc téntd.mi^iwm^aéSu.
para que a doutrina do Príncipe dos Patiiarchas, fe ddiin- "^le"Utfi-c*r?'''a'''<?c'>'
gui-le das íombras, & reiplandece-íe lem névoas, havia de »./m& j^s.a^idiS,.
porem ordem acompoíiçao dos lenhos, em que ardia a #*irftoi**T.4*tè&idp*
iuz, & diante de quem Te abatiáo as fombras. ««»/'«» M^ackou.,»!^! •.,-..
r»r-j-if->. i^t-o ftitiifiwntiJiilPinòriehgifiT
1 35 Preienido tinha Deos o ornato de lua igreja, & rfrôa- ^.....a^jenta Dea
pawartificàdajoy^quehéíb^^
a São Bento. Iodas as (agradas Religiões lhe fervem de »*»>/"»•
ornatojmas a Beneditina, he a joya de feu pey to.Sublaco,
que foy o ouro, onde fe aíTentaráo as pedras preciofaí,que
de penhaamudarãoem joya, teve femelhança naLmina
de ouro,com que fe enrequecia o peyto do Snnimo Sacer-
dote Araõ. Mandava Deos, que por ordem íc cngaifofkm
aspédrasna lamina: 38 em ordem colocou São Bento, ^Ju^^h
em Sublacoosdifcipulos,quemays,doquepcdraspreci- fertrdmeffutf.ExDd iV.ttrf,
ofasbriltiaváo entre osjuftos. De doze pedras confia vaò
Racional >.oujoya de peyto do Sunimo Sacerdote : doze
13 2 O PINOTE DOS <?AT. TOMO 11.
mofteyros edificou Sáo Bento em Sublaco,& nelleefla-
btlkcèoeíta Ordem. Todas as virtudes, leiepielentaváo
,9 n*e f>0f,tio dherfarkm em as doze pedras; qa & todas as virtudes le proíeila vão
vtmarum irt , atibKjti.muhipli- \ t\ r C -!/•■
„„,,„„» vtmnmgrav- em os doze molttyi os, porque le lomentavao do elpuito
Za!'!l!"'0' tíuia'tt61o/* óç Sá o Bento, que era o de iodos os jufios. 40 Mandava
Deospòr em ordem as pedras, que fignificavaõ asvirru-
40 v,xàa ficneJiEiur amni- des,paraaue fempre foliem coníórmes entre Cl. 41 Eí-
titn /fflorií llir-tu phnuffmt, • r - j r j jt P - J ir r»
v.G>cg tes intentos íorao todo o hm, da dnpoliçao do nollo IV
4. ku«,o«eo,<ii feris i»tar- tr}areha. A joya , que Deos mandou fabricar aMoyíes,
de òacerfi tu dtlxct (empo jj>. i ■ \ r 1 f n 'JT
ia,c>e.hcã*i.k>jHf>a. para uiays decência de leu culto, poíta em Arao,reprekn-
tava-fe colocada em hum monte, por quanto o nome de
,aL^r""' hUn,Jxtm°n- Aiãoafly fe interpetra: 42 cm outro monte, que era
Sublaco, apparecéo a Ordem,ou a Joya, que compôs Sáo
Bento para ornatoda Igreja j 8c naõ ficou menos enrique-
cida com efta, do que o pey to de Aráo, com a outra.
1 3 6 Não menos agradável, que terrível compôs Sáo
Bento, a penha de Sublaco ;em a ornar com ordem, a fez,a
hum meíino cempo,fermofa, & formidável. Náoachou o
Elpofo Divino termos, com que moítra-fe a todos a fer-
ino fura da Igreja, fenáo com a aífemelhar ahúefquadraó
4t Tcrrihiiinttcatrorumi- formado: 45 defle modo lhe inculcou oviík>fo,&ova-
cus orJniju. Caril. b.vcrj.i. , ... L , - C 1 C 1 1 -1
iente. Naoíelograot torças, aondetalta a ordem jnaohe
apraíivel,oqueeíl:adefordenado.Foy a Sinagoga feya,&:
frágil figura da Igreja:a eíta,annunciou Deos, por Iíaias,a
44 ster-amptr erâinem u- fermofura , que lhe havia de dar ;& a firmefa,que havia
fi.de, mói. IlaUn verf 1 1. . 11 11 1 'J 1 T
«< kurfHmfignificat^jpof. de ter, dizendo , que elle por ia por ordem as pedras de leu
Í^SÍ^ÍS"; cdificio" 44 Na com pofição, com que foy levantada lo-
vciprcpugnarum^vexerut, vti arou a Igreja o decoro , & efiabilidade , que não tinha , fi-
cvnarut iSilaprâr fup.lfai.KA. , n vf- tíTl A n
46 .sixumUumrcguiiDiK gurada na Sinagoga , porque lhe íalta va elta compoítura.
cH,ut,que»Mj,ronaunji,ltlt,o ^ -,a monarchia , hum jardim , &húa campanha eftabele-
apoiou, ai Guiiher.vdbianm céoDeosem. fua Igreja. Húa campanha, hum jardim, &
*4i iT*™H*fi.veterapmatvti húamoiiarchia ordenava São Bento, em Sublaco: Deos
ftHitut om*,aira.fieiu„t, cr cin a compofíçáo, Sc forma de lua fabrica, inílnoua
tece a Ò.BeneitQofaBafunt r. r
nova.-iUaitiamtamquam um- Sao Bento as regras , que havia de guardar ema lua obra:
vit^fur^vldêfur,fcjperiaU-¥> nao le apartou delias o dílcipulo j 46 & ponho a
dabihrn&tntd.Uam.tooperante provey tou o trabalho,& deu ao Monachato, neftare-edi-
lan carJmjiuGoij,- dumk, hcação, nova gala, 47 & permanente dursçao , que
f\7'Ka; ilte ,empcra Beati ^^ nao *P^ nas partes,aonde por falta da ordem per-
Patru bu)iuBeneiia,nuHaèer déo a eftabilidade. 48
t» H^itla Mortaebi confirrnala \- \ t 't • t o-
\i:. j. tudesar* ubijupra. 1 37 Em breves tempos padeceria o Império de Sao
Ben*
EM? REZA VIU. 123
Bento , o mefmo naufrágio , cm que dantes tinháo pereci-
do as republicas efpirituaes, que governarão, & inftitui-
rãomuytos Padres, íe fora ío o cuydadodefte Príncipe, o
dar documentos,fem tratar da comunidade , dando armas,
& não infticuindo ordem. Para que os IfraelitaspodeíTem
reedificar osmurosde Jerufalem ,náoíóguarnecèo Nee-
mias com armas , os que haviáo de cobrir , aos trabalhado-
res, fenão, que também os posem ordem, no circuito, por 4 9 St"tu't inheopofi murt
, r 1 - 11 -1 ptr circuitum potulur/iincrJi"
onaeíelevantavaoas muralhas: 49 as armas em mãos de »cmcumgUdi>/juit.i.£jdr+
gente defordenada não defendem por tempos, fenáo por ^•VírJ-Ki-
míiantesj erãoneceíTariasmuy tas horas, para murar a Ci-
dade, & o inimigo, que efr.ava á vifta o impedia ,com toda a
força • & os que haviáo de rebater a efta, para íe dar lugar,
a quele levantaííem os muros, não fó havia de fer gente ar-
mada, fenáo também pófia em ordem, para que naprefif-
rencia da forma, fepozeíTem os muros emaltura defeníi-
va. São todas asReligiões Sagradas fontalezas , que profe-
Çaó reparar a Igreja de Deos , doscontinuos aíTaltosda in-
fidelidade da hereíia , & do mundo; efte, as defeja deftruí-
das para triunfar da opoíiçáo; aquella, as quer arruinadas,
para que a Igreja náo tenha tantos fervos, & nelles os
mays fortes propugnaculos. Amiguamente,não chegarão
muy tos Padres , a guarnecer as fottatefas , ainda que alifta-
rào foldados , porque dandolhe armas nos documentos
fantos, com que os inf!ituirão,faharão-lhe com a difcipli-
na , porque vi vião folitarios pelos montes , fem ordem de
communidade ; com que durou pouco tempo o reparo, 8c
náo poderão confummara fortificação; São Bento, como
advertido Príncipe, & ílngular Legislador, femelhante a
os Pr incipes de Ifrae 1 , que aíTiftiáo á reedificáçáo dos mu-
. . .* r , . . ~.. . , * — y . ÇO PrifC-r-rrpoll ecsitt omiti
tos ; 50 com hua maotdbncava ,inliituindo a Orcem, mtdojuJi'*Jif:ciniiSi»mH-
& com a outra, defendia, cortando os vícios; & aíTy dey- ^2^£^Z
xou tão fortalecida a obra, que até o ultimo dia durar ibtvaf *t.v\?.
a inrlexivcl ao mundo, 51 & fempre obediente a lgre- ^Tt^ncmmundijiMt.q.
•|2 Ç « raculucj*odUiv>nituf fiS 8c-
' ' ? , , . ncdiBumfjftun, fuifTcptrhi'
t^8 He claro odocumento,psraos Fnncipes; nao btn.r. \Sfpe>it^r*oi»uiH~
hrr • C l_ • * 1 1 _ bion in li\,noviiitlib. i cep.t.
enecehano íazer combmjçao,comaalma daempreza, ft k^c<i,„(J,llf„er,,£e,
porque temos viito em São Bento, & nos Padres antigos clcfi* R»ttnnêfi»biif4,hgim»
11 - • r' i i c /V &pt*ri».n mfdectnferHtbit,
opouco valor dos matenaes tora de ordem, & o leu prelu- j^,
u»o,quandq ordenados. Húa vez pelejarão as cfuellascon-
Q^3 na.
i24 ° FKMCMR WS <?AT. TOMOU.
tra Sifara , Be Fendo força fuperior, a que as movia, em não
fahiremde fuaordem,coníiltioa vi&oria; 53 comomof-
í? De Cah âimkâuim eH tran(j0 o Ceo , que ainda que leiáo feus os loldados , não
tonlineot : btrfl* manentes in 7 n r - n j \ r
erdi»s,®.curfHjuo%*dverfm vencem como eíircllas, íe nao poltos em ordem. A meima
StZT^ZV.erUttU luJ" Jgrc)'1 de Deos> & á lua »"-i"Çáo , as monarchias do rèan-
doconhecem,q toda ília perpetuidade cõfilie,em qr.enel-
laseftejáo polias em ordem, na Igreja, as virtudes; & nas
republicas, as direçóes. Figurada na Alma Santa , íe coníl-
derava a Igreja, quando no logro do amor divino depre-
54 intreãuxit me intuam cou ás filhas de Jerufalem, compuzeílem nella as virtudes,
vinariain.ordinavit in weCha- n - •'/-, . . a r J c
riutem.Gamhorum.z.verf.*. para coniervar ena dita. 54 Ameimadeprecaçaoiazem
(frâin*teMmtCharitatê.sep* republicas aos Príncipes , defpois que ie vem ampara^
ttiaginttaptsd.^/JhpHicm.lbt. t -T / i t r
• dasdefeugoverno: íaõdinerentes as virtudes, de que
fe compõem, porque faõdiverfas as peííóâs, que as
adminiftrão,&fe eftiverem defconfbrmes
parecerão as republicas monftros , que
errrbrcve tempo perecem.
FUNDOU
125
FUNDOU
S BENTO
SUARELIGIAM SOBRE TRÊS
incêndios de fogo.
E M '? (R. E Z A 1X%
l39
?&rmm
FIRMESA do edifício, que
he fundado fobre a pedra , nao , jtfírtya/„,„ q„;afnr..ijU
reful ta lo da durefa da rocha, fe ^jj^j££^
não também do fogo, que e»*;^»»^»^*'.
1 XI „_ experiência Joc*it Pater *#»«
tranhaopedrenal. i INemto- tor„iutjeSoi»CaftTo.Styri&.
|§jlgggg da a pedra, he mina de fogo; a ^i^X^
que chamão Azinicia o não lança de íi, por may s, que a fi- j^-ft
9-B
rao;
iz6 O <P7(INCITE WS 9 AT TOM. H.
rão: temdu rcfade pedra , mas nem por ilío ler ve para fun-
damento, porque a falta de fogo, dizem os naturaes ,he
» otfttuciê tnhniaphcaret cau|'a ^c qlle por tempos , fe destaca cm ró. 2 Os poli-
tgtie, babei entm duritiem ,ftd . ..*. ,,. . p«. V
«iperfetu.utiMagijitr ^in- tici>s , noticiolos deite legredo , rtão averiguando acaula,
tomuf tCerpa de Iniiitulione j - j* rp /v 1L ■ jL
ReiítiomiffitM-, derao credito aos etleytos; com queaíiemt lharao asbazes
do Império, (em quanto o governou o Emperador Com-
modo) a pedra Azmicia jòvno tempo, que o regerão 1 i-
t i demiti. UBhntf.%.y to, & Marco Aurélio, á pedra ordinária: 3 Tyranno,&
não Píincipe, foy o Emperador Commodo, para feus vaí-
fallos: 4 Príncipes, & pays para os fubdiros forão Tito,
4 gyfV/w Lampri. Invita ' * i c r < c ■ • r
cornem^® Mrxis. & Marco. Com durera km i@go,com império km amor
governou Commodo; commaysfogo,doquedurefa ,cõ
mays amor,do que império regéo Tito,& 'governou Mar-
5 Reroj«,uiib.i.vt4c*u. co Aurélio. 5 Faltava áqucllc governo, o requifito do
calor, que ttf^acíiiftenta^&çQpi que vive tudo; donde foy
<M ,M ,p , oíuipériocl^%GaHimodo, outro anStiatrovoue para os
6 Nt'n e<tpto (ipud r iJtrtam l :j5is - -i- ^^ J '
tmphith-jt,o,^it,nm quidcm gtodiadorei^^pcou -À tnipjQqual poí falta defundapjen?
jrWuf,™» cdhr£t,H<qUe to ^krvio-de morte a quartos o oceuparao; 6 Sendo o
f*ni*me»uptrjoiidUmf«bji- fiiièerio, no tempo de Tito, & Marco, como a Ara do Fe-
*« cowpa&tmf»perftruxn ... ni2£-onde renalce, por virtude do rogo a ave, que, fenecia,
tar,J,dr,ndJconvJf*X™ po«"«zaodo tempo. ^ _
ruitmtwsut.n cxurior» effú- t aQ múv tos acharão no foeoa]U:a] idades do arnór,7
ditur: tmmenfimqucvimmor- ' ,J . - ■ '
taliu m /Jx Século intento/ , aut
££'%?£!£•%:£ m &» emm henè c*!at morP*
trahit, aiqueopreat. Ttc.ms
inuil /.4.4. «.6 1.
7 Puniu faleri.lit. 65. De
Eminet indictofrodito flaniJmfno,
l
tcivus.
OYidi. in Efiifi. Meda. adja-finem.
Saõ Gõmmúas todas as feirieíhançãs^tnas fa5 particulares
as fortunas, queacompanhao ao Prineipè,& á república
no amor.Náo entendéb^,^íff^^nflftiata duração de nu
Império, quem o eftabellece'ò fobre 3Uia£a= de Hercules.
Em o poder fe confiaváo Nèro7Galbr;Vitè!io , & Domi-
ciano, nenhúas forças humanas os podiaõdeíàpoííar do
fenhorio; o amor da pátria , ique intenço fobre os naturaes
fe levantou contra os Etnperadores, fem reparo os privou
da vida. Foy igual,no pouco conhecimento da feguráça,o
parecer de quem eftabeleeéo a Monarchia, fundada em os
montes de PluCaõ. Rico, mays que todos os Principes de
feu tempo foyConftante, Terceyro Emperador, & os
Byti?Í4F»fyf.iik.9x.i. mefmosfoldados^ueodefendiaójomataraõ. 8 Mura-
do'
E M V %E Z A IX. ii?
dode tarclbs , que he o ineíino, que acompanhado de
grandes -, diíferaó alguns,eftav3 perpetuado o cetro. A ma-
yorparteda nobreza aíTiuia a Vitelíio,& íoy vencido de
António Capirão de Vefpaílano, aquemfeguia o vulgo.
9 Em a multidão de exércitos ahrmavão outros, efiava
rixa a coroa: entre guardas defeançava Carolo Ruberto, 9 Mexia to vira riteBp.
hey de Panon!a,qLnndoreuc!ano,cavalieyrodameisna
rcirjvofcrrio,& a ília cfpofa. 10 O Emperador Marco
Aurélio, conhecèo apouca dur?çaó,quc prometem as t( Vequeen-mpecmu^
Mon uchias fundada , nefte s a liceiíes faltos de amor: 1 1 S^S£s!Zg 9TK
porque o poder dos Principes,femoamordos vaífalloshe if]iau«trtg*i,ammum impi-
iug.j,q naoqueyma;& asnquelas,moeda,que mocorre. mede«t.Hcioá<itwà.u
i 4. i Nunca as armas , &: as riquefas poderão igualar
a$ forças do amor : asMonarchias, queforão ftnhoras do
amordosfubditos, não fentiraõafalta depóíTesj&muy-
ras ,qne tiverão eftas,fentiráo a faltado outro. Impofi*
bilitada de forças, efiava a Cidade de Thtbas, parapo*
der refi.tir aos Argivos j dos muros fe lançou f< bre os
contrários, MenéceoThebano, com que ficou vidtorióía
ap3tria. 12 Guarnecida de ioldados,fe achou a Cidade
de Attica , quando a acometerão os Gregos , & nenhum JJ P^' w/?-^^-
dosqueapreíldiavaõaquiz defender y todos conjurados n*io*t& i»gr*tnuitnt.ii&.
para a entregar. 13 Depofito de thefouros,eftava a Cida-
de de Hydroens, quando feus contrários a provocarão a
defáfiojquizcraõ aliftar foldados , & naó ouve quem qui-
zeííc receber foldo. 14 Pobre eftava Athenís, em tem- i4 idemiU.%.*.
po, que certos tyrannosa quiferaó invadir,todos os moia-
dores,naó fófahiraó a peleja ,m3sderaõ osbes, para que
não falta-fe paga, aos que militavão por cítipendio. 15 M '* "
Os Romanos thmaó a Cupido entre Hercules, & Mcrcú* i6 0 inj-lgKt i/e„etiJeFa.
rio, i5 Deosdasmercancias,dequerefuItaõasriqneía;); n* > v Soufi tm jm Nw*m
r . - r t TT 1 Utrtu. Notbtptitaera falef*
porque iemamor,nao aproveytao asíorçasde Hercules, rM.,.
nem asriqucfas de Mercúrio.
T42 As quatro principais Monírrhias, que florcce»
raõ no mundo, fe arruinarão, quando cm os naturaes fal-
tou o amor â^ pátria; & os fubditos desfalecerão, quando
lhe faltou o amor de ftus Príncipes. Os Lrccdcmonios, &
os Athenicnles,ainda quenaõfizcraõ Monaichia infiruí-
raõ republicas, foy bieve fua duraçaõ^masmõofcria tan-
to, fccsvaflallcóknaõ levantarão, contra ícus Prircipes
1 a8 O MtmClPR DOS QÂT. TOMO 11.
Sc eftesfenaõ armaflem contra feus vaíT<illos;a efies,efvaev
ciaó as riqucfasj& aos Príncipes, alienava a ambição ; com
queieguindo oslubditos, anaturefa dos vapores, que fe
oppoemaoSol,qoslevanta; &os Príncipes, a a&ividade
do Sol, que os desfaz ; neíia competência tiveraõ lugar os
Tyrannos para fe apoderaré de feus dominios.O Império
dos AíTirios,Perfas,Gregos, & Romanos, foraõreprefen-
ir D*Ki:iux.-vtrf.).?.Hn- tados em os metais, de que fecópunha a eftatua, que entre
jus patuá caput ex aurt,tfc. pi . ., ■ , ,-? r l .- 1 ■ j «r>
íonhosvioNabucho-Donolor: 17 aMonarchiados Ai-
8 ComumtMtmniUDoSii- firios,figurava-feem o ouro j a dos Petfas,em a prata; a doa
Gregos , em o bronze; Sc a dos Romanos , em o ferro. 1 8
Nenhum metal teve perpetuidade, quando do monte íe
r .*■ ir,e air defpenhou húa pedra, contra a eíh tua 5 em os pès da efia*
?9 Lafu abfcipm efi dtfeor- í t ' 3 I
âi*. Rsuiiuim qvodawfermo- tua, ( que erão de barro ) foy o golpe da pedra ; reprefen-
tavaeíta,adefuniáo; 19 Sc o barro,osfubditos;& porque
20 Tunc contrita fn*t pari- eftes,fe defuniráoda republica,cahio de todo a fabrica, &
terferrur* ijju y^arge»tum cfpiraráo todas as Monarchias. 20
«fi,v« trt*,qu4rapiajimtvt- 143 Conheço , nao deyxara de por duvida averda»
t<,.Dan,ei,j4bifuf. verf. )|. ^ ^ue £emo&affentado ,aeíumaçaõ deriquefas3que leva
trás fias operações humanas.
__ Omnis enim rest
1
THfll.
Vir tw^ fama, decus. diVtnaJumanaque, pulais
VtVtàjsparent : qutâqui conjlruxertt, tUe
Ganis erit , for tis JuJÍm, japiens, etiam (^ex>
Et quid quid Volet. —
Horatwi.ferm. 3.
Difculpa , com que intentou condecorar a ambição do
Emperador Vefpafiano , o Autor, que o adulou , fem ref-
peitar a verdade : para ter prémios , com que obrigaíle os
vaflallos a intentar acções hcroycas, diífe, fora todo o em-
penho , com que Vefpafiano , indecorofamente, ajuntou
thefouros. Quifera mays com exemplos, do que com ra-
zões deífuadir os Príncipes defie engano, para que todo
feu cuydado fofle fenhorearem-fe , da vontade dos fubdi-
tos. Comqueriquefas poderiáo osLacedemonios, com-1
prar as vidas aos dous irmãos, Sparcio, Sc Bulides,para
que voluntariamente fe fofíèra offerecer aXerxes ,aque
nelles vingaffe o aggravo, que feus naturaes lhe havião
feyto,
EMPREZA IX. is?
-fevto, para que a pátria fica-fe livre da péfte, que aconfu- 2I ?•* *'«*»"">' **r£
J '*■ J A j •- • xis ciJuaatorem inter cnuÇetrt
mia. 21 Porque preco,vendenao,antiguamente, as mo- yaviquspeHeiabor*rtHiJjb eg
Jherescscabellos, aquém eftimavaõ como principalor- ^tZ^mLt%%
natodefua rermolura?Quebraraó-fe,DeIa continuação, as rummahrum-jtfimm numpií
cordas dos arcos; &: as mulheres de Carrhago ,de ieus ca- ciatoqucjuregciaiumXtrxifa-
bel los fazião as cordas, para que naõ ceflafem os foldados, t,ffcc/a- ?,*!ke iix%Tf'l
<te dei pedirem asfettas. 22 Que conveniência humana ^*#«í,fiw»<fc/s»e £<*«*•-
... ■ rv r r wonii obhtifi monturos inPer-
obrigaria os pays, a que voluntariamente mataílemleus h- /«/«;» a/?lie ,JXerxsmProfec-
lhos, para osdar a comera outrem? Emocercode Jerufa- **/"»*• «»*#**«tafr''»M.
lemo fizerãomuytos, para que os foldados naõmorreíTem z* jacobusde urina Tm-
. ,- y-\ c 11 /• 1 ■ "l-l jt 8atu acamar:, cap. ti.Tittt!»
a tome. 23 Com que ioldole obrigaria hu homem a aú- jíamorí rrjptsí fauu /•/.
phfe,atè ficar nii, para não faltar, ás obrigações, de fenti- mh,-y-
*,.,',.. r . b.*.*- H ldemtbifel,w}.tap.uit9
nella vigilante em tempo,que as neves cobnaoa terra 5 &
o a r,congelava o orvalho da noy te?Hum Português o ex«
ercitou,na frontey ra de Trás os Montes,governando nel-
Ja as armas,o valeroíiífimo Luis Alvres Conde de S. João,
& Marquez deTavora.Com o valor de todos feus thefou-
ros achariãoos Príncipes, quem quizefiè, morrer enterra-
do vivo, para que fe dilataíTein as terras do feu Império?
Dous irmãos ambos chamados Philenos, o cõfentiráo,vo- cj*/»e»»jr*» jHvtnuis
luntariamente, paraquefeusnaturaes,queerãoosdeCar-/J^c"ícr"roíaíA',^'""'£'"
rl -* . r A é-y fcctrunt Carthjg-.mnjtbui ut
tago,excede-lem na demarcação das terras aos Cennen- reifiques fines p^uhf^pe-
r K7" 1 ri J .. " C L " terem ibicbrutrentur.vcl cost*
áes. 24 Naoolucroío, oamordafpatriafoy^oqueob^^^^^^,^.
eouaeftes extremos ; porque a todos os interefíesfobre- niieuiicnàitimfffàbatan-
D • r 1 tamfuar,iRrJt«l>!irsci>iJtnJ-
pu;a o leu empenho. „„& vivi m°Ttuifitxt.ii*vifi
ir. OJfici.tit.i # Vahrius lA**
. . - Ximuil:b.\ cip-C
Vjurfiu amor patrUratlomVdentio)- cmni,
Quodtuce fecerunt Jcripta, retexit opw*
OvidiíM i.Tont. 4.
144 Muytos fubditos foraõ de parecer , que não fen-
do o Príncipe opulento, viviaõ com perigo irreparável;
■porque as riquefasanimaõ, aquém aspoífue,aquefefoi-
teme íoberano: & em hum pobre tudo íaÕ temores, & tu-
docobardias. Nãofey,quea companhia de riquefas endu-
zilfem os Príncipes a acções tãoglorioias,comoasqueo-
brarão aífiflidos do amor, q tinháoa feus vaflàllos : o Em-
perador Sérgio Galba dey xou-íe matar,dizendo, que não
reparava em fua morte,quandocomella, fe melhorava o
império Romano: 25 o que também difíelíei mias na lS a/Ww/».->/: ■-•• <
II cxal»
i;o ÔPQjNCiPE T)OS $JT. TOMO 12. .
7.6 Quaj; f>«tri« mfBttCre- exaltação de Crenitoiobre leu deíkrro. 2 6 O Empe-
ftttHtn lmf>aratortm,quamHer W T 9 *\ t
nUm^aMvifsitíiftcnmexitia- rador Otno 1. nao quiz por guerra a Viteliio, que lhe
TvHc^.Rwfimofran* ufurpou 0 pveyno>f0 p0r não prejudicar os fubditos: 27
»7 Mexia mtjut viu. & 0 meímofez Zeno, Emperador de Conítentinopla, ía-
bendo,que a Bafililcotinháo léus contrários acclainado
tin inter eives arm» maoeten. Emperador: 25 que conveniência podiao ter eítes vaí-
vu-.^uiui^f.bb.i. ^ajjos nas rjqUCfts defeus Príncipes, que feiguallem aos
intereífesdeíeuamorPCodroReydos Athenienfesfabé-
dodo Oráculo de Apollo Delphico, que fómoi renda
elleemaguerrapodião osfeus alcançar victoriajVeiVido
_ ., . I em hábitos humildes, buícou a morte, que lhe tirou a vi-
átfof:nunfw,busimpe>r,fa- da, com que os feus ficarão vi&oriofos. 29 Em fonhos
>y.:!iarcm cultum indv.it. *SÍc r ■ « . . ^ r i r> •-#-».- L í
faianuumboitium ghbo fe/ecb. ioubeMario Coniul,queos íeus veneenaoosCymbrios,
jeãt&c. Vaiu.uaximmhb.% feej{e facrificaíTe a lua filha Calphurnia;& náoefperando
... ..-> . .. . pelo dia, namefmanoyte lhe deu a morte. 20 Asrique-
ih c -onfuife cxCymkruv,Eonã íasdos Príncipes, não aplacaõ as iras da fortuna , as findas
rLy^„^cr,fc'sfct,arrepto «leu amor remediarão a muytas.Havia declarado o Ora-
mino peruit noÇurpu fia»- CÚ\Q a Midas Rey dos Lydios,que lançando em a abertura
1a fn:*lihui,$$ filiam immolavil , r J ■ • C r ÍT •' • l -
Áavijutuhjufra. da terra a couía mays precioía ,ielianao as innundaçoes,
que delia corrião, com que fe arruinaváoosedeficios,&
moradores de Celemnas ; arrojou Midas nefh cova todos
feus thefouros , mas náo fc aplacarão as enchentes , fenáo
quando leu filho Ancharo, entendendo pela coufa mays
^ J2ESSSSS# P^ciola a vidado homem, vivo fe lançou na concavidade.
fiuumfcatumiefrawnrtdiret 21 De que ferviaõ aos vaífallos asriquefas de Midas, fe
quamfihtujàtAmantior,!*- faltara em leu nlho o amor da pátria i naoachao os nlhos
tcrprl?atuíoractím.:u.Pri- tanta utilidade einas azas,comò em o pey to do Pelicano.
x:<; r,i eam vcraginem,utchi- i 45 Reforçados ficarão osaliceiles de hua republica,
infiâensfiiiufe ãemitit.Baf- quando ao amoi dos valíallos ie amnte a íorça dos exerci-
í'jiatuigof.iib.i.ctf.6. tos, & a copia de riquefas: as aréas juntas na torre, funda-
da em o meyodomar,reparão,&conglutinão aspèdras,
de que fe compõem :femelhante aeftatorrehe toda a re-
publica, mas aífy a húa,como a outra fortaleza, nos princi*
piosdefua extrucção,omays importante para fe firma-
rem he a união das pedras; porque eítes coníòrmes refif«
tem ás ondas, antes que as agoas as firmem com aréas.
146 A.s republicas ficáofempreemdividaaprimey-
í2 on$gumiual?eià. ta ^elP°%ãodefeu principio; íaócomo Júpiter, que em
ria,®sBt<z4t tmfni Noebei memoria de Amalthea, queocreou, trazia no braço ef-
frui, querdo apelletgida. 32 i>e lua ongem recebem a po-
litica
EMTftEZJ IX. i3r
litica firmeza, ou inconftancia de fua duração jporqucnáo
foy menos poderoío , para Alexandre morrer vencido do
vinho, fera ama , que o cieou fogey ta aellc : para Achiks
íer anioiofo , averíe creado com medullas de leões: 8c para
Nero íerTyranno, cobrir a ama o psyto de Tangue a tem- n '**"*& ?«!eft*j.
po,que lhe queria daroleyte: 32, do que he para a re-
publica a primeyra difeiplina; para que correíponda , nos
progreílòs, áíua primeyra nutrição: 8c a do amor quem
tíuvida ler a mays nobre, a mays reliz, & mays preauravelf quod eji dart. prim/m jpeden
cm osaliceíTe.s,fbbreque o Príncipe dos Patriarchas 34. S^ffi*g££E
íiindou fua Religião, fe defcóbre efta verdade. de Roduifitm cap.Mcnatb. 16
147 Sobre três fogos unidos a húa chama,difiea Vir- 'i,n't'
gem immaculada,a Sanca Brizida,fundara São Bento a fua
Ordem. A três fogos, comparou a Senhora, falando com
íua ferva, o eftado da virtude ; ao primeyro, que ardia em ,, ?„■»*,£«««,« ««-«m
nurrha aíTemelhou oeítadoreligiofo,emcommum: a Ç ff'*»^*^*'**"***»**
ao fegundo, atheado na lenha feca, a abííinencia dos Con- «mm m»nu tiiorum::-: ipi>a-
feitores; 36 aoterceyrojconiervadonaohvcyra^virtu-^j^,/,,,^,,,^^ >f _Rím
dedos Martyres. 27 Para fomentar eftes três fogos, diílè vciathiumc*f> 21.
a melhor may, a lua amada nina, mandara Deos oaoiíen- c^t^^tfccu^uiia.-^dqmJ
to, ao mundo;& que o Santo os ajuntara a húa chama, pa- ^ZZZZ^tl
ia que com fua luz a tiveíTem os ignorantes do caminho da tiio.-m.
virtude; com leu calor aquentaíle, os que erao tíbios no qulje amoreCbnm í»jfa»*
k ferviço de Deos; & para que accendefle em mayor à\*i\-í},uf'c,Modc/lãe;'6J!fu~.
<}ade, aos que fe abrafavão no amor divino : Sc que neíies fkuinbitwirimtinonta. ih.
fogos tivera principio a Religião de São Bento. 28 Cu-
jos mndamentos tazem exceder a elta Ordem, a toda a ía- iriMm(i&um\big%itt<» *»jfk*
brica, na alturaia toda a fortaleza, na perpetuidade :triun-^',i'ítf,,''f'H^;-í7'''' í?'f!"i
' * '11 ^ fia-jitírcsiçnrs w u»uin,inta-
lando do tempo, porque fe izenta a toda a corrupção. * ««, q»od 3*i mfyimcs nant
J tfumtti*b««tur.QuijrigidiÍH-
f.atxmãbjKiur. <Ji<i fi rucntCÊ
JírepereniM. »wfin*ti»ru &*iiUtvr.
fJ\egau quejitupyramidum alÚM^ hgio Bm*Jí8í, ih.
fluod non tmber edax, non <±/7 quilo impoUns
Tofjit diruere, aut mniimerabdis
Amwumferm, ($fuga temporum.
Horaúiu.Carm. Itb. %.0d. 30.
148 AlTy como a carroça de fogo, em que o grande ;9 Eçee (*»,/&'*', <i*t
Padre Elias fubio ao Ceo, 20 foy hum tcítemunho do wdJivifcrk*tHirui>>jue,&
r . , _,. ir c i\ n tfccndit £liafftrtHTfom»h4i
elpiritodeLlus,queaoccupava,daincla)aíonecUaKe- Aí<ffl.Tf,y;,()
R 2 ígião
r 5 1 O VKIKCNZ WS <?JT. TOM. 11.
ligião ficou moinando a virtude de São Bento , que a furi«
4o xrtigniiijtebonutquierat dou. 40 As armas Beneditinas ornão-ie de húa torre.da
«**í Dm Bencâia»m. ojxn qual lay hum caudeloio rio, que le divide por toda a terra,
BeatiffimaJnrso "Marta. uteP- _ \ r i n i j c r
ftrítLataBrigitaubifufra. em que lie ngurada eíta ordem, no deíogo,com letne-
Jhanças daquelle, que vio Ezechie),correr na prefença de
Deos; * noqua!,aschamasdoamordivino,para fertiii-
• Fiuviux igitut rapiâufi fárem a terra, imitarão a correnteza dasagoas. Incendida
queegreáiebaturafaciecjut. corrente da fantidade foy a virtude , que emanou deite
DatiiihJi.verf.,0. -, , j c r ri. J C - ' v
íLtnnabágrado : bobreeltasagoasde íogo, cantarão júbi-
los a Deos milhares de juítos , que triunfarão do feculo : i
4i Et via tâmquâm tnift imitação deoutros, de quem elcrevèo São João no Apo-
pcrMrciiíifèum\habeBUfii- defpois que vencerão o inimigo, &deltruírão todas luas
tbcraf Dei,1$càntaritetctnti- t * °
tutu Moyfi. vâpoc i $.vsif.z. oDras. A £
149 Nas pedras incendidas em fogo fundou São
Bento íua Religião. A Lúcifer, quando em graça, fervi-
4% TuChaubtrteHUs p r\0 de pa viniento , outras pedras femelhantes a efíasmo a-
hfçíçgitif :: In media lapiaum .-., -. , r . . ,.
'igmtoutmambuhiu. Hzechid braíado. 42 Era Lúcifer de fuperior Hierarchia , por if-
29"Tf0'"1' íb logrou efta fingularidade: perdéo a graça, òkagravou-
4, Etpiccjfu.-r.Éjecite ie ^iea culpa,cometer o peccado,vi vendo fobre eftas pedras.
fho»icDii,^;:crj;J:i^,c>,;- a^ Qn qUdnto fe oftenderá Deos, dos que habitamos
i&Hwum. ih verf.16. neíía Urdem, le nella vivermos lem reformação? que íuc-
ceda aos mundanos, o mefmo que a São Pedro,quando em
o átrio de Pilatos, fe congelou , aquentando-íe a huma
frt^r^M^ ■&&*$*'* 44 não hémuyto; porque vivem detibefa*:
porem, que fendo a Religião como o fogo,em que S. Pau-
4< Enue quLiim exeufuns \q queymou a vibora, que o mordéo, a< vivão nella fer-
fufeji.ud£torui>ií.%.verf.i. perttes vencnolos , que ínncionao ,& matao o citado ne-
ligiofo? faódelaeatos, que provocão a rigor,a divina juíti-»
Ça. Do fogo participado , da claufura Beneditina , fahirão
innumeraveis varões Santos, abrafados no amor divino,
com oqual influirão nos peccadores, com a voz de fua pre-
gação, &de feu exemplo, ô que o Anjo cauzou, em o
mundo,quando fobre elle lançava o fogo, que no turibulo
havia tirado do altar:, atemorizado comrayos,& trovões
ficou o mundo, defpois defta função do Anjo. 46 Ate-
vibúium^Jnpievhhttàd-.ig- morizadas , óc compungidas , hcarao infinitas almas, dei-
»etiiarbi®miMmtcrram& òois, que eftes Hefóes Beneditinos lançarão pelo mundo,
fjB.iJHnt',itr.,iru». *rfpoc.l. rir, . «r i r i
vctfs. o íogo de lua doutrina, & a fama de luas obras.
150 A calidade do edificio?que edificou efie Pr mcU
PC3
EM&REZJ IX. 135.
pe, a califica o fogo, que a fuílenta ; porque lhe provou os
materiaes: 4.7 lo húa duvida quiíera examinar; & he.de 4? op^q^uft^Hefnba*
que parte íahio cite rogo Mc ioyda pedra, íobre queòao
Bento lançou os primcyrosrifcos, a cfh fundação, (que
comodiiíemos,& autorifamos em oprimeyro volume,
48 foy a mtfma, que Chrifíoefcolhéo para fundamento 4s Emprezanji.iii.ta.il
deliu Igreja j") ou ie da Çarça, em que Sáo Bento felan-
cou,nelía penha de Sublaco?DoEfpinheirotemiáo as ar-
vores, que ficando com o cetro de Rey entre ellas,fjhi-fe
delle hum fogo, que abraw-fe os Cedros , do monte Liba- «&%%£; '£~
no: 49 ospeccadores, Sc os poderólos do mundo, fere- SM/f»»*?, «tf rj,
prefentaváo nos Cedros, ( fica autorifado no primeyro
* , NO • . j- -li * • . fo Super hanc peitam eàifi*
volume ,) & como vejo,, que os incêndios Monachais,a CaboUccUf,a,»meam^(.
húa, & outra forte de gentes encaminhão alabareda,pa- m<»'*-'6. ™/ 18.
receme , que da Carça iahioofogoj porque enriquecida frfi*erijbi\ute$emil&'ípjiii
C 1 t - r» r J • imatinein, Çí fimihiudini Tri-
com o iangue de òao Bento , hcou tendo por merccimen- „it;tU. uabtUrgocmjugnorS
to a coroa, que lhe não deu a eleyçáo. Mas o certo he, que orio Lm*Fnt,m Pai™, «uiafi-
. r7* 11 j r ^>! -n cut Pater idca Pater cfí,qunl*
da pedra iahio a chama, porque nella depotitou Chnito o betfiimm^itaordoconjugamu^
abraíado fogo de leu amor; & lobre a fortalefa , & amor ^f^êtítr^
de São Pedro levantou o edifício de fua Igreja; oqual íi- «/-.s.tíç.
, .. n-, 1 r 1 11 ' J L r J *2 tlat/et,tfClericorum Or-
cou eterno na duraç30,aíienrado lobre elta pedra abraíada àB\magmem Fiiv^uUFerbum.
cm fogo: 50 i^ertaAaião^
São Bento reduzio, a hua fogueyra, para que fua Religião ivmviam uomim idemih.
íoílecolumnadeiogo, peia qual governando-íeos viado- j0 ima„mem òpiinus sanSi,
ies, não er raíTem o caminho da terra de Promiílàó. f ' *§ "."'1' ££*?*" ';í"/'c/"
__ ( > Jet ofdo it>fe Jijpifferc niundut»;
151 Correlpondentes imagesas três Divinas Peílo- nifi pravocatus amore Dei::.-:
r - ... 1 - 1 iT j L ItabrtiftCr illud quod iniíiicè
aS) lao as três princi pais ordes de eltados,que ha em o mun- pc/tJt ad SfirJum San8u».
do. O eftado conjugal reprefenta ao Padre Eterno,refpei- */*'"#' Resa h s- &ȣ<>;&*
tanoo a geraçãodo Verbo Divino. 5 1 OClencai,aoDi- mhihmwtu ume» penintt ai
vino Vetbo,porque annunciouao mundo a Ley de Deos: ^Z7^it7ad"m}nfii!JtZe
5 2 & o eftado MonachaI,ao Efpirito Santo, porque 1'em M«**d»MM»i spinm^vita
o leu amor não fedèyxão, nem feconheífem os enganos 14 -úenachorum ordo ;»«-
cio mundo. 53 Antes de São Bento, exiíhrão innume- p^^/TÍ"
iaveis Monjes, claros em virtude, & fantidade ;mas em t»p s. tf o &er**rivtm^i*
c - T, ■ . . n r, A TV/i pelota ad Guili. ^iíba.circ*
íao bento, tiverao principio, & iorma oseltarutos Mo-jçw
nachais. 54 Deípois dos Sagrados APol\olos,nelle te- ^^^^'X"-
ve principio a íórma da Religião: 5 í ik como reduzia a vir, Bcatm Beted&wjciiictt»
1 - " V. J> 1 -\í inP.it u:t -V " /ei ■•' .Íi...., quttab
num corpo partes tao diverlus, como levantava Monar- ^ rump&iextidwm. o, -
chia tão extenfa, buíeoulhe aliceílès, que afufícrtafíem »-r:w»x?^ .. "• - -r,' ""
? * . j; > reliam mtuemttia, ptpmt*
perdurável : em amor fundou o eltado Religioio ; porque dium,
R 3 fobre
1 54 O FH1KC&E WS $AT. TôMO 11.
fobre fogo fez a fundação ;aíly para correfponder í ima-
gem do Elpinto Sanco, de quem he retrato; como tam-
bém, para perpetuar a obra, a que dava principio.
153 Huma republica finta, que para todas havia de
fer modelo, inftituía São Bento, íundada lobre amor, por-
que fein iíTo,fora pouca lua duração. Breves horas teve de
exiftenciaaEftatua,que Nabucho-Donofor vio entre fo-
nhos ; era fantaftica , ainda que foy real , no íignificativo.
Mapa de impérios, & republicas apparecéo a Éfiatua ; Sc
nella tiverão tão pouca prefiftencia, que num inftante de-
<6 Tmiccontriufuntpari- fapareceráo todos : $6 a fua pouca eftabilidade foy, a
tcrfi:rrumttiftay<tr,ari,entumy £ / y - ev « V n
^antuiH. Daniehrfupra. meu parecer , procedida , de nao alientarem os pes da eíía-
tua lobre o ouro , de que era compófta a cabeça : he com-
muma todos, fer oamorílgniíicado no ouro ; 57 &co-
meintw*4Ucgorit>. mQ QS jmpCr jOSj & republicas, de que fe compunha a Efta.-
tua,fenãoradificavãonoamor,arruinarão-le fem tempo.
Conheçáo os Príncipes, que as não perpetuou o ferro,
bronze,& barro, que as reprefentava, o poder que tinhaõ,
como lhe faltou o amor, em que fe firmaííem. Muyto aju-
daria áconfervação, fecontinua-fe a fabrica com a varie-
dade de forças, ou de metays,defpoisdeter osaliceífesde
amor ; mas como lhes faltou efta baze, declinarão com a-
quelle pefo. Governo, quenáo aífentafobre amor, dei-
tróe,&nãoconfervaasmonarchias. Semeftes fundamen-
tos, como fe podia tolerar a prifaõ da clauzura , Sc a domi-
nação dopreceyto?oude que forte trabalharia tanto, o
que he fraco, comobarro,& o que he forte, como brônzea
como fe igualaria o ouro, com o ferro,o humilde de nafei-*
mento, com o illuftre por geração, íe asReligiòes fenão
fundarão em amor, que tudo iguala, Sc que fuaviza tudo?
TSLon me per altas ire^fijubeM , uives
(Pigeat gelatis ingtedi (Pindijugis.
Senec. Hipp.
153 Quiz o Rey de Babilónia emendar o erro, de
queprefumio nafeera a Eftatua afuapoucafubfiíkncia ;
*8 K^hchoDemforJieitfe- & mandou fazer outra toda de ouro: 58 não a mandou
tnhutUíHttíiHriam.Diin.i.n.l. • . \ r r - 1 r •
compor ue bronze, ou de ferro, íenao de ouro; aípirava
Nabucho, a que leu governo foífe perdura ve^Sc mandou
fazer
£ M $ %E Z A IX. \tf
fazer húa Eftatua, que o reprefent3-fe todo deamor. Ao
clarnaçõestevede eterno, &applaufos divinos: 59 ne- <9 G'Mm*m»*i>. «>afe-
jihum vafialio o atriouio aiocura j nem tez repugnância
afua detreminaçáo j igualmente íe humilharão d Eftatua
os Príncipes, & os vaíTallos, os grandes , & os pequenos^
todos aomefmo final obedecerão:, naó tendo horas diífe-
r entes no culto, nem diffmçaõ depefloasnoíerviço, 60 6o Tunecengregnifutatí.t
porque o faziaõ a hum Principe, Sc a hum Império , que fe Y**""^ P"*"p»*w°»*™>'
Ihereprelentavatodorundadoemamor.brauiíooamor, iSrin\u*<tiorawH*iijt*iuani.
que luzia nefteouro; verdadeyro,oemqfefundaõasRe- ,verfi-~ ?■
ligióes : lendo figurado, naquellenbrafada curo, que no
Apocalypfe inculcava Deos, ao Prelado de Laodicea,pa-
racollyrio dos olhos; 61 cornoqualconhece-feobrõze, 6i Suaieottlitmert&meil„
& o ferro, oilluítre, & o particular , a terra, de que os cre- twwtwix. bt Q?hr>» •"
cuoòol, comqueosnaoengana-le } aeiíimaçaoaomun- J^»/.,.,^ rô.
doj que lhe deu outra cor.
1 54 De tal forte compôs , & detriminou a fuccelTaó
de feus augmentos, quem íòube prepetuar as felicidades,
que primeyro fenhoreou o amor, do quele ajuda-íe óo
poder. Rogou a Alma Santa , a feu Efpofo , que a trouxe- ^ ^ ^ "^^sjjtm
fe retratada no peyto, & no braço 3 6 1 pedio ambas as p.rcr tuuetyutfrpiacuiumf^
eoufas^mas o lugar do peyto foy aprimeyra: aquemhe^';;/;;;^;"^^
feDhor do peyto, facilmente domina os braços: antes dei-
te dominio,queria ter a Efpofa a outra jurifdiçaõ^porque,
como bufcava o Efpofo para fe reparar das moleítias, 62 «* Qj,ufirú.ef:utmcrs,di-
acnou,quenao empenharia oElpolo tanto leu braço na }mo. m,
defFenfa, Tem que ella primeyro lho não oceupafíe no alie-
no. Os que habitáo nas Religiões fa ó(como fica dito)par-
ticulares inftrumentos, de que fe ferve á Igreja de Deos;&
fendo oeftado mays nobre, & útil ainda fora muytoma*
yoronumero dosremiíTos, fe faltara nocommumaquel-
ía fogeyçáo. Para rendimento das vontades feraõ osprin-
cipiosdeamor,oPatriarcha,queneHe fundou aMonar-
chia, foy para que a Igreja tiveíle nos íer vos o empenho de
Elpofo,& enfina-fe aos Principes,a fc guiarem pela dilpo- f%™Z£j*
•íiçáo da Alma Santa. cumtmiverfavinutuwh
15$ Neíta lundaçaocncgav3 o citado Rcllgiolo ao Ccnu>;llt .i.jt, .•:'..-
«ermo perfey to j nella, 1c firmou a baliza. Os Herócs ; que ££
fiorecerãodefpoís,náocompulerãodenovo,couía cllcn- v* debuxa u/çoe
•1 n t» 1- • - - i ri* / Catdinaht'íurri Crenrmta ih
cfal, quçclta Religião nao tenha cm lua Regra, d\ rc- p,;^:,ji:.^ Mhi&ntd».
nhÚA
1 3 6 O S^INWPE WS VÃT. TOMO 11.
nhúa igualou á de São Bento ; a defte Principe,a todas le-
6í A7.»»/ R<í"^ Bajiip ík. vou ventagem : óç por iflb foy obra, do amor Divino,
muitum gemer iiit^aâ pãrtí- porque era ultimo termo daperreyçao Monaitica; cua,
TiT^&Tí^m, St acabava de aperfeyçoar ; executada efta mayor obra do
finguhquaqutciaraâijcrtffiu amor.fcm trage de peregrino apparecéo Chriíto, aos dous
à.^dnto*intopart.xjitui.,i. _s,r . , ° , .£ - ° r. \ , A r> n. 11 c
fJ» ,2.§.7. Dilapulas,que hiao para fcmaus ; ate eiie Uaiíello roy
Chriiíocaminhandocom elles, apelidado fempre pere»
grinoj 66 chegarão tarde, era )a pofto o Sol, & fingin-
66 rufojwpregti^tefi^ do Chtiíto, fazer ainda jornada maysdiítante,obrigarão-
h ui ufitlcntl Luc.i^.vtrj.vi. ... c- ca 11 rr
noosDifcipulos,aquencaílecoiTieIles: aíTentados todos
para comer, pegou Chriíto em o paõ , benzeo-o, & repar-
67 usu^utrecumbect tio-o com elles jem cuja repartição foy Chrifto conhecido
a,meit,acctf * panem, &bc- dos Diicipulos •, com que nunca mays o viraõ caminhar.
'#Miicil,&]>egir,&p<>rrigctat r» • J_ r j /^L-n. J P ■ jr
'iiih ±.t*potij>:*t°cc„h,eorv. 6j Pois acabou-íe a jornada aChrilto,deípois que dei-
ô t^ir«rt««.y£tâ» tnbuío o paó?Não deu eíte Senhor indícios, de que pafía-
- Twgitfe.kngmrire.ibi Va adiante de Emaus? Como agora naõprofiegue a pe-
w^'9- regrinaçaõ? Porque naõaperfeyçoa o mays caminho,que
68 nm incongruenur aceu Jhereftava ? Chrifto Sacramentou-fe fegunda vez,nefte
fmushocimpeâimMuminoc- - ^g & Sacramentar-fe Chrifto.foy a mayor obrade
culu eorutn a Satansfui/fe : :: r ■» „ » « . ' v
scàuntum a cbr.jio faBz cH leu amor: 09 com que, nao tinha mays, que peregrinar,
ÍSlSíSE/ «*."}' Té '««• defpoisde Refurcitado, fazendo o mayor extremo? Antes
jí»/ ÈM^.f^.n. queo fize-fe, era peregrino : mas comochegou aoultimo
69 MtraculoTUm êbipfofa- \ 1 /■ 11 " r»
aortminjxirKum.D.Tbemat. do amor, acabouíe-lhe a peregrinação. 70 Peregnno,&
tfatufutficio ,cum ad Sacra- Bento fia fica 3Uthorizado) na iníiituiçaó Beneditina a-
tnertlnm amoriípcrventum ejl. • i i r r II L *■
p.Mcuí z,rJa/up, jHj,tb. quietou dodelaíocego, porque nella chegou o amor, a
tomo »^s.?/«/.w/. n. |ua remontaçaõ : tres fogos , todos produção do amor Di*
vino, lhe fervem de bazes ; o numero ternário fez conta de
fuperlativo: A eftefubíoo Monachato,nefta erecçáo,corn
quefocegoude peregrinar ,confummada efta mayor obra
do amor.
1 5 6 Faltaria ao citado Religiofo , a fua mayor no-
brefa, que he fervir-íe com gente voluntária, & naõ cons-
trangida, fenaô fora todo amor fua actividade. Atrahe o
amor, fem violência j facrifica-fe voluntário, quem fefo-
geytaporaíTe£to j humilha-íe conftrângido,aquem ren-
de o poder. Eíia violência , desluítra as acções, porque as
fazneceífariasj &aquella vontade, as abona, porque aslb*
7. MiãnJtbvMhre,® berta. Intentou ludas ,efcurecer aobra denoíTaRedemp-
fjcovobjt cum tr»i*r,U M»Uh. . 0 . s J ' . i
H- »«•/ '*. $a°j & vendeo a Chriíto aos ;udeos 3 7 1 para quea ven-
da
EMVQíEZA IX. 137
da fize-fe parecer ncceffi Jade, o que fá era virtude ; 8c que
tiveflèmporfatisfaçio da venda, oqucfó foyobra doa-
inor Divino. Todo o merecimento aChrifto,& toda a
utilidade aos honiés pertcndèo tirar Judas , quando do fa-
cririciojquiz fazer violência. 72 Anticipou-feoamor de 7* Vnicf*tm»Tctmert$iMi
Chnito, a malícia de Judas: antes, que eíterecebeíle odi- rw««« «/,**, ^z^,,^
nheyro Jhedifiè oRedemptor,trataíTe da entrega: 72 í™Xf^*"*f/«*«,««-
ruõ lhe mandando cometer a culpa j mas molxrouine , que ^ffirm.dtPciUomeCbufii,.
omorrerelle,era lance de feu amor, & naõ procedido da m\^Tvcrf"íf'c"1"' ' '"'
venda. 74 Perdera a deyxaçaõdoabens o valor de facri-
fjeio, fe fora venda , o que he renuncia : fe fora comercio, o ?4 1J*"|M*Í*« quoàf»>;ú
l , , , .- r * £ j ,. 111 fidorcunftanuamiemfontfi.
ouelohedelpreio : masneacom todo o credito, de holo« g*rfitaumj>ercinu,: ut/eai-
cauíio, porque ■ fó a forças do amor deDeos, fe faz o def- jSSS^SKJ^
pojo, & fe conlagra a vida. icrba.Quoâfaci.-.
1 5 7 Grande damno caufa rá a fi , & á Religião aquel-
le, que com fingido amor abraçar efta chama 5 tratando
inays de aífegurar a vida tranfitoria , do que de merecer a
eterna: conheça o mal , que procura para fi , & o prejuizo,
que faz á Religião na fingida amifade, com que Judas che-
gando-íeaChruíOjIhedeuoolculodepaz: 75 porque «/*«*«. M«v.i4.wy:<u.
com elIe,ficouChrifto entregue ámorte}& judas, com o
querecebèo de Chrifio, livre, de que ninguém o mataíTe:
Í6 valléo a Tudasofaprado;masnãohavendo,auemlhe J6 B»«#Á«»w*y*w/*-
déíie a morte, ellemeimofoy de fihomecida. 77 Fica a ^tiavtnijSetintnf.tertttum.
Keligiao entregue ao deicredito,quandoaliloue íacmo- bn,,,,»^ sffitit
xofos: 8c condenado a mayor pena,quem a bufcavafó para »fi^jCbr!iiiv»itmijud*im-
aíicgurar a vida, que perderia no mundo, lenelleviveíle. ZerJauHfafr*"?-*/***'
Judas em fe matar a fi , perdéo a alma : fe outrem lhe dera fi£uMlS^C **'
a morte, podia fer íàtistaçáo da culpa; mas como a deu a fi
i.iefrno,augmentou o peccado, porque defefperoudami-
fericordia. A mefma confeiene ia condena ; o próprio pec-
cadohe o noíTo mayor verdugo: que importa ter a vida fe-
gura das mãos da juftiça da terra , fe ella efiá condemnada
pela confeiencia própria ? O tribunal da jufíiça , em dar os
caftigos, aíTegura para o Ceo muytas almas : a condemna-
cão da confeiencia mete no inferno ainfinitaspeíTóas: fu-
gir da omenagem,para vir morrer á cadéa, que mayor lou-
cura,ou que caftigo mayor?1
158 Para defenfivo da obfervancia regular, foráocf-
tes fundamentos de amor. Dá repulfa a todo o viciofo,o
S íuave
1 5S O pyjNCftE DOS VJT. TOM. 77.
fuave eheyrodo amor de Deos. O odorífero, que lança de
fi, nãoo pode coníentir a culpa: foge delle ,o que efiá em
peccado. Em cafa de Simão Leproíò, eflava Chrifto d me-
ia, com íeus Difcipulos, quando a Magdalenaihe lançou,
fobre a cabeça , o unguento preciofo : & o mefmo foy , fa-
zer a Magdalenaefta unção, & Chrifioreprehender ode-
íordenado efcrupulo dos Difcipulos, do que Judas fe le-
vantar damefa,& hir tratar com os judeos ,de vendera
Chiiíto. 78 Pois íe Judas teve animo, para efíará mefa
com Chrifto, até eftaefTuzão do unguento, como defoois
qu, ãkehpit.judas aâ de íeyta,nao pode hatirtar na caia.'' Quem o moveo a íc au-
Cim
^r„,c,fas»cc,àoyum^a,tii. fent2r? o chevro, que lançou de fi ouneuento.O Alabaí
lis.quidvitltutmhi darcJS ego • * » 1 l ' J C
eymvohfiyxjam! Matk »o. tro,eni que o trazia a Magdalenaincendeo-ie,coma cha-
'/d':/',4' ]nadoamordeChrifto,emque aMagdalena feabrafava:
ao tempo da unção,encheo-íè a cafa de fuavifíima fragran-
79 Quonian,ahb^rumU«. cta: 79 Si como era procedida doamordeDeos,náoa
gUUlll
, abam.ru ignef«ccen- pode coníentir Tudas , porque eftava em peccado. Em
fim, aftjvit odorem. Zerdauli r - J • 11 T • J J rr C\-
juprajcit.c >/>,f.4.«.45. quanto nao experimentou , aqueila íuavidade, aítiítio a
roefa;masdefpois,queafentic, nãopodemays habitar na
cafa; dey xou logo a companhia ; porque a habitação, on-
de reipir3oamordivino,náoheparte,ondeferecolh33quê
èfíãcom culpas. PoriíTo humÁnjo(como adiante mof-
tFaremos}diíTe a São Bento, que todo, oquecomeíTa-fea
viver mal, na fna Ordem , & não emenda-fe a vida , ou fe
confunderia, ou por íl mefmo, íe lançaria fora. 8o Em
quanto Chrifto reprehendèo os Difcipulosdo efcrupulo,
quenioftrarão ter do gafio, que a Magdalena fez no un-
guento, efíeve Judas na companhia dos Difcipulos :foy
aqueila pratica deChrifto , como a efpera de tempo , que
£l»%7™"^S- dá eíla Religião, a quem vive aocontrario, doquedéve:
iur;::reiperfecgreâietur.Di. hkvs em havendo a tenacidade de Judas , na preílliencia da
xit Slr.gcíus nd Beatum Bem- ■•■ rr \ ~ r r rr t 1 J* " O.
àiBum;utpatttex D.^moUc diíioluçao, iaz leu ertey to acíiama do amor divino:& com
xjbw» inju. Ljgr.. Vit^ub.i. Q.^yçy fo faa ff.2oFancia lanea fóra,de fua rnarada,aquem
fè.Bmeãiâi. acha nellaimmundo,pelactilpa.
159 A detença defteimpulfo, ouretardaçãodeíle
caftigo , me parece ,íer caufa de imaginarem muytos , fe
extinguio a chama, ou que o cheyro não he tão acrivo:
8, Ji^jrnSMiKfiiiv com que perdem o temor, &proícgucm no erro. Ao ver-
eis,™ *,# percujTit M'ch«- dadeyro Profeta Micheas deu hua boíetada , oíaltoPro-
Vir}""™ *m' *' eg" ' feca Scdechias: 81 & vendo EHlcyAchab,náo ficar ári-
da,
ÊMVÇlEZA IX. i39
da , & ePtupefa-óia a mão de Sedcchias , aíly corno ficou a
de ElReyjeroboáo, quando amo véo contra hum Profe- 81 Ete*arv;ttr.er.uttiv.r.qtj
ta do Senhor , 82 atribulo a falta de ãfíifleneia do tf- ^^.^****^>*1
ririto Santo, em Micheas 5 com que, le determinou a dar 8* €<$&S&tit\i*quii?Bptn*
111 c- • • 1 1 - r» r n'>fi VeWftutt , «;/rf dicit iftel
Mt-a-I-ha aos Suios,queery ,0 que lhe encontrava o Próte- mtifipcteft spmuts Sar.s, i,a^
U de Deos,& à que,o preíiiadia ofalío Presta : 8 2 mor- *£*£*** "f> """'/"/-
y 1 ' i 1/ mis a tn!tnoceatmet! msi:i,i t:~
rco ElReyAchab na peleja; engahou-ie com a piedade, c,it J**à**> 'di*ttr*m r%u
Í-\ . r o 3 \ • n • ri Jcrotvim andam fexit.Sum co
_>eos uiou com bedechias, porque a eííimoo em lalta fnnãti^en v<a*í$u. cvmqtk
úc virtude : primeyro Deos fé iiioílrou , tiguroíb com Te- ÇrcJ'/J'fíí ***»w*i &**#
, . , r .y. . .. r „ , ' p. J faiprt pafut , ceuferujus efe
roDoao,do que mnencordiòlo com SédeCm?.s,pafa que os meupfi bichai, ccm™ Rr«<m
hl _ . ^rr . r r... 1 x _ -r < I ■ i* o Synrum mevit exercitam, fo-
omeiconheceíien^queíuabrandutaeramnericordia^^^.g.^,.^^,,. J
não falca de poder. Quando fé inftituirão todas às Sagra- *4 a^^w™», jm**
, .. .. *■ . , . ,. . ~ /r- • ° taei^qKtaifiajigr.a nonf^eitit
das Religiões, como erao plantas novasjtoy neceíiano,pa- mMmecreditk>Sedb*cnecef-
a fe radicarem , cõprôvãr com os íuccéilbs a fatuidade dos {Z^Jldftt '$£
tu mi-
inftitutos.Emõs princípios da Ipreia,pàraémuytos abra- ret multando credimiu
íT cr • <j'l rr ' i raculisfueratnutrienda Qui*
çaliem a ie,toy a continuação dos milagres: ceílou, naode &«<,,, cumarbufiapiantamur,
todo, mas em parte, Tua corrente, porque ia lhe nãohe ne- UrJn\ "'"i""». •"/'»■■'*>»■•■".
\ fm J ' í } ' quo ca uJqKe eam terra cojIu-
ceíLria, para iníhucção dos Catholicos. 84 A mefma ifevideamur;atfifemei radi-
Í- j j r " C J J r> 1* • - lt rc r cemfixerint.irriçatiacefíabitj
antidade , com que íorao fundadas as Keligioes , lhe aflil- P, M.Gngor. uag.Hemii. i9.
te agora; não apparece em todos, porque não acha cm '\Eva"^ti'í"'íi.i?'tíu^,m
muytosasdnpotiçoesneceíianas. 05 oeeltachama,que Deut,pottjhmpictamjotâdif-
mo coníemia em íl lenha, que fe rtlo Vfe^de-Te, fogey tos tffiXZSSSffZ.
faltos de efpirito, hoje os admite, bê, pafa que a adeíimu- ~àp<>Jltloiva,'ent&fuP-<"***
«„• •!»< i j . , £ ,, cernem eÇ:ifui,nontii rurjas-
iaçao abone .a vida de hum Micheás 5 fia rhofte de hum ajjumpi*, .■ fd genemiontr
A r'i aN tranfit m omr.;s: &fi quemlibet
kommtm in vettit,babitatfupra
1 60 Conhecidas fofãóâsfbfCãs,âí virttídedoamor; tum.D.^xbaníftu$ quJft.^.
bn 1 /• o 1 * r» • • r ^^ Médium Ecclejr* efi Or-
aítava para abono teu, & exemplo dos Pi incides , leror- dQs. Benedidi ,fup»un, n«
dem particularde DeoâtléVar>ía-re $ã& Bento fobreelle, "i*"0ÍUJtt!'a? euJT JT'
. L , ' - ' mmutur. Qut ad X. r.iverjani
a obra de mayot importância mtn íifa lgrêjí yque he a Re- ncchfiam^adomnetordintt
I' r> "í- ' t « . t r> !• feauoadaliquidtenct::;Naifc
igiao beneditina, a qaem todífs aómays Sif|radas Reli-^l^..,,,, L„e 0rdi»em Be-
gióes havião de imitar : le vantando-íe ttÚU a coluna mays *cd,w,fcJUet,inaiiquoimmi:
. . j, . v ,■' lar.tttr. Dtxit Lhnjlut Domi-
firme,entre t<5das, asqtíe í«ífent»ó' a Igreja Catholica. o 6 ««/ bwí^ Aírr/w^, utigf, aj-
pcfpoisdo.Sagrado*A|dM^eífaReligiáoa-prin-^
cipal republica Monaftica;ck íeii governo o ma vsconfór- 87 Regulam doente spirit*
í l . ,. . ' k , -^ S.fcripfit. Cardinal* Gotfri-
mecom a vontadedivinajo melmo amordelJeos,quea du,tom.n.Bibiht.pp ■
fuftentajdcuaSáoBentoosinititutos.porondefccover- J.c.ò-l\mt,;''af> ' '
'm 'l o íil> 1 mKtgula o. Be»
na:oEfpiritoSantoditoual»egra,queefcrevéoSáoEen- cí ^bba*jo»Mm »««
to. 57 Donde ie legue, he todacompoíta deamor,clta Bermardut in Oec.amat. iupr»
Religião: &afly convinha, pois mandava Dcos.fabricar ,ec :"";?\ '■•
nella omayor propugnaculo, contra léus inimigos j& o . .,./.
S 3 ma-
83 StJIongepoftfmporeBi-
tnJiSui Monachotum tyJpcfio-
iiif , vil tu Lucjir MMutiiiMt
tmicmt ::: Sub Regula Beali
l',:iru jugoje^amicrtm mie 'pa-
io ejervitttttr: cXquibus, mul-
ti admirabiletifloruere Epifcopi
qui nçn jolumKomaniimEcclt-
Juni, cuiprafueruntiàfuiidj-
mnitisrtadificaverum^verum
citam ftcvitnlt S^numiachorum
liinfêftai::: iro defende» dajl-
de l. alb lic.:,its vthdiffimt di-
micaveruM, Mp^lTimus aietrt
(um Prophaa : Nifi Dominut
SabjclbrdiquijTctncltifeme»,
çuafi Sodo mifMÍfltmM*$qMafi
Gomorrafinitles ejjcmtit. Bcni-
%mis Epijcoput Succicnftf lib,
ide Scriptoribtif Ecchf:»fii.
140 o QqjKcn-n dos $ât. tomo n.
mayor abrigo para feus fieis. 88 Para reparo, & GÍTen*
fa, fe congregarão a hum diítricr.omuytaspefíòas; &cada
húa das nações, a corpo de republica. He opinião, íer o fu-
mo, fogo dilperío ; ou fogo mixto, com a humidade dos
materiaes,quegafta j donde, ferefolve cm íumo, o calor
difperio, que faõ osvafiallos divididos ; ou o calor junto
com a humidade , que repreíenta os naturaes, vi vendo em
terras eftranhas: mas he certo, cuenáo une a íociedace,
nemhecauíade confidencia, a leparaçáo,a quem falta o
amor :nefte, como em hum ponto, fe firma toda a redon-
dez,feeftriba toda a uniformidade;& fe a falta defta, ar-
ruinara tudo, republica a quem não fuftenta o amor,
fera comoo cadaver,que não tendo de racional,
Biays que femelhanças, a falta de calor Jhe
augmenta o pefo, & lhe intro-
duz a corrupção.
EDIFICA
EDIFICA
*4r
S BENTO
DQZEMOSTEYROS, DENTRO
no deftri&o de Subhco.
EM $ %E Z A X.
■ -
161 £
Si E a demarcação dosReynos de-
Príncipes, nenhum fora íobe«
rano,em feu Império. A Águia
Rainha das aves, tem certo li-
^^y mite nas nuvens ; o Leão Rcy
áosanimaes, tem detriminado termo nas brenhas ; a Salea
t~ s 3 Emp6:
mjj o ççimcftz ws >?jt. tomo n. n
• Ccte, quétejiimptfauiK Emperatriz dos peyxes , i tem particular deítricto nas
pifcum £5V. Francifcus DcnJe * * ' ^ * - , , ,
éntraBat.^iwtnaiwmctfrzi. agoas. G Homem , a quem Deos creoulenhor de todo o
fub-Junar, tem medida na dominação. A Águia não íobe
áw«y. i. Leão não habita em todos os montes 5 afítfte naqueíles,
cujocliniaheãccommodado, ao feu natural. ABalea tem
eirtosinares, aonde reyna ; nem em todos apparece , nem
fecriaaBalea em todos. O Homem, fendo fuperiormo-
narcha,he nas forças inferior, a muytos brutos :& com tu-
do iíto, não deyxa a Águia, de fer Rainha das nuvens, não
deyxa o Leão,deferRey dos montes ; não deyxa a Bàléa,
de fer Empei a ti iz das agoas. ; não deyxa o Homem, de fec
i om*i,f«Hec;(ti, fubpedi. fenhordos>utos r, 3 porque os limites do Império, não
h,s ejm, (sc. pjut.% tver/.8. tirão a foberania da Coíba,
- ■ '
Vbifufh Imperium ÕwhJtíH Cefar babeU
4 Ravijúí ia Dfficintt.
162 Como doze províncias de hum Reyhb,faõoâ
doze Signos,em que anda o Sol: por elles reparte toda fua
aíliítenciá:em todo o anno,não tem mayor extéção,nô em
todo leu curío, ha de extender a mays íeu Império : o Zo-
diaco,émqueanda,fendociauzula do governo, que admi-
niílra, nuolhecoartaamagefíade. O Sol não té mays Sig*
nos,ou mays provincias,fenãoaquellas,a que pódeaffiítirj
nem a Á^iia3may or altura,do que aquella,que lhe he útil -y
nem a Balea, mayor paíTeyojdo que aquelle,que lhe he na-
tural;nemoHomemmayorfenhorio,doqueaqueJle,que
lhe permite afortunaxpar-a perfuadirem aos Príncipes , a
não conquiítarem mays Reynos, dotjue aquelles, que po-«
dem animarcomfuaprefenç3 j defender, com fuasforç3$;
frequentar,femdefamparo doproprio,confervar,íem difc
commodo de muytos , 8c para utilidade de todos.
163 Entre a gentilidade , tantoserãoos ídolos tute-
lares, quantososRçy nos, 8c os povos das nações^ ai lha de
Colcos, foy çpnfagrada a Apolio,a Cidade de Trica,a Ef-
culapiojo rio Callychoros,a Bacco;& omonte Beryntho,
âDeofa Cibelles,&;c. 4 O Reyno de Arcádia, tomou
por feu protector , a Ariu* ides Deos do mel ; os Thesbien-
fes3 & Parianosjiios í-Uleíponto, a Cupido j 8c os Pcrfas a
õr-
M M <? ^ £ Z A X 145
Orrmfdcs. 5 Nem ainda a educação dos êlhos confia- * Uemibitii.ieDi>,Vivtr.
vãode hum iopatrocinio; porque a DeofaCima, era pa-
trona dos meninos, deícançando no berço ; a DeofaRu*
milia, recebendo o pey co ;& a Deofi Levana , dos que co-
niecavãoa andar. 6 Até ásefírellas do Zodíaco derão, 6 Uem>bi$i atM iititit**
os Pithagoricos,Deofes particulares,queosgoverna-íem; ***** Dc<,rhm-
colocando em o Signo de Aries,a Paliassem o de Tauro, a
Venusjem o de Gcminis,a Phebo-emode Cancro,a Mer-
airio;em.ode Leão,aJupker;emode Virgo,a Ceres; em
ode Libra, a Vulcano; cm o de Efcorpião,aMarte; em o
de Saojtario,a Diana; em o de Capricórnio, a Vefie;em o ,-.,., „-, .,
(\z Aquário, a Juno;emode Pileis, aNetunq. 7 Adoze <faw^íeig^%fK&rf»ft
Deoíes encomendava Platão o governo de íua Cidade. 8 'S^SSSiSS^SSjR
Para todos os dias do anno, tinhãoos Egypcios,hu[nldo- d:ru™> ?%«'*&*& WHmJfc
. 0/ l . dus regenter ,fa!iect , in carie
locom particular nome. 9 O engano , que os privou ao ^m-jtu p*u*r,&c. Miji*ri»
conhecimento do verdadey ro,& uni verfal Senhor, não es I^ZIT/"" Bu"&i'Utui'
perfuadio,aquepodeílem acudir a diíferentes partes, 8c 8 Su*mque chnetem Dy*
,. n ff, . f : . . ãuoiectm commíudãíut. Pinto.'
di verios tempos as peíioas , tíe quem ie araparavao; ainda, uemiti.'
que em fuacítimacão,foflcra divinas. 9 *fMeHfi*i*cQ.*.Mtai
J * . , r quajt. do.
164 De continuo lamentava, ao leu Deos ApoIIo,
o ignorante Therizo ; dando por caufa de luas Jagrymas,
coiillderar a multidão de templos, Sc o numero de sentes, «o Dcieo, ai<bat, dum mente
;' 1 J- 't M 11 r% 'Cl f li recordar , i nnuir.it olit^tis .iibt
queiededicavaoaApoílo. 10 Doia-íe do trabalho, que >t.m,úw. ^â Bezcnfm
podia ter o feuDeos, em governar Reynostaõ dilatado?; dcC*cit»teLumi«u.
&compadeciaffedas neceíiidades,que paífarião léus íe-
quazc3;porque,comoerãomuytos,faítariaApollo,a defe*
rua todos. Acertadas la$7rymas,fe as não obrigara o enca-
no,com a íicção do Senhorio. O que dezeja ao Principe fe-
liz governo, intrifiece-íe com a multidão: a prosperidade „
n. r . ,. . r, r r - " Qu?*»t»utptUftMeorum
aíiucea-lea mediania. 1 1 Asarmasroradamarc2,{3oper- q»i imperante diutumhu^a.
didas;os Reynos paliando os termos da commodidade, ¥to.7*. »~í*ííEr.
iaó armar; prohibidas, nas levs da fortuna: 12 faltalheeí- ,i Summum impetium m.
. . J . . vidiam habct ,n$ctutum un-
ta , porque os nao pode abranger , os braços de hum Pnn- 2„.,w „4 mfidp .,.;. XiphUm.
cipe. 1 3 O veftido fendo mayor,que ocorpo, perna* \f ^f;B,J>1Ví. .?9r.„ r,,e
quenta com os fobeps, nem fe informa com osdclvios. A6 imperívn,® J.. .-■ ; .
grandes ivlonarchias, vivem mays pela reputação, do que o,,,, /;i> ,.
pelas forças; &íuftentão-fe algúas províncias mays por
credito,do que por utilidade: i.jómuytas;comoas arvo; ts
encorpadas por fora ,& occas por dentro. He impoffivíj
haver a união de ânimos , entre a grande muki .::lo de r.c^
contl-
bies.
144 OlTtjNCtin DOS <?AT. TOMO 11.
i4K«tj>ae/i efe firmat cm. fo ,._ Buíca motivos de temor , quem íe empenha
ft»fWi*mig*u Impsrvt inter wt T . '1 , T
fiurctcoiUgíKfsfottoi^uieri- Com cxcello no poder. 15 oolicita a queda, quempalu
EÍ&S^EX osliniKcs,porquctomafobrcfi mayorpclb. 16
ulvifitmiaribtu vincula colli- ,
gcr.tur ;j'iciU tnim inter taltt ty l t • n~
\Afcumii,àij!idii,yquJeinb,B* U nele alnor cjjet
^S%F££$S& CafaVimFlfrptcepsmnmeruui*.
maiori iiiuorijubitBa êfi.Ll.ij- ItiVClí^ll. J O.
fofi.fup. htattb. ctp.x. J
i6 FJití babei fonderú ai rui-
9u£$ZZ!t*Ulk*mm'm " é5 ApréíTa o fim da felicidade, quem intenta do-
minar lèmdemarcação.Os Impérios laô como a fruta, que
defpois de madura ganha podridão ; tem certos limites as
17 Magnaimperiaiimitesfu- Monarchias , donde começaõ a declinar fem reparo. 17
ci hibem. auoi cumveneruitt, ¥--v p • r> (T 11 - *-\ 1
f}imurctroa..»t,ruunt.L,ffi. Deípois,que os Romanos avaiialJarao Cartnago,teme-
™" G<*tMW£. t?'ji.7.M ra5 os Numantinos;& forão vencidos em Efpanha de Vi-
riato;em Portugal, de Sertoric^&emltalia, de Spartaco.
Em quanto Spartàfefuíientou , entre os limites preferip-
tos por Licurgo,florecéo ditofa,& foy a mays celebre, en-
tre as Cidadesde Greciajachou pouca terra a própria , pa-
ra eliender as raízes de fua ambição, & começarão feus na-
turaes, a conquiftar as Cidades de Grécia, & os Reynosda
Afia j coma póííe deite novo império, enfraquecerão de
tal forte os de Sparta, que fugirão dos Tebanos,gente,na-
quelle tempo, a de menos forças. Os Veneílaaas, queren-
do, que fua republica paílà-feaMonarchia, imprenderão
a tomada de Piza , & conjurarão-fe contra Luis Sfor-
ça ; na conquifta fizerão gaftos , & não tirarão lucro; & da
conjuração eíiiveraõ a rifeo, de fe perderem : & para Ve-
neza recuperar fua valentia, foy neceíTario, recoíherie ao
próprio jadonde criou as forças, com que felizmente vi-
£k>riofa, vayreífourando do poder do Turco, as cerras,que
havia perdido. Em quanto Portugal defendéo as terras de
feuRcyno,náoperdéo húa vi&oria ; tanto que metéo as
armas nas alheas, experimentou diverfas fortunas.
166 Para feudãno eftendem as arvores os braços;
nelles fazem mayor impreífaó os ventosj com que fence o
corpo, mays forte, & durável a tempeftade. As revoluçõ-
es de Pvoma não paífavão de faifeas, cm quanto Roma ef-
teve entre as faxas de Reyno; & paliarão a incêndios, def-
pois que Roma feextendeo a Império: ofogoschou ma«
terÍ23 em que fé atear, no ócio dospiquenos; & nas diílcn-
t:ocs
•9
ções dos grandes, 18 Ade tença, que ouve no remédio, '* ^fg^fpetia^en^u
deutcmpo afeencreipar, Sc crtícer a chama: ainda que o mutuai j .diuo»et cxt,t»ntur.
febre não principia frenético, malignafTe recarUandolhe -*^'í«**-«i-^*fc "-
os medicamentos.
1 67 Por informações, erráo muytasveícs osmedi-
ccs as curas; em breve efpaço de tempo, coma o achaque
difFerentes termos ; & a medicina , que aplicada aocempa
da informação , poderia demir.uir o mal, paliado clk, e
augmenta.
Temperibw medicina talei : data temfMt]irtfttiit%
Et data non apte tempere , Vtn& wxent.
Qvidats i.^mes/.
Os avifos quando chegão aos Príncipe, tem o periga
Damefma contingência do remédio. Seos Cabos Portu*
guezes,naconquiftà da índia, &na reftauraçio de Per-
nambuco, executarão todas asordés, queforãode Portur
gal,nãoconfeguirão com tanta felicidade, emprezas tão
deôceis.He fortuna dô enfermo,ter por enfermeyre,aquê
não fendo fiíico, tem enduftriadoa experiência , para que
não aplique notempo,que fobreveyo o fernezi,a medeci»
na, que fereceytou quando principiava o ftbie: masdey*
xará de ler gafto perdido, o que fe fez na mefinha, que não
aprovey tou ? Impidirá aa mal ,que continue, o defeníi vo,
que vey© fora de tempo?
i6& Concordáoos Poli ticos, que o rumero das ter-
ras conquiftadas, dos Reynos alheyos,hedefenia das pró-
prias: em quanto o inimigo fe entretém com o difperío,í<í
repara o unido: mas tambt m fenáo pode negar, que he pa-
ra fortificação do adverfo, tudo oquefe adquire fórado
próprio : porque , íe as partes defunidas do herdado , laó
para defpojos do inimigo -y os defpojosde Numida , & dos
Cimbros rizeráo grande a Mário ; os de Grécia , & de Me-
tridates,aSyla josde Efpanha , & Afia,a Potnpcyoj&r 03
de França,, a Celar: & conquifiar para enriquecer dcípois
aocontraTio, & lhe alentaras forças, dando victorióío9
princípios a fuainvazáo, que pode terdcutilidade^Com
os defpo jos dos vencidos luírenta agueira, o que triunfo;
aos cecos da viâorUj fegne a multidão > dos que peleja o;
T &
1 46 O rr$]KCl?E T>OS PJT. TOMO 11. '
& fe acobarda o animo, dos que refiftcm.
i 6o O veneno que logo infeciona , não he tão pre-
* judicial,como aquelle > que por tempos diflhnula a malig-
nidade : na detença cria forças, com quedelpoisnâo a-
provey ra a triaga aquando o outro no final, que da^eníma,
o que fe ha de fazer j & he fácil Tua expulçáo , pela poucar
pòííe?que tomou. Primeyro a baila faz tfXeyro, do que
chegue aos ouvidos oeftrondo; &: antes qnedifpareape-
Ça, alcança a vifta, a preparação doarrilheyro. As difençó*
es em terras diflantes,chegáo á noticia do Príncipe, dtf-
pois defey to o damno , & pelo contrario em as próximas,
porque he pie viílo o mal : 8c a diíferença , que vay da cura,
á prezer vação ,he o que fe dá entre o fácil , com que fe re-
medeya em húas partes os perigos, Sc o dificultofo, com
que fe expélle em outras. CriaíTe na Arábia hum Guzano,
cqualfeccaa planta Trinaria, fe chegou a teííer o cazulor
iç f>v»> BertiaUme ãcOfia em fuás folhas j dondehetáoprovida a naturefa, que toda
hiilor ia demucb* parte dei 0>: i • l J r /Vil 1 r 11
**,ir*d*zida dí-itaiumo *m * humidade, que iucea o tronco, eimia pelas tolhas ; com
2í"fej'C Le»*ciada que não péaa a malignidade do bicho, fenaõ emaquel-
las, as quais ialta a lubítancia. 19 Como citas rolhas lao
as terras, a que náo chega a providencia dos Príncipes:
nellas, feencazão os contrários jomáominifho; com as in-
folencias;o ociozo,com asrevoluçóes:o viciofo,com a foi-
tura, por que lhe falta a prefença de hum Príncipe , que os
caftiga ;ou a brevidade de húa reforma, que os emende.
Razáojpot onde o Príncipe dos Patriarchas, 20 nãoquiz
por eftes tempos , que feu ímperio , que era o Monachato
£jrSE£Z?T*L confta-fc de mays Cidades , ou mofteyros , do que aquel-
ciunUfenfu.jermMs.BeHe- \e$ a que podia acudir comfua prefença; nem deftri&o
difto.isíptitiBeneJjcJunjHaf- 7 ■ 1 l J II L /* 1 "*
louw. tom. x.í^hgomenó ,6. mays dilatado, do que aquelle ,que cnega-le a alcançar co
fua vi fia.
170 De trinta annos de idade , deu São Bento prin-
cipioaíua Religião. Sobre aquelle fogo, fundou no ter-
mo de Stsblaco, doze moíteyros, em os quais pos doze Ab-
a, Mutua ȉm Uco *i om. bddes , & a cada hum entregou doze Monjes ; com que re-
Hipote»tuDcifiuititTvitiiiç6n colheu á clauzura aquelles , que o lee;uiáo. 21 Era São
gregatijta ut Mie duodecimmo n -,, i • « • £ - - r j o i
ftcftenacumomrtipotctnujtfu BentoSol,na prehiminencia,&: nao quizapartarledo boi,
chrijti Domini opituUuont numero das cafas. para conhecimento, de que na Re-
fatrihm duoàentt matucUs de lí^iaó Beneditina checou oeltado Monachal,aluaulti-
vi»hg,caS. j. nta pcríeyçao 2 a fundou oao bento > em enumero doze-
no.
-
emprezj x. 147
no. 22 Efte por fero mays perfeyto,& indicativo da **J^f4»*'*t*m'**i
mavor virtude loy, o que Chnttoeícoiheu, para leu Apo- f** fHBruxa ejufdemnume*
iioíado, & para columnas de lua Igreja; & Saõ Bento, pa- nj^KSS$%ÈZ
rabizesdeilia Religião. * Como relureycáo dos exor-'»1"'* to°»j>fi™ co*fumari.
oios da Igreja de lJeos , roy eíta eaihcaçao beneditina. ^p0cai.fii.xS6.
Doze eftrellascoroaváo a Igreja', quandona figura dehúa * BeamBaunamjwttmmm
molíiera vio Sáo João Evangeliíta. 23 Com íemelhan- duedccim moeria conftruxit
te coroa ,<eennobrece a Religião de òao Bento, em o nu- gijier tr. h^aidus desuna
mero , & fantidade dos mofteyros: em o numero , & farni-^""^""* R<h>°f p>*^'-
' ' . ' torum infamo ò Benedici.
dadedos Prelados; emo numero, &: fantidade dos Mon- n Et m capite cjm coro*»
jes. Sendo Sublacocomo o monte Eiim, ondeosfilhosde [l,Z"rf. t"3liec'" ^tçcd-
lfrael, fugindo do Egypto, acharão doze fontes , com que
metigarafede. i± Do mefmo fervia a virtude dos mof- ** ?'»«***' ™ttmi*Eitm
teyros, aos que deyxavao o mundo. Como os doze múic- fon1Sf aq»ar„m.txoj. >, terf.
riofosanimaes, quefuftentaváoas apparenciasdomar,em z]?**"fZ2l%!fr1,duo-
hum grande vazo de agoa, 25 eião os doze Conventos 3 decimbqvuimpBfmmtrat.
r , n . 1 f • • i.ParaJipc.cap.4verfa.
porque lobre elles corria, o occeano dos eípintos, que era l6 virDiiBentdmmomnu
o de Sáo Bento, por fero de todos os iuftos. 2 6 umjyft»ru«,jpmtHp!ewf«it,
171 Náofódefcóbre a igualdade deite numero,con-
íiimada a pcrfeyçáo na obra; mas também a mageftofa fa-
brica, com que le enrequecia, o trono de Sáo Bento. O
tnaysfumptuofo Sólio, foy ode Salaniáo; aquém doze
leóesferviáodeornato aos degráos, por onde iobião ael-
ie. 27 Ao pé da penha, onde vivia o Santo, cfraváofun- ^%Z Js^/^TpT.
dados os doze moíieyrosicra a cova o trono, & os nioftey- d«* exuma** pane. %. fará.
ri 1 1 • • r 1 • 1 "• lip cap.QiverJ. 10.
roseicadas, por onde havia de iubir na virtude,o que qm- '
zc-fe tratara Sáo Bento; os Prelados, que os governaváo,
«ráo leões na vigilância , fendo cordeyros,na íingeleza.
Ainda, que eu pr efumo,que os doze mofteyros tinháo pa- 28 Voeavitque jofutiuoãe-
ridadecomasdoze pedras, que Tofuétiroudo fordáo, & f'",:T'"':o ^^f'^
í ' 1 J J ' ante eram Dormiu L>n i In
aspos em terra firme, paratelicmunho, deque elle,com o adjorja»u mediumjs pormt
povo, paliarão o rio a pe enxuto. 20 E a lua imitaç.10, $e .jtfut+verf.i. '
meparece,queSáo Bento,em lugar de doze pédras,le van-
tou os doze Conventos, por memoria, de queelle no tem- 19 SfJeum '*•" ""'>'<""■■
> r ' x per abrupta wUornm eerneret,
po, que em Roma naufragava a virtude, não chegara a tHm,quemq*afiiBi»grsjSum&
corrente dos vícios, a lhe macular a planta dope. 29 Grr;g lAtg.i.Uorai.intro*-
172 O monte de Sublaco, (como ja temos ditos) foy «'*"-••
a pritneyra eminência ,queoccupou o Império Benediti-
no,nelle o levantou Sáo Bento: mas em léus exórdios naõ
paflbu o Império dos termos da montanha. Com parcicu-
T 2 lai
14S O PRÍNCIPE DOS VAT. TOMO II.
lar providencia, criou Deos a cftedcferto, pagina dos Pe-
ríodos Monafucos , do Pay dos Monjes. A fama de Saõ
Bento, chamou os íubditos ao monte: &podèra oSanco
dilatar a fundação atè as terras , donde vieraõ os íubditos,
& a dondechegou a fama ; porqueas peílòas, que o bufca-
vão,naõ íó fefogeytavão a fua obediência , mas também
renuncia vaõ as riquefas , que polTuíáo , nas mãos do Pacri-
archa:oqual,não occupou mays terras, do que aquellas,de
queconliava o monte; nem paliou odeflricT:o,queDeos
Jhe havia afígnado, para confervar o Império, de que eíta-
vafenhor. Muytos tempos antes, que encarna-fe3publi-
cou Chrifio,pelo Profeta Ofeas: Que quãdo morrc-fe.ha-
io Eromorstua.onwrs.Ofe* . r . r- tn • r • • ri- -
i\.verf:'4i: viadelermorte,dameíma morte. 30 Poisíeaiuriidiçaa
da morte, he matar, & naõ morrer, como havia de morrer,
,1 Pérpeccafummerr. ^íj a mortç que nunca morre, & que a todos mata? Foy a cau-
ia. A morte, entrou no mundo pelo peccado': 31 com
que ficou a morte, tendodominio fobre ávida, dos pecca-
dores : excedéo a morte, eftajurifdição, paíTou efle termo,
em 3 morte de Çhrifto , porque matou , a quem naõ tinha
peccado: & como a morte paíTou os limites, perdéo oim-
perio. O de São Bento, foy o Monachato , & por iífo nel-
le confervou o domínio , porque náo paliou os termos de-»
ítinados,nefí;e tempo, para fua demarcação. De Saó Ben-
to crear,aquellas novas plantas , com o calor de leu efpiri.
to, emanarão os progréííbs de fua inftituiçaõ Replantara
algúa em terra , onde lhe falta-íe com feu exemplo , óe{-
rnayat iaó na virtude, porque naõ eílavaõ difciplinados nai
milícia efpiritual: donde fefegue, que paíTando a circun-
ferência do monte, arrifcavaSaó Bento, a duração de feu
Império, na pouca perfeverança dos fubditos.
173 Confundem-fe os curtumes , & esfriaíTe o amor
da pátria, nos vaífallos, que afligem fora das extremidades
do império. A comunicação com os Efirangeyros, amor-
teço amor natural dosfubditosj&fica fendo irrepará-
vel a deftruiçaõ de feus Principes. Vã-gloriava-fcElRey
AíTur, de que com fuainduftria,fogeyta-feos Principes
de Ifrael: & fabidos os meyos,de que ufou fua aftucia, foy -y
&*!$^ZXZ. aduzir a huns, & outros vaíTailos , a hum meímo defui&o,
xi.-v aifiuii termino, popu>.orut Sc a hum mefir.o trato. 22 Abrindo as portas, de feus
tí Príncipe, eorum ileprsd». c • » 1 p 1
mfvm.'ifai* iQ.vtrf.iy, eoMnns,:ícoffimumcaçao dos eitraniios:coin o que^uiltos
EMTftEZJ X ?4£
os naturaes, em os cuftumes, enfraquecerão no amor <ia
patTÍ2j8<: ficarão ieus Príncipes entfeguesjíemreíiftencia,
as mãos de Aííur. O que parecéo comercio ao íimples , he
cavilaçaó do afmto. O Tangue , fora das vea6, naõ lufíenta
o corpo; dentro neilas , alimenta a vida : afiy faõ os vaílal-
losdoReyno, como o langue do corpo. Hum certo Ar-
ménio , querendo dar morte a hum Satyro , fingem, lhe a-
confelhara, tira-fe opello natural, com queíe reparava
dos tempos, Sc o poze-ie nas prayas do rio; porque defía
iÓrtereprimeria, as névoas do rio, a que naõ fubiflem ao
monte,dondeelle vivia:aíTyofezo falvagem;masenchen- - iA<tu?orh»tíijior.Ui
do a maré, levarão as agoas coníigo o pello; fubirão como fiij Difhi. Mabyb. }i,
íempre, as névoas ao monte , $c nelle morrèo o Satyro, de
íi io. 3 3 He claro o exemplo , por ifíò o não accommo-
do, ao que tratamos.
1 7 4 Donde he infalível documento, que fó então fe
eftabellecem os Impérios, quandoos naturaes vivem, den-
tro de feus limites. Compadecido Deos dafolidaó, em
mieeítavapófta aMonarchia lfraelitica,lheprometèo a
reítauraçaodeleugoverno^omdizeri^etornariaoíeus^f^,,,/^..^,,.^,^^,,,^
filhos a viver, entre o âmbito de fuás próprias terras. 34. W"ww#, j«««/<
Vivendo cada hum dos Tribus , conforme a repartição de
fçu fenhorio. Poderofo era Deos , para fuftentar o regi-
mento daquella nação, ainda eftando feus naturaes difc
pçrfos por outros Reynos; porque , ainda que poucos , ai-
gunslfraelitas rezidião em as próprias Cidades .mas naõ
ufou de feu poder , para defengano da ambição , edictame
dos Príncipes: moílrando-lhe, que nemo mefmo braço
Divino, quÍEeftabellecer húaMonarchia,fenaõ deípois
de recolhidos asvaíTallos,a feus próprios limites. E co-
mo poderia Saõ Bento, que neftes tempos principiava lu3
Religiofa republica, prolongar o íitio , ou remontar os
íubditos,fem que arriíca-fe a confervaçaó de feu Império?
175 Quanto ufurpa-fe de deftriáo, tanto padeceria
dedamno. No tempo, em que a arvore fonhadade Nabu- ?ç jíjpakt mtuufqut »i
co-Donofor,eíiendèoasraizes por toda aterra, 3$ não umimi unmrs*^**^^
deíceoaoCeo, contra ella, o golpe: masdelpois, que cue- CcuErqri*nfHiti*Hem«gnitt^
gouás nuvenscom fua altura, mandou Deos por hum An- '"£' Pf0C(tlUi ,.,.,,, Cont\*gU
io.queacortáíTe. 26 Pois fc hc natural das arvores cref- t^nm:\: Sumiiu uri ' •
' ' 1 0 % r- l • ■> a • prttciditi ramos ejHt, D<ini(I,t
cer; que culpa commeteo a arvore cm lubir ? Muy to gran- ^vtrf, s.zn.
T 2 de.
f 50 o $QLmCfàE ws <pat. roíw n.
de. F igurava-fe nella o Império , de Nabuco-Donofor , a
quem Deos para caftigo do povo de lírael, dilatou por to-
57 Etfníient ehtnnosgm- doomundo. 27 E em quanto fcu Imperiocccupava to«
tet.Jtttm.iT.verf.j, -> ' - cr á - j r
da a terra, com as raízes, nao paliou ademarcaçao; mas del-
pois,quelbbio ás nuvés,excedéo os limites j Sc foy diiTipa-
do o Império, do Rey de Babilónia, pelo que paílòu no
deftti&o. Também deftes roubos, naícem todas asdefg ra-
ças ás Monarchias ; porque íónos termos preinitidos do
,8 Et âdopacem infinibut !mperio,habita a bonança. Prometéo Deos a feu povo, de
t,tftrú.Lioit.z6.verf.6. Jhedar paz emos fins defuasterras. q8 Eá fua Igreja, fi-
gurada em Jerufalem confortou, em íeudefamparo, aífe-
gurandolhe,que dentro de Teus muros,habitaria a faudei &
,9 tio, auiuur uiu; m. dentro de fuás portas , a gloria. _ 39 Fora do grémio da
quitKinterratiia.vaftitaf,® igreja Romana, tudo he perdição, tudodefgraça ; &osfi-
tHfAhitfãius muras tuos&pr lhos de]itael,aIienados de luas próprias terras,nuca tiverao
unuafhudauo.ijaiM.verf. <Jefcáço,fempre viverão oprimidos. Não chegou ás raizes
o caftigo, que Deos mãdou dar á arvore,a voz do Ceo5que
proferio a fentença contra o tronco,folhas,& frutos, man-
40 Et tctcvivh e? sanSut dou refguardar as raizes. 40 Equalferiaarazaó,queou-
tSst!SrTS^£r4%f: ve, para livrarem as raizes, condenando-fe a tudo o mays,
cidrterimotejttt.-excuwefoha je qUe fe compunha a arvore? A meu ver, a feguinte.Figu-
rjuf :;::: l/eniimtmen gérmen r n t • 1 • n. i ■»
radicum sjut m terrifmhe. rava-le nelta arvore o Império, oqual, nas r3izes eita va de-
pmiHr4.vtrf.1uV i*, tro dg fua dauzura,que era a terra , & omays refíante da
arvore,oulmperio vivia fora de fua demarcaçaõ,eítenden-
do-fe pelo ar , ck fubindo ás nuvês : 8c ío contra, os que vi~
viaó fora de feu natural , fe levantou a tormenta : ficando
tudo,oque vivia dentro nos próprios limites, izento da
opreçaõ, & logrando abonança da paz. Quem duvida,ex-
punha Saõ Bento amayores combates osfubditos, que
nefte tempo auzenta-fe de fua vifta?Oinimigo,contraqué
Saõ Bento formava o exercito , achava em os defgregados
mays fácil a preza ; & lo os que habi ta vão em o monte, go-
zariaõ a quietação da clauzura ; porque vi viaó dentro da
circunferência doReyno. RefpeytandoSalamão, todos
eftes inconvenientes , conhecendo efias de/graças todas,
. „ ,. „ , . diíTe:Que era de ignorantes, poros olhos em os fins da ter-
41 Occtilt iiultarum wfini' « o t • r o 1
iuitirrtt.erov.n.fsrf.i^, ra. 41 Porque o babio no governo,^ como o boi mate-
rial, & o Sol Monaftico, ) mede fóa vifia pela poliibilida-
de, por mó ftntir as perdas , da ambição.
PROMUJL-
PROMULGA
'5'
S BENTO
OS PRIMEYROS DICTAMES DE SUA PvE-
gra, em ordem ao governo dos Monjes.
O tribuna! das luzes fe forma-
rão as leys;deíceraõ do Ceo5& „ ., ,
acharaõ-nas os homes. i r»í#w*w/tf»í:-»r;j,.,
UCC bominum ingaiys cxc.-«iu-
xjot, ntcpopulorum imfiitutirt
Kon dubito le»cs Cxh flitxiff: f.t- f«* *"'»*"> q»>M*>q»»i »«-
Humano inventa qnisfnttet mgenloi Gsnmm.
Foy
i $ 2 O $%2NCME DOS T AT. TOMO 11.
FoyneceíTarioajuntarfe a arte árazaõ, para que efta
executaíle pelas regras da ley , as obras pertencentes , á vi*
daciviJ. Introduíioa culpa , entre os mortaes, o amor pro-
prio;efcureceo-íealuz natural,comqueoshoinés conhe-
ciaõomundocainporazo; fem altos nembayxos, em que
tropeffjr,& a íimeímos plantas gemi a nadas , procedidas
todas do memio tronco. Levantou-ie a névoa , da diícor-
dia,&foytanta a emulação, que naõ feconheciaó huns,
aos outros, 8c menos a fi próprios.
177 DefiíYunada a irmandade entre os racionaes,
naíceraó asdifcenções,crefceraõasculpas,&coma falta
de cafiigos os delinquentes^ Antes deMoyíés,foy a meí-
ma razaó a própria ley, que condeninava, & abíbl via; mas
fofpey tofa para com opovo^ias refoluç||£s, porque os di-
c"r.amés,náo niofíravão regra^ejue juflirie%-lè, oparcuer
alheyo.Valléorfe o povo da eíeyção , que fez de ftiperio-
rejs^c" dos adjuntos; que lhes déu para p governo, com in-
tento de ferftoderarem as queyxas,& evitarem as caufas;
% BaBafur.t tegettut atum inâs náo Gonfeguiráò o fimdefeiado, porque ãcabecade
#>ttn humana roerceatur auãa- r i ). ■ , ir \ r r r \ * «■
*>a -.uiuqucjit mur ímprobos *&* repubuea, çcjpsrevoltolos de ieu-iocego, laltaraooa
ncccnji facultai. íjidor.hh.x. ifianteà d© ^lia , alenta os olhos,quenaõ tem achaque, &C
J * onende os olho^que eltao eníermos. 2
--•&
JLège cOcêrcqUiir hominufn dilicla malonim^
LegeQnomy>imtsnudaque tuta manei \
Id&n.
#*
178 O primeyro Príncipe , que governou com eira
luz foy Moy lés; omefmo Deos .-, lhe eícrevéo em duas ta*
boas a ley, por onde governa-fe,o povoHebréo. Def-
3 ífiâorushb. $.£//. P°'s Mercuriójdeu lç.y aos Egypfios: Phoxoneo, aos Gre-
gos;Solon,aos Atheniêfes; Lycurgo, aos Lacedemoniosj
Numa Pompilio , aos Romanos ; 3 os Magos , aos Per*
fas;Zalmolfis,aosScythas ; Trifmegiíto, &Bochoroaos
4 Xivf.usinDffi.íinai Thebanos ; os Cymonofophiftas, aos índios ; Minos, aos
de Creta; Phido,aosdeCorintho;Hyppodamo Milefio,
Charonda , aos de Garthago ; Druide , aos Francefcs; 4.
Ezotuaítes, aos Arianos. 5
Lntores
<j Diejortiilih. ).rap.í~.
w
EM PREZA XI.
Latores lequm tulit <etâs prtftma muitos:
j uris amatoresjujliu<e que f acne.
Idem.
Mays accommodadas com o governo Económico, do
que com o Ariítocracio, & Monarchicoerdó muycas dei-
tas lcys ; porque deípois Zeleuco foy o primeyro,que
igualou o caíbeoá culpa . 6 Diidano,o que em Grécia 6 Ravifiut uHfupr* titulo
abonou a virtude com o premio. 7 UsKomanosconiie- 7 Rcjiwdcvirtuumjrugihu.
cendo.naó bailar as forças de cada húa delias em parti- 8 ^«"K © J«-»« - w-
cular,para nrmefada Monarchia, colherão de todas o me- err.piuiib^.je^urec.ncmco,
lhor 3 ajuftaraõ-nas comaspoiTibilidades, &acrefcentan- /jjíi *!■*/*»« cuJ»
do-lheos diâames ,que lhes havia enfinado a expe^ien-/",w',T'', uemocrmcump.
P « 1 ■ 1 - 1 < tum lege regi* in príncipe Unf-
CÍa,COmpUleraohUà lcy COUimUa atodoSOSgOVerilOS. O tulurtomnempoteXatcm,quam
Conhecida a Utilidade das ieys commúas, demitio o povo J^^S^SZjS
daiurildiçaõ Democracia, depondo de feudireyto ema i*pn»i.%.%.y«umtnim.c.
,*_.. r"ji^ j • 1 deveíerijure h-nucleam.lex x.
vontade dorrincipe- hcandoelte,comtodoo;juznatural ^, uoviffimeff.de origine iurit
fobre a vida civil dos vaílallcs: 9 E asleysjuftas , que j» \s)?TfluXt£ncTum
promulga , obrigando até o forodaconícienciadosiub- >/.. Jejurejur*»Jo.
*.! 1 • .■• «• j f ... to Ltx fcrvanda eâ etiimin
diros,peJa nobrela, que temos dito deíeu principio. 1 o fm .„ a„im^ quia ugJeifer /,„_
pcrst:rt>,l5 tieSorct Qibitier-
. .... . rarudiwnitus ctnanãjfccreiu-
Tctreat omnis bomojunjegtquejubenti iur.c.f*B*funt . di/t 4. e? c.
EquuMjuJtumJas, atquejalutifaum. ret/bsc nin ,„, ,iinkgCfíU.
Idem. tritivapeccati.
179 Abonou á origem das leys, o confeIho,emqiie
feus Legisladores as conferiaõ,antesqueas eftabellccef-
fem . A mefma naturefanaõcreou arvore, nem metdl taó
ordenado , que fe izenta-fe dos golpes , para íervir aouzo:
nem o artífice aprovouorilco ,lem o examinaraocom-
■pailo^erraria as medidas da arquitetura,naó entregando à
regra,o que desbaftou com o pico , & levantando fem pru-
mo . o que trabalhou o cinzel: diftonecelíitaõ as leys, an- , , _ , , .
1 *r , „ ... J . t, Lexdebetefíehc>;:rtí.?ufu
tes que layao a publico. 11 Q que as nao encomendou utiiu - ?««
aceníurados lábios, antes de asporaoshombrosdos lub- »nvenUn,.G.»httrdi}Uu
ditos,arriícou a utilidade no toitOj & a opinião, na defor-
mem. Porque Moyíés viovoar as letrasdcquele compu-
nha a ley , que Deos em duas taboaslhedeuemomonte,
diz Rabbi balamaõ , quebrara Moylés as taboas: olhou
V para
! 54 O WQKClfE WS <?JT. TOMO 11
para ellas, & como as vio rudes,& fem letras, julgou-as in-
n Cottfiâera»Jumeft,quoâ nuteys,& lem preftimo . 1 2 Aííy cftima , & trata o povo
RalbiSa.'on:cnJicil,quedaim J r o A" \A iÀ ► I D -.
■Moyjesdefccndcretfo monte, as leys , como tratou , & eltimou JVioy lesas tábuas, rara
ciTc*™dicet monti* retfcxitta fugiraeltes fracaflòs , nunca o povo Romano naadminif-
6uÍM,quaf maiiitufjutf por. & . r . . r . ,
ubat^viâ^quodvoítbantii- craçaõde Tra^anojôc Aduano ouvio a ímpoliçao de ai'
TJu^Ltel!nttZt%7. gúa ley , fem a appro vaçaõ do Senado . i 3 Alexandre,
dea,rude,,«onhaientei ãiiquâ deípois que as compunha , da va-as a re ver aos Di&adores,
lueram:co quiafif mutiltt trai r , , n 1-1 i 1 r ir
fregitcasiamquamimtiics. conceden-dolhe tempo dila tado, em que as pode-íem dii-
^]%íft!"^SsJr,lJ: *9' coner có atenção. 14. O que também fizeraó os Empe-
M utmpriãiv «1 ^iiexand. adores Theodofio, Valentiniano , 15 O&aviano Ce-
hiuiibA.e.thm.ii. far, ió & Marco António riloíoío. 17 SodeHiiio-
.6 Dhvjfw aabalo, Nero, Calígula, & de outros que nafceraõ coi«
jAmc^int. animomaysde feras, quederacionaes,íahirão as leys co-
mo o fogo do pedrenal, fem mays outra diligencia, que o
toque do aço, ou a força da tyrania.
1 80 Em tudo faõ as leys , como a luz ; & como os
olhos, os vairallosja luz em quanto efteve na companhia
das fombras , naõ exercitou fcu império ; defpois de fepa*
rada, imperou comdominio. Aííy faõ as leys ,comofoya
jí^ZSSSíl^S^ luz- 18 Comefta,deftinguemosolhosanoyte,dodiai&
luxcumte»ebru,q«*eratqua. o acerto,do erro : damefmalórte oshomens,comaluzda
ftabfqueaBivilaieluminU.pt- . .. 1 j j- ttj j I •!•
um Rauiinw inquad.Epiji. ley j como os olhos , com a luz do dia : io Elta,debiJitaa
4lalZlB,t ^CU>- vifta de hus » & conforta a de outros : com as leys fe repri-
mo Legibuf propsfna fum nie o facinorofo , & fe anima o timorato. 20 Sendo as
fuppltcia vi1ih,pr*mia auiem . • n /-- T1JJ1 J j /■»
vfrtutibm.Gie.vãeòrat. leys mltas,coniervaoa calidadeda Juz:como a virtudedel-
ta, ha defer a fua virtude , porque nem a luz tem mays cla-
ros reflexos,que a ley jnem efta,mays viva femelhança,que
• lâaniaun, luceruaejt,® a iuz * £u 0 difcurfarey por partes,de que fecomponha
(cx,Imx. rroverb.6,verf.Zj. J i í ' X I
o todo.
181 Nafce diminuta a luz jcrefce pelas horas,atéfea-
11 Luxftiendentproeedit& perfeyçoar de todo. 2 1 Emalgúashorashe aluzmays,ou
7Í::lrlT^fSumãre' menos aaivajconfórme oafcenfodo Sol.fe ha a luz:quan-
doo Sol influe por rayos oblíquos, & reflexos, que he ao
nafcer,healuzmenosintenfa ; & quando o Sol influe por
rayos directos, que he efiando no meyodia,he mays in-
tenfa a luz . Conforme o lenhorio , que hum Príncipe vay
sa GradatimUgetaugtntur. adquirindo, fe confórtaõ,& augmentaõ as leys: 22 To-
r das as que em leu principio começaro rigurolas , & uni-
verfaes,?.cabaraó entes da razaó; faltou-!he a fubíiftencia,
pof que foraó quimeras da ignorância . Michaei Empera-
dor
EMQUEZA XI. t$$
dor de Confhntinopla , em ódio dos letrados a quem foy
oppolío, porque nâoídbialer, prometéo decompor Teu
ln;perioembrevesdias; para que mandou, que dentrode
cinco, todo o Catholieodeshabita-fefua corte; & todo o
herege legui-fc lua ley ta : ficarão os intentos doEmpera-
dortruftiadoscom a préíía, que déoá reforma; porque a-
cendéo o ódio antigo entre os hereges , & Catholicos ; 8c *i p«'í>,'í' ig**tm JeVe.
creououtrodenovo, entreos nerejes. 22, As iorças àç. poiogiaS.c>f.^
Hercules de hum golpe cortavâo húa ío cabeça da Hydra,
que tinha cincoenta : o cirurgião , quando hum corpo eliá
cuberto de chagas apoftemadas , nãolança em todas o me-
dicamento a&ivo; fenão, que a húa, molifica hoje,& a ou-
tras,eftimúla á manhã, para que não prevaleção as dores,ás
iorças do enfermo. Ainda que a luz de fua naturefaefteja
fenipre apta para influir, & para illuminar, com tudo he
neceífario,que ache difpofta a matéria ; razão, por onde
não anima à pedra, não alumea ao cégo,& não fecunda ao
feco: Valem pouco as torças da ley ,íem a dilpofição dos a-
nimos; Sc he perigofa, 8c arrifeada a húa revolução de hu-
mores, acura, a que não precede'o a preparação conve-
niente.
182 Pela luz ferége a vida corporal. 24 Epelaley
fegovérna a temporal, &eipiritual vida do home. Muy- 14 Gtmi*iamt.M.i.jtc*-
tosefcolherãoafombra,& refutarão aluzj 25 porque '^iíIE/l»*,
eíl;a,lhedefcubria asfaltas, que lhes efeondia a £ott\bf&.siiJe''eBr*f>1'""nlucem
XI 1 1 ' © - 1 / Joanitu\.verf. 19.
JNsmtodosqueie aley por norte, & a razão por leme: 26 *6 Rttuiegemetmenda,
a carta de marear por onde íegovernão, não lhes moftra TcruU-áeí">r<"ia^<!'t-
os topes em que íè periga j & como vivem fem temor, a
buzáo da juftiça, para uzar da liberdade das feras , que def-
conhecem o freyo da ley.
183 Aluzheamefmaparatodos;&náoapparecea»
legre a hús, & maiácolica a outros. Toda a forte de peflóas , 7 Lcgeffunt wven1( ( qux
ha de achar em aley igualopezo, & o alivio conforme. 27 ««»» «"*»*« *»*•.«■«$»* »»-
Ei jf'11 r \ .'-1 telvqucrcnlHT. PUt. i.Offtci.
ragrandeoacertodoLegisl3dor,leasleys torao doen-
ça, enfermarão de menos preítimo ; mas como faó medi-
camentos as leys, he provey tofo a quem necelTita de muy-
tos para fer bem fervido, repartir com todos do remédio.
1^4. Avendohomés no mundo, que tem os olhos
em os pey tos; outros, que os tem nos hombros, & alguns,
ni,n.Q„L* II 'il O J ... , ° ,^28 Super hie viJi PJimum
que tem nu olho natelta; 20 todos paiticipao da meí- mNtwtuBifi,
V 2 ma
t$6 o Tornam ws <?at. tom. u.
ma luz j ainda que os olhos variem de lugar. Na peíToado
Príncipe ha vaílallos ,quelheoccupaõ o peyto; outros, os
hombrosj& codos,a cabeça:o pey to,no valirnéro^oi hom-
bros,noscargos}& a cabeça, no governo de [odoj-:neíie,íe
experimenta o pezo;& nosmays,naõ taíia o aliviarem a
29 jAhifim de Fiza i»tra- Cruz,para Te izécarem das leys, que os obrigaõ a íervirde-
Ctalu demuabi.titul. de Ingra- "t 1 1 •?• -
ihudiKc.Et m paris Bjf;,fta pendentes . Em quanto Júlio Phihppe iervia a Gordiano
I~7i!"(<f.l)f>.Q.c*p.6.tii.Je Per- 1 • r 1 • . • - . . . - IL j »
fidi\'v Prodittfcei J unior (em as preniminencias , que lhe concedeo na guer-
10 Luxpuubnfieat onmiaex laPeríka, muyto o ajudou no governo; levantou o na
iftentiafecundum ipforum pro- r J . . r° . .-,
priamporportioitet» .Gemwia- guerra a lupremo mandante de léus exércitos, km depen-
7.ttífaL Meiui«a Medi- aWia de iuasordens,& perdéoa vida; omefmo Philippe
cu* Grecu jcripfii lihruminf- lhe cortou a cabeça . 2 o Naõ he a condição dos homens,
1ar itgii,quia m tUo decrevit 1 j 1 ~ \ r
Mcdicamintaaccommodataix- como o natural de alguas aves, que creando-aslogcyras,
ifiemuiocu , 0 comphxhmbm ajn(ja que defpois as foltem , vem bufear a prizaõ , & reco-
natura JxibiUmium luhcgno. * * ' i '
^ândreai de PaduaMUanen- nhecem obem-feytor.
f.i de Piopcrl:onc teiiminú. o _■ \ 4 • C i\ O 1 1 r r»
iz ErithxjuftaJoffibiJis^i- - ° 5 Manitelta , & realça a luz as coufas , conforme a
cfttdum rauaam tjectt«dum natural feimofura,& proporção que ellas tem . 30 A
fonque convemSr. Grcg. Mag. ley , que nao imita eíta propriedade da luz, perde a razão
t::{ZlUJZTm^. ^ ley i porque falta nos Principesa cbíervação de Bra-
*.c.d,hBijrim«. vioMeluia, medico de Grécia, que compoz hum livro de
3$ Medicina TJmhrini ,ne- . . . , , »• i» i
queinfitmitaumpequettatem medecina , recey tando nelle os medicamentos applicados
re^cfbat.muMeKimbomin» conforme com 0 clima , idade , tempo ,& complexáo do
ferierunt ciiwiíia, atumalibut ' ' l * j» ••».«»•• ~ «-«x»
♦*•« uviu & ad agiuuonem, enfermo. 2 1 Aííy íaõ todas as leys humanas , Sc mediei*
£í eitm nij robuUiorci manent. n !• 1 J* •
idem sindreat de tadn» ubi naes, como ene livro de medicina ; 32 porqueasperni-
f"fra' ciolas,& tyrannas laócomoorenediode Umbrino,que
J4 <Jtex mediana ntkil opor- . ■ ~J - . _ ' '
tM-mpeSare pofièi , nifiqtud primeyro os racionaes o fentirão veneno , do que útil aos
quoniamejtucaufaefii^utta: brutos ; a toda a idade, & a enlemiidade toda o mandava
fie àiegibus nihii tSvenh abri- á»pHca¥: 22 morrerão os homens com abebida, 8c vive-
tTan,n,J,qv.od reipublica con- i L ..-'-' . T' n I '
ducat proficere .- quomam ejw rao com ella os irracionaes \ porque loa ettes lera provey-
c^{Zte°mJ'a'aU-PI''01^ tolo o remédio, que naõ attendeá poffibilidade,nem 1c
)( GemiHituiuubifupra. accormnoda com a naturefa. 24
}6 bficatta m lege , eílipfa cxttI r r cr rc T^n- r
hx,vMeii;*ma*etiexJteor- íoó He a luz encaíiílima no eney to. 35 Naooien»
fg'eíZachg7:P5rh'l,us ***' do as Ieys no que determinão,perecem em todo. 3 6 Refl
47 NecejfaríHm eH, «atura peytar a fragilidade da naturela fem deíabono da ley , kn-
sondohre: hgi autemfuffrajra- t j-o. j - r • iít- 'ci
rs.Btasapuà puto dehgibu* do dictame da razão, 37 royvirtudede 1 rajano,& cie*
D,a[-6- mécia de António Filolbfo: a mefmaiuftiça encomenda,
iíi Quando lex exprcjScnon . . m ' , ' *, '
««a^j , condotoreèjijufiitia. mitigar o caftigo ,quando a ley dá lugar ao ia vor: 38 &
^"pTpcMJtgetacriterftatui, ió nefte cazo le deve feguira fentençadeSíntca,<.)uea.
tnhins autem.quamipftitbiu confelha ao Principc, iuítitua a ley crnuiouiidadc,^ oue
p* hm fume* emente .apudjtí- tn , /"' ' L ^
**»». aoblervemosminiiiroscommoceiíçao: 39 Patateíuc-
cellos
E M $ % E Z A X7. tç;
ccdos de que tratamos , foy o confelho ; porque fendo pa-
ra codos, davamayormrildiçáoaoalvidriodoshomés,da
que ao império das leys: Authoridade, que fó em o abomi-
nável governo de Heliogabalo íoy concedida aos bay-
xos,& viciofos que oacompanhavão. Ficando as leysper-
dendoa lua regalia , que he exceder a todas as íorças. 40 4° tegum impcriapaei>tio-
107 Nadatemdeartihcioiaaluz.INadanaodeterde- DecaJ.i.
caviliofasas leys. 41 Muytos Legisladores as fízeráo re-
ines para pefear; como foy Heliogabalo, decretando náo 4I Erit l'x "\ -:H"<'fl ;:a
r • r /T II l r quoque, »tahqu,dpcr obfcuti-
trouxe-iem ieus valíaJlos armas; para dar a morte lem re« wemmcyiianccòtmt»t,nuir
r>n ' J 1_ * 1/* J J r f lo privato commedo ,fcd pio cò-
íiltenciaaosgrandes,aquemhav!a expullado de íeuíervi- ^úttihau cUiFadfcVifia.
ço. 42 Cleomenes Rey dos Lacedemonios , fazendo D- G^g-M^-"^>-f./udcoí
* . a TJ- L 11 orationc.^.
tregoascom os Argivos por letedias,em numa noytelhe 41 ^indrea» de Pádua ubi
degolou o exercito: &arguindo-o os Argivosda treyção,^"*"*'
refpondéo Cleomenes: náo fizera conta dasnoytesemas
trés[oas,que prometera nos dias. 42 Sofpeytolasnaver- 41 t£)-w»í8í«w^.v<
dadeíorao para comos de Hyera, asrepoitas do Orac*/w*ere«e/,c/»»í»«m^«-
lo Efefino: toda a fé daváoos de Frizia ás refoiuções do *" «*""».•*'""" '"•."
feu Oráculo : o Efeílno , fempre nos fins de fuás repoftas c">» "«*"» FerJ>d'* ^rgivi
dizia : Jjjy condem aos que obedecem: òc oUracuJo de b nzia fe ,„dtC!iJf jIXI1 fep<.g:/<e ,Cí(.
rematava o que dizia , affirmando: que a fíy o mandava a Ma- t"u'Hdi ™?<>ku*»ull'"'?ri>r'
T . . *, JJ . . Jttrftcifie mcntúnCM .Bjfn/t.
gejlade. 44 São as leys viva voz do Príncipe, que heo ttiigo/jib.? ap.^.dt^ijiutè
Oráculo a quem todos obedecem fem defeonfiança , por- '^'^«jjjjj, j, pizain trt.
que a fuperioridade o izentou das fofpey tas da vilania,cu- s«« ãc M>rab,ubw mui» de
ja voz publica a neceííidade , efeondendo nella a trey-
çaó.
188 Paliando por partes immundas, não fe inficiona
a luz . Nas mãos de alguns miniftros perdem as leys a puré-
ía:para cujo refguardo EIRey Dom Pedro oluftiçczoj
8c EIRey Dom JoaóoIV. de Portugal examinavaõ em
publica audiência os fundamentos, com que fedavaõas
fentenças, emcazosconfideraveis . As leys faõ para alguns
julgadores, como foy o Manná para com o povo líraeliri-
co j a tudo quanto os lfraelitas querião, & defejavão ,lhes
fdbiao Manná: 45 tudo quanto femelhantes miniftros
querem, ckdezejáo,achão em as leys; Foy virtude do iViã- 4* ^dqu»âqu;fquevohbn
' r r j 1 • - o <onvett*batur.Sap.\(>.vcrf.iO
nao coniormar-le comas vontadesdosque ocomiao j & x
hcdefgraça deley conformarem na os que julgaõ ,coma
íua vontade.
189 Encaminhaa luz aosqueerraõ.Guiaõasleys
V 3 aos
1 5 8 O PRÍNCIPE WS <P AT. TO MO 11.
aos ignorantes j & muytas lervirão de perdição aos inten-
46 LuxefivthicHiumvirtH- didos. As virtudes do Ceo tem por carroça a luz: 46 &
Gcmimsr.Híub^fupra. a virtude dos nomes, a leys; aigUaSiaocomo o carro, onde
Nero mandava levar os que condemnava a pena do ro-
J!lit»imj,eramHm.»MJ. chedo,que os deipenhava no i ibrc j 47 ou como os
douslivros de lembrança, que íe acharão nafecretriria de
CayoCaligula, onde punha em lembrança todos osque
4s infecreiuejutrtpertifút fentenceava a morte ; conltando cadahum doslivros, de
duo Libclii diver/i titulo: a/te- -, _ , , „ . .. ,-. _ ,. .
righJius ,aheri pugio index- di verias penas. 40 bo as Jeys Cathohcas lao liviosde vu
'ZJ^uã^oZ da, por que enfinaó a merecer a eterna.
àuctoniM inejui vita cap.qy.
En lex Vttalií/ub Chrtjlo Vtfa tonante.
Franójats^onanduó. (Cornem. 8.
ipo Acorda a luz ao que dorme, & alegra ao que vi-
gia. DefpertãoasleysoremiiToj&aviváoodiligéte. Ale->
xandre,paraqueásluasleys nãofalta-le efta propriedade
de luz , encomendava aos que lhas revião , as expurgaíTe ni
defórte,quenáoleva-femalgúa palavra equivoca ; 49 cu-
ja variedade de fentidosmotiva-íe nos expertos,opinióes$
& nos negligentes, embaraços,que a hús dobráo a malicia :
49 %Audrea( de PaJua, ubi c •
fupr*. & a outros, a ignorância.
191 Nãoobítance,quealuzfeja ofTenfivo para os
olhos enfermos ,he também remédio para elles ; o eftimu-
lo com que osoffende, hecaufa da purgação com quele
alivião. Afly he a pena da ley,para os homés culpados, co-
mo a actividade da luz , para os olhos achacóibs. Também
fo vuni.mfta.mturd.iih. oSalmixto com o medicamento, he medicina para oso-
io.c.16. dcCiwihbubuUfêc. . _. r
lhos: 50 O caítigo dado com juftiça,cura, ainda que de fua
naturefa exaípere como o Sal. O mél , em que morrerão
ti idemiiihb.it. c»p. 24. as abelhas que o fabrica rão , he nocivo paraosolhos; 51
de Nattiu Melo. - rr 11 ' c i • - - \^.
í2 Uem,b,hb.z9.eap6.ti~ naoaiiyaquelle, cm cuja fabrica nao morrerão. 52 Da
tui »d ^AiopeciMtond^^c. mefmafórte aslevsperdem a virtude, morrendo ncllas a
U Ibilib.-.x.cap ^ tiul.de . 11 1 r' -T 1 J 1 I
m/ioria »,iUra »n,mai,Hmyfer jtimça, que lhe deu a torma. 1 emas leys a propriedade 00
mg* amem , ». fogo, que abre os olhos dos mortos: 53 afly as leys, os dos
delinquentes.
192 Deyxo de profeguir a conformidade das leys,
comacalidadedaluz, porqueemoterceyro volume, ne-
ceíTariamente, hemos outra vez de tratar das leys. Em o
<jue moiíramos, fica claro conhecimento aos Prinçipesda
con-
condição , & utilidade das leys . E fe a luz com que o Sol
aJumeya o mundo lhe dá as regras; a luz, com que outro
Soitlluftrouos clauítroslhe enfina as máximas. Del pois,
que o Príncipe dos Patriarchas compôs em Sublacoare-
publicafanta ; quando ja providos os lugares, & accom-
modados os íubditos eícrevéo as leys, que haviãode guar-
dar,deulheaRepra,coniquehavião de viver. 54 Náohe u Duoâteim.mmafierU^,
, - r j- t n 1 âificavit , etqut Saniiffimu h-
a minha tenção preluadir aos Leytores , que eítes doeu- gibm eommumvit . Ecchjla /»
mentos, que Sáo Bento deu em Sublaco aos doze moftey-/'ro/'w^c/o5- *'""'''''
ros, & com que fe governarão defpois todos os que ie fun-
darão até Sáo Bento morar em C2Ííino, foya Regra San-
ta, do modo, que efte Legislador a dey xou por Regra ; fo-
ráo fi hum principio delia , que defpois confumou , ampli-
ficou, 8c aprefeyçoou em Caffino . 5 5 Qual fby por %% 0 frfgnsYíp!ílom , c*
cfles tempos a qualidade defla luz , me parece , aquiz dizer tuna > junu c*«fl« * • o. «««a
o Poeta, quando eferevéo. *******
Spargem rore levi -
LujlraVit que donws.
VintiuJEmià.ô.
Eráo novas as plantas , & para que o calor da luz as não
defanima-fe , forão as leys como obrando orvalho , que no
verão regando fuave,encorpa, & alenta a planta , de forte,
que quando no inverno delcemas agoasdoCeoemmays
abundância, & com mays força , )a as plantas tem ganhado
raízes, com as quaes recebem por alento , o que em feu
principio lhe caufaria defmayo.
193 Ficou São Bento habitando na cova, onde vi-
via, defpois que fundou os doze mofíeyros. Fingirão os
Poetas , que na fornalha em que Vulcano fabricava as
trombetas, naõ fó lhe dava o fogo a forma ,fenaõ que tam-
bém lhe communicava a luz.
Próxima Vulcamluxcjl^quam luflria dteunt:
LuHraniur pura^quas facit illejubx.
Ovid.ltb.ty.FaJlor.
Foyefta fabula, como pintura da verdade, que vemos
agora: a cova deSublacofoy acfficina do Divino amor,
onde
1 6o 0 ÇQLINCME T)0 S $AT. TOMO 77.
onde São Bento fabricou os clarins Evangélicos , què
mandou por todo o mundo. Da fantidadecom que vivéo
nacóva nalcerão os filhos, que teve por íubditosj unindo-
fe aos documentos com que lhe elpiritualizou a vida , a
luzjcom que refplandecerão. Fora da cova eftaváo es mof-
teyros , &de dentro da cova iahiaa Regra: não promul-
gou efia, íem que fabricaíTe aquelles ; os mofteyros crâo as
coroas, & a Regra o caminho que havia de ieguir,oque
fequize-íe coroar com a profilTaó defta Regra ; argumen-
to certo, de que ja São Bento eftava aclamado Príncipe,
&conftituidoPay.
Tolis enimfS libris aSlorumfydrgeregaudes
Argumenta. Yirijonbusjttfpende cor ohm.
Iam pater es.
ftiVenal.Satyr.y.
194 Noefpirito, & exiftencia deites fantos docu-
mentos acabarão os enganos dos fabulofos Oráculos. A
pomba, que em Maciera dava as repoílas no Oráculo de
0 lÃayoUDietÇttttituiaret Marte, 56 devia imitar ao corvo, que fahio da arca de
ceium„ai. Noe, 57 nao tornando mays ao monte de Maciera, oeí-
s7 Dimifttarvúm:quiegrc- pojs que nefte de Sublaco , o Efpirito Santo em figura de
cer.en.i.vcrj.T. Pomba ditou a Sao Bento os inítitutos. O Oráculo do
campo Jaunio,aonde dormiáo envoltos em pélles negras
deanimaes , os que procuravão faber o ílgnificado de
J^S^^itfeusfonhos, 58 parecéocouíaíonhada, àyifta da negra
««»j«/;/iH tVftotií»/». mortalha com que andamos cubertososorimevrospro-
ino vértice, cm petentes Oracu- ' ■» i t r í i
ianignmtem immeiant anetê, ieliores deites documentos . As arvores dobolque de lu-
2tó!^SSS5?: Piter,que no Epiro, fingio a gentilidade, daváo as repoí-
59 ib,foLsi6.fHbcodemfi- (ras cq ficarão muyto atras na eftimaçaõ dos homens ,á
tuiovaticinia. -ni rii ri-- 1
vuta dos comemos, com que os periuadiaoas novas plan-
tas de Sublaco.Sendo efta Regra a verdade daquelle men-
tido Oráculo de Apollo Milezio,aque chamavãoo da
immortalidade d'alma, porque toda fua direcção he enca-
minhar as almas,a viverem eternamente na gloria.
Cor por e confcclojum totm in tetberafertur,
In corruptus ubimanetjiumjuam quèfewjcens.
195 Fonte
E M <P !?v E Z A XI: \6i
195 Fonteda vida heaRegradeSãoBento^&ain-
da que Salamão deu efte timbre, a toda aleyfanta, 60 a ,6° ***jifiwtirjkm *iu&
__ , 4 , " _ r i • i 1 r declina a num merlv.t reter.
Regra de Sao Bento, ■emianir domar da graça, que toy, t}.iêrf. 14.
comoja fica dito, o Efpirito Santo, que a ditou ;■& pela
-comunicar , o Occeano do efpirito de todos os jufíos, que
foy São Bento, que aeícrevéo,com mays propriedade,
que todas asRegras,mereceobrazãodefonteda vida. Pa-
ra reparo dos perigos de morte, amanhecéo efh luz no
mundo: a todo reparou, porque alumiou a tudo. 6í An- 6l t*k"" jfhnãor ex viro
„ r . . ri * j. r o - r> i> Dei BenediSotíJ teclefitmil-
tes , que o Elpinto Santo dita-ie aSao bento a Regra, hftra»damdivinhu, erícuit,
precedéo em o monte de Sublaco,oincendio daquelles '<</^;>'>*>'<' "'««/?<<<
três fogos ,fobre que São Bento fundou fua Religião : af- ^«ft"<>»i°ng<>,uiequ:di#«-
fycomo em o monte Sinay ,antecedco oíogodoCeo,a »*,«»«• Sa9.
promulgação da Ley de Deos. 62 Fumoto virão oslf-
raelitas,omonteSinay: 62 & clara efteVe alabareda no 6a ***$«** \*uiintmú^
. , _ 1 , - r - \ \ r • """->*<■ nicar e fulgura txodi.
monte deSublaco,naimpoíiçao dasleys; emotumoin- 19. *w/. 16.
dicou o monte Sinay, fer iombra da ley da graça,a ley, ^& ^Zu^™' *'""
Deos nelle dava aos ifraelitas: 64 Emalabareda,p^rece,
mofirou omonte deSublaco,oque porvefés déyxamos <54 Commmitat??.
dito, que he, fera Regra de São Bento a luz das Regras,
com que os antecedentes Padres, difpuíerão a forma dá
. , \- • r * * Tride fupra emprez*%. nt
vidareligtola. * ,,6.™;.r,M7.
196 A condição de híía,& outra ley explicava acâ-
íidade dehum,& outro fogo, porque nenhum queyma-
va, ainda que ambos ardiaó. Ley ignita chama a Efcri tura
áley,que Deos entregou a Moy fés. 6< Jugo intitulou 6< i*tâhri%«x;g>>* Jèt:
J/~i O J s J O Deuiercií.n ve'f-Z.
Chnfto á ley , que deu aos homes : 66 Mas aíTy (c expe- 6f> y^»™ ««'« mtumfuau
rimenta iuave efte;ugo,como fe fentiobrando aquelle fo- ^ MiUh-,l-va'J- }0'
ga; porque occupãdo o jugo ambos os hombros, de quem
o trás , íócom hum hombto fuftenta o jugode Chriftó , o
arurrunado,quefe íogeyta a tile. 6j Toda a ley tem ^ $»*;** tibumer» «**
prcfpetivasde Ethna , porque he ley ; mastaõ moderadas fyfaU > W- si-
dere véo Deos as fuás; & ditou a S. Bento, as dos Monjes;
que a ley de Deos, todafe compõem de amor; & a Regra
deSaó Bento, aíTyheamoròfa, que naó contem nenhum
preceyto depeccado mortal, mays que aguarda dostres
votos. Foraõeftasleysaluz,porondeos Príncipes devem
guiar as fuás ley s, para que os vaíTallo?, na moder?ça 5 dcl-
tas^eonheçaóadiíFercnça , que vsy do tempo da eicravi-
doõ, ao tempo dã liberdade. Quando Nabuco-Donofor,
X leva-
1 62 o i^mcfoÉ WS $AT. TOMO 11.
levava o povo de Iírael, estivo para Babilónia }mandou
pòráscóítas dos mayoraes, entre os ifraeíitas,os livros da
68 SvperjunBmtm ettvy w act>nipanhados de pedras. 68 Táo pouco peiàdas
Cif no/ira cnorarijHinur,qua- . , n ->ili
dopergebamus ;« capúvu»iè. erao as leys , quando o povo eítava emiua hnerdade , que
m^fiiiorun, i/wi/pi para lhe caufarem opreíiao , quando cativos , foy nccelia-
ibantvtcut Vp,*cep,t,Hicõ- rioaiuntarlhe o peio das pedras : o tempo do cativevroa-
Jutr -ent libro, tegir , & uí face- / , , A .*. , o • i J t 'n
reniextitmatiucM^imph. crelcentou as leys a gravidade ; & ainda que dehumhey
7Z%Z!rt;lí'Uí',ieT'lntiM tyrannojcomo craNabuco, não fe podia eíperar outra
■tipa E.upbra1it>\« ongravernnt J ' ' * ■■ í
t<sj»íraaka?o,ií.Par»i>hraf- coufa mays, ào quefozer moleftas aos iubditos as leys,que
wwm.i.verf. 5. cirvidbitt os Príncipes elcoihidos por Deos, decietarao iuaves; cem
ntfrumiwb»&ur.®c.. tudo, para que o povo ingrato conhece-ie o bem, cue per-
dião na liberdade, de que os privava, fe lhe ajuntou ás leys
a durefa, & apeio das pedras, que dantes não tinhão.Com
mayor coinmiferação foy compófta a ley da graça , do que
aleyelcrita-nefta,tudo eráo caítagos; naquella,tudo làó
perdoes: a ley da graça deu-íe aos bornes, quando refgata-
dos da culpa; 8c a ley efcrita,no tempo, emque vivião ca-
tivosdella. Os documentos, que os Padresantecedentesa
São Bento deráo aos Monjes,forãocheyosdeafperefas;
& a Regra ,com que Sáo Bento os reduílo a forma , he a-
companhada de branduras: 69 porque osMonjes, antes
de Sáo Bento,eftaváo mays fogeytos ás tentações pela fal-
mm. • j 4 auuriu.16. ta > °tue tmhao ae recolhimento j & dcípois da inítituiçao
70 M^rii!e,fj!a âcSts Jefte Príncipe, 70 vivião mays reparados, porque fe a-
Pjte- m,ut D.tisrr.ardustomo juntarão a viver em clauzura: & a dirierença de tempos
v« PfiinuiHibakiw. foyj a que acrefcentou> & deminuío o pezo das leys.
197 Também a fantidade do Legislador condufio
muyto, pára o favorável da Regra; aíTy como a virtude da
Sol he emí a principal, da bondade da luz. Tudo faõ tyrã*
, . ,. . .,. . .,_ nias, aonde reyna o peccado: não fabe condoer-fe , quem
intrrimi, i>rm:,u,qiScn,ãmui- vive reo j lo ielaltimado delinquente, quem nunca roy
inn,anuA9n.mU\i.íirtj.xt. comprehendido. 71 O mays cruel verdugo contra
vrj:\s;r hum pcccador.he outro peccador. 72 Souberãoosma-
7* Mifereturer.im,qttincr- .,r ' íl«J t Ol
titerrtre,»<mmifereturquier. nníiey ros , que JJeos eitava irado contra Jonas, & lança*
rorii ■■A particept. d.iSJmbroft TV li \ ' I - 1^»
mPfjiLmt7. ram-noaomar. 73 Mayor culpa tinhao para com Deos,
7, TuhruntJon»m<8 mife- aquelles mariantes , do que o Profeta , que hia por pafla-
ttihtiniiuK. ]onx i.vsrf. ,$. » ti-ii-o 11
gey ro ; o leu peccado era o da idolatria ; Sc o peccado de
Jonas, odadefobediencia; &huns homés homicidas, co-
mo não tiveráo compayxão de Jonas homiziado? Por iíTo
mefinoienão hftiuurão deftf , porque eílavão criroino-
fos.
fos. Soo inculpável favorecéo a efíe rêo jDeos o recolhéo
ao ventie dehúaBalea , aonde, como cm navio, íurcou os
mares, & fe abrigou das ondas. Em onaviofentio Jonas a
crueldade dasféras,& em húa fera teve o amparo do na- 74 N««« firHatm frifuit
* . o ' C' C ■ feranavigium wimiiravit . Ze~
vio: *j 4 aeliegovernavao peccauores , & aterá, alann- Maum. t.*ajcb»Ucaf.iu
dade.O melmo, que íuccedèo a Jonas , acontefíe em as re-
publicas ao vaíTailo, quando as adminihra ofacinorofo.
Sendo eílahúa das razoes, por onde Chriílo não deu po-
derá feus Dilcipulos para abíblverem de peccados , fenáo
defpois, que lhes infuhdio o Efpirito Santo. 7< Era ef« r»J, £%%?* Dife'tuUt *"
te officio o de perdoar culpas , & primeyro lhe communi- spíntum sanQi,m,qu»rMmre-
, rr i mtferitú ttccat* , rcmitumur
cou toda agraça, para que trataílemaospeccadores , com tit.j**w,ht o. *«/.»,.
todaamiíericordia. 76 Donde venho a alcançar o myf- l6,9'Jty*u?"e!m"miu
' t , * ^ Tendi feccata^qbiinjíiffiilicr.e
te rio, porque Sao Bento viveo,emhua cova tantos a nnos,y«"»»/»^ »/;;«»» evMute^
com tantas aiperezas,nao Iheíendo preciío, para alcan- ckvftt&iflrftí.
caro Ceo,deyxar aCorte: 77 masforão neceíTariasas " fíui juiJmBe*eJj8urj!-
penitencias, para que hcando comellasmays eípmtuali- «w^e^e, *«■»«*, s cor
zado, chegaíTe a dar a Regra com tanta brandura. T'llTflT Del:Ã'11
? o O reata L i/gr, V.jrijgpud bale
1 98 E fendo efla Regra a obrigação maysfuave,he *«fi«4m /,*.,. fa«/.«/.aç.
para algús,a fogeyçáo mays penofa. AíTy como he a luz pa-
ra com os olhos j he efta Regra para com os fubditos: offen-
de ao relapfo,& alivia ao Religiofo.O Manná manjar íua-
viííimo, foy para quafi todo o povo de Jlrael , iguaria gro- '8 K»»fe*t anima »*flrafit-
r r> ir*- 1 • ter cibo iú»hvij]]mo J\iiir?erO'
ieyra: 70 muytos deltjavaoantesamorte,doqueviver w.n.Wa',
derte fuítento : 79 os que íe lembravão dos regalos do t2 &*f>^™"*"°f»<-
ÍLgyptomâoachavãogoftonofabordoManná. 80 São ^ cortem ex ofutam.
pitas memorias ,asquenaodeyxaogoitar da bondade dei- 80 Recordamurrfivmqu»
ca Regra j para os efqutcidos do mundo, faõ asfolhasdef- «*!*'*»"«4^,Dp*.ífc.
te li vro uvos de mel j & para os radicados no fecule, paíio
amargofo: Comefiedifíabor reccbèoceítoimsgodo £vã-
gelifta o livro, que a boca do mefmo Santo achou doce tj ^cetti i.brum je ma»»
_ M 00 - 1 n ITT" <* xAnleli ,(5 Jcvoravi illum : £5
como mel: S i Òc a razão delta uiilercnça íoy; porque na 'irm%m»m<usã^uãmãM'
boca; fefiguravãoos lembrados deDeos & no eltomago. '*M<*»J?rffit!im»mnu'
r .j 0 , \ rteaius efiveníer rn:us. *,4foc.
oseíquecidos: 02 & para com cites perdeo o livro ado- »o v.tj. .0.
cura, que aquelks lhe acharão. O cordeal ,que a todos re- ^T^íSÇ ■
frigera , pareííeaodiliriante, que feabríifj com clle ; hum tneàrfuiu^iHxurM. md$
púcaro de agoa lelnereprelcntanocauddoío. hmur^unc^hituaYibw duU
i99 Najoya,comqueostheí^uroSdoSu!t2õíc^--t^;. ^
ziaõde ineflimavel valor ,eíiava embutida húa pedra de *entertjttamar«mviãmr, d
t . . .. .. 11 r 1 n- afperum D. *rfy£un. ItmiltM
tal virtude 3 que nao podia olhar paia ciliciem inoleítia b.,« ^a/.
X 2 dos
ié> O $®JKCl<?E LOS VAT. TOMO II.
dos olhos, quem foííe luxuriofo. Humdosíigitiinos Iier-«
deyros do cipiritodogrande Padre Elias, aquellefamoío
Eicritor Carmelitano,oqual entre os Autores infignes,
que deita fagra da familia íahiráo amontes ,intiruloiiíuas
obras, Fortaleza Evangélica, eícreve, que afabuloía tra-
dição deíies theíouros foy hum tofco debuxo das c-
bras, com que os Santos enriquecerão os theíouros da
igreja ;& compondo asjoyasdofegundo género dos íer-
viços dos Patriarchas , porque as da primeyía forte íoráo
os progréííòsdos Sagrados DifcipuIos,vem a dizer, teve
a Regra de São Bento , entre as virtudes dos Patriarchas o
valor, & realidade da joya,que dava aos theíouros do Sul-
8, F.ayDkvifioieS .Bk. taõ a mayor eftima. 82 Foy efía Regra, para o vicio ef-
ícwou jermo ttes. Benzia, candalò , & para a virtude eíeudoj fubindo tanto no reí-
. _ '^ peytocomfualuz,avidareligiofa;&:dekendonaefíima-
çaõcomfeuefpirito,a vidaditroluta;queefta,íemelhante
ao idolo de Dagón , padecéo ruína , quando a Regra defte
Príncipe, como a Arca do Teftamento,Ihe fez oppoíieão.
U ícceb^otíaceãtpro. 84 E a vida R-êlig»ofa,quc antes de São Bento havia per-
wuinterrAmte arcam Domi- dido,em muytas partes^ a purefa , com que os Apofioloa
de Chriík>,aplantarâoemtodo o mundo, pelo contagio
das hereílas y defpois que efíe Patriarcha, como outro Da-
vid, deu batalha ao Gigante , & vendo que as pe-
dras , que tomou por armas , & com que o pòítreu por ter-
ra, fbraõ os capítulos, em que reparte fua Regra íanta, co-
nhecéo o eftado religiofo, ler j para com elle , a di fpòíiçaó ,
8? EJeZitf,biqUinquehmpi- & virtude deíla Regra, órègáto,donde,qual outro Dávid^
£f T'a ÇJ ■ ' íUtonenu'Lbi tirou as pedras limpas, comque matou o Gigante immun*
do. 85
200 Em pacifica paz reynavaõ os vícios 5 aguarda
se fortUerstDsgon^uando de feus fequazès lhes aíTèpurava o repouzo : em guerra
finita gtnúbus àrmafub euHo- r i n \ J -11 U
■ÀebatmatrtorforthréftjitàÀ viva loy depoítodo trono, por mãos daquelles ,que abra-
fâc^quahmcvianxfpoiia.m- çara5 fa Regra Qs foldados,que guardaV3Ó as portas
ptetatu eripuit. Pater mear * fc> 1,1 j-^.13 r
Mcdahb.x.cap.to.adiUaver- do templo, fuftentavaõ no altar aDagon j mas íoy, em
c»ftodit atriumjuum ,» pace- quanto nao chegou a Arca , onde eltava depolitâda aky.
funiea^iiapojfidrt.Luctu. $5 Com a virtude deíta.fez a Arca o eftràqo: 87 &com
87 vtraqu! vera • qu* enim os documentos daRegra, rizerao osMonjés o deíiroço.
èSS^SãâS Temefta Regra forças de ley,em quanto ádi_fpofiç5o,&
ru.D.ci0lo^r.iusfup ni»d. forma Monaftica poriflb com a luz deu eí piri to infun-
Sitrge Domine inrequieni tua. j- 1 *■ íkL J"i í> li
né'^3rc».pf.i}i.vtr/.i. dio valor, a quantos teve por uibuitos. Cornélia, a meu
pare-
EM? (REZA XI. \l*
parecer , ficou o eíiado Monachal , fuftituirído o lugar da
Efpofa dos Cantares , em ordem á nutrição Religioía. A-
gradava ao Divino Efpofo, que os pey tos daquella Alma
Santa foíTemasduas taboas da ley , aonde íecreavaõos fi-
lhos de Iirael : por falta de idade naõ fatisfez a Ei poía a eí-
jjK oo \í r J-" 83 Soror Kcfirstarva.Vuhc-
tavontadede Deos. bb Mascomoiavor divino, quart- ranetatetçtnt.è vttj s.Róe
do efta Religião mal contava os annos de lua puerícia ; a- %lt*?fj?^/'K^*
chou nella Deos tal capacidade, que depoíltou em íèus *bMi*fb,tefp>puíumh8**
dl i o - r • r J íjn' ,V ntttiicbarit. Galatinm
uas taboas, onde eíiao cicritas a Ley tíe tiud Mckdofatò.i.jup.cap.%.
Deos, & a Santa Regra ;íef vindo efta delima,& cfcod'a,& ** rftàrf&.-ii.ftB.t.n.x*
a Ley deDeos de fornalfi3,&martelio: Com efta crea- _ _ . _ .
- iir. t • cl - c 9 prtpartvtt Dominu»
çaõíàhifaõ taódiícipiinados osMonjes , que ficarão ien- Deutbedtram.z.-.Vttpttui».
dn«n J '..JG-j J ^ J bro fitpra Ciput CJ1U Jcn.i d.
o Meítres em toda a virtude, & Ho mundo todo. vtrf/.Protegcn/bedcri j*„s,
i o i Chegados ao tempo , em que Saó Bento ampli- iffwijwmprougtnttm,*-
nri^^/-r"í^ dacs. Pater meus J-aurciui in
ficou elta Regra, em Caílino,moltraremoscommayspon- ^Segor. verbo Dtfc*dcre&c.
deraçaó fuás exccllencias : por agora bafta faber-fe a utili- gJ^^Z^t
dade, que rectbèo efta Republica fanta, com a illuftraçaõ, origmttfu? Exod.bomji.9.
-,1 J P • n- li r - J 9' 1" báculo meotrãfivilor'
& oblervancia deites ínlíitutos, osquaes Jhe iervirao de danem.6tnej.iz.vtrfio.jfor-
cortina , que no reparo caufa orefpey to : Foraõ as leys fi- ^««fl^i-n»^ ■ '*»?»-
guradas em a Hera ,com que Jonas fe defendéo das incle- fi™ bmu.
meneias: bp E nas Cortinas,com quele venerava o ban- /,J,m. idemiÁurtt.fup.
tuario. go No Báculo, de que fe ajudou Tacob para paf- 9» Extendiíquêfumitnem
T*j. • j f • i- 1 i virg*,au<c habitat imnanu,&
lar o Jordão, tiodojuizo, gi era entendida aley,que mmgninfavummais^tUu-
Jacobguardavá: 92 porque íem ley todo, & em todo o ^^l^^T
iuizo não fe tomaria pé ,& naufragarião todos: razão, por 7«pt>a, r-""" !;s- . "»?»««
, . r. j/\r t 11 i» certecontinttduletdwê.Pa-
ondeasleys iao comparadas a Vara, com que Jonathas ai- t:r ,„eux ^iicu»-,,. «. .•
cançouofavodemél,qUelheacIarouos olhos. 93 Os ?rb\L"ZlVZfJ
* '1 7? lerunt a partem pijcuajj _ i
foldados,aquemosdeBehunciachâmavãofilhosdeMar- vummeiu.
n». . . - . « , , , - * 04 Franeifcuf Pálormittnut
aopordivizahua balança, pendente dehuamao, jej„ji,tuuo»e&difcipim*mi-
armada com hum efeudo : òa. balança , & efeudo faó as '"«»"/' 7«-S » «■«*"• so.
