ISSN 0073 - 9901 MIBUAH GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS INSTITUTO BUTANTAN SÃO PAULO, SP - BRASIL Memórias do Instituto Butantan vol. 42/43 - 1978/79 SciELO 11 12 13 14 15 16 17 GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO Paulo Salim Maluf SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE Adib Domingos Jatene COORDENADOR DA COORDENADORIA DE SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS Otávio de Azevedo Mercadante REDATOR RESPONSÁVEL Bruno Soerensen Cardozo Diretor Substituto do Instituto Butantan COMISSÃO EDITORIAL Jesus Carlos Machado, Presidente Alphonse Richard Hoge Lauro Pereira Travassos Filho SECRETÁRIA — REDATORA Carmen Aleixo Nascimento GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE -COORDENADORIA DE SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS INSTITUTO BUTANTAN SÃO PAULO, SP — BRASIL cm SciELO 11 12 13 14 15 16 17 INSTRUÇÕES AOS AUTORES 1 . FINALIDADE As MEMÓRIAS DO INSTITUTO BUTANTAN são publicadas sob a orientação da Comissão Editorial, sendo que os conceitos emitidos são de inteira responsabilidade dos autores. Têm por finalidade a apresen¬ tação de trabalhos originais que contribuam para o progresso nos cam¬ pos da Biologia e da Medicina, elaborados por especialistas nacionais e estrangeiros que se enquadrem no Regulamento dos Trabalhos. 2. REGULAMENTO DOS TRABALHOS 2 . 1 Normas gerais 2.1.1 Os trabalhos devem ser inéditos e destinar-se exclusivamente à revista “MEMÓRIAS DO INSTITUTO BUTANTAN”. Os artigos de revisão serão publicados a convite da Comissão Editorial. 2.1.2 Estrutura do trabalho 2 . 1 . 2 . 1 Elementos preliminares a) cabeçalho — título do trabalho e nome do autor (es) ; b) filiação científica e endereço para correspondência. 2. 1-2.2 Texto Sempre que possível deve obedecer à forma convencional do artigo científico : a) Introdução — Estabelecer com clareza o objetivo do trabalho relacionando-o com outros do mesmo campo e apresentando de forma sucinta a situação que se encontra o problema investigado. Extensas revisões de literatura devem ser substituídas por refe¬ rências aos trabalhos mais recentes, onde tais revisões tenham sido apresentadas. b) Material e métodos — A descrição dos métodos usados deve limi¬ tar-se ao suficiente para possibilitar ao leitor a perfeita compre¬ ensão e repetição dos métodos; as técnicas já descritas em outros trabalhos devem ser referidas somente por citação, a menos que tenham sido consideravelmente modificadas. cm SciELO 11 12 13 14 15 16 17 c) Resultados — Devem ser apresentados com clareza e, sempre que necessário, acompanhados de tabelas e material ilustrativo adequado. d) Discussão — Deve restringir-se à apresentação dos dados obti¬ dos e dos resultados alcançados, relacionando-se novas contri¬ buições aos conhecimentos anteriores. Evitar hipóteses ou gene¬ ralizações não baseadas nos resultados do trabalho. e) Conclusões — Devem ser fundamentadas no texto. Dependendo do assunto do artigo, as divisões acima poderão ser modificadas de acordo com o esquema do trabalho, porém, o artigo deve conter obrigatoriamente: a) Introdução; b) Desenvolvimento do tema (com as divisões a critério do autor) ; c) Conclusão. 2. 1.2.3 Agradecimentos Devem ser mencionados antes das referências bibliográficas- 2 . 1 . 2 . 4 Material de Referência Todo trabalho deve vir obrigatoriamente acompanhado de: a) b) c) Resumos — Um no mesmo idioma do texto, outro em inglês, redigidos pelo(s) pi’óprio(s) autor (es), devendo expressar o conteúdo do artigo, salientando os elementos novos e indicando sua importância. O resumo na língua em que está redigido o trabalho deve ser colocado antes do texto e o em inglês, no final. Só excepcionalmente excederá a 200 palavras. Os títulos dos trabalhos devem ser traduzidos para o inglês e vice-versa. Unitermos — Correspondendo a palavras ou expressões que identifiquem o conteúdo, devem ser em número necessário para a completa descrição do assunto e assinalados com asteriscos (*) os 3 unitermos principais. Para escolha dos unitermos usar o vocabulário protótipo do campo especializado. Referências bibliográficas — Devem ser incluídas no texto e arranjadas em ordem alfabética do sobrenome do autor, nume¬ radas consecutivamente. Periódico : MACHADO, J.C. & SILVEIRA F.°, J.F. — Introdução de pancreatite hemorrágica aguda no cão por veneno escorpiônico. Mem. Inst. Butantan, 40/41: 1-9, 1976/77. Livro : BIER, O. — Bacteriologia e imunologia. Melhoramentos, 1977. 18 ed. São Paulo, As citações no texto devem ser em números-índice correspondendo às respectivas referências bibliográficas. Exemplos : As investigações sobre a fauna flebotominica no Estado de São Paulo, foram feitas em várias ocasiões 1, 3, 4, . método derivado de simplificação de armadilha de Disney2 (1968) . . . cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 2. 3. Referências bibliográficas (correspondentes aos números-índice). BARRETO, M.P. — Observações sobre a biologia em condições na¬ turais dos flebótomos do Estado de São Paulo (Diptera, Psycho- didae). São Paulo, 1943 (Tese — Doutoramento — Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). DISNEY, R.H.L. — Observations on a zoonosis: leishmaniosis in British Honduras. J. app. Ecol., 5: 1-19, 1968. FORATTINI, O.P. — Algumas observações sobre a biologia dos Flé- bótomos (Diptera, Psychodidae) em região da bacia do Rio Pa¬ raná (Brasil). Arq. Fac. Hig. S. Paulo, 8: 15-136, 1954. 3. NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DOS ORIGINAIS 3 . 1 Datilografia Os originais devem ser datilografados em 3 (três) vias, com espaço duplo, em uma só face, mantendo as margens laterais com aproximada¬ mente 3 cm. Todas as páginas devem ser numeradas consecutivamente, com algarismos arábicos, no canto superior direito. 3 . 2 Tabelas Devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos e encabeçadas pelo seu título. Os dados apresentados em tabelas não devem ser, em geral repetidos em gráficos. As notas de rodapé das tabelas devem ser restritas ao máximo possível e referidas por asteriscos. 3 . 3 Ilustrações 3.3.1 Desenho e gráficos 3 . 3 . 1 . 1 Devem ser feitos com tinta nanquim preta, em papel Schoeller Hammer 3G e 4G. Não usar papel vegetal porque este retrai com o calor e abranda com o frio, e o nanquim tende a ficar mais falhado, devido à porosidade do papel vegetal. Na impressão as ilustrações tendem a ter ligeira deformidade e traços levemente acinzentados, sobretudo os gráficos, saem totalmente fora de esquadro. 3. 3. 1.2 O tamanho, quando ocupar página inteira, deve seguir rigoro¬ samente estas medidas 12,6 x 19,8 cm ou 16,8 x 26,3 cm ou 21 x 33 cm ou 25,2 x 39,6 cm, pois em geral as gráficas que nós trabalhamos, têm um determinado tamanho de letra e as ilustrações precisam ser proporcionais a estes tamanhos existentes. Para uma boa repro¬ dução, não precisa ser maior, pois sendo maior perde muitos deta¬ lhes na redução. 3. 3. 1.3 Aplicar cola no verso do desenho ou do gráfico só na margem superior, numa faixa de aproximadamente 1 cm e colar sobre um cartão um pouco maior. 3 . 3 . 1 . 4 Para melhor proteção, cobrir com papel vegetal de comprimento um pouco maior, de maneira a poder ser dobrado para trás na parte superior e colado. 3.3.2 Fotografias 3.3.2. 1 Devem ser bem nítidas e contrastadas, pois fotos muito acin¬ zentadas dão péssima impressão. cm SciELO 11 12 13 14 15 16 17 3. 3. 2. 2 Devem vir soltas dentro de um envelope. 3. 3. 2. 3 Devem ser entregues inteiras e não recortadas, em papel foto¬ gráfico liso. 0 papel fotográfico crespo (martelado) dá péssima reprodução. 3. 3. 2. 4 O tamanho é muito importante. Uma foto para ganhar mais qualidade na impressão necessita sempre sofrer redução. Portanto, mandem fotos sempre de tamanho maior do que o que vai ser impresso. Ex. : para página inteira fotos 18 x 24 cm, oara meia página fotos 18 x 12 cm. 3. 3. 2. 5 Colocar um papel vegetal em cima da foto que tiver qualquer anotação a ser feita, ou simplesmente para limitar a parte importan¬ te a ser usada. Tomar muito cuidado para não pressionar o lápis ou caneta, a fim de não marcar a foto. Não colocar letras ou números sobre as fotos. 3.3.3 Os textos e números que completam os desenhos, gráficos e fotos devem ser feitos em manuscrito legível ou datilografado (os alga¬ rismos sempre em arábicos) direto sobre o papel vegetal que foi colocado para proteção (não pressionar a fim de não marcar as ilus¬ trações) ou em papel branco e colocado no papel vegetal, pois os textos e números serão feitos em tipos gráficos. 3.3.4 A numeração dos desenhos, gráficos e fotos será feita com alga¬ rismos arábicos na parte inferior do papel vegetal, não importando se é foto, desenho ou gráfico- Seguir sempre com uma numeração só. Ex. : Um trabalho que tenha 2 fotos, 1 gráfico e 1 desenho seguem com a numeração (fig. 1), (fig. 2), (fig. 3), e (fig. 4), se as 2 fotos vão numa página só, colocar na parte inferioi (figs. 1 e 2) e deter¬ minar em cima da foto (no papel vegetal) qual é (fig. 1) e qual é (fig- 2). Quanto aos demais elementos necessários à identificação das ilustrações (nome do autor e título do trabalho) devem ser es¬ critos atrás do cartão em que as mesmas estiverem colocadas. 3.3.5 As legendas devem ser apresentadas à parte em folhas datilogra¬ fadas, constando a numeração correspondente à ilustração. Ex. : Fig. 1 — Legenda. A Revista admite até 6 clichês (branco e preto) no texto, para cada trabalho, devendo os demais ser pagos pelo autor. Para clichês colo¬ ridos deverá haver prévia combinação entre a Comissão Editorial e o autor. De cada trabalho serão impressas 100 (cem) separatas, devendo o autor pagar as separatas que excedam a esse número, quando solicitar uma quantidade maior. As separatas em excesso devem ser solicitadas quando o manuscrito for encaminhado à Comissão Editorial. Os trabalhos poderão ser redigidos, além da língua portuguesa, em inglês, francês e espanhol. Outras línguas ficarão a critério da Comis¬ são Editorial. A reprodução total ou parcial dos trabalhos em outros periódicos — com menção obrigatória da fonte — dependerá de autorização prévia da Comissão Editorial. Para fins comerciais serão proibidas a tradução e reprodução dos tra¬ balhos publicados pela revista- 1, | SciELO Mem. Inat. Butantan 42/43, 1978/79 SUMÁRIO/SUMMARY HOMENAGEM/HOMAGE A carreira científica de Jandyra Planet do Amaral. The scientific activity of Jandyra Planet do Amaral. Bruno SOERENSEN . 1-7 OBITUÁRIO/OBITUARY Mina Fichman . 9 Mitsuko Akashi Hanashiro . 10 ARTIGO DE DIVULGAÇÃO/ART1CLE OF DIVULGATION A erradicação da varíola no mundo. The eradication of the smallpox in the world. Bruno SOERENSEN . 11-20 ARTIGOS ORIGINAIS/ORIGINAL ARTICLES 1 Lesões necrótico-degenerativas das glândulas sudoriparas como componente pe¬ culiar das lesões cutâneas histopatológicas observadas em caso de loxoscelismo humano acidental. Peculiar necrotic and degenerative lesions of the sweat glands observed in the skin of human accident by Loxosceles. Jesus Carlos MACHADO; João Luiz da Costa CARDOSO & Nídia de DONOSO . 21-26 2 Moléstia de Hodgkin: relato de caso com possível início neonatal. Hodgkin’s disease; reports of a case with possible neonatal origin. Jesus Carlos MACHADO; Sylvia Mendes CARNEIRO & Sonia Rossi VIANNA . 27-32 3 Estudo morfológico e histoquímico das glândulas salivares de Amphisbaena alba — (Amphisbaenidae, Amphisbaenia) Morphological and histochemical study of the salivary glands of Amphisbaena alba — (Amphisbaenidae, Amphisbaenia) Ruberval A. LOPES; José Renan V. da COSTA; Sérgio O. PETENUSCI; Ana Lúcia V. FAVARETTO & Paulo Henrique F. CHAVES . 33-39 4 Estudo histoquímico de proteínas nas glândulas venenífera e acessória de Bothrops jararaca (Ophidea, Viperidae) Histochemical study of the proteins in the venom and accessory glands of Bothrops jararaca (Serpentes, Viperidae) Ruberval A. LOPES; José Renan V. da COSTA; Silvio Maia CAMPOS & Mariangela N. M. CAMPOS . 41-48 5 Casos teratogênicos em Bothrops atrox (Serpentes: Viperidae: Crotalinae) Teratogenic cases in Bothrops atrox (Serpentes: Viperidae: Crotalinae) Pedro Antonio FEDERSONI JUNIOR . 49-64 6 Adenopatia angio-imunoblástica. Apresentação de três casos. Angio-immunoblastic adenopathy. Presentation of three cases. Jesus Carlos MACHADO & Oswaldo GIANNOTTI FILHO . 65-70 7 Blastic transformation and cytogenetic studies of peripheral blood lymphocytes from lymphosarcomatous patients, after stimulation by phytohemagglutinin. cm SciELO 11 12 13 14 15 16 17 Transformação blástica e estudos citogenéticos dos linfócitos periféricos do sangue de pacientes linfosarcomatosos, depois da estimulação por fitoema- glutinina. L. DENARO; F. G. de LANGLADA; J. C. MACHADO; M. I. ESTEVES; A. ABRÃO & R. S. L. CAPELLANO . 71-76 8 Preparação do soro antibotulínico tipo B, pela hiperimunização de cavalos, no Instituto Butantan. Preparation of clostridium botulinum type B antitoxin by hiperimmunization of horses, in the Instituto Butantan. Hisako Gondo HIGASHI; Hideyo IIZUKA; Edison Paulo Tavares de OLI¬ VEIRA & Maria Antonieta da SILVA . 77-85 9 Snakes collected by “Projeto Rondon XXII” to Piauí, Brasil. Serpentes coletadas pelo “Projeto Rondon XXII” no Piauí, Brasil. A. R. HOGE; C. R. RUSSO; M. C. dos SANTOS & M. F. D. FURTADO .. 87-94 10 Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae ; Labidognatha; Ctenidae) Systematic study of Phoneutria nigriventer (Keiserling, 1891) and Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae ; Labidognatha; Ctenidae). Vera Regina D. von EICKSTEDT . 95-126 11 Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do “Projeto Rondon XXII”. Aracnides collected during the “Projeto Rondon XXII” in the State of Piaui, Brasil. Sylvia LUCAS; Angelina CIRELLI; Irene KNYSAK & Lívia ZVEIBIL .... 127-138 'r 12 Um novo ácaro da família Heterozerconidae coletado sobre serpentes brasileiras. Descrição de Heterozercon elegans sp. n. (Acarina: Mesostigmata) . A new acari of the family Heterozerconidae collected from brazilian snakes. Description of Heterozercon elegans sp. n. (Acarina: Mesostigmata). Nélida LIZASO . 139-144 145-149 13 Catadiscus rochai n. sp. (Trematoda; Paramphistomidae) , parasito de Dromicus typhlus ( L .) (Ophidia; Colubridae). Catadiscus rochai n. sp. (Trematoda; Paramphistomidae), parasite of Dromicus typhlus (L.) (Ophidia; Colubridae). Ana Adenice de Souza CORRÊA & Paulo de Toledo ARTIGAS . 14 Descrição de macho de Acanthoscurria juruenicola Mello-Leitão, 1923 (Araneae- Theraphosidae) Description of the male of Acanthoscurria juruenicola Mello-Leitão, 1923 (Ara- neae-Theraphosidae) . Sylvia Marlene LUCAS; Angelina CIRELLI; Irene KNYSAK & Lívia F. ZVEIBIL . 151-158 159-169 15 Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothrops atrox nascidos em cati¬ veiro (Serpentes-Viperidae-Crotalinae) . Breeding and care keeping of the species Bothrops atrox born in capitivity ( Serpentes-Viperidae-Crotalinae) . Pedro Antonio FEDERSONI JUNIOR . 1G Novo artefato para a extração de venenos de serpentes do gênero Micrurus Wagler. A new method for poison extraction from snakes of the genus Micrurus Wagler. Pedro Antonio FEDERSONI JUNIOR . . 171-174 17 Notes on Sibynomorphus mikanii Schlegel 1837. Notas sobre Sibynomorphus mikanii Schlegel 1837. A. R. HOGE; I. L. LAPORTA & S. A. ROMANO HOGE . 175-178 18 Poisonous snakes of the world. Part I. Check list of the pit-vipers (Viperoidea, Viperidae, Crotalinae). Serpentes peçonhentas do mundo. Parte I. “Check list” das crotalíneas (Vipe¬ roidea, Viperidae, Crotalinae). A. R. HOGE & S. A. R. W. L. ROMANO HOGE . 179-309 T . . . . . . '10 11 12 13 14 15 16 cm 19 Padronização da titulação da atividade tóxica de venenos botrópicos, em ca¬ mundongos. Standardization of toxic activity titration of bothropic venoms in mice. Medardo SILES VILLARROEL; Raymundo ROLIM ROSA; Flávio ZELAN- TE & Reynaldo S. FURLANETTO . 311-324 20 Padronização da avaliação da potência de antivenenos botrópicos, em camun¬ dongos. Standardization of the evaluation of the potency of bothropic antivenins in mice. Medardo SILES VILLARROEL; Raymundo ROLIM ROSA; Flávio ZELANTE TE & Reynaldo S. FURLANETTO . 325-330 21 Evidenciação em camundongos na soroneutralização paraespecífica entre venenos e antivenenos botrópicos. Evidence of paraespecific neutralization between sera of bothropic venoms and antivenins. Medardo SILES VILLARROEL; Raymundo ROLIM ROSA; Flávio ZELANTE & Rosalvo GUIDOLIN . 337-344 22 Padronização da avaliação da atividade necrosante de venenos botrópicos e da potência antinecrosante do antiveneno B. jararaca. Standardization of the evaluation of the necrotizing activity of bothropic venoms, and of the antinecrotizing potency of B. jararaca antivenin. Medardo SILES VILLARROEL; Flávio ZELANTE; Raymundo ROLIM ROSA & Reynaldo Schwindt FURLANETTO . 345-355 23 Chemistry of the Brasilian Labiatae. The occurrence of ursolic acid in Peldoton Radicans Pohl. Química da Labiata brasileira. A ocorrência de ácido ursólico em Peltodon Radicans Pohl. Raymond ZELNIK; Amabile Kasuku MATIDA & Sílvia PANIZZA . 357-361 24 Contribuição à técnica operatória de serpentes. VIII. Timectomia em serpentes. Contribution to the surgical technique in snake. VIII. Thymectomy in snakes. F. G. LANGLADA; L. DENARO & M. C. A. REIS . 363-365 NOTA PRÉVIA/PREVIOUS NOTE Sobre uma possibilidade de um acúmulo linfóide, encontrado em antro cloacal de Serpentes, corresponder à Bursa de Fabricius das aves. About the possibility of a lymphoid aggregation in cloacal antrum of snakes; correspond to the Bursa of Fabricius from birds. F. G. LANGLADA; L. DENARO & M. C. A. REIS . 367-371 REVISÃO ATUALIZADA/UPDATED REVISION Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 ed. Synopsis of the poisonous snakes from Brasil. 2 ed. A. R. HOGE & S. A. R. W. L. ROMANO HOGE . 373-500 ÍNDICE DE AUTOR/AUTHOR INDEX . 501-502 ÍNDICE DE ASSUNTO . 503-506 SUBJECT INDEX . 507-510 cm SciELO 11 12 13 14 15 16 17 A/em. lnat. Dutantan ht/kS. -1-7, 1978/79 A CARREIRA CIENTIFICA DA DR.a JANDYRA PLANET DO AMARAL Bruno SOERENSEN Dedicada exclusivamente à medicina experimental foi uma das pio¬ neiras em nosso meio na organização de laboratórios de produção de vacinas e soros. Das mais respeitadas especialistas em produção de va¬ cinas colocando o Instituto Butantan, através de sua competência profis¬ sional, seriedade de propósitos, capacidade administrativa, dedicação integral a ciência e profundo patriotismo, numa posição de destaque inter¬ nacional somando ao prestígio do Instituto no campo do ofidismo e da produção de soios. cm SciELO SOERENSEN, B. — A carreira cientifica da Dr.a Jandyra Planet do Amaral. 42/4»; 1-7, 1978/79. Mem. Intt. Butantan, De energia e têmpera incomum, a Dra. Jandyra Planet do Amaral foi das primeiras mulheres médicas no Brasil a conquistar o grau de Doutor em Medicina, lutando desde cedo, incansavelmente, pela sua for¬ mação profissional. Em 1932 já integrada ao Instituto Butantan, defende a sua tese na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo sobre o tema “Dis¬ sociação de Neisseria intracellularis” , iniciando desta maneira a sua car¬ reira científica pelo estudo de um dos mais temidos agentes infecciosos. Escolheu os caminhos mais difíceis iniciando suas atividades no Ins¬ tituto Butantan em 1931 como estagiária, estudando e trabalhando pas¬ sando por todas as etapas da carreira de subassistente, assistente, chefe de Seção, Diretora de Serviço, Diretora de Divisão, e finalmente Diretora Geral da Instituição e seu pendor pelos trabalhos de laboratório fizeram com que não mais se afastasse do Instituto Butantan onde ainda é soli¬ citada a sua vasta experiência de 48 anos dedicados à produção e pes¬ quisa no campo de vacinas e soros. A sua obra magnífica enriquece a Saúde Pública brasileira, pois através de dezenas de anos, trabalhando nos laboratórios, orientando seus colaboradores ou dirigindo a sua Instituição, produziu milhões de doses de vacinas, distribuídas pelo Brasil e até exportadas, contribuindo substan¬ cialmente para o controle da Tuberculose, da Difteria, da Coqueluche, do Tétano, da Raiva, da Poliomielite, ou ainda, no caso especial da Varíola para a sua erradicação do Brasil e de nosso planeta. Como médica, sempre acompanhou a eficiência das vacinas que pre¬ parava e embora sempre trabalhasse atendendo a normas e padrões inter¬ nacionais o seu respeito pela vida humana e consciente de sua responsa¬ bilidade de milhares de crianças a serem vacinadas, sempre quando neces¬ sário, era a primeira pessoa a i'eceber a vacina. Este comportamento assegurou-lhe a confiança em seus trabalhos e garantiu-lhe o êxito total sem ter sido verificado um caso sequer de acidente vacinai ao longo de sua fecunda carreira. O constante contato com seus colegas médicos da área de doenças infecciosas de todo o Brasil possibilitou o estudo da solução de diferentes problemas prioritários, assim em 1932 e 1933 inicia a preparação da Ana- toxina Estafilocócica e Estreptocócica e vacina Pirogênica, em 1934 e 1935 os soros Antiestreptocócico, Estafilocócico, Escarlatinico e Meningocócico. Em 1936 inicia a produção da Toxina e Anatoxina Diftérica e no ano se¬ guinte estuda a purificação de Anatoxinas pela técnica de Sordelli com cepas provenientes do Hospital Emílio Ribas e os adjuvantes para imuni¬ zação de cavalos para a produção de soro. Nos anos de 1938 a 1947 padroniza nos seus detalhes e produz os soros escarlatinico e pneumocócico e estuda o comportamento da prova de Schick. No ano seguinte estabelece a sua padronização e inicia a produção da Tuberculina e de soros diagnósticos para Salmoneloses. Contribuindo sempre para a solução dos problemas de Saúde Pública levados ao Instituto nos anos de 1949 a 1954, após investigação científica implantou a produção industrial das vacinas antitífico-paratíficas TAB, de Felix TAB oral e disentérica mista via oral, BCG oral, Pertussis e Tu¬ berculina. A partir de 1959, dedica-se especialmente a estudos experi¬ mentais comparativos sobre proteção e alergia conferidos pela Vacinação cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SOERENSEN, B. — A carreira científica da Dr.a Jandyra Planet do Amaral. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 1-7, 1978/79. BCG oral, intradérmica e multipuntura, para verificação da dose ótima não somente em cobaias mas também posteriormente em crianças. Pa¬ ralelamente estuda problemas de patologia veterinária de animais de la¬ boratório. Em 1965 implanta após cuidadosa experimentação a produção industrial da Vacina Tríplice (DTP). Independentemente a grande res¬ ponsabilidade acumulada através dos anos, em trabalhos de produção de vacinas e atividades de pesquisa, a partir de 1951 teve a responsabilidade do Controle de Qualidade de todas as vacinas, soros e quimioterápicos pro¬ duzidos pelo Instituto. Em 1968 assume a Diretoria Geral do Instituto Butantan e a Presi¬ dência do Conselho Superior acumulado em 1969 a Diretoria da Divisão de Microbiologia e Imunologia. Como Diretora do Instituto Butantan enfrentou os problemas do ofidismo intensificando o intercâmbio com as várias Instituições de outros Estados visando dar auxílio mais amplo às necessidades do homem do campo. Reorganizou ainda os laboratórios produtores das Vacinas Antivariólica e Antirábica para atendimento às necessidades do Estado e do país- A brilhante trajetória científica da Dra. Jandyra Planet do Amaral tem alicerces ainda em numerosas viagens de estudos realizados pelo Bra¬ sil e Instituições Científicas no exterior, a participação ativa em dezenas de Congressos, Comissões Técnico-científicas sobre sua especialidade e representações oficiais no exterior. Proferiu numerosas Conferências e participou ativamente de Associações científicas. Seus méritos foram reconhecidos em várias oportunidades: — “Medalha Comemorativa” no 25.° aniversário da Fundação do Serviço de BCG por Alindo de Assis. — “Prêmio Mário Pereira, de 1953” com o trabalho : “Brucelose huma¬ na no Estado de São Paulo. Inquérito sorológico”. — Diploma e Medalha “Amiga da Marinha”, em reconhecimento aos Ser¬ viços prestados à Marinha, 1970 — Ministério da Marinha — Coman¬ do do 6.° Distrito Naval. — “Diploma de Honra ao Mérito, 1969” — Associação Brasileira das Mulheres Médicas. — “Medalha do Saneador do Rio de Janeiro”, 1973. — Diploma de “Amiga da Base Aérea de São Paulo”, 1974 — Ministério da Aeronáutica. — “Medalha Anchieta” e o “Diploma de Gratificação da Cidade de São Paulo”, 1975 — Câmara Municipal de São Paulo. — “Personalidade do Ano de 1975 em Medicina e Pesquisa” — Rotarv Club de São Paulo. Entretanto, a maior contribuição anônima da Dra. Jandyra Planet do Amaral é seu fecundo trabalho na produção de vacinas e soros pou¬ pando milhares de vidas de várias gerações. Não foi sua preocupação escrever trabalhos, pois a experiência acumu¬ lada na investigação científica diária aperfeiçoava a qualidade dos pro¬ dutos que tanto dignificam o Instituto Butantan. 3 SciELO 11 12 13 14 15 SOERENSEN, B. — A carreira científica da Dr.a Jandyra Planet do Amaral. Mem. Inst. Butantan, 42/43:1-1, 1978/79. TRABALHOS PUBLICADOS Ubisch, G. von & Amaral, J-P. do — Diferença da capacidade de imuni¬ zação da cobaia (Cavia porcellus L.) e do preá (Cavia rufescens Lund) contra a anatoxina diftérica. Mem. Inst. Butantan, 10: 179-189, 1935/1936. Amaral, J.P. do — Técnica de preparo da toxina e antitoxina diftérica no Instituto Butantan. Mem. Inst. Butantan, 12:253-258, 1938/39. Amaral, J.P. do — O emprego de lanolina na imunização de cavalos para produção de antitoxina diftérica- Mem. Inst. Butantan, 12: 259-264, 1938/39. Pestana, B.R. ; Amaral, J.P. do & Barretto Neto, L.P. — Tipos de C. Diphteriae em São Paulo. Reações culturais, virulência, toxigenici- dade e suas relações com os casos clínicos. Mem. Inst. Butantan, 13: 407-430, 1939- Amaral, J.P. do — Observações em torno da imunidade antidiftérica. Mem. Inst. Butantan, 15: 383-389, 1941. Amaral, J.P. do & Andrade, M.C. — Portadores do Bacilo de Loeffler entre os escolares de São Paulo. Mem. List • Butantan, 18: 1-3. 1944/45. Amaral, J.P. & Souza e Silva, O.R. — Imunidade antidiftérica na mãe e no recém-nascido. Suas relações com o Schick test. Mem. List. Butantan, 18: 9-20, 1944/45. Bier, O.G. & Amaral, J.P. do — Desencadeamento do fenômeno de Shwartzman em coelhos mediante a injeção venosa de glicogênio puro. Mem. List. Butantan, 18: 33-36, 1944/45. Biocca, E. ; Amaral, J.P. do & Bier, O.G- — Estudos sobre a quimiote¬ rapia da infecção meningocócica experimental do camundongo; deri¬ vados aminados da difenilsulfona e substâncias antibióticas de origem microbiana (penicilina e piocianina). Mem. Inst. Butantan, 18: 37-44, 1944/45. Biocca. E. & Amaral, J.P. do — Estudos sobre o tratamento da infecção tífica experimental do camundongo. I- Comportamento “in vitro” e “in vivo” de várias substâncias. Mem. List. Butantan, 19: 41-48, 1946. Biocca, E. & Amaral, J.P. do — Estudos sobre o tratamento da infecção tífica experimental do camundongo. II. Sinergismo entre medica¬ mentos químicos sintéticos e medicamentos de origem biológica. Mem. List • Butantan, 19: 49-58, 1946. cm SciELO 11 12 13 14 15 16 17 SOERENSEN. B. — A carreira científica da Dr.a Jandyra Planet do Amaral. iS/U; 1-7, 1978/79. Mem. Inat. Bulantan, Peluffo, C.A. ; Bier, O.G. ; Amaral, J.P. do & Biocca, E. — Estudos sobre as salmoneloses em São Paulo. I. Incidência dos diferentes tipos em diarréias infantis. Mem. Inst. Butantan, 19: 211-216, 1946- Peluffo, C.A. ; Bier, O.G.; Amaral, J.P. do & Biocca, E. — Estudos sobre as salmoneloses em São Paulo. II. Um novo tipo de salmonela pato¬ gênica para o homem- S. butantan (III» XXXVI, -b-1, 5. . .). Mem. Inst. Butantan, 19: 217-220, 1946. Amaral, J.P. do; Biocca, O.G. & Esteves, M.B. — Estudos sobre as sal¬ moneloses em São Paulo. III. Ocorrência de um bacilo paracoli com antígenos de salmonela (VI, XIII, XXV) em casos de diarréia infan¬ til. Mem. Inst ■ Butantan, 19: 221-228, 1946. Amaral, J.P. do & Lacerda Jr., M.G. — Estudos sobre a vacinação anti- fítica. I. Vacinação pelo método de Félix. Mem. Inst. Butantan, 20: 227-232, 1947- Amaral, J.P. do & Brandi, R. — Da conservação da atividade da tuber- culina diluída em líquido de Gottschall & Bunney. Mem. Inst. Butan¬ tan, 21: 179-186. 1948. Amaral, J.P. do & Esteves, M.B. — Antígenos de salmonela em Bacilo Flexner II. Mem. Inst. Butantan, 22: 199-204, 1949. Amaral, J.P. do & Aguiar, A.A. — Reações da precipitina em alguns culicidas. Mem. Inst. Butantan, 22: 205-212, 1949. Amaral, J.P. do; Souza e Silva, O.R- & Esteves, M.B. — Estudos sobre as salmoneloses em São Paulo. IV. Verificações sobre a patogenici- dade dos diferentes tipos isolados em recém-nascidos e na l.a infância. V Congresso Inter. de Microbiologia. Rio de Janeiro, 1950. Amaral, J.P. do & Esteves, M B. — Da ação de um derivado biglicosídico da 4-4 Diaminodifenilsulfona na tuberculose experimental de cobaias. II Reunião Anual da SBPC. Curitiba, 1950. Cardozo. D.M. ; Názário, G. ; Amaral, J.P. do & Almeida, W.F. — Padro¬ nização do BCG II- Rev. Bras. Tuberc., 20: 583-592, 1952. Amaral, J.P. do; Novaes, J.R.C. ; Taunay, A.E. ; Planet, N. & Esteves, M.B. — Brucelose humana no Estado de São Paulo. Inquérito soro- lógico, Rev. Inst • Adolfo Lutz, 13: 169-186, 1953. Amaral, J.P. do & Lima, G.A. — Atividade “in vivo” da tetraciclina contra hemophilus pertussis- Hospital (RJ.), k8 (6) : 759-762, 1955. Amaral, J.P. do & Soerensen. B. — BCG por via oral em cobaios. Hospital (RJ.), 58: 1053-1057, 1960. Amaral, J.P. do & Cavenaghi, U. — Tuberculinas diversas e suas reações. Anais dos XI Congresso Nacional de Tuberculose e VI Congresso Brasileiro de Doenças Toráxicas. Universidade do Rio Grande do Sul. l.° Vol., p. 397-403, 1961. Soerensen, B-; Amaral, J.P. do; Belluomini, H.E. ; Saliba, A.M. ; Corrêa, H.S. & Hoge, A.R. — Gota úrica visceral em serpentes Crotalus durissus terrificus (Laurenti, 1768). Arq. Inst. Biol. (SP.). 29: 271-275, 1962. Soerensen, B. ; Amaral, J.P- do & Zezza Neto, L. — Parotidite de caráter epizóotico em ratos. Arq. Inst. Biol. (SP.), 31 (2): 31-33, 1964. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SOERENSEN, B. — A carreira científica da Dr.° Jandyra Planet do Amaral. Mem. Inst. Butantan, 42/4S:l-7, 1978/79. Saliba, A.M. ; Soerensen, B. & Amaral, J.P do — Estudo comparativo das lesões produzidas pelo BCG administrado por via oral e via intra- dérmica em cobaios. Hospital (RJ.), 65 (2): 279-286, 1964. Soerensen, B. & Amaral, J.P. — Estudo comparativo de necropsias em cobaios tuberculosos e cobaios tuberculosos previamente vacinados com BCG via oral. Hospital (RJ.), 65 (2) : 287-292, 1964- Amaral. J.P. do; Soerensen, B. & Brunner, A. — Ação “in vitro” da rifa- mida sobre os estaf ilococos ; aspectos em microscopia eletrônica. Hos¬ pital (RJ.), 71 (2): 395-401, 1967. Soerensen, B. ; Amaral, J.P. do & Silva, M-A. — Estudo comparativo da proteção do BCG por via oral e intradérmica em cobaios. Anais do XVIII Congresso Brasileiro de Higiene. São Paulo, 1970. Rizzo, E. ; Tuchiya, H.N. ; Amaral, J.P. do & Carvalho, M.T V. — Titu¬ lação de vacinas antipólio. Anais do XVIII Congresso Brasileiro de Higiene. São Paulo, 1970. Soerensen B. ; Amaral, J.P. ; Mutti Pereira, M.M. ; Silva, M.A. — Estudo comparativo da alergia tuberculinica e da proteção con¬ ferida pela Vacina BCG via oral e intradérmica, em cobaios. Mem. Inst. Butantan» 35: 95-105, 1971. Machado, J. C. ; Soerensen, B. ; Amaral, J. P. ; Pinto, E. A. & Donoso, N. — Avaliação histopatologica comparativa da intensidade do fenô¬ meno proliferativo na imunidade celular à tuberculose em cobaios vacinados oralmente e intradérmicamente pelo BCG. Mem. Inst. Butantan, 36: 57-66, 1972. Amato Neto, V.; Silva, Y.K.O. ; Finger, H. ; Binachi, A.; A.maral, J.P. ; Soerensen, B. ; Tavares de Lima, F. M. & Oliveira Netto, N. V. Análise das manifestações colaterais da administração da vacina BCG por via oral, a 5.579 crianças sadias. Rev. Paid. Med., 52:135-138, 1973. cm SciELO 11 12 13 14 15 16 17 Mcm. Iiiat. Butantan 42/48:9, 1978/79 OBITUÁRIO/ OBITUARY MINA FICHMAN 1933-1979 Pesquisador-Científico, nível IV, Instituto Butantan, Química formada pela FFCL da USP, em 1954. Nascida aos 09 de fevereiro de 1933, em São Paulo (SP) e falecida aos 21 de novembro de 1979, em São Paulo. Iniciou sua atividade científica em 1956, primeiramente como bol¬ sista do Conselho de Pesquisas para desenvolver seus trabalhos na Seção de Bioquímica do Instituto Butantan onde de 1960 a 1968, passou a inte¬ grar quadro de Assistente na mesma Seção de Farmacologia e Bioquímica do Instituto Butantan e, a partir de 1972. passou a dirigir o Serviço de Farmacologia desse Instituto. De fevereiro de 1969 a julho de 1970, realizou estágio no Instituto de Farmacologia Médica da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Univer¬ sidade, em Milão. Em fevereiro de 1975, foi indicada Membro da Comissão Editorial das Memórias do Instituto Butantan. Nos anos de 1957, 1959, 1963 e, 1964, colaborou como componente do corpo docente dos cursos Especialização em Bioquímica, realizado no Instituto Butantan. Publicou 9 artigos científicos sobre a especialidade. