cm i Capa MARA REGINA FERRO ANA ELISA DE OLIVEIRA APARECIDA YOSHI SHIMANOE CLEIDE COSTA Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo SÉRGIO A. VANIN Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo SÔNIA A. CASARI-CHEN Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo LARVAS DE COLEOPTERA DD RRASIL MUSEU DE ZOOLOGIA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO São Paulo, 1988 © Direitos reservados pelo Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, Avenida Nazaré, 481 — São Paulo, Brasil. Dados do Catalogação na Publicação (CIP) Iniarnaolonal (Câmara Bratllslra do Livro, SP, Brasil) Costa, Cleide. C871L Larvas de Coleoptera do Brasil / Cleide Costa, Sérgio Antonio Vanin, Sônia Aparecida Casari-Chen, — São Paulo : Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo : FAPESP, 1988. Bibliografia. 1. Coleôpteros 2, Coleôpteros — Brasil I. Vanin, Sérgio Antônio, 1948- II. Casari-Chen, Sônia Apare- cida. III. Museu de Zoologia (Universidade de Sao Paulo). IV. Título. 88-2206 CDD-595. 760434 -595.760981 índices para catálogo sistemático; 1. Besouros : Larvas : Zoologia 595.760434 2. Brasil : Coleôpteros : Zoologia 595.760981 3. Coleôpteros : Larvas : Zoologia 595.760434 4. Larvas : Coleôpteros : Zoologia 595.760434 Obra publicada com auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) APRESENTAÇÃO A importância maior dos trabalhos pioneiros é a abertura de horizontes para o aprofundamento de determinada atividade do conhecimento. Ê como visualizo este “Larvas de Coleoptera do Brasil”, contribuição primeira, deste porte, sobre os estágios imaturos e a ontogenia dos besouros neotropicais. O livro, resultado de anos de pesquisa de campo e de laboratório, será impres- cindível aos que venham a ocupar-se do estudo e entendimento da evolução da Ordem Coleoptera. Além de ensinar técnicas de coleta e criação, apresenta uma morfologia geral das larvas, chave para identificação ao nível de família e descrições de táxons representativos. Esta representatividade é expressiva desde que envolve alta por- centagem das famílias com espécies ocorrentes no Brasil, especialmente na Flo- resta Atlântica meridional. Outro aspecto importante da obra é a indicação de temas, táxons e lacunas críticos, cuja solução, por pesquisadores vindouros, já alertados para os caminhos a percorrer, contribuirá para o esclarecimento de número considerável de proble- mas taxonômicos e biológicos. Particularmente objetiva é a apresentação das estampas que reunem larvas (e suas peças anatômicas), pupas e adultos. Esta contribuição passa, portanto, q inserir-se entre as mais importantes publi- cações da Entomologia brasileira, quer na área pura, quer na aplicada. Que sirva de exemplo aos que dela vierem a utilizar-se. Ubirajara R. Martins de Souza Museu de Zoologia, USP cm i SciELO L2 13 14 15 16 17 lí 19 20 2 13 14 15 16 17 18 19 20 PREFÁCIO Era 1963-65, iniciei o estudo dos insetos dedicando-me especialmente à biolo- gia de pequenos besouros aquáticos da família Gyrinidae. A partir de 1966 dirigi o interesse para a sistemática e evolução dos vagalumes da família Elateridae sem contudo deixar de lado os aspectos biológicos. Venho, desde então, acumu- lando dados sobre a biologia dos Coleoptera em geral. Por outro lado, a experiência em sucessivos cmsos de pós-graduação, sobre “a metamorfose dos insetos”, reiterada por colegas, pesquisadores na mesma área, veio mostrando quão urgente é uma obra não apenas de caráter didático para a identificação dos imaturos mas capaz de conjugar, ao mesmo tempo, informações básicas e específicas que viessem a colocar em evidência um certo número de problemas que forçam a prosseguir nas pesquisas. Abranger a Classe Insecta era trabalho por demais amplo. Iniciando com a ordem Coleoptera poderia esperar que especialistas das outras ordens se animassem a análogo empreendimento. Mesmo restringindo o âmbito à ordem Coleoptera, a tarefa apresentava-se ainda demasiado árdua para uma só pessoa. Sua execução pressupunha, entre outros problemas, a coleta e criação maciça de larvas até o estágio adulto, a melhor forma de poder identificá-las com precisão. A partir de 1977, com a colaboração de Sérgio Antonio Vanin, do Departa- mento de 2^ologia da Universidade de São Paulo, iniciei este trabalho. Ambos publicamos dados inéditos, que já possuíamos, sobre larvas. Em 1980 decidimos empreender a coleta e criação intensivas de larvas em laboratório e, para isso, contamos com vários auxQios da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). A partir de 1982 somamos a colaboração ativa de Sônia Aparecida Casari-Chen, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. De janeiro de 1980 a agosto de 1986, foram realizadas 38 exonsões para coleta 15 das quais financiadas pela FAPESP e 1 pela FINEP através de con- vênio com o Instituto de Química da Universidade de São Paulo. As demais viagens foram realizadas a expensas do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. A maior parte destas viagens dirigiu-se a regiões várias da Mata Atlântica da Restinga do litoral de São Paulo e algumas delas, poucas, a forma- ções abertas do Brasil Central. Dos espécimes coligidos e criados em laboratório, provém a maioria das espécies ilustradas neste livro. Além disso,- muitos colegas e alunos colaboraram conosco colecionando algumas amostras menores e outros emprestaram-nos material para estudo. Desta forma, cerca de 70% das famflias de coleópteros brasUeiros puderam ser apresentadas aqui. À medida que o trabalho se desenvolvia julgamos oportuno ir publicando os dados obtidos a respeito de espécies com biologia ainda não conhecida ou pouco conhecida para o BrasU ou de importância relevante para a classificação dos Coleoptera. Apareceram assim, vários artigos em revistas nacionais e muitos outros poderão ser preparados para pubhcaçao. 2 PREFÁCIO Este livro compreende: caracterização dos táxons superiores, chave para iden- tificação das famflias e às vezes das subfamílias, descrição detalhada de todas as espécies ilustradas e glossário. Muitas espécies identificadas até gênero, pro- vavelmente são novas. Com este livro só parcialmente se preenche a lacuna que existe no conheci- mento das larvas de coleópteros neotropicais. Entretanto, foi minha intenção circunscrevê-lo às famílias ocorrentes no Brasil e, dentro de cada uma delas, exibir os principais representantes que foram obtidos durante o trabalho de campo e na criação em laboratório. Muito é, sem dúvida, o que ainda resta por fazer. Assim mesmo, porém, consi- dero o presente livro de utilidade para biológos, estudantes e amadores entomo- logistas que a partir de agora disporão de meios para identificarem com maior segurança as larvas de nossos coleópteros. Espero também que as lacunas encon- tradas neste livro sirvam de estímulo ao trabalho de outros coleopteristas. Por fim, gostaria de sublinhar que este primeiro estudo geral das larvas de Coleoptera do Brasil se tomava necessário, pois nada similar existe, até mesmo para a Região Neotropical. É este o primeiro livro que agmpa larvas, pupas e adultos dos Coleoptera, em geral. Cleide Costa São Paulo, 24 de setembro de 1987 AGRADECIMENTOS Muitas foram as pessoas que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a consecução deste trabalho. J. Lawrence (CSIROAustrália) ajudou-nos com muitas sugestões e enviou-nos, antes de publicá-la, a chave de identificação para as larvas de Coleoptera do mundo. Ela forneceu muitos subsídios para a chave que apresentamos aqui. R.A. Crowson (Department of Zoology, Glasgow University), deu-nos também inúmeras sugestões e esteve sempre pronto a dis- cutir os problemas que lhe apresentávamos em relação às larvas dos Coleoptera. A ambos desejamos expressar o nosso agradecimento pela valiosa colaboração. Em todas as nossas viagens de coleta de material acompanharam-nos colegas, alunos, estagiários, auxiliares técnicos, aos quais somos extremamente gratos. Gostaríamos de distinguir E. Arasaki, L.R.M. Schurter, L.R. Fontes, W. Zorzan; os auxiliares de campo J. Rossi e L.R. da Silva e, ainda, o motorista J. Sanches (IQUSP), que tiveram participação muito ativa em nossas excursões científicas. Reiteramos o agradecimento a todas as pessoas que nos enviaram material para estudo, quer exemplares vivos para serem criados em laboratório quer exemplares fixados. Apraz-nos referir especialmente A.L. Lourenção (lAC), A. Garofalo (DBUSP-RP), A. Penteado-Dias (GFSC), C. Rosseto (lAC), C.H.W. Flechtman (ESALQ), D.C. dos Santos (IPT), E.P. Teixeira (IFSP), E.J.H. Bechara (IQUSP), F. Giacomel (DZPR), G.H. Rosado-Neto (DZPR), I.V.K. Stumpf (DPPR), J. Vasconcelos-Neto (DZUNICAMP), L. Lacerda (DBUSP-RP), M.M. Dias (UFSC), R.A. Zucchi (ESALQ), R.C. Marinoni (DZPR), R. Misuita (DZPR), J.B. Pinheiro (Planalsucar- Araras), U. Cara- maschi (MNRJ), Z.J. (DZPR) e W.C. Cortez. Agradecemos aos auxiliares técnicos A.M. Pires Pinto, E. Arasaki e especial- mente a M.I. Migliaccio pela dedicação na manutenção e criação das larvas em laboratório. A S. Ide pelos desenhos de várias espécies e, ainda, aos desenhistas A.Y. Shimanoe, A.E. de Oliveira, C.E. Simonka, M.R. Ferro, M.I.P. Petry, M. Miyazaki e S.T. Inoue pela arte final dos desenhos. Nossa homenagem pós- tuma ao falecido G. Pastore pelo trabalho de fotografia. À FAPESP o nosso reconhecimento pelos seguintes auxílios: 79/1875, 81/ 0007-2, 81/1932-1, 82/2294-1, 83/2351-8, 84/0074-0, 84/1779-7, 87/3134-1 e 87/2552-4. Ao CNPq pelo auxílio n.° 402246/82 e à FINEP (convênio n.o 43/85/0636-00). Fmalmente expressamos os nossos agradecimentos a todos os nossos colegas do Museu de Zoologia que nos incentivaram e ajudaram coligindo material para os nossos estudos. A todos, enfim, que nos enviaram material importante embora não utilizado no presente trabalho. INTRODUÇÃO A bibliografia sobre larvas de Coleoptera é bas- tante vasta, principalmente para as Regiões Neártica, Paleártica e Oriental, muito embora a grande maio- ria das publicações se refira a coleópteros que, de uma forma ou de outra, são pragas sérias da agri- cuKura. Bõving & Craighead (1931), baseados na fauna Neártica, foram os primeiros a apresentar um estudo gsral das larvas de Coleoptera. Peterson (1960 e 1962), em seu livro sobre as larvas dos insetos, volta ao tema. Kawada (1959), com as larvas de insetos do Japão, apresenta resumidamente as dos Colepte- ra. Bertrand (1972) estudou os imaturos de Coleop- tera aquáticos do mundo, no entanto com pouca representatividade da Região Neotropical. Klausnit- zer (1978) investigou as larvas de Coleoptera, prin- cipalmente da Região Paleártica. Crowson (1967) e Lawrence (1982) apresentaram diferentes classifi- cações dos Coleoptera baseados em caracteres de larvas e adultos. O estudo das larvas de Coleoptera da Região Neotropical é ainda incipiente. Até o presente, ne- nhum estudo geral das larvas desta Região existia podendo auxiliar pesquisadores e estudantes. Todas as tentativas de agrupamento dos Coleop- tera em um sistema natural, quase sempre artificiais e incompletas, por se referirem em geral apenas a estudos dos adultos, pecam pela falta de análise metodológica adequada. Embora Lawrence (1982) e Crowson (1967) tenham considerado, como já referimos, os estágios imaturos, por ser o conheci- mento destes — principalmente das espécies neotro- picais — demasiado incipiente, as suas classificações têm um caráter excessivamente artificial. Apesar de reunirmos muitos dados valiosos sobre 3s larvas de Coleoptera da Região Neotrópica, con- sideramos ainda prematuro apresentar uma nova classificação, muito embora já se esbocem, com certa clareza, algumas das principais intuições acerca dela; preterimos, para novo trabalho a tentativa de a concluir. Desta forma, adotamos aqui basicamente, por ser a mais simples, a classificação dos Coleoptera de Lawrence (1982), acrescida de pequenas modifica- ções concordantes, principalmente, com a de Crowson (1967). Muitos dados gerais das larvas e outros re- lativos ao número de espécies foram obtidos de Lawrence (í.c.) dos catálogos de Blackwelder (1944- 47) ou de trabalhos mais recentes (ver referências arroladas para cada família). Para auxiliar o uso da chave para identificação, apresentamos morfologia geral, bastante detalhada, das larvas e glossário dos termos mais usados. Além da caracterização geral das famílias, todas as espécies ilustradas são des- critas. São usadas as seguintes siglas: CNCI, Canadian National Collection of Insects, Ottawa, Canadá; CSIRO, Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization, Australia; DBCU, Depart- ment of Biology, Carleton University, Ottawa Ca- nadá; DBUSP-RP, Departamento de Biologia, Uni- versidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP; DPPR, Departamento de Parasitologia, Universidade Fe- deral do Paraná, Curitiba, PR; DZPR, Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná, Curi- tiba, PR; DZUNICAMP, Departamento de Zoologia, Universidade Estadual de Campinas, SP; DZUSP, Departamento de Zoologia, Universidade de São Paulo, SP; ESALQ, Escola Superior de Agronomia “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Pi- racicaba, SP; lAC, Instituto Agronômico de Cam- pinas, SP; IFSP, Instituto Florestal, São Paulo, SP; INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazô- nia, Manaus, AM; IPT, Instituto de Pesquisa Tecno- lógica, São Paulo, SP; IQUSP, Instituto de Química da Universidade de São Paulo, SP; MCZ, Museum of Comparative Zoology, Harvard, USA; MNRJ, Museu Nacional do Rio de Janeiro, RJ; MZUSP, Museu de Teologia, Universidade de São Paulo, SP; OSU, Qhio State University, Columbus, USA; UFSC, Universidade Federal de São Carlos, SP; UNSM, University Nebraska State Museum, Lincoln, USA; USNM, National Museum of Natural History, Washington, USA. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 2 13 14 15 16 17 18 19 20 MATERIAL E TÉCNICAS O material ora estudado é, com poucas exceções, original; a maior parte, como assinalamos, foi obti- da de criação em laboratório. Quando conseguíamos, no campo, correlacionar larvas, pupas e adultos entre si, os exemplares eram fixados de forma apropriada. Se isso não era possí- vel, como era o caso mais freqüente, o material era trazido vivo para o laboratório, a fim de se obter o adulto, necessário para a identificação da espécie. Os dados referentes às localidades, coletor, etc., encontram-se arrolados abaixo de cada descrição de espécie. Em geral, o material aqui estudado procede das seguintes regiões: Mato Grosso: Cuiabá (Cha- pada dos Guimarães); Mato Grosso do Sul: Costa Rica; Goiás: Mineiros (Parque Nacional das Emas); Minas Gerais: Santa Bárbara (Serra do Caraça); Rio de Janeiro: Nova Friburgo; São Paulo: Ita- nhaém, Peruíbe, Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia). Demos maior ênfase à coleta de larvas em troncos semi-apodrecidos, habitat onde ocorre a maior diver- sidade de larvas de Coleoptera. Mas, coletamos tam- bém larvas em outros ambientes: solo, folhiço, ni- nhos de insetos sociais, bromeliáceas, riachos, poças e lagos. Quando dispúnhamos de série grande de larvas da mesma espécie e a criação em laboratório era bem sucedida, tornava-se possível conservar larva niadura, pupa e adulto. Quando o número de larvas era pequeno, a pupa era geralmente fotografada e conservávamos a larva e o adulto. Quando possuía- nios uma só larva, a pupa era fotografada e ficá- vamos com a última exúvia larval, a exúvia pupal e o adulto. COLETA E TRANSPORTE DAS LARVAS As larvas coletadas eram colocadas em frascos individuais de tamanho proporcional ao das larvas. Isto tomava-se necessário para que elas pudessem chegar em bom estado ao laboratório. Cada frasco era etiquetado com o mesmo número utilizado no caderno de campo. E, para evitar deslocamento do substrato dentro do frasco, durante o transporte, o espaço livre era preenchido com papel absorvente, ligeiramente umedecido. Sempre que se tratava de larvas fitófagas, xilófagas, fungívoras, etc., trazíamos um suprimento extra de substrato para dar conti- nuidade à manutenção em laboratório. Esse subs- trato era colocado em sacos de plástico, que rece- biam etiquetas com o mesmo número do frasco da larva. As pupas, por serem muito frágeis, eram colocadas em frascos individuais contendo apenas papel absor- vente ligeiramente umedecido. Procurava-se também encontrar a última exúvia larval que era colocada em frasco pequeno, separado do frasco da pupa, recebendo o mesmo número deste último. Para o transporte deste material eram utilizadas caixas de isopor, com hipergel reciclável que pro- porciona temperatura amena, necessária para as lar- vas chegarem em bom estado. Os frascos eram calçados, dentro dessas caixas, com papéis ou plás- ticos para se evitar a trepidação e os conseqüentes danos. MANUTENÇÃO E CRIAÇÃO EM LABORATÓRIO Uma vez no laboratório, as larvas eram transfe- ridas para recipientes maiores, contendo areia este- rilizada e umedecida no fundo .Para as não preda- doras, acrescentava-se um pouco do substrato onde haviam sido encontradas. Espécies xilófagas eram colocadas em recipientes contendo apenas fragmen- tos de madeira do tronco onde haviam sido cole- tadas. A umidade desses recipientes era controlada diariamente. As espécies predadoras eram alimen- tadas uma ou duas vezes por semana, com larvas de outros Coleoptera criados para este fim (por exemplo, de Palembus e Tenebrio), operários de Isoptera ou dietas artificiais (exs., ração comercial de cães, gatos e coelhos) encontradas no mercado; os restos de alimento eram retirados no dia seguinte. A cada dois meses ou sempre que era necessário — quando se notava o início de qualquer tipo de contaminação quer por fungos ou por ácaros — todo o substrato era renovado. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 8 MATERIAL E TÉCNICAS Tão logo aparecia, a pupa era transferida para frasco contendo apenas papel absorvente umedecido. Os dados relativos à criação eram registrados em fichas com a referência numérica correspondente à placa de criação da larva. As exúvias eram disten- didas em água e conservadas em álcool 70%, ope- rando-se com grande cautela para não perder a últi- ma exúvia larval que, em muitos casos, seria utili- zada nas descrições da larva madura. PREPARO DO MATERIAL PARA IDENTIFICAÇÃO As larvas e pupas eram geralmente mortas em água fervente pura, ou numa solução fervente, em partes iguais, de água e álcool. Em seguida eram mantidas em álcool 70%. Em alguns casos usou-se como fixador KAA (1 parte de querosene, 2 partes de ácido acético glacial, 10 partes de álcool iso- propílico) e, depois, transferiu-se para o álcool 70%. Os adultos eram alfinetados e rotulados da ma- neira usual para coleções a seco e levavam um rótulo com o número de criação correspondente ao da larva e/ou pupa, da coleção em álcool. A maioria das identificações foi feita pelos pró- prios autores utilizando-se da literatura e da coleção de Coleoptera do Museu de Zoologia da Universi- dade de São Paulo. Algumas espécies foram identi- cadas pelos entomologistas arrolados a seguir. A.F. Newton (MCZ), identificou até gênero vários Sta- phyliniformia; C.R.V. da Fonseca (INPA), Passa- lidae; M. Campbell (CNCI), alguns Tenebrioni- dae-Alleculinae; J. Lawrence (CSIRO), Ciidae; J. B. Stribling (OSU), Ptilodactylidae; S.B. Peck (DBCU), Silphidae; D. Bright (CNCI), Scolytidae e Platypodidae; B. Ratcliff (UNSM), Scarabaeidae; e os seguintes, todos do USNM: T.J. Spilmam, Te- nebrionidae; T.L. Erwin, Carabidae; J. Kingsolver, Erotylidae e Dermestidae; R. White, Anobiidae e Chrysomelidae; P.J. Spangler, um gênero de Dytis- cidae. Muitas das identificações foram feitas até gênero. A principal dificuldade reside no fato de a fauna Neotropical ser ainda muito mal estudada. Há ne- cessidade de revisões para se conferirem os nomes específicos. ILUSTRAÇÕES Os desenhos das larvas, pupas e adultos foram realizados ao microscópio estereoscópio e/ou ao microscópio com ou sem fase, equipados com câ- mara clara. Todos os desenhos de larvas, pupas e alguns adultos de micro-coleópteros foram feitos pelos autores. Os seguintes foram realizados por S. Ide: as larvas e peças das estampas 15, 16, 128; as peças das estampas 83, 85, 125, 135; todos os de- senhos exceto os adultos, das estampas 31, 33-35, 49, 62, 67, 84, 104, 131; e todos os desenhos das estampas 90-92, 97 e 98. A arte final dos desenhos foi obra de vários de- senhistas. Os desenhos da larva, pupa e peças eram transferidos para papel vegetal e cobertos a nan- quim. Para os adultos, foram utilizadas três técnicas, com papéis diferentes: com nanquim em papel ve- getal; com nanquim em papel de gesso, tipo “scraper board”; com lápis de cera e carvão em papel micro- esculturado, tipo “coquiUe board”. A.E. Oliveira realizou a arte final das seguintes estampas: só larvas e peças, 21, 22, 25, 32, 86-88, 95, 107, 111-116, 118, 122, 134; completas: 12, 33, 53, 55-57, 60, 61, 90, 125, 126, 128, 131 e 133. A.Y. Shimanoe, realizou a arte final das estampas: 78, 84, 98, 99 e 121. C.E. Simonka, fez a arte final das estampas: 49, 92, 127, 130 e 146. M.R. Ferro, a das estampas: 16, 24, 27, 31, 36, 48, 66, 67, 83, 93, 102, 104, 132, 137-139, 142 e 143; e, os adultos das estampas 62 e 84. M.I.P. Petry, fez os adul- tos das seguintes estampas: 21, 22, 25, 32, 86-88, 95, 107, 111-116, 118, 122, 134; e as seguintes estampas completas: 4-6, 8-11, 17-19, 23, 26, 28-30, 38-47, 51, 52, 54, 58, 59, 63-65, 68-75, 80, 89, 96, 100, 105, 106, 108-110, 117, 119, 120, 124. M. Miyasaki fez o adulto da estampa 14 e todas as peças das seguintes: 7, 34, 37, 50, 76, 81, 82, 91, 94, 135, 136, 141, 145. S.T. Inoue executou só larvas e peças das estampas 14, 62, 79 e todas as peças das seguintes: 1, 13, 15, 35, 77, 85, 97, 101, 103, 129, 140 e 144. Os desenhos dos adultos de Hintonia britskii e Ytu zeus foram feitos por Juventina dos Santos e são os mesmos utilizados por H. Reichardt em 1973, nas figuras 7 e 8. Os desenhos da larva de primeiro instar de Epimetopus trogoides são em par- te, adaptações dos apresentados por Rocha (1967). METAMORFOSE, PRINCIPAIS TIPOS DE LARVAS E PUPAS Os Coleoptera são insetos endopterigotos e holo- metabólicos, i.é., em sua metamorfose, as asas se desenvolvem internamente, existe sempre um estágio pupal e os estágios imaturos diferem muito, em geral, dos adultos, tanto em estrutura como habitats e hábitos alimentares. A palavra metamorfose significa “mudança de forma” e em entomologia é usada só para as mu- danças de forma pós-embrionária. Hinton (1973) demonstrou que o estágio de um inseto não é ne- cessariamente evidente num exame externo; somen- te pode ser identificado, com certeza, levando-se em consideração o tipo de cutícula à qual está ade- rido. Este autor introduziu o termo apólise para in- dicar a separação das células epidermiais da cutícula velha durante o processo da ecdise, durante a trans- formação de um instar prévio ao novo instar, ou nas fases larva-pupa e pupa-adulto. Assim, o uso da expressão “até metamorfose” fica restrito a mu- danças que ocorrem após a apólise. Esta fase, que é encoberta pela cutícula do instar anterior, Hinton (1-c.) denominou de fase ou estágio f ar ado refe- rindo-se também, a propósito, à larva farada ou pupa ou adulto farado, de tal modo que cada instar dos Coleoptera (como na maioria dos artrópodes) ^wnsiste em uma fase farada, seguida de uma fase não farada. Larva é o estágio de crescimento ativo compreen- dido entre a eclosão do ovo e a fase pupal de todos os Endopterygota e, portanto, de todos os Coleop- tera. É um estágio imaturo pós-embrionário que possui caracteres adaptativos próprios, diferentes daqueles dos adultos. As principais características adaptativas das larvas dos Coleoptera são as seguintes: i) a forma do corpo 9ue tem pouca ou nenhuma relação com a forma corporal do adulto. Grande é a variabilidade de tipos resultantes de adaptações secundárias a modos peculiares de vida; ii) redução das pernas torá- cicas. Algumas larvas de Buprestidae, Cerambycidae, Curculionidae, etc., são completamente ápodes, en- quanto outras apresentam pernas rudimentares. Con- vem lembrar que a condição ápode é aparente por- que as pernas se desenvolvem intemamente e os adultos sempre possuem pernas; iii) brânquias tra- queais em várias famílias de coleópteros aquáticos, tais como Dytiscidae, Hydrophilidae, Gyrinidae, etc.; iv) desenvolvimento interno das asas, talvez seja a característica mais interessante do desenvolvimento da larva. Embora não exista indicação externa da existência de asas, os rudimentos alares se formam muito cedo nas larvas. A forma e estrutura das larvas dos Coleoptera são adaptações a tipos específicos de ambientes, geralmente diferentes daqueles dos adultos. As es- truturas larvais são temporárias e presentes somente nelas pois serão eliminadas na transformação da imago. A larva de Nyctobales, por exemplo (estam- pa 112, figs. 6 e 7) possui a margem posterior do 8.° tergito espinhosa e co-adaptada à margem ante- rior do 9P tergito simulando uma “armadilha” que eventualmente poderia ser utilizada como mecanis- mo de defesa contra pequenos predadores. A larva possui um modo independente e eficiente de vida como indivíduo mas sua capacidade de locomoção é restrita, representando a fase trófica da espécie, enquanto que o adulto retém a capacidade de dis- persão e reprodução. Em alguns grupos de coleópteros, adultos e larvas são encontrados juntos, explorando o mesmo habi- tat. Nestes casos pode ou não ocorrer alguma seme- lhança em alguns caracteres de ambos. Por exemplo em Staphylinidae (Estampa 18) os adultos possuem paraproctos que lembram o urogonfo da larva; em Tenebrionidae (Estampa 110) larvas e adultos apre- sentam corpo extremamente achatado dorso-ventral- mente; em Passalidae (Estampa 30) larvas e adul- tos estridulam, embora através de estruturas dife- rentes. Podemos encontrar larvas de coleópteros em gran- de diversidade de ambientes: i) terrestres — a maio- ria — que de acordo com seus hábitos podem ser jitójagas, vivendo nas partes vivas ou em decom- posição das plantas e fungos (xilófagas, polinífagas, fungívoras, etc.), necrófagas alimentando-se de car- niça, coprófagas alimentando-se de excrementos, predadoras e parasitas; muitas espécies se alimentam de produtos de origem animal ou vegetal armaze- nados (grãos, tecidos de fibras animais ou vegetais, tabaco e peles); ii) aquáticas, que podem ser preda- cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 10 METAMORFOSE, PRINCIPAIS TIPOS DE LARVAS E PUPAS doras de outros insetos ou pequenos artrópodes, e, fitófagas que se alimentam de algas e outras plantas aquáticas. Entre os coleópteros há grande diversidade de tipos larvais que, de uma forma ou de outra, podem enquadrar-se em alguns dos seguintes: 1. Campodeiformes: larvas de corpo alongado, deprimido, cabeça prognata, pernas torácicas longas e geralmente com um par de urogonfos terminais. Ocorrem na maioria das famílias de Adephaga, es- pecialmente entre os Carabidae, Gyrinidae e tam- bém em algumas famílias de Polyphaga, tais como Staphylinidae e alguns Meloidae. 2. Eruciformes: semelhantes às lagartas de Le- pidoptera, porém falsas pernas ou larvópodes sem colchetes. Ocorrem em algumas famílias de Poly- phaga, tais como: Oedemeridae, Chrysomelidae etc. 3. Escarabeiformes: com corpo robusto, subci- líndrico, em forma de “C”, pernas torácicas curtas, sem apêndices caudais. Ocorrem entre os Scara- baeoidea, Chrysomeloidea e Curculionoidea, espe- cialmente Lucanidae, Scarabaeidae, Chrysomelidae, Bruchidae e Curculionidae. 4. Apodes ou vermiformes: caracterizam-se pela completa ausência de apêndices torácicos. Ocorrem em alguns Curculionoidea (especialmente Curculio- nidae) nos Buprestoidea (Buprestidae) e Chrysome- loidea (alguns Cerambycidae). 5. Elateriformes ou “vermes-arame”: larvas ci- líndricas, de tegumento muito esclerotinizado. Ocor- rem em alguns Elateridae e Tenebrionidae. 6. Onisciformes: larvas com corpo achatado dor- so-ventralmente, como em Tenebrionidae-Lagriinae. Alguns grupos de Coleoptera podem apresentar um tipo de metamorfose que se denomina hiperme- tabolia ou heteromorfose cuja característica princi- pal é a presença, na série de instares larvais, de duas ou mais formas morfologicamente diferentes e especializadas para viverem de modos distintos. Em geral, este tipo de metamorfose é encontrado nas espécies parasitas. A primeira larva gerálmente chamada triungulino é de vida livre e freqüentemen- te capaz de ficar erecta sobre sua parte posterior; é algumas vezes capaz de saltar para atingir o hos- pedeiro. A vida ativa acaba assim que o hospedeiro é encontrado e os instares subseqiientes se desenvol- vem originando larvas do tipo eruciforme, escarabei- forme e finalmente ápode. Heteromorfose deste tipo ocorre em algumas famílias, tais como: Rhipiceri- dae, Meloidae (Estampa 121), alguns Carabidae e Staphylinidae, entre outras, que são em geral pa- rasitas de outros insetos. A heteromorfose ocorre também em grupos não "parasitas, como em Micro- malthidae (Estampa 1). Alguns coleópteros, como por exemplo alguns Bruchidae e Cerambycidae pos- suem larvas de primeiro instar tão diferentes dos instares subseqiientes que poderiam muito bem ser considerados como heteromórficos. Quando o último instar larval cessa de se alimen- tar, torna-se imóvel, inicia apólise mas permanece ainda durante um certo período dentro da última cutícula larval. Este período de quiescência, antes do aparecimento da pupa, era comumente conheci- do como “pré-pupa”. Costa e Vanin (1985) distin- guiram dois tipos principais de “pré-pupa” para os Coleoptera: i) pré-pupa sem uma muda distinta mas caracterizada por um período curto de quiescência, seguido ou não por pequenas modificações no cor- po (Elateridae, Estampa 151, figs. 1-2). Este tipo corresponde à pupa farada. A maioria dos coleópte- ros apresenta este tipo e as modificações do corpo que se podem observar, são em geral, um encurta- mento e alargamento do mesmo; ii) pré-pupa com uma muda distinta, caracterizada por um estágio morfológico quiescente de curta duração (6-7 dias) antes de ocorrer o estágio pupal; este tipo não está relacionado com o fenômeno da diapausa e é conhe- cido apenas na família Mycteridae e nos gêneros Eurypus e Stilpnonotus (Estampa 123, fig. 2 e Es- tampa 124, fig. 2). O aparecimento deste caráter nos Mycteridae parece estar relacionado com a gran- de diferença de hábito e forma do corpo nas larvas e adultos. Em Eurypus, não há grande relação entre a forma do corpo da larva (muito achatada, vivendo na axila das folhas) e a do adulto (pouco achatado, vivendo sobre folhas). Este fato contrasta com o de outros coleópteros cujas larvas e adultos apresentam igual achatamento do corpo, estando adaptados a ambientes estreitos como os subcorticais e axilares, tais como, por exemplo, em Chrysomelidae-Hispinae (Estampa 135). A pupa é um estágio que possui caracteres pró- prios e é intermediário do último instar larval ao adulto. Existem pelo menos quatro correntes princi- pais de pensamento que tentam explicar o significa- do funcional da pupa. Uma bastante discutida é a de Poyarkoff (1914) que diz ser a função essencial da pupa a de prover um molde de tamanho e forma corretos, dentro do qual a cutícula imaginai e cor- respondente musculatura pudessem desenvolver-se sincronicamente. Outra, das mais recentes, é a de Kukalová-Peck (1978, 1985) que sugere que a on- togenia dos Pterygota primitivos tenha sido ametá- bola e que o crescimento das asas ninfais, que pri- mitivamente seriam móveis e articuladas, tenha sido completamente seqüencial na série ninfal. A pressão de seleção nas ninfas dos Pterygota conduziu à su- pressão da mobilidade e diminuição do tamanho das METAMORFOSE, PRINCIPAIS TIPOS DE LARVAS E PUPAS 11 asas ninfais, enquanto no adulto as asas se tornaram grandes e capazes de voar. Nestas condições, even- tualmente, o ponto de ruptura foi atingido e o apa- recimento do instar metamórfico tomou-se inevitável. Hinton (1948 e 1963) e Hennig (1981) conside- ram de grande vantagem para os Endopterygota a aquisição do estágio pupal, pois este os capacitou a invadir com sucesso muitos nichos ecológicos dos quais os Exopterygota estão excluídos. Pelo fato dos Endopterygota constituírem o grupo de insetos mais numeroso em espécies e mais diversificado quanto aos habltats, poder-se-ia inferir que a presença de larvas e pupas em seu ciclo biológico teria sido fa- vorável a esta expansão (Costa, 1984). Hinton (1946 b) reconheceu os seguintes tipos de pupas dos insetos: i) exarata, na qual a antena, peças bucais, asas e pernas nem são soldadas nem secundariamente aderidas ao corpo; ii) obtecta, na qual alguns ou todos os apêndices estão parcialmen- te ou inteiramente aderidos ao corpo e a cutícula pupal é sempre mais escura e mais esclerotinizada do que a cutícula da pupa exarata; iii) déctica, pupa com mandíbulas funcionais e iv) adéctica, pupa sem mandíbulas funcionais. Todas as pupas décticas são exaratas e as pupas adécticas podem ser exaratas ou obtectas. Todas as pupas de Coleoptera são adécticas, sen- do a maioria exarata (exemplo, Colydiidae, Estam- pa 148, fig. 5) e em algumas famílias de Staphili- noidea (Pitiliidae, Staphylinidae [Estampa 148, figs. 1'3]), Cucujoidea (Corylophidae) e Chrysomelidae (Hispinae) aparecem várias espécies com pupas ob- tectas. Tanto as pupas exaratas como as obtectas podem ser encontradas mais ou menos expostas mas apenas as primeiras são encontradas também dentro de ca- sulos ou câmaras pupais. A maioria das pupas é terrestre, inclusive a de muitos coleópteros aquáticos. Pupa mais ou menos aquática foi registrada em duas famílias, Torridin- colidae e Psephenidae. Em Torridincolidae (Estam- pa 2, fig. 2 e Estampa 3, figs. 2-3), as adaptações respiratórias envolvem dois pares anteriores de espi- ráculos abdominais que possuem plastrão e funcio- nam como brânquias. Em Psephenidae, as brânquias com plastrão podem ser formadas em qualquer dos segmentos abdominais 2-7. Em geral, as pupas dos coleópteros podem pos- suir número variado de segmentos abdominais com músculos funcionais, que dão certa mobilidade à pu- pa, pelo menos durante parte do estágio pupal. Esta mobilidade com frequência é no sentido circular e em alguns casos, como em Lampyridae (Estampa 156, figs. 1-4), o abdômen pode dobrar-se muito sobre si mesmo. Em pupas de Elateridae observa-se às vezes movimento rotatório sobre si mesmas. O grau de reorganização durante o estágio pupal dos coleópteros varia muito. Em alguns casos, como nas fêmeas ápteras de certos Cantharoidea, as trans- formações durante o estágio pupal são muito peque- nas; em outros, como em alguns Curculionidae, há uma modificação muito grande na passagem da larva ápode especializada para pupa. Os principais caracteres das pupas dos Coleoptera são os que a seguir descrevemos. Abdômen geral- mente com 9 segmentos distintos; o nono segmento pode ou não possuir projeções posteriores semelhan- tes aos urogonfos das larvas. Podem haver diferen- ciações estruturais da região esternal do nono seg- mento relacionadas com o dimorfismo sexual; além disso, quando os adultos exibem dimorfismo sexual, este já é aparente nas pupas, tais como, presença ou ausência de asas membranosas, antenas especializa- das dos machos, modificações das pernas, cornos torácicos, etc., (ver exemplos nas Estampas 149, figs. 2 e 3; 150, figs. 1-3 e 163, fig. 3). Geralmen- te, as pupas dos coleópteros possuem um par de espiráculos torácicos funcionais e número variável de espiráculos abdominais. Em Adephaga, há 6 pares de espiráculos localizados nos seis primeiros segmen- tos abdominais. Em Polyphaga, o número de espirá- culos abdominais é bastante variável, podem encon- trar-se nos segmentos: 1-3, 1-4, 1-5, 1-6, 1-8. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 PI' 7 " ut , S-» *• ^ -..«^JWirttU' 3^ ^ jj-, ^ ^ «>»« «w« " y-gaa.tt.3 MiWii MiMÍRp; MftitaufàiíBautal ob otaoaáavi ;^.Ie«|iaS" *^*«fí«Wi:We6l>ÍIBÍp ii>(^ Méâ|0|à (iB»;iã8fmari^ ^IffAlWQKf; o^steOfíUbSRvi Íferjqfqi«|t2iiftqr3èaÉ^i«'^| ext lvwà»> ^^1 Pí^dflW ) dHMfffipo ' f {> íaàttetú;. adfe «40^4^ r- M»4 ÍIíMm 9^ M ~ .1-Í0 ifc^>0btawafiii»0hgr09|p0^ 'j| tiNi««uw' ^^gfchal rtJ 0 f i 00 B 4^ ^ I ^;MJ0i4r Al0í8íí«!Í*ín,.-»^ tiA-m.aàm ^ , ^.'iilÉIIk r|tHiigBiii ' ' " 5^_. -=^:~ ,j^.00IÉÍàr<'aBBi _ _ _ í ‘.*5jCTl^|p^jillÇK} Mvmtâi» 00 íoMr’^' , -- * ^ ~ í) dOJS^Íi' ^ -‘A-> ,i<|í^: ’:ÍÍNrtÍ^'<í Be#jr^ ií*!t Z Vl V.W-jI :sz cm 12 3 4 ,SciELO 2 13 14 15 16 17 18 19 20 I COMPORTAMENTO Hábitos alimentares das larvas Os hábitos alimentares das larvas podem ser de- preendidos, em geral, pelo formato das peças bucais, e em particular das mandíbulas. As larvas carnívo- ras tendem a possuir mandíbulas falciformes, delga- das e providas de um retináculo (Fig. 6); as larvas xilófagas costumam apresentar uma mola conspí- cua (Fig. 7); nas larvas herbívoras mais especiali- zadas, a mola tende a desaparecer; larvas que se alimentam de fungos ou bolores tendem a apresentar uma prosteca (Fig. 7). O alimento pode ser simplesmente triturado com o auxílio das mandíbulas, manipulado pelas maxilas e ingerido, ou pode ocorrer digestão extra-oral, envolvendo inicialmente a secreção de enzimas di- gestivas sobre o alimento, seguindo-se a ingestão do material pré-digerido. Segundo Crowson (1981), a digestão extra-oral ocorre na maioria dos Adephaga e dos Hydrophiloidea, em Histeridae, Scydmaenidae, algumas subfamílias de Staphylinidae, nos Elateroi- dea e nos Cantharoidea. Embora digestão extra-oral seja preponderante em larvas carnívoras, também pode ocorrer em algumas formas fitófagas, como nos elaterídeos que se alimentam de raízes, nos Euc- nemidae que se alimentam de madeira em decompo- sição, e nos Lycidae que comem matéria orgânica em decomposição. Estas formas fitófagas ou detri- tívoras apresentam, provavelmente, hábitos alimen- tares secundários, derivados de ancestrais carnívo- ros. Nas larvas que apresentam digestão extra-oral, as mandíbulas tendem a apresentar um sulco, for- mando com a maxila justaposta um canal que facili- tará a inoculação das secreções proteoUticas no in- terior do corpo da presa, e atuará como canal ali- mentar por onde os tecidos pré-digeridos serão bombeados para o tubo digestivo do predador. Nos Adephaga aquáticos e nos Cantharoidea, desenvol- veram-se mandíbulas com perfuração interna, tubu- lar, que originam sistemas condutores mais eficien- tes, possibilitando a digestão extra-oral mesmo den- tro da água (ex. Dytiscidae, Estampa 12, figs. 13- Gyrinidae, Estampa 14, figs. 10 e 11). CAPTURA DE ALIMENTO — PREDADORES Dentre as larvas de Coleoptera, encontramos dois tipos de predadores: os que caçam a presa ativamen- te, e os que a esperam de tocaia. No primeiro grupo situam-se a grande maioria das larvas. A presa é, em geral, localizada pelo olfa- to (ex.: Dytiscidae) mas também o tato e a visão podem contribuir nesse processo. Larvas de joani- nhas (Coccinellidae) precisam abordar a presa (em geral pulgões), morder e sentir o gosto para verifi- car se ela é palatável; em caso contrário, a vítima é abandonada e o predador continua a sua busca. No segundo grupo situam-se predadores que to- caiam a presa. Algumas larvas, como a de alguns hidrofilídeos, simplesmente aguardam a vítima pas- sar ao alcance de suas mandíbulas. Outras, como a dos cicindelíneos, escavam uma galeria onde se re- fugiam. O túnel é construído em solo arenoso ou barrancos argilosos. Quando vão se alimentar, as larvas posicionam-se na entrada do túnel, tampam a abertmra com a cabeça ampla, fragmótica, e aguar- dam por uma presa que passe pelas proximidades. A presa, em geral outros insetos reptantes, parece ser detectada pelo olfato ou pelas vibrações que pro- duz. Quando ela surge, a larva projeta a cabeça para fora da galeria, prende a vítima com as mandíbulas falciformes, e se afunda no túnel para acabar de matar e devorar a presa. Ê interessante salientar que as larvas dos cicindelíneos podem se prender firme- mente às paredes da galeria por meio de ganchos existentes no 5.° segmento abdominal. ADAPTAÇÕES DEFENSIVAS DAS LARVAS As larvas dos Coleoptera apresentam várias adap- tações que podem ser consideradas defensivas, e que evitam ou atenuam o ataque dos predadores. Em grande parte, a vida subterrânea ou endofítica de muitas larvas, restringe o possível contato com um grande número de predadores. Entretanto, as larvas exógenas, que buscam alimento sobre a superfície do substrato ou comem folhas, estão sujeitas a uma cm 1 ^SciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 14 COMPORTAMENTO maior exposição e conseqüentes ataques de preda- dores e parasitas, e é nelas que poderemos encon- trar adaptações mais marcantes. Muitas defesas são essencialmente estruturais, mas em geral interagem com defesas comportamentais. As mais notórias são: 1 — Existência de um exoesqueleto espesso e co- riáceo, que proporciona certa proteção mecânica contra as mandíbulas dos predadores potenciais (ex. Tenebrionidae, Estampa 163, Fig. 1; Callirhipidae, Estampa 46, Fig. 1; Elaieridae, Estampa 58, Fig. 1). Vários Tenebrionidae (ex. Estampa 112, figs. 1, 6 e 8) apresentam os dois últimos tergitos abdo- minais mais esclerotinizados, denteados ou com es- pinhos; as margens oponíveis se imbricam, funcio- nando como armadilha e possibilitando uma reta- liação em caso de agressão. Em geral, a armadilha é acionada mediante estímulo táctil. 2 — Existência de cerdas longas, como as pre- sentes em Dermestidae (Estampa 74, fig. 1; Estam- pa 75, fig. 1), especialmente as hastisetae, que po- dem se desprender por estímulos mecânicos ou quí- micos, ficando aderidas ao corpo do predador, em geral formigas, percevejos, ou pequenas aranhas (Nutting e Spangler, 1969). 3 — Ocorrência de espinhos, individuais ou for- mando escolos, como em alguns Coccinellidae (Es- tampa 93, Figs. 1 e 2). 4 — Formato deprimido do corpo, que pode di- ficultar o ataque do predador, possibilitando uma aderência maior ao substrato (ex.: Discolomidae, Estampa 92, fig. 1; Corylophidae, Estampa 91, fig. 1) . Em Psephenidae (Estampa 50, Fig. 1) e em al- guns Torridincolidae (Estampa 3, Fig. 1), famílias com larvas aquáticas e que vivem em águas enca- choeiradas, o formato do corpo está diretamente re- lacionado com a fixação ao substrato, evitando que o animal seja arrastado pela corrente; entretanto, a existência do corpo fortemente deprimido e debrua- do com franja de cerdas, proporciona maior aderên- cia ao substrato e dificulta a apreensão por parte dos predadores. 5 — Coloração aposemática, ou de aviso, em geral amarela, vermelha, preta e branca, ou alguma combinação entre elas. Associada a algum atributo desagradável que toma a presa impalatável ao pre- dador, no caso secreções (Estampa 154, Figs. 1 e 2) ou substâncias tóxicas armazenadas nos tecidos (Estampa 87, Fig. 1). As larvas permanecem ex- postas sobre o substrato e deslocam-se lentamente. 6 — Coloração críptica ou de camuflagem, se- melhante à do substrato, o que proporciona certa dissimulação e dificulta o encontro da presa pelos predadores (ex. Psephenidae, Estampa 165). 7 — Presença de glândulas defensivas, como as que ocorrem no abdômen de Cantharidae (Estampa 72, Fig. 1), e de alguns Chrysomelidae. Em alguns casos, nessas duas famílias, ocorre coloração apose- mática associada à presença dessas glândulas. Várias larvas, assim que molestadas, regurgitam um líquido espesso que parece desempenhar um papel defensivo (ex.: Elateridae, Estampa 53, Fig. 1). As larvas de Phengodidae (Estampa 67, Fig. 1) paralisam suas presas (miriápodes) por meio de secreção tóxica inoculada através da mordida; esse mesmo mecanis- mo pode ser acionado como retaliação ao ataque de um agressor. Mordida de larva de fengodídeo em seres humanos pode causar sensação dolorosa de formigamento e calor na região afetada, conforme constatação pessoal de um dos autores. Crowson (1981) cita a presença de glândulas defensivas em larvas das seguintes famílias: Phengodidae, Cantha- ridae, Trogossitidae, Melyridae, Coccinellidae e Chrysomelidae. 8 — Comportamento de enrolamento, semelhan- te ao exibido pelo tatuzinho-de-jardim (Isopoda), e presente em algumas larvas de Goniadera (Tene- brionidae-Lagriinae), principalmente em G. repanda (ver Costa e Vanin, 1981). 9 — Construção de abrigo móvel, elaborado com detritos ou excrementos e cimentados por secreções internas. Vários Chrysomelidae (Cryptocephalinae, Clytrinae, Fulcidacinae e Lamprosomatinae) apre- sentam esses abrigos, denominados escatotecas. 10 — Algumas larvas de Chrysomelidae (ex. Dorynota spp.), possuem corpo deprimido e carre- gam apensas às projeções laterais e posteriores do abdômen, uma cobertura formada por excrementos secos aderidos às exúvias velhas. Pela flexão do ab- dômen, essa cobertura pode dobrar-se para a frente e encobrir dorsalmente o corpo da larva, proporcio- nando uma camuflagem eficiente. Segundo Crowson (1981), as larvas dos Criocerinae-Chrysomelidae e Cionini-Curculionidae são normalmente recobertas por uma massa de excrementos. 11 — Em alguns casos, larvas exofíticas podem se reunir na face inferior de uma folha, formando um agrupamento protetor, como em Coelomera lanio, Galerucinae-Chrysomelidae, (Estampa 164, Fig. 4). ADAPTAÇÕES DEFENSIVAS DAS PUPAS Em grande número de famílias, a pupa exarata fica mais ou menos encerrada ou presa à última exú- via larval e geralmente, nestes casos, a exúvia larval serve de proteção à pupa (espinhos, cerdas especia- lizadas ou reservatórios glandulares com secreção COMPORTAMENTO 15 tóxica, da larva). Em Torridincolidae, cujas larvas vivem sobre pedras embaixo de filme de água, as pu- pas permanecem quase inteiramente dentro da últi- ma exúvia larval. Em Lycidae (Estampa 65, Fig. 2 e Estampas 154, Figs. 2-3 e 155, Fig. 1) e em Ero- tylidae (Estampa 160, Figs. 1 e 2), cujas larvas vivem sobre troncos caídos, as pupas possuem nume- rosos filamentos e ficam suspensas pela sua extre- midade posterior, dentro da última exúvia larval e esta fica presa ao substrato. Outros exemplos de pupas parcialmente presas à última exúvia larval po- dem ser observados em Scirtidae (Estampa 148, Fig. 4), Trogossitidae (Estampa 159, Figs. 1 e 2), etc. Algumas pupas expostas de Coccinelidae apresentam tegumento fortemente esclerotinizado. A grande maioria das pupas exaratas dos coleóp- teros ficam encerradas dentro de um casulo ou câ- mara pupal (Elateridae, Estampa 151, Fig. 1) e os adultos aí permanecem até estarem completamente escurecidos e esclerotinizados; via de regra, os adul- tos saem do casulo ou câmara pupal utilizando-se de suas mandíbulas. Em alguns casos, o adulto recém- nascido pode aguardar durante um período relativa- mente longo, antes de emergir. Os casulos podem ser feitos com seda fabricada pelo último instar lar- val, como por exemplo em Discolomidae (Estampa 92, Figs. Ic e 2) ou com pedaços de madeira, fibras vegetais, como em muitos Cerambycidae, Curculio- nidae, etc. A câmara pupal pode ser apenas um alar- gamento da galeria onde a larva vive, forrada com pequenas partículas pela própria larva e fechada, ou ser construída com argila, silte e areia (para as que vivem no solo), etc. Nos coleópteros, em geral, a seda e as substâncias que cimentam as partículas do casulo são eliminadas pelo ânus, sendo produzi- das pelos túbulos de Malpighi, membrana peritrófi- ca ou glândulas que se abrem no último tergito abdominal. Em Passalidae, segundo Valenzuela- Gonzalés, J. e M.L. Castillo (1983) os casulos são construídos em conjunto pelos adultos e larvas. Geralmente todas as pupas obtectas são mais ou menos expostas. A cutícula mais fortemente esclero- tinizada serve por si só de proteção, como em Sta- phylinidae (Estampa 148, Figs. 1-3), Ptiliidae (Es- tampa 15, Figs. 2-3) e Corylophidae (Estampa 90, Fig. 2 e Estampa 91, Fig. 2). Outro caráter típico das pupas dos coleópteros é o “gin-trap” de Hinton (1946 a) aqui denominado ór- gão dioneiforme, estrutura sempre desenvolvida nas margens opostas de alguns dos tergitos abdominais. Estas estruturas são bastante esclerotinizadas e em algumas espécies são denteadas funcionando como uma armadilha, podendo fechar-se pela contração dos músculos dorsais longitudinais dos respectivos segmentos. Estes órgãos podem ser pares, ímpares, medianos, laterais, etc. Exemplos de ímpares e me- dianos são encontrados em Dermestidae (Estampa 75, Figs. 2 e 2a) e Ptilodactylidae (Estampa 47, Fig. 13); pares e medianos em Dynastinae e Ceto- ninae (Estampa 150, Figs. 1-2; 4-5) e Rutelinae (Estampa 38, Fig. 14); laterais em Elateridae (Es- tampa 151, Fig. 3) e Tenebrionidae (Estampa 163, Figs. 2-3). Pouco se sabe sobre a função desta es- trutura; supõe-se que seja de proteção para a pupa por causa de seu mecanismo de fechamento, que poderia eventualmente prender algum pequeno pre- dador. Ulrich (1986) sugere que, em Dryopidae, quando do surgimento da imago, os órgãos dionei- formes prendem a exúvia a algum substrato, facili- tando ao adulto libertar-se da pele pupal. Ainda, as pupas dos coleópteros podem apresen- tar pêlos e espinhos, variáveis em tamanho e posi- ção, que provavelmente servem para evitar o contato direto da pupa com a parede da câmara pupal (exemplos, nas Estampas 147, Figs. 5-6; 154, Figs. 4-6; 159, Figs. 3-6; 162, Figs. 4-6). Em outros gru- pos surgem micro-espinhos, aqui denominados es- pículos, em toda ou parte da região dorsal (Estampa 163, Figs. 2, 3, 5). Segundo Crowson (1981) algu- mas pupas podem possuir glândulas defensivas pró- prias como ocorre com Cantharidae (Estampa 154, Fig. 1 ) com reservatórios largos, pares situados la- teralmente nos segmentos abdominais 1-8 inclusive, na mesma posição das glândulas defensivas dos adultos. Em algumas pode ocorrer coloração apose- mática (Estampa 157, Figs. 3-5; Estampa 160, Figs. 1-4). PRODUÇÃO DE SOM A produção de som pelas larvas dos coleópteros é conhecida geralmente de espécies com hábitos mais ou menos gregários. Ocorre com freqüência em lar- vas de Scarabaeoidea. Larvas de Passalidae estridu- lam atritando a perna metatorácica, que é reduzida e denteada no ápice, contra a região estriada da coxa mesotorácica. Em Lucanidae, as larvas estridulam atritando a perna mesotorácica contra a perna metatorácica, ambas providas de micro-espículos. Em Scarabaeoidea-Hybosoridae, o atrito é entre as pernas meso- e protorácicas. Em outros Scarabaeoi- dea e em Dermestoidea da família Nosodendridae, constatamos estruturas morfológicas nas peças bu- cais, provavelmente utilizadas na produção de som. Em geral, acredita-se que este comportamento sirva para as larvas se detectarem e se evitarem mutua- cm 1 .SciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 16 COMPORTAMENTO mente ou para ajudar na interação adulto-larva ou, ainda, ser um sinal de defesa da espécie. LUMINESCÊNCIA Entre os animais terrestres, os Coleoptera consti- tuem o grupo que apresenta espécies com órgãos luminescentes mais desenvolvidos. Observamos larvas e/ou pupas luminescentes em espécies de Staphylinoidea-Staphylinidae; Elateroidea-Elateridae; Cantharoidea: Lampyridae e Phengodidae. Larvas luminescentes de Staphylinidae, provavel- mente do gênero Xantholinus, foram observadas pela primeira vez na Estação Biológica de Boracéia, Salesópolis, SP, por Costa et al. (1986). A larva é bastante ativa, emite luz esverdeada em pequena re- gião do oitavo tergito; a produção de luz é contínua e inicia-se logo após o pôr do sol. Em Elateridae, luminescência em larvas de pri- meiro instar, foi observada em várias espécies. Em geral elas emitem luz apenas na região do protórax; em uma espécie, Pyrophorus punctatissimus obser- vou-se além do protórax, emissão de luz em pontos laterais e faixas difusas na região intersegmentar dos segmentos abdominais. Larvas de último instar, em geral, emitem luz com mais intensidade no tórax e pontos variados do abdômen; nas de P. punctatissi- mus (Estampa 152, Figs. 1-2) via-se luz em man- chas arredondadas laterais e zonas transversais dor- sais e ventrais dos segmentos torácicos e abdominais; nas de Pyrearinus micatus (Estampa 152, Fig. 6) via-se luz no protórax, e em série de pontos laterais e medianos dos segmentos abdominais; nas de P. candens (Estampa 152, Fig.5) via-se luz a partir de faixas transversais nos segmentos abdominais 1-8. Pupa de P. punctatissimus emitia luz na região ante- rior e ângulos posteriores do pronoto, do prostemo, das propleuras; nos segmentos abdominais, na forma de manchas circulares laterais e de faixas transver- sas, dorsais e ventrais. Pupa de outra espécie Pyro- phorus noctilucus (Estampa 152, Fig. 8) emitia luz numa estreita faixa transversal anterior, no protórax, região das futuras vesículas luminescentes, proster- no, propleuras e pontos laterais nos segmentos ab- dominais. Pupa de Pyrearinus candens emitia luz intensa, por todo corpo, a partir do período vesper- tino, sem necessidade de estímulo. E a pupa de Hapsodrilus ignifer (Estampa 152, Fig. 7) emitia luz no protórax, pontos laterais e manchas media- nas, dorsais e ventrais nos segmentos abdominais. Em geral a luz emitida pelas larvas e pupas de Elateridae é esverdeada (a olho nu). Em muitos ca- sos foi observado que algumas larvas passam longos períodos sem capacidade de emitir luz mesmo quan- do estimuladas, voltando a emitir luz no período de pupa farada e/ou pupa. Observou-se também que os órgãos do tórax e abdômen em ambos, larvas e pupas, podem emitir luz sucessivamente. A emissão de luz aparece via de regra, em primeiro lugar, no tórax e, à medida que os segmentos abdominais vão emitindo luz, os torácicos vão diminuindo gradativa- mente sua emissão. Emissão espontânea de luz foi observada em pupas faradas e/ou pupas. Geralmen- te as larvas emitem luz após serem estimuladas ou molestadas; e nestas ocasiões a emissão de luz está sempre relacionada com uma reação agressiva das mesmas. Em Lampyridae, larvas e pupas de muitas espé- cies possuem a capacidade de emitir luz. Larvas de Bicellonycha sp. possuem órgãos luminescentes ar- redondados no oitavo segmento abdominal ventral. Foram coletadas em grande quantidade em vegeta- ção constituída predominantemente por gramíneas, em local encharcado pelas chuvas, em Peruíbe, SP. Nessa região, observamos que todas as larvas ini- ciavam a emissão de luz logo ao pôr do sol, atingindo um pico máximo assim que escurecia totalmente, declinando depois de intensidade até as 19:30 ho- ras. Na hora do pico máximo, a vegetação ficava toda salpicada de pequenas luzes que se acendiam e apagavam com simultaneidade. Eram centenas e centenas de larvas, de todos os tamanhos, emitindo luz ao mesmo tempo. Pupas desta espécie emitiam luz em duas manchas do abdômen situadas na mes- ma posição dos órgãos luminescentes dos adultos (Estampa 158, Figs. 3-4). Larvas de Phengodidae do gênero Phrixothrix emitem luz de cores diferentes: incidindo na região de comprimento de onda do vermelho (na cabeça) e na região do verde (em pontos laterais nos seg- mentos abdominais). Algumas espécies de Phengo- des emitem luz esverdeada tanto na cabeça como nos segmentos abdominais. Em geral, o número de pontos luminescentes dos segmentos abdominais va- ria conforme a espécie. As larvas luminescentes de Elateridae (Pyropho- rinae), são predadoras e, geralmente, vivem dentro de galerias em troncos semi-apodrecidos, em galerias no solo ou em ninhos de Isoptera. Apresentam cor- po pouco esclerotinizado e parecem estar adaptadas a viverem dentro de galerias exibindo um compor- tamento de tocaiar suas presas; via de regra, larvas e pupas (Estampa 152, Figs. 1-8) emitem luz quando molestadas. As de Staphylinidae e Phengo- didae, também predadoras, são andarilhas ativas na procura de suas presas; possuem corpo mais forte- mente esclerotinizado e emitem luz espontaneamente COMPORTAMENTO 17 em suas andanças. As de Lampyridae, também pre- dadoras que emitem luz espontaneamente, vivem de ordinário sobre vegetação em lugares muito úmidos, e podem exibir padrões variáveis de colorido. Em geral considera-se a função da biolumi- nescência, nos Coleoptera, como adaptativa: no reconhecimento mútuo dos indivíduos de uma dada espécie; ou como marca aposemática ou pseudo- aposemática. Nas larvas supõe-se ser sua função de- fensiva, baseando-se tal conjectma no fato de, pelo menos em algumas espécies, elas produzirem luz sempre que molestadas. Redford (1982) demons- trou, pela primeira vez, que nas larvas de Pyrearinus termiíilluminans (Elateridae) a produção de luz está relacionada com a atração das presas que lhe servi- rão de alimento. Entretanto, muito ainda está por estudar a respeito de nossas espécies biolumines- centes. MORFOLOGIA GERAL DAS LARVAS As larvas de Coleoptera diferenciam-se dos insta- res imaturos das demais ordens de Holometabola, fundamentalmente, pela ausência de glândulas la- biais verdadeiras, ausência de apêndices articulados no décimo segmento abdominal, seis túbulos de Malpighi (no máximo) e ausência de falsas pernas abdominais — larvópodes — (com exceção de al- guns tipos derivados). A presença de urogonfos ar- ticulados ou não no dorso do 9P tergito abdominal é generalizada e há grandes evidências de que a ho- mologia dos urogonfos com os cercos não seja cor- reta (Crowson, 1981). A larva de Coleoptera em sua condição genera- lizada teria os seguintes caracteres: cabeça curta, defletida, sem fechamento ventral, comumente asso- ciada à presença de peças bucais ortopteróides pri- mitivas; sutura frontal em forma de ferradura, que parece ser peculiar à ordem, com a presença de su- tura coronal mediana que tende a encurtar ou desa- parecer em certas formas primitivas; sutura fronto- clipeal distinta; 6 estemas; antena 3-segmentada; labro livre; pernas com número completo de seg- mentos, incluindo tarso distinto e garras pares; ab- dômen com 10 segmentos distintos, sem larvópodes ou apêndices do décimo segmento; 1 par de espi- ráculos torácicos funcionais (o segundo par, vestigial ou ausente); 8 pares de espiráculos abdominais, anu- liformes e com mecanismo de fechamento normal (Crowson, Z.c.). A forma e estrutura das larvas de Coleoptera, do mesmo modo que para os demais Holometabola, são adaptações a tipos específicos de ambientes, geralmente diferentes daqueles dos adultos. Os ca- racteres larvais são estruturas temporárias, úteis somente às larvas e que serão eliminadas na trans- formação para a imago. A larva possui um modo independente e eficiente de vida como indivíduo, embora sua capacidade de locomoção seja restrita. CABEÇA Cabeça distinta, fortemente esclerotinizada. Em algumas famílias, a cabeça é reduzida em tamanho e retraída dentro do protórax (Buprestidae, Ceram- bycidae e Curculionidae), podendo apresentar-se ainda distintamente comprimida ou cilíndrica. As regiões retraídas são em geral fracamente escleroti- labro cli'peo an teclípcQ, fronte 'ramo frontal 1 lábio maxila igula ■estemas forãmen occ ipital endocarena j^tuT^corona I Rgs. 1 e 2. Estruturas da cabeça da larva (esquemático). 1. dorsal; 2 ventral. haste hipostomial cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 20 MORFOLOGIA GERAL DAS LARVAS nizadas e não pigmentadas. A sutura epicranial (figs. 1 e 3) se apresenta em forma de U, V ou lira. A sutura coronal (Figs. 1 e 3) (tronco da sutura epicranial) pode apresentar-se longa, curta ou au- sente. Área adfrontal ausente. Na margem cefálica encontramos dois escleritos importantes: o clípeo e o labro. Em algumas famílias o clípeo e o labro po- dem estar ausentes ou muito reduzidos em tamanho ou a sutura que separa estes dois escleritos pode estar ausente. O clípeo pode ser indiviso (Silphidae, alguns Scarabaeoidea) ou dividido em pós-clípeo (que se funde com a fronte) e ante-clípeo que forma um esclerito à parte (Cucujoidea, Chrysomeloidea). Em alguns grupos ocorre, na margem cefálica, uma protuberância mediana, o nasal. Nas espécies em que o labro é substituído pelo nasal, a digestão dá-se extra-oralmente e a maioria são larvas predadoras (Dytiscidae, Elateridae, Lampyridae). Figs. 3 e 4. Estruturas da cabeça da larva (esquemático). 3, dorsal; 4, ventral. Em várias famílias, principalmente Scarabaeidae, Curculionidae, Chrysomelidae e Cucujidae, a epifa- ringe (Fig. 5) (região ventral do labro, correspon- dente também à epiglossa ou epiglote) apresenta estruturas muito diversificadas, com áreas esclero- tinizadas, órgãos sensitivos, etc. Nos Scarabaeoidea, que a apresentam bem complexa, podemos distinguir as seguintes regiões; I. corypha, paria {acanthoparia, gymnoparia, chaetoparia, acroparia, plegmatium, proplegmatium e phobae) \ II. hapíomerum {zygum, heli, sensilla e epizygum) ; III. pedium e haptolachus (nesia, sensilla e crepis) (Bõving, 1936). Em alguns grupos a fronte possui uma linha me- diana que se estende adiante da sutura coronal, en- tre os ramos basais da sutura frontal representada internamente por uma quilha mais ou menos forte. É a chamada endocarena (Fig. 1), cujo desenvolvi- mento está relacionado, às vezes, com musculatura forte das larvas brocadoras, etc. É possível que, em algumas espécies, o desenvolvimento da endocarena seja consequência do prognatismo secundário da cabeça, que provoca o encurtamento da superfície dorsal e a redução da área disponível para as inser- ções dos músculos mandibulares adutores. Endoca- rena bem marcada aparece em poucos grupos asso- ciada à sutura coronal, que também é bem marcada (Crowson, 1981). Estemas (= ocelos) (Figs. 1 e 3) geralmente ausentes e, quando presentes, localizados na área la- teral da cápsula cefálica, próximo à base das man- díbulas, variando de 1 a 6, comumente aos pares. Seu arranjo é variável porém nunca se apresentando em semicírculo como ocorre nas larvas de Lepidop- tera. APÊNDICES DA CABEÇA Antenas: geralmente presentes, variando de posi- ção, número de segmentos e tamanho. Em geral 3-segmentadas, com escapo e pedicelo, ordinaria- mente contendo músculos e um flagelo indiviso. Em algumas f amíl ias as antenas apresentam-se reduzidas a 1 ou 2 segmentos. Nas larvas de Scirtidae a antena é multisegmentada, muito longa e filiforme. (5rgãos cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 MORFOLOGIA GERAL DAS LARVAS corypha 21 epizy haptocnerum proplegmatium um .clithrum ,ac ropa r ia .zygum V plegmatiur par ia< c nS» pedium epitorma .sensil la .helus — acanthoparía -gymnoparia — 3/ -chaetopar ia plegma nesium-^r S«® . V crepis- apotorma -pternotorma dexiotorma haptolachus laeotorma Fig. 5. Estruturas da epifaringe da larva (adaptado de Bõving, 1936). de sentido tais como papilas e cones sensoriais po- dem ocorrer no primeiro e segundo segmentos. Aparelho bucal: as peças bucais são muito impor- tantes e muito utilizadas em quase todas as chaves de identificação de coleópteros imaturos, conseqüen- temente é essencial o conhecimento das várias peças que o compõem e das modificações que as mesmas podem apresentar. O aparelho bucal está geralmente localizado no lado ventral ou cefálico da cápsula cefálica, em direção associada à posição da cabeça: hipognata, se projetada ventralmente; prognata, se projetada anteriormente; ambas em relação ao eixo longitudinal do corpo. Nos Hydrophilidae o aparelho bucal se projeta quase que dorsalmente. Mandíbulas (Figs. 6 e 7): opostas, adaptadas pa- ra mastigar, triturar ou sugar. Os tipos sugadores possuem o formato de um sabre curvo com canal interno (duto) ou sulco que se estende da base até o ápice da mesma. Todas as mandíbulas se articulam à cápsula cefálica em dois pontos: o côndilo (ven- tral) e o acetábulo (dorsal). Em algumas espécies pode ocorrer um segundo côndilo (côndilo acessó- rio). As mandíbulas podem ser assimétricas, espe- cialmente na face interna ou completamente simé- tricas. A extremidade distai pode ser ponteaguda com um, dois ou mais dentes agudos ou truncados. A forma das mandíbulas pode ser achatada ou côn- cava na face interna ou possuir dois ou mais dentes em sua margem distai, sem estruturas acessórias (tipo palmado), como nos Chrysomelidae. Podemos distinguir as seguintes regiões nas man- díbulas: i) mola, estrutura adaptada para triturar ou esmigalhar, encontrada na área basal interna de mui- tas mandíbulas. Quando bem distinta é fortemente esclerotinizada, arredondada ou rugosa e presente em ambas as mandíbulas. Em algumas espécies que possuem mandíbulas assimétricas, a mola de uma delas pode apresentar-se indistinta — pseudomola — como em certos Scarabaeidaô; ii) retináculo, pro- jeção rígida em forma de dente situada no meio da margem interna. Pode ocorrer também nas mandí- bulas que possuem um sulco na superfície mesal; iii) prosteca, projeção fracamente esclerotinizada em forma de membrana franjada, pincel de pêlos ou simples lobo membranoso, que cobre uma pequena área ou grande porção da mandíbula. E típica de cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 22 MORFOLOGIA GERAL DAS LARVAS comedores de fungos, esporos e similares; ausente nas larvas carnívoras, xilófagas, etc.; iv) penicilo, tufo de cerdas, geralmente originando-se da porção proximal da face interna da mandíbula. Em algumas espécies o penicilo pode apresentar-se fracamente esclerotinizado, com poucas cerdas, cerdas pequenas ou cerdas reduzidas; v) brustia, tufo de cerdas jus- tapostas que se originam na parte basal da mola dos Scarabaeidae. Maxilas (Figs. 8 e 9): estão localizadas ventral- mente em relação às mandíbulas e lateralmente em relação ao lábio, podendo variar consideravelmente em estrutura. A maxila possui, em geral, os seguintes escleritos; i) cardo, que pode ser longo e transverso, permitindo grande movimentação dos estipes; ou re- duzido (principalmente nas larvas predadoras); ou ausente. Em algumas espécies pode ocorrer mais um esclerito, o justacardo. Em outras, os dois cardos podem fundir-se entre si, formando um único escle- rito; ii) estipe, articula-se parcialmente à cápsula cefálica e ao cardo: é o esclerito principal da maxila. Em algumas espécies pode ocorrer mais um esclerito, o justaestipe; iii) palpífero, esclerito pequeno situa- do entre o palpo maxilar e o estipe e articulado a este último; iv) gálea, é o lobo externo da maxila adjacente ao palpo; v) lacínia, o lobo interno da maxila adjacente à gálea. Em algumas espécies, gálea e lacínia podem estar fundidas formando um simples lobo denominado mala; vi) unco, parte distai ou margem interna da mala que geralmente é espinifor- Figs. 6-8. Peças bucais da larva (esquemático). 6-7, estruturas da mandíbula; 8, estruturas da maxila. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 MORFOLOGIA GERAL DAS LARVAS 23 Fig. 9. Peças bucais da larva, estruturas do lábio e da maxila( esquemático). fne ou pontiaguda; vii) fímbria, estrutura da gálea adaptada ao hábito de comer esporos de fungos ou outras partículas pequenas, como ocorre em muitas espécies de PtUiidae, Leiodidae e Scirtidae; viii) pal- po maxilar, geralmente possui três segmentos, po- dendo ocorrer ainda 1 , 2, 4 ou 5 segmentos. Às vezes o palpífero assume a forma de um sebento. Em algumas espécies de Hydrophilidae e Dytiscidae, a maxila é inteiramente palpiforme. Lábio (Fig. 9): em geral com as seguintes estru- turas: pré-mento, mento, submento, palpígero, pal- pos labiais e lígula. Às vezes pode ocorrer uma sub- divisão do pré-mento em I e II, associada a uma fusão do mento e submento, formando o pós-mento (Anderson, 1936). A lígula fica reduzida à um lobo mais ou menos desenvolvido situado entre os palpos labiais, e inclui parte da hipofaringe. O palpo labial geralmente é 2-segmentado. Palpos 1 -segmentados ocorrem em Nitidulidae, 3- ou 4 -segmentados em alguns Dytiscidae e podem estar ausentes ou muito reduzidos em alguns Buprestidae, Bruchidae e Eucnemidae. Em algumas espécies de Elateroidea, principalmente Elateridae, forma-se um “complexo maxilo-labial” que pode mover-se como uma unida- de; neste caso a cápsula cefálica é sempre fechada ventralmente atrás do lábio. Esse complexo denomi- na-se também, de hipóstoma. TÓRAX Composto de três segmentos a cada um dos quais se articula um par de pernas (exceto nas espécies ápodes). Mesotórax na maioria das famílias com um par de espiráculos; em Scarabaeidae, entretanto, os espiráculos estão localizados no protórax ou na área intersegmentar entre o protórax e mesotórax. APÊNDICES DO TÓRAX Pernas: geralmente com 1 a 5 segmentos mais as garras. Nos Adephaga e Archostemata possuem 5 ou mais segmentos com uma ou duas garras. Polyphaga e Myxophaga apresentam um segmento a menos que nas duas subordens anteriores. As re- giões mais comumente presentes são: coxa, trocânter (com 1 ou 2 segmentos) fêmur, tíbia e tarso (com uma ou duas garras terminais). Há três hipóteses principais sobre a redução do número de segmentos das pernas. Alguns autores consideram que o tarso simplesmente desapareceu nos Myxophaga e Polypha- ga; outros, que o tarso se fundiu com a garra (= tarsúngulo de Bõving e Craighead); outros ainda que o tarso se fundiu com a tíbia (= tíbio- tarso de van Emden). Entretanto não há evidências suficientes para se adotar qualquer destas hipóteses, embora o termo tarsúngulo seja mais frequentemente usado. abdômen Consta de 8 a 10 segmentos, com espiráculos dis- tintos geralmente presentes nos segmentos 1-8. Via de regra as larvas não possuem falsas pernas (larvópodes) ou colchetes; entretanto, algumas es- pécies apresentam expansões ou áreas ventrais cha- madas verrugas ou ampolas. Larvópodes sem col- chetes podem ocorrer em muitas espécies fitófagas de vida livre e em algumas espécies xilófagas, por exemplo, Oedemeridae (Estampa 122, fig. 2). 24 MORFOLOGIA GERAL DAS LARVAS Fig. 10. Extremidade abdominal da larva (esquemático). vés do tegumento geral ou por meio de traqueo- brânquias filamentosas como em Gyrinidae e certos Hydrophilidae; v) anflpnêustico, 2 pares de espirá- culos funcionais, 1 no protórax e outro no oitavo segmento abdominal como nas larvas de primeiro instar de Nosodendridae; vi) plastrão, espiráculos modificados e adaptados para respiração de espécies aquáticas, ocorre nos segmentos 1-8 do abdômen de larvas de Myxophaga. Observamos, quanto à forma, os seguintes tipos de espiráculos: i) anular, circular ou anuliforme como em Staphylinidae. Este tipo pode ainda apre- sentar-se com uma, duas ou mais câmaras que se denominam, respectivamente, anular-uníforo, anular- bíforo e anular-multíforo; ii) bilabiado, quando um espiráculo oval ou anular apresenta um peritrema em forma de lábio; iii) cribriforme, quando apresenta orifícios com aspecto geral em forma de peneira, típico de Scarabaeidae. ESPIRÁCULOS ARMADURAS Variam consideravelmente de posição, estrutura, forma e tamanho. Podem ser classificados em: i) pe- ripnêustico, com 1 par protorácico e 8 pares abdo- minais, como em Scarabaeidae, Bostrichidae- Lycti- nae, Ptniidae; ii) holopnêustico, com 1 par mesoto- rácico, 1 par metatorácico e 8 pares abdominais, como alguns Cantharidae e Lycidae; iii) metapnêus- tico, com 1 par de espiráculos terminais como em alguns Dytiscidae e Hydrophilidae; iv) apnêustico, sem espiráculos funcionais; as larvas respiram atra- Urogonfos (Fig. 10): estruturas fixas ou articula- das, segmentadas ou não, às vezes multisegmenta- das, sempre localizadas no 9.° segmento abdominal. Espículos: microespinhos localizados na região dorsal de todos ou de alguns segmentos torácicos e/ou abdominais. « Raster (Figs. 11 e 12): aspecto ventral do seg- mento caudal principalmente de Scarabaeidae, que apresenta muitas cerdas de importância para a sis- temática. Figs. 11 e 12. Extremidade abdominal da larva: estruturas Jo raxter (adaptado de Bõving. 1936). cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CLASSIFICAÇÃO DA ORDEM COLEOPTERA Famílias registradas para o Brasil I. SUBORDEM ARCHOSTEMATA 29. Geotrupidae 1 . Ommatidae 30. Scarabaeidae 2. Cupedidae Byrrhoidea 3. Micromalthidae 3 1 . Byrrhidae n. SUBORDEM MYXOPHAGA Buprestoidea 4. Torridincolidae 32. Buprestidae 5. Hydroscaphidae Dryopoidea 33. Callirhipidae III. SUBORDEM ADEPHAGA 34. Ptilodactylidae 6. Rhysodidae 35. Chelonariidae 7. Carabidae 36. Heteroceridae 8. Haliplidae 37. Limnichidae 9. Noteridae 38. Lutrochidae 1 0. Dytiscidae 39. Dryopidae 11. Gyrinidae IV. SUBORDEM POLYPHAGA 40. Elminthidae 41. Psephenidae Elateroidea Staphylinoidea 42. Artematopidae 12. Hydraenidae 43. Cerophytidae 13. Ptiliidae 44. Elateridae 14. Leiodidae 45. Cebrionidae 15. Scydmaenidae 46. Throscidae 16. Silphidae 47. Lissomidae 17. Staphylinidae 48. Eucnemidae 18. Pselaphidae Cantharoidea Hydrophiloidea 49. Cneoglossidae 19. Hydrophilidae 50. Lycidae 20. Georyssidae 5 1 . Phengodidae 21. Histeridae Eucinetoidea 52. Lampyridae 53. Cantharidae 22. Scirtidae Dermestoidea 54. Nosodendridae Dascilloidea 23. Rhipiceridae 55. Dermestidae Bostrichoidea SCARABEOIDEA 56. Bostrichidae 24. Lucanidae 57. Anobiidae 25. Passalidae 26. Trogidae 58. Ptinidae 27. Hybosoridae Lymexyloidea 28. Ceratocanthidae 59. Lymexylidae cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 26 CXASSIFICAÇAO DA ORDEM COLEOPTERA Cleroidea 60. Trogossitidae 61. Cleridae 62. Melyridae CUCUJOIDEA 63. Nitidulidae 64. Rhizophagidae 65. Cucujidae 66. Laemophioeidae 67. Silvanidae 68. Passandridae 69. Cryptophagidae 70. Languriidae 71. Erotylidae 72. Phalacridae 73. Cerylonidae 74. Corylophidae 75. Discolomidae 76. Coccinellidae 77. Endomychidae 78. Lathridiidae 79. Biphyllidae Tenebrionoidea 80. Ciidae 81. Melandryidae 82. Mordellidae 83. Rhipiphoridae 84. Archeocrypticidae 85. Colydiidae 86. Monommidae 87. Zopheridae 88. Tenebrionidae 89. Meloidae 90. Oedemeridae 91. Mycteridae 92. Pyrochroidae 93. Salpingidae 94. Othniidae 95. Inopeplidae 96. Anthicidae 97. Euglenidae 98. Scraptiidae Chrysome loidea 99. Cerambycidae 100. Bruchidae 101. Chrysomelidae Curcuhonoidea 102. Nemonychidae 103. Anthribidae 104. Oxycorynidae 105. Belidae 106. Attelabidae 107. Brentidae 108. Apionidae 109. Curculionidae CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 2 ( 1 ). Pernas torácicas ausentes ou representadas por protuberâncias (lobos pedais) não articuladas e não segmentadas, mais largas que longas. Formas pouco esclerotinizadas, exceto alguns Eucnemidae com cabeça modificada formando placa cuneiforme. Mandíbulas geralmente sem mola 4 Pernas torácicas presentes e articuladas na base ou se a articulação basal não é bem definida, as pernas são segmentadas ou estreitas e mais longas que. largas 2 Labro parcial ou inteiramente fundido com a cápsula cefálica i.e., sutura clípeo- labral incompleta ou ausente 27 Labro inteiramente livre (i.e., sutura clípeo-labral completa) 3 Mandíbulas sem mola ou com mola reduzida 97 Mandíbulas com mola ou pseudomola 197 Cabeça protraída ou ligeiramente retraída 5 Cabeça fortemente retraída 18 Cápsula cefálica muito modificada, em geral fortemente esclerotinizada, com 2 pares de endocarenas, 1 dorsal e 1 ventral, ou formando placa cuneiforme geralmente serrilhada no ápice; antenas diminutas, 2-segmentadas; mandíbulas ou fundidas à cápsula cefálica, ou com ápices divergentes e não oponíveis; corpo fortemente achatado dorso-ventralmente, ou com protórax alargado e apresentando uçi par de hastes longitudinais em forma de I ou T; espiráculos bíforos. Em madeira morta (Est. 64) (parte) EUCNEMIDAE Cápsula cefálica normal, sem ou com uma única endocarena mediana; mandíbu- las livres, com ápices oponíveis; se os espiráculos são bíforos, as antenas são bem desenvolvidas e 3-segmentadas; corpo com formato diferente 6 Antenas 1 -segmentadas 7 Antenas 3-segmentadas 16 Palpos maxilares presentes 8 Palpos maxilares ausentes. Em ninhos de abelhas (parte) MELOIDAE Palpos maxilares 1- ou 2-segmentados 9 Palpos maxilares 3-segmentados 14 Região guiar ausente (lábio contíguo com a membrana torácica) ; labro separado da cabeça por uma sutura; maxilas com mala; 3.° tergito abdominal com 2 ou mais pregas transversais 10 Região guiar presente (separando o lábio do tórax); labro completamente fun- dido à cápsula cefálica; maxilas sem lobos apicais; 3.° tergito abdominal sem pregas transversais. Endoparasitas de baratas (Rhipidiinae, parte) RHIPIPHORIDAE cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 28 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 10(9) . Labro sem hastes; mandíbulas com mola; escleroma hipofaríngeo presente. Em sementes, frutos secos e outros produtos armazenados (parte) ANTHRIBIDAE Labro com hastes; mandíbulas sem mola, mas pode ocorrer uma pseudomola espiculada ou estriada na superfície dorsal da base mandibular; escleroma hipofaríngeo ausente í 11 11(10). Protergo com um par de placas esclerotinizadas ou séries de anéis unidos por linhas finas; epipleura e pleura com 3 ou mais lobos longitudinais (paralelos ao eixo longitudinal do corpo); chpeo vestigial e labro grande; palpos maxi- lares e labiais geralmente 1 -segmentados. Em madeira, em galerias revestidas com fungos (Est. 141) (Platypodinae) CURCULIONIDAE Outra combinação de caracteres 12 12(11). Segmentos abdominais com 2 pregas dorsais; ramos da sutmra frontal alcançam a membrana de articulação das mandíbulas 13 Segmentos abdominais com 3-4 pregas dorsais; ramos da sutura frontal não alcançam a membrana de articulação das mandíbulas. Sob casca de árvore, em vários tipos de tecidos vegetais vivos ou mortos (Est. 140, 143, 145, 146) (parte) CURCULIONIDAE 13(12) . Cabeça protraída, vértice raramente encoberto pelo protórax; palpos labiais 1- ou indistintamente 2-segmentados; labro com 0-1 botão sensorial basal. Em galhas caulinares, no caule e nas raízes de diversas plantas, e em sementes de Leguminoseae APIONIDAE Cabeça ligeiramente retraída, vértice parcialmente encoberto pelo protórax; palpos labiais distintamente 2-segmentados; labro com 2 botões sensoriais basais. Em cartuchos confeccionados pelos adultos com folhas enroladas de dicotiledô- neas ATTELABIDAE 14(8) . Maxila com gálea e lacínia; mandíbula com mola (pseudomola) distintamente ' tuberculada; área de articulação maxilar reduzida ou ausente; 10.° segmento abdominal com um par de lobos ovais, separados por um sulco longitudinal; sutura frontal ausente. Em fungos (parte) ANOBIIDAE Maxilas com mala; mandíbula com mola não tuberculada; área de articulação maxilar bem desenvolvida; 10.° segmento abdominal sem lobos ovais separa- dos por um sulco longitudinal; sutura frontal presente 15 15(14). Mandíbulas com processo acessório ventral; ápice da mala reto ou levemente emarginado; lábio bem desenvolvido. Em cones masculinos de Araucaria (Est. 137) NEMONYCHIDAE Mandíbulas sem processo acessório ventral; ápice da mala arredondado ou agudo; lábio frequentemente reduzido. Em corpos de frutificação de fungos, madeira morta, caules (parte) ANTHRIBIDAE 16(6). Mandíbulas sem mola; lígula ausente; estemas presentes; ápice do abdômen com câmara respiratória (bolsa formada pelo 8.° e 9.° tergitos, e que encerra o 8.° par de espiráculos, muito desenvolvidos). Em matéria vegetal em decom- posição, folhiço, excrementos .... (Sphaeridiinae parte) HYDROPHILIDAE Mandíbulas com mola; lígula presente, mais longa que o palpo labial, formando uma estrutura cuneiforme esclerotinizada; estemas ausentes; ápice do abdômen sem câmara respiratória 17 cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 29 17(16). 18(4). 19(18). 20(19). 21(19). 22(18) . 23(22) . 24(22) . 25(24) . 9.0 tergito sem processo mediano; cabeça mais estreita que o tórax. Em madeira apodrecida (larva curculionóide e formas pedogenéticas) MICROMALTHIDAE 9.0 tergito com processo mediano; cabeça mais larga que o tórax. Em madeira apodrecida (larva cerambicóide) MICROMALTHIDAE Região guiar presente (separando o lábio do tórax); corpo relativamente reto Região guiar ausente (lábio contíguo com a membrana torácica); corpo curvado dorso-ventralmente (em forma de C), curvatura de moderada à forte 22 Palpos labiais diminutos, 1-segmentados ou aparentemente ausentes; espiráculos cribriformes Palpos labiais bem desenvolvidos, 2-segmentados; espiráculos anulares, anular- multíforos, ou ocasionalmente anular-bíforos 21 Protórax muito mais largo que o abdômen, geralmente com uma placa tergal larga apresentando um par de impressões em forma de V, e uma placa esternal com uma única impressão mediana; ocasionalmente com uma única impressão protergal e com um par de processos agudos no 10.° segmento abdominal. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Est. 44 e 45) (parte) BUPRESTIDAE Protórax não ou apenas ligeiramente mais largo que o abdômen, sem impressões protergais; corpo achatado dorso-ventralmente, algumas vezes com a cabeça reduzida. Minadoras de folhas (Trachyinae) BUPRESTIDAE Cabeça distintamente mais longa que larga; estipe maxilar mais largo que longo; forâmen occipital indiviso; sutura coronal não situada em sulco largo. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Est. 130) (Lamiinae, parte) CERAMBYCIDAE Cabeça não ou apenas ligeiramente mais longa que larga, estipe maxilar mais longo que largo; forâmen occipital dividido em 2 partes pela ponte tentorial; sutura coronal situada em sulco largo para inserção dos músculos retratores. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Cerambycinae, parte) CERAMBYCIDAE Palpos labiais ausentes 23 Palpos labiais presentes 24 Antenas 2-segmentadas; ramo transversal hipofaríngeo ausente; palpos maxilares 1- segmentados; 1 ou 3 estemas presentes. Em vagens, geralmente de Legu- minoseae (parte) BRUCHIDAE Antenas 1 -segmentadas; ramo hipofaríngeo transversal presente; palpos maxilares 2- segmentados; estemas ausentes. Em corpos de frutificação de fungos (parte) ANTHRIBIDAE Palpos maxilares 3-segmentados 25 Palpos maxilares 1- ou 2-segmentados. Em vários tipos de tecidos vegetais (Est. 142, 144) (parte) CURCULIONIDAE Antenas 2-segmentadas; protergo dilatado e giboso, apresentando uma placa esclerotinizada com uma quilha transversal BELIDAE Antenas 1 -segmentadas, protergo não dilatado e giboso e sem quilha trans- versal 26 30 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 26(25). Labro sem hastes. Tergitos torácicos e abdominais sem grupo de espículos; pro- tergo com placa esclerotinizada. Em vários frutos e cones (estróbilos) OXYCORINIDAE Labro com hastes. Tergitos torácicos e abdominais com grupos de espículos; protergo sem placa esclerotinizada. Em botões florais ou frutos (Rhynchitinae) CURCULIONIDAE 27(2). Cabeça totalmente modificada, formando uma placa esclerotinizada cuneiforme, com bordo serrilhado ou multidenteado; pernas e antenas diminutas; corpo alongado, com margens paralelas, moderado a fortemente achatado dorso-ven- tralmente; espiráculos bíforos. Em madeira morta .... (parte) EUCNEMIDAE Cabeça não formando uma placa cuneiforme (as mandíbulas ou o lábio podem formar uma cunha) mas então as pernas e as antenas são bem desenvolvidas e o corpo não é alongado e achatado 28 28(27). Lábio formando uma placa esclerotinizada, 5-denteada; pernas protorácicas dila- tadas, com tarsúngulo bifurcado; corpo fracamente esclerotinizado e vermifor- me, sem urogonfos. Em madeira apodrecida CEROPHYTIDAE Lábio não formando uma placa esclerotinizada, 5-denteada; tarsúngulo protorá- cico nunca bifurcado 29 29(28). Pernas mesotorácicas com 5 ou menos segmentos, incluindo o tarsúngulo .... 30 Pernas mesotorácicas com 6 segmentos, incluindo uma garra tarsal ou um par de garras 87 30(29). Mandíbulas sem mola 31 Mandíbulas com mola 82 31(30). Maxilas sem lobos apicais ou com apêndice digitiforme na base do pal- pífero 32 Maxilas com 1 lobo (mala) ou 2 lobos apicais (gálea e lacínia) 42 32(31) . Palpífero sem apêndice digitiforme 33 Palpífero com apêndice digitiforme (geralmente descrito como gálea ligada ao l.° segmento do palpo maxilar) 38 33(32). Cabeça moderada a fortemente hipognata; antenas 1- ou 2-segmentadas 34 Cabeça distintamente prognata ou levemente hipognata; antenas 3-segmen- tadas 35 Cabeça curta, prognata; antenas 2-segmentadas; mandíbulas falciformes divididas longitudinalmente; segmentos abdominais 1-8, com 1 prolongamento tubular cilíndrico de cada lado. Sob casca de troncos caídos (Est. 66) .... LYCIDAE 34(33). Antena 1-segmentada; corpo fortemente curvado dorso-ventralmente (em forma de C); vários segmentos abdominais com 2 pares de processos cônicos. Em ninhos de abelhas e vespas (Rhipiphorinae, parte) RHIPIPHORIDAE Antena 2-segmentada; corpo relativamente reto ou apenas levemente curvado dorso-ventralmente; segmentos abdominais sem processos cônicos. Endopara- sitas de baratas (Rhipidiinae, parte) RHIPIPHORIDAE 35(33). Ápice abdominal sem câmara respiratória; cabeça com menos de 6 estemas de cada lado; espiráculos do 8.° segmento abdominal aproximadamente do mesmo tamanho que os demais pares abdominais 36 2 3 4 5 6 7 8 9 SciELO ;l3 14 15 16 17 18 19 20 cm 13 14 15 16 17 18 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 31 Apice abdominal com câmara respiratória (bolsa formada pelo 8.° e 9.° tergitos e que encerra o 8.° par de espiráculos, muito desenvolvidos); cabeça com 6 estemas de cada lado; espiráculos do 8.° segmento abdominal muito maiores que os demais pares abdominais. Na margem de lagos (Hydrochinae) HYDROPHILIDAE 36(35). 9.° tergito com um par de urogonfos, articulados e segmentados. Em lagoas 9 .° tergito sem par de processos ou urogonfos 37 37(36). Larva diminuta, geralmente com cerca de 0,5 mm de comprimento; cabeça com 4 estemas de cada lado; corpo com cerdas moderadamente longas, esparsas, algumas das quais são espessas e espiniformes; sem glândulas dorsais pares (triungulino) (Rhipidiinae, parte) RHIPIPHORIDAE Larva maior, geralmente com mais de 1 mm de comprimento; cabeça com 1 estema de cada lado; corpo com pubescência fina e curta, conferindo aspecto opaco ou sedoso à superfície; glândulas dorsais pares presentes nos tergitos torácicos e abdominais l.° ao 8.° ou 9.° (parte) CANTHARIDAE 38(32). Apice abdominal sem câmara respiratória 39 Apice abdominal com câmara respiratória (bolsa formada pelo 8.° e 9.° tergitos e que encerra o 8.® par de espiráculos, muito desenvolvidos). Em lagos, lagoas, riachos de curso lento, folhiço e excrementos fEst. 22 e 24) 39(38). 9 .° tergito sem urogonfos 40 9.° tergito com mogonfos 41 40(39) . Superfície mesal da base mandibular simples ou ligeiramente expandida; palpos labiais 2-segmentados; abdômen com 9 segmentos visíveis; cabeça com 6 este- mas de cada lado; cardo presente; segmentos abdominais 1-7 com um par de processos laterais longos. Em lagoas (Berosinae) HYDROPHILIDAE Superfície mesal da base mandibular com pincel de pêlos (penicilo); palpos labiais 3-segmentados; abdômen com 10 segmentos visíveis; cabeça sem este- mas ou 1 presente de cada lado; cardo aparentemente ausente; segmentos abdominais sem processos laterais longos. Sob casca de árvore, em folhiço, excrementos, matéria vegetal em decomposição, ninhos de formigas 41(39). Superfície mesal da base mandibular simples ou ligeiramente expandida; pernas mesotorácicas 3- ou 4-segmentadas; urogonfos 1-segmentados. Em fundos are- nosos ou lodosos de riachos GEORYSSIDAE Superfície mesal da base mandibular com um pincel de pêlos (penicilo) ; pernas mesotorácicas 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo; mogonfos 1- ou 2-seg- mentados. Sob casca de árvore, em folhiço, excremento, matéria vegetal em decomposição, ninhos de formigas (Est. 25 e 26) (parte) HISTERIDAE 42(31). Maxila com mala 43 Maxila com gálea e lacínia distintas . 77 Maxila com gálea vestigial, 1-segmentada com 1 cerda no ápice; lacínia ausente. Primeiro instar retirado de saco ovígero preso embaixo dos urostemitos da fêmea (Est. 23) (Epimetopinae) HYDROPHILIDAE 2 3 4 5 6 7 8 gSciELO ;l3 14 15 16 17 18 19 20 cm 13 14 15 16 17 18 19 20 21 32 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 43(42). Antenas com 3 ou menos segmentos 44 Antenas 4-segmentadas 75 44(43) . Antenas 2-segmentadas 45 Antenas 3-segmentadas 56 45(44). 9.° tergito sem urogonfos 46 9.° tergito com urogonfos 53 46(45). Palpo maxüar 1-segmentado; palpos maxilares e lábios dentaliformes; corpo diminuto, menos de Imm de comprimento. Em fendas de casca de árvores, solo, em associação com cigarras (triungulino parte) RHIPICERIDAE Palpo maxilar 2-segmentado 47 Palpo maxilar 3-segmentado 48 Palpo maxilar 4-segmentado 51 47(46) . Corpo oval, fortemente achatado e disciforme; cabeça encoberta dorsalmente pelo protórax; superfície mesal da base mandibular simples ou ligeiramente expan- dida; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,5; pernas mesotorácicas 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo; hastes hipostomiais ausentes (parte) CORYLOPHIDAE Corpo alongado; cabeça visível de cima; superfície mesal da base mandibular com um processo rígido, não articulado, hialino, algumas vezes parcialmente esclerotinizado; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; pernas mesotorácicas 3- ou 4-segmentadas, incluindo tarsúngulo; hastes hipostomiais presentes. Em galerias de coleobrocas, em produtos arma- zenados (parte) PASSANDRIDAE 48(46). Corpo relativamente reto ou levemente curvado dorso-ventralmente; mandíbula estreita e falciforme; lígula ausente; 3.° tergito abdominal sem pregas trans- versais 49 Corpo fortemente curvado dorso-ventralmente (em forma de C); mandíbula larga e robusta, ou mais ou menos cuneiforme; lígula mais curta que os palpos labiais; 3.° tergito abdominal com 2 ou mais pregas transversais. Larvas com escatotecas, em ninhos de formigas ou sobre folhas (Clytrinae-Chlamisinae, parte) CHRYSOMELIDAE 49(48) . Mandíbulas aproximadas na base, divididas longitudinalmente e formando 2 pares de lâminas ou estüetes divergentes; sutura epicranial ausente (Est. 65) (parte) LYCIDAE Mandíbulas distanciadas na base, convergentes distalmente, não divididas longi- tudinalmente em 2 partes; sutmra epicranial distinta, sutura frontal em forma de V 50 50(49) . Cabeça com 1 ou 3 estemas de cada lado, dispostos em triângulo ou agrupamento compacto; sensório antenal curto e cupuliforme; ápice do pré-mento não emar- ginado; palpos labiais separados por distância maior que 2 diâmetros basais; estipe curto e largo; cabeça sem glândulas protráteis. Em folhiço, musgos .... (parte) SCYDMAENIDAE Cabeça com 2 ou 3 estemas de cada lado, bem separados e alinhados; sensório antenal alongado, palpiforme ou setiforme; ápice do pré-mento profundamente emarginado; palpos labiais separados por distância menor que 2 diâmetros basais; estipe alongado; fronte às vezes com um par de glândulas protráteis. Em folhiço, musgos (Est. 21) (parte) PSELAPHIDAE cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA. DO BRASIL 33 51(46). Sutura coronal ausente; corpo relativamente reto ou levemente curvado dorso- -ventralmente; cabeça prognata ou levemente hipognata; sutura frontal ausente 52 Sutura coronal presente, moderadamente longa; corpo fortemente curvado dorso- -ventralmente (em forma de C); cabeça moderada a fortemente hipognata; sutura frontal em forma de V. Larvas com escatotecas, em ninhos de formigas ou sobre folhas (Clytrinae-Chlamisinae, parte) CHRYSOMELIDAE 52(51). Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; man- díbulas distanciadas na base, indivisas, não divergentes; peças bucais ventrais fortemente protraídas; pernas mesotorácicas 3- ou 4-segmentadas; espiráculos anulares. Ectoparasitas de pupas de besouros (últimos instares) (Lebiini, parte) CARABIDAE Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça 0,15-0,50; mandíbulas aproximadas na base e divididas longitudinalmente, formando 2 pares de lâmi- nas ou estiletes divergentes; peças bucais ventrais retraídas; pernas mesoto- rácicas 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo; espiráculos bíforos. Em madeira apodrecida, folhiço, sob casca de árvore (parte) LYCIDAE 53(45). Suturas coronal e frontal ausentes; mento ou pós-mento completamente (ou quase) conato ou fundido às maxilas; hastes hipostomiais presentes ou espi- ráculos anular-bíforos ou bíforos 54 Suturas coronal e frontal presentes; mento ou pós-mento completamente livre ou conato com as maxilas; hastes hipostomiais ausentes; espiráculos anulares. Em folhiço, musgos (parte) PSELAPHIDAE 54(53). Peças bucais ventrais fortemente protraídas; mandíbula tridenteada; superfície mesal da base mandibular com um processo hialino fixo, rígido, agudo; espi- ráculos anulares. Em galerias de coleobrocas, em produtos armazenados .... (parte) PASSANDRIDAE Peças bucais retraídas; mandíbulas unidenteadas; superfície mesal da base man- dibular simples; espiráculos anular-bíforos ou bíforos 55 55(54). Mandíbulas longas e falciformes, aproximadas na base, divididas em 2 partes. originando 4 lâminas ou estiletes divergentes; corpo em geral fortemente escle- rotinizado, com processos látero-tergais em vários segmentos; protórax sem hastes esclerotinizadas ventrais. Em madeira apodrecida, folhiço, sob casca de árvore (parte) LYCIDAE Mandíbulas achatadas, arredondadas ou subtriangulares, indivisas; corpo pouco esclerotinizado; protórax com hastes esclerotinizadas ventrais. Em madeira apodrecida, no solo, associado à raízes (parte) THROSCIDAE 56(44) . 9P tergito sem urogonfos 9P tergito com urogonfos 57 70 57(56). Palpos labiais 1- ou 2-segmentados . . . Palpos labiais ausentes; corpo diminuto 58 (menos de 1 mm de comprimento). 58(57) fusiforme; cabeça com 5 estemas de cada lado; cabeça prognata ou ligeira- mente hipognata; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,5; ápice da antena com cerdas longas. Em flores, sobre vegetação, sobre abelhas ou vespas (triungulino) (Rhipiphorinae, parte) RHIPIPHORIDAE Palpos labiais 1 -segmentados 59 Palpos labiais 2-segmentados 61 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 34 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 59(58). Primeiro segmento do palpo maxilar sem apêndice digitiforme; mandíbula sem sulco ou perfuração; palpo maxilar 3-segmentado; espiráculos abdominais anu- lares; cabeça sem estemas ou 1 presente de cada lado; tarsúngulo unisetoso . . 60 Primeiro segmento do palpo maxilar com apêndice digitiforme; mandíbula com um sulco aberto ou parcialmente fechado; palpo maxilar 4-segmentado; espi- ráculos abdominais reduzidos e não funcionais ou ausentes; 6 estemas de cada lado da cabeça; tarsúngulo plurisetoso, com 4 ou mais cerdas. Em lagoas e lagos (Spercheinae) HYDROPHILIDAE 60(59) . Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça 0,15-0,50; cabeça mode- rada a fortemente hipognata; relação entre comprimento abdominal e torácico maior que 2; superfície dorsal muito pouco pigmentada ou esclerotinizada; mandíbula estiletiforme e entognata; ápice abdominal sem par de cerdas longas. Sob casca de árvores ou troncos apodrecidos (Cerylon, Cerylinae) CERYLIDAE Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,5; cabeça prognata ou levemente hipognata; relação entre comprimentos abdominais e torácico menor que 1,2; superfície dorsal mais ou menos pigmentada ou escle- rotinizada; mandíbula falciforme; ápice abdominal com um par de cerdas longas. Em flores ou sobre abelhas (triungulino) (Nemognathinae, parte) MELOIDAE 61(58). 8.° tergito abdominal sem processos espiraculares 62 8.° tergito abdominal com um par de processos, cada um com o espiráculo no ápice. Em flores ou sobre abelhas (triungulino) (Nemognathinae, parte) MELOIDAE 62(61). Mandíbulas sem sulco 63 Mandíbulas com um sulco aberto ou parcialmente fechado. No solo, em folhiço . . (parte) CANTHARIDAE 63(62) . Corpo oval, fortemente achatado e disciforme; cabeça encoberta dorsalmente pelo protórax; palpos maxilares 2-segmentados. Em folhiço, musgos (parte) CORYLOPHIDAE Corpo alongado, cabeça visível de cima; palpos maxilares 3- ou 4-segmen- tados 64 64(63). Palpos maxilares 3-segmentados; mala distinta 65 Palpos maxilares 4-segmentados; se 3-segmentados, então mala pouco desen- volvida e pilosa 68 65(64) . Peças bucais ventrais retraídas; superfície ventral muito pouco pigmentada; antena sem cerda longa apical; cabeça com um ou mais estemas de cada lado; tar- súngulo não espatulado, sem longa cerda basal 66 Peças bucais ventrais protraídas; superfície ventral mais ou menos pigmentada; antena com cerda apical tão longa quanto o comprimento antenal; cabeça com 1 estema de cada lado; tarsúngulo espatulado, com uma cerda basal longa. Em flores ou sobre abelhas (Est. 121) (triungulino) (Meloinae, parte) MELOIDAE 66(65) . Corpo relativamente reto ou levemente curvado dorsoventralmente; mandíbulas estreitas e falciformes; mento, pré-mento ou placa labial completamente livres ou conatas na base com as maxilas; lígula ausente; 3.° tergito abdominal sem pregas transversais 67 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 35 Corpo fortemente curvado dorso-ventralmente (em forma de C); mandíbulas largas e robustas ou mais ou menos cuneiformes; mento, pós-mento ou placa labial completamente (ou quase) conatas com as maxilas, lígula presente; 3.° tergito abdominal com 2 ou mais pregas transversais. Larvas com escato- tecas, em folhiço (Cryptocephalinae, parte) CHRYSOMELIDAE 67(66). Cabeça com 3 estemas de cada lado, dispostos em triângulo ou formando agru- pamento compacto; sensório antenal curto e largo, cônico ou cupuliforme; pré-mento não emarginado; palpos labiais separados por distância maior que 2 diâmetros basais; estipe curto e largo; segmentos torácicos e vários abdomi- nais com processos látero-tergais. Em folhiço, musgos (parte) SCYDMAENIDAE Cabeça com 2 ou 3 estemas de cada lado, bem separados e alinhados; sensório antenal mais alongado, palpiforme, setiforme, ou bífido; ápice do pré-mento profundamente emarginado; palpos labiais separados por distância menor que 2 diâmetros basais; estipe alongado; segmentos torácicos e abdominais sem processos látero-tergais. Em folhiço, musgos (parte) PSELAPHIDAE 68(64). Sutura coronal moderadamente longa; cabeça moderada a fortemente hipognata; corpo fortemente curvado dorsoventralmente (em forma de C); cabeça com 5 ou 6 estemas de cada lado. Larvas com escatotecas, em folhiço (Cryptocephalinae, parte) CHRYSOMELIDAE Sutura coronal ausente ou muito curta; cabeça prognata ou levemente hipognata; corpo relativamente reto ou pouco curvado dorso-ventralmente; cabeça sem ou com 1 estema de cada lado 69 69(68) . Com um par de glândulas dorsais abrindo-se nos tergitos torácicos e tergitos abdominais l.° ao 8.° ou 9.°; corpo fracamente esclerotinizado e flexível (algu- mas vezes com padrões de pigmentação escura), revestido por uma pubescência fina que confere à superfície aspecto opaco; espiráculos pequenos e cribri- formes ou aparentemente anulares; mala reduzida e pilosa. No solo, em folhiço, sob pedras (Est. 72) (parte) CANTHARIDAE Sem glândulas dorsais; corpo em geral fortemente esclerotinizado e rígido, reves- tido com cerdas curtas ou ocasionalmente finas e longas; espiráculos bíforos; mala 2-segmentada. Em madeira apodrecida, solo, folhiço (parte) ELATERIDAE 70(56) . Hastes hipostomiais ausentes 71 Hastes hipostomiais longas e divergentes; superfície mesal da base mandibular com 1 ou mais processos hialinos; carenas hipocefálicas ausentes; peças bucais ventrais fortemente protraídas; cardos ausentes, indistintos ou membranosos; estipes mais largos que longos. Em flores, madeira apodrecida, corpos de frutificação de fungos (parte) PHALACRIDAE 71(70) Superfície mesal da base mandibular simples ou ligeiramente expandida .... 72 Superfície mesal da base mandibular com pincel de pêlos (penicilo); carenas hipocefálicas presentes. Em madeira apodrecida, solo, folhiço (parte) ELAIERIDAE 72(71). Sutura coronal ausente ou muito curta 73 Sutura coronal moderadamente longa 74 73(72). Sutura frontal ausente; cardo ausente, indistinto ou membranoso; palpos maxi- lares 3-segmentados. Em madeira apodrecida, no solo associado a raízes .... (parte) THROSCIDAE cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 36 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL Sutura frontal presente; cardo distinto e esclerotinizado; palpos maxilares 4-seg- mentados. Em madeira apodrecida, solo, folhiço .... (parte) ELATERIDAE 74(72) . Urogonfos articulados na base; cabeça com 6 estemas de cada lado; lígula pre- sente. Sob casca de árvore, em folhiço, excrementos, carniça (parte) STAPHYLINIDAE Urogonfos fixos, não articulados na base; cabeça com 2 estemas de cada lado; lígula ausente. Em folhiço, musgo (parte) PSELAPHIDAE 75(43) . Sutura coronal moderadamente longa; perna mesotorácica 5-segmentada, incluin- do tarsúngulo; mandíbulas estreitas e falciformes. Sob casca de árvore, folhiço, excrementos, carniça (Est. 20) (parte) STAPHYLINIDAE Sutura coronal muito curta ou ausente; perna mesotorácica 3- ou 4-segmentada; mandíbulas largas na base e estreitas no ápice 76 76(75). 8.® tergito abdominal com disco côncavo; sem urogonfos; superfície mesal da base mandibular com um processo fixo, hialino. Em ninhos de formigas, no solo, em madeira apodrecida (parte, Paussini) CARABIDAE 8. ° tergito abdominal sem disco côncavo; com um par de urogonfos fixos; superfície mesal da base mandibular simples. Ectoparasitas de pupas de be- souros (últimos instares) (Brachinini, parte) CARABIDAE 77(42). Mandíbulas com uma perfuração interna 78 Mandíbulas variáveis, mas sem perfuração interna 79 78(77). Superfície mesal da base mandibular simples ou ligeiramente expandida; sutura frontal ausente; cabeça protraída ou levemente retraída; 10.° segmento abdo- minal sem estruturas tubulares protraíveis. Em folhiço, sobre solo descoberto (Est. 67) PHENGODIDAE Superfície da base mandibular com um pincel de pêlos (penicilo); sutura frontal presente; cabeça fortemente retraída; 10.° segmento abdominal com 8 ou mais estruturas tubulares protraíveis. Em folhiço, sob pedras, sobre solo des- coberto, raramente aquática (Est. 68-71) LAMPYRIDAE 79(77) . Antena 1-segmentada; cardos não distintamente separados dos estipes, mas sepa- rados entre si pelo lábio; palpo maxilar 2-segmentado; palpo labial 1-segmen- tado; carenas hipocefálicas ausentes. No solo, associadas com ninfas de cigarras (ectoparasitas) (parte) RHIPICERIDAE Antena 3-segmentada; cardos distintamente separados dos estipes, mas contí- guos ou muito aproximados entre si, não separados pelo lábio; palpo ma- xilar 3-4-segmentado; palpo labial 2-segmentado; carenas hipocefálicas pre- sentes 80 80(79). Palpo maxilar 3-segmentado. Em troncos caídos, subcorticais (Est. 63) LISSOMIDAE Palpo maxilar 4-segmentado 81 81(80) . Protórax muito mais largo que meso- ou metatórax, com margem anterior proemi- nente, formando capucho que encobre a porção basal da cabeça. Em madeira apodrecida (Est. 79) (parte) LYMEXYLIDAE Pro-, meso- e metatórax aproximadamente da mesma largura, margem anterior do protórax não formando capucho sobre a porção basal da cabeça .... 185 82(30). 9.° tergito sem urogonfos 83 9. ° tergito com um par de urogonfos 86 cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 37 83(82) . Palpo labial 1 -segmentado; área de articulação maxilar ausente; cabeça com 4 ou menos estemas de cada lado; espiráculos do 8 .° segmento abdominal não situados na extremidade de tubos espiraculares 84 Palpo labial 2-segmentado; área de articulação maxilar presente; cabeça com 6 estemas de cada lado; espiráculos do 8 .° segmento abdominal situados na extremidade de tubos espiraculares. Sob casca de árvore, em madeira apodre- cida, em cones masculinos de Araucaria BIPHYLLIDAE 84(83) . Corpo oval, fortemente achatado e disciforme; cabeça com dois estemas de cada lado; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0. 50; espiráculos anulares; cardos indistintos ou ausentes. Em folhiço (parte) CORYLOPHIDAE Corpo não tão oval ou achatado; cabeça com 3 ou 4 estemas de cada lado; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,50; espiráculos anular-bíforos ou bíforos; cardos distintos mais ou menos alon- gados 85 85(84). Bases da sutura frontal distintamente separadas; prosteca larga com ápice angu- loso ou arredondado; hastes hipostomiais ausentes. Em flores (Meligethinae, parte) NITTDULIDAE Bases da sutura frontal contíguas; prosteca ausente; hastes hipostomiais pre- sentes. Sobre vegetação (alimentando-se de coccídeos) (Cybocephalinae) NITIDULIDAE 86(82) . Espiráculos abdominais anulares. Em superfícies vegetais afetadas por ferrugem (parte) PHALACRIDAE Espiráculos abdominais anular-bíforos. Em flores (Meligethinae, parte) NITIDULIDAE 87(29) . Antena 4 -segmentada; se tergitos torácicos e abdominais salientes lateralmente, então espiráculos do 8 .° segmento abdominal situados lateralmente .... 88 Antena 5 -segmentada ou com maior número de segmentos; tergitos torácicos e abdominais sem processos laterais. Aquáticos (parte) DYTISCIDAE 88(87). 8 .° tergito abdominal sem processo mediano 89 8 .° tergito abdominal com um processo mediano que apresenta espiráculos situa- dos no ápice; urogonfos articulados geralmente presentes 96 89(88). 9.0 tergito sem par de urogonfos 90 9.0 tergito com par de urogonfos 95 90(89) . Mandíbulas com um canal interno; superfície dorsal do corpo granulosa e/ou espiculada, ou segmentos abdominais com brânquias laterais. Aquáticas 91 Mandíbulas sem um canal interno, algumas vezes com um sulco aberto ou par- cialmente fechado; superfície do corpo não granulosa ou espiculada, algumas vezes com linhas ou grupos de espículos; segmentos abdominais sem brânquias laterais. Terrestres 92 91(90). Mandíbulas estreitas e falciformes; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,50; palpo maxilar 4-segmentado (palpífero -f 3 seg- mentos); palpo labial 3-segmentados (palpígero -f- 2 segmentos); superfície dorsal do corpo lisa; 10 .° segmento abdominal com 2 pares de ganchos; 1. °- 8 .° segmentos abdominais com um par de brânquias laterais e 9 .° segmento com 2 pares. Em lagoas, poças d’água e remansos de riachos (Est. 14) GYRINIDAE cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 38 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL Mandíbulas largas na base e estreitas no ápice; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,50; palpo maxilar 3-segmentado; palpo labial 2-segmentado; superfície dorsal do corpo granulosa ou espiculada; 10.° seg- mento abdominal sem 2 pares de ganchos; segmentos abdominais sem brân- quias laterais. Em lagoas (parte) HALIPLIDAE 92(90) . 8.® tergito abdominal formando um disco glandular côncavo, algumas vezes com processos ramificados. Sob casca de árvore, em barrancos (Est. 7) (parte, Paussini) CARABIDAE 8. ® tergito abdominal simples, não formando disco côncavo 93 93(92). Ápice da maxila sem lobos distintos; superfície maxilar e labial algumas vezes coberta por finas membranas franjadas; palpo labial 1-segmentado; tergitos abdominais l.®-7.® ou 8.® com 2 fileiras de espículos, que podem formar anéis incompletos. Em madeira apodrecida (Est. 5) RHYSODIDAE Ápice da maxila com 1 ou 2 lobos distintos; sem membranas franjadas; palpos labiais 2-segmentados 94 94(93) . Pernas mesotorácicas com 2 garras tarsais; 5.® tergito abdominal com protuberân- cia conspícua apresentando 2 ou 3 pares de ganchos. Em galerias no solo, em barrancos (Est. 6) (Cicindelinae) CARABIDAE Perna mesotorácica com 1 garra tarsal; 5.® tergito abdominal sem protuberância ou ganchos. Em ninhos de formigas (Pseudomorphini) CARABIDAE 95(89). 10.® segmento abdominal, visível dorsalmente; 9.® esternito abdominal exposto; suturas guiares fundidas; lígula quase sempre presente. Geralmente terrestres (Est. 8-11) (parte) CARABIDAE 9. ® e 10.® segmentos abdominais ausentes ou completamente encobertos dorsal- mente; suturas guiares separadas; lígula ausente. Em lagos e lagoas (parte) NOTERIDAE 96(88). Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,50; man- díbulas largas na base, estreitas no ápice, com margem incisiva serreada. No lodo junto a raízes de plantas aquáticas (Noterinae) NOTERIDAE Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,50; man- díbulas estreitas e falciformes, com margem incisiva simples. Em riachos ou lagoas (Est. 12el3) (parte) DYTISCIDAE 97(3). 9.® tergito abdominal sem par de urogonfos 98 9.® tergito abdominal com um par de urogonfos 169 98(97). Antenas 1-segmentadas 99 Antenas distintamente 2-segmentadas, às vezes 3-segmentadas, mas aparente- mente 2-segmentadas 105 Antenas distintamente 3-segmentadas 123 Antenas 4-segmentadas, segmento distai muito reduzido; pernas protorácicas fossoriais, maiores que as meso- e metatorácicas; pernas mesotorácicas 5-seg- mentadas, incluindo tarsúngulo; protergo com um grupo denso de espículos; tergitos abdominais l.®-5.® com ampolas. No solo, alimentando-se de raízes (Est. 128) (Anoplodermini, Prioninae) CERAMBYCIDAE 99(98) . Pernas mesotorácicas 3- ou 4-segmentadas. Corpo relativamente reto ou levemen- te curvado dorso-ventralmente; espiráculos abdominais anulares; palpo labial 2-segmentado; palpo maxilar 2- ou 3-segmentado; 9.® tergito geralmente com cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 39 um processo mediano. Em madeiras apodrecidas, ramos, corpos de frutificação de fungos (parte) MORDELLIDAE Pernas mesotorácicas 1-, 2- ou 5-segmentadas 100 100(99). Pernas mesotorácicas 1- ou 2-segmentadas 101 Pernas mesotorácicas 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo 102 101(100) . Hastes do labro ausentes; lábio dividido em pré-mento, mento e submento; cabeça sem estemas ou apenas 1 presente de cada lado. Em madeira morta, ramos, corpos de frutificação de fungos (parte) ANTHRIBIDAE Hastes do labro presentes; lábio dividido em pré-mento e pós-mento; cabeça sem estemas. Em madeira morta, sob casca de árvore (Est. 139) . . BRENTIDAE 102(100). Maxila com mala; 10.® segmento abdominal sem lobos ovais separados por sulco longitudinal; sutura frontal presente 103 Maxila com gálea e lacínia distintas; 10.® segmento abdominal com par de lobos ovais separados por sulco longitudinal; sutura frontal ausente 104 103(102) . Palpo maxilar 2-segmentado; corpo oblongo a oval; endocarena mediana ausente; ápice da mandíbula bidenteada; cabeça com 3 estemas de cada lado. Sobre plantas (parte) COCCINELLIDAE Palpo maxilar 3-segmentado; corpo alongado e com margens laterais aproxi- madamente paralelas; endocarena mediana prolongando-se adiante da sutura coronal; ápice da mandíbula com 3 ou mais dentes alinhados; cabeça com 2 ou menos estemas de cada lado. Em folhiço, solo ou sobre plantas (Galerucinae-Halticinae, parte) CHRYSOMELIDAE 104(102). Espiráculo torácico situado na extremidade anterior do protórax; tergitos abdo- minais sem faixas de espículos. Em excrementos, ninhos de diversos animais, produtos armazenados PTINIDAE Espiráculo torácico situado na extremidade posterior do protórax; tergitos abdo- minais geralmente com faixas de espículos. Em madeira morta, ramos, corpos de frutificação de fungos, produtos armazenados (parte) ANOBIIDAE 105(98). Corpo alongado e cilíndrico, fortemente esclerotinizado. Lígula formando uma placa quadrangular, esclerotinizada. 9.® segmento abdominal formando opér- culo articulado dorsalmente. Em madeira apodrecida (Est. 46) CALLIRHIPIDAE Corpo de formato variável, pouco esclerotinizado. Lígula ausente ou de outra forma. 9.® segmento abdominal não formando opérculo articulado dorsal- mente 106 106(105). Palpos labiais ausentes; cabeça fortemente retraída 107 Palpos labiais presentes 108 107(106) . Corpo fortemente curvado dorso- ventralmente, em forma de C; antenas distinta- mente 2-segmentadas; pernas verdadeiras presentes no protórax; este nunca muito alargado ou achatado. Em sementes ou vagens de várias plantas (Est. 131-132) (parte) BRUCHIDAE Corpo reto ou algumas vezes curvado lateralmente; antenas 3-segmentadas mas com 3.® segmento reduzido e embutido no 2.®; protórax muito alargado e acha- tado ou pernas verdadeiras ausentes. Sob casca de árvore ou em madeira .... (parte) BUPRESTIDAE cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 40 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 108(106). Palpo labial 1-segmentado (às vezes apenas uma diminuta papila) 109 Palpo labial 2-segmentado 112 109(108). Cabeça fortemente retraída 110 Cabeça protraída ou levemente retraída 111 110(109). Corpo oval, fortemente achatado e disciforme; antenas distintamente 3-segmenta- das; perna mesotorácica 4- ou 5-segmentada; espiráculos anulares; protórax não muito mais largo que abdômen. Nas axilas de folhas (Cephaloliini, Hispinae) CHRYSOMELIDAE Corpo não achatado e disciforme; antenas 3-segmentadas mas com 3.° segmento reduzido e embutido no 2 °; perna mesotorácica 1- ou 2-segmentada; espirá- culos cribriformes; protórax muito mais largo que o abdômen. Sob casca de árvore ou em madeira (parte) BUPRESTIDAE 111(109). 8.° segmento abdominal terminal, com margem posterior livre, geralmente com um processo longo bífido; 9.° e 10.° segmentos reduzidos, porém mais ou me- nos visíveis debaixo do 8.° segmento; espiráculos reduzidos no 8.° segmento; cabeça moderada a fortemente hipognata; cabeça com 5 ou 6 estemas de cada lado. Sobre superfícies foliares (Est. 136) (Cassidinae, parte) CHRYSOMELIDAE 8. ° segmento abdominal não terminal, sem processo bífido e com espiráculos fun- cionais; corpo achatado e fracamente esclerotinizado; cabeça prognata ou le- vemente hipognata; cabeça com 1 estema de cada lado. Minadores de folhas (Galerucinae-Halticinae, parte) CHRYSOMELIDAE 112(108). 9.° tergito sem processo mediano. Endocarena mediana em forma de Y, coinci- dente com suturas coronal e frontal. Em madeira morta (Osphyinae) MELANDRYIDAE 9. ° tergito com ou sem processo mediano. Endocarena mediana nunca em forma de Y, nunca coincidente com sutura frontal 113 113(112). Endocarena mediana ausente ou coincidente com sutura coronal 114 Endocarena mediana presente, prolongando-se adiante da sutura coronal . 119 114(113). Corpo relativamente reto ou levemente curvado dorso-ventralmente; 3.° tergito abdominal sem pregas transversais; 10.° segmento abdominal sem lobos ovais separados por sulco longitudinal 115 Corpo fortemente curvado dorso-ventralmente (em forma de C); 3.° tergito abdominal com 2 ou mais pregas transversais; 10.° segmento abdominal com um par de lobos ovais separados por sulco longitudinal. Em madeira morta, ramos, corpos de frutificação de fungos, produtos armazenados (Est. 78) . . (parte) ANOBIIDAE 115(114). 9.° tergito abdominal modificado, com processo mediano ou disco termi- nal 116 9.° tergito abdominal não modificado, sem processo mediano ou disco termi- nal 118 116(115). 9.° tergito abdominal com processo mediano 117 9.° tergito abdominal com disco terminal côncavo. Em corpos de frutificação de fungos, sob casca de árvore em madeira apodrecida (Ciinae, parte) CIIDAE 117(116). Perna mesotorácica 3- ou 4-segmentada (articulações às vezes indistintas); su- perfície mesal da base mandibular simples ou levemente expandida; carenas cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 41 hipocefálicas ausentes. Em madeira apodrecida, caules, corpos de frutificação de fungos (Est. 102) (parte) MORDELLIDAE Perna mesotorácica 5-segmentada, incluindo tarsúngulo; superfície mesal da base mandibular com processo fixo, rígido, hialino; carenas hipocefálicas presentes. Em corpos de frutificação de fungos, sob casca de árvore, em madeira apo- drecida (Ciinae, parte) CIIDAE 118(115) . Gula ausente; corpo alongado e mais ou menos cilíndrico, pouco esclerotinizado; cabeça moderada a fortemente hipognata; estemas ausentes. Em madeira apo- drecida, caules, corpos de frutificação de fungos (parte) MORDELLIDAE Gula presente, mais larga que longa; corpo oblongo ou oval e algo achatado; superfície dorsal dos segmentos abdominais geralmente com 2-6 protuberân- cias, que podem possuir processos setosos ou ramificados; cabeça prognata ou levemente hipognata; cabeça com 3 estemas de cada lado. Sobre plantas (Est. 94) (parte) COCCINELLIDAE 119(113). Perna mesotorácica com 4 ou menos segmentos 120 Perna mesotorácica 5-segmentada, incluindo tarsúngulo 121 120(119). Perna mesotorácica 1- ou 2-segmentada; cabeça distintamente mais longa que larga; forâmen occipital não dividido; sutura coronal não situada em sulco largo. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Lamiinae, parte) CERAMBYCIDAE Perna mesotorácica 3- ou 4-segmentada; cabeça transversal ou apenas ligeira- mente mais longa que larga; forâmen occipital dividido em 2 partes pela ponte tentorial; sutura coronal situada em sulco largo para inserção dos músculos retratores. Sob casca de árvore, em madtira viva ou morta .■ (Prioninae, parte) CERAMBYCIDAE 121(119). Palpo maxilar 2-segmentado; área da articulação maxilar ausente; relação entre comprimentos abdominal e torácico 1, 2-2,0; 8.° tergito abdominal com um par de processos, ou com processo único, bífido. Sobre folhas (Cassidinae, parte) CHRYSOMELIDAE Palpo maxilar 3-segmentado; área de articulação maxilar presente; relação entre comprimentos abdominal e torácico maior que 2,0; 8.° tergito abdominal sem processos . 122 122(121). Cabeça protraída ou levemente retraída; forâmen occipital não dividido; sutura coronal não situada em sulco largo; região guiar ausente (lábio contíguo à membrana torácica). Em folhiços, solo, sobre plantas (Galerucinae-Halticinae, parte) CHRYSOMELIDAE Cabeça fortemente retraída; forâmen occipital dividido em 2 partes pela ponte tentorial; sutura coronal situada em sulco largo para inserção dos músculos retratores; região guiar presente (separando lábio do tórax). Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Prioninae, parte) CERAMBYCIDAE 123(98) . Extremidade distai do abdômen sem opérculo articulado 124 Extremidade distai do abdômen com opérculo articulado 166 124(123). Endocarena mediana ausente ou coincidente com sutura coronal 125 Endocarena mediana em forma de Y, coincidente com sutura coronal e frontal 153 Endocarena mediana prolongando-se adiante da sutura coronal 154 Endocarena mediana situada entre os ramos da sutura frontal; sutura coronal ausente 165 cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 42 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 125(124). Maxila sem lobos apicais; corpo pouco esclerotinizado; cabeça com 1 estema de cada lado. Em células de cria de abelhas (parte) MELOIDAE Maxila com 1 ou 2 lobos apicais 126 126(125). Maxila com 1 lobo distinto, mala 127 Maxila com 2 lobos distintos, gálea e lacínia 145 127(126). Palpos labiais ausentes; corpo fortemente curvado dorso-ventralmente (em for- ma de C) e pouco esclerotinizado; cabeça fortemente esclerotinizada. Em se- mentes, frutos (vagens de diversas plantas) (parte) BRUCHIDAE Palpos labiais presentes, 1- ou 2-segmentados 128 128(127). Palpo labial 1-segmentado 129 Palpo labial 2-segmentado 130 129(128). Sutura coronal ausente ou muito curta; estipe mais longo que largo; região guiar presente (separando lábio do tórax); superfície mesal da base mandibular com processo fixo, rígido, hialino, às vezes parcialmente esclerotinizado; ápice da mandíbula com dente único; cabeça com 3 estemas de cada lado. Sobre plan- tas (parte) COCCINELLIDAE Sutura coronal moderadamente longa; estipe mais largo que longo; região guiar ausente (lábio contíguo à membrana torácica); superfície mesal da base man- dibular simples ou levemente expandida; ápice da mandíbula com 4 ou mais dentes alinhados; cabeça com 6 estemas de cada lado; corpo frequentemente coberto com lama. Sobre plantas (Criocerinae) CHRYSOMELIDAE 130(128). Corpo relativamente reto ou pouco curvado dorso-ventralmente 131 Corpo fortemente curvado dorso-ventralmente, em forma de C 144 131(130). Peças bucais não formam tubo aspirante; cabeça visível, não encoberta dorsal- mente pelo protórax 132 Peças bucais formam tubo aspirante; cabeça completamente encoberta dorsal- mente pelo protórax. Em folhiço, madeira apodrecida, fungos 132(131). 9.° tergito abdominal sem processo mediano ou disco terminal (o tergito inteiro pode formar espinho) 133 9.° tergito com processo mediano. Em madeira apodrecida, corpos de frutifica- ção de fungos (parte) MORDELLIDAE 133(132). Cabeça prognata ou ligeiramente hipognata 134 Cabeça moderada a fortemente hipognata 142 134(133). Estipe mais longo que largo 135 Estipe mais largo que longo 139 135(134). Sutura coronal ausente 136 Sutura coronal presente 137 136(135). Hastes hipostomiais ausentes; sutura frontal ausente; tarsúngulo asetoso; cabeça com 1 estema de cada lado; superfície dorsal dos segmentos abdominais sem fileira transversal de protuberâncias. Em células de cria de abelhas (Nemognathinae, parte) MELOIDAE CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 43 Hastes hipostomiais presentes; sutura frontal presente; tarsúngulo unisetoso; ca- beça com 3 estemas de cada lado; superfície dorsal dos segmentos abdominais com fileira transversal de 6 protuberâncias, que podem possuir processos ra- mificados ou setosos. Sobre plantas (parte) COCCINELLIDAE 137(135). Sutura fronto-clipeal ausente ou indicada vagamente; hastes hipostomiais ausen- tes; ápice da mandíbula não multidenteado; superfície dorsal dos segmentos abdominais sem fileira transversal de protuberâncias; ápice do 2.° segmento an- tenal oblíquo, sensório com origem mais proximal que 3 ° segmento (parte) STAPHYLINIDAE Sutura fronto-clipeal distinta; hastes hipostomiais presentes ou ápice da mandí- bula multidenteado; superfície dorsal dos segmentos abdominais com fileira transversal de protuberâncias; ápice do 2.° segmento antenal truncado, sensório e 3.® segmento originando-se no mesmo nível 138 138(137). Hastes hipostomiais presentes, geralmente longas e divergentes; corpo alongado e com margens laterais aproximadamente paralelas, pouco esclerotinizado, às vezes com par dorsal e ventral de protuberâncias (ampolas); ápice da mandí- bula bidenteado; cabeça sem estemas, ou 5 presentes de cada lado. Em ma- deira apodrecida, corpos de frutificação de fungos (Est. 101) (Melandryinae, parte) MELANDRYIDAE Hastes hipostomiais ausentes, corpo oblongo ou oval; superfície dorsal dos seg- mentos abdominais com fileira transversal de 6 protuberâncias, que possuem processos ramificados; ápice da mandíbula multidenteado; cabeça com 3 este- mas de cada lado. Sobre plantas (EpUachninae, parte) COCCINELLIDAE 139(134) . Região da sutura coronal sem sulco largo; gula presente 140 Região da sutura coronal com um sulco largo onde se inserem os músculos re- tratores superiores; gula ausente. Em troncos caídos, no interior de galerias (Est. 129) (Cerambycinae, parte) CERAMBYCIDAE 140(139). Gula muito mais longa que larga; ápice do 2.® segmento antenal truncado, sen- sório e 3 .° segmento originando-se no mesmo nível 141 Gula transversal ou apenas mais larga que longa; ápice do 2 ° segmento antenal oblíquo, sensório com origem mais proximal que 3.° segmento. Em folhiço, madeira apodrecida, carniça, excrementos, sob casca de árvore (parte) STAPHYLINIDAE 141(140). Sutura coronal presente; sem placas esclerotinizadas nos tergitos torácicos; 9.° tergito abdominal com um par de cerdas longas. No solo, sobre plantas, em posturas de Orthoptera, em células de cria de abelhas (triungulino) (Lyttinae, parte) MELOIDAE Sutura coronal ausente; uma placa esclerotinizada no protergo e um par de pla- cas no meso- e metatergo, respectivamente; 9.° tergito abdominal sem par de cerdas longas. Sob casca de árvore, em folhiço, madeira apodrecida (Phyllobaeninae, parte) CLERIDAE 142(133) . Gula ausente; mandíbula larga e robusta ou mais ou menos cuneiforme, com um único lobo ou dente no ápice; corpo alongado e cilíndrico, pouco esclerotini- zado. Em madeira apodrecida, caules, corpos de frutificação de fungos .... (parte) MORDELLIDAE Gula presente; mandíbula com 2 ou mais dentes no ápice; corpo oblongo ou oval e ligeiramente achatado 143 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 44 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 143(142). 144(130). 145(126). 146(145). 147(146). 148(147). 149(147). 150(149). Superfície mesal da base mandibular com lobo membranoso; cabeça com 4 este- mas de cada lado; cada segmento abdominal com 2 pares de processos late- rais, salientes. Sob casca de árvore, em corpos de frutificação de fungos .... (Endomychinae, parte) ENDOMYCHIDAE Superfície mesal da base mandibular simples, com penicilo ou com processo fixo, rígido, hialino; cabeça com 3 estemas de cada lado; cada segmento abdomi- nal com fileira transversal de 6 protuberâncias, que podem possuir processos setosos ou ramificados (Est. 93) (Epilachinae, parte) COCCINELLIDAE Sutura coronal ausente; perna mesotorácica 3- ou 4-segmentada. Em células de cria de abelhas (parte) MELOIDAE Sutura coronal moderadamente longa; perna mesotorácica 5-segmentada, incluin- do tarsúngulo. Em células de cria de abelhas (Est. 121) (parte) MELOIDAE Corpo oval, fortemente achatado e disciforme; região ventral do abdômen com tufos de brânquias nos segmentos 2-6. Sobre ou sob pedras, em riachos de águas rápidas (Est. 50) (Psepheninae) PSEPHENIDAE Corpo não tão oval e achatado; sem brânquias abdominais 146 Espiráculos abdominais anteriores ausentes ou não funcionais; espiráculos do 8.° segmento formando um par de espinhos salientes; corpo fortemente curvado dorso-ventralmente, em forma de C, pouco esclerotinizado; cabeça protraída ou levemente retraída. Em raízes e caules de plantas aquáticas (Donaciinae) CHRYSOMELIDAE Espiráculos abdominais presentes e funcionais, os do 8.° segmento não forman- do um par de espinhos 147 Todos espiráculos abdominais anulares ou anular-uníforos 148 Todos espiráculos abdominais anular-bíforos ou bíforos 149 Corpo fortemente curvado ventralmente (em forma de C); cabeça fortemente retraída; 3.° tergito abdominal com 2 ou mais pregas transversais; 10.° seg- mento abdominal com par de lobos ovais separados por sulco longitudinal; revestimento do corpo consistindo de cerdas simples. Em madeira morta . . . (parte) BOSTRICHIDAE Corpo relativamente reto ou apenas levemente ciu-vado; cabeça protraída ou um pouco retraída; 3.° tergito abdominal sem pregas transversais; 10.° segmento abdominal sem lobos ovais; revestimento do corpo incluindo cerdas especiali- zadas (cerdas espinuladas ou cerdas hastadas). Sobre grande número de pro- dutos animais e vegetais (Est. 74) (parte) DERMESTIDAE Sutura coronal muito curta ou ausente; estemas se presentes formando grupa- mento compacto de cada lado 150 Sutura coronal moderadamente longa; cabeça com 5-6 estemas de cada lado, bem separados e não formando grupamento compacto 152 Cabeça com 1 ou mais estemas 151 Cabeça sem estemas; mandíbulas bilobadas, com lobo ventral simples; penicilo presente; suturas guiares fundidas; 10.° segmento abdominal tubular e com apêndices apicais, palmados. No solo ou sob casca de troncos caídos, semi-apo- drecidos (Est. 62) (Cardiophorinae) ELATERIDAE CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 45 151(150). Cabeça com 1 estema de cada lado; mandíbula com ápice falciforme, base sim- ples e retináculo presente; suturas guiares separadas; 10.° segmento abdominal sem processos. Sob musgos, Uquens ou no solo (Est. 51) ARTEMATOPIDAE Cabeça com grupo compacto de 5-6 estemas de cada lado; superfície mesal da base mandibular com prosteca provida de pincel de pêlos no ápice; suturas guiares fundidas; 10.° segmento abdominal com 2 processos curtos, providos de cerdas espessas apicais. Em folhiço, detritos depositados às margens de cur- sos de água, no interior de bromélias, em madeira apodrecida (Est. 47) (Ptilodactylinae) PTILODACTYLIDAE 152(149) . Área de articulação maxilar ausente; cardos contíguos, não separados pelo lábio, tarsúngulo unisetoso; superfície mesal da base mandibular simples. Em folhi- ços, solo, detritos depositados às margens de cursos de água limnichidae Área de articulação maxilar presente; cardos separados pelo lábio; tarsúngulo bisetoso; superfície mesal da base mandibular com pincel de pêlos. Em mus- gos, hepáticas, solo, raízes BYRRHIDAE 153(124). 9.° tergito abdominal sem processo mediano; sutura coronal moderadamente longa; palpos labiais contíguos na base ou separados por distância menor que a largura do primeiro segmento do palpo; sensório cônico ou palpiforme, si- tuado sobre o segmento pré-apical. Em madeira apodrecida, corpos de frutifi- cação de fungos (Melandryinae, parte) MELANDRYIDAE 9.° tergito abdominal com processo mediano; sutura coronal ausente ou muito curta; palpos labiais separados por distância maior que a largura do primeiro segmento do palpo; sensório cupuliforme, situado sobre o segmento pré-apical. Em madeira morta (Osphyinae, parte) MELANDRYIDAE Perna mesotorácica com 4 ou menos segmentos 155 Perna mesotorácica 5-segmentada, incluindo tarsúngulo 161 Perna mesotorácica 1- ou 2-segmentada; cabeça fortemente retraída; corpo pou- co esclerotinizado 156 Perna mesotorácica 3- ou 4-segmentada I57 156(155) . Cardos, se presentes, separados pelo lábio; estipes mais longos que largos; forâ- men occipital dividido em 2 pela ponte do tentório; sutura coronal situada em sulco largo para inserção dos músculos retratores; cabeça transversal ou apenas mais longa que larga, alargada posteriormente. Sob casca de árvore, em ma- deira viva ou morta (Cerambycinae, parte) CERAMBYCIDAE Cardos completamente fundidos formando uma placa única; estipes mais largos que longos; forâmen occipital não dividido; sutura coronal não situada em sul- co largo; cabeça muito mais longa que larga, estreitada posteriormente. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Lamiinae, parte) CERAMBYCIDAE 157(155) . Cabeça protraída ou levemente retraída; região guiar ausente (lábio contíguo com membrana torácica) ; margem incisiva da mandíbula denteada ou serrada .... (Megalopodinae) CHRYSOMELIDAE Cabeça fortemente retraída; se região guiar ausente, margem incisiva da mandí- bula simples 158 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 46 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 158(157). Sutura coronal não situada em sulco largo; região guiar ausente (lábio contíguo com membrana torácica). Em madeira morta (Disteniinae) CERAMBYCIDAE Sutura coronal localizada em sulco largo para inserção dos músculos retratores; região guiar presente (separando lábio do tórax) 159 159(158). Ápice da mandíbula com margem oblíqua; margem anterior da fronte projetan- do-se sobre clípeo e formando crista denteada, ou mandíbula com área mesal estriada, e protergo com espículos 160 Ápice da mandíbula com margem truncada ou em forma de goiva; margem an- terior da fronte nunca projetando-se sobre clípeo e formando crista denteada; mandíbula sem área mesal estriada; protergo sem espículos. Sob casca de ár- vore, em madeira viva ou morta (Cerambycinae, parte) CERAMBYCIDAE 160(159). Mandíbula sem área mesal estriada; protergo sem grupo de espículos; margem anterior da fronte projetando-se sobre clípeo e geralmente formando crista denteada. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Prioninae, parte) CERAMBYCIDAE Mandíbula com área mesal estriada; protergo com grupo de espículos; margem anterior da fronte não projetando-se sobre clípeo. Em madeira apodrecida (Est. 127) (Parandrinae) CERAMBYCIDAE 161(154). Cabeça protraída ou levemente retraída; forâmen occipital não dividido em duas partes; sutura coronal não situada em sulco largo 162 Cabeça fortemente retraída; forâmen occipital dividido em 2 partes pela ponte do tentório; sutura coronal situada em sulco largo para inserção dos músculos retratores. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Prioninae, parte) CERAMBYCIDAE 162(161). Superfície mesal da base mandibular com lobo membranoso e pincel de pêlos; espiráculos anular-bíforos; corpo pouco esclerotinizado, exceto ápice do 9.° tergito abdominal, que possui um processo mediano espiniforme. Em corpos de frutificação de fungos (Dacninae) EROTYLIDAE Superfície mesal da base mandibular simples ou apenas com pincel de pêlos; es- piráculos anulares; corpo geralmente com placas dorsais e laterais pig- mentadas; 9.° tergito abdominal sem processo espiniforme esclerotinizado 163 163(162). Palpo labial 1-segmentado; superfícies dorsal e laterais do corpo pouco esclero- tinizadas, sem placas pigmentadas; esternitos abdominais geralmente com lobos salientes, setosos. No solo, associado à raízes (Eumolpinae) CHRYSOMELIDAE Palpo labial 2-segmentado; superfícies dorsal e laterais do corpo freqüentemente com placas pigmentadas; esternitos abdominais sem lobos salientes, setosos 164 164(163). Cabeça sem estemas, ou apenas 1 de cada lado. Em folhiço, no solo, ou sobre plantas (Est. 134) (Galerucinae-Halticinae, parte) CHRYSOMELIDAE Cabeça com 5 ou 6 estemas de cada lado. Sobre plantas (Est. 133) (Chrysomelinae) CHRYSOMELIDAE 165(124) Perna mesotorácica com 4 ou menos segmentos; espiráculos do 8.° segmento abdominal situados dorsalmente; palpo maxilar 1- ou 2-segmentado; corpo cm i íSciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 47 achatado e pouco esclerotinizado. Larvas minadoras (Est. 135) . . (Cephalodontini, Chalepini e Uroplalini) (Hispinae) CHRYSOMELIDAE Perna mesotorácica 5-segmentada, incluindo tarsúngulo; espiráculos do 8.° seg- mento abdominal situados lateralmente; palpo maxilar 3-segmentado. Sob cas- ca de árvore, em madeira morta, folhiço, fungos (parte) CLERIDAE 166(123). Tufos de brânquias anais ausentes; ganchos anais ausentes; corpo cilíndrico e liso ou espiráculos sinuosos 167 Tufos de brânquias anais presentes; 1 gancho anal de cada lado; corpo ligeira- mente achatado dorso-ventralmente e com superfície dorsal mais ou menos granulosa; espiráculos bíforos 168 167(166). Cardos, se presentes, separados pelo lábio; maxila com gálea e lacínia distintas; superfície dorsal do corpo geralmente lisa; apenas cerdas finas e setas presen- tes; espiráculos bíforos. Em folhiço, detritos depositados às margens de cursos de água, no solo DRYOPIDAE Cardos completamente fundidos formando placa única; maxila com mala; super- fície dorsal do corpo granulosa ou tuberculada; revestimento do corpo incluindo cerdas pubescentes; espiráculos sinuosos. Em folhiço, detritos depositados às margens de cursos de água, em bromélias, em panela de lixo de ninho de for- migas (Est. 48) (parte) CHELONARIIDAE 168(166). Abdômen com 4 pares de pleuritos; superfície mesal da base mandibular com pincel de pêlos curtos, algumas vezes pouco visível; estemas formando agru- pamento pouco compacto; cardo ausente (fundido ao estipe). Em água cor- rente LUTROCHIDAE Abdômen com 6 ou mais pares de pleuritos; superfície mesal da base mandibu- lar geralmente com um processo articulado, pubescente, além do pincel de pêlos; estemas formando agrupamento compacto; cardo distinto e esclerotini- zado. Sobre rochas, madeira e detritos submersos em riachos, às vezes em lagos e lagoas (Est. 49) ELMINTHIDAE 169(97). Endocarena mediana ausente ou coincidente com sutura coronal 170 Endocarena mediana prolongando-se adiante da sutura coronal 189 Endocarena mediana situada entre os ramos da sutura frontal; sutura coronal ausente 193 Endocarena mediana em forma de Y, coincidente com sutura coronal e frontal; ápice da mala falciforme; urogonfos articulados na base. Em folhiço, madeira apodrecida, carniça, excremento, sob casca de árvore 170(169). Extremidade abdominal sem opérculo articulado 171 Extremidade abdominal com opérculo articulado ventralmente; espiráculos ab- dominais com margens onduladas, situados na extremidade de processos late- rais curtos. Em folhiços, detritos às margens de curso de água 171(170). Superfície mesal da base mandibular simples ou levemente expandida .... 172 Superfície mesal da base mandibular com prosteca hialiana fixa, rígida, algumas vezes parcialmente esclerotinizada, simples ou lobada 181 Superfície mesal da base mandibular com 1 ou mais processos hialianos, algumas vezes unidos na base 184 Superfície mesal da base mandibular com lobo membranoso 187 2 3 4 5 6 7 8 9 SciELO ;l3 14 15 16 17 18 19 20 cm 13 14 15 16 17 18 19 20 21 48 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL Superfície mesal da base inandibular com pincel de pêlos (penicilo); tórax com placas esclerotinizadas, as vezes subdivididas. Em troncos caídos, sob a casca ou nas galerias de outras larvas. (Est. 80) ’ (parte, Trogossitinae) TROGOSSITIDAE 172(171). Ápice da mala ou gálea arredondado ou truncado 173 Ápice da mala ou gálea falciforme ou estiletiforme; urogonfos geralmente arti- culados na base 100 173(172). Ántenas 4-segmentadas; urogonfos articulados na base. Em folhiços, madeira apo- drecida, carniça, excrementos, sob casca de árvore (parte) STÁPHYLINIDÁE Ántenas com 3 ou menos segmentos I 74 174(173). Ántenas 1- ou 2-segmentadas; corpo alongado e subcilíndrico, pouco escleroti- nizado; cabeça moderada a fortemente hipognata 175 Ántenas 3-segmentadas 176 175(174) . Perna mesotorácica 3- ou 4-segmentada, os segmentos indistintamente separados; carenas hipocefálicas ausentes; sensório antenal mais curto ou apenas mais longo que o segmento distai da antena. Em madeira apodrecida, caules, cor- pos de frutificação de fungos (parte) MORDELLIDÁE Perna mesotorácica 5-segmentada, incluindo tarsúngulo; carenas hipocefálicas pre- sentes; sensório antenal muito mais longo que o segmento distai da antena. Em corpos de frutificação de fungos (Est. 100) (Ciinae, parte) ClIDÁE 176(174). Maxila com mala I 77 Maxila com gálea e lacínia distintas I 79 177(176). Ápice do 2 .° segmento antenal oblíquo, sensório com origem mais proximal que o 3.0 segmento; sutura fronto-clipeal ausente; hastes hipostomiais ausentes; 10.0 segmento abdominal distinto, geralmente visível dorsalmente; urogonfos frequentemente articulados na base; tergitos abdominais geralmente com placas distintas, que se destacam das placas esternais e nunca são espiculadas. Em folhiço, excrementos, sob casca de árvore (parte) STÁPHYLINIDÁE Ápice do 2.0 segmento antenal truncado, sensório e 3.o segmento antenal origi- nando-se no mesmo nível; sutura fronto-clipeal e hastes hipostomiais presen- tes; 10.® segmento abdominal reduzido, encoberto dorsalmente; urogonfos fi- xos na base; tergitos e esternitos abdominais sem placas distintas mas com ampolas 178 178(177). Cabeça moderada a fortemente hipognata; região guiar ausente (lábio contíguo com a membrana torácica); perna mesotorácica 3- ou 4-segmentada, segmen- tos sem separação nítida. Em madeira apodrecida, caules, corpos de frutifica- ção de fungos (parte) MORDELLIDÁE Cabeça prognata ou ligeiramente hipognata; região guiar presente (separando lábio do tórax); perna mesotorácica 5-segmentada, incluindo tarsúngulo; seg- mentos bem distintos. Em madeira apodrecida, corpos de frutificação de fun- gos (Melandryinae, parte) MELÁNDRYIDÁE 179(176). Sutura coronal ausente ou muito curta; mandíbulas largas na base, não falcifor- mes; labro não subdividido; segmentos abdominais sem placas ou processos espiniformes laterais; gálea sem tufo denso de pêlos, mas freqüentemente fim- briada (com franja de cerdas). Em folhiço, carniça, fungos (parte) LEIODIDÁE 180(172) CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 49 Sutura coronal moderadamente longa; mandíbulas estreitas e falciformes; labro subdividido em 3 ou mais escleritos; segmentos abdominais com placas ou processos espiniformes laterais; gálea com tufo denso de pêlos. Em carniça, matéria vegetal em decomposição (Est. 17) SILPHIDAE Sutura coronal ausente ou muito curta; maxila com gálea e lacínia distintas. Em folhiço, carniça, fungos (parte) LEIODIDAE Sutura coronal moderadamente longa; maxila com mala. Em folhiço, madeira apodrecida, carniça, excrementos, sob casca de árvore (Est. 18el9) (parte) STAPHYLINIDAE 181(171). Antena 2-segmentada 182 Antena 3-segmentada 183 182(181) Cabeça prognata ou levemente hipognata; sutura coronal ausente; palpos labiais separados na base por distância maior que a largura do primeiro segmento do palpo; carenas hipocefálicas ausentes; abdômen muito dilatado (fisogástrico). Geralmente em galerias de coleobrocas de madeira (endoparasitas) (parte) PASSANDRIDAE Cabeça moderada a fortemente hipognata; sutura coronal moderadamente longa; palpos labiais contíguos ou separados por distância menor que a largura do primeiro segmento do palpo; carenas hipocefálicas presentes; corpo subcilín- drico ou levemente achatado, sem abdômen dilatado. Em corpos de frutifica- ção de fungos (Ciinae, parte) CIIDAE 183(181) Tegumento dorsal granuloso, com tubérculos setíferos (escolos) e com placas pigmentadas; cabeça hipognata; segmentos abdominais sem glândulas pares dorsais. Em fungos sobre troncos caídos (Est. 87) (parte) EROTYLIDAE Tegumento dorsal sem grânulos ou tubérculos, mas com pilosidade fina e em geral densa, raramente com placas pigmentadas; cabeça prognata; segmentos abdominais com um ou mais pares de glândulas dorsais. Em folhiço, no solo, sob casca de árvore, em caules (Est. 82) MELYRIDAE 184(171) Sutura coronal ausente; hastes hipostomiais subparalelas, bastante longas e quase alcançando a margem posterior da cápsula cefálica; corpo leve ou fortemente deprimido. Urogonfos bifmcados. Sob casca de árvores, em madeira' apodreci- da e em folhiço SALPINGIDAE Sutura coronal moderadamente longa; hastes hipostomiais ausentes; corpo mais ou menos cilíndrico, com tórax dilatado; urogonfos não bifurcados. Em ma- deira apodrecida, sob casca de árvore (parte) COLYDIIDAE 185(81) . Tegumento pouco esclerotinizado, pigmentado apenas na cabeça e ocasionalmen- te no pronoto; labro fundido à fronte, mas sem formar nasal; cada mandíbula com 2 cerdas longas, distais, bífidas no ápice; prosteca grande, membranosa. Associadas a bolores (Est. 97) (parte) LATHRIDIIDAE Tegumento bem esclerotinizado e pigmentado; labro fundido à fronte formando nasal; mandíbula sem cerdas longas, distais e bífidas; prosteca ausente .... 186 186(185) Cabeça moderada a fortemente hipognata, globosa; margens externas das mandí- bulas formando uma carena aguda, levemente elevada; região cervical do pros- terno saliente anteriormente e englobando membrana eversível. No solo .... CEBRIONIDAE cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 50 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL Cabeça prognata ou levemente hipognata, mais ou menos achatada; margens ex- ternas das mandíbulas não careniformes; região cervical do prosterno não mui- to saliente e com membrana parcialmente eversível. Em madeira apodrecida, solo, folhiço (Est. 52-61) (parte) ELATERIDAE 187(171). Urogonfos articulados na base; 10.° segmento abdominal distinto e visível dor- salmente; espiráculos anulares; mandíbulas achatadas e mais ou menos trian- gulares ou largas na base e estreitas no ápice, não cuneiformes; ápice do 2.° segmento antenal oblíquo, sensório com origem mais proximal que 3.° seg- mento antenal. Em folhiço, madeira apodrecida, fungos (parte) LEIODIDAE Urogonfos fixos na base; 10.° segmento abdominal encoberto, não visível dorsal- mente; espiráculos anular-bíforos ou superfície dorsal granulosa ou espinhosa; mandíbulas largas e cuneiformes, não achatadas; ápice do 2.° segmento antenal truncado, sensório e 3.° segmento originando-se no mesmo nível 188 188(187). Cabeça moderada a fortemente hipognata; ápice da mala geralmente fendido; ápice mandibular geralmente tridenteado; se espiráculos anular-bíforos, então palpos labiais separados na base por distância maior que a largura do l.° seg- mento do palpo. Em ou sobre corpos de frutificação de fungos (Est. 86, 88- 89) (parte) EROTYLIDAE Cabeça prognata ou ligeiramente hipognata; ápice da mala não fendido; ápice mandibular bidenteado; espiráculos anular-bíforos; palpos labiais separados na base por distância menor que a largura do l.° segmento do palpo. Em corpos de frutificação de fungos, em madeira apodrecida (Eustrophinae, parte) MELANDRYIDAE 189(169) . Pernas mais ou menos reduzidas, com 4 ou menos segmentos; cabeça fortemente retraída 190 Pernas não reduzidas, 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo; cabeça protraída ou ligeiramente retraída 191 190(189). Cabeça distintamente mais longa que larga, estreitada posteriormente; sutura co- ronal não situada num sulco largo; cardos completamente fundidos cóm o lá- bio. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Lamiinae, parte) CERAMBYCIDAE Cabeça transversal ou apenas mais longa que larga, não estreitada posteriormen- te; sutura coronal situada em sulco largo para inserção dos músculos retrata- res; cardos separados na base pelo lábio. Sob casca de árvore, em madeira viva ou morta (Cerambycinae, parte) CERAMBYCIDAE 191(189). Cabeça prognata ou levemente hipognata; peças bucais ventrais protraídas ou apenas ligeiramente retraídas; gula mais longa que larga; ápice mandibular com lobo ou dente único; superfície do corpo lisa, apenas com cerdas ou pêlos simples. Sob casca de árvore, em folhiço, madeira apodrecida (Est. 81) (parte) CLERIDAE Cabeça moderada a fortemente hipognata; peças bucais ventrais retraídas; gula mais larga que longa; ápice mandibular trilobado ou tridenteado; superfície do corpo granulosa ou tuberculada ou apresentando cerdas modificadas .... 192 192(191) . Maxila com mala; às vezes fendida no ápice ou com 1 ou mais dentes no ângulo apical interno; palpo maxilar 3-segmentado, sem palpífero; 10.° segmento ab- dominal encoberto dorsalmente; superfície do corpo geralmente granulosa ou tuberculada, apenas com cerdas ou pêlos simples. Em corpos de frutificação de fungos (parte) EROTYLIDAE cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 51 Maxila com gálea e lacínia espiniforme; palpo maxilar 3-segmentado, com palpí- fero; 10.° segmento abdominal distinto e visível dorsalmente; superfície do corpo lisa, revestida por cerdas bastadas, espiniformes ou clavadas. Sobre pro- dutos de origem animal ou vegetal, incluindo carniça (Est. 75) (Dermestinae) DERMESTIDAE 193(169) . Estipe mais longo que largo; peças bucais ventrais retraídas 194 Estipe mais largo que longo; peças bucais ventrais fortemente protraídas . . 196 194(193) . 9.° tergito sem placa dividida ou processo mfediano entre urogonfos 195 9.0 tergito com placa dividida transversalmente e processo mediano entre urogon- fos. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida, corpos de frutificação de fungos, produtos armazenados (Lophocaterinac) TROGOSSITIDAE 195(194) Superfície mesal da base mandibular com área membranosa, pubescente; 2 pares de hastes hipostomiais presentes, um subparalelo e o outro divergente; tergitos torácicos e 1.° ao 9.° abdominais com uma placa pigmentada, indivisa. Em corpos de frutificação de fungos (Eustrophinae, parte) MELANDRYIDAE Superfície mesal da base mandibular com mola reduzida, microtuberculada; ape- nas 1 par de hastes hipostomiais divergentes; 2.°-6.° segmentos abdominais com 2 grupos de espículos dorsais dispostos em anel. Sob casca de troncos caídos (Est. 104) MONOMMIDAE 196(193) 9.0 esternito abdominal completamente encoberto pelo 8.° esternito; hastes hipos- tomiais longas e divergentes; ápice mandibular tridenteado; superfície mesal da base mandibular com 1 ou mais processos hialinos; espiráculos abdominais do 8.0 segmento situados na extremidade posterior do segmento e voltados para trás. Em inflorescências tipo capítulo, madeira apodrecida, corpos de frutifica- ção de fungos (parte) PHALACRIDAE 9.0 esternito abdominal parcial ou inteiramente exposto; hastes hipostomiais, se presentes, curtas ou subparalelas; ápice mandibular com menos de 3 dentes ou lobos; espiráculos abdominais do 8.° segmento situados lateralmente. Sob casca de árvore, em madeira morta, folhiço, fungos (parte) CLERIDAE 197(3). 9-® tergito abdominal sem urogonfos 198 9.0 tergito abdominal com urogonfos 239 198(197). Antenas 1-segmentadas 199 Antenas 2-segmentadas 200 Antenas 3-segmentadas (antenas diminutas podem aparentar 2-segmentadas) 206 Antenas com 4 ou mais segmentos 235 199(198). Tergitos abdominais sem grupos de espículos; sutura frontal presente; 10.° seg- mento abdominal sem lobos ovais separados por sulco longitudinal. Em corpos de frutificação de fungos, madeira morta, caules (Est. 138) (parte) ANTHRIBIDAE Tergitos abdominais com grupos de espículos em 1 ou mais segmentos; sutura frontal ausente; 10.° segmento abdominal com par de lobos ovais separados por sulco longitudinal. Em corpos de frutificação de fungos, madeira apodre- cida, caules (parte) ANOBIIDAE 200(198) . Brânquias espiraculares ausentes; comprimento do corpo geralmente maior que 2 mm. Ambientes terrestfes 201 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 52 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL Brânquias espiraculares presentes: 1 par no protórax; 1 par no l.° segmento ab- dominal, consistindo de tubos espiraculares com tufo de 8 filamentos longos; 1 par no 8.° segmento abdominal consistindo de tufos espiraculares longos, dirigidos para trás; comprimento do corpo menor que 3 mm. Sobre rochas co- bertas por algas, em ambientes higropétricos e riachos (Est. 2) iScaphydra) HYDROSCAPHIDAE 201(200). Corpo oval, fortemente achatado dorso-ventralmente, disciforme; cabeça enco- berta dorsalmente pelo protórax; palpo maxilar 2-segmentado. Sob casca de árvore, em corpos de frutificação de fungos, em folhiço (Est. 92) DISCOLOMIDAE Corpo mais ou menos alongado; cabeça visível, não encoberta dorsalmente pelo protórax 202 202(201). Perna metatorácica reduzida e 1-segmentada; espiráculos cribriformes. Em ma- deira apodrecida (Est. 29 e 30) PASSALIDAE Perna metatorácica não reduzida; espiráculos não cribriformes 203 203(202). Cabeça fortemente hipognata, globosa; protórax alargado e dilatado dorsalmente, formando estrutura semelhante a um capucho sobre a cabeça; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; corpo alongado e cilíndrico. Escavando galerias em madeira (parte) LYMEXYLIDAE Cabeça prognata ou hipognata; protórax não dilatado, sem formar capucho; rela- ção entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,15 204 204(203) Sutura fronto-clipeal presente; hastes hipostomiais ausentes. Em madeira apodre- cida, corpos de frutificação de fungos, folhiço (Est. 120) (Lagriinae, parte) TENEBRIONIDAE Sutura fronto-clipeal ausente; hastes hipostomiais longas e divergentes 205 205(204) . Ramos da sutura frontal separados na base; ápice da mala arredondado ou trun- cado; 1.0 e 8.0 tergitos abdominais com um par de aberturas glandulares grandes; corpo mais ou menos oblongo, fusiforme, apresentando cerdas clava- das ou expandidas. Em folhiço, sobre fungos ou bolores (parte) CORYLOPHIDAE Ramos da sutiura frontal contíguos na base; mala falciforme; tergitos abdominais sem aberturas glandulares; corpo alongado, margens laterais subparalelas, com cerdas simples. Sob casca de árvore, em folhiço, em produtos armazenados (parte) SILVANIDAE 206(198). Prosteca ausente 207 Prosteca consistindo em processo fixo, rígido, hialino, às vezes parcialmente esclerotinizado e às vezes aparentemente articulado, sem pêlos 226 Prosteca consistindo em lobo membranoso simples 231 Prosteca consistindo em lobo membranoso ou parcialmente esclerotinizado, fran- jado com pêlos simples ou complexos 234 Prosteca consistindo em pincel de pêlos simples ou complexos; corpo de secção transversal circular; carenas hipocefálicas presentes; espiráculos do 8.° seg- mento abdominal situados na extremidade de tubos espiraculares; mandíbula com processo acessório ventral; superfície molar com canelmas finas. Sob casca de árvore ou em madeira apodrecida (parte) BIPHYLLIDAE 207(206) . 9.° tergito abdominal arredondado, sem projeções, concavidades, ou com ápice bilobado ' 208 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 53 9 ° tergito abdominal com processo mediano 221 9.0 tergito abdominal com disco terminal, côncavo 225 9.0 tergito abdominal arredondado, convexo, com dois pequenos dentes distais e vários tubérculos dorsais; sutura fronto-clipeal ausente. Em madeira apodre- cida (Est. 103) (parte) COLYDIIDAE 9.0 tergito abdominal acuminado; antenas alongadas com comprimento aproxi- madamente igual ao da cápsula cefálica; corpo fortemente deprimido. Sob casca de árvores semi-apodrecidas (Est. 110) (Diaperinae, parte) TENEBRIONIDAE Maxila com mala 209 Maxila com gálea e lacínia distintas 216 Cabeça moderada a fortemente hipognata 210 Cabeça prognata ou levemente hipognata 211 Cabeça globosa; protórax alargado e dilatado dorsalmente, giboso; corpo muito alongado; abdômen com mais de 5 vezes o comprimento torácico; grupos de espículos presentes nas áreas laterais dos tergitos torácicos e no ápice do 9.