. 'f i ' 9$ Scuto tircundttbit tevt-
leys: 95 na que os Monjas receberão nefta Regra, fcfir- maftjur. pjai. 90. *«./*. 1.
marão invencíveis: & nas regras, que os vaíTallos obicr- ÍSEÍS^*"* *" '*"
váonasleys,fe formão inexpugnáveis. g6 ^6 Sumafcutumimxpugna-
r\. *. /t ' ■• & i« bilcetquiUttmSapicnti,\ .verf.
101 Os Mon;esconleguiráo grande credito,com a »0 usumethgê cctru,RaH-
profiflaódeftaRegr3i&eíb,grandeabono,comaobíer- tí°*Z£fi£l
vanciadosMonies.O valimentodos filhos abalizou a vir- quttxtditntumhab*
jj lijryii-c /- 11 c filiot dtfigntrt po\ .".Ott
tnde da molner do Zebedeo: toy a may hgura oa ley, & os g,*cifup. Math. b»m.^ .
filhos das vaflàllos. 97< A fortaleza da Arca defendeu^
aosdercendentesdeNoé,dasagoasdodiluvio:aguardada (erva*ti*mitt < . -:<•>
Jcyroy a medida daalturn da Arca. 90 Agrandcfa aiíy ^atud».
X 3 cia
1 66 O ^KClfE TjOS TJT. TOMO 77.
da Religião como da Regra , aíTy da republica , como das
leys, depende da obfervancia dos lubditos ; & a felicidade
deiles, do vigor da Ley. Mas para que aeftaíeja provey-
tofa a obediência, & lliave aos vaiTallos,icmbrem-fe os
99 Et aivohu tyijm ai pf jncjpes da pedra, que fechava a iepultura de Chriíio:
ejiinw uior.umcntt. Matc.ctp. í ••11 1 • 1
i.j-.' »;r£ 46. po a quem intitularão ley daiuorte; 100 tiniiaráogrã-
ico L ap:< ad tfiium menu- 1 ' j /" • J " J ' ?v 4 " 1
gtnnncrm.Hmonjup. iA»ib. nUefli a podeíTe mover. 1 01 E pedra tão pezada ío po-
acitâ eunâcia. verbo Latii. ™ ' . *■ r . . , *• ri n *
.0. Quurevaivet poluía, dia reprelentar numaley demorte: raltavaaeiíaiey a
'tftm, Uançy.rt.vnf.i. ftavidade da luz , por iíTo não foy ley de vida.O pe-
zo proporcionado aoaliceífe afiegurafe a íi , Sc
á obra ; mas quando excede as forças do
fundamento , he ruina de ambos.
ENTRE
ENTREGA
OSUMMO PONTÍFICE
SãoHonnifda o governo dos Mofteyros Latarenenfe,
& Vaticano a Sio Bento j& inftitue o Santo PatrU
arena, em cada hú delles, húaUniverfidade.
E M í> ^ E Z A XII.
203 wà Odooedifíciõ,pormáysílimp-
tuofo que feja , para fe confer-
varneceffica de reparo: as pa«
redes deícubertas á inclemên-
cia do tempo ani fcaõ a íbrtale»
fa. Saõ as republicas o edifício
cujas paredes refilem menos ás innundiçóes adveifas, em
lhe faltando o reparo dos Sábios. AíTy odiflinio Demof-
thenes,
nHmèmrrWmto.jk. ^ OsHeròesck Marte, reconhecerão efcavcnfa-
H% 0 ^iNClfE WS fAT. TOM. 11.
thenes, i comparando os Doutos de Athenas, aos cãea
dos paftores,& a republica aos rebanhos ; eftesdiíTeoFi-
i íftdoruthb.i.EiymtfFa. J0fofo clll quanto tiveraó maíUnS, que OS SUardaíTem, fo-
fo/;// Uaximut. „ , ,, ,.•*. , , , . r lr, ° , ,.
rao derendiaos dos lobos; da meíma lorte a republica ten-
i s»iutauitmubibu$MC9H- do fabios, quea governem. 2 Cufíavamuytofangueao
tiiia.Provtrb.il. exercito de Filippe Macedonico , fuítentar o cerco de
Athcnas,& valleo-fe da mayor indiiftria, para a render
fem deficuldáde ; ofterecèo pazes aos Athenieníes com
, s.ifiJtrusnbifupra. condição , que lhe dariáo dez fabios daquelles, que affif-
tiáodentro da Cidade; 3 adeAtheuas eftava fortifica-
da com gróííòs-ttvuros, & prefidiada de. fortes Toldados:
4 civii<Kparvaf5pauciinea mas nenhuma deftasfortalefas enfraquecia aerperançade
virr.venit contra cninRex mag- -,-^.t. . ri'- i 11 I • j " r 1 ■ c i
mtr&vaUaviteamsxtruxwè r ilippe , ialtandoJhe a companhia, doslêbios , que lendo
mm,itio*e,pjr Gy,,:,n,v per- j^ - repubhca como a fombra do louro , re filiem a to-
fcitt ciiobjidio. InvcMlli ejt tn l L ■>
e» virpaupcrjSfapiensg) 'libe- da a K3 de Jupíter. "4
ravit urbcm perfapieni--
am Ecclef. 9 . verf, 1 $ .
gemnoslaureâdos deMercurio, povoando feusReynos,
náo fó de armas ; mas também de letras : Alexandre ven-
cendo a Dário, mandoubufcar fabios a Athenas, que Cn-
% DwJortif jin[te.âe meii- finaíTem aos Perfas. $ Sertório cqufumada a conquifta
jlan'oeUeTarh% sou/uTu- de Portugal,inftituío neíle húa Univerfidade. Ptholoinco
TsSaSf t','ttg' Phiiade^ho , ajuntou em fua Cidade , fetenta fabios de
7 suetomut. difTerentes partes. 6 Túlio Cefar, 7 oEmperadorVef-
8 ldem,\$ blauâuihb.4. n O e a - TV C - r
9 tonunu, de libcrMtêu ; paliano , o •& Antonino Pio , 9 nzerao ameitna ccn-
ssD.m.6.%.Mnum. duçao de letrados, para todas as povoações de feus Impe-
10 Eeptifta i-gnauus. * ' í r  t r>
rios. Carolo Magno para a lua Corte de r rança , 10 &
EIRey Dom Diniz, para a de Lisboa. As republicas faó
como a hera, que náo tendo ai rimo, nemdurió, nenifo- \
bemjosconfelhosdQsfabiosfaóo baculodas republicas,
205 A fantidadc de Calixto IJI.veudo, que entre os
11 ^ovimus? cnunuthb.de Catholicos havia mays de três milfabTos, dizia, que o não
*7uL?£mX Mm'tl"s intimidava todo o ardil dos Capitães de Europa. 11 As
melhoras de húa Monarehia nãoconllftem nasmachinas
demuytos exércitos, fenáo na difpoíição dos Fronrey-
ros. O Emperador Confbntino, experimentando em íeu
filho o valor neceíTario , para confervar o Imperio,náo lhe
entregou o governo fem o preceyto, de que tiveíle por
» £m»(im «fuà Voimt* adjunto ao Filofoío Abfabio. 12 Os Summos Pontifi.
cesdefpois deinteyrados da vigilância, com que os Paíío*
rés Ecclefiafticos apafcentaváo.& dcfendiáo-o rebanho
Van.
da
EMV%EZA X21. 16a
da Igreja, para mayor iegurança decretarão, ouve-fem
emas SèscadeyrasmagífíraeF. 13 Equeos Parcchos ti-
vellem em todas as íreguefias Clérigos icientes , que cou- m ^^«ír-í- «ífff^
trina-iemopovo. 14 A virtude do Pattornecomootn- Quianonnum. t^itèieto*-
go; o natural dosfubdkos, como a terra; & ienasrepubli- *''"'• , _ ,. , T~
fy ' ' J 1 14 Ini. ,-ut quijque \.d: '/t*
tas não ouverem doutos, que as alimpe dos abrolhos, não u&hoiufiàtcCUrtttrà w •..
uzira íruto a virtude do Paltor. 1 5 «.#,««*,© *«&•*$»* , ef
206 Alguns Principes,que negarão efte preftimo âoJ^°favcr'"" «*■ -v-'"'*'i- M-
fabio, reynarão fem fortuna. Licino £ mperador,chamava
aos fabios, péíie das republicas, & não os admitia a nenhú
concelho. \6 Governou-le pelo próprio parecer, com 16 Baftijia FSnatiut.
oqual não pode confervar a faudavel amizade, que tinha
com o Emperador,Confi:anrino Magno jnem perpetuar a
dw 1 1 1 /~v 17 Mexia inviti Csyfin-.si»
olmpeno,que lograva independente. 17 Oca-^j^ ■ *
minhante,quenáofegueoroteyro,que oguia,perde-fe
na eftrada: mapa do governo (àò os concelhos do íabio. 1 8 lS "ntmtum ttgimi»» i&*
1 **• 1 1 1 • r • 1 fipieitu.buiipeiettjiudijb-
O Emperador Michael, de quem ja tratamos , leguindo o /,>«■«.
parecer de Licino perdec-fe no trono. 19 Todas as aves, '9 *âmt * xit* ,ta evt"
(& commayscuydado a Águia,) antes que fayão do ni-
nho, correm comobicoas pennas das azas, para sgilitar o
vo-o: as azas, que remontão o vo-o de hum Principe,con>
ponfe de varias pennas , que lhe fabricáo fogey tos de eira-
dos diflerentes;entre todas as pennas, as que o Príncipe re-
cebe dos fabios, faó as principaes,& hão defer asmays ef-
timadas,como maysfeguras:o cuydado da Águia mcíira
o preíiimo das pennas.
207 Tanto prefrimo acharáoas Águias Impe ri ae?^
«as pennas do íabio,q os adiantarão nos prémios a todas as
mays Hierarquias de ferviços. Antonino Pio, fez grandes a
todos os letrados de ieuReyno,& lhe entregou o gover-
no de muy tas Cidades. 20 Sigeímundo os aniava, lebre
todos os Príncipes de feu Império. 21 Da mefma forte, ii.rati#imbtaíràÇM*.
Carolo Crailo. 22 O Emperador Gordiano , 23 <x xl j.iew.
Carolo Magno. A íoberba de Dionifio Tyranno reco- *» >lhu *»!«»&*''
nhecéo tanta íoberania,em afeiencia de Platão, que tin
pefíoa ofoybufcarásprayasde Sicília. 24. Acrucldade p;.;ÍJ. ..•.„;>»..,,, iv,.-., :
de Archeláo,Rey de Macedónia mitigou-ie áííupplicas
deEuripedesTragiographo, dando libeid.ide a todos es
Syracufanos, & Athenienles, que tinha cativos. 25 A 2ç c-: ' ': '/ '■
inageftade de Pompeyo, humilhou-fe á vifta do: fabios de
Y Athc-
i7o O TZjKC&E mS VAT. TOMO U.
Athenas , não querendo entrar nas efcólas ,com as inííg*
»« Sabeiifcie^^i.iib.T. e? fí^s lmneriaes. 26 O Adeozado eítiliode Augufto Ce-
Vcl»ietr».Ge<>gr*pb.lib.9. f ). , ... o,
17 c »■;*// ,tcho»<rft».Difcifi. lar any lê humanou a vilta de Virgílio, que permitia a léus
m.7.caj>:ií. vaíTalíos,lhe deííem venerações Cefareas. 27 Marco
18 ?«/,« ca^nm^ntj,» Antonioornou feu palácio, com as eRatuas de quantos la-
vii*. bios teve por meftres. 28 PhalarisTyranno mandou la-
zer hum templo dedicado ás memorias do Fiioíofo Stefí-
1,9 Pcnta""! "e ,e" • coro. 29 Concedeu Achiles a feu meíke Phenice, ame*
tade de íeu Reyno 3 & de fua purpura.
jScjue} ac ego> regna , ■& dimidiam partir e honor em*
Homerm. lltad. o.
Antepõem ojardineyroaplanta,que lhe dá a melhor
flor, & a arvore, de que colhe o melhor fruóto, a todas as
inays, que cultiva ;dos lábios colhem os Príncipes, &as
republicas a melhor flor, & o melhor fru&o ; & aíTy os de*
vem tratar os Principes como plantas de fua mayor eíu>
mação.
Aman aman conclui cantando giv a
11 Mantoanyde diparjecogioíkra^
,„ ti». „ .• ., • •• Etuno»daiipa{far Pimba fiaritoa:
30 ti une fittmtntUgts jurit * * ■" . . r
c*f,r . u-x 1 . ãtprofeffer. & Qnefl'' é* mel M.arco Tullto; K cui/i mo/Ira
">edic.lex\o.C.ti1.%z.lexuni- Ç^ .■> / 7 te? £. .„• F- £ '
ca ds fludys iibcr»!b,*rbH Re Chiaro, fiam' ha elaqnenua, Isfruttt, toport:
T >ex, xlc. "*' '? ' lA* H"ica Quefh lonèiocchi de la Itnvua noãró.
depi-ofefonb.tnurbeContfan- *^-J J & ^ ■ 1 11 r
imopB. lexn. c.ut. * 5 . i.6. § . íPetrarcha l rtumph. de la rama cap. 3 .
•Scd, C? rcprsbari de excufatio.
tmorJib. f.2f Còcil. 1 ridjetl,
2? «g.is.A Refarmatn 2o8 O fabio, como he a Arvore, dcque todos fefuíl
31 tlaviusVopifcus. - 1 » r rii'j *• r ■ A 11.
m rã* boa* luic japienti*. tentao,lia de ler eícolinaa , antes que diípoita narepubh*
^T^uelnfi^hhomiJ^ i comelfe a Borecer. 30 Entre todos os hifioriadores
mbonadeãrittafrnceâit,fícut Romanos, particularizou o Emperador Tácito as obras
teiravihspisucíumaiiru pro- , ^-, ,. r ■ • i. — . r .
àucit uhyfoft.frp. Mattb. aâ de Corneho, para le lerem publicamente. 31 O labor
i/.'ave£a:Q«*cu„,qileJ,xerr,,. faz eftimado o fruão ; o bom procedimento do fabio, he
Í4 Mijcrcji ,qm ante com- [ ' I :
puifns r/? docert^am Jrfccrc: credi to ài fabedoria. 32 Na cerra mays efteril fe cria o
tí ar.teprafument bonum fira- ■ r •!• r 1 - r
duefe,quimfacere : tmfxi» ouro: na boca mays lacrihga le achao muytas veles os con-
v.ni*»b,rtu»,»iha<attpt- celhos ma ysQ âtholícos. ^ Não bafta a chuva para íer-
r.i ;-.op:mis, jpargit verba -pro .. J .-^-,, n-/»
/»/y>, ef «ii»»0« adfit n,eduUa telizar a terra; -nem a feiencia íó para fruetincarcom a dou-
Jcnlunm, abundai Ibuma verbo- »_• • . n i J d r
rui. sidoniuahb.i. t-pi/i. Cnna : a virtude do meltre he , o que produz , & lazoua o
»i ul ,»*$,„, j de pro- ffuão: 3i o nxòsut da vida leia o primeyro. d< Corre
?>"/*/. 52- as logeas uemuycos mercâdoTes , o que pretende lazer húa
sala
EliVREZA XU. ,7,
gala da melhor ieda : dis íciencias fe corta ornato da al-
ma^' docorpo: 16 & devem ferprimeyroefcoihidas: *6 s¥e'ti'' «/»'•«*"'""»
7 r rirrj MJ/l * anim*,&eerj>crti, anima rn:m
porque ha muytasiahincadas. 37 I\emr.odaaiior,que eSucitUiur cum iíia ^ corfus
deley ca os olhos, be fua ve ao cheyro ; nem todo o fruób ZltSSSCt^ ' '*
faboroío ao gofto. Em as arvores tem os iabioso feu retra- n Si vef.imtm» cmpiuttu%
o 1 1 n CP r • &)™ unum negoliaiorcwtf a'.'
to , & nelks nos moltra a natureia o leu preitimo. ictums$ihmcUatt$->$ti ;«-
209 Na Ilha Efpanhola fe cria húa Arvore,cuios fru- T^^-ií^i ?!
7 I ' * ' comparai: quemodi r.en oportet
Õlos fendo ag;gradaveisáviíta,iaõtãovenenofos ,que em ícfuiumcirtuire »*»:» 2>eSe-
luas entranhas ervao os índios as letras. 30 Ivjuytosem r/fíW cbíiHo ie*u,.datur , tf
íuafalfa doutrina uzão do ouro de Jericó ,a quem Deos ^.tfT^!^êémuGÍ^!t'
J ' i bomtlia xl:iv. me ?,). Mito.
amaldiço-ou: ajudando-fe da lingua de ouro,que he a pro- í* >« t},jfam0iainfuu arbot
fana eloquencia,com que Valentiniano,Baíilides,& Mar- pfZl^Z^dt^"
cioafTecbráofeus erros. 29 Amedullado tronco n\o£- f" tiuçi'"*r'"-0'"m" * vcrl,m
r \ c Cl o -J1J* pc>1ifcT>Jucc»ian Indiíllofu-
tra-le no âmago do frueto ; & o gentio da Índia , commu- giu* aimhmt iíiut» »<•»£».
mente, não uza para o fogo de outra lenha mays, do que ^SSHH!!^^
da defta arvore: porque femelhantes fabios;não tem nas re- * 9 humtnio,qu,0jefiuattg.
11. ri- ibtfnaiuJTit efc emne auiui,},
pUDllCaS OUtrO preltimO. qUodi* Hyenthofuerit mveni
210 Na Africa nafee húa arvore , a que chamão Mu- ^^fir^^^i', *»**&
fa, he infruâifera , & tem as folhas da medida de hum bra- mhteDve^oeà, oútrhfiMtm,
ço. 40 Se o muy to falar tefiemunhara o muy to faber, ai- 7at,!j.n^'l LlíTe7^ níe/ii
euns fabios faladores conheço,de quem os fete de Grécia ^»flj'xr'*wt»>iits& Bgfi*
& 1 - r ,r. 1 r • Udtf,h;:f;c,t& Klan.cn ba-
poderão lerdiicipulos : ie os textos autorizarão os arre- rttm^rãtifunttHíiwgua»
zoadcs,fc asrazóes as palavras, & ie afeiencia a prefun- %Z$?£$*íia"t
cão, eráopiquenascadeyras as de prima, inferiores luga- 40 Pai:rjiccbu,dcMi,am.
■ • 1 di -íi I • 1 dain Hiftoria^ficana tilul,
resosdoprimeyrobanco,& humildes ospulpitosdoma- tirAu*pTtu\aaribus %.%9.
yor concurío,para fatis facão de fúa fantezia: mas como
neftas arvores não ha mays , que folhas , tem para o ferviço
da republica o preftimo ,que os rapazes Africanos acháo
em a arvore Muía, que he cortarem delia frautas: 41 pa- *' IJem,i^
ra intretinimento dos poucos annos, faõ muy to bons eftes
Doutores.
1 1 1 Naquelle terreno da Paleftina , aonde fe cria a
A^ n- 1 1 r IT 4? InPalifíina ari:r Çvf-
rvore droiion, nenhuma outra planta naice. 42 tia fo„qu^ umirjlcw„ífni:r^m
mimos Doutosdiátcde cuia prefença nenhúoutro avul- >&/*'&*&**']£"*'""
J .. , ' í f defmt Jaecbus^jJnc:!'. ih
ta. A inveja de Athaneo mordendo a Platão, chama a muy- Ktpr.p*un,caf>. r>.
tosdeieus livros apócrifos, & a outros alheyos: 43 eà^ f^^m:W'D^
a rumadas defpois as obras de Athanéo, acharão ler roubos
daidéa de Plataõ. 44. Não hacoufa,cuede mays aco- A*V"}"rà**tUviliatrà*
1 1 * *• - 1 r o Batut.iHtJVit <ii*ci munu
nhecer os talentos, do que íao as obras, que elcreveinj <k «■*».
cm quanto não lemos, as de algús mordazes , tomem as re-
Y 2 publi-
i 7 2 O ^mCTTE DOS PAT. TOMO II.
publicas a lição , que lhe daõ os da Paleffma , naó fe apro-
veytando deita arvore íènáodeípois,que largando as fo-
4í Um Jacobuf ^9fdmh j^s ]}ie vcm fazonados os iruâos. 4Ç
iil>t fui) "it
2 1 2 Nas Ilhas dos Troglodittas conhecemos natu-
4« x/ffui TreghâjtM tu- raesíiúa planta, aqual fentindo,que a querem colher Te
Z:ÍXZ%?e!%Z* convertem em pedra. 46 Ha Doutores^uenaoccafiaó
*'»> &>*6*t atnmflrrii qiwJ/i çm nUe he neceílàrio communicalos , endurecem-le como
f-fellcntii i>'t;di<* , in lapidem f ... , .n j- - j /!_■ i r
trjivfguniur.eiwiuiiib.n. penhas : ialtando mito as condições do i;.bio,que he ier
t*p. 2.% . >nfi »e. communica vel como a fonte de Drumam , que mollra ag-
stcdantif Duid de *a- grado, a quem fe aprovey ta delia: 47 &naõcorno opo-
rrciu natura:. Exfcriemi* 9. ço deltarnarga , de quem fe naó tira agoa,fcnáo em baldes
precioíbs. 48 Da pédra,em que fe converte eí\a planta,
4r íJ^^ev^c/Mj.ai.ao^fazeincontas: 49 por onde fenaõ reza bem delia.
# th""" **'>/"■«• 21 3 Outra planta nafee em as partes do Brafil ,& na
Província Pudifetania , que fe encolhe , quando a querem
;-i , i- ■_■ colher. <o OutrOS lablOS li?, que faÓ O aVCÍTo de lua jac-
to Mayoliu. verba, Planta, • /* j 1
^/ri/» ?rovmti*v,ç*i'm>ne» tancra, porque eiprayados nas palavras, osexpenmentáo
H^^é^ táo encolhidos em fuás refoluçóes , que imitaó o pey-
t>u,e, pudor*, umenabwcoíu xe, que para lhe tirar amoeda da boca, foy neceiTario , que
índiBumeHjfurgiíiajiititkÂj' ,-> - r» i r i /r J l j* • 1
M,npa:moru.»»ove,», aticei bao Pedro íevaleiíe do anzol: 5 1 djzem , que a vntude
tt^$ÍS^rÁ defiaplanta não hecoufa de eftimaçio : nem taes fabioso
aecefíerit,ulav:luiretroceden/ mereííeil) ier.
vamoi infe .:p[am ccViíil. _, 1 f 1 <• ■•
u Fade Lm*rt& m.ucha- 214 No centro do mar naice nua arvore, de nature-
ym, Veumpisc™;, qtnpr.u, ç tâ f • , vid lançando-a no fogo abraza-fe,
acceaent ,to!!e:S5 aperto ore c- o ' ' J D 3
jtíiitiveaies íiaterem. M*tb. como ferro. 52 Muytos fahiíão dos bancos com fraca
'jÍ^VííL/^.ij.m/.ij. feiencia, que oceu pados dcfpois em os lugares, forão va-
ras de feri o, a quem o calor do eftudo, accezo com as obri-
gações do cargo , intençou o calor da íàbedoria : a virtude
deílaphnta heapprovada por medicinal, entre osquimi-
? » ?etriuãeJíbofeo.âerebut cos: 5 2 & o preftimodeiles í.íbios,em todos os tribunaes.
tKvemu a militibtu ^/ihxandri r» i i t I* I -
lib.f âeE»rumutii,tati%.ii. 215 Produzem osmares da índia hua arvore, cuias
l\ nimlu^<"luPraíUai't folhaseftandonaa£oa,confervãoaverdura:fóradella, fe
•Qrboies qualdtm inlndtco ,)>*- . r ri • iTT-/~tll
rerucctejcerc,qzirumj?ondej desfazem em íal : 54 Ascadeiras da Univci íio.ide La te-
fuhat!U* viridei funt ,at extra r 1 r ,_• 1 c • J J J 1*
f„htíasvrr.u«íur,nfahm;,d ranenfe ennobreceo com o titulo, & propriedades de di-
que experimento ded.foffe ^á- verfos mares, aquelle famofo efetitor, que fondou a altura
Itxandrr Magm milttcr. r- . •- /» r^ c - r> J
de todas as íciencias, o meu i níigne Doutor bao J&eda: 5 5
u Bedatrt&tutâefcitHcia, Scnaoraçáo, que fez aos meftres, lhemoíirou a paridade,
^ViTtmibtctp.v. que tinháocom as arvores. $6 Promovidos os lentes da
17 s-piensdMuicnajifio, efpeculáção, para a pratica, cbião como lai , porque rudo
*def,,í>ore.lfidorniiib.Elbi~ ,.Tr * ' r r . . r J r *
»«. diipoemcomo ubxos. 57
EM? <REZA XII. 173
Viátur a Japio fpiens cmfxtSj quiarerttm3
EjjcSliió quepotens, omnia nofjejaptt.
Gemhàan.
• Nas partes ondeomarprodusefh arvore, todos os man- ** íisntiAiofcouhifvpia.
- /• 1 1 1 r 11 o \ r L J • ?9 òedtnu»quidf;nfui;iha-
lares temperao, com o lai de luas tomas. 5° Alabedoria beredicemttf4,bcrc>>tL*!,cqui
deixes Doutos compõem, &faboica as vontades de huma ^Te^SJFZ"
reOllblica cenjebamiti alÍM ex i/iMonio
_ . _ . . .» , Pigafata,quifcripfit,inReg~
1 1 6 Em alguns lieynos cria atcrranuas arvores, de *« «*?*«;, «•*«»* «.«««,
ctms folhas, & ramos fegerãoaves;& outras, que tem nf™£^$ZZ
aves em lugar de folhas : < o eítas arvores , faõ o retrato «j»*f»* *rboru~»flU*, J3H
dos Elcntores, as luas obras >aiiy como as aves, apartadas
das arvores, dequenaíccm,voáopor todo o mundo. He
grande o cuydado, & a cultura com que os naturaes bene-
fidaó eiras arvores: em todas as idades foymanifefia aef-
timaçâo,que os Príncipes fizeráo dos Eicritores, como
teítemunhaa veneração, & magnificência, com que Cref-
fo tratou a Pindaroj Polycrates,a Anacreonte j Lyfan-
dro, a Cerillo; AugulioCefar,a Virgílio 5 Alexandre, a
Ariltoteles; o Emperador Antonino,» Appion 5 Priíco,
a Marcial ;& ElRey Fronton,aHiarnes. Aspenas,com
que voão eltas aves , as penas com que fe eferevem os li-
vros, íaò como asazas da Garça, que naõfobemde vc-o,
íenaó quando o orvalho da manhã lhe pratca as pennas.
( — mM aquetle Heròe, qin eflim.i> 5? ama
Com does, mercês ,fivores,& honra tant 'A
( A Lyra mantmnn f^ que foe
Eneas, & .i Romana gloria voe.
0 Infigne Camões Lu fiada 94. Cant. 5 .
* Com liberalidade favorecia o Emperador Alexandre . . ..
, r .. r * Co Jimêxttittttrátot bom*
Severo, aosíibios, temerofo de feus eferitos: 60 nao «z, vthtmtntrr rgirmid*™,
defjwezaa*W,qd^
vore, faz celebres as partes, aonde fecria jos Efciitores
dão nome aos Reyno«, ndonde eferevem.
217 Na arvore Hermopoli achão os da Thtb.?yJa
icmedio,para todas as iniermidades:foy cfbarvors, a que
leinclinou profundamente, quando Chrifío paflclipara
y 3 o
1 74 O PRÍNCIPE DOS $AT. TOMO 11.
<Si Memorant trforem efi, 0 Egypto, fugindo á crueldade de Heródes. ói O mi-
gu« Perf, dicitur HcrmopoJi, OJT * t> _
qucâefioppiJum Ttjetaijitycu nutro lábio , a quem io dobra a razão, ne como eíta arvore
Í^SíSSTS!^ medicinal. Sendoparao juftificadoa arvore, cuja medulla
KoiamorboràcompiurihvJe. jie a farjnna , de que fe fuiientão os naturaes : 62 & para
pttlcnt. X»mTr*ditumtJt,Jo- . . r * * 11 1 1
/cph.cumpropter Herodcm,af. o criminolo, a arvore, que tem por meaulla, numa va'ade
fflS!Ç5S!&5Í!í te0í 63 nenhum ^ipeyto odobra, porque a íua in-
mjft Hcrmcfoi,m, *iquc f,mui reyrefa correi ponde ao natural da arvore, a quem não cor-
,ii verta ttrpropinqiiavityitiam J * , c /■ \r- A •
arforcw.hcetpunewaximam, rompe a sgoa , nem abraza o togo : 64 Vivendo izcruo
adv^ucbn/ii nnbatam *», do achaque dosminiftros , queiemelhantes a algúas aivo-
atque aa folum ujqueje Wjis- i ' J o
x:«c,uí1hT,fiumadcra'lie.sc- res , andão pelo mar, tendo as raizes na terra : 65 accom-
ZWttdib. $ . cap lo.apud Ma- 3- r J J r J 1_ - j
yei.vsrboPia»t*fo\.^T. modao-íe com todas as ondas, porque ledobrao a toda a
6z cur pntertmtuu ■ arb,r conveniência : Donde nafee, terem acalidade da arvore
ília , c cujtti medulla educitiir _ '
PT*cip«» farma-jnbomimm a- Jimale, que com lua íombra corrompe os veludos , de
j£%? Uím Mayoh" ,b' quantos iè chegão a cila. 66 Imitando o fabio, incon-
<s, ttrri vim aique acUmha. traftavel na juíiiça ,as arvores , donde fe veftem os índios,
be: aJia arbor m Jav» lafula «íji L« ' • v A.J Jt -
maiore: interior enimmcduii » oc Aramos: 67 & as outras, donde osnaturaes apsgaoa)
p:£vt%Z^7i;: ^e com a agoa, que fe ajunta em as folhas de húas, & cor*
»'?■ re do tronco de outras: 68 Os ramos das arvores, de que
64 lAlexanâer Cornelius ar» • r • - /o i
bonmConemapptUaviutanec antiguamente íe teciao ascoroas; 09 & a particular ar-»
*7»V'.''*'»«'™*/'>"fr 70 & o lenho íingu-
6s idemiit. 16. cajf.i. lar , de que fe levantavão as torres , 71 a meu parecer,
66 IfmiHtiimbraomncveFii r - J /l /" l_* tt i* r*
toeHtHmjratcfcit.Swninf». *ao oretrato deite iabio,a quem a arvore Hermopoh íer*
'*'"'''• ,. ,, ve deefigies, porque fendo o fabio fértil, & útil para are-
67 Plmmthk.il.Caf.it. ... & TTr ,„' n.r. .
68 Mayoiusubifup.foi,^. publica, he coroa, cetro,& fortaleza delia. (J rrincipe des
^:;íi;^•i• Patriarchas, 72 porque conhecia efte preftimo dos %
ti idem ibnn rumuia. bios, povo-ou fua Religião de homés Doutos.
72 Mirabilu eft locut ,íle(fa- V, „ ° n t • J t-n «
u de subuc0)p<r omnipotente 2 ib Governava por eites tempos algreia deDeos,
ÍlTJtcJíltri^cafu o Pontífice São Hormifda, oqual movido da fama, que
Bjtom:i!um monajierioruptrlta ' ' ' 4
HamconfiitHtenm&vercquia corria defíe Príncipe, omandou chamar a Roma : foy o
ittwrumeniiuitMonacboru. ratnarcha lançarle aos pes oorontihce: taograndereí-
rp Lc09- peyto caufou áfantidade de Hormifda, o afpecto de São
Bento, aíly ficou o Pontifice fatisfeyto do efpiritodefte
Santo, que lhe entregou a Igreja Lateranenfe , 8c Vatica-
soidoOcddentet na j para que nella pozeííè Monjes,dosqueobferváo fua
freiudio Lcafrii «, ifi. ^frl Regra: aceytou São Bento a mercê: & confervandoos ef-
Í^BuccelJoíaZlLTal6. tudosem a Igreja Lateranenfe, a fez publica Uni verfida-
wu6,t?t,!'?Cí"''" ^' de, Sc juntamente Convento:& o mefmoinítituío na Va*
gitirreLuJi Salmanlic.lom.t. . >v »*•«»- « •- r>i
^iparaiuoperi4n.u1. ticana. 75 Os Mon;es de Sao Bento região os eltudos,
& náo faltaváo ás obripacões âo coro. Atendéo a eíla Sa-
grada ligíjck politica de meu Patuarcha, o que Juvenia-
no
no JPontano, canta no Poema , que fez em louvor de São
Bento.
(Prhnuíy & bic Italitfpojuitfaaãrijtgenti
Et daujtt fr,cros mxma in una choros.
2 19 EftasduasUniverfidadesforãoduas torres, que
São Bento levantou em Roma, C2beça do mundo, para
perpetuar,dcfender,&: reparar a Religião, que tinha fun-
dado em asentranhas de Sublaco. A caia, que David man-
dou fabricar para efcóla dos caminhantes, 74 chama a 7< &em*rr>*,&avf*&i%
Eícritura Torre , preíidiada com armas de Varões alenta- J^f^S í ?fE
dos, & defendida com os capacetes, dos ínclitos Herdes. tdifitatacnaddcccttdkmtTi-
A o C 1 r - \ - r íeuntes. Pagmnut.
75 Armas, & elcudos lao as letras ; reparao comoeicu- 7, wfe cijpe> pendem es
dos,& oífendem como armas. 76 Tinha o inimigo odi o, ***** *'»!™*ftrtiim'
&os hereies inveja, á nova reforma de vida, que São Ben- 76 HAntJhm\mm **>***■
to dava aoeltadoReligiolo;& a nova reformação, com qtta,„jacuUfAcuniht«dvetfM*
queefte Patriarcha plantava em o mundo ,a Ordem Mo* '»'^*>Ah/****'*B,f*J'
nachai. Viao creícer a toda a preíla eíte edifício; porque # #«>»* hórvii mu t***g»i*.
todas as horas fe augmentava o rebanho , de que era paítor j^^*' "
São Bento. Em breves tempos, palTou efta Republica a fer
Império ; os aliados com o mundo intentaváo deftruir a
oblervancia dos fervos de Deos : reparou-os o Patriarcha
com as duas Torres , que erão as duasUni veríldades 3 eftas
cm a fua protecção iinitavão a Nuvem defogo,que acom-
panhava de noyte aos Ifraeliras: 77 defendia.&alumea- 77 Permticmincoiumrun»
va a nuvem ;rep2rao,&encaminnaoas eleolas. ij.««». *i.
220 Amparadodas Torres, caminhava o exercito
de São Bento feguro, &proípero por todas as partes do
inundo. Augmentou-fc a gloria do Pay , com o grande
fequito, que lhe arrahiráo os filhos Doutos 5 & creícéo, f7*^£^í*c/íSíw
o temor, entre os contrários. Defpois, que lofaphatRey J«4r.; [t»i«ef\^'efit"Vf
1 tf , ire L-n- Dcn.HUjUt, cwrMrfgr.iUTTi-
oe Juda, mandou por todo leu heyno nomes lábios, a fum:; ..... av„.,7 tUnti ■..?..,•,
irtraJojIipíijidtSFbJifiti
jofàfh munira Jefinbir.tfic.
78 Sublimou-fc a magefta- \\hrah cp.n .ferft&g.
de deite Rey, até o ultimo gráo da veneração humana. 79 ^'crtvttergohfapb^mtg-
Os lábios adquirem, & confervão. Ao foi , que preltrv.» mficttutjjistfquetdfuMm*.
comparou Chrifto o prcftimodcs Doutores, E o me Imo %0 êxíw s*t$«ht 8?«?*f
foy dizer São joáo, que doladodeChrilto correra t^K^'SJ^J^u^itSt.
imagem da fabedoria ; 80 do que entender-fe, que na tc« 1 :.«. Wj;
,T r,. . . 3 P o r/l 8' ^ '!'■< M-1'^^ i^
meímaagoaíahiraomnum.era.veispovos: si LUc*,cor- fc,.^/«\*r*/.i7,w;is.
rem
doutrinar o povo, todos feus confinantes, & oppoftosle ^»'r«7">;
lhe tributarão feudatarios. 78 Sublimou-fe a magefta- x.Ftrah.T,
1 7 6 O ?7s]KC7?n WS ?AT. TOM. 11.
rem atrasda fabedoria, porque os governa : na mefina cor-
rente da agoa, que fignifica ao douto, anda prefa a multi-
dão, dos que o leguem.
221 EfiasTorresforãoasnuvésjdondefahioamul-
tidaõderayos,queconfumiráoasherefías. NasUniveríi-
dades , que São Bento levantou em Roma , fe tomava a
poftilla da Sagrada Efcritura , Sc Theologia , que naquel-
les tempos, por razão dos herejes, fe lia oceultamente. 8 2
% :, sou* occjtnu toao ,. De codas as Partes do mundo concorrerão difcipulos, pa-
?niud. 1 cep. u. n. ,6. ra eftas lições , 8c delias fahirão meftres , que como rayos
defenderão a Fé, & extinguirão muytas lty tas. A firma S.
Joaõemfeu Apocalypfe,que immediatamente começa-
rão a cahir rayos fobre a terra, quandoemoCeofeabrio a
8 1 Vifa efe Área Tefíamc- A it^a O- #-\ a • J rr c~ r ' '
titjiit «« Tcrr.phqtu, tf/ia» Arca do Teitamento. o 3 Osmyttenos de nona bata r e,
funtfkiiu,» ^pocaiypft ,,. j â ^ Sagrada Efcritura, erão figuradas nefta Arca:
*í»/. 19. í ifa,\5 aperta ejt ac * D ' O
fi.ifidor. 84 & nos rayos os Sagrados Doutores. 85 Donde foy
8ç ttwiwU&iprtxvii- ° melmo, tratarem-le publicamente as lagradas letras , na-
mhcofcriptuwu'm,boctft,fi- quella Celeftial Univerfidade , do que fahirem delia os
vsexlcgibutjivífropbetarú, T i • - j 1 r>. i ,
yjtr rxEvangeiiorumjivs eX meltres , que doutrinarão todo o mundo. Das palavras de
l^rj^itl Péricles , eferevéo Cicero, foráo rayos, com que atimori-
h*umexpo«t, iiiaverba:Sicut zara a toda a Grécia : 86 Eftes effeytos fizerio em todo
fulgurcxit ab Oriente, ctp.z^. . 0 j a A 1 • - t-
num.f7. o mundo os bagrados Apoltolos,com a pregação Evange-
A^SWSÍSÍS lica 5 & defPois delles >.os fi,hos de Sáo Benco foráo>os
untre^ 'permifceretotamGre- que melhor os imitarão ; em a primeyra Empreza defte
f>i.Çic.l,b.deBcrfcBoOra\or. ^ i >r> -jj--.^ ir
volume o moítro, ainda quediminuto, em numerar os Va-
rões Doutos , os Reynos, & Províncias reduíldas á Fé, pe-
los Monjes Bentos. AíTombrarão os rayos aos herejes, cõ
que apparece'o a Igreja de Deos , mays luíída aos olhos do
mundo. Logo Sáo João a vio , na figura de huma Molher,
veftida de Sol, coroada de eftrellas, Sc com a Lua debayxo
87 Et r,g»um ™n»um ap. dos pés , quando os rayos fe dcllribuírãopelo mundo. 87
P1""!'»^'* Mui.tr am,8j Asherefias, reprefentadas na inconfbncia da Lua, con-
£ch,dLi,«afubpeãibnrejut, . . • r - i o j r>v A -
bJ/« capite eiur corona fieUaru vencidas pelas razoes dos Sagrados Doutores , prolirarao-
poc.it.verr.i. feaos pés da Igreja. As forças do Gigante naõ poderão
reílftir ás pedras de David, porque as cinco pedras, que
PO r , ,,. . ,. David efeolhéo por armas, reprefentavão as cinco pala-
-piJijTtnarpetraf. t.Rcg.cap. vras,com que Sáo Paulo deleiava,eníinar aos deCorin-
'^(JtMZTco: tho: 88 Tudo fe rende aos documentos do £bio. Aos
rimb. cap .*%\perf. 19, uiit mays obiunados adveríarios metem debayxo dos pés, os
Muis^aràinulis. 1 •> 1 •..*■■■''
nomes doutos.
222 Qusn>
E tf <P <1{E Z A X1L 177
121 Quando São Bento fundou efiasUnivei (Ida-
des , tinhão de vida religioia , pouco mays de dez annos,
todos aquelles, que o feguiaõ;porque tanto havia, que eí -
te Patriarcha, tinha dado principio a lua Ordem. 89 Có 89 oiwtubiftyra.
efta pouca idadere^ular, os inclinouás letras, para os scof-
tumar as armas. Obíervavao os Lacedemomos, quando 9, & /*& >n$Uvh »ir«n»*
lhe nafciáo os filhos , reclinalos íobre os capacetes : 90 IZíT^"" '" ihí"°' Uc°~
Alcmena o fez a feu filho Hercules, & a IphicJo: 91 O
mefmo efcreveClaudiano, do Emperador Honório. 92 9» Rtpmftifcrjcmaputr*
Oberço,emqueoscriavao,eraoasarmas,quehavjaode
uzar nas pelejas. Aliçãodasfagradas letras iaõ os capace-
tes, com que os Catholicos nos reparamos, aííy dos golpes 9, Smf„ ,-„ n,a„ihut tuit
tias tentações , como da aftucia dos hereies. 93 NeíieJ1"*'""'""''8"''®''""'"1"''
tempo aplicou oao bento os Mon;es, ao exercício dei- jag<,taqwbut .■:■.-. tíUJUImcdi
tas armas , para que disciplinados ,pelejaflan deftros, no ^KSãSSÍS %&
tempo do conflito.
223 Occuparfe São Bento, na erecção dasEfcólas,
quando dava principio á fua Monarchia, foy , a meu pare-
cer, imitar ao Supremo Artifice na creação do mundo,
aonde o amor Divino fomentava as fciencias , fignificadas
nas agoas, quando o mundo náoeftava,aperfeyçoado de
todo: 94 como fortalecendo as columnas, fobre que af-
fentava a Monarchia doUniverfo. Se já não foíTe, mofirar
São Bento em profecia , o que defpois comprovarão os S^TSS
íucceflbsj abrindo osdiques da clauzura,aosmares ôasíc\'fír'l'->,urfup »t*à&e»eft 1.
encias ; anunciando, que lua Keligiaohavia deler ono,
donde, (como outro Moyfès das agoas,) 95 tinhãode 9{ Exedicsf.z.verf.i.
fahir ostervosmays eícolhidos, de quem Deos havia de
fazer a mayor conta.
224 Fortalecer São Bento a fua Religião, coma af-
íiftencia da fabedoria , que fempre ntlla fe profeíTbu , foy
também darlhe aptidão, para lufientara futura promcíTa,
que Deos ha via de fazer a efte Pa triarcha, a fegurandolhe, ^%tíZf£:l\
premaneceria lua Religião até o fim do mundo. 06 Baf ifimftuw tx momm.mu m<>-
tavaapalavradivina,para nrmezadaobra;mas augmen- j4rnoidoyvw*.¥tp«utcxfuò
tou-lhe São Bento o numero das columnas, na multidão (*■•****■*■■..*»••■
tios homés eruditos , para que nelles , como nas columnas,
feelVibaífe a duração do edifício. Pelasculpas dos homés,
fe arruinou o mundo jmoveo-fc a miíericordiadeDcosa
reparalo com a lev da graça j & hum dos primcyrcs funda-
Z mentos
i ;B O P^NCIPE VOS PJT. TOMO 11.
mentos deita obra íoy , predirinir , & fortalecer a9 colum-
nas,eni que íè havia de íuífentareíleedificio: 97 quefo-
97 LiqutfaBa eH tena, tf rãoos Profetas antevendo íua Encarnação; & os Apofto-
omites quibabitantwea-.egocõ- . , _ . 1 .- i ■ r.
/rw4fi ceiumintoejM/.PfAim. Jospiegando delpois pelo mundo , a ky Evangélica. 90
}%Teí\\ 't"!ZZ '*"" ' C°m a fortaleza deíias columnas , difpos o mundo , para a
os it.'p:a,ic ciem pcrdifum 0bra de noiVí Redempçáo , & íobre elhs levantou o edifi-
y tanifroximuniul in nibihim • j /»'■»• A /"P o - r»
«■í>.!'.,in itur { Ht/otetumu ml cio de lua igreja. Aíiy , me parece, traçou bao Bento adu-
tif::SjZ!ZtS. ra$5° de fa Monachato , como Deos difpos a firmeza de
^lu.vci.iifi.matMniocai^wct fuás obras y Deos,& São Bento auementarão fortaleza, á
JiiFiehtavi,i$ conjl*bilivi,ut uó _ p___ n t__itj_j r*v r 1 r 1_ .•
/í».;«/ coUabaiur, ufque <n cò- melma eitabelidade: Deos lendo luas obras eternas por e í-
f«mnwnwf*tHií3miman«, fencia , firmou-asfobre os documentos dos fabios: & São
Jupia Vy.lmss^exponeiu verba: * ...
±.&o corijiuaavi coiHno* ejur. Bento lendo as proméíTasdeDeosinfaliveis,eftabelIcceu
lua Religião, fobreos mefmos documentos. Em oshom-
bros dos fabios, aífenta a mefma firmefa. Os Cherubins
^jírgTi^.vcrj:^. icicntesjíao o trono de num Deos eterno, yy Permaneí-
fe a valentia das fabricas, feaosmateriaes,que tomãoda
naturefa,aííifte a pratica dos Artifices; porque quando
efia falta , perdemos de maysas forças. Para que o Profeta
Abdias, defengana-fe os naturaes de Idumea , de que a va-
lentia de feus moradores fe havia defogeytar á fraqueza
dos Ifraelitas , lhe diíTe Deos : deftruiria feu Reyno de to-
ioo Nunqua non inâie Ma, dos os fabios, que nelle havião. ioo Efmorecem os ef«
dicit Dominus: ?erdam,fap,- . . j . - J li- p 11 TL ÍT li ' J 1
entes de ídumtca?® úmtbunt pintos de nua republica, ie nella ralta a aiiutencia dosho-
firurtu, a mef,díe ? m,*. més dou fos 0 poder ? com que a cidade de Damafco , a f-
ioi ^iufcreturfiniiudoDa- foberbava as niays Cidades da Sy ria, efpirou com a vida
emes. lemiiian.adverjus-ju- de léus Arroios, ioi Arruinarao-le os Hebreos , com a
falta dosnieftres, que os eníinavão. 102 Nadaproduza
terra fem as influencias do Sol: Sem a direcção dos fabios,
Jaós
í o z XJbi ejl Hteratur? uli h
Sh verba ponderam ?ubi Doe- nenhum vigor tem as forças.
r J " 225 Confiderando ehadiípouçao,comqueSao
Bento pos em ordem a fua Monarchia ; vendo , que cono-
tava a mayor parte deita republica dehomés (cientes ; 8c
queporefpaço de féis centos annos,feconfervaráo osef-
«o) Vide Empresai, temo tudos, dentro nosclauftros Beneditinos. 103 Chama o
\Zmh%. s. Bened.B.cn Cardeal Monacho, á Religião de São Bento,Livro medi-
medicinaiititofornptpoteqitu, cjnal por onde aprenderão a curar almas, os melhores phi-
Monacbu, in Oefinttiombut ficos elpirituaes,que deípois dos Sagrados Apoltolos , co-
^^td^èmjapi. nhecerão das enfermidades da culpa. 104 A fabedoria,
eMiam finita* ejlerbht enar». graduou os feus Douclores,com os intitular , faude de to-
Sapnmi. 6. ver/. »6. doomundo. 105 Com adoutrina, de que íe compunha
efte
eftelivto, nãoíbíaíráo iníignes médicos para as doenças
do efpiricojirsas também para osachaques da naturefa^pa-
ra as doenças do eípirito, receytaráo as medicinas inays
cordeays ; & para os achaques da naturefa,íorão os medi*
cos mays celebrados, & íaó os advogados mays propícios.
A infinidade de almas, que os filhos de São Bento trou-
Kerão aoconhechnento da fé, teftemunha a virtude das
medicinas. Ainnúmerabilidadedeenfermos ,aquemde-
ráo inteyra íaude , abona a doutrina do livro , por onde a-
prenderão. A fé, com que os Gathoiiccs,emdiverfas en-
fermidades implorarão o divino auxilio, pela interctflaó,
& merecimentos dos Santos defta família , os experimen-
tou advogados , para todas asenfermidades, porque livrai
ráo de todas, & alcançarão íaude. E para que os fieis fe a-
provey tem defte patrocínio, efpicifico o nome de alguns
Santos da Ordem de São Bento,que faõ advogados de en-
fermidades diverfas.
• •226 São Bento he medico uni verfal, de todos os a^
chaques, porque aííy como teve o efpirito de todos os Sã-
tos, dá meíma forte logrou a virtude de todos. Defte efpi-
iito de São Bento, repartio Deos por miíytos deíeus fi-
lhos,-afíy como o fez do efpiritode Moy (es, pata habilitar
os Anciãos, que o haviàõ de ajudar 2 governar opovo He-
bréo 106 DeftribuindoDeosas virtudes de São Bento, I0J ^afetamãe^ititutuot
pelos principaes filhos, que fuftentaraõ,& amplificarão traJ*mqueeit,utMt»tc«tte-
fua Religião. Das doresdoeftamago he advogado, Saõ vtrf. >?.'
Gregório Magno. Das anciãs do coração, Saõ Bernardo.
De todas as lezões corporaes, Santo Amaro. Das dores de
cabeça, São Edo , & a Beata Juliana. 1 07 Das dores , & ^i^í*jSíí^í-«£S
moleftias dos olhoâ , Santa Franca , & Saó Leodeçario. muiti™ inJicc.iituio Morto.
»^ 1 11 ^ .*-ts> ' „ . ,. °, ^. rum Mediei minfiti.
Das dores de dentes , Sao Uímaro, & o Beato Miguel Ga-
maldulenfe. Dos pólipos, que nafeem dentro nos narizes
Saó Fiacrio. Das dores do pefccço, Senta Ediitiuda. Das
alporcas,São Ocho Ahbade.Da eíqilinencia,Saó Suitber-
to. Da tiricia, Santa Mochua. Das doresde entranhas, Saõ
Elphego. Dos letargos , São Adelmo. Da gota coral, São
Lamberto Vencienle, & Santa Erentruda. Das maltytas
terçãs, Saó Venâncio. Dasquartans,São Amado. Dasfe-
b: es, São Domingos Sorano ; Santo Angelo , São Macá-
rio, São Bonifácio, São Paterno , & outros, que podes ver
Z 2 cm
i8o O -TVJXClrn VOS TJT. TOMO II.
era o Autor alegado. Da lepra}SáoRomano,& São Aley»
des.Domalderayv3,aquemenionoíTo Portugal chama-
mos danado, São Poncio. Das roturas ,& hei nias, Santa
Maria de Ocgnias, o Beato Thomás Camaldulenfc:,&
Santa Syria. Doslunaticos ,o Beato Oervino. Dos men-
tecautos, São Gerardo. Do perigodasí'<ingrias,Saõ João.
Da dor de pedra, SãoGalloBifpo. Das dores de parto, o
Beato Godofrido. Da peite, a Beata Joanna, SãoRcy-
maldo, Santa Pomba, São Deodato, S. Malachias.A mrys
fe dilata o numero dos ad voga.dos3que dey xo por naõ cau-
íarmoIeftiaaosLeytores.
227 Hum Ceo na terra chamarão os Pontífices á
Religião de São Bento 3 &como tinha as femelhanças de
Ceo, náohaviadefaltarnella Santos, que melhor, que as
influencias benévolas ,influiíTem iaude ,em os corpos hu-
manos: Eíte ofRcio,teni em as republicas os fabios ; os Teus
documentos íaô influencias benévolas; * quando,feme-
« Ungu* auiemfapitmium lhantes aosdous Cherubins, que acompanhavaõ o Propi-
fiHitateft.env.it.wf.tS. cjator;0> põem diante dos olhos o temor de Deos: afly co«
„ v , , r. moosCherubins,quenuncatiravaóosolhosdoPropi-
108 Ext:-n.ie/ilira!ar,tf te- ",v r m >v •
g.-nte, proi>,cittoriu,fi que mu. ciatorio, relpeytando nelle a aíTiítencia Divina.
'!$$£*??"> E*9ii 1 08 Os Cherubins com as azas reparavão,& de-
fendiaõ o Propiciatório: Os Doutos com Tua
feiencia reparaõ , & defendem
as republicas.
POR
St
POR LHES EVITAR O ÓCIO, EXERCITA
S BENTO
ASEUSMONJES NAS OBRAS NECESSÁRIAS
para o uzo , & fcrviço Monaftico.
E M 'T SJ. £ Z A XIIL
NATURESA com 2 varieda-
de das flores , com que véfíe a
I terra,eníínaosPrincipcs,3com*
| por fuás republicas. As flores
'^t/]MíÍ$& I? na" tcm ° me^T1° chey0^ nK*""
lÉltíSSÉ ma cor, nem o mefmo prcftiir.o;
anaturefacria ahumas viftof^ck íuaves; a outras, com
Z 3 mays
i S 2 O <IJ<%lKfflE DOS <?JT. TOMO 11.
mays cores , & menos cheyro. As artes líber aes faó flores,
que a Di vina Providencia deítribuíc, pelo campo do mu-
i PrevideHtiaDeifetgtnte/ ^Q r jx]em todas eftas flores, tem a meiina fragrância ,&
«Ulct que Jpargit «nium flor et, . r - a • U 11 o
ef maguum huncmundum yve- muno j asartes nobres lao asrloresmays bellas; exas ma-
t-lTu^Z^t^l «niías, as de menos gala. Todas acartes guarnecem are-
CW'«'- pub]ica,comoasflores ocampo:neíie,nalcem mu} ras,que
naó produzindo frucio ferve de enfey te : ainda quemny-
tas deftas artes fejáo, em a calidade de algús íbgcy tos , íci-
encia infructifera,illuftra a todos o Tabeliãs. Toda aíior
tem Tua virtude: ck todas as artes,feu preítimo.Em a varie-
dade de flores, que produz anaturelacriadiverfosfuílen-
tos ; na õ comem todos os animaes de húsmefmos paítos:
em a republica não vivem todos de húas meímas artes. A
natureí a cria o fuílento , confotmando-le com a variedade
das èfpecies: & a providencia accommodou as flores com
a naturefa das plantas. A variedade de iuftantos cria diver-
íidade de humores : a difTerente forte de vida , infunde, de-
ligualdadedeelpiritòs. Seos animaesfe fuftentarâofóde
hum fru&o , perecerão os que naõ ti veíTem azas, para voar
aos ramos, nem forças, para reíiftir ásféras.Sea oceupaçaó
em todos fora a mefma , todo o intereíTe feria do mavs no-
bre, porque mays refpey t ado; como entre asboninas com
todaa gala, fe levanta a Rofa, porque a naturefa a coroou
Rainha das flores.
229 Entrealguas nações foraó taõ efiimadas as fio-
sL,l,rZ!.aS°ciat* DP' res,que astinhãopor companheyras dos Deofes. 2 O3
Gentios veneçavão como bemaventurados , a todos a-
quelles, que eraõ infignes em algiíàs artes, como Terpan-
der, na Ci tnara; Clonas , na frauta ; Cleantes, na pintura ^
Theuch,na Ariímetica; Licaon,nas fundições; & Poli-
neílo, na Poeíla. 3 A todas as artes daváo a prehiminen-
\ VideRavi.tetboUvitoret. cja Ja erva, Panacea aqual creião fer fru&o , produíldo da
cabeça de Apollo,porque com ella curavão todas as enfer-
midades. Reconhecendo os homés, tão grande virtude nas
„,,... artes, comoosdeRhadesemoouro,quedezião, chovera
mfcente Mi>urv* wâuiixiffe em íeu Rey no no dia , em que naiceo Minerva : 4 a eíle
l7Z fiSSST C/""<;' '" l ' ouro a tribuhiáo os de R hodes , os progre fios de fua furt ti-
na: &: nas artes confiavão oshomés, a immortalidade de
feunome: ennobrecendo as fontes, donde emanarão as
arte$,co;n a fupieíueioía adoração, que derãoa ítusinven-.
tores:
tores: $ metendQnaconradosDeofes,aMercurio,por < •>*' Htnuhf,uguia quais
J , . •>. 1 1 • 1 -o inverAaDeerum num.ro aj.li-
in venror das letras; a Dédalo, por inventor da arquiteetu- jcre. tumus «*.* 5 .*»/».i.
ra ; a Necias Megarenfe, por inventor daarte ferraria ; a
Arabo, por inventor da medicina ; a Chiron, filho de Sa-
turo , por inventor d.a arte erbolaria ;aEumolpo Atheoi-
etlfç, por inventor da Agricultura ; a Líber Pater, por in-
ventor dos comércios 3 a Palamides, por inventor da mi-
lícia; a Athas, filho de Líbia, por inventor da Afirologiaj
a Anphion, por inventor da muíica ; aThamiras, por in-
ventor daCithara ; a Pherefides Syrio, por inventor da
Oratória ; a Lidio, por inventor da pintura ; a Jafon, por
inventor da Náutica; aPitio, por inventor doveríoHe-
icycoj&r a Cadrno,por inventor da hiftoria. 6 Emquan- 6 litmhl>i>tap-\s.
tonos Príncipes íenáo introduílo a ambição de reynar,
premiaváocomeftashonrasatodos.osqueerãoinfignes: - . '..
delpois que nao couberão, em os limites próprios ,decli- pm's,l,irairj.-!,,,jcoquc,^l>1.
nou aeíumaçaodas artes, com o exercício dasguerras. 7 Wrf,wtíf^ .eJtJ„imi to„aex_
22Q Antiguamente as coroas dos triunfos, eráo te- trCtre-^&ef-v,e,"rur>":'lhcn0
. , -* , /> O a ■ J -O. • r I - rcawucoiebjHt:ii;&„e/le„.
cidas de roías, o Aos pes do victorioío punnao retrata- tmiavtiasfrcfàchm^Bfem®
dos os vencidos. Com toda agrandeía íe adereçava o He- Z^S^t'^'^
o 4 togati anui jntei yuare aku-
fóe: masa todaefta mageftade, ferviáo as rolas de coroa; <***««*, #/»■*«", ey */>«■* *;-
como mlinuando, lerem os delpojcs, com que le ennobre- rerum amptuudo dSnofuh&c.
eia, o fru&o das flores , de que le coroa va.Fru&o de honra l*? /'*■ m- '*£«*»»».
n | iii i • / fl. i /v BolengtT. deT.r-.unf
chamoua Sabedonaás flores dafciencia. 9 Comellasfe 9 fioret n>eifiu8u* hotwit.
efmaltavãoascorcas do Empcrador Adriano, Antonino, crlff'^-verJ-zi'
Aurélio, Alexandre, Philipe Macedónio , & ScipÍ2Õ,
lendo infignes em todas as artes: a variedade de eiinaltes
fazmaysvirtofo o ouro. Não comm única o Sol lua luz lo
ás clhellas fixas, taiUbem delia partecipão as errantes.
Prezava-fe Júlio Celàr , de faber nadar ; Adules , & Ale-
xandre, de lerem excellentesna arte de curfor, correndo
tanto a pè, como outros acavallo. O Empcrador Valcn-
tiniano competio na arte da pintura, com os melhores
pintores; Ptholomeu Philadelpho Keydo Egypto,foy
particular na arte de fundição ;& Demétrio Poliorcetes,
lley da Afia, nosartificiosda guerra. Nãohaley,quccl-
• r 0 . j . 10 Kc» -ti interJiSfum . j:,t
pecmquequaes, ik quantas aitcs devem aprender os no- rerumnatur*, a,.t aitgtahqu*
mês. 1 o Todas as arres licitas, & hondhs faó provey- "?""»;"> nt/!"**!". £'/'■
5 1 J nofcerelictat CteerA.itOrtt.
tousatodos,&comcfjx'cialidadeaos Piir.cipes, porque " .^/ c- •'"""•' 'c
J +~A r V- • J o n • tífprmcitatumtenet ia mui-
de todas le compõem a lcicncia de reynar: 1 1 &o Pun- tuíaruhrt.uínft.Exb t,
cipe,
&4 'OFUlKCME WS PJT. TOMO 11.
cipe, que tiver mays noticia das artes, terá mays atributos
deRey.
231 Sáo as flores, viftofas proméíTas do fi uélo : As
artes iaóas flores, que melhor indicão os dotes da nature-
ú. Os Gregos , & os Romanos tinhão eícólas , a que c ha-
maváoexercicios,aonde fe enfinaváo as artes liberaes. Ly-
curgo detriminou tempo , aos de pouca idade , para que àS
aprendefíèm : & conforme as abraçava a inclinação de ca-
da hum, afly os aplicava aos officios darepubiica. Defta
forte conhecèo o famoíb Agiíilao , Sc o vi&orioíb Mário,
os génios de feus próprios filhos. Nodesbaftar do tronco
vay moftrando o efcultor aíorma, que ha de dar áima-
tiotitiamfrpihi*. faius Gre- porque defécão a naturefa ; 1 2 8c manifeftão a Índole,
goriut Thohztnnt tomo x.àe . .
Tcjpubiicaiib.iy.cap. iz.vide dequem as exercita.
f^erlilgf"'^^1 a32 As flores não dão frufto em todo o tempo. O
exercício de algúas artes não he em todo o tempo útil. Pa-
ra que osLydos perdecem o esforço lhe mandou Ciro,
n jHfiiHusM, ubiftorut* frequentaíTem fó as artes macanicas. 13 E Xerxes nas
7*?imr.in oiftphttgm. pazes, que fez com os de Babilónia prohibio-lhe , uzar de
armas,& concedeolhe, podeífem frequentar algúas das ar-
tes liberaes agradáveis a Vénus. 14 Occupa-íeanature-
fana produção das flores, conforme os tempos: ordena-
do fempre d creação dos fru&os , he o trabalho da terra : 8c
f rufiara o cuy dado efquecendo-fe da feára, fó por compor
arofa.
233 Clyfia,humadas Nimphas Occcanas,abrafada
cõ oamorde Apólloconverteo-leemGyraíol. 15 Cro-
co impaciente,com o muy to que amava a Smilaz, conver-
teo-feemaflor defeumefmonome : Smilaz fofpeytando,
que efta converfaõ fora em feu defprefo , convertec-fe em
flor de Hera. 16 Nenhúa eftabilidade tem a fortuna 5 de
" líf'"4' **"*'"' muy tas cabeças reays, foy coroa a mão do tyranno , quan-
I7 ^u quM arte, eptiflimi do quiz fegurar agolpe. Amuytos Príncipes foy de con-
r.b,J<,fiJq»™do«ec?jr>t«f veniencia, o converterem-íe em flores, uzando por crhcio
noadtadmujirit. Gircro t. das artes liberaes, que aprenderão por curiofidade. 17
Dionifio J unior , defterrado de Saragoça , aonde foy Ty-
.8 idem. ranno, iníinava meninos em Corintho: 18 Foyeminen-
tc nos jogos, Sc perdendo nos da fortuna, não teve em que
ganhar 3 fenio nos queaprendéo por divertimento. Oli-
girimo
• ewp^bza xm 18$
gitimo filho de Perféo,Rcy de Macedónia, exercitou a
arte ferraria, quando o excluirão do Reyno. 19 E Ale- tg. 'uSismiMtu mceSiuufl
xandre, filho de Perfa , P».ey da mefma gente, defpois que
Paulo Emiliotriunfbudcíeupay,ganhoua vida, peloof- ..*,..-
ficiodeelcnváo. 20 Aioiçadadiigraça,naopermittea ut fortuna eotnmufuir.fedfi^
todoscahirdalne^ma^órte,nemnome^molugar:anluy-/'am^^xW^OT'''f',
* O » J cctijeat mijerum; ut nifrium
tos Principes precipitou domontc,quedeyxou aíentar/^/wjmiíMí,™.)»^-
r.ovalle ; quando a outros, eípedaíiou logo na penha: o ' *' A
oue não referva taboapara eíle naufrágio, morre como
AdrianoVefpifa Turunenfe,quepreíTuadindo-fe,lhenáo
faltaria nunca ofeu thefouro perecéo, de/pois que o in-
cêndio o defprefuadio do engano.
234. Comas flores entretém a naturefa a efperança
dos homés, aquelle tempo, que lhe tardáo osfru&os.O
exercício de algúas artes foyaindufl;ria,dequeuzarão os
Principes, para divertirem os penfamentos dopovo:da
paz, & da abundância tem manado grandes difeordias; a
medicina , de que uzouElRey de França, Philipe o Fer-
molo, querendo prefervar deita doença aos moradores de
Bruges, foy com o pezo dos tributos ; levantarão-feos na*
tuues contra osFranceles ,eximiráo-fedojugo,&crea- 91 mjtâ minut g*tiu/ai.
rào novo fenhorio. 2 1 A poda fem régra,& fora de tem- tiofuitj *"*. '" Br,i&ieM '" be
po, he deítruiçáo da planta, & perda do lavrador. Os Gre- ctgHomtmoPuicbèr, GaUorum
gos, em quanto viviao tem guerras, convocavao certos tur!cmcnticne^nmi»iermi.
dias os vaflallos,para o divertimento dos jogos Olvmpios, **f»fM"»,c*m q«"rtifi-
K1 o rv • j rr 1 rri ■ l r 1 r , ttwtquemrcsuretfer.uet-at,
JNemeos, & ritios jtodaalortedepeíioastinha luapalel- orta,cumj>r*ere**imiumgra-
o • J 1 - vibtti (e cKtrihut tremi qutre-
tra, em que entrava ; & na competência dos prémios, hus rw^pldiarJrifJ:ú(,:,T
occupaváoas forças, & todos openfamento. Domefmo Huâ«cibu,Brugierft,pieitnõ
D *c ,_ r r. 1 o r urlemedofua.veruatctaquo-
uzarao os Komanos, & os 1 royanos: Pedro, & Lourenço que Fiandri» Ga/lo* àepuiit.
de Medicis, de torneos, & juftas ; eftes jogos foraõ o prin- Uem M-9caM-
cipio,por onde Hercules, no monte Alfeo,comccou a ter • f ím ri Jiter*,t>eiiuxttm,
r • o 1 ' 1 i *~» ■ •" J vel tburrt!<t,vc! fuif r.imir.ibus
iequito,cx: a crear nomes alentados. O exercício das artes, gppeuentMr.LuJ*ti»tutut®
que fe encaminhaõ á difeiplina militar,faõ como o jardim, '"J'u »>»*/**»*»«./?»■ »■
1 í ' ' ' Hieron.ad Lttlam.
que eníina recreando. ??. MintiBumiitoperstiotit,
r? 1 n ' i * r *. *< vacet : multam enim malitia
235 Lm nenhum tempo, cita aplantaocioíana ter- j0CHjt0JiofítM.ZcCief.^.ve<f.
ra;acabandode darofrucl:o,coméíTa a tomar novoalcn- »8- ....,.._ r,
■to, para frutificar de novo ; & iodeícança, quando de to- eih,deteriut tfi ,quçj*t>»f»iã
doíeca. Os vauallos lao plantas, que tem avidanaoccu- 0mpen,g,?o„f„ml,.f.ta*vi.
paçaõ: 22 &todas, naocioíidadeamortc. 22 O exer» ^«^"'^"'/«'tf ""</"-
*.'*.. /--Tl cit\ce(íationetorprfcit ae d'Je-
cicio das artes, yc como a oppoli^ao dos Iiiiínor es, que clt,i>,Bmm.êiDtmnri.
Aa cem-
i U O MffHG&BMS $AT. TOM. 77.
i4 SjnWjTtmeeotififerBo. coiiíèrva af rjde.Eo Príncipe dos Patriarchas, 24 para
mini IhmdiíieMonacború Pa- . iiiv/r-- - t r - i i - • /•
*«-,# D„x.EccLf:*>ni>top,io, que a virtude dos Mojes nao adoece-íe,co o luxo do dei-
^'TÍítf TÍÍ canço , & a perpetuidade de íeu Monachato não refreia-
%\ Otio pent Koma, atleta - ç ' i C
Oir/;J?/«f.D.^í/í.//í.i.^iecoinaocioíidadedosM-oii;esj 25 ordenou, fafíeiwos
clauítros asoriicinas,nonae kexerutaíiem todas asaites.
236 Náoíòda obrigação do coro, & afliileccia dos
efíudos fe compunha a vida dos Monjes; também no exer-
cício de mãos, os mandava São Bento gaflar o tempo, &
oprimir as forças. Os Monjcs eráoosofiiciaes, queobra-
váotodooneceííario,paraoferviçodos Mofteyros: as ar-
tes mays íervis foráo,paraelles ,as mays nobres : apaícen-
taváo os rebanhos, cultivavão as terras , davãomateria , &
forma religiofaa íeusviítuarios ;fervião em todos os ofí-
cios, &e]lesmefrnos traça vão os Mofteyros. Trabalhava
São Bento, em que o eftado Religiofo torna-leáquella
JrZuàVÍ%ef,pa^,l felicidade amig.ua , onde não ha viáo as regras da A rchi te-
funtjam»*jcentciuxuria.ovi- #ura , quedefpois traçou a fenfualidade : 26 & que na
d,.EfiB.9x. Pitu toga Isfire .,?• -rr y a f " L»i
Rempubi.quamhrict.Ttttui. vida religiola , aonde os meitresle enao com o trabalho,
*f mhwâodtcwtoea viveffemosdifcipulos comoocio.^ 27 Náoopermitio S.
vita,iibifunt sattorex ubo- Bento, temendo, que como homés lhe fuccedeíTe ornei-
rioft,ibifantobicififoucfi.D. .^. . , I .r . . ,
+dug.cap*i.deQpereMo»*- mo, que a David , o qual perdeo a virtude, quando dey-
fÍ0o' « j j- r, -i xou a milícia. 28
18 Qucd qitandiuDavid ex- . . „
ercitavitfanmthtia^nòwfui- 337 Os Anjos exercitao-fe continuamente nacon-
ir. domo ompmrWnfitjohi,, teplaçaojas EiírelIas,nosmnuxos ; & os Mares, no movi*
ut»2 adtiiurbSem.16 Epji. niento: quanto a creatura he mavs perfeyta, tanto he mays
adjrurer >n tremo ,impofit* ?^> • ri"'- i -
d. ^JugHft. oceupada. Os Anjos , que ialtaiao na contemplação , per-
i0 Opera manuum tuarum i - <-> J f iT i -
funicÀ,;,pflfeub»nt. m. ^erao a graça j os Ceos, quando ieílarem nogyro, hao-
joi.t-o/.-ó Hocdtxit, *on fede reputar arruinados: 29 as Eftrellas,fakandonoin*
qu>apenbun,fedquiaceǻbZt n l - i i- j /* -Kit f l
awtu.Beda Cayttvjanje- rluxo,haode cahir do Ceo: o Mar íem movimento, he o
«,usfHp.„p^.Mm. Mar Morto, aonde no focegofeneíTe a vida das agoas.
dSÍec more YiVk ihi, mors ejl maris iSa qnieti :
ÇuodnuUos animai per anchela Volumina fluclus,
Qucd que etiam pátrio mifcjiumfufpirat ab Aiftro.
£>. typnanus in diferipttone Sodomorum Everfi.
ParaqueosMonjes feconferva-fem na graça, multi-
plicou São Bento os exercícios ; não lhe permitia tempo
defoceupado, por nãoperderem amayorexcellencia,que
tinhaõ,queeraafemelhan$adeDeos 3 a que fora õ leyros.
Occu-
EMPRZZJ XItti 187
Occuparão-fe todas as Divinas PeíTóas, na formação do
lioiTíem : 20 & para que tanto empenho? Porque Deos ià lacUmM^ommêtãimái
fazia o homem aíua lemelnança ; tk quiz razeio aíeme- Ge*tf.*.n. :,6. Videtufijiru
thanea de húa Divindade toda oceupada, para que foííc SfSÍ^S
obrigação do homem naó viver ociolo. A femelh3nça,que °"°fM efi- ZmoVtrmen.jer.
temos de Deos, hefemelhança de hum Deos femprelabo- '"'
tíozoj entregue acreaturaaoociorifca,&eícureííe emfi
eíta fermofura. Todas as três Divinas Pcííòas foraõ inten*
dentes na formação do homem, para que efie gaíta-fea
vida no ferviço de todas: as obras do poder atribuem-fe ao
Pay$ as da fdbedoria,ao Filho; & as do amor, ao Efpiritoj
Santo ; ncihs obras oceupou São Bento os Monjes , para
que cm todo o tempo foliem agradecidos a todas^ao Eter-
no Pay,na fortaleza, com que períeveravão na vccaçaõ,&
ièrviaô a communidade ; ao Unigénito Filho, nasfeien-
cias,que eftudavaõa fim de doutrinarem as almas 3 ao Ef-
pirico Santo,no efpirito, & pureza dalma, com que conti-
nuamente louvavaõaDeos, afíy noCoro,comoem todos
os g&os de mortificação, & amor do próximo. Nefies ex-
ercícios andaváo os Monjes, como eítrellas fixas no mo-
vimento dos Ceos, que nunca perdem a luz do Sol.
238 Enferma a Abelha , quando naó trabalha :en«
torpdfe a virtude nas prizões do ócio : naó teria forças
para refiitir ás tentações, a virtude dos Monjes , vivendo
deloccupados. Atentnçaó, que nos accommete na hora
dodeícanço, temcertaavi&oiia j aquenosbufea no tem-
po do trabalho, fica por defpojo. * Rcndco-fe a conú- J^^J;-^^;"^
Mentia de David, ás viíhsde Berfabé ; naó perigou a caíli- P-""'"- D- Hii^»-si Eu'-'-
dade de Jofeph,ásmáos defua (enhora: inconftn&avel
experimentarão os ardis da luxuria,a caftidade de Jofeph:
pouca repugnância aclnraõas fettas da beleza, na conti-
nência de David; foyeita, tentada na hora, ein que David . ... '
ddcançwa cias oceu pi coes dotrono: 31 & acaliioade vLiâejirâtojíofiiiwfr^;:^
de Jofeph, em a occafiaó, queelle fe oceupava nas obriga- u"'" *■ '<ff•Mi'•, l-vaJ' 7
çõesde fervo. 32 Vencéo acaftidade ;& ficou vencida ;i ^f „/,,,„,.-„,, ;;V«.
a continência; aeíh, enfraquecéo oonodcDavid ; Sc a- ***** P/t/bacmum^eperú
11 r 1 ' 1 ti 1 •» w f 1 s 1 • 1 ' Wiàpiam factrtt, G:nrf}i.
quella, tortaleceo o trabalho de Joícph. Abre caminho a ie,j:\i.
culpa, quemdefpegaamaõdo tr.ibrilho.
239 Semon)Uro,que adetende, fica húa alma, en-
tregue o corpo ao ddearço. A Jacob quando ijormia do-
'Aa 2 ; >u
i S 8, O f'l>inCl?E DOS VAT. TOMO 11.
j; ViditiHfoNwUfctitm: brou Deos a guarda de Anjos. ^ Todo efte reparo he
tyimchr nuocjueDtiafcende- rr ■ \ 1 r • i 1
iesv$5àrjctfiitnte,pe,e*m. neceíiano a huma alma, para coníervar a vida da graça,
Gene) ti.n.M. quando ocorpo fe entregua ámorredoocio ; porqueas
mãos ociofasíazemaalmaperdida.QuerendoChTiíto dar
íaude a hum homem, tolhido de húamaõ, conto foílc em
7 *ru ,;,!.■ -r, odia de fabbado, preguntou primeyro aos Fariicos: ie
v»mf»tere,anperdert? Mar- çra Jícíto naquelle dia falvar a huma alma: 34 que fe-
melhançatem a perdição da alma, com a enfermidade da
?? V*«w anda tericuhfa maó?Era por vencura o mefnio,cer a maõ enferma, do que
tftan,m*egr,tudo.D.^ugtlft. a alma perdida/ De algúa forte íy: 2< Amaórulhidaco-
hb.LQuHthonumtvang.cj. f O' • r o • P J J J - r ■
mo nao trabalha, eita ocioia ; òc aocioiídade da mao, razia
perdida aquella alma j com que era o mefmo livrar Chrif-
toao homem do ócio, do que lai varlhe aahna. Por rodos
?6 i,t uBuio meo per no Ser os caminhos anda perdida a almadoociofo; em nenhúa-
Ztd^Zlf.Íf,nZ7r- certa com a felicidade, porque anaóbufca nas afperetes.
/0l6- Laítimou-feaAlma Santade não achara Deos. 36 GIo-
ee:.:- Vidi Deumficieadfad- nou-íe Jacob de o ter nos braços : 57 mas rito ioy , por-
tmvfdvafaa«fa*m»me». nUe naquelh occafião ,bufcava a Eipofanoleyto, a hum
Deos,queJacobachounaluta.Faltandona cafa Áurea de
Nero, a pedra Sphengitem,que Jhe dava claridade , ficou
fendo caos , ò que dantes parecia Ceo. A Torre de Pharo
fem a luz ,quegiava aos navegantes , era coufa fuperâua,
fendo obra tão necefiaria: Torre fem luz, Sc cafa fem clari-
dade erão os clauítros, vi vendo nelles o ócio; a falta de luz
nãodeyxava ver opreciofo da cafa ; nem o preftimo da
Torre: perdião os navegantes o porto, porque íaltava na
Torre o farol, por onde governar o rumo.
240 Defpojados das armas do inundo, entravão os
Monjes a tomar o habito : Sc fortalecidos com as do eípiri*
to confer vavão a graça ; porque regados com as 1 jgrymas
da compunção, florecia nelles apurefa daíàntidade: Sc
como tinhão defalojado dalma todos os peccados , era ne-
ceíTariooccupar a parte,aonde morou a culpa , com virtu-
des contrariasaos delidos. Pouco importa a huma alma a-
limparfe das nódoas inveteradas, fem tratar de adquirir
novas virtudes. Infru&iferadiligencia hedaquelles , que
defpois de lançar fora o vicio, fe entregarão defpois ao o-
cio. Segunda vez atrométou o Demónio o corpo daquel-
le homem, a quem Chrifto havia livradodelle aprimeyra
ves 5 & o que admira nefte fegundo treme mo he , que a-
chan-
iam
EMPZEZJ XIII 1S9
chandoo Demónio a efta almalii»padepeecac!as,kapo-'
dcja-íe delia : 28 mas a razáo foy , porque eíla almaen- '8 £f w*/w" w»"*'' «
tregou-k2oddcanço,deípoisque levioabioita. runn- «•*«««. ~mmí.«^*^:i4.
cou-a Chrifto de toda a macula que tinta, quandoa 1 i ví ou
•domefmo Demónio, que a atormentava j & devendo a
^ícaturajdcfpoisdeabioltajoccupatfe em actos meritó-
rios, para fatisfazer as dividas da culpa, encregeu-k toda
20 deleanço , faltando no exercício das virtudes ; com que
aalinaperdéo a graça, em que eftava, pelo ócio, em que
vivia. 20 Devxarospeccadoscomomundo,8ídeícuy- J?.s****i**F6?'-r*
darna Religiáodeosremircom penitencias, he immitara imptr «egUgenuam. rm*-
ignorância <Jo manante , quedando crena a embarcação, ' ' r
irão tratou de lhe calafetaras juntas, íenão de a alimpar do
breujcomque naenkadá padece a embarcação, os nau-
frágios da tromenta. Fugirdas inquietações dofeculo, fó
por lograr a clauzura,he como o preguiçofo,que para dor-
mir á vontade ,buíca a parte mays quieta. Chrifto não fe 40 txivit in mmm m,
auzentoudas prayas para deícançar no monte: 40 nem l«e.6.verf. u.
tirouoDiícipulosdasai*03s,paraos ter ocioios na terra.
41 Huanoytequilerao osUiícipulos dormir no Monte úmnum. mvtca b»f\6.Dt
O li vete, & Chrifto encomendou-lhe, que vigiaflem, para '^'/'J"^?1""*"1
«áocairem em tentação: 42 & como íe livrará do peri- axVignate^orate.utnen
/• 11 ' 1* • C C 11 • ittlrslU if.Xcntationcm. Marci
go,oque elcoineo omonte reiigioio,ioparanelle viver lfW^ l(
com mays ócio/ Efta vida ociofa, multiplica os contrá-
rios, 42 &deminueareílikncia; donde pareíteimpoíli- 4? opctanSy!0*ach«s i*™-
1 /- 1 . • O. • ks uno pu!fattir,femptrc:icluí
*el iahir COm VlCtOna. virointumerUJpiritibw devif-
tJtur. ProverUumfwt \io>:a-
choru 'i^yfxyttti spuà CaJ;an%
Cernií ttt ignaVum conumpat otia corms* i'b-,°- "ftnut-"?-**-
Utcapicnit Yitium^ nimoVeantítr aqiLt?
Ovid. lik 1. deTont. Eglog. 6.
241 Não fatisfaz a fua vocação ofogeyto, que buí-
candono abito a mortalha, com que mortificar as pay xõ-
es do corpo, amortalhou o talento no abito: Em tudo pa-
recidos, áquellelervoinutil, aquemo Senhordeuotulen- ^ ©,»,««*. >,.»*.*«,
to, para que negocia-fecom eikj oqu2l,cícolhéoporme- í*,j ,;' :-:- ■■"•'-'•
lhor forte ter o talento ociolo :depoíitou-o tm hum len- 4, infud*rw»amtptei
ço: 44 cofre, em que o mito recolhe o leu talento, deí- 14„
poisdeoterabonadonokmcodeDeos. 4< Uzandoo- •■'■ ■■•--'•
n.11 r v. -i ii- <i r ('»'*• ' '■ "■■'■
}uito do lenço, para enxugar oiuorcro tiabjino ,« oíjn- ,„ „aUn unim *w/y <•
A a 3 gúc
ico 0 TVJKCftE VOS <?JT. TO MO 11.
guedasmortificações,em que fe exercita^&o fervo inútil,
como de mortalha , aonde enterra feu ócio o talento, que
\6 ilcirçpenimtfçbiftiar' ]}le Jcráo para mercíTer , os intercflbs danegoceacáo. 4.6
ii:j,ticKittoiicru,fed t;t pug- r • f r 11 1 '
r«/. D.chrxfoft.homii.i^in J Jelpois queo iervo pereçoío amortalhou o taknro,aon-
Math'e- de o havia deaugmentar,com ouzo, fepultou-o na mor-
talha : não fe conta por vida , o tempo ocioib. Enoch ain-
da hoje vive no lugar, em que Deos o conferva ; & com
var , , v tudoiflba Efcritura, náo lhe conta por vida mays, do que
nocbtmcentifcxaginiaquinqHe os annos,que viveo nefte mundo: 47 naquelle lugar, tf-
'^ ' táfemoccupaçãocorporal Enoch 3& neíte mundo, itm-
pre Enoch viveo oceupado.
242 De maneyra íuou o talento em paliar da mão
do Senhor, para a mão do fervo, que foy neceííario apli-
carlhe o lenço , para fe alimpar do íuor : com qualquer oc-
48 Qmathimerttotiofttstip- cupaçáo fè mortifica hum ociofo ; o mefmo ócio lhe caufa
fi.oríg. bem. 10. mMnb. 0 niayor enfado : 48 nelle trazem ás cóftas a cruz mays
pezada,& perdem-fe crucificados nella.
243 Amortalhado o talento, deulhe focego, como
49 TcJ,tmierl-a,<8»hfco»- recolher na fepultura; 49 como que fe tivera trabalho
j-itpicun;3Dom,mf*i. Mitb. em viver ociofo. O que tem menos talento he , o que aipi-
ra mays ás dignidades ; fazem da vida ociofa,juíuça para a
pretençãojimaginando,queasReligiões tem a proprieda-
de dosguzanos, que roem ofaõ, & vivem do corrupto:
fendo efies, os amotinadores das Religiões, & os que lhe
motivaõ defeoncertos. O foldado, que acabou de dar a
morte a Abimelech , e*a hú homem, que eíbndo na guer-
ra tinha a efpada metida na bainha. 50 O talento hea
efpada do Religiofo ; com ella merece, ou defmerece o
premio; m2s os que tem o talentoociofo , ou amortalhado
faõ aquelles,dequem a Religião padece omayor detri«
50 -Evigita ghimm tuum, mento. Compete o talento ociofo , com o oceupado , mas
wrf.Tí'.* "'e ^uâ,eHm' 9' de tal modo, que lhe inveja a eftimaçaõ,& naóa vida;com
que faltos de fer viços fevallemdas aderências: o mereci-
<i yicccjr.tmanrfiiiorum mento próprio, naõ fe aprovey t? do alheyo; a juítiça naó
Zebcãn cumfili; ,<!„„„, % ,, r / r { . J ] , T ,
petent :.-■ DicutfedeanthidHo neceítita de patronos, nem o benemérito de padrinhos.
&*£*?**'*»"*»»* NenhúaaderenciativeraóSaó Joaó,& Sáo-tiago,parafc-
^/ uniu aajinijtiam. Matli.iQ, J . o 'I
~*f>f-2o. rem Difcipulos deChrifto ;mas ajudaraó-fe doparroct-
\7. Kon fiíiyotiflaicm de eífe j r - i r - j i
affw ,/c-d mptíum cretm. mo de íu* may , quando pretendiao as duas cadeyras: 5 1
r*. o. -si™t>">r. hb < âefiàe n2q tinhaõ merecimentos para as poíluiiem : < 2 caufa
TAcumàircvabk. por onde le valerão de aderências na pretençao.
244 Muy-
EMPREZJ XUl IJi
244. Muyto ajudou a fru&iricar a virtude dos
Monjcs, o exercício das artes-,. florei, ique pioduzem efte
frucio; fleJJeoccupaváootejiipo^ÇjiislhejeíUva da coa-
tempbçaõ, & d© cor© ; ©que ranrberntra cHvertimciiít>j
coqi queferecreavaõ.; mas taõ prcveytoíp ao governo cf-
piíitualj & temporal, que ferve para direção dos Prínci-
pes. As artes, que exercitavão os Monjes3eráo confernen-
tes ao ferviçq ,&utilidacedos mofteyros : Dão tinhão tra-
balho, nem alivio, que foííe diííonante afeueftsdo ;nem
quedeyxafíedelerproveyrofo alua vocação. Sáo Bento
media o trabalho pelas forças , & a nenhúa idade premeria
ócio. Do fru&o , que derão eftas flores, fe fnftemava com
mays vigor a fantidade ; & com efles exercicror abonaváo
os Monjes, a cultura das artes, indicando nellas o efpirito
de fua virtude.
Myfica figna Vuces prxmlttunt laudibwartis:
Pi/cês <Petnt4 agem bomines capit, aquoris bospes.
lnfacris perjtfttt aquis-} habitaatla Taulm
Dum terrena leVat, docet, ut cxleftia condat,
FaElaqueJ<epe manu num confiruit atria Verbol
p.Aug, De opere Monacb. 1 o.
ORDENA
ORDENA
OSUMMO PONTÍFICE
Hormifda,queoSanto Patriarcha aífíftaemRoma
a hum Concilio.
245
li^^s
P O Y a morte da Hydra afcgun-
|! daempreza deHerculcs;& íen-
MÊ do a íegúdâ na ordem,foy a pri«
íl rMlSáíl mevra na fama. A monftro-ofi-
gj^M dadedaféra, encarecèo as for-
jjggaBM ças do braço: o dam no, que dei-
larecebião os naturaes , & os eRrangeyros,íubio a efiima-
cãodafacanha.DosHereiesj&dosJudeosfoyfymboloa
*' Hv-
E M T ^ £ Z A XIV; r9£
Hydra. i Eracérto,queagentemays bruta, &prever- » Comnnn* funui: '
f/haviadeter o feu retrato no monftro-o mays desforme,
tk mays nocivo.
24.6 As cabeças da Hydra não tinháo numero certo.
' r* J . . 2 Naucram tntrro.
hus lhe contarão lete, 2 ourrosnove, 3 hunscincoen- , mgpn.m.&féiih
ta; 4 &outroscento: 5 aííy a hereíia, porque não tem ^J^F^o.nbMfM,-.-.,-.
conto os Hereíurchas. Todas ascabeçasda Hydra tinhão s tomtmu.
linauas: 6 & todoohereje temasmefmas; húa,comque
j /-*\ 5/1 o li r & Ledavi.Gelielik.iG.cap.i
pronuncia o nome de Cnrilto; òcoutra,com que blasiema *
deíua Divindade, Humanidade, Sacramentos, & mays
myfterios. Sendo como o Dragão, que tem húalingua,
com que cone;& outra, com que fere.
247 E não he menos conforme com a perfídia dos
judeos aqualidade da Hydra; porque efta,deyxa o fuíien- 7 BiermymtuÉeríeieja.t^
to, que tem entre mãos , para executar novo eftrago, na ff-%- «•*«.*
' T _, ' y . o 8 Caro meaveriejí cibui Je«
prefi , que lhe ofterece a vifta : 7 Defprezaõ os judeos a m.eap.%^.verf.\ j.
Chrifto verdadeyrofuflento : 8 efperando hús , por no-
vo MeíTiàs, para executarem nelle os opróbrios , com que
f<ms afcendentes maltratarão a Chriíto. 9 Setf4ocieas ^T^pTflíjZ^
entranhas, como as do Crocodillo, que chora antes, Sc >r^;«. }4.«.jo.
defpois que come, por lhe faltar, em que execute lua
traidora ferocidade.
248 Achou Hercules a Hydra,juntoá fonte de Ami-
rii j rln t-\ ia n ■ r n ,0 PauOniaslib.i.eap^.
nona, hlnaaeElKey Danaode Argos: 10 rara inrelta-
rem a fonte mays pura,bufcaõ eftas Hydras as correntes da
potencia humana. Os judeos induzirão ao Emperador ,, ceft* ãifcurfw ce»»ao
LeáolII.aferhereje. 11 Hum medico judeo, valido de J^™/''-1"-
EIRey Henrique o í II. de Caftella, lhe deu a morte. 12 u aemiíífcl,?g^Gan.
Quem conhece a naturcfada Cobra, &: a recolhe nofeyo, laitwptniiMfi.m i5.c.«//.
quee(perafenão,que o calor lhe facilite apeçonha;com
que lhe tire a vida.
Tdcfuifuertè el bien fe le agradece.
Que baçer bien a los tales, tal merece o
JoanHorojco.Emble. 14.
249 Neíia batalha de Hercules, fshio da kgoaLer-
nca hú Cancro, em favor da Hydra, que mordendo a Hcr- . , ..
culcs,lheluípendeo,poralgu tempo, as torças: 1 5 Nun- «.*.# j.
ca faltarão Cancros, para embaraçar aos Hcrculcs,que de-
Bb fejão
.
*94> o vTQNcnn ms <pat. tomo //.
iejão ca ftiga relias Hydras. Náofoy lo Federico Duque
deSaxonia, o que apadrinhou a Lutero \ muycos cancros
ouve defpois, que patrocinarão ojudaifmo, &ahercfa.
Foy impoílivela Hercules matar a Hydra , fem que joho
• 4 H.^fit-vdiaquxJSHy. 3fogueaííeos golpes, quea lera recebia. Os herejes, & os
Jtc/lii>inaitiuí,vuJnciitiitJuis o _ _ it j o IO 1 1
er>:t,t,is Jumj*pe reeditar, judeos lao como a Hydra, & como a doí bole ta , que nao
ÇÍ2SCÍ 3SB7. «abáo , até ps não queimar o rogo. , 4
àefdeadGrmiHmtaf.A, qío Hercules cortava as cabeças da Hydra, & a par-
te donde lhe cortava húa,produfia muy tas.
. Vulnenhu fecunda fuis erat tfla.
Ouid. 6. Matam.
- - O cautherizalas Jolao com o fogo, lhe impedi o aprodu-»
cio.
Hydra conéujlo peryt Veneno.
Séneca in Hercul. Furente.
Por Hercules , fe jame permetido , entender eu , o Tri*
bunal do Santo Officio,& por Jolao os Príncipes fécula-»
res. O Santo Tribunal tem por inftituto, cortaras cabeças
da Hydra, extirpando as herefías , Sc os erros judaicos ; &
os Príncipes Catholicos,hào de concorrer,como taes,con«
denando-os ao fogo, que de todo extingua, a peftifera
multiplicação. Efte feja o caftigo,porque fe for outro naó
he medicinal: permitirlhe ávida, ainda que feja com ef-
tip. Pcfiuiaft.í julin ó.coia perança de emenda , nao íe evita odamno da lua propaga-
verfu. ultimo, Quantur. ção. Os judeos tem amefma pena, que os herejes. 1 5
, L . ■ .. :. NoscaftigosfempreferefpevtaacalidadedapeílóaorTen-'
16 C ficuldtgnumãebomi- ° r, *■ . r J p .*r
eiiio.Vmt.Gi.md.c.decau- dida. ío E lo com padecerem a morte , íatisiazem parte
*titMi.JeMccmjmi.\!SZ doaggravo , que fizerao aDeos. 17 Trata com pouco
frineifium. empenho da leára o lavrador, que podendolhe defarrei-
L.juii. majíft. ttiam pet.f& gar de todo a mata, lhe deyxa as raízes, com que brota. A
CÍVc^l%tZbz,í zizania,defpois de defarreigada da terra, mandou Chrif-
nia&aiigatceai*fafcicuio*»i toatar , & lançar no fogo: . 1 8 paraenfinar, quefóentre-
comburendum. Matb. 1 5 . verf. , ■ * r - 1 r o • ^ • r
3o. guesaschamasncaoashereíiasj&ojudaiimo exnntosna
planta, & na rais.
25 1 Os Alemães, em quanto não queimarão os ju-
deos , que habitavão em fuás terras , não poderão evirar as
£ re fidus, Sc as maldades , cõ que os efeandalizavão. Duas
veles
EM PREZ A XIV. 195
vefes fe valerão defte remédio; húa foy no tempo do Em-
perador Henrique, Sc do Pontirice Clemente VI. a outra,
governando o Emperador Federico. O fogorefolve em
cinzas ao facinorofo, os mays caftigosnão acabão com o
prócer vo. O defterro,que o Emperador Conftantino deu
a Ecio. Theodoíío Júnior, a Neítor)& Carlos V. a Lute-
ro , que remédio foy contra os erros,com que eítes hereges
contaminarão apurefadafe? Apenacahio íobre achrif-
tandade, porque nella dilatarão o império a feus inimi-
gos. Quem deixa fahir o apeflado da terra, onde fe le-
vantou o contagio, he querer,chegueas mays partes a cor-
rução. Nenhum dos nacuraes de Sodoma, & Gomorra ,'9 Suiúertít.-imiverfoste*
litaiores urbium, Gcnef.
19.
ficou de fora do incêndio, quando Deos as abrafou: 19 *»/.»$
nem lhe deu outro caftigo,fenáo o das chamas ; porque
queria Deos atalhar o peccado,&fovertéo os agrefíores.
252 Vários Principes firmarão contra os judeos dif-
ferences leys. Prohibindo-os de ter communicação com os ^° gCu'fà^"Luf'^c'0f"r,et
Catholicos: 20 de fe fervirem com Chriftãos : 21 de t\ €.adb*c.ytí?it*Qrmit.
que asmolheresOrthodoxaslhe crea-femos filhos : 22 f*'í* d c.ân '**, v,ta tia*.
de ufarem da medicina, & deferem boticários, 22 fenão *"?**&£&» ewvcBx-
em cafode neceflidade: 24 de andarem com omeimo tm.dcBuir.i*d.c.*db<te.
eque uzavaoos Catnolicos, 25 de terem algua ,b,Glnf z8 ' « ...
dignidade entre os fieis : 26 de fe receber feu teftemu- 2* ugeij;JcconfucinJiae
nhoem pleytoscontraosChriitaos: 27 decaíaremcom %% íncap.rnnuintdeiui.
mulheres Catholicas \ 8c fazendo-o os caOigarião como a- ^ucjfjudJ^t'^^.
dulteros. 28 Ordenando foíTem eferavos dos fieis: 29 *«s c»p.nuU.
fazendo emeafados Chriftãos, & nas republicas todos os ,g u.ntcpucMjudtb.
officios fervis,ck immundos, varrendo as eftrevaiias :lim- ,? cfJ- uf^c;n":^lur
pando oscavallos,oV tirando das ruas toda aimmundice: Re? d. Matweiau judeot,quB
rin n i-»i»ii-> 111 j auiícrth ficar tm Po'tugãl.
50 EIKeyUomJoaoolll.de Portugal, lhe negou todo a ^cspfVeHdUMfipeT/mtai
o género de honra. * A eftas penas, lhe aci efeentou a do M^e\nYfMt/Abn''";^''
O > I ' nefiot, feJ f'r,liaoi ,pnti,fcr'
defterro, o Sereniífimo Rey de Portugal, Dom Pedro o ríre,es mundartvicot,aUadc-
.donome,exterminandode íeus Rtynos aos compre- ^^titvamjbrdtt.fcofere
hédidos.Tyberio,& Claudio.expulfarãodeRoma a todas mndaiiayadav^a pecud»,
rrr j - r r - t- I 1? naiere, tf exeoriare, &fi a*.
aspeíloasde nação jomclmo nzerao o lMuperador, re- fHnthvjMigtmtit»mm», Ma
dum
igosloy poderoio paia emenda jcomoqi
pell.&"philipc o Aiigufto, de França, íè reíoíveiáo a
lhe dar a morte,& por fuás mãos a deraó.a muy roc.b o com
Bb 2 a m or-
í 96 O INCITE VOS <?JT. TO\ÍO 11.
a morte acaba depcccaí d viciofo^osjudecsiaõ o centro
de todo o vicio. Osmayores do mundo emanarão dcJlesj
foraóos primeyros, que inventarão a ufura: qi Os que
,i íãemMtyoi.Vbifvpfoi. refufeitaraó opeccado nefando: 32 & os que falfifica-
Ti Frâ»dfíu, fetnnft, âe raõ a moeda : 33 & fe os comprehendidos neftas culpas
PrtfJjaUb. a. § 70. fe entregadas chamas,querazaó pòdehavtr.que livre del-
las aos inventores?
253 Admitir-fe mifericordia nas culpas dos pro-
34 D.vdugujUe-jeraRetig. tervos,não fey, fe impede a emenda ; porque aos judeos
mays os obriga o rigor, que a brandura. 34 Compro-
méfía de reforma faivão a vida, fendo fingidas as mcíiras,
í< F ccctai aJ-ittílurCati qui i-j r _ 1 J C f r
Ini^riuscJptratranirnjrigtt quedao de arrependimento : 3 5 alem de que , hca íoí-
jí ejfc tíerem.tam^ frjapit peyto na correcção , quem fempre reincidio na meima
habitam Religiofum. joãnhei l J i • i y y • r •
Rauii.âeWJvtnxui* Epipb. culpa :36 o mal, que os judeos tem uzado da miiericor*
fe%''L.s;cHi%jJem.ff.dcac- dia, com que os trataó,ãíTy o Santo Tribunal, como os
eufa.L.caffim.^ >bi Ban.ff. príncipes Catholicos , os incapacita de toda a compay-
Sújp&ilt. xao,& piedade: 37 donde devem lenar os mays caiti-
i 7, y* notan,r >n C-Vf< If 20S & uzar, para com os judeos, & herejes lo do fogo, pa-
c.fidedon.vivc.oBanad,/- ra que de todo fe extinguaõ. Naõ acabou ogenero huma-
cíijflo t2. q. i.i3 iiL.ft C. de 1 J*1 • j 11 1
W(„, dm. no com as agoas do primey ro diluvio ; mas a todo elle ha
deconfumirofogodo ultimo juízo: Na Arcaconfervou-
fe a defeendencia de Noé, & todas asefpeciesdos anirna-
38 Getttfttty.jverf.tj, es: 38 no juizode fogotodos osanimaes,& todosos ho«
mês haó de acabar. Asmays penas, cm ordem aos judeos,
correfpondem ao diluvio, onde fempre fefalva a defeen-
dencia j fó o caftigo de fogo he , o que de todo defvanece a
propagação: & a efte fimfe encaminhou o zelo dehunj
Pórtuguesj quando difie.
Vay crefeendo muyto a rmm
Dejia arVore taõfectmda,
E temo, que ajafegunda,
SémõbouVer ferro^ chama.
234 Pelejando Hercules, fingem, que a Hydra ba-
tendo com a cauda na terra , fizera cahir aos pés de Hercu»
t, , j * lesinnumeraveisaréasdeouro: 39 com intento?, de que
19 HitròitymuriiHth.difii- . , . . . -> ' . -. _ ' *
>«//§. 7. «/. }o, oeyxanade amatar,âmbicioio denqueías. JNaoiulpen-
déo a ofFerta o braço doHeròe:interece,que amuytos o
fufpende: efquecidos,deque as riqueias dos judeos hedi-
nhevro
Elíf^nZA VãV. i97
nheyro excomungado; porque,como difiehumTheoio-
po. * faó os ganhos, que ciraraõ rara íl do cinhevro.oor- * pc-r ^«4*f<u' ãi Pa'~
que comprarão a Cnniro ;& tantas íaoasmaldiçoes, que Zíu-6.».5o.
cahirriõlobre os ludeos, quantos foraó os dinheyros, por-
que comprarão ao Redcmptor: 40 & tantas diferacas *° s*"' '""eCT "umCT0 u,"
íbccederáo aos Príncipes Catholicos,cuantss asdadivas, ~'"'^í" *£/*;/>«/,. ;:.».•/.-
l-j - J r> /" • 1 i'/i r g'"t2 argenisiiemptum Date»
quereceberao damao deites iacrnegos, por diípeniarcm remb^ikmisç&rifiitmúti
com elles nas prohibições , que tem pelas leys 5 & nas pe- ?*•*•«»■»*«■ *»/«?./«*,
nas, que mereíTem lu2s culpas. Não me quero valer de ex-
emplos, com os quaes podia manifeftaroengano,quenef-
re particular padecerão alguns Príncipes, queddpoisco*
nheceráo o erf o j experimentando proveycoío ao dinhey .
ro dos judeos , & dos herejes, quando hepena da culpa , ck
não quando he preço do perdaõ.
255 Com ferro , & com fogo fe extinguirão 2s cabe-
ças da Hydra 5 fò lhe ficou a principal, que fingitão fer
eterna. Ne(taconí1deroeu,reprefentada a FéCatholica:
& em quanto osherejes,& os judeos a náo tiverem poc
cabeça, naó deicance o ferro , naõ fe apague o fogo. Com
ferro, & com fogo fahiraõ osjudeos,a prendera Chrifto,
& neftas armas trouxeraó o caftigo,que mereííem fuás cul-
pas. 41 PrimeyrocomofogoefpiritualjdevemosPrin- ^ Uc,:íCoflíi chapem,
cipes confranger os hereies , a que abracem a Ley de cum quitar ex/-eru*t,r**peri0
\ ._ 1-5 *• *=* • *-M -n- cv.r-vcluraorfumeorun.l~un
Chriíto, obngande-os aouviremaDoutrinaCnnlta: 42 typertJH>A^i*ioan?t.»d,n*
& deípois de fuíficiente tempo, em que poíTaó ter delia a fS^^tr^-
luz neceíTaria, quando a naõ abracem, uzem do togo ma- 4* P.terSuarct tomoJefi-
tenal,queosconíuma. 43 Naoddcancaobol,derepn- ■B^g,mine?rincipu.
miro atrevimento do vapor .atèqouorefolveemchuva, J\ J^***«' *//«*•!■$
ou o desfaz em vento ; aíly os Príncipes aos herejes , & aos
judeos j ou desfey tos em lagrymas de compunção , ou re-
duzidos a cinzas para deíengano.
256 Atenacidade dos herejes he,como a prefidia • Nw» ««>«/*«*/ ?*/««**
«WiikWs * fsmtnt Cbriftum regnant •
uujjuutu» „. G*h$,qu*mquicrucifixerunt
tmlulanttm ia unir. U.^ug.
Qm blasphenmt euni domimns , qki regmt olympo,
<iAjfimilatur à}qui auàfixiteum.
German.
44 Cun-.rr.imorfíur >' *.-.■•/, Mt
Ambasascnfermidadcíptocedcnidcfrio: 44- {o&m %£&&£, n \
dâvcrdadeyraluzj que he Chrifto, por ifiò osnaòaquen- ,■,*,. u*n n.vuf.zi.
£b 3 taò
>
1 9s o T^mciTR vos $;M tomo 11.
taõ os rayos do Sol, que he a illuítraçaõ da palavra de
4i Cum judsi rtctjjlccnt a Y)cosx *?■ huns ,& outros tem a noy te por dia , porque
hicSyiS» eos ol- ,'cura nox oçcu- r 1 !• - i l r C-
fj(Tci,coq*od. ::„minatiotvã- tem a lua cegueyra,por luz;a condição da noy te he ler rr ia
:r;:t^;^;^ & «in " os achaques da ineldade , o fogo he o melhor re-
ij>pmmer£» Dèwm chtritate. médio : para fio moííraraõ ler os judeos nas luzes, que
Vufebiiubtfarisfiphf: 10. de k. „, . . A .
fr«t»rauo Evangrí. trouxerao para prenderem a Cnriito. 46 A Igreja como
,6 SM crgoiudjijamfirt- - piedoía.Di imeyro os fomenta com o toso efpiritual,
turfiiiau tutorem. D.^âm- J0 que os caítigue com o fogo material ; femeihance á ave
que aos filhos deíobedicntes ás vozes , com que os chama,
47 5<r;,-r-,///j?^«e«í^i vira as coitas, & os deíampara de todo. 47 Só dousfó-
Mtirevocati^tíum *o«obau- cosfaô efficazes para defuuir eíh Hydra ; de todoselleso
áieuni ,neqm fiquiixi fuettnt o i r>
tnatrem, marre io»ghn abam- fogo do ainor di vino , he o uiays poderolo , por mays acti-
^ilH^mMuffSn^. vo. 48 Mas quando a contumácia refiíía a eúc incêndio,
rur u,f>erea»t,sic,® Domiuo ç^ as chamas do fogo material ocaftigomaysutil: em o
D.joa».c%-irofiom.bomA6. íegumte cazo o aprovou poríaudavel remédio, a íantida-
TpISL* d« de do Pontífice S. Hormifda.
KÒfie^uiquoidetHnnEyàr* 7cj Detreminava Saõ Bento, voltarfe outra veza
hoci»EcckfiarumbettUverhM Sublaco, deyxando compoitos osdous Moíteyros,& nel-
Te!/ab*reft om»es fenhus me. efta vez, o Pontífice São Hormifda , ordenandolhe , efpe-
exuratf&c. joaHnetCojFaim raíle, para aíiiiiir a hum Concilio de bif pos,& peiloas ian-i
lib. ,.JeUcatnai,o»scbnfi,. taSj & doutas , que havia convocado, para compor ascou-
fas de Conftantinopla revolta , & inquieta pelos erros de
<9 ^^5,/^,e/^>caciorellArceb^P°50SuaIeftavacim)atic^ 49 Foy
pocap.ib.Mneiij. o efpirito de Saõ Bento efpada de fogo a mays efficaz,
que nefie tempo havia no mundo, para defiruir a Hydra,
porque o efpirito de Saõ Bento, como temos dito, foy o
efpirito deDeos : 50 & fó o fogo deíie efpirito hepo«
derofo, para domar efta fera.
Belliia lernais olim qtirt proâiit tintris;
Multtfidum crtfa cjl , atque recifa capttt^
Harcjts tela licet rat tonem concidat enje,
Jgne tuo tantum Chrijle pertre potejl.
QjindreM 'Btanco.p. 2. Epig. 24.
si íuhâhet^tuiaumttt 258 Eícreve Saõ Joaõ no Apocalypfe, ameaçara
^mtcr^mimiimage-.iiqic Ueos aos hereges Nicolaitas ,que quando íc nao emendaí-
r.úmisv.niamubicto^pug- fem de íeu erro , os ha via decaítiear com a efpada de ília
nabactim illis in gUàioorii rr.ei. ■ \ \ r r J l I l «-^
•/tpoc.dp.z.vtrf.ti^ 16. boca: 51 de dousuos era a clpada da boca deDeos; por-
que
fo Vif Dei IleneàiBut, Pe.
tre. umiit Òeijpiriíumbabuit
D. Greg. i. Mor»'..
que fendo nellaíigni ficado o feu efpirito, efíe,paracon-
vencer os herejes, & confundir os mdeos corta de dous gu-
mes , hum delles he o Teítamento nove, & outro/) velho
Teitanientojpara que oshere;es,queblasfemaóda doutri-
na dos A poflolos, os faça confitentes com os dictamesdos *2 ^■eenin^jadiututerquá
Proíetas;&osmaeos,que retihemacipada dcS«aPau-M*e.w«,»JW-«w»e«tóB
lo.os matecom a efpada de Iíaias. ç 2 Com eíta efpada »eltt"t>*'*"il'irco*w*eantur
de Deos,era parecido o ejpirfto de í.Jbeto,porque comia- #eZ«»i$3èetuiredèt d,j-.
va de todas as virtudes, continha em fi todos os cfpiricos; S4?Svfêwi^|^ífíÇ
o efpirito de todos os Profetas,&: Patriarchas da LeyEfcri- Xl!rab^'" :™ «" urtfz -V
ra,& oelpintodetodoscs Apoiíolos,& 1 aeresdaL^yda/'P«rfr/»f»/./<^f/y.1.,^_
Graça: 5 3 fendo o feu efpirito efpada de dous córtes,por-^"/p„^/J/7w3í/ ^
a c Venera-
qcomprehendia a fantidade de hu , & outro Teftamento. '"Iei ftlm ç$$i i"0' ab '"'-
XI r. ' rr V J ti fiofuerum Jmjiatut veraeiter
259 Neíte congreíio aidia em os montes de Roma o f^<lt^^i^ait,Mut
fogo, que Deoscreou em o monte de Siaõ , para afie&urar òp'I""'h ^tt/fiw*"6™??!
- 1- • 1 1 1 rn J ir 1 r> r- fim* "^•""■e duktaiur.VaJt
as lehcidades dos falhos de lirael. 54 Cercou o Pontífice meritòtionomniumjufirumjpi
deitas luzes, a eftes cegos, ou de fogo a eftes tibios, & frio- "l^juftSjinlu^í^l
rentos, para queaclaridade lhe abrife os olhos, ouo fogo #>'£/«,'»<fe ''*«©***«*»»
,, 1T r- r» J 1 • -n b àanth GregovhudabiJisvna
jheexpeliieo trio. Por todas as partes mandou mínimos U^r^^fiMm^kkvH^
Santos, & doutos, que fendo no preíuadir adi vos como o ÈSM^Í^Í^f.
fogo, 55 com fuás exortações os amoefta-iem doerro^ SumH'jft»>ui»tom.i.in*ita
& csdifciplinaílem na fé. Sitiados os herejes, deftascha. BjJmpnpiJjtâi&liiSl
mas,foraõcomoosiudeos,ema Ley Efcrita.osquaesdef- ^hrl[.Leo"ari0íclJ,t'"0
prezarao o incêndio, com que Deos os preííuadia á emen- ,or Qrkw &4if(wm >*
da,& fazendo-fe defentendidosdo ameaíTo, pUfíhxàttàô i^ZtS^^,:^^
íemreipeytO na Culpa. <6 \hc»mt>»u,Stm:::filenâorèm
260 Adverte, Ley tor, que os ;udeos íorao os pri- n gaPfkiwjfrgbiHjm
meyros idolatras, & deites emanarão os herejes j donde ^^tjT^fT
querendo faber o natural dos judeos, hasde conhecer pri- <6 Ctmt»/'f«"fí"««'-
mey ro a condição dos Cancros; eites, quando os nraõ das eum&nonmuit$x>t if*u 42.
pedras maritimas,aonde vivem,mudaõ-fe em Efcorpiões, vtrf' "'
para offenderem a maõ, de quem os prende.
ConcaVa litteri oficiemos br acr ia Cancri,
Scorpim exiba , cawtaque minebitur nuca-, Ovidim.
Affy os judeos, como os Cancros :convencidohum ju- „ Wtijui^paujifuM
deo de ignorante pelo erro, em que vive, pela mavor parte ?«'«»«"&', auipr*ciput u*~
rr \r ■ 14 * r r J *■ _ reBieifiSifuMt. Magifttrjra.
transtorma-ieem Lícorpiao, porque íe lazhereje. 57 O ter E,ronyi),u, » d. tendia*
feu peccado he da condição do Efpartim , Serpente ,quc %%%*"'"" ' nlreJuàt"
degenerando da ferocidade dospays,fepucamaligmda- s8 Pater UcmicKtic^ífu
di ft Or> - 1-1 /" Qrdinb Miitoium iutia3d.de
edascobras. 55 Kazoo^oronuenaopodcsnot.Trjíen- fíím«amm«f,%.7<n.i<>.cep.)
da
boa 0 ^INCITE WS VÂT. TOM. II.
do entendido, o falhr com a mefma igualdade dos judeos,
do que dos hereges ; porque ainda, que fejaó diflferenres
noserros,comoojudaiímoíoyoiiionre,queefcavâdodas
<9 Suceiiite trhattm:::® ao[oas,dcu de fi a pedra biuta dahereíla: Deos mandou
liiffergiufi-uautejtts. Dama- o •» n- j r ci
iiKi.vcrj.il. daromeimocaitigoaotronco, doqueaoriucto. 5^
261 Lembrou-íeo Pontífice SaóHormiída,que
Deos para encaminhar de noyce os )udeos,puzera no Ceo
&j£tU0$!*** húacolumnadefogo: 60 E que todas as vefes,que Deos
61 ugeanmecap.+Deuter. fallava a efte povo rebelde, foy por entre chamas. 6d E
a imitação de Deos, intentou o Ponnnce guiar os herejes,
com a luz de outra columna,que continha em fi fogo ma ys
adivo,queadodczerto jporqueoefpiritode Saõ Bento,
61 FuitnrputBtatiiientJ;. foy chamado amor Divino: 61 mandando-lhe preflua-
■v(iuifieusurr*,i»qUociau- dj,^ COrrecçaõ , porminifiros Santos; que fov omefmo,
JeltlurigMt Spírttur Sautfi. > '_* -, ' • . •> '
j>,xit Beata Virgo Mana s. que falarlhe, por entre linqoas de íogo. Cahio íobre os he-
Br.gma^tjan.nuumen. rejes efte incendio ; mas alheyos deíua claridade, foraó
como os judeos , que cegos com a luz de femelhante fogo,
perdendo o tino á dita, eícolheraõ a difgraça. 63 Rezif-
6, supncuiiiugnu^ „on ™™ a° remédio, & perfeveraraó no frenezi. Preííftio
viâatwtfokm.pf»i.%T.verf.9. também o Santo Pontífice , na aplicação do medicamen-
to ; mas os herejes foraó como os òíTos maculados, que
Deos mandou a Ezechiel , pozefíè ao lume ; os quaes naõ
lançarão de íi a podridão, por mays intenfo , que foy o fo-
e*W«»wi jeca nima ruiigo go, nem por mays deligencias, que tez o Prole ta. 64
tjus, nequeperigntm. EZecb. K a£2 Detreminou-fe nefíe Concilio, que Acácio, &
cap.ít.verf.n. -, 1 . «i aIT ri
Euphemio,& outros maysArcebilpos,que lanarão na pu-
6$ *Afgap uiifupr». refa da fé , foíTem rifeados do livro , aonde íe aíTenta vaõ os
nomes dos Paftores Orthodoxos. 65 Decreto ordena-»
do com fummo acordo, que nos livros aonde fe firmava a
nobrefa purificada no fangue, & nas obras, naõ efti ve-íem
os nomes, de húa naçaó maculada no íangce , & defectuo-
fanavida. Aquelle livro, foy como livro de filhamenro,
aonde reíiftavaõ os nomes daquelles, a quem Deos condi-*
tuhia Príncipes de fua Igreja, Sc grandes em ícu Reyno:
& as folhas de femelhantes livros, cem a calidade, & o pri-
vilegio das folhas da arvore Outhenacia , as quaes fendo
preduraveis,cuuumavaõ nellas os Tártaros, efciever os
íucceífos acontecidos em feus tempos , fervindolhe de tin-
ta o fangue dehum Cordeyro ;& fendo necefiàrio riicar
algúacoufajdasquetinhaõefciitOjmiuuravaõ outro lan-
eue.
gue,comofang[uedoCordeyro. 66 Donde he eviden- 6f *»uriAm»;us?i,»e*-
o ' 01 r -ai 1 - taaercbumaiMraíibuf.lráíl,
te,queneneslivros,oianguemittoheoborrao,quecon« ,. §.4.
tamma apurefa, porque deyxa fofpeytofa a verdade da
maysefcntura.
263 Privou o Pontifice a todos os herejesda comu-
nicação dos Catholicos. 6j Osracionaesfaõ,emordem
a igreja, como os rayos, que emanaõ da mefma luz j como 6y Utfutra ^Wi
os ramos produzidos da mefma arvore 5 & como os rios
nafcidos da mefma fonte. Se alçuem intentar dividir ora-
yo do Sol, ficará fem luz o rayo :cortando-fehumramoda
arvore, fica fem vida o ramo : & fcparando-fe o rio da fon-
te, fdtalhe acorrente, & deyxa deferrio. Rio fcparado
da fonte, ramo cortado da arvore, & rayo dividido do Sol,
faó o povo herético , & o povo judaico, porque fe defgar-
raraó do grémio da Igreja. O ramo feco ferve para o fogo:
o rayo fem luz hefombra: o rio fem corrente corrompe o
ar , porque fe encharcaõ as agoas. E como pode haver,
quem entregue afaudedehumpovo, nasmãosdomefmo
contagio? Quefaçaeftimaçaóde húa gente ,queperdéo
a cftimaçaõ ? E que bu Ique luz em húa naçaó , que em tu-
do he fombra? Oh quantos, por razaõdeíua ignorância,
vivem cegos com efta efcuridaó ? A mefma gentilidade ef-
táavifando os Catholicos da malignidade, que em fioc-
culta efta Hydra , para que nos acautelemos de fua aftucia.
Plataõefcreve'oaftufilho, impedi-fe a entrada dos jude-
os em Roma ; porque era certo , principiando nella os ju-
dcos auzarde ieus ardis, Qqueíao as luas letras jcomeiiaryi,^^,^ d»ba^mma cor-
Roma a declinar de fua felicidade. 68 ™mf«>™tíirr **'&•£
16 4. Querendo Deos dar a conhecer aEzechiel,o m.^.ap. ■.
quanto eraõ os judeos inveterados na culpa, comparou-
os a huma arvore, dizendo: Se efta arvore, antes que lhe
queima-fem o tronco, naó tinha ferventia, como defpois
de queimada pôde ter preftimo? 69 Nefte tronco fe
queimarão todos os garfos ; porque nellefe incluía toda Cg Eijaticjimt/jethatgrto
f A • J J • r - 11 • r f ~\ rtonerat aplum ml oput: quen
aiuapoítendade^oisofogonaolhe purificou o langue? m^ií,tumiiiuj.;J,ii »«•«*
naó ; antes coniumindolhcocorpojhedeyxou ofangue »*v»,»*- /**«*««.■ **r-f.
l.r. i- i i i /' if>4&ticrircibuxijs»ffu*l*
n.iterra. 70 E neimpoíiivcl,queacalidade do langue, vrttitm medi» temi. M**p
um
ta
rx-
*tô O PRÍNCIPE VOS TAT. TOMO 11.
provando naóhaverem , cometido a culpa , porqueDeos
caítigavaafeupay.Iítofoy hum grande milagre, porque
fuecedéo entre o langue Hebréo:& fera diígraça haver no
mundo, quem faça obra deiemelhante arvore, aprovey-
tando-le delia para feuferviço.
265 Todos confeífamos , que da culpa dos judeos
emanou orefgatedenoíTaculpa;&aelles,aprizaô deíeu
peccado. Foraó como os bi chos, que fe criaõ nas folhas ào
Thereby ntho, os quaes roendolhe o tronco, fay por en tre
as mordeduras a odorifera, & medicinal agoa, a que cha-
7iPaiermeHtBercotiuf.Per- mão Therebynthina. 72 Efta aeoa, livra oshomés de
7? íraur Magifttr ^ítito- muytas enfermidades ,& com ella morrem os bichos ,oue
™.Í%££2Z£ lhe abrem as fontes. 73 Os judeos ferirão aCmiíto,ar-
mrtut.verbeiberebjitthu*. Vore medicinal de todo o género humano ; eftas feridas,
deraõoprecioíiííimolicordefeufanguejcomellejtiveraõ
faude todas as enfermidades dalma; fó a dos judeos ,por
fua obftinaçaõ, ficou mays enferma com elle. Em nósfe
J4 Vi à 'e tomo i. nu si', r r? i j r? /-> l i-
verehcaaiabuladoreniz: 74 porque opovoCatholi-
co, he ió o Feniz, que renafeéo do fangue : Fazendo os ju«
deos verdadeyra a fabulados cães de Ac~r.eon,qae mata-
rão a feu próprio fenhor. Também conhecemos, que os
7i BereomxuUfufra: judeos ,faõ como ofilho primo-genito daHyena,oqual
i}LIiTxld7"'írruíC"i,H' earece de vifta,muy tos tempos defpois,quenafce. 75 O
povo primo-genito de Deos foraó os Hebrèos j j6 &
vi vem taõ cegos, que fó no fim do mundo haó de abrir os
77 tofire omnet ss, pp. olhos j reconhecendo a Chriíto, por verdadey ro Meílias:
77 E creaturas , que morrem com o remédio, que a todos
deu vida j naçaó , que naó ha de ter emenda , fenaó quan-
do ameaçada do fogo do juizo ; como he pofíivel degene-
KOKMfceHdijihinmStcm.DtH- rarde lua naturela, por mays favores, que Inetaçao? E
ttronom. 5 . verf.%. como os pode emendar outra pena, que naõ feja a das cha-
mas; quando os judeos naó temerão outro caítigo,fenaõ
.. a- ■. 1 ■ r> odofogo? 78 Nem venerarão a Deos,fenaõ quando vi-
79 <^iff 'Ut ttitque gloria Do- fc> \ ' *
miniomni muhnudmi, & ecce TaÓ O fogO diante dos olllOS? J Q
egreffiif ivmi «Domine:: Quod ss * * r-v • n *.! 5 1
<umv,d,írentTurb*,uudZve* 266 A Ley , que Deos impoz a eíta Naçao,cnama a
rum Dominum, mm» inf*. Efcritura , Ley de fogo: 80 Deos foy, o que a deu, & o
fiei fiiat. Liviiici ç).verf.7.+, ' J o J* ,-v .
80 indexter»ejuti!r,:i-3Ltx. que aefcrevéo; donde he femelhante ú Ley Divina, a que
Dmeronov.z^er/.z. para os judeos he Ley defogo: &como delles emanou a
herefia , o mefmo fogo do Ceo , que a mortecêo os mares,
defanimou as fontes de Sodoma.
POR
203
POR HUM ANJO MANDOU DEOS DIZER
S BENTO
QUE LHE PEDISSEMERCES;
E M Q \E Z A XK
16 7
_<<3"t.I:
I
•'.
JB ES AUTORIZA a purpura a
iÍ|jS?^jf íuaõdehum Príncipe, que fein»
Mn|| clinou mays a apertar o cé«
wÊÊI È §\ tro , do que a abrir-le para bene-
•í$£&êl\'i ficiarovaíTallo. Océtronamaõ
*tò^iMiãu53 "e num * finc'pe nao "e a to*
íhjj quç Já cg da a !uz á Magcftadeja liberalidade com que
Ce 2 pre-
204: O f\mClTE WS TÃT. TOMO 11.
1 nmugrãuhttuafubfo. pífineya he todo o reíplendor da purpura , que vefle. í
lo Rege nqfiro Juain vídeo non í ■ J ' *■ . 1 o n
deep mtrctdtm. Nout iiie Amayor íortuna de Ceiar loy ,ter quedar :&omemor
^Z^^;"Sdeíl,a^rtuna%,terCeíaranimoparadiipender. 2 A
*crtK4rtCa,uman:»fii Efijco- ferr»oíura dos Ceos, Sol, Lua , & Eitrellas nâõ fov , a que
fHx*iJ!b,i'i*furtur>aui» m»iu, obrigou á gentilidade a cahir no erro da idolatria , abene-
bs»be>,c1uam,itpojjly mk,ime- fjcCÍ,cja fc {tus influxos foy caufa das adorações, que Ifcc
tius , auam ui vdit tenejacere. J< % ' ■> ' l
Pwoiibents. deraõ. He de brutos amageítade do Leaõ,&da Águia,
porqeefó abrem as garras, paraaíTegurarem a preza. A al-
tura dos montes méde-fe pela diítançia da vifla ; & a gran-
delados Príncipes, pela generoíidade da dadiva.
268 A JbataJha he o campo , onde fe prova a fortuna,
& a magnificência he a batalha, onde fe apurou o fenho-
rio. Naó dtícurfòu como bárbaro Alexandre Texiles , hú
Regulo, que dominava.* índia, quandofahioaoencontro
de Alexandre Magno, Sc lhe difle: Se te refpey tas Supe-
rior conquiftanos com benefícios, & ficaremos teus vaílal-
los ; mas fe es inferior anos, recebeos da noíTamaõ,&: fi-
' ^h*l,nhet'T'x>1" ><»"' carnos-has fògfcVto. , 2 Nos corações , naõreyna a força,
rem ^hxandzojic iUumaf- que vence ; reyrfa ageneroíidade, que obriga. O Prfnci-
fjcttir e/l : Provoco te , inamí. ' '• - • '"• _ .. C J • Á \ '-'1
mnadpugnam ,»eqiieadBei- pe, que nao imitou a natureia docampo,pnva-fedaalce-
ium,fed adahud ceriammb, fados montes : o campojpaga os ferviços do lavrador dah-
gtmir-Ji inferior es à nobisac- . „ ..;/ j 11 L ' i-4 r
cipe hneficmm, ft/uperior no- dolhemays Vido que delle recebeoj pagar por medida he,
tuhnefacito.piuun^fof,, para quem ^fáQ regato, que por razão de humilde cor-
refpondeao mar, com a mefma pobreza de agoas, que del-
le participou. O campo, que na gratidão he hierogly fi-
co de hum Príncipe , paga o fuór, & o gafto do cufto , que
fez ao agricultor, não ló atempo conveniente, mas tam-
bém com lucro ; & a gofto do lavrador. A tempo conveni-
• Vúfamrf.ernjoann.i. ente, com lucro , & a gofío do benemérito ha o Príncipe
ver/,6. Quidi.bi vu fadam? de fazer o beneficio : a mercê ha de fer, como o veftido.
2\/i.trc.io.verf.\^. - , c n * o ' J-JJ 11
4 Beneficia neeejfariaprimu, 4 he íey toa golto, cc a medida,de quem o ha de trazer}
^ítUr!!'Vde'ÍeTlrni^ & accommodado ao tempo , em que ha de reparar. 4
Utiqjiericnfura ,Jandafunt. o r o 1 I r
senec. de Benc. m. i . ç»p,u . o 6 o Cho ver , & iazer Sol a tempo , ne, o que faz a-
bundante o anno ; mays em huns meies , do que em outros
faÕachuva,&oSolmays,oumenos proveytofos áster-
ras^mays ou menos favoráveis aosfruòlios. Defia condi-
ção he o beneficio, oqual concedido atempo convenien-
te á neceffidade , he chuva que rega, & Sol, que cria ; ma?
5 Extra temptu beneficia no- fe errar as conjunções , $c exceder os termos, hemuvtas
7t:it,frofíintnecck,»tia^ttmp- r . y *, '" „ , , J_ . . J ,
i-s.EMrif.de,. veies chuva, que atosa,&:boi que murcha. 5 DjziaAic-
xan-
EM $ REZA "XV. io$
xandre, que a liberalidade havia de fer como a naturefa, a-
qual em hum infante loccorre aparteleza: 6 E como 6 n™riqutC«i,!ds*á*ti<
emaIguasoccaiioes,íenaopode aplicar com tanta brevi-
dade o medicamento; imitem os Principes aElReyDom
Joaóol. de Portugal, que retardando , por mftascaufaf:,
os dcípachos, mandava pagar de fua fazenda os gaftos,quG
ostaes pertendentes,haviaõfeyto nos dias, que os dete-
ve: Ou a ElKey Dom PedrooJuftiçofo,deaetandofarií-
fize-lem os miniftros, por conta dos agreiTores, todo o dif-
pendio, quehaviáofeyto os litigantes. A mercê retarda-
da hemays caftigo,do que favor, porque deyxa tão de*
fraudado ao favorecido, como as cultas ao condemnado.
270 Não hcprovey tolo ao enfermo, o medicamen-
to inútil ao achaque^ dar de comeir a quem tem Ccâ^ , <k de
beber a quem tem fome, naõ he remédio 5 porque fenaó a-
juíhcom a neceflidade. 7 Xerxes, deu oefeudo militar 7 ueqathne/Uiumiieipo*
a hum foldado, que lhe pedia dinheyro. 8 E ainda que o ^fi^oâ^Sa Mae /««/.
Jley diípenoeo mays , do que pedia o ioldado , como lhe 8 ^uumonts Driffo. /« »/-
naõ deu,odequeneceílitava,ricouamercèfem valor dc,"/■,■//ií"'/•
beneficio, o Da. fontede Exaucia, cfcreveráoos Grc- ç offcium nmprtlo t â
ços, emanava das entranhas damiferia, porque havendos™™r/,'v/^™;^»f;v ?,<•-
S . . r 1 J" -i tuejM,cuipr<t(latur. trafmus
de mitigar a lede, acendia o calor, jo ,ȣ>>/?.
, 271 Conformando-fe com o natural da planta, re- lo .*"**'** r*?**-'^
parte a terra a humidade produaiva : gaitando maysiubí-
tancia em alimentar a altura do Cedro, do que em nutrir a
limitação da planta: algúas, ainda que lerão pequenas,
cul\aõ mays diipendio á terra, do que outras, que fe levan*
taõ ao Ceo, empenhando-a mays as fru£iiíeras,por fecun-
das, do que as etàeris, por loucas. Contraptzados os íèr-
yiços, & as peífóas , devem os Príncipes regular os prémi-
os j porque como iàó diverfas as calidades ,deve fer d rife -
xente a remuneração: forainjuftiça , íobre msyor Joucuraj.
mediras roupas do Enano, pela eftacura do Gigante.Re*
nunciou hum íogeyto humilde an.eriè, que lhe fez Ale-
xandre, conitituindo-o fenhor de huma Cidade, por
combinando efta honra, com fua esfera , achou não c-ibia
emfuacalidade. 11 O batel, que rompe as ondasdorit?, ,, ^.y/j/.Jo a,v
padece naufrágio entreasdomar : onaltiroento humilde *££' ^
difpoem para navegar os rios , &c impoflàbilita para vencei :../.)/, >uuino»con-
os mares. Inquietava a Anscreonte a moeda dç euro, q^c sjey , v ,,t,.6.
Ce 3 Ííjc
iòé o fi\ina?n dos qãt. tomo n.
lhe deu o Tyranno Polycrates , cõ que a repartio por íeus
ia tAKtcrtcnjuumauriu- companheyros. i 2 O pobre de alentos , em pouca açoa
Utituin a Polycrate Tyrar.no ac- 1 J £ , , • j j i
cepijfet , *iy» *à âijiuimt , in íe afoga: o benehcio,que excede a capacidade do perten-
q»u„t,od,mu»us>quodvw- j -ç £ naó homa ao beneficiado: cenfura,& naó
,} fjuideonveniatiitufcribi autoriza aobem-fey tor. i 2
tttttti*4**itMmi*Humtram 272 Padece a embarcação, nos ba ixos do no,o pen-
tMgmiudine t qu»m indanii po , que corre obatel na altura domar. O natural illuitre
tnodo ,r*liene que eonjiftit ; Ç? & 3 ^ ,.,.., fl
enimfi meu/ura âefit , já* « he como a arvore, que chegando com as raízes a pedra nao
ítTvi^ZtânfX^h fóbe,neinfruairica: degenera no monte a planta, que fe
tufrf.hí.t.cy.i. creou no jardim. A pobrefa foy a terra, & o monte, que
efterelizoua defcendencia,& ab3téo a magcítade de niuy-
tas famílias. Verdade fe;a,quealgúas,por íuas próprias
. mãos fe tranfplantaráo nefte dezerto : como o rilho do
«iW^/». protentoío Areio Capitão Athenienle,que em iuitentar
,, ^v^^'*"^«B*- osviciosgaftouosbéspatrimoniays: 14 pobrefa, onde
luram non turf-n cjí, lUavcre, . & . í 7 Ti''
qua^oficrturfcmcatifamac- vi ve o delcreditoj 15 & neceííidade , a que naó deve re-
filb*Hm. mediaroPnnc!pe,queemtudotemdeimitaroSol;oquai
tratando do luzimento do ouro com mayor empenho,
que do crefeimento da planta, tem efte defvélo , em quan.
to o ouro fe conferva entre as véas da mina -,8c naó delpois,
que eftá fora delias.
273 Oshomés defeíl:ima5osfru£i:os,emquenaõa-
chão fabor: Eda meíma forte os benefícios, que fenáo
,6 -íiuÈim Umf.cium cjjc confórmaõ com feu gofto. 1 6 Toda a diffèrença de fi u-
ca. ftàut. inTriu, aos produzia aquella arvore, colagrada ao Ueos Incógni-
to, que na opinião dos antigos, reprefenta va a liberalida-
de de Alexandre ; porque tendo virtude para dar todos
í7 TabiurLutamrãereme- osfru£tos, nãobrotava, o que ogofto queria , fenãodef-
âvr.^/lputlFranrifcun.Je Lo- . ... * /T*JJ /■^ C Cl
vimMuraSJe nwi«.§.$o.».» pois,que o particularizava a neceíiidade. 17 O írueto
inGpido ao gofto diminue a fubftancia da planta,que o dá 5
&não enriquece a mão, que o colhe: até omeímoDeos
para liberalizar feus beneficios,efpera a declaração de nof-
fa fuplica, para os conceder á medida de noíía utilidade.
274. Acabado o Concilio , fe defpedio São Bento de
Roma : voltou para Sublaco , onde refedio no Mofteyro,
que havia dedicado a S. Clemente. Não feve aLuamays
acompanhada de Efirellas, do que São Bento fe vio de
Monjes , atrahidos do claro efpíendor de fuás virtudes;
com canta efficacia, que levavão trás fí as rochas maysen-
cafadasna terra, porque com o exemplo dos de votos, fe
aba-
abalarão os coraçóesdosdevaíTos. Por eftes tempos eftava
São Bento orando, em hum dos doze Mofteyros, que fun-
dou nefte monte, quando lhe aparecéo hum Anjo , dizen-
dolhe: Que Veos obrigado defeus (erVkos. lhe mandaVa dr?er, pe» '3 «A?'J" ti» a Sóitãaà,}
rrr ■ r rr J iL J j \/r O *l campo foi. Of.ftM. 16. ».t.
ítijjt o que qm^e-fe^com a/Jeguraiiça de Ibe concederão que pedijje. i b t„„0 i f, g , r
275 Neíta promélià moftrou Deos , queria remune*
rar os merecimentos , conforma ndo-fe com o querer de
São Bento. Tudo heprefente a Deos: mas aíly coftuma
acreditar osjuftos, que faz oftentaçóesdehberalidade, pa-
ra abono da reíignação de feus fervos. Não fe conforma
com a vontade de Deos, o gofto do peccador ; masconfór-
ma-íe com ogofto de Deos, a vontade do jufto:razão,por «9 ^fteDeiocuhtmnquS
onde Deos fe concede ao rogo defte; & não defere á de- t^ZTpZ tftZTúl
precação do outro. 1 9 Ficou fem defpacho a petição de utc- D -^"s ho'ml fuP loe">
>-.íno r • 1 r ' J 1 -1 rA- lo Memo/tomei, tumveni'
Celtas j &conteguio todo o ravor a declamação de Dimas : tu i»Reg»Um ttutm:U*He **•
çfte, no Calvário pedio a Chrifto, lhe falva-fe a alma. 20 ^"Kf* S V *2Í 42I
E Géftas rogou a Chrifto, que defee-fe da Cruz: 21 A fac *«»«'»»»,&«»/.
fuplicadeGéftas era contra ogofto de Chrifto ; que todo '*"+•***
elle foy, morrer pelos homés ; o memorial de Dimas efta-
va conforme á vontade de Deos,que toda ella he, fa 1 var os
peccadores. O mayor gofto de Dimas era , aífociarfe a
Chrifto na gloria ; & toda a vontade de Géftas foy , acom-
panhara Chrifto no mundo:Satisfezodefpachode Chrif-
to o gofto de Dimas ; & não a vontade de Géftas ; porque
ogofto de Dimas era a vontade Deos 5 & a vontade de
Géftas , não era o gofto de Chrifto.
, 276 Alemde que, coincidir Chrifto com o gofto de
Dimas foy, porque o tinha predeftinado para precurfor
* r t - r rn. 1 » ir' r j- j xx IttroiUecsVaterihrttiii*
celeutriunto: 22 fcitahonra,de tal lorteroy concedida jam„a,Urd-fc<riera-,iiu<»->c-
porcfpecialmiíericordia de Deos, que também afiehtoa ^SfiÊSSuZ SSZ
iobre os merecimentos, que o Bom Ladraó adquiriona te*t.trtB.i.Jefrerti*Êk&kd
Cruz: 23 E Deos aíTy favorece os beneméritos, que lhe '^"su^cneeiatto confia
faz os benefícios conforme a fua vontade. No caminho de tau mm "?™ }«*«heMja™
- • n. t t r J r meruit ,fed Cbriífi jmimiuaru
Melopotamia pactuou Jacob com Deos, que felhede-le efftUu,,prdm<(ru,eiim?*ra-
paó para comer, & veftido com que fe cobrir , lhe renderia t^^ííl^Z
asadoraçóes de agradecido. 24 SatisfezDeos avonta- CcBtg»MÀrtirp.s.cyj,ri*mut
JJIU J PjT.t.ft. 1 1 ftra.âeaetatffermJePtf
de de Jacob, porque da cala de Labaoíahio Jacob reme-y?0. d, mim.
diado de tudo,oque pedia. Afantidade dejacob erataó ffJ^j^TXí
grande, que feaccommodou Deos com fua petição ; & as eendu>»ttívefi>memtumaà «-
I J o - r> - • i-K • àueuJum.erit mibi Dotnwutin
obras debao bento tao meritórias, que Deos as queria Dtum.Gt»ef. »».»«/.»©,
premi*
* oS 0 PUlNClQU WS <PâT. TOMO II.
premiar conforme o feu querer; que aíTy eftima Deos a
n fetiicfSarctyittbwgaHfòfò fervos ,que efpera por fuás petições , para que defíe-
diumvtfrum fit píenum, , .. 1 *■ .J- ., l * . L . *
loann. \6.vérf.t^. rindolhe comopedem,lhedegoito completo, delpachan-
do-osafeugofto. 25
277 Prometer Jacob a Deos, que fazendolhe obe-
neficio, que defejava , medido pela íuplica, que fazia , naó
ío o ferveria como a feu Senhor, mas que também o ado-
raria comoafeuDeos,foy omeímo,que dizer Jacob; o
naó havia de fervir como a hum Senhor , a quem temia ; fe
naó como a hum Deos, a quem amava : naó como a hum
Senhor, a quem temia , como feu Juiz ; fenaó como a hum
Deos,a quem amava, como feu bem-feytor. 16 Mas pa-
ra o amar comobem-íey tor, pedio Jacob a Deos,lhe fize-
fe o beneficio faborofo como pão , & ajuftado , como vefc
».í ?rfcmrvem,nu-ific,m; tido: a feu gofto ,& medida folicitava Jacob o defpacho,
tohbaxtmmnonwfUusvmt- p0rque queria dever aDeos todo o valor do beneficio.
hò:ior.irc,uibt>'.rf.ãorem?b,!. AíTy aos bés efpirituaes , como temporaes he o gofto, o
ti*r.hb.i* s,m&± queafTeyço-a a vontade, & incita o agradecimento. Pri-
nieyro David eníina os mortaes , a que goftem da fua vida-
ra Guit*te^viiete q„oni3 de de Deos , do que lhe mande contemplar em fua incom-
fuavitejiDomwkr.rfaim.i). prehenfível fuavidade. 27 Para que oshomésfeafervo-
ra-íèm no culto, lhes mandou primeyro tomar o gofto. A-
quella Mulher Forte, não achou faborofa a mercancia , fe
r% Gun*vittfvidn quiabo- não defpois, quegoftou dos intereíTes da negoceação. 28
wefineg^tncjHt.erK.ix. He a beneficência mercancia dos Príncipes, & prova de
feu real animo. O mar lucra em repartir as agoas, pelos ri-
os; porque eftes,lhastornaõdoces,recebendo-as falgadas.
j9 TJtOcctMut,qu«tfugge~ 29 O Sol aclara fua Primazia,& efcureíTe amageftadeda
fitaquofterrir, recrpit, & ter- w - C L ML J L 1*1
r-.y/na.quuiquidmnvetma. Lua,naoiono brilhante dos rayos , mas também na libe-
Kjt a Pnncipe, redunda in rajjdade das luzes : magnificência prezada dos homés, não
rnncipem. ftcMtustn taneg. . . • • • & o vr - i 1 i
** 7 w. pela abundância das agoas , & diíuzao de luzes ; mas pelo
gofto, que lhes moti vão ; porque aeííefim communica o
Sol as luzes; & derrama o mar as agoas.
278 Mandava Deos aopovodelfrael,contribui-fe
para o fuftento dos Levitas, orfandolhe a penção pelas
f.r.eJ-ta,,'. çu« àabu*, ípp.d» poíiibilidades. 30 Os cabedaes,com que entra hum vai-
Levài,, ííifmcrbr.p.vèrf.íi. fa]lo, a pretender o defpacho de feus merecimentos, faõ
os íèrviços;& equivalente ao valor dosíerviços,ha de cor-
rei ponder o lote do premio. Os candicyros do Templo,
náofizerão a mefma defpeía de ouro ; avaliando-fe pela
gran-
E li ? \E Z A XV. .209
grandefa,&: pelo prcftimo dos candievro.s,opezo do me-
tal. 2.1 Todosaixiiãodiantedà Arca,masnaõtinhjáto- \*Jti,&mcê*ààuhr*an-
rios omeimo numero celuzcs ;r;;zao, porque niotôfzò fram.-nfurawutcajujquecâ*
i -ui.div.enre cuftoibs. Vivendo nuiycos iuftos no aninho, £J'''^'««'"«*"- •■ *"«-
quaYido Saó Bento nel!eiÍQiecia,iuó lemos, uza-le Déo.s
com cilcsdeigunl liberalidade: tinha S.Bencomays luzes,
porque lograva o efpirico de todos, por iíío a nenhum en-
riquecéocomoa elle.
279 Em tudo, Sc com todos ha deter limite a magni-
ficência do Príncipe jló em húa coufa não ha de haver ter-
mo, que henabenignidade,& graça, com que deve con-
ceder o favor. Limitando EJRey Artaxerxesafeusminif-
tros o difpendio, aíly de dinheyro, como de mantimentos,
com que haviaõ deafliiln* ao Profeta Efdras,mandoulhe
dar todo o fal, que o Profeta pediííe. p Òfalnaótinha Jt ^edeuniquel>eííer!tÀ
medida, fendo tudo omayspor taxa?Náojporque o lai he vctuEjara* .:■■. ^ibjquemor»
iymbolo da graça; Sc nao havia de ter termo a graça, com «„<JW,eí u/qu/aJ fumam
que hum Príncipe concedia a me"rce : iublimaá liberalida- coro'r ce"tur"_ if*i™o ab/que
Tl «. miftJiira.x.bjJ^cap.T.vtrf.
de do boi, o alegre roltro, com que enriquece o mundo; n.tfz.
fendo perjudicial a demazia de fua benevolência, quan
dofeu calor excede a capacidade das plantas. O fa-
vor, que fenào conforma, arruina, Sc não le-
vanta} a fortuna que excede, desfeya,
&naó enfeyta. 33
j t Qti;madmoâum imperi*
ti artífice r , c um Ratuò exiguit
magna* fubâunt bafes , r>:agit
ConJpicutmrcJdunt iXarum e
xiguitat em :1 ta fortuna fi pujil-
lo animo muniu amplum adJat,
tS arguit magit animi humilha*
tem. rlutarcb.tr' Mcrahb.
m
RESPON-
GIO
RESPONDEO
t tAtgwtityfW*'
S BENTO
AO ANJO:QUE ERAMTANTAS AS MERCÊS,
que tinha recebido de Deos, que fe achava impoliibili-
tadoa pagalas ; razaó, por onde ienaó atrevia a pedir
novos favores. Que fize-fe Deos lua vontade,&
lhe concede-fe , o que foíTe fervido, i
E M $ <ÍE Z A XVh
280 ES IH UANDO nafceoSolentaõlhe
afíiftea Águia, toda oceupada no
emprego dos olhos j Sc toda el*
quecida do fuftento do corpo.
Em quanto a Águia tem a vifta
SioSol,naofelcmbramays3i^uedosobfequiosjComqueo
ieípty.
EMT&EZA XVI. mi
refpeyta ; porque hea mays nobre das aves 3 & como tal
perde a memoria do intereíie, quando aííifte á Mageíiade.
O povo de Pv.odes naõ fazia deprecações ao Sol,íènaó * Souzaihâtmitabmb.caf.
quando lhes íaicava com a lua luz : 2 em quanto o ci-
nhaõ preíente, confiavaõ da vigilância do Sol , toda a me-
lhora 3 mas quando ihe faltava, valiáo-fe dadeprecaçáo.
Não entregou Chriíto aoshomés o Sacramento, memo-
rial de benefícios, 5 fenáo nas vefporas de fua partida. 4 ? BocSaeramnummfiitw
Aozenta va-íe Chriito dos homés , & para remediar os ef- " ' ?"*"" ^^"V«»«-
fey tos de lua auzsnciajdeyxoulhe o memorial, que o fize- °pi,fc- » *•
eprezente. O morto, & o auzente combinao,emque o r*e}usyuuTÍ*fcattxhocmuu.
morto fica vivo nas obras; & o auzente faíTe \tíxííiÀÚúÉàá9*iF'tre^*^c'^e"mi'li'
fuplica.
281 Repreíenta-fe a memoria dos Príncipes, na Ef-
trella Dalva; porque afly cómoda luz da Eftrella fe infere
2 mayor, ou menor intenção de calor, com que o Sol ha de
illuftrarodia 3 da meíma forte colhem os v a íTall os, da me-
moriado Príncipe a mayor, ou a menor fortuna de feu go-
verno: Os de Lydia deraó-fe por conquiftados, noticio-
fosde queElReyCyro fabia o nome, a quantos foldados
niilitavaõ emfeus exércitos; & os Romanos pronoftica-
rão-fefelices,em terem no Confulado a Lúcio Scipiaó,
queatodoopovoRomanofabiaonome. < AMytrida-
o » n 1 • © J - 5 Cyvttt Restai immsnrot
tes Rey oe ronto, que governando vinte, & duas nações iujãavittxtrcim^mmbm
zr,l'
fabia a língua de todas: 6 aThemiltocIes Capitão ^osu]ibu,"omí"rsJã't^'cL'zT
Athenicnles , que em breve tempo fe fazia ienhor de tudo denpojjít^pipuío Romano.s**
quanto eltudava: 7 &ao Emperador Adriano, que re- tMrihb.T.eaf..xn.iemtmo.
petia fem embaraço, todos quantos livros lhe liáo, 8 fu- ,6 ieriurvà^bus^viginu
Dlunou retrarcha em o Inumo da rama 3 porque íoruo perebat, fuiewqke h»g*am
Príncipes de memoria. p£tvpun.
282 PreíTuadiaíe Appio Cláudio, oue trazendo os ^ a&rtt& >yâefimbiu%t$
_. -ii r l>b.2.J:0,.ili.
Romanos na memoria, bailava para queo trouxe-iem nas s spa,iianusiiieju*vitar^
palmas 3 errode que facou convencido , com lhe dizer Sei- K*3Jf^ çlãKjiu, fu„ ».
piaõ Africano3cltimava mays, que todosoconhecc-fcm, puJ Stipio»emf*8ar<n ,fcom'
\ .. , 1 A 1 r> net Romano* foffe meint,riur%
cio que ene conhecer a todos. 9 A todosos Komano.s co- H9m;naiuquèj*i>ttitre:Mcybe-
nhecia,&era conhecido de todos Scipiaó Africano 3 to- ^.IX''""' y£«
dos oconheciaõ por luas obras, & conhecia atodos pof abuUoigwam*»à»txu*fum.
feus nomes. 10 Ouve Príncipesdegrandememcri3,quc [*' cútÍHuJJetrMdePf
foraó pouco memoráveis; lembtádo-ie de muytos,& íen- "" : !?X't7?ll
do lembrados de poucos 3 porque no empenho he a hm daíama.
D d 2 mc~
aia o ztqkíite dos t-at. tomo u.
memoria como a rede , que puxa por quantos pey xes cer-
ca: & na fatisfaçaó he como o pefcador,que regey ta os pe-
quenos ,& efcoihe os grandes.