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inat. Butantan 42/43:10 1978/79 OBITUÁRIO/OBITUARY MITSUKO AKASHI HANASHIRO 1942-1979 Pesquisador-Científico, nível II, Instituto Butantan, Bióloga, formada pela FFCL da USP, em 1965. Nascida aos 25 de julho de 1942 em Ibitinga (SP) e falecida aos 28 de julho de 1979, em São Paulo. Teve sua formação pós-graduada na área de Imunologia. Iniciou suas atividades científicas em 1966. primeiramente como bol¬ sista da CAPES, desenvolvendo suas atividades no Centro do OMS/OPS de Pesquisa e Formação em Imunologia da Escola Paulista de Medicina. De 1969 a 1973 colaborou no Centro de Imunologia da OMS que se transferira da Escola Paulista de Medicina para o Instituto Butantan. Passou a desenvolver seus trabalhos de Pesquisa no Laboratório Especial de Imunologia Aplicada do Instituto Butantan, com o Dr. W. Dias da Silva, com frações de venenos ofídicos botrópico e crotálico, caracteri¬ zando-a bioquimicamente e estudando seu modo de ação e seu poder de imunogenicidade. Em 1975, é admitida na Carreira de Pesquisador, como Pesquisador- -Científico nível II. Em 1978, apresentou, junto à Escola Paulista de Medicina, sua Memória de Mestrado, sobre o “Estudo da neutralização do veneno crotᬠlico por soro de coelho antifosfolipse”. 10 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Mem. lnat. Butantan J>2/ 43:11-20, 1978/79 A ERRADICAÇÃO DA VARÍOLA NO MUNDO Bruno SOERENSEN * Uma das mais graves doenças de caráter endêmico, durante séculos em todo mundo, é erradicada da face da Terra constituindo-se na maior vitória da Saúde Pública Mundial. A Varíola, conhecida da mais remota antigüidade, registra como referência mais antiga indicada pela fotografia da cabeça de Ramsés V, mumificada a 1160 a.C., cuja cicatrizes segundo os historiadores seriam devido a essa doença. Segundo os escritos de Moore, a varíola já era conhecida na China a 1.122 a.C. na dinastia de Tcheou, e a primeira inoculação proposital do vírus é descrita em 590 a.C. na dinastia de Sung, utilizando-se um implanto nasal do vírus. No texto Sanscrito “Sacteya” existem também referências à variolização- Tudo parece indicar que a varíola teria tido seu início na Asia Oci¬ dental, porém apresenta um fato curioso de nunca ter sido citada tanto no Velho como no Novo Testamento, bem como na literatura grega ou romana, pois devido a sua gravidade, dificilmente não teria sido mencio¬ nada por Hipocrates caso ela já existisse. Isso leva a crer na possibili¬ dade de erros quanto à observação sobre Ramsés V. Por outro lado, a Varíola, é uma doença que não apresenta portador, e sendo pouco desen¬ volvida a comunicação naquela época, teria terminado com a morte das populações atingidas. Euzebius, relata a ocorrência da doença na Síria em 302 d.C. É refe¬ rida ainda a introdução da varíola na Arábia pelos abisinios durante a guerra do elefante em 569 d.C. e daí para o Egito em 572 d.C. No começo do século VII, os persas invadiram o império Romano, introduzindo a doença. O primeiro estudo clínico da varíola foi feito no século X pelo médico persa Abu Bekr Ar-Razi (Mohamed ibn Zakariya). Este médico a des¬ creve com absoluta precisão no tratado de versão latina “De Pestilentia”. Os manuscritos judáicos datados de 1327 e 1328 mencionam a exis¬ tência da doença. Em 1.512, a Rainha Elizabeth I sofreu um severo ataque da doença quase morrendo, sendo a sua calvície uma das sequelas além das marcas desfigurantes em sua face. * Diretor Substituto do Instituto Butantan. li cm SciELO 10 11 12 13 14 15 SOERENSEN, B. — A erradicação da varíola no mundo. Mcm. Inst. Butantan, 42/48:11-20, 1978/79. Em 1649 houve uma epidemia de varíola em Londres registrando-se cerca de 1.190 mortes. O aparecimento desta doença na Espanha se deve à invasão dos mou¬ ros em 1710 e cruzando os Pirineus, na França em 1731, porém, é possível que a varíola já estivesse presente na Europa desde 581 ou antes, uma vez que, o Bispo de Avenche menciona o nome dessa doença em seus escritos. Entre as vítimas da varíola também se inclui o Rei Luís XV (1774). Talvez o fato mais importante no conhecimento dessa doença se deu no século XVII quando a varíola foi considerada como uma doença infecciosa e durante o século XVIII quando foi descrita em quase todas as cidades da Europa dando origem à exposição natural à doença, sendo comum na época a exposição de crianças à varíola a fim de contraírem-na em tenra idade, evitando os riscos na idade adulta. A doença implacável avança através dos séculos, mas os sobreviventes ao primeiro ataque ficam protegidos às infecções posteriores. Esta obser¬ vação serve de base para o combate à doença. Observou-se ainda uma gravidade variável das pústulas variólicas que trouxe a idéia aos chineses e hindus de iniciarem a sua técnica, empregada durante séculos no Oriente. Esta técnica que recebeu o nome de “Variolização” que consistia no implante de material de pústulas na pele de indivíduos sãos, foi intro¬ duzida no início do século XVIII na Inglaterra por Lady Mary Wortley Montager, esposa do embaixador inglês na Turquia. A varíola continuou arrasando o mundo através dos séculos regis¬ trando 256.242 casos na Rússia nos anos de 1919 a 1922. Na América foi introduzida, quando da colonização, por um escravo do exército de Herman Cortês onde num breve periodo causou a morte de mais de 300 000 indígenas mexicanos, facilitando, possivelmente, a conquista espanhola. Nos Estados Unidos em 1933, a doença atacou índios de Massachusetts e de Narragansett reduzindo-os de 40.000 a poucas centenas. Uma luta incansável contra a doença se inicia no século XVIII O relato de alguns pacientes de Edward Jenner, que praticava a “Variolização”, do fato da variola da vaca “Cowpox” freqüente nos orde- nhadores proteger contra a varíola estimulou Jenner a experimentar a veracidade da observação. O dia 14 de maio de 1796 inoculou no menino James Phipps material de “Cowpox” a partir de uma pústula da mão de uma ordenhadora induzindo a “pega”. Jenner, um mês e meio após, no dia primeiro de julho, inoculou novamente a James Phipps desta vez com material de caso de varíola humana, verificando que o menino não adoeceu. A partir do êxito desta experimentação surgiu a Vacinação contra a Varíola uma das doenças que trouxe maior número de mortes. Embora o homem contasse com a vacinação, a maior arma contra a varíola, a gravidade e a extensão da moléstia dispersa por todo o mundo exigiu das autoridades sanitárias de todos os países, uma estratégia de ataque à doença para cada país, para cada região, para cada continente 12 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SOERENSEN, B. — A erradicação da varíola no mundo. Mem. Iiist. Butantan, 42/43: 11-20, 1978/79. coordenada brilhantemente pela Organização Mundial da Saúde. A varíola permaneceu ativa por quase mais 200 anos em todos os continentes. A gradativa erradicação da doença de vários países, entretanto, não garantia a importação a qualquer momento de novos casos provenientes de áreas endêmicas, provocando situações de verdadeiro pânico como aconteceu em Nova York em 1947, quando um caso de varíola procedente do México transmitiu a doença a 12 pessoas provocando ainda dois óbitos. Foi neces¬ sária a vacinação intensiva de 6.350.000 habitantes da cidade num período de uma semana- Em 1970 ainda centenas de milhares de casos de varíola foram assinalados no mundo e milhares de casos nas Américas. A Varíola é erradicada do continente americano em abril dc 1971 Os 3 países da América do Norte já estavam livres de varíola há vários anos. No México não se registrava um caso desde 1952. Nos Estados Unidos da América foram notificados dois casos importados em 1955 e outro em 1957. No Canadá, um caso importado do Brasil em 1962. Na Guatemala foi referido um caso em 1953, casos esporádicos no Panamá em 1947 e 1958, em Belice em 1948, em Trinidad e Tobago em 1948, Martinica e Antilhas Holandesas em 1951. Os demais países da América Central e do Caribe já estavam livres da varíola. Na América do Sul, no Chile não era notificado nenhum caso desde 1945 sendo registrado apenas um caso importado em 1959. Na Bolívia a varíola foi erradicada em 1961 sendo reintroduzida em 1964, aconte¬ cendo a mesma coisa com Paraguai e Peru onde também a moléstia já erradicada foi importada novamerfe. O Equador não registrou casos desde 1964. Na Venezuela conseguida a erradicação da moléstia em 1957, apresentou em 1962 um surto prontamente debelado na fronteira com o Brasil, de casos importados. O Uruguai livre da varíola desde 1957 noti¬ ficava casos esporádicos importados. Embora todos os esforços para a erradicação da varíola, ela persistia de maneira endêmica em 1965 na Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Peru- A erradicação da Varíola no Brasil e no Continente Americano No Brasil a varíola existia desde a época da colônia. Existem notícias de surtos epidêmicos em 1563, 1834, 1836, 1844, 1848, 1850 e 1865, tendo sido registrados ainda surtos no fim do século passado e princípio deste como o de 1908 com um total de aproximadamente 10.000 casos. Levantamentos epidemiológicos feitos em 1966 mostraram que nesse ano existia ainda a varíola em praticamente todos os Estados do País. A falta de notificação em alguns Estados era devida a uma ausência de rede apropriada de unidades de vigilância epidemiológica pois durante uma campanha foi comprovada a existência de varíola em todos os Esta¬ dos do Brasil. O primeiro passo para a erradicação da varíola no Brasil foi dado em 1962 quando o Ministério da Saúde instituiu a Campanha Nacional contra a Varíola limitando-se no início ao Estado de Sergipe, com exce¬ lentes resultados. Segue-se posteriormente um estudo preliminar no Ter- 13 cm 2 3 Z. 5 6 10 11 12 13 14 15 SOERENSEN, B. — A erradicação da varíola no mundo. Mcm. Inat. Butantan, U2/lt3: 11-20, 1978/79. ritório do Amapá, realizado conjuntamente pelo Governo Brasileiro, o Controle de Enfermidades de Atlanta, E.U.A. e a Organização Panameri- cana da Saúde, onde foi testada com êxito a eficiência dos injetores a pressão “Ped-O-Jet” para vacinação em massa, conseguindo-se uma pro¬ dução de 2.000 vacinações por vacinador/dia, excelente aceitação da popu¬ lação e custo operacional baixo. A partir deste estudo o Governo por Decreto n.° 59153, de 31 de agosto de 1966, institui a “Campanha de Erradicação da Varíola no Brasil”. Coube, entretanto, à Organização Panamericana da Saúde coordenar no Continente Americano a erradicação da varíola. Em 1967, durante a reunião dos Chefes dos Estados Americanos celebrada em Punta dei Este os Presidentes dos Países da América decla¬ raram a necessidade da execução de medidas destinadas a erradicar doen¬ ças para as quais existiam procedimentos que permitiam a sua erradi¬ cação, vindo a reforçar recomendação feita já em 1963 pelos Ministros da Saúde do Continente. A essência das recomendações foi a seguin¬ te: “Os Governos dos Países onde ainda existam focos, devem ampliar e acelerar seus respectivos programas nacionais de erradicação da varío¬ la; atribuindo elevada prioridade aos Planos Nacionais de Saúde e pro¬ curar em fontes nacionais e internacionais a obtenção dos recursos finan¬ ceiros adicionais necessários. Os Governos que já erradicaram a varíola devem estabelecer procedimentos, dentro dos serviços de saúde, que garan¬ tam a manutenção de níveis adequados de imunidade e permitam exercer uma contínua vigilância para evitar a reintrodução da doença, que deverá ser obtida através de vacinação anual de uma quinta parte da população. Os Governos devem coordenar os esforços e prestar ajuda recíproca para o desenvolvimento de programas de vacinação antivariólica conduzindo à erradicação da varíola do Continente Americano no prazo mais curto possível. A ajuda mútua dos Países nas áreas fronteiriças é de grande utilidade”. Os Governos dos Países da América, a Organização Mundial da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde envidaimm esforços para erradicar a varíola das Américas. Recursos orçamentários para esse fim foram aprovados na Décima Nona Assembléia Mundial da Saúde em maio de 1966. Foi inicialmente avaliada a situação da Varíola nos diferentes países e a seguir foi estabelecido um plano de ação constituído de três grupos de países e três fases de atividade: 1. Fase de ataque. Paises com cinco ou mais casos de varíola por 100.000 habitantes e em que menos de 80% da população apresente cicatriz vacinai- 2. Fase de consolidação. Países com menos de cinco casos de Varíola por 100.000 habitantes e em que mais de 80% da população apresente cicatriz vacinai. 3. Fase de Vigilância e de manutenção do estado de ausência da doença. Países livres de Varíola durante mais de dois anos. Foi necessária a avaliação dos diversos problemas enfrentados por cada país para erradicar a varíola, agrupando-os em três categorias: 14 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SOERENSEN, B. — A erradicação da varíola no mundo. Mem. Inat. Butantan, 42/43:11-20, 1978/79 1 . Dificuldades Orçamentárias: — Falta de veículos, injetores a pressão, equipamento de laboratório para diagnóstico, etc. 2. Falta de Programas adequados: — Falta de continuidade indispen¬ sável para assegurar em nível satisfatório a proteção da população, fator este responsável pela reintrodução da varíola em determinados países. 3. Insuficiência de Vacinas: — Independentemente da insuficiência de produção, a qualidade de muitas vacinas não era boa o que exigiu que vários países voltassem a revacinar diversas regiões onde a popu¬ lação já tinha sido vacinada. Antecedendo o programa de erradicação iniciado em 1967 em sete países do Continente Americano, a vacina liofilizada era produzida em número total de 17.557.600 doses anuais nem sempre de boa qualidade. Com a ajuda da Organização Panamericana da Saúde através de asses- soria técnica permanente, e recursos para aquisição de equipamento para a produção da vacina liofilizada, laboratórios da Argentina, Brasil, Colôm¬ bia, Chile, Cuba, Equador. México, Peru, Uruguai e Venezuela passaram a produzir vacinas de excelente qualidade. No Brasil coube ao InstitutoV Butantan a produção industrial de enorme parcela da vacina produzida no país. (199.333.430 doses de vacina no período de 1933 a 1979). Esta Vacina Liofilizada, possui estabilidade, potência e segurança, absolutamente satisfatória e foi distribuída durante vários anos a nível nacional, primeiro a produzida em vitela, a seguir em ovelhas e final¬ mente em ovos. Foram necessárias ainda outras medidas recomendadas pela OPS/ OMS para a erradicação, como ativar o serviço de vigilância mediante or¬ ganização de unidades dinâmicas de notificação cobrindo os países em toda sua extensão. Dispor de uma ordem de prioridade nos programas de vacinação dando preferência à vacinação de menores de 15 anos e que seja dada maior importância epidemiológica às primovacinações que às revacinações e que sejam vacinados todos os recém-nascidos. Estabelecer a vacinação obrigatória do pessoal de saúde, particularmente daqueles que trabalham em hospitais assim como a vacinação sistemática dos pacientes hospitalizados. Fomentar a vacinação de manutenção nos servi¬ ços locais de saúde. Foi ainda necessária a manutenção de vacina liofi¬ lizada produzida em ovos embrionados para atender situações de emer¬ gência em países livres de febre aftosa pois as vacinas habitualmente preparadas em pele de vitelas e de ovelhas poderiam eventualmente vei¬ cular o vírus responsável por esta moléstia de interesse da patologia vete¬ rinária, embora sem apresentar problemas para o homem. Situação da Varíola nas Américas em 1967 Somente o Brasil e Argentina apresentavam casos autóctones de varíola em 1967. Na Argentina os focos estavam situados nas províncias de Corrientes, Formosa, Jujuy, Misiones e Santa Fé. Em 1970 na pro¬ víncia de Misiones foi registrado ainda um surto de 23 casos autóctones, provenientes de um caso importado. Em 1969 iniciaram a fase de manutenção cinco países: Colômbia. Paraguai, Peru, onde os últimos casos foram notificados em 1966 ; Equa- 15 cm 2 3 L. 5 6 10 11 12 13 14 15 SOEKENSEN, B. — A erradicação da varíola no mundo. Mem. Inst. Butantan, 42/43:11-20, 1978/79. dor, com a última notificação em 1965 e a Bolívia que a partir de 1964 não apresentava nenhum caso. Em 1970 o Brasil era considerado foco de dispersão de varíola para os países vizinhos, embora já em franco declínio registrava ainda 1.211 casos. Em 1971 foram notificados 19 casos de varíola, sendo o último caso em 19 de abril, todos no Rio de Janeiro- A Campanha de Vacinação antivariólica iniciada em 1967 foi a principal responsável pela eliminação dos últimos casos de Varíola no país. Iniciou-se então em todos os países da América a intensificação para a descoberta de novos casos através de uma vigilância epidemiológica e a verificação laboratorial cuidadosa de qualquer caso suspeito que fosse notificado. Os Centros de diagnóstico da moléstia utilizavam a semeadura do material na membrana carioalantóidea de embrião de galinha, a imu- nodifução em ágar e o microscópio eletrônico, sediados principalmente na Argentina e no Brasil. Alguns países ainda utilizaram para diagnós¬ tico o Centro para Controle de Doenças de Atlanta, Geórgia. Nas situa¬ ções epidemiológicas especiais os diferentes países da América contaram ainda com a colaboração de técnicos da OPS/OMS. \ O Silêncio Epidemiológico da Variólica nos Países da América: A partir do dia 19 de abril de 1971 não foi registrado nenhum caso de Varíola nos países da América, embora fosse redobrada a vigilância nas regiões consideradas problemas de onde procediam as últimas notifi¬ cações de casos. A ausência total de casos de varíola na América do Sul foi consta¬ tada em investigações realizadas em 1971 e 1972 no Brasil e nos países limítrofes. Em novembro de 1972 foi realizado no Brasil mais uma inves¬ tigação epidemiológica especial abai-cando 451 localidades. Foram entre¬ vistadas 317.292 pessoas, das quais 1.309 autoridades políticas, 2.535 autoridades sanitárias, 15.579 pessoas ligadas aos Serviços de Saúde. 5 378 dos serviços médicos particulares, 561 correspondentes a cartórios de registro civil, 45.605 comerciantes e industriais, 125.920 professores e estudantes e 120.405 pessoas da população em geral. De todas as entre¬ vistas foram notificados 96 casos suspeitos de varíola, entretanto, uma pesquisa cuidadosa não confirmou nenhum caso. A rede de vigilância epidemiológica no Brasil comprendeu 21 Unidades de Vigilância Epide¬ miológica (UVE) cobrindo 22 Estados, o Distrito Federal e 4 Territórios onde fosse necessário eram implantadas subunidades auxiliares: — Em 3.542 municípios do Brasil de um total de 3.951 foi estendida uma rede de 6.362 postos de notificação (PN) ocupando-se também dos níveis de cobertura vacinai e da confiabilidade das informações. Destaca-se nas informações da Organização Mundial da Saúde o extraordinário esforço do Governo Brasileiro e de seu pessoal em 90 milhões de habitantes distribuídos numa superfície de 8.500.000 de km2 atingindo a cobertura de vacinação a 84% da população estimada e o investimento médio anual de 1.200 000 dólares. Consultores da OPS/OMS realizaram inquéritos especiais em países e territórios sul-americanos de maior possibilidade como Venezuela, Guia¬ na, Suriname e Guiana Francesa, Bolívia, Colômbia, Equador, Paru, 16 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SOERENSEN, D. — A erradicação da varíola no mundo. A/cm. Inst. Butantan, 42/43: 11-20, 1978/70 Argentina, Paraguai, Uruguai, não sendo constatado nenhum caso de varíola. O Chile, com elevado nível de imunidade de sua população man¬ tido através de programas de Vacinação constante já tinha erradicado a Varíola em 1955 tendo apenas um caso importado em 1959. A Comissão para Avaliação do Programa de Erradicação da Varíola na América do Sul reunida no Brasil em agosto de 1973 considerando que embora erradicada a moléstia em geral não era satisfatório o nível de proteção em menores de 5 anos e em outros grupos de maior proba¬ bilidade de exposição ; que a rapidez dos meios de transporte usados atualmente existe ainda o risco de importação da Varíola maior para as Américas resolveu conforme critérios estabelecidos pelo Comitê de Exper¬ tos em Varíola da Organização Mundial da Saúde solicitar das autori¬ dades sanitárias atenção especial aos programas de manutenção e vigi¬ lância epidemiológica, sem interromper prematuramente as medidas recomendadas pelo Regulamento Sanitário Internacional. A erradicação da Varíola na índia O Programa Nacional de Erradicação da Varíola da índia iniciou suas atividades em 1962. A política de Vacinação em massa obteve espe¬ tacular êxito em vários Estados entretanto, duas inovações, a introdução da vacinação com agulha bifurcada em 1969 e a substituição da vacina líquida pela vacina liofilizada, termorresistente e mais ativa em 1971 fizeram com que a “pega” da vacina chegasse a quase 100%. A estratégia que permitiu eliminar a doença nos Estados endemicos da metade seten¬ trional do país, Bihar, Bengala Ocidental, Madhya Pradesh, Ultar Pradesh e Assam, somente foi possível implantar em 1973. Uma intensa cam¬ panha de procura de novos casos de varíola possibilitou a descoberta em maio de 1974 de 8.664 surtos com 11.000 casos notificados em uma única semana. Destaca-se a contribuição financeira do Governo da índia, da OMS e do Organismo Sueco de Desenvolvimento Internacional (SIDA), procedendo-se a um censo completo dos povoados e municípios infectados e à vacinação de todos seus habitantes obedecendo uma prioridade previa¬ mente determinada, iniciando-se a vacinação das pessoas de mais estreito contato com os doentes, seguidas dos membros das 50 casas mais próxi¬ mas. Em terceiro lugar era vacinado o restante da população da locali¬ dade comprometida. A educação sanitária foi intensificada, tendo montado um serviço de vigilância frente a todas as casas onde existiam doentes, com o objetivo de diminuir o movimento dessas pessoas, vacinação de todos os contatos e visitantes e registro de movimentação, se abandona¬ vam a localidade. Desta maneira, até a metade do ano de 1974 o número de surto iniciou um significante declínio. Em janeiro de 1975 foi iniciada a operação antivariólica “Objetivo Cero”, intensificando as operações, procurando novos casos e vaci¬ nando casa por casa ao invés de povoado, num prazo de 2 ou 3 dias. A procura casa por casa foi feita num raio de 16 quilômetros ao redor de cada caso detectado e se repetiam duas semanas após para locali¬ zar os casos secundários que poderiam ter entrado em incubação no momento da primeira procura. Qualquer novo surto que continuasse ativo produzindo novos casos por período superior a 21 dias após a sua desco¬ berta, era motivo de uma visita de avaliação feita por funcionários do 17 cm 2 3 z 5 6 10 11 12 13 14 15 SOERENSEN, R. — A erradicação da varíola no mundo. Mcm. Inat. Butantan, 42/43: 11*20, 1978/79. Governo Central e da O.M.S. Foram redobrados os cuidados para evitar erros de diagnóstico colhendo amostras sempre que existisse suspeita de novos surtos e para os casos fatais de varicela. No dia 17 de maio de 1975 foi localizado o último surto de varíola na índia, no povoado de Pachera do distrito de Katihar (Bihar) num menino de 8 anos de nome Manjo. No dia 24 de maio do mesmo ano foi relatada a última vítima da varíola na índia, uma mulher de 30 anos de nome Saiban Bibi que morava em Karimgaj distrito de Cachar, Assam, tendo contraído a infecção no povoado de Thaurido do distrito de Sylhet (Bangladesh). No dia 28 de maio de 1975 foram iniciadas operações de contenção e procura de casos sendo evitado o aparecimento de novos casos, finalmente em 5 de julho de 1975 foi declarada a índia como país livre de varíola endemica. Com a finalidade de evitar a importação de novos casos de Bangladesh, em agosto de 1975 foram implantados postos de vigilância antivariólica nos pontos de entrada da fronteira entre índia e Bangladesh e se realizaram buscas especiais nos povoados na faixa fronteiriça de 16 quilômetros de largura- A ausência -da Varíola na índia foi constatada por uma Comissão de Avaliação que visitou 11 Estados e logo após pela Comissão Nacional de Avaliação integrada por eminentes especialistas nacionais e internacionais. Na Ásia o último caso foi notificado em Bangladesh em outubro de 1975, prosseguindo as atividades de vigilância. O último foco de Varíola no mundo na Somalia Em janeiro de 1977 o Conselho Executivo da OMS reunido em Genebra foi informado que no Mundo somente ficara um único foco de varíola, surto descoberto em setembro de 1976 submetido a estrita vigi¬ lância em Mogadiscio, Somalia para onde a doença foi levada por nôma¬ des de um país vizinho, a Etiópia, último país do mundo onde a varíola apresentava-se endêmica não sendo notificado nenhum caso a partir de agosto de 1976. A doença em Somalia é conhecida com o nome de “Varíola minor” forma de varíola de menor gravidade que a “Varíola major” pois em todo o mundo não tinha sido relatado um único caso de “Váriola major” desde que a doença foi erradicada em Bangladesh há 18 meses. Estes foram os últimos 39 casos registrados em todo o mundo, sendo o primeiro caso em 30 de agosto e o último no dia 26 de outubro de 1977. Em fevereiro após o registro do último caso foi realizada uma pesquisa de casos, casa por casa, não tendo sido encontrado nenhum caso. É digno de destaque o brilhante desempenho da Organização Mundial da Saúde e das autoridades sanitárias de todos os países do mundo que em 1967 por ocasião do início da campanha de Erradicação da Varíola a doença era endêmica em 37 países sendo erradicada da face da terra em 1977. Certificação Mundial da Erradicação da Varíola Com a iminência de interruptação da transmissão da Varíola no mun¬ do, a O-M.S. constituiu em 1978 uma Comissão Internacional para a Cer- 18 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SOERENSEN, lí. A errndicnção da varíola no mundo. Mam. hist. Iintavtan, 4-?/i.'?;ll-20, 1078/79. tificação Mundial da Erradicação da Varíola que se reuniu pela primeira vez em Genebra no dia 04 a 07 de dezembro de 1978, portanto após trans¬ corridos mais de um ano da descoberta do último caso espontâneo de Varíola. Após reconhecer que dos 79 países aguardando a certidão, 64 obedeciam às recomendações da Erradicação da doença, a Comissão considerou que a Vacinação sistemática já não era necessária excetuan¬ do-se os países do Corno da África e adjacentes e num reduzido número de países, que ainda dependem da Certificação pela Comissão Interna¬ cional. Nos países onde houve relato de casos humanos de Varíola dos maca¬ cos (Variólica símica) foi considerado que os efeitos desta doença no ho¬ mem era sem maior importância diante dos problemas que a vacinação Antivariólica iriam acarretar portanto superiores aos da própria Varíola símica. Considerando portanto, que já não existe no mundo nenhum país infectado pela Variólica, a Comissão Mundial recomendou que já não fosse exigido certificado de Vacinação para viagens internacionais. Finalmente em outubro de 1979 a O.M.S. declarou erradicada a Va¬ ríola no Mundo transcorrido 2 anos após o registro do último caso ocor¬ rido em Somália. Entretanto a O.M.S. e as autoridades sanitárias de todos os países do mundo se encontram atentas e são mantidos centros colaboradores de epidemiologistas especializados da O.M.S. no assunto para serem aciona¬ dos sem perda de tempo para avaliação diagnóstica. Manter reservas de vacina e verificar a segurança de Laboratórios que conservam o vírus variólico virulento, supervisionar todas as atividades de vigilância e coor¬ denar as investigações sobre os ortopoxvirus. Reservas de Vírus Variólico Com a interrupção da transmissão da Varíola no mundo, as reser¬ vas de vírus variólico nos laboratórios serão as únicas fontes possíveis de infecção. Um exemplo desse perigo é o acidente de laboratório ocor¬ rido em 1978 em Birminghan (Inglaterra) devido falta de segurança. A reserva de vírus variólico conforme recomenda a O.M.S. deverá ser redu¬ zida a quatro laboratórios, dotados de instalações ótimas de segurança. A O.M.S. também compromete-se a publicar periodicamente a relação dos laboratórios que mantêm reservas de vírus da varíola indicando quais com a finalidade de apenas arquivar e quais com finalidade experimen¬ tal e ainda deles quais satisfazem os requisitos de segurança exigidos pela O.M.S. Todas as pessoas que têm acesso a esses laboratórios deverão ser revacinadas anualmente. Deverá ainda ser analisada a necessidade de manutenção destas reservas de vírus considerando-se a variólica er¬ radicada da face da terra, para evitar qualquer problema futuro de se¬ gurança. Novos casos humanos de Varíola dos macacos Com dois casos novos, registrados em Benin e no Zaire, o total de casos humanos conhecidos de varíola dos macacos sobe a 37. O quadro clínico que ocasiona no homem a infecção pelo vírus da varíola dos ma- 19 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 SOERENSEN, B. A erradicação da varíola no mundo. Mem. Inst. Butantan, 42/45:11-20, 1078/79. cacos é semelhante ao da varíola humana e está sendo estudado intensa¬ mente. O último caso de v-ariólica símica registrado em Benin, na Aldeia de Omifounfoun, Estado de Oyo, Nigéria em 22 de novembro de 1978, num homem não vacinado, não foi capaz de propagar-se embora 48% da população de Omifounfoun não apresentasse cicatriz vacinai antiva- riólica. Este caso deu origem a apenas 2 casos novos, de possível propa¬ gação interhumana, portanto, ao que tudo indica a variólica símica, de ocorrência rara e esporádica e de baixa contagiocidade não representando problema de Saúde Pública. Aspectos Econômicos da Erradicação da Variólica Foi avaliada uma economia de mil milhões de dólares anuais para os países da Europa, para os da América do Norte e o Japão, em decor¬ rência da Erradicação da Varíola. Para este cálculo foram considerados as diretas com aquisição de vacinas, vacinações, tratamento médico das complicações vacinais, certificação internacional e vigilância nacional e internacional e os gastos indiretos com as horas de trabalho perdido por complicações vacinais e pelo pessoal das companhias aéreas e de empresas de transportes decorrentes de formalidades sanitárias para evitar a pro¬ pagação da varíola. 20 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Mcm. Inst. Butantan 42/43: 21-26, 1978/79 LESÕES NECRÓTICO-DEGENERATIVAS DAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS COMO COMPONENTE PECULIAR DAS LESÕES CUTÂNEAS HISTOPATOLÓGICAS OBSERVADAS EM CASOS DE LOXOSCELISMO HUMANO ACIDENTAL * J.C. MACHADO** J.L.C. CARDOSO*** N. DE DONOSO**** RESUMO: Os A. A. descrevem os achados histopatológicos encontrados na pele em doze casos de loxoscelismo humano aci¬ dental, atendidos no Hospital Vital Brasil da Divisão de Patologia do Instituto Butantan. De mais característico encontraram-se lesões degenerativas e necrose de coagulação significativamente localizadas em glândulas sudoríparas (83,3%). Em alguns vasos sangüíneos de pequeno porte encontraram-se necrose e arterite acompanhados por vezes de trombose. Outras lesões inflamatórias e degenerativas banais comprometem a epiderme e o derma em todos os casos. UNITERMOS: Pele, lesões por acidente loxoscélico; Glândulas sudoríparas humanas, lesões por loxoscelismo; loxoscelismo humano acidental. INTRODUÇÃO O Loxoscelismo acidental humano ou experimental animal tem sido objeto de estudo por parte de vários autores '■ 3i 4’ 5. No caso humano en- encontramos os trabalhos de Pizzi e col. 4 e de Gajardo e Tobar 1 Esses autores encontraram alterações vasculares sangüíneas e acúmulo de líquido na junção epiderme-derma com necrose de extensão variável da epiderme, acompanhada de vacuolizações das células da camada basal. Experimentalmente, em ratos, encontrou-se após a inoculação do veneno, lesões locais leves, podendo porém os animais desenvolver sintomas gerais e morrer em poucos dias. Isso pode ocorrer com doses tão pequenas como 1/10 da glândula. Trabalho realizado com auxílio do FEDIB do Instituto Butantan. Diretor da Divisão de Patologia do Instituto Butantan. Hospital Vital Brasil do Instituto Butantan. Seção de Anatomia Patológica do Instituto Butantan. 