° tergito abdominal, que é obtuso e arredondado. Escavando galerias em madeira (parte) LYMEXYLIDAE Cabeça transversal; protórax sem gibosidade; corpo oblongo, abdômen aproxi- madamente com o mesmo comprimento que o tórax; sem espículos nas áreas laterais dos tergitos torácicos e no ápice do 9.° tergito abdominal. Sobre casca de árvores com fungos (Est. 119) .... (Nilioninae) TENEBRIONIDAE 211(209) Peças bucais ventrais fortemente protraídas; suturas guiares longas, subparalelas, com carenas internas fortemente esclerotinizadas; l.° e 8.°, 2 ° e 8.° ou l.°- -7.° tergitos abdominais quase sempre com um par de aberturas glandulares; cerdas modificadas sempre presentes (espinuladas, farpadas, polígono-estrela- das, clavadas). Em folhiço, em fungos e bolores (Est. 91) (parte) CORYLOPHIDAE Peças bucais ventrais retraídas; suturas guiares mais curtas, sem carenas internas evidentes; glândulas dorsais ausentes ou inconspícuas; cerdas modificadas quase sempre ausentes, em geral apenas as simples presentes 212 212(211). Sutura fronto-clipeal presente ou cabeça assimétrica, com sutura coronal longa e endocarena em forma de Y, e molas mandibulares fortemente assimétricas com caneluras transversais; comprimento em geral maior que 10 mm .... 213 Sutura fronto-clipeal ausente; cabeça simétrica, sem ou com sutura coronal, sutura frontal com ramos curtos; molas mandibulares ocasionalmente assimétricas mas sem caneluras transversais; comprimento em geral menor que 10 mm .... 214 213(212) Cabeça assimétrica; endocarena em forma de Y, coincidente com suturas coronal e frontal, e situada sob as duas últimas; região da hipofaringe com pré-hipo- faringe colunar, situada adiante do escleroma; par de falsas pernas ventrais (ampolas com espículos) geralmente presentes nos esternitos abdominais 2 .°- 3 .° ou 2.®-4.°; mola mandibular com caneluras transversais. Em madeira apodrecida (Est. 122) (parte) OEDEMERIDAE Cabeça simétrica; sutura epicranial sem endocarena em forma de Y; hipofaringe sem pré-hipofaringe; mola mandibular geralmente sem caneluras transversais. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida, solo, folhiço (Est. 118) (AUeculinae, parte) TENEBRIONIDAE cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 54 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 214(212) . Palpo labial 1-segmentado; espiráculos anular-bíforos; mola reduzida, com poucos tubérculos, que não se estendem sobre a superfície ventral; tarsúngulo unise- toso. Em flores (Cateretinae) NITIDULIDAE Palpo labial 2-segmentado; espiráculos anulares; mola reduzida ou não; tarsún- gulo uni- ou bise toso 215 215(214). Cabeça com 1 es tema de cada lado, cada estema com uma lente bem desenvol- vida; 2.° segmento antenal com mais de 2,5 vezes o comprimento do l.°; sensório setiforme, mais longo que o 3.° segmento antenal; mola basal, redu- zida; superfície dorsal dos segmentos abdominais com 2 ou 4 protuberâncias, com cerdas longas e simples; tíbias não dilatadas, sem cerdas espatuladas. Sob casca de troncos caídos, associadas a fungos (Est. 96) (parte) ENDOMYCHIDAE Cabeça com 0-3 estemas de cada lado; 2P segmento antenal com menos de 2,5 vezes o comprimento do l.°; sensório cônico, freqüentemente mais longo que o 3.0 segmento antenal; mola pré-basal, reduzida, simples ou com poucos espículos; superfície dorsal dos segmentos abdominais geralmente com 6 pro- tuberâncias alinhadas transversalmente; protuberâncias com processos setosos ou ramificados; tíbias dilatadas, com grupo de cerdas espatuladas no ápice. Sobre plantas (parte) COCCINELLIDAE 216(208). Cabeça com 5 estemas de cada lado; estemas grandes, cada um com lente bem desenvolvida; palpo maxilar 3-segmentado; cabeça prognata ou levemente hipognata; relação entre o comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; corpo relativamente reto ou ligeiramente curvado dorso-ventralmente; dorso fortemente pigmentado; carenas hipocefálicas presentes; lábio quase que completamente conato com maxilas. Margens arenosas ou lodosas de riachos (parte) HETEROCERIDAE Cabeça sem estemas, ou com 1 estema reduzido de cada lado; palpo maxilar 4-segmentado; cabeça moderada a fortemente hipognata; relação entre com- primento antenal e largura da cabeça maior que 0,15; corpo fortemente curva- do dorso-ventralmente, em forma de C, fracamente pigmentado; carenas hipo- cefálicas ausentes; lábio completamente livre ou conato com as maxilas apenas na base 217 217(216). Órgãos estridulatórios formados pelas pernas pro- e mesotorácicas. No solo, em excrementos (Est. 32) (parte) HYBOSORIDAE Órgãos estridulatórios ausentes ou se presentes mais desenvolvidos nas pernas meso- e metatorácicas 218 218(217). 3.° tergito abdominal com 2 ou 3 pregas transversais distintas 219 3.° tergito abdominal sem pregas transversais distintas; pernas meso- e metatorá- cicas sempre formando órgãos estridulatórios (espículos no meso- e metatro- cânter); cabeça não muito mais escma que o corpo; espiráculos sempre cribri- formes; tergitos abdominais geralmente com grupos de espículos; abertura anal longitudinal, entre 2 lobos carnosos, ou em forma de Y. Em madeira apodre- cida (Est. 28) (parte) LUCANIDAE 219(218). Antenas 3-segmentadas; fenda anal em forma de Y ou V; labro bi- ou trilobado 220 Antenas 4-segmentadas; fenda anal transversal; labro multidenteado, com cerca de 10 lobos ou dentes. Em madeira em decomposição (Est. 33) (Cryptogenius) (parte) HYBOSORIDAE cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 55 220(219) . 221(207). 222 ( 221 ). 223(222) . 224(223) . 225(207). 3.° tergito abdominal com 3 pregas transversais distintas, cada uma com 1 ou mais fileiras de cerdas curtas e rijas; pernas meso- e metatorácicas sem órgãos estridulatórios; cabeça muito mais escura que o corpo (excetuando-se o escudo protorácico). Em carcaças (Est. 31) TROGIDAE 3.° tergito abdominal com 2 pregas transversais, sem fileiras ou grupos de cerdas rijas ou espículos; cabeça e corpo pouco pigmentados; pernas frequentemente com menos de 5 segmentos; pernas metatorácicas às vezes muito reduzidas; pernas meso- e metatorácicas geralmente formando órgãos estridulatórios. Em galerias no solo GEOTRUPIDAE Perna mesotorácica com 5 ou menos segmentos, incluindo tarsúngulo; palpo labial 2-segmentado; lígula sem escleroraa cuneiforme; maxila com mala 222 Perna mesotorácica 6-segmentada, incluindo par de garras; palpo labial 1-seg- mentado; lígula com escleroma cuneiforme; maxila com gálea e lacínia distin- tas; comprimento do corpo menor que 2 mm. Em madeira apodrecida (Est. 1) (larva carabóide) MICROMALTHIDAE Tergitos abdominais sem fileiras de espículos; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça 0,15-0,50; cabeça prognata ou levemente hipognata; carenas hipocefálicas ausentes; tergitos torácicos sem grupos de espí- culos 223 Tergitos abdominais com fileiras de espículos em 1 ou mais segmentos; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; cabeça mo- derada a fortemente hipognata; carenas hipocefálicas presentes; protergo com um ou mais grupos de espículos. Escavando galerias em madeira (parte) LYMEXYLIDAE Sutura frontal liriforme; margem posterior da cápsula cefálica distintamente emar- ginada dorsalmente; processo do 9.° tergito abdominal fracamente pigmentado, arredondado e decíduo ou hastes hipostomiais presentes, sutura fronto-clipeal ausente e espiráculos anular-bíforos 224 Sutura frontal em forma de U ou V; margem posterior da cápsula cefálica não ou apenas levemente emarginada dorsalmente; processo do 9.o tergito abdo- minal não arredondado ou decíduo; hastes hipostomiais ausentes; sutura fronto-clipeal distinta; espiráculos anulares ou elípticos (parte) TENEBRIONIDAE Par de endocarenas ausente; sutura fronto-clipeal distinta; ápice da mala fendido; hastes hipostomiais ausentes; espiráculos abdominais anulares; processo me- diano do 9.° tergito abdominal fracamente esclerotinizado, com ápice arredon- dado, pubescente e decíduo. Em folhiço (Scraptiinae) SCRAPTIIDAE Par de endocarenas presente; sutura fronto-clipeal ausente ou indicada vagamente; ápice da mala simples; hastes hipostomiais presentes; espiráculos abdominais anular-bíforos; processo mediano do 9P tergito abdominal esclerotinizado e mais ou menos agudo. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida (parte) COLYDIIDAE Cabeça prognata ou levemente hipognata; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça 0,15-0,50; mandíbula assimétrica; tergitos torácicos sem grupos de espículos, ápice da mala simples. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida, corpos de frutificação de fungos (Est. 108) (parte) TENEBRIONIDAE 56 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL Cabeça moderada a fortemente hipognata; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; mandíbulas assimétricas; protergo com um ou mais grupos de espículos; ápice da mala fendido. Escavando galerias na madeira (parte) LYMEXYLIDAE 226(206). 9 ° tergito abdominal formando placa articulada com processo mediano bífido; 9.° esternito abdominal quase completamente encoberto pelo 8.° esternito; corpo alongado e fortemente achatado; margens laterais aproximadamente pa- ralelas. Sob casca de árvore (Cucujinae, parte) CUCUJIDAE 9.° tergito abdominal não formando placa articulada e processo bífido 227 227(226). Maxila com gálea e lacínia distintas 228 Maxila com mala 229 228(227). Maxila com gálea articulada e lacínia fixa; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; corpo revestido por cerdas escuras, rijas. Margens arenosas ou lodosas de riachos (parte) HETEROCERIDAE Maxila com gálea e lacínia fixas; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,50; corpo revestido por cerdas simples. Em bolores .... (Lathridiinae) LATHRIDIIDAE 229(227) . 10.0 segmento abdominal com par de ganchos; corpo diminuto (comprimento menor que 1,2 mm), alongado e cilíndrico; cabeça moderada a fortemente hipognata; estemas ausentes. Em fungos (Nanoseliinae) PTILIIDAE 10.0 segmento abdominal sem ganchos; outra combinação de caracteres .... 230 230(229) . Corpo discoidal, fortemente convexo; cabeça com 4 estemas de cada lado; pros- teca transversal, com ápice agudo; mala alongada, com ápice arredondado. Em fungos que se desenvolvem em troncos caídos. (Est. 95) (parte) ENDOMYCHIDAE Corpo alongado, levemente deprimido; cabeça com 6 estemas de cada lado; prosteca alongada e estreita, com ápice agudo ou bífido, às vezes com margem interna serreada; mala falciforme, com esporão apical. Sob casca de árvore, em folhiço, produtos armazenados SILVANIDAE 231(206). Corpo relativamente reto ou apenas levemente curvado dorso-ventralmente; ma- xila com mala; 10.° segmento abdominal sem lobos separados por sulco lon- gitudinal 232 Corpo fortemente curvado dorso-ventralmente, em forma de C; maxila com gálea e lacínia distintas; 10.° segmento abdominal com lobos separados por sulco longitudinal 233 232(231). Mandíbulas com 2 cerdas longas distais; mola bem desenvolvida e tuberculada; 9.° segmento abdominal cilíndrico. Sobre folhas, em folhiço, bolores, produtos armazenados (parte) LATHRIDIIDAE Mandíbulas sem cerdas longas distais; mola arredondada, sem tubérculos; 9.° seg- mento formando disco arredondado. Sobre fungos (Est. 90) (parte) CORYLOPHIDAE 233(231 ) . Espiráculos do 8.° segmento abdominal muito maiores que os dos segmentos l.°-7.° (Est. 77) (Lyctinae, parte) BOSTRICHIDAE Espiráculos do 8.° segmento abdominal subiguais aos dos segmentos l.°-7.° (Est. 76) (Dinoderinae, Dysidinae, Lyctinae) BOSTRICHIDAE cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL .57 234(206) . 235(198). 236(235) . 237(236) . 238(237). 8.® tergito abdominal transversal, não estreitando-se bruscamente para a extre- midade posterior; ramos da sutura frontal contíguos na base; cabeça moderada a fortemente hipognata; sutura fronto-clipeal ausente ou indicada vagamente; hastes hipostomiais presentes; cabeça com 4 ou menos estemas de cada lado; 9.® tergito abdominal dorsal e estendendo-se para a face ventral. Sob ou sobre casca de árvore, em corpos de frutificação de fungos (parte) ENDOMYCHIDAE 8. ® tergito abdominal cônico, alongado, estreitando-se bruscamente para a extre- midade posterior; ramos da sutura frontal distintamente separados na base; cabeça prognata ou levemente hipognata; sutura fronto-clipeal distinta; hastes hipostomiais ausentes; cabeça com 5 estemas de cada lado; 9.® tergito abdo- minal reduzido, bilobado e com 8.® par de espiráculos abdominais. Sobre troncos, em exsudações viscosas de seiva em fermentação (Est. 73) NOSODENDRIDAE 9. ® tergito abdominal sem processo mediano; perna mesotorácica com 5 ou menos segmentos, incluindo-se tarsúngulo; palpo maxilar 4-segmentado (o último oca- sionalmente vestlgial); prosterno sem espículos; margem posterior da cápsula cefálica não ou apenas levemente emarginada dorsalmente; endocarena me- diana, se presente, não se estendendo até a sutura fronto-clipeal; lígula não esclerotinizada 236 9.® tergito abdominal com processo mediano; perna mesotorácica com 6 seg- mentos, incluindo-se uma ou duas garras; palpo maxilar 3-segmentado; pros- terno com 2 grupos de espículos; margem posterior da cápsula cefálica distintamente emarginada no dorso; endocarena mediana extendendo-se até a sutura fronto-clipeal; lígula formando escleroma cuneiforme; antena 4- ou 5-segmentada. Em madeira apodrecida (parte) CUPEDIDAE Antena muito comprida, com 6 ou mais segmentos, em geral multiarticulada; corpo relativamente reto ou pouco curvado dorso-ventralmente; 8.® ou 9.® segmentos abdominais distintos; extremidade abdominal com câmara respira- tória (bolsa formada pelo 8.® e 9.® tergitos e encerrando o 8.® par de espirá- culos abdominais, maior que os demais); prosteca complexa, com processo esclerotinizado pectiniforme e pincel de pêlos. Em lagos, lagoas, bromélias, poças formadas em buracos de árvore, madeira apodrecida úmida (Est. 27) SCIRTIDAE Antena mais curta, com 4 ou 5 segmentos; corpo forteníente curvado dorso-ven- tralmente, em forma de C; 10.® segmento abdominal distinto; extremidade abdominal sem câmara respiratória, prosteca ausente 237 Margem anterior do labro multidenteada ou fortemente serreada; haptomerum com tubérculo proeminente situado no lado direito da epifaringe. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida, em cupinzeiro (Est. 34) CERATOCANTHIDAE Margem anterior do labro arredondada, truncada ou fracamente trilobada; hapto- merum da epifaringe variável, de posição aproximadamente mediana .... 238 Órgãos estridulatórios, grupos ou fileiras de espículos, presentes nas pernas meso- e metatorácicas; 3.® tergito abdominal sem pregas transversais distintas (às vezes vagamente dividido em 2 partes); tergitos abdominais anteriores com grupos de espículos ou cerdas curtas e espessas; gálea e lacínia distintas; tormae unidos na região mesal; fenda anal mais ou menos vertical, ladeada por 2 ou 3 lobos carnosos. Em madeira apodrecida (parte) LUCANIDAE 58 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL Órgãos estridulatórios ausentes nas pernas meso- e metatorácicas; 3.® tergito abdominal com 3 pregas transversais distintas; se os tergitos abdominais ante- riores com grupos de espículos, então gálea e lacínia fundidas formando mala e tormae não unidos na região mesal; fenda anal transversal ou em forma de Y. No solo, raízes, excrementos, madeira apodrecida, ninhos de animais SCARABAEIDAE 274 239(197). 9.® esternito abdominal simples ou ausente 240 9.® esternito abdominal com 1 espículo basal de cada lado. Em corpos de frutifi- cação de fungos (Hallomeninae) MELANDRYIDAE 9.® esternito abdominal com 2 a 6 espículos basais de cada lado. Sob casca de árvore (Est. 126) (parte) INOPEPLIDAE 9.® esternito abdominal com mais de 6 espículos basais de cada lado, ali- nhados 272 9.® esternito abdominal em forma de U, com espículos ou dentes ápico-laterais; corpo fortemente achatado dorso-ventralmente; 9.® tergito formando placa articulada 273 240(239) . Brânquias espiraculares 2-segmentadas presentes nos segmentos abdominais l.®-8.®; corpo oval. Sobre rochas em riachos ou próximo à cachoeiras, em ambiente higropétrico (Est. 2-3) .... {Hintonia e Ytu) TORRIDINCOLIDAE Brânquias espiraculares ausentes 241 241 (240) . Prosteca ausente 242 Prosteca: um pincel de pêlos simples ou complexos, ou uma série de lobos franjados 256 Prosteca: um processo delgado hialino, fixo, rígido, às vezes parcialmente escle- rotinizado e às vezes parcialmente articulado 258 Prosteca; um lobo membranoso simples 269 Prosteca: um lobo membranoso franjado com cerdas 271 242(241) . Pares de falsas pernas abdominais (ampolas com espículos) ausentes 243 Pares de falsas pernas abdominais (ampolas com espículos) presentes nos ester- nitos abdominais 2.°-4.® ou 5.®; urogonfos muito curtos e fracamente pigmen- tados. Em madeira apodrecida (parte) OEDEMERIDAE 243(242) . Urogonfos articulares na base; segmento apical multianelado. Em folhiço, fungos, carniça (Est. 16) (parte) LEIODIDAE Urogonfos não articulados na base 244 244(243) . Antena 2-segmentada Antena 3-segmentada 245 246 245(244). Cabeça prognata ou levemente hipognata; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,15; antenas geralmente setosas, com sensório curto, cupuliforme; endocarena mediana ausente; escleroma hipofaríngeo pre- sente. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida, solo, folhiço (parte) TENEBRIONIDAE Cabeça moderada a fortemente hipognata; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; sensório antenal palpiforme, mais longo que o 2.® segmento; endocarena mediana coincidente com sutura coronal; escle- roma hipofaríngeo ausente. Em corpos de frutificação de fungos (Est. 99) (Ciinae, parte) CIIDAE CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 59 246(244) . 247(246) . 248(247) . 249(248) . 250(249) . 251(250), 252(251) . 253(252) . Mandíbulas simétricas; molas esquerda e direita mais ou menos semelhan- tes 247 Mandíbulas assimétricas; mola esquerda consideravelmente diferente da mola direita 254 Palpo labial 2-segmentado 248 Palpo labial 1-segmentado; ramos da sutura frontal contíguos na base; palpo maxilar 3-segmentado; corpo mais ou menos cilíndrico. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida (parte) COLYDIIDAE Peças bucais fortemente protraídas; estipe mais largo que longo; cardo ausente; IP-IP segmentos abdominais com par de grupamento de espículos dorsais e ventrais, com contorno semi-circular; hastes hipostomiais longas e paralelas. Sob casca de árvore; em produtos armazenados. (Est. 85) LAEMOPHLOEIDAE Peças bucais ventrais retraídas; estipe mais longo que largo; cardo distinto e esclerotinizado; l.°-7.° segmentos abdominais sem grupamentos semi-cir- culares de espículos 249 10.° segmento abdominal distinto e visível dorsalmente; urogonfos estreitos, retos e quase sempre articulados na base; superfície dorsal lisa; mola mandibular sem lobo pubescente na base; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça geralmente maior que 0,5; ápice do 2.° segmento antenal oblíquo, sensório com origem mais proximal que 3.° segmento. Em folhiço, carniça, fungo (parte) LEIODIDAE Se 10.° segmento abdominal visível dorsalmente, superfície dorsal granulosa e mola mandibular com lobo basal hialino e pubescente; urogonfos geralmente curvos e fixos na base, não articulados; relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,5; ápice do 2.° segmento antenal truncado, reto, sensório e 3.° segmento originando-se no mesmo nível, ou sensório cupu- liforme 250 Mola mandibular sem lobo hialino basal 251 Mola mandibular com lobo hialino basal; endocarena mediana prolongando-se adiante da sutura coronal; ângulo interno apical da mala simples ou com 1 ou 2 pequenos dentes; urogonfos mais ou menos aproximados, com ou sem fovéola entre eles; hastes hipostomiais em geral moderadamente longas e con- vergentes. Sob casca de árvore, sob pedras, em folhiço ANTHICIDAE Mala maxilar falciforme; corpo alongado, cilíndrico e fracamente esclerotinizado. Em caules (Languriinae) LANGURIIDAE Mala maxilar arredondada ou truncada no ápice 252 Sutura fronto-clipeal presente; hastes hipostomiais ausentes; sutura frontal em forma de Y ou V; espiráculos anulares, anular-multíforos, ou ocasionalmente anular-bíforos com câmaras acessórias muito curtas 253 Sutura fronto-clipeal ausente; hastes hipostomiais presentes e se ausentes, ápice da mala fendido; sutura frontal liriforme; espiráculos anular-bíforos com câ- maras acessórias bem desenvolvidas. Sob casca de árvore ou em madeira apodrecida (parte) COLYDIIDAE Mala maxilar fendida; endocarena mediana em forma de Y, coincidente com suturas coronal e frontal; espiráculos anular-bíforos com câmaras acessórias 60 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA EHD BRASIL muito curtas; prostemo com grupo de espículos. Em madeira apodrecida (Est. 105) (Zopherinae) ZOPHERIDAE Mala maxilar simples; endocarena mediana ausente; espiráculos anulares ou anu- lar-multíforos; prosterno sem grupo de espículos. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida (parte) TENEBRIONIDAE 254(246) . Sutura fronto-clipeal ausente ou vagamente indicada; urogonfos geralmente arti- culados na base. Em folhiço, fungos, carniça (parte) LEIODIDAE Sutura fronto-clipeal distinta; urogonfos fixos, não articulados na base 255 255(254). Hastes hipostomiais ausentes; espiráculos abdominais anulares ou anular-multí- foros; urogonfos em geral fortemente esclerotinizados, formatos variados. Sob casca de árvore, em madeira apodrecida, solo, folhiço (Est. 106; 107; 109; 111; 112; 113; 114; 115; 116; 117) (parte) TENEBRIONIDAE Hastes hipostomiais presentes; espiráculos abdominais anular-bíforos; urogonfos fracamente esclerotinizados, retos, estreitos, agudos e voltados para trás. Em corpos de frutificação de fungos, folhiço ARCHEOCRYPTICIDAE 256(241). Palpo labial 1-segmentado; cardo fortemente oblíquo ou longitudinal; ápice da mala arredondado ou truncado; hastes hipostomiais ausentes 257 Palpo labial 2-segmentado; cardo transversal ou ligeiramente oblíquo; ápice da mala falciforme; hastes hipostomiais presentes. Sob casca de árvore em fer- mentação, em corpos de frutificação de fungos, em estróbilos masculinos de Araucaria (Est. 98) (parte) BIPHYLLIDAE 257(256) . Ramos da sutura frontal contíguos na base; par de endocarenas presentes; lígula ausente. Em fungos (parte) NITIDULIDAE Ramos da sutura frontal distintamente separados na base; par de endocarenas ausentes; lígula mais curta que o palpo labial. Sob casca de árvore, em folhiço, corpos de frutificação de fungos, carniças, frutos em decomposição (Est. 83-84) (parte) NITIDULIDAE 258(241) . Urogonfos articulados na base; maxila com gálea e lacínia fixas, algumas vezes parcialmente fundidas ou conatas, o processo restrito a uma área; gálea fre- qüentemente com franja de cerdas apicais (gálea fimbriada) 259 Urogonfos fixos na base; maxila geralmente com mala 262 259(258) . 10.° segmento abdominal com um par de ganchos anais 260 10.° segmento abdominal sem par de ganchos anais 261 260(259) . Urogonfos 2-segmentados; cabeça com 3-5 estemas de cada lado. Na areia, sobre rochas, sobre vegetação de riachos e lagos HYDRAENIDAE Urogonfos 1-segmentados; cabeça sem estemas ou ocasionalmente 1 presente de cada lado. Em folhiço, matéria vegetal em decomposição, madeira apodrecida, fungos (Est. 15) (parte) PTILIIDAE 261(259). Estemas presentes; sutura epicranial presente; cerdas expandidas freqüentemente presentes. Em folhiço, fungos, carniça (parte) LEIODIDAE Estemas ausentes; sutura epicranial ausente; apenas cerdas simples presentes. Em folhiço associado com formigas correição (“LIMULODIDAE”) PTILIIDAE 262(254) . Maxila com gálea e lacínia distintas. Em folhiço, fungos, carniça (parte) LEIODIDAE Maxila com mala 263 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 61 263(262) . 264(263) . 265(263). 266(265). 267(266) . 268(265). 269(241). 270(269) . Prosteca larga, ápice arredondado ou formando ângulo obtuso 264 Prosteca estreita, ápice agudo ou ocasionalmente bífido ou serreado 265 Corpo mais ou menos cilíndrico e fracamente esclerotinizado; superfície dorsal lisa; sutura coronal moderadamente longa; processo acessório ventral da man- díbula ausente; mala maxilar com ápice inteiro. Em caules (Languriinae, parte) LANGURIIDAE Mala com ápice arredondado ou truncado 266 Mala com ápice falciforme 268 Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça menor que 0,15; cabeça com 4 ou menos estemas de cada lado; espiráculos anulares 267 Relação entre comprimento antenal e largura da cabeça maior que 0,15; cabeça com 5 ou 6 estemas de cada lado; espiráculos anular-bíforos. Em corpos de frutificação de fungos superiores (Dacninae, parte) EROTYLIDAE Segmentos abdominais com par de processos tergais; apenas cerdas simples pre- sentes; cabeça com 4 estemas de cada lado. Em fungos (Eumorphinae) ENDOMYCHIDAE Segmentos abdominais sem par de processos tergais; cerdas expandidas presentes; cabeça com 2 estemas de cada lado. Em bolores, em produtos armazenados (Mycetaeinae) ENDOMYCHIDAE Hastes hipostomiais ausentes; carenas hipocefálicas presentes; superfície dorsal do corpo granulosa ou tuberculada; urogonfos não fortemente curvados para cima. Em folhiço, matéria vegetal em decomposição, sob casca de árvore, em superfícies de fungos cobertas com esporos (Monotominae) RHIZOPHAGIDAE Hastes hipostomiais longas e divergentes; carenas hipocefálicas ausentes; super- fície dorsal do corpo lisa, sem tubérculos; urogonfos fortemente curvados para cima. Em folhiço, madeira apodrecida, fungos, ninhos de abelhas, produtos armazenados (Cryptophaginae, parte) CRYPTOPHAGIDAE Cabeça fortemente retraída; corpo fortemente curvado dorso-ventralmente (em forma de C); espiráculos do 8.° segmento abdominal muito maiores que os demais. Em madeira morta (1° instar) (Lyctinae, parte) BOSTRICHIDAE Cabeça protraída ou levemente retraída; corpo não fortemente curvado dor- so-ventralmente; espiráculos do 8.® segmento abdominal subiguais aos de- mais 270 Cabeça com 4 estemas de cada lado; sutura coronal ausente; sutura fronto-clipeal presente; palpo labial 1 -segmentado (pelo menos aparentemente); espiráculos anulares; tarsúngulo unisetoso; tergitos abdominais com um par de processos dorso-mediano. Em fungos (Lycoperdina, parte) ENDOMYCHIDAE Cabeça com 5 ou 6 estemas de cada lado; sutura coronal presente; sutura fronto- -clipeal ausente; palpo labial 2-segmentado; espiráculos anular-bíforos; tarsún- gulo bisetoso; tergitos abdominais sem processos tergais, superfície dorsal do 62 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL corpo geralmente granulosa ou tuberculada. Em corpos de frutificação de fungos (geralmente Basidiomycetes) (parte) EROTYLIDAE 271(241). Ramos da sutura frontal contíguos na base. Em fungos (parte) NITIDULIDAE Ramos da sutura frontal distintamente separados na base. Sob casca de árvore, em folhiço, corpos de frutificação de fungos, carniça, frutas podres (parte) NITIDULIDAE 272(239). Fileira de espículos basais no 9.° esternito abdominal reta ou levemente sinuosa, apenas levemente curvada para trás, nos lados; margem posterior com entalhe arredondado entre os urogonfos e anteriormente 4 tubérculos espiniformes. Sob casca de troncos caídos (Est. 125) OTHNIIDAE Fileira de espículos basais no 9.° esternito abdominal fortemente curvada para trás, nos lados; corpo fortemente achatado; 8.° segmento abdominal muito mais longo que o 7.°; 9° tergito abdominal formando placa articulada com urogonfos simples, dirigidos para trás, com 2 fovéolas entre eles. Sob casca de árvore PYROCHROIDAE 273(239) . Corpo subcilíndrico a levemente deprimido; tergitos abdominais 2-4, com 2 filei- ras de espículos dispostas em semi-círculos; 9.° segmento abdominal alongado com par de urogonfos simples, espiniformes curvados para cima. Sob casca de árvore, em galerias de outros insetos .... (Stilpnonotinae) MYCTERIDAE Corpo fortemente deprimido; tergitos abdominais sem fileiras de espículos; 9P segmento abdominal transversal, mogonfos bífidos. Na bainha das folhas de palmeiras (Laconotinae) MYCTERIDAE 274(238) . Maxila com gálea e lacínia distintas, não fundidas; segmento distai da antena reduzido 275 Maxila com gálea e lacínia completamente fundidas, ou fundidas apenas na região proximal e livres na distai, ou não fundidas mas estreitamente acopladas; seg- mento distai da antena não reduzido 276 275(274). Curvatura dorsal do corpo irregular devido à gibosidade dos segmentos abdo- minais anteriores; pernas 3-segmentadas; garras tarsais reduzidas ou ausentes; antena 4-segmentada, mas aparentemente 3-segmentada devido à grande re- dução do segmento distai. Em excrementos (Est. 35) (Scarabaeinae) SCARABAEIDAE Curvatura dorsal do corpo regular; pernas gerplmente 5-segmentadas; garras tar- sais, bem desenvolvidas; antena 4-segmentada, às vezes aparentemente 5-seg- mentada. Em excremento, no solo, associado à raízes, parasitas de outros escarabeídeos (Est. 36) (Aphodiinae) SCARABAEIDAE 276(274) . Mandíbula com área estridulatória ventral, formada por estrias transversais; seg- mento distai da antena com uma ou mais áreas sensoriais na região dorsal; abertura anal transversal, reta, ou ligeiramente curva 277 Mandíbula com área estridulatória ventral ausente, indistinta ou formada por grupo de pequenos grânulos; segmento distai da antena com uma única área sensorial, grande, oblonga; abertura anal em forma de Y ou angulosa. No solo, alimentando-se de raízes e caules subterrâneos (Est. 37) (Melolonthinae) SCARABAEIDAE 277(276) . Dentes estridulatórios da maxila com ápices agudos e voltados para frente; lacínia com 1 ou 2 uncos 278 cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHAVE PARA LARVAS DE COLEOPTERA DO BRASIL 63 Dentes estridulatórios da maxila geralmente com ápices truncados; lacínia com 3 uncos; haptomerum da epifaringe formando elevação careniforme uni- ou bilobada ou processo dentiforme; heli sempre ausentes. Em madeira em de- composição, folhiço, cupinzeiro (Est. 39-41) (Dynastinae) SCARABAEIDAE 278(217) . Epifaringe geralmente com 2 nesia (excepcionalmente apenas 1 presente); hapto- merum formando processo mamelonar (zygum) atrás do qual agrupam-se 15 ou mais cerdas espiniformes ou 2-4 heli. Em madeira em decomposição, no solo, associado à raízes (Est. 38) (Rutelinae) SCARABAEIDAE Epifaringe com 1 nesium; haptomerum geralmente com 1 fileira transversal, ligei- ramente curva, de cerdas robustas. Em madeira em decomposição, folhiço, solo rico em húmus, cupinzeiros (Est. 42 e 43) (Cetoniinae) SCARABAEIDAE cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 A ordem Coleoptera compreende quatro subor- dens: Archostemata, Adephaga, Myxophaga e Poly- phaga com aproximadamente 152 famílias, 25.170 gêneros e 340.577 espécies. No Brasil, estão regis- tradas 109 famílias, 3.276 gêneros e cerca de 23.864 espécies. ARCHOSTEMATA Subordem constituída por três famílias, Ommati- dae, Cupedidae e Micromalthidae, abrangendo 8 gê- neros e 27 espécies geralmente bastante raras nas coleções. Os adultos variam de 1,5-25 mm de com- primento, vivem em regiões florestadas ou áridas. Apresentam a seguinte combinação de caracteres, sutura notopleural presente, asa membranosa com oblongo e com o ápice enrolado em espiral quando em repouso, maxila com gálea e lacínia distintas. Larvas com endocarena mediana bem desenvol- vida e labro livre. Antenas 3- ou 4-segmentadas. Mandíbulas com mola grande. Maxilas com gálea e lacínia distintas; segmento pré-apical dos palpos maxilares com apêndice digitiforme. Lábio com li- gula fortemente esclerotinizada. Pernas 6-segmenta- das, com tarso distinto e 1 ou 2 garras. 10.° seg- mento com um lobo arredondado de cada lado do ânus. Espiráculos anulares. As larvas conhecidas vivem em madeira semi-apo- drecida e em Micromalthidae o desenvolvimento larval é por hipermetamorfose. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 1. OMMATIDAE Família que possui 3 gêneros e 5 espécies que ocorrem na Austrália e América do Sul. No Brasil há o registro de 1 só gênero, Tetraphalerus com 2 es- pécies. Os adultos encontram-se em areas floresta- das. As larvas são desconhecidas. 2. CUPEDIDAE Compreende 4 gêneros e 21 espécies com distri- buição quase mundial. No Brasil ocorre o gênero Paracupes com 2 espécies. São encontrados tanto nas florestas de coníferas da América do Norte como em regiões relativamente áridas da Argentina e Chile. As larvas ocorrem em madeira semi-apodre- cida e são desconhecidas no Brasil. Larvas alongadas e subcilíndricas, com pernas relativamente curtas. Antenas 4-segmentadas. Este- mas ausentes. Lobos maxilares aproximadamente iguais. Tarsos curtos, cada um com uma garra que pode ser bifurcada. Mesotergo, metatergo e seg- mentos abdominais l.°- 7.°, geralmente com ampo- las, 9.° tergito abdominal grande, com processo mediano simples ou bifurcado. Referências: Atkins, 1963; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 3. MICROMALTHIDAE (Estampa 1) Família monotípica, representada por Micromal- thus debilis Lee., 1878 originária da América do Norte e introduzida em diversas regiões do globo, inclusive no Brasil. Larvas apresentam 3 tipos morfológicos: carabói- de, cerambicóide e curculionóide. Larvas carabóides são estreitas e alongadas, com pernas compridas. Estemas ausentes. Antenas 3-segmentadas; 3.° seg- mento antenal alongado e com sensório bem desen- volvido. Maxilas com gálea muito maior que a lací- nia. Palpos labiais 1 -segmentados, com apêndice alongado na base. Tarso muito longo e com 2 garras móveis. 9.° segmento abdominal com 2 processos medianos oponíveis. Larvas cerambicóides seme- lhantes às carabóides, diferindo principalmente pela ausência de pernas. Larvas curculionóides também ápodes. O ciclo de vida é muito complexo, envolvendo hipermetamorfose, pedogênese, viviparidade e parte- nogênese. Dos ovos produzidos pelas fêmeas adultas 66 MICROMALTHIDAE eclodem triungulinos, denominados larvas carabói- des, que buscam abrigo em madeira em decomposi- ção. As larvas carabóides mudam para larvas ceram- bicóides, ápodes, permanecendo nessa forma por 3 instares. O último instar cerambicóide transfor- ma-se numa pupa que dará origem a uma fêmea adulta, ou transforma-se num estágio larval pedoge- nético. Este poderá produzir, por viviparidade, lar- vas carabóides, ou poderá produzir um único ovo, que originará uma larva curculionóide. Esta empu- pará e dará origem a um macho haplóide. Os machos haplóides são relativamente raros e podem não ocor- rer em certas populações de Micromalthus debilis. O esquema abaixo resume o ciclo de vida de M. debilis: I adulta partenogènese 1 triungulinos ou larvas carabóides (f adulto • (haplóide) pupa \J V I / larva curculionóide viviparidade \ larvas partenogènese cerambicóides pupa J larva pedogenética Fig. 13, Esquema do ciclo de vida de Micromalthus debilis. Referências: Barber, 1913; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967, 1981; Lawrence, 1982; Pe- terson, 1960; Pringle, 1938; Scott, 1938. Micromalthus debilis Leconte, 1878 (Estampa 1, figs. 1-13) Larva triungulino. Comprimento: 2,5 mm; largura do protórax: 0,8 mm. Campodeiforme, branca com 3 pares de pernas bem desenvolvidas e cerdas na região dorsal (fig. 1). Cabeça (figs. 2 e 4) prognata, achatada dorso- -ventralmente, mais larga que longa e com várias cerdas. Sutura coronal ausente. Sutura epicranial (fig. 4) em forma de Y invertido, não atingindo o clípeo. Estemas ausentes. Clípeo (fig. 7) transverso e membranoso. Labro (fig. 7) livre, semicircular, com 2 pares de cerdas próximas à margem anterior e 1 par na metade basal. Epifaringe (fig. 8) com 6 pares de cerdas espessas dispostas em semicírculos partindo do ângulo anterior e se dirigindo para a base; com 4 papilas sensoriais na região mediana. Suturas guiares duplas, atingindo aproximadamente metade da cabeça e levemente divergentes posterior- mente. Antenas (fig. 12) 3-segmentadas: 2 primei- ros segmentos mais largos que longos; segundo seg- mento com cone sensorial bem desenvolvido; ter- ceiro, alongado e delgado com 2 cerdas e 2 papilas sensoriais no ápice. Mandíbulas (figs. 9 e 10) bem esclerotinizadas, simétricas, tridenteadas e com mo- la; dente mediano maior que os demais; mola côn- cava com carenas transversas. Maxilas (fig. 5) com cardo estreito, estipes largos, com 3 cerdas longas; gálea articulada, palpiforme, 1 -segmentada, com 4 cerdas longas e 1 espinho no ápice; lacínia denti- forme, formada por 1 dente grande na margem ante- rior a partir do qual apresenta 2 fileiras de espinhos menores que divergem posteriormente. Palpos maxi- lares 3-segmentados: primeiro e segundo segmentos mais largos que longos; 3.° alongado e com cerdas curtas e papilas sensoriais no ápice. Lábio (fig. 3) com mento e pré-mento fundidos e com 2 pares de cerdas longas; submento alongado, membranoso, fundido com a gula e com 1 par de cerdas longas; lígula cuneiforme, com ápice bilobado, 2 cerdas lon- gas e 2 poros sensoriais. Palpos labiais 1 -segmen- tados e bilobados. Espiráculos torácicos localizados látero-ventralmente, na margem posterior do pro- iórax. Pernas (fig. 6) bem desenvolvidas, seme- lhantes em tamanho, com 6 segmentos incluindo par de garras; coxa larga, com várias cerdas, algu- mas das quais longas; trocânter menor que a coxa, subcilíndrico, com 1 cerda longa e 1 mais curta; fêmur mais longo que a tíbia, ambos com cerdas subapicais; tarso alongado e gradualmente estreitado para o ápice e com 2 cerdas laterais; garras curtas. Abdômen ligeiramente deprimido e com 9 segmentos visíveis de cima; pouco esclerotinizado e com várias cerdas laterais e dorsais; segmentos l.°-8.°, com 1 par de espiráculos anulares ventrais. 9.° segmento (fig. 11) bruscamente afilado no ápice, formando um cone com vários espinhos; placa anal em forma de colher e marginada por dentes. Abertura anal entre a placa anal e o cone do 9.° segmento. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Ame- ricana, 13.xi.1985, 40 larvas e 100 adultos fixados (MZUSP); São Paulo, 02.xi.l972, A. Lelis col., 90 larvas e 70 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 28.xi.1978, A. Lelis e D.C. Santos cols., 100 lar- vas e 400 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 22.xi.1985, C. Kerr col., 53 larvas fixadas (MZUSP). cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 TORRIDINCOLIDAE 67 Dados biológicos Larvas do tipo triungulino e adultos foram cole- tados em grande quantidade em assoalhos de ma- deira no interior de residências familiares em São Paulo, SP. Devido à grande quantidade de exem- plares e pelos danos que causam, podem ser consi- derados como praga urbana. myxophaga Subordem constituída por besouros muito peque- nos (0,5-2,6 mm de comprimento), sempre associa- dos a ambientes aquáticos ou semi-aquáticos — ambientes higropétricos, filme de água sobre rochas — compreende 4 famílias: Cyathoceridae, Torridin- colidae, Microsporidae e Hydroscaphidae. Apenas as famílias Torridincolidae e Hydroscaphidae ocor- rem no Brasil. Os adultos possuem sutura notopleural, antenas clavadas e com 9 segmentos ou menos, asas mem- branosas com dobra transversa cruzando a ner- vura cubital antes da junção desta última com a primeira nervura transversal na região médio-cubital; em repouso, o ápice é enrolado em espiral. Larvas com sutura coronal e sutura frontal lirifor- me. Labro grande, livre. Cabeça com 3-5 estemas de cada lado. Antenas 2- ou 3-segmentadas, com sensó- rio alongado no segmento pré-apical. Mandíbula com mola tuberculada e prosteca. Maxilas com gálea e lacínia fundidas. Pernas 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo. Segmentos abdominais l.°-7.° (e às ve- zes também o protórax ou os segmentos abdominais 2.0-7.°) apresentando um par de brânquias espi- raculares; brânquias associadas ao plastrão. 9.° ter- gito com ou sem urogonfos fixos. 10.° segmento às vezes com ganchos. Referências: Crowson, 1967; Hinton, 1967; La- wrence, 1982; Reichardt, 1973. 4. TORRIDINCOLIDAE (Estampas 2-3) Famflia com 6 gêneros e 26 espécies distribuídas pela América do Sul, África, Madagascar e Japão. No Brasil são conhecidos 3 gêneros: Hintonia que possui 3 espécies, Ytu com 18 espécies e Claudiella, monotípico. Larvas ovais, deprimidas. Antenas 2-segmentadas. Cabeça com 3 estemas de cada lado. Palpos maxi- lares 1- ou 4-segmentados. Palpos labiais 1- ou 2-segmentados. Segmentos abdominais 1-8 com uma brânquia espiracular de cada lado, articulada, 2-seg- mentada; segmento distai com plastrão. 9.° tergito abdominal com um par de urogonfos não articula- dos. As larvas ocorrem juntamente com adultos, em paredões rochosos com filme de água nas proximi- dades de cachoeiras e riachos temporários (ambien- tes higropétricos). Larva de Claudiella desconhecida. Referências: Lawrence, 1982; Reichardt, 1973, 1976; Satô, 1982. Hintonia britskii (Reichardt e Costa, 1967) (Estampa 2, figs. 1-11) Larva madura. Comprimento: 1,5 mm; largura do protórax: 0,6 mm. Onisciforme (fig. 1), castanha clara com pequenos tubérculos castanho-escuros. Cabeça prognata, mais estreita que o tórax; mar- gens laterais com cerdas muito longas. Sutura epi- cranial presente. Sutura coronal muito curta. Ramos frontais em forma de lira. Três estemas (fig. la) dispostos em uma protuberância dorsal, abaixo da antena. Labro (fig. 10) grande, com faixa membra- nosa na base; com 3 protuberâncias em cada lado da margem anterior; com várias cerdas espessas, mais concentradas próximas às margens laterais; com 1 cerda plumosa lateral espessa, próxima aos ângulos anteriores. Epifaringe (fig. 9) com 2 pares de dentes na margem anterior e 2 áreas cobertas por cerdas curtas: 1 semicircular próxima à margem an- terior e outra na região mediana basal; com 4 poros sensoriais próximos à região mediana. Suturas guia- res ausentes; gula fundida ao lábio. Antena (fig. 5) 2-segmentada com primeiro segmento curto, semi- circular; segundo longo, cilíndrico e com 3 cerdas longas, uma apical e duas subapicais; com cone sensorial membranoso, parcialmente embutido em uma depressão oblíqua apical. Peças bucais parcial- mente cobertas pelo labro. Mandíbulas (fig. 6) assimétricas, com ápice bífido e vários dentes; mola tuberculada; prosteca membranosa e pilosa. Maxila (fig. 8) com mala fundida aos estipes; estipes alon- gados, com 3 cerdas e 3 fileiras transversais de micro-cerdas, abaixo da mala; unco e 3 dentes api- cais além de 3 cerdas espessas inseridas interna- mente. Palpos maxilares 4-segmentados, primeiro e segundo segmentos globosos; terceiro, subglobular, com prolongamentos laterais; quarto, alongado. Car- do subtriangular com 1 cerda longa. Lábio (fig. 1 1 ) com mento e submento fundidos e com 2 pares de 68 TORRIDINCOLIDAE cerdas longas e 1 par também longo na região ante- rior; região posterior com 1 par de cerdas curtas e 2 grupos de papilas. Pré-mento curto; Hgula mem- branosa, truncada na margem anterior e com papilas na região subapical. Palpígero membranoso e com 2 cerdas. Palpos labiais 2-segmentados; segmentos globosos e com cerdas laterais; 2.® segmento menor que o l.°, com cerdas e papilas sensoriais no ápice. Tórax duas vezes mais longo que a cabeça, margens posteriores dos 3 segmentos torácicos finamente den- teadas. Protórax mais longo que o meso- e o me- tatórax juntos. Margens laterais do protórax em curva contínua com a margem anterior, sem formar ângulo. Mesotórax mais largo e curto que os demais segmentos. Metatórax estreitado nos ângulos poste- riores. Pernas (fig. 4) bem desenvolvidas e desi- guais, com 5 segmentos e várias cerdas; coxas an- teriores e médias globosas; coxas posteriores trans- versalmente alongadas; trocânter triangular; fêmur ligeiramente mais espesso e curto que a tíbia, longo e com maior número de cerdas; tarsúngulo com 1 cerda basal. Coxas anteriores quase juntas e as médias e posteriores um pouco mais separadas que as anteriores. Abdômen deprimido, gradualmente estreitado para o ápice, com 9 segmentos visíveis de cima; primeiro e segundo segmentos mais longos; segmentos l.°-8.° com 1 brânquia espiracular (fig. 7) de cada lado; brânquias diretamente articuladas aos tergitos, 2-segmentadas, com segmento basal curto e globoso e apical longo e coberto com plastrão fino. Cada brânquia possui abertura situada mais ou me- nos na metade do segmento apical. 9.° segmento mais largo que longo, sem brânquias e com 1 par de urogonfos não segmentados. 10.° segmento curto, semicircular, densamente granulado e localizado ventralmente em relação ao 9.° segmento. Abertura anal localizada entre os dois lobos anais. Pupa (fig. 2). Adéctica, exarata, permanecendo dentro da última exúvia larval. A ruptura dá-se na linha ecdisial mediana, expondo as brânquias espi- raculares. A área da pupa que fica exposta é mais esclerotinizada e mais escura. Primeiro e segundo segmentos abdominais com um par de brânquias espiraculares dorsais, curtas, achatadas, laminares e micro-estriadas longitudinalmente. Material examinado. BRASIL. Minas Gerais. Ja- boticatubas (Serra do Cipó), 08.ix.l975, S.A. Vanin e C. Frõehlich cols., 15 larvas e 30 adultos fixados (MZUSP); ibidem (Rio Brauninha), 06.X.1975, S.A. Vanin e C. Frõehlich cols., 5 adultos, 1 pupa e 9 larvas fixadas (MZUSP). Rio de Janeiro. Man- garatiba (Cachoeira do Saí), 09.iii.l973, H. e B. Reichardt cols., 13 larvas e 6 adultos fixados (MZUSP); Rio Claro (afluente do R. Claro), iv.l969, H. Reichardt col., 11 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos de Hintonia britskii fo- ram coletados juntos em riachos de águas correntes, sobre rochas. Em algumas ocasiões, os adultos fo- ram encontrados nas margens de riachos, fixados à algas e outros detritos e completamente embaixo do filme de água. Uma única vez foi encontrado por Reichardt juntamente com espécies do gênero Ytu em paredões rochosos com filme de água. Discussão O exame das larvas de Hintonia britskii revelou pequenas discrepências em relação às figuras apre- sentadas por Reichardt (1973). No labro (Rei- chardt, I.C.: 115, fig. 18) não aparecem as cerdas laterais plumosas, as cerdas espessas e as protube- râncias medianas (fig. 10). A maxila (Reichardt, I. C.: 115, fig. 19) apresenta palpo maxilar aparen- temente 3-segmentado, embora seja 4-segmentado; o 3.° segmento possui uma coroa de cerdas ou pa- pilas distais (fig. 8). No lábio (Reichardt, l.c.: 115, fig. 20) o palpígero não foi representado e o mento e submento foram apenas parcialmente desenhados (fig. 11). Na antena (Reichardt, l.c.: 115, fig. 21) não foi representado o cone sensorial (fig. 5). Em relação à perna (Reichardt, l.c.: 119, fig. 59) faltou a representação da cerda basal do tarsúngulo (fig. 4). Não foram ilustradas as mandíbulas e epifaringe, aqui figuradas (figs. 6 e 9 respectivamente). Ytu zeus Reichardt, 1973 (Estampa 3, figs., 1-13) Larva madura. Comprimento; 1,8 mm; largura do mesonoto: 0,9 mm. Onisciforme (fig. 1) castanha clara com pequenos tubérculos castanho-escuros. Cabeça prognata, mais estreita que o protórax. Sutura epicranial presente. Sutura coronal muito curta. Ramos frontais em forma de lira. Três este- mas (fig. la) localizados em uma protuberância dorsal abaixo da antena. Labro (fig. 8) grande, com margem anterior trilobada e várias cerdas, mais concentradas próximas à margem lateral. Epifaringe (fig. 7) com 3 áreas cobertas por cerdas curtas, duas próximas à margem anterior e uma na região mediana basal. Sutura guiar ausente; gula fundida à cápsula cefálica. Antena (fig. 9) 2-segmentada, pri- cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 torridincoudae 69 meiro segmento curto e largo; segundo, longo, com ápice bilobado e 3 cerdas subapicais. Peças bucais completamente cobertas pelo labro. Mandíbulas (fig. 5 e 6) assimétricas, sendo a esquerda com ápice bifido e denteado; mola tuberculada; prosteca membranosa, bilobada e pilosa no lobo apical; com vários dentes subapicais pequenos na margem inter- na e 1 cerda lateral externa. Maxila (fig. 12) com mala separada do estipe por uma sutura; mala com 4 dentes apicais e 5 cerdas subapicais espessas; estipe alongado formado por 2 escleritos; cardo subtriangu- lar. Palpos maxilares 1 -segmentados e tuberculados. Lábio (fig. 13) com mento fundido ao submento e com 2 pares de cerdas; pré-mento curto com margem posterior arredondada; lígula sinuosa anteriormente e com várias papilas próximas a margem anterior. Pal- pígero presente. Palpos labiais 1 -segmentados, com 1 cerda lateral e várias papilas sensoriais no ápice. Tórax com margens laterais arredondadas e com franja de cerdas longas; com algumas cerdas curtas na região dorsal. Pronoto mais estreito na frente e mais longo que os demais segmentos; meso- e me- tanoto aproximadamente do mesmo tamanho. Pernas (fig. 11) desiguais, com 5 segmentos; coxa globosa, exceto a posterior que é transversa e com cerdas curtas; troncânter triangular; fêmur mais longo que a tíbia; tíbia gradualmente estreitada no ápice e com muitas cerdas; tarsúngulo com uma cerda basal. To- das as pernas separadas uma das outras por uma distância igual ao diâmetro da coxa correspondente. Abdômen deprimido, gradualmente estreitado para o ápice; com 9 segmentos visíveis de cima. Segmentos l.°-8.°, com um par de brânquias espiraculares late- rais e móveis (fig. 10), 2-segmentadas e articuladas a projeções laterais; primeiro segmento longo cilín- drico, segmento apical filiforme e coberto pelo plas- trão; abertura branquial localizada na região mediana do segmento apical; 9.° segmento com 2 urogonfos não articulados, com muitas cerdas laterais, 10.° segmento curto, semicircular, localizado ventral- mente em relação ao 9.°. Abertura anal localizada entre os 2 lóbulos anais. Pupa (figs. 2 e 4). Adéctica, exarata, permanecendo dentro da última exúvia larval. A ruptura dá-se na linha ecdisial mediana, expondo as brânquias espi- raculares (fig. 4). A área da pupa que fica exposta é mais esclerotinizada e mais escura. Primeiro e segundo segmentos abdominais com 1 par de bran- quias espiraculares dorsais, longas, tubulares e mi- croestriadas longitudinalmente porém sendo as mi- croestrias mais espaçadas do que em Hintonia. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Itu (Km 72 da Rodovia Castelo Branco, 700 m), 03.iv.l970, H. Reichardt col., 17 larvas, 2 pupas e 34 adultos fixados (MZUSP). Paraná. Serra da Esperança (29 Km E. de Guarapuava), 18.vi.l969, H. Rei- chardt col., 8 larvas, 2 pupas e 24 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos de Ytu zeus foram cole- tados juntos em ambientes higropétricos, em pare- dões rochosos com filme de água. Discussão O estudo das larvas de Ytu zeus revelou pequenas diferenças em relação às figuras apresentadas por Reichardt (1973). O labro (Reichardt, í.c.: 115, fig. 15) não apresenta as cerdas espessas, visíveis na fig. 8. Na maxila (Reichardt, l.c.: 115, fig. 116) falta a linha de sutura entre mala e estipe (fig. 12). O lábio não foi ilustrado. A antena (Reichardt, l.c.: 115, fig. 17) apresenta ápice inteiro mas é bilobado (fig. 9). Nas mandíbulas (Reichardt, l.c.: 115, fig. 14) faltaram detalhes da mola tuberculada e a prosteca é bilobada e não simples (figs. 5 e 6). 5. HIDROSCAPHIDAE (Estampa 4) Compreende 3 gêneros e 13 espécies com distri- buição quase mundial. No Brasil ocorrem dois gê- neros: Scaphydra com 3 espécies e Yara com 2 es- pécies. Larvas alongadas, elípticas. Antenas 2-segmenta- das. Cabeça com 5 estemas de cada lado. Palpos ma- xilares 2-segmentados. Palpos labiais 1-segmentados. Protórax e 1.® segmento abdominal com uma brân- quia espiracular de cada lado, formada por um tubo espiracular com tufo de 8 filamentos longos; 8.°-seg- mento abdominal com 2 processos laterais alonga- dos, cada um com um prolongamento em forma de bastão, transparente e que apresenta um espiráculo na extremidade distai. 9.® segmento abdominal re- duzido, sem urogonfos. As larvas ocorrem juntamente com adultos, em paredões rochosos com filme de água, proximidades de cachoeiras e riachos temporários (ambientes hi- gropétricos). Larva de Yara desconhecida. Referências: Reichardt, 1973-74; Reichardt e Hinton, 1976. 70 HYDROSCAPHIDAE Scaphydra angra (Reichardt, 1971) (Estampa 4, fígs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 0,9 mm; largura do protórax: 0,3 mm. Campodeiforme (fig. 1), cas- tanha muito clara, quase branca. Cabeça larga, prognata, levemente deprimida, com cerdas finas. Sutura epicranial presente. Sutura co- ronal muito curta. Ramos frontais em forma de U. Cinco estemas desiguais em tamanho (fig. la), sendo 2 dorsais e 3 ventrais. Labro (fig. 9) livre, largo, com muitas cerdas. Epifaringe (fig. 8) com 6 pares de cerdas espessas na margem anterior e 6 pares de cerdas curtas próximas à base das ante- riores; com região anterior mediana com 7 protube- râncias arredondadas; com grande área coberta por cerdas curtas na região mediana e 2 peças escleroti- nizadas látero-basais. Suturas guiares bem desenvol- vidas; gula larga e curta. Antenas (figs. 5 e 5a) 2-segmentadas, primeiro segmento muito curto com apêndice sensorial, com ápice bilobado inserido na sua margem interna; segundo segmento longo. Man- díbulas (fig. 4) assimétricas, sub-retangulares, sendo a direita com ápice bífido e denteado; mola tuber- culada; prosteca membranosa com cerdas laterais. Maxila (fig. 6) curta, móvel, com mala aparente- mente fundida ao estipe, com unco apical e 2 ou 3 grandes dentes pré-apicais; estipes mais ou menos falciformes. Palpos maxilares 2-segmentados; pri- meiro segmento curto, cilíndrico e com um processo na face apical externa; segundo segmento longo e com 1 cerda no ápice. Lábio (fig. 10) com pré- -mento subquadrangular com 3 pares de cerdas; mento ligeiramente transverso, constrito próximo ao ápice e com 1 par de cerdas; lígula com margem anterior sinuosa, com 2 dentes laterais e fileira transversal de papilas sensoriais. Palpos labiais 1 -seg- mentados, estreitados na metade apical; com 1 cerda modificada na base, 3 cerdas simples subapicais e várias apicais curtas. Tórax mais largo que o abdô- men, com muitos tubérculos e cerdas na margem lateral; com fileira transversa de cerdas curtas na base e duas fileiras longitudinais medianas em cada segmento. Pronoto com maior número de tubérculos e cerdas laterais; com um tubérculo perto do ângulo basal; com a abertura espiracular e um tufo de 8 filamentos longos. Pernas (fig. 11) mais ou menos igualmente desenvolvidas, com 5 segmentos; coxa globosa e alongada, menor que o fêmur; trocânter curto e triangular; fêmur longo; tíbia ligeiramente menor que o fêmur; tarsúngulo com 1 cerda. Abdô- men alongado, diminuindo na largura da base para o ápice; com 8 segmentos inteiramente visíveis de cima; nono segmento visível apenas pelo ápice. Pri- meiro segmento com 1 par de tubérculos laterais grandes, com a abertura do primeiro par de espi- ráculos e 8 filamentos longos (fig. 7); segmentos 2.°-7.°, com tubérculos laterais, cada um com 1 cer- da; tergitos abdominais l.®-8.° com cerdas longas inseridas em pequenos tubérculos; 8.° segmento com 2 processos apicais alongados com várias cerdas (fig. 13), cada um com 1 prolongamento fino, em forma de bastão, com 1 espiráculo no ápice. 9.° seg- mento anelar, com várias cerdas e situado ventral- mente; I0.° segmento operacular (fig. 12) ventral e com várias cerdas. Abertura anal entre o nono e décimo segmentos. Pupa (fig. 2)'. Adéctica, exarata, protegida pela cutícula do último instar larval que se abre na linha ecdisial, da cabeça ao 2.° tergito abdominal, expon- do parte de alguns tergitos. Área exposta, mais es- clerotinizada e mais escura. Três primeiros segmentos abdominais mais desenvolvidos que os demais e cada um com uma projeção lateral longa que contém brânquia espiracular. Cada brânquia com 1 ramo basal curto, no ápice do qual está localizada a aber- tura espiracular. Ültimo segmento muito maior que qualquer outro. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Man- garatiba, 25.ii.1974, H. e B. Reichardt cols., 7 lar- vas fixadas (MZUSP); ibidem, 7-8.ii.1973, H. e B. Reichardt cols., 60 adultos fixados (MZUSP). São Paulo. Ubatuba, 03.iii.l976, S.A. Vanin e A.M. Pires cols., 50 larvas, 4 pupas e 40 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos de Scaphydra angra fo- ram coletados juntos em ambientes tipicamente higropétricos, em paredões rochosos com filme de água e, em algumas localidades, sintopicamente com larvas e adultos de Torridincolidae do gênero Ytu. Discussão O estudo das larvas de Scaphydra angra apresen- tou pequenas divergências em relação a algumas es- truturas figuradas ou descritas por Reichardt (1974) e Reichardt e Hinton (1976), e possibilitou a ilus- tração ou descrição de estruturas não mencionadas anteriormente (e.g. epifaringe, fig. 8; antenas, figs. 5 e 5a). Reichardt (1974: 118) descreveu o labro como sendo aparentemente fundido à cápsula cefálica mas ele é livre. Em relação às antenas, não mencionou o apêndice sensorial, nem a extremidade distai bilo- cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 RHYSODmAE 71 bada do 2 ° segmento antenal (figs. 5 e 5a). A cerda apical do palpo maxilar (fig. 6) não foi represen- tada nas ilustrações de Reichardt (1974: 120, fig 3) e Reichardt e Hinton (1976: 15, fig. 10).' Apenas a porção anterior do lábio foi ilustrada (Reichardt, 1974: 120, fig. 4; Reichardt e Hinton, 1976: fig. a margem anterior da lígula foi considerada glabra e não plurisetosa (fig. 10) e o palpo maxilar considerado 2-segmentado ao invés de 1-segmentado. O 10.° segmento abdominal foi referido como indis- tinto (Reichardt, 1974: 119) e não opercular, ven- tral e com várias cerdas (fig. 12). adephaga Esta subordem possui 8 famílias: Rhysodidae, Carabidae, Haliplidae, Amphizoidae, Hygrobiidae, Noteridae, Dytiscidae e Gyrinidae. Não ocorrem no Brasil as famílias Amphizoidae e Hygrobiidae. Os adultos caracterizam-se pelo primeiro ester- nito abdominal dividido, coxas posteriores fundidas 30 primeiro esternito, sutura notopleural presente, 3sas membranosas com oblongo e tarsos pentâmeros. Larvas com cabeça prognata. Labro fundido à cápsula cefálica, formando nasal. Antenas em geral 4-segmentadas. Cabeça geralmente com 6 estemas dc cada lado. Mandíbulas sem mola. Peças bucais ventrais quase sempre protraídas. Maxilas geral- niente com gálea palpiforme, 2-segmentada; lacínia frequentemente reduzida ou ausente; palpos maxila- res em geral 3-segmentados. Palpos labiais geral- niente 2-segmentados. Cavidade bucal reduzida pela proximidade entre hipofaringe e epifaringe. Pernas em geral longas, delgadas, 6-segmentadas, com tar- so distinto e 1 ou 2 garras móveis. Espiráculos anu- iares, freqüentemente com número reduzido ou au- sentes, exceto no último instar. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 6. RHYSODIDAE (Estampa 5) Família de distribuição mundial. Compreende 18 gêneros e 150 espécies. No Brasil são registrados 2 gêneros e 7 espécies. Larvas alongadas e fusiformes, com dilatações nos segmentos torácicos. Sutura coronal ausente; ramos da sutura frontal distanciados na base. Este- rnas ausentes. Peças bucais ventrais, retraídas; ápi- ces das maxilas e lábio apresentando uma serie de niembranas franjadas; palpos labiais 1-segmentados. Suturas guiares aproximadas, mas não confluentes. Hastes hipostomiais alcançam a margem posterior da cabeça. Pernas curtas, bem separadas entre si. Protergo com uma placa levemente esclerotinizada. Metatergo e tergitos abdominais 1-7 ou 8 com 1 ou 2 fileiras de espículos de cada lado. 9.° segmento bem desenvolvido e sem urogonfos. 10.° segmento tubular. Todos os espiráculos anulares, funcionais. Larvas e adultos exibem comportamento gregá- rio, perfmrando madeira apodrecida, e aparentemen- te se alimentando de fungos e bolores. Referências; Bell e Bell, 1962; Bell, 1970; Bõ- ving e Craighead, 1931; Lawrence, 1982. Rhysodiastes costatum (Chevrolat, 1829) (Estampa 5, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 6,8 mm; largura do protórax: 1,3 mm. Ortossomática e subcilíndrica, cada segmento constrito na base e no ápice (fig. 1). Cabeça (figs. 2 e 3) testácea, tórax e abdômen amarelado e pernas castanho-claras. Meso-, metató- rax e segmentos abdominais com projeções arre- dondadas, laterais e dorsais. Pilosidade consistindo de cerdas de vários tamanhos. Cabeça prognata (figs. 2 e 3) retraída no tórax, fracamente esclerotinizada, levemente pigmentada; mandíbulas e uma faixa, na margem dorsal e ven- tral, mais escuras. Epicrânio separado em duas me- tades pela fronte. Sutura espicranial presente, da forma apresentada na fig. 3. Sutura coronal ausente. Endocarena ausente. Estemas ausentes. Duas sutu- ras guiares presentes. Gula alongada, atingindo a margem basal da cabeça, com 2 cerdas no ápice. Antenas (fig. 4) 4-segmentadas, inseridas perto da articulação das mandíbulas, com uma membrana de articulação basal quase tão longa quanto o primeiro segmento; primeiro segmento largo e curto; segundo mais estreito que o anterior e aproximadamente do mesmo comprimento; terceiro, longo, com uma área sensorial ovalada, transversa, próxima do ápi- ce; quarto, setoso e com 1 única cerda achatada no ápice. Peças bucais, especialmente maxila e lábio, fortemente retraídas na cápsula cefálica ventral. Mandíbulas (figs. 5 e 6), móveis, quase simétricas, falciformes, com ápice curvo e retináculo lobado; com 2 pontos sensoriais na superfície dorsal; mola ausente. Labro (fig. 9) pequeno, simétrico, fundi- do com a cápsula cefálica, subtrapezoidal; parcial- mente escondido abaixo do clípeo, na base. Maxila (fig. 11) palpiforme; mala rudimentar, fundida ao 72 CARABIDAE estipe bissetoso; cardo reduzido, com 1 cerda; palpí- fero presente. Palpos maxilares 3-segmentados. Lá- bio (fig. 11) com lígula e pré-mento fundidos em uma única peça bilobada anteriormente, cada lóbulo com uma cerda achatada e 2 cerdas finas no ápice; mento alongado, mais largo anteriormente. Palpos labiais 1 -segmentados, muito pequenos, palpifor- mes, mas bem visíveis. Protórax mais longo e ligei- ramente mais largo que meso- e metatórax juntos; meso- e metatórax quase iguais em comprimento. Pronoto com duas placas testáceas, contíguas e transversas, levemente esclerotinizadas; meso- e me- tanoto com tais placas menores. Espiráculos toráci- cos anulares e circulares, situados no látero tergito metatorácico. Pernas (fig. 10) igualmente desenvol- vidas, fracamente esclerotinizadas e com 5 segmen- tos e 1 garra; coxa com uma área esclerotinizada em forma de semi-círculo; trocânter triangular; fê- mur, tíbia e tarso, decrescendo de tamanho; garra simples; todos os segmentos com cerdas espessas in- seridas em bases proeminentes; hipopleura forman- do esclerito irregular na base das coxas. Abdômen cilíndrico, moniliforme, com 9 segmentos visíveis de cima; décimo segmento reduzido, localizado ven- tralmente, membranoso, com áreas esclerotinizadas fracamente pigmentadas, com espículos e pequenas projeções microscópicas mais escuras, reduzidas a faixas basais interrompidas dos tergitos abdominais 1-6, localizadas logo atrás dos espiráculos (fig. 8); espiráculos conspícuos nos tergitos l.°-7.°, dirigidos para trás, formando cristas interrompidas perto da base dos tergitos. Espiráculos anulares e circulares (fig. 7) de tamanho semelhante, presente nas mar- gens anteriores dos látero tergitos l.°-8.°. Urogonfo ausente. Abertura anal ventral no 10.° segmento. Pupa. Adéctica, exarata, sem armaduras ou outras características peculiares. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Caragua- tatuba, 13.xi.1976, C. Torres col., 1 larva de últi- mo instar criada até adulto (MZUSP). Itanhaém, 09.iv.1980, Exp. MZUSP col., 1 larva e 2 adultos fixados (MZUSP). Paranapiacaba, 30.ix.l974, Exp. MZUSP col., 2 larvas de último instar e 4 adultos coletados em um mesmo tronco e 1 larva imatura coletada em outro tronco, todos fixados (MZUSP). Peruíbe, 28-30.vi.l982, Exp. MZUSP col., 3 adul- tos fixados (MZUSP); 28.xii.1984, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Os Rhysodidae são considerados insetos relativa- mente raros, provavelmente devido ao ambiente em que vivem ou seja, larvas e adultos são encontrados juntos, embaixo da casca de troncos caídos, apre- sentando um comportamento gregário (Grandi, 1956; Bell, 1970). Criamos até o estágio adulto 1 larva coletada em Caraguatatuba, SP e 1 de Peruíbe, SP. O perío- do pupal durou respectivamente, 10 e 15 dias, e o adulto recém-nascido levou 10 dias para ficar com- pletamente escurecido. Pouco se sabe sobre os hábitos alimentares das larvas. Em laboratório observamos uma larva ali- mentando-se de madeira semi-apodrecida. Crowson (1981) sugere que larvas de Rhysodidae podem ser micetófagas. Coletamos adultos e larvas embaixo de cascas, em troncos caídos, também em Paranapiaca- ba e Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), SP. Discussão A posição sistemática deste grupo de Adephaga é bastante complexa. Crowson (1967) e Lawrence (1982) consideram-no como família distinta; outros autores, Bell e BeU (1962) e Reichardt (1977) in- cluem-no como tribo de Carabidae. Uma das maiores controvérsias quanto aos carac- teres larvais, dá-se acerca da presença ou ausência do labro. Crowson (/.c.) considera as larvas com labro verdadeiro, utilizando este caráter para separar Rhysodidae dos demais Carabidae. Peyerimhoff (1903), Grandi (1956), Burakowski (1975) e Va- nin e Costa (1978), também compartilham esta opinião. Bõving e Craighead (1931) interpretam o labro “como sendo a epifaringe” e Bell e BeU (1962) consideram esta estrutura como “uma protuberância membranosa”, não homóloga ao labro. Pelas larvas estudadas até agora, podemos distin- guir os Rhysodidae dos Carabidae pelo seguinte conjunto de caracteres pertencentes aos primeiros: labro presente, palpo labial 1 -segmentado e diminu- to, mento e lígula fundidos em uma peça única bi- lobada, lábio e maxilas profundamente retraídos em emarginação ventral da cápsula cefálica e urogonfos ausentes. 7. CARABIDAE (Estampas 6-11) Inclui-se nesta famflia: Brachinidae, Cicindelidae, Omophronidae, Paussidae, Pseudomorphidae e Tra- chypachidae. Ê cosmopolita, dividida em várias subfamílias e numerosas tribos. Compreende aproximadamente cm 1 ^SciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CARABIDAE 73 1.500 gêneros e 30.000 espécies. No Brasil regis- tram-se cerca de 203 gêneros e 1.132 espécies. Larvas alongadas, em geral com margens laterais paralelas, ocasionalmente fusiformes; variando de íortemente convexas a deprimidas. Cabeça, protergo e extremidade abdominal fortemente esclerotinizada. Cabeça em geral um pouco elevada. Sutura coronal ausente ou presente. Antenas 3- ou 5-segmentadas. Cabeça com 6 ou menos estemas de cada lado; este- tnas às vezes ausentes. Mandíbulas com retináculo, raramente com prosteca hialina. Suturas guiares confluentes. Pernas ocasionalmente reduzidas e tar- sos ocasionalmente com uma garra. 9.° tergito qua- se sempre bem desenvolvido e geralmente com uro- gonfos fixos ou articulados; 8.° e 9.° segmentos raramente formando disco glandular; 10.® segmen- to. em geral, tubular e terminal. Todos espiráculos luncionais. Larvas predadoras, apresentando digestão extra- oral. Membros de Lebiini e Brachininae possuem, em geral, larvas ectoparasitas. Referências: Bousquet e Goulet, 1984; Bõving e Craighead, 1931; Emden, 1942; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Reichardt, 1977. ^icindelini Mcgacephala brasíliensis Kirby, 1918 (Estampa 6, figs. 1-16; Estampa 147, figs. 1 e 2) Larva madura. Comprimento: 16,0 mm; largura do Protórax: 3,0 mm. Campodeiforme, subcilíndrica, com região dorsal da cabeça e pronoto (exceto ân- fiulos anteriores e margens laterais e posteriores) oastanho-escuros; pernas, meso- e metanoto castanho toais claro; abdômen amarelado (figs. 1 e 5). Cabeça (fig. 7) prognata, fortemente esclerotini- zada, côncava na região dorsal e fortemente conve- xa na ventral. Sutura epicranial em forma de V, com tamos frontais alargados, ligeiramente sinuosos e dirigidos para a base das antenas. Sutura coronal oiuito curta. Com carena transversal entre colo e ''crtex da cabeça, cortando a fronte na base. Com 5 pares de estemas: 2 dorsais e bem desenvolvidos, Situados abaixo da base das antenas e 3 menores ventro-laterais, próximos à base da antena (fig. 5a). Clípeo e labro fundidos à cápsula cefálica. Fronte 15) ligeiramente escavada e com cerdas espar- com duas reentrâncias longitudinais anteriores próximas ao nasal. Nasal ligeiramente sinuoso. Epi- aringe (fig. 16 ) com 3 pares de cerdas dispostas em duas fileiras transversais próximas à margem la- teral; com uma área semicircular mediana anterior coberta por cerdas curtas; com duas áreas escleroti- nizadas partindo da fileira de cerdas transversais e se dirigindo paralelamente para a região mediana. Sutura guiar (fig. 6) alongada, maior que a metade do comprimento da cápsula cefálica. Áreas genais bem desenvolvidas, com duas fileiras de cerdas par- tindo da sutura guiar e se dirigindo para a região das antenas. Hipóstoma (fig. 6) em forma de V com sutura obsoleta; seu limite posterior indicado pelo vértice do V que é ligeiramente mais escuro. Ante- nas (fig. 12) 4-segmentadas e com muitas cerdas; segundo segmento, o mais longo. Peças bucais (figs. 6 e 7) bem desenvolvidas; maxilas e lábio articula- dos na margem cefálica do hipóstoma. Mandíbulas (figs. 10 e 11) móveis, simétricas, falciformes com ápice recurvo; retináculo bem desenvolvido; 3 cer- das espessas na margem dorsal externa inseridas em pequenos tubérculos e várias pequenas na ba- se. Maxila (figs. 13 e 14) com gálea palpiforme, 2-segmentada e com várias cerdas espessas e lon- gas inseridas lateralmente; lacínia rudimentar (fig. 13) formada por pequeno esclerito com 1 cerda longa, situada dorsalmente, na margem distai mem- branosa dos estipes. Palpífero lateral ao segmento proximal da gálea e separado por 1 sutura, quase igual em comprimento ao palpo, com 1 cerda ventral e 4 laterais, espessas. Palpos maxilares 3-segmenta- dos, sendo o segundo segmento mais longo; primeiro, o mais curto, com 1 cerda lateral longa; o segundo, com 1 cerda lateral espessa e outra subapical ventral, longa e delgada. Estipes retangulares com 4 espinhos dorsais curtos na base da margem mesal; com cerdas longas laterais e ventrais; região dorsal com área pi- losa longitudinal mediana não atingindo o ápice e 2 cerdas longas na margem mesal próximo ao ápice. Cardo dividido, parte lateral externa membranosa e a mais interna esclerotinizada e com 1 cerda. Lábio (fig. 14) formado por mento, pré-mento e lígula. Mento membranoso, com duas pequenas áreas ligei- ramente esclerotinizadas; pré-mento longo, membra- noso, com duas faixas longitudinais laterais e um escudo mediano esclerotinizado, o qual possui duas cerdas látero-apicais; palpígero membranoso; lígula grande, membranosa, com franja lateral de cerdas longas e cerdas mais curtas no ápice. Palpos maxila- res 2-segmentados, com várias cerdas longas. Hipofa- ringe (fig. 13) coberta por cerdas finas e com franja de cerdas laterais, longas. Pronoto (fig. 7) da largura da cabeça, mais curto que meso- e metanoto reuni- dos; fortemente esclerotinizado, em forma de escudo- escuro, com ângulos anteriores e margens laterais è posterior, mais claros; marginado por franjas de cer- 74 CARABIDAE das brancas, exceto 2 pares negros, próximos de cada ângulo anterior; com cerdas brancas e negras distri- buídas por toda a superfície; região anterior emar- ginada, permitindo encaixe perfeito com a cabeça; ângulos posteriores fortemente arredondados; mar- gens laterais estendendo-se até a região ventral; com sulco longitudinal mediano e 2 sulcos menores e convergentes, partindo da margem anterior. Meso- e metanoto menos esclerotinizados e mais estreitos que o pronoto, ligeiramente constritos na região anterior; cerdas acastanhadas, de tamanho variado. Espiráculos anulares e elípticos, localizados na re- gião intei segmentar do pro- e mesotórax. Pernas (íig. 8) bem desenvolvidas, aumentando ligeira e gradativamente de tamanho das anteriores para as posteriores; com 5 segmentos e duas garras. Coxa longa com várias cerdas; trocânter triangular e com muitas cerdas longas; fêmur alongado com algumas cerdas curtas e uma fileira transversal de cerdas mais longas, próximas à margem anterior; tíbia cur- ta, mais longa e larga que o tarso e com várias cer- das espessas inseridas principalmente próximas às margens anterior e lateral; tarso pequeno, subglobu- lar e com algumas cerdas espessas látero-anteriores; garras desiguais, sendo a mais longa com 2 cerdas laterais. Abdômen 10-segmentado, subcilíndrico, amarelado e com muitas cerdas; aumentando gra- dualmente de tamanho, do l.° ao 5.° segmento e a partir daí diminuindo até o último; todos os seg- mentos são mais ou menos semelhantes, com ex- cessão do 5.° e dos 3 últimos; 5.° segmento (fig. 9) maior, com abaulamento dorsal no qual existem duas áreas esclerotinizadas distintas, de cada lado da região mesal e com dois pares de espinhos, sendo 0 par mais externo, o mais longo, pontiagudo e com 1 cerda na base; região basal do quinto segmento com várias cerdas espessas e curtas; segmentos 8.°- 10.°, com pequenas placas fracamente esclerotiniza- das na região ventral; 9.° e 10.° com cerdas dorsais curtas e espessas na região apical; segmentos 1-8 com 1 par de espiráculos pequenos, anulares, circu- lares e laterais. Abertura anal mais ou menos cir- cular, localizada no ápice do 10.° segmento e con- tornada por espinhos. Pupa (Estampa 6, figs. 2 e 3 e Estampa 147, figs. 1 e 2). Adéctica, exarata, amarelada, com região ocular proeminente. Pernas bem desenvolvidas sen- do as posteriores mais longas; segmentos abdomi- nais 1-4, parcialmente iguais em comprimento e com 1 par de prolongamentos dorso-laterais com várias cerdas curtas no ápice; quinto segmento mais longo que os demais, com 1 par de prolongamentos mais espessos que os anteriores e 1 par de cerdas dorsais; segmentos 6.°-9.°, gradativamente afilados para o ápice; segmentos l.°-5.° com par de espirá- culos dorsais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Pau- lo (Cidade Universitária), 13.xii.1980, L.R. Fontes col., 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 20.xii.l980, M.E. Jorge- Silva col., 7 larvas fixadas (MZUSP); ibidem. 05. ii. 1981, L.R. Fontes col., 1 larva criada até pupa (MZUSP). Botucatu, ll.viii.l982, N. Bernardi col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos As larvas de Cicindelinae são longas, cilíndricas e geralmente vivem em buracos no solo. Algumas espécies podem ser arbóreas, com as larvas vivendo em buracos feitos nos ramos das árvores. Outras es- p>écies vivem em galerias na superfície de ninhos de Isoptera. As larvas estão altamente adaptadas ao ambiente em que vivem. A cabeça e o pronoto são fortemente esclerotinizados, bem coloridos na parte dorsal e perfeitamente encaixados entre si. O meso- e metatorax são menos esclerotinizados e o abdô- men é membranoso, com pequenas áreas escleroti- nizadas e setosas. A cabeça e o protórax podem dobrar-se ventralmente formando um ângulo de aproximadamente 45° e é nesta posição que geral- mente fecham a abertura externa do buraco. O quinto segmento abdominal possui espinhos salien- tes no dorso o que auxilia a larva a manter sua posição dentro da galeria. As larvas de Megacephala brasiliensis foram co- letadas em buracos, em um gramado no solo. São larvas predadoras que se alimentam de pequenas presas que caem em suas armadilhas. Em laborató- rio foram alimentadas com larvas de Palembus sp. e operários de Isoptera. A larva madura fecha a abertura do buraco para empupar no fundo do mes- mo. O período pupal dura aproximadamente 20 dias. A pupa também possui adaptações morfoló- gicas. Apresenta projeções dorsais no abdômen, o que a protege do contato direto com a parede da câmara pupal. Larvas de Odontochila auripennis Lucas, 1857 foram coletadas no Parque Nacional das Emas em Goiás, na superfície de ninhos de Cornitermes sp., ao lado de Pyrearinus termitilluminans (Elateridae), que também infestam esses ninhos, atraindo suas presas por meio de sua bioluminescência. Desta for- ma. as larvas de Cicindelinae aproveitam-se das presas que são atraídas pelas larvas luminescentes de Elateridae, tendo a sua alimentação garantida. cm 1 ^SciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CARABIDAE 75 Em Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), São Paulo, colecionamos larvas de Cicindelinae, provavelmente Oxychila trisíis, em galerias construí- das nos barrancos argilosos das margens de riachos (Ribeirão Venerando), no interior da mata. Discussão A posição sistemática deste grupo, se subfamília de Carabidae ou família distinta, ainda não está de- finida. Segundo Crowson (1967), a ausência de nrogonfos e de lígula nas larvas, labro geralmente com não mais que 6 cerdas e esporões tibiais ante- riores nos adultos, assegurariam o status de família para o grupo. Outros autores (Reichardt, 1977), preferem in- cluir Cicindelinae em Carabidae. Referências: Crowson, 1967: Hamilton, 1925, Knisley e Pearson, 1984; Reichardt, 1977; Zikán, 1929. P aussini Pachytelis sp. (Estampa 7, figs. 1-14) Earva madura. Comprimento: 5,0 mm; largura do Protórax: 1,5 mm. Campodeiforme (fig. 1). casta- nha com cápsula cefálica, pernas e oitavo segmento abdominal amarelado; peças bucais castanho-escu- fas. Oitavo segmento abdominal largo e com vários lobos. Cabeça (figs. 5 e 6) prognata, fortemente escle- cotinizada, levemente deprimida e com muitas cer- das na região dorsal. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de ^ aberto, com ápices dirigidos para as bases das antenas. Com um par de estemas latero-dorsais bem desenvolvidos. Fronte com várias cerdas longas, in- seridas em pequenos tubérculos. Clípeo e labro fun- didos com a cápsula cefálica. Nasal com 1 dente niediano. Sutura guiar (fig. 6) alongada, maior que a metade do comprimento da cápsula cefálica. Áreas gcnais bem desenvolvidas com 1 par de cerdas lon- gas próximas à região mediana basal. Hipóstoma em forma de V com sutura obsoleta e seu limite posterior indicado pelo vértice do V que é ligeira- ntente mais escuro. Antenas (fig. 7) 4-scgmentadas; primeiro segmento mais comprido, com varias cer- das, uma das quais longa; segundo, curto, cerca de Um quarto do comprimento em relação ao do ante- rior; terceiro alongado, mais curto que o primeiro, com um alargamento subapical lateral, no ápice do qual se insere um cone sensorial pequeno; quarto segmento mais curto e mais delgado que o anterior, com 2 cerdas laterais longas e 3 mais curtas no ápi- ce. Mandíbulas (figs. 12 e 13) móveis, simétricas, pontiagudas; com retináculo bem desenvolvido e 1 cerda lateral; ápice ligeiramente recurvo; não pos- sui penicilo. Maxila (figs. 8 e 9) longa, móvel; gá- lea palpiforme, 2-segmentada; lacínia falciforme, mais curta que a gálea. Palpífero presente. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipes alongados, com dentículos e cerdas na região ventral; com muitas cerdas espessas na região dorsal; 4 dentes na região meso-dorsal e 1 na região ventro-basal; cardo pe- queno, transversal e com 1 cerda. Mento (fig. 6) membranoso e articulado na margem anterior do hipóstoma; pré-mento (fig. 11) mais longo que lar- go, com várias cerdas laterais espessas, 1 par de cerdas longas na base dos palpos e 1 par mais curto na região mediana próxima da base; lígula ausente. Palpos labiais 2-segmentados; primeiro segmento mais espesso e mais longo que o segundo e com uma cerda ventro-lateral; segundo segmento com 1 micro-cerda ventro-lateral e várias no ápice. Hipo- faringe (fig. 10) com muitos espinhos inseridos em pequenos tubérculos, distribuídos em toda a sua su- perfície, exceto numa faixa transversal basal; com lobo mediano com 2 espinhos no ápice, próximo à região mediana anterior. Tórax com segmentos li- geiramente alargados do primeiro ao terceiro; com cerdas dorsais mais longas e mais concentradas nu pronoto; 3 pares de pernas igualmente desenvolvi- das, estando apenas o par protorácico inserido mais ventralmente que os demais. Espiráculos torácicos anulares e circulares, localizados na região interseg- mentar entre o pro- e o mesotórax. Pernas (fig. 3) 5-segmentadas; coxa longa, bem desenvolvida, com 3 cerdas basais e 3 subapicais próximas a uma es- clerotinização transversal; trocânter alongado, mais curto e mais delgado que a coxa, com várias cerdas próximas à base e com 1 fileira subapical transver- sal; fêmur mais curto e aproximadamente da mes- ma espessura da do trocânter, com fileira transver- sal de cerdas subapicais; tíbia e tarso aproximada- mente do mesmo comprimento, sendo a tíbia mais espessa e com fileira transversal de cerdas subapi- cais espessas; tarso além das cerdas espessas, pos- suindo também cerdas finas; 1 par de garras desi- guais c inermes. Abdômen ligeiramente estreitado da base para o ápice; com 8 segmentos visíveis de cima. Segmentos 2-6 com protuberâncias laterais arredondadas (fig. 4) com várias cerdas, as quais aumentam de tamanho da base para o ápice; tegu- 76 Carabidae mento com muitas cerdas, sendo mais grossas e mais escuras ventralmente do quarto ao sexto segmentos. Oitavo segmento (fig. 2) achatado, recortado e com muitas cerdas espessas sendo as laterais mais longas; região dorsal bilobada; região ventral com 2 pares de lóbulos; o mais dorsal inteiro e o outro com 5 prolongamentos. Nono segmento tubular e curto, lo- calizado na base do oitavo. Segmentos 1-8 com um par de espiráculos anulares e circulares localizados ventralmente. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 29.vi.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP). Salesópolis (Estação Biológica de Bora- céia), 13.xii.1984, Exp. MZUSP col., 4 larvas cria- das até adulto (MZUSP); ibidem, 07-08.viii.1986. Exp. MZUSP col., 3 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos Encontramos larvas de Pachytelis sp. em galerias, em troncos caídos na região de Peruíbe e em gale- rias construídas em barrancos argilosos das margens de riachos, no interior da mata da Estação Biológica de Boracéia (Ribeirão Venerando). Nesta última localidade estavam próximas às galerias de larvas de Cicindelinae, provavelmente de Oxychila tristis. Estas larvas possuem o oitavo segmento abdomi- nal muito modificado e com ele fecham a abertura da galeria onde vivem, funcionando como um ver- dadeiro alçapão na captura de suas presas. A larva quando se alimenta permanece com o corpo forte- mente dobrado em forma de V, de tal modo que a cabeça fica paralela ao ápice do abdômen. O oitavo segmento possui ainda muitas cerdas, provavelmente sensitivas, que podem auxiliar a detectar a presença das presas na abertura da galeria. Em laboratório, as larvas foram alimentadas colocando-se operários de Isoptera e larvas pequenas de outros coleópteros sobre a superfície do oitavo segmento que imedia- tamente se movimentava, permitindo à larva aboca- nhar sua presa. Discussão Entre os especialistas em Carabidae, parece geral consenso que atribui a Paussinae o status de subfa- mília dentro do grupo. Autores mais recentes (Crowson, 1967) advo- gam o nível de família para Paussinae. Os caracteres larvais utilizados por Crowson (l.c.) para separar Paussinae dos demais Carabidae são: 8.° e 9.° seg- mentos abdominais formando um disco glandular, urogonfos ausentes e pernas freqüentemente redu- zidas. Referências: Bousquet, 1986; Crowson, 1967; Emden, 1936, 1942; Paulian, 1947. Morionini Morion brasiliense Dejean.1825 (Estampa 8, figs. 1-11) Larva madura. Comprimento; 17,0 mm; largura do pronoto: 3,0 mm. Campodeiforme (fig. 1), amare- lada, com cabeça castanho-escura, protórax, pernas e urogonfos castanho-claros. Cabeça prognata, fortemente pigmentada, deprimi- da e com lados subparalelos. Sutura epicranial pre- sente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em for- ma de U. Dois estemas localizados lateralmente, o anterior maior que o posterior. Área fronto-clipeal suavemente inclinada, dos ramos frontais para o na- sal, com dois sulcos leves longitudinais medianos e uma carena curta de cada lado. Nasal presente. Antena (fig. 11) 4-segmentada; primeiro e terceiro segmentos alongados e aproximadamente do mesmo comprimento; terceiro com 3 cerdas longas e uma area sensorial achatada, oblíqua, sem apêndice no apice, quarto segmento curto, com 3 cerdas longas e 2 mais curtas no ápice. Mandíbulas (fig. 7) mó- veis, simétricas, falciformes, com retináculo e 2 cer- das laterais. Maxilas (figs. 9 e 10) longas, móveis; gálea palpiforme, 2-segmentada; lacínia reduzida, espiniforme com 1 cerda no ápice. Palpífero pre- sente. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipes mais ou menos retangulares, com muitas cerdas ventrais próximas a margem lateral e outras mais longas que as anteriores, próximas a margem lateral externa. Cardo pequeno, com 2 escleritos. Mento (figs. 5 e 6) levemente esclerotinizado, sinuoso na margem ante- rior e triangular na posterior; pré-mento quase retan- gular com 1 par de cerdas laterais longas; lígula ausente. Palpos labiais 2-segmentados; segmento apical com estruturas dorsais especiais, próximas à base. Hipofaringe (fig. 6) com fileira transversal de cerdas longas, próximas à base e várias cerdas es- parsas, localizadas anteriormente à franja. Toráx com várias cerdas dorsais; protórax mais longo que o mesotórax. Área cervical com membrana eversí- vel. Espiráculos torácicos grandes, anulares e elípti- cos, localizados no mesotórax. Pernas (figs. 8 e 8a) com 5 segmentos; coxa robusta, com várias cerdas longas; trocânter com cerdas longas e curtas; fêmur do mesmo comprimento que a tíbia e tarso juntos, apenas com cerdas mais curtas e mais concentradas, próximo ao ápice; duas garras (fig. 8a) de tamanhos cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CARABIDAE 77 diferentes, sendo a posterior menor que a anterior. Abdômen deprimido, com 9 segmentos visíveis de cima e muitas cerdas dorsais e laterais; ventritos do primeiro e terceiro segmentos fundidos com os pós- ■ventritos, com 4 cerdas e 2 manchas medianas leve- mente esclerotinizadas; pós-ventritos fundidos nos segmentos 1-6; hipoventritos com 2 cerdas; epipleu- ritos não divididos e com 5 cerdas; sétimo segmento somente com 1 par de pós-ventritos e oitavo segmen- to sem pós-ventritos visíveis e com 1 ventrito menor de forma triangular; segmentos 1-8, com 1 par de espiráculos anulares e elípticos subiguais em tama- nho, localizados lateralmente. Urogonfos fixos, fun- didos ao nono segmento, nodulosos, com 8 cerdas cada um; décimo segmento caudal tubular, truncado no ápice e com várias cerdas subapicais. Pnpa (figs. 2 e 3). Adéctica, exarata; amarelada, região dorsal com muitas cerdas longas; segmentos abdominais 3-6, com pequenos tubérculos laterais hissetosos; sem armaduras de defesa especiais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- iis (Estação Biológica de Boracéia), 16.xi. 1977, E.X. Rabello col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 16-18.Í.1980, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ífnWem, 20-21.vi.1980, Exp. MZUSP col., 2 larvas criadas até adulto e 1 larva fixada (MZUSP). Peruíbe, 24-25.vi.l980, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até pupa (MZUSP). Dados biológicos As larvas de Morion brasiliense ocorrem em tron- cos caídos. São predadoras e em laboratório foram alimentadas com operários de Isoptera e larvas de Tenebrionidae. A larva madura forma uma câmara Pupal unindo com sua saliva pedaços de madeira e areia. O período pupal durou em média 14 dias. Discussão Os estágios larvais da tribo Morionini são ainda niuito pouco conhecidos. Excetuando-se as espécies descritas por Jorge-Silva e Costa (1983), as demais larvas da literatura não foram criadas em laborató- rio mas sim identificadas por correlação de adultos encontrados juntos. Por este motivo a caracterização das larvas desta tribo ainda é prematura. Darpalini Polpochila sp. (Estampa 9, figs. 1-15; Estampa 147, figs. 3 e 4) Larva madura. Comprimento: 13,0 mm; largura do protórax: 2,0 mm. Campodeiforme (fig. 1), com cápsula cefálica, mandíbulas e pronoto castanho-es- curos; meso- e metanoto castanho mais claro; abdô- men amarelado; segmentos 1-9 com tergitos, epipleu- ritos, ventritos, pós-ventritos, hipoventritos, urogon- fos e 10.° segmento castanho-claros. Cabeça (fig. 8) prognata, fortemente pigmentada e esclerotinizada, levemente deprimida. Cápsula ce- fálica dorsal com 1 carena transversal sinuosa perto da base, que está interrompida na região mediana. Sutura epicranial presente. Sutura coronal muito curta. Ramos frontais em forma de V, ligeiramente sinuosos e convergentes no ápice. Grupo de 6 este- mas (fig. la) bem desenvolvidos, localizados dorso- lateralmente, próximo à base da antena. Fronte mais elevada na região mesal, com 7 pares de cerdas, 2 dos quais mais longos; margem lateral anterior mais estreita, arredondada e com várias cerdas cur- tas; com aparente constrição lateral e curta, for- mada por uma região menos esclerotinizada. Nasal (fig. 9) com 1 dente mediano bem desenvolvido e 2 pequenos de cada lado. Sutura guiar curta. Hipós- toma em forma de V, com sutura clara, sendo o seu limite indicado pelo vértice do V que é ligeiramente mais escuro. Antena (fig. 6) 4-segmentada; primeiro e segundo segmentos alongados e com cerdas laterais longas; terceiro (fig. 7) com 3 cerdas e um alarga- mento subapical lateral onde se insere 1 cone senso- rial pequeno; quarto segmento mais curto e delgado que os demais e com 3 cerdas longas no ápice. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) mó- veis, simétricas, falciformes, com 2 cerdas laterais; retináculo bem desenvolvido; penicilo curto. Maxila (figs. 12 e 13) longa e móvel, com dois lobos ma- xilares. Gálea palpiforme, 2-segmentada, com uma cerda no segmento basal. Lacínia reduzida, eom 1 cerda longa no ápice. Palpífero presente, da forma dos segmentos dos palpos e com 1 cerda. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° segmento mais longo que o 2.° e 3.° segmentos juntos. Estipe alongado; região ventral com uma fileira de cerdas curtas na re- gião mesal e uma entre gálea e lacínia e 3 cerdas longas na margem externa; região dorsal com uma fileira longitudinal de cerdas curtas, próximas ao meio e uma cerda longa na margem lateral externa. Car- do com 2 escleritos, o mais externo com 1 cerda. Lábio (figs. 14 e 15) com dois escleritos: pré-mento e mento. Pré-mento esclerotinizado, com um par de cerdas laterais localizadas abaixo dos palpos. Mento membranoso. Lígula pouco desenvolvida. Palpos labiais 2-segmentados. Hipofaringe (fig. 14) total- mente coberta por cerdas; região mediana apical com uma proeminência em forma de lóbulo, com 3 cer- 78 CARABIDAE das no ápice. Região dorsal do tórax bem escleroti- nizada e com muitas cerdas. Protórax aproximada- mente do mesmo comprimento que o meso- e o metatórax juntos; com 3 pares de pernas igualmente desenvolvidas e 1 par de espiráculos anulares e elípticos grandes, localizados ventralmente na região intersegmentar entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 5) com 5 segmentos e 2 garras; coxa robusta, ligei- ramente mais longa que o trocânter e com várias cerdas; trocânter e fêmur aproximadamente do mes- mo comprimento e com várias cerdas distribuídas próximas à margem lateral inferior; tíbia mais curta que o fêmur, com 1 cerda basal e várias inseridas em uma fileira transversal próxima ao ápice; tarso ligeiramente mais curto e delgado que a tíbia; garras desiguais e inermes. Abdômen estreitando-se ligeira- mente da base para o ápice, com 9 segmentos visí- veis de cima; tergitos com uma placa esclerotinizada com várias cerdas dispostas próximo às suas mar- gens; tergitos 3.°-5.° com 1 par de tubérculos me- dianos, cada um com 2 cerdas. Ventritos separados dos pós-ventritos e hipoventritos nos segmentos abdo- minais l.°-7.0; ventritos fundidos entre si e com os pós-ventritos no oitavo segmento; nono segmento com ventritos fundidos com os pós-ventritos e hipoventri- tos; epipleuritos não divididos. Todos os escleritos possuem número variado de cerdas. Nono segmento com 1 par de urogonfos fixos, cada um com várias cerdas longas. Décimo segmento ventral, tubular e circundado por várias cerdas. Segmentos abdominais l.®-8.o com 1 par de espiráculos anulares e elípticos dorsais, desiguais em tamanho e menores que o torácico. Pupa (Estampa 9, figs. 2 e 3; Estampa 147, figs. 3 e 4). Adéctica, exarata. Pronoto com várias cerdas, mesonoto com 1 par de cerdas, metanoto e segmen- tos abdominais com várias cerdas longas, inseridas próximo à margem posterior. Segmentos abdominais l.°-5.° com 1 par de prolongamentos laterais curtos e arredondados e, ainda, com 1 par de espiráculos dorsais. Não apresenta nenhuma ornamentação mais característica. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 25-27.V.1982, Exp. MZUSP col., 2 larvas criadas até adulto, 1 larva e 3 pupas fixadas (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e alguns adultos foram coletados no solo embaixo de vegetação de gramíneas, no mesmo local onde foram encontradas, em grande abundân- cia, larvas de Lampyridae do gênero Bicellonycha. As pupas, com as respectivas últimas exúvias lar- vais, encontravam-se dentro de pequenos casulos formados por terra aglutinada. Discussão O nosso material concorda em grande parte com os caracteres listados por Négre (1963), para o gê- nero Polpochita, baseado em P. capitata ou P. erro Chu (1945), espécies da América do Norte. Discor- da apenas em alguns caracteres: escrobo mandibular com 2 cerdas (1 cerda em P. capitata ou P. erro)', cerdas da lígula juntas na base (separadas na base); urogonfos longos com mais de 3 vezes o compri- mento do 9.° segmento abdominal (urogonfos mais curtos que o 9.° segmento abdominal). Larvas e pupas deste gênero e espécie eram des- conhecidas até agora para o Brasil. Referências; Chu, 1945; Habu e Sadanaga, 1960; Négre, 1963. Galeritini Galerita brasiliense Dejean, 1826 (Estampa 10, figs. 1-11) Larva. Comprimento; 12,0 mm; maior largura do protórax: 2,0 mm. Campodeiforme (fig. 2); casta- nho-escura exceto peças bucais e pernas que são amareladas. Cabeça (fig. 1) prognata, fortemente pigmentada e esclerotinizada; levemente deprimida. Sutura epi- cranial presente. Sutura coronal curta. Ramos fron- tais em forma de V, ligeiramente sinuosos, dirigin- do-se para a margem lateral interna da antena. Grupo de 6 estemas (fig. la), bem desenvolvidos, locali- zado dorsolateralmente próximo à base da antena. Nasal (fig. 7) proeminente, estreito, bilobado no ápice e com muitas cerdas laterais. Epifaringe (fig. 8) com 2 pares de espinhos bem desenvolvidos e microespinhos em toda a superfície. Suturas guiares obsoletas, correspondendo a duas zonas membrano- sas. Gula muito pequena, estreita, formada por um esclerito mais escuro entre as duas faixas membra- nosas. Antenas (fig. 11) mais longas que a cabeça, 4-segmentadas; 1.° segmento aproximadamente do mesmo comprimento que os demais reunidos; l.° e 2.0 segmentos com fileira lateral de cerdas espessas e longas inseridas em pequenos tubérculos e cerdas mais finas, dorsais e ventrais; terceiro segmento com cone sensorial apical bem pequeno e várias cerdas finas; quarto menor e com várias cerdas finas, muito cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CARABIDAE 79 longas, inseridas em pequenas protuberâncias. Peças bucais protraídas e bem desenvolvidas. Mandíbulas (^•g. 9) móveis, simétricas, falciformes e com ápice recurvo; com retináculo e 2 cerdas laterais; sem pe- nicilo. Maxila (fig. 10) longa e móvel. Gálea arti- culada palpiforme, 2-segmentada com cerdas longas, lacínia ausente. Palpífero presente, da forma do seg- mento do palpo e com 2 cerdas espessas e longas e 1 cerda curta. Palpos maxilares 3 -segmentados; pri- meiro segmento com cerdas laterais longas e espes- sas, inseridas em pequenos tubérculos. Estipe alon- gado e estreito, com muitas cerdas de vários tama- nhos; as cerdas longas e espessas estão inseridas em pequenos tubérculos. Cardo com apenas 1 esclerito. Lábio (fig. 5) com mento parcialmente membranoso e fundido à gula; pré-mento esclerotinizado e com 2 pares de cerdas. Lígula longa e estreita com 1 cerda no ápice. Palpígero presente. Palpos labiais longos, 2-segmentados e com muitas cerdas; primeiro seg- mento com o dobro do comprimento do segundo. Hipofaringe (fig. 4) totalmente coberta de cerdas e com 2 áreas esclerotinizadas látero-medianas. Tórax (fig. 2) aproximadamente do mesmo comprimento do abdômen; protórax estreitado anteriormente e quase do mesmo comprimento que meso- e metato- juntos; região dorsal do tórax com varias cerdas inseridas em pequenos tubérculos; 3 pares de pernas iguais e bem desenvolvidas. Com um par de espi- ráculos anulares e elípticos, localizados ventralmente próximos à margem anterior do mesotorax. Pernas (fig. 6) longas, relativamente delgadas, com 5 seg- nientos e 2 garras; todos os segmentos possuem eerdas rijas, mas, as laterais internas das coxas ante- riores são mais espessas e inseridas em tubérculos, garras iguais e com 1 cerda basal espessa. Abdômen com 10 segmentos visíveis de cima; os segmentos decrescem ligeiramente na largura, da base para o ápice; região dorsal e lateral com várias cerdas inse- ridas em pequenos tubérculos; nono segmento com f par de urogonfos, mais longos que o abdômen, segmentados e com várias cerdas; décimo, tubular e Apical. Abertura anal transversal. Segmentos 1-8 com 1 par de espiráculos anulares e ligeiramente elípticos, dorso-laterais e desiguais em tamanho. Material examinado. BRASIL. Minas Gerais. Santa Bárbara (Serra do Caraça), 08. ii. 1981, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Galeríta carbonaría Mannerh., 1837 (Estampa 11, figs. 1-14; Estampa 147, figs. 5 e 6) Larva madura. Comprimento: 13,0 mm; largura maior do protórax: 2,0 mm. Campodeiforme (Fig. 1), região dorsal castanho-escura, ápice das antenas e algumas áreas da região ventral esbranquiçadas. Cabeça (fig. 4) prognata, fortemente pigmentada e esclerotinizada, levemente deprimida. Sutura epi- cranial presente. Sutura coronal curta. Ramos fron- tais em forma de V, dirigidos para a margem lateral interna da antena. Grupo de 6 estemas (fig. la) bem desenvolvidos, localizado dorso-lateralmente, abaixo das antenas. Nasal (fig. 10) proeminente, estreito, bífido no ápice e com várias cerdas. Epifa- ringe (fig. 9), com 2 pares de espinhos bem desen- volvidos e vários menores em toda a superfície. Su- tura guiar obsoleta. Gula larga e fracamente escle- rotinizada. Antenas (fig. 8) mais longas que a cabeça, 4-segmentadas; primeiro segmento aproxi- madamente do mesmo comprimento que os demais reunidos; primeiro e segundo segmentos castanhos e com muitas cerdas escuras; segundo e terceiro es- branquiçados com cerdas claras; terceiro com apên- dice sensorial pequeno, no ápice; quarto curto e com longas cerdas. Peças bucais bem desenvolvidas, pro- tráteis. Mandíbulas (fig. 6) móveis, simétricas, fal- ciformes, com ápice longo e recurvo; com retináculo e pilosidade extremamente fina na região mesal, do ápice até a base do retináculo; com 2 cerdas laterais; não possui penicilo. Maxila (figs. 11 c 12) alonga- da. Gálea articulada, palpiforme, 2-segmentada. La- cínia ausente. Palpífero presente, do formato do segmento do palpo e com 1 cerda longa. Palpos maxilares 3-segmentados e com várias cerdas. Estipe alongado, com muitas cerdas longas na região ventral e cerdas mais curtas na região dorsal. Cardo peque- no, formado por peça única. Lábio (fig. 13) com pré-mento esclerotinizado e com 1 par de cerdas; mento parcialmente membranoso e fundido à gula; lígula estreita e alongada com 1 cerda no ápice. Palpos labiais 2-segmentados e com muitas cerdas; primeiro segmento com o dobro do comprimento do segundo. Hipofaringe (fig. 14) totalmente coberta de cerdas e com dois escleritos transversais na base. Tórax (fig. 1 ) ligeiramente mais curto que o abdô- men, com muitas cerdas dorsais e laterais; protórax mais estreito e do mesmo comprimento que o meso- e metatórax juntos; região ventral membranosa, ape- nas com prosterno esclerotinizado; com 3 pares de pernas igualmente desenvolvidas. Um par de espi- ráculos anulares e elípticos ventrais, grandes, loca- lizados na margem anterior do mesostcrno. Pernas (fig. 7) longas com 5 segmentos e 2 garras; todos os segmentos com muitas cerdas, sendo as das pernas anteriores mais longas e espessas e algumas inseridas em pequenos tubérculos; garras iguais e com 1 cerda cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 80 CARABIDAE - HALIPLIDAE - NOTERIDAE curta na região mediana basal. Abdômen (fig. 1) ligeiramente mais estreito no ápice; com 10 segmen- tos visíveis de cima; tergitos esclerotinizados e com muitas cerdas; nono segmento com 1 par de urogon- fos mais longos que o corpo, segmentados e com algumas cerdas curtas; décimo segmento tubular e apical. Primeiro segmento com um único ventrito; segundo e terceiro segmentos com 3 ventritos, 1 pós-ventrito e 1 hipoventrito pequenos; segmentos 4.°-7.° com ventritos fundidos aos pós-ventritos e com 1 par de hipoventritos pequenos; oitavo seg- mento com peça única. Segmentos l.°-8.° com epi- pleuritos não divididos e com 1 par de espiráculos anulares e circulares dorso-laterais e desiguais. Aber- tura anal transversal. Pupa (Estampa 11, figs. 2 e 5; Estampa 147, figs. 5 e 6). Adéctica, exarata. Esbranquiçada com pernas muito longas. Tergitos l.°-6.® com várias cerdas distribuídas em dois grupos próximos à mar- gem lateral de cada segmento; segmentos 2.°-6.° com prolongamentos laterais longos, dilatados no ápice. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20.xii. 1982, C. Costa col., 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 21.x. 1983, C. Costa col., 2 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 07.xii. 1983, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos As larvas de Galerita brasiliense e G. carbonaria são geralmente encontradas em folhiço, são andari- lhas ativas, predadoras que se alimentam de peque- nos artrópodes e larvas de outros coleópteros. Em laboratório foram alimentadas com operários de Isoptera e larvas de Palembus sp. (Tenebrionidae). O período pupal foi de aproximadamente 7 dias. Discussão As descrições de Galerita brasiliense e G. carbo- naria concordam com os caracteres genéricos apre- sentados por Emden (1942). As larvas dessas 2 espécies são semelhantes mor- fologicamente, diferindo em poucos caracteres tais como: quetotaxia, proporção do tórax em relação ao abdômen, comprimento relativo dos urogonfos e coloração geral do corpo. Foi nossa intenção exibir grupos nos quais ocor- rem larvas de espécies diferentes mas com grandes semelhanças entre si, sendo os adultos bem distintos morfologicamente. 8. HALIPLIDAE Família de distribuição mundial, compreende apro- ximadamente 4 gêneros e 200 espécies. No Brasil há registro apenas do gênero Haliplus com cerca de 5 espécies. São coleópteros relativamente pequenos que vivem em coleções de água ou correntes de pe- quena velocidade. As larvas são desconhecidas para o Brasil. Larvas alongadas, estreitas, levemente deprimidas; moderadamente esclerotinizadas dorsal e ventralmen- te e, às vezes, densamente pubescentes. Sutura coro- nal curta. Mandíbulas curtas, robustas, perfuradas. Suturas guiares separadas. Maxila com mala curta, obtusa. Pernas com uma garra; pernas anteriores mais curtas que as demais. Tergitos torácicos e ter- gitos abdominais l.°-8.° com 1 a 3 processos de cada lado da linha média; processos variam de tu- bérculos curtos a filamentos longos, segmentados. 10.° segmento freqüentemente com tergito longo, estreito, às vezes bífido no ápice, e esternito esclero- tinizado; ocasionalmente o segmento todo é reduzido e ventral. Espiráculos funcionais presentes no meso- tórax e nos segmentos abdominais l.°-8.°, apenas no último instar. Larvas aquáticas, vivendo entre a vegetação das margens de lagos, lagoas e riachos. As làrvas obtêm o oxigênio através da parede do corpo e se alimen- tam de algas, que são sugadas através das perfura- ções mandibulares. Referências: Bertrand, 1972; Bôving e Craighead, 1931; Hikman, 1930, 1931; Lawrence, 1982, Pe- terson, 1960. 9. NOTERIDAE Esta família de distribuição mundial inclui Phrea- todytidae. Possui cerca de 12 gêneros e 175 espé- cies. No Brasil, encontram-se 6 gêneros e aproxima- damente 42 espécies. São coleópteros relativamente pequenos. As larvas são desconhecidas para o Brasil. Larvas alongadas e subcilíndricas ou estreitadas posteriormente. Cabeça sem constrição posterior; sutura coronal curta ou ausente. Estemas presentes ou ausentes. Mandíbulas moderadamente robustas, providas de retináculo e, em geral, com um sulco mesal. Suturas guiares separadas. 8.° segmento abdo- minal arredondado ou agudo no ápice e com espi- ráculos posteriores; 9.° segmento abdominal reduzi- do, encoberto pelo 8.° segmento, e com 2 urogonfos curtos. Apenas no último instar surgem espiráculos cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 dvtiscidae 81 funcionais nos segmentos abdominais Larvas ocorrem nas margens de lagos, lagoas, poças, ou riachos de curso lento. Vivem no lodo e aparentemente alimentam-se de algas. Referências: Bertrand, 1972; Bõving e Craighead, 1931; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. 10. DYTISCIDAE (Estampas 12-13) Família cosmopolita, com cerca de 120 gêneros e 3000 espécies. No Brasil, ocorrem aproximada- mente 21 gêneros e 161 espécies. Larvas alongadas, com margens laterais estrei- tando-se gradualmente para trás. Cabeça geralmente com constrição posterior. Sutura coronal em geral longa, às vezes indistinta ou ausente. Antenas com até 9 segmentos. Mandíbulas em geral longas e del- gadas, sulcadas ou perfuradas. Palpos labiais 2-4 segmentados. Suturas guiares separadas ou confluen- les posteriormente. Pernas longas, em geral providas de cerdas natatórias. Podem ocorrer brânquias late- rais nos segmentos abdominais l.°-7.°; 7.° e 8.® segmentos abdominais frequentemente com franjas de cerdas; 8.° segmento curto ou alongado e estrei- tado para o ápice, com um par de espiráculos pos- teriores. 9.° segmento abdominal reduzido e enco- berto dorsalmente pelo 8.°; na maioria das espécies apresenta um par de urogonfos longos, articulados. Apenas no último instar surgem espiráculos funcio- nais adicionais, no mesotórax e nos segmentos abdo- tninais l.°-6.° ou l.°-7.°. Larvas aquáticas, vivendo em ambientes variados, roas principalmente em lagos e lagoas. São boas nadadoras, predadoras ativas, caçando moluscos, pequenos peixes e larvas de insetos. Quase todas as larvas dos ditiscídeos captam o ar na superfície do corpo de água, através dos espiráculos posteriores terminais; algumas poucas espécies possuem brân- quias abdominais, enquanto outras apresentam res- piração tegumentar. Referências: Bertrand, 1972; Lawrence, 1982; Lsinger, 1956. ^gabini Rhantus calidus Fabricius, 1972 (Estampa 12, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 23,0 mm; maior lar- gura do protórax: 3,0 mm. Campodeiforme (fig. 1), alongada, levemente achatada. Região dorsal casta- nho-escura com manchas ligeiramente mais claras; pernas e região ventral da cabeça amareladas; região ventral branca, não esclerotinizada, exceto o sétimo e oitavo segmentos que são castanhos como a região dorsal. Cabeça (figs. 2 e 3), prognata, fortemente escle- rotinizada e deprimida; região dorsal fortemente pig- mentada com várias manchas claras; uma maior circundando os estemas e várias menores próximas à região mediana anterior e basal; região ventral com muitas cerdas curtas, inseridas em pequenos tubérculos escuros. Sutura epicranial (fig. 2) pre- sente. Sutura coronal longa, atingindo aproximada- mente metade do comprimento da cabeça. Ramos frontais ligeiramente sinuosos, em forma de U aberto. Grupo de 6 estemas (fig. la) bem desenvol- vidos, 4 dos quais localizados dorso- e 2 ventro-late- ralmente. Labro (fig. 4) li^re, totalmente encai- xado na fronte, transverso, mais ou menos elíptico; margem anterior com várias fileiras de espinhos e algumas cerdas curtas; região mediana basal escle- rotinizada e com várias cerdas curtas. Epifaringe (fig. 5) com muitos espinhos pequenos, distribuídos lateralmente numa faixa próxima à região apical. Suturas guiares (fig. 3) ausentes; gula ausente; duas pequenas marcas arredondadas correspondentes aos pontos do tentório, presentes. Áreas genais com uma carena lateral, com dentículos e cerdas curtas no ápice. Antenas (fig. 7) longas, 4-segmentadas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13 e 14) móveis, simétricas, falciformes com ápice recurvo e canal interno abrindo-se próximo ao ápice. Maxila (fig. 6) curta e móvel. Gálea palpiforme, 2-segmen- tada, com 1 cerda no segmento basal e 1 no distai; lacínia ausente. Palpífero ausente. Palpos maxilares longos e 4-segmentados. Estipe curto; margem me- sal com algumas cerdas curtas e 3 cerdas espinifor- mes abaixo da gálea; com 3 cerdas finas em fileira transversal próxima à margem lateral. Cardo muito pequeno com 1 cerda longa. Lábio (fig. 6) muito curto; pré-mento transverso, retangular, com várias cerdas curtas, espessas, próximas à margem ante- rior; lígula ausente; mento (fig. 3) curto, largo, trans- verso, com 2 cerdas curtas e espessas no ápice. Pal- pos labiais longos e 2-segmentados. Tórax (fig. 1) ligeiramente alargado do ápice para a base; castanho com várias manchas claras; protórax mais estreito anteriormente; 3 pares de pernas, sendo o par ante- rior mais curto; um par de espiráculos circulares, anulares e projetados, localizados lateralmente na margem anterior do mesosterno. Pernas (fig. 8) cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 82 DYTISCIDAE longas, com 5 segmentos e 2 garras; com franja de cerdas finas e longas; coxa longa, espessa, com várias cerdas; trocânter dividido; fêmur, tíbia e tarso alongados, com várias cerdas curtas, além da franja; garras aproximadamente iguais e inermes. Abdô- men (fig. 1 ) com 8 segmentos visíveis de cima, cas- tanho, com várias áreas mais claras e tubérculos pe- quenos; sétimo segmento curto e delgado; oitavo muito longo (figs. 9 e 10), três vezes o comprimento do sétimo, com 1 par de urogonfos curtos, ventrais e apicais, não segmentados e com várias cerdas late- rais; nono segmento (fig. 11) triangular e dorsal; décimo reduzido, bilobado (fig. 12), pouco esclero- tinizado e ventral; ápice da região dorsal com duas projeções pequenas em forma de cone, sendo a ven- tral com 3 cerdas pequenas; décimo segmento junta- mente com o nono, formando uma câmara respi- ratória. Fendo anal ventral, em forma de Y, locali- zada no ápice do oitavo segmento, entre os urogon- fos. Segmentos 1-6 com 1 par de espiráculos anula- res e circulares dorsais; sétimo, com 1 par lateral; oitavo par de espiráculos localizados entre o nono e décimo segmentos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesó- polis (Estação Biológica de Boracéia), 22-24.X.1982, Exp. DZUSP col., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP). São Sebastião, xi.l978, S. Ditadi col., 34 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos Larvas desta espécie foram coletadas em lagoas e poças temporárias. Segundo Bertrand (1972) as larvas do gênero Rhantus são predadoras principal- mente de larvas e pupas de Culicidae (Diptera). Em laboratório foram alimentadas com larvas de Drosophilidae (Diptera). Os espécimens de São Se- bastião foram coletados em poça de água onde havia grande quantidade de larvas de Culicidae. Discussão Esta espécie aparece na chave para larvas de Colymbetinae de Bertrand (1972) que, também, figurou a antena e a perna. É a única espécie do gênero que consta desta chave e que possui cerdas na margem interna do estipe maxilar; o material examinado difere por apresentar 3 cerdas e não duas. Os demais caracteres apresentados são con- cordantes. Nilson (1987) descreve a larva de Rhan- tus fennicus Huldén, da Finlândia e dá muita impor- tância à quetotaxia das pernas. Hydroporini Amarodytes duponti Aubé, 1838 (Estampa 13, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 4,0 mm. Campodei- forme (fig. 1 ) ; subcilíndrica com cabeça, pro-, me- tanoto, região mediana do mesonoto, pernas, região dorsal abdominal dos segmentos l.°-6.° e ápice do 8.° segmento, castanho-escuros, região ventral branca e não esclerotmizada; 7.° e 8.° segmentos e urogon- fos castanho-claros. Todos os segmentos são margi- nados por cerdas. Cabeça (fig. 2) prognata, com muitas cerdas finas e 1 carena transversal próxima à base dorsal e que se prolonga para a frente e para os lados (fig. la), delimitando a constrição posterior. Sutura epicranial presente. Sutura coronal bem desenvolvida. Ramos frontais em forma de lira. Grupo de aparentemente 6 estemas dorsais, os quais estão muito juntos e são de difícil individualização (fig. la). Nasal (fig. 2) proeminente, arredondado, com pilosidade densa no ápice. Epifaringe (fig. 6) marginada late- ralmente por pequenos tubérculos; região anterior com cerdas; com 1 par de cerdas curtas laterais e outro próximo à região mediana; com 2 áreas co- bertas por cerdas muito curtas e 5 poros sensoriais próximos à região mediana anterior. Suturas guiares ausentes; gula ausente; com 2 pequenas marcas arre- dondadas, correspondendo aos pontos do tentório. Áreas genais separadas por uma zona menos escle- rotinizada e ligeiramente côncava, com muitas cer- das, algumas curtas e espessas, as laterais mais longas. Antena (figs. 2 e 2a) 4-segmentada; l.° seg- mento mais curto que o 2.°; 3.° com 3 cerdas curtas, uma das quais ventral; 4.° com apêndice lateral longo. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11 e 12) móveis, simétricas, falciformes, com ápice ligeiramente recurvo; com canal interno que se abre próximo ao ápice; região ventral com 1 fileira late- ral de espinhos. Maxilas (figs. 3 e 4) palpiformes; estipe pequeno com 3 cerdas ventrais longas e várias dorsais menores; gálea e lacínia ausentes. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° e 2.° segmentos lon- gos; 3.° curto; 2.° segmento com 3 cerdas apicais. Lábio (fig. 9) com pré-mento curto, com 2 cerdas próximas a margem anterior e 2 basais; mento mem- branoso com 1 par de cerdas basais; lígula ausente. Palpos labiais 2-segmentados; 2.° segmento com 3 cerdas medianas. Hipofaringe (fig. 10) com várias cerdas escuras; pronoto castanho-escuro, mesonoto Tórax ligeiramente alargado da região anterior para a basal; tergitos esclerotinizados e marginados por cerdas escuras; pronoto castanho-escuro, mesonoto amarelado com região mediana castanha, ligeira- mente mais clara que o pronoto; metanoto total- cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 GYRINIDAE 83 niente castanho. Um par de espiráculos anulares e circulares, localizados na região anterior do mesos- tcrno. Pernas (figs. 7 e 8) sem cerdas natatórias, desiguais em tamanho, sendo o par anterior menor; com 5 segmentos; trocânter dividido; tarso com 2 garras; segmentos com cerdas simples e/ou pina- das (fig. 8a). Abdômen gradualmente estreitado no ápice; com 8 segmentos visíveis de cima; tcrgitos claramente diferenciados dos esternitos; e 8.0 segmentos em forma de anel; 8.° segmento (íig. Ib) com 1 prolongamento mediano dorsal no ápice, a partir do qual se abre o 8.° par de espi- ráculos (fig. 5); 9.0 segmento não aparente; 1 par de urogonfos 2-segmentados com 6 cerdas primárias c algumas cerdas secundárias; 10.° segmento indis- tinto. 1.0-7. o segmentos com 1 par de espiráculos anulares, localizado dorsalmente. Abertura anal in- distinta. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesó- polis (Estação Biológica de Boracéia), 19.x. 1985, Exc. DZUSP col., 17 larvas e 4 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos desta espécie foram coletados nos caldeirões do leito rochoso do Rio Claro, na loca- lidade denominada “Pilões” (Estação Biológica de Boracéia). As larvas são bentônicas e deslocam-se ativamente sobre o substrato. Discussão Amarodytes já foi considerado subgênero de Bi- dessus (Blackwelder, 1944) e constitui atualmente gênero válido. A larva aqui descrita é semelhante à de Bidessus, diferindo principalmente pela existên- cia de entalhes no nasal, 8.° segmento com prolon- gamento cônico muito curto e cercos com cerdas primárias e secundárias. Referências; Bertrand, 1928, 1931, 1972; Leech c Chandler in Usinger, 1956; Nilsson, 1987; Wolfe, 1985. 1 1 • GYRINIDAE (Estampa 14) Família cosmopolita, possui cerca de 1 1 gêneros c 700 espécies. No Brasil encontram-se 4 gêneros e 48 espécies. Adultos são caracterizados pelo olho dividido e por nadarem na superfície da água reali- zando movimentos circulares. Adultos e larvas são predadores, os primeiros alimentando-se principal- mente, na superfície da água, de organismos que caem na água ou de outras larvas que capturam mergulhando até o fundo. Larvas alongadas e estreitas, levemente escleroti- nizadas, exceto cabeça e protergo. Cabeça alongada; sutura coronal longa, às vezes ausente. Mandíbulas delgadas e perfuradas. Maxila com gálea e lacínia. Lábio sem lígula. Suturas guiares confluentes pos- teriormente. Segmentos abdominais 1-8 com um par de tráqueo-brânquias franjadas, laterais; 9.° segmento com 2 pares de brânquias. 10.° segmento longo e tubular, com 4 ganchos no ápice. Apenas no último instar ocorrem espiráculos nos segmen- tos abdominais 1-3. Larvas ocorrem preferencialmente em águas pa- radas, embora algumas espécies estejam adaptadas a viverem em riachos. São predadoras ativas, ben- tônicas, respirando através de brânquias abdomi- nais. Referências: Bertrand, 1972; Bõving e Craighead, 1931; Butcher, 1930; Costa, 1964; Leech e Chan- dler in Usinger, 1956; Peterson, 1960; Saxod, 1965. Orectochilinae Gyretes sp. (Estampa 14, fig. 1) Larva de l.° instar. Comprimento; 2,0 mm. Cam- podeiforme (fig. 1), branca, apenas com manchas ocelares escuras. Cabeça bem desenvolvida, maior que o protórax; prognata, fortemente esclerotinizada e deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal menor que a metade do comprimento da fronte. Ramos frontais em forma de lira. Seis estemas castanhos, dorsais, abaixo da base das antenas. Nasal proemi- nente, com margem anterior truncada. Sutura guiar reta, partindo da base e ultrapassando a metade da cabeça mas não atingindo o ápice. Gula ausente. Antenas longas, 4-segmentadas; 1.° segmento sub- globular; 2.° e 3.° alongados, sendo o 3.° maior que o 2.0; 4.0 mais longo que os demais e curvo, estrei- tado na base e no ápice. Peças bucais protraídas, bem desenvolvidas. Mandíbulas móveis, simétricas e falciformes, com ápice recurvo; com canal interno se abrindo no ápice. Maxila curta; gálea palpifor- me, 2-segmentada; lacínia espiniforme e curva; es- tipes curtos; cardo largo, da mesma largura dos estipes. Palpígero presente. Palpos maxilares longos. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 84 GYRINIDAE 3-segmentados; segmento apical curvo, com ápice e base levemente estreitados. Palpos labiais longos, 2- segmentados; segmento apical curvo, com ápice e base estreitados. Tórax com várias cerdas dorsais e laterais; protórax da largura da base da cabeça, alargando na região mediana; mesotórax mais longo que o metatórax. Pernas subiguais e com 5 seg- mentos: coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarso com 2 garras; garras com 1 cerda basal. Abdômen deprimi- do, ligeiramente afilado no ápice; com 10 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de brânquias filamentosas laterais; 9.° segmento com 2 pares de brânquias filamentosas apicais, ligeira- mente mais grossas que as anteriores; 10.° segmento com 2 pares de cerdas dorsais e 4 ganchos ventrais curvos, iguais em tamanho. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Itatinga (Ribeirão do Tamanduá), 19.xi.l982, M.F. Barros- Ferreira, G.L. Volpato e U. Caramaschi cols., 1 lar- va fixada (MZUSP). Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 07-08.viii.1986, Exp. MZUSP e DZUSP cols., 1 larva fixada (MZUSP). São José do Rio Preto (Rió Piedade), C. Costa col., 28 larvas de l.° instar, criadas a partir do ovo (MZUSP). São Paulo (Cidade Universitária), 17.ix.l971, sem cole- tor, 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). Gyrininae Gyrínus gibbus Aubé, 1838 (Estampa 14, figs. 2-12) Larva madura. Comprimento: 12,0 mm; maior lar- gura do protórax: 1,0 mm. Campodeiforme (fig. 2), ligeiramente amarelada, com cabeça, pronoto e mar- gem anterior do mesonoto castanho-claros. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, levemente pigmen- tada e esclerotinizada, mais estreita que o tórax. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta, menor que 1/4 do comprimento da fronte. Ramos frontais em forma de lira. Com 3 estemas localiza- dos em uma protuberância lateral negra, sendo 1 dorsal e 1 ventral próximos à base das antenas, e 1 posterior, formando um triângulo, juntamente com os anteriores. Nasal (fig. 9) bilobado na margem anterior e com várias cerdas distais curtas e espessas e 1 par de poros sensoriais subapicais; com 2 cerdas de tamanho médio localizadas na base. Suturas gu- iares (fig. 4) quase atingindo a metade basal da cabeça; gula membranosa e muito estreita. Antenas (fig. 5) 4-segmentadas; l.° segmento curto; demais segmentos alongados; 4.° segmento com pequeno apêndice sensorial no ápice (fig. 5a). Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) móveis, si- métricas, ligeiramente esclerotinizadas, sinuosas na região mesal e com canal interno que se abre próxi- mo ao ápice; região dorsal com 1 cerda próxima à margem lateral. Maxilas (fig. 7) largas e curtas, aparentemente móveis. Gálea palpiforme e 2-seg- mentada; l.° segmento globoso e com 1 cerda lon- ga; 2.° segmento mais delgado e curto que o ante- rior, com 3 cerdas longas, sendo 2 laterais e 1 api- cal. Lacínia curva, com ápice em forma de gancho. Palpífero presente. Palpos maxilares 3-segmentados; 3.° segmento levemente cuneiforme. Estipe mais largo que longo, com 2 cerdas laterais na região ventral; região dorsal (fig. 7a) com 1 fileira longi- tudinal de cerdas grossas, localizadas na margem la- teral anterior, diminuindo de comprimento do ápice para a base; ápice em forma de gancho. Cardo qua- drangular, maior que o estipe, com 2 cerdas longas. Lábio (fig. 6) formado por peça única, fundido com a cápsula cefálica; lígula ausente. Palpígero com 1 cone sensorial pequeno circundado por 3 cerdas fi- nas, localizadas ventralmente na região distai. Pal- pos labiais 2-segmentados. Pernas aumentam de ta- manho das anteriores para as posteriores. Coxa (fig. 8) alongada, com cerdas finas; trocânter curto, com cerdas finas; fêmur alongado, com 2 fileiras de cerdas curtas e espessas e várias cerdas longas dis- tais; tíbia com fileira transversal de cerdas distais; tarso alongado com 2 cerdas distais curtas; garras desiguais com 1 cerda basal. Abdômen com 10 seg- mentos visíveis de cima; l.°-3.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares, pequenos, localizado dorsalmente; l.°-8.° segmentos com 1 par de brân- quias filamentosas, laterais; 9.° segmento com 2 pares de brânquias filamentosas, apicais; 10.° seg- mento (figs. 2a, 2b e 2c) tubular, com 2 pares de ganchos desiguais no ápice. Abertura anal circular localizada entre 2 ganchos dorsais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 07-08.viii.1986, Exp. MZUSP e DZUSP cols., 1 larva e 1 adulto fixa- dos (MZUSP). São José do Rio Preto (Rio Pie- dade), 17.viii.1964, C. Costa col., 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos de Gyrinus gibbus foram coleta- dos em riachos, próximos às margens, geralmente embaixo da vegetação ou em locas de pedras. Em laboratório, os adultos desovam tanto abaixo quan- GYRINIDAE - HYDRAENIDAE 85 to acima do nível de água, bem como na vegetação. Larvas e adultos são predadores mas em labora- tório não foi possível conseguir o alimento adequa- do para as larvas. Observou-se também que os adul- tos devoram rapidamente as larvas recém-nascidas. O período de eclosão dos ovos é de aproximadamen- te 10 dias. Larvas e adultos de Gyreíes, como os demais Gy- rinidae, são encontrados no mesmo ambiente, entre- tanto, no mesmo riacho agrupam-se em locais dife- rentes. Em laboratório conseguiram-se apenas larvas de 1.® instar. discussão As 2 subfamílias têm, em comum, cabeça alonga- da com colo indistinto e mandíbula com retináculo, diferindo de Enhydrinae, que possui cabeça subcir- cular, com colo distinto e mandíbula sem retináculo. Os dois gêneros mais comuns, Gyrinus e Gyretes, podem ser distinguidos pelos seguintes caracteres: gyrinus: gula membranosa e estreita, 10.° segmento com 2 pares de ganchos ventrais iguais; em Gyretes 3 gula está ausente e os 2 pares de ganchos são de- siguais. POLYPHAGA Esta subordem compreende cerca de 18 superfa- *tiílias e 138 famílias, correspondendo a mais de 90% das espécies de coleópteros. Apresentam niaior diversidade, tanto estrutural como biológica, do que as outras três subordens. Polyphaga possui Irês grandes linhagens evolutivas: i) Staphylinifor- rnia; ü) Eucinetiformia-Scarabaeiformia-Elaterifor- rrtia e iü) Bostrichiformia-Cucujiformia. No Brasil encontram-se 90 famílias. Larvas: antenas com 3 ou menos segmentos, ra- ramente o 3.° segmento é plmiarticulado; pernas 5- segmentadas, incluindo tarsúngulo; às vezes, pernas reduzidas ou ausentes. Staphylinoidea Esta superfamília compreende 11 famílias: Hy- draenidae, Ptiliidae, Agyrtidae, Leiodidae, Leptini- dae, Scydmaenidae, Micropeplidae, Dasyceridae, Sil- phidae, Staphylinidae e Pselaphidae. Ocorrem no Brasil 7 famílias: Hydraenidae, Ptiliidae, Leiodidae, Scydmaenidae, Silphidae, Staphylinidae e Pselaphi- dae. Staphylinoidea pode ser subdividida em três gru- pos de famílias: i) Ptiliidae-Hydraenidae; ii) Leio- didae- Agyrtidae; iii) Staphylinidae e famílias cor- relatas. O primeiro grupo seria o mais primitivo e o último o mais derivado. Larvas em geral alongadas, um pouco estreitadas posteriormente, levemente deprimidas; ocasional- mente subcilíndricas, curtas e robustas, ou forte*men- te achatadas; tergitos e esternitos em geral modera- damente esclerotinizados, com revestimento de cer- das simples. Sutura coronal em geral bem desenvol- vida; sutura frontal em forma de V ou fracamente liriforme. Sutura fronto-clipeal ausente, na maioria dos casos. Labro em geral livre. Antenas bem de- senvolvidas e 3-segmentadas; segmento pré-apical com um sensório proeminente, em geral subterminal. Mandíbulas simétricas, às vezes sem mola ou proste- ca. Peças bucais ventrais em geral retraídas, com área de articulação bem desenvolvida; algumas ve- zes, são fortemente protraídas. Maxilas com gálea e lacínia estreitamente associadas e fundidas na base, por vezes completamente fundidas, formando mala, que se apresenta ocasionalmente articulada; palpos maxilares 3 ou 4-segmentados. Lábio em geral com lígula bem desenvolvida e palpos labiais 2-segmen- tados. Gula em geral mais ou menos reduzida, mui- to curta e indistinta, ou obliterada pela fusão das suturas guiares. Pernas bem desenvolvidas. 9.° ter- gito em geral com um par de urogonfos articulados, 2-segmentados; urogonfos raramente 1-segmenta- dos, ocasionalmente ausentes e raramente fundidos aos tergitos. 10.° segmento bem desenvolvido, com ânus terminal. Espiráculos anulares. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Paulian, 1941. 12. HYDRAENIDAE (= Limnebiidae) Esta família contém cerca de 14 gêneros e 400 espécies, geralmente incluídas em duas subfamílias: Limnebiinae e Hydràeninae. No Brasil ocorre o gê- nero Hydraena com duas espécies. São coleópteros pequenos (1, 2-3,0 mm) que são encontrados em ambientes aquáticos e semi-aquáti- cos os mais variados. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas em geral alongadas e estreitas, raramente curtas e largas. Sutura fronto-clipeal presente. Cabe- ça com 5 estemas de cada lado. Mandíbula com vários dentes apicais; prosteca com ápice serreado ou denteado; mola bem desenvolvida, tuberculada. Maxila com gálea e lacínia distintas; gálea por vezes cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 86 PTILIIDAE franjada, mas freqüentemente estreita e palpiforme; cada palpo maxilar provido de sensório digitiforme no segmento pré-apical. Gula bem desenvolvida. Pronoto ocasionalmente com um par de tubos res- piratórios dorsais. Tergitos torácicos e abdominais às vezes com processos laterais. 10.° seg- mento abdominal provido de vesícula extensível com um par de ganchos anais. Larvas ocorrem em ambientes aquáticos e semi- aquáticos, em detritos vegetais depositados às mar- gens de cursos de água, em ambientes higropétricos e poças de água salobra. Larvas alimentam-se de algas. Referências: Lawrence, 1982; Paulian, 1941. 13. PTILIIDAE (= Cephaloplectidae; Limulodi- dae — Estampa 15) Esta família possui cerca de 67 gêneros e 430 es- pécies, a maioria incluída na subfamília Ptiliinae e algumas espécies altamente especializadas — mir- mecófilas — constituindo os Cephaloplectinae. No Brasil ocorrem aproximadamente 4 gêneros e 9 es- pécies. Larva alongada, margens laterais subparalelas, muito pouco esclerotinizada. Suturas coronal e fron- tal indistintas. Estemas quase sempre ausentes; quando presentes, apenas 1 de cada lado da cabeça. Mandíbula com ápice delgado, margem interna den- teada ou serreada; prosteca estreita, aguda ou ser- reada; mola bem desenvolvida e tuberculada, com fileiras dorsais e ventrais de dentículos. Mala indis- tintamente dividida no ápice, com franja de ccrdas na gálea; palpo maxilar com sensório digitiforme no 2.° segmento. Urogonfos geralmente 1 -segmenta- dos, mas ocasionalmente ausentes. 10.° segmento abdominal apresentando vesícula extensível com um par de ganchos anais. Às vezes, espiráculos reduzi- dos ou ausentes. Larvas ocorrem em matéria orgânica úmida, co- mo por exemplo folhiço, madeira em decomposição, fungos, excrementos, detritos orgânicos acumulados nas margens de rios e riachos. Algumas espécies ali- mentam-se de esporos. Outras são aparentemente inquilinos obrigatórios de certas formigas. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Dybas, 1976; Hinton, 1941; Kasule, 1966; Lawrence, 1982; Paulian, 1941. Acrotrichis discolor Haldelman, 1848 (Estampa 15, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 1,8 mm; largura do protórax: 0,2 mm. Campodeiforme (fig. 1). Subci- líndrica, branca com cabeça amarelada e muitas cer- das simples. Cabeça (figs. 6 e 9) prognata, levemente esclero- tinizada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de V, com ápices na base das antenas. Estemas ausentes. Fronte com 3 pares de cerdas longitudinais medianas e 3 pares laterais. Clípeo (fig. 7) estreito com 1 par de cer- das. Labro (fig. 7) livre, transverso, simétrico com margem anterior sinuosa e 5 pares de cerdas. Epifa- ringe (fig. 10) com 1 área esclerotinizada basal e 6 poros sensoriais próximos à região mediana anterior. Suturas guiares (fig. 9) partindo do cardo e atingin- do a base da cabeça. Antenas (figs. 6 e 6a) 3-seg- mentadas; l.° segmento curto, largo na base e es- treitado no ápice; 2.° segmento longo, estreitado na metade apical, com 4 cerdas longas e 1 apêndice sensorial longo, inserido na região lateral mediana; 3.° segmento curto e delgado, com 4 cerdas longas e espessas próximas ao ápice e 1 cerda apical. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) mó- veis e simétricas; região subapical serrilhada; área molar proeminente, formada por várias fileiras trans- versais de dentículos raspadores; com vários dentes proeminentes no ângulo ântero-mesal; margem basal externa com 2 cerdas; prosteca delgada, parcial- mente articulada. Maxila (fig. 15) móvel; gálea (fig. 15a) franjada na margem lateral externa; lacínia espiniforme, com ápice bífido. Palpífero ausente. Palpos maxilares 3-segmentados; 2.° segmento com 2 cerdas laterais longas e 1 órgão digitiforme no ápice; 3.° segmento mais longo e delgado que o 2.°, e com 3 pequenos lobos no ápice; lobo mediano com 1 cerda no ápice. Estipe fusiforme com 2 pares de cerdas; cardo dividido, com 1 cerda. Lábio (fig. 14) com lígula afilada e com várias cerdas no ápice; pré-mento estreito; mento mais curto nas margens laterais e com 2 cerdas longas; submento (fig. 9) fundido à gula e com 3 pares de cerdas. Palpos la- biais 2-segmentados; l.° segmento globoso com 1 cerda próxima à margem lateral interna; 2.° segmen- to alongado, com 1 par de cerdas laterais e 1 pro- cesso apical. Tórax (fig. 1) ligeiramente mais largo que o abdômen; com segmentos levemente alargados do l.° ao 3.°; com muitas cerdas e 3 pares de per- nas. Um par de espiráculos localizados lateralmente, na região anterior do mesotórax. Pernas (fig. 5) com coxa espessa, com várias cerdas longas; tro- cânter curto, mais estreito que a coxa e com 2 cer- das; fêmur ligeiramente mais longo e mais estreito que a tíbia, com várias cerdas; tíbia mais afilada no ápice, com várias cerdas longas; tarsúngulo com 2 PTILIIDAE - LEIODIDAE 87 cerdas espessas. Abdômen (fig. 1 ) com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos ligeiramente niais estreitos anterior e posteriormente, e com mui- tas cerdas; 9.'^ segmento (figs. 8 e 11) mais estreito, com 1 par de urogonfos curtos, com várias cerdas longas no ápice, inseridas próximo à região basal; 10 ° segmento (figs. 8 e 11) tubular, circundado por cerdas na região mediana e com 2 ganchos apicais (lig. 11a); l.°-8.o segmentos com 1 par de espirá- culos, anulares, localizado lateralmente. Abertura snal entre os ganchos apicais. Pupa (figs. 2 e 3). Obtecta e adéctica. Cabeça e protórax com várias cerdas tubulares (fig. 2a) dor- sais. Meso- e metanoto com 1 par de cerdas tubula- res dorsais; metanoto com 1 par de projeções espi- raculares dorsais (fig. 2b). Abdômen curto, gra- óualmente estreitado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 27-29.ix.1984, Exp. MZUSP col., 14 larvas, 4 pupas e 45 adultos fixados (MZUSP). Piados biológicos Larvas, pupas e adultos foram coletados em es- trume de cavalo, à beira de uma estrada próxima à niata. O estrume foi mantido no laboratório dentro de pequenos tubos de plástico, até que apareceram ®s primeiros adultos, que foram fixados juntamente com as larvas e pupas. Discussão A larva de Acrotrichis discolor assemelha-se mui- lo à de Acrotrichis sp., de Oregon, USA (Dybas, 1976) e à de A. grandicollis (Mann.), da Bélgica (Paulian, 1941). Há pequenas diferenças específi- cas, relacionadas principalmente com a quetotaxia e forma do tarsúngulo. A pupa de A. fascicularis (Herbst) foi descrita por Hinton em 1941. •4. LEIODIDAE (= Anisotomidae, Camiaridae, Catopidae, Colonidae, Cholevidae e Leptodiri- dae — Estampa 16) Esta família possui cerca de 250 gêneros e 2.000 espécies, geralmente dividida em 6 ou 8 subfamílias. Muitos leiodídeos, especialmente da subfamília Cho- levinae, são saprófagos que vivem em folhiço e em cavernas. No Brasil são registrados 4 gêneros e 16 espécies. Larvas variando de pouco a moderadamente es- clerotinizadas no dorso; ocasionalmente podem ser curtas, largas e fortemente esclerotinizadas; fre- qüentemente apresentam cerdas modificadas. Este- mas muitas vezes ausentes; se presentes, em número de 1, 2, 3 ou 5 de cada lado da cabeça. Mandíbu- las em geral com 2 ou 3 dentes apicais; prosteca em geral delgada, freqüentemente aguda; raramente ausente. Mola quase sempre bem desenvolvida e tu- berculada ou espiculada, com tubérculos dorsais e ventrais ou fileiras de dentículos; mola ocasional- mente reduzida. Maxilas em geral com gálea e lací- nia distintas apicalmente; gálea geralmente franjada. Urogonfos possuindo freqüentemente 1 segmento apical multianelado; raramente estão ausentes. Larvas detritívoras, ocorrendo em folhiço. Muitas espécies alimentam-se de esporos de fungos. Vários Catopinae ocorrem em cavernas, aparentemente as- sociados à presença de guano. Espécies dos gêneros Scotocryptus e Scotocryptodes vivem em ninhos de abelhas Meliponinae. Referências: Angelini e Marzo, 1984; Bõving e Craighead, 1931; Lawrence, 1982; Lima, 1952; Paulian, 1941; Roubik e Wheeler, 1982; Wheeler, 1985. Scotocryptodes germaini Porter, 1907 (Estampa 16, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento: 3,0 mm. largura do protórax: 0,5 mm. Campodeiforme (figs. 1 e 2), amarelada com antenas, região anterior da fronte, peças bucais, ápice das pernas e urogonfos, casta- nhos; cerdas tubulares castanhas com ápice franjado (fig. la), distribuídas por todo o corpo. Cabeça (figs. 3 e 5) prognata, levemente depri- mida e mais estreita que o protórax; região dorsal com muitas cerdas tubulares com ápice franjado (fig. la). Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de U, com ápices dirigidos para a margem lateral interna das antenas. Estemas ausentes. Área clipeal membranosa, trans- versa, de forma subtrapezoidal. Labro (fig. 13) li- vre, simétrico, com margem lateral arredondada; região distai mediana saliente; com 4 cerdas ante- riores longas e 2 medianas, e 2 mediano-anteriores curtas. Epifaringe (fig. 12) com 2 pares de cerdas espatuliformes e curtas na região mediana anterior; região basal com faixa esclerotinizada, da qual par- tem 1 ramo central mais largo e 2 laterais mais lon- gos e estreitos, em direção à região mediana; com fileira transversal de poros sensoriais entre os ramos cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 88 LEIODIDAE SCYDMAENIDAE laterais; região mediana e lateral com muitas micro- tríquias. Suturas guiares ausentes; gula fundida à cápsula cefálica. Antenas (figs. 3, 4 e 7) 3-segmen- tadas; l.° segmento curto; 2P segmento mais longo que o com 2 cones sensoriais no ápice, sendo 0 maior situado internamente e o menor ventralmen- te e com 4 cerdas, sendo 2 longas e 1 curta dorsais e 1 curta ventral; 3.° segmento curto, com ápice bruscamente afilado e 5 cerdas subapicais longas e 1 curta. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 14 c 15) móveis, simétricas, bidenteadas no ápice; mola com cristas transversais; com retináculo; com 5 cerdas dorso-laterais e vários dentículos ventrola- terais. Maxila (fig. 10) alongada e estreita. Mala fundida ao estipe, falciforme, com 5 cerdas longas e espessas sendo 4 ventrais e 1 dorsal, mais curta, localizada no ápice; margem basal com 3 cerdas ventrais finas; margem dorso-basal (fig. 9) com vá- rios dentículos. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° segmento longo; 2P segmento subglobular e com 3 cerdas; 3.° segmento alongado, gradualmente estrei- tado para o ápice, com microcerdas apicais. Estipe pequeno com várias cerdas; cardo dividido, com 1 cerda. Lábio (fig. 1 1 ) com pré-mento curto, com fai- xa transversal estreita, esclerotinizada e 1 par de cerdas longas e 2 poros; mento alongado com 3 pa- res de cerdas e 1 par de poros dispostos em 2 fi- leiras convergentes. Gula fundida à cápsula cefálica e com 1 par de cerdas longas. Lígula proeminente, lobada, semi-circular, com cerdas curtas no ápice. Palpos labiais 2-segmentados; l.° segmento longo, com 1 marca circular látero-ventral e várias cerdas curtas próximas ao ápice; 2P segmento mais curto que o anterior, com 1 microcerda látero-ventral e várias apicais. Protórax mais largo que longo, sub- retangular e aproximadamente do mesmo compri- mento do meso- e metatórax juntos; todos os seg- mentos torácicos com muitas cerdas tubulares com ápice franjado. Espiráculos torácicos circulares, si- tuados numa projeção tubular localizada lateralmen- te, na região intersegmentar entre pro- e mesolórax. Pernas (fig. 6) igualmente desenvolvidas; coxa, tro- cânter e fêmur, amarelados; tíbia e tarsúngulo, cas- tanhos; todos os segmentos com várias cerdas sim- ples, de comprimento variado; tarsúngulo com 2 cerdas espessas dorsais e curtas e 1 cerda simples mais longa e ventral. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos com margens laterais arredondadas diminuindo ligeiramente de largura, da base para o ápice; 9P segmento com 1 par de uro- gonfos (fig. 8) 2-segmentados, com 1 cerda no ápi- ce; l.° segmento largo na base, com várias cerdas de tamanho variado, sendo 1 ventral muito longa; 2.° segmento afilado c mullianelado, com 1 cerda afilada no ápice; 10.° segmento ventral em forma de lóbulo. Abertma anal ventral, entre os 2 lobos, no ápice do 10.° segmento. Espiráculos anulares, localizados em pequena projeção lateral, nos seg- mentos abdominais 1-8. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Ribeirão Preto (Campus da FMUSP-Ribeirão Preto), 01.x. 1985, L. Lacerda col., 12 larvas e 5 adultos fixa- dos (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos de Scotocryptodes germaini fo- ram coletados em ninho subterrâneo de Geotrigona sp. (Meliponinae) a 2,0 m de profundidade. Segundo Wheeler (1985) larvas de Scotocryptus meliponae coletados em Manaus (AM), em ninhos de Meliponinae, são inquilinos que vivem à custa de detritos dos ninhos, principalmente de fezes das abelhas. Discussão Comparando-se Scotocryptodes germaini com Scotocryptus meliponae, salientamos as principais diferenças entre as duas espécies, apresentando os caracteres de S. meliponae entre parênteses: em S. germaini, as cerdas do corpo são tubulares e com ápices franjados (cerdas robustas, com ápices acumi- nado); sutura frontal presente (ausente); labro com margem anterior mediana proeminente (margem in- cisiva); lígula lobada semicircular (lobo alongado); mandíbula sem sensilo (com sensilo); segmento dis- tai da antena com 6 cerdas (aparentemente sem cerdas e com 7 sensilas sensoriais). 15. SCYDMAENIDAE Família com cerca de 75 gêneros e 200 espécies, incluídas em 2 subfamílias. No Brasil ocorrem 3 gê- neros e 59 espécies. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas em geral curtas, largas e deprimidas; ter- gitos bem esclerotinizados e frequentemente projeta- dos lateralmente além das margens dos esternitos membranosos. Sutura coronal longa. Labro fundido à cápsula cefálica. Cabeça com 1-3 estemas de cada lado, formando agrupamento compacto, ou estemas ausentes. l.° e 3.° segmentos antenais freqüentemente curtos; 2.° segmento antenal em geral dilatado e cla- viforme; antenas raramente 2 ou 4-segmentadas. SCYDMAENIDAE - SILPHIDAE 89 Mandíbulas falciformes, margem interna serreada; tnola e prosteca ausentes. Mala maxilar não dividida, truncada; palpo maxilar longo, com segmento distai 3cuminado. Lígula ausente. Urogonfos ausentes. Larvas ocorrem em ambientes úmidos, principal- ntente em folhiço. Algumas espécies são encontra- das em ninhos de formigas. Pouco se sabe sobre os hábitos alimentares, mas larvas de algumas espécies são predadoras de ácaros. Referências: Boving e Craighead, 1953; Crow- son, 1967; Lawrence, 1982; Marzo, 1984; Wheeler e Pakaluk, 1983. 16. SILPHIDAE (Estampa 17) Família com cerca de 14 gêneros e 175 espécies, incluídas em duas subfamílias: Nicrophorinae e Sil- phinae. No Brasil ocorre o gênero Oxclytrum com 4 espécies e Nicrophorus com 1 especie. Larvas apresentam tergitos fortemente escleroti- nizados, com margens laterais fortemente salientes *311 com espinhos nos ângulos látero-posteriores; es- ternitos esclerotinizados ou membranosos. Antenas longas, com sensório curto. Labro composto por vá- rios escleritos. Sutura fronto-clipeal distinta lateral- mente. Cabeça com 1 ou 6 estemas de cada lado. Mandíbula sem mola ou prosteca; ápice da mandí- bula mais ou menos agudo. Mala dividida no ápice; Sálea com pincel denso de pêlos. Lígula bilobada. Urogonfos em geral curtos. 10.° segmento abdomi- nal, em muitas espécies, com vários lobos eversíveis. Larvas de muitas espécies alimentam-se de carni- ça, apresentando hábitos necrófagos mas existem espécies predadoras, fitófagas e detritívoras. Os Silphinae alimentam-se de carcaças relativa- mente grandes que permanecem expostas na super- fície do solo e não exibem cuidados com a prole. Nos Nicrophorinae os adultos separam e enterram parte da carcaça que servirá de alimento para as lar- vas; os adultos cuidam das larvas em desenvolvi- mento até a fase de pupa. Este cuidado com a prole ainda não foi registrado para nenhuma especie de Nicrophorinae neotropical. Referências: Anderson, 1982; Boving e Craighead, 1931; Dorsey, 1940; Lawrence, 1982; Lima, 1952; Peck e Anderson, 1985; Peterson, 1960. Oxelytrum discicolle (Brullé, 1840) (Estampa 17, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 24,0 mm; largura do pronoto: 4,0 e 5,0 mm (respectivamente, anterior e posterior). Campodeiforme (fig. 1), região dorsal castanha com manchas mais claras; tergitos esclero- tinizados e prolongados lateralmente formando aba. Cabeça (fig. 5) mais estreita que o pronoto, prog- nata, fortemente esclerotinizada, mais escura na re- gião dorsal. Sutura epicranial presente. Sutura coro- nal curta. Ramos frontais em forma de U aberto com ápices inclinados em direção à margem lateral interna da antena. Seis pares de estemas (fig. 11): 4 em elevação dorsal, abaixo da antena e 2 ventrais. Sutura epistomal ausente na região mediana. Clípeo (fig. 8) curto, com 4 pares de cerdas. Labro (fig. 8) livre e com 3 escleritos distintos; subtrapezoidal, com 4 pares de cerdas sendo 2 pares dispostos pró- ximos às margens laterais e 2 próximos à margem anterior. Epifaringe (fig. 9) com 1 par de cerdas espiniformes látero-anteriores e 1 par de cerdas es- patuliformes mediano anterior; região mediana com fileira transversal de dentículos e 2 poros sensoriais; com 2 áreas longitudinais cobertas por microtríquias, com vários poros sensoriais, partindo da região an- terior e se dirigindo para a base. Suturas guiares ausentes; gula ausente. Antenas (fig. 4) 3-segmen- tadas; l.° segmento alongado, com várias cerdas curtas; 2P segmento aproximadamente do mesmo comprimento do l.°, ligeiramente mais estreito na base; com lobo lateral interno distai, sustentando pequeno cone sensorial; com 3 dentículos e 3 cer- das na base do lobo; 3° segmento mais curto e mais delgado que os demais, e com muitas cerdas curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 6 e 7) móveis, simétricas, subtriangulares na base; ápice bifurcado; margem interna apical com 6 dentículos; com 2 cerdas e 1 poro látero-dorsal. Maxila (fig. 10) móvel, com gálea arredondada, muito pilosa, em forma de escova; lacínia com uma fileira de 10-12 cerdas espessas e em forma de espinho. Palpos ma- xilares 3-segmentados. Estipe alongado, expandido pré-apicalmente e com 5 cerdas; cardo dividido. Lá- bio (fig. 10) com pré-mento curto, com área basal esclerotinizada de forma triangular e com 2 cerdas; mento mais largo, na região anterior, do que o pré- mento e estreitado gradualmente na base; com 2 pa- res de cerdas e 2 pares de poros; com faixa basal membranosa e arredondada; submento fundido ao mento, gradualmente alargado da região anterior para a basal, esclerotinizado exceto nos ângulos lá- tero-basais; com 1 par de cerdas e 2 pares de poros laterais. Lígula bilobada e membranosa. Palpos la- biais 2-segmentados. Tórax (fig. 1) mais estreito na região anterior; protórax mais curto que meso- e metatórax juntos. Região ventral do tórax branca 90 SILPHIDAE STAPHYLINIDAE com placas esclerotinizadas; prosterno com 3 placas esclerotinizadas; região entre as coxas com muitas cerdas curtas. Espiráculos torácicos anulares e elíp- ticos, maiores que os demais e localizados ventral- mente, na região intersegmentar entre pro- e meso- tórax. Pernas (fig. 12) desiguais em tamanho, 5-seg- mentadas; coxa, trocânter, fêmur e tíbia, com mui- tas cerdas curtas; tarsúngulo sem cerdas. Abdômen (fig. 1) ligeiramente estreitado da base para o ápi- ce; com 10 segmentos visíveis de cima; 9.° segmen- to com 1 par de urogonfos apicais 2-segmentados, sendo o segmento basal aproximadamente 4 vezes mais longo que o apical; 10.® segmento tubular e apical, com várias cerdas no ápice; l.°-9.° segmentos com várias cerdas laterais. Primeiro esternito abdo- minal com 3 placas esclerotinizadas pequenas, sendo 1 mediana e 2 laterais; 2.® esternito, com 3 placas que cobrem quase todo o segmento; 3.®-8.° esterni- tos com uma única placa transversal grande, que não atinge o tergito; 9.® tergito, com placa transversal unida ao esternito; 10.®, circular, formando peça única; todos os esternitos possuem várias cerdas curtas. l.®-8.® segmentos com 1 par de espiráculos anulares e circulares ventro-laterais. Abertura anal circular, localizada no ápice do 10.® segmento, cir- cundada por pequenos espinhos, sendo 2 dorsais maiores. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata; amarelada. Pro- noto com 2 pares de prolongamentos anteriores e muitas cerdas curtas, mais concentradas próximo às margens laterais e região basal. 2.°-8.® segmentos abdominais com 1 par de cerdas laterais longas, es- pessas e esclerotinizadas; 9.® segmento com 1 par de urogonfos curtos, com 1 par de cerdas no ápice; 1 .®-6.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares, dorso-laterais, sendo os 4 anteriores bem escleroti- nizados; l.®-2.® segmentos com 1 par de aberturas dorso-laterais, provavelmente aberturas glandulares. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Ipiranga), iv.l985, C. Costa e S.A. Casari-Chen cols., 3 larvas maduras, 5 larvas jovens e 9 adultos fixados; 1 larva criada até pupa e 1 criada até adul- to (MZUSP); ibidem (Instituto Florestal), 02.iii. 1981, E.P. Teixeira col., 5 larvas fixadas (MZUSP); ibidem (Cidade Universitária), x.1982, sem coletor, 2 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos O material examinado proveniente do Instituto Florestal foi coletado em carcaças de ouriço em de- composição; o da Cidade Universitária, em rato do mato, também em decomposição. Larvas, pupas e adultos da amostra do Ipiranga (SP) foram coletados sobre iscas de frango, coloca- das no estacionamento do MZUSP, próximo ao Par- que Público. Três ou quatro dias depois de colocada a isca, observou-se o aparecimento de adultos de Silphidae, Histeridae e grande quantidade de ovos de Diptera. Sete dias após, foram coletadas as pri- meiras larvas de Silphidae, já bem desenvolvidas, e também larvas e adultos de Dermestidae. As larvas de Silphidae foram levadas ao laboratório e coloca- das em placas contendo ração comercial de gato e peixe ornamental. Dez dias após, numa visita à isca, foram coletadas mais larvas e adultos de Silphidae e Dermestidae, e adultos de Histeridae e Staphylini- dae. Como a alimentação em laboratório com ração comercial, não foi bem sucedida, as novas larvas co- letadas foram colocadas em placas com ossos de boi e frango previamente cozidos. Após 16 dias co- letamos novamente larvas de Silphidae na isca, algu- mas bem grandes. Desta vez foram colocadas em cristalizadores que, além dos ossos de boi e de fran- go, continham areia umedecida. Quando as larvas saíam dos ossos e se enterravam na areia, eram trans- feridas para placas contendo apenas areia, onde empupavam. Um mês após a constatação do apare- cimento das larvas, surgiram as pupas, uma das quais foi criada até adulto e as demais foram fixadas. Larvas e pupas desta espécie não haviam sido descritas até o presente. 