283 Muy tos ficarão na rede da fortuna , porque fi-
carão na memoria dos Príncipes, que foraõ como ospey-
xesj aos quaes, os laços daredeprivaõ das conveniências
domar. Dos muy tos annos, que Aman exiítiona memo-
ria de EiRey Aíméro^& Belifario, na memoria do Empe-
rador Juftiniano , fe lhe occaíionou toda a ruína. Em toda
a terra, ou em todos os homés íaõ os mares da foi tuna, co-
mo o orvalho, que fingio a gentilidade cahir do Ceo, na
celebridade da Dcofa Flora ; oqual,augmentava a brancu*
11 sicfcgetrm nimía Hemit ra, a quem ufava dellecom moderação; & delinayava aá
tiberias* fie rotni onere iraníit- t- - j /"*
urjn amaturuatvnnonp» cores, aos que o aplicavao com demaíia. 1 1 _
tcmditat. Scnec 2 g ^ q defpego da con veniencia própria, foy em to-
£ptit. 19
iz Summkaiuremigavitfiu- do tempo o banho ,em que os validos refrigeravaõasazas
^:rjfâ$àf££t ^ fortuna, para que as naó torraíe o Sol do valimento; ou
ficcnhnyqutbusmerumefimo- asqueima-fe o fogo da inveja : tomando a liçaõ deDeda-
fiuãufferri, ut Uteat jemper lo,que molhava asazas, para proieguiro vo-o. 12 O íe-
•»*«, kumef*cere>m folie* b da ambição maligna-fe com oscrefeimentos. 1 a O
aipolvendas traiam tunc do- T o » , O
tnumfecure^modefievoíant. Satyro,que fe namorou do fogo, abra çou-fe com asch2-
Litcianus in Imavinib, ri II C ' C i~~ • \ \
, , om*»f*mm»*oce*t jbd mas , receoío , de que lhe íugiiem ; mas eiquecido , de que
. ^JcrarajHvart.D.Najanz- feqUQ\mzvãt !^ Nem tanto fogo , que abraze ; nem taó
it Fiammavorax veiutiâe- pouco, que naõ aquente. 1 5 Algús que viverão como
^t^tófe" Eftrella, acabarão comoaexhalaçaõ,peloarrebatadocur-
tho,cívè.'fdcibnxSrucbk. cm. fo comquefubirão: ró & pela immoderacaõ, com que
i$ Pcri»dcatqueigmyiuuu- ktncheizò: 17 fomentando o precipício , com a deli*
ioiàu m efi , nqn mmmmprope, CTP n r : a J P rf p frPr n n v a 1 J m P n fo
nccombummi,r;nequemmium gencia ae creicer no \ alimento.
procuí,ncregeamur. stobaus 285 Habitou o paftor Alfo toda fua vida , nobófque
.6 htãeftègi steSa/ubito de Grynea,lugar dedicado a ApolIo;&morada,onde lenaó
txmg^u^iu^osfortuH» po(5e confervar 0 p2ftor Maftri : hum , Sc outro foraõ cfti-
Ji:^:tO!nJumniaprovexit,repc- í ( I -.-■..
tícorrucrefoint. Piutarcb.in mados á foiTibra de Apollo: perpetuou-íe Alio na dita,
17 miióren gràiu* let/tier porque fe accommodeu a viver na eftreiteza do bofquc;&
^riterr^j,m,quamveiocita* Maftri defeahio da graç3, pedindo a Apóllo>odeyxa-íe
jrjtiíiaper Jevmm.S.Lco Ma- . & 5 ' r £ > J ^
gh.ferntU:dcjefuitio Pemecof habitar no efpaçozo do monte,por haver annos, q o fiasvâa
noemmaranhado do bofque.Defaparecéo eftepsftorda
,2 Rtftòmmietfodeio,**. prefença de Apóllo;& achou-fenos confins de Jonia: 18
tip*?a^ore*iybMor.DMi- padecendo os caftjaos de ambiciofo, porque tratou defeu
hpe Seliuat Bachiler,yCance- " «. & P » r • .-. •
tarie de Toledo. taiefl,f.%.ft. valimento, iem relpey tara Mageliaue, queiervia. Denu-
nue a eílencia do bem, o que lhe naó achou toda .t bõdade.
28Ó El-
EMftEZJ XVI. 213
■2S6 ElRey Theodorico, pondo toda a dursçaõde
fua fama na grandeíà dos benefícios, que fazia, 19 caf- '9 opumus e«i>í *««
0 P. . T;' V t - 1 Plenuin ben iif» 1iusxcur~
tigou a Seylimcnaaoíeu, porque iac pedío hua merec. w«. opsamuíubiauepr^tua
hi3 efqueeido dos auzenres a deprecacaõ ,que o fupunha FfIifi»^firii. ^' udctjjío.
I L J J J r- /^ * r d- • dornatlfb.j.Episl.u.
pouco lembrado dos domeiticos. U prerey to rnncipe,na 10 Exui*v>tScjiimkyrft»-
eícolha dos iubditos guarda as regras do ,ardineyro:co- S^^feS
nhecendo o natural, Sc prcftimo da planta primeyro,que fitfirwuúitíàtoefiu/rits-
...- , 0 m- - « ■/ 1 riD ,> «enjtfuacJudejupc.cap.de
adilponha, òc a eitime : Caula, por onde LIRey Dom «a*»*;*»;,
Joaõ oiV.de Portugal mandavafazer inventariodosbés
íi muvtos, dos que eiboihia para feus Miniftros, 21 en- *]cftyí#??1r?&
iorniadodopreítimo, inteira va-íe das poíics, cu para co- inventarie*.
nhecer delpois a fidelidade, ou para remediar a miferia.
Kc evidente prova do deíamparo , que padecem as outras
plantas, ver que ojardineyro fedelcuydadasmaysfelec»
ras. He infalível conlequenciajde que ha de faltar ás partes
externas o coração , que deianipara as propinquas.
287 Da mefma forte, que os auzentes inferem íua
fortuna da remuneração , com que os Príncipes gratificaó
os íerviços domefticos 5 aííy também do defentereíTe do
fervo fe conhecea fidelidade , & a fidalguia de feu animo.
Noinílinto, com que algús brutos relpeytaraõ afeusfe-
(nhores,patece,eníinou Deos a obrigação, &moíirouo
«aturai de algús homés. Tudo eraõ continências em o ca-
valo Bucephalo,áviíh de Alexandre. 22 Etudoafr.aos ,» *'•/*??* iZ^&t
\ ' O itxe JuopttlSValUTallU.O Kí-
cm Aura,Caóde Atlanta,em vendoaiuaíenhora. Nun- áwfíM": vtUit aJeínder0
Bi 1 r 1 Al ~J (boniefuagenuajubmiiuntex
ucepnaJo,naprelença de Alexandre memo apuiat. Curtiu* «pud k™>-
Aura, em companhia de Atlanta. 22 Mofírando htáif"m-lm0gc-vnh*E*Mêrmm
„ í r , .. , , _ rir r • nomwa,\2c.
&outroanimalandc]id2de,&ogeneroíoueíuaelpeae, 2.1 jacobuxGracbi.de natura
eleu reipey to : mas com advertência > que da
cfiimaçaõ, ou do defpreib, com que o fenhor os trata, cõ-
fervaõ , ou perdem os animaes a genei oíi Jade , com que os
produfioa naturefa. Defpois,queos Sacerdotes daDeola
Floracahiraõemmifcria.deixaraõprofanarocukodefua „ ... . . ,,„
Imagem jfaltou-lhe aDeofa, com afuprcíucioía provi- imaginMm%;rf\i*Kâi3hnii>.
deneia,comqueosiuftentava ; 8c perderão os domefticos
ainteyrefa,comqucafcrviaõ. 24
288 Notempiodoamor,naÕerapermetidoodar _. . - .
T r - r> i t ri- 25 T . ' • • «> *<"»• h
voles,ícnaolo ochorarlagrymas. 25 ralrana noamor verbo amor Proftmu,
asprercgativasdeMor.arch.^feáviftadosafTcctosefpera-
Dá 3 fç
s i i O ?3{INCI?E DOS <?JT. TOMO 11.
fe pela fuplica:& nos idolatrasorefpeyto divido ao amor,
pedindolhe favores, os que lhe aífifíiaõ no templo ; fóos
que ficavaó de fora davaó vozes \ as do memorial íaõ la-
grymas dos auzentes: Dous géneros ha de lagrymas, ou de
vozes; ha lagrymas, que daõ vozes, 26 & ha vozes, que
26 ^mihuíercipeUcryriM £.5 lagrvmas. 27 As lagrvmas, que daõ vozes , faó as ib-
nn-i»
zt'^ho!rã^cÍm;gcry- plicas dos domeíVscosj & as vozes, que foraõ lagrymas, faó
»;,n«ju.:.w;i>, os memoriays dos auzentes.Vozes da impaciência chamou
a8 u^amtuio lacry. Crinito Chio ás lagrymas do ambiciofo ; & lagrymas da 1-
fww/«« JaM-petit f w **'">« ma,ás vozes doneceílitado. 28 A eítasjdevem os Princi-
fitietit ticnmit fuit auxiliam ,. ., o f • ' .. J /* 1
jejhrat.Crw/iCbipdcpt» pes aplicar os ou vidos, ík abrir as portas delua clemen-
a$im«tnUx.h.7. cja . fechando húa ,& outracoufa ásdeprecações dehum
ambiciofo domelucoj porque com ellas abuza daMagcf.
tade, em fenaó conformar com adoutrina de hum Prínci-
pe, que o foy entre os melhores vaííallos, a quem fatisfez
o confiderarie valido de feu fenhor.
280 Certificandoo Anjoa S. Bento, que Deos por
fua infinita mifericordia , ufava com elle de tão defaculiu-
mada liberalidade , que patentes os thefouros de fua graça,
podia S. Bento efeolher delles a mercê, que mays lhe con-»
vie-fe, & que mays lhe agrada-fe ; não teve o Príncipe dos
Patriarchas boca para pedir , fenão para agradecer a Deos
os favores, que lhe havia feyto. Ponderando a fimiição
deíla repofta , me lembro da foberania 'de outra , que o Se-
reniffimo Duque de Bragança Dom Theodoíio , fegundo
do nome, deu a EIRey Philipe III.de Caftella, quando
veyoa Portugal, no anno de mil féis centos, & defanove,
DilTe EIRey ao Duque , lhe pediíTe mercês , porque àeCc->
ja va muy to concederlhe, o que pedi-fe ; ao que reípondéo
o Duquejque os Reys feus afeendentes tiveráo tanto cuy-
dado de engrandecer a cafa de Bragança , que lhe não dey-
xarão caufa para pedir , fe não memoria para recordar tan-
• Chrmi»da-ReyD.je,te tagrandefa: não aceytouo Duque as mercês, porque
w'à! »<"t,urs£l ffrtí,-caP^ o Sol vive independente de todos os mays Aftros : & te-
ti.f.do "rtludio efcritafelaR. • r« - n i 1 »-v r •
Padre Fr. Rafael Jejtfiu mó', mia São Bento receber de Deos mays benefícios, porque
&e,Td?FCX«W.ÒT náoachavaemíimerecimentos para tanta honra.
290 A mayor de todas as mercês foy a intima corref-
pondencia,com que Deos fe tratava com S. Bento:em to-
do o tempo , & em toda a parte fe achava Deos com São
Bento, &S. Bçnto com Deos: onde fe verificou odeípe-
g°»
go, & a perfeyta virtude , com que São Bento o fervia, em
não repartir os afie cios lembrando-fe do intereiTe, quando
lograva a companhia de feu Senhor. Em Moíòpctamia
pedio Jacob a Dcos , que o ampara-íe com lua aífifiencia, lt> Bs'f"frit Demimv meta
,, ,- J r r I r • r^ 1 • •'•'•' £í JcJcr-.t mãi panem id
ik oíoccorre-íecomíeusbtnencios: 29 Uahi a muytos vettniumt^e.GtHtf.z%.verf.
annos lutou Jacob comDeos ;8c tendo aDeos nos bra- 10*
ços, não lhe pedio outra coufa mays, do que a Tua benção:
,30 Pois fe Jacob em Moíbpotamia anellava a compa- }0 Nw^/ttíw/e>lf/>f^
nhia do Senhor , interefladono logro dos bés , como na lu- *tà>x»i*«>ibi.iHc.)t.vtrf.>.6
ta tanto fe efquece de leu intereíie,que todo fe occupa
na companhia de Deos? Foy acaufa,não fer Jacob em
Moíbpotamia perfeyto fervo de Deos,& na luta fi : Ja-
cob em Mofopotamia lervia a Deos,mascom osdefey-
tos de peccador,que tendo hú coração,o reparte em dous ;
defejando a companhia de Deos, & appetecendo os bens
do mundo: porem na luta foy Jacob fervo perfeyto, por-
que era Bemaventurado, comfínaestão evidentes dare-
montaçaõ de fua graça ,que em claudicar de hum pé , def-
pois da luta,moítrou viver de hum fóamorj&r que naóti-
a mays, do que hum coração entregue todo a Deos. 3 r jíCob^vtLilemp.rJai„Jh^
E quando Jacob era fervo imperfeyto na virtude ,repar- d«t>iex *>**<»/ viJei.cctcor,&
1 rr n ri-- 1 • 1 r^ adhutincoti^in$inv^tfuií.ftd
tio tanto os alkctos,que lolicitava a compannia de Deos, p»m» virfa3us& ijr*ti<à $
procurando juntamente a fociedade dosbens temporaes: ÍÍSS^SC^SíI
mas quando foy perfeyto fervo nagraça, unio tanto oa- tomire$icii,}»mmhccmu»âo
r r ' t • rr i * -, i âuplitibur iueedere drfiâetyx,
mor, que íe eiqueceo do inteteíle , elevado todo na com- p„ur KUmD.Gr^.-M^g M.
panhia. Nunca S. Bento fedivertío naspertençóesde Ja- 9-^<"-»'-"/-io-
cob em Mofopotamia ,afpirou fempreaosaugmentosde
Jacob na luta; porque o retratou nafantidade, fahindo
das entranhas de fua mãy com o nome de Bemaventurado:
& o final, com que Jacob ficou da luta, onde teve aDeos
nos braços, foy húa fcmelhança,do que obrou S. Bento na
batalha, onde metéo o mundo debayxo dos pês : recolhéo.
São Bento o pé, que havia pofioemRoma fobre omun* , , .
doj 32 para que alemelhançadejacob, abona-íeacon- f,;itrUptJv,t w«m cct«trtu
íormidade de feus defenhos; com que ficou patente o au- ^^*£$$£*
ge de lua graça. E hum fervo taõ perfeyto na virtude co- idem nb.z. DiihgorKmto
mo S. Bento, qual outra Ac*uia poemtodaaeíhrmçaóna
companhia de feu Senhor, fem lembrança de outro inte-
reíTe mays, que o de feu valimento.
2 £ 1 De mayà, que J ?.co b em Mofopotamia era
hum
2 1 6 O ??JNCl?ã DOS <?JT. TOMO 11.
hum pobre v3Ílallo;& na lura, hum Príncipe opu!ento;&
hum pobre humilde he, o que íenaó contenta 16 coma
companhia de leu Senhor ; mas hum nobre ,& opulento
íi : porque he particular inclinação de ler vo, olhar para as
Vi icccficuteaãifcrvott,,» iru\os fe feu Senhor, quandoehá diante delle. 33 Foy
i>/»,. m.iír/. i. baobentohumlervoaelJeos,dosmay.s illuttres. & bem
. dotados , aíTy na avaliação da terra , como na eílimacaõ do
Ceoj & per todos os titulos lhe incumbia retirar os olhos
das mãos , & empregalos ambos no lerviço do Senhor,
a quem acompanhava: olhando ío,como outra Al-
ma Santa, para o peyto de Deosj 34. todaan-
cioía de lhe íaber a vontade , para o
krvir a feugcfto.
; 4 VulnertMi cor meum in
vko acuh.ritmtiiotuvj, Cant, <f.
verf. 9.
DA PARTE
217
D A. PARTE DE DEOS PROMETE O ANJO A
ENTO
SINCO EXCELLENCIAS: A PRIME YR A,QIJE • s&iíi*** ***„*;
tojqút t*f.n;>n nttnãiftabit.D.
*s$rnoldu rlJvicKtn ligno vitit
lib. i .cnt>. i . UrengrHo in Coro.
r.a Laciâs.^V.êpiáefuj} Jrrc
mam.D.Fr. Pedro de San d o.
r>tly ttA/UJeçaõ de Gt^ci'a,t£c.
fua Religião duraria ate' o fim do mundo.
E M !? (J^E Z A XFIU
ODAS as partes da terra cro*
ouDeoscomhúamefma natu-
refa. A influencia dos Aftros
devem o fer mays, ou menos
fruetiíeras ;com que ficão tão
differentes , que parece empe-
nho particular de Deos mays eíte , do que outro R.cyno;
Ee mays
■>
•3 1 9- O PRÍNCIPE DOS VXT. TOMO 11.
maysJnla, do que outra Província ^ o fértil, Sc o infecunJo
ás diferençou húate , das outras j tendo a terra , na eíti ma-
ção dos honiês , tanto de nobreía , quanto de produéh va ;
efc-gjíicndoparaiua morada as partes favorecidas çlesin-
fluxos j & no miaysfaudável delias edificarão habitações,
pura iua vivenda ; circunvaflando-as de muros, queasde-
ienitc-fejr» dos contrários , Sc as diftingui-fem das mon-
tuoías.
293 Q que achamos na terra, de que Deoscreou o
mundo, vemos nobarro, decjueformouohomem.Amef-»
ma origem ç^Tçétro tem^/ajadoidpjuftico: çja mefma ar-
voreje que fe lavrouJo^t^o, Teeortoir o cajado. Adão
foy a mmã donde fahltóbaríò', todod^liúa meirfiá forte:
mas nem toçlocom a mejma Jimjpez3^jj]'uni tronco produz
« itaquc que, Deu, adre, ^u^j|a$ ramas j:& em eaifô Jbúa dasxainas di veríos frucios
Z?jTJla^!Zl7q"slJ<l- nqs accidentes , hús fazonados , & os outro5_,pecos.; Muy-
i»?, v»umiM,& magaaauto. t(fs homés çtòuxeráq.cpníkfOi húa natural, & inefinfeca
*hee*bivmiuuvocari,$rc- nobreía , qije. os moveo aíazèr acções heròycas : i ou-
tlnT^oirt^ll rros^vorecêb^os afortuna, & tiverão eíWão pçjas ri-
-^tque hw cona nobilitai, quet quèfas: 2 apS de mays,nejíiaiudou a naturefa, nem à for-
hodieadbuc durai ,mquaani- r ~ , J . , ,
nnthcroicitfubmitextnatur. tuna j& ncarao como pedaços de outro barro; ouramos
JH. ?.í ^o tt CoU°' dc autro Sõiico ^Ite^permanecerãovaffillosj os outros,
4
ler
* Nohiitof rtn&nUruefl,qu<t fubiráoa Príncipe*: fuperioridade,aqueo vulgo fé fiiprey
virir,velmulienbttf fit.prop* n- i >-V - n • j
rJi-jit,ar,veivirtute,. tou neceíiitado ,*& conitrangiao. 3
294 Gompófta de montei, &Valles creon Deosa
ijf//- terra. 4 Em nobres, & huníildes,cmm©íí[fes,S<: vallea
\ Nobilitas a principio ha-
'iiit ortttm exviolentijí crudeli-
v$Z:::;;;:^SZ: dividirâooshomés afomaá Gs vallcs fdÕ reptados dos
f éreos ãommium ujurparunt, montes; &eíles, combatidos dos ventos ; para lhe reílílci-
i5qiiivideruntfcfuperiares,fe ri •'T-'rv • J ' 1 o
r.obihs vocaverunt , ficut de rem , iabncqu Ueos os montes minaraes de pedras^ <x pa-
Í^SSSSS ra íoccorrerem osvalles,os provéo de fontes.^ arvore
meus Bercoriu, tit. Nobilitas, quando fe augmenta na altura , eftende-fe nas raizesj
4 Terra a principio fn*e crea- r r \ 1 ,v • ■ n
tionUcavatavaiiib,,,,® cieva- quemiaz íomDra amuytos ne neceíláno ter mais rorças,
?;S.t/;ri:r;.S;. 9UC todos el,es- Animofa,& valente mays que todas as
2. cup 4. aveshea Aoura, excede a todas na alteza do vo-o, poriíTo
ç 1'limus de ^/}quila,Mayo- 1- -i. r • • ol "? 1
;»/,eí Ravf.nt de^iv.bus. «cnaua aiguala noelpinto. bobre amayskvanrada pe-
6 uia tnimfimuiat n.dmm nha nidefiça 3 Águia : & a meíma naturefa , que a provo-
J.bicJDiparavit , qito pojjitfir- . _ «D ' • 1
may^ineoncuff*remfuampro caabufear oSol,a enuiia a defender oninho com aspé-
curare, lapidem quem piai/, cx- J_ t«- o a ' II
qmríuVc.íiJktVaUib^. dras ] ■ »cs» & Acates, 5 paraqueovenro Ihonao arre-
Je^íjiuia bace, 6 & as Serpentes lhe nãocomão os filhos, 7 Nc-
7 rii;atrodelot Diofcspartc ,- r..P. _.... ' '
k.m/. 17. píiuá outra ave tem eltc Miunto,oc privilegio: entre iodas
EWP^EZA ItVlh 2i9
fce a Agub monte empinado, & vivente; porque amays
pobre de todas. Omefmo Senhor, que aengrandecéo,»
ciiferençoudas aves humildes ; que arefpeyto da Águia
iaó como vallesem comparação dos montes; Sc como o
vulgo, em ordem á nobrefa: razão, por onde ao lolar da A-
guia lhe concedéo as izençóes na virtude da pedra , com
que afugenta o contrario; perpetuandolhe a nobre ía,çota
ihe defender os filhos ,& lhe afíegurar a habitação: tudo
documentos para os Príncipes confervarem ascafas illuf*
tf es, tratando do augmento da lua propagação, pievile-
gios, & fórosdefua nobrefa.
295 Em três claíTes devidio Nazianzeno a nobrefa ;
<Jefiingumdo~a pela origem, pelo fangue, Sc pelas obras. 8
Como também Plínio , fez dertinção entre húas , & outras T? Nrf»^ff'>'«j(««sf
' * ' Unum qitoi Juferr.s criminem
Águias jdando-as a conhecer pelas differençasdefuas na- triti* .-.•.• ^h:rnm rmd ,/an-
turaes propençoes. * Anobreiade origem nosdeyxou^,^^^^^.,,^....
maculada a culpa de Adão : a nobrefa do ianque conferva- °-f"s- k^"» o,etwn.\%.
ie, coma fidalguia das obras dos deicendentes. Anobreia vifmnit.de^vibut.
da virtude he aquella, que íenáa cria novo fangue, cria ÁSSU^S^Í^
novo ferna efiimaçáodoshomés. Poreftanobrelà come- tumcjjè parem Ah* Piut.de-nb.
, p -i| n 11 r 1 1 irr Edite. L.z nt zt.tart.i.L.i,
ÇaraotodosaleriIlultres;ella,ioy a Juzdondeiciormouo %.Qu*omniê,ibi\virMbmni-
Solda Mageítade. A nobrefa do fanffueJie como a nobre- yiiirPe) c •*****»* u.u
ía do ouro, que na fua antiguidade funda afua fineza. 9 taieta»ti$uor) l. t.ffMcai-
Inupos arvores naodaoiructos iaborofes , fe nao delpois rufMúUfumaniiqUiifm ■.» .)
de enxertadas ; & outras, fem novos garfos os dão fazona- »° JBum »?"'»"*'•* fine*
rios; com que íeiazem mays eitimadas pela lua legitima pyibag.^udstoba.
fubfiancia : 1 o mas advir tão , que lhe dura aeftimação,
em quanto não degenerão da efpecie. Outra nobrefa fe
uza,que he nobrefa fantaftica,comaqual fe engana a igno-
rância do vulgo: porque muytosjfemelhantes ás formigas,
andão todoo verão acarretando trigo para a cova , Sc def-
pois de velhas faem com azas ráo fatisfeytas do vo-o, que
prezumem acompanhar com as aves:eíiadefordcm,lamen-
tou ja em tempos antigos ,0 meu infigne Bercório: 1 1 ut~i!i$m-n<j*ar».hqif .ju:.i
mas te alcançara a nona idade , teria mayor razão de icnt 1- ,,:ilUu{r
mento : efta nobrefa como hc elvaecida fulknta*fe doar, w»í«***>irtw***^Mw
nMur»m aluiu»/ je> r.ucjtunt
que aalimenta. ;. . Arcr.<£r<*m.«*fif«ir«#
Nao temos rayos domínio febre a Águia: 12 ™ .:i,,,.„
foy providencia da narurefa izentar dos perigos, a auem "'» Neèi/ya*.
adiantava no lugar : íeiakara á Águia o privilegio, todos p^K^fenHiiurfuiviut.
Ee 2 os
2 2 o O fQpSBBÊPE VOS ?AT. TOMO II.
osrayos a ofíenderão.Os Romanos efpeci fica váo a nobrc-
fados Cidadãos pelas divizas, que lheconccdião-.ahuns,
. , PiutirdttstfPitriuxhb. autoiiiaváo com trazeré luas cnios íapatos: 13 a outros,
V4 idmií.ti.ii •An»h. anéis em osdedos: 14 & aos ri lhos dos nobres, medalhas
1, comixínaatiQnem ma* aopevto: , t nas di v izas trazião a reverencia, porque a$
Romar.d uobihtatu >not intre- T J J , T __ ' i ^
íarar Gejiaremtmiiicrotbui' iníignias danobreía refreyáo apayxáo, & invejado vul-
*tcum ferva,, e* tuiia i*ge. gojque imitando a condição domar,para coroaonda,aon-
nuostjjccagnovijfent; cum ei, delha rebate a ley. Anatuieía defende das inclemências
turpiter utque impttdice agere o r íl ri
et/hnoent, jjqut Romano, r/- do tempo as ar vores , & os iructos com a calca , de que as
Srl7rui fS£'x,W "" véfte. Diziào os de Athenas, & Arcádia, querendo ceníu-
rar a politica dos Romanos ,que anobiela era húaintrin-
iccacilidade,que por fi mefma iedava a conhecer: mas
•<5 Jifud^themeifeii«f- defengánou-os a experiência , de que não era para todos a
iiuiium mi yCtcadet ex auro • \. ■ t n r J '!_ j a I
capitherpawHiogeH»re,qfbf inteligência deite íegredo ; com que os nobres de Athenas
^i^^^P^^^.^huai^^iQ^^i^^ÚM^^ ouro: 16 Sc os deAr-
tiVa)e.iib.%6 tit dcCcaJa. cadia vierão a uzar das iníignias dos Komanos. 17
1 7 Ide n ubtjup.de Luna.
, Etmhilis y& gènerofits .
d/l ' ppofitamnifríe Ltinamfubtexil aluía.
ÇhánulumM [^cclor apudJuVenalem.
Mayor efiimação dãoao théiouro as guardas,que o de«
fendem, do que o valor, que entheioura ; as praças, na opi-»
niâo das gentes, mays as fortificáo areílir.enciadosmuros,
do que o prefiJio dos Toldados.
297 As iníignias , que hoje manifeftáo a nobrefa}di*
ri varáo-fe dos premios,com que os Romanos galardoavão
osíerviços: 18
i?5 l»alijpi8umC1ypto,ga- *
ha impendit , vextUum Roma-
nnm TboraXiCampe{JreypilS, Vlídimie TwiO
15 lij/lct adjuniuntur; unde*J- t
ia videntur i»fig*u '■, tf arma (Plurima fraxineo mine Verberai axrapepLOy
íju bus nobilitas noílta utitur. <iT r' i • ' ' ■. r~ •. •
BeiiHgerius de Trmmfb. Re Nuncjedet m ptnms captíum , nunc Jurgit m ar cm.
«••»•*•*■ _ CorneliUiNepof.mlliacobéoltb.6.
>q Hx tjut coilo, qui inlgr * J
l_/£ryptiot /ttJice.- primartum
eblintret locut», numims imano >^v r ' * ~ nr •! i r
ftndcbaigimt, vauroconffc- Os quaes fe inventarão, nao ío para inculcar 3 ncbrela,
T*,q:,9dnumtn,pfi,ve.rttaum mas tanibem para defpertar o valor. Os juizes do Egypto
e>u»cui>ibii>t:boceiii>»Jniioof- ,„ li ' . cj i
tendeba»t;uJtatcordi,orique trazião no peyto a ífiiageii] da verdade: ip nelia,n)oítra-
&apun.t»igitb!cip.i.de vao os poderes, &recordavao a obrigação deieuoíricio.
Ptife. infitu. Os Ammanietes acabarão de todo, quando rrohibitáo á
.jo Cardu,Raftuid$Helili- t .- „ . -. , V* - r r> .
f*tecaj>.}. §.6o, noDreÍ3, viverem caíisdeliguaes as coiiíinuas. 20 tiao
pre-
t\. EMTREZA XF1J. 121
previligiados de certos tributos, os que viviaõ cm caías le-
vantadas: folar, que feus fundadores compra»aõ cem as vi-
das, que deráo peta pátria: extinguio-fe a nobrefa, por-
que lhe faltou orefpeyto ; Sc enfraquecerão os 2nimosT
porque lhe tirarão o premio. Se os Romanos naõeflima»
ráotanto asvirtudes deTanaquiles mulher do Empeia-
dor Tarquino, mandando ,queas cípofadas, antes de en-
tracem nas cafasdeíeus maridos , invoca-íem ás portas o
nome deTanaquiles, como efpelho doeíhdo conjugal,
nunca Roma íe jactaria de íer pátria das Porcias, Maicias,
& Lucrecías. 2 1 xr^ovatinpin^puâftifeot
8 1-^ ttí 1 • • - r Homsnos merilorum iomcs /'«-
Os Romanos adquinao a mayor lama , porque £«/«.* ;*/>rW//»;»ec,,,w
fouberáo dar a devida eílimação á virtude, & ánobreia: CeciUam » *'* «-*** T<««-
eibbelecendo em a ley Porcia,que nenhum cavaleyroRo- óm»«*«*.v Hha>imwfi,tuth
p ri p r O Mar.-ÍMt Porfiai ,atcue Lu-
manotive-le a pena, que íe dava aos eicravos,iervcs, tk crcíiaf Romanifef e„ru„,
plcbeos. 22 Decretando em a ley Rocia , que no publi- §&vfi-X*lh**Kf«pr*.
cooccupaíiem os pnmeyros quatorze degraos do 1 nea- c.-i^.jnui./r/ií,./.:.-;.'.
tro. Rcftringindo em a Jey Valia os poderes dos Tribunos, ^Tl^^tt?.^
íobre a vida dos Cidadãos , para que os não podeílem con- °s ca[0f> ?»*^*«*m 3 if^m.
demnar a morte : iendo Jey,que todo, o que lhe pcrde-ie o ils deKei,u. a,j„. ,7.
tefpeyto, opaga-fccom ávida ;&c quem dèíTe a morte a
algum dos Tr ibunos,lhe corta-lem a cabeça, & lhe vende-
fcmos filhos. 22 Os privilégios, que tinhaõos Decu- „*' ^**^*£j':*
lioens , Ditadores , os nobres de Banda , & de Capacete: n cnrmiHfSjihflNi^ «*-
» , 1 . 11 (ande lUuhrikus,
podes inteyrarte dos Au tores , que alego, que como o tra-
táodeproriíTaó, fera impertinência referiio. 24 Os Ele-
mentos confervão-fe com a diftinção ; quanto mays pró-
xima he avifinhança , tanto mays intença he a virtude,
com que fe defendem ; o ar, vifinho áreçiaõdoíogo,he
mays húmido, & frio : a nobreía não fó confina com a ma-
geftade , mas também he parte fua : os que eftaõ perto da
fontebcbemnafonte;&osqueeítaólongc,bcbemnacor- iÇ c.r...r: ^7 ;.•!/.//; c.
iente: 2 Ç da mays , ou menos viíinhanca , que os Afíros i.V« offiao i--m> •» fâu #»
Cl II Tl • ' C quoiinÇ-t\ribuíL.3i-ír.-.::'-.
tem com o boi, lhe relulta amayor commumcaçao , &c vir- filJle( y„,'.._- r:^,:i.-. ,:,. „am
tude de feus influxos. _ IfJS^SÍ^ST.
200 A Águia vendo os filhos prefos,Ieva-lhe húra- ,f; g<.o kc.svuw.'--;
mo de louro florido, com que lhe defata a prifaõ. 26 Ei- x6 s*fartcverh,~diuii*.
colhéo Júpiter entre as aves, a Águia, para pagem de ar-
mas.
Ee 3
Quem
222 O <??#KCiVE VOS <?AT. TOMO 12.
*__* — * Quem prtfpes ah Ida
Sublimem pedibu* rapnit fovisarmigertmcit.
Virgdi.
E entre as arvores previligionolouro da violência de
/eus rayo^refpey tando-a como planta ,de que fe havia de
coroar a A pálio } ik coroo arvore de cujas ramas fehavrão
de laurear os may ores Monarchas da terra*
dArbor ViElorio/a, & Triumpbate,
Honor de Imperatori , ££ de Toetu
Tetrauba.
t
Sendo \ que a principal razão , porque Júpiter izenf ou
i7 RcJsrn«*de^v;utra' o louro, tingem fer , porque nelle íe criou a primeyra
U~*Ú*ci>mcjíH,tro™fi- Águia; 27 aqual, como JPrincefa das aves, não teve com
i,m syracvfwm, hono mpr,- que ],berrar os filhos , fenão com a nobrefa , & privilégios
mUdomíiisbii-ts. i* tecto tertio, ~ ,-. • i> i i - r* •
aãunc quarta v»rr. de íeuíolar: Cahdade tao iupenor, que entre os Roma-
S^SSS^lSSSL nos era a m-y,°r. Os termos, de que uzou Cícero , paradar
*te6.Farr. a conhecer a fidalguia de Heraclto, 28 deDeodoroMe-
reu?wfbri»,&txperie«ft& ks&nwf) 29 de Aulo Auno, òc de Marco Qrphio, 31
ch<^£'" •íikm,n0raUj ?>" foy dizer, que eráo homésde folar, oude nobiliflimas ori-
11 Marcum otphmmtquitè gens» Do mefmo epizodio íe vaiéo Hiercio para com
lioiaimim ;:bi comendo maw P M • 1 -n a I ' *->
ieminmoj*mjoni$unâidu. Metridates Parpageno : 32 Apuleo, para com Crates
^'"//'f^-^V^T-Thebano: 22 & luílino, para com Thrazibulo. 24 O
»« Parpagemu maga* nobtii- Principio, que tiverão em Elpanha as caías lolares,foy
pminbão alexandrino., quando a invadirão os Mouros : (Js nobres, que livrarão
, » crates vir, icmimtetThe deita derrota , recolherão-fe aos montes,dondefedefen»
vinis nobiiit. */3puleiuf ^/ipo- . „ - ft r - rr v a uri
%. i. derao,& nunca ioraoonendidos;nelles,le levantarão ror-
ànlZ^Sí^t res,emqUemoravão,&tinháovaí'falloSjque lhe cbede-
jaffw W 5. ciaõ, & pagaváo tributo para ícu fufiento: 2Ç <~taqui
«i,âtCAjtèiiaan»oiz.cap.\o. emanarão ascaías torres , & loiares, com que nú;e íe per-"
petuáo , Sc cxaltáo as famílias : não fe tendo por legitima,
& realenga a nobrefa , que não tem voz, & apelido de fo-
lar. Dosmays rrcos, & nobres de feu tempo foy Álvaro
Nunes, em Cafiei la j & não fe apelidou rico homem , que
era o mefmo, que grande, íenáodelpois, que ElKey Dom
»6 chronic* âtiRtjVom AfonfoXl. de Caftella ; lhe deu os folares deliibera.&
irffonfj oOnztno de CaHílla. 0 , , r . . _
M/.64, L-ubrerao 36 No domínio, qutoslenhorcs de íoJarrem
iobic
EMQfcEZA XVU. li}
fohrecsvaíFaIlos,conniteotimbredeíuagrand^fa. 37 17 ^«to«t./iiínj».
r1 , ■ A j-i, 1 rir* 4" i>- Captneíu corjid.ft^.a.
300 rioridatraz a Agmaaos nlhosaiiobrcIaQcíeHíí.^.G^,^^^ ^ ,a'6-
snogotolar jdamelma íórce,queIuaconceaéo aregalia,
aííy alográaíeusdeícendefttes: Criou-íe a Águia entre as
tf ores do leuro ; & do mefmo modo , que o louro íoy folar
dos pays, he amparo dos filhos. Sempre Te notou aos Prin-
õpes,revogaremasmerces,que fizetáofeus antepalTados.
28 Amayorexcellenciada Eftrellad^Alvahexonfervar ** »*'«*</&". f"«"r
5 J J vocarc ca ^qua maior utnbcgnt-
nas plantas as influencias, que lhes communicaráo as Èw*'W''B^"Ar.-£/'?/;* »«j :.
as da noyte. Us privilégios , & lOBgnils. dos Senado- vàpuytÇrtiimrbettjicn v,.n
res herdaváo~fe com o fangue, quando o Senador, que ">"" $&&**■&&**&&-
O ' k 1 J\ Jett]Uí Scnatoruw W kAtttitt
morria era nino de outro Senador: 30 porque não a*o»tratnfircfat, ,.y; ,.y\...-
c 1 - • i" • 1 T ' C L bur iliif tuiífst ornilus. Lui.n'
lendo, erao como as íniigmas dosl nuníos, que acabavao^,^,,/^ deTriu*,fb, Ro-
com a vidados vi&oriolos. 40 Na antiguidade naõfe a- »>*M.u»icutcap. 19.
, 1 n- - r - 1 1 r 1 4° "ocamtminlcr ornam e-
vahava anobreía pela emmaçao,lenaopela deícenden-rjí*:;/^/:-, ©//-/> .-.*»«-
cia ; os que naó procediaó de tronco illuftre, corrião ^^ll^^^t
rfeas com os ferventuarios, que logrão os relpeytos, em vta y&mmwtrtwivr i h*ceà
, ^y* . * ° cj 1 • j r 1 filio*t&i,epoiertr**f;rast. !b>
quanto íervem os oíticios: mas nunca a fidalguia dosiola- y uip,*. L.fin ff.de Senamt.
res deyxoudefer herança dos filhos, fenaò quando a gra-
vidade daculpa,osde$herdou da nobrefa dos pays. ai *\?^f-Jef??'?'LM{''
Para nutrimento dos fruaosjeftaõ as arvores lodo omxti- ff.de inireú>u»>v nhgatu.
nodeípidas defolhas : para augmentarem os filhos muy-
t as a r vores de nobiliíTimas gerações le empobrecerão, em-
penhando-fe no íerviço da coroa.Da terra recebe o frudfo
a fubftancia , & da planta o fabor : afíy de ftus progenito-»
respartecipaó os nobres a calidade ; & do favor dos Prin«
cipes,oaugeda veneração: húa,& outra coufaherdaõos
filhos dos pays, 8í dos Príncipes , quando com o langue
herdaõ a fortuna i afíy como osfru&os ,da terra , & da
planta.
30 r Nafcéo,& vivéoS. Bento, com as pre-eminen»
cias de Águia. Naõ foy comoElPxey Pirrho, a quem as
proefas dos vaíTallos o intitularão Águia. * A própria " ?irriut *'* fy»''»*"**
f_ ""o" ™" r r dum a pugna magna ctn» gloria
virtude foy , a que deu a S. Bento o nome. Nafcéocom as *cUritiainEpirumrcvc>fus,a
. r ,-\ Juii ^j.itula, lalutarttur.-Pcr-
pre-eminenctasjporqneaAguia pnmeyro remcompoltas *„,, ,Mí „,,./,„,., quimevtfri*
a^ a/as, do que tenha o mavs corpo cuberto dcpcnnas; J"r; • "fi*; "^ '"
' *r J r r ' extuiijltt.XJirdeftmperC-vqui
41 S. Bento primeyro teve prefeytasasaz3S,doqucpro- u™ pUcu>t,ea
porcionado o corpo. Cantar bao bentolouvores a L)eoí, \t J -
qmndo citava nas entranhas de lua Mãy Santa Abundan- f *4quihprw,i*aih,qui
• C • cr iftcoiporcperfctta.
cu, íorao incy cos da g"ça: & a gí»§f 3 que tem a creatura VmjeJe "Natural, w.io %. j.
íàò
*\
224 O ZTsJKClTE DOS QÂT. TOMO 11.
faó azas, com que voa para Deos: adiantando-ie na com-»
pofiçáo das azas pira fubira Deos, porque nunca de Deos
lè havia de apartar São Bento. Ordenou Deos a Moyfés,
que dousCherubins correspondentes msazas, &rnos al-
peótos, acompanha-iem os lados do Propiciatório j pri-
meyroJliedilpos o modo, com que ha viáo de eftenderas
azas,doque aproporçáo,quchaviaõ de ternos roftros:
43 & porque razáo , primeyro fc ha de tratar da medida
, xjutmqiàukfropit;. das ««,do que dacçmpoftura do corpo? Porque os Che-
^ervttgmut^MileaíesaiM, rubins femprc ha viaõ de acompanhar a Deos no Propiria-
lejhnjní ei*(fc mutuo. Lxodi -o P 1 * J 1 |-\
»j. *erf.xò. tono ; & quem iempre havia de acompanhar a Deos , pn-
mey ro havia de ter perfey tas as azas, ào que proporciona-
do ocorpo: para que a creatura na anticipação da graça,
reprefentada nas azas, efpiritualiza-fe deiorte anaturela,
que defempedida das aílucias da cu!pa,fuftenta-íc a amiza-
de com Deos.
30 2 Em mays femelhanças moftrou S. Bento, nafcer
comasexcellenciasde Águia : porque afiy comoefta,iay
do berço com a coroa de Rainha; S. Bento das entranhas
de fuaMãy,fahio com coroa de Santo. Enriquicéo Deos
a S. Bento com fingular virtude, porque odotou do eípi-
litodetodososjuftos: 44 & ao compendio das virtudes
„ . a „. . nunca lhe faltou a coroa; iempre o viraõ coroado. Efpi-
fienuifuit. d. Grcgor. rou Chrifto na Cruz, ficando com a cabeça inclinada para
olado, adonde a crueza lhe abrio a ultima chaga: 45 Cõ
que a Divindade figurada na cabeça de Chriixo, 46 fi«
^ilãuZjo'aL'úf,'g.vírf.\o. cou coroando olado antes, &defpois de aberto: fendo a
46 caj,„t vero cbrip, Dm/ razáoiporque os Sacramentos, que faõ compendio da gra-
i.aâCorint. ti. verfi. i •- j ri- J J /->U T o cl \
Ça,haviaodeiahir dopeyrodeChrilto; &eitava inclina-
da a cabeça fobre o ladoantes,& defpois que fahiíkm^para
que em nenhum tempo lhe falta-fe a Coroa, & íempreos
viflèm coroados.
303 Segunda razáo , que confirma , o que temos di-
to. São Bento quando naícéo, logrou oma\orfavor,ali-
mentando-feaos honeftiíTlmos ptytos da Virgem Jmma-
culada j & não podia chegar a efta fublimidade , lem que
_ Q , •-, .primeyro foífe coroado. DiíTe Deos ao Profeta Ozeas:
Ht Ljajbo tamjg ituetmeS í" ■ • j ■ 1-1 ti- 1 jol l "' >
irrfAuHdinem.0jca.-i.verf.14. havia de tirar a hua alma do reboliço do mundo, & levaia-a
quietação dodeierto,paraanutrir aieuspeytos : 47 &
para chegara efte aige heneceí]ario,quea almafavoíeci-
da
e u ® %n z a xyn. i^
$U fuja primeyrodomundo ? Sin^quenoretiroalcançava
a coroa de deiprefadora do feculo ; & não fendo primeyro
coroada, não podia chegar áquelles pey tos.
304 VivéoSaõ Bento comas pre-eminenciasde A-
guia, porque de entre innumeraveisjuftos,lhediilè Chiif-
to,oelcolhera para feu Príncipe: 48 aflycomoas Agui- 48 Tttnmeitgi exemnibat
as de encre os mays hinos elcolhem aquelks, quenaode Cbrèjim, Dominu, be*toZener
íerherdeyros de feu íolar. No amor de Deos ficou S. Ben- ^O"?"*- <iord>'n "f"d
to, entre os Patriarchas, tendoo lugardo Evangelifta.Por
antenomazia intitularão os AnjosaSaõBento,o^»^í/oí/e
'Deos. 40 Donde, o efcolhelo Deos de entre niuytos, 49 H"f «8«< ptHieBat
%n_ J c Ti J Dcmini Cttlum HenediSut JlC*
para moitrar, que o preceder b. Bento a todos no va-<w„ u.g^.jw^,,./,*.,.
limento para com Deos, era , porque para com Deos a to- MeTai-ft,í-ii'
dos precedia nos méritos. Àfly abonou o Efpofo a virtu-
de da Alma Santa, affirmando, que de entre íincoenta,&
nove Rainhas a efcolhera por íiiaEfpofa: Ko &damef- _
maíorte a Alma Santa asprendasdeleu tipolo,comdi-/e^««1»í/?fi/«miJmM. cv™-
zer , que de entre milhares de homés , o elegera por feu a- *'"' °' v"f 7>
mado. 51 ç, toiuSus mutttnii2*ti
0.0K A Aguiatemnas azas recopilada a excellencia, © ™*'<w*, tuSut txmtt»
quetodasasmaysaves;untasteno vo-o. 52 lodaavir- jx cdatmt&fiMkmkemjf
tude, com queos juftos voarão, he a virtude, com que São *"£■ ^èw,i** *■**• »«
Bento vo-ou. Mas fe hum ío efpirito bafta para credito
dehumjuflo: 53 porque não ha de baftar para engran- 5» VnituiqueMemiam
de Ti in • [i. r, 1 <->l tnaçnifcliaiicfj ir i tus aii uíili-
ecer a b. Bento r* Havia Sao Bento deter iobre asazaso t„tm. *jií; andem á*t«rfcr-
imyorpezo,&neceífítava de mays agigantado efpirito. *?£/*"*'*< ~4'p««tcnjer.
•/1-' .'DO * mvfiicntHC. i.f-JíiÇerini.i 1.
Hum dos Tronos, aonde neíte mundo defeançou a San- «5/7.
ti (lima Trindade, foya Alma de São Bento: 54 ¶
fuftentar efta gravidade, era necefiario toda afirmeza. A ^£Ç2£rt2í,!S
Torre de David eftava fortalecida côas armas dos Varões *" 3*«ii"Jcri»'s",e0rJi-
/vii . , •/-.^•iri- i&?t4tdicMtriuBiu 1 firmou.
aíiinalados na virtude: 55 pois ie David a fabricou com a. Benedito.
extruóhira inexpugnável , para que lhe ajuntou a defcnla ^'j^ffS^
dos efeudos? Efta Torre repreíéntava a Virgem Maria, fiMw/fw.*. «$fi>
Ceo humanado , aonde habitou toda a Corte do Ceo; &
para fuftentar tanta grandefa, achou David,que era necef-
iario todas as forças creadas. As armas dos Varões aííina«
lados erão osdifíerentes efpiritos,com que foráo enno-
hrecidos os juftos; com elles, fortalecéo Deos a S. Bento,
parafer Athlante de tanto Ceo.
q©6 Fingirão os antigos, que a Aguiarepartiracom
í[ as
zz6 o príncipe dos <pat. tom. ir.
{6 Uem dibrihamubifup. asmays aves a agilidade de voar. 56 Aiiinumeraveis juf-
toscomnmnicou São Bento o vo-o de íeu elpirito ; todos
os que fequirão leu exemplo , participarão de íiia virtude.
Coíiuma Deos cnnobrcccr afeus Príncipes tão íupera-
bundar.tes destaca, que íemperiuizo próprio a podem
<- ,s?i<f<ra>n àcfiirltu tuo, . \ \ , - - I j
ià%fifíútucH repartir por muycos. Moyles teve tao grande viríude,que
de Deos faó como o mar,que communica as agoas,fem de-
minuir a enchente.
307 Vive a Águia nos montes, & não habita nos po-
voados :defpois que São Bento deyxou omundo, nunca
deshsbitou osdefertos. AMolher,que S. Joãodcfcréve
%% Dai*/»»* muiieriaU no Apccalypfe,não íahio da foledade , deípois que triun-
fcvifaj^^feMtffvwU iou do Dragão ; vo~ou para eile, com azas de Águia : 58
ahturfciemfi,,. ^ij.oçaijp. & immitou o natural, de quem íçguio a femelhança.
308 Sobre as coroas das penhas nidificaa Águia: ío»
bre os cabeços dos dous montes Sublaco,& Cafilno, fun-
dou S. Bento a fua Religião. Defpois do diluvio deícan-
tç RtquievitqutvArca::; çou a Arca fubre os montes de Arménia. 59 Emomun-
JTí 'Ter}. e^Tmcn'*- G™" do não havia çrofio, cuja em meneia iguala-ie a altura dos
montes; nem ouve vitoria, que le equipara, fe com o tri-
unfoda Arca? por íííò lhe íerviráoos montes de folio, pa-
ra que eítiveTÍe cdíx* ioda amageftade. S. Bento triunfou?
St> ijieii:4Ui!?imhi.-,hitav;t, do diluvio dos vícios , em que naufragava Roma j & fuajfi
tius.ifaiai). para o monte, toy entronizar as virtudes. 60
309 Antes , que a Águia forme o ninho, leva hrjrrj
cordeyro á parte, onde o quer fabricar ; efpedaça,&: come/
a Águia o corpo do cordeyro , & fobre o fangue , que fica^
61 uem JliraUm. Vmd, levanta o berço, éi Na cova de Sublaco, aonde S. Bcn*
todetrezeannos começou afazer penitencia, & a regou
com o fangue, que deyxou npsefpinhos, principiou a fun-
dação de fua Ordem. Pararuina dos idolps( como fica di-
to^) foy efta erecção de São Eento. MandandoDeos a Go
62 Et eâificaiit aitare Do. deãodeftruí-íe a Afíde Baal ,diífe-lhe; que levonta^fe hu
mino Deotuoi» fummitat! te- 1 r i ' j t * i n t
tr*bujuf,fupcrquamaKteja- a,tar >°bre a pedra, aonde o Anjo antecedente-meme, ■Ih-á
cnficiumfofwfti. jHdicHi»6. tainha mandado fazer o facrificio: 62 Satisfez Gedcãõ
verj. 26. „
asordesde Deos; proftrou põr terraoidolo, & abrazou
juncamenreos boíqucs, aonde osgentios Ihecavãn.sdo-
rações.
EMT-^EZJ XV1L 227
rações. A penha de Sublaco foy a parte , que os Anjos ef-
colherão a S. Bento para lugarde ieu facrificio (de Roma
doiss Anjos o vierão acompanhando atéa cova. 63 ") A 6' Vifotomi /i^u;
vi rcude de Gedeão refufeitou DeosnoefpiritodeS.Ben- ' 7*'
to. Gedeão não fez mayordeftroço em Madian no ídolo,
& boiques de Baal ,do que S. Bento em Caílino no Ídolo,
& boiques de Apóllo: 64 hum,& outro Príncipe de «4 u£q»et»rfbHiGeãei*it
Deos levantarão os altares, fobre os lugares dos facrifi- iu,lJr<,«»t'<*p!:bi,f,r<tiiajg
cios; moltrando ao mundo , que a deltrujçao dos ídolos ptem* exTmvit dom* ,v »«.
havia de nafcer daconftancia dosmartyres, figurados no 3/Sí,-5fflt5I5r3Ç
altar de Gedeão: 65 &efclarecidosnosclauítrosdeSáo ?^"«*«y*«»**Aw*dtó
" mctltro^eJfiHo indi8uruf,0'
BentO. raculum tSipollotm evenitju-
310 Nomonte de Sublaco, aonde S. Bento fc^JÈSft^S^fi*
ficou contra os vicios , fundou o Solar: apedra Etites ,& ^ymo«int apudè:neâ.H*f.
e- . , ■ . r tetiumíom, t.K. 1 >,. ik -tu 0.
rmou , & reparou de todos os perigos , roy Bc»ed.
omeímoDeos: 66 prometendo a S. Bento, duraria a V í'"7!!"??Jmi!/are7
íua Religião em quanto exifíi-fe o mundo. O templo de "'«"«Jçf* MaruOrdwh mí-
,-.. ■?'!_• n. J-£ J 1 - noTur.:Juper JuJiccseap 6.
Diana Lpnezina eitava edincado com tal arte, que o nao 66 D«™,>fH,/,MM >»«,#,•<;.
abalavão os terremotos. 67 Mas fe reílfiia aos tremores, hu!'at?mrJ"rA íl-ve^-2-
nao ieizentou dos incêndios. (J templo de bylico, que *et:rr*mc,iutj'ntirct.piin,nf
jgualavaaos mayores do mundo nas riquefas,arruínou-o ' '3 'C"*'Q.
hum terremoto da terra. 68 O Palácio, que edificou o 68 -rerrítmo1usyfte
teus nrfri.
Emperador Cam,em a Cidade Cambalienfe, competia i'>'4'fi,B'^"V",tt'*mcel'-
■ • r, liei- 1 lUudtitnplum corruit , C>r.
riaarctmecturacomotempIodeSalamao: 6<p naopode Zoiwm « u»reu. aturei.
fua magnificência reíiiiir aosrayos, hum oreduílo a cin-
zas. 70 OPalaciodosReysdeMangalu,cominnume- ^ZZat^'1'^'
raveis apozentos aderaçados , & cubertos todos de ouro, 7° Jofiptu* GrccurJc mu
x r n r- • f i a t- -i morahbiisperdituhb.\.C3p7.
72 omeímo pezo Ineiervio deruma. 73 Empenhou- 7, wajoiu*ut.dcMcmcrf
íc ademencia de Chebrene Rey do Egypto, em fazer hum ****••
Palácio, que fofíeettrno,&mcdio-lheaalturadosalicef- t P,Ulsl;b ,,«*a«;
fes, pela que detreminava dar ao edifício: 74 podemays 71 z°feíhwuhlfu?-hh-1-'
o tempo, do que o archite&o : com que hoje não apparece
r ,n . j ,. * ' ,.r fr 74 HercàoBu.hb.x.cab.xo.
mays,quEhummontaodepedras. 75 Os edifícios, que
faõ partosda vágloria,&: loberba humana, como lhe fal- 75 iitm*ofòÍH$*Kff$.
ta o fim, que os perpetua, que he a gloria de Deos,& a uti-
lidade de ícus fer vos, carecem dodefenfivo que os eter-
niza.
3 1 1 Com as excellcncias do templo de Salamáo en-
nobrecéo Deos a Ordem de Saõ Bento. Santificou Deos
o templo, para depofito de feu nome,& emprego de léus
Ff 2 olhos.
■2 sã O P^INCITE DOS ?AT. TOMO 71.
7s saitSipivtJemumbaae Olhos , em quanto exiííi-íe o mundo. 7ó Predeítinoii
auamttdifica(lU,utpnteremȒ) . * ,. . _ ., , ,
ivtnmeun, , ibi ixfcmpiteinum, Deos a cita Rehpiao , para que tempre o louva-iem em
va^.t^cKhwcnbovjcwp,- ■ no mundo ouveíiem creaturas ; perdéo o templo
Temam. j. tleg.cap.g.verjj^ t ' i . • i
77 ibiverf.T.^4tifer*mtf- deSalamaò o privilegio, porqueieu fundador perdéo st
raelâcfupsrf cie temetcS tem- y-\ r o r • - j c - r> ji
phmbocf&c. graÇa- 77 Coníerva a Religião de bao bento aindul-
73 i„ caraeejHsftarefecit uencia , porque íeu Patriarcha coníervou a vir tude. 78
««£«< ijípdeUi. tcdtj. 46. oi2 Naó foy eíta io a mercê , com que Dcos parti-
cularizou o Solar Beneditino: nas ícguintes emprezas as
iremos difcurfando : duplicouihe Deos os privilégios,
porque fe conformou com a nobreza do Patriarcha. A ne*
nhúacaía dosPrincipcs de Ifrael concedêoDeos as gra*
ças,comque autorizou os folaresde Abrahaõ,Ifaac, Ja-
cob, Jofeph ,& David ; nenhum dos Principes os iguala-
va na aícendencia dospays,nemna defcendencia àos fi-
lhos j foraó ramos das arvores mays illuftres}& forac tron-
cos dos filhos maysheroycos. Herdou Saõ Bento a nobre-
fa,quetiveraÕQS Patriarchasdaleyefcrita ,que foy a vir-
x*$ HH ft,pr*- Em^"d^ tude, com quefloreceraõ: 79 Em a multidão dos filhos
■AH . n. 15 H. aittoritats 5 1. . ■* /»
efclarecidos,nenhum jufto,delpoisdos Sagrados Apofío-
los,lhe igualou o numero: Sc a hum Solar aparentado com
80 Dobotiavemâomut Da- a mayor nobrefa da terra, ío Deos havia de fer o defeníbr
^JT^nZnTqTchu/at: de fua immunidade. Guarda dacafa de David foy ornef*
c? ciaudet,^ uo»crit,qUi ape- mo Deos: 80 Aparentou-íe a cafa de David , com todas
nat.lfaiat.i.verf.2.1.. o mi n j ir 1 o r x^
as famílias iantas, & inumes de lirael : & entregarie Deos
da chave , foy para que corre-fe por fua conta o defender»
lhe a regalia. Por conta de Deos eííá a confervação da fa-
mília Beneditina: na infalibilidade de fua palavra, fe conf-
tituhio Deos Confervadorde feus privilégios.
3 1 3 Com asmcfmas izenções , & excellencias , com
que Deos exaltou o Solar de São Bento,o ficarão herdan-
do feus filhos: o ramo de louro, com que São Bento os
metéo de póííe , foy o eípirito , que nelles deixou depofi-
tado. 81 Não me parece, que Deos Senhor Noíio, em
a Ley Antigua fizefle aos Patriarchas, & mimóibs leusal-
81 HarcãHafftmBanepotes gúa mercê , em ordem a izenção de feus domínios, quea
^££%T£$S. náodeixa-íe por herança a feus defccndcntes : muytosa
""'"■ '• perderão, porque deçeneraraõ da fantidade de íeus pays:
mtím, es caftodieriti, ptB.um Como Efàu filho de lfaac; 8c Abfalaõ filho de David , Sc
ínTs^XvIZiflnZ o»tros muy tos: fbraócondicionaes aspcméíW. 82 por
ta.Exiiii9,verf.i6. ifíò he neccflTari o, quefejaavida dos filhos, aditada com
os
E'M?<T<EZA xrii. n29
osbõs procedimentos dospays. Aily autorizou Deosas
familiasltefe«sjfcr\ws.., pára que os Príncipes, á lua imita-
rão, eiinobrctc-iem as defccndencias dos iliuftres. To- 8< Erocujicituu* quocumi
do, os privilégios foraõ reparos , para que predura-fe no %&"*""*' ^"S"-™*
mundo a vircude dos efcolhidos j Sc ally lhes reiguardou 84 Es<>f"<>*e&rtuuffi,m.ibi
D/T' t J J T 1 O O c«P-\%.Virl. i.
cos aspeiiOds,queroyguardade Jacob: 03 protector 8S c(Wf>„w<róW/»
tíeAbrahaó: 84 & de David. 85 Dameíma forte Jhe e'frete8er '»<«<■ W J°-
eiiubellecéo a propagação, avinculando aos filhos
toda a eceyçaõ do folar ; excluindo delle aosindig-
nos, para augmentar, & eftabelecer o nu-
mero dos beneméritos.
j
Ff 3 A SEGUN-
P3°
A SEGUNDA
EXCELLENCIA. QUE SUA PvELlGiAM, NO
Ip^^Sm^ fim do mundo, eíbria rirmepela Igreja Romana^
léfihtrtmèt i»fijeco»fott3b,t. confortaria a muvtos na Fé Catholica,.
*£ E M $ %E Z A XVIlh
3*4 PPlP^Piil S olhos naõ divifaõfem luz; os
Ifa
^£
Toldados nao pelejo km ar-
!$ mas; as praças nao retinem íem
£$/|Í muros; os edifícios naõ duraó
_j7p|jj íemalicefiès,-asplantas naõ crefc
jfS£J^Ê^^ célcm Sol, & aterra naõ fructt-
fica fem agoa: Luz, anna,muro, alicefle, Sol , & agoa he a
Fé Catholica: he luz, que naõ admite fombra ; be arma,
ue não erra golpe; hemuro, a que naõ rompe a baila ; he
aiicefic,
que
bmprezj yjnn. i3i
aliccfil',quç mó arruina o tempo jhc Sol,aquenaõeclyp-
iàa JLu3;fchpagoa,aque não turva a terra. Seniefta luz,
todos vivem eégns ; femeíta arma , todos ficáo vencidos j
íemefte muro, todos eftáoarri Içados; lemeííealiceílè, to-
dos vacilão confuíos; íem eíte SoJ, nenhúa virtude crcícc;
& iciu eíb agoa , nenhuma vida fe immortaliíà. He a
1 eCâtholicaa embarcação, adonde no mar deite mun-
do íal vamos a alma: perde a vida, & osbés, o que no meyo
da tromenta le lançar íora da embarcação 5 perde a alma,
& ptivâ-íencíie mundo de coda a fortuna, quem vive íóra
da Ley E vangeiíca. 1 J(/i quiex dij ^c:jcniu ; •«.
315 A vilh , & o Reyno perdéo Philippe, Empera- f
Joann. Cbtjjijt. hnnil. , ES ó»
dor de Conítautinopla, quando deixou a Fé deChníto. Éj>ifl.adijimoth.
2 . Pela mefma cauí a , os R eynos de Bri tani a vieraõ á í b- tlJ^$$j£?plT»l , j£
geyçáodeOcca. :> E o Império deCanftantinopla,ao c0amaihcncjept*i$<mi-
poder de Pepino ; & de leu hino Carolo Magno. 4 O taf.uwoccuUxipw^uiim-
cetro de I fcel cahio nas mãos dos Romanos , porque Ale- ^S^&^c.
xandra, mulher de Alexandre Jamno,hereje Sabducèo, ffit&fri&tyyhá&fj'***
feguio oerro defeu marido, que pervertéo oculto, com '}"';;!r -,; v.r/^/^.g.^/V.
que os filhos dç lfrael adora vaó ao verdadeyro Deos ; 5 ítàwfffyi* ti:j c ■" -''
o primey ro templo, que ouve dedicado á Fidelidade, foy 5 pjif.bu, ^"M- ',' c-
o que levantou Roma, filha de Eneas, de quem defeendéo xfa^i\r" 'r^'J,'r"
© povo Romani; oqual,íundou a duracaó,& potenciade " Pu^tJq»o4rj>h^om,
kuimpeno,emcqmecarnadediçacaõdeitetemplo. 6 ' 0 zjfoetfiha .- '»'»»>.*
316 Eíle nome Fé,divideflè em Fé Divina, Ec^S' >^-
humana, 7 & Fè politica. 8 A Fè Divina he certiífi- '« ^"^ w-f
Hia?pcinjaii.vcl; porque tema Deos por<jbjecro tormal, ír^ui^odU^uu^M
cmqtuhtQ fuaiow, & primeyta verdade revelante: &&^%t,SJi$!ll&
mfdhncc fikrç poteft. A Fè humana, &oolitica hein- Mx - .. .-.«'o ^;'>' »-
C r 111 1 1 - r farei, rio;*. \ aht.lib.iS.de
Certa, oc laliivçtem.tudo ; porque nao rem outra certeza ;„;,.„„
mays,doque o parecer, & autoridade dos horoés: donde ^'{^7"^'^'
çajlimiyor propriedade íc chama fidelidade humana ,& « hnwtydfcií-finp"*-
politica, uo que te; por quanto lhe falta auchor, quede
jfua fflTencia niópòils enganar , nem fer çingan^lo 5 &i ío
Juieojsiemei^a virtude $8c nas couías pertencentes úFè a
«omauinica a léus Vigários.
■^ij Com a fidelidade humana fe perderão todos,
<]Usnrasieguiãooserros-da gentilidade, crendo em os fil-
íoà Dcufes, porque alTy o diíTerão,& enfinaráo osf.btos
Õeleus tempos: o que (emolira va naimsgcmda Fidelida*
de,
2-2 O T^NCIVE WS $AT. TOMO 11.
de,que os Romanos po7.erão no Capitólio jaqual, era hum
9 spt8ttecji:Ji»*JiTiâti velho, dando lições de Cychara a hú menino, o Seguem
iu Capitólio ima^e 0 nu cumly- _ ... . * • i / 1
rtpucrãdoccuu. mí»í*í tíji, omelmo precipício todos os nerejes,govcrnando-le pela
''*•»»• «*• »«>•■• *«>■ opinião dos herefiarchas : afly o moftrou Euricio Viriano,
Calveniita,deípoisde convertido áFéjretratandoa Cal-
vino,na figura de hum cego, que defpenhando-fe dehúa
eminência, levava trás fi innumeravel multidão de peííóas,
K . . t-. . , „. tão erradas, que perguntadas pela razão de fua loucura,
10 Euricius /inaniu deCl- '■ 3 T i fr r 3
feBio>itvu*fiàeix»p.\.%.-ii. reípondião: Porque aíly o mandava leu meítre. 10
c)l^thut{^d^7J!r\ 318 A fidelidade politica he vida das republicassem
eJúfàem'feHu\ ^pbor. ?oi,$. eHa , não ouvera comércios, nemfociedade entre os ho-
■ 1 ?iJeipr*j!Jhimf>erbt mes. 11 Semelhantes aos brutos iorao os racionaes ,le
l^T^tj^. lhes faltara dia confidencia. Eraõ innuteys aos Príncipes
/«rum Re^úm , tf érindfut», todas as cautellas; & aos preíidios as forças, fe os não con*
títitojirijkacjiJtperiuduciat r ,. , n • J
atqucorttores finem immambiu lolldarâ Cita VirtUdC 12
bcdvs imponit , tfr Bapt. ittlg*
tnjj.b de fiJe publica.
., ^áwAíi uicoiioquiumve- Hdc^S am'tciti<u longo pofl tempere firmai,
titrttnt ,atque eotloquio fadus -. t n 1 ;■ 7.1
addidcrunt .■ tf a,,l prior Co. Manfuroque adamante ligat, nec mobile mutat
lngenium,paru<ejlrepitu nec Vincula nox*
rmniiu tn GaUicis Cafirix cum
Pitro , ul palam miliaptx ony
titiui dec!jra,eínr,pr*nd,f<ct, jDijTolvipatitur, neefaflidire prtorem,
fofindie ad (pular in ca/irit y~j 1 o 1
Jiiit P ttrum excepit ,ubi eu pro LlaUCtta. 2. OlU.
prandio cepit, atque incarcerc
orad.t. Idem hb 9.caj>.6.de „ orJi-JJ j r •
Pr*fidia. Algus tomarão a elta fidelidade, por capa de lua incon*
ii\li?q^p7oZluZ^o%'u fidencia. Confiados nas pala vras dos homés,cahiráo muy-»
f-Ki/*'» comen^ opera V». tos nas mãos da treyção. Hum delles foy Pedro , Empera*
hry Max,m.T,t.de?rodu8wn. . . . J* _. . . * . . . „ .* .
n erinctpsabfqtiefjehuu dor dos Latinos, a quem 1 neodoricoCominio, Príncipe
t^^^d^!:; de Macedónia, deu amorte entre as celebridades das pa-
16 infidchtPrincept Honcji ze$, que havião publicado. 12 Com razão intitularão os
JJominus fedhumiliJIimtu fer- T,.,^M . , Vi j n ■ 2 o T
-•'in.DwgcnttLaert.apudEu- Hiltonadores a 1 neodoro, o Príncipe cego, & iem pur-
tt^Ã^fí^,-PQ»: 14 perde de vifta a fortuna, 15 & defpoja-íe de
rerefouuu efi.TurpijTiniufte- toda a Mageftade , o Príncipe, que falta á fua proméífa.
*>ime;tfidcr,,fallers,inRc7ibuf / r\ > rln r\ A £T /' CL* rj
■vtroiôHgcntrptvA. fan0rm,u- *o Uezia ElKey Uom Atlonlo o babio, que lendo a
T«^'V ?'%■ Kehu':, infidelidade em todos o mayor defeyto, era nos Principes
i!S l urro fiiem tn manibui . I'i- rj ■»/"•
+Araba adeo cohbanuutfjdu* abominável. 17 Os de Arábia da vao por fiador de íua
neelvtitjHtta maior» d.tiu* Palavra o próprio langue,que tiravao damaodireyta,lan-
eorum,qu, f^urini,eKt,hpi. çai1do-o fobre húis pedras , que tinhaó dedicadas para ef-
tteqindim *It[o.tntintt-jqi4e in- * _ ., t '* -,. *
iefiocco»ciapiãibu,fiftem,aui ta luprefliciofa ceremonia. 18 Efe a fidelidade hedef-
firentinbunc llTunt o/npjrali 1 1 r 1 r> li
.lUtujuUinurtmOrauKó A- empenho do langue ; deve ler o mayor empenho dapur-
hhtnomm,bu,un,cuinv3c>tis. pura. Attilio Regulo foy exemplar da fidelidade politi-
Pieriur Valttianui lib. )\.de c P. ' L ^ , . r \ _
2w««». ca j porque íazendo pazes com osCartnaginelcSjluíten-
tou
Cotia amifade no tempo, em que osdeCarthago eftaváo
defmuhidos de forças. He cerco que o guardar té ao ami- 19 infMcttMttftmJ&vt*
, . r . 1 c 1 c j ttlbi!Mri!iiume/l**iJctur,verS
íjo,quandodelamparadodaiortuna,neamáyor fineza do cumqUiftumi*»m a aiaai-
^^ tjieconjiaiítpernianet.iâomni
«ttilUI . '7 nvomemcrta rítinendwn e> it
iitnofh.lib.^. úc reltttf Gtdc.
Stat nuUa diu mortalibus ufquam7
Fortuna tkubanteyfides
Siliitó Italicus 1 r .
Aplanta em quanto tem fru&os he aífiftida , & defam-
parada defpois,queosnão tem. Refizeião-feosCartha-
ginefes de forças, & rompendo as pazes, que tinhãofey to
com Attilio,náo foy baitante, para queefte,quebraiea
palavra, que lhes havia dado, de ferem todo o tempo fiel
amigo dos Carthaginefes : perdéo Attilio a vida , mas im-
mortalizou o nome.
•
Ser anta clarum nomen , tua Regula proles^
Çhálongumf empei fama gltfcente per teVurn,
liijidisJerVdJfefidem mcmorare Pmiís.
StU. lib. 6,
5 t 9 Só a Fé Divina he a barca , aonde navega fe*
guro, quem nella faz viagem: aqual, ainda queofenxida
figurativo a compare á embarcação ; não recebe paíTagey-
ros inconfidentes: as ovelhas, que não forem de hum fá
rebanho , & apafcentadas por hú io Paftor , que he o Sum-
mo PontiriceTnão podem entrar nella. A Fé Catholica
he fymbolifada no monte de Hifchara,aonde não fóbe pei-
fóa,fem que primey ro fe lave nas agoas,que cercão o mon-
te. 20 O bapnlmo heaagoa,em que pnmeyro ie na ra-vlhbu,v,bVut.%.âcku»ti.
de lavar, quem feouver derecolhcr ando da Fé. A agoa *«'•'»">«;. 7.
doBaptifmo tem em ti a virtude, que a fupreftiçaõtõlfa-
mente atribuhio a outras agoas. Os efleytosda agoa do
poço Ilmalc, que deziao^clarava os olhos, 21 heavir»
tude da agoa do Bapciímo , que abre os olhos d'alma , & as
pói tas do Ceo. A virtude , que fmgiaó em as agoasda ton-
re de Oecia, apelidando-as criaga contra todo o veneno;
12 faõ na realidade os eflkytos do Sacramento do Baptil- X1 ijem,n.
mo. A «.alidade das agoasdo rochedo de kbruth , tão fubí-
Gg tancial,
I o TtâtrUus Jt trflh a Jt mi
i -4 O I^INCITE DOS VXT. TOMO 11
Mncial, que muy tos de feus moradores não uzaváo de ou«
i, idimihK tro luftento : 23 Foy chiméra da antiguidade ; porque
fó a graça que infunde a agoa doBaptiiino, heovital ali-
mento d 'a Ima. A opinião de que as agoas da fonte de E-
quipara eràovenenófas para todos aquelles, que defpois
24 lâemdivifione II. . n r n- - - l
deagoitareiníearieyçoavaoaovinrio, 24 amuytospa-
rece'ofabulofa ; náoalíyacalidade daagoa doBaptiíinoj
porque dá morte eterna a todos , os que defpois de a rece-
berem, apofbtarão da Fé. Affirmáo muy tos , que era pro-
2? riocatiu, afuã Mayohim priedade das agoas de Amoíanto , matarem com feus
coUo^.xz.nuti.LtcHi. vapores as aves, que voavãofobre ellas. 25 Conhecem
todos osCatholicos a infalibilidade, com que osherejes
fecondenáo, querendo voar com aspennas de feus erros,
fobre as agoas do Baptifmo,que receberão. Prohibia a gé-
tilidade, entrar no templo do Deos Incógnito, fem pri»
mey ro ter licença do Sacerdote,que o adminiftrava. Som-
bra parece que foy da Fé Divina, facrofanto templo do
verdadeyro Deos, aonde ninguém fe embarca neftaNáo
de São Pedro, fem primeyro render obediência ao Sum-
mo Pontifice Romano.
3 20 Os que fe embarcão levão matalotagem,de que
fe fuftentáo : na embarcação da Fè cada hum come do feu,
ninguém do alheyo: quem nella faz viagem , fem levar o
íuftento das boas obras, corre perigo: conforme o mere-
cimento próprio, aífy he abonança, com que navega. Ne-
nhúa ave voa com húa fó aza , todas voão com duas , a Fè,
&as boas obras faõ as duas azas, com que voamos para
Deos ; húa, fem outra naõaproveyta, para chegarmos ao
Zi^S&lf^Z- P°"o defe jado. A Fè Divina he raiz, & principio de toda
jamemumtJificaveri,, Ucfo- floíTa felicidade: 1 6 Com ella,nos difpomos para a me"
mns^ofictmetcedsm. Inor operação, que he crer os artigos da noíiar e; razão,
Mmhof' Ub' dt G'im% H por onde S. Paulo chama á Fè, fubítancia \ porque aífy co,
mo a fubítancia entre os predicamentos he o primeyro na
ordem, a quem os maysíe referem, como afugeyto,quc
he fundamento de tudo, da mefma forte a Fè , logra o pri-
meyro lugar, entre as virtudes Theologaes, como baze de
todas. Mas de tal íórte tem a Fè em fi elta primazia , & vir-
tude , que ainda , que a tenhamos n'alma , & no entendi-
mento, não fendo acompanhada de obras meritórias, he
tomo aefpada, que não defende do contrario , quando
pófia
EM PREZ A XFIU. g35
pòfía na finta, fenaó quando empunhada na mão.
321 Opeyxeílemora fendo pequeno , detém a húa
embarcação, pormayor quele;3 ; contra as forças da R.e-
niora náo valem as fúrias dos venros j com que põem a
náo em termos decalmaria. A Rcmora , que impede nave-
gar a embarcação da Fè heacuipa mortal: heFèmorta,a
quefenãoaíToceyacomagraça;& Fè viva,aqueanda jun-
ta com ella. 27 Suppoíto,que outro peccado não faz
perdera Fè,fenãoa culpa de inconfidência: 28 He cer-
to, que com a mortal, eCtí a Fe arvore feca , porque a falta ,7 j,fwf „;„ cerp„, f:ni
àà charidade a náo deyxa profeguir o rumo, 20 pela^'"'"™"""™'3''",;^''
J j • r /me cpenbus mortua til. bpijl.
carência, que tem a creatura de merecimentos, quefaô Bc«uj»cob.csp.i.^x6
osapreftoscom que a embarcação da Fè fac*osm<Ks t*JXX^Q&
defre m undo. fimper smitti,jutfdem,e,Uic
T T . . . - rtmanct »on efíc -vetam f.dcm
322 Uza o inimigo commum,para que nos laníemos Ucctrsfitviva.auteum^uifi.
fora da embarcação da Fè, dos enganos, com que o feytií- Í^ÍZ^T^^ZTcL
feyroMachro tirava os peyxesdomar j para efle fimef- aihiridait.feff.ó.eap.zt.
tendia na praya húa rede, naqual reprefentava aos peyxes t«\9 Jd%i«í!*Ti™fP**'
in3r,ouriofucceíi!Vo,commays fabordfasagoas, doque
erão,asemquenadavão:& conforme o natural dopey- '° f"m If'r1be ie °zenon
. r '. 1 /r 11 r ».{ X tecla* acundeia; fabular. etP,
xe, que dele;ava prender, aíiy lhe repreíentava-ofalío la- 36.§.5.
bor. 30 Da meíma forte o inimigo, eftende a rede de Aia
folia do£bina,com enganofa apparencia de verdadeyra re-
ligião; aproveyta-fe de 3lgús dogmas fantos , para cõ elles
hgurarna rede , que nosarma , continuadas as agoas da Fé
mays pura. Os caçadores encobrem com ramos de arvores
as malhas das redes ; & efeondem entre os ramos varas.vifc ^j| ***
cofas : aíTy o inimigo commum.
323 Ofabor,comquefazapetitofoovenenode
fuás agoas, hecom o gofío da liberdade, que dá aos vicios.
Muytos defamparando a embarc3ção,ficarão na rede^pri-
faó,3donde o mefmotraydor ferve de verdugo; executan-
do nos delinquentes oscaítigos,comqueafabulofa anti?
guidade intimidou os ânimos, para aflegurar aeftimaçáo
de feus foi los Dcofes-, dizendo , que Júpiter transformara
em Lobo a Lycaonlley de Arcádia, porque o tratou com
engano. 21 Converte o inimigo na fereza de Lobo,aqué
dc\xou a ílngueza de ovelha , lendo infiel a leu verdadey-
roPí.ftor. Affirmaváo,que a Deofajuno privara da fer-
mo lura as filhas de Preto Rey de Atcadia, transfomian-
Ga 2 doas
2 )4 o ^mciPE TjOS $ât. tomo n.
do-as em vacas, porque íc eitimarãoem mays,doqne a
ft Ravifi ihCffid.tit. Con. Y)toíá. 2 2 Tira o inimigo a fermofura d'alma , que hc a
temores D cor. 0 r> L>.J- - r \
graça,aos que íaltao a Deos com a obediencia,por nao ra I-
tareniaficom odeleyte. CreerãoosKomanos,queade.
9, campana de filada bo- clinaçãodefeu Império procedia dosdeípreíos, que Nero
P""*w"M-§-7°. fazia áDeoíaSiriaca, a quem adorava: 55 &queosíol-
34 Ji/s.jc. dados de Alexandre perderão avifta pela deíèltimaçáo,
com que íeouve Alexandre, com aíuaDeofaCercs. 94
AfligeoinimigOjCompremifiaõdeDeoSjasMonarchias
daquelles Príncipes ,queíe apartarão da verdadeyra Fè:
Sentio-oEfpanha, quando com aentrada dos Godos fe
introdufio nella a fey ta de Ario : vivendo em perpetua cí-
curidade os vaííallos, porque falta em feus Príncipes a ver-
dadeyra luz da Fè, que guia a todos. Fingio a gentilidade,
que Eneas encontrara no Inferno a Phlegyas Rey dos
Loptyharos , encomendando a todos os Monarchas ào
mundo, que para eftabelecerem feus Impérios era necef-
fario,não faltar aos homés com a juftiga,neni a feus Deoies
com a veneração.
^ — .. ^blegyMquèmifemmmòmnès
Qjí dmonet, £2 magna tejlatur Você pêr timbrMi
IDiJcitejuflitiam momti> OS non temmre Divos.
Virgil.6.j£mid.
A perpetuidade dos clauftros Beneditinos, (Berna ver>
ttiííUBça adonde defeanção os corpos de infinidade de )u£~
tos) eftá amoeftandoatodaa Monarchiada terra, que a
feentarfe do naufrágio he effeyto, de nunca por o pé í ora
da embarcação da Fè.
•• 524 Foy grande ademenciadoshomês,quetendoa-
tnor á vida,fe reparão da morte com outro eícudo,que não
foíTeoda Fè. Se o Capitão Prepenna temendo a morte
«ntre as diífenções , que ouve no exercito com a faka de
\% Nama Pempeianú Jefre- Sertório, fe enclauzurara naen barcaçãodaFè, aíTy como
tt^ffiãZfcJXi fe efeondéo nos arvoredos dos bofques, 3 5 logra ra a for*
iicufidntHçap.ii. tuna do Capitão Aftafio Seracuífano , quebapriiando-is
navefporadodia,emquedeterminavadar batalha afena
contrários, veneèoa todos 5 & deyxando defpois a milicia
letirou-fe para hum dezerto , adonde vivéo lançamento
cqh-
mia viven
EM^^EZJ UVItt. 237
cento, & hum annos. 26 Se Calígula emluear da cinza, *6 ^^r^cifcoâe^r^^
. . , J , ° ° vida de ciai 01 imor.es tu vida
lomqtie cobria a cabeça, quando ouvia os trovões, 57 de^fLcio.ht.^.
a lavara com 2^oa do Bapnirno ; fora como Perufio Haí- }\ &"<?* "*r«>"™<'-
o _ I / , _ interior? ÇHia in L...i!gttUí,tt~
rheno^quedeipois de convertido áFè,ckleytoMon)e, •>"•/«" •'/"""«'•'í:"» «**'
• 1 p 1 • ■ .-- cum luptib JTimtu cf[d, ad om-
teve tanta virtude, que íe reparava comoabito,dostan- niafuigu,apivmS\vduú,n.
tafticosravos, com que o Demónio o queria moleftar. 38 ^í/^SfH^f**'***114
Toua acreaturaíora de leu natural perde as torças, & a- j» ídcmPjrancjiudit.e.
bieviaa vida: nenhum peyxevivéo torada agoa 5 nem ra-
cional algum,dentronella.
525 Não foy menor a ignorância de muy tos,que de-
fejando eternizar as patrias,&livralas dos infortunios,que
padeciáo, íeguindo o confelho do Demónio , a quem cha-
/-v 1 L " /* 1 - iT"r> m Souzath. de mirabilibut
mavao Oráculo, hus, felançavao no mar, como íez Remo ^^««./««w. '
EíTenej 59 outros, feenterravão vivos, como fez Claro
Vetuftano: 40 muy tos facrificaváo feus filhos aos Ido- 40 ií/Mf-*y
los,comofezAuftroCapitãodosTartarosj 41 &forão 4'
innumeraveis, os que enterrarão nas aberturas da terra,
grande foma de riquefas, para com ellas mitigarem as ima-
ginadas iras de íuas fupreiuciofas deidades. Todas eftaso-
bras, que parecem impulfosdoamor, foráopaitos da ig-
norância, porque com elles não eternifaráo as pátrias, não
evitarão os infortúnios, & não confeguirão as felicidades.
Honra da pátria , utilidade dos fubditos , & perpetuidade
dos Rey nos foy a refoluçáo, com que o Emperador Conf*
tantino Magno, & Requeredo Rey dos Godos emEfpa*
nha abraçarão a Fé de Chrifto: com fe lançarem nefte mat
de graça, defterrarão de feus Impérios as calamidades, que
trazem contigo as hereíias. Augmentou a eíumação da
ThebaydaS. Paulo Primeyro Ermitão fepultando-íe vi-
vo em húa cova, aonde começou a fazer penitencia de ida-
de de quinze annos. Afíègurarão aeítabilidade de feus ef-
tados Equicio,& Tertullo confagrando a Deos íeus filhos
Plácido ,& Mauro debayxo da obediência de São Bento.
São Domingos Patriarcha dos Pregadores ,&£>. Francif-
ti í co Patriarcha dos Pobres, com odefprefo que fizerão
dos bés temporaes, repararão o golpe,com que a indigna-
ção da divina jufiiça determinava caftigar o mundo.
3 26 De todas as perfeguiçócs foy combatida a Re-
ligião de S. Bento, não forão fó os Herejes, & Gentios, os
que a intentarão extinguir com fuás aueldadcs ; por todas»
Gg 3 as
a 38 (9 P?{1NCI?E WS TAT. TOM. 11.
as viasa folicicou atenuar o inimigo commumconuodo o
41 Titifitmmiitniumiumt- generode tentações ,& de tentadores. Qual outro firma.
mento íituado no meyo das agoas; 4a eiteve ahehgiao
•Beneditina firme no combate de tantas ondas : oeicudo
4» SoUm igitur certum fi,- cõ que fe reparoufoy o efiar firme na Fé : Virtude,que li-
r^qurboHumcfífiJrs. &« L j j f j So(Joma a piaab do incêndio de
íMgnfupitmcrtuniydrpuifivu Terjcòj aos três Meninos,do rogo da fornalha ; a Noé, das
ctiiativum&c. rhih HebrMb. agoas do diluvio; & a Daniel, do Jjgo dos Leões. ÍNao tem
í/í ./»"*. »»».!, que temer ruínajquemíeeftnbarneftacolumna. 43
íilga yTííVí iw/fXd Dío trepidantiafirmet
Pectora ; S> in maftofecurum tempere, tempm
(Práfumat confifa Dco , quianon metuendi
Caii/a timere Deum, quem qmfquis non úmettinum
Omriuijura úmet,fidant legiombu* ith.
(Perfugio que parent reparatis mama muris
Nullafalutifèri, quibus cíiftducut Cbri/Ii;
ISlos Crucis inVicl<efignum , ǣ confeffto mumt.
S. Taulhms Carmine natalittj. b./õ/. 277.
Toda a anciã , com que a Alma Santa dos Cantares pc«
44 uiicimibiubipjfcat.u- dia afeu Efpofo,lhecnfma-feaparte,adondeapafcenta-
li cubm in meridie.nc vn"/tri li » ■■ i c
iacifiam. Cam. i. va os rebanhos para nao errar o caminho , 44 íoy, que-
rerfeaííegurar na Fé, porque kbia era certa a perdição
dos que fe a parta vão do rebanho de feu verdadeyro Paf-
4í oSui,fir,»;nev*â^iH ÍOTt para livrar aRuth detoda adiígraça,lhe encomen*
tUerUm agrumad colliginâum, . r _^ „ Tl f /• • J • l
nereeeãetabboeioeo. douleu parente Boos , naocoine-ie aselpigasdotngode
Rmb.cq.t.virf.9. outrocampo,fcnãodofeu. 45 Figurava Boos, a Chriíio
(he commum ) oqual,fendo Senhor do univeríb não reco-
46 ^iur-Ht-ntít*: ^e-fe porproprias, fenão as terras, aonde fru&ifica afua
cuu ,quituí fiàtsQathoiit* in Fè : demarcação dentro da qual fe acha a gloria, & fora
Jw «ifiqviwn eorum compra- \ \\
hidi>-u,nt<UiU»,>r.,icircove- delia o tormento.
ít,Tco^pZr::£í .PI Coiníemelhanças de embarcação ficou a Reli-
u,iHfHmmtvivnntofinionum oúo Beneditina , íituada no mcyo das agoas : náofíucluar
íncmflantiit. Mjgalmur faeer r r s o
Canxie* Moyfi , tf Benedúi. nas tormentas ioy , porque conlervou as amarras ; 46 &
*£™re£''A*nmt-*J'*i*' nunca perdèo a ancora da Fé; 47 as amarras que aííegu-
47 Sicut. inchara j*Uad: rãoeita embar cação íaõ asboas obras; asquaes iempre a-
tuvi,bnic ptrmittit ejmciícií- , i - r i i • i i -\ a ' i o t»
fcrre.hctt venti co-nmovUm, companliarao a haelidade , com que os Mondes deS. Ben-
&&%&*»*&&:& è toferviráoaDeos.O Eterno Pay prometcoa São Bento,
Uttr, de nunca tirar os olhos oe lua milencordia da ReliciJao,
me
E MV REZA XF11L q;p
q;;ccFte Santo Patriarchahaviafundado.Duascoufascer-
uficou Deos a S.Bentoneíla promeffa: a primeyra foy, de
nunca íaltar a feus Monjes a charidadc, de que fe anima 48 ^àcaím^a2muKcra
a re. Porque o naoolhar Deos para Caim , nem para a 01- t„/-s. J ^ *
fertadoíacrificio.quelhceftavaofierecédo, .4.8 fov,oor n*9 ts™?/léi'.CHl'h'uit.
i, • '11 rí 1 j j Zr 1 l *fe»tjf«í« »««*<*«« íi*riwr*.
que a Caim lne faltava achandace. 49 Aíesmnda cou- Df*u*ii,o,„*f.
Í3,que Deos certificou a S. Bento foy,de nunca feus Mon-
jes duvidarem da FéDivina: Porque odizer Chriftoaos J^ÍJÍ^wt!'
trcs Difcipulosde Emaiis, que íè auzentava delles p3ra ,V &**^*** •«•'#*«***
muytoionge: 50 loy, porque os Diicipulos eítavaodu- x,t(eu«g,u.< ire. p.G,cg0r.
vidofosnaFédeChriito: 51 & com a protecção àWi~ Mí'*-'"tl6""1-
na , & companhia de Deos, que tormenta pôde ha ver,que
feja tormenta , & não bonança ? Que morte pôde haver,
que náo eternize a vida ? Os que a perderão nadefeníada »* ~à»»"<** p-*v° , àufjpt*
e,reitaurarao por eternidades a vida,que unhão por mo- imfme^ki^wàiamorfa
mentos:Falfaméteocreiáodeílosiudeos: Zi &osDruy- *^Jíèm%^:7*ri,,>f'
des de França , por íflo pelejaváoiem medo da morte.
Inde ruendi
Infmmmmens prona V/V», aninueque capaccs
Mm tis ^ & igna\>um ejlredkura par cere Viu.
Lucaimslè. i; (Pbarfali<e.
■ ■
3 iS Permittir Deos,que fe levanta-fem as tromenta*
contra efta Religião foy, para certificar oshomés davir^
tude que lhes infunde a Fé. Creou Deos os anima es vene-»
nofos , antes que crea-fe o homem á fua íemelhança : 5 5
File, vivia no mundo commays commodo, fe Deos não íi EifahDeut BeftiMter*
creara nelle,aquelles brutos; mas cercou ao homem deites Genej.í. ver/, ?.s.
oppoftos, porque na Fò,con) que muy tos juftos os doma-
rão, & vencerão, conheceifemos, quea fereza dos contra- 54 c0^i,v,,r d^/.í? s„-
tios 10 tem actividade contra os tíbios na re. 54 íNaoic~ évMí,^ cokttUcaíii Lema».
conhecem as feras neíteshomés,a íemelhança do Crcador5 D-B"ft'",t-
que as domina , nem acha nos perigos a virtude íobrenatu*
Tal, que os rebate ; com que náo temrefíftencia as forças
inimigas. Em quanto S. Pedro efteve firme na Fé achou
firmezanas agoas ; defpois que duvidou, fomergia-fenci- ^ ^m^flfwã^e^ti
lis: z< perdèoS. Pedro a virtude, que iuftentava oele- &«/**/?</«$ «>■<• •«•■
mento, quando iheialtoua re,com que pTincipioua cor-
rer nas agoas; fe permanecera nella, náo temera os ventes,
&
r
iS
240 Of^KCíBE WS ?JT. TOMO 11.
&confmnara o triunfo. He dilatada ararrcyra , que ha de
56 Cíiffum eoiifumav} ,fiât profeguir efia Ordem, para alcançara ultima coroa: o rim
fcrvaviíinnhquo repofita eii *_ ° j i p OLJ Lr C
mu» carona juiuii*. %. ai Ho- do mundo he o leu termo ;& na de publicar o leu trono:
^'iZ^odh^utn^o^6 poiquea fidelidade, com que em todoo tempo ha de
tecípiat corona tua. ^pocaiyp, fervir a ftu Deos, a prelervará dos encontros,quc a podião
arrifear a retroceder o paílò,& a perdera coroa. 57
320 AFéhehúa efeuridade de tal virtude, que com
* nJesejiceriituâoãey,rt- ella infalivelmente cremos , o que nunca vimos ; & temos
hmqu«fuKU*ftc,acf,,amcx- certeza , do que lenão ve : * A cita luz efeura , mandou
^m^uunvujubfijiunt. cb,y. Deos , ao Preladoda Igreja de Laodicea , lhe ajuntJ-fe o
uharitêuíiiesefiftertndi- ouro da chandade , para que unida com are pode-ie o di-
rumfubfta»tiarerum,arglmè- co pre]ado uzar de veftiduras brancas : <8 pois íéeíbs
uii H*breos eap. io erao prova , de que no íugeyto , que as trazia , elta a Fe vi-
c/&f^tSr^ va com a charidade ; não faltando efta liga, em os Mon jes
ica<niaUr*migr,n:impribMiiy fe São Bento, como he o feu abito de cor negra ? Não le-
utiocuphsfioffS vsftimgtUal. 0 n • \ r ri- «
ih"iaã»»rit Ufocai.&vtrc «>os , que o Santo ra tnarcha uza-íeem ieusabitos deou-
queeftafeja açor dequevifiáoos Monjes, com tudo os
Beneditinos nunca uzaráo de outra, porque o exemplo
de feu Fundador foy para elles precey to inviolável. Don-
de, tacitamente ordenou a feus filhos uza-femfó da cor ne^
gra: Pois fe Deos mandou áquelle Prelado, vcftiíTe do
candor, dcfpois de íerperfcyto na Fé 3 como não ordenou
São Bento o mefino? Se Deos decretou , que o nevado do
vefiido abona-fe a efeuridade da Fé , S. Bento porque não
difposomefmo,fendoPay dehuns filhos, que guardarão,
ckháodeobfervar a Deos a mayor fidelidade ? Por ventu-
ra, intentou São Bento accumular fombras, aoque deíl
heobfcuro? PareíTeque fim \ 8c com intentos, de que feus
Monjes foíTem osmays perfeytos na Fé. Denoyte infti-
sgEgoacccpitDomiHo^uoJ tuhio Chrifto o Sacramento ; 8c de noyte ocommuriga-
iStrtiiài vobit , triioniím Do- - I^VT I o J a 1 1
r»i»usjcfuS,inquaKodeira- tao o DílcipuJos : 59 o Sacramento do Altar he por an-
iebatHt yccepit pane». <,&. thonomafía omyfterio da Fè ; por fer entre todos osmyf-
i.êJConnib. 11. xcrf.ij. . J ■ \ p > p ■
tenosomays efeuro ;Sc ajuntou Chrifto a efeuridade do
myfterio, a efeuridade da noy te , para eníinar a feus Difci-
pulos a terem a Fè mays pura, & perfeyta. Em infíiruhir
6a Etigit EucbariFriafljem Chrifto o Sacramento de noyte, foy documento, para que
fnecurwfitute, tique iJ circo _- • „„. p p ■ p ■ » 1 c 1 • n ' \
Jcneae,n.ndeài*,nftituta. ni° 'ntenralem eípecular a eícundade fcucharikic;* ; 6o
cofma Mxgitinu, m Canii. porque em não cfpecular os myfterios , confifte a perfey-
f<Jio.9.annoiatis. II. tltul. *- *, „ . .. * r I n. ■ 1 t- t r- r i
•J/ar.*, no, cao íloCatholico, tk a lubliancia da Fe. Elta doutrina,
que
E M T %E Z A XVU1: 241
que Chi iílo nas peíloas de feus Diícipulos, deu a todos os
fieis iníikuindoo Sacramentodenoyte,arecórda o Piin-
cipedos Patriarchas a ieus filhos, mandando-os veftirde
negro.
350 Se jánãofoííeefte augmenco defombras,para
Chriíto abonar a ianridadedos Difcipulos;&c São Bento,
a virtude dos Monjes. No principio da vocação de Moy-
fés apparecèo-lhe Deos por entre chamas de fogo : 61 w«/tó^£22£S£
Defpois, quefe fortaileceonaamifade, & foy mays fanto í,,i:wJ- »• tírA-
Moyfés, nunca Deos lheapparecèo por entrea claridade
das chamasjíènáopor entreotenebrolodasnuvés. 62 E , _,
elpeculada a caula deita eícundade,ioy, porque como ™*ui>e:iocutu,t,ftauumD.o+
Moyíèsem lua vocação tinha menos virtude, neceffirava m'"H*adla<>ífem-lhi »6W-
deluz, quelhemoftra-íe a Deos ; mas como defpois teve
maysfantidade, erão neceíTarias asfombras,que lho ef-
conde-fe. 63 Moyíès tanto feaugmentava na Fè,quan- 6* Curqui i» principio vo-
■ t^. o /" v • ' • cationhMoyfu adDei família*
to menos via a Deos : òc tanto ie diminuía , quanto mais o riuiemjiiin ,,, ,-«»« fendido
lograva. E he próprio do mays perfeytocrer os myíterios, •tfruit'p*Pv",mf*militti-
o r J* j o 1 Utt c"'"''1 Ui0 ,m'">ret fecerat
quando mays eicondidosj Sc argumento de menos virtuo-/"»2«/«"j »e« >» flamma igmt,
io o íer fiel iem tantos embaraços. %,'- £';$ $ Tl
221 Caufa admiração a todos o grande numero de bui D'™'' cmvnfatur.tamo
rl1 q. o t^v pi r» !■ magiteafJtiblimioretelSecom-
hIhosbantos,òc Doutos, com que ie ennobrece a Reli- prebenàit^vsiuuinúrd nfa*
giaõ Beneditina 5 mas he , porque íe nãolembráo ,de que 'TS^SJSS.aSS
S.BentofoyoPveftaurador,&PaydaFéOccidental;&he 'W- "
Patriarcha de húafamilia, que entre as mays íieligicfas,&
Santas , de que a Igreja de Deos compõem o feu jardim,
tem o lugar de Perpetua, na Fidelidade. E os filhos de tal
Pay,nãopodiaõ dcyxar defer os mays luzidos. A Abra-
haó diílè Deos \ conta-fe as Efircllas do Ceo , para taber o
dr JTl • i-> - i i-x <54 "Numera SleUa<,fi tairlt,
e ieus deJcendentes. 64 E nao achou Deos #f,tefitf*r*t»uum.Gtncr.
outracoufa,a queníTemclha-fe os filhos de Abrahaó,fe- «J-«íf'i.
não ás EftrellasdoCeo? Comjuíb caufa: Intitula-fe A-
brahão Paydos Fieis: 6< Eos filhos de tal Pay brilhão
dl r' r~ n 11 ,'ii y. ^5 Pater ciznium creJcntiu,
odaiorte,queas EitreilasrclplandeccmnoCeo. ^idRomm.^verf.11.
Filhas do Sol chamou 3 gentilidade ás Eftrellas : No Sol
tem S. Bento o feu retrato j Soldo Ocádente , he hum de feus
brnzóes ;& feas Eftrellas faó commumhicroglyfico aíly
dafantidade,comodas letras, náohemuyto,queos filhos
defteSol, Sc de t<:l Pay,foflèm innumcraveis, como as Ef-
trellas, Sc como cilas luminófos.
Fih 332 Apihv
242 O ¥%}KC1$E DOS TJT. TOMO 11.
332 A principal razão , porque os filhos de hum , &
outro Patriarcha,de Abrahaõ,&de S. Bento, tem a Tua
femelhançanas Eftrellas,he, porque as Eflrellas fónodia
66 SteíiacadentJeCah. do Juizo hão de defamparar oCeo,adonde andaó fixas:
t"umtíuim^Aiiíg,vttbo 66 Nas Eítrellasfe reprefentao os fieis: 67 osquaes íó
£ua''- no ultimo dia hão de dtyxar a Fé 3 Ceo, adonde (e firma-
... r/. rão;porqueneflèdiahaódeveroSenhor,emquecrerão.
juminií. int. 21. 68 Os filhos de São Bento,aíly como as Eítrellas no Ceo,
em toda a duração do mundo hão de efiar firmes na Fè
Catholicaj cite Ceo, he a fua embarcação; &efia,a
fua ordem } donde não haõ de lahir atè Deos vir
a julgar. Origem,& motivo de todas fuás
felicidades, porque fora defia em.
barcação,náo ha ventura.
TERCEY*
TERCEYRA
EXCELLENCIA:
Qjm TODOS OS QUE MORRESSEM EMA
<U, Religião li WVKHÓÍ& Iene!!,, começaflèmaviver ;„^:*>1"£S
uul , & nio emend iff^m a vida , ou fc confanderiáo, ou os Apsiwcipiq vvtre&ni Je«
lin^naoiora ,oa eiies memiosdeyxanaoo Abito. ? fUntijicitut^eiferjè^rt-
àielUT. D.^/innU.ubi junJ,
E li ? %E Z A XIX.
333 g^^gg^g E a fecundidade da terra dera
!|i^^^p!| todaacftimaçãoaosfr»£l:os,te-
ÉSRÉ^jJ ria igual preço oinfipido, &o
\í||| f.,borofo;outil,&odcfnccef-
I fario;oroetal vil,& oprecio-
Sffi^^Si fo. A mefma terra, que produz
o trigo .aia o joyo :& da mina donde íay a prata, fe tira o
' Hh a ^
a 4 ô: O T7{]NCr?E DOS ?JT. TOM. II.
cltâiihoj&nciuporiíío ojoyoremacftimaçaó do trigo;
cem oellanhOjO vallor da prata: hÚ3s mclmas entranhas
oscriáo,;& os produzem tãadifYerentes cm o natural. &
i staHHumemKíamttâtta^ pfefttmo,queo ioyonáohemanjar,& o trigo hc í iii íéto , o
corpora fiãK'H.qiiibui aJ mix- * , , , , ,- n- - V \ -
iu«,fmnui5 m 'propor nimi- eftanho hcdc natural tao ruíiico , que nao figa com nenhu
*»jiecit*it* ,q«* j»a,b,iem mctaj. I & a prata.de natural táo benigno, que lê amaca
hb. i.^-Jkb. «pui Gemmian. com todas , 8c com todos liga. Aparta-le o tiigo do joypfc
db.zde MíJ.ilis cab.\6. - >-/ti • o J„ Cl i C
■ i socrau^^Ld^fo para nao diflaborear o trigo ; & a prata do eítanho, para h-
lebn : KtqucfiHmtntumopu- car fem ]I£,a a prata ; com que cada hum fica com a eitima-
mum fudunmus ,quod wpul- p r - \ r 11 r
ch(rr:n,oagro,»attíeft.fedquod eáo,contorme a lua virtude,lem que lhe aproveyte a íerti-
zz:%%zzz»**™ iidade da terp vm ^e le crea^ & fflios produ^«- *
tumbeueveium,qHÍgenereei«- ^a. Daíor.te, que Qsfruçjios não recebem todo o va-
tut > fed qui tiwttlitf (gre-gut . ->->t ___ ■ /r /*u 1 j- j
^íf»r#í.5í^rfii//írflf.4í. lorda terráqueos aia ;aiiy os hinos nao lierdao toda a vir-
)JlaTh}fJdtssln"obi'aax tudF 4os pays, que os geráo ; porque hús naícem innutei?,
aique in ae>ii 'médio ptrvuhs como o jayo; outros, provey tofos,como o trigo : hús, nas
T$$?£íã£$:Z- inclmaçóeshumildes,comooeftanho-^utros, generofo*
ãamoccuiorum aciemfervave- coino a pratá. De húas mefmas Águias nafeem três filhos,
rit,prôf;itur , quod veritatem t ^ o , , , _,
maturttft*ceteobti»iut confia»- dous degenerao da natureià d$s pay^ jíx numio naicecom
^ÍT&Trfl^t apteípicaciadosproginitores. 3
f.excrit, quafi degener , Cí f *»*»
indignar parente rejicitur- m . i • i •• •,< i
£>. &»/?/»«/. Trespant, atque anos maoejiat , crfacíj/1 «?;kot.
ViJeTheatrodchfDiofetU. QArtft. llb. 6. de ãlÚmaliCClp. 6.
Examinaa Águia a&srayosdo Sol a legitimidade dos
fílhos5& vendo, que os rayosintorpeííèm os olhos de hús,
& clareficão os do outro, i ecçbea efíe,& repudia os mays.
Confulit ardentèsradios , (Sluce magiHray
TSlatorumWeungeniumcjueprobat,
Degeneres refugo torju qui lumíne VifiiSy
XJngmbm buncfaVu tr a paterna fera.
Gauclian. inpY<ef. 3. Honor. Tle natura ÂqmU.
Separando eftes, do outro, aíly para coníèrvar a natu-
ral nobreza, como. para não confundir a regia calidade : ef-
colhendo para herdeyrodo folar, naoao mays antigo de f-
cendentejtimvao filho mays benemérito. Em todas as ida -
desfoy a Águia retrato do Illufirei não fó pela magcftofà
foberania , com que vo-a , fenáo também pela circunfpec-
çáoj com que elege fuccellor.
. 335 Náo
EMTZEZA - XIX. 245
5 3 " Não eJjxra a Águia aiuy tos mezes,para experi-
mentar 3 natureza dos filhos: fendo de pouco tempo os
pocinaexame. Os filhos do Illuítre fangue íaõcomoas 4 f«raUtarbwuera»iCu*
arvores rcays, que feparadashiia vtz dotronco,não tor- ^SJ^SL^Stí^'^*
não a pegar na terra: fundamento, que ti verão os antigos, , ?í"r MeK^f-> <» Vmiwi»
para ornarem com Loures, & Ciprcítes as íèpulturas dos
grandes. 4.
Fmeris ara mihiferalt cinta CupreJJò
ConVenit
Ovid.lè.^.TriJl.
1
Quem diíTe, que o natural efclarecidofe parecia com o
das pedras, de que o Sol cria o ouro, padecéo engano, por-
que ollIuttre,que naíce pedra, & não ouro, he como o
marmorBixançatáoduro,& irrefbluivel,queeftandojun- , D.^h*ham?;mtUeLê~
todaspèdras, que o Sol reiol vêem ouro, fica íeyxo. 5 •. //<w«*<*m-§-9-
336 Sem reparar nas razões doiangue,desherdaa
Águia os filhos. Os que não tem de feu outro cabedal , „ .
o 1 _ 6 Qut/iu<truntmontm;ntum
mays, que a nobreía dosaicendentes, vivem empenhados. expoHemt,fimiies f*m $*, ?«í
tem quanto naoiatisiazem as dividas do langue Jaó Trm„«/»i •/*/<**. 96.
como os diamantes, que oeipois de lavrados fahem fali-
dos : AíTy foyjoão Duque Milanez; efqueçrdo das virtu-
des, com que feu pav loão Galiaço governou omeímo 7 JnterfiimqucsreUmiti
*->. j j r, i i • • ■ unutJoennefncminecunUu-
JUucaao, excedeo a rnalans nos vícios : 7 entrou no go- c»tu jucctjj* , nauridt -fio
vemopor_hKceíTaó, levou o lugar por for mays velho. No ^^XZ^X
mundo faõ mav.3 antigas as íbmbras.que a luz; & Deos re- ttrbutbtfitúviiuaw.
|'arttndoosli]gares,dcualuzcodaapreiidencia,&deyxou *..
a ioiiibra íem dignidade.
337 Emhumíófilhoeítabellecea Aguiaolinpetio,
O cetro dividido, hc o mefmo, que quebrado.
Muitos ejje duess haíidquaquam proderit, esÍQ
Q{cx wmSy {Ptmeeps mins , qm publica traclet.
Honmus.
■
Ainda, que o Empcrador Antonino Philofopho tomou
por cornpanheyro do governo a feu irmão Lúcio Vero; &
o Cmperador Valentiniano, a feu irmáo Valente: Sc o
mays de tudo foy, repartir Gordiano o governe cõ Theo-
Hh 3 doíio,
246 O T^mClfE VOS <?AT. TOMO 77.
dofio, não lendo í eu parente 5 femquedcfta divifiõ cma-
íiaíTanalgú ísdilcordias jantes delia, nalcerãoaolmperio
grandes felicidades; donde me prefíiiado, queas MageíU«
des não correm o mayor perigo na divizáo do goveino,co.
xno na pouca experiência , cjue tem das peíTóas,que clle-
gem por adjuntos.
538 Com eite exemplo da Águia, muytos Príncipes
ambiciolos , por governarem independentes , unirão a hú
corpo todas as partes da Monarchia; truncandolhe as ra-
mas,que o podião dividi:r;náo perdoando ao parente mays
propinquo, nem mays reinòto. Alexandre Magno, antes
que lahiííe áconquitòa de Nápoles, mandou extinguir a
toda lua progénie. OsEmperadores daTurquia comef-
* ?. T^í.mfut Etiopita fandoa reynar davão a morte a íeus irmãos , como fez Se-
'■ '*' lin. Os da Etiópia moftrando-fe mays humanos , defterra-
vão a todos feus parentes, para o monte Amará, * atè
que foílem chamados para luecederem na Coroa. Enem
com todas efbs cautéllas evitarão os perigos, antes derão
occafião a mayores difeordias. O Emperador Carlos V.
antes que foflè para Alemanha, prendéo no Caftello de
Xativa ao Duque de Calábria , imaginando aíTegurava
com iffo a Coroa de Efpanha : Levantarão-fe nefte tempo
ís íediçóes, que chamarão Comunidades, entendendo ac-
clamar por Rey ao Duque prefo: Sc defpois atemorifados
das preparações de guerra, que nefte tempo fe fazião em
Portugal, offerecerão aCoroadeCafíella aElReyDom
João o III. oqual recuzoua ofierta, & diíTe aos Embayxa-
« o?oriuiâtrtiu>E,»mw dores:Que eftava preparado para ir dar ocaftigo a todos,
th.hb ^.ccm-aJofycothcnc Qs f0/yem rcbeldes a feu cunhado Carlos V. 8 Ociu^
•SJpophtem, Xit.dc tulejeiv*n* 1
ííj, a d. Fr«er íc^w^Jí rmeexafpcra mavs, que oa2gravo:& os dogoverno laõ, os
unotHmuifuuco.ctp.ib.HA. que produzem mays pernicioloseíieytos.
339 O exame da Águia hedoutrina,para queospays
conhecendo as inclinações dos íilhos,fe conformem com o
9 PHihtjuo.coyraSoiitr». aeniodecada hum. g Foy lição da natureza, com que
aios probjt ,qui cl3re vnlcint, ° _ ' ■» * '
êutquihppos occuio<h*be»nt: eníina os homés a uzar da experiência , cõaefcoJha dehiis
iiicnobiUí Jeicnt pratj, e pus - 11 f o i f I • -m
ro,,utrum*ptiJt<tir**, vd lennos, para o iogo;& de outros para as rabneas. INem to-
aJa*jjum ^Vc.Majei.nt.ds dasas ervas medicinais feaplicãoa húainfirmidade: nem
todos os génios a húa proniTaõ.
340 Pelaefcolha,quefaza Aguia,faó osdefcenden-
tes.conhecidos^cntreasleisefpecies de Aguias,íemaJgiu
cqui*
equi vocação : as particulares excellencias, com que vi«
vem , moíiraõ ajuitiça, com que herdarão o íblar. Vo-a a
A^uia mays alto, que as de mays aves, & por ilío hekai- »° {oiqutiaaiitumRegw*dL
nlude codas, Sc ioy elcolhida de Júpiter, ro Asarvores qucarmigaum l -.■■:, tampa**
rcays todas fe occupáo em fubir. Pelo ionho , que dous ra- ™l%*t'Rai"fí '" °if>: Jí ;"1"'""
pazes referirão a Sócrates , conhecéo , qual delles era o 11-
lultre: Sonhou efte, que lendo levado a húa planice fugira • • tu todo tijinbado <■<./>-
o contrario o outro. 1 1 O nobre lf& „oJc s.Wb!oF.ò.i,bX%.i.
nha como ha de 1 ubir -}Sc o humi lde,como íc ha de fufté tar.
341 Por remontada, que feja a alteza, em que vo-a a
Águia, não perde de vifta aomays inferior animal :para
Jhe acudir em algúa oportunidade, dizem, que he o em- ,." s/c*i^qs'i* q** »**'•-
. .- ^ * . . . ■* bus amn-ahbns viãcl^alti \mt
prego de coda lua prelpicacia. 1 2 A palma , a quem naó vou™ ,mtnAtns nscp,',,,,™-
dobra o pezo, inclina o frucio: a piedade hefru&o dano- *?*5i*wi*^ /ty.r*.
brefa. 13 Os troncos maysaltivos, porque mays nobres, *nn*cHiumhi«kUb.\.c»f.
tanto fe dobrarão com elle,que PhilippeRey de Macedo- i,' Prima pictatamagUt,
ra 1 - .
niafabendo,quefeu inimigo Nicanor Macedónio eftava TV^M*
enfermo, oíoccorréodedinheyro. 14 E Auguíto Gelar anu* m quadei» Epift.
perdo-ou aCinna neto de Pompeio os caltigos, a queel- ^í,/,,»,^;,,»^,^.
tavacondemnado, pela conjuração, que havia feytocon- ^ftt'feFu,gr^Mi'i "Pidc
traelle. 15 Asramas,que fenãoinclinaõ com o fiucto, «? QuareCi»»ape,te,rim*%
íao de ruftico natural. éa) .; • , , .;,.,, tJ...,;^
1 342 Antes do meyo dia naõ fay a Águia do ninho, fih&- w«*'*'-
cfpera, queas praças fe frequentem de gente, para come- , .
* ' * /--/t ir115 *"^ meridiano isinpcrs o.
çar o vo-o : 1 6 nao ally as mays aves , porque todas lo- *eratur,tí v«i*t,fricrikiu lork
gem de concuríbs : voar a furto,indica fraqueza de animo. Z^tltSlLt?*"
EntreosRomanos requeriaõ os beneméritos, em theatro K'^í- i»o^e.vabo^qui-
publico^ & o ajuntamento, que defpois lhe aífiitia aos tri- '
unfos, era obrigado da juítiça, Sc não fó da curioíldade ; Sc
conforme agrandelado merecimento, era ailiftencia das ,, BoV*gtQ.aJ»Twmftí
pefioas. 17 Trabalha o Sol por desfazer as nuvens, para «»»<»?'/""*"•
que lhe não embarguem a luzjhe regia, a com que refplan-
dece o Sol , & as azas com que íe remonta a Águia j ambas
as Coroas calificão as mageítades,manifeítando os mere-
cimentos.
343 Não fe abate a Águia a vulgaridades j de hum
monte vo-a para outro monte, Sc do mays alto monte, pa-
ra as nuvens j fendo tanto mays eftimada , quanto maysal-
tovo-a. A reverencia do povo fegueosdegráosdadigni-
dade5 conforme a eftes, venera os lbgey tos.
C48 O T^NCIPE T>OS TAT. TOMO 11.
Ut comes vadios per Solis euntibits nmbra ejl,
Cum latet bicprejjus nubibitó, illafugtt;
Mobile ju fequitur fortuna lumina Vulgus.
OVid.lib.i.Trijli.
O vulgo ama por conveniência , Sc temor ; em lhe fal-
tando a razão da dependência , por mayor que íeja a caii-
dade da peííóa , faz delia a eftimaçáo, que fez o Grego do
retrato de Eneas, que pelo achar a hum canto, o lançou na
., , D . , rua. 18
is Francyeusde"etraiit.ae m
fiwHxum*, \s cr,iau>. 344 Reparte a Águia com as demays aves da preza,
10 Pr.tilim dividit ali/t avi- TT 1 • .. J J /"» ' J
luuwjoucomtd.t. que toma. 19 He prezada a virtude do Cedro, porque
Mayohu de DignitateHomM. fcnc|0 Ijujtimo commonica ás plantas , a que chega com as
raízes, parte de leucheyro: as ambições iao parto da in-
digência. O regato repartindo as agoas féca,porque he re-
gato; Sc ornar, quanto maysas commonica, tanto fe di-
lata.
10 ViScriam ttiam â-.fa^t, 345 Contendendo com outras aves a Águia, põem
^;a^^;^:^:todoocuydado,emqueanãofiráonascóaas. 10 Rece-
grefcvinafefcniiaisefupinat Der nellas os golpes , por livrar oroílro , he efcolha do afe*
Tefé , ac âmgit omnes alai, ac i y-> /--» ILjr r 11
deorfumad, erram ver f^ataue minado Cayro Genovez , que olnando-ie aoeipeino,no
ârí^^^ternpoemqueoarmavâocavalleyro^ioqueodesíeyava
Jerat.to. Q capacete , & defpojando-fe das armas renunciou amili*
cia ; 1 1 eícolhendo antes , viver fem nobreza , do que
xi Pedro de u/lvila tratado . „ .^.i- i l C •
ãehsHcroe* c»f. tf. $.9. com deíayte. Os brazoes ennobrecem ao palácio; as itn*
das oroftro,comque a guerra o aíignaloudefenfor da pá-
tria, ou a pendência defenfor da honra.
346 Não acompanha com as demays aves a Águia,
» YraKàfcnsdeBeranfadc fò d ç efpecie tem fociedade: 1 1 Efta, fendo
ww». 56. com o igual, abona ; com o iuperior,arrifca$ & com o infe-
rior, he defcredito. Pede mayor confidersçáo a efcolha
dos convidados, do que a calidade das iguarias. 23 Os
2j lAnte c!rcunfhiciei>dur,i , . , rol'
efi,cumqUibmeáM\^ Mas, Plátanos juntos huns , com outros creicem, & durão nmy-
?Ii",5Í,ef*'eíW-',5í"e* to.Outra qualquerplanta, junto aellescrefce áfuafom-
bra, mas exifte poucos annos:asViborasa quem eíiimúla a
14 JdemHeranfaDivifi.ii. fombra do Plátano empregáo o veneno, naarvoremays
t/um. iz». ■ r- \ ^. 1 - r • . 1 j 1 '
viímha. 24 Pormaysaltivo, que leia o natural da plan-
ta, não fóbe acompanhada defylvas; fendo diferentes na
efpecie, não ctçfccm,nem fíuctificão jutas: como fica dito.
347 Do
EM<P<REZA XIX. 249
347 Do que temos difcurfado fe ve claramente , que
oexame da Águia he, para deyxar legitimo herdeyro de
ícuíolar a hum rilho, que não degenerando do natural
paterno, feja lublime no vo-o, univerfal napicdade,often-
tolo na regalia, magnifico na liberalidade , & valerofonas
batalhas: Todas eítas calidades,que ha de ter o defeenden-
cc, para vi ver no folar da Águia real, íaõ as virtudes necef-
íar ias, aos que ou verem de per feverar nefta Religião Solar
da Águia Beneditina.
348 O mayslobido dos elementos he o fogo; 25
& a mays nobre parte da terrahe o Occidente. 26 Sobre jffiZ^Jj®!'™**
o fogo (como d i iremos ,)& na parte Occidental fundou ^ iitm*ip*rtii%.cmjii,
Sáo Bento a fua Religião ; os alicefles foráo os mays felec- ,}"
to*, porque a fabrica, que fobre elles fe levantou, era o
iumptuofo palácio dos eicolhidos. Aplanta por onde São
Bento a continu-ou,forão as obras,com que refplandecéo.
NeLle Religiofo Solar eferevéo S. Bento a fua Regra , que
foy o Sol, a cuja luz fe hão de examinar, os que nellequi-
zerem viver, como herdeyros de feu efpirito. Não tem
conto os que fe apurarão aosrayos defteSol: foráo innu-
mera veis os admitidos , & poucos os reprovados. Efta Re-
ligião he o morgado , a que São Bento vinculou todos
feusbés;a Regra que eferevéo heaefcritura,adondeefpe- 2, Text«*;*L.q*n,re*i.
ciricou as condições onerofas, que ha de guardar o defeen- L.amduohu t.m*wu l.
, o J 11 -ir v - c cui fundiu fJmnàdtahiuntf
dente; & todo aquelle, que naoobíervou as condições^- xs demontirithmbiuinftnuvo'
cou excluído do morgado. 27 ■ ^TX^X
349 Prezavão-leosde Avcrnia.dequena fualgreia cr r»"/ 168.». t9.ya!Mjc.ce»f.
£■ ■ c • • • 1 C O 8l" n-Vfrf.traterra.
nicienle, nao entrava, nem vivia animal venenoto: 20 ,g quqí Zénefca. a*imtiiai
Abuztva a gentilidade, que morria dentro de hum anno ^ueTfc'rT7T1Z%
>--> '\ m muni teclejiit s^7 "ieicrrj:r\iO
a peiku , que com indecencia entrava no templo de Tupi- fi «//*»</« irferstkr-fítiim *+.
terLyreo. Los Romanos , de queoscacs,& as mol- Ulí.es„fd.6i.
casfupilícm do templo de Hercules. 20 Concedido, que »° £»«w/«/«i*rrfííl
íolTe verdadeira a mentira deftas fabulas, &o exagerado R0m*mHere*iiifanum, *ee
dl 1 ir J" mv.rcoji.ncc Cines unquam in-
aquellc encarecimento ;comtodaaiegurança podíamos £rr^„r )jemif„.
dizer da immunidade da Religião Beneditina , em fua • Siq*bt»Jo*i*iyc*nemi
r , .7 • I J I D L fhim,»uttVtmmi'ejm,mi.
compiraçao, oque clcreveo Marcial dos muros de 15aby- mimeptraBuf>rii»iuBãvewbvt
lonia,areípeytodas Pyramides do Egypto. SSS^/^S
Hc^cf.x.hriik.-T. 8 ttuf*.
s-\ 1 ^-> 1 ri • 1 ■% r 1 • nÍM in i/írcaJi**'
'Bárbara Tyramtdwn Ide At miracula Mempbts:
AJfukusjuclet) nec Sabjlonus Lkor. Eptgram. 1 .
».. li Por-
150 O VT{LNCIfE WS QAT. TOM. 11
* BtneàiButMoH»ciotnm Porque a Religião do Príncipe dos Patriarchas, * 8c
*/3pcUdtif ,qnivelitt Lúcifer . , , , w ■ i -ri J r> 1-
mtiutmuttmicuit. s. Bowzo Apoltolo dos Monjes , he tao íingular entre todas as Kcli-
aSíSS gióes, como a Capella do Duque de Burgundia, entre
cramt rodas as Capellas ; que por exceder no Santuário, a todas
íèaventaia nas indulgências. 30.
' J 350 Amayordasindulgencias,toy prometer Dcos
a S. Bento, que todos íeus filhos acabariáo a vida emeíta-
do de graça ; falvando-fe todos, os que morreíTemcomfeu
abito. Efta proméífadeDeosfoy ,aqueoccaíiou dcíprc-
fõs aos may ores do mundo,deixando os Pontífices as thya-
ras, os Emperadores,&Reys os cetros, por veflirema Cu-
culla de S. Bento. Efta indulgência não foyíb concedida
aos filhos deite Patriarcha, também fe eftende a todos os
devotos, que morrem com íeu abito : fundamento , que o-
brigou os Efpanhoes, em tempos antiguos, a veflirema
,, Quiius&hocncritoaâ Cuculla de S. Bento , aos que eftavão moribundos, para
ienâum, <iHcJis,p.Bc>.cd,a„s que eípiraííemcom ella ; certificados do muy to que apro-
tiovjemslftin marta agone de- r 1 - 1 1 - 1 1 ,— r\
Monjcmeije m mal tu J?one ae- c ■% * x 1 j"f 1 1 /•»'. n
finfarem sxhibuit eorum , qui veytava para a lalvaçaode hua alma, olevar conligo ena
**'"• e;Uí '"dt" reg've" indulgência. 2 1
rum. iSitquecxboc cjpaepra- O 1-1 r • 1 • rr n
/«x/r vausiiiacoHjkaudo^H* $ 5 1 Que os Efpanhoes tiveuem efta fé , com oabiro»
Zo%h"Z \ZapceaZgdTerl de S. Bento fe verertca coma enfermidade delRey 'Uvam-
pucuUay»qu*uhinmmexba- ^a procedida do veneno , com que o intentou matar o
àeraiutr. sè»edi8*t N]tf,e. Conde Ervigio : Ficou o Rey privado dos fen tidos , com
5Sj5lSS55êí ° venefico da POtagcm: os cortezáos , que lhe affifiiaõ,
mandarão bulcar aCuculla de S. Bento, como era coftu-
32 Duminev\ubiiunecc]fi- me , para que veftido com ella , dèífe aalma aDeos.Tor-
iudinij tencretur evéptli . luf- . rrT LO JT L"
ceptaReiigio^âebríocuhi,,^ n°u em iiUvamba,&: vendo-tecom oabito,quiz antes
vsnerabiiitanfursficrjf^j. deyxar a Coroa,do que defpillo; difpos fuascoufas , & re-
€ip. 1. colheo-íe a hum moíteyrodeS. bento, aonde viveo,&
ÍtJâ!S]S}^Smm\ mo"éo lautamente. 3 2 A mefma fé, & devoção tinhaó
t? puifu ptrxe»uto , cum aha 0s Emperadores de Grécia : Manoel Commeno mandou
Ji<j}ir,c,femurpertujrn&Mo- ., A..r « iV i CB ,- .
wfcicum balitum pofiuiavit lhe veltiuem aCuculla de o. bento, antes que tenece-le.
SÍSSS^S 33 E o meímo ordenarão Theodofio Lafcario, o Júnior.
tu,expcru:->^c.-N,cs,a*cha. -ia. E Andronico , o Júnior. 35
riatcxltb.T.K^tanali. J ^-^ J J J ri-lt-i
?4 Paulo .ftemv-umahcri- 3 5 2 O quanto aproveyte para a lalvaçao de hua ai-
Ttf :!""'"°;<l}'c"'""'f<<'f- ma,efpirareom o abito de Sáo Bento, quero moftrarem
Hífiorizriim. dous cazos poTtcntofos. Hum poderofo, 8z llluíuc ha*
j-ciír^utjiò.Mo.ufucumCu. mem, de nação rrancez, vivendo tooa a vidalicencioza-
tuUuminduhrcMTpriufitt»*,. mente , defeonfia-do dosmedicosíe recoíhèo a hum moí-
$aex^tt.ldeniib.g. ,.y . .
teyroadondepedio cgmtoda a humildade aos KeJi^iolos
lhe
EMPREZJ XIX. 5$f
lhe veftifíèm a Cucuila ; alíy o fizeraõ os Mon;es,& veíiin*
do-lhe o abito, clpirou logo o enfermo. Aílillialhc hura
Monjc lanço, a quem Deos moíírou a feguinte vilàõ: 8c
foy ;quenoinfiante,emque aalmale apartou do corpo
ddtehotnem, concorrerão grande multidão de demónios,
para a levar ao Inferno. Neíle confli&o appareceo S. Ben-
to, de cuja preiençaatemoriiados os inimigos, derãoquei-
xasaoSanco, de que Íem iuftica intentava tirar de leu po- , ' ... ...
deraquella alma, que toda a vida tora peccadora. 56 Ao matiuieruBcnediScnopnuuc
C J ' C _«._ O «. " L J — L/i /\£_«.» _ vetoqut bani nunamni dliquiJ
quereipondeoo Santo Patriarcha: quede mahmíom4je^ÍKJuFleeg^fiamJa^
livrava íem jufta cauía, porque aquella alma, defpois que /<"«"»""*• „ ,
,. r .'. rr 1 i-w r? LtoOjlicnfitChroni.CifiJib.
velho leu abito , nunca mays onendera a Deos. 37 r oy }. M^. J9.
táo meritório o breve tempo, que vivéo em graça, defpois
que lhe veftiráoaCuculIa, quegozandode lua indulgen- ," ?Í'**W,"S!!?
cii,merecéocomella alcançar o perdaó de tantas culpas. a»examinate\^fiquidvátri
s^ rc • 1 n. • J evo ii.sxq-.to miam accev. lha-
353 Comprovemos aemcaciadelia virtude com ou- fitt,,u> r?cog*ojntetv<>bijcum
tro iuccelTo não menos prodigiofo. Joáo Venefrano Vice- di'"!e- n'-
Conde, filho do primeyro Príncipe do Jordão, foy ho-
mem deshumano,& vivéo lempre íem temor de Deos:
vendo-fe delamparado da faude, arrependido de ftus pec-
cados , confiando adefenfa deliu alma do patreciniode
S; Bento, pedioacsdefuacafa,olev2lTemao mofíeyrode >
CaíTino, & que pondo-o diante da lepultura de S. Bento,
rogaflem aos Monjeslhedefíèmo abito: veíiida aCucuN
Ja, pcrdéodetodoavida. Na hora de leu traníuo fahiodo
motteyro de CaíTino hum lavrador , que por íua devoção,
ouneceffidade,viíicava todos os dias os Monjes:oqual,en«
controu no caminho ao Demónio em forma humana , que
Ihepregunrou^w/^/fVw/v? &refpondendo o lavrador,*/»?
do mosleyrode Qnffino \ inquii io delle o inimigo , queerafejto, ?g xtnàtvtnh ? £x«Jí*í/?,
defoaÕ Venefrano? diiie-lhe o lavrador , aueera falecido : (í> que wquit, cambio^ >IH: quidac-
n- 1 11 j - t , o m o • tumeHdeJoamieVietcMirtcl
e/pirara na bora> em que lhe derao o abito de o . !£ento: 30 acii)is ^dqutmruptur.MtxMtmo-
novas refpondéo o Dcmoniocomeftas queixas: MiferaVel »«*«"#««•' tf, « »"•» •»'-
de mim rBentoy mtferaVclde mim-, porque rabeio todos os duvs me ejtas , 9 hc, mihi Be»edi8e ■■ 1 •>
,1 f , r r ■ +* / BcnediBea>ihi!CuTineetqttO-
roubando a mciMjerVos , que cauja tens para me perjegmres tao cruel- tl.!lc.jdl(flrVl3, co«te>t,s?Cur
mente? 20 E virando-fecom iníernal ira, paia o pebre la- »e"»'""'",f' ' jJtC0 e'*f,u~
ít i-/r 11 i terftrjequi nondijijtiii m.
vradnr lhe oifle. <tA ra^uo porque te nao dou lo^o a mor te be , per- 40 òciiocern. uiatifi
qttehjc comejte em omojieyroj® traces aindano ceyoparte dopao, buill>Folumqiiej;,Míf,rt^
que la te derao. 40 Baftou faber o Demónio, que eilepcc »</« •*-»«*/*•'« «■/««»*•
•cadormorrera noabito de Saõ Bento ,para tíeicfpefat a* ^mh «»<«•«« tetidns.iu*
U z con-
4
i
^i 0 PTJNC1PE WS $AT. TOMO 11.
condenação de lua alma.
354 E lendo tão plenária a indulgência para os dc-
VÓtos,quanto mays olerá para os defcendentesj' A meu pa-
recer,quiz a Omnipotência Divina fazer a efta Família hú
aggregado efcolhido , aííy como íeparou a Arão , & a feus
4i ipfumeiegit exomni vi- fiJhos de todos os mortais, para miniftros de leu templo,&:
vente ef erre fatnficium Deoy . , . , *■ , , n rS V -•-
ncCnfnmfêbotmmodorem®c. ínterceílores de leu povo. 41 Plantando nelta Kehgiao
Lcckfi.tf.verf. 20. húa arvore, femelhante á da Vida, no privilegio , cjue con
cedèoa leusclaultrosj aílegurandoa vida eterna a todos os
feus habitadores. Radicou-fe efta Arvore na perfeverança
_ .. .. . , com que os Monjes reíiftindo ás tentações, moltrarão ler
nficjto, o m pane vei ma hc- morgadodo Ceo as terras de São Bento; Solar, adonde vi-
; edita* iliius , t? m plenittidine j A* J c J J r t
Sintorumdmntiomta. vem os predeítmados , & donde rogem os réprobos. 42
íchft.cup.iy Razão, por onde defta Família forãotaóinnumeraveis os
Santos, que em hum ló dia,& de hum íb mofteyro fubirão
para o Ceo quatrocentos, &íincoenta Santos Confeílò-
res. Em toda a Igreja de Deos não ha familia reiigiofa pre-
fada de femelhante excellencia , não fendo a multidão dos
Santos vi&ima do martyrio. Obrigame acontarteofuc-
cefío, o parecerme, ficarás duvidofo do que tenho refe-
rido.
355 Ema Província deNormandiaexiftia hum mof-
teyroda Ordem de S. Bento, chamado Gemeticenfe,no
qualhabiravão novecentos Monjes:fendofeu Abbade S.
Aycardo, vio-fc impoffibilirado , para fuftentar tão gran-
de numero j pedio a Deos , que o tiraffe do cargo , ou lhe
diminuiíTe o pefo. Ouvio o Senhor as orações do fervo, &
ouve porbem ali vialo de lubditos; mandoulhe dizer pelo
Anjo, que guardava aquelle moftey ro , em como determi-
nava dar amorteaametade da Communidade; pelo que
era neceíTario difporem-le os Monjes, porque dentro de
quatro dias feria o feliz traníltodaquelles , que Deos efeo-
lheíTe : Deu o Santo Abbade efta nova aos Monjes , & co-
mo todos vi vião conforme a vontade de Deos , f oy a nova
de mayor alegria, a que para os peccadores heade mayor
trifteza: dobrarão as penitencias, & multiplicarão osfer-
vorofos a&osdeamor de Deos. Feytas as difpofiçóes pa-
ra tão larga jornada, recebidos todos os Sacramentos, fe
foy o Abbade no quarto dia, com todos os Monjes para o
Capitulo, adõde cantando Píalmos efperaváo a felice ho-
ra
BMVtREZA XIX. 255,
radefua morte. Oh lórte feliz! Oh efpe&acnlo merece-
dor clç eterna memoria ! Aosquehaviaó deefpirar íelhe
inflamava de tal íórteoroítro, que relplandeçia como o
Soi; mofírando nefia vida parte da ineíiabil luz , que hiaõ
lograr eternamente : em turmas fe foy recolhendo ao Ceo
o fobiedito numero ; ficando feus corpos aflentados no 41 oi»j;g»/-Fr.v4xto»iode
*->"•. I o r r J ' C J 1 Tetei na !:OunJj parle JaCho-
Capitulo; bc os que ncavao , íaudoios da jornada. 43 ron<caGtfU*ordtmitsu»
Náoíe occupaaquella arvore, em írucíificar com menos &*>"<> C">*-i-e*M'
abundância; nem a terra Benta em pi oduzif,&iuítentar a
deíiguaesfruâos.
3<6 Nefta terra ábendicoada intentou vi vertente _ . , . a .,
J ' . _ » V" , o 44. Stdtbo ih monte tejtame-
mal procedida. Mas íe Lusbel aípirou a ter cadeyra no tufam* en Aitijfimt.
monte Divino : 44 que muyto, aquizeuemterospec- líu*wf'x*%
caminófos na habitação dos jufiificados?OsCapitulosda
Santa Regra faõ os rayos do Sol , adonde conhecida a vir-
tude de hús,&deícuberto o viciode outros, fica o ouro
feparado das tezes ; eítas,faó expulfadas da deicendenciaj
& os que faõ finos como o ouro ficaõ encorporados na ge-
ração: porque mofirando a legitimidade de filhos da A-<
guia , em fe reverem nos rayos do Sol , lograõ por çeneró-»
los o Solar, que feus irmãos perderão por fraquezas : co-
mo o lutadordaTubaria, ficado íenhores das minas do Sol,
porqueoTubarienfe,provouparentefco com o Luminar,
cftando annos ao calor de feus rayos, íem que o ofFeiidef-
4em ; tendo mayor refrigério , quando os ravos eráo mays 4< Wnekèt Jc vifenu-x ãâ
CalUrOÍOS. 4$ na.lsSoch^. âiahi.^.%.1.
- 357 Os filhos, que provaõ de legítimos herdeyros
<3o Solar Beneditino faõ, os que confórmão 06 procedi"
mentos com oefpirito àtítu Pratriarcha; fendo tãofin»
guiares no vo-o.com que fogem do mundo, que femelhan-
tesaSaõBento percaõ o mundo de vifta,& da memoria.
Húa vez quiz o Demónio, que ede Patúarcha tive-fe lem-
branças do mundo , & em figura de molher lhe recordou
as memorias de Roma : & foy neceífario que as trouxe-fe,
porque S. Bento as naõ tinha. Furçir do mundo, com lem-
branças do mundo naõhe vo-o,que chegue a falvar húá
creatura. A Loth , a lua molher, & família mandou Deos
retirar para hum monte , querendo cafíigar os Sodomitas; ^ SalvaaHimam iMm „on
cncomendando-lhe naõolhaflem para trás «quando cami- repeerepofítergumu: Seèi»
IP s 1- 1 o - II f I "wucjjvumufac.
nna-km para o monte ao rugio, penao olhou Loth, Gençf,t9.vcrj\ii.
li 3 pew
2 54 '0 n^ncnE ws pjt. tomo n.
nem fua família ;fugio,& virou o roftro fua molher ^efía,
47 Rejpkiwqtteuxerejuí ficou no caminho convertida cm eftatua de Sal: 47 Loth,
f ;!fr, verfo tf. mãatuanijalu. , ., , . ... ' í . ,
ihverj.ió. &amaysramilia iubitaoaomonte, aonde livrarão donl-
co: voltar os olhos, para apartequeíedeyxa ,he ter lem-
brança do que fica : tugir do mundo com memorias âo
mundo he vo-o que não chega a parte fegura ; deixa como
a molher de Loth no meyo do caminho: Renunciar as me-
morias juntas com o mundo he vo-o,que lóbe ao lugar ítm
perigo, entronizando como a Loth, no fimo do monte.
358 No caminho do monte, quando acompanhada
de Loth, foyíua molher convertida tmefiatuadeSa); pa-
ra doutrina , de que as memorias do mundo faó embaraços
d'alma,com as quaes divertida do caminho perde o paíio,
adondeosmaysfirmaõ ospès, & íalvaõaalma j naólhea-
provey tando a virtude da terra , da companhia , & do âeC-
preio, porque lhe ficou o mundo na memoria. Os Minif-
tros dos Reys da Siria lembrados do Sal, que comerão nos
48 No, amm memore, fiiir, palácios, encontravaõ ao povo de Iíracl, a quem prtíi-
quidmpaiacioeo-mdimuftfc. diaõ, para que naó re-edifica-fem o templo: 48 fovpou-
t.EfirMap.n.nrf.n. ' r , \ . -n r •/ ' I j
cou poderoio, para que os minntros íegui-lem a ley verda-
deyra, que guardava o povo Iíraelitico, viverem com eíle
49 SiC mingai Beatum Be povo mimofo do Cco ; Sc habitarem nas terras efcoihidas
^«^f:ZZt^Z por Dco8, & auzentes dos palácios, quando lhe durava na
uret, etiam corportiner: inhoc boca o fabor dos mamares , que ntlles comerão : Foraõ 03
4uodfercefCru»t,Hef,oflier. . ^ . J O 1 - £
z«mBft,iCiat,dederut!t mtrSi. Alunos retrato dos Kegulares,aquem nao aproveita a ian-
S^ZZuZ*dm''"'lum"'~ tidadeda Religião, a virtude dos Monjes , nem o retiro do
M*g>ji.LtBtiardu, deVtino mundo,em quanto onaõ perdem da memoria, confor-
mo.s.Bcrjed. mando-ie com a virtude de b. bento; 40 comaqual, 10-
graõas agoas da graça, que emana da fonte defta indul-
gência.
* (Pura ami mente Venitej
Etmanibuópuris fumite fontis aquanu
<o TicauuTienediBusfrofhè' Tíbul. 2.1.
tinviguit, tfr. VnJtftRiucft
írincíft Mcnaf1'- l*i.
359 Foytaó Univcrfal na piedade o Príncipe dos
Monjes, 50 que naó reípeytava acalidade daspeíloas,
pararemediír a neceflidade dosaflc&os: com igual cuy-
dado empenhou a Deospara refuícitar o filho de hum ho-
mem ruítico, que para refufeitar o filho de hum Cida-
dão Romano. Naó ganhaó a indulgência , que o Alei filmo
com*
concedèo a Ordem deite Pactiarcha, eternizando a vida,
dos que nella acabão, íènaõ os filhos, queimmicaõ eira
piedade. Para ojulio o tumulo he crono, adonde triunfa
da morte, porquenelli perpetua a vida. Eefía indulgên-
cia concedida a todos os juítos, naó publicou o Santo Job,
que a tinha alcançado, ienaó deipois de examinar a íua vi-
da j achou nella exercicadas as obras de mifericordia com *' occuiut/uieaeo, & pet
igual provey to dos cegos , & utilidade dos aleijados , íep DictbSque.nmduiomcomori*
vindoa huns de viíia, & a ourrosdepés: < i aqual pieda- "'^/"'f1'** muitiphcoàu
de foy difpofíçáo para alcançar aquella indulgência : 5 1 u Sinemifcncordi* gloriam
SI "'i r 1 1 t J C I •■ nonhabtt ^ palmam nentenet
c Job ta! tara para com algus na piedade, raltara para com Cbrjfohg.^ud Jitdman.
elle a virtude da íepultura.
360 Os cegos, a quem Jobfervio devifla, foraóos
amigos, os parentes ,& poderoíbs, que o Santo encami*
nhou com fen exemplo: os aleijados, aquém fervio de *' ?'iJf Mag'ft J»»*». ã«
pe?, torao os pomes aliy de bes temporaes, como eipintu- Eceieftafi. cap.7i. § 799.
aes j que a todos o Santo remediou -3 a hus , com o iuften-
toj 8c a outros, com acorrecção: 53 com que aíantida-
de de Tob , & a de Saó Bento naõ faziáo diftinoaó de pef- hu fF" '}""M VTL"*'"?'
fóasna piedade, porque era verdadeyraa íua virtude: 54 tomp»titur. D.^3*ionjePa-
&r • 1 111 i- dua.Domin. 12.. poli Trinitat
nao como a fingida * empenhada toda em remediar as a- - MtU Raiguftquiammà
flicóes ào poderofoj & defcuydada em íbccõríèr as necef-^"^'*'''*'*"^"^"^-
iidades do humilde. Lite género de hypoereí ia, he deslui- De),quamaiy ^bb* d*f*.
Cre da Igreja de Deos. * ^o5:,í*Ste
.
Sanclum ntmtenbahêns petVerftti ^Ihmfus^
Infinita maius noxia damnat^parat.
Gmnnn. Verbo {í\elmo.
Sendo efta peite taõantigua na terra, como faõ as agoas
no mundo. Na creaçaõ do mundo determinou Deos , que
as agoas produziiTem os peyxes, & as aves j Ter vindo de re*
paro, que na produção dos peyxes ordenou Deos ás agoas,
que prodiiíiíTemanimaes viventes^oque naó cxprefíou na
uçao das aves: 55 Se era o meimo decretar Deos as n)^vivmtlt^\eiJefltp„
agoas produziiTem os pcvxesanimaes ,que arraitra-lem ó ttrramjuhfirmamtmoC*n.
& rr , , r n~ ■ r - Gatef.t.mf. 10.
pey tolebre a área, para queFMiem viventes, ^perquenao ,c cumditit producmtt
ofcndomalpoderiaômovcícOqueneceflidadeouvcda^ ^S^SÍS
quelb addiçaô? ^6 Efe íovneccrTaria,paraqueasa2;oas nommTtpt,iiumviv<M* ..,.,
' * • rr - -i -r m»mf*tit cxprimerej/Sj
produ2iíknj os peyxes co vida^ como o nao ioy, para que RHf(TÍH1,b,,
as
■a
256 O <1%1NCI?E DOS <PAT. TOMO II.
as agoas produziílem asa ves viventes? A meu ver foy por-
que os peyxes não tem azas jcom quefaõ hieroglyphico
dos pobres, & humildes , que por faka de azas , ou porque
míceraõ órfãos dos bés da fortuna, naõ avultaõ na eítima-
caõ, porque não tem azas com que voar: pelo contrario
os poderofos , figurados nas aves. E pareceme não expreí-
fouDeos ás agoas, que produziílem as aves com vida,íe
naõ os peyxes, porque era certo o empenho das agoas, pa-
ra com as aves ricas,& poderoíàs }& duvidofo, para com os
peyxes pobres,& humildes. AíTy a fingida piedade de hum
hypocrita,todafolicita emfervir aogrande, & toda deí-
cuydada em ibecorrer ao pequeno : Efe algum com cíia
fingida piedade intenta ganhar a indulgência do Oráculo,
vive enganado j porque efta indulgência he como o eíinal-
te fino, que naõ aíTenta íbbre o ouro falço.
361 Portodo omundooftentouS. Bentoarcgalia
17 Emptczai.fufraiutori- de feu nome,& de fuasobras:a todas aspartes da terra che-
Mstç,. goua fama de Tua virtude: 57 Os juílos, & ospeccado-
res a conhecerão, & venerarão. A virtude de Saó Bento
foy como a dos Cherubins , de quem todos teftimunharaõ
afuperioridade do efpirito, porque chegarão a todos, as
vozes de fua íantidade. Vio Ezechiel os Cherubins com
azasfervir de trono a Deos 3 &teíumunha omefmoPro-
"-,-u. ' „, feta, que do movimento das azasíe forma vaõ vozes taó
$<? Eijomtuf ahrttmCbcrtt* r ,* . „ j i^ o -
limwâiebttHr ufque»d attiã íonoras, que pareciao vozes de Deos;& taopenetrativas,
niFualichf.io.virf.,. que feouviao no exterior pórtico do templo. 58 Dons
pórticos havia no templo, adonde Ezechiel vio aDeos
exaltado fobre as azas dos Cherubins :hum pórtico inte-
rior,& exterior ooutro:no interior viviaõ os Sacerdotes,
i9 Vonfotum iiiefonut ««- & peffóas dedicadas a Deos: no exterior eftavaõ as pefíoas
disbatur in ttno interiori ,ubi -.*. ~ » r»
iderant sacerd<,ter,acviriDco leculares, & a gente proiana. 59 Com que nao lo aos
t%pffi:!^!%ui"la" ;uftos,mas tambemaos peccadoreschegavaóas vozes,quc
Ptigai»juái,taaiai.cfit,x. fecompunhaõdomovimento das azas, quereprefentavaó
a virtude dos Cherubins j&tao grande virtude nao ic ex-
tendefó aparte mays próxima, como he a habitação dos
jufios, fenaó também á mays remota , comohe o lugar «los
peccadores; a todos fe extende, para que a conheçaõ, & a
louvem todos. As peiTóas, que viviaõ mays afagadas deS.
Bento eraõ os peccadores j& as mays vifinhas, osjuftos ;a
todoefte concurfo, qual outra Águia , oíkntou S. Bento
are-
EMf^EZJ XIX. 257
a Tegalia de feu efpirito, com tal uniformidade na virtude,
que jiiy hú^comooutros^onheccraõoefpiritodeDeos, 6o rirDeiBeteJiSut, p«-
noeipmtotlebao bento ; co aily como na virtude dos D.Glí£.M^.iM<>r.caf.t.
Cherubins, a voz do Senhor. Tudo iníirucçóes, para que
fcusMon;vS minutem a & Bento no viver como osChe-
rubinsj ou a prenda ó dos Cherubins a viver como S. Ben-
to ; na uniíormidadc,cãque devem aífiftir nos cÍauflros,&
aoparecer no mundo; vivendo com os ReIigiofos,& tra-
tando cõ os iecularesjí em diífonancia nos procedimentos.
-
QueilemfèmoMcbiítciesottenditad extra: * . „ .*.-*.,«*„
>^ . o o • cr /■ HyptcnftmfugtatJSftlt-
ínteruu oancto mpectore taltsertt. iú interna , gm/fr údetur *«-.
Germande<ZelTzfis. ■ ***^*^f^°f'
.
Virtude necetTariapara alcançar a coroa, prometida a
ítus filhos; que femelhanteáLaureola da Sabedoria, naõ
authoriza a cabeça do Sábio, que faltou em algúa parte»
pmezadaFé.
262 Com todos foy magnifica naliberalidadeaRe-
bgiao de Sao bento; repartio com a Jgreia de Deos a ma-
yor parte de feus bés, &foy taõ grandiofa a dadiva, que
de Tua abundância nafcèo aquelle Provérbio: St BenedtSlui
nonfuijfet, Tetrtts mendtcajjèt. Com todas as fagradas Reli*
giões deftribuhio fuás riquefas; dando a hún$,as rendas,de
queícfufientaõ, &osmofteyros,-em que vivem: & a ou-
tras ra«; terras para fua fundação :naó beneficiando a hiu
fó familia; para todos foy útil: repartia como Princeíà , 8c
havia de icr geral o beneficio. O Anjo movendo asagoas 6t ^t!uf am(m Vorni)ti
da Peícinajnãodava<audemavs,quea hum enfermo. 61 ài/cenâ^t fta,»^,». u-<f*
Chnlto movendo as agoas do Jordão deu laude a toda* as vqHip\i„ iffcè»A>Jfowfifir
enfermidades. Chriíbera Senhor,& o Anjo fubdito , & a *i"»***~pteM ?*w •,"-
liberalidade do fubdito deftingue fie da magnificência do
Príncipe, em que eíta,hecommú^;& a outra, particular.