21 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 MACHADO, J.C.; CARDOSO, J.L.C. & DONOSO, N. — Lesões necrótico-degenerativas das glândulas sudoríparas como componente peculiar das lesões cutâneas histopatológicas observadas em casos de loxoscelismo humano acidental. Mcm. Inst. Butantan, 1*2/ 1*3: 21-26, 1978/79. No estudo histopatológico realizados pelos A.A. do presente trabalho foram encontradas lesões degenerativas e necróticas caracteristicamente comprometendo glândulas sudoríparas. Os vasos sangüíneos de pequeno porte, evidenciaram necrose, arterite e por vezes trombose. As lesões das glândulas sudoríparas não tinham sido, ao que parece, até aqui relatadas na literatura. MATERIAL E MÉTODOS De uma série de 244 casos de pacientes atendidos no período de janeiro de 1972 a dezembro de 1976 no Hospital Vital Brazil por acidentes provocados por animais peçonhentos, foram selecionados 12 casos por picada de aranha, que com grande grau de segurança foram provocadas por Loxosceles (vide tabela 1). Em um destes 12 casos, o paciente trouxe a aranha que foi classificada como tal. Os demais pela indicação e descrição do agente causador pelo acidentado e as alterações histopa¬ tológicas encontradas, permitem a segurança de tal etiologia. Esses casos foram todos biopsiados conforme a tabela indica, por técnica habitual de biópsia cutânea e processado de acordo com a sistemática de proces¬ samento histológico e corados eletivamente pela HE. Em um dos casos repetiu-se a biópsia 20 dias após. A tabela inclui também os achados macroscópicos e microscópicos de cada um dos casos. RESULTADOS Nos 12 casos observados verificamos em todos eles edema difuso com extravasamento de leucócitos e hemácias de intensidade variável (Tabela 1). Associaram-se por vezes outras alterações locais dos vasos sangüíneos caracterizadas desde simples ectasia a fenômenos degenera¬ tivos de suas paredes. Arterite necrotizante com trombose vascular (fig. 3) também foram observadas (Tabela 3). Focos ricos em polimor- fonucleares por vezes até com formação de microabscesso foram notados. Estes microabscessos foram encontrados em 4 casos. Naqueles casos nos quais os processos degenerativos eram mais intensos observaram-se alterações necróticas do derma profundo e mesmo do hipoderma com esteatonecrose focal (4 casos). Como fato característico em dez dos doze casos examinados, obser¬ varam-se fenômenos degenerativos que por vezes chegaram a necrose nas glândulas sudoríparas (figs. 1 e 2). Um dos únicos casos nos quais estas lesões não foram encontradas provavelmente deve-se a que na área examinada não havia presença de glândulas sudoríparas. Essa caracte- rística, quase que eletiva, de comprometimento das glândulas sudoríparas (83,3%) nos nossos achados, não a encontramos referida na literatura até aqui examinada. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Os diversos autores descrevem 3'4'B como sendo característico do quadro anátomo-patológico local, em acidentes humanos por picada de aranha loxoscélica, fenômenos de lesões vasculares com processos degene¬ rativos como trombose parietal; edema difuso e exsudato eritro-leucoci- tário ; necrose da epiderme ; lesões degenerativas e aspecto de tumefação fibrinóide e esteatonecrose. 22 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 * ✓ MACHADO, J.C.; CARDOSO, J.L.C. & DONOSO, N. — Lesões necrótico-degenerativas das glândulas sudoríparas como componente peculiar das lesões cutâneas histopatológicas observadas em casos de loxoscelismo humano acidental. Mcm. Inst. Butantan, 42/48: 21-26, 1978/79. Fig. 1 e 2 (Col. H. E.) — As microfotografias revelam glândulas sudoríparas no derma apresentando sinais degenerativos, evidenciados por picnose nuclear e necrose segmentar. Em derredor observa-se exsudato de polimorfonucleares neutrófilos. Corte de pele com derma mostrando intenso exsudato polimorfonuclear neutrófilo com vaso evidenciando trombo no lume. SciELO cm 10 11 12 13 14 15 cm 10 11 12 13 14 MACHADO, J.C.; CARDOSO, J.L.C. & DONOSO, N. — Lesõeg necrótico-degenerativas das glândulas sudoríparas como componente peculiar das lesões cutâneas histopatológicas observadas em casos de loxoscelismo humano acidental. Uem. Inst. Dutantan, Í2/Í3: 21-26, 1978/79. TABELA 2 LESÕES DAS GLÂNDULAS SUDORÍPADAS 1 . Necrose da Glândula Sudorípara casos 1, 2, 3 2. Degeneração e Necrose de glândulas Sudoríparas casos 5, 6, 8, 9, 10, 11 e 12 (12 CASOS) total — 3(25%) total TOTAL GERAL 7(58,3%) 10(83,3%) TABELA 3 LESÕES VASCULARES (12 CASOS) 1 . Trombose Vascular casos 03, 07, 09 - 3 (25%) 2. Necrose casos 03, 07, 09, 10, 11 — 5 (41,6%) 3. Arterite casos 03, 10 — 2 (16,6%) Em nosso material, além dessas lesões que foram encontradas em intensidade variável, detectamos processo degenerativo e mesmo necrótico das glândulas sudoríparas em dez dos doze casos. Acreditamos que o não encontro destas lesões em um dos casos faltantes ocorreu porque essas glândulas não foram detectadas no material examinado. Desta forma, cre¬ mos poder afirmar que as glândulas sudoríparas são comprometidas ca- racteristicamente no envenenamento loxoscélico humano acidental. Tal ação, se confirmada, merecerá estudos para identificação da fração de veneno responsável por essa ação, no sentido da obtenção de possível arma terapêutica quando da patologia das células de tais glândulas. SUMMARY : The A. A. presents the histopathology of 12 cases of human accidents by loxosceles. The histopathologics lesions was caractherized by inflamatory, degenerative and necrotic processes, that compromised the dermis, vessels and eletively sweats glands. The degenerative and necrotic lesion of the sweats glands (83,3%) was the most caracteristic histopathologic lesions finding by the A.A. BIBLIOGRAFIA 1. BECHELLI, L.M. & CURBAN, G.V. — Compêndio de Dermatologia. São Paulo, Ateneu Ed., 1975. p. 294-30. 2. CANIZARES. — Clinicai Tropical Dermatology. Editado no ano de 1975. 3. GAJARDO-TOBAR, R. — Mi experiência sobre loxoscelismo. A/em. Inst. Butantan, 33(3) : 689-698, 1966. 4. PIZZI, T. — Estúdio histopatológico dei aracnidismo necrótico por Loxosceles laeta. Boi. Chil. Parasit., 30: 34-36, 1975. 5. SCHENONE, H. et al. — Algunos datos sobre el aparato venenoso de Loxosceles laeta y toxicidad de su veneno sobre diversas especies animalcs. Boi. Chil. Parasit., 30: 37-42, 1975. 26 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mcm. hist. Dutantan 42/43: 27-32, 1978/79 MOLÉSTIA DE HODGKIN : RELATO DE CASO COM POSSÍVEL INÍCIO NEONATAL Jesus Carlos MACHADO* ** Sylvia Mendes CARNEIRO** Sonia Rossi VIANNA*** RESUMO: Relata-se caso de criança do sexo masculino, de 3,5 anos, portadora de Moléstia de Hodgkin. A mãe do paciente refere que, desde o nascimento, a criança apresentava massa tumoral do ta¬ manho de um grão de feijão na região submandibular esquerda e que aos 3 anos esse tumor aumentou de tamanho determinando as sucessivas biópsias que possibilitaram o diagnóstico e os estudos histológicos e ultra-estruturais. Devido à raridade da descrição de casos dessa moléstia abaixo de 4 anos, bem como a inexistência de casos comprovadamente congênitos, os autores julgaram opor¬ tuno a divulgação e discussão do presente caso. UNITERMOS: Moléstia de Hodgkin; linfomas; afecções congênitas. INTRODUÇÃO Entre as neoplasias malignas encontradas no grupo pediátrico, a moléstia de Hodgkin ocorre com freqüência aproximada de 6.177o- A maior incidência situa-se na faixa etária de 10 a 14 anos, sendo citado como muito raros os casos abaixo de 3 anos (Chaves, E. 1978). Este trabalho apresenta o caso de um paciente que, ao nascimento, apresentava um caroço na região submandibular esquerda, do tamanho de um grão de feijão (conforme o relato da mãe), e que, aos 3 anos de idade, tendo dobrado de volume, foi retirado. O laudo anátomo- patológico revelou tratar-se de Moléstia de Hodgkin. Devido à raridade dessa moléstia nessa idade e principalmente pela possibilidade da criança ser portadora desde o nascimento, com várias implicações daí decorrentes, julgamos oportuno a sua publicação. Trabalho realizado com auxílio do CNPq e do FEDIB do Instituto Butantan Divisão de Patologia do Instituto Butantan ••• Hoapital A. C. Camargo da Fundação Antonio Prudente. 27 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 MACHADO. J.C.: CARNEIRO, S.M. & VIANA. S.R. — Moléstia de Hodffkin; possível início neonatal. M em. Inst. Butantan, 42/43: 27-32, 1978/79. relato de caso com MATERIAL E MÉTODOS O caso apresentado refere-se a uma criança com 3,5 anos de idade, de sexo masculino, branca, portadora de Moléstia de Hodgkin, prove¬ niente de Foz do Iguaçu, PR, admitida no Hospital A. C. Camargo da Fundação Antonio Prudente, para confirmação de diagnóstico e tratamento. De acordo com o relato da mãe, a criança apresentava desde o nasci¬ mento, na região submandibular esquerda massa do “tamanho de um grão de feijão” (sic). Aos 3 anos, essa massa começou a crescer, chegando a dobrar de volume. Passou também a apresentar tosse forte. A mãe refere ainda que a criança, desde pequena, tem dificuldade para engolir. Outros sintomas não foram referidos. Nessa época foi feita exerese da massa tumoral, com cerca de 4 cm no eixo maior. Para se fazer o diagnóstico definitivo de Moléstia de Hodgkin, foi necessária a análise não só do material da l.a biópsia, bem como o de uma segunda biópsia realizada no Hospital A. C. Camargo. Dessa última biópsia, parte do material foi fixada em formalina 10% e incluída em parafina, para cortes histológicos. Outra parte foi fixada em glutaraldeído 2,5% em tampão fosfato, pós-fixada em tetróxido de ósmio 1% e incluída em resina Polylite 8001, para cortes ultra-finos. Coloração histológica foi feita com HE e Giemsa. Cortes ultra-finos foram corados com acetato de uranila e alcoólico e citimto de chumbo 1% e examinados ao micros¬ cópio eletrônico Elmiskop I da Siemens. Cortes com espessura de 1 a 2p., obtidos do material fixado e incluído para microscopia eletrônica, foram corados com solução aquosa de azul de toluidina e bórax a 1%. RESULTADOS Os cortes histológicos dos dois nódulos linfáticos retirados apresen¬ tam um quadro celular difuso, predominando linfócitos bem diferencia¬ dos, entre os quais ocorrem: histiócitos em grandes número ao lado de células de diagnóstico mononucleadas, e, em menor número, células de Reed-Sternberg com núcleos bi e polilobulados. Em algumas áreas da secção histológica há maior concentração destes dois últimos tipos de células e ocorrem também, diversas figuras de mitose. Feixes de colágeno atravessam irregularmente a secção. Cortes de 1 a 2p., obtidos de material fixado e incluído para microscopia eletrônica, prestaram-se à seleção de áreas para os cortes ultrafinos e permitiram uma observação mais detalhada e identificação mais precisa das células de diagnóstico e de Reed-Sternberg (figs. 1, 2 e 3). Ao microscópio eletrônico, foram identificadas células de diagnóstico (fig. 4) de núcleo ovalado, com cerca de 20[j. em seu eixo maior, cromatina dispersa, nucleolo reticulado ocupando grande área, membrana nuclear apresentando evaginações e bolhas com material citoplasmático. No citoplasma escasso, poucas mitocôndrias vacuolizadas, retículo endoplasmático liso longo, numerosos polirribossomos livres, vesículas, e poucos grânulos densos. As células de Reed-Sternberg (fig. 5), com núcleo bi ou polilobulado, um ou mais nucleolos reticulados apresentam demais características nucleares e citoplasmáticas semelhantes. A conclusão diagnóstica final foi a de que 28 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 MACHADO, J.C.; CARNEIRO, S.M. & VIANA, S.R. — Moléstia de Hodgkin: relato de caso com possível início neonatal. Mevn. Inst. Butantan, 42/48:27-32, 1978/79. I — Área com 3 células de diagnóstico para Moléstia de Hodgkin ao lado de numerosos linfócitos. X 1.300 Fig. 3 Célula de Sternberg Fig. Célula de Sternberg- -Reed, com núcleo em nucléolos proeminentes. X 1.230 -Reed, bilobulada, com anel. X 1.300 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 MACHADO, J.C.; CARNEIRO, S.M. & VIANA, S.R. — Moléstia de Hodgkin: relato de caso cora possível início neonatal. Aí em. Inst. Butantan, 42/43: 27-32, 1978/79. Fig. 4 — Célula de diagnóstico para Moléstia de Hodgkin. Nucléolo reticulado ocupando grande área do núcleo. Citoplasma com numeroaoB polirribos- somos livres. X 3.000 Fig. 5 — Célula de Sternberg-Reed com núcleo em ferradura X 3.000 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 MACHADO. J.C.; CARNEIRO. S.M. & VIANA, S.R. — Moléstia de Hodgkin: relato de caso com possível início neonatal. Mem. Inst. Butantan, A2/^S: 27-32, 1978/79. realmente se tratava de um caso de Moléstia de Hodgkin na forma predominância Linfocitária (Classificação de Rye). DISCUSSÃO A Moléstia de Hodgkin tem incidência muito variada, em dependência da região geográfica, raça e nível sócio-econômico. Quanto à curva de incidência por idade, esta apresenta-se bimodal, em alguns países, com um pico entre os 20, 30 anos e um segundo pico após os 50 anos. No Brasil não se nota essa bimodalidade, sendo maior a freqüência entre os 20, 30 anos de idade (Machado, J. C. e cols. 69; Chaves, E., 1978). No l.° qüinqüênio a freqüência é muito baixa e casos comprovadamente congênitos são desconhecidos. O presente caso chama-nos a atenção para essa possibilidade, pelo fato da criança apresentar gânglio aumen¬ tado de volume desde a época do nascimento e que o mesmo, quando retirado aos 3 anos de idade, revelou quadro histopatológico de moléstia de Hodgkin. As causas dessa moléstia são ainda desconhecidas. De acordo com Kaplan-Smithers, ela teria origem numa linfoproliferação contínua que pode acarretar uma i'eação tumor verso hospedeiro. O estímulo para tal linfoproliferação é desconhecido, podendo ser de origem virótica (Vianna, Grenwald e Davies, 1971). O vírus Epstein-Barr, tem sido considerado como um agente de grande probabilidade na Moléstia de Hodgkin, por ter ação linfoproliferativa comprovada e por terem sido encontrados anticorpos anti-Epstein-Barr e seus componentes em doses elevadas, em pacientes com Moléstia de Hodgkin. (Henle e Henle, 1971). No presente caso, há a possibilidade da Moléstia de Hodgkin ter iniciado seu desenvolvimento antes do nascimento da criança; essa linfa- denopatia apresentada ao nascer, poderia ser já a manifestação da linfoproliferação contra um agente extrínseco (vírus de transmissão transplacentaria), ou devida a fatores intrínsecos (genético ou ambien¬ tal) e que se desenvolveria como Moléstia de Hodgkin. AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao dr. A. Brunner Jr. pelas facilidades propor¬ cionadas no estudo da ultra-estrutura. A Carlos A. Gonçalves Silva, pelo auxílio na fotografia. ABSTRACT: This paper reports a case of a three years old boy, carrying Hodgkin’s disease. His mother refers that since his birth the patient has a tumoral mass, of a bean size, in the submandi- bular region, and at the age of 3 years the tumor began to grow. After that time suceessives biopsies were made making the diag- nostic possible. As such cases are extremely rare at this age, as vvell as the lack of conciusive reports on congenital cases of this disease, the authors thought oportune this discussion. UNITERMS: Hodgkin’s Disease; Lymphomas; pediatric tumours. BIBLIOGRAFIA 1. CHAVES, E. Linfomas malignos na criança. Fundo Editorial BYK Procienx, 1978. 31 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 MACHADO, J.C.; CARNEIRO, S.M. & VIANA, S.R. — Moléstia de Hodgkin: relato de caso com possível início neonatal. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 27-32, 1978/79. 2. HENLE, W. & HENLE, G. Epstein-Barr virus-related sorology in Hodgkin’s àisease Natl. Câncer Inst. Monegr. 36 : 79, 1973. 3. JONES, P.G. e CAMPBELL, P.E. Tumours of infancy and childhood. Blackwell Scientific Publications, 1976. 4. MACHADO, J.C.; CARVALHO, A.; PINHEIRO, L.; SAMPAIO, I.A. Jr.; FA¬ GUNDES, L.A. e ALVARENGA, R. J. Patologia geográfica da Moléstia de Hodgkin em crianças do Brasil. Brasil. Boi. OncoL, 58: 346, 1969. 5. SMITHERS, D.W. Hodgkin’s disease. Cap. 1, 2 e 3. Edited by Sir David Smithers, 1973. 5. SMITHERS, D.W. Hodgkin’s. Cap. 1, 2 e 3. Edited by Sir David Smitrers, 1973. 6. VIANNA, N.J.; GREENWALD, P. e DAVIES, J.N.P. Extended epidemic of Hodgkin’s Disease in high-school students. Lancet, i : 1209, 1971. 32 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Jvist. Butantan ■42/45:33-39, 1978/79 ESTUDO MORFOLÓGICO E HISTOQUÍMICO DAS GLÂNDULAS SALIVARES DE AMPHISBAENA ALBA (AMPHISBAENIDAE, AMPHISBAENIA) Ruberval A. LOPES* José Renan V. da COSTA* Sérgio O. PETENUSCI* Ana Lúcia V. FAVARETTO* Paulo Henrique F. CHAVES* RESUMO : Os autores estudaram morfologicamente as glândulas salivares de Amphisbaena alba e histoquimicamente as mucossubs- tâncias e proteínas nessas glândulas. Baseados nos resultados, os autores concluíram: 1. que a glândula salivar labial de Amphisbaena é formada por células mucoserosas e a glândula sublingual por células muco- serosas e mucosas; 2. que o produto de secreção das células muco-serosas das glân¬ dulas labial e sublingual é constituído de mucossubstâncias neutra e ácida sulfatada, além de ácido siálico e proteína. As células mucosas evidenciaram mucosubstâncias neutra e ácida, além de ácido siálico; 3. que o produto de secreção dos mucócitos é constituído de mucos¬ substâncias neutra e ácida. UNITERMOS: Amphisbaena alba, glândulas salivares, histoquí- mica e histologia. INTRODUÇÃO Os primeiros estudos sobre as glândulas salivares de répteis foram os de Carus (1834), Leydig (1853, 1857, 1872), Guenther (1868), Owen (1868), Ranvier (1884), Vogt et al. (1894), Oppel (1900), Bolk (1913), Werdeman (1921), Krause (1922), Phisalix (1922) (todos citados em 4 e 6). Dornesco et al. 4 estudaram as glândulas bucais de Ablepharus kitai- belli e E remias arguta deserti, fazendo comparações com as espécies La- certa muralis e Anguis fragiUs. Gabe & St. Girons 6 estudaram as glân¬ dulas salivares em Gekkota, Iguania, Scincomorpha e Anguimorpha; e Lopes et al. 12 em Tupinambis teguixm. Faculdade de Farmácia e Odontologia de Ribeirão Preto — USP. Endereço para correspondência: Ruberval A. LOPES, Departamento de Ciências Patológicas. Faculdade de Farmácia e Odontologia de Ribeirão Preto — USP. 14100 Ribeirão Preto — SP. 33 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.; COSTA, J.R.V.; PETENUSCI. S.O.: FAVARETTO, A.L.V. & CHAVES, P.H.F. — Estudo morfológico e histoquímico das glândulas salivares de Amphisbaena alba ( Amphisbaenidae, Amphisbaenia) . Mem. Inst. Butantan, 1*2/1*$: 33-39, 1978/79. Nos ofídios, essas glândulas foram estudadas por Bolognani & Bo- lognani 2, Rosemberg 18, Gabe & St. Girons 6, Zago 22, Lopes et al. 10 e 11 e Barros et al. ‘. Pouco se tem estudado sobre a morfologia e histoquímica das glân¬ dulas salivares em Amphisbaenia, sendo que somente Gabe & St. Girons 6 as estudaram em Blanus cirineus e em Trogonophis wiegmanni. O objetivo, pois, do presente trabalho é estudar as glândulas saliva¬ res de Amphisbaena alba, identificando os tipos celulares aí existentes, bem como detectar histoquimicamente, por meio de técnicas adequadas, o produto de secreção dessas células, confrontando-o com os de Gabe & St. Girons 6 que constataram a presença de uma ou outra mucossubstância nessas células. MATERIAL E MÉTODOS Utilizaram-se, para este estudo, Amphisbaena de ambos os sexos, capturadas no município de Ribeirão Preto. Os animais foram sacrifi¬ cados por inalação de éter anestésico, sendo logo após dissecadas as glân¬ dulas labial e sublingual, as quais foram imediatamente imersas em Bouin, durante 24 horas. Após a fixação, as peças foram incluídas em parafina. Para a observação morfológica das glândulas salivares e mucócitos da Amphisbaena foram utilizados os métodos da hematoxilina e eosina e tricômico de Masson. Para a pesquisa histoquímica de mucossubstâncias usaram-se as re¬ comendações técnicas de Pearse H, a menos que citada referência especial. Os métodos foram os seguintes: PAS (ácido periódico + reativo de Schiff), azul de alcian aos pH = 2,5 e 0,5, azul de alcian + PAS. Como controle utilizaram-se os seguintes métodos : amilase salivar, acetilação, ação da tripsina, ação do clorofórmio -f- metanol, metilação, metilação seguida de saponificação, ação da hialuronidase testicular e o teste de Quintarelli et al. 15. Para a pesquisa histoquímica de proteínas foram utilizadas as técni¬ cas do azul de bromofenol e da ninhidrina-Schiff. Para a caracterização das células secretoras adotou-se o critério de Gabe & St. Girons 6. Por esse método, classificam-se quatro tipos celu¬ lares: mucoso, muco-seroso, sero-mucoso e seroso. Os critérios para essa classificação são fornecidos pela alcianofilia, positividade ao PAS e pre¬ sença de proteína, histoquimicamente detcctável. RESULTADOS Resultados morfológicos Glândula salivar labial — a glândula salivar labial inferior de Amphisbaena alba localiza-se na face externa do osso dentário, estenden¬ do-se por todo o seu comprimento. Essa glândula é circundada por uma cápsula muito espessa de tecido conjuntivo fibroso denso e pouco celular, vascularizado, o qual emite sep- 34 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.; COSTA, J.R.V.; PETENUSCI, S.O.; F AVARETTO, A.L.V. & CHAVES, P.H.F. — Estudo morfológico e histoquímico das glândulas salivares de Amphisbaena alba ( Amphisbaenidae, Amphisbaenia ) . Mcm. Inst. Butantan, 42/48: 33-39, 1978/79. tos, dividindo a glândula em diversas outras menores, monostomáticas, dispostas a intervalos regulares, acompanhando o longo eixo da glândula. Fibras colágenas delicadas envolvem cada ácino. Os ácinos são formados por um epitélio prismático, de altura variável, cujo citoplasma celular contém grânulos basófilos e acidófilos, sendo o núcleo, por sua vez, arredondado, localizado na porção basal da célula e com pouca cromatina (Fig. 1). As glândulas monostomáticas são do tipo túbulo-acinoso composto. Os ácinos desembocam em duetos excretores revestidos por epitélio pavi- mentoso estratificado, que se abrem na cavidade oral. Glândula sublingual — a glândula sublingual da Amphisbaena loca¬ liza-se no assoalho da cavidade oral, entre as faces internas do maxilar inferior. Apresenta forma ovoide e está separada do seu par por tecido conjuntivo fibroso e músculo. Histologicamente podem ser distinguidas duas porções glandulares distintas. A porção anterior é constituída de ácinos pequenos, de células prismáticas baixas e núcleos grandes e ovoides. O citoplasma é acidófilo e os grânulos de secreção são bem evidentes. A porção posterior, separada da anterior por uma grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso, é constituída por dois tipos de ácinos: um grande, mucoso, de células altas e núcleos pequenos, com citoplasma claro e grânulos de secreção pequenos ; o outro tipo de ácino é pequeno, de células baixas e núcleos ovoides, o citoplasma, também mucoso, apresenta grânulos mais grosseiros (Fig. 2 e 3). 1 Aspecto histológico da glândula labial de Amphisbaena alba. Hematoxilina e eosina (250 X). 35 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.; COSTA, J.R.V.; PETENUSCI, S.O.; FAVARETTO, A.L.V. & CHAVES, P.H.F. — Estudo morfológico e histoquímico das glândulas salivares de Amphisbaena alba ( Amphisbaenidae, Amphisbaenia) . Mem. Inst. Butantan, 1*2/ 1,3: 33-39, 1978/79. Fig. 3 — Aspecto histológico da porção posterior da glândula sublingual de Amphisbaena alba. Hematoxilina e eosina (180 X). 36 Fig. 2 — Aspecto histológico da porção anterior da Hematoxilina e eosina (180 X). glândula sublingual de Amphisbaena alba. cm LOPES, R.A.; COSTA, J.R.V.; PETENUSCI, S.O.; FAVARETTO, A.L.V. & CHAVES, P.H.F. — Estudo morfológico e histoquímico das glândulas salivares de Amphiabaena alba ( Amphisbaenidae, Amphisbaenia) . Mem. Inst. Butantan, 1*2/ h8: 33-39, 1978/79. Mucócitos — as glândulas mucosas unicelulares estão situadas na porção mais profunda da cavidade oral, dispostas isoladas ou aos grupos, bem próximas às vias respiratórias. Resultados histoquímicos Os resultados da detecção histoquímica das mucossubstâncias e pro¬ teínas acham-se expressos na Tabela I. TABELA I Amphisbaena alba. Resultados da detecção histoquímica de mucosubstâncias e proteínas das glândulas sublingual e labial e mucócitos. Sublingual Labial Mucócitos Reações Porção ant. MS Porção post. M MS M PAS + + 4“ H~ + + + + PAS após amilase + + + + + + + + PAS após tripsina ■±_ 4" + + _ ± + + + PAS após clorofórmio + metanol + + + + + + + + PAS após acetilação — — — — Azul de alcian (AB) a pH = 2,5 + + + + + + 4* 4“ 4" AB após metilação AB após metilação + saponifica- — — — — ção + _ + + AB após hidrólise ácida + + + + -f + AB após hialuronidase + + + + + + + + AB a pH = 0,5 ± + + + + + AB + PAS violeta azul violeta azul violeta Azul de bromofenol + _ + _ Ninhidrina-Schiff — — +4-+ = reação forte, -f- = reação fraca, M =: mucosa, MS — muco-serosa. — = reação negativa. DISCUSSÃO Glândula labial — o aspecto polistomático da glândula labial de Amphisbaena alba, também foi observado em Anguis fragilis por Ray- naud 17 e Dornesco et al. 4; em Eunectes murinus por Barros et al. 1 ; em Tupinambis teguixin por Lopes et al. 12. Em Amphisbaenia tal aspecto histológico foi observado em Blanus cirineus e em Trogonophis wiegmanni por Gabe & St. Girons 6. Pela análise dos resultados histoquímicos constantes na Tabela I e tendo em vista o critério de Gabe & St. Girons 6, verificou-se que a glân¬ dula labial de Amphisbaena alba é constituída de células muco-serosas. Em Blanus e Trogonophis foram observadas, nesta glândula, somente células mucosas °. Observou-se também que o produto de secreção das células muco-serosas é constituído de mucossubstâncias neutra e ácido smlico, os quais são responsáveis pela positividade aos métodos do PAS após amilase e acetilação 9' 13, além da ação da tripsina e do cloro¬ fórmio + metanol ; e ao método do azul de alcian após o teste de Quinta- 37 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.; COSTA, J.R.V.; PETENUSCI, S.O.; FAVARETTO, A.L.V. & CHAVES, P.H.F. — Estudo morfológico e histoquímico das glândulas salivares dc Amphiabacna alba ( Amphisbaenidae, Amphisbaenia) . Mem, Inst. Butantan, lti/hS: 33-39, 1978/79. relli et al isto porque diminuição seguida de substâncias JO 20 21 \ 9 9 / • tratamento tin-sulfato ninhidrina- 15. Foi detectada, também, mucossubstância ácida sulfatada, a alcianofilia apresentou positividade ao pH = 0,5, bem como na coloração pelo azul de alcian a pH = 2,5 após metilação saponificação. Estes resultados indicam a presença de mucos- sulfatadas no produto de secreção dessas células :i, s, 1(i, A não alteração da coloração pelo azul de alcian após prévio pela hialuronidase testicular indicou a presença de condroi- B 7. A positividade ao azul de bromofenol e ao método da Schiff indicou proteína nesse produto de secreção. Pelo método combinado azul de alcian -f PAS, constatou-se predo¬ minância das mucossubstâncias ácidas em algumas células acinares. Gabe & St. Girons 6 não se preocuparam, na sua metodologia histo- química, em determinar qualitativamente as mucossubstâncias que cons¬ tituem o produto de secreção dessa glândula. Determinaram somente o caráter neutro ou ácido desse produto. Glândula sublingual — a porção posterior da glândula sublingual de Amphisbaena alba é constituída de dois tipos de ácinos, sendo que um, localizado mais anteriormente, é constituído de células baixas; e o outro tipo, localizado mais profundamente na glândula, é constituído de células altas e o dueto excretor é forrado por epitélio estratificado. Da análise dos resultados constantes na Tabela I e de acordo com o critério de Gabe & St. Girons G, constatou-se serem ambos os ácinos da porção posterior da glândula sublingual de Amphisbaena constituídos de células mucosas. Já em Blanus e Trogonophis foram constatadas nas porções profunda e média desta glândula, células muco-serosas e muco¬ sas 6. O produto de secreção é constituído de mucossubstâncias neutra e ácida sulfatada, além de ácido siálico. A porção anterior da glândula sublingual de Amphisbaena é consti¬ tuída de células muco-serosas, semelhantes às observadas em Blanus e Trogonophis. O produto de secreção é constituído de um composto glico- protéico de mucossubstâncias neutra e ácida sulfatada, além de ácido siálico. Mucócitos — Fahrenholtz5 já havia observado mucócitos na cavidade bucal de répteis e, mais recentemente, Gabe & St. Girons 6 verificaram mucócitos em numerosos lagartos. Analisando-se a Tabela I verifica-se que os mucócitos de Amphisbaena alba são secretores de muco, constituído de mucossubstâncias neutra e ácida sulfatada. SUMMARY. The authors stuclied morphologically the salivary glands of Amphisbaena alba, and histochemically the muco-subs- tances and some protein in these glands. Based on the results, the authors concluded : 1. the labial salivary gland is formed by muco-serous cells, the sublingual gland by muco-serous and mucous cells; 2. mucous cells of sublingual gland shows both neutral and sulfated acid muco-substances, and sialic acid. Muco-serous cells of labial and sublingual glands shows neutral and acid muco- substances, sialic acid and protein; 3. mucocytes have neutral and acid muco-substances. UNITERMS: Amphisbaena alba, salivary glands, histochemistry and histology. 38 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.: COSTA, J.R.V.: PETENUSCI, S.O.; FAVARETTO, A.L.V. & CHAVES, P.H.F. — Estudo morfológico e histoquímico das glândulas salivares de Amphisbaena alba ( Amphisbaenidae, Amphisbaenia). Mcm. Inst. Butantan, Í2/ÍS: 33-39, 1978/79. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5. 8. 9. 1. BARROS, J. M„ LOPES, R.A., MAIA CAMPOS, G. & DARUGE, A. D. Estudo morfológico e histoquímico de polissacarídeos em glândulas cefálicas de Eunectes murinus (Ophidea, Boidae). Ctên. Ciãt., 25: 151-156, 1973. 2. BOLOGNANI, F.A.M. & BOLOGNANI, L. Osservazioni biochimiche e istochi- miche sulle ghiandole buccali di Tropidonotus natrix. Riv. Istoch. Norm. Pat, 10: 166-167, 1964. 3. DORFMAN, A. Polysaccharides of connective tissue. J. Histochem. Cytochem., 11: 2-13, 1963. 4. DORNESCO, G.T. & DAN ANDREI. Les glandes buccales (salivaires) des Sauriens. Anat. Anz., 118: 7-26, 1966. FAHRENHOLTZ, C. Drüsen der Mundhòhle Reptilian. In: Bo’k, Goppert, Kallius, Lubosh Handbucr der vergleichenden Anatomie der Wirbeltiere, III Bd. Urban und Schwarzenberg. Berlin und Wien, 1937. 6. GABE, M. & St. GIRONS, H. Données histologiques sur les glandes salivaires des lèpidosauriens. Mém. Mus. nat. Hist. nat., Paris, Sér. A, Zool., 58: 1-112, 1969. 7. LEPPI, T.J. & STOWARD, P.J. On the use of testicular hyaluronidase for identifying acid mucins in tissue sections. J. Histochem. Cytochem., 13: 406-407, 1965. LEV, R. & SPICER, S.S. Specific staining of sulphate groups with Alcian blue at low pH. J. Histochem. Cytochem., 12: 309, 1964. LISON, L. Histochimie et cytochimie animales, 3 ed., Gauthier-Villars, Paris, 1960. 10. LOPES, R.A., OLIVEIRA, C., MAIA CAMPOS, M.N., MAIA CAMPOS, S. & BIRMAN, E.G. Morphological and histochemical study of cephalic glands of Bothrops jararaca (Ophidia, Viperidae). Acta Zool., 55: 17-24, 1974. 11. LOPES, R.A., VALERI, V., MAIA CAMPOS, G„ LOPES, O.V.P. & FARIA, R. M. Étude histochimique des mucopolisaccharides des glandes céphaliques de Micrurus c. corallinus (Wied) (Ophidea, Elapidae). Ann. d’ Histochimie, 18: 129-137, 1973. 12. LOPES, R.A., VALERI, V., OLIVEIRA, C., MAIA CAMPOS, G. & IUCIF, S. Aspectos morfológicos e histoquímicos das glândulas salivares de Tupi- nambis teguixin (Teiidae, Lacertilia). Ciên. Cidt., 26: 1035-1040, 1974. 13. McMANUS, J.F.A. & CASON, J.E. Carbohydrate histochemistry studied by acetylation techniques. I. Periodic acid methods. J. Exp. Med., 91 : 651-654, 1950. 14. PEARSE, A.G.E. Histochemistry: theoretical and applied, 3rd ed., Churchill, London, 1968. QUINTARELLI, G., TSUIKI, S„ HASHIMOTO, Y. & PIGMAN, W. Studies of sialic acid-containing mucins in bovine submaxillary and rat sublingual glands. J. Histochem. Cytochem., 9: 176-183, 1961. RAVETTO, C. Alcian blue-alcian yellow: a new method for the identification of different acidic groups. J. Histochem. Cytochem., 12: 44-45, 1964. RAYNAUD, J. Sur la structure des glandes salivaires de 1’orvet (Anguis frafilis). Buli. Soc. Zool. de France, £6:710-713, 1961. ROSENBERG, H.I. Histology, histochemistry and emptying mechanism of the venom gland of some elapid snakes. J. Morph., 123: 133-136, 1967. 19. SPICER, S.S. & LILLIE, R.D. Saponification as a mean of selectively rever- sing the methylation blockade of tissue basofilia. J. Histochem. Cytochem., 7: 123-125, 1959. 20. SZIRMAI, J.A. Quantitative approaches in the histochemistry of mucopoly- saccharides. J. Histochem. Cytochem., 11 :24-34-, 1963. TERNER, J.Y. & LEV, A. Lactone formation in the histochemical evaluation of acid mucopolysaccharides : mucins. J. Histochem. Cytochem., 11: 804-811, 1963. ZAGO, D. A. Estudo morfológico e histoquímico de glândulas salivares relacio¬ nadas com a evolução da função venenosa nos ofídios. Tese. Instituto de Ciências Biomédicas da USP. 1971. 15. 16. 17 18 21. 22 39 cm 6 SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan 42/45:41-48. 