17. STAPHYLINIDAE (= Brathinidae, Scaphidi- idae — Estampas 18, 19, 20) Esta família contém cerca de 1.500 gêneros e 30.000 espécies que, geralmente, são colocadas em 20 subfamílias e numerosas tribos. São cosmopolitas e vivem em grande variedade de habitats. No Brasil ocorrem aproximadamente 233 gêneros e 1.253 espécies. Larvas em geral alongadas e estreitas. Sutura co- ronal bem desenvolvida na maioria das espécies. Labro às vezes fundido com a cápsula cefálica. Ca- beça com número variável de estemas, de 0 a 6 de cada lado. Mandíbulas em geral falciformes, sem mola ou prosteca; ápice da mandíbula ocasional- mente modificado, com vários dentes, dentículos, ou uma pseudomola subapical. Mala indivisa, em geral falciforme ou truncada obliquamente, ocasionalmen- te trilobada, articulada, digitiforme, ou bastante re- duzida. Peças bucais ventrais, às vezes protraídas. STAPHYLINIDAE 91 Suturas guiares algumas vezes longas e confluentes. Lígula por vezes longa e estreita. Urogonfos com 1-3 segmentos, ou ausentes. Larvas e adultos vivem em ambientes variados. São mais comuns em folhiço. Muitas larvas são pre- dadoras mas podem ser saprófagas, alimentando-se de matéria orgânica vegetal e animal, inclusive ex- crementos e carniça; fungívoras, nutrindo-se de bifas ou esporos de fungos; e fitófagas, incluindo algas na dieta alimentar. Várias espécies ocorrem em associa- Çao com formigas e cupins. Referências: Asche, 1986; Bõving e Craighead, 1931;Kasule, 1966, 1970; Lawrence, 1982; Lima, *952; Prins, 1984; Topp in Klausnitzer, 1978. Osorius sp. (Estampa 18, figs. 1-15) Larva. Comprimento: 12,0 mm; largura do pronoto. 2,0 mm. Campodeiforme (fig. 1), amarelada, com cabeça amarela pálida e cerdas castanhas. Cabeça prognata, levemente pigmentada e escle- 1'otinizada. Sutura epicranial presente. Sutura coro- nal ligeiramente mais curta que metade da cápsula cefálica. Ramos frontais em forma de U. Estemas uusentes. Area fronto-clipeal mais escura e elevada nos ângulos anteriores. Labro (fig. 7) livre, mais *3rgo na base; com uma forte constrição na região lateral mediana; margem anterior reta, com uma projeção mediana arredondada; com 5 pares de cer- das distribuídas próximo às margens laterais e ante- *'ior; com área esclerotinizada em forma de U, par- lindo da margem anterior. Duas suturas guiares uiuito curtas; gula muito pequena. Antenas (fig. 6) 3-segmentadas; 2.° segmento mais longo que os de- luuis, com 3 cerdas longas, um cone sensorial late- ral e 1 cerda curta na base deste; 3.° segmento mais curto e mais delgado que os demais, com 3 cerdas subapicais longas e 2 apicais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10-15) móveis, assi- rnétricas, falciformes, bidenteadas; dente subapical menor que o outro. Mola ausente; margem lateral arredondada dorso-ventralmente e com 2 cerdas la- terais. Maxila (fig. 5) móvel e alongada. Mala bem desenvolvida, alongada distalmente; margem Jateral interna com 6 cerdas finas e 2 dentifor- mes bem desenvolvidas, situadas logo abaixo do unco; região ventral com 1 par de cerdas medianas c 1 par distai. Unco falciforme. Palpífero presente e com 1 cerda. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° c 2.0 segmentos alongados, sendo o 2.® mais longo que o 1.0 e com 2 cerdas; 3.® mais longo e delgado que o 2.®, com ápice afilado e com 1 poro sensorial e 2 cerdas curtas. Estipe sub-retangular, mais curto que a mala, com 2 cerdas longas e vários dentículos laterais externos. Cardo sub-retangular, mais largo que longo e com 1 cerda. Lábio (fig. 4) com pré- -mento largo e curto com 2 cerdas; mento subtrape- zoidal na metade anterior, com 2 pares de cerdas próximo à região mediana e, bruscamente, estreitado na metade basal; submento estreito, com constrição mediana nas margens anterior e basal, e com 2 cer- das longas próximas aos ângulos anteriores. Lígula curta e sinuosa. Palpos labiais 2-segmentados. Hipo- faringe (fig. 9) com um par de cerdas espatulifor- mes próximas à região mediana e 3 pares laterais; com área esclerotinizada em forma de U partindo da base dos palpos. Segmentos torácicos (fig. 1) com ângulos arredondados e marginados por cerdas relativamente longas; cada segmento com 1 par de pernas longas. Espiráculos torácicos anulares, loca- lizados ventralmente na região intersegmentar entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 8) 5-segmentadas; coxa curta e globosa, com várias cerdas; trocânter curto, subtriangular e com várias cerdas; fêmur e tíbia alongados, sendo a tíbia mais longa e com maior número de cerdas; tarsúngulo com 2 cerdas. Abdômen (fig. 1 ) ligeiramente mais largo que o tó- rax e com 10 segmentos visíveis de cima; l.®-8.® segmentos com margens laterais arredondadas e vá- rias cerdas laterais, dorsais e ventrais; 9.® segmento mais estreito, com 1 par de urogonfos curtos, com cerdas subapicais; 10.® segmento menor, levemente arredondado, com várias cerdas. l.®-8.® segmentos com 1 par de espiráculos anulares, localizados la- teralmente. Abertura anal elíptica, localizada no ápi- ce do 10.® segmento abdominal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata; amarelada. Pro- noto com vários espinhos longos distribuídos próxi- mos às margens. Mesotórax com 1 par de asas mais curtas que o do metatórax. l.®-7.® segmentos abdo- minais com 1 par de espinhos alongados dorsais e 1 par lateral; 8.®, com 1 par de espinhos alongados laterais; 9.®, com 1 par de espinhos dorsais e 1 par de urogonfos apicais curtos. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo (Muri), 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 6 larvas, 1 pupa e 3 adultos fixados; 2 larvas cria- das até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP). São Paulo. Salesópolis (Estação Biológica de Bora- céia), 16-18.Í.1980, Exp. MZUSP col., 2 larvas e 2 adultos fixados (MZUSP); ibidem 20-22.iv.l982, 4 larvas, 1 pupa e 2 adultos fixados (MZUSP). cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 92 STAPHYUNIDAE Dados biológicos Larvas e adultos de Osorius sp. foram encontrados juntos, embaixo de cascas de troncos caídos, alimen- tando-se, provavelmente, de matéria orgânica em decomposição. Os exemplares da amostra de Nova Friburgo (RJ) foram coletados em troncos mortos de embaúba. Larvas, pupas e adultos foram coletados juntos e, em laboratório, conseguiram-se adultos a partir de larvas bem desenvolvidas. Os estágios imaturos desta espécie não eram co- nhecidos até agora. Leptochirus sp. (Estampa 19, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 23,0 mm; largura do protórax: 3,0 mm. Campodeiforme (fig. 1), subci- líndrica e alongada. Castanho-escura e bem esclero- tinizada. Cabeça prognata, fortemente pigmentada e escle- rotinizada, com margens laterais arredondadas. Su- tura epicranial presente. Sutura coronal com apro- ximadamente a metade do comprimento da cápsula cefálica. Ramos frontais em forma de U aberto. Quatro estemas pequenos localizados em uma fileira inclinada, látero-ventral, à base da antena. Labro (fig. 10) parcialmente fundido ao cbpeo; com mar- gem anterior ligeiramente constrita distalmente; com 5 pares de cerdas longas. Clípeo membranoso. Epifaringe totalmente coberta por microtríquias e com 3 cerdas curtas e espessas próximas à margem anterior. Duas suturas guiares curtas; gula pequena, subquadrangular. Antenas (fig. 12) 3-segmentadas; l.° e 2.0 segmentos alongados; 2.° segmento mais longo que o 1.°, com muitas cerdas e 1 cone senso- rial subapical; 3.° segmento mais curto que os ante- riores, com 4 cerdas subapicais longas e 3 apicais mais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 4 e 5) móveis, simétricas com ápice triden- teado; região subapical ventral mais alargada; mar- gem externa arredondada; sem mola. Maxila (fig. 6) com mala mais esclerotinizada que as demais partes, alongada, mais afilada e denteada na margem distai interna; região ventro-lateral com fileira de 7 cerdas espessas e longas; com 2 cerdas na margem lateral externa, uma das quais longa; região mediana basal com muitos poros e 2 cerdas curtas. Palpífero presente, pequeno, parcialmente membranoso, com 1 cerda na área esclerotinizada. Palpos maxilares 3- segmentados; segmentos aumentam de comprimento do l.°-3.°; 2°, com várias cerdas; 3.°, com 1 cerda longa e várias microcerdas no ápice. Estipe alonga- do com várias cerdas; cardo transverso com 1 cerda e 1 poro. Justacardo e justaestipe esclerotinizados sendo o justaestipe triangular, grande, parcialmente coberto por microtríquias. Lábio (fig. 7) com pré- -mento largo e curto, com 1 par de cerdas na base dos palpos; mento fundido ao submento, ligeiramen- te alargado no 1/4 anterior e, em seguida, brusca- mente afilado até próximo da base, onde se alarga novamente; com 4 pares de cerdas, localizadas na metade anterior e 1 par próximo à base. Lígula cur- ta e arredondada, com 1 par de cerdas. Palpos la- biais 2-segmentados. Hipofaringe (fig. 8) com região anterior totalmente coberta por microtríquias; com 2 pares de dentículos próximos à região mediana e uma área esclerotinizada em forma de U, partindo da região subapical da margem anterior. Segmentos torácicos quase iguais com margens laterais arredon- dadas e com cerdas próximas às margens; cada seg- mento com 1 par de pernas bem desenvolvidas. Es- piráculos torácicos localizados no pro-epipleurito- Pernas (fig. 9) 5-segmentadas; coxa globosa, com várias cerdas; trocânter curto, mais delgado que a coxa e com cerdas; tíbia mais longa e delgada e com maior número de cerdas que o fêmur; tarsún- gulo com 1 cerda. Abdômen (fig. 1 ) subcUíndrico, com 10 segmentos visíveis de cima e várias cerdas dorsais, laterais e ventrais; l.o-7.° segmentos com margens laterais arredondadas; 9.° segmento (fig. 11) menor que os anteriores, e com 1 par de uro- gonfos não segmentados e com várias cerdas; 10.° segmento tubular e apical, com várias cerdas no ápi- ce. Espiráculos anulares, localizados nos tergitos l.°- 8.°. Fenda anal transversal, localizada no ápice do 10.° segmento abdominal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata; amarelada. Pro- noto subquadrangular, com 3 pares de cerdas muito curtas nos ângulos anteriores, 2 pares nos ângulos posteriores e 1 par de prolongamentos curtos e es- pessos próximos à região mediana basal. Mesotórax com 1 par de asas mais curtas que o metatórax e truncada no ápice. Abdômen longo e estreito; l.° segmento com 1 par de cerdas dorsais e 1 par late- ral, inseridos no ápice de um tubérculo pequeno; 5.°-7.° segmentos com 1 par de cerdas dorsais; 8.° segmento com 1 par de urogonfos com 1 cerda no ápice. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo (Muri), 05-09.1.1981, Exp. MZUSP col., 82 larvas e 15 adultos fixados e 1 larva criada até pupa (MZUSP). São Paulo. Peruíbe (Estrada de Grajaú à Barra do Una), 27-29.iv.l981, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até pupa (MZUSP). cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 STAPHYLINIDAE PSELAPHIDAE 93 Dados biológicos Larvas, pupas e adultos foram encontrados jun- tos, em grande quantidade, embaixo de casca de troncos caídos, provavelmente alimentando-se de matéria orgânica em decomposição. Em laboratório algumas larvas foram criadas até a fase de pupa. Imaturos desta espécie são descritos aqui pela pri- meira vez. Xantholinus sp. (Estampa 20, figs. 1-11) Larva. Comprimento: 15,0 mm. Campodeiforme (figs. 1 e 2). Cabeça, pro-, meso-, metanoto e pernas castanho-avermelhados; abdômen ligeiramente ama- relado. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, fortemente pig- mentada e esclerotinizada; quadrangular. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa, maior que a metade da cápsula cefálica. Ramos frontais em forma de U. Um estema localizado lateralmente, na base da mandíbula. Nasal (fig. 10) com 1 dente mediano pequeno e 3 dentes maiores de cada lado dele; com várias cerdas próximas à margem anterior. Sutura guiar (fig. 4) em forma de Y invertido. Gula triangular e muito pequena. Antenas (fig. 1 1 ) 4-seg- mentadas; l.° segmento curto; 2° e 3.° segmentos alongados; 3.° segmento com 2 cerdas e 1 cone sen- sorial apical lateral, delgado e com ápice afilado; 4.0 segmento mais curto e delgado que os anteriores, com 3 cerdas subapicais longas e 2 apicais mais curtas. Mandíbulas (fig. 6) simétricas, falciformes, com 1 cerda lateral. Maxila (fig. 9) longa; mala articulada, com 3 cerdas apicais. Palpífero presente. Palpos maxilares 4-segmentados, o último segmento menor. Estipe alongado, com 1 cerda muito longa e 2 outras mais curtas; cardo pequeno, com 1 cer- da. Lábio (fig. 5) com mento e submento parcial- mente membranosos; pré-mento com 1 par de cer- da longas e 1 de curtas; mento com 2 pares de cerdas longas; lígula afilada e projetada. Palpos labiais 3- segmentados. Pontos do tentório presentes. Tórax longo, fortemente pigmentado; protórax mais longo que o mesotórax. Um par de espiráculos circulares e elípticos localizados ventralmente no mesotórax. Pernas (fig. 8) quase iguais em tamanho e com mui- tas cerdas; 5-segmentadas; trocãnter 2-segmentado; pente tibial ausente; tarsúngulo com 2 cerdas. Ab- dômen cilíndrico, menos pigmentado que o tórax; com muitas cerdas dorsais, ven trais e laterais; com 9 segmentos visíveis de cima; l.° segmento com 3 cerdas longas apicais; 2°, com 1 cerda longa e 2 muito curtas, também apicais; 9.° segmento com 1 par de urogonfos curtos, 2-segmentados (fig. 7) e com muitas cerdas; 10.° segmento tubular e apical. Abertura anal semicircular. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 1 2-1 4.xi. 1969, C. Costa col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 30.vi.1983, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas (MZUSP); ibidem, 28.xii.1983, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 13.xii.l984, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Estas larvas são andarilhas e muito ágeis, Foram coletadas durante a noite, e emitiam luz contínua verde-amarelada no 8.° tergito abdominal. Em laboratório, fazem galerias na areia que se en- contra no fundo da placa. Foram alimentadas com operários de Isoptera que eram rapidamente devora- dos mas não houve sucesso na obtenção de pupa e adulto. Discussão A larva desta espécie foi considerada no gênero cosmopolita Xantholinus por concordância de seus caracteres larvais com vários dos descritos para o gênero (Kasule, 1970; Prins, 1984; Topp, in Klaus- nitzer, 1978), diferindo porém quanto a outros as- pectos. Somente após a obtenção do adulto se pode- rá rever a posição taxonômica da espécie. A larva emite luz no 8.° tergito abdominal (Costa et al., 1986). Esse é o primeiro registro de biolumi- nescência para a família Staphylinidae. 18. PSELAPHIDAE (= Clavigeridae — Estampa 21 ) Esta família contém cerca de 650 gêneros e 5.000 espécies, colocadas em geral em 2 ou várias subfa- mílias. No Brasil, ocorrem aproximadamente 70 gê- neros e 318 espécies. Larvas alongadas e estreitas, em geral pouco esclerotinizadas. Labro fundido à cápsula cefálica. Antena 2-3-segmentada, com sensório longo, em ge- ral mais comprido que o segmento distai, às vezes bifurcado. Mandíbulas falciformes e mais ou menos serreadas na margem interna; mola e prosteca ausen- tes; mala maxilar indivisa no ápice e obtusa. Lígula ausente. Suturas guiares confluentes. Urogonfos fixos cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 94 PSELAPHIDAE e muito curtos, ou ausentes. Espiráculos às vezes ausentes. Larvas e adultos ocorrem juntos em folhiço, tron- cos apodrecidos e outros ambientes onde exista ma- téria orgânica em decomposição. A maioria das espécies é predadora de ácaros. Os Clavigerinae são inquilinos obrigatórios de ninhos de formigas. Referências: Besuchet, 1956; Bõving e Craighead, 1931; Kasule, 1966; Lawrence, 1982; Paulian, 1941. Hamotus sp. (Estampa 21, figs. 1-9) Larva madura. Comprimento: 2,5-3,0 mm. Campo- deiforme (fig. 1), fusiforme. Cabeça castanho-clara com manchas mais escuras; tórax branco-amarelado, com escleritos castanho-claros; abdômen branco- amarelado. Cerdas longas e curtas, castanho-escuras; cerdas abdominais mais longas que as torácicas. Cabeça (fig. 3) hipognata, mais pigmentada que o resto do corpo. Cápsula cefálica arredondada, pouco mais larga que longa. Sutura epicranial pre- sente. Sutura coronal longa. Ramos frontais em for- ma de V, sinuosos. Dois estemas bem desenvolvidos e bem evidentes, sendo um mais dorsal e outro ventral, situados pouco atrás da área de inserção antenal. Anteclípeo ausente. Labro (figs. 3 e 7) parcialmente fundido à fronte, transverso, trape- zoidal, com margem anterior microdenteada (fig. 6); com 9-10 pequenos dentes arredondados; com 2 cerdas longas, laterais. Epifaringe (fig. 6) com 2 tubérculos arredondados, látero-anteriores, numero- sas microcerdas e 2 grupamentos de 4 poros (sensi- las), três alinhados e um posterior entre os 2 mais internos. Suturas guiares confluentes; gula com 1 par de cerdas (fig. 8). Antenas (fig. 3) 2-segmentadas; sensório longo, setiforme, pouco menor que o com- primento do segmento distai, o que confere aspecto de Y à antena; 1 cerda curta presente basalmente à região de inserção do sensório; segmento distai falciforme, mais escuro e com microcerdas na metade basal alargada; 2.° segmento setoso, com 2 poros sensoriais na faixa mais escura. Peças bucais protraí- das. Mandíbulas (fig. 5) móveis, simétricas, falci- formes, com 2 dentes grandes; dente distai mais delgado, com dentículo basal, arredondado; dente proximal mais dorsal, curto e largo, com margem interna crenulada; sem mola ou prosteca; face dorsal com poro sensorial na base interna; margem externa bissetosa. Maxila (fig. 9) robusta, imóvel. Mala arredondada com 8 cerdas espatuladas longas e 3 mais curtas situadas junto à margem interna, 1 cerda curta e 1 longa basais e 1 cerda longa apical. Palpí- fero presente, unisetoso. Palpos maxilares 3-segmen- tados; l.° e 2° segmentos subcilíndricos, levemente constritos próximo ao meio; o 2.° pouco mais longo que o l.° e com 2 cerdas; 3.° alongado, acuminado, quase o dobro do comprimento do 2.®; estipe com 2 cerdas. Cardo pentagonal. Lábio (fig. 8) com pré-mento pouco desenvolvido, fundido com o men- to; submento articulado; margem anterior do pré- -mento com incisão profunda em forma de U; cada lobo com 3 cerdas. Lígula ausente. Palpos labiais 2-segmentados; região proximal subcilíndrica; região distai estiliforme, bruscamente estreitada e acumina- da pouco além do meio, pouco mais longa que a proximal; região da constrição com 2 micro-espinhos. Protórax com 1 par de escleritos rijos; com fileira anterior e posterior de cerdas marginais (16-17 cer- das) longas; meso- e metatórax com fileira transver- sal irregular de cerdas longas eretas (14-16) e algu- mas mais curtas. Um par de espiráculos anulares no mesotórax. Pernas (fig. 4) longas, sub-iguais, 5-seg- mentadas, incluindo o tarsúngulo. Coxa com 2-3 cerdas grandes; trocanter e fêmur com cerdas curtas; tíbia com microcerdas; tarsúngulo com 2 cerdas basais: 1 cerda dorsal menor e 1 ventral maior. Abdômen fusiforme, com 9 segmentos visíveis de cima, 9.° segmento parcialmente ventral. Superfície do abdômen pouco esclerotinizada e pilosa. Tergitos abdominais com cerdas longas e algumas curtas, aproximadamente alinhadas transversalmente. Pleura membranosa, não distinta. Esternitos abdominais com fileira de (4-10) cerdas, mais curtas que as torácicas. Urogonfos ausentes. Abertura anal trans- versal no ápice do 10.° segmento abdominal. Seg- mentos 1-8 com 1 par de espiráculos anulares, atrás e abaixo da cerda mais lateral. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 27-29.ÍX. 1984, Exp. MZUSP col., 2 larvas e 3 adul- tos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados juntos sob casca de troncos caídos. A movimentação das larvas era lenta. Observou-se que as larvas possuíam grande quanti- dade de detritos presos entre as longas cerdas do corpo. Discussão Pouco se conhece sobre larvas e pupas de Pselaphi- dae. Besuchet (1956) descreveu imaturos de alguns gêneros da região Paleártica. A larva de Hamotus sp., PSELAPHIDAE - HYDROPHILIDAE 95 descrita aqui pela primeira vez, difere das espécies já conhecidas, da família, pela antena 2-segmentada. Em Trichonyx sulcicollis Reichb., por exemplo, o terceiro segmento antenal é reduzido e situa-se na face ventral do segundo segmento (Besuchet, l.c.). Em Hamoíus sp. não há nenhum vestígio desse ter- ceiro segmento. Hamotus sp. difere ainda de T. sul- cicollis pela ausência de nasal, possuindo labro fundido à fronte. Hydrophiloidea Esta superfamília, incluindo Histeroidea, com- preende 5 famílias; Hydrophilidae, Georyssidae, Sphaeritidae, Syntellidae e Histeridae. Ocorrem no Brasil, Hydrophilidae, Georyssidae e Histeridae. Larvas alongadas, com cabeça fortemente escle- rotinizada, restante do corpo fracamente esclerotini- zado. Sutura frontal em forma de V ou U, algumas ''czes incompleta. Antenas bem desenvolvidas, 3-seg- ruentadas, às vezes com mais de um sensório no segmento antenal. Estemas ausentes, ou 6 de cada lado da cabeça. Labro fundido à cápsula cefálica, formando nasal. Mandíbula sem mola, freqüente- *r>ente com retináculo. Peças bucais ventrais protraí- das. Palpos maxilares 3-segmentados; palpífero pal- piforme presente, geralmente bem desenvolvido; Sálea reduzida (apêndice digitiforme, segundo alguns uutores); lacínia quase sempre ausente; palpos la- biais — ..j quase sempre 2-segmentados. Cavidade bucal reduzida. Suturas guiares em geral confluentes pos- teriormente. Segmentos abdominais freqüentemente upresentam 1 ou mais pregas transversais. 9.® tergito ubdominal quase sempre com 1 par de urogonfos I- ou 2-segmentados, raramente 3- ou 4-segmenta- dos. 10.0 segmento reduzido, quase sempre ventral ou póstero-ventral. Espiráculos anulares ou bíforos, com estrutura de fechamento; às vezes são vestigiais. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 19. HYDROPHILIDAE (Estampas 22-24) Família cosmopolita que inclui Helophoridae, Hydrochidae, Sphaeridiidae e Spercheidae. Contém cerca de 125 gêneros e 2000 espécies e, aproxima- damente, 10 subfamílias. No Brasil, ocorrem cerca de 21 gêneros e 120 espécies. Larvas alongadas, ocasionalmente fusiformes ou com margens laterais subparalelas; corpo pouco es- clerotinizado, com exceção da cabeça e de placas esclerotinizadas, geralmente existentes nos tergitos torácicos e 8.® tergito abdominal; tegumento dorsal freqüentemente tuberculado ou densamente pubes- cente. Cabeça fraca a fortemente elevada. Sutura coronal curta a ausente; sutura frontal às vezes pou- co distinta. Cabeça com 6 estemas de cada lado. Antenas com 1 sensório, raramente 2 ou 3 presen- tes, algumas vezes ausente. Mandíbulas muito sa- lientes e freqüentemente com mais de 1 retináculo. Peças bucais protraídas. Palpos maxilares 3-seg- mentados; palpífero palpiforme presente, geralmente bem desenvolvido, com gálea reduzida (endito ma- xilar, segundo Moulins, 1960 ou apêndice digitifor- me, segundo outros autores); lacínia quase sempre ausente; lígula presente, ausente em raros casos. Su- turas guiares ocasionalmente curtas e separadas. Protórax em geral com placa tergal esclerotinizada; meso- e metatergo às vezes com 1 par de placas. Pernas em geral longas, às vezes com franja de cerdas natatórias; ocasionalmente reduzidas ou ausentes; tarsúngulo bissetoso na maioria das espécies. Abdô- men geralmente com 9 tergitos visíveis, raramente 10; segmentos freqüentemente com pregas transver- sais, às vezes 7 pares de brânquias laterais presentes. 9.® tergito geralmente reduzido, terminal, provido de 1 par de urogonfos cônicos, e formando junta- mente com o 8.® tergito um átrio ou câmara respi- ratória; ocasionalmente, 9.® tergito simples ou com I par de urogonfos 2-segmentados, raramente 3-seg- mentados. 10.® segmento às vezes com 1 par de lobos membranosos. Espiráculos anulares ou bíforos; espiráculos mesotorácicos e dos segmentos abdomi- nais l.®-7.®, em geral, pequenos e vestigiais, enquan- to que os do 8.® segmento são geralmente grandes, anulares e localizados no átrio. Larvas aquáticas ou semi-aquáticas, encontradas em coleções de água e ambientes higropétricos ou úmidos. As larvas costumam apresentar os mesmos hábitos alimentares dos adultos; em geral são preda- doras mas existem espécies fitófagas ou saprófagas. Os Sphaeridiinae ocorrem em folhiço ou excremen- tos. Larvas respiram o oxigênio atmosférico, colhido da superfície do corpo de água, através dos espirá- culos atriais, ou respiram através de tráqueo-brân- quias laterais do abdômen. Larvas maduras escavam no solo, fora da água, uma câmara pupal onde ocorre a metamorfose. Referências: Bertrand, 1955, 1972; Bõving e Craighead, 1931; Bõving e Henriksen, 1938; Lawren- ce, 1982; Leech e Chandler in Usinger, 1956; Lima, 1952; Moulins, 1960; Peterson, 1960; Richmond, cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 96 HYDROPHILIDAE 1920; Wilson, 1923. Hydrous ater (Olivier, 1892) (Estampa 22, figs. 1-11) Larva madura. Comprimento: 48,0-55,0 mm; largu- ra do protórax: 7,0 mm; largura do meso- e metató- rax: 9,0 mm. Fusiforme, (fig. 1) ligeiramente amarelada, com micro-pilosidade escamiforme cas- tanho-escura, mais curta e mais clara na região ventral que na dorsal; cabeça acastanhada. Cabeça (figs. 5 e 6) glabra, prognata, levemente deprimida, fortemente esclerotinizada, mais estreita que o protórax; região dorsal mais pigmentada que a ventral e com áreas mais escuras formadas por manchas circulares: 2 grandes na base das antenas, 2 menores no ápice da fronte e toda a região látero- basal, a qual se continua ventralmente até a sutura guiar. Sutura frontal (fig. 6) em forma de U com base reta. Sutura coronal ausente. Seis estemas (fig. la) dorsais elípticos de cada lado: um grupo com 4 próximo à base das antenas e 2 próximos à base das mandíbulas. Clípeo e labro fundidos for- mando placa única, estreita no meio e ligeiramente alargada nos lados; margem anterior ligeiramente côncava e com algumas projeções microscópicas de cada lado. Sutura guiar única, longa, maior que a metade do comprimento da cabeça dividindo-a em 2 hemisférios. Gula ausente. Antenas (fig. 4) bem desenvolvidas, 4-segmentadas; l.° segmento longo, maior que os demais reunidos, com muitas cerdas na margem lateral interna; 2.® segmento muito curto; 3.° maior que o dobro do comprimento do 2.° e com pequeno cone sensorial subapical; 4.° mais delgado e aproximadamente do mesmo comprimento do 3.°. Peças bucais protraídas, bem desenvolvidas. Mandíbulas (figs. 8 e 9) assimétricas, longas e fal- ciformes. Mandíbula direita (fig. 8) mais longa e delgada que a mandíbula esquerda (fig. 9) e com 2 dentes espiniformes na margem interna; mandíbula esquerda (fig. 9) mais curta e larga, com apenas um dente na margem interna e ápice bruscamente afilado. Maxilas (fig. 7) longas, palpiformes; gálea diminuta (apêndice digitiforme) inserida no palpí- fero; com 1 cerda distai; lacínia ausente; estipe longo, com algumas cerdas na margem interna; cardo pequeno e parcialmente membranoso. Justacardo parcialmente fundido com o submento. Palpos ma- xilares 3-scgmentados; segmento distai mais escuro que os demais. Lábio (fig. 7) com pré-mento muito estreito na base, ligeiramente alargado no ápice e com 2 pares de cerdas curtas. Mento largo, com ângulos anteriores arredondados e proeminentes. atingindo a metade do comprimento do pré-mento; com várias cerdas curtas, próximas às margens la- terais. Submento da largura do mento, fortemente arredondado na base, com região anterior membra- nosa e basal com pequenas manchas circulares mais escuras. Lígula pequena e arredondada. Palpos la- biais 2-segmentados; 2.° segmento mais longo e del- gado que o l.° e com ápice castanho. Hipofaringe com 1 esclerito transversal bem esclerotinizado, com extremidades arredondadas, com microespinhos nas margens. Tórax (fig. 1) gradualmente alargado da região anterior para a basal. Pronoto com 2 placas esclerotinizadas na região mediana; meso- e meta- noto com 2 placas esclerotinizadas menores que as do pronoto, subtriangulares, partindo da margem anterior. Pernas (fig. 10) com coxa alongada e subcilíndrica; trocânter, fêmur e tíbia achatados; fêmur mais longo que a tíbia; tíbia com 3 cerdas curtas, sendo 2 apicais e 1 próxima ao meio; tarsún- gulo longo, com ápice afilado e 1 cerda próxima à base. Pernas posteriores ligeiramente maiores que as demais; todas as pernas com franja de cerdas. Abdô- men com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos abdominais com vários sulcos transversais e 1 longi- tudinal paralelo a cada margem lateral; cada seg- mento com 1 par de tubérculos laterais com tufo de cerdas e 2 pares de pequenos tubérculos castanhos com 1 cerda, 1 par dorsal e 1 par dorso-lateral. 8.° segmento aproximadamente circular; margem posterior arredondada, com 4 cerdas; região dorsal com escudo subcircular. Câmara respiratória (fig. 11) formada pelo 8.° e 9.° segmentos; com 2 espi- ráculos maiores que os demais do abdômen; procer- cos cônicos e unissetosos; urogonfos 2-segmentados; segmento distai indistinto; região epipleural do 9.° segmento levemente proeminente formando os lobos » externos do segmento, e cada um com 1 tubérculo curto cônico e unissetoso (acrocerco). 10.° segmento reduzido, ventral e bilobado. Abertura anal transver- sal no 10.° segmento. Com 1 apêndice vermiforme — o pró-estilo — em cada lado do segmento anal, espesso, afilado para a extremidade, glabro com ane- lação superficial e irregular. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branca, com 2 prolongamentos esclerotinizados no ápice do abdô- men (fig. 2b). Cabeça glabra, não visível de cima e fundida ao pronoto na região mediana; com 2 pe- quenas áreas mais esclerotinizadas, próximas à re- gião mediana basal. Pronoto com 3 filamentos longos próximos a cada ângulo anterior; com 4 pares de filamentos mais curtos, 2 nas margens laterais pró- ximos aos ângulos posteriores, 2 próximos à margem basal; 2 filamentos muito curtos, próximo à região HYDROPHILIDAE 97 niediana anterior. Meso- e metanoto com 2 filamen- tos longos cada um. Segmentos abdominais com 1 par de filamentos dorsolaterais longos (fig. 2a) e 1 par curto, unissetoso no ápice, próximo à margem basal. 2.O-5.0 segmentos com 1 par de espiráculos elípticos dorsolaterais. Segmento apical com 2 fila- tnentos longos (fig. 2b) plurianelados. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Registro (Rod. BR 116-Km 170), ii-iv. 1972, A.H. Alves t-ol., 3 larvas, 1 pupa, 1 casulo e 2 adultos fixados (MZUSP). Peruíbe, 02-12.Ü. 1985, S.A. Vanin col., 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Adultos de H. ater foram coletados à noite, à luz, em Registro, SP., e transportados vivos para o labo- ratório, onde foram colocados em aquário com ve- getação aquática. Alguns dias depois observou-se a postura: a fêmea cortava um pedaço de folha de ^alisneria sp., utilizando-a como suporte para cons- trução da ooteca; a ooteca atuava como flutuador psra os ovos; o período dispendido na construção da ooteca foi de 4 horas. A ooteca foi isolada em aquário individual. O período entre a postura e a eclosão dos ovos foi de 4 dias; 86 larvas emergiram, e foram colocadas individualmente em placas de Petri (que continham a mesma água do aquário) para evitar canibalismo. As larvas foram alimenta- das com pedaços de carne de boi crua e a água trocada logo após cada repasto para evitar poluição. Três larvas de 3.° instar, bem desenvolvidas, foram transferidas para aquários que continham barranco be argila. O período de tempo em que as larvas permaneceram na água, aceitando alimentação, va- riou de 27 a 50 dias (três observações: 27, 36 e 50 dias). Essàs larvas apresentaram comprimento que variou de 48 a 55 mm. Após esse período, as larvas escavaram uma câmara pupal no barranco de argila, logo acima do nível da água. A larva niadura dispendeu cerca de 8 dias entre a saída da água e a transformação em pupa. O período pupal durou cerca dé 7 dias. O adulto permaneceu 2 dias na câmara pupal, antes de abandoná-la. Discussão A larva de H. ater apresenta vários caracteres con- cordantes com outras espécies deseritas para o gê- nero. Uma observação deve ser -feita em relação à placa clípeo-labral. Bõving e Henrikesen (1938), consideram-na como um nasal pouco desenvolvido com dentes reduzidos na margem anterior. Richmond (1920) descreve-a como um labro-clípeo reduzido. Como a sutura entre a placa clípeo-labral e a fronte é bem distinta, parece-nos que esta última interpre- tação é melhor adequada. O cardo, justacardo e hipofaringe são estruturas omitidas nas descrições das larvas de IJydrous e aqui formuladas pela primeira vez. Epimetopus trogoides (Sharp, 1875) (Estampa 23, figs. 1-8) Larva de primeiro instar (fig. 1). Comprimento: aproximadamente 2,0 mm. Campodeiforme, ligeira- mente esclerotinizada e levemente deprimida. Cabeça (fig. 7) prognata, quase tão larga quanto longa. Sutura epicranial em forma de U. Sutura co- ronal ausente. Um par de estemas dorsolaterais. Labro e clípeo fundidos. Nasal com ápice bilobado. Áreas genais com algumas cerdas longas. Antenas (fig. 6) mais curtas que as maxilas, 3-segmentadas; 1. ° segmento mais curto que o 2.°, 2.° com cerdas subapicais e cone sensorial apical, quase tão longo quanto o 3.° segmento, que é curto, e com cerdas longas no ápice. Peças bucais protraídas e bem de- senvolvidas. Mandíbulas (fig. 3) bem desenvolvidas com área dorsal mais esclerotinizada, com 1 dente próximo do meio da margem interna e finamente denteada deste dente para o ápice; área ventral, membranosa terminando em 1 dente unciforme e com vários dentes mais, curtos e penicilo franjado com cerdas bifurcadas. Maxilas (fig. 2) longas, cô- nicas; gálea vestigial, 1-segmentada com 1 cerda no ápice; lacínia ausente. Palpífero presente e bem de- senvolvido. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° e 2. ° segmentos subcilíndricos; 3.° alongado e com papilas sensoriais no ápice. Estipes bem desenvol- vidos, com cerdas laterais; cardo triangular. Lábio (fig. 4^ com pré-mento curto; mento sub-retangular com 1 par de cerdas; submento grande, trapezoidal com 1 par de cerdas. Lígula curta e arredonda- da, com cerdas. Palpos labiais unissegmentados, com palpígero membranoso, com cerdas apicais. Tórax mais esclerotinizado; segmentos aproximadamente iguais em tamanho. Perna (fig. 5) espessa, com coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo; o fêmur é a parte mais desenvolvida; fêmur e tíbia com mui- tas cerdas espessas e longas e algumas cerdas del- gadas; tarsúngulo longo e delgado, com 1 cerda próxima à base. Abdômen (fig. 1 ) pouco escleroti- nizado, ligeiramente estreitado para o ápice, com 9 segmentos visíveis de cima; 8.° segmento (fig. la) com 6 projeções ventrais arredondadas, as late- rais com várias cerdas e as medianas com 1 cerda 98 HYDROPHILIDAE cada uma; 9.° segmento com 1 par de urogonfos 3-segmentados; 10.° segmento reduzido e ventral. Material examinado. BRASIL. Mato Grosso. Jacaré (Parque Nacional do Xingu), xi. 1961, Alvarenga e Bokermann cols., 1 fêmea com saco ovígero (MZUSP). Minas Gerais. Arinos, 06-08.xi. 1964, Exp. DZUSP. col., 2 fêmeas com sacos ovígeros (MZUSP). Dados biológicos Esta espécie produz saco ovígero amarelo-acasta- nhado, opaco, de material semelhante à seda, que se prende embaixo dos urosternitos da fêmea em de- pressão da superfície ventral do abdômen, sem ade- rir ao corpo do inseto, mas mantendo-se no lugar, por pressão do fêmur e da tíbia posteriores. Em um saco com 1,45 mm de largura e 1,25 mm de com- primento foram encontradas 17 larvas (Rocha, 1967 e 1969). Discussão A presente redescrição é baseada, em parte, no mesmo material examinado por Rocha (/.c.). As seguintes estruturas foram redesenhadas e parcial- mente reinterpretadas: antenas, mandíbulas, maxilas e pernas. O lábio, aqui apresentado, não havia sido ilustrado e descrito. Em relação à maxila é importante notar a exis- tência de gálea vestigial 1 -segmentada e 1-setosa, articulada na extremidade látero-distal interna do palpífero, omitida na descrição original. Dactylostcmum subrotundum (Fabricius, 1772) (Estampa 24, figs. 1-15) Larva madura (figs. 1 e 2). Comprimento; 11,0 mm; largura do protórax: 1,0 mm. Ortossomática. Casta- nho-clara com cabeça, pro-, meso- e metanoto mais esclerotinizados; segmentos abdominais com dobras transversais e com densa pilosidade sendo a da re- gião dorsal mais escura que a da ventral. Cabeça (figs. 3 e 5) prognata, mais longa que larga e levemente deprimida; castanho-amarelada. Região dorsal membranosa, entre cápsula cefálica e protórax, com 2 pequenos escleritos cervicais (fig. 3). Sutura epicranial muito fina. Sutura coronal muito curta. Ramos frontais como na fig. 3. Seis pares de estemas (fig. la) localizados dorsalmente, próximos à margem lateral; os 3 anteriores maiores que os demais. Labro e clípeo fundidos. Fronte (fig. 6) com nasal assimétrico, com várias cerdas espessas. Epifaringe com várias cerdas espessas. Suturas guia- res (fig. 5) inclinadas para fora; gula sub-losangular mais larga que longa, com 1 cerda em cada ângulo lateral. Áreas genais com algumas cerdas curtas. Carenas hipocefálicas pouco distintas; fossetas ten- toriais conspícuas. Antenas (fig. 4) 3-segmentadas; l.° segmento longo, com 1 poro sensorial; 2.° seg- mento aproximadamente com a metade do compri- mento do l.°, com cone sensorial apical; 3.° curto, com 2 cerdas apicais. Peças bucais protraídas e bem desenvolvidas. Mandíbulas (figs. 11-14) móveis, le- vemente assimétricas com ápice recurvo; margem cortante serrilhada; com 2 retináculos; região molar pouco desenvolvida e serrilhada; região dorsal com 3 pontos sensoriais na altura do retináculo distai. Maxilas (figs. 7, 8 e 8a) com gálea reduzida (apên- dice digitiforme), inserida no palpífero, e com 2 cerdas espessas 1 delas curta e outra longa. Lacínia ausente. Palpífero presente e bem desenvolvido. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° e 2.° segmen- tos subglobulares, 3.° alongado, com papilas senso- riais no ápice. Estipe alongado, com região dorsal marginada lateralmente por cerdas espessas e mar- gem interna prolongada distalmente em dente peque- no. Cardo triangular. Lábio (fig. 7) com pré-mento alongado, com 2 pares de cerdas; mento parcial- mente esclerotinizado; lígula estreita e alongada. Palpos labiais 2-segmentados; 2.° segmento com vá- rias papilas sensoriais no ápice, uma das quais mais longa. Hipofaringe (fig. 8) com dentículos na região mediana que decrescem de tamanho do ápice para a base; margens laterais cobertas por cerdas curtas; com 1 par de cerdas longas látero-anteriores. Pro- tórax mais estreito que meso- e metatórax. Pronoto, prosterno e faixa transversal do meso- e metanoto mais esclerotinizados. Margens laterais do meso- e metatórax arredondadas e cobertas por pilosidade fina. Um par de espiráculos anulares dorso-laterais no mesotórax. Pernas (fig. 10) aproximadamente iguais em tamanho, com coxa anular, trocânter triangular, fêmur alongado, mais espesso e longo que a tíbia e tarsúngulo largo e curto; coxa e trocânter com cerdas espessas e curtas, associadas a longas e delgadas; fêmur e tíbia com cerdas curtas e espes- sas; tarsúngulo com 2 cerdas espessas e curtas pró- ximas à base. Abdômen (figs. 1 e 2) totalmente coberto de cerdas, com pequenas áreas longitudinais dorsais glabras; com 8 segmentos visíveis de cima; cada segmento com várias pregas transversais, dando a impressão de maior número de segmentos; margens laterais com vários lóbulos; 8.° segmento com placa esclerotinizada dorsal; região dorsal do 9.° segmento reduzida, e com 1 par de urogonfos 1 -segmentados; HYDROPHILIDAE - GEORYSSIDAE - HISTERIDAE 99 região ventral (fig. 9), com margem distai trilobada, formando o assoalho da câmara respiratória; 10.° segmento reduzido, ventral, e com abertura anal transversal. Segmentos l.°-7.° com 1 par de espira- culos anulares (figs. 2 e 2a) e laterais; 8.° par de espiráculos maior, localizado dentro da câmara res- piratória formada pelo 8.° e 9.° segmentos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- iis (Estação Biológica de Boracéia), 20-22.iv. 1982, Exp. MZUSP col., 1 larva e 3 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos em troncos caí- Larvas e adultos coletados juntos — dos dentro da mata; madeira bem apodrecida uinida. Larvas pouco ativas. 20 GEORYSSIDAE Família monogenérica para Georyssus, com cerca de 25 espécies conhecidas das principais regiões do globo. No Brasil encontra-se registrada 1 esp>écie. Larvas alongadas, margens laterais subparalelas. Sutura coronal ausente; sutura frontal conspícua, orn forma de U. Cabeça com 6 estemas de cada lado. Antenas com sensório longo. Maxila palpiforme; gálea reduzida, situada no palpífero. Lígula ausente. Pernas muito curtas, as anteriores mais robustas que demais. Mesotergo, metatergo e tergitos abdomi- nais 1-8 com 2-4 tubérculos de cada lado. 9.° tergito betn desenvolvido, com 2 tubérculos medianos e com 1 par de urogonfos cônicos e curtos. 10.° seg- mento apical. Espiráculos bíforos. Habitam margens arenosas e lodosas de riachos. Aparentemente, alimentam-se de algas. Larva desconhecida para o Brasil. Referências: Emden, 1956; Lawrence, 1982. 21 . HISTERIDAE (= Niponiidae — Estampas 25- 26) Família cosmopolita, com cerca de 200 gêneros e 3000 espécies, geralmente colocadas em 10 subfa- mílias. No Brasil são encontrados aproximadamente 85 gêneros e 352 espécies. Larvas alongadas e subcilíndricas ou ligeiramente deprimidas; pouco pigmentadas, com exceção da cabeça, tergitos torácicos e geralmente os urogonfos; às vezes, ocorrem pequenas placas esclcrotinizadas nos tergitos e esternitos abdominais. Sutura coronal moderadamente longa ou ausente; sutura frontal com ramos freqüentemente curtos, às vezes indistintos ou ausentes. Antena geralmente com 2 sensórios no 2.° segmento; inserção antenal contígua à articulação mandibular. Estemas ausentes, ou 1 presente de cada lado da cabeça. Mandíbulas geralmente com reti- náculo e penicilo basal. Maxilas palpiformes; palpos maxilares 4-segmentados, incluindo palpífero; gálea reduzida (apêndice digitiforme) lacínia e cardo ausentes. Submento fundido à cápsula cefálica. Lígula ausente; palpos labiais 2-segmentados, raramente 3-segmentados. Sutura guiar presente, única. Tarsún- gulo assetoso ou bissetos,o, às vezes muito comprido. Tergitos abdominais 1-8 freqüentemente com 1 ou 2 pregas transversais, às vezes com 2 ou 3 fileiras transversais de espículos; 9.° tergito com 1 par de urogonfos, em geral longos e 2-segmentados, mas ocasionalmente reduzidos ou ausentes. Espiráculos bíforos. Larvas ocorrem em grande variedade de ambientes onde haja matéria orgânica em decomposição: fo- Ihiço, excrementos, carniça, troncos caídos, sob cas- ca de árvore e no interior de bromélias. São preda- doras, alimentando-se de larvas e pupas de outros insetos xilófagos ou saprófagos. Os Trypaneinae frequentam galerias perfuradas por coleobrocas, prin- cipalmente escolitídeos, e se alimentam das larvas xilófagas. Muitos Histerinae predam larvas de dípte- ros Cyclorrhapha. Vários Histerinae são mirmecófilos ou termitófilos e predam as larvas dos hospedeiros. Referências: Hinton, 1944, 1945; Lawrence, 1982; Lindner, 1967; Lima, 1952; Nikitsky, 1976. Epierus af. lucidulus Erichson, 1834 (Estampa 25, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 9,0 mm; largura do protórax: 1,0 mm. Campodeiforme (fig. 1). Ligei- ramente amarelada, com cabeça, pronoto, parte do mesonoto, pernas e segmento apical dos urogonfos castanhos. Cabeça (figs. 7 e 8) prognata, fortemente pig- mentada, fortemente esclerotinizada e deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal com cerca de 1/5 do comprimento da cápsula cefálica. Ramos frontais curtos, em forma de V aberto. Um estema lateral localizado próximo à articulação da antena. Labro fundido à fronte. Nasal assimétrico, com 1 dente mediano largo e truncado, e 2 dentes de cada cm 1 EciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 100 HISTERIDAE lado do anterior, com ápice arredondado. Sutura guiar única. Área genal (íig. 7) com 2 carenas late- rais partindo da base da antena e se dirigindo para a margem lateral próxima à base da cabeça. Carena hipocefálica (fig. 8) partindo da base das mandíbu- las até aproximadamente a melade do comprimento da cápsula cefálica. Antenas (fig. 5) 3-segmentadas; 1. ° segmento alongado; 2.° mais curto que o l.°, com ápice ligeiramente alargado, com 2 pequenos cones sensoriais triangulares apicais e 3 cerdas late- rais, 2 longas e 1 muito curta; 3.° segmento mais curto e mais delgado que os demais e com várias cerdas apicais, 1 das quais mais longa. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13 e 14) móveis, si- métricas, robustas e com ápice ligeiramente recur- vado e arredondado; com retináculo; região dorsal com 1 cerda lateral e 3 marcas de cerdas na região mediana; penicilo longo, formado por cerdas plu- mosas. Maxilas (fig. 6) alongadas, com gálea palpi- forme, 1 -segmentada (apêndice digitiforme) com 2 cerdas apicais inseridas no palpífero. Lacínia ausente. Palpífero palpiforme, com 2 cerdas espes- sas e membranoso na região distai. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° e 2.° segmentos aproximadamen- te do mesmo tamanho; 3.° longo, aproximadamente do comprimento do l.° e 2° reunidos, com papilas sensoriais no ápice e vários poros sensoriais subapi- cais; estipe alongado, com várias cerdas espessas na região ventral, sendo 2 laterais externas bem longas; região dorsal com várias cerdas plumosas na margem lateral interna. Cardo ausente. Lábio (fig. 10) com pré-mento, como mostra a figura, com 2 cerdas longas e vários pontos sensoriais; palpígero mem- branoso, com 1 cerda e 2 pontos basais. Mento transversal e membranoso. Submento (fig. 8) com sutura obsoleta, formada por 2 sulcos convergentes posteriormente. Palpos labiais longos, 2-segmenta- dos; ápice do l.° segmento e região mediana do 2. ® com vários pontos sensoriais; 2.° segmento com várias cerdas apicais e 1 subapical. Protórax ligeira- mente mais longo que meso- e metatórax juntos; pronoto e 4 placas do prosterno esclerotinizadas: 2 látero-anteriores triangulares, 1 mediana trapezoi- dal e 1 basal pentagonal. Mesonoto com placa trans- versal esclerotinizada. Todos os segmentos do tórax com várias cerdas dorsais, laterais e ventrais. Me- sotórax com 1 par de espiráculos bíforos ventro- anteriores. Pernas (fig. 9) aproximadamente iguais em tamanho e com várias cerdas inseridas ventro- lateralmente; coxa larga e curta; trocânter quase triangular; fêmur e tíbia alongados, sendo a tíbia mais delgada; tarsúngulo bissetoso. Abdômen mem- branoso, com 9 segmentos visíveis de cima e muitas cerdas dorsais e ventrais; cada segmento com várias pregas transversais, 2 ampolas ventrais e 1 dorsal; ampolas dos tergitos com microtríquias; 9.° seg- mento com 1 par de urogonfos 2-segmentados, com várias cerdas e 2 protuberâncias laterais, com cerdas no ápice; 10.° segmento tubular, ventral e margina- do de cerdas (figs. 11 e 12). Abertura anal elíptica. Segmentos 1-8 com 1 par de espiráculos bíforos laterais. Pupa (figs. 2 e 3) Adéctica e exarata. Ligeiramente amarelada com muitas cerdas. Cabeça estreita. Pro- noto mais longo que meso- e metanoto juntos. Pri- meiro segmento abdominal mais longo que os de- mais; último segmento com 1 par de urogonfos em forma de gancho. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 17.XÜ. 1980, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 28.xi-01.xii.1984, Exp. MZUSP 2 larvas e 6 adultos fixados, 3 larvas criadas até pupa e 3 larvas criadas até adulto (MZUSP). Santa Adé- lia, 05.x. 1980, S.A. Casari-Chen col., 2 larvas fixa- das, 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas predadoras, coletadas sub-corticalmente em troncos caídos, semi-apodrecidos. Os exempla- res de Peruíbe foram encontrados predando pupas de Paxillus camerani Rosm., 1902 (Passalidae). Omalodes sp. (Estampa 26, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 16,0 mm; largura do protórax: 2,0 mm. Campodeiforme (fig. 1). Ama- relada, com cabeça, pronoto, pernas, urogonfos e 4 placas no prosterno esclerotinizadas. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, fortemente pig- mentada, exceto antenas, palpos labiais e maxilares, que são mais claros; fortemente esclerotinizada e deprimida. Sutura epicranial ausente. Cápsula cefá- lica com muitas pontuações dorsais e algumas ven- trais; região dorsal com carena curta e inclinada, partindo da margem lateral basal. Um estema locali- zado lateralmente, próximo da articulação da man- díbula. Nasal (fig. 10) assimétrico com 3 dentes bilobados nos ápices, sendo o mediano maior. Sutura guiar (fig. 4) longa, atingindo 2/3 do comprimento da cabeça. Antena (figs. 3 e 13) 3-segmentada; l.° e 2.° segmentos alongados, aproximadamente do mes- mo comprimento; 2.° segmento mais alargado no cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 HISTERIDAE 101 ápice, com 2 cones sensoriais apicais pequenos e várias cerdas subapicais curtas, inseridas em uma protuberância. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 7 e 8) móveis, simétricas com ápice ligeira- mente recurvo e arredondado; com retináculo na região mediana; penicilo formado por tufo de cerdas simples de tamanho moderado. Maxila (fig. 14) longa, com gálea palpiforme, 1 -segmentada (apên- dice digitiforme), com 1 cerda espessa e longa e vários poros sensoriais apicais, inseridos no palpífero. Lacínia ausente. Palpífero palpiforme com cerdas laterais e 1 poro sensorial ventral. Palpos maxilares 3-segmentados; segmentos aumentam de comprimen- to do proximal para o distai; todos os segmentos apresentam pelo menos 1 poro sensorial; 3.° seg- mento com várias cerdas apicais curtas e vários poros sensoriais. Estipe alongado, marginado late- ralmente por franja de cerdas. Cardo ausente. Lábio (fig. 6) com pré-mento alongado e membranoso anteriormente. Mento transversal e membranoso. Submento (fig. 4) triangular fundido à cápsula cefá- lica com 2 cerdas látero-anteriores. Lígula ausente. Palpos labiais longos e 2-segmentados; 2° segmento com aproximadamente o dobro do comprimento do l.°, com vários poros sensoriais e cerdas curtas no ápice. Pronoto aproximadamente do mesmo compri- mento do mesonoto, quase totahnente esclerotini- zado, mais claro nas regiões anterior e basal. Me- sonoto com 1 placa mediana esclerotinizada, elíp- tica e grande e 1 lateral pequena e arredondada, com cerda no ápice; metanoto com 1 placa mediana elíptica e 2 laterais arredondadas, menores, com cerdas no ápice; placas esclerotinizadas do meso- e metanoto mais claras que as do pronoto. Meso- e me- tatórax com ampolas laterais arredondadas. Pros- terno com 6 placas esclerotinizadas; meso- e metas- temo com 1 placa cada um, mais claras que as do prosterno. Um par de espiráculos bíforos localizados látero-anteriormente no mesotórax. Pernas (fig. 5) aproximadamente iguais em tamanho, inseridas ven- tro-lateralmente. Coxas anteriores mais aproximadas entre si que as médias e posteriores. Coxa globosa e curta, com fileira transversal de cerdas; trocânter curto e cilíndrico; fêmur ligeiramente mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo cxuto, bissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima. Seg- mentos abdominais (fig. 9) com 1 ampola dorsal grande, com 3 pares de cerdas e 3 fileiras de micro- tríquias transversais e duplas; região lateral com 5 protuberâncias com 1 cerda no ápice; região ven- tral com 1 ampola pequena de cada lado e 2 fileiras transversais de microtríquias. Região mediana ante- rior e basal da ampola dorsal mais esclerotinizada. Segmento 9.° (figs. 11 e 12) com 1 par de urogon- fos 2-segmentados, esclerotinizados e com cerdas no ápice de cada segmento; margem lateral com 1 par de tubérculos medianos de cada lado, com 1 cerda no ápice, o tubérculo distai é mais longo; região ventral com 1 par de tubérculos pequenos com cerda no ápice. Segmento 10.° (fig. 11) tubular, ventral, com fileira transversal, anterior, de microtríquias, 2 placas esclerotinizadas com 1 cerda cada uma e 3 pequenos tubérculos apicais. Abertura anal circular. Segmentos 1-8 com 1 par de espiráculos bíforos laterais, aproximadamente iguais em tamanho. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20-21.xi.l980, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos de Omalodes sp. foram coletados nos detritos vegetais acumulados no interior de bro- mélias. Discussão Deve ser salientada a ausência da sutura coronal na larva de Omalodes sp., condição não registrada, até agora, para a famflia. Essa sutura falta também na larva de Carcinops sp. (Dendrophilinae) de Pe- ruíbe, SP, examinada mas não descrita. Na bibliografia consultada, verifica-se que a su- tura epicrania] pode estar representada apenas pela sutura coronal, estando os ramos frontais ausentes. Isso ocorre, por exemplo, em Hololepta amurensis Rtt., (Hololeptinae), segundo Mamayev, 1974, fig. 3. Examinando uma exúvia de último instar de Holo- lepta sp., de Salesópolis, SP, pudemos confirmar essa condição. Em outros casos, a sutura coronal está presente, mas os ramos são quase indistintos. Provavelmente ocorrem várias condições interme- diárias (por exemplo. Estampa 25, fig. 7), desde a ausência total da sutura epicranial, até a presença das suturas coronal e frontal bem distintas. As margens laterais do submento, geralmente presentes em forma de suturas pouco marcadas ou sulcos, provavelmente foram interpretadas por vários autores como as suturas guiares (v.g. Lawrence, 1982). Anderson (1936) mostrou que o submento se encontra totalmente fundido à cápsula cefálica e que a sutura é única. Esta condição é bem eviden- ciada nas espécies de Omalodes e Epienis aqui figu- radas. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 102 SCIRTIDAE Eucinetoidea Esta superfamília compreende Eucinetidae, Clam- bidae e Scirtidae. No Brasil há registro apenas da última família. Larvas com tergitos somente um pouco mais esclerotinizados que estemitos, ou com igual escle- rotinização. Gálea e lacínia em geral distintas, mas não articuladas. Urogonfos ausentes. Espiráculos anulares e providos de estrutura de fechamento. 22. SCIRTIDAE ( = Cyphonidae, Helodidae — Estampa 27) Esta família contém cerca de 30 gêneros e 600 espécies que se encontram em todo o mundo mas com maior abundância nas regiões temperadas norte e sul. Os adultos são geralmente ativos e podem ser encontrados na vegetação próxima de riachos ou lugares muito úmidos. No Brasil encontram-se cerca de 4 gêneros e 31 espécies. Larvas alongadas, deprimidas c estreitas poste- riormente; superfície dorsal e ventral regularmente esclerotinizadas. Cabeça larga, em geral com 2 ou 3 estemas grandes de cada lado. Antenas com 2 seg- mentos basais grandes e um flagelo pluriarticulado, tão ou mais longo que o próprio corpo. Mandíbulas com 1 tubérculo ventral, 1 mola carenada transver- salmente, 1 prosteca espinhosa e 1 lobo incisivo revestido com cerdas longas. Maxilas com lacínia reduzida, ápice com unco e pente de cerdas espatu- ladas; gálea larga e apresentando cerdas pectinifor- mes; palpo maxilar 4-segmentado. Lábio com pré- -mento grande, quadrangular. Labro bilobado. Epifa- ringe e hipofaringe apresentando sistema complexo de pentes e pincéis de cerdas e órgãos táteis. Seg- mentos torácicos expandidos lateralmente. Pernas espinhosas, com garras longas. Abdômen com 8 seg- mentos visíveis; 9.® segmento reduzido, às vezes com 1 par de valvas móveis. Espiráculos ausentes ou não funcionais, exceto os do 8.® segmento abdo- minal. Tráqueo-brânquias filamentosas ou papilas freqüentemente presentes na região anal. Larvas quase sempre associadas à água, ocorrendo em riachos, lagos, lagoas, fontes, poças estagnadas, buracos de árvores e aquários de bromélias. Ali- mentam-se de fungos aquáticos, algas, diatomáceas e outras matérias orgânicas que são processadas por meio do sistema complexo de triagem, formado pelas peças bucais. Referências; Good, 1924; Kitching e Allsopp, 1987; Klausnitzer, 1975; Lawrence, 1982; Lima, 1952. Scirtes sp. (Estampa 27, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 12,0 mm; largura do protórax: 2,0 mm. Campodeiforme (fig. 1). Acha- tada dorso-ventralmente, fortemente esclerotinizada; região dorsal castanho-escura; região ventral e per- nas amareladas; antenas muito longas. Cabeça (figs. 2 e 3) prognata, estreitada na base; região dorsal fortemente esclerotinizada e forte- mente pigmentada, exceto na parte mediana basal; região ventral mais clara e levemente esclerotini- zada. Sutura epicranial (fig. 2) presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de U, si- nuosos, com ápices quase transversais ao eixo lon- gitudinal da cabeça, terminando na margem lateral externa da articulação antenal. Três estemas for- mando aglomerado compacto, localizado próximo à base da antena. Labro (fig. 9) livre, alongado com forte reentrância arredondada na região mediana anterior; região basal reticulada no meio; com mui- tas cerdas de tamanho variado; região basal de cada lóbulo com 3 cerdas longas, sendo 2 laterais exter- nas e 1 mesal; reentrância mediana marginada por cerdas finas. Epifaringe (fig. 10) marginada lateral- mente por cerdas curtas; ápice de cada lóbulo com 1 cerda longa e serrilhada, margem de cada lóbulo com 5 cerdas espessas, inseridas em protuberância próxima à margem látero-basal; região mediana co- berta por cerdas finas, que se prolongam, margi- nando internamente cada lóbulo; com 6 papilas e 5 poros sensoriais logo acima das cerdas da região mediana. Região guiar ausente. Áreas genals com fileira de cerdas laterais. Antenas longas, maiores que o comprimento do corpo, filiformes e multiar- ticuladas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) móveis, simétricas, deprimidas, largas e curtas, marginadas externamente por franja de cerdas longas; região mesal côncava e com muitas cerdas finas e plumosas; região ventral com 1 fileira incli- nada de cerdas, partindo da região mediana basal; côndilo pequeno; com côndilo acessório ventral; prosteca bilobada, 1 lobo espinhoso, pectiniforme e outro com cerdas; mola estriada transversalmente. Maxila (figs. 11 e 11a) com gálea com fímbria formada por cerdas finas e longas, sendo as pró- ximas à margem interna pectinadas. Lacínia (fig. 11a) fundida ao estipe, marginada por cerdas espatuladas que decrescem em comprimento, do ápice para a base; com 1 unco e 1 cerda fina e longa, próximo SCIRTIDAE - RHIPICERIDAE 103 20 limite da gálea. Estipe curto, marginado na 1/2 snterior por cerdas finas e curtas e com muitas cer- das de lamanho variado, na margem lateral externa. Palpííero curto, anular. Palpos maxilares 4-segmen- tados e com muitas cerdas; l.° segmento muito longo; 2.0 segmento mais curto que o 1.®, e alargado no ápice; 3. o segmento (fig. 11b) mais delgado que os anteriores e com áreas membranosas com cerdas scnsoriais; 4.® segmento curto, com 3 cerdas apicais 0 3 subapicais espessas. Cardo estreito, pouco de- senvolvido. Lábio (fig. 3) com pré-mento (fig. 4) subquadrangular e com muitas cerdas; margem ante- rior com faixa transversal totalmente coberta por cerdas curtas; pós-mento (fig. 3) transverso. Palpos ■naxilares muito curtos, 2-segmentados. Hipofaringe (fig. 6) marginada anteriormente por cerdas curtas, com várias áreas esclerotinizadas de formato variá- '[cl e faixas com carenas; região mediana anterior ligeiramente elevada, com 2 cerdas pectiniformes no 2pice. Tórax com segmentos aproximadamente iguais crn comprimento e marginados lateralmente por cer- *fns; protórax mais estreito que os demais e com 2 pares de cerdas dorsais; todos os segmentos pos- suem faixa basal mais clara. Pernas (fig. 5) aumen- tam ligeiramente de comprimento das anteriores para ns posteriores; coxa longa, com várias cerdas; tro- cânter alongado, subdividido, com cerdas; fêmur e libia alongados, com várias cerdas e uma fileira densa de cerdas espatuladas, curtas, dispostas na *^2rgem interna ventral; tarsúngulo (fig. 5a) alon- gado e com 1 cerda subapical espessa, alojada numa depressão. Abdômen com 8 segmentos visíveis de cima; todos os segmentos com faixa basal mais clara e com várias cerdas laterais; 8.° segmento (figs. 7 e 8) mais estreito que os demais; 9.° seg- niento embutido no 8.°; 10.° ventral, do qual partem pares de brânquias filamentosas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesó- Polis (Casa Grande), 1975, M.G. Lima col., 9 larvas fixadas (MZUSP); ibidem (Estação Biológica de Boracéia), 24.ix.1965, E.X. Rabello col., 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 09-10.X.1983, Exp. MZUSP col., 4 larvas fixadas (MZUSP). Dascilloidea Esta superfamília contém duas famílias: Dascilli- dae e Rhipiceridae. No Brasil ocorrem representan- tes apenas de Rhipiceridae. Forma larval variável. Maxilas com 2 lobos dis- tintos: gálea simples e não palpiforme ou articulada. 9.° tergito abdominal sem urogonfos articulados. 23. RHIPICERIDAE Família que inclui Sandalidae, contém cerca de 5 gêneros c 50 espécies. No Brasil registram-se 2 gê- neros e 6 espécies. Larvas de Rhipicerinae desconhecidas. A descri- ção baseia-se nas larvas de Sandalinae que apresen- tam hipermetamorfose. Larva de l.° instar é um triungulino, estreito e alongado, com cerdas esparsas, apresentando cerdas longas. Sutura epicranial em forma de Y. Estemas ausentes. Antenas 3-segmen- tadas; 2.° segmento com sensório longo. Maxila com mala; palpos maxilares alongados, 1 -segmentados, com sensório basal grande. Lábio com mento e submento fundidos; palpos labiais 1 -segmentados. 9.° e 10.° segmentos abdominais bem desenvolvi- dos. Pernas 5-segmentadas; incluindo tarsúngulo longo e unissetoso. Urogonfos ausentes. Espiráculos anulares, presentes no mesotórax e 1.° e 8.° segmen- tos abdominais. Larva de último instar pouco escle- rotinizada. Cabeça subglobular. Sutura epicranial em forma de Y; estemas ausentes. Antenas pequenas, 1-segmentadas. Labro fundido ao clípeo. Mandíbula com ápice agudo; mola ausente. Gálea e lacínia dis- tintas; área de articulação maxilar moderadamente bem desenvolvida, estendendo-se até a base do mento. Palpos labiais curtos; 1 -segmentados. Pernas curtas e robustas, 3-segmentadas. 9.° e 10.° segmentos abdominais reduzidos; 9.° segmento com um par de urogonfos cônicos e fixos. Espiráculos bíforos. Larvas de Sandalus são ectoparasitas de cigarras. A oviposição se dá em fissuras existentes nas cascas de árvores, ambiente onde as cigarras costumam realizar suas posturas. As larvas triungulinos se pren- dem às ninfas das cigarras antes destas penetrarem no solo. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Craighead, 1921; Dodge, 1941; El- zinga, 1977; Lawrence, 1982. ScARABEOiDEA (= Lamellicomia ) Esta superfamília compreende as seguintes famí- lias: Lucanidae, Passalidae, Trogidae, Ceratocan- thidae, Pleocomidae, Geotrupidae, Diphyllostoma- tidae e Scarabaeidae. Dessas não ocorrem no Brasil, Pleocomidae e Diphyllostomatidae. cm 1 ^SciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 104 LUGANIDAE Constituem grupo relativamente isolado e unifor- me, caracterizado nos adultos por pernas adaptadas para escavar, complexo mecanismo de dobramento das asas posteriores, antenas com clava lamelada, etc. Larvas alongadas, subcilíndricas, leve a fortemente curvadas dorso-ventralmente e em forma de C; fra- camente esclerotinizadas. Cabeça hipognata, prognata em Passalidae, ocasionalmente pigmentada; estemas geralmente ausentes, ou 1 presente de cada lado, junto à área de articulação antenal. Sutura coronal moderadamente longa; sutura frontal em forma de V ou fracamente liriforme; endocarena mediana às ve- zes presente. Sutura fronto-clipeal em geral presente. Labro livre, bem desenvolvido. Antenas em geral 3- ou 4-segmentadas, ocasionalmente 2-segmenta- das; penúltimo segmento em geral com sensório. Mandíbulas com mola bem desenvolvida e em ge- ral com tubérculo ventral. Gálea e lacínia falciformes, às vezes fundidas, total ou parcialmente, formando mala; palpos maxilares em geral 4-segmentados, ocasionalmente 2- ou 3-segmentados. Palpos labiais 2-segmentados. Epifaringe e hipofaringe em geral com sistema complexo de cerdas, tubérculos, espi- nhos e estruturas sensoriais. Pernas ocasionalmente com número reduzido de segmentos. Tergitos fre- quentemente com 2-4 pregas transversais. Abdômen em geral com 10 segmentos distintos; 9.° tergito abdominal sem urogonfos; 10.° estemito abdominal com armadura de cerdas e espinhos {raster). Aber- tura anal mais ou menos terminal e de formato va- riável, às vezes rodeada por lobos carnosos. Espi- ráculos em geral cribriformes, ocasionalmente bí- foros. Referências: Crowson, 1955, 1960; Howden, 1982; lablokoff-Khnzorian, 1977; Lawrence, 1982; Ritcher, 1966. 24. LUCANIDAE (Estampa 28) Esta famíha contém cerca de 100 gêneros e 1200 espécies, distribuídas por todo o mundo. Os adultos alimentam-se de néctar ou não se alimentam; as larvas alimentam-se de madeira semi-apodrecida. Em alguns gêneros os adultos possuem mandíbulas bas- tante avantajadas, e ao que parece, as utilizam tam- bém no vôo. No Brasil ocorrem, aproximadamente, 1 1 gêneros e 70 espécies. Larvas com antenas 3- ou 4-segmentadas; seg- mento distai reduzido. Maxilas com gálea e lacínia distintas, separadas, em geral sem dentes estridula- tórios. Pernas geralmente decrescendo de tamanho das posteriores às anteriores; trocânter fundido ao fêmur nas pernas pro- e mesotorácicas; tarsúngulo com 2 ou mais cerdas; órgãos estridulatórios situa- dos na mesocoxa e no metatrocânter. Tergitos abdo- minais em geral sem pregas transversais. Abertura anal em geral longitudinal, situada entre 2 lobos carnosos, às vezes em forma de Y. Larvas ocorrem em troncos caídos, madeira em decomposição, raízes vivas ou mortas. Larvas e pu- pas em geral se alojam em câmaras ou galerias muito estreitas; as larvas permanecem semi-enrola- das e efetuam movimentos lentos. Referências: Cekalovic, 1982; Lawrence, 1981, 1982; Ritcher, 1966. Pholidotus spixi Perty, 1830 (Estampa 28, figs. 1-21; Estampa 149, figs. 1-3) Larva madura. Comprimento: 27,0 mm. Escarabei- forme (fig. 2). Ligeiramente amarelada, com cabeça amarela. Cabeça (figs. 11 e 12) hipognata, levemente pig- mentada e fortemente esclerotinizada; mandíbulas e labro mais escuros que as demais partes. Sutura epicranial presente. Sutoa coronal longa. Ramos frontais em forma de V, com ápices sinuosos. Com 5 cerdas dorso-epicraniais, 3 cerdas póstero-laterais e 2 cerdas ântero-frontais de cada lado. Estemas ausentes. Clípeo (fig. 11) esclerotinizado, trapezoi- dal, com 2 cerdas longas e 1 curta próximas à cada margem lateral. Subgena com 4 cerdas longas. Labro (fig. 9) com ângulos anteriores ligeiramente arre- dondados e com muitas cerdas. Epifaringe (fig. 10) ligeiramente assimétrica; haptomerum com grupo irregular de 6-7 cerdas robustas e 2 botões sensoriais; logo abaixo, protophoba com 12 botões senso- riais; chaetoparia direita mais desenvolvida que a esquerda, com cerca de 30 cerdas grandes e outras menores; haptolachus com 3 nesia; nesium esquerdo o menor e o central, o mais desenvolvido; tormae unidos, com pternotorma nos 2 lados, assimétricos; epitorma longo e delgado. Suturas guiares (fig. 12) curtas; gula transversa e membranosa. Antenas (fig. 1) longas e 3-segmentadas; l.° segmento mais longo que os 2 seguintes reunidos; 2.° segmento alargado na região subapical e com 3 cerdas; 3.° segmento pequeno, com ápice afilado e várias cer- das. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 18-21) móveis, assimétricas, fortemente esclerotini- zadas. Mandíbula esquerda (figs. 20-21) com 5 den- cm i ISciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 LUCANIDAE - PASSALIDAE 105 tes incisivos na região dorso-mesal que diminuem de tamanho do ápice para a base; mola com lobos •s ais projetados e área molar côncava; região ^sal com cerdas; côndilo acessório presente. Man- 2 * direita (fig. 18 e 19) com 4 dentes ineisivos, proximais pouco desenvolvidos; sem retináculo; tnola denteada; região dorsal com 1 cerda lateral; condilo acessório presente, maior que o da mandí- a esquerda. Maxila (figs. 13 e 14) com gálea Articulada, alongada, com unco circundado dorsal- ^^ente por cerdas longas; com fileira longitudinal cerdas espessas e várias cerdas mais finas e curtas, acinia alongada, setosa, com ápice unciforme. Pal- Pi ero palpiforme, parcialmente membranoso, com cerda. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° e 2° ^cgmentos com poucas cerdas; segmento distai afila- o- Estipe alongado e com muitas cerdas; com uma csclerotinização estreita e inclinada partindo ventral- ®cnte da base da gálea e se dirigindo para a região crsal; margem dorsal do estipe com uma protube- rancia lateral, sem dentes estridulatórios. Cardo divi- * o, sendo a parte mais externa com 1 cerda. Jus- aestipe subtriangular. Lábio (figs. 12 e 15) com Pre-mento fundido ao mento, com várias cerdas na tttargem anterior, 2 subapicais curtas e 2 longas Pfoximas à base. Lígula ausente. Palpos labiais ■segmentados. Hipofaringe (figs. 16 e 17) setosa; cscleroma com 1 dente lateral bem desenvolvido e •^Argens laterais setosas. Protórax mais longo que Aieso- e metatórax; segmentos torácicos com várias merdas dorsais. Protórax com 1 espiráculo localizado 1 tubérculo lateral e piloso, menor que os abdo- minais. Pernas (figs. 7 e 8) com coxa globosa, com cerdas na base; trocânter fundido ao fêmur nas per- aas pró- e mesotorácicas; trocânter das pernas me- mtorácicas articulado, alongado com muitas cerdas c tamanho variado; fêmur alongado, setoso e alar- gAdo distalmente; tíbia curta, setosa, com ápice es- *reitado; tarsúngulo esclerotinizado, afilado no ápice A com 2 cerdas subapicais. Perna protorácica visi- ''clmente menor que as demais. Mesocoxa (fig. 7) Com fileira levemente inclinada e densa de dentículos estridulatórios na face externa. Metatrocânter (fig. 8) com fileira inclinada de dentículos estridulatórios na face i interna. Abdômen 10-segmentado; 2.°-6.° seg- mentos com área transversal e dorsal coberta por microtríquias e marginadas por cerdas na região dis- IaI; 7 . 0 - 9.0 segmentos com várias cerdas curtas. J^aster (fig. 5) com 2 áreas densas com microcerdas deixando uma área glabra entre elas; margem ápico- ■lateral com grupo de 5-6 cerdas longas; 10.° seg- mento (fig. 6) dividido em 2 áreas arredondadas. Abertura anal entre os 2 lobos do 10.° segmento. Segmentos abdominais 1-8 com 1 par de espiráculos laterais localizados em pequena elevação próxima a uma ampola arredondada; espiráculos decrescem de tamanho do l.°-8.°. Pupa (Estampa 28, figs. 3 e 3a; Estampa 149, figs. 1-3). Adéctica e exarata. Ligeiramente amarelada. Cabeça parcialmente visível de cima e com muitas cerdas. Pronoto alargado próximo à base e margi- nado de cerdas. Tíbias com 2 pequenos tubérculos basais. Segmentos abdominais com fileira transversal mediana de cerdas inseridas em pequenas protube- râncias. Ültimo segmento abdominal (figs. 3 e 3a) com urogonfos bífidos, e genitália (maeho) aparente entre os urogonfos. Material examinado. BRASIL. São Paulo, Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 10.ix.l975, Exp. MZUSP col., 3 larvas fixadas; ibident, 16-18.L1980, Exp. MZUSP col., 1 pupa criada até adulto; ibidem, 20.V.1980, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto; ibidem, 20-22.iv.l982, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas, 3 larvas criadas até pupa e 2 larvas criadas até adulto; todos (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em troncos caídos, sempre no interior da mata, em locais sombreados. Escavam galerias subcorticais estreitas, em regiões do tronco onde a madeira ainda se encontra relativamente dura. Ocorrem poucos indivíduos por tronco, e em geral bem distanciados entre si. Discussão Essa espécie apresenta fêmur e troncânter das pernas pro- e mesotoracicas, fundidos e a região de fusão aparece como um anel mais claro. A perna metatoracica tem o trocânter bem desenvolvido, com aparelho estridulatorio e a região de articulação entre o trocânter e o fêmur é bem evidente. Na literatura consultada, não se encontrou registro desta fusão em outras espécies. 25. PASSALIDAE (Estampas 29-30) Esta família compreende aproximadamente 52 gêneros e 500 esp>écies, distribuídas principalmente pelas legiões tropicais e subtropicais do mundo. Es- tão divididos em duas subfamílias: Aulacocyclinae (regiões Oriental e Australiana) e Passalinae com a maioria dos gêneros na Neotrópica. Os 22 gêneros cm i ,SciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 106 PASSALIDAE neotropicais constituem-se em duas tribos: Proculini e Passalini. No Brasil, encontramos 6 gêneros e 72 espécies. Larva ortossomática, ligeiramente curvada dorso- ventralmente, não em forma de C. Antenas 2-seg- mentadas. Mandíbulas tridenteadas, sem tubérculo ventral. Maxilas com gálea e lacínia distintas e se- paradas; dentes estridulatórios presentes; palpos ma- xilares 2-segmentados. Pernas anteriores e médias 4-segmentadas, trocânter fundido ao fêmur; pernas posteriores reduzidas, 1-segmentadas; órgãos estri- dulatórios situados nas mesocoxas e pernas poste- riores modificadas. Tergitos abdominais sem pregas transversais. Abertura anal geralmente transversal, ocasionalmente em forma de Y. Larvas e adultos vivem juntos, formando grupa- mentos subsociais. As colônias ocorrem em troncos caídos que estejam em estado acentuado de decom- posição. Os adultos são longevos e cavam as galerias onde as larvas alimentam-se da madeira cortada pe- los adultos. Em várias espécies, os adultos trituram a madeira e a transformam numa papa pela ação de secreções digestivas que é utilizada como alimento, ao menos pelas larvas de primeiro instar. Larvas e adultos estridulam. A comunicação sonora, complo- mentada por comunicação química, parece desem- penhar papel importante no comportamento subso- cial desses insetos, por exemplo nos comportamentos: territorial, agonístico, de cooperação entre pais e fi- lhos nos cuidados às larvas, na corte nupcial e na cópula. Atuaria ainda, como um mecanismo de pro- teção contra predadores. Os ovos dos passalídeos apresentam coloração característica verde ou ama- rela esverdeada. As larvas passam por 3 instares larvais e aparentemente requerem a ajuda dos adul- tos para seu desenvolvimento normal. Os adultos auxiliam as larvas maduras na construção da câma- ra pupal. Quando as larvas maduras estão prestes a empupar, tomam-se imóveis e abrem uma cavidade no meio dos detritos acumulados nas galerias, por meio de movimentos oscilatórios do corpo. Nesta fase, elas recebem grande atenção por parte dos adultos que empilham detritos sobre elas até cobri- las completamente com serragem comprimida. Con- comitantemente, a larva faz o acabamento interno da câmara pupal. Se a câmara pupal for danificada, será imeditamente reparada pelos adultos. Pupas ex- postas são freqüentemente atacadas pelas larvas do mesmo grupo. Os adultos costumam ficar muito tem- po próximos das larvas maduras e pupas; por outro lado, larvas já bem desenvolvidas mas não próximas de empupar não recebem atenção equivalente dos adultos. Após a emergência dos adultos, o grupo fica formado quase que exclusivamente por adultos jo- vens que permanecem juntos durante certo tempo — até a maturidade sexual — após a qual, se dis- persam para o acasalamento e fundação de novas colônias. Referências: Buchler, et ai, 1981; Costa e Fonse- ca, 1986; Lawrence, 1982; Reyes-Castillo e Hallf- ter, 1983; Schuster e Reyes-Castillo, 1981; Valen- zuela-Gonzáles e Castillo, 1983. Passalus plicatus Percheron, 1835 (Estampa 29, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento: 25,0-30,0 mm. Ortos- somática (fig. 1), ligeiramente curva. Branca com cabeça amarela. Cabeça (figs. 6, 10 e 11) prognata, ligeiramente dirigida para baixo, fortemente esclerotinizada. Su- tura epicranial presente. Ramos frontais (fig. 11) em forma de V. Sutura coronal longa atingindo qua- se 1/2 do comprimento da cápsula cefálica. Estemas ausentes. Anteclípeo ausente. Clípeo transverso e com muitas cerdas. Labro (fig. 15) livre e transver- so, com margem anterior sinuosa, com muitas cer- das de tamanho variado. Epifaringe (fig. 16) com corypha elíptica; clithrum pigmentado; acanthoparia com cerdas longas e esparsas; acroparia lisa; chaeto- paria com poucas cerdas; pedium com algumas cer- das na área central, formando um círculo; laeotorma e dexiotorma fortemente pigmentado; crepis circun- dado por sensilas; com placas esclerotinizadas seme- lhantes a espinhos, laterais ao crepis. Antena (fig- 8) 2-segmentada; l.° segmento curto; 2.° alongado com microcerdas no ápice. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12-14) móveis, simétricas, trian- gulares, com ápice 3-denteado; mola bem desenvol- vida e côncava; brustia presente; com cerdas dor- sais na base da mola e na margem externa. Ma-xila (fig. 7) longa e móvel. Gálea articulada, falciforme, com 3 cerdas na margem ventral interna; região dor- sal com várias cerdas. Lacínia com ápice afilado c com fileira de cerdas longas na margem interna; re- gião dorsal com muitas cerdas. Palpífero membra- noso com uma faixa estreita esclerotinizada e com cerdas. Palpos maxilares 2-segmentados. Estipe alongado com dentes estridulatórios e várias cerdas dorsais; região ventral com muitas cerdas. Cardo formado por 2 escleritos, sendo o mais externo co- berto por cerdas. Justacardo e justaestipe presentes- Lábio (figs. 9 e 10) com pré-mento com muitas cerdas de tamanho variado. Mento curto com mar- gem posterior arredondada e esclerotinizada. Sub- mento fundido à gula, com 2 pequenos lóbulos com cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 PASSALIDAE 107 muitas cerdas, próximos à margem anterior e muitas cerdas distribuídas por quase toda a superfície. Lí- gula arredondada, com várias cerdas longas. Palpos labiais 2-segmentados. Pronoto (fig. 1) com áreas esclerotinizadas. Segmentos torácicos cobertos por cerdas muito curtas. Um par de espiráculos cribri- formes maior que os abdominais e dispostos em po- sição inversa, localizados lateralmente próximo à margem posterior do protórax. Pernas (fig. 2) pro- e mesotorácicas bem desenvolvidas, pilosas, e com coxa, trocânter fundido ao fêmur, tíbia e tarsúngulo. Perna metatorácica 1-segmentada, transformada em órgão estridulatório e com 5 dentes apicais; den- fe apical com protuberância diminuta. Abdômen cilíndrico com 10 segmentos visíveis de cima. l.° 8.° segmentos com par de espiráculos cribriformes decrescendo de tamanho da base para o ápice, loca- lizados lateralmente. Superfície abdominal coberta por cerdas muito curtas. Abertura anal em forma «íe T (fig. 3). Pupa (fig. 4). Adéctica e exarata. Branca. Cabeça visível apenas ventralmente. Espiráculos abdominais elípticos. Margem dos tergitos abdominais sinuosas, órgãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. Minas Gerais. Santa Bárbara (Serra do Caraça, Tanque Grande), OS.xi. ^^8l, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). Rio de Janeiro. Nova Friburgo, 05-09 .i. ^^81, Exp. MZUSP col., 2 larvas, 1 pupa e 1 adulto fixados (MZUSP). ^odos biológicos Larvas, pupas e adultos desta espécie foram en- '^ntrados juntos, dentro de troncos em estágio avan- Çado de apodrecimento. As câmaras pupais estavam mesmas galerias das larvas e adultos. Larv: Veturius transversus (Dalman, 1817) (Estampa 30, figs. 1-17) a madura. Comprimento: 45,0 mm; largura do P^^otórax: 10,0 mm. Ortossomática (fig. 1), ligeira- ®ate curva. Branca com cabeça amarelada. . (figs. 6 e 7) prognata, ligeiramente diri- ç para baixo, fortemente esclerotinizada. Sutura ^P'cranial presente. Ramos frontais em forma de V. atura coronal longa. Estemas ausentes. Clípeo (fig. l 7 \**^^”^verso e com muitas cerdas. Labro (figs. 6 e ra ^ *'’®"sverso, com ângulos anteriores ligei- '^ate arredondados, e com muitas cerdas. Epifa- ringe (fig. 16) com clithrum, dexiotorma e laeotor- ma fortemente pigmentados; chaetoparia e gymno- paria densamente cobertos por cerdas; acanthoparia com 1 fileira de cerdas bem desenvolvidas. Uma su- tura guiar; gula fundida ao submento. Áreas genais densamente cobertas por cerdas parcialmente dividi- das por 1 sutura (fig. 7). Antenas (fig. 8) 2-seg- mentadas; l.° segmento curto; 2.° segmento alonga- do, com cerdas sensoriais no ápice. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11-14) móveis, simé- tricas, com ápice ligeiramente curvo e 3-denteado. Mola bem desenvolvida e côncava, com 1 fileira de pequenas cerdas basais na região dorsal e 1 tufo de cerdas na região ventral; região basal com micro- espículos e microesculturas ventrais. Brustia presen- te. Maxila (fig. 10) longa. Gálea articulada, falci- forme, com franja de cerdas na margem lateral interna. Lacínia espiniforme, com ápice bífido e vá- rias cerdas próximas à margem lateral interna. Pal- pífero presente, palpiforme, parcialmente membra- noso. Palpos maxilares 2-segmentados; l.° segmen- to mais longo que o 2.° e com muitas cerdas; 2.® segmento com cerdas sensorais no ápice. Estipe alongado, com dentes estridulatórios próximos à margem lateral externa e dorsal e muitas cerdas ven- trais. Cardo bem desenvolvido, com 2 escleritos; es- clerito mais externo totalmente coberto por cerdas. Justacardo e justaestipe presentes. Lábio (figs. 7 e 15) com pré-mento com muitas cerdas de tamanho variado. Mento curto. Sub-mento fundido à gula, com 2 pequenos lóbulos com muitas cerdas, próxi- mos à margem anterior, e muitas cerdas distribuídas na 1/2 anterior. Lígula arredondada com muitas cerdas longas. Palpígero presente, membranoso, con- tornado por franja de cerdas. Palpos labiais 2-seg- mentados; 2.® segmento com cerdas sensoriais no ápice. Pronoto com 2 áreas esclerotinizadas. Pernas (fig. 9) pro- e mesotorácicas bem desenvolvidas e quase iguais em tamanho, pilosas e com coxa, tro- cânter fundido ao fêmur, tíbia e tarsúngulo. Pernas metatorácicas reduzidas, com 5 dentes apicais bem desenvolvidos e 1 dente bem menor entre 2.® e 3.®. Órgão estridulatório formado por modificação da coxa mesotorácica. Um par de espiráculos cribrifor- mes (fig. 3a) grandes, dispostos na posição inversa da dos abdominais, localizados lateralmente na re- gião posterior do protórax. Abdômen cilíndrico, ligeiramente esclerotinizado e coberto por cerdas curtas; com 10 segmentos visíveis de cima. l.°-8.® segmentos com 1 par de espiráculos cribriformes (figs. 3b e 3c), decrescendo de tamanho da base para o ápice, localizados lateralmente. Abertura anal transversa (fig. 2). cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 108 PASSALIDAE TROGIDAE Pupa (fig. 4). Adéctica e exarata. Branca. Cabeça não visível de cima. Órgãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. Mato Grosso. Dia- mantino (Chapada dos Guimarães), 12.ii.1976, R.L. Araújo col., 11 larvas e 11 adultos fixados (MZUSP). Limoeiro (10 km S da Uha Taiamã), 08.viii.1980, L.R. Fontes col., 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). Minas Gerais. Santa Bárbara (Serra do Caraça), 08.xii.1981, Exp. MZUSP col., 3 larvas e 3 adultos fixados (MZUSP). Rio de Ja- neiro. Nova Friburgo, 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). São Pau- lo. Botucatu (Fazenda Lageado), 18.xi.l982, U. Caramaschi col., 6 larvas, 2 pupas e 2 adultos fixa- dos (MZUSP). Dados biológicos A amostra de Limoeiro (MT) foi coletada em ninho epígeo de Anoplotermes. De acordo com o coletor, a região de Limoeiro é pantanosa com solo escuro e com muitas árvores de 7-15 metros de al- tura formando uma cobertura contínua. O ninho foi encontrado num lugar menos pantanoso e era mais ou menos cilíndrico, alargado na base parcialmente preso à parte basal de uma árvore viva. Estava par- cialmente atacado por formigas. Várias larvas de Anchasius brunneofasciatus Schwarz, 1906 (Elateri- dae) foram coletadas junto com V. transversas. As demais amostras foram coletadas em troncos apodrecidos. A larva empupa em uma câmara pupal oval cons- truída com fragmentos de madeira. Discussão Costa e Fonseca (1986) estudaram várias espé- cies de Proculini e Passalini, entre elas Veturius transversas e Passalus plicatus, aqui apresentadas novamente. Porém, toma-se necessário discutir al- guns caracteres, cuja interpretação não ficou muito clara. Cabeça. Foi caracterizada por Costa e Fonseca (f.c.) como prognata; Peterson (1960), descreve-a como hipognata. Outros autores, Bõving e Craighcad (1931), Hayes (1929), Ritcher (1966) e Schuster e Reyes-Castillo (1981), não se reportam à posição da cabeça. Snodgrass (1935) considera a hipogna- tia uma conseqüência da ausência de gula. Passali- dae apresenta gula bem desenvolvida fundida ao submento, que além da prognatia, possibilita uma maior movimentação da cabeça. Nos demais Scara- beoidea a cabeça hipognata, não apresenta essa mo- vimentação. Antena. O número de segmentos das antenas dos Passalidae ainda é matéria controversa. Para alguns autores, a antena é 3-segmentada e o segmento pro- ximal fimdido à cabeça e não articulado, é conside- rado o primeiro segmento antenal (v.g. Hayes, 1929; Peterson, 1960; Howden, 1982). Outros au- tores consideram a antena 2-segmentada, articulada em um antenífero bem desenvolvido (v.g. Chapuis e Candèze, 1853; Bõving e Craighead, 1931; Rit- cher, 1966; Schuster e Reyes-Castillo, 1981; Law- rence, 1982; Costa e Fonseca, 1986). Neste traba- lho seguimos a segunda opinião. Maxila. Costa e Fonseca (1986) seguindo Bõving e Craighead (1931), interpretaram o palpo maxilar 2-segmentado e palpífero presente. Outros autores (v.g. Ritcher, 1966; Lawrence e Newton, 1982) consideram-no 3-segmentado. Não ficou bem esta- belecido que o palpífero é membranoso, com anel mais esclerotinizado piloso na região mediana e não articulado com o estipe. Lábio. Costa e Fonseca (/.c.) interpretaram o lá- bio com duas partes: pré-mento e mento. Anderson (1936) que estudou a musculatura do lábio de vá- rias famílias de Coleoptera, incluindo Passalidae, considera-o formado por pré-mento, mento e sub- mento fundido à gula. Adotamos aqui esta última interpretação. Pernas. As pernas pro- e mesotorácicas são 4-seg- mentadas, incluindo o tarsúngulo. Entretanto, o tro- cânter é considerado ausente em algumas descrições da família (v.g. Lawrence, 1982). Nos Passalinae neotropicais o trocânter e fêmur das pernas pro- 6 mesotoracicas são fundidos e a região de fusão é evi- denciada por uma constrição conspícua e por um anel glabro, conforme já observado por Schuster e Reyes-Castillo (1981). 26. TROGIDAE (Estampa 31) Família com cerca de 5 gêneros e 300 espécies. No Brasil ocorre o gênero Omorgus com aproximS" damente 10 espécies. Larvas com antenas 3-segmentadas; sensório cô- nico ou achatado presente no 2.° segmento antenal» 3.° segmento antenal reduzido. Sutura fronto-clipc®^ às vezes incompleta; labro bilobado. Maxilas çom gálea e lacínia distintas e separadas; dentes estridU' latórios presentes. Protórax apresenta placa terg esclerotinizada. Pernas aproximadamente iguais» com tarsúngulo bissetoso, longo; pernas médias e p®* tenores desprovidas de órgãos estridulatórios. Tcf ptos abdominais l.o-8.° com 3 pregas transversais TROGtDAE 109 e fileiras de espinhos curtos ou cerdas longas. Aber- tura anal em forma de Y. Espiráculos cribriformes, às vezes bíforos. Larvas necrófagas ou saprófagas, podendo ser en- contradas em carcaças de aves e mamíferos ou em ninhos onde ocorra acúmulo de pêlos ou penas. Em geral, as larvas escavam galerias no solo, sob a fonte de alimento, onde podem se refugiar quando inco- modadas. Referências: Baker, 1968; Lawrence, 1982; Scholtz, 1986. Omorgus suberosus (Fabr., 1775) (Estampa 31, figs. 1-16) Lârva madura. Comprimento: 21,0 mm. Escarabei- forme (fig. 1 ) ; amarelada, com cabeça e pernas cas- ^has; com muitas cerdas castanhas. Cabeça (figs. 2 e 3 ) hipognata, fortemente pig- mentada e esclerotinizada. Sutura epicranial presen- Sutura coronal longa, aproximadamente metade comprimento da cápsula cefálica. Endocarena ausente. Ramos frontais em forma de V. Com 2 cer- dorso-epicraniais, 6 cerdas póstero-frontais, 4 antero-frontais e várias subgenais de cada lado. Es- temas localizados próximos à área de articulação das antenas. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo (fig. trapezoidal, com metade basal mais esclerotini- ^ada que a anterior; com carena transversal curta ® 3 cerdas longas próximas aos ângulos posteriores. Labro (fig. 9 ) ^ais estreito na base e com margem interior bilobada; margem látero-anterior com pe- 9ucnos dentículos; margem anterior com muitas cerdas longas, sendo o par mediano mais curto; re- 8 ^ão longitudinal mediana côncava dando a impres- ^^0 do labro estar formado por 2 lobos, cada um *^®ni 1 cerda longa. Epifaringe (figs. 5 e 5a) com ^°'ypha dc cada lado com aproximadamente 16-18 espessas, o par mais mediano originando-se ® tubérculo bem desenvolvido; dithra presente, ^ Piortierum com área sensorial elevada com 2 bo- ^ tensoriais; chaetoparia anterior com cerca de ja f^*^^as longas e posterior com 6-9 cerdas de cada jj, ® 2 rgcm anterior do pedium com uma faixa j j'^'^.*ar com cerca dc 17 botões sensoriais; margens pa^^'* com fileira densa dc cerdas curvas dirigidas área central com agrupamento com cerca g ^ cerdas curvas voltadas para trás. Tormae //^^^''''^‘^^mente simétricos, unidos medianamente. com 2 botões sensoriais na área mem- Igj ®^mxo dc cada placa sensorial e de cada o cone sensorial, que apresenta 4 botões sen- soriais. Sutura guiar curta, membranosa; gula au- sente. Sutura pós-genal (fig. 3) curta. Antenas (fig. 4) 3-segmentadas e glabras; l.° segmento mais lon- go que os demais reunidos; 2 .° segmento ligeiramen- te alargado no ápice, com 1 área sensorial oval achatada distai; 3° segmento curto. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10-13) móveis, simé- tricas, fortemente esclerotinizadas com ápice afila- do. Mandíbula esquerda (figs. 10 e 13) com dente apical agudo; margem mesal com lobo e entalhe que delimita 2 pequenos dentes e 1 dente proximal irregular; mola alongada e côncava; brustia com cerdas curtas; região dorsal com 2 cerdas próximas à margem lateral e um tufo denso de cerdas dorso- molares; côndUo acessório presente. Mand.Tjula di- reita (figs. 11 e 12 ) com dente subapical na região mesal e 1 dente proximal bem desenvolvido; mola côncava; brustia menos desenvolvida que a da man- díbula esquerda; região dorsal com 2 cerdas próxi- mas à margem lateral e com 1 tufo denso de cerdas dorso-molares; côndilo acessório presente. Maxilas (figs. 8 , 8 a, 8 b e 15) com gálea articulada, palpi- forme, 2 -segmentada com unco apical; l.° segmento curto, subglobular; 2P segmento longo, com 4 cer- das distais, sendo 1 ventral e 3 dorsais (fig. 8 b). Lacínia com 3 uncos apicais; região mesal ventral (fig. 15) com fileira de cerdas espessas; região meso- dorsal (fig. 8 ) com muitas cerdas espessas. Palpos maxilares 4-segmentados; l.° segmento curto com 1 cerda; 3.° segmento mais longo que os demais e com 2 cerdas. Estipe alongado; região ventral com 1 cerda na base da gálea e 3 cerdas látero-basais; região dorsal com fileira de dentes estridulatórios (fig. 8 a). Cardo dividido, a parte mais externa é menor e possui 1 cerda. Lábio (fig. 15) pouco es- clerotinizado com pré-mento I transverso e com 1 par de cerdas longas anteriores e 1 par de cerdas cur- tas; pré-mento II com faixa transversal esclerotiniza- da com 1 par de cerdas longas; pós-mento com 3 cerdas de tamanhos diferentes, dispostas em fileira inclinada, próximo a cada margem lateral. Glossa com 2 pares de botões sensoriais e 4 pares de cerdas na margem anterior. Palpos labiais 2-segmentados; segmento proximal com franja de cerdas subapicais ventral. Hipofaringe (fig. 8 ) com área distai com 1 fileira irregular com cerca de 15 botões sensoriais e mais 2 anteriormente; regiões laterais com 2 fileiras densas e oblíquas de cerdas; região basal submedia- na com área densa de cerdas curtas, distalmente ao ramo do subapotorma. Tormae unidos mediana- mente; com uma esclerotinização arredondada no ponto de união dos tormae e outra maior, sub-re- tangular logo acima desta. Segmentos torácicos com várias pregas e fileiras transversais de cerdas de ta- 110 TROGIDAE - HYBOSORIDAE manho variado. Pronoto com 2 áreas alongadas late- rais esclerotinizadas marginadas por cerdas. Protórax com 1 par de espiráculos (fig. Ib) cribriformes lo- calizados lateralmente. Pernas (fig. 14) esclerotini- zadas, com muitas cerdas de tamanho variado; apa- rentemente iguais em tamanho; coxa larga; trocânter triangular; fêmur e tíbia alongados, sendo o fêmur mais longo que a tíbia; tarsúngulo (fig. 14a) com 2 cerdas. Abdômen 10-segmentado; l.°-8.° segmen- tos com 3 pregas transversais (fig. 6); cada prega com fileira transversal de cerdas muito curtas e lon- gas intercaladas; demais segmentos com fileira trans- versal de cerdas mais longas; 9.° segmento (fig. 7) com 2 fileiras de cerdas e sem pregas dorsais; com 2 lobos laterais; 10.° segmento (fig. 7) com faixa de cerdas semelhantes, interrompida na região me- diana ventral. Abertura anal em forma de Y, circun- dada por 1 lobo dorsal e 2 látero-ventrais maiores. l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos cribri- formes (fig. la) laterais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Birigui e Guararapes, 14.ii.1985, J.H. Guimarães col., 1 lar- va e 12 adultos fixados. Dados biológicos Material coletado em excrementos de aves prove- nientes de granjas; larva correlacionada com os adultos. No mesmo ambiente havia grande quanti- dade principalmente de larvas e adultos de Tenebrio- nidae e Histeridae. Discussão A larva de O. suberosus foi descrita por Baker (1968), que ilustrou a epifaringe. A descrição difere do nosso material em pequenos detalhes de número de cerdas, mas que incidem na faixa de variação que normalmente ocorre. A hipofaringe é muito se- melhante à de O. carinatus (do sul da América do Norte), ilustrada por Baker (f.c.). Scholtz (1986) diferenciou as larvas de Omorgus daquelas de Trox pelas seguintes apomorfias: espiráculos cribriformes, 3.° segmento antenal com órgão sensorial achatado e sutura fronto-clipeal indistinta. A larva de O. sube- rosus não concorda apenas com este último caráter pois possui sutura fronto-clipeal distinta. 27. HYBOSORIDAE (Estampas 32-33) Família cosmopolita com cerca de 21 gêneros e 111 espécies. No Brasil ocorrem 5 gêneros e apro- ximadamente 13 espécies. Não existe consenso entre os autores quanto ao staíus desse grupo de Scarabaeoidea, considerado subfamília de Scarabeidae por alguns (Howden, 1982; Lawrence, 1982; Ritcher, 1966) e família por outros (Crowson, 1967, 1981; Scholtz, 1986). Este último, (Scholtz, l.c.) aproxima Hybosoridae aos Ceratocanthidae, posição seguida no presente trabalho. Incluímos aqui Cryptogenius, tradicional- mente considerado por vários autores como gênero de Trogidae. Larvas alongadas, pouco curvadas dorso-ventral- mente. Antenas 3 ou 4-segmentadas; sensório côni- co, cupuliforme, presente no penúltimo segmento; segmento distai com área sensorial grande, oval, dorso-ventral. Endocarena prolongada adiante da sutura coronal. Labro plurilobado ou denteado. Haptomerum da epifaringe com tubérculo proemi- nente no lado direito. Mandíbulas bidenteadas. Ma- xilas com gálea e lacínia distintas e separadas; den- tes estridulatórios dorsais presentes; palpos maxilares 3-segmentados, mais palpífero palpiforme. Pernas 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo, subiguais; ór- gãos estridulatórios geralmente presentes em todas as pernas, mais desenvolvidos nas pro- e mesotoráci- cas, respectivamente no lado externo da procoxa e interno do mesofêmur. Tergitos abdominais 2-6 com 3 pregas transversais e fileiras de cerdas e es- pinhos. Abertura anal transversal. Espiráculos cri- briformes. Larvas ocorrem subcorticalmente em troncos caí- dos semi-apodrecidos. Referências: Crowson, 1967, 1981; Howden, 1982; Lawrence, 1982; Ritcher, 1966; Scholtz, 1986. Chaetodus sp. (Estampa 32, figs. 1-17) Ültima exúvia larval. Cabeça (fig. 1) hipognata, fortemente esclerotini- zada e pouco pigmentada. Sutura epicranial presen- te. Sutura coronal menor que 1/4 do comprimento da cápsula cefálica. Sutura frontal em forma de ^ com ramos ligeiramente sinuosos. Endocarena em forma de Y. Com 2 cerdas dorso-epicraniais, 2 fron- tais posteriores, 4 frontais anteriores e 4 sub-genais* Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal distinta. Ch- peo (fig. 2) transverso com 3 pares de cerdas. La- bro (fig. 2) ligeiramente assimétrico com 8 lobos na margem anterior; com 3 pares de cerdas marginais» sendo o distai mais curto; região mediana com 2 p^' HYBOSORIDAE 111 res de cerdas, sendo o proximal mais curto. Epifa- ringe (fig. 3): acanthoparia com 3 pares de cerdas, sendo o mediano mais curto; haptomerum bem de- senvolvido com tubérculo grande, proeminente no lado direito, com uma fileira transversa, irregular de cerca de 19 botões sensoriais; acroparia proximal- mente com 3 pares de cerdas curvas de cada lado, orientadas para a região ântero-mediana; distalmen- te com 1 par de botões sensoriais externos e 1 par de cerdas curtas e espessas; laeophoba com fileira de 7-8 dentículos; dexiophoba com fileira de 7-8 dentículos curtos; tormae unidos medianamente; pternotorma direita formando alça e com cerda es- pessa; píernotorma esquerda simples, com cerda espessa; epitorma posterior formando placa esclero- tinizada sublriangular e com 2 botões sensoriais; epitorma anterior pouco esclerotinizado. Abaixo do dexiotorma 1 fileira curva de 5 dentículos. Antenas (figs. 1 e la) longas, 4-segmentadas; l.° segmento curto, o 2.0 mais longo que os 2 segmentos distais; segmento com cone sensorial distai pequeno; 4.° segmento (fig. la) fusiforme, com área sensorial niembranosa dorso-apical e várias cerdas na região niediana. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 7*12) móveis, assimétricas, com 2 dentes apicais; região dorsal com 2 cerdas, uma lateral mais longa c uma subapical; côndilo acessório presente. Man- díbula direita (figs. 7, 8 e 11) com mola côncava. Mandíbula esquerda (figs. 9, 10 e 12) com mola côncava e dividida, maior que a da mandíbula es- querda. Maxilas (figs. 15 e 16) membranosas, cur- sas; gálea com unco apical, 4 cerdas subapicais dor- ^3is, sendo uma muito espessa, 3 cerdas laterais e 1 subapical ventral, sendo a primeira lateral dentifor- ®e. Lacínia com unco apical, 2 fileiras e 2 cerdas Játero-dorsais espessas que decrescem de espessura das proximais para as distais. Palpífero palpiforme, com 1 cerda dorsal e 1 ventral mais longa. Palpos ®axilares 3-segmentados; segmentos alongados; 2P segmento com 2 cerdas longas. Estipe sub-retangular ^tn 2 cerdas ventrais e 1 cerda e 1 fileira inclinada Çom 10 dentículos estridulatórios obtusos dorsais •solados entre si. Cardo dividido, com 1 cerda. Lábio (fig. 4) membranoso, com pré-mento I largo com ^ cerdas anteriores longas, exceto as 2 medianas que ^0 niais curtas, e 1 cerda lateral e 2 basais curtas; P^á-mento II alargado na região mediana anterior, *^01 2 cerdas longas e I curta de cada lado; pós- *^ento sub-retangular com 2 cerdas látero-anteriores. ^'Sula indistinta. Hipofaringe (fig. 5) com bordo ^ferior arredondado com 1 par de cerdas curtas ®^iernas e 1 par de botões sensoriais; com 3 cerdas *cro-anteriores e 1 fileira longitudinal com 4 cer- das dirigidas medianamente próximo a cada margem lateral; com 2 botões sensoriais subapicais e fileira transversal com 2 conjuntos de 3 botões sensoriais com 1 cerda em cada extremidade. Escleroma hipo- faríngeo com 2 dentes, sendo o mais anterior menor; margens laterais com fileira irregular de dentes. Per- nas (figs. 13 e 14) setosas, com coxa larga e curta; trocânter sub triangular; fêmur e tíbia alongados, sendo a tíbia mais longa e mais setosa; tarsúngulo (fig. 14a) com 2 cerdas apicais espessas. Pernas protorácicas (fig. 14) menores que as demais; coxa e fêmur com área estridulatória formada por peque- nos tubérculos obtusos (fig. 14b), localizada na face externa. Fêmur (fig. 13a) e üljia (fig. 13b) das pernas mesotorácicas com área interna com tubér- culos achatados, sendo os tubérculos do fêmur mais desenvolvidos. Pernas metatorácicas com poucos tu- bérculos na face interna do fêmur e tíbia. Tarsúngulo das pernas posteriores menores que das demais. Es- piráculos torácicos (fig. 6) cribriformes. Abdômen; raster com palidia formada por 16 cerdas espatula- das alinhadas, dispostas transversalmente. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesó- polis (Estação Biológica de Boracéia), 16.ix.l983, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larva coletada no solo, associada à raízes, no in- terior da mata. Discussão A larva de Chaetodus sp. é muito semelhante à de Hybosorus orientalis, da Índia, ilustrada por Rit- cher (1966), principalmente pelas maxilas, labro com margem anterior pluridenteada, haptomerum da epifaringe com tubérculo grande e proeminente no lado direito, pelas estruturas dos órgãos estridu- latórios das pernas pro- e mesotorácicas. Deve ser ressaltada a ocorrência de tubérculos estridulatórios internos no metafêmur e metatíbia, embora pouco numerosos e menos desenvolvidos. Estes tubérculos haviam sido observados por outros autores apenas nas pernas pro- e mesotorácicas. Difere porém quan- to a antena 4-segmentada, não apresentando fusão dos 2 segmentos distais que ocorre em Hybosorus. O raster transversal, não dividido em 2 fileiras late- rais, é mais semelhante ao que ocorre em Germaros- tes (Cerathocantidae); porém, esse caráter precisa ser confirmado em novos exemplares, tima vez que nossa observação foi baseada numa exúvia. 112 HYBOSORIDAE Cryptogenius fryi Arrow, 1909 (Estampa 33, figs. 1-19) Larva de 3.° instar. Comprimento; 19,0 mm. Esca- rabeiforme (fíg. 1). Branca com cabeça e tarsún- gulo amarelos. Abdômen com segmentos l.®-6.® com 3 pregas dorsais bem evidentes. Cabeça (fig. 7) hipognata, fortemente escleroti- nizada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal com 1/6 do comprimento da cápsula cefálica. Sutu- ra frontal em forma de V, com ramos levemente si- nuosos. Endocarena reta prolongada diante da sutu- ra coronal. Com 2 cerdas dorso- epicraniais, 2 látero- -epicraniais, 2 frontais posteriores, 4 frontais ante- riores e 3 subgenais. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo transverso com mar- gem anterior sinuosa. Labro (fig. 15) simétrico com 8 lobos na margem anterior; região ântero-mediana com fileira transversal de 4 tubérculos setosos, e posteriormente 4 tubérculos sem cerdas e 2 cerdas longas no meio; região proximal com 4 cerdas cur- tas. Epifaringe (fig. 14): acanthoparia com 6 cerdas de cada lado; haptomerum bem desenvolvido, com tubérculo grande proeminente no lado direito, com 2 botões sensoriais e cerca de 8 heli; acroparia com 4 pares de cerdas; laeophoba com 4 phobae; dexio- phoba com 3 phobae. Tormae pouco desenvolvidos unidos medianamente por faixa curva pouco esclero- tinizada. O epitorma unindo-se ao haptomerum. Ne- sium presente. Antenas (fig. 6) 4-segmentadas; 2.° segmento mais desenvolvido, aproximadamente do mesmo comprimento que o 3.° e 4.° em conjunto; 3.° segmento com cone sensorial látero-apical; seg- mento distai fusiforme, com faixa mediana de cerdas longas e área sensorial subapical membranosa que se continua até parte da região ventral. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 16-19) móveis, assi- métricas, com 2 dentes apicais; região dorsal com 3 cerdas laterais; côndilo acessório e brustia pre- sentes; mola côncava sendo a esquerda mais desen- volvida que a direita. Maxilas (figs. 12 e 13) com gálea e lacínia distintas. Gálea com unco apical, com fileira de 5 cerdas dorsais longas e espessas e 5 cerdas ventrais. Lacínia com unco apical diminuto com fileira de 8 cerdas na margem dorsal e algumas na região ventral. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 3-segmentados; 2.° segmento com uma cerda lateral. Estipe triangular com uma cerda ven- tral; dentes estridulatórios dorsais presentes, repre- sentados por uma carena serrilhada formada por 8 dentículos (fig. 12a). Cardo dividido. Lábio (figs. 11 e 13) com pré-mento I curto com 1 par de cer- das na borda anterior e 2 pares submarginais sendo o externo muito mais longo; pré-mento II e pós- -mento com 1 par de cerdas longas cada. Hipofarin- ge (figs. 9 e 10) com região mediana com 2 fileiras longitudinais de 4 botões sensoriais; com 7-9 cerdas de cada lado; escleroma hipofaríngeo com 1 tubér- culo unciforme grande e proeminente (fig. 10), e de cada lado um tufo de espinhos longos. Protórax for- mado por 1 único lobo com 2 fileiras dorso-laterais de cerdas curtas e longas, com 1 par de espiráculos cribriformes (fig. 5) látero-posteriores com as extre- midades do C voltadas para trás; placa respiratória com orifícios não dispostos em fileiras regulares; lo- bos da placa respiratória bem separados. Meso- e metatórax com 3 pregas dorsais. Meso- e metaescute- los glabros. Pernas (fig. 1 ) pilosas, com coxa, tro- cânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo; tarsúngulo (fig. 8) alongado, reto, com extremidade dorso-distal denti- forme, e 2 cerdas subapicais longas. Tarsúngulo das pernas metatorácicas menores que das demais. Órgãos estridulatórios ausentes nas pernas. Abdô- men: l.° segmento abdominal com 2 pregas dorsais; 2.°-6.° segmentos com 3 pregas dorsais; l.° segmen- to com pregas indistintas; cada prega com fileiras de cerdas curtas e longas. Dorso do 8.°-9.° segmentos não divididos por pregas. Lobos pleurais com 2-5 cerdas pós-espiculares. l.®-8.° segmentos com 1 par de espiráculos (fig. 5a) cribriformes, pequenos, com placa respiratória oval com as extremidades muito pouco arqueadas anteriormente não circundando a bula; orifícios da placa respiratória não ordenados em fileiras. Raster (fig. 2) sem palidia; íeges com 8 microcerdas na região póstero-mediana, ladeadas p>or 2 pares de cerdas longas. Fenda anal transversa, se- mi-circular; lobo anal superior com 12 cerdas e lobo anal inferior com 20 cerdas. Pupa (fig. 3). Adéctica e exarata. Cabeça com 2 tubérculos arredondados dorsais. Pronoto transver- sal. Escutelo pentagonal. Pteroteca unida ao corpo, curvada ventralmente ao redor do corpo, extenden- do-se posteriormente até o 5.° segmento abdominal. Segmentos abdominais alargando-se gradativamente do l.° ao 4.° e depois estreitando-se para o ápice. Abdômen com 5 pares de espiráculos visíveis e o 1 par encoberto. Segmentos abdominais l.®-6.® com carenas transversais sinuosas. Órgãos dioneiformes ausentes. Ültimo segmento abdominal com par de urogonfos cônicos, dilatados na base, espinifonnes no ápice. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo (Muri), 05-08.Í.1981, Exp MZUSP col.. 1 larva fixada, 1 larva criada até pupa c 1 larva criada até adulto (MZUSP). HYBOSORIDAE CERATOCANTHIDAE 113 Dados biológicos Larvas encontradas no interior de troncos caídos semi-apodrecidos dentro da mata. Discussão A larva de Cryptogenius jryi era desconhecida até o presente. Howden (1982) se reportou à proximi- dade de Hybosoridae e Cryptogenius, baseado em sinapomorfias dos adultos, mas considerou o gênero ainda em Trogidae. Scholtz (1986) com base em estudos de adultos, excluiu Cryptogenius de Trogi- dae e, sugerindo seu relacionamento com Anaides Westwood, transferiu-o para Hybosoridae. Para este autor Hybosoridae seria próximo de Ceratocanthidae e as duas famílias estariam relacionadas com Tro- gidae. O estudo das larvas de Cryptogenius não possibi- lita definir a situação do gênero. Seguimos a suges- tão de Scholtz (1986) e consideramos Cryptogenius em Hybosoridae. Constatamos que as larvas de Hybosoridae e Ce- ratocanthidae apoiam a proximidade dessas duas fa- mílias entre si e com Trogidae. A relação filogenéti- ca entre as três famílias e a posição de Cryptogenius só poderá ser estabelecida com análise cladística. ba- seada em estudo mais amplo dos caracteres larvais c dos adultos. Por outro lado, seria extremamente importante a descoberta e descrição da larva de Anaides. As possíveis sinapomorfias das larvas de Cerato- canthidae e Hybosoridae seriam: região do hapto- ^erunt da epifaringe com tubérculo proeminente do lado direito (presente em Cryptogenius); estruturas cstridulatórias presentes em todas pernas e mais de- senvolvidas nas pro- e mesotorácicas (ausentes em ^'ypfogenius). Além disso, Ceratocanthidae, Hybosoridae e Cryp- ^ogenius, compartilham os seguintes caracteres, não presentes em Trogidae, mas cuja polaridade precisa ainda estabelecida: segmento distai da antena com sensório subapical grande, oval e membrano- labro com margem anterior plurilobada; endo- carena prolongando-se adiante da sutura coronal; tarsúngulo das pernas posteriores menores que das rlemais. O grupo apresenta as seguintes simplesio- •^orfias; antenas 4-scgmentadas (em Hybosoridae 3 4); 3.0 segmento antenal com área sensorial cupuliforme e maxila com gálea e lacínia distintas. A pupa talvez forneça caracteres importantes. A Pupa de Cryptogenius é muito semelhante a de Ger- '^ostes madeayi (Ceratocanthidae), concordando Ruanto aos urogonfos grandes e com ápices espini- formes, e pelas carenas transversais presentes nos segmentos abdominais. Infelizmente não conhece- mos descrições de pupas de Hybosoridae. 28. CERATOCANTHIDAE (= Acanthoceridae — Estampa 34) Família com aproximadamente 20 gêneros e 300 espécies que ocorrem nas regiões tropicais e subtro- picais do globo. No Brasil encontram-se cerca de 7 gêneros e 59 espécies. Larvas com antenas 4-segmentadas; 3.° segmento com sensório cônico, cupuliforme; segmento distai com área sensorial grande, oval, dorso-ventral. Su- tura fronto-clipeal presente, às vezes ausente. Endo- carena prolongada adiante da sutura coronal. Labro pluridenteado. Haptomerum da epifaringe com tubér- culo proeminente no lado direito. Mandíbulas bi- denteadas. Maxilas com gálea e lacínia distintas e separadas; dentes estridulatórios dorsais presentes. Palpos labiais 2-segmentados, ocasionalmente 1 -seg- mentados. Tergitos abdominais 2.®-5.° ou 2.°-6.° com 3 pregas transversais e fileiras de cerdas ou es- pinhos. Pernas 5-segmentadas, subiguais, com órgãos estridulatórios presentes em todas as pernas, mais desenvolvidos nas procoxas e mesofêmures. 10.° segmento abdominal muito mais comprido que o 9.0. Abertura anal transversal. 10.° estemito com uma fileira transversal de cerdas espatuladas. Espi- ráculos cribriformes. Larvas ocorrem subcorticalmente em troncos caídos, semi-apodrecidos (ex. Germarostes maclea- yi). Outras podem ser encontradas em ninhos de insetos sociais. Coletamos larvas de Cerocanthus sp. em cupinzeiros de Anoplotermes sp. em Casa Gran- de, SP. Em laboratório, obtivemos pupas e adultos e observamos que as larvas alimentam-se das pró- prias paredes do ninho, a semelhança de Scarabaei- dae da tribo Phileurini. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Paulian, 1982; Ritcher, 1966. Germarostes madeayi (Perty, 1830) (Estampa 34, figs. 1-16; Estampa 149, figs. 4-6) Larva madura. Comprimento: 17,0 mm. Escarabei- forme (fíg. !)• Branco-leitosa com cabeça amare- lada. Cabeça (figs. 6 e 10) hipognata, levemente pig- mentada e fortemente esclerotinizada; com manchas 114 CERATOCANTHIDAE mais escuras e pequenas nos 2/3 basais. Sutura epi- cranial presente. Sutura coronal curta, com aproxi- madamente 1/6 do comprimento da cápsula cefáli- ca. Ramos frontais fortemente sinuosos. Endocarena longa, atingindo aproximadamente 1/2 do compri- mento da fronte e com depressão pequena ovalada apical. Cápsula cefálica com 2 cerdas dorso-cpicra- niais, 4 látero-epicraniais, 2 frontais posteriores, 4 frontais anteriores e 4 subgenais. Sutura pós-genal (fig. 10) curta. Estemas ausentes. Sutura fronto-cli- peal distinta. Clípeo (fig. 11) transverso, escleroti- nizado, com uma depressão transversal arqueada póstero-mediana e 3 pares de cerdas. Labro (fig. 1 1 ) assimétrico, marginado por tubérculos irregula- res e cerdas; região dorsal com 10 tubérculos, 6 cerdas longas e 2 curtas. Epifaringe (fig. 12): acan- thoparia com 6 cerdas de cada lado; haptomerum bem desenvolvido formando uma carena transversal irregular e 1 tubérculo proeminente no lado direito, com cerca de 10 heli; acroparia com 7 cerdas; laeo- phoba com 10 phobae; tormae bem desenvolvidos e unidos medianamente. Epitorma unido ao hapto- merum. Nesium presente; 1 cerda grande e 1 grupo de espinhos laterais ao nesium. Sutura guiar curta e membranosa. Antenas (figs. 4, 4a e 4b) 4-segmen- tadas; l.° e 2.° segmentos alongados e glabros sen- do o 2.° o dobro do comprimento do l.°; 3.® seg- mento alargado no ápice com 1 cone sensorial membranoso ventro-distal e 2 cerdas longas e 2 cur- tas abaixo dele; 4.° segmento fusiforme com muitas cerdas longas; ápice com cerdas curtas; região dor- sal com área sensorial subapical membranosa que se continua até parte da região ventral; região late- ral da área membranosa com pequenos tubérculos esclerotinizados. Peças bucais protraídas. Mandíbu- las (figs. 13-16) assimétricas com 2 dentes incisivos apicais; região dorsal com 2-3 cerdas próximas à margem lateral; côndilo acessório e brusíia presen- tes; região dorsal (figs. 15 e 16) com carena angular partindo da base da mola. Mandíbula esquerda (figs. 14 e 15) com mola côncava, com uma protu- berância dentiforme distai. Mandíbula direita (figs. 13 e 16) com mola ligeiramente tuberculada, proe- minente na região proximal, menos desenvolvida que a da mandíbula esquerda. Maxila (figs. 8 e 9) es- clerotinizada; gálea com unco apical, 4 cerdas dor- sais e 4 ventrais de tamanhos diferentes, sendo uma dorsal dentiforme. Lacínia com unco apical; região ventral com 1 fileira mesal de cerdas espessas; re- gião dorsal com fileira longitudinal de cerdas espes- sas partindo próximo da margem lateral externa e se dirigindo para a região mesal. Palpífero palpiforme com 1 cerda. Palpos maxilares 3-segmentados; 2.® segmento com 2 cerdas ventrais. Estipe curto, eleva- dq e com cerca de 10 dentículos estridulatórios ob- tusos na região dorso-basal; com 1 cerda lateral. Lábio (fig. 9) com pré-mento I marginado lateral e anteriormente por 6 pares de cerdas, sendo os 2 pares mediano-anteriores mais longos; pré-mento II alargado na base e com 1 par de cerdas muito lon- gas; pós-mento alargado na região mediana anterior e com 1 par de cerdas. Palpos labiais 2-segmentados. Hipofaringe (fig. 8) com região anterior com 5 pa- res de cerdas; escleroma hipofaríngeo com 1 tubér- culo unciforme grande e proeminente, de cada lado e anteriormente, 1 tufo de espinhos longos voltados para dentro. Pronoto com várias cerdas, ligeiramen- te mais esclerotinizado, com área lateral membrano- sa e 1 par de espiráculos (fig. la) abaixo desta área membranosa. Meso- e metanoto com uma área arre- dondada mais esclerotinizada de cada lado; com 3 pregas cada um; cada prega com várias cerdas. Per- nas (fig. 5) aumentando ligeiramente de tamanho das anteriores para as posteriores; coxa alongada, com várias cerdas; trocânter curto, com várias cer- das longas; fêmur e tíbia alongados sendo a tíbia ligeiramente mais curta e mais setosa; tarsúngulo delgado, com ápice afilado e 2 cerdas medianas; tarsúngulo protorácico menor que os demais. Coxa, fêmur e tíbia protorácicos com tubérculos estridula- tórios na face externa; coxa, fêmur e tíbia meso- e metatorácicos com tubérculos estridulatórios na face interna; tubérculos estridulatórios das pernas metato- rácicas menos numerosos e menos desenvolvidos que das demais. Abdômen 10-segmentado; 1.® seg- mento com 2 pregas; 2.® e 3.® segmentos com 3 pregas; 4.®-8.® com 4 pregas; 9.® segmento alonga- do, sem pregas; 10.® segmento reduzido e arredon- dado, embutido no 9.®; l.®-8.° segmentos com 3 fileiras transversais de cerdas finas; 9.® e 10.® seg- mentos com muitas cerdas distribuídas irregularmen- te. Raster (fig. 7) com palidia transversal arqueada com cerca de 20 cerdas espatuladas. Abertura anal transversal e dorsal, entre o 9.® e 10.® segmentos; lobos superior e inferior com muitas cerdas. Seg- mentos l.®-8.® com 1 par de espiráculos (fig. Ib) laterais. Pupa (Estampa 34, fig. 2; Estampa 149, figs. 4-6). Adéctlca e exarata. Amarelada. Cabeça com 2 ca- renas longitudinais laterais, vistas de cima. Pronoto subtriangular; pterothecae com uma protuberância dorso-lateral dentiforme cada uma. Segmentos abdo- minais com uma carena transversal mais escleroti- nizada. Último segmento abdominal com 1 par de urogonfos cônicos, dilatados na base, com ápices es- piniformes. Órgãos dioneiformes ausentes. GEOTRUPIDAE SCARABAEIDAE 115 Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 28-29.xi-01.xii. 1984, Exp. MZUSP col., 2 larvas e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Germarostes macleayi foi coletado subcortical- niente em troncos caídos semi-apodrecidos. Discussão A larva de G. macleayi é muito semelhante a de G. aphodioides Illiger, 1800, descrita por Ritcher (1966). Este autor, entretanto, não se reporta aos tubérculos estridulatórios da face externa da perna protorácica, que em G. macleayi são bem conspícuos na coxa, fêmur e tíbia. G. macleayi possui 2 cerdas medianas no tarsún- gulo; outra espécie desse gênero, criada em labora- tório possui tarsúngulo com 2 cerdas subapicais. A pupa de G. macleayi é muito semelhante a de Cryptogenius fryi pelos seguintes caracteres: carena transversal nos segmentos abdominais e urogonfos grandes, cônicos, com ápices espiniformes. A pupa de G. macleayi é típica pela presença do espinho dorsal-lateral nas píerothecae. 29. GEOTRUPIDAE Esta família compreende aproximadamente 45 gêneros e 600 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem 2 gêneros e 44 espécies. Larvas. Antenas 3-segmentadas; 2.° segmento com 1 ou 2 sensórios; 3.° segmento reduzido. En- docarena às vezes prolongada adiante da sutura co- ronal. Labro em geral trilobado. Maxila com gálea e lacínia distintas; dentes estridulatórios dorsais presentes. Pernas 2-4-segmentadas; pernas posterio- res às vezes muito menores que as demais; órgãos estridulatórios geralmente presentes nas mesocoxas e metatrocânteres. Tergitos abdominais 3.°-7.° com 2 pregas transversais e em geral grupos de cerdas curtas ou longas. Abertura anal em forma de Y ou V, freqüentemente ladeada por lobos carnosos. Es- piráculos cribriformes, às vezes bíforos. Larvas alimentam-se de excrementos, carniça, fungos, ou matéria vegetal em decomposição. Esse material é armazenado pelos adultos em galerias profundas, escavadas no solo. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Howden, 1955; Lawrence, 1982; Ritcher, 1966. 30. SCARABAEIDAE (Estampas 35-43) Família que inclui Cetoniidae, compreende cerca de 2.000 gêneros e 25.000 espécies geralmente co- locadas em 20 subfamílias e numerosas tribos. Al- guns autores consideram várias dessas subfamOias como famílias distintas. No Brasil ocorrem aproxi- madamente 204 gêneros e 1.777 espécies. Larvas fortemente curvadas dorso-ventralmente, em forma de C, às vezes com gibosidade pronuncia- da no dorso. Antenas quase sempre 4-segmentadas, l.° segmento às vezes parcialmente dividido; rara- mente 3-segmentadas devido à fusão dos 3.® e 4.® segmentos e o segmento distai freqüentemente com 1 ou 2 sensórios achatados. Endocarena mediana às vezes prolongada adiante da sutura coronal. Man- díbulas às vezes providas de uma placa estridulató- ria ventral. Maxilas freqüentemente com gálea e la- cínia fundidas formando mala; geralmente dentes estridulatórios dorsais presentes. Pernas às vezes 3- segmentadas, com trocânter fundido ao fêmur e tar- súngulo à tíbia; órgãos estridulatórios ausentes nas pernas. Tergitos abdominais l.°-6.° em geral com 3 pregas transversais. 9.° e 10.° segmentos ocasio- nalmente fundidos. Abertura anal em geral transver- sal ou em forma de Y; 10.° esternito geralmente com raster. Larvas ocorrem em grande diversidade de am- bientes. Larvas dos Scarabaeinae são principalmente coprófagas e necrófagas, alimentando-se de excre- mentos e de carniça. Algumas espécies desenvolvem- se em pelotas fecais roladas e enterradas pelos adul- tos. A maioria dos Aphodiinae é coprófaga, mas existem espécies que vivem associadas a formigas e cupins, e outras que são encontradas em ninhos de mamíferos. Larvas de muitos Dynastinae, Rutelinae e Cetoniinae utilizam madeira em decomposição co- mo alimento, sendo comuns em troncos caídos. Al- guns Cetoniinae desenvolvem-se em folhiço ou acú- mulos de matéria vegetal em decomposição. Espécies mirmecófilas ou termitófilas ocorrem entre os Apho- diinae, Cetoniinae e Dynastinae; as larvas alimen- tam-se de restos vegetais acumulados nos lixos dos ninhos, ou em alguns casos das próprias paredes dos cupinzeiros. As larvas de muitos Melolonthinae, Ru- telinae e Dynastinae habitam o solo e alimentam-se de raízes vivas, vindo a apresentar importância eco- nômica pois podem acarretar prejuízos consideráveis à agricultura. Referências: Crowson, 1967; Howden, 1982; Li- ma, 1953; Peterson, 1960; Ritcher, 1948, 1966; Stumpf et al., 1986 a, b. 116 SCARABAEIDAE Ateuchus mutilatus Harold, 1867 (Estampa 35, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento; 26,0-37,0 mm. Esca- rabciforme (fig. 1) com abdômen muito dilatado. Branca com cabeça amarela. Cabeça (figs. 2 e 3) hipognata, fortemente escle- rotinizada. Sutura epicranial presente. Sutura coro- nal 1/2 do comprimento da fronte. Ramos frontais sinuosos, em forma de V. Endocarena reta, prolon- gando-se além da sutura coronal; aproximadamente 1/5 do comprimento da cápsula cefálica. Cápsula cefálica (fig. 3) com 3 pares de cerdas dorso-epicra- niais, 4 pares de frontais anteriores, 1 par de frontal posterior e 4 pares de subgenais. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo (fig. 11) tra- pezoidal, com fileira transversal de 3 cerdas de cada lado. Labro (fig. 11) trilobado na margem anterior e arredondado na base; com 3 cerdas em cada ân- gulo anterior e uma fileira inclinada com 3 cerdas partindo da região mediana do lobo lateral e se di- rigindo para a base; lobo mediano com muitas cer- das, mais curtas que as demais. Epifaringe (fig. 10): acanthoparia com 4 cerdas curtas de cada lado; cli- thra bem esclerotinizado; corypha com 4 cerdas cur- tas; acroparía ausente; haptomerum com 2 grupos com 3 botões sensoriais cada um; phoba com laeo- phoba, dexiophoba e protophoba, dispostas em fi- leira densa, marginais ao pedium quadrangular, glabro; tormae unidos medianamente; epitorma an- terior ligeiramente mais longo que o posterior; pter- notorma esquerdo ligeiramente maior que o direito; mesophoba polístico do lado direito. Suturas guia- res e genais (fig. 2) curtas. Antenas (figs. 14 e 14a) 4-segmentadas; l.®-3.° segmentos alongados, dimi- nuindo ligeiramente de comprimento do proximal para o distai; 3.° segmento (fig. 14a) com várias cerdas subapicais curtas e 1 cone sensorial mem- branoso e arredondado; AP segmento diminuto, in- serido látero-distabnente ao 3P e com 3 cerdas lon- gas e 1 curta no ápice. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 6-9) móveis, assimétricas, forte- mente esclerotinizadas, castanhas com margem me- sal negra. Mandíbula direita (figs. 6 e 9) com 2 dentes apicais; mola levemente tuberculada com proeminência dentiforme proximal; brusíia e côndilo acessório presentes. Mandíbula esquerda (figs. 7 e 8) com 3 dentes apicais sendo o mais distai bilo- bado; região mesal côncava; mola muito proeminente e bilobada na margem distai; brustia mais desenvol- vida que a da mandíbula direita; côndilo acessório presente. Maxilas (figs. 12 e 15) com gálea e lacínia distintas. Gálea alongada com ápice arredondado; com unco pequeno meso-distal; setosa tanto dorsal quanto ventralmente. Lacínia mais curta e com unco mais desenvolvido que a gálea; setosa tanto ventral como dorsalmente. Palpífero palpiforme, com 4 cer- das laterais. Palpos maxilares 3-segmentados; o l.° segmento é o mais curto. Estipe com muitas cerdas dorsais e ventrais na base da gálea; região dorsal com fileira irregular de 10 dentes estridulatórios obtusos e separados (fig. 12a). Cardo dividido, parte mais externa com cerdas. Lábio (fig. 15) com pré- mento I com área setosa partindo da articulação do palpo e se dirigindo para a margem lateral; pré-men- to II com fileira transversal mediana com 3 cerdas de cada lado; pós-mento com 2 cerdas. Palpos labiais 2-segmentados. Hipofaringe (figs. 12 e 13) com fileira transversal de cerdas rijas e agudas anteriores e muitas cerdas laterais; escleroma hipofaríngeo complexo, em forma de C invertido; extremidade do ramo anterior próximo da área distai da hipofaringe formando tubérculo dentiforme proeminente (fig. 13), extremidade proximal com tubérculo menos desenvolvido. Região mediana com 2 outras áreas mais esclerotinizadas e grupo denso de cerdas finas no lado esquerdo; região látero-basal com 1 peça esclerotinizada de cada lado. Pronoto com 1 prega e com área ligeiramente mais esclerotinizada, sem proeminências laterais, onde estão inseridas as cer- das. Mesonoto com 2 pregas e metanoto com 3 pre- gas; cada um com 1 fileira transversal de cerdas. Mesotórax com 1 par de espiráculos cribriformes (fig. la) laterais. Pernas (fig. 5) subiguais, 3-seg- mentadas; coxa alongada, com várias cerdas distais; trocânter fundido ao fêmur; fêmur longo, com várias cerdas; tíbia alongada e gradualmente estreitada para o ápice; com fileira transversal de cerdas, mediana e distai e tarsúngulo fundido; extremidade distai (figs. 5a e 5b) com 2 cerdas longas. Abdômen 10-seg- mentado; l.°, 3P-5P e 9.° segmentos com 2 pre- gas; 2P, 6P-SP segmentos sem pregas evidentes; região dorsal com muitas cerdas, mais concentradas nos segmentos 3P-6P, os quais são mais dilatados; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos cribri- formes (fig. Ib) laterais. Rasíer (fig. 4): palidia longitudinal, formada por 2 fileiras de cerdas espes- sas, ligeiramente convergentes nas extremidades; septula oblonga; tegillum formado por várias cerdas curtas dirigidas medianamente. Abertura anal trans- versal, anterior ao raster. Pupa (fig. 16). Adéctica e exarata. Cabeça quase que totalmente invisível de cima. Pronoto mais estrei- to na frente e com protuberância cordiforme me- diana anterior. l.°-5.° segmentos abdominais com prega esclerotinizada transversal proximal; 3P-6P SCARABAEIDAE 117 segmentos com proeminência lateral alongada. Ór- gãos dioneiformes e irrogonfos ausentes. Material examinado. BRASIL. Paraná. Mandirituba, X.1983-X.1984, I.V.K. Stumpf coL, 2 larvas, 1 pupa e 2 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos A. mutilatus, segundo Stumpf et al. (1986 a, b), cria-se em excrementos de equinos, bovinos e suínos, apresentando preferência pelos primeiros. Adultos escavam galerias perpendiculares no início (10 cm de profundidade) e, após curvatura acentuada, assu- mem uma posição aproximadamente paralela à su- perfície, ramificando-se distalmente em várias câma- ras com fundo cego. A galeria é preenchida com fezes até quase a abertura. Os ovos são colocados nas câmaras, soltos na massa fecal. A eclosão dos ovos dura aproximadamente 15 dias. Cerca de 104 dias são necessários para o desenvolvimento larval, quando a larva de 3.° instar principia a confecção do casulo, oval, castanho-escuro, com superfície externa rugosa. A fase de pupa dura 26 dias em média. Discussão A larva de Ateuchus mutilatus é muito semelhante a de histeroides (Web.) da América do Norte descrita por Ritcher (1966). A principal diferença encontra-se na região distai das pernas com 2 cerdas longas em A. mutilatus e 1 cerda em A. histeroides; pternotorma esquerdo ausente em A. histeroides e presente em A. mutilatus. Convém salientar que A. mutilatus apresenta clithrum bem desenvolvido que não aparece nas ilus- trações de larvas de Scarabaeinae de Ritcher (/.c.). Saprosites sp. (Estampa 36, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento: 12,0 mm. Escarabei- forme (fig. 1); branca com cabeça amarela e ápice das mandíbulas castanho-escuro. Cabeça (figs. 2 e 3) hipognata, fortemente escle- rotinizada e levemente pigmentada. Sutura epicra- nial presente. Sutura coronal menor que metade do comprimento da fronte. Ramos frontais sinuosos, em forma de V. Endocarena prolongada adiante da sutura coronal, em forma de Y. Estemas ausentes. Cápsula cefálica com 1 par de cerdas dorso-epicra- niais, 2 pares de frontais anteriores e 1 par de sub- genais. Clípeo (fig. 10) trapezoidal, com 1 cerda longa e 2 curtas de cada lado. Labro (fig. 10) arredondado, mais estreito na base; com margem anterior ligeiramente sinuosa e marginada por cer- das; região mediana com 2 cerdas longas. Epifaringe (fig. 11): clithra presente e bem desenvolvida; corypha com 2 pares de cerdas curtas; acanthoparia com 3 pares de cerdas, sendo o par mediano longo; chaetoparia com 2 cerdas muito curtas; acroparia com 1 par de cerdas; haptomerum com 1 fileira transversal irregular de 9 sensilla e mais 2 situadas anteriormente; phobae com laeophoba, dexiophoba e protophoba dispostas em fileira densa, marginais ao pedium quadrangular com tufo de 5 phobae; tor- mae unidos medianamente; epitorma anterior pro- longando-se no interior do pedium; pternotorma es- querdo pouco mais desenvolvido que o direito; área sensorial formada por 6 macrosensillae e mesophoba restrito a 1 grupo mediano de 6 phobae. Suturas guiares curtas e membranosas. Antenas (figs. 4, 4a e 4b) 4-segmentadas; 3 primeiros segmentos alon- gados, e aproximadamente do mesmo comprimento; 3.° segmento com 4 cerdas subapicais curtas e 1 longa e 1 cone sensorial cupuliforme apical; 4.° seg- mento menor, com sensório oval achatado subapi- cal membranoso, descontínuo ventralmente; ápice com 1 cerda longa, 3 curtas e 1 espessa e curta. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12-15) assimétricas; côndilo acessório e brustia presentes. Mandíbula direita (figs. 13 e 14) com 4 dentes apicais; mola com proeminência proximal dentifor- me dorsal e arredondada ventral; com tufo de cerdas ventro-molares; margem lateral com 2 cerdas curtas. Mandíbula esquerda (figs. 12 e 15) com 3 dentes apicais; mola côncava, arredondada na região dor- so-proximal; com 1 cerda lateral curta e 1 tufo de cerdas ventro-molares. Maxilas (figs. 6 e 7): gálea alongada, com unco apical circundado por cerdas espessas; com fileira de 5 cerdas longitudinal me- diano-ventral e dorso-mesal. Lacínia curta, com ápice arredondado e 2 cerdas ventro-mesais; região dorsal com fileira marginal de 5 cerdas. Palpífero palpiforme, com 1 cerda. Palpos maxilares 3-seg- mentados. Estipe alongado, com 5 cerdas ventrais e 2 dorsais; região dorsal com área estridulatória formada por pequenos tubérculos, dispostos era fi- leiras transversais que se continuam pelo justacardo. Cardo dividido; a parte mais externa com cerdas. Justacardo bem desenvolvido, com 2 cerdas. Lábio (fig. 7) membranoso; pré-mento I com 3 pares de cerdas na margem anterior, o mediano muito longo; pré-mento II com margem proximal arredondada c 118 SCARABAEIDAE 2 pares de cerdas muito longas; pós-mento mais estreito na região mediana e com 1 par de cerdas. Hipofaringe (fig. 9) com 2 cerdas espessas próxi- mas à margem anterior e 4 pontos sensoriais entre e abaixo delas; com fileira semicircular de cada lado, com 7 cerdas espessas partindo da margem lateral; região mediana com fileira transversal com 8 papilas sensoriais localizadas na base de fileira de espinhos agudos e espessos. Escleroma hipofaríngeo com pro- tuberância dentiforme mediana basal que se continua com um ramo espesso em direção anterior e um lateral direito; com espinhos na região mediana ante- rior; esclerito lateral esquerdo com ramo inclinado que se dirige medianamenle; com área lateral de espinhos curtos e mediana de espinhos longos, abaixo do escieroma; com 2 pares de poros sensoriais pró- ximos à base. Protórax sem pregas, com um único lobo e várias cerdas dorsais; com 1 par de espirá- culos cribriformes (fig. la) laterais, em forma de C e dirigidos para trás. Meso- e metanoto com 2 pregas e várias cerdas cada um. Pernas (fig. 5) aumentando ligeiramente de tamanho das anteriores para as posteriores; coxa alongada, com algumas cerdas curtas; trocânter triangular com várias cerdas de tamanho variado; fêmur e tíbia alongados, com várias cerdas curtas, sendo o fêmur ligerramente maior; tarsúngulo (fig. 5a) robusto, com 2 cerdas espessas submedianas. Abdômen 10-segmentado; segmentos com 3 pregas e cada prega com uma fileira transversal de cerdas espiniformes ou alongadas; 1P-9P segmentos com pregas indistintas, respectivamente com 4, 2, 2 pregas cada, com filei- ras transversais de cerdas longas dorsais em algumas delas; 10.° segmento com ápice dividido transversal- mente formando 2 lobos e com anel mediano de cerdas; l.°-9.° segmentos com ampolas laterais com cerdas; l.°-8.° segmentos com 1 par de espirá- culos cribriformes laterais. Abertura anal transversal. Raster (fig. 8): palidia com 2 pares de fileiras lon- gitudinais de cerdas espatuladas, o par interno com 4 cerdas e o externo com 3; teges formado por várias cerdas longas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 1 1-I3.iv.l983, Exp. MZUSP col., 1 larva e 6 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 7-8.viii.1986, Exp. MZUSP col., 10 larvas e 18 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas subcortical mente em troncos caídos em decomposição dentro da mata. Discussão Das espécies de Aphodiinae cujas larvas são co- nhecidas, observa-se grande variação em relação ao raster (com ou sem palidia); dentes estridulatórios do estipe maxilar geralmente presentes (alinhados em fileira organizada ou agrupados em área grande); e, área sensorial do 3.° segmento antenal (cônico ou achatado). A epifaringe é muito semelhante em todos eles. Isonychus sp. (Estampa 37, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 37,0 mm. Escarabei- forme (fig. 1), muito pilosa. Amarelada, com ápice das mandíbulas castanho-escuro; pilosidade castanho- -avermelhada com reflexos dourados. Cabeça (fig. 9) hipognata, fortemente escleroti- nizada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta, cerca de 1/3 do comprimento da fronte. Ra- mos frontais em forma de V. Cápsula cefálica com 2 pares de cerdas dorso-epicraniais; 11 cerdas fron- tais anteriores, sendo 2 laterais mais longas; 4 cerdas frontais posteriores e várias subgenais de tamanho diferente. Endocarena e estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo (fig. 9) transverso, ligeiramente assimétrico com fileira transversal me- diana com 5 cerdas. Labro (fig. 9) subpentagonal com margem anterior sinuosa e com 8 cerdas, 4 das quais mais curtas e concentradas no meio; com 2 cerdas longas próximas à região mediana e fileira transversal com 6 cerdas mais curtas e 2 microcerdas próximas à base. Epifaringe (fig. 10): plegmatia presente; acanthoparia formada por 13 cerdas espes- sas e curtas que aumentam de tamanho das proxi- mais para as distais; gymnoparia com carenas trans- versais cmrtas e sinuosas partindo da base das cerdas da acanthoparia; acroparia com muitas cerdas, de tamanho variado, mais concentradas no lado direito; haptomerum com 2 fileiras transversais irregulares de botões sensoriais e cerdas muito curtas e espes- sas, antecedendo fileira transversal com 6 heli ro- bustos; chaetoparia com muitas cerdas dirigidas medianamente; laeophoba presente, formada por fi- leira longitudinal de projeções setiformes longas com ápice bífido; mesophoba esquerda formada por cer- das e botões sensoriais; dexiotorma alongado e es- treito; laeotorma mais curta e alargada no 1/3 late- ral; cone sensorial dentiforme, com ápice proemi- nente; nesium presente. Sutura pós-genal longa, maior que 1/2 do comprimento da cápsula cefálica. Antenas (figs. 9 e 9a) longas, 4-segmentadas; l.° cm i SciELO L2 13 14 15 16 17 lí 19 20 SCARABAEIDAE 119 segmento curto, com 1 cerda; 2.° e 3.° segmentos slongados e glabros, o 3.° ligeiramente maior; re- gião látero-apical do 3.® segmento dilatada e com área sensorial membranosa; 4.® segmento curto, fu- siforme, com 2 áreas sensoriais membranosas, elípti- cas, uma dorso-lateral maior e outra lateral interna menor e localizada mais distalmente. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11-14) fortemente es- clerotinizadas, assimétricas; lobo incisivo delgado e alongado, sem áreas estridulatórias. Mandíbula di- reita (figs. 12 e 13) com dente subapical mesal pequeno; mola com tubérculos dentiformes; brustia presente; acia ausente; côndilo acessório mais de- senvolvido que da mandíbula esquerda; margem lateral com 3 cerdas e uma carena longitudinal dor- ^^1) partindo do acetábulo. Mandíbula esquerda (figs. 11 e 14) com 2 dentículos obtusos subapicais rnesais; margem lateral com 4 cerdas e uma carena longitudinal dorsal partindo do acetábulo; mola côn- cava, proeminente distalmente; brustia e côndilo acessório presentes; acia membranosa com tufo de cerdas apicais. Maxilas (figs. 7 e 8) com mala; su- tura da gálea e lacínia visível na vista dorsal. Região ^3 gálea com unco apical, fileira longitudinal de cerdas dentiformes e muitas cerdas ventrais, uma apical mais desenvolvida; região dorsal com muitas cerdas, sendo 2 apicais mais espessas. Região da lacínia com 4 uncos e cerdas dorsais longas, mais cu menos alinhadas em fileiras curvas. Palpífero pal- piforme, com 2 cerdas. Palpos maxilares 3-segmcn- tados; segmento distai é o mais longo. Estipe com muitas cerdas e uma carena inclinada partindo ven- tralmente da base da região da gálea e se dirigindo para a margem lateral; região dorsal com fileira le- vemente inclinada com 14 dentículos estridulatórios agudos. Cardo dividido, a parte distai com cerdas. Justaestipe bem desenvolvido e com várias cerdas. Lábio (fig. 8) com pré-mento I com muitas cerdas tnais concentradas anteriormente; 1 par mais longo próximo à articulação dos palpos; pré-mento II transverso com 1 par de cerdas longas; pós-mento subtrapezoidal com 1 par de cerdas curtas. Hipofa- ringe (fig. 6) com região anterior setosa, sendo as cerdas proximais mais espessas; escleroma hipofarín- geo com um dente lateral direito proeminente e arredondado; região lateral esquerda com fileira lon- gitudinal de espinhos longos e região mediana basal com grupo de cerdas curtas. Tórax com muitas cer- das mais concentradas dorsalmente. Protórax com 3 pregas dorsais, 2 ampolas e 1 espiráculo cribri- forme (fig. 4) lateral, com ápices do C dirigidos para baixo. Meso- e metatórax com 3 pregas trans- versais. Pernas (fig. 1 ) aumentando ligeiramente de tamanho das anteriores para as posteriores; pilosas, com coxa longa; trocânter, fêmur e tíbia alongados, aumentando ligeiramente em comprimento; tarsún- gulo com 2 cerdas submedianas; tarsúngulo meta- torácico mais curto que os demais. Abdômen 10-seg- mentado; l.®-6.® segmentos com 3 pregas cada um; cada prega com muitas cerdas espiniformes curtas, intercaladas com cerdas longas; 7.® segmento com 2 pregas; 8.°-10.® segmentos sem pregas aparentes; 7.0- 10.® segmentos com cerdas mais longas; l.®-8.® segmentos com 1 par de espiráculos cribriformes com ápices do C dirigidos para frente. Raster (fig. 5) com palidia longitudinal formada por 2 fileiras de cerdas espessas e longas divergentes distalmente; teges com muitas cerdas unciformes curtas. Abertura anal em forma de V bem aberto. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Amarelada. Ca- beça estreita, parcialmente visível de cima; pronoto subtrapezoidal com elevação mediana arredondada. 2.0- 6.® segmentos abdominais com uma carena trans- versal dorsal, não esclerotinizada, próxima à base; 1.0- 4.® segmentos com espiráculos esclerotinizados e funcionais; 5.® e 6.® segmentos com espiráculos não esclerotinizados e não funcionais; último seg- mento abdominal com 1 par de urogonfos com ápices em forma de gancho. Órgãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesó- polis (Estação Biológica de Boracéia), 30.vi — 01.vii.1983, Exp. MZUSP col., 8 larvas e 2 pupas fixadas; 7 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas no solo, associadas à raízes pre- dominantemente de gramíneas, e em barrancos, fora da mata. Discussão O gênero Isonychus é incluído na tribo Macro- dactylini, assemelhando-se à larva de Macrodactylus Latreille, segundo caracterização de Ritcher, 1966. Difere principalmente pela epifaringe sem epizygum, haptomerum com maior número de heli (6 em Isonychus sp.), lacínia com 4 uncos, raster com pa- lidia em forma de V, tarsúngulo das pernas metato- rácicas conspicuamente menores que o das pernas pro- e mesotorácicas. Macraspis cincta (Drury, 1782) (Estampa 38, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 45,0 mm. Escarabei- forme (fig. 1). Amarelada, cabeça castanho-averme- 120 SCARABAEIDAE lhada com clípeo, labro e base da antena castanho- -escuros; mandíbulas negras. Cabeça (fig. 5) hipognata, fortemente esclerotini- zada e pigmentada; região anterior da fronte e clí- peo fortemente pontuados. Sutura epicranial presen- te. Sutura coronal presente. Ramos frontais em forma de V. Cápsula cefálica com 4 cerdas dorso- epicraniais de cada lado. Fronte com 3 cerdas fron- tais anteriores de cada lado, 1 cerda frontal externa, cerdas frontais porteriores de cada lado e 1 cerda em cada ângulo externo da fronte. Estema dorsal localizado próximo à base da antena. Clípeo trape- zoidal com 6 cerdas longas no anteclípeo; cerdas curtas ausentes. Labro subtrapezoidal, com 4 tubér- culos próximos da margem anterior; com 6 cerdas posteriores, 1 cerda lateral, 1 cerda em cada tubér- culo e 1 fileira de cerdas curtas na margem anterior. Epifaringe (fig. 2) sem plegmata e epizygum; zygum formado por tubérculo esclerotinizado, transverso e curvo. Haptomerum com heli dispostos em 2 fileiras transversais e curvas; sensillum com uma fileira de 8 pequenas sensilla. Chaetoparia com cerdas dirigi- das para a região mediana, as cerdas aumentam de tamanho em direção ao pedium; laeotorma com processo pternotormal bem esclerotinizado e pro- cesso apoíormal menos esclerotinizado; dexiotorma curvado; nesium presente; acanthoparia com 9 cer- das curtas, unciformes. Mandíbulas (figs. 8-11) assimétricas. Mandíbula esquerda (figs. 8 e 1 1 ) com área incisiva com 3 dentes bem separados por 2 en- talhes; margem externa com 2 sulcos e 1 carena longitudinal com 5 cerdas finas e longas. Mandíbula direita (figs. 9 e 10) com área incisiva com 2 dentes; área molar com 4 lobos com cristas transversais e acia longa e truncada; com brustia; carena externa com 5 cerdas longas. Área dorso-molar das mandí- bulas com fileira curta de cerdas finas e curtas. Área ventro-molar das mandíbulas com pequeno tufo de cerdas curtas perto da área estridulatória. Área estridulatória de cada mandíbula bem marca- da por estrias finas arranjadas transversalmente. Maxila (figs 12 e 13) com mala com 2 uncos, 1 apical e 1 pré-apical, e com 1 fileira longitudinal de 8 dentes espessos perto da margem interna (vista ventral); área estridulatória maxilar (vista dorsal) com 1 fileira de 9 dentes agudos e curtos e 1 proces- so anterior longo e truncado. Palpífero presente. Palpos maxilares 4-segmentados. Cardo dividido e com cerdas na base. Lábio (fig. 3) formado por pré-mento I com várias cerdas; pré-mento II com 1 par de cerdas e pós-mento com 3 pares de cerdas laterais; lígula pouco desenvolvida e com cerdas longas. Palpos labiais 2-segmentados. Hipofaringe com escleroma hipofaringeal com processo anterior direito. Antena (fig. 5) 4-segmentada, tão longa quanto as mandíbulas; 3.® segmento estendendo-se num processo obtuso distai; último segmento (fig. 4) com 5 ou 6 áreas sensoriais. Protórax (fig. 1 ) com lobo dorsal simples; meso- e metatórax com 3 lobos dorsais cada um (prescutum, scuíum e scuíellum)', prescutum e scuíum do meso- e metatórax com 2 fileiras transversas de cerdas longas. Pernas (fig. 7) com muitas cerdas de tamanho variado e com coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo. Tarsüngulos das pernas pró- e mesotorácicas falciformes e pontiagu- dos; o das metatorácicas muito mais curtos; cada tarsúngulo com 2 cerdas proeminentes. Segmentos abdominais 1 ,®-6.° com 3 lobos dorsais cobertos por numerosas cerdas espiniformes curtas e algumas cer- das longas; 7.° segmento com 2 lobos dorsais; lobo anterior com cerdas espiniformes curtas; lobo poste- rior com cerdas curtas e longas; 8.°-10.° segmentos sem lobos, alargados e lisos; 8.® e 9.® segmentos com 2 fileiras transversais de cerdas finas e curtas ou lon- gas; 10.® segmento com cerdas curtas e longas espa- lhadas por toda a superfície. Raster (fig. 6) com 2 palidia; palidium formado por 1 fileira irregular e si- nuosa de cerdas voltadas mesalmente; septula longa e visível; tegillum localizado lateralmente à palidia, com várias cerdas curtas dirigidas para trás e com numerosas cerdas longas voltadas lateralmente. Aber- tura anal transversal e curva; lobo anal inferior co- berto por cerdas curtas. Espiráculos com placa res- piratória reniforme, lobos não contíguos, com fileiras irregulares de orifícios; bulia circular; abertura res- piratória curvada; espiráculos mesotorácicos (fig. la) e abdominais (8) do mesmo tamanho; espirá- culo mesotorácico com emarginação posterior na placa respiratória; espiráculos abdominais com emarginação anterior. Pupa (fig. 14). Adéctica e exarata. Branca amare- lada com órgãos dioneiformes castanho-avermelha- dos. Completamente glabra. Escutelo muito grande, triangular, estendendo-se até o 2.® segmento abdo- minal. Pteroíhecae intimamente unidas ao corpo, estendendo-se até o 3.® segmento abdominal. Abdô- men com 5 pares de espiráculos: os 4 primeiros maiores, com placas respiratórias anelares bem es- clerotinizadas; 1.® par abdominal coberto pelas pte- roíhecae. Abdômen com 4 pares de órgãos dioneifor- mes igualmente desenvolvidos, localizados na borda média dorsal dos segmentos 2/3, 3/4, 4/5 e 5/6. Oltimo segmento abdominal com entalhe apical. Processo mesosternal muito longo, com ápice arre- dondado, estendendo-se até o lábio. cm i SciELO L2 13 14 15 16 17 lí 19 20 SCARABAEIDAE 121 Material examinado. BRASIL. São Paulo. Caragua- a uba, 23.xi.1976, C. Torres col., 2 larvas criadas ate adulto (MZUSP); Cotia (Km 26,5 Rod. Raposo ^avares), 15.X.1976, C. Costa & M. Simões cols., arvas e 1 pupa fixadas e 5 larvas criadas até a ulto (MZUSP); São Paulo (Cidade Universitária), •vii. 1978^ L.R. Fontes col., 5 larvas criadas até adulto (MZUSP); Itanhaém, 01.viii.l978, L.R. Fon- col, 1 larva criada até adulto (MZUSP). Santa ^aiarína. Tijucas, 18.vii.l978, L.R. Fontes col., 1 'arva criada até adulto (MZUSP). fiados biológicos Larvas de Macraspis cincta foram coletadas em Ironcos semi-apodrecidos. Algumas larvas empupa- ram em laboratório, no interior de câmara pupal construída pela larva de último instar com fragmen- tos de madeira. O período pupal durou em média dias (Vanin e Costa, 1980). ^i^cussão As larvas do gênero Macraspis descritas, com- partilham os seguintes caracteres diagnósticos para P genero: mandíbula esquerda com 3 dentes na área •ncisiva, epifaringe sem plegmata e raster com sep- irregular entre a palidia. A larva de Macraspis ^ncia é bastante semelhante a de M. dichroa cribata ‘descrita por Monné (1969). Strategus tridens Burm., 1847 (Estampa 39, figs. 1-20; Estampa 150, figs. 1-3) Larva de 3.° instar. Comprimento: 150,0 mm. Esca- *^3beiforme (fig. 1). Amarelada com cabeça castanho- “Cscura e pernas castanho-amareladas; pilosidade ‘^ensa, castanho-avermelhada. Cabeça (fig. 6) hipognata, fortemente escleroti- nizada e pigmentada. Sutura epicranial presente, utura coronal presente. Ramos frontais sinuosos em orma de V. Fronte com pontuação grossa e 4 cer- das frontais anteriores de cada lado. Cápsula cefá- 'ca com 4 cerdas dorso-epicraniais e muitas subge- nais de cada lado. Estemas presentes, localizados próximos à área de articulação das antenas. Sutura ronto-clipeal presente. Clípeo subtrapezoidal, com pontuação grossa e uma faixa transversal anterior ntembranosa e lisa; com 2 cerdas longas e 0-2 mais curtas de cada lado e 2 longas próximas ao meio. Labro (fig. 12) ligeiramente assimétrico, transverso, com ângulos anteriores arredondados; com pontua- ção grossa nos 2/3 basais e muitas cerdas. Epifa- ringe (fig. 13) mais larga que longa, com margens laterais arredondadas; acroparia direita com 8 cer- das longas; acroparia esquerda com 9 cerdas; corypha ausente; zygum presente; processo haptomeral com projeção distai dentiforme (fig. 14); base lateral direita com fileira de 7 scnsilla; acanthoparia com 13-15 cerdas achatadas de cada lado; plegmata e proplegmata ausentes; gymnoparia presente; chaeto- paria bem desenvolvida, com muitas cerdas e sem sensilla entre as cerdas; cerdas da chaetoparia diri- gidas medianamente e tornam-se mais robustas das margens para o meio; pedium mais longo que largo; tormae separados; laeotorma falciforme com p/er- notorma arredondado; dexiotorma alongado, quase reto; epitorma posterior alongado, ligeiramente alar- gado na base e com 3 sensilla subapicais; nesia di- reita com placa dentiforme esclerotinizada, abaixo da dexiotorma; mesophoba esquerda com maior nú- mero de cerdas que a direita. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas (figs. 11 e 6a) esclerotinizadas e 4-segmentadas; 1.0-3.° segmentos alongados e ligei- ramente dilatados distalmente; 2.° segmento é o mais longo; 4.° segmento fusiforme, com áreas sen- soriais membranosas circulares dorsais e ventrais Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 17-20) assimétricas, fortemente esclerotinizadas; com área estridulatória ventral, feixe de cerdas ventro-molares e fileira longitudinal de cerdas dorso-molares; região látero-basal ligeiramente côncava, e com muitas cer- das longas castanho-avermelhadas. Mandíbula es querda (figs. 17 e 18) com 2 dentes apicais forte- mente arredondados; mola côncava, com carenas transversais e 2 tubérculos proximais dorsais; acia bem desenvolvida; brustia com poucas cerdas- côn- dilo acessório presente, menos desenvolvido que o da mandíbula direita. Mandíbula direita (figs. 19 ^ ^ dentes apicais, mais curtos que os da mandíbula esquerda; mola com carenas transversais e 2 tubérculos laterais, dorsais c 2 ventrais; brustia presente; acia ausente; côndilo acessório presente. Maxila (figs. 15 e 16) esclerotinizadas, com gálea e lacinia fundidas formando mala; com região de sutura visível nas duas faces. Região da gálea com unco apical e muitas cerdas delgadas e espessas dis- putas em fileiras nas regiões dorsal e ventral. Re- gião da lacínia com 3 uncos apicais e muitas cerdas espessas e longas dorsais. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados. Estipe com muitas cerdas ventrais longas; região dorsal com muitas cer- das e 1 fileira longitudinal com 8 dentes estridula- torios truncados no ápice e separados, sendo o distai maior (fig. 16a). Cardo dividido e setoso. Justaes- tipe bem desenvolvido e setoso. Lábio (fig. 9) com pre-mento I com muitas cerdas, as medianas mais 122 SCARABAEIDAE longas; pré-mento II transverso, com muitas cerdas, 2 das quais muito longas; pós-mento mais largo que longo, com várias cerdas laterais. Hipofaringe (figs. 7 e 8) marginada anteriormente por cerdas longas e finas; região mediana, anterior ao escleroma, mais elevada e com muitas cerdas espiniformes. Escle- roma hipofaríngeo com muitas cerdas laterais, mais concentradas no lado esquerdo; com projeção denti- forme lateral direita. Protórax formado por lobo único dorsal e 2 ampolas laterais; com área lateral esclerotinizada e 1 par de espiráculos laterais bem desenvolvidos na posição inversa dos espiráculos abdominais; com muitas cerdas finas. Mesotórax e metatórax com 3 pregas dorsais, 2 ampolas laterais e muitas cerdas finas cada um. Pernas (fig. 5) aumentando gradativamente de tamanho das ante- riores para as posteriores; setosas e com coxa, tro- cânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo; tarsúngulo ciurto (figs. 5a e 5b) e com 4 cerdas basais. Abdômen 10-segmentado; l.°-7.° segmentos com cerdas espi- niformes curtas intercaladas por cerdas longas dor- sais; l.° e 7.0 segmentos com 2 pregas; 2.0-6.® seg- mentos com 3 pregas; S.o-lO.