5^3 Agrandefa,dequeosMon)es uzaráo coma
Igreja Romana, &krvosdeDeos, auguientouonomede
Sáo Bento: donde, efte Patriarchu não trata como a filhos,
aosque faltào nefta charidade , porque lhe não augmen-
tão a gloria. Jacob á hora da morte prezou-fc Conto de fer «» f/«*j *««/.«/ jtyipfc
p^y de Jofeph, que fó a efte, deu o nome de feu filho. 6 2 c'"KljC^. 'íTrf. *».
Ivíuytos teve Jacob, & todos lheaííifiiáo ncftaoccafiáo;
Kk u:-s
25S O rv\lNClTE DOS VÂT. TOMO 21.
mas entrç todos ioy Joieph , o que exaltou o nome de feu
pay (aceb. Aprovrdencia,com que Joleph no Egypto re-
ás Pnuicv-rnhijjrfUí p.rno Q fa[ tento , fez a Jacob conhecido, & louvado de
i?cri-fie»t,coqitodcTivtrhfi- rodo o mundo, lúrrj A magnificência dos hinos he como
*';:-"'" '"■' '"V "* '"J;"~ as molduras das qiúdros , que authoiizaõ.& engrandecem
locur». as-imagés, queornáo.
364 Quanto vaierofos foráo os filhos de São Bento
em todas as preíeguições, o ceítifrcão os golpes , que rete-
be-cáo em defeniada fé, & no exercício das penitencias.
Nenhua tempeftade os vencéo, quando nosclauílros vi-
viaõ como açucenas na pureza ; nem quando no corpo fe
ftfritàiMhi éã^efiã :/,&-, oiíentarao rolas com omartyrio. 64 Nas tentações , ou
r«fe^4/*«Ki«»f«***«»nasbata]has armarão-íe como os fortes Toldados de Ge-
ha^nbplloroz**. , i i • t j t • ■* rx
s. BeJiifup.cap.it. Pwert. ueao , para vencerem aos habitadores dejenco : Dentro
eia cântaros levaváoosfoldados decididas as luzes jdef-
pois, que os quebra ráo ficarão as luzes acefas. 65 Seape-
fXu™rS?f^
hmpade/. judicum.j. ficarão a luz da fé em os martyres, 66 &aluzdaperfeve-
66 Gedeotiif militei nonfne .» _, j • 1 i
mfteriL&c. Quiamtnyrafo- rança nos Comdtores : parecendo a luz tanto mays. clara,
"^Í%l%Í TfXZ ^ W™ «qa*»*» golpgs, & mays pçneuantesas chagas.
^ inpajrioHB colora bojt,mut {ri qas, & oi) tias íçí id^s compõem Q braza Õ, de que ma vs fe
g]IeJI!Tã»\nChuncUcum. pre2a a Ordem Mooachal do Pay dosMonjes. Noinfer-
noconhecç 0.0 Rico Avarento,© quanto ennobrecia ás fa-
niilias as chagas do jufto , quando rogou a Abraháo lhç
<i7 -Rogou Paur^btabam, .mandaflç a Lazaro , pata. caía de feu pay: 67 á porta dos
tritmei. Lucaa). pár£ntçs doR-ico^eiieve Lazaro chagado , pedindo eímo-
la; & intentava© Avarento apparece-íe Lazaro outra vez
ás portas de feu pay,, para que fervindo-lhe debrazáoas
68 OuidtHiftrrotMlXJtmit 1 1 n ■ r- s r C »
■nioTan-m „idot!U,n Patrír chagas deite mito, logra-lem teus parentes a mayor nobre-
'.; ■■■ viipoftrstuMfuuut- za> 5g EftçBrazão Beneditino, obriga os habitadores a
.. íb:tt laureavit. , ' /■ - *i 1
cv^/ jerm.66:- viverem conformes a elle j porque, (lemelhante á Vara de
Ulyffes ) he Coroa de animofos., & cenfura de cobardes.
365 As peífóas, que São Bento eleolhéo para fuâ
companhia foraõ as mays virtuofas: bufçando a confor-
midade dos cuftumes , que fizeflèm coníònaneia com a ex*
6a Duo* queque Cheruhim «l • \ r •ir- • 1 1 1 ■ L- r n '
aurcox&.produaiitsf*ctet>ex cel«encia de lua vida. Lntre todas as Hierarchias eKolheo
wr*que pane oracui,. jjeos os Cherubíns, para Ihçafihlirem no Santuário: 6o
H.iía ioy a cadeyra, aonde Deos oiíentou tua minuta taOBí
dória, para com o povo ,refpondendo a Moyíés , 8c Aram
íobreascoufííSjemqueoeonfuUavaQ. A particular virtu-
I de
mei
cerib
EMPKEZJ XIX. 2«?9
cie dos Cherubins he ferem íabios j & para acompanha-
rem a hum Deos fciente, ió as creaturas entendidas erão
os companheyros mays próprios. Deos , conforme o acri-
jbueo, que oitenta ,eícolhe os fervos,quelhe aíliftem;&
os Santos alua imitação, ajuftada com Teu eípinto fazem
çleyçaó da lbciedade.
56o O Monje, nãodeve bufcar para companhia a
calidade das peíTóas, fenaó a conformidade da virtude,
com o citado da fua profiçaõ. Os quatro myftcriofos Ani-
maes , que vio Ezechiel , tinháo diffetentes afpccl:os:huiT!,
parecia Homem; outro, Leáo: hú , Boy;& outro, Águia:
r , * . . r \\ • r • ^ Similituio auiermmlftit
70 L lendo os três Animaes, nas lemelhanças, interiores, eorumfatietiomwh^fin^
ao que tinha o afpefto de homem ;efte,com todos acompa- ^ZÁ^JtTa}^
nhava , porque todos quatro tinhaõ os pés da mefma for- trhipforum quatuor,® fatie*
o /-\ ' r A - 1 T-> 1- ^/tquiUdefuptrirfcrumqua-
ma ,&natureza. 71 Ospes,que lulientaoahum Keli- tuo;, i<~CCh. >.verf • <=.
piofo, he a virtude: 8c fendo os companheyros ieuaes nel J *, ?eití foruw feJ" r/3;i
O f . r . ,. *■ * /- ■ í$ planta pedir eortim quaji pi*
la, naõ importa a inferior calidade, para que naófejade- tdpduvmiv íu-vtrf.j.
cente,&util a fua companhia ; fóados mundanos, he a
que de todo preverte,& incapacita lograr a indulgência.
Deos abendiço-ou a todos os animaes, excepto os terref-
tres. 72 E a razaódifto foy, por eftar em fua companhia
o r~\ U • J 1J- 11 froiucat terra animam
a Serpente , a quem Deos havia de amaldiçoar; 73 a ma dentem in%entte^o jumc*-
companhiaos privou dabencáodeDeos. O Monje, que t*,&rcptiiiãt&btfti** tetra,
K, . j r * ,r . / ^ &fa8uctita.Gcncf.i.vtrf.x*.
tem lcciedade com a lerpente venenola nao alcança a 71 c»uf»propterquamterre-
graça , nem participa da benção , com que Deos exaltou, J£í2!«i*-*7^f3«
& ennobrecéo a Ordem dcfte Principe; porque a prata cõ htfihjscoHir*ritu.s.yi**ft**
.. . , ir>- - 11' tiuxSinaita 1>I>. $. Hexam.
li^a, ainda que tenha elumaçuo apaiente,perde o valor in-
tnnfcco.
367 Será ignorância era (Ta, de quem prefumir,qual
outro povo de Pharaò, que adivizão domar he caminho
para todos , que eíia indulgência he eílrada commúa .
Muytosá hora da morte, & antes diflo, a temexperimen- 74 hvtiuh cor Domawti»
tado , femelhante aomar,quefepulrouosEgypcios; 74 me^à\\*Íw}.x%.
Be dcíFtndéo os Hebréos. Naõ fe dividirão para todos as
agoasdomar: não fe abrirão para todos os thefourosdo
Ceo. Para os filhos governados pela Regr3 defeu Patriar-
chahe a indulgência, alTy como para os que capitaneava
aVaradeMoyies , foy o abrigo das agoas. ScalgiiEgyp-
cio, íendo idolatra, feencorporaracom o povo Hebrèo,
não lai varia a vida. Importa pouco ler Monje em o nome,
■ "' Kk 2 SC
■2&o O $%iKa?E WS T/T. TOMO II.
8c abiro jler Hiiio óâ Aguia,io nas ;{pparencias,para que vi*
vendo entre osverdadeyros Monjes,& procedendo dií-
• sí hettf pivart poiuijfc, f0]uro, lhe valha aimmunidade da Religião. * Perdéo
e.M.Gfg. toqjiemii çf-f. Lucirer , & Itus iequazes a gr^ça , em que torao creado.^
í^tt,eí- com que degenerando de filhos de Deos,dcsherdaráo-le
de todo o dircy to , que tinháo á gloria , & pri varãe-fe de
toda a gloria , que tinha o Ceo. Os Monjes efquecidob da
,. ... virtude de fudVoc3ção,& da dileiplina regular, em que
num Rdigiemtnimiantjimo- Jforáo iníiruidos , iaó expulfados do Soldr ,qual ou-
0tctft* wfupcbmm ,#/>,*- tro Luciler do Ceo; porque lciueihantesaelle
fumfuc*em*Çwtg»*u commetterao a culpa , aonde haviáo de
D.BcritifJ.ferm.contrt vit. *- '
i*i>*t. peiíeverar na graça. 75
QUARTA
i6\
QUARTA
EXCELLENCIA:
QUE TODO, O QUE FOR INIMIGO DE SUA L%Z",:%"?;ffZ,
' vita/tbi abbreviabnur^ vcJ mg-
'} lê morte moTittur.
Religião acabará mal, ou íe lhe abreviará a vida.
quando íe não arrependa.
B M T <% E Z A XX.
D.utirnelti.Jiif,
3ÓS
1 TÍ !•/'-*% *~-'
Mj 13-
BASILISCO moftraovene-
jj nofo de Pua malevolcncia,em f ^Ufi^f^meS».
^\f*^(r?$i\M e , • j . 1 1 r lutmtitb Caw.iitnl.,
X AvrW*Tl<t!Íi & em perdera vida a luz doei- UíCOUoq.<m»v.
pelho. OSolPerve-lhedeefti-
mulo, porque he oppoftoa Peu
pcPtiPcm natural: o efpelhocauPdhea morte, porque nel-
le reverbera o veneno, que cornmunica pelos olhos, 8c
Kk 2 com
1
X
Seipfumquoque vifuf.ro. Jj„nj Ja(J
■> inierimit, ãrmattu emm ho O "
2^2 0 PRÍNCIPE WS <PAT. TOMO 11.
com os reflexos da própria vifta perece ás mãos de íua ma-
e> 2
mohfigtcuioconteM exhibat ^6<p Entreos Catholicos , he o eílado Clerical, Sc
SSSSCSÇ^ Rcl igioio, pela excellencia de ília origem , como pelos ú;
m,u>r.T, tvisScohotds.^iH- tos de iua ptofillaõ , o Sol .que alumea com oefpiritode
gujl.dcC-.vda.UoUb.^.cap. r ' v -\ -o TIL
ii.^?r,lJôí(tij.(>ii. Deos, o entendimento dos nomes; 6c oelpelno,quere»
jitoj^&2%tZ pref«ita,comluzDivina,ashnportanciasd'alma. 3
luminans tentbras mcntis,&cor
dii,detnonllra>iiquèviiitnCti- ,r i 1 »• 1\ • fTi ;• • r-
hjlem. Pata- Bened.Bm de U- &! « CUÍtUm rellgtt díVíHUm 'I(eil<?l0f0S ,
German. de ^cligtone.
Nefta conta tinha a cega gentilidade á fua falia- reli-
gião. Pelos di&ames defeusSacerdotesguiavão as almas,
&difpunhãoogoverno temporal. Os Romanos naõ mo-
viáo guerra fem o parecer dos Aurufpices, ou Agourey-
ros: Atéosmefmos Turcos o nãofazemfembeneplãíico
do Moftfi: Os Chinas , pelo confelho dos Cabizondos \r6c
Bonzos cumpunhão as máximas de fua politica : Entre os
Alemães erãoSacerdotes,osminiftros, que condemna vão
á morte, ou aliviavão da pena ; tendo para íi , que fó era
fantOj&jufto, o que elles executavaõ. 4 Os 'XÈsu^Lsos
4 Comeiius Tacittu m. de naõdavãocrèdito ás efcrituras feitas por outra pefloa,que
rMÍbajSmuiiè.JcjMJi-^àfofík Sacerdote. 5 Refpeytando nafupreftiçsó, &
€h temforum. falfidadedqfeuerro tanta foberania , nosminifírosde íua
religião , que os Chinas lhe pedião cartas de aderência pa-
,F _., . „. , ra o outro mundo; confiados, em que com efíafedula,ti-
6 Fernão Mendes Pinto. l ^ \ i~x - 1- n-
7 Nefimut deteriores infi\ nhaoJegura a gloria. 6 Brutos creoulJeos co tal iniiintò3
âelibus^qui prctter idihrã cr~ j C l r
roremJhJuLmcuitur» e* quepodem enfinar os homens a ler gratos. 7
hibentiijorumfamuiu.cbryfof. 37 0 -Tulgóifò Emperador Alexandre Sevéèo , que a.
tomutbom.6i.inGene.fi. -> ' - •> &~ • 1 1 • 1 j I 1 1 j o
8 Mim™ deàeeonfibi arbi. Mageliade Imperial havia de ceder aauthondade dos ba-
^;IfÇl"2^«rdotes. 8 Fingioaamiguidadcganhar^aLuaoref-
jejiatem Sacerdotum authori- plendor ,da reverencia , com que tratou a Nerea , filha de
ItUceàere. B»pull.£ ulgof.de \ ,. A ' *v 1
Reiigi.cuitu. Ampmon. Appareceoa Nimpnaemotcmpo,queaLua
apparecia também em o Ceo;aqual,defcèo á terra, para a-
zJulZlZm^f]^!"1'' companhar a Nerea em obcique. 9 Filha de humfalço
Deos , como Ámphion ,era a Nimpha: como a filhos dos
Deofeseítimava a gentilidade a feus Sacerdotes: ravos do
Sol osintitulavão os Efcotos: A Luaíubiocom Magel-
tade fupertor, delpois que deícèo do trono , para obíe-
quiar
RMfTKEZA XX. 26-
qulir? Ôih.i uo Deos Ampliion: amelma terra , que dan-
fc&anáaya debay \o dos pés , ióUe , convertida em ouro , a
ler coroa dos iVmcipes , obedecendo a virtude dos rayos
do Sol.
37 t Filhas do vefdadeyro Deos intitulou Chrifto »0 z^Ãtt.fcyròiãnyj
aos Sacerdotes da fua Ley. 1 o Comodivfdoreípeytoa E*cdfiimr-Sí- *Jfà £*&/'?.
tão alta dignidade , tratarão os. mayores Monarchas do
mundo, aos que tem efta adopção de Chrilto. O Empeu-
doi Carlos Magno falava de pé, & deícuberta a cabeça,
com todo o Sacerdote ; ainda osReligioíbs , que não im
nhão ocarater tratava com a me ima decência. Chiiífon-
dade , cm que os Monarchas, de Portugal excederão a
nn'.ytos;& virtude, em queElRey Dom Fiedio o Il.do
nome ie aventada o todos. O Emperado.r Conítantina
Magfio.jaffiítindo em q Concilio Cakedonenlc , acioi-de
lhe derão hum libello das queixas, que alguns Sacerdotes
davão hús dos outros * conídíbu-le indiano de conhece* " }KYr c'"lus esrez! «/'"»<>*
„ • fs 1* raikudfoMJjimum narrahtmiu
das culpas de nus nomes, a quem Chriíto deu o poder de q»°(tf. hbfíí^í""'/' k0HC'-
migar ospeccados de todo omundo. 11 O Emperador ^,,;u;; rj .
Theadofio. íoy emdia de Pafchoaá SédeMiláa.affifiira ê$!??$ <.w ":':•< •■"•■■^™fe
GsUivinosUrncíos, òíiendoine advertido, que a parrea^ nui^jc- ,-,-: -.// ;,
donde eftava era dedicada para osSacerdotes, levantai» ^í 'í^
íe. o Emperador, & ficou no ínfimo lugar. 1 2 EiRey Rumina adhominumrtgcndum
r^v Arrrri- r » • coiflitiuor efíefS trairei mta-
Dom Anonío Henriques frequentando muytas vezes os f.,, 1 ,,/;»,;,<-, .-,,,M- -
afros Conventuaes,, com os Cónegos RcgrantesceSauta7 ?:.'
■Cruz. de Coimbra, não la immitQu efta humildade, mas '>'• !^ ^ v •/ ••';-
também veítia a tobrepeliz de Cónego. Os Reys de Fran- jfíçÇS
c^qaandoaíriítiáoemaaCadTedrays.faziâóomeírRo. j: •» DepifituRtffiinlJfi
? '. .... 1 T-, - vi 1 V tu LtittMi veftem SaccrJcteli
rugindo Lúcio Albino de Roma invadida dos Fran- mcrecumaiiitcauoniceruoiin-
cezes, encontrou» pé as VirgcsVe^
Teus Sacerdotes, que asguardavío do deiaeato, que te- Bapufi.uUjnf.
m\ia: ç: reverente ao lupreíticiolo culto, com que entre a TiW. £>*«<*.*./,*. 5.
gentilidade crão veneradas , mandou apcyar a lua família , '4 f*"^™"
dos carros, em que maichavão,& tez nell.es lubir as Yii- Jift""*. «/"** quoãfiquu ,,-■.-
ges Veíiays,óíosbacerdotcp. lJelprclaaPees,quem l- ....
defefuma a léus miniíiros. i « O que não legue a Reli- *««%"•• ' r -" , ;
gião aborrece oReli^iolo. Apurpura regia dtíunidada EpiR.to.ãdSmi
Sacerdotal, he langue delaniinado,dande íe origina toda a
corrupção do corpo.
372" Duvidava hum gentio, que pode-.fe haver ho-
me m
2^4 O CONCITE WS VJT. TOM. II,
jxí&ii taóbruco,que defpreza-fe os Sacerdotes dos feusfal-
M Quuefthomotauis tcnfi. ( os Oeoles: i < porque fé cxiílilíe,&: cótinuaíTe,fóra en*
àtntu^qui Sacerãotcm vidare ' r ' - i ri
jujeatt ?i*ut ih RuJeiít. ^2- tre os bruços, a mayor rera : 16 nao ha laivsge, pormuys
^'ÍZ^crò/»^,/, «n domi ta , a quem naó fojey te a nectflidade : Donia-ic o
Jeffix-.i-u „>i,i,>\'ícs Uterura. Tigre em lhe faltando o paíto : humana-le o Leão fe algúa
dor oariíge. Osgentios íorao brutos racionaes, tao ad-
diâosao culto da fupreítiç.iõ,que rcfpeytando emícus
filfos Sacerdotes as conveniências deíuds almas, porque
os tinhaõ na conta de miniftros dosDeoíes , refreava ó o
indómito de feus vicios ,por naó faltar á reverenciade iua
falia religião.
373 Fe'ra mays bruta , que os brutos gentios , he to-
do o Catholico defafeyçoado aos miniftros de Deos Que
Águia provou de foberana tendo oppoílçaó com os rayos
do Sol? Que Príncipe fe exímio de filho das fombras,me-
nof-prefando os fervos de Chrifío? Entre os defeendentes
da infernal lagoa Eftigia numerarão os hiftoriadores a An*
,7 p.rumi^Thtfouru, riocho Rey da Afia ,& Syria, pela facrilega expoliaçaõ,
itque o-r.imtrt.r onnbu, u- com q,je intentou extinguir o Sacerdócio Hebréo. 1 7
i,;.pti:,um m co v uri cuituj» i odos os anifflQesiao hinos do boi, porque os cna,& pro-
CdfseT»fJug>T.'?Julgnf' duz,&asaves nocturnas chamaõ-fe filhas da noy te, por-
que tem antipatia com a claridade da luz.
574 Que edificio pode fub-fefHrfemalicefles? Que
republica Chriftã fem Sacerdotes ,& Religiofos funda-
•u sí auttm njHtiv.tr» fm- mento do ChriíHanifmo? i8 Fortalece a baze, quem tr2-
fi,a7gme»tu»i pofuii^e ca de legurar a columna: rranquea,comoosKeysdePor-
o.jMmn.Gbryf./uf.Msia. tUga])as terrasde feu Império, á nova erecção demofiey-
w ros , & Religiões Sagradas , quem intenta radicar a Mo-
narchia comeftabelimento incontrafíaveL Multiplicadas
as fortalezas fica mays fegura a muralha. pris
375 ^ governodo leme fora das mãos do piloto,
defgoverna o rumo,&arrifca a embarcação. Alcy Evan-
gélica heo leme, que nos governa- Sc os Sacerdotes, os pi-
lotos a quem Chriíto entregou o timão. E fó hum Turco,
humJudeo,& hum Hereje pôde dcfeftimar a peí]Òa,de
quemChrifto faz tanta confiança; &r de cujo minificTÍo
depende tanto a falvaçãodos bornes. Aquelle que não in-
tere'fia no negocio helò, o que não faz cazo das aderên-
cias.
376 Aoppoíiçáo,que oB^filifcotemcom o Sol,
pi o-
EM? REZA XX. 26$
procede , de que a virtude do Planeta he morte da malig-
nidade da Fera. Elia, por n^o perder ávida venenola, o-
poem-feao Sol, que a oprime. 19 Todo o cuydado do l%M*to **»&** *'VmSgi
cnminolohe,livraríe do? gnlnoes,quc o prendei», i feba- v^iuerroriíftetavuiigbui*.
lha obmtopor lançar fora defi ofreyo,que o reprime. "S^SS^SSÍ^St
Hum, & outro eirado, oClcrical, & o Rchgtofo íaófu- ^""''"rboKUòacrruoinm ed
plicio dodevalfo : doqual,femelhante aHcrodiades,he darent*®" ' UAiíe,7«X'h7m.
todo o cuydado emudecer a voz, queoacuza,pelonãoar«
pmirdo vicio, que ocondeinna. 20 Os frent ticos não fe zo 2iin.Ucettil,iitiweuxe'
qucyxaoda enfermidade, que os moleira; queyxao-lc das /"■»<*», wfictfut yM«. kur,
medicinas, que os curão ;&cnfurccem-íc contra o medi- l[\ Hií 0„inibuecu,atio„ilM
co, que lhas receyta. 21 Efe o viciofo não pôde neíle eJ*t-'»gr*ti**™*f»*'* **&*&
', r J Jol C C ' brephitnetici,i*fif>iitci in me-
íiíundoioportar os ardores do boi , como loiíera no outro, j,/Um. D.^i^.m pjaim. 6}.
as chamas do Inferno? 22 adver{- .*■ .
22 J» Oo/w ca/orem lolcmrc
ito* pcfitm , quomcJo Iclemb»
Nonfiret Jnferm tanta mcendta flammts^ £w< rffWM Ww,rf.
dJlrdorem Sdis, qui tolerarenequit*
German. ttt. de ^etigiojis.
577 Seria mays louco,queoroefmodilirante,oen-
fcrmeyro,queaiTeítindo ásqucyxasdovario,defprezara
as receytasdorlíico. Os Príncipes laõenfermeyros da re-
publica ; os enfermos frenéticos faó os vaiTallos diíTolu-
tos; & pode fueceder ,eftarem taõ próximos os enfermos,
queoução os Príncipes as vozes, com que fe laftimaõ;&
he necelTario advertencia,porque condoido das vozes,lem
examinar acaufa, pôde condemnar o medico, & dcfcul-
par o louco. Tanto vozearão os grandes de Inglaterra
contra osminiftros da Igreja Romana, porque os repre-
hendiaõ de feu máo procedimento^que motivarão o ódio,
com que feus Príncipes conípiraõ contra a Igreja de Deos.
OsKeligiofosdo Patriarcha S. Domingos, & S. Francif-
co pregando livremente em Efcocia contra opeccadoda
luxuria, que os magnates daquelleRcyno julgavaõ porli-
cito,foraõ aceuzados do crime da inconfidancia; & fem
mays prova, que o tefíemunho dos luxuriofos , cxpulfa- ?? fatífimàV^Ú
ráode fuás terras aos fervos de Deos. 25 O iiuz íendo uíUt. Laeymofi Repa sce-
• . . , r* • i> 1 1 j' tini. foi. 10 Íj ■ » > ■/ .
ininuaodoautor,crecomíacilidadeasqueyxasdoreo. yy
2,78 Tendooefpelhoaleúa mancha, empenhamays *4 f»-H^«iw e)
oB.tfilifcoofcuveneno. 24 Pela parte leza forceja por 2 ,,,8., .§.,».
LI vene
2&6 O $<%lKO$E VOS <PfT. TOMO 11.
venenar todo o corpo deafano. Hum animal compofto de
peçonha, oflende-fe das manchas do crivai? Se esfru&a
podre, como te enfaftia a toca da ? O diftraimento de hum
ij ItaaueeuiiiviJmf òa- -,-.«■ • 0 > i ji_jr
terdíienudumin^muaiii- Reljgjolo , & de hum Sacerdote relaxado nadeiermoti-
^;r::r;:^7;^ vo, para que defprel.es o Sacerdócio , & a Religião ? Por-
,.ebc>:jt„iUuti;ur.Qi<ãjot}ui qUe 0 piloto ignorou o rumo , logo a arte de navegar he
âcn:,:S Jud.n prodilorf;ittyvs- 7 . « r f . ° „ L - * ■ J j
rum .b,.i «s«\íf«:yíír»rfl^»deleciuoia.' 25 Porquenua Águia degenerou das mays,
JíoffoihéJeiMmnimm! iogc>toGas perderão o timbre de fua nobreza? Húa telha
njahmaviw,:.- ^Hioqinnqttoi quebrada desfea todo o edifício? Húa moeda falfaempo-
medicifaBi fut camifica.ac ve . , ir "v t? 1 - n n. j 1 n 1
nsna^rtpharvtci/chchmrM breee todo o theiouro? fc> nua tior agrette deslultra todo o
Hon tamc* a.um vitufcro,fiã ^rdim? a tua malignidade fegue a condição das feas, que
malis utcuttm atle. Queixam* ' o C) 110 •
>i:au rcxtruntnwgia'1 ' ?**» arguem deley tos no eipelho , porque lhe moítra a mtper-
K,ílu'mZTm^. ""'* . ,Ji' feyçáo do rotlio.Econhece^quea enfermidade domedi-
d. joan«. Cbj/fofi hm. 4. de co n^Q tjra a virtude do medicamento.
ve<btí ijttft. Yidi Dominam ^-~ r . „ ,. .
fcâenumyVc 379 Deipois,quepeccou Adão, dizem , perdera o
Sol a lèxta pai te da luz,com que Deoso creou.
Septupla lux Solisfaerat, quamSol dedh olim,
Tunc ut Adam cecidit , cecidit pars multa, in terris^
Sept ima pars num ejl ^fixperijffepatet.
Gothfridui Uterbienfu parte i . Cbranicorum.
Pelo peccadodeíle primeyro Monarcha, faltou no Sol
orefplendor,que tinha ; & por culpa de algús Principea
featinuounasReligióes aantiguaJuz,comqueas funda-
rão feus Patriarchas. Porque os Príncipes fizeraõ Comen-
datarias,as prefidenciasdos Mofleyro9,deraõ as Religiões
na clauftra . Porque lhes desfraudaraõ as rendas ,fe rela-
xou aclauzura. Accommoda-ie aave corna prizão da ga-
yola , porque acha nella o fuft ento neceíTario , mas em lhe
faltando, ou rompe a prizão, ou perde a vida: quem inten-
ta extinguir o fogo, faltalhe com os materiaes , que o con*
fervaõ.
380 Relpeyta o Bafilifco a mageftade do Gallo. A-
16 jureignurgttinacMtm quella fera tem medo defta ave, porque lhe ve na cabeça
iuithacbefi.a,tumquod,pfaa. húa coroa mays nobre, mays viíiofa, & mays dilatada, que
-bit corona redinuta-efl lonçs am p s r \\ \ 1 t
fiicrctatfuicbrhre, nobúwre. a iua. 1 6 Com f emelhança de coroa remata a cabeça oo
USfflSÊírSÍ Bafilifco, & fendo efíeanimal o mays venenofo, parque
Jemvintt regiam vevetur. fó matta com a vifía dos olhos : nem tem olhos , nem tem
Mayaltutraa.deSerpentili, n-. . ^ .1 N1 . ., • 1 n 1
foi.nnhiidc.Goik^uiaS. venenopara otiender o Oallo. ÍNa Vigilância deítaave,he
hgu-
& M Q \E Z A XX. i6j
figurada a obrigação, & virtude afly dos Sacerdotes,ccmo
tJosPicligiolbs: 27 A coroa, com que hús,ck outros Ce 27 o.%%.!o»tfi/-
ornao,è<:deíimguein,rcpreiencaolniperio de luajunidi- ,3 vs.BeJj/up./J, ;0&
çaó. Amuytosierve efta coroa de alvo, para os tiros da *'</""' r?';r-<'* n.tfr.Gaãw
emulação, devendo ler para todos o objecto doreipeyco.
Idomenèo prezado de deicendentedoSol,traziaiobrea
cabeça a figura de hum Gallo. 28 Ao figurado nefta ave *« Uomene, jypeum GaUo
trazem muycos íobre ohombro,comoCruz, devendo-o  TrlllZÍ&n"ffu'^!'"*
J . yfiofieica quoa u a Mino*
por iobre a cabeça , como coroa. Pezo infoportavel iaõ tf t'f'pi'>»t Jwçera origine,»,
1 - • • J J o J o n Tr • ru m WttSolu filia ftierit,cui GatiS
paraaigusas unmunidades bacerdotaes,& KeJigioias.Gn 3^/ confia é'itrhu «aju-
cjuantos invejáoacoroa, que feamedilíempelaspençóes^™,^eG'il'<'''',*'^''r''-
da dignidade, achariáo muytas vezes mayoracabeça,do
queocirculo,queaorna. Sopòrta o trabalho da vida, lo-
go naó invejarás oluzimento do Sol : nem a predomina* „ ... „ . , ,
çáoda Lua: olnas para a teimozura doculto,lcm reparar j»««i»r ,/«««>«« fx/>r»>»«»f.
nos rigores do eftado. 29 Excede a tua malignidade á e^M!'^. C"""r' '" *dBilg'
fereza do Baíililco, porque te iníureíTe afemeihança da
niefma coroa, que o acobarda.
318 Morre o Bafílifco, ouvindo cantar o Gallo: a ef«
tefim,osquepaíTaõpeIosdefertos da Africa levão deftas
avesconfigo. 20 Porq as exortações dos fervos de Deos ^ Bafinfciu forrei GaUina-
tedeipeitao do letargo, & tenao deyxao dormir aíono e*>orinir:ii*ptr africam w»
folto nos braçosdoapetite,defierrasdetua eftimaçaó, a ^S"^1™''""""
quem te caufa a morte , porque vivesda culpa : íem adver- e-^«»»«^'*:3-«j».jq.
tires,quea defíruiçaõdos Sybaritas eíieve,em náoadmi-
tirem dentro em fuás cazas ,& povoações os gallos, por-
que lhes interrompiáo o fono: 21 E que ajudou n.uyto
aconteivíçao dos Suecos cunharem a moeda nacional, oZr.etmoUituàmisnuweyot-n»
coma fipurade hum Gallo,com hiia Efírella entre as azas. t*GaUun,i*X),bceffcfTohibt.
3 1 Republica, em que a veneração Sacerdotal he moeda, wte.feDarct. Ueoqut s?/-*w-
1 1 i- .f r>n. 11 Utomnti artes ttbletiveruntMt
que naocorre,he republica íem Eitrclla. pUtfe, <,uoàvoiufuu,f*M
282 Naó offende o Bafilifco ao Sol , nem inficiona »»«"*;'««'■ "'"j" "*//v.
-" -, ,, ' - » — )2 U«w ente:}! Gííiu lio
aoelpclho, por mays que os encare \ antes quanto ieínfií-/K-reff«/ «'/>»«, cumpfojii ,-
rece, tanto mays depreíiaefpira. As pedras naolentem os tTÍpti0*mJic,ttòHtJaK„umftm
golpes, a maó que as otTende he, a que fe maltrata. O efla- ««wjWi. idtmAi.
do Sacerdotal , & Religioio iaõ duas colutnnas , formadas
de duas pedras unidas ,Chriíto,&Saõ Pedro : ore&odas
columnasnaó fe troce com o pezo: apedra naó perde o
fer com os encontros ; antes fe a perfeyçoa com o pico, Sc
comaefeoda : da mefma for rc asRcligiócs,& oSaceido-
Ll 2 cio:
sós o rv%mcnE dos or. tomo n.
,« 5iítt<í/»»//rwí»rf^íj--c',0 :-qUemasfére,emfi dáo qolpe. 23 Afi arruinarão,
cutit Itpidem, ípfa quiJem co/~ r . ■ • s
iiiii*/,i*fiihinãHitm,}onU- & a ieus Impérios com omao tratamento, que derao aos
*'•£'> *«Vir\*y "»"■' Religi'jíos,Loduvico Príncipe de Conde, Gaipar de Co-
nri-u^fit^brijiiamiatiautem ]jnj } Almirante de França. Aquclle, que le põe a conten
fcDti/.4ò./iiM/.»f. M*tó. der com os rayosdo Sol,queyma-iea lij & alombraapar-
Reiig,o»o«fc»uifaugationê. tc a0nde cftá. Os Rayosdo boi Monaltico S. Bento, 24
Idem. ibi. bom. \%. <
& os reflexos deite eipelho de virtudes, 55 intentarão
,4 Vocíttí>ttiimsa,qii'fA desluziros mal intencionados; & ÍU3 malicia osconfun-
%untb,EccUfi*&iLi»R<g- dio, como o eipelho, & o Sol ao baíiliico.
»o?axri,coru.s.^}doyi:infa. ^g.^ Efcolhidos á luz de Tua virtude eraõ todos os
,\ Sfecuhtmbonerumopcrn Mon jes, que por efte tempo viviaõdebayxo da jurifdiçaõ
&PttítÍ^t d° P"ncipe dos Patriarchas : Em tudo íeguiaõ oexempio
fatinue Mijfét ejiix. deíeu Legislador, guardando efíreyta clauzura;porque as
abelhas naô fazem o mel andando vagas pelo campo, Te
não eftando recolhidas na colmeya. O recolhimento Mo-
mítico he a origem daeftimaçaõ dos Monjes : as imagens
de vulto, & as pinturas ao valente, quanto mays retiradas,
parecem melhor , porque viftas de perto , faõ defeciuoías.
Os inimigos da clauzuraíaõ como o vapor incendido ,que
clauzurado nas entranhas da nuvem naõ defcança,até naó
romper aprizáo;&faindo delia convertido em rayo of-
fende os olhos, de quem o ve :na Religião vivem inquie-
tos como o vapor ^ 56 & nas ruas eícandelizaõ como o
. „ rayo. Com lembranças do mundo ninguém vi vefocepado
i6 Sunt qitldam, qui mente J . n „.* . JOJ •
vaguoccHiii atomtiMituâef- nosclaultros j na o importa tirar o dente, & deyxar asrai-
foiut, aiiUdcantant,aiiudco- mitigar as dores. O Religiofo frequentando o le*
gitat,tn chorojunt corpore , tn To 1 1 n
foro mente, nunc inturfunt, culo naó pode vencer o mundo; porque he deftreza do
•sítufionihM*. íundibularioapartaríedo inimigo, pararetorçar o braço,
& aflegurar o golpe.
384 Neftes tempos foraõ mays agradáveis a Deos
os Sacrifícios , porque era mayor a pureza dos Sacerdotes.
Ainda queo manjar naõ perde o ií»bor\pela pouca limpe-
za , de quem o guiza , naõ he taõ agradável , para quem a
97 Mi/fa boni StcerJotireB af.a„ _
«cceptior Deo;ficut cibutpa- 5 u 3/
ratuf a mimjlfo mundo jucun-
diUffm>iitur,quS »b immundo. -r, n . »• 7 » -w n
D.Tbom. ri» 4. Sm.Jift.u* EJt acceptd magu digno celebrata MiniUra
Mifía, Velut munda ferculayfacla manu.
German. de Çhialtt. Sacerdot.
Com facilidade fe emendavaõ os erros do povo , por»
i que
çjue viviaõ Tem nota osniiniítrosdc Deos : Se algúa parte
do edifício ameaça ruina, facilmente ic repara ;mas íe pec-
car no íundamento ? com dificuldade le reforma. 28 *8 Sipartai^uadcmwfue-
n , , . , r , . r ■ ' J j r rif decif^cum labore tawE pef-
rieduravel via o mundo lua duração, na iantiGade dos ícr--/*;/íryi,í(í^(irtfi.r.-í;«r£r/w
vos de Deos. Faltar a luzem os valles , naó teftemunha de '>/«»^'*ff"»/«."*«-
, l ' ' qusfatum, tjinJ faca -turfa
todo o hm do dia ;nao appareccr a luzem os montes, he 11- m> ■■■** ,»>fi'>taiiq«o heow
1 j /• c- 1 4. -S r^ • C r\ \a- ■/" facial fundamcmaS$iaptàetât
nal ,que deiamparou o boi todo o Emisreno. Os Minii prioudomou*.nfHaant>aitam
trosSacerdotaes,&Religiofosfaó figurados nosmontes, M'^ifi'«^imtsie%eni
oc as uemayspelloas, nos valles. As agoas do Diluvio em rcrpcccavermt pcrpen,ie*tiam
'■ . »„11 • - I - comiuniur: iii atilem dijr.pjtu-
quanto inundarão os valles , viverão os homes j mas quan- euJt ^sacudou^a
docobriráo os montes, eípirou todo o mundo. 20 cjipopunfundamcntum, ^md
585 Com as agoas dos montes íecultivaõcsvalles: u. ckrjfíji. i* 7.4. Manh.
com o exemplo dos Prelados fe alentaõ os fubditos.A Homlpr^t ]»Vatibus fitobr-
clauzura he o potro, adonde íe amançaõ as rebeldias da turitatjiediciManteadocca.
&l 1 p I p~ . Jum. Quando ctv? col.cs videti*
o exemplo do íupersor he o caliigo , que me- ^/^w,-,, quitdub,t»t,quwj»
lhor doma abrutualidade do viciofo : Se a fonte he falo- n"efii?\cÍrÍtuZÍ"fecult~
bra, também o ha de ler a corrente. Difculpaalezaódaca- pitpMaiercobfcuritatpccca-
beça, as demaílas do louco : & da meíma íbrte a relaxação '^"^uoTslZlZ^tfilí
do fubdito, fendo enfermo o Prelado. injumm» vértice jpirnu*i,um
2,06 Ubngada a Divina Omnipotência das virtu- Uidicuniur,apptebenderiti»i-
des, & Ter viços prefentes , Sc futuros , com que os filhos de t^^^^L»
Saó Bento illuítravaõja,&haviaõ deilluftrar fua igreja; idtmm (#.**- **»»*•
prometéo amparalos,& favorecelos com maõtaõ larga,
que fendo a mercê de juro, & herdade , lha concedéoatèo
fimdomundo,comtaes,&taó magefíofas particularida-
des, como temos vifto,& lèmoftra nefta:& vem a fer: Que
todos, os que prefeguiííem a fua Religião , & a feus filhos,
Jhes dbreviaria a vida , ou acabariaõ mal : que he o inefmo,
que caftigo temporal, ou eterno. Com mays liberalidade
íe ouve Deos nefle favor com Saó Bento , do que antigua-
mentena mercê, que fez a Abrahaõ,8r Jaccb. Confede-
tou-íe Deos com Abrahaõ de fer amigo de feus amigos ; &
inimigo de feus inimigos. 40 E prometéo a Jacob de-
fendelo em todo olugar,& tempo. 41 Efta protecção 40 BtHe&ic*mbc«eâicmi»M*
Divina, com que Deosfavorecéo , & authorizou os Patri- fW™1**"*'" «mW»««#-
archas teve, em parte, as condições da fimplez colónia, 4> Frocu/iat4uti>,qiu>eum-
rr r j rr • j r • queptrrcxtrit..$$ç.'lbicep,x%,
quenao palia a legundo polluidor, porque elpiracom a \trf.i%.
morte do pihneyro. Não fc obrigou Deosnefias proméf-
fts,a ter o ineímo cuydado dos deleendentes, que teve dos
progenitores. Efta condição imaginarão muytos, que ti-
Ll 3 nha
27o O PftlNClTE ms VÂT. TOMO II.
nha o pacto , que Deos fez com São Bento ; tendo para fí,
queíò em vida deite Patriarcha tinha vigora prometa;
lembrados do miíeravel fim, que teve hum Sacerdote cha-
mado Florêncio, que ficou fepultadodebayxo das ruínas
deíuá própria cala , porqueemprtndéo moleftarcom de-
fcnvolrura, aS. Bento(emofimdeíie tomo referimos o
ft!Cceíib)armaráo-íe contra osMonjes, defpoisque lhes
faltou apreíènça de São Bento : enganou-os o Demónio
com íua mefma ambição, & malicia: & defenganoií-os
Deos com perda defeusbens,de íuas vidas, & de luas al-
mas.
587 Defembarcando os Sarracenos em Rcma,fa-
quearáo o Templo de S. Pedro: & noticiofos das riqueías,
queeftavão no mofteyrode Ca íTino, intentarão darlhe a
meftna aílàltada. Ataihou-lheopaíToa Providencia Divi-
na, fazendo crefeerem húanoyte,com tal abundância de
agoas o regato, que cercava parte da povoação CaíTmen-
fe, que de manhã o naõ poderão vadear os coílàrios 5 info-
recidoscom o fucceíío, vingarão feu odio,& íatisfizerão
fus ambição em hús Prioratos, & granjas do mofteyro , (i-
tuadas ás margens do riacho j roubando as fazendas, &
arrazando os edifícios. Vãgloriofos da preza , navegaváo
os infiéis com profpera viagem. A viíla de terra chegou a
elles húa pequena barca com dous homés;hú, em trage de
Clerigo;& o outro, de Monje:& póftos á falia, pregunta-
rão aos Sarracenos, de que parte vinhaõ,& que terrascon-
quiftarao com tão poderoíà armada? Referiraõ-lhe os bár-
baros o fucceíío , que deyxamos dito ; íignificando-lhe a
grande pena , que traziaõ , de naò poderem roubar o mcí-
teyro Caííinenfe. Pois nos fomos ( refponderáo os dous
Anciãos) aquém fizeftes elTes defacatos j ( era o A poílolo
S. Pedro, & S. Bento o outro) &: para cafiigo voíTo , & ef-
cramentodosmays, conhecereis peloeffeyto, acalidade
das peíTóas, a quem perdeftes a veneração: E defaparecen-
do, levantou-le húa tempeíbde , que metéo a pique todos
4l oirfznYepetpart.i.Je os navios j naõ efeapando deita tormenta , mays que algus
CkroMieaGtnidtOrdemdtS. poucos foldados, para tefíemunha docafuVo. 42
Menlofil.iZi.wf. * Q . '. r .. /r - • -o ,
300 Hus judeos Neapohtanos palia vao a viíta óm
granjas do mofteyro de S. João Baptifta , da Ordem de S.
Bento, fituado, em aquelles tempos,poucas kgoís fora da
Cida-
EM $ <HEZA XX. i7i
Cidade de Nápoles , & vendo aos Monjes occupados no
exercício das cearas lhes preguntarão, por zombaria, fe
querido, que os aj.uda-fem? Accy Caraõ os Religioíos o of-
leiccimento, &apaIavra.raó-leos judeos de ihe furtarem
asferramenras , com que eftavaõ trabalhando ; & pedirão
aos Monjes lhas entregalTem , para os defeançarem aquel-
le breve tempo, que lepodiaõ deter, os que hiaõdejorna-
da:& querendo disfarçar fua malícia, levantaião os judeos
as eyxadas para cavar a terra ,com tal fortuna , que a huns,
cahiraõ os íerros fobre as cabeças; &aoutfes, ficarão os
braços pafmadosnoar, fean os poderem mover. A efte mi-
lagre fuecedéo outro mayor ;& foy,eoniiecerem os judeos
feu erro, Sc confeOarem fua culpa: com que movidos a
coinpayxaõ aquelles Monjes Santos, lhes alcançarão de 4) Tr.ignacioâtiorrcs^
DC Pi Nxxera da Ordem Sentina.
eosperíeytaíaude. 43 S^»*^/^^**-
• 380 Seria de grande confolaçaó paraosCatholicos,/^J"^'"•P;"er'?'fJ'''r',-
r ° £ o r j r - r ■' r • i 1 • V<W« > c" t0íh' losfoin> con-
k OS 1 UTCOS,&OS Jude05IOraO iOS OS CaitlgaCOSpeia m- uuwaz^reiejàea lof caHiçot
credulidade de fua fegueyra; masque o foífem também ^^^Í^ÍS-
algús Fieis pela arrogância de fua foberba, pela cobiça de cmM ^i»tomo de ['>!>">■> tf
1 • . c 1 ir ; n Corrigi. Pcrfidia-iz ).§&<>>
lua ambição, & pelo amor deíeus vícios f He a mayor ra-
zão de femiineuto.Que oBaíilifco, o Turco, o Judeo ,Sc
oHereje feofTendaõdosrayosdoSoí,que os mortifique
avidareligiofajque feinfureça oBafililco áluz doeípe-
Iho, que rayvem os judeos , os Turcos , & os Herejes ven-
do diante de fi, os íervos de J E S iU Chrifto , em que naõ
crem, & de quemabuzaõ, fâõ effey tos de feu maligno fan-
gue.Mas queosCatholicos conhecendo o eftado Religio-
fopelomays fanto,&afua vida pela mays perfey ta, por-
que o meímo Chrifto foy feu Autor,& os Sagrados Apof»
tolos, os prirocyros que realmente a profeíTaraó, immitem
oBafililconaoppoíição,naÕatendo por natureza ! Efte
peccado he culpa tão aggra vante diãte de Deos, que o ca-
ítigacomaspenasdocrimede LefaMageítade Divina, &
Humana, a quem offende a Religião , & os Filhos de Sam
Bento.
390 O crime de LefaMageftade Divina, & Huma-
na fatisfaífe com a perda da vida, confifeação debés, & in-
fâmia dos defeendentes j conforme a atrocidade do diliclo
lhe í plicão as leys a efpecie de tormentos; Sc fe dilb ta , ou
reíiringe o termo da infâmia. Manda ajuíuçacafíigarfe-
para-
272 O QUIKC&E DOS VaT. TOMO II.
paradamente aquella parte do corpo , que íoy infirumen-
44 0frfe».w.$.í/'/.'49.§.». to dodili&o. 44 Por efta ordem, caftigouDeos repeti-
das veles a pouca reverencia , òc temor ,com que muy tas
peílóas violarão o culto de S. Bento, & defraudarão as fa-
zendas de ieus mofteyros. Humíoldado em França, pu-
4; ■úin&utjigatufqKeintx- xando da elpada paramatar algumgadodosrebanhos,qtie
tric*iM*r*i»cMtbf4fitt ita • moiteyro Floriacenle , ficoulhe o braço efmoreci-
utment^nuitam que tripartem do, & infenfivel. 45 Em juizo contraditório authorizou
vaidut FhriaceuMb.t. dtmi- iuinihoineiii hum teltemunho iaJío, jurando por b. Jben-
r«cuii*s.Be«cJ.*pud Bofco. to ^^ nianeyra: furo por S. Sentoem como beVerdade , o que
tr.Btbhot, Fiou*, fel. s%. ' «iii 110
digo: St. eítendendo o braço, para aparteadonde eítavao
mofteyro do Santo, lhe ficou arefacto,& inflexível, atè
46 .Nece/ritatecspuifmdex- confeflar fua culpa, & ir ao Convento pedir perdão ao
teram contra Bafilicai» exttn- ,-> s 17 r* V J J C í\ J
dcnr.curnfuJcjuramcntum Santo. 46 Em Galiza , aonde era de preceyto aleitada
protuUtjUwquicní.Pcriftu», trasladação dos OíTos de S. Bento, nomezde Julho, en»
S. BeneJiliu,,,, Cjío ,11o, ei rei- -r-JJ-J O. D. U SlAÍ L 1
àtdiídtnarioi.uuodqviitieme hua ireguezia dedicada ao oanto ratnarcna,lahionum la-
2?^£S?Í^'SÍ vrador ao campo para fegar trigo; tanto que pegou na pri-
qu,Jemwanum,quamcumbre-mQyr3i aavélla cora a maó efquerda , Sc com adireyta na
chio tmprevide, peieratururte- /- . • t - 0 f 1L C J -
u»ierai,adfcrevocarer>equi- roucinha , nua ,& outra coula ihe hcou pegada nas mãos,
'£ ltZ£f:lr%:,om,.*„- km que Por a]gum modo as Podcffe âbrir > fcnaó defpois,
mdeCbrifto m.fói.ixo.verf. que publicamente na Igreja confeííbu feu peccado. 47
Tbomhn* BeneátSma Lufi. Outro lavrador em r rança, nomelmo dia , pos os boys ao
UMAomox i.-,a.t.pan,*.pi. aradopara trabalhar; apparecéo-lhehum Monje,queera
48 Dumergo cupitumpen- S . Bento , oqual lhe atou com a çoga dos boys as mãos ao
infiblnun MonLaii. Qui«- J"g°> cao fortemente, que o langue lhe íaltou íora por cn-
uafqueiíiiu, mams temns, hi. tfe as unhas, & a carne: com lamenta veis gritos entrou ai-
fnrco,Puo arainimregi1ur,tam r . 1 t • t Jjo n
fanhér aftnrixitiigrto, ut/jn- íy atado pela Igreja dentro ; adonde o banto moltrou,que
ZZ^Zfd^Z não fizera aquílle caftigo por vingança , fenão para emen-
frorru,p,Bu e*s diveUcre ai da , porque lhe foltou as prizôes , & lhe deu faude. 48
eeàtmntqiiiretlijino.QuofaBo, ^ • - • 'V •* • • ' tM ■ r l t /•
quiapparuerat Monta*,, ne. Quizerao os Monies v lonaceníes atombar as terras de leu
quaq^muiterhffiíivtfuxe}, mofteyro, por algúas controverfias, que havia entre ellcs,
iU.M.+.foi.tóí; Sc o Parodio da Igreja de S. Dionyfio: hum louvado per-
<9 mmq«eco*tiwu,,i,t,a. fa*à\âo das partes, julgou contra o Convento, nas con«
âeminiuat dMfkfont parts, frontaçóes dehum campo: perde'o logo o miferavel a fdl-
ehyitipercu^ss^utnuUomo Ia, &c nuncamays a teve intelhgivel. 49 O baliiiíco pe-
wÍTil!!g]lTo£lf*vl*tH*a ios 0,hos, com que intenta infecionar o efpelho , cene ébe
\Airava\d.ubifup.fol \\, 3 morte
391 Manda ajuftiça atanazaros comprehendidos
._ .,, no crime de Lefa Maaeftade, fendo a culpa da primtvra
41. cabeça. 50 Em a antigua Cidade deBaibonze,(deque
hoje
EMV^BZA XX. 275
hoje não ha memoria na Ungria)hum potentado, por no-
me Miíael de Aulptich, andando á caça, quiz entrar na
clsuzuradehum mofteyroda Ordtm deS. Bento ; & pe-
dindo-lhe os Mondes com muytafumiçáo, que lhes ráo
violaife aclauzura,reipondéo comlcberba : Que náoió
lhedevaiTariaacerca,mas também o Convento: mal tinha
pronunciado eftas palavras, quando os cães , que levava
configo, remeterão aellecomo ahúaféra: nãodefpega-
ráo os brutos, em quanto os não confrangerão os Monjes.
Os quaes, compadecidos do delinquente, lhe alcançarão
deDeosoperdao,õía vida: 51 Usanimaesíoraoos ver- pu, tt*orjemd», Pr^advm
dugos, Sc feus dentes vivas thenazes,dequc a Divina iuí- Cc&u'ã"idcl>tcrf,d"'H'!":n-
tiça uzou,para caltigar iemelnanteculpa. Quando as re- £fi>»»hoiftu Uctnc,adaj0*i
tíexõesdoefpelho fe imprimem nos olhos do Baíililco, o deT""'-cw™-*-U°*.
quemays osaggravahe amefma peçonha ,que dantes os
defendia.
392 Com vários géneros de mortes pagaóeftesfaci- 5I otâen.m.yiH.ix.cu.
noroíòsfuaculpa:ahuns, mandaaiufuça quevmar vivos. "" '"?Lauc* •* fa/f"m » 37.
52 LmoKeynode r rança,nolugar,aquechamao Vil-
la de Abbade, reynando ElRey Roberto, deftimidamen-
te featrevéo hum Toldado aelcalar asportas docelevro,
aonderecolhiãoosftu&osdaquella terra, pertencentes ao
mofreyrodeS. Bento. Coméo, & bebéo quanto quiz, Sc
levou,oquelheparecéo:ánoytegavou-fe afeuscompa- u Jime^^f^^
nheyros do defacato, que cometera aquelledia : dcytou-frcu"x"e?'Jcc'!lIcc''1" Kjm-
r J. . ..-. i r ' r 1 o r iue'g"u fíiamtma lt8.ru cor-
áe a dormir omileraveI,latisieytodapreza,& pouco eí- wipk*s,fjn»Mi*giik>i ,*/«.
crupulofo da culpa : Pegou o fogo no apozento adonde SS^SSSSXSSt
eftavaj 8c não lhe podendo valer forças humanas, morréo *>'/«"> ifp*c*»&nhii«t~
d* rT , t> r*lT r Jequi' fui pucriíyttarn tertimji-
ovivo. 53 He penado oaiiliíco, lementrepo- ^uftuutuievjft^cquwquc
pofteão do criftal quey maio o calor do Sol. TlfãlTcTS^T"*
t ■> J J juppeUcaili^incexaw ccnlump-
202 A outros, manda a jufticaefpedaçar vivo*, íi '«"/■ ^««««r/n» */*/;<**.
rT 1 • Tl 1 > u j C FlorU.lii.ifiliii.
Hum Juiz interen<4dopela parte,prometeo-medeaiavo- ,4 j„/;„, ctó*>$. Tm*i,
recer contra aiuiuça, que tinha omofteyro deFloriaco, «'**.'*f« ««/</*■. ■■«•
' * ' J r fi Hunc tenor e-fm^nu!lut
na herança de hús bens, íobre que pleyreaváo. E pondo- «tho/Ha na d,etxhu marcha*
f I] • / !• • r ' SíiBoftrnuI*bi\ur Bcrtcd no.
ieacavallo, parair aaudiencia pronunciar a ienrença nv wj-fc^ if»p*if, t»k*,,tui
iufta : efpanrou-fe o bruto , & levando-o de bayxo de «quo.ceitmme.ncendoe t*.
/•» ~ ' . J-r? pit. Nerproehladcmo rccrflc-
íiofez pedaços; com que morreo emtres dias. 55 Lm ratprcpnar&eccccqu.cui.n-
Bi" ■ T* • /T* L 1 J ^editai «fí/jf/v/, /i<7«»f •• ^«r»
orgundia ,no terntorioTricaíIino vivia hum letrado, o ^^7, ^j,1,,,,,,^
-qual tinha pofto, & empenho particular demover csuiàs r*> &f. ân***i»t u.ti»,*,**
contra o moíieyro de S. Bento , que chamaváa Taunaco: d^Htn».vHfyffif49JMtt
Mm Eftan-
274 ° TQJNCITE DOS VAT. TOM. II.
Eliindo em rua cafa defpachando as partes, entroulhe pe-
la porta dentro hum rafeyrode cor negra ;oqual,naõía.
zendo damno aoscircunítantes, lhe íàlcou ao roftro,& rai-
$f, (hiiãjKhaqutJiceoi» «ando-lhe as faces ,deyxon ao letrado enfermo do mal de
ionto própria, intra memora:* ° t /• j 1 c r r •
urbhTriflican* muro* confti. ray ua; com que deipedaçando-ie a li propno,elpirou com
tuta, rcfidí«H,VjHd,ciar,aw eípanro denuiytcs, & para exemplo de todos. <6 ira-
tntsr rvfti canos agente aaionem r J ' i l J
mgcrunxrabu^Lmis affmi, do contra íi o Bafililco faz-le pedaços, opprimido dos ra*
£5 niiUumUdctts circur.jlanti- J C 1
ttm, tmpetit m eumftBo ,nares yOS GO uOl.
e/tis ,»tf*c>cm morfibus à.h- „qa ^ muytos condemnaó as leys a morrer de gar-
nians,abcrffit:.::Cathenatus y O/T J t rr \ ■ ■ ■ r
qut^inquodamreuufuscu- rote. 57 HurnultoCavalleyro de r rança poííuhia injuí-
hicuhtm ultimum txluljvu (pi- i - • j r\ T?l-^" / í\ \ '
r.tu»:. \rtmM*tfit.». "mente hua quinta, do moítcyro Honacenie :eítandoa
)•>'• ,!Ô' „ , „ meza jantando, algús feus amigos o reprehenderão da má
l7 Ordcua.Regialib.% tit.6 ' D rr ,.b ,,r, , , - ,
%.9.cabcà.tf.defi.%iti. io. conlciencia , com que poíiuhiaaquelJa herdade ;nao deu
aíTenfo áainoeftaçaõ,¶ moiirar o pouco cazo,que
delia fazia, mandou a hum feu criado, fofle colher algúas
peras, para fobre jantar : Chegou a fruâ:a,& pegando de
húa pêra, diffe para os circundantes : furo por ejlapera^de mo-
, s Hoc tenanr , ah, ppum, leftar ílãfil em àMntey com w#* empenho , aos Monjes Florio.cenjes.
Uè 'annome, eu muita in como- Em começando a comer, o primeyro bocado que metéo
da irretaturum . Hú d:Bis par- . ., f , \ r
tempomijam màfi ,fuo injecit nabocâ,lne íicou atraveçado na graganta; comoqual , ia-
cri. Quodcommuoita biatfbe- jec£Q brevemente, dando poucos, ou nenhús íinaes de ar-
mumoppilavit<juitur,ut inter í • i n
eh/a voeenuBa vaiem prome- rependido, & muytoconhecidas mouras de obftinado. 58
re verba ::: Sed illeprohqiti no . s^\ r~v /">• "i ' C _. I..
■vahm , rediLo Id faletem 395 O Direyto Civil nega íepultura , aos que man-
*apiu jpiritumexaiavit. da efquarteiar por efte crime : & lançar no mar as cinzas.
dos que íorem queymados pela melma culpa. 59 Key-
i9 ordenac.hb.s.tit.^.in naldo Rey dos Normandos, faqueando as terras de Fran-
ír^T^.f § "^"^ i/'" ça,fezreuPalaciodomofíeyroFlonacenftr;& fentidode
naó achar nelle os Monjes , para os paíTar a cutello , dey-
tou-fe a dormir com efte pezar. Apparecéo-lhe S. Bento,
& com o Báculo , que trazia na mão , lhe deu tantas , Sc taõ
fortes pancadas, que naó teve de vida mays tempo, que o
60 Quidam,infiu;t,Mona- n l . C (T n T? CU , C < L J ' n < t-
cbustKona!ter,ut*ji,,»0,qUam necellano para conieílar : (Jue rr.&entooenbor daquvuemoj-
^d\aT^luihc'f"exiie' teyro lhe dera amorte. 60 Sepultarão-no feus vaflallos,em
neaiciM , báculo verticem tan- •* L '
gensmeum, monem m.mtando hutu mauzoléo honorifico j naó confentio a terra em fuás
dolcrem mibi wgejfit t»<<entem, 1 i l \ í rr
ííí. *àymomMub,fUpfvi%s\ entranhas ocadaver;com hum terremoto o Jançou tora
AS3tr%r' de íi: quizeráo os Normandos oceultar efta afronta , & a-
niidemjitpcr <>taijtcaiam,vaui- * '
dijimo acçepmms terr*m*tu tandolhe húa grande pedra, lançarão o corpo em hú pro-
fubverfjm,ac cjits cadáver tel- r,,„j • 1 L J C / f
lurem a.juire/<é,(fef,nu,<juod tundo no , ou lagoa chamada bequaiia. 6» hxtinguin-
cHieocumitpiãum moi, únf^n do-fe z memoria do delinquente , para abominação da a-
tn oequaHamejldemerfHtnfâc. • , , \ ' L s
idem. trocidade,
396 Em
EM PREZA XX. 275
396 Em outra penaencorremoscomprehcndidos
rieítecrimejaueheaconfiícaçãodosbés. 61 Naspartes 6z °^^"-'Rtg!ai;i^.v„r.
de Levante exiitio nuas Convento deMonjes deita Or- ãtfubii.iudi^.eXghf.mÀb.
dem, chamado pos excellencia omofteyro dos Santos, a '•«^«"««•c*'.**»»/*^
reipe!todosmuytos,quenelleder2oav!da pelaiedejetu Fundao-fetedefoxDu.ua de*
Chriíto: Vifinhavacom elle, hum homem de conhecida 2l^''«í^%2ií
nobreza,&: maldade jtào oppofto cm tudo,o que podia,ao *»* '«"" omnibutfijeo mffn
bem do Convento, que fe jactava dos muy tosgaftos,q lhe
havia fcyto com demandas intuíras : acabou a vida ás mãos
de hum leu rilho, que o matou a punhalladas. Na manhã
icguinte appareceráo aporta principal da Igreja,todas as
alíayasdeíuacafa, em companhia de dous negros, que as
efti verão guardando até , que o Sanchriftão abrio a porta;
& fazendc-lhe entrega, defapparecerão os negros, que
erão dous demónios; 63 osquaes,não feyfe ficarão her-
deyrosdomorto.oufceráo elcravos do Convento: Mas r6i oMeftreFr.Rejwaijoun
lie certo , que torao os numltros ,de que Deos uzou , para
moftrar aos homésa gravidade da culpa, na confiíeação
dosbés.
397 He tão abominável eíte delicio, que a Tua infâ-
mia paíía aos filhos dos delinquentes. 64 DomAfTonfo 64 orJena.Hegiauh/up. V.
Zuz.ro, aíliftente em Roma, & originário deEfcocia, f^if.^tf^:
qucyxofo de húa fentença, que teve contra fi , pegou nas \.?r»te<usai r«. popun r*.
lie* J 1! j • 1 r» mani Leg verb.Jtilia Mejc/taf
barbas, & lurando por ellas-, de tomar vingança do rrocu- ««»<,«.,„ mdiçeitgum &<*>»
radordomofteyro deCaíTino,eom quem havia pleytea- eoâem vírbo'
do, lhe ficarãoos cabellos da barba pegados na mão, & dc-
iarrcygados doroílro. Atribuhiodefpois ocaftigodelua
culpa á força, com que puxara pelas barbas ; defperfuadio
a idade, porque nunca mays lhe nafeerão os cabellos : paf-
fou a feus filhos, & defeendentes efte deferedito; todos ti-
verão ameima falta debaibas;, & por muytos annosem
Efcocia durou efía geração,, a que c-hamavão : Osdesbarba-
ríos. 65 Ficando memorável apenarparaefcramento da 6x FrRe,„tidttlbifttpra,
culpa.
598 Não nieaproveitey de outrostextos, por achar,
que cites erão a melhor prova , fendocazos íuecedidos aos
delinquentes na culpa , de que tratamos. Todas as fagradas
Keligióes,& cada húa em particular tem cfficazes exem-
plos , em defenfa de fua immunidade ; com que te podem
prefuadir ámefma reverencia, & temor. Todas vivem á
Mm 2 fOI«!
66 ^/SJ/.'cit iuttm o91bertut
fmniahum lik.ii . li.fi argenta
irajilijci í i»-" fbujfiicctur,ac-
cipi ri nuriJpisi:Jerei»jponauí,
fSjòliditSJt:/».
^ápud Màyothmtitu. Serps-
tit.L litotj %.fol.mibi 166.
67 InteJIigit <rxhit,puto,lec-
lor,CUjufnarnlingualoúuar.lury
qiij v:Jpirilu egtienlur ír.fclt-
çjjjitm novsiorci , qui m tundê
SanB'JJlmum virum, ehofque
BcncdiBoi Monacboi m<dic-
3a. (5 ccnsumeh.n jaeultrt non
teffantjCdrdintht Cefar Baro-
ni tr.rm 519 k. 1 1 .fup ti! a v;r-
hã DtmoKts: MihdiSt, C? non
£cní diSc , qxid mecum hebef,
quid me pér-Jequcrif?
li.Gieg. Mig. i.Msnl.c.%.
q76 O P^NCIPE 7)GS ?AT. TOMO II.
fombra da meíma arvore ; a todas il Infira o méfmo Sol ; Sr
todas faõ efpelhos de virtudes: fe imitares o Bafililco,
tanto te ha de o (fender a luz de hum , como de outro efpe-
lho. De yxo innumeraveis caítigos , com que Deos em to-
do o tempo moitrou aos homes a cftabilidade deita cxcel-
lencia,que prometéoem vida do Santo Pattiaicha , cafti-
SMndo a muytos , queaggravados do particular, cenípira-
ráocontra ocommum. Podes fatisfazera tua curiofkjade,
cuefcrupullo nos Autores, que alego.
309 Repeti eftes exemplos, para que detefbíTes a
culpa, & fendo comprehendido,mudaíTes depropoíico.
A prata esfregada com as cinzas do Baíiiifcotomaacor,o
pezo,&afolidade doouro. 66 Sirváo-te as cinzas def-
tes racionaesBafilifcos, para quecomíua memoria mudes
de natural. Cefar Baronio affirma,que todos, es que di-
zem maidaIleligiáo,&dosMonjesdeS. Bento, faõ difl
cipulos do Demónio. 67 Não tomes a doutrina de tal
mtítte : aprende fò a de Chrifío, que he a verdadeyra : a-
qual,manda aos Principes , & vaífallos eftimar os Sacerdo-
tes, &Pi.c3igiofos como a mefma PeíTóa de Chrifto. Se ef-
ta doutt ina for repugnante a teumáo natural,& confeien-
cia,teme a Deos empenhado na fatisfaçaõ;& quando nef-
te mundo, por feus incomprehenfiveis fegredos,feíirva
Deos de tua malícia, para infírumento de apurar a pa-
ciência de huns , & delpertar o defcuydo deoutros j
conhece eftaoccupação por mayorcaftigojpor
que es como atocha, que alumeya os
inays , confumindo-fe a íi.
QUINTA
QUINTA, E ULTIMA
EXCELLENGIA: ■
• Qjiod omnts qui orâincm
QUE TODOS OSQUEAMASSEMA S¥ MhIud^S^'^
Religião ceriáo bom fim. *
E M V %E Z A XXL
400
r^n -r
3 f^ih
^
IH AT URAL, 011 adquerida he
toda a amifade dos bomés : Na-
tural, pela ianguinidade ; ad-
| querida , pela íimpatia das in-
clinaçõcs:Nefta amifade, argue
SÉ oinfenfitivodealgúas arvores,
á racionalidade de muytos homés: Na outra , imita a in-
gratidão dos homés áiníenfibilidadedas arvores ; porque
dks,fendo damefmaefpecie, não fruórjticáo juntas jem
Mm 3 *wo
278 O T^mClTE VOS $AT. TOMO 77.
não efíando apartadas conicm-fehúas,aoutras:Dameí-
ma forte agréítesfaõalgús parentes. Não pode Abel viver
na companhia de feu irmão Caim; nem Antigono,nafo-
■ jir$úti»t Rcxjuâca, ciedada de feu irmão Ariftobolo, Rey de Judea : i Me-
u,rcg»Pcnfirtemfi£«)fAt. nosOfiredes Reydo Egypto,comícuiimao 1 nypnon:
fipainimfimfOttmm inierfià q mcfma forte Theilàlonica , nas mios de feu filho
juljii. > olaterranttr. ' . -
2, ccmpcrtHm til ofiridem Antipater. 2 Dindimo,&lheíiandro nos braços de íua
^^tojuftcrcgnantehtjTy- M ,, =>
fbcHefi-jíreiínpw^e uefariotn UM} LVlCUCa.
terembtum, quêinvíngintijex . ■..;
partes d iffe3umycuilibet eontm . ;Wi » '■ /•
j«í tatttifieieru participes fue- jXatn qmd Mede # referam, quo tempòYe mcats
rant, partem dedit-, ut i/Tus de- ■» _/.•»•..„
fi»jores}cufiodlf9uc regados Iram naterum ccedeptaVU amor.
haberet.Dtodorm Propeli. Ílb. 2.
3 urogutjcribitlhefalom- i j j
cm:: r.b lAntipatro filie interfe-
fZZSZ r;i;n:íí Na amiíade adquerida argue a incenfibilidade de alguas
quc,quod Alexandra fatrh arvores, á racionalidade de muytos homés, que elegemos
magirtqu*mjibifaveret. . , r .. i A. r
jsiarrat. Ravifius inofficina, amigos pelas lemelhanças dos curtumes, lem examinar os
fundamentos da amifade : Não aííy algúas arvores, porque
o natural dehúas bufea o útil de outras vainda<]ue iejão
deíTemelhantes na eípecie.
40 1 A Oli veyra, & a Romeyra tem entre íl hum na-
tural tão conforme, que junta húa,com outra reciproca»
Zl^dZ^ZV- mente feajudáo nas operações. 4 As folhas, as flores, &
formiiM , qu,a: fi unafue- os íru&os , deitas duas arvores faó emtudodifferentes; &
ritjuxta ali Am thntanta,dicã- „ r /* • r e>
turfièiipft projícerc, 8 altera nao menos o leu lignincativo , porque na purpura, & co^
aúrantinfuitopnniombttsaâ roa de feus frutos,he a Romeyra fymbolo dos Príncipes.
jitvare. r.M.Bercomisvcrbo, i/->i 1
F<edut,&UzaHf4injra. 5 E na virtude natural de feu óleo, he a Oli veyra retrato
< tAlaoiàe tomo x.in Propb. t r \ • s t? J'í"*JJjrj
na,or /<,!'. i oficie,/., o.v ca- aos iubitos. 6 Entre tanta diipandade deeiíados, con-
fiiibo dcvãiibus lAaranjoi. fervão amifade tão eítrey ta, porque ainda que deííeme-
39'í. num. 5 < . J '* •» 1
6 Pater uinioniusâe\Jz»H- lhantes na efpecie, não faltáo ás leys da amifade.
/*"*•< boub.foi. 7). §.4. ^Q2 EftranhavaAntifthenes aos homés, apurarem a
bondadedas coufas, antes que as comprem ; & não as ca-
7 ^ntijiheKe, niud cumpri- Hdades do fogeyto, antes que oefeolhão por amigo. 7
mis danmabatinhominum mo- . 11 l r r o 1 *-» 1
r.bus,quoJ in aSionibu, vj/a rrimeyro o lavrador conhece, leo ftuao da Romeyra he
dtlheter intpicerent, crius auã J J /"" 1 " ' r>5-
em^JLorumJn.Jce- âocey ou agro> do °}lG a traniplante ;unto a Onvey ra ; por
reot , qier/ibi in amicittamad que fendo amargofos os frutos , não ligáoas raízes. 8 O
1ungertHt.La*rUutlib.x.c%. '. c ,° n-i/i o
8 idtm\Jz»«f»»iifup.t.%. aliayate antes de cortar o velnqo mede o pano, & toma as
medidas do corpo. Se ElRey Antiocho fizera efta dili-
gencia, antes que admitifíe alociedade de Diodato Trf-
phon, não fentiria defpois a feguinte aley vozia , que dclle
lecebéo: Rebellou-fe Diodato contra ElRey Demétrio,
&
EMTftEZJ XXI. <i79
éá veyo-fe amparar deJHey Antiocho ; eftc, fem outra ex-
periência mays, que as proméílas,&: diiculpas de Triphon
orectbéo por amigo: Deicobrio o tempo afalcidadede
íeu animo j porque matando osParthos a Demétrio, &:
vendo-íe Triphon fem táo grande adveríario, deu a mor- 9 A'- m^tHt Dnmuy Sj.
te a Antiocho. q O Alambre nao moltraa hneza ienao ««.««^«^p,,,^/^
defpoisdeuzado.O A2oueuetemaniifadecomoouro.cm^7r"'^f',,',/,*f71'f*^;''''"
quantonâovay as chamas; poíronorogo, reiolve-ieoa- iJr,fcc<m/unxit>fu'»<i»<$t'**
zougueemiumo. Amizade, aquenao precede aexpen-tó^JUptw^^J
encia,heflor,ou fruóto outonado.que nafeendo frefeo 1':'tl"occif-" dfecaur^hm
com as pnmeyras agoas, queyma-le nos pnmeyros trios. miÇc b^/i. Fv%oJ:m.9.
403 Da uniformidade dos cufíumes refulta a união d\l"ÍÍ'*ftZ'»nâijfin,, „;-
da amifade: 10 Em não fendo femelhantes as inclina- eit!*> p^wi»,» morumji-
. r c - • a *~vi- ' r ""1'tudo cor.jungit. Tutiuide
Çoes,naoieconiormao os ânimos. 11 A Oliveyranaole 2f#*/«tí#.
germana com a Romey ra, que dá agros os fmótos , porque ult^7v!Íw7c^^
ofeu licor hedoce. O Alambreatrahe apalha,&apédra>'i'i'"»<''?»*'>»- s-entc.incx-
Imanoferro; conforme o natural bufeão afociedade. O """"f"* M •
Coração, porque he aparte mays nobre, alimenta-fe do
fangue mays puro. O Fogo, por mays intenfo quefeja,
morre na agOa. l2 lAmicrprobabuexcala-
404 Oamigohadeferamigoem todoo tempo. 12 "''f**/**^ tf **»»«'«*/«»
* r', . ° 1 r> 1 firiculorum-^/íitrumenimig-
JNao lo no verão , quando a Komeyra tem as coroas dos nepraUmtu , amu** aJvtrjk
fruelos, fenão também no inverno,eni que lhe falta a pur- f%«jZTJSL
pura das flores , a foccorre a Oliveyra. A profperidade en- ■ ' ^"""r"m n**ffetium
1 t • e 1 r i \ \ ? <l • fnenletafi>era,h;>rribiiifqiicfor
cobre os ânimos; &aadverlidadeddcobreosamigos. 13 maJitttit Uètmcerio.fo-
dthum vaiiur, ambigoí que/i'
trevit. Bov hi.de tw».
Sors etdverfa doect , quisfit tibifidm amicusj
{Projpera falacem celat amiátmn.
Oerman. de <zA 'micitia.
Ha muy tos fogey tos íemelhantes ao animal Oryx, que
deytando-íeadormirnoinverno,acòrdanoveráo. 14 h GHfc^j&Jt&t-s*'
Dum Zeplmusflab/ít^niultiscomitabar amkisi
AH JqutlontSy eosy dtraproceUafíígat,
Idem.
Todo o amigo ha defer retrato, & nãofombra defeil
amigo;porque a fombra fegue o corpo,em quanto lhe não
falta o Sol. Os amigos de vem íer medicamento para a en-
fermi-
í8o O <2%INC2?E WS QaT. TOMO 11.
i^xJtiiia mtâicamt»ta>*. fermidade , & não lo coinpanheyros para a faude. i e?
fink autemjuptrvacua : ami- Muytos a ímmuaçao de Uyonilio A yranno,uzaodosa«
TfZZ^lí^r migos cómodos poces de agoa; eigotáoos cheyos, & não
U.Ctrjfajl Orat. ^.deRegno. fazem CaZodoS VaílOS. l6
16 Diogtnei rogai us , quem- rrl » •<" 1 L " 1 •
lâiHoàumamitHuteretHrDio' 40$ Ht ky da amiiade obrar o amigo, pelo amigo,o
vftu.iuxv.fcunsgitjumpu- ior jjcjco & naó 0 in;ufto# j 7
naJuKt evacuai ,(5 vácua abji- 1 ' • '
cu. brus.lib.x .ap.x.
fandatun «1 amich bonejtapc- /«/" petamus , ttemfaciamus konejta rcgantt,
tamuupoa^ahonejUfac*. JJ^ ;/j amcl[ta J^ex datãprWia fuíf.
mus. liiíiu/ de */tmicitia. l J
Idem.
A Oliveyra tem natural privilegio , para confervar to-
do o anno as folhas ; não communica efta prerogativa á
Romeyra,por não ficar defpida do próprio, nem aRo-
«s PerfctiaiUaamicitUeB, meyra vefíida do alheyo ; porque em húa, fora a gala rou-
ffiSl^SÍSSíSíS bo^ & naoutra,cauzaraadadiva elcandalo. A amizade
ccpuiau. ^r.jiboM.i.tihc. unei^c com a virtude. 1 8
c*p. ,.
Moram, & Vitafimiles fociantur dmici>
Traterea Vir tus neclit amicittam.
Idem.
Quem efpera do amigo mays , do que pôde a confeien-
cia, procura, que feja inimigo de fi próprio. Antipater pe-
i9 PhtfioHJintipttrtpaè- dioafeu amigo Phofion húa coula contra juftiça, ao que
pt&SfZ^ refpondéo Phofion : Q^e erafeu amigo , $ que o nacfi^efje li,
fconpotfr, mquit, s ^âmipa- ?i)}jrrfyro. i o Entre o lizongeyro, & o amigo ha grandes
a JuuiorcHU. Pintar. in^pop, diríerenças , &hua delias conlute;em que olizongeyro
falia conforme ouve fallar ; & faz, o que lhe mandaõ fazer;
pelo contrario o amigo, naó falia conforme ouve, falia
conforme entende : naó faz tudo, o que lhe mandaõ , por*
wferidHrtciféemtHt* qUe não faltando ao licito, faz quanto deve. Péricles, a-
prole f aipim iiiciret terfimoni- l ' 1 '
wn:fia*\àtmeft«dixittfeè»i quelle famofo Capitão, que governou quarenta annos a
trtfulque. Sentit -vir pruden- ^ • * 1 J* I_ l £
tijT>muue*3e»uf beneficicndz «ua pátria , que era Athenas,pedio ahum teuamigo,que
f<*ZieÍ'>i"''<"«'J»ft*i*<*- ;uraffe falço, por feu refpeyto : ao que eile deiobedecéo,
quitai , sS m Iteu-npittAf per- ' 4't l J 7 ' '
miuit. fhtar. ub,f»p. tf Gti- dizendo : Que a (ua amhade , como Verdadeira -oobrwàVa a offe*
/«//*.«.«/.,. ' ,i ce - Si JJ
recer a Vtdd , <i> nao a perder a honra, i o
406 O amigo ha de fer amado pela pefíoa,& não pe-
71 Ueipramamtr ofartet, 1»S poííibíl idades. 21
nô nu a, Ji vir fiitut a-nici: Ser-
vat entm zmicixij lega amory
no*fi3tit,fid vsrur. i uiintitC Me Vehemcnter amat, fed mn me a, Verus arnicas:
Munera, non bominesjalfm amicm amat. Idem.
Sepa-
re ^'1 >i, ima,
EM1? (REZA XXL 28r
Separadas a Romeyra da Oii veyra,hÚ3,&: outra frufti-
ficão; moíirando,queafuaamifade nãohe dependência,
íenáofympatia. Amayor parre dos amigos deita era faõ
como Cratero, que amava a Alexandre, porque era Rcy;
&poucoscomoHephellião,queamavaa Alexandre por
jer Alexandre : hum amava a dignidade, & outro a peíloa. 2 1 c^urtir, mquit, em*
Zangão , que nomverno aiuda as abelhas ahbri- xWr„w. tiLr. ZjiZt,
car o mél, chegando o veráo,em que as abelhas efcuzão fcu Re&Hm-
auxilio ,o lanção de fua companhia ; amáo o preítimo, Sc
não uzáo do ferrão em quanto neceffitão j nem admitem o
Zangão fenáo em quanto dependem.
407 Não he amigo de algum, quem fe faz amigo de „. ,
todos. 23 AOliveyranao tem com outra arvore leme- »»«/>///< - ^«^r^r, „„#„„,
lhan te fociedade, que tem com a Romeyra; nem efta , com ^Zt^lZ^t
outra planta. O rio dividido em muy tos regatos, corre pa- ldem"1 Mor,;,*.
Ta todas as partes deminuto. O thezouro repartido por
muy tos,a ninguém enriqueííe. Todo o fuperfiuohe noci-
vo por defneceífario : &os amigos nem por ferem muy-
tos, íaode mays proveyto. 24 O numero dos afkctuov* .««i», ,«««»•, «, „,„
fos não tenha conta :&odosamigos,náo tenha de Cont2íf'lure'f'""^í"'J'',c"r"^"t""vi
• j j y-> i-i- r t- taniliceetiraJHcen. atulho.
mays , que a unidade. Com nua lmgoa le explica o enten- w 9- £'*»*• «/• « o.
dimento j & com hum coração fe anima o corpo.
408 O fegredo do amigo he o 1 ucro da amifade. 2 5 £j%$^$£
A virtude, que a 01iveyra,& a Romeyra communicão «twDwXrfM"****,
hua, & outra pelas raízes , nao a revellao as rolhas , flores, pvjr». D.^ubrvfMoff.c.i.i.
& fru&os; porqueaeícondemnamedulla. Não làó como
a arvore Oreftides,que eítilla pelas folhas o humor, que
recebe do Plátano. Vazo de ouro, & não de vidro he todo
o amigo verdadeyro, porque em revellando o fegredo,
perde o íer de amigo. 26 Emíinal,dequeeípiravaa vir- 'j&^SSSÉg*
tude da Synagoga,ferafgou na morte de Chtilio a cortina Ecc,ef l?
. 1 1L r> l? V cllutr, icmpli Jci [uw eíl it
do templo, que lhe recatava os myltenos. 27 àu^f^us.^uih.^u-.Ghf.
409 Navcrdade,&fmgclezadosanimosconfiírea *£"£ vtra ^.^ ^
eííencia da amizade. 28 Entre a 01iveyra,&: p.Garvas/S^^J^Wí""*/' <*<*«».
lho ha tao grande antipatia, que luntaslecao ambas. 29 1Ç piinju,i<b.lA.cap.i.$
O Carvalho tem as folhas farpadas, & a Oliveyralizas;& 'to**?*. JtQH*:
porque as da Romeyra faõ delta mefua forre, tem com el-
h amizade, & como outro adverfaó: asfolhas figuiãoas
lingoas, Sc eftasexplicão os ânimos ; 8c a natural ingenui-
dade, com que fe devem tratar os amigos, ve-íe na Ro-
Nn mcyra,
a8-2 O ^INCITE WS PJT. TOMO 11.
meyra , que abre os iructos por moítrar o abrazado intrin-
fecode leu natural: Náo íedáíòciedadenas oppotições
lem injuria de húa das partes.
ÍO ^ee»tJth»Bnrfiitttera. .IO £ntre os amieos não tem lugar a adulação, qo
dMttttmiciua.Riffnàusàeo- A Abelha nao taz o mel da rior da UJi veyra: 31 nemda
i.a.hb 7 ,' ^qajhtat: Romeyri}. q2 He figura do lilonpey ro a Abelha,porque
}1 xJza^ofit\fiif>'ifi. cfconde o ferrão, quando fabrica omél. Rofciadacom a*
rev^meatibuscbihuaif/e^iey te morre a Abelha. 33 Aíiymorrealizonja nasmaos
»•*««* fiaumeffujo^turfui fo vjrtuc|e. & fendo efta, o fundamento daverdadeyra a-
revevifcunt. tí.tSaJih.intxe- _ ' *. J
merobomii.s. mizade ,cahecomoedihcioíem aliceile.
41 1 Não tem limite os termos da amizade, ainda def-
pois da morte fe ama o amigo.
Lticlus monumenta manebunt
Semper Adónis mei^ repetita que mor tis imago,
<tA 'nnna plangoris peraget jimulamina nojiri,
OVid. hb. 10. Metamapb.
Pondo-fe fogo â Oli veyra, por fua intrinfeca virtude
reverdeíTe,& frutifica entre as mefmas cinzas, que lhe fi-»
34 fc/i,,.^,,,. carão do tronco. 34 AíTy foy aOliveyra de Minerva,
3 5 oiiapiàef*f. ^dpçc.foi. que n0 niefmo dia, em que a queymaraõ os Pèrfas, crefcéo
36 \Jz»»(ijup.%,9. dous covados. 35 It leeíuver junto aKomeyra,razem
nella tão pouca impreffaõ as chamas, que no mefmo anno
frucHfica , porque a Romey ra na mayor necellidade , com
mayor empenho a loccòrre. 36 Os amigos deita eia uzáo
dos amigos, como o lavrador dosfruâ:os,que osnaõeiti-
,7 EttjfummamEeguma- nia, defpoisque fe corrompem : Devendo feraamizade,
micitiSpriítetrcgrix ipfiniluf- 7 • .í. /» i j li j' v
quamiaquietim^iiquefericu- como o ambicioio,que mayor cuydado lhe da o diamante,
f^-ÍSÈ^^ q»ando enterrado na mina, do que quando engaftado na
£Íle,tremulum,ca^Hcum, cre- 10 V3.
ír.-í, r.cftíC que Rcount indicam ^-v r r» t rr 1' ?
wW- f*»«* nub,;ofi>u turti- 4 1 2 Qccupou-le o Petrarcha , em períiuadir a hum
Íl,!"\TS¥f!ceí'ev'u feuamigo, & nelle a todos os fubditos, que naó havia ami-
JieguiiiproUjttnjtu ,occupata, o ' _ ' J
ã,fficm<. Pctrareh. Diaiè.^g. zade,da partedos Príncipes para com os vaííàllos j porque
38 iie^ibut carutfum.R.vi- 1 - rr r • 1 1 i« • r-
HiergoubieRamm^vtrtiu.f*- aJgua, que pareííc ler amizade , he o valimento mays arnl-
may yutfctiumjtcnnt^: „0- ca;j0 & ^e men0s credito : o mays arrifcado,por mays ex«
nifi,qiiibUomnibu,n?gieiu^d poíto ao perigo: 37 & de menos crédito, pela máeíco-
liâM&avtritufirvumfacit. Ina dos Príncipes. 3a Perdera Autortao grave a mercci-
Siergoetcharu* Rer.b», , MM tj3 coroa, com que o laureou o mundo , fe immirara ao ruf-
ettquo.i ■>mpliiitdetc^H*r*mi i
ftihefitibi, ídcmib;. tico; quecondenou a bondade das agoas, porque nunca as
bebco
EMf^EZA XXL 283
btbêo claras na fonte,fenão envoltas no charco.Não com-
prehende a todos os Monarchas, f aliou fó de algús Prínci-
pes, efte infignefogeyto. A. amizade dos Príncipes heco-
mo as romeyras , que não dão todas os írudèos, com o mef-
mo labor ; porque os de húas, faõ de todo doces; os de ou-
tras, de todo azedos; & osdealgúasagios,& doces: Con-
forme a boa, ou má calidade das plantas nafeem os fru&os.
Da virtude, ou vicio dos íbgcy tos procedem doces, ou a-
margos os fru&os da amizade. Que doces fru&os podia co-
lher Cilon do valimento, que teve com o Emperadordos
Romanos António Caracalla, fendo hum Príncipe injuf-
to, & tyranno , fenáo a morte? 3 9 Todos os affè&uoíòs 19 *A*un\ut Caracan, Fe.
doEmperador (jalba,&JNero os colherão lemelhantes. *« «*«, «»WMf,^?,„f VCXãri
Que crédito podia ganhar hum vaífallo, fendo amigo do «i«e°<'Mi"ffitV tetrdju
Emperador Galba, hum dosmays nefandos homés, que <•<* er*j, * ?«s ,.™/m acuperat
beneficia, quique frafelluí "
bit fairts tcmpor.but fui
.qutm ftptttumtro patiem
fiSnverat. Luís Kn.-.nus
nafeéo no mundo? Mas deyxou, por ventura, de colher* os %*"'' Wf'?*""-
palrtt tcmpor.but fueret,
fru&osmays preciofos,& fazonados daamiz3de,quete- 1«"* &*"*»'" ?**•"* «/■
ve com Augufto Ceíar , Arno Cidadão Alexandrino?
Não (ó em vida, mas defpoisda morte o honrou Augufto.
40 Em toda a redondez da terra foráo ellimados Ephef- 40 «/ínç»/», c*fir, ium
tiáo pela privança, que tevecom Alexandre; 8c Zopyro, CoZÍ^ÍíS^Z
com Dário. A íòmbra da Figueyra he nociva, porque a Fi- cereMit^ropter^mum «-
« 1 ,. . 1 ? r i 1 t> ir ir J vem ^/ilext»Jritium,^Saliw,fi-
gueyra nao he medicinal. A íonibra do Dallamo he lauda- nr*«>«"f"»iiiaritateeo*ju—
vel , porque o Balfamohe medicamento. ãum- eUur" ^Mh-
413 A Romeyra, retrato dos Príncipes , aíTociou-fe
coma Oliveyra, imagem dos fubditos; porqueo Sol apro-
vey ta-fe da Lua, para governar como Sol. A Romeyra el-
colhéo entre as arvores a de melhor fru&o como he a Oli-
veyra (razão por onde a gentilidade a pos em lugar ^de cê ^ SunJ quioh/tranMfculs
tro, na mão de Mercúrio. 41 ") Quando a eleyçaõ, que M«r«iif «*i»^«y«r agncui
r r\ • • r 1 fi- litT<tfiuJiur»p'i"ldicant::: E-
t2zem os Príncipes , íe governa pelo preltimo , que tem o umque hcnertm vi,v* pcnu,,
fubdito, naõ he perigofa a fua amizade;antes he a mavs fir- ?MW*'^"j£*'I'?e"í**
me; porque todo ometalnúxto com o ouro, fica mays rerctur,quiah»nepiu,e,Ht<h~
r i' % e\ t L rr • r "J tatet tXtlcadefummuntUT .qui
lohdo. Sendo também neceíiano para a conlervaçao da 3- exqu.vi,aii<jr*a,fCra,ul*r
miftde, que os fubdicos uzem do valimento dos Príncipes, *"■■ tfonwM. 5 j. *««.
comouza do fuftento corporal todo o homem parco: o-
qua!,trata fóde alimenrar a vida , & náo defatisfdzer a gu-
la: porque fazendo o contrario, fentirá a ruina, a que muy-
tos caminhão , levados da ambição de íeus ânimos 5 o que
intentáodefculpar cõ a independência de feus Príncipes.
Nn 2 4H A
-
284 O ^INCITE DOS TJT. TOM. U.
- 414 A gentilidade, que abraçou a doutrina de Chri-
fto , reprefen ta S, Paulo a nobreza de íeu eftado , & felici-
dade, com lhe dizer: Que eftaV a ger manada com atraíres J$fru-
41 Scous riâiciíxs pingue* fios daoli)>eyra. 42 Nas raizes deita arvore,reprezentou o
à>rÍAâZ'/^o"lu,uX1. Apoftoloa Ley Evangélica , & em feus fru&os a graça do
Eípirito Santo. 43 Não achou o Doutor das gentes,
4, ^\*p[àt inEpifl. díví com qUe melhor com parar amayordita,&graça,doque
inGiop.ord. iht. as propriedades da Oliveyra ,ngura do verdadeyro ami-
go; como fyrubolizando naRomeyra,o povo Genti licc ja
convertido; para nos eníinar , que fe a emanação da graça
procedéo da bondade das raizes , que he a Fé Catholica , a
que fe unio o povo , he, porque o frucio da virtude lhe re-
iiikou dareligiofa fociedíde dos Fieis. Caufa,por onde
os devotos das Sagradas Religiões lucrão de fua cnnfra-
ternidade, a participaó dos merecimentos, que conduzem
á pòffe das felicidades eternas , & dos bés temporaes , por-
que vivem colligados comas raizes da Oliveyra , que he a
Santidade dos Patriarchãs,adondeDeos depoíifou abun-
da ncias de fua graça , para que a todos enriqueceílèm com
feuefpirito: Particularmente aos devotos da Religião de
S.Bento prometéo Deos o logro deite frufíos.
4 1 5 Naõ fora prudência , fora temeridade o querer
dar numero aos milagres, & maravilhas do Principe dos
Fatriarchas; como o fora, querer contar osrayos do Sol,
quedefde fua primeyra creaçaõ os repete todos os dias , &
os multiplicará até o fim do mundo. Em vida igualou São
Bento osrayos do Sol, na conta dos prodígios que fez;
delpois da morte alcançou o numero das Eft relias, nafo-
ma dos milagres, que faz. Se todos os obrigados á intercef-
faó de S.Bento, trouxeraõ por d ivifa o retrato defíe San-
to, afly como traíiaó alguns idolatras afigura dos falços
Deofes, que oDemonio lhes reprefentava mays propí-
cios ; pareceme , que á mayor parte da Chriítsndade fer-
veria de venera a imagem deite Santo. Baítavaó fomente
os contínuos milagres , que Deos por interceíTaõ defie Pa*
*riarcha obra todas as Seftas feyras do annonefielníigne
Convento de Lisboa, quando naõouvéíTe outro refiemu-
nho , para que fofíe venerado pelo Santo mays milagrofo.
£ entendendo eu fer mays defraudo, que Elogio deite
frincipe, pauicularifar Reyno, Província > Cidade, Villa,
ou
ou Lugar , adonde florece a íua virtude j nem fingularizar
os de votos, a quem ampara com leu patrocínio ; porque
em todas as partes do mundo, adonde Chrifto he venera-
do por verdadeyroDeos^heS. Bento reconhecido pelo
maysmilagrofo Santo (ji rica author ifado,) & todoo gé-
nero de peifoas , que com viva fé o tomarão por íeu advo-
gado, para com Deos , conleguiráo o defejado fim de fuás
deprecaçoes: Peflo licença ao Santo Patfiareha, para re-
ferir algús milagres coníeinentes ao aííumpto, que trata-
mos, para confolação dosdevotos, para reprehencáo dos . M _
ubias , & credito aos prareiiores. *»«*<» r««< prej,re „,/«<»-
4 , 6 Os antigos querendo orçftrar o pouco , que a a- ZitlT^ufZ^ll
Diizade doshomês tinha de verdadeyra , retratarão o amor ^™f"r- Sjcerpiuei Konb»te
profano (jaiz de toda a amizade do mundojçom varias in- «obucffc itUmpntrom «<>#«
fígnias : Hús,o pintarão coin azas, 8c na mão húa tocha açe- Jf£*£; D-Blrn>r'if<rm-d'
za: inímuando, que aííy como o amor he tão vario, que to.
piou azas para fe aprovey tar do vo-o , Sc de tào pouca du-
ra, que como a luz da tocha com qualquer vento fe apaga.
44 Da meíma forte inconfíante,& limitada he a amiza-r m ti»guntàn>orem,utqui3
7i in i< r ri r n fit aceirimtu ,fed exxinanatur
de dos homes : Lm quanto nao ha vento , nqm fe gaita ace^ tcitrrimt^mortt , cHmflju-
ra, dura a luz: em quanto ouver bonança, ou dependência f**»^»-*^*''*-^/^
perfevera a amizade. Todos os amigos deite mundo fe-
guem o natural do Cor vo, que affiftio na Arca, em quanto
durou o diluvio, mas não defpojs,que paflbu ainnunda-
£ão. 4$ E mal podem attribuhirabayxeza do vo-o á ir- 4* Dimifitcoruumtquieirc
racionabilidade da ave;porque o homem maysentendido, dJ!ÍTí^ZZZ^%fÍ
tropeçou na meíma bayxeza. Adão lendo homem de me- *«™»>.<s««£8.«cf-7-
lhor entendimento, imputou a E va toda a culpa , quando
eosveyo tirar relidencia de feupeccado^ 46 para que h7foeitmXd>tf»ihidcUg«,&
DcoslhedéíTeocaftÍ20,&aelle oeximiilè da pena. 47 «•»*■'*'■ «m •"/•;*
° ' *, J '47 ^J*m queque i*J,gni-
hm quanto Eva eiteveem graça durou o amor de Adão, tioniiivi»*mHiiercm,pt»qua
para com Eva 5 defpois da culpa , como vieráo os traba- &^&±t{
•lhos, deyxou Adão a correfpondencia. Antes do pçccado J>£>,ta «^V»*»*^ «,■•':<-
1 1- J « 1- 1 1 r> O 1 T • J 1 reproea. O. btrnjrd.de ^íi>-
publicava Adão as prendas de Eva ; 40 deipois da cm- ,.,;, ...-,., y-,, ,.
paacuzoulheocrime. Panegeriila,&: fifçaldehummcfmo fJtt^?Xn^
logey to foy Adão 5 conforme os tempos fez os officios ; o
de panegerifta, na profpera fortuna ;ck o de nTcal,na fortu-
•na advería: Conformando-fe com as fortunas , & não com
25 obrigações.
417 * Encontrados foó os termos , que São Bento uz*
Nn 3 com
2 8 6* O PRÍNCIPE WS VÂT. TOMO 11.
com feus devotos, ao referido, que ordinariamente os no-
mes uzaõcó léus amigos. No lugar de Vicoverra, poucas
legoasdiiiantede Sublaco,vivéohúa mulher viuva, no-
bre^ dotada de bés,táode votade S. Bento,q tendo dons
filhos , não reparou em gaftar lua riqueza na fundação de
hum molteyro. Creíceráo os filhos, & pedindo a lua mãy
conta das legitimas, a obrigarão por juftiça , a que as prefi-
zeílè. Chegou opleyto atermos, que os filhos entrega-
rão fua mãy á prizáo. Na primeyra noy te lhe apparecco
São Bento , & agradecendo-lhe o beneficio , & juntamen-
te o enfado , que por feu relpeyto padecia, a livrou da pri-
zaõ.&lhe deu em dobro a quantia de dinheyro, que ti-
nha defpendido ; com feguro , que Deos havia por bem de
confervar a parte, que lhe cabia, com taesavanços,que tu-
do quanto gafta-fe delia em ferviço de Deos, & de fua Re-
ligião, lhe naõ faria faka. 49 Nenhúademinuiçáofente
49 Tr.oQntonhãtS. ?auio a óljveyra na fubftancia, que reparte com a Romeyra;
hlircciíjnj Jcrm.âe S. Bcr.to . J j n. •!_ 11 J r
um» i.dcjcrmie*?»rios,%.w. nem ena, na que dettribue com eila ; em todo o tempo loc-
corremhúa a outra, não lhe caufa mudança o tempo do
inverno , porque a fua amizade como he natural , & por if-
lo vcrdadeyra, referva para os mezes da penúria, o vigor
da primavera.
4 1 8 Ennobrecerão os Id"olatr3s,& mundanos ao fal-
ço amor, com o titulo de Deidade , & como a tal o pinta-
rão com arco, fettas , & aljava : Tem por alvo a todo o co-
ração amante; & com ferir a todos izenta-fe de ler ferido.
Para acertar,humana-fe convo amor; & para que o naó of-
fendão , entroniza-fe como Deos . Da me fma fórte os a mi-
gos do feculo; aproveytaõ-fe da fumiííaõ, quando de-
pendem; &uzaó da foberania, quando faóbufcados. Os
homéstratãoafeus amigos, da mefma forte, que aSama-
io Ditu erg* ei Mim sa- ritana tratoua pefloa de Chrifto. Ouvindo a Samaritana a
çu*jv,biiberi»mè{>ófefi, cu* Cnrilto, lhe dezia , que neceiíitavade agoa , portou-leco^
fk'» mulier Samaritana} \i r j j i^v /* • li
Jcann.^.verf.^, mo nobre ,lendo moça de cântaro. 50 Delpois,quelhe
ouvio dizer, que tinha fonte mays faudavel, que a do poço
de Sichem, donde ella bebia, logo fe humilhou, relpey-
*« DtmhterTJnJeer&ia- tando a Chrifto por Senhor. <r Seantes,queoRedemp«
itsu^HsmTivamUbivírf. ti, . , , r ,. rc i • « , ^r
tor do mundo pedale o púcaro de agoa , tivera ditto a Sa-
maritana a peremnidade de vida , que tinhão as aqoas de
fua graça, ella lhe obedecera como leiva: Mas em quanto
a Sa-
a Samaritana vio aChnlto com dependência, feíTe Senho-
ra. Eíia vileza he táo univerial no mundo, que fe acha,ain-
danosinfeníkivos. Obrigado da fome buicouChrifto os
frucros de húaFigueyra: não lhe achou fru&os, achou-lhe ?z Et cum ven,p>: d t«m%
omence rolhas. 52 Masleo Lvangeliltadiz^queonao ^,0.,,,^,,,
ter íi^os a arvore fov, por ler tempo de inverno. <2 Co- " **•"*'» trnumpitfi>
mo tinha folhas nefte tempo? No inverno nem folhas,ncm
inícios tem as figueyras: Deyxaííe conhecer acauía. As
folhas da figueyra foi ão a primeyragalla,deque fevefii-
rãonoílòsprimeyrospays; 54 & comoChriitobuícava u Coffueveruntfoha fe*,
com necefíidade a efta arvore, ella fe vefiio de Magefiade, *%^£gg*K*:.
para prova, de que até osinfenílveis mudáo de natureza,
vendo-fe felicitados. Donde, queríeJ3 o amigo plebéo,
como a Samaritana; quer prefuma de nobre, como a Fi-
gueyra, todos guardaõ a meíma regra, porque ieaíchaem
todos a me Ima condição.
419 Naõ alTy o Príncipe dos Patriarchas , para com
feus afle&uofos ; ante« pelo contrario ; quando obufeáo
aflitos então mays fe humana. Difficultou-fe muyto a
dous bem cazados , no Reyno de Galiza, que S. Benro, de
quem eráo devotos, lhe ou viiTe fuás deprecaçóes ; em que
pediaólhealcançaíTe deDeosfaude,para hum filho úni-
co , que tinhaõmuyto enfermo.Repetidas vezes dizia hú,
ao ou tro : Como nos ha de ouvir o Santo ,fe nòs nunca nos lanhamos
eieíle , com tanto empehbo , como agora o focemos , obrigados da necef-
jidade? Humdia acabando de dizer eítas palavras, lhe en-
trou pela porta dentro hum Religiofo de afpe£to peniten-
te, que imaginarão ferdo mofteyro de S. Martinho: Pte-
ceberáo-no com todas as demonltrações de alegria j & cõ-
monicjndo-lhe fuatrilteza,& oqu3ntotémião,que Saò
Bento não aífentiíTe a fuás preces, lhes refpondéo o Santo,
( que era o tal Monje: ) QSfJJy refbrhij Vôfsosrovos , que Vcos
Senhor nojjoha per bem concederme a Jaitdc, que lhe pedíeys : Eu ;:-
nhã do Ceo, aapplicarll.eoremedto : fc lançando húa benção lo-
breo enfermo, ficou fua caia com a fiude do filho, & com ....,,
faudadesdo Santo. 55 Moítrando4e,aoparecer,taour- Ub,[upr.%.n.
bano S. Bento, para quem o bufeava neceíTitado, que dey-
xâva agloria (quanto aoque parece, ) ló pelos aliviar da
pena.
420 Os Egypcios figura vi o o Amor, na compofi-
£ão
288 O VfiJNClVE DOS QAT. TOMO II.
<6 uqutus>vti vir.cuhm, ção de hum laço. <6 Todo feu intento he prender, &
bujmotcrnhhrogbtbiclfwi-ma foiçar. Afiy fao os amigos, como hc o Amor. Nao
jic^quipfiqui ertibutbitbo- ■ r ^ poucos os qUe por relpeyto dos amidos chegaiáo
pef}úii*esçtor>»i»fiúi«tir*'-qà eltado da milena ; mas nao os rcmio oancceiíjoade,
h*uJ!"' 'l"Ulh "** '^""quem lhe originou a pobrela. Sendo o amigo, para com
leu amigo, como foy Dalila com Sanfaó ; dfta",dçfpo«
que lhe cortou os cabellos, defamparou-o no confiíòfco.
tj 7 Nos cabellos tinha Saníaõ as torças j de todas o deí-
f7 ^"í-í <*«•*»« ea»/í- tituhio Dalila; &fendoella a caufa de enfraquecer oho-
rciítUxrecaput.rocav.t quciò mzmmzys valente , como oaniao, teveo nos braços, co-
forê,$,»jitfipt«n "««</?• mo efp0í0 em quanto lhe achou cabellos, que cortarimas
/«&«. ■jfndttum16.verf.19. defpois que o violem forças, viroulheascòíias. Em quan-
to ouverem as forças dapoílibilidade, em quanto o amigo
achar cabellos, que arrancar , íeraõ tudo caricias ; delpois,
que vos lentir fem forças, & fem remédio, quando vos não
entregue á morte como fez Dalila a Sanfaó , imitará os
£tv?J?'®invl*ttllàIrmL Difcipulos, que hús dormirão , quando Chrifto eftava nas
mtti.Mttk.i+wf.i4. afíicções do horto. 58 E fugirão todos, quando o viraõ
qmnnscum, tmnetfugerupt. hi r D refo. K Q
it.verf.ia. ^2i Grande amigode feu amigohe SaõBento, nao
repudia a nenhum feu devoto, a todos conferva , & aug-
menta osbés de todos : E nos mayores perigos , a que che-
gãoporfeus peccados,os remedeya São Bento, com tão
grande empenho , como fe forão caufados por feu refpey-
to. Noanno de 1679. fendo Reytor daUniveríidade de
Coimbra o Illuftiiííimo fenhor Dom Simaõ da Gama, ho-
je meretiffimo Bifpodo Algar ve, afiliando odito fenhor
ao Sermão de manhã, no dia da fefta de S.Bento,em o nof-
íb Collegio da dita Cidade, pregou o Reverendifíimo Pa-
dre Meftre o Doutor Fr. Bento de Santo Thomás , Mon-
je Beneditino, Lente de Prima de Efcritura, naquelia
Univeríidade,& anualmente digniffimo Geral da Con-
gregação de S. Bento neíle Rey no de Portugal,& Provia»
cia do Braíil ; & naó me fazendo panegeriíta de fuás pren-
das, porqueem toda Efpanha he conhecido leu admirá-
vel talento, aífy no Pulpitocomo naCadeyra, repito ió
oquefuaReverendifíimacontounoSermaõ, & foy: Que
húa molher cazada moradora em Coimbra , fe viera con-
feiíàr com elle, dousdias antes da fobredita feita, & lhe de-
ca licença, para que contafle. do Púlpito hum milagre , que
Suo
EM V %E Z A XXI 2%9
Saõ Bento lhe havia fey to anoyre antecedente, fem que
dilíeílc o nome da pefiõa, a quem havia fuccedido: K foy o
cazo: Que cita molher por certa cauía, chegou a citado de
taJ deielperação, queíahio de íua cala ásonze para a meya
noy te refoluta a le afogai no Mondego:& buícando lugar
mays accommedado, para que não íoíle fencida, chegou
á porta da cerca do Collegiode S. Bento, adonde o rio faz,
húa enfeyada :aííentou-íè na loleyra da poita,& comeílòu
a chorar íuadifgraça: Por húa paite aprendia oremorço
da coníciencia,lembrandolhe, que perdia a alma: por ou-
tra^ facilitava o Demónio, propondo-Ihe o delcredito,
com que padaria a vid3 j.& reloluta3molher,em «talhara
infâmia remporal,& a náo fazer cazo da lalvação eterna, fe
abrio de repente a porta, (cuja chave eftafemprenamão
do Prelado,) & vio diante de fi hum Mor.jede idade pro-
vecta, (que era São Bento) oqual, lhepreguntou acaufa
defua triíieza: &comoella aencobriííe,o Santo lhama-*
nifeuou , dando-lhe taes conielhos, no que havia de fazer,
que amolherficou focegada,& arrependida :Lançou-fe
aos pés do Santo, oqual, lhe mandou foflè logo para cala
de feu marido , fem a Igum recey o , porque náo havia de a-
charcoufa,que amoleíta-íe. ÀíTy o fez a venturofa mo-
lher: Sc achando certo tudo quanto lhe diíTe, veyo no mef-
mo dia gratiíicar-lhe o beneficio, pondo-fe em graça com
Deos.
4.22 Cubertodejoyas,&não defpido,pintavãoos
Egypcios o Amor : Verdadeyra imagem do Amorprofa-
no j porque como nada tem de verdadcyro amor, obriga
com o intertíTe: Prezume , de que todos o bufquem;& pa-
ra obrigar os ânimos de todos , faz orientação da^riquelas.
Apobrefaheomayor eftorvoda amizade, porque osbés
{&ó a pedra Iman dos amigos. Jacob em quanto icrvioa
Labáo, náo tratou de fe fazer amigo de fczaú , íenáo def-
pois, que fervio, Sc chegou ao caminho de Canaan : 60 6o •JMLfcmptTegri***
T 'T ? • n r J f L- tlufHm&fliiuffHtutpreJtKtí
«com acerto; porque Jacob,eltavaemcaladeJLnDao, co- àum. Halcoiever,&tfi- :■
um dos pobres paltores daquellas íerns; & nounu- Ve„;en,ajDom;r„„ ,'.',,.,
nho de Canaan achava-fe Tacob,humdos mays ricos ho- *nvtnumgm>imc<
-1 ,1 oiirU • Gencf.iz.terf.^%.
mesdaquelle tempo :& conhecendo Jacob oquanto un-
poíTibilitavaapobrefa, agrangearos inimos,náo preten-
déo a amifade de Ezaíi , fenaó quando opulento. Os nun-
Oo danos,
IH*.
290 O PRÍNCIPE WS <PJT. TOM. 11
danos,ao Amor que pintaõ defpido,tambem o pintaõ ven-
dado: para elles, he amor cego, o amor pobre.
423 Em os lugares de mayor pobrela,headondeS.
Bento empenha mays, para com Deos a íua virtude. A
muy tos entendidos caula particular reparo, experimenta-
rem, & ouvirem, que pela mayor parte, todas as imagés de
S. Bento, que eftáo nasHermidas , & Conventos fituados
pelos montes, & Aldeãs de toda Eipanha, faó as de mayor
concurfo, porque nellas com efpecialidade obra Deos por
Saó Bento mayscontinu-os, & maravilhosos prodígios.
Grandes milagres faz oSantoPatriarchaem todas as par-
tes, adonde aífilkm relíquias, & imagés luas; mas em ma-
y cr numero , & com mays peremnidade , nas que fe vene*
raõ,aííy nos Conventos, como nas Hermidas dos defpo-
voados. Claro final , de que não bufca o feu patrocínio as
opulências, fenão as neceíildades 5 ckque onaõ obriga o
lucro , fenão o affe&o.
fflec emm rne divitis auri
lmbertofa fintes —
Impuleri :fed amorjuVat opúme tecuni
Degere MartiaL
Senão temera a cenfura dosCriticos,fizera total aflump*
to defte volume, íocom parte das maravilhas, que em o
noíTo mofteyrodeS.Thirfo, finco legoasdiftante da no-
bre, & fiel Cidade do Porto, obra Deos pela interceflaó
defie Príncipe. Mas fe os Sanchriftãos dosnofíbs Conven*
tosnaõ fazem téda de feus milagres^porq fenão pratica na
vl?™Í™T£fobZul!m anthmeticamanifeftar as partidas, para lhes efconder a fo«
que venati, at,qU:j apprehin- ma ; que a naõ fer ilTo , em todos os dias fe publicarão:
Jeru , fac mihi inde puJnun- c ,x . -ri' rr> i i i
wnjicutvtiiemeHofti&tffer, &■ nao tiverao luas igrejas neceíiidade, de outra armação
ZnTfeam:d b™iimubi" mays, que dos retratos de fuás continuas maravilhas: Con-
uicap.^.verf. , ;# 4. cluoefte paragrafo com dizer :que o patrocínio de S. Ben-
y/Je/,eoquodamiei1iafyte „ r J^ -1 j ir
fuxàit» tft t»utn,uieyéfõH to, para com léus devotos, nao hecomo oamor deliaac
'T^nu'a!lf,!,oh'c' Para com íèus filhos , que amava menos a Jacob , do que a
01 Quique amorum tgmina * ' t J «
fht&rtájíeBàttur,tufttarúii Ezaii, porque achava mays conveniência em amar a Ezaii,
malis , £í inter arbortr em fmoâi J^ t 1 •
Ufcivirtfomm áectrpenU ro- Ú° 9 UC 3 J SC0D- P *
'SÍSb^, +H Também os Egypcios retratavão o amor no
%\.ãcM»i9, pomo de húa Maçã. 62 Em húa fruta, que nas duas par-
tes,
tes , de que fe compõem leu nome , moftra o engano de lua
beiíeza , da vão a conhecera calidade do Amor dos hemés.
M a; & fa, faõ as partes de que confia o nome , Macà : enga-
noio pomo, & por iíTo retrato natural do amor laíeivo : ef-
te,íempre oceulta o damno, que czufi a alma,& mofíra fó-
mente o bem, que promete ao corpo : efeonde o podre, &
moííra o faó. Afíy os amigos , porque a mayor parte delles
foõ lizonjeyros , encobrem a verdade , por naó diifaborsa-
rem o gofto:Uzaó com os amigos dos meyos, de q fe valéo
o Demónio, para aruinar o mundo. Sendo a Maça, com
queo Demónio tentou a Eva fru&o dafeiencia dobem,
& do maljcile lhe propôs com apparecias dobem, oinfal-
livel damno, que lhe refultava comendo do pomo. 62 , 6i Fr:t>f.^"f i>$fciente*
Bom, &maoeraoirucio, aíiy como a Arvore j& conhe-
cendo o inimigo a fragilidade deEva,propos-lhe ornai,
como bem; moítrando-lhe a fermofura do pomo, & ef- <m viàiigiturmuVer qua
condendolhe a fealdade da culpa. 64 EftesardisdoDe- t^£^i!^l
monio faó as induftrias do falço amigo.
4.25 Coníifte averdadeyraamizade,emeftorvaro
mal,&aconfelhar o bem : oppondc-fe aogoíto,quefaz
perecer o credito do amigo. Quando hum particular de-
voto de S. Bento vivia com mayor prazer , pelo nafeimen-
to de hú filho, porque fufpirava havia muy tos annos,lhe a-
talhou São Bento o golio com dar a morte ao filho, tendo
ttesannos de idade: Húa manhã lhe entrou pela cafa,em
abitos de Monje, & chegando aporta adonde a criança
eftava dormindo, lhe tocou com os dedos na garganta, o
que baftou para lhe tirar a vida: Comamorte dofilhoco-
meçarãoa darmilqueyxas, & acertificir,queos Monjes
deS. Miguel deOft, mofteyro naquelle tempo fituado
nos Alpes, lhe matarão o filho, para ficarem herdeyros de
feus bés. Durou efte queyxume , em quanto náo chegou a
noytej naqual, á viftademuytos,lheappareccoS. Bento
nos mefmos abitos, em que otinhão vifto de manhã, 8c
lhes d i ífe : Tara que imputaes a meus Monjes , o que eu fi^ com mi-
?ibx6 mhs? Tara que jutwtes aggravo , o que eu alcance)' de Deos , pa-
rabewficioVoffi? Obr toado aos bÕs termos , queu^aes com os Monjes
de S. Miguel de 0(1 , fuy Vojjò Orador diante de Deos ,para qv.epri-
Vajje da Vida ao filho, que iinheys em tanta eflimac.aõ, pelas infâmia*,
que VosbaVkde caufir7fe ViVsra m mundo: \L dcfipparecenclo á
Oo z *ua
a9* O PRÍNCIPE DOS VÃT. TOMO 11.
fua viíh, mudarão os pays o pranto em alegria j& as quey-
6? o Paãte MrftnTr.jtto- Xas, em iubilos, & gratificações. 6< Deyxacrearahera
trocmh ât h.< sano, ferm, .. junto da planta , quem eíta mays empenhado , em que a
icS.Bentd.%.i. planta feque , do que frutifique.
426 Com peyxes ein húa máo,& com flores na outra
pintaváo algúso Amor. Senhor domar, & da tetra foy a
explicação, que muy tos deraõ a eftc retrato.
TSLec temer e manibm florem, Delphina que traShty
Ma, etenim tcirÍ5,foc\>aletipJemari.
Cláudio Minoys.
Níasenganarão-fe. Os peyxes fora da agoa morrem ;&
as flores colhidas da planta murcháo-fe: Afly o Amor pro-
fano não vive, nem florece em outra parte tora defeuna-
tural engano. Não tem forças para avultar em terras eftra-
nhas , fó na própria habitação tem valentia. Os amigos do
íeculo, em quanto andão juntos, mofírão-fe amigos ; em
fe auzentando,faõ como as flores cortadas da planta, &
como os peyxes tirados da agoa. Em algum tempo era a
redondeza do mundo a demarcação, que os amigos pu-
nhão aíua amizade: hoje reftringirão tanto feus limites,
que não paflaõ a diftancia da prefença. Sendo algús, como
a efpada do Gigante Golias , que pòfta ao lado do Gigan-
te , não o defendéo de David ; & quando na mão de Da-
«6 Cumquegieàiumnotiha- vid, matou o Gigante. 66 Porque não fendo os amigjos
herr.l iamanu UavidyCticurrit. 1 r r* T ' L - 1" " CV **" n
®fíetitfitp.fbiiiR**m,®tu- armas deieníivas quando acompannao ,iao armas oíicníi-
litgUdium e;us _£J eduxil cum yas ^^q qU(. fe aufenta5.
de vagina lu<>,<5 wierfccit eum, ' *
i.Rrguw cap.ij.verf.il. 427 Emtodo o tempo, & em toda a parte he S. Ben-
to amigo de feus devotos. Quer efteJ3 na fua própria terra,
que faõ os feus Mofteyros j ou na alhea , como faõ os Con-
ventos de outras Religiões. Ema Sede Braga Primaz das
Efpanhas ,efíá debay xo das efcadas do Coro húa Imagem
de S. Bento,que nunca aíifie no Altar, porque fempre an-
da por cala dos enfermos \ fomente no dia de fua feita ap»
parece na Igreja , porque na véfpora a manda com folem-
nidade o enfermo, em cuja cala eítava. Quiferão prender
o Santo com húa cadeya de íérro , para que o naõ tiraíTem
do altar j fruftrou-fe efta diligencia , porque hum dia rom-
perão as cadey as, & levarão a Imagem do Santo, No Con -
vento
EM PREZ A XXI. q93
vento do Patriarcha SaõFranciico , ema Villa de Guima-
rães , ha outra Imagem do Santo , que pela mefma virtude
rioaífiíte na Igreja, íenaó emodia datalfefta. Osmsia-
gres,quefazS. Bento em o Convento deSetuval,& em
tnuytos do Alem-Tejoda Ordem Seraphica;& no mof-
teyro de Xabregas , cabeça da Congregação dos Cónegos
Seculares de S. Joaó Evangelifía, he notório a todo Por-
tugal. Taóboas auzencias faz S. Bento a feus amigas , que
náo confente aos contrarios,os offendão, nem ainda de pa-
lavra. Bemfabidahe a grande deveçaó, queUgoCapeto
Rey de França teve com Saõ Bento : certos fidalgos húa
noytc murmurando com excéííò da difpoílção de ieu go-
verno, viraõ diante de íi hum vulto como roítro cuberto,
& com a CocuIIa de Monje; oqual , com húas varas , que
trazia na maó osdifeiplinoude tal forte, que ficarão en-
tendendo , que Saõ Bento como grato á devoção delRcy, 6J ** ?TJ!i"°I"p'5l£
eftava em toda a parte, para o deíender em todo o tem-
po. 67
428 A intelligeneia ,que osiafcivosderaó áquella
pintura do Amor, dizendo, que nella o acclarnavaõ pode-
Tofono mar,& na terra hefuprefiicioíaj porque o Amor
poderofo na terra , & no mar, he a virtude que Deos com-
municou a S. Bento , para amparar a feus devotos. Entre
muytos efeolhi efte milagre, que noíío Reverendiffimo
Padre Meftre o Doutor Fr. Leaõ de SantoThomás, Len-
te que foy de Prima na Uni veríldade de Coimbra autho-
iifa,noSegundotomodefuaBeneditinaLuíltana: 68 68 T*m*jr*.t.*f.iM
parto legitimo deleuuniveríal, & único talento. Refere
oReverendiffimoPadre, que no tempo, emque era Ab-
bade defte mofteyro de S. Bento da Saúde o Padre Meftre
Fr. Maneio da Cruz,quefoy/ioannode 1 633. navegava
para o Ertado da índia com profpera viagem , o Galiaõ S.
Bento, a quem o dito Abbade tinha benzido. Voltando
defpois para o Reyno, padecéo no Cabo de Boa Eípcfc
rança tão fortes, & repetidas tormentas, que quebrado o
leme todos fe julgarão perdidos. Levavaõ dentro no Al-
tar húa Imagem de S. Bcnto,diante ó^ qual fe puzeraó to-
dos de joelhos com lamentáveis deprecaçóes, para que en-
trecedefle por elles a Deos ,que os livraífedc táo manifef-
toperigo: Todos fizeraó ao Santo fuás promélTasj &o
Oo 3 Ca-
294 ° $WNC1TE WS ?AT. TOMO U.
Capitão lhe fez cila rogativa: Gloriofo Santo, ejla Nào he Vof-
fà> & pois fi^cys tantos milagres na terra ,fa^ey agora também ejte
tio mar ; regendo-a > &go)>ernando-a de forte, que cheguemos todos a
f ah amento :fede Vos o Piloto , & Vojfa inter ce fino JirVa de Ume. A
coda a píèílàcomaraó o Santo, &opuzeião no lugar do
Piloto. Comefibu logo a embarcação a feguiracarreyra,
tomando o rumo das Ilhas. Acentou-fe o piloto junto do
Santo,& quando a embarcaçãodefcahia mays,para o nor-
teou fui, lhe dezia: Meu Santo^a Náo,parece, que ha de inclinar
mays para tal parte. E logo a embarcação obedecia, ao que
mandava o piloto: profperamente navegarão até chegar
aterra ; adonde louvarão a Deosgloriofo emfeus Santos.
Com toda a propriedade accommodou, neftecazo,oRe-
verendiílimo Padre, a S. Bento, áquelle Anjo do Apoca-
c9 EttofiitpcãcmfHiíJtx. lypfe,qparaoftentaçáodefcu Império univerfal,tinhahú
tr:<mfup.m*rt,ftn,8tAm*utc p£ no mar & outro na Cerra : 6o que a tanto abrange a
ftto, urram. ,ir» 1 r i i
^focai. 10. ver/, z. virtude de S. Bento ,para amparo de léus devotos.
429 Ultimamente,os Gregos retratavão o Amor en»
coitado a hum tumulo. 70 Ovcrdadeyro Amor dos ho-
iroftoàdUHTTm». %^%?t. més naõ paffa da morce : moftrando a limicaçaó , & defey-.
&' >00- tos de mundano , porque no melhor tempo defamparou o
amigo. A amizade dos mortaes he como o Amor de Jacob,
', Dará com Rachel, oqual defpois, que avio morta, fepul-
71 \fertu*elíerg9ltte&el,& * • 1 1 r- 1 ' o r ■ l ■
fepuitaeftinv;a,qu*âucit e. tou-a no caminho de fcpnrata , & loy continuando ajor»
Sw^^™^ nada, que fazia para Canaan: 71 Acompanhou a Rachel
gu&c.Ge*sf.H.vcrf.i9ti xi. cm quanto viva, & deíamparou-a defpois de morta. Dous
caminhos temos todos, que andar : o caminho da vida,& o
caminho da morte: o caminho da vida tem certo o fim,que
he a morce : o caminho da morce , fendo infallivel , o feu
termo, he, para a noflaintelligencia, incerto. Todos íabe-
inos, que havemos demorrer, mas nenhum ofjm,queha
deter defpois da morte. Anoíla alma efpirando o corpo
coméílã a caminhar, fobindo para o Ceo , ou defeendo pa-
ia o inferno. Os amigos quando muy to acompanhaó,qual
outro Jacob a Rachel, até o caminho de Ephratá, adonde
acabaítes a vida ; não paílaó adiante, porque enterraó a a-
mizade na fepultura, adonde vosdeyxaõ o corpo. Infnr-
tifera he a fociedade , que vos acompanha nos povoados,
& vos defampara nosdefertos.
430 AintercefídódosSantospaíTaos limitesdoAmor
dos
cJoshomês. Em todos escarninhos faónoflbs fieis compa»
nheyros : no caminho davida,difpondonos a morrer em
graça ; no caminho da morte,ajudandonos a viver em glo-
ria. Eitahe a utilidade, de que nos ferve o patrocínio dos
Santos, & com efpecialidade aintereeíTaõ de Saõ Bento,
Arrebatada em exeafi, vio Santa Gertrudes a Magna, a eft
te gloriofo Santo aííUiindo diante dotronodaSantiíTinia
Trindade, todo cubérto dê roías. 72 Sendo oníyíterio
daquelle roíal, de que fe veftia , a reprefentaçaõ das iingu- S£S^SSS^St
lares virtudes, com que o Santo florecéo neíte mundo, & b,hUr g^mwandofrodire »•«/>
b. 1 1 ... r^ 1 1 pulcberrim* , mira i ii T::Tis , &
oas obras de todes, os que O imitarão: 73 b Jogo ò vemant,*,grati*qutfi«guu-
Santo Patriarcha offerecéo a DeOs a fragrância defeusinei '*■ Be'uGeruudef »«$»■-
D tione Divina piclaluUb. 4. ct>t>,
recimentos por todos feus devotos, & poraquelles,qué 2.o,i*f<fios.Be*ed:.
W- r , i o*_ 17 1 ....... \ \ 72 ttiBliepèrf.oreircfaruirt
ervavao ieuinítituto. 74 fazendo , em certo modo, gwftfôM»* mh,SÍT,ief.
cite Príncipe na gloria, pelo amor de feus arTcétuofos< í/w*^j*^^J»jf«ttwfc
Ao'I r> • • t 1 crema, quiltif ifje camimJuS
melmo,que íezneite mundo o Príncipe Jonathás porá- àemundo$mtiujui]ugmti*u
mor de David^efpindo-fe das gallas, para o homar,& en^ ^p^íT^SÍ
nobrecer com êildsv 7« Vendo a filha à grande liberais tio*cmfuamfanujfimamfScti~
. . r ia ri t» • n i > <"" epeva omnium imitai Cl um
dade,cóm quefeuPay ò. bento enrequecia a léus àè\O"fU0,um&c ídtm.m.
tos, e*ifteiu*i nomundo, lhedepfecou,foííeáhoíáde lua & IZ^v^^t
morte, para com elles da* mefma fórtê prõpielo; O qneo «'«»» memtrernmjuorum,qv*
Santo ouve por bem, -promètendo-lhe oíeguinte: ío«oí, ifflerereprofciuumnmm,qui
os que implorarem minha mtércètdõ, fazendo memoriada finoidar vcJ}'g'**j«sf;r-<iPer'>l'Jer™"-
1 í * ' J v J o liamrtgulttjux òancta percp-
honra , C? Virtude com que Dcos engrandeceu , © beatificou o fim de um. idem. m.
minha Vida, eu lhe affiftirey , co/;z too grande fidelidade ,ahor a dejua £ t*","'a qfã™tldJZ&
morte, que me achará na parte, adondefor mayor onumero de [em ini- âeã,t tam Dí>v'd- * • Res "?•
micos , para que confortado comminha prejencafriunfe detodoSy&ca- \g Quicumque meaimone-
mmheJemroparaõswslQseterws. 7Ó re Hu^fJl/SaÍ'lt
J o 1 o / quame uoniintu meia tamglo-
43 1 Comoa carta deUrias 77 faÒospeccadosdos nofo fine digita ejibon,rjre%
. - 1 0 11 i- tf beatificai c , buic tgom hora
nomes; cm toda aparte,& em todo o lufara trazem conli- «,„,■,/„* m/j jM//j»-«íe »«/»
go; & nclla o rifeo de fua vida, & de fuaíalvação. Morréo "ff^i"^ ««<m »»*f '"<
O J ' * tlli cx omni parte, nua vidcbom
Sau!, porque carregando fóbréelleá mayor parte do eyLet~ fidia* i»imicorum*ochiutc$-
r. nA 1 1" i 1 r traipfum Çtevire, ut me.i prem
cito inimigo , nao tevequem o aiudníle adeiender de íeus /f„,:,„J,„,,/^,,„/;„fm,-
contrarios. 78 Afaltáque fentio Saulpoi pcccador,& fnmmi*tjtt«rur,uc4i
' r-v • 1 • » 1 11 gaudiapeiatjmefr.e Beatui.
obitinado contra David, eítptfimentara todo aquelle,que ;*,-.
viver impenitente de feuspeccados, quando acabar o ul- V^ef'hlH,ÍMjEf'ff'„:p^i
Y l ' U rr ' mteUriamtxadrerfotiLi,ubt
timoinftantedefuavida;paraoqueheneceflarionos pr€- fortiffimumcftpr<iium.
paremos da forte , que fe armou J onathas , contra os Phi- ^ %'"upm '^/pídu', p*an;
íiíteos : Em graça de Deos , & com firmes efperancas em **■/•»»& i*?<ii, ef cenfetuii
u*a,miíencordia íe animoti J onathas a prevalecer 10 , con- ,,r,£ (>p. vitimo ver/i .
tu
«çé O QWJKCIVE VOS VAT. TOMO II.
79 ^«"^^'«'««^/-tra todo o exercito dos Phililteos. 79 AíTy nòsparatri-
fciltjjivarcti/elinmultu.vel .... ... r>, n £1 1 i
infautt,.'ihi.t»p tt.verj.b. untarmos dos inimigos cralma. raraoconnicto levou Jo*
J:ÍÍ;;;:^:;^::^^^^configohúad;utorio. 8o Efiefemprenosacom-
»«. Vcnimccum. ibivtrf. 6. panha , que he o Anjo da noífa guarda : & para o melmo
officioieoffereceS. Bento na hora da morte, a todos léus
devotos. Em o numero 352. podes ver, em parte, quanto
aproveytaeíte patrocínio. OmelmoDeos he o fiador da
proméíía, porque elleconcedéo hum felice traníito a to-
dos,os que amalíem a Religião, & os filhos defte Príncipe
dos Patriarchas: AíTociate a eftaOliveyra, porque mays
te aprovey tara a fua companhia , do que as coroas de tua
nobreza,& pòíTes,que te reprefenta a Romeyra.Se te pre-
zas de Ter illuftre,como o Sol, favorece como o Sol , as El-
vLt$PZ'™y™?rZ trellas do Ceo , que faó todas as Sagradas Religiões. Eftas
fugMvcriini, judiem. <■</>. Eftrelias, laõ as que pelejarão contra Sizara, 81 figura
dos Apoítatas , & inimigos da Igreja 5 & te acharás á hora
da morte com tantos exércitos em tua defenfa,quantas fo-
rem as Religiões,que beneficiares;ou com tantos exér-
citos para tua ruína, quantas forem, as que com tua
infaciavel ambição, ou mal intencionado cor-
felho deminuiíte oculto, enfraqueceíle o
fufteiuo,comquelherelaxaftea 3*
obícívancia.
£NTRE«
297
ENTREGAM EUTIQUIO, E TERTULLO A
S BENTO
SEUS FILHOS PLÁCIDO, E MAURO, PARA
que os creaííe com íeu exemplo , & inftruiííe com os
preceycos de feu Iníiituto.
E M <P % E Z A XXII.
43'
£ F*
los como os cor
UMA mefma arvore ferve aos
cordcy ros de fuftento,& de abri-
go; comem das folhas , Sc ampa-
3 ráo-fedafombra.AiTyheoMef- , Ma?tfri funt ut *rUr*t\
IHI trecomoa arvore, &osdifcipu- ^^X^tu^u-
deyros. i A boa. difciplina ha deter o ww/.4.
Pp Preftl"
298 O PRÍNCIPE DOS VAT. TOMO 11.
preííimo da embarcação, que encaminha aos navegantes,
& refiíte á operção das ondiis. Todos nafeemos choran-
do, porque os perigps do mundo iaó como otribntoda
morte, que tanto rcijpey ta ao Príncipe, como aovaflàllo:
A morte, & os trabalho» fsõ caçadores do monte, que n^o
íqlevãp oífenfivos contra os animaespedeítres,mas t?«m-
bem contra as aves: com efta difTerença, que a morte igual-
mente acomete ao grande, & ao piqueno j ao defcuydado,
& ao advertido 3 não afly os perigos, que imitaõ os lebos
veteranos, não arremetendo com tanta fúria ? aos que ca-
minhão de dia , como aos que encontrão de noyte ; a falta
de luz, lhes dá ouzadia, contra quem os intimidara prefen-
2 oiiva Hiftor ia tau,-*). f,i. te a \u2t 2 p^o formou Deos ohomem, fem criarpri-
n.Kap.io.JeLupif. g ai- r» • r } i
, íeatiiaque Ucut iuo /«. meyro o Sol : 3 Tropeçara Adão no raraizo, taltando-
'"Z^!^6. lhe aluz doSol,que o encaminha-fe. Da mefma fórtea
., h.<c tfi òdptr que*, ment creatura fem adoutrina do-Meftre,do que Adão fem a cla-
c!arcJcit:niendtn,corli,oc- . , , , .
cuius, amena , tf voluptutfa a- Ildade da lUZ. 4
nMfaradijHs. smc. ^3 Se os filhos nafeerão fó para utilidade dos pays,
fora de menos importância a fua má , ou boa creaçaõ ; mas
5 £.1. §. tfgmerai,tcr,àe como nakem também para oferviçodas republicas, 5
.-jenuempoffcjjio.min. ub.yl. he commum ointereíTe dá fua boa difeiplina. Parapropa-
f.situ.n. L.i.óein/litu.&Je .-- r r L r t *
jure.e.L.tq,.ad scnatusTub. g^r nua nação requere-le o meímo, que para coníervar nu
*.L.\.,nfincadhg3ui.m*. e^foio: Se os materiaes não forem efeolhidos , & aíTenta-
gcjia.P.L.t9.§.j.deCaj>uvif , U , /r> • - ' c i
cíc. dosporníaos deorhciaes,naatera lorma, nem duração a
fabrica. As veas do corpo nem por citarem cheas deían-
guefuftentão a vida ; a fua boa nutrição he, de que fe ali-
menta anaturefa. OsReynos,aíicomo ascafas particu-
lares, náoconfervão a nobrefa na multidão dos filhos, fe«
não na bondade dos fucceíTores. Cento, & quinze filhes
teve Artaxerxes:(nãoaquelle,dequemefcrevéo Plutsr-
cho) a todos deu a morte , porque nenhum era merecedor
< MeibaRenes- da Coroa. 6 Mays feauthoriia o minaral ficando dezer-
to,do que mina de ferro , tendo-o fido de ouro.
434 Para que o calor doSolconfolidaíTeobarro,de
queformou o primeyro homem, o formou Deos cjefpois
de crear o Sol: creando a eíte,de húa luz pura, porque com
feu calor havia de fubfter a debilidade do homem , em
quanto barro; Sc com fua luz havia de encaminhar a eíTe
barro,defpoisdefeytohomem:eítas operações, faõ os ef-
feytos da boa doutrina; Nos poucos annos repara a fragi-
lidade
EMfpREZA XX11. 299
lidade propenla a cahir,& governa toda a vida do homem,
occafionado lemprea errar. 7 Piimeyro aclaridadefoy i z>°%rina<$eruàni,cíifir-
iíz, do que boi, elevado a preíidiraos Aliros. Pnmeyro o ««;»«; Zuu.
Meílre ha de luzir na virtude, do que fubá á cadey ra,a pre-
fidir,&aluniearcomo Sol j pára que náo efcureííàcomo
ÍOUlbf a. 8 8 Preetptrrer wpufolum ca-
rere crimine lurbiluáinii ,J>J
etiumfuj^iciont obortet , etenirrt
L*fit<Lrflcxandntm contagio feclamagi/íri. ^f^^u,,njhtuunur.
lndeferunl Vtújs mn carViJfe malis.
Germctn. de OJJia. Magtjl.
No primeyro volume 9 prometti moítrar osreque- 9remaI-£mí"''z.^.n.i6^
fitos, que devem concorrer no fogeyto,para que digna-
mente póíTa Ter meftre de hum Príncipe: Para erta parte re-
fervey o defempenho , por fer próprio do afiumpto.
435 Entre as calidades de todo ocreado particulari-
zou Deos ao natural de húa planta,para nella avincular os
fíii&osdafciencia. Entre todas as arvores creouhúa, que
, . j o • • j t oj 1 vi- «o Lhnum que f ciente bofiij
intitulou Arvore da òciencia do bem, & do mal. 10 Nao $*,#. $«««/.• *';«#'{>.
faboreou o fru&o de todas , com a doçura da feiencia, por-
que náo achou em todas o natural necelTario, para enfinar
como Meítres,ainda que deííem fru&os como lábios. Nem
todos mereííem cadeyra nas aulas do Paço. Para nutrição
de hum Príncipe examináo os médicos náo fó a íubftaricia,
& limpeza do ley te, fenaó tambema Índole, & virtudeda
ama: Nem devem preceder menos informações dafeien-
cia, & vida do homem , cuja cabeça ha de inftruir o Prínci-
pe, que ha de governar hum Reyno. Ariphon , Sc Péricles
íoráo dous lábios, dos mays eminentes de leu tempo 5 &
Alcibíades, em quanto íe creoucom lua doutrina ,foy o
homem mays infolente,& mal procedido, que teve Gré-
cia -.defpois que aprendéo com Sócrates, ficou fendo hum
dosmaysilluftreshomés,queteveomundo: 11 Em ra- " Fhthar ''* ^l<*»*'-
zãode agoa , tanto o he a doce, comoafalgad3 j Si aíalo-
bra,como a faborofa ; masdifferem muyto nostífcytosi
porque húas debilitáo,& cíteriiifaó as terras, por donde
correm- & outras, asfortaleííem, & fortificão : Da mtlma
íórte a doutrina, recebe a eíficacia, ou tibeza do procedi-
mento dos Meftres.
436 Com pena de morte prohibio Deos ao primey-
Pp 2. r°
3$® cwjHffiE ws <?jt. tomo n.
ro Mona rena comer Osfru&osdaquella arvore, peíornix*
tj ©» ngm f.mm fSMtu tQ <je njal, & berri: i 1 Quebrou Adão o preceyto , & ri-
íntima u-jline cowftL-u. n-, r . , . . j r> n
<;c,.,/: ... wr/, ,7. cou menos cftrcaz a iciencia, do que a tinha dantes. Bailou
odefayrofomòdodeLeonides,TrQ,& Ayo de Alexan-
., Grttorumuanathiaoru &e ^ra que efte, íicaílè com todas fuasmsnqueyras: í-%
. ,„ /,.,., r ,t .« cajfuLMi,- Donde, neceílariamente devem buicar para Ayo do Prin-
áycWtiihé ape a hum fogeyto,queíeja arvore oa iciencia do bem, Sc
fuh-«t% '=•"«'•■ naódomal.OBairamohearvore,queeíCGlhéòâfabedo-
D.Hicrcn Lpisi.BK. „ •» . . .
M Sicut ci«»aniotHum,& ria para natural apodode lua pureza; 14 $*elamtiytsvir-
ITeZS^Z^Z tude, contra amalignidade,quetemefta planta; & por if.
/'-' -^- fõ a mays ajuftada regra , por onde devem medir a íuffici-
cnciaddfogeytOjquehadefereícolhido,paraAyodehi4
Príncipe.
457 Crefce o Balfamofem arrimo. 15 Pelomere-
wvinBautvitu&impht-coí- ci men to propriío, & naó pelas aderências há de ler eícolhi*
'esvi"lTltl^níad" do o Mellre. He incapaz para Ayodehum Ptineipe apef-
li?iH!Ciilií e ipjít jUiimci.t. í l J li
VlaUeolU feri Jicitur,»u •
per ti
lei i ;.
tnrniculufe ipfsfu. -
pimituH<H.nb.ií.c*p.i<i. fóa poe femelbanteíà Palme vra, não tem vigor fem ajuda
16 liem tíii perguntfiuãifi- ,,-, , \ > i 1 »
emfmmt:^^ c"":' "oconiofte: I0 parque tratara com niayscuydadodea-
}\f> -,..;!* t», ^ufut:,f,cai^ã- provey târ a quem ofuíienta , do que, aquém enílna. De-
Ba. sieMunmefcuUfubtra- mocritoempenhava-fe mays em fazer a vontade a Leoni-
bajZc^Jthu.ÍS£"re' áes , que foy , o que o efcolhéo para Ayo de Alexandre,
i7 diinim ubifup. jj0 que em doutrinar o Príncipe , que tinha por difcipulo.
438 NóterceyroannoíruóHiicaoBalíamo: 17 até
efte tempo, põem todasas forças em crefeer : & náo eftilla
o unguento, fem eftar perfey to de todo. O Meftre não ba
defertaó caduco, quelhe faltem forças para foportaro
trabalho ; nem tão verde , que naõ tenha authoridade p jra
dar a rcprehenção. Fora taõ mal creado, como os filhos de
feu Meftre Eli , o Profeta Samuel , fenão correra por con-
18 Porro flii Hcli.filii Bele- ir> ri i ~ o * r • j 1 i t
«inefeientes Uominum^c. ta de Deos a lua boa educação, i o A iantidade de Jere-
ijiegA.verf.it. mias naõ tivera animo para reprehenderopovo,feDeos
19 l-ccs JeJi verba meatn ore * ,. * *■
tuo&c.jeremi. i.verf.io. lho não infundira. 19 Eli por muyto velho foydefcuv-
io H;!i.i;it:»ieratfenexval- » 1 o t ■ • 1
àe.x.Reg.x.verf.lx. dado: 20 & Jercmiaspor muytomoço era tímido. 21
x. Pueregofun, jerem. i. Treme a vara , quando vergonta;& naõ ie pode dobrar,
quando lenho.
439 OBalfamo he todo medicinal, porque não fá
22 p/h»»/ uHfup. es? Geme- põem a virtude no humor , de que fe fuftenta ; fenão tam-
^Quolfemunusioquanmr, ■** nas folhas , flores , & fru&os , de que fe orna. 2 2 A
®qu<>ihquitr,Hrfe«tiamus,t&- compofiçãoexterior he hum dos requifitosmavs neceííà-
cordit jermo cuni vita , Í5 vtta . * . _ . ■* '
tHmftrmonc. se»ec.Epiii.tf. nos, para authoiiiar a doutrina. 23
EMP^EZA XX1L
301
tfebus diSlafonent, &> resjonet ipfa locfueflii:
Saneia docens Doclor^ ViVat bonefiafequens.
Cermai,
14 P/m/«/ «*'/*/'*'
A virtude , & a feiencia perdem a eftimação , fendo re-
lógios íern demonftradores. Os Sancos, & os Philofophos
autlfcnilarão afua virtude, & feiencia com a pobrefa,& re-
tiro, em que vivião. O virtuofo,& o Sábio faõ como o ou-
ro, que tem avinculada a efUmaçãc do pezo á fermozura
da cor.
440 Todo o annoconfervaefta planta, a verdura de
íuas folhas. 24 Opulenta, & não faminta deve ler a pef-
íóâ efeolhida para Mefíre. Hetegra da agricultura, encher
ascòvasdeagoaprimeyro,quelhe difponháo aspiantas:
a terra não lendo regada , puxa pela fubíiancia da arvore,
comquenáodeyxacrefcer,antes afaz fecar: nenhúa plan-
ta he infecunda de fua naturefa > & muy tas o foó pela efte-
rilidadeda terra, que as cria. Com o que pode degenerar
da regia magnificência o Príncipe, creado aos peytos da
miíena. Alexandre perdéo hum dos efmaltes da purpura,
porque Leonides feu Ayo era demaíiado.
44 1 As folhas do Balfamo não faó tantas , que o deC-
componháo,nem tão poucas, que oafeyemj faõ as que
baítão para compor as ramas. Nas palavras, as quaes repre-
íentáo as folhas, ha de fer tão comedido o Ayo , que uze 10
das neceífarias , para intelligencia da doutrina , & folução
dis duvidas 5 para introduzir no Príncipe mayor inclina-
ção a ou vir, do que a fallar. Prefava-fe Trajano deterpa*
ciência para ouvir fallarmuytas horas, & de não poder fal*
Jar largo tempo. 25 Os Príncipes, & Sábios hão de fer
como osrelogios,querefpondemcom humgolpeatodo
o tempo, q a agulha oceupa, em formar feflènta minuros. 16 NamftcutrUmurt&ar-
Ballamoem ter poucas folhasinímua,que o nmpptuji*mumr*mitim
Mí.ftrehadeferlivredemuy tas obrigações. O etpinhcv- *'»""»> Wr*wuvi<""*
J t\ * * J contittgtntemJSvcnetJS lanas
ro, porque tem muytos nlhos, quel.iõ nsinuytasrarny$, iohtabovihutssu»njeunnbiu.
multiplica oseíiimulos,para com cllcs fe aprovey tarde Bnur-* '!"?•
toda a forte, & por toda a parte. 26 Osmuytosfilhoso- . Vlgíu„te,aãf>r*i*mpr*.
-brigão aos paysa trabalhai com cuydado, mas não com \n- pera*iba»cmiib*ru,agrun,«om
B r J J > fitar* dcmctunt^vwiiimtjiu.
ttyrcza. jot. »*.
2< v4lfcnf«rt!e*rfvil*.
Máxima 1 j6.
PP 3
443
Dcf-
3o2 O PlftNfflE WS TÂT. TOMO 11.
445 Defpois que a Arvore eftillaacuftumada quan-
tidade de Balfamo , por Tua mefma virtude iára da ferida,
por onde o communicou. O Ayo deve íer como a a-
lampada, nao lo porque aífafte , & alumea ; fenâo tam-
bém , porque a tornão a iubir , defpois que a de icem , para
acender a tocha. Serpedo Meftre de Catão Ceniorino,
fazia-le táorefpeytado , que nunca degenerou da2iitho-
rtdade de Meftre , nem ainda nas horas de recreação. A ia-
ciiidade no divertimento occallona deiprezos no eníino.
444 Primeyro cortão as folhas , que ficáo daparte,
»7 i»/,>í/!//(^7(^.yGíw/- aonde querem dar o golpe para íahir o Balfamo. 27 As
*!Ttif?3%. falhas deita Arvore laó pouco viftofas , & plauíiveis, por-
que parecidas com as da Arruda. 28 O Meftre todo ha
29 Di&t^âiiniMài- de fer alegre quando eníína. Areprehençáo, &oeníino
twum4wmmfrimuMtiàw*jàB&iEEeo\_ no modo. 29 Anitoteles lendo naturalmente
jtc»*Jumamo™?vficitur ,«fte & cJe máo gcfto , quando doutrinava a Alexandre
compunha-le muy to veda vel. O tempero das iguarias não
iè inventou para deípertar ogofto do faminto, fenâo do
regalado.
445 Entre as arvores efeolhéo a Sabedoria o Balfa-
mo, por fer húa das mays nobres plantas, que produz a cer-
ra. O Meftre fejade talcalidade, que dignamente póílà
exercitar os poderes de pay , que laó os de Meftre. Pergun-
tando a Agafiles a razão, porque não efeolhia para feu
Ayo ao Sábio Tilopanes, refpondéo: He de tao báyxaforte^
que me naõpójso pregar dejerjeu filho. 30 O Sol efeolhéo das
liftrellas, a Eftrellad'Alva para guia deíeu nafeimento,
jo pjutbar. inejut viu. Por ^er a niays luminofa das Eftrellas : & das flores , o Gi-
rafol, para demonftração de feu curfo, porque he o gigan-
te das flores.
446 Cria-fe o Balfamo nos montes, &he arvore de
pequeno corpo. A inferior calidade não he impedimen-
to, para os que vivem retirados do mundo,como íaó os Sa»
cerdotes,&R.eligiofos. O Sacerdócio, & olnftiruto fu-
prem, qual a virtude do Balfamo, a pouca altura do lenho.
Oeftado Sacerdotal, & Religiofo hea verdadcyra pe'dra
philofophal, que converte a bay xeza do ferro , em nobre-
za de ouro.
44-7 Junto ao Balfamo nenhua erva cheyrofahc o-
dorifera, porque o Balfamo rcctbe cm fia fragrância de
todas.
EM <?<REZA XXII. 303
todas. O Meftre ha de fer noticiofodas eicrituras , hiíto-
rias, & de algúas íciencias, para comprovar com exemplos
divinos, & humanos, tudo oquepropuzer ao Principe.Os
ívleftresfaócomo osarmeyros,quenaó fendo peritos na
milícia, fazem armas para a guerra. A boa diíciplina não he
outra coufa mays , do que hum dtfeniivo efcudo, para to-
do o iucceflb ; 6V os Toldados prováo primey ro as armas na
paz, que uzem delias na guerra.