1978/79 ESTUDO HISTOQUÍMICO DE PROTEÍNAS NAS GLÂNDULAS VENENÍFERA E ACESSÓRIA DE BOTHROPS JARARACA (OPHIDEA, VIPERIDAE) Ruberval A. LOPES* José Renan V. da COSTA* Silvio Maia CAMPOS* Mariângela N. Maia CAMPOS* RESUMO: Foram estudadas histoquimicamente as proteínas das glândulas venenífera e acessória da serpente jararaca ( Bothrops jararaca) . Baseados nos resultados, os autores concluíram que a porção proteica do produto de secreção das células principais da glândula venenífera é constituído de radicais a-amino, triptofano, tirosina e arginina; e que o das células mucoserosas da glândula acessória é constituído de radicais a-amino, cistina, triptofano, tirosina e arginina. UNITERMOS: Bothrops jararaca, glândulas de veneno e acessória, histoquímica de proteínas. INTRODUÇÃO A primeira descrição correta da glândula de veneno de serpentes foi a de Fontana (1781), em Vipera aspis (cit. em 31). Entretanto, segundo Klauber 12, foram Redi em 1665 e Charas em 1673 quem primeiro noticia¬ ram a ocorrência da glândula de veneno. A partir daí, outros trabalhos foram executados, dando mais importância à anatomia do aparelho de veneno do que à histologia, histofisiologia ou histoquímica do mesmo. Só recentemente, a glândula de veneno foi objeto de estudos mais precisos quanto à histologia e histoquímica (revisão em 31), aos aspectos ultra-estruturais e radioautográficos (3, n, 20, 21, 22, 2S) ; e aos aspectos bioquímicos (revisão em 9). A glândula acessória só foi distinguida da de veneno em 1875, por Emery (cit. em 31), e Zago 31 fez uma revisão detalhada sobre a mesma sob os pontos de vista morfológico e histoquímico. * En&«» para correspondência : Departamento de Ciências Patológicas. Faculdade de Farn e Odontologia de Ribeirão Preto — USP. 14.100 — Ribeirão Preto — SP. 41 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.: COSTA, J.R.V.; CAMPOS, S.M., Sc CAMPOS, M.N.M. - Estudo histoqufmico de proteínas nas glândulas venenífera e acessória de Bothropa jararaca (Ophidea, Viperidae). Mem. Inst. Butantan, 42/43: 41-48, 1978/79. A não ser o trabalho de Lopes et al. 19, não se encontrou, na literatura, referência que tratasse dos aspectos histoquímicos de proteínas nessas glândulas da jararaca, sendo este, pois, o objetivo do presente trabalho. MATERIAL E MÉTODO Foram utilizadas, neste trabalho, serpentes jararacas adultas de ambos os sexos. Os animais foram sacrificados por decapitação, sendo logo dissecadas as glândulas de veneno e acessória e imediatamente imersas em formol a 10%, durante 24 horas. Após a fixação, as peças foram incluídas em parafina. Para a observação morfológica das glândulas foram utilizados os métodos da hematoxilina + eosina e tricrômico de Masson. Para melhor observar as células produtoras de muco utilizaram-se as técnicas do ácido periódico -f- reativo de Schiff e do azul de alcian ao pH = 2,5. Para a detecção histoquímica das proteínas, utilizaram-se o método geral do azul de bromo-fenol 2, com a ação enzimática da tripsina, e métodos para a detecção dos seguintes radicais ativos : radical a-amino 30, radical guanidina encontrado na arginina B, radical p-hidroxi-fenila encon¬ trado na tirosina (Millon modificado por Serra e Queiroz-Lopes, cit. em 18), radical beta-indolida encontrado no triptofano (Lison e Pinheiro, cit. em 18) , radical sulfidrila encontrado na cisteína 4 e radical dissulfeto encontrado na cistina 5 RESULTADOS As glândulas de veneno de Bothrops jararaca estão localizadas na superfície lateral da cabeça, próximas à pele, posteriormente aos olhos. Tem forma alongada e está recoberta de tecido conjuntivo denso e mús¬ culos. Na sua porção anterior, após um estrangulamento, há uma porção abalonada — a glândula acessória. O parênquima da glândula venenífera é formado por túbulos longos, secretores, que desembocam no dueto excretor, o qual pode ser dividido em dois segmentos : dueto primário que se localiza entre a glândula de veneno e a glândula acessória e dueto secundário, situado entre a glândula acessória e a bainha do dente de veneno. Ao corte, o epitélio secretor da glândula de veneno apresentou dois tipos distintos de células : células secretoras colunares, seromucosas, as quais são o tipo celular principal do epitélio e as células horizontais, semelhantes às descritas por Wolter 29, Kochva e Gans 1S, Odor 21, Zago 31 e Warshansky et al. 28 todos em Viperidae, que se localizam entre a membrana basal e a base das células colunares (Figura 1). A glândula acessória da jararaca é formada por túbulos longos, geral¬ mente não ramificados, que desembocam obliquamente no dueto excretor. O epitélio dessa glândula é constituído de dois tipos celulares: mucoso e mucoseroso, semelhantes às descritas por Zago 31 na cascavel e por Lopes et al. 19 na própria jararaca (Figura 2). 42 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.: COSTA, J.R.V.; CAMPOS, S.M.: & CAMPOS. M.N.M. — Estudo histoquímico de proteínas nas glândulas venenífera e acessória de Bothrops jararaca (Ophidea, Viperidae). A/em. Inst. Butantan, 42/43: 41-48, 1978/79. Fig- 1 — Aspecto histológico da glândula de veneno da jararaca, mostrando eélulas colunares baixas, luz ampla e repleta de produto de secreção. Hematoxilina + eosina (200 X). !• it?. 2 Aspecto histológico da glândula acessória da jararaca, evidenciando células mucosas (claras) e mucoKerosas (escuras), após coloração pela hematoxilina -f- eosina (200 X). 43 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 LOPES. R.A.: COSTA. J.R.V.; CAMPOS, S.M.; & CAMPOS. M.N.M. — Estudo histoquímico de proteínas nas glândulas venenífera e acessória de Dothrops jararaca (Ophidea, Viperidae). Mcm. Inat. Butantan, 42/43: 41-48, 1978/79. Os resultados obtidos após a aplicação do método de azul de bromo- -fenol demonstraram uma forte coloração azul nas células seromucosas da glândula de veneno e mucoserosas da acessória. Após a ação enzimática da tripsina houve diminuição da coloração. Estas células coraram-se em vermelho, quando da reação da ninhidrina-Schiff, mas, quando se realizou a reação de ferricianeto férrico, elas não se coraram. Entretanto, somente as células mucoserosas da glândula acessória apresentaram-se coradas em azul quando se executou o método do ácido perfórmico-azul de alcian (Figura 3). Fig. 3 — Aspecto histológico da glândula de veneno da jararaca, após coloração pelo azul de bromo-fenol, evidenciando proteínas em geral (200 X). Quando se realizou a reação de Millon, modificada por Serra e Queiroz-Lopes, os dois tipos celulares de ambas glândulas estudadas cora¬ ram-se de amarelo-alaranjado; coraram-se em azul quando se realizou a reação do para-dimetilaminobenzoaldeído-nítrito e em amarelo quando da reação do amarelo naftol S. As células mucosas e mucoserosas da glândula acessória coraram-se de vermelho pelo PAS e de azul pelo azul de alcian a pH = 2,5, enquanto que a célula seromucosa da glândula de veneno se corou somente em vermelho pelo PAS. O resultado da detecção histoquímica de proteínas está expresso na tabela 1. 44 cm SciELO LOPES, R.A.: COSTA, J.R.V.; CAMPOS, S.M.: & CAMPOS, M.N.M. — Estudo histoquímico de proteínas nas glândulas venenífera e acessória de Bothrops jararaca (Ophidea, Viperidae). Mem. Inst. Butantan, «/«.-41-48, 1978/79. TABELA 1. RESULTADOS DA DETECÇÃO HISTOQUÍMICA DE PROTEÍNAS NAS GLÂNDULAS VENENÍFERA E ACESSÓRIA DE BOTHROPS JARARACA. Reação Glândula venenífe- ra-célula principal sero-mucosa Glândula acessó¬ ria-célula muco- serosa Azul de bromo-fenol (indicativa) + + + + + + Chèvremont e Fréderic (cisteina) — - Ninhidrina-Schiff (a-amino) + + + Ácido perfomico-azul de alcian (cistina) — Lison e Pinheiro (triptofano) + Millon, mod. por Serra e Queiroz-Lopes (Tirosina) + ± Amarelo naftol-S (arginina) + + — — ausência de coloração; ± = coloração atenuada; H — (-+ — coloração intensa. COMENTÁRIOS As glândulas de veneno das serpentes são glândulas exócrinas que secretam complexos protéicos e glico-protéicos e que armazenam o seu produto de secreção na luz das unidades secretoras e do dueto excretor. Kochva e Gans 14' 15, 16, estudando a Vipera palaestinae e três espécies de Crotalinae, foram os primeiros a demonstrar a presença de um complexo carboidrato-proteína na glândula de veneno de Viperidae. As unidades secretoras da glândula de veneno estão representadas por túbulos ramificados, revestidos por um epitélio secretor simples cuja atividade funcional está sob o controle da quantidade de veneno acumu¬ lada : quando a glândula está cheia, o epitélio secretor é cúbico baixo ou pavimentoso e o processo secretor é lento ; quando a serpente utiliza o veneno ou quando o veneno é extraído manualmente, as células secretoras se hipertrofiam e o processo secretor é estimulado 7, l3, 23, 25, 20. O produto de secreção das glândulas de veneno da Viperidae, tem um alto conteúdo de proteínas, algumas das quais foram bem caracteri¬ zadas e possuem propriedades enzimáticas nocivas ou neurotóxicas n. Devido à sua capacidade e produzir grandes quantidades de proteínas, essa glândula possui características únicas e serve como modelo de estudo interessante. O produto de secreção da glândula de veneno de Bothrops jararaca é constituído de um complexo glico-protéico 19 constituído de mucopo- lissacarídeo neutro (P AS-positivo) e dos seguintes radicais protéicos, histoquimicamente detectáveis: a-amino, triptofano, tirosina e arginina. Enquanto que a glândula acessória apresenta, nas células mucoserosas, além de mucopolissacarídeos neutro e ácido 19, os seguintes radicais protéicos: a-amino, cistina, triptofano, tirosina e arginina. 45 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES. R.A.: COSTA, J.R.V.; CAMPOS. S.M.; & CAMPOS, M.N.M. — Estudo histoquímico de proteínas nas glândulas venenífera e acessória de Bothropa jararaca (Ophidea, Viperidae). Mem. Inat Butantan, !,%/!, 3: 41-48, 1978/79. Os diversos trabalhos que tratam da glândula de veneno de serpentes brasileiras restringem-se à cascavel (Crotalus durissus terrificus), a qual possui um alto conteúdo de proteínas, sendo que as duas principais toxi¬ nas (crotoxina e crotamina) representam cerca de 60 por cento das pro¬ teínas totais do veneno 10, 27. A caracterização bioquímica dos ácidos ribonucléicos da glândula de veneno da cascavel sul-americana foi feita por De Lucca e Imaizumi 8 e De Lucca et al. 9. Histoquimicamente, Zago 31 detectou nas células seromucosas, da glândula de veneno da cascavel, os seguintes radicais protéicos : a-amino, triptofano, cisteína e cistina. Tais radicais também foram detectados nas células mucoserosas e seromucosas da glândula acessória. SUMMARY : The proteins of venon and accessory glands of Bothrops jararaca were studied histochemically. It is concluded: 1) the serous-mucous cells of the venon gland shows protein radicais a-amine, tirosine, arginine and tryptophan; 2) the mucous-serous cells of the accessory gland shows protein radicais a-amine, cystine, tryptophan, tirosine and arginine. UNITERMS: Bothrops jararaca, venon and accesory glands, his- tochemistry of proteins. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ADAMS, C.W.M. & SCOPER, J.C. The hypothalamic elaboration of posterior pituitary principies in man, the rat and dog. Histochemical evidence derived from a performic acid-alcian blue reaction for cystine. J. Endocr., 13: 221-228, 1956. 2. BONHAG, P.F. Histochemical studies of the ovarian nurse tissues and oocytes of the milkweed bug, incopeltus fasciatus (Dallas). I. Cytology, nucleic acids, and carbohydrates. J. Morph., 96: 381-439, 1955. 3. BRASILEIRO, I.L.G. Investigações morfológicas sobre grânulos nas cisternas do retículo endoplasmático rugoso das células secretoras de veneno da cascavel sul-americana (Crotalus durissus terrificus) , ao longo de um ano e durante o ciclo secretor. Ribeirão Preto, 1976 (Dissertação de mestrado, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo). 4. CHÈVREMONT, M. & FRÉDERIC, J. Une nouvelle méthode histochimique de mise en évidence des substances à fonction sulphydrile. Application à P epiderme, au poil et à la levure. Arch. Biol., 54:589-605, 1943. 5. DEITCH, A. D. An improved Sakaguchi reaction for microspectrophotometric use. J. Histochem. Cytochern., 9: 477-483, 1961. 6. DE LUCCA, F. L. Estudos sobre os ácidos ribonucléicos da glândula venenífera e do fígado de Crotalus durissus terrificus. Ribeirão Preto, 1970 (Tese, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto — USP). 7. DE LUCCA, F.L., HADDAD, A., KOCHVA, E„ ROTHSCHILD, A.M. & VALERI, V. Protein synthesis and morphological changes in the secretory epithelium of the venom gland of Crotalus durissus terrificus at different tines after manual extration of venom. Toxicon, 12: 361-368, 1974. 8. DE LUCCA, F.L. & IMAIZUMI, M.T. Synthesis of ribonucleic acid in the venom gland of Crotalus durissus terrificus (Ophidia, Reptilia) after manual extraction of the venom. Biochem. J., 130: 335-342, 1972. 9. DE LUCCA, F.L. ; IMAIZUMI, M.T. & HADDAD, A. Characterization of ribonucleic acids from the venom glands of Crotalus durissus terrificus (Ophidia, Reptilia) after manual extraction of the venom. Biochem. J., 139: 151-156, 1974. 46 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LOPES, R.A.: COSTA, J.R.V.; CAMPOS, S.M.; & CAMPOS, M.N.M. — Estudo histoquímico de proteínas nas glândulas venenífera e acessória de Bothropa jararaca (Ophidea, Viperidae). Mem. Inst. Butantan, 12/iS: 41-48, 1978/79. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. GONÇALVES, J.M. & ARANTES, E.G. Estudos sobre venenos de serpentes brasileiras. III — Determinação quantitativa de crotamina no veneno de cascavel brasileira. Anais Acad. Bras. Ciênc., 28: 369-371, 1956. GOSH, B.N. & SARKAR, N.K. Active principies of snake venom. In: Venoms, Wshington, Am. Assoe. Advan. Sei., Vol. 44 (BUCKLEY, E.E. & PORGES, N. eds). KLAUBER, L.M. Poison Apparatus. In: Rattlesnakes, Berkeley, Univ. Cali¬ fórnia Press, vol. II, 1956. KOCHVA, E. Regulação da secreção e injeção de veneno em serpentes Viperi¬ dae. Ciên. Cidt., 25: 867, 1973. KOCHVA, E. & GANS, C. The venom gland of Vipera palestinae. Anat. Rec., 148 : 302-303, 1964. KOCHVA, E. & GANS, C. The venom gland of Vipera palestinae with comments on the glands of some other viperines. Acta Anat., 62:365-401, 1965. KOCHVA, E. & GANS, C. Histology and histochemistry of the venom gland of some crotaline snakes. Copeia, 3: 506-515, 1966. KOCHVA, E. & GANS, C. Salivary glands of snakes. Clin. Toxicol., 5:363-387, 1970. LISON, L. Histochimie et cytochimie animales; príncipes et méthodes; 2e éd., Paris, Gauthier-Villars, 1960. LOPES, R.A.; OLIVEIRA, C.; MAIA CAMPOS, M.N.; MAIA CAMPOS, S. & BIRMAN, E.G. Morphological and histochemical study of cephalic glands of Bothrops jararaca (Ophidia, Viperidae). Acta Zool., 55:17-24, 1974. MARCHI, F. Estudo radioautográfico e bioquímico da secreção de proteínas na glândula de veneno da cascavel sul-americana Crotalas durissus terrificus. Ribeirão Preto, 1976 (Tese, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo). ODOR, D.L. The poison gland of the cottonmouth mocassin, Ancistrodon p. piscivorus, as observed with the electron microscope. J. Morph., 117: 115-134, 1965. ODOR, D.L. & GENNARO, J.F. The poison gland of the cottonmouth moccasin, Ancistrodon p. piscivorus, as observed with the electron microscope. Anat. Rec., 136: 343, 1960. ORON, V. & BDOLAH, A. Regulation of protein synthesis in the venom gland of viperid snakes. J. Cell Biol., 56: 177-190, 1973. PEARSE, A.G.E. Histochemistry: Theoretical and Applied 3a ed, London, Churchill, 1968. ROTENBERG, D.; BAMBERGER, E.S. & KOCHVA, E. Studies on ribonucleic acid synthesis in the venom gland of Vipera palestinae (Ophidia, Reptilia). Biochem. J., 121:609-612, 1971. SHAHAM, N. & KOCHVA, E. Localization of venom antigens in the venom gland of Vipera palestinae using a fluorescent-antibody technique. Toxicon, 6:263-268, 1969. SLOTA,) K.H. & FRAENKEL-CONRAT, H. Two active proteins from rattles- nake venom. N ature (Lond.), 142: 213, 1938. WARSHAWSKY, H.; HADDAD, A.; GONÇALVES, R.P. VALERI, V. & DE LUCCA, F.L. Fine structure of the venom gland epithelium of the South American rattlesnake and radiiautographic studies of protein formation by the secretory cells. Am. J. Anat., 138: 79-120, 1973. WOLTER, M. Die Giftdrüse von Vipera berus. Jen. Z. Natunv., 60: 305-362, 1924. 47 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan J>2/I>S: 49-64. 1978/79 CASOS TERATOGÊNICOS EM BOTHROPS ATROX (SERPENTES: VIPERIDAE : CROTALINAE) Pedro Antonio FEDERSONI JÚNIOR* RESUMO: A partir de uma fêmea prenhe chegada de lquuos, Peru, nasceram 33 filhotes, aparentemente normais morfológica e anatomicamente e todos vivos. Desses descendentes, formaram-se aleatoriamente, na vida adulta, casais, entre os irmãos, que pro¬ duziram filhotes com graves problemas teratogênicos e mortalidade elevada em todas as ninhadas, já nos primeiros meses. Percentual¬ mente, constatou-se: 0% de teratogenia e natimortos na ninhada inicial e 15,16% de mortes até os 6 meses de idade, em contrapo¬ sição com as três ninhadas seguintes, designadas por A, W, e X, respectivamente com: Natimortos — 11,11%; 0% e 20% — Tera- togênese — 5,55%; 3,45% e 26,66% — Mortalidade até os 6 meses — 88,89%, 65,51% e 73,34%. UNITERMOS: Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) — Reprodução — Teratogênese. INTRODUÇÃO Iniciou-se em 21 de agosto de 1974 a criação de serpentes Bothrops atrox, que nasceram em número de trinta e três em cativeiro, provenientes de uma fêmea chegada prenhe de Iquitos, no Peru 3. Com tentativas de nova fecundação entre os irmãos dessa ninhada, em fase adulta, alguns casais foram pareados e dos cruzamentos apa¬ receram alguns casos de teratogenia simples. Nenhum caso deste tipo foi encontrado na literatura, apesar de existir bibliografia relativamente grande sobre esses monstros, principalmente em serpentes. MATERIAIS E MÉTODOS Com o crescimento dos filhotes nascidos da primeira matriz vinda do Peru, adotaram-se vários métodos de criação de serpentes em laboratório e a tentativa de acasalamento dos irmãos já em fase adulta foi realizada aleatoriamente em gaiolas de madeira de 55 cm de comprimento, por 40 cm de largura, por 30 cm de altura, com metade da área da base pre- Seção de Herpetologia do Instituto Butantan. 49 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratoKênicos em Bothropa atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mem. Inst. Butantan, U2/JtS: 49-64, 1978/79. enchida por terra úmida e a parte posterior com folhas de papel jornal. Desta maneira foram formados seis casais. Todas as fêmeas sobreviventes na época, foram pareadas com os machos mais desenvolvidos e de maior porte. Foi no ambiente descrito que copularam e que começaram a nascer os filhotes, produtos dos cruzamentos planejados na terceira etapa do trabalho “Observações sobre uma ninhada de Bothrops atrox ...” 3. A temperatura do biotério foi mantida entre 19° e 23°C no inverno e entre 24° e 29°C no verão, com umidade relativa entre 60 e 80% durante o ano todo. A todos os animais foi oferecido um ou mais camundongos a cada 14 dias. A umidade da terra não sofreu modificações bruscas e a água foi oferecida regularmente em abundância. Aparentemente não aconte¬ ceram fatores stressantes, além da contenção para anotar as medidas tomadas a cada 14 dias para se acompanhar o crescimento e o aumento de peso dos animais. Nas últimas semanas de prenhez, as fêmeas foram somente pesadas, mas não medidas, para não forçar a musculatura e não comprometer a contenção dos fetos. De nenhum animal acasalado foi extraído veneno e nenhum deles serviu para demonstração ao público. Da serpente que é aqui descrita no segundo caso e que apresentou a parte posterior do corpo enovelada, foram tiradas radiografias em duas posições, com o aparelho Mamo-Diagnostic Phillips, com 25kV e 70 ma. OBSERVAÇÕES l.° CASO Um dos casais, constituído da fêmea de número 2 e o macho de número 22, nascidos em cativeiro, depois de cópula não presenciada por nós, tiveram como rebentos, no dia 16 de outubro de 1977, 18 filhotes, dos quais dois mortos e um com malformação mandibular. Aleatoriamente, foram numerados com o designativo de A, indicando o casal paterno A. O filhote de número 10-A, macho, _ aparentemente normal, observado mais atentamente, constatamos que tinha as mandí¬ bulas muito menores que o maxilar (fig. 1 e 2V A folidose dessa serpente é a seguinte : Escamas dorsais — 25/25/19 ; Ventrais — 195; Anal inteira; Subcaudais — 68/68; Comprimentos: Cabeça — 16,8 mm; Corpo — 237 mm; Cauda — 41 mm. Apesar da diferença marcante que existe no tamanho dos maxilares superiores e inferiores, a folidose, tanto das supra como das infralabiais é a mesma dos animais normais, contendo n~s infralabiais 9/9 escamas e 7/7 nas supralabiais. A traquéia e a língua terminam em posição muito posterior em relação ao normal. Na parte superior da boca, todas as disposições são aparentemente perfeitas, mostrando uma anatomia normal. O comportamento dessa serpente em especial foi menos agressivo que o das irmãs; ela passou sem comer desde o nascimento até a morte, num período de 51 dias. O fato de não comer por todo esse período é normal para todas elas, pois passam a aceitar normalmente a alimentação a partir de 70 dias em média. 50 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 2 3 4 5 6 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratoEenicos em Bothropa atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mcm. Inst. Butantan, 42/43: 49-64, 1978/79. 2.° CASO Posteriormente, a mesma fêmea de número 2 foi colocada em acasa¬ lamento com outro macho, de número 19, uma vez que o número 22 foi sacrificado em 30-5-78, por ter apresentado um tumor bucal de grandes proporções. A partir desse acasalamento, houve nova cópula, não presenciada; e a fêmea pariu no dia 24-1-79, 29 filhotes, todos vivos e aparentemente normais, com exceção do numerado com o designativo 29 W, de sexo ignorado, devido à impossibilidade de observação, que apresentou proble¬ mas teratogênicos graves e passa a ser comentado. DESCRIÇÃO DO CASO — O terço anterior é normal, apresentando, até a escama ventral número 58 (figs. 3 e 4) todas as caracteiísticas da espécie, com a seguinte folidose: Dorsais — 25/25, até onde so pode contar com segurança ; Supralabiais — 7/7 ; Infralabiais — 9/9 e tamanho da cabeça (post-mortem) — 16,9 mm. Fig. 3 — Teratelessomaturo — Vista ventral — Normal até a placa ventral n.° 58 — Cabeça normal. 52 SciELO 10 11 12 13 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogcnicos em Bothropa atrox (Serpentes; Vipericlae; Crotalinae) Mem. Inst. Butantan, J*2/h3: 49-64, 1978/79. Fig. 4 — Teratelessomaturo — Vista dorsal — Normal no primeiro terço. Os dois terços posteriores apresentaram-se enrolados em posição anormal, com ligaduras em cada volta, formando um novelo, onde se distinguem malformações da coluna vertebral, com uma série de corcovas (figs. 5 e 6). De um e de outro lado, as placas ventrais se fundem, enovelando-se e se ligam formando emaranhados que mal permitem perceber um esboço das posições da cloaca e da inserção do cordão umbilical (figs. 6, 7 e 8). A cauda, ainda enrolada em posição fetal, é completamente colada ao restante do corpo e aparece além da cloaca. Após a morte do animal, apareceu uma abertura (ruptura por desli¬ gamento das placas ventrais — fig. 8), por onde se percebe um vazio entre os dobramentos. Foram tiradas radiografias do animal, em duas posições, segundo técnicas atuais (figs. 9 e 10). Das várias tentativas, a que mais se adaptou a este caso, e a radiografia que ofereceu maior resolução óptica foi a conseguida pelo aparelho Mamo-Diagnostic Phillips, com 25 kV. e 70 ma., destinado à detecção de tumores de seio em humanos. Para 53 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 •T3DERS0NI JR., P.A. — Casos teratogênicos em fíothropa atroz (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mem. Inst. Bntantan, 42/48: 49-04, 1978/79. ig. 5 — Teratelessomaturo — Vista vertebral em detalhe das corcovas criadas pelas malformações da coluna vertebral. í ig. 6 Teratelessomaturo Detalhe das corcovas da coluna vertebral — Note-se as ligaduras das placas ventrais. 54 SciELO FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratopênicos em fíothrops atrox Mem. Inst. Butantan, 42/43: 49-64, 1978/79. (Serpentes V ípendae Crotalinae) 1 C *Y1 1 Fij?. 7 — Teratelessomaturo — Detalhes da cauda, cloaca e cicatriz umbilical. esta publicação foi feita uma chapa positiva do material estudado, o que permite uma visão mais pormenorizada. Nota-se perfeitamente os vazios existentes entre os dobramentos da coluna e um vazio mais evidente onde está a ruptura externa, mostrando a ausência de coluna e de órgãos. Na bibliografia consultada, que se refere em mais de 90% dos casos a monstros compostos, não foi encontrada menção de casos pare¬ cidos com este, e a nomenclatura existente não satisfaz à descrição deste tipo de monstruosidade; por isso propomos o termo TERATELESSO¬ MATURO, indicando teratogenia ocorrida na porção distai do corpo e na cauda. Este animal, apesar da monstruosidade conseguiu sobreviver por 45 dias até 9-3-79. Nos primeiros oito dias não se percebiam movimentos de locomoção; somente foram percebidos movimentos intermitentes da musculatura 55 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogônicos em Bothrops atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mcm. Inst. Butantan, 42/.$S:49-64, 1978/79. Eig. 8 — Teratelessomaturo Detalhes da cauda, cloaca, cicatriz umbilical e corcovas vertebrais. lateral do corpo (movimento comum em Bothrops) e os movimentos de língua. Presumimos que o movimento da parte anterior desligada do “novelo” posterior era doloroso, uma vez que a qualquer tentativa o animal retor¬ nava para a mesma posição original, imediatamente. Após o nono dia, conseguiu se movimentar : colocando a parte ventral da cabeça a aproximadamente dois centímetros da parte anterior no piso da gaiola e puxando para a frente, a extremidade posterior por arrasto ; num movimento que lembrava a locomoção das lagartas Geometridae, iniciando novamente o movimento de lançamento da cabeça para a frente, e assim sucessivamente. Esse movimento se desenvolveu a ponto de a serpente cruzar a caixa de 25 cm x 16 cm em poucos golpes. Devido à total incapacidade de locomoção para chegar ao pote com agua nos primeiros dias, foi colocada uma manta de algodão hidrófilo 56 cm SciELO FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogênicos em Uothrops atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mcm. Inat. Butantan, W/kS: 49-64, 1978/79. T*ÍS Fig. 9 — 10 — Teratele8somaturo — Radiografias em positivo — Note-se oe claros que não têm conteúdo ósseo, nem visceral. molhado no piso da caixa, para umidificar-lhe o ambiente e não haver desidratação, ao mesmo tempo que se ofereceu água em uma placa de Pettri rasa. Por duas vezes a serpente foi surpreendida com o corpo enovelado nas imediações da água e a cabeça aparentemente em posição de estar bebendo. Com o passar do tempo, as posições foram sendo variadas e aparen¬ temente as manifestações dolorosas de postura sedaram aos poucos e o animal, por várias vezes tentou botes de ataque contra algo que o molestasse. Não se lhe ofereceu comida, uma vez que não havia lugar evidente onde se alojaria a alimentação, já que o emaranhado dificultaria de muito o trânsito do bolo alimentar. Além disto, antes da morte não era possível se perceber a abertura cloacal e o receio era o de não haver uma comunica¬ ção com o exterior. No dia 6 de março de 1979, iniciou-se a fase ativa de muda de pele; fase em que o animal normal roça o corpo contra obstáculos. A serpente em questão, não tendo possibilidade de locomoção perfeita, demorou três dias para remover a parte anterior da pele e, esta, enrolando-se para trás, formou como que um garrote no início da parte enovelada. Concluímos que uma das causas que contribuiu para a sua morte foi a possível forma¬ ção de um garrote circulatório e respiratório naquele local. A morte acon¬ teceu três dias após o início da muda. 57 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogênicos em Bothropa atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mem. Inat. Butantan, ^f/^J:49-64, 1978/79. 3.° CASO Outro casal, composto pela fêmea de número 20 e macho de número 18, teve cópula não presenciada por nós e, no dia 29-1-79, a fêmea pariu 15 filhotes, que receberam o numeral seguido do designativo X, indicando pertenceram ao casal X. Desses filhotes, 11 eram aparentemente e exter¬ namente normais e 4 apresentavam malformações na cabeça, mais especi¬ ficamente a ausência de olhos. O filhote designado por 12 X, macho, viveu por vinte e quatro horas e apresentou como problema a ausência dos dois olhos, não apresentando, nem globo ocular, nem órbita, nem as escamas normais dessa região. A mandíbula é alguns milímetros maior que o maxilar superior (Figs. 11, 12 e 13) Folidose: Dorsais — 25/25/21; Ventrais — 200; Anal inteira; Sub- caudais — 61/61 ; Supralabiais — 7/7 ; Infralabiais — 9/9 ; Comprimen¬ tos : Cabeça — 12,8 mm ; Corpo — 225 mm. ; cauda — 25 mm. Fig. 11 — Vista lateral direita — Ausência do globo ocular e da órbita — Mandíbula ligeiramente maior que o maxilar superior. Fig. 12 Vista lateral esquerda — Ausência do globo ocular e da órbita — Mandíbula ligeiramente maior que o maxilar superior. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 í EDERSONI JR., P.A. — Casos teratogênicos em Bothropa atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinaej Mcm. Inat. Butantan, 4S/43: 49-64, 1978/79. 1 cm. Fig. 13 — Vista dorsal da cabeça — Ausência dos dois olhos e das duas órbitas sobressaindo em relação ao comprimento. Note-se a mandíbula b.° CASO 0 filhote de número 13 X, macho, natimorto, apresentou malformação na cabeça, do lado esquerdo, com ausência de globo ocular e órbita, e de¬ formação das escamas implicadas na região e também nas primeiras por¬ ções da coluna vertebral, mostrando um ligamento de placas ventrais e o não desprendimento das mesmas após a fase fetal. As placas implicadas são aquelas correspondentes de 9 a 30, a partir da cabeça (figs. 14, 15 e 16). Folidose: Dorsais — 25/25/19; Ventrais — 195; Anal inteira; Sub- caudais — 58/58; Supralabiais — 7/7; Infralabiais — 10/9 (com ano¬ malia, não apresentando a sinfisial) ; Comprimentos: Cabeça — 17,2 mm. ; Corpo — devido à malformação, não é possível especificar com seguran¬ ça ; Cauda — 35 mm. Fi|f. 14 _ Vista lateral esquerda — Ausência do olho esquerdo e ligamento das placas ventrais da região paranucal posterior. 59 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogênicos em Bothrops atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mem. Inst. Butantan, 4*/4J;49-64. 1978/79. Ai ; 1 cm. Fig. 15 — Vista lateral direita — Aspecto normal da cabeça e do olho — Mandíbula ligeiramente maior que maxilar — Coluna vertebral deformada pelos ligamentos ventrais. I Z r? & i cm. i’ Fig. 16 — Vista ventral — Ligamento entre as placas ventrais da região anterior do corpo, entre as de números 9 a 30. Aspecto normal das infralabiais. 5.° CASO O filhote de número 15, fêmea, natimorta, apresentou a região ocular esquerda fechada ; com escamas normais da região, como se o globo ocular estivesse presente. Após exame e a retirada de diversas camadas de ma¬ terial vitelínico, percebeu-se a ausência do globo ocular direito e um amas- samento dessa região (fig. 17). Folidose: Dorsais — 25/25/21; Ventrais — 204; Anal inteira; Sub- caudais — 64/64; Supralabiais — 7/7; Infralabiais — 9/9; Comprimen¬ tos : Cabeça 14,9 mm ; Corpo — 221 mm. ; Cauda — 28 mm. 60 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogênicos em Bothrops atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mem. lnat. Butantan, 42/48: 49-64, 1978/79. i cm. - 1 Fig. 17 — Vista lateral direita — Presença de órbita ocular e ausência de globo. 6.° CASO Filhote de número 11 X, macho, região ocular esquerda anômala, com ausência de órbita e de globo ocular. Escalas da região, completamente anômalas. Folidose : Dorsais — 25/25/21 ; Ventrais — 203 ; Anal inteira ; Sub- caudais — 60/60; Supralabiais — 8/8; Infralabiais — 11/10; Compri¬ mentos: Cabeça — 15,9 mm; Corpo — 231 mm; Cauda — 32 mm. DISCUSSÃO A fêmea matriz vinda prenhe de Iquitos, Pe.u, era aparentemente normal e gerou 33 filhotes também normais e com índices de^ sobrevivên¬ cia e longevidade elevados. Essa geração nascida em laboratório, quando pareada, produziu descendentes que apresentaram manifestações de irre¬ gularidades anatômicas e morfológicas. Comparando percentualmente as diversas ninhadas dessa segunda geração podemos chegar a algumas con¬ clusões. Para o cômputo de todos os dados constantes da tabela, tomou-se como ponto final para os cálculos, o dia L°/7/79 e a tabela foi dividida em períodos de acordo com os lotes etários. Desta maneira, temos na tabela I, todas as ninhadas e as percentagens de monstros, de natimortos e de sobreviventes em cada período. Os animais anotados com * foram sacrificados ou não tiveram morte natural. 61 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Ca^os teratoprênicos em Bothrops atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae Mem. Inst. Butantan, 42/4^:49-64, 1978/79. TABELA I Filhotes F, Filhotes A Filhotes W Filhotes X N.° % N.° % N.° % N.° % Natimortos 0 0 2 + 1* 16,66 0 0 3 20,0 Malformações 0 0 1 5,55 1 3,45 4 26,66 Morte até 15 dias 0 0 8 44,44 0 0 0 0 Morte até 1 mês 1 3,03 1 5,55 0 0 3 20,0 Morte até 2 meses 1 3,03 0 0 6 20,69 0 0 Morte até 3 meses 1 3,03 4 22,22 0 0 0 0 Morte até 4 meses 2 6,06 0 0 12 41,38 0 0 Morte até 5 meses 1* 3,03 0 0 0 0 2 13,33 Morte até 6 meses 0 0 0 0 0 0 3 20,0 Sobreviventes 27 84,84 2 11,11 10 34,49 4 26,66 Morte antes de 11 meses 3 9,09 1 5,55 9 9 9 9 Sobreviventes 25 75,75 1 5,55 9 9 9 9 Morte até 3 anos 7. 