® segmentos sem pre- gas distintas e com muitas cerdas finas mais longas na região ventral; 1.-8.® segmentos com par de espi- ráculos cribriformes laterais com bulia muito saliente, com processo dentiforme voltado para a região anterior (fig. 4 e 4a). Raster (fig. 10) sem palidia; teges com 2 grupos de cerdas espiniformes curtas, 0 mais proximal com aproximadamente 75 e o mais distai com 60, circundadas por cerdas longas; lobo anal superior com grupo de cerdas espiniformes curtas proximais, marginado por cerdas longas e finas. Abertura anal transversal. Pupa (Estampa 39, fig. 2; Estampa 150, figs. 1-3). Adéctica e exarata. Castanha-avermelhada, bem es- clerotinizada, lisa e brilhante. Cabeça estreita, invi- sível de cima. Protórax com 3 prolongamentos corniformes, o mediano o mais desenvolvido. 2.o-4.® segmentos abdominais com 1 par de espiráculos transversais esclerotinizados; 5.® e 6.® segmentos com espiráculos vestigiais. Região dorsal do abdô- men com 1 par de órgãos dioneiformes esclerotini- zados e medianos entre os segmentos 1/2, 2/3, 3/4, 4/5, 5/6, 6/7 e 7/8, sendo o último menor que os demais. Ápice do abdômen bilobado com tufo de cerdas curtas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 25-27 .V.1982, Exp. MZUSP col., 3 larvas fixadas, 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidern, 28-30.vi.l982, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Salesó- polis (Estação Biológica de Boracéia), 20.xi.l968, E.X. Rabello col., 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em árvores mortas, com tronco em pé, de grandes dimensões (cerca de 20 m de altura por 1,5 m de diâmetro). A casca do tronco ainda se encontrava firmemente aderida ao lenho. Este último apresentava regiões mais duras e outras mais moles. As larvas de S. tridens foram encon- tradas principalmente nas regiões de lenho mais mole. As larvas em laboratório apresentaram os seguin- tes períodos de desenvolvimento: 7-18 dias da larva madura até pupa com construção da câmara pupal; 23-67 dias de pupa à adulto. A fase de pupa ocorreu desde agosto até abril. Discussão É semelhante as larvas de Strategus da América do Norte descritas por Ritcher (1966). Compartilha com S. julianus Burm. a bula espiracular proemi- nente, provida de processo dentiforme bem desen- volvido. O tarsúngulo com 3-4 cerdas auxilia a dis- tinção de Strategus dos demais gêneros de Dynas- tinae. Homophileurus luederwaldti (Ohaus, 1910) (Estampa 40, figs. 1-12) Larva de 3.® instar. Comprimento: 52,0-66,0 mm. Escarabeiforme (fig. 1), ligeiramente amarelada com pernas amarelas e cabeça castanha. Região dorsal e lateral com muitas pregas. Cabeça (fig. 4) hipognata e fortemente esclero- tizada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal presente e bem marcada. Ramos frontais em forma de V. Cápsula cefálica com 1-3 cerdas dorso-epicra- niais longas e 5-6 curtas. Com numerosas cerdas subgenais. Fronte com pontuação grossa e hetero- gênea dando aspecto rugoso aos 2/3 anteriores; maioria dos pontos com 1 cerda curta. Cerdas pri- márias da fronte difíceis de distinguir devido ao gran- de número de cerdas presentes; com 8-10 cerdas frontais anteriores; com 2 cerdas frontais externas; com 4 cerdas frontais posteriores; cerdas do ângulo anterior consistindo de 1 cerda longa e 3 mais curtas de cada lado. Estema localizado dorsalmente pró- ximo à articulação da antena. Clípeo (fig. 4) trape- zoidal com 2 grandes cerdas clipeais externas de cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 SCARABAEIDAE 123 cada lado; cerdas clipeais anteriores ausentes. Labro (fig- 4) arredondado, rugoso e com muitas cerdas. Epifaringe (fig. 7) com margens laterais arredon- dadas. Região haptomeral com zygum em forma de crista; epizygum presente; heli ausentes; proplegmata c plegmata ausente; chaetoparia com cerdas dirigidas para região mediana e algumas ou nenhuma sen- silla espalhada entre as cerdas; laeotorma com pro- cesso pternotormal bem esclerotinizado; processo apotormal ausente; dexiotorma curvada no terço ba- sal e reta nos 2/3 apicais; ambas nesia presentes: uma placa esclerotinizada e um cone sensorial. Su- turas guiares ausentes; gula ausente. Antena (fig. 4) 4-segmentada; 3.° segmento com processo distai obtuso; superfície dorsal do último segmento ante- ual (figs. 4a-4c) com 4-6 pontos sensoriais. Man- díbulas (figs. 8-11) assimétricas. Mandíbula esquer- da (figs. 8 e9) com área incisiva com 3 dentes; área molar com 2 lóbulos sendo o proximal com 2 de- pressões; com acia curta e aguda, quase tão longa quanto larga; brustia bem desenvolvida e com cerca de 10 cerdas dorso-molares dispostas em fileira. Mandíbula direita (figs. 10 e 11) com área incisiva com 3 dentes; área molar com 2 lobos, brustia e algumas cerdas dorso-molares. Cada mandíbula com área estridulatória bem marcada, com cristas de comprimento similar. Maxila (fig. 12) com gálea e lacínia fundidas formando mala. Mala com 4 uncos: Um apical mais desenvolvido e 3 subapicais me- nores (fig. 12b), sendo os 2 distais maiores e fun- didos na base; região dorsal com muitas cerdas es- pessas e longas; região ventral com cerdas mais del- gadas. Palpífero presente. Palpos maxilares 4-seg- nientados. Estipe com várias cerdas dorsais e ven- trais; região dorsal com área estridulatória maxilar (fig. 12a) formada por 6-7 pequenos dentes subtra- pezoidais e truncados, e 1 processo anterior grande e truncado. Cardo dividido e com várias cerdas. Lábio com pré-mento I e pré-mento II parcialmente niembranosos, com cerdas na base; pós-mento com cerdas laterais. Hipofaringe (fig. 5) com processo anterior direito do escleroma quase tão longo quanto o segmento basal do palpo labial; lobo hipofaríngco com aproximadamente 11 cerdas laterais. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax formado por um único lobo; com 2 manchas laterais esclerotinizadas de forma losangular; com fileira dorso-ventral de 2 ou 3 cerdas longas e 5-9 cerdas curtas; com 1 par de espiráculos cribriformes localizados lateralmente, em posição inversa da dos espiráculos abdominais; placa respiratória com orifícios regulares não arran- jados em fileiras definidamente transversas; lobos da placa respiratória ligeiramente separados. Mesotórax com mesoescuto e mesoescutelo com fileira transver- sa de 6 longas cerdas; mesoescuto sem cerdas lon- gas, com aproximadamente 10 cerdas curtas. Meta- tórax com metaescuto e metaescutelo com fileira transversal de 6 cerdas longas; metaescuto sem cerdas longas, com aproximadamente 15 cerdas curtas. Per- nas (fig. 1 ) pilosas com coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo. Tarsúngulo falciforme, com 2 cerdas proeminentes; tarsúngulo das pernas protorácicas muito maiores que os das demais pernas (fig. Ib-le). Primeiro segmento abdominal com 2 pregas dorsais; 2P-6P segmentos com 3 pregas dorsais; cada 1 com 1 fileira transversa de cerdas longas e delgadas e 1-4 fileiras de cerdas curtas espiniformes; cerdas curtas ausentes somente na primeira prega do 1 .° segmento. Dorso do 7.u-10.° segmentos não divididos em pre- gas; cada dorso com 1 fileira anterior de cerdas espi- niformes longas e 1 posterior de cerdas longas com poucas cerdas espiniformes curtas misturadas entre as longas. 10.° segmento com linha dorsal impressa. Lobos pleurais com 14-21 cerdas longas; área espi- racular com 10-17 cerdas longas. l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos cribriformes laterais. Raster (fig. 6) sem palidia; íeges com 46-54 cerdas (fig. 6a) dirigidas posteriormente, as quais cobrem a metade caudal da área entre o lobo anal inferior e a mar- gem caudal do 9.° segmento. Lobo anal inferior coberto por cerdas curtas (fig. 6b) semelhantes às do íeges e com 1 franja caudal de 20-28 cerdas lon- gas e delgadas. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Castanho-clara; pronoto, élitros e órgãos dioneiformes mais escuros; anéis espiraculares negros. Completamente glabra e lisa. Cabeça com 3 tubérculos arredondados, o ante- rior ligeiramente mais largo que os posteriores; fronte com numerosas depressões superficiais. Pro- noto subtrapezoidal, aproximadamente 2 vezes mais largo que longo. Escutelo trapezoidal. Pterotecas estreitamente ligadas ao corpo, curvadas ventralmen- te, extendendo-se posteriormente até o 3.° segmento abdominal. Abdômen com 4 pares de espiráculos, o l.° par coberto pelas pterotecas. Seis pares de órgãos dioneiformes presentes na borda dorsal me- diana dos segmentos 2/3, 3/4, 4/5, 5/6, 6/7 e 7/8. Oltimo segmento abdominal com entalhe apical e tufo lateral de cerdas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Itanhaém, 12.Í.1978, L.R. Fontes col., 4 larvas, 2 pupas e 1 adulto fixados e 7 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 16.vii.1979, L.R. Fontes col., 3 larvas encontradas mortas e fixadas (MZUSP). cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 124 SCARABAEIDAE Dados biológicos Larvas, pupas e adultos de Homophileurus lue- derwaldti foram coletadas em ninhos de Microcero- tennes sp. em Itanhaém (SP). Os ninhos possuiam 35 cm de altura por 38 x 90 cm de largura e apre- sentavam na superfície externa, uma abertura cir- cular com aproximadamente 2 cm de diâmetro do qual partia um canal reto que se dirigia para o cen- tro do ninho. Depois de quebrado o ninho, verifi- cou-se que a larva e o adulto permaneciam imóveis, se não tocados, na câmara central que possuia 14 cm de altura e 15 x 37 cm de largura. O fundo da câmara estava coberto por uma camada de poucos centímetros de pó fino, do ninho, excrementos e centenas de larvas pequenas de Tenebrionidae (Alle- culinae). As câmaras pupais foram escavadas pelas larvas nas paredes do ninho, mas não fazem casulo de partículas da parede, como visto por Lue- derwaldt para Actinobolus. O período pupal durou de 21-24 dias. Os excrementos da larva de 3.° instar eram escuros, opacos, em forma de paralelepípedo compacto e tinham de 6 a 7 mm de comprimento, 4 a 5 mm de largura e 2 mm de altura; a extremi- dade mais estreita era arredondada enquanto a oposta era entalhada irregularmente. Alguns desses excrementos apresentavam excavações irregulares, produzidas pelas larvas de Alleculinae, as quais pa- recem alimentar-se deles (Vanin et al., 1983). Discussão A larva de H. luederwaldti é similar a de outros Phileurini do gênero Phileurus descrito por Ritcher, 1944. Trioplus cylindricus (Mannerhein, 1829) (Estampa 41, figs. 1-13) Larva de 3.° instar. Comprimento: 53-55 mm. Esca- rabeiforme (fig. 1), branco-amarelada com cabeça castanha. Corpo com muitas pregas dorsais. Cabeça (fig. 4) hipognata e bem esclerotinizada; regiões dorsal e laterais relativamente lisas, fronte pontuada nos 2/3 anteriores, pontos mais fortes e coalescentes ântero-lateralmente; sutura epicranial e sutura coronal presentes. Ramos frontais sinuosos, em forma de V; com 2 pares de cerdas dorso- epicra- niais, 1 dos quais mais longos; 1 par póstero-frontal; 4 pares de cerdas frontais externas, o par mais externo mais longo. Região pós-genal com 3 cerdas longas e 3-5 mais curtas de cada lado. Estemas loca- lizados dorsalmente próximo às articulações das ante- nas. Clípeo trapezoidal com 3 cerdas de cada lado e 1 par na margem anterior. Labro subtrapezoidal com 3 cerdas marginais e 2 discais de cada lado; superfície rugosa. Epifaringe (fig. 5) com margens laterais arredondadas; haptomerurn com zygum for- mando uma carena elevada; epizygum presente; heli ausentes; chaetoparia bem desenvolvida sem sensilla distribuídas entre as cerdas que se voltam para a região mediana; laeotorma com processo pternoter- mal bem esclerotinizado; processo apotormal ausente; dexiotorma curvo; nesia presentes com placa escle- rotinizada e cone sensorial. Antenas (fig. 4) 4-seg- mentadas; 3 primeiros segmentos aproximadamente do mesmo comprimento; 3.° segmento com pro- cesso distai obtuso. Superfície dorsal do último segmento com 2-3 áreas sensoriais. Mandíbulas assimétricas. Mandíbula esquerda (figs. 10-11) com margem incisiva com 3 dentes; área molar com 2 lobos, o lobo proximal inteiro, liso; acia longa, aguda, quase 2 vezes tão longa quanto larga; brustia presente. Mandíbula direita (figs. 12 e 13), margem incisiva com 2 dentes; área molar com 2 lobos; brustia presente. Área estridulatória de cada man- díbula formada por estrias transversais equidistantes entre si. Maxila (fig. 9) com gálea e lacínia fundidas formando mala, mas com sutura evidente na vista dorsal. Região da gálea com 1 unco apical bem desenvolvido. Região apical da lacínia com 3 uncos, os 2 distais fundidos na base (fig. 9b). Palpífero presente. Palpos maxilares 4-segmentados; estipe com várias cerdas dorsais e ventrais; área estridulatória com fileira oblíqua de 6 dentículos acuminados, 2 dentículos subtrapezoidais e 1 processo anterior largo e truncado (fig. 9a). Cardo dividido com mui- tas cerdas. Lábio (fig. 8) com pré-mento I e pré- -mento II com um par de cerdas longas laterais. Pos-mento alongado com 1 cerda curta de cada lado. Hipofaringe (figs. 7 e 8) com processo anterior direito do escleroma quase tão longo quanto o com- primento dos 2 segmentos do palpo labial juntos. Lobo hipofaríngeo esquerdo com 1 fileira longitu- dinal de 11-13 cerdas orientadas para a região me- diana. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax for- mado por único lobo com áreas laterais fracamente esclerotinizadas; com 1 par de espiráculos (fig. la) cribriformes localizados lateralmente em posição inversa da dos espiráculos abdominais. Mesotórax: prescutum com fileira transversal de 4 cerdas longas e 6 curtas; escutum apenas com cerdas curtas; es- cutellum glabro. Metatórax: prescutum com fileira transversal de 8 cerdas longas, escutum com 8 cerdas longas. Pernas pilosas com coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo. Tarsúngulos subiguais e bisse- tosos. Primeiro segmento abdominal com 2 pregas SCARABAEIDAE 125 dorsais; 2P-6° com 3 pregas dorsais, cada prega com fileira transversal de cerdas longas e 1-4 fileiras de cerdas espiniformes curtas. Dorso dos segmentos 7.°-9 .o não divididos, com 1 fileira anterior e 1 pos- terior de cerdas longas e cerdas espiniformes curtas. Área espiracular com 5-8 cerdas curtas. l.°-8.° seg- mentos com 1 par de espiráculos cribriformes late- rais. Rasier (fig. 6) sem palidia; leges com 18-21 cerdas esparsas dirigidas posteriormente. Lobo anal inferior coberto com 20-22 cerdas curtas semelhantes às do leges e com 1 franja caudal de 16-17 cerdas longas e delgadas. l^tipa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branco-leitosa, órgãos dioneiformes e anéis espLraculares castanho- escuros. Completamente glabra e lisa. Cabeça com 1 par de tubérculos cônicos e obtusos em forma de V. Fronte com 2 pares de protuberâncias pouco desenvolvidas. Pronoto transversal. Pterotecas estrei- tamente ligadas ao corpo, curvadas ventralmente, es- tendendo-se posteriormente até o 3.° segmento abdo- minal. Abdômen com 4 pares de espiráculos,^ o l-° par coberto pelas pterotecas; 6 pares de órgãos dioneiformes presentes na borda dorsal mediana dos segmentos 2/3, 3/4, 4/5, 5/6, 6/7 e 7/8; o l.° par mais desenvolvido e o último menos desenvolvido. Oltimo segmento abdominal com 1 entalhe apical e tufo lateral de cerdas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Cidade Universitária), 9.Í.1979, S.A. Vanin e Costa cols., 2 larvas maduras fixadas, 1 larva criada uté pupa e 3 larvas criadas até adulto (MZUSP). Piados biológicos Larvas coletadas em tronco caído em adiantado estado de decomposição. Larvas em laboratorio fo- ram alimentadas com pedaços de madeira do tronco Onde foram encontradas. (Vanin el al., 1983). Pliscussão As larvas descritas dos Phileurini neotropicais (Vanin el al. 1983), Homophileurus luderwaldti (Ohaus), Aclinobolus Irilobus (Luderwaldt) e no Plus cylindricus (Mannerhein), concordam^ com os caracteres gerais das larvas das espécies Pfiileurus Latreille, descritas por Ritcher (1944, 1966). O conhecimento das formas imaturas desta tribo é insuficiente e limitamo-nos a apresentar as características compartilhadas pelos gêneros citados acima e que provavelmente apresentarão importân- cia sistemática: 1. área incisiva da mandíbula es- querda com 3 dentes; 2. chaeloparia da epifaringe sem sensilla ou com poucas sensilla entre as cerdas; 3. região dorsal dos segmentos abdominais 7.°-9.° com numerosas cerdas robustas e curtas, e com 2 fi- leiras transversais bem distanciadas entre si, de cer- das longas; 4. rasier sem palidia; 5. tarsúngulos bi- setosos. Hoplopyga brasiliensis (Gory e Percheron, 1833) (Estampa 42, figs. 1-20) Larva de 3.° íntar. Comprimento: 29-32 mm. Esca- rabeiforme (fig. 1), branco-leitosa e cabeça casta- nho-amarelada. Corpo piloso, com muitas pregas dorsais. Cabeça (fig. 4) hipognata e bem esclerotinizada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal presente. Ramos frontais sinuosos, ern forma de V. Com 1 ou 2 pares longos e 3-4 pares curtos de cerdas dorso-epicraniais, de cada diido da sutura coronal. Fronte de cada lado com 1 cerda póstero- frontal e 1 cerda no ângulo externo; 2 cerdas látero-genais longas de cada lado. Estemas ausentes. Clípeo tra- pezoidal com 2 cerdas laterais e 1 póstero-mediana de cada lado. Ante-clípeo esbranquiçado. Labro subtrapezoidal quase tão longo quanto o clípeo com numerosas cerdas; superfície lisa, margem anterior trilobada. Epifaringe (fig. 7): clilhra presentes; zygum e epizygum ausentes; região haptomeral com 1 fileira transversal de 17-19 cerdas cônicas e abaixo mais algumas semelhantes hregularmente dispostas; chaeloparia com muitas cerdas voltadas para a região mediana; acanlhoparia com 7-8 cerdas muito curtas; dexiolorma triangular; laeotorma apenas com pler- nolorma bem esclerotinizado e arredondado; nesium representado apenas pelo cone sensorial. Sutura guiar e gula ausentes. Antena (fig. 4) 4-segmenta- da; l.° segmento o mais longo, aproximadamente do comprimento dos 2 seguin:es reunidos; segmento distai oval; superfície dorsal com 3 áreas sensoriais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 15-20) assimétricas; área incisiva com 3 dentes; região ven- tral com área estridulatória com carenas transver- sais; com feixe de cerdas dorso- e ventro-molares; bruslia presente. Mandíbula esquerda (figs. 15-17) com 1 cerda dorso-lateral próxima ao ápice e várias cerdas laterais; mola côncava, com lobo distai proe- minente; côndilo acessório presente, menor que o da mandíbula direita. Mandíbula direita (figs. 18-20) com 2 cerdas dorso-laterais, próximas ao ápice e várias cerdas laterais; mola com carenas transver- sais; côndilo acessório presente, mais desenvolvido 126 SCARABAEIDAE que na mandíbula esquerda. Maxila (fig. 8) com gálea e lacínia fundidas formando mala; região da gálea com um unco apical (fig. 8b) e várias cerdas dorsais e ventrais, sendo 3 dorsais e 2 ventrais subapicais mais espessas; região da lacínia com 3 uncos (fig. 8b) fundidos na base e com muitas cerdas dorsais. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe parcialmente membranoso e com várias cer- das ventrais; região dorsal com cerdas e área estri- dulatória (fig. 8a) formada por 3-4 processos den- tiformes curvos projetando-se anteriormente, pre- cedidos por processo cônico. Lábio com pré-mento I parcialmente membranoso, com cerdas longas na região mediana anterior; pré-mento II membranoso com 2 cerdas basais longas; pós-mento transverso e sem cerdas. Hipofaringe (fig. 9) com muitas cerdas na região anterior, mais concentradas anteriormente e próximo à margem lateral; região basal, próxima ao escleroma, com fileira transversal de cerdas espes- sas e diminutas; escleroma hipofaríngeo com cerdas laterais, mais concentradas no lado esquerdo, e uma projeção dentiforme lateral direita anterior. Protó- rax com um único lobo dorsal bem desenvolvido; cada lado com uma área esclerotinizada castanho- amarelada com fileira dorso-ventral posterior com 7-9 cerdas; com 1 par de espiráculos laterais escle- rotinizados, de posição inversa aos abdominais; pla- ca respiratória (fig. 5) com orifícios irregulares não dispostos em fileiras transversas definidas; lobos da placa respiratória separados por aproximadamente 0,4 vezes o diâmetro dorso-ventral da bula. Meso- e metatórax com 3 pregas dorsais; cada prega com faixa de cerdas longas intercaladas por cerdas curtas; com algumas cerdas curtas, espiniformes, não for- mando fileiras, anterior a cada faixa; área posterior à faixa de cerdas, glabra. Pernas (figs. 12, 13 e 14) subiguais, setosas, com coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo. Tarsüngulo cilíndrico, arredondado dis- talmente e com 11-12 cerdas; tarsúngulo protorá- cico (fig. 12) visivelmente mais curto e mais espesso que o meso- (fig. 13) e metatorácico (fig. 14). Abdômen 10-segmentado; l.°-6.° segmentos com 3 pregas dorsais; 7.°-8.° com 2 pregas dorsais; cada prega com uma faixa transversal de cerdas longas, intercaladas por cerdas mais curtas inseridas próxi- mas ao meio ou no terço posterior; com cerdas curtas, semelhantes a espinhos, não formando fileira regular, anteriormente à faixa transversal de cerdas longas; área posterior à faixa transversal glabra, exceto nas pregas do 7.° e 8.® segmentos que pos- suem 1-3 cerdas de cada lado. Lobos pleurais com 22-36 cerdas longas e numerosas cerdas curtas. 9.° e 10.° segmentos fundidos, com muitas cerdas, mais longas na região ventral; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais, esclerotinizados. Raster (fig. 10) com palidia (fig. 11) formada por duas fileiras longitudinais de 14-18 cerdas espatuladas, convergentes na região proximal; lados da palidia circundados pelo teges, formado por numerosas cer- das espessas e curtas intercaladas por longas e delga- das; septula oblonga, aproximadamente 3 vezes mais longa que larga. Área transversa central do lobo anal inferior com 16 cerdas longas e finas. Aber- tura anal transversal e curvada. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branco-amarelada, com espiráculos e ápice do último segmento abdo- minal castanho-claro. Completamente glabra; lisa, exceto lados da superfície ventral do 7.°-9.° segmen- tos abdominais que são rugosos. Fronte com acha- tamento mediano, formando ligeira carena. Pronoto trapezoidal; margem posterior formando um lobo triangular largo, acima do escutelo. Escutelo grande, na região mais larga quase tão largo quanto a largura protorácica anterior; trapezoidal, arqueado lateral- mente e com ápice afilado. Pterotecas intimamente unidas ao corpo, curvadas ventralmente em volta do abdômen e se estendendo posteriormente ao 3.° segmento abdominal; l.°-4.° segmentos abdominais com 1 par de espiráculos cilíndricos e esclerotini- zados cada um; 5.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos menores e sem anel esclerotinizado. Ültimo segmento abdominal com ápice truncado, com um entalhe mediano pequeno. Tarsômeros dis- tintos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Cidade Universitária), 3 larvas e 4 adultos fixados, 2 larvas criadas até pupa e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas criadas em laboratório a partir de ovos. Alimentaram-se de folhiço e madeira em decompo- sição. Larvas de 3.° instar apresentaram período pré-pupal de 25-35 dias. As larvas constroem casulo oval, cimentando partículas do substrato, no caso areia, fibras de madeira e excrementos da própria larva. Larvas empuparam nos meses de fevereiro e março. A fase pupal durou 31 dias (uma única observação). Maiores detalhes Vanin e Costa (1984). Discussão O conhecimento das larvas de Cetoniinae neotro- picais é incipiente não possibilitando comparações. cm 1 SciELO L2 13 14 15 16 17 lí 19 20 SCARABAEIDAE 127 Inca bonplandi (Gyll., 1827) (Estampa 43, figs. 1-21; Estampa 150, figs. 4-6) Larva de 3.o instar. Comprimento: 80,0 mm. Esca- rabeiforme (fig. 1). Amarela com cabeça e pernas castanho-avermelhadas, mandíbulas negras e densa pilosidade castanho-avermelhada mais ou menos longa. Cabeça (fig. 11) hipognata, forteraente pigmen- tada e esclerotinizada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal presente, bem marcada e sulcada. Ramos frontais sinuosos, em forma de V. Fronte com pontuação lateral esparsa e 2 cerdas frontais anteriores. Cápsula cefálica com algumas manchas pequenas e oblongas castanho-escuras localizadas lateralmente; 3 cerdas dorso-epicraniais e 2 laterais de cada lado. Estemas hialinos localizados lateral- rnente próximo à área de articulação da antena. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo transverso, subtrapezoidal, com pontuação esparsa e 2 cerdas laterais. Labro (fig. 21 ) arredondado, mais estreito na base, com 3 cerdas longas marginais de cada lado e 4 distais. Epifaringe (fig. 20) arredondada com hoptomerum muito proeminente; clithra, plegmata e Pfoplegmata ausentes; acanthoparia com 9 cerdas cspiniformes curtas e 3-4 longas e delgadas; acro- Paria com 3 cerdas de cada lado; chaetoparia com niuitas cerdas espiniformes curtas de cada lado, Symnoparia muito estreita; pedium amplo; tormae separados e alargados na região mediana; laeotorma llgeiramente mais estreito que dexiotorma; cone sen- sorial bem desenvolvido e proeminente. Suturas guia- res ausentes. Antenas (fig. 6) 4 -segmentadas; l.®-3.° segmentos alongados, e levemente alargados na re- gião distai; 4.° segmento mais estreito nas extremi- dades e com pequenas áreas sensoriais membranosas oblongas dorsais e ventrais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12-16) assimétricas com área es- tridulatória ventral formada por carenas transver- sais; região látero-basal ligeiramente côncava e com várias cerdas; região dorsal com 2 cerdas curtas próximas ao ápice; com côndilo acessório e tufo de cerdas ventro-molares. Mandíbula esquerda (figs. 12 e 13) com 4 dentes incisivos dorso-mesais; mola côncava, mais proeminente na região ventro-distal; brustia presente; côndilo acessório menor que o da mandíbula direita. Mandíbula direita (figs. 15 e 16) com 2 dentes apicais e 1 mesal reduzido; mola ca- renada transvcrsalmente; brustia presente. Maxila (figs. 18, 18a e 19) com gálea e lacínia fundidas formando mala, sem vestígio de sutura. Mala com 2 uncos apicais, e uma cerda unciforme lateral e uma dorsal maior; com várias cerdas ventrais longas e muitas dorsais, mais espessas e curtas que as ven- trais. Palpos maxilares 4-segmentados. Estipe com várias cerdas dorsais e ventrais; região dorsal com uma fileira irregular com 9 dentículos estridulató- rios acuminados, unciformes e separados. Cardo di- vidido; região mais externa setosa. Justaestipe com várias cerdas. Lábio (fig. 7) com pré-mento I mais largo que longo, ligeiramente proeminente na região anterior; com 3 cerdas de cada lado e 6 medianas anteriores bem mais longas; pré-mento II transverso com muitas cerdas; pós-mento com 4 cerdas de cada lado, próximas à base. Palpos labiais 2-segmenta- dos. Hipofaringe (fig. 8) : região anterior com muitas cerdas de tamanho variado; região mediana basal, próxima ao escleroma mais elevada e com cerdas curtas. Escleroma hipofaríngeo (figs. 9 e 10) com 2 proeminências laterais arredondadas com cerdas na margem distai e 1 dente bem desenvolvido ante- rior direito. Protórax com lobo único dorsal e uma área hexagonal lateral glabra; região lateral com 1 par de espiráculos em posição inversa aos abdomi- nais. Meso- e metatórax com 3 pregas cada um. Pernas (fig. 4) aumentando ligeiramente de tama- nho das anteriores para as posteriores; muito pilosas com coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo; tar- súngulo (fig. 4a) com 2 cerdas basais. Abdômen 10-segmentado; l.o-6.° segmentos com 3 pregas dor- sais; 7.° e 8.° com 2 pregas cada um; l.°-8.° seg- mentos com 1 par de espiráculos cribriformes (fig. 5) cada um; 9.° segmento alongado; 10.° com ápice arredondado. Raster (fig. 17) sem palidia; íeges irregular, com muitas cerdas longas lateralmente e curtas na região mediana; lobo anal superior com cerdas longas. Pupa (Estampa 43, fig. 2; Estampa 150, figs. 4- 6) . Adéctica e exarata. Castanho-avermelhada, gla- bra e lisa. Cabeça estreita, levemente tuberculada e parciahnente visível de cima. Pronoto alargado pró- ximo à base e com 3 depressões discais; ligeiramen- te estriado próximo à margem basal. Espiráculos do l.° segmento encoberto em vista dorsal. 2.°-4.° seg- mentos abdominais com 1 par de espiráculos anula- res esclerotinizados e bem visíveis; 5.°-6.° com es- piráculos menores e não esclerotinizados. Região mediana dorsal do abdômen com 1 par de órgãos dioneiformes entre os segmentos 1/2, 2/3, 3/4, 4/5 e 5/6; apenas o l.° par é fortemente escleroti- nizado. Apice do abdômen gradualmente estreitado e com algumas estrias longitudinais marginais. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo, 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 9 larvas 128 BYRRHIDAE BUPRESTIDAE fixadas, 3 larvas criadas até pupa e 3 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em grande quantidade em estipe de palmeira caída, cm adiantado estado de decom- posição, no interior sombreado da mata. Quando incomodadas as larvas enrolam-se e permanecem imóveis por tempo bastante longo. Poucos exempla- res foram criados ate adulto, ocorrendo grande mor- talidade na fase larval, em laboratório. Larvas em- puparam de outubro a dezembro. O período pupal durou 26-30 dias (3 observações) e o período de larva madura para pupa, 25 dias (1 observação). Discussão Esta é a segunda espécie de Inca descrita. Muito semelhante à larva de I. clathrata sommeri Westwood, estudada por Morón (1983), diferindo principalmente quanto à detalhes de quetotaxia da cápsula cefálica, labro e epifaringe. Alguns caracteres salientados por Morón (l.c.) são compartilhados por I. bonplandi e talvez tenham importância sistemática para caracterização do gê- nero; segmento distai da antena com grande número de áreas sensoriais dorsais; ausência de cerdas espi- niformes na região do haptomerum; espiráculos com bordo externo esclerotinizado; pilosidade do corpo densa e uniforme. 31. Byrrhoidea — BYRRHIDAE Esta superfamília compreende apenas a família Byrrhidae, que é quase restrita às zonas temperadas dos hemisférios Norte e Sul e possui cerca de 28 gêneros e 300 espécies. No Brasil ocorre o único gê- nero que se encontra em zona tropical e uma só espécie: Syncalypta striaía Pic, 1922. Os adultos possuem corpo oval alongado, geral mente pequenos (1,5-10 mm), fortemente convexos dorsalmente. A fórmula tarsal é 5-5-5 ou 4-4-4, com artículo ter- ceiro às vezes lamelado e artículo quarto, reduzido. Larva de 2 tipos distintos: oval e achatada, com tergitos fortemente esclerotinizados e 9.° segmento curto; ou subcilíndrica e pouco esclerotinizada (me- lolontóide), com 9.° tergito grande e freqüentemcnte modificado. Cabeça com sutura coronal distinta; su- tura frontal característica, formando ângulo agudo. Labro livre. Cabeça com 5 ou 6 estemas de cada lado. Mandíbulas sem mola ou prosteca articulada, mas com lobo basal setoso. Maxilas apresentam la- cínia bem desenvolvida, gálea palpiforme, e área de articulação grande. Lábio com pré-mento, mento e submento; placa guiar distinta. Carenas hipocefáli- cas bem desenvolvidas. 9.° tergito desprovido de urogonfos ou opérculo. Espiráculos bíforos. sem es- truturas de fechamento. Tarsúngulo bissetoso. Larvas ocorrem geralmente no solo e alimentam- se de musgos, hepáticas, líquens e raízes. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Le Sage, 1983. 32 . Buprestoidea — BUPRESTIDAE (Estampas 44-45) Ê a única família desta superfamília e inclui os Schizopodidae. Compreende cerca de 400 gêneros e 15.000 espécies geralmente distribuídas em 5 sub- famílias. No Brasil ocorrem aproximadamente 68 gêneros e 1.459 espécies. Larvas alongadas, pouco esclerotinizadas com ex- ceção das peças bucais e mais raramente da extre- midade abdominal. Labro livre. Cabeça em geral sem estemas, mas podendo ocasionalmente ocorrer 1 ou raramente 3 de cada lado. Antenas 3-segmen- tadas, com segmento distai reduzido e embutido no 2° segmento. Mandíbulas sem mola e prosteca. Ma- xilas com mala articulada ou não, 1-segmentada e palpos maxilares 2-segmentados. Palpos labiais ves- tigiais. Protórax grande, alargado, deprimido. Per- nas ausentes. Abdômen com 10 segmentos; 9P segmento sem urogonfos ou opérculo; 10.° segmen- to ocasionalmente com processos pares. Espiráculos em geral cribriformes, raramente bíforos. Larvas fitófagas, alimentam-se de tecido vegetal vivo ou morto. Podem ser encontradas sob a casca de árvores, em ramos, nas raízes de árvores e ar- bustos, e caules de plantas herbáceas. As galerias que perfuram nos galhos e troncos são característi- cas, de contorno elíptico e bem achatadas, confor- mação que se relaciona com o formato do protórax da larva. Algumas espécies são minadoras e outras são cecidógenas. Várias brocas caulinares apresen- tam importância econômica. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Burke, 1917; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1953; Peterson, 1960; Schaefer, 1947. BUPRESTIDAE 129 Chalcophorini Euchrotna gigantea Lineu, 1758 (Estampa 44, figs. 1-19) Larva madura. Comprimento: 105,0 mm; largura tio prolórax: 14,0 mm; largura do l.° segmento ab- tlominal: 6,0 mm. Ortossomática (fig. 1); protórax tlclgado e deprimido. Ligeiramente amarelada com fpice da cabeça negro; uma placa no pronoto e uma no prosterno esclerotinizadas. Cabeça (figs. 2-3) prognata, muito reduzida, le- vemente pigmentada, fortemente esclerotinizada, de- primida e retraída no tórax. Sutura epicranial pre- sente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de V aberto. Endocarena prolongada adiante tia sutura coronal, atingindo o bordo proximal do elípeo. Clípeo transversal cerca de 6 vezes mais lar- 80 que longo; margem anterior não serrilhada for- mando 2 pequenas projeções medianas e 2 laterais. Lossetas clipeais conspícuas separadas por distância tle cerca de 1/10 a largura do clípeo. Estemas au- sentes. Labro (fig. 11) livre, simétrico, transverso, levemente pigmentado, emarginado anteriormente; sngulos anteriores com tufo de cerdas curtas; região mediana basal com área mais esclerotinizada em forma de U com 1 cerda em cada extremidade; com eerdas próximas aos ângulos anteriores. Epifaringe (fig. 10) com cerdas curtas densamente distribuídas anteriormente e em 2 fileiras longitudinais laterais; ângulos anteriores com 1 tufo de cerdas curtas e 2 oerdas longas de cada lado. Região guiar obliterada (fiS- 3); gula representada por faixa esclerotiniza- da, estreita e alongada. Antenas (fig. 5) 3-segmen- ladas; l.° segmento largo com 1 tufo de cerdas cúr- ias látero-apical; 2.° segmento alongado, unissetoso, com depressão apical onde se insere o 3.° segmento, diminuto e 3 espículos sensoriais. Peças bucais re- traídas. Mandíbulas (figs. 12-15) móveis, simétri- cas, tetragonais, 4-denteadas sendo o dente apical maior que os demais; com 2 pequenas cerdas dorso- basais e 1 depressão longitudinal subapical ventral; prosteca ausente; mola ligeiramente côncava. Maxi- las (figs. 8 e 9) curtas, pouco móveis; mala palpifor- me, articulada, sem unco e com tufo de cerdas api- cais. Palpífero ausente. Palpos maxilares 2-segmen- tados; l.° segmento 3 vezes mais longo que o 2.° e com 2 cerdas apicais; 2.° segmento cônico. Estipe e cardo fundidos, fracamente esclerotinizado; super- fície dorsal com região anterior densamente coberta por cerdas muito curtas e 1 cerda lateral longa; su- perfície ventral com 2 cerdas longas c cerdas meno- res na parte anterior. Área de articulação maxilar bem desenvolvida. Lábio (fig. 16) fracamente es- clerotinizado e quadrangular; lígula fundida ao pré- -mento, com 2 protuberâncias setosas; pós-mento com 2 cerdas e fundido ao cardo. Palpos labiais in- conspícuos e 1 -segmentados. Hipofaringe (fig. 17) coberta, exceto no meio, por cerdas curtas. Cada seg- mento torácico com 2 pseudo-segmentos distintos. Protórax mais largo que meso- e metatórax. Placa dorsal do protórax subcircular e com espículos e 1 marca mediana em forma de V invertido. Área cer- vical com membrana eversível. Órgão cordotonal (fig. 4) lateral no protórax. Pernas ausentes. Espi- ráculos (figs. 6 e 7) proeminentes, cribriformes, distintamente reniformes, localizados latcralmente, 1 par no mesotórax e 8 pares na região dorso lateral anterior dos segmentos abdominais l.°-8.°. Espirá- culos abdominais menores que os torácicos. Abdô- men cilíndrico, cada segmento com 3 pseudo-seg- mentos e margens laterais com saliências arredon- dadas; fracamente esclerotinizado, finamente pubes- cente, sem espículos. Décimo segmento abdominal arredondado. Abertura anal dorso-ventral entre 2 lobos. Pupa (fig. 18). Adéctica e exarata. Ligeiramente amarelada com cabeça visível dorsalmente. Pronoto subtrapezoidal; mesonoto mais curto que o metano- to. Primeiro segmento abdominal com 1 protuberân- cia arredondada próxima à região mediana dorsal. Abdômen com 6 pares de espiráculos dorsais, elípti- cos e proeminentes. Órgãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 15-17. xii. 1980, Exp. MZUSP col., 1 larva, 1 pré- pupa, 1 pupa e 2 adultos fixados; 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pré-pupas e adultos foram coletados em um mesmo tronco, semiapodrecido. O diâmetro do tronco variava entre 35-40 cm; as galerias não apre- sentavam orientação definida. As larvas foram en- contradas profundamente na madeira macia; as pre-pupas foram encontradas em câmaras pupais. Neste tronco também foram coletadas larvas e adul- tos de Passalidae. No estado pré-pupal a larva torna-se imóvel e so- fre um pronunciado espessamento e encurtamento, antes de empupar (Costa e Vanin, 1984). Discussão Larvas de Chalcophorini são muito pouco conhe- cidas, não permitindo uma comparação adequada. cm i SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 130 BUPRESTIDAE Agrilaxia sp. (Estampa 45, figs. 1-11) Larva madura. Comprimento: 14,0 mm; largura do protórax: 2,5 mm; largura do l.° segmento abdo- minal: 1,6 mm. Ortossomática (fig. 1), ligeiramente deprimida, branca com peças bucais escuras; total- mente coberta por cerdas finas e curtas. Cabeça (figs. 6 e 1 1 ) prognata, muito retraída no protórax, membranosa, exceto mandíbulas, clípeo e região junto à sutura coronal. Sutura epicranial presente, sutura coronal curta, ramos da sutura frontal em forma de V aberto. Endocarena mediana prolongada adiante da sutura coronal e atingindo a margem proximal do clípeo. Clípeo transversal, margem anterior não serrilhada, sinuosa, fossetas clipeais pouco marcadas. Estemas ausentes. Labro (fig. 5) membranoso, com ângulos anteriores arre- dondados, mais estreito na base; com área escleroti- nizada em forma de U próxima à base; com 3 pares de cerdas e 1 par de botões sensoriais. Epifaringe (fig. 8) com ângulos anteriores cobertos por cerdas longas e 2 áreas longitudinais próximas à região mediana cobertas por cerdas curtas; com área fraca- mente esclerotinizada, em forma de U invertido, pró- xima à margem anterior e 2 áreas convergentes próximas à base. Região guiar obliterada, gula re- presentada por faixa esclerotinizada estreita e alon- gada. Antenas (fig. 10) 3-segmentadas; l.° seg- mento muito espesso e com cerdas látero-apicais, 2.° segmento mais curto e mais delgado, com de- pressão distai onde se aloja o 3.° segmento diminu- to, e com muitas cerdas longas no ápice. Peças bu- cais retraídas. Mandíbulas (fig. 4) curtas, robustas, pouco mais longas que largas, simétricas, com gran- de concavidade na região mesal. Maxilas (fig. 9) curtas; mala larga, com reforço esclerotinizado láte- ro-ventral, com face dorsal com revestimento denso de cerdas espatuladas; ápice com algumas cerdas longas e delgadas. Palpífero ausente. Palpos maxi- lares curtos, 2-segmentados; l.° segmento mais es- pesso que o 2.0 e com coroa mediana de espinhos curtos. Estipe e cardo separados; estipe mais ou menos esclerotinizado, alongado com espinhos na face dorsal, mais longo e delgado na margem ex- terna próxima ao palpo. Cardos membranosos, trans- versais e com 2 cerdas e 1 botão sensorial, ventrais de cada lado. Lábio (fig. 7) pouco esclerotinizado, mais ou menos retangular, com lígula arredondada fundida ao pré-mento, com 2 protuberâncias arre- dondadas pouco marcadas; pós-mento não fundido ao cardo e com 2 cerdas longas próximas à margem anterior. Palpos labiais inconspícuos, 1 -segmenta- dos, com 1 cerda longa látero-apical, 1 cerda sub- basal e 4 botões sensoriais. Hipofaringe (fig. 9) com 2 faixas laterais com cerdas curtas, densas, di- rigidas para o meio. Protórax (figs. 6 e 11) grande, subquadrangular, com 3 pseudo-segmentos; região ventral com 2 depressões convergentes partindo da base; região dorsal com 2 sulcos rasos bem marca- dos em forma de V invertido. Mesotórax mais curto que o protórax, com 2 pseudo-segmentos e saliên- cias laterais circulares; com 1 par de espiráculos cribriformes e laterais. Metatórax ligeiramente mais longo que o mesotórax, com 2 pseudo-segmentos; com 1 ampola dorsal e 1 ventral de cada lado, além de saliências circulares laterais. Pernas ausentes. Abdômen mais estreito que o tórax, com 10 segmen- tos visíveis de cima, com constrição entre os seg- mentos; 1.0-8.° segmentos sem ampolas ambulató- rias e com 1 par de espiráculos laterais, menores que o do mesotórax. 10.° segmento muito pequeno, desprovido de apêndices. Abertura anal apical e lon- gitudinal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branco-leitosa e glabra. Cabeça larga, visível de cima. Pronoto sub- quadrangular. Abdômen com metade apical gradual- mente afilada. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 24-26.xi.1984, Exp. MZUSP col., 2 larvas, 2 pupas e 26 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos foram coletados subcor- ticalmente em tronco apodrecido, com aproximada- mente 15 cm de diâmetro, ainda em pé, numa bai- xada úmida. Discussão Pela chave de identificação de larvas de Bupres- tidae Burke (1917) e Schaefer (1947), a larva de Agrilaxia sai juntamente com a de Anthaxia. Essas larvas são muito semelhantes concordando princi- palmente quanto às ampolas dorsais e ventrais do metatórax, e presença do sulco em forma de V in- vertido do pronoto. Dryopoidea Esta superfamília compreende 10 famílias: Euli- chadidae, Callirhipidae, Ptilodactylidae, Chelonarii- CALLIRHIPIDAE 131 dae, Heteroceridae, Limnichidae, Lutrochidae, Dryo- pidae, Elminthidae e Psephenidae. Com exceção de Eulichadidae, todas as demais famílias ocorrem no Brasil. Larvas freqüentemente aquáticas. Cabeça em ge- ral com sutura epicranial em forma de Y e sutura fronto-clipeal presente. Antenas geralmente 3-seg- nientadas; segmento distai reduzido. Labro livre. Mandíbulas não canaliculadas ou perfuradas, sem mola mas freqüentemente com prosteca setosa e ar- ticulada, ou penicilo. Maxilas com gálea palpiforme ® geralmente com área de articulação reduzida. Tar- súngulo quase sempre unissetoso. Brânquias abdomi- nais às vezes presente. 9.® segmento abdominal ra- ramente provido de urogonfos fixos; às vezes ocorre nm opérculo fechando a câmara cloacal, que pode conter 3 tufos de brânquias. Região anal às vezes com 2 ou mais papilas ou 1 ou mais pares de gan- chos. Espiráculos em geral bíforos, sem estruturas de fechamento; espiráculos ocasionalmente cribriformes. modificados ou não funcionais. Referências: Bertrand, 1972; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 33 . CALLIRHIPIDAE (Estampa 46) Esta família contém cerca de 8 gêneros e 150 es- pécies de distribuição mundial. No Brasil ocorre o gênero Callirhipis com 11 espécies. Larvas alongadas, cilíndricas e fortemente escle- rotinizadas. Cabeça globular, sutura coronal longa; estemas ausentes. Antenas 1-2 segmentadas. Mandí- bulas robustas, palmadas, sem prosteca ou pincel de pêlos. Área de articulação maxilar bastante reduzi- da; submento e parte basal do mento obliterados, de tal forma que estipes e cardos tocam-se na linha mediana. Pernas muito curtas, com segmentos redu- zidos, mas 5-segmentadas, incluindo tarsúngulo. 9.° tergito abdominal formando opérculo articulado dorsalmente, sem ganchos, brânquias ou papilas. Es- piráculos bíforos. Larvas xilófagas, escavam galerias longas e cilín- dricas em madeira morta. Referências: Costa e Vanin, 1985; Lawrence, 1982. Callirhipis goryi Castelnau, 1834 (Estampa 46, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 45,0 mm; iargura do protórax: 4,0-5,0 mm. Cilíndrica (fig. 1), amarela- da ou castanho-avermelhada com faixas transversais mais escuras; superfície dorsal da cabeça e l.° seg- mento torácico castanho-cscuro; superfície ventral dos segmentos torácicos e pernas mais escuros. Cabeça hipognata, fortemente pigmentada, forte- mente esclerotinizada, parcialmente retraída no tó- rax, densamente pontuada e com várias cerdas curtas. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ramos frontais em forma de Y. Estemas ausentes. Labro (fig. 6) livre, transverso; margem anterior bilobada; com 4 pares de cerdas basais espessas e 1 em cada ângulo anterior. Epifaringe (fig. 7) cônca- va; região mediana plana; com fileira semicircular de cerdas longas e espessas partindo de cada ângulo anterior e voltadas para dentro. Gula bem desenvol- vida, com 2 suturas guiares. Antenas (fig. 5) muito curtas e 2-segmentadas; l.° segmento curto; IP seg- mento o dobro do comprimento do l.° e com 1 apêndice sensorial muito pequeno com 1 cerda api- cal. Peças bucais retraídas. Mandíbulas (figs. 2-4) móveis, simétricas, palmadas, com ápice tridenteado e com 2 dentes, 1 na superfície ventral e outro na margem dorsal; região mesal côncava, semelhante a colher; áreas de articulação formadas por 2 côndi- los ventrais e 1 acetábulo dorsal. Maxila e lábio (fig. 8) formando uma unidade compacta. Maxila larga, com mala arredondada, articulada ao estipe, com pequena projeção interna marginada apicalmente por cerdas longas. Palpífero membranoso mais vi- sível na face dorsal. Palpos maxilares curtos e 4- segmentados; 1.® segmento o mais largo e com 1 cerda longa; 2.® segmento quase tão longo quanto largo; 3.® segmento transversal e o distai, menor que os anteriores. Estipe largo, com várias cerdas; cardo curto e transverso. Área de articulação maxilar bem reduzida. Lábio com pré-mento transverso, com 2 cerdas; submento triangular, não atingindo a base do estipe e com 1 par de cerdas; lígula quadrangular, bem esclerotinizada. Palpos labiais 2-segmentados; 1.® segmento subglobular e 2.® muito pequeno. Tó- rax ligeiramente mais largo que a cabeça; região dorsal com micro-granulações decrescendo em nú- mero do 1.® ao 3.® segmento; com 1 faixa transver- sa, castanha e estriada, localizada posteriormente. Um par de espiráculos bíforos localizados lateral- mente no mesotórax. Pernas (fig. la) muito curtas, iguais entre si e com coxa, trocânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo com 2 cerdas. Abdômen cilíndrico, com 9 segmentos; tergitos, pleuritos e esternitos fundidos cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 132 CALLIRHIPIDAE PTILODACTYLIDAE para formar o cilindro; l.*^-7.° segmentos finamente pontuados com algumas cerdas curtas e 1 impressão transversal, próxima à margem anterior dorsal; IP tergito com 1 par de fóveas profundas; 8.° tergito com um sulco estriado oblíquo de cada lado, for- mando um ângulo de cerca de 80® e 1 par de pe- quenos espinhos na margem posterior; 9.® segmento escurecido, operculado, convexo, fortemente pon- tuado e com várias cerdas curtas. Extremidade posterior do corpo truncada; superfície densa e for- temente pontuada, com cerdas curtas e 2 pequenos tubérculos localizados posteriormente. Abertura anal transversalmente curva. Primeiro a 8.® segmen- tos abdominais com 1 par de espiráculos bíforos, iguais em tamanho. Pupa (fig. 11). Adéctica e exarata. Alongada e amarelada. Fronte, pronoto e tergitos abdominais cobertos por numerosos espículos setíferos. Órgãos dioneiformes ausentes. Abdômen alongado e delga- do; 9.® segmento operculado e oblíquo. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 29.vi.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 22-25.ix.l982, Exp. DZUSP col., 12 lar- vas fixadas e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos As larvas da “Estação Biológica de Boracéia” fo- ram coletadas em troncos duros de Lauraceae, pro- vavelmente dos gêneros Necíranda ou Ocotea. Discussão Na descrição original da larva de Callirhipis goryi (Costa e Vanin, 1985) é afirmado que o palpo ma- xilar é 3-segmentado e articulado a um palpífero palpiforme. Revisando o material constatamos que o palpífero, apenas evidente em vista dorsal, é mem- branoso, e o palpo maxilar é 4-segmentado. A área de articulação maxilar foi considerada bem desen- volvida quando é na realidade pouco desenvolvida. 34. PTILODACTYLIDAE (Estampa 47) Família com cerca de 35 gêneros e 300 espécies, distribuídas em todo o mundo principalmente nos trópicos. No Brasil ocorrem aproximadamente 4 gê- neros e 25 espécies. Larvas alongadas, margens laterais subparalelas, cilíndricas ou ligeiramente achatadas, às vezes cur- vadas posteriormente. Sutura coronal muito curta ou ausente. Labro e clípeo distintos. Antenas relativa- mente longas, 3-segmentadas. Cabeça com grupo compacto de 5-6 estemas de cada lado; abaixo de cada estema um grupo de 5 manchas pigmentadas. Mandíbulas simétricas; ápice mandibular tridentea- do; mola ausente; com prosteca ou penicilo. Área de articulação maxilar bem desenvolvida mas fre- qüentemente escondida pela expansão do mento. Gálea e lacínia distintas. Lígula presente; palpos la- biais 2-segmentados. 9.® tergito convexo ou cônca- vo, às vezes com 2 dentes pequenos no ápice. 10.® segmento com 1 par de lobos anais cada um provido de vários ganchos; papilas anais às vezes presentes. Espiráculos bíforos. Larvas saprófagas, encontradas em folhiço, ma- deira apodrecida, acúmulos de matéria vegetal úmida em decomposição, detritos acumulados nas margens de riachos. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Spilman, 1961. Ptilodactyla sp. (Estampa 47, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 16,0 mm; largura do protórax: 1,5 mm. Elateriforme com cabeça casta- nho-avermelhada; prostemo, tergitos torácicos e 1.®- 8.® abdominais, esclerotinizados e castanho-escuros; pernas anteriores castanho-claras; pernas médias e posteriores, região ventral dos segmentos torácicos e do l.®-9.° segmentos abdominais e 10.® segmento abdominal, membranosos e ligeiramente amarelados (figs. 1-3). Cabeça prognata (figs. 4 e 5), fortemente pig- mentada e esclerotinizada; ligeiramente deprimida, pouco mais estreita que o tórax e bastante pilosa. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de U, sinuosos, com as extremidadas anteriores atingindo a base das ante- nas. Fronte com 2 pares de cerdas. Grupo compacto de 5-6 estemas localizado lateralmente próximo à base de cada antena. Clípeo largo e curto com vá- rias cerdas. Labro (fig. 5a) livre, transverso, com ângulos anteriores arredondados e 1 dente localiza- do internamente a cada ângulo; vários pontos sen- soriais e 2 pares de cerdas longas. Epifaringe (fig. 7) com faixa estreita na região anterior e 1 área an- gular de cada lado, esclerotinizada; com 2 pontos cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 PTILODACTYLIDAE - CHELONARIIDAE 133 sensoriais próximos à região anterior; ângulos ante- riores com 5 cerdas longas de cada lado. Sutura guiar simples, reta, atingindo aproximadamente me- tade do comprimento da cápsula cefálica. Gula au- sente. Carena hipocefálica levemente convergente para trás, com comprimento quase igual ao das an- tenas. Antenas (fig. 11) 3-segmentadas; l.° seg- mento longo; 2.° segmento aproximadamente do mesmo comprimento mas mais delgado que o l.° e com cone sensorial lateral externo no ápice, ligeira- mente mais curto que o segmento apical; 3.° seg- mento curto e delgado. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 8-10) móveis, simétricas, com ápice tridenteado, sendo o dente mediano maior; com 1 cerda longa na margem lateral externa, pró- xima à base; região mesal côncava, com prosteca cilíndrica provida de tufo de cerdas no ápice. Ma- xila (fig. 6) curta, esclerotinizada, com gálea arti- culada e 2-segmentada; l.° segmento espesso com 3 cerdas látero-apicais longas; 2.° segmento curto e delgado, com cerdas curtas no ápice. Lacínia arti- culada, com margem lateral coberta por cerdas es- pessas. Palpífero presente. Palpos maxilares 4-seg- mentados. Estipe pouco mais longo que largo, com 2 cerdas longas e 1 mais curta na margem externa ventral. Cardo bem desenvolvido, subtriangular com 1 cerda curta. Lábio (fig. 4a) esclerotinizado, com pré-mento curto, com 1 par de cerdas longas; mento uiuito largo, com margens laterais arredondadas e basal recortada; com 1 par de cerdas longas; sub- tnento curto, subtriangular. Lígula arredondada com cerdas no ápice. Palpos labiais 2-segmentados. Pro- tórax de comprimento igual ao do meso- e metató- rax juntos; pronoto com região discai esclerotinizada e 3 fileiras de cerdas longas, uma anterior, uma me- diana e uma posterior. Meso- e metatórax aproxi- madamente iguais em comprimento, esclerotiniza- dos, com faixa basal niembranosa e 2 fileiras trans- versais de cerdas longas, 1 anterior e 1 posterior. Mesotórax com 1 par de espiráculos bíforos e 1 par de glândulas eversíveis localizadas lateralmente. Per- nas (fig. 12) anteriores mais robustas e mais escle- rotinizadas que as demais. Coxa da perna anterior grossa e com algumas cerdas curtas; coxas das per- nas médias e posteriores longas, com várias cerdas longas e delgadas; trocânter curto, com cerdas es- pessas e delgadas, de comprimento variado; fêmur alongado, com muitas cerdas espessas e curtas; tíbia mais curta que o fêmur, com muitas cerdas espessas c curtas e algumas cerdas delgadas; tarsúngulo com 1 cerda basal. Abdômen cilíndrico, da mesma lar- gura do tórax; l.°-9.° tergitos esclerotinizados, com 1 faixa membranosa dorsal e 2 fileiras transversais ôe cerdas; região ventral membranosa com muitas cerdas; l.°-8.“ segmentos com 1 par de espiráculos bíforos, aproximadamente de mesmo tamanho, loca- lizados lateralmente; 8.° segmento com 1 par de vesículas eversíveis laterais, posteriores ao espirácu- lo; 9.° segmento convexo dorsalmente encobrindo o 10."; 10." segmento ventral, cônico, membranoso com muitas cerdas; ápice com 2 prolongamentos dorsais (fig. 3a) alongados e achatados, com cerdas espessas no ápice. Abertura anal longitudinal entre 2 lobos no ápice do 10." segmento. Pupa (fig. 13). Adéctica e exarata. Ligeiramente amarelada. Cabeça invisível dorsalmente. Pronoto trapezoidal, muito alargado na base, com 1 prolon- gamento longo em cada ângulo. Mesonoto mais cur- to que o metanoto. Abdômen com 1 órgão dionei- forme dorsal e grande entre o 1." e 2." segmentos; 2."-8.° segmentos com 1 fileira marginal, látero-pos- terior de cerdas; 9." segmento com ápice bifurcado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20-22.iv. 1982, Exp. MZUSP col., 7 larvas, 2 pupas e 2 adultos com as últimas exúvias fixados (MZUSP); ibidem. 11- 13.iv.1983, Exp. MZUSP col., 21 larvas e 13 adul- tos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos encontrados em detritos vegetais acumulados no interior de bromélias de dentro da mata. 35. CHELONARIIDAE (Estampa 48) Família com dois gêneros e cerca de 300 espécies distribuídas pela Ásia, Austrália e região Neotropi- cal. No Brasil ocorre o gênero Chelonarium com aproximadamente 12 espécies. Larvas alongadas e subcilíndricas, afiladas gra- dualmente para a extremidade posterior; tegumento dorsal apresentando tufos de cerdas longas, geral- mente cobertas com detritos. Cabeça subglobular; sutura coronal curta; 1 estema grande de cada lado. Antenas curtas. Mandíbulas com 3 ou 4 dentes api- cais, perpendiculares ao plano de movimentação; prosteca ausente. Área de articulação maxilar redu- zida, sem suturas entre maxilas e lábio. Espiráculos ondulados, situados em projeções laterais. 9." seg- mento abdominal com tergito deprimido e opérculo articulado ventralmente; sem brânquias anais, gan- chos ou papilas. cm i .SciELO. 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 134 CHELONARIIDAE Larvas com hábitos poucos conhecidos, provavel- mente saprófagas, tendo sido encontradas em panelas de lixo de formigueiros, nos detritos acumulados em bromélias, ou entre as raízes de orquídeas. Spangler (1980) menciona possível mirmecofilia, com sus- peita de predação sobre larvas de formigas. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lenko, 1967; Spangler, 1980. Chelonarium sp. (Estampa 48, figs. 1-11) Larva. Comprimento: 16,0 mm; maior largura do protórax: 2,0 mm. Subcilíndrica, castanho-escura e muito esclerotinizada (figs. 1 e 2). Corpo coberto por cerdas escamiformes (figs. la e Ib), com algu- mas cerdas espatuladas longas e grossas, dando-lhe aspecto rugoso. Cabeça (fig. 3) prognata, fortemente pigmentada e esclerotinizada, ligeiramente deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta, com cerca de 1 /4 do comprimento da cápsula cefálica. Ramos frontais em forma de V e fortemente sinuosos. Um estema grande e circular lateral, atrás da base das antenas. Área fronto-clipeal (fig. 3) com muitas cerdas pilosas curtas além de 1 par de cerdas pilosas longas na região mediana, 2 pares nos ângulos ante- riores e 1 fileira transversal, de tamanho moderado, próxima à margem anterior; com áreas circulares lisas, 2 no vértice da sutura frontal e 5 pares próxi- mos à base das antenas; margem anterior com pon- tuação grossa. Labro (fig. 7) livre, transverso, com ângulos anteriores arredondados; com faixa margi- nal mais esclerotinizada e com muitas cerdas pilosas robustas de tamanhos variados sendo mais longas próximas à margem anterior. Epifaringe (fig. 5) mais esclerotinizada lateralmente e em área semicir- cular na margem anterior; com 3 pares de cerdas espatuladas longas, partindo do ângulo anterior e se dirigindo internamente; com 2 áreas laterais cober- tas de cerdas finas e curtas, localizadas internamente às placas esclerotinizadas laterais; região mediana com muitos pontos sensoriais e abaixo desses, 2 áreas triangulares com pequenos espinhos. Região guiar fundida com a cápsula cefálica, exceto na base onde aparecem 2 suturas diminutas e aproximadas. Antenas (fig. 4) 3-segmentadas; l.° segmento trans- versal; 2.° segmento curto e mais delgado que o l.°; 2.® segmento com 1 cerda lateral muito longa e um apêndice sensorial membranoso com pequenas man- chas esclerotinizadas, ligeiramente mais curto que a cerda; 3.® segmento delgado, mais curto que o apên- dice sensorial e com 2 papilas sensoriais apicais. An- tenífero membranoso com granulações esclerotini- zadas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 6 e 8) móveis, simétricas, robustas, com ápice triden- teado; região mesal côncava; margem lateral com 3 cerdas. Maxila (figs. 10 e 11) subquadrangular, com estipes e cardos fundidos ao pós-mento. Gálea articulada, palpiforme e 2-segmentada; 1.® segmento espesso, com 2 cerdas espatuladas na região mesal e 2 na margem lateral próxima ao ápice; 2.® seg- mento subcilíndrico e delgado, com um apêndice cônico no ápice. Lacínia (fig. 11) formando lobo pouco saliente, com 4 cerdas espatuladas. Palpífero membranoso, com granulações esclerotinizadas e microespinhos ventrais. Palpos maxilares 4-segmen- tados; segmentos curtos, subcilíndricos, decrescem de tamanho do 1.® ao 3.°; 4.® segmento alongado, com papilas sensoriais no ápice. Estipes fundidos entre si e com o pós-mento; com muitas cerdas de tamanhos variados, sendo 3 pares anteriores muito longos. Cardos fundidos entre si; largo e curto, com 1 par de cerdas. Lábio (fig. 10) encaixado entre as gáleas e sobre as lacínias. Pré-mento sub-retangular, membranoso, com 1 par de cerdas pilosas longas. Lígula arredondada e coberta de pequenos espinhos; com 2 espinhos apicais maiores. Palpos labiais 2- segmentados; 2.® segmento menor e com papilas sensoriais no ápice. Hipofaringe (fig. 11) com região mediana anterior coberta por espinhos curtos, for- mando uma área em forma de U invertido; com 2 cerdas espessas e curtas próximas à região mediana; região entre os braços do U coberta por microtrí- quias. Protórax subtrapezoidal com constrição no 1 /3 anterior; com faixa transversal basal sem cerdas; marginado anterior e lateralmente por cerdas espa- tuladas e robustas; com fileira transversal de cerdas espatuladas curtas e longas próximas à base. Pronoto com 7 áreas glabras. Meso- e metatórax mais curtos que o protórax; com faixa transversal glabra próxi- ma à base; marginados lateralmente por cerdas es- patuladas longas; com fileira transversal de cerdas espatuladas longas e curtas próximas à base; com várias áreas glabras e 2 tufos látero-anteriores de cerdas espatuladas mais longas. Mesotórax com 1 par de espiráculos bíforos (fig. 2a), localizado em protu- berância látero-anterior. Pernas (fig. 9) subcilíndri- cas, aproximadamente do mesmo tamanho, esclero- tínizadas e com muitas cerdas pilosas de tamanho variado; área membranosa com granulações escle- rotinizadas. Coxa espessa e curta; trocânter triangu- lar; fêmur espesso; tíbia mais curta e delgada que o fêmur; tarsúngulo espesso e sem cerdas. Abdômen cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHELONARIIDAE - HETEROCERIDAE - LIMNICHIDAE 135 (figs. 1 e 2) com 9 segmentos visíveis de cima; li- geiramente estreitado da base para o ápice. Segmen- tos abdominais com faixa basal glabra antecedida por fileira de cerdas espatuladas curtas e longas; região dorsal com elevação lateral com tufo de cer- das; com várias áreas glabras de forma elíptica e tamanho variado; segmentos com 1 par de espiráculos bíforos localizados lateralmente em uma protuberância; 9.° segmento alongado, com ápice recortado com 4 feixes de cerdas; 10.° segmento re- duzido, ventral, achatado e arredondado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Casa Grande), 10.ix.l975, M.G. Lima col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem (Estação Biológica de Boracéia). sem data, Exp. MZUSP col., 1 exúvia larval fixada (MZUSP). Sem localidade, 1 larva fi- xada (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em detritos acumulados dentro de bromélias no interior da mata. Discussão Larvas desta família são muito pouco conhecidas. Boving (1929) figurou a larva de Chelonarium sp. e teceu considerações sobre a larva de Chelonarium l^contei Thomson dos Estados Unidos. Posterior- ciente Boving e Craighead (1931) figuraram a larva de Chelonarium sp., sem citar localidade, embora a ciaioria das figuras sejam as mesmas do trabalho de 1929. Lenko (1967) apresenta dados bionômicos de C. semivestitum Méqu., cujas larvas foram coletadas em ninhos da formiga Camponotus rufipes em Ba- rueri (SP). Apresenta fotografias das larvas e da Pupa presa à última exúvia larval. Entretanto, não apresenta descrição formal da larva. Infelizmente, apenas os adultos C. semivestitum, coletados por Lenko foram localizados na coleção do MZUSP. Spangler (1980) descreveu e figurou a larva de Chelonarium sp. de Porto Rico. A larva de Chelonarium sp. aqui descrita é bas- tante semelhante às demais arroladas acima. Deve ser salientada a diferença em relação à re- gião guiar, que na espécie figurada por Spangler {I.C.: 108, fig. 3) possui suturas guiares bem eviden- tes e em forma de Y. Na espécie por nós estudada 3a), a região guiar é fundida com a cápsula eefálica, exceto na base onde aparecem 2 suturas diminutas e aproximadas. Além disso, as suturas hi- Pocefálicas são bem evidentes. 36. HETEROCERIDAE Famflia com cerca de 15 gêneros e 300 espécies. São encontrados em todas as partes do mundo, ex- ceto N. Zelândia. No Brasil ocorre o gênero Hetero- cerus com 3 espécies. Larvas alongadas, afilando gradualmente para a extremidade posterior, revestidas com cerdas longas e rijas. Cabeça levemente achatada, pigmentada. Su- tura coronal muito curta. Sutura fronto-clipeal in- conspícua. Antenas muito curtas, 2-segmentadas; 2.° segmento com sensório grande, cabeça com 5 estemas de cada lado, bem separados entre si. Man- díbulas algo achatadas, com tubérculo ventral, pros- teca articulada, pseudo-mola côncava, e vários dentes no lobo incisivo. Área de articulação maxilar reduzida. Maxila com palpo maxilar 3-segmentado, gálea e lacínia distintas. Lígula presente; palpo la- bial 2-segmentado. Pernas robustas, fossoriais, 5- segmentadas, incluindo tarsúngulo. 9.° segmento ab- dominal sem urogonfos ou opérculo. 10.° segmento bem desenvolvido, cônico, sem brânquias anais, ganchos ou papilas. Espiráculos cribriformes. Larvas fossoriais, ocorrem juntamente com adul- tos em galerias escavadas em praias arenosas ou lodosas de riachos ou lagos. Alimentam-se de algas, diatomáceas e outras formas planctônicas. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Boving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. 37. LIMNICHIDAE Família com cerca de 30 gêneros e 200 espécies, geralmente colocadas em 5 subfamílias. São de dis- tribuição mundial e no Brasil ocorrem 3 gêneros e cerca de 6 espécies. Os adultos são relativamente pequenos (0, 8-3,0 mm) geralmente ovalados e mais ou menos convexos. Larvas subcilíndricas, levemente curvadas, reves- tidas com cerdas eretas. Cabeça um pouco achata- da; sutura coronal muito curta; com 5 estemas grandes de cada lado, bem separados entre si. Ante- nas curtas. Mandíbulas em geral sem prosteca. Área de articulação maxilar reduzida. 9.° tergito abdomi- nal convexo; 9.° esternito com opérculo pouco de- senvolvido e que não se justapõe completamente contra o tergito. Ganchos anais geralmente presen- tes; brânquias e papilas ausentes. Espiráculos bífo- ros. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 136 LUTROCHIDAE - DRYOPIDAE - ELMIDAE Larvas ocorrem em folhiço e outros detritos vege- tais acumulados às margens de riachos. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Green, 1975; Lawrence, 1982; Pau- lus, 1970. 38. LUTROCHIDAE Família monogenérica, representada pelo gênero Lutrochus, que possui cerca de 15 espécies distribuí- das pela região Neotropical. Do Brasil conhecem-se 3 espécies. Larvas alongadas, de seção transversal semi-cir- cular, margens laterais afilando gradualmente para a extremidade posterior; tegumento bem esclerotini- zado, granuloso. Cabeça com sutura coronal muito curta; 6 estemas de cada lado, 5 dos quais formando agrupamento compacto. Antenas moderadamente longas. Mandíbula com ápice simples, obtuso; pros- teca pilosa presente. Área de articulação maxilar re- duzida. Pleuritos presentes apenas nos 3 primeiros segmentos abdominais. Ápice do 9.° tergito abdomi- nal arredondado; 9.° esternito com opérculo bem desenvolvido e 2 ganchos grandes. Brânquias anais presentes. Espiráculos bíforos e localizados nos ter- gitos. Larvas aquáticas, ocorrendo juntamente com adul- tos sobre ou sob rochas, em riachos que apresentam taxa alta de carbonato de cálcio. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Green, 1975; Lawrence, 1982. 39. DRYOPIDAE Família que inclui Chiloeidae, compreende cerca de 12 gêneros e 200 espécies, distribuídas por todo o mundo. No Brasil ocorrem 5 gêneros e cerca de 25 espécies. Adultos de alguns grupos são aquáticos, a maioria geralmente é semi-aquática. Larvas alongadas, cilíndricas, tegumento mais ou menos regularmente esclerotinizado. Cabeça globu- lar; 6 estemas de cada lado, 3 dos quais formando agrupamento compacto; sutura coronal longa. Ante- nas curtas, 3-segmentadas; segmento distai freqüen- temente reduzido. Mandíbulas robustas e tridentea- das, sem prosteca ou penicilo. Maxila com gálea e lacínia distintas; palpo maxilar 4-segmentado. Área de articulação maxilar reduzida. Lígula presente; palpos maxilares 2-segmentados. Esternitos abdomi- nais reduzidos ou ausentes, de tal modo que tergitos são anulares. 9.° tergito abdominal convexo, arre- dondado no ápice, freqüentemente com dente media- no; 9.° esternito com opérculo bem desenvolvido e com 2 ganchos pequenos quase sempre presentes. Brânquias anais e papilas ausentes. Espiráculos bífo- ros localizados lateralmente, com exceção dos situa- dos no 8.° segmento, que são dorsais. Larvas terrestres, saprófagas, ocorrendo em folhi- ço, madeira apodrecida, e detritos acumulados às margens de rios e riachos. Em Mococa, SP, segundo Rosseto (1971), lar- vas e adultos de Pelonomus sp. constituem praga sé- ria de arrozais. Larvas não descritas para o Brasil. Referências: Bertrand, 1972; Boving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hinton, 1955; Lawrence, 1982; Leech e Chandler in Usinger, 1956; Peterson, 1960; Ulrich, 1986. 40. ELMINTHIDAE (= Elmidae, Helminthidae — Estampa 49) Família com cerca de 90 gêneros e 700 espécies, geralmente colocadas em 2 subfamílias. De distri- buição mundial, ocorrem no Brasil cerca de 15 gê- neros e 70 espécies. Larvas alongadas, subcilíndricas e fortemente de- primidas; tegumento fortemente esclerotinizado e granuloso. Cabeça globular; 5 estemas de cada lado, formando agrupamento compacto; sutura coronal curta. Antenas moderadamente longas, 3 segmenta- das; segmento distai freqüentemente reduzido. Sutu- ra fronto-clipeal presente ou ausente. Mandíbulas com prosteca bem desenvolvida. Maxila com gálea e lacínia distintas; palpo maxilar 4-segmentado. Área de articulação maxilar distinta. Lígula presen- te; palpos labiais 2-segmentados. Pleuritos presentes nos 6 primeiros segmentos abdominais, pelo menos. 9.° tergito abdominal sempre modificado, variando de forma; 9.° esternito com opérculo bem desenvol- vido e par de ganchos. Brânquias anais presentes, formando 3 tufos. Espiráculos bíforos, localizados nos tergitos, funcionais apenas no último instar. Larvas aquáticas, ocorrendo em riachos de águas rápidas, sob rochas ou entre detritos submersos. Alimentam-se principalmente de algas e diatomáceas. Referências: Boving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hinton, 1940; Lawrence, 1982; Leech e Chan- cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 ELMINTHIDAE 137 tller in Usinger, 1956; Peterson, 1960; Sanderson, 1954; Spangler e Santiago, 1987. EIsianus sp. (Estampa 49, figs. 1-19) Larva madura. Comprimento: 9,0 mm; largura do protórax: 1,0 mm. Elateriforme, subcilíndrica (figs. 1 e 2), ligeiramente deprimida com bordos laterais afilando ligeiramente para o ápice; fortemente escle- rotinizada; tegumento com microtubérculos biloba- dos e unissetosos, como na fig. 6a. Cabeça (figs. 4 e 6) fortemente pigmentada e es- clerotinizada, ligeiramente deprimida; região ventral mediana glabra. Sutura epicranial presente. Sutura coronal muito curta. Ramos frontais em forma de U com extremidades terminando nas margens laterais internas das antenas. Mancha ocelar grande, locali- zada dorsalmente dentro de uma área semicircular e lateral onde o tegumento é mais claro. Clípeo (figs. 6 e 18) transverso e glabro. Labro (fig. 18) livre, simétrico, com ângulos anteriores arredondados e muitas cerdas plumosas. Epifaringe (fig. 19) com 4 pares de cerdas espatuladas robustas, com margens laterais serrilhadas, próximas aos ângulos anteriores, curtas e grossas; com 2 áreas semicirculares conver- gentes de cerdas, dirigidas para a região basal; mar- gens laterais com tais cerdas ligeiramente maiores e dirigidas para a frente; com 3 conjuntos pares de botões sensoriais próximos à região mediana; ângu- los posteriores com 2 áreas esclerotinizadas. Suturas guiares presentes, ligeiramente divergentes na base. Gula bem desenvolvida, subtrapezoidal. Região dor- sal da cabeça com 4 cerdas mais longas dispostas numa fileira oblíqua de cada lado. Carena hipoce- fálica (fig. 4) longa, não atingindo a base da cabe- ça, com fileira de cerdas. Antenas (fig. 5) longas e 3-segmentadas; l.° segmento alongado, rugoso pró- ximo à região basal e com fileira transversal de cer- das plumosas subapicais; 2.® segmento ligeiramente mais longo e mais delgado que o 1.®, rugoso e com apêndice sensorial alongado no ápice; 3.° segmento pequeno, de comprimento subigual ao do apêndice sensorial e com 1 cerda curta no ápice. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) móveis, si- métricas e com ápice tridenteado: região ventral com 2 cerdas plumosas próximas à margem lateral; região mesal côncava e com muitas cerdas longas; prosteca muito longa e pilosa. Maxila (fig. 16) alon- gada, com gálea articulada, 1 -segmentada, com cer- das longas e espessas no ápice; lacínia lobada, com muitas cerdas longas e espessas látero-apicais, mais concentradas na região ventral. Palpos maxilares 4- segmentados; segmentos aumentam de tamanho do 1.0 ao 3.0; segmento basal com 1 cerda plumosa ventral; 4.o segmento menor e com 4 cerdas apicais, as medianas mais longas. Estipe alongado; região ventral com algumas cerdas plumosas próximas ao ápice; região dorsal com cerdas simples apicais e la- terais e dentículos subapicais. Cardo subtriangular, com 1 cerda plumosa na margem ântero-ventral. Área de articulação maxilar distinta. Lábio (fig. 15) com pré-mento transversal, margem anterior acumi- nada com 1 par de cerdas robustas e curtas junto à margem interna dos palpos labiais e várias delgadas próximas à margem lateral. Lígula acuminada, late- ralmente com 1 par de cerdas robustas curtas. Pal- pígero presente. Palpos labiais 2-segmentados; l.° segmento subgloboso com 1 cerda plumosa; 2.° seg- mento alongado com papilas sensoriais apicais sen- do uma mais longa. Mento sub-retangular alongado; ângulo ântero-lateral com uma cerda robusta; no 1/5 anterior com 1 par de cerdas delgadas multo longas; submento semilunar. Hipofaringe (fig. 14) com ápice ligeiramente arredondado; margem ante- rior com 2 pares de cerdas curtas e robustas e mar- ginada por grupo denso de cerdas finas; grupamento denso de cerdas curtas dirigidas para trás, dispostas numa área triangular apical circundada lateral e posteriormente por cerdas semelhantes e mais espar- sas. Segmentos torácicos fortemente esclerotinizados, exceto uma faixa transversal anterior e uma basal membranosas. Protórax subtrapezoidal, mais longo que o meso- ou metatórax. Pleura protorácica divi- dida em 2 partes: anterior e posterior; as metades anteriores encontram-se na linha média ocorrendo supressão do esterno. Meso- e metapleura divididos em 2 partes; com 1 par de espiráculos anulares e circulares localizados próximos aos ângulos laterais anteriores do tergito. Pernas (fig. 17) posteriores pouco maiores que as anteriores e médias; cavidades coxais contíguas (fig. 13) largas, alongadas, com carena curva distai; trocânter dividido; fêmur alon- gado, com 2 fileiras de cerdas marginais, sendo as cerdas curtas na margem interna e 3 cerdas longas; curta e mais delgada que o fêmur, com fileira de cerdas curtas na margem interna e 3 cerdas longas; tarsúngulo longo, sem cerdas. Abdômen ligeiramen- te estreitado no ápice; com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.® segmentos esclerotinizados, com faixa transversal anterior e basal membranosa e 1 par de espiráculos anulares e circulares localizados lateral- mente; 9.0 segmento (figs 8 e 9) esclerotinizado com faixa transversal anterior membranosa; ápice estreitado, com 2 espinhos látero-dorsais; região en- tre os espinhos emarginada e com bordo serrilhado; cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 138 ELMINTHIDAE PSEPHENIDAE 10° segmento (fig. 8) reduzido, ventral, opercular. Tufo de brânquias anais protrácteis (figs. 7 e 12). Primeiro esteraito abdominal com carena longitudi- nal mediana. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia — Ribeirão Co- ruja), 08-09.X.1977, C. Frõehlich col., 6 larvas e 5 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados em ribeirão. Discussão A larva descrita acima concorda perfeitamente com os caracteres de Elsianus apresentados por Hin- ton (1940). 41 . PSEPHENIDAE (Estampa 50) Família que inclui Eubriidae, compreende cerca de 20 gêneros e 100 espécies, geralmente colocadas em 4 subfamílias. De distribuição mundial, ocorre no Brasil Psephenus com cerca de 3 espécies. Larvas ovais e muito deprimidas, pateliformes, com segmentos torácicos e abdominais expandidos, debruados com fileira compacta de cerdas margi- nais. Cabeça subglobular e completamente encober- ta dorsalmente pelas expansões tergais; 5 ou 6 este- mas de cada lado, formando agrupamento compacto. Sutura coronal curta. Antenas longas, 3-segmenta- das; segmento distai reduzido. Mandíbulas simples, côncavas no ápice; prosteca presente. Área de arti- culação maxilar desenvolvida ou algo reduzida. Com 1 par de tufos de brânquias ventrais presentes nos esternitos abdominais l.°-4.° ou 2.°-6.° (Psepheni- nae e Eubriacinae) ou 9.° tergito abdominal com 1 par de pincéis espiraculares e 9.° estemito forman- do opérculo com ganchos, que encerra 3 tufos de brânquias anais (Eubriinae e Psephenoidinae). Es- piráculos funcionais bíforos, localizados apenas no 8.° segmento, ou ausentes. Larvas aquáticas, vivendo em riachos de águas torrenciais e encachoeiradas, presas à superfície de rochas submersas à pequena profundidade, de onde raspam as algas utilizadas como alimentação. Ape- nas Psepheninae foi assinalada para o Brasil. Referências: Bertrand, 1972; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hinton, 1955; Lawrence, 1982; Leech e Chandler in Usinger, 1956; Lima, 1953; Peterson, 1960. Psephenus sp. (Estampa 50, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 9,0 mm; maior largu- ra do corpo: 7,0 mm. Castanho-clara com manchas e pontos mais escuros (fig. 12). Oval e muito de- primida, pateliforme, com segmentos torácicos e ab- dominais expandidos; marginada por franja compac- ta de cerdas (fig. 12a) e com pernas robustas e cabeça não visível dorsalmente. Cabeça (figs. 2 e 3) hipognata, ligeiramente pig- mentada e fortemente esclerotinizada; não retrátil, coberta pelo protórax. Sutura epicranial presente. Sutura coronal muita curta. Ramos frontais em for- ma de Y. Cinco estemas localizados dorsalmente próximos à base das antenas. Clípeo (fig. 2) trans- verso, com 1 par de cerdas. Labro (fig. 7) livre transverso com ângulos anteriores arredondados; margem anterior coberta por cerdas curtas; ângulos anteriores marginados por cerdas longas. Epifaringe (fig. 8) coberta por cerdas curtas e finas, exceto região mediana glabra; com 4 espinhos bífidos dis- postos em 2 fileiras oblíquas e irregulares, próximas ao meio; com 4 botões sensoriais na região media- na; com área basal esclerotinizada em forma de M Suturas guiares (fig. 5) em forma de W; gula fun- dida ao mento. Antenas (figs. 2, 3 e 3a) longas e 3-segmentadas; l.° e 2.° segmentos alongados, sendo o l.° mais longo que o 2.°; 3.° segmento muito cur- to, ligeiramente mais longo e mais delgado que o cone sensorial, ambos inseridos no ápice do 2.° segmento; antenífero globoso e bem desenvolvido. Peças bucais protraídas e bem desenvolvidas. Man- díbulas (figs. 10 e 11) pouco esclerotinizadas, mó- veis, simétricas, côncavas na região mesal; com pequeno dente subapical; margem interna dorsal com franja de cerdas finas; prosteca alongada e pi- losa. Maxilas (figs. 5 e 9) alongadas. Gálea não articulada, com margem externa ligeiramente arre- dondada; totalmente coberta por cerdas, sendo as marginais simples e longas e as demais ramificadas. Lacínia com 3 cerdas robustas, espatuladas, dorso- apicais; região ventral anterior marginada por cer- das espatuladas. Estipe alongado, sub-retangular. Palpífero presente, membranoso, coberto por cerdas curtas inseridas em pequenos tubérculos. Palpos ma- xilares 4-segmentados e com muitas cerdas ramifi- cadas. Cardo alongado e bem desenvolvido. Lábio (figs. 5 e 6) largo, com muitas cerdas ramificadas (fig. 5a), sendo algumas laterais bastante longas. PSEPHENIDAE - ARTEMATOPIDAE 139 ré-mento curto; mento com margens laterais arre- ondadas, fortemente alargado na região mediana, 'gula totalmente coberta por cerdas ramificadas e curtas; margem anterior quase reta, apenas ligeira- fflente alargada na região mediana. Palpos labiais -segmentados, com muitas cerdas ramificadas; seg- Uíento apical curto e globoso, com papilas sensoriais uo ápice. Palpígero piloso. Protórax (fig. 12) bem esenvolvido, mais longo que meso- e metatórax juntos. Pernas (figs. 1 e 4) aumentam ligeiramente tamanho das anteriores para as posteriores; coxas alongadas, com algumas cerdas curtas, inseridas ven- Iro-Iateralmente no tórax; trocânter subtriangular, com algumas cerdas; fêmur alongado, com área cir- cular esclerotinizada e várias cerdas dorso-apicais e •Muitas cerdas próximas à margem ventral; tíbia alongada, gradualmente afilada para o ápice e quase lotalmente coberta de cerdas; tarsúngulo sem cerdas. Abdômen (figs. 1 e 12) com 9 segmentos visíveis de cima; 8.° e 9.° segmentos retangulares, sem ex- pansões laterais; 10.° segmento reduzido, ventral, •nserido entre 8.° e 9.° segmentos. Esternitos abdo- uimais 2-6 com 1 par de brânquias ramificadas 1 ). Material examinado. BRASIL. São Paulo. Pirituba (Pico do Jaraguá), 4.X.1980; S.A. e A.M. Vanin, Costa e E. Frõehlich cols., 14 larvas e 3 adultos fixados (MZUSP); ibidem. 21.xi.l981, S.A. Vanin 4 larvas e 3 adultos fixados (MZUSP). toados biológicos Larvas coletadas presas à superfície de rochas submersas a pequena profundidade em riachos de uguas torrenciais e encachoeiradas. Adultos voando próximo ao riacho ou andando sobre as pedras ex- postas. Elateroidea Esta superfamflia compreende as seguintes famí- fias: Artematopidae, Cerophytidae, Elateridae, Ce- firionidae, Throscidae, Lissomidae, Perothopidae e Eucnemidae. Destas apenas Perothopidae não ocor- re no Brasil. Larvas alongadas. Sutura coronal curta ou ausen- te, de tal forma que os ramos frontais podem se originar independentemente. Cabeça em geral sem cstemas, às vezes com 1 ou 2 estemas grandes de cada lado. Labro reduzido e quase sempre fundido ao clípeo, formando nasal. Mandíbulas geralmente móveis, ocasionalmente imóveis; sem mola e quase nunca sulcadas. Maxilas em geral com gálea 2-seg- mentada, lacínia distinta, palpo maxilar 4-segmen- tado; área de articulação maxilar bem desenvolvida, reduzida ou ausente. Cavidade bucal bloqueada por cerdas maxilares, labiais, hipofaríngeas e epifarín- geas, adaptação à digestão extra-oral e dieta líquida. Pernas ocasionalmente reduzidas ou ausentes; tar- súngulo com ou sem cerdas. 9.° tergito às vezes com urogonfos fixos; opérculo ausente. 10.° seg- mento abdominal ocasionalmente com ganchos; brânquias ausentes. Espiráculos quase sempre bífo- ros e em geral desprovidos de estruturas de fecha- mento. Referências: Crowson, 1967, 1973; Lawrence 1982. 42. ARTEMATOPIDAE (= Eurypogonidae — Es- tampa 51) Família com cerca de 8 gêneros e 60 espécies, geralmente colocadas em 3 subfamílias, distribuídas pelas regiões Paleártica, Neártica e Neotropical. No Brasil conhece-se Artematopus, com 6 espécies. Larvas alongadas, um pouco deprimidas, bem es- clerotinizadas na face dorsal. Cabeça com 1 estema de cada lado. Sutura coronal ausente; sutura frontal em forma de V ou C, interrompida anteriormente. Nasal ausente; labro livre. Mandíbulas com ou sem dentes apicais, retináculo e penicilo. Gálea articula- da, 2-segmentada; lacínia com franja densa de cer- das. Área de articulação maxilar bem desenvolvida ou reduzida. Tarsúngulo com ou sem cerdas. 9.° seg- mento abdominal não operculado; 9.° tergito simples a arredondado ou ligeiramente deprimido e com tubérculos marginais. 10.° segmento ventral, tubular. Espiráculos bíforos, sem estrutura de fechamento. Apenas Artematopinae foi registrada para o Brasil. As larvas foram encontradas no solo da floresta, logo abaixo do folhiço. As larvas são predadoras e não fitófagas como as descritas para as outras duas sub- famílias de Artematopidae. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Costa et al. 1985; Crowson, 1973; Lawrence, 1982. Artematopus discoidalis Pic, 1913 (Estampa 51, Figs. 1-18) Larva madura. Comprimento: 13,0 mm; largura do protórax: 1,5 mm (figs. 1-3), amarelada com cabeça cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 140 ARTEMATOPIDAE ligeiramente acastanhada; pronoto, prosterno e con- torno do 9.° segmento abdominal amarelo. Leve- mente deprimida com várias cerdas curtas. Cabeça (figs. 10-12) prognata, levemente pig- mentada, fortemente esclerotinizada e levemente de- primida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de U, não atin- gindo a margem anterior da cápsula cefálica. Fronte com 3 áreas mais escuras; uma subtriangular me- diana e 2 oblíquas e curvas laterais anteriores. Um estema de cada lado da cabeça. Clípeo fundido à cápsula cefálica. Labro (figs. 12 e 15) livre, arti- culado em um prolongamento da cápsula cefálica, transverso, mais estreito na base; margem anterior com ângulos arredondados e uma proeminência me- diana; 3 pares de cerdas espessas e longas próximas à margem anterior. Epifaringe (fig. 14) com mar- gens do triângulo mediano mais esclerotinizadas e uma área coberta por cerdas partindo das margens anteriores e se dirigindo para a base. Duas suturas guiares (fig. 11) curtas. Áreas genais (figs. 10 e 12) projetadas anteriormente e com 3 pares de cerdas inseridas em um sulco longitudinal. Antenas (fig. 7) 3-segmentadas: l.° segmento mais longo e robusto que o 2.°; 2.°, com apêndice sensorial apical bem desenvolvido; 3.°, curto e delgado, quase do mesmo comprimento do apêndice sensorial e com muitas cerdas curtas no ápice. Peças bucais bem desenvol- vidas; maxila e lábio estreitamente unidos. Mandí- bulas (figs. 16-18) móveis, simétricas e com ápice recurvo; retináculo com dentículo basal; margem externa unissetosa, bruscamente estreitada próximo à base; região ventral com microespinhos próximos à região mesal; penicilo bem desenvolvido. Maxila (figs. 8. 11 e 13) longa; gálea longa, articulada, palpiforme e 2-segmentada; 2.° segmento com mui- tas cerdas no ápice; lacínia lobada, com franja de cerdas na margem lateral interna. Palpífero presente, membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados; seg- mento basal quase tão longo quanto os 3 seguintes juntos. Estipes alongados; cardo bem desenvolvido e triangular. Área de articulação maxilar reduzida. Lábio (fig. 11) com pré-mento pequeno, ligeira- mente mais estreito na base e com 2 cerdas próximas à margem lateral anterior; mento alongado, ligeira- mente alargado no terço anterior e com 1 par de cerdas laterais próximas à margem lateral no local em que é mais largo; submento articulado e alonga- do; região anterior mais larga e com 2 cerdas. Lígula pequena e arredondada. Palpos labiais 2-segmenta- dos. Hipofaringe (fig. 13) densamente pubescente; escleroma fortemente esclerotinizado. Tórax (figs. 1-3) com poucas cerdas curtas; protórax mais longo e mais escuro que meso- ou metatórax. Espiráculos bíforos localizados ventralmente, na região anterior do mesotórax. Pernas (fig. 9) curtas, robustas, apa- rentemente do mesmo tamanho e gradualmente afi- ladas da base para o ápice; com 5 segmentos: coxa curta e robusta, com várias cerdas espatuladas; tro- cânter triangular e com muitas cerdas espatuladas e algumas setiformes; fêmur e tíbia alongados, com algumas cerdas espatuladas e outras setiformes, sen- do o fêmur mais largo; tarsúngulo sem cerdas. Abdô- men ligeiramente esclerotinizado, com várias cerdas curtas e 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.® seg- mentos mais ou menos semelhantes; 9.°, côncavo dorsalmente e marginado por tubérculos com cerdas; superfície dorsal lisa exceto por 2 pequenos tubér- culos perto do ápice; 10.° (figs. 2 e 3) menor, tubu- lar e ventral. Abertura anal em forma de Y inver- tido. l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos bíforos, desiguais em tamanho, localizados lateral- mente; l.°-7.o menores e próximos às margens anteriores (fig. 3a); 8.° maior e pós-mediano (fig. 3b). Pupa (figs. 4 e 5). Adéctica e exarata. Amarelada com muitas cerdas curtas, principalmente nas mar- gens laterais do pronoto e margens laterais e poste- riores dos segmentos abdominais. Pronoto com 1 par de prolongamentos espiniformes nos ângulos ante- riores e outro nos posteriores. Último segmento abdominal afilado e bifurcado no ápice. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), ll-13.iv.l983, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 4-5.viii.1983. 1 larva fixada, 1 larva criada até pupa e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 28.xii.1983, 1 larva fixada (MZUSP); ibidem 25.v. 1984, 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Larvas de Artematopus discoidalis foram encon- tradas na camada superficial do solo de floresta, logo abaixo do folhiço. Em laboratório foram ali- mentadas com operários de Isoptera e larvas de Palembus dermestoides (Tenebrionidae) . As larvas de A. discoidalis não atacam larvas de Palembus ou cupins vivos oferecidos com uma pinça, mas os acei- tam como alimento quando cortados em pedaços. O hábito carnívoro de Artematopus contradiz o hábito fungívoro sugerido por Crowson (1973). A larva de último instar faz a câmara pupal no solo e em laboratório imobiliza-se aproximadamente cm 1 SciELO 12 13 14 15 16 17 lí 19 20 ARTEMATOPIDAE - CEROPHYTIDAE - ELATERIDAE 141 semana antes de transformar-se em pupa. O período pupal dura cerca de 2 semanas. discussão Esta larva foi descrita por Costa et al. (1985) e representa a primeira larva conhecida da subfamília Artematopinae. 43. CEROPHYTIDAE Família monogenérica para Cerophytum, com 7 espécies conhecidas das regiões Holártica e Neotro- pical. Do Brasil conhecem-se 2 espécies. Parece 9ue os adultos são capazes de saltar e as larvas Vivem em madeira semi-apodrecida. Larvas fracamente esclerotinizadas, escarabeifor- ^es, com cabeça pequena. São densamente pubes- eentes. Cabeça sem suturas frontais com estemas presentes. Antenas bem desenvolvidas. Mandíbulas reduzidas, laminares e arredondadas. Gálea reduzida ^ lábio formando uma lâmina penta-denteada forte- ntente esclerotinizada. Pernas bem desenvolvidas; Psrnas protorácicas maiores que as demais; tarsún- 8ulo fortemente esclerotinizado e dividido. Meso- e nietatórax e segmentos abdominais 1-8 com ampo- las dorsais e laterais. Nono segmento curto, com pequeno urogonfo. Décimo segmento póstero-ven- *ral. Espiráculos anulares e elípticos. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Lawrence, 1982; Maraayev, 1978. 44. ELATERIDAE (= Dicronychidae, Plastoceri- dae — Estampas 52-62) Família cosmopolita com cerca de 400 gêneros s 9000 espécies, geralmente colocadas em 12 subfa- mflias. No Brasil ocorrem aproximadamente 75 gê- neros e 566 espécies. Os adultos são bem conhecidos Por sua capacidade de saltar, quando caem de cos- tas, para voltar a sua posição normal emitindo ruído característico. Adultos e larvas possuem digestão cxtra-oral. Algumas espécies são bioluminescentes Cm todas as fases de seu ciclo vital. Larvas alongadas, cilíndricas, deprimidas ou ver- miformes, regularmente esclerotinizadas dorsal e ventralmente, ou fracamente esclerotinizadas. Fronte didaticamente dividida em região mediana anterior c mediana posterior (Casari-Chen e Costa, 1986); região mediana anterior com nasal e lobos parana- sais (Burakowiski, 1973, 1975). Cabeça em geral deprimida e bem esclerotinizada; com ou sem este- mas. Antenas 3-segmentadas e com várias cerdas: ASl, estrutura setiforme na margem anterior do 2P segmento; AS2, cerdas da parede lateral do l.° e 2° segmentos; AS3, cerdas do ápice do 3.° seg- mento; micro ASl, microcerdas no ápice lateral externo do 2P segmento. Sutura coronal ausente ou obsoleta. Peças bucais protraídas; maxilas e lábio unidos formando um complexo maxilolabial ou hi- póstoma. Palpo labial com ou sem cerdas: LSI, estrutura setiforme em cavilha do segmento distai; LS2, cerdas do segmento basal. Cardo geralmente pequeno, pouco ou muito invaginado na cápsula ce- fálica. Labro geralmente ausente, fundido com a fronte, formando o nasal. Mandíbulas podem ou não apresentar retináculo e penicilo, às vezes, muito modificadas e fendidas. Região pós-gular com nú- mero variável de escleritos e cerdas sensor iais: Pl, 1 par de escleritos situados na membrana anterior ao prosterno, 1 de cada lado da linha mediana; podem estar fundidos ou não; P2, 1 par de escleri- tos situados lateralmente a cada cerda Sl; P3, escle- rito único, situado medianamente no prosterno; P4, 1 par de escleritos situados na membrana, anterior- mente a P2; P5, 1 par de escleritos situados no meioi anteriormente a Pl; Sl, 1 par de cerdas situa- das na margem anterior do prosterno; S2, 1 par de cerdas situadas no prosterno, caudal e ligeiramente mesal a Sl; S3, 1 a 3 pares de cerdas situadas no prosterno, caudal a S2, em 1 padrão de “V”, quando visto em conjunto com as cerdas Sl e S2; S4, 1 a 3 pares de cerdas situadas no prosterno, diretamente caudal a cada uma das cerdas S2; S5, 4 a 6 pares de cerdas situadas entre a gula e o prosterno em padrão de “V” invertido. Espiráculos bíforos. Per- nas curtas e robustas. As larvas ocorrem em grande variedade de ambientes, tais como solo, folhiço, madeira apodre- cida, bromeliáceas, ninhos de insetos sociais, etc. Podem ser saprófagas, fitófagas ou predadoras mas todas adaptadas à digestão extra-oral. Algumas es- pécies luminescentes utilizam a luz para atrair suas presas. As larvas cilíndricas que geralmente vivem no solo são popularmente denominadas de vermes- arame, “wireworms”. Referências: Burakowiski. 1973, 1975; Chernova, 1960; Casari-Chen e Costa, 1986; Costa, 1977; Emden, 1945; Hyslop, 1917; Lav/rence, 1982; Za- charuch, 1962. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 142 ELATERIDAE Dilobitarsus abbrcviatus Candèze, 1857 (Estampa 52, figs. 1-9) Larva madura. Comprimento: 12,0 mm; largura do protórax: 1,0 mm. Elateriforme, fusiforme (fig. 1); achatada dorso-ventralmente, amarela com cabeça, protórax e ápice do 9.° segmento abdominal casta- nho. Corpo com pilosidade castanho-clara e longa. Cabeça prognata, fortemente pigmentada e escle- rotinizada, levemente deprimida, mais estreita que o tórax, com margens laterais paralelas. Sutura epi- cranial presente, longa, atingindo a base da cápsula cefálica. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Estema lateral, formado por área hialina bem próxima à área de articulação da ante- na. Fronte (fig. 6) com lobos paranasais proemi- nentes, parcialmente membranosos e com franja de cerdas longas e claras; com 6 cerdas frontais anterio- res e 3 cerdas mediano-anteriores de cada lado. Nasal com 3 dentes dorsais bem desenvolvidos com cerdas entre eles. Sutura guiar simples; gula ausente. Áreas genais com várias cerdas. Antenas (fig. 4) 3-segmentadas; 1 e 2° segmentos alongados e com várias cerdas; l.° segmento com ASl e AS2 pre- sentes; 2° segmento mais longo que o l.°, e com AS2 e cone sensorial membranoso; 3.° segmento menor que os demais e com 1AS3. Peças bucais protraídas e bem desenvolvidas. Mandíbulas (figs. 7-9) móveis, simétricas, com ápice levemente recur- vo; região dorsal mais elevada na região do acetá- bulo e com 2 cerdas; penicilo presente. Carena hipocefállca ausente. Maxila (fig. 5) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea palpiforme, 2-segmentada; lacínia pequena, mem- branosa formando lobo franjado. Palpífero presente, membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados e com várias cerdas; segmento distai com microcerdas no ápice. Estipe alongado, com região anterior mem- branosa e muitas cerdas laterais. Cardos reduzidos, fundidos na base e dobrados abaixo dos estipes. Lábio (fig. 5) com pré-mento I curto, esclerotini- zado e com 4 cerdas; pré-mento II estreito e embu- tido na região distai do pós-mento; pós-mento longo, subtriangular, membranoso na região anterior, com 1 par de cerdas basais longas e 3 pares subapicais. Lígula membranosa e arredondada. Palpos labiais 2-segmentados; 2° segmento menor e com várias microcerdas no ápice; LSI presente. Região pós-gu- lar com 5 pares de cerdas: 1 par de Sl, S2, 2 pares de S3 e 1 par de S4; com 1 par de escleritos bem desenvolvidos (P4) e 2 pares em forma de faixa estreita (PI e P2) sendo o par mediano (Pl) fun- dido. Protórax subtrapezoidal, mais escuro e apro- ximadamente do mesmo comprimento que meso- e metatórax juntos. Prostemo triangular e esclerotini- zado, não dividido, com 1 par de cerdas látero-ante- riores e 1 par basal. Espiráculos torácicos bíforos e grandes localizados no mesosterno. Pernas curtas, invisíveis de cima, diminuindo de comprimento das anteriores para as posteriores; com 5 segmentos; coxa com várias cerdas longas; trocânter, fêmur e tíbia com cerdas longas e finas intercaladas por cer- das espessas e curtas; tarsúngulo com 2 cerdas ba- sais. Abdômen deprimido, com 9 segmentos visíveis de cima; ligeiramente alargado do l.°-8.0; 9.° seg- mento estreitado, côncavo, com 5 pares de tubér- culos laterais, diminuindo de tamanho da base para o ápice; tubérculo apical bifurcado; todos os tubér- culos com cerdas longas no ápice; superfície dos tergitos com 1 par de cerdas medianas muito longas e vários pares de cerdas mais curtas. 10.° segmento tubular, localizado ventralmente ao 9.°» com várias cerdas e 2 ganchos anais apicais. Aber- tura anal circular, localizada entre os 2 ganchos anais. 1 .”-8.° segmentos com 1 par de espiráculos biforos, localizados dorso-lateralmente. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Amarelada e glabra. Pronoto com 3 pares de prolongamentos esclerotinizados: um par nos ângulos anteriores, um par nos ângulos posteriores e um par na região me- diana basal. Perna metatoráclca quase totalmente encoberta pela pteroteca. Último segmento abdomi- nal com 1 par de urogonfos curvos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Itanhaém, 23.iii.1978, L.R. Fontes col., 6 larvas fixadas e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 26.U. 1979, L.R. Fontes col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 9.ÍX.1980, L.R. Fontes col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas de D. abbrcviatus foram coletadas em ninhos epígeos de Isoptera Apicotermitinae e Nasu- titermitinae em floresta de restinga em Itanhaém Convém salientar que as outras espécies conhecidas do gênero foram coletadas em troncos caídos. Em laboratório foram alimentadas com operários de Isoptera. O período pupal foi de 7 dias. Discussão São conhecidas larvas de 4 espécies de Dilobitar- sus: D. abbrcviatus, D. bicornis, D. bidens e D. qua- drituberculatus, descritas por Costa (1977), Costa e Casari-Chen (1984). As larvas dessas 4 espécies são muito parecidas entre si, diferindo pelo tamanho cm i SciELO .2 13 14 15 16 17 lí 19 20 ELATERIDAE 143 dos tubérculos laterais do 9.° segmento abdominal. A quetotaxia especialmente do 9.° segmento abdo- niinal é muito semelhante e talvez pudesse ser con- siderada caráter genérico. Pyrophorus divergens Eschscholtz, 1829 (Estampa 53, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 48,0 mm; largura do protórax: 7,0 mm. Elateriforme (fig. 1), achatada dorso-ventralmente; amarela com cabeça negra e pronoto castanho. Cabeça prognata, fortemente pigmentada e escle- rotinizada, mais estreita que o tórax. Sutura epicra- nial presente. Sutura coronal diminuta. Ramos fron- l3is em forma de lira. Dois estemas hialinos laterais, localizados próximos à área de articulação das ante- nas. Fronte (fig. 10) com 14 pares de cerdas mediano-anteriores e 3 pares mediano-posteriores; lobo paranasal proeminente, parcialmente membra- ooso e com franja de cerdas curtas. Nasal (fig. 10) com 3 dentes dorsais e 9 ventrais distribuídos em 2 fileiras, uma com 5 e outra com 4 dentes; região dorsal com 4 cerdas entre o dente lateral e o lobo paranasal, e 5 cerdas de cada lado do dente central. Antena (fig. 4) 3-segmentada, muito pilosa; l.° seg- mento ligeiramente mais longo que o 2.®; 2° segmento com apêndice sensorial pequeno e 2 micro- cerdas (ASl ) no ápice lateral externo. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11-13) móveis, simé- Iricas com ápice ligeiramente recurvo e penicilo curto. Carena hipocefálica bem desenvolvida, quase atingindo a base da cabeça e com 12 pares de cer- das. Maxila (fig. 6) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea palpiforme, 2-seg- mentada; lacínia membranosa com franja de cerdas; cstipe alongado, membranoso anteriormente, com tufo de cerdas laterais; cardos triangulares e se- parados. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados e com várias cerdas; 4.° segmento com microcerdas no ápice. Lábio (fig. 6) com pré-mento I curto, parcialmente esclerotinizado; pré- mento II estreito e embutido na região distai do pós-mento; subtriangular alongado, com região ante- rior membranosa; com 2 pares de cerdas basais e 1 par subapical; lígula membranosa e arredondada. Palpos labiais (fig. 7) 2-segmentados; l.° segmento com 6 LS2; 2.° segmento com 4 microcerdas látero- basais e numerosas papilas sensoriais no ápice. Re- gião pós-gular com 1 par de escleritos bem desen- volvidos (P4) e 2 pares em forma de faixa estreita (PI e P2), sendo o par mediano (Pl) fundido; com 6 pares de cerdas com a seguinte distribuição: 1 par de Sl, S2, S3 e 3 pares de S4. Pronoto tão longo quanto o meso- e metanoto juntos, e mais pigmenta- do que os demais segmentos torácicos. Prosterno triangular não dividido, com 2 pares de cerdas látero- anteriores e 13 cerdas basais. Pernas (fig. 5) com 5 segmentos; coxa, trocânter, fêmur e tíbia com cerdas espessas e curtas associadas com cerdas longas e del- gadas; tarsúngulo (fig. 5a) com 2 cerdas basais. Ab- dômen com superfície esclerotinizada e com várias cerdas; com 9 segmentos visíveis de cima. 9.° seg- mento (figs. 8-9) com ápice bifurcado e marginado por tubérculos que decrescem de tamanho do ápice para a base; região dorsal com 2 tubérculos subapi- cais medianos grandes e muitos menores distribuídos por toda a superfície; bifurcação apical com peque- nos tubérculos marginais semelhantes à espinhos. 10.° segmento (fig. 9) localizado ventralmente, tubu- lar, com vários tubérculos pequenos, muitas cerdas e 2 ganchos anais. Abertura anal longitudinal loca- lizada no ápice do 10.° segmento. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Esbranquiçada e glabra. Pronoto com 3 pares de prolongamentos, sendo 2 maiores, 1 anterior e outro nos ângulos posteriores, e 1 mediano basal. Segmentos abdomi- nais com órgãos dioneiformes laterais nas regiões intersegmentares dos segmentos 3/4, 4/5, 5/6 e 6/7. Ültimo segmento abdominal (fig. 2a) com 1 par de urogonfos afilados e bífidos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Capão Bonito, 21.Í.1982, A. Campanhã col., 10 larvas de l.° instar, 6 larvas maduras, 2 pupas fixadas e 30 larvas criadas até adulto (MZUSP); Cabreúva (Fa- zenda Morangaba), 01. ix. 1965, C. Costa col., 1 larva criada até pupa (MZUSP); São Paulo, 06.x. 1975, C. Costa col., 1 larva criada até pupa (MZUSP); Peruíbe, 29-30.vi-01. vii. 1982, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 28-30.vi.1982, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); Botucatu, 14.xii.l971, A. Scivittaro col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos A maioria das larvas de Pyrophorus divergens foi obtida a partir de ovos. Foram coletados ma- chos e fêmeas adultos que foram alimentados com xarope de água com açúcar. Quando apareceram os ovos, estes foram separados e colocados em placas de Petri, sobre papel absorvente úmido. Ao eclodi- rem, as larvas foram transferidas em grupos de aproximadamente 5, para placas de Petri com papel úmido no fundo. As larvas de l.° instar foram ali- em i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 144 ELATERIDAE mentadas com colêmbolos, larvas de Nitidulidae pequenas e pedaços de larvas de Tenebrionidae (Palembus dermestoides) cozidas ou cruas. Larvas de 3.° instar foram transferidas para placas indivi- duais com areia no fundo, pedaços de madeira e musgo. Estas foram alimentadas com larvas de Te- nebrionidae (Palembus dermestoides e Gnathocerus cornutus) cozidas ou cruas, inteiras ou em pedaços, dependendo do tamanho da larva a ser alimentada. Às vezes, também foram alimentadas com ração co- mercial de gato ou coelho, que era colocada sobre papel absorvente, e retirada no dia seguinte. Desde a postura do ovo até o aparecimento das primeiras larvas, transcorreram em média 10 dias. A primeira muda ocorreu 12 dias após a eclosão do ovo e o período de imobilização variou de 2 a 24 dias. Para empupar foi necessário um período de 1 ano e 7 meses a 2 anos, 7 meses e 20 dias. O período pupal variou de 38 a 48 dias. Larvas e pupas de P. divergens emitem luz esver- deada, mas podem passar longos períodos sem emi- tí-la. Larvas de l.° instar (Casari-Chen e Costa, 1986) emitem luz principalmente no protórax. Na fase pré-pupal a emissão de luz é quase espontânea e mais intensa. Larvas de P. punctatissimus emitem luz em man- chas arredondadas laterais e faixas transversais dor- sais e ventrais nos segmentos torácicos e abdominais (Costa, 1970). Discussão São conhecidas larvas de 3 espécies de Pyropho- rus: P. punctatissimus Blanchard descrita por Costa (1970), P. divergens Eschs. e P. noctilucus Lineu (larvas de 1° e último instar) descritas por Casari- Chen e Costa (1986). As larvas são muito seme- lhantes entre si diferindo em pequenos detalhes rela- tivo à quetotaxia e número e tamanho dos tubér- culos pilíferos do 9.° segmento. Além disso, P. noc- tilucus e P. punctatissimus apresentam 1 cerda AS3 no 2.0 segmento da antena e 4S4 na região pós-gular, enquanto P. divergens apresenta 2AS3 e 6S4. Convém salientar que larvas de l.° instar de P. divergens e P. noctilucus (Casari-Chen e Costa, l.c.) são diferentes entre si e das respectivas larvas maduras. As larvas de 1.® instar possuem nasal mais proeminente, cone sensorial e segmento distai da antena proporcionalmente mais desenvolvidos e as pernas menos pilosas quando comparadas com lar- vas maduras. A maior diferença, entre ambas as espécies, está no 9.® segmento abdominal: ápice bi- furcado, convergente distalmente, com maior núme- ro de tubérculos (P. divergens) e, ápice com entalhe longitudinal com 3 pares de tubérculos distais e menor número de tubérculos e cerdas, as quais são mais longas (P. noctilucus). Pyrearinus termitilluminans Costa, 1982 (Estampa 54, figs. 1-10) Larva madura. Comprimento; 20,0 mm; largura do protórax: 3,0 mm. Elateriforme, subcilíndrica e com cabeça levemente deprimida. Branco-leitosa com ca- beça e esternitos abdominais com manchas mais es- curas (figs. 1-2). Cabeça prognata, fortemente pigmentada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal obsoleta. Ramos frontais em forma de lira. Um par de estemas pig- mentados, localizados lateralmente próximos à área de articulação das antenas. Fronte (fig. 7) com 2 áreas laterais mais esclerotinizadas e com 7 pares de cerdas mediano-anteriores e 3 pares mediano- posteriores; lobos paranasais pouco salientes e com poucas cerdas. Nasal (fig. 7) com 3 dentes dorsais subiguais, agudos e bem desenvolvidos, com uma cerda de cada lado do dente central e 3 dentes mi- núsculos ventrais. Antenas (fig. 6) 3-segmentadas; l.° segmento alongado e com várias cerdas; 2.° seg- mento mais curto que o 1 com apêndice sensorial pequeno e triangular e 1 microcerda (ASl); 3.® segmento menor, com 1 cerda longa e várias curtas no ápice. Mandíbulas (figs. 8-10) móveis, simétri- cas, arqueadas, com 2 cerdas na região dorsal, sem retináculo ou penicilo. Carena hipocefálica bem de- senvolvida, não atingindo a base da cabeça e com 4 pares de cerdas longas e várias curtas. Maxila (fig. 5) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea palpiforme e 2-segmentada; lacínia membranosa e com franja de cerdas; estipe alongado, muito próximo da base da cápsula cefálica e com feixe de cerdas laterais; cardo reduzido, es- treito, em forma de barra, pouco esclerotinizado e dobrado perpendicularmente à base do estipe. Palpí- fero membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados; cada segmento com várias cerdas; segmento apical com microcerdas no ápice. Lábio (fig. 5) com pré- mento I curto, com 2 pares de cerdas; pré-mento II estreito e embutido na região distai do pós-mento; pós-mento triangular com 2 pares de cerdas látero- anteriores e 1 par basal. Lígula arredondada com 2 microcerdas apicais. Palpos labiais 2-segmentados; segmento apical com microcerdas no ápice, e sem LSI. Região pós-gular sem escleritos; com 4 pares de cerdas: 1 par de Sl, S2, S3 e S4. Pronoto tão longo quanto meso- e metanoto juntos. Com 1 par de espiráculos bíforos localizados ventralmente na cm i SciELO .2 13 14 15 16 17 lí 19 20 ELATERIDAE 145 região anterior do mesosterno. Pernas curtas e ro- bustas, igualmente desenvolvidas e com 5 segmentos: coxa robusta, com cerdas finas; trocânter triangular com algumas cerdas espessas associadas a cerdas delgadas; fêmur e tíbia alongados, com cerdas es- pessas associadas a cerdas delgadas; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais longas. Prosterno triangular com 4 pares de cerdas. Abdômen com superfície ligeira- oiente esclerotinizada e com muitas cerdas; com 9 segmentos visíveis de cima. Esternitos com 2 manchas laterais arredondadas mais escuras. l.°-8.° segmen- tos com 1 par de espiráculos bíforos, pequenos, lo- calizados lateralmente. 9° segmento com 2 pequenos tubérculos apicais seguidos de 2 outros subapicais uienores. 10.° segmento tubular e com algumas cer- das nas margens e 2 ganchos laterais. .Abertura anal arredondada, localizada no ápice do 10.° segmento. Pupa (fig. 3). Adéctica e exarata. Ligeiramente amarelada e glabra. Pronoto com 2 pares de prolon- gamentos esclerotinizados curvos: 1 na margem ante- rior e outro nos ângulos posteriores. Último seg- rnento abdominal com 1 par de urogonfos bifurcados. Material examinado. BRASIL. Goiás. Mineiros (Par- que Nacional das Emas), 02-04.X.1981, R.H. Red- ford col., 3 larvas, 1 pupa e 2 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 28.iii-06.iv. 1984, Exp. MZUSP c IQUSP cols., 5 larvas e 2 pupas fixadas, 10 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos de P. termitillurninans íoram coletados no Parque Nacional das Emas (GO) em ninhos de Cornitermes sp., associados às larvas de Cicindelinae e Melyridae. As larvas foram cole- tadas em galerias superficiais abertas e as pupas e adultos em galerias internas e fechadas. Estas larvas são luminescentes e alimentam-se de outros insetos que atraem com sua luz (Costa, 1982). Em laboratório as larvas são mantidas individual- mente e alimentam-se de operários de Isoptera. O período pupal variou de 14-31 dias. Discussão São conhecidas larvas de 4 espécies de Pyreari- nus: P. candelarius, P. fragilis, P. micatus e P. termi- tilluminans (Costa, 1978; Casari-Chen e Costa, 1986). As larvas de P. fragilis e P. termitillurninans são muitos semelhantes entre si e apresentam adapta- ções para viverem dentro de galerias; diferenciam-se das outras pelo corpo subcilíndrico, menos escleroti- nizado e menos pigmentado; pela ausência de P4 na região pós-gular; estemas pigmentados; 9.° segmento abdominal arredondado e com tubérculos pouco de- senvolvidos; ganchos anais menos desenvolvidos. Chalcolepidíus zonatus Eschscholtz, 1829 (Estampa 55, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 50,0 mm; largura do pronoto: 8,0 mm. Elateriforme (fig. 1). Achatada dorso-ventralmente; amarela com cabeça negra, ter- gitos torácicos e pernas castanho-avermelhados. Cabeça (figs. 7 e 8) prognata, fortemente pig- mentada e esclerotinizada, ligeiramente mais estreita que o protórax e com as margens laterais quase retas. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta, com cerca de 1/5 do comprimento da cápsula cefálica. Ramos frontais em forma de lira. Cápsula cefálica dorsal com 2 carenas longitudinais, ligeira- mente curvas e longas e com várias cerdas. Fronte (fig. 9) com 12-14 pares de cerdas mediano-ante- riores e 1 par mediano-posterior. Nasal (fig. 9) com 3 dentes dorsais, o mediano, o maior, com 3 cerdas longas entre eles e sem dentes ventrais, mas com uma placa esclerotinizada transversal. Um estema hialino localizado lateralmente entre a inserção da mandíbula e a área de articulação da antena. Sutura guiar (fig. 8) curta; gula ausente. Carenas hipoce- fálicas bem desenvolvidas, com muitas cerdas, mas não atingindo a base da cabeça. Áreas genais com uma carena látero-ventral com muitas cerdas. An- tenas (fig. 11) 3-segmentadas; l.° e 2.° segmentos alongados e com várias cerdas; AS2 presentes; 2.° segmento mais curto que o l.° e com apêndice sen- sorial membranoso no ápice; ASl presente; 3.° seg- mento menor que os anteriores, com 1 cerda longa e várias curtas no ápice; 1 AS3 presente. Mandí- bulas (figs. 12 e 13) móveis, simétricas, com região dorsal mais elevada e com 1 cerda; pcnicilo curto; sem retináculo. Maxila (fig. 10) estreitamente ade- rida ao lábio formando peça única; com gálea pal- piforme e 2-segmentada; lacínia reduzida, membra- nosa, com franja de cerdas. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados e com várias cerdas. Estipe alongado, com feixe de cerdas látero-anterio- res. Cardos estreitamente unidos, triangulares e do- brados abaixo dos estipes. Lábio (fig. 10) com pré- mento I curto e com 2 pares de cerdas; pré-mento II estreito e embutido na região distai do pós-mento; pós-mento alongado, sub triangular, com 1 par de cerdas látero-anteriores e 1 par de cerdas basais bem longas; lígula curta e llgeiramente arredondada. Pal- cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 146 ELATERIDAE pos labiais 2-segmentados. Região pós-gular com 1 par de escleritos bem desenvolvidos (P4) e 2 pares em forma de faixa estreita (PI e P2) sendo o par mediano (Pl) fundido; com 4 pares de cerdas com a seguinte distribuição: 1 par de Sl, S2, S3 e S4. Protórax fortemente esclerotinizado, mais escuro que os demais segmentos e mais longo que meso- e metatórax juntos. Segmentos torácicos com algumas cerdas dorsais e várias laterais. Prosterno com 2 pares de cerdas anteriores e 2 pares basais. Pernas (fig. 6) curtas, igualmente desenvolvidas e com 5 segmentos: coxa, trocânter, fêmur, tíbia com cer- das espessas e curtas associadas a cerdas longas e delgadas, e tarsúngulo com 2 cerdas basais longas. Mesosterno com 1 par de espiráculos bíforos e gran- des localizados próximo à margem anterior. Abdô- men deprimido, levemente esclerotinizado e com várias cerdas laterais e dorsais; com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.o segmentos com 1 par de espiráculos bíforos iguais em tamanho, localizados em uma dobra lateral. 9.° segmento (figs. 4 e 5) mais esclerotinizado, com ápice bifurcado e marginado por tubérculos que decrescem de tamanho do ápice para a base; região ventral com tubérculos de vários tamanhos; todos os tubérculos possuem uma ou vá- rias cerdas nos ápices. 10.° (fig. 5) ventral, tubular, com várias cerdas e tubérculos laterais e 2 ganchos anais. Abertura anal arredondada, marginada por cerdas. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Amarelada e glabra. Pronoto com 2 pequenas projeções anterio- res muito curtas. Com órgãos dioneiformes laterais entre os segmentos abdominais 2/3, 3/4, 4/5, 5/6 e 6/7. Ápice do abdômen com 1 par de uro- gonfos esclerotinizados com 1 espinho lateral me- diano. Material examinado. BRASIL. Goiás. Mineiros (Parque Nacional das Emas), 28.iii-06.iv. 1984, Exp. MZUSP e IQUSP cols., 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP). São Paulo. Juquiá, 15. ii. 1980, C. Feitosa col., 1 larva criada até adulto (MZUSP); Peruíbe, 27-29.iv.l981, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas, 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas de Chalcolepidius zonatus foram coletadas subcorticalmente ou em galerias dentro de troncos semi-apodrecidos. São predadoras e em laboratório foram alimentadas com operários de Isoptera c lar- vas de Gnathocerus cornutus (Tenebrionidae). A larva madura constrói câmara pupal no interior da madeira e em laboratório, na ausência desta, na areia que servia de substrato na placa de criação. O período pupal variou de 1 3-23 dias. Discussão Conhecem-se larvas de 3 espécies de Chalcolepi- dius da região neotropical: C. erythroloma (descrita por Schiòdte, 1869), C. limbatus (Bruch, 1942) e C. zonatus (Costa, 1971) e 1 da região neártica: C. viridipilis (Bõving e Craighead, 1931). Essas lar- vas são muito semelhantes, apresentando jjequenas diferenças quanto a quetotaxia e ao número e ta- manho dos tubérculos do 9.° segmento abdominal. Ê muito parecida com as larvas de Pyrophorus di- ferindo pela sutura coronal mais longa, presença de carena longitudinal dorsal da cápsula cefálica e pela incapacidade de emitir luz. Heteroderes rufangulus Gyll., 1817 (Estampa 56, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 19,0 mm; largura do protórax: 1,8 mm. Elateriforme (fig. 1), amarelada, com cabeça, tergitos torácicos, prosterno e ápice do 9.° tergito abdominal, castanhos. Todos os segmentos com várias cerdas dorsais, ventrais e laterais. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, fortemente escle- rotinizada e pigmentada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Um estema localizado lateralmente perto da articulação da antena. Fronte (fig. 11) com 5 pares de cerdas mediano-anteriores e 1 par mediano-pos- terior. Nasal (fig. 11) com 3 dentes dorsais bem desenvolvidos com feixe de cerdas entre eles e fileira de aproximadamente 15 dentículos ventrais, alguns dos quais aparecem dorsalmente ao lado dos den- tes laterais. Suturas guiares (fig. 4) curtas; gula ausente. Região pós-gular (fig. 9) com 1 par de escleritos alongados (P4) e 2 pares em forma de faixa estreita (Pl e P2), sendo o par mediano (Pl) fundido; com 4 pares de microcerdas com a seguinte distribuição: 1 par de Sl, S2, S3 e S4. Áreas genais (figs. 3 e 4) com fileira longitudinal de cerdas dorsais, fileira lateral que se inicia na base das ante- nas e 2 cerdas ventrais. Carena hipocefálica termi- nando próxima à base dos estipes e com 3 cerdas. Antena (fig. 13) 3-segmentada; l.° segmento é o mais longo; AS2 presente; 2.° segmento com ASl e AS2 presentes e um cone sensorial apical mem- branoso, bem desenvolvido; 3.° segmento menor que os demais; AS3 constituída por 1 cerda longa e vá- rias curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas cm i SciELO .2 13 14 15 16 17 lí 19 20 ELATERIDAE 147 (íigs. 14 e 15) móveis, simétricas, com apice ligei- ramente recurvo; região dorsal levemente mais ele- vada na base e com 2 cerdas; penicilo curto. Maxila (fig. 10) estreitamente aderida ao lábio formando f>®Ça única; com gálea palpiforme e 2-segmentada, lacínia membranosa e com franja de cerdas. Palpí- fero membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados e com várias cerdas. Estipe alongado e com feixe óe cerdas látero-anterior. Cardo subtriangular, escle- rotinizado e unido na base. Lábio (fig. 10) com pré-mento I curto, esclerotinizado na região basal e com 2 pares de cerdas; pré-mento II estreito e em- butido na região distai do pós-mento; pós-mento alongado, subtriangular, com 2 pares de cerdas ante- riores e 1 par basal; lígula curta e arredondada. Palpos labiais 2-segmentados; segmento apical (fig. 12) com microcerda lateral interna (LSI). Torax (fig. 1) ligeiramente mais largo que a cabeça. Pro- itoto mais escuro e aproximadamente do mesmo comprimento que meso- e metatórax juntos. Pros- terno com 2 pares de cerdas anteriores e 1 par de cerdas basais. Com 1 par de espiráculos bíforos êrandes localizados na região látero-anterior do me- sosterno. Pernas (fig. 5) com 5 segmentos; coxa curta e larga; trocânter triangular; fêmur mais longo ^lue a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais; todos os segmentos, exceto tarsúngulo, possuem cerdas espessas e curtas associadas a longas e delgadas. Abdômen (fig. 1) aproximadamente da mesma lar- gura do tórax e com 9 segmentos visíveis de cima, 9. ° segmento (figs. 6-8) com região dorsal côncava, com ápice ligeiramente bifurcado e marginado por tubérculos dentiformes que decrescem de tamanho do ápice para a base; com 1 par de cerdas sub- apicais dorsais e muitas cerdas laterais e ventrais. 10. ® segmento (figs. 6 e 8) tubular e ventral, com várias cerdas laterais e 1 fileira subapical; sem gan- chos anais. l.°-8.® segmentos abdominais com 1 par de espiráculos bíforos localizados lateralmente. Aber- tura anal transversal, elíptica e marginada de cerdas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Santa Cruz das Palmeiras (Fazenda Glória), 09.xi.l985, L.R. Fontes col., 2 larvas fixadas, 3 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos As larvas de Heteroderes rufangulus foram cole- tadas no solo, próximo a raízes de cana-de-açúcar atacadas por cupins. Em laboratório foram alimen- tadas com operários de Isoptera. O período pupal foi em média 17 dias. Larvas deste gênero (//. laurenti Guérin) descri- tas por Cockerham (1936) constituíam pragas sérias de batatas nos Estados Unidos. Discussão A larva de H. rufangulus é muito semelhante às larvas de Conoderini em geral. A presença de LSI no palpo labial, coloca este gênero de Conoderini mais próximo de Agrypnini do que de Pyrophorini. Platycrepidius bícinctus Candèze, 1859 (Estampa 57, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 25,0 mm; largura do protórax: 4,0 mm. Elateriforme (fig. 1) e muito achatada dorso-ventralmente. Amarela, com cabeça, 1.® e 2.® tergitos torácicos, prosterno e manchas late- rais no l.®-8.® tergitos abdominais, castanhos. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata, fortemente escle- rotinizada, pigmentada e deprimida. Sutura epicra- nial presente. Sutura coronal muito curta. Ramos frontais em forma de lira. Um estema bem desen- volvido, localizado lateralmente próximo à área de articulação da antena. Fronte (fig. 8) com 2 pares de cerdas mediano-anteriores e 1 par mediano-pos- terior. Nasal (fig. 8) 3-denteado dorsalmente e 2-denteado ventralmente; com 1 fileira de dentículos abaixo dos dentes ventrais; região dorsal com 5 cer- das e 5 dentículos entre o dente lateral e a margem anterior da fronte, e 4 cerdas de cada lado do dente central. Suturas guiares (fig. 5) presentes e bem desenvolvidas, bifurcando-se na base, formando uma gula pequena, triangular e membranosa. Áreas ge- nais com uma carena lateral com 2 cerdas longas. Antena (fig. 10) 3-segmentada; AS2 presentes no 1. ® e 2.® segmentos; AS3 formado por 1 cerda longa e várias curtas; 1.® e 2.® segmentos aproximada- mente do mesmo comprimento e com várias cerdas; 2. ® segmento com pequeno cone sensorial e 1 mi- cro ASl apical; 3.® segmento pequeno, com 1 cerda longa e várias curtas no ápice. Mandíbula (figs. 14 e 15) simétricas, arqueadas, com 1 cerda dorso-Iate- ral curta; penicilo ausente. Carena hipocefálica (fig. 5) bem desenvolvida, quase atingindo a base da cabeça e com 3 pares de cerdas. Maxila (fig. 9) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea palpiforme, 2-segmentada; lacínia mem- branosa e com franja de cerdas; estipe alongado. Cardo formado por 2 escleritos pequenos e alon- gados. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 4-segmentados e sem cerdas. Lábio (fig. 9) com cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 148 ELATERIDAE pré-mento I curto; pré-mento II estreito, embutido na região distai do pós-mento; pós-mento triangular com 1 par de cerdas anteriores e 1 par basal; lígula curta e arredondada. Palpos labiais 2-segmentados; 2 LS2; segmento apical com numerosas papilas sen- soriais no ápice. Região pós-gular com 3 pares de escleritos: 1 par de Pl, fundidos; 1 par de P2 e 1 par de P4 em forma de faixa estreita, perto da sutura guiar; com 3 pares de cerdas; 1 par de Sl, S2 e S3. Tórax mais escuro que o abdômen; protórax quase do mesmo comprimento que meso- e metatórax jun- tos. Prostcrno com 1 par de cerdas anteriores. Um par de espiráculos bíforos e grandes localizados látero-anteriormente no mesotórax. Pernas (fig. 12) curtas e robustas com cerdas espessas e curtas asso- ciadas a cerdas longas e delgadas; com 5 segmentos; coxa larga e curta; trocânter triangular; fêmur mais longo e mais largo que tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais. Abdômen fortemente esclerotinizado, com muitas cerdas e 9 segmentos visíveis de cima. l.°-8.° segmentos com 1 par de manchas dorsais arredondadas castanhas, e 1 par de espiráculos bífo- ros laterais. 9.° segmento (figs. 7, 11 e 13) bifur- cado no ápice, com vários tubérculos pequenos na margem lateral, região dorsal com 2 áreas circulares côncavas e algumas cerdas curtas. 10.° segmento (figs. 7 e 13) menor, tubular, com vários tubérculos laterais pequenos e 2 ganchos anais. Abertura anal arredondada. Pupa (figs. 2 e 6). Adéctica e exarata. Amarelada e glabra. Protórax com 2 prolongamentos na margem anterior e 2 outros no ápice de cada ângulo poste- rior. Ápice do abdômen esclerotinizado e bifurcado. Órgãos dioneiformes laterais ausentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesó- polis (Estação Biológica de Boracéia), 1968, E.X. Rabello col., 13 larvas fixadas, 1 larva criada até pupa e 4 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 26.xi.1968, E.X. Rabello col., 3 larvas e 1 adulto fixados (MZUSP); Búzios, 17.X.1963, 1 larva e 1 pupa fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas foram coletadas na axila de folhas de bro- mélia, onde provavelmente alimentam-se principal- mente de larvas de Diptera e de Coleoptera (Scirti- dae). A microfauna deste ambiente é muito rica e compreende vários pequenos outros insetos assim como outros artrópodes. As larvas de Playcrepidius bicinctus estão bem adaptadas a viver nesse habitat e possuem o corpo extremamente achatado dorso- ventralmente. Discussão Dentre os Pachyderini, P. bicinctus é a única espé- cie com formas imaturas conhecidas. A larva desta espécie assemelha-se a Pyrophorini pela ausência de LSI no palpo labial e pelo mesmo número de escleritos na região pós-gular; difere pela ausência de S4 na região pós-gular e pelo corpo extremamente achatado dorso-ventralmente (Casari- -Chen, 1986). Physorhinus distigma Candèze, 1859 (Estampa 58, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento; 16,0 mm; largura do protórax: 1,7 mm. Elateriforme (figs. 1 e 2), subei- líndrica e fortemente esclerotinizada. Castanho-ama- relada, com mandíbulas, região anterior da fronte e hipóstoma, negros; demais partes da cabeça, pro- e mesotórax, pernas e 2 manchas dorsais nos tergitos l.°-8.° e 9.° segmento abdominal castanho-averme- Ihados; tergitos com pontuação grossa e clara, distri- buída principalmente sobre as 2 manchas castanho- avermelhadas. Cabeça prognata, fortemente esclerotinizada e pigmentada; levemente deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Um estema hialino localizado lateral- mente abaixo da articulação da antena. Fronte (fig. 7) com 2 pares de cerdas mediano-anteriores. Nasal (fig. 7) com 1 dente dorsal bem desenvolvido, com cerdas de cada lado, e sem dentes ventrais. Sutura guiar bem desenvolvida; gula ausente. Antenas (fig. 5) encaixadas em 1 depressão látero-dorsal da man- díbula; 3-segmentadas; l.° segmento mais longo que os 2 seguintes juntos, com 1 AS2; 2.° segmento sem cone mas com área membranosa sensorial api- cal; 3.° segmento pequeno, com várias AS3 curtas no ápice; AS3 longa ausente. Mandíbulas (figs. 10- 12) móveis, simétricas e robustas; região dorsal mais elevada e com sulco longitudinal paralelo à região mesal; com retináculo pequeno e penicilo curto; com depressão látero-dorsal larga onde se alojam as antenas. Carena hipocefálica iniciando-se no terço anterior da cápsula cefálica e não atingindo a base da mesma. Maxila (fig. 6) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea palpiforme, 2-segmentada; segmento apical com microcerdas no ápice; lacínia membranosa e com franja de cerdas. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 4-segmen- cm i SciELO .2 13 14 15 16 17 lí 19 20 ELATERIDAE 149 tados; segmento distai com microcerdas no ápice. Estipe alongado, com 2 cerdas látero-anteriores. Cardo reduzido e dividido, disposto perpendicular- mente aos estipes rebatidos na fig. 6. Lábio (fig. 6) com pré-mento I curto, com 1 par de cerdas mediano-anteriores; pré-mento II estreito e embutido na região distai do pós-mento; pós-mento alongado com 1 par de cerdas basais; lígula pouco desenvol- vida. Palpos labiais 2-segmentados; l.° segmento com 1 LS2; segmento apical com microcerdas no ápice. Região pós-gular com escleritos fundidos, em forma de V invertido, com 1 par de SI e 3 poros sensoriais na base de cada microcerda. Protórax mais longo que meso- e metatórax juntos, com 2 grupos de cerdas laterais; meso- e metatórax com pontuação grossa e clara sobre 1 mancha lateral mais escura e algumas cerdas laterais. Prosterno largo, longo, com 1 par de cerdas anteriores. Pernas (fig. 9) curtas e espessas, inseridas na linha mediana proximal do tórax; bem esclerotinizadas, com mui- tas cerdas espessas e curtas associadas a algumas finas e delgadas; com 5 segmentos; coxa larga e curta; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 1 cerda basal. Um par de espiráculos bíforos e grandes localizados na região anterior do mesosterno. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de cerdas dorsais e 1 par lateral; com 1 mancha lateral mais escura, com pontuação grossa e clara, que aumenta de tamanho da base para o ápice do abdô- men; com 1 par de espiráculos bíforos do mesmo tamanho, localizados lateralmente. 9.° segmento (fig. 8) castanho-avermelhado, totalmente coberto com pontuação grossa e clara; com 2 pares de tubérculos mediano-dorsais e 2 depressões longitudinais próxi- mas à base; região subapical constrita, com 2 pares de tubérculos anteriores à constrição e 5 tubérculos apicais; com 1 ou mais cerdas na base de cada tubérculo e várias cerdas laterais. 10.° segmento (fig. 8) tubular, muito curto, localizado ventral- mente ao 9.°. Abertura anal circular e contornada por cerdas. Pupa (fig. 3). Adéctica e exarata. Amarelada, co- berta por densa pubescência fina e clara. Protórax com 1 par de prolongamentos nos ângulos anteriores e 1 nos ângulos posteriores, aproximadamente do mesmo tamanho, e 1 par menor, na região mediano- -basal. Último segmento abdominal com pilosidade mais longa e com 1 par de urogonfos filiformes, curtos e pilosos. Órgãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo (Muri), 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col.. 1 pupa fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP). São Paulo. Peruíbe, 24-25 .vi. 1980, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas e 11 larvas criadas até adulto (MZUSP), ibidem, 17.xii.1980, Exp. MZUSP col., 1 pupa fixada e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas desta espécie foram coletadas subcortical- mente em troncos caídos e criadas em laboratório. O período pupal foi em média 15 dias. Discussão São conhecidas larvas de 3 espécies de Phy- sorbinus: P. erythrocephalus e P. xanthocephalus (descritas por Costa, 1977) e P. distigma (descrita por Costa e Casari-Chen, 1984). As larvas das 3 espécies são muito parecidas, diferindo apenas em pequenos detalhes relacionados com a pontuação, quetotaxia e tamanho dos tubérculos do 9.° seg- mento. A ausência do cone sensorial no 2.® segmen- to da antena e cardo dividido longitudinalmente po- dem vir a serem utilizados como caráter genérico. Anchastus brunneofasciatus Schwarz, 1906 (Estampa 59, figs. 1-11) Larva madura. Comprimento; 17,0 mm; largura do protórax: 2,0 mm. Elateriforme (figs. 1 e 2), cilín- drica com tegumento bem esclerotinizado. Amare- lada, com cabeça, protórax, pernas, 8.° e 9.° ester- nitos, castanho-amarelados; regiões dorsal e laterais com pontuação grossa e mais escura. Cabeça prognata, fortemente pigmentada e ligei- ramente deprimida. Sutura epicranial presente. Su- tura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Estemas ausentes. Fronte (fig. 9) com pontua- ção grossa e esparsa e 1 par de cerdas mediano-an- teriores. Nasal (fig. 9) com 1 dente mediano-dorsal com cerdas laterais e 1 dente ventral, mais desen- volvido que o anterior. Suturas guiares curtas, em forma de Y; gula muito pequena e estreita. Antenas (fig. 5) 3-segmentadas, encaixadas em 1 depressão dorso-lateral da mandíbula; l.° segmento mais longo que os demais juntos; 2.° segmento com cone sen- sorial membranoso ventro-apical e 10 micro ASl; 3.° segmento menor que os demais, com 2 AS3 e várias microcerdas apicais. Mandíbulas (figs. 10 e 1 1 ) móveis, simétricas, robustas com penicilo bem desenvolvido; região dorsal mais elevada e com sulco longitudinal paralelo à margem interna. Em larvas cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 150 ELATERIDAE recém mudadas as mandíbulas possuem retináculo diminuto. Carena hipocefálica iniciando-se na base da mandíbula e se dirigindo paralelamente ao estipe e convergindo levemente abaixo do cardo. Maxila (fig. 7) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea palpiformc e 2-segmentada; segmento apical com muitas cerdas no ápice; lacínia bem desenvolvida c com muitas cerdas. Palpífero presente e membranoso. Palpos maxilares 4-segmen- tados. Estipe alongado e com 3 cerdas subapicais. Cardo reduzido e dividido. Lábio (fig. 7) com pré- -mento I curto, com 2 pares de cerdas; pre-mento II estreito e embutido na região distai do pós-mento; pós-mento alongado, sub-retangular, com 1 par de cerdas anteriores e 1 par basal. Lígula curta, arre- dondada e com várias cerdas curtas no ápice. Palpos labiais 2-segmentados. Região pós-gular com 1 par de escleritos muito desenvolvidos (PI ) e P5 fun- didos, de forma triangular; com 5 pares de cerdas: 1 par de Sl, 1 par de S3 e 3 pares de S5. Protórax ligeiramente mais longo que meso- e metatórax jun- tos; pronoto com 2 pares de sulcos pequenos, trans- versais anteriores; com 1 carena transversal anterior limitando a faixa membranosa e outra mais leve e interrompida na região mediana, limitando a faixa membranosa basal; com 4 cerdas laterais. Meso- e metanoto com 1 carena transversal abaixo da mar- gem anterior, e com 3 cerdas laterais. Um par de espiráculos bíforos localizados no mesosterno. Per- nas (fig. 8) curtas, robustas, inseridas na região mediana do tórax; com cerdas espessas e curtas asso- ciadas a longas e delgadas; com 5 segmentos; coxa larga e curta; troncânter triangular; fêmur mais es- pesso que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 carena transversal, interrompida no meio, abaixo da margem anterior; com 2 cerdas e 1 par de espiráculos bíforos laterais; 8.° e 9.° tergitos mais escuros e com pontuação mais mar- cada. 9° segmento arredondado, gradualmente afi- lado com espinho apical curto; com várias cerdas dorsais, laterais e ventrais e com 2 pares de depres- sões longitudinais dorsais, próximas à base; com carena transversal próxima à base, acima da qual é lisa. 10.0 segmento (fig. 6) oval e ventral. Abertura anal circular e marginada por densa franja de cerdas longas e escuras. Pupa (fig. 3). Adéctica e exarata. Amarelada e glabra. Protórax com 2 projeções nos ângulos ante- riores e 2 nos posteriores. Último segmento abdo- minal com 1 par de urogonfos unciformes pequenos. Órgãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. Mato Grosso. Li- moeiro (10 Km. S. da Ilha de Taiamã), 08.viii.l980, L.R. Fontes col., 9 larvas, 4 pupas e 9 adultos fixados e 5 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos As larvas desta espécie foram coletadas em ninho epígeo de Anoplotermes sp., em Limoeiro (MT). De acordo com o coletor, esta região é pantanosa, com solo escuro e muitas árvores com 7-15 m de altura formando uma cobertura contínua. O ninho foi en- contrado num lugar menos pantanoso e era mais ou menos cilíndrico, alargado na base e parcialmente preso à parte basal de uma árvore viva. Estava par- cialmente atacado por formigas. Uma larva e um adulto de Veturius transversas (Passalidae) foram coletados junto com A. brunneofasciatus. Algumas larvas empuparam antes de chegarem ao laboratório. O período pupal foi em média 12 dias. Discussão O conhecimento das larvas de Anchastus é ainda bastante incipiente, conhecendo-se larvas de 2 espé- cies: A. aquilus da região Oriental descrita por Ohira (1962) e A. brunneofasciatus descrita por Cos- ta e Casari-Chen (1984). Não há possibilidade de se fazer nenhuma com- paração. Semiotus íntermedius Herbst, 1806 (Estampa 60, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 26,0 mm; largura do protórax: 4,5 mm. Elateriforme (fig. 1), achatada dorso-ventralmente, muito esclerotinizada e bastante pilosa. Região dorsal castanho-avermelhada com mandíbulas e região anterior da cápsula cefálica cas- tanho-escuras; cabeça, protórax, meso- e metanoto, castanho-avermelhados mais escuro que as demais regiões do corpo; meso- e metasterno e l.°-8.° ester- nitos abdominais amarelados com manchas casta- nho-avermelhadas; 9.° e 10.° segmentos totalmente castanho-avermelhados. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata, fortemente escle- rotinizada e levemente deprimida. Sutura epicranial vestigal, em forma de lira. Sutura coronal ausente. Um par de estemas localizados lateralmente na base das antenas. Fronte parcialmente fundida à cápsula cefálica, com 2 lobos paranasais arredondados com 6 pares de cerdas: 5 pares mediano-anteriores e 1 par mediano-posterior. Nasal (fig. 14) proeminente. ELATERIDAE 151 bilobado no ápice e com cerdas laterais. Suturas guiares curtas; gula estreita e curta. Áreas genais com 1 cerda longa e 2 curtas dispostas em fileiras oblíquas próximas à margem látero-dorsal. Antenas 13) 3-segmentadas; l.° e 2.° segmentos glabros, aproximadamente do mesmo comprimento; 2° seg- uiento com pequeno apêndice sensorial apical e 2 micro ASl; 3.“ segmento menor e com 4 AS3 api- cais e 3 micro AS3. Mandíbulas (figs. 10 e 11) móveis, simétricas, com retináculo e penicilo; região dorsal mais elevada na base, com 1 cerda lateral e 1 sulco longitudinal iniciando-se na margem lateral externa não atingindo a base. Carena hipocefálica 5) bem desenvolvida, não atingindo a base da cabeça. Maxila (fig. 12) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea palpiforme e 2-segmentada; lacínia membranosa com franja de cerdas. Palpífero membranoso. Palpos maxilares “^■segmentados e glabros. Estipe alongado, com 2 cerdas látero-anteriores. Cardo bem desenvolvido, triangular e dobrado perpendicularmente ao estipe (rebatido na fig. 12). Lábio (fig. 12) com pré- ■mento I curto, com 1 par de cerdas longas; pré-mento II estreito e embutido na região distai do Pós-mento; pós-mento alongado com 2 pares de cer- das anteriores e 1 par basal. Lígula ausente. Palpos isbiais glabros e 2-segmentados. Região pós-gular com 2 pares de escleritos (PI e P2) sendo PI mais desenvolvido; com 2 pares de cerdas; 1 par de Sl, ^2 e vários pontos sensoriais. Protórax trapezoidal, bgeiramente mais largo que a cabeça, mais longo ^ue o meso tórax; com 2 depressões dorsais e 2 gru- Pos de cerdas laterais. Meso- e metatórax com mar- Êens laterais arredondadas e com várias cerdas; região dorsal com pequenas depressões próximas à margem interior e 1 par de cerdas dorso-laterais próximas ^ base. Prosterno triangular e sem cerdas. Um par de espiráculos bíforos grandes localizados lateral- 'ttente, na margem anterior do mesotórax. Pernas (%• 9) curtas, com cerdas curtas e espessas asso- ciadas a cerdas longas e delgadas; com 5 segmentos; coxa larga e curta; troncânter triangular; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.° segmentos com margens laterais arredondadas com feixe de cerdas e com 1 ou 2 pares de cerdas dorsais próximas à base; com 1 par de espiráculos bíforos localizados lateralmente na mar- gem anterior de cada segmento. 2.°-8.° segmentos com esculturações dorsais e ventrais. 9.° segmento (figs. 7, 8) com pontuação grossa, com 2 depres- sões dorsais arredondadas e várias cerdas laterais longas; ângulos posteriores proeminentes, com vá- rias cerdas e 2 tubérculos apicais, sendo o interno maior e ligeiramente convergente; região subapical lateral com 3 tubérculos pequenos. 10.“ segmento (fig. 8) anelar, vcntral e marginado por tubérculos; com 2 pares de cerdas. Abertura anal longitudinal, entre os 2 lobos anais. Pupa (figs. 2 e 6). Adéctica e exarata. Amarelada e glabra. Protórax com 1 par de projeções diminutas nos ângulos posteriores. Espiráculos anulares; últi- mo segmento abdominal (fig. 6) com 1 par de pro- jeções espiniformes, pequenas e bífidas, distais. Órgãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo (Muri), 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP). São Paulo. Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 20-22.iv.l982, Exp. MZUSP col., 5 larvas fixadas, 1 larva criada até pupa e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, Oó.x.1982, Exp. MZUSP col., 3 larvas fixa- das (MZUSP); ibidem, ll-13.iv.l983, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada e 1 adulto recém-nascido com as últimas exúvias (MZUSP); São Paulo (Agua Funda), 13.viii.l965, C. Costa col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas desta espécie foram coletadas embaixo de casca de troncos semi-apodrecidos. Em laboratório foram alimentadas com operários, de Isoptera. O período pupal foi em média 13 dias. Semiotus ligneus Lineu, 1767 (Estampa 61, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 27,0 mm; largura máxima do protórax: 4,5 mm. Elateriforme (fig. 1), achatada dorso-ventralmente e fortemente escleroti- nizada. Castanho-avermelhada, com mandíbulas cas- tanho-escuras; região ventral mais clara que a dor- sal; pouco pilosa. Cabeça (figs. 5 e 6) prognata, fortemente escle- rotinizada e pigmentada. Sutura epicranial vestigial, em forma de lira. Sutura coronal ausente. Um par de estemas localizados lateralmente na base das antenas. Fronte parcialmcnte fundida à cápsula cefá- lica, com 2 lobos paranasais arredondados e com 5 pares de cerdas mediano-anteriores e 1 par me- diano-posterior. Nasal (fig. 8) proeminente, bilo- bado no ápice e com cerdas laterais. Suturas guiares (fig. 6) curtas; gula curta e estreita. Áreas genais com 1 cerda longa e 2 curtas dispostas em fileiras 152 ELATERIDAE longitudinais próximas à margem látero-dorsal. An- tenas (fig. 9) glabras c 3-segmentadas; 2.° segmento mais curto que o l.° e com pequeno cone sensorial membranoso no ápice e 2 micro ASl; 3.° segmento muito pequeno com 5 AS3 mais longas e 1 curta. Mandíbulas (figs. 10 e 11) móveis, simétricas, com retináculo e penicilo; região dorsal mais elevada na base e com 1 sulco longitudinal iniciando-se na margem lateral externa e não atingindo a base. Ca- rena hipocefálica (fig. 6) bem desenvolvida, não atingindo a base da cabeça. Maxila (fig. 7) estrei- tamente aderida ao lábio formando peça única; com gálca palpiforme e 2- segmentada; lacínia membra- nosa e com franja de cerdas. Palpífero presente. Palpos maxilares 4-segmentados e glabros. Estipe alongado e com 2 cerdas látero-anteriores. Cardo triangular, bem desenvolvido, dobrado perpendicular- mente aos estipes (rebatidos ria fig. 7). Lábio (fig. 7) com pré-mento I curto, com 1 par de cerdas longas; pré-mento II estreito e embutido na região distai do pós-mento; pós-mento alongado, com 2 pares de cerdas anteriores e 1 par basal. Lígula ausente. Palpos labiais glabros e 2-segmentados. Re- gião pós-gular com 2 pares de escleritos (PI e P2) sendo PI mais desenvolvido; 3 pares de cerdas: 1 par de Sl, S2 e S3 e muitos pontos sensoriais. Protórax subtrapezoidal, mais longo que o mesotórax, com 8 pares de cerdas laterais inseridas em 4 pontos; região dorsal com pontuação grossa, muito esparsa; com faixa transversal mediana dorsal mais escura; meso- e metatórax com pontuação muito grossa próxima à margem anterior e com 1 par de cerdas laterais e 2 pares dorsais. Prosterno triangular e sem cerdas. Um par de espiráculos bíforos e grandes localizados na região anterior do mesosterno. Pernas (fig. 12) curtas, com cerdas espessas e curtas asso- ciadas 0 cerdas longas e delgadas, e com 5 segmen- tos; coxa larga e curta; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.o segmentos com 1 feixe de cerdas laterais e 1 par dorsal próximo à base; região dorsal com pontuação grossa e densa próxima a margem ante- rior; com pequenas áreas mais profundas partindo da margem anterior; com 1 par de espiráculos bí- foros localizados lateralmente; região ventral do 1.0-8.° segmentos com marcas laterais em forma de C invertido. 2.°-6P segmentos com esculturação dorsal, próxima à margem anterior. 9.® segmento (figs. 3 e 4) subquadrangular, totalmente coberto por pontuação grossa, com 2 depressões dorsais e várias laterais; ápice com 2 pares de tubérculos, sen- do o mediano fortemente convergente. 10.® segmento (fig. 4) anular, ventral, marginado por pequenos tubérculos e cerdas curtas. Abertura anal longitudi- nal, entre 2 lobos anais. Material examinado. BRASIL. Pará. Santarém (Fa- zenda Taperinlia), 01.xii.l970, N. Papavero col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). São Paulo. Peruíbe (Barra do Una), 17.X.1980, Exp. MZUSP col., 3 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos A larva desta espécie coletada em Santarém (PA) foi encontrada em mandioca semi-apodrecida, jun- tamente com grande quantidade de larvas de Herme- tia illucens (Diptera, Stratiomyidae). A larva de Semiotus alimentava-se das larvas de Diptera, sor- vendo-lhes todo o conteúdo, deixando intacto apenas o exoesqueleto. O período pupal desta larva durou 21 dias (Costa, 1972). As larvas coletadas em Peruíbe (SP) foram en- contradas embaixo de casca de tronco semi-apodre- cido. Discussão Convém ressaltar que as larvas de Semiotus inter- medius e S. ligneus são bastante parecidas entre si, diferindo principalmente pelos tubérculos do ápice do 9.® segmento abdominal. Além disso, estas 2 es- pécies apresentam fronte parcialmente fundida a cápsula cefálica, o que parece não ocorrer em outros Elateridae e lobos paranasais salientes e arredon- dados. Horistonotus sp. (Estampa 62, figs. 1-16) Larva. Comprimento: 29,0 mm; largura do tórax: 0,8 mm. Vermiforme (fig. 1). Cilíndrica, delgada, aparentemente multisegmentada. Branco-leitosa com cabeça e pronoto castanho-amarelados, sendo a ca- beça mais escura; mandíbulas castanho-escuras. Cabeça (figs. 2 e 3) prognata, fortemente escle- rotinizada e levemente pigmentada; alongada e cilín- drica. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais ligeiramente sinuosos, em forma de V fechado. Fronte (fig. 8) estreita, com 2 pares de cerdas mediano-anteriores. Cápsula cefá- lica dorsal com 2 pares de cerdas próximas aos ramos frontais e 1 par látero-anterior. Estemas ausentes. Labro (fig. 8) sub-retangular alongado com margem ântero-lateral com franja de cerdas; região mediana anterior mais esclerotinizada e proeminente X 3 5 6 ciEL0> 13 14 15 16 17 18 19 20 ELATERIDAE 153 ® com 1 dente chanfrado; com 3 pares de cerdas dispostas em 2 fileiras longitudinais medianas. Epi- faringe (fig. 7) muito pilosa nas regiões mediana e anterior; margens laterais com microcerdas dispos- tas em semicírculos, dando a esta região um aspecto escamoso. Sutura guiar muito longa (fig. 4), apro- ximadamente 3/4 do comprimento da cápsula cefá- lica. Cápsula cefálica ventral com 1 par de cerdas eurtas. Antenas (figs. 6 e 6a) esclerotinÍ 2 adas e 3-segmentadas; l.° segmento curto; 2.° segmento alongado com 3 ASl e 1 cone sensorial membranoso; segmento curto, com 5 AS3, 2 das quais mais longas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13-16) móveis, simétricas, fortemente esclerotini- zadas; bilobadas (profundamente fendidas); lobo ventral simples; lobo dorsal 5-denteado; penicilo longo e franjado. Maxila (fig. 10) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; com gálea 2-segmentada; lacínia membranosa e pilosa; cerdas Plumosas; gálea e lacínia dispostas ligeiramente sbaixo dos palpos. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alongado, com fileira de cerdas simples pró- xima à margem lateral. Cardo não invaginado, trian- gular, com 1 cerda. Lábio (fig. 10) com pré-mento I nlongado e estreito, com 1 par de cerdas distais longas e 1 par proximal muito curto; pré-mento II curto, encaixado no pós-mento; pós-mento alongado, estreito, com pares de cerdas: 2 pares distais e 1 par proximal. Palpos labiais 2-segmentados; segmento distai com sulco longitudinal microscópico e micro- cerdas apicais. Região pós-gular sem escleritos e com 2 pares de Sl. Protórax ligeiramente mais longo 4ue meso- ou metatórax. Segmentos torácicos com cerdas curtas dorsais, ventrais e laterais mais con- centradas no protórax. Prostemo (fig. 2) triangu- lar e com 1 par de cerdas. Região mediana anterior do meso- e metasterno (fig. 2) com uma protube- rância digitiforme com cerdas apicais. Mesosterno com 1 par de espiráculos bíforos látero-anteriores. Pernas (figs. 2 e 3) aumentando ligeiramente de ta- manho das anteriores para as posteriores; com coxa larga e curta, com várias cerdas longas e delgadas; trocânter com cerdas distais delgadas; fêmur alon- gado, com cerdas delgadas e longas e cerdas largas com ápice arredondado em número aproximada- mente igual; tíbia curta, com poucas cerdas longas e delgadas e várias cerdas largas com ápice arredon- dado de tamanho variado, próximas ao ápice; tar- súngulo assetoso, côncavo, em forma de colher. Abdômen pouco esclerotinizado e com 9 segmentos visíveis de cima; l.u-7.° segmentos formados por 3 anéis subiguais, sendo o 1 .° anel com muitas cerdas curtas e com 1 par de papilas eversíveis dorso-late- rais, 1 par ventral e 1 espiráculo na base de cada papila dorso-lateral; 2.° anel glabro e 3.° com 2 cer- das dorso-laterais. 8.® segmento (figs. 9, 11 e 12) não dividido, ligeiramente mais longo que largo, com várias cerdas curtas, 1 par de papilas dorso-la- terais, 1 par ventral e 1 espiráculo na base de cada papila dorso-lateral. 9.° segmento (figs. 9, 11 e 12) com ápice bruscamente afilado, arredondado e com muitas cerdas. 10.° segmento (fig. 12) tubular, ven- tral e com apêndices palmados apicais. Abertura anal no 10.° segmento contornado pelos apêndices pal- mados. Material examinado. BRASIL. São Paulo, Santa Rosa do Viterbo (Usina Santa Amália), 20.iii.l986, J.S. Pinto col., 100 larvas lixadas (MZUSP); ibidem, 22.V.1986, Exp. MZUSP col., 30 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos de Horistonoíus sp. foram cole- tadas em plantação de cana-de-açúcar; as larvas em grande quantidade junto às raízes e os adultos nas partes aéreas das plantas. Discussão A larva de Horistonotus sp. concorda com a de H. uhlerii descrita por Hyslop (1915), entre outros caracteres, pelo número de dentículos da mandíbula, ausência de estemas e quetotaxia em geral. Convém salientar que as larvas de ambas as es- pécies possuem labro bem delimitado por uma sutu- ra. Esta estrutura é considerada por Hyslop (l.c.) como clípeo e por outros autores, Bôving e Crai- ghead (1931) e Peterson (1960), como nasal. Os “Cardiophorinae” possuem alguns caracteres que ocorrem nos estados plesiomórficos, e que re- presentam os extremos iniciais de séries de trans- formações ocorrentes em Elateroidea (labro presen- te, cardo não invaginado). Nos demais Elateroidea, esses caracteres se apresentam nos estados apomór- ficos. Isso parece indicar uma separação precoce desse grupo dos demais Elateroidea, com posterior especialização atestado por diversas autopomorfias (mandíbulas, pseudo-segmentação abdominal, papi- las anais). Uma análise cladística mais detalhada baseada em larvas e adultos provavelmente corro- borará essas idéias iniciais, e justificará a exclusão dos "Cardiophorinae” de Elateridae, adquirindo status de família. Essa separação já foi sugerida por Ohira (1962), que se baseou em caracteres larvais. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 154 CEBRIONIDAE THROSCIDAE LISSOMIDAE 45. CEBRIONIDAE (= Plastoceridae) Esta família contém cerca de 11 gêneros e 170 espécies que ocorrem primariamente em regiões ári- das da América do Norte e do Sul, Eurásia e África. No Brasil ocorrem cerca de 2 gêneros e 2 espécies. Adultos machos são alados enquanto as fêmeas são geralmente ápteras. Larvas elateriformes longas e cilíndricas, regu- larmente esclerotinizadas. Cabeça defletida; sutura coronal distinta. Mandíbulas robustas; margens ex- ternas formam carena aguda, voltada para cima. Antenas, lábio e maxilas não reduzidos. Prosterno muito alongado adiante das coxas, com margem anterior encobrindo as peças bucais; região cervical com membrana ventral eversível, grande. Pernas curtas e espinhosas. 9.® tergito grande e arredonda- do. 9.® esternito e 10.® segmento reduzidos e par- cialmente escondidos sob a margem posterior do 8.® esternito. Larvas ocorrem no solo e são aparentemente ri- zófagas. A família ocorre primariamente em regiões onde o clima é mais seco. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Schiõdte, 1869. 46. THROSCIDAE (= Trixagidae) Família que compreende 4 gêneros e aproxima- damente 190 espécies; 2 gêneros ocorrem na região Neotropical e no Brasil registram-se apenas 4 espé- cies de Aulonothroscus. Conhecem-se larvas de Tri- xagus dermestoides Lineu, da Europa e de Aulono- throscus constrictor Say, da Neártica. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas com tegumento pouco esclerotinizado, fu- siforme, cabeça pequena e pernas reduzidas. Ante- na 3-segmentada, muito curta, com sensório mais longo que o segmento distai. Mandíbulas bem escle- rotinizadas, achatadas, com margens laterais semi- circulares; fundidas à cápsula cefálica, imóveis. Ma- xilas alongadas, com mala unilobada. Palpo maxilar 3-segmentado. Lígula reduzida, membranosa. Hipo- faringe com escleroma transversal e prolongamentos membranosos. Região ventral do protórax com 1 par de escleromas longitudinais em forma de V inverti- do. Pernas 5-segmentadas, tarsúngulo unguliforme, bissetoso. 9.® tergito abdominal com 2 urogonfos fi- xos, pequenos. 10.® segmento bem desenvolvido e mais ou menos terminal. Larvas desta família são encontradas nas camadas superficiais de solos úmidos, logo abaixo do folhiço. Ocorrem associadas às raízes e provavelmente ali- mentam-se dos sucos extraídos de micorrizas, apre- sentando digestão extra-oral. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Burako- wiski, 1973; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Pe- terson, 1960. 47. LISSOMIDAE (Estampa 63) Lissominae foi considerada a nível de família por Burakowiski (1973, 1975). Compreende 4 gêneros e cerca de 130 espécies, das quais 22 ocorrem no Brasil. Drapeies só não ocorre na região Australia- na; Lissomus distribui-se pelas regiões Neotropical, Oriental e Etiópia; Paradrapetes e Hypochaetes são exclusivamente neotropicais. Conhecem-se larvas de Drapeies biguttatus (Pü" ler), da Europa e D. gemminatus Say, da Neártica. Em laboratório criamos várias espécies de Dra- peies sp., cuja larva concorda bastante bem com as já descritas para este gênero. Também criamos lar- vas de Lissomus sp., cuja descrição é apresentada pela primeira vez aqui. Larvas achatadas dorso-ventralmente, geralmente bem esclerotinizadas, com micro-espículos nos ter- gitos abdominais. Cabeça prognata. Sutura epicra- nial em forma de lira, com base alargada. Sutura coronal ausente. Antenas curtas, 3-segmentadas. Mandíbulas com retináculo bilobado e penicilo pre- sente. Palpos maxilares 3-segmentados. Lígula re- duzida. Pernas curtas, 5-segmentadas, coxas bem desenvolvidas, tarsúngulo bisetoso. 9.® segmento com ápice bifurcado. 10.® segmento ventral, arre- dondado, marginado por espinhos. Larvas e adultos ocorrem juntos sob casca de troncos caídos, no interior da mata. Segundo Bura- kowiski (1973) larvas foram encontradas subcor- ticalmente em troncos, associadas a fungos do gêne- ro Polyporus sp. Referências: Burakowiski, 1973, 1975. Lissomus sp. (Estampa 63, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 14,0 mm; maior lar- gura do protórax: 2,5 mm. Achatada dorso-ventral- LISSOMIDAE EUCNEMIDAE 155 •nente; amarelada, com cabeça castanho-escura e ^pice do abdômen castanho-avermelhado; forte- mente esclerotinizada (fig. 11). Cabeça (figs. 1 e 2) prognata, fortemente pig- mentada, fortemente esclerotinizada e levemente deprimida. Sutura epicranial em forma de lira com ^ase truncada. Sutura coronal ausente. Estemas au- sentes. Fronte (fig. 5) proeminente na frente com 2 lobos paranasais arredondados e cobertos por den- sa franja de cerdas no ápice e na margem lateral mterna. Nasal (fig. 5) sem dentes. Suturas guiares 1) inclinadas, unindo-se anteriormente, dando ^ gula uma forma triangular. Carena hipocefálica (^■g. 1) longa, atingindo todo o comprimento da cabeça. Áreas genais com várias cerdas; região dor- sal com 1 cerda longa e 3 curtas dispostas em fi- leira partindo da base, paralela à margem lateral. Antenas (figs. 10 e 10a) curtas, 3-segmentadas, mseridas numa cavidade da margem externa das mandíbulas; l.° e 2.° segmentos alongados, sendo ® 1° mais longo que o 2.°; 2.° segmento com área membranosa no ápice; 3.° segmento muito curto. ^2ças bucais protraídas e bem desenvolvidas. Man- díbulas (figs. 7 e 8) móveis, simétricas, côncavas na margem lateral externa; região dorsal com 1 cerda subapical; retináculo bilobado e penicilo formado Por cerdas claras. Maxila e lábio unidos formando 0 hipóstoma (fig. 4). Gálea (fig. 4) 2-segmentada '^om muitas cerdas no ápice; lacínia arredondada, mais curta que a gálea e com muitas cerdas finas, ^slpos maxilares 3-segmentados. Estipe alongado. Cardo reduzido, triangular, com área esclerotinizada ^m forma de V; mantém-se em posição perpendi- '^ular ao estipes (na figura encontra-se rebatido). Lábio (fig. 4) longo e estreito; pré-mento I com 1 par de cerdas; pós-mento muito longo, estreitado 'lo ápice; com 2 pares de cerdas, um anterior e 1 próximo à base. Lígula curta e arredondada, com 2 cerdas apicais. Protórax (fig. 11) ligeiramente mais estreito na frente e mais longo que o meso- e metatórax juntos. Prosterno em forma de W. Meso- rórax com 1 par de espiráculos bíforos localizados ''entro-lateralmente, próximos à margem anterior. Pernas (fig. 9) curtas e espessas, com cerdas longas ® delgadas associadas a cerdas curtas e grossas; co- xas largas, inseridas ventro-lateralmente de tal modo 9ue suas margens internas quase se tocam; trocân- ter alongado, bem desenvolvido; fêmur e tíbia mais curtos e mais delgados que o trocânter; tarsúngulo com 1 cerda. Abdômen (fig. 11) da largura do tó- rax, com 9 segmentos visíveis de cima; 2.®-6.° seg- mentos com área dorsal coberta por micro tríquias; 7.° segmento com 2 pequenas áreas dorso-laterais com microtríquias. Segmento 9.° (figs. 3 e 6) com pontuação grossa, exceto 2 áreas alongadas dorsais, e várias cerdas; ápice com 2 pares de espinhos late- rais, sendo o ventral fortemente convergente. Seg- mento 10.® (fig. 6) reduzido, ventral, oval e mar- ginado anteriormente por espinhos bem desenvolvi- dos e outros menores na região basal. Abertura anal longitudinal, situada entre 2 lobos, cada um com área semicircular coberta por pequenos espi- nhos. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo, 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto, e 1 adulto recém-nascido associado às exúvias larval e pupal (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas subcorticalmente em troncos caídos no interior da mata. Larvas pouco ativas. Discussão A posição sistemática de Lissomidae é bastante controversa; esta família tem sido incluída ora em Throscidae ora em Elateridae. Distingue-se de Ela- teridae pela presença de palpos maxilares 3-seg- mentados. Essa condição ocorre nos Throscidae, grupo muito distinto morfologicamente pelo corpo pouco esclerotinizado e fusiforme (bastante esclero- tinizado e deprimido em Lissomidae), cabeça redu- zida com mandíbulas sem retináculo ou penicilo, imóveis e fundidas à cápsula cefálica. Cumpre sa- lientar duas condições, provavelmente apomórficas, compartilhadas pelas larvas de Lissomidae e Semio- tinae (Elateridae): lobos paranasais muito salientes e arredondados, e abertura anal longitudinal entre dois lobos carnosos. Somente com a análise filoge- nética dos Elateroidea a posição destes grupos po- derá ser melhor estabelecida. 48 . EUCNEMIDAE ( = Melasidae, Phylloceridae — Estampa 64) Família com aproximadamente 190 gêneros e 1.200 espécies de distribuição mundial mais comu- mente encontrados nas regiões tropicais. No Brasil ocorrem aproximadamente 40 gêneros e 143 espé- cies. As larvas vivem como brocas de madeira ge- ralmente morta, são ápodes, de aspecto buprestóide. 156 EUCNEMIDAE com corpo achatado e cabeça muito pequena. Pa- rece que possuem digestão exíra-oral. Larvas alongadas, variando de pouco a fortemen- te deprimidas, e de fraca a fortemente esclerotiniza- das nas faces dorsal e ventral, às vezes com agrupa- mentos de espículos nos tergitos e estemitos. Cabeça cuneiforme em vista lateral, às vezes formando bor- do afilado na margem anterior. Peças bucais re- traídas e muito reduzidas. Mandíbulas projetadas ântero-lateralmente, com bordo externo cortante. Antenas e fronte reduzidas. Protórax às vezes alar- gado e geralmente com áreas esclerotinizadas ou hastes de suporte. Pernas muito reduzidas ou au- sentes. Suturas entre os tergitos e estemitos ausen- tes. 9.° tergito com ou sem urogonfos fixos. 10.° segmento reduzido e fundido com o 9.°. Espiráculos com estruturas de fechamento. Larvas broqueiam galerias em madeira morta, inclusive madeira relativamente “dura”. O alimento provavelmente consiste de bolores e produtos origi- nados pela ação decompositora de fungos, mas é possível que também secretem enzimas que possibi- litem digerir a celulose. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Mamayev, 1976; Peterson, 1960. Fomax sp. (Estampa 64, figs. 1-12; Estampa 153, fig. 1) Larva madura. Comprimento: 30,0 mm; largura do protórax: 2,5 mm. Ortossomática e deprimida (figs. 1 e 2). Amarelada e levemente esclerotinizada. Apode. Região intersegmentar constrita dando uma forma arredondada às margens laterais dos segmen- tos; notos, pleuras e esternos indistintos. Cabeça (figs. 7 e 8), cuneiforme, reduzida e extremamente modificada; prognata, fortemente de- primida e esclerotinizada; margens laterais e ante- rior serrilhadas. Sutura epicranial reduzida e em for- ma de U; ramos frontais sinuosos; nasal sem dentes (fig. 10). Sutura coronal e estemas ausentes. An- tenas (fig. 9) diminutas, 2-segmentadas, embutidas na cápsula cefálica; segmento basal cilíndrico; com cone acessório mais longo que o segmento distai. Peças bucais retraídas na cápsula cefálica, nas figs. 10 e 11 estão extrovertidas. Mandíbulas (fig. 11), simétricas, robustas, com margem externa denteada e dente apical curvo para fora, margem interna com sulco ventral. Maxilas (fig. 12) diminutas, estipe alongado, palpos maxilares 2-segmentados. Lábio (fig. 12) diminuto, com palpos labiais 2-segmenta- dos; l.° segmento com 1 cerda estiliforme. Tórax sem pernas. Protórax com 3 áreas esclerotinizadas dorsais e 3 ventrais, sendo a mediana mais clara. Meso- e metatórax com 1 área esclerotinizada, ova- lada, dorsal e 1 ventral. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares e bíforos localizados lateral- mente e maiores que os abdominais (fig. 3). Abdô- men 9-segmentado; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares e bíforos (figs. 3a e 3b) que decrescem ligeiramente de tamanho do l.° ao 8.°; l.°-7.° segmentos dorsais e l.°-8.° segmentos ven- trais com área semicircular e aréola esclerotinizada; 8.° segmento dorsal com apenas 1 área esclerotini- zada semicircular; 9.° segmento (fig. 6) arredonda- do, com abertura anal longitudinal situada na região mediana ventral e circundada por faixa irregular de espículos. 10.° segmento ausente. Pupa (fig. 4). Adéctica e exarata. Cabeça e pronoto com muitas cerdas curtas; pterotecas com fileira de cerdas curtas; metanoto com várias cerdas inseridas próximas à região mediana basal. Segmentos abdo- minais com muitas cerdas nas margens látero-ven- trais; l.° e 8.° segmentos com 1 par de espiráculos circulares, l.° e 8.° laterais, e 2.°-7.° dorsais; últi- mo segmento abdominal com ápice bilobado. Ór- gãos dioneiformes ausentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 15-17.X.1982, Exc. DZUSP col., 1 larva fbtada; ibidem, 22-25.X. 1982, Exc. DZUSP col., 5 larvas e 1 pupa fixadas, 2 pupas e 5 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas no interior de lenho de árvores caídas, no interior da mata. Larvas maduras prontas para empupar assumem a posição dobrada em forma de V em câmaras pupais na madeira (Estampa 153, fig. 1). Discussão As larvas neotropicais desta família são pratica- mente desconhecidas. Uma característica marcante destas larvas são as mandíbulas com margem exter- na cortante em posição látero-anterior na cabeça. Ford e Spilman (1979) apresentam detalhada com- paração deste tipo de mandíbula com a dos demais Coleoptera. CNEOGLOSSIDAE - LYCIDAE 157 Cantharoidea Superfamília que compreende as seguintes famí- lias: Brachypsectridae, Cneoglossidae, Homalisidae, Lycidae, Drilidae, Phengodidae, Telegeusidae, Lam- pyridae, Omethidae e Cantharidae. Destas famílias ocorrem no Brasil as seguintes: Cneoglossidae, Lyci- dae, Phengodidae, Lampyridae e Cantharidae. Larvas geralmente alongadas, às vezes com pro- cessos tergais laterais. Sutura epicranial às vezes ausente; sutura frontal, quando presente, quase sem- pre em forma de V. Antenas em geral 3-segmenta- das. Cabeça geralmente com 1 estema grande de cada lado. Labro reduzido, quase sempre fundido à cápsula cefálica, formando nasal. Mandíbulas sem niola, geralmente estreitas e sulcadas, divididas lon- gitudinalmente ou perfuradas. Gálea articulada, 1- ou 2-segmentada; lacínia reduzida. Cavidade bucal adaptada para dieta líquida, como em Elateroidea. Área de articulação maxilar reduzida, com estipe e cardo estreitamente articulados. Coxas mais ou me- nos largamente separadas; tarsúngulo bissetoso. 10.® segmento desprovido de brânquias ou opérculo, mas às vezes com ganchos ou órgãos tubulares. Órgãos luminescentes às vezes presentes na cabeça, nos lados do tronco, ou na extremidade apical dos segmentos abdominais. Espiráculos bíforos, raramentè com es- truturas de fechamento. Referências: Crowson, 1972; Gardner, 1946; Lawrence, 1982. 49. CNEOGLOSSIDAE Família monogenérica para Cneoglossa, gênero Neotropical, com 7 espécies, das quais 4 ocorrem no Brasil. Espécies geralmente pequenas (3-5 mm) com élitros escuros e pronoto bicolorido que enco- bre a cabeça. Larvas desconhecidas. 50. LYCIDAE (Estampas 65-66) Família com cerca de 150 gêneros e 3.500 espé- cies de distribuição mundial; no Brasil ocorrem cerca de 22 gêneros e 150 espécies. Em geral adul- tos e larvas apresentam coloração aposemática. Larvas alongadas, ligeiramente deprimidas, fre- qüentemente com processos laterais nos tergitos e/ ou pleuritos. Cabeça subquadrada ou alargada an- teriormente, às vezes parcialmente encoberta pelo protórax; sutura frontal indistinta; 3.® segmento antenal reduzido. Mandíbulas divididas longitudi- nalmente em 2 partes, bases mandibulares muito aproximadas, com ou sem cerdas. Estipes e mento completamente fundidos, sem sutura distinta. Espi- ráculos localizados na porção dorsal dos escleritos pleurais. 9.® tergito geralmente com urogonfos. 10.® segmento disciforme, ventral. Larvas ocorrem sob casca de árvores vivas ou mortas e em madeira apodrecida. As informações sobre os hábitos alimentares das larvas são contro- versas. Segundo Crowson (1967), elas seriam pre- dadoras de outras larvas; de acordo com Lawrence (1982), alimentar-se-iam de bolores ou dos produ- tos resultantes da ação decompositora de fungos. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Rosenberg, 1943; Withycombe, 1926; Young e Fischer, 1972. Calopteron sp. (Estampa 65, figs. 1-10) Larva rriadura. Comprimento: 15,0 mm; largura anterior do protórax: 0,7 mm; largura anterior do 1.® segmento abdominal: 2,5 mm. Campodeiforme (fig. 1). Achatada dorso-ventralmente; amarela com manchas castanho-escuras; gradualmente alar- gada do protórax ao 3.® segmento abdominal e a partir do 4.® segmento abdominal é gradualmente estreitada em direção ao ápice. Cabeça (figs. 6 e 7) pequena, prognata, forte- mente esclerotinizada e levemente deprimida. Região dorsal amarela com pequena área lateral castanha. Região ventral amarela com faixa látero-anterior castanha. Sutura epicranial ausente. Um estema lo- calizado lateralmente, antecedido por 2 cerdas lon- gas. Fronte, clípeo e labro fimdidos. Nasal (fig. 6) arredondado, com 1 cerda de cada lado. Suturas gu- iares ausentes. Antenas (fig. 5) curtas, espessas e 2-segmentadas; 1.® segmento curto, anular, parcial- mente membranoso; 2.® segmento alongado, com ápice parcialmente membranoso e com grupo de muitas cerdas. Peças bucais protraídas e bem de- senvolvidas. Mandíbulas (fig. 8) simétricas, falci- formes, divididas longitudinalmente adiante da base. Maxilas (fig. 10) com mala alongada, com sulco onde se alojam as mandíbulas e com cerdas na re- gião mesal. Palpos maxilares 3-segmentados; 1.® segmento transversal e mais largo; o apical mais delgado e mais longo. Palpífero palpiforme, alonga- do. Estipes e cardos fundidos ao lábio. Lábio (fig. cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 158 LYCIDAE 10) com região anterior membranosa, fundida ao pós-mento. Pós-mento (fig. 7) fundido à cápsula cefálica, bem desenvolvido e com 1 cerda lateral. Lígula (fig. 10) proeminente, gradualmente afilada para o ápice. Palpos labiais 2-segmentados, l.° seg- mento subglobular, 2.® alongado e mais delgado que o l.°. Palpífero alongado e palpiforme. Segmentos torácicos (fig. 1) diminuindo gradativamente em comprimento e aumentando na largura, da região anterior para a posterior. Protórax amarelo com faixa transversal anterior, 2 manchas laterais e 1 mediana e 1 basal castanho-escuras. Mesotórax com 3 manchas dorsais anteriores, 2 laterais e 1 mediana, castanho-escuras; região lateral anterior com 1 pro- tuberância castanho-escura na qual se encontra o espiráculo. Espiráculo torácico (fig. 4), grande, anu- lar e bíforo. Mesotórax com 2 manchas látero-an- teriores e 1 faixa longitudinal mediana, dorsais, castanho-escuras; região lateral anterior com uma protuberância castanho-escmra, mas sem espiráculo. Pernas (fig. 9) castanho-escuras, aumentando de comprimento das anteriores para as posteriores; co- xa curta, globosa, com algumas cerdas curtas; tro- cânter curto, subtriangular, com 2 cerdas curtas; fêmur e tíbia alongados, sendo a última ligeiramen- te mais longa e mais delgada; tíbia marginada ven- tralmente por cerdas esparsas; tarsüngulo com 1 cerda na base. Abdômen (fig. 1) com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.® segmentos com ângulos pos- teriores do tergo elevados formando pequenos tu- bérculos; região dorsal do l.°-7.® segmentos com faixa longitudinal mediana, mais estreita no meio, e 2 manchas laterais anteriores, que diminuem da região anterior para a basal, castanho-claras; man- chas laterais e faixa mediana do 1.® segmento con- tíguas; região dorsal do 8.® segmento com 3 man- chas basais castanho-escuras, 2 laterais e 1 media- na; l.®-7.® segmentos com pleuras proeminentes, castanho-escuras, exceto faixa lateral e pequena área basal onde se localiza o espiráculo. Espiráculos ab- dominais anulares, bíforos, menores que os toráci- cos. Segmento 9.® mais estreito que os demais, com reentrância arredondada no ápice; amarelo com ápi- ce castanho; com algumas cerdas laterais e 2 sub- apicais. Segmento 10.® reduzido, ventral, membra- noso, largo e arredondado. Abertura anal em forma de Y. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Amarelada, com região dorsal mais escura. Cabeça invisível dorsal- mente; antena longa, com vários espinhos no ápice de cada segmento. Pronoto com 3 pares de prolon- gamentos, sendo 2 pares anteriores e 1 nos ângulos posteriores. Segmentos abdominais l.°-8.® com 1 par de prolongamentos dorso-laterais, curtos, e 1 par lateral longo; 9.® segmento curto e delgado, com 1 par de urogonfos longos, dilatados no ápice. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe (Fazenda Caepupu, Estrada do Bambu — Estrada Armando Cunha), 29.iv.1981, Exp. MZUSP col., 9 larvas, 7 pupas e 13 adultos fixados, 8 larvas e 12 pupas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 27- 29.ix.1984, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas (MZUSP); ibidem. 28-29.xi a 01.xii.l984, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada e 1 larva criada até adul- to (MZUSP). Dados biológicos As larvas de Calopteron sp. vivem agregadas e foram coletadas sobre casca de troncos caídos. An- tes da pupação as larvas agrupam-se em algum lo- cal mais protegido da porção inferior do tronco e fixam-se pela extremidade caudal por meio de uma secreção. A larva permanece em estágio “pré-pu- pal”, quiescente por 2 a 4 dias. Então, a cutícula se rompe nas margens dorso-laterais, geralmente da cabeça ao 7.® segmento abdominal, e a pupa fica suspensa, presa dentro da última exúvia larval por meio dos urogonfos. Discussão Semelhante à larva de Calopteron terminale (Say) da América do Norte, descrita por McCabe e John- son (1979). As larvas das duas espécies são bas- tante semelhantes, diferindo principalmente pelo corpo mais estreito e pelo 9.® esternito com entalhe apical mais profundo em Calopteron sp. Além dis- so, o palpífero palpiforme é mais alongado em Calopteron sp. Macrolygisteropterus sp. (Estampa 66, figs. 1-12) Larva madma. Comprimento; 16,0 mm; largura do protórax: 1,2 mm. Levemente achatada dorso-ven- tralmente; creme com manchas negras e amarelas (fig. 1). Cabeça (figs. 7 e 12) mais larga que longa, for- temente pigmentada e fortemente esclerotinizada, deprimida. Sutura epicranial ausente. Cápsula cefá- lica dorsal (fig. 12) com faixa membranosa trans- versal anterior e basal com várias cerdas; com vários pontos e algumas cerdas, sendo um par, pró- ximo ao meio, bastante longo. Um estema (fig. 12) cm i :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 LYCIDAE - PHENGODIDAE 159 localizado lateralmente. Clípeo, labro e fronte fun- didos. Nasal obtuso. Suturas guiares ausentes. Ante- nas (fig. 11) curtas, espessas e 2-segmentadas; l.° segmento curto e anular; 2° segmento alongado, com região membranosa látero-apical e várias cer- das subapicais. Peças bucais protraídas e bem de- senvolvidas. Mandíbulas (fig. 10) móveis, simétri- cas, falciformes, divididas longitudinalmente adiante da base até o ápice; levemente esclerotinizadas; re- gião basal interna com 3 cerdas, sendo a mediana mais longa. Maxilas (fig. 7) sem lobos apicais; car- do e estipe indistintos, fundidos ao mento. Palpos maxilares (fig. 3) 3-segmentados; l.° e 2.° segmen- tos transversais; 3.° segmento mais longo e delgado que os anteriores. Palpífero palpiforme, alongado, com 3 cerdas. Lábio (figs. 4 e 7) com pré-mento curto, com 2 cerdas; mento fundido ao pré-mento, muito largo, do mesmo comprimento da cápsula cefálica e com 3 pares de cerdas, as 2 mais externas longas. Palpígero (fig. 4) membranoso com faixa esclerotinizada e 1 cerda longa. Palpos labiais 2-seg- mentados. Protórax mais largo que a cabeça. Pro- noto amarelo com 2 manchas circulares negras; com 2 pares de cerdas próximas às margens laterais e 1 par mediano-anterior. Meso- e metatórax subiguais, cada um com 1 par de cerdas laterais; amarelos com 1 mancha negra lateral em forma de C; no metanoto as manchas unem-se por uma faixa estrei- ta. Região pleural do meso- e metatórax com 2 man- chas negras. Espiráculos torácicos bíforos, localiza- dos na mancha lateral anterior do mesosterno. Per- nas (fig. 8) castanhas, aumentando de tamanho das anteriores para as posteriores; com várias çerdas simples e delgadas; coxas largas, separadas entre si; trocânter triangular, sem divisão; fêmur mais espes- so e aproximadamente do mesmo comprimento da tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas. Abdômen (fig. 1) com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com uma mancha subtriangular amarela circunscrita por mancha sub-retangular negra, com 2 cerdas na margem látero-distal; margens laterais com uma mancha negra, de onde se origina prolongamento tubular cilíndrico, com constrição basal e 1 cerda subapical; com 1 espiráculo bíforo localizado ante- riormente a cada prolongamento lateral. Região ven- tral dos segmentos l.°-8.° com 3 manchas castanho- escuras a negras, sendo a mediana maior (fig. 6). 9.0 segmento (figs. 5, 6 e 9) com ápice profunda- mente entalhado; ângulos apicais formando 2 tubér- culos robustos e curvos, castanho-escuros com 1 cerda dorsal próxima a base e 1 subapical ventral; amarelo com 2 faixas ântero-laterais negras; com várias cerdas laterais e 2 subapicais ventrais; região ventral creme, com ápice amarelado e faixa trans- versal irregular negra. 10.® segmento (figs. 5 e 6) tubular, ventral com várias cerdas apicais. Abertura anal circular. Material examinado. BRASIL. Mato Grosso. Cha- pada dos Guimarães (Buriti), 06.ii.l986, C. Costa col., 4 larvas fixadas e 1 pré-pupa criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas subcorticalmente, em tronco caído, em zona de cerrado. O período pupal foi de 9 dias (uma observação). 51. PHENGODIDAE (Estampa 67) Família que inclui Rhagophthalmidae, contém cerca de 35 gêneros e 200 espécies; no Brasil ocor- rem aproximadamente 11 gêneros e 19 espécies. Machos alados e fêmeas larviformes. Em muitas es- pécies, larvas e adultos são bioluminescentes. Larvas alongadas, ligeiramente achatadas, com tergitos bem esclerotinizados e nunca expandidos lateralmente. Cabeça exposta, não encoberta pelo protórax. Sutura coronal às vezes presente; sutura frontal indistinta ou ausente. Mandíbulas simples e perfuradas; bases mandibulares separadas, sem fran- ja de cerdas. Gálea 2-segmentada. Região ventral de fechamento da cápsula cefálica reduzida a uma barra estreita. Espiráculos localizados na membrana entre pleuritos e tergitos. Esternitos raramente com discos ovais. 9.° tergito sem urogonfos. 10.° seg- mento bem desenvolvido, terminal, esclerotinizado. Órgãos luminescentes presentes na cabeça, nos ter- gitos torácicos e abdominais, ou em ambas regiões. Larvas ocorrem em íolhiço ou sobre solo desco- berto. Muitas espécies são, aparentemente, predado- ras de diplópodes e de outros artrópodes. As larvas injetam na presa substâncias paralisantes e enzimas digestivas. As fêmeas adultas são larviformes. Lar- vas de Phrixothrix sp. exibem 2 tipos diferentes de luminescência: vermelha na região da cabeça e es- verdeada no restante do corpo. Nas larvas dos de- mais gêneros conhecidos, a luminescência é de um único tipo no corpo todo. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Tieman, 1967. cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 160 PHENGODIDAE Phrixothrix sp. (Estampa 67, figs. 1-17) Larva. Comprimento: 17,0 mm; maior largura do protórax: 2,5 mm. Subcilíndrica (fig. 1), levemente achatada dorso-ventralmente. Castanho-clara, com cabeça castanho-avermelhada; totalmente coberta por pilosidade castanho-avermelhada. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, fortemente escle- rotinizada e deprimida, ligeiramente retraída no protórax. Sutura coronal presente. Ramos frontais indistintos. Fronte lisa, contrastando com a cápsula cefálica que é fortemente pontuada. Um estema grande situado sobre uma mancha negra abaixo da articulação de cada antena. Cápsula cefálica dorsal (fig. 4) com 1 fileira transversal com 3 cerdas, 1 oblíqua entre o nasal e os lobos paranasais; com várias cerdas longas próximas aos estemas. Cápsula cefálica ventral (fig. 3) com muitas cerdas modera- damente longas próximas aos estemas e várias cer- das curtas próximas à base. Nasal (fig. 9) com ápi- ce bilobado e menos esclerotinizado. Epifaringe (fig. 16). Suturas guiares ausentes. Antenas (fig. 8) 3-segmentadas; l.° segmento ligeiramente mais longo que largo; 2° segmento alongado, com área sensorial membranosa lateral e achatada e 3 cerdas subapicais; 3.° segmento diminuto, com muitas cerdas distais moderadamente longas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 5 e 6) móveis, simé- tricas, com ápice ligeiramente curvo; com canal in- terno que se abre próximo ao ápice; região mesal e látero-ventral com fileira de estrias; acetábulo bem desenvolvido. Maxilas (figs. 7, 10 e 11) estreita- mente aderida ao lábio formando peça única; gálea 2-segmentada; lobo basal membranoso com espinhos na região dorsal e 2 cerdas curvas no ângulo dorsal interno; segmento distai subcilíndrico, esclerotiniza- do, ápice chanfrado obliquamente com 4-5 cerdas delgadas e acuminadas e 2 espatuladas. Lacínia com ápice subgloboso e com espinhos na região dorsal. Palpos maxilares cilíndricos e robustos; 4-segmenta- dos; segmentos medianos anulares; segmento distai com 3 cerdas dorsais e muitas cerdas ventro-distais curtas. Estipe e cardo fundidos; alongado, com fi- leira transversal anterior, tufo lateral de cerdas de tamanhos variados e numerosas cerdas curtas. Região do cardo membranosa, terminando por pequeno es- clerito, parcialmente invaginado na cápsula cefálica. Lábio (figs. 7 e 12) com pré-mento alongado, com 3 pares de cerdas medianas sendo o 2.° par mais longo; submento longo e estreito, com 2 fileiras lon- gitudinais de cerdas longas e curtas, convergentes anteriormente. Lígula arredondada, com 1 par de cerdas apicais. Palpos labiais 2-segmentados; l.° segmento curto, com 1 cerda próxima à região me- sal; 2° segmento longo, com várias cerdas distais. Hipofaringe (fig. 17) pilosa; região anterior glabra com 1 par de espinhos e 1 par de botões sensoriais; lobo posterior subtriangular, arredondado no ápiee, densamente piloso; escleroma subtrapezoidal com margem anterior densamente pilosa e com dente me- diano; região posterior com projeção em forma de M e 4 botões sensoriais basais. Protórax hgeira- mente mais longo que mesotórax. Mesosterno com 1 par de espiráculos bíforos. Pernas (fig. 15) muito pilosas, aumentando levemente de tamanho das an- teriores para as posteriores; coxa longa, com muitas cerdas finas de comprimentos variados; trocânter cur- to, triangular, com algumas cerdas finas de compri- mentos variados e várias cerdas grossas e curtas; fêmur longo, com muitas cerdas tanto grossas como finas e de tamanhos variados; tíbia mais curta que o fêmur, gradualmente afilada para o ápice e com muitas cerdas finas de tamanhos moderados; tarsún- gulo (fig. 15a) longo; nas pernas posteriores com 2 cerdas laterais grossas e 1 basal mais fina e longa; nas pernas anteriores e médias, falta uma cerda la- teral grossa. Abdômen com 10 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos praticamente da mesma largura; com 1 par de espiráculos laterais bíforos; 9° segmento ligeiramente mais estreito distalmente que os demais segmentos. 10.° segmento (figs. 13- 14) tubular, mais largo na base e com entalhe me- diano no ápice; mais esclerotinizado que os demais e com muitas cerdas de tamanhos variados; com espi- nho na região ventral mediana, próxima ao ápice. Abertura anal transversal, no ápice do 10.° seg- mento. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 16.ix.l983, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 07.xii.1983, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem (Casa Grande), 28.V.1986, S. Ide col., 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas à noite, devido a sua lumines- cência, caminhando sobre estrada de solo arenoso, cortando a mata. Uma larva coletada em picada no interior da mata, durante o dia, no solo junto à raízes de pequeno arbusto. Em laboratório eram mantidas em placas de Petri que continham areia ligeiramente umedecida e eram alimentadas coro operários de Isoptera, Diplopoda ou larvas de Te- PHENGODIDAE - LAMPYRIDAE 161 nebrio cortadas em pedaços. Não foi possível a ob- tenção de pupas. A fig. 14, ilustra o adulto de P. hirtus Olivier, 1809, a única espécie deste gênero até agora encontrada na Estação Biológica de Bo- racéia. Ê muito provável que a larva e o adulto fi- gurados sejam co-específicos. 52. LAMPYRIDAE (Estampas 68-71) Família com cerca de 100 gêneros e 2.000 espé- cies, distribuídas pelo mundo; no Brasil ocorrem cerca de 31 gêneros e 350 espécies. Alguns gêneros são bioluminescentes em todas as fases de seu de- senvolvimento; outros emitem luz só no estágio lar- val. As espécies bioluminescentes são de hábitos no- turnos enquanto que as demais são de hábitos diurnos. Larvas ovais alongadas, deprimidas; tergitos bem esclerotinizados e expandidos lateralmente formando projeções mais ou menos salientes e voltadas para trás. Cabeça em geral embutida no protórax. Sutu- ras epicranial e frontal geralmente presentes; sutura frontal freqüentemente completa. Sutura coronal presente ou ausente. Mandíbulas perfuradas, em geral com 1 retináculo; bases mandibulares aproxi- madas, com franja de cerdas. Gálea 2-segmentada. Cápsula cefálica aberta ventralmente ou estreita- mente fechada. Espiráculos localizados nos escleri- tos pleurais dorsais. 9.° tergito sem urogonfos. 10.® segmento bem desenvolvido, com 8 ou mais papilas anais providas ou não de espículos. Órgãos lumines- centes em geral presentes próximo do ápice abdomi- nal (8.° estemito abdominal). Larvas ocorrem no folhiço, no solo e sobre vege- tação. São predadoras de outros insetos, de gastró- podes ou de minhocas. As larvas injetam na presa substâncias paralisantes e enzimas digestivas. Em algumas espécies, as fêmeas conservam o aspecto larviforme, porém são facilmente reconhecidas pela presença de olhos compostos, antenas pluriarticula- das, tarsômeros e 2 garras tarsais. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. Lucio castelnaui Kirsch, 1865 (Estampa 68, figs. l-14a) Larva madura. Comprimento: 26,0 mm. Campodei- forme (figs. 1 e 5). Fortemente achatada dorso-ven- tralmente (figs. 1 e 2). Região dorsal castanho-es- cura com pequenas manchas mais claras; pernas castanho-escirras; região ventral castanho-clara nas margens laterais e no ápice. Cabeça (figs. 12 e 13) prognata, estreita, esclero- tinizada e invaginada no protórax; região dorsal com 2 áreas medianas membranosas. Sutura epicra- nial presente. Sutura coronal pouco marcada, sulca- da. Ramos frontais em forma de V. Estemas bem desenvolvidos localizados dorso-lateralmente, logo abaixo da área de articulação das antenas. Labro fundido à fronte. Nasal ligeiramente sinuoso. Epifa- ringe (fig. 8) marginada anteriormente por cerdas finas, densas e longas; com 2 placas estriadas, com estrias principalmente transversais e oblíquas; cada estria com numerosas microtríquias; com 2 poros sensoriais látero-basais. Hastes hipostomiais bem desenvolvidas. Suturas guiares ausentes. Gula mem- branosa, localizada entre as carenas hipocefálicas. Região pós-gular bem desenvolvida, membranosa, com 2 escleritos longitudinais longos e 2 cerdas pró- ximo à região mediana basal. Antenas (fig. 6) 3- segmentadas; antenífero grande e membranoso; l.° segmento membranoso com faixa distai esclerotini- zada e com cerdas longas; 2.° segmento escleroti- nizado e com cerdas curtas distribuídas por toda a superfície e com apêndice sensorial membranoso apical; 3 ° segmento diminuto e com cerdas apicais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) simétricas, estreitas e falciformes; pilosas, com ca- nal interno abrindo-se próximo ao ápice; penicilo bem desenvolvido. Maxila e lábio unidos estreita- mente formando o hipóstoma (fig. 7). Maxilas parcialmente esclerotinizadas; com gálea palpiforme, 2-segmentada; lacínia globosa e bastante pilosa. Pal- pos maxilares 3-segmentados; l.° segmento é o maior, globoso, parcialmente esclerotinizado e com cerdas; 2° segmento anelar, bastante estreito; 3° segmento anelar e estreito na base e com processo esclerotinizado e achatado distai. Palpífero parcial- mente membranoso. Estipe alongado, com aproxi- madamente 3 cerdas laterais longas e 1 cinda. Cardo subtriangular e sem cerdas. Lábio (figs. 7, 7a e 12) com pré-mento curto, parcialmente membranoso com 2 cerdas anteriores longas. Pós-mento oval e alongado, esclerotinizado com margens laterais membranosas e 1 par de cerdas longas látero-me- dianas. Palpo labial (fig. 7a) 2-segmentado; l.° segmento curto, largo, bastante piloso nas 2 faces e com 1 processo esclerotinizado saliente transverso com bordos sinuosos voltados para a região ventral; 2° segmento delgado, espessado na base, com micro- cerdas apicais e laterais e vários botões sensoriais. Hipofaringe (figs. 7a, 8a e 8b) com área pilosa e cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 162 LAMPYRIDAE cerdas distais longas; lobo posterior acuminado, ex- tremamente piloso; região dorsal com cerdas media- nas mais fortes e esparsas, e com escleroma basal e triangular com ramos basais convergentes, mas se- parados. Protórax trapezoidal aproximadamente do mesmo comprimento que meso- e metatórax juntos. Mesotórax com 1 par de espiráculos bíforos e pe- quenos localizados na margem ântero-ventral. Per- nas (fig. 14) com 5 segmentos; coxa com tegumen- to escuro e granuloso; trocânter com tegumento claro e dividido; fêmur com tegumento escuro, gra- nuloso e com cerdas finas marginais; tíbia com te- gumento claro, ligeiramente granulosa na base e marginada por cerdas internas mais robustas; tar- súngulo (fig. 14a) unguliforme, com 1 cerda robusta dorso-basal de cada lado. Abdômen estreitado para o ápice, com 9 segmentos subtrapezoidais visíveis de cima; 8.° esternito (fig. 9), com 2 órgãos lumi- nescentes pequenos e com 2 projeções látero-apicais com tufo de cerdas e 2 cerdas longas próximo à região mediana basal. 9° segmento (fig. 9) constri- to na base, com ângulos apicais proeminentes com tufo de cerdas no ápice. 10.° segmento (fig. 9) ventral, oval, achatado, com 3 áreas ovais escleroti- nizadas granulosas dorsais e 2 ventrais. Abertura anal transversal. Pupa (figs. 3 e 4). Adéctica e exarata. Branca; achatada dorso-ventralmente. Pronoto bem desen- volvido, encobrindo a cabeça e com margens late- rais formando aba. l.®-6.° segmentos abdominais com uma projeção dentiforme nos ângulos poste- riores dos tergitos e esternitos, com cerdas curtas no ápice; 7.o-8.° segmentos com tais projeções ape- nas nos tergitos; 7.° esternito com órgão lumines- cente estreito na margem posterior. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20.xii.1982, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 9-10.X.1983, S.A. Vanin col., 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 08.xi.l983, F. Rodrigues Gomes col., 1 larva criada até pupa (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas sobre vegetação, no solo e/ ou em barrancos de picadas que cortavam a mata, durante coletas notiumas. As larvas eram percebidas pela luz que emitiam. Em laboratório houve dificuldade na manutenção das larvas por falta de alimento adequado. O pe- ríodo pupal foi de 12 dias (uma única observação). Cratomorphus sp. (Estampa 69, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento; 31,0 mm; largura do protórax: 5,0 e 8,0 mm, respectivamente, anterior e basal. Campodeiforme (figs. 1 e 5); fortemente achatada dorso-ventralmente. Castanho-escura com margens laterais amareladas, tanto dorsal- quanto ventralmente; 9.® tergito totalmente castanho; 8.° e 9.® esternitos totalmente amarelados. Cabeça (figs. 7 e 8) prognata, estreita, parcial- mente esclerotinizada e invaginada no protórax; região mediana dorsal e uma área basal de cada lado mais claras. Sutura epicranial (fig. 8) incompleta. Sutura coronal curta, não atingindo os ramos fron- tais. Ramos frontais separados na base, em forma de U aberto. Fronte com ângulos anteriores bem esclerotinizados e arredondados, com 1 cerda muito longa; margem anterior membranosa, com muitas microcerdas inseridas em pontos grossos. Nasal (fig. 12) truncado. Epifaringe (fig. 17) marginada anteriormente com cerdas finas, densas e curtas; com 2 placas estriadas; estrias ligeiramente oblíquas; cada estria com numerosas microtríquias; com 2 poros sensoriais látero-medianos; região mediana com um esclerito transversal. Um estema hialino, bem desenvolvido, localizado, dorso-lateralmente, abaixo da articulação de cada antena. Hastes hipos- tomiais atingindo aproximadamente todo o compri- mento da cápsula cefálica. Suturas guiares indistin- tas; região guiar membranosa. Antenas (fig. 14) 3- segmentadas; antenífero membranoso e bem desen- volvido; l.° segmento é o mais longo, esclerotiniza- do distalmente e com várias cerdas; 2.° segmento totalmente esclerotinizado, dilatado para o ápice, com várias cerdas longas e um cone sensorial distai arredondado; 3.° segmento diminuto com cerdas distais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 15 e 16) simétricas, estreitas e falciformes, pilosas na metade proximal e com canal interno abrindo-se no ápice; com pequeno retináculo e franja de cerdas longas na região mesal; penicilo bem de- senvolvido. Maxila estreitamente aderida ao lábio formando peça única (fig. 6); parcialmente escle- rotinizada, com gálea palpiforme e 2-segmentada; 1. ° segmento mais desenvolvido e achatado lateral- mente formando uma carena longitudinal ventral; 2. ° segmento menor, com 1 cerda longa distai; la- cínia membranosa, com franja densa de cerdas. Pal- pos labiais cilíndricos, esclerotinizados e espessos; 1. ° segmento é o mais longo e com cerdas distais; 2. ® e 3.® segmentos anelares e com cerdas; 3.® seg- mento com prolongamento achatado com ápice truncado. Estipe parcialmente esclerotinizado, micro- LAMPYRIDAE 163 pontuado e com 3 cerdas longas. Cardo alongado, com ápice invaginado. Lábio (fig. 6) parcialmente membranoso, com áreas esclerotinizadas pontuadas; formado por peça única, região do pré-mento divi- dida anteriormente, esclerotinizada, com 2 cerdas distais; com 2 cerdas longas próximo à base da re- gião do pós-mento. Palpígero membranoso. Palpos labiais 2-segmentados; 1.® segmento é o maior, com cerda delgada látero-distal; 2.® segmento menor, com 1 cerda delgada dorsal e uma cerda espessa distai. Hipofaringe (figs. 10 e 11) pilosa, com lobo posterior triangular com ápice estreitado e arredon- dado, densamente piloso; região dorsal com escle- roma triangular com ramos basais unidos; região ventral com cerdas mais curtas e esparsas. Protórax mais longo que largo, trapezoidal com margem an- terior arredondada com entalhe mediano; mais lon- go que meso- ou metatórax. Mesosterno com 1 par de espiráculos bíforos, localizados próximo à re- gião anterior. Pernas (fig. 13) subiguais, bicolori- das, com coxa alongada; trocânter dividido; fêmur mais longo que a tíbia; tíbia com franja de cerdas; tarsúngulo (fig. 13a) unguliforme, com 1 cerda es- pessa no 1/3 basal, de cada lado. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.® segmentos sub- trapezoidais com 1 par de espiráculos bíforos látero- ventrais; 8.® estemito (fig. 9), com órgão lumines- cente grande; com 1 projeção unissetosa látero-distal de cada lado; com 2 projeções medianas bissetosas. 9.® segmento com ângulos proeminentes com 1 cerda longa e espessa e várias curtas no ápice. 10.® seg- mento ventral, oval, transversal, parcialmente mem- branoso, com áreas esclerotinizadas, pontuadas e com cerdas. Abertura anal transversal. Pupa (figs. 2 e 3). Adéctica e exarata. Branca e achatada dorso-ventralmente. Protórax encobrindo a cabeça. l.®-7.® segmentos abdominais com ângu- los posteriores projetados dorsal e ventralmente; 8.® e 9.® segmentos com ângulos dorsais projetados; 5.® e 6.® esternitos com órgãos luminescentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20.V.1980. Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibi- dem, 20-22.iv.1982, Exp. MZUSP col., 1 larva fi- xada (MZUSP); ibidem. Il-13.iv.l983, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP). Peruíbe, 28-30.vi.1982, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas sobre vegetação, no solo, em barrancos, em picadas da mata, em lugares bastante úmidos, durante coletas noturnas. As larvas eram percebidas pela luz que emitiam. Em laboratório houve dificuldade na manutenção das larvas por falta de alimento adequado. O pe- ríodo pré-pupal foi de 9 dias e o período pupal de 19 dias (uma única observação). Aspisoma sp. (Estampa 70, figs. 1-16) Larva. Comprimento: 12,0 mm; largura do protó- rax: 2,0 e 3,0 mm, respectivamente anterior e pos- terior. Campodeiforme (fig. 1), achatada dorso- ventralmente. Castanho-escura com manchas dorsais amareladas e faixa estreita longitudinal mediana mais clara; região dorsal micro-reticulada. Cabeça (figs. 5 e 6) prognata, estreita, parcial- mente esclerotinizada, invaginada no protórax; com margem posterior com entalhe profundo; região me- diana dorsal mais clara. Fronte parcialmente fundida à cápsula cefálica. Sutura epicranial incompleta. Su- tura coronal longa. Ramos frontais reduzidos. Um estema pigmentado, bem desenvolvido, saliente, lo- calizado lateralmente próximo à articulação de ca- da antena. Labro parcialmente fundido à fronte. Fronte (fig. 10) com ângulos anteriores proeminen- tes, arredondados e com cerdas marginais; área me- diana anterior pontuada. Labro estreito, margem anterior semilunar com muitas cerdas. Epifaringe (fig. 12) com cerdas curtas nos ângulos anteriores; com 2 placas estriadas; estrias parcialmente trans- versais e oblíquas; cada estria com numerosas mi- crotríquias. Suturas guiares ausentes. Gula membra- nosa. Hastes hipostomiais longas, atingindo todo o comprimento da cabeça. Antenas (fig. 16) longas, 3-segmentadas; antenífero membranoso e longo; 1.® segmento alongado, parcialmente esclerotinizado; 2.® segmento totalmente esclerotinizado, mais delga- do que o 1.®, com várias cerdas subapicais e um cone sensorial membranoso distai; 3.® segmento diminuto, com 3 cerdas apicais espessas, e curtas e 2 longas e delgadas. Peças bucais protraídas. Man- díbulas (fig. 15) simétricas, falciformes com ápice fortemente curvo, pilosas, com canal interno abrin- do-se no ápice; com pequeno dente mesal e retiná- culo bem desenvolvido; região mesal abaixo do retináculo serrilhada; penicilo bem desenvolvido. Maxila estreitamente aderida ao lábio formando pe- ça única (fig. 11); com gálea palpiforme, 2-seg- mentada; segmento distai com 1 cerda longa no ápice; lacínia membranosa, com densa franja de cerdas. Palpos maxilares 4-segmentados e escleroti- nizados. Estipe parcialmente esclerotinizado e es- cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 164 LAMPYRIDAE treitado na base; com 1 cerda lateral e 1 ventro-me- diana, longa, e várias cerdas laterais curtas. Cardo sub triangular. Pré-mento parcialmente fundido ao pós-mento e parcialmente membranoso; pós-mento parcialmente membranoso com margens laterais for- temente esclerotinizadas e região basal ligeiramente esclerotinizada. Hipofaringe (figs. 13 e 14) pilosa, com lobo posterior triangular com ápice arredon- dado; densamente piloso; região dorsal com escle- roma bem desenvolvido, bilobado distalmente e com ramos unidos; região ventral com cerdas mais finas e mais densas que a região dorsal. Protórax alon- gado, subtrapezoidal, constrito no 1/3 distai e mais longo e mais estreito que meso- ou metatórax. Me- sostemo com 1 par de espiráculos bíforos, localiza- dos látero-anteriormente em uma protuberância arredondada. Pernas (fig. 9) aumentando gradati- vamente de tamanho das anteriores para as poste- riores; amareladas exceto ápice do fêmur, tíbia e tarsúngulo que são castanhos; coxa alongada; tro- cânter dividido; fêmur e tíbia alongados; tíbia co- berta por cerdas longas; tarsúngulo (fig. 9a) ungu- liforme com 1 cerda espessa interna. Abdômen gradualmente estreitado para o ápice; com 10 seg- mentos visíveis de cima; l.°-7.° segmentos com ângulos posteriores proeminentes dorsalmente e com cerdas curtas no ápice; estemitos mais esclerotinizados lateralmente e com ângulos poste- riores proeminentes, com 1 espiráculo em cada ápi- ce; 8.° segmento mais estreito, com espiráculo em uma protuberância lateral arredondada com 1 vesí- cula luminescente de cada lado; 9.° segmento (figs. 7 e 8) menor, distalmente arredondado na região dorsal e com 2 cerdas. 10.° segmento (figs. 7 e 8) transverso, curto, bilobado dorsalmente e marginado por cerdas longas; região ventral com lobo media- no na margem distai com 2 cerdas longas na base; com 2 esclerotinizações basais, com uma cerda lon- ga em cada uma. Com 2 feixes de papilas anais. Abertura anal entre os 2 feixes de papilas anais. Pupa (figs. 2 e 3). Adéctica e exarata. Amarelada com manchas castanho-evermelhadas. Protórax grande, encobrindo a cabeça, com região anterior ligeiramente fendida e 6 manchas dorsais castanhas; margens formando aba. Mesonoto com 2 manchas castanhas. l.°-6.° segmentos abdominais com 1 mancha castanha dorsal e arredondada de cada la- do; 3.°-8.° segmentos com manchas castanhas, irregulares e ventrais; 1° e 8.° segmentos com 2 manchas dorsais, castanhas e irregulares; 2.°-7.° segmentos com uma mancha lateral castanha de cada lado, na qual se encontra um espiráculo circu- lar; l.° espiráculo encoberto pela pteroteca; 8.® espiráculo menor, localizado lateralmente; 6.° e 7.® estemitos com 1 órgão luminescente cada um. 8.® segmento com ângulos externos esplniformes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Botucatu (Rio Bonito-Furnas), 06.xi.l982, M.F. Barros-Fer- reira, G.L. Volpato e U. Caramaschi cols., 2 larvas e 1 pupa fixadas, 1 larva criada até pupa e 2 lar- vas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas à noite, em rio, sobre aguapé {Eichornia crassipes). Em laboratório foram man- tidas em placas de Petri que continham areia bas- tante umedecida. O período pupal foi de 10 dias (uma única observação). Bicellonycha sp. (Estampa 71, figs. 1-15; Estampa 158, figs. 1-4) Larva madiua. Comprimento: 17,0 mm; maior lar- gura do protórax: 4,0 mm. Campodeiforme (figs. 1, 2 e 6). Região dorsal castanho-escura, com áreas mais claras; com muitas cerdas rijas e espes- sas, sendo as marginais mais longas. Região ventral mais clara que a dorsal; pernas amareladas. Cabeça prognata, estreita, parcialmente esclero- tinizada, invaginada no protórax. Sutura epicranial indistinta apenas na região distai. Sutura coronal bem marcada. Ramos frontais distintos na base, em forma de U. Um estema bem desenvolvido localiza- do dorso-lateralmente próximo à área de articulação das antenas. Fronte parcialmente fundida à cápsula cefálica, bastante pilosa, destacando-se 2 cerdas an- teriores bem longas e 2 medianas mais curtas; lobos paranasais franjados por cerdas plumosas longas. Nasal (fig. 10) dentiforme, proeminente, escleroti- nizado, com 2 cerdas longas e 1 curta de cada lado. Epifaringe (fig. 15) marginada anteriormente por cerdas de tamanho variado; com 2 placas estriadas, cada estria com numerosas microtríquias; margem mesal com cerdas longas; região mediana anterior microdenteada; região basal com 2 grupos com 5 botões sensoriais cada um. Suturas guiares indistin- tas; gula membranosa, com área mediana ligeira- mente esclerotinizada em forma de T. Hastes hipos- tomiais longas. Região pós-gular bem desenvolvida, membranosa, com 3 esclerotinizações alongadas e triangulares, sendo a mediana mais curta e mais lar- ga; com 4 cerdas basais longas. Antenas (fig. 9) longas, com antenífero membranoso; 1.® segmento alongado, parcialmente esclerotinizado e com várias LAMPYRIDAE - CANTHARIDAE 165 cerdas; 2° segmento esclerotinizado, ligeiramente mais curto e mais delgado que o anterior com vá- rias cerdas, as mais distais mais longas, com apên- dice sensorial membranoso e achatado látero-apical; 3.° segmento diminuto com cerdas no ápice. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 7 e 8) simétri- cas, falciformes com ápice curvo, muito pilosa, com canal interno abrindo-se próximo ao ápice; com re- tináculo e penicilo bem desenvolvidos. Maxila (fig. 14) estreitamente aderida ao lábio formando peça única; gálea palpiforme, 2-segmentada; lacínia membranosa com franja densa de cerdas. Palpos maxilares 4-segmentados; 1.® segmento, é o maior, e com várias cerdas. Estipe alongado, estreitado na base; com 3 cerdas laterais e 1 mediana mais lon- ga; com tufo de cerdas mesal anterior. Cardo sub- triangular. Lábio (fig. 14) com pré-mento parcial- mente esclerotinizado, com 2 cerdas longas e tufo de cerdas látero-anterior. Pós-mento com área escle- rotinizada alongada partindo da base e 2 cerdas látero-basais longas. Hipofaringe pilosa (figs. 11 e 12), com lobo posterior densamente piloso, com ápice bilobado; região dorsal com escleroma sub- triangular bem desenvolvido. Protórax mais longo que meso- ou metatórax, subtrapezoidal, com ângu- los arredondados. Meso- e metatórax subiguais. Me- sosterno com uma protuberância anterior no ápice da qual se encontra um espiráculo (fig. 6a). Pernas (fig. 13) setosas; com coxa alongada; trocânter di- vidido; fêmur e tíbia alongados, sendo a tíbia li- geiramente mais curta, delgada e mais setosa; tar- súngulo (fig. 13a) esclerotinizado, com uma cerda longa de cada lado. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; 10.° segmento encurvado para baixo. l.°-8.° segmentos largos, com muitas cerdas de tamanho variado; ângulos posteriores proemi- nentes com 1 cerda apical mais longa; l.°-8.° es- ternitos com muitas cerdas, algumas bastante longas; l.°-8.° segmentos com 1 espiráculo bíforo (fig. 6b) de cada lado com 1 cerda longa na base. 8.° ester- nito com 1 vesícula luminescente de cada lado. 9.° segmento (figs. 2a e 6b) mais estreito, com mar- gens laterais arredondadas e muitas cerdas; margi- nado por franja de cerdas finas e curtas. 10.® seg- mento (figs. 2a e 6b) anular, com papilas anais. Abertura anal entre as papilas anais. Pupa (Estampa 71, figs. 3 e 4; Estampa 158, figs. 1-4). Adéctica e exarata. Branca com cerdas cas- tanho-claras. Cabeça invisível de cima. Pronoto mais estreito na frente, marginado por franja de cerdas longas; região mediana com cerdas, mais concentradas anterior e posteriormente. Meso- me- tanoto e pernas com várias cerdas. l.°-8.° tergitos com ângulos posteriores proeminentes e marginados por cerdas; 9.® segmento com ápice bilobado e mar- ginado por cerdas. 8.® esternito com 1 vesícula luminescente de cada lado. l.®-8.® esternitos com 2 espiráculos laterais bíforos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 25-27.V.1982, Exp. MZUSP col., 72 larvas fixadas, 15 larvas criadas até pupa e 20 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 28-30.vi.l982, Exp. MZUSP col., 3 larvas fixadas e 2 larvas criadas até pupa. Suzano, 05.Í.1984, J.C.C. Guix col., 5 larvas fixadas, 2 larvas criadas até pupa e 4 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas colecionadas no solo e sobre vegetação rasteira, em áreas encharcadas periodicamente pelas chuvas, em lugares próximo à mata. Adultos fo- ram coletados voando na mesma região. Dezenas de larvas eram observadas em 1 m* de área. Outras observações ver capítulo de comportamento. Du- rante a locomoção as larvas podem extroverter as papilas anais, por meio das quais prendem-se ao substrato, podendo apresentar deslocamento do tipo “mede-palmo”. Discussão A larva figurada está na fase de pré-pupa e por isso o corpo apresenta-se um pouco encurvado, in- chado e com as placas tergais separadas. Nada se conhecia sobre as larvas de Lampyridae de nossa região; mesmo a literatura sobre larvas de outras regiões é escassa e refere-se principalmente aos aspectos da bioluminescência. Pelo estudo de 4 gêneros distribuídos em 3 sub- famflias podemos salientar alguns caracteres que poderão ser de importância para a sistemática; peças bucais (epifaringe e hipofaringe), nasal, sutura epi- cranial e forma e posição dos órgãos luminescentes. 53. CANTHARIDAE (Estampa 72) Família que inclui Chauliognathidae, compreende cerca de 135 gêneros e 5.000 espécies, de distribui- ção mundial. No Brasil, ocorrem aproximadamente 19 gêneros e 389 espécies. Os adultos são freqüen- temente encontrados sobre flores ou vegetação, ali- mentando-se de pólen ou néctar, podendo ser às vezes predadores. cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 166 CANTHARIDAE Larvas alongadas e estreitas. Tegumento relativa- mente pouco esclerotinizado, sem projeções laterais, e em geral revestido por densa pubescéncia hidrófu- ga que confere aspecto aveludado ao corpo da larva; cerdas raramente espatuladas e semelhantes à esca- mas. Cabeça subquadrada. Estemas bem desenvolvi- dos, raramente reduzidos. Antenas muito mais curtas que a cabeça. Mandíbulas com ou sem retináculo, geralmente sulcadas; bases mandibulares bem sepa- radas, com franja de cerdas. Mala presente. Cápsula cefálica fechada ventralmente. Segmentos torácicos e abdominais possuindo 1 par de aberturas glandulares dorso-laterais. 9.° tergito sem urogonfos. 10.° seg- mento reduzido e mais ou menos terminal, ocasio- nalmente com 1 par de pequenos ganchos. Órgãos luminescentes ausentes. Larvas ocorrem no solo e em folhiço. São prima- riamente predadoras, mas ocasionalmente fitófagas. As predadoras alimentam-se de larvas de insetos, ovos de gafanhotos, de outros artrópodes com tegu- mento mole. Raramente ocorrem fêmeas adultas larviformes. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Gardner, 1946; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. Chauliognathus flavipes Fabricius, 1781 (Estampa 72, figs. 1-11) Larva madura. Comprimento: 21,0 mm; maior lar- gura do protórax: 2,5 mm. Campodeiforme (fig. 1). Região dorsal castanho-clara com manchas mais escuras nos segmentos torácicos; região ventral ama- relada, exceto 2 áreas castanhas no prosterno. Te- gumento aveludado, com densa pilosidade curta e clara. Cabeça (figs. 3 e 6) prognata, fortemente escle- rotinizada e densamente pilosa; dividida transversal- mente em 2 partes por uma linha sinuosa. Sutura epicranial ausente. Parte anterior da cabeça com 2 pares de manchas mais escuras, uma basal e uma próxima à margem anterior; com um estema bem desenvolvido e saliente, localizado lateralmente, abai- xo da área de articulação de cada antena. Fronte e labro fundidos à cápsula cefálica. Nasal quase reto com margem ligeiramente serrilhada com pequeno entalhe longitudinal mediano; com fileira transversal anterior de cerdas, sendo um par próximo ao meio, mais longo; lobos paranasais arredondados, com 1 cerda longa lateral. Epifaringe (fig. 7) com fileira irregular de cerdas, em forma de U aberto, partindo dos lobos paranasais. Suturas guiares e gula ausen- tes. Antenas (fig. 8) longas, 3-segmentadas e den- samente pilosas; o 2.° segmento é o mais longo e possui um apêndice sensorial membranoso triangular apical; segmento distai diminuto. Peças bucais pro- traídas; ápices do lábio e das maxilas dobrados para trás. Mandíbulas (figs. 9 e 10) móveis, simétricas, fortemente esclerotinizadas e pigmentadas sem sul- cos; com retináculo e várias cerdas abaixo dele; região dorsal com várias cerdas próximas a base; penicilo bem desenvolvido. Maxila (fig. 5) com mala membranosa pouco desenvolvida e pilosa. Pal- pos maxilares 3-segmentados e com muitas cerdas. Estipe alongado, com muitas cerdas laterais; cardo alongado, estreito e invaginado. Lábio (fig. 5) com pré-mento membranoso e setoso dorsalmente e es- clerotinizado ventralmente; pós-mento membranoso com área basal esclerotinizada e com muitas cerdas. Palpos labiais 2-segmentados e com várias cer- das. Hipofaringe pilosa; região posterior trilobada e pilosa; escleroma hipofaríngeo quadrangular. Seg- mentos torácicos com margens arredondadas; cada segmento com uma abertura glandular (fig. Ib) dorso-lateral de cada lado. Pronoto com 2 manchas medianas mais escuras, próximas entre si; meso- e metanoto com 2 manchas menores e mais distancia- das. Mesotórax com 1 par de espiráculos (fig. la) localizado ventro-lateralmente. Pernas (fig. 4) sub- iguais e muito pilosas; coxa alongada; trocânter triangular; fêmur mais espesso e aproximadamente do mesmo comprimento da tíbia; tarsúngulo (fig. 4a) com uma cerda longa e delgada e 5 cerdas espa- tuladas mais curtas. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima. l.°-8.° segmentos com margens laterais arredondadas; região dorsal com uma aber- tura glandular de cada lado; com 1 par de espirá- culos reniformes localizados lateralmente. 9.° seg- mento tubular; com uma mancha alongada mais escura dorsal e 2 ventrais; abertura glandular late- ral e menor que a dos demais segmentos. 10.° seg- mento curto, terminal. Segmentos abdominais com pilosidade ventral mais longa que a dorsal e mais concentrada no 8.° e 9.° estemitos. Abertura anal circular, no ápice do 10.° segmento. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Atibaia, 20.viii.1983, D. Natal col., 3 larvas fixadas (MZUSP). Peruíbe, 29.vi.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva cria- da até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas ativas, andarilhas, coletadas no solo, entre o folhiço ou sobre tronco caído. NOSODENDRIDAE 167 Discussão Muito semelhante a larva de Chauliognathus sp. descrita por Peterson (1960). Dermestoidea Superfamília que inclui: Derodontidae, Nosoden- dridae, Dermestidae e Jacobsoniidae. No Brasil ocor- rem apenas Nosodendridae e Dermestidae. Larvas sempre com tergitos bem esclerotinizados e esternitos membranosos, pelo menos anteriormen- te. Labro livre. Sutura fronto-clipeal geralmente pre- sente. Cabeça com 5-6 estemas de cada lado. Antena 3-segmentada com sensório ântero-ventral. Mandí- bulas com ou sem mola. Peças bucais ventrais mais ou menos retraídas e quase sempre com área de articulação bem desenvolvida; hastes hipostomiais ausentes. Gálea e lacínia distintas; gálea 1-segmen- tada e geralmente setosa, nunca palpiforme; lacínia freqüentemente com esporão no ápice, unciforme. 9.° tergito freqüentemente distinto e esclerotinizado. Espiráculos anulares, anular-bíforos, com estrutura de fechamento. Referências; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. com lígula dividida; palpo labial 2-segmentado. Re- gião epifaríngea e do cibário com fileiras de espinhos e armadura complexa; escleroma hipofaríngeo com carena transversal. Pernas curtas e revestidas com es- pinhos robustos; tarsúngulo unissetoso ou assetoso. Segmentos abdominais l.° e IP às vezes com pro- cessos laterais marginados com cerdas longas. 8.° tergito alongado e acuminado para o ápice, onde se localiza um par de espiráculos; ocasionalmente com um par de tubérculos glandulares na base. 8.° ester- nito dividido longitudinalmente. 9.° segmento redu- zido e bilobado e 10.® segmento unilobado, ventral. Espiráculos bíforos; espiráculo torácico situado dor- sal ou lateralmente; 1.® espiráculo abdominal dorsal; 2.®-7.® dorsais ou laterais e situados sob processos setosos. Larvas ocorrem juntamente com adultos, na seiva em fermentação que escorre das feridas existentes no caule de árvores. Segundo Lawrence (1982), alimentam-se provavelmente de bactérias, fungos e produtos em fermentação; porém, de acordo com Lima (1953) e Peterson (1960), seriam provavel- mente predadoras de larvas de dípteros. Costa et al. (1986) comprovaram que as larvas alimentam-se de larvas de Diptera, que são abundantes nesse habitat. Referências; Bõving e Craighead, 1931; Costa et al, 1986; Crowson, 1967; Hayes e Chu, 1946; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. 54. NOSODENDRIDAE (Estampa 73) Família monogenérica para Nosodendron, com cerca de 48 espécies de distribuição mundial; três espécies ocorrem no Brasil. Larvas alongadas e deprimidas, margens laterais convergindo graduahnente para trás. Tegumento dorsal esclerotinizado, tuberculado e glabro; margens laterais do tórax e abdômen cobertos com cerdas longas. Cabeça curta, larga e prognata; sutura coro- nal ausente; sutura frontal fracamente liriforme, ramos frontais distanciados na base; endocarena mediana ausente; 5 estemas de cada lado. Antenas com 2.® segmento alongado e 3.® segmento reduzi- do. Clípeo muito curto. Labro grande, trapezoidal. Mandíbulas largas na base e acuminadas no ápice, com retináculo bífido, prosteca membranosa e seto- sa, e pequena mola tuberculada; tubérculo ventral presente. Peças bucais ventrais alojadas entre as ca- renas hipocefálicas. Área de articulação maxilar com esclerito triangular grande. Lacínia com unco bem desenvolvido; palpo maxilar 3-segmentado. Lábio Nosodendron angeium Reichardt, 1973 (Estampa 73, figs. 1-16) Larva de 1.® instar. Comprimento: 3,0 mm; largura do protórax: 0,7 mm. Muito semelhante à larva de último instar. A principal diferença está no número de espiráculos abdominais: possui apenas 2 pares, um no 1.® segmento e o outro no 8.®. 2.®-8.® seg- mentos com tubérculos látero-dorsais, sem espirá- culos e com várias cerdas. Larva madura. Comprimento: 10,5 mm; largura do protórax: 3,0 mm. Ortossomática (fig. 1), deprimida com ápice fusiforme. Região dorsal fortemente es- clerotinizada, castanha com pontuação forte; com linha longitudinal mediana mais clara no tórax e do l.®-7.® segmentos abdominais. Vista ventral amare- lada, exceto pernas e ápice do 8.® estemito abdo- minal que são castanhos. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata, mais estreita que o protórax, com pequenos tubérculos e 2 grandes cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 168 NOSODENDRIDAE manchas claras próximas à margem lateral. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais ligeiramente sinuosos, em forma de U, com ápice dirigido para a base da antena. Fronte com 4 manchas mais escuras. Grupo com 5 estemas (fig. la) localizado abaixo da antena, 4 dorsais e 1 ven- tral. Anteclípeo ausente. Labro (fig. 8) livre, trape- zoidal com pequenos tubérculos nas regiões basal e lateral; margem anterior ligeiramente emarginada e com 2 cerdas subapicais; ápice com cerdas encur- vadas diminuindo de comprimento do ápice para a base. Epifaringe (fig. 9): acanthoparia com uma fileira de cerdas fundindo-se com a chaetoparia e prolongada em direção ao pedium, formando um Y de cerdas curtas; haptomenim formado por fileira de 15 cerdas semelhantes a dentes; com fileira curva de sensilas entre haptomerum e pedium. Suturas gu- iares curtas e inclinadas para fora. Gula esclerotini- zada, subtrapezoidal, com margem basal ligeiramente sinuosa. Areas genais com muitas cerdas. Carena hipocefálica quase atingindo a margem basal da ca- beça. Antenas (fig. 6) 3-segmentadas; l.° segmento curto, com várias cerdas espessas; 2.° segmento quase o dobro do comprimento do 1 .°, com apêndice sensorial pequeno e 3 microcerdas no ápice; 3.° seg- mento menor que os demais e com 4 cerdas curtas no ápice. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 15 e 16) móveis, simétricas, com ápice pontiagudo; prosteca parcialmente esclerotinizada com 2 dentes apicais e com franja densa de cerdas; mola com cristas transversais; côndilo acessório presente; re- gião látero-ventral (fig. 15) com 1 cerda longa e vários pequenos tubérculos. Maxila (fig. 13) alon- gada; gálea (fig. 14) digitiforme com cerdas laterais e apicais longas e superfície ventral com micro-tu- bérculos semelhantes à espinhos, formando uma fileira curva. Lacínia (fig. 14) alargada com franja apical de cerdas longas; uncus bem desenvolvido. Palpos maxilares 3-segmentados; palpífero membra- noso. Estipe alongado, parcialmente membranoso e com fileira de cerdas longas na margem externa ven- tral; cardo com 2 escleritos, o externo com 3 cerdas. Lábio (fig. 10) com pré-mento I e pré-mento II par- cialmente esclerotinizados e com muitas cerdas; pós-mento com poucas cerdas. Lígula bilobada com franja de cerdas no ápice. Palpos labiais 2-segmen- tados. Protórax aproximadamente do mesmo com- primento que meso- e metatórax juntos. Região dorsal do tórax com pequenas manchas escuras. Área cervical (fig. 5) membranosa com 2 áreas laterais esclerotinizadas com várias cerdas. Espirá- culos torácicos bíforos, com peritrema esclerotiniza- do (fig. Ib) e protraídos, localizados em uma pe- quena protuberância na região anterior do mesos- terno. Pernas (fig. 7) curtas, todas aproximada- mente do mesmo tamanho e com 5 segmentos; coxa larga e curta, com muitas cerdas, algumas bastante longas; trocânter subtriangular, com cerdas curtas, espessas e delgadas; fêmur mais longo que a tíbia, ambos com várias cerdas; tarsúngulo sem cerdas. Abdômen (fig. 1) com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-7.° segmentos constritos nas margens anterior e posterior e com muitas cerdas laterais; l.°-5.® segmentos com manchas dorsais mais escuras; l.°-5.° segmentos com 1 par de espiráculos bíforos, com peritrema esclerotinizado, similares em tama- nho, localizados em pequenas protuberâncias dor- sais; 6.°-8.° segmentos com tubérculos látero-dor- sais, sem espiráculos e com várias cerdas; 8.° segmento fusiforme, com 2 depressões longitudinais medianas dorsais e vários tubérculos com cerdas, margem lateral e superfície dorsal com muitas cer- das; 9.° segmento (figs. 11 e 12) reduzido, bilobado, com várias cerdas longas no ápice da região dorsal, algumas inseridas em pequenas elevações, 1 par de cerdas longas látero-basais e várias na superfície ventral. 8.° par de espiráculo abdominal com aber- tura na margem interna do 9.° segmento. 10.° seg- mento (figs. 11 e 12) unilobado, marginado com cerdas finas, com 1 par de cerdas apicais longas na região dorsal, região ventral com 2 fileiras laterais de cerdas e várias curvas no ápice. Abertura anal em forma de Y, localizada entre 2 pequenos ló- bulos ventrais, próximos à base do 8.° segmento abdominal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branca e glabra, exceto pela presença de espinhos laterais grandes e espinhos menores nos tergitos abdominais. Pronoto com 1 par de prolongamentos esclerotinizados na margem anterior. Penúltimo e último segmentos abdominais com 1 par de prolongamentos escleroti- nizados no ápice. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Campinas (Instituto Agronômico), 29.vii.1985, C. Costa, S.A. Casari-Chen & C.J. Rosseto cols., 12 larvas e 59 adultos fixados, 4 larvas criadas até pupa e 1 larva criada até adulto; Cotia (km 26 1/2 Rodovia Raposo Tavares), 15.ix.l985, C. Costa col., 2 larvas e 15 adultos fixados; São Paulo (Cantareira, Insti- tuto Florestal), 16.ix.l985, C. Costa, S.A. Vanin & S.A. Casari-Chen cols., 7 larvas e 40 adultos fixa- dos; ibidem, x.1985, E.P. Teixeira col., 10 larvas e 5 adultos fixados; ibidem (Santana) 8.ix.l985, C. Costa col., 25 larvas e 7 adultos fixados; ibidem (Santo Amaro, Clube de Campo Banespa), 25.viü. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 NOSODENDRIDAE DERMESTIDAE 169 1985, E.P. Teixeira coL, 5 larvas e 7 adultos fixa- dos; ibidem. 13.viii.l985, C. Costa, E.P. Teixeira & S.A. Casari-Chen cols., 100 larvas e 13 adultos fixa- dos; ibidem, C. Costa & S.A. Casari-Chen cols., 30 larvas e 182 adultos fixados. (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos de Nosodendron angelum foram coletados em exudados de Casuarina sp. As árvores foram atacadas inicialmente por larvas de Diptera- Pantophthahnidae (provavelmente Pantophthalmus) as quais foram responsáveis pela reação de secreção das árvores. Estes exsudados abrigam além de No- sodendridae uma fauna muito abundante, consistindo principalmente de larvas de Diptera (Syrphidae, Mi- cropezidae, Ceratopogonidae e vários Acalyptratae, provavelmente Lonchaeidae), larvas de Nitidulidae, larvas e adultos de Hydrophilidae, adultos de Sta- phylinidae e Scarabaeidae (Aphodiinae). Larvas e adultos vivem no mesmo habitat e são mais abundantes onde a secreção forma manchas maiores. As larvas ficam muito sujas e impregnadas do exudado da árvore. Adultos e larvas maduras também foram coletados no solo, perto da base da árvore. A pupação ocorre no solo onde a larva de último instar faz uma câmara pupal arredondada com pequenas partículas de terra. No campo as lar- vas de Nosodendridae comem pequenas larvas de Diptera, as quais foram encontradas parcialmente digeridas durante exame do tubo digestivo de larvas fixadas. Uma larva foi parasitada por micro-Hyme- noptera. Adultos emitem som audível. Provavelmente as larvas também emitem som, mas não é audível. Na gálea (fig. 14) existem alguns espinhos, os quais parecem fazer parte de algum “aparelho de som”. Este fato deve estar associado com o comportamento gregário das larvas e adultos. Discussão Convém salientar que larvas maduras de Noso- dendridae possuem espiráculos abdominais funcio- nais apenas nos segmentos l.° a 5.° e 8.°, enquanto que larvas de 1.° instar possuem apenas 2 pares, o do primeiro e o do oitavo segmento. A locali- zação do 8.° espiráculo na extremidade do abdômen e a exteriorização deste no meio pastoso do exsu- dado, permite à larva as trocas gasosas. Costa et al. (1986), consideraram a prosteca bi-denteada api- calmente e com franja densa de cerdas como um retináculo. 55. DERMESTIDAE (Estampas 74-75) Esta família inclui Thorictidae e Thylodriidae e compreende cerca de 45 gêneros e 850 espécies de distribuição mundial. No BrasU, ocorrem aproxima- damente 8 gêneros e 46 espécies. Larvas variam de alongadas e cilíndricas a ovais e algo deprimidas. Tegumento dorsal apresenta pla- cas tergais mais ou menos regularmente esclerotini- zadas, e que às vezes se estendem para a região ventral; possuem revestimento denso de cerdas curtas e longas, que podem ser espiniformes, hastadas ou clavadas. Cabeça globular e hipognata; sutura coro- nal curta; sutura frontal em forma de Y, com ramos retos ou levemente sinuosos; endocarena mediana às vezes presente. 3-6 estemas de cada lado da cabeça, ou estemas ausentes. Mandíbulas com 1-3 dentes distais ou ápice truncado; mola ausente; às vezes com prosteca hialina e penicilo basal; pseudo-mola raramente presente. Unco da lacínia simples ou bí- fido; palpo maxilar 3- ou 4- segmentado. Lábio com lígula dividida e palpo labial 2- ou 3-segmentado. Pernas bem desenvolvidas; tarsúngulo bissetoso. Su- perfície dorsal freqüentemente com faixas de cerdas modificadas. 9.° tergito com ou sem urogonfos. 10.° segmento terminal ou ventral, esclerotinizado ou não. Espiráculos anulares ou elípticos e freqüen- temente inconspícuos. Larvas ocorrem juntamente com adultos e apre- sentam hábitos saprófagos ou necrófagos. Podem se alimentar de grande variedade de produtos de origem animal e vegetal, como carcaças secas de vertebra- dos (Dermesíes sp.), tapetes, couro, peles, artigos de lã, animais taxidermizados, insetos de coleção, camarão seco (Attagenus sp. e Anthrenus sp.), grãos e cereais armazenados (Trogoderma sp.); muitas dessas espécies constituem pragas sérias de armazéns e residências. Outras espécies ocorrem em ninhos de formigas, cupins, ooteca de Mantidae (Thaumaglossa sp.), abelhas, vespas, aves e mamí- feros, e em teias de aranhas ou de lagartas de lepi- dópteros. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hinton, 1945; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. Thaumaglossa sp. (Estampa 74, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 11,0 mm; maior lar- gura do protórax: 1,5 mm. Ortossomática (fig. 1); amarelada; densamente pilosa; região dorsal com pi- em 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 170 DERMESTIDAE losidade longa, lisa ou ondulada, castanho-clara, e pilosidade curta com ápice dilatado, castanho-aver- melhada; região ventral com pilosidade curta, ligei- ramente amarelada. Cabeça (figs. 5 e 6) hipognata, fortemente escle- rotinizada, densamente pilosa ligeiramente amarela- da; margem lateral anterior com pilosidade mais fina e mais longa. Sutura epicranial presente. Sutura co- ronal curta. Ramos frontais em forma de V. Estemas ausentes. Clípeo (fig. 11) transverso, com muitas cerdas. Labro (fig. 11) transverso, com ângulos anteriores arredondados e muitas cerdas. Epifaringe (fig. 10) com 2 fileiras anteriores inclinadas com 8 cerdas espatuliformes cada uma; região mediana anterior com 1 par de cerdas largas e curtas e um grupo de botões sensoriais abaixo delas; região me- diana com 2 carenas longitudinais divergentes nas extremidades e 2 botões sensoriais basais. Suturas guiares quase retas (fig. 5) gula subquadrangular com 2 cerdas de cada lado. Antenas (fig. 7) curtas, 3-segmentadas; membranosas com anel esclerotini- zado no l.° e 2.° segmentos; l.° segmento é o mais largo; 2° segmento ligeiramente mais curto e mais delgado que o l.° e com apêndice sensorial cupuli- forme e membranoso; 3.° segmento cilíndrico, mais longo que cada um dos anteriores com 1 cerda curta próxima à base e 3 distais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 14 e 15) móveis, simétricas, triangulares, com ápice e região mesal mais escuros; área incisiva apical; margem externa com várias cerdas; prosteca esclerotinizada. Maxilas (fig. 9) pouco esclerotinizadas; gálea larga, com ápice arre- dondado, com 7 cerdas largas e 1 cerda delgada basal; lacínia lobada com unco bífido; com 1 cerda na base do unco e uma lateral interna. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 3-segmentados e com muitas cerdas. Estipe alongado, com muitas cerdas longas. Cardo triangular, com 1 cerda. Lábio (fig. 8) com lígula bem desenvolvida e separada do pré- mento por uma sutura. Pré-mento com ângulos anteriores arredondados e muitas cerdas na metade distai, sendo que um par ultrapassa os palpos la- biais; pós-mento subquadrado, Ugeiramente mais claro que o pré-mento e com várias cerdas, sendo 3 pares mais longos. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax mais longo que meso- ou metatórax, mar- ginado anterior e lateralmente por cerdas longas; com 1 fileira transversal mediana e 2 látero-basais de cerdas ligeiramente mais curtas; margens laterais, anterior e basal contornadas internamente por faixa irregular de cerdas bastadas mais curtas e mais es- curas que as demais. Meso- e metatórax com tufo lateral, mediano e fileira transversal de cerdas lon- gas e faixa transversal mediana, interrompida no meio, de cerdas escamiformes curtas. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares elípticos e gran- des, dorso-laterais. Pernas (fig. 13) aumentando li- geiramente de tamanho das anteriores para as pos- teriores; coxa alongada com cerdas pilosas longas (fig. 13a); trocânter, fêmur e tíbia com cerdas simples e curtas; trocânter triangular; fêmur mais espesso e aproximadamente do mesmo comprimento da tíbia; tarsúngulo (fig. 13b) com 1 cerda longa e delgada e 1 espessa e curta. Abdômen com 8 seg- mentos visíveis de cima; l.°-7.° segmentos com tufo lateral, mediano e fileira transversal de cerdas longas dorsais e 2 áreas subtriangulares látero-dorsais de cerdas bastadas, mais escmas que as demais; as últi- mas mais longas e mais densas nos segmentos mais distais (fig. 12); 9.° segmento parcialmente invagi- nado no 8.°, com 2 feixes laterais de cerdas longas e onduladas; 10.° segmento não aparente, l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos elípticos ven- trais. Abertura anal circular e apical. Pupa (figs. 2 e 4). Adéctica e exarata. Fusiforme e muito pilosa. Amarelada com manchas castanhas. Cabeça invisível de cima. Pronoto subtrapezoidal com 2 manchas longitudinais medianas mais escuras. Mesonoto com uma mancha mais escura na região basal interna de cada pteroteca. Pterotecas cobertas por cerdas mais curtas que as demais regiões do corpo. Abdômen gradualmente afilado para o ápice. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Itú (Fa- zenda Pau-d’alho), 25.ii.1983, S.A. Casari-Chen col., 1 larva, 1 pupa com exúvia, 10 exúvias e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Larva, pupa e adulto encontrados dentro de oote- ca de Mantidae. Dermestes maculatus Degeer, 1774 (Estampa 75, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento: 14,0 mm; maior lar- gura do protórax: 2,5 mm. Ortossomática (fig. 1), subcilíndrica e muito pilosa. Região dorsal castanho- clara e escura com faixa longitudinal mediana mais ou menos completa, amarelada; região ventral par- cialmente creme; pernas amareladas. Pilosidade cas- tanho-avermelhada a castanho-escura na região dor- sal e castanho mais clara na ventral. Cabeça hipognata; fortemente esclerotinizada, le- vemente deprimida; pilosa, sendo a pilosidade dorsal cm i :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 DERMESTIDAE 171 muito longa; castanho-escura com margens laterais e mediana basal creme. Sutura epicranial (fig. 3) presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais sinuo- sos e em forma de V. Endocarena prolongando-se além da sutura coronal. Seis estemas de cada lado (fig. la) localizados em área arredondada creme, abaixo da articulação das antenas. Fronte (fig. 12) com ângulos anteriores proeminentes arredondados e 2 tubérculos próximos à margem anterior; com 3 pares de cerdas longas e várias cerdas curtas. Clípeo (fig. 12) transverso, membranoso com faixa basal esclerotinizada e 3-4 pares de cerdas. Labro (fig. 9) transverso, bilobado anteriormente, declive na região mediana anterior e com várias cerdas. Epifaringe (fig. 8) marginada anteriormente por 1 fileira com 22 cerdas espatuliformes em cada lóbulo; as cerdas diminuem de largura da região mediana para a late- ral; região mediana anterior mais escura; com 12 botões sensoriais próximos ao meio. Suturas guiares muito curtas e gula reduzida e membranosa. Antenas (fig. 15) 3-segmentadas, l.° segmento mais largo, 2.° segmento um pouco mais longo sem apêndice sensorial e alguns micro espinhos apicais e 3.° di- minuto. Mandíbtdas (figs. 10 e 11) simétricas, trian- gulares, trilobadas nos ápices, com prosteca e peni- cilo, e margem externa com cerdas longas na base. Maxilas (fig. 14): gálea lobada, ápice arredondado com muitas cerdas; lacínia unciforme sem cerdas; palpífero membranoso, palpos maxilares 3-segmen- tados. Estipe alongado com muitas cerdas longas, cardo subtriangular com várias cerdas. Lábio (fig. 13) com lígula bem desenvolvida fundida ao pré- mento, margem anterior truncada. Pré-mento mem- branoso com região distai esclerotinizada e com fileira de cerdas curtas de cada lado. Mento alon- gado sub-retangular, com cerdas curtas e longas de cada lado. Submento subtrapezoidal com 3 pares de cerdas longas. Protórax mais longo que meso- ou metatórax marginado anterior e posteriormente por cerdas bem longas e moderadamente longas. Meso- e metatórax marginados anterior e posteriormente por cerdas médias e muito longas. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos e grandes, dorso-laterais. Pernas (fig. 5) aumentando de tamanho das ante- riores para as posteriores; coxa alongada com pilo- sidade muito longa; trocânter subtriangular com pilosidade longa e média, fêmur e tíbia com pilo- sidade média, fêmur mais longo que a tíbia, tarsún- gulo unguliforme, bissetoso. Abdômen com 10 seg- mentos visíveis de cima; segmentos marginados posteriormente por cerdas muito longas e médias, com fileira transversal mediana de tubérculos retror- sos nos segmentos 4.°-9.° (fig. 7). Segmentos 9.° e 10.° bem esclerotinizados dorsal e ventralmente. 9. ° segmento com urogonfos bem esclerotinizados. 10. ° segmento pequeno, subcilíndrico, com cerdas curtas, l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos elípticos, laterais. Abertura anal em forma de Y. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata com pilosidade curta e densa. Amarelada com região dorsal com tubérculos setosos. Cabeça parcialmente visível de cima. Pronoto com margens laterais arredondadas. Órgãos dioneiformes situados medianamente, ímpa- res, entre os segmentos 2/3, 3/4, 4/5, 5/6, 6/7. 9.° segmento com 1 par de urogonfos espiniformes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Ol.x.1975, S.A. Vanin col., 1 larva, 1 pupa fixados (MZUSP); ibidem, 16.06.1981, G. Shimizu col., 1 larva, 1 pupa com exúvia, 3 exúvias, 1 adulto (MZUSP). Dados biológicos Algumas larvas foram coletadas em terreno baldio que servia como depósito de lixo, e estavam prestes a empupar. Outras larvas, foram encontradas em pacotes de camarão seco comercializado. A pupa se fixa na pele da última exúvia larval. Esta espécie é cosmopolita e constitui praga séria pois pode atacar grande variedade de produtos armazenados como peles, embutidos, queijos (Hin- ton, 1945). Além disso pode se alimentar de car- caças e ossos. Bostrichoidea Esta superfamília compreende 3 famílias: Bostri- chidae, Anobiidae e Ptinidae, todas ocorrendo no Brasil. Larvas escarabeiformes, fracamente esclerotiniza- das, desprovidas de placas tergais, cabeça defletida ou retraída no protórax. Sutura fronto-clipeal geral- mente presente. Sutura epicranial quase sempre sem ramos frontais. Endocarena mediana presente. An- tenas relativamente pequenas. Cabeça com 1 estema de cada lado, ou sem estemas. Mandíbulas robustas, nunca com mola basal verdadeira. MaxUas com gálea e lacínia distintas; lacínia quase sempre com esporão; área de articulação maxilar estreita e indis- tinta; palpo maxilar 2-4-segmentado. Palpo labial 2-segmentado. Gula reduzida ou ausente. Pernas bem desenvolvidas, 5-segmentadas. Segmentos torá- cicos e abdominais freqüentemente com pregas trans- versais dorsais. 9.° segmento sem urogonfos. 10.° segmento reduzido a um par de papilas anais longi- cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 172 BOSTRICHIDAE tudinais. Espiráculos anulares ou anular-bíforos, com estrutura de fechamento. Referências; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 56. BOSTRICHIDAE (Estampas 76-77) Família que inclui Psoidae, Lyctidae e Endecato- midae, compreende cerca de 90 gêneros e 700 espé- cies de distribuição primariamente tropical. No Brasil ocorrem 15 gêneros e 34 espécies aproxi- madamente. Larvas em geral com revestimento de cerdas cur- tas. Cabeça quase sempre prognata e profundamente retraída no protórax. Labro às vezes muito grande. Antenas 3-segmentadas. Cabeça em geral com 1 es- tema de cada lado. Mandíbulas geralmente uniden- teadas ou com ápices obtusos; às vezes com pseudo- mola sub-basal e prosteca hialina, prosteca articula- da, ou penicilo. Palpo maxilar 3- ou 4-segmentado. Às vezes com uma haste oblíqua esclerotinizada de cada lado do protórax; espiráculo torácico localizado póstero-lateralmente. Pernas relativamente pequenas. Tarsúngulo estreito, asetoso, indistintamente separa- do da tíbia. Mesotergo, metatergo e tergitos abdo- minais l.°-6.o ou 7.0 com 2-4 pregas transversais; espículos ausentes. 9.° segmento distinto. Papilas anais simétricas e sem esclerito anterior. Espiráculos geralmente anulares e ovais; os do 8.® segmento às vezes maiores que os demais. Micetomas presentes no intestino posterior. Larvas xilófagas, coleobrocas de madeira seca. Podem ocasionalmente broquear galhos e troncos de plantas vivas e ocasionar danos consideráveis. Muitas espécies de Lyctinae são pragas de artefatos de madeira, principalmente derivados de monocoti- ledôneas, e em especial de vime. Rhizopertha domi- nica é uma praga séria de grãos armazenados. Há registro de larvas atacando cabos telefônicos (Lima, 1953). Referências: Anderson, 1939; Bôving e Craighead, 1931; Crowson, 1961, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1953; Peterson, 1960. Dinoderus minutus Fabr., 1775 (Estampa 76, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 4,0 mm; largura do protórax: 1,0 mm. Escarabeiforme (fig. 1), em for- ma de C. Branca com cabeça parcialmente escle- rotinizada. Cabeça hipognata ligeiramente esclerotinizada e deprimida, profundamente retraída. Sutura coronal (fig. 3) reta e longa; sutura frontal ausente. Estemas ausentes. Clípeo (fig. 8) parcialmente fundido ao labro, estreito, em forma de U e com várias cerdas. Labro (fig. 8) arredondado e com muitas cer- das. Epifaringe (fig. 9) com 8 pares de cerdas espa- tuladas anteriores e com 2 fileiras semicirculares laterais de cerdas finas e mais longas; com vários botões sensoriais próximos à margem anterior entre 2 esclerotinizações ovais alongadas; região mediana com muitas cerdas finas dirigidas para trás; região basal esclerotinizada. Suturas guiares e gula ausen- tes. Antenas (fig. 4) 3-segmentadas; l.° segmento transversal; 2.® segmento alongado, apêndice senso- rial membranoso bem desenvolvido e 2 cerdas lon- gas e 2 curtas distais; 3.® segmento curto, ligeira- mente mais longo que o apêndice sensorial, com 4 cerdas apicais, sendo uma mais curta e mais espessa; com 1 cerda curta próxima à base. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) robustas, simétricas, esclerotinizadas, com região mesal côn- cava e ápice bilobado; margem lateral externa com várias cerdas; prosteca membranosa; pseudomola com franja de cerdas na base. Maxila (fig. 7) com gálea articulada 1 -segmentada, membrano- sa com várias cerdas longas; lacínia esclerotinizada e pontiaguda. Palpos maxilares 3-segmentados; pal- pífero membranoso, com fileira de cerdas longas. Estipe curto com 1 cerda. Cardo quase do compri- mento do estipe e com uma cerda. Lábio (fig. 7) membranoso, com poucas áreas esclerotinizadas; pré-mento transversal, esclerotinizado na base e com muitas cerdas longas; mento largo, com margem posterior arredondada, esclerotinizada lateralmente e com fileira transversal de cerdas próxima à base; submento mais largo que longo, com 5 pares de cerdas anteriores. Palpos labiais 1 -segmentados. Hipofaringe pilosa. Tórax mais largo que o abdô- men. Protórax mais longo que meso- ou metatórax, sem pregas dorsais e com 1 par de espiráculos anu- lares grandes, localizados lateralmente. Meso- e me- tatórax com 2 pregas dorsais cada um. Pernas pro- torácicas (fig. 5) mais desenvolvidas e mais setosas que as meso- (fig. 6) ou metatorácicas; com coxa larga; trocânter curto, sub triangular; fêmur curto; tíbia estreitada no ápice; tarsúngulo assetoso. Abdô- men com 9 segmentos visíveis com franja de cerdas laterais; l.®-5.® segmentos com 2 pregas dorsais; 6.®-8.® segmentos sem pregas e com cerdas dorsais; 9.® segmento curto, com ápice arredondado e com cerdas ventrais. l.®-8.® segmentos com 1 par de BOSTRICHIDAE - ANOBIIDAE 173 espiráculos anulares laterais, menores que os toráci- cos. 10.° segmento reduzido; abertura anal longitu- dinal, entre 2 lobos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Viradouro (Sítio Santa Rita), 25.xii.1985, E.P. Teixeira col., 6 larvas e 5 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos foram coletados em bambus cor- tados e secos. Segundo Lima (1953) esta espécie c outras do mesmo gênero tornam-se às vezes pragas de farinhas e cereais armazenados. Lyctus brunneus Steph, 1830 (Estampa 77, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 3,5 mm; largura do Protórax: 1,0 mm. Escarabeiforme (fig. 1), em for- ma de C. Branco-amarelada com mandíbulas cas- tanhas. Cabeça (figs. 2 e 3) hipognata, estreita, levemente esclerotinizada, profundamente retraída no protórax. Sutura coronal reta e curta. Sutura frontal ausente. Estemas ausentes. Clípeo (fig. 11) bem desenvolvido c arredondado na base; com faixa transversal mais esclerotinizada e muitas cerdas dispostas em 2 filei- ras irregulares e inclinadas de cada lado. Labro (fig. 11) curto, com margem anterior trUobada e muitas cerdas de comprimento e espessura diferen- tes, algumas bastante largas. Epifaringe (fig. 10) com 1 fileira inclinada de cerdas finas em cada ângulo anterior; com fileira transversal irregular com 13 botões sensoriais anteriores; com 2 esclerotiniza- Ções longitudinais com cerdas na base, unidas ante- riormente por área menos esclerotinizada; região mediana basal com cerdas curtas dispostas em forma de U invertido com 2 pontos sensoriais entre os ápices; com esclerotinização basal em forma de U. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas (figs. 4 e 9) 3-segmentadas; l.° segmento transversal, com 5 cerdas dorsais longas; 2.° segmento alongado com cerdas dorsais longas e 1 curta ventral e um apên- dice sensorial membranoso bem desenvolvido; 3.° segmento mais longo e mais delgado que o 2.°, e com 4 microcerdas distais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) móveis, simétricas, for- temente esclerotinizadas; região mesal fortemente côncava (em forma de colher); com ápice bilobado e 3 cerdas látero-basais curtas; prosteca membra- nosa e bem desenvolvida; pseudomola com cerdas na base. Maxila (figs. 7 e 8) com mala; região da gálea proeminente com ápice arredondado e muitas cerdas longas, sendo as distais mais espessas e com ápice curvo; região da lacínia esclerotinizada fun- dida à galea e com uncus articulado, distai. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° e 2.° segmentos com muitas cerdas, mais concentradas na região ventral; 3.° segmento glabro, com papilas sensoriais distais. Estipe mais longo que largo, com várias cerdas ven- trais longas; região dorsal com 2 cerdas laterais e muitos microespinhos. Cardo subtriangular com 6 cerdas curtas. Lábio (fig. 6) membranoso com pou- cas esclerotinizações em forma de anéis; pré-mento curto com cerdas na região látero-anterior e media- na; lígula curta e arredondada; mento transversal, com 5 cerdas longas de cada lado; submento trans- verso aproximadamente o dobro da largura do mento e com muitas cerdas laterais e anteriores, sendo as laterais mais longas. Palpos labiais 1 -segmentados, com papilas sensoriais no ápice. Tórax sem pregas dorsais. Protórax subtrapezoidal e mais longo que meso- ou metatórax, com 1 par de espiráculos anu- lares laterais e bem desenvolvidos. Meso- e metató- rax subiguais. Pernas anteriores (fig. 5) mais desen- volvidas que as médias ou posteriores; setosas, com coxa larga e curta; trocânter fundido ao fêmur; fêmur alongado; tíbia menor que o fêmur; tarsún- gulo longo, afilado e assetoso. Abdômen com 10 segmentos visíveis; l.°-5.° segmentos com 2 pregas dorsais; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares, sendo o 8.° par maior. 10.° segmento re- duzido; abertura anal longitudinal entre 2 lobos. Material examinado. BRASIL. São Paulo, ló.viii. 1979. D. Cãnedo col., 9 larvas e 10 adultos fixa- dos (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos desta espécie cosmopolita foram encontrados em angelim-amargoso, V ataireopsis ara- roba (Faboidea). Segundo Gerberg (1957) as larvas podem perma- necer por cerca de 10 meses nas galerias e quando maduras dirigem-se para a superfície da madeira onde constroem uma câmara pupal. O período pupal dura de 12 a 30 dias. O adulto é quem faz o orifício (2-3 mm de diâmetro) de emergência. 57. ANOBIIDAE (Estampa 78) Família com cerca de 140 gêneros e 1 600 espécies, distribuídas por todo o mundo, especialmente nas cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 174 ANOBIIDAE regiões temperadas. No Brasil ocorrem 11 gêneros e 52 espécies. Larvas geralmente revestidas com cerdas longas. Cabeça em geral defletida, raramente retraída no protórax. Sutura frontal raramente presente. Ante- nas muito curtas e 1- ou 2-segmentadas, em geral com apenas 1 segmento aparente. Cabeça geralmente com 1 estema de cada lado. Mandíbulas em geral bidenteadas, às vezes com pseudomola subapical, e geralmente com penicilo próximo à base. Lacínia variável, geralmente com 1 ou mais espinhos, oca- sionalmente reduzida; palpos maxilares em geral 3-segmentados, ocasionalmente 2- ou 4-segmentados. Protórax sem esclerotinizações laterais; espiráculos situados póstero-lateralmente ou na membrana entre pró- e mesotórax. Pernas geralmente bem desenvol- vidas; tarsúngulo apresentando pelo menos 2 cerdas e às vezes um arólio laminar. Mesotergo, metatergo e tergitos abdominais l.°-7.° em geral com 2 pregas transversais; faixas de espículos frequentemente pre- sentes no mesotergo, metatergo e tergitos abdominais l.°-8.° e nas laterais do 9.° segmento. 9.° segmento distinto. Papilas anais simétricas, com esclerito ante- rior. Espiráculos anulares ou anular-bíforos. Mice- tomas presentes no intestino médio. Larvas em sua maioria xilófagas, broqueando madeira morta seca, mas podendo também atacar produtos manufaturados, tais como tabaco (Lasio- derma serricorne), livros (Caíorama sp., Dorcaío- ma sp.) e conglomerados de madeira. Membros da subfamília Dorcatominae são primariamente fun- gívoros. Referências: Bõving, 1927, 1954; Bõving e Crai- ghead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Li- ma, 1953; Parkin, 1933; Peterson^ 1960; Powell, 1931. Lasioderma serricorne F., 1792 (Estampa 78, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 4,0-7,5 mm; largura do tórax: 1,0-1, 8 mm. Escarabeiforme (fig. 1), em forma de C. Branca com cabeça parcialmente casta- nha; densamente pilosa; pilosidade longa. Cabeça (figs. 3 e 7) hipognata, densamente pi- losa, levemente esclerotinizada; região dorsal ama- relada com 2 áreas de cada lado da sutiua coronal, castanhas. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa, maior que 1/2 do comprimento da cápsula cefálica. Ramos frontais em forma de U. Estemas ausentes. Clípeo transverso e glabro. Labro (fig. 8) transverso, com ângulos anteriores arredondados; membranoso com faixa irregular transversal, escle- rotinizada, basal; com muitas cerdas longas na me- tade distai. Epifaringe (fig. 9) com 4 cerdas longas e espessas em cada ângulo anterior e 2 fileiras inclinadas de cerdas unciformes, com 5 cerdas cada uma; região mediana com 2 pares de cerdas curtas; região basal com 2 áreas esclerotinizadas em forma de V unidas por esclerotinização transversal; com 5 botões sensoriais acima e 2 botões e vários mi- croespinhos abaixo da esclerotinização transversal. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas (fig. 4) diminutas, 2-segmentadas; l.° segmento largo, com anel basal esclerotinizado e 3 cerdas espessas e cur- tas, látero-distais; 2.° segmento com anel basal escle- rotinizado e 2 cerdas espessas e curtas e 1 mais longa entre elas; cone sensorial cupuliforme, redu- zido e pouco esclerotinizado. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) móveis, simétricas, for- temente esclerotinizadas; robustas e curtas, com 2 dentes distais e 1 mesal; região dorsal com fileira interrompida e oblíqua de cerdas longas; região mo- lar tuberculada com tufo dorso-distal de cerdas. Penicilo presente. Maxila (fig. 13) com gálea par- cialmente membranosa; arredondada e com muitas cerdas distais; lacínia membranosa, denteada lateral- mente, com cerdas distais longas e espessas, laterais mais finas e muitos dentículos ventrais. Palpífero membronoso. Palpos labiais 3-segmentados; l.° e 2.0 segmentos com cerdas longas; 3.° segmento gla- bro e com papilas sensoriais distais. Estipe alonga- do, com cerdas laterais longas. Cardo com uma pro- jeção lateral externa que permanece invaginada na cápsula cefálica; com 3 cerdas longas. Lábio (fig- 12) parcialmente membranoso e densamente piloso; pré-mento largo e curto, com muitas cerdas mode- radamente longas e uma faixa esclerotinizada e com várias cerdas. Mento mais largo que longo, com área esclerotinizada quadrangular mediana e muitas cer- das longas; submento mais largo e mais longo que o mento e com muitas cerdas longas. Palpos labiais 2-segmentados; l.° segmento subglobular e com 2 cerdas ventrais; 2.° segmento alongado, com papilas sensoriais distais. Protórax mais longo que meso- ou metatórax; com 2 pregas dorsais; com 1 par de espiráculos anular-bíforos laterais. Meso- e metató- rax sem pregas dorsais. Pernas (fig. 5) protorácicas menores que as meso- ou metatorácicas; com muitas cerdas longas; coxa muito curta; trocânter triangu- lar; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo (fig. 5a) unguliforme, esclerotinizado, conr 1 cerda longa e 1 lobo membranoso unissetoso basal. Abdômen 10-segmentado; l.°-8.°-segmentos ANOBIIDAE - PTINIDAE - LYMEXYLIDAE 175 com 2 pregas dorsais e 1 par de espiráculos anular- bíforos (fig. la) laterais, menores que os torácicos. Abertura anal (fig. 6) longitudinal, entre 2 lóbulos, com reforço semicircular. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branca e glabra. Cabeça invisível de cima. Pronoto transversal com margem anterior arredondada. Abdômen estreitado no ápice; l.°-7.° segmentos com 1 par de espirá- culos dorsais; l.° par de espiráculos embaixo da pteroteca. Ápice do abdômen com 1 par de proje- ções látero-apicais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Botucatu, 24.xi.1980, S.R.C. Funari e R.L.S. Jim cols., 31 lar- vas, 8 pupas e 10 adultos fixados (MZUSP). Cam- pinas (Instituto Agronômico), 29.viii.1985, C. Cos- ta, S.A. Casari-Chen e C.J. Rosseto cols., 20 larvas, 23 pupas e 354 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Espécie cosmopolita, causa danos consideráveis à indústria de tabaco podendo, também, atacar fa- rinhas armazenadas. 58. PTINIDAE Família que inclui Gnostidae e Ectrephidae com- preende cerca de 40 gêneros e 450 espécies de distribuição mundial, mas mais abundante em regiões áridas. No Brasil ocorrem cerca de 3 gêneros e 29 espécies. Larvas revestidas com cerdas longas. Cabeça de- fletida, não retraída no protórax. Antenas 1-seg- mentadas. Estemas ausentes. Mandíbulas sem pseu- domola ou prosteca. Protórax sem esclerotinizações laterais; espiráculo situado ântero-lateralmente. Per- nas bem desenvolvidas; tarsúngulo unissetoso. Me- sotergo, metatergo e tergitos abdominais l.°-7.° com 2 pregas transversais, sem faixas de espículos. 9.° segmento indistinto. Papilas anais assimétricas, com esclerito anterior. Espiráculos anulares ou anular- bíforos. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas saprófagas, alimentando-se de matéria orgânica de origem animal ou vegetal, como guano de morcegos, excrementos de vários animais; muitas espécies ocorrem em ninhos de aves, mamíferos, formigas e cupins. Gibbium psyllioides e Mezium americanum são cosmopolitas e atacam vários pro- dutos armazenados. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Howe, 1949; Howe e Burges, 1952; Lawren- ce, 1982; Peterson, 1960. Lymexyloidea Superfamília que compreende apenas a família Lymexylidae, que ocorre, também, no Brasil. 59. LYMEXYLIDAE (Estampa 79) Família que inclui Atractoceridae, compreende cerca de 6 gêneros e 50 espécies, de distribuição mundial mas que não são muito comuns. No Brasil, ocorrem 2 gêneros e 7 espécies aproximadamente. Larvas alongadas e cilíndricas, pouco esclerotini- zadas e quase glabras, exceto 9.° segmento abdo- minal com protórax dilatado. Cabeça globosa; su- tura coronal moderadamente longa; sutura frontal liriforme ou em forma de V; endocarena mediana presente, mas não prolongada adiante da sutura frontal; sutura fronto-clipeal presente. Clípeo e labro relativamente pequenos e estreitos. Estemas ausentes ou 6 de cada lado da cabeça. Mandíbulas cuneifor- mes, com ápice truncado. Peças bucais ventrais re- traídas; área de articulação maxilar bem desenvol- vida, com justaestipe e justacardo presentes. Mala fendida no ápice ou não. Lábio com lígula e escle- roma hipofaríngeo bem desenvolvidos. Gula reduzi- da; hastes hipostomiais ausentes. Pernas bem desen- volvidas, 5-segmentadas; tarsúngulo com pelo menos 2 cerdas. Grupos de espículos geralmente situados nos tergitos torácicos e no 9.° tergito abdominal, às vezes também nos tergitos 4.®-8.°. Segmentos abdominais às vezes com dilatações ambulatórias. 9.° tergito modificado, variável, em geral com placa côncava que pode apresentar prolongamentos poste- riores, mas nunca urogonfos. 10.° segmento redu- zido, ventral, possuindo 2 papilas espinhosas. Espi- ráculos anular-bíforos ou multíforos grandes e ovais. Larvas ocorrem em madeira apodrecida e estão associadas a fungos. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 176 LYMEXYLIDAE Melittonuna sp. (Estampa 79, figs. 1-17) Larva. Comprimento: 11,0 mm; largura protórax: 1,0 mm. Ortossomática (figs. 1 e 2) e cilíndrica. Amarelada, cabeça castanho-clara com mandíbulas escurecidas; 9.® segmento abdominal castanho com margens posteriores escurecidas. Cabeça (figs. 3 e 4) hipognata, pigmentada, escle- rotinizada, retraída no tórax. Cápsula cefálica glo- bosa, achatada na fronte. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ramos frontais sinuosos, em forma de V. Mancha ocelar alongada, irregular, disposta transversalmente logo atrás da inserção an- tenal. Sutura fronto-clipeal ausente. Labro e clípeo (fig. 8) fundidos; sutura ausente mas limite bem marcado por entalhes laterais. Qípeo com 2 poros sensoriais e cerdas longas e curtas. Labro subpen- tagonal com ápice arredondado e com muitas cerdas finas; cada margem látero-basal com 2 cerdas espa- tuladas; com fileira subapical com 4 cerdas delga- das, as medianas mais longas; região basal com faixa esclerotinizada e 2 poros sensoriais. Epifaringe (fig. 7) anteriormente com cerdas finas e densas, 4 poros sensoriais agrupados e 1 par de cerdas curtas; com faixa mediana pilosa que se prolonga entre 2 lamelas oblíquas basais estriadas. Duas suturas guiares (fig. 4); gula reduzida e transversa. Áreas genais com algumas cerdas. Antenas (fig. 5) 3-seg- mentadas; l.° e 2.° segmentos transversais, o 2.° com apêndice sensorial cônico; 3.° delgado, mais longo que os anteriores, com 5 cerdas apicais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) mó- veis, simétricas, cuneiformes; região apical delgada, truncada, formando lâmina; margem mesal com en- talhe logo acima da região molar; mola bem desen- volvida, com carenas transversais, formadas por filei- ras de espinhos muito aproximados; com várias cer- das dorso-laterais. Maxila (figs. 16, 16a e 17) longa, com mala fundida ao estipe, com ápice truncado oblíquo; margem apical e interna com cerdas espa- tuladas, as mais basais dobradas na extremidade distai; com várias cerdas espessas nas faces dorsal e ventral. Palpífero palpiforme. Palpos maxUares 3-segmentados; l.° e 2.° segmentos com fileira circular de cerdas; 3.° mais delgado; com papilas sensoriais no ápice. Estipe alongado, com cerdas curtas e longas na região látero-dorsal. Justaestipe presente. Cardo com 1 esclerito, sub triangular; jus- tacardo presente. Lábio (fig. 6) com pré-mento I com área losangular mediana esclerotinizada com 1 par de cerdas curtas distais internas e 2 pares externos, e 2 pares basais externos mais longos; com microtríquias em 2 áreas laterais e 2 pares de cer- das basais sendo o par mediano mais longo; pré- -mento II mais largo que longo, com área transversal e sinuosa com microtríquias e 2 pares de cerdas curtas. Palpígero membranoso com faixa basal escle- rotinizada com 3 cerdas. Lígula bem desenvolvida, em forma de lóbulo arredondado, com muitas cerdas e 4 poros sensoriais. Palpos labiais 2-segmentados; segmento basal parcialmente £sclerotinizado, com várias cerdas; segmento distai com papilas sensoriais no ápice. Hipofaringe (fig. 12): lobo anterior com revestimento denso de cerdas cmrtas; lobo mé- dio subtriangular, com ápice arredondado e faixa mediana revestida de cerdas delgadas; lobo posterior triangular, mais esclerotinizado que os demais, com revestimento de cerdas curtas e espessas, mais denso nas margens látero-anteriores. Protórax transversal, dilatado para o ápice, muito mais largo que meso- ou metatórax; margem anterior proeminente, encobrin- do porção basal da cabeça. Espículos formando faixa larga dorso-lateral no protórax, e manchas laterais no meso- e metatórax. Meso- e metatórax com margens laterais fortemente arredondadas. Me- sotórax com um par de espiráculos anular-bíforos localizados ântero-ventralmente. Pernas (fig. 9) do mesmo comprimento, 5-segmentadas, com muitas cerdas rijas; tegumento da região ventral com nume- rosos microespinhos; coxa alongada; trocânter trian- gular; fêmur mais curto e mais espesso que a tíbia; tarsúngulp com 4 cerdas dilatadas na metade proxi- mal, sendo 2 dorsais e 2 ventrais. Abdômen cilín- drico, com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.® segmentos com 1 par de espiráculos anular-bíforos (fig. 2a). Segmentos l.°-6.° alongados, 1° e 8.“ transversais, com 2 fileiras dorsais e transversais de espinhos pequenos; 9° segmento (figs. 13-15) for- temente esclerotinizado, alongado, alargado para o ápice; chanfrado obliquamente; superfície côncava; com füeira transversal, pré-basal de espinhos peque- nos; margem denteada e franjada; região côncava na base com grupo de áreas ovais, deprimidas, mais claras, membranosas e grupo de microespinhos subapicais. 10.° segmento ventral, com fenda anal transversal que o divide em 2 lobos; cada lobo com 2 grupos laterais de microespinhos, logo atrás da fenda; faixa esclerotinizada, delgada, saliente, trans- versal, com franja marginal de cerdas diminutas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20-22.iv.l982, Exp. MZUSP col., 3 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em troncos caídos, subcortical- mente em galerias perpendiculares à superfície do cm i :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 LYMEXYLIDAE TROGOSSITIDAE 177 tronco. Muito semelhante à larva de Melittomma se- fíceum Harr., descrita e ilustrada por Peterson (1960), diferindo pelo tipo de espiráculos e forma do 9.° segmento abdominal. Cleroidea Superfamília que compreende: Phloiphilidae, Tro- gossitidae, Chaetosomatidae, Cleridae, Phycosecidae, Acanthocnemidae e Melyridae. Destas, ocorrem no Brasil apenas: Trogossitidae, Cleridae e Melyridae. Larvas alongadas. Sutura coronal presente ou ausente; sutura frontal raramente liriforme; endoca- rena mediana às vezes presente. Antenas 3-segmen- tadas, relativamente curtas. Labro livre. Cabeça fre- quentemente com 5 estemas de cada lado, ordenados em 2 fileiras paralelas de 3 e 2. Mandíbulas sem mola, em geral com prosteca apresentando 1-3 pro- cessos. Mala maxilar nunca dividida; freqíientemente com cerda pedunculada. Hastes hipostomiais fre- qüentemente presentes. Pernas bem desenvolvidas, 5-segmentadas; coxas bem separadas; tarsúngulo unis- setoso. Escleritos dorsais quase sempre presentes no protórax e 9.° segmento abdominal; escleritos me- nores podem ocorrer no meso- e metatórax; rara- mente tergitos abdominais l.°-8.° possuem escleritos. 9.0 tergito em geral com um par de urogonfos fixos. Espiráculos com estruturas de fechamento. Referências: Crowson, 1964; Lawrence, 1982. 60. TROGOSSITIDAE (Estampa 80) Esta família inclui Peltidae, Ostomidae, Lopho- cateridae e Temnochilidae e compreende cerca de 60 gêneros e 600 espécies, de distribuição mundial sendo mais comuns nas regiões tropicais. No Brasil, ocorrem 9 gêneros e 76 espécies. Larvas alongadas, subcilíndricas e ligeiramente deprimidas, raramente com protórax dilatado; em geral pouco esclerotinizadas com exceção da cabeça, protergo e parte do 9.° tergito; pequenos escleritos pares podem ocorrer no mesotergo, metatergo e ocasionalmente nos tergitos 6.°-8.°; revestimento de cerdas longas e esparsas. Sutura coronal ausente ou, se presente, muito curta; sutmra frontal em forma de V, ramos em geral sinuosos, ocasionalmente indistintos; endocarena presente, simples e mediana, ou dividida em forma de V. Cabeça com 2 ou 5 estemas de cada lado e às vezes com uma mancha pigmentada ventral adicional. Prosteca mandibular se presente com 1-3 processos delgados. Peças bu- cais ventrais mais ou menos retraídas; complexo maxilo-labial pelo menos tão longo quanto a gula: cardo tão longo ou mais curto que o estipe; mala maxilar com ou sem uma cerda pedunculada. Áreas paragulares esclerotinizadas ou membranosas; hastes hipostomiais em geral longas, alcançando a margem posterior da cabeça, ocasionalmente reduzidas ou ausentes. Tergitos l.°-8.° freqüentemente apresen- tando um par de aberturas de glândulas tubulares, enoveladas. 9.° tergito às vezes dividido por linha transversal e em geral com 2 pares de glândulas tubu- lares. Urogonfos com formato variável. Espiráculos anular- bíforos. Larvas em geral predadoras, vivendo sob casca de árvore ou em galerias de besouros xilófagos. Algumas espécies (e.g. Tenebroides sp.; Lophoca- teres pusillus) ocorrem em grãos e outros produtos armazenados, se alimentam dos insetos que atacam esses materiais, e aparentemente dos próprios pro- dutos ou dos fungos que aí se desenvolvem. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1964 e 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. Temnochila sp. (Estampa 80, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 17,0 mm; largura do protórax: 2,0 mm. Campodeiforme (fig. 1) subci- líndrica. Amarelada com cabeça, pronoto, uma man- cha no meso-, 2 no metanoto e último urostergito negros ou castanho-avermelhados; pernas castanho- -claras. Cabeça (figs. 11 e 14) prognata, fortemente es- clerotinizada e levemente deprimida. Sutura epicra- nial presente. Sutura coronal larga e curta. Endo- carena mediana (fig. 13) prolongando-se em 3/4 do comprimento da fronte. Ramos frontais em for- ma de V. Fronte (fig. 13) com ângulos anteriores proeminentes; margem anterior com 2 cerdas curtas e 1 longa de cada lado; com 2 cerdas de cada lado, próximas à margem anterior e 2 laterais. Grupo com 5 estemas (fig. la) de cada lado; 3 muito pró- ximos entre si, dispostos dorso-lateralmente em filei- ra inclinada próxima à área de articulação das an- tenas e 2, abaixo dos anteriores, separados entre si e mais dorsal que os anteriores. Clípeo (fig. 13) transverso e membranoso. Labro (fig. 8) transverso, com ângulos anteriores arredondados e 4 pares de cerdas espessas e longas dispostas em fileira transver- sal interrompida no meio. Epifaringe (fig. 12) com fileira anterior com 6 cerdas espessas de cada lado. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 178 TROGOSSrriDAE CLERIDAE sendo as laterais mais longas; com 2 cerdas curtas abaixo desta fileira. Suturas guiares retas, bem desen- volvidas. Gula alongada, membranosa, com 2 cerdas longas e 2 escleritos paragulares. Carena hipocefá- lica ( fig. 11) longa, não atingindo a base da cápsula cefálica. Antenas (fig. 4) 3-segmentadas; antenífero membranoso, mais longo que o l.° segmento da antena; 2P segmento é o mais longo, com 3 cerdas curtas e um âpendice sensorial pequeno e membra- noso látero-distal; 3.° segmento diminuto, com 1 cerda distai. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 9 e 10) móveis, simétricas, com 2 dentes apicais bera desenvolvidos e 2 mesais diminutos; com 1 cerda lateral longa; penicilo pequeno. Maxilas (fig. 7) estreitamente aderidas ao lábio forman- do peça única; com mala articulada subcilíndrica, alongada, parcialmente esclerotinizada ventralmente, membranosa e densamente setosa dorsalmente. Pal- pífero bem desenvolvido, membranoso, com 2 cer- das. Palpos maxilares 3-segmentados; segmentos diminuem de tamanho do basal para o distai. Estipe esclerotinizado, com várias cerdas laterais, uma das quais bem longa. Cardo subtriangular, mais claro que o estipe e com 1 cerda. Lábio (fig. 7), com pré-mento mais estreito na base e com 1 par de cerdas; mento alongado, estreito, castanho-escuro; região entre os cardos mais clara; com 2 pares de cerdas, sendo o basal mais longo. Palpos labiais 2-segmentados. Pro- e mesotórax do mesmo tamanho e ligeiramente mais longo que o metatórax. Pronoto com 2 fileiras longitudinais medianas de pontos e 1 cerda; com tufo de cerdas látero-anteriores, 2 das quais bem longas; com 3 cerdas laterais. Meso- e metanoto com várias cerdas laterais, sendo 3 mais longas; com 2 pares de cerdas curtas anteriores e 2 basais cada um. Mesostemo com 1 par de espi- ráculos anular-bíforos desenvolvidos localizados an- teriormente. Pernas (fig. 5) quase do mesmo tama- nho, levemente deprimidas, parcialmente escleroti- nizadas, com cerdas de tamanhos variados; coxa curta; trocânter triangular; fêmur mais robusto que a tíbia; tarsúngulo com 1 cerda basal longa. Abdô- men com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos abdominais com margens laterais arredondadas e várias cerdas laterais, dorsais e ventrais de tamanhos variados; l.°-4.° segmentos com 2 ampolas dorsais com número crescente de papilas; 5.°-7.° com ape- nas uma ampola dorsal elíptica com muitas papilas; 8.® segmento com 1 sulco transversal dorsal, sem papilas; l.®-8.® segmentos com 1 par de espiráculos anular-bíforos que diminuem de tamanho do l.°-8.® localizados lateralmente e 1 par de aberturas glan- dulares (fig. 6) abaixo dos espiráculos; 9.® segmento (fig. 6) com muitas cerdas longas e 1 par de uro- gonfos com ápice curvo, com 1 cerda subapical lateral muito longa. 10.® segmento tubular, ventral, curto com várias cerdas na margem posterior. Aber- tura anal semi-circular; margem anterior do ânus com 6 lóbulos. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Amarelada cora cerdas castanho-avermelhadas. Cabeça parcialmente visível de cima; com uma faixa com cerdas curtas próximo a cada margem lateral. Pronoto com mar- gens laterais arredondadas, com 3 pares de cerdas longas e várias curtas de cada lado; região mediana com 5 pares de cerdas curtas. Abdômen ligeiramente estreitado no ápice; com muitas cerdas, sendo as laterais mais longas; l.®-6.® segmentos com 1 par de espiráculos elípticos dorsais, que diminuem de tamanho do l.®-6.®. Ápice do abdômen com 1 par de urogonfos distais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 24-25.vi.1980, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidern. 17.xii.l980, Exp. MZUSP col., 4 larvas e 4 adultos fixados (MZUSP); ibidern, 27-29.ix.1984, Exp. MZUSP col., 3 larvas criadas até pupa (MZUSP); ibidern, 29.xi-01.xii.1984, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas subcorticalmente ou em galerias de outras larvas em troncos caídos dentro e fora da mata. 61. CLERIDAE (Estampa 81) Esta família inclui Corynetidae e compreende cerca de 150 gêneros e 4000 espécies de distribui- ção mundial. No Brasil ocorrem cerca de 25 gêneros e 317 espécies. Adultos de algumas espécies ali- mentam-se de pólen ou são predadores. Larvas alongadas, geralmente estreitas, deprimi- das a subcilíndricas, fracamente esclerotinizadas com exceção da cabeça, protergo e 9.® tergito, e ocasionalmente meso- e metatergo. Coloração uni- forme, com manchas, ou matizada, rósea, vermelha, amarela, laranja, azul, castanha, preta; áreas escle- rotinizadas geralmente brilhantes, pretas ou em dife- rentes tons de castanho. Revestimento esparso ou denso de cerdas curtas ou longas. Cabeça em geral alongada. Sutura coronal curta ou ausente. Endo- carena geralmente presente. Cabeça em geral com 5 estemas de cada lado, às vezes reduzidos a 1-4, CLERIDAE 179 OU mesmo ausentes. Mandíbulas freqüentemente com retináculo; prosteca presente ou ausente. Peças bucais ventrais fortemente protraídas; cardo em geral mais longo que estipe; mala com uma cerda pedunculada. Gula longa e estreita; áreas guiar e paragulares em geral fortemente esclerotinizadas, de tal forma que a cápsula cefálica é fechada atrás, ou ocasional- mente membranosa e aberta. Hastes hipostomiais muito curtas ou ausentes. Tergitos abdominais 1 .®-9.° sem glândulas tubulares pares. 9P tergito variável, em geral com placa esclerotinizada e um par de urogonfos. Espiráculos em geral anular-bíforos, oca- sionalmente anulares. Larvas da maioria das espécies são predadoras, habitando galerias abertas por besouros xilófagos, es- pecialmente Cerambycidae, Buprestidae, Anobiidae, Bostrychidae e Scolytidae, cujas larvas depredam. Alguns Corynetinae, como Necrobia spp. alimen- tam-se de matéria animal ou vegetal morta. Algumas larvas de Clerinae são muito modificadas e prova- velmente adaptadas à vida ectoparasitária. Discussão Algumas larvas de Cleridae e Trogossitidae são bastante semelhantes, mas facilmente identificáveis pela observação da gula, muito longa e estreita em Cleridae, mais curta e larga em Trogossitidae. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1953; Peterson, 1960. Platynoptera pectoralis Schklg., 1900 (Estampa 81, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 25,0 mm; largura protórax: 2,7 mm. Ortossomática (fig. 1), cilíndrica. Pouco esclerotinizada; amarelada com cabeça cas- tanho-avermelhada, mandíbulas e urogonfos casta- nho-esciuros. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, fortemente pig- mentada e esclerotinizada; deprimida, ligeiramente retraída no tórax. Cápsula cefálica pilosa, aberta atrás, dorsal e ventralmente. Sutura epicranial pre- sente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais si- nuosos, em forma de V. Endocarena mediana longa, estendendo-se além da metade do comprimento da fronte. Fronte mais escura que demais regiões da cápsula cefálica e com várias cerdas; ângulos ante- riores proeminentes e arredondados. Grupo de 5 es- temas hialinos (fig. 3a) de cada lado, dispostos em 2 fileiras inclinadas, uma com 3 estemas próximos entre si, logo abaixo da área de articulação das antenas e outra com 2, mais separados, abaixo dos primeiros. Área fronto-clipeal membranosa. Labro (fig. 13) livre, transverso, parcialmente membra- noso; com ângulos anteriores arredondados; margem anterior sinuosa com 1 par de cerdas medianas lon- gas; região lateral mediana com 3 cerdas e 2 poros sensoriais de cada lado. Epifaringe (fig. 14): mar- gem anterior com 3 cerdas espessas e curvas de cada lado e 6 cerdas medianas espessas e retas (2 estão quebradas); região mediana com 3 pares de cerdas espessas e curtas e 2 grupos de botões sensoriais, um com 4 e outro com 2; região mediana basal com esclerito bem desenvolvido. Duas suturas guia- res (fig. 4) longas. Gula (fig. 5) alongada, fundida ao submento, com margens laterais membranosas e 2 cerdas medianas. Antenas (figs. 11 e 12) 3-segmentadas; antenífero membranoso e bem de- senvolvido; l.° segmento é o mais longo; 2° seg- mento com 2 cerdas látero-ventrais longas, 2 dorsais curtas e 1 apêndice sensorial membranoso; segmento distai delgado, quase tão longo quanto o anterior, com 1 cerda apical longa e 5 curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 8 e 9) móveis, simé- tricas, cuneiformes, com 2 cerdas laterais; região me- sal sinuosa. Maxilas (fig. 5) membranosas com áreas esclerotinizadas; mala fundida ao estipe, alongada com ápice arredondado; região ventral curta com 1 cerda curta pedunculada e 2 longas; região dorsal com muitas cerdas. Palpífero palpiforme, com 2 cer- das longas. Palpos maxilares 3-segmentados; l.° e 2.® segmentos transversos; 3.° segmento alongado, com 1 cerda lateral interna próxima ao ápice e vá- rias microcerdas apicais. Estipe transversal com 2 cerdas laterais internas longas e 3 mesais curtas. Cardo maior que o estipe, com 1 cerda basal longa. Lábio (fig. 5) com pré-mento transverso, com 1 par de cerdas longas e 1 par de curtas; pós-mento alon- gado fundido à gula, com 1 par anterior de cerdas longas. Lígula arredondada. Palpos labiais 2-seg- mentados; segmento distai com microcerdas apicais. Protórax ligeiramente mais estreito que meso- ou metatórax; com margens laterais ligeiramente arre- dondadas. Pronoto com faixa transversal irregular castanha paralela à margem anterior, com várias cerdas e alguns pontos castanhos setosos próximos à região mediana. Meso- e metatórax com margens laterais sinuosas, com várias cerdas; com 2 peque- nas esclerotinizações laterais cada um. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares laterais e bem desenvolvidos. Pernas (fig. 10) cilíndricas, subiguais, com cerdas delgadas de tamanho variado, mais con- centradas na tíbia; coxa larga e curta; trocânter subtriangular; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 1 cerda basal. Abdômen cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 180 CLERIDAE MELYRIDAE com 9 segmentos visíveis de cima; l.o-8.° segmentos com margens laterais fortemente arredondadas, com 1 par de ampolas dorsais e 1 par de espiráculos anulares (fig. la) cada um; 9.° segmento (figs. 6 e 7) estreitado para o ápice, densamente piloso e com 1 par de urogonfos distais esclerotinizados e curvos. 10.° segmento (fig. 6) tubular, ventral e curto. Abertura anal circular, no ápice do 10.° segmento. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branco-amare- lada, com espículos com cerdas na base esparsos na face dorsal. Cabeça pouco visível de cima. Pro- tórax quase tão longo quanto largo com margens fortemente arredondadas. Abdômen estreitando para o ápice; segmentos abdominais l.°-6.° com espículos dispostos em faixa transversal irregular; segmentos 7.° e 8.° com espículos maiores; 9.° segmento redu- zido com coroa de espículos apicais. Material examinado. BRASIL. Goiás. Mineiros (Capão da Glória), 28.iii-06.iv.1984, Exp. MZUSP e IQUSP cols., 6 larvas e 2 pupas fixadas e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em troncos caídos de angico e piquizeiro na beirada da mata de galeria. As larvas predadoras foram encontradas em galerias abertas de outros insetos. Nos mesmos troncos achavam-se larvas de Elateridae, Curculionidae, Trogossitidae, Tenebrionidae, Scarabaeldae e Mycteridae. 62. MELYRIDAE (Estampa 82) Esta família inclui Malachiidae, Rhadalidae, Prio- noceridae e Dasytidae e compreende cerca de 200 gêneros e 5.000 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem 10 gêneros e 68 espécies. Os adultos são bastante comuns nas flores e na vegeta- ção, podem ser fitófagos, polinífagos e predadores. As larvas são alongadas e geralmente estreitas, ligeiramente deprimidas ou subcilíndricas; são pou- co esclerotinizadas, exceto a cabeça, geralmente o 9.° tergito, frequentemente tergitos torácicos e ocasionalmente os tergitos abdominais. Frequente- mente avermelhadas ou rosadas, com pilosidade fina, às vezes longa e densa. A cabeça é geralmente alon- gada e mais ou menos quadrada; sutura epicranial em forma de Y, com sutura coronal longa e ramos frontais retos. Endocarena ausente; 1-5 estemas de cada lado. Prosteca única ou processo dividido loca- lizado posteriormente com pelos finos. Peças bucais ventrais retraídas; estipe mais longo que o cardo e mala com 1 cerda penduculada. Gula curta; áreas paragulares quase sempre membranosas de tal forma que a cápsula cefálica parece ser aberta atrás. Has- tes hipostomiais ausentes. Protergo frequentemente com placa única; o pro-, meso- e metatergo algu- mas vezes e os segmentos abdominais 1-8, raramen- te com esclerotinizações pares; tergitos torácicos e abdominais 1-8 ou 1 e 8 freqüentemente com 1 ou 2 pares de glândulas. 10.° tergito usualmente forte- mente esclerotinizado, com 1 par de urogonfos, ra- ramente com 1 par de processos tubulares transpa- rentes; espiráculos anulares. As larvas são predadoras primárias que ocorrem em vários habitats mas normalmente no solo, no fo- Ihiço e embaixo de casca, interior de ninhos de cupins. Referências: Crowson, 1964; Lawrence, 1982. Lemphus sp. (Estampa 82, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento: 10,0 mm; largura do protórax; 1,2 mm. Campodeiforme (fig. 1), leve- mente achatada dorso-ventralmente. Salmão, com cabeça e 9.° segmento abdominal castanho-escuros; pilosidade fina, curta, densa e amarelada. Cabeça (figs. 3 e 4) subquadrangular prognata, fortemente pigmentada, esclerotinizada e deprimida; margens laterais paralelas. Cápsula cefálica aberta atrás, dorsal e ventralmente com muitas cerdas, as laterais mais longas. Sutura epicranial presente. Su- tura coronal longa. Ramos frontais em forma de V, retos. Grupo com 4 estemas (fig. la) bem desen- volvidos de cada lado, sendo 3 em fileira transversal abaixo da área de articulação da antena e 1 isolado mais abaixo. Clípeo (fig. 16) membranoso, com 2 cerdas longas de cada lado. Labro (fig. 16) trans- verso, com ângulos anteriores arredondados; mem- branoso, com faixa transversal mediana esclerotini- zada com muitas cerdas, sendo 1 par muito longo; 3 pares de cerdas da margem anterior e 2 pares la- terais na faixa esclerotinizada estão inseridos em pedúnculo curto. Epifaringe (fig. 13) membranosa com região mediana esclerotinizada; margem ante- rior com 4 cerdas espessas de cada lado, dirigidas para o meio e 6 cerdas medianas mais longas inse- ridas em pedúnculo curto; região mediana com 6 cerdas curtas e espessas dirigidas para o meio, e 2 MELYRIDAE 181 pontos sensoriais pequenos abaixo delas; margens laterais com tegumento rugoso, de aspecto escami- forme e 4 pontos sensoriais de cada lado. Duas su- turas guiares divergentes na base. Gula membranosa, fundida ao lábio e com 2 cerdas. Áreas genais com cerdas curtas e longas. Antenas (fig. 10) 3-segmen- tadas; antenífero membranoso e bem desenvolvido; e 2° segmentos transversos; 2.° segmento com 3 cerdas longas e 1 curta e 1 apêndice sensorial cupuliforme e membranoso; 3.° segmento cilíndrico, roais longo que o anterior, com 2 cerdas distais rouito longas e 4 curtas. Peças bucais protraídas ventralmente. Mandíbulas (figs. 8 e 9) móveis, si- roétricas; região dorso-mesal proeminente formando Um dente; região ventral com entalhe subapical; com 2 cerdas látero-dorsais longas; prosteca lobada c setosa. Maxila (figs. 6, 6a e 6b) alongada, par- cialmente esclerotinizada; mala truncada obliqua- roente com ângulos arredondados; região ventral (fig. 6a) com 1 cerda penduculada e 1 cerda mais longa e espessa; região dorsal (fig. 6b) com 4 cer- das espessas e longas e várias curtas. Palpos maxi- lares 3-segmentados; l.° e 2.° segmentos transver- sos; segmento distai alongado, com 1 cerda mediana longa e várias apicais diminutas. Estipe alongado com várias cerdas laterais longas. Cardo subtrian- gular curto com 1 cerda e 1 dente lateral-mediano. Lábio (fig. 5) com pré-mento transverso, com 1 par de cerdas longas e 1 par de curtas; pós-mento alon- gado, fundido à gula, membranoso, com várias cer- das laterais. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax mais estreito que meso- ou metatórax. Pronoto com 3 áreas alongadas glabras e 4 cerdas mais longas que as demais; mesonoto com 6 áreas pequenas glabras e metanoto com 2; meso- e metanoto com 1 par de cerdas mais longas cada um. Mesotorax com 1 par de espiráculos anulares laterais bem de- senvolvidos. Segmentos torácicos com 1 par de aber- turas glandulares laterais. Pernas (figs. 12 e 12a) subiguais, com cerdas longas; coxa curta; trocânter subtriangular; fêmur mais espesso que a tíbia, com escleritos de articulação (fig. 12a) entre fêmur e tíbia; tarsúngulo com 1 cerda basal curta. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmen- tos com margens laterais arredondadas; 1 par de espiráculos anulares laterais menores que os toráci- cos e 1 par de aberturas glandulares localizadas posteriormente aos espiráculos. 9.° segmento (figs. 11, 14 e 15) menor, mais esclerotinizado, com pi- losidade mais longa e 1 par de urogonfos distais. 10.° segmento (figs. 14 e 15) ventral, reduzido, com pilosidade longa. Abertura anal transversal. Pupa (figs. 2 e 7). Adéctica e exarata. Amarelada. Cabeça invisível de cima. Protórax subtrapczoidal com muitas cerdas longas. Abdômen ligeiramente estreitado para o ápice; segmentos abdominais com margens laterais arredondadas com várias cerdas; ápice do abdômen (fig. 7) com 1 par de urogonfos curvos. Material examinado. BRASIL. Goiás. Mineiros (Parque Nacional das Emas), 28.iii-06.iv. 1984, Exp. MZUSP e IQUSP cols., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Mato Grosso do Sul. Costa Rica, x.1984, Exp. MZUSP e IQUSP cols., 1 larva, 1 pupa e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas no interior de ninhos de Isopte- ra, Cornitermes sp. As larvas eram pouco ativas mas conspícuas por seu colorido. Em laboratório as larvas foram alimentadas com operários de cupim. CucujoiDEA (= Clavicomia) Esta superfamília compreende 24 famílias: Pro- tocucujidae, Sphindidae, Nitidulidae*, Rhizophagi- dae*, Boganiidae, Phloestichidae, Helotidae, Cucu- jidae*, Cavognathidae, Cryptophagidae*, Propaltici- dae, Lamingtoniidae, Languriidae*, Erotylidae*, Phalacridae*, Cerylonidae*, Corylophidae*, Disco- lomidae*, Coccinellidae*, Sphaerosomatidae, Endo- mychidae*, Lathridiidae*, Biphyllidae*, Byturidae. No Brasil ocorrem as 14 famílias que estão assina- ladas com um asterisco. Larvas em geral com tergitos torácicos e abdo- minais “bem marcados” e pernas bem desenvolvidas. Cabeça raramente com sutura coronal distinta; su- tura frontal quase sempre liriforme. Sutura fronto- clipeal em geral distinta; labro quase sempre livre. Antenas 3-segmentadas. Mandíbulas simétricas, ge- ralmente com mola e prosteca, às vezes com tubér- culo ventral. Peças bucais ventrais em geral retraí- das, com área de articulação bem desenvolvida. Mala sempre inteira, com ápice obtuso ou falcifor- me, raramente fendido; palpo maxilar cm geral 3- segmentado. Palpo labial geralmente 2-segmentado. Urogonfos geralmente presentes no 9.° tergito ab- dominal. 10.° segmento abdominal em geral arre- dondado ou tubular, frequentemente póstero-ventral. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982. cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 182 NITIDUUDAE 63. NITIDULIDAE (Estampas 83-84) Esta família inclui Smicripidae e Cybocephalidae e compreende cerca de 160 gêneros e 3.000 espécies colocadas geralmente em 7 subfamílias. São cosmo- politas e no Brasil ocorrem aproximadamente 40 gêneros e 208 espécies. Larvas alongadas, com margens laterais subpara- lelas; subcilíndricas a ligeiramente deprimidas; em geral fracamente pigmentadas, exceto cabeça, pro- tergo e 9P tergito abdominal; demais regiões dor- sais, em geral, com um par de placas esclerotiniza- das, raramente com uma única placa. Tegumento às vezes apresentando grânulos ou tubérculos, e com pilosidade formada por cerdas delgadas e esparsas. Cabeça em geral transversal, com antenas bem de- senvolvidas. Sutura coronal quase sempre ausente; sutura frontal em geral com ramos bastante separa- dos na base, ocasionalmente aproximados e rara- mente ausentes. Labro em geral curto e transverso. Cabeça geralmente com 3-4 estemas de cada lado. Mandíbulas geralmente com prosteca complexa e mola tuberculada ou com espículos nas superfícies dorsal e ventral. Peças bucais ventrais mais ou me- nos protraídas; cardos oblíquos ou ausentes; área de articulação reduzida. Mala obtusa, às vezes com esporão na margem interna; palpo maxilar em geral 3-segmentado, raramente 2-segmentado. Palpos la- biais 1 -segmentados. Gula presente, às vezes ausen- te. Hastes hipostomiais em geral ausentes, mas em raros casos podem ser longas, paralelas ou diver- gentes. Tarsúngulos com 2 cerdas, em geral assimé- tricas, às vezes originando-se de lobos adesivos. Segmentos abdominais, às vezes, com projeções la- terais. 9.0 tergito abdominal com um par de uro- gonfos que podem apresentar aspecto bastante va- riável, e anteriormente com um par de projeções menores, denominadas pré-gonfos. Espiráculos em geral bíforos, raramente anulares, freqüentemente localizados na extremidade distai de projeções tubu- lares. As larvas dos Nitidulidae apresentam hábitos ali- mentares bem diversos, mas em geral ocorrendo no mesmo ambiente que os adultos. Os Nitidulinae são necrófagos e possivelmente predadores; os Carpo- philinae desenvolvem-se em matéria orgânica em fermentação, sendo freqüentemente encontrados em frutas em decomposição; os Meligethinae são fitófa- gos, e as larvas de algumas espécies desenvolvem-se no interior das flores masculinas de palmeiras {e.g. Mystrops palmarus Bondar, 1940); os Cateretinae são fitófagos, e as larvas alimentam-se dos estames ou dos frutos em formação; os Smicriptinae alimen- tam-se de matéria vegetal em decomposição, ocor- rendo geralmente no folhiço; os Cryptarchinae são encontrados em substâncias em fermentação; os Cybocephalinae destacam-se dos demais membros da família pelos hábitos predadores, alimentando-se de homópteros coccídeos. Referências: Bondar, 1940; Bòving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. Amphicrossus sp. (Estampa 83, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 9,0 mm; largura pro- tórax: 2,0 mm. Onisciforme (fig. 1). Cabeça ama- relada com tubérculos castanho-escuros; tórax e abdômen castanho-amarelados com faixas transver- sais interrompidas, irregulares castanho-escuras; mi- crotubérculos do tegumento castanho-escuros. Cabeça (figs. 2 e 3) prognata, fortemente escle- rotinizada e deprimida; tegumento granuloso, com microtubérculos de diferentes tamanhos; margens laterais com algumas cerdas espatuladas curtas. Su- tura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de U, sinuosos. Três es- temas de cada lado, bem desenvolvidos, 2 situados logo abaixo da articulação da antena e 1 mais dor- sal, logo abaixo dos anteriores. Sutura fronto-clipeal ausente. Tegumento da fronte com numerosos grâ- nulos arredondados e escuros, alguns maiores e hia- linos. Labro (fig. 6) livre, transverso e muito curto; margem anterior levemente arredondada; com 5 pares de cerdas espessas de tamanhos variados. Epi- faringe (fig. 7) com franja de cerdas finas nos ân- gulos anteriores; região mediana com 4 cerdas espessas e curtas distais e muitos dentículos, sendo os mais basais dirigidos para trás; com um par de lamelas bem desenvolvidas com 2 poros sensoriais látero-anteriores de cada lado e 2 maiores mediano basais. Suturas guiares ausentes. Gula fundida à cápsula cefálica. Antenas (figs. 4 e 4a) 3-segmen- tadas; l.° segmento aproximadamente tão longo quanto largo; 2P segmento quase 2 vezes o compri- mento do l.°, com cone sensorial cupuliforme láte- ro-distal; 3.° segmento (fig. 4a) reduzido com algu- mas cerdas apicais. Peças bucais protraídas. Mandí- bulas (figs. 10 e 11) móveis, simétricas; com dente subapical na face ventral e apresentando gibosidade no terço anterior da margem lateral externa; base da gibosidade com cerda delgada longa; margem exter- na com cerda espatulada mais curta; lobo incisivo denteado; prosteca formada por lobos estreitos e franjados com cerdas; mola tuberculada e bem de- NITIDULIDAE 183 senvolvida. Maxila (fig. 9) com gálea bem desen- volvida, securiforme, franjada por cerdas espessas; com área esclerotinizada lateral externa. Lacínia palpiforme, 1 -segmentada com um dente apical bí- fido. Palpífero palpiforme com faixa transversal es- clerotinizada com 1 cerda. Palpos maxilares 3-seg- mentados. Estipe parcialmente membranoso, com 4 cerdas e 1 ponto sensorial. Cardo membranoso com 1 cerda. Lábio (fig. 8) com pré-mento pequeno e esclerotinizado; mento bem desenvolvido, membra- noso, com área esclerotinizada mediana anterior e 1 par de cerdas longas e 1 par de curtas; submento subquadrangular, membranoso, com cerdas; região basal fundida à cápsula cefálica. Lígula pouco de- senvolvida, com cerdas distais. Palpígero membra- noso. Palpos labiais 1 -segmentados. Protórax sub- trapezoidal, mais longo que meso- ou metatórax; com 4 áreas dorsais grandes e várias menores com contorno esclerotinizado; com muitos tubérculos e cerdas pequenas. Meso- e metatórax com margens laterais com 3 projeções palpiformes unissetosas no ápice e mais algumas semelhantes menores; região pleural formando lobo arredondado pouco saliente. Um par de espiráculos localizados na extremidade de uma projeção tubular saliente entre pro- e meso- tórax. Pernas (fig. 5) curtas, subiguais, subcilíndri- cas com algumas cerdas de tamanhos variados; coxa longa e curta; trocânter triangular; fêmur mais lon- go que a tíbia; tarsúngulo robusto, com 1 cerda ba- sal. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.° tergitos com 2 faixas esclerotinizadas -trans- versais, cada uma com 3 fileiras longitudinais de grânulos ou tubérculos com cerdas espatuladas; margem látero-posterior prolongando-se em projeção tubular com grânulos e cerdas curtas, e que apre- senta o espiráculo na extremidade; base da projeção com pequenos tubérculos com cerda espatulada na base; 8.° segmento (figs. 12 e 13) com projeções tubulares mais longas, maiores que o dobro do com- primento das demais; região pleural com lobo me- diano mameliforme protuberante; esternitos com 2 lobos laterais pouco salientes. 9.° segmento (figs. 12 e 13) com 1 par de urogonfos longos e com tubérculos unissetosos; 9.° estemito simples; 10.° segmento (fig. 13) tubular, ventral, com muitas cerdas curtas. Abertura anal em forma de Y inverti- do com 1 projeção membranosa de cada lado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Pau- lo (Santana), 08.ix.l985, C. Costa col., 12 larvas fixadas (MZUSP); ibidem (Santo Amaro - Clube de Campo Banespa), 13.viii.l985, C. Costa, S.A. Casari-Chen e E.P. Teixeira cols., 4 larvas e 3 adul- tos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos de Amphicrossus sp. foram co- letados em exudados de Casuarina sp. juntamente com larvas e adultos de Nosodendron angelum (maiores detalhes ver biologia desta última espécie). Discussão A larva de Amphicrossus sp. concorda com os caracteres apresentados para A. ciliatus (Oliv.) da América do Norte, na chave de identificação de lar- vas de Nitidulidae fornecida por Bõving e Rozen (1962). Conotelus sp. (Estampa 84, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento; 3,2 mm. Onisciforme (fig. 1). Amarelada; cabeça, pronoto e faixas trans- versais dorsais irregulares e interrompidas no meio, acastanhadas; linha longitudinal contínua do tórax até o 8.° segmento, esbranquiçada; superfície dor- sal dos segmentos abdominais com grânulos peque- nos do mesmo tamanho arranjados em séries trans- versais e longitudinais; alguns destes grânulos com cerdas espatuladas curtas. Cabeça (figs. 4 e 6) prognata, levemente pigmen- tada e deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de V. Dois estemas pigmentados localizados lateralmente próximo à articulação de cada antena. Área fronto- -clipeal com várias cerdas espessas de comprimento variado. Labro (fig. 5) livre, transverso, com mar- gem anterior arredondada e 4 pares de cerdas de tamanhos variados. Epifaringe (fig. 15): margens látero-anteriores com 4 cerdas espessas de tamanhos diferentes de cada lado; região mediana anterior com 2 fileiras longitudinais inclinadas com 4 cer- das espessas cada uma e com muitas cerdas mais finas dirigidas para trás; com 2 grupos com 2 bo- tões sensoriais cada um, próximos ao meio; com 2 áreas látero-basais levemente estriadas. Suturas gu- iares (fig. 6) curtas; gula membranosa e transversa. Áreas genais com várias cerdas espessas, de compri- mento variado. Antenas (fig. 14) 3 -segmentadas; l.° segmento transverso; 2.° segmento alongado, com 2 cerdas subapicais e 1 apêndice sensorial lá- tero-distal, membranoso com faixa proxtmal escle- rotinizada; 3.° segmento alongado, bem desenvolvi- do, com 1 cerda distai longa e 3 mais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 8 e 9) móveis, cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 184 NITIDULIDAE RHIZOPHAGIDAE robustas e simétricas; lobo incisivo com 4 dentes arredondados; prosteca membranosa com numerosos processos dentiformes e espinhos, mola bem desen- volvida, estriada e micro-tuberculada transversal- mente; com 2 cerdas dorso-laterais. Maxila (figs. 10 e 11) com gálea e lacínia estreitamente unidas, ambas articuladas com o estipe; gálea bem desen- volvida, com região distai membranosa com algu- mas cerdas ventrais e muitas dorsais; lacínia alon- gada, esclerotinizada, com ápice bífido e 1 cerda dorsal. Palpífero palpiforme, com 1 cerda. Palpos maxilares 3-segmentados; 3.° segmento com 1 cerda lateral interna e 5 distais mais curtas. Estipe alon- gado com 3 cerdas longas; cardo subtriangular com 1 cerda longa. Lábio (fig. 10) membranoso com pequenas áreas esclerotinizadas; pré-mento curto com faixa mediana e basal esclerotinizada; pós-men- to com constrição mediana e 2 áreas esclerotiniza- das anteriores, triangulares, oblíquas e com 1 cerda e 1 área esclerotinizada mediana ovalada; com 4 cerdas laterais na metade basal. Lígula grande, com muitas cerdas. Palpígero membranoso. Palpos labiais 1 -segmentados, com 4 cerdas distais. Protórax mais longo que meso- ou metatórax; margens laterais quase retas. Pronoto com 4 cerdas na margem an- terior e 4 laterais mais longas; verrucoso com 2 áreas ovaladas lisas. Meso- e metatórax mais largos que o protórax, com margens laterais arredondadas; região dorsal com faixa verrucosa irregular, 2 áreas lisas e 2 cerdas laterais cada um. Um par de espi- ráculos, localizados em uma protuberância membra- nosa ventral entre pro- e mesotórax. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.o-8.° segmentos com faixa transversal mediana verrucosa e espículos dis- postos em faixa transversal anterior e basal. 9.° seg- mento (figs. 7 e 12) menor com 4 pares de tubér- culos subapicais com 1 cerda distai longa; 3 pares dorsais e 1 par ventral; ápice com 1 par de urogon- fos com 1 cerda distai; 9.® estemito simples. 10.® segmento (fig. 12) reduzido, ventral, tubular com 6 ganchos anais e 1 par de cerdas delgadas. Aber- tura anal em forma de Y. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Creme. Cabeça invisível de cima, com 2 cerdas ântero-laterais e uma protuberância com cerda distai longa, de cada lado. Pronoto transverso, com 2 protuberâncias se- tosas de cada lado, duas mediano-basais bem desen- volvidas, 4 anteriores e uma próxima a cada ângulo posterior menos desenvolvida e com a cerda distai mais curta. Mesonoto mais curto que o metanoto. Abdômen: 3 primeiros segmentos glabros, 4.®-6.® cora 1 par de protuberâncias setosas dorsais, 1 par látero-dorsal e 1 par lateral; 7.® segmento com 1 par de protuberâncias látero-dorsais e 1 par lateral; 8.® segmento com 1 par de projeções espiniformes e 2 pares de cerdas laterais; 9.® segmento com 2 projeções espiniformes com ápice curvo, em cada ângulo distai; l.®-4.® segmentos com 1 par de espi- ráculos látero-dorsais sendo os 2 primeiros cobertos pelas pterotecas; 5.® e 6.®, com espiráculos menores. Material examinado. BRASIL. Paraná. Curitiba, 05.x. 1982, G.H. Rosado-Neto col., 144 larvas fixa- das (MZUSP). São Paulo. Campos do Jordão, 12. xi.1986, Baltazar col., 6 larvas, 5 pupas e 7 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados em cones masculinos de Araucaria angustifolia, caídos ao chão e em de- composição. Larvas coletadas em Campos do Jordão foram criadas até adulto em laboratório. Discussão A larva de Conotelus sp. é muito semelhante às de C. stenoides Murray e C. mexicanus Murray, da América do Norte, caracterizadas na chave de lar- vas maduras de Nitidulidae, apresentada por Bõving e Rozen (1962). 64. RHIZOPHAGIDAE Família que inclui Monotomidae, compreende cerca de 20 gêneros e 250 espécies, colocadas geral- mente em 4 subfamílias, que são mais ou menos cosmopolitas. No Brasil ocorrem 3 gêneros e cerca de 7 espécies. Larvas alongadas, cilíndricas ou ligeiramente de- primidas; margens laterais muitas vezes afiladas posteriormente. Superfície em geral esclerotinizada, com poucos ou numerosos tubérculos; segmentos torácicos e abdominais, às vezes com processos la- terais, e com pilosidade formada por cerdas espar- sas. Cabeça larga, às vezes fortemente constrita posteriormente, e com antenas bem desenvolvidas. Sutura coronal ausente; ramos da sutura frontal distanciados, às vezes pouco evidentes. Sutura fron- to-clipeal ausente. Cabeça em geral com 2-4 estemas de cada lado, mas ocasionalmente ausentes. Man- díbulas em geral com lobo incisivo serreado, proste- ca delgada e mola tuberculada. Peças bucais ventrais RHIZOPHAGIDAE - CUCUJIDAE LAEMOPHLOEIDAE 185 retraídas, com área de articulação bem desenvolvi- da; mala falciforme. Palpos labiais 1-2 segmentados. Hastes hipostomiais ausentes. Tarsúngulos bisseto- sos, as cerdas situadas lado a lado. 9.° tergito abdo- minal com 1 par de urogonfos, geralmente ramifica- dos; 10.® segmento abdominal ventral ou terminal. Espiráculos bíforos, às vezes situados na extremi- dade de projeções tubulares. Os Thioninae são encontrados sob casca de ár- vores ou em madeira em fermentação. Vários Mo- notominae parecem estar associados à matéria vege- tal em decomposição. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Chan- dler, 1983; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 65. CUCUIIDAE Família cosmopolita com aproximadamente 23 gêneros e 160 espécies. No Brasil está registrado apenas 1 gênero e 1 espécie. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas alongadas, deprimidas, geralmente com margens laterais subparalelas; em geral pouco pig- mentadas, exceto a extremidade abdominal de algu- mas formas; pilosidade formada por cerdas curtas ou longas. Cabeça transversal, com antenas longas; normalmente 5 estemas de cada lado. Sutura fron- to-clipeal ausente; labro às vezes parcialmente fun- dido ao clípeo. Sutura coronal curta ou ausente; ramos da sutura frontal em geral aproximados na base. Mandíbulas em geral com mola bem desenvol- vida e com prosteca delgada. Peças bucais ventrais protraídas; cardo oblíquo; mala falciforme; palpos labiais 2-segmentados. Hastes hipostomiais longas e divergentes. Pernas bem desenvolvidas e largamente separada?, com tarsúngulos bissetosos. Segmentos abdominais sem grupamento de espículos. 9.® tergito encurtado e com urogonfos, às vezes formando uma placa fortemente esclerotinizada que se articula com o 8.® segmento; 9.® estemito e 10.® segmento freqüentemente reduzidos, ventrais; 10.® segmento às vezes bem desenvolvido e terminal. Espiráculos torácicos e abdominais anulares. Larvas e adultos ocorrem juntos sob a casca de árvores, principalmente recém-mortas, e são prova- velmente predadoras. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, ,1967; Hinton, 1945; Lawrence, 1982. 66. LAEMOPHLOEIDAE (Estampa 85) Família cosmopolita com cerca de 11 gêneros e 380 espécies. No Brasil ocorrem aproximadamente 4 gêneros e 40 espécies. Larvas alongadas, margens laterais subparalelas, ligeiramente deprimidas, segmentos abdominais às vezes dilatados lateralmente; em geral pouco pig- mentadas, com exceção da extremidade abdominal; pilosidade formada por cerdas curtas ou longas. Ca- beça alongada ou transversal, com antenas longas; cabeça com 5 estemas de cada lado. Sutura fronto- -clipeal ausente, labro livre. Sutura coronal ausente; ramos da sutura frontal aproximados na base. Man- díbulas com mola bem desenvolvida; prosteca ausente. Peças bucais ventrais protraídas; cardo au- sente; mala obtusa; palpos labiais 2-segmentados. Hastes hipostomiais longas e paralelas. Pernas bem desenvolvidas e largamente separadas, com tarsún- gulos unissetosos. Segmentos abdominais às vezes com grupamento de espículos. 9.® tergito encurtado, com 1 par de urogonfos formando placa articulada com o 8.® segmento; 10.® segmento reduzido e ven- tral. Espiráculos torácicos anular-bíforos; espirácu- los abdominais anulares. Larvas e adultos encontrados juntos sob casca de árvores caídas, no interior ou fora da mata. Algu- mas espécies de Laemophloeus atacam produtos armazenados, como frutos secos, sementes e grãos. Referências: Bõving, 1921; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Davies, 1949; Peterson, 1960; Rilett, 1949; Roberts e Rilett, 1953. Laemophloeus sp. (Estampa 85, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 4,0 mm; largura: 0,5 mm. Campodeiforme (fig. 1), deprimida, 1.®- 7.® segmentos abdominais dilatados lateralmente. Branco-amarelada com cabeça, 8.® e 9.® segmentos abdominais esclerotinizados e acastanhados. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, esclerotinizada e deprimida. Cápsula cefálica dorsal com 2 escleroti- nizações longitudinais próximas à sutura epicranial que a divide em 3 regiões. Cápsula cefálica ventral com hastes hipotomiais longitudinais longas e para- lelas. Sutura epicranial presente, sutura coronal au- sente. Ramos frontais sinuosos, em forma de U. 5 estemas (fig. la) localizados, lateralmente em 2 fileiras, a superior com 2, a inferior com 3, próxi- mos às extremidades dos ramos frontais. Clípeo fundido à fronte. Labro (fig. 10) livre, transverso cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 186 LAEMOPHLOEIDAE - SILVANIDAE com ângulos anteriores arredondados; com 4 pares de cerdas sendo 1 par anterior bem mais longo. Epifaringe (fig. 11) com 3 pares de cerdas uncifor- mes curtas na margem anterior; região mediana com 6 botões sensoriais; região basal com 1 esclerotini- zação de cada lado e 2 fileiras longitudinais de cer- das, dirigidas para o meio. Suturas guiares longas, do comprimento da cápsula cefálica. Gula (fig. 3) longa, subtrapezoidal com 1 par de cerdas longas. Antenas (fig. 9) 3-segmentadas; l.