cm i SciELO, ATAS DO SIMPOSIO SÔBRE A BIOTA AMAZÔNICA VoL. 6: Patologia Belém, Pará, Brasil, Junho 6-11-1966 EDITOR: HERMAN LENT Publicado pelo CONSELHO NACIONAL DE PESQUISAS RIO DE JANEIRO, GB 1967 APRESENTAÇÃO De 6 a 11 de junho de 1966, na cidade de Belém, Estado do Pará, Brasil, foi realizado o Simpósio sôbre a Biota Amazônica, organizado ■pela Associação de Biologia Tropical, com a colaboração do Conselho Nacional de Pesquisas do Brasil, tendo José Cândido de Melo Carvalho como Presidente Executivo. O Simpósio homenageava especialmente o Museu Paraense “Emi- lio Goeldi” que comemorava seu 100.° aniversário. Ao se iniciarem os trabalhos, achavam-se inscritos no Simpósio 16 países representados por 97 instituições, 256 pesquisadores inscritos para apresentação de trabalhos que perfaziam um total de 22 confe- rências e 198 contribuições originais. Associaram-se como observadores, até êsse dia, 103 pessoas. Nos dias que se seguiram, até o encerramento, o total geral de frequência dos inscritos foi a 611 pessoas. As contribui- ções originais também aumentaram para 227. Resolvemos editar estas Atas em 7 volumes, cada qual correspon- dendo a uma das seções do Simpósio: Geociências, Antropologia, Lim- nologia. Botânica, Zoologia, Patologia e Conservação da Natureza e Recursos Naturais; serão todos publicados pelo Conselho Nacional de Pesquisas do Brasil, que assumiu a responsabilidade global da edição, da mesma forma como promoveu a realização e apoiou a execução do Simpósio. Em relação ao Programa do Simpósio distribuído na ocasião e, ainda, ao próprio desenrolar das reuniões de cada Seção, as Atas não incluem necessàriamente todos os trabalhos, retirados que foram alguns por motivos vários. Éste sexto volume corresponde à Seção VI (Patologia) que teve como coordenador Djalma Batista (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus); consta de um total de 302 páginas, e 31 figuras no texto, e divulga 31 trabalhos, dos quais três conferências. O índice do volume aparece a seguir pela ordem alfabética do sobrenome dos autores, primeiro as conferências e depois as comunicações. Herman Lent Outubro, 1967 cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 ÍNDICE DO VOLUME 6: PATOLOGIA Batista, Djalma Parasitoses amazônicas (Conferência) De Paola, Domingos Patologia dos virus tropicais (Conferência) WooDALL, John P. Virus research in Amazônia (Conferência) Aitken, Thomas H. G. The canopy-frequenting mosquitoes of Bush Bush forest, Tri- nldad, West Indies Costa, Orlando Rodrigues da; Rodrigues Filho, Affonso; Vianna, Camillo Martins; Britto, Rubens da Silveira; Lima, Luiz Flavio; & Guedes, José Fernando Pesquisa médico-social em pequena povoação amazônica. I — Sintomatologia digestiva ligada ao enteroparasitismo e à carência Costa, Orlando Rodrigues da; Rodrigues Filho, Affonso; Vianna, Camillo Martins; Britto, Rubens da Silveira; Monteiro, Paulo Fernando; & Lopes, Raimundo dos Santos Pesquisa médico-social em pequena povoação amazônica. II — Ca- rência alimentar Costa, Orlando Rodrigues da; Rodrigues Filho, Affonso; Vianna, Camillo Martins; Britto, Rubens da Silveira; Oliveira, Francisco Pedro de; Martins Netto; & Rebelo, Antonio Carlos Colônia agricola amazônica sob inquérito médico-social. I — Sin- tomatologia digestiva ligada ao enteroparasitismo e à carência . . Costa, Orlando Rodrigues da; Rodrigues Filho, Affonso; Vianna, Camillo Martins; Britto, Rubens da Silveira; Cunha, Fernando; & Silva, Milton Colônia agricola amazônica sob inquérito médico-social. II — Carência alimentar Dias, Leonidas Braga Miocardite experimental em camundongos produzida por virus Aurà Franco, Sérgio Raymundo Negrão de Souza Incidência de parasitos intestinais em escolares de Lábrea, Ama- zonas, Brasil Freitas, Moacyr G. & Costa, Hélio Martins de A. Pesquisas sôbre helmintos e artrópodes parasitos de animais domésticos no Baixo Amazonas Lacerda, Paulo Roberto Sampaio; De Paola, Domingos; Bruno Lobo, Manoel; & Bruno Lobo, Gilda Histopatologia das arboviroses do grupo C Leitão, Ernesto Gondlm; Rodrigues Filho, Affonso; & Forte, Oswaldo Luiz O quimismo gástrico na sindrome anêmico-parasitária Leitão, Ernesto Gondim; Silva, Edith Seligmann da; & Rodrigues Filho, Affonso Proteinas plasmáticas na sindrome anêmico-parasitária Págs. 25 31 65 75 79 85 89 95 99 103 113 117 121 cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Leitão, Ernesto Gondim; Lima, Ruy Guimarães; & Rodrigues Filho, Affonso , , . . . A eletroforese dos lipídios na sindrome anemico-parasitaria . . Págs. 129 Leitão Ernesto Gondim & Rodrigues Filho, Affonso As provas de labilidade plasmática na síndrome anêmico-para- 137 Leitão, Ernesto Gondim; Silva, Edith Seligmann da; & Rodrigues Filho Affonso As provas enzimáticas na smdrome anemico-parasitaria 143 Leitão, Ernesto Gondim; Otero, Neide Britto; & Rodrigues Filho, Affonso O proteinograma eletroforético na síndrome anêmico-parasitária 149 Leitão, Ernesto Gondim & Rodrigues F^lho, Affonso Importância da fração gama-globulina na síndrome anêmico- 157 Leite, José Monteiro Doença de Jorge Lobo (estudo clínico-patológico, com apresen- tação de cinco casos) 161 Lowenstein, Frank W. Report on nutrition surveys in 11 Brazilian Amazon communities between 1955 and 1957 177 Maneschy, Luiz; Rodrigues Filho, Affonso; Lima, Ruy Guimarães & Oli- veira, Reinaldo Silveira de Alguns aspectos do abscesso amebiano do fígado observados no Pará 185 Moraes, Mario A. P. & Ferreira, José Luiz de Souza Micoses superficiais e profundas na Amazónia 189 Otero, Neide Britto; Maneschy, Luiz Alberto Paiva; Lima, Ruy Guima- rães; ViANNA, Camillo Martins; Rodrigues Filho, Affonso; & Britto, Rubens da Silveira Níveis sanguíneos de ferro orgânico na síndrome anèmico-pa- rasitária 203 Pinheiro, Francisco de Paula & Dias, Leônidas Braga Virus Mayaro e Una: Estudo de variantes produzindo grandes e pequenas placas 211 Shope, Robert E.; Paes de Andrade, Amélia Homobono; & Bensabath, Gilberta The serological response of animais to virus infection in Utinga forest, Belém, Brazil 225 Simpson, Larry P. Morphogenesis and the function of the kinetoplast in Leishmania 231 ViANNA, Camillo Martins; Rodrigues Filho, Affonso; & Britto, Rubens da Silveira Da nosologia amazônica: síndrome anêmico-parasitária 235 ViANNA, Camillo Martins Puçangaria amazônica (ensaio de estudo) 251 ViANNA, Camillo Martins Curiosidades do atendimento médico em pequena povoação ama- zônica 271 ViANNA, Camillo Martins Glossário popular em semiótica (Coletânea em localidade ama- zônica) 285 cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Atas do Simpósio sôbre a Bíota Amazônica Vol. 6 (Patologia): 1-23 — 1967 PARASITOSES AMAZÔNICAS DJALMA BATISTA Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, Amazonas INTRODUÇÃO A primeira referência a uma doença parasitária do homem ama- zônico, encontramo-la na memória de Alexandre Rodrigues Ferrei- ra (1), sôbre enfermidades da Ca- pitania de Mato Grosso, agora di- vulgada por Glória Marly D. C. Fontes. Trata-se da descrição de acessos típicos de malária, sob o título de Intermitentes ou Sezoens e Maleitas-. “O seu caracter con- siste na sua intermissão; ficando os febricitantes livres de febre, por algumas horas, ou dias, segundo he o genero a que ella pertence, porque ou he quotidiana, ou ter- cÃA, ou quartãa”. Outras informações esparsas de- paramos depois nos relatórios dos presidentes da Província do Ama- zonas. Dados de maior precisão, embora ainda incompletos, só va- mos deparar mais tarde em traba- lhos de Matta (2), Campos (3), e Thomas (4). Merecem também ser lembrados, como ponto de referência, os tra- balhos de saneamento da região percorrida pela Estrada Madeira — Mamoré, durante a sua constru- ção, de que resultaram os relatórios de Belt (1908) , Lovelace, Tanaju- ra e OswALDO Cruz (todos de . . . 1910), publicados em 1913 (5). Cremos porém que o estudo sis- temático, clínico e laboratorial, das parasitoses do homem na região, especialmente da malária, surgiu com a expedição Chagas — Pedro- so — Pacheco Leão, realizada em 1913, e de que resultou o famoso relatório de Cruz sôbre as condi- ções médico-sanitárias do Valle do Amazonas (6). Quando a Missão Rice visitou a Amazônia, em 1924-5, trouxe um grupo de tropicalistas, integrado por Strong, Shattuck, Bequaert & Wheler (7), ao qual devemos o “Medicai Report of the Harvard- Rice 7th Expedition to the Ama- zon”. 1 — 37.152 cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Atds do Simpósio sobre a Biota Amazônica Na década de 30, Evandro Cha- gas, ao tempo da fundação do Ins- tituto de Patologia Experimental do Norte, depois Instituto Evandro Chagas, iniciou o estudo do cala- zar, nos municípios de Abaeté e Mojuno, Estado do Pará, tratando simultâneamente de uma série das então chamadas grandes endemias. Daí em diante o Instituto Evan- dro Chagas, em boa hora depois en- tregue à direção do SESP, realizou numerosos inquéritos epidemioló- gicos e pesquisas originais, esten- dendo-os a vários pontos da área amazônica, todos de grande inte- rêsse para a ciência em geral e para a saúde pública regional. Diversos organismos federais vêm, a partir da II Grande Guer- ra, trabalhando sôbre malária e ou- tras endemias rurais, reunindo uma massa de informações muito grande e importante. Em 1954, criou-se em Manaus o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, que está empreendendo também investigações no cam-po da parasitologia. Fato de suma relevância a assi- nalar, foi o aparecimento de nu- merosos parasitologistas de reno- me, nascidos na Amazônia, valen- do a sua citação como homenagem merecida e estímulo aos jovens que estão se iniciando na pesquisa cien- tífica — Orlando Costa, Leônidas Deane, Maria P. Deane, Felipe Nery Guimarães, Lobato Paraense, Mi- guel Azevedo, Raimundo Dias. ECOLOGIA DAS PARASITOSES Há evidentemente uma relação muito estreita entre os parasitos que acometem o homem da Ama- zônia, seus transmissores e hospe- deiros, e o meio físico. Caracteri- zam-se na região, claramente, os “nichos naturais de doenças”, de conceito de Pavlovsky (8), inte- grando os estudos ecológicos e epi- demiológicos, dentro da biocenose hospedeiros-parasitos. Verdade é que, na Amazônia, as doenças que mais freqüentemente acometem o homem são as parasi- tárias, quase sempre sob o caráter de doenças de massa, em conse- qüência de fatos ecológicos, que tentaremos revisar. E dentre os pa- rasitos, sobressaem os protozoários, como já assinalara Carlos Cha- gas (9) : “Os protozoários são mais abundantes nos trópicos, ao passo que as bactérias mais freqüente- mente ocasionam a moléstia infec- tuosa nos climas frios”. Talvez as causas disto estejam ligadas à geologia, climatologia, hi- drologia e fatôres florestais e fau- nísticos próprios da região amazô- nica. Procuraremos fixar tais pon- tos-de-vista, através de exemplos característicos, antes de passar em revista as doenças parasitárias mais encontradiças. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) a) Constituição geológica: Só dois focos de esquistossomose até agora foram assinalados na Ama- zônia, ambos no Estado do Pará: Quatipuru (na região bragantina) e Fordlândia (no rio Tapajós), o primeiro na Formação Pirabas, e o outro na Formação Itaituba, am- bos em faixas de Carbonífero, onde abundam sais minerais, para a for- mação da carcassa dos caramujos hospedadores. Eis um exemplo de como a constituição geológica está influindo sôbre a eclosão de uma doença parasitária muito grave. b) Fatores climáticos: A tem- peratura alta, com umidade ele- vada, reinante na Amazônia, cria condições especiais para que os ovos de vários helmintos, principal- mente os Ancilostomídeos, deposi- tados diretamente sôbre a terra, evoluam até poderem aparecer as larvas infestantes. A terra, segun- do Beaver (10), funciona neste caso como um verdadeiro hospeda- dor inanimado. Por outro lado, às chuvas que se distribuem abundantemente por todo 0 vale, a exceção dos poucos meses de estiagem, devemos a for- mação e a manutenção de coleções de água estagnada ou corrente, aquecidas pelo sol equatorial, nas quais se criam favoravelmente os mosquitos, cuja distribuição geo- gráfica, incluindo 216 espécies, foi estabelecida por Cerqueira (11). Embora nem sempre, e felizmen- te, os mosquitos transmitam doen- ças, constituem sem dúvida uma das mais terríveis pragas da Ama- zônia, prejudicando o trabalho hu- mano durante o dia, especialmen- te devido aos maroins (Ceratopogo- nídeos) e piuns ou borrachudos (Simulideos) , e o repouso durante à noite (Culicídeos) . c) Fatores hidrológicos: É nas corredeiras e águas que se movi- mentam velozmente, que se desen- volvem os Simulideos, entre os quais figura o Simulium amazoni- cum, transmissor da Mansonella ozzardi. Nas águas neutras ou alcalinas das faixas de Carbonífero, se en- contram Planorbideos, hospedado- res intermediários de Schistosoma mansoni. É verdade que águas brancas de pH ácido, como as da ilha do Careiro, e pretas, também ácidas, do igarapé da Cachoeirinha, em Manaus, já abrigam exempla- res de Biomphalaria, como foi constatado recentemente pelo INPA. A composição das águas é outro fator a ser invocado quando se considera a grande predominância de Anopheles aquasalis na região de Belém e tôda a zona de Salga- do do Estado do Pará: as águas aí são salobras. No restante da planí- cie amazônica abundam as outras espécies de Anofelinos, inclusive o famoso A. darlingi, que, a partir de 1931, depois dos trabalhos de Davis, cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica mais tarde confirmados por Shan- NON, passou a ser considerado o mais importante transmissor de malária da região. d) Fatôres florestais e faunísti- cos: Primeiro a floresta m^tém e alimenta inúmeros animais que atacam o homem (ofídios, por exemplo) ou servem de reservató- rios a parasitos que o acometem (caso dos roedores, depositários da Leishmania) . Só nas florestas se criam os Fle- bótomos, em cujo organismo se passa a fase intermediária entre o ou os reservatórios sUvestres das citadas Leishmania e o organismo humano) . DOENÇAS DE TRANSMISSÃO POR HEMATÓFAGOS MALÁBIA A mais difundida e a mais gra- ve das parasitoses humanas na Amazônia ainda é a malária. Essa difusão deve ser conseqüência da presença de Anopheles darlingi e da grande densidade de outros transmissores potenciais, tudo na dependência das condições ecoló- gicas propícias à sua criação. Na biologia dos mosquitos, especial- mente de darlingi, há que conside- rar a antropofilia e a endofilia pre- dominantes. Para a transmissão, também in- flui o fator temperatura, que se apresenta nos limites ideais, isto é, acima de 21°C e abaixo de 34°; como êstes limites são raramen- te ultrapassados, e considerada a umidade raramente inferior a 60%, há transmissão de malária na Amazônia pràticamente duran- te 0 ano inteiro. Certas épocas, po- rém, variando de lugar a lugar, mostram recrudescência da ende- mia. Duas causas explicam por que a malária foi, em fins do século pas- sado e princípios dêste, aquilo que OswALDo Cruz classificou de “du- ende da Amazônia”, produzindo as terríveis mortalidades verificadas quando da exploração dos seringais nativos e da construção da Estra- da de Ferro Madeira — Mamoré: l.° a imigração dos organismos fi- sicamente depauperados, virgens à infecção plasmodial; 2.° a inexis- tência de mínimas condições de sa- neamento, tanto urbano quanto rural. As obras da engenharia sanitá- ria tentadas, a não ser nas capitais, falharam total ou parcialmente: a drenagem de um igarapé, por exemplo, feita na vasante, ficava prejudicada logo a seguir à enchen- te sobrevinda com a estação chu- vosa. Quininização e atebrinização, curativas e preventivas, pouco in- fluiram também sôbre a marcha epidemiológica da doença, que só cedia terreno à medida que os or- ganismos alcançavam a própria re- lativa imunidade ou resistência. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 5 Depois da II Grande Guerra, po- rém, modificou-se totalmente o pa- norama, com as borrifações domi- ciliares com 0 DDT, principal in- seticida de ação residual, e a apli- cação dos medicamentos curativos à base de cloroquina. É preciso porém salientar que nas habitações do interior da Ama- zônia, sempre cobertas de palha, a ação dos inseticidas tem algumas sérias limitações: as paredes das casas, quando existem, têm gran- des frestas entre as tábuas de ma- deira ou de palmeira, outras vêzea não vão até o teto, deixando uma entrada livre para novas levas de mosquitos. A 1.^ conseqüência da utilização dos novos elementos na luta con- tra a malária foi a queda da mor- talidade. Em Belém, o coeficiente de mortalidade no ano de 1940 foi em tôrno de 300 por 100.000 habi- tantes, enquanto em 1959 baixava para 8. Em Manaus, o coeficiente de 1940 foi à volta de 360, seguin- do-se uma elevação para 402 em 1944, baixando em 1959 a 10. Outra modificação foi a perda de terreno por parte do Pl. vivax. De 1942 a 1946, Deane (12), analisan- do os resultados de 185.214 lâmi- nas, provenientes de 207 inquéritos (76 localidades), encontrou 3,1% de positivos, sendo 63,2% de formas de vivax, 36,6% de falciparum e 0,2% de malariae. De 115 localida- des investigadas, entre 1942 e 1946, 81 tinham A. darlingi na sua fau- na de mosquitos, e nas localidades com esta espécie as hemoscopias tiveram um máximo de 72,9% de positividade; onde não havia dar- lingi, o máximo da positividade foi de 3,4%. Batista (13), em 801 exa- mes, procedidos em Manaus, de 1940 a 1943, teve 34,45% de positi- vos, sendo 31,5% para vivax, 1,7% para falciparum, 0,9% para a as- sociação vivax-falciparum e 0,1% para vivax-malariae. E comprovando o resultado espe- tacular da nova tática da campa- nha, tivemos o depoimento dos clí- nicos: a malária deixara de com- parecer às enfermarias e consultó- rios naquela proporção prevalecen- te dos tempos anteriores ao DDT e à cloroquina, tempos em que se justificava na Amazônia o precei- to médicc de que se devia pensar palúdicamente, parafraseando o dito de Austregésilo, aí por 1918, de que no Brasil se devia pensar sifiliticamente. Com o programa de aplicação de sal cloroquinado, houve lastimável- mente dois erros de conseqüências funestas no combate à malária na Amazônia: l.° a suspensão da apli- cação do DDT, durante vários anos; 2P a tentativa de introduzir o sal cloroquinado em tôda a imen- Volume 6 (Patologia) 7 UNIDADE ANO Amostras sangue examinados POSITIVAS FALCIPARUM VIVAX F + V Mês de maior positividade N.o % N.o % ACRE 1962 1.197 113 9.4 82 72,5 31 — outubro 1963 4.403 40S 9.2 259 63.4 149 — janeiro 1964 6.816 391 5,7 167 42.7 221 3 março 1965 7.370 363 4.9 164 45,1 195 4 dezembro EONDONIA 1962 5.199 1.279 24.6 992 77,5 272 15 setembro 1963 7.951 1.970 24,7 1.453 73.7 500 17 abril 1964 8.734 1.569 17.9 967 61,0 590 10 fevereiro 1965 9.005 1.570 17,4 1.196 76,1 358 16 dezemlvo ROR.\IMA 1962 2,761 919 33,2 657 71,4 261 1 outubro 1963 7.837 2.501 31.9 1.618 64.6 868 5 fevereiro 1964 5.949 1 053 17,7 530 50,3 512 11 janeiro 1965 7.991 560 7,0 269 48 284 7 novembro AMAPÁ 1962 2.736 825 30.1 631 76,4 192 2 junho 1963 10.510 2.738 26,0 1.695 61,9 1.015 29 fevereiro 1964 15.677 2.240 14.2 1.260 56,2 975 5 janeiro 1965 12.486 1.346 9.2 715 53,1 620 1 janeiro AMAZONAS 19«2 21.505 6.802 31.6 4.347 63.9 2.334 121 abril 1963 32.839 6 238 18.9 3.418 54.7 2.793 36 fevereiro 1964 32.286 2.849 8,8 1.502 52,7 1.316 * 31 fevereiro 1965 49.450 4.402 8.9 3.218 73,1 1.118 66 setembro PARÁ 1962 51.706 15.778 30.3 10.546 67,3 4.909 213 janeiro 1963 77.320 20 154 26.0 11.816 58.8 8.088 250 março 1964 100. 