21,21 9 9 9 9 9 9 Morte até l.°-7-79 g***« 24,24 9 9 9 9 9 9 Sobreviventes até l.°-7-79 9 27,27 1 5,55 10 34,49 4 26,66 CONCLUSÕES Houve fecundação da fêmea matriz, fora do cativeiro, possivelmente por um macho não consangüíneo (nada podemos afirmar a esse respeito, uma vez que a serpente chegou do Serpentário do Departamento de Ani- males Venenosos dei Instituto de Salud Publica de Peru e estava lá desde 6 de novembro de 1973, ingressando no Instituto Butantan somente em 6 de junho de 1974 e aqui foi separada em gaiola individual). Temos que levar em consideração que essa serpente veio de sua região original, já que o serpentário se encontra na mesma localidade de captura, portanto, tem¬ peratura, umidade e pressão atmosférica oscilaram da mesma maneira costumeira para a região, nos possíveis primeiros dias de formação em¬ brionária dos filhotes nascidos no Brasil. A reprodução conseguida a partir de irmãos, filhos da matriz, pro¬ vocou malformações em vários animais e podemos levar em consideração os seguintes fatores: 62 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogênicos em Bothropa atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Mem. Inst. Butantan, 42/43: 49-G4, 1978/79. 1 — Consanguinidade dos irmãos pareados, fator já amplamente estudado em outros casos 7 e 9, onde fatores recessivos são postos em evidên¬ cia de maneira catastrófica nesses casos. 2 — Temperatura, Umidade e Pressão Atmosférica — Evidenciamos o fato de que variando somente um desses fatores pode-se variar uma série de manifestações fenotípicas ; a implicação se torna ainda maior quan¬ do concluímos que as três condições modificaram e oscilaram para os animais em questão, ocorrendo até, com o passar do tempo a mudança de épocas de nascimento e até, possivelmente, de fecundação (Não podemos informar sobre o último, pois as cópulas não foram presenciadas). Com relação a esses nascimentos, ocorreram nas seguintes datas : Fêmea matriz — 21-8-74 ; Casal A — 16-10-77 ; Casal W — 24-1-79 ; Casal X — 29-1-79. Deve-se evidenciar que o ambiente de todos os casais foi o mesmo ; o tratador, intervalo entre alimentações, tamanho de gaiolas, oferecimento de água também foram os mesmos. Enquanto a fêmea original, em seu parto não teve natimortos, nem teratogênicos aparentes e uma mortalidade de somente 15,16% nos pri¬ meiros seis meses de vida; nos casos de geração F^, os índices chegam a pontos calamitosos, como no caso do casal A, que apresentou dois natimor¬ tos, sem contar um filhote que nasceu morto três dias antes do nascimento do restante dos irmãos e com características de ainda não estar embrio¬ nariamente formado totalmente, uma vez que a pele estava muito clara, viscosa e intumescida. Além disto, a fêmea pariu um filhote com malfor¬ mação bucal, representando percentualmente 16,66% de natimortos e 5,55% de malformações. O fato se torna mais grave na geração do casal X, com 26,66% de teratogênicos e 20% de natimortos. O que mais se evidenciou dentro da experiência passada foi que na geração ancestral, a morte de fêmeas superou a de machos, fato que não cabe discutir nesta experiência, mas vale lembrar que nos seis casos de teratogenia aqui discutidos, cinco eram machos. Posteriormente publicaremos estatisticamente a lelação do fatoi sexual em comparação com a mortalidade. AGRADECIMENTOS Agradecemos a incansável ajuda prestada pelo sr. Joaquim Cavalhei¬ ro na criação dos animais, na manutenção da higidez e na tomada de dados biométricos. Queremos deixar também, um especial agradecimento ao Instituto de Radiologia Clínica — Seção de Rádio Diagnóstico, na pessoa de seu Diretor Dr. Mário Finocchiaro e equipe, que possibilitou com sua técnica e experiência a confecção das radiografias com alto poder de íesolução óptica. E ao sr. Pedro Hashinaga pela paciência com que adequou a re¬ velação das fotos a partir das radiografias. 63 SciELO 13 14 FEDERSONI JR., P.A. — Casos teratogônicos em Bothropa atrox (Serpentes; Viperidae; Crotalinae) Me m. Inst. Butantan, W/iS: 49-64, 1978/79. ABSTRACT: A specimen of Bothrops atrox from Iquitos, Peru, gave birth to 33 offsprings, all appearently normal. Inbreeding between these offsprings give origin to several teratologic pro- blems. High mortality. No mortality or teratologic malformation in the first generation and 16% mortality during the first 6 months. In the following generations (A, W and X) we observed respectively : dead born 11,11%: 0% and 20%. Teratologic speci- mens 5,55%; 3,45% and 26,66%. Mortality during the first six months 88,89%, 65,51% and 73,34%. UNITERMS: Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) — Reproduetion — Teratogenesis. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. BELLUOMINI, H. E. — Serpenti Bicefali — Revisione dei materiale esistente nell” Instituto Butantan, Departamento de Zoologia e nell’ Instituto Pinhei¬ ros, S. P., Brasil — Estrato dali’ Archivio Zoologico Italiano; 50: 129-144, 1965. 2 GRASSÉ, P. P. — Traité de Zoologie — Anatomie, Systématique, Biologie — Reptiles — 14 (3) : 859-986, 1970. 3 IIOGE, A. R. & P. A. FEDERSONI JR. — Observações sobre uma ninhada de Bothrops atrox (Linnaeus — 1758) — (Serpentes: Viperidae: Crota¬ linae) — Mem. Inst. Butantan : 40 Hl: 19-36, 1976/77. 4. MURPHY, J. B. & J. A. SHADDUCK — Reproduetion in the eastern Diamond- back Rattlesnake, Crotalus adamanteus in captivity, with comments regar- ding a teratoid birth anomaly — Brit. Jou.ru. Herp. 5: 727-733, 1976. 5. NAKAMURA, K. — Studies on some specimens of double monsters of snakes and tortoises — Mem. Col. Sei. Kioto Irnper. Univr. — Serie B — 14 (2 ;7) : 171-191 + pl., 1938. 0. OCHOTERENA, I. — Estúdios de Teratologia — An. Inst. Biol. Mex. — 9 (3-4) : 365-377, 1938. 7. SAINT-HILAIRE, M. I. G. — Histoire Générale et Particulière des Anomalies de 1’Organization chez 1’Homme et les Animaux... Des Monstruosités des Varietés et des Vices de Conformation ou Traité de Teratologie — I, II, III Tomes + Atlas, 1836. 8. SCHNELLE, G. F. — Veterinary Radiology — North. Am. V et. — 22 (2) : 103-106, 1941. 9. SILVESTRI, A. & G. C. LUGHI — Consaguinitá e Teratologia — II Con¬ gresso Veterinário — Progresso Veterinário — 14(19): 725-728, 1959. 10. VATTI, G. — Ginecologia y Obstetrícia Veterinária: 341-349 — México, 1962. 64 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Alem. lnet. Butcntan 42/4S; 65-70, 1978/79 ADENOPATIA ANGIO-IMUNOBLÁSTICA. APRESENTAÇÃO DE TRÊS CASOS Jesus Cailos MACHADO* Osvaldo GIANNOTTI PILHO* RESUMO: Os autores apresentam e analisam o quadro histopa- tológico da assim chamada Adenopatia Angioimunoblástica, face série de casos do Departamento de Anatomia Patológica do Hospital A. C. Camargo. A identificação dessa afecção é importante além da sua informação como entidade nosológica porque nos seus estádios iniciais ela é sensível a corticoterapia, o que pode prevenir a possibilidade da sua transformação sarcomatosa descrita por alguns autores. UNITERMOS: Adenopatia angio-imunoblástica. Linfoadenopatia imunoblástica. Linfoma Maligno. SUMMARY : The authors present a series of three cases of Angio- immunoblastic lymphoadenopathy from the Department of Pathology of the A. C. Camargo Hospital. The identification of the lesion is very important because in the beggining it is sensitive to the corticotheraphy, preventing the possible sarcomatous transformation. They also present the histopathology of the process and discuss the diferential diagnosis with Hodgkin’s disease, immunoblastomas and dysproteinemias. INTRODUÇÃO O reconhecimento da Adenopatia-angio-imunoblástica ou Linfoade¬ nopatia imunoblástica, como entidade clínica isolada, mostra como ainda o estudo puramente morfológico pode por si só caracterizar a existência de outras que ainda devem existir dentro do grupo dos assim chamados Linfomas Malignos. Desde a descrição clássica de Frizzera, Moran e Rappaport em 1974 1 e a apresentação de uma série de casos por Lukes e Tindle em 1975 ', Schultz e Yunis r' e Mathé e colab. em 1976 vem sendo aceita a identificação dessa nova entidade. O quadro clínico segundo Mathé e col. - é descrito como apresentando, febre, sudorese abundante, perda de peso “exantemas” cutâneos, macropapulas, prurido e adenome- galias generalizadas. A hepatomegalia é inconstante (50% dos casos). Hospital A. C. Camargo. F. A. P. Endereço para correspondência: Rua Prof. Antonio Prudente, 211 — São Paulo. 65 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 MACHADO, J.C. & GIANNOTTI, F.° O. — Adenopatia angio-irminoblástica. Apresentação de três casos. A/em. Inst. Butantan, 42/43: 65-70, 1978/79. De acordo com as séries de casos apresentados os sexos são com¬ prometidos igualmente e a idade média varia em torno dos 57 anos, sendo o mais jovem 48 anos. O quadro clinico ainda é enriquecido com uma disglobulinemia policlonal e anemia hemolítica. O quadro anatomo patológico descrito pelos diversos autores compreende uma neoformação vascular característica, acompanhada de proliferação celular polimorfa rica em imunoblastos. às vezes podemos encontrar depósitos acidofilicos intercelulares. Há uma desorganização da arquitetura do nódulo linfático e a proliferação celular pode ultrapassar a cápsula e comprometer o tecido em derredor. Por vezes encontra-se a presença de células epitelioides isoladas ou agrupadas. MATERIAL E MÉTODOS O nosso material consta de 3 casos do Departamento de Anatomia Patológica do Hospital A. C. Camargo (Fundação Antonio Prudente). O caso n.° 1 trata-se de um paciente com 35 anos, do sexo masc. e de cor branca. Queixa principal — Febre, aumento de linfonodos generalizados, inicialmente com quadro sugestivo de mononucleose infecciosa. Evoluiu para óbito em poucos meses. O caso n.° 3, é de um paciente de 63 anos, cio sexo masc., de cor branca. A queixa principal é de aumento de linfonodos inguinais (principalmente) axilares e cervicais há 1 ano. O caso n.° 2, trata-se de um paciente de 45 anos, do sexo fem., de cor parda. A queixa principal a de aumento dos linfonodos auxiliares e cervicais há 6 meses. A parte da evolução clínica será publicada à parte. Dos três casos foram examinados os gânglios linfáticos periféricos, retirados cirurgicamente para diagnóstico anatomo-patológico. Este foi realizado utilizando-se a coloração rotineira do H. E. e as especiais de impregnação argêntica e PAS. RESULTADOS O quadro anátomo-patológico dos gânglios linfáticos (corados pela H. E.) mostrou ser representado por perda da estrutura histológica normal e sua substituição por neoformação vascular marcante, ocupando tanto a cortical como a medular. O parênquima foi substituído por mistura organizada de células, sendo predominante os imunoblastos, plas- moblastos e plasmacélulas. Ainda o compõe, polimorfonucleares neutró- filos e raros eosinófilos. Chama a atenção por vezes a presença esparsa de citonecrose (caso 1) nos polimorfonucleares e plasmacélulas. Raros macrófagos. Alguns vasos menores mostram o lume cheio de polimorfo¬ nucleares neutrofílicos. Dois focos de deposição de material acidofílico, fibrilar, foram observados. A cápsula é discretamente espessada. No caso 3, a presença de células epitelioides é mais evidente, apresentando-se ora isoladas ora agrupadas. O tecido adiposo que envolve uma parte do linfonódo está com¬ prometido, notando-se fenômenos degenerativos dos adipocitos ao lado de neoformação vascular característica. Alguns pré-capilares estão oclui- SciELO 10 11 12 13 66 MACHADO, J.C. b- 70, 1978/79. Gânglio linfático. Cápsula nítida e parênquima homogeneizado pela proliferação vascular e presença de células redondas. M1CROF. 1. Comprometimento do tecido adiposo peri-panglionar linfático pela neoformação vascular e células redondas. MICROF. 2. SciELO cm MACHADO, J.C. & GIANNOTTI, F.° O. — Adenopatia angio-imunoblástica. Apresentação de três casos. Mem. Ivst. liutantan, W/ltS: 65-70, 1978/79. MICROF. 3. Col. H. E. 400 x. Aspecto da neoformação vascular e das células presentes no parênquima representadas por imunoblastos, linfócitos e plasmacélulas. MICROF. 4. Col. H. E. 200 x. Col. H. E. 200 x. Maior aumento do comprometimento do tecido adiposo com focos degenerativos e proliferação de linfoplaamocitos, macrofagos e numerosos polimorfonucleares. 68 SciELO 10 11 12 13 MACHADO, J.C. & GIANNOTTI, F.° O. — Adenopatia angio-imunoblástica. Apresentação de três casos. A/cm. Inat. Butantan, 42/.'t3: 65-70, 1978/79. dos ora por massa hialina ora por polimorfonucleares. O tecido está infiltrado por plasmoblastos, plasmacélulas e polimorfonucleares. Há aqui maior proliferação de macrófagos com células epitelióides caracte¬ rísticas, de citoplasma acidofílico, ora isoladas ora agregadas, provavel¬ mente neoformadas mais em decorrência dos fenômenos degenerativos do tecido adiposo. Os endoteliócitos e os blastos possuem nucleólos acido- fílicos que não podem ser considerados do tipo inclusão. DISCUSSÃO O diagnóstico da linfoadenopatia angio-imunoblástica é realizado pelo seu quadro clínico, por vezes não muito característico e principal¬ mente pelo aspecto anátomo-patológico conforme aquele descrito por Frizzera, Moran e Rappaport 1 e remarcado por. Mathé e col. I Chama a atenção desde logo o aumento do nódulo linfático com espessamento da cápsula e a completa desorganização da estrutura histológica normal. Desaparecem a delimitação entre a cortical e medulai, homogeinizando-se o quadro pela neoformnção vascular característica. Os vasos predominam no campo, chamando a atenção os neoformados pelos endoteliócitos salientes. Encontramos nos nossos casos vasos pié-capilaies com o lume por vezes ocluído por polimorfonucleares demonstrando íeação inflama¬ tória característica. Também interessante é a presença da citonecrose dos polimorfonucleares e das plasmacélulas por. nós obseivada. em .um caso Estes elementos ao lado de plasmoblastos, imunoblastos, histiócitos e células epitelióides em número variável compõe o parênquima do gânglio linfático. O polimorfismo das células merece diagnostico diferen¬ cial com os Imunoblastomas linfoplasmocitóides e disprotemermas tipo Mol. de Waldestrom, enquanto que a presença de células epitelóides ou de blastos com nucleólos acidofílicos pode levar a confusão com a Moléstia de Hodgkin. Encontramos realmente não so imunoblastos mas também endoteliócitos com nucleólos evidentes acidofílicos, mas que não podem ser catalogados como de inclusão. Portanto a confusão com veidadeiras células de Sternberg não pode ser considerada. Em todos os casos foi observada a presença da neoformação vascular, acompanhada das células descritas no tecido adiposo peri-ganglionar Tais casos, podem segundo a experiência dos outros autores evoluir para um sarcoma verda¬ deiro e seria comparável a reação enxerto-hospedeiro observado em casos de experimentação. Sem dúvida, resta o exame de mais casos para conclusão definitiva sobre esses aspectos. BIBLIOGRAFIA 1. FRIZZERRA, G.; MORAN, E.M. & RAPPAPORT, H. Angioimmunoblastic lymphadenopathy with dysprotememia. Lancet, 1: 10(0-10/3, 1974. 2 MATHÉ, G.; AMIEL, J.L.; GERARD-MARCHANT, R.; CAILLOU, B.; PICO, P.L. & MACHOVER, D. Les adenopathies angio-imunoblastiques. Nouveite Presse Medicale, 5(24): 1515-1519, 1976. 3 LENNERT K & MESTDAGH, J. Lymphogranulomatosen mit Konstant hohem epithelôidzellgehalt. Virch. Arch. Path. Anat, SU: 1-20, 1968. 69 cm 6 SciELO 10 11 12 13 14 15 Mcm. In*t. Butantan 42/43: 71-76, 1978/79 BLASTIC TRANSFORMATION AND CYTOGENETIC STUDIES OF PERIPHERAL BLOOD LYMPHOCYTES FROM LYMPHOSARCOMATUS PATIENTS, AFTER STIMULATION BY PHYTOHEMAGGLUTININ * L. DENARO** F.G. de LANGLADA** J.C. MACHADO** M. I. ESTEVES** A. ABRÃO*** R.S.L. CAPPELLANO*** ABSTRACT: Short term cultures of PBL, stimulated by PHA, were used for the study of the blastic transformation rate and the cytogenetics of two patients carrying non-Hodgkin’s lymphomas. Immunologically, the two patients showed no repression of the T lymphocyte population. Cytogenetically, there were evidenced somo ehromosomal aberrations, although they were not patognomonic. UNITERMS: Non-Hodgkin’s lymphomas; blastic transformation; cytogenetics. INTRODUCTION Phytohemagglutinin (PHA), classified among the non specific mitogens, exerts its effect predominantly on the lymphocyte T cell population. When human normal peripheral blood lymphocytes (PBL) are cultured in the presence of PHA, in a interval of 3 — 4 days, 60 to 80% of the lymphocytic population attain a blastic morphology. The remain of the population, even when maintained for several days under these conditions, did not show any morphological transformation and after 10 to 14 days, the growth curve of the culture starts to decline, occurring death of all cells on about the 17th day. In these cultures, the first mitotic figures appear between the 24 and 48th hours of culturing and are more numerous at about 60-72 hours h *■ *• "• 7| 12. * This work was supported by the FEDIB, CNPq and DINECRODE. ** Laboratório de Citopatologia, Secção de Anatomia Patológica e Divisão de Patologia do Instituto Butantan. *** Departamento de Cirurgia Abdominal do Instituto Central — Hospital A. C. Camargo (Fundação Antonio Prudente). 71 SciELO 10 11 12 13 DENARO. L.; LANGLADA. F.G.; MACHADO, J.C.; ESTEVES, M.I.; * BRÃO, A. & CAPPELANO. R.S.L. — Blastic transformation and cytogcnetic studiea of peripheral blood lympíoc/tes from lymphosarcomatoua patients, after stimulation by phytohemagglutinin. Mem. Inat. Butantan, 71-76, 1978/79. In the present paper, \ve study the blastic transformation rate and the cytop-enetics of PBL from two patients carrying non-Hodgkin’s malignant lymphomas, after a short-term culture stimulated by the PHA. MATERIALS AND METHODS Patient 1 — Female, 6 years old, caucasian. Centroblastic-Centrocytic lymphoma. Control 1 — Female, fraternal twin from patient 1. Patient 2 — Female, 21 years old, caucasian. Immunoblastic lymphoma. Control 2 — Female, 37 years old, caucasian. Venous blood was asseptically collected in a Liquemine Roche (5000 UI/ml) wetted syringe always before any radio or chimiotherapy has been started. After hemossedimentation, macrocultures were elaborated according to the slightly modified method of Moorhead et al 8. After 72 hours, the culture was harvested, the cells fixed in methanol/acetic acid (3:1), the slides prepared and stained by the Giemsa. For the evaluation of the blastic transformation rate, we estimated the relative percentage of activated and inactivated nuclei after stimulation by the PHA, both in cultures from the patients and in the control ones, in order to distinguish three main cell forms: a) Cells in mitosis (M) (any phase of the division), b) Blasts (B) (lymphocytes with a large nucleus, loose chromatin, írequently evidentiating a nucleolus) and c) Inactivated nuclei (IN) (small nucleus with dense chromatin and a narrow cytoplasmic band). The likelihood ratio statistical test has been applied. For this, if we presume that when a lymphocyte enters mitosis it had necessarily supported a blastic transformation, we could then consider these two classes M and B) as a whole, grouping them in a class we will call “Blastic Transformation” (BITr). This will be the biological class tested against the class of inactive nuclei (IN). For the cytogenetic analysis, we adopted the criteria recommended by the Paris Conference (1971). RESULTS Table I shows the percentages and the statistical values of the morpho-physiological stages of PBL cultures from the patients under study and their Controls. 72 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 DENARO, L.; LANGLADA. F.G.; MACHADO, J.C.; ESTEVES, M.I.; ABRÃO, A. & CAPPELANO. R.S.L. — Blastic transformation and cytogenetic studies of peripheral blood lymphocytes from lymphosarcomatous patients, after stimulation by phytohemagglutinin. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 71-76, 1978/79. TABLE I PATIENT X CONTROL Celular Stages (%) 9 Y2 ’ M B ’ IN ’ Total -A 0 PATIENT 1 ’ 2,79 ’ 80,45 ’ 16,76 ’ 179 0,0932 CONTROL 1 ’ 1 13,77 ' 70,66 ’ 15,57 ’ 167 significant) PATIENT 2 ’ 5,17 ’ ' 72,41 ’ 22,41 ’ 116 3,8078 CONTROL 2 ’ 11,71 ’ 75,68 ’ 12,61 ’ 111 significant) It is worthy to note that although the differences between the results obtained for the culture from patient 2 and its control are not significant, the X20 (3,8078) is within the borderline of the X2C (3,841) considered in this analysis as 1 liberty degree and a significant levei of 5%. Table II summarizes the cytogenetic analysis and the statistical significance of these results, from the patients under study and their Controls. TABLE II PATIENT ’ % of ’ c/o of X20 CONTROL ’ normal cells abnormal cells PATIENT 1 ’ 64,44 ’ 35,56 2,1260 CONTROL 1 ’ 78,13 ’ 21,87 (not significant) PATIENT 2 ’ 46,00 ’ 54,00 29,1776 CONTROL 2 ’ 89,61 ’ 10,39 (significant) The abnormality of the cells is based on both numerical and morphological changes of the chromosomes. Although there were many disarrangements, it is interesting to note that no chromosomal change was consistent or patognomonic. DISCUSSION The PBL culture from Patient 1 presented quite a peculiar behavior in the presence of PHA. O significant interest üas the high metabolism developed by these cells, reducing considerably the pH of the culture 73 SciELO DENARO, L.; LANGLADA. F.G.; MACHADO, J.C.; ESTEVES, M.I.; ABRÀO, A. & CAPPELANO. R.S.L. — Blastic transformation and cytogcnetic studiea of peripheral blood lymphocytes from lymphosarcomatous paticnts, after stimulation by phytohematfarlutinin. Mem. Inat. Lfutantan, 71-76, 1978/79. médium during the first 24 hours. In spite of this high metabolic activity of the cells, of a diferent behavior than that of the control culture, such fact did not imply in the finding of a higher mitotic index; on the contrary, this value (2,79) has been much lower than the mean mitotic index of the control culture (13, 77). Kowalewski & Rozynkowa 3, when studying the enzymatic activity during the blastic lymphocyte transformation in patients carrying lymphoproliferative syndromes observed that in chronic lymphatic leukemia, beside a delay in the blastic transformation, there was an increase in enzymatic activities preceeding the blastic transformation of the lymphocytes. In the lymphocyte culture from Patient 1, however, the blastic cell percentage surpassed that of the control culture (80,45% and 70,66% respectively) , and at a levei similar and reverse to the difference found among the mitosis percentages. Consequently, if we analyse the BITr class as a whole (B+M), the percentage get closer (83,24 and 84,43). Therefore, if the statistical test is applied to the results obtained for BITr and IN classes, no rejection of equalty is found because the fusion of B and M classes conceal these discrepant values, normalyzing them. However, only in behalf of a commentary, if the BITr class were again unfolded, and the statistical value analyzed in separate, such differences would become evident. Such fact together with the observation of the abrupt decrease in the pH of the culture médium in the first 24 hours, could be explained by the hypothesis of a longer duration of the G1 cycle in these cells with a consequent delay in the beginning of the division. In the blastic phase, these cells could present a more intense rate of metabolism, what would contribute to the acidification of the médium due to the respiratory rate of these cells. For the Patient 2, the results show (Table I) that the mitotic percentage in its culture was about a half of that found in the control culture, and that the percentage of the blastic cells in the culture from the patient has been slightly smaller than the percentage of the same cell class from the control culture. The application of the statistical test revealed no significance for these differences, although the X*o (3,8078) were at the limit of the X2C (3,841), for 1 liberty degree and a significance levei of 5%. Based on these observations, we may conclude that, for the cases of lymphomas under study, there seems to have no deficiency, at least not marked in the response of PBL to PHA stimulus. For Patient 1, we may even say that it might exist an exacerbation of such a system. Our experience on cytogenetic studies perfomed on patients carrying lymphoproliferative disorders including the patients under this study, shows that the chromosomal abnormalities of PBL are in evident Processing, although they are neither consistent nor, in the most of cases, statistically significants. These abnormalities included the occurrence of numerical alterations (at random losses and excess of chromosomic groups), due to divisional errors or to the result of a higher frailty of these cells during the 74 DENARO. L.: LANGLADA. F.G.: MACHADO. J.C.: ESTEVES, M.I.; ABRÃO, A. & CAPPELANO. ^ u Blastic transformation and cytogenetic studies of peripheral blood lymphocytes from lymphosarcomatous patients, after stimulation by phytohemagglutinin. Mem. Inst. Butantan U2J 13: 71-76, 1978/79. cytological preparations, or even to the presence of extra new elements (marker chromosomes) besides an apparent normal karyotype. The observation of these new elements could be understood in view of the other chromosomic alterations, consisting on chromosome breaks and rearrangements, appearence of quadriradial figures, suggesting the occurrence of chromaditic recombination and pseudodiploidy. Our data agree with the results described by Wisniewski & Korsak 12, who found aneuploidies, pseudodiploidy and marker chromo¬ somes in a PBL culture of a patient carrying a lymphosarcoma. On the other hand, Tjio et al n, Baker & Atkin 2 and Reeves 9 did not find such abnormalities in PBL of patients showing these lymphoproliferative diseases. These discrepancies could be explained by mading use of the speculation of Sandberg et al 10 who admitted that cells with chromosomal abnormalities, present at different sites, were metastatic cells of the neoplastic tissue, thus depending this fact on the degree of dissemination of the abnormal cells in the blood flow. ACKNOWLEDGEMENT: The authors wish to thank Mrs. Sibylle Heller for the translation. REFERENCES 1. ASTALDI, G. & COSTA, G. SulPattività proliferative delle cellule staminali ottenute dal sangue normale con la fitoemagglutinina. Bioch. Biol. Sper., 3: 346-367, 1964. 2. BAKER, M.C. & ATKIN, N.B. Chromosomes in short-term cultures of lymphoid tissue from patients with reticulosis. Brii. Med. J., 5437: 770-771, 1965- 3. BENDER, M.A. & PRESOOTT, D.M. DNA synthesis and mitosis in cultures of human peripheral leukocytes. Exp. Cell Rcs., 27: 221-229, 1962. 4. CARSTAIRS, K. The human small lymphocyte: its possible pluripotencial quality. Lancei, 7:829-832, 1962. 5. KOWALEWSKI, J. & ROZYNKOWA, D. Behavior of lymphocytes in culture after phytohemagglutinin stimulation in certain lymphoproliferative and reticuloproliferative diseases. II. Cytochemical examinations of activities of succinic dehydrogenase, acid phosphatase, non-specific esterase activity and of glycogen content. Pol. Arch. Med. Wewnet., 44: 157-161, 1970. 6. MAC KINNEY, A. A. JR.; STOHLMAN, F.A. JR. & BRECHER, G. The kineties of cell proliferation in cultures of human peripheral blood. Blood, 19: 349-358, 1962. 7. MICHALOSKY, A. Time-course of DNA synthesis in human leukocyte cul¬ tures. Exp. Cell Rcs., 32: 608-612, 1963. 8. MOORHEAD, P.S.; NOWELL, P.C.; MELLMANN, W.J.; BATT1PS, D.M. & HUNGERFORD, D. A. Chromosome preparations of leukocyte cultured from human peripheral blood. Exp. Cell Res., 20: 613-616, 1960. 9. REEVES, B.R. Cytogenetics of malignant lymphomas. Studies utilising a giemsa-banding technique. Humangenetik, 20: 231-250, 1973. 10. SANDBERG, A.A.; ISHIHARA, T.; KIKUCHI, Y. & CROSSWHITE, L.H. Chromosomes of lymphosarcoma and câncer cells in bone marrow. Câncer, 17: 738-746, 1964.' 11. TJIO, J.H.; MARSH, J.C.; WHANG, J. & FREI, E. Abnormal karyotype findings in bone marrow and lymph node aspirates of a patient with malignant lymphoma. Blood, 22: 178-190, 1963. 75 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 DENARO, L.; LANGLADA. F.G.; MACHADO, J.C.; ESTEVES, M.I.; ABRÀO, A. & CAPPELANO. R.S.L. — Blastic transformation and cytoífenetic studies of peripheral blood lymphocytes from lymphosarcomatous patients, after stimulation by phytohemaKglutinin. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 71-76, 1978/79. 12. WISNIEWSKI, L. & KORSAK, E. Cytogenetic analysis in two cases of lymphoma. Câncer, 25: 1081-1086, 1970. 13. YOFFEY, J.M.; WINTER, G.C.B.; OSMOND, D.G. & MEEK, E.S. Morpho- logical studies in the culture of human leukocytes with phytohaemagglu- tinin. Brit. J. Haematol., 2: 448-497, 1965. RESUMO: Culturas temporárias de linfócitos do sangue perifé¬ rico, estimuladas pela fitohemaglutinina, foram utilizadas para estudos da taxa de transformação blástica e de citogenética, de dois pacientes portadores de linfomas não-Hodgkin. Imunologica- mente, os dois pacientes não mostraram repressão da população linfocitica T. Citogeneticamente, foram evidenciadas algumas aberrações cromossômicas, embora estas não fossem patognomônicas. UNITERMOS: Linfomas não-Hodgkin; Transformação blástica; Citogenética. 76 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. ln*t. Butantan AS/AS: 77-85, 1978/79 PREPARAÇÃO DO SORO ANTIBOTULÍNICO TIPO B PELA HIPERIMUNIZAÇÃO DE CAVALOS, NO INSTITUTO BUTANTAN * Hisako Gondo HIGASHI** Hideyo IIZUKA** Edison Paulo T. OLIVEIRA** Maria Antonieta da SILVA** RESUMO: Os autores descrevem o método utilizado na preparação do soro antibotulínico tipo B, em escala industrial, pela hiperimu- nização de eqüideos, através do antígeno adsorvido pelo alúmen de potássio. Empregando o esquema de imunização anteriormente proposto, con¬ seguiram obter mistura de plasma hiperimune que apresentou cerca de 150 UI/ml de antitoxina botulínica tipo B, o qual, após purificado pelo método de Pope modificado, concentrou até o nível antitóxico de 750 UI/ml. Este produto foi diluído convenientemente para que contivesse 500 UI/ml. de antitoxina botulínica tipo B, para atender eventuais surtos de acidente botulínico humano. Foi verificado também, em animais de laboratório, pelo teste de neutralização cruzada que as antitoxinas tipo A e B, não apresentam reação cruzada com a toxina heteróloga, comportando-se portanto como soros monoespecíficos. UNITERMOS: Botulismo; preparação de soro antibotulínico; Clostridium botulinum tipo B; intoxicação alimentar; toxina, ana- toxina e toxóide botulínico tipo B. INTRODUÇÃO O botulismo é uma intoxicação devido à ingestão de alimentos cujas más condições de preparo, possibilitam a presença da toxina pré-formada, e que se traduz por síhdrome neurovegetativo, freqüentemente fatal. O agente etiológico e o quadro evolutivo da doença, foram descritos e ca¬ racterizados pela primeira vez por Van Ermengen3133 (1897), que o de¬ nominou de Bacillus botulinus. Leuchs 30, em 1910 isola uma nova cepa de bacilo botulínico, antigeni- camente diferente do bacilo de Van Ermengen, sendo este fato confirma- Trabalho apresentado na XVII Reunião Anual da SBPC, Belo Horizonte, MG, Brasil. Seção de Toxinas e Anatoxinas do Instituto Butantan Endereço para correspondência: Caixa Postal 65, CEP 06540 — SP, Brasil 77 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HIGASHI. H.G.; IIZUKA. H.; OLIVEIRA, E.P.T. & SILVA, M.A. - tipo B, pela hiperímunização de cavalos, no Instituto Butantan. 1978/79. - Preparação do soro antibotullnico Mem. Inat. Ifutantan, 77-86, do por Dickson em 1918 8. Holland 8 classificou tais bacilos no gênero Clostridium como Clostridium botidinum tipo A e tipo B, respectivamente. Apesar de serem conhecidos atualmente 7 tipos antigenicamente dife¬ rentes de Clostridium botulinum 3' s, os acidentes estatisticamente mais freqüentes de botulismo humano, são provocados pelas exotoxinas neuro- paralíticas do tipo Ae BliUi 9‘ 12' 17‘ 19’ 20’ 24‘ 27. A doença reveste-se de as¬ pecto grave e dramático pois, seu índice de mortalidade varia de 30 a 90% dos casos 8' 21. Em 1972, pela primeira vez no Brasil, foi preparado o soro antibotu- línico tipo A, no Instituto Butantan 23. Todavia, em virtude de não haver imunidade cruzada com a toxina tipo B 3i 14' 28 e sendo a soroterapia espe¬ cífica o único tratamento efetivamente curativo do botulismo •• 15’ 18' 33 e considerando a necessidade de dispor do anti-soro tipo B em nosso país; assim sendo, propomos no presente trabalho estudarmos a possibilidade de obtê-lo, através da hiperímunização eqüina. MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi desenvolvido utilizando, em linhas gerais, os mesmos métodos já descritos anteriormente23. Todavia, torna-se necessᬠrio estabelecer as seguintes considerações : 1. Cepa utilizada — n.° 204-IB, proveniente da germoteca do Ins¬ tituto Butantan e selecionada dentre as amostras de Clostridium botulinum tipo B, por ser dotada de elevada toxigenicidade. 2 . Inoculum — era preparado em 20 ml do meio de Tarozzi 30, incuba¬ dos a 37° C durante 24 horas. 