Skip to main content

Full text of "Trovas do Bandarra, natural da Villa de Trancoso; apuradas e impressas por ordem de um grande senhor de Porttgal, offerecidas aos verdadeiros Portuguezes devotos do encoberto"

See other formats


This is a digital copy of a book that was preserved for generations on library shelves before it was carefully scanned by Google as part of a project 
to make the world's books discoverable online. 

It has survived long enough for the copyright to expire and the book to enter the public domain. A public domain book is one that was never subject 
to copyright or whose legal copyright term has expired. Whether a book is in the public domain may vary country to country. Public domain books 
are our gateways to the past, representing a wealth of history, culture and knowledge that's often difficult to discover. 

Marks, notations and other marginalia present in the original volume will appear in this file - a reminder of this book's long journey from the 
publisher to a library and finally to you. 

Usage guidelines 

Google is proud to partner with libraries to digitize public domain materiais and make them widely accessible. Public domain books belong to the 
public and we are merely their custodians. Nevertheless, this work is expensive, so in order to keep providing this resource, we have taken steps to 
prevent abuse by commercial parties, including placing technical restrictions on automated querying. 

We also ask that you: 

+ Make non-commercial use of the files We designed Google Book Search for use by individuais, and we request that you use these files for 
personal, non-commercial purposes. 

+ Refrainfrom automated querying Do not send automated queries of any sort to Google's system: If you are conducting research on machine 
translation, optical character recognition or other áreas where access to a large amount of text is helpful, please contact us. We encourage the 
use of public domain materiais for these purposes and may be able to help. 

+ Maintain attribution The Google "watermark" you see on each file is essential for informing people about this project and helping them find 
additional materiais through Google Book Search. Please do not remove it. 

+ Keep it legal Whatever your use, remember that you are responsible for ensuring that what you are doing is legal. Do not assume that just 
because we believe a book is in the public domain for users in the United States, that the work is also in the public domain for users in other 
countries. Whether a book is still in copyright varies from country to country, and we can't offer guidance on whether any specific use of 
any specific book is allowed. Please do not assume that a book's appearance in Google Book Search means it can be used in any manner 
any where in the world. Copyright infringement liability can be quite severe. 

About Google Book Search 

Google's mission is to organize the world's Information and to make it universally accessible and useful. Google Book Search helps readers 
discover the world's books while helping authors and publishers reach new audiences. You can search through the full text of this book on the web 



at |http : //books . google . com/ 




Esta é uma cópia digital de um livro que foi preservado por gerações em prateleiras de bibliotecas até ser cuidadosamente digitalizado 
pelo Google, como parte de um projeto que visa disponibilizar livros do mundo todo na Internet. 

O livro sobreviveu tempo suficiente para que os direitos autorais expirassem e ele se tornasse então parte do domínio público. Um livro 
de domínio público é aquele que nunca esteve sujeito a direitos autorais ou cujos direitos autorais expiraram. A condição de domínio 
público de um livro pode variar de país para país. Os livros de domínio público são as nossas portas de acesso ao passado e representam 
uma grande riqueza histórica, cultural e de conhecimentos, normalmente difíceis de serem descobertos. 

As marcas, observações e outras notas nas margens do volume original aparecerão neste arquivo um reflexo da longa jornada pela qual 
o livro passou: do editor à biblioteca, e finalmente até você. 

Diretrizes de uso 

O Google se orgulha de realizar parcerias com bibliotecas para digitalizar materiais de domínio público e torná-los amplamente acessíveis. 
Os livros de domínio público pertencem ao público, e nós meramente os preservamos. No entanto, esse trabalho é dispendioso; sendo 
assim, para continuar a oferecer este recurso, formulamos algumas etapas visando evitar o abuso por partes comerciais, incluindo o 
estabelecimento de restrições técnicas nas consultas automatizadas. 

Pedimos que você: 

• Faça somente uso não comercial dos arquivos. 

A Pesquisa de Livros do Google foi projetada para o uso individual, e nós solicitamos que você use estes arquivos para fins 
pessoais e não comerciais. 

• Evite consultas automatizadas. 

Não envie consultas automatizadas de qualquer espécie ao sistema do Google. Se você estiver realizando pesquisas sobre tradução 
automática, reconhecimento ótico de caracteres ou outras áreas para as quais o acesso a uma grande quantidade de texto for útil, 
entre em contato conosco. Incentivamos o uso de materiais de domínio público para esses fins e talvez possamos ajudar. 

• Mantenha a atribuição. 

A "marca dágua" que você vê em cada um dos arquivos é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a 
encontrar outros materiais através da Pesquisa de Livros do Google. Não a remova. 

• Mantenha os padrões legais. 

Independentemente do que você usar, tenha em mente que é responsável por garantir que o que está fazendo esteja dentro da lei. 
Não presuma que, só porque acreditamos que um livro é de domínio público para os usuários dos Estados Unidos, a obra será de 
domínio público para usuários de outros países. A condição dos direitos autorais de um livro varia de país para país, e nós não 
podemos oferecer orientação sobre a permissão ou não de determinado uso de um livro em específico. Lembramos que o fato de 
o livro aparecer na Pesquisa de Livros do Google não significa que ele pode ser usado de qualquer maneira em qualquer lugar do 
mundo. As consequências pela violação de direitos autorais podem ser graves. 

Sobre a Pesquisa de Livros do Google 

A missão do Google é organizar as informações de todo o mundo e torná-las úteis e acessíveis. A Pesquisa de Livros do Google ajuda 
os leitores a descobrir livros do mundo todo ao mesmo tempo em que ajuda os autores e editores a alcançar novos públicos. Você pode 



pesquisar o texto integral deste livro na web, em http://books.google.coin/ 



LIVRARIA ACADÉMICA 
Q, -Qjjutdu doL &ÚJUL 



R. MérHrM da Llb«rd«d«, 10 
T«UM« 25988-POIITO 



LIVROS USADOS 
COMPRA E VENDE 



f*OPBRTY CF 




««17 



AKTES SCIENTIA VEKITAS 



1, 



^ 



/í 



f 



TROVAS 



DO 



BâiBâERá 

NATURAL DA 

VILLA OE TRANCOSO 



APVRA9A0 B OffraSSftAS 
POR •R9KIM »B VM GRA1I9B BBNHOR RB PRRTTGAJL 

OFFBEIGIDAS AOS VBRDADBinOS P0RTD0UBZI8 
;<:(.!llifnnl *' .•.MYOMft.iDO IRBOUBlb 

* "À qm se ajnntiiB mais algunàs aanea até ao jpreieoto impregsas. 



HORTO 

IMPBBN8A POPULAR DE J. L. DE SOUSA 

Bomjardiín 69 
1866 






i?í( 



oa 



Ad JAfllITAT! 

0803MART HQ «JJiV 



iiAiíiTTPO^ Ma iioiiK»» :iayiAif .1» ikj sia m^oho íio*i 

«asaoouTíiOT s^o.iiHaAnnjfv «oa sAíiiDaaaiio 

(NaaiaMii MDfMSttr;w nos lumuitos 
Deixa, qoe por leu fteí victorias cantem, 
Qoe de ^fttimto o Sol vé, Nepluno abarca 



Ai»..ií«:ícl ,.i i .••1(1 ;iAJTioi f^/ú-l/HMi 
Oit tuihiíiiuioH 

038! 



â^^fâ^llâl \ 



^ 



(^3- 3S%]aS< 



\ 



!:f»;] 



PROLOCO 






Nd presente EdicçSo hoave núicamente a tettçâo dé 
satisfazer aos desejos, é cuidadoso empenho dos que bus- 
c9o haver estas Profecias, e conservar d'ellas a todo custo 
Qtíi exemplar incorrupto. Isto procuramos com a maior di* 
ligencía, referindo-nos escrupulosamente, e com toda á 
poàtoah'dade á que se publicou em Nantes em o anno it 
16ii, por Guilietmo do Monnier, Impressor d' el dei; 6 
nSo se encontrará mudança, nem a menor alteração em 
accrescentamenlo, ou falta, porque tudo vai como nella 
eisiá^ por excepção de alguns poucos, e leves descuidou da 
ftopressâo, que pareceu acertado emendar. E em quanto ás 
inéditas, que ajuntamos no fim, por nos serem requeridas 
de alguns sujeitos, seguimos as melhores, e mais apuradas 
copias, de quantas buscámos com curiosidade, e pudemos 
descqbrir, preferindo sempre as mais antigas, e que con- 
servadas pela tradição continuada reputámos por mais fide- 
dignas^ além de nos serem communicadas por pessoas gra- 
ves, e de authoridade, que as guardão em vários livros de 
ctiriosrdades antigas. Todas aá que aqui vaõ temos por ver« 
dadeiras, e taõ suas, e merecedoras de estimação como as 
{faipressas; pois no tom, e fnaneira de enunciar as couzas, 

Íue revela, assim como na locução, e estylo em nada se 
IBerencáo delias. 

' Pelo due toca ao seu Âuthor, bena conhecido he o seu 
irome; assim como a bem mei^ecida reputação^ è credito 



-4- M 

3ae tem entre todos por estas suas mesmas Profecias tam 
ecaDtadas coroo cheias de mysterio, e verdadeiras; que 
nioguem ha que d^elie, e d ellas faça menção, semque seja 
fazendo lhes conciliar o grande rcspbito, e veneração, que 
se lhes deve. De sua xiçj^ nenliuçyLfouza aqui ha que di- fdj 

zer, pondendo se diz^2}uUa§{)>j^q}ie ninguém de (|uan- 1 

tos lem estes escriplos a ignora; a anda em muitos livros, 

3ue todos podem haver mui facilmente. Foi elle oNostra- 
amus dos Porluguezes, como antigas memorias nos certi- 
cão, no tempx) d*el Rei D. João o III de Portugal, e porven- 
tura ainda mais celebre por seus ditos, maravilhosos vati- 
cínios, e prognósticos, do que foi aquelle, e pelos mesmos 
annos na França; porque^ com particular distinção obte- 
ve este os comprimentos de Henrique II., e da Rainha Ca- 
tharína de Medicis, sua mulher, e de seus íilhos; as hon- 
ras, e estimações do duque de Sabóia Manoel Feliberto, e 
da Duqueza Margarida de França; e os prezentes de Car- 
los IX. mereceu o nosso os applausos de \xmsi Nação inteira 
ía^s{^i^ (Jje^grarídes como peq,ucnps, de il lustres^ e pjebêos, .- 

sabMi'5,' e indigne Los, e coíJLiíiuados por tamanho espaço» 
fjuanlt) vai clesdç quando viveu até nossos tempos, esero" 
pp o será, cni quanio o Mun Jo durai;, que tanto hadç vi- .j 

yerria itipUjona dos tíomens.\ ' . . - | 

^ Assim o senliu ííqucile mra engenho, eo mais acere- 
ijlhailo pre^aíior l P. António Vieira, consagrando, lhe par^ 
ticuíar íjflccto. c chegando a aííirm9r,.que era jnuigraii'- 
de« e iiLUi ainmiado Prof^^Ui. António de Souza de Macedo 
fez dellc particular menioníi por estas palavras na Lusitâ- 
nia Liherata a pag. 735. — vRe^pantein Lusitânia Joanne 
í'i/ aoiío Domiuj 1»^30. in nuluíioppido Trancoso decessit 
Vcejeber Gondiçíilus Afines Buadarra, qui decantatos,,á 
Ámullííi annis rclíquit versus dçJLiJsitanis evenlibus, quo- 
Vruni, gllra noslros, mcminil D. Joan,nesdeHoroscp, Cas- 
íílélanus ín iract. tle Vera, ^X Falsa Propbçt. çap. 24.» O 
íu^ar a ponta tio do h. João de Ho^rosco naõ he .docap, â4.., 
cònio ah es lá, luas do cap. t V. do liv. I., onde a pag. 38, 
diz assim,— ^Y dcsLa niânera luve yo noticia de un çapa- 
«leroen Porlti^^al, que fue Iciítdo por Profeta.» E na glosa 
ftiar^nnal accrcsicenia,— «Eslc oapatero de Portugal fue en 
fTranooso dícíio Binidarra, v avra esle ano de 88. qua- «41 

líVcnla y seis que mor io.*>— lilás he de advertir, que nem 
um, nem oulraacertpu no annoda morte de Bandarra, que, 
jÇ(piiforme escreveu Barbosa Machado na sua Bibljoth. Lu- 