150 16.878 16,8 9.254 54,8 7.476 148 agÔ3to 1965 103.409 11.366 10,9 4.747 41,8 6.512 107 janeiro tôda a AMAZÔNIA 1962 85 084 25.606 30,0 17.254 67,3 8.000 .352 janeiro 1963 140 881 34.009 24,1 20.203 59.4 15.423 336 fevereiro 1964 169.609 24.980 14.7 13.682 54.7 11.010 20S fevereiro 1965 189.711 19.605 10,3 10 309 52,0 9.097 200 março Apesar dos dados acima se refe- rirem apenas a 4 anos, não permi- tindo conclusões mais seguras (in- clusive por não termos vencido aquêle prazo da “periodicidade pa- raquinquenal” de Swellengrebel) , está comprovado que os índices de positividade das amostras de san- gue examinadas estão caindo, de 1962 a 1965, em todos os Estados e Territórios da Amazônia. A positi- vidade devida ao )alciparum tam- bém caiu (exceto no Território de Rondônia e no Estado do Amazo- nas) porém não na mesma propor- ção em que caiu a positividade ge- ral, 0 que demonstra, mais uma vez, que os medicamentos à base de cloroquina são muito menos ati- vos em relação à citada espécie que ao P. vivax. O quadro referente a tôda a Amazônia mostrou que a busca ati- va e passiva de casos, para exame hemoscópico, aumentou de ano a ano, enquanto a positividade vem decrescendo também de ano a ano, de 30% em 1962 para 10,3 em 1965, 1. I, SciELO 8 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica enquanto o aparecimento do falci- parum, que foi de 67,3% em 1962 ainda estava em 52,0 em 1965. O fato mais auspicioso a assina- lar, porém, dos trabalhos da Cam- panha de Erradicação da Malária na Amazônia, é a situação alcan- çada no Território do Roraima, onde já existem áreas pràticamen- te isentas da doença. Temos que estar atentos, entre- tanto, a um nôvo aspecto da malá- ria, que já tinha sido assinalado em 1963 por Pessoa (16), da possibili- dade do homem se infectar com plasmódios de macacos. Estão sen- do estudados presentemente o Plasmodium simeum e o Plasmo- dium brasilianum cujas formas podem se confundir, respectiva- mente, com as de P. vivax e P. ma- lariae. Tais idéias estão tendo con- firmação no Brasil com as pesqui- sas de Deane (17), que vem traba- lhando, inclusive, material da Amazônia, em colaboração com o INPA. Grandemente sugestivas são as informações de Makques & Doura- do (18), no resumo dos trabalhos na cidade de Manaus, no citado pe- ríodo (1962 a 1965) , concluindo que a endemia deixou de se constituir um problema de saúde pública. Foi estabelecida uma “barreira”, atin- gindo 24.551 prédios, em 20 bair- ros. “Dos 492 casos de P. falcipa- rum investigados em 1965, 5 foram classificados como “autóctones”, ou seja 1% do total, embora pes- quisas entomológicas intensivas não tenham demonstrado a pre- sença de espécies vetoras nos lo- cais onde teria ocorido provável- mente a transmissão, não se regis- trando também outros casos de malária nos citados locais”. No Pará, um trabalho de Athias (19) e colaboradores, concluiu, em janeiro de 1965, que a malária, através dos inquéritos realizados em busca ativa e passiva, ainda continua sendo um problema sani- tário importante. Referem os auto- res que 95% dos anofelinos captu- rados nos 11 municípios trabalha- dos, era A. aquasalis; referem tam- bém a ausência de darlingi na ci- dade de Belém, onde o aquasalis sozinho, mantém a endemia, inclu- sive na zona de Salgado. LEISHMANIOSES Das doenças parasitárias de transmissão por hematófagos, na Amazônia, o 2.° lugar, em freqüên- cia, cabe às leishmanioses. Já o relatório de Oswaldo Cruz (6), baseado nas observações de Chagas, Pedroso e Pacheco Leão, as registrava minuciosamente, da- tando daí provàvelmente os pri- meiros diagnósticos etiológicos se- guros das úlceras reinantes da Amazônia. Coube também à citada missão médica a prioridade da apli- cação do tratamento antimonial. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) pouco depois de sua descoberta pelo paraense Gaspar Viana. As “feridas brabas”, nas formas cutânea e muco-cutânea, são uma causa de grande sofrimento para as populações do interior, onde se encontram numerosos casos em evolução, ao lado de pessoas com cicatrizes denunciadoras ou muti- lações da face. São atingidos mais commnente os extrativistas, os tra- balhadores das estradas e os agri- cultores quando preparam roças na terra firme. Moraes (20) tem em elaboração um trabalho, em Manaus, com mais de 150 casos de leishamanio- ses cutânea e muco-cutânea, diag- nosticados pela pesquisa dos pa- rasitos, ou pela anatomia patológi- ca, ou ainda com auxilio da intra- dermo-reação de Montenegro. To- dos êsses casos foram originários da hinterlândia e a finalidade do autor é estabelecer a distribuição geográfica da doença no Estado do Amazonas. A transmissão só se faz onde se realizam derrubadas na floresta, ou no seio da própria floresta, lá onde os flebótomos têm os seus criadouros, e onde também se en- contram o ou os hospedeiros silves- tres da doença. O transmissor in- criminado na Amazônia, para as formas cutânea e muco-cutânea, é o Phlebotomus intermedius. Com a visita de Lainson a Be- lém, vindo de Honduras Britânica, onde encontrara roedores süvestres com lesões leishmanióticas na cau- da, foram identificados os primei- ros exemplares positivos de reser- vatório silvestre da doença na Amazônia, — ratos da espécie Ori- zomys goeldii, com lesões típicas também na cauda. Seguiram-se as publicações de Guimarães & Aze- vedo (21) e Guimarães & Costa (22) , elucidativas do assunto. A grande predominância é das formas puramente cutâneas, se- guindo-se-lhe as muco-cutâneas. De forma difusa e lepromatóide da leishmaniose são conhecidos na re- gião 2 casos, o segundo dos quais está internado na enfermaria do Prof. Domingos Silva, na Santa Casa de Belém, sendo responsável, ao que tudo faz crer, a Leishmania brasiliense, var. pifanoi: é o famo- so Raimundinho, que todos os der- matologistas e tropicalistas fazem questão de ver de perto, e, quan- do possível, de examinar, do qual Guimarães (23) publica fotogra- fias em artigo de revisão apareci- do em janeiro de 1965. Além das citadas formas tegu- mentares, há ainda a assinalar que Evandro Chagas diagnosticou 8 casos de calazar nos municípios de Abaeté (hoje Abaetetuba) e Moju, em 1938, no Estado do Pará, havendo mais 18 casos diagnosti- cados por viscerotomia, por Pena e Pará. Alencar, Pessoa & Costa (24) , partindo de um caso autócto- cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 10 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica ne de calazar procedente de San- tarém, procederam, em 1961, a um inquérito epidemiológico na referi- da cidade, examinando mais de 500 pessoas, comprovando a presença de leishmânias de morfologia idên- tica à da L. doTiovani no esfregaço da medula esternal de 3 pacientes. Também encontraram 11 cães in- fectados (esfregaços de fígado), além de mais 8 descobertos após reação de fixação de complemen- to. Quanto ao transmissor de ca- lazar na Amazônia, não foi ainda especificamente determinado, po- rém as capturas de flebótomos, re- feridas por Deane (25) , mostraram que, em 909 exemplares, 904 eram de Phlebotomus longipalpis. FILARIOSES Duas filárias são encontradas na Amazônia, com distribuição geo- gráfica, epidemiologia e sintomato- logia inteiramente diversas: b.Wu- chereria bancrofti, na zona costei- ra, cuja presença vai diminuindo à medida que se sobe o rio Amazo- nas, até Manaus, que parece ser o limite Oeste do parasito; a outra é a Mansonella ozzardi, na zona inte- riorana, de Manaus para o Norte e o Oeste. Os transmissores das duas já estão bem determinados: Culex pipiens fatigans para a bancrofti; para a ozzardi, Cerqueira (26) de- terminou, no grande foco de Coda- jás, tôda a evolução do parasito no organismo do Simulium amazcni- cum. Buckley (27) tinha determi- nado nas Antilhas, que a transmis- são era feita pelo Culicoides furens. A bancroftose está concentrada na cidade de Belém, onde vários in- quéritos já foram feitos, destacan- do-se o de Causey et alii (28), em 1945, mostrando uma incidência de 10,8%, e o de Deane & Damasce- No (29), em 1951, apresentando 9,8%. Em Manaus, o l.° inquérito foi feito por Maria Deane (30), em 1948, encontrando um índice de microfilaremia de 2% de bancrofti. Rachou, Lacerda & Barbosa (31), em 1955, encontraram também 2%; Oliveira (32), em 1958, en- controu apenas 0,33% de resulta- dos positivos, e nem um caso au- tóctone. O que é importante assinalar é que, coincidindo com a aplicação de microfilaricidas, à base de pipe- razina, o índice de microfilaremia da cidade de Belém vem diminuin- do: em 1957 era de 8,5%, caindo em 1962 para 3,3. No interior do Es- tado do Pará sòmente três muni- cípios revelaram índices de média endemicidade: Soure , em 1955, teve um índice de positividade de 6,1%^ baixando para 2% em 1963; Vigia, de 5,2% passou a 2,1; e Ca- metá, de 4,5% a 1,4 (Athias & Gueiros (33). Quanto à Mansonella ozzardi, foi objeto de um grande inquérito, de 1952 a 1954, realizado por La- cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 11 CERDA & Rachou (34), nas sedes municipais dos Estados do Amazo- nas e dos Territórios do Acre, Gua- poré e Rio Branco. Os índices de microfilaremia mais altos encon- trados foram nas localidades da margem do rio Solimões (Codajás, Coari, Tefé, Fonte-Boa e São Pau- lo de Olivença), e no alto rio Ne- gro (Uaupés). Nos Territórios, ape- nas 2 pessoas positivas foram en- contradas na cidade de Boa Vista. Lage (35) estudou amostras de sangue, sôro e pele (biopsia) de ín- dios do grupo Aruak, do rio Içana (região do alto rio Negro), 63,1% de sôros positivos e 63,8% de esfregaços (métodos de Lleras) . No Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, D’Andretta Jr. & Silva (36) encontraram recente- mente índios com a alta positivida- de de 62,8% para microfilárias da Mansonella ozzardi. A patogenicidade de ozzardi era considerada duvidosa, até 1958, quando Batista, Oliveira & Ra- BELLO (37) tiveram oportunidade de comprovar, examinando a po- pulação de Codajás, no Estado do Amazonas, que causa realmente uma moléstia benigna no organis- mo humano, traduzida por uma sé- rie de sintomas: dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo, frieza das pernas, dores articulares e adenite inguinal. Ainda há a registrar que, em amostras de sangue colhidas em vila Pereira, no rio Surumu, Terri- tório de Roraima, Oliveira (38) encontrou, pela 1.^ vez no Brasil, um caso positivo para Acanthcchei- lonema perstans, em cidadão fran- cês, oriundo da antiga Guiana In- glesa, onde o parasito já havia sido assinalado. DOENÇAS COM HOSPEDADORES ANIMADOS ESQUISTOSSOMOSE O 1.0 foco de esquistossomose na Amazônia foi encontrado em Ford- lândia, no rio Tapajós, município de Itaituba, em novembro de 1949, por Machado & Martins (39). Se- guiram-se nêle estudos de Maroja (40) e SiOLi (41). Maroja encontrou, em 202 co- proscopias, 72 resultados positivos (36,6%), dos quais 45 pessoas nas- cidas e criadas no lugar. Os Pla- norbideos coletados foram exami- nados, não sendo porém encontra- dos com 0 parasito. A identifica- ção mostrou serem Tropicorbis pa- paryensis (hoje Biomphalaria stra- mineus ) . Em 1961, ScAFF & Gueiros (42), entre 2.301 pessoas examinadas, ti- veram 96 positivas para Schistoso- ma mansoni (4,57%). O 2.0 foco, de Quatipuru, muni- cípio de Capanema, hoje municí- pio de Primavera, também no Es- tado do Pará, foi previsto por Sio- cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 12 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica LI (43) , depois de estudar a limno- logia da região bragantina, e por Maroja (40) , depois de um inqué- rito epidemiológico. Os primeiros doentes originários do mesmo fo- ram diagnosticados em 1957, por B. SÁ vindo a seguir os estudos de Gueiros (44), que teve 15,9% de positividade, em 673 exames de fe- zes realizados em habitantes dos sí- tios Santarém, Campo Grande, Campo do Bem-Bom, Campo do Careca e Campo do Basílio. Os ca- ramujos existentes no foco são dois importantes hospedadores: Biomphalaria glabratus e B. stra- mineus. Trabalho conjunto do Instituto e do Departamento Nacional de En- demias Rurais, SESP e INPA, foi realizado, na região. O inquérito coprológico, então procedido por Moraes (45) , entre 405 pessoas, foi positivo em 49 (12%). As reações intradérmicas, praticadas por Aguiar & Batista, com antí- geno recebido do Communicable Diseases Center, mostrou, em 339 pessoas testadas, 60 positivas (17,6%): todos os positivos, tanto à coproscopia como à intradermo- -reação, eram clinicamente assin- tomáticos. Fittkau fêz, na ocasião, estudos limnológicos, e Rodrigues trabalhou com a vegetação de Qua- tipuru assinalando, de mais impor- tante, a presença de Caráceas. Cou- be a Paraense a coordenação geral da pesquisa, ainda não concluída, e a malacologia da área. Já tivemos oportunidade de re- ferir o achado de caramujos do gê- nero Biomphalaria (inclusive uma espécie nova batizada de amazôni- ca por Lobato Paraense (46) nos igarapés e lagos da ilha do Careiro e no igarapé da Cachoeirinha, a Leste de Manaus, o que constitui uma advertência para o perigo po- tencial que representa a dissemina- ção na Amazônia da endemia que tanto castiga o Nordeste e o Leste do Brasil. Em 1951, já denunciára- mos o grave problema sanitário que estava se criando na Amazônia, com o aparecimento da esquistos- somose em Fordlândia, justamente quando a malária estava sendo efi- cazmente. Finalmente, negamos que os fo- cos maranhenses de São Bento e Cururupu estejam na região ama- zônica, embora o limite da Ama- zônia Legal seja o meridiano de 44°: ambos os municípios estão na Baixada Maranhense, que nada tem de hileana, como verificamos, há dois meses, sobrevoando a região. TENÍASES São encontrados casos isolados de infestação por Taenia solium, sem constituírem porém um pro- blema de saúde pública. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 13 Também há achados de ovos de Hymenolepis nana em exames de fezes. DOENÇAS COM HOSPEDADOR INANIMADO t HELMINTOSES INTESTINAIS De acordo com o conceito de Beaver (10), antes exposto, de que o solo quente e úmido pode ser con- siderado um verdadeiro hospeda- dor intermediário para os ovos de certos helmintos intestinais, pas- saremos em revista algumas doen- ças do grupo, que são das que mais acometem o homem amazônico. São particularmente importantes a ancilostomose, a mais grave das en- demias rurais da Amazônia, depois da malária, pela grande espoliação sanguínea que promove, e a asca- ridiose, pela série de sintomas di- gestivos e nervosos que produz, in- clusive as migrações anômalas do verme adulto. Sendo as helmintoses doenças primordialmente da infância, como ensina Pessoa (16), provocam grande prejuízo nos processos di- gestivos e na assimilação, influin- do portanto na evolução somática. Reúnem os seus efeitos aos da po- breza alimentar reinante. Segun- do Beaver (10), sua prevalência em distintas coletividades serve de índice de sua categoria sócio-eco- nômica. Os dois inquéritos de Costa (47) mostraram os seguintes resultados quanto à ancilostomose: CIDADES/ ESTADOS POSITIVOS % 1.® inquérito 2« inquérito Cametá — Pa 31,9 27,9 Abaetetuba — Pa 29,0 27.0 Monte Alegre — Pa- 31,6 25,3 Itacoatiara — Am 49.4 23,5 TOTjU. 37,6 25,4 Em Coda j ás, no Estado do Ama- zonas, Moraes (48) encontrou .... 68,6% de ancilostomídeos, pelo exame direto, percentagem que se elevou a 77,9 após sedimentação. Nos municípios de Ponta de Pe- dras e Soure, na ilha de Marajó, Estado do Pará, Azevedo & Maro- JA (49), em crianças entre 7 e 14 anos, encontraram dados impor- tantes; MUNICÍPIOS POSITIVOS % Zona urbana Zona rural Total Ponta de Pedras Soure 60,1 92,3 88,5 97,7 59,3 95,0 MÉDIA 76,2 93,1 S0.7 Nas duas principais capitais da Amazônia, Belém e Manaus, as per- centagens são mais baixas : em Be- lém, no inquérito de Cause y, Cos- ta & Causey (50) , os ancilostomí- deos apareceram com 42,3% em pessoas abaixo de 15 anos, e com 46,5 em pessoas de 15 anos e mais; em Manaus, apenas entre escola- 14 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica res, usando método direto, Olivei- ra (51) encontrou 49,8% de posi- tivos, número um pouco mais alto que 0 registrado para Belém. Os dados apresentados mostra- ram quanto as cidades do interior, e especialmente a zona rural, são mais castigadas pela ancilostomo- se, 0 que deve ser conseqüência do saneamento precário do meio e da falta de hábitos higiênicos da po- pulação. E tanto é assim que na Colônia Militar de Cucuí, no alto rio Negro, Estado do Amazonas, o inquérito realizado por Carvalho & Oliveira (52) mostrou apenas 20,7% de amostras de fezes positi- vas para ancilostomídeos, compro- vando que, onde medidas proteto- ras da saúde do homem a educa- ção sanitária são postas para fun- cionar, as endemias rurais, princi- palmente a ancilostomose, entram a perder terreno e importância. Na verdade a situação de Belém, por exemplo, tem melhorado con- sideràvelmente, como se depreen- de da estatística do Departamen- to Nacional de Endemias Rurais — ^ Circunscrição do Pará, publicada por ScAFF, Gueiros & Bento (42) , em 1959 houve 22,2% de exames positivos; em 1960, número idênti- co; em 1961, 21,1%; em 1962, 27,2%; em 1963, 18,1% e em 1964, 15,5%. Basta comparar êstes resul- tados com 03 de Causey et alii, aci- ma referidos, publicados em 1947, para se concluir que a situa- ção está melhorando significativa- mente. Mas 0 1.0 lugar entre as helmin- toses intestinais é ocupado na Amazônia pela ascaridiose, logo se- gui3a pela tricocefalose, como de- monstram os seguintes dados, obti- dos de vários inquéritos: LOCALID.^DES ESTADOS EXAMES POSITIVOS % INQUÉRITOS Àscaris Trichuris Autores Ano Belém — Pa. 64.8 22.1 C.ACSEY et al. (50) 1943 Belém — Pa. 87,1 53.5 SC.AFF et al. (42) 1964 Nfanaus — Am 77.2 70,4 OLIVEIR.A (51) 1957 Cametá — Pa 81.5 75.0 COSTA (47) 1944 Abaetetuba — Pa 97.0 84.0 COSTA 1944 Monte Alegre — Pa. 76,2 58,8 COSTA 1944 Codaiás — Anu 87.5 83.2 M0R.AES (48) 1958 Cucuí — Am 80,6 72.8 C.ARV.ALHO et al. (52) 1961 Não é absolutamente destituída de importância a incidência de es- trongiloidiase e da oxiurose, sen- do que a primeira só se apura me- lhor usando o método de enrique- cimento de Baerman, e a segunda não pode ser investigada senão através da anal swab. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 15 ZOO-PARASITOSES TRANSMITIDAS AO HOMEM LEPTOSPIROSE A primeira referência à leptospi- rose na Amazônia foi feita por Matta (53), em 1919, quando en- controu leptospira na urina de um paciente com doença icterígena aguda. Posteriormente em 1946, Dea- NE (54) realizou um inquérito, para Leptospira icterohemorrhagiae, en- tre ratos da cidade de Belém, en- contrando 11 exemplares infecta- dos (19,6%), entre 56 examinados. Tôdas as amostras isoladas mos- traram-se virulentas para animais de laboratório. Em Manaus há noticia de um caso, em 1962, que foi comunicado à Associação Médica do Amazonas, pelos Drs. Carlos Borborema e Emi- lio Medauar, de doença de WeU em paciente vindo do interior, em cuja urina foi encontrado o espiroqueta (embora sem ser tipado sorològi- camente) e cujo quadro agudo ce- deu completamente com medicação antibiótica. Vindo do Caracaraí, no Territó- rio do Rio Branco, foi manda- do a exame anátomo-patológico no INPA, material de uma visceroto- mia, em que Moraes (55) consta- tou lesões características. Nessa ocasião houve um surto de doença. que matou várias pessoas, suspei- tas clinicamente de leptospirose. O problema existe, portanto, e deve estar ligado a reservatórios animais do parasito, especialmente ratos domésticos e silvestres. É um assunto que está exigindo pesquisa acurada. BALANTIDIOSE Parasita do porco, o Balantiãium coli vez por outra comparece nos exames de fezes, coincidindo o seu aparecimento com uma síndrome diarréica ou disenteriforme, acom- panhada de dores abdominais mais ou menos intensas. O 1.0 registro da presença do ci- liado na Amazônia foi feito por Fernandes (56) em Manaus, no ano de 1937. Pessoalmente temos encontrado freqüentes vêzes, notadamente nos últimos anos, em nosso laboratório de patologia clínica, formas vege- tativas de Balantidium coli, em fe- zes levadas a exame. DOENÇAS DE TRANSMISSÃO NÃO DEFINITIVÃMENTE ESTÃBELECIDA PINTA OU PURU-PURU O estudo mais completo sôbre a pinta ou puru-puru na Amazônia foi publicado por Guimarães & Ro- drigues (57) tratando da distribui- ção geográfica, dados clínicos e epi- cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 16 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica demiológicos, etiologia, anatomia patológica, sorologia e tratamento. A doença, que é exclusiva do Nô- vo Mundo, existe na Amazônia principalmente entre índios e ca- boclos (isto é, descendentes de ín- dios e brancos), havendo rios em que 0 número de casos é muito grande (Içana, Purus, Juruá e So- limões), e somente nos Estados do Amazonas e Acre. As lesões iniciais, papulo-eritemato-escamosas, loca- lizam-se de preferência nas partes descobertas do corpo; tornam-se depois máculo-escamosas e por fim discromodérmicas. Além da transmissão direta, de doente para são, há a crença de que também se faça pela ingestão das escamas, especialmente mistu- radas a alimentos irritantes da mu- cosa bucal. Biocca (58) registrou a transmissão ritual, entre índios do Alto Rio Negro, com a flagelação de pessoas pintadas e em seguida de sãos (sempre adultos ou moços depois da puberdade) . Entre os missionários do Alto Rio Negro, há ainda uma forte convicção de que os simulideos sejam transmissores da pinta. Nas fases primária e secundária, a pinta é sensível, como as demais treponematoses, à penicilina, como foi aos arsenicais. Depois do apa- recimento das lesões acrômicas, pouco êxito se obtém com o anti- biótico, assim como com os arse- niciais pentavalentes, embora Gui- marães & Rodrigues tenham re- gistrado bons resultados em tôdas as fases da doença. TOXOPLASMOSE Apesar de suspeitada clinicamen- te muitas vêzes, a toxoplasmose não foi ainda estudada, na Amazô- nia. Houve um inquérito procedi- do na ilha de Marajó, pela V Ban- deira Científica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sob a chefia de Deane: foi praticada a reação de Sabin-Feld- man em 323 amostras de sangue colhidas na cidade de Cachoeira do Arari, de pessoas de 10 anos de ida- de para cima, sendo 268 positivas (83%), com títulos iguais ou su- periores a 1:16; a intradermo-rea- ção com toxoplasmina em 321 pes- soas, foi positiva em 212 (66%), em leitura após 48 horas e com pá- pulas acima de 1 cm. A prevalência da infecção, na cidade referida, era portanto mui- to alta: resta saber se os resulta- dos das reações imunológicas cor- respondem a achados clínicos, e se os mesmos são extensivos a outros locais da área amazônica. Eis um assunto completamente em aberto na patologia amazônica. PARASITOSES COSMOPOLITAS ENCONTRADAS NA AMAZÔNIA OUTRAS TREPONEMATOSES Além da pinta, a sífilis e a bou- ba não podiam faltar na nosologia cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 17 regional. É verdade que a sífilis, de- pois da era da penicilina, entrou em declínio; só últimamente, tal- vez em conseqüência da resistência a antibiótico, voltou a comparecer mais freqüentemente, com as ou- tras doenças venéreas, aos serviços médicos. Pessoa (16) fala na sífilis de contágio não-venéreo, encontrada nos Balcãs e algumas Repúblicas Soviéticas: na Amazônia não há notícia dela, como de resto no Bra- sil. A bouba foi ou ainda é muito di- fundida no interior, sendo objeto, atualmente, de intensa campanha por parte do Departamento Nacio- nal de Endemias Rurais, que apli- ca penicUina, inclusive, em todos os contatos dos boubáticos. Há um fato importante a assi- nalar, por todos nós, que pratica- mos laboratório clínico na região: as reações sorológicas, tanto as de floculação como de fixação de com- plemento, diminuíram de maneira surpreendente a sua positividade, de uns 15 anos para cá, correspon- dendo à difusão do uso da penici- lina. TRICOMONÍASE Largamente difundida, é respon- sável por prurido vulvar e corri- mentos vaginais, podendo a trans- missão se fazer através de objetos contaminados, vasos sanitários, etc., ou, da mulher para o homem, pelo contato sexual. PROTOZOOSES INTESTINAIS Há duas muito freqüentes: a amebíase e a giardíase. Ambas com sintomatologia variada, sobressain- do as crises disentéricas. São ra- ros os abscessos amebianos do fí- gado. Entre escolares, Causey, Costa & Causey (50) encontraram em Belém 16,6% de casos positivos de Endamoeba histolytica e 20,9 de Giardia lamblia. Em Manaus, Oli- veira (51) encontrou 14,6% de cada protozoário. Vale a pena referir também o crescimento acentuado da giardía- se desde a II Grande Guerra, com 0 deslocamento de imigrantes para a Amazônia. ANIMAIS ACIDENTALMENTE CAUSADORES DE DOENÇAS NO HOMEM OFÍDIOS Realmente nem há tantas cobras na Amazônia, como se apregoa, nem predominam entre elas as ve- nenosas. As mais importantes de tôdas, e que só se encontram em regiões densamente florestadas, são as do gênero Lachesis, que produ- zem grande quantidade de veneno, de ação local e geral muito rápida e grave. Sendo muito pequena a 2 — 37.152 cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 18 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica produção de sôro anti-laquésico, e exigindo o tratamento a aplicação de grandes quantidades do mesmo, na verdade a população da Ama- zônia vive pouco protegida pela eficiente medicação. Os soros poli- valentes são constituídos apenas de sôro anti-botrópico e anti-cro- tálico. Do gênero Crotalus só temos re- presentantes nos campos do rio Branco, de Marajó e do Puciari, o que confirma a sua clássica distri- buição geográfica. As corais venenosas estão presen- tes na Amazônia apenas com o gê- nero Micrurus. Bothrops há vários. Acreditamos que o maior número de acidentes ofídicos na região sejam causados por êles. PEIXES Referimos apenas os choques elé- tricos produzidos pelo poraquê (Electrophorus electricus) e as fer- radas de arraias (gêneros Dis- cens e Potamotrygonidae) , extre- mamente dolorosas, e que são se- guidas de infecções graves se não houver a imediata retirada do “ferrão”, como chama o povo ao terrível órgão de defesa e ataque. Ainda merecem menção os aci- dentes por mordida de piranhas (gênero Pigocentrus) , de que há cinco ou mais espécies nos rios e lagos da Amazônia. LARVAS DE MOSCAS As larvas de môscas, depositadas em escoriações da pele, não são muito freqüentes, mas não podem deixar de ser lembradas, por figu- rarem, vez por outra, entre os so- frimentos da população do interior, que vive sem higiene. OUTROS ANIMAIS As pessoas que trabalham den- tro d’água, especialmente na des- corticação da juta, são assaltadas algumas vêzes por sanguessugas que, além da espoliação sanguínea, ainda causam um mal-estar enor- me, e são de difícil remoção. O único espongiário de água do- ce, o “cauixi” ou “cauxi”, que se encontra especialmente nos igara- pés das margens dos rios de água prêta, desprende espículas muito finas que causam prurido e irrita- ções cutânea ou das mucosas (es- pecialmente da conjuntiva ocular) difíceis de suportar. Os ribeirinhos e os que viajam pelos rios especialmente à noite e em certas fases do ano, são assal- tados por um artrópodo de porte médio, o “potó” {Paederus amazo- nicus?), que elimina uma secreção com cheiro de ácido fórmico, cau- sadora de queimadura muito forte e desagradável. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS As parasitoses na Amazônia, ape- sar de numerosas, são passíveis de combate eficiente, a exemplo das de maior gravidade e que atingem maior número de pessoas, como a malária, as helmintoses (especial- mente a ancilostomose) e as proto- zooses intestinais (especialmente a amebíase) . A malária está batendo em reti- rada nas capitais e nas regiões em que está sendo sistemàticamente combatida. As parasitoses intesti- nais entrarão em declínio, como já estão entrando nas capitais e cida- des mais adiantadas, à medida que as providências para o saneamento do meio e a educação sanitária vãc se fazendo sentir. A bancroftose vem caindo ano a ano, graças à medicação profiláti- ca microfilaricida. E tudo faz crer que a bouba será erradicada. Outras parasitoses precisam ser melhor estudadas, para estabeleci- mento de plano de ataque seguro, como as leishmanioses, esquistos- somose, leptospirose, balantidiose, pinta e toxoplasmose. A ciência e a civilização, a ser- viço do desenvolvimento social e econômico, livrarão a Amazônia mais cêdo ou mais tarde do estig- ma de região inabitável, e aqui os hcmens dominarão a natureza pri- mitiva, para se tornarem realmen- te senhores da terra. RESUMO O A. procurou reunir nesta con- ferência dados sôbre as parasitoses de maior importância para a pa- tologia humana na Amazônia, re- lacionando-as com fatores ecoló- gicos (constituição geológica, cli- ma, hidrologia, floresta e fauna). Ao estudar cada doença, reuniu as informações ao seu alcance, de- pois de rever a bibliografia exis- tente. Foram consideradas as parasito- ses transmitidas por hematôfagos (malária, leishmanioses e filario- ses), as de hospedador animado (esquistossomose e teníases) e ina- nimado (helmintoses intestinais) as zoo-parasitoses transmitidas ao homem (leptospirose e balantidio- se), doenças de transmissão não definitivamente estabelecida (pin- ta e toxoplasmose), as parasitoses cosmopolitas encontradas na Ama- zônia (sífilis e bouba, tricomonia- se e protozooses intestinais) e os animais acidentalmente causado- res de doenças no homem. Maior destaque foi dado às doen- ças de massa, especialmente malá- ria e helmintoses intestinais. Para o A., várias parasitoses es- tão a exigir estudos mais profun- dos, quanto à epidemiologia (leish- manioses, leptospirose, balantidio- se, esquistossomose, etc) e especifi- camente quanto à transmissão (pinta e toxoplasmose). cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 20 Atas do Simpósio sobre a Biota Amazônica Conclui o A. declarando-se con- victo de que a ciência e a civiliza- ção, a serviço do desenvolvimen- to social e econômico, livrarão a Amazônia, mais cedo ou mais tar- de, do estigma de região inabitá- vel, permitindo aos homens domi- narem a natureza primitiva, para se tornarem realmente senhores da terra. SUMMARY In this report the author propos- ed to resume the avaüable data relating to the parasitic diseases of greater importance in the Amazon region and, at the same time, to study the influence of some ecolo- gical factors (geology, climate, hy- drology, flora and fauna) on the developing of these diseases. He considered the parasitic di- seases transmitted by hematopha- gous insects (malaria, leishmania- sis and filariasis), other animate hosts (schistosomiasis and tenia- sis) , and those contracted from soil (intestinal worm infections). He also considered some zoonosis (leptospirosis and balantidiasis) , the cosmopolitan parasitic diseases found in Amazônia (syphUis, yaws trichomoniasis and intestinal pro- tozoa infections) and the parasitic diseases whose transmission has not yet been definitely established (pinta and toxoplasmosis) . The ve- nomous animais found in Amazô- nia were still considered. The author gave special atten- tion to the most prevalent para- sitic diseases in the region, such as malaria and helmintiasis. He emphasized that the epide- miology of certain diseases (leish- maniasis, leptospirosis, balantidia- sis and schistosomiasis) and spe- cifically the transmission of pinta and toxoplasmosis, need a more profound study in the region. The author concluded by assert- ing that Science and civilization in the field of social and economic development, will, sooner or later, free Amazônia from the stigma of being unfit human existence, thus permiting man to master the pri- mitive wUderness and eventually to become master of the land. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Ferreira, a. R., 1966, Enfermidades Endêmicas da Capitania de Mato Grosso. Cadernos da Amazônia, 10: 43-61. 2. Matta, A„ 1909, Paludismo, Varíola, Tuberculose em Manaus. 33 pp. S. Paulo, Tip. Brasil. 3. Campos, H., 1909, Climatologia Mé- dica do Estado do Amazonas. 2. ed., 109 pp. Manaus, Imp. Oficial. 4. Thomas, H. W., 1910, The sanitary condiction and diseases prevailling in Manaus, North Brazil, 1905-1909. Ann. Trop. Med. Parasit., 4: 5. Brazil Railway Co., 1913, Constru- ções de Estradas de Ferro em Re- giões Insalubres. 145 pp. Rio de Ja- neiro, Tip. do Jornal do Comércio. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 21 6. Cruz, o. G., 1913, Relatório sôbre as condições médico-sanitárias do Vale do Amazonas. 56 pp. Rio de Janeiro, Tip. do Jornal do Comér- cio. 7. Steong et alii, 1926, Medicai Report of the Harvard — Rice 7th. Expe- di tion to the Amazon. 313 pp. Har- vard Univ. Press, Cambridge. 8. Pavlovsky, Y. N., s/d, Human Di- seases with Natural Foci. Trad. do russo por D. Dottenberg. 346 pp. Moscow, Foreign Languages Pu- blishing. 9. Chagas, C. & Chagas, E., 1935, Ma- nual de Doenças Tropicais e Infec- tuosas. 59 ilust. Rio de Janeiro, Ed. Emprêsa Almanak Laemmert.. 10. Beaver, P. c., 1963, Control de los helmintos transmitidos por el sue- lo. Boi. Of. San. Pan., 54 (1) : 30-53. 11. Cerqueuia, N. L., 1961, Distribuição geográfica dos mosquitos da Ama- zônia. Rev. Bros. Entom., São Paulo, 10: 111-168. 12. Deane, l. M., 1947, Observações sô- bre a malária na Amazônia brasi- ieira. Rev. SESP, 1(1): 3-60. 13. Batista, D., 1946, O Paludismo na Amazônia. 212 pp. Rio de Janeiro, Imp. Nac. 14. Rodrigues da Silva, J. et alii, 1961, Resistência do P. falciparum à ação da cloroquina (nota prévia) . O Hospital, Rio, 60 (5) : 581-594. 14a. Rodrigues da Silva, J. & Lopes, P. T. A., 1964, Chloroquine resistance in Plasmodium falciparum in Bra- zil. Rev. Bros. Malariol. e D. Trop., 16 (3): 301-310. 15. Box, E. D., Box, Q. T. & Young, M. D., 1963, Chloroquineresistance of Plasmodium falciparum from Porto Velho, Brazil. Amer. J. Trop. Med. Hig., 12 (3) : 300-304. 16. Pessoa, s., 1963, Endemias Parasi- tárias da Zona Rural Brasileira. 788 pp. São Paulo, Fundo Editorial Pro- cienx. 17. Deane, L., 1966, Comunicação pes- soal. 18. Marques, A. & Dourado, H., 1966, Resumo dos trabalhos da CEM na cidade de Manaus (trab. mimeogra- fado) . 19. Athias, S. P. et alii, 1965, Situação da Malária no Pará (trabalho apre- sentado na 3.^ Jornada Médica do Pará, em Santarém), ed. mimeo- grafada. 20. Moraes, M., 1965, Comunicação pes- soal. 21. Nery Guimarães, F. & Azevedo, M., 1964, Roedores silvestres (Orizomys goeldi) da Amazônia com infecção natural por Leishmania (1.® nota). O Hospital, Rio, 66 (2) : 279-285. 22. Nery Guimarães, F. & Costa, O. R., 1964, Observações sôbre o compor- tamento da Leishmania produtora de infecção natural em Orizomys goeldi na Amazônia (2.“ nota). O Hospital, Rio, 66 (2) : 287-292. 23. Nery Guimarães, F., 1965, Estado atual dos conhecimentos da forma lepromatoide da Leishmaniose te- gumentar. O Hospital, Rio, 67 (1) ; 57-76. 24. Alencar, J. E., Pessoa, E. P. & COSTA, O. R., 1962, Calazar em San- tarém, Estado do Pará, 1961. Rev. Bras. Malariol. D. Trop., 16 (1) : 371-378. 25. Deane, L. M., 1956, Leishmaniose visceral no Brasil. 162 pp. Rio, Edi- ção do Serv. Nac. de Educ. Sanit. 26. Cerqueira, N. L., 1959, Sôbre a transmissão da Mansonella ozzardi 1.^ e 2.“ notas). J. Bras. Med., 1 (7): 885-914. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 22 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica 27. Buckley, J. J. C., 1934, On the de- velopment in the Culicoides furens Poey of Filaria (Mansonella) ozzar- di Manson, 1897. J. Helminthol. 12 (2): 99-118. 28. Causey, o. R. & alii, 1950, Studies on the incidence and transmission of filaria Wuchereria bancrofti in Belém, Pará. Amer. J. Hyg., l (1) : 3-60. 29. Deane, L. M. & Damasceno, R. G., 1952, A filariose bancroftiana em Belém, Pará, segundo inquérito realizado em 1951. Rev. Bras. Ma- lar. e Doenças Trop., (4) : 334-346. 30. Deane, M. P., 1949, Sôbre a inci- dência de filarias humanas em Ma- naus, Estado do Amazonas. Rev. SESP, 2 (3): 849-858. 31. Rachou, R., Lacerd.-i, N. & Barbosa, 1955, Inquérito de filarioses huma- nas em Manaus (Amazonas) . Rev. Bras. Malariol. e Doenças Tropicais, 7 (3): 315-324. 32. Oliveira, w. R., 1959, Filarioses hu- manas na cidade de Manaus. O Hospital, 56 (2) : 301-303. 33. Athias, S. & Gueiros, Z. M., 1963, Situação atual da filariose no Pará. Rev. Bras. Malar, e Doenças Trop., 15 (4): 593-599. 34 . Lacerda, N. & Rachou, R., 1956, Fila- rioses humanas nas sedes munici- pais do Estado do Amazonas e dos Territórios do Acre, Guaporé e Rio Branco. Rev. Bras. Malariol. e Do- enças Trop., 8 (3) : 437-442. 35. Lage, H. E., 1964, Mansonelose em Índios do grupo Aruak, do rio Içana. O. Hospital, 66 (3) : 557-564. 36. D’Andretta Jr., C. & Silva, M. P., 1966, Ocorrência de mansonelose entre índios uaurás (Alto Xingu, Mato Grosso, Brasil). Rev. Paul. Med., 68 (3) : 182. 37. Batista, D., Oliveira, W. R. & Ra- BELLo, V. D., 1960, Estudo da pato- genicidade da Mansonella ozzardi e da sintomatologia da mansone- lose. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 2 (5) : 281-289. 38. Oliveira, W. R., 1963, Infestação por filárias em habitantes de vila Pereira, Território de Roraima íBrasil). Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, 5 (6) : 287-288. 39. Machado, W. G. & Martins, C., 1951, Um foco autóctone de schistosso- mose no Pará. O Hospital, 39 (2) ; 289-290. 40. Maroja, R. C., 1953, Incidência de esquistossomose em Fordlandia, município de Itaítuba, Estado do Pará. Rev. SESP, 6 (1) : 211-218. 41. SioLi, H., 1951, Alguns resultados e problemas da limnologia amazôni- ca. Boi. Téc. Inst. Agrou. Norte (24): 3-44. 42. ScAFF, L., Gueiros, Z. & Bento, G., 1965, Situação atual e dados esta- tísticos de várias endemias no Es- tado do Pará. Trab. apresentado à III Jornada Médica Paraense (iné- dito) . 43. SioLi, H., 1951, Estudo preliminar das relações entre a geologia e a limnologia da zona bragantina (Pará). Boi. Tec. Inst. Agr. Norte, (24) : 67-70. 44. Gueiros, Z. M., 1959, Considerações em tôrno da esquistossomose na Amazônia. Trab. apresentado à I Jornada Médica Paraense, dez. de 1959. (inédito). 45. Moraes, M., 1963, Comimicação pes- soal. 46. Paraense, w. L., 1966, Comunicação pessoal. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 23 47. COSTA. o. R., 1949, Contribuição ao conhecimento da incidência dos helmintos e protozoários intestinais na Amazônia. Tese, 123 pp. Trop. Rev. Veterinária, Belém. 48. Moraes, M., 1959, Inquérito sôbre parasitos intestinais na cidade de Codajás, Estado do Amazonas. Rev. Bras. Meã., 16 (7) : 488-491. 49. Azevedo, M. & Maroja, R. C., 1956, Inquérito parasitológico entre cri- anças, realizados no municipio de Porta de Pedras e Soure — Pará. Rev. SESP, 8 (2) : 469-478. 50. Causey, o. R., Costa, O. & Causey, C. E., 1947, Incidência de parasitos intestinais do homem na cidade de Belém, Pará e vizinhanças. Rev. SESP, 1 (2): 221-233. 51. Oliveira, W. R., 1959, Contribuição ao estudo coprológico na cidade de Manaus. Brasil Médico, 73 (7/28),: 123-125. 52. Carvalho, A. M. & Oliveira, W. R., 1961, Estudo médico-social e para- sitológico da Colônia Militar de Curui, Estado do Amazonas. A ser publicado pelo INPA, série Medi- cina. 53 . Matta, a., 1919, Sur la spirochétose hépato-rénale (spirochétose ictéro- -hémorragique) et son traitement. Buli. Soc. Pathol. Exot., 12 (sepa- rata) . 