° segmento trans- versal; 2.° segmento alongado com 2 cerdas longas e 1 curta e um cone sensorial subapical; 3.° seg- mento subcilíndrico pouco mais curto que o 2° e com 4 cerdas distais longas e 1 curta. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 7 e 8) móveis, simétri- cas, com 3 dentes apicais; mola côncava e tubercu- lada; região lateral com 3 cerdas. Maxilas (fig. 6) curtas; mala alongada com ápice arredondado e 6 cerdas marginais longas e 1 curta; com 1 cerda ba- sal. Palpos maxilares 3-segmentados; 1.® e 2.° seg- mentos transversos; 3.° segmento alongado com 1 cerda subapical lateral interna e várias distais. Es- tipe mais largo que longo, com 1 cerda basal longa e 3 laterais mais curtas. Cardo ausente. Lábio (fig. 5) com pré-mento esclerotinizado, alargado na ba- se; pós-mento membranoso e transverso. Palpígero membranoso. Palpos labiais 2-segmentados. Lígula com margem anterior reta e 2 cerdas medianas. Pro- tórax sub-retangular, mais longo que meso- ou me- tatórax e com várias cerdas. Um par de espiráculos anular-bíforos localizados ventro-lateralmente, na região intersegmentar entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 14) subcilíndricas, inseridas ventro-lateralmen- te, com várias cerdas curtas; coxa curta e larga; tro- cânter curto; fêmur mais curto que a tíbia; tarsún- gulo com 1 cerda basal. Abdômen (fig. 1) mais largo que o tórax, com 9 segmentos visíveis de cima. l.°-7.° segmentos abdominais com par de grupa- mento de espículos dorsais e ventrais com contorno semicircular, os do segmento l.° ligeiramente meno- res; com várias cerdas dorsais, laterais e ventrais e 1 par de espiráculos anulares (fig. Ib) ventrais. 8.° segmento (figs. 12 e 13) alongado, esclerotinizado e estreitado no ápice; com 1 par de espiráculos e 1 par de cerdas dorso-laterais; região ventral com 3 cerdas longas e várias curtas de cada lado. 9.° seg- mento (figs. 12 e 13) esclerotinizado, reduzido, com 1 par de urogonfos fixos, distais, com cerdas dor- sais e ventrais sendo 1 par de cada lado mais longo; 9.° estemito simples. 10.° segmento (fig. 13) mem- branoso, achatado, situado entre 8.° e 9.® segmen- tos. Abertura anal transversal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Creme clara. Cabeça invisível de cima. Protórax subquadrangular, marginado lateralmente por tubérculos com 1 cerda no ápice; região dorsal com 4 cerdas longas na mar- gem anterior e 4 medianas, estas últimas inseridas em pequenos tubérculos. Segmentos abdominais com 1 par de tubérculos laterais e 2 pares dorsais inseridos em pequenos tubérculos. Ápice do abdô- men com 1 par de urogonfos com 2 cerdas subapi- cais; sendo a interna mais longa. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 27-29.ix.1984, Exp. MZUSP col., 45 larvas, 4 pu- pas e 20 adultos fixados, 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP). 67. SILVANIDAE Família cosmopolita que compreende aproxima- damente 37 gêneros e 400 espécies. No Brasil ocor- rem cerca de 12 gêneros e 30 espécies. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas alongadas, margens laterais subparalelas, levemente deprimidas; tergitos torácicos e abdominais geralmente com 1 ou 2 placas esclerotinizadas; pi- losidade formada por cerdas curtas ou longas. Ca- beça transversal com antenas longas; 6 estemas de cada lado. Sutura fronto-clipeal ausente, labro livre. Sutura coronal ausente; sutura frontal liriforme ou em forma de U com ramos basais aproximados. Mandíbulas com mola desenvolvida; prosteca del- gada, hialina e aguda. Peças bucais ventrais pro- traídas; cardo bem desenvolvido, oblíquo; mala fal- ciforme com 1 esporão apical; palpos labiais 2-seg- mentados. Hastes hipostomiais longas e paralelas. Pernas bem desenvolvidas e largamente separadas, tarsúngulos bissetosos, com cerdas inseridas lado a lado ou uma mais distalmente. Segmentos abdomi- nais sem agrupamento de espículos. 9.® tergito en- curtado, sem urogonfos; 10.® segmento reduzido e terminal. Espiráculos torácicos e abdominais anu- lares. Larvas e adultos de muitas espécies são provavel- mente predadores, ocorrendo juntos sob casca de árvores ou em galerias construídas por outros inse- tos. Larvas e adultos da espécie cosmopolita Ory- zaephilus surinamensis (L., 1758) atacam grãos de milho, outros cereais, frutos secos, farinhas, macar- rão, chocolate e carnes secas (Gallo et al., 1978). Cathartus qitadricollis Guèrin, 1829, foi registrada atacando arroz armazenado (Rossetto et al., 1971). cm 1 (SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 PASSANDRIDAE - CRYPTOPHAGIDAE - LANGURIIDAE 187 Referências: Bõving, 1921; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Gallo al., 1978; Hinton e Corbet, 1943; Pai, 1985; Rossetto et al., 1971. 68. PASSANDRIDAE Família com aproximadamente 7 gêneros e 90 espécies que ocorrem nas regiões Neotropical, Afri- cana, Australiana e Oriental. No Brasil registram- se 4 gêneros e 15 espécies. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas alongadas e subcilíndricas, pouco pigmen- tadas; pilosidade formada por cerdas curtas. Cabeça transversal, com antenas diminutas; estemas ausen- tes. Sutura fronto-clipeal ausente; labro livre. Sutu- ras coronal e frontal ausentes. Mandíbulas sem mo- la, mas com prosteca estreita e aguda. Peças bucais ven trais protraídas; cardos desenvolvidos e oblí- quos; mala obtusa; palpos labiais 1 -segmentados. Hastes hipostomiais curtas e divergentes. Pernas lar- gamente separadas e reduzidas; tarsúngulos aparen- temente assetosos. Segmentos abdominais sem grupa- mentos de espículos. 9.° tergito encurtado e com 1 par de urogonfos curtos; 10.° segmento reduzido e ventral. Espiráculos torácicos e abdominais anulares. Larvas ectoparasitas, predadoras de outras larvas e pupas de insetos, principalmente de besouros xi- lófagos. Referências: Bõving, 1921; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Fiske, 1905. 69. CRYPTOPHAGIDAE Esta família inclui Hypocopridae, Catopochroti- dae e compreende cerca de 30 gêneros e 600 espé- cies de distribuição mundial porém mais abundan- tes em regiões temperadas. No Brasil ocorrem 6 gêneros e 22 espécies aproximadamente. Larvas alongadas, subcilíndricas ou ligeiramente deprimidas; superfície dorsal em geral pouco pig- mentada, sem esculturação, com cerdas simples e esparsas. Cabeça sem estemas ou com 2-4 presentes de cada lado; antenas bem desenvolvidas; suturas fronto-clipeal e coronal ausentes; ramos da sutura frontal distanciados. Mandíbulas com lobo incisivo serreado, prosteca delgada e mola tuberculada. Mala falciforme. Palpos labiais 1-2 segmentados. Hastes hipostomiais divergentes. Tarsúngulos bissetosos, uma cerda em posição distai à outra. 9.° tergito abdomi- nal sem urogonfos, ou com 1 par de urogonfos agu- dos, fortemente encurvados para cima; 10.° segmen- to bem desenvolvido, terminal ou póstero-ventral. Espiráculos anulares ou anular-bíforos. Larvas e adultos são encontrados em bolores que se desenvolvem em substâncias de origem animal ou vegetal, sob casca de árvores, em folhiço, em ca- vernas, e em flores; larvas de algumas espécies ocorrem associadas a ninhos de mamíferos, aves, abelhas e vespas sociais; várias espécies de Crypto- phagus atacam produtos armazenados mofados. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hinton, 1945; Lima, 1953; Peterson, 1960. 70. LANGURIIDAE Família cosmopolita com cerca de 80 gêneros e 900 espécies. No Brasil ocorrem 7 gêneros e 17 es- pécies. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas ortossomáticas, moderada a muito alon- gadas, margens laterais subparalelas ou estreitas anterior e posteriormente, subcilíndricas a ligeira- mente deprimidas. Tegumento dorsal freqüente- mente granuloso, às vezes com cerdas obtusas ou expandidas. Cabeça geralmente com 5-6 estemas de cada lado, às vezes ausentes, ou apenas 2 presentes. Sutura epicranial presente ou ausente; sutura fron- tal com ramos aproximados ou distanciados; endo- carena mediana às vezes presente. Mandíbula em geral apresenta mola carenada transversalmente, às vezes com um lobo carnoso na base; prosteca em geral triangular e hialina; às vezes ausente; tubér- culo ventral freqüentemente presente. Área de arti- culação maxilar bem desenvolvida. Mala falciforme. Lígula ausente. Tarsúngulo bissetoso, cerdas origi- nando-se lado a lado. 9.° tergito abdominal em ge- ral com um par de urogonfos curvados para cima e freqüentemente com pré-urogonfos ou tubérculos setíferos; 10.° segmento póstero-ventral e circular. Espiráculos bíforos ou anular-bíforos. As larvas conhecidas são, em geral, brocas cau- linares de plantas herbáceas. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Gemmg, 1980; Gupta e Crowson, 1971; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Piper, 1978. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 188 EROTYUDAE 71. EROTYUDAE (Estampas 86-89) Esta família inclui Dacnidae, contém cerca de 30 gêneros e 2.500 espécies de distribuição mundial, encontrados quase que exclusivamente associados com vários tipos de fungos. No Brasil ocorrem aproximadamente 28 gêneros e 384 espécies. Larvas ortossomáticas, alongadas; tegumento dor- sal em geral granuloso ou com tubérculos setíferos (escolos), simples ou ramificados, às vezes com placas pigmentadas. Cabeça com 5-6 estemas de ca- da lado. Sutura coronal presente ou ausente; sutura frontal com ramos mais ou menos aproximados, ocasionalmente pouco evidentes; endocarena media- na e sutura fronto-clipeal às vezes presentes. Mandí- bulas em geral tridenteadas e com prosteca grande, triangular ou arredondada; lobo membranoso e mo- la presentes ou ausentes. Área de articulação maxi- lar em geral bem desenvolvida. Mala obtusa. Coxas muito aproximadas; tarsúngulos bissetosos, as 2 cer- das originam-se lado a lado. 9.° tergito abdominal em geral com um par de urogonfos curvados para cima, curtos ou longos e divergentes; ocasionalmen- te com um único espinho mediano; 10.° segmento póstero-ventral e circular. Espiráculos em geral anu- lar-bíforos, às vezes anulares. Larvas em geral associadas aos corpos de fru- tificação de fungos superiores (Agaricales e Poly- polares). As larvas dos Erotylini alimentam-se na superfície dos fungos, são em geral bastante pigmen- tadas e apresentam escolos bem desenvolvidos. As larvas de Dacnini e Triplacini alimentam-se no in- terior dos fungos, são em geral pouco pigmentadas e não possuem tubérculos grandes. Pharaxonotha kirschi Reitter, 1875, é uma das poucas espécies da famflia considerada de impor- tância econômica. Larvas e adultos foram observa- dos danificando grãos armazenados (milho, trigo, feijão) e farinha de trigo. A espécie foi registrada para o Brasil (Hinton, 1945). Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hinton, 1945; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Roberts, 1939, 1958. Brachysphenus sp. (Estampa 86, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento: 11,0 mm; largura do protórax: 2,2 mm. Fusiforme (fig. 1), ligeiramente deprimida. Amarelada com faixas transversais dor- sais castanhas; região dorsal e lateral com escolos simples ou ramificados, cada ramo com 1 cerda dis- tai; com faixa longitudinal mediana lisa, partindo da metade do protórax até o 8.° segmento abdo- minal. Cabeça (figs. 6, 7, 10, 11) hipognata, levemente esclerotinizada; região dorsal com 2 fileiras trans- versais posteriores com 6 espinhos longos cada uma e vários mais curtos. Sutura epicranial incompleta. Sutura coronal curta e larga, não atingindo a base da cabeça. Ramos frontais separados na base, em forma de U. Cinco estemas de cada lado (fig. 10), localizados abaixo da articulação das antenas; um grupo de 3 em uma elevação, 1 anterior e 1 abaixo do grupo. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo (fig. 14) transverso, com 3 pares de cerdas. Labro (fig. 14) livre, transverso, com ângulos anteriores arredondados; com 3 pares de cerdas curtas próxi- mas à margem anterior e 2 pares mais longos pró- ximos à base. Epifaringe (fig. 13) marginada ante- riormenle por cerdas, sendo as laterais mais longas com 6 botões sensoriais próximos à margem ante- rior; margens laterais com muitos pontos sensoriais; região mediana com muitas cerdas dirigidas para baixo. Suturas guiares curtas. Gula transversa. An- tenas (fig. 8) com comprimento menos da metade da largura da cápsula cefálica; 3-segmentadas; l.° segmento transverso; 2.° segmento é o mais longo, com um apêndice sensorial pequeno e triangular apical; 3.° segmento diminuto, com cerdas distais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 4 e 5) móveis, simétricas, curtas e largas; ápice 3-denteado; região mesal com prosteca grande, bilobada e pilo- sa; região basal com processo longo, membranoso e piloso; região lateral com 2 cerdas. Maxila (figs. 16, 16a, 16b) com mala fendida no ápice; lobo externo menor, arredondado, com 2 cerdas espes- sas uma das quais longa; lobo interno maior, trun- cado, com 2 dentes distais e 7 cerdas espessas; re- gião dorsal da mala próxima ao palpo com micro- espinhos. Estipe alongado, com pontuação lateral grossa e várias cerdas. Cardo triangular, com 1 cer- da. Lábio (fig. 15) com pré-mento transverso, com 2 pares de cerdas; pós-mento bem desenvolvido, com 2 pares de cerdas longas. Lígtila arredondada, com várias cerdas. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax mais longo que meso- ou metatórax; seg- mentos torácicos com 2 placas mais esclerotinizadas que apresentam escolos simples ou ramificados e 1 mancha arredondada escura circtmdada por anel mais claro. Um par de espiráculos localizados em uma protuberância lateral na região intersegmentar entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 17) longas, subcilíndricas sendo as anteriores ligeiramente mais curtas; com algumas cerdas de tamanho variado; coxa alongada; trocânter triangular; fêmur e tíbia EROTYUDAE 189 aproximadamente do mesmo comprimento; tarsún- gulo com 2 cerdas basais. Abdômen com 9 segmen- tos visíveis de cima; segmentos com faixa transversal anterior e basal mais clara, sendo a basal com microtríquias; com faixa transversal mediana dorsal castanha, interrompida no meio e com 1 área arredondada mais clara de cada lado; com escolos grandes nas margens laterais e 2 grupos dorsais de cada lado; com muitos escolos pequenos. Margens laterais do l.°-8.° segmentos com 1 escolo grande e ramificado; com 1 par de espiráculos dorso-laterais. 9.0 segmento (figs. 9 e 12) amarelado, com 1 par de urogonfos divergentes e muitos escolos com cer- das distais. lO.o segmento (fig. 12) tubular, ventral, com 2 lobos distais. Abertura anal em forma de Y. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Creme, com muitos espinhos de tamanho variado. Cabeça par- cialmente visível de cima. Protórax transversal com margens laterais arredondadas. Abdômen gradual- mente estreitado para o ápice. Ápice do abdômen com 1 par de urogonfos divergentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo.. São Pau- lo (Ipiranga), 10.iii.l982, E. Arasaki e S.A. Casa- ri-Chen cols., 1 larva fixada; 2 larvas criadas até pupa e 10 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em fungos que se desenvolviam na superfície de troncos caídos semi-apodrecidos. Discussão A larva de Brachysphenus sp. concorda com os caracteres genéricos apresentados na chave de Ro- berts (1958), exceto com relação ao comprimento das antenas, que em nosso material não chega a apresentar metade da largura da cápsula cefálica. Erotylus histrio Fab. 1787 (Estampa 87, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 27,0 mm; largura do protórax: 6,0 mm. Ortossomática (fig. 1), ligeira- niente fusiforme, deprimida e com muitos escolos dorsais. Amarela com 2 faixas mediano-dorsais e uma de cada lado castanho-escuras e 1 mediana branca, partindo do mesotórax até o 8.° segmento abdominal; região ventral creme. Cabeça (fig. 4) hipognata, fortemente cscleroti- nizada, com 4 escolos dorsais. Cápsula cefálica com vários tubérculos setíferos pequenos. Sutura epicranial obsoleta. Sutura coronal curta, terminan- do entre os 2 escolos medianos. Ramos frontais curtos em forma de V, terminando em uma depres- são arredondada dorsal no nível da articulação das antenas. 5 estemas salientes de cada lado (fig. 4), localizados próximos à articulação das antenas: um grupo de 4 localizados em uma protuberância láte- ro-dorsal e 1 isolado mais abaixo. Sutura fronto- -clipeal presente. Clípeo transverso, membranoso, com faixa basal estreita no meio e alongada nos la- dos, mais esclerotinizada e com 3 cerdas de cada lado. Labro (fig. 9) transverso com ângulos ante- riores arredondados e várias cerdas moderadamen- te longas. Epifaringe (fig. 8) totalmente coberta por cerdas curtas e finas, dirigidas para o meio; margem anterior com 7 cerdas espessas e modera- damente longas de cada lado e muitas curtas no meio; região mediana com 2 grupos de pontos sen- soriais, um com 4 e outro com 5, próximo a mar- gem anterior e outro grupo com 4 botões na base. Suturas guiares curtas. Gula membranosa e trans- versa. Antenas (fig. 7) cilíndricas; longas e 3-seg- mentadas; antenífero membranoso; l.° segmento alongado; 2.° segmento longo, o dobro do compri- mento do l.°, com 2 cerdas curtas e 1 apêndice sensorial látero-distal muito pequeno; 3.° segmento diminuto com cerdas distais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11-13) móveis, simé- tricas; ápice mais escuro e com dentes, sendo o dis- tai maior; margem lateral com 2 cerdas; região me- sal côncava; prosteca bem desenvolvida e micropi- losa. Maxila (fig. 6): mala larga e bem desenvolvi- da com ápice truncado; formando um lobo no lado externo, com 3 cerdas espessas dorsais; margem distai com 3 dentes bem desenvolvidos' e 4 cerdas dorsais; margem mesal com microtubérculos setosos. Palpífero membranoso. Palpos labiais 3-segmenta- dos. Estipe alongado com algumas cerdas. Cardo transversal com 1 cerda. Lábio (fig. 5) parcialmen- te membranoso com pré-mento transverso, esclero- tinizado nas margens laterais e com 2 pares de cerdas, o mediano mais longo; pós-mento bem de- senvolvido, subtrapezoidal, com 3 pares de cerdas. Lígula trapezoidal com margem anterior bilobada; com 4 botões sensoriais e 2 cerdas. Palpos labiais 2-segmentados; segmento distai com microcerdas no ápice. Protórax mais longo que meso- ou metató- rax, amarelo, com mancha dorsal mediana alonga- da, transversal, basal e irregular, castanha. Pronoto marginado anterior e lateralmente por escolos lon- gos; com 2 escolos discais; alguns escolos totalmen- te amarelos, outros amarelos com ápice castanho- -claro. Meso- e metatórax subiguais; região dorsal 190 EROTYUDAE com 2 escolos medianos castanho-escuros e 2 ama- relos, 1 castanho-escuro de cada lado. Região late- ral entre pro- e mesotórax com 1 escolo castanho- escuro curto e 1 espiráculo anular, grande, com contorno fortemente esclerotinizado de cada lado. Pernas (fig. 10) cilíndricas aumentando de tama- nho das anteriores para as posteriores; com várias cerdas finas; coxa, trocânter, ápice do tarsúngulo castanhos e demais partes amarelas; coxa alongada; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais. Abdômen com 9 segmentos totahnente visíveis de cima; região dor- sal do l.°-8.° segmentos com 2 escolos medianos castanho-escuros, 1 lateral amarelo e 1 castanho mais claro de cada lado; com 1 espiráculo anular entre os escolos laterais; l.° par de espiráculos maior que os demais. 9.° segmento amarelo com 1 par de urogonfos longos microtuberculados, casta- nho-claros e amarelos na base; região ventral com alguns escolos de tamanho variado. 10.° segmento reduzido, tubular e ventral. Abertura anal semicir- cular. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Amarelada com manchas castanhas irregulares dorsais e vários es- colos. Cabeça invisível de cima; com coroa de 8 escolos. Pronoto mais largo que longo; região me- diana-dorsal com faixa longitudinal castanha; total- mente marginado por escolos de tamanho variado sendo 3 de cada lado mais longos. Meso- e metanoto com algims escolos curtos. Pterotecas anteriores com muitos escolos, moderadamente longos dispostos em 3 fileiras na metade anterior. Pernas muito lon- gas, visíveis dorsalmente; com 2 espinhos longos no ápice do fêmur. Abdômen estreitado no ápice; l.° segmento com 2 escolos mediano-dorsais e 1 de ca- da lado; 2.°-4.° com 1 escolo grande de cada lado; l.°-4.° segmentos com 1 par de espiráculos bem desenvolvidos. Apice do abdômen com 1 par de urogonfos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 09-10.X.1983, Exp. DZUSP col., 3 larvas criadas até pupa e 3 lar- vas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas sobre tronco caído no interior da mata, em local bem sombreado. As larvas ali- mentam-se dos fungos que se desenvolvem sobre os troncos. Movem-se vagarosamente e são facilmente visíveis pela coloração aposemática. Discussão A larva de Erotylus histrio é bastante semelhante à de Cypherotylus boisduvali Chevr., 1834, do Mé- xico e Guatemala, descrita e ilustrada por Roberts, 1958 e por Peterson, 1960. Diferenças marcantes referem-se à prosteca, bilobada em C. boisduvali e aguda em E. histrio, e a presença de escolos grandes na cabeça de E. histrio, ausentes no gênero Cyphe- rotylus, segundo Roberts (l.c.). Pselaphacus nigropunctatus Perch, 1835 (Estampa 88, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 30,0 mm; largura do protórax: 3,2 mm. Ortossomática (fig. 1), ligeira- mente fusiforme e subcilíndrica. Creme, com cáp- sula cefálica, mandíbulas, pernas e faixa transversal nos tergitos torácicos e abdominais, castanhas. Cabeça (figs. 5 e 6) hipognata, fortemente escle- rotinizada e ligeiramente deprimida. Cápsula cefálica com vários tubérculos pequenos com 1 cerda apical. Sutura epicranial marcada por área clara, em forma de U. Sutura coronal ausente. Cinco estemas de cada lado (fig. 7), sendo um grupo de 4 localizado laterahnente próximo à articulação da antena, e 1 isolado mais anterior e ventral. Fronte com 2 depres- sões anteriores arredondadas. Clípeo parcialmente fundido à fronte. Labro (fig. 15) transverso, com ângulos anteriores arredondados e 1 par de cerdas medianas; com uma área elevada mediano basal. Epifaringe (fig. 14) com 9 cerdas de cada lado, na margem anterior; com muitas cerdas curtas dirigidas para trás. Suturas guiares curtas. Gula (fig. 6) mem- branosa, transversa e subtrapezoidal. Antena (fig. 3) 3-segmentada; antenífero membranoso e bem de- senvolvido; l.° segmento transverso; 2.° segmento alongado com cone sensorial pequeno e membrano- so distai; 3.° segmento curto e cilíndrico, com cer- das distais curtas. Peças bucais protraídas. Mandí- bulas (fig. 11) móveis, simétricas, robustas e curtas; ápice 3-denteado e côncavo; prosteca unilobada, membranosa com microespinhos; região basal com processo unilobado curto, membranoso e piloso; margem externa lateral com 2 cerdas. Maxilas (fig. 10) com mala bilobada; lobo externo menor, arre- dondado com ápice serrilhado e 1 cerda dorsal; lobo interno mais largo, truncado com 2 dentes apicais grandes e 2 menores pré-apicais dorsais; com algu- mas cerdas longas. Palpífero membranoso. Palpos labiais 3-segmentados; 3.° segmento é o mais longo, com 1 cerda lateral interna e várias distais curtas. EROTYLIDAE 191 Estipe alongado, com cerca de 4 cerdas. Cardo transversal com 1 cerda. Lábio (fig. 9) com pré- mento transverso, esclerotinizado, com 1 par de cer- das; pós-mento bem desenvolvido, quase tão largo quanto longo, membranoso, com esclerotinização ir- regular e alongada na região mediana e 2 pares de cerdas. Lígula subtrapezoidal com 2 cerdas distais longas e algumas curtas. Palpígero membranoso. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax ligeiramente mais estreito e mais longo que meso- ou meta- tórax; região dorsal com faixa transversal castanha grande interrompida no meio, com muitos tubérculos setíferos pequenos. Meso- e metanoto com faixa transversal castanha interrompida na região mediana anterior e menor que a do pronoto. Um par de espi- ráculos anular-bíforos, grandes, localizados lateral- mente, na região intersegmentar entre pro- e meso- tórax próximo à uma mancha semilunar castanha. Pernas (fig. 4) subcilíndricas aumentando gradati- vamente de tamanho das anteriores para as poste- riores; com algumas cerdas curtas; coxa larga; trô- canter triangular; fêmur mais largo e longo que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas próximas a base. Ab- dômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.° segmentos com faixa transversal dorsal castanha, in- terrompida na região mediana anterior e com vários tubérculos setíferos pequenos; com 1 par de espi- ráculos anular-bíforos localizados dorso-lateralmen- te. 9.° segmento (figs. 8, 12 e 13) menor, com região dorsal esclerotinizada e 1 par de urogonfos castanhos. 10.° segmento (figs. 12 e 13) tubular e ventral, bilobado no ápice. Abertura anal em for- ma de Y. Material examinado. BRASIL. Mato Grosso. Cha- pada dos Guimarães, E.M. Frõehlich e A.S. Ditadi cols., 9 larvas e 2 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados em troncos caídos, as- sociados a fungos, no interior de mata de galeria. Discussão A larva de Pselaphacus nigropunctatus serviu de base à Roberts (1958), para caracterizar Psela- phacus, na sua chave de subfamüias e gêneros de larvas de Erotylidae, embora não tenha apresentado descrição formal da espécie. O nosso material con- corda com os caracteres fornecidos na chave, porém o ápice da mala apresenta 4 dentes ao invés de 3. Mycotretus sp. Estampa 89, figs. 1-18) Larva madura. Comprimento; 7,5 mm. Ortossomá- tica (fig. 1), ligeiramente fusiforme, subcilíndrica e com muitas cerdas curtas. Creme, com ápice dos uro- gonfos e cabeça, acastanhados; ápice das mandíbu- las negro. Cabeça (figs. 4-6) hipognata. Cápsula cefálica mi- crogranulada, com várias cerdas. Sutura coronal au- sente. Ramos frontais obsoletos, sinuosos em forma de V com ápices em uma depressão anterior. Cinco estemas de cada lado (fig. 6) sendo um grupo de 4 localizado próximo à articulação da antena e 1 iso- lado mais ventral, próximo à articulação da mandí- bula. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo transver- so, subtrapezoidal com 1 cerda de cada lado. Labro (fig. 14) transverso, com margem anterior arredon- dada; com 4 cerdas mais longas de cada lado e 4 mais curtas, mediano-anteriores. Epifaringe (fig. 16) com 1 cerda reta e 3 unciformes em cada lado na margem anterior e várias mais curtas na região mediana; região mediana anterior com grupo basal de 9 botões sensoriais e com 2 grupos com 4 botões sensoriais menores que os anteriores, cada um; com muitas cerdas cintas e microespinhos laterais aos grupos de botões sensoriais. Suturas guiares curtas. Gula transversa. Antenas (fig. 11) curtas, 3-seg- mentadas; antenífero membranoso; l.° segmento transverso; 2.° segmento quase tão longo quanto largo, com 3 cerdas subapicais curtas e 1 apêndice sensorial membranoso cônico distai; 3.° segmento diminuto, cilíndrico, com várias cerdas distais cur- tas e 1 mais longa e espessa. Peças bucais protraí- das. Mandíbulas (figs. 9 e 10) curtas e robustas, com ápice 3-denteado, côncavo e negro; proste- ca unilobada, membranosa e com microespinhos; região basal com processo membranoso e bilobado; margem lateral externa com 2 cerdas. Maxila (fig. 18) membranosa; mala com margem anterior com lobo lateral externo com 2 cerdas apicais ventrais, com 3 dentes ventrais e 6 cerdas espessas dorsais, sendo 4 com ápice truncado com 2 cerdas longas próximas à base. Palpífero membranoso. Palpos ma- xilares 3-segmentados; l.° e 2.° segmentos trans- versos; 3.° segmento alongado, com 1 cerda lateral interna e várias distais curtas. Estipe alongado com 3 cerdas longas. Cardo subtriangular com 1 cerda. Lábio (fig. 17) membranoso com pré-mento trans- verso com 2 cerdas longas e 2 mais curtas; pós-men- to alongado, bem desenvolvido, com 4 cerdas longas. Lígula arredondada com 2 cerdas distais. Palpígero membranoso. Palpos labiais 2-segmentados; seg- mento distai é o mais longo e com papilas distais. 192 EROTYLIDAE PHALACRIDAE CERYLONIDAE Protórax mais estreito e mais longo que meso- ou metatórax. Região lateral entre pro- e mesotórax com 1 par de espiráculos anular-bíforos. Pernas (fig. 12) subiguais com várias cerdas de tamanho varia- do; coxa alongada; trocânter triangular; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com ápice mais escuro e 2 cerdas próximas à base. Ab- dômen com 9 segmentos visíveis de cima; segmen- tos abdominais com margens laterais arredondadas; l.°-8.° segmentos com 2 fileiras transversais de cer- das e 1 par de espiráculos anular-bíforos (fíg. 12) laterais; l.°-9P segmentos (figs. 7, 13, 15) com pequenos tubérculos dorsais com 1 cerda no ápice; 9P segmento (figs. 7, 13, 15) transverso, região distai com 1 par de urogonfos cônicos, pequenos e acastanhados; 10.° segmento (figs. 13 e 15) tubular e ventral, com várias cerdas látero-distais e 2 lobos distais. Abertura anal entre dois lobos anais. Pupa (figs. 2 e 8). Adéctica e exarata. Creme e setosa; cerdas longas, finas e claras, inseridas no ápice de tubérculos de tamanho variado. Cabeça parcialmente visível de cima. Pronoto subtrapezoi- dal com 2 tubérculos achatados, ramificados, gran- des, mediano-anteriores e 2 mediano-posteriores. Meso- e metanoto com 2 tubérculos medianos basais cada um, semelhantes aos do pronoto. Pteroteca an- terior com tubérculos curtos com cerdas longas. l.°-7.° segmentos abdominais com 2 grupos de tu- bérculos dorsais e 1 de cada lado; 8.° segmento com 1 grupo de tubérculos de cada lado e 2 tubérculos basais achatados e ramificados. 9.° segmento com 1 par de urogonfos com ápices divergentes e esclero- tinizados. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe 24-26.X.1984, Exp. MZUSP col., 8 larvas, 2 pupas e 3 adultos com exúvias fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas pupas e adultos coletados em troncos caí- dos sobre fungos. 72. PHALACRIDAE Família que inclui Phaenocephalidae, compreen- de cerca de 55 gêneros e 600 espécies cosmopoli- tas. No Brasil, ocorrem geralmente 9 gêneros e 21 espécies. Os adultos geralmente vivem associados 'às flores ou vegetação. Larvas alongadas, às vezes onisciformes, com mar- gens laterais subparalelas, ligeiramente deprimidas; em geral fracamente pigmentadas, com exceção da cabeça e do 9.° tergito abdominal. Placas tergais ocorrem ocasionalmente no protórax e no 8.° tergi- to abdominal, ou em todos os tergitos visíveis. Re- vestimento formado por cerdas esparsas. Cabeça lar- ga e algo deprimida, com 5-6 estemas de cada lado; antenas curtas ou muito curtas, raramente com apên- dice sensorial no l.° segmento. Sutura coronal mui- to curta ou ausente; ramos da sutura frontal em geral aproximados; endocarena mediana em geral presente. Sutura fronto-clipeal apenas raramente pre- sente. Mandíbulas em geral tridenteadas; prosteca formada por vários lobos ou ausente; mola grosseira- mente tuberculada ou ausente. Peças bucais ventrais protraídas; cardos freqüentemente indistintos; área de articulação reduzida; maia obtusa. Hastes hiposto- miais longas e divergentes. Coxas geralmente bem separadas; tarsúngulo unissetoso, às vezes com um lo- bo adesivo longo. 9.° tergito abdominal mais curto do que o 8.°, com um par de urogonfos curvados para cima; 9.° esternito reduzido, ventral e transver- so; 10.° segmento reduzido. Espiráculos anular-bífo- ros, os do 8.° segmento dorsais e às vezes anulares. Larvas desconhecidas para o Brasil. Dados sobre as larvas e seus hábitos alimentares são escassos, baseados em alguns poucos gêneros. As larvas de algumas espécies são fungívoras e ali- mentam-se dos esporos de ferrugens que se desen- volvem sobre várias monocotiledôneas. Outras lar- vas são fitófagas e vivem nos capítulos de Com- positae. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Peterson, 1960; Steiner, 1984; Steiner e Singh, 1987. 73. CERYLONIDAE Família que inclui Aculagnathidae, Anommatidae, Dolosidae, Euxestidae, Murmidiidae e compreende cerca de 55 gêneros e 650 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem aproximadamente 7 gê- neros e 23 espécies. Larvas ovais ou oblongas, fraca a fortemente de- primidas, às vezes com processos laterais; tegumento freqüentemente apresentando espinhos longos ou cerdas truncadas. Cabeça defletida, hipognata, ou opistognata, com 2-3 estemas de cada lado. Sutura coronal ausente; ramos da sutura frontal pouco evidentes; endocarena mediana raramente presente. CERYLONIDAE CORYLOPHIDAE 193 Antenas curtas, apêndice sensorial do 2° segmento mais longo que o 3.° segmento. Mandíbulas geral- mente sem prosteca; mola presente ou ausente. Área de articulação maxilar às vezes reduzida; mala obtu- sa ou falciforme. Peças bucais, em algumas espécies, formando uma estrutura perfurada. Tarsúngulo unis- setoso. 9.® tergito abdominal ciurto, com ou sem urogonfos espinhosos; 10.® segmento arredondado e ventral. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas e adultos encontrados principalmente no folhiço e em madeira em decomposição, onde se ali- mentam provavelmente de fungos. Algumas espécies ocorrem em guano e em ninhos de formigas e ma- míferos. As larvas conhecidas de Ceryloninae apre- sentam as peças bucais modificadas, perfuradoras. Murmidius ovalis (Beck), espécie cosmopolita, foi encontrada associada a produtos armazenados (arroz, trigo, frutas secas, feno), mas não foi observado nenhum dano importante (Hinton, 1945). Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Gupta e Crowson, 1973; Hinton, 1945; Lawrence, 1982; Slipinski, 1984. 74 . CORYLOPHIDAE ( = Orthoperidae — Estam- pas 90-91) Família com cerca de 35 gêneros e 400 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem 3 gêne- ros e 4 espécies. Larvas alongadas e oblongas, fortemente depri- midas. Tegumento dorsal em geral pouco pigmen- tado, com exceção da cabeça, máculas pares torá- cicas (apenas no pronoto ou nos 3 segmentos) e 9.® tergito. Revestimento de cerdas simples, entre- meadas com cerdas modificadas, capitadas, escami- formes e em forma de empenagem, ou tubérculos setíferos. Cabeça prognata, às vezes encoberta na base pelo protórax; ocasionalmente muito transver- sal e regularmente pigmentada nas regiões dorsal e ventral; em geral 2 estemas de cada lado, ocasional- mente ausentes. Sutura coronal ausente; ramos da sutura frontal aproximados na base, frequentemente inconspícuos ou ausentes; um par de endocarenas subparalelas às vezes presente. Labro em geral fun- dido ao clípeo; 2.® segmento antenal curto a longo, com sensório variando de pequeno e curto a grande e mais longo que o 3.® segmento. Mandíbulas uni- ou tridenteadas; prosteca arredondada e hialina ou ausente; região mesal com ou sem dentes; mola bem desenvolvida, às vezes reduzida; mandíbulas ocasio- nalmente modificadas formando estiletes entognatos. Peças bucais ventrais protraídas, com cardo, estipe e área de articulação indistintas; mala obtusa. Pal- pos maxilares e labiais em geral com segmento distai alongado. Gula conspícua e pigmentada. Hastes hipostomiais ausentes. Coxas bem distanciadas entre si; tarsúngulo com uma cerda clavada, longa. Um par de glândulas dorso-laterais com aberturas visíveis nos tergitos abdominais l.®-7.® ou l.®-8.®. 9.® tergito sem urogonfos; 10.® segmento ventral, arredondado. Espiráculos anulares. Larvas e adultos encontrados juntos, em ambien- tes úmidos, onde se alimentam de fungos e bolores. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Peyeri- mhoff, 1921. Sacium sp. (Estampa 90, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 3,0 mm. Ortossomáti- ca (fig. 1) um pouco alargada e achatada dorso- ventralmente. Amarelada, com cabeça amarela; tegumento granuloso, com cerdas simples e capita- das longas e curtas. Cabeça (figs. 6 e 10) prognata e esclerotinizada. Cápsula cefálica dorsal com algumas cerdas simples curtas. Sutura epicranial ausente. Um par de endo- carenas subparalelas. Dois estemas bem desenvolvi- dos, localizados lateralmente abaixo da articulação das antenas. Sutura fronto-clipeal ausente. Labro (fig. 11) transverso, estreito, recortado na região mediano-anterior com 3 cerdas longas e 2 curtas de cada lado. Epifaringe (fig. 12): região mediana com 2 fileiras longitudinais convergentes distalmente, com 6 espinhos cada uma. Suturas guiares longas. Gula (fig. 4) alongada, bem desenvolvida, membra- nosa na base e com 2 cerdas de cada lado. Antena (fig. 9) 3-segmentada; 1.® segmento transverso; 2.® segmento aproximadamente tão longo quanto largo, com 2 cerdas distais longas e 1 apêndice sen- sorial membranoso; 3.® segmento mais delgado e aproximadamente do mesmo comprimento do 2.®, com 3 cerdas distais longas e 1 curta. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13 e 14) móveis e si- métricas; mola arredondada saliente; com 3 dentes distais grandes e 3 menores mesais; com prosteca hialina, arredondada. Maxilas (fig. 15) curtas; mala alongada, com uma cerda espessa lateral e 5 distais. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 3-segmen- tados; 1.® e 2.® segmentos transversos; 3.® segmento alongado com 5 cerdas distais espessas. Estipe curto 194 CORYLOPHIDAE e largo, com 2 cerdas longas e 1 curta. Cardo ausen- te. Lábio (fig. 4) pouco desenvolvido; pré-mento transverso com 2 cerdas curtas. Palpos labiais 2-seg- mentados; 2.° segmento mais longo e com cerdas distais. Protórax mais longo que meso- ou metatórax com margens laterais bilobadas, e com cerdas sim- ples e longas. Pronoto com margem anterior reta, com fileira transversal de cerdas capitadas longas; margem posterior arredondada; com 2 manchas lon- gitudinais medianas mais escuras, subtriangulares e irregulares. Mesotórax com 1 par de espiráculos bem desenvolvidos, localizados ântero-ventralmente. Per- nas (fig. 5) aumentam gradativamente de tamanho das anteriores para as posteriores; com várias cer- das, algumas bastante longas; coxa larga e curta; trocânter triangular, fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo robusto com 1 cerda clavada e longa na base. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-7.® segmentos com 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais, localizados no ápice de projeção cô- nica curta; 2P-1P segmentos com 1 par de aberturas glandulares (fig. la) dorso-laterais. 9P segmento (figs. 7 e 8) achatado e arredondado; marginado posteriormente por cerdas capitadas muito longas intercaladas com curtas; região dorsal com faixa marginal interna de grânulos grossos; superfície geral com muitos tubérculos asteriformes e 8 tubérculos maiores com 1 cerda no ápice; região ventral com muitas cerdas simples de tamanho variado. 10.° seg- mento ventral (fig. 8), tubular e curto; com cerdas capitadas e longas na região posterior; cerdas sim- ples na anterior; abertura anal circundada por 2 lobos carnosos distais. Pupa (fig. 2). Adéctica e obtecta. Amarelada e se- tosa. Cabeça invisível de cima. Pronoto largo, com muitas cerdas capitadas. Pteroteca anterior larga com muitas cerdas capitadas longas. Mesonoto e metanoto com muitas cerdas simples e curtas. Segmentos abdo- minais com cerdas simples e curtas dorsais e cerdas capitadas, mais longas laterais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe (Barra do Una), 17.xii.l980, Exp. MZUSP col., 20 larvas, 9 pupas e 14 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos sob a casca de troncos caídos associados a fungos. Discussão Bõving e Craighead (1931) consideraram os pe- quenos dentes mesais da mandíbula de Arthrolips sp. como sendo uma prosteca modificada, e este con- ceito foi repetido por autores subseqüentes (e.g. Lawrence, 1982). Entretanto, na mandíbula de Sacium sp. nota-se uma estrutura mesal arredondada, membranosa e hialina que consideramos prosteca, enquanto que os pequenos dentes são projeções mesais. Orthoperus sp. (Estampa 91, figs.1-15) Larva madura. Comprimento: 1,4 mm. Ortossomá- tica (fig. 1), ligeiramente fusiforme e deprimida. Branca com cabeça amarela; tegumento com muitas cerdas capitadas e em forma de empenagem. Cabeça (figs. 6 e 11) prognata. Cápsula cefálica com várias cerdas simples e longas; região dorsal com 2 esclerotinizações longitudinais próximas ao meio. Sutura coronal ausente. Sutura frontal em forma de U com ramos bem abertos. Um par de endo- carenas ligeiramente divergentes; 2 estemas de cada lado próximo à articulação das antenas. Sutura fronto-clipeal ausente. Labro (fig. 9) transverso, subtrapezoidal, com 6 cerdas inseridas em curto tubérculo. Epifaringe (fig. 10) com 5 zonas senso- riais anteriores; área discai arredondada e pouco esclerotinizada. Suturas guiares longas. Gula bem desenvolvida, com 4 cerdas longas. Antenas (fig. 5) 3-segmentadas; l.° segmento transverso; 2.° seg- mento mais longo que o l.°, com 2 cerdas longas e 1 cone sensorial alongado, tão longo quanto os 2 primeiros segmentos; 3.° segmento curto, com 1 cerda distai muito longa e 1 curta. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) móveis, simé- tricas, com 4 dentes apicais; prosteca ausente; mola denteada. Maxilas (fig. 15) curtas, mala alongada, curvada, com ápice dilatado e arredondado; com 2 cerdas subapicais finas e longas e 1 muito espessa e curta. Palpos maxilares 2-segmentados; segmentos alongados; 2.° segmento é o mais longo, ligeiramente alargado para o ápice e com 7 cerdas longas, uma das quais mais espessa. Estipe curto, esclerotinizado na base e com cerdas longas. Cardo ausente. Lábio (fig. 14) curto, com pré-mento curto. Lígula arre- dondada e bem desenvolvida. Palpos labiais com 1 segmento alongado, apresentando 1 cerda mediana alargada na base e 2 laterais mais curtas. Protórax mais longo e estreito que meso- ou metatórax. Pro- noto com 2 manchas longitudinais medianas mais escuras e com microcerdas espiniformes contornadas por cerdas em forma de empenagem; com 2 cerdas simples e longas de cada lado. Meso- e metatórax com 1 cerda simples e longa de cada lado. Mesotórax CORYLOPHIDAE DISCOLOMIDAE 195 com 1 par de espiráculos anulares ventrais, localiza- dos látero-anteriormente. Perna (fig. 4) com muitas cerdas simples de comprimento variado; coxa larga e curta; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com uma cerda basal clavada, ultrapassando seu comprimento. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos com 1 par de espiráculos pequenos, anulares e dorso-late- rais; l.®-6.° segmentos com 1 par de aberturas glan- dulares (fig. la) dorso-laterais, maiores que os espi- ráculos. 9° segmento (figs. 7 e 8) achatado e arre- dondado; região dorsal coberta por muitas cerdas em forma de empenagem curtas e algumas cerdas capi- tadas moderadamente longas; margem posterior com 6 cerdas capitadas muito longas intercaladas por cer- das em forma de empenagem. 10.° segmento (fig. 7) reduzido, ventral, tubular e curto; com muitas cerdas de tamanho variado, sendo 2 posteriores de cada lado mais longas e capitadas; abertura anal na re- gião distai e circundada por 6 lobos arredondados. Pupa (fig. 2). Adéctica e obtecta. Branca e glabra. Cabeça invísivel de cima. Pronoto subtriangular. Pteroteca anterior bem desenvolvida. Ápice do abdô- men estreitado. l.°-5.° segmentos abdominais com 1 par de espiráculos dorsais. Urogonfos ausentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Ipiranga-MZUSP), C, Costa col., 20 larvas, 5 pupas e 50 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos foram coletados juntos sobre fungos que se desenvolviam nas paredes exter- nas de um vaso de xaxim. O exame do conteúdo do tubo digestivo das larvas apresentou numerosas hifas. As larvas não constroem câmaras pupais e a pupa permanece presa a última exúvia larval. Discussão Esta larva é muito semelhante a de Orthoperus scutellaris Le Conte descrita e ilustrada por Chan- dler (1983). 75. DISCOLOMIDAE (= Notiophygidae — Es- tampa 92) Família que inclui Aphanocephalidae, contém cerca de 18 gêneros e 400 espécies, geralmente colo- cadas em 5 subfamílias e distribuídas por todo o mundo. No Brasil ocorrem 3 gêneros e 15 espécies. Larvas ovais e fortemente deprimidas, discoidais; tegumento dorsal pigmentado e granuloso, com esca- mas esparsas; margens laterais franjadas com cerdas modificadas ou escamas de vários tipos. Cabeça prognata, completamente encoberta pelo protórax, com 3 estemas de cada lado. Antenas 2-segmen- tadas, segmento distai bastante alongado e com apêndice espiniforme. Sutura coronal ausente; ramos da sutura frontal aproximados na base. Mandíbulas tridenteadas, com prosteca aguda e mola tuberculada. Peças bucais ventrais retraídas; mala obtusa e em geral fendida no ápice. Coxas bem distanciadas entre sí; tarsúngulo unissetoso. Tergitos torácicos às vezes divididos; 8.° e 9.° tergitos abdominais fundidos; urogonfos ausentes. Aberturas glandulares presentes no tórax e abdômen em número e posição muito variáveis. 10.° segmento abdominal ventral e arre- dondado. Espiráculos anulares. Larvas e adultos ocorrem juntos sob casca de árvores, e provavelmente são micetófagos ou sapró- fagos. As larvas maduras tecem um casulo discoidal de seda, no interior do qual empupam e completam a metamorfose. Referências: Crowson; 1967; Ide e Costa, no prelo; John, 1959; Lawrence, 1982. Discoloma modestum John, 1944 (Estampa 92, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 2,5 mm; maior lar- gura do corpo: 1,7 mm. Elíptica (fig. 1), fortemente deprimida e marginada por franja de cerdas modifi- cadas (fig. 4). Castanho-clara com tegumento gra- nuloso e com cerdas modificadas (figs. 4, 4a e 4b). Cabeça (figs. 9 e 13) hipognata, escondida em- baixo do protórax. Cápsula cefálica dorsal com cer- das simples dispostas principalmente próximas à margem anterior; região basal com 2 grupos de 3 cer- das de cada lado, dispostas em fileira inclinada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de U. Três estemas de cada lado (fig. 13): 2 dorsais mais aproximados e o 3.° dorso-lateral. Sutura fronto-clipeal presente. Clí- peo (fig. 8) transverso, estreito, com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 8) subtriangular com muitas cerdas de tamanho variado. Epifaringe (fig. 12) com 4 cerdas distais e 2 subapicais de cada lado; região mediana anterior com 6 botões sensoriais e região pós-mediana com franja de cerdas dirigidas para trás; com 2 áreas esclerotinizadas laterais e 1 basal. Su- 196 DISCOLOMIDAE COCCINELLIDAE turas guiares e gula ausentes. Antenas (figs. 9 e 9a) longas, setosas e 2-segmentadas; l.° segmento alon- gado; 2.° pouco mais do que o dobro do compri- mento do 1 e com 1 apêndice espiniforme alongado distai. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10 e 11) móveis, simétricas, com ápice estreitado e 3- denteado; prosteca membranosa, hialina e aguda; mola bem desenvolvida, tuberculada ventralmente. Maxila (fig. 6); mala alongada com ápice arredon- dado marginado por cerdas longas e espessas; com 1 cerda longa e 1 curta próximas ao meio. Palpígero membranoso, com faixa transversal esclerotinizada, com 1 cerda longa e 1 curta. Palpos maxilares 2-seg- mentados; l.° segmento com várias cerdas longas; IP segmento com áreas membranosas arredondadas e cerdas curtas distais. Estipe alongado com 4 cer- das longas. Cardo pequeno, subtriangular com 1 cerda. Lábio (fig. 7) marginado lateralmente por faixa estreita mais esclerotinizada; pré-mento gra- dualmente estreitado para a base, com 6 cerdas an- teriores e 2 basais; lígula larga, com margem anterior arredondada com várias cerdas espiniformes curtas; com 2 cerdas subdistais. Palpos labiais 3-segmen- tados; l.° e 2.® segmentos transversos; 3.® seg- mento com muitas áreas membranosas arredondadas e 2 cerdas distais curtas. Protórax em forma de trapézio invertido, mais estreito e mais longo que meso- ou metatórax. Meso- e metatórax transversos, com margens laterais bilobadas. Um par de espi- ráculos anulares (fig. la) localizados ventralmente no mesotórax. Um par de aberturas glandulares próximo aos espiráculos. Pernas (fig. 5) alongadas e setosas; coxa alongada; trocânter curto; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 1 cerda basal; pernas pro torácicas com pente no fêmur e na tíbia, formado por grupo de cerdas eretas. Abdômen com 8 segmentos visíveis de cima; \P-1P segmentos em forma de faixa estreita com margens laterais arredondadas; 8.° segmento subtrapezoidal com margem basal lobada; 9.° segmento tubular e ventral; 10.° segmento indistinto. l.°-8.° segmen- tos com 1 par de espiráculos (fig. Ib) menores que os do tórax, localizados ventralmente. Segmentos l.°-8.° com par de aberturas glandulares grandes localizadas entre o espiráculo e a margem externa. Abertura anal transversal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Amarelada com cerdas apenas na região anterior do pronoto. Cabeça invisível de cima. Pronoto largo, com protuberância mediana anterior. Abdômen gradualmente estreitado para o ápice; l.°-4.° segmentos com 1 par de espi- ráculos dorsais inseridos em pequena protuberância e decrescendo de tamanho dos anteriores para os posteriores. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 24-25.vi.1980, Exp. MZUSP col., 2 larvas, 2 pupas com casulo e 6 adultos fixados (MZUSP); ibidem (Barra do Una), 17.xii.l980, Exp. MZUSP col., 2 adultos e 3 larvas fixadas (MZUSP); ibidem, 27-29.ix.1984; Exp. MZUSP col., 20 larvas, 10 pu- pas com casulo e 45 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos encontrados sob casca de troncos caídos no interior da mata. Larvas de último instar tecem casulo de seda (fig. Ic), no interior do qual ocorre a pupação. Discussão A larva de D. modesíum é muito semelhante a larva de D. cassideum Reitt., descrita por van Emden (1932), com material procedente do México. 76. COCCINELLIDAE (Estampas 93-94) Esta família inclui Cerasommatidiidae, Epilachni- dae e contém cerca de 500 gêneros e 4500 espécies, colocadas em 7 subfamílias e 21 tribos. São cosmo- politas e no Brasil ocorrem aproximadamente 49 gê- neros e 325 espécies. Larvas variam de ovais a oblongas, de fraca a fortemente deprimidas; tegumento dorsal freqüente- mente pigmentado e tuberculado, ou coberto com processos setíferos ou espinhos ramificados (escolos), às vezes revestido com secreção cerosa. Cabeça subquadrada, em geral pigmentada na região dorsal e mais ou menos membranosa na ventral; com 3 es- temas de cada lado ou ausentes. Antenas quase sem- pre muito curtas e robustas, em geral 3-segmentadas, às vezes 2- ou 1-sègmentadas. Sutura coronal em geral ausente; ramos da sutura frontal em geral aproximados na base, liriformes; sutura coronal oca- sionalmente presente, e então os ramos frontais são em forma de V. Sutura fronto-clipeal em geral ausente. Mandíbulas quase sempre uni- ou bidentea- das, ocasionalmente multidenteadas, com mola re- duzida. Peças bucais ventrais protraídas, com cardo, estipe e área de articulação indistintas; mala obtusa. Palpos labiais 2-segmentados, raramente 1 -segmen- tados. Hastes hipostomiais em geral longas e algo divergentes. Pernas em geral longas e bem separadas COCCINELUDAE 197 entre si; ápice das tíbias às vezes com cerdas ade- sivas; tarsúngulos unissetosos, geralmente dilatados ou denteados na base. 9.® tergito abdominal sem urogonfos. 10.° segmento abdominal ventral ou pós- tero-ventral, às vezes terminal e arredondado. Es- piráculos anulares. Larvas e adultos da maioria das espécies são pre- dadores, alimentando-se de pequenos artrópodes, especialmente de afídeos (pulgões) e coccídeos (co- chonilhas). Muitas espécies têm sido utilizadas em controle biológico. As espécies de Epilachninae são fitófagas e se alimentam principalmente das folhas de solanáceas e cucurbitáceas, causando, muitas ve- zes, danos consideráveis às plantas cultivadas. Alguns membros de Coccinellinae são fitófagos, polinífagos ou fungívoros; dentre os últimos destacam-se os Psylloborini, que vivem em ferrugens que se desen- volvem sobre as folhas de diversas plantas, como ma- moeiro e roseira. As pupas das joaninhas são geralmente fortemente esclerotinizadas, com padrão de colorido, e prendem- -se pelo abdômen à superfície de suporte, permane- cendo parcialmente encobertas pela última exúvia larval. Referências: Bõving, 1917; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1953; Peterson, 1960. Epilachna clandestina Muls., 1850 (Estampa 93, figs. 1-17) Larva madiura. Comprimento: 7,0 mm. Oblonga, subcüíndrica (figs. 1 e 2); com escolos dorso-late- rais e estrumas ventrais. Amarelada com cabeça, pernas, escolos e estrumas castanhos. Cabeça (figs. 8, 9 e 11) hipognata, fortemente esclerotinizada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ramos frontais mais claros, em forma de V. Três estemas (fig. 1 1 ) de cada lado próximos à articulação das antenas, dispostos em triângulo. Fronte com muitas cerdas, inseridas em pequenos tubérculos. Sutma fronto-clipeal presente. Clípeo transverso, membranoso e glabro. Labro (fig. 13) transverso, retangular com várias cerdas de compri- mento variado. Epifaringe (fig. 14) densamente pilosa na margem anterior e com 7 botões sensoriais na base. Suturas guiares divergentes na base. Gula trapezoidal. Antenas (fig. 12) cilíndricas, ciurtas e 3-segmentadas; l.° segmento curto; 2 .° segmento alongado, o dobro do comprimento do l.°, com 2 cerdas laterais longas, 1 distai longa e espessa, c 1 muito curta; 3.° segmento reduzido, arredon- dado, com 6 papilas sensoriais pequenas e 1 maior. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 15 e 16) móveis, simétricas, com ápice 4-denteado; margem interna dos 2 dentes mais ventrais serrilhada; mar- gem lateral com 1 cerda; penicilo pouco desenvol- vido. Maxila (fig. 10) com mala robusta, dilatada na base e estreitando-se para o ápice; ápice arre- dondado com várias cerdas longas e curvadas dis- talmente; margem externa com cerdas finas e curtas. Palpífero palpiforme, com 1 cerda. Palpos maxilares longos, 3-segmentados e com várias cerdas. Cardo fundido ao estipe. Estipe alongado; parcialmente esclerotinizado e com 3 cerdas curtas. Lábio (fig. 10) com mento sem subdivisão distinta, estreitado na base com 2 pares de cerdas anteriores, 3 pares me- dianos e 1 par basal; membranoso, exceto faixa esclerotinizada contornando o palpígero; lígula pe- quena, arredondada, com 2 cerdas longas e 2 curtas. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax mais longo que meso- ou metatórax; região dorsal com elevação mediana anterior com 2 chalazas; margem anterior com 2 escolos grandes, 2 menores e várias chalazas entre eles; com 1 escolo grande de cada lado; mar- gem basal com faixa esclerotinizada e interrompida no meio, com várias chalazas mais escuras que as demais. Meso- e metatórax com 4 escolos dorsais e 2 laterais, cada um; escolos dorsais formando grupos de 2, unidos por anel esclerotinizado com 2 chalazas. Um par de espiráculos anulares localizados dorso-lateralmente entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 4) subiguais e cilíndricas; com muitas cerdas; coxa alongada; trocânter subtriangular; fêmur mais curto que a tíbia; ápice da tíbia com cerdas espatu- ladas; tarsúngulo alargado na base e com 1 cerda. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-6.° segmentos com 4 escolos dorsais e 2 laterais cada um; 2 escolos dorsais do meio estão unidos por anel esclerotinizado com algumas chalazas; os dorso-late- rais estão circundados individualmente por anel es- clerotinizado com chalazas e os laterais diminuem de tamanho do l.°-6.°; 7.° e 8.° segmentos com 2 escolos medianos unidos por anel esclerotiniza- do, 2 dorso-laterais circundados por anel esclero- tinizado e 2 estrumas laterais cada um. 9.° segmento com 4 escolos dorsais, mais claros e mais curtos que os anteriores. 10.° segmento tubular, com placa esclerotinizada dorsal e ventral com cerdas longas e claras; região distai com 4 lobos. l.° segmento com 1 par de estrumas ventrais; 2.° segmento com 1 par ventral e 1 par ventro-lateral; 3.°-6.° segmentos com 1 par ventral, 1 subventral e 1 ventro-lateral; 7.° segmento com 1 par subventral e 1 ventro-la- teral; 8.°-9.° segmentos com 1 par ventro-lateral e cerdas na região ventral mediana. l.°-8.° segmentos 198 COCCINELLIDAE com 1 par de espiráculos anulares localizados látero- -anteriormente ao escolo dorso-lateral. Abertura anal circundada por 4 lobos. Pupa (figs. 3, 5-7). Adéctica, exarata. Creme com cerdas rijas e castanho-escuras e algmnas finas e esbranquiçadas. Cabeça invisível de cima, com cerdas castanho-claras. Pronoto transversal com margem anterior sinuosa e bilobada; totalmente coberto por cerdas claras e marginado irregularmente por cerdas rijas e castanho-escuras. Meso- e metanoto com 2 manchas medianas mais escuras, com cerdas casta- nhas, circundadas por cerdas claras; com 3 cerdas castanhas de cada lado, dispostas em fileira inclinada. Pteroteca anterior com 4 faixas longitudinais mais escuras, com cerdas castanhas e muitas cerdas cla- ras entre elas. Abdômen ligeiramente estreitado para o ápice, com muitas cerdas claras de tamanho variado; l.° e 2° segmentos com 2 faixas transver- sais, 2 curtas látero-dorsais próximas à base e 2 grupos com 3 cerdas rijas e castanhas cada um; 3.® segmento com 2 manchas arredondadas dorso- -medianas, com 2 cerdas castanhas cada uma. l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos dorso-laterais localizados no ápice de uma protuberância. 10.° segmento abdominal (figs. 5-7) com 1 par de pro- jeções digitiformes, membranosas e ventrais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo, 27.iii.1983, C. Costa col., 3 larvas, 2 pupas com exúvia e 3 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos encontrados sobre folhas de chuchu, Sechium edule (Cucurbitaceae). A bio- logia desta espécie foi apresentada por Fonseca e Autuori (1931). A larva de E. clandestina é muito semelhante as de E. cacica e E. paenulata. As três espécies são com- paradas em Almeida e Ribeiro (1986). Coccinelia oceligera Crotch., 1874 (Estampa 94, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento; 9,0 mm; largura do protórax: 1,5 mm. Fusiforme (fig. 1), subcihndrica. Cápsula cefálica dorsal castanho-escura com região anterior amarelada; ventral, castanho-clara. Região dorsal do tórax e abdômen castanho-claras com man- chas castanho-escuras e amarelas; região ventral cas- tanho-clara; pernas castanho-escuras. Cabeça (figs. 6 e 7) hipognata, fortemente escle- rotinizada e levemente deprimida. Cápsula cefáüca dorsal com várias cerdas de tamanho variado e muitos pontos. Sutura coronal ausente. Ramos da sutura frontal em forma de lira. Três estemas dorso- -laterais próximo à articulação de cada antena. Fron- te mais escura e pontuada na base; com várias cerdas dispostas lateralmente. Sutura fronto-chpeal ausente. Área fronto-clipeal mais estreita e com 2 cerdas de cada lado. Lábio (fig. 15) transverso; margem ante- rior levemente saliente nos lados; margem posterior arredondada; com 3 cerdas longas e 3 curtas de cada lado. Epifaringe (fig. 14) com metade anterior total- mente coberta por cerdas curtas de espessura e com- primento variável segundo a área, mas todas diri- gidas para o meio; margens laterais com área escle- rotinizada irregular; região mediana com 2 grupos de 4 botões sensoriais cada um e região basal com 1 grupo de 6 e 1 grupo de 7. Suturas guiares longas. Gula subtrapezoidal e membranosa. Hastes hipos- tomiais longas e divergentes. Antenas (figs. 12 e 13) muito ciu-tas, 2-segmentadas; l.° segmento trans- verso; 2.° segmento com ápice arredondado com 2 cerdas longas, 4 papilas sensoriais curtas, 1 pa- pila longa e robusta e 2 botões sensoriais; antenífero presente. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 9 e 10) móveis, simétricas com ápice 2-dentado; base mandibular expandida, formando processo agudo, côncavo e piloso; margem lateral com 1 cerda longa e 1 curta. Maxila (fig 8) com mala (fig. 11) móvel, bilobada no ápice e marginada anteriormente por cerdas curtas; região ventral da mala com 2 cer- das distais pendunculadas e unidas na base e 1 lateral simples, longa e espessa; região dorsal com 2 cerdas muito espessas. Palpífero palpiforme com 1 cer- da longa. Palpos maxilares 3-segmentados; 3.° seg- mento com sensilas distais. Cardo fundido ao estipe. Estipe alongado, parcialmente esclerotinizado e com várias cerdas de tamanho variado. Lábio (fig. 8) com mento alargado próximo à região distai e afilado na anteproximal; com várias cerdas longas no meio. Protórax mais estreito que meso- ou metatórax; re- gião dorsal com 2 manchas irregulares castanho-es- curas. Meso- e metatórax com 1 ampola lateral com 2 espinhos pequenos; castanho-claros com 1 mancha mediano-dorsal, 1 lateral anterior e 1 em cada ampola lateral, amarela; com 2 manchas castanho- -escuras e grandes dorsais com alguns espinhos cur- tos, um de cada lado da mancha central amarela. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares dorso- -laterais anteriores. Pernas (fig. 5) bem desenvol- vidas, cilíndricas e pilosas; coxa curta; trocânter subtriangular; fêmur alongado, pouco mais curto que a tíbia; região distai da tíbia (fig. 5a) com COCCINELLIDAE ENDOMYCHIDAE 199 cerdas clavadas; tarsúngulo largo na base, com 1 cerda basal. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos com 1 ampola de cada lado com pequenos espinhos e várias cerdas; com 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais localizados em um sulco longitudinal. l.° segmento com 2 manchas castanho-escuras dorsais medianas com espinhos no ápice; com 1 mancha amarela mediano-basal, 1 láte- ro-dorsal com espinhos e 1 no ápice da ampola. 2.°-3.°, 5.°-8.° com 4 manchas dorsais castanho- -escuras com espinhos, 1 amarela mediana basal e 1 em cada ampola lateral. 4.° com 3 manchas amarelas. 9° segmento castanho-escuro e com muitas cerdas dorsais. 10.° segmento tubular, com 2 man- chas castanho-escuras posteriores e 2 laterais. 3.°-8.° segmentos com 1 par de estrumas látero-ventrais. Abertura anal longitudinal. Pupa (figs. 2 e 3). Adéctica e exarata. Amarelada com manchas castanho-escuras; pteroteca anterior totalmente castanho-escura. Cabeça invisível de cima. Pronoto largo, com 2 elevações na margem anterior; com 4 manchas castanhas. Mesonoto com 4 e me- tanoto com 2 manchas castanhas. Abdômen gra- dualmente estreitado para o ápice; l.° segmento com 2 manchas dorsais castanhas pequenas; 2.° segmento com 4 dorsais; 3.°-6.° com 4 dorsais e 2 laterais, sendo as medianas dorsais unidas às dorso-laterais; l.°-6.° segmentos com 1 par de espiráculos dorso- -laterais sendo o l.° par maior. Extremidade do abdômen com 1 par de apêndices digitiformes, com ápices castanho-escuros. Material examinado. BRASIL. Paraná. Mariópolis (Centro Politécnico), 9.XÜ.1983, ClIF col., 9 larvas, 2 pupas com exúvia e 4 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas predando Homoptera, Psyllidae. 77. ENDOMYCHIDAE (Estampas 95-96) Esta família inclui Mycetaeidae, Merophysiidae, e compreende cerca de 120 gêneros e 1300 espécies. São cosmopolitas e no Brasil, ocorrem aproximada- mente 10 gêneros e 94 espécies. Larvas oblongo-ovais alongadas, fusiformes ou com margens laterais paralelas, fortemente convexas a deprimidas; às vezes com prolongamentos laterais que podem ser deiscentes. Tegumento dorsal em geral pouco pigmentado, ocasionalmente com placas tergais conspícuas; revestimento de cerdas simples ou modificadas, clavadas ou expandidas, e que po- dem se originar em tubérculos. Cabeça em geral larga, fraca a fortemente deíletida, com 1-4 esíemas de cada lado. Sutura coronal curta ou ausente; ra- mos da sutura frontal aproximados na base, às vezes em forma de U. Antenas 3-segmentadas, freqüente- mente com 2.° segmento muito longo e o 3.° seg- mento reduzido; ocasionalmente curtas e largas, com região de inserção freqüentemente distanciada das bases mandibulares. Sutura fronto-cUpeal às vezes presente. Mandíbulas com mola tuberculada; pros- teca em geral membranosa, ocasionalmente aguda ou ausente. Peças bucais ventrais protraídas; mala obtusa, ou falciforme às vezes com uma franja densa distai. Hastes hipostomiais em geral presentes. Tar- súngulos unissetosos. Urogonfos em geral ausentes, raramente presentes; 10.° segmento arredondado, ventral ou póstero-ventral. Espiráculos anulares. Os Endomychidae via de regra vivem em florestas, larvas e adultos ocorrendo juntos em folhiço, troncos caídos, ou sobre casca de árvores, sempre associados a fungos. São fungívoros, alimentando-se dos esporos ou dos tecidos macios. Algumas espécies ocorrem em ninhos de cupins e formigas. Há um único registro de uma esp)écie do Japão, cuja larva é predadora de ácaros. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Sasaji, 1978. Amphix sp. (Estampa 95, figs. 1-16; Estampa 161, figs. 1 e la) Larva madura. Maior largura do corpo: 5,0 mm. Discoidal (fig. 1 ) fortemente convexa. Região dorsal castanho-escura com manchas medianas negras; margens laterais com manchas amareladas; tegumen- to microgranuloso com cerdas escamiformes (fig. 4a), acompanhando a cor do tegumento. Região ventral castanho-clara, com tegumento granuloso com cerdas simples curtas e finas. Cabeça (fig. 4) hipognata com cerdas espatu- ladas na metade dorso-basal; demais regiões com cerdas finas. Sutura coronal ausente. Sutura frontal com ramos em forma de V. 4 estemas (fig. 4) de cada lado: um grupo de 3, atrás da antena e 1 isola- do na frente da mesma. Sutura fronto-clipeal ausente. Labro (fig. 16) transverso, assimétrico, com ângulos anteriores arredondados e várias cerdas de tamanhos diferentes. Epifaringe (fig. 15) marginada por faixa 200 ENDOMYCHIDAE mais escura em todos os lados; margem anterior com 4 cerdas de cada lado; com uma área com espi- nhos dirigidos para o meio e 2 botões sensoriais de cada lado, próximos à margem anterior; região me- diana com 2 botões sensoriais e uma área esclero- tinizada abaixo deles; com várias cerdas longas pró- ximas à margem basal; região mediana com 2 bo- tões sensoriais e uma área esclerotinizada abaixo deles; com várias cerdas longas próximas à margem basal; região mediana basal com projeções digitifor- mes. Suturas guiares curtas. Gula membranosa, fun- dida ao lábio. Antenas (figs. 9 e 9a) longas e 3-segmentadas; l.° segmento transverso; 2.® seg- mento muito longo, totalmente coberto por micro- cerdas, com 3 cerdas distais longas e apêndice sen- sorial membranoso, com base esclerotinizada; 3.® segmento diminuto, com ápice arredondado e com cerdas longas e 5 sensilas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13 e 14) móveis, simétricas, lar- gas com ápice estreito e unidenteado; prosteca mem- branosa, aguda; mola carenada transversalmente e bem desenvolvida; côndilo acessório presente; com várias cerdas dorsolaterais. Maxila (fig. 11) com mala membranosa distalmente; região ventral com 1 cer- da subapical e 2 fileiras distais; região dorsal com muitas cerdas curtas em toda a área membranosa subapical e fUeira de cerdas longas próximas à mar- gem mesal. Palpífero parcialmente membranoso, com 2 cerdas longas. Palpos maxilares 3-segmenta- dos; região distai do 1.® e 2.® segmentos com mi- cro-espinhos; 3.® segmento com 1 cerda curta lateral interna e várias distais. Estipe alongado, mais es- treito na base, com 2 cerdas longas e 1 curta. Cardo triangular. Justacardo bem desenvolvido. Lábio (fig. 10) com pré-mento transverso, com margem basal arredondada, 2 pares de cerdas longas e 1 curto. Lígula arredondada, bem desenvolvida, com 1 par de cerdas longas e marginada anteriormente por espinhos curtos. Palpos labiais 2-segmentados. Pós-mento alongado, com margens laterais arredon- dadas, 3 pares de cerdas anteriores e 1 par basal. Hipofaringe com muitas cerdas laterais dirigidas para o meio e uma faixa mediana de cerdas mais curtas dirigidas para trás; região mediana com escle- rotinização subpentagonal, internamente com 3 áreas com cerdas, sendo a mediana maior; escleroma hipo- faríngeo com 1 ramo transversal dilatado nos ápices e 2 longitudinais; com várias cerdas na região me- diana logo acima do escleroma. Tórax, 1.® e 2.® segmentos abdominais com faixa longitudinal media- na mais clara. Segmentos torácicos distintos apenas dorso-lateralmente. Meso- e metanoto com 2 man- chas ovaladas negras cada um. Região intersegmen- tar entre meso- e metastemo com 1 par de espi- ráculos (fig. Ib) localizados próximos às coxas. Pernas (fig. 12) aumentando gradativamente de ta- manho das anteriores para as posteriores; com algu- mas cerdas curtas; coxa alongada; trocânter trian- gular; fêmur e tíbia alongados; tarsúngulo com 1 cerda basal. Abdômen com 9 segmentos distinguí- veis lateralmente; l.®-8.® segmentos com 1 par de espiráculos (fig. la) dorso-laterais que diminuem de tamanho dos anteriores para os posteriores; com duas protuberâncias semicirculares (fig. Ic) ao lado do 1.® espiráculo. 10.® segmento ventral, tubular e curto, marginado por cerdas; região distai posterior com 3 escleritos. Abertura anal longitudinal. Pupa (figs. 2, 5-8). Adéctica e exarata. Amarelada com manchas castanhas; tegumento dorsal com mi- croespinhos. Cabeça parcialmente visível de cima, com manchas e vários microespinhos castanhos. Pronoto transverso, com ângulos anteriores e poste- riores proeminentes; com 2 manchas castanhas e irregulares de cada lado. Mesonoto com 1 tubérculo de cada lado, várias áreas castanhas irregulares, sen- do 2 mediana-basais mais escuras e vários microespi- nhos. Pterotecas anteriores castanhas, com 3 fileiras longitudinais de espinhos, sendo os espinhos da fileira mediana mais longos. Metanoto com vários microespinhos, 2 manchas transversais castanhas de ca^a lado e 2 tubérculos mediano-basais. Antenas e fêmures com vários microespinhos. l.®-6.® seg- mentos abdominais com muitos microespinhos; cas- tanhos com 1-4 manchas mais claras e 1 tubérculo no meio. l.®-5.® segmentos com 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais. 2.®-6.® segmentos com pro- tuberâncias laterais microespinhosas (fig. 6) ter- minando em 3 ramos, sendo o mediano mais longo; 7.® segmento com área membranosa anterior ever- sível. Ápice do abdômen (figs. 7 e 8) com 2 pro- jeções semilunares. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 29.xi-01.xii.1984, Exp. MZUSP col., 75 larvas, 39 pupas e 13 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos encontrados em fungos que se desenvolviam em troncos e galhos caídos (Estampa 161, figs. 1 e la). Discussão A larva de Amphix sp. é bastante semelhante a de A. laevigatus Gerst., ilustrada por Boving e Crai- ghead (1931). ENDOMYCHIDAE LATHRIDIIDAE 201 Rhymbus pallidus Gerst., 1858 (Estampa 96, figs. 1-11) Larva. Comprimento: 4,0 mm. Fusiforme (fig. 1), achatada dorso-ventralmente com projeções laterais; muito pilosa; pilosidade longa e clara. Amarelada; região dorsal ligeiramente mais escura que a ventral. Cabeça (figs. 4 e 5) levemente hipognata, com muitas cerdas de tamanho variado. Sutura epicranial ausente; 1 estema bem desenvolvido (fig. 4) loca- lizado dorso-laterahnente próximo à articulação de cada antena. Sutura fronto-clipeal ausente. Labro (fig. 8) transverso, com ângulos anteriores arredon- dados, ligeiramente lobado na região mediana-ante- rior; com 3 pares de cerdas. Epifaringe (fig. 11) com 5-6 cerdas de cada lado e 2 no meio; região anterior com várias cerdas dirigidas para o meio ou para trás; região mediana basal com várias projeções digitiformes. Suturas guiares curtas. Gula membra- nosa, fundida ao lábio. Antenas longas e 3 segmen- tadas; I.° segmento transverso; 2.° segmento muito longo com apêndice sensorial setiforme mais longo que o 3.° segmento; 3.° segmento diminuto com sensilas curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (fig. 10) móveis, simétricas; região distai serrilhada; com 2 cerdas laterais. Maxila (fig. 9) alongada; mala com ápice unciforme, com 2 cerdas subapicais e 3 laterais, a mais distai bem espessa. Palpo ma- xilar 3-segmentado; 3.° segmento com várias cerdas distais curtas. Estipe alongado, ligeiramente mais estreito na base e com 6 cerdas. Cardo triangular, com 1 cerda. Lábio (fig. 3) com margem anterior reta, alargado na região mediana; com 3 pares de cerdas longas. Palpos labiais 2-segmentados. Hipo- faringe (fig. 6) densamente pilosa; escleroma hipo- faríngeo transverso, alargado nas extremidades. Seg- mentos torácicos com projeções laterais, densamente pilosas, que diminuem de tamanho do pro- ao metatórax. Protóiax mais longo que meso- ou me- tatórax. Metanoto com uma esclerotinização media- na. Um par de espiráculos anulares laterais, locali- zados na região posterior do protórax. Pernas (fig. 7) com tarsúngulos unissetosos. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos cora 1 projeção de cada lado, com cerdas muito longas e 1 par de espiráculos anulares; l.°-5.° e l.° segmentos com 2 estrumas dorsais; 8.°-9.° segmentos com ápice bilobado com muitas cerdas longas. 10.° segmento tubular e ventral; região distai com 3 lobos. Abertura anal entre os lobos. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Nova Friburgo, 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva c 1 adulto fixados (MZUSP). São Paulo. Peruíbe, 27.ix.1984, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); Salesópolis (Estação Biológica de Bo- racéia), 20-2 l.xi. 1980, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto e 3 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados embaixo de cascas de troncos caídos, associados a fungos, no interior da mata. Discussão Semelhante à larva de Rhymbus ulkei Cr., figurada por Bõving e Craighead (1931) e procedente da América do Norte. 78. LATHRIDIIDAE (Estampa 97) Família que compreende cerca de 25 gêneros e 500 espécies de distribuição mundial; no Brasil, ocorrem cerca de 6 gêneros e 22 espécies. Larvas alongadas, fusiformes e subcilíndricas; tegumento dorsal pigmentado apenas na cabeça e ocasionalmente no pronoto, que então apresenta um par de máculas. Revestimento de cerdas simples, às vezes entremeadas com cerdas expandidas. Cabeça arredondada, prognata, em geral mais esclerotinizada na região dorsal que na ventral; com 3-4 estemas de cada lado, mas que podem estar ausentes. Ante- nas 2 ou 3-segmentadas, curtas ou moderadamente longas. Sutura coronal curta ou ausente; ramos da sutura frontal mais ou menos em forma de V. Su- tura fronto-clipeal ausente. Mandíbulas freqüente- mente com 2 cerdas longas, distais; mola bem desen- volvida e tuberculada; prosteca grande e membra- nosa ou ausente. Peças bucais ventrais mais ou menos protraídas, com área de articulação reduzida; mala obtusa, ocasionalmente falciforme e fendida no ápice. Hastes hipostomiais em geral ausentes. Tarsúngulos unissetosos. Urogonfos ausentes. 10.° segmento abdominal mais ou menos terminal. Espi- ráculos anulares. Larvas e adultos são fungívoros, alimentando-se principalmente de esporos. Muitas espécies são cos- mopolitas, e estão associadas a produtos armaze- nados, mas não causam danos diretos aos alimentos. Algumas espécies podem ser encontradas no interior de residências, em locais onde ocorrem bolores. Alguns apresentam depressões no tórax (micângias), que acumulam esporos e provavelmente atuam na disseminação dos fungos. Outras espécies foram en- 202 LATHRIDIIDAE BIPHYLLIDAE contradas em ninhos de cupins, formigas e mamí- feros roedores. Referências: Boving e Craighead, 1931; Chandler, 1983; Crowson, 1967, 1981; Hinton, 1945; Law- rence, 1982; Peterson, 1960. Eufallia seminiveus (Motschulsky, 1866) (Estampa 97, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 1,7 mm. Alongada, fusiforme e subcilíndrica (fig. 1 ) ; branco-leitosa, com cabeça acastanhada; com muitas cerdas longas e claras, inseridas em pequenos tubérculos. Cabeça (figs. 5 e 6) prognata, esclerotinizada e levemente deprimida; margens laterais arredondadas. Cápsula cefálica com várias cerdas longas. Sutura epicranial marcada por área mais clara, em forma de Y. Três estemas de cada lado, localizados dorso- -lateralmente, aproximadamente na metade do com- primento da cápsula cefálica. Sutura fronto-clipeal ausente. Labro (fig. 9) fundido à fronte, com mar- gem anterior arredondada, com 4 cerdas de cada lado próximas à margem anterior e 2 basais mais longas. Epifaringe (fig. 10) com 1 cerda longa e 2 mais curtas de cada lado da margem anterior; com 2 esclerotinizações iniciando-se próximas da margem anterior e se dirigindo para a base; região mediana com 3 botões sensoriais de cada lado. Su- turas guiares (fig. 6) duplas no inicio, fundindo-se e prolongando-se além da metade do comprimento da cápsula cefálica. Gula pequena e triangular. An- tenas (fig. 7) diminutas e 2-segmentadas; l.° seg- mento curto, membranoso com anel esclerotinizado próximo ao ápice; região distai com 1 cerda e 1 apêndice sensorial membranoso, alongado e del- gado, mais longo que o l.° segmento; 2.° segmento anular e esclerotinizado; região distai membranosa com 1 cerda longa e 1 curta. Peças bucais leve- mente protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) móveis, simétricas, alargadas na base; região distai pouco esclerotinizada com 2 cerdas longas com ápice rami- ficado; prosteca membranosa e bem desenvolvida; mola tuberculada e bem desenvolvida; côndilo aces- sório presente. Maxilas (fig. 8) curtas; mala falci- forme com ápice bífido e 5 cerdas ventrais longas. Palpos maxilares 2-segmentados; 2.° segmento alon- gado com 3 cerdas distais longas. Estipe ligeiramente alargado na base e com 3 cerdas ventrais longas. Cardo largo, subtriangular. Lábio (fig. 11) com mento levemente alargado na frente e com 2 cerdas longas. Lígula larga, levemente arredondada. Palpos labiais 2-segmentados; 2.° segmento com 1 cerda distai longa e 2 curtas. Escleroma hipofaríngeo (fig. 10) transversal, com 2 processos agudos láte- ro-posteriores. Protórax subtrapezoidal, mais estreito e aproximadamente do mesmo comprimento do me- sotórax; com 6 cerdas de cada lado, 4 na margem basal, 4 mediana-anteriores e 1 próxima a cada mar- gem látero-mediana. Mesonoto com 5 cerdas de cada lado e 8 cerdas próximas ao meio. Metanoto com 3 cerdas laterais anteriores de cada lado e 8 cerdas próximas ao meio. Pernas (fig. 4) cilín- dricas, subiguais com algumas cerdas simples de tamanho variado; coxa curta; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo longo aproximadamente do comprimento da tíbia, com 1 cerda mediana. Abdômen gradualmente estreitado para o ápice; com 10 segmentos visíveis de cima e muitas cerdas inseridas em pequenos tubérculos; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares, situados na membrana pleural. Abertura anal ter- minal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branca com mui- tas cerdas longas inseridas em pequenos tubérculos. Cabeça invisível de cima. Pronoto arredondado na frente, ligeiramente estreitado próximo aos ângulos posteriores; marginado anteriormente por cerdas longas; com 2 cerdas mediano-anteriores, 2 media- no-basais e 4 na margem basal. Pteroteca anterior com 1 cerda. Metanoto com 4 cerdas. Fêmures com 2-3 cerdas. Abdômen ligeiramente estreitado para o ápice; último segmento com 1 par de projeções clavadas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Cidade Universitária), xii.1982, S.A. Vanin col., 6 larvas, 17 pupas e 35 adultos fixados (MZUSP)- Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados sobre paredes com nódoas de bolores. 79. BIPHYLLIDAE (= Diphyllidae — Estampa 98) Esta família compreende cerca de 6 gêneros c 200 espécies de distribuição mundial. No Brasil oeorrem 2 espécies do gênero Diplocoelus. Larvas alongadas e subcilíndricas; tegumento dor- sal com placas pigmentadas, conspícuas, cada uma com uma carena transversal junto à margem ante- rior. Revestimento de cerdas simples e esparsas. BIPHYLLIDAE 203 Cabeça prognata, com 6 estemas de cada lado. Su- tura fronto-clipeal distinta. Sutura coronal curta ou ausente; ramos da sutura frontal aproximados na base. Mandíbulas com mola grande, formada por uma série de carenas tuberculadas; prosteca com- plexa, constituída por vários lobos, freqüentemente pectiniformes; tubérculo ventral presente. Peças bucais ventrais retraídas; mala falciforme. Carenas hipocefálicas às vezes presentes; hastes hipostomiais curtas e levemente divergentes, ou ausentes. Coxas nioderadamente aproximadas; tarsúngulos unissetosos. Urogonfos em geral ausentes, raramente presentes, curtos. 10.° segmento abdominal arredondado e em geral com uma placa tergal distinta, póstero-ventral ou terminal. Espiráculos anular-bíforos; os do 8.° segmento abdominal estão situados dorsalmente, em tubos curtos. Larvas e adultos são encontrados em locais onde existe acúmulo de matéria em fermentação, ou estão associadas a fungos Ascomycetes. Muitas espécies ocorrem sob casca de árvores, principalmente no interior de florestas, ou em estróbilos de Coníferas. Referências: Costa et ai, no prelo; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. Diplocoelus af. amplicollis Reitter, 1877 (Estampa 98, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 2,7 mm. Subcilíndrica (fig. 1). Ligeiramente amarelada com cabeça e per- nas mais escuras; com cerdas curtas e esparsas. Cabeça (figs. 2 e 3) prognata, esclerotinizada e ligeiramente deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira, interrompidos no ápice e não atingindo a articu- lação das antenas. Cinco estemas localizados lateral- niente, fileira com 3 próxima à articulação de cada antena e 2 abaixo dela. Sutura fronto-clipeal presente. Fronte com 4 cerdas longas. Clípeo (fig. 7) trans- verso, subtrapezoidal com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 7) transverso, subtrapezoidal com 4 cerdas de tamanho variado. Epifaringe (fig. 8) mar- ginada anteriormente por cerdas espessas de tama- nho variado; região mediana anterior com 8 botões sensoriais com cerdas de cada lado e abaixo deles; com 2 botões sensoriais na região mediana; região mediana com papilas curtas ladeadas por fileiras de lamelas. Suturas guiares presentes e divergentes. Gula fundida ao submento. Antenas (fig. 4) 3-seg- mentadas; l.° segmento transverso; 2.® alongado, com cerdas distais e 1 apêndice sensorial membra- noso bem desenvolvido; 3.° segmento cilíndrico. aproximadamente do mesmo comprimento do 2.° e com 5 cerdas distais. Peças bucais protraídas. Man- díbulas (figs. 5 e 6) móveis, simétricas; ápice 4-den- teado; região mesal côncava com prosteca formada por lobos pectiniformes; mola bem desenvolvida, com estrias transversais. MaxUa (fig. 9): mala (figs. 9a e 9b) robusta, ápice falciforme com 3 dentes distais e 1 cerda mesal espessa; região ventral com 3 cerdas espessas próximas ao ápice; região dorsal com 6 cerdas distais espessas e fileira mesal de cer- das mais finas com ápice curvo. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alongado, com 5 cerdas. Car- do triangular com 1 cerda. Justacardo bem desen- volvido. Lábio (fig. 9): pré-mento e mento trans- versos, com 2 cerdas cada um; submento fundido à gula, estreitado na região mediana e com 2 cerdas. Palpo labial 2-segmentado. Pronoto subtrapezoidal, mais longo que meso- ou metanoto; com fileira de cerdas, transversal e irregular, próxima às margens anterior e basal. Espiráculo torácico anular-bíforo. Pernas (fig. 11) curtas e esclerotinizadas; com cer- das curtas e espessas, longas e delgadas; coxa larga; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 1 cerda basal. Abdômen gradual- mente estreitado para o ápice; com 10 segmentos visíveis de cima; l.°-7.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais; 8.° segmento (fig. 10) com 1 par de espiráculos anular-bíforos no ápice de proje- ção tubular curta; 9.° segmento (fig. 10) com 2 uro- gonfos diminutos; 10.° segmento anular, póstero- ventral, com vários lobos distais. Abertura anal entre os lobos do 10.° segmento. Pupa (fig. 12). Adéctica e exarata. Creme com mui- tas projeções setosas e com espículos. Cabeça par- cialmente visível de cima, com várias projeções. Pronoto transverso, convexo, com ângulos posterio- res proeminentes e de ápices arredondados; com muitas projeções, sendo as mediano-anteriores, maio- res. Meso- e metanoto com 4 pares de projeções cada um. Pterotecas longas, atingindo a metade do abômen. l.°-8.° segmentos abdominais com 2 pares de projeções dorsais e 2 pares laterais; 9.° segmento com 1 par de urogonfos unciformes com 4 tubér- culos de cada lado, sendo 1 deles bem ventral. l.° segmento abdominal com 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais e bem desenvolvidos; 2.°-6.° com espiráculos menores. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Campos do Jordão (Parque Estadual de Campos do Jordão) 2 1.x. 1986, S. Ide col., 28 larvas, 20 pupas e 16 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 12.xi.l986. Bal- tazar col., 14 larvas e 30 adultos fixados (MZUSP). 204 BIPHYLLIDAE CIIDAE Paraná. Curitiba, 05.x. 1982, G.H. Rosado-Neto col., 8 larvas e 5 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas em cones masculinos de Arau- caria angustifolia (pinheiro-do-Paraná). Os cones foram coletados caídos ao solo, em início de apo- drecimento. Pupas e adultos foram obtidos em la- boratório (Costa et ai, no prelo). Discussão Perris (1851) descreveu a larva de Diplocoelus punctaíus F., e Roberts (1958), em sua chave para identificação de larvas de Erotylidae inclui D. fagi Guérin, mas não a descreve formalmente; ambas espécies são da Europa. Não é possível estabelecer comparações devido a escassez de dados. Esta é a primeira descrição para a Região Neotropical. Tenebrionoidea (= Heteromera) Esta superfamília compreende 31 famílias: Myce- tophagidae, Tetratomidae, Ciidae*, Melandryidae*, Mordellidae*, Rhipiphoridae*, Archeocrypticidae*, Pterogeniidae, Colydiidae*, Bothrideridae, Monom- midae*, Zopheridae*, Perimylopidae, Chalcodryi- dae, Tenebrionidae*, Cephaloidae, Meloidae*, Oede- meridae*, Prostomidae, Synchroidae, Mycteridae*, Boridae, Trictenotomidae, Pythidae, Pyrochroidae*, Salpingidae*, Othniidae*, Inopeplidae*, Anthici- dae*, Euglenidae* Scraptiidae*. As 19 famílias as- sinaladas ocorrem, também, no Brasil. Larvas em geral alongadas, com margens laterais paralelas, raramente mais curtas e oblongas; segmen- tos do tronco em geral regularmente esclerotinizados nas faces dorsal e ventral, mas em alguns raros casos ocorrem placas tergais conspícuas. Revestimento quase sempre formado por cerdas esparsas. Cabeça frequentemente com sutura coronal; ramos da sutura frontal geralmente liriformes, às vezes em forma de V. Sutura fronto-clipeal em geral ausente. Labro livre. Antenas em geral 3-segmentadas; 2.° segmento com apêndice sensorial em geral cônico e estreito, mas às vezes cupuliforme ou achatado. Mandíbulas em geral assimétricas; áreas molares muitas vezes irregularmente côncavas e convexas, de tal modo que as superfícies triturantes se encontram em ângulo; prosteca ausente, mas pode ocorrer um processo hialino nas formas desprovidas de mola; tubéroilo ventral ausente. Peças bucais ventrais quase sempre retraídas, com área de articulação distinta. Mala obtusa, truncada ou arredondada, às vezes fendida, freqiientemente com um unco no ângtilo interno; palpo maxilar 3-segmentado. Palpos labiais em geral 2-segmentados; escleroma hipofaríngeo geralmente presente, especialmente nas formas com mola bem desenvolvida. Tarsúngulo quase sempre bissetoso. 9.° tergito geralmente com 2 urogonfos não articula- dos; às vezes formando placa esclerotinizada que se articula com o 8.° segmento. 9.° esternito às vezes reduzido, freqiientemente com espículos na base ou no ápice. 10.° segmento em geral mais ou menos transversal, freqiientemente ventral ou pós-ventral. Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 80. CIIDAE (=Cisidae — Estampas 99-100) Família que compreende cerca de 40 gêneros e 550 espécies, de distribuição mundial. No Brasil ocorrem aproximadamente 7 gêneros e 16 espécies. Larvas subcilíndricas, fracamente esclerotinizadas com exceção das peças bucais, geralmente o 9.° ter- gito e às vezes o pronoto. Cabeça com 3 ou 5 este- mas de cada lado, ou às vezes sem estemas. Sutura coronal de moderada a muito longa, em geral com endocarena subjacente. Sutura frontal em forma de V. Antenas muito curtas, em geral 2-segmentadas, raramente 3-segmentadas, com apêndice sensorial maior que o 3.° segmento. Mandíbulas em geral sem mola, raramente presente (“pseudomola” de diversos autores); freqiientemente com lobo hialino, agudo, presente em uma ou em ambas mandíbulas. Maxilas em geral com área de articulação estreita; mala arredondada, às vezes região da lacínia distinta, em forma de lobo. Carenas hipocefálicas presentes; hastes hipostomiais ausentes. Coxas estreitamente separadas entre si. 9.° tergito em geral com 1 par de tirogonfos curvados para cima; às vezes podem ocorrer mais de 2 urogonfos ou apenas 1, e rara- mente uma placa côncava. 9.° esternito em geral simples, raramente com 1 fileira de espículos no ápice. 10.° segmento oval, transversal, póstero- ven- tral. Espiráculos em geral anulares, raramente anu- lar-bíforos. Larvas e adultos são fungívoros e escavam gale- rias em fungos Basydiomycetes, principalmente em Polyporaceae (orelha-de-pau). A pupação ocorre no interior das galerias. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. CIIDAE 205 Porculus vianai (Pic, 1940) (Estampa 99, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento: 2,0 mm. Cilíndrica (fig. 1); branca com labro e urogonfos escleroti- nizados. Cabeça (fig. 4) hipognata, com várias cerdas de tamanho variado. Sutura coronal curta. Endocarena mediana, coincide com a sutura coronal. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo (fig. 12) transverso, com 1 cerda longa e 1 curta de cada lado. Labro (fig. 12) transverso, com ângulos ante- riores arredondados; com 2 cerdas mediano-anterio- res, fileira transversal com 6 cerdas partindo dos ângulos anteriores e 2 cerdas basais curtas. Epifarin- ge (fig. 11) com 4 cerdas mediano-anteriores e 2 cerdas unciformes de cada lado; com uma faixa de pequenos espinhos de cada lado; região mediana com grupo de 6 botões sensoriais, 4 cerdas curtas e 2 espessas mais longas; região basal com 2 botões sensoriais no meio. Suturas guiares e gula presentes. Antenas (fig. 5) 2-segmentadas; segmento proximal quadrangular; segmento distai com apêndice senso- rial alongado, aproximadamente do mesmo compri- mento da antena, com 4 cerdas curtas e 1 apical muito longa; antenífero membranoso. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13-17) móveis, robus- tas e assimétricas; ápice afilado e bidenteado; região mesal côncava com ranhuras partindo da face ven- Iral; mola estriada transversalmente; com 2 cerdas laterais curtas. Mandíbula direita (figs. 14-16) com mola mais desenvolvida que na mandíbula esquerda. Maxila (figs. 6 e 7) com mala larga com ápice oblí- quo; região ventral com 4 cerdas distais longas e 2 mais curtas e mais espessas e 1 basal longa e 1 curta; região dorsal com 2 cerdas distais longas, 3 mais curtas e mais espessas e 2 cerdas mesais cspatuliformes. Palpífero membranoso. Palpos labiais 3-segmentados. Estipe alongado e retangular; região ventral com 1 cerda muito curta e 2 mais longas; região dorsal com dentículos látero-anteriores. Car- olo transverso com 1 cerda cinta. Lábio (figs. 6 e 7) com pré-mento transverso com 2 cerdas; pós-mento alongado, alargado na região mediana, com 2 cerdas anteriores longas, 2 curtas e 2 basais curtas. Palpos labiais 2-segmentados; segmento distai com 1 papila sensorial e várias microcerdas distais. Escleroma hipofaríngeo (fig. 7) em forma de V invertido. Pro- lórax mais longo que meso- ou metatórax. Um par espiráculos anulares (fig. la) localizados late- ralmente entre pró- e mesotórax. Pernas (fig. 10) com algumas cerdas espessas de comprimento varia- 'ío; coxa larga; trocânter triangular; coxa mais es- Pessa que a tíbia; tarsúngulo alargado na base, bisse- toso. Abdômen com 9 segmentos; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares (fig. Ib), meno- res que os torácicos, localizados lateralmente; 9.° segmento (figs. 8 e 9) com 2 tubérculos mediano- dorsais, várias cerdas e 2 urogonfos distais com ápice curvado para cima. Pupa (figs. 2 e 2a). Adéctica e exarata. Creme com ápice dos urogonfos castanho-avermelhados. Cabeça parcialmente visível de cima. Pronoto transverso, alargado na 1/2 basal e com margens laterais arre- dondadas. Meso- e metanoto transversos; mesonoto mais curto e com 2 cerdas; metanoto com 3 cerdas de cada lado. Abdômen gradualmente estreitado para o ápice. Segmentos abdominais transversos, com margens laterais arredondadas e fileira transversal de cerdas próximas à margem basal; l.°-5.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais; 9.° segmento com 1 par de urogonfos (fig. 2a) tuberculado e anelado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20-2 l.xi. 1980, Exp. MZUSP col., 5 larvas, 11 pupas e 16 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados em orelha-de- pau (Polyporaceae). Larvas e adultos constroem galerias no interior do fungo. Xylographus sp. (Estampa 100, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 3,0-4,0 mm. Subcilín- drica (fig. 1); branca com cabeça castanho-clara. Cabeça (fig. 5) prognata, fracamente esclerotini- zada e um pouco retraída no tórax. Cápsula cefálica com numerosas cerdas. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de U. Cinco estemas de cada lado, pequenos e hialinos, visíveis apenas com grande aumento. Sutura fronto- -clipeal presente. Labro (fig. 8) livre, transverso, com margens laterais arredondadas e margem anterior truncada; marginado anterior e lateralmente por cer- das de tamanho variado; região mediana com 2 cerdas longas e 2 curtas. Epifaringe (fig. 9) sem características importantes. Suturas guiares e gula presentes. Antenas (fig. 4) 2-segmentadas; segmento proximal quadrangular; segmento distai alongado, com apêndice sensorial aproximadamente tão longo quanto o 2.° segmento; com 1 cerda basal cur- em 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 206 CIIDAE MELANDRYIDAE ta, 3 apicais sendo a mediana mais longa; an- tenífero membranoso e bem desenvolvido. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11-13) móveis, aproximadamente simétricas; triangulares, cuneifor- mes, sem mola, com ápice bidenteado: margem dor- sal formando dente apical e margem ventral forman- do dente subapical; margem interna com dente trian- gular mediano; margem látero-dorsal com 2 cerdas longas. Maxila (fig. 7) longa; mala arredondada, região da gálea bem çlesenvolvida, arredondada com 2 fileiras de cerdas distais, ventrais, espessas e lon- gas; região da. lacínia formada por 1 lobo ventral com 3 cerdas distais espessas. Palpos maxilares 3-segmentados; 1.® e 2.° segmentos transversos; 3° segmento alongado; com 1 cerda articulada pró- xima à base ventral. Estipe alongado, com 2 cerdas laterais. Cardo bem desenvolvido, subtriangular e sem cerdas. Lábio (fig. 6 ) com pré-mento transverso, com 2 cerdas longas; pós-mento alongado, alargado na região mediana e com 2 cerdas longas e 4 curtas. Palpos labiais 2-segmentados; segmento distai com papilas sensoriais no ápice. Pronoto mais longo que meso- ou metanoto, elevado na região anterior e com espículos na região ântero-dorsal e no disco. Meso- e metanoto subiguais. Um par de espiráculos anulares (fig. la) localizados lateralmente entre o pro- e mesotórax. Pernas (fig. 10) subiguais; com poucas cerdas; coxa larga e curta; trocânter bem desenvolvido; fêmur mais espesso que a tíbia; tar- súngulo alargado na base e bissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos se- melhantes, com espículos mediano dorsais e um 1 par de espiráculos inconspícuos anulares (fig. Ib); 9.° segmento menor, com mais espículos que os de- mais e com 1 par de urogonfos fixos, cônicos e muito curtos; 10.° segmento localizado ventralmente no 9.°, reduzido, inteiramente membranoso e com numerosas cerdas; região distai com 2 lobos. Aber- tura anal entre os lobos. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branca com ápice dos urogonfos esclerotinizados e com muitas cerdas simples; cerdas torácicas mais espessas que as abdo- minais e as do pronoto estão inseridas em pequenos tubérculos. Cabeça invisível de cima. Pronoto trans- verso. Mesonoto mais curto que metanoto. Abdômen gradualmente estreitado para o ápice; segmentos abdominais transversos, cada um com 4 cerdas; 9.° segmento com 1 par de urogonfos fixos com ápice esclerotinizado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 25-27.V.1982, Exp. MZUSP col., 22 larvas, 9 pupas e 40 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados em galerias no interior de Polyporaceae (orelha-de-pau). 81. MELANDRYIDAE (= Serropalpidae — Es- tampa 101) Esta família contém cerca de 80 gêneros e 450 espécies, de distribuição mundial; no Brasil, ocorrem cerca de 12 gêneros e 41 espécies. Larvas subcilíndricas ou ligeiramente deprimidas, às vezes com ampolas nos segmentos do tronco; em geral fracamente esclerotinizadas, com exceção das peças bucais e eventuais urogonfos; placas escleroti- nizadas podem ocorrer ocasionalmente em todos os tergitos visíveis. Cabeça geralmente com 2 ou 5 es- temas de cada lado, às vezes estemas indistintos ou ausentes. Sutura coronal em geral moderadamente longa, ocasionalmente muito curta ou ausente; ramos da sutura frontal em geral em forma de V e incom- pletos, ocasionalmente liriformes. Endocarena, quan- do presente, em geral subjacente à sutura epicranial, raramente prolongando-se entre os ramos frontais. Antenas às vezes muito curtas. Sutura fronto-clipeal presente ou ausente. Clípeo e labro muito mais es- treitos que a fronte. Mola mandibular em geral ausente ou representada por uns poucos dentes ou tubérculos, raramente bèm desenvolvida e tubercula- da. Mala arredondada, com imco presente ou ausen- te. Hastes hipostomiais curtas ou longas, fraca a fortemente divergentes ou ausentes. Pernas em geral curtas, com coxas largamente separadas entre si; tar- súngulo assetoso ou unissetoso. 9.° tergito em geral simples ou com 1 par de urogonfos pequenos e cur- vados para cima; ocasionalmente com urogonfos grandes e tuberculados. 9.° esternito em gertil sim- ples, raramente com 1 espículo de cada lado, na base. 10.° segmento transversal a circular, póstero- ventral. Espiráculos em geral anular-bíforos, com tubos acessórios muito curtos; ocasionalmente anu- lares ou anular-uníforos, ou com tubos acessórios longos. Larvas da maioria dos melandriídeos são xilófagas e escavam galerias em madeira apodrecida. Membros dos Hallomeninae, Eustrophinae e Orchesiini são fungívoros e alimentam-se dos corpos de frutificação de fungos. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1966, 1967; Hoebeke e McCabe, 1977; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Viedma, 1965. MELANDRYIDAE - MORDELLIDAE 207 Phloeotrya sp. (Estampa 101, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 19,0 mm; largura do protórax: 3,0 mm. Ortossomática (figs. 1 e 2), sub- cilíndrica, com ampolas dorsais, ventrais e laterais. Branco-leitosa com mandíbulas e partes de outras peças bucais acastanhadas; pilosidade curta e esparsa. Cabeça (figs. 5 e 9) prognata, ligeiramente depri- mida com pilosidade curta. Cápsula cefálica aberta na frente e atrás. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de V, não atingindo a margem anterior da cápsula cefálica. Estemas ausentes. Sutoa fronto-clipeal presente. Clípeo (fig. 14) membranoso e com 2 cerdas. Labro (fig. 14) transverso, estreito, com ângulos anterio- res arredondados; marginado anteriormente por cer- das curtas; com 2 cerdas de cada lado, próximas à margem anterior e 3 medianas. Epifaringe (fig 15) com fileira com 6-7 cerdas em cada ângulo anterior; com 2 áreas com cerdas curtas dirigidas para o meio; cerdas medianas dirigidas para trás; região me- diana com 1 área esclerotinizada de cada lado com microcerdas e 2 botões sensoriais entre elas. Suturas guiares (fig. 5) longas. Gula alongada com 2 cerdas distais. Hastes hipostomiais divergentes (fig. 5), atingindo aproximadamente a metade do compri- mento da cápsula cefálica. Antenas (fig. 8) curtas, 3-segmentadas; l.° segmento transverso, com cerdas distais; 2P segmçnto alongado, com cerdas distais e um apêndice sensorial pequeno e cônico, membra- noso, com base esclerotinizada; 3.° segmento cilín- drico com várias cerdas distais, uma das quais mais longa; antenífero presente, bem desenvolvido. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) mó- veis, simétricas, robustas com 2 dentes arredondados distais; região dorso-mesal com entalhe subapical; margem lateral com 2 cerdas. Maxila (fig. 10) com mala alongada com ápice arredondado, marginada na região distai e mesal, com cerdas eretas; região ventral com várias cerdas. Palpos maxilares 3-seg- mentados, parcialmente esclerotinizados. Estipe lar- go, com várias cerdas e uma esclerotinização trans- versal mediana. Cardo bem desenvolvido e com várias cerdas. Lábio (fig. 11) juntamente com a gula apresentam forma de taça; pré-mento membranoso e glabro; pós-mento parcialmente esclerotinizado, estreitado na base e com 2 cerdas longas e 1 curta de cada lado. Palpo labial 2-segmentado. Protórax mais longo que meso- e metatórax juntos; região dorsal com margem anterior proeminente e 2 ampo- las laterais. Meso- e metatórax subiguais com mar- gens laterais arredondadas, 2 ampolas dorso-loterais cada um. Um par de espiráculos elípticos e bem desenvolvidos, localizados látero-anteriormente no mesotórax. Pernas (fig. 6) curtas, subiguais, mem- branosas, inseridas ventro-lateralmente nos segmen- tos torácicos; subcilíndricas, 4-segmentadas e com várias cerdas curtas; coxa larga e curta; trocânter fundido ao fêmur; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo bem desenvolvido e com ápice esclerotinizado. Abdômen com 10 segmentos visíveis de cima; l.®-8.° segmentos com margens laterais arredondadas, 2 ampolas dorsais, 2 laterais e 2 ven- trais e 1 par de espiráculos anulares laterais peque- nos; 9.U segmento menor, com 2 ampolas dorsais pequenas; 10.° segmento tubular, embutido no 9.° Abertura anal transversal. Pupa (figs. 3, 7 e 7a). Adéctica e exarata. Branca com pequenos tubérculos espiniformes com cerdas no ápice. Cabeça parcialmente visível de cima, com 2 tubérculos setíferos. Pronoto ligeiramente mais estreito na frente, com muitos tubérculos setíferos. Pterotecas anteriores longas, com vários tubérculos setíferos. Abdômen ligeiramente estreitado no ápice; com muitos tubérculos setíferos. Ápice do abdômen com 2 urogonfos espiniformes curtos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20-22.iv.l982, Exp. MZUSP col., 2 larvas, 1 pupa e 1 adulto fixa- dos e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em galerias profundas escavadas em troncos caídos no interior da mata. 82. MORDELLIDAE (Estampa 102) Esta família compreende aproximadamente 100 gêneros e 1 200 espécies. São cosmopolitas e no Brasil ocorrem cerca de 8 gêneros e 125 espécies. Larvas cilíndricas, em geral com segmentos do tronco dilatados; pouco esclerotinizadas, com exce- ção das peças bucais e em geral da extremidade do 9.° tergito abdominal; às vezes densamente pubes- centes. Cabeça com 1 ou 3 estemas de cada lado, mas em geral indistintos ou ausentes; hipognata ou defletida. Sutma coronal longa, com endocarena subjacente. Sutura frontal ausente. Antenas muito curtas. Sutura fronto-clipeal presente. Mandíbulas sem mola. Mala maxilar estreita, com ápice arredon- dado, sem unco. Gula ausente. Hastes hipostomiais cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 208 MORDELUDAE muito curtas e divergentes ou ausentes. Protórax di- latado; tergo apresentando freqüentemente espículos ou carenas. Pernas muito curtas e bastante separa- das entre si; tarsúngulo cônico e membranoso. segmentos abdominais freqüentemente com ampolas conspícuas. 9.° tergito com 2 urogonfos muito apro- ximados ou com 1 único espinho mediano, tuber- culado. 9.® esternito simples. 10.° segmento circular ou oval, póstero-ventral. Espiráculos anulares. Larvas encontradas em galerias escavadas em ma- deira apodrecida ou nos caules e folhas de plantas herbáceas. Mordellistena cattleyana Champion, 1913, cria-se nas folhas de orquídeas do gênero Cattleya, e pode causar danos consideráveis, depreciando a planta para o comércio. Larvas de alguns poucos membros da família escavam e alimentam-se dos corpos de frutificação de fungos. Referências; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lepage e Figueiredo, 1943; Peterson, 1960; Riley, 1892. Mordella sp. (Estampa 102, figs. 1-20) Larva madura. Comprimento: 24,0 mm; largura do protórax: 4,0 mm. Ortossomática (figs. 1 e 2), sub- cihndrica; amarelada com cabeça amarela, labro, mandíbulas e ápice do 9.° segmento abdominal castanhos. Cabeça (figs. 7 e 8) hipognata e esclerotinizada. Cápsula cefálica castanha na margem anterior; com densa pilosidade castanha e curta, mais concentrada dorso- anterior e ventralmente; região proximal com áreas longitudinais glabras. Sutura coronal muito longa; ramos frontais ausentes. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo (fig. 12) trans- verso, membronoso e glabro. Labro (fig. 12) escle- rotinizado, transverso, com ângulos anteriores arre- dondados e 2 fileiras transversais e irregulares de cerdas: uma anterior com 6 e outra mediana com 4 cerdas. Epifaringe (fig. 13) com microespinhos nas margens anterior e látero-basal; com 3 cerdas espessas de cada lado, dispostas em fileira longitudi- nal; região mediana com faixa longitudinal de mi- crocerdas; região mediana basal com microespinhos e cerdas longas; região látero-mediana com um es- clerito curvo de cada lado. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas (figs. 17 e 18) curtas e 2-segmen- tadas; segmentos alongados; 2.° segmento com 3 cerdas distais longas, 4 curtas e um cone sensorial membranoso com anel basal esclerotinizado. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 19 e 20) mó- veis, simétricas, fortemente esclerotinizadas; cunei- formes, robustas com região mesal côncava; região dorso-mesal com pequeno dente e região látero-basal com 1 cerda. Maxilas (fig. 10) bem desenvolvidas; mala alongada, com muitas cerdas dorsais e ventrais. Palpífero membranoso, com faixa transversal escle- rotinizada com 4 cerdas longas. Palpos maxUares 3-segmentados; 2.° segmento é o mais longo. Es- tipe alongado, com entalhe meso-basal e várias cerdas, algumas bastante longas. Cardo alonga- do, com 1 cerda curta. Justacardo bem desen- volvido, membranoso com microtubérculos. Lábio (fig. 11) com mento alongado, com 6 cerdas de cada lado, sendo 2 bem longas; com fi- leira transversal mediana de microtubérculos se- guida de sulco transversal. Lígula larga. Palpígero membranoso, com faixa basal esclerotinizada e 1 cerda longa. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax mais longo que meso- ou metatórax; proeminente nas regiões dorsal anterior e basal. Pronoto (fig. 1 ) com uma área transversal com cerdas curtas e 2 cerdas basais; região mediana basal com áreas irre- gulares ligeiramente esclerotinizadas. Meso- e meta- tórax com rugas dorsais e 2 ampolas laterais cada um. Um par de espiráculos anulares grandes, loca- lizados lateralmente entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 16) muito curtas, membranosas com cerdas castanhas; 5-segmentadas, mas os limites entre os segmentos são bem tênues; tarsúngulo cônico, bisse- toso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-6.° segmentos com 1 ampola dorsal e 2 late- rais; 7.°-8.° segmentos com 2 ampolas laterais cada um; l.°-8.° segmentos com 3 ampolas ventrais co- bertas por microcerdas (fig. 14), sendo uma mediana maior e 2 laterais; com 1 par de espiráculos anula- res, laterais; 8.° tergito (figs. 9 e 15) coberto por cerdas curtas; 9.° segmento com ápice bruscamente afilado e esclerotinizado formando processo espini- forme com entalhe apical; região proximal com mi- crocerdas e distai com microtubérculos; 10.° seg- mento (figs. 9, 14 e 15) ventral, reduzido; com 2 tubérculos de cada lado com microcerdas e 1 distai glabro. Abertura anal em forma de V invertido, entre os tubérculos. Pupa (figs. 3 e 4). Adéctica e exarata; creme-clara. Cabeça parcialmente visível de cima, com cerdas inseridas em pequenos tubérculos. Pronoto mais largo que longo, proeminente na região mediana anterior e basal, e com muitas cerdas curtas inseri- das em pequenos tubérculos. Pteroteca anterior com vários espinhos. Abdômen longo; l.° segmento com 2 grupos de espinhos mediano-dorsais; 2.° com 2 grupos de espinhos mediano-dorsais e 2 dorso- MORDELLIDAE - RHIPIPHORIDAE - ARCHEOCRYPTICIDAE - COLYDUDAE 209 laterais; 3.°-6.° segmentos com 2 grupos de espinhos dorsais, 2 dorso-laterais e 2 tubérculos laterais com espinhos. 7.® segmento (fig. 4) longo na região dor- sal e com metade distai gradualmente estreitada com várias cerdas inseridas em pequenos tubérculos; região ventral mais curta e com ápice triangular; margens laterais com tubérculo com espinhos. 8.° segmento alongado, encaixado no 7.°; 9.° segmento (fig. 4) com muitas cerdas inseridas em pequenos tu- bérculos e 1 par de urogonfos com vários espinhos e ápice esclerotinizado. l.°-7.° segmentos com 1 par de espiráculos dorso-laterais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis. (Estação Biológica de Boracéia), 13.xii.l984, Exp. MZUSP col., 18 larvas, 2 pupas e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados juntos em tron- cos caídos. As larvas escavam galerias cilíndricas, perpendiculares ao tronco. Pupas e adultos foram encontrados em galerias horizontais mais super- ficiais. 83. RHIPIPHORIDAE Esta família compreende aproximadamente 35 gê- neros e 400 espécies de distribuição mundial; no Brasil ocorrem 4 gêneros e 43 espécies. Larvas desconhecidas para o Brasil. Espécies desta família podem ou não apresentar hipermetamorfose. Quando esta ocorre, o l.° instar larval é um tciungulino fusiforme, deprimido e bem esclerotinizado. Cabeça com 5-6 estemas de cada lado, prognata, "alargada atrás e estreitada na frente. Suturas coronal e frontal ausentes. Antenas com 3.° segmento longo e provido de 1 cerda apical longa. Clípeo e labro fundidos. Mandíbulas falciformes, sem mola. Peças bucais ventrais protraídas, mala muito reduzida ou ausente. Pernas bem desenvolvi- das, com tíbias longas; tarsúngulo com lobo mem- branoso. 9.® tergito simples, 2 cerdas’ longas. 9.® es- temito simples. 10.® segmento alongado ou arredon- dado e terminal. Espiráculos anulares, localizados no mesotórax e no 8.® segmento abdominal, ou apenas no 7.® e 8.® segmentos abdominais. Instares posteriores modifitados e pouco esclerotinizados, apresentando redução das antenas, palpos e pernas; espiráculos presentes no mesotórax e l.®-6.® ou l.®-7.® segmentos abdominais. Larvas de Pelocotominae e Ptilophorinae são ectoparasitas ou predadoras de larvas de outros inse- tos brocas de madeira. Os Rhipiphorinae são endo- parasitos de larvas de himenópteros das famílias Andrenidae, Scoliidae e Tiphiidae. Membros dos Rhipidiinae são endoparasitos de baratas e apresen- tam fêmeas larviformes. Nos Rhipiphorinae e nos Rhipidiinae ocorrem triungulinos, que se prendem nas pernas de seus hospedeiros. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1955. 84. ARCHEOCRYPTICIDAE Família que agrupa 5 gêneros e 22 espécies encon- tradas no Novo Mundo, sudeste da Ásia, índia, África e Austrália. No Brasil é registrada 1 única espécie do gênero Enneboeus.- Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas ligeiramente deprimidas, em geral fraca- mente esclerotinizadas ou com placas tergais pouco desenvolvidas. Cabeça com 5 estemas de cada lado. Sutura coronal curta. Sutura fronto-clipeal presente. Mandíbulas com mola carenada transversalmente. Mala maxilar truncada, còm unco bidenteado. Has- tes hipostomiais curtas e divergentes. Pernas longas e espinhosas próximo ao ápice; coxas estreitamente separadas. 9.® tergito abdominal com um par de uro- gonfos estreitos, pouco esclerotinizados e com cerdas longas. 9.® estemito simples. 10.® segmento trans- versal e posterior. Espiráculos anular-bíforos. Membros americanos desta família foram encon- trados em folhiços e em flores apodrecidas. Referência: Lawrence, 1982. 85. COLYDUDAE (Estampa 103) Esta família inclui Adimeridae, Bothrideridae, Mo- noedidae e compreende cerca de 180 gêneros e 1300 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem 25 gêneros e 49 espécies. São geralmente colocadas em 2 subfamílias: Bothriderinae e Colydiinae. Larvas variam de cilíndricas a ligeiramente depri- midas, ocasionalmente com abdômen dilatado; em geral pouco esclerotinizadas, com exceção da cabeça e 9.® tergito, mas às vezes todos os tergitos são esclerotinizados. Cabeça com 5 estemas de cada lado, ocasionalmente ausentes. Sutura coronal curta cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 210 COLYDIIDAE OU ausente. Mola mandibular tuberculada, bem de- senvolvida, reduzida a alguns tubérculos, ou ausen- te. Mala maxilar arredondada ou truncada, às vezes com unco. Hastes hipostomiais curtas a moderada- mente longas e divergentes, às vezes ausentes. Pernas largamente separadas. Meso-, metatergo e l.°-8.° ter- gitos abdominais ocasionalmente com fileiras trans- versais de espículos. 9.° tergito freqüentemente pig- mentado e tuberculado, em geral com um par de urogonfos curvados para cima, freqüentemente com uma fóvea entre eles; ocasionalmente com um único espinho mediano. 9 .° estemito simples. 10.° seg- mento transversal, oval, ventral ou póstero-ventral. Espiráculos em geral anular-bíforos, com tubos acessórios curtos, às vezes anulares. Família representada principalmente pelos Coly- diinae, cujas larvas ocorrem sob cascas de árvores, no folhiço e às vezes em fungos. Alguns membros da subfamília são predadores ou ectoparasitos de himenópteros ou larvas e pupas de besouros xilófa- gos, principalmente Cerambycidae e Curculionidae. Existem registros de algumas poucas espécies mice- tófagas ou mirmecófilas. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hinton, 1945; Lawrence, 1982; Lima, 1953; Peterson, 1960. Aulonium sp. (Estampa 103, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento: 15,0 mm; largura do protórax: 1,2 mm. Elateriforme (figs. 1 e 2), cilín- drica e fortemente esclerotinizada. Castanho-clara com ápice do 9.° segmento abdominal castanho-es- curo; pilosidade fina clara e esparsa, exceto no ápice do 9.° segmento abdominal que é mais escura e densa. Cabeça (figs. 3-5) defletida, esclerotinizada e com algumas cerdas dorso- e ventro-laterais. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Cinco estemas de cada lado (fig. 4) localizados lateralmente em uma fileira com 3 e outra com 2. Sutura fronto-clipeal ausente. Labro (fig. 6) trapezoidal com 2 cerdas mediano- anteriores, 2 látero-basais longas de cada lado e 2 fileiras inclinadas próximas à base, com 1 cerda muito longa e 2 mais curtas cada uma. Epifaringe (fig. 9) com 2 cerdas mediano-anteriores e 3 de cada lado, próximas à margem anterior; região ante- rior com microcerdas exceto no meio; região me- diana anterior com 4 microcerdas e 6 botões senso- riais; com esclerotinização transversal mediana em forma de M e com 2 microcerdas no meio. Hipofa- ringe, abaixo da esclerotinização com 2 lamelas estriadas transversalmente, com cerdas curtas na re- gião mediana anterior e 7 botões sensoriais na mediana basal. Suturas guiares e gula presentes. Antenas (fig. 8) 3-segmentadas; l.° segmento apro- ximadamente tão largo quanto longo; 2.° segmento alongado, com 2 cerdas distais e um apêndice senso- rial membranoso e cônico; 3.° segmento menor, cilíndrico, com 3 cerdas distais curtas, 1 longa e 1 diminuta. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11 e 12) móveis, simétricas, fortemente esclerotini- zadas, com ápice afilado e curvo; mola tuberculada e bem desenvolvida. Maxila (fig. 13) parcialmente esclerotinizada; mala larga, marginada por cerdas longas e com algumas cerdas ventrais. Palpos maxi- lares 3-segmentados; l.° e 2 ° segmentos transver- sos; 3.° segmento cilíndrico, com 1 cerda lateral interna curta e algumas distais. Estipe alongado com reentrância mesal e 1 cerda ventro-basal muito lon- ga. Cardo e justacardo bem desenvolvidos. Lá- bio (fig. 14) com pré-mento I com 2 cerdas longas e 2 curtas; pré-mento II subtrapezoidal com 2 cerdas longas; pós-mento bem desenvolvido, estreitado na região mediana e fundido à gula. Pro- tórax cilíndrico, ligeiramente mais longo que meso- ou metatórax. Meso- e metatórax com carena trans- versal dorsal, sinuosa, interrompida no meio e pró- xima à margem anterior. Mesotórax com 1 par de espiráculos anular-bíforos localizados látero-ante- riormente. Pré-estemo (figs. 4 e 5) bissetoso. Pernas (fig. 2a) subiguais, com muitas cerdas espessas, de comprimento variado; coxa larga e curta; trocânter triangular; fêmur mais longo que a tíbia; tarsúngulo esclerotinizado, membranoso na base e com 2 cerdas. Abdômen cilíndrico, com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.® segmentos com margens laterais ligei- ramente arredondadas e 1 par de espiráculos anular- bíforos; 9.° segmento (figs. 7 e 10) com 2 pequenos dentes distais, vários tubérculos dorsais e muitas cerdas laterais; 10.° segmento ventral, reduzido, do formato de um lobo. Abertma anal transversal com 3 lobos pequenos na margem posterior e 2 na mar- gem anterior. Pupa (fig. 15). Adéctica e exarata. Castanho-clara e levemente esclerotinizada. Cabeça invisível de cima. Pronoto largo, com muitos tubérculos com 1 cerda no ápice. Mesonoto com 4 e metanoto com vários tubérculos setosos. Pterotecas anteriores com pon- tuação grossa. Abdômen estreitado no ápice, com tubérculos setosos dorsais e laterais. Ápice do abdô- men com 1 par de urogonfos espiniformes. cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 COLYDIIDAE - MONOMMIDAE 211 Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Instituto Florestal), 20.ix.l984, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 pupa fixadas e 3 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas subcorticalmente em troncos caídos. 86. MONOMMIDAE (Estampa 104) Esta família contém cerca de 12 gêneros e 225 espécies, distribuídas pelas regiões tropicais e sub- tropicais do globo. No Brasil ocorrem 2 gêneros e 21 espécies, aproximadamente. Larvas subcilíndricas ou ligeiramente deprimidas, fracamente esclerotinizadas com exceção da cabeça e 9.° tergito abdominal. Cabeça com 5 estemas de cada lado. Sutura coronal ausente. Sutura frontal presente, com ramos aproximados. Endocarena pre- sente, em geral subjacente a cada ramo frontal. Mola mandibular reduzida, formada por fileira de espí- culos achatados, às vezes microtuberculada. Mala maxilar arredondada, às vezes fendida e com unco bidenteado. Hastes hipostomiais longas, subparalelas ou divergentes. Carenas hipostomiais longas, subpa- ralelas ou divergentes. Carenas hipocefálicas pouco desenvolvidas. Pernas largamente separadas, curtas e com cerdas espessas e eriçadas. 2.°-6.° tergitos abdominais com 2 fileiras transversais de espículos dispostos em 2 grupos mais ou menos ovais. 9.° ter- gito com 2 urogonfos grandes, curvados para cima, e com fovéola entre eles. 9.° esternito simples. 10.° segmento oval, transversal e ventral. Espiráculos anular-bíforos. Larvas e adultos ocorrem em madeira apodrecida e sob cascas de árvores. Provavelmente se alimentam de matéria vegetal ém decomposição. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960. Hyporrhagus sp. (Estampa 104, figs. 1-14) Larva. Comprimento: 6,0 mm; largura do protórax: 0,7 mm. Achatada dorso-ventralmente (fig. 1); amarelada com cabeça e urogonfos acastanhados. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata, parcialmente escle- rotinizada e deprimida. Cápsula cefálica dorsal com várias cerdas de tamanho variado. Sutura cpicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Um par de endocarenas ligeiramente divergentes, situado entre os ramos frontais. Fronte com 4 cerdas. Cinco estemas de cada lado (fig. la): um grupo com 3 logo abaixo da articulação de cada antena e outro grupo com 2 logo abaixo do anterior. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo (fig. 11) tra- pezoidal, membranoso com faixa basal esclerotiniza- da com 1 cerda longa e 1 curta de cada lado e 2 medianas muito curtas. Labro (fig. 11) transverso, com margem anterior arredondada; com 2 fileiras de cerdas longas e espessas: uma com 8 cerdas, próxima à margem anterior e outra transversal me- diana com 4 cerdas. Epifaringe (fig. 10): margem anterior com 5 cerdas espessas de cada lado e 2 medianas mais curtas; região mediana anterior com 6 botões sensoriais e 2 cerdas largas e curtas abaixo deles; região mediana com área esclerotinizada e irregular, em forma de U com 2 prolongamentos basais; com vários botões sensoriais internamente a tais prolongamentos e 2 externos de cada lado; com faixa de espinhos internamente aos ramos e sobre a base do U esclerotinizado e externamente a cada prolongamento basal. Suturas guiares longas, ligeiramente divergentes na base. Gula fundida ao submento, alongada, trapezoidal. Hastes hipostomiais longas e divergentes. Áreas genais com várias cerdas de tamanho variado, as mais longas localizadas abai- xo da articulação das antenas; região dorsal com 2 fileiras com 4 cerdas curtas partindo da base. Ante- nas (figs. 2 e 2a) 3-segmentadas; l.° segmento transverso; 2.°, com 3 cerdas distais e um apêndice sensorial cônico membranoso; 3.° segmento cilín- drico, ligeiramente mais curto que o 2.°, com um apêndice cilíndrico e alongado distai (fig. 2a) e 3 cerdas espessas e longas e 2 curtas em volta dele. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 5 e 6) móveis, simétricas e robustas; ápice 2-denteado; região subapical dorsal arredondada; região mesal côncava; mola com microtubérculos e alguns tubér- culos maiores; margem dorsal da mola com 4 tubér- culos grandes; região látero-dorsal com 1 cerda curta e espessa. Maxila (fig. 9) com mala alongada, com ápice arredondado; região meso-distal com 2 tubér- culos pequenos e 1 cerda muito espessa, logo abaixo deles; região ventral com várias cerdas espessas de comprimento variado; região dorsal com muitas cer- das longas. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alongado, irregular, com cerdas de vários tamanhos, sendo uma basal mais longa; região dorsal com mi- croespinhos logo abaixo do 1 .° segmento dos palpos. Cardo alongado, parcialmente esclerotinizado. Justa- cardo bem desenvolvido. Lábio (fig. 12): pré-mento cm 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 212 MONOMMIDAE ZOPHERIDAE e mento com faixa basal esclerotinizada e 2 cerdas longas cada um. Submento fundido à gula. Lígula bem desenvolvida, com margem anterior arredonda- da e com muitos espinhos curtos; região basal com 2 cerdas longas. Palpos labiais 2-segmentados. Seg- mentos torácicos transversos, cada um com 3 cerdas dorsais de cada lado. Protórax mais longo que meso- ou metatórax. Um par de espiráculos anular-bíforos localizados lateralmente entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 13) subiguais e com muitas cerdas de tamanho variado; coxa larga e curta; trocânter sub- triangular; fêmur mais longo e espesso que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas. Abdômen com 9 segmen- tos visíveis de cima; 2.°-6.° segmentos com 2 grupos de espículos dorsais dispostos em anel (fig. Ic); l.°-8.° segmentos com fileira tranversal de cerdas próxima à base e várias látero-basais; com 1 par de espiráculos anular-bíforos (fig. Ib) localizados late- ralmente, sendo o l.° par maior. 9.° segmento (figs. 7 e 8), com 1 par de urogonfos robustos dis- tais com ápices espiniformes e voltados para cima; com muitas cerdas longas; com faixa transversal me- diana dorsal e ventral, com pequenos tubérculos. 10.° segmento transversal e ventral. Abertura anal transversal. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe (Barra do Una e Estrada do Grajaú), 15-17.xii.1980, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas embaixo de casca de troncos caídos. Discussão Muito semelhante a larva de Hyporrhagus texanus Linell, 1899 descrita por Peterson (1960). 87. ZOPHERIDAE (Estampa 105) Famflia que inclui Merycidae, contém aproxima- damente 26 gêneros e 125 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem 2 gêneros e 2 espécies. Larvas subcilíndricas e levemente deprimidas, em geral pouco esclerotinizadas, com exceção das peças bucais e extremidades dos urogonfos; raramente com a cabeça e todos os tergitos visíveis esclerotinizados. Cabeça com 3 ou 5 estemas de cada lado, às vezes ausentes. Sutura coronal variando de curta a mode- radamente longa, raramente ausente. Sutura frontal liriforme ou em forma de V. Endocarena ausente ou presente e subjacente à sutura coronal. Mola mandibular mais ou menos reduzida, côncava, tuber- culada ou fortemente carenada. Maxila; justacardo presente; mala truncada, fendida, com 1 unco. Has- tes hipostomiais curtas e divergentes ou ausentes. Pernas variando de estreita a largamente separadas, freqüentemente com cerdas espessas e eriçadas. Me- so-, metatergo e l.°-5.° ou l.°-8.° tergitos abdomi- nais, às vezes, com carenas, ou grupos de espículos, ou tubérculos; ocasionalmente, todos os tergitos com placas discretas. 9.° tergito freqüentemente tuber- culado, com um par de urogonfos curvados para cima. 9.° estemito simples. 10.° segmento transver- sal, ventral ou póstero-ventral. Espiráculos anular- bíforos, ocasionalmente anulares. Larvas e adultos são encontrados juntos em ma- deira apodrecida ou em corpos de frutificação de fungos. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Doyen e Lawrence, 1979; Lawrence, 1982. Noserinus dormeanus Fairmaire, 1889 (Estampa 105, figs. 1-19) Larva madura. Comprimento: 44,0 mm; largura do protórax: 4,5 mm. Ortossomática (fig. 1). Castanho- -clara com cabeça e 2 manchas do pronoto casta- nho-amareladas; pilosidade curta e esparsa. Cabeça (figs. 10, 16 e 19) prognata, fortemente esclerotinizada e parcialmente retraída no protórax. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ramos frontais curtos, em forma de V. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo trans- verso, trapezoidal e glabro. Labro (fig. 17) transver- so, mais estreito na base e com margem anterior ligeiramente arredondada e com muitas cerdas cur- tas. Epifaringe (fig. 14) com 2 fileiras de cerdas em cada lado da margem anterior; região mediana anterior com vários botões sensoriais; região media- na com muitas cerdas finas e curtas e 2 mais longas. Suturas guiares e gula presentes. Antena (fig. 15) 3-segmentada; l.° segmento é o mais longo e com várias cerdas distais curtas; 2.° segmento com apên- dice sensorial membranoso muito pequeno; 3.° seg- mento diminuto com cerdas distais; antenífero mem- branoso, bem desenvolvido. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 9, 11 e 12) móveis, simétricas, fortemente esclerotinizadas; ápice 3-denteado; face meso-dorsal com 2 dentes pequenos; mola bem de- senvolvida, côncava com margens tuberculadas; mar- gem lateral com 2 cerdas. MaxUa (figs. 5 e 6) com ZOPHERIDAE TENEBRIONIDAE 213 mala larga, ápice arredondado, fendido, com peque- no unco; região mesal chanfrada com cerdas espa- tuladas delimitando 1 área oval alongada glabra. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alongado, estreitado na região meso-basal, com muitas cerdas curtas, 3 laterais e 1 na base do palpífero mais longas. Cardo transverso. Justacardo bem escleroti- nizado e setoso. Lábio (fig. 7) com pré-mento transverso; mento alargado próximo da base e com 4 cerdas; submento alongado; alargado na base e com 2 cerdas. Palpífero bem desenvolvido e com 2 cerdas. Lígula com ápice estreitado e reto, com cer- das. Palpos labiais 2-segmentados. Hipofaringe (fig. 8) com escleroma bem desenvolvido. Pronoto (fig. 19) pentagonal com 2 manchas esclerotinizadas me- diano-basais grandes e muitas cerdas curtas. Meso- noto mais cmrto que metanoto. Meso- e metanoto com 2 fileiras transversais de espículos próximas à margem anterior, sendo as do metanoto unidas no meio; com muitas cerdas curtas e 2 manchas escle- rotinizadas transversais e ovaladas cada um. Um par de espiráculos anular-bíforos e grandes localizados lateralmente na região intersegmentar entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 18) subiguais com muitas cerdas de tamanho variado; coxa larga e curta; tro- cânter triangular; fêmur mais longo que a tíbia; tarsúngulo com ápice mais escuro e com 2 cerdas próximas à base. Abdômen com 9 segmentos visí- veis de cima; l.° segmento abdominal transversal; segmentos 2.®-8.° alongados; l.°-8.° com constrição mediana; 1 .° e 2.° segmentos com fileira transversal de espículos dorsais; l.°-8.° segmentos com um par de espiráculos anular-bíforos dorso-laterais anterio- res, menores que os do tórax; 9.° segmento (fig. 13) com 1 par de urogonfos fixos, curtos e esclerotini- zados, curvados para cima; 10.° segmento ventral, reduzido e bilobado. Abertura anal transversal entre os 2 lobos do 10.0 segmento. Pupa (figs. 2 e 3). Adéctica e exarata. Castanho- -clara. Cabeça parcialmente visível de cima. Pronoto transverso, hexagonal, com 2 tubérculos mediano- anteriores. 1. 0-8.0 segmentos abdominais com vários espinhos esclerotinizados mediano-dorsais, uma ele- vação com espinhos distais dorso-lateral e 1 espinho com 1 cerda no ápice, de cada lado; 9.o segmento com 1 par de urogonfos espiniformes curtos com ápice esclerotinizado. I. 0 - 6.0 segmentos com 1 par de espiráculos laterais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 28-29.xi-01.xii.1984, Exp. MZUSP col., 5 larvas, 1 pupa e 2 adultos fixados, 2 larvas criadas até pupa e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados em galerias es- cavadas no cerne de troncos caídos. Discussão Larvas do gênero Noserinus eram desconhecidas até o presente. Elas são bastante semelhantes às do gênero Phloeodes conforme caracterizado na chave de Doyen e Lawrence (1979 : 345), concordando nos seguintes caracteres: sutura coronal presente, estemas ausentes, mala maxilar sem unco, meso- me- tatórax, 1.° e 2.° tergitos abdominais com fileira transversal de espículos. As larvas de Noserinus dormeanus Fairmaire são muito semelhantes às de Phloeodes diabolicus Le Conte, dos Estados Unidos da América do Norte, descrita por Doyen (1976). Diferem principalmen- te pelos segmentos abdominais com constrição me- diana em Noserinus, sem constrição em Phloeodes, pela cabeça com cerdas em Noserinus, sem cerdas em Phloeodes, e pelo formato do escleroma hipo- faríngeo. 88. TENEBRIONIDAE (Estampas 106-120) Esta família inclui Alleculidae, Cossyphodidae, Lagriidae, Nilionidae, Rhysopaussidae, Tentyriidae e compreende cerca de 1700 gêneros e 18.000 espé- cies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem aproximadamente 147 gêneros e 1.234 espécies. Está dividida em várias subfamflias e numerosas tribos. Larvas em geral variando de cilíndricas a ligei- ramente deprimidas, ocasionalmente muito aulas e largas, fusiformes ou fortemente deprimidas. Cabe- ça e todos tergitos visíveis em geral fortemente es- clerotinizados, às vezes apenas cabeça e extremida- de abdominal; esternitos eventualmente também es- clerotinizados. Cabeça em geral com 1 ou 5 estemas de cada lado, ou ausentes. Sutura coronal variando de curta a muito longa. Sutura frontal em forma de V ou U. Antena com 3.° segmento reduzido, rara- mente ausente; sensório em geral deprimido, forman- do um anel incompleto em volta da base do 3.® segmento, ocasionalmente cupuliforme, raramente alongado e cônico, ou complexo. Sutura fronto-cli- peal distinta. Mola mandibular freqüentemente côn- cava, irregularmente tuberculada ou grosseiramente carenada, ocasionalmente com carenas transversais finas. Mala maxilar truncada ou arredondada; un- em 1 .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 214 TENEBRIONIDAE CO raramente presente. Hastes hipostomiais ausen- tes. Coxas variando de contíguas a moderadamente separadas; tarsúngulos às vezes fortemente escleroti- nizados na porção distai. 9.° tergito simples e arre- dondado ou modificado, com processo mediano agu- do, par de urogonfos, placa côncava, ou armadura complexa. 9.° estemito reduzido e simples. 10.° seg- mento em geral ventral e parcial ou completamente escondido; freqüentemente com um par de lobos di- gitiformes; ocasionalmente mais ou menos terminal. Espiráculos anulares, com peritrema circular ou oval, às vezes apresentando tubos acessórios pequenos. Larvas de Tenebrionidae podem ser encontradas em ambientes bem variados, alimentando-se em ge- ral de matéria de origem vegetal. Larvas de Lagrii- nae ocorrem principalmente em folhiço; membros de Eleodini, Blaptini, Opatrini, Tentyriinae, Helaeini e Nyctozoilini ocorrem no solo; vários representantes de Strongylini, Ulomini, Amarygmini e Helopini são encontrados em troncos caídos, madeira morta; Bo- litophagini, Diaperini, Pentaphyllini e Toxini alimen- tam-se em geral dos corpos de frutificação de fun- gos. Existem várias espécies cosmopolitas e que po- dem ocasionar danos consideráveis a produtos arma- zenados, pertencentes aos gêneros Tenebrio, Tribo- lium, Alphiíobius, Palorus e Gnathocerus, dentre outros. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crow- son, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1955; Peterson, 1960. Scotinus sp. (Estampa 106, figs. 1-16; Estampa 162, figs. 1-3) Larva madura. Comprimento: 35,0 mm; largura do protórax: 3,0 mm. Elateriforme (figs. 1 e 2), cilín- drica com tegumento esclerotinizado. Castanho-cla- ra, com cabeça, pronoto e pernas protorácicas cas- tanho-avermelhadas. Cabeça (figs. 2a e 4) prognata, fortemente escle- rotinizada e ligeiramente deprimida. Cápsula cefáli- ca com pontuação grossa e esparsa, mais concentra- da dorsalmente, próxima à base; com várias cerdas laterais e uma carena longitudinal dorsal paralela a margem lateral, partindo da articulação da antena mas não atingindo a base da cabeça. Estemas ausen- tes. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ramos frontais ligeiramente sinuosos, em forma de V com ápices convergentes. Anteclípeo (fig. 9) transverso, esclerotinizado, com 1 cerda longa de cada lado. Clípeo (fig. 9) transverso, trapezoidal e assetoso. Labro (fig. 9) transverso, com ângulos an- teriores arredondados; margem anterior com fileira de cerdas interrompidas no meio. Epifaringe (fig. 10) ligeiramente esclerotinizada com região media- na membranosa com microcerdas e botões sensoriais. Suturas guiares curtas, ligeiramente convergentes, não atingindo a base da cabeça. Gula transversa, fundida ao submento e à cápsula cefálica. Carena hipocefálica curta, atingindo o nível da base do car- do. Hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. 3) cilíndricas, esclerotinizadas, glabras e 3 - segmenta- das; antenífero transverso; l.° e 2.° segmentos alon- gados, sendo o l.° mais longo; 2.° segmento com área sensorial inconspícua; 3.° segmento diminuto com 1 cerda distai. Peças bucais protraídas. Mandí- bulas (figs. 14 e 15) móveis, bem deprimidas, assi- métricas com margens laterais carenadas com filei- ra de cerdas ventrais; região apical côncava e 2 - denteada; região dorsal com dente pequeno; mola côncava e irregular; mandíbula direita mais curta, com ápice truncado, dentes apicais reduzidos ou au- sentes. Maxilas (fig. 11) esclerotinizadas; mala com ápice arredondado fundida ao estipe e margina- da por franja mesal de cerdas espessas. Palpífero palpiforme, com faixa transversal mediana esclero- tinizada. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alongado, estreitado na base e com várias cerdas. Cardo transverso. Justacardo bem desenvolvido. Lá- bio (fig. 13) esclerotinizado; pré-mento alongado com 4 cerdas; mento alongado, alargado na região mediana e com várias cerdas longas; submento fun- dido à gula e à cápsula cefálica, com margens late- rais bruscamente alargadas na região mediana. Hipo- faringe com cerdas longas; escleroma (fig. 12) bem desenvolvido, com ápice triangular. Protórax aproxi- madamente do mesmo comprimento do meso- e me- tatórax juntos. Região anterior truncada obliqua- mente e com faixa transversal de caneluras; região prosternal modificada formando bolsa onde se alo- jam as coxas anteriores. Pernas desiguais (fig. 4), as anteriores muito maiores e robustas que as de- mais. Pernas anteriores (fig. 8) fortemente esclero- tinizadas, com cerdas espessas e longas; tarsúngulo com 3 cerdas. Pernas medianas e posteriores (fig. 7) menos esclerotinizadas que as anteriores; com cer- das mais delgadas; tarsúngulo mais delgado com 2 cerdas. Um par de espiráculos anulares, elípticos, grandes, localizados ventro-anteriormente no meso- tórax. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos elípticos laterais, menores que os do mesotórax; 9.° tergito (fig. 6) com muitos microtubérculos e região distai chanfrada e côncava; parcialmente contornada por espinhos; com 2 urogonfos espiniformes, diminutos, com ápices voltados para cima; região ventral e late- ral do 9.° segmento (fig. 5) com várias cerdas. 10.° cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 TENEBRIONIDAE 215 segmento reduzido, ventral, com 2 lobos anteriores de cada lado, cada um com fileira de cerdas espini- formes esclerotinizadas; com 1 lobo posterior me- diano e 1 de cada lado sem tais cerdas. Abertura anal em forma de Y. Pupa (Estampa 162, figs. 1-3). Material examinado. BRASIL. São Paulo. Itú (Fa- zenda Serra), 17.iv.l980, C.R. Brandão col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Salesópolis (Casa Grande), 14.xii.l984, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem (Estação Biológica de Boracéia), 20.xii.1982, C. Costa col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem 30.vi-01.vii.l983, Exp. MZUSP col., 5 larvas fixadas (MZUSP); ibidem, 16.ix.l983, Exp. MZUSP col., 4 larvas fixadas e 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 07.xii.1983, S.A. Ca- sari-Chen col., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas no solo onde escavam galerias, associadas às raízes. Phaleria testacea Say, 1824 (Estampa 107, figs. 1-19) Larva madura. Comprimento: 35,0 mm; largura do do protórax: 1,7 mm. Elateriforme (fig. 1) ligeira- mente deprimida; castanho-amarelada com ápices das mandíbulas negros e ápices dos tarsúngulos castanho- escuros; pilosidade esparsa e amarelada. Cabeça (figs. 15 e 19) prognata, ligeiramente deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de V, não atingindo a articulação das antenas. 5 estemas diminutos em fileiras de 3 mais 2, verticais, formando grupo com- pacto, abaixo da articulação das antenas. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo (fig. 6) transverso, com faixa transversal anterior membranosa; com 1 cerda espessa e 1 mais delgada de cada lado. Labro (fig. 6) transverso, com margem anterior arredon- dada; com 3 cerdas espessas e 1 mais delgada de cada lado. Epifaringe (fig. 7) com 2 cerdas espes- sas de cada lado, voltadas para dentro; região me- diana com 4 botões sensoriais grandes; 4 menores e 2 cerdas curtas; com 2 faixas longitudinais de cerdas curtas próximas ao meio; região basal forte- mente esclerotinizada. Suturas guiares fracas, pouco marcadas. Gula (fig. 15) alongada, fundida ao sub- mento. Antenas (fig. 11) 3-segmentadas; 2.° seg- mento é o mais longo, com área sensorial membra- nosa e achatada distai; 3.° segmento diminuto, com 1 cerda distai longa e 2 cmrtas. Peças bucais protraí- das. Mandíbulas (figs. 16-18) móveis, ligeiramente assimétricas; ápice côncavo e bidenteado; mandíbula direita (figs. 16 e 17) com pequeno dente dorso- mesal; mandíbula esquerda (fig. 18) com entalhe mais próximo da mola; mola côncava, com estrias irregulares. Maxila (fig. 8) com mala alongada, com ápice arredondado; com fileira meso-distal de cer- das ventrais espessas, e fileira de cerdas dorsais mais interna, paralela à margem lateral. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe com 4 cerdas. Cardo estreito. Justacardo bem desenvolvido. Lábio (fig. 9) com pré-mento e mento transversos, com 2 cerdas longas cada um; submento fundido à gula. Lígula pequena com 2 cerdas distais. Palpos labiais 2-segmentados. Hipofaringe (fig. 10): escleroma com ápice 3-den- teado. Protórax mais longo que meso- ou metatórax. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares gran- des localizados ântero-ventralmente. Pernas (figs. 4 e 5) aumentando de tamanho das anteriores para as posteriores sendo as anteriores mais robustas; com muitas cerdas espessas e curtas castanho-avermelha- das e algumas delgadas de tamanho variado; coxas anteriores transversas; médias e posteriores alonga- das; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo (fig. 3) longo, com 1 cerda delga- da na face interna e 1 espessa, mais curta na exter- na. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anula- res, menores que os mesotorácicos, localizados late- ralmente; 9.° segmento (figs. 12-14) com região dorsal côncava com par de urogonfos espiniformes, diminutos, fundidos na base e 1 espinho diminuto de cada lado; região ventral com várias cerdas. 10.® segmento (figs. 12 e 14) alongado, ventral com 2 papilas anais e várias cerdas. Abertura anal circular entre as papilas anais. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Cabo Frio (Praia do Forte), 01-04.ii.1980, S.A. e A.M. Vanin cols., 22 larvas e 12 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 08-1 0.x. 1985, W.C. Cortez col., 2 larvas e 12 adultos fixados, (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados enterrados a poucos centímetros da superfície, em praia marinha de areia fina; região não atingida pelas marés. Espécie muito abundante que pode em algumas praias causar incô- modos aos banhistas. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 216 TENEBRIONIDAE Delognatha sp. (Estampa 108, figs. 1-15; Estampa 162, figs. 4-6) Larva madura. Comprimento: 15,0 mm; largura do protórax: 0,7 mm. Vermiforme, alongada e cilíndrica (figs. 1, la e Ib); creme com mandíbulas e ápice do 9.° tergito abdominal acastanhado. Cabeça prognata, alongada e subcilíndrica. Sutura epicranial fraca. Sutura coronal longa. Ramos fron- tais em forma de V. Grupo compacto de 5 estemas, pigmentados e diminutos, localizado lateralmente abaixo da articulação de cada antena. Sutura fron- to-clipeal presente. Clípeo (fig. 14) bem desenvol- vido, transverso, trapezoidal com faixa anterior membranosa e 2 cerdas longas. Labro (fig. 14) arredondado, com fileira de 6 cerdas próximas à margem anterior. Epifaringe (fig. 5) com 3 cerdas espessas de cada lado e 2 no meio; região mediana com área arredondada com microespinhos dirigidos para o meio; região mediana basal com grupo de 8 botões sensoriais. Suturas guiares confluentes. Gula fundida ao submento, larga na frente e estreitada atrás. Antenas (fig. 15) 3-segmentadas; antenífero membranoso com anel esclerotinizado basal; l.° seg- mento subquadrangular; 2° segmento alongado, com área sensorial membranosa e achatada e 3 cerdas látero-distais; 3.° segmento diminuto com 4 cerdas distais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 8-13) móveis, assimétricas; ápice 3-denteado sendo o dente mediano da mandíbula direita (fig. 9) pouco desenvolvido; mola côncava, com margem ventral tuberculada. Maxila (fig. 4): mala com ápice arre- dondado; região ventral com algumas cerdas distais longas e delgadas; região dorsal com várias cerdas marginais espessas e 1 fileira de 3 cerdas mais curtas próximas a margem lateral. Palpos maxilares 3-seg- mentados. Estipe alongado, com 2 cerdas. Cardo transverso. Justacardo presente. Lábio (fig. 6) com pré-mento transverso, com 2 cerdas; mento alongado com 2 cerdas longas; submento fundido à gula. Lí- gula pequena, com 2 cerdas longas e várias curtas. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax ligeiramente mais longo que mesotórax e subigual ao metatórax. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares e gran- des, localizados ântero-ventralmente. Pernas (fig. 7) diminutas; pernas de cada par inseridas muito pró- ximas entre si; coxa e trocânter transversos, sendo o trocânter mais desenvolvido; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia, ambos com algumas cerdas; tarsúngulo setiforme. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos menores que os torácicos, localizados lateralmente; 9° segmento com ápice chanfrado e ligeiramente côncavo; região distai reta com 1 espi- nho de cada lado, dentro da concavidade; 10.° seg- mento ventral, formado por lobo único. Abertura anal semicircular, entre o 9.° segmento e a margem posterior do 10.°. Pupa (Estampa 108, fig. 2; Estampa 162, figs. 4-6). Adéctica e exarata; creme. Cabeça invisível de cima, com várias projeções espiniformes com 1 cerda dis- tai. Pronoto transverso, marginado por projeções espiniformes setosas e com 4 destas estruturas pró- ximas ao meio. Fêmures com 1-2 projeções espini- formes setosas. Segmentos abdominais l.°-6.° com 2 projeções setosas de cada lado e 2 ventrais; 7.°-8.° segmentos marginados lateral e posteriormente por tais projeções; 9.° segmento com 1 par de urogonfos com projeções setosas diminutas. Material examinado. BRASIL. Minas Gerais. San- ta Bárbara (Serra do Caraça-Tanque Grande), 08.xii.1981, Exp. MZUSP col., 1 pupa criada até adulto (MZUSP). Rio de Janeiro. Nova Friburgo (Muri), 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 2 larvas, 1 pupa e 1 adulto fixados e 1 pupa criada até adulto (MZUSP). São Paulo. Salesópolis (Estação Bioló- gica de Boracéia), 20-2 l.v. 1980, Exp. MZUSP col., 4 larvas e 3 adultos fixados, 1 larva criada até pupa, 5 pupas e 10 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 20-2 l.xi. 1980, Exp. MZUSP col., 12 larvas e 1 pupa fixadas, 1 pupa e 1 larva criadas até adulto (MZUSP); ibidem, 04-05.viii.1983, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto. São Paulo (Cidade Universitária), 23.Lx.1980, Exp. MZUSP col., 2 lar- vas e 2 adultos fixados e 6 larvas criadas até adul- to (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas em troncos caídos no interior da mata, escavando galerias na região do lenho mais apodrecido. Em laboratório, o período pupal variou de 12-18 dias (14 observações). Uloma misella Gebien, 1928 (Estampa 109, figs. 1-18) Larva madura. Comprimento: 13,0 mm; largura do protórax: 1,2 mm. Elateriforme (fig. 1) subcilíndri- ca, castanho-amarelada, com antenas, peças bucais, região dorsal do 8.° e 9.° segmentos mais escuros. Tegumento fortemente esclerotinizado; região dorsal com pontuação grossa. Cabeça (figs. 6 e 7) prognata, fortemente escle- rotinizada e ligeiramente deprimida. Sutura epicra- cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 TENEBRIONIDAE 217 nial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de V não atingindo a articulação das antenas. Fronte com 2 cerdas de cada lado, próxi- mas à margem anterior. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal presente. CUpeo membranoso e trans- verso. Labro (fig. 9) transverso, com margem anterior sinuosa e arredondada; com várias cerdas de tamanho variado. Epifaringe (fig. 8) com 3 cer- das longas de cada lado; com área circular com cerdas dirigidas para o meio, circundando 2 fileiras inclinadas com 3 botões sensoriais cada uma e 2 cerdas curtas. Suturas guiares (fig. 7) divergentes nas extremidades. Gula fundida ao submento, estrei- tada no meio. Antenas (fig. 18) curtas e 3-segmen- tadas; antenífero membranoso; 2.° segmento é o mais longo, com 3 cerdas subapicais curtas e sem apêndice sensorial; 3.° segmento diminuto, com 1 cerda distai longa e 3 curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 16 e 17) móveis e assimétricas; ápice 3-denteado na mandíbula direita (fig. 16) e 4-denteado na esquerda (fig. 17); margem lateral com 3-4 cerdas; mola bem desenvolvida. Maxila (figs. 12 e 13) bem desenvolvida; mala com ápice reto; região ventral (fig. 12) marginada anterior e lateralmente por cerdas espessas de comprimento variado; região dorsal (fig. 13) com muitas cerdas espessas de tamanho variado e algumas cerdas del- gadas. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alon- gado, estreitado na base, com 2 cerdas longas e 1 curta dorsais e 1 longa e várias curtas ventrais. Cardo alongado. Justacardo bem desenvolvido. Lábio (fig. 10) com pré-mento transverso, com 2 cerdas longas; mento alongado, alargado no meio e com 1 cerda longa e 1 curta de cada lado; submento fundido à gula. Lígula estreita, subquadrangular com margem anterior ligeiramente arredondada e com 2 pares de cerdas. Palpos labiais 2-segmentados. Hi- pofaringe (figs. 11 e 14): margem anterior do escle- roma escavada, formando 1 dente em cada ângulo; região basal transversa, com ângulos anteriores arredondados e 1 projeção dentiforme mediana. Pro- tórax mais longo que meso- ou metatórax. Pro-, meso- e metanoto com várias cerdas curtas; com placas tergais com pontuação grossa e densa e áreas membranosas entre elas. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos grandes, localizados ântero-ven- tralmente. Pernas (figs. 1 e 15) aumentam de ta- manho das anteriores para as posteriores; pernas anteriores mais robustas; com cerdas castanho- avermelhadas, espessas e curtas, longas e delga- das; coxa alongada, sendo as anteriores mais curtas; trocânter triangular; fêmur mais espesso e longo que a tíbia; tarsúngulo com ápice esclerotini- zado e 1 cerda mediana-basal. Abdômen com 9 seg- mentos visíveis de cima, com placas tergais conspí- cuas com pontuação grossa, densa e áreas mais membranosas entre elas; l.° a 8.° segmentos com par de espiráculos circulares, ventro-laterais. 9.° seg- mento (figs. 4 e 5) arredondado com par de uro- gonfos distais diminutos e espiniformes com pontua- ção grossa e várias cerdas. 10.° segmento (fig. 4) ventral, reduzido, com fileira transversal de cerdas. Abertura anal transversal entre o 9.° segmento e a margem posterior do 10.°. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata; castanho-clara. Cabeça invisível de cima. Pronoto transverso, com muitas cerdas curtas. Fêmures com várias cerdas. l.°-7.° segmentos abdominais com 2-3 projeções laterais setosas; 8.° segmento transversal, curto, com várias cerdas, sendo as laterais inseridas em tubér- culos alongados pequenos. 9.° segmento com um par de urogonfos distais curvos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Itanhaém (Cidade Santa Júlia), 18-31.vii.1977, L.R. Fontes e S.A. Marques cols., 4 larvas, 4 pupas e 2 adul- tos (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em troncos caídos no interior da mata. Discussão Esta espécie foi descrita por Fontes (1979) e sua descrição foi ampliada aqui. Adelina comuta recticollis (Kulzer, 1958) (Estampa 110, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 15,0 mm; largura do protórax: 1,0 mm. Ortossomática (fig. 1), bastante deprimida. Creme com partes da cabeça, antenas e região dorsal do 8.° e 9.