3. Toxina botidínica tipo B — para o preparo da toxina, foi utili¬ zado o meio de cultura proposto por Wadsworth 34, modificado 23. Acerta¬ do o pH para 7.8, o meio era dispensado em volumes de 2.250 ml, em fras¬ cos Érlenmeyer de 3.000 ml de capacidade. Após a esterilização, era resfriado bruscamente, até a temperatura de cerca de 45°C. No momento da semeadura, adicionava-se esterilmente, 90 ml de solução de glicose a 50% e, após a inoculação de 20 ml de sementeira em cada frasco, eram incubados a 37°C, durante um período de 9 dias, quando ocorria a toxigê- nese máxima. Retirados da estufa, colhiam-se as amostras de cada frasco e procediam-se às provas biológicas e a bacterioscopia. 3.1 Titulação da toxina — as amostras de toxina botulínica colhi¬ das de cada frasco, após centrifugadas a 2000 rpm durante 30 minutos eram tituladas preliminarmente em camundongos, segundo Nigg e cols. 22. Em seguida, determina-se o seu título em DL50, conforme a recomenda¬ ção da O.M.S. (1963). 4. Toxinotipia — utilizamos o método preconizado pelo Instituto Pasteur 28 para a confirmação do tipo da cepa utilizada, através da soro- proteção monoespecífica 4’ I8- 20’ 33. 5. Anatoxina botulínica tipo B — para o preparo da anatoxina, as toxinas devem apresentar títulos adequados, isto é, superior a 10 5 DMM em camundongos, visando melhor poder antigênico 23. Para a destoxifiea- ção, a cultura tóxica era tratada com formol na concentração final de 78 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HIGASHI, H.G.; IIZUKA, H.; OLIVEIRA, E.P.T. & SILVA, M.A. — Preparação do soro antibotulínico tipo B, pela hiperímunização de cavalos, no Instituto Butantan. Mem. Inat. BWtantan, 42/43: 77-85, 1978/79. 0,5% e incubada a 37°C, por um período de 3 a 4 semanas, acompanhada de agitação constante 23. A verificação preliminar do estado de destoxi- ficação era realizada em camundongos, inoculando-se 1 ml do produto em lotes de 5 animais, e, observando-se a sua inocuidade durante um período de uma semana. A seguir, o produto destoxificado era testado em lotes de cobaios de 250 a 300 gramas de peso, inoculados com 5 ml e observados durante 30 dias. Comprovada a inocuidade da anatoxina, o produto era então filtrado. 5 . 1 Clarificação e filtração — nesta fase do processamento a anato¬ xina sofria o processo de pré-filtração esterilizante, através do filtro Milli- pore, cujas membranas eram dispostas de maneira que a porosidade de¬ crescia progressivamente de 1,5 jx até 0,45 (x de diâmetro efetivo. O fil¬ trado era estocado a 4°C, ao abrigo da luz. 6. Toxóide botulínico tipo B — para o preparo de toxóide, o pro¬ duto inócuo e estéril era precipitado pela solução estéril a 10% de sulfato duplo de alumínio e potássio, com agitação constante, resultando numa concentração final de 1,5% do adsorvente. Concomitantemente, a queda do pH era corrigida a 5,5 pela adição de uma solução concentrada de hi¬ dróxido de sódio a 40%, permanecendo em repouso, durante 24 horas a fim de completar a adsorção do toxóide. O precipitado antigenicamente ativo era lavado com solução fisiológica estéril, a 0*85% de cloreto de sódio, por três a quatro vezes, até resultar um sobrenadante completamente lím¬ pido. 7 . Preparo de soro antibotulínico tipo B — o soro antitóxico era preparado, imunizando-se cavalos em duas etapas. Inicialmente, os ani¬ mais selecionados recebiam a imunização de base, seguida de um período de repouso de pelo menos 30 dias e, finalmente, eram submetidos à hi- perimunização 4. 7 . 1 Imunização de base — nesta fase, os cavalos recebiam o estímu¬ lo primário, consistindo na administração via intramuscular, na região dorsal, de doses progressivamente crescentes de antígeno, durante um pe¬ ríodo de seis semanas, recebendo um total de 1795 ml do produto 23. Na última semana da imunização de base, efetuava-se a sangria exploradora de cada animal. Os eqüídeos que apresentassem boa resposta antigênica, eram separados para a obtenção de soros. Os cavalos que demonstrassem teor de antitoxina superior a 100UI/ml, eram sangrados na proporção de 4% em relação ao seu peso corporal, fracionados em duas vezes, com in¬ tervalo de dois dias entre as sangrias. Em seguida, os animais entravam em fase de repouso, durante um espaço de tempo de 30 dias, no mínimo 2-. 4. 7.2 Hiperímunização — nesta fase, cada animal recebia um total de 1.000 ml do antígeno, fracionados em séries progressivamente crescen¬ tes de duas injeções semanais, durante um período de quatro semanas r J3. O processo de hiperímunização era repetido após cada período de sangria e repouso do animal. O sangue era recolhido em solução anticoagulante de citrato de sódio, e ao plasma separado, era adicionado uma solução preservativa de fenol obtendo-se uma concentração final de 0,4% e em seguida, conservado em geladeira, até o momento da purificação e concentração 10’ 23. 79 SciELO HIGASHI. H.G.; IIZUKA, H.; OLIVEIRA, E.P.T. & SILVA, M. A. - tipo B, pela hiperímunização de cavalos, no Instituto Butantan. 1978/79. - Preparação do soro antibotulínico Mem. Inat. Butantan, 42/45:77-85, As amostras da mistura de plasma obtidas após a hiperímunização de eqüinos eram dosadas segundo o método preconizado pela Organização Mundial de Saúde, em Unidades Internacionais, frente ao Soro Padrão Antibotulínico tipo B, padrão internacional 4. Todas as misturas de plasma eram concentradas e purificadas de acordo com o método de Pope 25, mo¬ dificado por Furlanetto & Santos 10. Finalmente, o soro dialisado era novamente titulado frente ao padrão internacional, para possibilitar a sua diluição a fim de conter 500UI/ml de antitoxina botulínica tipo B, de acordo com os requisitos mínimos da Organização Mundial de Saúde. 8. Soro e toxina padrão 8.1 Soro padrão — utilizamos o soro antibotulínico tipo B, padrão internacional, proveniente do International Laboratory for Biological Standarts, Statens Serum Institute, da Organização Mundial de Saúde, Copenhagen, acondicionado, sob forma liofilizada, em ampolas contendo 87 mg de antitoxina equivalente a 500 UI. Portanto, uma unidade inter¬ nacional do atual padrão é a atividade específica que está encerrada em 0,174 mg de antitoxina eqüina hiperimune liofilizada \ 8.2 Toxina botulínica padrão tipo B — foi preparada no laborató¬ rio e padronizada ao nível de 1 L f (unidade de limite morte), frente ao soro padrão antitobulínico tipo B, e sendo conservada sob a forma líquida e glicerinada 4. Para todos os ensaios biológicos realizados, o diluente utilizado era a solução tampão de gelatina fosfatada, contendo 0,2% de gelatina e 1% de fosfato dissódico, cujo pH era ajustado de 6,6 e esterilizado em auto- clave. Os camundongos (18 — 22 g) e os cobaios (250 — 300 g) utiliza¬ dos, sem distinção de sexo, eram provenientes do Biotério Geral do Ins¬ tituto Butantan. RESULTADOS E DISCUSSÃO O crescente surto em níveis internacionais, de casos de botulismo hu¬ mano de tipo B *• 9' 12' "■ 20 tornou-se urgente a necessidade de se produzir, no Brasil, o soro antibotulínico tipo B, a fim de estarmos preparados con¬ tra eventuais acidentes. O presente trabalho, pioneiro no Brasil, possibi¬ litou ampliar a nossa independência tecnológica, no campo da produção de soros antibotulínicos. A experiência acumulada no preparo de soro antibotulínico do tipo A 23, acrescida de algumas modificações facilitou grandemente, o estabe¬ lecimento das condições que permitissem, através de ensaios experimen¬ tais, a obtenção de soro antibotulínico tipo B. Quanto à seleção da melhor cepa a partir das existentes em estoque na germoteca do Instituto Butantan, a de n.° 204-IB, revelou ser a mais toxigênica, pois o título das toxinas obtidas, após 3 a 4 passagens, foi de 8 x 10 5 DMM/camundongo (tabela 1), quando cultivadas em meio de cultura proposto por Wadsworth modificado 23’ 34, ocorrendo a toxigênese máxima no nono dia, a 37°C. A partir desse período, foi detectado o decréscimo gradual e constante do nível da exotoxina, fato já anteriormente verificado por Stevenson e cols. 29. 80 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HIGASHL H.G.; IIZUKA, H.; OLIVEIRA, E.P.T. & SILVA, M.A. — Preparação do soro antibotulinico 1978/79 Pe U hiper,rnumzaçao de caval°8’ no Instituto Butantan. Mem. Inst. Ilutantan, /Í/W.-77-85, TABELA 1 Titulação de três amostras de toxina botulínica tipo B, inoculados por via intraperitoneal (0,5 ml), em camundongos de 18 a 22 g Frasco N.° Toxina Tempo de observação em boras Diluída 1: Título DMM 24 48 72 96 100.000 200.000 4/4» _ _ i 200.000 400.000 4/4 — — — 400.000 800.000 2/4 2/4 3/4 4/4 800.000 1.600.000 0/4 0/4 1/4 1/4 100.000 200.000 2/4 4/4 — _ 2 200.000 400.000 1/4 3/4 4/4 — 400.000 800.000 1/4 1/4 3/4 4/4 800.000 1.600.000 0/4 0/4 0/4 0/4 100.000 200.000 4/4 — — _ 3 200.000 400.000 2/4 3/4 4/4 — 400.000 800.000 2/4 3/4 3/4 4/4 800.000 1.600.000 0/4 1/4 1/4 1/4 * Em todas as tabelas apresentadas, o denominador indica o número de animais inoculados e o numerador, o número de animais mortos A tabela 2, representa o resultado da prova de toxinotipia do Clostri- dium botulinum, cepa n.° 204-IB, usando-se como referência, a antitoxina botulínica tipo B, padrão Internacional, fornecida pela Organização Mun¬ dial de Saúde (OMS). O processo de filtração da toxina e anatoxina, pode acarretar grande prejuízo da qualidade tóxica e antigênica do produto, quando se empre¬ gam filtro Seitz, com placas esterilizantes EKS ou velas esterilizantes Madler 23. Esta perda reduz-se a níveis satisfatórios mediante o uso de filtros Millipore, utilizando membranas filtrantes HAWP-293 de 0,45 jx, de porosidade efetiva. TABELA 2 Toxinotipia do Clostridium botulinum, cepa n.° 204-IB, frente a antitoxina botulínica tipo B, padrão internacional, inoculados por via intraperitoneal (0,5 ml da mistura de toxina e antitoxina) em camundongos de 18 a 22 g Toxina 50 DMM/ml Soro-padrão 0,5 UI/ml Solução de gelatina fosfatada Animal inoculado N.° Tempo de observação em horas 24 48 72 96 1 ml 1 ml 0,5 ml i SS SS SS SS 2 ss SS SS SS 3 SS SS SS SS 4 ss SS SS SS 1 ml _ 1,5 ml 5 t 6 t 7 t 8 t | SS r sem sintoma f = morte do animal Quanto ao nível de formol necessário e suficiente para promover completa destoxificação da toxina botulínica tipo B, os ensaios realizados demonstraram que ele oscilava, sob nossas condições de trabalho, entre 81 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 H1GASHI, H.G.; IIZUKA, H.; OLIVEIRA, E.P.T. & SILVA, M.A. — Preparação do soro antibotulínico tipo B, pela hiperímunização de cavalos, no Instituto Butantan. Mem. Inat. B^*tantan, 42/43: 77-85, 1978/79. as concentrações de 0,5 a 0,6% embora outros investigadores tenham en¬ contrado concentrações que variam entre os extremos de 0,3 a 1% 26’ 27 . O alúmen foi utilizado como adjuvante, por ser o mais empregado na adsorção da fração antigênica das anatoxinas botulínicas destinadas à hi- perimunização de cavalos 2’ ll- ”• 22' 27. Na tabela 3, está representado o resultado de um dos ensaios refe¬ rentes à dosagem da mistura de plasma antibotulínico tipo B. O cavalo imunizado com a anatoxina botulínica precipitado pelo alúmen de potás¬ sio, apresentou título antitóxico que atingiu o nível de 150 UI de antitoxina por milímetro de soro. TABELA 3 Resultado da dosagem da mistura de plasma antibotulínico tipo B, frente a toxina botulínica tipo B, inoculada por via intraperitoneal (0,5 ml da mistura de toxina e antitoxina em camundongos de 18 a 22 g) Plasma antibotvlínico Toxina padrão (Lf = 0,22 ml) ml Solução de gelatina fosfatada ml Tempo de observação em horas UI/ml Diluição 1: Volume ml 24 48 72 96 50 5 0,5 1,1 0,9 0/4 0/4 0/4 0/4 100 10 0,5 1,1 0,9 0/4 0/4 0/4 0/4 150 15 0,5 1,1 0,9 0/4 0/4 0/4 0/4 200 20 0,5 1,1 0,9 2/4 3/4 4/4 — Soro padrão 0,4 1,1 1,0 2/4 3/4 4/4 — 50 5 0,5 1,1 0,9 0/4 1/4 2/4 2/4 0,6 1,1 0,8 0/4 1/4 1/4 1/4 A tabela 4 apresenta o resultado da dosagem de soro antibotulínico tipo B, que após a purificação e concentração atingiu níveis ao redor de 750 UI/ml. Este soro, purificado e concentrado é finalmente diluído para apre¬ sentar 500 UI/ml de antitoxina botulínica, de acordo com as recomenda¬ ções emanadas da XV Seção de “Expert Commitee on Biological Stan- dardization” da O.M.S. TABELA 4 Resultado da dosagem do soro antibotulínico tipo B purificado, frente a toxina botulínica padrão tipo B, realizada em camundongos, via intraperitoneal (0,5 ml da mistura toxina-antitoxina) Soro antibotuli nico Toxina padrão (Lf = 0,22 ml) ml Solução de gelatina fosfatada ml Tempo de observação em horas UI/ml Diluição 1: Volume ml 24 48 72 96 500 50 0,5 1,1 0,9 0/4 0/4 0/4 0/4 750 75 0,5 1,1 0,9 0/4 0/4 0/4 0/4 1000 100 0,5 1,1 0,9 0/4 1/4 2/4 3/4 1250 125 0,5 1,1 0,9 2/4 4/4 — — Soro padrão 0,4 U 1,0 3/4 3/4 3/4 4/4 50 5 0,5 U 0,9 1/4 3/4 3/4 3/4 0,6 1,1 0,8 0/4 0/4 0/4 0/4 82 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HIGASHI. H.G.; IÍZUKA, H.; OLIVEIRA. E.P.T. & SILVA, M.A. — Preparação do soro antibotulínieo tipo B, pela hiperimunização de cavalos, no Instituto Butantan. Mem. lnat. Butantan, kt/kS: 77-85, 1978/79. As toxinas e antitoxinas botulínicas tipo A e B, são monoespecifi- cas 4' 14' 18' 20, fato facilmente comprovável, de maneira segura e rápida, através de testes de neutralização cruzada, “in vivo” (tabela 5). TABELA 5 Especificidade das antitoxinas botulínicas tipo A e B, pelo teste de reação cruzada* Antitoxina UI por Não protegeu contra tipo camundongo toxina do tipo A 5 B B 5 A * Dose individual de 0,5 ml da mistura toxina-antitoxina, pela via intraperitoneal, em camundongos de 18 a 22 g, sendo toxina botulínica ao nível de Lf/10 para tipo A e Lt para tipo B Com esta contribuição, pretendemos fornecer subsídios para enrique¬ cimento do nosso arsenal soroterápico, a fim de possibilitar um atendi¬ mento imediato em eventuais casos de intoxicação botulínica provocada pela poderosa toxina tipo B. CONCLUSÕES 1 . Utilizando-se Clostridium botulinum tipo B, cepa IB-204, sele¬ cionada da germoteca do Instituto Butantan, em função de sua toxigeni- cidade, foi preparada toxina botulínica tipo B, dosando cerca de 8 x 10 5 DMM/camundongo ; 2. destoxificada e transformada em anatoxina pela ação do formol a 0,5%, a anatoxina foi precipitada pelo alúmen a 1,25%, resultando em toxóide botulínico tipo B, altamente antigênico; 3. este antígeno foi empregado para hiperimunização de cavalos através de hiperimunização, sendo a resposta anticorpogênica da ordem de 150 UI de antitoxina botulínica hiperimune, tipo B, por ml de soro; 4. a mistura de plasmas resultante de diversas hiperimunizações, permitiu obter um soro purificado que foi concentrado até atingir ao redor de 750 UI/ml, o qual possibilitou sua diluição até o nível de 500 UI de antitoxina botulínica tipo B, produto para fins terapêuticos, destinado ao atendimento de eventuais acidentes botulínico humano. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Prof. Dr. Flávio Zelante do Departamento de Mi- crobiologia e Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, à Sra. Sybille Heller e Sra. Carmen Aleixo do Nascimento do Instituto Bu¬ tantan, pelas valiosas colaborações prestadas. 83 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 IIIGA8HI. H.G.; IIZUKA, H.; OLIVEIRA, E.P.T. & SILVA, M.A. - tipo B, pela hiperímunização de cavalos, no Instituto Butantan. 1978/79. - Preparação do soro antibotulinico Mem. Inat. Butantan, k2/kS: 77-85, SUMMARY : The authors describe the methodology for the prepa- ration of Clostridium botidinum type B antitoxins, on industrial scale, by hyperimmunization of horses with potassium alum absorbed antigen. Using a new immunization schema, the authors attained a mixture of hyperimmune plasma, presenting approximately 150 UI/ml botu- linus antitoxin, type B, which after ammonium sulphate purification, according to the modified method of Pope, was concentrated to the antitoxic levei of 750 UI/ml. This concentrate was convenientl.v diluted to contain 500 UI/ml of Clostridium botulinum type B antitoxin to be employed during an eventual outbreak of human botulism. By cross neutralization tests, it was also verified that the types A and B antitoxins exhibit no cross-reaction with heterologous toxin, therefore behaving as monoespecific sera. KEYWORDS: Botulism; preparation of botulinus antitoxin; Clos¬ tridium botulinum type B; food poisoning; toxin, toxoid and type B botulin toxoid. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2. 4. 7. 10. 11. 12. 13. BARKER Jr., W.H.; WEISSMANN, J.B.; DOWELL Jr., V.R.; GUTMANN, L. & KAUTER, D. A. Type B botulism outbreak caused by a commercial food product. JAMA, 237: (5 ): 456-9, 1977. BARR, M. & GLENNY, A.T. Some practical applications of immunological principies. J. Hyg. (Lond.l, 44:135-42, 1945. BIER, O.G. Bacteriologia e Imunologia e suas aplicações à medicina e higiene. 18 ed., São Paulo, Melhoramentos, 1977. BOWMER, E.J. Preparation and assay of the International Standards for Clostridium botulinum types A, B, C, D and E antitoxins. Buli. Org. mond. Sajité, 29: 701-9, 1963. CICCARELLI, A.S.; WHALEY, D.H.; McCROSKEY, L.M.; GUIMENEZ, D.F.; DOWELL Jr., V.R. & HATHEWAY, C.L. Cultural and physiological characteristics of Clostridium botulinum type G and the susceptibility of certain animais to its toxin. Appl. Eviron. Microbiol., 54(6); 843-8, 1977. DÓLMAN, C.E. Human botulism in Canada. Canad. Med. Ass. J., 110(2) : 191-7, 1974. DÓLMAN, C.E. ; TOMECH, M.; CAMPBELL, C.C.R. & LAING, W.B. Fish eggs as a cause of human botulism: two outbreks in Britsh Columbia due to types A and B botulism toxins. J. infect. Dis., 106:5, 1960. DUMAS, J. Bactériologie médicale. Paris, Flammarion, 1951 p. 692-706. FUKUDA, T.; KITAO, T.; TANIKAWA, H. & SAKAGUCHI, G. An outbreak of type B botulism occurring in Miyazaki Prefecture. Jap. J. med. Sei. Biol., 25:243-8, 1970. FURLANETTO, R.S. Purificação e concentração de soro antiloxoscélico. In: Estudos sobre a preparação do soro antiloxoscélico. São Paulo, 1961 p. 64-5. (Tese). GLENNY, A.T.; POPE. C.G.; WADDNGTON, H. & WALLACE, U. Immu- nological notes. XXIII. The antigenic value of toxoid precipitated by potassium alum. Path. Bact. (London), 29:38-9, 1926. GONZALES, C. & GUITIÉRREZ, C. Intoxication botulique humaine par Clostridium botulinum B. Ann. hist. Pasteur, 123: 799-803, 1972. HOTTLE, G.A. & MIGG, G. Studies on botulism toxoids types A and B. II. Methods for determining antigenicity in animais. J. Immunol. (Bal- timore), 55: 255-62, 1947. 84 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HIGASHI. Ii. G.; IIZUKA. H.; OLIVEIRA, E.P.T. A SILVA, M.A. — Preparação do soro antibotulínico tipo B, pela hiperlmunisação de cavalos, no Instituto Butantan. Mem. In$t. ll^Hantan, it/49: 77-85, 1878/79. 14. JOHNSON, H.M.; SMITH, B.; HALL, H.E. & LEWIS, K.H. Serological specificity of types A and B botulinal toxins and antitoxins. Proc. soc. exp. Biol. Med., 126: 856-61, 1967. 15. JOUGLARD, J.; AIRAUDO, C.B.; SAINTY, J.M.; GRIGORIAN, G. & OHRESSER, P. Traitment du botulisme en reánimation. Sem. Hôp. Paris , -45(51): 3405-10, 1972. 16. KEMPNER, W. & POLLACK, B. Die Wirkung des botulinus toxins und seines specifichen antitoxins auf die Nervenzellen. Dsch. med. Wschr. (Leipzig), 25:505-7, 1897. 17. KOSAKI, S.; MIYAZAKI, S. & SAKAGUCHI, G. Development of antitoxin with each of two complementary fragments of Clostridium botulinum type B derivative toxin. Infect. Immunol., 18(3): 761-6, 1977. 18. LAMANNA, C. The most poisonous poison. Science, ISO: (3378) :763-72, 1959. 19. LEGROUX, R.; LEVADITI, J.C. & JÉRAMEC, C. Le botulisme en France pendant l’occupation (1940-1944). Presse Méd. (Paris), 10: 139-40, 1947. 20. LEUCHS, J. Beitrage fur Kernntnis des toxins und antitoxins des B. botu¬ linus. U. Hyg. Infektkrankh. (Leipzig), 55:55-84, 1910. 21. MEYER, K.F. The status of botulism as a world health problem. Buli. Org. Moríd. Santé, 15: 281-98, 1956. 22. NIGG, G.; HOTTLE, G.A.; COREILL, L.L.; ROSENWALD, A.S. & BEVE- RIDGE, G.W. Studies on botulism toxoids, types A and B. I. Production of precipitated toxoids. J. Immunol. (Baltimore), 55: 245-54, 1947. 23. OLIVEIRA, E.P.T. Estudos sobre a preparação de soro antibotulínico tipo A. Mem. Inst. Butantan, 36:1-40, 1972. 24. PEREIRA FILHO, MJ. Diagnóstico biológico do surto de botulismo humano do Pronto Socorro de Porto Alegre. Med. Cirurg. (Porto Alegre), 19(2): 52-111, 1958. 25. POPE, C.G. Disaggregation of protein by enzymes. Brit. J. exp. Path., 19: 245-51, 1938. 26. PREVOT, A.R. Biologies des maladies dues aux anaerobes. Paris, Flamma- rion, 1955. p. 159-221. 27. REAMES, H.R.; KADULL, P.J.; HAUSEWRIGTH, R.D. & WILSON, J.B. Studies on botulinus toxoids types A and B. III. Immunization of man. J. Immunol. (Baltimore), 55:309-24, 1947. 28. SMITH, D.T.; CONNANT, N.F. & OVERMAN, J.R. — Zinsser Microbiology. 13th. ed. New Yorw, Appleton, Century — Crofts, 1964. 29. STEVENSON, J.W.; HELSON, V. & REED, G.B. A casein digest mediuu for toxin production by Clostridium Canad. J. Res. ser. E. Med. Sei. (Ottawa), 25:9-13, 1947. 30. TAROZZI, G. Observasioni sulla natura dei fenomeni che determinaro la esigenza anaeróbia nella culture dei germe anaeróbia. Atti R. Accad. Fisiocr. (Siena), 17:1901-7, 1907. 31. VAN ERMENGEN, E. Recherchés sur des accidents à caractères botulíniques provoqués par du jambon. Archs. int. Pharm. Ter. (Bruxelas) , S: 213-350, 449-601, 1897. 32. VAN ERMENGEN, E. Recherchés sur des empoisennements. Ann. Soc. méd. Gand., 75: 28-30, 1899. 33. VAN HEYNINGEN, W.E. Bacterial toxins. Oxford, Blackwell, 1950. p. 14-9. 34. WADSWORTH, A.B. Standard methods of the Division of Laboratories and Research of the New York State Department of Health. 3rd. ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1947. p. 190, 205, 636-8. 85 SciELO 12 Mem. Intt. Butantan At/ AS: 87-94, 1978/7» SNAKES COLLECTED BY “PROJETO RONDON XXII” TO PIAUÍ, BRAZIL A.R. HOGE* C.R. RUSSO* M.C. SANTOS** M.F.D. FURTADO** ABSTRACT: Fifteen species belonging to Fifteen genera are listed. KEYWORDS: Snakes of Piauí, Brazil; Boidae; Colubridae; Elapidae; Viperidae. INTRODUCTION The snakes collected by the “Projeto Rondon XXII” from Piauí, Brazil, in January 1979 were deposited in the Herpetological Collection of the Instituto Butantan. Since this region is poorely known and is of special interest for its faunal relations with, Central Brazil, Mato Grosso; Paraguay (as already mentioned by Schmidt and Inger 1951) Northern Argentina and even with more northern regions we decided to publish this list. BOIDAE Boa constrictor constrictor Linnaeus 1758 Boa Constrictor Linnaeus, Systema Naturae, Ed 10:215 Type locality: índia (in error) IBH — 42.610 — Avelino Lopes — PI. á ; D 78 ; V 290 ; A 1 ; subc. 51; u.lab. 21/21; l.lab. 23/23; head 59,4 mm; body 1.440; tail 175 mm. IBH 42.615 — São Raimundo Nonato — PI. $ ; D 76; V 235; A 1; subc. 50; u.lab. 23/22; l.lab. 27/26; head 63,4 mm; body 1.460; tail 135 mm. Seção de Herpetologia do Instituto Butantan Seção de Venenos do Instituto Butantan 87 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R.: RUSSO. C.R.; SANTOS. M.C. & FURTADO, M.F.D. — Snakes collected by “Projeto Rondon XXII“ to Piauí, Brazil. Mem. Inat. Butantan, Ul/\3: 87-94, 1978/79. COLUBRIDAE Drymarchon corais corais (Boie) 1827 Coluber corais, Boie, Isis von Oken, 1827 :537. 1899 [Drymarchon corais corais ] — Stejneger, North Amer. Fauna 1. 4:70. Type locality: America. IBH 42.447 — Parnaguá — PI. ; D 17/17/15 ; V 207 ; subc. 77/77 ; u.lab. 8/8; l.lab. 8/8; head 49,8 mm, body 1.340 mm; tail 34,0 mm; (skin only). IBH 42.449 — Parnaguá — PI. 9 ; D 17/17/15; V 199; A 1; subc. 75/75; u.lab. 8/8; l.lab. 8/8; head 60,5 mm; body 1.510 mm; tail 31,0 mm; p.oc. 2; temp. 2. IBH 42.452 — Simplício Mendes — PI. s ; D 17/17/15; V 152; A 1 ; subc. 78/78; u.lab. 8/8; l.lab. 8/8; head 24,7 mm body 535 mm; tail 11,5 mm; p.oc. 2; temp. 2. Designs and colours are normal as for the subspecies. Helicops leopardinus (Schlegel) 1837 Homalopsis leopardina Schlegel, Essai Physic. Serp., 2:358 Type locality: unknown. IBH 42.445 — Parnaguá — PI. 9 ; D 19/19/17; V 128; A 1/1; subc. 60/60; u.lab. 8/8; l.lab. 10/10; head 30,6 mm; body 515 mm; tail 16,5 mm; p.oc. 2; temp. 2. IBH 42.462 — Parnaguá — PI. 9 ; 19/19/17; V 127 A 1/1; subc. 76/76; u.lab. 8/8; l.lab. 10/10; head 11,4 mm; body 230 mm; tail 9,0 mm; p.oc. 2; temp. 2. IBH 42.465 — Parnaguá — PI. 9 ; D 19/19/17; V 125; A 1/1; subc. 78/78; u.lab. 8/8; l.lab. 9/9; head 13,7 mm; body 170 mm; tail 7,3 mm; p.oc. 2; temp. 2. When more specimens will be available all this specimens could may be considered as a distinct subspecies for wich the name of H. lepreuri Dumeril, Bibron et Duméril is already available. Leimadophis poecilogyrus xerophilus (Amaral) 1944 Leimadophis poecilogyrus xerophilus Amaral, Pap. Avul. Depto. Zool. São Paulo, 5:81. Type locality: Not clearly stated; perhaps Ceará, Brazil. IBH 42.443 — Parnaguá — PI. 9 ; D 18/18/15; V 155; A 1/1; subc. 54/54; u.lab. 8/8; l.lab. 10/10; head 11,7 mm; body 165 mm; tail 4,0 mm; p.oc. 2; temp. 1. 88 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 H°GE. A.R.: RUSSO. C.R.; SANTOS. M.C. & FURTADO, M.F.D. — Snakea collected by "Projeto líondon XXII to Piauf, Brazil. Mem. Inat. Butantan, 4$/4$:87-94, 1978/79. IBH 42.467 — Monte Alegre — PI. $ ; D 19/19/15; V 156; A 1/1; subc. 47/47; u.lab. 8/8; l.lab. 10/10; head 21,5 mm; body 475 mm; tail 10,0 mm; p.oc. 2; temp. 1. Leptophis ahaetulla liocercus (Wied) 1824 Coluber liocercus Wied, Abbildungen zur Naturgeschichte von Brasilien: section 14, pl. 3 (also numbered as pl. 58) and accompanying unnumbered page of text. 1948 Thalerophis richardi liocercus — Oliver, Buli. Amer. Mus. Nat. Hist., 92:232, fig. 4. 1958 Leptophis ahaetulla liocercus — Int. Comm. Zool. Nomen., Op. 524 :270. Type locality: Wied mentions material from Cabo Frio, Paraíba, Maricá, Saquarema (or Sagoarema), Araruama, Ponta Negra, Lagoa Feia and Espírito Santo — Brazil). IBH 42.453 — Simplício Mendes — PI. 9 ; D 13/13/11; V 167; A 1/1; subc. 150/150; u.lab. 8/9; l.lab. 10/11; head 32,4 mm; body 900 mm; tail 53,0 mm; p.oc. 2; temp. 1. Liophis mossoroensis 1972 Liophis mossoroensis Hoge et Lima Verde, Mem. Inst. Butan¬ tan, 36 :215-220, fig. 2. Type locality: Mossoró, Rio Grande do Norte, Brazil. IBH 42.444 — Parnaguá — PI. 9 ; D 17/17/15; V 153; A 1/1; subc. 52/52; u.lab. 8/8; l.lab. 10/10; head 13,8 mm; body 240 mm; tail 5,5 mm; p.oc. 2; temp. 1. Lygophis dilepis Cope 1862 Lygophis dilepis Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Phila., 1862:348. 1953 Lygophis lineatus dilepis — Hoge, Mem. Inst. Butantan, 24 (1952) :251, fig. 2. Type locality: Paraguay. IBH 42.535 — São Raimundo Nonato — PI. 9 ; D 18/18/15; V 173; A 1/1; subc. 66/66; u.lab. 8/8; l.lab. 9/11; head 20,2 mm; body 550 mm; tail 16,5 mm; p.oc. 2; temp. 1. Mastigodryas bifossatus triseriatus x Mastigodryas bifossatus lacerdai 1820 Coluber bifossatus Raddi, Mem. Soc. Italiana Sei. Moderna, 18:333. Type locality: Rio de Janeiro, Brazil. 89 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. : RUSSO. C.R.; SANTOS. M.C. & FURTADO. M.F.D. — Snakes collected by “Projeto Rondon XXII” to Piauí, Brazil. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 87-94, 1978/79. 1978 Mastigodryas bifossatus lacerdai, Cunha et Nascimento, Publ. Av. Mus. Goeldi, 31:110. Type locality : Parada Bom Jesus. Highway Capanema — Bragança, Estado do Pará, Brazil. IBH 42.448 — Parnaguá — PI. á ; D 15/15/15 ; V 172 ; subc. 42/42 ; u.lab. 7/7 ; 1. lab. 9/9; head 42,9 mm; body 1.000 mm; tail 18,5 mm; p.oc. 2; temp. 2. Philodryas nattereri (Steindachner) 1870 Philodryas nattereri Steindachner, Sitz. Math. Naturwiss. Kl. Akad. Wiss. Wien, £2:345, pl. 7. figs. 1-3. Type locality: Mato Grosso, Brazil. L IBH 42.534 — São Raimundo Nonato — PI. 9 D 21/21/19; V 214; A 1; subc. 119/119; head 15,7 mm; body 315 mm; tail 11,5 mm; (head mut). Phimophis iglesiasi (Gomes) 1915 Rhinostoma iglesiasi Gomes, Ann. Paulista. Med. Cirurg. 4:126. 1967 Phimophis iglesiasi Bailey, Herpetologica, 25:159. Type locality : Piauí, Brazil. IBH 42.486 — Parnaguá — PI. á ; D 18/19/17; V 167; A 1; subc. 38/38; u.lab. 8/8; l.lab. 9/9; head 0,7 mm; body 215 mm; tail 35 mm; p.oc. 2; temp. 1. Spillotes pullatus pullatus (Linnaeus) 1758 Coluber pullatus Linnaeus, Systema Naturae; Ed. 10:225 1929 Spilotes pidlatus pídlatus Amaral, Mem. Inst. Butantan, 4:227, fig. 1. Type locality: Asia, “in error”. IBH 42.540 — Avelino Lopes — PL S ; D 16/13/10; V 222; A 1; subc. 114/114; u.lab. 7/7; l.lab. 8/8; head 46,5 mm; body 1.620 mm; tail 51,0 mm; p.oc. 2; temp. 1. IBH 42.557 — Cristalândia — PI. & ; D 14/14/12 ; V 231 ; A 1 ; subc. 103/103; u.lab. 6/7; l.lab. 9/9; head 49,7 mm; body 1.755 mm; tail 495 mm; p.oc. 2; temp. 1. Waglerophis merremii (Wagler) 1824 Ophis merremii Wagler, in Spix., Sp. Nov. Serp. Bras. : 47, pl. 17. 1972 Waglerophis merremii Hoge and Romano, Mem. Inst. Butantan, 36:209-214 -f 15 figs., (1972) 1973. 90 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 H0GRo„dtR'i^° p? Rr |ANJ0^ M C- * FURTADO, M.F.D. - Snakes collected by “Projeto Rondon XXII to Piauí, Brazil. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 87-94, 1978/79. Type locality : Bahia, Brazil. IBH 42.440 — São Raimundo Nonato — PI. 9 ; D 19/18/17; V 148; A 1/1; subc. 40/40; u.lab. 7/7; l.lab. 10/10; head; 22,2 mm; body 400 mm; tail 60 mm; p.oc. 2; temp. 1. IBH 42.441 — Avelino Lopes — PI. (mut). IBH 42.630 — São Raimundo Nonato — PI. á ; D 19/19/17; V 144; A 1/1; subc. 43/43; u.lab. 7/7; l.lab. 11/11; head 29,1 mm; body 625 mm; tail 121 mm; p.oc. 2; temp. 1. IBH 42.631 — São Raimundo Nonato — PI. s ; D 19/19/17; V 144; A 1; subc. 44/44; u.lab. 7/7; l.lab. 11/11; head 23,3 mm; body 605 mm; tail 125 mm; p.oc. 2; temp. 1. IBH 42.632 — São Raimundo Nonato — PI. á ; D 19/19/17; V 149; A 1/1; subc. 38/38; u.lab. 7/7; l.lab. 10/10; head 39,1 mm; body 765 mm; tail 120 mm; p.oc. 2; temp. 1. ELAPIDAE Micrurus ibiboboca (Merrem) 1820 Elaps ibiboboca Merrem, Tentamen Systematis Amphibiorum- 142. 1925 Micrurus ibiboboca — Amaral, Rev. Mus. Paulista, 15:29. Type locality: Brazil. IBH 42.446 — Monte Alegre — PI. $ ; D 15/15/15; V 231; A 1/1; subc. 23/23; u.lab. 7/7; l.lab. 7/7; head 13,2 mm; body 685 mm; tail 4,1 mm; p.oc. 2; temp. 1. IBH 42.536 — São Raimundo Nonato — PI. 9 D 15/15/15; V 244; A 1/1; subc. 18/18; u.lab. 7/7; l.lab. 7/7; head 0,83 mm; body 320 mm; tail 1,7 mm; p.oc. 2; temp. 1. VIPERIDAE Bothrops moojeni Hoge 1965 Bothrops moojeni Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32(1966) :126, pl. 4; pl. 5, fig. 2. Type locality: Brasília, Distrito Federal, Brazil. IBH 42.442 — Avelino Lopes — PI. 9 ; D 27/27/21; V 193; A 1; subc. 58/58; u.lab. 7/7; l.lab. 10/10; head 34,4 mm; body 700 mm; tail 11,5 mm. IBH 42.446 — Parnaguá — PL (skin only), D 27/27/21; V 188; A 1; subc. 44/44; head 41,4 mm; body 900 mm; tail 13,5 mm. Although the specimens offer some differences with the central brazilian specimens it is not convenient to attribute them another taxo- nomic situation, because the differences are slight and the specimens proceed from the extreme limits of the distribution. 91 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. : RUSSO. C.R.; SANTOS, M.C. & FURTADO. M.F.D. — Snakes collected by “Projeto Rondon XXII” to Piauí, Brazil. Mcm. Inat. Butantan, 42/43: 87-94, 1978/79. 92 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R.; RUSSO, C.R.; SANTOS. M.C. & FURTADO, M.F.D. — Snakes colleted by “Projeto Rondon XXII” to Piauí, Brazil. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 87-94, 1978/79. 93 SciELO 10 11 12 13 HOGE, A.R.: RUSSO. C.R.; SANTOS, M.C. & FURTADO, M.F.D. — Snakes collected by "Projeto Rondon XXII" to Piauí, Brazil. Mem. Inat. Butantan, ^2/^3: 87-94, 1978/79. Crotalus durissus cascavella Wagler 1824 Crotalus cascavella Wagler, in Spix. Sp. Nov. Serp. Bras. :60, pl. 24. 1966 Crotalus durissus cascavella Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32 (1965) :139, pl. 12. Type locality: Bahia, Brazil; restricted by neotype designation to Mina Caraiba; Bahia, Brazil; by Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32, 1965 (1966), 139. IBH 42.556 — Simplício Mendes — PI. 9 ; D 25/29/33; V 175; A 1; subc. 31; u.lab. 13/14; l.lab. 14/17; head 23,7 mm; body 450 mm; tail 5,5 mm. OBS: We have 2 specimens still alive kept in our laboratories : 1 Bothrops erythromelas from São Raimundo Nonato and 1 Liophis mossoroensis, from Avelino Lopes, Piauí. ACKNOWLEDGMENTS We are indebted to “Fundação Projeto Rondon, Operação Nacional XXII”, to the Prefeituras of Avelino Lopes, Parnaguá and São Raimundo Nonato; to Projeto Sertanejo filiated SUDENE in São Raimundo Nonato for transportations, to father Lira for his help. RESUMO: 15 espécies pertencentes a 15 gêneros sào mencionados. UNITERMOS: Serpentes do Piauí; Boidae; Colubridae; Elapidae; Viperidae. 