54. Deane, M. P., 1947, Verificação da infecção natural de ratos por Lep- tospira icterohaemorrhagiae na ci- dade de Belém, Pará. Rev. SESP, 1 (2) : 261-271. 55. Moraes, M., 1963, Comunicação pessoal. 56. Fernandes, J., 1940, Disenterias em Manaus. Rev. Centro Méd. Amaz., 1 (1): 41-44. 57. Nery Guimarães, F. & Rodrigues, B., 1948, O purú-purú na Amazô- nia (Pinta, Caraté, Mal de Pinto, etc.) . Mem. Inst. Oswalão Cruz, 46 (1): 135-197. 58. Biocca, e., 1945, Estudos etno-bio- lógicos sôbre os indios da região do Alto Rio Negro — Amazonas. Nota II. Transmissão ritual e transmis- são criminosa da espiroquetose dis- crômica (Purú-purú, Pinta etc.) entre os indios do Rio Içana. Arq. Biol., São Paulo, 28 (265) : 7-12. Atas do Simpósio sobre a Bíota Amazônica Vol. 6 (Patologia): 25-29 — 1967 PATOLOGIA DOS VIRUS TROPICAIS DOMINGOS DE PAOLA • Històricamente, representa o Brasil, e particularmente a região amazônica, um rico reservatório de doenças por virus. Alguns dêsses agentes insultantes foram, no pas- sado, responsáveis por graves epi- demias, com alta mortalidade, como no caso da febre amarela ur- bana. Esta doença, longe de ser ex- tinta, continua a produzir vítimas esporàdicamente na Amazônia — a febre amarela silvestre, e bem re- centemente, em outros territórios brasileiros, como no norte do Esta- do do Paraná, onde foram relata- dos pelo menos, cêrca de 100 casos fatais. Recentemente muitos novos vi- nis foram identificados, parti- cularmente arbovirus, no Institu- to Evandro Chagas, em Belém (Pa- rá), graças aos progressos da me- todologia diagnóstica. Tais virus * Docente de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina da Univer- sidade Federal do Rio de Janeiro e da Faculdade de Ciências Médicas da Uni- versidade do Estado da Guanabara. Professor de Patologia da Escola de Pós-Graduação Médica da Universi- dade Católica do Rio de Janeiro. mantêm certamente seu ciclo bio- lógico em pequenos animais selva- gens (roedores e marsupiais) e aves, tendo o mosquito como vec- tor, constituindo assim seu eco-sis- tema. Ora, a penetração do homem na selva, na construção de novas vias de comunicação, como por exemplo a estrada Belém-Brasília, estabelecendo os contatos entre zo- nas urbanas altamente desenvolvi- das com áreas “remotas” propiciou ao homem sua integração neste ecosistema virai. Passou o homem a constituir também um hospedei- ro, e como corolário natural, a con- trair doenças virais com o mais va- riável espectro de gravidade, até o momento ainda não bem conheci- do pelas autoridades médicas e de Saúde Pública. Teoricamente, até quando pelo menos permanecer êste desconhecimento, as possibili- dades do homem de se inferiorizar pelas doenças virais são certamen- te muito grandes e imponderáveis, já que inevitável é o contato dêste nôvo e complexo hospedeiro com os agentes virais, tôda vez que se cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 26 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica programa o progresso de áreas des- favorecidas, particularmente o tró- pico úmido. Acresça-se a tudo isto, um outro fato nôvo — a integração social, política e econômica intercontinen- tal favorece a universalização dos agentes virais e suas possíveis do- enças, como ocorreu na história da humanidade em relação a muitos outros estados mórbidos, inclusive as próprias doenças por virus. Re- centemente estabeleceu-se a iden- tidade do agente virai produtor de encefalites em carneiros na Islân- dia-Visna, com a encefalite da No- va Zelândia-Kurú. Mais próximo de nosso problema foi o isolamento de arbovirus do grupo C, tidos como peculiares à Amazônia, recente- mente na Flórida, e a constatação de significativos títulos de anticor- pos entre os índios semínolas, da região, segundo informação do Communicable Diseases Center (U. S. Public Health Service) de Atlanta (Geórgia). Infelizmente, para a região ama- zônica, a importância do problema não se restringe simplesmente à sua potencialidade. Alguns exem- plos concretos nos dão conta da realidade do problema e de suas re- percussões sociais e geo-econômi- cas. Assim, o isolamento, na fron- teira da Bolívia com o Estado de Mato Grosso, de virus Machupo, responsável pela febre hemorrági- ca boliviana, faz antever sua inva- são em território brasileiro. Recen- temente, no Território do Amapá, foi isolado por Pinheiro, em comu- nicação pessoal, um nôvo virus — Amapari, do mesmo grupo Tacari- be. É verdade que, até o momento 0 isolamento se limitou a pequenos roedores, não se tendo notícia de doença no homem, se é que ela existe. Há pouco tempo foi relata- do na cidade de Belém e arredores, surtos epidêmicos de doença febril determinados, de acordo com os in- quéritos sorológicos, por virus Oro- pouche e Mayaro, segundo o rela- tório do laboratório de virus do Instituto Evandro Chagas. Em La- brea, no Estado do Amazonas, de algum tempo é relatada a exis- tência de surtos epidêmicos de “doença hepática” que comprome- te crianças e com alta mortalida- de. Embora neste caso não tenha sido, até 0 momento isolado um agente virai, a documentação aná- tomo-patológica sugere fortemen- te esta etiologia. De fato, em re- cente reunião de patologistas re- gionais (Dr. M. Morais, do I.N.P.A.; Dr. Monteiro Leite, da Fac. Med. de Belém; Dr. Leônidas Dias, do Inst. Evandro Chagas; Dr. D. De Paola e Sampaio Lacerda, da Fac. Med. Rio de Janeiro) foi opinião unânime se tratasse de uma for- ma muito grave de hepatite epi- dêmica, modificada em sua histó- ria natural por condições locais de subnutrição. Êstes dados não são certamente originais, por- em 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 27 que fatos semelhantes foram assi- nalados, há algum tempo também na índia. Ainda, na região, na ci- dade ce Imperatriz, no Maranhão, que bordeia a estrada Belém-Brasí- lia, dois casos fatais de encefalite foram relatados. Quantos não fa- tais ou subclínicos na região, até o momento se desconhece. As pesqui- sas virológicas efetuadas por pes- quisadores do Instituto Evandro Chagas (Dr. Francisco Pinheiro e Gilberta Betsabá) dão conta de sua etiologia virai. Desconhece-se até o momento o tipo, embora sugira a investigação sua natureza arbovi- ral, provàvelmente um tipo nôvo na região. Do ponto de vista ana- tômico as investigações de Leôni- das Dias e Francisco Duarte con- duziram à descrição de um quadro encefalitico com peculiar destrui- ção de células de Purkinje do ce- rebelo e a identificação de corpús- culos eosinófilos citoplasmáticos. Se de um lado êstes exemplos de- monstram 0 fascínio da pesquisa virológica e anatômica que a re- gião propicia, não menor é a cruel- dade destas perspectivas à sua po- pulação. Neste Simpósio, nos foi dada a oportunidade de expor o problema da patologia dos virus tropicais. Permitam-me pois que descreva os danos estruturais determinados por virus peculiares à região, já que de- monstramos anteriormente o cará- ter universal dos agentes virais. As condições ecológicas da região, e já nos referimos ao fato, favorecem o ciclo e a sobrevivência de virus do grupo ARBO. Os relatórios da Fun- dação Rockefeller mostram clara- mente que mais de um têrço de ar- bovirus identificadcs em seus vários laboratórios distribuídos em várias regiões do globo, o foram no Ins- tituto Evandro Chagas em Belém. A realidade atual é a de que exis- tem mais virus isolados que doen- ças descritas relacionadas a êsses agentes. Esta verdade pode, num juízo crítico rigoroso, fazer duvi- dar da própria importância dêstes agentes como produtores de do- ença. O primeiro passo seria, portan- to, o de se estabelecer o quadro le- sionai induzido experimentalmen- te em animal susceptível — o ca- mundongo, para depois avaliar os danos da infecção natural. Em 1963 tivemos a oportunidade de analisar o quadro lesionai pro- duzido experimentalmente em ca- mundongos jovens e adultos, ino- culados por via cerebral e intrape- ritoneal, por protótipos de virus Apeu, Nepuyo, Caraparu, Maritu- ba, Oriboca, Itaqui, Murutucu, Guamá, Catu e Moju, utilizando títulos variáveis entre 10 - a 10 *. Desta indagação resultaram dois quadros lesionais básicos — o de encefalite e o de hepatite. O comprometimento do sistema ner- voso foi patrimônio comum a todos 28 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica êles, como o é para todos arbovirus em geral, por definição. Mas, de singular foi a identificação de um quadro de hepatite, caracterizado por degeneração e necrose hepato- celular nas porções mediozonais e periféricas do lóbulo hepático, e, caracteristicamente, preservação da porção centro-lobular. Também a ausência de mobilização mesen- quimal tornou o quadro muito si- milar ao que se descrevera na in- fecção natural em macacos e ho- mem, pelo virus da febre amarela. Constatado assim um grupo de ar- bovirus com peculiar tropismo pelo parênquima hepático, pareceu-nos importante comprovar o fato na infecção natural. Esta etapa pôde ser ultrapassada com a confirma- ção do mesmo quadro em camim- dongos-sentinelas, infectados justa- mente com os mesmos tipos de vi- rus hepatotrópicos — Itaqui, Mu- rutucu, Oriboca e Caraparu. Seguindo a mesma linha de idéias, um nôvo grupo de trabalho organizou-se, desta vez comandado pelo Dr. Leônidas Dias, lun de nos- sos colaboradores, para investigar a ação patogênica de arbovirus iso- lados na região, mas pertencentes a outros grupos, como o grupo A e B. Arbovirus do grupo A, como o Mayaro e Aura foram inoculados dentro da mesma Unha de experi- mentação. Em relação ao virus Mayaro foi comprovada sua afini- dade pelo tecido conjuntivo jovem. particularmente e pericôndrio, pe- riósteo e no coração. A infecção natural em camundongos-sentine- las demonstrou esta mesma apti- dão para a destruição de células do tecido conjuntivo. Em relação ao virus Aura, a infecção experimen- tal em camundongos jovens produ- ziu quadro de miocardite do tipo degenerativo. Falta-nos, em relação ao virus em aprêço, sua confirma- ção nos quadros de infecção natu- ral. Em relação à patologia humana, pesquisas são ainda incipientes, considerando a linha de investiga- ção que nos propusemos a seguir. Os primeiros resultados foram obti- dos, se bem que ainda parcialmen- te, com os casos assinalados em La- brea e Imperatriz. Ainda não co- nhecemos o tipo de agente virai, embora se suspeite em relação à doença de Labrea do virus da hepa- tite epidêmica, cuja virulência foi atribuída às modificações dos me- canismos de defesa do hospedeiro pela subnutrição. Dois achados anatômicos são perturbadores à conclusão definitiva de sua natu- reza, embora não se exclua sua etiologia virai. Trata-se da identi- ficação de intensa metamorfose gordurosa nos hepatócitos e a de- generação gordurosa das células tubulares renais — êsses achados foram assinalados na síndrome de Reye, descrita em crianças origi- nalmente na Austrália e depois na cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Volume 6 (Patologia) 29 Tcheco-Eslováquia e Estados Uni- dos. Aliás, é esta a opinião, segun- do comunicação pessoal, do Doutor Klatskin, da Yale University, que teve a oportunidade de examinar um dos casos procedentes de La- brea. Já em relação aos casos de encefalite de Imperatriz, embora tenha a patologia descrito entre outros achados, o de corpúsculos citoplasmáticos, fato aliás nunca assinalado em encefalites por ar- bovirus, pelo menos no homem, es- pera ainda sua tipagem final, em- bora as investigações preliminares induzam fortemente sua etiologia arboviral, ainda que por um tipo nôvo à região. Finalmente, dentro do campo de especulação inteiramente teórico, pelo menos em relação à região amazônica, até o momento, vale assinalar algumas características anatômicas do quadro mórbido das febres hemorrágicas, que guardam as mais variáveis etiologias viróti- cas. As informações que obtivemos, se bem que ainda escassas, dão con- ta de um quadro bastante com- plexo. Ao lado dos fenômenos he- morrágicos cutâneos e viscerais, as- sinalam-se como denominadores comims, a mobilização de siste- ma retículo-endotelial e a hepatite. Completam o quadro mórbido, em intensidade que varia de entidade mórbida para outra, as lesões do sistema nervoso e dos rins. Assim sendo, em conclusão, pa- rece-nos justo que o patologista da região deva se familiarizar com ês- tes “novos” quadros nosológicos, para estar melhor preparado e apto na identificação destas doenças, e assim contribuir, de maneira deci- siva, nos programas de trabalho de Saúde Pública na região. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica Vol. 6 (Patologia): 31-63 — 1967 vírus RESEARCH IN AMAZÔNIA JOHN P. WOODALL Belém Virus Laboratory, Instituto Evandro Chagas, Belém, Pará This review covers virus isola- tions and epidemiological studies carried out in the Amazon basin, which lies mainly in Brazil but also includes parts of Colombia, Equa- dor, Peru and Bolivia drained by affluents of the Amazon river. The viruses found in this area fali into 2 broad groups: those which are the scorge of mankind and his do- mestic animais the world over, and those which are peculiar to the Amazon forest and its creatures, transmitted by mosquitoes and only infecting man sporadically when he ventures to cut down the forest to build a road, a homestead, or to cultivate crops. The first group has been relatively well stu- died in other parts of the world, and the viruses in it can be clas- sified on the basis of their structu- re and biochemical properties. A recently proposed classification (1) is used in this review, which discusses only those viruses which have actually been isolated in Ama- zônia. or for which there are sero- logical data. Many common virus diseases such as chickenpox, rubel- la and infectious hepatitis are of course present in the region, but are not mentioned for lack of viro- logical data. The second group is less well understood, and structu- ral and biochemical data are scan- ty, so that the viruses are classi- fied on the basis of their biologic- al properties. Most of these appear to be arthropod-borne ani- mal viruses (arboviruses) , and can be subdivided into groups accord- ing to their serological relation- ships (2). Actual isolation of viruses from Amazônia began relatively recent- ly. Yellow fever had been known in the region for hundreds of years, but the first isolation of the virus was made only in 1954, by the staff of the newly-established Be- lém Virus Laboratory (3). In 1955, scientists from the USA isolated strains of an arbovirus from Oki- nawan colonists on the Bolivian Amazon (4) , and collected human cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 32 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica sera from the Peruvian and Boli- vian Amazon for yellow fever pro- tection tests and tests for other ar- bovirus antibodies (5) . More re- cently, a Comisión de Investiga- ción de la Fiebre Hemorrágica dei Beni, with support from the U.S. National Institutes of Health, has been investigating a highly fatal virus epidemic in the Bolivian Amazon (6). But the major effort in virus isolation, identification and serological survey in Amazónia has been made by workers at the Ins- tituto Evandro Chagas, Belém, Pará State, Brazil. At that institute the Belém Virus Laboratory (BVL; was established in 1954 by an agree- ment between the Fundação Ser- viço Especial de Saúde Pública of Brazil and the Rockefeller Foun- dation. For more than 9 years this laboratory was under the inspired direction of Dr. O. R. Causey of the Rockefeller Foundation, ably as- sisted by his wife. In 1956 the agreement was renewed and the Department of Microbiology of the University of Brazil, Rio de Janeiro, joined the signatories. Since then further collaboration has come from the National Research Coun- cil and National Museum of Brasil, the Instituto Oswaldo Cruz in Rio de Janeiro, the Instituto de Pesqui- sas e Experimentação Agropecuá- rias do Norte and the Water De- partment at Belém, the Depart- ment of Rural Endemics, the Na- tional Department of Highways, and Indústria e Comércio de Mi- nérios S/A in Amapá Territory. The organization of the laborato- ry has been described by Causey (7). Between November 1954 and the end of 1965, over 2000 isola- tions of at least 60 different virus tjrpes had been made at the BVL, and some 40 of these were original- ly discovered by that laboratory. Twenty-nine of those types are as yet known only from Amazónia. In 1961 a tissue culture labora- tory was also established at the Instituto Evandro Chagas, with the help of a grant from the Rocke- feller Foundation, and this is now directed by Dr. F. P. Pinheiro. Be- fore it was even fully operational it was pressed into Service to diag- nose a poliomyelitis epidemic in Belém (8), and other enterovirus and arbovirus studies have been carried out there, the details of which will be published elsewhere. The laboratory of the Departa- mento de Defesa Sanitária Animal in Belém has been active in diag- nosing cases of rabies in Amazónia, and other laboratories outside the region, such as the Pan-American Foot-and-Mouth Disease Center in Rio de Janeiro, have isolated ve- terinary viruses from material sent from the Amazon. Volume 6 (Patologia) 33 POXVIRIDAE Variola A single isolation was made in 1961 at the BVL, from a Belém pa- tient (9). ADENOVIRIDAE Adenoviruses Types 2, 5, 7 and 11 have been isolated from Belém patients (10). HERPESVIRIDAE Her-pes Two strains were isolated at BVL in 1960 from oral aphthae of chil- dren, and were identified by CF testing using hyperimmune herpes serum supplied by the Trinidad Re- gional Virus Laboratory. Further strains have been isolated annual- ly in mice and tissue culture from Belém patients (10,61). Of 3 isola- tions made in 1965 from children aged 3 to 12 years with stomatitis, one carne from a child with deli- rium The virus has been reco- vered from stool specimens as well as oral swabs. In sera from the Pe- ruvian Amazon, complement-fixing antibody rates rise to 97% with age (5). MYXOVIRIDAE Influenza The 1957 pandemic of the Asian A virus affected Belém, where sev- eral strains were isolated be- tween September and December ( 11 ). Mumps A serological survey among inhabjtants of the Peruvian Ama- zon revealed 75% positive by com- plement fixation test (5). Newcastle disease Nine strains isolated from sick chickens from Belém in 1958 were identified by the haemagglutina- tion inhibition test, and 2 further strains were obtained in 1959 and 2 in 1960 in Belém (9). Poultry farmers in Pará State routinely vaccinate their flocks against the disease. Rabies A few strains are isolated every year at BVL from suspect animal material submitted. In 1959 two strains were isolated from dogs and one each from a horse, a goat and a cow, whilst in 1960 three more strains were isolated from Belém dogs (9). In 1965 one strain was isolated from a dog’s brain from Belém. Rabies is commonly diag- nosed by the Faraco test at the laboratories of the Departamento de Defesa Sanitária Animal in Be- lém, and they have recorded bat rabies from Marabá, São Miguel do Guamá, and Altamira in Pará 3 — 37.152 cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 34 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica State over the past few years, with another isolate from a pool of 10 brains of vampire bats, taken in July 1965 at Parintins, Amazo- nas State. STOMATOVIRIDAE Cocai virus This is morphologically and se- rologically close to Indiana