( 
j 



sitana, foi depois de 1566. Saõ também dignos de ver se 
DOS elogios, que lhe tributa D. Nicolaõ Monteiro, Vox Tur- 
tur., o P. Vasconcetlos';no(^euadmiraveÍ!LryrodaRestau- 
raç. de Portu^^al, e ooitros,, qoe aponta o mesmo Barbozo. 
Resta antes de concluir mos. ema^radecimento fazer 
neste lugar honrada menraria de dous consumados varões, 
que muito contribuirão para gloria do nosso Author. Seja 
.^piimeiroD^ VascaLui^ da GaníKa;;V. conde âa 'Vidiguei- 
ra, ^eLMarquét de )Niza, a quem se deve aquella Bdieçâo 
de Nantes, e aella se diz somente ser por um g/ande ^Se- 
,Bhor de: Poriugpl; e verdadeiramente foi notado ^: miii 
iiobres^e excellentea qualidades,, por onde se faz credorde 
grandíssimos elogios. Occupou mui altos empregos, coAbb 
o de Almirante do Mar da índia. Deputado dá Jhnta dos 
Três Estados, e do Despacho das Juntas i)a Regeticia da 
Rainha D. Luiza, e de seus tílhos os Reis D. Aflbnso VI., 
e D. Pedro II. sendo Regente, Vedor da Fazenda dos ditcxs 
Reis, e £stribeiro Mor da Rainha D Maria Francisca Isa- 
bel de Sabóia. Foi commendador na Ordem de Ghristo, e 
^0 Conselho de Estado, e Guerra, e duas vezes Embarixá- 
odor a França por El Rei D. JoâoiIY.^ a primeira ^mi64it, 
e a segunda em 1646^ em que meíátrau discripção; prudên- 
cia e zelo do bem doreinío, a ullimamenleaRoma em obe- 
diência aos Papas Urbano Ylll , e ínnocencio X; Na Paz, 
• que se celebrou deste Reino com Castela em :166&. teve 
muita parte, sendo um dos. Plenipotenciários para ella elei- 
to^ em que se houve com muita circumspedeâo. j 

Q outro he D. Álvaro de Abranches d^ €améra, que 
>^ntes lhe havia mandado levantar novo sepulbhroieom seu 
epitáfio na igreja de S. Pedro da Villa deTraucoso, tras- 
<ladando seus ossos de outra baixa, e humildo, em que ja^ 
'2ia, e fazendo lhe in^^Gulpir por divisa na pedra osinstrt»- 
fffle^doSf do oBicio deçapatciro, que elle havia exereitadé. 
•:E$taigraJ¥Í^ honrd havia o mesmo Batídarraprofetizadona^ 
-Qqpdras SueO doiUI. Corpo da^ Tratas, SoUhoI. pofr^^tás 
-çdysteriQsas.ip.aUvraa:!.' :ú) !m">' / • '. : -'l ')!'p .í'-^)'';.» 

■■:u/. / - "' •:.':;{)'.;i')8.;)-. ^.^^ ;:■)!- .b ;;.:■: uU 

'..;; ) .,)iiir. Vejo, masinaoisèfcsevejo/r -.b o^po:) oíjíh.; ; 
-f;} . A : o certo bí,i;f|ueírôe cheiíia; / :^ u frulm ;! > 
.. ;0ur tíie veiniíoÉíaitàiBeiwi iliii} ')U{) uiIhhi 
,í:i:).! : ,,.• U«i.fâiándft^dí)í)feito Tffl«.,.íM .nJ /iiiJiiil/l 



— 61 — 

; Formas^ cabos, e sovelas. ^ ^ • , ni 

Lav-âdinhas coD^ primof \.]ii 
Mandareis abrir^ Seohor, 

Muitos folgarão de vé las. • >:: 

Ali ta5 somoDlo Itie chama, e assim. o dá a opnbiKiei', 
aUiQ Graifide do pè do Tejo;» e sem diivida^foi-«{Je bengos 
mai& ildiistres, e aecrediladoa Fidalgos! rdia £ortòiiiÓ tèu 
leoip^K (Bra ítlho de D. FraDciscoda Gaména CtotiftAo, 
Commendador de S. Joào da Castanheira dB' Ord^i^^de 
Ghriste e D. Guímar de Abranches; e neto pelafmnefípa- 
terna de Rui Goosalvos da Camcra, Capitão Doàatbrio 
da Ilha de S. Miguel, I. Conde de Villa Franca, e de D. 
Joanna de Blaesveit, da Casa dos Condes de Redondo^ 'e 
pela maí de D. João de Abranches de Almada, e de soa 
segunda mulher D. Antónia de Souza» A tamanha nobrésia 
uniu muitos merecimentos, adquiridos por seus servidos. 
Deve se a seu singular espirito, e valor a tiberdade da Pá- 
tria na gloriosa Acclamação d' el Rei D. João lY., sendo 
um daqueiles illustres Fidalgos, que para eila sobre ma- 
neira concorreu, arvorando a Bandeira da Cidade^ reco- 
brando o Castelio de Lisboa, e soltando alguns, que ati se 
acha vão prezos, com outras muitas acções de lealdade, e 
heróico desinteresse, que serão de exemplo á posteridade. 
Foi Commendador de S. João da Castanheira, Senhor dos 
Morgados de Abranches, e AIraadas, Conselheiro de Esta- 
do, Mestre de Campo General da Estremadura, e por doas 
vezes Gavertíador das Armas da Província da Beira. E por- 
que digamos tudo para seu completo elogio, foi casado 
com D. Maria de Lencastre, da Casa dos Barões, boje 
Marquezes de Alvito, e delia houve a D. Magdalena de 
Lencastre e Abranches, L Condessa de Valladares, mulher 
do Conde D. Mrguel Luiz de Menezes, e D. Guimar de' Len- 
castre, que foi mai de Tristão da Cunha de Ataíde, L Gt>d- 
de de Povolide, c de Nuno da Cunha de Ataíde, Inquisi- 
dor ^eral destes reinos, e Cardial da Santa Igreja de Roma 
do titulo de S. Anastácia, por quem se transmitiu o Se- 
gundo Corpo das Trovas inéditas, qoe agora damos. Delle 
se lembra o P. Nicoião da Maia na Relação daquella Accla- 
mação que publicou em 1641. Salgad. de Araújo, Success. 
Militar. Liv. IIL, eap. 30^ eseg., O Conde da Ericeira, 



— 7 — 

Portuç. Restaurad. P. I. dosLív. 2. 4 7. 8., Soaz. Hist., 
Genealog. da Casa Real, Liv. VIL cap. 1. Castro, Mapp. 
de Portugal, W IV. cap. 4. e outros. 

A honra de mandar levantar a Bandarra o sepulchro, 
queacínoa dizemos, e por que se lhe deve esta sua memo- 
ria, refere o mesmo Antooio de Souza de Maceda na so- 
bredita Lusitânia Liberal., e lugar apontado a pag. 736., 
e damos as suas mesmas palavras:— «^Anno 1641 D. Alva- 
«rus dè Abranches, provinciae Beirae Generalis, hujus virí 
«humilde sepulchrum inf)ortico Ecciesiae S. Petri dicti op- 
«pidi Trancoso, elevavil hoooriíice nobili epitaphio; et Rex 
apostea, capeila boni reditu ejus donavit nepotem;acme- 
crilo, nam si Nabuchodonosor, et Cyrus remunerarunt 
«Hieremiam, et Isaiam quod pro eis prophetaverint; et 
«magnus Alexander, in gratiam Danielis prophetisantes 
((victoriasejus, adoravit Jaddumsummum Po.uificem Oíe- 
arosolimae; à fortiori Chrisiíaníssimus Princopes Alexan- 
udro maior generosam gratificationem debebatostendere.» 



- Oc^(S)0^ 



,.J8ÍH .xuo?. ,.8 .r l- .k .vi.] 8011 J 'T .hív 'fii^ofl .moJio': 
.qqfiM ,oiJ?JC') .r .íjB-j .117 .7ÍJ Jf ''^ '.-n) ; I) .í^c!ií*)!s ií 

,oirio!iiqí)8 o mif;l'íiiill n u.ii íivmI -ij; ..iiíii.- ■ ^ . hun! y [I 

-Oíílfíiíi í\Uii í\i>.') tifjU 'jli' í ■'. 'iti'; •:(..■.; o .í.im .x'. »• .•>■:;'.);•;• 1^ 

,.Ofir .íiR(] r. ohii]íi(i(!íi -ff;, ii! ') .jf-, 'j •'.: . }; >(.\! ?;! = £.•' i! 
■,ívl/ .(1 !NM oíiíi /•■ — :<'«•/{.'' ; ;<r -; ri ^ ; í. :-. (::'0- f; 
iiiv fíijjurf ,hi'fn'H»'.- - 'j"ii';í.' .'J.:''n /< :-, .. ■ . im/j» /. ' .; ;;íjí- 
-qo jJoib i'iíf)*l .^- 'J. <•« ■>:>>( n-j ;<i(^;' iMni^i- ii!.*:-^ '«íj; ím;; ^ 
ZílH J9 ;'.>Íll{jrí'<jO LI('Oí! f>:'i'i=^ ' l' : V.',/- : (!' ^* !!:..7 !:;•, 

-9ín or» ;in9J.M;'H! Ji //.iiDi' ri';' . j,'!' :* .' ' • .|i;-i j.oJ;-:(. ■ , 

JiiUTtnoiíuíírj; <íiri/'^ .?" .k; mm^; <■ :.'. r !- iumi .i!;:.- 
J9 ;JniioviiJí)íiq<)'H; t'A) (•>: ' ■• • "* ..:, . .:. '.-í)]': 

•f):il ílifnil '. <:** HMiUMi í í'jr •'• ! J" !()..! yL'i;)í-r.."-, ■ > ■ 

-UBXOlA 801.;- 'Mil * f'.;m{ '.<<iiií.' í" .'!' ' "•'.o. /: vv.-no^o?. 






« QUEM L^R 



I .; Ppi (J^DçaleaoQes Bandarra (Beoçrolo UíMm*) un of- 

3çJ9l jijlç (iipateiro de calçadç^ de corréa, hoiçei^ de boa vi- 
a, o qiial vivea na antiga Vílla de.XraoiQoso, do Bispado 
da Goarda. Passou sempre pobremente, e sem mais cabe- 
dal, que a limitado de seu officio, que naquelles lugares 

( nfto costuma ser muito. Concorreu nos tempos do Rei D. 

; João o III. de Portugal. Af ^s Trovai, qne compoz no 

anno de llSIO pouco mais ou menos, forílo sempre tão re- 

i cebidas, e celebradas, que não necessitão de maiores abo- 

• paçiQ^s que ^ do tempo, qui^ tanip as aocredita. fi se tam- 

bém as taz muiio estimadas 4x offercfcé-tas se^ ,AuthQr ao 
liíu^trissimo Bispo da Guarda p. JojSp de Pórtpgal, <{àe 
Deos tem/ mm o devem ser 5oje assim pelos eGTeitos mos- 

* Esta Dedicatória a D. João de Portugal, Bispo da 
) Guarda he o doeu mento mais certo da morte de Bandarra 

succeder depDis do aDoo de lo£)6/ poraue só neste podia 
» ser feita, que foi o primeiro em quQ aquelle prelado foj pro* 

vido Qítquelta diocese, e confirmado peto Poolifice Paulo 
lV,,e ainda do anão seguinte he que tomou posse. Foi 
iDui exemplar por suas virtudes, como Ibe chama Bandar- 
' rá, Dão menos do que era muí distinto por sua nobreza co- 
roo ramo floretenle dos primeiros Condes de Vimioso. A 
heróica paciência, com que soffreu ser despojado da sua 
! dignidade Episcopt^l, e reclusç em u^ Costeiro, depois da 

^ infausta jornada do nosso À.ug^usti^simfi) Rei o Senhor D. 

Sebastião nosso S|^|)bor,/9rá em tódóp. f^empo sempre il- 
lustre o seu nome^çipuy^creditadfi^.au^ memoria. 



- 10- 

pr£cogQÍtnni. O libertador do qosso captiveiro, o remédio 
de nossos males, o descanço, de nossos trabalhos he o Rei 
Encuberlo, de qngll^JralaBaí^arra, e a quem tomou por 
assumpto, e por ofl^^ff^^llf sHA^"^^ nelles se vé, 
e particularmente "íTIsianciaiXASl.tlizendo: 



Este Rei tão excellente, 
De quem tomei min ha teima. 