448 O unguento doBalfamoheamargofoaogofto.
Melire, Sc náo lifongey 10 ha de ler o Meílre. Os de pouca,
idade antes querem a ftefcura das folhas ,do que o amargo
do fru&o,a fuavidade da lifon/a, do que o afpero da yerda *
de. 2 1 L-eonides , & Liíimacho, para complazer a Ale- ,V -/?<WÍ'W'Í/" '" Iuio
1 C - J 1 J J TV/f A 1 JT- l- 'iteflrumFy»u,»o» m„ pia-
xandre,rorao mays aduladores, do que Meítres.lndnapli- cer.tfend*,qvampi8a,qu!tque
nado achou Aritfoteles 9 Alexandre ,& com vicios tão ir- t^t^^lL
remediáveis, que vivéo , & morrèç coro eiles. O golio he g^UqMmjt*mai,im»gutu^
• , ra r jji- 11 ' dUttftUornm a<r.ar.aaic cenf-
* lenha , que lultenta o rogo da adulação , adonde muy tos perg, , quamfi-uSuum ^natc
íe abrazaráo, imaginando,que renafcião, J^yílSSf^* '*
449 Tudoquantoem íitemoBalfamohedepreíli^
mo; razão,por onde á plantachamáo Ba3farno,ao unguen-
to Opobalfamo,& ao lenho Corpobalíaqio. 32 Toda 14 J$ti*witi&t*
Util ha de fera doutrina do Meftre; não enílnando a hum
Príncipe coufas defneceflàrias, & fuperíluas, fenáo as utis,
proveytolas para a íalvaçao, & bom governo. 33 O ptú^â ^#^6m%^-
Solnáo fabe mays caminhos, do que aquelles, por donde ^f^f&^Vt*!1"****
iobereipiandecenteao lrono,& por dondedeke luzido »v,w, íw»i<».„;tWjir,»r.
Ti Fluthtr. m */ipoph.
uinulo. tr
450 A fuavidade do Balfamo fortalece, com mays
a&ividade, as potencias d'alma, do que os fentidos do cor»
po. 34 O principal fim, defvello,&cuydado do Meftre J4r f.^MfiurruitiJen^
íeja,doutrinar o Príncipe em tudo, o que pertencer ao ver- UiU odcr*mentot«m. cep. 23.
dadeyro conhecimento ,& guardada Ley Evangélica , Sc
obediência ao Summo Pontífice; porque, fe for bom Ca*
tholico, lerá bom Rey.
Acr As víboras, que fefuftentão do Balfamo, per-
dem a peçonha. 35 Muyros pelo bom enlino ,comque *<«.• te*/**** «■&«*• ».
oraocreados,perderao os vicios,& propriedades da plan- jkr„jw H0tfím, U ,,.,„ >.
ta.dequenafceráo. Tarquino Prifco era filho de húmer- ""»< >eai <:»■■/'■!•»'■■> • <•"»-'"«
cador; LIRey berv)o,dehum eleravo; oConlul Varrao, ,„,„
de hum Marchante ; & Porcio Catão, de hum lavrador : a
boa
j«-
urc.
504 O PRÍNCIPE DOS TJT. TOM. II.
boa difciplina os mudou em bons filhos, fendo de ruins
pays: & outros, por talca de doutrina, naicendo de bons
pays, forão péílimos nos cuftumes. O Emperador Cai ino
Cefar foy dos imperadores, que melhor governarão os
Romanos; feu filho o Príncipe Carinofoy omaysimmo-
deíto,de quantos teve Roma. O Emperador de Alema-
nha Henrique II. foy fervo de Deos; & leu filho Henri-
que 111. foy Apofhta. Os nobres, & os humildes íaõ co-
mo plantas; as mimofasfazem-fe míticas, creadas nos mo-
tes; & as míticas, mimofas, cultivadas nos jardins.
45 2 O Balfamo muytos mezes prelerva de corrup-
ção os corpos mortos. O bom enílno , ainda que degenere
pela má inclinação da naturefa, dura , & ennobrece muy ta
parte da vida. Nero governou bem finco annos, porque
foy difcipulo de Séneca, & fora toda ávida tyranno,fe
nunca fora difcipulo de tal Meftre.Os racionaes,& osbru-
tos bem diíeiplinados faõcomo as rodas, que movidas
com violência, andao algum eípaço de tempo ainda def-
pois , que as defampara o braço.
45 5 Finalmente , os cordeyros naõ fe mudão do fí-
j5 s,cui em-novet, quando tio , adonde achaõ pafto fauda vel, 36 oPrincipenaõha
iH&nonreceduat.quoujqueaâ devanar de Meltre , que tiver os reqmlitos ponderados.
raJi^.oJ»*,, Continuem Náomelhoraõ osfruftos das arvores tranfplantadas muy-
^uorf/ut/ua-wt finai*: fie vc tas veles. Príncipe, que fegoverna por muy tos pareceres,
r.bo-.i a.i ir.), ci , qn3v.li bina i r" 1 1 1*1 J"íT O 1
p.,ji;ti,ucjijo„lnUo3orcm he íemelhante , ao que caminha por ditterentes eitradas,
'«vcn.unt , q«o ufquejutuú, que chega cancado , & fora de horas ao lugar , que perten-
Btreorím tubo Dijcere. de; arrifcado a encontrar em algum dos caminhos , a quem
odefeomponha. Dos muytos Mefíres, que teve Alexan-
dre fe lhe apegarão os vicios. Fiadores de tudo, o que te-
mos difcurfadojfaó os dousilluftriífirnos Patrícios Roma-
nos Eutiquio, &Tertullo, efeolhendoa Saõ Bento para
Meitre de feus filhos Plácido , & Mauro , a quem o vulgo
chama S. Amaro.
;? ^rgayfSoh<Ud,ydcã- 454 No anno de quinhentos & vinte & dous , 27
»8 c*perettumtuncaieum tempo, em que Deos havia prometido a b. Bento, as imeo
Koma«*«rH,*Me,,vRti,. excellencias para fua Religião, vieraõ os dous Patrícios
giofi concHr:-cre, fuui que tilict . » O '
on»;p*te»tiDioitntnêJo, da- (parentes muy to chegados do nolTo Patriarcha)Terrullo
■fMítEutiqliútMavrã,Ter~ ^° leu nmorlacido,de lete annos deidade;& Eutiquio,co
?uttm xvwtMríum ,W«<« fcu filho Mauro, dedoze;&os otTerecerão a S. Bento, oa-
i>.Gr;g.AiV.z.M»rsi.c*f.lt*<{\iCQS difeiplinaiTe, & inftiuiíTe: 38 Saciificandc-osa
Deos
)9 ftcit T)ev* ãuohminariâ
magnate. Ge>uf i . vcrf
E M <P %E Z A XXJ1. 505
Dcos antes, queconheccíTem o mundo: habilitando-os
eom os riguroíos exercícios da obíervancia Monachal,pa-
ra rodas as melhoras da forniria ; á imitação, dos queti-
nhão por cuftume etearem os filhos aos rigores da neve,
para lhe fortalecerem os membros.
"Natos adflumina prvnum
X>eferimi{f,fce)'o que geluduramm , 65 unais.
Vtrgú.Mnead. 9.
4<5$ Nefies dous Bemaventurados Meninos enviou
Deos a S. Bento o Sol , & Lua , com que ornafle o Ceo de
íuaPveligiaõ. 39 AsduasTaboas,emquefeimprimi{Tea
primeyraobfervancia de lua Regra. 40 AsduasColunt- 40 peJiíqmebomiinit moj*
r c , r , rr - 4 r «- n ^ •>' :: duaf 'gb"!af \ttfiinnnijh-
nas, íobrequerundaíieaextençaodeieu Lltatuto. 41 Os piàca, fenftat àtgh» dc>.
doas Clarins, com que chamaílè a multidão de feus Diíci- ^tr/j/jlí' »iun,nM
pulos. 42 Os dous Leões, com que ornaíTe o Sólio de "reM ãeccm > ® "So tiihit°-
leu Principado. 43 As duas Oliveyras , cujo medicinal 4i i-aoétubidu** <,<iafar.
oleoconfervaffea luzdeíua fantidade. 44 AsduasVa- *4"»*/«s^M«.*.« ««,,-
1 T carepcjjts multitudinlni.
ras, com que defpertaíTe os tibios, & fe mediíTem os fervo- n««w«-«* io.«r/u.
rofos. 45 OsdousPeytos,adondefecreaífèmtodos,os w,w"Sr! " ' "":u'j"x"
quequizeíTem feguir o caminho doErmo, ou domarty- *• í'ari,íif'<>'3-9-v"rf,9-
rio: 46 Propondo-lne neite,a o. Plácido coroado por in- ui>aaJtx$,u,iamp;.iú , & „„,
vitoi & no outro,a S. Amaro laureado por eminente. Sen- *?%£££%;■£.
doeítesdous Santos os dous Anéis deouro,que fuftenta- &<* ,™<»»voc.™ ueccycm ,#
„ jr»«- ir»-i_ ít alteram Fanieúlttm.
rao a coroa do Príncipe dos Patnarcnas,ally como outros zach»r. tuve>f.7.
ascoroas do altar dos prefumes; 47 *? »»«"»*f-*"^**-«
456 Anicio,& Tertullo entregarão feusfilhosao t^«,^»*ft«<y*í«wt84,
anto Patnarcna, paraqueosinluuiiie,&araHecom g , *.
Tua doutrina. A fabedoria de S. Bento fov como a (ciência 41 EtãHota**ui^aurwfii\
lr> r l - o -/-•• j-r torona&c txoJ> ,o »»; 4-
do Precurlor; hua,& outra eraolcíencias,quedavaoiau- <,« ^i iaHitmftiitUmfa-
de. 48 Ambos foraõ Arvores da Sciencia do bcm,& não tot,,Mitj»:l+t**.
domai ;&: por iíTo predeftinados, oPrecurfor para prr-
meyroMeftreda Lcy Evangélica }& S. Bento, para Legit-
lador do Eftado Monaftico. A todos quantos recebèo por
Difcipulos fuftsntou , & amparou S. Bento, o que naõ te-
ve a Arvore da Sciencia , de que coméo Adaó-, porque a-
inda, que lhe deu o fuftenro nos frutos , a Figueyra íoy , a
que lhe deu amparo nas folhas, de que íe veliio. 49 O ^SÍJSSt^
ft u&o da Arvore da Scicncian^õ íoy iaudavelp*raAd;jo, Gt*ef. s.vtrf.y,
Q^q antes
fo Duc hi a!tum,&Ux0ti
3o6 o f^mcifE ws tâm TOMO 77.
antes lhe caufou íua total enfermidade: & fciencia, qué
naõ dava íaude, mal podia fervir de amparo , ainda que la-
tis-fizeife o goílo.
457 A íaudavel doutrina de S. Bento foy a aderên-
cia, com que atrahio as vontades dos Príncipes, & Cida-
dãos de Roma,queoefcolheraõ entre os Varoésda San-
tidade,paraMeftredefeus filhos. Apalavra de Deos foy a
fua fciencia, & a fua valia jrazaõ por donde osdifcipulos
foraõ tátos, que necefíitou S. Bento de multiplicar as ciai-
(es, fazendo novos mofíeyros. Hum dia aíiiítindo Chrirto
na barca de S.Pedro mandou osDifcipulos remar para o
rêiia vcfira /» capturam. pego , porque era neceflario pefcarem algús pey xes : 5 o
ao que replicou Saõ Pedro dizendo ; que elle, & os mays
companheyrosgaftaraõ todaaquella noyte em lançar, &
recolher as redes fem algum frudo ; mas que fiado na vir-
tude de fua palavra tornaria a lançar as, redes. Deu S. Pe-
, , vr.freptor,pcrtoiam,w. dro o lanço, & foraõ tantos os pey xes, que lhe naócoube-
teiti ieUtaAter.,Mnc*pjmui: ra5 na barca, íi Os corapanhey ros , com que S. Pedro
intuito w.cmtuoUxabo riis. i- r - \r i • i n
ibitaf 15. pefcou de dia iorao os melmos , com que trabalhou de
noyte ; pois como lhe naõ aproveytou o trabalho que fez
denoyte,fenaõoque fez de dia? Porque S.Pedro fendo
perito na arte de pefcar , vaUeo-fe de noyte de forças hu*
manas para alcançar ofru&o de fua fciencia 9 mas de dia
pos todas as forças de fua fciencia na virtude da paLavrade
Chrifto j 8c quando efta foy a valia da fciencia de S. Pedro^
foraõ tantos ospeyxes,que lhecahiraó na rede, que pe«
dio outro barco empreitado, para recolher a multidão.
JL iú}r,™âw£r*M*ej!ti $ 2 Mas quando fe fundou na deligencia dos homés, con-
<s adjuvai cor.Etvtnttunu fep\}\0 o trabalho, mas naõ alucro. AíTyfruc"ti ficou otra-
Wtmpteverunt ambMiuvicu- ,9, o r L J • J o T> 1_1L c-
laí. wverj. 7. balho, & labedoria de b. bento, como o trabalho, que bao
Pedro fez de dia ; achando-íe com tão grande numero de
difcipulos,como S.Pedro de peyxes;ajudando-íè da erec-
ção de novos Conventos para accommodar o fequi to ; af-
fy como S. Pedro de outra barca, para recolher os pey xes:
porque fendo a palavra de Deos a lua rede , foy a fua dou-
trina, como a luz do Sol, que fenão manifefta fem a com-
panhia de innumeraveis attomos.
5, ticstionamtrvtiiamàc 45^ Os annos , que Sáo Bento tinha nefta occaíiaõ,
limofaBum wuii.gunu, n./i eraõ pouco mays de trinta, & três. De idade perfevta for-
ferfííia ttxut. P. LnebciJiif X~\ rr ■ 11
iuGenei. . mou Deos a noílo pnmeyropay; 53 porque nellecrea-
uri-
e
EMT^EZJ XXII. 907
va o primeyro homem , & o primeyro Meftre : antes que
Deos o torma-ie, ja Adão tinha onome de homem: 5^.
Era homem antes de formado, para que tendo vida dou- *4 fatiamthêmi»tsimê*
tnnaílea todos. Lm Adão retratou Deos as obngpçoesdo G^mfi verf. ,.6.
Meftre. 55 Formou a Eva dehúacòfta de Adaó, pira
que os Meitresfem reparar no dcfcouunodo próprio, era- u **q":E-",e*ccPjJ"a
tem de animar com lua lciencia, a quantos ci verem por &ú- pr,u,apr,mUt d,faf*hts -'»/<"■
cjpulos. No breve iomno, que dormio Adão ie repreíen- frtigalmnuii.tam.un,^*
ta va o pouco defeanço , & a muy ta vigilância , que haó de
ter os Meftres. Eftas obrigações pedem hon.bros taó vigu-
iofos como os de Adaó , & os de S. Bento.
450 O exemplo, que S. Bento dava de fi, era autho»
rifado com fuás virtudes : donde, fe algú defeusdifcipu-
los fahiífe pouco difeiplinado, naó tinha na vida , & com-
poíiçaó de ku Meftre a difeulpa , que o Poeta deu a feus
vicios, cohoneftando-os com o máo exemplo de feufalfo
Deos.
ISlec mémorwe ptidet) tali me Vulnere Viciam;
Subilum bis flammis fupiter ipfefuis.
OVtd.Eleg.^%
O exemplo correfpondia á fantidade, & virtude intrín-
feca;& por eíía caufa proporcionado para Meftre de taó
innumeraveis difcipulos. No Jordaó , & no Tabor publi-
cou o Eterno Pay aChriftoporíeu Filho Unigénito: Cò
efta ventagem mays no Tabor , do que no Jordaó ; que no
Tabor difle, era Chriftofeu Filho, &nofiò Meftre : 56 56 nietfíja^tmmsjafsr
& no [ordaõ , que fó era feu Filho : < 7 Húa mefma cou- *■'»" íM1"/fiJ*,'^^
la toy iempreChrmo em toda aparte, Deos, & Meftre 57 mi't}tmuimcmi»qmo
dos homés: mas no Jordaó difTerençou-fe muy tode fi mel- m*£™ '"Kfíacu'- Mãtb^'
mo, emquantoas apparencias j o que naó teve no Tabor.
Chrifto no Jordaó, lendo afumma purefa, & fantidade
teve femelhanças de peccador bautizando-fe, como fe fo-
ra comprehendido na culpa de Adaó : ç8 E no Tabor, & Few" leíus " Gíll,u in
1 rl-JJ -i ir II JfrJa*eniaaJ*ar,:c'>i,titi<jt,-
<Jamelma claridade, que tjnhanaaimaiezagrilla,comque ufauturatte.iUverf. ,».
corporal, & exti iníecamente fe transfigurou glorioio. No
Jordaó naó conformarão as apparencias com a realidade,
& no Tabor foraó a mefinacoufa : E achou o Ercrno Pay
(tudo para noffa doutrina) que io quando em Chrifto cor-
refpondia acompoíiçaó exterior com a viitudcinrrinltca
Qsi 2 efta-
5o8 o voçms&E ms <pjt. tomo n.
eltavamaysparafer Melire doshomés,cu;a obrigação he
abondadedo exemplo para efficaeia da doutrina. Confti-
tuindo Deosa Moyíés Meftre de Faraó, para lhe enfinar
í9 T~j.'>* qucgiuLincfume aàettenúmcaò de lua vontade, lhe entregou numa vara,
fgHa.Zxeai^.-verf.f;. com a qual obraíie prodígios : 59 ^onhecenco Deos,
r6-* W ;-"^>'Hí que a doutrina de Moytèsíemoexéplodasobras,feriaco-
in viar, a tua ,£c. moyjts quo- u J i '
miam pcn„4wriusncneraí,f,- mo a voz de Moylés lem a explicação de Araõ: éo Moy-
vnoitii» .1^-0. il.himtxhibf.it. ri r \ o rr r r 1
.R^wAfc». ^»"f «.f.|. »es roy tartamudo, & porena cauia luas palavras pouco a-
61 Kcr. cTiJcitwiiutraJio. gradáveis, & intelligiveis: 61 mas repetidas por Arsó
ru língua [um. Hxoj.q.vi-fj.io o •> ^ _ D * 1 i
62 iffcioquttuTproteadfo- eraó perceptíveis, & agradáveis. 62 Alíy he a doutrina
-™' v"^i ' doMeítrefem obom exemplodas obras, como as pala-
vras de Moyfés fem a interpretação de Araõ.
460 Nefte tempo nem S. Bento , nem feus Moines
mendigavaõ: tinhaõ poucas, ou muytas terras que culti-
vavaõ, 8c de cujos hu&os viviaõ. Naõ he pequena addi-
Çaõ para o Meftre íe aplicar ao enílno dosdiíeipuios , o ter
bés,deque fefuilente. Acafade Abrahaõ foy publica cC-
cóla do povo de Ifrael: Omefmo Deos, quando lhe a-
crefeentou as letras de ieunoine,lheinfundio afeiencia,
8c o laureou Meftre. 63 MasreparojemqueDeosonaõ
graduafíe, nem lhe déíle a cadeyra logo, que o tirou de Tua
«- reig.i»juãi.um.t.foi. pátria, &omandou peregrinar aterra de Canaan;íenaó
\xoM.t.%6&fii.i ,t. defpois que Abrahaõ íahio do Egypto,& tornou para o
64 Nan ultra vocabitur nc- , £ , K ' . , , .Sr r - ,
tntniuum^Abramjcâ^ibra- lugar de lua peregrinação. 64. iJuas veles morou Abra-
\™mlTúu"emMh*rumge"~ hãonefia terra • a primeyra vez foy , quando Deos oman-
Gmef.fj.verf.s. dou fahir de fua pátria - & a feguoda , depois quefahiodo
Egypto,adonde fe recolhéo para remediar a fome, que
6< TuZlt eB atilem famerm í ■ /-> / _ r- íl - J
urra.- dr/cendit que cubram i» padecia em Canaan; 65 E.por eita razão, da primeyra,
Egjtium.w.çtf.ti.verf.iv. & não da íegunda vez oconixituhio Meíirede leu povo:
Abrahaõ da primeyra vezpadecéo fomes em Canaan , &:
nãodafegunda: & para Meftre de hum povo não lervii
Abrahaõ quandoneceííitado , fenáo quandoopu lento. A
neceflidade dos Meítres he como o calor do Sol, quenáo
alimentaa planta , a quem falta o humor da terra.
46 1 Obfervou S. Bento em todafua vida tal íilen-
cio, que nunca faílou poT divertimento, fenaó para entí-
no. Efta virtude foy liçáo , que Chrilto deu aos hoenés , a
quem coníiituhio Meftres. Encomendou Chrifío a feus
Difcipulos , guardaflèm tal íllencio pelos caminhos por
tkmde ioflem, que naõ faudaílem os caminhantes 3 que cn-
contraf-
EM f REZA XX!!.- qc?
contra flèm: 66 Deu-lhcs aurhoridade para pregar Uu 60 N'«taMW«»'*»,/ifr-
Evangelho nas povoaçoes,dentro,& ioradas byn.:g; gas,
& prohibio-lhçs as praticas do caminho, porque os mati-
4bVè Meftres do mundo: Aspraticas do caminho f»ó di*
vertimento do trabalho; & faltar por divertimento não or
pet mi te Deosa quem conítituhe Meftrc, para doutrina dç
todosos que tem difcipulos.
462 Nos actos de mortificação foy S.Bentcomaye
humilde defeusdifcipu!os;& nas hora.-:, que Jhes permitia
de alivio, ficava S.. Bento recolhido na íua çélta. Facilitan-
óo-íc no trabalho, queeraeníinoj& rerirande-iede tudo,
o que era divertimento. EiereveSalamaõ, que a Sabedo-
ria fabricara hiía caia , & nella puzera húa meza : A caía,
paraíi;ameza,par30sdifcipulos: 61 A çafa, a de ndeef-6? ^iekttrí^^tapi
1 ' *■ !■ / ' Dcn::r,7,:nu>rcilavii vitii.:a'Ju-
ravaa meza, era a Aula : E porque razão náo eícolhe para at^mifcuitvmum ,e frofofitt
Íj afabedoria a mez*,&: a Aula? Affenca^fecom osdikipu- Z^IZum^tiuZÍm
]osna Aula, quando lhes dá adoutrina, Sc naõ feaílenta wtèitti&£\zt&± ^
com ellcsa meza,quanao mes da a rereyçao:* Nao: porque
njííoen.ílna os Meftres a lerem fáceis nas horas doenílno,
& graves nas do divertimento :Naó permitindo a confian-
ça da meza, para não deminjjir 3 anthoíidade da cadeyra..
463 Foy São Bento deafpecto grave, Sc alegre. A
iodos tratava corn modefía,&: apraíivel gravidade ; fal-
ia ndofenipreeomoquein infinuava , porque fuás palavras
erão íblida doutrina j& nunca mudou de fembtante,fenão
cmandoreprehendia culpas. DiíTç Çhrifíoa feus Difcipu- 68 Vottft*Saiutt«tvot$k
Jos^ueerãooSa^&aLuzdoniiURdo: 6% Os çfFey tos do i«*«««»*- *"**■*■
Sal fio encontrados aos da Luz. O Sahnortificas $c a Luz
■dekyta : Como logo em hum íog.ey to fecompadeciaõ 113-
turaestão oppoílos? Chrifto «landava-os tn finar nãofp
aos ignorantes, mas também areprthender aos detàrahi-
dos : não fóaenfinar, os que ignoravaõ a Ley Evangélica,
mas também a reprchender a tibezadaquel les , que iâben-
d.o-a , a naó obter vavaõ ; & conforme osofficios lhes deu
as propriedades; as do Sal, para quando reprdhendtíTem$
as da Luz, para quando eíifnwfleai.S.BentoimBJtou o nar
cura! dosprimeyros Apofiolos , porque foy Difcipulo do
li.víinoMeíVe. .69
464 Chiiftoefcolhéoii S. Bento de entre os montes 6o . „._.. rh.;n. Ft>'grâjfo»
m3ysimpinados dalgicjn Miiinnu ,paraCls*iin ds fen ?e.Zatbariat.
Q^q 3 Evan-
3 1 o O &HINC&E WS PAT. TOMO 21.
7o sufra. Evangelho: 70 E a graça o eicolhéo de entre 05 montes
mays fublimes,que tinha a nobreza do mundo, para leu
Dilcipulo. Dotou-o dehúa,& outra nobreza o meimo
Deos,que oeícolhéo entre innumeraveisl.ibios. Confi-
derandoeu nas razões , porque as arvores faõ hicroglyphi-
co dos fabios, fiz reparo,em que de todas, as que a Sabedo-
ria ieparou para íua mays própria íemelhança, ennobre-
ceíTe também aterra, ettimando-as por arvores reaes; Sc
osíublimalTe a graça tomando-as para feu apodo. O Ce-
dro, o Aciprefte,o Baliamo, a Palma, & o Sinamomoíaó
dasarvores,que a Sabedoria particularizou para íua repre-
71 OkifiCcârustx fitam fum r - 0 r r •£ _ a £
inL^Jo^^ftCy^íin fentaçao; & a graça , para leu íigmhcati vo. 71 Amelma
mome jion&c . hcc^j^ji.^. fa{3edorja increada , que as eícolhéo entre todas asar vores,
as dotou de todas as calidades íllulíres.
465 Fallando S . Bento a todos com a mefma graça,
não lhe achavão todos omelmo labor : Conformava íc
7i vrtrb»vít*itian* má- com as virtudes , & naó com asvontades;&por ilfo luas
jft^títZlkíci palavrasferiaôa huns,& deleytavãoaoutros. A imitação
ofca.ò.verf.%. das palavras de Deos, que para húsforaõ vida; 72 & pa-
ra outros morte. 75 O frenético temo medicamento por
ofTeníivo, porque lhe falta o entendimento, para o conhe-
cer por remédio.
466 Em dous pólos fe firmava toda a doutrina de S.
Bento; no amor de Deos,& do próximo: não ditava ou-
tras matérias, íendo univerfal em todas asfeiencias; por-
que ajuflado com aneceíTidade dos difcipulos, fomente
lhes inílnuava o importante. Nem todos osMeíires tra-
taõde eníinaro útil para osdifcipulos,fenáo oconveni-
entepara íua própria utilidade. Oquedefeja augmentar
vertuiu^oeme,, qu* „ono- °0"cipulo eníma-!he o prove) ^toío ; quem trsta dapro-
feut \uitpuinerigrttit. pria utilidade (diz S. Paulo") enilna-lhe o infrutífero: 74.
^dJ„um.i,vsrf.lu -t j , u r 11 1-1- n- v
retardando]heoenlino,paralhemult]plicaroeítipend)o.
467 A doutrina deite Principe mortificava os fenti-
c7» "Moyfet po*rht vdamtn dos do corpo,& illuftrava as potécias d^lma: Sendo como
'&^^/">r,;;':„;:;^ a to* ào roftro de Moyfés, que ofTendendo os olhos , dos
eJ!U z.^stcorut.^.vcf.^. que a vião, 7< illuftrava os entendimentos, dos oue a
76 Hocrnt Ubi mvtlamt» ^ 1 - r* • J vL' 1 o
cccuhrunaJomnn^quiucum contempla vao. E como o veo, que deu Amnielecna Sara,
2£2ÇS!^S5?' cora °qual ™>™ ^aíTe a vifta,& conícrvaffc a memor ia do
r Geacf.zQ.vnf.t6. riíco , a que fe expufera ; j6 para que náotoínaílèaoc-
caílonar femelhantc perigo.
468 O
EM <? HEZA XXII 5Ú
468 O que temos diícurfadoheíuficiente para co-
nhecimento , de que fenão requer menos íciencia para
Ayo dos Príncipes , do que para Meftre de Santos : antes
fóoque for Santo, pode fer dignamente Meftre de hum
Príncipe. Porque todo faudavel>& medicinal, como
Bailamo, ha de ler o Meftre de cujo eníino emana,
ficar proporcionada , o imper íey taa Regra,
por onde fe ha de governar atheorica
de toda hua Monarchia.
í
^
y I
RECONí
RECONCILIAM-SE, E SOGEYTAM-SE A
S BENTO
OS MONJESDO CONVENTO DE VÍCO-
verra, que intentarão dar-ilie a morte com veneno.
E MV %E Z A XXIII.
46*9
SfH ESPADA quebrada húa vez>
não fe torna a Toldar. O vazo de
barro na roda em que fe forma,
ainda que quebre, ur.eílè com
facilidade.Compõe-fe a efpada
de ferro, & aço ati bos por na*
tureza dittuemcs 5 & por eíla razão húa vez divididos,
que-
EMV<kEZ A XX2II. V3
guebrãoparalempre. NáoaiTy o barro, todo he ameima
eouía,&por iíTo em havendo quemofolde,une-iècora
brevidade. A naturefa humana , como formada de barro,
náofegue anaturefa doferro,&aço com quem não tem
lianç3j adobarrofijcomquenuem parenteíco. De hum
nieímo barro fe formarão todos os indivíduos humanos,
& ainda que os fepare a íórte , congraça-os o amor,& a de-
pendência. No reciproco da amizade acharão os homés fe-
H uranca contra os receyos da vida : i valor , nos bens da ,' Viu verofíne "»ic>' *"fi*
«? * _ ,■: íii altrum ,<s metu plena tti.
tortuna : i & remédios, contra os males da pobreza : 5 luiiusâcamiat,*.
porque delpois da Sabedoria, amelhorcouía quáo Ccà SJ^Z^Z'?"'
infl uio nos homés foy a eleyção dos amigos : 4 Comer- ^f^.ttb.t.
cio o mays agradável , & proveytoío de quantos ha no w. ?.
nmi/íí-» C * HauJfci»,anexeeptjfrt-
U1UUUU. } eHiit,quicquSfitbon,wieCp
imn;orX»ltíu! Jaium, amicrti»
«xti 7 • . ■ >• 7 rxel.ut Cicer. in Lélio.
N ti natura homtm jucunatuõ, ubenm tjut 5 ommum Tcru ,„, q„M fpi-
Comparat, aut quodlit maius , amtcitia. e""a\ vel ?""" aÀ be"e- ''' "
German. de zA micitia. wtftmtHut emienia^iba *íj-
riui, HibiljueundiUf.
Qictto mOffit,
470 Os homês apertarão tanto aos termos da amifa-
de, que unirão a hum mefmo querer as vontades diflin&as.
Succededefatar-fe efte vinculo pelas razões,ou fem razões
que ofFerece o tempo ; com asquaes defunidos os ânimos,
fica quebrada húa das melhores obras de barro humanado,
que fabricou o Supremo Artifice: & como o amor,& a ini-
mizade dos homésacabão por tempos,porque varião con- 6, "*-***& i*i»fchu mor
torme as commodidades , o preguntáo os politicos, le »««<» condiu regumur tempo.
Ti ' ' • p ribuf mutJniur unhiulibus.
convém aos Príncipes, unirem-le outra vez aos amigos, lurifcdui^Uaaa.
com quem quebrarão. He certo , que as nòdo-asem cahin-
do , & manchando fe tirão com dificuldade : mas de ordi-
nário dá motivo a tudo o mefino queyxofo ; porque de-
vendo uzardo amigo como degalla preciofa,que fenaõ i Vtrarafuprjit8.it habo»
põeatodo o trato; 7 uzadelle como de veludo caleyro, irafmut •» tj>,8.
para todoofervioo.
471 Filha da antiguidade he aquella commúa fen-
tença, que amoeíta a todos>& com efpecialidade aos Prin-
• • jrr J ÍT' _»".,„ 8 j43verfjriurrscor>r:!iitut
cipes a viver com delcondança das peíioas , aquém tive- vchem(„u,Jtaz,ft,liuí.
rem aggravado, 8 ou vencido : o oque menão fatii- Vrg:uu,„,h,f(o,.nx°.
5^ ' r r • i 1 r • j 9 Qu*tviccru,t*vcul>i,ã-
taz: Porque nem em todos revem astcndasdeipoisdecu- mice,ejj-C(rtífa>. Cwfiuti.j.
radas: Conforme aboa, ou má complexãofe confolídão
Pvr mays.
3 1 4 'O P^IXCITE WS VÂT. TOM. 17.
may9, ou menos. Da bondade das medicinas procede fi*
car,ou não ficar final do golpe. Muy tas partes do corpo,
que antes da ferida fentiráo falta de efpirito, foráo foccor-
iidascom inays vitalidade, defpois que lárarão. Damef-
ma force os ânimos ofFendidos, do que a natureza aggra»
vada.
A72 Conheço, que muy tas feridas foráo mayspcri-
golas defpois de fechadas, do que quando abertas: mas foy
pela pouca experiência do cerurgiáo,enganando-fe corn
o penetrante do golpe,& difluxóes das matérias: com que
ferrando-lhe a expedição , ficou reconcentrado o veneno,
&Dejorada a ferida. Genferico Rey dos Uvandalos fen-
doemulo de Honório Augufio,reconfiliou-fe com elle;
efquecido Honório das offenfas , 8c lembrado Genferico 5
creou novasforças; 8c com a diílimulação lhe tomou a Ci-
,0 TJtatetpHinGamtíicr.o- ^fe deCartágo. io Damefma aleyvoíla uzou Theo-
rium novo itnplicaribelio, pró- . • , 0~n i T? 1
d,twr,ccanhig,mmocc»pavn, dorico Key dos Oitrogodos com os fcrulos , aos quaes nao
a\tTJfMT,Si'UkoSM' podendo vencer por força, extingui© por manha: Cele-
bradas as pazes, lhes cativou a Cidade de Ra vena, com que
íi Nee nuhopoH inftàiofi osexterminou de Itália. 1 1 Nenhum dos ofFendidos ten-
initapace ,quallahctim Rcg- , • l - L CT r - it
wium ■utrique commune fiebat: teou a chaga , que tinhao aberto nos otieníores jnemlhc
fSZÍZe& ErZZ derâ0 temP°> a Sue purgaflèm o veneno com a fatisfação.
fuiit.Ucm.Ui, Entre Honório tinhão precedido grandes debates fobrea
repartição de húas terras de Africa , de que o Rey dos
Uvandalos fe queyxou offendido: EosErulos fendo hú
povo limitado, blazonavão de fazer roíiro á potencia de
Theodorico : Efte,queria-fe defembaraçar do laço para
romper mays groífas prizões: E Genferico intentava for-
^J:ttZÍÍ7^t talecerfe, para fe reparar mays deftimido: Ambos acharão
fotuit apote faiicre,fiauduien na diílimulação o remedio,com que encobrirão os ânimos:
1 1 Mas roy inércia de quem os admitio reconciliados,
fem primeyro os experimentar defempenhados , tende-os
ofFendidos.
473 Confifte toda a difficuldade na aplicação dos re-
médios, com que a reconciliação fique verdadeyra amiza-
de. A louça da índia , que por ler o barro mays fino lie de-
cente empreza do natural de hum Monarcha, pofto que
fóldecom algum género de betume, não hc durável afua
união , porque fó com a lolda do pulimento fica firme. Se
lium remédio curara todos os achaques , não fora cão efti-
mada
macia a medicina. Huns aplicarão por remédio faudavelá
quebra dos amigos, a neccfiidade docontrario. Mas acho
nas memorias ,queobrigandoa nectííidade a EIRey Car-
los Vil. de França , a reconciliar-le com loáo Grão Duz . ,
. -. i-o rii • j H 'idyaa ii/UTiam ob!ipi0'
de burgundia, & contederados com juramento durou a »*, .,Mm/lilf j,l,al,Joj«pr*
paz, em quanto Carlos naó achou occaíiãode lhe dará ^^"ZÍ?**"^'**
morte. 12 AsViboras no inverno não uzaó do venenoj *àVTb;n,t>ur,ihCv,ur.ja»cò-
rao porque o nao tenhao ; lenaoporque nao podem uzar c»,oiu* tu^uncit/duccnoc-
delle por falta de calor. h*/^», fi»<f>"< ***«* •-
474 AconieJnaraooutrosjqueo medo docontrario
era o melhor fiador da reconciliaçáo.Suppofto,que asdif-
íimulaçóes do ódio naõ correm perigoem hum animo co-
barde; porem o tempo, Sc o trato animou a muytos, por-
que facilitarão a entrada , & lhe deraó a conhecer as reali-
dades mayspoderofas na apparencia,do que na fubfiancia. 14 imtepectcum Herme-
Intimidado Theodorico K ey de França dos progréflbs de Í^ÍÍTSEL/»^
KermefredoRey dosThoringos,com oprextodepaza- *.efi*ití'*w^'?ifeJ^m^f
/». 1 11 • -i n 1 «mbocçP.ouMCrentur,lheçdori-
chou a occaliao de lhe tirar a vida. 14 He pela mayor «* HcrmrfrtâUm~fiuctfu im-
partcmiyscfpia,doqueachaqueomedodehúP^^^^^^
475 Os remédios approvados pela experiência,
com que a reconciliação dos Príncipes fica folida amiza-
de, Càó quatro: O primeyro he o conhecimento do pouco,
que podem feparados ; 8c as forças , que tem quando uni-
dos. O mayor inimigo de Scipiáo foy Maífmifla Rey dos
Numidas; repetidas vezes foccorréoosde Carthagoem
ódio deScipiaõ. Moftrou otempoaMaífinifla as venta*
gês, que Sei piaõ lhe fazia: & atrahido da virtude do con-
trario, Sido reconhecimento de quanto enterefíava ger-
manando-fe com elle , trocou o ódio no amor mays firme,
de quantos fe reconciliarão com o povo Romano : E na
hora da morte deyxou ao Senado, & a Scipiaó tutores de
teus hinos: 1 5 Como pay do-ou a léus hlhos entre os iuuaBcBtuftuiiin>uta™>*~
bésdoReyno a herança dos amigos: \6 Ecomo amigo qut aCMh*Vnc*fibM «j*0'
confiou dos Romanos omefmo, que porelles fizera. O M*fi»i]f* fiirmum n*ium
Ír - r r " I* _ 1 Komtiti tm;re<u>tt ■' Sictmcrt
erro lem aço nao corta ;o3çofemterro nao liga jambos euUi;,Mefl„l^ãu,r,v,x,tpcr-
unidos obraõ, & formaõ a eípada. fitiuiSiitiveftpMhmjitnt,
, .-_ r . 1-11 A " J rfiiTiCrt òcnaiut» Kctnjnum ,
476 O legundo remédio headcmonltraçao daami- ic,fiBncm^ueiiber%fuuxutf
zade nas coufas adverfas . Velpafiano antes de eleyto Em- ^"ÍK' f,cSÍ%fíànti»
pendor foy poucoafTe&o a Leôncio Muciano Prefidcnte Jerci-n.,, na, «p*n, ***»,,«-
1 ir è J 'c ■ 1 r • 1 1 r \r r tisfuecedertdebct Sacrtttia-
do tgypto, Sc da bynaj delpois de coroado armou-le \ el- fUètimbéttMViiê*i»i$ut,
Rr 2 pafia-
g-i 6 O $KiNClTE T*&S íjíT. TOMO 11.
pafiano.çontfaos Judeosinnobedientes: Vitellio inimigo
dos Romanos apíoveytando-ie da occaíiaó, começou a
opprimir o Império: Soccorréo Leôncio ao Empeudcr
com exercito poílànte ; & toy dos primeyros que o accla-
niaraõpor Cciar : Toda avidanaõLltou o Prciidenteao
i7 c.«m<m cumpofieaVit. |crvico da Magefiade ,ainda que elia lhe faltaííe cm parte
ffltiuf Jmpinui» lacerartx,rej • . « .P„ " . \
ptf.aKotJvtrfmjHJtotbtiiã a devida gratificação. 17 A parte do corpo que leoao
^^;;*:;;Z:rf: H^ta «w a enfermidade , moitra que cita bem com-
t>mrfmi,qiii Iwperatcrem Vcf- pleclOnada.
pa/ianutiJtlvlaretj alque i>y- ~. •.. f I • I
, iates, onenus que exircitus in 477 O teíceyro remédio vem a ler : obrigar compe«
Vr$*ftani parus, uêhutt. in R^clos a pefloa eícandalizada , que vive independente,
ex que bencvolerttis, atquef.ae, r ... '-. T
dumvixir, Mutianui perfiiti. Ficou Afionfo Rey de Sicilia prelioneyro na batalha de
tptjajup. Cayeta : Philippe Duque de Milaó opôs em liberdade:
havia muy tos annos, que efíesdous Príncipes viviaõem
gnerfasjcomaprizão do Siciliano ficava o Milanês mays
abíoluto jfebem que eia todaj asbatalhasficouoDuque
..« T^enpo^a^am^ui vi&orioíb ck> Rçy.Deípoisde foltp ,naõmenosie en,pe-
c>yc:am cgpnu ^/for/us per ^l^u philippe pek) reX-tituir ao Reyno , doquetinha fey-
IxfeamVosçmorconcmgtastà to de.diligenctas pdo privar da eoioa. Conhecéo Afiou i o
^S^^ íempreovene-
/uminRegno, q«am antea ut rolj Como a tributário. 1 8 A terra que deípreiada , Sc
indeeiwipclleicttâc.ldimibi, . r r Ci-r TL r o i <
delerta iruefcitica , pisM&ette dobrar 05 irucios quando be-
ne ri ciada.
478 Q-ulíiinç ,rçmedio kc o parentefeo : unindo a-
coníanguinisáadeja^uemíepar^u a ambição. Deípois das
grandes diícordias, que ouve entre Carlos VIi.de Fraru
19 w«*^;f/,«/e/i,«,«.^>&fi»cardoRí:ydelng3iíttj:ra, paraque ficafleperpe*
vumaffimtatequoquejfjbeiia íua 3 affijzad.e çazeu Ricardo com Izabel filha delKey de
droli filia in matrimomumKt- p, „^ , ., . . _ -»t » 11-
ciràocoiiociu^ungerenmr. rrança. 19 Da rneíina medicina uzarao Luís Xl.de t ra*
u,l,b "*' <ça comHeduafdo Plantagineto Rey de Inglaterra, eazan*
■** jhmM.-j.~~-u*,. doHeduardoicu filho com húa filha de Luis XI. 20 A
ftniii,iiqiteaffinitateambjrc- íededo ambiçloío inter tem-fe bebendona corrente , eoia
iro in pati um ceffereiHeJuar- r jl > r 1 -r--iii
ti/m* LoJ„v,c,fno, quipene as esperanças de chegar a tonte: quando nao leja de calida-
iSSÍSL* maU'""ç""fm de,que facisfey to do regato, imite ao Philoiopho Cran-
go,queguiava asagoasdo monte Lerne,par^ que inri^
queceíTem a lagoa donde emanava a pobre fonte, à-c que
bebia j accommodando-íe com asbeber claras-, ainda que
poucas na fonte ; do que muytas,& turbas n^ lagoa. Ati>
ficacia deíles quatro remédios approvqu a reconciliação
dos Monjes do inofteyro de Vicovcrra, com o Príncipe
dos
áos Patriarchas,-a.quem havia poucos annos deíljiraô dar
ainorte.com veneno, que Uncaraó no vazo,por donde o
Santo bebia.
479 Excedéoa famade.Sáo Bento ágtandeza do
mundo. 21 E íe mays mundos ouvera , foráo piquena " peraii;tOrjimTimJrã-
J.. . . n. ir Bm Bcnediãut. SoccdíitiHs m
cuítancia, paraque neiks ultimaíie o eco de leu nome. CArí»«.#»m>s*».
G^.jVlonjes dilperlos por Itália, & Províncias çircunvert-
nhssde Sublaco, montes Anienos, Alpes, & Piatnonte a-
dondeeráo tantas as regras, quantos os Prelados, conhe-
cendo a bondade do Inítituto Beneditino todos o abraça-
rão. Entre elksforaõ osMonjesdoConventode S. Cof-
nie, & S. JDamiaõ dolugarde Vicoverrajqueguardavaó
a regra de S. Pachomio : Os quaes quizeraõ antecedente-
mente dar veneno ao Principe dosPatriarchas, naõ po-
dendo fopportar a reformação de feusmáos curtumes, co-
mo fica ponderado na ft gunda , & terceyra empreza deite
livro. Agora arrependidos de í ua cujpa,& deiejolos de íla
aAJgmento,profi:randofeaoí pe'sde S. Bento confeguiraó
o perdaó, receberão a;Regra,&dabi em diante viverão a» D.Co»fti»tm1Cajti*Ji*''
r. , , . . ã , i.projcjvnc DittconocJp.J.
eom virtude conhecida, & exemplar. 2 2 ^!l(i ^rgajt SehdaJ ,j et
480 Naõ kftws , que eftes Monjes Ce vallenem de "»'Poinn0 5 í6'
alheyo patrocínio ., paxá ie reconciliarem com o Santo Pa-
triarcha, fendo aííy„ que nos diz S. Gregório Magnooeai-
penho ,com queda primeyra vez o obrigarão a aceytar o
governo de feu mofteyro. Quando o vieraõ bnícar á cova
de Sublaco , para oshir governar ao Convento de Vico^
verratudofoiraóeifçuzasem^. Bento, & agora naõ reíiite
.0 Santo á reconciliação , antes os abraça como filhos ? Sy,
& com grande providencia. Eftes Monjesda primeyra vez
.bulcario a erte Príncipe para feu Pajrtor,fem terem expe« -
enciade feu governo, & virtude -, porque nunca haviaõ
tratadocom o Santo : mas agora certificados de fua oblerr
v anciã , & Inrtituto iolicitaõ lua protecção , & difeiplina.
Da primeyra vez vieraõ enganados com a humildade do
Santo, & da fegianda , defeoganados de fua tnflexãvel vir-
tude. Emays fappara temer osefíeytosdo defengunode
hum amigo,do que os de hum contrario : Hum amigo der
fenganado, que naõ adiou. conveniência na amiíkde, con-
verte-íe eminimigo. Hum contrario conhecendo, o que
petdéonaíepataçaõíaírc amigo,. & mó. torna a faltar na
Iír 2 ndcv
j »
5 1 8 o çqçmmE WS <?AT. TOMO 11
fidelidade. Dosmayores amigos, que teve o mundo foy
S. Paulo, quando eraSaulo ; & a mefma correlpondencia
achou no mundo , em quanto naó conhecéo a Chrilto.
Convertéo-fe Sauloem S. Paulo j & defpois que o mundo
naó achou conveniência na amilade do Santo, nem efte
nos afagos do mundo, viraraõ-fe as cofias, & ficarão fendo
hum do outro a Cruz rnayspezada,& os inimigos mays
cruéis. 23 Dos filhos defobedientes foy o Pródigo o ex-
emplar de todos : em quanto naó conhecéo o bem que lhe
m Mibi muna,:, cvuctfxus faltava vivendo feparado.prefifuo no erro: defpois que
ejty& tgomundo.iAâGaloub. . r, * ... r r o
*erf. 14. experimentou a perda reconciliou-le com leu pay,« nun-
ca mays faltou á filial obediência. 24 Pareceraõ-fe os
iff-SSSpSKfií Monjescom o filho Pródigo, porque alcançando opou-
tttcaviinc*iut»& coramte, co q podião defunidos do Santo , & omuytoquea VUlta-
hu,tuuSi dc vao em lua companhia ,oppnmidos da neceílidade buíca-
L-Hc ti.verf.zi.v 22. ra^ na reconciliaçaõ remédio a feu mal ; & deraõ a neceíli-
dade por fiadora de feu arrependimento: quando da pri-
mey ra vez, femelhantes ao mundo , por naô acharem con»
veniencia na virtude , oppuzeiaó-fe a hum Santo , a quem
tinhaõ eley topot amigo.
48 1 A vifta do geral aplauzo, com que foy rece-
bida aRegra defte Principe, era mayor a afronta que pade*
ciaõ eftes Mon)es,& o defamparo,em que fe viaõ; porque
chegando a partes mays remotas as noticias de fuaculpaj
& conhecendo todos a Santidade do Patriarcha $ ferviaõ
de eícandalo a toda a forte de peíTóas : & a mefma razaõ,
que os vexava aíTegurou a verdade defua reconciliação ;
porque obriga vaó com cila a o Santo a que os favoreceííe,
quando os via defeahidos. Expulfaraõ os Galaadithas a
Jephte de cafade feupay, para que naõ foífe feu Principe.
Dahi a tempos quizeraõ os Ámmonitas invadir as terras
de Ifrael,& achando-fe os Galaadithas fem peíloa , que os
capitaneaífejOÍfereceraó a Jephte o Principado. Aoque
refpondéo Jephte: SendoVÒs osmefmosy queme deskerdaftesdo
íVm?™e™$liuÍm»iÍÍ: fi^> a?>ora °^r%a^os ^a MceJJidade me elegeis Vo/So Trmcipc ? 2 5
mei&itutcvfnijlitadme,!»- Sim,lhediíferaõ elles, poreiíà mefma caufa; agora que nos
judicurnx%.f,ers%. vemos neccílitados heame]noroccauao,denos reconci-
x6 otfaneigitMrcmfamnge liarmos com vofco: 2 6 A msfma occaílaõ , que nos obri-
mbijcitm^c.iiin.%. ga tara com volco, que nos loccoraes quando neceííita-
mosjSc á vifta de tal magnificência naõ nos fica motivo
par?
EM<P<ItEZA XX111. 9t^
para Jefconfiarde voíía arnifade cm algum tempo; por-
que aíTenta a reconciliação de ambas aspartes com toda a
eftabilidade;danoíra,comoconhecimento;davoíTa,coin
•o beneficio. NaõneceíTita o exemplo de accommodacaõ
com aílumpto, porque claramente íe deyxa conhecer a íe-
melhança.
48 2 Conhecéo o Santo Patriarcha as veras , aíTy co-
mo da primeyra vez oengano, com que o bufcavaõ;òV pa-
ra osconfirmarde todoemíua graça, imitou a Jofeph ; o
qual vendo diante de fi os irmãos , que o venderão , eiquc-
cidoda orTenfa,osennquecéo,&authorizou por todo o 17 ^»&tmiMfitit,viimph»
Keyno do Egypto. 27 Jofeph nao neceílicava deieus^,,, feeUHÍM fí^J„u«
irrnaõs nem para oapplaufo,nemparaofuíi,enco. A Saó *«/>«*'«>*•
Bento naõ lhe era neceíTaria a companhia deites Monjes - *'
nem para abono de feulnftituto, nem para authoridade da
peífóa : & coníiderada a independência dos dous Patriar-
chás moftra fer a razaó, porque nenhum dos reconciliados
faltou outra vez na fidelidade a íeu bem-feytor : nem os
irmaós a Jofeph ; nem os Monies a S. Bento. O beneficio
hecomooemprcítimo, que nos ganhos perde o valor de
beneficio ; & naó afíegura as vontades , porque as deyxa
incertas na correfpondencia. Para Jonathas certificar a
David as veras com que oamava,defpoisde celebrado o
juramento de fidelidade,defpio Jonathas as vefuduras,& ig *Aeim Joratucc^iu.
asdetiaDavid. 28 Antecedentemente tinha jonathas tintuejl **i«,* David.
1 • 1 r 1 1 t . Reguot t% . verj .1 .
executado mayor extremo, unindo lua alma com a alma ig i„,e,;IKttunmDjv;j&
de David feu amigo. 29 Enaõhemaysaconglutinacaõ ftMfoàfâiidpá"**
das almas, que a renuncia dos veíudos ? He certo: mas nef- **$*'"&. fejoiath** »««*,
te cazo nao autnonzava tanto a amiiade de Jonathas a í),r;J.jfc, «</.*,$'*.
uniaó,comoadadiva. Jonathas intereífou muyco germa-
nando fua alma, com aalma de David,que era hum Santo;
mas não em lhe dar osveftidos; porque David ficou com
os que trazia, & com os que Jonathas lhe deu;& ainda que
fizeífe troca,nunca podiaõ as pobres roupasde hum paftor,
igualar ás euftofas galas de hum Príncipe : Pelo que, com a
fineza de congraçar aalma naõ livrava Jonathas derece-
yos a David, porque abonava menos oafFe&ocom os lu-
cros da liança ; mas no defpojo dos vertidos aflegurou a
David toda a confederação de Teu animo, na independên-
cia da ofteita. Os Monjes cm bufearem a companhia de
Saó
52o 0 MLINC1TE WS PÃT. TOMO 11.
S. Bento lucrarão comoJonathas,em unir a fua alma com a
de David; & São Bento em os admitir a feu grémio , igua-
lou a Jonathas na dadiva dos veftidos, porque Tem inreref-
fe lhes concedéo fua protecção. Com o que ficou a recon-
ciliação dos Monjes como a união daquellas almas,aquem
fervio de laço a independência do beneficio.
483 Os Monjes naõíe deraõporfacisfeytos, nem
por reconciliados com o Santo Pacriarcha em lhe pedir
fomente perdaó do aggravo, que lhes haviaõ feyto; lenaõ
com profeiTarem a Regra, que lhe havia promulgado3con-
trahindo comelle efpiritual parentefco, dando-Jhe obe-
diência filial, para afíègurarem com todas as veras a recon-
ciliação de léus ânimos ; por fer efte o ultimo vinculo, & o
mays apertado de todos. E ainda que algús políticos fejaõ
de contrario parecer; como ncftas politicas feguimos as
máximas da virtude, fora novidade não nos apartarmos
dos políticos dofeculo. Omefmo Chrifto approvou efia
fanguinidade pela ultima demonftração dehúa reconci-
liação firme, verdadeyra,& preduravel. A todas as feri-
»o xj,,!lt militam lanceaia- das , quantas o ódio dos judeosabrio no corpo deChrifto,
£j^Cíà« eaMti'"Mt*i cQtrefpondèQ o Senho* com fangue; & fomente naulti-
jw. i9.tw/H. ma,comfangue,& agoa. 30 E que myfterio teve fahir
defta ultima chaga o fangue unido com a agoa , o que
fenão vio em tantos rios de fangue, quantos correrão do
fie ManifeJtmie áè FrZl facro-fanto Corpo de Chrifto? Osmyfteriosforáomuy-
ÍS: *$!$&£ tos í & hun> delles ° ffguinte. A ferida do pey to , ainda
fuufibre laihtgaâcicoiítdo que o Corpo de Chrifto a recebéo ia defanimado, per-
» <siqu*popunfu„t,i$g'c. tencia a Kedempçao do género humano : 31 na agoa
»í/.^/0f4/..7.x,er/;,j. eraõ figurados os homês : 32 E como efta chaga foy
„ n , ■ , o ultimo complemento da reconciliação dos homéspa-
U Othtsretuofons egreâi. _ " *e . * , T
fur,,»vium atemam pte/iiiêr, ra com Deos , & de Deos para com os nomes; 32 fa-
que, erigi» dlvtrfi, cmngtai h,rao eltes repreientados na agoa, ÔVgermanadoscoma
tompiementum fufeBhnutu- realidade do fangue de Chrifto, para refteinunho daami-
D.cypnanHsinSermonPaf. gavel, & perpetua reconciliação na afnnidade do fangue,
nJ'' com que os homésfahiraõ do peyto. Corporal, & efpiri-
tual he o parentefeo , que temos com Chrifto : efpiritual,
em quanto Deos pela graçarremporal, em quanto homem
pela natureza ; porque da noíía natureza tomou o corpo
com cujo fangue nos remio da culpa. AíTy que, a união do
fangue com os homês foy para moftrar, que ficávamos re-
conci-
E *M Q % E Z A XXI11.' $2í
conciliados com Chriíiocomo Deos, 8c como homem;
pela graça , & pela natureza: Sendo ultimo maniíefto del-
ta felicidade o langue, com que nos deyxou aliados, &
remidos. Razão he efb, que corroborou o acerto, com que
os Monjes abraçarão o Iníiituto Beneditino, confirmando
opropoílco defua emenda com o novo pârentefco, que
conrrahião com o Principe , a quem tinháo aggravado.
Sendo eftes Religioios parecidos em tudo ao diamante
quando rude, & quando polido; quando rude, tolco,&
fem luz ; quando polido , claro, & com refplandores,
mays (ubidoscom a íbmbra do abito, que receberão,
como lhes inílnava a arte da pintura , que arrima
o efeuro, para íbbre-fair o claro.
• r
ti mànída
320
MANDA
S BENTO
JBDIFFICARHUMMOSTEYRO, PARA RE.
colher nellc a Cyrila, que foy a aina,que o creou.
B M 2 % E Z A XXIV.
484 iHll Pl^fl E todas as aveshea Cegonha a
mays aífiftente na creaçaõ dos
filhos: não contente , que ou-
U trem lhos alimente ; nem que
fayão do ninho fcm os naruraes
m requiíltos,paraas operações de
fuacípecU* bóquando os fiu&os eftaó íazonadcs , lhe £»!-
ta
EMf^BZA XXIP. 323
ta a terra com afubílancia. Na fobre-dita ave, & na terra
máy cominiu dos viventes fereprefenta a obrigação, 8c
feargue o defamordas máys particulares ,que degeneraõ « Curterra Hrftur omni*m
ecio,havendo-le com os partos kgicimos , como ie^^/w^Mfr/^a
foraó fuppoilos : negando o peyro, a quem trouxerao nas ?«"£""«"• ^"l""". '" Loh'
rr * o r v ' t ... qui.tuirapiii,i5jjbuu.
entranhas, 8c deraõ o íer de creacura. 1 A providencia 1 e,ui queque tpiemcmf»
D. . 1 11 1 1 ifie Providentiatn conii>t , quJ
ivina nosdous peycos,com quecreou asmolheres lhe $ Uett mmUeribu, mJLmt
deu duas fontes , com que creafiem os filhos. 1 A titulo •***»***$%*»&»_****&
_■*„-., _ . eontigerit,iiuplictx ad altndum
deiraqueza introdulio aienlualidade,aiazer dos pey tos ./%*»-/ A««er«»r. Piuurch.ub.
ornato, & naõ alimento para os filhos. 3 Os Alemães de^t^0 „c^.
caftigavaõ como adulteras as molheres , que negavaõ o gitwum ouram irtc(jh,Mtjs-
r riL /-\ r> o a j • li»ttqnorgigmunt,nHttirein*i-
peyto aleus hinos, kjs Komanos, 4 & Lacedemonios uem comem*»* x co,q*e*â
naõ confentiaóeíle abominavelmelindre. Fica adultera- 7tri^J\tltT!TibV,"'l
• . ^ Ja„t £)uod viaelittt cicjilacir
da anaturefa fendo a nutrição dediííerente calidade. 5 »* /»«»//«»»;* w&í«r/«./e
rr- ■ rillj* - invtntum : quta dum fe comi*
Toda a terra, pormaysíaudavel,hedoentia,aosque nao neft nohl„u lr}P,auKt &.&«*,
faõiiaturaesdella.Razaõporondeamuytos.quenaópro- &?*!?""*% £
cederão conrormes a vida de léus progenitores, os reputa- tmumcmwvávF*-'
iaóporfilhoscreadosaospeytosdasféras. flJZÍ7a%^7nZTZ
tu cella rmpta fumei*, fidgi t-
.. '1 ■ >7\- t\ I 1 mio, te finu mttrit educubjtur.
jxec ttbt DiVaparensgeneriS) nec Daraanm autbor iac,tUi iam i*™ oraurA.
Terfide : fed duris tenuit tecauttbm borrem \$S* ""J"'«f,"rr-,.,',f^
Caucaíiu rHir cante que admorunt ubera tinis. »»« > twpm que , tf «»»«»»«
T7- -I 2C J V\- I • /C bcttitrtc iHieinti prin;t.rJi;t itt-
yvgú. 4. /zntia. Vido m Jcneam. tic^m. «/,„,, j^. «..-',.• ?««
aUo.tt 1 hlu alictii cerniu pere.
Phavorinut tpud QdiumiA.
485 Com pouca razão fe intitula artífice da imagem, u.«y.i.
quem lhe naõdeu a ultima máo jopinfel,quelheavivou
as cores, lhe deu ofer. Ficaõ cominjufta participação nas
glorias dos filhos as máys, que os nãocrearaó a íeuspcy-
tos; porque lhes negarão a nobrefa do íangue , com que os
1- • *-»i • ' r k »• - 1 1 1* *-« 6 «y4'/ff"w ulerAue nutricn~
conceberao. 6 Glouavao-ie Aurélia may de julio Ce- j0lj<;ilc,Cc„:,<un: lUsfruf*.
far,& A£tia mãy deCefar Augul^de que o vallor de ftus m**rtfiigi**iqutfcumi+.
filhos era procedido do lcytc, com que ellas os crearáoj modobo»imfkndittii*nm»-
* ' o -ri C ' . \ Guilliclmui */Jbbmlib. i.de
nao tem parte na victona oartincedasarmas,lenaoo vai- vittíiern„jittí>,t,
lor, que lbube uzar delias. A creatura quando apparece no
mundo , he femelhante ao Coral fora da agoa , que toma a
dui efa,& fobido da cor da bondadedo ar , que primeyro o
penetrou ; caufa por onde os naturaes o naõ colhem cm
todo o tempo, fenaõ quando corre o norte. Aoleyte,que 7 u„tr;x,qMfi mater r/íí«-
t r' . 1L l„- . 11 o naruM,tírm/»rui»itriim,iiuat
nos creou devemos o troleo, ou a mortalha ; o valor, cu a ^ j .lllVHtlJiJ Jj2,Jul^
cobardia: 7 acfte rcfpcytodavaó os Romanos primey- \uA.
Ss z t°
g-24 O 7%INC1$E WS $JT. TOMO 11.
ro veneração á imagem de Cornélia , do que á de íeu filho
o primeyro Graco vtinha-o creado a icus pey tos , & ante-
pondo a caufa ao eficy to nobre, reconheciaõ a eloquência
de Graco por feudo da nutrição de Cornélia. Acreacaõ
de Dona Auíenda, ama que foy delKey Dom Afionlo
Henriques, featribuio parte das muy tas virtudes, de que
foy dotado efteinfigne Monarcha. Adifcriçaõcreou-iea
ospeytosda fabedoria,aííy como a fortaleza, aos do valor.
Fortes creaníur forúhm , ê» banis*
"JSlec imbellemferoces
Trogenerant Aquil* columbam.
Horat. 4. Carm. 4.
* ^cpnpmtaoiirtteraú,, 486 Livrouaterra de ingrata , quem a rwõ benefi-
çj íboiith r,aiiv*f>,ejav,*n- C*10U a tempo : abfolve da obrigação filial , quem faltou á
menlts.qiucquidtta cJucjJili- _*• - > •*
em amar* pauem.,<tí matrem materna. No mays tempo nao empenha tanto o amor dos
tfZiS^^fã filhos, porque osachaafeyçoados áprimeyra, & prinei-
c,vii„ ,tf opwabíih . paj obrigação, que recebem no mundo. 8
Jufia.
InfantialaEle
Htc prtmtts puen Venit in ore eibtts.
Ovid. 3. Trifti.Eleg. 11.
Razaõ, que fàz menos abominável o defamor dos filhos.
Todos julgarão por mayor atrocidade omatar Antipater
afua máyThefalonica,do que Nero, áfuamãy Agrippi-
na: efta,naõcreou aNéroj&Thefalonicadeuopeyto a
Antipater. Sendo a principal obrigação o fer que recebe»
mos,eílima-feem mayor divida áprimeyra creaçaõ,por
fer a fonte, que fertiliza a terra : aqual , ainda que tenha de
eifencia o fer produtiva, concebe afertilidade dacultu-
ra, fem aqual fica agiéfte, efteril , & infruòtifera.
tZudtis humijacet infans. indignu-s omiti
Vit ali auxilio
Lucretius. 5 .
487 Izenta o Direy to Civil ás molheres nobres da
9 ísrsqutua as WBilttttU. - i Ai - j
Uf.io.niii, creaçaocjoshlhcs: 9 & nao hemuytoj porque rara he a
cul-
9 TiraqucDa às NíbilittHc.
EMf^EZA XXIF. 325
culpa , que não ache patronos ; mas não as exclue da obri-
gação oainor,& ofero da confeiencia. 10 Fica fendo. «° iicmHm.rA,
mãy incompleta dos filhos, a que não os alimentou a f eus
peytos : conhecimento, que obrigou áRainha Dona Fe-
lipa rilha do Duque de Lancaítre, Sc molher delRey Dom
João o I. de Portugal, a crear a ieus. peytos os filhos que
teve. Nos noiTos tempos a grande Maria deMcdices Pvai-
nha de França criava a íeus pey tos os Príncipes léus filhos.
* A Rainha Hecuba,a íeu filho Heótor: Penélope, a íeu ^'fiac/rZ denude «jun™
lho Thelemacho : & ja neftes tempos antigos foy tãoefti-
mada efta divida, que Claudiano a celebrou por grade vir-
tude da ináy do Emperador Honório.
Ipfi querilmni parvo te ànxit amiclu
Mater, & ad primas ehcúii repiare emules
Vbenbm Sanclis.
ílaudmn, Tanig. 4.
488 Masfe oilluftreaprendéodoSoI,quecreando
©Diamante tofco, corre delpois por conta do iapidarioo
fazello polido, fem que pe'rca a relação de íeu creador , re-
pare, que de todos osanimaes he eícolhido ofangue do
Cordeyro , pelo habilitar a naturefa , para aperteyçoar o
Diamante, obra quecreouo Sol j para queaama, que der
aoínfante não feja de condição tãoinferior, que perigue
o natural contrafiado,& não defendido com a deíi^uaida-' ,, tr<tftrtimfiijl»,qvamãâ
de dacreaçao. 1 1 Conhecerão as torças deite pnmeyro/T tutfervatautfsrvHi,.-&ut
arrimo da naturefa humana os pays de Líber Pater, cuan- pierBmqMeftkt,txi»**&**r
doelcgerao porluaamã alno nlnadeCaamo,õC Armo-i-.(jly;T™,W)í«fi;/rí«-<i
nia ; 1 2 de tal nobrela, que cafeu fecunda vez com Acha- »W"J ''**"' f„'/S«
nus R.ey dos Thebanos : Sc de tal virtude , que a efiimou a jupra.
• t-jj i'irtirr\r-m ~ n Ravifiur ia Oficina vede
gentilidade em nua dasíabuloías Deoías marítimas. 1 3 W(,f„„f.
Como também Andrafto Rey dos Argivos ,efcolhendo a ^^oniriofí,^riBTH,n'
Alceíleefpofade Admeto Rey deThefalia paraamade
feu^kilhos^ 14 molhertaõ varonil, &amantedeíeu eí- ,4 n„ifÍMtuHfup*a.
poio, que confultando o Oráculo em húa perigou doen-
ça de que eftava enfermo, teve porrefpoíta,que íníalii*
velmenrc morreria, faltando algum leuamigo , que quize-
fe morrer porelle ; fabida areíolução todos fe delviaráo
dooerigo: com oqueío a riel Alccfte recebéo a morte,
Ss 3 para
5^6 O PHJNC&E' DOS ?AT. TOMO 11.
tj Difi;e>i*rhvetèe4!cejie.p3íz qUe Admeco HcaíTe com vida. i 5 Commonicarão-
fe todas eftas virtudes aos intantes, que educarão , porque
vence a todo o natural oleyte que recebemos, por ler o
prhneyro amigo, que nos buica.
Confulitur fhebtUjfors efl itareddita matri^
QuidederUprimiu ojcuU , Viftor erit.
Ovidi.i.Fajhr.
489 He também necèíTario, para decência da creatu-
ra, que a ama tenha nome conhecido j porque a emulação
da gloria levantou, que ElRey Ciro fora creado ás tetas
de húa Cadélla; porque Efpaço, quefoy o nome daama,
que lhe deu opeyto, na lingoa dos Medos era o mi fino,
* u j •«.,.,„ queCadélla: 16 & que a Remo, & Rómulo os nutrira
Bhn.verhojpaco. nua Loba, por lcrruíticaa paltora,que os alimentou. Poli-
tica obfervada dos Lituanos, não dando por ama aílus
Príncipes, lenaõ a molher chamada Proferpina; 17 a
ueuni»cq.i.âcHab,iiuu, quem a barbara gentilidade venerou como Deola. Cor-
rompe ao mayslaudavel antídoto, o venenofo anime da
inveja.
LiVentruhigine dentes-,
(Peclornfelle virent , língua ejlfujfufa Veneno^
JfflatUíjuefuopopulQS) urbefque , domos ijuè
fBohit — - —
OVid.i.Uet.
490 Os garfos enxertados fempreficaõcomfabor á
arvore, de que faó filhos. E naõ fendo natural , & confor-
me íuaefpecie fay adulterado ogofto dofrueto. Seja na-
cional a ama , & naõ eftrangeyra. Alcebiades, fendo natu-
ral de Athenas teve as inclinações dos Lacedemonios, por
que foy deita nação 3 ama, que teve. Ejaque ocuftuíae
priva a creatura do leytc materno, quehe o natural ali-
mento ácomplexaõ dos filhos, naõ fique perdendo peio
mixto dacreação o bom natural, que herdou da riatureij.
A nutrição não he menos poderofa, para a dulterar as cali-
dades paternas, do que o clima, para crear lauda vel o Pe»
cego, que na própria terra he venenofo.
EM PREZA XXIV,
327
-1
Filia materim fueramm prctcoqna ramis,
ISluncin adoptiVis perfica rarafnmm.
MartUllllb.^.XeniO.q.6. ,S Cum g>Htraverii flium,
ftaiim eum trsditforii , £5 p ic-
tatif ittftgKii abfconâitfui cr-
4.0 1 Suppofto , que as máys fe envergonhaõ de fe- hii- Erubjc,tferim<t,ix, ^u*
1 r C\U Q l - D" • faSatfi mater.
rem amas de ieus hinos: 10 reconneçao os rnncipesa D.^b,)jofi.hom.,.inpjai.fo
divida em que eftáo,a quem os creou.Com a figura das Ce-
gonhas fíoreaváo os Príncipes o remate dos cetros, pela t'9 s**"trpr*"e*"dum0"''
o * ' l birvtjurn f/í, quca a Juro httf'
piedade, que eítas aves uzáocom os pays, íuítentando-os, ticoprodnum cft,din>bm >Uit
c . r \ J /" * 11/7 Grachu , f-a1remNo1witfuií7l
& rrazendo-osíobreasazas,deípoisqueenvelheíiem: mas beUict,pi]tn,um:tm aUquanâo
feobrigadosde algum refpeyto.faltáoospays em asali- debeBoreàeutai,muhhkofiium
mencar, & íejaoutraave damelma eípecie, aqueascrie, ter^nutnxipftur,quibutmu-
dobrão a correfpondencia,& não faltando nunea aos pays, Z^T^rfZ^Z
foccorrem aos quefem o ferem, as crearão. Eíh natural *ureum.^3pudTiraqueh*ubi
gratificação da ave foy documento, para algús hlhoscaf- xo^ZdVã '««fírj^wr.
tigaremodefamormaternojcompreiaremmaysacreaçáo ^■■0ef'"^",'u^maUTÍi"tr'--
dasamas, doque adivida do ler. Ofegundo Graco,cha- busju6uur»iuhpji*cmtdu-
o Notho, varão bellicoíiihmo, & esiorçado chegou ut.siquu decorh hcc»orbe
viãoriofo dehúabatalha : &como oeftiveííem eíperan- *•»*•.«**»•»»*«■«•/'»-
' _ . I ■vsxit. òi cinlri eliquiJ de de-
dofu3 mãy Cornélia, & a amaqueocreou, repartindo có conr,,dper ufjttumt->i,qu*
cilas dos deípojos, deu a íua mãy hum annel de prata , & a T£ZSZ%*Z$fc
fuaama hum colar de ouro. 10 Queyxou-fe a mãy da í*am '" me eduea»do cipid>*t:
..p.... M r , , r,, tu me conctfiTi ex vohtrtjfe,
duparidade da remuneração; ao que reipondeo o hino: quamtuexáiwtccepiíJi.Quoi
Sem KA?m formaes o awraVo ■ Vos trouxe llefme nove me?es em Vof- ex % &?& • (.W ài, ,:7'"""
Jat entranha* ±& ejla , dom annos em feus br aços , alimentandome a Quoiauumb*cmtèi$tf*ièòè-
/«,;,/- 7 / j tttlit .ex animo puro, [S fifcoo
em p*yto<; com que a eUa deVo afama, que tenho no mundo ;por que me Fr.crjj;1; cu„ ,„/,„, eprm, vi*
commwiicouoValor.com ofuslcnto. EUa creou-me pelo aífeclo , quz exmcntI'l??'',^F\!lifi'
inc teVc; c£ Vos conccbestejme pelo amor , que tiVejtes aouirem : o que ti .■ n«c vero mr ,ia rehgatum
recebi de vòsfoy o corpo rude , parto de hum deshoneflo apetite ; o leyre "££# iíln" """" *'&'
que cila me deu emanou de bum animo puro,& fincero: quando me ViJ- t < Uii"m '****;* </>«/*'«-
tes na f eido, no mejrno tempo me aejterrajtes de VolSos othos^s cjta, me i(, c„t ^uidmam e/fa , qud
recebéo em [eus braços, ao Foy obrigação de húa molhcr ^d^hH^rr,^ curufaf
J i .'O * •> 1 obfirvata filia urtttrraducriit. ti-
Romana,luftentaTcomoleytedefeuspeytosaiuamãy.,de um exemo ubertf»»c mam*
avia recebido : 21 òc Ruis a feu pay Cymona; ni!er M;x;/;i _s,âeVina.
22 cruar.dohuiT», & outro eftavão condenados a renade ntnaparamt.
,1 ... . -, n 2í! laemprAdirjtumJtpie-
inedia : Mas nao migarão por culpa a Cvuvena molner ^re Ruir externam i*«p-
partana,alimentar pnmeyro a íua ama, do que a íua may: £Z„ae}J*m,p*ri9 »\ <*r-
huma,&: outra perecião de fome :& pedindo aCruvena, iodui,éd,fum.tamHitim*fi-
' L, _ ' ,. . ,, 1 nrtiu]irrr/ut itrftntem putrr,
que as í occorrelíe,tirou o pey to,& appucando-o a boca da juo aj,„oíum tiHli. jj<m jbi.
áiiu,
928 O T^lNCITE WS KtfR TOM. 11.
ama, diíTe a lua niãy : Tenho obrigação de antepor cfta^ que mê cre-
i, Jeromm.BaftipPaJaeh QU v^s fbmeveraHts. 22 No conhecimento deites ex-
fie n Uifhmif>Y.tr*ui, ' >l J 6 -> _
emplos firmem os Príncipes a veneração, que neíte parti-
cular devem ao Principedos Patriarchas,como exemplar
mays feguro , & mays Santo.
492 Não íó edificava S.BentomofíeyrosparaRe-
ligioiosjfenão também para Monjas. Hum dos que neíte
tempo fundarão feus dilcipulos, loy o de São Salvador
nos montes Alpes,& Piamonte,que divide a Itália do Du-
cado de Saboy a, a petições de Cyrila,quefoy a ama que
crecu a São Bento , a qual tomou o abito , & proíef-
íou a llegra do Santo Patriarcha : & íendo Abbadeça
do dito Mofteyro,falecéo com opinião de Santa noan*
no de mil & quinhentos , & trinta & hum , a íeis de Outu-
bro. 24 As hiftorias celebráo com titulo particular as
»4 ^$rgaySSoieiaâ,yeic5- molheres, que forão Autoras de alguns livros. Edelpois;
^ das Sybilas, não filiando nas Santas, que efereverão co-
mo Santa Gertrudes a Magna, Santa ildegardis Monjas?
de S. Bento, Santa Thereza reformadora do Ca rmel lo, &
Santa Brifida fundadora defua Religião, &c. Tem íingu-
1Ç Batoniur anm Bmim. lar nome Proba molher de Adelpho Proconful,que ef-
59?- crevéoem verfofobreonovo,& velho Teftamento. 25
j „ ,., Eudocia molher do EmperadorTbeodofio Júnior, que
26 Socraterlib.i.cap.t.1. l r . J ' i
compôs hum poema de'£e lio Terjico. 16 EJpis molher do
27 Uayohtrfii.to.tiui.ãe Valefofo Boecio,que flarecéo com fingular opiniãona
"""*"""' poezia, & fez o Hymno,que a Igreja canta na folemnida.
de dos Santos Apofiolos S. Pedro , & S. Paulo d/íurealu-
i8 1ÍL ce7& decore rofeo. 27 Rafuitta molher Germana, que ef.
crevéoem metro a vidado Emperador Otho I. 28 Ze*
z9 Potio.vTtobeih, nobia Rainha dos Palmirenos, que eferevéo hum epitho-
me da hiftoria Oriental , Sc Alexandrina. 2 o Pitagoria
P1 ■ L . molher de BrutinioCrotomata, que compôs iobre toda a
Philofopbia. 30 Entretodas pode fobre-íàhir,pela mays
douta, Cyrila, que comíbacreaçáocompos,&illuftrouo
Livro, por donde milhares de juftos ííefizeraõ feientes na
vidaR.eligiofa. A Regra de S. Bento he o livro illufrrado,
4* tão conforme com feu original, que foy a virtude do San-*
to , que Cyrila por ler a ama , que creou o Autor , fe podtí
grelar, de que compõe o livro.
4^3 Todas as ca lidades neceíTarias concorri áo em
Cyriia,
EM<PÇ(EZA XXIK 3i9
Cyrila, para ama de hum tão grande fervo de Deos ,como
foy o Príncipe dos Patriarchas. Era Cyrila parenta doSá-
to Patriarcha , por íer rilha de Ccrulo Senador de Nurcia:
31 alimencando-fe aos peyros de lua parenta, para naó M *sírgsjr*iifif /«/.^.y
contaminar com o alimento cítranhoa proíapia, que Deos 'H'
eícolhera , para mayor propagação , & adorno de íèu cul-
to. Com grande myfterio foraó os quatro Patriarchas da
ley efcrita, cteados aos pey tos de luas propriasmávs : nem
confia da Sagrada Efcritura o contrario. Reipcytando a
virtude dos Progenitores, & previmos os próprios mereci-
mentos predeftinou Deos a Abraham,líaac, Jacob, & jo-
feph Patriarchas dos doze Tribus delirael ;familias,em
que Deos repartio a multidão de feu povo amado, para
que áfemelhança daceleítial Hierarchia, nadiveríidade
lhe adornalTe,& engrandece-fe oculto de feu Tabernácu-
lo: 32 &defpois quando divididos pelo mundo, com- n Vih^iupiâefvp.cap.x.
puzeiíem mays lua ve a melodia, dos que o venerão, com a 1**mae-
à\ vertldade de lingoas,que o louvâo. Tudo forão refguar-
dos , para náo divertir com a educação eílranha as progé-
nies, que Deos feparou entre todas , para manancial de lua
veneração. Não lecreou S. Bento aos pey tos defuaMáy
Santa Abundância, porque efh, falecèo no parto , em que
deu ao mundo efte Sol ; falta, que íuprio a fanguinidade,Sc
virtude de Cyrila, fuftentando oftuóto com onutrimen-
to, que lhe communicou o garfo da mefma planta, por não
degenerar com outro luftento adefcendencia ; que como
mar, de quem havião de proceder tantos rios, quantos fer-
tilifaráo as terras de fua Igreja, o mandava Deos ao mundo
enriquecido com o efpinto de todos 05 Santos.
Cr rr ' i C J O D at Vtât Tomai. EmprtZ*
omlucceíliva virtuderoy creadoS. Bento; IXtfllràsr#«
húalvláy Santa oconcebêo: a Virgem Immaculadaíoya >* »«;**»»«/ *«•/*'*>?
pnmeyra,que o alimentou com oceleiiialnectardekus Tii*>gratUptrfufut(êdi*,t)
,->. c ' s-\ • 1 o Juotuf ítiim ,/iníeht Ciril*
virgmaes peytos: 33 Delpois onutrio Cyrila, rao San- ^tKHttiee9Íilm„commiu^
ta, quemcrecéo ver os dous Anjos, que acompanhavãoa titut. s.iid<-g»rd„hi>. de s.
b. Kento. 34 Mandava Deos , que o Sacerdote tivelle }í Umi**Humi»aitarifem-
cuydado defulkntar o fogo, que perpetuamente ardia no %Zff$%^£
templo: nenhua outra peiiòa o foccorria de lenha, fcnáoo [mguitt iwy tSimMtto haio-
o j i-n. r r • r • d • br eujlo , ie luper tdoltbn adipet
Sacerdote. 35 Lite togo lervia para os iacnhcios , oc p.cif(r,um. v-7- ifiept^
• mays oblações do povo : Sc elemento de tanto prellimo, g1^;,*" ""' *""" Jcfc,(t
quedenoyte,&dedia alumeava acalàdeDeos,nenhúa LmticA.wf. i*.cíi«..
Tc outra
33© O f^JKCVPE V OS VAT. TOMO II.
outra peiTóa o havia de fomentar, que não fofíeSacerdo-
te i miniftro deliinado por Deos para Meftre de virtudes.
Deyxamos authoriiàdopor muycas veies, que o corpo de
S. Bento foy a terra, adonde ardeo,& ie conlervou o fogo
do amor Divino, perpetuamente alheado navirtude dos
Monjes deite Santo Patriarcha, para nunca faltarem á
igreja de Deos luzes , que illufiraííem íèu culto ; & forão
diipoílçõesda Providencia Divina em lhe applicar os de-
vidos materiaes,para que a indecencia dos miniíiros não
mortificaííe a chama, que ló havia de alimentar a virtude»
495 Húa,& outra nobreza coníervou em S. Bento a
Venerável Madre Cyrila ; a nobreza da íanridade, com a
virtude; a do fangue, com o duplicado parentefeo. Sendo
tão conforme ao Santo Patriarcha a educação de Cyrila,
como os mantimentos da terra dePromuTaõ aos filhos de
i6 EuJuctmJeierrtiihmltizd' Leyte, & mel forão osdous principaes íuítentos,
tirrembomm ,^/pec,rfai,; , ,■„ qUe Deos prometéo aos líraelitas com abundância, na ter-
txoj.f.verj.s. ra de Promiílao. 36 Para explicar o muy to, que era Mu-
dável o clima delia terra, com o natural daquelle povo,
não fez menção de outros muytos mantimentos, de que
era fértil o paíz,íènáo deites dous, pormays confentaneos
á complexão Ifraelitica: O mays fanto, & illuftre de todas
as nações foy eíte povo, em quanto andou na graça de
Deos. De todas as partes do mundo he aterra de Promif-
faó a mays nobre affy na realidade, como no figura ti vo; na
realidade he a mays lalutifera ; & no figurativo repreíen-
taaBemaventurança.Eemquanto teTracom femelhança
da gloria eftilava de íi o mel , que tem por virtude confor-
}7 Mel enim. muitum ajju- taras potencias d'alma: 27 & como terra mays íaudavel,
•vat memoriam ^iS >me!I<!ãutiu • r vi • Y.r, t r
íávoíKntuefu.-in/uaJeeeait. cria o langue mays nobre,quehe,ode que ie compõe o
■**.*tieto*r*8*tHdcst,bm. leyte mays puro. Na virtude domél tinha opovo, com
quenutrir asforças do efpirito; &na calidade do leyte,
com que fuítentar a nobreza do langue. Achou S. Benro
na creação de Cyrila eiras mefmas conveniências j na vir-
tude, o mél, com que efbbellecer a nobreza eípiritual j Sc
no parentefeo , o leyte ,com que íuítentar a temporal no-
breza.
496 Donde fe infere a razão, porque Deos, quando
tirou a S. Bento do mundo, diipos quefua ama oacom-
panhaíTe atéEfide, lugar aonde o Santo fez oprimeyro
UiiU-
milagre : 8c tudofoy para dar a conhecer a fantidade deite
fidoape, pela companhia de lua ama. Rebeoca quando
veyo decaía de feuspays,adefpozar-íe com iíaac fcihodc
Abuiiáo, trouxe confino aama , que arreou: 28 Cir- *8 DM/eruat eriçam, tf
r o j t í-n HHtricunejm.
cunhanciajemqueos Sagrados Interpretes acharão rnyíte- Ge«ef.z^.verf.i9.
rios rão profundos, quedií]eráo,fei omelmo,doquevir
Kebecca acompanhada da íabedoria,6V graça do Eípirico
Santo: 29 & para que eíU iòciedade, naoccafiáo dos '9 N,l?*f «•«»,?**«■
celpcucrios ( rara que llaac vielie em conhecimento da vp»i»gtTit,$etiamâijci}Uni
virtude de fua conforte , pela fantidade da ama , que a ali- ^Z^SL s,h» *»*«,
mcnrou afeus peytos. 40 Do mefmo poderia fervir ao w**"*-
Santo Pa marcha a companhia da Venerável Madre Cy- «*«/«/«■ Gene/. 4*.
rila j conhecida pela própria virtude, & por Irmã de Santa
Tertúlia, que florecéo em milagres. 41 4' ^**'-*^
497 Merece algúa ponderação, não fazer a Efcritu-
fa memoria da ama de R.ebecca,fe não quando efiafahio
decafadefeuspays. O que, a meu ver foy, para moftrar,
queRebecca náobuícava o conforcio de líaac, para com
elle merecer a graça de Deos, porque ;a dantes a tinha.
Cyrila acompanhou a S. Bento na jornada, que fez de Ro-
ma para Efide, 8c não quando de Efide fe retirou o Santo
para os dezertos de Sublaco. Em Efide fez o Santo Patri-
archa o milagre de reparar o Crivo , Sc com elle provou a
fantidade de fua creação ; 8c que não bufcava o dezerto
por neceífitar de graça, fenáo para apurar a virtude; como
ficaauthorizado.
4 98 Em recompenfa deites beneficios,alimentou S.
Bento compafto efpiritual,aquem ohavia nutrido com
o corporal fuftento. Por eftes annos era ja de pro vécla ida-
de a Venerável Cyrila;aqual,ainda que fempre vivéo com
abundancias temporaes, & efpirituaes, agora com mays
razão neceíTttava das do efpirito; porque, pela conta dos
dias eftava mays veílnha da morte. Aííifíio-lhe São Bento
com todo oneceíTario para a nova vida, em que a educa-
va na claufura, a que a recolhia. Ruthpario hum filho, a
quem chamarão Obed. Todos os vefinhosnoticioíos do .--,■.«,«. «j
parto , derão oparabem a Noemi , que era ama do Iníante, www, .... a b*bc, qmconf,-
celhenafcer hum hino, para coníoldçao delua alma, õc tum^.K,emipue,Un,fcf!tit
fuitento de fua velhice. ±1 Confiandodoaçradccimen- í»/»*/^tf «*">»'; «*«■«-
to de Obed, que teria gratificação, como dehumapeiioa Kmb.^.virj.^.
Tc 2 illuí-
3 3 a <? I^IKCWE WS VAT. TOMO 11.
illuftre, chegando a remunerar a lua ama a divida da crea*
çãocom tanco empenho, que a alma , & o corpo partici-
paliem do beneficio. Húa , & outra parte abrangéo a pro-
fillaõ do inlututo ; a alma de Cyrila , com a graça ; & ao
corpo,comaelumaçao:liberalidade,queiódclunpenhaa
magnificência dehum Principe,noreconheciniencodao-
brigaçáo emqueeftá , a quem lhe iuftentou a vida ,& com
cila o eíclarecido nome, que adquirio, & deyxou no mun-
do. Na vida , & na morte de Tuas amas devem gratificar ef-
te beneficio: ás fuás peíTóas, &ásdefeus defeendentesha
de chegar a liberalidade da recompenfa, parafe livrar
cm tudo das limitações dos populares, femelhan-
tes ao ennano,que pormays quefeeíure,
não chega com a cl ta tura , aonde
chega o gigante.
CASTIGA
s.
CASTIGA
335
NTO
AHUMMONJE, QUE ANDAVA VAGUEAN-
dopelos Ciauíàros no tempo, em que os mays aífií-
tiáono Coroa Oração.
E M ■ 2> RE Z A XXI'.
W. O STR OU á* experiência, não
499
ferem uteys para a perfeyçoar a
imagem os me imos infirumen-
tos,que desbaftaráo o tronco.
O Artifice nem guarda a mef-
maordem , nem uza das meílnas
regras, quando quebra apedra, & quando a lavra. Scco-
Tt 3 do?
534 ° V^INCIVE WS PJT. TOMO II.
dos os crimes ti verão amefmafatisfação,foraainteyreza
a mayor injuftiça. As penas da ley imitáo oscaftigosde
• froviicnuaDeigubtr»»*' l}eos que todos laõ medicinaes j i & Cada hum dosa-
da)-3m»:/J,e>9J<.< />«/*»«>•/«<- , \ * 1 r -lo J: M-
n0,t»,dicin»ea. chaques cem leuparticular,&propnomedicamento.Nao
d. HicronjmHs. amanfa d todos os brutos hum meíino género de cafiigo j a
, fôM iffi nm» reti.n M* o freyo,& a outros a vara. Aquém não venccanatuie-
inojpciat>tnpi4>«m»gnttU' za, obriga o iuplicio. 2 Emhúa varadeferrooreprefen-
jfffnt.ciccTofro Bofa». tavao os Romanos; 3 pornaoaliemelnaremavaradajuí-
? íKvhga ferre» pctcftatRo. t jça ^ cana ^q pefcacJor, q não fc dobra, caindo nella o pei-
fcaufait p*ter -ándreas Je xe pequeno; & toda ie inclina ao pezo do peyxe grande.
%X]oíT *""""" "*' 500 Não he conveniente, que a vara de juítiça feja
fempre de ferro, pela inflexibilidade, que deftròe acle-
mencia. 4- O animal não ío obedece ao golpe, mas tam-
4 *Airqut ãmiurtia juHitíi b^ ao ecco^a Voz ; ao eftalló do açoute , & ao aceno da
irtchmentia eii, ideo in virgt c n \ \'
férrea hx cbnfh cxprcjfa w vara. O Ceo mays veles ameaça com oeltrondo dotro-
ÍÍÍ:::::at">>^>- vão' do ^eCom oeflra§° do ™yo-0&™ naturalmente
uejh lâemibi. ne ferrugento , èc afpero. Qcolerico não fe governa pela
i frobibsnda àlmaximeirs . ° . ;.,*• , . r. ~: a r
i»pume»do,r.iíquamtKimir*. jumça. $ O mirmcro ha de caixigar com tleyma,paraíe
: ;:™^p^;; inculcar mays rigurolb quando irado. 6 O mar acobarda-
qn*ejc inter mtnium& paru*-. ra mays os ânimos na tormenta , fe com qualquer vento fe
cavcnÁum tji ipturne maior }t * p
pana., quã culpa. Cícero in o//. tiiO enCteipâra.
6 quí verhratjineira >feitr ^OÍ A ^^ da iufiiça quer feia de hua , ou outra cali-
ejtverberante atm ir». J i 1.-
~dr>ft. Etbic. dade,ha de feguir o natural do Camaliáo , que tomando as
cores da variedade dos ventos, nem augmenta,nem dimi-
nue o venenofo, nem ofaudavel. A gravidade da culpa ha
7 K**u„ifirm;terf*cu»jH» deaiceraro rjgor da iuftiça: 7 masnunca ainteyrefada
nonst quoque cpertet inferr,, l^y. 8 Os viciosmudãò os homés tão outros, do que eráo,
Jcd âiligenter ajbicire eorum. • r ' :'-'C I C » l 11 '' r
quideiiquerutv,re,,atquepro' que venheao as ralças transiormaçoes , que delies eícre-
fjítmm d jcannchryfji. Vco VirgUio; & conforme a figura , que tomarem, Ka de
8 Oportet non infcm panm r ' li í ' -
*quii:ier,ftd*unquamahfqUS correfponder 0 eaítigo, que lhe derem. 9
lege. Rothordantu de injuria x i i J • 1 1 1 C i
temporu. 5 o 2 Achelo-o contendeo com Hercules íobre o 3-
9 lAipeccatumntgatmho. mor de Dejanira ; converteo-fe ultimamente cm touro,
mine imaginem, qua úentfur- f ' . „ *
m*vitp,imumbomiHem:tran' para vencer a Hercules j o qual lhe cortou húa ponra ,com
fijt Jeeffe adnoneffc homo per- \ i * C *J \ w ' C
fiaiU,gram,rai,onab,n,,qMia que Achelo^o ticou vencido. 10 A Luxuria toy, a que
tnimjem Deu j[ie mU(jou a fórma: & com o ferro lhe caftigou Hercules a
mJepeccato ingenere , ®ft e- culpaj porquea ienfualidade, como raiz dos vicios,niere-
To ovid.Ep,j}.9. DianiHer. cc a OMys ftgfHftíã pena. Hunscrimes fru£tificão mays , âo
tid&Efiji.ii.etrkHeitiM. que outros pela matéria, aquefeateyão, 8c pela fonte
donde nafeem. Os Romanos punião com mayor fe verida-
de os crimes conimetidos em matéria de contratos 5do que
"era
emcâzosexquififos. n O tritfGiuaiignadoheraaysno- V $*ocheí llMerUl,i'M J*
avo, do que oporaoiweito- U cnupar dasjraizes enira- m^jj.^.o.
qucce iiiays a cerra, do que a íoilibra das arvores: apura
força fe cor tão as raízes i &CGrame.n3$puIíòíede£Qráoas
ramas.
503 Por caíti go do inderofoío atrevi mento, com
que Àáceon profanou cem a viíia a honefíidade de Diana,
ioy transformado em Veado. 12 Tem eíte animal por II 0v'il,h-\- m*""»-
natureia , íer ingrato aos progenitores, porque citando a-
dulco,íef*zfeu inimigo: 13 & defpois,quc A<âeon fe ,, J#rrefw/í/âM/Wâ,eJBà
rsprefentou cúmplice neíla culpa, os m elmos cães, que àeHeneâMe .Pa-unáer. % .70.
fuítentavaemcafa,&comqueandavacaGàndonoir,once,
lhe tirarão a vida. 14. Qs Eífenes davão poT verdugos '4 " /r*'
dos filhos defobediexites, aos mefmos ayos, que os haviáo
creado; para moítrarem ,quefemtíkantes crimes careciáo
de todaacompayxáo. 15 Asraizesda arvore Eiiciatra- ,s jjem Perimâtr. §.8j;
zemconíigo o ferro, com que acortão:Efta arvore he a
mays nociva de todas ; porque á fua íbmbra fe recolhem as
Serpentes, que fazem aterraiiahabitavel, Sccontagiofa;
1 6 & anicfma natureza cnílna o ícu caibro no ferro, de l6 ^^rEriciaf(rrumgig.
quearma os nomes, tirado de luas propuas raízes. ! *e«ef c* animam etmortâúr.
504 Egeriaperdéo afaude a forças doamor desho- ^Zm?^''2 ''*'*'
nefto,que teve a Numa Pompilio^oque viffco pelos Deo-
i es a transformarão em fonte, que por íífedefpen ha, 8c af-
fy mefmD fedi vide : 17 ajufíada pena com aculpadehú n ozH.M.i.Meuiw&w.
• lalcivo>,queconfomeafuameíiwa vida, bens, &honra. O *'
tormento ,que Menes Florentino mandava dar aos incor-
iogivíeis-,í&devaírosneÍTe vicio -era ifoúa pocagem ,cujoef-
ieyto os impelia a morderem-fe ,& deípedaílarem-íecom
ièusproprios dentes. 18 Os Balíimilho6,cuia planta he o . , , ,,
húa das medicinaes, defpois queeítão íazonados, porai z**.^uii>°r t-cJeviceJeP*-
mefiiios fe rompem. Etòefructo junto com outros ingre- v" ""i0?-*
dientcK he dos mays poderofos iiifcmi vos da Luxuria ; 1 9 ,9 Bt»ediBt Põri*nJer „h
daqual anoftrou a natureza ogenero de fupikio, na pro- >/"■'•§ 9o-
priedade dos fru&os.
505 A inconfidência, corn que Aglaurusfe ouve no
fc^redo,que delia coohou Minerva, moltrando-o menino
Etitonio, que Minerva lhe entregou fechado em bum ca-
bafinho , com preceyto, de queívem ella,nem íuas irmásio
viflem ,-nem o dcyx^íkm ver, caftigou a mel ma Deofa
tranf-
$36* O fQfíQOM VOS PJT. TOM. 11
20 Ovii.hh, t. Metam, transformando-acm pedra ; 20 de calidade húmida em
todo o tempo, para que efcorregalfem quantos paflàiTem
por ella , & com o pezo da queda moleftalfem mays a
ii RoJniirodeMoyaComè- i 7 *■ , ' , r J
toáeVirgii.M. Agláurus. 21 bm toda a culpa , quecometem os iequa-
zes faõ cúmplices os motores, que íemelhantes a Agláu-
rus fazem cahir a muy tos , por onde dignamente merecem
ocaítigo de todos. A cabeça da Vibora por íer a que de-
funde o veneno por todo o corpo da fera, he a parte, que;
defpois de cortada ferve de antídoto. Todo o intento dos
que feguem a miliciahe, empregarem os tiros nos officia»
es dos exércitos.
506 Contendéo Aragnes com Palas,fobre o tecer do
pano, & la vrar da feda: em caftigo de fua prefunção a con-
vertéoem Aranha,abelicofaDeofa ; 22 para que lede-
i2 PtiJ.iib,6. Metam. fentranha-fe,& coníumite no mefmo exercício, de que
fe prefava. As culpas da prefunção nafeem da íobeiba j cu-
jos effcy tos punia Trajano, não com tirar a vida aos delin-
„ „ „ ', quentes, mas com lhe dar por habitação os cabeços dos
habitar: caiumwa mêuumfu- montes; 2 3 para que a altiveza^, que aerea-mente os el-
^iSSSíSSSí vaecia5foífe caftgo, queos defpenhaíTe. Os prefumidos
vittHtemfiarihut.ctp.j. fa5 montes de aréa ;o mefmo véto,que os forma, os desfaz.
5 07 Arne entregou húa fortaleza de feu pay,por di-
rheyro,que lhederáo os contrários; por cuja atrocidade
foy Arne convertida em Gralha, que tem por inftituto
furtar, &efconder quanto acha.femfe lograr do que furta.
*4 OviJ.M.i. Metara. p 1 1 rM • L- • r c /T 1
24 rira ley dos Llincos, que oambicioiotolie condena-»
do a fervir a republica,levando a caía dos nobres todo o ne-
?í Strvhbant enim avari, ceífario para fuás famílias; carregando, com o que nem ha-
[u^rnichos)^^^ yÚQ de comer nemveftir. 25 He mortificação para a
erant. idem Meâmafup. c.Co. voracidade do fogo gaftar a chama, em preparar o iuiien-
to, que ha de nutrir a outrem.
508 EfcarnecèoarufticaGalantis de LucinaDeofa
dos partos:caufa,por onde foy transformada em Doninha:
a6 0v,i.ub.9. Me,am. 26 Ajuftou-fe apena,com a culpa. A Doninha, dizem,
»7 Fere omnts Nau, rak,. que pare pela boca. 27 Ficou Galantis cafffgada na par-
te, com que commetéo odeli&o. Ajuftiçahefemelhame
ao leme , que defgoverna o rumo , fe defobedeílè aos ven-
tos. Húa mefma carreyra não faz viagem a todos os portes -3
nem hum mefmo caftigo emenda em todos oscazos. As
maravilhas com que Dcos authorifou aechonomica poli-
tica
R M T <1{ E Z A XXV. 537
tica do Príncipe dos Parriarchas, no ajuftado de feu gover-
no excedéo em tudo as ficções, com que a gentilidade di-
finio á rectidão da jultiça , neita íubulofa variedade de
penas.
502 Em hum dos principaesdozewoíteyrosde Su-
bhco,tinhaoS?.mo Patriarcha ele) to por PreladoaPom-
piano Varão de conhecida, & particular virtude : o qual
entre os íubditos,que governava, havia hum de animo caõ
inquieto, que nunca aííiliia no Coro aotempodaOraçaõ
mental. Reprehendéo por muytasvefeso Prelado, feu»
que o fubdito ti vcíTe emenda. Fez PompianoqueyxaaS.
Bento, &aprelentandc-lhe o Monje , o amoeftou o Santo
com affabilidade de Pay,ameaçando-o com o rigor de juiz,
quando preiTevera-fe cm lua culpa, & dèífe moei vo á con-
tinuação do efcandalo. Lembrou-fe pouco tempo oReli-
fiiofo da correcção j & paíTados dous dias profeguio no de-
lido. Avifou o Prelado ao Santo Legislador da reincidên-
cia ; com que o Santo Patriarcha fe rcfolvéo adar-lhepor l8 cé^ eh ^hhirecuo
fua mão o caftteo. Veyo ao mofteyro, aonde morava o tal À)»'^/«#rV«o»«/w,^ «*•
Keligioio,&aímtindoa«Jraçao ,vionollo Santo Padre, quoqucftt(fàià«téf*s+tài«tiH.
que hum negrode pequena eftatura entrava pelo Coro,& £í^£' ÍJ3SÍ:
chegando-feao tal Monje, lhe puxava pelo abito, & o tra- *»* «"»■' L * *àmmtk«tm i«-
. c> c • Ota c. 1 t - ttuit. Nem ân- tenia ad njum
21a para tora. Seguio-o S. bento, & pegando em huas va- popriumrmtjm %»&n uvA
ras, o difciplinou,em tal forma, que nunca mayso Demo- £""£ "",u "£* ^'^7
' t J * '* J _ ferva Uci ::: Nxntiatuwjuif"
nio o tentou com femelhãte género de defírahimento. 3&fct,dnut: £?«»«»», s*my*
permcttliffi-n' cmeuJt:: iSij-
pex:t nuod eurtdcin t/tonacbuni>
Sale el [acro 'Benito el dia fermente* 1"' '" °"",0,"> "w,!Cre Tf!"
_ . . . . . -L& f«/I, quidewni^r pucrultu per
tonteia de Oracton lagrnepa efpiga, veftimcnufimbriantfor** u-n-
Èncuentra ai Monje delalgkjia aumente, SS*STÍS£5
Ycongofaes de mtmbres le cafliva: frf,Jte»temfirà «#•»««*«* ro-
hl Demento , que en ji la affrenta (tente, g, fcreur„ , «,< « ãc iu mi
Ta tm en adelante lefatha, t«f**fnh »*«•«• - «?*»«
*/ III • 1 pitruli. pertuhi .
Quedando el Monje en la Oracton eftabki f. Mn» Gtq». Mi\nM.%.
Como marina roca incontrajlable, '" * "*' 4'
'Benediclina de BraVo.Canto 5 .
5 1 o Todos,o5 que conheciaõ a brandura>& clemên-
cia do Principe dos Patriarchas,fizeráo reparo na aípere-
zadocafiigo: Porque fe algum de feusfubditos era remiíTo
na obfervancia , com os reprehendcr lhe caftigava a culpa.
Vv Só
338 O ^INCITE WS <?AT. TOMO 11.
Sóa eíle delinquente punio com toda a feveridade.E cora
juíta cauíà ;porque as í'àkas,ein que ha vião de) inquido ai-
gús de jfeus Religioíos, nenhúa erade eicandalo, nem paí-
lã vão de venialidades: mas a inquietação deíle fubdito era
culpa grave, & efcandeloía para o$ Monjes ; & leguiiido a
levdivina,mediooSantoa penitencia pela culpa.
5 1 1 Ajurifdição da julliça ,que tem osminifrros he
figurada na vara; não fó porque a vara cafiiga,ícnão tzw
bem porque mede. Tudo ha de medir a vara da juítiça, an-
tes que condenejOU abfolva: ha de medir a culpa, & a calli-
, dade. O pavilhão, que cobriaote&o, não era corta do pe-
»9 Teeittf opartcritimtaber- . •• i í • i • - t i_ 1
rítcuii âcpeMbut arieittm th- Ja medida das cortinas,que cobnao o 1 abernacuJo: ascor-
bZ tcf "£&%££»»- úms eráo fabricadas de amorófas pclles de cordeyros; ap
iecim , aà ofcriendum teBum & o pavilhão,de toíco,& afpero faval. 20 Não fe mede
tabertueuli. lb; cap.16.verf. 7 . . * .-. • 1 1 • 1
pelameima vararodoogenerodemercadona jnem todaa
41 irmã contra eotabytr.:: forte de pefloas. Murmurou oSummo Sacerdote Aaram,
?"" Hyw»**"»'!* &a Prophetiza Maria contra Moyfés;& fendo compre-
lepra , qu.iji mx. I piii/
Kun-.ir?. >-..-^rf. 10. hendidos 3mbos na mefma culpa y reprehendéo Deos a
í2 Sol etfcurabiittr::^ SteU A © L » J 1 r> _L í~\ c 1
lac.JanAcCuio. Aaram, & cobrio de lepra a Prophetiza. 31 O Sol, tem
Maib.x4.-<crf.%9, feucafíigonoeclipfe;&aseftrellas,na queda. 32
5 1 2 Mascomadvertencia, que nascaufascapiraes,
'y. , . .,„ pãranãofaItarájuftiça,haominiftrodefepararaculpada
s,fieamwi,t>ftti>d»$tãomu Do- peíioa. hlRey fczechias encomendou aos Levitas, lancaí-
ttmmiM iemfóra da caía de Deos toda a emmundicia,q nella achai-
auftrtc oitiacm imr.iunáitiam
ia òanUuario.
*. Paritiipo. ip.verf. 5
fem. 33 Fallava ozelafoReydos Sacerdotes indignosj
34 & decretou, que os expulfaíTem do Templo, para
34 ha communiu* p p . que deftintos,& privados da imti)unidadeoscaftigalTe,fern
que lhe valeíTefagrado,nemtiveííe refpeyto ao Sacerdó-
cio. A calidade he o fagrado , em que muy tos confião , pa-
ra vi ver diíTolutos :& todo o relpey to, que lhe de've guar-
dar o miniftro,he para os diferençar no fuplicio;& não pa«
ra os eximir da ley. Morrerem eniorcados como roiíro pa-
ra o Sol, ou contra elle, foyadiveríidade,com que Deos
folliiJmJe7df»^S^. deftinguio a morte dos Reys, da morte dos vafíallos. 3 5
hmwpttibuiu. Se a culpa mereilamorte, padeça igualmente onòbre,&:
Numero. ZK.verf. jl. r ' r ■> o m '
oplcbeo j differindo a condenação nos accidences da pe-
na, & não, na fubftancia da paga.
5 13 Nãofoyhumíóogôlpe,comqueoPrincipe
dos PatnarchasdifciplinouodelH>quente,por lerem mui-
tas as veies, que cometéo odeli&o. Goneipondéo o nu-
mero
EMPKEZA XXV. 559
mero dos golpes ao das faltas. Ainceyrefa da juftiça não
contiite ió, em ier vara ;ha de fer vara com aparo de pennaj
vara, para medir a gravidade; & penna, paraíomar as cul-
pas. Defta calidadefoy a vara?com queo rivangeliftame-
dioo Templo, &osquenclleoravão. Era penna ,& iun- * Dwtàmihi eai*mu,r>-
tamemevara, ? media, & numeravaasvutudes,&osvi- Su,ge,hmttiTeumpiHmDut
ciosparafe aiuítarcomclies. »«««»,»«*»«».
5 1 4 Medir lem numerar , ou numerar lem medir as
culpas he encontrado á dilpòfição divina, que he a luz,por
©ndefedeve governara juíiiça humana. Por conta, ck me-
dida entregaváo os officiaes dclRey Joás aos defpenfcy-
ros da caía deDeosodinheyro,que acha vão depofítado
notemplo. 36 Reprefentava-fe nefia moeda as boas, & tf fffunMa»tqt,eii$«u-
rasdopovolíraeliticoj 37 &pnmeyio osminii- vtmtht,«r ,„ uo» dL,k,m
tros as aÍfentaváo,& medião,doqueaslevalTemaoTribu- iAam ""»)**** *»n>cr*m,,t
nal, donde ie haviao de receber ,& julgar. Declarando-ie s «</;«: ,^r í^íwi^t/ í<>.
arecfidáodo Juiz na legalidade dos procéíTos: ailycomoa ™' r]0"""}, ']'• veifto
inteligência do phyílco na informação dos achaques. Por »7 reiunt*b*T*p'trâMHf—
ilio Da vi d nao achou a Ipereia, antes toda a iuavidade, nos nifca.epneft&rebe.
caftigosdeDeos: 28 porque não excede com o numero /•/-•^'/ ^«'^'«/i^«-
dos ticbdlhos a copia das onenías».Os julgadores náopro- Jh.
porcionando as penas com as culpas, aíiy como os médicos ' ,fft ,ncco^,}aia^nt.
errão as curas, porque não obferváo, o que indicão os pui» ?fi,m- *i- VCTl- ' ?•
fos, & manifeftáo os fyntomas.
5 1 5 Primeyro São Bento uzou da brandura , que do
caftigo: amceítou-o, antesqueodiiciplina-fe. Ointeref-
fedaseuftas faz muy tas vefes, com que alguns miniíhos
fentenífe-eru as caufas fem piedade: immitando a Kuth,
quecomhúa vara recolhéomays trigo, do que poderia a- ,9 v.tqu*ccV.cgtnnvWiii<t
juntar, fe o apanhaffc ás mãos. 39 No que falcão á ^^ffZff^S.
âuftiça : porque fe o caftigohe para emendar odelinquen- »w ■»•*•».
r • 1 1 ^11 r t 1 r - i c Ku,b l-Tf,f '7-
te, muy tos nao abrem os olhos,como Jonathas, lenao deí« 40 e xur.au quefumiunm
pois, que icháo na vara a doçura do mél. 40 As pedras t^^ittZTu"*
obedecerão , produfindo de fio fogo , com que fe abraíou co**ertitmânuM(u*m «àeif»
o holocaulto,quando o An;o tocou brandamente coniltua , Rfí, 1(| T,ef/V?
vara , na matéria da oblação. 41 A terra moftrou-fe ma- 4> ******* .y%r/«r r>»-
goada,com le ver terida da palavra de Deos, irado contra nei-m mman*&P*iigit&h6r,
ella- 42 & ha muy tos homés, que tendo adurefadapé- ffi^?*" : ãfftmdi' *"
dr«j, obedecem aoaílènoda vara:& pelo que temos de cer- j*<Heun,6.vtrf.*,,
* IP/-} L r 4? ^'""""f ferram virgio-
ra,atodosmoleita oalperodarepiehcnçaoj iem que para ri!y;„. i/m. u.vnf.4.
Vv 2 todos
4
et
540 O ^INCITE WS VAT. TOMO 11.
todos feja neceílario avara docaftigo.
, . iyió Omeimo Deos, que entregou ao Príncipe dos
Monjes a vara paftoral , & neJla os poderes de Legislador,
l ^i^'</t!TãeraJ'r o dotou de hum natural brando,&compafíivo{oquedei~
íe*<Uf,}j*i.fii,ferf.i. xai«osauthonlado.)Nomelmo tempo, em quearaizde
Jeílè produfio húa vara, brotou junto delia húa flor. 43
Vara fem flor, he vara fem clemência : & não pôde haver
1 • A
ítnal mays claro para conhecer os miniíiros,que o faõ, por-
que Deos o quer, ou porque Deos o permitte, do que ter,
eu não ter flores a vara, que lhe dá a jurifdiçáo. Para que o
povo delfrael conhecefle, que era Deos, o que elegia a
A aram em Summo Sacerdote , florecro a Vara de Aaram,
& não as varas deíèusoppoíítores, queeráo os Príncipes
dcífrael : 44 As deftes, ficarão vargaftas fecas ; & a de
Aaram, Vara florida. Deos em ornar de flores a Vara do
44 i«,e,Hcm„r,afft vírgà Summo Sacerdote moftrou, que para efta eleyção concor-
*siarcn ,« uomo tevi. . ria fua divina vontade, & não para ados Príncipes, cuias
varas carcciao de nores : cuja lulu ça nao acompanhava
com a clemência.
< 17 Da brandura, & do rigor uzou o Santo Patriar»
cha na correcção deite Monje, Applicou-lhe a flor, Sc
vendo, que o não atrahia afuavidade da clemência , fez,
com que íe dobra-íe á vara do caftigo.
■
No Vêncio la falabra elhecfo mah,
Que ai ruiu no le convence la palabra,
Mas la pena de manos , quefrnbalo;
Uajla en d Diablo el eferamiento Ubrà,
BraVo. 8.
O rigor não he a primey ra regra , fenão o ultimo reme*
dio, de que fe devem aproveytar os bons miniftros. Man-
dou Deos a Moyfés,pegafíe na vara, para ir fallar com húa
_ ,, . pedra, que lhe dèfíeagoa, com que refrigerar o povo. 4<
4Í ToBe mrgãm,& empes* r> • r C* CL U J C 11 ^J l
popuhim+tu^^iironjrater * °is le Moyles ha de ia liar com a pedra, para que leva a
?££g$SS&^. Vara? Ao<l»eme parclTe,foy,para quefe apedra como
Numenr. ío.virf.s. bruta, & indurecida fenão abrandafle ás palavras, uzaíTc
Moyfés dos golpes. Nunca a pedra havia de faltar , ao que
Moylés lhe diíTe-fe, porque Deos omandava: mas para
documento de todos osminiftrosordenou-lheDeos, que
levalíe
EMVQ(EZ A XXK 54Í
levaífe a vara , pára que en tendão fer diSpoíição Divina,
uzar do rigor, defpois que náo emenda a brandura.
518 As varas , com que São Sento cafbgou a culpa
defte delinquente, cem a virtude das varas, com que Jacob
augmentouonuiDerodeleus rebanhos. As ovemas para
conceberem em ferviço, & graça de Jacob, pur.hào os 4« ~utcumvanifiitpegitaA
os nas varas , que Jacob lhes havia poito nacorrente, ^i8;„ ^«tm»»*.
dondeellas bebião. Ofubdito, o prelado, & o miniftro *&"»*»*> Gew/jo.™/,»».
que tem delejos de Ter vir com agrado a Deos,& a feu Prín-
cipe, náo hão de tirar os olhos da confideração delias varas
de São Bento: Delias a prende ofubdito a obfervar os prè-
ceytos, conto temor do caítigo. O Prelado^a examinar o
delido, antes de caíYigar o delinquente; o írartifíro, a fe
conformar na jufliça coma ley,& coma culpa j&a í
uzar da jurifdição , como o paílor da vara , que
com ella encaminha a ovelha defgarrada,
& magoa a defobsdiente.
';
■
Vv 3 PREMEYA
w
PREMEYA
S BENTO
A OBSERVÂNCIA DE HUM SEU DISCÍPULO,
cm o eleger Prelado de hum Moftey ro.
E M V %E Z A XXFL
E varias columnas ornou Sala-
mão o mageftofo interior ào
| Templo.Encre todas, levantou
duasdemayor fabrica, pelo mi-
fterioío,com que ennobrecèo
, o Pórtico de tão fumptuofo
edirricio.Coro-ouJiie o* capiteis deRomãs,enlaçadas com
í cade-
EMV^EZA XXP7. 345
cadeas. 1 Nás romãs , como fruâcs , prémios ; & nas ca- / **»'*&'" «"»» Titr.pt
desSjComo pnzoes, caííigosjchc íoy o lymbolo,que o Key qutfi c<n,nuiM ,„ u,mhí>$
Monarcha, para cuja mo rada erigia folio, naquellcmagni- «*»**», «ry*e *■«»*««/« ,««■
■•• rr 1 « r> 1 /• • 1 o y" fojuit ilCx» queque columnas
bco Templo. iníimundo na elpeciedopcmo, & naalpe^^y„;í,„v'^ll/<,*íro//y
icfa do laço, a igual providencia de Deos, em remunerar *■**'«*'&*> iMrf.*%.i6.
os frudos da virtude com a coroa ; 8c os do vicio , com a
eícravidáo.
520 Náofatisfez ao génio demuytos Príncipes o
documento deite brazão ; porquehús, efeolheráo as cade-
as, pagos de fua tyrannia : van-gloriando-iè,como Taber-
lane Key dos Sitas, deferem executores da ira do altiíTi- 1 ^«tumehcm;»cmfutart
fj • 1 n J J • & *">n Dei iram totiui ndho-
azendo particular eUudo de novos tormentos , a minemfet„ictJÍR tl££-
imitação de Alexandre Phereo,que gaitou o tempodefeu temi oêbeiuib.%.
governo, em inventar crueldades, com que déííe varias
mortesa hum fó delinquente. 2 Comoque fazendocé-
, r , a * , J n- - * Vivotch-.crp.sinurfefaci-
trosdaselpadas, & coroas das correntes, eítimarao a crue- ehutf«ftiicbatbomintr,xjt[o-
za como cflènci ai atributo da mageftade. Seguindo nifto o ^T^bTZ^il
parecer de Falaris , Cambilíes,Domiciano, & Lúcio Syl- qu»dtupcãet fera* trantfyw
la: íem que a luz do boi os defíuadiíie deite engano, moi- Jm./jhWwj», «»,&,, ,*,/-
trando-lhe, que fe a crueldade fora efplendor da purpura, citbat- íbidem*
maysapto era o fogo para píeíidente dos aftros ,pelo que
tem de voraz, &eíteril, do que o Sol, que he benigno, 8c
fecundo.
521 Algús Príncipes colherão os fru&os , 8c deyxa-
rão as cadeas levados da van-gloria, como Zozimo Rey da
Tartaria, que deyxou tirar a coroa de fua cabeça para fe 0. ••...««
moltrar magnânimo. 4. Outros, dominadosdacob3rdia,/v,jj//er4. fUcarj^ de reT*
não uzaráo das prizóes , femelhantes a Toringo Vafiano, £; id; '«/^r'*"*-
queperdéo ofer Rey dos Efpartanos,por lhe faltar ani-
mo, para caftigar as rebeliõesdeTragedo,receofode que
a família do cúmplice lhe diminuuTeoíequitodeíeuscõ-
■fidentes: 5 fem advertirem , que perderia o Sola magei- ? iiiiii.&.iemtiu&>gn^
tade de feu Império, fc dcíTimulafle com o atrevimento *
dos vapores,temerofode quecondençadoscmnuvem,lhe
eicureceflem os rayos.
522 A todos os Príncipes, que fugirão defr.es extre*
mos , recolhéo a fama dcbayxo do docél de fuaimmortali-
dadejpor immitadoresde ScythemRey dos Achatos.glo-
liofo^cqueem todo ículwperio não ouveílè aggrellor
íem
344 ° ?$JKC12E T>0$ <?AT. TOMO 11
6 Srw«c«<»f«#^prfwe«í i'elll marca ; nem benemérito, fem galardão. 6 As mãos
ju-javitcsncloriartomnefbnnoiy , ,, . . r r ry o j r lo
çj^/^^^/t^^/o/. dos Príncipes íemiructos,& comcadeas,oulemcadeas,&
tvpionenoiuiiccihk.Làc fru&os iaó como as mãos dcMercuiiofemoCadui-
Jujtiliaieu. tf
íèo, adonde tinha a vinculado o íupremo domínio de con-
denar^ abíolver as almas} de afligir, & recrear os corpos,
de rep remir os ventos, & de desfazer as névoas.
Tum Vtrgam capit: hac animai ttíac enoceat orço
(PaSentes : alias fubtriflia Tártara mittit,
Datfomnos, adimitque , ® lumina morte rejlgnat>
lãaflucim agit y Ventos, C£ túrbida fr<etiat
Kubtla. VirgiL 4 . JEnetd,
- ,. . ~, ,. Ç22 MoíhouoCeoaneccílidade.quetem osPrín-
®petno8cmi»Coiiimn*igHit. cipes,deferemconheeidospor juítiçofos,& premiadores,
"iI"j,i1, quando capitaneou afeupovo dedia, comhúa columna
denuvern}&denoyte,comhúacolumnadefogo: 7 re-
frigério em a nuvem, & caftigo na chama foraõ as duas íln-
tinèlas , que em todo o caminho do dezerto acautelarão o
povolfraelitico. Hum exercito, 8c húa republica forma-
va efta multidão : & para que como foldados pelejaíTem a-
nimofos, & como republica vivtffem germanados, lhes
noticiou o premio, & o caíligo. 8 Com eftas armas, fo-
geytou Mithridates filho de Phraatis o Império dos Ar-
ménios, compondo o eítandarte de feus exércitos dasduas
cores purpurea,& negra j o ameaçando neíta, coma mor-
« iuHuicpren>;t>m,r» ig»e ce aos cobardes;& prometendo na outra,o premio aosani-
^JÍáS^ffi mofos- doutrina , que feguio Arato natural, & Capitão
ret maior de Achaya , querendo pacificar os tumultos , com que Ni-
£x*J. ái & Laureto íyiva cocle 1 yranno deitruia íua pátria. 10 O premio, & o
<JintgoriAT«mv«bo,c<>iH*n». C2ft\aQ reprefeiitavaó as flores , & osanimaes, deque efU-
9 í-texitío pu>pure*,&ni- • i • • i
iratoiotvrgtbatr.rstrtmaiu, va entertecido o manto imperial de Júpiter Olympico.
M.^.dtminundjc.phra. J ' "orque lem caliigo,& premio,nem a virtude leva iru-
»a íbtdtm. &o,nem ovicio teme o frevo: Parecendo á gentilidade.
i./ií. *. Jtjufucr. que o naó retratava mageítc!o,fe igualmente o naõ repre-
fentaíTe premiando,& punindo.
524 Os habitadores do monte AlvéopreíavaÕ-fe,
rvmmtximZ.míhtfbatetco. dea,ue ° íeu Ídolo Morgogon era o melhor úís gentes,
ww, » muitMfgfftim (*;*. porque lhe apparecéo com mintas coroas na maõ direyra,
*;».•/?«//; ^J!ue»icx)Perai,b> s J r - r 1 «^ -
fufrêhb.di jnpua. & con» inuycas kttas na mao ciquerda. i 2 Da meíma
fórte
EMfKEZA XXVI. 545
íoríe prezarão os vaílallos o leu Príncipe, fe lhe viraóas
mãos occupadascom amefma variedade politica. Os ví-
cios, &r as virtudes florecem, ainda que com muycadiffe-
rença : & toda a flor dá íeu particular fru&o, 8í uelle tem
snays, ou menos cluatação.
525 Sobre o monte Parnafo cahirãohúa noyte
cantidade decoroas; nenhúa cahiofobre acampina; co-
das ficarão prezas nas ramas das palmeyras ; de modo, que
todo, o que naõ fubiífe á palma, não chegava á coroa, r 3
Edameíma forte, quem nãofobia áscoluumas, naõpu- ,, iM uUZM cornai*.
nhaas mãos nas romãs. Os prémios amontoados trazem *A«ti"K:th*t]ÍT'lasi-
coníigo o deíprezo,a que chegou em França o abi to de
S.Miguel,queconcedidoatodos,ninguemfeauthorifa- £ Còlí/„va(ÍB de Me,ar.
va com elle j & foy neceíTario a Henrique III. inventar ou- ch.u.j». íoj.
tra infignia. Como nem todos os prémios podem enrique-
cer, valem pelo honorifico : & a na turefa matiíou as flores
infruâiferas,&agreftescommaysgala,& variedade de co-
res, do que as fecundas , & fragrantes; porque eítas , tem a
eltimaçãonopreíUmo; &as outras, nas apparencias.
. 526 Os prémios deftaibuidos por ordem, honráo,&
obrigão. OsCarthaginefes davaõ aos Toldados tantos a-
neis de ouro, quantas eráo as campanhas, em que tinháo
militado; & tantos vazos de ouro, quantasas proezas, que
haviãofeyto: 15 a todos contentava a primeyradivif»; M Joa„„et JeTirrc }„f„.
mas nenhum deyxavade afpirar aofegundo premio :Con- pi*t*»»t. suimgcrf.jnui.^.
fundio-fc defpois efta ordem; & faltou nos de Cai thago o
valor, porque lhe tirarão a emulação. 16 Os Efpartanos ,6 wjta>,
prohibião , ornarem-fe com epitaphios as fepuíturas de
outras peííóas, que não tiveíTem dado a vida em defenfa
da pacria :para merecer efte elogio, nenhum reparava em fc
entregar á morte : concedéo-íe efta honra , a toda a peffóa
illuftre ; & entrou na gente militar o temor da morte , com
que todos fugiaó dos perigos. 17 Decretou Lycurgoacs ■' li'*""'
oradores, não fe occupaíTcm em outra coufa mays, do que
em!ouvar,osquepelejavão valcrofos;& reprehender,oscj
íugião tímidos : entrou defpois a adulação enfeytando as
acções cobardes com titulo de prudentes ;& falraraóaos
oradores acções heroycas,que engrandecer, fobejando-
Jhemuycas fraquezas .que difculpar. 18 Osanimosdos _ ....
- r 1 - 1 r-i l r l% Utdtm.
homcs leguem a condição dos Elephances,osquaes lei*.
Xx lindo,
3+6 O PRÍNCIPE WS PJT. TOM. 77.
tindo, que o nayrc dá igual afago ao pereçofo , que ao va«
19 fiuius àt uáJmhtnJif lente, todos le fazem remidos. 1 o
,itHUcQ«0drut.$.*. ^ ^ Também Salamáo reprefentava enlaçadosos
fer viços, pára molhar aos Príncipes o género de dores, a
que havido de corrcfponder com o premio. Nos elos das
10 QuiatetatMiif inter po- cadeas fe reprefentava o amor de Deos , & do preximo.
fuiiudeftanhreoci&froximi. Jjetal lòrce ovaúallo deve mereeercom o Príncipe,
P. ^/JnJcImurfermonJett/a- , . k '
mate. que náodeimereçaparacomDeos.Osde Arcadjayconde-
naráo a morcea Tramago, mancebo valerofo, porquema-.
tGuaferpente,quelheinfè{iavaoscampos,femptimeyro
coniultarcoru o Oráculo, fe era vontade do Deos Apòl-
àc\l%Zl*!'lu'S*fr"'titHl' l-o. ^ 1 E David fezo mefmo ao foldado , que acabou de
22. Qu*remniimuifih mh- matar a Saul, porque , ainda que lhe íizeífè fervico,foy cô
chnfiu^DomimíVocaHjf^-.onemà de Deos. 22 Aítirmao os naturaes, que atior,
Daviàunumdtpuerisfuhmr. naiCendo toda inclinada para a terra ,naó produz íUido,
*. Rtg.t.n. i4.e> 1$. nemdura tempo: falta com orelpeyto ao Sol, queacre-
ou;&a mefma terra, em que põeos olhos, como reconhe-
cida ao beneficio, que recebe do planeta, toma vingança
do aggravo , faltando com onutiimentoáconfervaçaõ da
floj.
5 28 Nascolumnas,adonde o prudente Rey copiou
o re&o juizo de Deos , foy também di lei frado o iufto go-
vernodos Príncipes :governando-íè ambos em hú mefmo
hieroglypfaico , pela obrigação, que liga a juftiça humana
ha-le conformar com a divina no premiar da virtude,& ca-
fíigardosviciosrcorrefpondencia, aquenaõfakcu adif-»
ciplina Monachal do Pay dos Monjes.
520 A ferie dos annos , & dos íucoerTos nos occaíio-
liou na Empreza antecedente, a diícurfarmos o caftigo das
culpas: &nefia,opremio dos merecimentos. Faliecéo o
Abbade daquelle mofteyro dos Alpes , aonde o Santo Pa-
»» P-M.^ínteniujjeZu- triarcha recolheoa Cyrila. Eíendoeíta aprimeyradigfni-
"ífr^n^^^f™- «ade Abbacial, que vagou ao noílo Príncipe , elegéo a Fe-
24 omneopurhvefenfout, lieiano Conventual do mofteyro, aonde tinhacaítioado a»
Jpesprtmyfãuiumefiuborh. quelic Moii/c: 2.3 Animantiocom o premio,aos que tt*
D.HICro„ ad ocmtuudi. nlla atemorifado com o «Iriso. Ficara commays pezo, &
fiavirtutcttuecquifquamcfi, menosfuavidade o mgo de lua oblèrvancia ,falrandocom
quinonad morum fummaniia- - i • ivt - \t
xurufccnicrc, quando irremu-* remuneração ao benemérito. 24 Nao creara Varões
*eratu>n»onr?h»qHit«r,quod taó heroycos na virtude , te lhes ndópremiara os mcTcci»
çtffiedtr.i.FsriMrumtó, alentos. 25 Nu Regra Ihesdeuasda milícia ,&no exer-
cício
E M? <KEZA XXVI. 347
cicio delia aefperançade fobircm aos lugares , em que ie
moitra premiada a virtude, & eftimadoo valor. 16 »<5 Q»*ty!fà&bfúteejt«tí*
530 Convocou o banco Patriarcha a todos os iubdi- rti^min.t^phurbSfiUy
tos,que povoavaó aquella mótanha.para que vilíem o pre- Mr>f<'t'i"'t ^""uy
. n„ r . rr íT » 1 àJBncf,», hb.de K*Áno.
mio, & nao porque neceiiitaile dos votos : querendo , que
a emulação do honorifico os excitaík á imitação do mere-
cimento. Transfigurou-fe Chriíio, & apparecéo acompa»
nhadodeMoyiés, & Elias; 27 &naõlendoneceflariaa \yvfftatuttmMU<>ft**f&
afliliencia deftes dous Miniifros, para engrandecer a tranf- ^uJiib™??' '*" ?í/"'
figuração, foy conveniente, para animar ocoração de Teus
Difcipulos, a não temerem a morte pela defenia da Ley
Evangélica, vendo o premio , que dava aos dous defeníb-
resdaleyefcrita. 28 Naó incita o animo, o que não pro- ** &*"'*, pr&trrhe, aí#*
meteaugmento. 29 rara David ie animar a peleia do ui- b*ter,imqwddlfeipninh,um
gante,preguntou pelo premio da vitoria. 30 Saõ f^^^JpTdo.r^.ii
dro, para profeguir nolequitoda virtude, quiziaber oga- t*te*».
1 1 - t /• • /v L l • *9 loSeAtm ,& Premium,
lardao de leu merecimento. 31 Abraham,paracontmuar Mpttbun,J.,nM tota;»B,#i\
noferviço.pergútouaremuneraçaódotrabalho: 22 pa- ^'^"«"p"/™* <»»»'» :~ioi*
ra que noticioios do premio, não temeíiem, como a Efpo- w/f eff*bu*t t> z?™ fèrm.
Í1 1 ri 1 . p ■ r ** de tiJf, Spr, (5 Cberittle.
a, a altura da arvore, 33 nemcomoLotn, aaipereiado J0 ^.d jab„urTlr0tqui
monte. 24 fertJcTit p*«¥*«'»-7
531 v>omomelmopremio,comqueobanto ratri* ,1 QuidtrgemtiieiuiMãt,
archaennobrecéo a Feliciano, alentou os demaysDifci-
Gencji 5 . virf.%.
pulos. Chrillo Senhor Noííò, com moftrar no monte os 11 *s*fc<-n-iami*ptimam,tf
*.j.i . r/r 111 r- aprchfidant fiuSut ctut.
prémios das virtudes, animou os proteíloresdellas: 35 t c*núc. j.vcrf^?..
fendo fenhorabíoluto de noiío alvedrio, para que aguar- •« ' »>»°»"»>f<ivumtef*c.
'tio GcneJ . 1 9. vtrf i 7
cia de feus Mandamentos foífe fuave a todos , nas fere car- ?< Ruupaupcrtr, bc,tit»<u
1 r r> r>- r 1 \ C ter :: betti rftit eum ver odtrint
tas, que mandou elerever para os íete Bilpos da Alia , pro- hoinwe,_ MJath swf,
pos-lhes ascoroas,q lhes havia de dar lendo beneméritos. »6 v,ncenvi*\»cAcTciti>g'
* . '%•••■ ir J> ••■ 1 1 r.ovittt :: Jabottb' coronatn *i-
36 Emtodaamilicia,aiiy eipiritual,comotemporal,ato- t* .-.■.• vi»ce»ti d*bom»nm.
dos defanimdra o perigo, le tiveraó incerta a coroa. ~Ap»c»i. i.w/i.CS >••
532 Ponderou hum fogeyto Seraphico , com aquel-
laílngularagudefa, com que os filhos deite Príncipe dos
Pobres eníimó nascadeyras, ckdoutrinaõ nos púlpitos,
que acelebridade deíte a&ofora adifpofiçaõ mays con-
fentanea,de que podia uzar noílb Legislador, para aug- |? Fl Mtefiro Fr. *A*t<>*i»
menear o numero de feus dilcipulos. 27 E fe com inten- *< L»—> t')'r;L'-if/:' cjd0
. . r l 1 c n cU r 1 lmpirn.Strm.de ±.Ucr.to%.7
tos de chamar lubditos ,leoltentou S. Bento lenhor, que
repartia prémios, imitou ao Verbo Divino, de quem ef-
creveS. Joaõno ApocaIyple,que appareccndo noCeo,
Xx 2 com
54S O PRÍNCIPE VOS <?AT. TOMO II.
com variedade de coroas na cabeça , era innumeravel 3
}8 Et ir. apite ejut diaie- ,í)U]tidaõ, dosque oièpuiaõ. 28 Os homés paraiua xi-
maia multa :;; exerciius qutjut > j _ o -> i
inCaUj::j!-vi;wf.ir eum me- venda naõ povoarão os montes, porque os conhecerão eí-
%:f^7:^:::i::i. tereis 3&dcolheraõosvalles, pelos exprimenraremíe-
%a,If.,èju'corctiamUr. CUndoS.
CloJ.imicilin.lbi. . • 1 ¥-» i- • -
533 Hum grave autor de minha Religião tem para
fi, que eíteMonje, a quem premiou S. Bento, foy omef-
& Tr. Victtttt JeMoyaFrf- mo , a quem o Sanco tinha caíligado, por faltar áOraçaõ.
%Í1£Sfc!$S&. 3 9 Naõ difputo a certeza, aprovey tome da opinião 5 pi*
ramoftrar aos Príncipes, que os prémios faõamelhor me-
dicina, para faráré as enfermidades dos fubditos. Eftedif-
cipulo do Santo , ainda que ficou melhorado com o cafU-
go, acabaria de convalecer com o premio: porque de to-
dos os medicamentos políticos, que os Príncipes applicaó
aos achaques dos vaílallos,oque os livra de todos, laõ as
mercês , que recebem. Difculpando-fe muytos homés,
com as oceupações mundanas, para não aiTiftirem aoban*
quete da gloria, para oqualChrifto os convidava, figura*
do no pay de famílias ; mandou o Senhor chamar os cegos,
& aleijados, que havia na terra. 40 Mas como poduó
40 ExieHoinplatcaf.tfvi- , 1 i •
co< civiíatú:® /aupcretlac je. os ccgos ver a luz , para acertar com a porta j nem os alei*
bJlc^c"co'^cUudot '"''<>■ jados ter difpoíiçáo,para andar o caminho? O mefmo San-
l»c« I4. verf. íi. to, de quem he o reparo, dá a folução. O favor , com que
Chr irto os authorifou , dignando-le de os aíTentar configo
a « w ,qui vocamuradea. * mez3? foy a medicina, que deu vifta aos cegos, pés,& for-
n»m,priu* voando fa„an,ur. ças aos aleijados. 41 De quantos vaílallos cegos, &a«
**t.9.e*u!oroftfrinc. leijados conlíao as republicas, que o lao, por lhes ialtara
eíumação dos Príncipes? Quantos intorpecéo, & impoí-
íibili tou a falta de remuneração dos íerviços ? Cheas efiio
as hiftorias de exemplos,& memorias de Varões claros,el-
curecidos por defeftimados,
534 Seguem muytos Principes,oeftiío deAriera-
to,que para fe dar por bem fervido de feus foldados,os
Jouvava em publico, por lhes naõ dar outro premio. Sup»
poíto,queaeftimaçaódoshomés tem as palavras laudarr»
cias dos Príncipes, por flores, Sc fru&os defua may or hon-
ra: 42 Com tudo, a medicina das palavras amefínharaõ
tlf.ZZl,^^0^- "™y tasenfermidades; naõ as feridas do foldado, nem os ar
4I CtciviitntycUuliam. chaques da pobreza. Chriftobem noíTo, farando todo o
jví^íí.ii, generoaeenrermidadesj&atodaalofte depeíloas j 45
naõ)
naô !ernos,cuigtTe as feridas de alguns foldados. Tarando as
chagas de muytosjtiem que déílè riquezas teipporaes a ne-
nhum mendicante, libeiajjzpndo abundância de bens pf-
pirituaes, a quantos o íeguiaõ: a meu parecer, foy arazaõ:
com a virtude de íuas palavras obrou Chriito todos os
prodigiosa luas palavras foraõ univerfal medicamento; Sc
naõ quiz fazer eftesdous géneros de milagres, para eníinar
aos Príncipes, que femeihances ach<ques,naó ie remedeaõ
com palavras, lenaõconi obras jainda que a todos os mays
ameíinhem as palavras dos Príncipes.
5 35 Premiou S. Benío a reformação defíé fubdito,
conxjoâazerPrálarifkclaquel{emofteyrojanimando-o a naó
temer o pezo da dignidade , com lhe remunerar a vi&oria
do primey ro confl í&o. Receofo Jacob , de encontrar com
(eu irmão Ezau,appareceo-lhe hum Anjo,comoqualan- 44 £fí(t,,Vtoaf«w«mM
douembraço&íodahúanoyte: 44 amayorpartedosEx- HfqHe«i™*-Gt*ef-wf-n-
poíitores concordaõ , que efta luca fofíe, para animar a> Ja-
cob: & com grande acordo : porque o Anjo premiou a va-
lentia, com que Te ouve Jacob, mudando-lhe o nome de ,. . „
Jacob, emodéliraèl: 45 Sc montou tanto o galardoar- cobaFf>rubm,rri<»*tttiuS,rtd
íhe o Anjo o esforço, com que fe ouve , que animalo a ^^'«'"fi»"*'* Dc*
sv 5 ' ^ ' T jortiíjMtiti , Quanto m;f
íó rçcÉaro perigo, que temia. Efcrevem os Pcetas,que tr*homi»eipréev»Mu.
feriu fuijli , Quanto msgii cen-
'ã kommctpr
a Sol naó teme a fepultnra dooccazo, certo do triunfo,
aueoefpera no Oriente.
536 Semelhante ás columnas de SalaiBaó fahio do
uofteyro de Subiaco,eíte difçipulo de g.iknto: levava
conOgo as rôrtiá&^ as cadeaS j as varas , & osfiu&os; o
premio, & ocaíHgo; nelle, mandava o príncipe dos
Patriarcrás húamoftra defuaredidaõr para
horror dos tíbios, as varas ; Sc pára conio-
Colação dos fervoroíbs, osfru&os»
B
1
•
Xx 3 DE
350
DE HUM DURO PENHASCO TIRA
S BENTO
HUMA CORRENTE DE AGOA.
537 B&^ RIMEYRO no nuindo a Po-
teítade íc propagou tyranmca,
do que paternal : prinxyro vio-
lenta, do quefuave. AosReys
da terra apdJidarão os homens,
tyrannos. O primeyro , que ou-
AttSfSt^ !f nomundo,foy Ca.m; & defpois do diIuvio,Nembrod.
tifum.eauf.+vtrfo Com ofraticidio fenhoreou Caim parte da terra , i &
Nem-
Nefabrod, com violência íe intronizou Rey de mu y tas
Províncias. 2 Caufa que ti verão os homés, para avalia- t* Bereftia.^ JeFhr.CjiJa.
WÃ-poí tyranuos, a todos os Principesabiolutos , & pou- &,& l^XcLÍÍ, g»//'
co zeloiosdo bem coiiiamra, 2, concebendo ódio taõ
entranhavei,aosquenafucceíTaõdoscécros,immitarãoas ' IriJw Re*fa'Tiran»uí-
. r , • • 7 • , -£C • £ a- ^"fi.ttbjc.M.t.cy.,9.
miolenciasjntroduzidasnascoioas,queairnruoafupenti-
caó deRoma,&de Grécia pelo mays Religioíb holocauí- 4 av.^*/, cum TjM**'t
toíeytoa Júpiter, a vida delmm Rey Tyraano. 4 | ^Í&Z±^
hare cum, quem f m cjleeeidc
»Bn Victimgfiutnutk ampliar "' ,cer%' ujc'
os ' Foõejlytwgis que opma^méíxà JuVty
Quam^x vnqmus. . :
•Setiec.in Hercnl. Furznt. .
. $38 Os verdadeyros Príncipes, pelas acções fedef-
tinguem dos Tyrannos : Eítas vem aier : que oRey con-
verte a guerra em paz; & o Tyranno, a paz em guerra: af«
folando os vafíallos com tributos , para íuftentar feus def*
©idenados, c^lupcrfluos gaites ^ immitando osReys da
PerÍja,quetinhãopeníio«adasas Cidades mays opulen-
tas, a contribuírem com groíTos donativos, para o iuften-
to,&enfeytesdc Tuas concubinas. 5 OsReysmultipli- , PetríU Rn„mftf Jefímt
caó tributos, para deíempenharfeu credito ; 8c osTyran- Perf,co- l,i- *
nos, para íàtisfazer feugofto :como o Emperador Cayo
Calígula, que em húa cea difpendéo os tributos de três
Províncias. 6 OsReys lançáo tributos, para remunerar , ,, .....
iervjços; & os l yrannos,para conlervarlacmoroioscaíly
o fez Henrique 111. Rey de França, que para efte fimpos
tributo nos partos,& morres das crianças. J OsReysfo- 7 K.er,n»jir*ncifjS. 94.
geytaó-le á Ley de Dcos , & da natureza ; & os Tyrannos
jiáo íeguem outra ley mays , que a íua vontade. Antiocho
Magno , chamado o Sedete , publicava , que a lua ley era o
{c\i apetite. 8 OsRcysobrigaó-feaobemcommum ; Sc s ttrM,i*trW;*f
os Tyrannos, ao particular. 9 O Emperador Mauiicio 9 TyrifUtMqu!j^f,^KcK
foubava as povoações de feumeímo Império : 8c pre^un- \uttmeorum^y»bjp or<gun-
. . r ■ l r •* r> r nr,coujnerat comiaodum..
tadodos ieus, para que ajuntava tantos tnelourosr Kel- ^riji.nbi.Etf>rr.cjp.,o.
-pondeo. Aproivytomc do efa-o , em quanto mo naõ tirão. 1 o Os ' °m J;^>.'»©. §^"*"' '
Tyrannos faÓcomo a hera, que fc abraça com as arvores,
para lhe tirar a íulbncia; Sc os Reys, como a3 plantas , que
te a judaõ da humidade d* terra, para aícailizarcm com
feus
5ç 2 O f^lKCin WS <PAT. TOMO 11.
feus fru&os, & para a favorecerem com afombra de Aias
ramas.
529 As gajes,que recolherão os Tyrannos de fua
inhuii>dnidade,foraó,defeinpararemosíòldados ao im-
perador Maurício , confentindo lhe déíle a morte fe u con--
»i VcUx?7ranusUb.ti.*Atu crarj0 phocas. 1 1 Rebelartm-íe osda Syria contra An-
' ITjufi.nusM.tf. tiocho: 12 Perder Alberto os Reynos dos Svevos,& Go-
dos, pelos muycos donativos, com que os vexava; 15 Sc
peia mefma caufa privarem os Danos da Coroa, á íua Rai.
h?rJrubtir?'%J*Slth*nM'u~ nna Margarida. 14 Deporem do governo, ao Empera»
h jobatt MtgHMia.zucM dor Federico. 15 Defobedecerem os de Dalmácia ao
It Parts de futre de Sindica ,-, , qp-i •/->/"" • o J /* c t
çjeRegHmexteffih.cy.i.n. Emperador Tibério Celar : 16 & delpovoarem osiub-
i9./0;.8i. ditos as terras delReyChylperico. 17 Os Príncipes Ty-
16 Dwn.LajJhb ss.hHor. J _ ■£ * / . * J
Rot». rannos, lendo muy tos, tao como oPhenix ;nodwheyro3
,'ÍS^Í!: ^ recolhem dos tributos ajuntaó a lenha , & nos íubdi-
uu, G,;Soriu, je Sjntagjur. tos qUC exafperaó acendem o fogo, que os abraza.
540 O lucro , que tirarão osKeys da parcimonia , &
moderação dos tributos, fe vio em Henrique 111. de Caí*
tella,connibuindo os povos cõ liberalidade; & oflerecen-
do-fe a mays diípendio, fendo neceflario; como fizeraó os
de Tolledo, para a guerra contra os Africanos, q lhe oceu-
pavaõ parte de feus Reynos ; 8c delpois de fua morte éter-
nizaraõ-no na faudade filial de toda E lpanha, por fer hum
Rey taó efcrupulofo em os vexarcom tributos, que de-
zia, quando oaconfelhavaõ á impofiç aõ de algum donati-
vo : Temo mays as maldições dopoVo, do que as armais de meinini*
migos. 18 O Emperador Adriano naõ confentindo, que
18 TbahfanoadPhiujirmm os povos lhe pagaífem a foma de ouro, & prata, que cuftu-
âa v„, ^poiíonynb.s .«/.,,. ma yaó contribnir na coroação dos Reys , grangeou tanto
as vontades de todos , que lhe mandarão húa coroa , Sc os
19 íitmibu paramentos reays mays cuik>fos,do que a fazenda, que
lhes havia perdoado. 19 EIRey Dario^emetindodaa-
ao liem ibi. metade dos tributos, a queeftavaó obrigados feus vaífal-
„ . los, foyfenhor da fazenda de todos. 20 O Emperador
21 Joanntt GuUerr.lib. j. '. J . , .. _ r
praticHmqutFiio. £««,<?. ,3. 1 rajano, levantando todos os tributos, toy omaysopu-
num.n Vfej. lento Monarcha daquelle Império. 21 Niceforo Botõ-
es L,i.t,iuri,orientaiiin niaro> Emperador do Oriente,rafgando os li vros dos anti-
cofft.tuio.L boiomé.M.jeu- aOS tributos, em que efUvaó multados feus vaíTallos,&
levttienefife.debi, , i . i- • - rr f
perdoando tudo quantodiviao ao nico 22 (^norempo
cm que o elegerão Emperador )foy amado ,& aíieftido
dos
, R U <P ^ E Z A XXVU. 353
dosvaflallos,com cal promptiddó , que voluntariamente
lhe offereceráo todos ieusbens ; naó coníencindo , fizeífe
difpendios acoutada fazenda real. 23 OfamofoCyro %\fT*nt*faisoSm,stm*kk
careouo meimo,com a diminuição dos cribucos. O Lm-
perador Contamino, pay de Coniuncino Magno conhe-
cendo o rendimento , que tem os Príncipes quando os vaf-
fallos vi vem opulentos , & ftm tributos, dezia : i// fa^en-
Áa melhor está nas mãos cios Vajíatlos , cio que nus dos (Príncipes , por- 24 p0uáor. Vitgii Uijitr. h
que neflas epooaofas ,& ms outras contrata ,& lucrai. 24 O ^x'™- M*> £>*'<* J'b-ia-
ouro creice no ininaral, que o cria ; & naó no cheíburojque
o recolhe.
54.1 Efcolhaõ agora osPíincipesdefíesemulumcn-
tos, qual delleshemays proveytofo áconfciencia,eftima-
^aó , tk perpetuidade 3 fe o desfrutar como Keys , fe o deí-
truircomo tyrannos. Fogem todas as aves da Águia, &
todas fe chegaó ao Pelicano j porque elte, abre o peyco,
Sc franquea o próprio langue ;& aquella, uza de garra, pa-
iafe futòentar doalheyo. Defamparaó todos osptyxesa
Balea,& acompanhaõ o Delphimjporque efte,osguia nas
tormentas j& a Balea, os intimida nas tempefiades.Elcon-
dem-fe do Lcaõ todas as feras, & feguem o Unicórnio;
porque hú, lhes moftra o falutifero para a vida ;& o outro,
asefpanca com o medo da morte. Defviaó as arvores as
raízes da parte que as mortefica, eftendendo-as na terra,
queasfuftenta. Da mefmaíórte os vaflallos fogem dos ty-
rannos, & abraçaõ aos que faõ Reys.
. 542 Defgraçadoo Príncipe, que pornaõdeyxar de
íertyranno vive com menos feguro nospalacios,doque,
ofacinorofonofuplicio. O Emperador Cómodo Cefar,
&: Diooifio Tyráno de Sicília foraõ taô defeíhmados dos
vaííallos , &: viverão taõ receofos delles , que le fizeraõ in-
tratáveis. Os tyrannos eftaõ nas republicas de peyor par-
tido, do que as feras no mato : porque efbs tem horas , em
que defeançaõ , Sc vivem com focego ; & hum tyranno em
toda a hora, 8c lugar eftá inquieto, porque nunca fe dá por K 7>w»n«tfi»ím»»r*rt#«,
feguro • 25 & para inoftrar feu natural indómito, ar- uBuy *t>ftnu*m%mctM>t ,fj,$
. - r c Pi ' '"*"J citam etilteJtt > ttte* otite/ //-
oiao-le como leras receolos do perigo 9 a ímimtaçao de htepuiiJe)c^CWírr,-(,vlâct
Alexandre Phereo, & ElRtv Macinifa naó largando as »**'<' **»'/*!»>*#*<{•
...... . ° 7Í> Mu tçi limmt HtC.Ç. i/r,
armas, por terem offendido a nuiytos. 26 $***#*/« if&tr.fffli.MtiM,
354 O T^INCME DOS ?JT. TOMOU.
■
Chi terra ,pluó ipfe timet :Sors ifla Tyrcmnis
ConVe>iit.m)ndwi£ claris, fortes me tructdent*
Munitt glatiys ViVent7feptt que Venems.
Llaudian. de lujlitu. Princip.,
ty^ Naõfe eximiraóos vafíallos dotributa,C3cafpt»
táraõ-íe da violenciatnaõ repararão no roubojqueyxáíaõ-
fe do modo.
fflec (rum mifer túk recufo7
Sedprecory utpojim tuttor^ efSè mifer.
OYtd. ty.Trtft. Eleg. 3.