vesi- cular stomatitis virus, so is clas- sed here. The prototype was isola- ted in 1961 from Gigantolaelaps mites ectoparasitic on an Oryzo- mys rat in Trinidad (12). Mites of the same genus taken from a rat of the same genus trapped 92 km from Belém on the Belém-Brasilia highway in 1962 yieldel another strain (12). NAPOVIRIDAE Poliovirus All 3 types are endemic in Pará, and presumably throughout Ama- zônia. Between October 1961 and March 1962 an epidemic occurred in Belém, during which 27 type 1, two type 2 and two type 3 poliovi- ruses were isolated from faeces and rectal swabs, and homologous anti- bodies were found in the patients’ sera (8). Later in 1962 three more strains of type 1 were isolated, and in 1964 two more of type 1 and one each of tipes 2 and 3 (10). In 1965 type 1 was isolated from 2 paralys- ed children aged IV 2 and 3 years at Belém (10). Neutralizing antibody to all 3 types was found in 1955 in sera from the Peruvian and Bolivian Amazon (5). The commonest anti- body among chüdren under 5 years old was type 1 in the Boli- vian sample and type 3 in the Pe- ruvian sample. Coxsackievirus An untyped Coxsackievirus was isolated from a 20-month-old child, one of the patients who also pro- duced polio type 1 in the 1961-2 Belém polio epidemic (8) . In 1963 a strain of B4 and in 1964 one of A5 were isolated (10). In 1965 eight isolates of Coxsackie A viruses (awaiting typing) were made at Belém from children aged 1-7 years, with symptoms ranging from nil through pyrexia to paral- ysis; a strain of A2 was isolated from the paralysed child aged 1 V 2 years who also produced polio 1, one strain of A4 and 2 of A5 were obtained from 1-2 year old children with pyrexia, and 3 strains of B2 from children and an adult, aged 40, with symptoms of pleurodynia, or diarrhoea and vomiting (10). Encephalomyocarditis virus An epizootic occurred from Ja- nuary-April 1960 in Pará State Volume 6 (Patologia) 35 TABLE 1 Name of virus, Belém prototype, and source of isolations, 1954-1965 Group or coniplex Belém prototype \ame SOURCE Hu.uan .Animal .Arthropods Sentinel Wild A AN 8 Mucambo X + + + + AN 7526 EEE + + + H 407 NUyaro + + AR 10315 Aura X + AR 13136 Una X + AR 35645 Pixuna X + + AN 70.00 WEE + B II 111 Yellow fever + + + AN 4116 Bu^quara X + + + - H 7445 Ilhéus + + + AR 23379 St. Louis + + + c AN 17 Oriboca X + + “h + AN 974 Murutucu X + + + AN 15 M arituba X + + AN 848 .Apeú X + + + + AN 3994 Caraparu X ■h + + + AN 12751 Itaqui X +- + + AN 10709 Nepuyo + + + Guamá H 151 Catu X + + + + AN 277 Guam^ X + + + + AR 125C0 (Mojj) X + + + Capim AN 85S2 (Capín) X + + + AN 10615 (Guajará) X + + + AN 20076 {Bushbu jh T) + + Mirim AN 7722 (Mirim) X + + Bunyamwera H 12208 Guaroa + AR 7272 (Ma?uari) X + AR 8226 Kairi + + + AR 32149 (Sororoca) X + Califórnia AR 8033 .Melao + Wyeomyia AR 278 (Tu?unduba) X + AR 671 (Taiassui) X + Símbu .AN 19991 Oropouche + + + AN 84785 (Utinga) X -t- Turlock AN 32260 Turlock + + Anopheles A AR 35112 (Lukuni) + Rilebotomus fever H 22511 (Candiru) X + AN 24262 Icoaraci X + AN 46852 (.\nhanga) X + AN 47693 (Bujani) X + AN 64582 Itaporanga + + + Changuinola AN 28873 (Irítuia) X + Untyped + Indiana VSV AR 39377 Cocai + Timbó AN 41787 Timbó X + AN 42217 Chaco X + Cotia AN 58058 (Cotia?) + Tacaribe AN 70563 (.Amapari) X + + Umjrouped AN 73 Tacai uma X + + .AN 24232 (Piry) X § + AN 27236 (Pacui) X AN 27639 (.Acará) X + + AN 40290 Njarco X + AR 40578 (Jurona) X + AR 50117 (Tembe) X + AN 67949 (-) X + TOTAL 56 type* 38 16 25 35 38 X Oríitinal ifolation made in Belém. § Laboratory infection. ( ) UnpuUished. cm 1 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 36 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica (14). Virus was isolated frcm 33 sources: wild rodents, opossum, horses, birds, sentinel mice and mosquitoes. Antibodies were de- monstrated in the blood of wild rodents, horse and cow. This virus has also been isolated from mos- quitoes in África (15) but trans- mission is thought to be generally by contact rather than by mosqui- to bite. It seems difficult, however, to explain the sentinel mouse in- fections other than by mosquito transmission. Foot and mouth disease virus This disease is common among livestock in Amazônia. Lingual epi- thelium from cases occurring in the region has been sent to labo- ratories in Recife and Rio de Ja- neiro, which have isolated 2 strains of type O and one type A in 1962 from Município Careiro, Manaus, and one type O from Amazonas State, and one type C Rezende from Belém in 1965 (16). A strain of type O was also isolated in 1965 at the BVL from the blood of a Belém bovine (61). Mouse poliovirus Type GD7 has been isolated many times from the BVL mouse colony since 1956, and appears to be endemic to the colony. It is most often picked up when infant mice inoculated with material for virus isolation attempts are kept beyond the usual observation period of 12-14 days. THE ARBOVIRUSES We depart from the structural classification here, because not enough Information is yet availa- ble on the ultrastructure of these viruses to ensure that they form a homogeneous group. Yet biologic- ally the arthropod-borne animal viruses share the properties of transmission to vertebrates by the bite of a haematophagous arthro- pod after a period of multiplica- tion within the arthropod, patho- genicity for mice on inoculation, and sensitivity to ether, chloroform and sodium desoxycholate. The arboviruses (and some other agents) isolated at the BVL are list- ed in Table 1, which also shows the sources from which each carne. Fifteen of them have been isolated from natural infections of man, and clinicai pictures for some of these are described by Causey et al. (17). The results of human se- rum surveys for arbovirus anti- bodies in the Amazon valley have been published (18, 19, 41). Reser- voirs and vectors are discussed by Causey (20) . The methods used to isolate arboviruses have been des- cribed elsewhere (17,21) together with summaries of the results ob- tained up to 1957 (21) and May 1959 (17), and so have the me- 38 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica TABLE 2 Arbovirus isolations from man and maximum antibody rates, Belém Virus Laboratory, 1954-65 VIRUS NO. ISOL.\TES aktibody R.VTE a) Field Lab. HI XT 9 2 60% 10% Mucambo 6 — 34% >20% 3 — — Yellow fever 24b) — — 45% Apeú. 3 — 15% — Caraparu 8 — 15% Itaqui 1 — 3% Marituba 2 Ic) 4% Murutucu 4 — 4% — Oriboca 4 — 3% — Catu 9 — — — Guamá 3 — — Guaroa 5 — 18% — Oropouche 15 Ic) — 19% H22511 (Candiru) 1 1/253 15 tvpes Total 97 4 a) Hl and N rates may be on different collections of sera b) includes 3 isolations of 17D from vaccinated p?rsons. c) these could have been natural infections. TABLE 3 Arbovirus isolations from sentinel animais, Belém Virus Laboratory, 1954-65 VIRUS Mouse Monkey Total EEE 34 7 41a) Mucambo 37b) 30 67 Bussuquara 9 Ic) 10 Ilhéus — 1 1 SLE 1 — 1 Yellow fever — 2 2 11 15 26 Caraparu 292 31 323 Itaqui 137 4 141 Marituba 11 13 24 I\ urutucu 25 18 43 Xepuyo . . 3 — 3 Oriboca 42 20 62 147 8 155 Guamá 181 22 203 AR 12590 (Moju) 89 — 89 AN 20076 (Bushbush?) 8 — 8 AN 8582 (Capim) 18 — 18 AN 10615 (Guajará) 33 — 33 AN 7722 (Mirim) 8 1 9 — 1 1 Turlock 3 — 3 Itaporanga 2 — 2 AN 27639 (Acará) 4 — 4 Tacaiuma — 1 1 1095 175 1270 Xo. types isolated 22 16 26 a) also 2 isolates from sentinel chickens b) one of these was a white rat c) AUniatia btHzebul (all other sentinel monkeys were Cebu4) 1. I, SciELO Volume 6 (Patologia) 39 TABLE 4 Virus isolates from rodents and maximum antibody rates Belém Virus Laboratory, 1954-65 VIRUS XECTOMYS PROECHIMYS ORYZOMYS TOTAL Xo. isolates Antibody rate Xo. isolates Antibody rate No. isolates .\ntibody rate isolates EEK 1 4%HI 1 <1%HI 2 Mucambo 1 24%HI 4 43%HI 13 20%HI 18 Pixuna — — 1 — _ 1 Bussuquara — 24%HI 15 70%HI — 157HI 15 Caraparu I 43%HI 5 29rcHI 2 217HI 8 Itaqui 1 4/12HI 2 26%HI 2 147HI 5 Munrtucu 2 14%HI 3 35%HI 1 37HI 6 Xepuyo — 2/12HI 1 37, Hl — 27HI 1 Onboca — 23%HI 1 287HI 1 207HI 2 Cata 2 39%HI 4 45%HI 6 36%HI 12 Guamá 3 30%HI 14 437HI 12 227 Hl 29 AR12590 (Moju) 2 34%HI 7 43ToHI 8 177HI 17 •\X85S2 (Capim) — 3ííHI 7 13%HI — 1%HI 7 AN10615 (Guajará) — — 1 10%XT — 1 Icoaraci — 8%HI 9 28%HI — 97HI 9 AN47693 (Bujani) — 16%HI 2 85%HI — 77HI 2 AN28873 (Irítuia) — — — — 1 — 1 AN27326 (Pacui) — 2/28XT — 317XT 7 38%XT 7 AX27639 (Acará) 2 1/6 XT — 147XT — — 2 AX58058 (Cotia?) — — — — 1 — 1 EMC — — 4 3'34XT — — 4 Amapari — — — 7 2/18CF 7 Total 14 81 62 157 No. typcs isolated 8 17 13 22 Sol thovn: isolfttions of Catu (1) from Ákodon, Kairí (1) from Oecomyi, Amapari (7) from Seacomyt gvianae, Icoaraci (1) and AR125W) (Moju) (1) from unidentified rodenta. *HI rates must be intenx^eted witb caution in the absence of N test data. TABLE 5 Virus isolates from marsupiais and maximum antibody rates Belém Virus Laboratory, 1954-65 CALLUROMYS MARMOSA DIDELPHIS METACHIRCS METACHIROPS TO- TAL VIRCS Xo. Antibody Xo. .Antibody Xo. .\ntibody Xo. Antibody No. .•intibody iiolatef i-jolate* rate i»late< rate isolates rate isolatee rate isolates rate EEE 57 Hl 227HI 57HI 107 Hl 37HI 107HI 1 Mucambo SLE 1 1 127 Hf 1 1 2/9HI 2 3 1 1 r^THI 89; Hl . 177 Hl 47 Hl 107HI 3%HI 1/8HI 1 1 Itaqui _ — 1 — — Murutucu .. — 17^ Hl 1 23^HI — 87HI — 1/9HI — — 1 Oriboca.. . — 87HI — 237 Hl 1 4%HI — 1/9HI — 57HI 1 Guamá 1 397 Hl 1 457HI 2 277HI 1 4,'9HI — 157HI 5 AX 8582 (Capim) 1 87 Hl 1 1 447 Hl _ 107 Hl 9%HI _ 1 AX 24232 (Piry) 1 — 1 EMC j — j Total 4 4 4 3 3 18 No. tj-pe» iaolated 4 4 3 3 2 12 *HI rate must be mterpreted with caution in the absense of X test data. cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 40 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica TABLE 6 Virus isolations from other wild vertebrates Belém Virus Laboratory, 1954-65 \1RUS Vertebrate sp. No. isolates Type ^■EE (AN70100) Afj/rmotAértíla hauxtcelli 1 bird Mocambo (AN88995) Pipra erythroeephala 1 bird SLE (AN69763) Automolu* infutcatuê 1 bird (AN69768) Myrmothervla hauxxcdli 1 bird (AN70032) Thamnomaneg caenvi 1 bird Murutucu (AN11249) Bradypu» tridadylut 1 sloth Catu (AN94103) Mdotsus obtettTUt 1 bat Kairi (AN11497) Saimiri sp. 1 monkey Oropouche (AN 19991) Bradyjnis tridaeiylus 1 sloth (Utínga) (AN84785) Bradypvt tridactylus 1 sloth Turlock (AN72648) Myrmothfruia hauxwlli 1 bird (AN73173) Thamnophilus amazontetu 1 bird (Anhanga) (AN46852) Choloepw brasiliennt 1 sloth Timbó (AN41787) AmcíM arneiro arneiro 6 liiard Chaco (AN42217) Antfiva arneiro amei va 3 liiard KentToppx calcaratv% 1 liaard Marco (AN40290) Ameiva arneiro ameita 4 lUard (unnamed) (AN67949) Carollia rubruja 1 bat EMC (AN48124) J acarta jacana Hrd (AN 18360) 3/ cootaio?d one sp3cim?n each of Ae. «eapWam, P. JtrM and an unídentified sabetLioe. 1. I, SciELO 42 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 a) jx>ul cüntainíHl one Psorophora sp. b) idcntificd only as Group Guamú. c) luixod ikjoI aiso containinK Aedes and ^fanaonia. 44 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica infection, and in another from which EEE had been isolated a week earlier, there was no Mucam- bo antibody formation, suggesting that interference might have oc- curred (9) . Oryzomys could well be the forest reservoir host, since it has a higher titre viraemia than other forest mammals during in- fection with this virus, and 13, '21 of the isolations from wild animais carne from rats of this genus. One of these was from haemorrhagic urine of an Oryzomys. There was also one isolation from a sentinel white laboratory rat, together with a matching isolation from the mos- quitoes caught resting in the clay pipe in which the rat was expos- ed (9). There was a single isolation from a forest bird {Pipra erythro- cephala) in 1965. Mosquito isolates total 14 from Culex (including 8 from Culex B9*) , only 7 from other genera. Hl antibody rates of up to 34% in man and up to 43% in rodents and some Hl positive marsupiais have been found in the Brazilian Amazon (13,29), but confirmatory N test data is lacking. Neutralizing antibody has been found in a vul- ture (Coragyps) and a bat (Carol- lia perspicillata) . There is evidence of cyclical activity of Mucambo vi- rus in the Belém area, with peaks in alternate years. * BVL code for a taxonomically dif- ficult species, probably C. {Melanoco- nion) portesi (50). Laboratory mice infected with Mucambo virus have encephalitis and fatty changes in the liver (80) . Pixuna (BeAr 35645) This virus was described by Shope et al. (31) who demonstrat- ed its dose relationship to VEE and Mucambo viruses and summar- ized the Information on the 3 strains known (2 from mosquitoes, one from Proechimys). The same paper records that a horse inocu- lated with the virus became im- mune, and resisted challenge with Mucambo virus. No further isola- tions have been made, except for one from mice inoculated with the blood of a sick laboratory worker. However, this could not be reisolat- ed, and the patient showed no rise in antibody during convales- cence (9) . Laboratory mice infect- ed with Pixuna virus have ence- phalitis and sometimes focal he- patic necrosis (80). Eastern equine encephalomyelitis This virus (Belém prototype BeAn 7526), which in the USA causes serious epidemics, and epi- zootics among horses and phea- sants, is frequent in mosquitoes and sentinel animais in some years in the Belém area, and apparently absent in others (33). It has been isolated there in every month of the year except November. Cau- Volume 6 (Patologia) 45 SEY et al. (34) describe an epizootic among horses in the Coastal region of Pará State (Bragança) in 1960, with 2 isolations from sick equines. There have been 20 isolations from Culex (including 12 from C. (Me- lanoconion) taeniopus) from the Belém forests and 3 from Ae. tae- niorhynchus from the Bragança region. One of the positive pools of Culex spp., the pool of C. (M.) spissipes, the 3 pools of Culex B9 and 4 of those of C. (M.) taeniopus contained mosquitoes captured on sentinel animais subsequently shown to have been circulating EEE virus, and therefore those iso- lations should probably be dis- counted (35). No human cases have been recorded from Amazó- nia, but there was an unexplained high incidence of N antibody (12/41) in 1953 in the popula- tion of Cametá, Pará State. The Hl antibody rate in that town was still 12/55 over 6 years later (9,13). Isolates from the vis- cera of 2 birds were not confirmed by reisolation, but 3% of Amazon forest birds captured in 1963 were found to have Hl antibody (the po- sitives confirmed by NT), whereas none of 610 rodents and only... 1 148 marsupiais captured in the same area during the same season as the birds was Hl positive, sug- gesting a bird reservoir for the vi- rus (35). In other years 3/19 Jaca- na (34) and 12/126 Columbigallina birds, and up to 5% of marsupiais (Marmosa, Didelphis, Metachirops) and Proechimys rodents have been found Hl positive (13), but no N tests were done. Sentinel chickens gave one isolation and 5 Hl anti- body conversions in February and April 1963, 2 conversions in July 1964 (35), and a second isolation in December 1965. Laboratory mice naturally in- fected with EEE have encephalitis and lesions of the connective tissues (80). Western equine encephalomyelitis This virus has a lower case mor- tality in man in the USA than EEE, but is also responsible for large epidemics in man and horses there. It was isolated for the first time in Amazónia in 1964 (BeAn 70010) from a bird {Myrmotherula hauxwelli) , and Hl antibody rates of up to 14% (confirmed by N test- ing) were found only in forest- -dwelling birds, not in open field birds nor in forest rodents or mar- supiais (35) . Only 3/80 human se- rá from Pará State have been found protective (19). No human or equine cases have been recorded from the Amazon. Mayaro Six strains (Belém prototype BeH 407) were isolated from pa- tients during an epidemic of fever among workers on the Rio Gua- cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 46 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica má, Pará State (36,37). A further6 cases, including one presumed la- boratory infection, are recorded at the BVL (9). One of these was iso- latéd in parallel in infant mice and BHK-21 cell culture (10). Neutra- lizing antibody rates averaged 10% throughout the Brazilian Amazon (19,36). Hl antibodies rates are high among certain populations, such as that of Tefé, on the upper Amazon river, with a rate in 1960 of 60% (13). Two isolations from lizards are technically suspect; 25 isolations from Haemagogus spp., compared with only 3 from mos- quitoes of other species, suggest primate involvement in the epide- miology (9). There have been no isolations from wild vertebrates. Hl antibody rates of 33% in monkeys, 7% in rodents, 5% in marsupiais, 28% in birds {Columbigallina) and in 1 7 sloths (Bradypus) from the Amazon forest have been found (13), but no N tests have been done. There has been one iso- lation from a pool of mites {Gama- sidae) combed from 4 Oryzomys rats (9). An experimental cebus inoculat- ed subcutaneously with Mayaro virus had leukopaenia, viraemia on post-inoculation days 4 & 6, but not 2, 9 & 11, and produced high titre N antibodies (9). Laboratory mice infected with Mayaro virus have encephalitis and lesions of the connective tissues (80). Uruma virus, isolated by Schaef- FER et al. (4) from 3 patients dur- ing an epidemic of fever among Okinawan immigrants in the Bo- livian Amazon, is considered by some to be a strain of Mayaro vi- rus (38). ScHMiDT et al. (39) dis- cuss the serology of Uruma virus. Some 38% of the indigenous inha- bitants of that part of Bolivia had N antibodies (4). Aura {BeAr 10315) This was described by Causey et al. (40) . It has been isolated on- ly from mosquitoes (Ae. serratus 5 strains, Culex {Melanoconion) spp. 1 strain) . Hl antibody rates in man and animais in the Brazilian Ama- zon average less than 1% (40,41). Laboratory mice infected with Au- ra virus have encephalitis and myocardial degeneration (80). Una (BeAr 13136) Causey et al. (40) also described this type from mosquitoes, and. . . 