° segmentos abdominais mais escuros; pilosidade longa, clara e esparsa. Cabeça (fig. 8) prognata, fortemente esclerotini- zada e achatada. Cápsula cefálica com várias cerdas laterais; região dorsal castanho-avermelhada com margem anterior creme (fig. 8) ou creme com uma mancha transversal anterior e 1 alongada de cada lado, castanho-avermelhada; região ventral creme com 1 mancha alongada castanho-avermelhada de cada lado, próxima à margem lateral. Sutura epicra- nial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de U, não atingindo a articulação das cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 218 TENEBRIONIDAE antenas. Uma mancha pigmentada irregular, locali- zada lateralmente próximo à articulação das antenas. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo membranoso, transverso, trapezoidal com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 11) transverso, curto, com ângulos ante- riores arredondados e várias cerdas de tamanho va- riado. Epifaringe (fig. 10) com 2 cerdas espessas de cada lado, dirigidas para o meio e 2 mediano- anteriores; região mediana com grupo de 4 botões sensoriais grandes e 4 pequenos na frente; 2 cerdas medianas e 8 botões basais pequenos; com uma faixa irregular de cerdas curtas dirigidas para o meio, de cada lado. Suturas guiares longas, aproximadamente da metade do comprimento da cápsula cefálica e divergentes na base. Gula alongada, subtrapezoidal. Antenas (fig. 6) longas, cilíndricas e 3-segmentadas; antenífero membranoso; l.° segmento curto; 2° seg- mento é o mais longo, com várias cerdas muito cur- tas; ligeiramente esclerotinizado, com ápice membra- noso e área sensorial em forma de anel interrom- pido; 3.° segmento delgado com 1 cerda distai muito longa e 3 curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbu- las (figs. 12 e 13) móveis, ligeiramente assimétricas; ápice 3-denteado; mandíbula esquerda com dentículo subapical dorsal; mola côncava; margem lateral com 3 cerdas. Maxilas (fig. 5): mala alongada com re- gião anterior arredondada, marginada internamente por cerdas espessas. Palpos maxilares 3-segmenta- dos. Estipe alongado, com várias cerdas de tamanho v£iriado. Cardo e justacardo bem desenvolvidos. Labro (fig. 5) com pré-mento transverso, com 2 cerdas; mento alongado e estreitado no meio; sub- mento alongado, alargado na base e com cerda de cada lado. Lígula estreita, com ápice arredondado e 2 cerdas distais. Palpos labiais 2-segmentados. Protórax subquadrangular; meso- e metatórax trans- versos. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares (fig. 7), ântero-ventrais. Pernas (fig. 9) longas, aumentando ligeiramente de tamanho das anteriores para as posteriores; inseridas ventro-lateralmente; com algumas cerdas curtas; coxa muito curta; tro- cânter triangular; fêmur mais espesso e mais longo que a tíbia; tarsúngulo unissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares laterais, menores que os torácicos; 8.° e 9.° tergitos mais esclerotinizados; 9.° segmento acuminado (fig. 4), gradualmente es- treitado para o ápice e com muitas cerdas de tama- nho variado; 10.° segmento reduzido, ventral, com 2 papilas anais. Abertura anal transversal, atrás das papilas anais. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata; fortemente acha- tada dorso-ventralmente. Creme com cerdas casta- nhas. Cabeça parcialmente visível de cima. Pronoto transverso, com margem anterior escavada e laterais arredondadas; com 2 cerdas anteriores e 2 laterais inseridas em pequeno tubérculo. l.° segmento abdo- minal com uma projeção dorso-lateral alongada com 2 cerdas no ápice; 2.°-6.° segmentos com projeção lateral com ápice recortado, serrilhado na margem anterior e basal e com 1 cerda; 7.° segmento com tal projeção menor e serrilhada apenas na margem anterior; 8.° segmento transverso, mais estreito que os demais; 9.° segmento com 1 par de urogonfos com ápice esclerotinizado e ligeiramente curvos para cima. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Instituto Florestal), 20.ix.l984, Exp. MZUSP col., 20 larvas, 5 pupas e 10 adultos fixados e 4 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados embaixo de casca de troncos cortados e expostos ao sol. Isicerdes sp. (Estampa 111, figs. 1-19) Larva madura. Comprimento: 19,0 mm; largura do protórax; 2,1 mm. Ortossomática (fig. 1), subcilín- drica; castanho-clara, com parte do clípeo, labro e mandíbulas castanho-escuras; pilosidade amarelada. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata, transversa, leve- mente deprimida. Cápsula cefálica com várias cerdas, mais concentradas látero-anteriormente. Sutura epi- cranial presente. Sutura coronal curta. Ramos fron- tais sinuosos, em forma de U, não atingindo a arti- culação das antenas. 5 estemas (fig. la), diminutos formando fileira irregular, oblíqua, localizada late- ralmente, abaixo da articulação de cada antena. Su- tura fronto-clipeal distinta. Clípeo (fig. 9) bem desenvolvido, transverso e trapezoidal; membranoso, com faixa basal esclerotinizada e com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 9) transverso, ovalado coro 2 lobos medianos anteriores pequenos e 8 cerdas próximas à margem anterior e 2 medianas mais longas. Epifaringe (fig. 10) com 3 cerdas de cada lado dirigidas para o meio e uma dirigida para frente; região mediana anterior com 1 cerda em cada lobo; região mediana com área semicircular com espinhos e cerdas curtas dirigidas para o meio e grupo com 8 botões sensoriais e 2 cerdas no interior do semicír- culo; região mediana basal com grupo de 10 botões sensoriais e algumas cerdas curtas abaixo do escle- cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 TENEBRIONIDAE 219 rito. Suturas guiares (fig. 5) quase retas. Gula alongada e membranosa. Antenas (figs. 7 e 7a) alongadas e 3-segmentadas; antenífero transverso, esclerotinizado com faixa distai membranosa; l.° segmento é o mais longo; região distai do 2.° seg- mento (fig. 7a) com pequeno lobo lateral com 1 cerda longa, área membranosa sensorial achatada, elíptica, uma cerda longa e várias curtas; 3.° seg- mento diminuto com 1 cerda distai longa e 3 mais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 16-19) móveis e assimétricas; ápice 3-denteado; margem lateral com 2 cerdas; mola côncava, sendo a da mandíbula esquerda (figs. 17 e 18) maior e com dente anterior. Maxila (fig. 8): mala com ápice arredondado e marginada distai e lateralmente por uma fileira de cerdas espessas de comprimento va- riado; região ventral com uma fileira de cerdas mais curtas próximas à margem. Palpos maxilares longos e 3-segmentados. Estipe alongado, com 4 cerdas longas e 1 curta. Cardo bem desenvolvido, subtrian- gular com 1 cerda. Justacardo bem desenvolvido. Lábio (fig. 14) com pré-mento transverso, com 2 cerdas; mento alongado, alargado na região media- na e com 1 cerda curta e 1 longa de cada lado; submento (fig. 5) alongado, alargado na base e com 2 cerdas. Lígula bem desenvolvida com cerdas distais espessas. Palpos labiais 2-segmentados. Escleroma hipofaríngeo (fig. 15) com margem anterior reta e formando 1 dente subapical de cada lado; margem basal arredondada. Protórax transverso, com mar- gens laterais quase retas e mais longo que meso- ou metatórax. Meso- e metatórax com margens laterais arredondadas. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos látero-anteriores. Pernas (figs. 12 e 13) com pilosidade fina; pernas anteriores (fig. 12) maiores que as demais (fig. 13); coxa larga e curta; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com ápice esclerotinizado e bissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.® segmentos com margens laterais arredondadas e 1 par de espiráculos circulares, menores que os torá- cicos; 9.° segmento transverso, com ápice arredon- dado, muitas cerdas e 1 par de urogonfos (fig. 11) curtos, fixos, com ápice esclerotinizado e voltado para cima. 10.° segmento (fig. 11) ventral ao 9.°, foi;mado por 2 lobos. Abertura anal transversal entre os 2 lobos do 10.° segmento. Pupa (figs. 2 e 6). Adéctica e exarata; creme. Ca- beça parcialmente visível de cima, com projeções alongadas setosas. Pronoto transverso, com proje- ções alongadas nas margens laterais, na metade ante- rior e algumas próximas à margem basal. Fêmures setosos. l.°-6.° segmentos abdominais com proje- ções laterais voltadas para cima, com ápice recor- tado, esclerotinizado e com 4 espinhos cada uma; 7.° segmento com tais projeções menores, com apenas 4 espinhos cada; 8.° segmento com 1 espi- nho de cada lado; 9.° segmento com 1 par de uro- gonfos fixos, voltados para cima e com ápices escle- rotinizados. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe (Fazenda Caepupu), 29.iv.1981, Exp. MZUSP coL, 3 larvas e 2 pupas fixadas e 1 pupa criada até adulto (MZUSP); ibidem, 28-29.xi-01.xii.1984, Exp. MZUSP col., 2 larvas e 1 pupa fixadas (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas embaixo de casca de troncos caídos, semi-apodrecidos, no interior da mata. Nyctobates maxima Germar, 1824 (Estampa 112, figs. 1-23) Larva madura. Comprimento: 65,0 mm; largura do protórax: 6,0 mm. Elateriformc (fig. 1) e subcilín- drica; fortemente esclerotinizada; castanho-clara com cabeça, 8.° e 9.° tergitos, castanho-avermelhados e ápice das mandíbulas e dos urogonfos, negros; pilo- sidade fina, curta e esparsa. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata, fortemente escle- rotinizada, com muitas cerdas curtas, mais concen- tradas lateral e ventralmente. Sutura epicranial pre- sente. Sutura coronal curta. Ramos frontais em forma de V, não atingindo a articulação das antenas. Grupo de 5 estemas (fig. 4a) diminutos, dispostos em fileira com 2 e 3, transversal, próxima à articula- ção da antena. Sutura fronto-clipeal distinta. CHpeo (fig. 11) transverso, subtrapezoidal, esclerotinizado, com 3 cerdas de cada lado. Labro (fig. 11) trans- verso, com ângulos anteriores arredondados e muitas cerdas. Epifaringe (fig. 10) com franja de cerdas longas na margem anterior, interrompida no meio; região mediana anterior com várias microcerdas, com 2 faixas longitudinais de cerdas curtas próximas ao meio; região basal com grupo de 7 botões senso- riais no meio. Suturas guiares (fig. 5) curtas. Gula trapezoidal, separada do submento por sulco trans- versal. Antenas (figs. 12 e 12a) 3-segmentadas; antenífero transverso, esclerotinizado com faixa dis- tai membranosa; l.° segmento é o mais longo; área látero-distal do 2.° segmento (fig. 12a) com área sensorial pouco esclerotinizada, com zonas membra- nosas ovaladas contornadas por anel esclerotinizado; 3.° segmento diminuto com várias cerdas distais, de cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 220 TENEBRIONIDAE tamanho variado. Peças bucais protraídas. Mandí- bulas (figs. 17-22) móveis, assimétricas, fortemente esclerotinizadas; ápice 3-denteado, sendo o dente látero-dorsal da mandíbula esquerda, bífido (fig. 19); margem lateral com várias cerdas; mola com estrias transversais, mais desenvolvida na mandíbula esquerda. Maxila (fig. 13): mala com margem ante- rior quase reta, formando pequeno dente lateral; marginada por franja densa de cerdas espessas e com cerdas mais finas e esparsas na região ventral; palpígero transverso, membranoso com faixa basal esclerotinizada. Palpos maxilares 3-segmentados. Es- tipe alongado com muitas cerdas longas. Cardo transverso e com várias cerdas curtas. Justacardo bem desenvolvido. Lábio (fig. 14) com pré-mento transverso mais estreito na base, com 2 cerdas lon- gas e 2 curtas; mento alongado, alargado na região mediana e com várias cerdas de cada lado; submento separado da gula por sulco transversal, alargado próximo à base e com 2 cerdas. Lígula bem desen- volvida, com margem anterior arredondada e várias cerdas distais. Palpos labiais 2-segmentados. Escle- roma hipofaríngeo (figs. 15 e 16) bem desenvolvido. Protórax ligeiramente mais longo que meso- ou me- tatórax. Meso- e metatórax com 1 carena transversal esclerotinÍ 2 ada próxima à margem anterior, interrom- pida no meio. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos grandes, localizados ântero-ventralmente. Pernas anteriores mais robustas que as demais (fig. 23), coxa alongada e com muitas cerdas finas, sendo as anteriores mais curtas; trocânter triangular e com muitas cerdas espessas e curtas e algumas delgadas; trocânter anterior mais desenvolvido; fêmur e tíbia alongados e com muitas cerdas espessas e curtas e algumas delgadas; tarsúngulo bissetoso e com ápice mais escuro. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos com uma carena transversal esclerotinizada, próxima à margem anterior, inter- rompida ou não; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais elípticos, sendo o l.° par maior; 8.° segmento (figs. 6-9) com margem posterior es- clerotinizada com 1 espinho no meio. 9.° segmento (figs. 6-9) com 1 par de urogonfos distais, curtos, fixos, fortemente esclerotinizados e com ápice vol- tado para cima; com 2 espinhos grandes e bífidos entre os urogonfos e fileira lateral, inclinada com 3; região ventral com pequenos tubérculos espini- formes e setosos; região mediana anterior com mem- brana eversível (figs. 6 e 8). 10.° segmento redu- zido, ventral, formado por lobo único. Abertura anal semicircular entre 9.° e 10.° segmentos. Pupa (figs. 2 e 2a). Adéctica e exarata. Castanho- -clara com urogonfos e espinhos escurecidos; tegu- mento estriado; cerdas curtas, inseridas em pequenos tubérculos esclerotinizados. Cabeça invisível de cima. Pronoto transverso, com algumas cerdas muito cur- tas. Fêmures com várias cerdas. l.°-7.° segmentos abdominais com projeções laterais com 3-7 espinhos distais esclerotinizados. 9.° segmento com 1 par de urogonfos sulcados transversalmente dando a im- pressão de anelado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 28-29.xi-01.xii.1984, Exp. MZUSP col., 5 larvas, 1 pupa e 1 adulto fixados, 1 larva criada até pupa e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 13.xii.1984, Exp. MZUSP col., 2 larvas, 2 pupas ’e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas escavando galerias em troncos caídos semi-apodrecidos no interior da mata. Quan- do capturadas as larvas movimentam rapidamente o 9.° segmento de trás para frente, ocasionando o en- caixe do espinho mediano do 8.° tergito entre os urogonfos. As estruturas do 8.° e 9.° tergitos formam um órgão preensor que pode prender o dedo do coletor. É provável que este órgão tenha função de defesa contra predadores. Tauroceras aries Dalm., 1823 (Estampa 113, figs. 1-24; Estampa 163, figs. 1-3) Larva madma. Comprimento: 55,0 mm; largura do protórax: 7,0 mm. Elateriforme (Estampas 113 e 163, fig. 1), subcilíndrica, fortemente esclerotiniza- da. Amarelada, com região dorsal da cabeça, ápice das pernas, uma faixa transversal de tamanho va- riável em cada tergito torácico e l.°-6.° abdominais, 7.° e 8.° tergitos e 9.° segmento abdominal castanho- avermelhados; urogonfos negros; pilosidade longa e esparsa. Cabeça (figs. 14 e 15) prognata, fortemente es- clerotinizada. Cápsula cefálica com muitas cerdas laterais; região ventral com muitas cerdas curtas. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ra- mos frontais em forma de V, com ápices terminando em uma sutura transversal anterior, partindo da arti- culação das antenas. 5 estemas (fig. 14a) diminutos, hialinos em fileiras de 2 e 3, transversais, próximas da articulação das antenas. Sutura fronto-clipeal pre- sente. Clípeo (fig. 21) transverso; faixa basal escle- rotinizada e com muitas cerdas e faixa distai mem- branosa e glabra. Labro (fig. 21) transverso, com TENEBRIONIDAE 221 margem anterior arredondada; com muitas cerdas de tamanho variado. Epifaringe (fig. 22) com 3 cerdas longas de cada lado da margem anterior e várias laterais internas mais curtas; região mediana com microcerdas e alguns botões sensoriais; região basal com grupo de botões sensoriais no meio. Suturas guiares (fig. 15) retas. Gula quadrangular, separada do submento por sulco transversal. Antenas (figs. 20 e 20a) esclerotinizadas e 3-segmentadas; antení- fero membranoso; 2.° segmento é o mais longo (fig. 20a) com região distai alargada; região ventro- distal com área sensorial formada por pequenas áreas membranosas; 3.° segmento diminuto, com cerdas distais. Peças bucais protraídas. Mandíbula (figs. 5-8) móvel, assimétrica, fortemente escleroti- nizada; ápice 3-denteado; margem lateral com muitas cerdas; mola bem desenvolvida; mola da mandíbula direita (fig. 8) com estrias transversais; mandíbula esquerda (figs. 5 e 6) com mola côncava, formando dente anterior. Maxilas (figs. 23 e 24) esclerotini- zadas; mala com ápice reto, marginada por cerdas espessas; região ventral com algumas cerdas finas formando fileira longitudinal e irregular; região dor- sal com muitas cerdas espessas próximas à margem mesal e várias finas localizadas mais intemamente. Palpífero membranoso com faixa basal esclerotini- zada. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alon- gado, com muitas cerdas longas. Cardo transverso, com 4 cerdas. Justacardo bem desenvolvido, par- cialmente esclerotinizado. Lábio (fig. 16) parcial- mente esclerotinizado; pré-mento transverso, com muitas cerdas longas; mento alongado, alargado na região mediana e com muitas cerdas próximas à base; submento separado da gula por sulco transver- sal, fortemente esclerotinizado, gradualmente alarga- do para a base à partir do tergo anterior; com 3 cerdas anteriores e 1 de cada lado, próximas à base. Lígula alongada, do formato de lobo e com cerdas distais longas. Palpígero membranoso. Palpos labiais 2-segmentados; l.° segmento com muitas cerdas longas; 2° segmento com ápice membranoso e chan- frado. Escleroma hipofaríngeo (figs. 17-19) com 1 dente mediano proeminente. Protórax mais longo que meso- ou metatórax; pronoto com mancha cas- tanho-avermelhada grande, partindo da margem anterior e não atingindo a base. Meso- e metanoto com carena transversal anterior unida à faixa cas- tanho-avermelhada; pontuação grossa próxima a ca- rena. Mesotórax com 1 par de espiráculos grandes, elípticos, esclerotinizados e ântero-ventrais. Pernas (figs. 12 e 13) robustas, com muitas cerdas longas e delgadas e algumas curtas e espessas; pernas ante- riores (fig. 13) mais curtas e robustas que as demais; coxa alongada, sendo a anterior mais curta; trocân- ter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tar- súngulo bissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.° segmentos com carena transversal unida a faixa transversal castanho-avermelhada que aumenta de tamanho do l.°-6.°, e cobre quase to- talmente o 7.0 e 8.° tergitos; com pontuação grossa próxima à carena; l.o-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais elípticos, menores que os torá- cicos, sendo o 1.® par mais longo que os demais. 9.0 segmento (figs. 10 e 11) totalmente castanho- avermelhado, com 1 par de urogonfos curtos, fixos, negros e dirigidos para cima; com vários espinhos negros dorsais, entre os urogonfos e várias cerdas ventrais. 10.° segmento (fig. 11) ventral, reduzido, semicircular, marginado por franja de cerdas de tamanho variado. Abertura anal semicircular entre 9.° e 10.° segmentos. Pupa (Estampa 113, figs. 2, 3 e 9; Estampa 163, figs. 2-3). Adéctica e exarata. Castanho-clara com granulação castanho-escura. Cabeça invisível de cima; a do macho com 2 cornos anteriores. Protó- rax transverso, com ângulos anteriores proeminentes e alargados na região mediana. l.°-6.° segmentos com um par de projeções laterais com margens pos- terior e/ou anterior escurecidas (fig. 9) formando órgãos dioneiformes entre os segmentos 1/2, 2/3, 3/4, 4/5, 5/6 e 6/7. 9.° segmento com 1 par de urogonfos esclerotinizados. Material examinado. BRASIL. Minas Gerais. San- ta Bárbara (Serra do Caraça), 08.xii.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP). Rio de Ja- neiro. Nova Friburgo (Muri), 05-09.Í.1981, Exp. MZUSP col., 1 pupa fixada (MZUSP). São Paulo. Araras, 30.iii.l981, J. Borges col., 1 larva fixada (MZUSP). Atibaia, 05.X.1980, W. Zorzan col., 1 larva fixada (MZUSP). Botucatu, 25.V.1985, S.A. Casari-Chen col., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Caraguatatuba, 28.vii.1965, K. Lenko col., 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Juquiá, 03.iv.1980, C. Feitosa col., 2 larvas fixadas (MZUSP). Ilha da Vitória, 16-27.iii.1964, Exp. DZUSP col., 12 larvas fixadas (MZUSP). Peruíbe, 15-16.xii.1980, Exp. MZUSP col., 5 larvas fixadas (MZUSP); ibidem, 25-27.V.1982, Exp. MZUSP col., 12 larvas fixadas e 1 larva criada até adul- to (MZUSP); ibidem. 28-30.vi.l982, Exp. MZUSP col., 3 larvas fixadas e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP); ibidem. 24-26.X.1984, Exp. MZUSP col., 3 larvas, 1 pupa e 1 adulto fixados (MZUSP). Sa- lesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 13.xii. 1984, Exp. MZUSP col., 3 larvas e 2 pupas fixadas e 4 larvas criadas até adulto (MZUSP). São Paulo cm 1 :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 222 TENEBRIONIDAE (Cidade Universitária), x.1974, DZUSP coL, 4 lar- vas e 1 pupa fixadas (MZUSP); ibidem, OS.xii. 1979, DZUSP coL, 2 larvas fixadas (MZUSP) ; ibi- dem, 17.iv.1980, S.A. Vanin col., 2 larvas fixadas (MZUSP); ibidem, 23.ix.1980, DZUSP col., 2 lar- vas fixadas (MZUSP); ibidem, 08.viii.l981, L.R. Fontes col., 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, vii.1985, DZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem (Ipiranga) 15.vi.l971, C. Costa e S.A. Vanin cols., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 05.ii.1981, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem, 28.vii.1981, S.A. Casari-Chen col., 4 larvas fixadas, 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem (Pico do Jaraguá), 20.xi.l980, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas em galerias no interior de troncos caídos, relativamente secos, dentro e fora da mata. As pupas apresentam órgãos dioneiformes laterais que podem fechar-se conforme a movimen- tação da pupa. Período pupal variou de 1 1 a 24 dias (4 observações). Discussão O gênero Tauroceras é próximo de Nyctobaíes. As larvas são semelhantes, diferindo principalmente pela presença de 1 espinho mediano na margem posterior do 8.° tergito, ausente em Tauroceras; pelas peças bucais com mandíbulas mais robustas e alargadas, escleroma hipofaríngeo com dente me- diano mais desenvolvido e mala truncada no ápice em Tauroceras; pelas antenas com 3.° segmento mais reduzido em Tauroceras. Tenebrio obscurus Fabricius, 1792 (Estampa 114, figs. 1-22) Larva madura. Comprimento: 30,0 mm; largura do protórax: 2,2 mm. Elateriforme (fig. 1) subcilín- drica, fortemente esclerotinizada. Castanho-amare- lada com região dorsal da cabeça, tergitos abdomi- nais 7.° e 8.°, faixa transversal nos demais tergitos e 9.° segmento castanho-avermeUiados. Pilosidade fina, esparsa e clara. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata e fortemente escle- rotinizada; região dorsal com pontuação grossa e tegumento rugoso. Cápsula cefálica com poucas cer- das longas, mais concentradas na face ventral. Sutura epicranial presente. Sutura coronal bem desenvolvi- da. Ramos frontais em forma de U, não atingindo a articulação das antenas. 5 estemas diminutos, pig- mentados, formando grupo compacto próximo à articulação das antenas. Sutura fronto-chpeal distinta. Clípeo (fig. 9) transverso, subtrapezoidal, com faixa basal mais esclerotinizada e 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 9) transverso, com ângulos anteriores arredondados e poucas cerdas. Epifaringe (fig. 8) com 2 grupos laterais de 7 a 10 cerdas; região me- diana anterior com 2 pares de cerdas e 1 par de botões sensoriais; região mediana com 2 fileiras incli- nadas de 3 botões sensoriais cada e logo abaixo com fileira transversal de 4 botões sensoriais menores e 1 par de cerdas. Regiões laterais com microcerdas. Região basal com grupo de 8 botões sensoriais no meio. Suturas guiares (fig. 5) curtas. Gula subqua- drangular separada do submento por sulco transver- sal e com 2 cerdas basais. Antenas (figs. 7 e 7a) 3-segmentadas; antenífero membranoso, com faixa basal esclerotinizada; l.° e 2.° segmentos alongados sendo o 2.® aproximadamente o dobro do compri- mento do l.°; ápice do 2.® segmento (fig. 7a) com área sensorial membranosa, contornada por anel esclerotinizado e 3 cerdas curtas; 3.° seg- mento diminuto com 1 cerda longa e 4 curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 19- 22) móveis, assimétricas e fortemente escleroti- nizadas; ápice bidenteado; mandíbula esquerda (figs. 19 e 22) com dente pequeno na região dorso-mesal, margem lateral com algumas cerdas; mola da mandíbula esquerda formando dente na frente. Maxila (fig. 18): mala com ápice arredon- dado e marginado por cerdas espessas. Palpífero membranoso com faixa basal esclerotinizada com 2 cerdas longas. Palpos maxilares 3-segmentados. Es- tipe alongado, com 3 cerdas longas. Cardo transver- so, bem desenvolvido, com parte superior membra- nosa e 1 cerda longa. Justacardo alongado. Lábio (fig. 16) com pré-mento transverso, estreitado na base e com 2 cerdas longas e 2 curtas; mento alon- gado, membranoso na metade anterior e com 2 cerdas de cada lado, próximas à base; submento, separado da gula por sulco transversal; transverso com 1 projeção de cada lado com 1 cerda. Lígula alongada; ápice arredondado com 2 cerdas longas e 2 curtas. Palpos labiais 2-segmentados. Escleroma hipofaríngeo (fig. 17) com 1 dente curto, mediano anterior. Protórax mais longo que meso- ou meta- tórax com 1 par de espiráculos elípticos e grandes, látero-anteriores. Pernas (figs. 10-12) com cerdas curtas e espessas, longas e delgadas; pernas anterio- res (fig. 1 1 ) mais robustas que as demais; coxa alongada, transversa nas pernas anteriores; trocân- cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 TENEBRIONIDAE 223 ter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tar- súngulo (fig. 12) com 2 cerdas curtas, 1 espessa e 1 delgada. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; tergitos com pontuação grossa; seg- mentos com 1 par de espiráculos laterais ligeiramente eUpticos, menores que os torácicos, sendo o l.° par maior; 9.° segmento (figs. 13-15) menor, gradual- mente estreitado para o ápice e com 1 par de uro- gonfos distais curtos, fixos, com ápices voltados para cima; 10.° segmento (figs. 13 e 15) ventral, curto, com várias cerdas e 2 papilas anais. Abertura anal semicircular, atrás das papilas anais. Pupa (figs. 2 e 6). Adéctica e exarata. Creme e com algumas cerdas muito curtas. Cabeça invisível de cima. Pronoto transverso com ângulos posteriores projetados. l.°-7.° segmentos com projeção lateral com espinhos distais; margens anterior e/ou poste- rior serrilhada e esclerotinizada. 9.° segmento com 1 par de urogonfos com ápices esclerotinizados, vol- tados para cima. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Cidade Universitária), 28.ii.1985, DZUSP col., 7 larvas, 2 pupas e 4 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas originalmente encontradas em troncos caídos. Esta espécie é criada para ser vendida co- mercialmente como alimento de aves e outros ani- mais mantidos em cativeiro. Ê também registrada como praga de farinhas e grãos armazenados. Camaria divaricata Gebien, 1919 (Estampa 115, figs. 1-21) Larva madura. Comprimento: 48,0 mm; largura do protórax: 7,0 mm. Subcilíndrica (fig. 1); tegumento fortemente esclerotinizado; creme com mandíbulas, 2 espinhos no 8.° tergito e urogonfos castanho-aver- melhados e mais esclerotinizados; pilosidade fina e esparsa. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata, fortemente escle- rotinizada. Cápsula cefálica com algumas cerdas látero-anteriores. Sutura epicranial presente. Sutura coronal bem desenvolvida. Ramos frontais em forma de V, com ápices voltados para fora. Estemas ausen- tes. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo (fig. 20) transverso, trapezoidal, com faixa basal esclerotini- zada com 2 cerdas de cada lado e faixa anterior niembrauosa. Labro (fig. 20) transverso, com ângulos anteriores arredondados; margem anterior proemi- nente no meio e com franja de cerdas de tamanho variado. Epifaringe (fig. 21) com 8 cerdas de cada lado da margem anterior, diminuindo de tamanho das margens laterais para o meio; região mediana anterior com 8 botões sensoriais e 2 cerdas curtas mais abaixo; com 1 faixa irregular de microcerdas de cada lado; região basal com grupo de 8 botões sensoriais no meio. Suturas guiares (fig. 5) curtas. Gula transversa, subtrapezoidal. Antenas (figs. 6 e 6a) 3-segmentadas; antenífero transverso, membra- noso, com faixa basal esclerotinizada; l.° segmento é o mais longo; ápice do 2.° segmento (fig. 6a) com algumas cerdas curtas e área sensorial mem- branosa e irregular; 3.° segmento diminuto, com 1 cerda longa e 3 curtas. Peças bucais protraídas. Man- díbulas (figs. 14-17) móveis, assimétricas, fortemente esclerotinizadas; ápice 3-denteado; mandíbula es- querda com pequeno dente pré-apical dorsal; mar- gem lateral com 2 cerdas; mola com estrias trans- versais; mola da mandíbula esquerda (figs. 15 e 16) mais desenvolvida e proeminente anteriormente. Maxila (figs. 12 e 13): mala com margem anterior truncada e com pequeno entalhe lateral; margem lateral com cerdas que diminuem de espessura e aumentam de comprimento do ápice para a base; região ventral com várias cerdas distais espessas; região dorsal com muitas cerdas espessas e cerdas curtas e delgadas. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe com poucas cerdas. Cardo bem desenvolvido. Justacardo alongado. Lá- bio (fig. 10) com pré-mento transverso, estreitado na base e com 2 cerdas longas e 2 curtas; mento alongado, levemente alargado no meio, com 2 cerdas anteriores curtas e 2 basais longas; submento mais esclerotinizado, com margens laterais proeminentes próximas à base; com 2 cerdas longas; separado da gula por uma área mais clara. Escleroma hipofarín- geo (fig. 1 1 ) com 3 dentes na margem anterior. Pro- tórax mais longo que meso- ou metatórax. Meso- tóráx com 1 par de espiráculos elípticos e grandes ântero-ventrais. Pernas (figs. 18 e 19) com cerdas espessas e curtas, longas e delgadas de comprimento variado; pernas anteriores (fig. 18) mais robustas e com coxas mais curtas; coxa alongada; trocânter subtriangular; fêmur mais longo que a tíbia; tarsún- gulo bissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais e elípticos sendo o 1 .° par ligeiramente maior e o 8.° par um pouco mais ventral; 8.° segmento (figs. 7-9) com 2 espinhos robustos esclerotinizados mediano-dorsais, posteriores; 9.° segmento (figs. 7-9) mais estreito, com área membranosa eversível basal; região distai com 2 urogonfos fixos, curtos, escle- rotinizados e voltados para cima, 2 espinhos entre os 224 TENEBRIONIDAE urogonfos e 3 de cada lado, dispostos em fileira inclinada e com 1 cerda longa cada um; região ven- tral com várias cerdas longas, inseridas em pequenos tubérculos esclerotinizados. 10.° segmento (figs. 7 e 9) reduzido, ventral, semicircular, achatado e com várias cerdas longas. Abertura anal semicircular en- tre 9.° e 10.° segmentos. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata; castanho-clara. Cabeça invisível de cima. Pronoto transverso, com margens laterais ligeiramente arredondadas e margi- nadas por pequenos tubérculos setíferos. l.°-7.° com pequena projeção lateral com espinhos. 9.° seg- mento com 1 par de urogonfos fixos voltados para cima. Material examinado. BRASIL. Rio de Janeiro. Te- resópolis, 2-9.X.1977, F.C. do Vai col., 1 larva criada até pupa (MZUSP). São Paulo. Peruíbe, 28-30.vi.1982, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto (MZUSP). Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas escavando galerias no interior de troncos caídos, semi-apodrecidos. Discussão Gênero próximo de Nyctobates; as larvas de ambos são muito parecidas, principalmente quanto a estrutxura apreensora formada pelo 8.° e 9.° ter- gitos abdominais. Diferem pela presença de 2 espi- nhos robustos no 8.° tergito de Camaria enquanto que em Nyctobates ocorre apenas 1 espinho pequeno e mediano. Não encontramos estemas nas poucas larvas examinadas de Camaria divaricata. Se essa condição for comprovada em outros exemplares será mais uma diferença importante entre os dois gêneros. Cymathotes nebulosus (Fabricius, 1781) (Estampa 116, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento; 38,0 mm; largura do protórax; 4,0 mm. Elateriforme (fig. 1) e subcilín- drica. Creme, com mandíbulas, labro, antenas, pal- pos labiais e maxilares, tarsúngulos, contorno do 9.° tergito e urogonfos de castanho-avermclhados a negros; pilosidade curta. Cabeça (figs. 3 e 4) prognata e esclerotinizada. Cápsula cefálica com cerdas muito curtas, casta- nho-avermelhadas, mais concentradas na região dor- sal. Sutiura epicranial presente. Sutura coronal dis- tinta. Ramos frontais em forma de V. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal distinta. CUpeo (fig. 15) transverso, membr anoso com faixa basal escle- rotinizada com muitas cerdas, 2 das quais muito longas. Labro (fig. 15) transverso, com ângulos anteriores arredondados; com faixa transversal ante- rior mais escura e cerdas de tamanho variado. Epifa- ringe (fig. 16) com muitas cerdas laterais e espessas, mais concentradas no lado esquerdo; região mediana com 4 botões sensoriais grandes, 4 menores e 2 cerdas curtas, circundados por área com microcer- das; região basal com 2 botões sensoriais no meio. Suturas guiares (fig. 3) distintas. Gula fundida ao submento; alongada e alargada no meio. Antenas (fig. 10) 3-segmentadas; antenífero membranoso e bem desenvolvido; l.° e 2.° segmentos alongados; ápice do 2.° segmento com área sensorial irregular; 3.° segmento diminuto com 1 cerda distai longa e várias curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11 e 13) móveis, assimétricas; região dorsal elevada na altura do acetábulo, formando concavi- dade à margem lateral que possui 2 cerdas; ápice 3-denteado; mola côncava. Maxila (fig. 8): mala com ápice truncado com pequeno entalhe, marginada dorsal e lateralmente por cerdas espessas de tamanho variado; região dorsal com muitas cerdas. Palpífero membranoso. Palpos labiais 3-segmentados. Estipe alongado, bem desenvolvido e com várias cerdas; cardo bem desenvolvido, com 1 cerda. Justacardo alongado. Lábio (fig. 7) com pré-mento transverso, com 2 cerdas anteriores longas de cada lado e 2 lá- tero-basais mais curtas; mento alongado, com 2 cer- das de cada lado; submento fundido à gula, proe- minente lateralmente próximo à base e com 2 cerdas longas. Lígula bem desenvolvida, arredondada e com várias cerdas distais. Palpos labiais 2-segmen- tados. Escleroma hipofaríngeo (fig. 9) com ápice trilobado; com dente mediano proeminente. Protórax transverso, mais longo que meso- ou metatórax; re- gião dorsal marginada por cerdas e com estrias fra- cas no meio. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos, grandes, ventro-laterais anteriores; região dorsal com área mediana fortemente estriada, com cerdas. Metanoto com área estriada menor que a do mesonoto, sem cerdas e com estrias mais fracas. Pernas (fig. 14) com cerdas castanho-avermelhadas curtas e espessas ou longas e delgadas; pernas ante- riores mais robustas e com coxas mais curtas; coxa alongada; trocânter bem desenvolvido; fêmur mais longo e espesso que a tíbia; tarsúngulo bissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais elípticos, sendo o l.° par maior; 8.° tergito (fig. 5) mais es- TENEBRIONIDAE 225 clerotinizado e com pontuação grossa castanho-aver- melhada. 9.° segmento (figs. 5 e 6) fortemente esclerotinizado, chanfrado obliquamente, côncavo e com 1 par de urogonfos distais, fixos, curtos, cas- tanhos e voltados para cima; concavidade contornada por faixa castanho-avermelhada e franja de cerdas. 10.° segmento (fig. 6) reduzido, ventral, com 2 lobos distais com ápice afilado. Abertura anal transversal, entre 9.° e 10.° segmentos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Nova Itapirema (Fazenda Sanches), 04.ix.l980, M.K. Hosaki e M.C.G. Nogueira cols., 1 larva fixada e 1 larva criada até adulto (MZUSP). São Paulo (Ipi- ranga), 12.xi.1965, C. Costa col., 2 larvas fixadas, 2 exúvias de larvas criadas até pupa, 2 pupas, 3 exú- vias de larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas no interior de troncos caídos, semi-apodrecidos. Strongylium bicolor Castelnau, 1840 (Estampa 117, figs. 1-20) Larva madura. Comprimento: 55,0 mm; largura do protórax: 4,0 mm. Elateriforme (figs. 1 e 2), cilíndri- ca; fortemente esclerotinizada; castanho-clara com cabeça ligeiramente mais escura, labro, mandíbulas, 8.° e 9.° tergitos abdominais castanho-escuros. Cabeça (fig. 8) prognata, levemente defletida, fortemente esclerotinizada. Cápsula cefálica com vá- rias cerdas longas e pequenas manchas escurecidas. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ra- mos frontais sinuosos, em forma de V. Estemas au- sentes. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo transver- so, subtrapezoidal, membranoso, com faixa basal es- clerotinizada com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 9) transverso, mais estreito na base; margem an- terior sinuosa; com cerdas de tamanho variado. Epi- faringe (fig. 11): margem anterior com 4 cerdas de cada lado e 2 medianas mais longas; com 2 faixas laterais de cerdas curtas, dirigidas para o meio; re- gião mediana com 4 botões sensoriais e 2 cerdas curtas; região basal com grupo de 9 botões senso- riais no meio. Suturas guiares curtas. Gula transversa. Antenas (figs. 5 e 7) curtas e 3-segmentadas; ante- nífero bem desenvolvido, membranoso com faixa dorso-basal esclerotinizada; 2.° segmento mais longo e delgado que o l.°; ápice com área sensorial for- mando 1 anel interrompido, com margens escleroti- nizadas e 3-4 cerdas distais; 3.° segmento muito re- duzido, palpiforme, com 1 cerda distai longa e 3 mais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 17-20) móveis, assimétricas, fortemente esclerotini- zadas; ápice 3-denteado; região dorsal elevada na altura do acetábulo; margem lateral com 1-3 cerdas; mola côncava e bem desenvolvida. Maxila (fig. 15): mala larga com ápice quase reto; com muitas cerdas espessas dorsais e laterais, mais concentradas na face dorsal. Palpífero membranoso com faixa basal esclerotinizada muito estreita. Palpos labiais 3-seg- mentados. Estipe alongado, com algumas cerdas longas; cardo transverso. Justacardo alongado. Lábio (fig. 16): pré-mento transverso com muitas cerdas de vários tamanhos; mento alongado, alargado na região mediana, com 3 cerdas longas e 4 mais curtas de cada lado; submento transverso, subtrapezoidal, com 2 cerdas. Lígula alongada, constrita na base e com ápice arredondado e várias cerdas. Palpos la- biais 2-segmentados. Escleroma hipofaríngeo (figs. 10 e 12) com 2 dentes distais e 2 látero-medianos proeminentes. Protórax transverso, mais longo que meso- ou metatórax; região dorsal (fig. 8) com manchas irregulares mais escuras. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares grandes, ventro-Iaterais anteriores; região dorsal (fig. 8) com carenas trans- versais medianas, interrompidas no meio. Metanoto com carena transversal próxima à margem anterior. Pernas com muitas cerdas delgadas; pernas anteriores (fig. 13) mais robustas que as demais; coxa alon- gada, mais curta, nas pernas anteriores; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsún- gulo bissetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com carena transversal anterior interrompida ou não no meio, com 1 fileira anterior e 1 basal de cerdas curtas e 1 par de espi- ráculos laterais, sendo o 1 .° par maior. 9.° segmento (figs. 6 e 14) curto, mais alto que largo, fortemente esclerotinizado com ápice truncado, inclinado; região posterior serrilhada dorsalmente, com 2 sulcos lá- tero-medianos e 2 urogonfos basais, curtos e fixos, com ápices voltados para cima. 10.° segmento redu- zido, ventral e semicircular. Abertura anal semi- circular. Pupa (figs. 3 e 3a). Adéctica e exarata; creme. Cabeça invisível de cima. Pronoto transverso, com projeções espiniformes selosas nas margens anterior e laterais. l.°-8.° segmentos abdominais com 4 pro- jeções espiniformes setosas e bífidas dorsais e 1 projeção de cada lado com 2 espinhos distais com 1 cerda cada um; 9.° segmento com fileira semicircular de projeções espiniformes e 1 espinho distai de cada lado. cm 1 :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 226 TENEBRIONIDAE Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 28-30.vi.1982, Exp. MZUSP coL, 15 larvas fixadas, 1 larva criada até pupa e 3 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas escavando galerias no lenho ainda duro, de troncos caídos no interior da mata. Lobopoda sp. (Estampa 118, figs. 1-18) Larva madura. Comprimento: 18,0 mm; largma do protórax: 2,2 mm. Elateriforme (fig. 1), subcilín- drica; castanho-clara com mandíbulas, clípeo, labro e 7.°-9.® tergitos abdominais mais escuros. Cabeça (figs. 4 e 5) prognata, levemente esclero- tinizada e deprimida. Cápsula cefálica dorsal mais esclerotinizada, com 2 cerdas laterais anteriores e 2 próximas à base; região ventral com vá- rias cerdas, mais concentradas lateralmente. Su- tura epicranial presente. Sutura coronal distinta. Ramos frontais em forma de U. 5 estemas muito aproximados, formando mancha transversal, irre- gular, próxima à articulação de cada antena. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo (fig. 18) transverso, subtrapezoidal, esclerotinizado, com faixa transver- sal anterior membranosa e 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 18) transverso com ângulos anteriores arredondados e várias cerdas. Epifaringe (fig. 12): margem anterior com 3 cerdas espessas de cada lado e 2 mais curtas no meio; região mediana com 6 cer- das anteriores curtas dirigidas para frente, fileira de 4 botões sensoriais e 2 cerdas mais longas dirigi- das para trás; com microcerdas de cada lado, mais concentradas em 2 faixas inclinadas convergentes na base; região basal com grupo de 8 botões sensoriais no meio e várias microtríquias. Suturas guiares dis- tintas. Gula transversa. Antenas (fig. 6) longas, 3- segmentadas; antenífero membranoso; 2.° segmento é o mais longo, ligeiramente alargado e com fileira de cerdas subapicais; região distai membranosa; 3.° segmento diminuto, com 1 cerda distai longa e várias curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 7-10) móveis, assimétricas, fortemente escle- rotinizadas; ápice 3-denteado na mandíbula direita (figs. 7 e 10) e 4-denteado na esquerda (figs. 8 e 9); margem lateral com 4 cerdas; mola côncava e bem desenvolvida. Maxila (figs. 16 e 17): mala ligeiramente estreitada no ápice; região ventral cora 1 fileira lateral e 1 distai de cerdas longas; região dorsal com muitas cerdas de tamanho variado, sendo as distais mais longas. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe com poucas cer- das. Cardo bem desenvolvido. Justacardo alongado. Lábio (fig. 11) com pré-mento transverso, com 2 cerdas longas; mento alongado com 2 cerdas lon- gas; submento proeminente na região lateral próxi- mo à base e com 3 cerdas. Escleroma hipofaríngeo (fig. 13) com dente mediano proeminente. Protórax mais longo que meso- ou metatórax. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos e grandes, ventro- -laterais anteriores. Pernas (figs. 14 e 15) com cer- das espessas e delgadas de comprimento variado; pernas anteriores (fig. 15) mais robustas; coxas alon- gadas transversas nas pernas anteriores; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com 2 cerdas basais espessas. Abdômen com 9 seg- mentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares laterais, sendo o 1 .° par ligei- ramente maior. 9.° segmento (fig. la) com ápice arredondado sem urogonfos, e várias cerdas. 10.° segmento (fig. la) ventral, reduzido, com 2 prolon- gamentos digitiformes látero-distais. Abertura anal transversal, entre 9.° e 10.° segmentos. Pupa (figs. 2 e 2a). Adéctica e exarata; castanho- -clara. Cabeça parcialmente visível de cima. Pro- noto transverso coberto por pequenos tubérculos espiniformes setosos. Fêmures com tais tubérculos. l.°-7.° segmentos abdominais com projeção lateral (fig. 2a) recortada, espiniforme e setosa. 8.° e 9.° segmentos marginados por projeções setosas meno- res; 9.° segmento com 1 par de urogonfos curtos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesó- polis (Casa Grande - Sítio Antonina), 09.iii.l984, Exp. MZUSP col., 49 larvas, 7 pupas e 32 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em grande quantidade no interior de murundus de Anoplotermes sp. (Isoptera) . Nilio varius lhering, 1914 (Estampa 119, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento: 5,0 rmn; largura má- xima do corpo: 4,1 mm. Oblonga, convexa (fig. 1); fortemente pigmentada, castanho-escura com áreas castanho-claras na cabeça, pronoto e linha média do corpo. Pilosidade densa, longa e castanho-escura. Cabeça (figs. 6 e 7) hipognata, articulando-se ventralmente no protórax. Sutura epicranial presente TENEBRIONIDAE 227 e larga. Sutura coronal longa. Ramos frontais em forma de U, interrompidos e alargados na extremi- dade distai. 4 estemas de cada lado: 3 dorsais em fileira semicircular próxima à articulação da antena e 1 mais isolado ventral. Sutura fronto-clipeal dis- tinta. Clípeo (fig. 6) transverso, com faixa distai membranosa e várias cerdas. Labro (fig. 9) trans- verso, com ângulos anteriores arredondados e várias cerdas. Epifaringe (fig. 10) com muitas cerdas par- tindo das margens laterais e se dirigindo para baixo; cerdas laterais mais longas; região mediana basal com 2 cerdas longas e várias microcerdas dirigidas para cima. Suturas guiares (fig. 7) curtas. Gula transversa. Antenas (fig. 2) laterais, equidistantes da base das mandíbulas e no limite posterior da cabeça; 3-segmentadas; l.° e 3.° segmentos anula- res; 2.° segmento longo. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12-17) móveis, assimétricas, for- temente esclerotinizadas; ápice 3- denteado; margem lateral com várias cerdas próximas à base; mola bem desenvolvida, arredondada e proeminente na mandíbula direita (figs. 15-17) e mais alongada na esquerda (figs. 12-14). Maxila (fig. 11) alongada; mala alongada, com ápice ligeiramente arredondado; marginada distai e lateralmente por cerdas espessas. Palpífero palpiforme. Palpos maxilares 3-segmenta- dos. Estipe alongado com 4 cerdas. Cardo subtrian- gular. Lábio (fig. 8) com pré-mento transverso, com 4 cerdas; mento e submento alongados, com várias cerdas. Lígula alongada, com ápice arredon- dado e várias cerdas distais. Palpígero membranoso, com 1-2 cerdas cada um. Palpos labiais 2-segmen- tados. Protórax mais estreito e mais longo que meso- ou metatórax. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos ventrais. Pernas (fig. 3) longas, subiguais; com muitas cerdas curtas e delgadas; coxa alongada; trocânter subtriangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo assetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos transversos, aproximadamente do mesmo comprimento e gra- dualmente estreitado para o ápice; com 1 par de espiráculos anulares, dorso-laterais; 9.° segmento menor, sem urogonfos. 10.° segmento ventral, bem pequeno com ápice bilobado. Abertura anal entre os lobos apicais do 10.° segmento. Pupa (fig. 5). Adéctica e exarata. Amarelada com manchas irregulares acastanhadas; pilosidade longa, densa e castanha. Cabeça invisível de cima. Pro- noto transverso muito projetado lateralmente for- mando aba. l.°-5.° segmentos abdominais com 1 projeção halterifornie de cada lado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 27.xi.1973, 3 larvas de l.° instar fixadas (MZUSP); ibidem 3-8.Í.1974, S.A. Vanin e J.L.M. Leme cols., 5 larvas, 2 pupas e 5 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados no interior da mata sobre galhos finos, cobertos com fungos e líquens. Larvas e adultos são gregários, movimentam-se lentamente. Larvas maduras fixam-se ao substrato por meio dos tarsúngulos; após a muda a pupa per- manece dentro da última exúvia larval. O período pupal dura cerca de 7 dias. Maiores detalhes em Jorge (1974). Discussão Esta espécie foi descrita por Jorge (1974) e alguns de seus desenhos são aqui utilizados com exceção das vistas gerais da cabeça (figs. 13 e 14) e das mandíbulas (figs. 9-12). Convém salientar que a mandíbula apresenta mola bem desenvolvida, prosteca ausente e ápice 3-denteado; segundo Jorge l.c. a mola seria ausente, prosteca provavelmente presente e ápice 2-denteado. Além disso o abdômen é 10-segmentado com 10.° segmento ventral e bilo- bado e não 9-segmentado. Goniadera ampliata Gebien, 1912 (Estampa 120, figs. 1-14; Estampa 163, figs. 4-6) Larva madura. Comprimento: 14,5 mm; largura do protórax: 5,0 mm. Onisciforme (Estampa 120, fig. 1 e Estampa 163, fig. 4), fortemente achatada dorso- ventralmente; superfície dorsal castanho-escura; su- perfície ventral e ápice das antenas amarelados. Tegumento coberto por cerdas curtas e com tufo lateral de cerdas longas. Cabeça hipognata e pigmentada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal distinta. Ramos frontais em forma de lira com ápices próximos às articulações das antenas. Grupo de 5 estemas hialinos de cada lado da cabeça. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo transverso, subtrapezoidal, esclerotinizado com faixa distai membranosa e várias cerdas de cada lado. Labro (fig. 6) transverso, com ângulos anteriores arredondados e várias cerdas. Epifaringe (fig. 9) com 6-7 cerdas em cada ângulo anterior; região mediana com microtríquias distribuídas em círculo; região anterior do círculo com grupo de 12 botões sensoriais e 1 cerda curta de cada lado. Suturas gu- 228 TENEBRIONIDAE MELOIDAE lares distintas. Gula trapezoidal, fundida ao submen- to. Antenas' (fig. 4) longas, densamente pilosas e 2- segmentadas; l.° segmento transverso; 2.° seg- mento muito longo, 16 vezes o comprimento do l.°; região distai alargada e com grupo de sensilas do formato de tubérculos arredondados. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11-14) móveis, assimé- tricas e fortemente esclerotinizadas; ápice 4-dentea- do na mandíbula esquerda (figs. 11-12) e 3-den- teado na mandíbula direita (figs. 13-14); mola bem desenvolvida, a da mandíbula direita com projeção dentiforme mediana; margem lateral com muitas cerdas. Maxila '(fig. 10) com mala alongada e mar- ginada por cerdas espessas. Palpífero membranoso com faixa esclerotinizada estreita. Palpos maxilares 3- segmentados. Estipe alongado, com muitas cerdas. Cardo bem desenvolvido e com 1 cerda.’ Justacardo alongado e setoso. Lábio (fig. 7) com pré-mento e mento transversos e com muita cerdas, sendo o mento mais largo; submento fundido à gula, alargado próximo à base e com 2 cerdas. Lígula alongada com ápice arredondado e 3 cerdas distais. Palpos labiais 2-segmentados. Escleroma hipofaríngeo (figs. 7a e 8) com ápice 3-denteado, sendo 2 dorsais e 1 ventral. Protórax mais longo que meso- ou metató- rax e com 2 tufos de cerdas mais longas de cada lado. Meso- e metatórax subiguais, com 1 tufo de cerdas longas de cada lado. Mesotórax com um par de espiráculos elípticos grandes, ventro-anteriores. Pernas (fig. 5) longas, aumentando de tamanho das anteriores para as posteriores; com muitas cerdas; coxa alongada; trocânter subtriangular; fêmur e tíbia subiguais em comprimento; tarsúngulo delgado com 1 cerda. Abdômen com 8 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos com feixe de cerdas longas de cada lado, próximo a cada ângulo posterior; l.° seg- mento com 1 par de espiráculos anulares ventro-la- terais; 2.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais, menores que o ,1.° par; 1.0-3.° esternitos com 1 glândula de cada lado, cir- cundada por grupo cônico de cerdas. 3.° e 4.° esternitos com área mediana coberta por cerdas curtas. 9.0 segmento reduzido, transverso com mar- gem posterior arredondada; permanece quase que totalmente escondido pélo 8.° segmento. 10.° seg- mento indistinto. Abertura anal semicircular, apical. Pupa (Estampa 120, fig. 2; Estampa 163, figs. 5 e 6). Adéctica e exarata. Branca com granulações castanhas. Cabeça invisível de cima. Protórax trans- verso, projetado lateralmente. l.°-8.° segmentos com 1 projeção espiniforme alongada de cada lado. 9.° segmento com 1 par de urogonfos distais, curtos e fixos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 16-18.Í.1980, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 adulto fixados (MZUSP). São Paulo (Ipiranga), 12.iii.l906. Lue- derwaldt col., 2 larvas e 2 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 04.Í.1978, L.R. Fontes col., 2 larvas, 1 pupa e 4 adultos fixados (MZUSP); ibidem, OS.i.1979, C. Costa e S.A. Vanin cols., 9 larvas e 12 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 15.vi.l979, C. Costa e S.A. Vanin cols., 3 larvas e 6 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 18.vi.l979, C. Costa e S.A. Va- nin cols., 3 larvas e 10 adultos fixados (MZUSP); ibidem (Cidade Universitária), 26.vi.1979, S.A. Va- nin e L.R. Fontes cols., 1 larva e 2 adultos fixados , (MZUSP); ibidem, 09.Í.1979, C. Costa e S.A. Vanin cols., 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos encontradôs no folhiço, embaixo de casca de troncos caídos e também no solo embai- xo de troncos, em convivência gregária. As larvas, quando molestadas, enrolam-se de modo semelhante ao isópode Armadillidium vulgare, espécie freqüente no mesmo ambiente. Esta espécie foi descrita juntamente com G. re- panda por Costa e Vanin (1981). 89. MELOIDAE (Estampa 121) Esta família inclui Tetraonychidae e compreende aproximadamente 1 20 gêneros e 3 000 espécies, dis- tribuídas por todo o mundo, sendo mais comuns nas regiões secas e quentes. No Brasil ocorrem cerca de 10 gêneros e 155 espécies. Os adultos são geral- mente encontrados em flores ou na vegetação, algu- mas vezes em grandes grupos de indivíduos. Desenvolvimento larval com hipermetamorfose. Larva de l.° instar é um triungulino, fusiforme, ligeiramente deprimido, bem esclerotinizado na re- gião dorsal. Cabeça prognata, com 1-2 estemas de cada lado. Cápsula cãfálica às vezes expandida para frente, de modo a encobrir labro e mandíbulas. Sutura coronal em geral longa, ocasionalmente curta ou ausente. Antenas com 3.° segmento frequente- mente reduzido e em geral com uma cerda distai, longa. Mandíbulas falciformes, sem mola. Peças bu- cais ventrais protraídas; maxila com mala arredon- dada, sem unco. Gula em geral longa e estreita. 1.0 par de espiráculos abdominais geralmente loca- lizados em projeção lateral bem desenvolvida. Pernas longas; tarsúngulos delgados. 9.° tergito com um par MELOIDAE 229 de cerdas muito longas. 9.° segmento terminal. Es- piráculos anulares. Instares posteriores mais conve- xos, escarabeiformes. Cabeça defletida, sem estemas ou apenas 1 de cada lado. Antenas e pernas pro- porcionalmente muito mais curtas e robustas que no triungulino; tarsúngulos bissetosos. 9.° tergito sem par de cerdas longas. Larvas de meloídeos alimentam-se de ovos de ga- fanhotos, de ovos ou larvas de abelhas, ou ainda do pólen e néctar armazenados nos ninhos de abelhas sociais. O triungulino prende-se ao corpo das abe- lhas quando elas visitam as flores. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Parker e Bõving, 1924; Pe- terson, 1960; Selander, 1959, 1987. Meloetyphlus attacephalus Borgmeir, 1937 (Estampa 121, figs. 1-18) Larva triungulino. Comprimento: 2,0 mm. Campo- deiforme (figs. 1 e 2), achatada dorso-ventralmente. Cabeça prognata com peças bucais retraídas. Su- tura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ra- mos frontais em forma de V. Lfm estema pigmentado de cada lado, localizado abaixo da articulação de cada antena. Antenas 3-segmentadas; 3.° segmento é o mais longo e possui uma cerda distai, 3,7 vezes o comprimento da antena. Labro fundido e enco- berto pela cápsula cefálica. Mandíbula sem mola. Maxila com mala; palpos maxilares 3-segmentados, longos. Palpos labiais 2-segmentados. Segmentos to- rácicos transversos e bem desenvolvidos, sendo o protórax mais longo; região ventral com várias cer- das sendo 2 muito longas no meio de cada segmento. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares ântero- laterais. Pernas bem desenvolvidas, com muitas cer- das; fêmur com 1 cerda muito longa; tarsúngulo (fig. 2a) com ampola membranosa basal e 1 cerda lateral próxima à base. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos transversos, em forma de faixa estreita e com cerdas na margem posterior; 9.° segmento (fig. 6) mais longo que os demais, com ápice arredondado, várias cerdas ciu-- tas e 2 distais muito longas. l.° par de espiráculos abdominais localizados em projeção lateral forman- do átrio bem desenvolvido. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Piracica- ba, 01.vii.1985, C. Flechtmann col., 1 larva sobre Eulaema nigrita Lepeletier (Bombinae, Hymenopte- ra) (MZUSP). Larva escarabeiforme. Comprimento: 12,0 mm. Es- carabeiforme (fig. 3); creme com cabeça amarela, antenas, mandíbulas, palpos maxilares e labiais cas- tanho-avermelhados. Cabeça (figs. 8 e 10) hipognata e esclerotinizada. Cápsula cefálica com pequenas áreas mais claras e muitas cerdas curtas. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ramos frontais em forma de lira. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal ausente. Fronte com faixa transversal anterior mais clara. Labro (fig. 13) transverso, em forma de faixa estrei- ta e com muitas cerdas; ângulos anteriores arredon- dados; margem anterior escavada no meio. Epifarin- ge (fig. 14) com muitas cerdas em cada ângulo anterior; com 1 esclerito alongado e inclinado, de cada lado e muitos microespinhos e 3 botões senso- riais abaixo de cada esclerito. Suturas guiares (fig. 10) curvas. Gula fundida ao pós-mento, alongada e estreitada no meio. Antenas (figs. 4 e 5) curtas e 3-segmentadas; antenífero membranoso e bem de- senvolvido; l.° segmento é o maior, com faixa me- diana esclerotinizada e fileira transversal de cerdas próximas ao ápice; 2.° segmento alongado; com faixa membranosa basal e distai, e fileira de cerdas próximas ao ápice; região distai com cone sensorial membranoso pequeno; 3.° segmento diminuto, com 1 cerda distai longa e 4 curtas. Peças bucais pro- traídas. Mandíbulas (figs. 16 e 17) móveis, simétri- cas, subtriangulares e longas; com estrias transver- sais; sem estruturas especializadas. Maxila (fig. 15) com mala alargada na margem lateral interna e muitas cerdas. Palpos maxilares 3-segmentados. Es- tipe com algumas cerdas. Cardo com 1 cerda lateral. Lábio (fig. 12) com pré-mento I transverso, com várias cerdas; pré-mento II transverso, mais largo que pré-mento I e glabro; pós-mento transverso e fundido à gula. Lígula ausente. Palpos labiais 2-seg- mentados; segmento distai (fig. 12a) com 1 apên- dice sensorial membranoso apical, circundado por cerdas espessas. Hipofaringe (fig. 11): lobo anterior com 4 cerdas cmtas de cada lado; lobo posterior com microespinhos em cada ângulo anterior. Pro- noto mais longo e mais esclerotinizado que meso- ou metanoto. Meso- e metanoto com 2 pregas cada um, sendo a anterior pequena e a posterior maior e com microcerdas. Mesotórax com 1 par de espirá- culos laterais esclerotinizados. Pernas (figs. 7 e 7a) curtas, robustas, inseridas ventro-lateralmente e com muitas cerdas rijas castanho-avermelhadas; coxa transversa; trocânter bem desenvolvido; fêmur mais longo e mais espesso que a tíbia; tarsúngulo (fig. 7a) com 2 cerdas próximas à base. Abdômen 10-seg- mentado; l.°-8.° segmentos com uma ampola trans- versal dorsal com microcerdas, 1 arredondada lateral cm 1 :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 230 MELOIDAE OEDEMERIDAE e 1 ventral; segmentos com 1 par de espirá- culos látero-dorsais esclerotinizados que diminuem de tamanho do 10.° segmento pequeno, com ápice bilobado, parcialmente embutido no 9.° seg- mento. Abertura anal transversal. Pupa (figs. 9 e 9a). Adéctica e exarata. Creme. Cabeça muito desenvolvida; com ângulos anteriores proeminentes e arredondados. Abdômen gradual- mente alargado do l.°-5.° segmento e a partir daí, estreitado para o ápice; com sulco dorso-Iongitudi- nal paralelo à margem lateral; região apical curvada para baixo. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Ribeirão Preto (Cidade Universitária), 07.V.1968, Zuchi col., 3 larvas fixadas (MZUSP); ibidem, 10.ii.1983, C. Garófalo col., 1 larva e 1 pupa fixadas (MZUSP); ibidem, 12.X.1983, C. Garófalo col., 3 adultos fixa- dos (MZUSP). Dados biológicos A larva triungulino foi relacionada com Meloe- typhlus aítacephalus por ter sido coletada sobre a mesma espécie que serviu de hospedeiro para a larva escarabeóide. As larvas escarabeóides da amostra de 07.V.1968 foram coletadas em ninhos de abelha solitária a 4,30 m de profundidade; as demais amostras em ninhos de Eulaema nigriía Lepeletier (Bombinae). Discussão A larva triungulino de Meloetyphlus aítacephalus é muito semelhante a de Tetraonyx quadrimaculata figurada por Bõving e Craighead (1931). 90. OEDEMERIDAE (Estampa 122) Família com aproximadamente 100 gêneros e 1 000 espécies, de distribuição mundial; no Brasil, ocorrem 12 gêneros e 47 espécies. Os adultos são geralmente encontrados na vegetação ou em flores alimentando-se provavelmente de pólen e néctar. Larvas subcilíndricas, com tórax proporcional- mente curto; pouco esclerotinizadas, com exceção das peças bucais e ocasionalmente dos urogonfos. Cabeça grande, defletida, sem estemas ou ocasional- mente com 5 de cada lado. Sutura coronal variando de moderada a muito longa, com endocarena subja- cente. Sutura frontal em geral em forma de V. Sutura fronto-clipeal ocasionalmente presente. Antenas com 3.° segmento reduzido. Mola mandibular carenada transversalmente. Mala maxilar robusta, às vezes afilando-se para o ápice arredondado, ocasional- mente fendido; com um unco pequeno e em geral subapical. Hastes hipostomiais ausentes. Coxas mo- derada a largamente separadas; pernas com grupos de espinhos ciu-tos ou espículos. Tórax em geral com grupos de espículos em todos os tergos, mas que podem ocasionalmente faltar nos 3 ou apenas no meso- e metatergo. 1.® e 2.°, l.°-3.° ou ocasional- mente l.°-5.° tergitos abdominais e 2.°-4.° ou 3.® e 4.® esternitos abdominais com ampolas providas de espículos; ampolas raramente ausentes. 9.® tergito em geral sem urogonfos, às vezes com 2 curtos; ocasionalmente com 2 urogonfos bem desenvolvidos, curvados para cima e com uma fovéola posterior entre eles. 9.® estemito em geral simples, ocasional- mente com 3-4 espículos de cada lado, na base. 10.® segmento transversal, póstero-ventral ou mais ou menos terminal. Espiráculos anulares. Larvas xilófagas, escavando galerias em troncos apodrecidos, principalmente era madeira mole. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Peterson, 1960; Rozen, 1959, 1960. Diplectrus vicinus Pic, 1926 (Estampa 122, figs. 1-19) Larva madura. Comprimento: 22,0 mm. Eruciforme (figs. 1 e 2), subcilíndrica com projeções dorsais no tórax, 1.® e 2.® segmentos abdominais e larvópo- des no 3.® e 4.® esternitos. Branco-leitosa com cáp- sula cefálica creme; clípeo, labro, mandíbulas e ápice dos tarsúngulos castanho-avermelhados; pilo- sidade e espículos castanho-avermelhados. Cabeça (figs. 6 e 7) larga, ligeiramente defletida, esclerotinizada e com pilosidade longa, mais concen- trada próximo às margens laterais; margens laterais arredondadas. Sutura epicranial presente. Sutura co- ronal longa. Ramos frontais muito curtos, em forma de V. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal distin- ta. Clípeo transverso, trapezoidal, membranoso com faixa basal esclerotinizada com 1 cerda de cada lado. Labro (fig. 18) assimétrico, transverso, com mar- gem anterior arredondada e com várias cerdas. Epifaringe (fig. 17): margem anterior com 2 cerdas longas e 1 curta de cada lado e 2 no meio; região mediana anterior com microcerdas e 4 botões sen- soriais; região mediana com faixa longitudinal densa de cerdas dispostas perpendicularmente; com 4 bo- tões sensoriais anteriores à faixa de cerdas e grupo cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 OEDEMERIDAE MYCTERIDAE 231 de 8 botões sensoriais menores na base. Suturas guiares (fig. 7) curtas e curvas. Gula transversa, fundida ao pós-mento. Antenas (figs. 15 e 15a) 3-segmentadas; antenífero membranoso; l.° e 2° segmentos alongados e com várias cerdas, sendo o 2.° segmento mais escuro e com apêndice sensorial cônico distai (fig. 15a); 3.° segmento diminuto com cerdas laterais curtas, 1 cerda distai longa e 3 mais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11-14) móveis, assimétricas, fortemente esclerotini- zadas; ápice 4-denteado na mandíbula direita (fig. 12a) e 5-denteado na mandíbula esquerda (fig. 14a); margem lateral com várias cerdas; mola da mandí- bula esquerda carenada transversalmente (figs. 13- 14) e da mandíbula direita (figs. 11 e 12) microtu- berculada. Maxila (fig. 19) com mala bem desen- volvida, larga na base e estreitada para o ápice; marginada por cerdas de tamanho variado; região ventral com unco látero-mediano bem desenvolvido e várias cerdas próximas às margens, mais concen- tradas na margem látero-basal. Palpos maxilares longos e 3-segmentados. Estipe estreitado na base e com cerdas longas e curtas. Cardo transverso com 1 cerda. Justacardo bem desenvolvido. Lábio (fig. 16) com pré-mento I e pré-mento II fundidos, com constrição subapical; com cerdas de vários tama- nhos, sendo 1 par próximo à base bastante longo; pós-mento alongado, subtrapezoidal e fundido à gula; com 2 cerdas longas. Lígula alongada, com ápice arredondado e várias cerdas distais. Palpos labiais 2-segmentados; l.° segmento o dobro do compri- mento do 2.0. Escleroma hipofaríngeo (fig. 10) com tufo distai de cerdas. Protórax mais estreito que a cabeça e mais longo que meso- ou metatórax, pro- jetado na região mediana dorso-basal; região dorsal com fileira transversal anterior e basal de cerdas e 2 áreas mediano-basais com espículos. Meso- e me- tonoto com elevação mediana com espículos e mar- ginada posteriormente por cerdas sendo a elevação do mesonoto sulcada longitudinalmente no meio. Com 1 par de espiráculos elípticos grandes, locali- zados lateralmente na região intersegmentar entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 9) subiguais com muitas cerdas curtas e espessas e algumas mais lon- gas e delgadas; coxa alongada; trocânter subtriangu- lar; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo assetoso e com ápice mais escuro. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; segmentos abdominais com muitas cerdas, mais concentradas em 1 fileira transversal próxima à base; l.° e 2° segmentos com projeção dorsal com espículos; 3.° e 4.° segmentos com 2 larvópodes cada um com espículos, no ápice (fig. 8); l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares laterais, sendo l.° par maior. 9.° segmento ligeiramente menor que os demais, sem mogonfos. 10.° segmento tubular. Abertura anal transversal. Pupa (figs. 3 e 4). Adéctica, exarata e alongada. Branca com pilosidade castanho-avermelhada, inse- rida no ápice de projeção espiniforme. Pronoto alongado com muitas projeções espiniformes setosas. Antenas e pernas (fig. 4) muito longas. Abdômen alongado, com projeções espiniformes setosas dor- sais e laterais. l.°-7.° segmentos abdominais com 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais. 9.° seg- mento com 1 projeção de cada lado, cada uma com 1 espinho distai. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Pirituba (Pico do Jaraguá), 21.xi.l981, S.A. Vanin col., 4 larvas, 1 pupa e 2 adultos fixados (MZUSP). Sale- sópolis (Estação Biológica de Boracéia), 20-21. v. 1980, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada (MZUSP); ibidem ll-13.iv.l983, Exp. MZUSP col., 15 larvas fixadas (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas em troncos caídos, pequenos, no interior da mata, escavando galerias profundas. A larva madura faz câmara mais superficial onde ocorre a pupação. 91 . MYCTERIDAE (Estampas 123-124) Esta família inclui Hemipeplidae e compreende aproximadamente 30 gêneros e 160 espécies de dis- tribuição mundial. No Brasil ocorrem cerca de 11 gêneros e 48 espécies. Os adultos são freqüente- mente encontrados sobre a vegetação e flores. Larvas fortemente deprimidas, pouco esclerotini- zadas, com exceção da cabeça e 9.° tergito. Cabeça com 2 ou 5 estemas de cada lado. Sutura coronal curta ou ausente. Endocarena mediana ocasional- mente presente entre os ramos frontais. Antenas com sensório curto, cupuliforme. Mola algo reduzida, não se extendendo à base mandibular, e em geral tuber- culada. Peças bucais ventrais algo protraídas; cardos oblíquos; mala arredondada, fendida, unco pequeno ou ausente; lígula mais comprida que os palpos labiais, 1-2 segmentados. Hastes hipostomiais longas e divergentes. Pernas largamente separadas. Segmen- tos abdominais freqiientemente com 1 ou 2 fileiras longitudinais de espículos de cada lado do tergito e esternito. 8.° segmento muito mais comprido que o 7.°. 9.° tergito fortemente esclerotinizado, for- 232 MYCTERIDAE mando uma placa articulada com 1 ou 2 pares de processos (urogonfos de vários autores); frequente- mente apresenta-se dividido longitudinalmente e com 2 fovéolas posteriores. 8.° esternito escavado poste- riormente e envolvendo parcialmente o 9.° esternito; este é profundamente escavado posteriormente, for- ma esclerito em forma de U invertido e circunda o 10.° segmento. 10.° segmento oval, transversal e ventral. Espiráculos anulares, em geral com uma série ou agrupamento de tubos acessórios em um dos lados. Larvas desta família ocorrem sob a casca de árvo- res, em galerias verticais localizadas logo abaixo da casca, ou nas axilas de várias monocotiledôneas como por exemplo palmeiras. Em alguns membros da família ocorre um instar morfologicamente dis- tinto, quiescente, e que precede a fase pupal (Costa e Vanin, 1985). Referências: Bõving e Craighead, 1931; Costa e Vanin, 1985; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. Eurypus muelleri Seidlitz, 1917 (Estampa 123, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 35,0 mm; largura do protórax: 2,8 mm. Campodeiforme (fig. 1) forte- mente achatada dorso-ventralmente e esclerotiniza- da. Amarelada com cabeça e 8.° tergito escurecidos, mandíbulas e 9.° segmento acastanhados. Pilosidade esparsa e amarelada. Cabeça (figs. 5 e 7) prognata, transversa, forte- mente esclerotinizada e deprimida, com carena na margem lateral. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Cinco estemas pigmentados, dorso-laterais: 3 em fileira transversal na parte mais larga da cabeça, abaixo da antena, e 2 abaixo dos anteriores (fig. 5a). Sutura fronto-clipeal indistinta. Labro (fig. 10) transverso, com ângulos anteriores ligeiramente arredondados e várias cerdas. Epifaringe (fig. 6) com 2 fileiras de 4 cerdas de cada lado; região mediana com 2 cerdas e 8 botões sensoriais; região basal com esclerotinização transversal proeminente na região mediana anterior e com 4 prolongamentos posteriores; com 10 botões sensoriais no meio. Su- turas guiares longas, levemente inclinadas. Gula trapezoidal, fundida ao submento. Hastes hiposto- miais divergentes na base. Antenas (fig. 12) longas e 3-segmentadas; antenífero transverso e membra- noso; l.° e 2.° segmentos alongados; 2.° segmento com apêndice sensorial achatado distai; 3.° segmento delgado, com 1 cerda distai longa e várias curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 14 e 15) móveis, simétricas; região distai com 3 dentes gran- des e 1 dorsal pequeno; mola bem desenvolvida, com tubérculos agudos de tamanhos variados. Maxila (fig. 13) com mala larga, com ápice arredondado; marginada distai e lateralmente por franja de cerdas; região ventral com unco pequeno localizado interna- mente, próximo ao ângulo ântero-mesal. Palpos ma- xilares 3-segmentados. Estipe transverso, com algu- mas cerdas curtas. Cardo subtriangular, bem desen- volvido e com 1 cerda. Justacardo alongado. Lábio (fig. 11): pré-mento transverso, com faixa transver- sal mais escura; mento transverso, mais longo que 0 pré-mento; submento alongado, retangular, fundido à gula. Lígula bem desenvolvida, com microcerdas distais e cerdas e botões sensoriais subapicais. Pal- pos labiais 2-segmentados. Protórax transverso, mais estreito que meso- ou metatórax. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares, localizados lateral- mente, em uma projeção dos ângulos anteriores. Pernas (fig. 7) inseridas ventro-lateralmente, com algumas cerdas longas; coxa transversa; trocânter curto; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com ápice mais escuro e 2 cerdas basais. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-7.° segmen- tos transversos, com margens arredondadas; 8.° seg- mento trapezoidal, margens levemente convergentes para o ápice com carena transversal basal, interrom- pida no meio e com 4 espinhos pequenos; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares dorso- laterais. 9.° segmento (figs. 8 e 9) transversal, for- temente esclerotinizado, par de urogonfos bífidos com ramos externos mais desenvolvidos; margem posterior com par de tubérculos alongados, ventrais e medianos. 10.° segmento (fig. 9) membranoso, em forma de lobo pequeno, ventro-posterior ao 8.° segmento. Abertura anal transversal. Pré-pupa (fig. 2). Amarelada com ápice das man- díbulas, dos tarsúngulos e dos dentes do ápice do abdômen castanhos. Cabeça semelhante à da larva madura. Estemas hialinos. Tórax e abdômen mais largos e curtos mas com as mesmas estruturas da larva madura. 9.° segmento abdominal com dentes látero-distais mais proeminentes. Pupa (fig. 3). Adéctica e exarata. Creme. Cabeça parcialmente visível de cima. Pronoto transverso, com muitas projeções espiniformes com 1 cerda no ápice. l.°-7.° segmentos abdominais com ângulos posteriores proeminentes com 2-3 projeções espini- formes setosas no ápice; 9.° segmento com 1 par de urogonfos com ápices voltados para cima. MYCTERIDAE 233 Material examinado. BRASIL. Bahia. Ilhéus (Banco da Vitória), iv.l979, S. Soria coL, 4 larvas fixadas (MZUSP). Minas Gerais. Santa Bárbara (Serra do Caraça — Tanque Grande), 08.xii.l982, Exp. MZUSP coL, 3 larvas fixadas (MZUSP). São Paulo. Botucatu, 25.V.1981, S.A. Casari-Chen col., 1 larva criada até pré-pupa (MZUSP). Eldorado, 23.iii. 1967, P.C. Montouchet col., 10 larvas, 1 pré-pupa e 1 pupa fixadas (MZUSP). Itanhaém, 23.iii.1978, L.R. Fontes col., 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 27.vii.1979, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas (MZUSP); ibidem, 09.iv.l980, Exp. MZUSP col., 1 larva e 1 adulto fixados; 1 larva criada até pupa e 1 larva criada até adulto (MZUSP). Peruíbe, 15-16.xii.1980, Exp. MZUSP col., 1 larva fixada e 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 20-21. xi.l980, Exp. MZUSP col., 2 larvas fixadas (MZUSP). São Paulo (Cidade Universitária), 09.Í.1977, S.A. Vanin e C. Costa cols., 1 larva fixada (MZUSP). Dados biológicos Larvas encontradas nas axilas de folhas de palmei- ras, principalmente Euterpes edulis (palmito). A larva de último instar constrói um casulo com as fibras da palmeira onde sofre ecdise mudando para pré-pupa; depois de aproximadamente 6 dias sofre nova ecdise mudando para pupa. O adulto emerge após cerca de 9 dias. Discussão Esta espécie foi descrita por Costa e Vanin (1977). Acrescentamos aqui a figura da epifaringe e salien- tamos que a gula é fundida ao submento e que o justacardo é bem desenvolvido. Stilpnonotus postsignatus Fairmaire, 1889 (Estampa 124, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 12-16 mm; largura do tórax: 1,0-1, 2 mm. Campodeiforme (fig. 1), ligei- ramente achatada dorso-ventralmente. Creme com mandíbulas, região da fronte e do pronoto, 8.° tergito e 9.° segmento abdominal castanho-escuros; 2.0-4.° tergitos abdominais com espículos. Cabeça levemente defletida, esclerotinizada e de- primida; parcialmente retraída no protórax. Sutura epicranial presente. Sutura coronal longa. Ramos frontais curtos, em forma de V fechado. Cinco este- mas pigmentados de cada lado, em uma fileira com 3 e outra com 2, muito próximos entre si, abaixo da articulação das antenas. Sutura fronto-clipeal obsoleta. Clípeo membranoso e transverso. Labro (fig. 9), transverso, com ângulos arredondados, com cerdas de tamanhos variados, sendo 3 em cada ângulo, anterior mais longas. Epifaringe (fig. 8) com 1 fileira lateral de cerdas cada uma; re- gião mediana anterior com microcerdas e 4 botões sensoriais; com 1 cerda e várias microcerdas no meio e grupo de 9 botões sensoriais na base. Antenas (fig. 7) 3-segmentadas; antenífero transverso e membranoso; o 2.° segmento é o mais longo, com várias cerdas e 1 apêndice sensorial pequeno látero-distal; 3.° segmento diminuto, com várias cerdas distais, 2 das quais mais longas. Sutu- ras guiares distintas. Gula alongada fundida ao pós- -mento. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 14 e 15) móveis, simétricas, fortemente esclerotini- zadas; região apical com 2 dentes grandes; com 2 dentes subapicais dorsais menores; mola bem desenvolvida, estriada transversalmente; margem la- teral com 2 cerdas. Maxila (fig. 13): mala com ápice alargado, com margem anterior oblíqua; mar- ginada anterior e distalmente por franja densa de cerdas; com unco pequeno, ventral, no ângulo ântero-mesal. Palpos maxilares 3-segmentados. Es- tipe alongado, com várias cerdas. Cardo subtriangu- lar com 1 cerda. Justacardo alongado. Lábio (fig. 12) com pré-mento transverso; pós-mento alongado e fundido à gula. Lígula bem desenvolvida, alon- gada, com ápice arredondado e várias cerdas distais, sendo 2 mais longas. Palpífero palpiforme com 1 cerda longa. Palpos labiais 2-segmentados. Protó- rax alongado, mais longo que meso- ou metatórax. Mesotórax com 1 par de espiráculos elípticos, gran- des, látero-ventrais e com grupo de tubos acessórios curtos. Pernas subiguais com algumas cerdas longas e delgadas; coxa larga e curta; trocânter subtrian- gular; fêmur mais espesso que a tíbia; tíbia margi- nada distalmente por cerdas espessas e curtas; tar- súngulo escurecido e com 2 cerdas basais. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; 2.°-4.° segmentos com 2 fileiras de espículos dorsais (fig. 10) dispos- tas em semicírculo e 1 fileira ventral de cada lado, menor que a dorsal. l.°-7.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares látero-ventrais anteriores; 8.° segmento (figs. 5 e 6) mais longo que os demais, fortemente esclerotinizado e com 1 par de espiráculos anulares laterais. 9.° segmento (figs. 5 e 6) forte- mente esclerotinizado e achatado dorso-ventralmente, mais estreito que os demais e com par de urogonfos espiniformes voltados para cima; com muitas cerdas. 10.° segmento (fig. 6) ventral ao 9.°, formado por lobo único. Abertura anal transversal. 234 MYCTERIDAE - PYROCHROIDAE SALPINGIDAE Pré-pupa (fig. 2). Creme. Mais curta e mais larga que a larva madura; cabeça hipognata; 5 estemas hialinos de cada lado; 8.° e 9.° segmentos abdomi- nais mais claros do que o da larva madura. Espículos do 2.°-4.° tergitos e esternitos presentes. Pupa (fig. 3). Adéctica e exarata; creme. Cabeça invisível de cima. Pronoto marginado anterior e late- ralmente por projeções espiniformes. segmen- tos abdominais com 2 projeções dorso-laterais e 2 la- terais de cada lado; 9.° segmento com 1 par de urogonfos divergentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 27-29.iv.l981,Exp. MZUSP col., 4 larvas fixadas, 1 larva criada até pré-pupa e 3 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em troncos caídos, semi-apodre- cidos mas com a madeira bastante dura. As larvas eram encontradas em galerias perpendiculares à su- perfície do tronco. As larvas permaneciam no inte- rior das galerias com a extremidade abdominal vol- tada para a abertura externa. Logo que perturbadas retraíam-se rapidamente para o interior da galeria. Nesta espécie, também observou-se a fase de pré- -pupa precedida de ecdise, semelhante a que ocorre em Euripiis muelleri. A duração do instar pré-pupal foi de 6-7 dias e o do pupal 12-14 dias (Costa e Vanin, 1984). Discussão Esta larva foi descrita por Costa e Vanin (1984). Salientamos aqui, que o justacardo é bem desenvol- vido. Discussão mais ampla sobre o instar de pré-pupa em Mycteridae pode ser encontrada em Costa e Vanin (1985). 92. PYROCHROIDAE Família que contém aproximadamente 10 gêneros e 100 espécies, distribuídas principalmente na região Holártica, Ásia e Antilhas. No Brasil foi descrita uma espécie, Pogonoceromorphus lauropalui, cuja posição dentro desta família é considerada duvidosa por alguns autores. Larvas deprimidas, em geral pouco esclerotiniza- das, com exceção da cabeça, 8.° e 9.° tergitos abdo- minais; às vezes, todos tergitos visíveis são modera- damente esclerotinizados. Cabeça larga, chata, com 4-5 estemas de cada lado. Sutura coronal muito curta. Antenas longas, apresentando 3 segmentos subiguais e um cone sensorial cônico, pequeno. Mola mandibular grande, carenada transversalmente. Ma- la truncada e fendida, com unco distinto. Lígula mais comprida que os palpos labiais. Hastes hipos- tomiais moderadamente longas e divergentes. Pernas largamente separadas. Tergitos abdominais geral- mente apresentam uma carena transversal próxima à região anterior. 8.° segmento muito mais comprido que o l.°. 9.° lergito fortemente esclerotinizado, formando placa articulada, com 1 par de urogonfos, ligeiramente encurvados para cima, e duas fovéolas profundas entre eles. 9.° estemito reduzido, embu- tido na emarginação do 8.° estemito, e com uma fileira contínua de espículos, fortemente curvada dos lados. 10.° segmento transversal, oval e ventral. Espiráculos anulares. Larvas encontradas sob casca de árvores, alimen- tando-se de hifas de fungos e do tecido apodrecido do câmbio. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. 93. SALPINGIDAE Esta família inclui Aegialitidae, Dacoderidae, Eu- rystethidae, Tretothoracidae e compreende aproxi- madamente 40 gêneros e 283 espécies, de distribui- ção mundial e mais comumente encontradas em regiões temperadas. No Brasil ocorrem cerca de 3 gêneros e 5 espécies. Larvas leve ou fortemente deprimidas, fracamente esclerotinizadas com exceção da cabeça e 9.° tergito abdominal. Sutura coronal ausente. Sutura frontal llriforme, geralmente com endocarena subjacente. Cabeça com 1 ou 5 estemas de cada lado. Mandí- bulas em geral com mola bem desenvolvida formada por carenas transversais, às vezes reduzida ou subs- tituida por 1 lobo hialino e agudo. Maxila: mala arredondada ou truncada, às vezes com unco, rara- mente fundida. Lígula presente ou ausente. Hastes hipostomiais em geral longas e subparalelas. 9.° ter- gito geralmente, demais tergitos ocasionalmente, com carena anterior interrompida e contínua. Urogonfos bífidos ou mais complexos, curvados para cima. 9.° estemito reduzido e quase sempre com fileira basal de 1-10 espículos de cada lado. 10.° segmento, trans- em 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 SALPINGIDAE - OTHNIIDAE 235 versai, oval e ventral. Espiráculos em geral anular- -bíforos, ocasionalmente anulares. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas ocorrem sob casca de árvores, em madeira em decomposição ou nas axilas de folhas. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Howden e Howden, 1981; Lawrence, 1982. 94. OTHNIIDAE (— Elacatidae — Estampa 125) Família monogenérica representada pelo gênero Elacatis com cerca de 15 espécies distribuídas pelas regiões Neotropical, Neártica e Oriental. Duas espé- cies são registradas para o Brasil. Larvas deprimidas, pouco esclerotinizadas com exceção da cabeça e 9.° segmento abdominal. Sutura coronal ausente. Sutura frontal liriforme. Cabeça com 5 estemas de cada lado. Sutura fronto-clipeal ausente. Mandíbulas com mola bem desenvolvida e microtuberculada. Maxila: mala alongada com 1-3 tincos no ângulo anterior interno; lígula bem desen- volvida com ápice arredondado. Hastes hipostomiais curtas e divergentes. Coxas largamente separadas. Margem posterior do 9.° segmento abdominal com entalhe arredondado entre os urogonfos e 4 tu- bérculos espiniformes situados anteriormente; uro- gonfos trífidos encurvados para cima. 9.° estemito com fileira basal e transversal de espículos, sinuosa e levemente curvada para trás, nos lados. 10.° seg- mento transversal, póstero- ventral. Espiráculos anu- lar-bíforos. Larvas ocorrem embaixo de casca de troncos caí- dos, semi-apodrecidos. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Peterson, 1960. Elacatis ruficomis (Pic, 1920) (Estampa 125, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 10,0 mm; largura do protórax: 1,2 mm. Elateriforme (fig. 1), achatada dorso-ventralmente. Amarela com cabeça, pernas e ápice dos urogonfos mais escuros. Pilosidade curta, esparsa e castanho-clara. Cabeça (figs. 2 e 3) prognata, fortemente escle- rotinizada e deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Cinco estemas (fig. 2a) pigmentados de cada lado dispostos em 2 fileiras transversais abaixo da articulação das antenas: uma com 3 e outra com 2. Sutura fronto-clipeal ausente. Fronte proeminente na região mediana anterior e com faixa membranosa transversal distai. Labro (fig. 8) transverso, gra- dualmente estreitado dos ângulos anteriores para o ápice; com 4 cerdas de cada lado. Epifaringe (fig. 9): margem anterior com 4 cerdas espessas de cada lado e 2 no meio; região mediana com grupo de 12 botões sensoriais sendo 4 deles mais anteriores; com muitas microcerdas dirigidas para o meio ou para trás. Suturas guiares (fig. 3) curtas. Gula trans- versa. Hastes hipostomiais curtas e divergentes. An- tenas (figs. 4 e 4a) 3-segmentadas; antenífero mem- branoso e bem desenvolvido; l.° segmento curto, com 2 cerdas distais longas e 1 muito curta; 2° seg- mento alongado, com várias cerdas distais e 1 cone sensorial membranoso látero-distal (fig. 4a); 3.° segmento menor, com 1 cerda distai longa e 2 api- cais mais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13 e 14) móveis, simétricas, fortemente escle- rotinizadas; com 2 dentes apicais e 2 subapicais dorsais com ápice arredondado; mola bem desenvol- vida com microtubérculos formando cristas trans- versais; margem lateral anterior com 1 cerda. Maxila (fig. 5): mala alongada com 2 uncos no ângulo anterior; região ventral com 3 cerdas próximas à margem anterior e várias na margem lateral; região dorsal com muitas cerdas espessas. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe alongado, com algumas cer- das. Cardo subtriangular. Justacardo bem desenvol- vido. Lábio (fig. 7) com pré-mento transverso, com 2 cerdas; mento alongado, com 1 cerda longa e 2 curtas de cada lado; submento trapezoidal com 1 cerda longa de cada lado, próxima à base. Lígula bem desenvolvida, com ápice arredondado, 2 cerdas apicais e 4 botões sensoriais. Palpos labiais 2-seg- mentados. Segmentos torácicos transversos e com margens laterais arredondadas; protórax mais longo que meso- ou metatórax. Um par de espiráculos anular-bíforos localizados ventralmente, na região intersegmentar entre pro- e mesotórax. Pernas (fig. 12) subiguais, com cerdas de tamanho variado; coxa transversa; trocânter subtriangular; fêmur mais es- pesso que a tíbia; tarsúngulo longo, com 1 cerda basal. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; I.°-8.° segmentos transversos, com 1 par de espi- ráculos anular-bíforos laterais. Margem posterior do 9.® segmento (figs. 6, 10 e 11) com entalhe arredon- dado entre os urogonfos e 4 tubérculos espiniformes situados anteriormente; urogonfos trífidos e com algumas cerdas longas; 9.® estemito alongado (fig. 10) com fileira basal e transversal de espículos, si- nuosa, interrompida no meio, levemente curvada para trás; cada espículo lateral externo maior que cm 1 :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 236 OTHNIIDAE INOPEPLIDAE OS demais. 10.° segmento reduzido, transversal e ventral. Abertura anal transversal. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe (Barra do Una), 17.xii.l980, Exp., MZUSP col., 15 larvas e 1 adulto fixados e 6 larvas criadas até adulio (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas embaixo de casca de troncos caídos no interior da mata. Em laboratório o período pupal foi de 3-9 dias (6 observações). Discussão Larva muito semelhante a de Elacatis umbrosus Le Conte, da América do Norte, ilustrada por Bõving e Craighead, 1931. 95. INOPEPLIDAE (Estampa 126) Família monogenérica representada pelo gênero Inopeplus com cerca de 52 espécies distribuídas por todo o mundo exceto na região Paleártica. Três espécies são registradas para o Brasil. Larvas fortemente deprimidas pouco esclerotini- zadas, com exceção da cabeça e do 9.° tergito. Su- tura coronal ausente. Sutura frontal liriforme. Cabeça com 5 estemas de cada lado. Sutura fronto-clipeal obsoleta. Mandíbulas com mola bem desenvolvida e tuberculada. Maxila com mala alongada com ápice arredondado; lígula ausente. Hastes hipostomiais longas e divergentes. Coxas largamente separadas. Margem posterior do 9.° tergito com entalhe oval, transversal, com urogonfos bífidos. 9.° esternito transversal com fileira anterior curva e irregular de espículos. 10.° segmento oval, transversal, ventral. Espiráculos torácicos anular-bíforos; abdominais, anulares. Larvas ocorrem embaixo de casca de árvores caí- das. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Peterson, 1960; Spilman, 1971. Inopeplus sp. (Estampa 126, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 11,5 mm; largura do protórax: 0,9 mm. Campodeiforme (fig. 1), forte- mente achatada dorso-ventralmente. Creme com cabeça amarela, mandíbulas e urogonfos cas.anhos. Pilosidade clara e esparsa, localizada lateralmente. Cabeça (figs. 14 e 15) prognata, fortemente escle- rotinizada e deprimida. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de lira. Cinco estemas (fig. la) pigmentados e bem desenvolvidos de cada lado: 3 muito próximos entre si, dispostos em fileira transversal lateral à articula- ção da antena, e 2 dorso-laterais abaixo dos ante- riores. Sutura fronto-clipeal obsoleta. Clípeo trans- verso. Labro (fig. 6) transverso, com ângulos ante- riores arredondados e 6 cerdas espessas de cada lado. Epifaringe (fig. 7) com 3 cerdas espessas próximas à cada ângulo anterior e 2 no meio; regiões me- diana anterior e látero-medianas com várias cerdas espiniformes dirigidas para o meio ou para trás; re- gião mediana com grupo de 8 botões sensoriais an- teriores, 6 basais e 2 cerdas no meio dirigidas para trás. Suturas guiares (fig. 15) longas. Gula trapezoidal, fundida ao submento e com 1 cerda látero-anterior de cada lado (fig. 11). Hastes hipos- tomiais longas, retas e divergentes. Antenas (fig. 4) 3-segmentadas; antenífero membranoso; l.° segmen- to transverso com cerdas subapicais; 2.° segmento alongado, com cerdas subapicais e apêndice sensorial cônico, membranoso, látero-distal; 3.° segmento me- nor, com 1 cerda distai longa e várias mais curtas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) móveis, simétricas, fortemente esclerotinizadas; re- gião apical com 2 dentes grandes e 2 subapicais ventrais menores; mola tuberculada e bem desen- volvida; margem lateral com várias cerdas. Maxila (fig. 10) com mala alongada, com ápice arredon- dado e várias cerdas distais e laterais, algumas bas- tante espessas. Palpos maxilares 3-segmentados. Es- tipe com algumas cerdas de vários tamanhos. Cardo subtriangular com 1 cerda. Justacardo alongado. Lábio (fig. 11) com pré-mento transverso, com 2 cerdas; mento alongado com 2 cerdas longas; submento transverso, subtrapezoidal, fundido à gula. Lígula ausente. Palpos labiais 2-segmentados. Pro- tórax transverso, mais longo que meso- ou metató- rax; margens laterais retas, com uma projeção tubu- lar próxima ao ângulo posterior no ápice da qual situa-se um espiráculo anular-bíforo. Meso- e me- tatórax transversais, com margens laterais arredon- dadas. Pernas (fig. 5) subiguais, inseridas ventro- -lateralmente; com poucas cerdas; coxa larga e curta; trocânter triangular; fêmur mais espesso que a tíbia; tarsúngulo com ápice mais escuro e 1 cerda próxima à base. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos transversais com margens arre- dondadas e com 1 par de espiráculos anulares dorso- INOPEPLIDAE - ANTHICIDAE - -laterais menores que os torácicos. 9.° tergito (figs. 8 e 9) transversal, curto, com 1 par de urogonfos esclerotinizados, fixos, com ápice afilado, curvado para cima, 1 espinho mesal e 3 tubérculos setosos sobre cada urogonfo; 9.° esternito transversal com fileira basal, arqueada, interrompida no meio, for- mada por 4-6 espículos de cada lado (fig. 9). 10.° segmento tubular e ventral. Abertura anal trans- versal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata; creme. Cabeça pouco mais larga que o pronoto, parcialmente visível de cima; com projeções espiniformes setosas. Pro- tórax transverso, proeminente na região mediana anterior e marginado lateral e anteriormente por projeções espiniformes setosas. Segmentos abdomi- nais transversos, com projeções espiniformes late- rais e 2 dorsais assetosas. 9.° segmento com 1 par de urogonfos espiniformes, curtos, fixos, com ápices escurecidos e voltados para cima. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 27-29.ix.1984, Exp. MZUSP col., 7 larvas, 5 pupas e 8 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos encontrados embaixo de casca de troncos caídos semi-apodrecidos. 96. ANTHICIDAE Família que inclui Cononotidae, Pedilidae e com- preende aproximadamente 100 gêneros e 3000 espé- cies, de distribuição mundial. No Brasil ocorrem cerca de 9 gêneros e 69 espécies. Larvas variando de subcilíndricas a levemente convexas, em geral pouco esclerotinizadas, com exce- ção das peças bucais e extremidade distai dos uro- gonfos; às vezes com cápsula cefálica esclerotinizada e com placas tergais pouco desenvolvidas nos ter- gitos visíveis. Cabeça em geral com 1 estema de cada lado, ocasionalmente 5, ou ausentes. Sutura coronal curta ou ausente. Ramos da sutura frontal aproximados na base. Endocarena mediana às vezes presente. Antenas com sensório cônico. Mandíbulas em geral com lobo hialino na base, mola freqüen- temente reduzida e em geral carenada transver- salmente. Mala truncada, simples ou fendida, com unco bidenteado. Hastes hipostomiais ausentes ou longas e convergentes. 9.® tergito frequentemente tuberculado e em geral com um par de urogonfos EUGLENIDAE - SCRAPTIIDAE 237 simples ou bifurcados, às vezes com 1 ou 2 fovéolas entre eles. 9.° esternito simples, com 2 ou mais espículos látero-basais, ou 2 espículos meso-apicais. 10.0 segmento mais ou menos transversal, póstero- -ventral ou posterior. Espiráculos anulares, anu- lar-uníforos ou anular-bíforos. Larvas e adultos encontrados no folhiço, e sob casca de troncos caídos. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Kitayama, 1982; Lawrence, 1982. 97. EUGLENIDAE (= Aderidae, Hylophilidae, Xy- lophilidae) Esta família contém cerca de 35 gêneros e 1 100 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorre apenas o gênero Aderus com cerca de 40 espécies. Larvas estreitas, deprimidas, pouco esclerotiniza- das, com exceção das peças bucais e extremidades distais dos urogonfos. Cabeça sem estemas. Sutura coronal ausente. Ramos da sutura frontal aproxi- mados na base. Mandíbulas com mola reduzida e lobo hialino na base. Mala simples ou provida de um unco pouco desenvolvido. Hastes hipostomiais ausentes ou muito curtas e convergentes. 9.® tergito abdominal com um par de urogonfos simples, curva- dos para cima; 9.® esternito simples. 10.® segmento transversal e posterior. Espiráculos anulares. Larvas pouco conhecidas, encontradas em asso- ciação com madeira apodrecida. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Hayashi, 1972; Lawrence, 1982. 98. SCRAPTIIDAE Esta família inclui Anaspididae e compreende cerca de 30 gêneros e 400 espécies, de distribuição mundial mas mais freqüentemente encontradas em regiões secas. No Brasil ocorre o gênero Scraptia com cerca de 9 espécies. Os adultos são encontrados em flores. Larvas estreitas, algo deprimidas, muito pouco esclerotinizadas, com exceção das peças bucais e ex- tremidades distais dos urogonfos, quando presentes. Cabeça sem estemas, ou apenas 1 de cada lado. Sutura coronal ausente. Ramos da sutura frontal 238 SCRAPTIIDAE CERAMBYCIDAE aproximados na base, em geral ligados anteriormente por uma linha ecdisial transversa. Endocarena me- diana às vezes presente. Antenas com 3° segmento reduzido; sensório curto, cupuliforme. Sutura fron- to-clipeal presente. Mandíbulas com mola algo re- duzida, pré-basal, em geral com lobo hialino na base. Mala truncada, simples ou fendida, às vezes com unco distinto, biespinhoso. Hastes hipostomiais ausentes, ou curtas e convergentes. Tórax alongado, em geral com mais da metade do comprimento do abdômen. Tarsúngulos bissetosos, com cerdas alinha- das. 9.° tergito provido de um par de urogonfos simples e com fovéola mediana, ou com um lobo único, deiscente, fracamente esclerotinizado (Scrap- tiinae); 9.° esternito simples. 10.° segmento trans- versal, posterior ou póstero-ventral. Espiráculos anular-bíforos. Larvas encontradas em folhiço, ou em madeira apodrecida. Larvas desconhecidas para o Brasil. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Watt, 1987. Chrysomeloidea (= Phytophaga) Esta superfamília contém 3 famílias: Ceramby- cidae, Bruchidae e Chrysomelidae, todas com repre- sentantes no Brasil. Larvas em geral pouco esclerotinizadas, com placas tergais reduzidas, indistintas ou ausentes. Cabeça com ramos frontais geralmente em forma de V; endocarena mediana frequentemente presente. Antenas curtas, em geral 3-segmentadas. Sutura fronto-clipeal em geral distinta. Labro quase sempre livre. Mandíbulas sem mola e prosteca. Maxila com mala indivisa; palpos maxilares em geral 3-4 seg- mentados. Palpos labiais em geral 2-segmentados. Trave hipofaríngea presente. Pernas às vezes redu- zidas. Espiráculos em geral anulares; às vezes anu- lar-bíforos. Referência: Lawrence, 1982. 99. CERAMBYCIDAE (Estampas 127-130) Esta família inclui Disteniidae, Hypocephalidae, Parandridae, Spondylidae e compreende aproxima- damente 4 000 gêneros e 35 000 espécies de dis- tribuição mundial. No Brasil ocorrem cerca de 1 000 gêneros e 3 500 espécies. Larvas alongadas, subcilíndricas ou deprimidas, no máximo levemente curvadas dorso-ventralmente; pouco esclerotinizadas, sem escleritos setíferos nos segmentos do tronco. Cabeça mais ou menos prog- nata e retraída no protórax. Estemas variáveis, fre- quentemente indistintos. Sutura coronal variando de longa a ausente e às vezes obliterada pelo sulco de inserção dos músculos retratores dorsais da cabeça. Antenas muito curtas, em geral 3-segmentadas, oca- sionahnente 2-segmentadas, raramente 4-segmenta- das. Mandíbulas robustas e curtas, com margem cor- tante obhqua. Peças bucais ventrais protraídas. Lá- bio em geral com lígula bem desenvolvida. Gula quase sempre presente. Forâmen occipital muito grande, freqüentemente dividido em 2 partes pela ponte do tentório. Protórax em geral dilatado. Per- nas freqüentemente vestigiais ou ausentes; se pre- sentes, largamente separadas. l.°-6.° ou l.°-7.° seg- mentos abdominais geralmente com ampolas ambu- latórias, às vezes com placas tergais fracamente pigmentadas ou grupamentos de espículos. 9.° ter- gito simples ou com urogonfos muito pequenos. 10.° segmento mais ou menos terminal; ânus em geral em forma de Y, ocasionalmente transversal. Espiráculos geralmente anulares e ovalados, com aberturas estreitas; ocasionalmente circulares, rara- mente anular-bíforos. Larvas desta família são brocas de tecidos vegetais vivos ou mortos. Podem ser encontradas nos caules ou nas raízes. Umas vivem na região subcortical, enquanto outras perfuram galerias longas e de seção elíptica no lenho. Algumas espécies são espermó- fagas e desenvolvem-se em sementes. Criamos uma espécie (Apamauta sp.) da ráquis foliar de uma samambaia-açu. Muitas espécies de cerambicídeos acarretam danos consideráveis às plantas utilizadas na agricultura ou para extração de madeira de lei. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Duffy, 1960; Lawrence, 1982; Lima, 1955; Peterson, 1960. Parandra (Hesperandra) glabra (De Geer, 1774) (Estampa 127, figs. 1-18) Larva madura. Comprimento: 54,0 mm; largura do protórax: 7,0 mm. Ortossomática (figs. 1 e 2), subcilíndrica; creme, com região anterior da cápsula cefálica e mandíbulas castanho-avermelhadas a ne- gras; labro, maxilas, lábio e protórax, amarelados; espículos ferruginosos; pilosidade curta e clara. CERAMBYCIDAE 239 Cabeça (figs. 5 e 6) prognata, esclerotinizada e fortemente retraída no protórax. Sutura epicranial presente. Região da sutura coronal alargada com 1 sulco onde se inserem os músculos retratores supe- riores da cabeça. Ramos frontais angulares, dispostos em forma de U. Endocarena prolongando-se entre os ramos da sutura frontal e atingindo a margem anterior da fronte. Estemas ausentes. Sutura fron- to-clipeal distinta. Clípeo transverso e trapezoidal. Labro (fig. 8) alongado, levemente estreitado para o ápice; com muitas cerdas curtas mais concentradas nas margens laterais e anterior e 2 cerdas medianas longas. Epifaringe (fig. 7) com muitas cerdas diri- gidas para o meio, as mais centrais espatuladas; região mediana basal com grupo de 6 botões senso- riais. Gula obsoleta seguida de depressão oval na qual se inserem os músculos retratores ventrais da cabeça. Suturas hipostomiais (fig. 6) curvas, não atingindo a 1/2 do comprimento da cápsula cefálica. Antenas (figs. 9, 9a e 9b) curtas e 3-segmentadas; antenífero membranoso e bem desenvolvido; l.° seg- mento é o mais longo; 2.° segmento alongado com cerdas curtas, sendo as distais espatuladas; com apên- dice sensorial anelar distai; 3.° segmento diminuto com 3 cerdas distais. Peças bucais protraídas. Man- díbulas (figs. 15-18) móveis, assimétricas, robustas e fortemente esclerotinizadas; com pequeno dente sub- apical; área mesal estriada longitudinalmente; mar- gem lateral marchetada e com muitas cerdas curtas. Maxila (fig. 14); mala com ápice arredondado; com muitas cerdas. Palpífero palpiforme, com várias cer- das. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe com muitas cerdas curtas. Cardo subtriangular, bem de- senvolvido e com muitas cerdas curtas. Lábio (fig. 14) com pré-mento e mento transversos, com muitas cerdas curtas e faixa transversal basal mais escle- rotinizada, sendo a do mento mais estreita; submento subquadrangular, estreitado na região mediana e com 3 cerdas próximas ao meio. Lígula larga, com ápice arrendondado e muitas cerdas curtas. Palpos labiais 2-segmentados. Epifaringe (fig. 13) com faixa irre- gular longa de microcerdas de cada lado e 2 me- diano-basais curtas. Protórax mais longo e largo que meso- ou metatórax; área posterior do pronoto, re- gião mediana do eusterno e ângulos posteriores do pré-estemo com espículos ferruginosos truncados. Meso- e metatórax com 1 ampola dorsal e com espículos ferruginosos truncados no eusterno de cada um. Mesotórax com 1 par de espíraculos laterais elípticos, grandes e fortemente esclerotinizados. Per- nas (figs. 11, 11a e 11b) diminutas, esclerotiniza- das, aumentando de tamanho das anteriores para as posteriores; coxa transversa, muito curta; trocânter muito estreito; fêmur mais longo e mais estreita que a coxa e com 2 cerdas; tíbia alongada com cons- trição mediana e algumas cerdas; tarsúngulo alon- gado, agudo e assetoso. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-7.° segmentos com 1 ampola dorsal e 1 ventral, com espículos agudos e esparsos (fig. 12); 1P-9P segmentos com 1 projeção de cada lado; 1.® esternito com espículos truncados; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos elípticos (figs. 10a e 10b) laterais, fortemente esclerotinizados, sendo o l.° par (fig. 10a) maior; ápice do 9.° seg- mento com 1 lobo dorsal e 2 ventrais. 10.® segmento indistinto. Abertura anal em forma de Y, entre os 3 lobos terminais. Pupa (fig. 3). Adéctica e exarata; creme. Cabeça parcialmente visível de cima. Pronoto transverso com espículos dispostos próximo às margens laterais e anterior. Metanoto com tais espículos em 2 fileiras oblíquas. Segmentos abdominais com muitos es- pículos dorsais e laterais sendo os últimos maiores e mais concentrados. 9.® segmento com 1 par de urogonfos espiniformes curtos. l.®-7.® segmentos com 1 par de espíraculos dorsais elípticos. Material examinado. BRASIL. Minas Gerais. Santa Bárbara (Serra do Caraça — Tanque Grande), 08.xii.1981, Exp. MZUSP col., 9 larvas, 2 pupas (1 das quais com a última exúvia larval) e 2 adultos fixados e 1 larva criada até adulto (MZUSP). São Paulo. Salesópolis (Estação Biológica de Boracéia), 16-18. i.1980, Exp. MZUSP col., 3 larvas e 2 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 20-21.xi.l980, Exp. MZUSP col., 1 larva criada até adulto (MZUSP); ibidem, 20-22.iv.l982, 10 larvas e 2 adultos fixados (MZUSP). Rio de Janeiro. Nova Friburgo (Muri), 05-09. i.1981, Exp. MZUSP col., 4 larvas e 1 adulto fixados, 2 larvas criadas até pupa, 2 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas escavando galerias em troncos caídos semi-apodrecidos no interior da mata. Migdolus fryanus Westwood, 1863 (Estampa 128, figs. 1-20) Larva madura. Comprimento: 42,0-50,0 mm; largu- ra do protórax: 7, 0-9,0 mm. Ortossomática (figs. 1 e 2) com ampolas nos l.®-5.® segmentos abdominais; creme com cápsula cefálica levemente mais escura; mandíbulas, 2.® segmento antenal, palpos maxilares e labiais e carenas transversais dorsais e ventrais no protórax castanho-escuras. 240 CERAMBYCIDAE Cabeça (figs. 5 e 6) prognata, fortemente esclero- tinizada e deprimida; fortemente retraída no protó- rax. Sutura coronal ausente. Sutura frontal em forma de U. Estemas ausentes. Região onde se inserem os músculos retratores superiores da cabeça, situado entre os ramos frontais, alongada, desenvolvida, qua- se atingindo a margem anterior da cápsula cefálica. Suturas hipostomiais ctnvadas e curtas. Sutura fron- to-clipeal distinta. Clípeo transverso, subtrapezoidal, estriado com fileira transversal mediana de cerdas castanho-avermelhadas e espessas, interrompida no meio; com vários pontos de contorno castanho-aver- melhado em cada ângulo posterior. Labro (fig. 14) transverso, constrito na base e ligeiramente estrei- tado dos ângulos anteriores para o ápice; com muitas cerdas curtas sendo 2 mediano-basais mais longas. Epifaringe (fig. 13) com muitas cerdas látero-ante- riores, dirigidas para frente ou para o meio; região mediana anterior com 6 cerdas espatuladas e curtas dispostas em semicírculo irregular e fileira de mi- crocerdas paralela e abaixo da anterior; com muitas cerdas finas no meio e 2 botões sensoriais de cada lado, próximos à base. Suturas guiares confluentes e gula ausente. Antenas (figs. 15 e 15a) longas e 4-segmentadas; l.° segmento alongado, membranoso, mais longo que o 2.° segmento; 2° segmento alon- gado, com faixa escura distai; 3.® segmento curto, menor que metade do 2° segmento, com cone senso- rial membranoso distai; 4.° segmento diminuto, com cerdas distais espessas. Peças bucais protraídas. Man- díbulas (figs. 10-12) móveis, simétricas, fortemente esclerotinizadas; ápice largo e chanfrado; margem lateral externa estriada (fig. 12) e com 1 cerda na base. Maxilas (figs. 16 e 17): mala com ápice oblí- quo e muitas cerdas espessas e longas dorsais e ven- trais. Palpífero membranoso. Palpos maxilares 3-seg- mentados. Estipe alongado, formando 2 lobos late- rais externos, abaixo do palpífero e com muitas cer- das espessas; região abaixo dos lobos com cerdas mais finas. Justaestipe alongado e com cerdas finas. Cardo subtriangular com algumas cerdas. Lábio (figs. 6 e 18) com pré-mento transverso, elevado látero-anteriormente, formando 2 lobos; com muitas cerdas; mento transverso, subtrapezoidal, com faixa basal mais escura e várias cerdas próximas à base; submento transverso, com algumas cerdas látero- anteriores. Lígula (fig. 18) bilobada na frente, Pal- pos labiais 2-segmentados. Depressão oval transver- sal onde se inserem os músculos retratores ventrais da cabeça situada entre pós-mento e sutura guiar. Protórax (figs. 3 e 4) mais longo que meso- ou me- tatórax; com muitas cerdas castanho-avermelhadas e curtas; região dorsal com 4 e ventral com 3 carenas transversais interrompidas. Meso- e metatórax subi- guais. Mesotórax com 1 par de espiráculos laterais, ehpticos, esclerotinizados e grandes. Pernas (figs. 4, 7-9) desiguais em tamanho; pernas anteriores (fig. 7) mais desenvolvidas e com muitas cerdas; pernas médias maiores que as posteriores; com coxa, tro- cânter, fêmur, tíbia e tarsúngulo; tarsúngulo alonga- do e com 2 cerdas na base. Abdômen com 9 seg- mentos visíveis de cima; l.°-5.° segmentos com 1 ampola dorsal e 2 larvópodes ventrais cada um, sendo os do l.° segmento menos destacados; 2.°-6.° segmentos com 1 dobra transversal anterior aos lar- vópodes; l.“-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais, elípticos e esclerotinizados, sendo o l.° par maior. 10.® segmento tubular, invaginado no 9.®; região distai com 1 lobo dorsal e 2 ventrais. Aber- tura anal em forma de Y. Pupa (fig. 19). Adéctica e exarata. Creme e glabra. Cabeça invisível de cima. Pronoto transverso, alar- gado próximo à base. Abdômen levemente estreitado para o ápice. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Macatu- ba, viii.1981, M.M. Dias col., 10 larvas fixadas (MZUSP). São Manuel, 1 1. viii.1981, 1 pupa fixada (MZUSP). Santa Rosa do Viterbo (Usina Santa Amália), 22.V.1986, Exp. MZUSP col., 1 larva fi- xada (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas no solo alimentando-se de raízes de cana-de-açúcar, ocasionando danos considerá- veis a este tipo de cultura. Discussão A larva de Migdolus fryanus é muito parecida com a de M. morretsi descrita por Fonseca (1958), e registrada atacando cana-de-açúcar e eucalipto. Acyphoderes aurulentus Kirby, 1818 (Estampa 129, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento: 24,0 mm; largura do protórax: 5,0 mm. Ortossomática (fig. 1), creme com região anterior da cápsula cefálica e mandíbulas castanho-escuras. l.®-6.® segmentos abdominais com 2 ampolas dorsais e 2 ventrais. Pilosidade curta. Cabeça (figs. 7 e 13) prognata, esclerotinizada e levemente deprimida; com muitas cerdas laterais an- teriores curtas. Sutura epicranial com ramos frontais obsoletos. Região da sutura coronal alargada com 1 cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CERAMBYCIDAE 241 sulco onde se inserem os músculos retratores supe- riores da cabeça. Estemas ausentes. Sutura fronto- -clipeal distinta. Clípeo reduzido, transverso, subtra- pezoidal e membranoso. Labro (fig. 16) pequeno, mais estreito na base e com margem anterior arredon- dada; com muitas cerdas. Epifaringe (fig. 12) com várias cerdas próximas à margem anterior, dirigidas para frente; região mediana com 4 cerdas, 2 botões sensoriais na frente delas e 5 atrás; com 1 faixa de microcerdas de cada lado; com 2 grupos de botões sensoriais próximos à base, um com 6 e outro com 3. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais curtas. Antenas (figs. 5 e 6) curtas, e 3-segmentadas; antenífero membranoso e alongado; l.° segmento é o mais longo, com 2 cerdas distais; 2° segmento alongado, com várias cerdas subapicais longas e 1 cone sensorial membranoso distai (fig. 6); 3.° seg- mento diminuto com 5 cerdas distais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 14 e 15) móveis, si- métricas, robustas e fortemente esclerotinizadas; ápice largo e chanfrado; com algumas cerdas látero- basais. Maxilas (fig. 8) parcialmente esclerotiniza- das; mala com ápice arredondado com várias cerdas; totalmente membranosa na região ventral. Palpífero palpiforme, com várias cerdas longas. Palpos maxi- lares 3-segmentados. Estipe transverso, com várias cerdas. Cardo bem desenvolvido, transverso, sub- triangular, com 2 cerdas curtas. Lábio (fig. 11) com pré-mento transverso, levemente bilobado na frente e com muitas cerdas; mento transverso, parcialmente membranoso e com muitas cerdas próximas à mar- gem anterior; submento transverso, membranoso e com 4 cerdas dispostas em fileira transversal próxi- ma ao meio; palpos labiais 2-segmentados. Hipofa- ringe membranosa e pilosa. Região entre o submento e o forâmen occipital com depressão circular onde se inserem os músculos retratores ventrais da cabeça. Protórax mais longo que meso- e metatórax juntos; com muitas cerdas curtas mais concentradas anterior e lateralmente; região dorsal e ventral com 2 manchas transversais anteriores e 1 basal amareladas. Um par de espiráculos (fig. 10) laterais, elípticos, escleroti- nizados e grandes localizados na região anterior do mesotórax. Pernas (fig. 4) curtas e subiguais; as protorácicas inseridas no esternelo; com apenas 3 segmentos com algumas cerdas longas; segmento distai (fig. 4a) com muitos dentículos. Abdômen com 10 segmentos visíveis de cima; l.°-7.° segmen- tos com 1 ampola bilobada dorsal e ventral. l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais, elípti- cos e esclerotinizados, sendo o l.° (fig. 9) e os 2 últimos pares maiores. 9.° segmento em forma de faixa muito estreita. 10.° segmento com 3 lobos distais. Abertura anal em forma de Y, entre os 3 lobos. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Creme com pro- jeções espiniformes castanhas com 1 cerda no ápice. Cabeça parcialmente visível de cima. Protórax sub- quadrangular, com margens laterais arredondadas e ângulos posteriores proeminentes; região dorsal com muitas projeções espiniformes setosas. Abdômen longo, ligeiramente estreitado para o ápice. Região dorsal dos segmentos abdominais com faixa trans- versal irregular de projeções espiniformes setosas; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais elípticos, sendo o 1 .° par maior. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 29.xi-01.xii.1984, Exp. MZUSP col., 7 larvas, 2 pu- pas e 2 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados juntos no inte- rior de galerias, em troncos caídos no interior da mata. Cosmotoma setifer Serville, 1835 (Estampa 130, figs. 1-15) Larva. Comprimento: 8,0 mm; largura do protórax: 1,2 mm. Ortossomática (fig. 1), creme com faixa transversal anterior na cápsula cefálica, labro e man- díbulas castanho-escuros. Cabeça (figs. 6 e 8) hipognata, esclerotinizada, levemente deprimida e fortemente retraída no pro- tórax. Sutura coronal longa, com endocarena me- diana prolongando-se até a margem anterior da cápsula cefáhca. Sutura frontal ausente. Área de inserção dos músculos retratores superiores pouco desenvolvida. Lados da cabeça com carena longa e submarginal (fig. 8). Estemas ausentes. Sutura fron- to-clipeal distinta. Clípeo (fig. 5) transverso, sub- trapezoidal, com 2 cerdas e vários pontos de cada lado. Labro (fig. 5) transverso, com margem ante- rior arredondada e muitas cerdas. Epifaringe (fig. 15) com uma faixa longitudinal de cada lado com microcerdas e cerdas curtas dirigidas para trás ou para o meio; 3 cerdas curtas basais de cada lado estão dirigidas para frente; com 4 botões sensoriais de cada lado, próximos à base. Gula bem desenvol- vida, com 1 par de cerdas. Antenas (fig. 10) curtas, parcialmente invaginadas na cápsula cefálica; 2-seg- mentadas; l.° segmento alongado, totalmente inva- ginado; 2.° segmento transversal, com várias cerdas cm 1 :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 242 CERAMBYCIDAE BRUCHIDAE espessas, dois botões e um cone sensorial membra- noso. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11 e 12) móveis, simétricas, robustas e fortemente es- clerotinizadas; ápice largo e chanfrado; margem lateral com 2 cerdas próximas à base. Maxila (fig. 13): mala com ápice arredondado e com muitas cerdas distais próximas às margens, algumas bastante espessas. Palpos maxilares 3-segmentados. Estipe transverso, pouco desenvolvido e com poucas cerdas. Cardo bem desenvolvido, com várias cerdas longas; fundido ao pós-mento por uma membrana. Lábio (fig. 14) com pré-mento e pós-mento transversos e com várias cerdas; pós-mento ligado ao cardo por 1 membrana. Lígula bem desenvolvida, com margem anterior reta e várias cerdas. Palpos labiais 2-seg- mentados. Protórax mais longo que meso- e meta- tórax juntos. Pronoto (fig. 9) com mancha discai mais esclerotinizada, marginada de cerdas e muitas cerdas laterais. Meso- e metatórax transversais, es- treitos. Um par de espiráculos elípticos (fig. 4) laterais, na região intersegmentar entre pro- e meso- tórax. Pernas ausentes. Abdômen com 10 segmentos visíveis de cima; segmentos com 1 ampola dorsal e uma ventral; 1P-9P segmentos com uma projeção alongada de cada lado; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos elípticos laterais. 10.° seg- mento reduzido, apical, com 1 lobo dorsal e 2 ventrais. Abertura anal em forma de Y, entre os 3 lobos. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branca com cer- das castanhas. Cabeça parcialmente visível de cima, com 1 fileira de cerdas de cada lado, convergentes na base. Pronoto transverso com região mediana anterior arredondada e sulco transversal paralelo à margem anterior; com pequeno sulco semicircular partindo de cada ângulo anterior e se dirigindo ao posterior; com várias cerdas. Antenas longas, enro- ladas ventralmente. Fêmures com cerdas distais. Abdômen ligeiramente estreitado para o ápice; região dorsal dos segmentos com microespinhos e com cer- das laterais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 27-26.ix.1984, Exp. MZUSP col., 1 larva, 2 pupas e 1 adulto fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em troncos caídos semi-apodre- cidos, em galerias subcorticais. A larva madura es- cava a câmara pupal (1,4 x 0,8 cm) na parede interna da casca. 100. BRUCHIDAE (= Lariidae, Mylabridae tampas 131-132) Es- Família que compreende cerca de 60 gêneros e 1 500 espécies de distribuição mundial geralmente colocadas em 6 subfamílias. No Brasil ocorrem apro- ximadamente 11 gêneros e 174 espécies. Larvas muito robustas, em forma de C, pouco esclerotinizadas. Cabeça deprimida, prognata, re- traída no protórax, em geral com 1, mas às vezes 3 estemas presentes de cada lado. Sutura coronal longa. Antenas 1- e 3-segmentadas. Clípeo às vezes fundido ao labro. Mandíbulas curtas e robustas, arredondadas no ápice. Palpos maxilares em geral 1 -segmentados, ocasionalmente 2-3-segmentados. Pré-mento, e mento fundidos, possuindo um escle- roma comum com um par de áreas circulares claras. Palpos labiais rudimentares ou ausentes. Pernas muito curtas, 1-5-segmentadas; às vezes rudimenta- res. Tergitos abdominais às vezes com 2 pregas transversais. 9.° tergito simples. 10.° segmento re- duzido e parcialmente encoberto pelo 9.°. Ânus ter- minal, transversal ou em forma de Y. Espiráculos anulares ou anular-bíforos; par protorácico situado no mesotórax; l.° instar larval possui uma placa protergal em forma de X ou H. Larvas espermófagas e que se desenvolvem nas sementes de plantas de diversas famílias, em especial em leguminosas. Muitas espécies são atualmente cos- mopolitas, e constituem pragas importantes da agri- cultura ou de grãos armazenados, como por exemplo Bruchus spp. e Acanthoscelides spp. Na subfamflia Pachymerinae incluem-se espécies grandes, associa- das às palmeiras, e que também podem ocasionar danos econômicos consideráveis à exploração de sementes oleaginosas. Referências: Bondar, 1931; Bôving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1955; Peterson, 1960; Pfaffenberger, 1974. Acanthoscelides obsoletus Say, 1831 (Estampa 131, figs. 1-14) Larva madm-a. Comprimento: 3,5 mm. Subcilíndrica (fig. 1), em forma de C. Branca com ápice da ca- beça escuro. Cabeça (figs. 3 e 4) hipognata, esclerotinizada e retraída no protórax. Sutura epicranial presente. Su- tura coronal longa, mais longa que metade do com- primento da cabeça. Ramos frontais ausentes. Fronte com algumas cerdas curtas; margem anterior mais esclerotinizada. Um estema dorso-lateral de cada lado. Sutura fronto-clipeal presente. Clípeo transver- cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 BRUCHIDAE 243 so, com margem anterior côncava e 1 cerda de cada lado, próxima à base. Labro (fig. 8) transverso com margem anterior arredondada e com muitas cerdas; com mancha transversal basal mais escura com 1 cerda de cada lado. Epifaringe (fig. 9) com 2 áreas com cerdas finas, de cada lado, dirigidas para o meio; região mediana anterior com 3 cerdas, maio- res de cada lado, dirigidas para frente. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas (fig. 7) curtas, lo- calizadas dorsalmente; 2-segmentadas; l.° segmento transverso, invaginado no antenífero, membranoso; 2.° segmento transverso, com ápice arredondado; com fileira de cerdas subapicais e 1 apêndice senso- rial membranoso, triangular, distai grande e 1 pe- queno. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 10-12) móveis, simétricas, robustas e fortemente esclerotinizadas; ápice largo, chanfrado e com estrias longitudinais; região mesal côncava. Maxilas (fig. 5) parcialmente fundidas ao lábio e esclerotinizadas; mala larga, com 5 cerdas espatuladas distais com ápice reto e 5 cerdas delgadas inseridas em peque- nas projeções tubulares. Palpos maxilares 1-segmen- tados. Estipe alongado, estreitado na base; com fi- leira inclinada de 6 cerdas próximas à margem ante- rior e 1 cerda mais abaixo. Cardo alongado, par- cialmente fundido ao estipe. Lábio (fig. 6) parcial- mente fundido à maxila e membranoso; formado por peça única; região do pré-mento com área escleroti- nizada bífida anteriormente e ovalada na base, com 1 cerda de cada lado; com 1 mancha esclerotinizada e 2 cerdas de cada lado; região do pós-mento com faixa transversal, estreita esclerotinizada com 2 cer- das. Lígula alongada, levemente estreitada no ápice; com cerdas finas nas margens laterais; com lobo subapical com 4 cerdas distais e 2 subapicais inse- ridas em projeção tubular. Palpos labiais ausentes. Segmentos torácicos transversais, estreitos. Mesotó- rax com 1 par de espiráculos anulares laterais. Me- tatórax com 2 pregas dorsais. Pernas (fig. 13) cur- tas, segmentadas mas com segmentos indistintos. Abdômen com 10 segmentos visíveis; l.°-7.° seg- mentos com 2 pregas dorsais; l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos laterais anulares (fig. la); 10.° segmento com ápice arredondado. Abertura anal terminal. Pupa (fig. 2). Adéctica e exarata. Branca e glabra. Cabeça invisível de cima. Protórax alargado na base. Abdômen com ápice arredondado. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Campinas (Instituto Agronômico), III.1986, A.L. Lourenção col., 32 larvas, 49 pupas e 150 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Esta espécie cosmopolita, comum no Brasil, é no- civa aos feijões no campo e também nos armazéns. A fêmea introduz de 1 a várias dezenas de ovos no interior da vagem. Os ovos levam de 5-20 dias para eclosão. A larva completa o desenvolvimento de 11-42 dias e a pupa de 5-18 dias. O ciclo evolutivo se realiza de 21-80 dias conforme a temperatura. O adulto vive cerca de 2 meses. Como as larvas se introduzem no interior das sementes em formação, por meio de orifícios diminutos, o feijão vem do campo para os depósitos sem sinal aparente da broca. Nos armazéns e dispensas podem se multiplicar com grande facilidade (Bondar, 1936). Pachymerus lacerdae Chevrolat, 1877 (Estampa 132, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 40,0 mm; largura do protórax: 15,0 mm. Subcilíndrica (fig. 1) em forma de C. Creme, com cerdas muito curtas e claras. Cabeça (figs. 2, 3 e 6) hipognata, fortemente esclerotinizada e retraída no protórax. Cápsula ce- fálica com faixa irregular transversal anterior mais escmra. Sutura epicranial reta, não atingindo a mar- gem anterior da cápsula cefálica c coincidindo com a endocarena. Três estemas (fig. 3) hialinos dispos- tos em fUeira transversal oblíqua de cada lado. Su- tura fronto-clipeal distinta. Clípeo transverso, trape- zoidal com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 8) transverso, subtriangular, marginado anteriormente por densa franja de cerdas e com 1 cerda látero- -mediana e 2 próximas à base de cada lado. Epifarin- ge (fig. 9) com muitas cerdas finas de cada lado, dirigidas para frente; com faixa longitudinal media- na glabra. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas curtas e 2-segmentadas, com antenífero membranoso; l.° segmento alongado; 2.° segmento transverso com ápice arredondado. Peças bucais protraídas. Mandí- bulas (figs. 10 e 12) móveis, simétricas, fortemente esclerotinizadas e robustas; ápice largo e chanfrado. Maxila (figs. 4 e 7) parcialmente esclerotinizada; mala curta, robusta com margem anterior arredon- dada, ápice membranoso com várias cerdas; margem mesal com franja de cerdas finas. Palpífero bem desenvolvido e com fileira transversal de cerdas lon- gas. Palpos maxUares 2-segmentados. Estipe alon- gado, com margem interna inclinada para fora dan- do-lhe forma subtriangular; com muitas cerdas lon- gas látero-anteriores. Cardo transverso. Lábio (fig. 7) formado por peça única; região do pré-mento membranosa com 2 áreas esclerotinizadas longitudi- cm 1 :SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 244 BRUCHIDAE - CHRYSOMELIDAE nais látero-anteriores e uma mediana com prolonga- mento no meio e 2 cerdas de cada lado; com 2 cerdas longas de cada lado, próximas à base; região do pós-mento semicircular com muitas cerdas longas de cada lado. Lígula membranosa e bem desenvolvida; margem anterior com franja de cerdas curtas; com lobo alongado subapical, marginado de cerdas lon- gas. Palpos labiais ausentes. Protórax mais longo que meso- ou meta tórax; região dorsal com mancha mais escura. Mesotórax com 1 par de espiráculos laterais anular-bíforos (fig. la) e grandes. Pernas (fig. 5) curtas, 5-segmentadas e com várias cerdas. Abdô- men com 9 segmentos visíveis; l.° segmento com 2 pregas dorsais grandes e 1 pequena; 2P-6P seg- mentos com 2 pregas dorsais pouco marcadas; 8.°-9.® segmentos com única prega dorsal; l.°-8.° segmen- tos com 1 par de espiráculos anular-bíforos laterais, sendo o l.° par aproximadamente do mesmo ta- manho do espiráculo torácico e os demais pares menores. 10.° segmento parcialmente invaginado no 9.°. Abertura anal terminal, em forma de Y. Material examinado. BRASIL. Maio Grosso. Cuiabá (Chapada dos Guimarães), Fioravante col., 1 larva e 2 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larva e adultos coletados no interior de coco de dendezeiro. As espécies do gênero Pachymerus são pragas dos cocos de várias palmeiras; licuri, piassava, indaiá, babaçu, gerivá e mesmo coco-da-baía (Bondar, 1936). Discussão As antenas do exemplar examinado estavam da- nificadas e não permitiram estudo mais detalhado. 101. CHRYSOMELIDAE (Estampas 133-136 e 146) Esta famflia inclui Cassididae, Cryptocephalidae, Sagridae, e compreende aproximadamente 2 500 gê- neros e 35.000 espécies geralmente colocadas em 15 subfamüias. No Brasil ocorrem cerca de 345 gêneros e 4.188 espécies. Larvas freqüentemente alongadas, variando de fraca a fortemente encurvadas, ocasionalmente de- primidas ou convexas no dorso; às vezes ocorrem pequenos escleritos setíferos nos segmentos do tron- co. Cabeça em geral defletida, com 5-6 estemas de cada lado, às vezes ausentes. Antenas 3-segmentadas, freqüentemente 1-2-segmentadas. Mandíbulas com 2- 5 dentes apicais. Peças bucais ventrais mais ou menos retraídas. Palpos maxilares 3-segmentados, ocasio- nalmente 2-segmentados; lígula reduzida; palpos labiais em geral 2-segmentados, às vezes 1-segmen- tados. Gula ausente. Pernas em geral bem desenvol- vidas; freqüentemente com pulvUo no tarsúngulo. Tergitos abdominais simples ou com 2-4 pregas transversais. 9.° tergito sem urogonfos, mas ocasio- nalmente formando uma placa mais esclerotinizada ou com um processo mediano. 8.° segmento oca- sionalmente terminal, com ou sem um par de pro- cessos longos. Ânus em geral terminal ou ventral, raramente dorsal. Espiráculos em geral anulares, ra- ramente anular-bíforos; par torácico em geral situa- do no mesotórax, ocasionalmente no protórax; rara- mente, os 8 primeiros pares de espiráculos são ves- tigiais, e o último par é bem desenvolvido e associa- do a esporões longos. Larvas em geral fitófagas. As de Chrysomelinae, Cassidinae, Halticinae, Galerucinae e Criocerinae são encontradas sobre folhas, alimentando-se de um grande número de angiospermas; muitos Cassidinae carregam suas exúvias e às vezes excrementos presos às projeções posteriores. Larvas de muitos Megalo- podinae são brocas caulinares, principalmente de so- lanáceas. Larvas de Eumolpinae e de alguns Halti- cinae ocorrem no solo, associadas às raízes de várias plantas. Larvas de Hispinae possuem corpo bastante deprimido, podendo ser encontradas nas axilas das folhas de vários vegetais, ou são minadoras. Lar- vas de Clytrinae ocorrem geralmente no folhiço; carregam consigo um abrigo produzido com detritos ou excrementos, no interior do qual podem se retrair, fechando a abertura com a cabeça fragmótica; os Lamprosomini e os Chlamisini constroem tais abri- gos com excrementos (escatotecas), e que tanto servem para proteção da larva como da pupa du- rante a metamorfose. Larvas de Donaciinae são aquáticas, alimentam-se de vegetação submersa, e obtém ar introduzindo os esporões terminais asso- ciados aos espiráculos posteriores no interior de cau- les com aerênquima. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1955; Peterson, 1960. Calligrapha polyspila Germar, 1821 (Estampa 133, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 10,0 mm. Cifossomá- tica (fig. 1). Castanho-escura com região anterior cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHRYSOMELIDAE 245 do mesonoto, região ventral dos segmentos torácicos, face interna das pernas e 10.® segmento abdominal amarelados; pilosidade clara, longa na região lateral e ventral. Tegumento com aspecto aveludado. Cabeça (figs. 3 e 4) hipognata, fortemente escle- rotinizada. Sutura epicranial presente. Sutura coro- nal longa. Ramos frontais em forma de V aberto. Endocarena prolongando-se entre os ramos da sutu- ra frontal e atingindo a margem anterior da cápsula cefálica. Seis estemas de cada lado, sendo um grupo de quatro localizado atrás da articulação da antena e 2 mais abaixo. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo transverso, sub trapezoidal, em forma de faixa estrei- ta, com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 9) trans- verso, com margem anterior bilobada e 4 cerdas. Epifaringe (fig. 10): margem anterior com 2 cer- das longas e 1 curta de cada lado e 4 cerdas curtas próximas ao meio; com 2 grupos de 4 botões senso- riais e 1 cerda curta no meio e 2 grupos de 5 botões sensoriais e 1 cerda curta abaixo dos anteriores; região basal com 1 grupo de espículos de cada lado, dirigidos para o meio. Suturas guiares e gula ausen- tes. Antenas (fig. 5) curtas e 3-segmentadas; ante- nífero largo, transverso, membranoso com faixa transversal basal esclerotinizada; 1.® e 2.® segmentos transversos sendo o 2.® mais longo, com 1 apêndice sensorial cônico, membranoso, distai, 2 cerdas curtas inseridas em pequenos tubérculos cilíndricos abaixo dele e 1 cerda lateral; 3.® segmento diminuto com cerdas distais de tamanhos variados. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 11 e 12) móveis, simé- tricas e palmadas; ápice 5-denteado; margem lateral com 2 cerdas. Maxila (fig. 6) com gálea e lacínia lobadas, fundidas na base e com cerdas distais es- pessas. Palpífero com 2 cerdas longas. Palpos maxi- lares 3-segmentados; estipe com 3 cerdas laterais longas. Cardo alongado, com 1 cerda lateral. Lábio (fig. 6) com pré-mento transverso, com 2 cerdas longas; pós-mento alongado, com 4 cerdas anteriores e 2 próximas à base. Lígula com margem anterior arredondada; palpos labiais 2-segmentados. Protó- rax ligeiramente mais longo que meso- ou metatórax; pronoto mais elevado formando 1 escudo e com fi- leira transversal de cerdas longas, anterior e basal. Meso- e metatórax com 2 pregas dorsais cada um. Mesotórax com 2 escolos curtos com cerdas de cada lado; o tubérculo mais anterior é menor e possui 1 espiráculo elíptico esclerotinizado; região dorsal com 1 fileira transversal de cerdas na prega poste- rior. Metatórax mais largo que o meso-, com 2 filei- ras de cerdas transversais dorsais e 3 escolos laterais. Pernas (figs. 1, 7 e 7a) aumentam gradativamente de tamanho das anteriores para as posteriores; com várias cerdas longas; coxa alongada; trocânter trian- gular; fêmur mais longo e espesso que a tíbia; tar- súngulo largo na base, unissetoso e com pulvilo dis- tai. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima. l.®-7.® segmentos com 2 escolos de cada lado e 2 fileiras de cerdas transversais dorsais; 8.® seg- mento com 1 escolo de cada lado e 1 fileira de cerdas, transversal, dorso-basal; l.®-8.® segmentos com 1 par de espiráculos anulares, esclerotinizados e menores que os torácicos. 9.® segmento reduzido, marginado dorsalmente por cerdas longas. 10.® seg- mento ventral e tubular, bilobado dorsalmente. Aber- tura anal transversal. Pupa (figs. 2 e 2a). Adéctica e exarata. Creme clara com contorno dos tubérculos espiniformes setíferos, área contornando os espiráculos e ápice do abdô- men castanho-escuros. Cabeça invisível de cima, com 1 fileira inclinada, de cada lado, de tubérculos espi- niformes setíferos pequenos. Pronoto transverso, marginado lateralmente e com fileira transversal e irregular, próximo às margens anterior e basal, de tubérculos espiniformes setíferos. Meso- e metanoto com fileira transversal e irregular de cerdas. l.°-5.® segmentos abdominais com algumas cerdas dorsais, 1 espiráculo anular esclerotinizado em mancha láte- ro-dorsal castanha e 1 tubérculo de cada lado; com tubérculos espiniformes setíferos grandes; 6.®-8.® segmentos com 1 par de espiráculos anulares ligeira- mente esclerotinizados e 1 fileira transversal de tu- bérculos espiniformes setíferos próxima à base; 8.® segmento (fig. 2a) subtriangular com 1 espinho esclerotinizado distai. Material examinado. BRASIL. Paraná. Curitiba, 22.x. 1984, R. Misiuta col., 9 larvas, 2 pupas e 2 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas em folhas de guanxuma. Sida rhombifolia L., malvácea. Coelomera lanio Dalman, 1823 (Estampa 134, figs. 1-15; Estampa 164, figs. 4-6) Larva madura. Comprimento: 23,0 mm; largura do protórax: 3,5 mm. Achatada dorso-ventralmente (fig. 1) com escolos laterais; 9.® segmento abdomi- nal discoidal; cerdas longas, castanho-escuras rijas e eretas. Região dorsal castanho-escura e negra; re- gião ventral clara, com manchas castanho-escuras. Cabeça (fig. 4) hipognata, fortemente esclerotini- zada. Sutura epicranial presente. Sutura coronal lon- 246 CHRYSOMELIDAE ga. Ramos frontais em forma de V. Endocarena pro- longando-se entre os ramos frontais, interrompida no meio e atingindo a margem anterior da cápsula cefálica. Fronte ligeiramente estriada e com 2 de- pressões anteriores. Um estema de cada lado, loca- lizado atrás da antena. Sutura fronto-clipeal distinta. Clípeo transverso, subtrapezoidal com 3 cerdas basais de cada lado. Labro (fig. 13) transverso, com margens laterais arredondadas e 4 cerdas longas. Epifaringe (fig. 15) com 6 cerdas longas e espessas de cada lado; com muitos espículos laterais e ante- riores dirigidos para o meio; região mediana com 6-7 bo.ões sensoriais de cada lado dispostos em grupo irregular; região basal com 1 esclerotinização no meio e 1 grupo de 5 botões sensoriais de cada lado abaixo da esclerotinização. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas (fig. 14) muito curtas, en- caixadas dentro de cavidade; 2-segmentadas; l.° e 2° segmentos transversos; 2° segmento com 5 pa- pilas sensoriais membranosas látero-distais e um cone sensorial bem desenvolvido. Peças bucais pro- traídas. Mandíbulas (figs. 5 e 6) móveis, simétricas e esclerotinizadas; largas com região mesal levemente côncava; ápice 3-5 denteado; com 2 cerdas laterais. Maxila (fig. 11) com gálea e lacínia lobadas, fun- didas na base e com fileira anterior de cerdas espes- sas; gálea mais estreita e com 1 cerda distai inserida em projeção tubular. Palpífero palpiforme com 2 cerdas muito longas. Palpos maxilares 3-segmen- tados. Estipe alongado, com várias cerdas laterais, algumas bastante longas. Cardo transverso. Lábio (fig. 12): pré-mento transverso, com 2 cerdas muito longas e 2 curtas; pós-mento alongado subtrapezoidal, com várias cerdas laterais sendo 2 de cada lado muito longas. Lígula larga com 2 fileiras longitudinais com 3 cerdas longas cada uma. Palpos labiais 2-segmen- tados. Protórax mais longo e mais estreito que meso- ou metatórax; região dorsal marginada anterior e lateralmente por cerdas de comprimentos variados; com 2 escolos dorsais mediano-basais grandes, 2 látero-dorsais e 2 laterais menores. Mesonoto e me- tanoto com sulco transversal mediano, 2 manchas transversais mais escuras mediano-anteriores, 2 es- colos laterais grandes e 4 menores dispostos em fileira semicircular transversal. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares esclerotinizados látero-ante- rlores. Pernas (figs. 10 e 10a) aumentam levemente de tamanho das anteriores para as posteriores; com muitas cerdas de comprimentos variados; coxa alon- gada; trocânter triangular; fêmur mais espesso e mais curto que a tíbia; tarsúngulo largo na base, unis- setoso e com pulvilo bem desenvolvido. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmen- tos com sulco transversal dorsal, 1 mancha trans- versal anterior mais escura e 3 próximas a base, sendo as medianas com cerdas; com 2 escolos gran- des látero-dorsais, 2 laterais e 2 ventrais menores que os anteriores; com 1 par de espiráculos anulares e esclerotinizados laterais. 9° segmento (figs. 7 e 8), discoidal, do comprimento dos anteriores, com ápice truncado; margens ligeiramente denteadas com cer- das de comprimentos variados; com pontuação gros- sa. 10.° segmento (figs. 8 e 9) tubular e ventral; ápice com 2 lobos laterais e 4 anteriores. Abertura anal irregular entre os lobos. Pupa (Estampa 134, fig. 2; Estampa 164, figs. 5 e 6). Adéctica e exara ta. Amarelo-gema com cerdas castanho-escuras. Cabeça invisível de cima; antenas enroladas em semicírculo ventral. Pronoto transver- so, mais largo na base; margem anterior com fileira transversal de cerdas interrompidas no meio; com 4 grupos de 3 cerdas cada um. Meso- e metanoto com 2 grupos de 3 cerdas e 2 de 2 cada um. l.°-8.° segmentos abdominais com 2 cerdas mediano-dor- sais e 1 escolo de cada lado com 2-3 cerdas distais. 9.° segmento com 1 par de urogonfos espiniformes esclerotinizados distais. l.°-5.° segmentos com 1 par de espiráculos anulares e esclerotinizados látero- dorsais. Material examinado. BRASIL. São Paulo. São Paulo (Instituto Butantã), 24.iv.1980, L. Travassos col., 77 larvas fixadas, 43 larvas criadas até pupa e 25 larvas criadas até adulto (MZUSP). Dados biológicos As fêmeas de Coelomera lanio ovipositam na su- perfície das folhas de embaúba (Cecropia sp.); os ovos formam grupos e são revestidos por secreção que depois de endurecida forma espécie de ooteca (Jolivet, com. pessoal). Grande quantidade de larvas foram coletadas nas folhas de embaúba e criadas em laboratório. As larvas apresentam comporta- mento gregário (Estampa 164, fig. 4); quando sepa- radas voltam a reunir-se rapidamente, permanecendo com a extremidade abdominal voltada para fora. O período pupal foi de 22 dias (1 observação). Tivemos oportunidade de realizar observações sobre a biologia de outra espécie do mesmo gênero, C. cajennensis F., 1787, coletadas em Peruíbe, SP, que apresenta várias diferenças dignas de menção. As fêmeas maduras de C. cajennensis apresenta- vam-se tão repletas de ovos que os élitros não po- diam cobrir totalmente a extremidade abdominal. Observamos uma 9 (Estampa 164, figs. 1 e 2) preparando-se para a postura. Para tanto ela fez, CHRYSOMELIDAE 247 com as mandíbulas, um orifício no tronco oco de uma planta jovem de Cecropia sp. (1,70 m de altu- ra), próximo à extremidade apical da planta. Em outro exemplar jovem de Cecropia sp. (1,50 m de altura), encontramos uma fêmea completando a postura. Na região do orifício, o tronco oco apre- sentava um diâmetro de cerca de 10 mm. O orifício perfurado pela fêmea é aproximadamente oval, com 6-7 mm de comprimento e 3 mm de largura, os lados do corte são caracteristicamente talhados em bizel. Os ovos são de cor amarelo-gema, são depo- sitados em cachos, nas paredes internas do caule. Essa postura constava de 106 ovos. Transportados ao laboratório, eclodiram entre 14-15 dias. As larvas recém-nascidas são totalmente amarelas (Estampa 164, fig. 3), inclusive o 9.° segmento abdominal, que só após algumas horas escurece. Quando as larvas são tocadas, extrovertem uma papila anal com 6 lobos. Não foi observada nenhuma secreção abundante, mas a papila é pegajosa. Exibem o mesmo comportamento^ gregário que em C. lanio. Em laboratório, as larvas levaram 23-25 dias para empuparem (7 observações). O período pupal durou 15-19 dias (4 observações). As pupas são amarelas com o abdômen dorsal e ventralmente ala- ranjado-claro. Os adultos (macho e fêmea), quando manuseados, eliminam um líquido de coloração amarelada (apa- rentemente inodoro) pelas articulações tíbio-femurais. A diferença mais marcante entre as duas espécies reside no local de postura, sobre as folhas e com uma espécie de ooteca em C. lanio, e no interior de um abrigo escavado no caule oco da embaúba em C. cajennensis. Scelocnopla af. bidcns (F. 1792) (Estampa 135, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento: 10,0 mm; largura do protórax: 2,2 mm. Ortossomática (fig. 1) fortemen- te achatada dorso-ventralmente com projeções late- rais. Creme-clara com cabeça, pernas e 9.° segmento abdominal amarelados. Glabra. Cabeça (figs. 4 e 8) prognata, fortemente escle- rotinizada e deprimida, retraída no protórax. Cápsula cefálica aberta atrás ventralmente. Sutura epicranial presente. Sutura coronal ausente. Ramos frontais em forma de V. Endocarena prolongando-se entre os ramos frontais e alargando-se em direção à margem anterior. Cinco estemas pigmentados de cada lado, dispostos em fileira curva lateral. Sutura fronto-cli- peal distinta. Clípeo transverso, membranoso, com 1 cerda de cada lado. Labro (fig. 15) transverso, com 2 cerdas muito curtas e largas de cada lado. Epifa- ringe (fig. 16) com faixa de cerdas espatuladas partindo dos ângulos anteriores e dirigindo-se para trás a partir da região mediana anterior; com 2 faixas longitudinais divergentes de cerdas finas. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais muiio longas e divergentes. Antenas (fig. 7) 3-segmenta- das; antenífero transverso e membranoso; l.° seg- mento transverso; 2.° segmento alongado, com 1 cone sensorial membranoso, distai, grande e 2 me- nores, 3.° segmento diminuto com papilas sensoriais distais. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 12 e 13) móveis, simétricas, largas na base e es- treitadas no ápice; feixe ventral de cerdas próximo à margem mesal e 2 cerdas laterais. Maxilas (fig. 17) parcialmente membranosas; mala com tufo distai denso de cerdas espatuladas de ápice truncado. Pal- pos maxilares curtos e 2-segmentados. Estipe alon- gado com poucas cerdas muito curtas. Cardo trans- verso. Lábio (fig. 11) com pré-mento transverso, com 2 esclerotinizações longitudinais; pós-mento alongado, levemente alargado na base. Lígula bem desenvolvida com ápice arredondado. Palpos labiais diminutos, 1 -segmentados. Protórax transverso, mais longo que meso- ou metatórax. Meso- e metatórax transversos, subiguais, com projeção lateral; região dorsal do mesotórax com sulco transversal anterior e do metatórax com mancha transversal ligeiramente mais escura. Mesotórax com 1 par de espiráculos anulares localizados em projeção tubular látero-an- terior. Pernas (fig. 6) curtas e grossas; coxa trans- versa; trocânter fundido ao fêmur; fêmur alongado; com poucas cerdas muito curtas; tíbia transversa com cerdas curtas; tarsúngulo largo na base, com ápice muito curvo e 1 cerda próxima à base. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos transversos e com 1 projeção lateral; l.°-7.° segmen- tos com mancha ovalada transversal dorsal e 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais; 9.° segmento (figs. 9, 10 e 14) mais estreito e escuro, com ápice bífido, unciforme e com as 2 aberturas espiraculares do 8.° segmento, dorsais (fig. 14). 10.° segmento (fig. 10) reduzido, ventral e arredondado; margem ante- rior formando 2 lobos. Abertura anal transversal. Pupa (figs. 2 e 5). Adéctica e exarata; fortemente achatada dorso-ventralmente. Creme com 5.°-9.° ter- gitos abdominais acastanhados sendo os contornos mais escuros. Cabeça parcialmente visível de cima, transversa com 1 projeção alongada em cada ângulo anterior. Pronoto transverso, com 2 projeções láte- ro-anteriores curtas de cada lado. Segmentos abdo- minais com espículos dorsais; l.°-8.° segmentos com I projeção lateral longa, capitada e lateralmente 248 CHRYSOMELIDAE tuberculada, e 2 mais curtas, de cada lado; l.°-2.° segmentos com 1 par de espiráculos dorso-laterais anulares e ligeiramente esclerotinizados; 3.°-4.° com espiráculos anulares esclerotinizados; 5.° segmento (fig. 5) com 1 apêndice esclerotinizado com ápice afilado. 9.° segmento (fig. 5) reduzido, encaixado no 8.° e com 2 projeções distais divergentes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Campinas (Parque do Instituto Agronômico), iii.1986, A.L. Lourenção col., 5 larvas, 3 pupas e 12 adultos fixa- dos (MZUSP). Dados biológicos Larvas minadoras das folhas de Phillodendron renauxii. A pupa permanece dentro do parênquima foliar, e é capaz de se movimentar para frente e para trás dentro da galeria formada pela larva. Botanochara impressa (Panzer, 1798) (Estampa 136, figs. 1-16) Larva madura. Comprimento: 12,0 mm; largura do protórax: 5,0 mm. Ovalada (fig. 1); região dorsal levemente arqueada e convexa; região ventral plana; com escolos laterais longos. Castanho-avermelhada clara, com cápsula cefálica, pernas e escolos casta- nho-avermelhados mais escuros; região dorsal com manchas e espiráculos castanho-escuros. Tegumento com espículos castanhos mais escuros. Cabeça (fig. 12) hipognata, fortemente escleroti- nizada e escondida sob o protórax. Sutura epicranial presente. Sutura coronal curta. Ramos frontais si- nuosos em forma de V; ápices marcados apenas por área mais clara. Endocarena prolongando-se entre os ramos da sutura frontal e bifurcando-se próximo à margem anterior. Seis estemas de cada lado (fig. 15) dispostos em pares dorso-laterais; um par ao nível das antenas. Sutura fronto-clipeal distinta. Clí- peo (fig. 12) transverso, e com 2 cerdas de cada lado. Labro (fig. 9) transverso, com margem ante- rior bilobada e 4 cerdas longas e 2 curtas. Epifaringe (fig. 10): margem anterior com 3 cerdas de cada lado e várias papilas sensoriais no meio; região me- diana com 2 grupos de 4 botões sensoriais muito pequenos de cada lado e 2 fileiras longitudinais com 4 cerdas cada uma. Suturas guiares e gula ausentes. Antenas (Cg. 16) muito curtas e 2-segmentadas; l.° segmento transverso; 2.° segmento alongado, com 1 cone sensorial maior, distai e várias papilas meno- res. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13 e 14) móveis, simétricas, esclerotinizadas, palmadas com ápice 4-denteado; margem lateral com 2 cerdas próximas à base. Maxilas (figs. 2 e 8) parcialmente membranosas; mala alongada, estreita com ápice arredondado e poucas cerdas. Palpífero membra- noso, com 2 cerdas. Palpos maxilares 2-segmentados. Estipe alongado, com 2 cerdas látero-basais externas; cardo pequeno, membranoso, com 1 cerda. Lábio (figs. 2 e 3) com pré-mento transverso, membra- noso, com faixa transversal esclerotinizada, interrom- pida no meio e 2 cerdas; pós-mento alongado, total- mente membranoso e com 4 cerdas. Hipofaringe (fig. 4). Palpos labiais esclerotinizados e 1 -segmen- tados. Protórax mais longo e mais estreito que meso- ou metatórax; com 1 escolo longo de cada lado e 2 menores de cada lado da margem anterior; região dorsal com mancha castanho-escura transversal me- diana interrompida no meio, próxima à base. Região intersegmentar entre pro- e mesotórax com 1 escolo de cada lado e 1 espiráculo anular esclerotinizado dorso-lateral de cada lado. Pernas (fig. 6) curtas e grossas, com muitas cerdas curtas; coxa transversa; trocânter pequeno e triangular; fêmur mais longo que a tíbia; cerdas ventro-distais da tíbia com ápice dilatado; tarsúngulo largo na base e com ápice muito curvo. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.®-8.° segmentos com 1 escolo grande de cada lado, 1 par de espiráculos anulares dorso-laterais escle- rotinizados, sendo o l.° par maior. Segmentos abdo- minais com 1 mancha transversal mais escura pró- xima à base, 1 longitudinal mediana atingindo ou não todo o comprimento do segmento e 1 ou 2 man- chas látero-dorsais. 9.° segmento com 1 par de pro- jeções longas. 10.° segmento tubular e ventral. Abertura anal transversal. Pupa (figs. 7 e 11). Adéctica e exarata. Creme com alguns contornos castanho-escuros. Cabeça invisível de cima, escondida sob o pronoto. Pronoto trans- verso, alargado na base e contornado por faixa castanho-escura. Margem posterior do meso- e me- tanoto e das pterotecas anteriores contornadas por faixa castanho-escura. l.°-5.° segmentos abdominais com 1 escolo de cada lado e 1 par de espiráculos anulares e esclerotinizados dorso-laterais, diminuindo de tamanho do l.°-5.°; com margens laterais casta- nho-escuras e mancha longitudinal mediana atingindo ou não todo o comprimento do segmento. 9.° seg- mento (fig. 11) encurvado ventralmente e com 1 par de projeções curtas. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Sumaré, 1975, J. Vasconcelos Neto col., 2 larvas, 1 pupa e 1 adulto fixados (MZUSP). cm 1 SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CHRYSOMELIDAE NEMONYCHIDAE 249 Dados biológicos Os ovos são colocados em grupos irregulares ou isolados em folhas de Ipomoea acuminata (Convul- vulaceae) e larvas de últimos instares vivem iso- ladas. Os estágios imatmos e a biologia desta espécie foram descritos por Buzzi (1977). CuRCULiONoiDEA (= Rhynchophora ) Esta superfamflia compreende 10 famílias: Ne- monychidae, Anthribidae, Oxycorynidae, Belidae, Ithyceridae, Aglyceridae, Attelabidae, Brentidae, Apionidae e Curculionidae. No Brasil só não ocor- rem duas famílias: Ithyceridae e, Aglyceridae. Larvas subcilíndricas, em geral levemente encur- vadas, pouco esclerotinizadas; em geral revestidas com cerdas finas. Cabeça em geral hipognata, hvre, ocasionalmente prognata e retraída no protórax, sem estemas ou ocasionalmente com 1, 2 ou mais pre- sentes de cada lado. Sutura coronal quase sempre presente; sutura frontal em forma de V e mais ou menos completa, raramente ausente. Endocarena ge- ralmente presente. Antenas aparentemente 1-2-seg- mentadas, sendo o segmento distai um sensório cônico. Sutura fronto-clipeal em geral presente. La- bro quase sempre livre, em geral com 4 pares de cerdas. Epifaringe em geral com 1 par de hastes. Mandíbulas em geral sem mola. Peças bucais ventrais retraídas, em geral sem área de articulação maxilar. Maxilas em gerál com'gálea e lacínia fundidas for- mando mala; palpos maxilares em geral 2-segmen- tados e sem palpífero, embora ocasionalmente pre- sente. Mento e submento em geral fundidos e liga- dos lateralmente aos estipes. Palpos labiais em geral 2-segmentados. Trave hipofaríngea quase sempre presente; escleroma hipofaríngeo em geral ausente. Gula ausente. Pernas em geral ausentes, frequente- mente substituídas por lobos não segmentados; às Vezes ocorrem pernas reduzidas e 1-2-segmentadas. Tergitos abdominais em geral com 3-4 pregas trans- versais, ocasionalmente apenas 2. 