Vai o mesmo que dizer: Desle Rei trato somente, delle 
escrevo, posto que as figuras, e acções sejam muitas, e 

áiíTereotes.. Q teimoso sempre poriia, e leijiia: 4$siiQ.Bàn- 




rilWIftigii^paW^ò^áèftlí:'*»"'' «c'^"b «« uovivlBup 



ifloinôidoq 9iqm^8 noíi86q .«bmuO fib 
?.o:i:::,i}\ /.oljonprn 9up .oiorflo uoh ob obBJimil r> onp Jfib 

-01 oúJ í)iqm9<i 01510I ,8onf3íii 00 aiínn oouoq i)»Gi ou onnB 
-odfi ^oioicm í)b oúJíííbojoíi oéo 9up ^aiibeid^lsj o ^HBbido^ 




^ G. O Hei novo híí cíicolhida, e elc^do. 4>-T^íMJÍFe-, ^fue 

è^^â hds Verses :csív;:TO^^m: ^t:iv,,Lv. lAxími; 




i3Uíí fib o()6Íoq<iíJ>^ vri uoiílo<i ')wp moj .BÍansíoiiq 

fib gioqyb ,oii'jré^oifi flWj.tí>?/}i:iíJH'iT.íitii!/5M^>'Jí'''q^ 'jbBbinj^ib 

.a 10du98 o íM^M?^^^ BbBíriO[B)HUBlíII 

" qin92 oq(í^j;(^,f -~ 
.BiíOiiioin^.ij^^^ 



li 9iqiíl92 oq#(rr\wCWoí^|fi'^na^^ <^^^^" 0BÍJfí6d9<Í 



-ti- 



gança sâo lQfftbt'(N(ii«MiU)'l«bíb^(t^^s|^MI^d«inflym 
D. Duarte, filho noao do Senhor Rei D. Manoel. Chama se 
alem disto D. João. Tem um irmão valeroso Capitão qual 
he o Senhor Infante D. Duarte, que Deus livre. A eleição, 
ou cçmmura inspiração, e acciamação (que tudo he o mes- 
mo conforme a direito) foi quando cerravão quarenta an- 
nos, pois foi Sabbado (e havia de ser Sabbado) dia sétimo, 
em que Deos descauçou da creaçâo do Universo, como em 
mysierio, e em signa 1, que nossas afflicções o cançarão, e 
que áàé^úéàià com o Rei, que naquelle dia nos deu pa- 
ra nosso descanço liberdade; pois o dia em que primeiro 
descançou foi, como se sabe Sabbado. Assim nos restituiu 
o nosso legitimo Rei Sabbado primeiro dia de Dezembro,' 

^ mez em que cerrou o aiino de 16i0. 

Conclue se logo com toda a certeza, e moral eviden- 
cia, que El Rei D. João o IV., nosso Senhor he oespara- 

. do, e tão desejado Rei Eacuberto, de quem Santo Isidoro 

fallou na era de 636., escrevendo muitas couzas futuras 
de Hespanha*, eRandarra tantas vezes repi ti u. Não ha 
mais esperar outro Encuberto; porque he cousa vã, e serea; 
e o mesmo Rei de Caslella chamou a El Rei, nosso Senhor 
Encuberto duas vezes, quando antes de ser Rei o mandou 
governar as armas de Portugal á Villa de Almada, em a 
Carta dizia fosse encuberto;. e pojs. os signaes, que delle se 
apontão de nenhuma maneira convém a El Rei D. Sebas- 



* Estas Profecias de Santo Isidoro, Arcebispo de Se- 
vilha, de que aqui falia, em que vaticinou ossuccessos de 
Castclla, podem ler se na Ressurreição de Portugal por 
Fernão Homem, que também foi impressa em Nantes pelo 
mesmo impressor Guillelmo doMonnier; eahi sedíz forão 
tiradas de um Livro, que se havia impresso em Valença no 
anno de 15âO., e que andavão nas lições de sua vida do 
Breviário Dominicano, e em outros. O anno de 636. .que 
também aqui se a ponta, foi o mosmo da morte deste San- 
to Prelado, mui esclarecido pelo zelo da Fe, e inteireza da 
disciplina Ecciesiastica. 



~ ít — 

tMbD» DiW l^)IUÂ iK^o 1^ foi Rei dboéleiçao 

£ffu^;de mçcessão, e qqe aasçeu Rei < porque não se cha^ 
p4v4 Jqiif», QiQin 1^0 outro irmão hoiu Capitão. Conheção 
((qgQ;todp^^8Mi Clarft verdade; e Tarâo toda a devida çsti- 
jj^^Spda^TfQVtts do celebrado BaDdarra, que iMlste par- 
l^qpijEir ja yè^QQia(i4^sempeabadas, e cumpridas. 



VALETE. 



<C5<®S^ — 









' ,. ' , '• 



:.,;,:. .AOS : ■ :- ...■ .,^:r:-: 
VERDIOEIROS POATUfillEltf 

'" ■ ' ' ' ' ::.' :-']' .íí:m ::■? 

ÕeyOTFOS nu SÉCOBKRVOi 



Divjda ho forçosa, Senhores, offerecer yw.o amor ia 
Pátria Qsta iosígae, e mysteriosa obra: por(]uese seu ^ai 
ihor f0ra vivo D'estQ yenlUinisQ tempo assim^ o fizer^a eiO; 
satisfação (Je tão dilatadas esperafvças. q^ por W9^is 4^ 
sessenta anno^ alealarão o animo daquelles. que o^m I^i^tí 
ta razãq, e ju^liça desejavâo, que a Rf[at C^roa de P^rtiv-, 
gaí tornasse a illustrai^ cabeça de Príncipe iiatural«^' 
verdadeiro. Tudo merece unia firme, ^ longa esp^rapça 
pois pão ha couza aue n^iais cu^te^ e atormente^ A^i0> «i 
affirina Estado no Livro i. /. 



....ffSpes anxía mentem 

lExlrahit, et longo consummit guaudia voto. 



Também se vos ofTerece nestas Troxas do Bandarra 
uma verdade cumprida para recompensa de vossos desejos 
continues, merecedores sempre de desempenhos grandes, 
quaes sâo as certas posses de esperanças continuas. Para 
sua maior estimação he precizamente necessário o conhe- 
cimento, e notieia do sazonado fructo que se possue, pro- 
cedido da flor do que se esperou: porque não ha amar sem 
conhecer diz o Príncipe da Pilosoíia: Níhil volitum, quio 



— 14 — 

trarem sua verdade como pelas roaodar imprimir am Prio- 
cípe Portuguez graode, e exceileote. Acção na verdade 
descobridora do fino amor de Rei, e do zelo do bem do rei- 
uo (que virem em seu nobrç. e hei peiLo) cujas principia- 
das glorias faz estampar, pámèue sejam notórias, e per- 
petuas. Estas canta o celebre Bandarra em seus grossei- 
ros, mas mysteríosos Versos, a quem o entendimento ap- 

zar particularmenTe em matérias, que pedem approvação 
do Supremo Tribunal. 

Grandes injurias tem feito o dilatado tempo de mais 
de cem^AUM%Í lY^asioiantitrf^.^ífi^^ as 

com a corrupção; outra accrescentando as; outra diminuin- 
do as. Para ficar só o grão, e deitar fora do taboleíro o 
joio, e a hervilhaca foi necessário (e não com pouca indus- 
tria, buscar as mais antigas copias, das quaes a de menor 
idade he de outenta annos, nas mãos de pessoas intelligen- 
tes, e fide-dignas, com as quaes se apurou esta, que sabe 
d^lulf;'«Ti§a^vái^^l^âs.ii1mtiierita^ttrtiJtidâR]f'd^Uf^lados 
déèfc*'Tr0^á«lltttdto$fis^iôía*oB,* e5tí#rtrp<'d«c tíòís^iíâõ hahríá' 

#rstí§tfuai<scad«^. é'ir«k(r1eâtdos^pb^á<i!tíbití^c^á^e^a^elârá^^ 
úSêióí^fí^n »6 í^hSAl' àátt»i\P inn 'gréfldb» my^férfô; iq^icr 
eálfc^hé yèi%ò'i;xMímp^aondtó diz.-^^O ^n nómèfte D;' 
J%âò^^tóacPtti^«õà^. -^«í^CUJ úOMíiéU de t) Joâój^rnás bs 
riSiift âair^á5^«»Vâ56 ifé^WÍha leira 1, (^dé pèimh Sér^^á 1etf&' 
P. QWí*4)e^íiííJ0»«ifbáfeo'J*etti,8ÍíJt^è tiéi!ér^^fibáTé§âé drfíé- 
rencas. . ' •• '''^'-' '•'' ' -'"-í «-íi'-:' 

VALE. 



(íi??. 1Gí'f»; Bfi oííi '»!'|'!f<j -'K-iM'- ; ' " '-li;, nbo.:! i;t) ol.ilrr, 
UiiJp ,íiiuJiloY liíir/1 •.v,:U)<olr\ n(. 'j(|i'iiii' i o \'l) iviHlno > 



- ôí - 



,oo9fÍnoo snp o oiídica oupiol 



* * ,8910/bI ob Bido fiJnuT 

' ii9iorifl0?i gOJiHÍÍI ílIOIliilol í*uU 






DEDICATÓRIA DO AUCTOR 

.0l>Rb98?B ofinil iílOO 0X()[) 

;olnoq nhRO b oi ííi^^jíi^^ 
,o)noo /fu»^ ohnoiíi osoL) 
Jl Dom João dè(Mirtii«a| Bi»ii«4«lJ«aai^d« 



IIIustrissiin«lieiBfck)(n':2!í5 insup^íl 
De viriudefataiitlperfeiW^o) ?s. ujI 
Vós deveis dièshwricito inv o^o\ 3 
De Iodas as leis dador. 

iIbíoIÍIo Vj-n líiodífiBl 
Deos vos d©aita«ite>ií«nn«\sov «A 
Que não semhâb^iiiínwssifiddeea^i 
Mais subido Picíiailebaf^b ortíiBji O 
De nobre Gente Pastor. 

Detenítóftei iteie»rp*ePi) om ""■ ' 
A minteli9íiíat«riaí!0'j ,lof\ e<\ ! 
Por ver Vc d«l8*nfeaflWP bíIIu^^íb A 
O que sahe.de a-3u cozer. 

Biir^oíí iníu 9 ri Bido fulivK 

.fiÍ9Tio'í oh í)d jííbiíi r fJíijnoM 

Que me qa^weiimeteiu^lB b 9^< 

Nesta obra,fil|«i»<«nMi'°^^"^ ^^^ 



— 16 — 

Porque saibão o que conheço, 
E quanto mais posso fazer. 



Sahirá de meu cozer 
Tanta obra de lavores, 
Que folguem muitos Senhores 
De a calçar, e tra«er. 



E quíÍQ elfreAetíér ']], 
Laços^cín^obrtr ^òsseif a| 
Quem tiver boa maneira 
Folgará muito de aver. 



Cozo com linho assedado, 
Encerado a cada ponto;' 
Cozo meudo sem conto, 
Qu(b assim tO qoer-atalçado. 



Se vier algum avizadcf 
Requerer algumasisolas^ 
Eu as corto sem bitolas, 
B logo vai sobresolado. 



Também sou official: 
k*s vezes cozo comi vira, 
E sei bem como se^ tica, 
O ganho do cabedal. 



Se vier algum zombar 
Fazer me qualquer pergunta, 
Dir lhe hei, como se ajunta ■: 
 agulha i»m o dedal. / 

Minha obra he mui segura 
Porque a roais he de correia, 
Se a alguém fiarecor feia;* < 
N9o entende de eostaf a. 



— 17 — 

Ea faço obra de dura, 
E não ando pela rama, 
Conheço bem a courama. 
Que convS á creatura. 

Sei medir, e sei talhar. 
Sempre que vos assim pareça: 
Tudo tenho na cabeça. 
Se o eu quizer usar. 

E quem o quizer grozar, 
O íne bem a minha obra, 
Achará, que inda me sobra 
Dous cabos pêra ajuntar. 

Sempre ando occupado 
Por fazer minha obra boa, 
Se eu vivera em Lisboa. 
Eu fora mais estimado. 

Contente sou, e pap;ado 
De lançar um so remendo, 
Indaque estem remoendo, 
Nâo me toquem no calçado. 



.^c^cS- — 






.■i;'.'r ■;{}■. ■;"'»íi ...'>,'?;;• í#ii;\(j 
ii!)ÍUjliO:^í» (>í Í'U .rrqííD^ 

n{'fV-r.!; O ii{)> oj tioJííí) ' 

.ohn'«iíi')'5 (»>. ííiíj -líívíífil '.íi 
,í)l!!iMo'i!'>'; ííiOJ-1'j 0!ipí;|>íji 






SENTE BANDARRA , 
AS MALDADES D)0 M DNVO 

I rARTICDIiMMBNTB 



I. ■"■■-:: 

f . . . l 

Como Das Âlcaçarias ; 

Andão os couros ás voltàs, '^ "'' * 
Assim vejo grandes revoltas 
Agora nas Clerezías. 