10/12 of the isolates were from Psorophora spp. They found Hl antibody rates of 3% in man, the Hl positives being confirmed by N testing, and 1% or less in rodents and domestic ungulates, in the Brazilian Amazon. A human Hl antibody rate of only 0.8% was found in the Município of Be- lém (41). Volume 6 (Patologia) 47 GROUP B Only 4 virus types of this group have been isolated in Amazónia, although there is serological evi- dence that a fifth type, dengue, may have been present some years ago. This is based on a 1953 serum survey which showed that (a) sera protective against dengue 1 were commoner than sera protective against dengue 2, and (b) no per- son less than 25 years old had den- gue proctective antibody, this pro- bably being related to the eradica- tion of the vector, Aedes aegypti, from the region within that pe- riod (19). The 4 types which have been isolated are yellow fever. St. Louis encephalitis (SLE), Ilhéus and Bussuquara viruses. Yellow fever Diagnosis of this disease had been made for many years in Ama- zónia on the basis of the pathology of liver biopsy specimens secured by an efficient viscerotomy Service in Brazil. Vaccinations have been carried out all over the region, 521,000 in the years 1937-54 in the Brazilian Amazon alone (42). The N antibody rate for an unvaccinat- ed area (Capim River) was found to be very dose to that for adults from all areas combined (19). The first isolations of the virus in Amazónia were made at Belém (prototype BeH 111) from 21 hu- man cases and 16 mosquito pools, between November 1954 and Au- gust 1955. The human cases carne from 2 epidemics near Belém, one in labourers opening a road through the Oriboca forest, the other in adults and children of a charcoal-burning and farming community at Apeú (3,43). All of the patients from whom the virus was isolated survived the infection and were subsequently shown to have acquired specific antibody, but 2 other cases, diagnosed clinic- ally and pathologically respectively, died. The mosquito isolates were 14 from Haemagogus spp., 1 from Sabethini, and 1 from a mixed pool of Aedes and Sabethini. Four of the mosquito strains carne from the Oriboca epidemic area, the others from Lazarópolis do Prata (Pará State) , Macapá (Amapá Territory) and the Utinga forest near Belém. After a gap of 5 years, a further isolate was made in 1960 from the blood of a sentinel monkey station- ed 94 m from Belém along the Belém — Brasília highway trace (43). In the same year 3 strains of 17D vaccine virus were isolated at the BVL from recently inoculat- ed persons, and in 1962 there were 2 further isolations from pools of Haemagogus spp. caught at km 87 and 94 respectively, of the Be- lém — Brasília road (9). In De- cember 1964 a strain was isolated from the blood of a sentinel monk- cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 48 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica ey in Utinga forest, Belém, more than 9 years since the last isola- tion there (from Haemagogus), and in view of the continuous sur- veillance of the area during that time, yeUow fever seems to have been actually absent, probably brought back by the movements of monkeys (44). Eradication of jun- gle yellow fever from Amazônia is impossible, but continued Ae. aegypti control has taken care of any possibility of urban epidemics, and vaccination is carried out when indicated in rural locations. St. Louis encephalitis This is another vinis which causes epidemics in the USA but has not been isolated from man in Amazônia. Isolations from Sabe- thes belizarioi (BeAr 23379) and from Gigantolaelaps mites combed from an Oryzomys rat have been made in the region (45) . There have also been isolations from a pool of Culex (Culex) mosquitoes (pro- bably C. {C.)declarator) and 3 forest birds (35), and from a Di- delphis marsupial and a sentinel mouse group (9). As with EEE, up to 17% of forest birds were found to have Hl antibody con- firmable by N test, but not rodents or marsupiais (3,5). Ilhéus This virus has been isolated in Amazônia twice from fever patients (BeH 7445), twice from the blood of sentinel monkeys, and 19 times from mosquitoes, principally Pso- rophora ferox (9,17) . No wild ver- tebrate from the region has as yet yielded virus. Hl antibodies have been found in 10% of rodents, 15% of marsupiais, 10% of Tamarin monkeys, 4% of Bradypus sloths, 11% of Columbigallina birds and 4 13 lizards from the Brazilian Amazon (13), but no N tests have been done. Bussuquara The prototype (BeAn 4073) was isolated at the BVL from the blood of a sentinel Alouatta beelzebul monkey, which later died with liver pathology similar to that produc- ed by yellow fever infection (46). Other strains have come from sen- tinel mice, Proechimys rats (which gave strain BeAn 4116, most com- monly used at the BVL) , and Culex and Mansonia mosquitoes. Proe- chimys has Hl antibody rates ri- sing to a peak of as much as 70% in the middle of the year (29). A single N test positive bird serum has been reported (35), and 68% of Columbigallina birds and up to 8% of some species of marsupial were Hl positive (13), but no N tests were done on these. GROUP C This group was first established to contain 5 new virus types isolat- Volume 6 (Patologia) 49 ed at the BVL (17). Later a sixth type was discovered (47) which completed a cycle of serological interrelationships (25) . Several other types have since been des- cribed from Trinidad and Panama, but only one of these, Nepuyo ví- rus, has also been encountered in Amazónia (9). Antigenic variation within the group has been dis- cussed by Shope (48) . Three strains of a Caraparu variant (BeH 5546) have also been isolat- ed from man and sentinel mice at the BVL (78). Table 11 summarizes the data obtained at the BVL on these 7 ví- rus types. Caraparu vírus emerges TABLE 11 Group C vírus isolations and antibody rates, Belém Vírus Laboratory, 1954-65 Oriboca AN 17 Itaqui AN 12751 Caraparu AN 3994 Apeú AN 848 Marituba AN 15 Murutucu AN 974 Nepuyo a) Isolates froio: Man 4 1 7 3 3 4 — Sentinel animab- 62 141 321 26 24 43 3 Rodents 2 5 8 — — 6 Marsupiais 1 1 — 1 — 1 — Áede* 2 — — 2 — — — CúUx 6 12 14 1 — 4 1 Other mosquitoes 6 — 1 — — 1 ~ TOTAL 83 160 351 33 27 59b) 4 Hl antibodies (maz.) in: Man 3%c) 3% 15% 15% 4% 4% — Rodents 28% 26% 43% 12% 5% 35% 3% Marsupiais. 23% 8% 22% 17% 27% 23% 11% a) Belém prototype BeAn 10709 b) abo 2 isolations from a slotb {Braáyjnit) and a pool of Izodid ticks c) Hl rates rnost be interpreted with caution in the absence of N test data. as the most commonly isolated type, and in fact it is the most fre- quently found of all viruses in the Belém area. Together with the clo- sely related Itaqui virus, Caraparu virus has been isolated more often from rodents than marsupiais, has higher antibody rates in rodents than in marsupiais, and is appa- rently carried almost exclusively by Culex mosquitoes. Murucutu vi- rus shares all these characteristics except that its Hl antibody rate in marsupiais (range 8-23%) is higher than in rodents (range 1-8%). In contrast, Oriboca virus has been isolated from a wide range of mosquito species, and the ranges of its Hl antibody rates in rodents and marsupiais coincide, although the highesí rates for both Oriboca and Murutucu antibodies are found in the arboreal genera of marsupiais (Calluromys and Marmosa) . There are scantier data for the remaining 3 virus types, but < — 37.152 cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 50 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica Apeú virus has been found in both Aedes and Culex mosquitoes, and its range oí Hl antibody rates is higher in marsupiais, although overlapping with the rodent range. Marituba and Nepuyo also appear to infect marsupiais preferentially, and Hl antibody rates to the for- mer are higher in arboreal than in forest floor marsupiais. A mosquito has still to be found carrying Ma- rituba virus. Marituba virus was isolated from a BVL worker, but it is possible that this could have been a natural infection (9). The epidemiological significance of the isolations of Murutucu virus from a sloth and a pool of ticks collected from marsupiais belonging to sever- al genera is uncertain. Antibody rates for the Group C viruses require careful interpreta- tion in view of their close serolo- gical interrelationships. Thus Hl & N tests for Oriboca antibodies also detect Itaqui antibodies, and vice versa. Similary Murutucu Hl & N tests will also detect Marituba antibody, and Caraparu tests will detect Apeú antibody. However, significant differences have been found between the rates obtained by Hl test for, e.g., Murutucu and Caraparu antibody on the same batch of sera (13). Shope et al. (35) report a rate of 3% for Hl antibody to Caraparu virus in for- est birds, and a rate of 6% Muru- tucu antibody has been found in monkeys (13), but no N testing was done. Transmission to mice from na- turally infected mosquitoes caught in the Amazon forest has been achieved for Oriboca virus with a Culex (Melanoconion) sp., proba- bly portesi, and for Nepuyo virus with Culex of unidentifiable spe- cies (49,50). The histopathology of sentinel mice naturally infected with Group C viruses has been described by DE Paola et al. (51) who found, in addition to the expected encepha- litic lesions, liver lesions in the mice infected with Itaqui and Ca- raparu viruses. Lives lesions have also been found in howler monkeys (Alouatta) experimentally infected with the same 2 viruses, and in infant mice inoculated and natur- ally infected with Murutucu and Oriboca viruses (52,80). GUAMÁ GROUP This group was also first esta- blished on the basis of new isolates from the BVL (17,53). Guamá and Catu viruses are the second and third most frequently encoun- tered viruses at the BVL (after the Group C agent Caraparu). Three serologically related virus types are separable as the BeAn 8582 (Ca- pim) group or subgroup, and a fourth type, BeAn 7722 (Mirim) crossreacts with Guamá antigen Volume 6 (Patologia) 51 but not antiserum by Hl test (13). Fifty-two isolates of the Guamá group made at the BVL have so far defied further typing. Table 12 summarizes the data from the BVL on the 7 types. Only Guamá and Catu have been iso- lated from man, and serological data for man is only available for BeAn 8582 (Capim), where 1/37 people was Hl positive at Borba, on the Rio Madeira, and 327 from other parts of the Brazilian Ama- zon were nega tive (13). It appears that all the viruses except BeAn 20076 (Bushbush?) and BeAn 7722 (Mirim), for which the data are insufficient, are more closely involved with rodents than with marsupiais, and with Culex rather than with other species of mosqui- toes. Isolations of Guamá and BeAr 12590 (Moju) viruses from pools of male Phlebotomus spp. and of Guamá from nestling birds (Tro- glodytes) are of doubtful valid- ity (13). The high antibody rates in marsupiais for these same 2 ty- pes are in the arboreal genera Cal- luromys and Marmosa. One strain of BeAr 12590 (Moju) was isolated from an unidentified forest rat (9), other strains of the same vi- rus from the viscera of a Proechi- TABLE 12 Guama group vírus isolations and antibody rates, Belém Virus Laboratory, 1954-65 Guamá Be.\n 277 Catu Bell 151 BeAr 12590 (Moju) BeAn 8582 (Capim) BeAn 10615 (Guajará) BeAn 20076 (Bushbush?) BeAn 7722 (Mirim) Isolates from: Man 3 9 Sentinei animais 203 155 89 18 33 8 7 Rodents 29 12 18 7 1 — — Marsupiais 5 — — 1 — — — Aedet 2 — — — — • — 1 CuUx 31 21 5 26 i 2 2 Other mosqnitoes 5 1 2 — — — — TOTAL 278 198 114 52 33 10 10 Hl antibodies (max.) in: Man <3% Rodents 43^») 45% 43% 13% 8%b) ll%b) 4%b) Marsupiab 45% 15% 25% 0/0 2% 4%b) 4%b) a) Hl rates must be int?rpreted with caution in the absence of N test data. b) N antibody rates. mys rat, and Mansonia spp. trap- ped in Amapá Territory, and a strain of Catu virus from the sali- vary glands of a bat {Molossus obscurus) also from Amapá (10), all the other Amazonian strains of these viruses being from Pará State. Hl antibodies for BeAn 8582 (Capim) in rodents have been shown to disappear rapidly, so cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 52 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica that the rate of 13% for Proechi- mys represents only recent infec- tions; Oryzomys have a much low- er antibody rate than Phoechi- mys for this vinis and for BeAn 10615 (Guajará), and no N anti- bodies were detected to the latter in 88 marsupiais tested (9, 13, 61). Oryzomys is more commonly found with viraemia to BeAr 12590 (Mo- ju) than is Proechimys (9,13). Transmission to laboratory mice by the bite of naturally infected mosquitoes caught in the Amazon forest has been su^cessful with 4 of the virus types, as follows: The histopathology of laboratory mice naturally and experimentally infected with viruses of the Guamá group has been described (51,52); the lesions were limited to the cen- tral nervous System. VIRUS Mosquito No. transmíssioDS Refcrencc Guamá Cu^ (Af.) taeniopui 1 Toda à Sbope, 49 Cuia B17 1 > . 50 BeAn 20076 (Buahbush?) CmUx 8pp. 1 > Be An 8582 (Capim) Culex spp. 2 > BeAn 7722 (Mirim) Cylex (Âf.) taenwput 1 » Bunyamwera Group Four types and a complex of closely related strains belonging to this group have been isolated in Amazônia. Guaroa virus has only been iso- lated from man in the Amazon valley (BeH 12208) although iso- lations from Anopheles have been made in Panamá (54) and the Coastal region of Colombia (55). The human isolations were from a liver biopsy specimen and 4 sera from patients with fever and pros- tration (56-58) . An Hl antibody survey of the population of the Amazon valley gave an overall rate of 18% (59), with a maxim- um of 60% among the Mundu- rucu Indians of the upper Rio Ta- pajós (13). Birds from forests near Belém had an Hl antibody rate of 0.3% (13). No N antibody tests have been done. Type BeAr 7272 (Maguari) was at first identified as a strain of Cache Valley virus (17), but is se- parable by Hl and N test (60). It has only been isolated from mos- quitoes, once each from pools of Anopheles nimbus, Aedes leucoce- laenus and Ae. scapularis (9) and from a mixed pool containing the last named species but with a ma- jority of Psorophora ferox (17). Human Hl antibody rates average 6.5% over the Brazüian Amazon, with a maximum of 24% at Soure, on the island of Marajó in the Amazon mouth; some of these po- sitives have been confirmed by N Volume 6 (Patologia) 53 test (13,61). Hl antibodies have also been found in 2/897 birds captured in 1963 at Belém (35), and in 2/15 sheep, and N antibo- dies in 11/15 horses and cattle (13). Kairi virus has been isolated from a pool of Ae. scapularis (BeAr 8226) (17), a pool of Sabethini, a pool of Wyeomyia spp., a sentinel monkey, a Saimiri monkey and an Oecomys rat (9). Human Hl anti- body rates for the Brazilian Ama- zon outside Belém (which was not tested) average 3%, with a peak of 7% at Eirunepe on the Rio Ju- ruá (13) , but N tests have not been done. BeAr 32149 (Sororocá) virus has been isolated only from mosquitoes (Sabethini) collected on human bait on tree platforms at Km 87 & 94 from Belém on the Belém — Brasília highway (9). The 6 isola- tions were all made in 1962, since when there have been no more re- coveries, and no serum survey data are available, largely because it has not been possible to produce a haemagglutinating antigen from these strains. The Wyeomyia complex is repre- sented in the Brazilian Amazon by at least 2 sub-types, distinguish- able only by cross-N testing, all iso lated from mosquitoes, principally Sabethini, but also from a mixed pool of Aedes (9,17). The Belém prototypes of these are BeAr 278 (Tucunduba) and BeAr 671 (Taiassui) . From these data it appears that the viruses of the Bunyamwera group active in Amazónia have cycles involving Aedes & sabethine mosquitoes and arboreal hosts, probably monkeys. Califórnia Group The only representativo of this group so far found in the Amazon is Melao virus (TRVL 9375) which has been recovered there only from mosquitoes, namely from a mixed pool containing Pscrophora ferox (Belém prototype BeAr 8033), a pool of Aedes scapularis (17) , and a pool of P. ferox (9) . Two isolations reported from a sentinel cebus monkey and a young saimiri mon- key (17) were found on reexamina- tion to be strains of Kairi virus (9) — the Califórnia group is serologic- ally related to the Bunyamwera group (62) . Lack of success in pro- ducing a high titred haemaggluti- nating antigen has precluded se- rum surveys. Phlébotomus Fever Group Five of the virus types of this group are found in Pará State, 4 of them having been isolated ini- tially at the BVL, and these 4 have not been found outside Amazónia. Although serologicaUy related to the viruses of phlébotomus fever, cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 54 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica none has been isolated from Phle- botomus, and only Itaporanga vi- rus (63) has so far been isolated from any arthropod. This has been recovered from a pool of Culex (Melanoconion) sp., probably cau- delli (13), a pool of Culex of un- identifiable species, and one of Mansonia venezuelensis. Itaporan- ga virus has also been isolated from 4 groups of sentinel mice (Be- lém prototype BeAn 64582) and a Calluromys marsupial in the Bra- zilian Amazon, and Hl antibody is common in arboreal genera of mar- supiais, and in forest birds (up to 10% (35), but absent from forest floor mammals and open field birds in the Belém area, suggesting that transmission is confined to the for- est canopy (13). Bats of at least 4 species belonging to 3 genera have also been found with Hl anti- bodies near Belém, but N tests have not been done. Icoaraci virus (BeAn 24262) has only been isolated from forest rodents, principally Proechimys, which species has Hl antibody rates of up to 56%, whereas other species of rodents and marsupiais have lower rates; Hl antibody has also been found in reptUes and sloths, but not in man in the Be- lém area (64). The remaining 3 types are BeH 22511 (Candiru) from a febrüe human, BeAn 46852 (Anhangá) from the organs of a Choloepus sloth, and BeAn 47693 and 67744 (Bujaru) from the blood of Proechimys rats (9, 10, 13). The only sera from the Amazon valley found to react by Hl with BeH 22511 (Candiru) antigen have been from one human and one li- zard (13) , and 2 birds, one of which also had N antibody (35). On the other and. Hl antibody to BeAn 47693 (Bujaru) virus was found in 13/53 people at Lábrea, on the Rio Purus, and in 139/164 Proechimys tested, as well as in up to 14% of forest rodents and marsupiais (13) , but no N tests have been made. Simbu Group Two types of this group have been isolated at the BVL. Oropou- che was obtained from a pool of Aedes serratus and the blood of a sloth, Bradypus tridactylus (BeAn 19991) both collected on the Be- lém — Brasília highway, and 15 strains were isolated from man in 1961 during an epidemic in Be- lém (65) , when it is calculated that the virus probably infected 11,000 persons, but without any known deaths (13). One probable labora- tory infection which was severe and required prolonged convalescence occurred in a female laboratory technician at the BVL (9). The second type, BeAn 84785 (Utinga) was isolated in 1965 from another specimen of Bradypus tridactyltis captured at the Utinga forest, Be- lém; it is clearly distinguishable Volume 6 (Patologia) 55 serologically from Oropouche, al- though related (13). BeAn 24232 (Piry) Group Strain BeAn 24232 (Piry) was isolated in 1960 from the viscera of a Metachirops opossum trapped in the Utinga forest, Belém (9) . No other isolations have been made in nature. There is clinicai and sero- logical evidence of a case of labo- ratory infection in 1964 at the BVL (61). Whitman (60) has pas- saged the vinis serially in mos- quitoes by inoculation. N antibo- dies have been found in 3% of marsupiais and 3% of rodents tested (61). Turlock Group Turlock virus was isolated for the first time in South America in 1961, from a sentinel mouse group in the forest near Belém (BeAn 32260) (9). It was next isolated from 2 birds of different species captured in the same forest in 1964, and 5% of forest bird sera tested that year had Hl antibodies, many confirmed by N test, in con- trast to only one Hl reactor among 211 forest rodents and marsu- piais (35). Anopheles A Group A single strain (BeAr 35112) was isolated in 1961 from a pool of Ano- pheles nimbus collected from the Belém — Brasilia highway (9). It appears to be serologically identic- al to TRVL 10076 (Lukuni) virus from Trinidad (60,77). Changuinola Group Strain BeAn 28873 (Irituia) was isolated in 1961 from an Oryzomys rat trapped at Km 92 from Belém on the Belém — Brasilia highway, and 4 related strains were recover- ed from Phlebotomus spp. collect- ed at Km 87 & 94 in 1961, 1962 and 1963 (9,13) . Recent work has shown that 4 of these strains are clearly separable by N test in mice or tissue culture (10, 61). Some of these could be identical to other strains of the Changuinola group isolated in