Sa ó as republicas como o mar; os vafíàHos,como os pey*-
B7 Tyrcmtrunprtttsmcef. xesi& os Principeíi,comoos pefcadores.Nem todo o pey^
fiuiifutatdmixt*. xe fe pe{Ca ao candeyo, porque nem todos defconbecem a
eavilaçaõ da caufa. 27 O ttiarnaõ correfponde ás peita-
rias do inverno , com a f ranqueza do veraõ ; porque ainda
que efteja rico de agoas ,efiá combatido dos ventos, & o-
primidodastempeitades. As republicas por ma ys opulen-
tas que fejaó , vendo-fe oprimidas com tributos , fazem-fe
lebekks á contribuição. O pcícador naõ uza dasmefnías
ledes, para com todosos peyxes,: afly os Príncipes naõ o-
brigaõ coní a mefma neceííidade , & donativo a todo aef-<
tado. Somente o pefcador, que uza de anzol pefca em to-
do o tempo, & a todo o pey xe; naifca, com que disfarça a
arezoiconvidaatodos. A moderação, aconveniencia pu-
blicada conformidade com a tempo, poíTes , & cftadofaõ,
as que íuavizaó omayorpezo; asque fogeytaõ ao mays
izento em toda aoccaíiáo,&lugar; & quando afubdk»
falte neftas occafiões, moíka-le pouco Hei.
Turpe efly quod mqueat capkictonmkttre pcnduâ)
Etprejjitmtnflexomox dare terga genu.
Fropertitu.
- :
28 VaJeidwan&miveka- 544 Chtiíto Senhor NoíTo uzou deite género de
tfccnicntjoh . Syínare F10*" , quando mandou a bao Pedro pckar o peyxc, dç
hg* , invsnw fiaursn, • m^ cuja boca ha via de tirar amoeda , com quepagáfíe o rtabu-
^MtHb.xT.vcrf.zô. toaCeiar. ao Que o pefcaíle ao anzol, mandou Chriíio
aòao
■/.• T
EMTHEZA XXF11. 3^
a Saó Pedro. As circunfhncias, que concorrerão ncitc
wyllerio,íerviráóaos Príncipes de máximas, por onde go-
vernem a theorica da impoíiçaõ de feus tributos. Epara
que as refoluçõesfejaócommum parecer dos intendidos,
darey relação dos fele&os conceycos ,dos muytos que te-
nho lido, ouvido, 8c ponderado á cerca defte lugar.
545 Sejia primeyraluz, que nos aclare os difcurfos,
o mays ínfigne Prégador,que florecéo no mundo,de muy-
tos feculos a efta parte : O Padre António Vieyra da illuf-
tre, & exemplar Companhia de J ESUS , no Sermaó que
imprimio de Santo António na occafiaó de Cortes. Re- ;90 ^t^^^T"'
parou, emChtifto mandar aS. Pedro pagaffe otiibutoa »' l"et°n';>»°8<>v c.p.Áz.
Celar, nao do preço porque podia vender o peyxe , íenso «»».
da moeda, que lhe achafiè na boca. 29 E refolveo:foy '' Ge"g"v-D™""*t*t
para que S. Pedro, que era o pefcador,pagaíTeo tributo,& nige-tehberof ejfeoponere cap
'":hut& §. quanivi/, i).qu<i)t
avid t Jal.toa, Noliletan,
ficaffeconiofruiSfcode feutrabalho: ordenando Chrifto fe í.d,"' • ■'
tirafíe o tributo da boca do peyxe, &naóda boca dopef- i^^^fly/^.^jdr^i.b.
cador. Contorma-ie elta doutrina com a politica circuni- mmdeumver/,t s«cetdetHutt
pecçaó, de que uzaraõ muytos Príncipes, pondo o tributo ^T^SSm^S^Z
nacalidade dos géneros ,& naó na ganância dos mercado- 0o-habeet„peitfiat mimpens-
um delles toy o Lmperador Auguito, lançando tri- , Wumerer.cap yfàtrt s.V
buto ao valor das pérolas, deyxando livre a mercancia dos "f &'**u™dL%frb ":6-
l ' J ibi , ciem igitur t(chj'/ithcte
contratadores, 30 de quem foy particular amparo, ia- .qujèpt>/on*.Etehm<»ii,fr*-
vorecendo-os em todo poíiivel. 31 Os nomes denego- f,in,ritetoryvc
cio faó nas republicas como a medula das arvores fru&ife- ,}\ Cay.ee/ari-Cemp0tMr.
» > /;* b.L)ue>:hiti in tlilt rtf£ 100
ras,queiuccada terra aiubítancia,comqueasalimenta,&> »? c<,p Kc-m.fui,,vc.,p.
íertiliza ; & ie as inclemências do tempo , ou a mahgnida- clJe„u ,ll!lce eojemti1. c/p.
dedo ar offende a medula, naó importa a fertilidade da iC5«/.c'mrt/,f«</t*''f»j.
, , * in cap fecunJum CêU n/cwn^
terr a, para que deyxe de perecer a arvore. .€íf trnutum% g*»*"*'^
549 Duvidou também , em que fendo maysfacil &<™*'^^»fi*"fi
Chnílodizera Saó Pedro ,meteíTeamaó naalgibeyra,& [y*«<»<*f ««/*«//» 6 s$c.Co>>-
queahi acharia, con que pag.ir o tributo, OMlIldafiwm^ycJSSI^AÍSE
roarpefcjropeyxe : 32 8c refolvéo, que foy, para que *w« 1 • tfc vs t»L>a £«»*
S.Pedro pagaífe o tributo como pefcador,& naó como ",6 L.^Ki,i?í.Swi/rt>.
Apoftolo;cotnofecular,& naó como Ecclcfiaítico; pa- ^/^ct%^
pando por razaó do officio o ttibuto, dequeeftava izer.ro torrão §.?/«<■* 16 quatff.i.
pela dignidade de bacerdote.Catliolicareíoluçaorinnaa- p ^ $,„<•, »«».•, Qu*fi /&».
danodireyto Divino, 33 Natutal, 34 Canónico, ^^^t^t
tap.m q"
8f Civil. q6 ínviolavelmentc guardaraõefiahimunidd- ç*^/-'« /• so^-^A'' "*'*.
deãos bacerdotesoEmperador Jujiiniano, Arcádio, Ho-^^/^.o.
. Yy 2 noiio,
tf 6 O 1%1NC!?E T)Q$ QJT. TOMO 11.
norio,TheodofÍQ, Mareio, Theodorico, Confiarei no,
Carlos Magno, & Saõ Luis Rey de França : & todos os
,7 Bcia3nkaiom.\\âePoii- Príncipes tementes a Deos. 27 AtéosGétios,<3cidola-
licahb.i cap. i8.«.i$4. . * „ . .. -",, , , ,- T, 1
«a ■]t:hoíefir>n cimenta- trás izcntarao dos tributos aos sacerdotes cie léus ídolos.
•*7'*'7- ^8 Certos gentios differaõ de hum idolatra, porque de-
penou húa Águia, que oftendera a Júpiter j entre as aves
,9 tgiiin^fufrcfiitiçn^ cfcolhéo Júpiter a Águia por admmitfradora de Tuas ar-
faij* ReiigioniicuHor.hb.i.%. mas }& íulgaraõ feromeímo,defpo)arlheominiftro,do
79' quedeíauthoiizar a iuprefuciofa Deidade. 50
40 p.fci.eBapuâPiMun,, 547 ^mdiVáo'miigri^ikg2iáoi ,com^itgu\\t^x ^
''''':Tãn^,Zr,fí>iJihD,v' lo nol"e defíe pcyxe j&deíbobrtndocm hum grave Au-
cr.xhztm uath.c.\T, qu*ft. tor da mefma Companhia , que fe chamava peyxè afficial:
*.,f»jc»àJe~ric«s. 4Q admira_fe)(je queaténomar,fejaíóopeyxcmacha*
nico, o que pague o tributo, & naõ aprova, uzar-fe omef-
mo nas republicas. Piedofafufpenfaójporquc o contrario,
fora lizongear os Príncipes Catholicos , com o alvitre,
com que brinda vaó os facinorofos a Alberto Rey dos Go-
dos, & filho do Capitão Magapoienfe induzindo-o, a
4. ihouz»*oub>fupra. queobrigaíTe ospopularesáfatisfaçaõdosdonativos,pa-
*?. lyranmsadopprimenàos ra queos grandes de feu Reyno vi veflem fobrados , & naõ
f^ittp bonefitm ftuicmyv<,c. queyxoios: 41 Anyoiezklrley; 42 lem reparar, que
't^ttcxarg.i». pelosmeátos datara fe enchem os poços de agoa; &fe
lhe cortarem as veas, fecárão brevemente. Não íè coparão
as arvores de rama ,fe as raizes as náofuftentaraó,com o
humor da terra: as veas,& raizes, que fertilizaõ as republi-
cas faõ os homes de negocio , & os officiaes machariicos
delia j & a experiência eníina a favorecer os meátos das
fontes, para a peremnidade das correntes , & a minorar a
fobegidaõ dos poços, para que íua corrupção naõ inficio-
ne os ares, de que fe geráo os con tagios , que ape ftaó as re-
publicas : & he ordem da agricultura decorar as ramas , 8c
cobriras raizes. >.uiti
5 48 Lembrome,de que o Re verendiífimo Padre Fr.
António da Paz, que fallecéo Bifpo eleyto de Malaca,
Monje Beneditino, varaõcom univerfalidade douto, Sc-
univerfalmente aplaudido , pregando na Collegiada da
Villa de Guimarães o Sermão de Noflà Senhora da Oli-
vey ra, duvidou, em que mandafíe Chrifto a Saõ Pedro , 8c
não a outro Difcipulo tirar o tributo da boca da peyxe:
4} wvthamu^ 43 &deupor razão , que Saõ Pedro entre os Apofto! os
era
era o pefcador de mayores experiências , por rnays antigos
& de todos feus ofBciaeSjqueeraõos Dilcipulos,efcolhéo>
Chriíso omays inteligente nefte negocio, para que com
todaaarte,&indoítFÍa leouveíTecom opeyxe,ck:quem
hia arrecadar o tributo. Muy tos tributos foraómays one-
roíos pelos excéiTos,&iníolencias dosminiftros,doque • Extuirminifirifreeefeefi
peíacantidade da contribuição. J Henrique 11: Keyoe 9I„4f,yfV,,,pm*,e? ■>•,«*?■,-
trança, posem contingência a confervação da Província Y"'tmD'i^u'^u"i'mf"ev<"
* ' * ' o v .',2 lMnf->lgUnt impune, ti ujui mo--
de Lenguandoch, por naó feguir os conlèlhosdos Minií- d,bo„et p,inc,pct,jcã pravo*
troszeioíosde leu lerviço, íui pendendo a iunldiçao,& ín- „„„e scjUam,»uncH*rpj<»t
folencias.dosquenellacobravaõos tributos. 44 Levan- *?„?')'" v'*1"""'' ..0 .
_ * * . . i< HtUebcrtuttd quina» fnn»
taraó-ic os de Dalmácia contra Tibério Cefar,cV pregun- ceptmEpijioi. s9.
tando-lheomefmoEmperadorpeUcaufadefuarebdwõ^
lhe refpondéo Batto, que era a peííóa , que os Capitanea-
va : "Hão podemos eflar fogeytos ,d quem manda para Mtniftrosde
feus fubdttos , nao caês depajlores , que guardem o rebanho yfenaõlo»
bosque o esfolem. 45 Os Romanos em cada húa das Provin- 4* Dhm.Cáffjfc n.tôfaj
cias tinhaõhumMiniftro, a que chamavaó, Quejlor^ que
arrecadava todas as rendas reays.. 46 Para húa Provin- *fi B0dinsptg.i9.ii
cia, & para muytos tributos havia hum Miniítroj &naõ
para húa Cidade, Separa hum tributo multidão de exe-
cutores: ifto he coníumir as rendas com os ordenados , & a
poílibilidade dos povos com as execuções. Osfenhorios
das herdades , naó metem nas podas tantos jardineyros,
quantas Uõ as arvores , que haó de alimpar^ porque de ou-
tra íórte , fora mayor o difpendio, queo lucro ; & fiçaraó
as arvoresi endendo,para quem as córtai& naõ,para quem
as guarda.
5 49 Convidame a memoria com hum reparo , que o
Reverendiffimo Padre Fr. Rafael de JESUS, hoje Çhro*
nifta Mòr do Reyno, &toda a vida efumado pregador
<Jefta Corte , {ezy pregando na Catedral da nobiliffi-
.«na Cidade do Porto, em queunandaflè CbiiftoaS.Pedro,
quepagaíTe porfi, & por elle o tributo aCefar, 47 &: 47 Dathprome^tel
naó pelos mays Difcipulos : 8c concluhio, dizendo j que
ChriAopagouo tributo, porque tinha Diícipulos,ck Saõ
Pedro, porque tinha rebanhos , lendo paiior da Igrt ja ',8ç
pedia a razaò, que os m3ys ricos, & author izados foflem os
principaes, que pagauem o tributo-Deíte parecer íoy Ar-
cadanio único conlelheyro dos muy tos, que afíUiiraõ ?o
Yy 3 Em-
&$ O <?$JNCftE VOS PJT. TOM. II.
Emperador Tibério votando, que toda a pefíoa, quenao'
tivefle bésderaiz,ou ordenado do património leal folie
izentadetodoodonativo : Y^to, aquele inclinou o tm-
4« ihoiezmettbifupra. pcrador,& o eliabakcéo porley. 48 Odinluyroquefe
recolhe com lagrymasdo pobre , ht como a írudra colhida
com oorvalho da manhã, que náoaproveyta, porque íe
corrompe : orvalho da manhã laólagryinasda Aurora. A
fruta, que fe tira das arvores pelocalor do Sol dura, & tem
jnays goíto.
550 Náomefaydamemoria,oque oReverendiífi-
mo Padre Medre Fr. Bento de Santo Thomás, íingular
crédito de minha Religião , meritiííimo Lente da Ca-
deyra de Prima de Efcritura na Uni veríidade de Coimbra,
8c actualmente Dom Abbade Geral de minha Ordem,dif-
fe, explicando a hiiioria de Ruth, que di£tava,& foy; pre-
guntaracauft,que teve Chriíio para encomendar a S. Pe-,
dro , que por fua mão lançaiTe o anzol , que havia de pren-
der o peyxe: 49 E íoltou a duvida dizendo j podia foce-
der, encomendar S. PedroacutroDifcipulo efta diligen-
cia, ck ler Judas, a quem a encomendaíTe S. Pedro^porque
sté eík tempo , não tinha defeuberto o Difcipulo leu ma-
lévolo animo : & fendo Judas , o que recebeffe o tributo,
punha em rifeo a fatisfaçaó voluntária deChrifto sotri-
<o Funrtt/dhcuh^the- buro de CefaTj porque Judas náotinha fidelidade,porque
hittfqutm-.tHbMtHr, porta.- -çxz Ja(|ra ó. <o Com que, feria necelTario a Chriíio lançar
bat. Jojiin.cap.ix. ... J l. r K, *
novo tributo, ou mandar pelcar outro peyxe. iNunca as
agoas chegarião ás fontes, le correlfem por canos cfpor.jo-
fos. O Príncipe, que a todos excedéo nos tributos foy
"Henrique Hl. de França , & de todos os Reys deíia nação
clle foy omays pobre^porque aífy como gaitava tudo com
deífo!utos,&eAragados,delles confiava o recibo, & a en-
(i "MitiUuia âc Strabo.iib, trega das fintas. 51 Ornar he íènhor dos roayorcs the-
fouros do mundo, porque as cempeliades , quelhos entre-
gão, nada recolhem para li.
551 Com a fortuna cuíiumada, com que em todas
fuás acções ílluítrou oabito Beneditino , reparou o Padre
Mettre Fr. Bento da Afcençaó, hoje Difinidor delia Fa-
miln, pregando na Gapella da Univeríidade . no valor
dodinheyro, que continha a moeda queSaõ Pedro achou
s » Utemu staurtm. fia boca delie pey xe: StaíeraWiz chamou Chrilioj 52 que
(( na
113 efiimação de Portugal vaiomefma,quehtta moeda de
oiro vintém: 5^. Nem mavs. nem menos, valia amoeda, ** ErgoSuter maina iu-
~ y II ,- I -!rr flcxdiJricbmum,uuirum uni
porque eraodous, os que com eJIa ie naviao deortertar, fitrojs «iu,upri>*i,r,j!c d».
Chrifto,fe& Pedro; cadahumddles neceílitava de qua- X^7I.,.,«4.^.^
tro vinténs, &coníórme a neccílidade lançarão otiibuto g»»/«Mi.*. 10.
ao peyxe. Eftafoy, a meu ver acau fa , porque o peyxe
com tanta promptidaõ odeu na pontadaiingoa,queno
peyxeíoy o me(mo,que na palma da maõ^ vçtxk), como fe
íoife racional, que o tributo, a que o obrigavaõ oaõ era
parafuitentar cjemaíias, íenaó para acouir aoneceíiàrÍQ.
Néro,emquantodiipendéoQs rendi mentos, dos. tributas
cru remediar as nectífidadedoimpeíio,nãQQ aborreceria
os fubditos ; mas deípois que uzou das contribuições para
o íuíienco de Iizonjeyros, & adúlteros, com osquaesgaf-
teu eajoscatorzeannosdeieu reynado (incoenta,& fin-
co milhões : 5 4 Muy tas famílias defabitaráo luas terras; cíJjfcwí^SS Sv"**
& outras, fizer áoceífaó de bés obrigadas deíua tyrannia.
55 Os vaíTallos em poder de hú Rey tyranno , faõ como } * TkoUz^oub^n.
os rochedos combatidos do mar, que os naó dey xa com a
repetição das ondas,íenaõ deípois de os desfazer em aréas.
552 Não degenerou dcíuacuftumada agudeza , ç>
Muy to Reverendo Padre Pregador Geral Fr. Roque da
Natividade D- Abbadedelieiníigne Convento de S.Ben-»
to da Saúde, quando na Miíericor dia da Cidade do Porto,
ptègandooSetmaódoMandato,reparouemdizerChrir-
toaS. Pedro, que na boca do primeyro peyxe jqueçaiííe
no anzol acharia a moeda: 56 8c perguntou,que myfte-
rto ouve, para que folie maysna boca do primey ro,do que
do fegundo, & terceyro peyxe? E refolvèo; que naó per- í(s &ett*tif*c'n>1*'Pr'a',ts
mitio Chrifto pefcafíe S. Pedro mays pey xe,do que aquel- aIttH^r"-
Ie, que podia remediar a neceílldade; porque derruir pri-
meyro a muy tos miferaveis, do que ie chegue a obrigar a
hum poderofo heinfolencia muy tas vezes permitida nos
rributos, que lançaõ os Príncipes da terra; mas naõ no go-
vernodo Principedagloria. Mays bé fervido fora oEtn»
perador PhocaSjfc principiara o lançamento dos tributos
pelos poderoios , & não pelos n>ileraveis paíiorcs : dos
quaes fugio a mayor parte: & foy para todos geral ao»
preíTaõ, junra com a neccfildade , que ouve àc mantimen-
tos. 57 Q Lobo, para diigarrar o rebanho, primcyroin* S1 ii»i*K»n»fifm
tenta
séo O PUlNCftB VOS ?JT. TOMO Ih
tenta dar a morte aos maftins ,que o guardáo:& quando
faminto, comeíía pela ovelha magra, & acaba na pingue, j
Dilacerai populos, Vtlnti Leo ^quifqite tyrannní:
{B^gefurenti^lttpi more,gemunt populu
Cerman.
S8 D.c.:urf3p'-fc>i DiviPe-
tritfuà Lbr,fi,»nos. j- r 2 j\Jão me quero izentar do trabalho, nem ao Lcy-
Gonthzemfupra. i in- rt 1 ■ ■ J ' J r I
,9 Uoe u.butopejTtoDomi. tor da moleltia , lo por dar noticia , do que a cerca deite lu-
ninoftr.âcfignrtur.ibuphiiu,^^ \àmos difcuríando difíe o infigne Poeta, o
*SÍnliochtr,Jis. fc> l m o '
Padre Meftre Fr. Jeronymo Vahia , pregador das Magef-
60 ^iibatmcap.t.num.\o. tades de Portugal, Monje de minha Religião em hú Ser-
■vfrfí.Not* di immunittte Ec- . 1 *~» 11 r> 1 j I_ i
thCtarum Sjivrfttr in fumm» mao , que pregou na Capella Keal , do que haverá pouca
■»tibo%immu»it*f. & l. 1. »» no(icja porfenáo dar áeftampa. Preguntou pelo nome
fin.vtrficfiveropropUr&etL T . r o r
amKum.zo&zz.ib.&cxi»' deite peyxe;& authonzando, que íe chamava peyxedeb.
cJi.p$5&ifm»*í**à. Pcàr°y 58 fez ° reparo, emque lendo peyxe fccclefiaf-
*.TtHetc»miU.&mtnusiH- tico, por fer peyxe de S. Pedro,eftiveiTe obrigado apagar
sJJitw nâBeU»g..JcjP«Hl. \J ,^lJ fi T? n r>UA P •
^/«/^ n<^-.- 6 / ,' uj.c-oir,». o tributo? tí, aíientou, que tim: Lliava Cnrilto em myíten-
^S^J^'t^neceíTidadei& era para utilidade commúa,SV bem de
dema»t.c»che,«n.b%.»unn. todos o pagar Chrifto efte tributo; porque continha húa
^Antoni. Qtpycius in inveHi- r \\ l t~> i -1 1 a
turfcuâ.i.p.veti0>reíaiiafeu- femelhança daKedempçao do género humano; 50 &
TcnZ \ua^âVputt?e»GL Para acudir áneceflidade urgente dos Príncipes, & para
bcB. num. 4x4. bem univerfal doReyno he o Ecclcíiaftico obrigado, a
mutwMdssiwm. contribuir com todo o donativo, que lhe ror importo. Ne-
Mattb.fMpr». r\\\\ii afperezatem oconceyto, porque he obrigação, &
&i Cap.magnumtx.q.i.C. . r J >r T &»
j*mnu»clx%.q.i.L.n.tit.6. virtude. 6o O melmo Chniío lendo izento achou, que
tV/^S^Íní: daria eícandalovalendo-fe de lua izençáo. 61 Edamcf-
tmunH,âcGabtU.mpr*]»a.n. ma forte os Ecclefiaíucos. 61 A Igreja he depoíko dos
-!.Chfifr.iusi»coxfuetud Bar- _ . .. . „ r> i- • - ri
gu»,i.'rub,l(:\.%.4.v".rfuui v Príncipes :elles enriquecerão asKeligioes; com kube-
^J:Z7^{V^p. ncplacito,& nas fuás terras faõ fundados os moftcyros;
4.cap. ,7. yoa„„. Garcia de delias vi vemos , & íeus vaffallos nos fuftentáo ; & na occa-
Noluital. Giof.q n.. i fil. toa. r>~ r» • • o ST II t • i
ef»»>». ,». iiao em que os Príncipes, & vaílalloscahirem empcbre-
c\7íHln*g"l **.*;• omn? za , eíiamos obrigados a concorrer com os donativos até
(.. ac inditlionibiti 11b 10. L, o
tutie.ç.defupcTjndifl ísl. empenhar os vazos íagrados. 63 Os Gentios, & Idola-
niBiorum.C.dcLXCuf.mieoi. Ca J - r • r
m. i.cumficUcjrtmim. c.de tras rendo os que guardavao omayor relpeyto as coulas
quiburnum ^ipr^tio. Ut.fi pertencentes a lua lupreíliçáo Relipriofa.em leinelhimtei
c.»oiim:*ur,&cap .»dvofu,, cazos,lança vão hum donati vo a todos os Sacerdotes. Faon
ibi tentam ntccffitateni de im- D j r- • rf l r n
mu.Eecief.Tae cap emnitem. *^cy dos hgypcios neceliitado para íuítentar a guerra, que
p,.c*p.ftnun»»ectfit**^t»p. trazia contra os Perlas fez hum pedido aos Sacerdotes : to-
tribHtum i\.^X<3ubipropt- , ^ l .
tctVymtc. doso amdarão com diipendiop^rticular, & coniuium óos
Tem-
' EMTREZ A XXPli: 56r
Templos, Sc dimitiraó da decima parte de feus ordenados,
durance as ditas guerras. 6i\ Os Romanos, que venera* 64 ^nfiMi i ^.tonomi*.
vaoicustallos Sacerdotes com a reverencia, que íe deve iagm.,ur,itb.íJf. -*o. „,,*,.
aos miniftros dos Templos, compelirão por húa fentença,•/W';,•
que deiáo os Tribunos, a todos os Flamines, Augureyros,
Salios, Sc outros oríiciaes dedicados ao culto de íeus Ído-
los, a concorrerem para odefempenho dos gados íevtos
j / A| c &, • i 6* Tttohv Uh.i.Deetd + ty
na guerra Macedonica. 65 U louro, & a palma , ainda PctruíG,rgor.ub,fup.(.z.„^
que ieiáo livres dos rayos , por privilegio da naturefa , não
o eftaõ dos incêndios ; quando a todos abrazao íogo,a pal-
ma dá mayor luz; 8c o louro exhala mayor fragrância.
554 Reparou mays o dito pregador Evangélico, em
que havendo-fe de tirar a moeda do tributo , folie mays do 66 Videai mn-
mar, que daterra; 66 8c achou-lhe arazaõ,em ler di-
nhey ro de tributo , que naõ fó le ha de tirar da terra , fenaó
também das agoas. Quiz dizer, que dos naturaes, & dos ef-
tranhos, dos da terra, Sc dos de fora , que nella comerceaõ,
fe ha de valero Príncipe , quando eftiver neceífitado: Im-
mitando fempre a Chriflo,que havendo de impor tributo,
náofe valéo da terra, & quiz antes obrigar o mar: em quan-
toelle poder fuprir,relervem os Príncipes aos vafíallos,
porque fempre ficarão gananciofos,osque immitaraõ a
Júlio Cefar, naõ carregando osdomeflicosfenaõnaquel-
la quantia, a que naõ chegava a contribuição doseftran-
geiros. 67 A Águia, quandofazoninho,ajuntaosmate- 67 Vtà^htàe^íxmonitfoU
liaes de diverfas partes, & de difTerentesgeneros,masfe 17 "*'"'"'
lhe falta a lã , em que anida os filhos , 8c lhe conferva o ca-
lor, tira as pennas de feu mefmo corpo.
555 Difficultou também, não mandar ChriftoaSaõ 68 ihuchamum.
Pedro pefear o pey xe com a rede, fe naõ com o anzol ■ 68
porque na rede virião muytos , & vendida a multidão
depeyxes,com o procedido podia Chrifto farisfazer ao
triburo;efcuzando-fedefta lÓrte o empenho da conttibui-
çaó • Soltou a duvida ,com dizer, que le o Apoítolopef-
caífe com a rede os pcyxes , que naó poíTuhiaó dinheyro,
deyxandode pefear com o anzol opeyxe, q«e o depc fita-
va, era pagarem os pobres peyxes com a vida, o que naõ
podiaõ coma poííibilidade ; & ficara o pcyxe rico com a
demafia, que lhefobejava. Pois iílo naõ, diz Chrifto, ifio
naó; que he excéílb • naõ leve Pedro húa rede , queobri«
Zz gue
362 O PRÍNCIPE DOS VAT. TOMO 21.
gue a pagar os pobres, do que não tem ; leve antes hum ani
zol, para que taça pagar o rico do cabedal , que lhe íobeia.
69 pjifi ià Ccfta H.flovia Qslndios doReynodo Peru,izentaváode pag-ir tributo
os velhos,eníermos,& viuvas. 69 Osde Caiao.-ia,íoma-
váoogaftodasfamilias, pelos rendimentos dosiolares ; 6z
70 p»âiibauiifupra.foi.%9. dos avanços tiravão as fintas, que lhes cabia dos tributos.
5-*7°-'Mc- j0 O Sol, de tudo quantocria recolhe para fihúa parte
nos átomos, & vapores, que atrahe; eftes, iaõ excéíios ,&:
fuperrluidades da terra j &0S0I, com empregar nelles o
caíoide ícus iayos,deyxa mays fértil, & lauda vel aparte
donde os tira.
556 Ponderou a razão, porque não mandou Chriito
a S. Pedro peícaíTe hum peyxe do rio , fe não hum peyxe
71 Fadeadmtre. ' *■ ■> ' • Á
domar; 71 parecendomays acertado ocontrano: Por-
que o rio paga tributo aomar,&omarorecebe dos rios;
& peyxe que vive no rio, onde o tributo Íempre fe paga,
era mays próprio, do que o pey xe,que habita no mar,aon-
de o tributo íempre fe recebe : mas a razão íoy • porque o
honien^fendo peyxe do mar, vive com abundanciasdea-
goas;& o homem que he peyxe do rio , vive fog;eyto á ef-
treytefa, & penúria delias; & he conveniente, que os gi ã-
des paguem primeyro , que os pequenos ; osricos , que os
pobres : Sc com juíia caula ; porque o homem, que he pey-
xe do rio, anda iogeyto a qualquer lanço, que o ponha na
efpinha 3 Sc ja ,que he o mays defvalido na fortuna , íeja
também o ultimo na paga: mas o homem,que he peyxe âo
iuar,aííy como he o primeyro na bonança, íeja também o
primeyro no tributo. Decretando Tibério Ceíar^como
fica dito) que os herdados em bés de raiz foíTem,os que pa-
gaíTerti o tributo, replicarão eftes, provando os avantaja-
dos intereífes dos homés de negocio • fahiraõ providos,
com declaração, que n3Õ pagariaó tributo todos osma-
chanicos,fenaõ em cazos de urgente neceífidade. 72 Por
mays leve, que feja adoença , he mays perie;ofa nos que v i-
7* ThoUzaHofupr»: vem faltos de remédio. A Providencia Divina , dá o frio
conforme a roupa, livrando os pobres de inuytos acha-
ques, de que naõ izenta os ricos.
iiUvtnhtSmtrem: ctj pez reparo, em Chriílo chamar ao tributo $&n
74 Stticr gmcc fondíisjig' ' ' x ' . , L „
mificêt VáaftHttt terá; 73 quena explicação do Padre Vel.>íques ftgnnb
cajnalingiuGiegajomefmoquepczo: 74. &querazaó
have-
RMVKEZJ XXVll. ^|
haveria, para Chriilo chamar pczoá moeda do tributo?
Seria, parque qiulquei ttibuto he carregadiílimo.peíò pa-
ia quem o paga í Bem podia ler : mas foy y porque aifíy co-
uio o pezohe iguala todos, áíiy o tributo lcha.de iguais t
çomapoílibilidadedos tributarias. OquemoílrauClirif-
tocom a Samaritana ; porque naó havendo c Senhoreai 7? Miidcnadain.
snido até aquelia hora , 75 que. chegou ao poço de Si-
cbif ,pedia-lhe de beber, &naó de jantar: 76 & com
queuiouvo! porque a Samaritana nata QCcaiiaQ tinha Q ?<,*««. 4.t*#.?.
cantarei á fonte j& naõ tiniu panélta 30 lume : poys le naõ
tem panélla , naõ lhe pefla Chriíto dejantarjmas fe teu»
cântaro, peíTa-ihe Chrifto de beber. O Emperador Tibe»
lio conforme o maneyo,&pofíibilidades de cada hum aíly
repartia os tributos. 77 OEmperadorMaximinianopa- 77 T»eitei.»AmtUum.
ra os rréns dos exercitas defuibuhiaQSgenerosdascarnU'
gettSy conformando-fe com o trato, &: officio dequada-
qual. 78 Pedir fogo ao mar, agoa ao fogo, neve aoSol, D .„ _
& calor a neve he petição, de quem deíeja apagar o togo,
cfgotar o mar , esfriar o Sol, & derreter a neve.
558 Deu fim aos reparos ponderando, tirar S. Pe-
dro o tributo da boca do pey xe , icm eíperar que o paçaífe
ás entranhas. 79 Soltou o reparo, com refolver; que fe l9 Et aperto 0re invtniet
o peyxe tivera jaodinheyro no bucho ficava difícil afa- s""e"""-
tisfoçaõ^pofem teado-o ainda na boca coitava pwuco, por-
quebem podia o peyxe pagar o tributo lemarnícar ávi-
da. Confirmou-o Chriíto naõ efperando a Samaritana
quando vinha para a fante,fenaõ quando eftava junto dei»
la, tío para lhe pedira agoa: porque feria muy to deficil „ _ . r.
á Samaritana darlhe agoa no meyo do cantinho -7 & muyco b«tfufuferf«ntem.
fácil, fendo junto á fonte. Nos annasfertis cobra vaóosVe- 3ta,-4*"J-6
neíianos com execução os tributos; 81 como também gi ^p^^j^ra.
ootempoda paz: &diffimulaváocomelles,no tempoda
guerra, 82 & nos annosefíereis.He Providencia Divina,
que os ventos fcião mays continuados na primavera, que 8* Remirias wftor Vt-
no verão; naquelle tempo, lao muycas astiores;oc a!noaj;(/1!,)/m(KBf;i„,,/íi.y6(.
que os ventos diipão delias as arvores, íempre lhe dey xlo
asqiiebafráo para frueti ficar no maysrempo.
559 Toda a dilação, com que ponderey a diverfida-
de deites dii'curfos,foy,par3exhortar os Piincipesa lança-
rem os tributos comequiílAde,tircunfpecçio,;uitiça,Sí
Zz 2 pie»:
364 O PI^NCIVE WS ?AT. TOM. II.
providencia: Conílderando, que o dinheyro tirado dos
tributoshedinheyro tirado do mar , por mays juftificada,
qucícjaaimpofiçáoj porque ícmpre íe recolhe acompa-
nhado das agoas,oudaslagrymas doa\arento, oudos ge-
midos da ncccilidade: con. batido das ondas , que láo as
execuções dos miniftros, & a tenacidade do amor pró-
prio ;& ícmpre amargofas , porque iem preás íalga a mur-
muração,ou a praga. O que tudole modera evitando os
Frinci pes a cauía , que muy tas vefes he a prodigalidade , a
avarela,&adeforc!em. E para que osdelhibua com acer-
to, intey rela, & utilidade de todos obícrveascircunftan-
cias,& o modo, com que o Príncipe dos Patriàichas fez o
milagre feguinte.
560 Grande falta de agoa, & com ella exceíli va mo-
lcftia,padtciaõ osReligiofosdetres Conventos íituados
na eminência do monte Sublacenfe,defcendoao pé da
montanha a bufcala em cântaros, para o fer viço da Com-
munidade. Pedirão ao Santo Patriarcha os aliviafíè de tão
grande moleltia ,& perigo, pelo fragofo ,& defpenhopor.
ondedeicião.
(Por ejla atufa* por montes Vamos
Con peltgrodemuerte ai bondo Vafley
Comojifuera el agua enfu caVerna,
La quepedio VaVid de la ctjlerna.
Bravo Cant. 5.
AíTentiooSanto aos rogos dos difcipulos;& determi-
nou alcançar de Deos o remédio. Sahio do feu Mofteyro
no mays alto da noyte , acompanhado de S. Plácido : So-
bioá coroa do monte, adonde eítavão fundados osmof-
teyros,& orou quaíl toda a noyte. Conhecendo íua alma,
que Deos lhe ha via concedido a mercê, que era a pereni-
dade de húa fonte jnaquelle melmo rochedo tomou três
pedras húas fobre outras, & pondo-as por final na parte,
onde havia de manar a fonte, fe recolhéoao íeumofieyro.
Demanhã tornarão os Monjes a repetir a íuplica ao San-
to, que ouvindo-os lhes reipondéo : Ide ao oito dejje mmte,
S$ caVay na par te, adonde achares tres pedras buas febr e ouU as, pode-
rofobe Deos , ainda na eminência , & rocha dejje penha jeo ,para Vos
dar agoa> © aliviar da opreíaÕy que padeceis,
Que
EMtTvEZA XXVll. 36$
Que aquel, que J abe rebolver la boja,
la en /eco ■■z/í gojlg ,ya eu mofado Oclubre^
Sobra Verter par bocas de un 1/efuVio,
La<sfets de la* contentes dcl DanuVio.
Idem fupra.
Obedecerão todos ;& chegando ao ílcio viraõ, que Ima
parte da penha depilava humidade.
Se vio clefeclo en el penhafco luego,
Que como elpecbo dentro es ViVa fragua,
'Dejpide elfuego por defuera elagua.
"' iní Juptr inviccm fífn*> fc
Tirarão as pedras, & abrindo o rochedo fahio tanta a- tr** .wentu , >» modicum
. , . i • J 1 • i r r n- cavale; Valei enunomnipottit
bundancia de agoas, que ainda hoje de lua corrente ie ror- Ucur eímm ,„ ,u0 mo»t.f ca™.
ma hum rio, & íe fertiliza apenha : 8 a gozofos os Mon- fV ^T r!ZTu,ltí
' í J o laborem tanu mneru aignciur
jes louvarão a Deos na virtude do Santo. tufar*, uuieunutrupêmon-
tú,q*ai>i UencJi8utpr*ii*xe-
rat mm fuianiem yayaaetHVt.
A Dios Eterno de ide ehecbo adorou. c"mittt '" e* """""" h(*m
y r í fcciffeit JUvtzaqu* rcflrtur
yuedio obemto tanjupremo Império, . efl- ui"eUm ft,Jf2cnur "»"<*-
(ti 1 K r ■ (1 vit.ui nutic ufijue uktnim de-
Tara bolverju monte en un vijtatue jgj LKG, ^-.wiag. ». Di«
En Islãs beatificas de Atlante. Ugorum. c*?\-
Ibidem.
Em melhor metrodefcreve'oeftecazo,oiníigne Poeta
Marcos Monje Floriacenfe.
Mxrent, & largls diflillant fluclibm antra,
Cumquefuts plangunt ,anda Infira feris*
Ajl tunc perdcclo fcopuli cefêre rubtque,
Sicca que mirando* , terra retexit aquas .
Certum ejl mons Cbrijli, quod montibm tmperet ipfis,
SubjeElu pedibus, mons caput ipfe tuis.
Utfmwnum tu Sante Tater Vegetère cacumen,
Suhmffo tumidam Vértice plana t bumum.
ISieVe fatigentur qui te 'Benedicle requtrunt,
Moíliter obliquum ponit ubique latas.
Nwic mons ipfe tamen , jufte tibi reddubonorem.
Qui meruit tantum te decorante bonum.
Anda tu eufm , bortis componiâ amarns,
)
Zz 3 Nufa
$66- O QVtfNClPE WS VXT. TOMO 11.
ISluda que fecundo palmite Jaxa tegis.
Mtrantur montes ^Jcopula , freta, nuncjna donay
Tomifcriá que Vir et, fyhct decora comis.
Sic hominum céleres mfruchtm dirtgis artu$,
Siccafalittiferoflumme corda rigans.
Sic rogo nunc Jptnái, mfugem, Verte malignas^
Çhue macerant Marci,pecIora bruta tui.
561 Com eftas agoa^ficaraÕ os Manjes arliflidos de
tanta quentura contra as tibezas do efpirito , como po-
diaó ficar os Religiofos Dominicanos na llhadeGrelan-
dia (aonde o inverno dura nove mezes) com o calor da a-
goa, que defce de hum monte, & lhe rodea a crrcunferen-
?4 ^w',,ç'rfWa^7'?/»-ciadomofl:eyro;comaqual ,feteparaõ dos contínuos , &
lí,v.bi hyent noveni m;n/ilnu c/l, m /» r> «• • «m 11 ■ « r\
Nonaíi:rium q:,t t>r*dic atoe» intenfosfríos daquella regiaõ : 84. Sendo ene calor ful-
Z£7à£'£^£2Z%'* íurco , & o ontro milagroíò , pela virtude de Tua corrence:
efí, faiar* for, ate* cudu aqUaJ femcihante á agjoada fonte Gaíianopholirn, queen*
aq:iv,nt [instila Mmathorum * r > \ y y s r 1 1! 1 \ r
cciL-tcai.cr-anKpvriHdtacaiiu-. tre a ineldade deiuanatureza levanta labaredas derogoj,
aMS:;^Z^^^ alTy cila exhala de fi chamas do amor divino, commu-
2« »• ' ' nicadas da virtude do Santo > 8c fempre repetidas na pe-
bç lApudGraiianapcYtmfons *J J j f
e/i, qui eum calenttt aqwu non. TCnidadeda IOntC.
JSSS^^SI 5^2 Nenhua outra coufa reprefentaefte milagre
eminit ,âmbui codetKhco,iê- niays aonatural ,do que hum tributo, que o Principe da
ehmíntitn""'mt' C0Mtrgr9' foledade impôs áquelle monte, para remédio de feus fub-
tli!hbm!'h' *'"?,6iemi~ ditos. A republica, que habitava o monte eraòpenhafcos
defeu natural duros , fecos , Si pobres; osquaes, mudarão
de natureza deíentranhando-fe emabundanciasde agoas,
para acudiremáneceffidade do povo. Como fe fora racio-
nal a bruta penha pagou o tributo , vendo a jufiiça com
que o Santo Patriarcha a tributava. O cibo, cõ que S. Pe-
drodisfarçou oanzol,foy a juiijça, com que noíTo Re-
demptor obrigava opeyxe alheíátisfazerotributo: 86
&comnaõferintelle£r.ivo opeyxe buícou a moeda, que
naturalmente naó tinha ;& aofTerecéo com tanta facilida-
de, & promptidaõ, que íoy o meimo ver o anzol , que en-
86 Pe,»raunmiíuieXait» tregaro tributo; & contender com osmays para fero pri-
fifcedunTaãcfcamjujhiu. meyro, que contribuiíTe ao donativo. AíTy foy a penha de
Chmcnt ^ilex»ttdri.z. Pa- c .1 * t o n 1 1 \ rr
ftago.cip. 1. oiiDlaco,como opeyxe de S.Pedro; ante* que chegaUern
os Religiofos jafe banhava da agoa, que ofTerecia;& fendo
eikrilj fe fez fecunda bufcando a agoajtj naõ íinh.a,& niof-
trando
EN^^EZA XXVll. 367
trandoa propcnção, com que adava.Damefma forte obe-
decerão os vaííillos, quandocomameíniajultiçajosobri-
goein íeus Príncipes ao tributo.
563 Rindo, & correndo íatisfez apenhaopreceyto
do Santo; com aboca cheade rizo, poi que abundante de
chriítalinas agoas, aachaião osMonjes, quando forãoa
executar as ordens de leu Príncipe. O tributo,que paira to-
dos he pena, paraella foy gloria :& afíy iaõ todos, os que
iaó para utilidade commiia. A moeda, que S.Pedro achou
na boca do peyxe chamou Chrifto »W<?/\í,que na K^m*Íc<!rmi*™J!p£"XmPn-
Ferfuna vai o meimo.do que Verfoamorofo. '07 Chcyo l^':'l"":1U3Ic'":'}'r■filafé•ntc'""
(i * t ■ 111 1 ucâfecundiun cav.„cn amorit.
oe amor, & de alegria veyo o tributo da boca do peyxe, n^oúardtnaiuf^.Evang.
porque o entregava nas mãos de hum miniíko,cu)o Prin- ''
cipeo havia de difpender em utilidade de todos: feja para
bem de todos a finta, & logo fera gofío de todos a paga.
564 Como gozoza a penha , no 2rrnonico íuiíurro
de luas correntes, cantava júbilos ao Santo Patriarcha. As gg vticantMiqu*mm choro
fintas, que faõ para bem de todos, em lugar de triftezacau- ""*«»*■• cum L.aiupcrcmunt,
r - \ ■ /li- - j s^. tfalyreíjotident, Uetnsfa.
íao tanta alegria nos lubditos, que as pagão cantando. O
nome Statera, também ílgni fica a mu íica a Coros. b8 E
fendo hú o peyxe , cantou muy tas veles o tributo na moe-
da, que deu. Aíly o ofTerecéo , como fenelle cantara a ra-
zão, com que era pedido.
565 Mas não fey,como o Santo Patri archa podendo
lançar eíxapençáoaqualquervalle,tributaíre antes o mon^
te? Com paternal confideração o tez. Os valles mendigáo
as agoas dos montes , & os montes as entranhão por natu-
•rela; &enfinouonoílb Príncipe, que o tributo não le ha-
via de tirar do cabedal do pobre, lenaó do thefouro do ris-
co. Chrifto podendo-fe aproveytar dodinheyro, que ti-
nha paraíuftento dos Apoftolos,ntandoua S. Pedro, que
ofoíle tirar da boca do peyxe. Porque o dinheyro doA-
poítol ido era juntodeefinolasi;& o do peyxe era dinhey-
ro de húa bolça tão opulenta, que aboca chea bl «zonava _
iieríco. 09 Paguem logo os montes, &nao os valles ; nao tam%
cites, que mendigáo; os montes fim, que enthelouraõ.
b 66 Não nbííanre , que a penha revia ja agoa , quan-
do chegarão os Monjes, mandou S. Bento aosReligioíbs
cavaflematerra, ou abriflem a penha ; o que parece rigor
iupeilluo, nioítrando-fe obediente openhaico. Masioy
myí-
368 O PRÍNCIPE mS TAT. TOMO II.
myíieriofo. Era o Santo Patriarcha Príncipe daquelíes
montes j& como tal enfinou,que nas occafióes oportunas, -
uzar de rigor na execução dos tributos , naó he íaltar a cle-
mência de Pay,hcuzar do domínio de Senhor. AosDif.
9o QuneHerefijumtetrum cjnUJos mandou Chiilio repetidas veles, pefcafíem á rede;
d. *Amb«>jiurt»p,%, & fomente a S. Pedro, & neíta occaiiaó mandou pelcar ao
anzol: 90 Entre húa,& outra peíca ha grande diflèren-
ça j a rede hemays íuave para os peyxes , porque ainda que
os prende, naó os laftima; Sc o anzol fere, & prende junta-
mente: elte poder reíervouChrifto íó para S. Pedro, por-
que era Principej& naõoconcedéo aosmays,porqueeraó
vaíldlos: & uzando S. Pedro efte termo com hum pey xe,
que antes de lhe lançar o anzol, ou o tributo ;a o tinha
prompto,lem tragar a moeda, todos os Interpretes vene-
1. õ eiía acçaó, por reconhecimento do dominio de S. Pe-
dro, Sc do empenhode Chriito: Ou também feria, porque
o pey xe, que deu o tributo, prhncyro efperou, que o pren-
dcllèm ; Sc o monte que deu a agoa , que primey ro o ebri-
gaííem.
5 67 Efcolhéoantes o Santo os montes, queos val-
les para os obrigar ao donativo,porque nos valles fe repre-
íentaõ os humildes, que reconhecendo a limitação de lua
poílibilidade,reaccommodaócomfeueftado : & os mon-
tes, osfoberbos,& efvaccidos,quenáo lembrados da ter-
ra, que os forma, aípirão aaííombrarem os valles, donde
naíceraõ : 8c aos que degenerarão por altivos , aconfelha o
Santo Patriarcha , que íe oprimaó com tributos. Na moe-
da, que S. Pedro tirou da boca do pey xe, difem,cftavare-
prefentada a imagem, dosquedegeneráo de leu íer pela
culpa: o 1 Ordenando Chrifto,foífem elles fós,osque pa-
ia 1 Slaterille .qutm inptfce n* •• j ■ r ' rr
tip.ruium Petru* caperefujftu gsíiem otributopor todos , em quanto ienao repuzciiem
efrfirmamnoftramvitiofuaf. no pr í nci pio de lua creaçaõ. He regra de cerurgia, cortar
s ifiJer.éeiujtetêJjb.i.Efiji. a carne fobeja, em quanto náo torna a leu antigo íèr,&
natural proporção.
5 8 ó Izentou o Santo Patriarcha o valle,& obrigou o
monte, porque fendo formado de terra, afly fe endurecéo,
& conglutinou, que fe fez penha viva, & dura pedra :£fi-
gies de hum facinorofo,que degenerando da racional pie-
dade, fe transforma em ruílica alpercza. Enílnãcio a razaó,
que etòesjeuukfconto, & íatisfaçaó de fua culpa fejaõ , os
EM? REZA XXV1L $fy
quecootribuaó para as delpezas do Pveyno, & os que com
dilpendio de feus bé-. poupem, & coníervem o erário de
toda a republica. Chnito, naóic quiz valer dodinheyro,
que Teus Dilcipulos tinhaó recebido de eímoías, lenaodo
dinheyro,queo pey xe trafia na boca j com elie confervou
o limitado cabedal ,que tinha a íànta Comunidade do leu 9* ?««w^r« ^Aâtm^ui
Gil • r> p rr ' • pcJicitHdumpifcemlilHratuT*
ollegio: Kepreleiuavá eííe pey xe a nono pnmeyro pay iw WetoVjm. & GJoj.it,.
Adaõ. 02 complice em todo o debelo, por ler origem
de codos : & achou Chriíio,que Adaó eliava obrigado, em
pena delua culpa, apagaro tributo, aque oobrigavaõ os
os Fari íeos, lendo elle ízento • confervando por cite meyo
osbés de fua republica , com as cufbs de Adaó.
569 De tudo o acima dito Te colhe a urgência, que
ha de obrigar os Príncipes, apenfionarem com tributos a
íeus vaílalíos: & também a obrigação, que tem os vaílalíos
de concorrerem , & ajudarem em tudo a Teus Príncipes.
Advertindo aos fubditos, que cm nenhuma acçaõ defeo-
brem melhor a fidelidade, & nobreza de Teus ânimos, do
que na promptidaó com que pagaõ os tributos. Os Dilci-
pulos de Chrilto vendo, que São Pedro pagava o tiibuto,
preguntarão ao Senhor, qual eraomayor noReyno dos
Ceos? 93 Pois nefboccaíláo, & neíia horafe lenibráo 9* 1"'^^*ici(fzu^DJC"
a precedência t bim, & roy para líber com lerteza, o que *#„„./.„ tji,n ,-;(y; £&«&
fofpeytavaó da fingularidade. Saó Pedro pagando íó o tri- ""** a;í;,íJ'!jj '■
buto, deu a entender aos Difcipulos, que excedia a rodos
nadignidade: 94 aíTy parece o alcançarão os A poftolos,
mas quizerao iaber le era nto ally na cltimaçao do Prin- ?,.,„ í„í „i.t,frc c,>.,,.h.f
cipe: naõ experimentando até aquelle tempo. mavsclaros exHui0ev,ieÍ:íí2"!,? '"
indiciosdafuperior authoridadedo Príncipe da igie ia, do gifteiv,nt,&fwflSf '«morem,
1 • - r • r •! iit PttrootoKetcetiiintnttir.
que quando o virão latisrazer o tributo. D.Jinrf™ ?•?•*• tx A,£W
570 Amoeftando cambem ao popu1ar,naõ tome por i<hnenu-
motivo de murmuraçáo,& efcandalo as izençócs,com que
os Príncipes libertaõ a nobreza da penção dealguns ti ibu-
tos, porque alem de os eximirem as leys de íeus foros tam-
bém nefta occafiáo os privilegiou a defpoíiçáo divina.
Náoquiz ChriftonoiToPvcdcn^.ptor^queS. Pedro meref-
fearnãana.aIgibcyra,&3cliaíTc r.tUa amoeda, com que
pagar o tributo, fenáo que frííe ao mar pelcar opeyxei
9$ para que não pagaííe o tributo rotrr» A poltolc>;íenáo ç, Vtitêimuo.
ccnopcícador j porque cm quanto Apoíiolo deChriílo
Aaa eia
?7o o $$im&È VOS PAT. TOM. II.
era peííoa nobre j & em quanto pefcador, homem rnaca-
nico*
571 E menos fe devem efcandalizar os homés de ne-
gocio, de que em algúas acções os vexem mays, do que a
outra force de tratantes j porque fendo mayores os rendi-
mentos de fua ganância, íoy também neíie mylterio, eíco-
lha divina empenhalosnomayorcufto. Opeyxe,donde
S. Pedro tirou todo odinheyronecefíàrio para íarisfazer
o tributo, era pey xe, que tinha o feu thefouro na boca : q 6
96 ímitnitt inora era peyxe mercantil, que tem o feu thefouro na boca, com
que iuQenta a verdade, & com ella o ciéditOjCom que tra-
ta, &comercéa.
572 Náo ceifando de perfuadir aos Princi pes , a que
attendaõoquantooprimem,vexaó,&mortificaóaos va£.
fa 1 los, na õfómuy tos, mas hum fó tributo , com ©sexhor-
tar o exemplo dotribato^auecontribuhio opevxe^ííg-
07 Hoc tribute peflio Doniini . r » f> lln ■ J r>L 'a «"'
defignaiur. nihcando-íe nclle a Payxao de Chnlto. 97 Innomera-
Thiopbiitu jinfiochíiu. vejs tormentos padece'00 Rederoptor do mundo> & todas
quantas afrontas lhe fizeraõ osperftdosjudcos, todas fo-»
raófymbolizadasneíte tributo. Naõ acharão os Sagrados
Doutores coufa mayspropria;nem os vaíTallos exprimen-*
i>}-'\ raó coufa mays certa. E fe bem repararem nefíe mila-
peiem De». gre, que fez o Príncipe dos Patnarchas, ou nefte tri-
buto , que impôs a hum dos montes de Sublaco,
5 acharáó,que foy omefmo penfionalo com o
tributo,do que mandara feus Difcipuíos,
que lheabriílcm húacova. 08
A HUM
37*
A HUM ACENO DE
S BENTO
ANDA O FERRO A N ADO, PELAS AGOAS
de hum pego.
E M <P ^ E Z A XXF11L
573
pife^^h^;
OS fuccefíbsreíultaraõosada-
gios,dequeos antigos U2araõ,
| comodefentenças, para expli-
carem íeusconccycos. Queren-
do encarecer tudo, o cj julga vaó
impoííivc^dcziaõríertaõdefli-
cultofo como nadar o terro. Adagio de cjuzou Corintho
Aaa 2 para
37* O PRÍNCIPE WS VAT. TOMO 12.
para dizer a repugnância, que feda no traydor para fer
tiel j no defconhecido,para ieacclamar Rey : no avarenro,
i ViieBcrcâoâecurfumuti' para fer dadivofo; no cobarde, para oprimir o valente. i
*'/»*•§• 39- O^errOjpDrrazaõdeíeuponderofonaturaljfóniiiagroía-
mentepódeaboyar nasagoas : no que davaõ a entender,
* NH*gfumefficie*,utre9e que fomente as iorçasde hum impulfo fobre-natural , po-
wgreiianturcScri.Vo^Mhea, ^ ^ fazer aos cangreios , imagem dos traydores, andar pa-
■virbo impojJ:v!li1#i, o ' ' o ^ J ' l
, siHcpciwiivoUrebauJfj- laâizntc: i ás aves, retratodos nomes, voarem íempcn-
tt^m'!» *'"& «as: 3 ao fogo, efígies do avarento, dar lenha aosbof-
uhfupra. quês: 4. as tartarugas, hierogly fico dos fracos, por em
5 ^/IquílamTtftuãovMcit. * • . r 1_ 1 J J-
ftijHambcgfufr: ' medo as Águias, iymboloda ouzaoia. 5
574 Muytosintentaraõ,vençerpo?rheyos humanos
/á difficuldade deites impofílveis. Cteí|b tomou p£t/i,i
conta, atrahif afi ao traydor Eryhato, que tantas vezes Ine
bl^c7p^ufUiste^' feirou naíklelidade; 6 para cujo fim oprefente-ou com
ri|jmífin]8jS i°yas5 naõ abrio brecha a dádiva, porque o
fíéydor conhecéo, que a fua duração coníiftia, em fe^are-
çér com a terra, aqual fe perpetua com naó degenparde
finise. Perfuadio-fè Galeto, que vendo os Numidas a feu
amigo Ser vilio, o acclamariaõ Rey de feus eftados, venci-
do o impedimento de fer eftrangeyro, com anecellidade,
7 ièiM.B.dp.9. que tinháo , de quem os governaífe. 7 Aprefentou-fe
ServiIiòaíTÍftidodostroféos,que oacclamavão vi&orio-
fo : fóy recebido dos Numidas como o Pheniz a primeira
Vez, que apparece nos povoados,que todos fe occupãocm
lhe regiftar a variedade de cores , mas nenhum , em o reco-
nhecer por Pheniz. Empenhou-fe Laufo , em preíTuadir a
feu payThirfeno, que immitaífeaos nobres de Itália com
ler o foccorro da pobreza ; & para o convencer , mlridou
pintar em hum quadro a figura da charidade , nafcendo da
bocadoSol: 8 Acontecéo aofilho,comíeupayomef-
mo, que de continuo fuccéde ao Sol,com o natural das pé-
8 Petru, BonzeJs Or^inc dras, que quanto mays luz, & calor lhescommunica, cstv
to as mdurece. Deiejou Gallipedes Grego , que hum de
feus criados o defafrontaífe da injuria, que recebera de Se-
necio Pergéo, privando-o de fua companhia : & para iíío,
efeolhéo entre feuseferavos o mays cobarde, para queá
viíta dadeíigualdade avultaífe mays a vingança: o vef-
9 í*;M/.aj.§.»: rto-odearmaS)&animou-ocomproméiTàs:efperou oef-
çravo a Senecio,a cuja vifta ficou o inviado,como o paífc.-o
aU'
EMP<RE'Z)i XXFllf. 37}
iifumildc á vríia da generola Águia ;oqUâl, rendo azas para
voar, naó tem armas para fe defender.
575 Eiítes>& outros impoííiveis mayores vencerão
es Príncipes, rtue uzaraõ<da brandura, & manfidaõ, por fe-
rem eíias artes efficazes para adquerir ânimos oppoitos,& ,o ^aietfiâ^u^amm
dl-v j ry • ^ 11 ( .^y conciliei animo/ botninum co-
os. 10 De todosospoliivcfselcolneolJeos a m,tM, afftHiitM quejcrmo»ic.
Moy fés, para libertador do povo Iíraeli tico: naó fez efeo- extJ",e pi?oUt ? fMW "*
Jhade Sanfao,queioy ohomemmaysvaJenrejnemdeSa- c*$™àrum .-.-.• Quita* pr*d-
amao, quefoy oRey mays iabio ,íenao de Moyíes , que \itJinutnmo, ad **„,/„_
entre os racionaesíby o maysdocil. Montou tantoocapi- ';*»«#«««,'»«'**'?««#««-
v ,, J r \ c do appclJtndo frn/icne dclimãt.
tancar Moyles aquella gente, como le domara terás, n &c.iib.x.<>ffici.
pelo f eu rebelde natural , pertinácia , & ceguey ra 5 & fen- ^Zt^tZ}^''
rio taó fácil a Deos enriquecer a Moyíes de forças, & fei-
encia, como odotalode brandura, concèdeo-lhe íoefta
prerogati va , porque nella lhe dava os requiíicos, para fa-
cilitar todo o impoílivel.
576 Com fua natural afabilidade, reduíioCornelio
Rusinoao traydor Dromacho^ continuou em o cortejar, ■* P»àuh»ubif^r»f
até o vencer. 12 O traydor,he como aquella efpecie de
animaes, que tantas vezes continuavaó as cafas alheas,que
fecfquecem das próprias. Comafagos fefez Calipo Ce-
reo fenhordosthefouros deMenipoPhilofophotaõava* '* ,caí's'
rento, que naó fahia de ca faio pelos ter ávifta: 13 nem
tudo fe leva á efpada : íe o golpe fora proveytofo á faude, • m^-i.^&í furor *•«.
•naó uzaraó os médicos de minorativos. * Debilitado de citur.cbrxf4on..f*ftr^ia»
forças era Pifander Etruno, dotado de muy tas foy feucõ-
rrario Scinis ladraó de Corintho , rendeo-fe eíte Gigante
áquellepigmeo; convencido de fua moderação, &bran- 14 iuca£.i.i».^:
duraofoybufcaracafa,parafe reconciliar com elle. 14
O valente he como o rayo, que dando nabrandura perde
r * /-v J r • .. ' J J j f * fíomincmhominiuihilaliud
aforça. * Quemmaysde(tituidodeamparo,doqueFe- manfuttum , y mnUm ,ejj,u
derico Ulbaldino/ atèhoiefe ignora fua pátria. & fua àcÇ- qMmbennoiani*,j»8ni*,&
j • j r r n i • i trcb.t-iufidt.
cendenci3;entrodulio-iecomosUrbinosdemaneyra,que Piuth>r.dePoiiti.
por morte defeu Príncipe o elegerão Rey. 15 Osracio- ^\^SS^SS^Í^.
naes correm , na eílimaçaó, parelhas com os rios , entre os
quaes hc o Nilo o mays útil de todos , pela brandura com
que corre.
Lenefluit Ndui^fed cunclis amnibus extat
Víiíior^mtlm confeíiiu murmure Vires.
CUudtan. m Conful. Manítj Theodori.
Aaa 3 577 A
374 O T^INCIVE VOS <PJT. TOMO 21.
577 A docilidade dos Príncipes tema virtude daa-
16 xjtàquaHpiàainfttmmê- aoa tépida, que mctipa as inflamações: \6 com cila que"-*»
%,oncfltCor»tiuUumJ>ut*n>flcp * ~1 D i 1 1, ■»• c f l -
m^nmmr^tuistít. brantou Anugonoo orgulho deih ey l irro : 17 ãcbabio
viui„<i,>?:no,*Uu, Máximo, as forçasde Aníbal, íb O fupetlativo de Ma-
u ímw/«í<-aV>. ximo adqueiio Fábio pela tolerância doelpirito,& naó
pela força do braço.
Quofenfumrapitisy Fabi^ tu MaxlmusiUc es
Unii4} qui nobií cunclando rejlumt rem.
FirviLô.JBneid.
> 9 cimbro/i. de "MoY»}(S.
ElReyRecaredo,com Tua afabilidade acabou de expul-
far os Arianos de Efpanha,&redufiomuy tosa fé Ca iho»
liça j o que naó confeguiraó feus anteceflores com podero-
Lib.it.tap.i. los exércitos. 19 Xerxes filho de Dário, mudou em af-
fcycdó o ódio de íeu irmaõ Arimares, prometendo-lhe
Xerxes de o eftimar como irmaõ, quando o podia cativar
como eferavo : obrigado Arimares defte termo desfez o
exercito, com que vinha alheimpedirapòfíèdo Reyno,
& por lua maó lhe pos a coroa na cabeça. 20 Naó lie o
2.0 Hh wprafentia tehono- r - ir C - r rr £* • j o
tufraurtMn Xerxei . quodfi ferro tao ponderolo, como lao os. lucceílos reieridos,& ca-
Rcxfuerii dtci»r*t»,,er» ■»- ja quaj Telles taõ longe de retroceder no credito , que lhe
hurmmtaie ddmitux lArtmt. deu a antiguidade , como o ferro de paílear o fluido das a-
», k^um adepto pre„\,u,*j g°as: agilitou a brandura , o > que nao poderia facilitar toda
•""""' ko^rem txh,bmt> á a força da natureza. Nenhúas forças humanas tem vigor
tine diadema impofuit. * . . , . À ■ P r -
£n>fmn,iib. j . ^tpofb. para obrigar as pedras , a que por ii meimas le movao - & a
luavidade deAmphion foy poderola, para fazer, que as
pedras íe moveíTem, & o fcguiííem.
Dift/tf, & drfmpbhn
Saxa mo)>erefonoteftitucii>wy & prece Manda.
Horat. hb. de Arte Toe ti.
578 He officiode traydor,& naó de fiel Confelheyro
preífuadir a íeu Príncipe, uze mays do rigor,que da afLbi-
iidade : infinuando-lhe , que a manfidáo occafiona deí-
prezos, relaxa a juftiça , provoca a diíluluçáo , facilita o a -
trevimento,& confunde a policia. Os Príncipes zeloíos
da mítica , amantes da virtude, & columnas d^s Monar-
chias forão todos, os que fe parecerão com os Reys cie Por-
tugal
EtfíítEZA XXFIIL $f$
tugàl no amor, & benignidade, com que t-ratão feus vaffàr-
k)s,rranqjueándo-lhe as audiências em todo o tempo, &•
lugar, para ou viremj& conhecerem dos requerimentos de
todos, femdiftirvcíõ de peílóas: Entre osmuytosque vi-
rão os fe cu los foraó Alexandre Magno, o Emperador la±
fíiniano, AuguftoCefar, juliano, 1 "itoVeipafiano, An-
tonino Pio, Marco Aurélio, Trajano, Eífley Dário, Ari-
iribaí, Antigono, Pompeyo, Scipiaõ Nazica^ Lúcio Albi-
no, Loduvico PioRey de França, LadislaoRey de Pano-
nia:. Aquém excederão os Reys de Portugal, Dom Afion-
Ço Henriques, D. Diniz , D. Pedro o I. D. Joaó o I. Dom
joaóolLD.Manoel,D.JoaõalV.& EtReyD. Pedro
o 1 1 . A lhaneza, & brandura Tcoro que Erataraó feus v anai-
los foy igual áfevexi&de,con*que£afltgaraó feus emulos.
E por ventura, perecéo a reformação doscoftumes , no
tempo deites Monaidias > Deíiftimou-fe a regia venera-
ção ? Ficarão os facinorofosfern caftigo , ou os vicios fem
emenda ? Defprezou-fe anobreza,ou excedéoo vulgo á
iuacfpheraf1 Ocontrafio acharásemiuas vidas: & otem ,, „
mohrado a experiência. A brandura heaoorno damaget- m^\fti»iftiftjiáWurf«fo.
tade, 2r & toda a força de fua potencia. »a Ofúná- ^£^1Jup:^cr:cLho-
pe, naó fendo afaveLhc como o Sol na Canicula,que atra- " M*sPw»* *<*"" , *#*>
* _ .. ' * rervi incorpore.
he pouco,& maligna muy to. tdemjcrmo d* m*»fuet.
579 Para todos heutií a brandura, 23 paraosPrin-
cipes,¶os va&llos;efpecialmcntc para os Princi- &.$2fitfg!^
pes. As apetencias de húa republica contentaó-fecom me- hamdi*+
nos , lendo o Príncipe dócil. Fora pequeno campo toda a
circunferência do mundo,para os Reys de Portugal remu-
nerarem, como de via õ, os ferviços,& proezas de íeusfub-
ditos j & maysfatisfazia aos varões beneméritos aurbani-
d^de , comque os recebia , & ttatava íeu Principe , do que
quantos tbefouros lhes podia dar fua magnificência. O
Principe afTavel,comoafleyçoa os alvedrios dos vaflallos,
podeosljtisfazercom pouco. O Rey fevéro,como lècon-
íidera lenhor das vidas dosfubditos, obrigaíTe a foccorrelas
de todo o necefiario. Com grande detrimento de íuas ren-
das remuneraria Alexandre os ferviços de leu Capitão
Lyfimacho; oqual achou , que Alexandre tinha excedido
na paga, a quantas proezas , naó fó havia fey to , mas podia
fazer em toda fua vrda , quando o picdofo Monarcha ven-
do-o
374 O PpNClPE WS ?AT. TOMO 77.
do-o ferido, tirou da cabeça, a cinta,que lhe formava a Co-
14 Rtãig;*oni> n.ap.6. roa ,& lhe apertou com ella a fenda. 24 i hcbiano efii-
, , , moucaõ pouco o fenhotio,de que Nero lhe íe2.mertc,que
% í9..c?«rj«5. o arguiode ingrato. 2$ Neroloy aíperodecondiçao;iX
Alexandre,degeniobrandoj& ainda, que a lua Coroa h>
cou lendo atadura em poder de Lyílmacho,& odonati»
vo feyto a Thebiano íoíle de grande prélio ; cfte qucy-
xou-te, porque a afpereza com que lhe tez a mercê , lhe tífi
rouo valor^ & contentou-fe Lyíimacho, porque abenig-
• M»Hfuetuãi»e mbiipote». "uladc de Alexandre lhe fez eííimar a cinta como Coroa,
tiut.ckryf.ji fup.Genef.bo.n. Sc naõ como atadura. O Rey fevéiohe como a chuva, que
i<% S»cto*,.mC*far.n 6i. m AT O D £T I L
EutropiutdegtHix Romanarã íenaoíarta a terra , eltenliza o anno ; ik oKey arfavel he
^XÇSZZ**. s«. como o Sol, que fem penetrar a terra fertiliza a planta. *
pi,mhmtnje\que>ntr*d»»tcã c^q julio Cefar chamava aosfoldados companhey-
t.,«rvfc>idit»m. ros. 26 hcipiaonaseampanhas comia cepe, por iemo
p*r.t.jenjp„Mc*M.9 ti,, afli.nti,r {óárneza : 27 ca ufa, por onde fcus foldadosfo-
t* NautraheFfenimutho- raó taõ brioíos,& reconhecidos, que mimos oferviraõ
mina jubtim te nufiti in Cfr- r r. , . +, - v . j / li *-> •
■vthm degelem ammum , s lem eiíipenaio;à: nao poucos,por limitado íoJdo. O rrgor
f«f,i«mi»j,fi*madom»cvhi- ^os pfjncjpes adultera obom natural dos vaflallos. 28.
tCOfUt* \5 lirrniilll ■ r __
,ftJ%WWMw-^ NHÓleobriojaõcshoniés do modo , com que ie smaníaó
, 9 Hom,«e,yeT0ee, animo os brutos. 2 o A rermoíura do pomo he a pnmeyra laiva,
^■'^■■uuycb.neficih p0u- C3mç,UQ^^U[llQZi os inculca faboróíos. Sufpevcaraõ os
w/e «-Ais copaUiTtur. Dixn Koni3 nos, que MarcO Ma nlio,oc Llpurio jVJeJioie icvan-
,o íi""'^"""^ ^ ""''''>«- que tratavaó a todos. 30 A brandura he a virtude mays
tirm. ,<J, Jt. r,in ,q. 1 i •> 1 " I ■ O 1 C
,. M*nfu?u,jo,virtuteft»- lcnhori! : 31 a todos obriga, òc tudo iogeyta : 33 tem
*,m.f*fab,ju.pY*dto*- propriedades da fabuloia fonte de Athalante,que os
gre moveitur aa irati. I L ' 1
^irifto.devirt. es' vir âivit. corpos, a quechegaó fuás agoas fe abrazaõ em fogo. 3 3
i> ~Minf>tett aitiírn baredi- ¥ ,-,. ■* - i r 1 !• 1 J ri- ^i
i«iMWt»rr«flf. ffii,n.i7. innamaocoraçío dos íubditos, em chamas de tiiial amor,
»• 0llih"I?'\s'Ifu'mS hum PrincipeUrbano.Ashiftoriasoauthorizaõcomave-
Hb.x.ta». io. neraçaõ,& obediência, quetiveraõosvauallosao Empe-
,<s ■jnuj»p,teiiinvita?tr rador Octaviano, 34 Marco Aurélio, 35 Pertinaz, 36
""■ 0 . _ _ . . „ Adriano Cefar, ^7 Alexandre Severo, ^8 Aeefiiao,
<*"'«*. 39 JMelciades, 40 &: a todos, os que deyxamos referi-
as -.yfiAtíimtriâ-Mrinvita "j d 1 -O í"l TIL
*/3itxa»jr;. dos. Pelo contrario os Keys aulreros, porque, lemelnsn-
,o x<impbonn de Uuiibus tes ásagoas doriodos Ciconés ,adonde chega ó rudocon-
40 tjfimiiiurProiuiinvita vertem em marmor : impedernindo os ânimos, que indu-
^Fran^fcHt de M,«teJi. rccemcom feu afpero natural. O Sol, naõ cria o ouro no
vr*iiecurr*,-:?,>nflHx*?u- niefmo líano , em que produzo ferro, 41 nos mezer. da
»;itrnm fH.mtoi joz. ^/ixie- . ° ' . l 1 • •
mo <4. " primavera onue oSolne mays benigno, ena o ouro: nos
da
EM? <REZ A XXVlli: 377
da canicula, onde heiníofrivel , produz oferro.
581 Contd-ie deTrajano, que era paraosfeus da
nieíma forte, que delejava,fc,llèm todos para com elle. 4.2 ** &*tropio tib.t. Romano.
O rrincipengurolo,queelperaoiirvao os vaiiailos com
amor, ou leconfidera idolo, ou fe elquece da obrigjçaó
paternal. Quero, que a vaUallagem obrigue tanto, como
o parentelco: Grandes pays ouve, que experimentarão
nos ri lhos a crueza de tyrannos , pelos tratarem com a vile-
za de íervos. Carnabas, maçou a leu pay EIRey Trio-
pas. 43 Siroche,tiroua vida afeu pay Coíroa Rey dos 4, o/,w ap;,d Ravif»,» m
lJerias: 44 Efqueceraõ-ie da paternidade, porque os °,fr™"r l '"'"""" "nU'-fce'
pay> fenaõ lembrarão da riliaçaõ. Os vapores, defpois de 41 V*i*uttanur.ibi.
formados em nuvés,confpiraõ contra o Sol, porque dan-
dolhe a forma, lhes aniquila o fer. Alexandre efiava aofo*
go, Sc vendo , que hum leu foldado efmorecia de frio , pe-
gou delle,ckdando-lhe o lugar, que oceupava, por luas
tu J 'i\ C - #"v r» • 45 JuliuiTronílarigemcC.
maoslheadminittrouoiogo. 45 O Príncipe, que entre J
aMageftade delenhor naõ fomenta as branduras de pay,
fera como o Elpinheyro, que fendooRey das arvores, vi-
ve nos montes apartado dos vaíTallos , & de íua eftimaçaõ.
582 Comadvertencia,queabranduradogenio,naõ 4g Rtgtt Jifcipim* , rigor
feia frouxidão do animo. 46 Benigno, & fevéro ha de «»»f»BHdtncm& m*»fu,iudo
. . ' O ornei tiinortm::: ut ncy.gai Jit
ler o Príncipe j contra-pezando os extremos com as occa- fagidu, »«•<• ma»fuetudo j,jjo-
fíóesjbenigno,comoreformadoirevéro,comodiauluto/;'*,'^G^'v^",9w;'^
47 Parecéoimpoffivel,acharem-feunidasemhumpeyto 47 BtMU,iquifevtrí1ãti„t
«ftas duas contrariedades, fem arti ficio ; 48 porquecom vsma»f-i*J'*f»tmettutãi-
c. . . 0 , , . . , ' *. ? , . tero difciplma ftTvetur , altera
falácia, ne vicio, Scnaone virtude. 49 Os Príncipes hao innounu*no»apprimatur.
de uíar da benevol encia ,como os fificos da medicina. § o JJ -£J ^Í2/ÍÍÍÍ'Í4
Com efte aphorifmo, encomendou Amurares II. á hora da i*ge*iojum,tivirihmdiffittie
moite,aleunlnoMahomet tolie clemente, &docii. 51 ;9 \ •..,-;. • _■,,.■,..-.-. ; ../,,-, tc,
Epelo melmo, fe regulava o Emperador Conftantino "",r';"í'^""",">t,"i"'e*
Magno, fendo taóa&iva fua afTabilidade, que naõ ouve ?.M,G,eg.v* raffoyh
El 1 • n- -s_ er I to Maufuetuj homo ccrJU ell
mbayxador, que acxprimenrallc, que quizelle voltar meiieus.iJ.^mbro/Mver-
para fua pátria, fó por lhe ailmir na Corte, í: Diffèrem ««'• ¥f •. .
ímiy to a brandura, & a fim plicidade; porque efb,heinlen- jorte^aBnofto.foi.^x.
fata,& pródiga- & aquella, induftriofa,& liberal. Naõ fe ^*|âf*í )*. ct'"*'""
pulcra em qiieftaõ, qual foramays útil para a Igreja, fea-
brandura do Pátria rcha, & Doutor Santo Augultiniio,ou
fca autoridade de hum S. leronymo Doutor Máximo, fe
. . ->. ,, 7, . . f - n. 5 1 Babtddhatcm.z. hb.t.
os nao equivocara o titulo de Colunas da Igreja. 53 rnn- ,v.ia.
Bbb cipe
i
37$ O I^NCIfE DOS PJT. TOMO 11.
cipe dos aftTos,he o Sol, porque naõ commwnica a benig-
nidade de íua luz, fem a utilidade de leu calor. Proprieda-
des, que refplandeceraó,emgráofupremo,no Piincipe
dos Patriarchas, nas circunftancias,com que obrou a mara-
vilha de tirar o ferro das agoas, íem as moieftar,nem arguir
odefeuido, que oecaíionou o perigo.
582 Entre os difcipulos de S. Bento, veftiafeu abito
hum Monjede naçaõ Godo , que defenganado do muado
íe retirou delle. Sahiraõhum dia todos os Religioíos da-
quelle Mofteyro , a exercitarein-fe no trabalho de mãos,
que a tanta Regra difpõe, nacjtiellas horas, qne lhe relta*
vaõdoCoro,&daOracaõ. Mandou o Santo Patriarcha
deíTem ao Godo húa foufe roííadoura, encomenda ndo-
lhejdefmoutaííe a planicie de hum valle, que cahia fobre o
profundo de hum pego. ComeífouoReligiofo feu traba-
lho, com tanto efpirito, que dezefojode fazer em breve
tempo, oque lhe havia encomendado a obediência ,pos
may s força do neceííario ao defpedir dos golpes jcom que*
de húa vez fe defencavou o ferro da hafte , & cahio no fun-
do do lago, íem efperanças de o poder tirar. Intrifticeo-fe
fumamente o Godo , & com grande pezar , & fentidas pa-
lavras deu conta do fucceffo a Santo Amaro , que era Prior
dotalMofteyrojConfolou-ooSanto, & deu noticia a Saó
Bento do fuecedido. Pedioo Santo Patriarcha a hafte -,8c
pegando delia, chegou ao pego , adonde o ferro tinha caí-
do, & íem dizer pala vra,metéo a hafte nas agoas , & de re-
pente fobio oferro do profundo da lagoa, & fe cncavoíi
nella de maneyra, que naó deyxou íinal,donde fe inferife,
quefe tinha defencavado.
Buelve a ponerfe en el antiguo ene age >
,4 v,r ;t;Ulr Domim Be*e. ? cm nQ^a CBnari&a en eljc ama,
Íh,Mcaudie»s,*cctff!t aàu- Qjte fide Dios la mano en afro afítíte*
ciim , Ittlit dt manu Golhi ma- £~- — J r a ^ JJ J 3
mibnum , $ mifit ia hcum , tf jStingun contrario ai oiro fe refljle.
mcxferrum de profundo rediit. /T> ,. • tT> J,rl' i~ ,
ataue in manubriun, u:trav,t\ . ÍDraVO 111 '3emdlctl>Ut UlltO $ .
qui tv&tiAifeYt afnenium (jotho
reddiâit, ãicent: ccccJâborafê
ttohcsntf.siari. Tornou S. Bento a entregala ao Monje, dizendo-!he:
ttp.6.eg ag ' ' *' 'a"g' Trabalha^ naõ ttintrúieffas. 54 Fe*» diferiçaõ, âbâíba*
11 Mayoiutaie.canicu.Coi- ridadedos índios da Ilha Zabur.fendo efteo ferro, porque
icKjuiiy.Jemeiíihbut.foLMi- , - , , . i
i> j}6. davao dobrado pezo de ouro: 55 & com razaõ o templo
da
daDeofa Serapidis abalizado pelo thefouro de toda Ale-
xandria, quando amachinadeíerro, a que apedra Iman
iuiienta valora de leu centro,fofíè atrahidacoma virtude, <6 D.^ygU/iiKuti,t.jtcu
quelczíubir aelteíerro. 50 E Dinocrates, com verda- àunfa.
de, eítimadoporamtkcmilagroio, 57 íe a eiutua de fer-
ro , que fufpendéo com a frjrça ,daquella pedra 3 a elevara 5 7 PhHius]:b J4-<--'/>.«4.'*'.
comoeipirito deite Patriarcha.
584 Diminuta ficou a mentirofafupreAiçaõ da gen-
tilidade, fingido, para exagerar o grande poder do fabulo-
foDeos Mercúrio, que repetidas vezes tirara do centro
dasagoas vários iníirumentos de ferro ; para o que fingi-
rão, que hum lavrador cortando lenha emcértoboíque,
por defcuydo, lhe cahira o machado em húa lagoa. E ima-
ginando como o poderia recuperar , encontrou a Mercú-
rio, & lhereferio o fueceflo, & o defejo; oqual, metendo-
ie pelas agoas,lhe tirou o machado. 5 8 Naó fouberaõ fin-
gir , que Mercúrio fizera nadar o ferro, fenaõ que entrara *8 7*»/"» *■*'«'* 4*.
dentro na lagoa a bufcallo j porque femelhante prodigio,
naó o preiumiapoííivela imaginação dos homés.
585 Vencéo S. Bento o impofTivel de fazer nadar o
ferro , naó com exhortações de palavras, nem com entrar
nas agoas, que o íbmergiraó , fenaõ fomente com o aceno,
com que moiirou aoierro,o buícava para íeu ferviço.Nef-
ta cccaíiáo,ferviraó as agoas de efpelho,aondefereti arou
ao vivo,no venerando, & aprafivelafpc&o de S. Benro,a
docilidade , & brandura de leu animo , taõ íingular , que a
Virgem Senhora nofla o canonizou pelo mays afiavel de
todos os iulios, que em feu tempo refulandeciaõ na vir- * ttetUmiithe»Sa»mia.
tude. O retrato,queodiaphanooasagoasrelundiono nHttrai.qutmei™Jum-M,f-
proiundo da lagoa, íoy a pedra Iman, que atrahioo ferro: Jbomiuet^iaoJaJ,1utitlUt.
Valentia , que os fabulofos concederão fó á fermofurade "■ *Affu**s.uiUtg*rãhi*
Narcizo, dizendo, era tao acíiv.i,que vendo íe Narcizo nas , 9 pin»uu> ,» f*huht. %.
agoas, fcbiaóacimatodasasaréds do fundo. 59 Mentio }?$-
nifto a antiguidade, porque abelleza,que teve virtude pa-
raatrahiraííyomayorpezo, foraõ os olhos d'alma Santa, fo ^wfí flf ,„/,„,,,„ i„f,
fazendo voar a feu querido Eípofo. 60 E na ley da gra- juiMij>Jime»vtUrefect
ça,defpois dos Sagrados Apoftolos deChrifto,oSolda
virtude , que do centro das agoas atrahioo ferro , com a ra-
cilidade, có que o Sol material levanta os attamos da terra,
foy o Soldo Occidéte,o Príncipe dos Patriarchas S.Béto.
Bbb 2 5S6 Ou.
fíCefUHt,
580 O ^INCITE WS <?AT. TOMO II.
586 Óutrómilagte Como cite, obrou na ley efcrita
o Profeta Elizeu: quaficom os melmos termos rtície a Eí-
t è>hcH ante,» lomo Dti: critura o milagre do Profeta, 6 i do que Saó Gregoiio
SS5SÍ2 TJtfâíSi Magna ctmtW^áe^-íattíarcAB^^^W^^Ill*
&m,f,t,Uitt--»»t*v>tq»'firr*- Padres na promptidaõ , com que o íerro fe unio á haí-
te , que lhemoíirou Elizeu, dizem, fclquecer-le de leu na«
turaloferro, obrigado, de que podendo-o fobir Elizeu
com império, porque Deos lho havia concedido fobre to-
do o creado , a reipey to de leu culto, o chamaíTe com tanta
aíldbilidade, & manfidaõ, que mays parecéo > que o roga-
6z cum minfiietuiine na- va, do que o confuangia. 62 Difpondo Deos , que a in»
ZZL^ti^ZutZ fenfibilidade do metal, neftasoccaíióes pareceíTeíenflvd,
ofiendeteyUtconfundatMTfu- para com eltes exemplos manifeílar àos Príncipes ©muv»
PctrtudeRij>afuj>.RegJH. to, que ganhão por dóceis, & o quanto perdem por alpe-
ros. Fica por veies authorizado oienhotiouniverial.com
que o miièricordiofo Deõs ennobrecéo a feu fervo Bento,
&no leguinte tomo o dife tufaremos em muytas partes.
JMeftecazo,ufou o SantoPatriarchade tanta clementia,
que fe inclinou para o ferro, quando o bufcava, como dan-
do-!he amaõ para ofubir, podendo-o violentar. A hum,
& outro Santo, conftituio Deos, Príncipes entre a multi-
dão de íeus fervos j 6k como taes, naõ fe valerão do poder,
porque imprendiaó hum impoíTivel j ambosoVenceraÓj
porque hú,& outro uzou da brandura.
587 Também ouve Príncipe nafantidade,queufan»
do mays do rigor , que da maníídaõ, naõ confeguio ,0 que
intentava. O grande Elias, com aefpada defeuzellonaó
6) Regumcap. 18 tf 19. . ° plr) A , , / r r-víri* 1 1
64 Ecce tgommo tos jtcut pode converter a ElKey Achab. 63 E osDilcipUlos de
svcrinmcJioiuforum. Chrifto,com a manfidaó de cordeyros 64 redufiraõain-
numeráveis Príncipes. Põe Deos eltes exemplos em íeus
fervos, para que delles aprendaõ agovernar os fenhores
do inundo.
588 Vendo a docilidade do Santo Patriarcha ,dey-
xouoferro o fundo dasagoas, para fe empregar emfcif
ferviço. Nunca vivéodefacompanhada a brandura, nem a
feveridade bem fervida. Naõ ha foldo, que faça aliítaí
mays gente, que a affabilidade dehum Príncipe; nem fal-
ta de pagas, que diminua mays o numero dos Toldados, do
queaafperezadosmayores.O DivinoVcrbo,quandoap«
pareceu no Ceo, cm figura de cordeyro, teve iequico in*
nume-
E M 9 \E Z A XXFIIJ. jfct
numerável. 6% E quando roííioíí 3 fórfuade Leaõ.naó 6í Ec(e >&Ktu ilaba1 f«p
, rr r » montemos cum eocentum ..».-
appareceocom cancã aíiiítencia: 66 Em quanto Leaô, dr*gwaquatuortmiiij,vc.
ainda que y\ãúáoíú , foy n>enos affiftiáo ; & por eordty- ^7,^,11%^
nhnbíuj ái-
ro.amdafiue morro iu appareíTcia, 6i ftiavs aí^ioa- *'' '"'*'•■ WeA*» «••"■«*'««
nnaao;fomaL,&3o vietonolo tmh9acfpo»/í)5,qtse fej*ar- v^aptwehb,*™.
lir : & comocordeyro padecendo* penas ,quc eommunv íh "Pf • vtrí\ ' '
7 ,.*.'• T ' * , -> "7 isigiutm tamquatu ceei-
càx; & nefla diminuição deeftado^ílentou-fe Chrifto. a-/*"»- ií'»«». 6.
companhado de ínnumeravel fequito , para enfinar 2os
P/incipes, que naóhe ointereflè das pagas, o que alifta
i7i a y or numero de Toldados, fenaõ, que a brãdura dos Prin-
jipesj he o íqldo, que lhes multiplica o fequi to.
5 tta Serve de grande doutrina para os Príncipes a
confideraçaõ,de quenaõmandaíTe oSanto Patriarcha al-
ou de ièus diícipulos com a hafte, para que em virtude de
íeu nome fizefle o milagre: & porqueo naõ fez?Porque fe
arrifcavaaonaõconfeguir, pois faltava com afuaprefen-
ça, a honrar a obediência do ferro. Mandou Elizeupelo
teu fervente Giezi o báculo, que trazia na maõ, para que
podo-o(obreodeiunto,nlnoda bunamitis,oreiulcitaíiej ,»„,«,,, es po/uera bJuium
naõ furtio efleyto a diligencia do Santo : 68 foy ntcc&~fuPerfaciemPureri' ¥,"'" "'ãt
rio,quepeíioalmenteíoílcoProfeta,&abraçando-fecom viteiáiccm.-Nõfurrexnpuer.
omorto,oreltituioavida: 6o 1130 venceoamorte com 6y Etmcubuitfuperputru:
2i dureza do báculo , fenaõ com o afago dos amplexos : ffu'ti"eo'fu'""-f1'^r o, eJM
70 amorte,que leindureceo a viltadoameaçOjO- ibiverf.^.
bedecéo ao íavor.Damefma forte feria o ferro,
fo_ r " ÍT -11 "70 Qtirm terror fucilartron
oy a morte ;& lerão os vaílallos,quan- pluiup»*mor»#iritHn,p**
do os Principes fe aproveytemdori- er*iva*mnip.
o - , t | " Purpuram ibi.
gor , & nao da brandura.
Bbb
POR
382
POR OBEDECER AO MANDADO DE
S. BENTO
CAMINHAS. AMARO PELAS AG O AS A PE
enxuto, para livrar a S.Placido,c]iie perigava nelias.
E MV <%E Z A XXIX.
59*
EGULADAS pclocurfodc
feuprimeyro movei, fe eterni-
zao as efpheras flamantes, por-
que obedientes. Perecera toda
a republica dos aftros , fe os or-
m besceleítesnao foborditiaraó o
gy ro, a defpofi^õ de íçu fUDCf ior } ^ hc Q ^.^ ^
por-
EM?<HEZA XXIX. £$;
porque, de fcci centrados os Plane ias em feus movimentos,
Jiefthuminíluira comdifiinção ; nem o Sol cooununicara
feuTeíplandorcaiiuegular aclividade: Firmes na obedi-
ência coníervão oier,opreílimo,& o kizimenco ; coro-
pondo-fede tua uniformidade taõ armonicha coníonan*
cia, que fui pendera a todo ofublunar, fe a ouvira. Igual
ícJicidadeadquitem osra-ciotfaes naíageyçaõ,que Eribu-
taó a (eus Príncipes. Os individu-os rebeldes, a quem os
domina, naó íloreceni, nem fruóHricaô : como iè vè no bu^
mor, que nutre as arvores jconfbpado, 8c naó derretido
com o calor do Sol, arruina o tronco. Nem toda a terra
converte o Sol emouro; nem em diamantes,a todo peder-
nal^ á matéria obediente a teus influxos transforma, aper-
íeyçoa, Sc enriquece.
592 Osfubditos, naõ haõdeuzardos fentidoscom
aquella liberdade , que lhos dotou anaturefa. Naobler-
vanciadasleys,& nos mandamentos de feus Príncipes naó
luóde ter mays,que ouvidos para perceber ; Sc mãos, para T yenir obstim mmàatum
executar : naó íb aprovey tando do entendimento , para a "^tX^ZlC
execução. 1 AíTy obra o Elelantc ; razaò , porque entre «, pedi-xmmn, ma«u, cf w-.
as ieras,he o animal mays eiiimado dos nomes. Uuveao j,Uí,;,j:,CAitl„,FC,u>iuf.
Nayre,& íem demora executa, o que lhe manda : ainda DB^naràMftuctf^dif-
que o preceyto exceda a todas fuás íorças : o que le viono
Elefante, que em húa dasconquiihsde Portugal, no tem-
po delRey Dom Manoel, naõ podendo lançar ao mar húa
embai cação,que eilava no eítaleyro, por caufa de eftar en-
fermo, o reprehendéo o Nayre,dizendo-lhe jhum Elelan-
te dellley de Portugal,por mays diífícil, que feja a empre-
za, naõ deyxade a executar: inítigadoda advertência,
tomou legunda vez o Elefante a applicar a tromba,& lan-
çando a embarcação aomar,perdéoa vida. Nãoioyefte
valor arrojamentodebruto,foydividade vaflallo. Aíly o
teftiricaraó todos os Heròes Portuguezes nas guerras da
índia, & Reftauraçaõ de Pernambuco : o que a todos os
mortaespruece agora impoflivel, facilitou a fuaobcdien- 7 Scipho4fiice*ut,eum ■-
cia.Preíava-íeSapiáoArncano,dequeícusfDld3dosloi: ^'^;:
fem taó oromptos em lhe obedecer, que nenhum replica- btbat&turrimf.r*t
■ , 11 1 rr -i\ \ I ' C~. fim ia min,V attvm
m, ainda que elle os mandalie,conquiitar anado nua ior- e„„iumert,qUi *,..
taleza, que cfhva nomeyo domar, a Não experimen- »;;■;
touo Príncipe Africano cftadecríminação de léus guer- eiHt.v Erojr,
reyrosj
384 O VTylKClTE VOS TÃT. TOMO 17.
ieyros ; porque os náo mandou accommeter a façanha:
masllosCabosdePortuga] na Reilauraçáode Pernambu.
, feat àcBanahiaoriaJ* co <^ tomada de Tunes, 2 aonde os ibldados Ponugue-
Ir.Jij, $ o Ktvercfiiijfimo ra- r ~r
ire ir. Rafid de jejus. Ref. zes lançando-ie anado com aselpadasarraveifadasnaboci
tauteçaò Je Ve.naiiibuco foi. _„.. i o • „i - ...
6(H ;;/ renderão a rnuycas,oc importantes embarcações inimigas.
O vaílaJlo , que não obedece a olhos fechados mal pode
obrar como o Leão, que reíoluto a morrer, ou a triunfar
cerra os olhos, para que onaó intimide a multidão dos
contrários.
593 Fabulavaó os antigos,que a Deofa Pitarchia fo-
4 Bobsâiihanm.iJePoiiti. raconfórtede íupiter, porque fymbolizava a obediência,
que lempre acompanhou a valentia. 4 AJguns pintarão
eiii Deofa em companhia do amor, ambos vendados os
i chnrtito de Republica i,b olhos. 5 O vaflallo, que na obediência não fegue o efíil-
lo dos amantes, falta, ao que deve a feu Príncipe 5 porque
ainda, que feiogey te, naó fefacriíica}& quem não fabe
amar, não fabe obedecer. A Xenophonte náo admirou
tanto a obediência , que os Gregos tinháo a feus magifira-
o Xe»>fhontt. ^f»d Sto- d"os, consoas árduas difficuldades , em que lhe obedeciáo.
*'"""■ 6 Todos fe lai varão, íè a noíTa obrigação não fora outra
mays, do que conhecer aDeos,por Senhor univerfal de
todas ascreaturas; aobfervancia de feus preceytos, & a
obedic ncia a fua Igreja faó , o que authorizão a ingenuida-
de ài fé.
504 Nem todas as pedras, ainda quefejãochryftalí-
nas, & rubicundas, faó diamantes, ou robins; tem as cores,
mas faltalhea virtude. Da mefma forte muytostem ono-
niede vaíTallos,fem osrequifitos de fubditos. OsEgyp-
7 Gfogonu,fay,;c»ft,deàif. clos co,oc<1 vá° ° retrato da obediência entre os quatro ele-
opimamdtur.cap.^o. mentos, 7 Não intimida a hum vaífallo a terra , que o fe-
pulta; aagoa,queoafoga;oar,queoinficiona; nemofo-
go, que o abrazi ; antes quanto mays alta for a cova , mays
fundo o pego, mayor o contagio, & mays intenfo o fogo,
tanto íedeve animar a vontade do fubdito a executar as
ordens de feu Príncipe. Deyxarão os idolatras Candiotes
0 -. . . ,.„ de adorar ao fogo, vendo-o amortecido nos lenhos ver-
aes,& ateado nos iccos: o delmereceo oculto, pornao
vencer o difficil, fenão o fácil.
$9$ Equivocão-fealgúas aves com a Águia, no fey-
tio , & grandefa 5 que examinadas aos rayos do Sol , mof-
traó
EM9REZA XXIX. 3S5
trão a difTetença. No exercito de Scipião andavão dous
ibldadosaventureyros, ambos igualmente prefados de va-
lentes, & amigos do Príncipe Africano, oífereceo-fe húa
occaílão, aonde era necefiario avançar por entre o fogo a
hmneíquadrão inimigo, que com cl!e íe intrincheyrav» :
offerecerão-femuy tos para a facção , & de todos eícolhéo
o Africano aos dous Angulares j hum delles pedio licença,
para buícar armas, que reíj^iítemao incêndio; o outro, da
mefma forte que efta va, rompéo pelo denfo das chamas, &
como perdeflé a vida deftemido,mãdouo Scipião enterrar
com triunfo: Sc ao outro, pollear por defobediente; & rif-
car de feu ferviço, por fraco, o Tibio he o vafiallo, que
fe prepara para obedecer; & hemays para contemplativo, 9 Gregeritu ubifvpa.
do que para foldado.
596 Na mayor brevidade de tempo, em que obraó
as medicinas, moftraõ a cfficacia de fua virtude ; da calida-
de dos ingredientes lhe refulta toda a actividade. Da no-
. P , . ,. , r . »0 Cbeaientia tftirnTir nobi-
breza do logeyto procede a promptidaode leuanimo. 10 hiavr^JeoKondincbih,,^
Quem repara na deíigualdade do contrario , tem mays de ^4r«*£>«*v**-
tímido, que de valerofo. Todos os elementos concorrem th.repuUit*.
para a geração humana ; 8c muytos tiverão para fi , que na
formação dos nobres com dobrada efficacia,do que na dos
humildes. O nadar em pouca agoa he para o peyxe,que fe
cria com a babugem da maré; o nadar nas tormentas hc
propriedade da Balea , eftimada por filha de Neptuno.
Corre por obrigação do illuftre exceder ao maca nicho no
deftimido. A effuzáo de fangue, que defanima as feras , in-
furefíe o Elefante, & embravefle o Leão, porque hum, 8c
outro animal , faõ mays favorecidos dos influxos do Sol.
He regia acomplexão, dos que fe animão com a mefnu
caufa, que defmaya a outros.
1507 Os Romanos punhão a baliza, aquehaviáode
chegar os nobres , muyto adiante daquella , que haviáo de
,vencer os populares. Todos os animaes tem íeusdtftric-
tos, a que chegão,& donde não paíTaõ,hús, com o vo-o; &
outros,com o curfo; na vereda, em que os mays canção, le
anima o Leão, 8c íe remonta a Águia: o ter medida no voo
não he para húa Águia favorecida de Júpiter, que por ex-
altação domina o ar, aífombra a terra , 8c não teme o fogo,
porque até fe aveímharcomoSol bateasazas. Foy necef»
Ccc &úo»
386 O <?%JNC1?E WS TJT. TOMO II.
fario,queDcos puzeífe termo iomar, para que appare*
ceíTeaterra: n náo hadeterlimite o esforço de Lúva-
ii TetmiHumftfuipquttn rão, que prezumidodemar, delprezaoíer rio,porqueel-
ttOHTrinfireJieMur: nequccõ- i i /' l I J"l . „ )
vntMiuropeTiretwritn. prayado de iobeibo , quanto dilata as agoas, tanto tlemi-
rjalm. . o, . ver/. 9. nue a? forças .
5 98 Fingiráoos Poetas,que Júpiter efcolhcra da re-
publica dos animaes , para aífutir a hú banquete , com que
recreou as Mulas, da nobrelà,o Leáo,& o Tourojdo vul-
go, o Efcorpião, o Cão, & o Carncy ro ; 8c do mar pey xes
11 Btnqueteiejupittr p°- de varias celtas. 12 A todos eftes animaes deyxou Jupi-
n«co& Morai > pcrjoaòJe sâ-_ Ceo,& os elegéo por apofentadores do Sol, em
« §. 2. premio de obedecerem a fuás ordés , excedendo cada hum
delles ao limite de fua eíphera. Occupa injuítamenteos
officiosde Palácio, quem não tem fey to igual demonftra-
çáo de obediência.
599 Engana-fe anobrefacomafortuna, prefumin-
do, que fe adianta com mandar, & não com fervir. He me<
<j^««™^^ 13 NJng»em erra
menos, do que quem obedece ; porque alem de hum Prin*
cipe lhe regular os acertos, lhe deículpa as faltas. Todos
conhecem , que o máo , ou bom labor da agoa náo proce*
de do vidro,por onde fe bebe,fenão do minaral donde naí*
ce. Difculpar-fe o Capitão Perozo,com as otdés que tra*
2Ía de ícu General, fez com que fe lhe naó imputaíTe a cul-
pa dama difpofiçaõ de feu exercito.
600 Oquemuytasvefes obriga ofubditoafaltar á
obediência, he a feveridade dos fuperiores. Aquelle ,que
funda o refpey to na afpereza , defeonhece o natural da ef*
iiniação,que femelhante acorda do inftrumento, mays
defa fina puxada, que frouxa. O mél, quede fua naturefa
he fua ve,& doce, dema(iadamenteíervído,efcandelizas
& amarga. A condição dos homés (nas matérias da íogey»
Ção) não fe ajufta com a arte, que reconcilia a contrarieda*
cie da agoa , com o fogo ; porque não fe obriga a vontade,
de quem a não recebe com amor.
60 r IndifcretamcnteCpoTque o diíTe fem exceyção)
chamou certo Politico, á vontade dos Principespreripi.
ciodefubditos \ fem fazer diftinçio, entre os que arrifeá©
os vaftailosa perderem a vida, 8c osqueosexpuferáoape»
ligo de perderem as almas. Náo havemos de luppgi ,quc
hum
EMPKÊZJ XXIX. 387
humPrincipe Catholicodécaula a íeus vaíTallos,paraatro-
pelaremaley divina ; porque neiiccazo, adeíobed»encia
he virtude. 14 Mas diicorrendo pelas árduas emprezas, «4 imperatoriíf,,ncr>c,eef.
'nncipes empenharão kusiubditos jco-y^,,*,, tlcriJent/^Jjj.
moDavidosioldados, aquém leu dcfejo obrigou, anaõ ••*«»;«■»««»>*/»•»**»«»-
* .. „ ? , '«'iC cotontrcntur : noa lãinê
repararem no perigo, comque lhe apreíentaraó a agoa da/><-w«.«r>7 quediUijubtm,
cilterna de Bethlem , 1 5 dando-lhe occaílaó a deu ama- ^J^íÇlSSÍtf ^í*.
rem mavs Tangue, do que toda a agoa , que lhe podia iatii- &"'1- r
jazeraiede: Hecerco, que adimculdade dos empennos Jccju.nsEabJw.-.-.irocr-
foy providencia do Altiffimo, para diffinir a íbgeyçaó dos $££,£££; ^
YâlLlIos, ió & nella dar a conhecer aos Príncipes , a pri- •• ^'«/'/«n.wr/iiS.ef 19.
f, ,. . , /-. 1 .. 16 ObtdicMia cuca dijf.ciii-
ã obediência dos lubditos; 17 amuyta, ou pouca n*irsuer.co*tempt«scirc»mi-
fegurança de feu Império, 1 8 & a eftimaçaó , que fazem %%}^#ij;}£à!£M??'
deíeudominio iq porque em nenhúa outra couía o ma- n omà»nu*c*nquefr*c&
nireltao os iubditos mays,do que na promptidao,com que tMerttefitawrftrvituth
lhe obedecem. Tudo íe authorifa,& corrobora no pie- '•Ki'V-'i'"r/n.
■ 10 Obcdi.r.lm c muni f aliei -
fente milagre. numbi*.
602 TinhaS. Placidodezparaonzeannosdeidade, ^tZ^írX^r-
quando fahio do mofteyro adondeaffiftia, na companhia /"'*■"•' imfer*r.iúoj?itium,/í
do Príncipe dos ratriarcnas,abulcaragoa a hu pego, que «oniAfcauÍoàthiu,fidconctU*
cercava o dito mofteyro: eílendéo o braço, para encher a "^jfsS^"^'
quarta de agoa, & o movimento das meímas agoas do lago
o levarão pegado na quarta ,atéo maysaltodopégo. Re-
vellou Deosa S. Bento o perigo , em que efíava S. Pláci-
do. Com prèíTa chamou o Santo Patriarcha a S. Amaro,&
lhe d iíTe: IrmaÕ Mauro, ide com toda a ligeyre^a acudir áquefle me-
Pfftto, jiiefahindo a bulcar avoa, cabio no lavo , & esia com per iço defe 10 Fr.itre Maure,eurre .quis
r rvL j ' c a o j-j L - puenUc^qui sd auritnàama-
afogar. 20 Obedeceo S. Amaro, & pedindo abençao a rauamfe„e1Ler*u ««**«<» «-
São Bento corréo com toda a velocidade, para fatisfazer a «^» j/««í*««w *"*»«'*•-
obediência j& fem reparar por onde punha os pés, entrou D.Gr<gUb.x.Duhgci>p.n.
1 «• 01 J ' J o nl • Zi Super aquam cucunil,
pelo no,a pe enxuto^ & chegando a parte, onde S. Placi- nmp, £,,,$§„ *«««#-
do eftava lutando com as ondas , lhe pegou pelos cabellos, f» r #/«»«#*■ u$.
& o trouxe a terra. 21
Hoílando e {puniu prolongado rato,
Yajuloporla roxa cabelkra,
Le truxo de la rauda a la r ibera.
!Bra)>ofupra Canto 6.
Não conhecéo Santo Amai o a maravilha àoCuccefíb*
Ccc 2 fe-
388 O PIÇNCfrE WS VAT. TOIÍO 11.
*i j^í «ff» «*«««»««'*, lenjódefpois de atropelar o perigo, & ter porto aS. Pia-
aâfcrcvsrjtis pcfiurgumrefte- • , r, f ,, C * ° r
*//, » qwajiiperaquaf cucur- Ç1.UO iOra (k JlC 2 2
;;/.[ r agnovit,i5 quodpictjumc-
ré»cnpoii<i:":t, utfterct, niir»-
tus Mrcmiutj&ur.. ibi, J despues dei milagroe/panto còbra^
De lo que no espanto ai ponerpor obra.
ibidem.
602 Das entranhas do monte Ethnafahioliumain-
nundaçáo de fogo,com que abrazou grande parte do K ey-
no deSicilia: Osdous Sicilianos Amphinomo,& Ama*
pias trouxeráofeus paysás cofias pelo meyo das chamas,
fem que os oííendeíTe o incêndio : & diíferaõ muy tos , que
ai ow«;fW^^,//fl/0^0g0^eíranquearaocaminho,rerpeytandoeikpicda-
mmvmitfiHmetkktkerefifr de. 22 Duas coulas obrigarãoa Santo Amaro a naõcon-
alter*», ,uuc anvsrui.atqHt liderar o perigo , a prmjeyra , «principal loy obedecera
*Arty.ub.demunãil&%éitA quem era primo por langme, &c irmaõ porinftituto. Con-
cQbifr íolidou-ic aagoa, igual prodígio ao de le compadecer o
fogo , porque perdem oselementos fua naturefa , quando
os naõreípeyta o amor, & a obediência. Virtude, a que
naõ deve faltar o lubdito por difficeis,que fejaõos precey-
tosjporqueasdosPreladosfervemde prova áconfeiencia,
que femelhanreá fruta, refiíle verde a maõ, que a aperta,
& obedece, quando fazonada. Sendo muy tos como a fra-
gilidade do vidro quebradiços a qualquer golpe j com oq
ficaõinnuteisj ¶ lhe darem nova forma he neceíTa-
rio, como ao vidro ,tornalos ao fogo. Outros taõ remillòi
naobfervancia,quefemelhantes aos lobos naô dobraõo
colo, íenaõ quando ouvem trovoés,com medo do rayo:&
fendo lenhos, que naõ tomaõ forma fenaõ á força degol-
pes,;a mays ficaõ polidos-^ toda a vidaperfeveraõ toícos,
& troncos, porque arraygados na terra nunca o artiticc,
que he o Prelado,os acha hábeis para os desbancar: nas con-
veniências dofeculo,a que vivem adi&os, pervertem as
operações dadifciplina.
604 Ouvio,& obedecéo Santo Amaro : & fem re-
parar no perigo, a que fe expunha, deu complemento ás
ordésdo Príncipe, que o mandava. Foy a obediência ocõ-
celho,que lhe facilitou toda a difficuldade,poi que na obe-
diência levava contigo juriidiçaõ fobre os elementos. Para
inf-
EM? REZ A XXIX. 5S9
ínítruir o foomem na obediência , parece, qtie Deos pri-
tiityro fe quiz exercitar emobedeccrs como m-andando-íe
aíiuH'ímo,iiaíorniaçaódoprimeyrohoHiem, 24. Schíi ^tf*fia»wfÀi)>i*£,<èinis~
eoscom íemelhanças de obediente, quando queria ex.- Ge„<f.cV,,.*:,j.i6.
ercer o domínio, & iaiperio de Senhor uni verfai,torman-
do o homem de húa matéria taõ vii,como he© barTo?Com
que íuilterior Queria Deos iazero homem áfuafemelhan-
ça, com poder fobre os animaes da terra, os ptyxes do
mar, & as aves do Ceo, 2< & paraque Adaó tivefie do- r7<, EtP'"ftP'fc'l>us «<"•«»
. i r i^~ ' r r n Vvolatihiu* C*li&beflift um.
minioíobre os elementos, olez Deos a lua íemeihança *trf*nrr*.ifo.n.idcm.
com reprefentações de obediente;avincuJando-ihe á cbe-
diencia todas as jurifdições de dominantç. Em quanto
Adaó obedecéo, tudo lhe obedecia ; de fpois, que foy tráf- ^JS^SSJÍ^
grcllor do decréto,perdéoo refpey to de íenhor: faltando- b^voUDcminwetgatUosaf.
jhe por deíobedientea Deos , o que por obediente adque- v.(*bo/bji.bom.u. i„ Gentf.
rio Santo Amaro. 26
605 Ficou Adaó fem o domínio -, logrou S. Amaro
a íupenoridade,porque a confervou obediente. Todos os
elementos fe conlpiraraõ contra Adaó, porque na falta da
obediência naóconhcceraónellcamayoridade.HúLeaó, ,7 ç^eumaHffa |lM
deu a morte ao Profeta, que Deos mandou falar com Jero- ^«**>i^e«i*?«.
boaõj 27 & muytos Leões trataraõcom afagosao Pro- fg '\>aam;m mif.t Ía.-^
teta Daniel, 28 & awufa*|F<i#lfflai^aiifó«
* J 'r i *™ t num $5 ncn nocufur.t nniji.
charaónaquelle Profeta avirtude,queasdomou para com Dameiu6.verf.zz.
Daniel. O ProfetadefobedecéoaDeoscomendooprohi-
bidoj & a Daniel por obedecer a Deos otinhaó prezo no
Íl I - i?j1 r - ,, * Si Protbetamviãiff.tut
ago dos Leões, Lltes, o relpeytarao, porque nelle reco» D«niehm,tum bo«or*ifit :feâ
nheceraõ as forças do império, que os amanca;& tragarão i™f«*™>>'™»>f*rf>;
a outro Profeta, por quebrantar o precey to, a que devia o-
bedecer. * Em companhia dos animaes, que recolhèo na
arcavivéoNoe todo otempo,que durou o diluvio, ef- 29 Etexeunauarimamibut
quecidos de lua íerocidade, porque Noé por mandado de arCltJ_ ow/6.^/.9.
Deosos levou em fua companhia, 29 & íe as feras reco-
nhece m eira virtude, o refpey tarem as agoas a Santo Ama-
ro foy tributo, que pagarão a lua obediência.
606 Naõ vio Santo Amaro o perigo ; a olhos fecha-
dos executou asordés defeu Patriarcha. Delta forte cof-
tuma obedecer, quem nafcèopara triunfar. Proítrado por
rerra,& privado da vilta,dcyxoua S. Paulo, quandoSau-
lo, a luz do Ceo, quelhe.illuíirou o entendimento, para
Ccc 3 co'
59o O f ^INCITE DOS TâT. TOMO 11.
conhecera JESUChriíto por verdadeyroDeos; vendo-
3o Domine quiã me vjtftce- {c Saulocépo,preguntou a Deos, o que lhe ordenava. 20
rei */la>irum ç.vaf.6. o T o J / 0
)t Ltcurwterrogat^dcoii' A efta pregunta deSaulo, clininaraó os Padres annuncio
duhn*v,t#fertrv,8*rtlt,in. da« victoi ias, que ha via de alcançar dosjudeos,delpois de
redextitjuJitb.tem.yfoi. convertido em Paulo. 3i li com razão inferirão deite
67.$. ji.f*/. i). -cr e - n i c
termodo Santoostriunios luturos: porque bao Paulo el-
tando cego , Si preguntando a Deos , o que delle quei ia,
foy quertr-lhe obedecer a olhos fechados, atropcílando
por todos os embaraços, que opodiaõ encontrar, como
frágil; Schúacreatura, quefe facrificava a obedecer defta
lorte, prometia confeguir os mayores troféos. Mas coníi-
derandoo tempo, em que hum, ck outro obediente faciifi-
coua voncade, vejo que S. Paulo obedecéoaolhosíecha-
dos,quandonaõ tinha luz nos olhos: & Santo Amarocom
a viíta clara obedecèo a Saõ Bento, como Te anaõ tivera.
Mas tudo procedéojde que o amor obrigou a Santo Ama-
ro; & a S. Paulo, o caftigo : & a quem obedece por caftigo
he neceífirio pri valo da vifta, para que íeja prefeyto obe-
diente; que para o amante bafta omefino amor para lhe
cobrir os olhos. Nunca Sançaõ os abrio , para conhecer os
»i Quem rum apprMàiffm enganos deDalila , aquém amava; & foy neceflario ,que
Philtllbiim, (latim erueruiitoc- r • uLM-n. 1L »" /T T'
tuhiejut, jus.crt.verf,^ ,eus contrários os Philiiteoslhos tiraílemíora, para que
Sançaõ fe lhe fogeytaíTe. 32
607 Se bem, que efte extremo da obediência de San.
to Amaro fe originou da muy ta graça , em que efia va com
Deos. Os que eltaó nefte auge, obedecem a olhos fecha-
dos, ainda que tenhaõluz, ck claridade nos olhos. Def~
íorlm%?Jer'J'u"i<'''ÍUI'am" P°'s)cJuePeccaraõnoíros primeyros pays , diz o Sagrado
Texto, quefe lhe abrirão os olhos. 53 E por ventura atè
aquelle tempo tiveraó-nos cerrados ? Naó por certo ; mas
cm quanto confervaraó a graça com Deos tendo os olhos
abertos, uzaraõ delles como fe os tiveíTem fechados, na
promptidaõ com que obedecerão ao precey to di vino:mas
defpois,quecomereraõaculpa,os confideraraõ abertos,
porque foraõ defobedientes a Deos. Aproveytaífe dos
olhos, para conhecer diíficuld3des,quem deíeftimou a for-
tuna com que as vencia, como foy Adaõ: naó íe ajuda da
vifta, para conhecer os obítaculos, quem, com S. Amaro,
fe conlervou na graça de feu Príncipe.
Ó08 Poderá Santo Amaro reparar no impoífivcl , a
que
E M V %E Z A XXIX. 59t
queoobrigava S. Bentodifficultandoaemprezanaconfí-
deraçaõ , de que o Santo Patriarcha , como homem , o naò
podia livrar de ftmelhante perigo : mas naõ examinou os
a rributos da pelfóa que o mandava , fe naõ a voz do Prela-
do a quem obedecia, 8c nella a voz de Deos, a quem o San-
to repreíenta va ; para eníinar aos lubditos,como haõ de o-
bedecer á vozdo Prelado , naõ pelo que he, fenaó pelo
que reprefenca : naõ fe governando , pelo que vem , íènaò
peloqueouvem.OsgrandesdeJerufalempreguntaraóao
Baptiíta fe era Profeta? 34. Refpondeo-lhe o Santo,que
naõ era outra coufa mays do que hua voz, que pregava nos *4 £«* «»« •■•:-•." Pnpbw
dezertos. 3 5 Nefta diffiniçaó , em que o Precurfor deu a "^EgoZx 'èunLú, )K ie-
conhecer fuás excellencias,infinou aos de Jerufalem,oco-</hf'- lbivtr£-x\-
mo haviaó de receber fua doutrina. Oscortezáos daquel-
la Corte, queriaó faber o efhdo , & a dignidade da peífóa,
para avaliarem por ella o valor de fua pregação : & amo-
cftou-os o Baptiita, que o não havião de ouvir pelo fogey-
to, íenáo pela voz; naõ pelo que os olhos lhemoftraflèm,
íenão pelo que a voz lhes perluadiíTe: a voz era celeftial,&
a peíTóa terrena; & na obediência refpey taífe a voz, & náo
fe atende a calidade.
600 Toda a difgraça dos fubditos coníifte em não
darem aflènço, ao que ouvem; fenào,ao que vem; abrindo
os olhos, & tapando os ouvidos , fem conííderarem , que a
eflencia dovaíTallohe ter ouvidos, & naõ ter olhos. Cor-
tou S. Pedro húa orelha a Malcho; 36 & privOU S. PaU- }<5 Simcnergo?ttru,hilcnt
Io da vifta a Elymas Mago. 37 Authorifaó Padres , que íJ$"J;,!J5í ' ™ZlnlI%
S. Pedro em lhe cortar aorelha odeyxou incapaz de me- ^tíjfmà&N»y**i«$'m
11 » o o !• 1 rr» rr r ram.Jozn i8.ee/ >o.
lhorarde vida; 38 &naóh algum,queafnrinaíieomel- ,7 Et confim ctc,d>t i»e*
dor» 1 r\l t- 1 C caliçctâ ti*ct>r*^& arcMtunf
acegueyra,comqueS. Paulo caítigoua Elymas; h- ^1,:^,,, „,„„„, <;„».
candoefte apto para oacrefeentamento, & Malcho inu- »*&»«■**.■*«#•*»;
.. rA r >. )8 y,éc Paredes ,n ]u J«b
til, porque elte, cortada aorelha, ncava impoliibilitado tem.z/a. ,61. §.90.
para ouvir, & hábil para ver; & pelo contrario o Mago:
porque he deftruiçaó do fubdito ouvir menos,& ver mays.
Razaõ;porque Samuel diíTeaDeos^uefallaíTe para o ou- »9 tequereDomire^»»»-
o - rjri_-/r r- o '1 ànjer-jmtuut.
vir, 39 & nao que iedelcobriíie para o ver. rez Samuel i.í^.m/.j.W.j.
neítaoccafiaó,como em muytas,aconfifíaõ de fervo do
Senhor ; & para abonar feu conhecimento , diíTe a Deos3
que para executar fuás ordés tinha ouvidos, & naõ necef-
íirava de olhos; porque a obrigação de quem obedece hc
9!
92 O PRÍNCIPE WS VAT. TOMO 11.
fechar os olhos , & aplicar os ouvidos, como fez S. Amaro
na cxecuçáoquedeuásordésde leu Patriarcha.
6 io DiíieS.Bentoa Santo Amaro, que correfíe por-
que S. Placidocahira no rio: & fe iora Sanco Amaio, co-
mo faõ alguns fubditos, poderá interpretar eíle preceyro
de forte, que deyxando de accommeter o perigo, tivcfíè
para fi,quea viftadelle, oeiculavadacbediencia:0 Santo
Patriarchanaõ mandou a Santo Amaro, que correfíe fo-
bre as agoas, íenaó fomente, que correfíe ; & poderá o dif.
cipulo correr da célla do Santo, até as margés do pego, &
achando adifficudade, retroceder ocaminho ; & ter para
íí, fizera o que o feu Prelado lhe difíe,por quanto tinha an-
dado, até onde a terra lhe facilitou o caminho. Naõ o ima-
ginou afly Santo Amaro,porque era perfey tiííimo fubdi-
to.Os interpretes dos preceitos naõ íèrvem nas Religiões
niays,que de as perturbarem,& de lhes impedirem os aucr-
mentos. Mandou EIRey Sajil lançar hum bando , em que
4o ^sj/urêvit saui poluiu prohjbj;, a todos feus vaílallos , que nenhú delles , naquel-
dicenr: inalcíicfuf vir y quico- \ , _ , . È • o • i r • i -
medem pammufque aà vej}:- ie dia comefle pao, 40 ate alcançar victona dos r i!ii/r.eos;
T' ^^'SÍt^rSueeraomefmojque mandar-lhes,que fenaó desjejuaf-
interpratiijtt, y qmâ jo»a- jfem naquelle dia. Interpretou (como querem muvtos^ ai
ib.i* jlulte egií , multt mtlith/e -, r,.nT . ~ r ir « 1 ' ^
aSu»t. leu hino Jonathas eiteprceey to de leu pay,&devxando
Par:[ienfit D. francifcui de 1_ -ALT J- Á\ f
R.pajup.Rtg.cf.i^bi. decomerpio,goftouhumiavodemeI: 42 íe meu pay
prohibe , que fenaõ coma paõ , bem póflb eu gofiar do fa-
vo^ ficar fem efcrupulo, de quebrantar o preceyto.Mof-
trouoCeo, que Jonathas fora o tranfgreflbr do manda-
mento, & a cauía de fenaõ alcançar a vi&oria. Amotinou-
^ Exte»Ji: r-mmitatê vir* fe 0 povo, experimentando o caírig[o fem femanifefíar o
g*,quam habebat tHmanu,& . ..* \ * A. C v O ^ I »
,nv»x:tinfavummciiú:&coH- delinquente. Moítrou-o aiorte, oc jurou baul de privar
tl7íf""íf: da vida a Jonathas. 43 Igual pena merece o interprete,
4) Mt,t,ts fonem in ler me, porque naõ caufa menor confuzaó nas communidades.o
tí Jcnatbjnr filium mcHtn , EJ, . ■ r ■ i I v •
fpiu,eftjor.»th,t ::■.:: morte que uza de epiqueas na obíervancia da obediência.
wm«m. in.v,rf.i*.&u. 6 , ( Prezou_fe mays Santo Amarode obedecer com
refígn3çaõ,que de interpietrar com fubtilefa. A mays con«
tagiófa pèfte naõ caufa igual engraço nas partes aonde i'c a-
teya, do que hum liibdito,com opiniaõ,íua lingoa, de Jin-
goa de Oráculo, no mofteyro adonde afíifte. Remuneraó
as Religiões com particulares prémios, aos que nellas con-
tinuarão, por muytos annos,ascadeyras , & púlpitos : cu-
jos indultos faõ caufa para alguns íubordinarem osPrela-
' . dos
EMV^EZ A XXIX. 595
dos a feu parecer : não tendo muy tos nsays que o nome de
Mdtres,&: Pregadores ; alcançando o premio com mere-
eimentosalheyos, Sc interccfioésde padrinhos : & deipois
de priviligiados, aculU alhea, Sc íèm credico das Reli-
giões, preibincm de Oráculos, glofando leys, diffinindo
jurildições, Sc dando errados lentidos ás obediências. Que
de íuditos padecem no interno , queeftariaõ hoje goíando
a gloria ,fenaófcguiraõ os pareceres defiesíalços Orácu-
los , & íe governairem pela voz do verdadeyro , que era o
Prelado, que os governava? Subdicocomeites apenfos de
Oráculo, em quanto vive, privada quietação os Conven-
tos onde morj. Mandou Deos a Jolué,pozeíTe a ferro, Sc
fogo a Cidade de Jericó, Sc que nenhum filho de lirael to-
malíe para fícoufi algúadodelpojo: Acham filho de Car-
mi achou húa regi a de ouro, que tinha fervido de lingoa a
húaeftatua,& a cfcondèona terra: 44 ceifou Deos defa-
voreceropovollraelitico;&: atènaõ queymaiéa Acham,
& a toda fua familia , Sc bés efu veraõ os filhos de Ifrael ti- 44 viâi interftoií* regulam
midos, perturbados, Sc inquietos. 45 Pois todos eítes ";'"'"•' 8aWt*&'mtJ?*-
males cauzou Acham, porque tinhaem íeu poder a lingoa Exricujm minaorfediis
de huaeíiatua?bim;que Achamera lubditode Jolue;& a ^fUjZtrii,-n ,:'■„. t foi.
eftatua.dequem tinha a lingoa, havia fido Oráculo da pé- *°6 ■ < >9'-f'8.í9
.... , r, 7 n r, ° 1. , ^ , , f 41 N«« ero uht* rohfcum,
tilidadej & num lubuito com lingoa de Oráculo hetodaa donte ontem» eum,quihujvt
pertuibaçáo,&defordemdascommunidades. fcdcrurmçft.in^f.iu^.
612 Ofiereceme particular reparo,onãocaufar a
lingoa do ídolo tanto eftrago na boca daeftatua , quanto
caufoii no poder deftefubdito. Somente quando deyxou
de ler lingoa de eítatua,quando acabou de fer Oráculo en-
tão caufoumayor luina. Muytos deipois que acabão das
prel.tzias , ebrão da mefma fótte, porque pieífuademos
ílibditos, adelprczarem a obfervancia,aprovando-lhe a
relaxação, ou poroffenderem ,os quegovernáo j ou por
dileul parem o mal, com que governarão ; com intentos de
tornarem aoecupar o lugar, que indignamente ferviráo.
Oh efhtuas , que foftes algum tempo ídolos, inrimide vos
o fogo, em que parou a linguadcfte Orarulo! olifubditos:
Jembrayvosdocaftigo, que padccéocftefubdito,poique
fc governou por efia lingoa.
613 Chegou Santo Amaro com S. Placidoáprefen-
ca de S.Bento:& atribuindoo Santo Patriarchaomil^gfe
Ddd aobc-
39$ O ^INCITE DOS TJT. TOMO 21.
a obediência de Santo Amaro, eiíe dizia, que a maravilha
fe originara da benção, que recebera de S. Bento, quando
o mandara: &nefte argumento decedio aqueítáo o incl-
ino S. Flácido com dizer: Eu, quando efiaVa no mayor perigo de
4g Egocumexaquairaherer, rne afofar , Vi /obre aminba cabeia a CuculLi de meu Mestre. 4.6
Taper capai meum melotê */tb* - ' <->. . . 0 r» i j t J ir i_
bhUvidcba,»,atqueiPiHm me Em glona do Santo Grelado redundou a obediência do
extquueducerecc»ftdcr»bam. |"ubjjco & nella authorizou Santo Amaro a grande opi-
U.Greg.ubiJupra. ._ '. • "T , &
niao da virtude de leu Meitre. fcmeerta occaliao chegou-
47 Magifierb(,tie,quidfaei. fe hum mancebo a Chrifto,& lhe diífe: Bom Medre dizey-
em,utviiam .-(temam perapiã. p 1 i t» L J '
Karcc.verf.n. me, o que farey para alcançar a gloria. 47 Keprehenaeo
48 Quiimeàicis hnum? Chrifto, porque lhechamou bom Meftre. 48 E não foy
Chrifto noífo Redemptor o melhor Meftre, que nunca ve-
yo, nem ha de vir ao mundo ? He certo :poysqueaggravo
lhe fezomanceboem lhe chamar,bom Meftre? O ieguin-
te. Aconíelhou-lhe Chrifto a efte fervo, que para alcançar
o Ceo era neceífario,vender quanto tinha, & repartir com
os pobrcs,o procedido da venda. Intrifticeo-fe o fuplican-
tecom arepofta , &naóobedecéo ao concelho de Chrif»
,,9 rujo, quacunquehahes to. 49 Pois homem , diria Chrifto, que naõ obedecen-
^^^^pa.pcnbus^gu, jQ eu mando , me chama bom Meftre, oflendea
contrilttitiu ta verbo , abyt ma- 7 J * '
renf.ibiverf.lt,v 11. bondade deminha doutrina, porque não executando os
meus concelhos,defauthon fa a minha bondade: ie me eíti-
mara por bom Meftre, ha via de íer bom difcipulo , cbede*
cendo a minhas ordés; mas como me falta na obediência,
naócre na minha bondade. Nãofeconhece aintegridade
dofubdito naconfiiraô,que faz de vaífallo,fenaõ na
promptidaõjcom que obedece:em obedecer a olhos
fechados confine a verdadeyra razaõ de fub-
dito , & todo o crédi to , a que pode fu-
biraMageftadedefeu Príncipe.
SOLICITA
595
SOLICITA HUM CLÉRIGO, MATAR A
S BENTO
COM VENENO.
E U (P Ql B Z A XXX,
6H W6Qi CHEYRO,& afcrmofura da
Rofa lie caufa, de a privarem da
vida ; não íe encaminhou a mão
a executar o golpe, fenaó para
onde a fragrância dirigio os ien-
tidosj livrando-íedameima pe-
na as mays flores , porque a não igualarão no chey ro. Sue-
cede aos cavallcyiosdafama,oraelino,que á Rainha das
Ddd 2 flo-
b
§9* O PRÍNCIPE DOS ÇJT. TOM. 11.
flores ; a fragrância das prendas, he a guia dos golpes; def-
pertador da inveja, he a extençáo da fama: Abutres,aquem
o cheyro afia a garra, faõ os homés, aquém o aplauíò acen-
de a cólera. Osquequerião a morre a David divulga váo-
■ ViUfiiium ifii Betbiebc- l|ie 3 virtude, i O numero dos rayos he canto, quanto o
njjimumroboTe^virumbeU- elírondo dasnuves : a ioma dos invejoios, quanto a copia
€'{Ur'V*6 dasproezas. 2 O rayo, aos que não pode matar, aílom-
% lami iuimiei^uantctfue-brs; afíy a m\e)2. Ficaditonáofervir afortuna a todos de
rim vii tules ,• una mulioi ter- r • r > - r • r J Ó
qua,nuitiHnamin>pug»ant. lama; aqui ie vera, naoíervir a iama deiortuna amuyros.
Hazanátudeodio. Não ha vento, que levante mays aréas, doqúea voz da
fama,deemulaçõesitantosfecriãocontrarios^uantos fo-
rão fabedores da proeza. 2 AíTy fe preparão os braços
.3 Qutmmâçnus mirantiumt t J J t l í *
íímwí»«/,«T./j«:r,«wf>2/!f.par?oaggtavo,)comoiefbra exercito inimigo a narração
fulas. Scaeca de vita beata.
4 i/ludivimus famtm ejur.
diffoluiitfuHt ma nu/ noP.rse. mOTte
ti jeremiai 6.
de virtudes alheas. 4 He oluzimentodaviçja, chaveda
61 í / Os Egypcips punhão ao peytodo tfiiMifante
húa BulIa,aquaLcòncinhaoremediòçontra oinvêjoib. 5
s Erai,vrriu»ipbitwgrfia- A liberdade, com que voaa fama r he muy to difterente da
Tcrrt^r7'">7mpb's fogeyçáo, com que anda a fortuna; os da fama paíTeáo
remeii><,qU4edverfUfwvidiâ\ivíGfy8c<Q& áfqrtunados andão fobre-menatfem; & quern
bcUere credebantur. . , .-«- • * ■ •'» i 1 j j •' • r
PieriutVnhvitnMi.de Buiia,^ de paílear com liberdade, andando criminoio para
com a inveja, neceííario.lhe era aquella carta de feguro:
irias não teYeçffey to a triaga , porque ficou prevalecendo
o veneno j acabando os triunfos deElvioScápíao em des-
terro; as"vi^cftjas;de Iviarcq Curió, em afroncasde inn\d;
Si os aplaufò^_de CbudiolNéro,em defprezos do vulgo;
obrigando a ^Cipião Africano a fugir da Pátria, oexiíiir
femprevencecT&r; fendo culpa em Lucullo,para Pompeo
o tirar de Capitão, nuncá~fer vencido de Mecndates.Os
termos de amor troca a inveja em motivos de ódio : as
incríveis façanhas , que na índia obrou Duarte Pache-
co, o trouxeráo prezo a Portugal ; morrendo entre asmi-
íerias de pobre, quem ao nome Português eternizou nas
riquezas da fama. * ElReyDom AffbnçoXI. deCaftel-
'onr.gne^eUjUria, h^njandoumatar ao Meftre de Alcântara Dom Gonçalo
iuguczafoi f>%.anm i$o5. Martins feu vaffallcr, & fronteyro morde Anda-Luzia,in-
vejando-lhe o aplaufo, que teve davi&oria, que alcan-
6 ■MoaarcbiaLufitM.Tfar' Çou dos Mouros. 6 km todos moítrou a fama fer como
tem. 9. e»f.%. as folhas da Babona,que fendo cor de ouro,acabáo na pon-»
ta em forma de alfange : oucomo as agoas do rio Hypanis,
£ em
BMfKEZA XXX, 39?
em terra dos Seiras , que no principio da corrente faõ do-
ces, & no fimamargofas: os dias do triunfo ,faó vefporas
doíentimento: Levantou Tacòbapédrado poço, Sc logo i ^mn'*]*?**™*" ***«•
lhe cahirão as lagrymas dos olhos. 7
616 Advertência do perigo era aquellabul!a,aque
chama vão remédio: não ficou izentodofogoda inveja o
braço, que fe purificou nos ardores da campanha jmuy tos
queneite moítrarão valor, acharão-íe fem animo para o
outro: Heracleto Efezio, Thimones Arhenienfe, & Thi-
moleonce Corintho, tendo forças para merecerem, o que
acieditouomundo, não tiverão mãos para fuftentar apa-
ga, que o mundo lhe dava , recuzaráo as honras, porque he
riitfcrente arte a de vencer os perigos do luíímento, do que
as bal las do inimigo; o livrar deftas,he fortuna \ o náoeica-
pardaquelles,hedecreto. 8 Sãoas agoasdo aplaufoba. g Uviiianeceffatiaeap«t*
nhos de Euclides, onde fe encontra a cana, que lhe deu tucomet. ibucji tpudpiuu
a morte: fendo efta a liga,com que o mundo compõe o me- ' '""'" w
taldafamaj&eíkohmdosqueibbemaella.
6 1 7 Toda a razão porque a fama he aíTemelhada ao
parto da vibora , he ferem os que a oceupão, como Remo;
& os que a náo lográo como Komulo ; matou eftea feu ir-
mão Remo, porque paíTou os muros, que fefazião a Ro-
ma : outros dizem, fera caufa , contenderem qual havia de
ler , o que défle nome á nova Cidade ; donde o paííar os
muros, ou o dar nome foycaulada morte de Remo, he o
motivo da inveja de muytos j paíTâ os muros , quem ganha
fama | dá nome á pátria, quem alcança vi&orias: para to»
•doshecommum remédio efta gloria particular: mas os de
Palcliina, nãoquizcrãouzardospòços,ondetinhaÒ3goa
em abundância, porque não foráo elles mefmos, os que os
abrirão. 9 Os triunfos, de que fe coroa hum Heròe, 0 \tniitnutci?A*pMum'
r - r PI J ^ 1 a J I ncípuiccr, quoifcácranifrrvt
lao mapas, em que levem dilatadas as demarcações do im» ^mauUbnbamiBetem-
f crio j & como íe cfte augmento fotíe prizáo , quiz antes ^«.«Wírweei™», íi»//«««
Adriano entregar aos Paríhos, Arménia, Syria,&Mef- Gefiefz6.vtrf.*$.
fofíotamia, pelas haver conquiítadoTrajano, do que tel-
los por vaflalloí. He pena da inveja tenr a outrem , mor- ^J™„om«i*f'c,t.
Òendo-ieafi. tO Gbr3fofion,.fufGcncf.i»Au
618 Tratava Siconiocomdefprezoas obras de Ca»-
tulIo,& difleráo, fercftc devedor ao outro; tormento con-
tinuo era para Sinconio a memoria do foeta 3 gloria dila-
Ddd 3 tada
II OinviJia, quafcmperfbi
efi ir,. mica , na c^n wvidofatit
ti t aurem , tui írvidet ^gloriara
purit. JJcinJup. Mattb.
• i 7 andiu inibi fortunatui
■vidtor , qtundiu iuviJioJuíJu-
eio. filtac apud Stob<t*in.
■ j tSlrcttf inttrdum iliruti
Jlinl eo »icrl:io,cui dicati erant,
fi memoria etui invidiofa ejjct.
Bullcngerius de Iriumpb l.\
t 4 Per diem ineurrent tenc-
brm. Job.i.n. 14.
H Inviàittefítn meliorer.
Cteg. hb. 18. Mota/wm.
398 O ^INCITE VOS <?JT. TOMO II.
tada foy a inveja de Sinconio para Catullo: realça as pren-
das, a ceníura da inveja. 11 Os amantes das Muías poie-
rão(com razão) cm a fome do Parnaío a eftatuado inve-
joio^era efta a parte,onde fe lauieavão íabios}& para abo-
no da gloria era aquellaaiiiíkncia : hecommodieiadeo lo-
gro,quandoonáo delperta ainveja. 12 Arcos triuníaes
tinha fdbiicado Adriano áfua memoria ,íè folie invejada
fua fama. 13 Acreícenta Pirifmides,a fortuna com emu.
]os:daluz,concebe a inveja o achaque; 14 comquelen-
dodepoíitodo lufimento, ácuftadamaltncolia piopria,
conft (Ta n3 doença , o que nega com a lingoa. Em hum in-
vejolofe verefica,comoomays abatido compete como
mays eminente. He de calidade humilde a inveja , iras tem
de natural nobre, onão afpirar fenão ao maysalto. 15
Summa petit livor, per fim altifflma Venti ,
Humma petunt dextra fulmina mijfa foVis.
Ovid.lib. 1. de remédio amor ts.
Doquevive o Principe, enferma a inveja. He Antipo*
16 QuaftmmBt.ficpaiçt- ò!a da eilimaçáo oinvejofo: aluzdo aplaufo heparaelle
hum ncriâic. Job, ub.jup. fombra§ dfl nQy ce , g
17 ?„ i«,iz„m unumfin 6l9 ° ocio> & a defeonfiança fazem habitável a efte
hbore habiredefiJerat. Chãos ; querer fern trabalho alcançar eilimaçáo , 17 Sc
RemunJi Lulur Proverb. r r r ij O f - •
18 Mm,«íra/«t,e«,d/ <,/,>„<, verleiem eiperanças de deyxar nome, 10 lao os motivos
f::pi:,t:;;l7;r;;>: da inveÍa- Qyeriãoalgús, fofTe a fama bemaventurança de
fcrat,fHum*pudpoHero,cck- nefeios, alTy como a fortuna : Não teria mays eftimação a
ire nomenfuturum. r r \ •' 1* - C\
^ipuã. euunam. íama, ie na Juz, co que acredita , nao molírara o preço por-
que fecompra : O que levou a pedra Cereya a ornar a Co-
10a de Alexandre jfoy verlhe efte Monarcha rayos de luz
acompanhados de veas de fangue. O braço, com que nada
opeyxeReyne refplandece em a boca, de quem o come:
embarcação he aMonarchia,& o braço, cujas forças lhe
dila tão a navegação, he, o que na boca dos hom és appare-
celuminofo: todos afpiráo a oceupar efta parte, com a?
quelle lu(l;re;& a quem falta o merecimento próprio, pre-
tende com roubos fazer-fe benemérito: ufurpa aplaui^s,
comoZoylo as glorias de Homero ; desfazendo em as ac-
ções alheas, para compor as próprias.
r
C
Galba%
EM?<kEZA XXX. 3^
~- - Gãlba, f$ Calvo
Com TotlioH ; che* ntiilfuperbiafalfe^
Ore contra quel cf Jr pino armar lít kngtie
Et duo cercando fame indcgney(s> falfe.
Tetrarcb. Triunf.del l.i Famacap. a.
Imitando a Ariftoceles, que julgou os livros de Ccu Mef»
tre Platão merecedores de acabarem no fogo , para que os
feus duraíTem na fama.
620 Impedindo muytos 3 entrada aos requerimen-
tos do benemérito, para que com engano tenhão fortuna
os próprios; ou para que fem amayor luz avultem gigan-
tes: mey o, por onde alcançou dellley Toti la, o ler gover-
nador de hum exercito, Bonda , que por merecimentos ti-
nha onaó provar nuncade animoío;efiorvando,queos
ferviçosdeDardalo fenão aprefentaifem aTotila,íenão
dcfpois de fe lhe entregar o baftáo.; inficionando com a in-
formação malévola a real fonte, onde o fequiofo Heròe,
<jue nas campanhas fe exhaurio de fangue , ou fe teftou do
Sol, tem de hirrefazer-fe de forças, com fe lhe premiaf os
fer viços: Succedendo-lheomeímo,c]á Nimpha Scylla,a-
qucmCirccspela inveja, que tinha de fer amada de Glau-
co, lhe lançou veneno em a fonte, donde febanhava Scyl-
la ; com que fetranstormou em monfíro a Nimpha inveja- ,9 Verifimniutautemiârem.
da. Semelhante á fonte do campo volaterrano,cuiasaPoas*"'/""'"">f''^""'£,^"''Xí^-
„.._ . „ r rú tcrranoaurocompertum rfJe.iJê
íertelizaoospeytosdas mays,paracrearem os hlhos, 1 9 LcanderirMit ;ff«tm,fctii-
foy ElRey Dom Manoel em premiar, & foccorrer, aífy o T^S^tZla^.
delamparoda orfandade, como osmeritospeiToais;& pò- *'*«*<< «&«•»•«»*«» «<#>>/««.
oe tanto a inveja, de quem nunca acreditou o Keyno, que nieuUr.Vttbafmtu,
aífy infeliirão , & cfterilizarão efta fonte perenne, contra
os eternos luíunentosda índia , que a muytos remunerou
com defterros,& pagou os fer viços de algús com palavras.
621 Como a Curuja, que íeveftio de galla, turrando
ás inays aves as pennas, faõ, os que com defraudo da gloria
alhea , veitem o demérito próprio: anciolos de pennas,
com que voem na íama, executáo o caftigo,quc teve Mar»
lias, em os queientem venta^ésde Appòlo; efte, pos em
deformidade a Máríias, porque quiz contender com tile;
& o caltigo que Appòlo Uie deu íaindo vencedor, dáo aos
vicio-
too O $%1NC1?E T>OS VAT. TOMO II.
vi&oriofos do tempo,os vencidos da inveja jdonde, não fe-
riaõ poucas as aves nocturnas, queappareceriáo lumina-
res, os desherdados da memoria , herdey ros da fama , le ao
tempo da oftentaçáo , ou do deiengano, lhe não lucccdera
o mefmo,que á ave,aquem as may s deyxarão íèm pena, ti-
rando cada húa a que lhe per cencia.
JSle, ft forte \futó repetitum, Venerit d\m
Grex aVium^ pluma* , moVeat Corritcula ri/um,
TurúVts nudata color tbui.
Horat. lib. i . Epiji. 2 . adjulium. Flor.
622 Não faz o roubo da fama alhea perder a infâmia
própria ; efta he corpo, & ornato o outro ; por onde o paf-
torde Fula, convertido em Zambugeyro,mudandoo vef-
jo OviJiurtf.ti. Metiam. u^0 em COrtiça , não perdéo o amargor natural ; 20 o
que era dantes, ficou defpois de disfarçado :& quem fin*
gio,queaellerilidade defta arvore procede da conversão
deite paítor, provou, ficar inficionadoo credito, que o in-
digno corta para a gala. Não foy durável, nem caufou ref-
peytoa Túnica de Lolia Paulina, pofta aoshombiosde
Tercano : Aduração da fama fegura o vo-o, fendo pró-
prias as azas.
623 As azas com que ícaro quiz dar o vo-o, não fo-
rão nativas, erão fupoítas ;& por iíTo cahio das nuvés: cam-
bem lhe originou a queda querer voar mays alto, que fen
»i oviàius^BiodorusSi. pay Dédalo: 2 1 emquanto feguiaaeíte, lheduravãoas
tuh- azas, porque feguia a naturefa: o poder, com que a induf-
tria ostiroudaprizáo,emque os tinha pofto Mi nos, foy
com a ficção das azas: as da fama, não fendo próprias, po-
derão libertar por horas, mas não para fempre : depennas
alheas fizeraó as azas, com que faltou efpirito ao movi-
„ , mento :& dobrouopezodo corpo, o querer voar fora de
ti 0v,âiu,lib.9. Metiam. r r n r r I" r> V^ • rn j ri
iuaesrera. Kemoçou-(e Jolao j 22 & Cenis nlhade Ll-
i)idcmibiáemin.xz. leato foy convertida em homem : 23 defte, não obrou
acção Cenis, recuperando novas forças Joláo ; tfie, alcan-
çou a virtude da remoção, porque o fer perdurável, ema-
nou do exceíTo de fuás virtudes ; Cenis não logrou os foros
varonis, porque não fó contra o próprio fexo fez a mudan-
ça, fcnáo também era indecente á lua vida o novo efrado^
per-
I
<\
perdeo Cenis a virgindade a forças de Neptuno ; &pe«
dio Jhe em paga a trahsformaíTe em homem .
624 Tudo íàõ transformações em hum Heròe:em
Viverias figuras relufcitou na memoria Hercules; 20svale-
iòfos fe moftrava Marre; 8c aos fabios, Minerva : as forças
sda eloquência , & valor foráo efpiritos da vida de Hcrcu-
ies j 8c a quem fonhava com lua imitação , apparecia def-
pois de morto com as exeellencias dequando vivo : confe-
lheyros das acções dos vivos laó as obras dos mortos : & m Níw«m»k voufiuâuh
c t~i ri i-i»tt 1 o 1beJcujyqnBin'HercuIit imita-
quem legue a 1 heleo \ íe pela vida de Hercules ; 24 & „■ *„„„;,„ . qílQj utfaauu
Hão pela de Ariftogiton Athenienfe, que traíendo nabo- °'°"J: ><?»'>'>■'«/<<>**»*«*
I ° •ÍI. — * r<itjnecia:ScirtiHcii!,JÍProcu-
ca o nome de Marte, nunca oimitou nas obras. 25 " fiem&stininbuoncm&ao-
25 A Cupido tomarão os Trogloditas por leu pre- *,,orrí,„ , «5^^ ^
íídente, em os concelhos de guerra: tudo foráo defordens, f""-/-/';,>7/^í!"ijn""1. -!'/'"-
quanto ajiutatao: nao era elie tribunal a parte, onde Cu Raj>$x*iàeiifki»aiiu*âiu
pido te ve as forçasiPor ifib nelle não teve virtude: Conhe- ^'% g^JS*
cida foy a docadaver de Dom João AfTonfo de Albuquer- enfiiquiJam Sycopbama, qui
J 1D 1^1 IA' J r J L Martem bahiat ' in língua ,#
que.,nero delKey Dom L)iniz,que depoucado cm hum »u»quam «á u.pubu,, ,■ Jehi-
ataudeaffirtia nos concelhos;o que fe deffidio em fua com- '*■ '"P^p^^^^pp^
panhia,tudo teve fortuna: 26 Em vida reprimio com metuujyut:
feus concelhos a crueldade delPxey Dom Pedro de C aftel- ',„,".,};""" ''*'
la:&avirtude davidahecomo asfolhas daSamena.que z6 ^M'cr!t,le?r'"c'fe'
tendo actividade em defender dos rayos, quando em a ar-
vore merecerão, que os Egypciosfearmafíemdellasjcon-
tra os ardores do Sol , defpois de fecas.
626 O Capitão Siícha, certificava afeusfoldados3
que fazendo de fua pélle hum tambor , defpois delle mor-
to, feriaóinvenciveis,quando aotòquedelle invocaflem
teu nome: amotinou-fe o exercito com o di to -,8c defpois
de fua morte multiplicarão governadores , não querendo, l7 PcpuUrigiturrijfc.nJu-.ui
foflehumfóoquc os amparaíTe. 27 Nafuftitniçaõ que^£3^^~:
•deraó ao lugar de Sifcha ,confeíTaraó a excellencia ; por- renupottithutfiaà m,u> ih».
X\ r íT ' 1 pani pui jut» pai iter reme» fjiti
que lhe foy necellano muytos,para oceupar o lugar quCyBt,eíar»*;W«-« *»»?«««
cllc tinha ío : mas negaraó-lhc a virtude Ida fama que teve w-«*w : *>'*««<■ '*
& ! « popuh abominai entur , exerci-
em vida, com o quererem extinguir da memoria. Delpois tutparJ*cerfiH,*m*ptrptni-
, r li tt ' D ot,uiip(um.Jediidltrnpi>itJi-
<3a morte nalcem asazas,comquehumHeroele remonta /f>/í ^f.
^«5 nu vês «*/»ii/&i FulgofiixvrrbtJifyi
asnuves. ^««^.^
fam/iim re/idunt crunbitó a /per a
Telles : & álbum mutor vi ditem
Superne : nafctmtur que leVes
fcee pi
4©* o mincivE rnsvá?. wm 11.
PerdigW , hwnerojque , plutjue . eiftáO
Momtint acl Mectnatem Ode 2 p.
'
E ninguém fez apurar qs pontos da mira , íenaó o vono
(3a ave.
627 Naõfaltaquem condene, chamar fempreaefte
exercício effeytos da inveja • da^mulaçaõ nos ajffimsa ler
algúas vefqsenfayo: roas he certo, que nunçaos perigos di»
lufImento,feoriginaiaôda emulação do benemérito , fe
ftaócla defefperaçáo do indigno. O lentimento, que moi-
nou Alexajodre vendo o fepulchxo de AchfJes , naó íoy
inveja çk.animo , foráo zellos da v.alejuia ; cila fgfjg como
*s _VtH,n wutanorw.c* oamor náo prova o excéflò fem ílume: 28 De talíowe a
rei Ztlotypi*; itJifionametve- ' r
tottom» vniuten,, »if<arâct emulação acende o animo, que naó priva do eonhecini.cn-
BiHHrth.tnMorahbiu. to : aipira cg particulara ler único ; irns nao nega o mere-
cimento ,a.qu!em o tem particular : Da virtude alhea faz a
emulação Gume, & exemplo ; Gume, para competir ; ex-
emplo, paia imitar. A memoria de Scipião jdepofitou-fe
19 scip>oe«i>i>"o,»tn>iã<im emhúavara ,que os Emperadores traziaõ na maõ, junto
figmj}Cat,qucd baculus : H:itc f ' * o • • n r '
tttamnatum é->»t ímperaiorc comocetro; 29 para que eíie o imitafle , traria a iuame-
;,^t!'l;™;eX:;. ™oúz. Afama de Ulyffcs emKúa lança triunfou do efque-
sdzedode Kepwi. írindf. cimento : mas nas campanhas íeguia , & nãoguiava : naó
f6l,±ia.t1.7.Q*,.&í%0. . I /» • ir D J 1
guiava como ai vo, leguia como impuJIo: rara dar a conhe-
cer o excèíToproprio,levavaõáscamp«»nhas a memoria de
UlyíTesj porque ienio molka ventagemfem haver com-
petidores.