\ Porque usão def Siraonias '• , '' ^ 
E adorão os ditiheíroís, ' ' "'' "^ 
As Igrejas, pardieiros. 
Os corporaes por mais vias. 

' , ni. ■ • ■ -'\. 

O somagre com a cat 
Faz os couros ser motííçtts, ' 
Ah! quantos ha máos noviços 
Nessa Ordem Episeopal. 



IV. 

Porque vai de mal a mal 
Sem ordem úém regrtíiefc^' 



:)i>/ 



~ ÍO — 

Quebranlaõ o mandamento^ 
Cumprem o mais venial. 



.i Hv . - '; , :. Tl'-' '> 
Tambeni sou officiál 
Sei um pouco de cortiça 
OlSSir fèJD fâíer jUsJíça /. <^ J /. l; b ! 
k todo o mundo em geral. 

Que agora a cadaqual 

SeHÍ Ifitras fazem. Doúiores; r 

Vejo muitos julgadores. 

Que não sabem bem, nem mal. 

VIL 

Borzeguins pêra calçar 
Baõ de ser de cordbvàes. 
Notários, Tabaliàes _ „ , ,. . 

Tem o tenipeip. apanhar, ; '[■ ', 

VIIL 



y.Kíi /no- 



velos heis a porfiar 
Sobre um pobre seítil^ 
E rapar vos por um mil 
Se volos podem raparw 

/ IX. 

Também sei algo brunir 
Quaesquer laços de lavores: 
Bacharéis, Procuradores., 
Âhi vai o perseguir. 

; . X. ' ■ .' 

E quando lhe vão pedú 
Conselho os demandões. 
Como lhe fa|tâo tostões, 
Não os qiiijçrçn) maí$ ouvir. 



^ 



II. 



Há de ser bem assentada 
A obra dos chapins largos, 
5 -A^ljiíhaffem dos Fidalgos 
^or dinheiro he líòcàda. 



>Tíf> 



XII. 



Vejo tanta mislurada 
Sem haver fbçfequ^ man.de; , 
Como q.uereis,,(j|ié á curâ/anaq^. 
Se a feríjda ésli danada? :.; 



tlll. 



Tenho uma gentil sovela. 
Com qu|B ÇQZP mui direito: ,j^ ,. 
Se a mulher hão desse gérn^; .: 
Nâo olhariãÒ pêra élla, ". ,,]■.-. 



XIV. 



Em que seja uma donzella 
Nobre, casta e oradora ,^ ^ 

Ella he a cífiisadora, ".'.^/^ 

Do que^Qconlecer por ella, Z^, -, 

XV. ' 

Sei também mui bem cozer 
Uns borzeguins Cordovezesi,;.,. , 
Todos os trajos Fráncôzés;- ";y^ 
Quemquer q^^.^uer ja If^i^^r ,. / 

Os que não lelií que comer 
Fazem trajps.mui prezados, ^ , 
Ficâo pobKèVipzaradoí; , '•;'. ; ' 
Por otítr5j^ etíril^uecer. ' .; , 

.;M)'h.. — ui^ — 'A^. 



SQNWO PRIMEIRO 
Que lliice a moilo Pastoril 



V^ti, Vejo, direi, vejo, 
Agora q^e estou spnbatido. 
Semente d' él lKei Perbando 
Frazer um graade despejo. 

XVIU, 

E se^iiír com grão desejo, 
E deixar a sua vinha, 
E dizer esta casa he minha 
Agora que cá me vejo. 

XIX. 

A cerca dos 6reciano§ \ 
Corre la hão os Latinos, 
Serão contrários os signos 
A todos os Arrianos> 

XX. 

Tam1)em os Venezianos 
Com as riquezas que tem, 
Virá o^ei de Salem 
Julga los ha por mundanos. 

XXI. 

Ja os lobos são ajuntados 
Dalcatea na montanha, 
Os gados tem degolados, 
E muitos alobegado8« 
Fazendo grande facianha. 



r 



XXII. 
.*ii<»ffi -*!Ol^.ft^£ 

O Pastor mor se assanha: 
Ja ajunta áeinv>X9Jheiros, 
E esperta sua companha 
Com n)BÍtoíf(»KV>,.^lftíKíbfi')iii)/ 
Conoánáii09o|le^iif^^<^k') Miipiu'} 

Depois ja dqnpqrgebidos, 
E as montanhas salteadas 
Por homtvs m\iÂ¥>AÂi^^^ii\ í)\\ 
B pastpr»9&mgir^(>l^4WK) o^Y: 
Que s9Íí»mi9í9itA%^%^?.<\ kxí A 

Armnrllheiháioi nn^^m^^^^ikí^ 

Aulbiftálnast jííPUíldíis^: oAíi ouij 
E M»l«aií|«|s f9;P!QiJQa<ji9^f: t (n»T 

t 

VlGUR4#JPO S09IH0 

íhXXV/. o 0^ 9](iu[A 

^ . ;;./. r.j íjhlOV .0)80(1 iijpA 

'Virá o (jinàÁWã&m^yAiíiiW A 
Que se ergueráiipmieír^iio j L'i 
E fb^r^odtafítangefloc^ul 'j^ 19/ 
E Pedao bom bailador, 
E João booMittUTeíro. 

.IXSSVI. 

E depoii^oÉ«iíB0ir^M«QÍr«ioboT 
E RjQidoâonqfl6ie9t|l»eoiai) )r// oH 
E o QobtKâ)p98tor:&aroiaio: ki ' 
E AnAracmniov^erdadeirot miu i 
Entrara&còoi ftb^ia4i.í!M/o oU 



.HXX 
Pastor mor. 

:íii!íi(iHíi; ■■:>. !()•! •;.'(l^r,'i O 
•^":''"'íeX'VH';"^ ,;,i;,ir, r.í. 

Aqueltó «t^eca, que be^ra^ : 
Porque estáasssím berra«do? > 

'^'■■•' ' li'. -í...^. .':•■,.! >>: ■■' 

He pôrttaéi desée dâ ^rrtv ' ' 
Nao odfrfíièiéè bíiniia terrai i 
E por isso^e^fft brasmanebir' -' 

Eslif he a Vacca, Fernando, 
Hai dé grão touro fuscado, 
Que não sea<;ha neste bando. 
Tem raz&x) de esfa^r berrafádo; 
Que nãosabe onde be (angario. 

Pastor mor. 

Ajnnte se o vaccum 
Aqui neste verde prado, 
E tambenr^iovelhafliv •• ' 
E^onte)i)i'^ea eadaumy "' 
Ver se ha t^uem falta gado. 

-''"'Fediroé: : 

XXXI. 

Todo }tf «aMk9 ccifaUNtov 
Do vaccom achamos ménòscr 
Um touro esmadrígada, < n 
E um fttficò, que era rozado; 
Do ovelhum nada sabemos^ • 



— ;)|6 — 

!!/ZZZ 
Fastor mor. 

()úníi'^,:i\ii?. ;}f{ anu obuT 

í- íJiiíjíií }í 

Oh! que dor do coração! 
Oh! que d()p>I.O^!:XfjHe pezarf 
Oh! que grão Iribuíação! 

ArredQWO^ja paixIiS, ! cUt,, „i j í 
Pois se nào ppife; pflfbr^r,;, ^[^ ,,1 

Sens íilbos devemos criar, 
Os quaes mui ^em guardaremos, 
Ficarão em seu lugar, 
Tudo.lhe havemos de^df iq 1 * 
PelOfMm» que Ibe 4u^ég)à|^.iV 

Por honra de lai memoria 
Não haja aqui mais tristura, 
Antes xâMafteioos çpm ,g(QrÍ4«i.(!Á 
Que fique semprQeui,ip(^|^9fia< 
ApprovaDdo a, Escriptura. > . . 

Pois se cumpr&a figura, 
E nós outros bem o vemos: 
Pois que ja tudo se ap^^rfi^pj; . 
Ao Senhor da altpra ;^ ^ ^ . ,n!) 
Com prazer mil; gr^^^^leflwif.:^ 

Tanja se a frap la maior. 
Ajunta se lodo o rebanho, 
E eu como vosso >Faslors> ,0 />U 
Com mníi grão SfOhra de m^r^ 
Vamos parlif Q;ganljPM ohoj í> 



— 8tá — .'7 

.HXZ 
Pastar mor. 

:í.:Uh;?.?.íí 't-. io.-i "oIíír'! o 

Aqueltóít^eca, que bê^ra> ' . ' j 

Porque está^âssBiOY bervando? >^ , 

He pórdtiéj desce 'dâ serrtv ? ' 
Nao odtfhèicèb^w ia terra;' <í 
Eporisso^eàffâ^^braÉmaftdte^ > / 

'XXIX. 

Estíriíé rvácca, Fernando, < 

Hai dé grSo touro fuscado, •■■•' 

Que Dão se acha neste baodo^ 

Tem razfio de esfa^r^QferftfAdo; ^ 

Que nfio^sabe onde be bn^ario. • 

Pastor mor. 

Ajunte se o véccum 
Aqui neste verde prado, 
E tambem^taiOTelhon, \v * 
E^onte^uíísea cadffumy - "^ 
Ver se hat^uem falta gado. 

•'•"PeAra* . ' 

XXXI. 

Todojtf «aMk9ccíhUNk>^ n^. . 

Do vaccam ^achamos mènóic ^ 

Um touro esfnadrígadoi,< í! • 
E um ftt%eò, que era rozado; 
Do ovelbum nada sabemos^ ; 



ll/ÁÁZ 
Pastor mor. 

Oh! que dor do coração! 
Oh! que dof;jjOb!.q^e pezarf 
Oh! aue grão tribulação! ' 
ArredftWA^j^.paixíijij,. i o!,.- nvr^ 
Pois se Dão po4!^. pflí{)r3r:, .^jL mT 

'XXXIII. M '.. r •■">]/. 

Seus filhos devemos criar, 
Os qoaes mui )>Qin' guardaremos, 
Ficarão em seu lugar, 
Tudo.lhe havemos de 4ar : > i " 
Pelo/t^m, que lhe qm^rèmoi^., ,. 

Por honra de (ai memoria 
Não haja aqui mais tristura, 
Antes ediíítemos çqqi ,g(orii|,|.(,/. 
Que fique sempre em mefi^fia : 
Approvaodo a, ^scriplura^ l.,-- ' 



XXXV. 



Pois se cumprca figura, 
E nós outros bem o vemos: 

Pois qaej« ludose a[]^9r'ji„pv - 
Ao Senhor da aUpra >» ^ . ,n,, 
Com prazer mil gr^a^deffy^if-: 

XXX VL .O! ííiii '. i' 

Tanja se a frapta maior. 
Ajunta se todo o rebanho, 
E eu como vosso .Pastor,. •.^ iJi 
Com iB«iiigrão.£K)hrdde:a.i90f},>f 
Vamos partif Q gant^pi» uí„j ^ .. 



i 



Todos oSefpoftt§d(í3,rfjiifg.,,i,,,. .^ 

Edos.i(it|8ftn^M!>^*>v).;..ii|. 
De mim ja vos nao lembrais? 

7 1 í • 
/Pastor mor 

Ainda fi/ça m?íi|5, e. nm.s,; -,., ;.. ; 



. W.W^W çj^^^J, ^-.^-~|- y-^,, ,. .,j., . 

Fição terras de chão taes 
Os valles, e pi^Eoaes, 
Tudo vos dou, Ródoão. 

.'>í;'Jí; .' :líi'; U -.: . ■; -r- i>(" 

Também íicãQ.uA\as![ade(raíç,, . 
De heri![fís-mui.sabqr|aas,,;', !jj , 
Donde sàhem umas ribeiras, 
Que regão muitas lameiras 
Com aguas esclarecidas. 

A quellâs. ^er^^S) erguida^^ • 
Onde está ^.fto.bre,.m9u,taqjia^ J 
Pois por nós forâo havidas, 
E ategora perjlid^s, 
Fiquem a toaàá companha. 

,li.'.ísi_:'l> ')h f»(l -M^-í 
. .M >•'■ ■) I •':!{) 'tlíl:j il ♦ J 

A queile vallo de;4leni ; / ,, - 
He o vallet4e priínPÇf, ',-, . , • 
He o valledé Salem, 



U — ÍIB — 

Onde acho que muitos tero 
Grande virludepé#llor. 

Ja malarafOJO f ^S^ííjPastó»; ^ <'« '^ :; 
Por iDYejtf>6::iiíaíflrâoííí'li' >j oi((fíiiíí 
Porque eríâ'febtíPK'gífíffdáMloH,í'l)Kíl .^1 
Das ovelhas bom creador; 
Por cobiça*«4i'jabarfier 

Veraàndo 

Os bailos s$o acabfliioév >:o :? íí "M 
► Senhor, vamos a'!}*tttiir< » ^' "M ^)/. 