94 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan 42/43:95-126, 1978/79 ESTUDO SISTEMÁTICO DE PHONEUTRIA NIGRIVEN TER (KEYSERLING, 1891) E PHONEUTRIA KEYSERLINGI ( PICKARD-CAMBRIDGE, 1897) (ARANEAE; LABIDOGNA TH A ; CTENIDAE) * Vera Regina D. von EICKSTEDT** RESUMO: Este trabalho é um estudo crítico da sistemática das espécies de aranhas do gênero Phoneutria (LABIDOGNATHA; CTENIDAE) que ocorrem nas regiões sul e sudeste do Brasil, responsáveis pelo maior número de acidentes aracnídicos regis¬ trados nessa área. É feita a revisão dessas espécies abrangendo uma discussão sobre o valor taxonômico dos caracteres utilizados até o momento no seu reconhecimento, uma pesquisa sobre outros possíveis caracteres morfológicos diferenciais e o estudo das sinonímias, fundamentado no exame dos espécimes - tipo acessíveis. Os elementos específicos importantes para o reconhecimento dos dois sexos são ilustrados e a distribuição geográfica, baseada nos dados de coleta disponíveis, é representada em um mapa. UNITERMOS: Sistemática de aranha. Phoneutria fera Perty, 1833; Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891); Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897); Phoneutria nigriventroides (Strand, 1907) ; Phoneutria rufichelis (Mello-Leitão, 1917) ; Phoneutria paca (Mello-Leitão, 1922); Phoneutria luedenvaldti (Mello-Leitão, 1927); Phoneutria holmbergi Bücherl, 1968. Araneísmo. INTRODUÇÃO O Instituto Butantan tem necessidade de saber a correta posição sistemática das aranhas cujo veneno é utilizado na elaboração dos soros antivenenos aracnídicos e é fornecido como matéria-prima para trabalhos de investigação científica desenvolvidos no Brasil e exterior. Do mesmo modo, do ponto de vista médico-sanitário, é importante o reconheci¬ mento das espécies perigosas de aranhas e sua distribuição geográfica. Extraído da dissertação de mestrado “Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891), Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897), Phoneutria pcrtyi (Pickard-Cambridge. 1897) ( Araneac; Labidognatha; Ctenidae) e comentários críticos sobre as demais espécies do gênero a elas relacionadas”, apresentada ao Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da USP em 25-05-1979. Seção de Antrópodos Peçonhentos do Instituto Butantan. Endereço para corresponidência : CEP. 05504 — C. postal 65 — São Paulo, S.P. — Brasil. 95 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Eatudo sistemático de Phoneutria nigriventer ( Keyserlinsr, 1891) e Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridjje, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Jnst. Butantan. 42/43:96-126, 1978/79. Embora as aranhas do gênero Phoneutria tenham sido reconhecidas já na década de 20 como responsáveis pelos graves acidentes neurotó- xicos registrados em São Paulo e Rio de Janeiro e se prepare contra elas um soro antiveneno desde 1925, o status taxonômico do gênero e de suas espécies não está até agora bem definido. A perda provável dos espé¬ cimes-tipo das espécies mais antigas, a raridade de exemplares do gênero (principalmente das espécies amazônicas) nas coleções dos museus e o fato de que durante muito tempo o gênero Phoneutria Perty, 1833 foi considerado sinônimo de Ctenus Walckenaer, 1805 muito contribuíram para a situação caótica em que se encontra a taxonomia deste gênero. As Phoneutria usadas no Instituto Butantan como doadoras de veneno são aranhas capturadas, em geral, dentro ou próximo de resi¬ dências humanas, remetidas por pessoas interessadas em informações sobre periculosidade, hábitos de vida, prevenção e procedimento em caso de acidente. A maioria delas provém da cidade de São Paulo e arre¬ dores; uma pequena porcentagem chega viva ao Instituto procedente de diversos municípios dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná e é aproveitada também na extração de veneno. Duas espécies ocorrem nesse material: Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891), que constitui cerca de 90% das aranhas e uma outra espécie, procedente, em geral, das baixadas fluminense e santista, que tem sido identificada ora como Phoneutria fera Perty, 1833 ora como Phoneutria holmbergi Bücherl, 1968 ora como Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) . A posição genérica e a validade dessas espécies tem sido discutida pelos autores. Keyserling (1891:144) descreveu nigriventer baseando-se numa fêmea coletada por von Ihering em Rio Grande, RS, Brasil, colocando-a sob o gênero Ctenus. Na página seguinte, descreveu uma fêmea da cidade do Rio de Janeiro como Ctenus ferus (Perty, 1833) ; originalmente esta espécie havia sido descrita no gênero Phoneutria Perty, 1833, fundamen¬ tado em duas fêmeas capturadas por Spix e Martius no Rio Negro, Amazonas, para as quais Perty criara duas espécies novas, rufibarbis e fera (espécie-tipo do gênero por designação posterior de Pickard-Cam¬ bridge, 1897:59). Walckenaer (1837:369), baseando-se na disposição dos olhos, subdividiu o gênero Ctenus em três “famílias”, colocando Phoneu¬ tria como “família” Phoneutriae, caracterizada por ter segunda fila ocular recurva. Pickard-Cambridge (1897), considerando a posição relativa dos olhos como caráter genérico, distingue dois gêneros : Ctenus com segunda fila ocular reta ou procurva e Phoneutria com segunda fila recurva. Menciona que, a seu ver, eles só poderiam ser sinonizados se o tipo de fera fosse reencontrado e ficasse esclarecida a dúvida existente sobre a exatidão da figura dos olhos representada por Perty. Até então, somente havia sido observada disposição ocular semelhante à da Phoneutria f era Perty em ctenídeos africanos ( Anahita debilis (Pavesi, 1895), Galla Country). Segundo Pickard-Cambridge, até que isso não fosse possível, o mais acertado seria basear o gênero nos elementos fornecidos por Perty e, assim, os nomes fera e rufibarbis não deveriam ser aplicados para ctenídeos com segunda fila reta ou procurva, como fizera Keyserling (1881 e 1891). Embora acreditasse que a figura dos olhos feita por Perty 96 cm l SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keynerlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labido gnatha; ctenidae) . Mem. Inat. Butantan, 42/42:95-126, 1978/79. devia estar errada e que Keyserling acertara ao supor que os dois grandes exemplares que ele identificou como rufibarbis (1881) e ferus (1891) eram congenéricos às espécies de Perty, Pickard-Cambridge manteve estas duas espécies sob Phoneutria e criou duas espécies novas de Ctenus (Keyserlingii e Pertyi ) para os exemplares descritos por Keyserling. Justificou que, mesmo se mais tarde fosse demonstrado que a figura de Perty não é fiel e que todas estas espécies de grandes Cteninae devessem, portanto, ser incluídas unicamente sob o gênero Ctenus, ele não acre¬ ditava na possibilidade de espécies do Rio de Janeiro serem iguais a espécies amazônicas (1897:64). Strand (1917) encontrou um exemplar seco de aranha, etiquetado “Brasília” com a letra de Perty, que ele considerou o tipo de Phoneutria fera Perty. Ao redescrever este exemplar, Strand mencionou que a região ocular estava danificada mas que podia-se verificar que a segunda fila era apenas ligeiramente recurva. Strand havia notado em diversos exemplares de Ctenus uma certa variação neste caráter e, pão^ tendo observado nenhum outro elemento que pudesse diferenciar os dois gêneros, Strand considerou Phoneutria sinônimo de Ctenus. Vellard (Brazil e Vellard, 1925, 1926; Vellard, 1936), baseando-se nos trabalhos de Keyserling, identificava os ctenídeos causadores dos acidentes neurotóxicos registrados comumente em São Paulo e Rio de Janeiro, para os quais havia obtido, juntamente com Vital Brazil, os primeiros soros antivenenos de aranha produzidos no Brasil, como Ctenus ferus e Ctenus nigriventer. Mello-Leitão até 1936 classificava estas aranhas do mesmo modo. Neste ano publicou uma revisão dos ctenídeos brasileiros na qual reva¬ lidou o gênero Phoneutria , distinguindo-o de Ctenus pela presença de uma escópula na face interna dos artículos do palpo. Para isso baseou-se não no espécime-tipo do genero mas nas aranhas da vertente atlântica da região sudeste do Brasil que ele identificava como Phoneutria fera Perty e que apresentam este caráter. Pickard-Cambridge (1897, 1902) já havia utilizado este elemento para separar as especies neotropicais de Ctenus em dois grupos : um constituído por espécies com escópula, representado por aranhas de 30-40 mm de corpo e outro sem este caráter, onde foram incluídas as demais espécies. Mello-Leitão considerou sob Phoneutria as espécies fera, rufibarbis, as reunidas por Pickard-Cambridge no primeiio grupo e as espécies com escópula no palpo que ele havia anteriormente descrito sob Ctenus. As aranhas usadas no Instituto Butantan como doadoras de veneno passaram, então, a ser identificadas como Phoneutria fera Perty a Pho¬ neutria nigriventer (Keyserling). Nenhuma outra referencia foi feita ate o momento a respeito da posição genérica dessas aranhas de sorte que mantive as espécies em questão no gênero Phoneutria. Bücherl (1952) colocou nigriventer na sinonímia de fera, justifi¬ cando que o colorido do ventre do abdômen, único caráter apontado por Keyserling para diferenciá-las, varia durante o desenvolvimento pos- embrionário, sendo a cor negra do ventre de nigriventer apenas a fase final dessa variação ; como “indício biológico” desta sinonímia Bücherl mencionou ter cruzado, por diversas vezes, machos de ventre vermelho (que seriam machos de fera, segundo ele) com fêmeas de ventre negro e 97 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoncutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, 42/43: 95-126, 1978/79. obtido descendentes férteis. Diversos trabalhos de farmacologia, clínica médica, bioquímica e zoologia relativos a estas aranhas foram publicados, a partir de então, como referentes unicamente à Phoneutria fera Perty. Sehiapelli e Gerschman de Pikelin (1966) revalidaram nigriventer. Como Holmberg, Keyserling, Vellard e Mello-Leitão, elas identificavam a Phoneutria da vertente atlântica como fera Perty, distinguindo-a de nigriventer pelos mesmos caracteres usados por Pickard-Cambridge (1897) e Mello-Leitão (1936) : padrão do colorido abdominal, relação comprimento/largura da tíbia do palpo do macho e relação comprimento/ largura do epígino. Bücherl (1968) distribuiu as espécies de Phoneutria nos grupos amazônico, boliviano e sul-brasileiro. Incluiu fera no primeiro grupo, afirmando ser esta espécie exclusiva da região amazônica; no grupo sul- brasileiro reuniu nigriventer e uma espécie nova, holmbergi, criada para nomear as Phoneutria encontradas ao longo da costa atlântica brasileira. Bücherl designou como tipo desta espécie o exemplar identificado por Holmberg (1876) como Phoneutria fera, procedente de San José de Flores (hoje um bairro de Buenos Aires) , por ser este o primeiro espécime não amazônico do gênero determinado como fera. Entre as citações bibliográficas referentes à holmbergi, Bücherl relacionou Ctenus Keyser- lingii Pickard-Cambridge, 1897 (n. nov. pro ferus ; Keyserling) mencio¬ nando que “If Holmberg’s type should be lost, than I select Keyserling’s type in Brit. Mus. as the neotype of P. holmbergi". Também incluiu sob holmbergi a Ctenus Pertyi Pickard-Cambridge, 1897, cujo tipo afirmou estar provavelmente perdido. Bücherl (1969a), sem tecer nenhum comen¬ tário, usou pela primeira vez a combinação Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897), em substituição à P. holmbergi Bücherl, 1968. Sehiapelli e Gerschman de Pikelin (1973) declararam holmbergi nomen nudum e Ph. keyserlingi como sinônima de Ph. fera Perty, 1833. Tendo à minha disposição centenas de exemplares de Phoneutria, fiz uma revisão das espécies deste gênero descritas para as regiões sul e sudeste do Brasil com a finalidade de esclarecer a posição específica das aranhas ora em questão. Por outro lado, tendo constatado ampla variação intra e interespecífica nos caracteres até agora empregados na distinção dessas espécies, realizei o estudo dessa variação e uma pesquisa sobre novos caracteres específicos, úteis no seu reconhecimento. MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho é fundamentado principalmente em exemplares de Phoneutria da coleção aracnológica do Instituto Butantan, preservados em etanol a 80%. Analisei 216 exemplares da coleção do Instituto Butantan, 11 do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, gentilmente empres¬ tados pela Dra. Lícia Maria Neme, 16 do Museu Nacional do Rio de Janeiro, emprestados pela Prof. Anna Timotheo da Costa, 5 do Museu Riograndense (Porto Alegre), enviados a mim para identificação pelo Dr. Arno Antonio Lise (Tabelas 1 e 2). 98 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoncutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labido gnatha; ctenidae). Mem. Inst. Butantan, 42/48: 95-126, 1978/79. Examinei os tipos de Ctenus nigriventer Keyserling, 1891, Ctenus Keyserlingii Pickard-Cambridge, 1897 e Ctenus Pertyi Pickard-Cambrid¬ ge, 1897, as três espécies mais antigas descritas para as regiões sul e sudeste do Brasil. Estes tipos pertencem ao British Museum of Natural History (Londres) e foram emprestados pelo Dr. F. R. Wanless. Os tipos de Ctenus paca Mello-Leitão, 1922 e Ctenus luederwaldti Mello-Leitão, 1927, espécies colocadas na sinonímia de nigriventer (Bücherl, 1968), encontram-se no Museu de Zoologia da USP e foram também examinados. Não consegui localizar o tipo de Ctenus rufichelis Mello-Leitão, 1917, espécie considerada sinônima de nigriventer (Bücherl, 1968). Este exemplar foi depositado na coleção particular do Dr. Álvaro Leitão; segundo informações da Prof. Anna Timotheo da Costa essa coleção foi perdida. As coleções são representadas pelas seguintes siglas: (BMNH) — British Museum of Natural History (Londres). (IB) — Instituto Butantan (São Paulo). (MN) — Museu Nacional (Rio de Janeiro). (MR) — Museu Riograndense (Porto Alegre). (MZSP) — Museu de Zoologia da USP (São Paulo). De cada espécime examinei os caracteres morfológicos externos e o colorido e tomei as dimensões costumeiramente usadas para estabelecer proporções corporais. O sistema copulador feminino foi removido do corpo através de uma incisão no tegumento do epigastro e imerso em NaOH a 10% por aproxi¬ madamente uma hora para clarificação das estruturas fortemente escle- rotizadas. Lavado em água destilada e colocado em etanol a_80%, retira¬ vam-se os pelos que recobrem sua parte externa e a secreção endurecida comumente encontrada selando os orifícios externos dos dutos copuladores de fêmeas fertilizadas. Tendo em vista a grande uniformidade observada nas estruturas internas, apenas o epígino e escleritos laterais de cada exemplar foram desenhados. O palpo esquerdo dos machos foi seccionado na altura^ do trocânter, imerso cerca de 2 horas em NaOH a 10% e colocado em água destilada para expansão das hematódocas. Transferindo para etanol a 80% estudei a morfologia do palpo, desenhando de cada aranha a tíbia com a apófise tibial e o órgão copulador. O epígino com os escleritos laterais e o palpo masculino foram desenhados sempre com o mesmo aumento para enfatizar tanto a variação da forma quanto a do tamanho. Para o estudo da quetotaxia examinei em machos e fêmeas a dispo¬ sição dos espinhos em cada artículo dos quatro pares de pernas e do palpo. Representei graficamente as posições observadas, circundando com linha interrompida ou unindo com traço aquelas presentes em 80% ou mais dos indivíduos examinados. A extensão das escópulas ventrais das pernas foi ilustrada juntamente com a espinulação. 99 cm 6 SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer ( Key . rlinsr, 1891) e rhoneutria keyserlingi ( Pickard-CambridÉfe. 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mcm. Inat. Butantan, W/48: 95-126, 1978/79. De cada exemplar foram medidos o comprimento do corpo, enver¬ gadura (comprimento desde o ápice da perna I ao ápice da perna IV), comprimento e largura do cefalotórax, comprimento dos artículos das pernas, comprimento e largura da tíbia do palpo do macho. Como o colorido só se mostra nítido em exemplares secos, a obser¬ vação dele foi feita por último e somente as variações mais significativas foram consideradas. Baseando-me no estudo comparativo dos elementos relacionados, forneço uma redescrição das espécies válidas, precedida no texto pela bibliografia consultada referente à sistemática da espécie original e das sinônimas (quando não era possível determinar com certeza a espécie mencionada ou quando não examinei o material relacionado nas listas faunísticas publicadas, a citação bibliográfica correspondente não foi incluída) . No mapa de distribuição geográfica foram assinaladas as localidades de procedência do material que estudei assim como as localidades-tipo das espécies válidas e das sinônimas. Os desenhos foram realizados por mim com câmara clara acoplada a um estereomicroscópio e passados a nanquim pela Sra. Delminda Travassos. RESULTADOS E CONCLUSÕES Das sete espécies de Phoneutria mencionadas na literatura para as regiões sul e sudeste do Brasil ( nigriventer , keyserlingi, pertyi, rufichelis, paca, luederwaldti, holmbergi) apenas nigriventer e keyserlingi são válidas. Parece-me que Ph. pertyi (Pickard-Cambridge, 1897), espécie em geral incluída na sinonímia de rufibarbis Perty, 1833, deva ser reva¬ lidada; entretanto não disponho, por ora de material suficiente para esclarecer esta questão. A sinonímia de keyserlingi com fera, proposta por Schiapelli e Gers- chman de Pikelin (1973 :32) não pode ser aceita. Tive ocasião de examinar material amazônico do gênero, inclusive da área correspondente à loca¬ lidade-tipo de fera (margens do Rio Negro, desde Manaus até Barcelos, trajeto percorrido por Spix e Martius, 1817-1820) e nunca encontrei representantes de keyserlingi procedentes desta região; as formas ama¬ zônicas são diferentes da espécie atlântica, como já havia sugerido Pickard-Cambridge (1897:64). Na realidade, Vellard, Mello-Leitão, Schiapelli e Gerschman de Pikelin identificam esta espécie com ferus; Keyserling, 1891 non fera Perty, 1833 (Schiapelli e Gerschman de Pikelin justificam a sinonímia de keyserlingi com fera afirmando que o epígino das Phoneutria da vertente atlântica, que desenharam em 1966, é idêntico ao ilustrado por Pickard-Cambridge (1897) do exemplar descrito por Keyserling como ferus). Não se pode afirmar que ferus: Keyserling seja igual à fera Perty: o espécime-tipo de fera está perdido; a identificação desta espécie não pode ser feita baseada apenas na descrição original ou na redescrição do tipo feita por Strand (o exemplar estava só com o cefalotórax e pernas ; a morfologia da genitália, caráter decisivo no reconhecimento das espécies, não foi descrita) ; o material existente 100 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer ( Keyserling, 1891) e Phoneutria kcyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Arancae ; labidognatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, 42/43: 95-126, 1978/79. atualmente nas coleções não confirma esta identidade. A forma atlântica deve ser identificada como keyserlingi, em conformidade com o holótipo desta espécie. As Phoneutria cujo veneno é extraído no Instituto Butantan, perten¬ cem às espécies nigriventer e keyserlingi. A caracterização dessas espécies tem sido baseada até agora nos elementos morfológicos usados por Pickard-Cambridge (1897) e Mello-Leitão (1936). Constatei ampla variação intra e interespecífica nesses caracteres. Relaciono, a seguir, os resultados do estudo comparativo dos caracteres até agora em uso, aliado a observações sobre outros caracteres e proposição de novos elementos diagnósticos. Não se pode diferenciar nigriventer de keyserlingi pela proporção entre o comprimento e a largura do epígino. Pickard-Cambridge (1897 :64; pl. III: figs. 2c, 2d) mencionou que em nigriventer o epígino é proporcio¬ nalmente mais curto que em keyserlingi. Este caráter foi usado por Schiapelli e Gerschman de Pikelin (1966) para justificar a revalidação de nigriventer. Constatei que tanto em nigriventer quanto em keyserlingi ocorre desde epígino quase tão longo quanto largo até nitidamente mais longo que largo assim como epígino de lados retos ou sinuosos (Figs. 3 e 4) . Nestas duas espécies a placa epigineal é trianguliforme, com uma parte caudal elipsóide e uma porção cefálica, compreendida desde a altura dos poros de entrada do epígino até a extremidade apical da placa. A parte cefálica é provida das guias laterais (“longitudinal ridges”, “lateral ridges”, cristas laterais), cuja função provável é orientar o êmbolo durante o acasalamento. Verifiquei que a conformação dessa estrutura é caráter específico diagnóstico : em nigriventer a guia lateral apresenta-se como um cordão, roliça e bem demarcada (Fig. 1) ; em keyserlingi ela é comprimida lateralmente, formando uma quilha marginal no epígino (Fig. 2). Nos Cteninae existe, lateralmente ao epígino, na altura dos orifícios de abertura, uma formação bem definida a que se dá o nome de escleritos ou apófises laterais. Verifiquei que em nigriventer esses escleritos são laminares, em forma de triângulo com o vértice dirigido para o epígino (Fig. 1) ; em keyserlingi são riniformes, com reentrância pro¬ funda ou pouco conspícua (Fig. 2). O inconveniente deste caráter é que na maioria das aranhas fertilizadas os escleritos aparecem quebrados, dificultando a sua identificação. Isto ocorre porque na ocasião do acasa¬ lamento eles ajudam a firmar o êmbolo no orifício de entrada do epígino; após a inseminação, o êmbolo desprende-se num movimento brusco, pro¬ vocando, muitas vezes a ruptura do esclerito ou de parte dele. Os machos de nigriventer e keyserlingi têm sido diferenciados pela proporção entre o comprimento e largura da tíbia do palpo. Mello-Leitão (1936:15, figs. 33, 34, 35) mencionou, na chave de espécies de Phoneutna, tíbia cerca de quatro vezes mais longa que larga em nigriventer e aproxi¬ madamente duas vezes mais longa que larga em keyserlingi ( fera sensn Mello-Leitão), diferença também ilustrada nas figuras fornecidas por este autor. Schiapelli e Gerschman de Pikelin (1966) ratificaram este caráter como diagnóstico das duas espécies. Em 31 machos d e nigriventer por mim examinados a relação comprimento/largura da tíbia do palpo variou de 2,75 a 4,18 (valor médio = 3,44). Em 19 exemplares de 101 SciELO EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigrivcnter ( Keyserlinsr, 1891) e rhoneutria kcyscrlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Arancae : labidognatha; ctenidac) . Mevn. Inat. Butantan. W/W: 95-126, 1978/79. j/y *.'• é/M % • ' 'r- Phoncutria nigriventer (Keyserlinpr) Fiíf. 1 — Epíprino, vista ventral. Holótipo n.° 1890.7.1.2914 (BMNH). Phoneutria kciserling ( Pickard-Cambridge) Fig. 2 — Epígino, vista ventral. Holótipo n.° 1890.7.1.2918 (BMNH). keyserlingi essa relação variou de 2,52 a 3,28 (valor médio = 2,93). Estes dados mostram que em nigriventer a tíbia do palpo é, em média, proporcionalmente mais longa que em keyserlingi e que naquela espécie ocorre desde tíbia aproximadamente duas vezes e meia mais longa que larga até tíbia mais que quatro vezes mais longa que larga. Por apre¬ sentar grande variação intra-específica, não considero este caráter de utilidade no reconhecimento das espécies em questão. Numerosos autores têm dado especial atenção à morfologia do bulbo copulador masculino como caráter especifico. No que se refere às espécies de Phoneutria aqui analisadas, apesar de Mello-Leitão e Schiapelli e Gerschman de Pikelin terem fornecido figuras do palpo masculino, as estruturas do bulbo genital nunca foram utilizadas como caráter diag¬ nóstico. O estudo comparativo ora realizado demonstrou que o êmbolo é caráter de importância primária na identificação dos machos. Em Phoneutría o êmbolo é do tipo coniforme (Comstock, 1910, 1965), isto é, um esclerito de base larga e parte apical afilada. Em nigriventer o êmbolo é relativamente mais estreito, menos curvo e menos esclerotizado que em keyserlingi. A parte apical do êmbolo desta espécie apresenta, no lado externo, uma área sulcada, muito esclerotizada, em forma de Y invertido (Fig. 6:ei) ; em nigriventer essa região mostra-se quase plana, pouco esclerotizada e termina em linha reta (Fig. õie^. Nos demais escle- ritos do órgão copulador masculino não encontrei variação conspícua nestas duas espécies. Embora a apófise tibial tenha sido usada por Mello-Leitão (1936:15) para diferenciar machos de Phoneutria, em nigriventer e keyserlingi não observei diferença morfológica significativa nesse caráter; em todo o material a apófise apresentou-se como uma lâmina negra, de ponta 102 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer ( Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, *2/48: 95-126, 1978/79. cm EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigrivcntcr (Keyserling, 1891) e Phoneutria kcyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Arancae : labidognatha; ctenidac) . Mem. lnst. Butantan, 42/43:95-126, 1978/79. Phoneutria nigrivcntcr (Keyserling) Fig. 5 — palpo do macho, vista ventral. Phoneutria kcyserlingi (Pickard Cambridge) Fig. 6 — palpo do macho, vista ventral. romba, dirigida para fora e ligeiramente curva na direção dorso-ventral, localizada na parte apical externa da tíbia. Por outro lado, o exame de machos de Phoneutria da Guiana, Colômbia, Bolívia, região amazônica é Bahia mostrou que a forma da apófise tibial varia conspicuamente dentro do gênero. A semelhança que observei nessa estrutura em nigríventer e Jceyserlingi talvez possa ser explicada por um estreito relacionamento entre estas espécies. O colorido do ventre tem sido um caráter sempre usado no reconhe¬ cimento das espécies de Phoneutria. A coloração negra do ventre de uigriventer deu, inclusive, nome à espécie. Em 1891, quando Keyserling comparou seu exemplar de ferus (= keyserlingi) com o de nigríventer, salientou que as duas espécies eram muito semelhantes, até mesmo com epíginos iguais e que podiam ser distingüidas uma da outra apenas pelo colorido do ventre. Verifiquei que fêmeas adultas de nigriventer normal¬ mente apresentam ventre negro, em contraste nítido com a região dorsal do abdômen, que tem coloração acinzentada. Comumente existe, na região mediana deste campo negro, uma zona triangular de colorido mais escuro ; esta zona é delimitada por uma fila de sigilos (inserções musculares) que se estende desde o sulco epigástrico até às fiandeiras. A coloração do ventre é devida, em parte, à pigmentação escura da cutícula e em parte à presença de pelos pretos recobrindo-a. Em exemplares jovejis o ventre é alaranjado; nas eedises sucessivas ele torna-se avermelhado com 4 filas de sigilos circundados por pelos claros. Posteriormente, surge junto ao sulco epigástrico e às fiandeiras uma faixa transversal negra, que vai se ampliando em direção à região central do ventre, formando 104 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoncutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, 42/43: 95-126, 1978/79. prolongamentos ou pontes escuras interligando as duas regiões. Fêmeas recém-adultas de nigriventer podem apresentar este padrão de colorido ventral ; com o tempo o ventre torna-se uniformemente preto. Às vezes, os pelos claros dos sigilos não são substituídos por pelos escuros e fêmeas adultas de nigriventer podem se apresentar com ventre negro pontilhado por 2 ou 4 filas de sigilos claros. Em keyserlingi o ventre é marrom, concolor com o dorso, variando essa tonalidade de marrom avermelhado escuro a marrom amarelado. Em geral, o ventre apresenta um triângulo marrom mais escuro no centro. Fêmeas adultas de keyserlingi podem apresentar colorido ventral semelhante ao de fêmeas semi ou recém- adultas de nigriventer, ou seja, ventre avermelhado com uma faixa transversal escura junto ao sulco epigástrico e às fiandeiras. Em nigriventer este padrão será posteriormente substituído pelo padrão típico da espécie, o que não ocorre em keyserlingi. Em nigriventer é muito constante o padrão de colorido dorsal do abdômen ilustrado na Fig. 7. Ele é constituído por um desenho formado por uma faixa clara mediana anterior, ladeada por duas faixas mais estreitas, seguidas por duas fileiras paralelas de manchas claras arredon¬ dadas, das quais partem linhas oblíquas de pontos claros em direção ao ventre. Este padrão tem sido usado para diferenciar nigriventer de keyserlingi, correspondendo à “central, dorsal, pale scalloped band” mencionada por Pickard-Cambridge (1897, 1902) e ao fólio dorsal de Schiapelli e Gerschman de Pikelin (1966). Verifiquei que em nigriventer esse fólio mostra-se ora muito conspícuo, composto de manchas redondas ocupando todo o dorso, ora miúdo, formado por aréolas triangulares claras, ora pouco contrastante com o tegumento mas, em geral, presente. Em keyserlingi há uma grande variação do padrão de colorido do dorso do abdômen, ocorrendo espécimes com fólio completo, com fólio reduzido a alguns pontos brancos dorsais, acompanhados ou não de pontos claros laterais e exemplares com dorso concolor. Fig. 7 Phoneutrim nigrieentrr (Keyserling). Fémea. Vista dorsal. 105 cm 2 3 4 5 6 SClELO 1Q 2.1 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) (Arancae: labidognatha ; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, 42/45:95-126, 1978/79. Pelo exposto, pode-se concluir que o padrão de colorido abdominal, por apresentar grande variação inter e intra-específica não constitui caráter decisivo no reconhecimento de nigriventer e keyserling, como tem sido até agora considerado (Mello-Leitão, 1936:15; Schiapelli e Gerschman de Pikelin, 1966:676; 1973:37). O número e a disposição dos espinhos das pernas e do palpo é bastante variável em exemplares da mesma espécie e em um mesmo indivíduo (lado direito diferente do esquerdo). Apesar de não ter encon¬ trado diferenças específicas na quetotaxia, verifiquei a existência de um padrão básico. Como na literatura constam apenas referências incom¬ pletas, achei interessante fornecer uma representação topográfica da espinulação (Figs. 8 e 9). Se por ora esses dados apresentam apenas valor prático, possibilitando a identificação das pernas ou dos artículos desprendidos, em trabalhos futuros, relativos à sistemática do gênero, o conhecimento desse caráter será de utilidade. Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) (Figs. 1, 3, 5, 7, 8, 9, 10, Tab. 1) Ctenus nigriventer Keyserling, 1891:144, pl. 4, fig. 98 (Localidade- tipo: Rio Grande, RS, Brasil; fêmea) ; Pickard-Cambridge, 1897:55, 64, 76, 81, pl. 3: fig. 2d; Pickard-Cambridge, 1902:410, 412; Strand, 1910:296-298 (descrição do macho); Petrunkevitch, 1911:475; Brazil e Vellard, 1925:28, 45, pl. 5 e 6; Vellard, 1936:171-174; Machado, 1943:49; Bücherl, 1951:53, 67, Bücherl, 1953a : 153 ; Bücherl, 1953b :2; Roewer, 1954:653; Bücherl, 1956a :294; Bücherl, 1956b :95; Schiapelli e Gersch¬ man de Pikelin, 1966:676; Ctenus rufichelis Mello-Leitão, 1917 :97, figs. 15, 16 (Localidade-tipo: São João dei Rei, MG, Brasil; macho); Roewer, 1954:654; Bücherl, 1968:190 (= nigriventer)-, Ctenus paca Mello-Leitão, 1922:41 (Localidade-tipo : São Paulo, SP, Brasil; fêmea) ; Roewer, 1954:653; Bücherl, 1968:190 (= nigriventer) ; Phoneutria nigriventer; Mello-Leitão, 1936:15-17, 599, pl. 1: fig. 36, pl. 3: figs. 34, 35; Bücherl, 1952:129, 135, 136; Bücherl, 1953a: 153, fotos 2, 3; Bücherl, 1953b: 1, 2; Tretzel, 1957:75; Bonnet, 1958:3621; Schiapelli e Gerschman de Pikelin, 1966:675-682, figs. 1-4, 9, 10, 13, 14; Bücherl, 1968:187-190; Bücherl et al, 1969:53, 56-59, 66; Bücherl, 1969a : 157 ; Bücherl, 1969b :774, figs. 5, 6; von Eickstedt e Lucas, 1969:75-77; Bücherl, 1971a :223, 237, figs. 22, 25; Bücherl, 1971b :400, 435; Bücherl, 1972:123, 124, fig. 11; Schiapelli e Gerschman de Pikelin, 1973:31-33, 37. Phoneutria rufichelis-, Mello-Leitão, 1936:15; Bonnet, 1958:3622; Bücherl et al, 1969:64, 66. Phoneutria paca; Mello-Leitão, 1936:15, 18; Bonnet, 1958:3621; Bücherl et al., 1969:61, 66; von Eickstedt e Lucas, 1969:75-77. Phoneutria fera; Bücherl, 1951:53, 67; Bücherl, 1956b :95 (partim) ; Melchers, 1963:23, 24, figs. 11, 13; Bücherl, 1965a :394, fig. 4, mapa 2 (partim); Bücherl, 1965b :8, 9 (partim); Schmidt, 1975:9, 10, fig. 4 (partim). 