Tunchenefortisequití referato cárcere curriti
Cumyqt(Ospr*tereat,quos Vejequatur , babet.
OVtd. ^.Artwn.
628 Diflerentesfaõas vozes da emulação, das âã in-
veja : adefa fio chama o imitador, ao imitado , p.ra que tc-
nháo ambos vida jo imitado,na memoria j& o imitador, na
paridade: para efte fim anda conhecendo deHeròes oa-
mante da fama; mas não o invejofo de prendas: como a fe*
§0 Muita frttttreã miTtttrê- 7 i j ii-n
iunt»r:f(i maximefcrmonehH roz Hiena , que aprendendo o nome de algu paítor , o ena-
tffimuUrc^Lcn quc*hcu,Z nia í ora da cabana ,& lhe da a morte; 30 afly o invejo.
Ajj^ren-, quem evocatumfo- fo a todo o Heròe , de que tem noticia ; para fe ennobre-
fhnMiflM.s.eap.)». cet com o deípojo ^ executa a crueldade. Os mefmos,
que
EM<P<KEZA XXX. 40}
que lançarão em a furna a Jugurtha Piey dos Nurnidas,
contenderão fobre a repartição dos vertidos. 21 Mata o f M*»°ei See?™ , tnjvtor
mgeaCodomizparatazercomhuspennas viltoíoofeu &**$. ,,7. J
ninho. 2,2 Ama o inveioíb aclimação doexcéíTo, mas \* K,cel*us v*ncwi«*A-
aborrece a pellóa eítimada jentre mãos temos hum dos im-
yores, & mays verdadeyros exemplos.
620 Povo-ouíe em tal excéífo odeftri&o de Subia-
co,que foy neceíTaiio lhe pozeifem hum paííor Sacerdote,
que adminiíirafle aos feculares os Sacramentos. Fabricou-
íe templo, com titulo de freguezia, elegerão para Parodio
a hum Clérigo, chamado Florêncio, oqual vendo a gran-
de veneração, que todos fazião do Santo, & o pouco ca-
20 que fazião delle, prtíidindo-lhe nográo de Presbyte-
r,o, não tendo S. Bento mays que o de Diácono; oprimi-
do da inveja intentou dar a morte ao Santo Patriarcha. A ,, quí ejtfiem í»*ííí* tê-
cite fimlhe mandou hum níoamaíTado com veneno: 22 **>***'"" 'db" "4"?*:
Na meza Conventual, aonde o aprelentarao ao Santo, lhe t>ei inf-Bnr» veneno pa*tqua.
ouUeos oiacrilego intento. Cuítumava hum cor- /£ \ Grigor MqM.í.Mor*'
vo defeertodosos diasdo monte, & virão refe&orio re- *«««.«/•*•
ceber da mão de S. Bento a quotidiana porção, que o San-
to lhe dava. Lançou-lhe o Santo o páo,que lhe tinha man-
dado o Clérigo, & como fea avetiveílc capacidade para
entender, & executar o que íe lhe mandava, lhedilíèS.
Bento: Em nome de 1ESU Chrijfo tomaeJlepaÕ ; & oleVa adoude
naõpojfafer achado de pejjõa algúa. Eftendèo o corVo A* a^ts , © le-
vantou a* Yo^es , mojlrando a Vontade que tinha de obedecer , tuas
também oreceyo que owipoJibrfitaVa, no njco da Vida a que fe ex-
punha. Segunda, & terceyra vez o mandou o Santo,atè que
da ultima obedecéo o corvo, voando com o pão no bico,&:
© foy efeonder a parte tão diftante,quc gaitou mays de três
horas, antes que tornafle ao Mofteyro,como voltou, a dar
r. . r , • f 1 ,. J «d iAtl lorar» vem rtfídiu,
iitisraçao de lua obediência. 34 nhniiMtexvicm»íyM*«v**
"ventre C<jnfi<tvrri)t-& ftii ■:; J;
wianu ejui accittre. ^fui ema
Hccho elmandado^ lueqo torna alnúfníOy mireftUto «eniffei pa> cmqui
■y j ti 1 n Pratbtin tra"J->iJ "et »t,vh Dei
1 aexando elVeneno oculto ajjoma ,„lc t„vu„ ,„„,,,„, e>quepr*
Qualconramode OliValaTaloma. ^ «,<•<«,.- i„ , •■■»• jej*
X^~ Chnhi Dommi notlri lei- >.c
'Bravo. Canto 6. pa»tm,vi»:z ■■><"> >n !■<>■"■}»-
jtce . utiu HnHobominum ; fj t
invenire 1 une Ciriui arnrt
620 Enfermou o Sacerdote Florêncio do mal, de *«, -W''W"ÍJ "■'-'""
que morrem niuytos Coicodilos peites, quando doin;cn) uçmib,.
Eee 2 no
404 O 2%!NCIfE WS <PJT. TOM. 11. ^
no rio Nilo entraó-lhe pela boca as pennas de algúas a ve<??
as quaeslhe corrompem as entranhas, com que brevemen-
3$ Fiittitu dtCtrcòMo. je fenecem. 35 As pennas, com que voava a iama tio
Príncipe dos Patriarchas lhe caulaião a morcç j porque lhe
roerão as entranhas de inveja.
Nafcittir in ligno caries, & rodtt id ipfnm,
InVidia^ auíÍQ¥Ís Vifara, &' prbnaferu.
German. de InVidia.
621 Semelhante ao Búfalo, a quem oflendeocl.ey»
\6 Btrcoritu.Tittde Invi- .1 • s j r r' r
d,a, ro,que a grada todos osammaes, 36 dameima iorte el«
timulou a Florêncio o odorífero deíla flor Benta, cuja
fragrância enchéotoda aterra. Oquehe íaude de todos,
he para o invejoíò, doença.
I nVidia adverfus aliorum , gnudet inani
Litútia : mrfrensjemper, ubiepte bonis.
ldem.uhijupra,
6^1 Com veneno intentou defmayar a flor ; não te«
ve mãos, com que a podeíTe colher,tendo animo paia a de-»
feJ3rextingir. Ainda que cego, reconhece o invcjofoa ilia
limitação, & o excéíToalheyo; masfacilitou-lhe a inveja
no maleficio,o que lhe difticukouoimpoíTivel na compe-
tência. Phelippe Júnior Rey de Macedónia, invejando os
^ progréíTos do Capitão Arato o matou com peçonha. 37
j7 Raviftmofficm*. Cuitumavaõ antiguamente os amigos prefentearé-lecom
Jl^ÍTãiSlS™^ ofertas depaõ ,em que íignificavaõ o verdadeyrq deíeu
minuta roçamut accip,c»do amor. 28 Com efte disfarce intentou Florêncio defaíò»
tciterlicaf. - -" . . . _ ■ v/T» 1
Pauimu,EPifi.Al.ad ^U. gar as payxoes de lua inveja. INa iragrancia dríiiiLula a
39 MmutdcFgntbere. ranrnera lua tereza. 39
633 Naõ íbcegava o Parocho vendo diante de fia S.
Bento. Todo fe aflige huminvejoío na confideraçaó,de
que haja qué avulte diante delle. Entrefonhos vio Nabu-
co-Donoforhúaeíhma: & tanto o inquietou a vifaõ,que
. perdidoofono,paííou parte da noy te, & do dia ieguinte
,r^^^£co^g"ndedeíVello. 40 NâóíabiaoRey.queaprind-
ejus. Danhi x.vtrf.x. pai parte da eílatua , que era a cabeça, reprefc-ntava a iua
w.ver/.i3. pelíoa, 41 & íomence com íonhar, que ouci em avultava
áiua
BM2KEZA XXX. 4°S
á fua vifta ,feconíundiofeu animo. Húa verdadeyra ima-
gem da virtude formava o levancado monte de Sublaco,
de quem Florêncio, por Sacerdote ,& Paitor era cabeça:
&ímô fedeu por contente efte Clérigo com a dignidade,
ioporque vÍ3aS. Bento com mayoreltimaçaó.
Ó34 Nomdmo tempo, perdéo Nábuco-Donofor 41 Etfòmnium tpu fugit ai
dafameziaamemoriadaeftatua ; 4a &comfenáoiem- e!'lhn-*-
brar delia, nem a ver dos olhos, ficou inquieto. E de que fe
tnoleíta ? Sejanáoexiíieacaufa, como durão osefTeytos?
Oterparaíl,quepoderiaoutravezfonhar comaeítatua,
lhecaufou toda a pena: porque ahuminvejoío, ainda o
prefumir , que poderá fanhar a outrem com mayoridade,
lheatromenta o animo. Por vezes fonhou o Clérigo Flo-
rêncio, que via na peíTóa do Santo,a quem invejava, finais,
quelhedeclaravão amuyra privança, que o Santo tinha
com Deos j & como por eíle tempo foííe o Santo Patriar-
cha Diácono, teria para fi o Clerigo,que chegando S.Ben-
ro a fer Sacerdote, lhe appareceriaentrc fonhos, com mul-
tiplicadas excellencias:& por não chegar a eíks termos, fe
adiantou a lhe querer tirar a vida.
635 Amanhecéo o dia , & quiz Nabuco-Donoíbr á
quietar o cuydado : para o que, mandou chamar todos os
Magos, & Augureyros de leu Reyno :& congregados,
lhes dilíe o Rey : Naó fó quero, que me expliqueis hum lo-
nho, íenáo também, que me digais, o que fonhcy.Refpoa-
deraó-lhe todos ; que revellaílé fua rvíageftade a forma ôo
fonho,queelles lho explicariáo:quefemorelacar,onaó 4» R«ys«»/*m <*/«»/«•*,
.. ■ - > tv it 1 m.1 I r-w r 1 J«w,Cf mterprttiticncm iUiut
podiaoiazer 43 Mandou Nabuco-Danolor dar amor- mdicabimm.iti-vtrj^
teatodos,osquelherefponderãodeftamaneyra. 44 E ^JZ^J^Í^
com que razaõ lhe mandou dar a morte? Com muyta, para r'«»»*««'jç/í*M£«M»w.
quem era invejofo. Porque dizerem a EIRcy, que lhere-
petiíTe o fonho, era obrigalo,a dizer, havia no mundo, que
avultava mays do que elle, como foy a efiatua , & hú inve-
jofo ní o paga com menos, do que com a morte, a quem o
perfuade, afazer femelhantesconfidoés. De neceíGdade
as fazia Florêncio das prerogativas do Santo, porque a pu-
blicidade ózs virtudes, & dos milagres de S.Bentooconf-
trangiráo arepetilas,como tambem o não defeubrir leu
ódio, & diílimular a vingança. Continua vão os progreílbs
do Santo Patriarcha,& quiz o maligno Sacerdote com o
Eee 3 pii-
crttt
4o 6 0 P$JNC1?E VOS <?JT. TOMO II.
privarda vida, acabar a repetição deluasgrandezas.
636 O Profeta Daniel, roy oquereferioa EJReyo
fonho,dameima forre, que ihc havia fuecedido. Yòpfe-
nhor (difle o lJrofeta)viltesa húa eftatua,que rinha a cabe-
ça de oui o , osbraços& o pey co de prata , o ventre de bró*
2e, &c. Também Daniel Jhe revelou a íignific;içáo delle,
affirmando-lhe , que na cabeça de ouro , íe repr dentava o
Império de Nabuco-Donoíor , no bronze & ferro , os im-
périos, que lhe haviaó defueceder no mundo. Ouvioo
bárbaro Monarch a a explicação do fonho, &mandcu fa-
zer húa efu tua de ouro maciço, para que nella o adoraflèm
todas as nações do mundo. 45 Eque caufa teve parao-
brar tal dei vario? O dizer-lhe Daniel , que o corpo de que
45 Mabuchc DoKo/orRexfe- çlle era cabeça , íe organizava de outros metaes que não
Ctp.i.verf.,. eraooouro,queoreprelentava. Ecomoie drliera rebu-
ço: Há-ie de levantar no mundo eftatua,em que eu não
componha o todo de fua grandefa, & que outrem feja par-
46 Tuetergocêput aureum. c;aj comjpo na gloria? lflo não: fó f u hey de ter eíla excel-
leucia: todaella feha de compor da minha peííoa, & fó
nella ha de avultar a minha mageftade : feja toda de ouro a
eilatua; porque íe o ouro me reprefenta, 46 fejaeufóo
íublimado,& nenhum outro fe veja engrandecido. O mef-
mo intentou Florêncio , & anhela todo o invejofo ; defe-
cando enterrar a eítimaçâo alhea,para fobre-fair,com a que
lhe faltava; tendo por afronta a falta do lufimento , & nâõ
ado mérito: Solicitando a infâmia própria na diligencia,
com que procurava fepultar a fama , que invejava : efeure-
cendo aluz,para que tiveíTe eflimaçáo aíua fombra:
Sem reparar o invejofo, que o invejado he como a
Rola; que ainda defpois de privada da vida,
conferva a Coroa, & não per-
de ocheyro.
VE NDO
r .
I ■
■ >E M
PREZA
407
XXXI.
yEKVG FLORÊNCIO F®JjST%AT> A SUA
HnMciofa aUucia ^prefjiiadio afeie molhens depravadas , que entraf-
rfem dentro na cerca do Afojkyro, aonde o Scmto habitada; & com def-
'bcnefios movimentos , &f<tfàkrks provocarem os Manjes a achs HB-
piUicos: DefemVoliitrayue obrigou ao S '.'Patriarcba ajunto com 1ú
aVi/o , que teVe do Ceo , a/e aufentar de Sublaco para o Monte
Cajfino , acompanhado de dom Anjos , {£ feguido de ires
CorVcs, que ordinariamente tbe ajjijitaõ.
637
g||p ONSERVASSE a agoa com
todos os elementos, porem não
j com ofogo. Habita com a terra,
jl & purific^íTe com o ar , mas de
nenhna forte fe reconcilia com
jjí o fogoj nem eftejfe germana có
a agoa. Os elementos, que fuftentáo,& compõem húa rc-
j! publica
3
■408 O f^KClVE VOS <?AT. TOMO 11.
publica faõas virtudes, afly efpirituaes , como temporaès.'
• Tem e*im primo nohuof- Qas temporaes he hieroglyfico a te ira, que lendo de fua
%::;<::!;^:;:£a:* natura tàfà&fá «™ ° °rva!ho do Ceo- *?a mcfm*
gr*t,ac*leftú. Namquiattrr» fá g ajma rac',onal que arída ,SceftClÍl de tOUO oluXO
dejujiuf.iritctaliuroljtcca, ,.„.». 1 i- •
&anJ», provida Deu* autor mundano, pelaabítinecia,com o rocio da di vina grrça pro-
;;i:;r;^^£-; duz fru&osde benção. , Das coiporaes,heiyn bóio ó
c*i.ftipiuvi»,&it* aâfiuSu, ejelliento doar, porque quanto mays fe aparta do Ceo ,&
itbutiproducsnàoKJt-aiurf* , . ' * •» ■• J J JCV * ' J ' O.
tu*d*i sicnofmceidutmafi íe aveímha com a terra, tanto mays perde de £Ctiviuade,òc
ÍfiZZ«Xv?£&'- Pureza- 2 Da mefma inaneyra o corpo humano íedebi-
ciaturadda, &c \\ ra nas forças , & vivefa dos íentidos , quanto maysfe ger-
Eieme»fUeap.t. mana com os vícios, & togeda virtude. 5
» Quando aêrtH » colore- ^c Nem todos os vicios defpojaó a húa alma de fua
motiir, tf {*■>■> a vicinior, tanto ^ 3 # ^ i p
fi^jius, &~To/jior, &tcrr* te^nolura, com igual fjjgor. Nem todos eitragao a nature-
^id!mÍ7!p9í\ la^om igual importui%áo , & dano. A ira tem horas 5-a
4 uunjum matem luxuria, „{%&. de pcncle;ntias:a in^}a,occarfíões;& a preguiça, tem-
quod aceufare aliquandofaoli- 5 - > r r. , • «V r J I •
«teflyq»amvitart:.Qii*inv<c- pos: não a tfpa luxuria;- porque lem dependência de tem-
Zjt:l*!Z ;r.S:: ^, de horas, & de ocefes doSSÇ & rey na em hú cor-
Romanomiiititradidit-jUadu. pohumano , pela natural propençáò, & intranhavel ape
csm'vtgiUntiJJimum,iU*excr- *V-^ -V • • "»- 1 V • r " f
ciuim\,c„,in,Um, iap.bu.hr- r: te,que tem a lacivia , Lpela mehna caulanem todos os
trúi^Í\Hatncu'^U'gMm' vicios produ2em em a republica a mefma per tmbaçáo , &
FaienusMaximutiit^i. ruína : as injuíliças , as trayções, os roubos , & os homicí-
dios moderáo-fe com o rigor da pena ; 8c as vaidades re-
freáo-fe com a falta de eabedaes: mas contra a luxuria não
vai a necellidade, nem o caftigo, porque feu fogo arde em
toda aidade,&eítado. Os vicios faó como as febres, que
fendo todas ardentes , procede lua muy ta ou pouca malig-
4 oi<t»ir inftmaVu luxuri», nidade do humor, em que fe ateyão.
c,,„, matn;aSuia cujufflam- g ^à mefma force que a febre fe maligna , & pri-
majuperbia,cujuifcintilltepra J / * _. S, ^ •
vacoUoquia,cui»sfumusinfa- ya o corpo das operações vitaes^aíly tanibem afeníualida*
tnta , cu/ux etnit immunditia, «?i • %• o j r -i -i
tujHtfinttgehenna. o;e da luxuria , ma'igna & delcompoe todas as acções hu-
D.H.eronym.inEpift. nianas ; como o fogo , que a donde chega tudoabraza,&
% Luxuria cum plura mala, * iin
ee âamna parit Nam corpus reduz a cinzas , como total deíuuição de todo o compoíio
deílrutt.Vifurfubanebrat. Pi- i PC P ^^ J 1 J P 1_ I
iimbrnut.T,mèuiit.uUi- racional por ler togo, que ie alimenta da gula, dalobeiba3
mam mortificai Mtntemc*cai & je todosos mays vicios. O leu funiohe a vaidade da in-
fenfumCi>»f»mconfum,i.scã- íamia ; a$ luas cinzas,o eltrago da honra j& o feu fim, as pe«
data ducit. Tolhi amieitiam. j r í^ 1 j L l* r
v.re.icb.imt Vocemp^orat. nas do interno. 4 Cora o luxo debeJita as forças j com o
^«'««n». 3 w» ««<•«/«. fumo efeurece a vifta: com a ceguevra enterra a faina, per-
raradifum touit Ocmor.ibus . 011 ri
fubd,t.0.Bi,i>*rdnt. tuiba a razão, «adultera os Íentidos. 5
j V
Fertimá}
6 Geminianur. Tit». de Ele
mentir.
EM? REZA XXXI. 409,
t Fremiria, corpus, opes, animam, Vim, lumina^ocem^
Dejiruu : (3 nobis plurtmadamnaparit.
German. tit. cie Luxuria.
640 Na companhia defte fogo perde a agoafua na-
tural virtude ; em cirjapurefahefymbolizada alabedoria.
6 Na perenidade, a mifericordia ; 7 & na corrente para o
mar , a gratificação da benificencia a feu bem-feytor. To- ^ fr'y amónio JeSautiibt
di • r r 1 1 r i t - • na.Thejoro âela mifericordia.
as as virtudes vivem lurocadas dos turnos da lacivia , por- quexuv,ercniosgtnuie,conhs
que mays, que os de outro qualquer vicio infama o íogev- *'"'»/«««•'.§■ "?s-
* J ' 1 J __T _ a> J 8 Luxuria phijquam cattr»
to, b &entropenTe as operações intellectivas. v,nadtfam,t.
1 * D.Greg.Jup.i.Rcg.
Luxuries prxdulce malum, quce dediufemper
Cor por is arbitrijs hebetat caligine mentes.
Ctaudianus.
641 De três efiadoshe homicida a fenfualidade.Ma- Q SifitUHÍUmeawhtvixe.
ta a vida elpiritual, o diminue a corpórea, 10 & defa- nth moriemiui. ^dKom.%.
.. . .1 *^ .. /-. 1-1 1 I0 Luxuria eil immodei rata
credita a civil. 11 Odanoquecaulaanuaalma,hepare- «r«« />«*/*«/*, </»/*««*«-
cidoao veneno, com que o peyxe Malusdeftroe aquém »*".'"?»»••• /«»,/«***-
' _ 1 A y _ T Ja potlo yqux burntrum corpus
o come, porque o priva da vifta,& o inficiona com oináo àtbihtn ,<s v,r,iu Br.,m, robur
1 , - n 1 • I 1 enervit. Hugo de ò Viílore.
cheyro da corrupção: 12 relomao cheyro conhecerão „ QuiibUvitittfieiiiu:quii
algús Santos a podridão demuytas almas, & hum delles etumdamnofmj Qu.hu, *,>-
o •• ion11'TVT'o- r xu< aUerilur,vittcrt,t relangu-
foyo BemaventuradoS. Phelippe Nen: 15 &nãooien- cfcuntfipuagiortair infama,»
p • C * J l. r 1L convetlit Valer. Maxim.lib.q.
tiro meimoinhcionado,he, porque a torpeía lhe tem cor* (1 £t,w,«/ílW^^HX;.
ruptososfentidos. "* §«6-
r T .. r.. 11 « /. «. , .. r '* t'irg<nitarcm perpetuo il-
642 Na vida eipintual obra aíeníuaiidadeosmei- Matamfervvit jdqueaffecu-
mostffcycos,que a névoa em as arvores, deftroindo-lhe ZÍ££%J%!P&
folhas, flores, & fru&os: envéfte com toda a idade, 14 & eu^ex/utorediguofeeret,
. . In Offi cio próprio.
atodos quantos vence, arruina. ,4 Lu%uri»yomnt*t»iccor-
rwnpit, omnef-rfum cinfun Jit
onmc ordinemjolvit.invaait ;u~
JEtatem luxas corrumpit peíiifer omnem^ **«'. »cf*/>«»yà«/, prudente*
ri- „ r fupn-.t ,fnnplicet decipit,ne-
InVadit juVenes , oceupat ulejaies. WimmfugH. o. temardu,.
German. de Luxuria.
15 ^/Inimali* mullum eoi-
Osanimaes libidinofos vivem pouco tempo: 1$ O «»»/«, «»«/è«/«itf.
r J 1 f C~ .„ \ ^ânfiot dcUng.vit*
viço faz com que as arvores degenerem de luaelpecie. A i6 \Td&çanc»f\í<catí*vt>
lacivia desfigura os racionaes, 16 & os transforma em «'"T"" '"■«•/'»»""' "'?»•
brutos : Embiutoíe transformou Theotimo, eítimàndo ^riftt.Eití.7.
Fff cm
4i o o viimavE vos pjt. tomo n.
em menos a luz dos olhos, que a cegueyra da ícnfualiJa»
17 QuiiKitdmoJum rteeii- a'e j- ]}a inelma forte Demétrio Polietcetes filho de
fíiiis tutu vraviocculorum ince- , / 1 1 r • /TM T J - j
moJohbiranty&amaretuxo- Antiguno,que achando-ie impoíiiDihtado , por razão dai
rtm, inuràiBaf,bi d medico f» muyr velhice, para uzardoa&o venéreo, dcíefperandofe
cuttitte cocur.iii^cupiditutis itit- J > 1 _ • r 1
fauens .-.: priujquam convtni- contra fi meimo fe enfurecia , 8c a fi próprio elpedaçava-
eupidnatisJaki^^amuH iô O Lmperador Commodo aiiyeitragouogoíto,con>
iumtH.D.jimbtojub.^.caf. as dema(ias defle vicio , que não achava labor nos mania-
47'nLucam. _ ' T . '
18 G^r/f///í/t;riWriMff4-res,lenaoioilem temperados com ingredientes nidiondos;.
lu dcCoinfiofitsone natura hu- y-. 1 -i - •• cr- ' J _ • J J
L«rf. §.»h.» 6z>- J9 ^s hbidinoloslao como as pedras carcomidas das oo«
19 ^stquecumuimucrapu- jas que perdem a fórma,que lhe deu a naturefa.
h^nttnto quecoiiuguHum cm- ^ »•...• n o 1 • • 11
nemamiftptyididfurorhde- 64.3 Nao ínfiue menos elírago a luxuria ,em a vida
J^^T^*""''*' civil, do que na efpiritual ,& corporal vida. Que de Rey-.
Baptift: íuig. ia. 9- t»p.\. nos fe perderão pela lacivia, a que fe entregarão feus Prin-
, „ cipes, &á Tua imitação os vafíallos? A Creta, Sc aos Chal-
2 o Fitrur Cechus de Statu . i -1 ^ * . . .
«8«^.§.M4- cideníes deitruio a torpeza da luxuria. 20 bcgeytoua
». ««.«rto/, ^™> toda França aodominiode Carolo Martello. 21 Os Si-
Gagtmif yí5 aiv apui retrum i
Gregoriumdstcpubiica.iib.17. baritas perderão oiieyno, 22 os de Hetruria ajurifdi-
e"lí*idcmPetrusGtcg.iU. cão, 2 3 & os Cardianos as forças. 24 Comafualacivíj
a, m™ ««''»«' «'-9- botou Xerxes a perder o feuReyno, 2< &ElReyArba-
24 tsMienautiib.io.Dipuo- cesatoda Afia. 26 Os Franceíes temendo chegar ao mef-
■^{s FaienutMaximuffupra. mo eftado, pela deshoneftidade de leu Rey Childericho o
Cieeroi.Tufcuio. privarão por algús annos da Coroa , 27 & os Florenti-
17 Ravtftu, tnofficin.ut.u- nos tirarãoa vida aleu Príncipe Uguliio. 20 Os Princi-
"TivxinwZúi eun- pes fendo luxurioíos , ainda que osvaíTallos vivão conti-
dcmíbi. nentes, dão occafião a que íueceda ás republicas, o que aos
veíinhos do monte Ethena , que os não defendem as agoas
que os cercão, do fogo, que de íiexhala omonte, que os
domina. E fe os vaífallos ie entregão á fenfualidade, ainda
que os Príncipes fejáo honeftos,recebem femelhante dam-»
no, ao que reíulta aos montes de Idapara das aréas , que de
íilançãoos valles circunveíinhos,asquaeslhe diminuem
a alteza, & lhs facilitaõ a entrada, a quantos os querem me-
ter debayxo dos pês.
644. Tão acautelados,^ prevenidos andavão os Ale-
mães contra efte vicio", que todo intento era atalhar asoc-
cafiões, Sc punir as defenvolturas , em que fe podia atear ;
19 ^imoiKUsdegeJlisImn- ir J j r r> j /r> C J 1
corumhb. t.cop. ). cxpullandodeleus Keynos a todas aspeíloas elcandalo-
,o jufttn.htftor. nb 4t. fas & maj proCedidas. 29 Da mefma forte os Parthos,
)i raufani.itb.fj.deregione 1 • p 1 1 • • 1
ieotica. 30 & Athenienfes. 31 Phabio Eburnio promulgou
húaley contra os libidinofos, achando comprehendido
nella
EWP^BZJ XXXI 4ir
íella afeufilho único, por fua mão lhe cortou a cabeça,
dizendo : Eu comojen/w defles ^eynos tenho obrigação de os liVrar
do contagio , que os pôde apellar. 22 Em ordem a eíte fim El- i* BeneiiietfíiJePojitpl
ney Creon delterrou a Medea. 53 ElKey (Jrchamo }, oc^.xr-^.Je míJí*.
mandou fepultar vivaaíua filha Leucothea pela desho-
neíiidade,emqueaachoucomprehendida. 34 OsEgyp- m Ovtdiushb.^.Mnamot.
ciosdeterminaiáo, corcaíTem os narizes ás molhereshbi-
dinofas, para que lua deformidade lhe impoíTibilitaífe o „ . .
• ■ o r 7r 1 ,5 *"/"»*' uhfufrê.
\icio,&acuzaíieaculpa. 2Z
645 Saudável foy o remédio, de que fevaleo Pom-
piliano, fegundoRey dosRomanos;paraauthoriiaracaf-
tidade, & confundir a torpeza , inlti tuindo o Collegio das
Virgés Veftays, dotando-as de infinitas immunidades: 16 Piutir. imviu Num.Pô.
36 exemplo que defpois imitou a gentilidade das índias^'1''
Occidentacsj 37 osPerfasvendoaeftimaçáo,queosdef- n jofefbã*Cofta:Bi?lorU
honeftostinhão entre os Gregos,derão todos em luxurio- moraidM índias. i,b.s.tap.\%.
fos. 28 No monte maysinnaceífivel de Roma fabricarão
„ J 1 j r-A- - 1 - )8 Rcfinaldu/t cl et o de Ad-
os Romanos o templo da Eítimaçao , nenhu reparava nos vsrfnatibu, natura.
rileos a que fe expunha , fó por chegar a elle ; & por fubir
0 elle defpiezavão a todos os demays templos j & foy tão
habitado o monte, que dizem, ler ofegundo fobrequefe
fundou Roma'
646 AíTy ficou efeurecida ávida civil, afogueada
com efta chama, como o teftemunhão as forças de Hercu-
les desluftradas com os excéíTos de fua laci via. A íabedor ia
de Arittoteles, de Sócrates, & de PerianderCorintho,hú
dos (ete lábios de Grécia. As proezas de Pindaro , de Aga-
toches Tyrannode Sicilia, &de Pauzanias Capitão dos '9 fi£" luxurUmuitipih
Licedemonios. A liberalidade de Hiparcho filho de Peíif cniLeeni^lumclm aij»eâ>
trato. A prudência de Phelippe Macedónio : & a fama de tiyi0HeJMbv"!it. fyAtVl
l ri ' pcpulo tntercmil: lntejihot ju-
Sophocles, de Cefar, de Augufto, de Tibério Cefar, & de dapercujir-. j,,dáum,& Ma-
MA • 1- rili 11 dianitidem pushnetranifedit:
arcoAntonio. roramays enradonho,doque deleyta- Tr,t„m &tn,*mm, pra uxon
rvelorocéílo numerar os Reynos & peflóas, aquém eíte levi'*d.e!ev*' Ilul'uai~,"
r J * ' i ctrdotit inb;UapicJ'-razi'.li<te
"VÍCIO 2ÍlOlOU,& perverte'o. 30 XJriamteeiiit. ^timonem in-
647 Osexceíiosaque perluadem leus incêndios, hacRuhcmn,jUj,x.t ,'-•..- ...-c
bem authori lados ficarão nas hifiorias, referindo que Lu fidnxit, siiomontmptrwtH:
n . 1 verum cit ergo ; quíd Ugiiurj
xio Cathehna matara a leu hlho unico,& períeyto nas fropterjpectem mmiier.x muiu
prcndas,gefi:o,& natural, por dar gofto a lua manceba Au-ftJ^rs"'"pildLoífuvicum 6m.
TcTn,quelho havia pedido. 40 Laudice molherdelRey »»"<»>» SjhaLotorfatit*
AuratesdeCapadociajmatouafincQ hlhospoi ficar mays ,,0 Heginaidmfupr».
Fff 2 a leu
cet
4*% O <P%lNClfn WS VJT. TOM. 11.
41 Jâemibil a feirgofto no concubinato em q,ue vivia. q\ Eomcft
mo homicidioexecutou fcuridices Rainha de Macedónia*
in te atando fazer oníeíino a leu marido, para entregar o
« , Reyno a íeu amante. 42 Gsluxuriofos làõcomo as fé-
Maccào»HmÁegin#vcnerisfti tifr que nao perdoao a nliios,& p3ys, quando eLtts lru kr*
««<«/;,«» •.•.7^^»^/.^ vemd elloivo,parafe enearniíarem na preza, & feenlea-
atcue vmiififi matei juit ■ btec LT Jr *■ '
m»w»i adultero Regnum ira- fenj no coitO. .*
àerct^/llcxanJrum,filiot ve- <r> Cr i ■ £\\l o T 1 * L * J
ricnojufyhi.atMe-yiemviro 040 Alnea , & nica da memoria as obngaçoens de
/eafet nif^hafedus ih\- nonrad0, a fenfualidade delia culpa. Paziphae lendo filha
xiJjei.liaptijt.tulgof.hb 9.C1. ' , « 1 *-> ~
dc*So],&molher deMrBos Rey de Creta, toydcicredi-
10 de lua proíapia, pela monftro-oíidade de íua luxuria.
Uxorcmquandam rnagni MinoisÇut ahmi)
Comtpti torVi candtda forma boVts ,
(Properti. Ub. 3.
i
SardanapáloRey dos Aílirios, tanto fe efquecéo da real
purpura que veftia, que a trocou pelas afeminados enfey-
tesdasmoihere$,comasquaesacompanh3va. 43 Oani-
4? liemibi. mal, que em leu nome publicaalua immúdicer& nella lua
á^fpS^Síj'«-- ^xur>a deípreza a cama, por fe revolíar no lodo. 44
la ciim mulieribtif effe, quam cu
phihfphU converfari&.fuesjn . _ • 1 r ■ 1 1 ; ?■
quit Pythagorat, libemitu wcc- Tarcus tn obfcems Idcubia , cem quepaíuats
m£Z?iE*%ZS-m. Vdmw, eflftmdt* luxuriei.
m fhuofopborum. Q ennan. de Caflitate.
■
649 Não fe deíaforara tanto efte vicio , fe todos o*
Príncipes lhe deraó a mefmarcpulía, que lhe deu EIRey
de Cailella Dom AfFonço oCaílo, Numa Pompiiio,&C
PemalionRey deCypro jpara a pagar efie fogo foráo hõ,
& outros a a^oa mays congelada , porque os contrarioj
maysopoftos j razáo, por onde cmfeus tempos elteve a~
mortecido elle vicio. A defenfreada fenfualidade dos
Principes Romanos ateou-fe a todos osCabos,& íblda-
4t "'M* **W*Wp. fos àe família*. 4$ A malignidade docorpo, conta-
mina as roupas que o veílcm.
650 Valerão pouco os rig;urofos caftigos , com que
«s Quunrquc et?* Luxurr* Augufto Cefar punia os comprehendidos nefte vício , pa-
m,''f""» >•"■<* Tame" viciffe- ra que reformafiè o excéflb : por fer o mefmo Emperadot
verijjlmus fuit ultor, i_ • • j n • *~v »-» • ri- ir
òextut uiureimt. homicida nelle. 40 Os Príncipes, que lendo immouefc'
tgs
40$ accnzao alaciviadosvaííallos^intão-fe femelhanccs
©os lobos, que guarda vão os rebanhos de Y^enos , para que
nenhum outro animal, ienáoelles,ôslograíTem. Malpò-
-ce tirar a mancha o pano immundo , como cambem expui- 47 Refrebenfutttuetjijufia,
•iar o vicio aineyo, quem naodeipeoe o próprio. 47 cxcwiu?matiu£\
D. Tbcmof,
Tunc efljujla Virirepreben/io corripientiíy
íumpnus cxcejju*) conipit ilk juos.
ldem.de reprebenfione.
Na empreza doze do prirueyro tomo tratamos defte vi-
cio, a ella remeto os Príncipes, para que vejão o muyco
^ue ganhão izentandoílèdelle. Os remédios mays genuí-
nos, &effkazes para atalhar o incêndio defte fogo, laõ, os
que o Príncipe dos Patriarchas receytou a íeus Moujes,
(quando Florêncio íolicitou inficionar , & decipar com el-
le a comunidade, de que era Prelado S. Bento.
65 1 Rebatidas as diligencias,com que o invejoío Sa-
cerdote pretendia dar a morte ao Santo Patriarcha ,como
pão inficionado, bufeou outra efpecie de veneno com que
rio lóao Prelado, mas também aos lubditos privaíle da
int'lhorjoya,& da melhor vida,deipoiando-os da pureza,
& do etpirito com que merecião a vida eterna. Para o que
coaou aiete molheres deshoneftas, quedefpidssfe atre-
verão a entrar dentro na clauiura do dito mofteyro, a fim <8 stift*âi8us Ihtmiu,
J ' . quta maTijÇTt corpus jnrtartn *
•de que á vifh de lua deshoneílidade perdecem os Monjes pb\ài\faifi>M*g«tâa*ififc
amemonado que etao, nas mãos da luxuria. 45 Uiinboriocen*,cuiBcntd,aut
1. 6^2 Mayortrianfoalcançarião as fete molheres com t*»**™****»"**"***"
asarmasdelualacivia,emcazo,querendeílèmosrervosde rameufitiinvietmmat>urteu-
eosjdoque ioy a pyramide, que levantou no Egypto rum mtnUí t à f , , . ,atJle,„
Rhodopetamofameretrice.comodinhevro que ganhou !'t:J:n""!fi""':'",c"'- , ,
. * ' J , l O U.Grcg.Mxgn. 1. Dielog:ru
■íntame-mentc. 49 Porque mayor triunto merecem as c*p. 8
torças , que abrandao as pedras , do que as que molehcao a ^ | ^ljr! u
cera. E fervi duvida íora igual a concurrencia de gente, que triciotuMgn&è-compMviw
concurrena a bubhico, para ver molheres tao deitimidas, gyptióp)ramidcm ebnpuxit.
doqucemCorinthoie ajuntarão de Gregos, para verem *"*'" <>&<** »<"»"«■
a impudica Lais , por fera mays íer mofa daque lias idades,
wjO porque não aíTombrou menos aos entendidos o varo- ç o tJ,//rfrrfr,y/,„íC..,>-
nii animo de Semirames, do q a egrégia forma de Adónis. »*'*' "*?*»»* P ■■ ■ ■ ******
05 3 Nem citas molheres cauzanão menor baralha urxcvttotent. *Jv#ib,
, FfF 3 entre
414 O CONCITE WS <?JT. TOMO II.
entre o vicio, & a virtude, do que motivarão Lavinia , en>
51 Pontatiu/iib.tJeSuiiis. treEneas,& 1 urno: 51 Deianira,entreHercules,& o
ti Rnviftiu fnp titulio Bctia ,-, _, n T) ..1 ..
MwmiimhluJhh Centauro NeUo: 52 Berenice, entre òeleucoKey deòy-
ria,& PtholomeuRey doEgypto. 53 Deitas enimilW.
st jufimuiUb. xn.Ui. de^fe originarão íanguinolentasguerras,&proíiadascon-
tendas ;& asmelmaspertendiainttoduziradeshoncítida*
de, com defpojar os Monjesda pureza.
654. Sendo efte o fogo, a que obedecéo o metal mays
duro, aíly ficarão focegados os Monjes,como fe nãoouve-
ra, nem virão incentivo tão immodefio. Nefiasfete mo-
14 RafitfcptciHCrinet cjw. ,, ., ... •! j jrr
judicum. 16.». 19. Jheres tinha o inimigo recopiladas todas luas iarças,como
Samfaó nas fete tranças de íèucabello. 54 Ficou Samíaó
enfi aquecido, defpois que Dalila lhe cortou oscabelJosj
& ficou o demónio defanimado vendo o pouco, que va«
liãoiiias forças. Náolheaproveytoua forma, que tomo u
de Hydra, para que as fete cabeças que lhe nafeiáo do co r>
po, produziflemmays cabeças, que lhe augmentafíèm o
iequito,& refifiilTem aos golpes, com que cada hum dos
Monjes as cortou com o deíprezo que fizeráo delias : por-
que diícipiinados na milícia efpiritual, pelas regras que
lhes deu S. Bento aprenderão defie Heiòe da fantidade,a
cortar de hum golpe as cabeças , que muy tos Hercules não
puderão levar de hum lo talho.
655 Grande valor j porque bailando para cativar o
alvidrioaDavid,o verdefcompoftaaBethlabee; 55 não
í < vuit quemuUeremfeij. foiTeni poderofos os laci vos aípedios de lete molheres, pa*
radelcompor areligioia modeltia de algum dos JVlonjes*
Nenhum era tão valente, nem tão mimolo deDeoscomo
David j pois como achou a tentaçãomenos refifiencia em
?« ^eciâit uifurgttet Da. David , & mays valor na comunidade de hum Convento?
3322^ * Porque David fahio da meza para o Icy to; & defie, para o
lugar donde vio a Bethfabee; $6 & osReligioíoscomo
* Co»umeHa Vamonumni- vivião em continua abfiinencia,achou-os armadosa tenta-
t.Bafiiw, e/,ud ^ínto«i„m Çao- A gula he dilpoliçao pa ra cahir na laci via 3 & o re-
"ff*fuitct.,.tap,}i. nie(ji0para a vencer heojejú. Aquelle EunuchodcOlo*
fernes querendo obrigar ajudith,aque conlentille nos
torpes defejosdefeu governador ,rogou-a , para íeacen-
i.troir.adDo.^nJun.ut "r com clle a meza. 57 Queria operverço mimítrodif-
honorificar ante fadem ejut, por a caftidade de Tudích .para obedecer áconcupicencia:
utmanditutcitmeojâbibtivi- „ , .J . . r I ri i
nua^c.jvditb i_*.*. ia. « para a incitar a lacivia tenteou-a com a gula:íabtndo íer
tua
EM <P REZA XXXL vi
cita a principal caufa , de que refulráo os libidinoíbs deíe-
jos. Triunfou Judith, & vencerão os Monjes, porque a
fua abítinencia lhes deu as armas, com que vencerão os
concrarios. 58 SuccedendoaDavid,quafiomefmo,aue %^ Jnunantihus itcbu du-
aconreceo a Auao j eiie, deipois quecomeo o pomo veda- cbryjohg.jhm. m.
do,claudicoulacivo: Kg & David.defpoisquefatisfeza *9 ^Tl*1^"?"**
' )/ ' r 1 contra JJtu 1umtMtJÍ*lnntéT+
gula cometéo o adultério : Perdendo hum , &: outro a gra- nuhbiHnta,jtnfit.
çz, porque aíly como aagoa nao pode citar junto com o fent, fJ/J J9> ■
iogo,damefmafórte ofuflento efpiritual,com o corpo
reo íuftento ; porque efte, nas demaíias produz o excedo, 6° Q»"Mi»jg*«&wf''
com que as tentações vencem o efpinto. 00 *ictM'orporaU*diiau me».
dem fe n:n p atiumur : quia dum
■venter mgluvii extèduur, vir*
Virtutes animi °ula deílrtút , at libido, fJ!te' *nimi '«!I»"J dtjiruun-
LarntsJS lUeccbrA dúicm,amm&% 'D.Bcrn*r.wEpijt'.td Fgkóils.
Cerman. de Gula.
6<$6 Vio o Santo Patriarcha difpofío o incêndio , &
para que fe nãoatealTe aos Monjes,o apagou com as iagry-
inas de feus olhos. Extingue-fe o fogo tirando-lhe a lenha,
oulançando-lheagoa. Da mefma forte fe apaga o fogo da
fenfualidade,mortificando-lhe os incentivos da carne, ou 6\ Dttr0^7f'¥?.e!!ltV
prevendo, & chorando a fealdade daculpa. 61 Naõ {at tHriigna,veijjpergiiuraqua\fic
- 1 10 t -111- O luxuria tiamina dum JubirabU'
rao as lagrymas do banto lavatório do delicio, porque ne- ,„, f,,„M incentiva, ux dum
nhú cometerão feus fubditos ; foraó fiefleytos doreceyo, ™«' irrigai utbrym«,um*-
que lhe caufava a defenvoltura, armada contra amodeltia Eucbtnu, apudxjgon.de s.
d! n * r> r • /" L - . ViScrslib JeCarnaiibuf^np-
e hum molteyro, cujos Religiolos havia tao pouco tem- tllfVI!a„j„.
po, que tinhãofahido do mundo, que ainda continuavaõ * Q*** vir Sa"a,tl dt ceU
• • J. * corjpicitns Jipjumeue adhuC
O nOVICiadO. tenerioribiis difcipulit perh-
t>;ift:nr>ijqurprofuifoliusptt
jecutionefieri p:rrra8am , m-
(Pdr a evidente prueVade^ir hasla, viâuiocUmitàh. -3
Que mojlrò Jentimiento el Edifício,
Delpecbo cajlo , y delferVor no\<icio.
(BráVo inBcnediclina. Canto 6.
D.Grcg. Mag.2, Dial.ctp.%,
657 Contra efie infernal fogo tinha S. Bento perva-
íecido nefte mofteyro, & dezerto de Sublaco, quando
vencéo o penlamento impuro, com que o tentou o De-»
nionio. Entaó,com o fangue de feu corpo,& agora com as
lagrymas de feus olhos apagou o Santo Patriarcha o in-
cêndio : ajuntando eíias lagrymas áquelle íàngue,para que
leme-
\i6 O PRÍNCIPE WS <PÂT. TOMO 11.
íemelhante á ferida do lado de Chrifto, que no langue , 8c
6ixj»iumihtumhnccahtuí aaoa com que correfpondéo á lançada, 62 apagou coma
eitu apcruit ,K continuo exivit o i i * , * o _
f>»gu«,& *qua. agoa o togo, & embotou com o langue o corte da eipada,
JKS^/ÍL^m com Sue o Cherubim prohibia a entrada do Parailo : 6 3
vobuapcitunptradifi.cbcrub, & ao parecer, da meíma forte S, Bento apagou oícgo,Sc
Í5 »/ atito Rimmso chufam ape- * r y ...
rí«* in»uja»gu,nuèuurè embotou a eipada , com que o inimigo commumintcnta-
cbnjhprofiuètt.rcmovit^n. ' a ferro,& a fogo a reputação do Convento,& a re-
telWBittbtbtUvitghdium^ *'r ir**' -1 •
aqmcxnnguittgnem. formação de léus Mondes, com a tentação laci va.
nS;?$"p7jcí*'MÍ)emÍ' 658 Conhecéo o Santo Patriarcha eminente o peri-
go,^ para que Deos ouvindo feus rogos, o remedeaífe
comprefteza, ajuntou ao merecimento de feu langue, o
valor das lagrymas, corroborando o mérito, para aurhori-
zaradeprecaçaó. AffirmaS. Paulo, que Chrifro bemnof.
64 cumcUmorcvahâo&h- f0 pofio naCruz, fora ouvidode feu Eterno Pay pelare-
propurfuamrcvercntiam. verencia, que le devia a lua pelloa. 64 Ally naCruz,co-
^jHebr*.s.verf.7. nio fora delia , tinha Chrilto para com feu Eterno Pay a
p.iefma authoridade; mas na Cruz , difíe Saõ Paulo , que o
Eterno Pay refpey tara a authoridade da pefíóa deChrif-
to, porque efle Senhor quando na Cruz implorou o per-
dão para feus inimigos, regou cõ as lagrymas de feus olhos
o precioíhTimo fangue de leu roflro: com lagrymas, & cla-
mores fez Chrifto a fuplica : & para noíTa doutrina , diz S.
Paulo, que ainda na pefíóa deChrifto facilitara odefpa-
chode fua petição a uniaõ das lagrymas, com feu fangue:
caufa , por donde eftas lagrymas foraõ como corredento-
ras da culpa, pela uniaõ que tiveraó cõ o fangue de Chrif-
to,&pelovaloremqueasteveoEternoPay. 65 DeiU
- y . „, „ liçãodeChriítoaprendéoS. Bento, aacompanhar orne-
6{ Lachrym*ergoChriftiDo *. ir I J 1
mini ejm fanguim admtxt* 0- recimento do langue com o valor das lagrymas, para que
^TZfffaZZ?*'™*- Deos refpey tando-lhe a excellencia , coincidiíTe com feus
VcígainjHãí&òm. i.§.8(. rogos, fempremitir demora, em que a tentação podelíe
crear raizes.
659 Apagado o fogo na corrente das lagrymas, re-
ceou o Santo Patriarcha, que Florêncio perfeveraífe na
malícia, & inveja com que o perfeguia,& teve impulfos de
cleyxaromoíteyro, para evitar a perdição do agreíTor. In-
determinado eAava o Príncipe dos Patriarchas narelolu*
çáo, pelo amor que tinha áquella foledade , aonde habita»
va perto de vinte & finco annos. Afli&o, & chor.ofo entre
aperplexidadede íeupenfamentolheapparccéo Cbrifto
incei
ItU
EMPftEZA XXXI 417
to Senhor noflb, & o coníolou, animando-o a que deyxai-
íe aqudle monce , & foíTe para o de CaiTino ,com eíias a-
mordas palavras, í \ir 'a que ',ò dulciffimo ,($ amacio (Bento tein-
trtflejfes? NaÕ te lembra* , cio que eudijse a memVtj 'cipulos : Se a
mim me per feguiraô, também Vos baõ depcrfeguir a VÒsfJtt te conVem
efcolber outro meyo , & tomar outra Vereda , porque eu te ej colhi entre
todos os que vivem no mundo. Tu es Clarim íelejltalde meu Evange-
ibo , enriquecido de meu efpirito , para quefe ouça por todo o mundo a
yo^ de tua doutrina. LeVantate , & caminha par a o CafleUo de ta/ fi-
no, & poVô daqueVa comarca , que ate o dia de hojeperfeVera na idola-
tria, adorando nos Ídolos ao Demónio, em cujos corações reyna, por af-
tucia de Satanás j & naõfabem mays , do que adoralo , fâfegutlo. A
■iodos prega aVerdadeyradoutrina^ & procura redu^jlos a meuferVÍ~
co; porque eu eílarey contigo, 6? naõ te deyxarey , & confundir ey a to-
dos teus contrários. Caminha para guerreares com os Ídolos, fayde
-bom animo , mojlr ate forte , © Valer ofo, que eu te entregar ey o Caftel-
•h, aonde perpetuamente permanecera a primada de tua Ordem , & a
gloria de teu nome. Verdade, que auchorizanios com otefte-
tniinho de Surio , Tomo lctimoem a vida que eícrevéo de
í>.Placido,cujaauthoridadecorrobora,& authoriza onof-
ib EmminentiíTimo&Doutifiimo Cardeal Aguirre emo
livro, que efctevèo intitulado Ludi Salmaticenfes folhas
feíTenta & quatro Preludio oitavo. Eo Reverendiífimo
Padre Fr. Gregório de Argaysemafua Soledady el Cam-
po Capitulo defoy 10, Sc Benediâo Htftheno Tomo pri-
meyro. Aspalavrasem latim faóasfeguintesjque por ex-
tenças as pomos em o corpo do livro.
Vtquiddulcijfune, ac diletliffime Benedicle trijlaris? Nunquid
jam remtnifceris tUud quodego Dijcipulis méis locuuis fum , dicens:
Si meperfecuttfunt, £> Vos perjequentur* Tibi entm alia efl eligenda
Vi<t , aliud iter qtuerendum. Te nanque elegi ex omnibus tncoleniibus
t>rbem. Tu Evangelij meituba c^lejhs exiflens , ípiritu es meo reple-
clits. Surge jam , (*> Vade ad Cajlrum Cajfinum, SÊ populum ejujdem
(ProVincue, qui adhuc tdolorum nefandis culúbm ferva , ££ m quorum
pY<£cordijsSatan£ Verfutiaregnat ,qui nihd faunt ,aut dicunt ,ntji
^quodin cordibu* eorum Veneno fi Jerpentis Verfutta Jcrtpfit : Seimone
.Vindico prrtdicans , in eum ad utltum conVertereflude ; qiiia tetum
£<lo ero, fé> non te deferam, £> confundam omnes adver fartos tuos.Tro-
\fafcere tdolorum ad pugnam. Con for tare, © ejlo robuflm , quia Caf
Xrum tibitradam, 00 ifucjedesmnwmtm Mrtteinumerit,
G<zg 660 Qual
■
q. i -8 O TUlNCftE WS TJT. TOMO 11.
66b Qual outra Judith, que para corcar a cabeça $
Olofernes, centro da lacivia,primeyro confirmou, & for-
66 stetitqucjuâitbêMete- talecéofua caíiidade com asheryinas de leus olhos, 66
aumoríKí cuia lacbrytiiitJSU- ,, r> • i
lioummoiuwfíientio. da melma iorte o Santo Patnarcha , para nos recey tar o re-
l:^l^tumm,,,a. médio contra efte vicio : reparando a caftidade de feus
ehi,jir»iumquerigat,ne cum Monjes com as copiofas lagrymas, que chorou. Mas como
áum, *i>qu» mtnui iniqu*fe- elieremedio nao necommuni a todos, pela dureza de ani-
e'z^!Z:S::^j. mo, ou pela ribczadoefpiíitodcmuytos; outro mays ú\
zii.hum.ii. cil,&efficazenílnouoRedemptordomundo,em mandar
• aS.BentofugiíTedeSublaco;quefoy omeTmo,doqiicen«
finamos a fugir das occafióes: Medicina , cuja experiência
não neceffita de outra prova mays , que da noíla delibera»»
e7 Et muJierftigit iufoiítu. çáo. Amolher oueS. Toãodefcreve noApocalypfe.ap,.
Gincm pipocai. i?..vcif.6. * 1 J l J k > l
68 piurimi Sanaffimi jàm, parecendo no Ceo armada de Sol, Lua j&Eftrellas, para
Z%Z?»u*.eÍOpro*Urf,t~ 4^r vi&oriofa do Dragão ,que a acometia, valeo-fe da i u«
kufáiusmEfm.aiDama. gfda para odezerto. 61 Muytos Santos, que foubeiáo
Jum de morte Hieronymi, « r J - r •
6ç Simutmnoncomburatur chorar amargamente leus peccados pengaiaoneltt mecn-
i;zt%zt:;^ & Anè.
ruf<*mm*babnant,vijcarium ve,ainda que de feu natural feia fiia,& conge]ada,derrete-
Diabolinondeerit. r n i ■ j C a TL <? • - j
^5'fuj Gzmmtan. ub. .. de le eliando;unto do togo. Avilta ,& comunicação cope-
^T^SeVgo luxuria. ri§° obra ein hua alma ° meímo>Sue ° f^go arrimado d pa-
uremaium^âtiigmter ejutoc- rede , que fupofto a não quevme ,a deyxa denegrida. 6õ
fa removetureJusefeawAi t) i°g° da luxuria ne lemelhante ao mal da peite , que o
,,aJlZí!?Tninm°J,ame* remédio, com que totalmente fe evita, hejdefamparar a
cercnififugin. parte do contagio. 70
*»/«*«« » e/j(f. ** o„w„_ r °
Jum de morte Unrcnym/, ' '
Quivitarecupit Veneris fliigrantiatela^
Evttet canjas , S> /oca prompta malis.
German. de LuxuriA.
661 ComeftarefoluçãodoCeOjferefolvéoo Prim
cipedos Patriarchasadeyxar aquellafoledadc,& paíTara
Monte Caffino: & convocando a leus diícipulos,lhe fez a
pratica feguinte.
OuVime Irmãos , & filhos meus , bcrdeyros , & J ócios napromejjd
do ^eyno Eterno. Meu Senhor [ ESV Chnjlo me ordena, que Vú ao
Monte Cajfino dejlruir a adorarão, & cultura dos ídolos ; pelo que a
Vontade de Deos feba de antepor de toda a forte, a toda a Vontade,
oy/lem dtfto , bem /abeis, quantos enganos, & quantas maldades tem
obrado contra mim o (Presbytero Florêncio , querendome tirar a vida^
con%
EMV%EZA XXXI. 4,9-
com Veneno , & as almas de flácido , Q? Mauro com a tentação" laci-
Va, pela qual ra^aÕ hc necejfario deyxar efe faio , conforme a doutri-
na do Eterno ^ey : Se Vos per fegmrem em húa L idade , fugi para ou-
tra. E por fer iflo afy , & porque opreccyto do mefno Senhor J ESU
Cbriíto me obriga, be necejjano obedecer ,fê>' por a caminho. Sobre bua,
& outra coufa temos porley , abriras entranhas de piedade a toda a
forte de pefjòas : & com fraternal amor foc correr a todos ,afiy como
Nojjo Senhor I ESU ChnftofaVorecéo anos. Vos- ficay , & berma-
yccey na graça , © (anta conVerfaÕde Vofo inflituto : Sabendo certa-
mente, que quanto mays cuydadojos fores nas coujas effintuaes, tanto
mayor premio haVe ts de ter nodiadolui^o. Eka praticado Sanco
PatriarchaefcréveSurio no lugar citado. Eaponhotam- *Af*à BenJiSum u*fthen»
bem em latim, para authorizar afedilidade da cradução. ",w<M"^/,,<
(t/J udile mefratres , &fiítj , cohttredes , &Joctj inpromiffo ^e^is
<etemi) rum mihi Vominm meus lEShS Cbrijhtspnecepit , ut ad
cidturam idolorum exterminandam,<zterna que oblivioni tradendam^
Caflrum petam Caffinum , ideo quèVcluntás Deinojhts Voluntaúbus
modvs ommbus anteponenda efl. Nojlis pr<eterea , & bene noílvs
quantos dolos , quantas que infidias Florentms 'Presbyter intulit , qut
me Veneno inter f cere, £s dijcipulorum meorum Tlacidi , & Mauri a-
mmas extinguere Voltiit. Qua propter cedendiun loco e/l, juxtaillud
.ateria Ç^egis eloquium; SiVos perfecuti fiierint in una CiVitate ,fugi-
te in aliam. Et quia ita efl ,juffio quèejufdem Domini noflri 1ESU
■ Chnfli unminet, parere debemifs, eundum efl. Super hoc autemfê íl-
ia nobis lex efl , ut Vifcera pietatis ommbiis aperiamus , & fraterno
cbaritatis amore ommbus mortalibus juVamen conferamm ,fcut(y
nos accepimus à Domino noflro 1ESV Chrijlo : Vos autcmjlatc , &
permanete ingratia, & conVer fatiem fanclà tf^eligionis , proculdubio
f cientes , quia quanto ■ftudioftus infpintualibus dijciplms permanfe-
nti>s, tanto mayor apreenda in futuro examims dtçpercipietis.
662 Acabada a pratica eleolhéo o Principe dos Pa-
• triarclus os Prelados , & lhe numerou os fubditos , que lia-
.viáo de governar em cada hum dos moheyros ; & naquelle
donde feauíentavadeyxou por Ptior a Santo Amaro. 71 . . _
Os extremos, com que o Santo, &: os fubditos ícouveraõ que t^.i^i, fuHUmUí
neitadelpcdida cantou oiamoiol r. Nicolaoliravo noi- jj^„ ^r,:,c-, ;,.-.-, n.
iò Monje Cirtercicníe na lua Beneditina. Canto 6. *«««* *-'/«'«««« »>*"-
D. Greg. "Mag.fuf,
(Remato fu ra^ón, breVe , amor o f a,
Que dá Florêncio priefa confts htebos;
Ggg 2 !/;«-
4 i o O &H1NC&E DOS VAT. TOMO 1L
Y humedeciendolãiiwjitla hermo^a^
Los fue juntando todos a Jus pe dos :
lann que dclca^o^y la ra^on forçosa,
Vcju partida ejtan bwijatts fechos,
G^i^on , abraços , ivnymas , y eflilo^
Ha^en manar fia ojos de h:ío} en hdo.
662 Aficçio com que a gentilidade pintou os amo.
roíbs excéífos das Hyades ,na mor te de feu irmão Hyama,
êípédaçado pelas garras dehúLeáo, dealgúaiórte leve*
rificou na delpedida defles Religiofos , vendo a leu Prela-
do fugir da crueza de outra fera , que no mortífero de íeu
veneno excedia a toda a malignidade dos brutos : que as
Hyades continuarão tanto na choro, atéque lhe dtsfale-
céo a vida 3 & que os Deofes condoídos dainfelice cania^
as transformarão em eftrellasdo Ceo,diírerãoos gentios.
Mox Hyadum chrus Eois emerget ab undã,
Fratrts Hjd^uasperpetuus dolor indtditaílri6.
Fontian.
A aííiflencia do Santo Patriarcha avivava o efpirito dos
!Mon}es: os quaes,principiarão o choro, quando foubeião
deíuaauzencia,&prefefiirãonopTanto atéihe faltar a-
quella vida, porque naó enxugarão os olhos, em quanto
viraõ a leu meitre , & cada huni dos Religiofos, por diíei-
pulos de tal meíi;re,ric3ráo íendo eftrcJlas, aonde o Sol dos
Patriarchas deyxou eftampada a luz de feu efpirito. A inda
que todos elles conhecendo a intença pena, com que o Sá-
to Patriarcha fe auzentava de Sublaeo, magoados de o não
D .. . a. . acompanharem na iornada,dobraraóas penitencias, para
mortihcara vida. Quaes outros nlhos deAdaparo Gene-
7í Seâcum per ignota hca* raldeBoínia, que vendo a feu pay defrerrado da Patna,
piltu viater incccieret, ubicum- „„ - li L 3 1 C - i
quebh,H,»ccCi„r;batjuapro-mo o podendo acompanhar no degredo, fizera o dacaza
LHUtiuvcn^viManturÁffir- onde vivi-áo, tumulo , em que fe fepukaráo. 72
ttrr.fibi^gr^uíoirigtrtde- 5 C n ■ 1 1 - 13 1 • • P
ttbat, indican.t Qutnimirum oo^. INomeou ooanto Patiiarcha aigus heliqiolos,
mvcnft ,qiu .;' ' /««( crsJeitJi. _„.„ 1„ _ /* c /"" l ' J 11 J S~*
«■[..yi^ic.spm^ad^ para levar contigo :.&i.thindo com elles do Convento,©
aivirícuiiodiar^diptefiti! acompanharão deus Anjos em figura juvenil, ate oapo-
D.Petntf Uamian. tnierm. l ^ rr> < '
VigUi. s. Bcncdi Si. zentarem em Caíimo. 7 3
Adanai)
3
EMVREZA XXXI 42I
Ad qmm , tu ex alio monitm cum monte Ventres
Èeõdkjertpóbk, Duxjutttpje D em.
"N-avique duos juVenes ,biVium perduxit ad omne:
(Juitepnmveyit , quod leque; ens tter.
M arais Monacb. tn 'Bibliotcb. Flonactnji.
Recinvaífe o Santo de Sublaco , para fugir á tentação
jamiodeíia. E o Ceo neíta companhia de Anjos enfinou a
todos, que húa boa companhia he remédio efficaz,para cõ-
iervar a pureza j porque afociedadedosdeítrahidos pôde
pervertera virtude mays confíante. Eícréve meu Padre 74 VivifttqueDewiucemà
Kupérco,quefoia omeíino apartar Deos a luz dasíom- u"f'^$tft?iLbr*»i-
bras, 74 do que leparar os Anios eloriofos,da compa-/^»»'^' ^"sd' «***»" cu.»
.. i 1 J o cili J eodem Príncipe: Hat uvqucif*
ntiu dos condenados: 75 & acme nmr Em ordem, a que ^rafDítujueemquediviJit,
«companhia dos máos uão pervertece aos Anjos bõs. 70 i'"a mahsv 'yt"/eloí ab°"^\
íJoisícos Anios laõdenatureía inflexível, como podião pannoneimvuuhni^upertus
, 1 r - r. t la 1 - 1 ^biias.Lib.i inGenif.CJp.it
*»s bons perder a ianndade, & piue2a, que nua vezabraça- ?6 xjtncci^quicicidttunt
láo? Porque a má comoanhiaerapoderofa, para os fazer ^""^'í^J&^ílH^J.
Hiisdaí de naturcia. Divida Deos os Anjos dos Demónios, »5,'.í ,,/-;,!///«»•/«> «»'?»«'"'"'
.paia que vivendo os Anjos hús,coni os outros conlervaí-^^;Jf<^;íw*?íffí"w<
iema cvraça,quepoderiáoperderpela rebelião da má com-
panhia: Eafly como efta pode diminuir a graça, da meima
iorte a boa companhia apòdeaugmentar. Daagoaacom-
•panhar com o íàngue do lado deChriíto, adquirio o valot
da Caraça, com que nos ajudou a remir da culpa.
õ o 5 Seguirão também ao Santo Patriarcha os três
. -còr n. os, que lhe afíiftiáo no moítey ro.
Crede fi fícla loqui, ni fitem is Jolus abiret.
Três Jubito corYipromentere Jequi.
Hicijuofic te clamant ^populosqm tájiereqmmnt,.
ExIk-cIm noclió cum piafeJlafacr-4.
Çui Vtlut orèati rauevs , tibi jlere loquelis
ínjiant conVinch quod cor Vtre tuo
Tejibi fubUto wwbns yjionsCwliicóborrcty
Etpalkt ndmlis cuncolor ipjejias.
Marcus Monacbus . ttbijup.
Acompanhando asavesahiimSanto,aqueuios Anjos
Ggg 3 ler-
422 O fflQKClfE VOS PAT. TOMO 11.
ler virão. Obfequio , que herdarão outros còr vos ftus def-
cendentes, que todos os dias, ainda hoje, vão á por caiia do
moiteyrode CaíTino,crucitando,atéquelhe dáoa icllaõ
77 d. PeirusDamiainuubi cuítumada, comaqual ie voltáopara as de veias domoftey-
SutiZ'oKtvtrmiijrw,o f. m. roonde habicaõ. jy Osantigos,ornaváofuas fepulturas
ir. Leio de n.ihoma* ugjua com figuras defta eipecie de aves.por ferem pregoeyids da
XentJiíli«a LuftU»*. & * ** l j- j t
Pane t. tratado i.cap.ix. morte. 70 L levando o Santo Patnarcna diante da viua
eftas aves , levava nellas a reprefentação da morre 3 lem-
brança, que em fua Regra encomenda aos feus Manjes,
tragão lempre diante dos olhos.
666 De húa batalha fahio o Santo vi&oriofodeSu-
blaco ;&£. para outra pelleja endereçava os paílòsa Caílt-
no. A triunfar dos vicios,enfinou S. Bento nefta occaíião,
a toda a forte de peflÒas. Nenhúa arma efpiritual he tão
valente contra os inimigos d'alma, como a lembrança da
morte: porque efla confideraçáo,he arma fufficiente pa-
ia defhuir a todas. Conta hum dos Profetas, que fahindo
Deos a guerrear contra feus adverfarios,occulrara feuin-
-9 ly.ibfccuiuaeftforutu- finito poder. 79 Poisfe naoccaíiáodo confliâoíe em-
âoepu *4k*m. cap.^.vn-f.A- penhão as forças, como oceultou Deosasfuas,nefta pele-
80 udntefacii ejiv ibimort. r _ * .. 1 11 o r-
ibt. ja? Levava Deos diante dos olhos a morte : 00 h para
nolTa doutrina moftrou Deos,quenáo neceííitavade ou-
tras armas para triunfar, quem levava diante dos olhos a
morte, que havia de ter. Contra os vicios, & feus fequazes
fahio Deos a campo ; & S Bento fe pos a caminho ; do Se-
nhor a prendèo o fervo , aefeolher as armas , para não per-
der a vi&oria.
66 7 Ao parecer, efeuzada era a companhia dos An-
jos a hum Príncipe, que levava confígo as memorias da
morte,por ferem eftas, o melhor confelheyro, & amays
certa guia. Defpoisque Abrahaõ,namortede fuacfpofa
0 T, , .,.„ , »3 Sara, comprou húa iepultura, onde afeu tempo, lunta*
fiicem,qt,amb»ba inexttem» mentecom eila o lepuitaliem , 01 naoiemos,que Deos
r*GcKtf*x\.C*erf.9. conforta fie a Abraháo com fua preíença. 82 Pois íe
Deosaté aquelle tempo o favorecia com fua comunica-
az. mtMdumquodDetuui. cão, & o aconfelhava com fua doutrina, como agora pri-
lemu ^IbrabtafparviJJthgi- aLi-i r -* r> n ' rrr • t
tur. Rtrpeniu. va a Abrahao de tanta tortuna ? Porque elte Patnarcha an-
ticipando-fe emeomprar a fepultura , em que havia de fec
enterrado, mofirou trazer a morte diante dos olhos ; &a
húa cieatura, que vivia com eíta lembrança, achou Deos,
» que
E M <P <]{E Z A XXXI %i%
que lhe nío era neceflario outro confelheyro, nem outra
guia mays,do que a Tua memoria: mas em defença do Pi in-
cipe dos Patriarchas , ajuntou Deos todos os remédios
contra os vicios , porque Tendo o âà lacivia a cabeça de to-
dos , & aquelle de que São Bento fogia , foííe eiie iucceííb
botica univerfaljonde osmortaes achaflèm nedicamen-
tos contra eftes vicios: recey tando aos fracos, a fugida 5 aos
tímidos, a fociedade ; aos valentes, a memoria da morte.
Defenfivos , que cada hum delles he táo poderofo >contra
afenfualidade,comofaõ asagoasdalagoa Nerve,vjuc
o lenho incendido ,húa vez apagado dentro em fuás <?' *"*'- lg""''% ?fTt-ir.a
. • . - ' 11 r Sociel6liiJefu.Tnitt.JeEU-
agoàs, fica incapaz, para que nelleie torne a , tmm miMiha.
athear ofogo,pormays intença^que
feja achaniâ. 83.
CASTIGA
424
CASTIGA DEOS A MALDADE
de Florêncio, & chora o
SANTO
PATRlARCHA SUA DESESTRADAMORTE,
E M $ %E Z A XXXIL
A ND A o Phifíco abrira vea,
para conhecer pelo fungue a
|| complexáo do enfermo; & pa-
ra defcobrir o humor, em que
pècca a enfermidade. No lan-
W^\ guemofíra anaturefa a deipo-
fii^aodoíogeytOjCjue anima^ &ofeubom, ou máo tem-
* pêra*
EMf^EZA XXX1L 425
peramento. A Iancera he a chave, que abre nas veas as
portas aos males, que inficionáo a faude j indicando,& ex-
pelindo o humor de que procede a corruçaó ; ou confir-
mando ao Medico naboa,oumá opinião, com que odey-
xou o pulíb.
66$ Lanceta apontada he todo o inimigo, que nos
aegravos com que offende,defcobreobom,ouruimhu- • N«w/ir naturaiher en eu*
00 1 rr j* 1 f-x 1 1 - menr,ecor\tr3ig«obilii.
niordoonendido. 1 Das payxoes humanas nenhua cor- Rauiiw^tp.fi.
rompe mays a nobreía do fangue, do que he a vingança; a £?£$£$&£&
& dos remédios nenhú tanto a puri fica,como a clemência . Gamam, de Mijai™.
Magnos ^ (§ claros homines dementia multum
Omat , ea uttltus , nobduts que nibil.
German.
Asmoleftias apurão os ânimos, 8c os aggravos examí-
naoanobreia. 3 A vingança, queohmperador beptimo offe»tiMen»ta,tasiueet.
Severo tomoude feu contrario Clodio Albino, mandan- We*'*£ . ~ . ., .
do-]hearraftarocorpo,deípois de lhe cortar a cabeça, 4 munnau.
confirmou os indicios de fuapéííimacreação. 5 A Cle-
mcncia,que uzou Antigono hino de Alcinoe chorando biic»tn.ignobn«.
de íentimento, quando lhe aprezentaraó a cabeçade Teu
inimigo Pirrho, 6 autenticou o efclarecido de lua def-
cendencia. Os homés,faõ como as plantas, que no golpe 6 ***iJ'»'fu? -,cm àecu-
com que as ferem, eftilláo o medicinal, & venenozo hu-
mor dequefealimentaó.
670 Naõconhecem osmortaesa utilidade, deque
lhe fervem os inimigos:caufa,por onde não correfpondem
âfeus golpes, com aquella generofidade,& valor deani-
mo , que deviaó ter. O inimigo enfina , no que murmura. 7 Quoniam nfee tmptribú*
a murmuração de hu leu oppoíto aprendeo Alexan- tmiflt aJctVi > hq/ex efi„.
dre a fer comedido nas palavras. 8 Naquelle tempo f^âo,em'JfcJ't'ti^'Jm'"'itÍ0O"'lta
. . . . • 1 ~ 1 ri Jup-nji, uttb immicu vtrutn
tinha o Monarcha outro detcyto mays, do que o talar com audumut.
algua immodeitia ;& ouvindo, que ocontrano le apro- „ic" r
veytavadaspalavras,paralheefcurecer as obras, íervio-fe * idemPetru,deíimatVe.
■da murmuração, como de conieiho ; & chamou a li o con-
trario, como amigo. O corpo humano, abraça o medica-
mento, porque lhe cura as chagas , ainda q lhe cauia dores.
67 1 Abre o inimigo as portas da fama ao contrario,
que ofíende, que tal vez lenáo -bririão com tanta franque-
Hlih ih
*
1
4a6 O ^INCITE VOS <PÃT. TOM. II.
za, Te faltara o pregão do aggravo , que lhe apurou o íufri*
mento. Mays a vultado ficou Ceíar nas eftatuas , que man«
9 statuaf âejcBm ?on:pty dou levantar a ieus inimigos Scylla , &c Pompeyo ,do que
ftt,f. t^tm obrem c*r*r dHmemioQz&ijisGpxz íe dedicarão a lua memoria • o &mays
Pcr.ptyftatuat erignjwfl- vi&oriofo em amoeflar ,& não ferir aos que fe conjurarão
bihvit. Cícero. ' „ , f • „ . f-
contra eiie,doq em daramorteaicusadvenaiios.ua mel'
ma forte o Emperador Juliano, não ió perdoando a vida
a feii inimigo Nebridio, mas também defendendo-o dos
10 s.«viftuiubij«p. toldados, para que o nâomatalfem: 10 Acção,dequeo
Emperador fabricou afingularidade,com que o Petrat-
cha o adiantou a muytos laureados da fama. O fonho,
que teve o Poeta de Grécia, em que felhereprefentou o
cadáver de Annibal, tumulado emhúmauzoléotaõemi-
nente,queoSollheíerviaderemate, n naõfoy aquel-
mandou enterrar funtuofiííima-mente os corpos de feus
inimigos Paulo Emilio,& Terêncio Varraõ. 12 Omon-
12 Ra-.if.usjupra. te de ouro , onde fingio a poezia deicançavãoos oííos de
PhelippelVlilanenfe, 1.2 naõíe formou dos defpoios das
jj lãemOiiginacap. to. §.i . ll ' rr \ ' ~i - r
guerras, que venceo, compolíe dasjoyas, que deu a leu
contrario Affonço,delpois de vencido na batalha navah
14 Ravifmtfupra. 14 As eftrellas ,que fabularão os Romanos, nafciáodas
maós de Alexandre, 15 não toráo as dadivas com que
ti UwA?.%m**fr 7§8. prcmjou osíeus, fenáo as riquefas,que enviou ámolher,
.c Berofiàechmncl. & fMasde Dario>aqueai vencéo: 16 em toda a forte de
peflóas,& em todo o género de proezas oceupa aclemen-
17 -Mifir ^r^^f/Víw/íw-cia 0 piillieyro lugar, por fervida, & almadetodas. 17
tae8,*tfinei!lac*tera,&ft . - .
ftni,proâe$Se non poffunt.
Lto ton1,f.mfcrm.de ^3far. j^ vimtes c[ari demência ^egis
(Primam eiva tenet, precipumn, quelocum.
German.
671 Amuytosilluftrou a inimizade, que fem inimi-
gos vi veriaõ tem nome : o lenho ficaria tronco, ferheíal-
tafie o ferro, que o desbafh. Cepo, & ao parecer inútil vi-
véo atgús annos o Capitão Ariarato,comendante de Apú-
lia: os defprefos,& injuftas cavilações, com que feu paren*
íePhilogro lhe apurou a paciência, lhe aclarou oenten-
dimentoem tal forma, que foy hum dos efclancidos, &
18 tAibhcnfus àtUivilaUn- r i . - i , o r^. !• j
8stuJcefcremu»Ji.§,7o. esiorçados homesdo mundo. 10 U diamante, que da se n-
« tranhas
EMFREZ A XXX1L 427
tranhas da terra íahe aclamado Príncipe das pedras pre-
cioias , naõ merecera o trono, fe o lapidario o naó puzera
na roda, aonde lhe defcòbre a luz. Osinin.igosfeivem de
cícultores, & lapidarios ,que ácufti do próprio trabalho
gaiiaõo tempo, & o cabedal cm afeyçoar , & poJir a ou-
tros. Náohouvera táograndes Heiòes na terra, nem San-
tos no Ceo fenão tiveráo inimigos. Com a multidão de
cmulos fe íezovalor de Alexandre fenhor do mundo: &
com as fcm razões do mundo , merecerão os bemavcntura-
dos as cadeyras da gloria.
675 Se naõ houvera inimigos, confundiraõ-fe osil-
luffrescom os macanicos. Operdaõ das ofltnlas hehúa
das prcrogativas,emqueosr5cionaesdifTeremdosbrutos.
* Contra o artífice que oslavra,defpedem defias pedras * Humt*it<u,»iquccumi-
pedaços, & o ferro, lanças rnaoaíly o ouro, nem a prata. wwíinfjritajauJcii^gutt
Cleomene Rey dos Lacedemonios, na vi&oria que alça n- ctES?****' ' ''''^
çoudos Acheos,deícobrio entre os mortos ocorpodefeu
adveríarioLydiades j&ornando-o dasinfignias reays,o
mandou acompanhadodosmelhores deíeu exercito, até '9 B»F>? f^gcflb>-
as portas da Cidade de Megalopoli. 1 a Deipois , que
Cotys efcravo de Nero deu a morte aMachometcs , ícu
inimigo, efpedaçou-lhe o corpo. 20 Os Plcbeos leguem zo ^vUj/upr.% 8.
a crueldade dos Scytas,quedeipoisde matar afcus con-
trários bebiaõ-lhe o langue; 2 1 & os varões illuílres ,a *■ BefCcr"" "' ^ %*'*«'
n J 1 C 1 lf J £ %.h>mo,g>tur.
generolidade do boI,que em tal lormadestaz o atrevimen-
to do vapor , que fempte odeyxa com ler, que lhe apro-
veyte.
674 Os inimigos forão, em algúas occafioés , de roa-
yor utilidade aos Príncipes , do que íeus apayxonados:
Dos muy tos, que tinha o Emperador Commodo,nenhuin
featrevéo a declarar-lhe o mão exemplo, que dava com
lua immodefta vida , por naó arriícarem o valimento : fen-
iurou-o Al macio Teu opofto j&o Emperador conhecen-
do o próprio delido, & a obrigação aquetinhaõ faltado
feus validos, defpedio amuytos,8r admitioa Almacioj fe lZ ^vnafup, §90.
bem, que nunca o Emperador fe emendou dos vícios. 2 2
A violência das rodas, taz, com que a contra pofiçaó daa-
gulha lhe regule as horas: A opofíçaõdas vontades feivio,
em muytas occafíóes, de guiar o entendimento pot vereda
mays certa.
Hhh 2. 675 Os
428 O PRÍNCIPE VOS PaT. TOMO 21.
67$ Os Chroniftas , que authorizarão , & deraõ ma «
yorciéditoásexcellentes obras do Emperador CcTdr,&
• H<tcchmtnti*,atquchu- Antonino Pi o toraó feus emulus. * A liberalidade, & a
te» ^ntçuma, ?>um,ac mio- n() parccercJe muytos, com opinião mays de favor, que de
fopkunipltifqiiar.t alia pritcla- t ,.,.•• \ C \
remabcúgrfi* ,q»* pncuUu- divida; mas o que obrao co os inimigos delengana a todos,
bio^afusrum^ronu. , j virtude, o que parecia affc&o. Em quanto Ti,
Bapuíi. Vutgej.iib.s.cap.t. kerj0 Celar naõ perdo-ou , & enriquecéo a Hoíco ícu
emulo, diziaõ os Romanos, que a liberalidade de Tibério
z3 Jtòfc».§.6$. era induftria;& a Tua clemência, diflimulaçaõ. 23 Os
Príncipes comopefíóas demayor importância para o fer-
viço de Deos, corre mays particularmente por conta do
Altiffimoo abono de feu crédito: & a todos quãtosoCeo
deffirio com aggrado, tomou a feus inimigos por inftruí
í.4 Beatieriíucumviteãe- memos de fua gloria ,&: por demoftradores defuas virtu-
rint hcmitie» .& terjicutivor ° *■ ~ _ . ,
fumm. Mitb.s.vcrf. «z. des: 24 Eutreos quaes,íoy o Príncipe dos Patriarchas
dos mays abalizados Santos , que lograrão deDeos feme
lhante favor.
616 Soube Florêncio de como o Santo fahira de Su-
blaco, & caminhava para C2Íimo ; & querendo certificar-
fedo fuccefio,fubio a hum eirado de fuás cafas , donde def-
cortinava diíferentes veredas ; & vendo ao Santo Patriar*
cha pofto a caminho, de gofto,& da alegria comeíTou a dar
faltos, & a dar vayas, naõ fó aos que hiaó fugindo, fenaó
também, aos que ficavaõ chorando.
Saltadegujlo lafangrientafiera^
(Rompe con torpes Vayctt eljtlencio,
Ycomo infame Vil , debaxa eflofa,
'Burla de Veras, ejearnece ,j mofa.
'BmVo.Cantoô.
Nefie tempo, em que opeifido invejofo fe confidera-
va triunfante, de repente fe achou no inferno; porque ca-
httriu^injíulioL^Jt^m hindocom elle o pavimento do eirado, ficando immovel
cijeiffíjftcognofccrettf cxuita- todoo mays reftanrc do apozento, perdeu ocorpo,a vida;
rct ,p;rduriintcimmobi!i1erto- o T 1 L • J r • r r
tadomusfjbr.ci.hocipfumtã.-oc lua alma, a gloria, que poderá conleguir lercipeytara
tum in quo (labat Mar mm ceei- „,,:..,.,, J„ _ «,
JH.V \eUmkoBcm eo.ue- * VIrt«ae. 1 $
re»f,extinxit. £ny Fabularão os da Mauritânia , que emeaftigode
gcrumeap.%. luas culpas delaparecera, por algus dias,omoLKe Atlante,
cuia
EMV^EZA XXXll. 4^9
cuja altura tinhão paraíi, que íuftentava oCeo ; &que
nos dias, em que lhe faltou efte arrimo, foraõ tantos osra»
y os, que contra elies deipedio'Jupitei , que dey xará õ def-
po voada a mayor parte de fuás terras. O Atlante, que luf*
tentava o Ceo, para que naõ cahiíTc a ira de Deos íobre ef.
ce Sacerdote, era o Príncipe dos P?triaichas j&omefnío
íoy auzentar-le do ílcio, que defcarreggr Deos o golpe ío-
breFloreocio.
678 Três legoashavia caminhado S. Bento, qusndo
Santo Amaro lhe inviou húMonjecom a nova deite fuc-
ceíío ; pedindo-lhe voltaííe outra vez para Sublaco , viíio *6 Q"oi w> P« d>fc\p*iut
/ • p • • z^v • o ti • 1 forniria nomir.e jiatim vonsra*
ler ia morto ieu inimigo. Uuvio o Santo Patnarcha anc-wp^nfe^^^kí
va , & com abundantes laPrymas comeííou a fazer as ex- f/"*!**?.™* iteT m,''il"
equiasa leu contrario; chorandodeientimento,porver o <**»» àiccut .• Rnmtrt q«<t
defcftradofim defuavida: 26 i»qfte<««otoni^2SSríí,,/,í/i,<Mfaw
pulodo EfpiritO SantO. * Quodvir Dei Be*eiiBut tu»
* •*• aicns ,JiJi ingrtvibtu Umen»
tationibiu dcdit. Man Ibi.
<w/i <fe/ injelí^ ca^ppr e/ente „t He\auil„ t & ,, rJoa ,.;1I(
Elrebentar enlavrynM fuefuerça, nc6x*httfí>rtuum:»efartiv,~
-. , t t ■ a 1 , i- iut ttamimu & JiffilitUfti,
(Jue cl amor as losju nos , y dejabtos, Provcrb 2.* . wf. > 7 .
Con Ugrymas refyonde ajiu aggraVios. BraVo. fupra.
6j% Ponderando o Doutor da Igreja meu Padre $.
Gregório Magno em feus Diálogos , eíta acção do glorio-
fo Patmrcha,&:conferindo-a coinfeucompanheyro Pe-
dro Diácono, conhecéo, &confeílòu efte venerável Pa-
dre,que o Príncipe dos Patriarchas efUva aparentado com
todos os Príncipes da CortedoCeo, porque tinha oefpi- l7 fnriflçotimiumjufítrum
rico de todos os juílos. 27 Muytas foraó as virtudes de &>**&»*'?»*' m'
Saõ Bento, que o Diácono ouvio recapitular ao Summo
Pontífice, porque efte,elcrevéo a mayor parte da yida def-
te feu , & meu grande Patriarcha ; mas de todas ellas eíta
lhe fervio de efpelho, aonde vio claramente anobrela de
íeuelpirito. Inferíodapurefa do langue, com que a virtu-
de do Santo correfpondéo ao golpe ( que foy , pedir a
Deos por quem o perfeguia na occaíiaõ , cm que o eíta v*tõ
orTendcndo j & o derramar lagrymas de íentido , quando
lhe deraó a nova, de que Florêncio efUva moi to^ que a tal
virtude era a mays nobre, pois correfpondia aos aggravos5
com benefícios.
Hhh 3 670 O
43o O pqjNOTE WS VÂT. TOMO U.
6jy Ofanguefoy omayspuro,& omaysfaudavel,
porque as lagrymas de hum juito faõ Tangue d'alma,& me-
dicina da culpa. Naõfoyeítaa pnmeyra,nema ultima vez
que chorou o Príncipe dos Patriarchas : Também quando
Deos lhe revelou a deftruiçaó de leu moi teyro de C^ílino,
foraó copioías as lagrymas, que chorou S. Bemo: & mó
obiigaraõ eftas lagrymasa Pedro Diácono, a que fizeílè
elía coníiíTaõ , porque o Santo Patriarcha quando ascho-
iou na morte de Florencio,cftava o Santo ferido da lance-
ta do ódio, que lhe tinha o Sacerdote ; & quando as dei ra-
mou noticiofo do mofteyro , efta va o Santo ferido da lan-
cetadoamor, que tinha afeus Monjes. E coirefponder
compaíTivo aos golpes do amor, he indicio da pai titular
afleyçaó que as chora : mas correfponder com lagrymas
compjíTi vasas feridas do odio,he testemunho daíublimc
fantidade que as verte. Chorou Chrifto na morte de l_a-
78 Lécrymatureftjejut.Di. zaro,& deitas lagrymas conhecerão os judeos o minto,
xeruatcrgojudtheecequomo- Ai -A V r^\ r^L "A T L r< ' i
dowabueum. queCmilto oamava. 20 Chorou Cnriito kbre a v>ida-
^7tU1,'r\'nTíl^^,f' ■ de de Terufalem, quando entrou triunfante porfuaspor-
àcn.Cvttatcmficv.ífupjiiam. tas: 2o & deftas lagrymas.inferiraó muy tos Padres a in-
Luc*\9.verf./n. r . '. r . v 1 ^ 1 1 1 I
jo Viât Dei m.firicoràiam. nnita milencordia do Kedemptor do mundo: 30 Laza--
SBedtiibdeMifiricotih. ro era amigo do Senhor: 21 & Jerufalem,adverfa: A
}i Lazarur armem noiier. o ' j J '
1otn.frp.vtrf.it. morte de Lazaro ferio a Chrifto com o amor j& apeitina-
cia de Terufalem ferio a Chrifto com o ódio. E as lagry-
mas, que Chrifto chorou por hum amigo, naõ lhe abona-
rão tanto a fantidade, como as que derramou por hú con-
trario; porque eftas, lhe defcobriraõ a commúa virtude;&
as outras, o afTcâo particular. Como jerutalem encontra-
da a Chrifto, foyefte Sacerdote opofto a S. Bento ;8c fe-
melhante a Lazaro,a quem Chi ifto amava, era o mofteyro
de CaiTino, que o Santo tinha fundado.Das lagrymas, que
o Santo chorou pela deftruiçaó do mofteyro,podiaííe coli-
gir o particular amor, com que odifTerençava dos mays:
masdaslagrymas,comquefentioamorte de feu inimigo,
conhecéo o Diácono auniverfal virtude, dequefe com-
punha a fantidade defte feu Principe-
680 Antiguamente, omayor brazaó de que fé van-
gloriava a nobrefa dos Chinos era,que húa peflóa real che-
„ „ gaíTe a derramar lagrymas na morte de algum defiinto feu
\í Pctfu> aeLimaiH RcJpU' ° 11 • r n
Hitaut.Rgftentitra. parente; 32 porque lhespartcia, queemlemumintcsca-
zos
E M ? ^ £ Z A JCXX1L 432
íos as naõ podia õ chorar os olhos, iern que o Tangue as naó
obrigue a iahir do peyto. Sem abuzar como eiiesgentios,
podido os parentes de Florêncio gloriurem-ie deitas la-
grymas, que chorou oglorioio Patnarcha;porqueíua gra-
de chandade o obrigou, naô ló , a quea maiiea cite teu ini-
migo como próximo, íenaó também como irmaõ.Eíte pa-
re iicelco, que o Santo contrahio pelacharidade, & queau-
thorizou com as lagrymas, teitemunhou a eminência de
ieu elpirito, eftimando como parente, a quem o preíeguia
como opoíío. Toda a razaõ, porque o Santo Job ie exal-
tou no eminente gráo de lua paciência a todos os miios
íoy, dizer, que tinha naconta, & eftimaçaó de parentes J' p"t,jái"idif^'^-
J> _ >\ ' * í tu n; mztcr t^-íi , újiivr meu,
aos meimosbichos, quelheruiaõocorpo. 33 isnmbus. joi.ty.yerj:^.
081 Diminuto achou o Doutor d3 Igreja a feucom-
panheyro Pedro Diácono, na inferência queíez do elpi-
rito de Saõ Bento. O Diaconocolegio das lagrymas , que
o Príncipe dos Patriarchas chorou na morte de ieu inimi-
go, que o Santo era aííiítido do cípirito de todos os mitos j
&oSummo Pontifice oarguiodceicaíío nefia conhíTaõ,
dizendo-] he: (Pedro , o Vnr.idde'Deos «S. fòeuto teVeoeípiritode
7 o, a * P J j in - • ?4 fir De! Bete Ji8i:t , Pi-
bum Deos. 34 A;uitadadtttmiçao,com os merecimentos tr\]unius Deijpiri1um blhuit.
do diffinido. O amor dos inimigos como feia a ultima , & D.GnS. ,v/.-; uti/upra.
f ■ jr.-JJ - 11 C - " Pe'/p'ce,oifeerttqucm
iuperior coroa da iantidade, 35 com c'ia coro-ou Sao modum uitimampoju* cen
Gregório a Teu Patriarcha no íiipenor,& eminente lugar J^hL m.,i.m*in.
de coda a virtude. A confiííaó, de que S. Bento tinha o ef- thifup. DiUgiu.
pitito de todososmftos,naõo exaltava tanto como aau-
thoridàde,queodeffinio3fiiftidodoefpirito de hú Deos:
& toda a exageração, cõm que o Summo Pontifice remõ-
tou a feu Padre,era dividaa taõ grande virtude.Efcreve S.
Paulo aos Gálatas, que naòfora reduzido por diligencia
humana, para o Apoftolado,ienaó pela vocação dej ESU
Chrifto, & do Eterno Pay. 29 Poisfe 1 E SU Chrifto 16 w«f4í<ta««ií
P . r \ S\ r \ r 1 hcmimliuf ,ncqueper hominem,
ioy oque ochamou, tendo etteiennor pcxicywhomevn^fsjferjejutnCbrijium^Dc-
como affirma Saó Paulo , que naõ fora chamado de pefíca "^íJgIZIm i vtrf. ».
humana? Era S. Paulo inimigo de Chrifto, quando efiefe-
nhor o convertéo a ieu grémio , & achou o Apoitolo,
que em tudo excedia aos termos de humano a peflóa , que
chegou a favorecer com tanto cftrcmo a leu roayor con-
0 -ri '11 li- 17 Fatct D.Rtiptrtui lit.t.
tranoj 37 & que naoiakava a verdade em o publicar to- de*iBor:».veri «/».».
do Divino, ainda que foíTc juntamente humano.
682 Os
ecroni-
43 2 O P^tNClPE DOS fAT. TOMO 11.
68 2 Os juftos no que obraó , publicáo a mayor , ou
menor favor defeu eípirito. ISeni todas as vinudts dcffi-
nem a hum juíto, eminente na fantidade. As tubulações
faõcomo as ondas, todas conquiftaõ a penha, mas húas
mays que outras experimenraó a dureza da pedra ,em que
qucbraõ asagoas. Lntre osgolpcs,comque Deos reuni-
feita a virtude de feus efcoliudos, temo primeyi o lugar a
clemência , com que íopcrtaó os aggravos. O mefmo
Chriltoefcolhéo eílegenero de feridas, para manifeftar a
Divindade de lua Reíurreyçaõ,moflrando a feus Dilci-
pulosos ílnaes das chagas, para que por ellas oconhecef-
iem gloriofo. 28 As chagas, que lhe abrio a crueza de feus
*i Qu,dthrbaliejlú,tíeogi- . .? „ ° n/L 1 • o L
:.v,cnc, afeendumm corda vc- inimigos loportou elte íennor com tanta clemencia,ck be«
tl^:;^,^/e' nignidade,que asconvertéo em efmaltes,que Iheenno-
i«f<fi4.»/.(8. breceíTem a pureza, 8c gloria defeu corpo; 39 & aefú-
maçaõ que fez dos aggravos oaplaudiaõ Divino. Ex-
emplo, que deyxou Chriíto a todos, & com efpecia-
lidade aosPrincipes,enfinando-lhes, que cor-
refpondendo com benefícios aos aggravos,
calefkaõ a nobrela do langue ,que os
fobio ao Trono.
39 ConciJciaia inimicorum
titulo, quia Deiadbuc r.cn ci>-
cidemtu infignia,
O.Ghrtfologfttm.lu
CHEGOU
435
CHEGOU O PRÍNCIPE
DOS PATRIARCHAS AO PE DE CASSINO,E
antes de fubir ao monte, o fez hum Anjo, & da parte de
Deos mandou ahum Santo Ermitão, que nelle ha-
bitava, delocupalfe aquelle fitio, porque outro
amigo de Deos o vinha occupar.
B M í> ^ E Z Á XXXIII.
^X"
683 g||gpggBa a creaçaõ do mundo reparrio
Deos as virtudes conformes có
a natureía dos individuos. A ne-
nhum deyxou tem preftimo , &
a todos differençou nas proprie-
JgJ dades. Frul\raraó-fe as obras da
naturefa 3 fe as naò acompanhara a medicina , para que for
Iii *a0
454 O PRÍNCIPE WS QÂT. TOMO 11.
raõcrcadas. Fora inútil a produção do ouro, feapra ta ti-
vera a mefmaefumaçaõ,& valor, &iuperflua a variedade
de animaes, plàntas>flores,& íruetos , ie todos tiverem o
me fino fabor, a mefma fragrância, a nieíina virtude, o mef-
mo natural, & a mefma forma. Conformando-fe com a ca-
ridade dos elementos, em que haviaõ de viver, creou Deos
a multidão de animaes }& ajuftando-fe comos fins, para
que haviaó de fervir , produzio a terra a diveríidade de
frutos.
684 Aos dous Luminares,que o Altiffimo creou pa-
ra governo , Sc compofiçaõ do mundo , afignou , & 1 epar-
tio os termos de fua jbgídiç a.õ , porque os creou em esfera,
& com influencias difíin&as. O Sol naõ prefide ánoyte,
nemaLuaaodiaj 1 porque o Sói, ainda que fe;3 princi-
• Lumwariwiuttttprsef. pe âos aftros,naõ tem a mefma aptidaõ,que tem a Lua pa-
fetdiei.b l timniar e minits m V ~ ,. , -&& ,, r 11,; »
fraeftmãi. ra prcíidir as Eítrellas,ieni que as desluíire ;nem a Lua tem
Gene/, ■.*»/. ig. a áifcíma adl:ividade,que Cem o Sol para formar a beleza
dos dias: Naõ avinculou Deos áfingularidade dascreatu-
ras toda a valentia dos influxos j tanlbemas Eflrellas rece-
berão de feuCreador particulares influencias íobre a ter-
ra, que as naõ domina a grandefa do Sol, & da Lua.
685 A mefma ordem, que Deos obfervou narepar*
tição dos dotes, com que entiquecéoas creaturas irracio-
naes,&inceníitivas, guardou também com os indivíduos
racionaes^acodos ennobrecèo com djverfos génios, & in-
clinações, para que ojnayor , ou menor preftimo lhes def-
fe a menor , ou mayor eftimaçaõ : Mal formariaõ as repu-
blicas hum corpo myílicõ, quando adiverfidade de eíta-
dos, que lhe compõem o todo , lhe naõ deftinguiííe as par-
tes. Differentes faó as veas , que foccorrem todas as partes
de hum corpo natural ; Sc diverfos haó de fer os fogey tos,
. que té de governar a codas as partes de hú corpo my ftico.
686 Os Príncipes naõ devem prelumir, que todos
feus favorecidos íograóa univerfalidade,que Deos naõ
quiz conceder ahúafócreaturaiefiimando acadahúdel-
lesnográo,emque os Romanos idolatra vaó orecracode
Minerva feycopor Fidias,doqual diziaó fer o compen-
dio de coda a per feyçaõ. Se as refoluçóes dos negócios de-
penderão de húa fó cabeça, foraõefcuzados nas republi-
cas adiverfidade de tiibunaes,& deminiflros. Aafcyçac?
de
EWP^EZA XXX111. 435
Jealgús Príncipes foy femelhanteaoamorde Aurefpicio,
Aftrologo de Grécia , para com o lavrador Alviano, que
não fabendomays, do que cultivar a cerra, Aurefpicio o
entroduílo a calcularas Eftrellas: fazendo cão grande con-
ceito de íuas rulticis oblervações^que as cinha em conta de
irrefragaveisatoriimosj emcanco, quelhechegoua pedir,
fizelle novos inftrunjencos,com que inveftigaílè as esferas;
obedccéo o ruftico ; & guiando-fe por elles o AUrologo,
todas quancas obfervaçóes fazia lhe fahiráo erradas , por*
que ie governou pelos dictames de hum ruiuco,em tudo
alheyo,& ignorante nas regras, 8c preceytos da Aftro* » nibui* Pmary títa. f.
, . J ' ° & 3 r * Pkabuia. 30.
Jogia. 2
687 Como afcienciadereynar feja hum epilogo de
todas as fciencias,ck artes j & os Príncipes não poííaó ter
plena noticia de todas , porque fua mageftofa educação os
eximiodaprofiíTaõde muytas,foyneceíTarioaproveyta-
rem-fc de di verfos fogey tos, para que defiribuindopor el-
les a multidão de feuscuydados, conforme luas esferas Sc
feus talentos fatishzeííe a obrigação da Coroa. E feos , ^4*geu inauthemieD*.
Principes guardarem aley dosTufcos 3 & L,acèâemmfenlir'b''tCiviut § uh"m'
nios, 4 queexcluhiáoanobrefâdaadminiftraçáo)&: fu- . .. .... D,
perintendencia dos foros reays j confundindo a ordem po- 7.er juRimu i,t. i».
Iiticadogoveino,comofezEliogabalo,defcompondoem
Roma o Senado , admicindo nelle gente de bayxa condi-
ção, 5 fentirão os irremediáveis males, dequeenferma-
-r» T^/"C¥J • J < Petrut de Miranda 1riBi-
raoos Romanos, os 1 ulcos &os Lacedemomos, quede tuéhorh&urh*—M.S>i9
todo perderão o domínio, pelos defacertos de fua admi-
niftraçaõ. 6 De todas as infelicidades dcRoma,foraõ
caufa os Tribunos CayoLacinio,& Lélio Sexto, por íe- $ íw.§.*»|.
remos que conftituhiraõ oseftatutos,deque aloberania
doConfulado fe comunicaífe aos populares : 7 Tudo • , „ . , . , ..
anm,dequeLeliofoííeConíulj& Licinio,MeltreúeCa- Rd,gUfQrumc»p.¥>.% j.
vallaria. Comeflando adeclinar o Império Romano do
tempo, em que a fumma dignidade deDictador, ckCen-
for cahio em poder de Cavo Mário Rutilio, de Quinto . , .
r, o i n l* 1 /T' J 1 1J r» %TitMlivM6a.6.urbecfr
Pompeyo, & deQuinto Metelo peíioasdehumildeior- àn*. /wp«;« Jurifi»* >*>
te. 8 Querendo os antigos fignificar o péfimo governo [;.:^ : /
de Eliog;abalo,dezião: que alua Coroa não tinha em or- ^nxtnâre^b ^iiexmdroh^
•, c . . . r l .- 1. Goi^l Jicr cif.) fcl.i iy
demaspedrasprcctoiasqueaguarneciao. pojifrmcpwm.
688 Pelo deícurlo do tempo conhecera õ os Lacede -
Iii 2 monios
43^ O T^JKCm^E WS TJT. TOMO 11.
qionios o erro, em que tinhaõ cahido naexciufiva, que
deiraõánobfda}& para o emendarem, lhe entregarão ab-
9 Prtrw^/.S.iM. folutaadnnniliraçaõ de todos oscargos,& officios: o re-
médio, que os na õ livrou do mal , por lhe faltar os ingredi-
entes, que o fizeiTem medicina. A cabeça naõ governa o
çorpoíeajajudadetodasasvcas,queaiuftentaó ; da inti-
ma forre o governo,fem a di veifidade de eftados, de que ie
compõem a republica. -
6bo A republica das Eítrellas, tem repartidas as in-
fluencias, que íaõ os officios de feu governo , conforme as
esíérasdos Aftros. Efhdefpofiçaõ do Autor danatureía,
devem feguir os Príncipes da teua, naõ oceupando era
nuiy tos officios a hum fóíbgey to: Advertindo, que os am-
10 Dhnyfiui nb.ij. cu o. biciofoseraõ excluidos pela ley Calfurnia, 10 & Júlia
toro "Murena. Tiberi Decian. j j J- • J J L Tii
imiimricinHm.%. ll de toda a dignidade, por conhecerem, que lcmeJhan-
11 jiterius Decia tomo 2. r^s mi niliros faõ como os Alamos, queafpiraõ afubir,&:
çrim.lib.%.c»p.iz.mm.^. _ , - \ *. '
nao arructihcar. Hua lo arvore nao admite ínxertos de
dificrentes efpecies, & ie algúa os recebe, nunca dá per-
feytosos pomos. OsLacedemonios encarregando a Flo-
rêncio Grau o governo das armas, &adminiltraçaõ da re-
publica,viraõ,que a nenhúa das partes acudia com promp-
tidaõ, porque profeílava a vida civil, Sc naó a militar : fal-
n Emanuel. fup.cap.i9.§. tava-lhe naó ío a experiência ,mas também otempo para
s<5, affiítir a húas, 8c outras obrigações: \i AíTycomoas ar-
vores, que carregaõ de demaíládos frutos, nem confervaó
asramas,nem vingaõospomos,porquehúslhecahem ver-
des, & outros ficaó nellas engelhados.
690 Paramoftrar aíingelezadefeusanimos,&de
feusrequerimentosandavaõ,na Corte Romana,osperten-
, . ,., .„, , ., dentes veftidosde branco, & traziáo deícubertas aquellas
j.íVm«. 7 ;,:,«/>/<. ?}itu.r;h. partes do corpo, em que tmhào recebido as feridas em de-
in vitaCanolí/J i» Problema, r j .. • o r J i~\' /"»
cictr.pt* Pia,co.tJem Uv„„ t™Ç* da pátria, & íerviço da republica. 19 Comprovara
hb.+.Decad.i.çTiberi Deci. dooutros aiufiiça defuaspertenções, cobrindo a cabeça
anutim.lomocrimi.hb, %.c. • l - 1 f • i r r r
tx.aum.%. com as coroas, que tinhao ganhado nos deíahos, nasdeí-
14 Francifcur ie Spínola tra- _ & LI- T? 1 j* • p 1
3*u,àc.A>«lv<Ju,6d:ft,o- PUCas » & nos jogos públicos. 1 4 E pelas divifas regula-
fitwm Romanorum , #<-. ^ân- vão os prémios & os lugares, fem confundirem os mereci*
tiquitaUTi.DiJpofit.il. r. o -i ã r
mentos. Intentarão os Komanos vanar os lugares oeíeus
idolos, &puzeraó na cadeyra de Appòlío a Marte; &no
tronode Cupido, a Júpiter: encontravão-fe os Oráculos
nasrepoílas,até que leftituhuãoa cada hum dos ídolos a
feu
feu próprio lugar. Com os Príncipes lerem os diamantes,
o ouro,& a praça da republica,tóra de feus lagares nem rcí-
ptandecem, nem íaõ rei peytados: como o íerã a efeoria âo
vulgo, compoita dos lézesda republica?
69 1 Também ieaffirma;que adeinudez dos perten-
centes Promanes era parateík*munho,deque lhes faltava
cabedal para fobornarem os niinifrros; 15 defentereíle, *s '* "ufi
que obrigava aosconcelheyros, anãorefpeytaremaspóf-
íes, íenáo os ferviços, & os taIento?;& com tanta exacçáo
ofazião,que antes de os admitirem á pófle , rixaváo edi-
taes ,em quefe publicaváo por léus nomes os eley tos , pa-
ra que havendo quem os acuzaliede incapacidade, promo- l6 tytààfo ^«,,-j, 8o.
veflèm nos lugares, aos que folTem beneméritos delles j 1 6
querendo antes elcuzarod*mno,do queíofrer a injuria.
Determinação não ió oblervada dos Romanos , dos Gre-
gos, dos Eípartannos, 37 & FranceíesnotempodeCar- ,7 £<"»W'" '».>#.< v™j.
r ,-,,r * 1 , wi 1 • -n - 1 boter.de Ratio, Ratuifol. M.
los VIII. mas também dos Milanezes, na adminiltraçao de
FrancifcoEsforcia. Os Romanos em tudo ie aventejarão
aos Caithaginenfes, com elpeciaiidade na promoção dos
lugares; porq os de Carthagodefpachavão porpeytasjoc
Roma condemnava ámorte aos comprehendidoj emie- ,8 f,//í«„.
melhantecrime. 18 EIRey de França Luís Xíl. rifeava
de feu fer viço , aos que pertendiáo com ibborno : 1 9 Sc $J*"Mt0jk*t lAnti^'1''
fazendo-fe o contrario, fuecederá nos tribunaes a nieímfc
deformidade, &coníuzão, que a havia nos deCarrhago.
Os iru&os amontoados corrompem-fe hús , aos outros; &
fendo de efpecies difíerentes, com mays brevidade apg»
drecem.
692 O EmperadorTrajano, tinha eferito os nomes
de todos os homés timoratos , & fabios , que havia em Ro-
ma j & para a nomeação dos lugares mandava efta memo-
riaaoSenado,paraqueosSenadoresreguladosporella,ef-
colhecemosfogeytosmays capazes, regeycando aos que
fe lheofTereciaõ para os lugares. 20 Politica primeyro 20 Bobaitibaum.i.f*'.. n-
obfervada do Emperador Augulio Cefar; tanto aíly, que »i"7;l6-
não deu o lugar d^: Jurifconiulto a Adriano, porque lelhe a| PomptiMU,-m.x. f
ofFerecéoparaelle: 21 virtudes, que também refplandc- «»*«/
ecrao entre asmuytas, que teve EIRey de Portugal Uom h ,.§, i.fjtèxt,
joaó o IV. He próprio dos ambiciofos julgarem de íl, que ts.JlG.éet*ii»tfainitf>
como matéria prima íaõ capazes de receberem todas as
lii 3 íór-
498 O PRÍNCIPE WS ÇjfT. TOMO 11.
fórmas^mas tambemhe obrigaçaõdos Príncipes conhe-
cerem, que os ambiciofos, aíly como a matéria prima, def-
pois que recebem Lua i'óima,Hcaóimpoifibihtddos para
receberem a legunda,femdeíi:iuirem a pi imeyra.
ÓQ2 Elpirou o tempo, cm que os homés zelofos da
republica pediaó os lugares,para emendarem os vicios,co-
mofezCataó Uticenie,orYerecendc-fe para a dignidade
de Pretor Romano, ió a fim de refrear a ambiç.aõ,& dema-
íia com que Pompeyo , & Craílb pe rtendiaó o conluiado.
22 Delauthorizou a integridade deLicurgo opremitir,
que fe defiem os lugares a quem os pertendeíTe : 23 &:
21 Saiom.wEpift. «jc/«- abonou o governo dos Romanos, bulcarem para asdigni-
tnent. -i.cuius mcmir.it òiman- . , r • • J II /"\ - r
ca, de Rrjp.Ht.í.c*], ,o.»««». dades aos que rugiao deilas. 24 Os metaes preciolos
6. toji eiut ,n canncTJtuife. cl,ftá0 muvtoma ys a defcobrir , & tirar das minas , do que
24 Lampúàiusmviía Ale- oscommus,& de menos preço j oool,queoscna ,os eí«
wr^-»'"'^ «*'»«»*• Condc paralhesdaraeítimaçaó-.InculcaíTeoincapaz, por-
que lhe faltáo méritos para ler bulcado : a me ima nacurefa
noseníjnò,queomaysracil,heomaysinutil.
694. Os Reys da China.cuftumavaó dar os lugares de
• inferior forte aos de menor idade, para que a experiência
zi Emanuel Ezecbi.fup. Jhes moftraíTe o preftimo década hum ; Sc conforme aelle
os eícolhiaó. 25 Sendo a primeyra couía que os adiam-
tava, a virtude com que procedido. Asprinapaes offici-
/? frBtJttTeun% i-r T "3s,& alfavasdoTemplo mandou Deos fabi içar do lenho
*>vtribiltaj5tn cremabiha. ò/f ' J m r • •
Ugna ><n»i.Bercorinstiiui.àe Setim,noqual fenáo ateya o fogo. 26 Osminiííros faõo
ornato das republicas j & os Piiniipes ,íeguindo oconfe-
Iho do labio,devem imitar ao artífice perito, que para as
obras de feu empenho eícolhe amadeyra roaysfolida,&
27 TorteHgMn&impotri- incorruti vel: 27 lembrando-íe, que Deos não fe fervio
biieeugit«rt.fixfapie*t. <ia valentia dos Gigantes por barbara,& inculta. 28 Pon-
28 iFHfuerunt gigantes mo- deraçao,que obrigou aos Oregos aclarem oslugares aos
utum,lonha,ehgh Dom,»»,, «bios bem procedidos. Luz , de que nao careceo o entem
**'«ch-y dimento doEmparador Alexandre Severo, quando no-
meou para fueceflor do Império a hum eftranho por fer
„, „ , „ modeíto, &deu repulfaafeu filho Pofthumo ror dilíolu*
,9 Palie. Kub.fup. cappe, ' r o T ÍV " S
Trfirat§ >*>.n t.ved, .pi„, ejt to. 29 Os Linperadores Juliano, & Jultiniano, õc os
àrDonatio.im&víT&TJxor. philoiophps Platão, & AriíWíes^iffiniraõ ,que opri-
• BaUufmL.i.n.is.c.ãe n>eyro Sal, que havia de ter o miniftro era aboaconfeien-
fentenvs experic. recita» uti cia}& o fecundo, a íabedoria. * Todoo pomo por mays
aictt.Nefinefciíntiiijitwfipi- ,i Y ; . , . n , ry • n r 1
dus,fimf<>»fticntiadiab9iicH*. ueleytaveJ que íeja a viita , perde atitimaçao em lhe bi-
cando
E M T (Ç* Z A XXXtlt 43^
tando o fabor; da mefma forte a fciencia, fem a companhia
da virtude.
695 A fegundacoufa,aquerefpcycavãocs da Chi-
naera acalidade dopertcndente. Os nobres faõ preferi*
dos para os lugares pelo dircyco Divino, & pelodireyto
commum das gentes. Pelodireyto Divino, porque Deos
eícolhéo dos doze Tribos os Yaroés maysillufues, &os
conliituhio Príncipes, Tribunos, &Centuriõesdeicupo-
vo. 30 Pelodireytodasgentes^orqueThezoníunda-^^tJS^
dorde Achenas, na opinião de alpús,foy o primeyro, que "u" eos ^>»>cipcí, Tributar,
V/V , pi 11 o 11 11» - &Ce*>1H>'°mi Deutcron. 1.
dinerençouanobreÍ3,da plebe, & iheeoneedeo ventages
nogovernoda republica. 31 E Sólon, nas leys que deu »i Piuureb.invitaTbefei.
em Athenas,& Grécia fez a meíma deítinçáo. 22 E de ,lr^f f,'*\1; Pí/'f^-
Rómulo cambem contâo fizera a mefma difíerença, cha-
mando aos nobres, patriciosi&pltbeos. aos populares: 22 n piomfiut Hi;-,:-rr.-r -
mascomelteavizo,queas virtudes moraesleanteponhao &juM&ímFaíuZ,rum,&cfi
aos dotes, da natureí a; 34 porque fe a mayoridade dos f -4 "^TJ1,' ';'" '''''*•* J,J
brutos he refulta do corpo, a dos racionaes he efYey to do a- deOrigiu ;«" <*'. Buitauutm
nimo. 35 Lembrando-lè os Príncipes, que mandando f/'KmJ.í.:* .'^
Deos fabricar de putiflimo ouro as tizouras,com que fe^p^e-^^ :« t" t::<u":-bi
haviáodeefpevitaraslucernasdoTemplo, 36 (paranel- ^ siobjurumm* de Di-
las eníinar a per feyçáo,que haviáo de ter os miniftros , cu- m6 ex^í, ,,,
ja obrigação he rerormar o povo ) não fervião as tizouras
para outro minifteriomays, do que para efte fim ; porque
ainda que a matéria foííc de ouro , a lórma lhe íinaulariza-
va opreflimo. Politica, que Deos authorizou por couíà
fua nas difTerentes occupações , que deu á virtude de dous
grandes feus ler vos.
696 Comprofpera viagem chegou o Príncipe dos
PatriarchasaopédeCaííino,cuioimpinado monte fervia;
de Caftello, ondeo demónio fe tinha fortificado , & guar-
necidodeinnumeraveis idolatras, contra a ley Evangéli-
ca,adorado no idolode Appólo,que veneravão em hum
templo erigido entre os arvoredos de feus bolques. Inex-
pugnável tinha fido atéaquelletempo efta infernal praça,
aqualá vifta do Santo Patriarcha ficou lo^o rendida, por<
que os demónios começarão a dar crilt.cs vo7es,& nellasji
formar queyxas contra o Sanro;quando aspédrasdonion-
teas poderiãodarde alegria ; porque fe o monte de Subla-
£0 podia chorar íuaauzencia.
ínte*
r-
440 O mp&ME WS <?JT. TOM. 21.
Interitum montes quefcrt^filvce queloquntur.
Virgúi. Egtog. 5.
Ode Caííinoj de via cantar íua chegada.
Candidm infuetum miratur limen Oljmpi,
JpfiUtiúa Vocês ad Sjdera
Intonfi montes
Povoando o ar, em figura viíivel , começarão os demo
nios afahir emligiões do templo de Appòlo,como for
mando-fe em efquadrões de guerra,para impedirem o paf-
íoao novo Príncipe, que os vinha deíapofiàr de íua anti-
&£?2£^£?& §ua morada- Aquartelou-feo Santo Patriarcha nas fraldas
acmu.ub. 1. Etutcianu, ,»- <j0 monte , em quanto hum An;o, dos dous que oacom-
nolefcat ,qitam pct vigi! fu per . . ,~ % . i J1IOJ J T^v 1
le/tur.ivirumdtvmagrotúco. panhavao iubioao aItodelle,& da parte deiJeos mandou
^^ví"*» hum Santo Ermitão chamado Martinho, fque havia
arte degebtf , cui à.vwa você muytos ânuos fazia penitencia naquella folidão) que dey-
praceptuw efi , ut êbfccderet, /ri l J 1 l^v
aivqtíe, quinovushabnatorke- xa»e hvre o monte, porque vinha outro amado de Deos, a
tedrre.loonndareu tOmat PÓíTe ddle. 27
SJ.rctnis Oamiamif "i Ser- * -,/
trton.vigiiiit S, BentdiBi,
Hic quoque Viventi jujlorum dixerat uniy
Mis tuparce locvs, alter anúcm adejl.
Marcus Monacb. Apiid (Bibliot. Flori.
Obedecéo o Ermitão, como fervo de Deos,ao precey-
todo Anjo j porque ainda que Martinho na virtude, &
Marte na fortaleza, não o tinha Deos dell;i nado para efia
batalha, nem fortalecido com afantidade neceífaria , para
confeguir efta vi&oria.
6c)j Apparecéo oSol,& retirou-feaLua 3 chegou
S. Bento, a quem innumeraveis Padres, por excellencia, o
intitularão Sol j 38 & de neceííidade lhe havia de dey«
xar o campo livre, outro qualquer lufto, que no reconhe-
cimentoda íuperioridade fe avaliaíTe por Lua. Antes que
o Sol chegue a tomar póíTe doCeo, campanha azul cm
quebrilhão osdouradores refplandores de feusrayos, fe
lheadianta a Eftrella d'Alva, como apozentadora de lua
MageíUde. Antes que S . Bento, Sol, que defpois dos Sa-
grados
38 Vide SoldoOccidentc.10,1
EMTREZJ XXX111. 441
grados Apoftolos prefidio a coda a republica do eflado re-
Jigioío, com aventejadas luzes aos de mays Pacriarchas , a-
minheceíTeem mote Caílino, tronodódefahiooreíplan-
dor de luafantidade aefelarecer todas as partes domun-
do^hú Anjo lhe íerviodeEílrellad'Alva,iazendo-fe pre-
curíor de lua vinda. E não foy efta a primeyra vez , que os
Anjos tomarão por íua conta o annunciarem a chegada, &
prepararem o caminho aos Príncipes da Corte Celeí\ial;
porque hum Anjo reprefentadonaEftrella d'Alva, ama-
nhecia noCeo,antesqueMoyféslevantaíTe osarrayaesde w jamqiieaàveneratvixi-
p .. . 1 r> 1 . 1 iiamatutirj. Exodi. 1 4. t d f.
ieupovo, 39 comoannunciandoluachegada aspartes, x^.iã eft ^sngdut úvmMqu*
aonde detriminafle fazer alto. pt^utc^ta *?•**•&
698 Porém , fe he próprio da Eftrella d' Alva o def- /«/■• ?««<«»««*.
terrar parte da efcuridade da noy te, & das névoas , que ef-
cureííem o dia, por fe opporem ao luzimentodo Sol , não
fendo a virtude deite Santo Ermitão encontrada afanti-
dade do nofíò Principe , porque ambos eráo amigos de
Deos^que razão teve o Anjo para defterrar do monte Caf-
íino a prefençadehum jufto, na chegada de outro jufto?
Porque ao Santo Ermitão dotou-oDeos de virtude, para
luzir entre as eícuridades da idolatria , aíTy como áLua,
para refplandecer entre as lombras da noy te, mas fem acti-
vidade neceffaria para converter a noy te em dia: Mas aS.
Bento illufírou-o com tanta abunda'ncia de luzes, que o
confiituhio Sol , porque nelle recopilou a virtude de to-
ados os Santos : & como leja grandelado Sol o expulíar
as fombras, & minoridade da Lua , o viver com ellas , que-
xendoamifericordia Divina extinguir de todo a idolatria
deCaíTino,defpedioaoSanto Ermitão, porque o íeu of-
ício era feparado da jurifdiç ão de São Bento . Na creação •
do mundo andou o Efpirito Santo lobre as agoasj 40 a
iodas fomentou com ma graça, mas nem todas asagoas 6- ^^.e^/^í
catão no mefmolugar: Apartou o Creador húas agoas , de
outras agoas: húas fubio ao firmamento, & outras deyxou 41 D,v,f,tqucaquM qu*etjít
_. o ' ■ 1 /• 1M-I1 fubfirtnameitoabbiujtue erant
iobreaterra; 41 repartindo lua natural utilidade nas ex- /;(/fry;v,;;j„,..„I..lw.;^ ,,. 7.
cellencias dequatrorios, que emanarão do Paraiíb. 42 ^^t^Z
Cada hum dos rios tem íeu natural diftintorO primeyro, hifiu.dc.
que he o Phifon, cria o melhor ouro j o fegundo , que he o
Gehon, fecunda as campinas: o terceyro5que he o Tigres,
rega as terras,8c deíairayga as plantas : & o quarto, que he
Kkk o
442 O PINOTE WS f/T. TOMO 11.
4J Viàe\Al»piâi.in&iA.o Euphrates as cultiva , & conferva. 43 Emquantocor-
Frater ^àntonms dtOlmaOr- r- i - r 1
âinu Frsáuinrumfií,. leni ieparados, gozao a íua particular pre-eminenna ,mas
deípois que le confundem nas agoas do mar, todos a per-
deu).
6ao O Pfalmifta, para dizer que Deos repartira por
diverias pcílóas os dons do Elpirito Santo, uzou de húa
mctaphora bélica, chamando ás graças defpojos militares,
,1* *«»»»«»* '**'»*- q,ie Deos repartira por Íeus ioldados. 44 O General,
jpoiia.ifaim.6j.Ttrf.ti. confórmeos pòitos reparte os deipojos: aíly Deos,os does
ÍJr.:íaiycÍ!J:cut:i dal àiv:rfa , , ^ ,-> - • o r J P J"_ "J J
jcaspn.tu^^di. Laura. do Elpirito Santo, conformando-lecomadignidade para
,r. ^iiicgo. i,i. <sihjrm<]crt. q.je creou a íeus íervos. Razão , por onde a Saô Bento a
quemtinhadadoadignidadede Principe,enrriquecéode
mays graças, do que ao Ermitão para fer jufto. E le ambos
viveííem em hum mefmo lugar, feriadefcomporaclarida»
de da Lua,comamayoridadedo Sol.
700 Pelo merecimento decadahumlherepartio
Deos os talentos : Documento, em que eníinou aos Prin-
cipesocuydado,comquehãodeajuítar oslugarescom o
preíVimo dos íogey tos 3 porq de os í«*berem efcolher reful-
ta a boa direcção do governo , & a mayor utilidade da re-
publica. Tio, & fobrinho foraó Abraháo, & Loth 3 hum
& outro abalizados íervos de Deos; & ainda afly ordenou
'•■■' ■■■■•■•/ >i -verf.9. tinâos. as Em quanto eftiverão juntos, eftiverão def-
46 \Jnde fatia ctt rixa wter r> r -\- \ \ O /-o
t*ftoretgregum^âbrãivi.ot, conformes as famílias de hum, oc outro 3 46 & para evi-
''■VL'f-i- taras contendas dos fervos, dividirão os domínios, apaf-
* ««««Vi.jtòg»»;. centando íeus rebanhos em regiões diflerentes.
vtrfaco,>ipita,Ulr,quuntaf»ne jOÍ Poderão reparar, os que faõ verfados na hirto-
têmpora, non longev.tate , fed . ' . . /vi o r1 • - L •
loxgafíKmtatejwcefinonanno- na , em que vivendo ene Santo Lrmitao havia muytos
«*/«*, vaiivumnnm* tempos naquelle monte , lhe precede ííe São Bento no lu-'
guiíiiifemper perfieiendi defi- aar, expulfando-o de íua antiqua habitação : mas fácil fera
•feris percurrere potuit , tanta ■ ■• • i í\ r j 1- - i r
f&iinwruuBOHwmerttt vem a inteligência deite lcgredo,paraosque temhçao dasla-
d.cav.t R.t.netqu.dcmvntH- aracjas letras : nasquaes achará, que em todo o tempoa
D.Beward.Fpjft zi,.fup. nrayor virtude excedéo á mayor antiguidade. * Hepro*
il/averhaf.tpirntiiíA.Tcrf.ti. • • i • • 1 j i
cenfumauu m bnv, tipicvn Pno dos jornaleyros argumentar com a antiguidade do
têmpora wuha tempo, para vencerem as ventagés do mérito; 47 íemre-
47 liicnoxijjimtunaborafc í 'i o ' i /
«rw»*, cie. pararem , que o corpo , na prioridade de lua creação , he
48 Formava, l-.tur Deu, ko- maYs antigo no tempo, que a alma 3 48 &ettp,emtudo
minem 3c-iimt>terr*j$ií,#ira- mays nobre ,que ocorpo. Sc a precedência fe levara pela
T'.-í /» faciem ejut fpnaculum • • j 1 1 c -1 i/"i
vita.Gcuef.z.ver/.j. antiguidaae do tempo, & naopela nebícia dascreaturas,
mays
EMPREZA XXXUl 449
mays illuftres ficarão lendo os brutos, que os racionaes,
porque Deos primeyro creou os brutos, do queformaílè
o homem.
702 Precedéo o Principe dos Patriarchas ao Santo
Eremica, pela mefma razão , que íe adiantou aos mays Pa-
triarchas : dous lhe precederão no tempo, mas íbmence os
Sagrados A poftoios o excederão nos lerviços. 40 Com 49 Pojiptimo,,ac Beato, ^-
que hcouemhum, & outro boi 10, no Monachato,& no^M/ 5 tÁfiu.Lvtas.fia.
monte deCaflino lendo oprimeyro na Primazia, ainda «'*««>»»»*• **»«/«***
queonaóíoílena antiguidade. EmoCeo vio o Evange-
lina amado, preferido o Tribu dejudá, a todos os mays
Tribus: c o fe bem, que na antiguidade de tempo primey- * « , , ,
roexiitto o 1 nbu de Rubem, do que o 1 nbu dejuda; mimfignsH&c.
mas como eíte foy o primeyro, que ofierecéo a Deosfa- ^P0'"'-?- vcrf^-
craiicios na edificação do Templo, & Aminadab,defcen-
dente delle,foy , o que nafahida doEgypto alhanouao
povo asdifficuldades da jornada, & foy o primeyro, que
facilitou o traníito do mar vermelho , a todos os mays Tri-
bus,poreíTarazãolhederaõoprimeyrolugar,aindaqueo fi Triíu v,3í fttH rri0r
tempo lho tiraflè. 5 i Pelo confeguinte a Religião , que qu*obtnhtj*criftciawdidic*-
r i r> - n n r r» • 1 1 tioneJsmpli,Z$ ^/Smiaadab qui
iundouSao Bento; porque elte leu Patnarcna ,quai ou- feci, </hiC tw*« ,„ Egrcff»
tro Aminadab,foy o que facilitou as afperezasda vidare- o*«p*'"> «*?*«?« j!V0-
J . * A iam ; per maré fubrum viam a-
ligiofa,com afuavidade com que difpozem luaRegrao />«•«/*,?««>» reUqaifuutiftmu
«liado Monachal. * Elle fondou o mar do eftado religio- ^Tw*«rP«V«L«««I
focom tanto acerto, que defpois dos Sagrados Difcipulos nertt.Vtig*tom.t.
■ 1 # 11 • r • ' * c<>nftl.terrãrie.i.n.%^.9
de Chnlto, nenhum conheceo melhor os grãos da iantida- ,4 apudcardmai. Zarab.y
<Je, do que Saó Bento nos degráos da virtude, que nume- c«í£/-^»'«-«- *'•<*» °-
rou em lua Regra Santa, cap. 7.
703 De mays, que o Principe dos Clauftros S. Ben-
to na Regra que eferevéo , & que o Eípirito Santo lhe di-
tou , delcobrio o norte por onde os Sumos Pontífices go-
vernarão o eftado Religioíb ; cauía que os rnovéo, a man-
darem ler nos Concílios, defpois dos Evangelhos, & Sa-
gradosCanones,aRegrade S. Bento. 52 Eefta prece- %x Le8itkntCa*,n*,,hB*
denciabaíiava para lheadquirir a prioridade de Principe, tftRtguUS.atnediBi c™/,-
. , , rr~ , . * l ,-> r li. MaçtinTiHUin jbm Çbn ti
amda quando rolie o ultimo no tempo. Lntre os Lvange- si4.vco»fiih k ,,»:,,/, a»»o
Jiftashe S. Matheus oprimeyro, ainda que o ultimo na ^n/-8.,.o«.8 c9.
vocação para o Apoitolado. E arazaó porque fe adian-
tou a todos, foy por fer o primeyro, que elerevéo o Evan-
gelho, a quem defpois fcguiraõ,& imitarão os mays E van-
Kkk 2 gclif-
tu
a
nacb
adeo
re»i
444 O MANCHE WS VAT. tomo II.
5 , mnfoitm it»que^f>ôf. aeljfías. c 2 Naõ foy Saò Bento o primeyro , que efcre*
.ii!uretl,feJi.vang</ifia,&ut & , y~ } r r ■ j
mpicar tvangehta Evangc- veo rlegra para Kt ligioios , mas ioy o pnuieyro de todoá,
t}^ini:^::;Z ****** &"?* aprovada pela Igreja, para todo oeiiado
r«;;/, quafi Uniam precedendo ft(.lÍPÍOlÒ. Ç 4 E íe O Aptjíiolo S. Paulo ícndl) OultillIO
tetendi:^ undt cateri turrtrêt . . . A n. 1 j r • j t - -
reaiiudmisfimhamâcftgnavst. na vocação , hc o prmieyro dos Apolioios deipois de bao
£>. rttru,D*mianfcrmfa. pedro, porque s. Paulo iervio mays á Igreja , & utilidade
54 /- ide late i>c! Jjucci.íoi- 'Li J o ' '
ttp**.!. frcináto 4. ckjn 1. dos fieis, do que todos os Diicipulos: 5 5 Saõ Bento he o
5? Sm labundantius mú em- Príncipe dos Patriarchas por excellencia , ainda que íeja o
«ih*, iibvravi : »a» tgo autem terceyro na antiguidade , porque os ícrvtços , queelle,&
fedgratia Dei meçam. J o r . r* _7 « * _* *
t.iAdCotinth.w.vtrf.xo. íeus filhos fizeraó a Igreja de Deos, excederão atodosos
J^írSír& q»e obrarão os de mays Patriarchas. 5 6 Que muy to pois
dw^primur, n menti, eft. cedeífe o Eremita , & largaíTe oWar qUepufluiaaOgran-
56 Etmern»ntpM?iPaTrs de Padre, quando os SummosPonnnceso2diantaraoao5
SríSÍJ/rri;:: *™g°s Patriarchas, quehaviaómuytosfeculos floreceraõ
horum Patê, efet, mirúque na ley eícrita, Sc Evangélica, dando-lhe o merecido titulo
■> iUujlru.wi 15 Cttlitibut pa- ,,-,-- r> r> 1 niiw/i i 1 j * ? « r n
babuijfr.nemmsvideretur. de Príncipe, & Paydo eliado Monachalí * Masíe eíta
Geraidu, Beiga i»f«* libro de obediência do Santo Ermitão foy hum brado do vo-o,
" Videjomoi naRazaò,® com que o Santo Patriarcha fehavia de remontar aos da
Vefcnjlid do titulo do Livro. 1 r- r *-^ rr r /~> - o • o i: /->
Ley da graça: E íe Caílmo íoy o Capo,& o Sólio • o Cam-
po onde ír.erecèo a Coroa; & o Sólio, onde fe coro-ou
Principe , porque foy o Zeni th de luas luzes : tome novos
alentos a penna , defeançando nefta parte, aonde o Santo
Patriarcha deícançou do caminho: para que demos princi-
pio ao Terceyro Tomo com o cnageftofo triunfo,com que
eíl;e Principe de Deos íubio ao Sólio.
704 Aconfequencia que tiramos no Primeyro To-
mo, das aíperezas com que o Principe dosMonjes vivéo
na cova de Sublaco,& do rigor doscfpinhos, com que íe
livrou da tentação immodefta , foy documento , com que
nelle animamos aos Príncipes a foportarem as molcílias do
governo, porque S . Bento de entre as feridas fahio laurea*
do Principe: difeurfo ,que abona o particular engenho,
com que o DoutilTimo Padre Meflrc de Prima de Ca-
deyra de Rhetorica no Collegio de Santo Antaõdaef-
clarecida Companhia de J E S US, defcobrio na feguin-
te Poezia o particular, Sc genuíno myfterio, que teve
Saõ Bento embufear as afperezas dos efpinhos, que foy
parafe laurear Principe dos Patriarchas.
DE
EMVQtBZA XXXIll 44Ç
DE D. BENEDICTO PATRIARCHARU M
Parente inSpinisfeveriante.
Uidpiamembraferis, 'Betíedicle^quidora crtíètftfá?
Quut jiniií injolu.i Wprifyps arte toros?
Jmn fatusejl , méritos, que dedit cha Cypr ia panas :
Ouo lafatjl , fugiet fentibus iclalocum.
Lentas adbuc tnbidisjed Ver/as peckm ; dulces
An úbi pltfiendo funt in amor e mora?
Mtte Ucet dederit peclus natura puelfa,
sljl modo. conVentunt . credo, rojeta úbi.
Çp^x es apíim , 'Benedicle , tuos per árdua mfus
In ferafoHicita tefquafequentur apes. "-.
Trob ! qua conípiáo Monachorum exami na gratos
Hm inter Ipmosfingere dulce faVos.
fflam flores Vfyrjbus Vartj najcentur ab iftis :
Tiiíchrior hinc redeat Janguine únclarofa;
Vivas odorlfçris' Júrget 'N.aráJJus in arVis ;
Kon erit hk ktht canja prior is amor.
Hos dum carpis apis , dum te miratur emitem
l (lua Jcfititur 'rapidíts plurima turba gradas j
Méjla qué Calitibus gratiffima confie it , alto
%ex fuperum.ê foliar edjdidit ijla poli :
lyfequere athereos Beriedicíi ^turbà^Volitm,
I-Lac apis efí amei* ^ligionis apex.
I
- 705 Nefte Segundo Tomo, aonde o Príncipe dos
'Patriarchasfahiodeentreasefpinhasrobicundo, corno o
Sol dos braços da Aurora , oitentando íeus rayos com taõ
iuperior claridade, que defterrou naõ íoas rombras,mas
também efeurecéo as mays luzes : Seja o rncfmo Sol, oque
remate a obra, lembrando aos Príncipes aquelia parcicu-
lar empreza ,que Alexandre Magno tirou da íoberania do
Sol, em náo admitir fociedade no trono ; que foy, aclamar
porunica íua IVbgeftade, porque a todosexcedia nos me-
recimentos , com que cclipíou a fama de codos os Prínci-
pes.
Kkk 3 Ajutho*
Há. O PRÍNCIPE WS PJT. TOMO 11.
< 7 Sieut er.im Dux lonorum (
Petrus, pnmusfibi ofien/n/, ejí .
tunc Dominica Grsgt PralatUf,
ftt*jkèfrhnctptDci,Btnedic- Authorizando-o a erudição dofeguintc Epygramma
uirfclicet , tamorum miUibus <r „ 0 , 1 c C
Monaihomm pr<tferend*t. s. como * exto,&: como luz, que aclara, & conh rma a ra.
"fj.\1 ír S7,"'à'; Bcne'ã^' zaõ : porque Saõ Bento fendo Sol por excellencia , prczi-
wdeaRaZ*8-f& De/tnfiõ do de aosmays Patriarchas como Príncipe de todos. 57.
J'*«/o í/o Z./' wa Pritneyro,
EX QjJODAM AMICO SOCIETATIS
Jefuinlaudem Patriarcharum PrincipisBenedi&i.
EPYGRAMMA.
I2SZVéT (ydereos Trincéps micat ignciu ignes
tPboebuá) ah hoc capiunt aftra minora jubar.
lUe poliTrincepí , cujas Vtrtute moveu tur
Catera SteUati tecla rotunda ClobL
EU
EMVREZA XXX1K
EJl Tolus , ejl Aflrum quivis Tatuar cha ; fuislt
Mobile tu prirmm , © Soly 'Senedicle , Patrum.
Ac Vsluí ajlra Juum ducunt ex Sole nitorem,
Et motum ex primo mobile quodque Tolo;
ViVendi jubar egregmm^ motum que Jacr atum
Sic ex te duxit turba jequuta Tatrum.
Sic prema er«o Patres , ut primum mobile Calos,
Ut Sol j)dcrecti praterit ivne faces.
Ergo jl Prviceps Sol ejl , & mobile TrincepSy
Mobile , Sol , Tnnceps tu , Benedtcíe , (Patrum es.
447
Finis Laus Deo,Virgini que Marri,Divo Jofepho,Pa-
renti que Benedicfco.
ÍNDEX
DA SAGRADA SCRIPTURA-
44*
GÉNESIS.
CAP. i. verf z. Terra autemerat inanis,
Si vácua, & Spíricus Domini ferebatur
fuper aquas. n. 21; tk. n. 69S
Ver f. 26. Faciarnus hominem ad imagine,
& fimilituJinem nofUam. n. 237
Verl. 7-Fiat firmamcntum in médio aqua-
rum, S: dividac aquas ab aquis. n. 326
Verf. 2J-. Etfccit Deus beftias teria; juxta
fpecies loas. n. 328
Verf, 20. Producent aquse reptile animas
viventis. ni 360
Verf. 24. Producat terra animam viven-
ttin. n.36. 6
Verf. 16. Fecit icaque Deus duo Lumina.
ria magna. n. 432 & n. 4<:y
Verl. 26 Faciarnus hominem ad imagine,
& íimilitudtnem noliram. n.458 6í n. 604
Ec praeílic pifcibus matis. Ibi.
Verf. 4 Divilitque Deus li.ccm a tenebris.
num. 664
Verí, iSLuminaremaiusut prazeffct dici.
rum. 084
Verf. 7. Diviíit que aquas, qu.Te erantfub
firmamento ab his qua; erant lupcr firma-
mentum. n. 689
Cap. 2. verf. 7. Formavi: igicur Deus ho-
minem de limo tetra;, n. 701
Veif. 9 Lignum queíciejitisebonij8c ma-
li. num. 43J-
Verí. 17 De lignoaucem fcientiae bom", Sc
maJi ne comedas. n.436
Verl. 23 Hoc nunc os ex oííibus meis.n.416
Cap. 3. Verf. 7Aperú luncocculi ambo-
rum. n. C07
Confueverunt folia ficus. x\.^G Sc n. 418
vcrf. y Eritis ficut Dij. n. 424
verf. 6 Vidit ergo mulier, quod bonum ef>
fetadvefcendum. Ibi.
verl. ii MulierqUimdedifii mihi. n, 416
verl. y Solve Calceamenta d; pedibus ruis.
num. 37
C^p. 4. verf. 4 Refpexic aurem Dom i nus
ad AL.-1, & ad muner.t cjus. n. 09
verf.' 5 Al Caim, &admuncra ejus non
lelpexir. ibi, & 11. 327
vcil.o Ccnluirexir,Caimadver.k:s fratrcm
ftium.r). J37
Cap. f. verí. 23 Fa&i funt omnesdies E-
noch treíenti íexaginti quinque anm. n. 241
Cap.tf. verl. ip. Etexcunctis animanci-
bus univerfas terra;, n. doy
Cap. 7. verf.23. Remanfie ergo folus Noe,
& qui cum eo eranr. n. 255
^ Cap. 8. verl. 7. Dimili t corvum, qui egre-
diebatur,& non reverrebatur. n. ip4 & ^{c
vcrf. 4 Requievir que arca n. ;£§
Cap. 12. verf.ioFaftaeftfames 111 Agyp-
to. n. 120 Si n. 460
verf.3. Benedicá benedicencibus eibi. n.286
Cap. 1 3. verf" 9 Recede ame obfecro : Si ad
finiftram Fris.ego ad dexteram cènebo. 11.700
veff. 7 Undeíaéheft rixa inter pafíores.
Ibi.
verf. 14 Dixit Dominus ad Abram , poft-
quam divifus cíl a Lor. n. 70
verf 1 Alcendit ergo Abram deiLgvpto,
num. 122
verl. 3 Reverfus que eft pariter. Ibi.
verl.2Erar enimdives valde. Ibi.
Cap. iy. verf. 2 Quis dabis mihi. n. fio
verl. 1 Ego proptector tuus íutri. b. 313
verf. y Numera i> relias, li potert, Sc lie crie
íemenruum. n. 331
Cap. 17. verf. y Non ultra vocabitúr r.o-
men tuum Abram, fed Abraham. n. 4C0
Cap. 18. verf. 31 Obfecro, inquir, ne iraf-
caris Domine fi loquar. n. 71
verí. 27 Loquar ad Dominum Deum me-
um cum fim pulvis. n. 120
Cap. 19. verl. 17. In monte falvum tefac.
num. 530
Salva animam tuamj& noli tcfpifcere poft
tergum. n. 3y7
verf. 2y. Subvertit univerfos habicatores.
num. 2yi
verl. 26, Rcfpicicns que uxer ejus poílfe
verfa eft in ftatuam fali?, n. 357
Cap. 23. verl. 9. UcJetmihi fpcluncam
duplicem.n. 667
Cap. 24. verf. y$>. Dnniitrunt ergo eam,^'
nutricem ejus. 11. 456
Cap. 25. verl". 2 y. Protinus alter cgredun?.
num. 108
Cap. 26. vcrf. ly. Invidéntes ei Pilrcltini,
cmnes purti.quos foderant fen i patris illius
Abraham illo tempere, obftrttxerunrj p. 617
Lll Capj
acJo Index
Cap. 17. verf. 3. Suire arma tua , & pha- nn tua. uum. 479
retram. n. 423
verf. 3f. Vcnit germanus tuus fraudulen-
ter. n. 107
Cap. 28. verf. 12. Vidit in fomnis fcalam
Angelos quoque Dei afcendentes , & deicen-
dences. n. 239
Cap. 29. verf. zó. Reípondit Labam : non
eft in Lco noítro conluttudinis. n. yy
verf. i^.Erir que lemen tuuai quall pulvis
rerrce- n. 107
verf. 20. Si fucrit Deus mecum , & dederic
mihi panem ty 27Ú & 29o
verf if. Ero cuftos tuus, quocumque per-
rexeris. n. 386 & 313
Cap. 30. verf. 38. Ut cum veniffet greges
ad bibendum. n. 5-19
Cap. 31. verf. n.Accidit quodamdie in-
trarec Joleph Jomum5& opens quidpiam fa-
Ccrer. n. 238
verf. 3^. Neirafcatur Oominus meus::::
Quia jufía confuetudinem fiminarum nunc
accidit mihi. n. jf
Cap. 32. verf. 10. In báculo meo tranfivi
Jord„nem. 11, 210
verf. 24. Eccevirlu&abatur cum eo ::::
Vidi Dcum facieadfacienrn. 2"}9 & fj?
verf. 28.Nequaquam,inquit, Jacob appel-
labiiur nomen tuum, led Iliael. n. 107 8c ejç
verf. 2Ó. Non dimittam te nifi benedixens
mihi. Ibi.
verf. 4. Apud Labam peregrinacus fuit.
num. 422
veií. y. Mittoque legationeai ad Domi-
mim meum.Ibi.
Cap. 3?. verf. 19. Mortua eft ergo Rachel.
num. 429
verf. 21. Egreffusinde fixit tabernaculum
tranfturnmgregi . n. Ibi.
Cap. 42. verf. 2?. Judie miniflros utim-
pleret eorum íaccos trinco, n. 4S2
Cap. 49. verf.22. Filius dCCrefcens Jofeph
Filius acerefeens. n. 362,
Exodi.
Cap. 2. verf.2. Apparuit Dominus in igne
de rr.edio Rubi. n. 99
verl. 5-, Qyas cum vidiffet fifcellam in pa-
pyrione. n. 22$
Cap. 3. verf. 2. Apparuit que ei Dominus
in fl.imm.i ignis. n. 229
verf. 8. Ec educam de terra illa in terram
bonam. n. 49c
Cap. 4. verf. 22. Filius meus primogenitus
Ifrael n. 26y
ven.17. Virgam quoque iianc fumeinma-
verf.1.10. Noncredent mihi,tardiorislin«
gure fum. n. 45-9
verf. iC. Iple loquetur pro te. Ibi.
Cap. 10. verf. J3. Dominus enduxit ven^
tum urentem totadieilla.n. fj
verf. 19. Qui Aare fetit ventum ab occi-
dentem. Ibi.
Cap. 13. verf. 21. Pernoitem incolumna
jgnis. n. z6i
Per diem in columna nubis. n. $23
Cap. 14. verf. 44. Jam que advencrat vi«
gilia m< tutina. n. 69L
verf. 28. Involvit eos Dominus in medijs
fluftibus. n. 367
Cap. iy. verí.27.Venerunt autem in Elim
filij Ifrael, ubi erant duodecim fontes, n.170
Cap. iC. verf. 11. Gloria Domini apparuit
in nube, locutuseft Dominus adMoyfen.
num. 330
Cap. 19. verf. i<5. Et ceperunt audire to»
nitrua , & fulgura, n. 195-
verf. 19. Si ergo audieritis vocem meam,
Sc cuítodieritis pacluim meum: vos entis mi-
hi 111 regnum Sacerdotale. n. 313
verl. 18. Totus mons fjmabat. n. içy
Cap. 25-. verf. 20. t/trumque latus pro^
pitiatenj tegant. n. 301
verf. 18. Duos quoque Cherubím áureos,
& prodi:íliies. n. 465-
Cap. z6. verf.7, Facies,& f»ga cilicinaun-
decim. n, yn
Cap. 28. verf. 17. Pones que in eo quatuor
ordines lapidum. n. 135
verf. 20. Indufi auro per ordines fuos. Ibi.
Cap. 30. verf. 4. Et duos annulos áureos.'
fub corona, n. 4*5
Cap. 31. verl. 18. Dedit que Dominus
Moyfi duas tabulas teítimoni) lapideas.11.4fj,
Cap. 32. verf. 9. Cernoquodpopulusduiae
cervicisfit. n. ?j
verf.4.Fecit que eis vitulú conflaítilé.Ibi^
Cap. 37. verf. 9. Extendentes alas , & re-
gentes piopiciatonum,fe que mutuo,oi illud
refpiciens. n. 227
Cap.40.verf. 23. Locatis per ordincm lu«
Cernas. n. 1 34
Cap 36. verf.19. Fecit, &opertorium Ta-
bernaculi. fii
Levitici.
Cap. 1. verf.7. Et fubucientin altari igr>é.
num. 134
Cap.ó.verf. i2.Ignis autem in aluri íemper
ardebit, quem nutriet Sacerdos. n. 494
ver i',13. Ignis eft ifte ptrpetuus. n. 47 1
Cap,.
da Sagrada Scriptura.
Cip. 9. verf. 24. A.p,Taru ít que gloria Do-
mini omni multuudini,& ecceegreffus ignis
ta Domino ::: líuoJ cum v idiffenc turbas lau-
daverunt Domiunm , ruentcsin taci em fu-
9in. n. í.1f
Cap. z6. verf. 6. Et dabo paceminfinibuâ
veftns. n. 17c
verf. 10. Comedetis vetuftiffima veterum,
& vecera novis, &c. n. $-$■.
Nurr.erorum.
Cap. 10. verf. 4. Si autem prolixior}atque
confilTus clangor in crepuerit. n. 19
verf.i.Faiies tibi duas tubas argéceas.n^c?
Cap. 11. verf. çi Rccordamur piíciúquos
Comeciebamur in itgypto. n. 198
verf. 17. Auferam de fpiritu tuo , nadam
que eis. p. 306 & 225
Cap. 1 2. verf. 10. Etecce Maria apparuit
Candens lepra. n. fii
Cap. 17. verf. 8. InvenitgerminaíTet virgá
Aaram. n. 1 10
Cap. 20. verf. 8. Tolle virgam, & congre-
ga popuhim.n. yi?
Cap. 21. verf. 7. Peccavimus , quia locuti
íumus contra Dominum, & te: Ora ut tollat
anobisferpentesn. 62
verf. <5. Naufeat anima noítra fupra cibo
ifto levillimo. n. 198
Cap. 2j. verí. 4. Sufpende eos contra So-
lem. 11.512
Cap. 2ó. verf. ir. Et faítum eft, grande
iniraculum , ut Core per*. unte, Filij ejus non
perierunt. n. 264
Cap. 33 verf.9. Venerunt in Elim ubi erát
duodecim fontes aquarum. n. 170
Cap. ;e. vtrf. S. Singuli juxta meníuram
hereditatis fuce dabunt oppida Lcvitis.n.278
Deuteionomij.
Cap. 1. verf. 15-. Tuli de Tribibus veftris
vkos fapientes. n. 69c
Cap. j. verf. y. Timuifii enim ignem ,5c
non afeendiftis in montem, n. 165
Cap. 13. verf. 21. Per no&ern in colurana
hubis. n. zip
Cap. ic. verf. 16. Si autem dixerit rolo
egredi eo quod diligit te. n. 21
Cap. 33 verf. 2. Indextei a ejus ígnea lex.
n. 166. & 195
Jofue.
Cap. 4. verf. s\ Vocavit que Jofue duode-
cim viros:: &dixit ad il!os : Ice ante arcam
Dei veílri <id Jordanis médium, & portate in-
dcíinguli lapides, n. 171
Cap. 6. verl.2). Rahab meietricem,& do-
mus patns ejus fecit Jofue vi ver e. n. 119
45 1
verf. 1. Vidi Domim:m fedentem. n. 3:
verTzo.Igitur omni populo vocifciáre. 11.17
Vos lonitusque inCrepuit. Ibi.
Cap. 7. verl.21. Vidi inter ípoliam regu-
lam auream: & ableondi in cerra. n. 611
ver!. 11. Non ero ultra vobiícum , donce
conteratis, eum. Ibi.