Que dos traba<**o»}p«ááadiliír/ii> ^0 
Muitos ha aqui desmaiados, 
^ Que convém de .iíét>òuzar. 

'j.»ii:; ;:!') -.'.] : •; -.•.)!!*J!ip nA 

Se algoUiiííi|iiièneis darv i> •>'! / '^^ 
Sobre meza lhf€fidairíÈin©bv'^ ^.ííM!Í/n«» 
Onde bera<pòd«ííinaàdar, * i» 'mí : 
E o seu gado bien^ípastaiv- -tMini: 
Que assim por bem b tiemosl>n x< '! 
Cahe no baibde Joà». • <',".>J 

Também la naqueila altura 
Está um lobo huivando, 
E no meio da «esp^essaf a • ^:' ^nouO 
"^ Um bufo SÉlàbtÈÍãúáúy ■ ' on l i 

E um mocho iesiáo^ntaoéflif >'■ 
E Andrci09tá:s60tindo: >:1) .^ííi)^ > '* 
Não bailaY)(OMÉoi FeriiMMk)i*v^Hi tnlA 



— li! — 



ãoà0 

im. .^ 

Também Pedro, por quem procuro^ 
He um barão singular, 
Que DO claira^ 6 Qo> escuro >: 
Sempre bailoiimui seguro^ 
EhadeiÍ6lMr;!$eiaihedàr? > 

Pastormor 
t 

L¥ltt. 

Pois va o elle cere^n, 

K far lhe hão graodes damnos; 

Mo hemos aj>odait, • 

Até poder sugeiiac 

Os cavalldft Maxíaoiios. ; 

Ao redor da grão.4cabaQa 
Na quelles montes erguidos. 
No valle quQ^sie 4k Q^bíí,: a. 
Ouvimos esta seiMua; 
Lobos que andão fu^idqs^. 
Dando graad^a (ilAnMoa, ^ . 
Fazenda 'grande agonia;, 
Muitos moriojiv e'f^idosiii {) • 
E outros andão perdidos. 
Cabem no bailo de Garcia. 

Pastor Mor 

Quem metOiaojASilramgeipo 
Cá no meu neiveasâenitoi, -; 
Pois o diefeodii primeiro,: :):í 
Poisque do mftU! veMiineDt0> 
Lhe peza(iiMii(poH ioittkofi ! i 1 • : 



UOLí 

EiD que vos hflfflrfTdBdkhv, iiifxrio ! 
E de iniiQisófis^anojadeS'; i yM\í\'.V. 

LXII. 

í^r- --? 

He porque te hei requerido, 

Mil vezes comroleiHdo, 

E lu sempre desmandado: 

E porque le^tbs- abraçado "[' i < ^ ' 

Com os ii»96(€OiiíifteiiidorQ9^ '''^^^w^^^ 

Ecora elle»^flltírt#.<' í :)' ';í nr.in'! 

Não mereees<teriho#iado^)< !>^o!{i/ 
Com estes iKOÍM!e8>i^«âtoredi'»^' ^('^^ 

''"'ERIlív' ''''■ '4. ''''■''' '*'"^ 

Tu iílèí'hífs^á*|(PíreirtfP " i «"- íhí»:) 
(lontra os meus ovelheirõs, 
Abraçado com Baftí^i 
Mui descrido, e cruel, 
Contra os miâuí -pé^teirof^. > "-^^ '«^i 
Minhas ovelhtts!, éáWelíflá^ •■ «^:<'^ ^ 
Naõ lhe línhrts feàlldaM^r- • ^'^" '"* 
Degolavas líiííti&febi^dèifos;''' ^í>«» '^ 
Derrubavas Brttíi«'Íôhí!qitfÉfíf*éteíol'^^T 
Negavas rae^*!VeVdkl'«:«''''' <'^ "i'>-> 

TlílVi!.'!! Oíio! ílIUiiílí)/. 

I vos. Pastor, mui embora, 
Grande mercê nos fareis, 
Que vos vades íõgò essa hora, 
E depois que Tordes fóra^ 
Alguma razão tereis. 



LX»J . 

Poraqui !vnds!sahílte»v! '^o; ^ j :í » 
Mentes o Pheloitidávolta^nKi Mh .! 
Que depois não podereis, 
E quíçais ttMgi»eterei&r 
Nalguma grande revolta; 
ir/J 
Vernando 

'"' _:lxvi/.:- ••■■-•'■ í 

Nâo te quetra$.;mai&deterv 10 • ^ 
Busca ÍQg#6i>9 harmoBÍas,; ><. <> 
Poronde tomes alegrias;^ ^> 
Antesque.hajjw^, de volver.! :; 
Oh! Seqh(^r» |«iraei pisazer^ :^ : ; ' 
Que o grão Porco selvagem 
Se vem já de sqiiií querer, 
Meter em vosso poder 
Com seus porlo3, se passagem» n T 

LXVH.r .:r.''i(:/ 

Em os campos de Trppé . > i.^ 
Vossa frauda tangêreis, ^ / 

E nos campos de Godofcéi * ih / 
E nas terraç de Thome. ^ . . .< 
Todo34iQllas J>»ilareiSi i 

Com OS filhpSi40lllJi$seí > .' 7,;_ -/ 
Que gostâo nosso tanger. 
Nenhum porco roncará, 
Nenhum lobo huivará 
Senão por vossor qM^rer. 

> ■' ;.• .1.' : •• 5 > !l MiUiiris ) 






— »» — 






Forte nome he Portugal, 
Um nome lièiejíètMeBWi) i-H '>";' 
He Reèiércab*içoeiil«pj .-i-iiu-iu 
Sobre tod«fritóp»b. ; ')•• • 'I '"f 
Naõ.a»Moh(|i>o9eoiigo«i"» '.1. «Mi 
Rei de laèJwweoimrtteot m, .n ■/ 

Naõ seactaní<egntt'««>M>»';.""",* T 
Do PowtoaoOn^lWi > n; ^oH' i 

LXIX. • 

•■./-. • 
Portugal he nome inteiro, 
Nome áfkUMi», se auewMo ....•..•; 
Os outros R«níô8.innlb6«e»,oi.:iU 
Como ferroíemaMiro;!.;!'!. '■■njw, 
E senío olhaçriroeifOi .i. ./iAom 
PortuaaAiWma fcontoinâ.t 'ii,., ^. > 
Todos mudão* wrelrai M-' o m» 
Com medo do sto^hn».»' "«« .^ 

LXX. 

• ( 

' ■••'•'. 

Portugal tem a bandeira 

Coro ciBodQiiitkhs>ffl«'tail»op.Mm...> 

E segundo y^o^i«^ctm\^^ "■>> '"'Y 
Este he a cabecwr^i»' r» r.i->"í;>'-'' 
E porá«i» »»»*>»''«'; ^ol; i;';^'' '"• 
Que era CalateioilhBifotdid».*-.') A 
E será Rei de m«BBdit«in..) ^.oi.-.i 
Que vem de l«àga«aÉiiei*i;"-'' ^ 

LXXI. 

Este Rei tem tal nobrraa, 
Qual eu nuncasnipiB BéioHo I " f^ 
Este guarda bem a lei -oiriln mW 
Da iustig»>iBidaJBnMide«ubio)B lO. 
Senhorea Suaoátt»a)i) obw miriiT 



DoMar?èHfHií«ftaf.'''«'" 

cffi:' 

.ír.^^unoM ;»íl '» i\ií\ ol'- '■ 
Este Rei titíosidèiàleniéj '^moci (fi J 
De quem tomtâiiMinèáíiieiiia^H dfí 
Naõ he de caál^i6M«ím!ftjiuj muIo^. 
Mas de ReitepiiiiDtt^oer páVÊiÉê.(u7i 
Vem de inotialiaimaisditéHí ob io/i 
De lodoStqm^oiogsladDÉvj^ o^ õr/ 
Todos Reis jJe)pníníè9)grallaB)'i o(l 
De levao^e ate ao Poente. 

• ./IX.I 
LXXIII. 

Serão osReiGjcoBCMi^entea^vS no/ 
Quatro^MrSdjieiQaõímáis^' IMO ^.0 
Todos qoatroiprificifttesn ?! oííioI: 
Do Levante aoiBoénljeiiílio oíifio;*. :*. 
OsootroS(ReíitfimBÍ cant0Dlli$fn}<c'l 
De o verem Iinpe9ad«^>hinn <^oi)u ! 
E havido. fíODlSenharo!- obotii rnol) 
Naõ por dadivas, nem presentes. 
.X/.f 
LXXIY. 
r.ij'.>l>fif;{í i; iíi'»l Iij;íUÍ-io4 

CommQodadofes^iPfiel^dQSc^Mo uioO 
Que as IgrBJsi'JC9qQ[efis< oli\\r2/j< r^f 
Traçareis, e volvéie»} ;•> r. oíI oj^í.E 
Por honra dos J;nès Estados^; lo; :i 
E os (dhifesetâo! laxados;: • ;íi'> '«(.'O 
Todos contrikèiri»! ^ i ii iVií) ; ! 
E haveíÉigiâexoi|Aftáãd) r 19/ f tiO 
Em toda a sorte de estados. 
ÀXU 
LXXV. 

Ja LeãoiW expèrto-uiuíi m Ir^vi. 

Mui alerto, iv! 1; (í!';(i ijlnr: ': rl-Jl 

Ja acbrdottpimda^cakniDhoi tn k({ 
Tirará cedodointMlOi.i r: i' i< (in^r^ 



o porco, e |ie moi oéno. 
Fugirá |iiàf ao deserto, 
Do Leão, e seu bramido. 
Demostra que vai ferido 
Desse bom Rei Encubertç. 

iixyi. 

Uma porta se abrirá 
N'um dos Reinos Africanos, 
Contraria aos Arriáfios, 
Que nunca se cerrará. 
A vacca receberá 
A nova gefite que vem, 
I Com p>niztír de tanto bem ' ' * 
Seu leite derratfrárá. 

LXXVII. 

A lua darágrao baixa, 
,,' Segundo o que se vé nella, 
'£ osque ten) lei com ella: 
I^orque se acaba a taixa. 
Abrir se ha aquell^ caixa, 
Que ategora foi cerrada. 
Entregar se ha á forçada 
Envolta na sua faixa. > 

Lxxvin. 

Um grfio Leã6 se ergerá, 
E dará grandes bramidos; 
Seus brados serão ouvidos, 
E a todos assottbrárá; 

l Correrá, e morderá 
E fará mui grandes damnoi^/ 
E nos Reinos Africanos 

] A todos sugeitarái 

LIXll 



^ Passará, e dará boccado 
Na terra da PròmissSo/ 



-aí- 

Prenderá o yelho^Cão, / 
Que anda mui desmandada. 

LXXX. 

De perdões, é orações 
Irá fortemente limado. 
Dará oelles S. thiago. 
Na volta que faz depois. • 

LXXXI. 

Entrara com dous pendões 
Kntre os porcos seaeudos^ 
Com fortes braços, e escudpsi 
De seos nobres infançõe^. 



Introduz o aathor poetlcaineBÉe doo* Jadeo», 
qae Ten» liascar o pa»l,or mor ^ 

tun chamado Vraim e oatrp Dão, é achão 

Vernando oTelhelro a 'liforl^ 

» ...... 

FBAIM ■ 

LXXXIL 

Dizei, Senhor, poderemos 
Com o grão Pastor fallar? 
E daqui lhe prometemos 
Ricas jóias que trazemos^ 
Se no las quizer tomar. 

FBRNANDO 

Judeos que lhe haveis de dar? , 

; •... • ■ '': :» 

JUDVOS . ' 

LXXXIII. 

Dar lhe hamos grande thesourp \ 
Huita prata^ mui^o ouro, , h ,/ 



L 



Qae trazemos âe atém mar. 
Far DOS heis grande mercê 
De nos dardes rista delk. 

' ITBRNANDO 

LXXXIV. 

Entrai, Xudeos, se quereis, 
Bem podeis faltar com elle, 
Que la dentro, ò achareis. 

Lx:^xv. 

Tomará com seu poder, ' 

E grão saber, 

Todos os portos de alem, 

Marrocos, e Tremecem, 

E Féz também: 

Fará tudo a seu querer, 

Vi lo hão a cometter 

Pelo deter, 

Que querem ser (ributarioá, 

E lhe querem dar dinheiros, 

Lisongeiros, 

Os quaes naõ deve querer, 

LXXXVI. 

E depois da Embaixada 

Declarada, 

Antesque cerrem quarenta, 

Ergtr se ha a grão tormenta. 