9.° tergito sem urogonfos, raramente com espinhos ou projeções membranosas. 10.° segmento ent geral terminal. Ocasionalmente ventral, às vezes reduzido. Abertura ^al transversal, em forma de Y ou X. Espiráculos Pulares, anular-bíforos ou anular-uníforos. Referências: Morimoto, 1962; Lawrence, 1982; van Emden, 1938. 102. NEMONYCHIDAE (= Rhinomaceridae — Estampa 137) Esta famíha compreende cerca de 10 gêneros e 40 espécies distribuídas comumente nas zonas tem- peradas dos hemisférios norte e sul. No Brasil ocorre apenas Rhynchitoplesius eximius. Larvas alongadas, fraca a fortemente curvadas. Cabeça ligeiramente retraída no protórax, com 1 ou 4 estemas de cada lado. Sutura fronto-clipeal ausen- te. Antenas 1 -segmentadas. Labro parcialmente fun- dido ao clípeo. Hastes êpifaríngeas ausentes. Man- díbulas com mola proeminente e côndilo acessório. Palpos maxilares 3-segmentados; palpífero presente. Lábio bem desenvolvido; mento e submento distin- tos; palpos labiais 2-segmentados. Área de articula- ção maxilar bem desenvolvida. Escleroma hipofa- ríngeo bem desenvolvido. Protergo com esclerito anterior, pigmentado. Pernas muito pequenas e sub- cônicas, ou ausentes. 1 .°-7.° tergitos abdominais com 3 pregas dorsais. Espiráculos anular-bíforos; par torácico situado no mesotórax. Larvas de Rhynchitoplesius eximius são poliní- fagas, sendo encontradas em estróbilos masculinos de Araucaria angustifolia (pinheiro-do-Paraná) . Referências: Crowson, 1967; Lawrence, 1982. Rhynchitoplesius eximius Voss, 1952 (Estampa 137, figs. 1-17) Larva madura. Comprimento: 4,7-6,0 mm; largura do protórax: 1,1-1, 4 mm. Ligeiramente curvada dorso-ventralmente (fig. 1), curculionóide. Creme a salmão com cabeça castanho-amarelada; com cerdas esparsas. Cabeça (figs. 10 e 14) hipognata, esclerotinizada, deprimida, ligeiramente retraída no protórax. Sutura coronal curta, cerca de 1/4 do comprimento da cáp- sula cefálica; ramos frontais em forma de V. Endo- carena prolongando-se entre os ramos da sutma frontal e não atingindo a margem anterior da cápsula cefálica. Quatro estemas (fig. la), 1 maior atrás das antenas e próximo a sutura frontal; 3 menores e posteriores. Sutura fronto-clipeal ausente. Cápsula cefálica com 5-6 pares de cerdas frontais, 6 pares de cerdas dorso-epicraniais, 3 pares de cerdas láte- ro-epicraniais, 4 pares de cerdas póstero-epicraniais e 2 pares de cerdas ventrais. Área clipeal com 2 cer- das. Labro transverso, margem anterior sinuosa com 6 cerdas marginais anteriores e 2 cerdas medianas mais longas. Epifaringe (fig. 17) sem hastes, com 1 fileira obhqua de 4 cerdas voltadas para dentro 250 NEMONYCHIDAE que se origina de cada ângulo externo convergindo para o meio; 1 par mediano-anterior e 1 par pos- terior de cerdas semelhantes; suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antena (fig. 11) 1-segmentada, retraída na cápsula cefálica, membranosa com 1 cone sensorial grande, 3 papilas cônicas e 6 espiniformes pequenas. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 15-16), móveis, simé- tricas, largas na base, bidenteadas no ápice e com 1 dente obtuso mesal; margem lateral externa com 1-3 cerdas; mola não tuberculada e côndilo acessório presente. Maxilas (figs. 10 e 12), parcial- mente esclerotinizadas; mala alongada, ápice trun- cado com 3 cerdas longas, 4 curtas e 2 uncos obtu- sos; margem lateral interna com 4 cerdas longas vol- tadas para dentro e 2 mais ciurtas voltadas para fora. Palpo maxilar 3-segmentado; l.° e 2.° segmentos transversais, glabros; 3.° segmento alongado, unisse- toso, ápice obliquamente truncado com papilas sen- soriais; palpífero presente, estreito, com 3 cerdas longas no ângulo externo; estipe alongado, unissetoso; área de articulação maxilar membranosa e bem desenvolvida; cardo alongado, estreito e oblíquo. Lá- bio (fig. 10) com pré-mento transverso; lígula pou- co desenvolvida, arredondada com 4 cerdas longas e 2 botões sensoriais medianos; mento alongado, trapezoidal, com 4 cerdas medianas; submento trans- verso, trapezoidal e glabro. Palpos labiais 2-seg- mentados, segmento proximal mais desenvolvido e com 3 cerdas. Escleroma hipofaríngeo bem desen- volvido; hipofaringe (fig. 13) com 1 par de sensilas anteriores, diminutas, e com alguns espinhos delga- dos e longos, situados em 2 fileiras posteriores às sensilas, e agrupados próximo aos ângulos anteriores do escleroma hipofaríngeo. Protórax transversal; protergo com par de escleritos castanho-amarelados; meso- e metatórax transversais, subiguais, com 2 pre- gas dorsais. Mesotórax com 1 par de espiráculos anular-bíforos (fig. 4). Pernas ausentes. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-8.° segmentos abdominais com 3 pregas dorsais; 9.° segmento mais estreito sem pregas distintas; 10.® segmento redu- zido, póstero-ventral; abertura anal terminal. l.°-8.° tergitos com pilosidade semelhante (figs. 6 e 7): 4-8 cerdas pequenas na prega anterior; 14-16 cerdas na prega mediana e prega posterior glabra. Lobos epipleurais e pleurais com 3 cerdas. 9.° segmento com fileira marginal posterior de cerdas curtas e longas. l.®-8.® segmentos abdominais com par de espiráculos anular-bíforos. Pupa (figs. 2 e 9). Adéctica e exarata. Creme a salmão; espinho da pteroteca escurecido. Cabeça invisível de cima, com 4 pares de cerdas frontais e 3 pares no rostro. Pronoto transverso, margens látero-anteriores com 9 pares de cerdas longas inse- ridas em tubérculos e com fileira pré-basai, irregular com 7-8 cerdas inseridas em tubérculos. Meso- e me- tanoto com 3 pares de cerdas. Segmentos abdominais com fileira transversal de cerdas longas inseridas em tubérculos e que aumentam em número para o ápice, variando de 4-8 pares. Segmentos l.®-7.® com 1 par de espiráculos. Ápices dos fêmures com 3 cerdas longas. Pterotecas terminando em processo espini- forme curvo. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Campos do Jordão (Parque do Estado), 24-30.viii.1986, E.P. Teixeira col., 90 larvas de último instar fixa- das, 10 larvas de l.° instar fixadas, 7 adultos fixados, 9 larvas criadas até pupa e fixadas em 5.VÍ.1987 (MZUSP); 08-13.ix.l986, E.P. Teixeira col., 9 larvas de último instar; 21.x. 1986, S. Ide col., 278 larvas de 2.° instar, 535 larvas de último instar (MZUSP); 12.xi.1986, E.P. Teixeira col., 29 lar- vas de 2.° instar, 2 larvas de último instar, 1 adulto; 10.vi.1987, Exp. MZUSP col., 1 larva de último instar, 1 larva criada até pupa, 3 pupas, 1 pupa criada até adulto, 2 adultos (MZUSP); 05.viii.l987, E.P. Teixeira col., 3 adultos. Paraná. Curitiba (Ca- pão da Imbuia), 05.X.1982, G. Rosado Neto col., 37 larvas fixadas, 20 pupas, 16 adultos criados em laboratório (MZUSP). Dados biológicos G. Rosado-Neto (DZPR), o firimeiro a acom- panhar o desenvolvimento desta espécie no Brasil, em Curitiba, PR, forneceu-nos as seguintes infor- mações; As larvas se desenvolvem em cone mas- culino de Araucaria angusíifolia (pinheiro-do-Para- ná) alimentando-se de pólen. Assim que o cone começa a liberar o pólen, as larvas deixam o estró- bilo e caem ao chão, enterrando-se em seguida. Isso pode acontecer com o estróbilo ainda na árvore ou já caído, desde fins de setembro até inícios de novembro. Em inícios de outubro as larvas já estavam maduras e quando transportadas para o laboratório enterravam-se no substrato (areia e terra) dos reci- pientes de criação. Foi observado o comportamento das larvas se deslocarem de costas sobre o subs- trato, já referido para outras espécies da família. As larvas enterradas permaneceram inativas por um período de 5-8 meses antes de empuparem. O período pupal durou de 15-24 dias. Dados obtidos em Campos do Jordão, São Paulo, por equipes do Museu de Zoologia da USP e do Instituto Florestal, SP, no período de agosto a no- cm i ^SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 NEMONYCfflDAE - ANTHRIBIDAE 251 vembro de 1986 e junho e agosto de 1987, permi- tiram a confirmação dos dados de G. Rosado-Neto e mais as seguintes observações. As primeiras pupas e adultos foram obtidos de coletas de solo no campo, c em laboratório, no mês de junho. Os adultos foram coletados nos estróbilos jovens onde as fêmeas ovi- positam, a partir do início de agosto. Em laboratório do Museu de Zoologia, com temperatura controlada entre 20-22.°C, as larvas permaneceram inativas por cerca de 8-9 meses e a seguir empuparam. O mesmo período foi constatado no campo. De uma amostra de 82 estróbilos coletados foram obtidos 13 adultos sendo que o número de adultos por estróbilo variou de 1 a 4. Num mesmo estróbilo podem aparecer larvas de vários instares. Discussão A larva de Rhynchiíoplesius eximius é bastante se- melhante a de Cimberis pilosus (Lee.), da América do Norte, descrita por Anderson (1947b) e que também se desenvolve em estróbilos masculinos de coníferas (Pinus virginiane). Assemelham-se pela estrutura da cápsula cefálica, sutura epicranial, endocarena, peças bucais, e espi- ráculos anular-bíforos com tubos acessórios desen- volvidos. A maxila é muito parecida nas duas espé- cies, apresentando em ambas mala truncada no ápice c com dois uncos subapicais. Diferem principalmente pela ausência de pernas em Rhynchiíoplesius, muito pequenas mas presentes em Cimberis. Crowson (comunicação pessoal) considera Rhyn- chitoplesius e Cimberis como família, Cimberidae, separada de Nemonychidae que ficaria restrita ao gênero Nemonyx. 103. ANTHRIBIDAE (= Platystomidae — Estam- pa 138) Esta família inclui Urodontidae, Bruchelidae e compreende aproximadamente 325 gêneros e 2 600 espécies, geralmente colocadas em 3 subfamílias. São cosmopolitas mas mais abundantes nas regiões tro- picais. No Brasil ocorrem 36 gêneros e 233 espécies aproximadamente. Larvas variando de fraca a fortemente curvadas. Cabeça raramente retraída no protórax, em geral transversal, ocasionalmente alongada; 1 estema de cada lado, ou ausente. Antenas 1 -segmentadas. Su- tura fronto-clipeal raramente ausente. Hastes epifa- ríngeas ausentes. Mandíbulas em geral com mola. Maxilas quase sempre com gálea e lacínia espini- forme; palpos maxilares 2-3-segmentados. Lábio pequeno; mento e submento em geral distintos; palpos labiais 1-2-segmentados, raramente ausentes. Escle- roma hipofaríngeo geralmente presente. Pernas em geral presentes, freqüentemente 2-segmentadas. l.°- 7.° tergitos abdominais em geral com 2 pregas trans- versais, raramente com ampolas dorsais. Espiráculos anulares, anular-bíforos ou anular-uníforos; par to- rácico situado no mesotórax ou entre pro- e me- sotórax. Larvas da maioria das espécies desenvolvem-se em madeira apodrecida ou recém-caída. Existem larvas espermófagas que se criam no interior de se- mentes; algumas espécies constituem-se em pragas de grãos armazenados, como por exemplo Araecerus fasciculatus (De Geer, 1775), cosmopolita, e que ataca café, cacau, frutas secas e outros produtos vegetais. Há registros de larvas de Brachytarsus Schoenher predando coccídeos (Homoptera). Algu- mas larvas da família foram vistas escavando gale- rias em caules de plantas vivas, enquanto outras foram observadas em corpos de frutificação de fungos. Referências: Anderson, 1947b; Bõving e Crai- ghead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982. Ptychoderes elongatus Germar, 1824 (Estampa 138, figs. 1-15) Larva madura. Comprimento: 13,0 mm; largura do protórax: 5,0 mm. Ligeiramente curvada dorso-ven- tralmente, curculionóide (fig. 1 ) . Branco-leitosa com pilosidade curta, castanho-amarelada; cabeça casta- nho-amarelada clara com mandíbulas escurecidas. Cabeça (fig. 6) hipognata, esclerotinizada, depri- mida, não retraída no protórax. Sutura coronal lon- ga com cerca de metade do comprimento da cápsula cefálica; ramos frontais em forma de V. Endocarena pouco distinta, curta. Estemas ausentes. Fronte com um par de tubérculos plurissetosos junto à margem anterior. Sutura fronto-clipeal presente. Cápsula ce- fálica com revestimento denso de cerdas curtas mais ou menos alinhadas em fileiras longitudinais. Clípeo (fig. 11) glabro. Labro (fig. 11) quase tão longo quanto largo, margem anterior arredondada com cerdas longas agrupadas principalmente dos lados. Epifaringe (fig. 10) sem hastes, com 8-9 cerdas mais espessas de cada lado da margem anterior; com grupo de 7 botões sensoriais e 8 cerdas distribuídas em faixa mediana alongada, o par de botões ante- riores, mais desenvolvidos. Suturas guiares e gula ausentes; hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. cm i SciELO 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 252 ANTHRIBIDAE OXYCORYNIDAE BELIDAE 7) 1-segmentadas, diminutas, com 1 cone sensorial e 3 sensilas setiformes. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 8 e 9), simétricas, cuneiformes, unidenteadas no ápice, com pequeno dente agudo mesal e mola côncava; margem dorsal externa com grupo de cerdas curtas. Maxilas (figs. 12, 14), pou- co esclerotinizadas; gálea lobada no ápice com tufo de cerdas espatuladas; lacínia espiniforme. Palpo maxilar 3-segmentado, l.°-2.° segmentos transver- sais, 3.° alongado, palpífero ausente. Estipe alongado densamente setoso dorsal e ventralmente. Cardo oblíquo, glabro. Justacardo e justaestipe presentes, setosos. Lábio (fig. 12) com pré-mento alongado, trapezoidal, densamente setoso. Lígula pouco desen- volvida. Mento transversal com margens laterais arredondadas, com cerca de 10 cerdas no 1/3 ante- rior. Submento trapezoidal, com grupo de cerdas densas e curtas. Palpos labiais 2-segmentados. Es- cleroma hipofaríngeo (fig. 13) bem esclerotinizado e transversal. Protórax transversal quase tão longo quanto meso- e metatórax juntos. Protergo com par de escleritos castanho-amarelados. Meso- e metató- rax com 2 pregas dorsais; par de espiráculos toráci- cos (fig. 3) elípticos situado entre pro- e mesotórax. Pernas (figs. 1 e 2) diminuindo gradativamente de tamanho das anteriores para as posteriores; 2-seg- mentadas, densamente pilosas; segmento distai cô- nico, com constrição glabra no 1/3 anterior. Abdô- men com 9 segmentos visíveis de cima, densamente piloso; l.°-8.® segmentos com 2 pregas dorsais; 9.° segmento reduzido; l.°-8.° segmentos com par de espiráculos (fig. 3a) elípticos. Abertura anal ter- minal. Pupa $ (figs. 4 e 5). Adéctica e exarata. Branco- leitosa com par de escleritos castanhos bem desen- volvidos no pronoto e pilosidade castanho-amarelada mais densa na cabeça, tórax e lados do abdômen. Cabeça invisível de cima com placa arredondada, esclerotinizada, pré-apical. Pronoto mais largo do que longo com par de escleritos anteriores, transversais com bordos posteriores crenulados e careniformes; 1/4 basal com fileira sinuosa de 14 tubérculos cur- vados para frente. 2.°-6.° segmentos abdominais com 2 pregas dorsais; l.°-6.° com par de espiráculos elípticos. Dimorfismo sexual evidente, antenas curtas nas fêmeas e muito longas nos machos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 27-29.ix.1984, Exp. MZUSP col., 2 larvas, 1 larva criada até adulto, 1 adulto (MZUSP); ibidem, 20.vi.1981, 1 adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados em galerias verticais e cilíndricas com cerca de 7,0 mm de diâ- metro, escavadas em troncos de árvores recém-der- rubadas, com cerne ainda bastante duro. As câmaras pupais situavam-se logo abaixo da casca que era facilmente destacável. A larva de último instar cons- trói um casulo pergamináceo de paredes delgadas. A pupa permanece na posição vertical no interior do casulo com os escleritos pronotais voltados para cima. Adultos já bem esclerotinizados e pigmentados foram coletados no interior das câmaras pupais. 104. OXYCORYNIDAE Esta família inclui Allocorynidae e compreende cerca de 8 gêneros e 30 espécies colocadas em 2 subfamflias distribuídas pelas Américas e África. No Brasil ocorrem 2 gêneros e 3 espécies. Larvas robustas, curtas e subglabras. Cabeça re- traída no protórax. Endocarena indistinta. Antenas 1-segmentadas. Hastes epifaríngeas ausentes. Palpos maxilares 3-segmentados e com palpífero ou 2-seg- mentados e sem palpífero. Tergitos abdominais sim- ples ou com 2 pregas transversais. 10.° segmento reduzido. Ânus ventral, em forma de X. Espiráculos torácicos situados no mesotórax. Larvas desconhecidas para o Brasil. A biologia das três espécies que ocorrem no Brasil é desconhecida. Espécies de outras regiões desenvolvem-se nas seguintes plantas: em estróbilos de Zamia (Zamiaceae); em Araucaria (Araucaria- ceae), provavelmente nos estróbilos; em frutos de palmeiras (Palmae); em Asparagus (Liliaceae); em Ombrophytum (Balanophoraceae); em Prosopanche (Hydnoraceae); as duas últimas famílias estão re- presentadas por plantas parasitas de outras dicotile- dôneas. Estes diferentes grupos vegetais são pouco relacionados entre si, mas apresentam em comum a existência de órgãos vegetativos carnosos, sem clo- rofila, que podem ser explorados pelas larvas dos oxicorinídeos. Referências: Crowson, 1967; Kuschel, 1959; Lawrence, 1982. 105. BELIDAE Família que compreende cerca de 13 gêneros e 150 espécies, colocadas em 2 subfamflias distribuí- cm i .SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 BELIDAE ATTELABIDAE BRENTIDAE 253 das pelas regiões Neotropical e Australiana. No Brasil ocorrem 2 gêneros e 9 espécies. Larvas largas e algo gibosas no protórax, reves- tidas com pilosidade fina, principalmente na região posterior. Cabeça alongada, forteraente retraída no protórax, com 2-3 estemas de cada lado; ocasional- mente com um processo mediano na fronte. Endo- carena indistinta. Antenas 2-segmentadas. Hastes epifaríngeas ausentes. Palpos maxilares 3-segmenta- dos; palpífero presente. Protergo com uma placa esclerotinizada, carenada na metade posterior. Ter- gitos abdominais em geral com 2 pregas transversais, indistintas. Espiráculos anulares; par torácico situa- do entre pro- e mesotórax. Ânus terminal, em for- ma de T. Larva de nenhuma espécie sulamericana foi des- crita até o presente. A descrição acima baseia-se em material australiano. As espécies chilenas de Di- cordylus (Pachyurinae) parecem estar relacionadas com gimnospermas (Kuschel, 1959) e a espécie brasileira desse gênero provavelmente desenvolve-se em Araucaria ou Podocarpus (Vanin, 1976). Adul- tos de várias espécies de Homalocerus (Belinae) são encontrados sobre samambaias, e é possível que se criem nessas pteridófitas (Vanin, 1976). Referências: Kuschel, 1959; Lawrence, 1982; Va- nin, 1976. 106. ATTELABIDAE Esta famflia inclui Apoderidae, Pterocolidae, Rhynchitidae e compreende cerca de 100 gêneros e 2 100 espécies geralmente colocadas em 3 subfamí- lias de distribuição mundial. No Brasil ocorrem 5 gêneros e 16 espécies. Larvas robustas, fortemente curvadas, algo estrei- tadas nas extremidades. Cabeça variando de fraca a fortemente retraída no protórax, cm geral com mais de 2 estemas de cada lado. Sutura frontal presente, às vezes indistinta ou ausente. Antenas em geral 2-segmentadas, ocasionalmente 1 -segmentadas. Pal- pos maxilares 2-3-segmentados. Mento e pré-mento às vezes fundidos. Lobos pedais distintos ou não. Tergitos abdominais em geral inflados e com 2 pre- gas transversais. Ânus terminal ou ventral, transver- sal ou em forma de X. Espiráculos anulares ou anular-bíforos; par protorácico situado no protórax ou entre pro- e mesotórax. Larvas desconhecidas para o Brasil. Os Attelabinae são enroladores de folhas de dico- tiledôneas. As fêmeas, geralmente à noite, cortam a margem do limbo foliar e preparam um cartucho no interior do qual depositam um ovo. A larva se ali- menta da folha no interior do cartucho, apresen- tando em geral desenvolvimento rápido, de cerca de 7 dias. A larva madura constroe, no interior do próprio cartucho, um casulo com seus excrementos aglutinados. O período pupal é também em geral curto, durando aproximadamente 7 dias. As larvas de Rhynchitinae desenvolvem-se em frutos, caules, flores e folhas; algumas espécies tam- bém são enroladoras de folhas. Referências: Bondar, 1937; Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1937; Lawrence, 1982; Machado, 1924; Scherf, 1964. 107. BRENTIDAE (= Brenthidae — Estampa 139) Família que contem cerca de 325 gêneros e 2 300 espécies de distribuição mundial mas mais comu- mente encontradas nas regiões tropicais e subtropi- cais. No Brasil ocorrem cerca de 31 gêneros e 151 espécies. Larvas delgadas e subcilíndricas; cabeça sem es- temas. Sutura coronal e ramos frontais indistintos, sendo que os últimos se extendem até as articula- ções mandibulares. Endocarena muito curta ou ausente. Antenas 1 -segmentadas. Cardo dividido. Região basal do mento não fundida ao estipe; pré- mento não acuminado na base, apresentando um esclerito distinto na linha média. Escleroma hipofa- ríngeo presente. Protergo com placa fracamente esclerotinizada; mesotergo com grupos de espículos laterais. Pernas presentes, pequenas e segmentadas. Tergitos abdominais em geral com 3-4 pregas trans- versais. 9.0 segmento rombo e terminal. 10.® seg- mento póstero-ventral. Ânus em forma de Y. Espi- ráculos anulares, elípticos; par torácico situado pró- ximo à margem posterior do protórax. Larvas desta família escavam galerias em troncos de árvores recém mortas, e é possível que algumas espécies sejam micetófagas, alimentando-se dos fun- gos que proliferam nas paredes das galerias em que vivem. Certas espécies realizam a postura em gale- rias de platipodíneos ou outras coleobrocas, podendo inclusive retirar ou matar os ocupantes originais; alguns membros da família são aparentemente mir- mecófilos. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1937; Lawrence, 1982; Lima, 1956. 254 BRENTIDAE Estenorhinus anguIicoUis (Gyll., 1833) (Estampa 139, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 20,0-22,0 mm; largu- ra do protórax: 5,0 mm. Ligeiramente curvado dor- so-ventralmente, curculionóide (fig. 1). Branco-lei- tosa com escleritos do protergo e cabeça, castanho- amarelados. Cabeça (figs. 7-9) hipognata, esclerotinizada, li- geiramente deprimida, pouco retraída no protórax. Sutura coronal com cerca de 1/3 do comprimento da cápsula cefálica; ramos frontais em forma de U, pouco distintos exceto na base. Endocarena ausente. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal pre- sente. Cápsula cefálica com 5 pares de cerdas fron- tais, 5 pares dorso-epicraniais e 2 pares póstero-epi- craniais. Clípeo (fig. 12) transverso, estreito, com 3 cerdas látero-basais de cada lado. Labro (fig. 12) pentagonal, com margens laterais sub-paralelas com 3 pares de cerdas discais. Epifaringe (fig. 11) com hastes, margem anterior com 2 pares de cerdas es- pessas de cada lado e 3 pares medianos atrás dos quais situam-se 8 botões sensoriais distribuídos em 2 fileiras de 4; região mediana com 2 pares de cer- das, 1 dos quais mais curto seguidos de 2 faixas alongadas de espinhos curtos. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antena (fig. 10) 1 -segmentada, com cone sensorial, 3 sensilas setiformes e 1 cerda pilosa. Peças bucais protraídas. Mandíbulas (figs. 13-14) simétricas, cuneiformes; ápice bidenteado; com pequeno dente mesal. Maxilas (figs. 6, 6a e 6b) com mala curta arredondada no ápice, com fileira marginal e ventral de cerca de 20 cerdas espessas; região dorsal com 2 cerdas robustas subapicais e 1 área marginal oval revestida de espí- culos. Palpo maxilar 2-segmentado; palpífero mem- branoso. Estipe alongado com 3 cerdas longas e 1 área lateral externa ovalada com espículos. Cardo dividido, glabro. Área de articulação maxilar ausen- te. Lábio (fig. 6) com pré-mento acuminado poste- riormente, com 1 par de cerdas longas na metade anterior; lígula bilobada com 2 pares de cerdas lon- gas e numerosas microtríquias; pós-mento grande e membranoso com 3 pares de cerdas longas laterais; palpos labiais 2-segmentados, segmento basal mais longo que o distai; palpífero presente. Escleroma hipofaríngeo presente. Protórax aproximadamente tão longo quanto meso- e metatórax, com placa es- clerotinizada, pouco pigmentada, com 8 cerdas dis- tribuídas em 2 fileiras de 4; meso- e metatórax dila- tados, com duas pregas dorsais cada; mesotergo com 1 grupamento ovalado de espículos de cada lado; par de espiráculos torácicos (fig. la) elípticos, si- tuado junto a margem posterior do protórax. Pernas (figs. 1 e 5) muito pequenas, subiguais, 2-segmen- tadas, com algumas cerdas longas e curtas; segmento distai cônico. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima. Tergitos l.°-7.° com 3 pregas transversais; 8.° com 2 pregas. l.°-8.° segmentos com 1 par de espiráculos elípticos; tergitos e esternitos com algu- mas poucas cerdas delgadas; lobos epipleurais unis- setosos. 9.° segmento rombo. 10.° segmento reduzi- do, póstero-ventral. Abertura anal terminal. Pupa (fig. 2 e 3). Adéctica e exarata. Branco-ama- relada com tubérculos espiniformes escurecidos. Ca- beça ventral invisível de cima, mas com antenas curvadas sobre o pronoto; com 8 tubérculos setífe- ros na fronte, 2 sobre cada olho; 8 no rostro, sendo 4 entre as inserções antenais e 4 mais distais; antenas com fileira de 7 tubérculos bem desenvolvidos e alguns outros menores. Pronoto alongado; margem anterior bilobada, cada lobo com 4 tubérculos setí- feros; disco pronotal com 6-7 tubérculos setíferos. Pterotecas anteriores com tubérculo arredondado subapical. Extremidade dorsal de cada fêmur com grupo de 3 tubérculos setiformes. Metanoto com 2 saliências oblíquas convergentes com 4 tubérculos espiniformes cada uma com 1 cerda na base. l.°-7.° segmentos abdominais com tubérculos setíferos se- melhantes dispostos em carenas transversais, mais ou menos arqueadas, interrompidas ou não no meio e nos lados; nos segmentos l.°-5.° junto à margem anterior 4 tubérculos pequenos e medianos e 1-3 laterais; regiões pleurais com 2-3 tubérculos setífe- ros; l.°-5.° segmentos com 1 par de espiráculos elípticos, o l.° par, maior. 9.° segmento com par de projeções espiniformes delgadas e divergentes; vá- rios tubérculos setiformes. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Peruíbe, 30.vi.1981, Exp. MZUSP col., 5 larvas fixadas, 1 larva criada até pupa, 1 larva criada até adulto, 2 adultos (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados em tronco re- cém-derrubado, com casca espessa, destacável e lenho bastante duro. As larvas escavam galerias ci- líndricas, perpendiculares ao eixo longitudinal do tronco; o interior dessas galerias estava revestido por camada esbranquiçada provavelmente de fungos. cm i ^SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 APIONIDAE CURCUUONIDAE 255 108. APIONIDAE Esta família inclui Cyladidae e compreende cerca de 26 gêneros e 2 200 espécies geralmente coloca- das em 3 subfamílias, de distribuição mundial. No Brasil ocorre o gênero Apion com cerca de 71 es- pécies. Larvas em geral robustas e fortemente curvadas, ocasionalmente delgadas e subcilíndricas. Cabeça com 1 estema de cada lado. Ramos da sutura fron- tal extendendo-se até as articulações mandibulares. Antenas 1 -segmentadas. Pré-mento acuminado na base, sem placa esclerotinizada. Palpos labiais em geral 1 -segmentados, raramente 2-segmentados. Lo- bos pedais em geral bem desenvolvidos. Tergitos abdominais em geral com 2 pregas transversais. Ânus em forma de X ou ocasionalmente transversal. Espiráculos torácicos anular-uníforos, raramente anular-bíforos; freqüentemente reduzidos a 6 ou 7 pares. Larvas desconhecidas para o Brasil. Larvas de Apionidae broqueiam sementes, caules, raízes e outras partes de diversas plantas, principal- mente leguminosas. Algumas espécies determinam a formação de galhas caulinares e peciolares. Referências: Bõving e Craighead, 1931; Crowson, 1967; Lawrence, 1982; Lima, 1956; Scherf, 1964. 109. CURCULIONIDAE (Estampas 140-146) Família que inclui Cossonidae, Platypodidae, Rhynchophoridae, Scolytidae e compreende cerca de 4 500 gêneros e 50 000 espécies de distribuição mundial. No Brasil ocorrem cerca de 632 gêneros e 4 041 espécies. Larvas subcilíndricas, em geral levemente encur- vadas, pouco esclerotinizadas. Cabeça em geral hi- pognata, às vezes retraída no protórax. Ramos da sutura frontal não se extendem até as articulações mandibulares. Palpos labiais 1 -segmentados ou in- distintamente 2-segmentados. Tergitos abdominais em geral com 3-4 pregas transversais. Espiráculos torácicos situados no protórax ou entre pro- e me- sotórax. Família com hábitos de vida principalmente fitó- fagos, mas muito diversificados. As larvas, em sua maioria, são endofíticas, vivendo como brocas cauli- nares ou radiculares, ou atacando flores, frutos ou sementes. Larvas endofíticas ocorrem na maioria das subfamílias. Algumas espécies criam-se em raízes de plantas aquáticas, como as de alguns Erirhininae. Várias de- terminam a formação de galhas, como por exemplo alguns Oíidocephalini, enquanto que outros mem- bros da mesma tribo são cecidícolas, desenvolven- do-se em galhas induzidas por outros insetos. A larva de Ludovix fasciatus (Erodiscini) é entomófa- ga, desenvolvendo-se em ootecas de gafanhotos do gênero Cornops. Alguns escolitíneos e os platipodí- neos são micetófagos, e cultivam fungos nas galerias que perfuram nos troncos. Algumas poucas larvas são exofíticas, como por exemplo a dos Hyperinae, providas de larvópodes e de aspecto eruciforme, e comem a epiderme de folhas novas. Outras exofíticas apresentam hábitos subterrâneos e são rizófagas, como em Polydrosinae e Entiminae (antigamente reimidas como Brachyde- rinae, Otiorhynchinae e Leptopiinae). Para uma noção dos hábitos dos curculionídeos brasileiros, consultar Bondar, 1945. Muitas espécies são nocivas às plantas cultivadas, constituindo-se pragas sérias da agricultura. Dentre estas salientamos: Anthonomus grandis, o bicudo do algodão; Eutinobothrus brasiliensis, a broca da raiz do algodoeiro; Helodytes foveolatus e Neobagous spP'j gorgulhos aquáticos do arroz; Cratosomus spp., brocas das laranjeiras e do abacateiro; Spheno- phorus levis, broca da cana-de-açúcar; Rhinosíomus barbirostris, Rhynchophorus palmarum e Homalino- tus spp., brocas das palmeiras; Cosmopolites sordi- didus, broca da bananeira, conhecida popularmente como moleque. Sitophilus spp., atacam cereais arma- zenados nos depósitos, principalmente arroz e müho. Referências: Anderson, 1947a; Bondar, 1945; Bõving e Craighead, 1921; Crowson, 1931; Lawren- ce, 1982; Lima, 1956; Peterson, 1960; Scherf, 1964; Zwõlfer, 1969. Pityophthorus sp. (Estampa 140, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 2,8-3,0 mm; largura do protórax: 0,8-1, 0 mm. Ligeiramente curvada dor- so-ventralmente, curculionóide (fig. 1). Branco-lei- tosa com poucas cerdas curtas; cabeça amarelada com mandíbulas escurecidas. Cabeça (fig. 3) hipognata, esclerotinizada, pouco retraída no protórax. Sutura coronal longa com mais da metade do comprimento da cápsula cefálica; ra- mos frontais sinuosos, em forma de V. Endocarena 256 CURCULIONIDAE ausente. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal pre- sente. Cápsula cefálica com 10 cerdas frontais; 3 pares de cerdas dorso-epicraniais; 3 pares de cerdas látero-epicraniais. Clípeo (fig. 10) transversal, gla- bro. Labro (fig. 10) transversal com 9 cerdas e 3 botões sensoriais. Epifaringe (fig. 9) com hastes, 4 pares de cerdas espatuladas na margem anterior e 2 pares medianos. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. 4) 1-seg- mentadas, com cone sensorial alongado e 4 sensUas sensoriais setiformes. Peças bucais retraídas. Man- díbulas (figs. 11-12) simétricas, cuneiformes, triden- teadas no ápice e com 1 cerda látero-basal. Maxilas (figs. 5 e 8): mala arredondada com 5 cerdas espa- tuladas na região ventral e 1 fileira de 6 cerdas na região dorsal; palpo maxilar 2-segmentado, l.° seg- mento transversal e unissetoso; segmento distai côni- co, alongado; estipe alongado com 3 cerdas longas; cardo transversal, glabro. Lábio (fig. 8) com pré- mento alongado, estreitado posteriormente, bissetoso. Lígula com 2 pares de cerdas e 1 par de botões senso- riais. Pós-mento grande e membranoso com 3 pares de cerdas laterais. Palpos labiais 1 -segmentados, pal- pígero bem desenvolvido. Hipofaringe (fig. 7) sem escleroma com 2 grupos laterais de espículos. Tórax mais dilatado que o abdômen. Protórax transversal, pouco mais longo que meso- e metatórax; par de es- piráculos torácicos anular-bíforos situado no mesotó- rax. Meso- e metatórax com 2 pregas; pré-dorso com cerca de 14 cerdas curtas; pós-dorso glabro. Abdô- men com 9 segmentos visíveis de cima; distribuição das cerdas e microtríquias como no 3.® segmento (fig. 6). l.®-8.° segmentos com 1 par de espiráculos anular-bíforos (fig. Ib). 9.® segmento reduzido. 10.® segmento indistinto. l.®-6.® segmentos com 3 pregas transversais distintas. Abertura anal terminal. Pupa (figs. 2, 2a, 2b). Adéctica e exarata. Branco- -amarelada com extremidade distai do 7.® e 9.® segmentos escurecidos. Cabeça encoberta pelo pro- noto. Protórax alongado, margem anterior arredon- dada; pronoto com 9 pares de tubérculos setíferos: 6 pares marginais, 2 pares basais, 1 par discai. 7.® segmento abdominal com 2 projeções laterais (fig. 2a). 9.® segmento abdominal com 1 par de projeções posteriores alongadas (fig. 2b). l.°-6.® segmentos abdominais com 1 par de espiráculos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20-22.iv.l982, Exp. MZUSP col., 178 larvas, 56 pupas e 27 adul- tos (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos coletados em galerias subcorticais, em troncos caídos. Tesserocerus insignis Saunders, 1836 (Estampa 141, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 7,0 mm. Largura do protórax: 1,7 mm. Ligeiramente curvada dorso-ven- tralmente, curculionóide (fig. 1). Branco-leitosa com poucas cerdas; cabeça amarelada, mandíbulas es- curecidas, protergo com 2 áreas anteriores castanho- amareladas. Cabeça (fig. 8) hipognata, esclerotinizada, ovala- da, pouco retraída no protórax. Sutura coronal com menos da metade do comprimento da cápsula cefá- lica; ramos frontais em forma de V. Endocarena curta. 1 estema atrás da antena. Sutura fronto-clipeal presente. Cápsula cefálica com 10 cerdas frontais, as posteriores menores; 4 pares de cerdas dorso-epi- craniais; 2 pares de cerdas látero-epicraniais. Clípeo (fig. 6) transversal com 2 pares de cerdas basais. Labro (fig. 6) transversal, margem anterior sinuosa com 4 pares de cerdas, sendo o par posterior o mais longo, e 1 par de cerdas no disco. Epifaringe (fig. 5) com hastes; 3 pares de cerdas espatuladas na mar- gem anterior e 6 cerdas espatuladas mais curtas dis- postas em círculo ao redor de 1 par de botões senso- riais anteriores; faixa mediana sobre as hastes com espículos e com 1 par de botões sensoriais na base. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. 4) 1 -segmentadas; cone sen- sorial alongado e 11 sensilas sensoriais pequenas, espiniformes. Peças bucais ventrais retraídas. Man- díbulas (figs. 11-12) simétricas, cuneiformes, com 1 dente apical e 1 mesal obtuso; 1 cerda látero-ba- sal. Maxilas (figs. 2 e 3): mala arredondada com 8 cerdas apicais ventrais e 1 fileira dorsal de 8 cerdas. Palpo maxilar 2-segmentado, glabro. Palpífero mem- branoso com 2 cerdas longas e vários espículos dor- sais. Estipe alongado com 1 cerda longa. Cardo oblí- quo, glabro. Lábio (fig. 3) com pré-mento alonga- do, estreitado e acuminado posteriormente, bissetoso. Lígula bilobada, com 2 pares de cerdas e 1 par de botões sensoriais. Pós-mento grande e membranoso com 3 pares de cerdas. Palpos labiais 2-segmenta- dos, palpígero presente. Hipofaringe (fig. 2) sem escleroma, margem anterior com 1 par de cerdas espatuladas pequenas e 1 par de botões sensoriais; margens laterais com grupo denso de espículos di- rigidos para frente e para o meio. Protórax trans- versal, pouco mais longo que meso- e metatórax; cm i ^SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CURCULIONIDAE 257 par de espiráculos torácicos elípticos, muito alonga- dos, bíforos, situado na região anterior do protórax (figs. 8 e 9); placa dorsal esclerotinizada com 6 cer- das (fig. 8). Meso- e metatórax com 2 pregas dor- sais; pós-dorsos com 2 cerdas de cada lado. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima. l.°-6.° segmen- tos com 3 pregas transversais distintas; pós-dorsos com 2 cerdas de cada lado. l.°-8.® segmentos com par de espiráculos (fig. 10) elípticos, alongados, bíforos. 8.® par de espiráculo abdominal (fig. 7), dorsal. 9.° segmento pequeno. 10.° segmento redu- zido, póstero-ventral. Abertura anal circundada por 4 lobos carnosos sendo o ventral, o menor. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia), 20-22.iv.l982, Exp. MZUSP col., 2 larvas e 3 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas e adultos coletados em galerias cilíndricas, perpendiculares ao eixo longitudinal de tronco caí- do no interior da mata. Naupactus sp. (Estampa 142, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento: 15,0-17,0 mm; lar- gura do protórax: 4,5-5,0 mm. Ligeiramente curva- da dorso-ventralmente, curculionóide (fig. 1). Bran- co-leitosa com cerdas esparsas, cabeça amarelada com região ântero-dorsal castanho-alaranjada e man- díbulas escurecidas com mancha basal amarelada. Cabeça (fig. 4) hipognata, esclerotinizada, oval- alongada, profundamente retraída no protórax. Su- tura coronal longa com mais da metade do compri- mento da cápsula cefálica; ramos frontais em forma de V. Endocarena ausente. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal presente. Cápsula cefálica com 12 cer- das frontais, as posteriores menores; 1 par de cerdas dorso-epicraniais; 2 pares de cerdas látero-epicra- niais. Clípeo (fig. 10) transversal com 4 cerdas ba- sais. Labro (fig. 10) com margem anterior arredon- dada, 10 cerdas marginais e 4 discais. Epifaringe (fig. 9) com hastes; 3 pares de cerdas espatuladas (fig. 9a) na margem anterior; 3 grupos de espículos medianos. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. 5) 1 -segmenta- das, cone sensorial disciforme e 7 sensilas sensoriais pequenas. Peças bucais retraídas. Mandíbulas (figs. 12-13) simétricas, cuneiformes, com 2 dentes api- cais e 1 mesal pouco desenvolvido; região basal com mancha arredondada clara, lateral, com 2 cerdas longas. Maxilas (figs. 6 e 11): mala arredondada com 10 cerdas espessas e 2 delgadas e 2-5 espinhos na base. Palpo maxilar 2-segmentado; 1.® segmento quase tão longo quanto largo; segmento distai alon- gado; palpífero pouco distinto. Estipe alongado com 3 cerdas longas e 1 grupo de espinhos variando de longos e delgados a muito pequenos, situado junto ao palpo maxilar. Cardo oblíquo, glabro. Lábio (figs. 6, 7) com pré-mento alongado, bissetoso, es- treitado e truncado posteriormente. Lígula bilobada, cada lobo unissetoso, com 2 botões sensoriais. Pós- -mento grande e membranoso, com 2 cerdas anterior- res de cada lado e 1 par proximal. Palpos labiais 2-segmentados; palpígero presente. Hipofaringe (fig. 8) sem escleroma, margem anterior com 2 . cerdas grandes e 2 pequenas; laterais com faixas de espi- nhos eriçados dirigidos medianamente, e área basal com grupo denso de espinhos menores e voltados para frente. Protórax transversal, pouco mais longo que meso- ou metatórax; par de espiráculos torácicos (fig. la) elípticos, bíforos, situado no protórax; placa dorsal com cerca de 20 cerdas; meso- e meta- tórax com 2 pregas dorsais; pré-dorso com 2 cerdas e pós-dorso com 8 cerdas. Abdômen com 9 seg- mentos visíveis de cima. l.°-7.o segmentos com 3 pregas dorsais, transversais; pré-dorso com cerdas; pós-dorso com 8-10 cerdas longas; prega mediana com 1 par de cerdas de cada lado; lobos epipleurais e pleurais bissetosos; lobo pedal unissetoso. 8.° seg- mento com 2 pregas pouco distintas. l.o-8.° segmen- tos com par de espiráculos (fig. Ib) elípticos, bífo- ros. 9.° segmento pequeno. 10.® segmento reduzido. Abertura anal terminal, circundada por 4 lobos car- nosos, sendo o ventral, o menor. Pupa (figs. 2, 2a, 3). Adéctica e exarata. Branco- -leitosa com espículos castanho-amarelados. Cabeça quase totalmente encoberta pelo protórax, com 1 par de espículos no vértex, 1 par junto de cada olho e 4 pares na base do rostro. Protórax transversal, mar- gem anterior arredondada, com 9 pares de espículos. Meso- e metatórax com 1 par de espículos anteriores e 3 pares posteriores. Fêmures com 2 espinhos dor- so-distais. Abdômen com l.°-7.° segmentos com 1 par de espículos anteriores e 5 pares posteriores, os últimos situados sobre carena transversal; l.°-6.° segmentos com 1 par de espiráculos. 9.^* segmento com 1 par de projeções laterais com 1 espículo gran- de e 3 menores (fig. 2a). Material examinado. BRASIL. São Paulo. Salesópo- lis (Estação Biológica de Boracéia) 30.vi-01.vii. 258 CURCULIONIDAE 1983, Exp. MZUSP coL, 5 larvas fixadas, 2 larvas criadas até pupa, 1 larva criada até adulto (MZUSP). Dados biológicos Larvas coletadas no solo junto a barrancos, asso- ciadas à raízes. Euseraio sp. (Estampa 143, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 6,0-6,2 mm; largura do protórax: 1,0-1, 1 mm. Fortemente curvada dor- so- ventralmente (fig. 1). Branco-amarelada com al- gumas cerdas curtas e finas. Cabeça amarelada com mandíbulas castanho-escuras. Cabeça (fig. 4) hipognata, esclerotinizada, ova- lada, um pouco retraída no protórax. Sutura coronal com cerca da metade do comprimento da cápsula cefálica; ramos frontais em forma de V. Endocarena ausente. Estemas ausentes. Sutura fronto-clipeal pre- sente. Cápsula cefálica com 12 cerdas frontais, as 6 posteriores menores; 7 pares de cerdas epicraniais, o mediano mais longo; 3 pares de cerdas látero-epi- craniais. Clípeo (fig. 8) transversal com 1 par de cerdas basais. Labro (fig. 8) com margem anterior sinuosa com 6 cerdas espatuladas e 2 cerdas dimi- nutas; região mediana com fileira transversal de 4 cerdas longas. Epifaringe (fig. 9) com hastes; 3 pa- res de cerdas espatuladas na margem anterior; região mediana com 1 par de botões sensoriais seguidos por 2 pares de sensilas espatuliformes; área junto as hastes com fileira longitudinal de espículos e 1 par de botões sensoriais basais. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. 5) 1-segmentadas; cone sensorial chanfrado obliqua- mente, 5 sensilas sensoriais inseridas em tubérculos e 5 sensilas sensoriais, diminutas, cônicas. Peças bucais retraídas. Mandíbulas (figs. 10-11), simétri- cas, cuneiformes, com 1 dente apical e 1 mesal, obtu- so. Maxilas (figs. 6-7): mala arredondada com 6 cerdas apicais na região ventral e 1 fileira marginal com 6-7 cerdas na região dorsal. Palpo maxilar 2- segmentado; l.° segmento quase tão longo quanto largo, unissetoso; segmento distai alongado. Palpífero presente. Estipe alongado com 3 cerdas longas. Car- do oblíquo, glabro. Lábio (fig. 6) com pré-mento alongado, estreitado e acuminado posteriormente, bissetoso. Lígula arredondada com 1 par de cerdas espatuliformes e 1 par de botões sensoriais. Pós-men- to grande e membranoso, com 2 cerdas anteriores de cada lado e 1 par basal; regiões laterais e poste- riores recobertas com espículos. Palpos labiais 2-seg- mentados. Hipofaringe (fig. 7) sem escleroma; mar- gem anterior com 2 cerdas espatuliformes grandes e 2 muito pequenas; região posterior formando lobo semi-circular, revestido de espículos, finos e densos. Protórax transversal, quase tão longo quanto meso- ou metatórax; área dorsal com 4 cerdas delgadas; par de espiráculos torácicos (fig. la) elípticos, bífo- ros, situados no protórax. Meso- e metatórax com 2 pregas dorsais; pré-dorso do mesotórax com 1 par de cerdas. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-7.° segmentos com 3 pregas transversais; 5.°-7.° segmentos com pré-dorso apresentando 1 par de cerdas e pós-dorso com 3-4 pares de cerdas. l.°-8.° segmentos com par de espiráculos (fig. Ib) anular-bíforos. 9.° segmento pequeno. 10.° segmen- to reduzido. Abertura anal terminal, circundada por 4 lobos carnosos, sendo o ventral, o menor. Pupa (figs. 2-3). Adéctica e exarata. Branco-amare- lada com 2 áreas grandes no pronoto e metanoto, castanho-amareladas. Cabeça encoberta pelo protó- rax; 3 pares de tubérculos setíferos dorsais; 2 pares entre os olhos; 2 pares entre as antenas e 1 par distai. Protórax pouco mais longo que largo, bruscamente constrito no 1/3 apical; 6 pares de tubérculos setí- feros marginais e 4 pares discais; tegumento com rugas transversais. Meso- e metanoto com 2 pares de cerdas. Fêmures com 2 tubérculos setíferos dor- so-distais. Abdômen fusiforme; l.°-7.° segmentos transversais, com 3 pares de cerdas látero-medianas e 1 par lateral. 8.° segmento cônico com 6 pares de cerdas marginais posteriores. 9.° segmento com 2 pares de cerdas longas e 2 projeções espiniformes convergentes. l.°-6.° segmentos com 1 par de espi- ráculos. Material examinado. BRASIL. Goiás. Formosa (Faz. Vargem Grande), vii-viii.1983, I.C.A. Mendes col., 4 larvas, 12 pupas, 8 adultos fixados (MZUSP). Dados biológicos Larvas, pupas e adultos foram coletados em frutos de Machaerium scleroxylon Tul. (Leguminosae). Cratosomus flavofasciatus Guérin, 1884 (Estampa 144, figs. 1-13) Larva madura. Comprimento: 22,0-30,0 mm; lar- gura do protórax: 8,0-9,0 mm. Ligeiramente curva- da dorso-ventralmente, curculionóide (figs. 1-2), fortemente dilatada posteriormente. Branco-leitosa, poucas cerdas finas e curtas; cabeça castanho-ama- cm i ^SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CURCULIONIDAE 259 relada, escurecida anteriormente; escudo dorsal pro- torácico castanho-amarelado com espículos poste- riores castanho-escuros. Cabeça (fig. 4) hipognata, esclerotinizada, oval- alongada com margens laterais subparalelas, pro- fundamente retraída no protórax. Sutura coronal longa com mais da metade do comprimento da cáp- sula cefálica; ramos frontais sinuosos, em forma de V. Endocarena curta, com cerca da metade do com- primento da fronte. Estemas ausentes. Sutura fronto- -clipeal presente. Cápsula cefálica com 5 pares de cerdas frontais, par ântero-lateral, maior; 4 pares de cerdas dorso-epicraniais; 3 pares de cerdas láte- ro-epicraniais. Clípeo (fig. 4) transversal, com 4 cerdas basais. Labro (fig. 10), transversal com mar- gem anterior arredondada, com 3 pares de cerdas e 1 par de cerdas discai. Epifaringe (fig. 9) com hastes; 4 pares de cerdas espessas na margem ante- rior; região mediana com 3 pares de sensilas espa- tuliformes e 1 par de botões sensoriais; área entre 0 vértice das hastes com 2 faixas longitudinais de espículos; região basal com esclerito retangular. Su- turas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. 6) 1 -segmentadas; cone sen- sorial chanfrado obliquamente e 6 sensilas sensoriais pequenas inseridas em tubérculos. Peças bucais re- traídas. Mandíbulas (figs. 11 e 12) simétricas, cuneiformes, 1 dente apical, 1 mesal obtuso e 2 ba- sais pouco distintos; margem lateral externa com 2 cerdas. Maxilas (figs. 5, 8): mala arredondada, com 3 cerdas espatuladas ventrais e fileira marginal com 10 cerdas na região dorsal. Palpo maxilar 2-seg- mentado, l.° segmento quase tão longo quanto lar- go, unissetoso; segmento distai alongado. Palpífero pouco distinto. Estipe alongado com 3 cerdas longas e 1 curta próxima à mala. Cardo oblíquo, glabro. Lábio (fig. 8) com pré-mento alongado, estreitado, acuminado posteriormente, bissetoso. Lígula arredon- dada com 1 par de cerdas e 1 par de botões senso- riais. Pós-mento grande, membranoso com 2 cerdas anteriores de cada lado e 1 par mediano. Palpos labiais 2-segmentados; palpígero bem desenvolvido. Hipofaringe (fig. 7), sem escleroma; margem ante- rior com 2 cerdas e 2 botões sensoriais; margens laterais posteriores com grupos de espículos. Protó- rax transversal. Pronoto muito desenvolvido, quase tão longo quanto meso- e metanoto juntos; com 1 par de escleritos dorsais (fig. 2), marginados anterior- mente por 7 pares de cerdas, com 2 pares de grupa- mentos de espículos posteriores, cada 1 com 1 cerda anterior. Par de espiráculos torácicos (fig. 2a) elíp- ticos, bíforos, situado no protórax. Meso- e metató- rax com 2 pregas dorsais; pré- e pós-dorso com espículos; pré-dorso com 3 pares de cerdas; pós- dorso com 1 par de cerdas muito curtas. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-4.° segmentos com 3 pregas transversais; pós-dorso com 2 cerdas; a partir do 5.® segmento as pregas são menos dis- tintas. 1.0-7.° segmentos com espículos dorsais; l.°-8.o segmentos com par de espiráculos (fig. 2b), elípticos, bíforos. 9.° segmento pequeno. 10.° seg- mento reduzido. Abertura anal transversal. Material examinado. BRASIL. Bahia. Cruz das Al- mas, A.S. Nascimento col., 4 larvas, 10 adultos (MZUSP). Dados biológicos Esta espécie é broca do caule de laranjeira (Citrus spp.) ocasionando danos consideráveis a citricultura. Linomadarus sp. (Estampa 145, figs. 1-12) Larva madura. Comprimento: 10,0-13,0 mm; largu- ra do protórax; 3,5-4, 0 mm. Ligeiramente curvada dorso- ventralmente, curculionóide (fig. 1). Branco- leitosa, com algumas cerdas curtas, cabeça castanho- amarelada, com mandíbulas escurecidas. Cabeça (fig. 5) hipognata, esclerotinizada, ova- lada, não retraída no protórax. Sutura coronal com menos da metade do comprimento da cápsula cefá- lica, ramos frontais em forma de 1_J com base sinuo- sa. Suturas paraepicraniais prolongando-se para trás dos ramos frontais. Endocarena curta. Ura estema presente de cada lado das antenas. Sutura fronto- clipeal presente. Cápsula cefálica com 5 pares de cerdas frontais; 3 pares de cerdas látero-epicraniais; 2 pares de cerdas dorso-epicraniais, sendo o mais longo junto a sutura paraepicranial. Clípeo (fig. 5) transversal com 2 pares de cerdas basais. Labro (fig. 10), margem anterior sinuosa, com fileira ante- rior transversal de 4 cerdas e 2 cerdas medianas mais longas e fileira basal de 3 botões sensoriais. Epifaringe (fig. 11) com hastes, 6 pares de cerdas espatuladas na margem anterior, 2 pares de sensilas curtas, espessas e com 1 par de botões sensoriais medianos. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antena (fig. 5a) 1-segmen- tada; cone sensorial chanfrado obiiquamente; 3 sen- silas maiores e 2 menores. Peças bucais retraídas. Mandíbulas (figs. 7-8) simétricas, cuneiformes, bi- denteadas nos ápices e com 2 dentes mesais, margem lateral com 1 cerda. Maxilas (fig. 9): mala arredon- 260 CURCULIONIDAE dada com cerca de 10 cerdas espatuliformes apicais e 1 pequena cerda basal. Palpo maxilar 2-segmenta- do, os dois segmentos alongados; o basal, unissetoso. Palpífero pouco distinto, com 2 cerdas. Estipe alon- gado com 1 cerda. Cardo oblíquo, glabro. Lábio (fig. 6) com pré-mento alongado, estreitado, acumi- nado posteriormente, bissetoso. Lígula arredondada com 4 cerdas espessas e 2 botões sensoriais. Pós- -mento grande, membranoso, com 2 pares de cerdas laterais e 1 par basal. Palpos labiais 2-segmentados; palpígero presente. Hipofaringe sem escleroma. Pro- tórax transversal pouco mais longo que meso- ou metatórax. Par de espiráculos torácicos (fig. la) elípticos, bíforos. Placa dorsal do pronoto com cerca de 14 cerdas. Meso- e metatórax com 2 pregas dor- sais. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-6.° segmentos com 3 pregas dorsais, transversais; prega mediana com 6-8 cerdas; pós-dorso com 2 cerdas. IP segmento com 2 pregas dorsais. l.®-8.° segmentos com par de espiráculos elípticos, bíforos. 9.° segmento pequeno. 10.° segmento reduzido. Abertura anal terminal, circundada por 4 lobos, sen- do o ventral, o menor. Pupa (figs. 2 e 3). Adéctica e exarata. Branco-lei- tosa com cerdas castanho-avermelhadas. Cabeça quase totalmente encoberta pelo protórax; com 4 pares de tubérculos espiniformes frontais, 2 pares na base do rostro e 1 par distai. Protórax alongado, cônico, com 5 pares de tubérculos espiniformes late- rais, 2 pares marginais anteriores e 3 pares discais. Meso- com 2 e metanoto com 3 pares de tubérculos setíferos. Fêmures com 2 tubérculos setíferos dorso- distais. Abdômen fusiforme com l.°-6.° segmentos com 7 tubérculos setiformes alinhados transversal- mente; tubérculo mediano do IP segmento, o mais desenvolvido; l.°-5.° segmentos com par de espirá- culos; 8.° segmento com 5 pares de tubérculos seti- formes; 9.° segmento curto com 1 par de projeções espiniformes, divergentes; cada projeção unissetosa. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Parelhei- ros, 17.vi.1974, V. Alin, col., 4 larvas fixadas, 2 larvas criadas até pupa, 10 larvas criadas até adul- to (MZUSP). Dados biológicos As larvas são brocas caulinares de cipó. As larvas maduras constroem uma câmara no interior do cipó, onde empupam. Os adultos podem permanecer lon- gos períodos no interior da câmara antes de emer- girem. Sphenophorus levis Vaurie, 1978 (Estampa 146, figs. 1-14) Larva madura. Comprimento 13,0-16,0 mm; largura do protórax; 3,5-4,0 mm. Ligeiramente curvada dorso-ventralmente, curculionóide (fig. 1). Branco- leitosa com cerdas curtas e finas. Cabeça castanho- avermelhada com mandíbulas escurecidas. Placa dor- sal do protórax com faixa transversal castanho- avermelhada. Cabeça (fig. 8) hipognata, esclerotinizada, ova- lada, ligeiramente retraída no protórax. Sutura coronal longa, com pouco menos da metade do comprimento da cápsula cefáüca; ramos frontais sinuosos, em forma de V. Suturas paraepicraniais presentes. Endocarena curta com cerca de 1/3 do comprimento da fronte. Um estema de cada lado logo atrás da antena. Sutura fronto-clipeal presente. Cápsula cefálica com 4 pares de cerdas frontais, as posteriores menores; 2 pares de cerdas látero-epicra- niais; 6 pares de cerdas dorso-epicraniais; 4 pares de cerdas póstero-epicraniais. Clípeo (fig. 6) trans- versal com cerdas basais. Labro (fig. 6): margem anterior sinuosa com 8 cerdas marginais e com 2 cerdas mais longas discais. Epifaringe (fig. 7) com hastes; 1 par de cerdas ântero-laterais de cada lado; região mediana anterior com 2 pares de cerdas es- pessas e 2 pares de botões sensoriais; área entre as cerdas espessas com espículos voltados para trás; demais áreas com espinhos longos ou curtos, finos, dirigidos para frente. Suturas guiares e gula ausentes. Hastes hipostomiais ausentes. Antenas (fig. 11), 1 -segmentadas, cone sensorial aproximadamente tão largo quanto longo, e com 3 sensilas sensoriais alon- gadas. Peças bucais retraídas. Mandíbulas (figs. 12, 13) simétricas, cuneiformes, com 1 dente apical e 2 mesais pouco desenvolvidos; margem lateral externa com 2 cerdas inseridas em 1 sulco. Maxilas (fig. 9): mala arredondada com ápice muito piloso; palpo maxilar 2-segmentado, 1 .° segmento quase tão longo quanto largo e com 1 cerda espessa pequena; palpí- fero unissetoso. Estipe alongado com 3 cerdas. Cardo transversal, glabro. Lábio (fig. 9) com pré-mento, alongado, estreitado e acuminado posteriormente. Lígula bilobada com 2 pares de cerdas e 1 par de botões sensoriais. Pós-mento grande, membranoso, com 2 cerdas anteriores de cada lado e 1 par me- diano. Palpos labiais 2-segmentados. Palpígero pre- sente. Hipofaringe (fig. 10) sem escleroma, densa- mente revestida por pilosidade longa voltada para frente e para o meio deixando glabra apenas 1 área anterior cordiforme e 1 basal, triangular. Protórax transversal pouco mais longo que meso- ou metató- rax; placa dorsal com fabca pigmentada transversal cm i ^SciELO, 13 14 15 16 17 lí 19 20 21 CURCULIONIDAE 261 e com 5 pares de cerdas; par de espiráculos torácicos elípticos com peritrema pouco pigmentado na re- gião posterior dando aspecto de um crescente. Meso- e meta tórax com 2 pregas dorsais; pré-dorso com 2 cerdas e pós-dorso com 6 cerdas. Abdômen com 9 segmentos visíveis de cima; l.°-7.° segmentos com 3 pares dorsais; pré-dorso com 4 cerdas; pós-dorso com 2-8 cerdas; lobos epipleurais unissetosos; 8.° segmento com 2 pregas pouco distintas; l.°-8.° seg- mentos com par de espiráculos (fig. Ib) elípticos, bíforos, com peritrema interrompido superior e infe- riormente, último par maior e dorsal (fig. 2). 10.° segmento reduzido. Abertma anal terminal, circun- dada por 4 lobos carnosos. Pupa (figs. 3, 4). Adéctica e exarata. Branco-leito- sa, com cerdas castanho-amareladas. Cabeça parcial- mente encoberta pelo protórax com 1 par de tubér- culos setiformes frontais e 2 pares na base do rostro. Protórax alongado, margem anterior arredondada com 1 par de tubérculos setiformes anteriores e 2 pares látero-basais. Espiráculo torácico elíptico entre o pro- e mesotórax. Mesonoto glabro; metanoto com 2 pares de cerdas. Fêmures com 1 tubérculo setífero dorso-distal. Abdômen fusiforme; região dorsal do l.° segmento com 3 pares de tubérculos setiformes; 2.0-6.° segmentos com 4 pares de tubérculos seti- formes, fundidos ou não entre si; 7.° segmento sem cerdas dorsais; 8.° segmento com 4 pares de tubér- culos setíferos grandes; 9.° segmento com 2-3 cerdas póstero-ventrais. l.°-7.° segmentos com 2 tubércu- los setíferos laterais e com 1 par de espiráculos bí- foros, sendo os 2 últimos pares, reduzidos. Material examinado. BRASIL. São Paulo. Cosmó- polis (Usina Santa Bárbara), 28.ix.1981, J. Borges coL, 4 larvas fixadas; 2 larvas criadas até pupa; 1 pupa fixada; 11 adultos fixados (MZUSP); ibidem, 28.V.1982, 2 larvas e 1 pupa, criadas a partir de ovos (MZUSP). Dados biológicos Esta espécie é broca do colmo da cana-de-açúcar chegando a causar danos consideráveis aos canaviais. ^:- r^i^ ^-SéÍVíi ‘‘■-SI _ .-■5 í ^SS- • rí'* •?a6’ íí5*ií JUi Ew, cííi kv.» ^**;*y**‘^**”*^*^ «iodtiittttii» <«««q»£ aoabèiüi apliB ri fa^ ^ ttfii HíiekbiKk«í,i«btt,>b4^ Í«„ih4(í)a^ *ODÍtaK®^l (uáU0é>m .sYinbam mo alfr «3aq»i otje&h ^»»noq < 53 ^ aiairÍRe^ Mí»3àí«|SÉ ai> tB-] moo ttfttr»m ■*-’*^ ^WRWíWiMphf «oíwilMWWíirflW.^^ p^: BW-ifiaiâ t^aiWTO:i*wir' -é^ t|T^ . í* ■;íV ‘'Stxéjtl- 1“ *€raeijt0;tiiití'l^pííg|ípfc?j^^ ^. _ ' fe* ^ * --■ ' . 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"J-í» ■I.'t’. i/l.-lv-ioto ri .:^_\tf* ■r s :í . (it !Of« ■ -J .U m.' ,t,l':i: 1 rW va: -' cm i ISciELO 2 13 14 15 16 17 lí 19 20 ÍNDICE TAXONÔMICO 277 ÍNDICE TAXONÔMICO Os nomes genéricos estão em negrito, os demais nomes em tipo normal e os sinônimos em itálico. Os nomes assinalados com 1 asterisco são de plantas. Acalyptratae, 169 Acanthocnemidae, 177 Acanthoceridae, 113 Acantboscelides, 242 Acrotrichis, 86, 87 Actinobolus, 124, 125 Aculagnathidae, 192 Acyphoderes, 240 Adelina, 217 Adephaga, 10, 11, 13, 23, 25, 65, 71, 72 Aderidae, 237 Aderus, 237 Adimeridae, 209 Aegialitidae, 234 Agabini, 81 Agaricales*, 188 Aglyceridae, 249 Agrilaxia, 130 Agpfpnini, 147 Agirtidae, 85 Alleculidae, 213 Alleculinae, 53, 124 Allocorynidae, 252 Alpbitobius, 214 Amarodyfes, 82, 83 Amarygmini, 214 Amphicrossus, 182, 183 Amphizoidae, 71 Amphix, 199, 200 Anaides, 113 Anaspididae, 237 Anchastus, 108, 149, 150 Andrenidae, 209 Anisotomidae, 87 Anobiidae, 25, 28, 39, 40 , 51, 171, 173, 179 Anommatidae, 192 Anoplodermini, 38 Anoplotennes, 108, 113, 150, 226 Anthaxia, 130 Anthicidae, 26, 59, 204, 237 Anthonomus, 255 Anthrenus, 169 Anthribidae, 26, 28, 29, 39, 51, 249, 251 Apamautã, 238 Aphanocephalidae, 195 Aphodiinae, 62, 115, 118, 169 Apicotermitinae, 142 Apion, 255 Apionidae, 26, 28, 249, 255 Apoderidae, 253 Araecems, 251 Araucaria*, 28, 37, 184, 204, 249, 250, 252, 253 Araucariaceae*, 252 Archeocrypticidae, 26, 60, 204, 209 Archostemata, 23, 25, 65 Armadillidium, 228 Artematopidae, 25, 45, 139 Artematopinae, 139, 141 Artematopus, 139, 140 Arthrolips, 194 Asparagus*, 252 Aspisoma, 163 Ateucbus, 116, 117 Atractoceridae, 175 Attagenus, 169 Attelabidae, 26, 28, 249, 253 Aulacocyclinae, 105 Aulonium, 210 Aulonothroscus, 154 Balanophoraceae*, 252 Basydiomycetes*, 62, 204 Belidae, 26, 29, 249, 252 Belinae, 253 Berosinae, 31 Bicellonycha, 16, 78, 164 Bidessus, 83 Biphyllidae, 26, 37, 52, 60, 181, 202 Blaptini, 214 Boganiidae, 181 Bolitophagini, 214 Bombinae, 229 Boridae, 204 Bostrychidae, 24, 25, 44, 56, 61, 171, 172, J79 Bostrychoidea, 25, 171 Botanochara, 248 Bothrideridae, 204, 209 Bothriderinae, 209, 255 Brachinidae, 72 Brachininae, 73 Brachinini, 36, 73 Brachypsectridae, 157 Brachysphenus, 188, 189 Brachytarsus, 251 Brathinidae, 90 Brenthidae, 253 Brentidae, 26, 39, 249, 253 Bruchelidae, 251 Bruchidae, 10, 23, 26, 29, 39, 42, 238, 242 Bruchus, 242 Buprestidae, 9, 10, 19, 23, 25, 29, 39, 40, 128, 130, 179 Buprestoidea, 10, 25, 128 Byrrhidae, 25, 45, 128 Byrrhoidea, 25, 128 Byturidae, 181 Calligrapha, 244 Callirhipidae, 130, 131 Callirhipis, 131, 132 Calopteron, 157, 158 Camaria, 223, 224 Camiaridae, 87 Camponotus, 135 Cantharidae, 14, 15, 24, 25, 31, 34, 35, 15/, 165 Cantharoidea, 11, 13, 16, 25, 157 Carabidae, 10, 25, 33, 36, 38, 71, 72, 75 76 Carcinops, 101 Cardiophorinae, 44, 153 Carpophilinae, 182 Cassididae, 244 Cassidinae, 40, 41, 244 Casuarína*, 169, 183 cm 1 ISciELO: 13 14 15 16 17 lí 19 20 278 ÍNDICE TAXONÔMICO Cateretinae, 54, 182 Cathartiu, 186 Catopidae, 87 Catopoclirotidae, 187 Catorama, 173 Catlleya*, 208 Cavognathidae, 181 Cebrionidae, 49, 139, 154 Cecropia*, 246, 247 Cephalodontini, 47 Cephaloidae, 204 Cephaloplectidae, 86 Cephaloplectinae, 86 Cephaloliini, 40 Cerambycidae, 9, 10, 15, 19, 26, 29, 38, 41, 43, 45, 46, 50, 179, 238 Cerambycinae, 29, 43, 45, 46, 50 Cerasommatidiidae, 196 Ceratocanthidae, 25, 57. 103, 110, 111, 113 Ceratopogonidae, 169 Cerocanthus, 113 Cerophytidae, 25, 30, 139, 141 Cerophytum, 141 Cerylon, 34 Cerylidae. 34, 42 Cerylinae, 34, 42 Cerylonidae, 26, 181, 192 Ceryloninae, 193 Cetoniidae, 115 Cetoniinae, 15, 63, 115, 126 Cbaetodus, 110, 111 Chaetosomatidae, 177 Chalcodryidae, 204 Cbalcolepidius, 145, 146 Chalcophorini, 129 Chalepini, 47 Chauliognathidae, 165 Chauliognathus, 166, 167 Chiamisinae, 32, 33 Chiamisini, 244 Chelonariidae, 25, 47, 130, 133 Chelonarium, 133, 134, 135 Chiloeidae, 136 Cholevidae, 87 Cholevinae, 87 Chrysomelidae, 10, 11, 14, 20, 21, 26, 32, 33, 35, 39, 40, 41, 42, 44, 45, 46, 47, 238, 244 Chrysomelinae, 46, 244 Chrysomeloidea, 10, 20, 26, 238 Cicindelidae, 72, 244 Cicindelinae, 38, 74, 75, 76, 144 Cicindelini, 73 Ciidae, 26, 40, 41, 48, 49, 58, 204 Ciinae, 40, 41, 48. 49, 58 Cimberidae, 251 Cimberís, 251 Cionini, 14 Cisidae, 204 Citms*, 259 Clambidae, 102 Claudiella, 67 Clavicornia, 18 1 Clavígeridae, 93 Clavigerinae, 94 Cleridae, 26, 43, 47, 50, 51, 177, 178, 179 Clerinae, 179 Cleroidea, 26, 177 Clytrinae, 14, 32. 33, 244 Cneoglossa, 157 Cneoglossidae, 25, 157 Coccinella, 198 Coccinellidae, 13, 14, 15, 26, 39, 41, 42, 43, 44, 54, 181, 196 Coccineilinae, 197 Coelomera, 14, 245, 246, 247 Colonidae, 87 Colydiidae, 11, 26, 49, 53, 55, 59, 204, 209 Colydiinae, 209 Colymbetinae, 82 Conoderini, 147 Cononotidae, 237 Conotelus, 183, 184 Convolvulaceae*, 249 Comitermes, 145, 181 Cornops, 255 Corylophidae, 11, 14, 15, 26, 32, 34, 37, 52, 53, 56. 181, 193 Coryneíidae, 178 Corynetinae, 179 Cosmotoma, 241 Cosmopolites, 255 Cossonidae, 255 Cossypliodidae, 213 Cratomorpbus, 162 Cratosomus, 255, 258 Criocerinae. 14, 244 Cryptarchinae, 182 CryptocephaUdae, 244 Cryptocephalinae, 14, 35 Cryptogenius, 54, 110, 112, 113, 115 Cryptophagidae 26, 61, 181, 187 Cryptophaginae, 61 Cryptopbagus-% 187 Cucurbitaceae, 198 Cucujidae, 20, 26, 56, 181, 185 Cucujinae, 56 Cucujoidea, 11, 20, 26, 181 Culícidae, 82 Cupedidae, 25, 57, 65 Curculionidae, 9, 10, 11, 14. 15, 19, 20, 26, 28. 29, 30, 180, 255 Curculionoidea, 10, 26, 249 Cyathoceridae, 67 Cybocephalidae, 182 Cybocephalinae, 37, 182 Cyclorrhapha, 99 Cyladidae, 255 Cyraafbofes, 224 Cypberotylus, 190 Cyphonidae, 102 Dacoderidae, 234 Dacnidae, 188 Dacninae, 46, 61 Dacnini, 188 - Dactylostemum, 98 Dascilloidea, 25, 103 Dascillidae, 103 Dasyceridae, 85 Dasytidae, 180 Delognatha, 216 Dendrophilinae, 101 Dermesfes, 1 69, 170 Dermestidae, 14, 15, 25, 44, 51, 90, 167, 169 Dermestinae, 51 Dermestoidea, 15, 25, 167 Derodontidae, 167 Diaperinae, 53 Diaperini, 214 Dicordylus, 253 Dicronychidae, 141 Dilobitarsus, 142 Dinoderinae, 56 Dínoderus, 172 Diphyilidae, 202 Diphyllostomatidae, 103 Diplectrus, 230 Diplocoelas, 202, 203, 204 Diplopoda, 160 Diptera, 82, 90, 152, 167, 169 cm i ISciELO 2 13 14 15 16 17 lí 19 20 ÍNDICE TAXONÔMICO 279 Discolom^ 195, 196 Discolomidae, 14, 15, 26, 52, 181, 195 Disteniidae, 238 Disteniinae, 46 Dolosidae, 192 Donacünae, 44, 244 Dorcatoma, 174 Dorjnota, 14 Drapetes, 154 Drilidae, 157 Drosophilidae, 82 Dryopidae, 15, 25, 47, 131, 136 Dryopoidea, 25, 130 Dynastinae, 15, 63, 115, 122 Dysidinae, 56 Dytiscidae, 9, 13, 20, 23, 24, 25, 37, 38, 71, 81 Ectrephidae, 175 Eichornia*, 164 Elacatis, 235, 236 Elacatidae, 235 Elateridae, 10, 11, 14, 15, 16, 20, 25, 35, 36, 44, 50, 74, 139, 141, 155, 180 Elateroidea, 13, 16, 23, 25, 139, 153, 155 Eleodini, 214 Elmidae, 136 Elminthidae, 25, 47, 131, 136 Elsianus, 137, 138 Endecatomidae, 172 Endomychidae, 26, 54, 56, 57, 61, 181, 199 Endomychinae, 44 Endopterygota, 11 Enhydrinae, 85 Enneboeus, 209 Entiminae, 255 Epierus, 99, 101 Epilachna, 197, 198 Epilachnidae, 196 Epilachninae, 43, 44, 197 Epimetopinae, 31 Epimetopus, 97 Erirhininae, 255 Erodiscini, 255 Erotylidae, 15, 26, 49, 50, 61, 62, 181, 188, 191, 204 Erotylini, 188 Erofylus, 189, 190 Estenorhinus, 254 Eubriacinae, 138 Eubriidae, 138 Eubriinae, 138 Eiichroma, 129 Eucinetidae, 102 Eucinetoidea, 25, 102 Eucnemidae, 13, 23, 25, 27, 30, 139, 155 EufalUa, 202 Euglenidae, 26, 204, 237 Eulaema, 229, 230 Eulichadidae, 130, 131 Eumolpinae, 46, 244 Eumorphinae, 61 Eurypogonidae, 139 Eurypus, 10, 232, 234 Eurystethidae, 234 Eusemio, 258 Eustrophinae, 50, 51, 206 Euferpes,* 233 Eutinobothrus, 255 Euxestidae, 192 Exopterygota, 1 1 Fomax, 156 Fulcidacinae, 14 Galeríta, 78, 79, 80 Galeritini, 78 Galerucinae, 14, 39, 40, 41, 46, 244 Georyssidae, 25, 31, 95, 99 Geoi>'ssus, 99 Geotrigona, 88 Geotrupidae, 25, 55, 103, 115 Germarostes, 111, 113, 115 Gibbiutn, 175 Gnathoceru5, 144, 146, 214 Gnostidae, 175 Goniadera, 14, 227, 228 Gyretes, 83, 85 Gyrinidae, 9, 10, 13, 24, 25, 37, 71, 83, 85 Gyrininae, 84 Gyrinus, 84, 85 Haliplidae, 25, 38, 71, 80 Haliplus, 80 Hallomeninae, 58, 206 Halticinae, 39, 40, 41, 46, 244 Hamotus, 94, 95 Hapsodrilus, 1 6 Harpalini, 77 Helaeini, 214 Helminthidae, 136 Helodidae, 102 Helodytes, 255 Helophoridae, 95 Helopini, 214 Helotidae, 181 Hemipeplidae, 231 Hermetía, 152 Heteroceridae, 25, 54, 56, 131, 135 Heterocerus, 135 Heteroderes, 146 Heteromera, 204 Hintonia, 58, 67, 68 Hispinae, 11, 40, 47, 244 Histeridae, 13, 25, 31, 90, 95, 99, 110 Histerinae, 99 Histeroidea, 95 Hololepta, 101 Holometabola, 19 Homalinotus, 255 Homalocerus, 253 Homalisidae, 157 Homophileurus, 122, 124, 125 Homoptera, 251 Hoplopyga, 125 Horislonotus, 152, 153 Hybosoridae, 15, 25, 54, 110, 112, 113 Hybosonis, 111 Hydnoraceae*, 252 Hydraena, 85 Hydraenidae, 25, 60, 85 Hydraeninae, 85 Hydrochidae, 95 Hydrochinae, 31 Hydroporini, 82 Hydrophilidae, 9, 21, 23, 24, 25, 28, 31, 34, 95, 169 Hydrophiloidea, 13, 25, 95 Hydroscaphidae, 25, 52, 67, 69 Hydrou^ 96, 97 Hygrobiidae, 71 Hylophilidae, 237 Hymenoptera, 229 Hyperinae, 255 fíypocephalidae, 238 Hypochaetes, 1 54 Hypocopridae, 187 Hyporrhagus, 211, 212 Inca, 127, 128 Inopeplidae, 58, 204, 236 cm 1 ISciELO: 13 14 15 16 17 lí 19 20 280 índice TAXONÔMICO Inopeplus, 236 IpomcKa,*, 249 Isicerdes, 218 Isonychus, 118, 119 Isoptera, 74. 77, 80, 140, 142, 151, 160, 181 Ithyceridae, 249 Jacobsoniidae, 167 Lacconotinae, 62 Laemophioeidae, 26, 59, 185 Laemophloeus, 185 Lagrüdae, 213 Lagriinae, 10, 14, 52, 214 Lamellicornia, 103 Lamiinae, 29, 41, 45, 50 Lamingtoniidae, 181 Lamprosomini, 14, 244 Lampyridae, 11, 16, 17, 20, 25, 36, 78, 157, 161, 165 Languriidae, 26, 59, 61, 181, 187 Languriinae, 59, 61 LarUdae, 242 Lasioderma, 174 Lathridiidae, 26, 49, 56, 201 Lathridiinae. 56, 181 Lauraceae*, 132 Lebiinae, 73 Lebiini, 33, 73 Leguminosae*, 28, 29 Leiodidae. 23. 25, 48, 49, 50, 58, 59, 60, 85. 87 Lempbus, 180 Leptinidae, 85 Leptochirus, 92 Leptodiridae, 87 Leptopiinae, 255 Liliaceae*, 252 Limnebiidae, 85 Limnebiinae, 85 Limnichidae, 25, 45, 131, 135 Limulodidae, 60, 86 Linomadanis, 259 Lissomidae, 25, 36, 139, 154, 155 Lissominae, 154 Lissomus, 154 Lobopoda, 226 Lonchaeidae, 169 Lopbocateres, 177 Lophocateridae, 177 Lophocaterinae, 51 Lucanidae, 10, 15, 25. 54, 57, 103, 104 Lucio, 161 Ludovix, 255 Lutrochidae, 25, 47, 131, 136 Lutrocbus, 136 Lycidae, 13, 15, 24. 25, 30, 32, 33, 157 Lycoperdina, 61 Lyctidae, 172 Lyctinae, 24, 56, 61, 172 Lyctus, 173 Lymexylidae, 25, 36, 52, 53, 55, 56, 175 Lymexyloidea, 25, 175 Lyttinae, 43 Macbaerium*, 258 Macraspis, 119, 121 Macrodactylini, 119 Macrodacljlus, 119 Macrolygirteroptenis, 158 Malachiidae, 180 Mantidae, 169 Megacepbala, 73, 74 Megalopodinae, 45, 244 Melandryidae, 26, 40, 43, 45, 48, 51, 58, 204, 206 Melandryinae, 43, 45, 48 Melasidae, 155 Meligethinae, 37, 182 Meliponinae, 87 Meiittomma, 176, 177 Meloetypblus, 229, 230 Meloidae, 10, 26, 27, 34, 42, 43, 44, 204, 228 Meloinae, 34 Melolonthinae, 62, 115 Melyridae, 14, 26, 49, 145, 177, 180 Merophysiidae, 199 Merycidae, 212 Mezium, 175 Microcerotermes, 124 Micromalthidae, 10, 25, 29, 55, 65 Micromaltbus, 65, 66 Micropeplidae, 85 Micropezidae, 169 Microsporidae, 67 Migdolus, 239, 240 Monoedidae, 209 Monommidae, 26, 51, 204, 211 Monoíomidae, 184 Monotominae, 61, 185 Mordellidae, 26, 39, 41, 42, 48, 204, 207 Mordellistena, 208 Mordella, 208 Morion, 76, 77 Morionini, 76, 77 Murmidiidae, 192 Murmidius, 193 Mycetaeidae, 199 Mycetaeinae, 61 Mycetophagidae, 204 Mycotretus, 191 Mycteridae, 10, 26. 62, 180, 204, 231, 234 Mylabridae, 242 Mystrops*, 1 82 Myxophaga, 23, 24, 25. 65, 67 Nanoseliinae, 56 Nasutitermitinae, 142 Naupaclus, 257 Necü-anda*, 132 Necrobia, 179 Nemognathinae, 34, 42 Nemonychidae, 26, 28, 249, 251 Nemonyx, 251 Neobagous, 255 Nicrophorinae, 89 Nicropbonis, 89 ' Nilio, 226 Nilionidae, 213 Nilioninae, 53 Niponiidae, 99 Nitidulidae, 23, 26, 37. 54. 60, 62, 144, 169, 181, 182, 183, 184 Nitidulinae, 182 Noserinus, 212, 213 Nosodendridae, 15, 24, 25, 57, 167, 169 Nosodendron, 167, 169, 183 Noteridae, 25, 38, 71, 80 Noterinae, 38 Notiophygidae, 195 Nyctobates, 9, 219, 222, 224 Nyctozoilini, 214 Ocotea*, 132 Odontochila, 74 Oedemeridae, 10, 23, 26. 53, 58, 204, 230 Omalodes, 100, 101 Ombropbytnm*, 252 Omethidae, 157 Ommatidae, 25, 65 Omophronidae, 72 ÍNDICE TAXONÔMICO 281 Omorgus, 108, 109, 110 Opatrini, 214 Orectochilinae, 83 Orchesiini, 206 Orthoperidae, 193 Orthoperus, 194, 195 Orjzaephllus, 186 Osorius, 91, 92 Osphyinae, 40, 45 Othniidae, 26, 62, 204, 235 Ostomidae, 177 Otidocephalini 255 Otiorhynchinae, 255 Oxelytnim, 89 Osyehila, 75, 76 Oxycorynidae, 26, 30, 249, 252 Pachyderini, 148 Pachymerus, 243, 244 Pachymerinae, 242 Pachyurinae, 253 Pachytelis, 75, 76 Palerabus, 7, 74, 80, 140, 144 Palmae*, 252 Palorus, 214 Pantophthalmidae, 169 Pantopbtbaimus, 169 Paracupes, 65 Paradrapetes, 154 Parandra, 238 Parandridae, 238 Parandrinae, 46 Passalidae, 9, 15, 25, 52, 100, 103, 105, 108, 129 Passalinae, 105, 108 Passalini 106, 108 Passalus, 106, 108 Passandridae, 26, 32, 33, 49, 187 Paussidae, 72 ' Paussinae, 76 Paussini, 36, 38, 75 Paxilius, 100 Pedilidae, 237 Pelocotominae, 209 Pelonomus, 136 Peltidae, 177 Pentaphyllini, 214 Perimylopidae, 204 Perothopidae, 139 Phaenocephalidae, 192 Phalacridae, 26, 35, 37, 51, 181, 192 Phaleria, 215 Pharaxonotha, 188 Phengodes, 1 6 Phengodidae, 14, 16, 25, 36, 157, 159 Phileurus, 124, 125 Phileurini, 113, 124, 125 Phillodendron*, 248 Phloeodes, 213 Phloeotrya, 207 Phloestichidae, 181 Phioiphilidae, 177 Pholidotus, 104 Phreatodytidae, 80 Phrixothrix, 16. 159, 160, 161 Phycosecidae, 177 Phyllobaeninae, 43 Phylloceridae, 155 Physorhinus, 148, 149 Phytophaga, 238 Pinus*, 251 Pityophthorus, 255 Plastoceridae, 141, 154 Platycrepidius, 147, 148 PlatjTioptera, 179 Plaíypodidae, 255 Platypodinae, 28 Platystomidae, 251 Pleocomidae, 103 Podocarpus*, 253 Pogonoeeromorphus, 234 Polpochlla, 77, 78 Polydrosinae, 255 PoJyphaga, 10, 11, 23, 25, 65, 85 Polyporaceae*, 204, 205 Polyporales*, 188 Polyporus*, 154 Porculus, 205 Prioninae, 38, 41, 46 Prionoceridae, 180 Proculini, 106, 108 Propalticidae, 181 Prosopanche*, 252 Prostomidae, 204 Protocucujidae, 181 Pselaphidae, 25, 32, 33, 35, 36, 85, 93, 94 Pselaphacus, 190, 191 Psephenidae, 11, 14, 25, 44, 131, 138 Psepheninae, 44, 138 Psephenoidinae, 138 Psephenus, 138 Pseudomorphidae, 72 Pseudomorphini, 38 Psoidae, 172 Psylloborini, 197 Pterocolidae, 253 Pterogeniidae, 204 Pteiygota, 10 Ptiliidae, 11, 15, 23, 25, 39, 56, 60, 85, 86 Ptiliinae, 86 Ptilodactyla, 132 Ptilodactylidae, 15, 25, 45, 130, 132 Ptilodactylinae, 45 Ptilophorinae, 209 Ptinidae, 24, 25, 171, 175 Ptychoderes, 251 Pyrearinus, 16, 17, 74, 144, 145 Pyrochroidae, 26, 62, 204, 234 Pyrophorinae, 16 Pyrophorini, 147, 148 PyTophorus, 16, 143, 144, 146 Pythidae, 2Ó4 Rhadalidae, 180 Rhagophthalmidae, 159 Rhantus, 81, 82 Rhinomaceridae, 249 Rhinostomus, 255 Rhipicera, 131 Rhipiceridae, 10, 25, 32, 36, 103 Rhipicerinae, 103 Rhipidiinae, 27, 30, 209 Rhipiphoridae, 26, 27, 30, 33, 204, 209 Rhipiphorinae, 30, 33, 209 Rhizopertha, 172 Rhizophagidae, 26, 61, 181, 184 Rhymbus, 201 Rhynchitidae, 253 Rhynchitinae, 30, 253 Rbyncbitoplesius, 249, 251 Rhynchophora, 249 Rhynchophoridae, 255 Rbynchopbonis, 255 Rbysodiastes, 71 Rhysodidae, 25, 38, 71, 72 Rhysopaussidae, 213 Rutelinae, 15, 63, 115 Sacium, 193, 194 282 ÍNDICE TAXONÔMICO Sagridae, 244 Salpingidae, 26, 49, 204, 234 / Sandalidae, 103 Sandalinae, 103 Sandalus, 103 Saprosites, 117 Scaphidiidae, 90 Scaphydra, 52, 69, 70 Scarabaeidae, 10, 20, 21, 22, 23 24 10, 113, 115, 169, 180 ’ ’ Scarabaeinae, 62, 115, 117 Scarabeoidea, 10, 15, 20, 25, 103, 110 Sceloenopla, 247 Schizopodidae, 128 Scirtidae, 15, 20, 23, 25, 57, 102, 148 Scirtes, 102 Scoliidae, 209 Scolytidae, 179, 255 Scotínus, 214 Scotocryptodes, 87, 88 Scolocryptus, 87, 88 Scraptia, 237 Scraptüdae, 26, 55, 204, 237 Scraptiinac, 55 Scydmaenidae, 13, 25, 32, 35, 85, 88 Sechium*, 198 Semiotinae, 155 Semiotus, 150, 151, 152 Serropalpidae, 206 Sida*, 245 25, 58, 62, 63, 103, Silphidae, 20, 25, 49, 85, 89, 90 Silphinae, 89 Silvanidae, 26, 52, 56, 186 Sitophilus, 255 Smicripidae, 182 Smicriptinae, 182 Sphaeridiidae, 95 Sphaeridiinae, 28 Sphaeritidae, 95 Sphaerosomatidae, 181 Sphenophorus, 255, 260 Spercheidae, 95 Spercheinae, 34 Sphindidae, 181 Spondylidae, 238 Staphylinidae, 9, 10, 11, 13, 15, 16 ,24, 25, 36 43 47 48, 49, 85, 90, 169 Staphylinoidea, 11, 16, 25, 85 Stilpnonotinae, 62 Stílpnonotus, 10, 233 Sfrategus, 121, 122 Stratiomyidae, 152 Strongylini, 214 Strongylium, 225 Syncalipta, 128 Synchroidae, 204 Syntellidae, 95 Syrphidae, 169 Telegeusidae, 157 Teninochila, 177 Temnochilidae, 177 Tenebrio, 7, 160, 214, 222 Tenebrionidae, 9, 10, 14, 15, 26 52 53 55 5S an ti 110, 124, 140, 144, 146, 180, 204,’ 213, 21458, Tenebnonoidea, 26, 204 Tenebroides, 177 Tentyriidae, 213 Tentyrünae, 214 Tesserocerus, 256 Tetraonychidae, 228 Tetraonyx, 230 Tetraphalerus, 65 Tetratomidae, 204 Thaumaglossa, 169 Thioninae, 185 Thorictidae, 169 Throscidae, 25, 33, 35, 139, 154, 155 Thylodriidae, 169 Tiphiidae, 209 Torridincolidae, 11, 14, 15, 25, 58 67 Toxini, 214 Trachyinae, 29 Trachypachidae, 72 Tretothoracidae, 234 Tribolium, 214 Trichonyx, 95 Trictenotomidae, 204 Trioplus, 124, 125 Tripladni, 188 Trixagidae, 154 Trixagus, 154 Trogidae, 25, 55, 103, 108, 110, 113 Trogodenna, 169 Trogossitidae, 14, 15, 26, 48, 51, 177, 179 I8O Trogossitinae, 48 Trox, 110 Trypaneinae, 99 Uloma, 216 Ulomini, 214 Urodontidae, 251 Uroplatini, 47 Valisneria*, 97 Vafaireopsis*, 173 Veturius, 107, 108, 150 Xantholinus, 16, 93 Xylographus, 205 Xylophilidae, 237 Yara, 69 Ytu, 58, 67, 68 Zamia*, 252 Zamiaceae*, 252 Zopheridae, 26, 60, 204, 212 Zopherinae, 60 Tauroceras, 220, 222 Micromalthus debilis. Triungulino; 1, dorsal; 2 e 4 cabeça (respectivamente ventral e dorsal); 3, lábio; 5, maxila (ventral) 6, perna; 7, clípeo e labro; 8, epifaringe; 9 e 10, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal); 11, 9.° segmento abdo minai (lateral); 12, antena. Adulto: 13, dorsal. As figs. 1, 13; 2, 4, 6; 3, 7-10, 12, respectivamente na mesma escala. SciELO MICROMALTHIDAE ESTAMPA 1 TORRIDINCOLIDAE ESTAMPA 2 Hintonia brítskii. Larva; 1, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, perna; 5, antena, (ventral); 7, 8.“ e 9.° segmentos abdominais (dorsal); 8, maxila (ventral); 9, epifaringe; 10, labro; IL labio. As figs. 1-3; 4-11, respectivamente na mesma escala. cm 1 SciELO (XlTim torridincolidae estampa 3 zeus. Láfva: 1, dorsal; la. grupo de estemas. Pupa: 2 e 4 (respectivamente, dorsal e dentro da última exúvia larvall Adulto: 3, dofsal. Larva: 5 e 6, mandíbulas (ventral); 7, epifaringe; 8, labro; 9, antena; 10, 8.®-10.° seementoc (ventral); 11, perna; 12, maxila (ventral); 13, lábio. As figs. 1-4; 5-8, 12, 13, respectivamente na mesma escala cm 1 SciELO HYDROSCAPHIDAE ESTAMPA 4 Scaphydra angra. Larva: 1, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, mandíbula (dorsal); 5 e 5a, antena; 6, maxila (ventral); 7, espiráculo do l.° segmento abdominal; 8, epifaringe; 9, labro; 10, lábio; 11, perna; 12, 7.°-9.° segmentos abdominais (ventral); 13, ápice do 9.° segmento (dorsal). As figs. 1-3; 8-11; 4, 5, 5a, 7; 12 e 13, respectivamente na mesma escala. SciELO cm 13 14 15 16 17 18 19 20 21 RHYSODIDAE - RHYSODINI ESTAMPA 5 Rhysodiastes costatus. Larva: 1, dorsal; 2 e 3, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 4, antena; 5 e 6, mandíbula (res- pectivamente, ventral e dorsal); 7, espiráculo abdominal; 8, espículos e projeções microscópicas dos tergitos abdominais; 9, fronte e labro; 10, perna; 11, maxila, lábio e região guiar. Adulto: 12, dorsal. As figs. 2, 3; 5, 6, 9-11, respectivamente na mesma escala. SciELO CARABIDAE - CICINDELINI ESTAMPA '6 Megacephala brasiliensis. Larva: I, dorsal. Pupa; 2, dorsal; 3, lateral. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, lateral; 5a, grupo de estemas; 6, cabeça (ventral); 7, pronoto e cabeça; 8, perna; 9, 5° segmento abdominal (lateral); 10 e 11, mandíbula (res- pectivamente, ventral e dorsal); 12, antena; 13, maxila e hipofaringe; 14, maxila e lábio; 15, fronte e nasal; 16, epifaringe. As figs. 1-5; 6, 8-12, 15, 16; 13, 14, respectivamente na mesma escala. CARABIDAE - PAUSSINl ESTAMPA 7 /V *s. Pachytelis sp. Larva: 1, lateral; 2, 9.° e 10.° segmentos; 3, perna; 4, 3.°-5.° segmentos abdominais (ventral); 5 e 6, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7, antena; 8 e 9, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 10, hipofaringe; 11, lábio; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). Adulto: 14, dorsal. As figs. 1, 14; 2, 3, 5, 6; 7-11; 12, 13, respectivamente na mesma escala. SciELO ^ 13 14 15 16 17 18 19 20 CARABIDAE - HARPALINI estampa 9 Polpochila sp. Larva: L dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal; 3, lateral. Adulto: 4. dorsal. Larva: 5 perna- 6, antena; 7, ápice da antena; 8, cabeça (dorsal); 9, fronte e nasal; 10 e 11. mandíbula (respectivamente, vèntral e dorsal); 12 e 13, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 14, hipofaringe; 15, lábio. As figs. 1-4; 7, 9; 6, 10-15, respec- tivamente na mesma escala. CARABIDAE - GALERITINI ESTAMPA 10 Galerita brasiliense. Larva: 1, cabeça (dorsal); la, grupo de estemas; 2 dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva. 4, hipofaringe; 5, lábio; 6, perna; 7. fronte e nasal; 8, fronte e epifaringe; 9, mandíbula (ventral); 10, maxila (ventral); 11, antena. As figs. la, 4, 5, 7-11, na mesma escala. CARABIDAE - GALERITINI ESTAMPA 11 Galerila carbonaria. Larva: 1, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa; 2, dorsal; 5, ventral. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, cabeça (dorsal); 6, mandíbula (ventral); 7, perna; 8, antena; 9, fronte e epifaringe; 10, fronte e nasal; II e 12, maxila (respecti- vamente, dorsal e ventral); 13, lábio; 14, hipofaringe. As figs. 1, 2, 5; 6. 8, 9-14. respectivamente' na mesma escala. DYTISCIDAE - COLYMBETINAE - AGABINI ESTAMPA 12 dorsal Rhantus calidus. DYTISCIDAE - HYDROPORINI ESTAMPA 13 Amarodytcs duponti. Larva: 1, dorsal; la cabeça (lateral); Ib, ápice do abdômen (lateral); 2, cabeça (dorsal); 2a, ápice da antena; 3 e 4, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 5, ápice do 8.° segmento abdominal; 6, epifaringe; 7 e 8, pernas (respectivamente, protorácica e metatorácica); 8a; cerda pinada; 9, lábio; 10, hipofaringe; 1 1' e 12, màndíbulá (respectivamente, dorsal e ventral). Adulto; 13, dorsal. As figs. 1, la, Ib, 13; 2, 2a, 3, 4, 7-12; 6, 8a, respectivamente na mesma escala. cm 1 (SciELO, GYRINIDAE - GYRININAE ESTAMPA 14 Gyretes sp. Larva de 1.'’ instar: 1, dorsal. Gyriiuis f;ihbus. Larva madura: 2, dorsal; 2a, 2b, 2c, extremidade abdominal (respectivamente dorsal, ventral e lateral); 3 C'4, çabeça (respectivamente, dorsal e veptral); 5, antena; 5a, ápice da ante- na; 6, lábio; 7, maxila; 7a, ápice da maxila (dorsal); 8, perna; 9, nasal; 10 e II, mandíbula (respectivamente ventral c dorsal). Adulto;, 12, dorsal. As figs. 2, 12; 2a, 2b, 2c; 3, ft; 6, 7, 7a, lO, II, respectivamente na mesma escala. PTILIIDAE ESTAMPA 15 Acrotrichis discolor. Larva; 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal; 2a, cerda tubular do pronoto; 2b, projeções espiraculares do meta- noto; 3, ventral. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, perna; 6, cabeça (dorsal); 6a, antena; 7, clípeo e labro; 8, 11 e 11a, extre- midade abdominal (respectivamente dorsal e lateral); 9, cabeça (ventral); 10, epifaringe; 12 e 13, mandíbula (respecti- vamente dorsal e ventral); 14, lábio; 15, maxila. As figs. 1, 4; 6, 8, 9, 11, 11a; 7, 9a, 10, 12-15, respectivamente na mesma escala. LEIODIDAE - SCOTOCRYPTINI ESTAMPA 16 Scolocryplodes germaini. Larva: I, dorsal; la, cerda tubular da fronte; 2, lateral; 3, cabeça (dorsal); 4 e 7, ápice da antena (respectivamente dorsal e ventral); 5, cabeça (ventral); 6, perna; 8, urogonfo; 9 e 10, maxila (respectivamente margem basal interna da mala e ventral); 11, lábio; 12, epifaringe; 13, clípeo e labro; 14 e 15, mandíbula (respectiva- mente dorsal e ventral). Adulto; 16, dorsal. As figs. 1, 2, 16; 3, 5; 4, 7; 10-15, respectivamente na mesma escala. SILPHIDAE ESTAMPA 17 Oxelytrum discicoUe. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, antena; 5 e 11 cabeça (respectivamen- te, dorsal e lateral); 6 e 7, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 8, clípeo e labro; 9, epifaringe; 10, maxila e lábio; 12, perna. As figs. 1-3, 4, 6-10; 5, 11, 12, respectivamente na mesma escala. STAPHYLINIDAE - OSORIINI ESTAMPA 18 Osorius sp. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, lábio; 5, maxila; 6, antena; 7, labro; 8, perna; 9, hipofaringe; 10-12, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal, lateral e ventral); 13-15, mandíbula direita (respecti- vamente, látero-ventral, lateral e látero-dorsal). As figs. 1-2; 4-6; 7-15, respectivamente na mesma escala. cm i .SciELO ^ 13 14 15 16 17 18 19 20 STAPHYLINIDAE - LEPTOCHIRINI ESTAMPA 19 Leptochirus sp. Larva: 1, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5 mandíbula (respectivamente dorsal e ventral); 6, maxila; 7, lábio e região guiar; 8, hipofaringe; 9, perna- 10 labro- ll’ 9° e 10° segmentos abdominais (dorsal); 12, antena. As figs. 1-3; 4, 5; 6-8, 10, 12; 9, 11, respectivamente na mesma escala ’ IXILUÇO 1 STAPHYLINIDAE - XANTHOLININl ESTAMPA 20 Xantholinus sp. Larva: 1, lateral; 2, dorsal; 3 e 4, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 5, lábio; 6, mandíbula (ven- tral); 7, extremidade abdominal (ventral); 8, perna; 9, maxila; 10, nasal; 11, antena. As figs. 1, 2; 3, 4; 5, 6, 9; 7, 8; lO, 11, respectivamente na mesma escala. ESTAMPA 21 PSELAPHIDAE - TYRINl Hamotus sp. Larva: I, lateral. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3, cabeça (dorsal); 4, perna; 5, mandíbula (dorsal); 6, epifaringe; 7, labro; 8, lábio; 9, maxila. As figs. 1, 2; 4-9, respectivamente na mesma escala. SciELO HYDROPHILIDAE - HYDROPHILINI ESTAMPA 22 Hydros ater. Larva: I, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal; 2a, projeções do pronoto; 2b, ápice do abdômen. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, antena; 5 e 6, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 7, maxila e lábio; 8 e 9, mandibula ventral (respectivamente, direita e esquerda); 10, perna; 11, extremidade abdominal. As figs. 1-2; 2a, 2b, 4, 7-9; 5, 6, 10, respectivamente na mesma escala. SciELO HYDROPHILIDAE - EPIMETOPINAE ESTAMPA 23 Epimetopus trogoides. Larva de 1.° instar; 1, dorsal; la, extremidade abdominal (ventral); 2, maxila; 3, mandíbula (dor- sal); 4, lábio; 5, perna; 6, antena; 7, cabeça (dorsal). Adulto; 8, dorsal. As figs. la, 2-6, na mesma escala. HYDROPHILIDAE - SPHAERIDIINAE ESTAMPA 24 Dactylosternum subrotundum. Larva: 1, dorsal; la, grupo de estemas; 2, lateral; 2a, espiràculo abdominal; 3, cabeça (dor- sal); 4, antena; 5, cabeça e protórax (ventral); 6, nasal; 7, maxila e lábio; 8, maxila e hipofaringe; 8a, ápice da maxila; 9, extremidade abdominal (dorsal); 10, perna; 11 e 12, mandíbula ventrai (respectivamente, direita e esquerda); 13 e 14. mandíbula dorsal (respectivamente, esquerda e direita). As figs. 1, 2, 15; 2a, 8a; 3, 5, 9; 4, 7, 8, 11-14, respectivamente na mesma escala. HISTERIDAE - TRIBALINI ESTAMPA 25 Epierus af. htcidulus. Larva; 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal; 3, lateral. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, antena; 6, maxila (ventral); 7 e 8, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 9, perna; 10, lábio; 11 e 12, extremidade abdominal (respectivamente, ventral e lateral); 13 e 14, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1-4, 7, 8, 11, 12; 5, 6, 9, 10, 13, 14, respectivamente na mesma escala. HISTERIDAE - PLATYSOMINI ESTAMPA 26 Omalodes sp. Larva: 1, dorsal; -la, espiráculo abdominal. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3 e 4, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 5, perna; 6, lábio; 7 e 8, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 9, 8.° segmento abdominal (dorsal); 10, nasal; 11 e 12, extremidade abdominal (respectivamente, ventral e lateral); 13, ápice da antena; 14, maxila (ventral)- As figs. 1, 2; la, 13; 3-5, 11, 12; 6-8, 14; 9, 10, respectivamente na mesma escala. SCIRTIDAE ESTAMPA 27 Scyr/es sp. Larva; 1. dorsal; 2, cabeça e pronoto; 3, cabeça (ventral); 4, lábio (pré-mento); 5, perna; 5a, tarsúngulo- b, nipotarmge; 7 e 8, extremidade abdominal com branquías (respectivamente, dorsal e ventral); 9 labro- 10 epifarinse’ U, maxila; 11a, ápice da maxila (dorsal); Ub, ápice do palpo maxilar; 12 e 13, mandíbula (respêctivamentè ventral e dorsal). Adulto: 14, dorsal. As figs. 1, 14; 2. 3, 7, 8; 4, 6, 9-13; 11a, Hb, respectivamente na mesma escala. ’ LUCANIDAE - CHIASOGNATHINAE ESTAMPA 28 PhoUdotus spixi. Larva: 1, antena; 2, lateral; 2a, espiráculo do 2° segmento abdominal. Pupa; 3, dorsal; 3a, extremidade abdominal (lateral). Adulto: 4, dorsal. Larva: 5 e 6, extremidade abdominal (respectivamente, dorsal e ventral); 7 e 8 pernas (respectivamente, mesotorácica externa e metatorácica interna); 9, labro; 10, epifaringe; 11 e 12, cabeça (respectiva- mente, frontal e ventral); 13 e 14, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 15, lábio; 16 e 17, lábio e hipofaringe (res- pectivamente, ventral e lateral); 18 e 19, mandíbula direita (respectivamente, ventral e dorsal); 20 e 21, mandíbula es- querda (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 2-4; 2a, 7, 8; 5, 6; 9, 10, 13-21; II, 12, respectivamente na mesma escala. ,SciEL0 cm 2 13 14 15 16 17 18 19 20 PASSALIDAE - PASSALINI ESTAMPA 29 Passaliis plicatus. Larva: 1, lateral; 2, perna mesotorácica; 3, extremidade abdominal (frontal). Pupa: 4, dorsal. Adulto- 5 dorsal. Larva: 6, 10 e 11, cabeça (respectivamente, lateral, dorsal e ventral); 7, maxila (dorsal); 8, antena; 9. hipofaringe; 12-14, mandíbula (respectivamente, mesal, dorsal e ventral); 15, labro; 16, epifaringe. As figs. 1 4, 5; 2 6 ' 10 11- 1-9 12-16, respectivamente na mesma escala. PASSALIDAE - PROCULINI ESTAMPA 30 Veturiín transversas. Larva: 1, lateral: 2, extremidade abdominal (frontal); 3a, 3b e 3c, espiráculos (respectivamente, to- rácico 1 “ e 8° abdominais). Pupa: 4, dorsal. Adulto: 5, dorsal. Larva: 6, 7, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 8, antena- 9 pernas meso- e metatorácica; 10, maxila (ventral); 11-14, mandíbula (respectivamente, dorsal, ventral, mesal e apical-externa); 15, lábio; 16, epifaringe; 17, labro. As figs. 1, 4, 5; 3, 8, 10, 15-17; 6, 7, 9; 11-14, respectivamente na mesma escala. TROGIDAE - TROGINAE ESTAMPA 31 Omorgus subérosus. Larva: I, lateral; la e Ib, espiráculos (respectivamente, abdominal e torácico); 2 e 3, cabeça (respec- tivamente, frontal e ventral); 4, antena; 4a, ápice da antena; 5, epifaringe; 5a, margem látero-antêrior .da epifaringe; 6, pregas dorsais do abdômen; 7, extremidade abdominal (frontal); 8, maxila e hipofaringe; 8a, tubérculos do estipe; 8b, ápice da maxila; 9, clípeo e labro; 10 e II, mandíbula dorsal (respectivamente, esquerda e direita); 12 e 13, mandíbula ventral (respectivamente, direita e esquerda); 14, perna; 14a, tarsúngulo; 15, maxila e lábio. Adulto; 16, dorsal’. As figs. 1, 16; la, Ib, 2, 3; 5, 8, 9, 10-13, 15; 6, 7, respectivamente na mesma escala. SciELO HYBOSORIDAE ESTAMPA 32 Chaetodus sp. Larva: 1, cabeça (frontal); la, ápice da antena; 2, clípeo e labro; 3, epifaringe; 4, lábio; 5, hipofaringe; 6, espiráculo torácico; 7 e 8, mandíbula direita (respectivamente, dorsal e ventral); 9 e 10, mandíbula esquerda (respectiva- mente, ventral e dorsal); 11 e 12, mandíbula, vista mesal (respectivamente, direita e esquerda); 13, 13a e 13b, perna me- sotorácicã esquerda (respectivamente, vista externa, fêmur interno e tubérculos da tíbia); 14, 14a e 14b, perna protorácica esquerda (respectivamente, vista externa, garra e tubérculos da coxa); 15 e 16, maxila (respectivamente, ventral e dorsal)- Adulto: 17, dorsal. As figs. la, 2, 7-12, 15, 16; 3-5, 6, 13b; 13, 14; Í3a, 14a, I4b, respectivamente na mesma escala. 13b HYBOSORIDAE ESTAMPA 33 Crypiogenius fryi. Larva: 1, lateral; 2, extremidade abdominal (ventral). Pupa: 3, dorsal. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5 e 5a, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal); 6, antena; 7, cabeça (dorsal); 8, tarsúngulo; 9, hipofarinee; 10, lábio e hipofaringe (lateral); 11, lábio; 12, maxila (dorsal); 12a, dentículos do estipe (dorsal); 13, maxila e lábio; 14,’ epi- faringe; 15, labro; 16 e 17, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal e ventral); 18 e 19, mandíbula direita (respecti- vamente. ventral e dorsal). As figs. 1-4; 5, 5a, 8, 12a; 6, 9-11; 12, 13; 14, 15; 16-19, respectivamente na mesma escala. CERATOCANTHIDAE ESTAMPA 34 Germarostes macteayi. Larva: 1, lateral; Ia e Ib, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal). Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, lateral. Larva: 4, antena; 4a e 4b, ápice da antena (respectivamente, ventral e dorsal); 5, perna mesotoráci- ca; 6 e 10, cabeça (respectivamente, frontal e ventral); 7, e.xtremidade abdominal (ventral); 8, maxila e hipofaringe; 9, maxila e lábio; 11, clípeo e labro; 12, epifaringe; 13 e 14, mandíbula ventral (respectivamente, direita e esquerda); 15 e 16, mandíbula dorsal (respectivamente, esquerda e direita). As figs. 1-3; 4a, '4b; 4, 8, 9, 11-16; 7, 10, respectivamente na mesma escala. cm 1 ,SciEL0 SCARABAEIDAE - SCARABAEINAE - COPRINI ESTAMPA 35 Ateuchus mulilatus. Larva: 1, lateral; la e Ib, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal); 2 e 3, cabeça (respec- tivamente, ventral e frontal); 4, extremidade abdominal (ventral); 5, perna; 5a, ápice da perna; 6 e 7, mandíbula ventral (respectivamente, direita e esquerda); 8 e 9, mandíbula dorsal (respectivamente, esquerda e direita); 10, epifaringe; 11, clípeo e labro; 12, maxila e hipofaringe; 12a, dentículos do estipe; 13, lábio e hipofaringe (lateral); 14, antena; 14a, ápice da antena; 15, maxila e lábio. Pupa: 16, dorsal. Adulto; 17, dorsal. Ás figs. 1, 16, 17; la, Ib, 2-4; 5a, 5b; 6-12, 13, 14, 15, respectivamente na mesma escala. SCARABAEIDAE - APHODIINAE ESTAMPA 36 Saprosites sp. Larva: I, lateral; la, espiráculo torácico; 2 e 3, cabeça (respectivamente, ventral e frontal); 4, antena; 4a e 4b, ápice da antena (respectivamente, dorsal e ventral); 5, perna; 5a, tarsúngulo; 6, maxila (dorsal); 7, maxila e lábio; 8, extremidade abdominal (ventral); 8a. cerda espatuliforme: 9. hipofaringe; 10, clípeo e labro; II, epifaringe; 12 e 13. mandíbula dorsal (respectivamente, esquerda e direita); 14 e 15. mandíbula ventral (respectivamente, direita e esquerda). Adulto: 16, dorsal. As figs. 1, 16; 2, 3, 4, 6, 7, 9-15; 4a, 4b, 5a, respectivamente na mesma escala. SCARABAEIDAE - MELOLONTHINAE - MACRODACTYLINI ESTAMPA 37 Isonychits sp. Larva: 1,. lateral. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, espiráculo torácico; 5, extremidade abdomi- nal (ventral); 6, hipofaringe; 7, maxila (dorsal); 8, maxila e lábio; 9, cabeça (frontal); 9a, ápice da antena; 10, epifarin- ge; 11 e 12, mandíbula dorsal (respectivamente, esquerda e direita); 13 e 14, mandíbula ventral (respectivamente, direita e esquerda). As figs. 1-3; 5, 9; 6-8, 11-14, respectivamente na mesma escala. SCARABAEIDAE - RUTELINAE - RUTELINl E.STAMPA 38 Mncrasph ciiwla. Larva: 1. lateral; la, espirâculo torácico; 2, epifaringe: 3, lábio; 4, ápice da antena; 5. cabeça (dorsal); 6, extremidade abdominal (ventral); 7. perna; 8 e 9, mandíbula dorsal (respectivamente, esquerda e direita); 10 e 11, man- díbula ventral (respectivamente, direita e esquerda); 12 e 13, maxila (respectivamente, ventral e dorsal). 1’upa; 14, dorsal. -Adulto; 15, dorsal. As figs. 3, 8-11; 5, 6; 12. 13, respectivamente na mesma escala. AH, área estridulatória; AI. área in- cisiva' CAF.. cerdas do ânguiò externo; CDE, cerdas dorso-epicraniais; CFA, cerdas frontais anteriores; CFF. cerdas fron- tais externas; CFP. cerdas frontais posteriores; E, estema; FA, fenda anal; MO, mola; PA, pcilidhr. Se, septula: SF, sutura frontal; TE, legillum; TU, tubérculos estridulatórios; U, unco. SCARABAEIDAE - DYNASTINAE - ORYCTINI estampa 39 ■Sliategn^ tridens. Larva: 1, laterai. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 4a, espiráculo abdominal frespectiva- mente, lateral e frontal); 5, pernas: .-ia, ápice da perna: .“ih. garra; 6, cabeça (frontal): 6a. ápice da antena: 7. hipofaringe: b. labio e hipofaringe (lateral); 9, lábio; 10, extremidade abdominal (ventral); 11, antena: 12, labro: IV epifarince; 14. labro (lateral): 15 e 16, maxila ( respectivamente, ventral e dorsal); 16a, tubérculos e.slrldulatórios do esiipc- H^^e Is" mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal e ventral): 19 e 20, mandíbula direita (respeclivamente. venlral' e dorsal)! As figs. 4, 4a, 5b; 5, 6, 10; 7-9, 11-16; 17-20, respectivamente na mesma escala. SCARABAEIDAE - DYNASTINAE - PHILEURINI ESTAMPA 40 ,, , I irvT I lateral- la espiráciilo torácico; tarsúngulos: Ib, Ic, protorácico; Id, mesotorácico e Adulto: 3. dorsal. Larva; 4, cabeça (dorsal); 4a. 4b e 4c, seg- le, -ntenv 5 ' hipofarinoe' 6 extremidade abdominal (ventral); 6a, cerdas do leí;es: 6b, cerda do lobo anal "or 7 epifaHnge 8 e 9."mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal e ventral); 1() e 1 1 , mandíbula dire, ta (respec- dvamente.' ventral e dorsal); 12, maxila (dorsal); 12a. dentes estr.dulatorios do estipe; 12b, apice da ma.xtla. As figs. 1-3, 3. g-11; 6, 7. 12, 12a. respectivamente na mesma escala. SCARABAEIDAE - DYNASTINAE - PHILEURINI ESTAMPA 41 Trioplu!, cylindriciis. Larva: I, laleral; la, espiráciilo torácico. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, cabeça (fron- tal): 5, epifaringe; 6, extremidade abdominal (ventral); 7, hipofaringe; 8, lábio e hipofaringe (laleral); 9, maxila (dor- sal); 9a. dentes estridulatórios do estipe; 9b, ápice da maxila; U) e II, mandíbula esquerda (respectivamente.’ dorsal e ven- tral); 12 e 13. mandíbula direita (respectivamente. ventral e dorsal). As figs. 1-3; 4. 6; 5, 7-13, respectivamente na mesma escala. SCARABAEIDAE - CETONINAE - GYMNETINl ESTAMPA 42 Hoplnpvfía hrasiliensis. Larva: I, lateral. Pupa: 2. dorsal. Adulto; 3, dorsal. Larva: 4, cabeça (frontal); 5. espiráciilo torácico; 6. estrutura da placa respiratória do espiráculo; 7, epifaringe; 8, maxila (dorsal); 8a, dentes estridulatórios do estipe; 8b, iincos da gálea e da lacínia; 9, lábio; 10, extremidade abdominal (ventral): II, detalhe da palidia: 12. perna protorácica; 13 e 14, tíbia e tarsúngulo (respectivamente, meso- e metatorácico); 15-17, mandíbula esquerda (respectiva- menle, dorsal, mesal e ventral); 18-20, mandíbula direita (respectivamenle, ventral, mesal e dorsal). As figs. 1-3; 7-9, 15-20; 12-14, respectivamente na mesma escala. SCARABAEIDAE - CETONINAE - TRICHINI ESTAMPA 43 ,rr>'V r. hica honphmdi. Larva: I, lateral. Pupa; 2, dorsal. Adulto: 3. dorsal. Larva: 4, pernas; 4a, larsúngulo: 5, espiráculo ab- dominal: 6, antena: 7, lábio; 8, hipofaringe; 9 e 10. escleroma da hipofaringe (respectivamente, dorsal e lateral); 11, ca- beça (dorsal); 12 e 13, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal e ventral); 15 e 16, mandíbula direita (respectiva- mente, ventral e dorsal): 17, extremidade abdominal (ventral); 18, maxila (dorsal); 18a, dentes estridulatórios do estipe: 19, maxila (ventral); 20, epifaringe; 21, labro. As figs. 1-3; 4a, 5; 6-10, 18-21, respectivamente na mesma escala. ff: / V \ I J BUPRESTIDAE - CHALCOPHORINAE ESTAMPA 44 Eudiroma gisantea. Larva: I, dorsal; 2 e 3, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 4, vista lateral do protórax com órgão cordotonal; 5, antena; 6 e 7, espiráculo (respectivamente, frontal e lateral); 8 e 9, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 10, epifaringe; 11, labro; 12-15, mandíbula (respectivamente, ventral, dorsal, lateral e mesal); 16, lábio; 17, hi- pofaringe. Pupa; 18, dorsal. Adulto; 19, dorsal. As figs. 5, 7; 8-11, 16, 17; 12-15, respectivamente na mesma escala. cm SciELO 2 13 14 15 16 17 18 19 20 Q2mm BUPRESTIDAE - AGRILINI ESTAMPA 45 Agrilaxia sp. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, mandíbula (dorsal); 5, labro; 6 e 11, cabeça e protórax (respectivamente, ventral e dorsal); 7, maxila e lábio; 8, epifaringe; 9, maxila; 10. antena. As figs. 1-3; 5, 7-9; 6, II, respeclivamente na mesma escala. 1 mm CALLIRHIPIDAE - CALLIRHIPINI ESTAMPA 46 Cüllirhipis !;oryi. Larva; 1, lateral; la, pernas; 2-4, mandíbula (respectivamente, mesal, dorsal e ventral); 5, antena; 6, labro; 7, epifaringe; 8. complexo maxilo-labial (ventral): 9 e 10, 7.'’-9.° segmentos abdominais (respectivamente, lateral e dorsal). Pupa: lí, dorsal. Adulto; 12, dorsal. As figs. la, 2-7; 8-10, respectivamente na mesma escala. PTILODACTYLIDAE - PTILODACTYLINl ESTAMPA 47 Plilodaclyla sp. Larva: I, dorsal; 2, ventral; 3, lateral; 3a, lobo anal denteado; 4 e 5, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 4a, lábio; 5a, labro; 6, maxila (ventral); 7, epifaringe e gula; 8-10, mandíbula (respectivamente, dorsal, externa e ventral); 11, antena; 12. perna prolorácica. Pupa: 13, dorsal. Adulto: 14, dorsal. As figs. 1-3; 4-12; 13, 14, respectiva- mente na mesma escala. 0.2i~nm fWm CHELONARIIDAE ESTAMPA 48 Chelonarinm sp. Larva: I, dorsal; la e Ib, cerdas da região dorsal da cabeça; 2, lateral; 2a, espiráculo mesotorácico; 3, cabeça (dorsal); 4, antena; 5, epifaringe; 6 e 8, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal); 7, clípeo e labro; 9, perna: 10. maxila e lábio: II. hipofaringe. As figs. 1. 2; la, Ib; 5, 7; 6, 8; 10. II. respectivamente na mesma escala. ELMINTHIDAE - ELMINAE - ELMINI ESTAMPA 49 Ehianin sp. Larva; 1, lateral; 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, cabeça (ventral); 5. antena; 6, cabeça (dorsal); 6a, cerdas da cabeça; 7 e 12, extremidade do abdômen com brânquias (respectivamente, lateral e dorsal); 8 e 9, extremidade do abdômen (respectivamente, ventral e dorsal); 10 e 11, mandíbula esquerda (respectivamente, ventral e dorsal); 13, es- ternitos do pro-, meso- e metatórax; 14, maxila e hipofaringe; 15, lábio; 16, maxila (ventral): 17, perna; 18, labro; 19, epifaringe. As figs. 1-3; 4, 6; 7. 12; 8-11; 15, 16; 18, 19, respectivamente na mesma escala. PSEPHENIDAE - PSEPHENINAE ESTAMPA 50 Psephemis sp. Larva: 1 e 12, ventral e dorsal; 2 e 3, cabeça (respectivamente, frontal e ventral); 3a, ápice da antena; 4, perna; 5, maxila e lábio; 5a. cerda do lábio; 6, lábio; 7, labro; 8, epifaringe; 9, maxila (ventral); 10 e 11, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 12a, borda lateral do tergito. Adulto; 13, dorsal. As figs. 1, 12, 13; 2, 3; 5, 6, 7-9; 10, 11, respectivamente na mesma escala. ARTEMATOPIDAE - ARTEMATOPINAE ESTAMPA 51 Artematopus discoidalis. Larva: 1, dorsal; 2, ventral; 3, lateral; 3a e 3b, espiráculos abdominais (respectivamente, 3.° e 8.°). Pupa; 4, dorsal; 5, ventral. Adulto: 6, dorsal. Larva: 7, antena; 8, maxila; 9, perna; 10 e 11, cabeça (respectiva- mente, dorsal e ventral); 12, cápsula cefálica (dorsal); 13, hipóstoma (dorsal); 14, epifaringe; 15, labro; 16-18, mandíbula (respectivamente, dorsal, mesal e ventral). As figs. 1-6; 3a, 3b; 7, 8, 14-18; 10-13, respectivamente na mesma escala. .SciELO cm 2 13 14 15 16 17 18 19 20 1mm ELATERIDAE - AGRYPNINI ESTAMPA 52 Dilobitarsus abbreviatus. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, antena; 5, hipóstoma (ventral); 6, fronte e nasal; 7, 8 e 9, mandíbula (respectivamente, ventral, externa e dorsal). As figs. 4-9, na mesma escala. ELATERIDAE - PYROPHORINI ESTAMPA 53 Pyrophorus divergens. Larva: !, dorsal. Pupa: 2, dorsal; 2a, ápice do abdômen (dorsal). Adulto; 3, dorsal. Larva: 4, an- tena; 5, perna; 5a, tarsúngulo; 6, hipóstoma (ventral); 7, palpo labial; 8 e 9, 9.° e 10.° segmentos abdominais (respeaiva- mente, dorsal e ventral); 10, fronte e nasal; 11-13, mandíbula (respectivamente, dorsal, externa e ventral). As figs. 1-3 4, 5a; 5, 6, 8-13, respectivamente na mesma escala. 3 * Jp’-' '' r? fe'' ELATERIDAE - PYROPHORINI ESTAMPA 54 Fvreannus termitilluminans. Larva; 1, dorsal; 2, lateral. Pupa: 3, dorsal. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, hipóstoma fven- tral); 6, antena; 7, fronte e nasal; 8-10, mandíbula (respectivamente, dorsal, ventral e externa). As figs. 1-4; 5, 7; 8-10. respectivamente na mesma escala. ELATERIDAE - HEMIRHIPINI ESTAMPA 55 Clialcolepidiiis zonaltis. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. l.arva: 4 e 5, 9.° e I0.° segmentos abdomi- nais (respectivamente, dorsal e ventral); 6, perna; 7 e 8, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 9, fronte e nasal; iO, hipóstoma (ventral); II, antena; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1-3; 4-8; 6-10, 12^ 13’ respectivamente na mesma escala. .SciELO cm 2 13 14 15 16 17 18 19 20 0.5mm ELATERIDAE - CONODERINI ESTAMPA 56 Heteroderes riifangiilus. Larva: 1, dorsal. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3 e 4, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 5, perna; 6-8, 8.°-10.“ segmentos abdominais (respectivamente, lateral, dorsal e ventral); 9, região pós-gular; 10, hipóstoma (ventral); 11, fronte e nasal; 12, palpo labial; 13, antena; 14 e 15, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1, 2; 3, 4, 6-8; 10, 11, 13-15, respectivamente na mesma escala. ELATERIDAE - PACHYDERINI ESTAMPA 57 Platycrepidius bicinctus. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal; 6, ápice do abdômen (dorsal). Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7, 1 1 e 13, 9.® e 10.° segmentos abdominais (respectivamente, dorsal, ven- tral e lateral); 8, fronte e nasal; 9, hipósloma (ventral); 10, antena; 12, perna; 14 e 15, mandíbula (respectivamente, dor- sal e ventral). As figs. 1-3; 4-7. 11, 13; 8-10, 12, 14, 15, respectivamente na mesma escala. cm 1 .SciELO ELATERIDAE - PHYSORHININI ESTAMPA 58 Phwwrhinus distigma- Larva: 1, dorsal; 2. lateral. Pupa; 3, dorsal. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, antena: 6, hipostoma (ven- tral); 7. fronte e nasal; 8, 9.° e 10." segmentos abdominais (ventral); 9, perna; 10-12. mandíbula (respectivamente, ex- terna'. dorsal e ventral). As figs. 1. 2, 4; 5-7; 8-12, respectivamente na mesma escala. ELATERIDAE - PHYSORHININI ESTAMPA 59 Anchastus hrunneofasciatus. Larva: 1, dorsal; 2, lateral. Pupa: 3. dorsal. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, antena; 6, 9.° e IO.** segmentos abdominais (ventral); 7, hipóstoma (ventral); 8, perna; 9, fronte e nasal; 10 e II, mandíbula (respectivamente ventral e dorsal). As figs. I, 2, 4; 7, 10, II, respectivamente na mesma escala. .SciELO cm ELATERIDAE - SEMIOTINI ESTAMPA 60 Semioliis intermedius. Larva: 1, dorsal. Pupa; 2, dorsal: 6, ápice do abdômen (lateral). Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7 e 8, 9.° e 10.° segmentos abdominais (respectivamente, dorsal e ventral): 9, perna; 10 e 11, mandibula (respectivamente, ventral e dorsal): 12, hipóstoma (ventral); 13, antena: 14. nasal. As figs 1, 2: 4-8; 10-12, 14, respectivamente na mesma escala. ELATERIDAE - SEMIOTINI ESTAMPA 61 Semioiiis Ugneus. Larva: I, dorsal. Adulto: 2. dorsal. Larva: 3 e 4, 8.°-10.'’ segmentos abdominais (respectivamente, dor- sal e ventral); 5 e 6, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7, hipóstoma (ventral); 8. fronte e nasal; 9, antena, 10 e 11. mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 12, perna. As figs. 1, 2; 3-6; 7, 8; 10-12, respectivamente na mesma escala. ELATERIDAE - CARDIOPHORINl ESTAMPA 62 Horistonotus sp. Larva; 1, dorsal; 2, pro-, meso- e metatórax (ventral); 3, perna; 4 e 5, cabeça (respectivanienle, ven- tral e dorsal); 6, antena; 6a, ápice da antena; 7, epifaringe; 8, fronte e labro; 9, 1 1 e 12, 8.°-10.° segmentos abdominais (respectivamente, dorsal, ventral e lateral); 10, hipóstoma (ventral); 13-16, mandíbula (respectivamente, mesal externa, ventral e dorsal). Adulto; 17, dorsal. As figs. 1, 17; 2, 4, 5, 9, 11, 12; 3, 6, 10; 13-16, respectivamente na mesma escala. LISSOMIDAE ESTAMPA 63 Lissomiis sp. Larva: I e 2, cabeça ( respectivamente, ventral e dorsal); 3 e 6, 9.° e 10° segmentos abdominais (respecti- vamente, dorsal e ventral); 4, hipóstoma (ventral); 5, fronte e nasal; 7 e 8, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal); 9, perna; 10, antena (dorsal); 10a, ápice da antena (ventral); 11, vista geral (dorsal). Adulto: 12, dorsal. As figs. 1-3, 6: 4, 5; 7-9, respectivamente na mesma escala. 0,1 mm EUCNEMIDAE - EUCNEMINAE ESTAMPA 64 0.0 5mm Fornax sp. Larva: 1, dorsal; 2, ventral; 3, 3a e 3b, espiráculos (respectivamente, mesotorácico, I.° e 8.° abdominais). Pupa: 4, dorsal. Adulto: 5, dorsal. Larva: 6, 9.° segmento abdominal (ventral); 7 e 8, cabeça e protórax (respectiva- mente, ventral e dorsal); 9, antena; 10, fronte; 11, região anterior da cabeça (ventral); 12, hipóstoma. As figs. 1, 2, 4; 3, 3a, 3b; 6-8; 9 e 12, respectivamente na mesma escala. 2 3 4 cm SciELO 2 13 14 15 16 17 18 19 20 LYCIDAE - LYCINAE - CALOPTERINI ESTAMPA 65 Calopteron sp. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal, (respectivameníe, dorsal e ventral); 8, mandíbula 5, 8, 10; 6, 7, 9, respectivamente na mesma escala. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, espiráculo torácico; 5, antena; 6 e 7, cabeça (ventral); 9, perna; 10, região da maxila e lábio (ventral). As figs. 1-3; LYCIDAE - LYCINAE - LYGISTOPTERINI ESTAMPA 66 Macrolygisieropterus sp. Larva: I, dorsal. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3, palpifero e palpo maxilar; 4, ápice do lábio; 5, 6 e 9, 8.°-IO.° segmentos abdominais (respectivamente, lateral, ventral e dorsal); 7 e 12, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 8, perna; 10, mandibula (ventral); II, antena. As figs. 1, 2; 3, 4; 5, 6, 9; 7, 10, 12, respectivamente na mesma escala. SciELO PHEXGODIDAE - PHENGODINI ESTAMPA 67 mm mm O.IST^rr O^Trr Plirixotrix sp. Larva: 1, dorsal. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3 e 4, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 5 e 6, man- díbula (respectivamente, ventral e dorsal); 7, hipóstoma (ventral); 8, antena; 9, nasal; 10 e 11, ápice da gálea e lacínia (respectivamente, ventral e dorsal); 12. lábio; 13 e 14, ápice do 10.° segmento abdominal (respectivamente, ventral e late- ral); 15, perna; 15a, tarsúngulo da perna metatorácica; 16, epifaringe; 17, hipofaringe. As figs. 1, 2; 3, 4; 5, 6; 7, 13-15; 10, 'll: 16, 17, respectivamente na mesma escala. LAMPYRIDAE - LAMPROCERINAE ESTAMPA 68 Lucio casieinaui. Larva: 1, dorsal; 2, ventral. Pupa: 3, lateral; 4, dorsal. Adulto: 5, dorsal. Larva: 6, antena; 7, hipósto- ma (ventral); 7a, lábio (lateral); 8, epifaringe; 8a, hipofaringe (ventral); 8b, hipofaringe (dorsal); 9, 8.°-10.° segmen- tos abdominais (ventral); 10 e 11, mandibula (respectivamente, dorsal e ventral); 12 e 13, cabeça (respectivamente, ven- tral e dorsal); 14, perna; ,14a, tarsúngulo. As figs. 1-5; 6, 7, 10, 11; 9 e 14; 12, 13, respectivamente na mesma escala. LAMPYRIDAE - PHOTININAE ESTAMPA 69 Cratomorphus sp. Larva: 1, dorsal; 5, veniral. Pupa: 2, dorsal; 3, ventral. Adulto: 4, dorsal. Larva: 6, hipóstoma (ven trai): 7 e 8, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 9, 8.°-10.° segmentos abdominais (ventral); 10, hipofaringe (dor sal); II, hipofaringe (ventral); 12, nasal; 13, perna; 13a, tarsúngulo; 14, antena; 15 e 16, mandíbula (respectivamente dorsal e ventral): 17, epifaringe. As figs. 1-5: 6, 10, 14-16; 7-9; 11, 12, 17, respectivamente na mesma escala. SciELO cm 2 13 14 15 16 17 18 19 20 LAMPYRIDAE - PHOTININAE ESTAMPA 70 0,1 Tm Q5nnm I, dorsal. Pupa: 2, dorsal; 3, lateral. Adulto ®j) Tf * í LAMPYRIDAE - PHOTURINAE ESTAMPA 71 BiceUonycha sp. Larva: 1, dorsal; 2, ventral; 6, lateral. Pupa: 3, dorsal; 4, ventral. Adulto: 5, dorsal. Larva: 2a, 8.°-10.° segmentos abdominais (ventral); 6a, espiráculo torácico; 6b, 8.°-I0.° segmentos abdominais (lateral); 7 e 8, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal); 9, antena; 10, nasal e fronte; 11 e 12, hipofaringe (respectivamente, dorsal e ven- tral); 13, perna; 13a, tarsúngulo: 14, hipóstoma; 15, epifaringe. As figs. 1-6; 2a e 6b; 7-10, 13, 14; 11, 12, 15, respectiva- mente na mesma escala. CANTHARIDAE - CHAULIOGNATHINI ESTAMPA 72 SiWSíilÉii^ V .\ aS\'cV>t..v. Chauliognathus flavipes. Larva: I, dorsal: la, espiráculo mesotoiácico; Ib. abertura glandular. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3 e 6, cabeja (respectivamente, dorsal e Central) ; 4, perna; 4a, tarsúngulo; 5, maxila e lábio; 7, epifaringe; 8, antena: 9 e 10, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); II, região anterior da cabeça (dorsal). As figs. 1, 2; 3, 6; 4. 5, 7-lL respectivamente na mesma escala. 0.1 rnm cm SciELO 2 13 14 15 16 17 18 19 20 NOSODENDRIDAE ESTAMPA 73 DERMESTIDAE - MEGATOMINAE ESTAMPA 74 Thaumaslossa sp. Larva: I, dorsal; la, cerda hastada. Pupa: 2, dorsal; 4, lateral. Adulto: 3, dorsal. Larva: 5 e 6, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 7, antena; 8, lábio; 9, maxila; 10, epifaringe; 11, clípeo e labro; 12, extremidade do abdômen (lateral); 13, perna; L3a, cerda da coxa; 13b, tarsúngulo; 14 e 15, mandíbula (respectivamente, dorsal e ven- tral). As figs. 1-4; 5, 6. 13; 8-11, 14, 15, respectivamente na mesma escala. SciELO DERMESTIDAE - DERMESTINAE ESTAMPA 75 Derniestes nwculalus. Larva: I, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal; 2a, detalhe do 3.° órgão dioneiforme. Lar- va: 3, 4 e 6, cabeça (respectivamente, dorsal, lateral e ventral); 5, perna metatorácica; 7, extremidade abdominal (dor- sal); 8, epifaringe; 9, labro; 10 e 11, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal): 12, fronte, clípeo e labro; 13, lábio; 14, maxila; 15, antena. Adulto: 16, dorsal. As figs. 1, 2, 16: 10. 11; 8. 9; 12-14, respectivamente na mesma escala. BOSTRYCHIDAE - DINODERINAE ESTAMPA 76 Dinoderus minuius. Larva: 1, lateral; 2 e 3, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 4, antena; 5 e 6, perna (respecti- vamente, pro- e mesotorácica) ; 7, maxila e lábio; 8, clípeo e labro; 9, epifaringe; 10 e II, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). Adulto: 12, dorsal. As figs. 1, 12; 2, 3; 5, 6; 7-11, respectivamente na mesma escala. 0,2 mm cm BOSTRICHIDAE - LYCTINAE ESTAMPA 77 Lvctus hrunneus. Larva: 1, lateral; 2 e 3, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 4 e 9, antena (respectivamente, dor- sal e ventral); 5, perna protorácica; 6, lábio; 7 e 8, maxila (respectivamente, dorsal e ventral); 10, epifaringe; 11, clípeo e labro; 12 e’l3, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). Adulto: 14, dorsal. As figs. 1, 14; 2. 3; 4, 9; 6-8; 10-13, respectivamente na mesma escala. ANOBIIDAE - XYLETININAE ESTAMPA 78 Lasioderma serricorne. Larva: 1, lateral; la, espiráculo abdominal. Pupa: 2, dorsal Larva: 3 e 7, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 4, antena; 5, perna; 5a, tarsúngulo; 6, extremidade abdominal (ventral); 8, labro; 9, epiíeringe; 10 e II, mandibula (respectivamente, dorsal e ventral); 12, lábio; 13, maxila. Adulto; 14, lateral. As figs. 1, 2, 14; 3. 6, 7; 8, 9; 10-12, respectivamente na mesma escala. ESTAMPA 79 LYMEXYLIDAE Melittomma sp. Larva: l, dorsal; 2, lateral; 2a, espiráculo abdominal; 3 e 4, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 5, antena; 6, lábio; 7, epifaringe; 8, clípeo e labro; 9, perna; 10 e 11, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 12, hipofaringe; 13-15, extremidade do abdômen (respectivamente, ventral, dorsal e lateral); 16, maxila (ventral); 16a, ápice da mala; 17, maxila (dorsal). As figs. 1, 2; 3, 4; 5, 16a; 6-8, 12, 16, 17; 10, 11; 13-15, respectivamente na mesma es- cala. TROGOSSITIDAE - TROGOSSITINAE ESTAMPA 80 1 mm Temnochila sp. Larva: 1, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, antena; 5, perna mesotorácica; 6, extremidade do abdômen (lateral); 7, maxila e lábio; 8, labro; 9 e 10, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal); 11 e 14, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 12, epifaringe; 13, fronte, clípeo e labro. As figs. 1-3; 5, 6; 7, 9-11. 14: 8. 12, respectivamente na mesma escala. CLERIDAE - ENOPLIINAE ESTAMPA 81 W>' 'm mj.i Ji Platynoptera pectoralis. Larva: 1, dorsal; la, l.° espiráculo abdominal. Pupa: 2, dorsal. Larva: 3 e 4, cabeça (respectiva- mente, dorsal e ventral); 3a, grupo de estemas; 5, maxila e lábio; 6 e 7, extremidade do abdômen (respectivamente, la- teral e dorsal); 8 e 9, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal); 10, perna mesotorácica; 11 e 12, antena (respectiva- mente, dorsal e ventral); 13, labro; 14, epifaringe. Adulto: 15, dorsal. As figs. 1, 2, 15; la, 11-14; 3, 4, 6, 7; 8-10, res- pectivamente na mesma escala. MELYRIDAE - MALACHIINAE ESTAMPA 82 mé&M W/kMu^hKi í'v?-- È SI iÇiv ‘ -, -: -AiftwCT Íí C ^ \ V j v:;/ ?/í 'í ./ AV -/ / yf u_ / V . / 1..-> 1 \ , / > i ^ V ■ \ ^ •/'.ítI k-' -.V:: Í,’C'4 / > E ^ E A ^3 O '^' . 1 ^ T, \ A NITIDULIDAE - NITIDULINAE ESTAMPA 83 Amplüciossiis sp. Larva: 1, dorsal; 2 e 3, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 2a, detalhe do tegumento da cabeça- 4, antena: 4a, ápice da antena; 5, perna; 6, labro; 7, epifaringe; 8, lábio; 9, maxila; 10 e II, mandíbula (respectivamente’ ventral e dorsal); 12 e 13, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral). Adulto: 14 dorsal As fias I 14; 2, 3; 7-9; 10, 11; 12, 13, respectivamente na mesma escala. ’ s- > NITIDULIDAE - NITIDULINAE ESTAMPA 84 Conotei tts sp. Larva; 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 6, cabeça (respecUvamente, dorsal e ven- tral); 5, labro; 7 e 12, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 8 e 9, mandíbula (respectivamente, dorsal e’ ventral); 10, maxila e lábio; 11, mala (dorsal); 13, perna; 14, antena; 15, epifaringe. As figs. 1-3; 4, 6; 5, 15; 7, 12; 8, 9, respectivamente na mesma escala. cm SciELO 2 13 14 15 16 17 18 19 20 LUUJSO*0 LAEMOPHLOEIDAE ESTAMPA 85 I-ucinophlociis sp. Larva: 1, dorsal; la, grupo de estemas; Ib, espiráculo. Pupa: 2, dorsal. Larva: 3 e 4, cabeça (respec- tivamente, ventral e dorsal); 5. lábio; 6, maxila; 7 e 8 mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 9, antena; 10, labro; 11, epifaringe; 12 e 13, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 14, perna. Adulto: 15, dorsal. As figs. 1, 2, 15; 3, 4; 5-9; 10, II; 12. 13. respectivamente na mesma escala. EROTYLIDAE - EROTYLINI ESTAMPA 86 Hrachysphcnus sp. Larva: 1, dorsal. Pupa; 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, mandíbula (respectivamente, ven- tral e dorsal): 6, 7, 10 e II, cabeça (respectivamente, frontal, dorsal, lateral e ventral); 8, antena; 9 e 12, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 13, epifaringe; 14, clípeo e labro; 15, lábio; 16, maxila; 16a e 16b, ápice da mala (respectivamente, dorsal e ventral); 17, perna. As figs. 1-3; 4, 5, 10. 13-17; 6-9; 11, 12, respectivamente na mes- ma escala. ERO TYLIDAE - EROTYLINI ESTAMPA 87 ErolyUis histrio. Larva: I. dorsal. Piipa: 2, dorsal. Adulto: y. dorsal. Larva: 4. cabeça (lateral); 5. lábio; 6, maxila; 6a e 6b, ápice da mala (respectivamente, ventral e dorsal); 7, antena; 8, epifaringe; 9, labro; 10, perna; 11-13, mandíbula (res- pectivamente, ventral. dorsal e externa). As figs. 1, 2; 5-9; 11-13. respectivamente na mesma escala. SciELO cm i UUUJQ EROTYLIDAE - TRIPLACINI ESTAMPA 88 Pseiaphacus nigropimciatus. Larva: 1. dorsal. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3, antena; 4, perna: 5-7, cabeça (respectivamente, dorsal, ventral e lateral); 8, 12 e 13, ápice do abdômen (respectivamente, dorsal, ventral e lateral); 9, lábio; 10, ma,\ila (ventral); lüa e tOb, ápice da mala (respectivamente, ventral e dorsal); 11, mandíbula (ventral): 14, epifaringe; 15, labro. As figs. I, 2; 3. 4. 9-11. 14. 15: 5-7: 8, 12. 13, respectivamente na mesma escala. ESTAMPA 89 EROTYLIDAE - TRIPLACINl I An m oUV Mycoirenis sp. Larva: I, dorsal; la. espiráculo abdominal. Pupa: 2, dorsal; 8 , ápi dorsal. Larva: 4-6, cabeça (respectivamente, dorsal, ventral e lateral;; 7, 13 e 15, ventral e dorsal); 11, antena; 12, perna metatorácica; 14, labro; 16, epifaringe: 17, 7, 13, 15; 9-11, 14, 16-18, respectivamente na mesma escala. /77> Ç ( \ \ r 1 f. ^ ■try\\\ r y \ V l . At t A fr ‘ ^ '-'X f Mivj jJ.\ L 1 1 t ( í //V 1 \ T ’ ' > /-O' ^ ' ^ ^ r f r t \ 1 / » 1 " 't ' .7 \ 1 1 1 í--/ f r t ; r ) r r-1 ^ ir>.í ^ 1 U i.J-;/ ,<0 r rt r ' / 0 * II \ ' f r 0.2Tirr| ( / O' p\ CORYLOPHIDAE - SACIINAE ESTAMPA 90 És'^cí.Çi ic^àJf èPl sp Larva- 1, dorsal; la, abertura glandular. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva; 4, labio e gula; 5, perna: cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7 e 8, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 9, 11, labro; 12, epifaringe; 13 e 14, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 15, maxila. As figs. 1-3; 4, 9 , 7, 8; 6. 10, respectivamente na mesma escala. 1 ’’ t. I* ' r # w V \ -1, ’ % ( 1 , * J; 13 ^ 14 CORYLOPHIDAE - ORTHOPERINAE ESTAMPA 91 Orthoperus sp. Larva; 1, dorsal; la, abertura glandular. Pupa; 2, dorsal. Adulto; 3, dorsal. Larva; 4, perna; 5, antena; 6 e 1 1, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7 e 8, extremidade do abdômen (respectivamente, ventral e dorsal); 9, labro; 10, epifaringe; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 14, lábio; 15, maxila. As figs. 1-3; 4, 6, 11; 5, 9, 10, 12-15; 7, 8, respectivamente na mesma escala. cm 1 SciELO DISCOLOMIDAE ESTAMPA 92 Discoloma modestum. Larva: 1, dorsal; la e Ib, espiráculos (respectivamente, mesotorácico e do 3.° segmento abdomi- nal); Ic, casulo. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, margem lateral do 3.° segmento abdominal (dorsal); 4a, cerda do pronoto; 4b, detalhe da região mediana posterior do pronoto; 5, perna; 6, maxila (ventral); 7, lábio; 8, clípeo e labro; 9 e 13, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 9a, ápice da antena; 10 e 11, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal); 12, epifaringe. As figs. 1-3; 4, 4a, 4b; 6-8, 10-12; 9, 13, respectivamente na mesma escala. COCCINELLIDAE - EPILACHNINAE ESTAMPA 93 Epilachna clandestina. Larva: 1, dorsal; la, escolos; 2, lateral. Pupa; 3, dorsal; 5, 6 e 7, ápice do abdômen (respectiva- mente, lateral, ventral e dorsal). Larva: 4, perna; 8, 9 e 11, cabeça (respectivamente, ventral, dorsal e lateral); 10, maxila e lábio; 12, antena; 13, labro; 14, epifaringe; 15 e 16, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). Adulto: 17, dorsal. As figs. 1, 2, 3, 17; la, 5-9, 11; 10, 13-16, respectivamente na mesma escala. cm i SciELO COCCINELLIDAE - COCCINELLINI ESTAMPA 94 Coccinella ocelligera. Larva; 1. dorsal. Pupa: 2 e 3, lateral e dorsal. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, perna; 5a, ápice da tíbia e tarsúngulo; 6, e 7, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 8, maxila e lábio; 9 e 10, mandíbula (respectiyamente, ventral e dorsal); 11, mala; 12 e 13, antena (respectivamente, dorsal e ventral); 14, epifaringe; 15, labro. As figs. 1-4; 6, 7; 9, 10; 12, 13; 14, 15, respectivamente na mesma escala. ENDOMYCHIDAE - ENDOMYCHINAE - AMPHICINI ESTAMPA 95 Amphix sp. Larva: 1, dorsal; la e Ib, espiráculos (respectivamente, 1 " abdominal e torácico); Ic, protuberância látero- dorsal do- l.° segmento abdominal. Pupa; 2 e 5, dorsal e lateral; 6, detalhe da margem lateral do 2° e 3.° segmentos abdo- minais (dorsal); 7 e 8, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral). Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, cabeça (frontal);,' 4a, detalhe das cerdas da cabeça; 9, antena; 9a, ápice da antena; 10, lábio; 11, maxila; 12, perna; 13 e \4, man- díbula (respectivamente, ventral e dorsal); 15, epifaringe; 16, clípeo e labro. As figs. 1-3, 5; 6, 9a; 7, 8; 9, 10, íl, 13, respectivamente na mesma escala. cm i SciELO O.lmm ENDOMYCHIDAE - ENDOMYCHINAE - STENOTARSINl ESTAMPA 96 Rymbus pallidus. Larva: 1, dorsal. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3, lábio; 4 e 5, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 6, hipofaringe; 7, perna; 8, clípeo e labro; 9, maxila; 10, mandíbula (ventral); 11, epifaringe. As figs. 1, 2; 3, 6; 4, 5; 8-11, respectivamente na mesma escala. LATHRIDIIDAE - LATHRIDIINI ESTAMPA 97 ír{ 'J < - « ii li Ir V/ 10 11 12 13 Eufailia seminiveus. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, perna; 5 e 6, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7, antena; 8, maxila (ventral); 9, labro; 10, epifaringe; 11, lábio; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1-3; 4, 7-13; 5, 6, respectivamente na mesma escala. cm i 2 3 SciELO 12 13 14 15 16 17 lí 19 20 BIPHYLLIDAE ESTAMPA 98 0.3rnrp Diplocoehis af. amplicollis. Larva; 1, dorsal; 2 e 3, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 4, antena; 5 e 6, mandí- bula (respectivamente, ventral e dorsal); 7, labro; 8, epifaringe; 9, maxila e lábio; 9a e 9b, mala (respectivamente, ventral e dorsal); 10, extremidade do abdômen (lateral); 11, perna. Pupa; 12, dorsal. Adulto: 13, dorsal. As figs. 1, 12, 13; 2, 3; 5, 6; 7-9; 4, 9a, 9b; 10, 11, respectivamente na mesma eseala. cm SciELO 2 13 14 15 16 17 18 19 20 CIIDAE - CIINAE Porculus vianai. Larva: 1, lateral; la e Ib, espiráculos (respectivamente, protorácico e abdominal). Pupa; 2, dorsal; 2a, urogonfo. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, cabeça (dorsal); 5, antena; 6, maxila e lábio; 7, maxila e hipofaringe; 8 e 9, extre- midade do abdômen (respectivamente, dorsal e lateral); 10, perna; 11, epifaringe; 12, clípeo e labro; 13 e 17, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal e ventral); 14-16, mandíbula direita (respectivamente, externa, ventral e mesal). As figs. 1-3; la, Ib, 2a, 5-7, 10-17; 4, 8 9, respectivamente na mesma escala. cm 1 SciELO CIIDAE - CIINAE ESTAMPA 100 Xylographus sp. Larva; 1, lateral; la e Ib, espiráculos (respectivamenie, protorácico e abdominal). Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, antena; 5, cabeça (dorsal); 6, lábio; 7, maxila; 8, labro; 9, epifaringe; 10, perna; 11-13, mandíbula (respectivamente, dorsal, mesal e ventral). As figs. 1-3; la, Ib, 4; 6-13, respectivamente na mesma escala. cm 2 3 4 5 6 7 2 13 14 15 16 17 18 19 20 MELANDRYIDAE - MELANDRYINAE - SERROPALPINI ESTAMPA 101 PMoeoIrya sp. Larva: 1 e 2 lateral e dorsal. Pupa: 3 e 7, lateral e dorsal; 7a, extremidade do abdômen (dorsal). Adulto: (respectivamente, ventral e dorsal); 6, perna; 8, antena; 10, maxila; 11, lábio e parte da ^ (respectivamente, dorsal e ventral); 14, clípeo e labro; 15, epifaringe. As figs. 1-4 7- 5 9- 8, 10-15, respectivamente na mesma escala. e. i h, ,, j, y, cm 1 SciELO MORDELLIDAE - MORDELINI ESTAMPA 102 1 i° ni- Mordella sp. Larva: I e 2, dorsal e lateral. Pupa: 3, dorsal; 4, extremidade do abdômen (dorsal). Adulto; 5 e 6, lateral e dorsal. Larva; 7 e 8, cabeça (respectivamente, ventral e frontal); 9, 14 e 15, extremidade do abdômen (respectivamen- te, dorsal, ventral e lateral); 10, maxila (ventral); 11, lábio; 12, clípeo e labro; 13, epifaringe; 16, perna; 17, antena; 18, ápice da antena; 19 e 20, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal) As figs. 1-3, 5, 7, 8; 9, 14, 15; 10-13; 19, 20, respectivamente na mesma escala. COLYDIIDAE - COLYDIINAE - COLYDIINl ESTAMPA 103 Aulonium sp. Larva: I e 2, dorsal e lateral; 2a, perna; 3-5, cabeça (respectivamente, dorsal, lateral e ventral); 6, labro; 7 e 10, extremidade do abdômen (respectivamente, ventral e dorsal); 8, antena; 9, epifaringe; II e 12, mandíbula (respec- tivamente, dorsal e ventral); 13, maxila; 14, lábio e justacardo. Pupa; 15, dorsal. Adulto: 16, dorsal. As figs. 1, 2, 15, 16; 3-5, 7, 10; 6, 9, 11-13, respectivamente na mesma escala. MONOMMIDAE ESTAMPA 104 , íHjSíá Hyporrluífiiis sp. Larva: I, dorsal; la, grupo de estemas; Ib, espiráculo abdominal; Ic, espículos do 3.° segmento abdomi- nal (dorsal); 2, antena; 2a, ápice do 3.° segmento antenal; 3 e 4, cabeça {respectivamente, dorsal e ventral); 5 e 6, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 7 e 8, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 9, maxila (ventral); 10, epifaringe; II, clípeo e labro; 12, lábio; 13, perna. Adulto: 14, dorsal. As figs. 1, 14; 3, 4; 5, 6; 7, 8; 9-12, respectivamente na mesma escala. ZOPHERIDAE - ZOPHERINAE ESTAMPA 105 Noserinus clormeaniis. Larva: I, Jorsal. Pupa: 2 e 3, dorsal e lateral. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5 e 6, maxila (respecti- vamente, vential e dorsal); 7, lábio; 8, hipofaringe; 9, 1 I e 12, mandíbula (respectivamente, ápice externo, ventral e dor- sal): 10, cabeça (ventral); 13, extremidade abdominal (lateral): 14, epifaringe; 15, antena; 16, cabeça (dorsal); 17, labro; 18, perna; 19, cabeça e tórax (dorsal). As figs. 1-4; 5-8, 14-17: 9-12: 10, |3, respectivamente na mesma escala. TENEBRIONIDAE - PIMELIINAE - ASIDINI ESTAMPA 106 Scoiinw, sp. Larva: I e 2. dorsal e lateral; 2a, cabeça (dorsal); 3, antena; 4, cabeça e tórax (lateral); 5 e 6, extremidade do abdômen (respectívamente, lateral e dorsal); 7 e 8, pernas (respectivamente, mesotorácica e protorácica); 9, antecli- peo. clípeo e labro; 10, epifaringe; 11, maxila; 12, escleroma da hipofaringe; 13, lábio; 14 e 15, mandíbula esquerda I respectivamente, dorsal e ventral). Adulto: 16, dorsal. As figs. 1. 2. 16; 3, 9-13; 2a, 4-6; 7. 8; 14, 15, respectivamente na mesma escala. ESTAMPA 107 TENEBRIONIDAE - DIAPERINAE - PHALERIINI l‘h(ik-rui icMíiceci. l-arva: 1, dorsal; la. grupo de estemas. Adulto: 2, dorsal. Larva: 3, ápice da tíbia e tursúngulo; 4 e 5, pernas (respectivamente, protorácica e mesotorâcica); 6. clípeo e labro; 7. epifaringe; 8, maxila; 9, lábio; 10, hipofaringe; 11. antena; 12. 13 e 14, extremidade do abdômen (respectivamente, lateral, dorsal e ventral); 1.3 e 19, cabeça (respectivamen- te. ventral e dorsal); 16-18. mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). As figs. I, 2; 4-11, 16-18; 12-14; 15 19, res- pectivamente na mesma escala. ' . - . . , cm 1 SciELO 1 mm TENEBRIONIDAE - TENEBRIONINAE - PHRENAPATINI ESTAMPA 108 Deloi>nullia sp. Larva: I, la e Ib, dorsal, ventral e lateral. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, maxila; 5, epifa- ringe: 6, lábio; 7, perna; 8-10, mandíbula direita (respectiva mente, ventral, externa e dorsal); 11-13, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal, externa e ventral); 14, clípeo e labro; l.‘í antena. As figs. 1, la, Ib, 2, 3; 4, 5, 7, 14, 15; 8-13, respectivamente na mesma escala. 2 3 5 6 7 Uloma misella. Larva: 1, lateral. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, extremidade do abdômen (respecti- vamente, ventral e dorsal); 6 e 7, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 8, epifaringe; 9, labro; 10, 11 e 14, lábio (respectivamente, ventral, dorsal e lateral); 12 e 13, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 15, perna; 16 e 1?’ man- díbula ventral (respectivamente, direita e esquerda com detalhe dos ápices); 18, antena. As figs. 1-3; 4, 5; 6 7; 8-13 15-18, respectivamente na mesma escala. ’ ’ cm 1 SciELO TENEBRIONIDAE - TENEBRIONINAE - ULOMINI ESTAMPA 109 TENEBRIONIDAE - DIAPERINAE - DIAPERINI ESTAMPA 110 Aílelina cornuia reclicoUis. Larva; I, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4. extremidade do abdômen (dorsal); 5, maxila e lábio; 6. antena; 7, espiráculo torácico; 8, cabeça e pronoto; 9, perna mesotorácica; 10, epifaringe; 11, labro; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1-3; 4, 8; 5, 9-13; 6, 7, respectivamente, na mesma escala. TENEBRIONIDAE - COELOMETOPINAE - COELOMETOPINl ESTAMPA 111 Isicerdes sp. Larva: I, dorsal; la, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, cabeça (respectiva- mente, dorsal e ventral). Pupa: 6, extremidade do abdômen (lateral). Larva: 7, antena; 7a, ápice da antena; 8, maxila (ventral); 9, clípeo e labro; 10, epifaringe; 11, extremidade do abdômen (lateral); 12 e 13, pernas (respectivamente, protorácica e mesotorácica; 14, lábio; 15, hipofaringe; 16 e 17, mandíbulas (ventral); 18 e 19, mandíbulas (dorsal). As figs. 1-3, 6; 4, 5, 11; 7, 8-10, 12-15; 16-19, respectivamente na mesma escala. cm i SciELO TENEBRIONIDAE - COELOMETOPINAE - COELOMETOPINI ESTAMPA 112 Nyclobales maxima. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal; 2a, extremidade do abdômen (lateral). Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 4a, grupo de estemas; 6-9, extremidade do abdômen (respectivamente, lateral, dorsal; lateral e ventral); 10, epifaringe; 11, clípeo e labro; 12, antena; 12a, ápice da antena; 13, maxila; 14, lábio; 15 e 16, escleroma da hipofaringe (respectivamente, dorsal e ventral); 17-19, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal, ventral e mesal); 20-22, mandíbula direita (respectivamente, ventral, dorsal e mesal); 23, perna mesotorácica. As figs. 1-3; 4, 5; 6-9; 10, 11-12, 13-23, respectivamente na mesma escala. TENEBRIONIDAE - COELOMETOPINAE - COELOMETOPINI ESTAMPA 113 Tauroceras eiries. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2 e 3, dorsal e lateral; 9, órgãos dioneiformes do 3.° e 4.° tergitos. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, 6 e 6a, mandíbula esquerda (respectiva mente, dorsal, ventral e apical externa); 7 e 8, mandíbula di- reita (respectivamente, ventral e dorsal); 10 e 11, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 12 e 13, pernas (respectivamente, mesotorácica e protorácica); 14 e 15, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 14a, grupo de estemas; 16, lábio; 17-19, escleroma da hipofaringe (respectivamente, dorsal, ventral e lateral); 20, antena; 20a, ápice da antena; 21, clípeo e labro; 22, epifaringe; 23 e 24, maxila (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1-4; 5-8, 16-20, 21-24; 9-11, 14, 15; 12, 13, respeclivamente na mesma escala. cm i SciELO TENEBRIONIDAE - TENEBRIONINAE - TENEBRIONINI Tenebrio obscurus. Larva: I, dorsal. Pupa: 2, dorsal; 6, extremidade do abdômen (lateral). Adulto: 3. dorsal. Larva: 4 e 5, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7, antena; 7a, ápice da antena; 8, epifaringe; 9, clípeo e labro; 10 e 11, pernas (respectivamente, mesotorácica e protorácica); 12, ápice da tíbia e tarsúngulo; 13-15, extremidade do abdômen (respectivamente, lateral, dorsal e ventral); 16, lábio; 17, escleroma da hipofaringe; 18, maxila; 19 e 20, mandíbulas (dor- sal); 21 e 22, mandíbulas (ventral). As fies. 1-3; 4-6, 13-15; 7-11, 16-22, respectivamente na mesma escala. cm 2 3 4 5 6 7 8 c íELO, 17 TENEBRIONIDAE - COELOMETOPINAE - COELOMETOPINI ESTAMPA 115 19 Imm Cantaria divaricata. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, lateral. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 6, antena; 6a, ápice da antena; 7-9, extremidade do abdômen (respectivamente, lateral, dorsal e ventral); 10, lábio; II, escleroma da hipofaringe (ventral); 12 e 13, maxila (respectivamente, dorsal e ventral); 14 e 15, mandíbulas (ventral); 16 e 17, mandíbulas (dorsal); 18 e 19, pernas (respectivamente, protorácica e mesotorácica); 20, clípeo e labro; 21, epifaringe. As figs. 1-3; 4, 5, 7-9; 6, 10, 11-13, 20, 21; 14-17; 18, 19, respectivamente na mesma escala. TENEBRIÜNIDAE - TENEBRIONINAE - AMARYGMINl ESTAMPA 116 Cymathotes nebiilosus. Larva; 1, dorsal. Adulto: 2, dorsal. Larva; 3 e 4, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 5 e 6, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e lateral); 7, lábio; 8, maxila (ventral); 9, hipofaringe; 10, antena; 11-13, mandíbula (respectivamente, ventral, externa e dorsal); 14, perna; 15, clípeo e labro; 16, epifaringe. As figs. 1, 2; 3. 4; 5, 6; 7-10, 15, 16; 11-13. respectivamente na mesma escala. TENEBRIONIDAE - COELOMETOPINAE - STRONGYLINl ESTAMPA 117 A7ur'T”dotatLaí'va''5 e ‘ 7 lateral. Pupa: 3 dorsal; 3a. ntargen, lateral do l.» e 3 ,o tergitos abdominais. mesonoto-’9 labro- 10 e 17 V’ .“1’''^®,'^° abdômen (respectivamente, lateral e dorsal); 8, cabeça, pró- e 7’m;xda 16 la"bin’ ® (respect.vamente. dorsal e lateral); 11. epifaringe; 13, perna protorá- ÍÍ 9 II- To 12 is’i6 17 70 ’ (^e^P"=l*''amente, externa, ventral, dorsal e mesal). As figs. 1-4; 3a, 6, 8, 14, y, u, lu, iz, ib, 17-20, respectivamente na mesma escala. TENEBRJONIDAE - ALLECULINAE ESTAMPA 118 Lobopoda sp. Larva: 1, dorsal; la, extremidade da abdômen (lateral). Pupa 2, dorsal; 2a, margem lateral do 3.° tergito abdominal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 6, antena; 7 e 8, mandíbulas (ven- tral); 9 e 10, mandíbulas (dorsal); 11, lábio; 12, epifaringe; 13, escleroma da hipofaringe (lateral); 14 e 15. pernas (respectivamente, mesotorácica e protorácica); 16 e 17, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 18, clípeo e labro. As figs. 1-3; Ib, 2a; 4, 5; 6, 12; 7-10; 11, 13, 16-18; 14, 15, respectivamente na mesma escala. ESTAMPA 119 TENEBRIONIDAE - NILIONINAE Nilio varius. Larva: 1, dorsal; 2, antena; 3, perna. Adulto: 4, dorsal. Pupa: 5, dorsal. Larva: 6 e 7, cabeça (respectiva- mente, dorsal e ventral); 8, lábio; 9, labro; 10, epifaringe; 11, maxila; 12-14, mandíbula esquerda (respectivamente, dor- sal, ventral e lateral); 15-17,- mandíbula direita (respectivamente, ventral, dorsal e lateral). As figs. 1, 4, 5; 6, 7; 8-11; 12-17, respectivamente na mesma escala. TENEBRIONIDAE - LAGRIINAE - GONIADERINl ESTAMPA 120 Goniadera ampliata. Larva: I, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, antena; 5, perna; 6, labro; 7, lábio; 7a e 8, escleroma da hipofaringe (respectivamente, lateral e dorsal); 9, epifaringe; 10, maxila; 11, 11a e 12, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal, apical externa e ventral); 13, 13a e 14, mandíbula direita (respectivamente, ventral, apical externa e dorsal). As figs. 1, 2; 5-10; 11-14, respectivamente na mesma escala. MELOIDAE - MELOINAE - MELOINI ESTAMPA 121 Meloetyphlus atiaceplialus. Larva triungulino: 1 e 2, dorsal e ventral; 2a, tíbia e tarsúngulo; 6; extremidade do abdômen (ventral). Larva escarabeóide : 3, lateral; 4 e 5, antena (respectivamente, dorsal e ventral); 7, perna; 7a, tarsúngulo; 8, ca- beça (frontal). Pupa; 9, dorsal; 9a, extremidade do abdômen (lateral). Larva escarabeóide; 10, cabeça (ventral); 11, epifaringe; 12, lábio; 12a, ápice do palpo labial; 13, labro; 14, epifaringe; 15, maxila (ventral); 16 e 17, mandíbula (res- pectivamente, ventral e dorsal). Adulto: 18, dorsal. As figs. 1, 2; 2a, 6; 4, 5; 8, 10; 9. 9a; 11, 12; 13, 14; 16, 17, respecti- vamente na mesma escala. SciELO' cm 2 13 14 15 16 17 18 19 20 OEDEMERIDAE - OEDEMERINAE - ASCLERINI ESTAMPA 122 , r 1 , \r 'r \ r'} ''x'- Diplectrus vicinus. Larva; 1 e 2, dorsal e lateral. Pupa; 3 e 4. dorsal e lateral. Adulto: 5, dorsal. Larva: 6 e 7, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 8, 2.° e 3.° segmentos abdominais (lateral); 9, perna protorácica; 10, escleroma da hi- pofaringe (lateral); 11, 12 e 12a, mandíbula direita (respectivamente, ventral, dorsal e apical externo); 13, 14 e 14a, mandíbula esquerda (respectivamente, dorsal, ventral e apical externo); 15, antena; 15a, ápice da antena; 16, lábio; 17, epifaringe; 18, labro; 19, maxila (ventral). As figs. 1-5; 6-8; 10-15; 16-19, respectivamente na mesma escala. MYCTERIDAE - LACCONOTINAE - LACCONOTINA ESTAMPA 123 Eurypus muelleri. Larva: 1, dorsal. Pré-pupa: 2, dorsal. Pupa: 3, dorsal. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5 e 7. cabeça, pro- e mesotórax (respectivamente, dorsal e ventral); 5a, grupo de estemas; 6, epifaringe; 8 e 9, extremidade dõ abdômen (res- pectivamente, dorsal e ventral); 10, labro; II, lábio; 12, antena; 13, maxila (ventral); 14 e 15, mandíbula (respectivamente ventral e dorsal). As figs. 1-4; 5, 7; 8, 9; 10-12; 13-15, respectivamente na mesma escala. MYCTERIDAE - STILPNONOTINAE ESTAMPA 124 Stilpnonotus postsignatus. Larva; 1, lateral. Pré-pupa: 2, lateral. Pupa; 3, dorsal. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5 e 6, extre- midade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 7, antena; 8, epifaringe; 9, labro; 10, tergito abdominal com asperi- tes; 11, espiráculo torácico; 12, lábio; 13, maxila (ventral); 14 e 15, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). As figs. 1, 2; 5, 6; 8, 9, 12, 13; 14, 15, respectivamente na mesma escala. OTHNIIDAE ESTAMPA 125 Elacatis ruficornis. Larva: I, dorsal; 2 e 3, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 2a, grupo de estemas; 4, antena; 4a, ápice da antena; 5, maxila; 6, 10 e 11, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal, ventral e lateral); 7, lábio; 8, clípeo e labro; 9, epifaringe; 12, perna; 13 e 14, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). Adulto; 15, dorsal. As figs. 1, 15; 2, 3, 6. 10, 11; 2a, 4a; 4, 5. 7-9; 13, 14, respectivamente na mesma escala. Inopeplus sp. Larva: 1, dorsal; Ia, grupo de estemas. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, antena; 5, perna; 6, labro; 7, epifaringe; 8 e 9, e.xtremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 10, maxila (ventral); 11, lábio; 12 e 13, mandibula (respectivamente, ventral e dorsal); 14 e 15, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1-3; 6, 7, 12, 13; 8, 9; 14, 15, respectivamente na mesma escala. SciELO INOPEPLIDAE ESTAMPA 126 '.2 13 14 15 16 17 18 19 20 estampa 127 CERAMBYCIDAE - PARANDRINAE 2.5rnm 10b 11b ímm eipirácplos (rpspectiv,p,enle, mpjoiorácico, ’> e 2 Abdomimi,'- I? nâ”e°nb‘^°"“'' ' '»< birdiír A5 sr,5f ;r„f .AAiAA 5. 6, 7. 8. .,-,8; ,, Pb^íTo^OS"!?,' .'l', CERAMBYCIDAE - PRIONINAE - ANOPLODERMINI ESTAMPA 128 y •'‘í> «fl lí Migdolus fryanus. Larva; 1 e 2, ventral e dorsal; 3 e 4, cabeça e tórax (respectivamente, dorsal e ventral); 5 e 6, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 7, 8 e 9, pernas (respectivamente, pro-, meso- e metatorácica); 10-12, mandí- bula (respectivamente, dorsal, ventral e externa); 13, epifaringe; 14, clípeo e labro; 15, antena; 15a, ápice da antena; 16 e 17, maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 18, lábio. Pupa: 19, dorsal. Adulto: 20, dorsal. As figs. 1, 2, 19, 20; 3, 4; 5. 6; 7-9; 10-12; 13, 14, 15-18, respectivamente na mesma escala. CERAMBYCIDAE - CERAMBYCINAE - RHINOTRAGINI ESTAMPA 129 Acyplioderes aurulentus. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, perna protorácica; 4a, tarsúngulo; 5, antena: 6, apice da antena; 7 e 13, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 8, maxila; 9 e 10, espiráculos (respectiva- njente do I. segmento abdominal e torácico); 11, lábio; 12, epifaringe; 14 e 15, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal): 16, labro. As figs. 1, 2, 3; 4a, 6; 7, 13; 9, 10; 8, 11, 12, 16; 14, 15, respectivamente na mesma escala. cm i SciELO CERAMB^ CIDAE - LAMIINAE - ACANTHOCININI ESTAMPA 130 Cosmotoma setifer. Larva: 1, dorsal. Pupa: 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, cabeça, tórax e l.“ segmento abdomi- nal (lateral); 5, clípeo e labro; 6, maxila e lábio; 7, extremidade abdominal lateral; 8, cabeça (frontal); 9, cabeça e pro- noto; 10, antena; 11 e 12, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 13, maxila; 14, lábio; 15, epifaringe. As figs. 1-3; 4, 7; 5, 11-15; 6, 10, respectivamente na mesma escala. BRUCHIDAE - BRUCHINAE - BRUCHINI ESTAMPA 131 0.5 m Acanthoscelides obsoletas. Larva: 1, lateral; la, esfiiráculo abdominal. Pupa: 2, dorsal. Larva: 3 e 4, cabeça (respectiva- mente, dorsal e ventral); 5, maxila; 6, maxila e lábio; 7, antena; 8, clípeo e labro; 9, epifaringe; 10-12, mandíbula (respec- tivamente, dorsal, mesal e ventral); 13, perna. Adulto: 14, dorsal. As figs. 1, 2, 14; 3, 4; 5, 7-13, respectivamente na mesma escala. Q2mm 0.2 mm \ ® ' 0 o \ ^ \ f A, . •• i 1 i " : V " ' ' V-r • BRUCHIDAE - PACHYMERINAE ESTAMPA 132 Pachymerus lacerdae. Larva; 1, lateral; la, espiráculo torácico; 2, 3 e 6, cabeça (respectivamente, dorsal, lateral e ven- tral); 4, maxila; 5, perna; 7, maxila e lábio; 8, labro; 9, epifaringe; 10-12, mandíbula (respectivamente, ventral, dorsal e ventro-lateral). Adulto: 13, dorsal. As figs. 1, 13; 2, 3, 6; 4, 5; 8, 9; 10-12, respectivamente na mesma escala. CHRYSOMELIDAE - CHRYSOMELINAE - CHRYSOMELINI ESTAMPA 133 Q2mm V' — — ' r r. E E T-^ % í ^ e ' // 7 E ' f 1 VI Calligraplia polyspila. Larva: 1, lateral. Pupa: 2, dorsal; 2a, extremidade do abdômen (lateral). Larva: 3, 4 e 8, cabeça (respectivamente, dorsal, ventral e lateral); 5, antena; 6, maxila e lábio; 7, perna mesotorácica; 7a, tarsúngulo; 9, labro; 10, epifaringe; 11 e 12, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). Adulto: 13, dorsal. As figs. 1, 2, 13; 2a, 6, 7; 3, 4, 8; 9, 10; 11, 12, respectivamente na mesma escala. CHRYSOMELIDAE - GALERUCINAE - OIDINI ESTAMPA 134 Coelomera lanio. Larva: 1, dorsal. Pupa; 2, dorsal. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4, cabeça (dorsal); 5 e 6, mandíbula (respectivamence, dorsal e ventral); 7-9, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal, ventral e lateral); 10, perna; 10a, ápice da tíbia e tarsúngulo; 11, maxila; 12, lábio; 13, clípeo e labro; 14, antena; 15, epifaringe. As figs. 1-3; 5, 6, 10, 13; 10a, 15; 11, 12, respectivamente na mesma escala. CHRYSOMELIDAE - HISPINAE - CEPHALODONTINl ESTAMPA 135 Sceloeitopla af. bidens. Larva; 1, dorsal Pupa: 2, dorsal; 5, extremidade do abdômen (dorsal). Adulto; 3, dorsal. Larva: 4 e 8, cabeça (respectivamente, dorsal e ventral); 6, perna; 7, antena; 9 e 10, extremidade do abdômen (respectivamente, dorsal e ventral); 11, lábio; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 14, 8.° par de espiráculos; 15, labro; 16, epifaringe; 17, maxila. As figs. 1-3; 4, 6, 8; 5, 9, 10; 12, 13; 15-17, respectivamente na mesma escala. SciELO cm .2 13 14 15 16 17 18 19 20 CHRYSOMELIDAE - CASSIDINAE - MESOMPHALIINI ESTAMPA 136 Botanochara impressa. Larva: 1, dorsal; 2, maxila e lábio; 3, labio; 4, escleroma da hipofannge. Adulto: 5, dorsal. Pupa: 7, dorsal; 11, extremidade do abdômen (frontal). Larva: 6, perna; 8, maxila; 9, labro. 10, epifaringe; 12, cabeça (frontal); 13 e 14, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 15, grupo de estemas e antena do lado esquerdo; 16, antena. As figs. 1, 5, 7; 3, 4, 8-10, 13, 14, 16. respectivamente na mesma escala. EciELO cm 2 13 14 15 16 17 18 19 20 NEMONYCHIDAE ESTAMPA 137 Rhynchitoplesius eximius. Larva: 1, lateral; la, grupo de estemas. Pupa: 2 e 9, dorsal e ventral. Adulto: 3, dorsal. Larva: 4 e 5, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal); 6-8, segmentos abdominais (respectivamente, 2° dorsal, 2.° ventral e S.^-IO.” ventral); 10 e 14, cabeça (respectivamente, ventral e dorsal); 11, antena; 12, maxila; 13, lábio; 15 e 16, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 17, epifaringe. As figs. 1-3, 6-9; 4, 5, 11; 10, 14; 12, 13; 15, 16, res- pectivamente na mesma escala. cm i SciELO ANTHRIBIDAE ESTAMPA 138 Piychoderes elongatus. Larva: 1, lateral; 2, perna protorácica; 3 e 3a, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal). Pupa: 4 e 5, dorsal e lateral. Larva: 6, cabeça (frontal); 7, antena; 8 e 9, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 10, epifaringe; 11, clípeo e labro; 12, maxila e lábio; 13, hipofaringe; 14, maxila (dorsal). Adulto: 15, dorsal. As figs. 1, 4, 5, 15; 2, 6; 7, 10, 11; 8, 9; 12-14, respectivamente na mesma escala. BRENTIDAE - ARRHENODINI ESTAMPA 139 Estenorhinus anguUcoIlis. Larva: 1, lateral; la, espiráculo torácico. Pupa: 2 e 3, dorsal e lateral. Adulto: 4, dorsal. Larva: 5, perna; 6, maxila e lábio; 6a e 6b, ápice da maxila (respectivamente, ventral e dorsal); 7, cápsula cefálica (posterior); 8 e 9, cabeça (respectivamente, ventral e frontal); 10, antena; 11, epifaringe; 12, clípeo e labro; 13 e 14, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral). As figs. 1-4; la, 5; 6, 11-14; 7-9, respectivamente na mesma escala. CURCULIONIDAE - SCOLYTINAE ESTAMPA 140 Pityophthorus sp. Larva: 1, lateral; la, Ib, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal). Pupa: 2, dorsal; 2a, pro- jeção lateral do 7.° segmento abdominal; 2b, ápice do urogonfo. Larva: 3, cabeça (frontal); 4, antena; 5, maxila (dorsal); 6, 3.° segmento abdominal (lateral); 7, hipofaringe; 8, maxila e lábio; 9, epifaringe; 10, clípeo e labro; 11, mandíbula (ventral); 12, mandíbula (dorsal). Adulto; 13 e 14, lateral e dorsal. As figs. 1, 2, 13, 14; la, Ib, 2a, 2b, 4, 9, 10; 3, 6; 5, 7, 1 1, 12, respectivamente na mesma escala. CURCULIONIDAE - PLATYPODINAE ESTAMPA 141 Tesserocerus insignis. Larva: 1, lateral; 2, maxila e hipofaringe; 3, maxila e lábio- 4 nntpn,. < • anterior da cabeça com clípeo e labro; 7. extremidade do abdômen (dorsal) 8 cabek L nro^ V 6 margem raculos (respectivamente, protorácico e abdominal)- 11 e 12 mandíbiila rri’c ’ ® protorax (frontal); 9 e 10, espi- dorsal. Asfiss. I. 13i 2, 3, 11, 12; 5, 6^ S™? ló, LWcíi.oTot „a ma?rS. cm 1 SciELO CURCULIONIDAE - POLYDROSINAE - NAUPACTINI ESTAMPA 142 Naupacíus sp. Larva: 1. lateral; la e Ib, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal). Pupa: 2 e 3, dorsal e ven- tral; 2a, urogonfo. Larva: 4, cabeça (frontal); 5, antena; 6, maxila e lábio; 7, lábio; 8, hipofaringe; 9, epifaringe; 9a, detalhe da cerda da epifaringe; 10, clípeo e labro; 11, maxila; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). Adulto: 14, dorsal. As figs. 1, 2, 3, 14; la, Ib, 7-9, 10, 11; 4, 6; 12, 13, respectivamente na mesma escala. CURCULIONIDAE - CRYPTORHYNCHINAE - CRYPTORHYNCHINI ESTAMPA 143 Euseinio sp. Larva; 1, lateral; la e Ib, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal). Pupa; 2 e 3, dorsal e ventral. Larva: 4, cabeça (frontal); 5, antena; 6, maxila e lábio; 7, maxila e hipofaringe; 8, clípeo e labro; 9, epifaringe; 10 e 11, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). Adulto: 12 e 13, lateral e dorsal. As figs. 1, 2, 3, 12, 13; la, Ib; 6-11, respectivamente na mesma escala. SciELO CURCULTONIDAE - ZYGOPINAE - PIAZURINI ESTAMPA 144 Cratosomus flavofasciatus. Larva; 1 e 2, dorsal e lateral; 2a e 2b, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal); 3, cabeça, tórax e 1° segmento do abdômen (dorsal); 4, cabeça (frontal); 5, maxila (ventral); 6, antena; 7, hipofaringe; 8, maxila e lábio; 9, epifaringe; 10, labro; 11 e 12, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). Adulto: 13, dorsal. As figs. 1, 2, 13; 2a, 2b, 5, 7, 11, 12; 9, 10, respectivamente na mesma escala. CURCULIONIDAE - BARIDINAE - BARIDINI ESTAMPA 145 Linomadarus sp. Larva: 1, lateral; la, espiraculo torácico. Pupa: 2 e 3, dorsal e ventral. Adulto: 4, lateral. Larva: 5, ca- beça (dorsal); 5a, antena; 6, lábio; 7 e 8, mandíbula (respectivamente, dorsal e ventral); 9, maxila (ventral); 10, labro; 11, epifaringe. Adulto: 12, dorsal. As figs. 1, 2-4, 12; 6, 9, 11; 7, 8, respectivamente na mesma escala. SciELO CURCULIONIDAE - RHYNCOPHORINAE - SPHENOPHORINT ESTAMPA 146 Sphenophorus levis. Larva: 1, lateral; la e Ib, espiráculos (respectivamente, torácico e abdominal); 2, ápice do abdômen (dorsal). Pupa; 3, dorsal; 4, lateral. Adulto: 5, lateral, 14, dorsal. Larva: 6, clípeo e labro; 7, epifaringe; 8, cabeça (fron- tal); 9, maxila e lábio; 10, hipofaringe; II, antena; 12 e 13, mandíbula (respectivamente, ventral e dorsal). As figs. 1, 3-5, 14; la. Ib; 2, 2a, 12, 13; 6, 7; 9, 10, respectivamente na mesma escala. CARABIDAE ESTAMPA 147 Pupa. Carabidae. Megacephala brasiliensis: 1, ventral; 2, lateral. Polpochila sp.: 3, ventral; 4, lateral. Galerita cartonaria: 5, lateral; 6, ventral. cm i SciELO STAPHYLINIDAE - SCIRTIDAE - COLYDIIDAE ESTAMPA 148 Pupa. Staphylinidae (pupa obtecta) : 1, dorsal; 2, ventral; 3, lateral. Scirtidae. Scirles sp.: 4, dorsal com exúvia larval. Colydiidae. Pycombus sp.; 5, dorso-lateral. SCARABAEIDAE ESTAMPA 150 1, dorsal; 2, lateral; 3, ventral. Inca bonplandi: 4, dorsal; 5, lateral; 6, ventral. Pupa. Scarabaeidae. Strategus tridens: cm SciELO cm i 1 e 2, larva na câmara pupal; 3, pupa (dorsal). ELATERIDAE ESTAMPA 151 Elateridae. Pyrearinus micatus: ELATERIDAE ESTAMPA 152 Elateridae. Pyrophorus punctatissimus emitindo luz. Larva; L lateral; 2, ventral. Pupa: 3, ventro-lateral; 4, dorso-lateral. Pyrearinus candens: 5, larva (lateral). Pyrcarinus micalus: 6, larva emitindo luz (lateral). Hapsodrilus ignifer: 7, pupa emitindo luz (ventral). Pyrophorus noctilucus: 8, pupa emitindo luz (lateral). CANTHARIDAE - LYCIDAE ESTAMPA 154 Pupa. Cantharidae. Maroniiis sp.: 1, lateral com exúvia larval. Lycidae. Calopteron sp.: 2, dorsal: 3, ventral. Gênero indeterminado; 4, dorsal; 5, ventral; 6, lateral. LYCIDAE ESTAMPA 155 Lycidae. Calopíeron sp.: 1, larva jovem e pupa presa na última exúvia larval. SciELO LAMPYRIDAE ESTAMPA 156 Pupa Lampyridaa. Cratomorplnis sp.: 1, dorsal; 2 e 3, ventral; 4 lateral. ESTAMPA 157 Lampyridae. Aspisoma sp. Larva: 1. dorsal; 2, lateral. Pupa: 3, dorsal; 4, lateral; 5, ventral. LAMPYRIDAE cm LAMPYRIDAE ESTAMPA 158 Pupa. Lampyridae. Bycellonycha sp.; 1, ventral; 2, dorso-lateral. Ápice do abdômen: 3, normal; 4, emitindo luz. TROGOSSITIDAE - DERMESTIDAE ESTAMPA 159 Pupa. Trogossitidae. Temnochila sp. : 1, dorsal e 2, ventral, com exúvia larval distai. Dermestidae. Mycoírerri/j sp.: 3, dorsal. Gênero indeterminado: 4, dorsal; 5, lateral; 6, ventral. EROTYLIDAE ESTAMPA 160 Pupa. Erotylidae. Erotylus histrio: 1 e 2, dorsal presa à exúvia larval; 3, dorso-lateral; 4, ventral. ENDOMYCHIDAE ESTAMPA 161 Endomychidae. Amphix sp.; 1, pupa e adulto em ramo seco; la, detalhe da pupa e adulto. TENEBRIONIDAE ESTAMPA 162 Pupa. Tenebrionidae. Scotinus sp.: 1, dorsal, 2, lateral; 3, ventro-lateral. Delognatha sp.: 4, dorsal; 5, dorso-lateral; 6, ventral. TENEBRIONIDAE ESTAMPA 163 Tenebrionidae. Tauroceras aries. Larva: 1, lateral. Pupa: 2, dorsal; 3, lateral. Goniadera ampliata. Larva: 4, dorsal. Pupa: 5, dorsal; 6, ventral. CHRYSOMELIDAE ESTAMPA 164 Chrysomelidae. Coelomera cayenensis. Adulto; I e 2. fêmea em oviposição. Larva: 3, agregado sob folha de Cecropia sp. Coelomera lanio. Larva; 4, agregado sobre folha de Crecropia sp. Pupa: 5, dorsal; 6. ventral.