Panamá (54) . Timbó Group Six strains of Timbó virus (BeAn 41787) and 3 strains of Chaco virus (BeAn 42217) have been isolated from Ameiva ameiva ameiva lizards at the BVL, and a fourth strain of the latter was isolated from a Kentropyx calcaratus lizard (66). They are considered to be arthrop- od-borne viruses on the basis of their pathogenicity for mice and their sensitivity to desoxycholate, also Chaco has been successfully passaged through mosquitoes by inoculation (60). cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 56 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica Ungrouped Arboviruses The following strains, serologic- aliy unrelated to any known ar- bovirus, are assumed to be arbovi- ruses because of their sensitivity to desoxycholate and the fact that they have been successfully pas- saged serially in mosquitoes by ino- culation (60) : Tacaiuma, BeAn 27639 (Acará,) Marco. Tacaiuma (BeAn 73) virus was originally isolated from the blood of a sentinel monkey in the Oribo- ca forest near Belém (17). It has since been found 3 times in pools of Haemagogus spp. caught in Pará State (9), and once from mosqui- toes of the same genus caught in Amapá Territory (10). Hl anti- bodies, mostly confirmed by N test, have been found in Pará State in man (0.5%), horses (24/48) and rodents (0.8%) (13), and in forest birds (6%) (35), but not in marsu- piais, cows, sheep, bats, edentates, monkeys or lizards (13). Strains of BeAn 27639 (Acará) virus have been isolated from 6 groups of sentinel mice and 2 Nec- tomys aquaticus amazonicus water rats in Pará State (9,13), and N antibody has been found in Nec- tomys (2/18), Proechimys (12%), Oryzomys (4%) and marsupiais (3%) (61). Strains of Marco virus (BeAn 40290) were isolated 4 times from Ameiva ameiva ameiva lizards at Belém, but nothing is known of the prevalence of antibodies in liz- ards or other vertebrates (66). The next 2 types are desoxycho- late sensitive and were isolated from mosquitoes. The single known strain of BeAr 40578 (Jurona) vi- rus carne from a pool of Haemago- gus spp. captured in 1962 at Km 87 from Belém on the Belém — Bra- sília highway (9) and about 20% of forest birds have Hl antibody (35) . This antibody has not, however, been confirmable by N testing and may be due to cross-reacting Sim- bu or Bunyamwera group anti- bodies (13). Two strains of BeAr 50117 (Tembe) virus carne from Anopheles nimbus caught at Km 87 and 94 but nothing is known of the occurence of antibodies in ver- tebrates (9). Strain BeAn 58058 was isolated from the blood of an Oryzomys rat captured in the Utinga forest, Be- lém in 1963 and it appears to be serologically related to Cotia vi- rus (9) , but behaves differently in tissue culture (10). Cotia virus (67), which has been isolated ma- ny times in São Paulo State, is assumed to be an arbovirus on the basis of its recovery from sentinel mice and its sensitivity to desoxy- cholate. MISCELLANEOUS VIRUSES Tacaribe Group This serological group includes the following viruses (68) : Tacari- Volume 6 (Patologia) 57 be, isolated from bats and possibly from mosquitoes in Trinidad; Ama- pari, isolated from forest rodents and their ectoparasites in Brazil; Machupo, from rodents and hu- man cases of the highly fatal Bo- livian haemorrhagic fever; and Ju- nin, isolated from rodents, their ectoparasites and human cases of Argentinian haemorrhagic fever. These form a geographic series, with a transition somewhere in Brazil between the 2 Southern types which are highly pathogenic for man, and the 2 equatorial types which, as far as is at present known, do not involve man. Fourteen isolations of Amapari virus from Oryzomys goeldii and Neacomys guianae, and one from gamasid mites combed from infect- ed Oryzomys, had been made from Amapá Territory, Brazil, up to the end of 1965 (10, 69). All but one of the rodent isolations have been from pooled viscera, and the virus can probably remain for at least 26 days in the viscera of an appa- rently healthy Oryzomys, since one rat of this species was held alive for that length of time after capture before being sacrificed, and its viscera yielded Amapari virus. Machupo virus has so far been isolated only from the Beni region of Bolivia, which is part of the Amazon basin. Five isolations from fatal human cases and 9 from the spleens of the semi-domestic ro- dent Calomys callosus have been described (70,71). A fine effort in logistics was involved in airlifting a field laboratory and personnel from Panamá to San Joaquin, in the Beni, where the townspeople were sickening with haemorrhagic fever at the rate of 10 a week, with case fatality rates up to 20% (72). The virus was first isolated in in- fant hamsters from autopsy mate- rial (70), and the writer had the privilege of being present in the field laboratory at San Joaquin at the time in 1963 when this success was achieved.* Subsequently the rodent Calomys was implicated, and a rodent control operation was launched in the town in 1964 with US Army assistance; 2 weeks after the operation had covered the area, human cases of haemorrhagic fev- er ceased dramatically (73). Fur- ther studies on the virus and dis- cussion of its epidemiology have been published (74). Ungrouped viruses Two distinct virus types have been isolated from mammals of the Amazon forest, which are desoxy- cholate sensitive but unrelated se- rologically to any arbovirus, and there is no evidence as to their mode of transmission. One is BeAn 27326 (Pacui), isolated 7 times • Whilst in receipt of a travei grant from the Rockeíeller Foundation. cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 58 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica from Oryzomys (9), which species has a N antibody rate of 38%, whilst Proechimys has a rate of 31% and Nectomys and forest mar- supiais have lower rates (61). It does not multiply in mosquitoes after inoculation (60). The other is BeAn 67494 from the blood of a bat {Carollia subrufa) (13); this produces acidophilic intranuclear and intracytoplasmic inclusions in mouse liver and brain (80). No antibody data are yet avaUable. Unidentified agents Four agents producing CPE in cebus kidney tissue culture but not in chick embryo, Aotus or Alouatta monkey kidney cultures or infant mice, were isolated at the Instituto Evandro Chagas tissue culture la- boratory from the following mate- rial: AN 28512, domestic cat, brain: An 28531-6, Nectomys, brain-liver pool; AN 28667-9, opossum, brain- liver-blood pool; CM 3025, sentinel mouse, blood. Other agents produc- ing CPE were found in uninoculat- ed cultures of Tamarin, Alouatta and Cebus kidney. They are non- pathogenic to baby mice, and may belong to the simian virus se- ries (75). \ ENTOMOLOGICAL NOTES Up to the end of July 1964, a to- tal of 992,339 arthropods, mainly mosquitoes, had been processed for virus isolation at the BVL, in 20,758 pools (9,50) , and these had produced 279 strains of virus (ex- cluding 9 EMC strains). Isolates from arthropods other than mos- quitoes have been (through De- cember 1965) one of Murutucu vi- rus from ixodid ticks, 4 of the Changuinola group and one each of Moju and Guamá (doubtful) from Phlebotomus spp., and 4 dif- ferent viruses from pools of gama- sid mites ectoparasitic on rodents: Mayaro, SLE, Cocai and Amapari. Several mosquito isolates were made from pools of mixed species, or even of mixed genera; these are listed in Tables 7-10 under the commonest species in the pool. The workers in the Bolivian Beni inoculated over 28,000 arthropods (mostly Trombiculidae and Ixodi- dae, with only 125 mosquitoes) into mice, without isolating Machupo virus; a large number of mosquito pools remained to be processed as of November 1964 (73). The taxonomy of the genus Culex is extremely difficult in the Belém area. Many females can be separated as species, but until the corresponding males can be success fully bred from them, their Iden- tification is in doubt, and there- fore these species are referred toby BVL codes as Culex Bl, B7, etc. Attempts at rearing eggs from wild-caught females at the BVL are succeeding, and as a result it Volume 6 (Patologia) 59 appears that the Culex referred to in early BVL reports as C. (Tino- lestes) mojuensis, and in later ones as Culex B9, is actually C. {Mela- noconion) portesi (78). It is still necessary to determine whether the species identified from the Belém area as C. (C.) coronator is in fact C. (C.)mollis. References in BVL reports to C. (Tinolestes) sp. should read Culex spp. (subgenus undetermined) , (50) and those to C. (C.) virgultus should read C. (C.) declarator (79). SUMMARY This review covers viruses isolat- ed, or for which there is serologic- al evidence of occurrence, in the Amazon basin. These include the viruses of variola, herpes, influen- za, mumps polio, encephalomyo- carditis, and rabies, several adeno and Coxsackie viruses, mouse po- liovirus, Newcastle and foot-and- -mouth disease viruses, some 60 different types of arbovirus, and a number of miscellaneous viruses including the aetiological agent of Bolivian haemorrhagic fever. Most of these agents have been isolated at the Belém Virus Laboratory of the Instituto Evandro Chagas, Be- lém, Pará, Brazil, since its opening in 1954. Over 2,000 strains of arbo- viruses have been isolated at that laboratory, from man, wild and sentinel animais, and arthropods. Tables Show the sources of these isolates by species, and maximum antibody rates encountered in man and wild vertebrates. REFERENCES 1. Anon., 1965, Proposals and recom- mendations of the provisional com- mittee for nomenclature of viruses (P.C.N.V.). Ann. Inst. Pasleur, 109; 625-637. 2. Andrewes, C., 1964, Arboviruses, in “Viruses of Vertebrates”, 401 pp., Williams & Wilkins Co., Baltimore. 3. Causey, o. R. & Maroja, O. H., 1959, Isolation of yellow fever virus from man and mosquitoes in the Amazon region of Brazil. Amer. J. Trop. Meã. Hyg., 8; 368-371. 4. SCHAEFFER, M., GAJDUSEK, D. C., Brown, a. & Eichenwald, H., 1959, Epidemic jungle fevers among Okinawan colonists in the Bolivian rain forest. I. Epidemiology. Amer. J. Trop. Meã. Hyg., 8; 372-96, 14 figs. 5. Gajdusek, d. C., Rogers, N. & Bank- HEAD, A. S., 1959, Serological sur- vey of virai and rickettsial diseases among jungle inhabitants of the upper Amazon basin. Peãiatrics, 23: 121-131, 6 figs. 6. Mackenzie, R. B., Beye, H. K., Val- verde, L. & Garron, H., 1964, Epi- demic hemorrhagic fever in Bolivia I. A preliminary report of the epi- demiologic and clinicai findings in a new epidemic area in South America. Amer. J. Trop. Hyg., 13: 620-625, 2 figs. 7. CAUSEY, C. E., 1958, Organização de laboratórios centrais e de campo. Rev. Serv. Esp. Saúãe Pübl., 10; 35-41. cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 60 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica 8. Lobo, G. G. B„ 1962, Isolamento de poliovírus de fezes de crianças du- rante um surto de poliomielite ocorrido na cidade de Belém, no período de outubro de 1961 a março de 1962. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 12: 71-79. 9. Causey, o. R., personal communi- cation. 10 . PiNHEnio, F. P., personal communi- cation. 11. Azevedo, M. C., personal communi- cation. 12. JONKERS, A. H., Shope, r. e., Ait- KEN, T. H. G., & Spence, L., 1964, Cocai virus, a new agent in Trini- dad related to vesicular stomatitis virus, type Indiana. Amer. J. vet. Res., 25: 236-242. 13. Shope, R. E. & Andrade, A. H. P., personal communication. 14. CAUSEY, O. R., Shope, R. E. & Laemmert, H., 1962, Report of an epizootic of encephalomyocarditis virus in Para. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 12: 47-50. 15. Dick, G. W. a., 1960, in Woodall, J. P., 1965, Summary of virus isola- tions from arthropods at this Ins- titute, to the end of 1964. E. Afr. Virus Res. Inst. Rep., 14: 16-20. 16. PALACios, C. A., personal communi- cation. 17. Causey, O. R., Causey, C. E., Ma- ROJA, O. H. & Macedo, D. G., 1961, The isolation of arthropod-bome viruses, including members of two hitherto undescribed serological groups, in the Amazon region of Brazil. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 10: 227-249. 18. Causey, O. R. & Causey, C. E., 1958, Inquérito sorológico na Amazônia. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 10: 143-150. 19. CAUSEY, O. R. & THEH.ER, M., 1958, Virus antibody survey on sera of residents of the Amazon Valley in Brazil. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 7: 36-41. 20. Causey, O. R., 1958, Reservatórios e transmissores. Rev. Serv. Esp. Saú- de Públ, 10: 133-136. 21. Causey, O. R., 1958, Procedência dos arbovirus isolados de 1954 a 1957 em Belém. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 10: 82-85. 22. causey, C. E. & Causey, O. R., 1958, Situação em relação as espé- cies conhecidas e ao esquema de Casais, dos arbovirus isolados em Belém, segundo os sintomas obser- vados nos camundongos inocula- dos. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ, 10: 78-80. 23. Maroja, o. M. & Causey, C. E., 1958, O emprêgo da fixação de comple- mento como teste para situação dos arbovirus amazônicos nos gru- pos sorológicos de Casais e Brown. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ, 10: 69-71. 24. SHOPE, R. E., 1962, The serological Identification of arthropod-bome viruses, Rev. Serv. Esp. Saúde Públ, 12: 33-38. 25. Shope, R. e. & Causey, O. R., 1962, Further studies on the serological relationships of Group c arthro- pod-borne viruses and the appli- cation of these relationships to ra- pid identification of types. Amer. J. Trop. Med. Hyg., ll: 283-290. 26. Causey, O. R., 1962, The isolation of virus from natural and sentinel hosts in the Amazon Valley. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ, 12; 25-31. 27. CAUSEY, C. E. & CAUSEY, O. R., 1962, The arthropod-borne viruses of Brazil in relation to world Volume 6 (Patologia) 61 groups, Rev. Serv. Esp. Saúde Pübl., 12: 9-13. 28. Causey, C. E., 1963, The role of small mammals in maintenance oí arboviruses in the Brazilian Ama- zon forest. An. Microbiol., il: 119- - 121 . 29. Shope, R. e., 1963, The use of a micro hemagglutination-inhibition test to follow antibody response after arthropod-borne virus infec- tion in a community of forest ani- mais. An. Microbiol., 11: 167-171, 2 figs. 30. Shope, R. E., The serological res- ponse of animais to virus iníection in Utinga forest, Belem, Brazil. Atas Simp. Biota Amazônica, Be- lém, Pará, 1966. 31. Shope, R. E., Catjsey, O. R., An- drade, A. H. P. & THEmER, M., 1964, The Venezuelan equine encephalo- myelitis complex of group A ar- thropod-borne viruses, including Mucambo & Pixima from the Ama- zon region of Brazil. Amer. J. Trop. Meã. Hyg., 13: 723-727. 32. Causey, O. R. & Macedo, D. N. G., 1958, Isolamento e identificação de virus da “Encefalomielite Equina Venezuelana” no Pará. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 10: 72-74. 33. CAUSEY, O. R., Macedo, D. N. G. & CAUSEY, C. E., 1958, Isolamento e identificação do virus da “Encefa- lomielite Equina Leste” no Pará. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 10: 75- -77. 34. CAUSEY, o. R., Shope, R. E., Laem- MERT, H. & SUTMOLLER, P., 1962, Epizootic eastern equine encepha- litis in the Bragança region in Pará. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 12: 39-45. 35. Shope, R, E., Andrade, A. H. P., Bensabath, G., Causey, O. R. & Humphrey, P. s. (submitted), The epidemiology of EEE, WEE, SLE, and Turlock viruses, with special reference ot birds, in a tropical rain forest near Belem, Brazil. 36. causey, o. R. & Maroja, O. M., 1957, Investigation of an epidemic of acute febrile illness on the river Guamá in Pará, Brazil, and isola- tion of Mayaro virus as causative agent. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 6 : 1017-1023. 37. Causey, O. R., Maroja, O. & Aze- vedo, M. C., 1958, Epidemia pelo virus “Mayaro” no estado do Pará. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 10: 152-154. 38. PORTERFIELD, J. S., 1961, Cross-neu- tralization studies with Group A arthropod-borne viruses. Buli. World Hlth. Org., 24: 735-741. 39. SCHMH)T, J. R., Gajdusek, d. C., SCHAEFFER, M. & GORRIE, R. H., 1959, Epidemic jungle fever among Oki- nawan colonists in the Bolivian rain forest. II. Isolation and cha- racterization of Uruma virus, a newly recognized human pathogen. Amer. J. Trop. Meã. Hyg., 8: 479- -487. 40. CAUSEY, O. R., CASALS, J., SHOPE, R. E. & Udomsakdi, s., 1963, Aura & Una, two new group A arthropod- -borne viruses. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 12: 777-781. 41 . Bensabath, B. & Andrade, A. H. P., 1962, Anticorpos para arbovirus no sôro de residentes na cidade de Belém, Pará. Rev. Serv. Esp. Saúde Publ., 12: 61-69. 42. ScAFF, L. M., 1958, Vacinação an- tiamarilica. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 10: 155-160. cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 62 Atas do Simpósio sobre a Biota Amazônica 43 . Laemmert, H. & CAtrsEY, O. R„ 1962, A febre amarela na região amazô- nica. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 12: 51-54. 44. Bensabath, G., Shope, R. E., An- drade, A. H. P. & Souza, A. P., 1966, Recuperacion de virus amariiicq procedente de un mono sentinela, en las cercanas de Belem, Brazil. Boi. Offic. Sanit. Panamer., 60: 187-192. 45. Causey, o. R., Shope, R. E. & Theiler, M., 1964, Isolation of St. Louis encephalitis virus from ar- thropods in Para, Brazil. Amer. J. Trop. Meã. Hyg., 13: 449. 46. Gomes, G. & Causey, o. R., 1959, Bussuquara, a new arthropod-borne vinis. Proc. Soe. Exp. Biol. 101: 275-279. 47. Shope, R. E., Causey, C. E. & Cau- sey, O. R., 1961, Itaqui virus, a new member of arthropod-borne Group C. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 10: 264-265. 48. Shope, r. e., 1965, Antigenic varia- tion among arboviruses. Ciência e Cultura, 17: 30-32. 49. Toda, A. & Shope, r. e., 1965, Transmission of Guamá & Oriboca viruses by natimally infected mos- quitoes. Nature (Lond.) 208: 304. 50. Toda, A., personal communication. 51. De Paola, D., Duarte, F. & Lobo, M. B., 1963, Histopatologia da infec- ção natmral por arbovirus do grupo C e Guamá. An. Microbiol, 11: 211- -216. 52. De Paola, D., 1964, Contribuição ao estudo da patologia das arboviro- ses. Tese apresentada para o con- curso de docência-livre de Anato- mia e Fisiologia Patológicas da Fa- culdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado da Guana- bara, Rio de Janeiro, 91 pp. 19 figs. 53. Whitman, L. & Casals, J., 1961, The Guamá group: a new serological group of hitherto undescribed vi- ruses. Immunological studies. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 10: 259- -263. 54. peralta, p. h., Galindo, P. & She- LOKOv, A., 1961, Virus isolates from Panamanian mosquitoes and sand- flies. Fed. Proc., 20: 436. 55. Sanmartin, C., 1966, Proc. Symp. on Arboviruses of the Califórnia Complex & the Bunyamwera Group, Smolenice. 56. Rodrigues, A., Vianna, C. M. & Silva, e. S., 1963, Ocorrência de casos de encefalomielite em doen- tes oriimdos da Estrada Belém- Brasília. Rev. Cienc. Biol., 1: 27-31. 57. causey, o. R., Shope, R. E. & Ro- drigues, A., 1962, Isolamento do virus Guaroa do figado por biopsia percutanea de um caso humano com paralisia. Rev. Serv. Esp. Saú- de Públ., 12: 55-59. 58. Causey, o. R., 1966, in Woodall, J. P., Human infection with arbovi- ruses of the Bunyamwera group, Proc. Symp. on Arboviruses of the Califórnia Complex & the Bunyam- wera Group, Smolenice, 1966. 