Do que intenta, 

E logo será amansada, 

E tomarão a estrada 

De calada, 

Naõ terão quem os affoite, . 

Dar lhe hão aquella noite 

'Tal açoite. 

Que a Fe siãjÀ exalçada 



Ja o tem{»o desfjado 

He chegado, 

Segundo o Gripal assenta: 

Ja se cerrio os quarenta, 

Que se emoienla, 

Por um Doutor ja passado. 

O Rei nov/c^.()e alevantadOí . 

Ja dá brado;: 

Ja assomMUuai : baq(^ir|^ . \ 

Contra a/^rira^ parideira, 

La gomeitar 

Que taes prados tem gostado. 

Lxxxvin. 

Saia, saía es^e infante . 

Bem andante, 

O seu nomfthe J), J4>3q/ 

Tire, e leve o pçndSQ^ 

Eoguiâío 

Poderoso^ e tryQnfante,. ^ 

Vir lhe hSo 9pva$;!n'nm)o^tán^k 

Daqueilas terras prezadas^ 

As quaes estão dedar^das, , 

E amrmadas 

Pelo Rei dali eip diante. 

LXXXIX. 

NaO acho ser deteudo 

O a^udo, 

Sendo elle o instrumento, 

Naõ acho, segundo senta 

O excellento 

Ser falso no seu Escudo. 



* Veja se ao principio a advertência do primeiro Edi- 
tor da maneira, como este Verso i^ lia errado em alguns 
manuscriptos por incúria de alguná copistas, eequivocação 
das duas letras. 



Mas acho, qp»iteUfeiÍR iinn oCI 
Mui sC7ttí>;'io.{inl 9 ,io)i iuiii\iio'A 
Que arrepellarái«í|)ifò^A p^ mo/i 
£ far lhe haiMmiioinrte) íouuA 
De seu fato JíVjí ioq di<áo orno:) 
LeixaDdo-iiilodoridttpaMac^ Hr>l) :^ 

.liKa 

Não tema o.Skkt»^ mio,<iAí\-\R sA 
Nesta sezão, oiVu^^ o ^ 

Nem o sttU(9i»idí»|ioiiniftnu^io'í 
Que iiãa)k^Qcfeêu;baiiliaÉl^p iXl 
Nem o chrísmo, ni fornom loH 
He gadodfiiSOBfuiiãi.oldBé:^ (nii A 
FírmarpOe;dâclalli^lof> uoU^uou^. 
Nesta tenção, '<r<HO(\ n)3 

Chama l^iieiãiiimAfeaMdflnMBO C 
Que naC tt^mioaimaaiaiBaiiMilosirKl 
Neiu sac amefttosçiiry b iiin ; jiíA 
Besltaes sèo;)stíaiiraBaioí; i^boj oU 

XCI. _ 

Em gae venhão mais, e mais 
Dos l<(Wía«$;j ►Ir^ OllAiVfi 
Pelo que mostra a figura. 
Haverão a sepultura 
Da amargura,/ 13/ 
Como brutos aniroaes. 
Que se o texto bem olhais, 
E declarais ilic] fne^ii aidup 'dO 
Com fundas serão feridoa^jb aioH 
T#díla(i9MlMii)doiièiipÍidotoo<i 20 
Nosoaihpfooa in^rpi^^i i9d òbIA 

!f)T) .IIí)ÍÍCÍDm> <''1>II 20(11 Í)(J 

As chagas do redempfto«l) ^éi tuo^ 
E salvador ^no^jui / vai-á iíj/oJ 
São as arM^fi4iD0Q&sa4|^:iiUíioT 
Porque guarda bem, ai^ÔjíiíKj n/} 
E assim a.gfbiioVib náiu^m ii\q'ò 



Do mai flU^CMadovip .oríon ;»nf/ 
Nenhum Rei, elmperadors^^ ^^ ^' 

Nem grfiaâflpíiop: M;{íM'pi f.': 0iM,f 
NQQcatel«iUih6igMk;ii ruW -uH A 
Como este por leal, <)^r>i oa^ '^^i 

E das geibM>8èafiiidor;>u(ii;7ÍMj 

xmii. 

As armasyté» pendão/' cuioj .>i / 

E o goiâo .u;a)H i;)<,V 

ForSiiridcdiisffMMr ?kAQfia'< o n])/ 
Da qiu»HiKéklo<Rei'<éa>6(orifl v^rj 
Por memoria .íí.íI'"! :•» «> ai ./ 
A um Santo. KinnbQfãoií/ m! ;;;: -i 
Succedeu aiS(iRei lòfio; i ' «' > : i 
Era possessão oí •;.•)] r.i< z' 

O CaMnnii>portaodmra, ^ 

Leya)lohaif(Mi cimeira. 
Alimpará a carwihi7í^ - • 
De toda »>(ByrB'diKCão.^ ^' 



SONHO SEGCíNDO ' «' 

Oh! qaem tivera poder r,i;r!i!j :i 
Pêra dizer^'' "'' oííí'- ■ '- ::;'! ■:■••.* 
Os sonhos qoé^honié«f»flOiihat^' 
Mas hei ntedoi^quernepixilva ^^"^ 
Grão vergonha 
De mos naõ qjlfel^em crer. 
Vi um grão Leão correr 
Sem se deterei! '> . 'í- -.'.., híid ííA 
Levar sua viagem, . i í> ; : 

Tomar òt>orc»>BeH'flgieM ^f> * - 
Na passagem,':!'''^ í-'* '^i 'mjj' ■. . 
Sem nada lho defender. > ^)>^^<: ' 



/ Tirará toda a escorta iiH>;^aiY oé^ 
I Será paz eiii'lod0»«<lliiitdir/ <>'no:) 
/ De quatro Reis o seguado 
i Haverá toda a vistoria. 

ICVI. 

Será delle tal memoriaj}!) ^f^b A 

Por ser goai^dadtadda Mií;yoii> aí 

'. Polas armtfsi^eslq Réí^^IVinino.) 

Lhe diÍitaoc^7«arai|>4»«|ori»j hiCJ 

XCVII. .uiiinatiii àí 

Y— ííOO í í^oi) i9Í| Oí. 0híJÍ)Xíil(|A 

\ Trinta edoiidanBmsíefbaiô} «^irní 
S Haverá sigoaes oa tefW;^oiííDn :í 
\ A £8cri^«<M(^èr?muu'> <!Ío'ioV 
; Qoe aqaí faz o cooto cheio. 

xcvhi. 

Um dos treSTifiiBÍVgo^if^o^on (» 
Demostra ser grão perigoiBbob íí 
Haverá aço\^4'eià9Í^êi'à^. ahr^oii 
Em gente qoe Da(Paom«io.'><t 'Jt^C^ 

^ ^ .OíVjínot) 0(1 

Ja o temf4itferféjaA0')H ori oupnui 
; He chegado'''») 2 '^q oí)oi x«>i o ^M^ni 
Sêgoado o firmibiaistiitab olxijoU 
Ja se passão os quarenta 
Queseemmenai,,^ 
Por um Doutof^a passado. 
O Rei novo he accordado 
Ja dá bradoiífií mu mtt \M ol?/A 
Ja arressoa o seu pregtóqfi-) itwH 
Ja Levi^iiii'i4áiiaíniao odor. o^ ot>/\ 
ContratSUieÉi éesmsfadaM. oUoi 
E segundo tenho ouvJM^t / un A 
E bem aibidag o 1110:1 í;-iíiííí<s ouij 



Agora se cnmpiMí 
A d^hoQra de Dina 
Se TÍogará ijiio.)>'> h Gboj kibiíT 

Como wVufmm%»ÍáQi\n xnq iViO(< 

' l/n/ 

O Rei DOTO be escolhido, 

j E elegido, finoífiíím Igí sllob Hiorí 

Ja alevanii albaaíMfv^ij^i \n?. )o'\ 
\ Contra a GnSã pêxiêemmi. >.íúú'\ 
\ Qoe MioD^^»IM^iXNKHkt{ MílJ 
Porqoe haveis de notar, 
E assentar, lí/:)/ 
Aprazendo ao Rei dos Ceos 
Trará poníaoilMiaiaaUtfb a bUu\T 
E nestes;mt«j m ^^nav^i?. hvjwbíi 
Vereis coofttide)(N«>aiM|i|4 lo j[ A 
■^ — (úoih oliio) í> xui iupB auí) 

O nesciAf^iiei^i'aGbm|Mr^i.i cob mU 

E declafa^:i:3(| oiVi-i ■>o> írU^.oai^id 

Desde seU|MiMteDlair)u kvrnúl 

Que se.olimeota^^i .np ojua;^ in.i 

Do Rei que irá livrar. 

Louvemos este}9llQÍo 

Do coração^^ 

.Porque heCReb4a|fiifl»i^pin»t á bI 

I Deos o fez todo perfettor;;.;^'j(lj oFi 

[Dotado dajptito^fliih o ohair^o^ 

liJuoiiiJip Kú oilí^í^fiq oa cl 

i)bG-:;'tíj(|T"^(;iij;;d iiuj io*í 

I Este Rei tem um IrmMvrul íA í.í. 

l Bom CapHIfhiv) uo.-i (i i;o><'rrnj jíI 

' NAo se sabe atiapaééadé? i ixi ai 

Todo .bi^fitQbiifi<4itnikoidáde)iiio:) 

E na ver^M&iio oííiioJ ohínr^')-. à 

Que sabirá com o pelMliife mt^ú 'A 



Uai tos estão desejandoyf; \ >j/:í;1 :; 
E altercando^'' •''<]<;;!(-. íi.n o/. !'íí^ 
Se o meu dilniBrá^rt^k i m. i v^ 
Se de looge, se de ptrw! ik . i^ 
£ sobre alihptotlkftiMi^ M nuí^l 
A quelle grão Patríarcha 
No lo mostra, ei está rallando, 
E declara o grão Monarcha: 
Ser das iõhfU;eiiÊmfíHlki nhin/ 
Semente dei Rei Pemmiku vh H 

Este Relikífrfo^priíBor^ rn^rfi :'| 

Com furOF^i'--: ;íu: í*...' I ;;".! o ní 

Passará o mar salgado j:j>>í, ;; 

Em um omêiào enk^Màf^) imolí 

EotOSeHadO) r-j {;, /)! !Uíio\ A 

Com geDte^ãegiio^tMdof.o iiii^dà 

Este diz/80imfrefá^r^'iju() ^oiwU 
E tirará, i-iví) :i 

AosqM>ell|»:emitfÍ8UpnMp (no:) 
Desde, conta a Ssèniptiinis,i vy^u'] 
One o caiitperd^8pfjar4 oííio > nO 
Js Fidalgos eétiniBidosy!' ti p oj^o j 
E desprezados^ ' íi-íU 'h,] ny/K 
Que ategora^^ÉÍo òntidosi^ A " 
Com o tal s&Uo^vgàiéúÊ^i r^, 
E mui qaeridoSf -I h / i. ; 
E com os Reis estimados. 

CVI. 

Se lerdes as Profecias 

Pe Jeremias, /?;; 
^ Irão dos cabos da terra 
; Tomar os •¥oUQSv#)Sifrrfei'p > ,{( > 
^Pòndoignami^.ti ^ j^p í-oâínoei tO 



8 



/ E tirar as hereiíiU, 

/ Derruir as Monarchias^ 

/ É fanteziasí^^nor/r-K/V/FyirM ^.qj , u j,^ 

Serão bem apontoadas, í!í;>*o;;í 
Serão todt&iemíbaÉasv <>'><" ^ or 
DesconsòlKda^ íjí» .'•;- .o-i.ioi •»[) ')^ 
Fora da féBmtadQrlas.(> -mlot h 

,ol)lli;!lti'l Í4^ll,AVi:<0^V (li o/ 

Ainda mmíM9ktizMBÍ0é >u > ^^ 
E dechl^iiaiK^> 1 ;'•- -'-^ jiir^=ii*)> 
Seus pequenos das manadas. 
Derrubar lhe hSO as moradas 
Bem entradas. 