Cap. 9. verl. 4. Calidt cogicantes tulerunt
fibi cibaria faccos veteres. a. 56
verf. iy. Fecit que Jofue cum eis pacem;
& inito federe, &c. Ibi.
Judicum.
Cap. ?. verf. i^. Divifocontra feRubem
magnanimorum repeita Contenho, n. 70
verf. 20. Stellce manentes in ordine tuo. n.
431 & 138
Cap. 6. verf. 21. Extendit Angelus Domi«
ni fumitatem virgae. n. fie
verf 26. Ecediricabis Alrare Domini Deo
tuo in fumitate peti ce hujus. n. jcj>
Cap. 7. verf. 16. Divilic que ticientos vi-
ros. num. 24
verf. 20. Cum que per gyrum caítrorum
perfonarentj&c. Ibi.
verl", 17. Qycd me facere videritis hoc fa-
citè. Ibi.
verf 20. Et Hydrias confregiffent. n. 364
Cap. 9. verf. iç. Egredietur ignisde Rha-
mo)& devoret Cedros Libam, n, 150
verf. 5-2. Evagina gladium tutiin. n.243
Cap. 11. verf 7 Nonne vts ftis, qtii odiftis
me, & ejeciítis de domo patru mei. n. 48 1
verf. 8. Ob hanc igitur caufam nunc ad te
venimus. Ibi.
Cap. 16. verf. 19. Rafit feptem crií-es ejus.
num.654
Quem cum apprehcndiiTent Philiftin ÍU-
tim eruerunc cceulos ejus. n. C06
At ília dormire eum fecit fupra genua fua.
num. 420
Ruth.
Cap. 2. verf. 8. Audi filia ne vadas in alte-
rum agrum ad collig.ndum. n. 3Í6
verf 17. Etquascollrgerat vnga casden-
tes, Si exccutkns. 11. 51c
Cap. 4. verf. 16. Dixerunt que muheres
ad Noemi :: & babes qui coníeletur animam
tuam, & nutriet feni ctutem tuam. n. 498
1. Regiam.
Cap. 2 verf. 12. Poito rilij HcH.nefcientes
Oominum. ".438
verf. 22. Ht ií autem erat Senex. n. 48)
Cap. 3. verl. 9. Loquare Domine quia au«
dit iervus tuus. n. 609
veii. n.Eccc e?o facio veibú in lúatl.n.io
LU 2 C'»I>:
At 2 InàfX
Cap« ?. verf.3. Ecce Dagon faCebat prònus ros. num. 17
in terra, ante arcam Dei. n.199
Cap.8. verf.4. Nam expuliavit is Jona-
thas. n. 430
Cap. 13. verf. ip. Porro faberferrariusnon
inveniebatut in omni terra Iliael. n. 77
Cap. 14. verf. 17. Extenditque iumitaté
virga: :: Sc tetigit m favum mclts. n. 201
verí. 6. Quianon es Domino defficile fal-
vare, &«: n. 431 & 610 & 515-
verf. 24. Adjuravit Saul populum, dicens:
malediclus vir ,quicomederit panem ulque
veíperam. n. 610
Mittitefortem inter me,& Jonatham.Ibi,
Cap. íG. verí 18. Vidi filium liai Bethfe-
mitem fcientempfallere,&c. n. 614
verf. 26. Quiddabitur viro qui pereuferit
Phiirfiseiim ? 11.530
verf. J!. CumqueGladium non haberet.
num. 425
verf. 40. Et elegit fibi quinque Iimpidifll-
mas petras. n. 221 & 1 99
verf. 51. Videntes autem Philifthiin quod
mortuus effet foi tiiíimus eoi ú tugei unt.n.100
Cap. 18. vaf. n.TenebatqucSaullance-
am,fí mifit eam.putans quod configere políet
David cum pariete. n. ico
verf. ». Anima fonathas conglutinata eft
anima David. n. 482
verf. 3. Invei une autem David, & Jona-
thas faedr.s. Ibi.
veri 4. Nam, &expoliavit fejonatbas,
&c. Ibi.
Cap. 24. verf. 18. Juftior tu es quam ego.
num. 123
Cap. 31. verf. 3. Totum que pondug praelij
ver fum eft in Saul. n. 431
2. Regum.
Cap. r. verf. 14. Quare non timuiftis mi-
tere manum tuam ut oesideres Chriftum Do-
mini?:i. 527
Cap. 11. verf. 2. Vidit quemulierem fela-
vantem. n. 655-
ver/. 1 5. Scribens in Epiftola: Ponite Ori-
cm, &c. n. 431
verí 1. Acciditucfurgeret David de ftra-
tu fuo poíi mendiem. n, 23S
Cap. 14. verf-6.Quia non eft Domino def-
ficile lalvat e.vel in multis,vet in paucis.n.43T
Dixitquc autem Jonathas ad adolofcen-
tem, &c. Ibi.
Cap. 15. verf. 1 5. Qmnia quaecumqiie prae-
ceperat Domimis nofter Rex, libenter exe-
quemur. n.óoi
Cap. as, verf. ij.Muliebantur dcftruj nm-
Omnis autem turba qvss erat cum jcab,
&c. Ibi.
Cap. 22. verf. 2.Domintispecra msa,?c ro«
bur meum. n. 310
3. Regum.
Cap. 2. verf. 21. Detur AbifagSunamir.es
Adorna fratri tuo. r. 6y
verf. 22. Habet Hdbiathar Sacerdotem, &C
Josb filium Sar via. n. 67
Cap. 3. verf. 2f. Et contrario i!la djcebat:
nec mihi, nec tibi fie, fed devidatur. n.70
verf. 2ó. Dixic autem mulier,cujus fllius
reat::: Obfetro Dominedate ilh infantem
vivum. Ibi.
Cap. 7. verf. 17. Capitelium altei um: Sc
quaii in modum retis , & catenarum. li. 121
verf. 18. Capitella autem , quas erant íuper
capita columnarum quafi epereliliserãt.Ibr.
verf. 15. F.t fixit duas columnas,&c.n.4f ç
Cap. 9. verl. 3. Samificavrt Dominus du«
mnm hanc quamedifkafti. n. 311
verf. 7. Auferam Ifrael de fuperficie terr*
:: Et templum hoc quam quod iatificavi no-
mini meo. n. 311
Cnp. jo. veri. 1. Regina Saba audita fama.
Salomonis. n. 13
Verus eft lèrmo quem audivi. Ibi.
Cap. 13. verf. 4. Et ex auruit manus ejus,
quam extenderat contra eum. n. 159
verf. 24. Qui cum abijlTet invenitLeoin
via, & occiditeum. n. 005
Cap. 17. verf. 7«Poft dies autfm ficatus eil
torrens. n. 109
verf. 8. Surge, & vadein Sarephts. Ibi.
Cap. 22. verf. 17. Vidi cuilâum Ifráeldif-
perlum in montibus. n. 97
verf. 24. AcceffitSedechias filius Chanaá,
& percuíiit Micliasam in maxillam. n. 159.
4. Regom.
Cap. I. verf. 12 Deicendit ignis de Casio,
& devoravit illum . n. 17
verf. 15. Surrexit igitur,8i defccndit cum
eo ad regem. Ibi.
verf. 12. Homo Dei haecdicit Rex feftina
delcende. Ibi.
verf. i4.Curvavit genua fua centra Eliam
Ibi.
verf. 9. Qui afeendit ad eum , fedenteque
in vértice monris. Ibi.
veri. 21. EgrrfTus ad fontem aquamm mi-
ílt in illam Sal. n.ypo
Cap. 2. verf. 11. Ecce currus igneus , &c.
num. 148
Capi 4- verf. 3 1, Giezi autem prsecefferac
ante
T>a Sagrada Scriptura.
pnteeov?; pofuerat bacnlurn. n. 5-89
vetl.34. Ecincubuit fuper puerum.Ibi.
Cap. 6. vcri.cí. Dixit autem homo Dej: tibi
cecid;:? At ille moltravit ei locum. n. çSó
Cap. 12. verf. 10. Eifundebantqu:, &nu-
incrabir.E peamiam. n. 514
Cap. 19. verl. if. Qui cedi: fuper Che-
rubim. n. 224
Cap. 20. verf. 11. Rcduxit umbram per
Iineas. n. 6z
1. Paralipomenon.
Cap. 11, verí! 18. O! liquis daretmihi a-
quamde cillerna Bethlehetn. n. (Sol
Cap. 12. verf. 1 j. Iiti func , qui tranííerunt
-Jordaium menfe primo. n. 5*4
Cap. 17. verf- 8.Feci que tibi nomen, qua»
íi magnorum. n. 14
Cap. 28. verí. 1 y. Sed, & incandelabra áu-
rea^ ad lucernaseorum aurum pto menfu-
ra. n.278
Cap. zi.verí. ij. Melius eft mihi , ut inci-
dam in manus Domini , quara ín manus ho-
xninum. n. 197
2. Paralipome.
. Cap. 3. verf. ij. Ante fores etiam templi
duas columnas.&c. n. 519
Cap. 4. verf. 4. Etipfummare fupraduo-
decim boves ímpolitumerat. n. 170
Cap. 9. verl. 19, Duos Leonês ftantes juxta
brachida. n. 4^5-
Sed.&aliosduodecimleunculof. n. 17!
Cap. 12. verf. 1. Cumque roboratumfuif-
fet Regnum Rob.iam, &: confortatum , dtre-
linqueruntlegem Domini. n. 9?
ver!, f. Hascdicit Dominus: Voi-reliquif-
tis me, & ego reliqui vos 111 manu SdaC n.9y
( verl 8. NonftilUbit furor meus fupra Je-
íuíalem ::: Veruntamen lervient ei. n. pç
Cap. 17. verl. 7. Mifit de Principibus fuis
<;:: ut doceretu in Civitaubus Juda. n. 220
verl 9. Ita que faílus ell pavor Dominr íu-
per omnia regna terrarum. Ibi.
vjrt. 10. Necaudcbantbcllare contra Jo-
-iaphat,fíd 8c Phihrthsel Jofaphac muncra
d;fír-.bant. Ibi.
verf. 12. Crevit ergo Jofaphat, Sc magnifi-
Catus tft ulque ad fublime. Ibi.
Cap. 29. verf. ?. Audite me Livit3S,& fan-
cificaminijtnundate Domú Domini Dei.n.?i2
1. Efdrse.
Cap. 4. verf. 14. No> atitem memores fa-
lis, qnod ir. palácio comedimus. n. 3^8
Cap. 7. verf.21. Quodcumque petierit vo-
bis EJdras , &c. 11.279
vai. 22. Abfque mora detis, uíqut ad ar-
45?
genticalenta CMtum , cVtifque ad frunumi
coros centum,S.;I vero3dbfque menluram.ibi.
2. Efdras.
Cap. 4. verf. 13. Statuit in leco poft murú
per circmtum populum in ordinem cum gla-
dijslius. 11. 137
verl. 17. Príncipes poft eosinomni modo
Jt;dà sedificamium in muro. Ibi.
verl. 18. Una manu lu* ú.iebat opus , Sc
altera tencbatgladium. Ibi.
Tobiae.
Cap. 12. verf. 12. Quando orabes cum Ia-
crymis. n. 283
Judith.
Cap. 12. verf.12. Non vereatur bona pue-
la intioire ad Dominum meum :: ut ruandu-
cet cumillo. n.óç-ç
Cap. 13. verf. 6. Stetit que Judith ante Ie-
ftum orans cum iacrymis. n. 600
Efther.
Cap. ultimo verf. 7 . Quae res ex veteiibus
prebatur. 11. 57
Jcb.
Cap. <;. verf. 14. Perdiem incurrent tene-
bras. n. 618
Quafi in no&e lie palpabunt meridie. Ibi.
Cap. 12. verf. 8. Nimirum interrrga ju-
menta, & volatiiia Caeli , &c indicabent tibi.
num. 112
Cap. 24. Vigilantes ad predam prasperant
panes. n. 442
Cap. 29. verf. if. Occulus fuic cjeco.Sí pes
claudo. n. 35-9
verf. 16. Pater eram pauperum. ibi.
verí.18. Dicebamque: in 1 idiilo mto mo-
riar,5c táquam Palma multipHcabodiíí.Ibi.
Plaimorum.
8. verf. 8. Omnia íubjtciftis fub pedibus
ejus. n. iói •
21. verl. 21. Erueaframea Deus animam
meam. n. 1:0
33.verf. 9. Guftate,& vide te quoniam fua-
vis eft Domínio, n. 277
37. verl. Manfueú autem bereditabunt
terram. n. yiio
38. verl. 13. Auribuspercipalacryroas me-
ãs, num. 2b5i
40. veW. 4. Univeríurnftratum ejus ver-
fafti in infirmirate ejus. n. io(>
44. verf. 7. Virg.itua, ôcbaeulus tucs,
&c. n. ri4
49. verl. n. Sacríficium laudjs hón&rtflca-
bit me. d, 1 17
57. verl". 9. Superctcidit ignis , & non ví-
dsiunc[(jitç6, n. 2<5i
JLll 3 «s.verfi
454
Co. verf. 3. Dum anxiaretQr in petra exal-
taííi me. n. 106
70, vcrf. De venter matris meae tu es pro-
tector meus. n. 313
67. verf. 13. Rex virtutum dilefti, dilefti.
num. ^ 99
vcrf. 7. Deus qui habitarc facit unius mo-
risindomo, h. 59
68. verí. 3. Tempeftas demercit me. n. ya
74. verf. 3. Liqne faíla eft teria , & omnis
qui habitam in ea. n. 224
77. verf. Subftuli eum de gregibus ovium
num. 108
81. verf. 6. Ego dixi Dij ftis , & filij excel-
fi omnes.n.372
60. vcrf. 51. Scuto circundabit teveritas
cjus. n. zoi
101. verf.26. Opera manuum tuarumfunt
Cffili.n. ij7
103. verf 9. Terminum pofluiftis quem nó
t/anfgredientur. n. ? 97
verf. 4. Qui £■»«* Angelos fuos fpiritus.Sc
miniftros fios ignem urentein. n. 2^9
1 1 j verf. 3. Marc vidit, & fugit,& tu Jor-
danis quia converfuí esretrorlum. n. 64
li S. verf. 131; Os meumapperuit, Sc atra-
xi fpiritum. n.71
106. verf. 4®. Errare fecit eos in ínvio , &
ron in via. n. Sy
122. verf. Ecce ficucocculi fervorum in ma-
r.ibus dominorum fuorum. n. 291
ijj. verf. 8. Surge Domine in requiem
tuam tu, Sc arca, &c. n. 200
Proverbiorum.
Cap.4. verf. 18. Lux fplcndens procedi^
crefeit ufque ad perfeftum diem. n.iSr
Cap. y.verf. 18. Sit urna tua benediftaj&c.
num. 4??
Verba ejus enebrient te,&c.n. 4fç
Cap. 6. verf. 13. Mandatum luzerna eft, &
lux. n. 171
Cap. 9. verf. 1. Sapiemia edificavit 6bi
domum. n. 462
Cap. 12. verf. 18. Língua autem fapienti-
um íanitaseff. n. 227
Cap. 13. verf. 14. Lex fapientis fons vitas,
ut dedinet a roina mortis, n.i9j'
Cap. 14. verf. ij. Teftis ridelisnon men-
tietur. 11. 316
Cap. 17. verf- 24. Oculi ftultorum in fini-
bus terrse. n. 17c
Cap. 22. verf. 2S. Ne tranfgi ediaris térmi-
nos anriquos. n. 8ç
Cap. ji. verf. iS. Guftavit, Sc vidit quia
É>ona eft negotiatio ejus. n. 2.77
Index
Ecclefiaftes.
Cap. 9! vetf. ly.Civitas parva,& paoci in
ea viiij venit contra eam Rex magnus ::: In-
ventus eft in ea vir pauper , Ôc fapiens , íii li-
beravit urbem. n. 203
Canticorum.
Cap.i. verf.In odorem unguentorum tuo«
rum currimus. n. iy
verf. 7. Si ignoras te opulcherima mulie-
rum. n. 112
verf. ió. Li leítulo reco per noites quifivi
quem diligic anima mea. n. 239
verl. Indica mihi ubi palcas in meridie.'
num. 326
Cap. 2. verf. 4, Ordinavit inme chaíita*
tem.n. 138
Cap. 4. verf. 4. Sicut Turris David colum
Cuum. n. 219
verf. 9. VulneraíH cor meu Sponfa. numJ
110 & 291
verf. 4. Mille clypet pendent ex ea, omnis
armatura fortium. n. 30:
Cap. 5. vcrf. to. Dileíhis meus candidus,8e
robecundus. n, 304
Cap. 6. verf. 4. Averte oceulos tuos a me^
num. 585-
verf. 7. Sexaginta funt Regina, fed una eíf
columba mea. n. 304
verf. 3. Terribiíis ut ceftroi um acies ordi-
nata. n. 120
Cap. 7. verf. 12. Afcendam in palmam , SC
aprehendam fi uclus ejus. n. 530
verf. 13. Nova, & vecera fervavi tibi. n.??
Çap. 8. verf. 6. Pone me ut fignaculum lu«
per cor tuum. n. i?4
Quia fertis eft ut mors dileílio. Ibí.
verf 8. Soror noftra parva , &í ubera non
habet. n. 2:0
Sapientia.
Cap. f. verf. 20. Sumetfcutumin expug.
nabi I .- asquitatem. n. 201
Cap. 6. verí. 26. fvlultitudo autem fapi«
entium ianitas eft orbis terrarum. n. 22?
Cap. 14. verl. 15. Acerbo enim lnítu do
lens parens, &c. n. ^4
Deindeintervmicnte tempore convalefeé»
teirjiquaconfuetudine, &c. Ibi.
Cap. 16. verl.20. Adquod quifque volebaC
convertebatur. n. ígg
Ecclefiaftici.
Cap. 7. verf 23. Servus ferlfetus fie tibi dl*
leftus quali anima tua. n. 5?
Cap. iy. verf. 3. Aqua fapientia; íalutaris
potavic illum. n, 220
Cap. 24, verl. Sicut Cinamomum, & Bai-
famum
Da Sagrada Sciptwa.
Çamum aromatifans odorem dedi. m 436
Quali Ctdrus exaltara ium in Líbano,
num. 464
verf. 2;. Flores mei fruótus honoris. num.
vcrl. RaJicavi in populo lronorificato. n.
Cap. 27. verf. Denudare nmici miíteria
deípc; acio eíi anima; ir;tclicis. 11. 407
Cjp. 33. verf. 28. Mitte illum in opc-ratio-
nem ne vacet, ínulcumeinm mahtiamdocuit
otioíita?. rt. 234
Cap. 44. verf. 1. Ha;reditasfanc"ca nepo-
tes eotum. n. 31 j
Cap. 45:. verf. t. M^gnificavic eum inti-
more tnmuccrum, 11. 14
. verl. 20. ipluin ekgitexomni vivéti,8cc.
num. 55-4
Cap. 48. verf. In carne ejusftaie fecic tef-
tamentum. n. 311
Ha ice.
Cap. 4. verf. 5. CreavitDominus fuper
Omnem locum montis Sion I jlendcrcm.n.25'9
Cap. 8. verf. 4. Aufere tur íunuudoDa-
mafei. n. 224
veil. 1. 8ume tibi librum grande, 6í fciibe
ineo itilo liomini. n. 8<í
vci l.j.Et adhibui miclii teftes /ide-los Un-
am Sacerdotcm , & Zdchanam. Ibi.
( verl. ii. Erk extenuo alarum ejus implens
latitudinem terras tus. O Emanuel, n.22
Cap. 10.veri.13. In rortitudine manusmese
fecit, & in fapientu meaintellexi. n. 173
I vtrl. tf. Numquid glonatur iecuri;. n.36
Cap. 11. verf. 1. Egre«-ietur virgadcradice
Jelle. p. 1:1 & yií
verí.4.1Jereiitiet cerram ve1baori5fui.r1.5iJ
Cap. 13. ver!. Ilie in altifumis habitava
montunenta laxorum lublimuas ejus. o. 308
Cap. 14. verf. 13. Sedebo ia monte tcila-
menti.
. Cap. T2. verf. 22. Dabo clavem Domus
David fuper humerumejus, &c.n. 312
Cap. 23. verl. 16. ^umeCythcram circui
Civitatein. n. 23
Cap. 16. verf. 3. Vetus error abijt fervabis
pacem. n. ?j>
Cap. 27. vCrf. 10. Speciofa relinquetur , 6í
dirr.itcetur cu.li delertum.11.97
Cap. 32. verl. 41. Multitudo uibis nlica
eft, tenebra», 8í palpatiofacta: lunt. n. 96
verl. 18. Et ledcbitpopulusnieu-. in pul-
chntudinc p.rcis, & in tabernaculisfeducise.
num. jb
Cap. 33. verf. 18. Ubi eft litcratuí Ubi
455
kgis verba pcndersns ? Ubi deftor parvulo-
rum? n. 224
Cap. 42. verf. 2c. Conibv.ffit eum in cir-
Ciutu, & non cognovit. 11, 259
Cap. yo. verl. 11. Ecce vos emnes accen-
dentçs ignem , accir cli fl.immib ambulate in
lummeignis veftri.n. 99
Cap. 54. verl. 1 1. Sternam per ordinem la-
pide, tuos. n. 136
Cap. 60. verl. 18. Non audiatur ultra ini-
quicasin cerra tua víítitas.Sc tontric10.r1.17r
Jeiimia:.
Cap. li verf. 6 tece nefeio lotjui,quia pu-
er ego fum, n. 4^8
verf. 10. Ecce dedi verba mea in ore tuc.
num. 438
Cap. 6. verf. Audivinuisfama ejus ,diflb-
lutse lunt manus r.oftix. n. 614
verf. 16. Interrogacc de lemicis amiquis,
quae fit viabona. ri. J>>
verf. 2o.Quia non audierunt,3i legem me-
am projecerunt, ckc. n. 71
Cap. 7. verf. 2;. Tonde capillum tuum, Sc
projice,6c fume indiredtum plantum.ru 98
Cap. 17. veil. 4. Et reliquerh lula ;,b here-
ditate cua, quarn dedi tibi ::: Quia ignem fu-
cendiíiú in furoremeo, &c. n. pp
verf. y. Malediftus homo quiconfidit in
homine, &c. ibi.
Cap. 27. verf. 7. Et lervient ci omnes gen-
tes, n. 17?
Cap. 3i.veif. 17. Et eílfpes noviífimis tu-
is :: Sc revercentur ílij ad términos (los. ,).i-,4
Cnp. 38. verf. Ib Affumpns ergo Abdcme-
lech fecum vires íngrcllus elt damum regis.
num. j8
Treiíornm.
Cap. 3. verf. 10. Memoria memor ero , 8c
tsbefeie in me anima mea 11. 1 +
Cap. 5. verf. y. Cirvicibusnoftris mlneba-
mur. n. ijití
Baruch.
Cap. 3. verf. Ifti fuerunt Gigantes nomí-
niti ítatura magna , lios non tl^git Docrii-
nuj. n. C94
Ezechielis.
Cap. 1. verf. 10. Similitudoautem vultus
eorum fácies liomini?, n 3CC
verf. io. Spíruut cnim vitat erat in roeis,
num. 121
verf. ç. Etin mtdio ejusíimilituáo qua-
tuor anímalium. n. 36
verf. ^.Currquealpicerciit anirealia ap-
paruit rota una, &£C. Ibi.
vtif. ir.Toium ctrpus çCciílUplenú.lbi,
Vtrlj
45*
lnâex
verf. if. Nam cum fieret vox fuper firma-
mentum. Jbi.
verf. 7. Pedes corum pedes reíti. n. 365
Cap. 3. verf. 22. Egrelfus fum 111 campum,
& eccc ibigloiiaDomini.il. 1 18
verf. 14. Ingrttlere, & includcre in médio
domus tuas, 6íc Ibi.
Cap. 10. verí. <;. Et fonitus alarum Cheru-
bimaudiebutur ulque ad atrium. n. 361
Cap. iç- .verf. 5-. Etiam cura efle iutegrum,
non erat aptum ad opus : quanto magis, &c\
num. 264
Cap. 19. verí. 11. Et vidit altitudinepal-
mitum fuorum. ". 34
Cap. z 1. verf. 3*. Igni erit cibus , fanguis
tuus crie in médio cerras. 11. 264
Cap. 24. verf. 13. Multo íudorc fudatum
e(í,Sc non exivie deco nimia rubigo ejus.
num. 261
Cap. 251. verf. 14. Et Cherubextentuí, &
protegens, &c. In médio iapidum igmeorum
ambu!. fti. n. 149
ver!. ló.Ejeci te de monte Dei,(k perdidi-
te. Ibi.
Cap. 34. verf 19. Et oves me as his , quas
conacunlc;iC4 pedibus vcftnsrueraar. n. $4
Cap. 40. vtrf. Force ligniim^ôt impotribi-
le elegitartifex fapiens. n. 694
C«p. 47. verf. 9. Et omnis anima viges,
quKÍtrpit, quociimque venent correns vi-
ver, num- 11S
Daniel is.
Cap. z. verf. 32. Hujusftatuae caput exau-
ro óptimo erat, Síc. n. 141
verf. 35:. runcc^ncriítafuntpanterferrú,
tefh, &íc. Ibi. & ij2
verf. 1, Vidit Nabucho-Donofor íomni-
um, &c, num. 635
verf. 2.E t fomnium eju$ fugit ab eo.n.634
verf. 7. Rex fommúdicat fervis fuis. n.ójy
verf.12.Quo audito Rex in furore.Sc in ira
magna prascepit,uepírirent omnes fapien-
tes. Ibi.
verf. 39. Tu es ergo caput aureum. n. 6$6
Cap. 3, verf. 1. Nabucho-Donofor fecit
ftatuam auream. n. 636 & n. icj
verf. 3. Tunc congregati funt :::: omnes
Príncipes regioiuim. n. iyj
verl.7. Cedentes omuesadoraverunt fta-
tuam. Ibi.
Cap. 4. verf. 8. Proccritas ejus contingens
Csellum.n. 174
verf. it. Succiditearborem, 8{ prascidite
ramos ejus. Ibi. fíc n. 17c & 2co
Cap. 6, verf, 2*. Deus rntus mificAnge*
lum fuum , & conclufit ora Leonam. n. 6o«-
Cap.7. verl.9. Aipicicbam donec troni po<
fui lunt. n. 30
verl. 10. Rotas ejus ignis accenfus. Ibi.
Judicium fcdit, & hbri aperti lunt. n.uS
Fluvius igneus.rapidus qu: egredubatur a
facieejus. n. 148
Ofeae.
Cap. 2. verf- 8. Argentum mulciplicaviei,
& aurum quas Baal. n. 98.
verl. 12. Ponameamin faltum. n. 108
vetf. 14. Laftabo eam, Sc ducam iam inj
íolitudinem. n. 303
Propter hoc ecce ego la dtabo eam. n. 108
Cap. 6. verf. $-. Occidi eos in verba orij
mei.n. 465-
Cap. 13. verf. 14. Eromors tua4omorsj
num. 172
Abdias.
verf. S. Numquit non 111 die illa, diçic Do-
minus . peidam fapientes de Indumaea ? & tU
mebunt forces tui a mendie. n. 224
Jonas.
Cap. 1. verf. ij. Tulerunt Jonam, & m\-
ferunttn maré. n. 179
Cap<4.vei f.ó.Et prasparavit Dominus Deus
hederam ::: utellet umbra fuper caput ejust
num. 201
Habac.
Cap. 3. vetf 4. Abícondita eft fortitudo
ejus, n. 666
Ante taciem ejus ibie mors, Ibi.
Sophonias.
Cap. 3. verf.9. Servianc ei humero uno^
num. 196
Zachariae.
Cap. cr. verf. n. Intrabis indomo JoCa?:|
& fumes aurum, & argentum. n. 1 «9
Cap. 11. verl. 7. Alfumpli mini duas vir»
gas. n. 455:
1. Machabeorum.
Cap. 13. verf. 29. His circumpofuit colú*
nas. n. 23
2. Macnabeorum.
Cap. 11. verf. 19. In negoptijs fldem con»
íervaverunt. n. 316
Marthasi.
Cap. 3. verf. 13. Venit Jeíus à Galiíasa in>
Jordanem. Ibi."
Cap. y. verf. 1. Videns Jeíus turbas afeen^
dit in montem, n. 86
verf. 13. Vos eftis Sal terras, n. 4Ó3
Beati pauperes, Beati mites. n. 531
verf. 12. Beati eritis cum vos ederincha-
mints.n, 675
,Cnp. 7- verf. iíh Non omnis qui dici mi-
hi, Domine, Domine incrabic in Regno Cae-
Jotum. n.71
Cap. 8. verf. 9. Homo him fub poteítate
ccr.ltitutus.n. 120
Cap. 9. verf. 16. Neimautem ímmitit co-
mi ííuiam pani rudis in vefhmeocú vems.n fá
Cap. 11. veif. 30. Jugum enim uicuui lua-
veeit. rr. 196
verí. Casei vidçnt, claudi ambulanr. n.5-34
Cap. 12. verf. 44 Et veniens invenie eatn
vacaiitem, fcopis mundatam. ri. 240
Cap. 13. veii. 7. Alia atuem ceciderunt in
ípinis , õí creverunc Ipinae , & fuffocavetunt
ca. M 205:
. Cap. 14. verf. 30. Domine falvum me fac.
num. 328
- Verf. 31. Modice fidei quaredubitaftis. Ib.
verí. 34. Ca*pit pavere,& tedere :: & inve-
nk eos dormices. n. 421
Cap. ij. verf. 30. Colligite primumziza-
t)a Sagrada Scriptura.
nia, &cc. n. 25:0
Cap. 16. verf. 24, Si quis vult venire poft
me. n. 6<;
veri.18.Tu esPetrus,Sc fuper hanc petram
editkabo Ecclefiam meara. n. iyo
Cap. 17. verf. f. Hic es filiu, meus dilec-
Ms. n. 4Ç9
verf. 26, Vade ad maré , Si mitte hamum,
& eum pi Icem , qui pnus afeenderit, tolle:
Se aperto ore ejus inveníes ítaterem illum fu-
mens da eis pro me.Sc te. 11. 213 & ^43 ç-44 8c
y4f & ? 40 Sc 547 & 1 48 &C y 49 & f ?o & f 5 1
y?2 & 553 & ÇÇJ & Ç>4 & W & ?5<5 & 5-57 Sc
?ç8 & ??9 & yóo & 56 1 Sc 562 3c 5*3 Sc 564 &
j<Sf & ,-óó Sc 567 Sc 568 & y 69 Si 570 & 571
verf. 4. Apparuerunc Moyles , & Elias lo-
auences cum Jelu. n. 930
Cap.iS.veif.i. In illa hora aceííerunt Dií-
itmuli ad Jefum dicentes : Quis putas maior
efi in Regn j Caelorum? 11. 569
Cip. 20. vcrl. 11. Hic noviffimi una hora
fecerunr, &c. n. 701
• vctÍ. 20. AcefTit mater Bliorum Zebcdssi.
num. 243
verf.2i.Dic ut ftdeant hic duo filij mei.Ib.
verf. 23. Ncui elr. mcum darc vobis. lbi.
Cap. 24. verf. 29. Sol oblcurabitur.n.f II
verí. 28. Quid v uicis mihi dare, &c. n. 157
vtrr!.27. Sicm fulgur exu ab oriente. ^.221
Cap. 25. verl.iS. íodic in cerra, & abfcon-
d« pecunia Domini !ui. n. 243
Cap. i6. vi 1 I i.j. Func bijt uriu t;; duo-
dctim, -3iÇi n. 158
457
Cap. 27. verf 41. Si Fjlius Dei es rjejfan..
detde Cruce.n. Co &71
verl. 4-Et abiens laqueo fe Íufpendit.n.ij7
Marci.
Cap. 1. verf. 16. Faciam vos fíeri pifeato-
res hominum. n. 240
Cap. 3.veri. 4. Licet fabbatis animam fal-
vum facere? n, 239
Cap.9.vcrf.4-Faciamu5 tria Tabernac.n.i2j
Cap. 10. verf. 17. Magifter boné , quid fa-
ciam ut vitam aeternam percipiam. n. Ci-
verf. 18. Quid me dicis bonum? Ibi.
verf. 21. Vade:qu32cumquehabes vende 5C
dà pauperibus. Ibi.
verf. iy. Quid tibi vis fadam? n. 268
Cap. ir. verf i^.Utcum veniffet adeam
non invenit nili tantum folia. n. 418
Non enim erat temous ficorum. Ibi.
Cap. 14. verf. 34. Sed».bat cum miniftrif
ad prunas. n. 149
verf. 38. Vigilare,Sc orate ut non intretis in
tentationem. n. 240
verf. 49. Ave Rhabi,Sc oículaílus eft eum.
num. i?7
Cap. iy. verf, 46. Ec advoluit lapidem ai
oftium montimenti. n. 202
verf. Nichilaliud petas nifi caput Joan-
nis. n. 376 •
Cap. 16, verf. Et fi mortiferum quid bi-
berint, non eis nocebir. n. 82
verl. 3. Quis revolvetnobislapidem?n.2c*
LiKae.
Cap. IS verf. Addandam fdentiam lalutis
plebi ejus. n. 496
Cap. y . verl. 4. Duc in altum,8c laxate re«
tia. n. 457
. verf. y. Praceptor, per tetara noítem labo-
rar.tes nihil cepimus. Ibi.
verf. 7. Etannuerunt focijs.qui erant in
alia navi, Ibi.
Cap. 6. verf. 48. Pofuttfundamsntum fu-
per petram. n. 139
verf. 12. Exivit in montem orare. n. 240
Cap. 9. verf.8. Quia Piopheta unui de an-
tiquis furrexit. n. 86
Cap. 10. verf. 4. Neminem per viam fa-
lutaveritis. n. 461
Cap. 14. vei I. 21. Exi cito in platess , 5<
viços civiutis, & pauprre<, Sc c. r. 933
Cap. iç. verf. 21. iit lurgens venit ad pa-
trem Imim, Scc. n.480
verf. 22. Pater peccavi in C3!i:rn. Ibi.
Cap.19. «aí. 20. Drmircrucm naquam
habui repofita in ludatio. n. 241
C?p.2l.vcrl.Tnc vi.lcl te hlm homuHi.0.331
Mmm verf»
4$8
Index
verf. Rogo te Pater Abrahamut micTas bens gladium percufiit Pontífices feivum»
Lafarum in donuim Pueris mei. m 364
Cap. 23. verf. 25-. Traddidit que volunta-
ti eorum. n. 66
verf. 39. Si tu es Chriftus , íalvnm fac ce-
inetiiTum/ & nos. n. *7y
verf. 42. Memento mci dum veutris , &c.
num. i7>-
verí. 43. Hodie mecum eiisin Paxadifo.
num. 68
Cap. 14. verf. 18. Tu folus peregrinuses
in Jerufalem? n. 15T
verf. 30. Fattum eft, ut recumberet cõ eis,
accepit panemj &ic. Ibi.
verf. 29. Fingit fe longius ire. Ibi Sc 327
num. 609
Cap. 19- verf. 34. Unus militum lancea
latus e;us aperuic. n. 677 & 453
verf.30. Inclinatoc.ipitetradidit fpiricum.
num. 302
verf. 34. Exivit fanguis, Pi aqua. 11. ai»
Cap. 20. verf. 23. Vcniens ad Dita pulos
infufLvit eisdicens : AccipiteSpiritum San-
íkum. Quorum iemilerttis peccata reroituu-»
tnr eis. n. 197
Acta Apoftolomm.
Cap. 9. verl, o. Domine quid nae fia face*
refnum. 606
Cap. 10. verf. 11. ViditCasIum aperturr»
verf. 42. Obtulerunt ei partem pifeis afei, defeendens vas quodam, vel utiinceuro. &c(
& favum melis. n. 101
verf. 38. Videte manus meãs , Sc pedes me-
os. n. 6S2
Joannis.
Cap. 1. verf. 21. Elias es tu? Prophetaes
tu? num. 6 08
vei í. 23. Ego vox clamamis in defei to.Ibi.
Cap. 3. verf. 19. E:dilcxerunt homines
npgis tenebras, quam lucem. n. 182
Cap. 4. verf. 9- Quomodo tu judeus cum
fis, bibere a me pofcif. n. 418
verl. li. Domine :: unde ergo habes aquam
vivam? Ibi.
verf. 7. Mulier da mihi bibere ? n. 557
verf. 6. Jeíus ergo fatigatus cx itinerefe-
debat fie iuper fontem, n. jf8
Cap. 5-. verf. 4. Angelus autem Domini
defeendebat fecundum tempus inpiicinam.
num. 362
verf. y. Vis fanus fiei i? n. 268
Cap. 6. verf. 47. Verba vitae astemae ha-
bes. n. 465'
Cap. 8. verf 35. Servus autem non manec
indomo. n. 119
Cap. 10. verf. 22. Faíte funt encaenia in
Jercfol ym, & hiens erat . n. 25o
Cop. 11. verf. 11. Lazarus amicus nofter
dormir, n. 079
verf. 3^. Lacrymatus eftjefus. Dixerunt
ergo judrei: Ecce quomodo amabat eum. Ibi.
veri. 44. Statim prodijt qui fuerat mortu-
«s ligdtus pedibus, Sc manus. □. 99
Cap. 13. verf. 27. Quod tacis , fac citius.
num. 156
verf. Sciens Jefus quod venit hora ejusut
traníeat ex hec mundo ad patrem. n. 28
Cap. 16. veiC 24. Pente, & accipietlS, ut
gaudium veftrum iit plenum. n. 276
Cap, 18. verf. 10. Simon etgo Pcttus lia.
num. 82
verf. if. Quod Deus purificavit tu com*
mune ne dixeris. Ibi.
verf. 1 1 . Et confeftim cecidic in euro ca*
ligo. n.609
Cap. 19. verf. 19. Multi autem txeis, qui
fueraut curiofa íeftatijContukrunt liberes, ÔC
conbuferunr5&c. 77
Cap. 28. verf. 5:. Et tile excutiens beftiarn
in ignem. n. 149
Ad Romanos.
Cap. 4. veif. 11. Pater omnium credenti*
um. n. 331
Cap. ç. verf. 12. Per peccatum mors.n.17*
Cap.8. Si fecundum carnem vixeritis mo*
riemim.n. 641
Cap. 11. verf. 17. Socius radieis , & pin*
guedinis olivae i dtus es. n. 41c
1. Ad Corintheos.
Cap. 3. verf. 13. Opm quale fit ignis pto«]
babit. n. iyo
Cap, i4.verf. i<).Sed in Ecclefia volo quin-
que verba lenfu meo loqui, ut & alioi initru-»
am. num. 221
Cap. 1 1. verf.3. Caput vero Chrifti Deu»«
num. 302
verf. a 3. Ego accepia Domino quod , Sc
tradidit vobis. n. 329
Cap. i^. verl. 10. Scd abundaníius illis om-
nibus laboravi. n. 703
Ad Gaiatas.
Cap. 1. verf. i. Paulus Apoftulus nonab
hominibus, &c. n. 081
Cap.ç.verl.ó.Fidesper charitatem opera-
tur. n.;2i
Cap. <S. verf. 14. Mihi mundus crucifixuí
eft, &c. n. 480
Ad Titum.
Cap, 1. Qui univcrlas demos tubuetút.i7.4<j<>
Cap,
Cap. 22. verf. 7. Qniquiqae aurem datuç
maniteU mo ípiricus ad utilitatem: ali; quidã
d.uut lcrmo iapjenti32, ScC. n. joy
2. há Timotheum.
Cap. 4. ver!. 8. Curfum confumavi fidem
fervavi , in reliquo reponta eft mihi corcna
JUÍÍICÍ32. II. 328
Cap. 5. veif. 14. Chariftas enim Chrifti
nrg;c nos aelhmantcs hoc : quoniam 11 unns
pio ommbus mortuus eft: ergo omnes mortui
iunt. it. 99
veif.if.Et pro omnibus mortuus eft Chri-
ftus.uc qui vivunt,jam non fibi vivant.Scc.Ib.
Ad Hcbreos.
ãa Sagrada Scripttirà.
459
xitmihi. Nefleverisecce vicit LeodeTri-
bu Judá. n. 588
verf. 6. Agnum tanquam occifum.&jc.Ibi.
Cap. 7. verf. y. Ex f nbu Judá duodecim
milia lignati. n. 702
Cap. 8. verf. y. Etaccepit Angelns Turi-
bulum, & implevicillnd de ignealtarií.n.iJi
Cap. 10. verf. 10. Accepi hbrum de manu
Angeli,& devoravit illum, &c. n. 158
verf. 2. Et poliut pedem (uum dextrum fu-
per maré. n. 428
Cap. 11. verf.r. Datus eft mihi calamus fí-
milis virga;. n. 5-13
verf. 19. Vila eft arca tefiamenti ejus in
Cap. ç verf.7. Curr. clamore valido,& Ia- Templo ejus, & fv.c"ta funt fulgura, n. 2
Cap. 12. verl. 1. Ec fignum mr<gnum ap
paruir. in Casio, mulier amicta fole. 11. 221
cryims ::: & exauditus elt propter luam re-
verenciam, n. 68y
Cap.O. verf.19.Qui confugimnsad tenen-
dam propofitam fidem: quam iicut anchoram
habemus, &C. n. 123
Cap. 10. verf. Fides eft fperandnrum fubf-
tantia rerum , argumentum non apparenti-
um. 11.329
Epiftola: i. Divi Joannis.
Cap. 2. verf.7. Charifôminonmandatum
Rovum lcribo vobis, &c. n. 36
Apocalypfis.
Cap. 2. verf. 16. Similiter penitentiama-
ge. &c. n. 2?8
verl, 7. Vincínti dabo edere de ligno vita;.
num. 531
verl. 10. Dabo tibi coronam vitae. Ibi.
verf. if. Ectuhabes doctnnam Nicolai-
tarum. n. 258
Cap. 3. verf. 11. Tene quod habes,ut nemo
accipiac corona tua. n. 329
verf. 41. Et Angelo Laodicea fcribe. Ibi.
verf. 18. Suadeo tibi emere a me aurum ig-
niturn ::: & collirio in unge occulos CUOS.Hi
Cap. f, verf. y, Et unus de íinioribus di-
Et in capite ejus corona Stellarum duode-
cim. n.i70
verf. 6. Et mulier fugic in folitudinem.
num. 660
verf. 14. Data; funt mulieri ais dus Aqiii-
lae magna;, n. 307
Cap. 14. verf. 1. Ecceagnus ftabat ropet
montem.S; cum eo centum quadraginra.cjua-
tuor milia. n.s$8
Cap. iy. verl". 2. Etvidi tamquam maré
vitreum miftum igne, Sc eos qui vicerunt be-
ftiam, &:c. n. 14S
Cap. iá. verf. 8. Etquartus Ang;lus eríu-
dit phialam fuam in Solem. n. 80
Cap. 17, verf. 4. Et mulier ::: habens po-
culum aureum in manu lua. n. 83
verl. 2. Inebriati funt, qui inhabitant er-
ram, n. tf
verf. 15-. Aquas populi funt,& gentes. n. 220
Cap. 9. verf. 1 2. Et in capite ejus diade-
matae multa;, n. 532
verf. 14. Exercitusqui funt in Cslo fe-
quebantureum.ibi.
LAUS D E O.
Mmm 2
ÍNDICE
\Sé
INDEX
DAS COUSAS MAYS NOTÁVEIS
dcfte Segundo Volume.
A
A B I T O.
NO Je S. Bento íe verificou, o que a gen-
tilidade fnlíamsnte crehia do Oráculo
do campo Jauno. num. 193
AntiguamcnteCLiíiumaváo os Reys,& o vaf-
fallosdeEfpanhaefpitarem veítidoscom
o Abito de S. Bento. ri. 351
O quanto aproveita para a falvação o morrer
veíiidoneHe. lbi.
Prodioiofos Cázo?, que fuccederão, confirma-
rão a iobredita indulgência, n. 35-5
Aderências.
A dos homés Tem Deos não fruftificãc.n.4^7
Saõ os fcrvíços , em que íc fundão os ocioios.
num. 143
Pervertem os ânimos. n,60
Adulação não té lugar entre os amigos,n,4io
Afabilidade.
Com ella venceião os Principes.os impoffive-
is maycres. n.)"j6
Águia.
Efcolhe os filhos ao Sol. n. 534
Por mays remontado, que voe. não perde de
vifta ao mays inferior animal, n. 339
Voa mays alto, que todas as aves. n. 340
Náo fiy do ninho antes domeyodia.11.34x
Voa de hú monte.para outro monte, n.343
Reparte cõ as demaySjdaprezaiój toma.n. 344
Nas contendas todo fcucuydado herefguar-
dar as coitas, n. 345-
Náo acompanha com as demays aves.n.346
Suas prerogativas,& privilegios.n.194 Sc feq.
& n. 10 1
Porque hc izenta dos rayos. n. 296
Seita os filhos da prizão, com hum ramo de
oliveyra florido, n. 299
A piimeyra.fingé^ue fe creou em o louro.ib.
Primeyro tem compoítas as azas , do que te«
nha o mays corpo coberto de pennas.n.301
Say do berço com coroa. n. 301
Ke efcola-.da entre muytas Águias, n. 304
As fuás azas 110 voar tem a virtude de todas a$
mays aves.n. 30$-
Fingirão os antigos.que repartira com as aVes
a agelidade do voar. n. jcx;
Vive nos montes, 5; foge dos povoados.n.307
Nidifica fobreas coroas das penhas, n. 308
A preparação, que faz antes de fabricr o ni-
nho, n. 309
Refguarda os filhos,pondo em feu ninho a p«*
dra Tites. n. 294
Agoas.
As de Clitorio Cidade de Arcádia faõ antído-
to contra as demafias do vinho, n.77
As do poço Ifmale aclarão os olhos. n. 319
As da fonte de Oecia faõ triaga contra o ve-
neno. Ibi.
As de Ebruth, por fi fó fervem de fuftento.Ib.
As da fonte de Equipara iaõ venenoias j para
osqueao deipois de as beberem fe ajfey-
çoãoao vinho. Ibi.
As do lago Ampfantum matáo com feus va«
pores as aves. Ibi.
Agradecimento.
O que alguns animaes molharão , a quem os
livrou de perigos, n. 90
Agradecidos.
Tem cm Lazaro o feu retrato, n. 99
Ama.
Que calidades ha de ter.a que fe efcolher para
ama de hum Príncipe, n. 488 Sc feq.
O relpeyto, que guardou Notho á ama, que o
creou. n. 491
E Cruvena molher Spartana. Ibi.
Sendo parenta he a mays confentanea. n. 49 j;
Santo Amaro.
Recebe o Abito de S. Bento. n. 454
Caminha a pé enxuto íobre as agi;as. n. 601 |
Foy o exemplar do peifcyto obediente, nuui»
604 & feq.
Obedecéo a olhos fechados : & que provou
comifto? n.678
Ambição.
A de algús Príncipes foy caula de muytas Re-*
ljgieés perderem parte de lua obkrvancía
num. 379
Ambiciolos.
Figurados em Arne convertidos em Gralha.
num. s07
A lev , que contra elles promulgoráo os E lí-
ricos. Ibi.
Amigos.
Quaes foraó os verdadeyros , de que fe lem-
braõas hiftorias. n. 103
Hafe^eefcolher primeiro* h. 402
Os males, que íuccede de fe fazer o contra-
rio. Ibi.
Ha de ler amigos em todo o tempo. n. 404
Hjòdc ler retraco,& náo fombra dóíeu ami-
go, íbi.
H« de ubrar pelo amigo o licito , & naõ o in-
■ jurto. 0.405-
Ho de ler amado pela peflea,8c ráo pelas póí-
les. n. 406
Naõ le ha de uíar delles em todoo tépo.n.470
Naò he amigo de algutrh , quem le faz amigo
de todos. n. 497
O Jegredodo amigoheo lucro da amizade.
ív.un. 408
Entre os amigos naõ tem lugar a adulação,
num. 410
Permanece em quãto durão as riquefas^i.418
Ivluytos que originarão ã pobreza, náo reme-
diarão deipois a necillidade» n. 420
Adquircm-!e com riquelas. n. 412
Sendo lilongcyros occultaõ o máo,& defto-
brem lómenteo bom. n. 4:4
Sau fallos na auzen.cia. n. 42a
Enterraõ a amizade, onde iepu'táo o corpo
do amigo, lbi.
Amizade.
Antiguamente era final de amizade o come-
rem juntos, n. 82
0 que não falta nella nos defamparos da for-
tuna, faz o mayor extremo, n. 318
Quecoula leja,& em q elafles íe divida. n 400
A lua elTtncia confifte na Iingelela,& verdade
dos animo3. n. 409
Deve durar ainda defpois da morte. n. 411
Entre o Príncipe, & os valTallos bem podefer
perfeyfa. li. 412
A dos homés he inconítante,& limitada, por-
1 quá náo tefn fenáo o tépo da bofiança.n^ió
Confifte em eftorvar o mal , 6í aconfelhar o
bem. n. 42?
d<u coufàimdys notnVeis.
461
Sem eílè álicêíTe nenbúa monâfcfrh fuítenta
o pezo dos infortúnios , nem das felicida-
des, lbi.
Todos lefogeytaõ ás monarchias fundadas
em amor. n. 15-3
■Suaviza o mayor trabalho, n. iyz
QuemtíatadeavaíTallar o poder, primevro
le ha de fazer lenher uo amor. n. 154
S. Bento em fundar lobrc tile a lua Rcligáo
moftrou, que nella chegava o eftado Rcli-
giíifoa (na ultima perfcyçáo. n. içç-
Sem elte faltaria ás 1 eíigioés a excciíenciajde
íe lèrvirem com ger,rc voluntária, n.15-6
No íeu Templo não era premendo o dar vo-
zes, lenaõ o chorar lagrymas. n. zíH
O amor da vida, a que excéllos (.brigou a
muytos homés. n. 5:4
Amor da pátria, que extremos obrarão muy-
tos em lua defenia. n. 325*
Os antigos pintavaó-no cô azas , & na mão
com húa tdcha. n. 41G
Pintavaõ-no com arco , & fertas , & porque
razaõ? n. 418
Os Egypcios forma vac-no nacompoiçiõdê
liUinlaço: & quefígnihcavão? ri. 420
Também o reprefentavaõ coberto de joyas.
num. 422
Também o retratavão no pomo de húa ma-
çá.n.414
Outros d pintavaõ com peyxes em húa mão,
& com flores na outra. n. 42o
Os Gregos moftravão-110 enccítatio a hú tu-
mulo : & q djvaó nifto a entender? n. 419
Amor dos filhos para com fcus p-ys> videti-
tul. filhos.
Amor de Deos.
A lua fragrácia dá repulfa a todo o vicio.n.ifS
Anel.
O que trazia Giges Rey dos Lidos , que pe-
dra tinha engaitada n. 102
Artes liberai.?.
Nclla acharão os homés fegurança contra os Saõ parecidas ás flores, n. 228 Sc (eq.
perigos, n. 4<5o
He o comercio mays proveytoío, de quantos
ha no mundo. lbi.
Dâ ia» delunião , le leguem muytos inconve-
nientes, n. 470
Amor.
A republica fundada lobre amor he a mays
preduravel. n. ij<>& leq.
O ia pátria, a q excéllos obi iga.n.tyi & feq.
Em loa comp.uaçí) náo tem valor as forças,
.".em as riqueza-s. lbi.
S^fcrc elle fundou Saõ Bemo a lua Religião.
num. 147
O quanto ornaõa toda a lóítedcpeffóas. n.
229 &' leq.
Nem em todoo tempo he útil o feu exercício.
num. 131
Indicaõ os dotes da natureza, n.231
Saõ ornato dos Príncipe1-, n. 230
Saõ taboa para todo o naufiagio. n. 233
Com o exercício delias divertirão niuycos
principes as revoluções do povo. n. 234
E evitarão aocciotrdcdedos vaílaitos. n. 23?
Arvores.
A A-renciana com (e dobrarão nàitr perde a
virtude, n. 38
Mmm 3 Nel-
a.6i
Nellas penduràvaó os antigos os defpojosda
guerra, n. f
A X<iq"a Su,jm*° a c0[t^° l^nça de " humor
negro. n.ó
Armas.
Nas mães de gente delordenada náo defende
por tempo, íenáo por ínltantcs. n. i$7
Al pi de.
Faz adormecer a quem morde. n. 42
Athemonfes.
Traziaó as infignias de léus pays para os co-
nhecerem por (jeus filhos, n. 44
Aípefto.
Nem em todos feconfeuma coma naturefa.
Avizos.
Tem contingência no 1 emedio n. 167
Autores,
jyiuytos para terem lequito introdufem no-
vidades, n. Sy& leq.
Os que fogem da doutrina commúa náo tem
duthoi idade.
Ayo.
VideMeftre.
Index
B
BÁLSAMO.
Que ouver de ler Ayo de hum Príncipe
deve ter as virtudes do Balfamo. num.
43$, & feq.
A fuavidade de feu cheyro fortalece com mi
ys adtividade as potencias d'alma , do que
as do corpo. Ibi.
As víboras que le iufteiuão delie perdem a pe-
çonha, n. 451
Preíervada corrupção, n. 452
Bafilifco.
He imagem , dos que períeguem os Re!igio«
ibs,Sc delautonfdõas Rehgioés, 11.36b i\ l.-q.
OfTende-le dos rayos do Sol , Òí morre á luz
c!o efpclho. Ibi.
Quando o efpclho tem algúa mancha intenfa
mayso leu veneno, n. 378
Relpey ta a mageltade du galo. n. 380
Quanto mays fe infurece contra o Sol , & ef-
pclho, morre mays depreda, n. 382
A prata esfregada com luas cinzas fica limpa,
& clara. n. 399
Baptifmo.
A agoa do baptilmo, a que agoas he parecida^
num. 319
Batalhas.
Parte das muy tas , que alguns Rey nos vence-
rão por íntercelTaó de i>. Bento, ík de icus
filhos, n. 30 & feq.
Beneficio. .
Com elle perde o racional a liberdade, n. pp
Ha de ler feyto a golfo ,& medida de quem
o recebe, n, 268 &C Itq.
E a tempo conveniente a neceflidade. n. 269
Coherente com a neceilidade. n.270
He medicinal naõ lo no humor , que dcifila, Conccdeo Deos a golfo de feus iervos. n. 27?
fenaõ também nas folhas , flores , & fruc- & feq.
E porque razão? Ibi.
tos. n. 435)
Todooannoconferva a verdura das folhas.
num. 440
Crelce fem arrimo, n. 437
Fructihca no terceyro anno. n. 438
Ames que lhedem ogolpepnmcyro lhecor-
taõ as folhas, que eftaõ daqudla parte. n.
443
Sua rolhas faó as neceffarias para o ornato.
num. 441
Por fi mcimo lára da ferida por onde commu-
nicou olicur. n. 445
Entre as arvores fov ele Ihida da Sabedoria
pela nia.ys nobre. n. 4 j
CrialTc nos montei, he arvore de eflatura pe-
quena, n. 446
Junco dtlla tod,iS as arvores perdem o chey-
ro. num. 44.7
O feu unguent j he amargofo. n. 448
A planca diamaõ Bdlfamo , ao unguento O-
pobalfamojÔCao lenho Corpo-Balumo.
num. 449
O ler fey tj a golfo da peíloa he , o que afey*
çoa a vontade, n. 277
He femelhante ao imprefiimo. n. 482
S. Bento.
Quanto avaíf.llou com a fama de fua fanti-
dade. n. 18 & feq.
Sim virtude foy lemtlhante á fragrância do
Balfamo, Nardo, & Sindmomo. Ibi.
A todas as partes do mundo aonde Chriflo foi
venerado por verdadeyro Deos chegou a
fama de Saó Bento. n. 22
Defpois dos Sagmdos Apoftolos, Sc Evarge-
lilias nenhum jufto o igualou m abúdan»
cia da virtude, & merecimentos. 0. i<5
Hú\ Monjcs obufearaõ por feu Pn.lado.Ibi,
Avaliai! u a todos, rendendo aos cílr anhos.
num. 18
Quanto nodero (a fov fua fama. n, iz
E o mrytoquelhe euftou a adquenr. n. 10
Occupou an.bos os ouvidos do mundo, r.r.ni»'
20. 6c leq.
Da
dMcoufasniays
Da répitiúo de feus progrélibs emanou os
podtrea de lua lama. n. 23
Foy leuiclhaateaGedeaó. n. 25-
Em que perigo o poz a expulíaódomáocuf-
tume,Oe que queria livrar aos Monjes,
num. yi &. ieq.
Quando lahio da cova de Sublaco , 3 que foy
parecido, ri. fo
O fervorofode leu efpirito com que calida-
<ie de fogo pôde fer comparado, 11. 51
Foy a terra onde le oceulcou o fogo do amor
divino, n. 51
Pertenderaõ os Monjes, que o efpirito de Saõ
Bento fe acomodaíTe com a pcrcinacia de
feu rnáo euftoroe. n, 6-j
O íeu corpo naõ governava , porque era go-
vernado pelo Efpirito Santo. Ibi.
Naõ o debrou a pertinácia , porque naõ o fe-
nhoreava a naturefn. Ibi.
Sendo para todos o mjys dócil, para os diffo-
lutos era o mays riguroio. n, 68
Os Monjes naõ fe uniraò com S. Bento , por
naõ isdeiunirem com os vícios, n. 70
Foy irnmcvel a tudo, o que naõ era de Deos.
num. 67
Quemyfterio teve quererem osMonjes dar-
Ihe a merte com veneno? n. 80 & feq.
Porque razaõ naõ quiz beber o veneno? n. 82
Que rcprehençaõ, ou caftigo deu acs Monjes,
que lhe íolicitavaõ a morte? n. 93
Foy o mays brando, de quantas srearuras ou-
ve em feu tempo. 94
Em leu alento refpirava a fuavidade do Ef-
pirito Santo. Ibi.
Foy o mays compafivo para com os que o ti-
nhaõ aggravado. Ibi. '
Algús de lrus Epithetos. n. pe
Teve pader fobre os elementos. Ibi.
O caitigo , que dava aos ingratos foy deyxal-
los lem paftor. Ibi.
Que myiterio teve o fahir dafua cova , para
a cópanhia daquelles Monjes.n.iof & Ieq.
As muytas experiências que teve antes que
tom.iffe pofTedo Monachato. n. 106 & Ieq,
Q que l!ie luecedéo no lugar de Rojate.quan-
do quiz remedear a fome. Ibi.
Sendo vaffallo teve experiências de Príncipe.
num. 107
Gaitou os primeyros annos de fua vida , no
exercício das experiências, para clpintua-
lizar anaturtzi. n. 180
Porque razaõ naõ quiz a Divina graça fuprir
em S. Bento os annos da experiência. n.109
Io/ experimentado em tudo, quanto ao cel-
pois ttvepor cfficio. n, no
nõtaVeis. 463
Foy particular r>a virtude do conhecimento
próprio, n. r 17 ÔC feq.
O que Inccedé»» , quando o mente de Subla-
co o vio reitituido á fua antiga còua.. Ibi.
A que foy parecido quando entrou na cova de
Sublaco. n. 118
Fez diante de Decs exame do que era. Ibi.
A que excéffo chfgou no conhecimento pró-
prio, n. 119
Lembrou-fe do que 01 Príncipes fe efquecem.
num. 120
Compoffe para o trono pela mageftade , com
que Dcos exaltou os Príncipes de fua Igre-
ja, num. 121
Com o conhecimento próprio fottalecéo a
virtude.Sc adornou a mageftade. Ibi.
Em le lembrar da mileria.gihgurou as rique-
zas do efpirito. n. 122 Sc 123
Porque naõ prefiftio em reduzir aquelles
Monjes? n, 131
Quaõ poderolo , & refpey tado foy feu nome
por todo o mundo. n. Ibi.
Ante> deftcPamarcha naõ tinliaõ os Monjes
Regra certa. n. 134
Os antecedentes Padres foraõ como fombras
de S. Bento. Ibi.
Fez fuave , o que os antigos Padres diipuze-
raõ «am dureza, n. Ibi.
Teve maysgraça, doque elles tiveraõ. Ibi.
Elcurecéo á meima luz. Ibi.
Na ordem, que guardou na er.çaó de fua Or-
dem provou a lua regalia. Ibi.
Foy artífice da joya com que le orna có mays
empenho a Igreja de Deos. n. 1 37
Emendou em lur, Religião o que faltava ás
de muvtos Padres. 11. 137
De que forte fundou lua Religião. Ibi. & 14$
Fundou lua Religião fobre o incêndio de três
fogos. n. 147
EÍUcreçaõfoy hum teftemunhode feu espi-
rito, n. 148
Da primeyra pedra fobre que fundou fua or-
dem lahio elte fogo. n. leo
Naõ quiz nos primeyros ixcrdtos , que o leu
Império excedeiTc á diltan-.ia d« lua vifta:
& porque? n. 170
Nifto imitou ao Sol. Ibi. & ieq.
De trinta annrs da idade deu principio a lua
Religião. Ibi.
Em fundar doze mifteyros em Sublaco, que
myllerio teve? Ibi. & feq.
Porque rrfte« ttmpgs naõ dilaroo Saõ Bent»
fua Rrligiaõ, até donde tinha chegado fua
fama? Ibi.
Para avgmentir feu crircipado, Baôquil
paliar
464
palTar os limites, num. 17a & feq.
Deu Regra em Sublaco,&: de que force? n.ip2
A còvadeSublacofoy aufficmaadonde com-
poz , & fabricou os clarins Evangdicos,
que íahiraõde lua Ordem. n. 195
Fundou fua Religião com homés labus.num.
219 & feq.
ErigioimRomaas Univeriídades Vaticana,
& Lateranenle. lb:.
Nacreaç/õdefua Ordem imitou a Deos na
croçaó do mundo. n. 223
Fundou lua Religião íobre as columnas da
fabedoria. n. 224
He medico univerú! de todas as eafirmida-
des: Sc leu? filhos de muytas. n. 22o
Qccupava íeus Moines no exercício das artes
liberaes: Si para que? n. 23o
E também para que foliem parecidos a Deos.
num. 237
Um o a obngaçaõ do Coro , á aííiftencia dos
eftudos. n. 236 & 218
Afliftio em Romi a bum Conálio j & o que
fe determinou nelle. n. 277
Seu eípiritofcyefpada de dous gumes. n.2$8
Fes-lhe Deos es beneficias á medida de leu
gofto. n.274 Si íeq.
E porque razaô ? n. 27c
Que caufa teve para em húa occafíaõ naõ pe-
dir a Deos favores? n. 289 8í 1 . q.
Deípego com que S. Beto ler via a Deos.n.290
No defenterefle moftrou a nobreza de íua vir-
tude, lbi. 291
NsfceõjSí vivéocom prerogativas de Águia.
num. 301
Teve primeyro piefeytas as azas.do que pro-
porcionado o corpo. n. 501
Saliio das entranhas defua Máycom coroa,
num. 302
Alimentou-fe aospeytos da Virgem Maria,
num. 303
Por antenomazia o intitularão os Anjos: O
Amado de DtO?. n. 304
Foy < (coibido por Santo ç4itre innumeraveis
juftos. lbi.
Vr -ou cm as zas de todos os juíios. n. 30c
Foy neíte mundo hum dos Tronos aonde def-
cançou d Santiflima Trindade. lbi.
Communicou a innumeraveis juftos,os vc-os
deleu elpirito. n. 306
Fugio para os moines , para intronizar a vir-
tude, n. 308
Principiou a rundaça5 de fua Ordem na par-
te, que rinha regado com o langue de leu
corpo & com qne myfterio? n.
Foy lemdhance a Gedeaó. lbi.
509
Index
Porque mandou a jeus filhes veítiflçm de cot
prtti? n. 329
Quiz que feus Mocjes foliem os mays perfey..
tos na té. lbi.
Furtou lua Religião. na parte mays nobre, &
fubre o elemento mays iohdo. 11. 347
Osquele ouverem de prezar de íeus ri lhos
haóde fer examinados á luzdelua Regra,
aíTy como a Águia aos r^yos do Sol. n. 348
Os Íeus devotos, que lucro alcaoçaó. «. 350
& feq.
Foy univer fal na piedade, n. 3Ç9
O? que morrem vcftidos em ku abito ,0,115
fruclo tiraõ. n-3fi
A fua virtude foy como a dos Cherubins,
num. 361
Em fer para cm todos liberal moftrou o fer
Principe. n. 363
Efcolíéo por companheyros aos que faziaõ
contonancia com lua virtude, n. 365:
Prometeo-lhe Deos que abriviaria a vida aos
que oífendelTem lua Religião, n. 386
O mefmo Deos , com mays excelia , que aos
Patriaahas antigos, lhe promecéo íer Pro-
tector de lua família, lbi.
Com que penas caltiga Deos aos inimigos
de lua Religião, n. 387 & feq.
Caftigos com que Deoc punio aos quebranta."
dores do dia de lua feita. 11. 390
Fora [emerid.de querer numerar feus mila»
grés. n. 415-
O quanto fjvorece,8c defende a feusdevòcos;
num. 416 Se íeq.
Para com os mays pobres fe moftra mays pro«
picio. n. 423
A frequência de milagres , nas partes onde ef-
taò luas relíquias, ou imagens, lbi.
Corta pelo gofto de Íeus devotos, íó para os
livrar de delcreditos. n. 42?
Prometeo-lhe D^oslalvar a todos feus filhos,
& devotos: Empreza 21
Na prezença, & naauzenciade feus amigos,
fempre lie amigo. n. 427
Conventos de Portugal aonde fua Imagem,
por mays diligencias que façaõ 0$ Confra-
des, nunca eitá nos aitares. lbi.
No mar , & na terra mollra feu Patrocínio,
num. 428
ProiTUtèn deaffiftir á hora da morte a todos
os que lhe rezaflern hú Padre nolTo,<Sc húi
Ave Maria, &q n. tfo
Em forma de Rozas o vtraõ ofTerecer a Deos
as orações de íeus devotos, lbi.
Recebe por Diícjpulosa S. Placido} & Santo
Amaro. 11. 454
O que
dttscoupLitnnys
'O que lhe invíou o CíO neffes dous bemaven-
turados Meninos, n. 4^5
A lua fabedoua teve femelhanças dado Pre-
curlor. n. 45-j
Foy arvore da (ciência dobe, & naõ do mal.
num. 45-6
E por iíío o mays perfeyto de quantos houve
em feu tempo,para Meílre de virtudes. Ibi.
A íua doutrina foy a aderência com queatra-
hia a vontade dos Príncipes, n. 4^7
Quando íeccbeo a S. Plácido ,& S. Mauro ti-
nha de idade pouco mays de trinta, & três
annos, & com que myfterio? n. 4^8
Authorizava a dourrina.cõ os milagres.n.4í9
Porque não mendigava era bom para Meltte.
n um. 460
Nunca falava por divertimento fenaõ para
inlino. n. 461
Facilitava com fua prefença o trabalho dos
Monjes. n. 462
Foy de afpefto grave, & alegre, n. 4G j
Pcrque havia de leroMeítrt dcs Monjes oef-
colheo Decs entre os mays avultados,
num. 464
A lua doutrina era o amor de Deos,8c do pró-
ximo. 11. 46Í
Mortificava comellaosfentidos do corpo, &
illullrava as potencias d'alma. n.467
Scgeytaraõ-fea íua difciplina os Monjes.que
lhe queriaõ dar veneno, n. 479
E que razjó ttve o Santo Patriai cha para os
abraçar per filhos? n. 480
Mar.d( u edificar hú mofteyro para recolher
nelle a Santa Cyrila, que foy a ama, que o
creou. n. 491
Fcy creado com fucaíiva virtude, n. 494
Porque razaó o naõ acompanhou Santa Cy«
• rila íenaõ stéEfide. p. 496
Não buícou o dezerto por necelTitar de graça,
num. 497
Como foy para comelle a aeaçaõ de Cyri-
la. num. 49^
Com que pagou a Santa Cyrila , a creação
que lhe deu? n. 498
Caltigcu o Monjeque andava vago ao tem-
po da Oraçaõ. n. ?09 & feq.
Media o ngor da* penitencias pela gravidade
das culpas, n. fio & y 13
As varas com que cafbgou o Monje fervirão
também de penna , com que lhe fomou as
culpa?, o.yij & Í14
Primryro tziva de brandura , que de ngor.
num. f ly
Fpy de natural brando, & coropafive. n.ç- i<5
Arcava o rigor, quando não apioveytava a
i brandura, n. 5-1 7
nõtaVels. 465
Premeyaa virtude de hum Monje com o ele-
ger Prelado de bú Convento, n. 519
Alentava a virtude deíeus dilcipuios ,com
premear os benemerite s. n. ^30 òc leq.
Premeya ao meímo Monje, que tinha caíli-
gade. 0.5-33
Tirou milagroíamentedehúpenhafco , húa
fonte perene, n. 560
Elias agoas forão como hum tributo , que o
S. Patnarcha impôs áquella penha. n <;6z
A circunlpecção,^ luaviJ.ide,com que le ou-
ve na impoíição defb tributo. Ibi A- leq.
Ahúleu aceno andou ofetroanado lo br e as
agoas. n. 5-^3
Com lua branJura vencéo eíie impoffivJ.
num. f8y S< feq.
Por mays que fingirão os gentios não chega-
rão a furde Mercúrio o vencimcniodde-
melhante impe ílivel. n. 734
Manda a S. Amaro livrar a S. Plácido , que fe
afrgava em hum pego. n. 6cz & leq.
Provocado da inveja intenta Florêncio dar a
morte ao Ssnto Pati iartha. n. 619
Mete Florêncio dentro da cerca do mofieyro
Sublacenfe a fete molhrtes lacivas , para
que com fuás delenvclturas provccalTam
os Monjes a r.dtos impudicos, n. C?i
Foge o SatoPatriarchade Sublacj,pr.ra Caf-
lino acompanhado dedous Anjcs , Si três
Corvos. Ibi.
Com que remédios vtnceo.Sí pre'ervcu a feus
Monjes do fogo da íeníualidade.n. 6y6. 657
Appr.recec-lhe Chriflo para o confolai da tri-
lteza que tinha de fe auzentar de Subhco.
num, 65-9
Em que imitou a Judith. n. 660
Porque Knaõ deyxou ficar em Sublaco. Ib;.
A pratica que ftza feus Monjts,qi andofeatl-
zentou para Caflino. n. CC 1
Eftadoem que ficarão os Mrrjes , quando fe
delpeduáo do Santo, n.602
De que lhe fervirão os Anjos, que o acempa-
nhaváo n. C6±
E q lignificavão os corvos, q o feguiráo n.óúí
Nelta fugida receytou todos es remédios, que
ha contra a luxuria, r. Cí6 & 667
Caftiga Deos com hú.i deleftiada morte as
culpas de Florêncio, n. 676
O quefe rcpreíentavade dei, mparo,3os mo-
radores de Sub)aco,qi>áJo lhe faltou o S-P.Ó77
Chora o Santo Patrurchaa morte de Florên-
cio! n. 078
Nelta compayxáo, moftrou f«r meftre na vir-
tude, n. tf -9
E ter o ífpiritode hum Deos, n. cSi
Nnn Che«s
^66
Index
Chegou S. Bento ao pé do monte Caílino, & Cegonha;
dous Anjos, qo leguiaõ lobuaõ ao limo do Porque antignamente floreavaõ os Princi-
monte.da parte JeDeoi mádaraõ a l)ú Sáto pes, os cetros com lua figura, n. 491
Ermitáo,que nelle vivia,deyxale o lugar, A piedade, que uzaõ com os pays.õc com quê
por ler chegado outro a migo de Decs.n.696 as Cria. lbi.
Queyxaraó-le os demónios da chegada do O cuydado que tem em crear os filhos. 11.484
Santo Patriarcha. lbi. Chiifto.
A fua vifta fe ekureíTeraó grandes fantida- Quizmoítrar , que o morrer pelos homés era
des. n. 697 obra de íeu amor, & no preço do ciinheyro
Teve virrude para luzir entre as luzes mayo- porque o vendéo Juda-, n. içá
res. n. 698 Porque razáo f„- faciamentou de ncyte? 11.32c*
Porque foy dotado do efpirito de todos os juf- S. Cyrila.
tos. ri. 698 Si 690
A razaõ , porque fendo em tempo mays mo-
derno precede aos Patnarchas mays anti-
guos. n. 701 & feq.
Até no Ceo he relpeytado em Principe.11.r34
Deu forma ao eítado Monachal. lbi.
Defconhecepor filhos a quem de todo fenaõ
une com elle. n. 68
Brandura.
A dos Príncipes vemfe os mayoresimpoíD-
veis. n. 57; & feq.
Elcolheu-a Deos para com ella venceras ma-
yores difficuldades. n. 57c
Com ella governarão os mayores monarchas
do inundo, n. Ç78 & frq.
Nos Príncipes não ha de ler frouxidão, n. jSt
Brutos.
Alguns fe moítraõ mays agradecidos, do que
muytos homés. n. fi & n.90
Algús 1'e prezarão de lua forte. lbi.
C A L 1 Z.
ERa o premio, que davaõ os Scirrhas, aos
que fe adiantavaõ nas carreyras. n. 80
Que reprefentava na maõ dos Manjes, quádo
quizeraõ nelle dar a morte a S. Bento. lbi.
Caffino.
A monte Caííino hiaõ os Summos Pontífices
repetir fua coroação, n. 37
Caftigo.
Ha de igualar, & correíponder com as cul-
pas, n. 499 & feq. & n. 5-11
He medicina para o delinquente, n. 191
Çarça.
He fymbolo do ingrato! n. 99
Cavalo.
Antiguamente deziaõ, q naó era para Prínci-
pe, quê não foubeUe andar a cavallo. n.ntf
CazasSolare?.
Qiie principio civeraõ em Efpanha. n. 299
Foy a Ama, que creou a S. Bento 1 Si defpois
profeflou fua Rl gra. n. 492
Entre as molheres fabias.foy húa deIlac.n.4P»
As calidades , que nella concorriaõ para ler
ama de S. Bento. n. 493 Sc ftq.
Vio os Anjos.que acompanhavaõ o Santo Pa-
triarcha. n. 494
A fua creaçaõ o quanto conforme foy ao na-
tural de S. Bento. n. 49?
Porque r^zão quiz Deos acompaiihalTe a São
Bento até £ffide,8c naõ paflaffe mays adi-
ante? n. 49a &c feq.
Com que lhe pagouS.Bentoacreaçaõ.n. fii
Clauzura.
As virtudes, que confeguem os Monjes de íua
obfervancia. n. 383
Naõ hecativeyropara oReligtofo, íenaópa»
ra o relaíío. p. ?f
Conhecimento próprio.
Quaõ utiljOÇ neceffario feja em todos, & com
efpecialidadeemos Príncipes, n. 111
Hearoagcftade com que Deos ennobreceos
Principesde fua Igteja.n. m
Commodo.
Degenerou da creaçaõ que teve. n. 40
Seu Império affemelhado ao AnfitxiatodeAti»
lio. n. 139
Companhia.
Ha-fe de bufc3ra igual. n. 346
Augmenta, 5c acredita o fequito. lbi.
Naõfeha de eícolheramays nobre fenaõ a de
mayor virtude, n. 36c fck 366
Quanto aproveyta a boa, Sc de quantos males
feja origem a má. n. 664
Coroas.
As de que uzava Calígula, n. ror
Conltlhevros.
He traydor.o que períuade aos Principe?,uze
mays do rigor que da brandura, n. 5?%
Corvos,
A obediência que tiveraõ a S.Bento. 0.629
Três acompanharão a S. Bento de Si b!ac<a,,
até Caílino : & com que myfteric. & 66?
Cova
das còufcH máys notáveis.
Cova.'
A de Snblaco fervio de alampada onde luzio a
fantidade de S. Bento, n. \ú
De que mays lervio a S. Bento. n. 50
Que hz quando vio a Saó Bento rcílituido á
morada? n, 117
A Que foy parecida, n. 119
Sérvio de fornalha aonde fabricou os clarins
• Evangélicos, n. 193
ConTervaçaõ.
A con fervaçáo dos bons cuftumes he de mays
utilidade , do que a cor.quifta dos novos
Revnos. n. 4c-
Creaçáo.
Sempre ficamos em divida aprimeyra crea-
çaõ. num. 14c & 222 & 489 & íeq.
O modo com que os herejes criáo os filhos.
num. 76
Quaó poderoía Ceja em todo o tempo da vi-
da, lbi.
Curtume.
O máo curtume, quanto perverte a natnrefa,
& a coníervaçáodas repubhcas.n.^SSc feq.
Gom elle le corromperão os ânimos dos ma-
yores monarchas. n. 40
Efe acabarão os louváveis cofíumes defeus
impérios, n. 41
Quanto poderoío feja. n. 42
O bom colhime he , o que aperfeyçc-ou a na-
tureza, n. 43
A lua infhbilidade faz refvelar oslmperios.lb.
A vigilância que devem ter os Príncipes na
guard 1 dos bons coftumes. n. 4?
Os qne tem força de ley. n. 46 &i 47
De le n^óobfervarem os louváveis nafceraó
grandes ruínas, n. 47
Eo melmolV.ccede, quando os alteraraó.Ibi.
Ainda que feja máo, entroduzido, obler-
valTe como ley. n. 52
Sendo inveterado he dcfficil lua expulíaõ.
num. 52 5c 53
Creaturas.
Com todas, & a todas repartio Deos o piefti-
mo. n. 683 Sc feq.
Culpa.
Quem moftr.i lentimento de a haver cometi-
do, merece pcrdaõ.n. 63
n • ^7
Demónio.
Dequeatdizuza para enganar os peccaderes.
num. 222 & 223
Deos.
Detém o caftigo, para dar mayor pena. n.iyi
Dcluni.,5.
Adonde efta revna. nenhúa virtude tem cpnf'
tancia. n. 134
Devotos.
Os que ho devotos das Religiões , que lucro
tiraófn. 414
Com efpecialidade os da Religião de S. Ben-
to, n. 415 Si feq.
Dignidades.
Fazem eftimado ao logeyto. n. 342
Dikiplina.
Naõ conforma, aquém defccnfóima o gé-
nio, n. 130
DiffimuLiçaó.
Com ella fe introduz o máo cuftume. n. 42
Docilidade.
A dosPrincipes vem-le osmayores impcfli-
veis. n. 573 Sc íeq.
Doutores.
Naó tem numero lerto os da Religi.iõ deS.
Bento. n. 36
Os quatro Doutores da Virgem foraõ filhos
de Saó Bento. n. 36
Dourrina.
Authoriza-fe cõ os antigos documentos, n. 86
A antigua he a mays fulida ; & a. mays Útil.
num. 8y Sc lcq.
A antigua ornaffe com o idioma moderno.Ib.
He o relplendor da moderna. Ibi.
A moderna he fufpcitofa na vcidade,naõ len-
do authorizada com o teftcmuuho do^ an-
tigos. Ibi. '
Naó íructifica fem o bom exemplo, n. 459
E
D
DEDO.
O De Pirrho nunca o pôde queymar o fo-
go, n. 11C
Delidto.
Muytas vezes le cõdecorou cõ o cuíhime.nijf
ELEFANTE
HE fymbolo da ob.-oiencia. n,??!
Emulaç.õ.
He defpertadora da virtude, ri. 530
Em que dilíere da inveja, n. 627 & leq."
A das virtudes he a mays fama. n. {7
tícolas.
Quantos annoseftiveraõ dentro em os Clau-
fUos de Saó Bem o. n. 36
Elpelhos.
A diverfidíde^om q ieprcl'ent/;õ n.H4Ív feq.'
Aqual delles fehade ver ,& compor o P1111-
cipc? Ibi.
Nnn 2 Apen-
46&
Efcrítores.
A penna com que elcravern, íse pedra philofo-
phal. n. 73
Muytos para lhe aplaudirem os erros, abo-
naõ , c* dciculpaó 05 de. acerte» do. Prín-
cipes, n.79
bftado.
O Clerical. &Re!igioíc, qie venerarão de-
ve ecr entreos Carhohcos. n. 369 ck feq.
Como refpeytava a gentilidade a iciis Sacer-
dotes ? Ibi.
EíWlas.
A errante, que figmficavaõ poftas nacoroa de
Calígula, n. IQO
As do Z-diaco dciaõ os Pitagórico* Deoíes
particulares, n. 165
Exemplo.
Ao des Príncipes fedeve toda a veneração,
que merecem as proezas dos iraflallos.n.37
Do nw exemplo dos Príncipes Ca pervettem
os bons coftumfiti dos vaflallos. n. 41
Us exemplos antigos aUviaõ as moleltiãs; pre-
fentes. n. 57
Exercício.
O das experiências, de que utilidade liivaõ
aos Príncipes? n. 100 & leq.
Experiências.
O quanto faõ neceflarias a hú Príncipe , an-
tes que empenhe o cetro. n. 100 & leq.
Enlinaõ adornai , & conhecer a variedade de
naturezas, n. 106
A experiência, a quem feja parecida, n. 13?
Cornélia aperfeyço-ou Deos aíeus eleolhi-
dós. n. J07
Faz advertidas as acções da natureza, n, 108
Ivdex
fcgeytnrá as v6nt3des. num. 23
Quem ouver de oceupar ku trot.o , a toda 3,
fortuna fe ha de mollrar claro. n. ibi.
Naõ fe ha de acçjnimouar com húa lo virtu-
de, quem pertende ricar eterno na lembrá-
ça. n. 24
O leu rim qual íeja. n. 6ij
He dcfpertadoia de contrários, n. 6 14 8c U-q.
Porque he nfiemelhada ao parto àa vibora,
num. 617
Todos a dezejaõ, mas poucos a merece, n.úi^
Muytos a procuraõ á cuíla alhea. n. 3 & leq.
O roubo da fama alhea naõ faz perder a infâ-
mia, n. Cif
Muytas vezes os inimigos abrirão as puit«d
da fama. n. 672
Favor.
Vide Beneficio.
Fe.
DivideíTe em Fé Divina , Human33&. Politi-
ca, & que coufa lejaõ. n. 316
Fé Catholica.
A que feja femelhante. n. 314
Os males que locederaõ aos que a deyxaraõ.
num. 31?
He a barca aonde navega feguro quem nella
faz viagem, porque tora delia ninguém fe
falva. n. 319
He lymbclizada no monte Hiícera. Ibi.
Ncifa embarcação cada hum come do leu, 8c"
ninguém do aJ-beyo. n. 320
He principio de toda noíTa felicidade. Ibi.
A culpa mortal he remora s que lhe impede a
FACINOROSOS.
HAõ de ter a pena conforme o delicio,
num, 499 Sc feq.
Fama.
Qnecoufa feja, & os requeíitos neceflarios
para fer verdadeyra. n. 1 & leq.
Os feus poderes, & effeytos. Ibi.
£;m obras he como a peca fé baila, n.24 & ic
Ven-fe a fama , o que naõ pôde avaíTalíar a
pefloa. n. 17
Acobarda a ir. imigos, & eftranho?. n. 18
Faz efquecer da Fairia , Sc" naõ lembrar do
ódio. Ibi.
Naõ fendo repetida naõ hepoderofa. num. ix O Templo da Deofa Seraphides 1 luamayor
»5 Sc 23 grandéfa confiftu na ma chi 1 a de íerro.que
Senaõ oceupar o lugar da dependência, naõ iultentava apedra Imam. Ibi.
Dlno-
bonança. n. 321
Fé viva, Sc Fé morta quaes fejaõ. Ibi.
He o melhor reparo contra a morte. n. 324
Chrilfo naõ reconhece por luas as terras , quô
eltaó tora do grémio de íua Igreja. n.3»í>
Chriíio auzentalledequem duvida delia. 11.327
Osque a tem viva dominaõ a íeus majores
oppoftos. n. 328
Sem chandade he morta. n. 329
O mays perfeyto cré os myítçrios quando
mays oceultos. n. 3J0
Feitas.
A Hecatombe, Si Lupcicalia 3 porque furaõ
inítituhidas. h. 47
Vide íelebridades.
Ferro,
O que S. Bento fez nadar lobre as agoas . que
eftimaçaõ merecia, n. 5X3 & 584
Os índios que valor da vaõ ao ferie? n. 5S?
dai coujás mays notáveis.
Dinccrates afam on-fe Com húa eltatua , que
( fabricai de feno. Ibi.
IVjercurio alcançou nome de Divino entre os
baibaros porque tirou luimfcrro do pro-
fundo das agoas. n. 584
fiíicid^de humana.
Juluytos le perderão, porque fe confiajaõ nel-
■ Ja.n. 317
A im. gem.que os Romanos puzicaõ delia em
o Capitólio. Ibi.
Fiiilidade Politica.
He vida das republicas, n. 318
Mviy tos a tomarão por capa de tua inconfi-
dência. Ibi.
Filhos.
Antiguamente traziaó as infignias , & trajes
de leLS pays. n. 44
Seguem toda a vida aprimcyra creaçaõ que
civeraõ. n. 2:2 Sc icf"
He milagre naó imitarem es vicios de feus
pays. n. 264
Naõ herdaõ toda a virtude dos p^ys. n. 333
Para heideyros baõdelereícolhidosos mays
beneméritos , Sc naó osm«ys antiguos. n.
334 & 33(5
Os llluftres laõ como as arvores reays.n.33 j
Os que naó tem outra nobreza ma)s, que a
do langue vivem empenhados. 11.33(1
Em buiu lo , & naõ em muytcsdcvcm osll-
4*9
n.
Saõolígniricatlvodaí A-rces liberaes. ruim.
228 & ícq. •
Fogo.
Varias caJidadebdetcgosdifferentes.n.yi
Sobre cits Icgos huniaos a húa charr.;. x-.:n
dou S. Bento lua Kc 1 giaõ. n. 143
Efte togo lalai o ila. pauncuca pedra iobre aqual
S. brnto fundou lua Religião, ou da Cac-
ç,» ende le lançou b. iço
Tem as calidades do arr,cr. n. 140
Fortaleza.
Coníiftenaboaordem.n. 124 Sc feq.
Em lhe faltando o amor dos vaibiLs naõ de-
fende o Rcyno. 11. 141 Si feq.
Fonte.
A Jo monte Urânio tra deazeyte. n. 10
E da mdma íórte a da ribeira de t:;.,i.c:a.Ib.
Fortur.a.
Maycr he obedece, que manda/: n. fçj>
IVluytcs que :;veraõ dias de fortana naõ lo-
grarão annos de fama. 11.5
luftres fundar as cazas,
Os i.òbi es todos fe devem oceupar em fubir.
p. 340 342 Sc 343
Haõ de ler Iibciaes. n. 344
Devem eícolher para companheiros aos mays
nòbreí. n. 34o
Devem eftimar em mays o viver comdefay-
1 re, do que íem nobreza, n.34?
De quanto lhe ferve a doutrina dos meílres.
num. 432 & feq.
Fieaõ cm pouca obrigação as mávs, qtieos
não crearaõ a feus pey tos. n. 484 Sc leq.
O vallor com que luzirão devem-no ao lcyte,
que mamarão, n. 485 S: leq.
He dilculpavel (eu delamor.para cõ as máys
que os não creáraõ. n. 486
N.;co> podendo crear a léus peitos bulquem-
Ihe 2tna,que tenha as calidadcs,que fe mo-
ítraó. n.488&leq.
ApitdadtqiK- movccs tiveraõ com feus pays
nnm, 491 &c 603
E com as amas que os crear. õ. Ibi.
lYJuytosíoraõ tyranospara ieus pav>? perque
cites os tratav^õ como Iji ws. n. 581
Flcr.
Hehiercglyphicoóanatutcííi binaria. n.jS
6c 39
G
Ntimida
G A L L O.
IiNtimiua ao lâ-íiiiíco. num. 380
Idoméo porque prezado dcd^lcendentedo
Sol trazia fubxe a caboça a figutã^e hura
Gallo. Ibi.
M.itâ com leu canto ao Ballhfco. n. 3S1
Os Sibaritas para le entregai em de tudo ao
ócio naõ os conici.tiaõem íu.-õcazas , pa-
ra os naódelpíitar áj temo. Jbi. •
Os Suezanos cunharão a. moeda nacional CÕ
afigura ue hum Gallo, com húa Eftrella
entre as azas. Ibi.
Os que palTaõ pelos dezei tos da Africa kvaõ
coi.figo Gallos, para afugentarem o; Bali-
hlcos. Ibi.
Governo.
A bondade do governe naõ confifte n.i mu-
dança delrgares, lenaó de politica. 1 48
Toda lua felicidade em ma da obkrvar.cia
do^ bons cultuou r. r. 4 1 & íeq- '
O que le aparta da experiência n;óconlolidi
a republica, n. 120
Em todas as claffes de governo fev-y
menrado Jaab, & par.-, que? n. 107
G ib.
Em muytos pôde msys, que o credito* r.So
Guei : .S.
Naó fónafeem deUasiasrnonftro-ofidades, fe
naó tambtm de paz. n. 103
Nnti ;
Hercjes
47'
H
Herejes.
DIsfarçnõ o veneno com capa de Reli-
gião, num. 7? & leij.
Ivluvcos Fadresos cõvenceraõ com feus pró-
prios erros, n. 73
Com o amparo dos poderolos , & diffolutos
cftabelecem feus erros. n. yC
Aprenderão das ferpentes aterem aííutos, n.
?K
Merecem a mefma pena, que os jtideos.num.
245 Sc feq.
Retrato que deraó a feus Hereziarchas. n.jip
De q force os engana o Demónio, n.2iz &: 123
Herezias.
A fua expulfaõhe a mayor fortuna das re-
publicas, n. 3:6
Contra Jli.sforao os filhos de S. Bento os ra-
yos mays fortes, n. ::i
Hetòes.
Os que defampararaó a-? pátrias por fugiré aos
iuvejoloj. d. 91 & 92
Hum Reviu fem varões claros perde a efti-
maçâo. n. 97
Hipócritas.
A (fiítem,'& defendem fóao^ poderofos. n.jííi
Diffarçaõ o vicio com a virtude para acrahir
as vontades, n. 56
Homés.
Saõ fáceis em abraçar o mal , & defficeis em
receber o bem. n. 52
Tem o máo curtume por iey , quando o vem
introduzido. Ibi.
Com todos repartio Deo$ diffeientes vittu-
des. n. 6S3 6c feq.
I
Index
Impérios,
Os dos Emperadores Commodo, & Marco
Aurélio a quemforaó lemelhantes? n. 139
Naõ os liguraõ as forças ienaõ o amoi.mnn,
140 & leq.
Naõ confirte a lua felicidade na extençaõ.n,
161 &i feq.
Conlervaraó-Ie muy tos naõ excedendo os li-
mites, n.ióf & feq.
Impoffiveisí
Todos venfe a brandura, n. 5-73 & f»q,
Inflrmidades.
De quantas faõ advogados os filhos de Saõ
Bento. n. 126
Ingratidão.
A dos homés.em que imita a fenfibilidade das
arvores, 11, 400
Ingrato.
Naõ tem cura. n. 88 &C feq.
Faz dos benefícios, offenças. Ibi.
Naõ obedece a nenhum remédio politico,
Ibid.
Nem ainda á mefma naturefa. Ibi.
He agradecido em quanto depende. íbi.
Ferdéo o brio de racional. Ibi.
Naõ obra como bruto, nem como inrelletti-
vo. íbi.
De que f (e pôde curar. Ibi.
Somente oefpois que padece tem horas de ra»
ciondl. Ibi.
MoftralTe arrependido quando fe ve defampa*
rado. Ibi.
Tem o leu retrato na Çarça. Ibi.
Morre ao defamparo. Ibi.
Hetaõ alcaroloo leu vicio que o Demónio
fenaõ quer dar por author delle, Ibi.
Reprelentado em Acteon transformado erri
Veado. n. 503
Inveja.
Encaminha o golpe, para onde acha mayS
prendas. 11. 614
Reinedioque os Egypcios davaõ ao inveja*
do. n.óij
Naõ tem reparo, n. 616
IGREJA.
Qtje fervi lhe fizeraõ os Monjes de S.
Bento? Vide partedellcs. n. 28 Si feq.Sc
num. 221
Na compofiçaõ com que foy levantada logra OriginalTe dos excélTos. n. 617
edecoro, & eftabilidade t que naõ tinha ri- AtromentalTe com gloria alhea. n.618
gurada na Syr.agnga. n. ijí
O leu mayor adorno he aordemdas virtu-
des. 11. 138
O leu reparo faõ os homés doutos, n. 20c
A liberalidade que uzaraõcom ella os filhos
dei>. Bento. n. 362
Uluftres.
Em todo o tépo ié obrigação de fervir a Deos
Glorifica as acções do invejado. Ibi.
Nafcedo ódio, & da detconfiança. v.6z<)
Em quedirlereda emulação. 11. 627 & feq.
Inferma do mal t de que morrem os CorCo-
dillos. n. 630
Saõ íemelhantes aos Bufallos. n. 6;i
Invejolo.
Reconhece fua limitação, n. 632
com mays efpecialidadejque os mays.n.418 Todo fe aflige na conlideráçaõ^e que outrem
avulte
ddscoujds máys notareis.
avulte diante delle. num. 633
Scnhando com glorias albeas vive inquieto.
num. 63 4
Faga com a morte . a quem o obriga a con-
reíLr prendas alheas. n. 63J
Deeja p^raíâ todo o apláufo. 6$6
Inimigos.
Os das Religiões que culpa cometem ,& a
quem laõ parecidos, n. 368 Sc feq.
Q> U Religião de S. Bento com que penas os
caíiiga Qeoa. n. 33Ú Sc feq.
Cometem o crime de leza Mageftade Divi-
na, & humana, n. 389 Sc íeq.
Os reconciJiados nem todos laõ lofpeytofos
de inconfidentes. 11. 471 Sc feq.
Muytos foiaõ rnays prenicioios defpois de
reconciliados, n. 472
Dehmulaõo ódio com pretexto de paz. Ibi.
A neceffidade naõ os aíT.gura. n. 473
Nem também o medo. n. 474
Remédios ríRcazeo com que ie recor.celiaõ de
veras. n. 47? & feq.
A cj que o queriaõ rimar cem veneno abra-
, çou S. Bento por fubditos. n. 479
E que motivos obrigarão ao Santo para fe co-
fiar de fua reconciliação? n. 480 & leq.
Saõ a lanceta, que moftra a bondade , ou ma-
lignidade do fangue. n. 669
Servem da mayor utilidade, n.670
Abrem as portas da fama. a Ó7r
Se os náo ouvera confundirão- Ie os animes il-
luítres, com os plebeos. n. 673
E:r. muytas occafiões fvraõde mayor utili-
dade, que os amigos, n. 674 8C67?
Inventores.
Os filhos de S. Bento inventarão muytas ce-
lebridades ceremonias , & bons ciiilumes,
que celebra, 8c de que uza a Igreja de
Deos. n. 33
,Quaes.foraõ delles os inventores dedifferen-
tes artes, lcieneias,8í coulas notáveis Ibi.
A veneração, que os antigos deraõ aos inven-
tores de algúas das artes liberaes. n. 219
Judeus.
Sua malícia, &; proterva. n. 24? & feq.
O cartigoque merecem , & que pode extin-
guir efta pcftilencia naõ he outro mays
que o de fogo. n. 249 & leq.
Os males que tem caufado no mundo. Vide
parte delles. n. 248 & 2f 2
A diverfidade de penas , que tinhaú nas repu-
blica. n> 2^2
E que officios tinháonellas. Ibi.
S ,õ ii t!igno- denulericordia.n. 2^3
O feu dinheyro he excomungado, n. 243
47 i
Convencidos de feu erro , pelamayer parte,
nunca ricão verdaJeyras Cathahío-.hura.
260 & feq.
Cegaõ-lc com a luz. n. 261
Dcquelervem admitidos aosluguesda rs-
publici. n. 2O2
Que ietvemia um. n. 263
He impoífivcl que os filhos delles naõ imitem
a.cfgueyrade levispayj.n. 2.Í4
Do Teu peccado emanou a Redcmpçaõ de rtof-
la culpa. n. 16c-
Saõ parecidas ao bicho , que ròe ao Th-.re-
bintho. Ibi.
Saõ os verduJey ros c-.és de Acteon. n. 2 65
Juizes.
Os do Egvpto traziaõ no. peytQ a imagem da
virtude, n. 297
Juftiça.
Deveffe conformar cõ as culpas. 0.499 5c feq.
Nem lembre a vara da julíiça ha de tM pro-
priedades de ferro. n. 500
Porque he figurada na vara. n. 912
Hadefervara, 6c juntamente penna. r.urr.
f'SJlJke . ,
Que couía feja fem clemência, n. 516
A humana deve conformai-íe com a divina.
num. $-zS
L
H
8c vozes
LAGRYMAS.
A lagryirws , que faó vozes
quefaõ lagryrfias. n. aS8
O quanto authorizáo fendo choradas na mer-
tede hum inimigo, b. 0-8 & f«q.
Antigamente os Chino» tinhaõ porcrtdra
mayor , quehum illuftre as dçrramalíena
morte de algum Ru parente. 11. <íSo
Leys.
O cuftume hc o melhor interprete das leys.
num. 40
Authorizaõ-fecomoscoftumes louváveis, 8c
amigues, n. 4S
Os Príncipes que a* quebrantarão, r. 41
Ch.randesTvno deixou dedarhúa bat.-.lha
fó por caftigara hú tranfgrdTor da lcy-n-4^
AsdosRomanos.em q efUvaõ elct-lpidas.n.C-*
O ferem irrtfragaveis n;m fempre he intty-
reza. Ibi.
Ospertinaces no erro, pertendem dobrar a
ley, n. 66
Seu principio, r. 17o
Ha de ter a propriedade da luz. n-iRo & feq.
Quem forte os prinutros Leg lladoÈMirúlT»
Como Ie govenuv. i> W po\ os , . r.us <iu«
cu-
47a „.
onveffe.num.177
Antes que as publicitem davác-nas a rever
a hoinésdoutoi. n. 179
Faltas de fciencia perde toda a eftimaçaõ.Ibi.
Haó-fe de conformar com as poliibihdades,8c
curtumes das teira?. n. i8f
Em que cazos pode fer dilpenlaveis. n. 186
Naõ háo de ler caviloías. n. 187
Devem fer comportas pela fuavidade com que
Saó B;n to difpozfua Regra, n. 19?
Com a dilíerer.ça dos tempo» fe diminuem,
& aggravaõ. n. 196
A que laõ parecidas, n. 202
Para os judeos ha de ler ley de fogo , para fe
conformar com a ley de Deos. n. 265-
As queantlguamsnte diríerençavaõ o popu-
lar ila nobreza, n. 198
Devem comprehender a toda a forte de pcf-
foas. n. 183 & 1S4
Haõ de ler humanos, n. i8f
Haõde fer efficazesjn. 186
Naõ devem ler cavilolas. n. 187
Haõ de fer obf rvadas dos miniftros com lim-
peza. 11. 188
N;õ devem fer tigurofasno exordiodo go-
verno, n. 181
Saó norte de ignorantes, n. 189
Defpertaõao remiíío, & avivaõ o diligente,
num. 190
O feu rigor he medicina, n. 191
A dos Eliricos contra es ambiciofos. n. f07
Os que as interpretaõ Ia 5 a ruína da republi-
ca, num, 610. 611 & <Six
Liberalidade.
He todo o refplandor da purpura.n.267 & feq.
Nella fe deftinguemos Príncipes dos vaiTal-
los. n. zõ8
Amuyta queuzoua Religião de Saó Bento
com a Igreja de Deos ,6í com asdemays
Religiões, n. 362
Liberdade.
Na falta derta naõ ha nenhú gofto. n. f J
Liçaõ.
A dos livros profanos ainda , que feja útil a
muytos naõ he proveytofa a todos. n. 72
A que teja parecida. Ibj. Sc feq,
Seusdamnos. lbi.
Livros.
Quantos tinhaõ comporto os filhos deS.Ben-
to até o tempo , que eferevéo Pedto Bera-
ge. Videempreza 1.
Os profunosquaõ preniciofos faõ republica,
num. 72 & feq.
O Graõ Turco Solimaõ obfervava tudo qilã-
to lia na vida de Júlio Cçfar. lbi.
Index
O Oráculo sconfelhava a Zenon , que para
fer petfeyto era neceffano ler pelos mortos.
lbi.
Dos profanos íay a elpada contra elles mtf-
mo). lbi.
Saõ armas contra a virtude. lbi.
Os herejes querendo extinguir aLey de Cliri-
fto manda vaõ queymar os livros Ca thuli-
Cos. lbi.
Eo meímo fizeraõ acs livros herttices, os
Príncipes, que intentarão extirpar as he-
refias. lbi.
Os Príncipes tirarão da lição dos livros os
princípios certos da (ciência de reynar. lbi.
Os vedados a q lerpentes laõ parecidos, lbi.
Lizonjeyros.
Andaõ de giolhos : & porque, n. 104
Lugares.
Como, & a quem os devem conceder os Prín-
cipes, n. Cpo 091 8c 694 & 700
Luxuria.
He tctal deftiuiçaõ das republicas, n. 667
Naõ fe germana com nenhúa virtude. lbi,
Defcompoem todas as operações humanas(
num. 639
De que fe alimenta. lbi
Sofoca a toda a virtude. 11. 640
He homecida da vida efpiricual, corpórea , &
civil. n. 641 Sc feq.
As cautelas com que algúas nações ferepara-»
vaõ defte vicio. n. 644
Os excertos a q obriga a feus lequazes. n. 647
Rifca da memoria as obrigações de honrado,
num. Í48
Deminue-le quando os Príncipes lhe daóre-
puHa.n. 049
Naõ valem cartigos contra os culpados nefte
vicio, quando os Príncipes naõ íaõ Conti-
nentes, n. 650
O jejum he o leu contrario, n. 65-?
O feu fogo apagaffe com Lgrymas. n. 6<;6
Mifto o langue das penitencias com aslagrv»
mas da compunção he o remédio, quede
todo as extingue, n. Ó57& 058
Seguro remédio he também o fugirlhf. n.66c
A boa companhia evita muyto leu damno.
num. ÓÓ4
Como também a lembrança da morte. n. 66a
Luxutiofos.
Figurados em Achelo-o transformado em
Touro. n. foi
E em Egei ia convertida em fonte, n* JO4
Luz.
Em tudo haõ de fer as leys femelhartes a el-
la, p, 176 fiiftq.
Máy3
dctt
M
Máys.
FIcáo com injufta participação nas glori-
as dos filhos, que não crcaraõ a feus pey-
tos. n. 484 &. íetj.
O quanto f jy abominável em algúas naçoés,
o uaõ crearem as máys a feus próprios fi-
lhos, n. 484
O caíbgo que lhe davaõ. Ibi.
Mcftrao-ie ingratas naõ creando os filhos.
num 48o
As illufhcs os crcavaõ. n. 487
Ainda que odireyto iztnta as molheres no-
bre» da crea^aõ dos filhos naõ asexcluea
cbngaç^õ do amor. Ibi.
Mageftade.
O que muytos Príncipe* fizera õ para exceder
nella a léus competidores, n. 36
Miniftras.
Os Príncipes fem Mmiftrcs fnõ como a em-
barcado leni enxárcia, n. úi
Interpreta as leys conforme a vontade q tem
, de punir ou ablolvcr. n. 1S8
O modo com que le haõ de a ver nos caftigos.
num. 499 St leq.
Naõ devem os Príncipes fiar de húlõ.muytos
negócios. 6& & leq.
Aqu.íes devem premiar os Príncipes, num.
6jo & 69I
A ft;a juftiyi porque he figurada na vara.n.y n
Haõ de leparar nos caliigos , a culpa da pel-
Ioj. n. çiz
A fiia vara ha de fer juntaméce pena.n.713 514
Fiimeyro julgaó muytas vezes (em numera-
rem as culpas, n. yi.4
0= que obi aõ fem clemência faõ aquelles , a
que Deus naó eícolhéo para Miniltios.n.fifi
Devem aplicar tudo o rigor , quando naó a-
proveycaa brandura, n. ç 17
Seus excéffos exafperaõ os lubditos. n.5-^8
Sendo pouco fiel he caufa de le multiplicarem
tributos. D. <"jo
Meftre.
O honem fem infino fora como o mundo fem
Sol. n. 432
As cálida Jes que ha de ter o que for mcflre de
hum Príncipe, n. 432 & kq.
Ha de fer arvore da [ciência do bsm , & naõ
do mal. n. 435 í< 436
Nem todos os lábios pedem ler mtft res de liú
Príncipe. 11.435
B.ill.i qualquer J-feyto para lhe tfciu:cer a
(ciência, n. 436
couJm mdjs wtaVeis. ajj
Ha de ter ai virtudes, & calidades doBaiu-
mo, num. 43o & feq.
Ha de ler eleolhido por merecimentos pró-
prios, & naõ por aderências, n. 437 & 4J7
Naõ ha de fer de idade decrépita , nem juve-
nil num. 43jj n. 45^
Ha de fer compoílo , & modefto. num. 439
&4í9
Ha de ler rico, & naó pobre. n. 440 Sí 460
Ha de ler comedido nas pala vras.n. 441. 451
Naõ ha de ter muytas obrigações, n. 441
Naõ fe ha de facilitar com o difçipuio* num.
443 S: 462
Ha de fer alegre quando infina.n.444 & 463
Ha de fer nobre o que tor meltre do Príncipe.
num. 454 Sé 464
Sendo Sacerdote tem toda a nobreza, n. 446
Ha de ter noticias da mayor parte das (ciên-
cias, n 447
Naõ ha de fsr lizon/eyro. num, 448 Sc 46c
Ha de enfinar o utii , 5c naõ o dcíneccíiano.
num. 449
O fim de lua doutrina hi de ler encaminhar
o Príncipe a fer bom Chi iftaõ. n. 450 407
Sufi. uca, & abriga. 11 422
Monarchias.
As quatro reprefenradas na eftatua d; Nabu-
co-Donofor, porque fe arruinarão. 11.141
As que fe naõ fundarão lobre amor naó tem
perminencia. n. Ie2
As que faõ fundadas lobre ellí que veneração
cauzaõ aos Príncipes, n. 153
Monjes.
Osquebufcaraõ a S. B.nto para feu Prela-
do , porque o intentarão matar com vene-
no, n. 51
Intentarão que o efpirito do Sátofe accomo-
daffe com fuastibezas. n. 60
Naõ he Monje de S. Bento o que falta a Der»
com o divido temor. 11. -1
Antes de S. Bento viviaó pelos dezertos fem
ordem de Comunidade, nem clauzura.S: a
eftars redufioo Santo Patriarcha. n. 137
OsdeS. Bento fendo mal procedidos haõ de
tet pena dobrada, n. 149
Quaõf rmidaveis fcr.,õ a.> mundo. Ibt.
Os que naõ vivcmcoi.fóimea Santa Rigra.
a vida qi:s 1 graõ laõ elperas que Dcoslhe
dá, para que learrependaõ. n. 1 ;8
E a retardaçaõ deite caltigo, he para dobrar 3
pena. d. 159
Logo em leu principio fe entngaraoaos ei-
tudos. n. 222
Os Santos da Ordem de S. Bento de que infir-
midíides laõ adv< gados, n, zió
Ooo Poi
474
Index
Porque tem a fua femelbança nas Eftrellas. As que foraõ origem de algíis damnos. Ibí.
As de Carthago cortarão os cabellos, para fa-
zerem delles cordas para os arcos das Tes-
tas, num. 143
num. 331
Porque iaõ fem numero os Santos, Sc Douto-
res de fua Ordem. n. 331
As virtudes que haõ de ter para ferem verda-
deyros filhos de S. Bemo. n. 347
OSoíaque le devem examinar por k-gi timos
lie a Regra que pn feffaõ. 11.34S'
Os que o Iaõ conlõrmaõ os procedimentos
como efpirito deíeu Patriarcha. n. 35^7
Em n.iõ lindo univeríal na piedade nao pôde
ganhar as indulgências concedidas a lua
Religião, p. 35-9 Sc leq.
Haõ de imitar os Cherubins. n. 36 1
O valor, que ttveraõ no martvrio, Sc a conti-
nência, que guardarão nos claullros.n.364
Adquirirão mayor nome pelo que deftri-
buir.iõ ; do que pelo que conquiítaraõ.
num. 365
Saõ ignorantes , os que prelumem poderem-
!'e l<dv»r fomente cor.i trazer o Abito,& fe
intitularem íeu> filho;, n. 367
Os que intentarão dar a morte a S. Bento re-
ceberão delpois lua Regra. n. 479
E que razões moverão ao Santo Patriarcha
para os admitir a leu grémio, num. 480 &
leq.
Oi de Sublaco refiftindo as fete molheres, que
valentia ebraraõ. n. 6^4 & feq.
Os de S. Bemo que ferviços fizeraõ á Igreja
de Decs. Vide pai te d c lies. n. 33 &lcq.
Em húa , & outra milícia foraõ protectores,
a quantos fe encomendarão em fuás ora-
ções, n. 19 Sc 30
Que terras conquiítaraõ para a Igreja de
Deos. Vide parte delias, n. 19
De que Cidades, & Reynos faõ titulares , ÔC
de quantas foraõ Apoftolos. Ibi.
Em muytos Reynos naõ podia ler eley to em
Biípo, quem naõ folie filho de Saõ Bento,
num. 37
Montes.
Fingirão que hum fe fizera pente para Ta-
morlaõpaffar hú rio. n. 117
Ode Sublaco mudou-fe em Império, n.133
O mente Cinthio foy confagrado a Apòllo.
Ibi d.
Ao de Hifcara naõ lóbe pelTóa,fem que fe ba-
nhe nas agoas, que o fercaõi n. 319
Molheres.
As que foraõ autoras de algús livros, n. 491
As fete molheres que o Clérigo Florêncio me-
teo dentro na elaufura de Sublaco , fc ven-
ceffem os Monjes , que poderes molha-
vaõ. num, 651 3í feq.
Mofieyros.
Os das Religiões lagradas radicaõas monar»
chia^. n. 374
Nos doze Moireyros que Saõ B:;uo fundou
em Sublaco le depolicavaõ todas as virtu-
des, num. 135-
Que reprefentavaõefles doze Mcfieyros. 9,
i6z &feq.
Monftro-os.
Variedadedelles : & a que foraõ parecidos^
num. I70&;leq.
Morte.
A orada morte prometéo S. Bento aílifíir a
todos os que lhe rezaffem adevoç-õ que
effá em o n. 430
Os perigos do mundo faõ como o tributo dá
morte, n.432,
Moleftias.
Apuraõ os ânimos, num. 65o
Motores.
Reprefentada em Agiaurus convertida em pé<
dia. n. foc
Merecem o caftigo, que haviaõde ter os de»
linquentes. Ibi.
Mundo.
A fama da virtude de Saõ Bento avafTaHcu aa
quatro partes do mundo. n. zx
Todos le lhe mofbaraõ feudataiios. Ibi.
Empenhafle, que os Príncipes leaõ pelos feus
livro?, n. S4
Seus fcquazes o delamparavaõ perluadiJos
da doutrina de S. Bento. n. 131
A dcyxaç;õ do mundo acrtditafie em ler ho-
locaufto, & naõ renuncia, n. i,-<J
Suas memorias mudáoem sgieftts os bésef-
pintuaes, quede fi iaõ fuavts. n. 198
Fugir do mundo com lembranças do mundo
n.iõhe virtude que apeifeyçoe OefpitUOj
r.um. 3f7
Fazem fuás memorias efquecer de todo o bemi
num. 358
N
N A Ç O E N S.
Communicsçâocom os Eftr.iPg yrosa-
morteceoamor natural, n. 173
Natureza.
Aquém naõ de bra a nfftciresa , n. õ o doma a
pertinácia, n. 104
Pela
A
das coufdá màys notáveis.
ttl? mefma ordem com qtTeorg.^iz i o corpo
^ humano, ie aeveorde:ur adiípofiçáo da
rcp. blica. n. 117 3í !eq.
Suaorgem , privilégios, & izençoé.-, num.
29* oc itq.
De Que íirva na republica, n. 294
O^ iKinéi a dividirão em três ClaíTes. n. 19?
Asiníignias , ck izençaés da nobreza rcficão
as pa>x é- do vulgo. n. 296
Oráculos.
O fabuloao de muytos p..rtceteve exiíleixia
na virtude de S. Bento. n. 194
Olucyi a.
Junto com a Romeyia f idVficá an bas , Sc
iaõ lymbolo da perfeyta amizadc.n^ci
Olhes.
Muytos h :més os tem na t;fta,outros 110 pei-
to, &í muytos nos hunbroi.n. 185
Ordem.
Que origem tiveraó as ínfigmas , que ineul- As republicas em naõ eftando comp-ltaspor
Cam. a nobreza, n. 207
Em lhe deriogandoos privilégios fenece de
todo. Ibi.
Os Romanos ti verão ; ck crearáo os varoés
mayselaros , porque íouberáo reipeytara
nobreza, n. 298
As izençoés com qie antiguamente foy vene-
rada. Ibi.
Amavor nobreza dos a^tigues conGftia em Os doEmperador Cam compcciáocomosquc
ordem não íaó permanentes, n. 1*4 âckq»
P
NOs palácios dos Príncipes peem o máo
cuftume atenda, para que os v^flallos
comprem, ck imitem, n. 41
ícr homem de folar. 11. 299
Na obediência aos Príncipes deve exceder ao»
populares, n. 597
Quanto mays promptos forem na obediência
maysròbres feincukão as pclTóas. num.
Eng.natlele imaginar , que mayor fortuna
heo mandar, que oob.-dícer. n. 599
Deve ler preterida nos lug<<re>. n. ópy
Novidades.
Pertuibáo as republicas, num. u
O
OBRAS.
AS neceííarias iaõ de menor eftima do que
asl bertas. n. 1,0
Ob diencia.
He o movei da felicidade dos íubditos. n. Ç9-1
Como devem obedecer o* Íubditos a leuslu-
periores. n. 59a
Sempre acompanhou com a valentia. n.ç9j
Nell.i fe examina a fedilidaJe , ck a nobreza
dos fubditos. num. 5 ?ç & 'eq. & Coi
Os nobres devem exceder nelL ao> popula-
res, num. 597
Con ertraa graça , & nella o domínio, num.
Ó04 ík úo$
Occio.
Tira á<; creauiras a lemclharça de Deos » a
que foraõ creados. n. 2",7
f-ic pcidi^áod'dlm3. n. 238 Si íeq.
Occup. çi és.
A<- do tiene naó «timiuni, ignorância. n,»c8
Salamáo fundou, n. 310
O dos Reys de Margalu tinha os apozentoa
guarnecidos de ouro. Ibi.
Ode Chirebene Rey do Egvpto tinha tão
largo o alicetTe , como a uiltaiicia dà altu-
ra. Ibi.
Panthcra.
Suas propriedades, ck a fígnificáo úciia;. n.i
Pátria.
Osquedcfamparaõ as pátrias por figiiem
aos invejoíos. n. 91 ík 92
OsexcíiTosque muytos fizeráo por augmen-
tarem, ck defenderem fuás pa:rias.i .143
Pays.
Algú; em o cerco de jerufalem matarão, t fi-
lhos, para os darem a comer aos loldados>
que defendião a Od.;de. n. 143
Deve efeolher para herdevro, ao- filhe: mavs
beneméritos , fem rdpevtarem a 1 ã idem
maysantigi.es. o. 534
Sendo illuftres cm hum ó filho devem efiabe-
lecerfua caza. n. 337
Hão fe de conformar com o genlo dos filhos,
num. 339
Paz.
Tem por Hicroglyphico o CadulTeo de Mer-
cúrio, num. 103
Peccadcres.
Quando pertin. zes no erro.pertende que Dcos
fecçnfÓTre com ljadifíduçaõ. n.<56
Para fe imircm com Deos he necelTario defu-
nircm-Ie com o mundo. n. 70
He o verdugo mays cruel curtia outro pec-
cador. n. 197
Ptlopecudo letran-formaõembruioi.r 221.
QCO 3, Pui;
47 $s Index
porque faõ inimigas dos Religiofos. n. 368
Sendo de todo corruptos , offendera-fc vendo
hú:i vonialitiadeno próximo, n. 378
Pcccado.
He onoiTo mayor verdgo. n. IC7
He como a carta de Onas. n. 4 ji
Pedras.
A que G;ges Rey dos Lidos trazia no anel,
que virtude tinha. n. 102
As de Manda voaõ Jc hum para outro mon-
te, num. 117
No tempo dos Romanos muytas fe viraõ
voar Ibi.
Aelhtua que eíhva retratada na pedra de
Minonib emudeceo n icendo Ch:iíto. Ibi,
A Aíi.iilTa naõ lança de fi fogo quandoafe-
rem. num. 139
O f igo que em li cem a péJra he a que alTegu-
raos tdiricios. Ibi.
A mays preciofa qu: Sulcaõ tinha em feutlie-
f uro , que validades tinte , fií a quem re-
preientava. n. 199
AideRrgité tornaraó-fe branda fera, aonde
S B.nc 1 deyxou emprella lua figura.ii.io5
O m.lmofuccedéo no fcgvptoa Chiillo bem
iuir> qu.ndo Menino : & em Nazarcth,
Precedência.
Naõ (eleva peL antiguidade do tempo, fènao
pelo exi.éiío da vircude. n. 70* 6c icq.
Preceyto.
Gomo lhe ha de obedecer o lubJito.
Vtde titul. Obediência, & titul.Viífíallrs.
Os que interpretáu os precey tos dos Prvladjs
l.iõ a roina das Religi és. n. cíio Si Cu
A íua guarda hw todo o poder dos iubduos.
num. 71
Prémios.
Haõ de fer contra pezados comos ferviçoSj8e
cahdades. n. 2,71 & 178
Dellnbuidos por 01 dé honraõ.Sc obrigaõ, c^C
lendo amõtoados pelo contrario. 11.51 y.; z6
O Pnncipeq naõ uza delles he ryranno.11.5io
Saõdefpertadores da viitude. n.yjoSi 531
Augrnentaõaos PrinCipeso leqnito. nj 531
Sao o remédio , que livra os vailallosde iodas
as irifirmidadcs. n. 533
Fazem naõ temer os perigos, n.^ç
Prelarmdos.
Caftigadosem Aragnes convertida em Ara«
nha. n. ço<5
E cm GaLntis transformada em Doninha»
num, 508
Príncipes.
qujndj o queriaõ lançar do pináculo abji- Muytos foraõ ambiciofos de terem fama,que
xo,òc a S. Uvo!f.ingo Mõje de S.Bento.Ib.
S Pedro.
Deícançou ern ° pé de Monte Caílmo , antes
q icentraífe em Roma : Si com que myt".
terio. num. 37
Appai ecéo a huns caminhantes , 8c o que lhe
diíle. Ibi.
Pena.
a naõ confeguir^õ: Sc porque? n. 3 & 4
Quaes foraõ os que le intronifaraõ nella , ÔC
porque ler viços? n. y. ufq. ad n. iz
O quanto aproveytou a muytos valerem-íe
do patrocínio de S. Bento , 8í de feus filhos
Santos. Ibi.
Para logey tarem aos eflranhos heneceffaria
pnmeyro terem fama no mundo. n. 18
Deve correfponder com a gravidade da cul- Com lua fama obrigaõ aos inimigos a fe ef-
pa. n. 499 Si feq.
Piedade.
A qne algú filhos uzarap cõ feus pays. n.491
Hcf. u£to da nobreza, n. 341.
Pertendentes.
Como requeriaõ antiguamente. n. <Sço Se 691
Plantas.
A di verfidade de muyta* acommodada a dif.
ferentesordé-. de fabios. 11.109 6c feq.
A Trinaria dellila pelas folh is , quanta umi-
dade receb; das faizcs.n. I69
S. Pbcido.
Cay em hum pego, & delle o livra S, Ama-
ro, num. 6a%
Recebe o Abico de S. Bento. n. 45-4
Portuguezes.
DeUes recebéo créditos a rama n. 8 & feq.
Há íoWado q excelia f« íiiio fiatin&la.nr 144
quectrem doi_>dio. Ibi»
Henectilario que repitaõ ás proezas , para
qiK tenha vigor a fanaa.n. 19 ÔC zo
Necf<fif3Õ de mayor fama para reconciliarem
inimigos , do que para render a necdlita*
dob. num.ii
Pertend^ndoetemizarfe na memoria dos bo->
mês naõ le ha de acconunodar com a imi-
tação de húa lo virtude, n. 23
Donde íeja n;ays útil fua adiítencia na cam-,
panba,ouna Corte, r. q$
Naõ di vem reconhecer por vaíTíllo?, aO< q-uô
d. videm os affcftos. n. Cá & 69
Ha de mitigar o rigor, contra o*, que (t(<S*
geytaõaocaftigo. n. 63
O cuvdado que devem ter,de prrhibif ?tYs sós
vaffallos o lei em por livros profano? , &í
hérec-ico3.n. 71 & feq.
A muy-
d<ts coufds mays notaVeit.
Imnytos pervertteOj a Hça5 dos livros ve-
dados. Ibi.
Muytos emendarão a vida pelas virtudes, que
icitõ em os livros, lbí.
Naó devem ler por livres cuja liç.jõ naõ feji
de utilidade ao governo. Ibi.
Naõ ló devem fugir , do que lhe prejudica á
virtude , íenaõ também do que lhe deslul-
tra a authoridade. n. 82
A doutrina que leguem em tuas obras , a cíTa
mtlma , & naó a outra imitaõ os valíal-
los. num. $4
Cem as novidades deftroem os Reynos. n.8$
0 modo com que l> ha de haver com os in-
1 gratos, n. £8 & feq.
Em lerem urbanos, com os que o; tem offen-
didos reallaó lua mageftade. n, 94
Sendo ingrato he taó abominável , que até o
Demónio íe delprez-a de ler autor de tal
culpa. n. 100
As experiências, deque utilidade lhe firvaõ.
num. 1 01 Si feq.
0 mefmo he favorecerem a hú; , que difgof-
taremaosmays. n. 102
Aos que Deos efcclhia para feus Príncipes
primeyro os fazia experimentar asafpete-
zas, do q lhes deíTe o Império, n. 107
Eni.r0v.if3 Ueos a léus Príncipes expertos no
1 «pertencente ao lugar, para q os elege. 11.108
Quanto lhe he necelíano , Sc ucilo conheci-
mento próprio, n. 1 11
A queefpelho fe devem compor, n. 114
Os que (e eíqueceraõ de mortaes,& do tempo
dos infuituniosforaõdelgraçados.n.i ió
Falta quem lhe recorde , o que faõ , & o que
1 tem de vir a fer. Ibi.
Quando no trono a que haõ de fer parecidos.
<» num. 123
Naõ eiiáa lua confervaçaõem conquiftar de
novo, jenaõ em reparar o heredado. n. 126
'A ordem, que deve guardar em a compoliçaõ
1 da republica, n. 124 & feq.
Primeyro devem compor a li nos curtumes,
do que entre a reformar a repubiica. n. 128
Oscvieforaõ tyranno=,& naó Pnncipes(con-
fiaraõ oeILbclicimentodefeus impérios,
da$ opreçóes, Sc naõ do amor. n.i:i.& leq.
O que muytos chegarão a obrar pelo amor
que tinhaó a léus valíallos. n. 139 & feq.
£m piílando os limites próprios arruinaò 01
Impérios, n. i<^ & leq.
Hum lónaó fòd: governar Reynos diftantes.
num. 164
■Intenta o rim de lua felicidade querendo rey-
1 nar l«m demarcação, n. ió$
475
Quanto ufurpaõ de deflnclo t?fifo padev-om
de damno. n. ic6 & feq.
As leys que promulgarem haõ de ter as pro-
priedades da luz. d. 176 & feq.
Haõ de guiar as leys pela luz da Regra de S,
Bento. n. 195- & leq.
O cuydado que devem ter , de que os vafial-
los fe incline ás artes libcraes.n. 228 ôí leq.
A liberalidade he cefmaite de lua purpura.
Haõ de conceder o beneficio a gofto ck á me-
dida de quem o recebe, n. 108 & (eq.
Naõ tem ebrigaçaõ de remediar a nc«.cllldade
do illnftre. que eftragou os bés com luper-
fluidades, &c vícios, n. 271
Em tudo ha de ter termo a manigFcencia dos
Príncipes, fomente a lua benignidade uaõ
ha de ter limite, n. 279
Os que lhe aíliftem naõ fe devem lembrar do
interelTe. n* :8o & feq.
Do cuydado que tem dosdomeltie-osfe-iifere,
o que poderá ter dos auzentes. n. »Ki
Da memoria que tem inferem os vallallos a
fortuna, que podem vir a ter. Ibi.
Não bafta para ler venerado laber iemente es
nomes dos lubdites. n. 282
O andar em fua memoria nem fc-mpre foy ori-
gem de felicidades, n. 283
He obrigado a confervar nos filhos dos illuf-
tres, a nobreza de leu$ payi. n. 300 312
O quanto deve eilimar a nobreza de ru Rey-
no. n. 292 & leq.
Ha de remunerar nos filhos os íerviços que
lhe fizeraó (eus pays. n. 300
Os males , que luccedcraõ aos que dcyxar..ã
a bé Catliolica. n. ;ie
DeípojilTede toda a mageftade oPiincipe qus
falta, ao que prometeo. n, 318
Para elhbelecercm o Império naõ haõ de fal-
tar a Dtos com o culto, nem aos honiéi cõ
a juftiça. n. 223
Não devem repartir o Império, n. 337
lYluytos ambiciosos do governo deraõ a mor«
te a feus parentes, n. 338
Nem lempi e a lccied.idc no Império foy ruí-
na da coroa. n. 337
Com a ambição de governarem fós crigina*
raõ irreparáveis dicenleés. n. 338
Vivaò inclinados à piedade, n. 341
A grande veneração 1.0111 que muytos trata*
raõ es Sacerdotes, n. 370 & 371
Perdem a fcberania em faltando ao> Saceido-
tescom o divido r«Ipeytt*. h. 373
Devem ler nuiytoad-ertidos nas quçixas.que
lhe fizer em dos Sacerdotes, n. 377
Por lua culpaj & ambitaó fe atmuou a rtfciu
Ooo 3 pia
47» ,. .
ma de muytas Religiões, num. 379
A muytos arruinou Deos os Impciios pelos
delprefos, com que tratavaõ os Rdigio-
fos. num. 581
Hepnmeyro de experimentar osfogeitosdo
que tenhaõ com clles amizade. n.4cz
Entre elles.òc os lubditos pòdeflcdai amiza-
de verdadeyra. 11. 413
Haõ de elcolher os legeytos pelo preftimo.St
naõ pelas valias, lbi.
As vii tudes que ha de ter o íogeyto , que foy
cicolhido p^ra leu Ayo. n. 431 & kq.
Muytos pelo bom ialinu que lhe deráo perde-
rão lua mà inclinação, n. 45"» & 472
Não ha de cornar a doutrina de muytos mcí-
tres. n. 4*3
Se lhe convém abraçar os inimigos reconci-
liados? n. 469 & Uq.
A CdUtelU c m que ie deve haver com elles,
num. 472
Com que remédios devem alTegurar osani-
mosreconciii-dos. n. 47? 3í íeq.
Govern.ò ma) s Com prémios, do que com
uiiigos. n. 510
Em naõ uzando das penas com os facinoro-
lus dinlcaõ leu credito, n. 511
Ecernizaõ-fe na igaaldadedos premios,& das
calligos. n. 51- &leq.
Que lei v.çcs devem pamear? n. 527
Suas palavras naõeur.õ as infinnidadesdos
vafkllos. n. Ç33 fií feq»
Em que diíferemdos tyrannos?n. 537 8í feq,
Os males que lhe nafeem da imrnodeiaçaõ
dos tributas, n. 339
0= lucros que tiraô lendo mcderados.n.340
He dilgraçado o que podendo viver livre to-
mo Rey , quer antes, por fuás infolencLs,
viver tcmerolo como tyranno. 11. 542
A ordem que devem guardar na unpoiiçaõ
dos tributos, n. ^43 & feq.
Coiditçaõ omuyto que os tributos avexaõ
- aos VulTallos. 572. & vide tirul. Tributos.
Com a brádura vente irrp» uiveis. 573 & f q.
0> mayoresmonarchas que ouveforaõdota-
lndex
da luxuria, num. 66-j Sc feq. s
Do (cu exemplo depende adcíoluçaõ deite
vicio. n. 649 & 650
A ília demência lhe ;.breas portas da fama,Ô£
da fortuna; n. 671 & 672
Os inimigos lhe apuraõ a nobreza, n. C75
Muytas vezes os inimigos asacieduaó maysj
que os amigos. 674. 075
Quanto fe exalta 5 nicUiando-íecrmpanKos
na nioitede (eus coutraiio;. n. 679 òt ieq.
Devem repai tir os effieios ccntòrme os picl-
timos , & calidades. n. 686 ôi feq. tk 700
Haõ deter lembrança doshomés lábios, £c
virtuolos de leu Reyno. n. 692
Provejaõ os lugares de inferior esfera, nosdp
menor ídaoej Sé a razaõ? n. 694
Pcder.
Quem pertende fenhorear o poder , primeyro
ha de dominar o amor. n. 1^4
Protectores.
De que Rtynos, Províncias , Sc Cidades , faq
os filhos de S.Bcnco. n. 30
Pontei.
Neftracio fez fez húi ponte de cera, n. 4
A de Polifanga era compofta de varias rigu-j
ras. num. 7
Províncias.
Parte de muytas que os filhos de S. Bento rc»
dufirac ao grémio da Igteja. n. 17 & feq.
R
REGRA.
A Que S. Bento deu em Sublaco, foy hurr4
principio,& refumo,da que dcfpoisdeu
& amplificou em Callino. n. 192
Na de S. Bento civeraõ exifteucia of^bulofo
de muytos Oráculos, n. 193
Ditou-ao Eípirito Santo. n. I19& 194
Foy a luz d..s mays Regras, que antecedente*
mente haviaôdadoos mays Patnauhaa,
num. 19;
Foy ley do amor divino. Ibi. & feq
dos de docilidade de animo. n. 5-78 & feq. Pl rque razaõ a de S. Bento lendo a mays fua-i
A q Ie arnlcaõ uzando de mnyto rigor. 11.581
A íiu brarjdura naó ha de fer froixid. õ. r>.j&
Comaaf.bihdade augmentaõo fequico.n.588
Como II, c devem obeJecer os valLllos. num.
59V&feq.
Efti mem os lubditos obedientes n. ç?8
Seu. preceyto, naq obrigaõ os fnbJitos quan-
do os arnica a perder as almas , fi quando
os expõem a perderem as vidas. n. <3oi
A vigilância , que devem ter contra o vicio
ve he para algús a mays onoroza. n. 198
Em que foy parecida apedra mays ptecioía
que tinhaóos ihefouros dcSultaõ. n. 199
Foy a deflruiçaõ do= vicios. n. 200
He o Sol aonde ferrelhante à Águia leexa»
minaõ o> Mcnjes. n. 3 48 & 3j6
Reforma.
Ha de fer kyta com prudência, n, 49
Religiió-
A de S. Bento qut urvic.es tem riyio á Igreja
de
âfá coufa map nòtaVeis. Aja
de Deos, Vide pnrte delles. n. 2.7 & ieq. ao Templo de Hercules, num. 349
Em hum íó molteyro deu ao Ceo, dentro de
poucos mezes , nove centos Santos Con.
feiTores. n. 3^5-
O quefuecede, aosque ir.ccntaõ viver neila
lendo mal procedidos, n. :$c;
He IoKh de bemaventurades. n. 3Ç0. & 271
O; fubditos mal precedidos nao logrão efia
emuuidade. n. $<;(>
Com todas foy magnifica na liberalidade.
Logo em feus exórdios foy creada para prin-
ccz.i. n. 37
A> veneração que lhe tiveraõ osSummos Pon-
tífice?. Ibi.
Parte cie fnas exceller.cias. Ibi.
A divcrlidadc de motivos porque muytos fe
recolhem ás Religiões, n. cç
A <ie Saõ Bento cm que moítrou parte de Tua
ex-,el!encia. n. 134 & 135-
He a joya do peyto com que fe orna a Igreji
de Deos. n. 135*
Na ordem, com queS. Bento a findou deu a
conhecer lua fingulandade. Ibi. Sc Ieq.
0a lua compoliçaõ molhou lua forcafèzíw
mim. 136
Todas as iagradas Religiões faõ fortalezas da
Igreja, n. 137
& de S. Benro difle a Vi-rgem Maria fora eri-
gida ícbieo incêndio de três fogos. n. 147
He columnadefogoporor.de infinitas almas
( fe encaminhaõ para o Ceo. n. ko
Nella teve principio a íórma da Religião.
num. ici
He pieduravel pelos alicelTes fobre que foy
erigida. Ibi
num. }ú*
O leu mayor brazaô he a multidão de Santos
que deu a Cco. n. 364
Naõ bafta fó para alcançar o Ceo viver na de
S. Bento. n. 3(17
Os inimigos da Religião de S. Bento que cul-
pa comecem, & com que caíVgos os emen-
da Decs. n. 386 & feq.
Peh ambição dos Príncipes perderão muytas
Religiões lua ebíervancia. n. 379
Prometeu Deos a S. Bento acabanaõ mal to-
dos os que períeguiíTcm a feus Moo>«: &
morreriaõbem osque lhe loirem affectoj.
num. y6Í Sc Ieq. n. 400
De que utilidade leja p<raos Catholicos oaf-
lociarem-le a ella. n. 414
Porque avafíallou a toda afoite de peííó:.s. Porque razão hadereíilhr a todos oscomba*
num. iy;
Sc as Religiões fenáo fundarão em amor, mal
fe pederia fopottar o grilhão da clauzura.
num, 152
NadeS. Bento chegou oeítado Religiafoa
lua iiltiun perfeyçaõ. n. ify
As Iagradas Religiões quando fe inftituiraó
foy neceílario Comprovar com os milagres
a lantidadc de léus inftitutcs: & agra por-
que não? n. IC9
A melmi lantidade com que foraõ fundadas
Uns . fiiíteagoia. Ibi.
A de S. Bento urdenou-a Deos para propuna-
culo contta léus inimigos , & detença de
léus . rkétuoto?. n. 160
Ntlla depotitou Deos 3o quebufeava na Al-
• ma Santa. o. :oi
Os lábios forão os léus primeyrosdtfer.fores.
num. :i8 & Ieq.
Foy qual tutro firmamento cituado no meyo
dasagoas. n. :ií
0 Etem o P..y prometeoa ?. Bento de aam-
parar até o hm do mundo. n. 317
Pcrque razão primitio D^usfcllc cão prece-
1 guida. 11.318
Foy fundada na melhor parte da terra, & fo-
bie o uicllu r dos elemento*, n, 347
Em que he lemtlhancc à Igrna Auicicníe , &
tesdo mundo. n« 310
Enncbreceo-a Deos com as preheininencias
do Templo de Salamáo. n. 311
Duplicou-lhe Deos os privilégios , pcrque fe
conformou com a nobrela de leu Patriar-
cl.a. n. 311
Porque he Decsodefsnlorde fua immunida-
de? Ibi.
Porque ha de exiftir até o fim do mundo,
num. 324 Sc Ieq.
Religiofos.
O feu mão procedimento indica acabarfeo
mundo. n. 384
Odamno quecaufa,o que com firgidoamor
bufçaa Religião, n. 1 5-7
O que bulca a Religião para defeanfo , que
damnoscauía a li propru ?n. 240SC 241
O occiofo com qualquer occnpaçáo le morti-
fica, n, 24Z
Eftes fnõ os que caufaõ as Religicés o mayor
detrimento, n. 245
O innusil tem por inclinação competir com
o benemérito, n. 243
Delteso leu merecimenio fac as v .".lhas. Ibi.
Naõ lhe aproveita a lantida de da R.hgiáo,
quando lhe ..llilUm, as memorias do mun-
do, n. 3^7 3<S
Cem quem doem jcomp.ii.har, n. Jâfi
Ainda
480 Index
Ainda que viva pouco reformado, riem por if- Mays poderofo , do que ellas he o amor dos
vaflallos. n. 1598c feq.
Romeyra.
Fructifica junta com a Oli veyra , & he fym-
bulo da amizade. 401 5c feq.
fo a religião perde a lua virtude, n. 370
Qual feja a razaõ por onde os mundano* lhe
querem mal. n. 580 fií íeq.
Aperfeyçoa-fe com as moleltias. n. 382
Com o máo trato que lhe deraõ algú> Prínci-
pes fenecerão feus impérios. Ibi.
Clauzuradoi Lgraõ toda a eftimaçaõ. n. 383
Republica.
He comparada ao mar. o. 543
Asfuasapetencias fatúfazem-fecom menos
fendo o Príncipe dócil. n. 579
Perturbn-íecom as novidades. n.Sj
Sem Príncipe que a governe brevemente fe
arruina, n. 97
Tem no$ monítros o retrato de fuás monftro-
ofiddei. n. 101 & feq.
Confervac-fe, quando todos vivem nos luga-
res conforme fuás esferas, n. J24 & feq.
Que coute feja. n. 127
Que ordem deve guardar o Príncipe em fua
compcfiçaó. Ibi.
E fazendo o contrario , que males lhe fuece-
deraõ. n. 1x9
Os lábios faõ as fuás forças, n. 203 & feq.
E a nobreza o leu reparo, n. 29^
Faltando com a veneração aos Sacerdotes fal-
tullic afortuna, n. 2S1
Reynos.
Parte dos muytos que 01 filhos de S. Bento re-
dufiraõ a Fé Catholica. n. 27 &C feq.
Nenhíia outra coufa os dtfende lenaõ o amor.
num. 139 & feq.
Antiguamente tantos eraó os ídolos tutela-
res, quantos os Reynos, & asnaçoés.n.icíj
Naõ podem muytos Reynos fer bem gover-
nades por húló monarcha. n. 161 õí feq.
A falta de fabios he a fua mina. 11. 224
Reys.
OsdeEfpanha efpiravaõ veftidos no Abito
de S. Bento, n, 35-1
Os de Portugal com fuás proezas efeureceraõ
a fama dos antigos Hei òes. n. 11
Governarão mays com brandura , que com
rigor, & por iflb tílimados dos vaffallos.
num. 578
Riquezas.
Não faõ tão poderolas como he a afabilida-
de, num. 5-73 & feq.
Confervaõ-le , com a lembrança do tempo da A fua pureza faz a Deos mays aceytos os fa-
mi feria. 11. 122
Não affeguraõ os Príncipes, n. 140
Sem o amor dos vallallos, naõ faõ de provey-
ro. Ibi.
Naõ avalfallaõ tudo. n. 143
SÁBIOS.
SAm o reparo , & arrimo das republicas,
num. 203 & feq.
Tem o feu retrato na diverfidade de muy tas
plantas, n. 107 & íeq.
Os Príncipes que lhe foraõ oppoftas reynaraõ
fem fortuna, n. 20G
Omuytoque feraõ eftimadosdos melhores
Monarchas. n. 207
Devem lerelcolbidos, antes que os oceupem
nos lugares, n. 208
Muytos perverterão as republicas, n. 209
Foraõ as pedras fobre que S. Bento affentovj
fua Religião, n. 218 & feq.
Todos leguem aos Sábios, n. 220
Fazem o efTeyto de Reys. n. 221
Quanto faõ os Sábios, tantas faõ as colum«
nas que fuftentaõ o Reyno, 224
Saõ a íaiide do mundo. 22y
Seus documentos faõ influencias benévolas,
num. Z27
Sacerdotes.
O refpeíto q lhe deve ter os Catholicos.n.3159
A veneração que tinha a gentilidade aos Sa-
cerdotes de feus falfos Deofes. Ibi. n. 370
O quanto lucraõ os Príncipes emosrefpey-
tarem. Ibi.
Os Príncipes verdadeyramente Catholicos de
que force os efiimaõ. n. 371
Duvidava hum Gentio haver no mundo quê
faltalie com o refpey to aos Sacerdotes doi
ídolos, n. 372
A que podçm fer comparados. Ibi. n. 374
Saõ os Pilotos da Ley Evangélica, n. 375
ToJaarazaó porque lhe faõ oppoftos os la-*
civos. n. 376 & 380 & 381
Ainda que hum leja mal procedido , nem por
iíTo o Sacerdócio he def\ctuolo. n. 378
A fua falta he ruma rotal dos peccadorc.n.jSi
Apcrfeyçoa-lecom as moleítu.-. n. ;tÍ2
crihcios.n. 3X4
O feu máo procedimento que a nuncia ao
mundo. Ibi.
Santo?.
Os da Ordem de Saõ Bento naõ fepcd:m
redu-
reduzir n numero certo. num. 3
Hum fó mofteyro de S. Bento deu ao Ceo no-
vecentos Santos Confellores. n. 35-5-
Satisfação.
A má íatiifjçaõ exalpera ao bemfeytor.n.59
Segredo,
He o mayor lucro dd amizade, n. 408
Serpentes.
Quantas laõ as efpecies de ferpentes tantos
laõ os géneros de herejes. n. 78
Dilí-reuCcs calidadesde íerpeiues. Ibi. & 87
Serviços.
A q-uaes devem premearos Príncipes, n. 5-27
A caiidade dos prémios deve corre/pondera
dos lerviços. n. $z<; Sc 516
das coufis mays notaVeU.
481
Ao de Diana EpWfina nau o abalavaõ es ter-
remotos, p. 310
Ao de Cyzin" arruinarão a; riquezas. Ibi.
Node Avernianaó viviáoas raolca,. n. :4c»
E no de Hercules nr-õ entravaõ cães. Ibi.
Teífeinunhos,
Sa5 o abono das eferituras. n. 8?
Terras.
As conqniRad.isfóra da demarcação do pró-
prio Revno , naó íaõde muyta utilidade.
num. 10 1 Sc íeq.
Traje.
Sendo perigrino á naçaó he difçreditc do
Reyno, n. 43 & íeq.
Tributos.
O principio que tiveraó para fe eternizarem a fua moderação , de que utilidade fava aos
Príncipes, n. J4&
E de que males o leu excéffo. n. 539
na memoria, n. 5
Succeflbs.
Saõ como as monfti 0-0 (idades, n. 1 2, 5i feq.
Solares.
Sua origem, & nobreza, n. 259
Sb!.
Infina aos Príncipes o remédio contra os in-
gratos, n. 88"^/.
Perde j grande parte de fua luz defpois, que
peccou Adaò. n. 379
Soldados.
Naó vencem fem crdem. n. 124
Como caftigava Alexandre aos quefalwvaõ
aos preceytosda milícia, n. 60
Solemnidades.
De quantas forão inventores os Monjes de 3.
Bento. n. 33 6c feq.
Súbdito;»
A promptidáo que devem ter na obediência a
Teus Prelados, n. 603 &c Íeq.
Sendo remiflbs na obediência que laõ pare-
cido:, n. 603
Hão de obedecer a olhos fechados, n. 6c6
Naó ha de examinar os atributos da peffoa
que manda, íenáo a voz do que reprclen-
ca. num. 6c8
A lua dilgi aça he dar acenfo ao que vem , &
não ao que ouvem. n. 609
Os queinteipretaõ ospreceytos do Prelado
faõ a total minadas Religiões, títoóii 612
O que naó obedece naó cre na authorisiade do
Prelado, n. 613
Sublaco.
Vide Cova.
T
A
TEMPLOS.
Ntiguamence os tr.unf.idcres pendura*
vaó nellesas armas dos vencidos, n. 5
Comparados á redes fií anzol. n. 543
Ha de íer impoflo na caiidade dos géneros, 8{
naó na ganância dos mercadores, n. J4C
O Ecdeliaftico he iztnto delles. n.546
Não fomente os macanicos devem contri-
buir para elles. n.547
IVluytos foi ão mays onorozos pelas inlolen-
ciasdos miniftrcs,do que pela cantidade da
contribuição, n. 5-48
Osmays ricos, & authorizados devem fer
os primeyros na fati<fdçao. n. 5-40 & 5-52
Deveffe reparar nafidilidade dos mililitros,
que os cobráo : & para que? n. 5- ço
Não haõ de fer mays , nem menos , do que .i
cantidade, de q neccífica o Príncipe, n, ç-çi
Em queoccafioés faõ os Ecclefi.ifr.iccs obri-
gados a pagallos.ç-s7
Em quanto os eftraigeyios poderem fatisfa-
zer o empenho , relerve os Príncipes a feus
vaffallos. n. $-$-4
Deve izentar aos neceffitados^ viuvas: n>$y?
Antiguamente paga vão- ledo que fobejavão
das rendas particulares. Ibi.
Oshomésde negocio como tem mays lucro,
devem ter mayor finta. n. ^<;6 & 571
Haó-fc de conformar com as poff-s , & eftads
de cada hum. n. 577
Para fua cõtribuiçáo devem efcolhírosPrin-
pes tempo conveniente} em que feja menos
eufloz 1 a fatitfáção. 11. <>S
Odmheyrodos tributos he tirado domar,
porque iCc.mpanhado de Iagrymas. n. ^59
Sendo para utilidade de todos he gloria dos
vafTallos. n. 76J
Ser.do impcilo cem jufiiça concordáo entre fi
os vallallos qual delles o p.gará primeyro,
num. 562
Ppp Não
48:
Index
Nán le devem p^gar do rendimento dasef-
mola*, n. 564
Sendo juftos , não he cyrannia uz»r de rigor
n.i fua execução, n. 566
Os fob;rbos, & vanglonolos devem pagar em
dobro. n. $"67
Em quanto chegar as fazendas dos facinoro.
los devem os Príncipes poupar a dos bem
procedidos, n. f 68
Os illuftres , porque íaó izencos de os paga-
rem? n. 570
Reparem lempre os Príncipes o quanto eftes
avexáo os povos. n. 572
Traydures.
Não Te vencem cem dadivas fenão com bran-
dura, n. 574
Figurados em Ame. n. ^07
Trono.
De que fe compõem o át S.Bento.n. 22 5c feq.
Tyranos.
Em que difTerem dos Príncipes. n.yj7 Sc feq.
Valha*
Fazem infolente, ao q de fi he piTilaneme.ti.5o
São os merecimentos dos inuces. n. 243
E vide titulo Aderi-ncias.
V.illidoi.
A razão que lhes sffiftc p^ra ferem deíenteref-
lados. ó. 180 & feq.
Com fe defpegar das conveniências abona fua
fidiiidade. n. 284
A ambiçáoarruiiiou a muytos. Ibi.
Em pedir inuyto defauthorizáo os Prínci-
pes, n. 286 & 288
Dofeu defentereffe fe conhece fua calidade.
n. 287 & feq.
Naõ devem os Príncipes fiar delles a efpedi-
çáo de muytos negócios, n. 686 & feq.
Vallimento,
Coino fe ha de uzar do valimento dos Prínci-
pes. 11. 280 & feq.
Valof.
O dos Pomiguezes authorizou a fama, P, 8
Do valor Lufitano não íe pode falar coma
decência que merece, n. o. 10 ÒC 12
VaíLlIos.
O progreíTo das vaííallos he produção do ex-
empla dos Príncipes, n. 37
Imitãoa doutnna, que os Príncipes guardao.
num. 84
Os excéiTos que muytos obrarão pelo amor
que tinháo a fuás pátrias, n. 14:. «44
Olucioque tiião os Príncipes premi.sr.do aos
benemeri tos, Sc punindo os culpados.t1.j22
Os feus achaques curáo-fecõ os prémios. 11.535
Aqueexcéilos chegão carregados dettibutos.
num. 539
Eque finezas obrão vende-fe aliviados delle.
num. 540
Comparados aos peyxes. n. 543
Pagando 10111 piomptidãoos cributos mof-
trão a nobreza de feu fangue. n. çíj
Não feconfervão, da mefma !órteqr:efecon-
quiftáo. n. 578
Indurecem-ie com o rigor. n. 580
He também neceíTano amalos para que ube-
deção. n, ypo
A fua obediência he o movei de fua felicida-
de, num. 591
Como devem uzar dos fentidos. n.ypa
Na obediência hão de leguir o tliilo dos ama-
res, n. 5-93
Sem os requifitos de fubditos faõ pedras fal-
fas. num. 594
Varas.
As com que S. Bento caftigou o Monje q vir-
tude tinhaó, & que f1gn1ncavao.11.yt3, 5-18
Vicios.
O inveterado he difficil na expulçáo. 11.52
Mudão os homés. a 45* & 452
Virtude.
He o fundamento da fama. n. 1. Sc feq.
He mays abonada conformandu-fe tom ex-
emplos antigos. 11. 57
Sem ella ningué he refpeytado,né timido.11.dt
Da eftimaçáo que delia fizeraõ os Romanos
emanou, crearem pcffóas inlignes, n.297
As virtudes faõ os elementos que íuítentão
húa republica, n. 667
Uni vei (idades.
Todos es Mofleyros de S. Bento o feraõ,3c os
filhos de S. Bento os primeyros que as fun-
darão, n. 16
S. Bento fundou em Roma a Vaticar.a , ck a
Lateranenfe. n.219
Reparaõ, & encaminh.iõ. íbt.
Saõ nuves que defpedem de íi multidão de ra-
yos. num. 221
Uniaõ.
Que cou fas unaõ os ânimos oppcftos } & rc
Conciliados, num. 471 & leq.
LAUS DEO
Vtrgmijue Matrt Tarcnli que (BenedtSlo.
V^MVBMHMMH
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