59. CAUSEY, O. R., 1960, in Horsfall F. L. & Tamm I., 1965, “Virai and Rickettsial Infections of Man”, 4 th ed., p. 662, J. B. Lippincott Co., Philadelphia, 1282 pp. 60. Whitman, l., personal communica- tion. 61. Bensabath, G., personal communi- cation. 62. whitman, L. & Shope, R. E., 1962, The Califórnia complex of arthro- pod-borne viruses and its relation- ship to the Bunyamwera group through Guaroa virus. Amer. J. Trop. Meã. Hyg., 11: 691-696. Volume 6 (Patologia) 63 63. Trapp, e. E„ Andrade, A. H. P. & Shope, R. E., 1965, Itaporanga, a newly recognized arbovirus írom São Paulo State, Brazil. Proc. Soc. Exp. Biol., 118: 421-422. 64. Causey, o. R. & Shope, R. E., 1965, Icoaraci, a new virus related to Na- ples Phlebotomus Fever virus, Proc. Soc. Exp. Biol., 118: 420-421. 65. Pinheiro, F., Pinheiro, M., Bensa- BATH, G., causey, o. R. & Shope, R. E., 1962, Epidemia de virus Oro- pouche em Belém. Rev. Serv. Esp. Saúde Públ., 12: 15-23. 66. Causey, O. R., Shope, R. E. & Ben- SABATH, G. 1966, Marco, Timbo & Chaco, newly recognized arbovirus- es from lizards of Brasil. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 15: 239-243. 67. Lopes, O. S., Lacerda, J. P. C., Fon- seca, I. E. M., castro, d. P., Forat- tini, o. P. & Rabello, E. S., 1965, Cotia virus: a new agent isolated from sentinel mice in São Paulo, Brazil. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 14: 156-157. 68. Shelokov, a., 1965, Hemorrhagic fevers in the Américas: a perspec- tive, 14: 790-792. 69. Pinheiro, F. P., Shope, R. E., An- drade, A. H. P., Bensabath, G., Ca- cios, G. V. & Casals, J., (submit- ted), Amapari, a new virus of the Tacaribe Group from rodents and mites of Amapa Territory, Brazil. 70. Johnson, K. M., Wiebenga, N. H., Mackenzie, r. B., Kuns, M. L., Tauraso, N. M., Shelokov, A., Webb, P. a., Justines, G. & Beye, H. K., 1965, Virus isolations from human cases of hemorrhagic fever in Bolivia. Proc. Soc. Exp. Biol., 118: 113-118. 71. Johnson, K. M., Kuns, M. L., Mac- kenzie, R. B., Webb, P. A. & Yun- KER, C. E., 1966, Isolation of Ma- chupo virus from wild rodent Ca- lomys callosus. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 15: 103-106. 72. mackenzie, R. B., 1965, Epidcmio- logy of Machupo virus infection. I. Pattern of human infection, San Joaquln, Bolivia, 1962-1964. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 14: 808-813. 73. Kuns, M. L., 1965, Epidemiology of Machupo virus infection. II. Ecolo- gical & control studies of hemor- rhagic fever. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 14: 813-816. 74. Various Authors, 1965, Symposium on some aspects of hemorrhagic fevers in the Américas. 14: 789-818. 75. Henderson, J. R., personal commu- nication. 76. Casals, J. & Whitman, L., 1961, Group C, a new serological group of hitherto imdescribed arthropod- borne viruses. Immunological stu- dies. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 10: 250-258. 77. Andrade, A. H. P., personal commu- nication. 78. Aitken, T. H. G. & Galindo, P., On the identity of Culex (Melanoco- nion) portesi Senevet & Abonnec 1941 (Diptera, Culicidae). Proc. Ent. Soc. Wash. (in press) 79. Stone, a., Knight, K. L. & Starc- KE, H., 1959, “A synoptic catalog of the mosquitoes of the world (Dip- tera, Culicidae.) ” Washington (Thomas Say Foimd., Vol. VI.) 80. Dias, L. B., personal communica- tion. cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica Vol. 6 (Patologia): 65-73 — 1967 THE CANOPY-FREQUENTING MOSQUITOES OF BUSH BUSH FOREST, TRINIDAD, WEST INDIES THOMAS H. G. AITKEN University of the West Indies, Trinidad Regional Virus Laboratory, P.O. Box 164, Port-of-Spain, Trinidad, West Indies (With 2 text-figures) Bush Bush island is a small area of sandy high ground situated in the Southern portion of the Na- riva Swamp in eastern Trinidad (Downs et ál., 1962). The island lies approximately IVz m i 1 e s (2.4 km) to the west of the coastal road from which it is separated by extensive open grassy swampland. Immediately surrounding the is- land, there is dense swamp forest of Moriche and Cabbage palms and various aquaphyllic hardwoods. The island is more or less uniform- ly covered with hardwoods ave- raging 70 to 80 feet (21-24 meters) The studies and observations upon which this paper is based were conduct- ed with the support and under the auspices of the Govemments of the West Indian Territories, the Govern- ment of British Guiana, the Depart- ment of Technical Cooperation of the United Kingdom Government and The Rockefeller Foundation. in height. The forest appears to be typical “Evergreen Seasonal For- est: Carapa-Eschweilera type” as classified by Beard (1946). The trees are moderately covered with vines, climbing aroids and epiphy- tic bromeliads. Likewise there is a moderate growth of forest floor ve- getation, sufficiently sparse to per- mit easy walking. In general, the forest floor is well shaded except for occasional clearings created by falling trees. Annual precipitation in Bush Bush Forest over the past four years has averaged 91 inches (2,316 mm). Monthly rainfall re- cords for the period 1962-1965 are presented in Table I. There is a dry season from January or Fe- bruary to May and a wet season from June to year’s end but with a brief spell of dry weather again, usually in September. Mean month- 5 — 37.152 66 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica ly temperatures vary from about 740 F. (23°C.) to 81°F. (27°C.). He- lative humidity figures for the for- est floor environment approach saturation at night, dropping to about 90% in the afternoons of the wet months and 70% in the dry months (based on thermohygro- graph recordings in 1963 and . . . . 1964). TABLE I Rainfall (in inches) in Bush Bush Forest by Month, 1962-1965 1962 1963 1964 1965 Average January. 3-20 6.00 3.64 5.85 4.67 4.20 2.04 0.90 3.66 2.70 0.10 2.16 1.48 2.00 1.44 April 1.86 2.30 8.52 1.47 3.54 May 2.41 9.00 5.87 4.96 5.56 4.82 9.09 15.61 10.63 10.04 July 7.30 11.72 14.17 8.80 10.50 Aogust 15.77 5.99 7.56 12.84 10.54 September 4.74 8.67 16.54 6.34 9.07 October 6.23 13.72 11.38 13.22 11.14 8.05 11.92 8.66 18.03 11.67 6.85 6.29 12.01 15.86 10.25 TOT.U. 65.53 83.90 106.34 103.66 91.11 Studies of the mosquitoes inha- biting the canopy of Bush Bush Forest commenced late in 1961 and were continued intermittently over the next four years. Originally these studies were limited to day- time collections at several tree sta- tion towers utilizing human bait. Later, night collections were added when investigations of 24-hour activity patterns were undertaken. Eventually, collections were made using traps hung in the forest ca- nopy and baited with white mice and chicks. tied into the tree by means of iron scaffolding (Fig. 1). The stations were located in 100 foot (30 me- ters)-tall Yellow Olivier trees {Bu- chenavia capitata) and the mos- quito catching platform was locat- ed at 55 feet (17 meters), well within the surrounding canopy. One man was stationed at the base of the tree and another on the 55 foot platform. Each man collected mosquitoes for one hour after which positions were switched. Thus alternating back and forth between the two stations, mosqui- MATERIALS AND METHODS toes were collected over the five hour observation period from 9:00 Tree station towers were cons- a. m. to 2:00 p. m. In the case of tructed of steel radio mast firmly 24-hour studies, a new team of two Volume 6 (Patologia) 67 mosquito catchers carne on every two hours. Mosquitoes were either aspirated directly from the skin as they attempted to bite, or else were picked up in small hand nets and then transferred to plaster-lin- ed quart Mason jars. Collections from the different leveis and for the hourly intervals (in the case of 24-hour catches) were kept in sep- arate jars. At night the men were equipped with 2-cell flashlights which were covered with red cello- phane paper to reduce the light in- tensity. Trapping studies utilized small, portable double-baited cage traps, more commonly called. No. 10 traps (WORTH & JONKERS, 1962). Traps were suspended by a nylon Fig. 1 — View of tree station n.° 3. Bush Bush Forest, Trinidad. cm Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica cord and pulley arrangement (Fig. 2) from wooden booms rad- iating out from the 55 foot plat form at tree station No. 3. Four traps were thus suspended in the and were alternately baited with four adult white mice and two 6-8 week old White Leghorn chicks. For a three-month period in 1965, two traps, respectively baited with canopy approximately 20 feet apart mice and chicks, were also operat- Fig. 2 — View of tree station n.° 3, showing three n.° 10 traps in position in the canopy. cm i SciELO Volume 6 (Patologia) 69 ed at ground levei at the base of the tree. Traps were operated con- tinuously for 24-hours from 7 a. m. to 7 a.m. of the day following, or else from 7 a. m. to 5 p. m. for a daylight catch and 5 p. m. to 7 a. m. for a night catch. Mosqui- toes were transferred from the ca- ges to collection jars at the speci- fied intervals by means of an aspi- rator as in the case of human bait collections. RESULTS Discussion is limited to selected sessions as time does not permit a detailed analysis of all the catches. Accordingly the human bait studies encompass 11 24-hour catching sessions during the period October-December 1961 and again in November 1962. The No. 10 trap collections utilizing mouse and chick bait covered the three month period July-September 1965 repre- senting 13 24-hour sessions. It should be noted that the hum- an bait catch was far more re- warding, particularly as concerns numbers of mosquitoes collected. Table II records the average num- ber of mosquitoes caught per ses- sion by the various methods at TABLE II Average number of mosquitoes caught per 24-hour session at ground levei and in the canopy, Bush Bush Forest Ground Canopy Xo. species mosquitoes Hum»n b»it 2.062 1,733 33 Mouje-baited tr»pe 90 38 25 Chick-b^ted traps 145 27 21 ground levei and in the canopy, as well as the total number of species recovered. Altogether there were 35 species studied. There were many sessions when the canopy traps caught no mos- quitoes, particularly during the daylight exposure periods. On only One occasion did a ground-based trap (chick bait) fail to make a catch during the daylight hours. In a year-long study of canopy trap- ping, 20% of the day or night ses- sions were negative. A breakdown of negative results by bait animal and time of day is presented in Ta- ble III. Canopy traps proved less attractive in daylight hours and chicks were the least attractive host. At ground levei, chicks drew more mosquitoes probably because of the greater abundance of avi- phyllic Aedes and Mansonia mos- quitoes. cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 70 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica TABLE III Percentage of trapping sessions failing to catch canopy mosquitoes in Bush Bush Forest, 20 Aug. 1964 — 28 Sept. 1965 Hort Day Night Average Mouse 33 í) 18 43 10 23 Average 3S 9 20 In Table IV the mosquito spe- cies are arranged in descending order of frequency of attraction to various host baits from canopy to ground levei. It is unfortunate that a number of species are represent- TABLE IV Numbers of mosquitoes attracted te various baits in Bush Bush Forest and percentage of catch frequenting the forest canopy CHICK B.UT MOUSE B.UT HUiUN B.UT Species No. % Species No. % Species No. % Culex sp. Ko. 13 — 2 lOO Phon. trinidadensis 5 100 Sabcthes cyaneus 17 100 76 71 3 100 6 100 nigrípalpus 114 62 Hion. lassalli 1 100 .4edeo. squamipennis. 4 100 Mansonia titillans.. . 54 Aedeo. squamipennis 1 100 Phon. lassalli 166 98 Aedes fulrue 7 43 Culex accelerans 296 74 Anoph. bellator 73 97 Wyeo. medioalbípes. 107 37 Wyeo. medioalbipes 149 53 Sab. chloroptcrus.... 37 97 Culex crybda 5 20 Culex nigripalpus 60 50 Culex sp. No. 13 22 95 amasonensis 76 17 Aedes fulvus 8 £0 accelerans . . 3,463 8.8 spiasipes 220 14 Culex crybda 4 25 Haem. spegauinü.. .. 403 87 Man. venesuelensis.. 771 11 223 23 Culex nigripalpus.... 114 86 Culex 8p. Ko. 11.... 11 declarator 26 23 Phon. trinidadensis... 34 85 portesi 93 10 spiasipes 73 19 Wyeo. medioalbipes.. .... 8,165 66 taeniopus 21 10 Maii. titillans 37 18 Culex portesi 149 63 declarator 223 4 yenexuelensis 160 12 Man. titillans .. . 12,571 57 Aedes serratus 365 3 Aedes serratus 73 12 Culex CTj bda. 140 57 34 3 .\noph. oswaldoi 2 0 "caudelli” 66 9 Culex declarator 4 50 Psoropbora ferox.. . . 3 0 portesi 294 8 amaxonensis 696 44 Limatus durhami 5 0 taeniopus 33 3 spissipes 158 44 8 0 38 *‘caudelU”* 57 0 Wyeo.**clasoleuca'*7 1 0 Culex taeniopus 31 26 3 0 537 24 Psor. ferox 7 0 Man. Tenesuelensis... 7,432 14 Aedes scapularis 12 0 Anoph. osiraldoi 695 11 Culex vomerifer 22 0 Psor. ferox 468 11 . . 4.227 8 ToUl 205 6 1,658 20 T.im. durhami 98 5 Culex sp. Ko. 11 217 4 Psor. albipes 196 4 Psor. cinguiata 328 1 Phon. splendida 22 0 * CvUx *‘eandellC’ appean to be a mixture of tbis species and C. ybarmiê Dyar Lim. flarisetosus 27 0 TotaJ - . 41,745 46 Volume 6 (Patologia) 71 ed by few specimens. There were three species with less than 10 in- dividuais attracted to man, eight species In the chick-bait collections and 10 species in the mouse-bait collections. AU such species, how- ever, have been included in the list as it is known from other studies in Bush Bush Forest as well as else- where in Trinidad that in most instances they are either essential- ly canopy or ground levei inhabi- tants. Culex (Melanoconion) sp. No. 13 (possibly zeteki Dyar) is the one doubtfully placed species as there has been little experience with it. Judging from the human bait coUections it would appear to prefer the upper leveis of the forest. This study confirms previous observations in the Rio Grande For- est of Trinidad (Aitken, 1958) and at the same time adds addition- al species to the list of those fav- oring the upper strata of the for- est environment. Some of these species (Culex and Aedomyia) dis- closed their identity as a result of extending the observation period to the night hours. The following 10 species appear to be primarily inhabitants of the forest canopy: (1) Sabethes belisarioi Neiva (2) Sabethes chloropterus (Hum- boldt) (2) Sabethes cyaneus (Fabrice- us) (4) Phoniomyia lassalli (Bonne- -Wepster & Bonne) (5) Phoniomyia trinidadensis (Theobald) (6) Haemagogus s. spegazzinii Brèthes (7) Aedeomyia squamipennis (Lynch Arribálzaga) (8) Anopheles bellator Dyar & Knab (9) Culex (Eubonnea) accelerans Root (10) Culex (Melanoconion) sp. 13 With the possible exception of Aedeomyia squamipennis all of these species will invade to varying degree the forest floor environ- ment, particularly where breaks in the canopy permit penetration of sunlight. The heliophyllic sabe- thines (Sabethes and Phoniomyia) as well as Haemagogus are well adapted to their sunny environ- ment as evidenced by their brü- liant adornment of colored metal- lic body scales. The nocturnally active and sombrelooking Aedeo- myia squamipennis, on the other hand, was found commonly at ground levei only near its breed- ing areas in the open swamp. When it enters the forest, squa- mipennis invades the canopy en- vironment. In 1964, for example, there were 78,000 mosquitoes col- lected in Bush Bush Forest and 221 were Aedeomyia squami- pennis. Of these, 181 largely carne cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16 72 Atas do Simpósio sôbre a Biota Amazônica from mouse-baited traps situated in the open swamp near the breeding areas and the remaining 40 were trapped in the canopy. Only four squamipennis were in- cluded among the 17,600 mosqui- toes collected from noctumally- -operated sentinel mouse traps located on the forest floor. From the present sudies it ap- pears that four or five species are intermediate in their choice of ha- bitat. These are Wyeomyia me- dioalbipes Lutz, Mansonia titillans (Walker) , Aedes fulvus Wiede- mann, Culex (Culex) nigripalpus Theobald and possibly Culex (Me- lanoconion) crybda Dyar. In the case of Mansonia titillans, observa- tions of diel activity patterns de- monstrated that invasion of the canopy occurred primarily after dark. The remaining 20 species observ- ed during the study are normally found at ground leveis. An interesting by product of the study has been the host preference shown by various mosquito spe- cies. In general, man has shown up favorably as an attractive host for most of the 35 species. Most Culex species showed a predilec- tion for mouse bait. Birds attract- ed Culex nigripalpus, C. declara- tor and C. spissipes as well as Aedes and Mansonia. With regard to Ae- deomyia squamipennis, the Bon- NEs (1925) observed adults often entering Surinam houses in the evenlng but they never bite. Lane (1953) in his “Neotropical Culici- dae” States that no observations have been made on the feeding ha- bits of squamipennis. Forattini (1965) briefly mentions that adults have been reported feeding on birds. Mattingly (1949) found Ae- deomyia africana Neveu-Lemaire attracted to human bait only in the forest canopy and never on the ground. During a year-long study (1964-1965) involving only canopy mosquitoes in Bush Bush Forest, 58% of 212 Aedeomyia squamipen- nis were attracted to chick bait and 92% engorged on these hosts as compared with 42% being attract- ed to mice and only 10% engorg- ed. As further evidence of a lack of interest in mouse bait, a 1964 study disclosed only a 4% engorge- ment rate among 181 squami- pennis in ground levei mouse-bait- ed traps located in the open swamp breeding areas of this spe- cies. Squamipennis is obviously little attracted to man, so we must conclude that it is essentially avi- phyllic in character. SUMMARY The Bush Bush Forest study area is briefly described. Studies of the canopy mosquito fauna de- pended upon the simultaneous col- lection of mosquitoes at ground levei and in the canopy at a height Volume 6 (Patologia) 73 of 55 feet. .Mosquitoes were coUect- ed through the use of human bait or light-weight traps baited with white mice or young chickens. Observation periods were 24 hours in duration in order to equally sample the nocturnal as well as diurnal mosquito population. Ca- nopy trapping yielded many fewer mosquitoes than were attracted to human bait, particularly during daylight hours. Ten species were considered essentially arboreal in nature, four or five appeared inter- mediate in choice of habitat and 20 species were considered terra- phyllic. The little studied Aedeo- myia squamipennis was frequently observed feeding on birds in the forest canopy. REFERENCES Aitkzn, t. H. G-, 1958, Entomological aspects of the Trinldad virus re- search program. Proc. Tenth Inter- nat. Cong. Ent., 3: 573-580. Beard, J. S., 1946, The natural vegeta- tion of Trinidad. Oxford Forestry Memoirs No. 20, 1945. Clarendon Press, Oxford. Bonne, C. & Bonne-Wepster, J., 1925, Mosquitoes of Surinam, a study on neotropical mosquitoes. Royal Col. Inst. of Amsterdam, page 486. Downs, W G., Spence, L. & Aitkem, T. H. G., 1962, Studies on the virus of Venezuelan equine encephalomye- litis in Trinidad, W.I. III. Reisola- tion of the virus. Amer. J. Trop. Med. Hyg., 11 (6) : 841-843. Forattini, o. P., 1965, Entomologia Mé- dica. 3: 108, Univ. São Paulo, Brazil. lane, j., 1953, Neotropical Culicidae. 2: 586, Univ. São Paulo, Brazil. Mattingly, P. F., 1949, Studies on West African forest mosquitoes. Part II. The less commonly occurring spe- cies. Buli. Ent. Res., 40 (3) : 387- -402. WORTH, C. B. & JONKERS, A. H., 1962, Two traps for mosquitoes attracted to small vertebrate animais. Mos- quito News, 22 (1) : 18-21. cm i SciELO 10 11 12 13 14 15 16