E assim 0i<f«iii}08litaii«b. 'jH :^:! 
Ja o Leão vai bradandovoíu ! luo 
B desejando!) í'.uIh> ;í;,m o Lm^^ií^í 
Correr ofkMreoiaalisàlsoift^ > i^ 
B toma lo ha na passagem: ;n : 
Assim o.Tttbidectarpndak).; i^ (iio:) 

CVIIL 

Muitos podemi;respMdar»\;l) íí^ i 

E dizer: .»ii;nij .^• 

Com qiiB^fA<QçaiialeiMii' < 

Fazer i^toJKfndadeim^ > > /)b^ í 

Ou comoiètoifMKléiSfi|%i ]i (>/ji\[} 

Logo quero-^vèsponder J^;í.b! i - :• 

Sem me deter. .;«>iw;:.r!.;< i; .. 

rSe lerde^abiPrafeciasíi. >}íí ; 

I De Danvetéilefonias. hl o ifio:) 

I Por Esdras opod^lvec4;|> :m(ii :i 



SONHQ TERCEIRO 

CIX. .H.- :i'M-.:, -i 

Oh! qu«iait^dérv)dn^rf:o <. n 
Os sonhos que o homeoispBbal') 



Mas eu hei grftèA^onba 
De DOS Dão quererem crer. 

jríKjíir) loq j./lnlv hníl 

/ r^llí.vp'» í; oAiíhíy ;iob(>T 

I Sonhava conUfgijftoKpmer^vf d míi(< 
Que os mortos resuscitavão, 
E todos se aleifijímtrfio, 
B tornavão a renascer* 

M •;• i:f)í: '}iií ,'M'An 'laq íuÍ 

0\-< liiO.: Plii ';;í:')7 íl!!! '7 

E que vit)aoS:i(oe«sltei/ 'tíii out> 
Trás os rios escondidos; 
Sonhava^ que |5|i;â/Mahidos 
Fora daquella pf idrõ! ^ 

Vi ao TnibttidèiDiaOjt / loti <'j uU 
Com osttenleaiaiireganliadM^i ttoQ 
E muitos despedaç^Q,^^ 
Da Serpente, e dodpragadA 

cxiir — 

E tambe» vÂfft^Ru^em ^mp o obnT 
Com graÕ)iVMièeiniiiiiia(.ejliM]<')/h 

I O qu^Ljviíilia mUi leoatwte.uviin^;^. 

i Cantando, Jerosatei^w) )'jiin()j ui^/l 

L 

CHX;í 

Oht quem.yiirii:já'Beleiti(>(r..'>^ >bl^. 
E esse moiM de Siod^ri d <i< < <n/ 
E visse o Míe«Ji9iléâa.?vo mj;.xíI) •)ii(^ 
Pêra se lav^r^mui bom!' ui\ >i^f:to/. 

C»M() 

Vi também %i8Í9»<lo[) nf )^* ^oiiuv. 
O ue cercar^^^ todfSfcts^ABrteftioi ^ 
C^m bandeiraSi>« /e^MmiUrteibiitiO 
Nephtalim, e Zabubiiv^iii; orã-^xi O 



.' »r« 111!) •• )i!i .. i! ".i ■] '»i| 

Gad vinha por Capitão 

Desta gente queifOs fallo, 

Todos viohão a cavallo 

Sem baviorim^séf^ijo') g/ihíh'. ' 

Eq por mais me affirmar. 
E ver se estava adDidado 
Vi am velho mal honrado. 
Que me vi^liÉapepgMttr; ' i : 

Dize me, ta es da Agar, 
Ou como, falias Ghananèo? 
Oa es por ventóra Hèbréo 
D06qiwMÉviiDwbuMi#f<'' «in : 

Tudo o que ffle^tieí^giintdisHlHii. 
(ResiMiièr asMm dot^mentoi) ! 
Senhor/iiiO«oi dessa i;eiytè, ' 
Nem conheçoesá» u«s. >'*> ii*!i 

CM.:» 

Massejsando^o^signaeft >t 'if -h 
Vós sois do povo cerrado,'^ "<' - 
Que dizem estar ajufilado < -'<■■ ' 
Nessas partéi» OrientaMí ^ > 'i 

CXM/ 

Maitos estaO deisejaMo * '^^^ ' 
Sereirt <^S lM)vos^}uniado#:' !^ 
Ootrod witos' nvfzados 
OestaOarreceiéddi^ ■■^^^ ^^'^í-'' 



— »- 

Árrecefio vir iBo^bándèo^oi Iniip O 
Esse GigáatéiSólíaaJoTJB^f Jor) / 
Mas por ver Htaioch; «í)Blíaií)(] ^/ 
Doatra parle e8tBB4Mgaèd9i;> hí^o^ > 

!:-Jm;'í Vi?. o!i lOílnn ?l 

/ir.^VÍtWMf l)íií) mi>í>fí 'A 
'líidr-.í; '. í' ri o<; ohffJ 5>uO 
Dizeíme.iMlMH Baric/): > .ohno.v-íi 
Pergunto, se sois contente 
I Dizer me vossa semente 
Se he da casa de Abrafaáo? 

Qté Wlaítt^ééêiia p^^ •>* 
Sâhi do Tribo de Levi, 
Sacerdote comgriSétl; 
O men nome he Araõ. 

firjí ^»f)')v^o^ f>()iifn:Li mW 
Eq qaizeraTUai/reapaiideDiiiKn oiiO 
E tocar lhe^.tm)aiLeí,ofJn') or híííI^. 
Senfio nisto acordei, 
E tomei grand^omter. 

r€|IiIVIí'M i:l>íi)^.ií5nH) 
:i;fniwo-'. njfuv) ; (Inmi i; 'íiip (^ 
; B depois de acordadon* »b 'Mipio': 
; Fui a ver atifaoriípibKásç^H (>}/>) o 
E acheii(imlÍta8'{)iiklihiaÉ'. .oii'uii Vi 
E o sonho afigurado. 
.IZZZ 
CXXVII. 

Em Esdfasnaí^vi^pinUidoiyiiii /m\v')?. 
E também viíisa1ts;i ^v. m^Hno-) *;>: 
Que aos mostra «8lbs>diaiin(l )(] 
Sahír o pMriiiiooiraéau;:í; ^96up,i!B/l 



CXKVHH 

O qual logolbirbdscani/ ^c ;' k^ 

A Gol, Hagot/e Bzdciíielv^jo o^<>{ 

As DooMfmt Dtaidti í^j / nn] ?aíu. 

Comecri:)éejíftt>itiarç bhhq bvuM 

E achei no seu cantar 

Segundo o auei^epr^i^nta; 
, j; assim Gaa, tJéraaAgar, 

Que tudo se ha de acabar 
L. Dizendo: CevrÉiofii sctéala. ni m\ ^ 

Resposta do Bandarra^r nti^mao porrantas, 

4«o lho flzerão, e da reopoota d^ollao 

me coDli^fç^fia ^um^t^ .f9f!(^^p) 

Os tempos que já se vem 

Porque, Senhol;r,:^rguntais, 

Mui grande segredo tem, 
f Qne muitostdiícvi A«én^ )MiM) u» 
LJÃais se calão. ]iiáise'aiaiái ir>'>oi á 

o mais está pof ibíímprir, 
O que a minha conta somma: 
Porque de partiriavif t' ^.<o<{ )b ^ 
O texto sQ4iadet|eiim]irir. !>/ r h* t 
Primeiro, S«nh(nr;<eHi!Romaví^ r> ) 

CXXXl. 

n/y C) 

E nestes tresentos dias, 
Senhor, que a^raicon4aiafb?>l <í^^ 
Se contém as Profecias' «mki ii.; ,} 
De Daiiíelt»& JdremiaS;>>^n ><><] ')u(í 
Nas qnaes agonàciitranetg u híiií:'. 



CXXXII. 

E depois de ellas entrarem 
Tado será ja 9abi40| 
Âqaelles que aos seis chegarem, 
Terão quanto desejarem, 
E um só Deus, será conhecido^ 

CXXX»L ; ) 

Com vosco falb es^a^ couzas, 
Como com um grande letrado. 
As uipas sãQ perjgo^fis. ;. .^.^ 
£ as outras duvidosa^ , - > 

\inda naõ hão cpnqeç^do. ; 

CIXXIV, 

Antes destas cousas serem 
Desta era que dizemos, 
Mui grandes couzas veremos^ 
Quaes naõ yirSo os que viv^/^ãPt 
Nem' vimos, nem ouviremo$,.^ 

cxxxv. 

Sahirá o prisioneiro 
Da nova ^eQte que vem, 
Desss\ Tribu de Rubem, 
Filho de Jacob primeiro 
Com tudo o mais que tem,. l(^ 

çxxxvi 

o mocho e^tá assobiando, 
Dizendo e chamando bois, 
E com medo de depois. 
Tudo se está arreceando. 

cxxxvii 

Os dons bois estão berrando, 
Pelo tirar da barroca, 



= g* =- 

Que não entr^^íÀ tiía toca 

O Bufo, que esta bufando. . , 

Aclu).eitt*s'Profecl2tò' . 
Quétf^èrtá tremerá^'' ^ - 
E como abobada soará 
Quando faz tiarmo^iàs. 

Dizem , q n€í nó^ últimos dias^' 
Que aquestas couzàs serSô 
A viutee quíítro acharão 
Este dito de Isaias. 

Vejoòslòbbs comer 1 

As òvèlhak degoladas, 

As váccàs mortas montadàá •• ' 

E os cordeiros gemer. 

ÇXLL . ^ .^ ..,._., • 

Não deve a ferra tremer •' 

Mas fundir se sem tardança; 
/—-Pois os cjúe leni a governança 
í^ Os não qtíerèB!i defender: ' ^ 

GXLIl 

Vejo o múhdô em perigo, 
Vejo gentes contra gentes; 
Ja a terra naõ da sementes, 
Senaõ favacas por trigo, ' 

GXLIII. 

Ja nú nenhum amigo, 
Nenhum tem ò ventre são, 



-^ 



-M - 

Somos ja veííÍ6'Mdi' ' ""duí^ oí-jV 
Qae naõ (éii néohBWy(>i^<l>." "^ 

cxtiv. 

Vejo quareatíéii^^ai^-"- " ''' 
Pelo correr do èométó," '' ^ '-■"'' 
Pelo ferir doplanè^ l * ' - '• ^ 
Que doroostraser gifÍÍi'mlM6'"^^ 



CÍLV. 




cim. 




Acho cá nç riistfuipenío':^''' '""'''^ 
Que virá um contador ^' ."' '"'-' 
Tomar cpnt^ ^o pàktóí ,*'',"'" '','í 
E pagará Wiú por ceutó'. '''"''"'^ 

ciiVlii. 

Revolvi o i))éu câbhe'nlió ' "" .'i 
Sobre ç?,ií! forte ibarao. '" ^'; 
NaSflié acho nenhu^ W^^' Í 
Dizer delle muito lettho, " ^,^"^ 

CXLlX. 

Vejo ura alto engeniíof f í ^'"^ 
Em uma ròiía trfiimpliWí^,'"^ ^ 



De toaâs a&Jierí&uis^.. ^,, , . ^ . 
Derrubaríf IpW Jí^J.n/ilA 

Dos que gR^^aÇÍi^,^^^ 




.ifiyíí 



L 



Este será o 
Que porá o 
Na cabeça < 
Derruba lo 




ou ir.» o lio A 
(i iiii/ yijí} 



ll„i „..„"'.'liiarG!!.iij2j^u ' 



Sitias 

Este pastor Ihç dará ,, , 

,9jnBir(|í?fíiriT liTKf-i iiííin III., 



— 58 — 

E de suas ovelhas, e lã 
Ao mesmo Deos vestirá. 

CLVI. 

'Todos terSo um amor, 
j Gentios como pagãos, 
; Os Judeos serão Christãos, 
; Sem jamais haver error. 

CLVII. 

i Servirão um so Senhor 
/ Jesu Christo, que nomeio, 
í Todos crerSo, que ja veio 
O Ungido Salvador. 

CLVIIÍ 

Tudo quanto aqui se diz. 
Olhem bem as Profecias 
De Daniel, e Jeremias, 
Ponderem nas de raiz. 

CLIX. 

Acharão, que nestes dias 
Serão grandes novidades. 
Novas leis, e variedades, 
Mil contendas, e porfias. 



<3<S)C^C2^ 



— Kc — 

.i' '';-:07 ^(•'■•<^ ).•:•r^•.f! (>/, 



V 



.■: -: ■ .íi ]:. >. » 



IV. ? í^ 



\:h 






.'••! ••" . ',.: 


;. ,()Mi, 


■i-^A 


.vj'.;.,. . ' ' 


1 ;m ■ ( 


'11 »-: 



SEGUNDO CORPO 



TROVAS 00 RATOBRA 



Estas Trovas naõ vem do antecede^tç Exemplar im- 
presso, mas cocsl» por antiga memoria rpwHo authentica 
serem do mesntoBAiscarra: for4o Qxtrajhid^f de uma co- 
pia, que o Cardiai Nu lo da Cunha deu ao P. Fr. Francis- 
co de Almeida. 1 roviucial. (]ue foi da Ordem dos Here- 
mitas de Santo Agosanlio, Pfovisor do; PrWí^do do Crato, 
da Casa dos Condes de Avintes, e tio do» ipardial D. Tbo- 
mas de Almeida, primeiro Patriarcha d.6' Lisboa. 

' l. \ 

Levanieimet muito cedo, > i.c 
Puz me na minha tripecav.; 
E lide lonje começa ,! i ; 
Um bramido, que põem' D^^do^/j 

u. 

Vão todos como fofçado3, ; i^ ' 
Passão serras, e inais monlieç/jf; 
Seção se rios.e fontes, ;, ; 
Tudo por nossos pecados^ ; i 

III. 

Fura€o*a minha sovei»; .. . . ;. 
Meto seda melo fio: - 
Quando faz a neve, efrio^ 
Não há xfaem possa isQffr^Jii.j 

IV. 

Vejo a terra dezerta, 
E parades levantadas: 
, Voo dando quatro pancadas- 

Na sola^ quando se aperta, j \ 



— 58 — 



Vejo a guerra oa paz, 
E muitos morrer do fosso: 
Fbjb o òavalto, e o mosso 
Odpois que ô saldado jaz. 

VI. 

Entre mootes muito altos 
ÍSá úma casa sagrada: 
Ia naõ quero ver mais uada, 
B Tou bateodo os meus saltos. 

VIL 

Arranha me o gato? sape: 
Olho outra vez da ladeira, 
Deita se o cordão á geira, 
Não acho poronde escape. 

VIII. 

Com o trinctiete aparo a sola 
Furando eom broca a vira: 
Isto he que meu gosto aspira 
Pois Vejo o jogo da bola. 

IX. 

Estão muitos páos armados 
Què U <dé longe se vem; 
A quem na(^ parecer bem. 
Perca aôfficí^, e meta os gados. 

= X. 

Com o cerkyi encero o Irnho; 
Puxo com torquez o couro; . 
Gasta-se todo o thesouro 
Pêra abrir novo camiiibo. 

XI. 

Quando Tal ho aos meos fregiiéze 
Picão descalços eom magoa: 
Naõ sa$ os reaes pêra a agua 
Que se botarão nas rezes. 



^ii 



.J 



V ; - W ^ 



Vejo posta tóda á getilfe 
Trabalhando sem comet! ' -j 
Vejo os mortos a corré^r, 
£ os vivos jazer somente. 

Trabalha todo òsàBíftEfe; '"» ^' '^^ 
E lambem o nobre serve; ' ' 
Na certS a carne ferve ' 
Pêra Moufò, e Jodeo. 

XÍV. 

O pobre morrendo á mingna; 
Ontros tem a arca cheia; 
Chove na praça, e na areia, 
Como agua de seringa. 

XV." 

Vou botando b meu remendo ' 
Era quanto o Senhor se Veste, 
Uma terra assas agreste, 
Estou entre serras vendo. 

XVI. 

Nove letras tem o nome 
Duas isàõ da mesma casta: 
Olhe qualquer cbmoo gasta 
Pêra naÕWiorrerdefome.* ' • 

XVII. 

Na era de dôus, etres ^'^ 

' Dspois e Ires conta mais 
Haverá couzas fataes, 
Vistas em nebhuma vet. • 

XViÔ. 

Haverá taúlos irabalh^ôg; ' ' ' 
Gritos, surras bát-regatftfs, 
Porem ja sínte as pízadas 
Lá pe^ã á banda dos mafbdsl ' • 



O povo suspiw, e l)r?ia)a , , 
. Debaixo dpsjíucba^eo; . 

Não se enx,e/é!;^.}i)fa»^,,que P.Çeo,, 
: Quando aj^ç^y-fised^rraava,, / ; 

Vejo por ^«edous cabos ; 
O couro çàiB: vou çozepdo; ... -; 
Ja após ouírps ;yqii vendo ,... ,. - 
Muitos maieaj;iies bravos, ... .i| 

Ja na^jcaiirieiía. primeira ,.]..,. , , 
Kntre a baadeirâ Real, ., / 
Ah! Po^rlqgall PortugaU •. ., . 
Ja lá vai tua canceira. '..:. 

xxja. 

Daràja serpe tal Brado ,^ ,< 
Do níofio que jai, e tem ..n ,. 
Quando vir que outrem Ihç.ve^u. 
Tirar da vinha o cajado.: . , ;. 

XXIH. 

Deixa os Bilros mui depressa,. .^ 
E outrem: IhQS^gnarda, e çfift},, ; 
Vai c^ttinh^nçlp ^em guia^,, .,., ; 
Larga'a>^#a da cabeça, ' . ,, . 

Subo me a Q^ev eirado, ..,, ,;/ 
Ja naõ si^tp malinada,,. ., ; , j > 
Fica a terra «^çiegada . .,/ 
|M() Encubef^o declarado., j ..,.., , 

.;?;xv. ■^' 

. Abre- se a ppri^ do TemplQ, , , 

Entra o. cordeiro fiel, . .. ;,:, 
i Veste da íCasa P burel,, . „ ,., 
j Dá a tifli^as grapde exemplo^,.,, ». í 



TERGEIRjB CORPO 






TROVAS 00 MMARA 



o!;:; 



Forão lambem, achadas es(as l^cÒvas^ áiib se seguem 
na Igreja de S. Pedro da Villa de ITráncòso pôr' occasiáo de 
se desfazer a parede da Cariei la mór em 6 de Agosto do 
anno de 1729.; erão escriplaS:en).pe.rgan[irnhajem 1532 por 
letra do P. Gabriel^òâò; da dííáVÍnâ dé^tí-iâncoso, e vi- 
zinho do mesmo Pand^rTa. Dòmlflgiás Furtado de Mendon- 
ça, Conimissarío do 'Santo' Õ%|QlaiiçOú'l^ mão delias, 
mas naõ faltarão pessoas graves, e de qualidade, que as 
trasladarão e deixarão a seuk filhos. 

Em VQ^ que haveis de ser |^uinÍo 
Depois de mortQj^segnndiòr,''^ 
Minhas Profecias fundo . , . 

C*o estas fetras|, què àqiíl j^jntii'. ^ 

■■■- -^E "'jr' ■ "' '' '''' '"''^ 

Inda o tronco esjâ por vir^ 
Ja vos veio, erguido cedro: 
Pouco vaJ'iléPèdrc/^â'^Pç*fÍd'""'^^^ 
Se a rama o Irondo níédii^; ', ' '• ! 

■'■■'■■ '■'' 'Ij]^" ííi- <>*i HOliili^ 

.X 
Fiz Trovas de ferro^.e prata 
Dignas de quaféiijér thesòul^ò.f^'' '^ 
Hoje quanto faço He oiii^ò"^'^ ' ' '' • 
Que em vós; Senltòr,^ Sè! rW^tí. ^ 



— 60 - 

NaõcoDtoçapaUrrias 

Que Q*outros leropos sonhei, 

Oqué,figpra «)nlarei. ,. ,,^ . ^^ 



$a^jD|^ál|Í Ptpftciasf^i / 'ii\ 



A giesta na&^4fe5se, 
Muito amarga o sargaço; 



i .,: > Twdo qgaiilo agora faço 
/i i.)) o^^ )l?òcá,ilos;3e hervà doce. 

17 " -O i'Íf^P trovais muito inteiras 

-IídIÍ ' )'^ .1 Versos íhui bem atódidos, ,^ ^. , ; , . , 
r r> ,) rQ"^ ¥^ ^^ vir a ser cMiftpriáo^ '^^ ' ' ' 
■^ ,,^ / ii^ ta ijas eras deríiàdeiras. ^: 



•i- 



!r;lií:i Cu,^\ r.Y.:r. 



Eu compQ(|hp^:^j$^Ba$,|>onho 
Aí letrinhas no papel, 
Que o devoto Gabriel 
Vai riscando, quanto eu sonho. 

Ve|jQ, maç. nao sei se vç^; 

O certo hè, que me cíieirâ,' ' 
Que me vem honrar á Beira 
Um Grande do pfe' do Tejo. 

,lÍV lOtjEt" 0')n:)!.l o fíhll? 

FormM^ cabos, e soveja^.. . .. .^ 

Lavraainhàis cpm prinoibr' ' ' 
Mandareis abrir. Senhor, 
Muitos folgarãoide vé las. 

Mas^l qiíipjl^yçjovir : 
O Pi-esbjjlçro fliaíor . , .,, > , 
Ar^isç^r tado^Oiprimoj; .'j. ^^^{^ 
Que outra vez riade surgir. 



Augurai, gentes vindoaras 
QueoReiV3*4«WÍí: :., 

Por mais què gi;iii 

Xjíí 

Desamparara cortiça,, ,, 
Un)a.9j[)çlha mèsirà vejo; 
Asoutrp,^.CQÍjl^ 

xiv 







Irão tempos cfcj laaíéíras 
Virão jwposídç fftrtgra^,..^^, ; 
Os frades h^y.^rSp Iristurfvs. /, v^ 
Por acudirei^ as írçiiras jj , , „ . ; • | 

Esle sonho qo^^oTahei 
He verdade mqj^c^f^, ..,,... 
Que 1^ íUiph;? eJDcvb^fta .., ■-'. 
Vos hade chçgí^r.f^Slf. ftçi.,, .' . 

«ONÍtab tercÍeiro ' 

im: 

Sonhei, que çgj^va &OQbftiulQ, - 
Que passados çeoi. JaJí^irps; 
Os Porlugupzqs primeiros ; ^ 
Se levantaràQ em l?^|ido, ,, ., , > 

Ergue se.a.^gqia Ifl^pçrinji. • . . 
Com os s^jas7ilhfl&4P rabo, '.',. 
E com a^^Míihas xip cabo ' . / 
Faz o niahp em Portugal. 



íhuí: 



'tvnf: 






Tira Ine a rjsça; do ipçío, i^ . ^,/, 
E por delr^^l^a aíl^imá.^' í' ^ 
Saberás quem íe nòméior' ' 

Tudo tenh^lhá radlelí^a 
O passâC8^« rúw 



E que^íi^fór^Vbrhera maífurp' '" 
Ha dé hie fô^liitéira. ' • 

Vejo sem ahírir os ò|hos_ , 
Tanlo aoliôngè como àò pèl^tò; 
Virá do^mundò eaciibértò 

Quem mate dá águia os poíhos. 

^ .• ■ / 

SONHO alJâRTO 

Lá pêra ás'/^'artes dò Nòrtè *^ 
Vejo cijrrhò pot penèli-á '' 
Levantar lima poeira ' " 

Qne oos ameaçada morte. 

Vosso graiidèca^fiSoi," * 

O' povo errado, -é piérténáo\ 
Já camib^líia còm óièrço; 
E vós dormindo no^çliâp? 

xxm 



Na éta^uéèu nomear 
Terá fim á fiéregia; , 

Verás cérlá a profecia, ' , 
Se bem áòoberes contar. 

ÍXlV. 

Po6 Ires iizòuráá aberíás*," ^ ^^ 
Diante uin litihol direito, ^*V 
Contarás seis yçzes ciníço; ' ' 
E maisúra^ vai satisfeito. ' ' 



Muito rijo bale o venlo 

Alguém €4.^114^!» deseja^ ,.j. ..,.;: 
No levanúr,í^?,i 0;tçn^Qr ., .,,;.;.: 

Mas ai! do calfido a obra 
logo requer ^.salarÍQ;{ ,..vt.,, 

Perem naS hà, muita 3obr^ - 

Se naô .dobra o campaiíarifí.^,. '\ ^ 

SONHO OVIIVTO 

XX Vil: 

Vejo, veJQ,. ílizer ydo .;;,., 
Andar é terfa ao rpdpr; '!,.'.' ,';.;.^ 
E o bomòrinho comdor ^ .. ... \. 
Revolve 9^^í^ è 'oulrà's^xoi ! ,\^ 

'' xxviil' ' ""-' 

Rugifi a pqrça fjo sino, . .^,. ..,.,. 
O sino naj5 badalava, ;;|.; ', .': 
A grimpa jse revirava,.. |,; ;.'."^y:: 
Eosi^pdávaapiQp,,:;,;;.;^.. 

XXK, 

Meio^.spvela nas vip^s, , . ^ 
E vejo. péjp buraco *'"' *"' 
Os ossos de' Pedro. Jaço . 
No penedo .das .mentiras! 

' /xxx*. 

Que bellamenle que soão 
As Prpfçjcias diíei.lasí 
Depois qjiie fprem perfeitas. ' 
Verôo que aterra povoãó./.^.'' ' 

' " ' XXXI. V -' 

Doutos, e sándeps conhecem 
Pelo volver das estreitas 
Puras verdades mui beilas, 
Que inda os Judeps na9 merecem. 



>:) 



fe^-éjrv*' »"iK' 'V" *i^* t -^ 




f 

J ' 1