106 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático do Phoncutria niyrivcntcr ( Keyserling, 1891) e Phoncutria kcyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) (Arancac: labidognatha; clenidae) . Mcm. Inat. Butantan, 42/48: 95-126, 1978/79. $ — Tegumento castanho escuro, revestido de curtos pêlos marrom- amarelados a cinza escuros. Artículo basal das quelíceras recoberto de pêlos vermelho-tijolo e com fímbria de longos pêlos avermelhados na promargem do sulco ungueal. Lábio e lâminas maxilares mais escuros no ápice, com pêlos róseos no bordo anterior. Fêmur do palpo castanho claro, com escópula amarelada, lateral interna; patela com faixa escura dorsal dirigida obliquamente para fora; dorso da tíbia, escuro, com estreita linha mediana de pelos cinza a amarelo-ouro ; tarso uniforme¬ mente escuro; os dois últimos segmentos com escópula cinza, lateral interna. Face ventral dos fêmures I e II com faixa negra apical; patela preto uniforme na face ventral ; os dois terços apicais da tíbia, todo o metatarso e tarso com densa escópula ventral escura; face anterior dos fêmures I muitas vezes de colorido amarelo-ocre; espinhos das pernas e dos palpos em geral orlados de pêlos claros na base. Dorso do abdômen com fólio dorsal, graúdo ou formado por manchas pouco conspícuas. Ventre denegrido, com zona triangular mediana, preta, delimitada por duas filas de sigilos circundados ou não por pêlos claros. Cefalotórax ovalado, na frente pouco maior que a metade da largura da região torácica mediana. Perfil cefalotorácico ligeiramente depresso, pouco mais alto atrás. Sulco torácico longitudinal estendendo-se até a base do cefalotórax. Olhos 2-4-2. OMA um pouco menores que os OMP, os quatro for¬ mando um quadrado ligeiramente mais estreito na frente. OLA menores que os outros, elípticos, constituindo com os OMP a segunda fila ocular, reta ou ligeiramente procurva pelas margens anteriores dos quatro olhos. OLP iguais ou pouco maiores que os OMP, dos quais distam por aproximadamente um seu diâmetro. OLA e OLP em cômoro comum. Clípeo cerca de duas vezes o diâmetro dos OMA. Sulco ungueal das quelíceras com 3 dentes na promargem (o médio, maior) e quatro na retromargem, seguidos de mais um, proximal, punctiforme. Lábio escavado lateralmente, pouco mais longo que largo, atingindo a metade da altura das lâminas maxilares. Pernas IV-I-II-III, com escópula densa em toda a face ventral dos tarsos I-IV e metatarsos I-III ; metatarso IV com escópula na metade apical, tíbias I-II escopuladas nos dois terços apicais, III-IV sem escó¬ pula (Fig. 8). Face ventral das pernas com pêlos longos, amarelados, esparsos. Duas garras tarsais, pectinadas em fila única, com 5-7 dentes curtos, seguidos em direção à base por outros, punctiformes. Um par de densos tufos sub-ungueais, dispostos verticalmente no ápice de todos os tarsos. Quetotaxia: Fig. 8. Palpos com escópula na face lateral interna do fêmur, tíbia e tarso. Epígino triangular, tão longo quanto largo ou mais longo que largo, de lados retos ou sinuosos, com guias laterais abauladas, em forma de cordão. Escleritos laterais lamelares, trianguliformes, subcaudais (Fig. 1). Variação do tamanho do corpo ( 9 adultas) : 17,0 a 48,0 mm. Tamanho médio do corpo; 33,6 mm. Envergadura máxima observada : 150 mm. 107 SciELO EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoncutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha ; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, -42/^:95-126. 1978/79. $ — Corpo mais delgado e pernas proporcionalmente mais longas que na fêmea. Abdômen com fólio dorsal menos nítido que na fêmea e de colorido vermelho ou alaranjado no ventre. Pernas I-IV-II-III. Palpo com escópula lateral interna no fêmur, tíbia e tarso. Apófise tibial externa, sub-apical, laminar, dirigida obliquamente para fora, curvada na direção dorso-ventral. Palpo e bulbo genital como na Fig. 5. Valor médio da relação comprimento/lar¬ gura da tíbia do palpo igual a 3,44. Quetotaxia: Fig. 9. Demais caracteres morfológicos e de colorido como na 9 . Variação do tamanho do corpo ( s adultos) : 18,5 a 31,0 mm. Tamanho médio do corpo: 26 mm. Envergadura máxima observada: 158 mm. Material examinado — Vide Tabela 1. Total exemplares: 172 (111 $ 61 3 ). Material-tipo — Holótipo 9 : BRASIL, Rio Grande do Sul, Rio Grande; von Ihering col. ; n.° 1890.7.1.2914 (BMNH). Discussão taxonômica: Diversas espécies têm sido colocadas na sinonímia de nigriventer. Relaciono-as, a seguir, tecendo considerações sobre a validade ou não dessas sinonímias, baseadas sempre que possível no exame comparativo dos exemplares-tipo. Phoneutria rufichelis (Mello-Leitão) , 1917 — Baseada em um macho proveniente de São João dei Rei, Minas Gerais. O tipo, depo¬ sitado na coleção do Dr. Álvaro Leitão, está provavelmente perdido pois, segundo informações da Prof.a Anna Timotheo da Costa, do Museu Nacional (RJ), esta coleção não existe mais. Büeherl (1968), sem nenhuma explicação e sem ter visto o tipo, relacionou rufichelis na sinonímia de nigriventer. Mello-Leitão (1936:15) diferenciava estas duas espécies pela apófise tibial do macho que, segundo ele, era dirigida para fora em nigriventer e para dentro em rufichelis, posição nunca observada por mim nos exemplares que estudei. Verifiquei que Mello-Leitão equivocara-se na chave de espécies (1936:15) pois na descrição original de rufichelis consta e é ilustrada apófise tibial dirigida para fora. Tive oportunidade de examinar um exemplar do Museu de Zoologia da USP (n.° 8943), capturado em Mariana (MG), por Pinto da Fonseca, determinado como Ctenus rufi¬ chelis por Mello-Leitão em 1921. Trata-se de um macho de nigriventer. Em vista destes argumentos, considero rufichelis sinônima de nigri¬ venter, ratificando o que foi sugerido por Büeherl (1968). Phoneutria paca (Mello-Leitão), 1922 — Espécie descrita sob Ctenus, baseada em uma fêmea de São Paulo, SP. Holótipo depositado no MZSP, n.° 537A. Mello-Leitão (1936) incluiu paca na chave de espécies de Phoneu¬ tria, diferenciando-a de nigriventer por possuir fileiras oblíquas de pontos brancos partindo das manchas claras do dorso do abdômen, as quais não foram mencionadas por Keyserling na descrição de nigriventer. Büeherl (1968) relacionou paca na sinonímia de nigriventer, sem 109 cm 6 SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoncutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoncutria keyserlingi ( Pickard-CambridEe. 1897) (Arancac: labidognalha; ctenidae). Mcm. Inst. Butantan, Í3/1,3:0 5-126, 1978/79. nenhum comentário, von Eickstedt e Lucas (1969) sinonimizaram estas duas espécies justificando que o tipo de paca é uma fêmea semi-adulta de nigriventer, com epígino em formação. Como foi mencionado por aquelas autoras, o exemplar ora catalogado como tipo de paca não coincide com a descrição original quanto às dimensões e ao epígino (segundo Mello-Leitão, o epígino do holótipo era “completamente desen¬ volvido, com duas cristas longitudinais semelhantes às de nigriventer”) . Embora não se tenha o verdadeiro tipo à disposição, ratifico esta sino- nímia baseando-me na descrição original, na localidade-tipo e nos resul¬ tados do estudo da variação do padrão de colorido abdominal de nigri¬ venter ora realizado. Não mencionei sob nigriventer as referências feitas por Strand (1907, 1916) mas julgo oportunos os seguintes comentários: Strand (1907:425) descreveu sob nigriventer uma fêmea de Sorata (Bolívia), mencionando que, embora o epígino dela fosse semelhante ao de nigri¬ venter, o exemplar tinha coloração diferente do colorido tipico desta espécie; sugeriu o nome nigriventroides para esta forma, caso fosse posteriormente demonstrado que ela era diferente de nigriventer. Este mesmo autor (1916:129) descreveu duas fêmeas de Joinville (Brasil) sob “ nigriventer var. nigriventroides" , cujo epígino era, segundo ele, semelhante aos de nigriventer e keyserlingi, porém, com guia lateral levemente comprimida. Mello-Leitão (1936) considerou nigriventroides espécie válida, diferenciando-a de nigriventer pela guia lateral. Nos catálogos de aranha, nigriventroides tem sido assinalada ora para a Bolívia (Roewer, 1954) ora para o Brasil (Bonnet, 1958). A meu ver, as aranhas de Joinville que Strand examir ou não são co-específicas à fêmea descrita da Bolívia, são muito provavelmente iguais às que estudei daquela localidade, pertencentes à espécie keyserlingi: a confor¬ mação da guia lateral e a variação do colorido observadas por Strand são características dessa espécie. De acordo com informações do Naturhistorisches Museum der Hansestadt Lübeck, o tipo de nigriven¬ troides não se encontra mais na coleção, devendo ter sido perdido durante os bombardeios de 1942. Acredito que, por ora, o procedimento mais correto é reservar o nome nigriventroides para exemplares da Bolívia; somente quando houver material suficiente dessa região é que poder-se-á discutir a correta posição taxonômica dessa espécie. 111 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Phoneutria nigriventer: Relação do material estudado. v.E.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) Butantan, 42/43: 95-126, 1978/79. Phoneutria nigriventer ( Arancac : labido gnatha; (Keyserling, 1891) e ctcnidac) . Mcm. Inst. 112 SciELO 10 11 12 13 14 15 TABELA 1 (continuação) EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyscrlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneac : labidognatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, ^2/^3: 95-126, 1978/79. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 TABELA 1 (continuação) EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoncutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria kcyzerlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) (Araneac: labidognatha; ctcnidae) . Mem. Inat. Butantan, 42/43:95-126, 1978/79. 114 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 TABELA 1 (continuação) EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) (Araneae: labidognatha; ctcnidae) . Mem. Inat. Butantan, 42/43: 95-126. 1978/79. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT V R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria kcyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Arancae : labido gnatha; ctenidae) . Mcm. Inat. Butantan, 95-126, 1978/79. 116 SciELO 14 15 TABELA 1 (continuação) EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyeerlingi (Pickard-Cambridjfe, 1897) ( Araneae : fabidognatha; ctenidae) . Mem. Irut. Butantan, 4t/43: 95-126. 1978/79. SciELO 14 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labido gnatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, t*/4S: 95-126, 1978/79. Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897). (Figs. 2, 4, 6, 8, 9, 10, Tab. 2) Ctenus ferus; Keyserling, 1891:145 (= Ctenus Keyserlingii fide Pickard-Cambridge, 1897 loc. cit.) ; Goeldi, 1892:213; Petrunkevitch, 1911:473 ( keyserlingi como sin. de ferus) ; Brazil e Vellard, 1925:14, 28, 45, pl. 5; Mello-Leitão, 1933:47; Vellard, 1936:173, 174, fig. 39; Machado, 1943:49; Bücherl, 1953a: 153; Bücherl, 1953b :2; Roewer, 1954:650; Bücherl, 1956a :294. Ctenus Keyserlingii; Pickard-Cambridge, 1897 :53, 55, 59, 64, 76, 81, pl. 3: fig. 2c (n. nov. pro ferus; Keyserling) (Localidade-tipo: Rio de Janeiro, RJ, Brasil; fêmea); Pickard-Cambridge, 1902:410, 412; 3trand, 1910:297; Strand, 1916:129; Bücherl, 1968:189; Bücherl et al., 1969:49, 54-57, 58; von Eickstedt e Lucas, 1969:67, 72. Ctenus luederúáldti; Mello-Leitão, 1927 :397, 403 (Localidade-tipo : Blumenau, SC, Brasil ; fêmea) ; Camargo-Andrade, 1937 :688 ; Roewer, 1954:652; Bücherl, 1968:189 (= nigriventer). N.SYN.? Phoneutria fera; Holmberg, 1876:26 (?); Mello-Leitão, 1936:16, pl. 1: fig. 32, pl. 3: fig. 33; Mello-Leitão, 1944:316; Bücherl, 1952:136; Bücherl, 1953a :153; Bücherl, 1953b :1, 2; Schmidt, 1954:419, fig. 12a, 12b; Bücherl, 1956a :294, fig. 1 (partim) ; Bücherl, 1956b :95 (partim) ; Tretzel, 1957:74-110, figs. 1-14 (?); Bonnet, 1958:3620; Bücherl, 1965a :394, fig. 4, mapa 2 (partim); Bücherl, 1965b :8, 9 (partim); Schiapelli e Gerschman de Pikelin, 1966:675-682, figs. 5-8, 11, 12, 15, 16 ; Schiapelli e Gerschman de Pikelin, 1973 :31, 33, 37 ; Schmidt, 1975:9, 10, fig. 4 (partim). Phoneutria holmbergi; Bücherl, 1968:187, 189, 190; Bücherl, 1969b: 1958:3620; Bücherl et ai, 1969:55, 66; von Eickstedt e Lucas, 1969:75-77. Phoneutria holmbergi Bücherl, 1968:187, 189, 190; Bücherl, 1969b: 774, figs. 5, 6; Schiapelli e Gerschman de Pikelin, 1973:31, 32 (Nom. nud.). Phoneutria keyserlingi; Bücherl 1969a :157 (n. comb.); Bücherl, 1972:123; Schiapelli e Gerschman de Pikelin, 1973:32 (= fera). 9 — Abdômen, em geral, com pares de pontos claros no dorso, acompanhados ou não de filas oblíquas de manchas claras; às vezes com fólio dorsal ou de colorido uniforme; ventre marrom avermelhado escuro a marrom amarelado, concolor com o dorso; alguns exemplares com faixa escura transversal junto ao sulco epigástrico e às fiandeiras. Demais detalhes de colorido semelhantes aos de nigriventer. Epígino trianguliforme, tão longo quanto largo ou bem mais longo que largo, de lados retos ou sinuosos, com guia lateral comprimida lateralmente, formando uma quilha marginal; escleritos laterais, subcaudais, rinifor- mes, com reentrância profunda ou pouco conspícua (Fig. 2). Demais caracteres morfológicos como em nigriventer. Variação do tamanho do corpo ( 9 adultas) : 25,0 a 47,5 mm. Tamanho médio do corpo: 33,1 mm. 118 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, *2/43: 95-126, 1978/79. S — Dorso do abdômen com ou sem fólio dorsal; ventre marrom concolor com o dorso ou mais avermelhado. Palpo e bulbo genital como na Fig. 6. Valor médio da relação comprimento/largura da tíbia do palpo igual a 2,93. Demais caracteres morfológicos como em nigriventer. Variação do tamanho do corpo ( á adultos) : 20,0 a 30,0 mm. Tamanho médio do corpo : 29,1 mm. Material examinado — Vide Tabela 2. Total exemplares: 76(48 9 28 a). Discussão taxonômiea: Mello-Leitão (1927) descreveu a espécie luederwaldti baseada numa fêmea semi-adulta de Blumenau, SC. Bücherl (1968) relacionou esta espécie na sinonímia de nigriventer, sem nenhum comentário, von Eickstedt e Lucas (1969) ratificaram esta sinonímia justificando que o padrão de colorido do ventre de luederwaldti, caráter usado por Mello-Leitão para criar a espécie, corresponde a uma das fases de desenvolvimento do colorido ventral de nigriventer. Até esta ocasião não tínhamos tido oportunidade de examinar nenhum exemplar adulto procedente da localidade-tipo de luederwaldti. Segundo os dados de coleta que agora possuo, em Blumenau ocorre a espécie keyserlingi. O estudo da variação do padrão de colorido abdominal ora realizado mostrou que não se pode distinguir exemplares jovens de nigriventer e keyserlingi por este caráter. Assim, neste trabalho, a espécie luederwaldti foi colo¬ cada, interrogativamente, como sinônima de keyserlingi, em confor¬ midade com o material examinado da localidade-tipo desta espécie. 119 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 TABELA 2 — Phoneutria keyserlingi: Relação do material estudado. EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer ( Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Intt. Butantan, 42/43: 95-126, 1978/79. 120 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 TABELA (2 (continuação) EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyseriingi ( Pickard-Cambridge, 1897) (Araneae: labidognatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, 42/4S: 95-126, 1978/79. SciELO EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. lnst. Butantan, 1>2/J,8: 95-126, 1978/79. 122 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 5 6 SciELO 10 11 12 13 14 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) (Araneae: labidognatha ; ctenidae) . Mem. Inat. Butantan, 42/45:96-126, 1978/79. Fig. 10 — Distribuição geográfica de Phoneutria nigriventer (Keyserding) e Phoneutria keyterlingt ( Pickard-Cambdrige) . SciELO cm 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT, V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer ( Keyserlinsr, 1891) e Phoneutria keyserlingi {Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labido gnatha; ctenidae) . Mem. Inst. Butantan, a/iSM-126, 1978/79. SUMMARY : This work is a criticai study of the systematics of the Southern and south-eastern Brazilian species of the spider genus Phoneutria ( Labidognatha , Ctenidae ). A discussion on the taxonomic value of the characters used up to now for their identification as well as a research on new diagnostic morphological characters and the study of the synony- mies based on the examination of type-specimens are included. The diagnostic characters of the valid species are illustrated and the geographical distribution based on the avaiable collection records is indicated on a map. UNITERMS: Spider systematics. Phoneutria fera Perty, 1833; Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) ; Phoneutria keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897); Phoneutria nigriventroides (Strand, 1907); Phoneutria rufichelis (Mello-Leitão, 1917); Phoneutria paca (Mello-Leitão, 1922); Phoneutria luederwaldti (Mello-Leitão, 1927) ;Phoneutria holmbergi Bücherl, 1968. Araneism. BIBLIOGRAFIA 1. BONNET, P. Bibliographia Araneorum. Toulouse, Douladoure Impr. vol. 2: 1958. 3027-4230. 2. BRAZIL, V. & VELLARD, J. Contribuição ao estudo do veneno das aranhas. Mem. Inst. Butantan, 2: 3-77, 14 pis., 1925. 3. BRAZIL, V. & VELLARD, J. Contribuição ao estudo do veneno das aranhas (Segunda memória). Mem. Inst. Butantan, 3(1): 243-299, 10 pis. 1926. 4. BÜCHERL, W. Estudos sobre a biologia e a sistemática do gênero Gram- mostola Simon, 1892. Monogr. Inst. Butantan, 1 : 1-203, 6 pis. 32 figs., 26 photos, 1951. 5. BÜCHERL, W. Aranhas do Rio Grande do Sul. Mem. Inst. Butantan, 24(2): 127-155, 1952. 6. BÜCHERL, W. Novo processo de obtenção de veneno seco, puro, de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e titulação da LDso em camundongos. Mem. Inst. Butantan, 25(1): 153-174, 9 photos, 2 tabelas, 1953a. 7. BÜCHERL, W. Dosagem comparada da atividade dos extratos glandulares e do veneno puro de Phoneutria nigriventer (Keyserling), 1891. Mem. Inst. Butantan, 25(2): 1-21, 1953b. 8. BÜCHERL, W. Südamerikanische Spinnen und ihre Gifte. Arzneim. Forsch., 6: 293-297, 2 figs., 1956a. 9. BÜCHERL, W. Studies on dried venom of Phoneutria fera Perty, 1833. In: E.E. BUCKLEY, N. & N. PORGES eds. Venoms. Washington, D.C., A.A.A.S., 1956b, p. 95-97. 10. BÜCHERL, W. Gefahrliche Skorpione und Spinnen. Gelben Hcfte, 10: 386, 397, 4 figs., 2 maps, 1965a. 11. BÜCHERL, W. Die gifttigsten Spinnen Südamerikas. Ringelh. Biol. Umsch., 20: 8-15, 2 figs., 1965b. 12. BÜCHERL, W. Brazilian scorpions and spiders: I. Biology of scorpions and effects of their venoms. II. The- poisonous and agressive spiders of the genus Phoneutria Perty, 1833. Rev. bras. Pesq. méd. biol., 1(3/4): 181-190, 1968. 13. BÜCHERL, W. Biology and venoms of the most important South American spiders of the genera Phoneutria, Loxosceles, and Latrodectus. Am. Zool., 9: 157-159, 4 tables, 1969a. 14. BÜCHERL, W. Giftige Arthropoden. In: E.J. FITTKAU et al. eds. Biogeo- graphy and ecology in South America. The Hague, W. Junk, 1969b. vol. 2, p. 764-793, 7 figs., 1 map. 124 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer (Keyserling, 1891) e Phoneutria keyaerlingi (Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Inat. Butantan, 95-126, 1978/79. 15. BÜCHERL, W. Spiders. In : W. BÜCHERL & E.E. BUCKLEY eds. Venomous animais and thcir venoms, New York, Academic Press, Inc., 1971a. vol. 3, p. 197-277, 29 figs., 9 tables. 16. BÜCHERL, W. Los arácnidos (Arachnida). In: L. CENDRERO ed., Zoologia Hispanoamericana. Invertebrados, México, D.F., Ed. Porrúa, 1971. p. 347-464. 17. BÜCHERL, W. Invertebrados: As aranhas. São Paulo, Edart, 1972. 158 p., 36 figs. 18. BÜCHERL, W., LUCAS, S. & von EICKSTEDT, V.R.D. Spiders of the family Ctenidae, subfamily Phoneutriinae. VI. Bibliographia Phoneutria- rum. Mem. Inst. Butantan, 34:4 7-66, 1969. 19. CAMARGO-ANDRADE, C.A. índice das formas novas e novos nomes tech- nicos vindos a lume na “Revista” e nas outras publicações do Museu Paulista desde sua fundação até Junho de 1936. Rev. Mus. Paulista , 21: 675-838, 1937. 20. COMSTOCK, J.H. The palpi of male spiders. Ann. Ent. Soc. Amer., 3: 161-185, 25 figs., 1910. 21. COMSTOCK, J.H. The spider book. New York, Comstock Pub. Associates, 1965. 729 p., 770 figs. 22. GOELDI, E.A. Zur Orientierung in der Spinnenfauna Brasiliens. Mitt. Osterl., 5:200-248, 1892. 23. HOLMBERG, E.L. Arácnidos argentinos. An. agr. Arg., 4 :l-30, 1876. 24. KEYSERLING, E. Neue Spinnen aus Amerika. Verh. zool. - bot. Ges. Wien, 30: 547-582, pl. XVI, 1881. 25. KEYSERLING, E. Die Spinnen Amerikas. Brasilianische Spinnen. Nürnberg, Bauer & Raspe, vol. 3, 278 p., 10 pis., 1891. 26. MACHADO, O. Catálogo sistemático dos animais urticantes e peçonhentos do Brasil. Boi. Inst. Vital Brazil, 25:41-64, 1943. 27. MELCHERS, M. Zur Biologie und zum Verhalten von Cupiennius sale i (Keyserl- ing), einer amerikanischen Ctenide. Zool. Jb. Syst., 51:1-90, 41 figs., 1963. 28. MELLO-LEITÃO, C.F. Notas arachnologicas. V. — Espécies novas ou pouco conhecidas do Brasil. Broteria, 15: 74-102, 24 figs., 1917. 29. MELLO-LEITÃO, C.F. Novas Clubionidas do Brasil. Arch. Esc. sup. agr. med. veter., 6: 17-56, 1922. 30. MELLO-LEITÃO, C.F. Arachnideos de Santa Catharina (Brasil). Rev. Mus. paul., 15: 395-418, 1 pl., 1927. 31. MELLO-LEITÃO, C.F. Catálogo das aranhas argentinas. Arch. Esc. sup. agr. med. veter., J0(l):3-63, 1933. 32. MELLO-LEITÃO, C.F. Contribution à 1’étude des Ctenides du Brésil. Festschr. Strand, 1:1-31, 4 pis., 57 figs., Addenda, p. 598-601, 1936. 33. MELLO-LEITÃO, C.F. Aranas de la Província de Buenos Aires. Rev. Mus. La Plata (Zool.), 5:311-393, 87 figs., 1944. 34. PERTY, M. Arachnides Brasilienses. In: J.B. SPIX e F.P. MARTIUS, Delectus animalium articulatorum, quae in itinere per Braziham ann 1817-1820 colligerunt, Hamburg, Monachii ed., 1833, p. 191-209, pis. 38, 39. 35. PETRlTNKEVTTCH A. A svnonimic index-catalogue of spiders of North, Central and South America with all adjacent íslands, Greenland, Bermuda, West Indies, Terra dei Fuego, Galapagos, etc.. Buli. Amer. Mus. Nat. Hist., 29: 1-791, 1911. PICKARD-CAMBRIDGE, F.O. On Cteniform spiders from the lower Amazons and other regions of North and South America. Ann. Mag. Nat. Hist., 19(6) :52-106, pis. III, IV, 1^97. 37. PICKARD-CAMBRIDGE, F.O. New species of spiders belonging to the genus Ctenus, with supplementary notes. Ann. Mag. Nat. Hist., 9 (7) :401-415, pl. VII, 1902. 125 SciELO 10 11 12 13 14 15 cm EICKSTEDT. V.R.D. von — Estudo sistemático de Phoneutria nigriventer ( Keyserlingr, 1891) e Phoneutria keyserlingi ( Pickard-Cambridge, 1897) ( Arancae : labidognatha; ctenidae) . Mem. Inat. Butantan, 42/48: 96-126, 1978/79. 38. ROEWER, C. Katalog der Araneae. Bruxelles, Cari S. Bremen, 1954, vol. 2a, 923 p. 39. SCHIAPELLI, R.D. & GERSCHMAN DE PIKELINS, B.S. Estúdio comparativo de Phoneutria fera Perty, 1833 y Phoneutria nigriventer (Keyserling), 1891 ( Araneae , Ctenidae). Mem. Inst. Butantan, 55(3) :675-682, 16 figs., 1 mapa, 1966. 40. SCHIAPELLI, R.D. & GERSCHMAN DE PIKELIN, B.S. Diagnosis de Phoneutria reidyi (F.O. Pickard-Cambridge, 1897) y de Phoneutria boliviensis (F.O. Pickard-Cambridge, 1897) ( Araneae ; Ctenidae). Rev. Soe. ent. Arg., 54(1/2) :31-38, 8 figs., 1 mapa, 1973. 41. SCHMIDT, G.E.W. Zur Herkunftsbestimmung von Bananenimporten nach dem Besatz an Spinnen. Z. angew. Ent., 56:400-422, 13 figs., 1954. 42. SCHMIDT, G.E.W. Giftspinnen — auch ein Problem des Ferntourismus. Viva- rium, p. 5-10, 4 figs., 1975. 43. STRAND, E. tjber drei Clubioniden und eine Pisauride vom Sorata in den Cordilleren. Zeits. Naturw., 79:422-431, 1907. 44. STRAND, E. Neue oder wenig bekannte südamerikanische Cupiennius und Ctenus-Arten. Zool. Jahrb., Syst., 28: 293-328, 1910. 45. STRAND, E. Systematisch-faunistische Studien über palárktische, afrikanische und amerikanische Spinnen des Senckenbergischen Museums. Arch. Naturg., 81 A (9) :1-153, 1916. 46. STRAND, E. Arachnologica varia, XIV-XVIII. Arch. Naturg., 82A (2) : 70-76, 1917. 47. TRETZEL, E. Haltung, Zucht und Entwicklung von Phoneutria fera Perty uni anderen Spinnen. Zool. Gart., 25:74-114, 14 figs., 1957. 48. VELLARD, J. Lc venin des araignées. Paris, Masson et Cie., 1936. 312 p., 63 figs. 49. von EICKSTEDT, V.R.D. & LUCAS, S. Revisão dos tipos de Phoneutria paca ( Mello- Leitão) , 1922 e Phoneutria luederwaldti (Mello-Leitão), 1927 ( Ara¬ neae ; Labidognatha; Ctenidae). Mem. Inst. Butantan, 54:75-77, 1969. 50. WALCKENAER, C.A. Tableau des Aranéides. Paris, 1805. xii + 88p., 9pls. 51 . WALCKENAER, C.A. Histoire naturelle des Insectes Aptères. Paris, 1837, vol. 1, 682. p. 126 2 3 4 5 6 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan 42/45:127-138, 1978/79 ARACNÍDEOS COLETADOS NO PIAUÍ DURANTE A REALIZAÇÃO DO PROJETO RONDON XXII Sylvia LUCAS* Angelina CIRELLU Irene KNYSAK** Livia ZVEIBIL** RESUMO: Foram identificados algumas aranhas e escorpiões, um amblipígeo e um quilópodo, coletados por elementos do Projeto Ron- don XXII, no Estado do Piauí, Brasil. UNITERMOS : Aranhas; escorpiões; quilópodo e amblipígeo, cole¬ tados no Piauí, Brasil. Identificação das espécies. INTRODUÇÃO Em fevereiro de 1979, recebemos, para estudo, vários exemplares de aranhas, escorpiões, um quilópodo e um amblipígeo, coletados por integrantes do Projeto Rondon XXII, em diversas localidades do Piauí, Brasil. MATERIAL I — CHILOPODA (SCOLOPENDROMORPHA) Scolopendra viridicornis Newport 1844 Scolopendra viridicornis Newport, G., Ann. Mag. nat. Hist., 13: 97-8. 1974 Scolopendra viridicornis viridicornis; Bücherl, W., Symp. zool. Soc. Lond. N.° (32) :107-108. Localidade tipo: Brasil. Material estudado : um exemplar ; procedente de Avelino Lopes, Piauí ; coletado por Maria Cristina dos Santos. Pesquisadora científica — Chefe da Seção de Artrópodes Peçonhentos do Instituto Butantan. Bolsista estagiária da CST da Secretaria 'de Estado da Saúde. Endereço para correspondência: Instituto Butantan, C.P. 65. CEP. 05504. S. Paulo — SP. 127 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.; CIRELLI, A.: KNYSAK, I. &, ZVEIBIL, L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mem. Inat. Butavtan, 42/48: 127-138, 1978/79 IB (Scolopendromorpha) — n.° 1037 — jan/fev/79. Medidas: comprimento total 130 mm. Colorido geral acastanhado, cabeça e, principalmente, o último tergito avermelhados; quilha mediana da última placa bem desenvolvida, porém não completa, com depressão atrás. Esta espécie ocorre no Brasil, segundo Brõlemann 1 na região do Rio São Francisco, Rio Amazonas, Santo Antonio da Barra (Bahia), Pernam¬ buco, Pará, Manaus ; Bücherl 3 afirma que é a mais frequentemente en¬ contrada, tanto nos estados que acompanham a costa do Atlântico, de Per¬ nambuco até o Rio Grande do Sul, como também nos estados do interior como Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. É o primeiro exemplar do Piauí na coleção do Instituto Butantan. Foi capturado dentro de casa, ao anoitecer e, segundo o coletor, um outro exemplar igual a este foi causador de acidente humano. II — ARACHNIDA (SCORPIONES) Tityus stigmurus (Thorell) 1877 Isometrus stigmurus Thorell, T., Atti. Soc. ital. Sei. nat. Milano, 19: 132. 1899 Tityus stigmurus ; Kraepelin, K., Das Tierreich. 8.a ed., Berlin, R. Friedlánder u. Sohn, : 82-3. Localidade tipo: Pernambuco, Brasil. Material estudado : um exemplar, fêmea ; procedente de São Rai¬ mundo Nonato, Piauí ; coletado pela Fundação Ruralista. IB (Scorpiones) — n.° 1124 — jan/fev/79. Medidas: comprimento total 50 mm; cefalotórax 4,5 mm; tronco 12 mm ; cauda 30 mm. Colorido característico da espécie, porém sem manchas laterais nos tergitos. Segundo segmento caudal com quilha latei’al acessória completa ; fileira de grânulos do dedo móvel em número de onze. Pentes com vinte e dois dentes cada um. Rhopalurus rochai Borelli 1910 Rhopalurus rochai Borelli, A., Boll. Mus. Anat. Comp., (n.° 629), 25:2. Localidade tipo : Fortaleza, Ceará, Brasil. Material estudado: cinco exemplares. Colorido característico da espécie, sendo que os filhotes recém-nascidos apresentam um tom rosado. Geralmente encontrada sob pedras, esta espécie não é conhecida como causadora de acidentes graves em seres humanos. 128 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.; CIRELLI, A.; KNYSAK, I. & ZVEIBIL, L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mem. Inet. Butantan, 42/43:121-138, 1978/79 Rhopalurus borellii Pocock 1902 Rhopalurus borellii Pocock, R. L, Ann. Mag. nat. Hist., 10, (ser. 7), :377. Localidade tipo: Goiás, Brasil. Vale superior do Rio Tocantins ou um de seus afluentes, conforme citação de Pocock 8, em 1904. Material estudado: cinco exemplares (quatro mortos e um vivo). O colorido concorda com a descrição da espécie. As cristas laterais acessórias são incompletas no terceiro segmento caudal, nos exemplares 11 19 A e 1119B; apenas vestigiais no terceiro segmento caudal dos exem¬ plares 1120 e 1121, confirmando a variação já observada por Lucas e Bücherl 0 em 1972. Segundo os coletores, estes escorpiões ocorrem em toda a região, vi¬ vendo sob madeiras, entre cercas de pau, plantações de mandioca, etc., sendo que os acidentes causados pelos mesmos não apresentam gravidade. Num levantamento feito por Maria de Fátima Domingues, em Paranaguá, verificou-se que de 775 acidentes causados por animais peçonhentos, 78 foram por escorpiões. Bothriurus asper Pocock 1893 Bothriurus asper Pocock, R. /., Ann. Mag. nat. Hist., 12 (ser. 6) :96. Localidade tipo : Iguaraçu, Pernambuco, Brasil. Material estudado: um exemplar macho; procedente da Barragem Martinho, Piauí; coletado por Célia Regina Russo. IB (Scorpiones) — n.° 1122 — jan/fev/79. Medidas : comprimento total 39 mm ; cefalotórax 4,5 mm ; tronco 12 mm; cauda 22,5 mm; dentes pectíneos 22+22. O colorido é característico da espécie, apresentando uma faixa media¬ na clara e nítida nos tergitos. Arco do último segmento caudal, aberto, com crista mediana prolongando-se para a frente, além da metade do seg¬ mento ; quilhas acessórias apenas esboçadas, um pouco mais nítidas no lado direito. Este exemplar foi encontrado, segundo o coletor, sob casca de árvores. Bothriurus rochai Mello-Leitão 1932 Bothriurus rochai Mello-Leitão, C. de, Arq. Mus. Nac., 34: 24. Localidade tipo: Ceará, Brasil. Material estudado: um exemplar macho; procedente de Avelino Lopes, Piauí ; coletado por Maria Cristina dos Santos. IB (Scorpiones) — n.° 1123 — jan/fev/79. Medidas : comprimento total 26 mm ; cefalotórax 4,0 mm ; tronco 6,0 mm; cauda 15,0 mm; dentes pectínios 22+22. O colorido é característico da espécie, sem apresentar faixa mediana clara nos tergitos. Arco do quinto segmento caudal bem aberto, com seus ramos tendendo a se prolongarem para a frente. Internamente o arco apresenta granulações esparsas. 129 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.; CIRELLI, A.; KNYSAK, I. & ZVEIBIL, L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 127-138, 1978/79 < W M < 130 SciELO cm SciELO 10 11 12 13 14 LUCAS, S.; CIRELLI, A.; KNYSAK, I. & ZVEIBLL, L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mem. Inet. Butantan, h2/h$: 127-138, 1978/79 II — ARACHNIDA (ARANEAE, LABIDOGNATHA) Acanthoctenus omega (Mello-Leitão) 1929 Mesoctenus omega Mello-Leitão, C. de, Ann. Acad. bras. Sei., 1:101-2, Fig. 13. 1936 Acanthoctenus omega; Mello-Leitão, C. de, Ann. Acad. bras. Sei., 5:190-1, Fig. 6 e 7. Localidade tipo: Pernambuco, Brasil. Material estudado: um exemplar macho; procedente de São Rai¬ mundo Nonato, Piauí; coletado por Célia Regina Russo. Um exem¬ plar fêmea ; mesma procedência ; coletado pela Fundação Ruralista. IB (Araneae, Labidognatha) — n.° 2869 — jan/fev/79. IB (Araneae, Labidognatha) — n.° 2869 — jan/fev/79. O colorido é característico da espécie. Hogna nordenskiõldii (Tullgren) 1905 Lycosa nordenskiõldii Tullgren, A., Ark. Zool., 2(19) :61, Fig. 29, Tab. 8. 1954 Hogna nordenskiõldii Roewer C. Fr. Katalog der araneal. Bru- xelles, Patrimoine de ITnstitut Royal des Sciences Naturelles de Belgique. v.2b : 1565. Localidade tipo: Tatarenda, Bolívia. Material estudado : um exemplar fêmea e um exemplar macho ; procedentes de São Raimundo Nonato, Piauí; coletados por Célia Regina Russo. IB (Araneae, Labidognatha) — n.° 2908 — jan/fev/79. O colorido é característico da espécie. Ventre da fêmea com mancha negra que não abrange as fiandeiras ; o macho apresenta ventre amarelado. Na coleção do Instituto Butantan, há diversos exemplares da Capital, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Mello-Leitão 7, em 1941, cita a ocorrência desta espécie em diversas localidades da Ar¬ gentina. Sicarius tropicus (Mello Leitão) 1936 1942 Thomisoides tropicus Mello Leitão, C. de, Ann. Acad. bras. Sei., 5:133-4, Fig. 1. Sicarius tropicus: Roewer, C. Fr., Katalog der Araneae. Bremen, Bremer Zeitung, NS. — Gauverlag Weser — Ems GmbH. v. 1, p. 319. Localidade tipo: Campina Grande, Paraíba, Brasil. Material estudado : um exemplar, macho ; procedente de Avelino Lo¬ pes, Piauí; coletado por Maria Cristina dos Santos; dois exempla- 132 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS. S.; CIRELLI. A.: KNYSAK, I. & ZVEIBIjL, L. — Aracnídeos coletadog no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mem. Inst. Butantan, 42/45:127-138, 1978/79 res jovens; procedentes de Santa Isabel, Paraíba; coletados por Jurandir Soares de Oliveira. IB (Araneae, Labidognatha) — n.° 2608 — set/72-jan/fev/79. Medidas : Perna Fêmur Patela Tíbia Metatarso Tarso Total I 9,0 2,5 9,0 7,0 3,5 32,0 II 10,0 2,5 9,0 8,0 3,5 33,0 III 9,0 2,5 9,0 8,0 3,5 29,0 IV 8,5 2,5 7,5 6,5 3,5 28,5 O colorido e a descrição concordam com a de Mello-Leitão. O bulbo está representado nas Figs. 5 e 6. É o primeiro exemplar, representante do gênero procedente do Piauí, anexado às coleções do Instituto Butantan. O aspecto do animal, sujo e coberto de terra, com colorido avermelhado, confirma as informações do coletor, segundo o qual, estas aranhas são freqüentes junto às roças, vi¬ vendo semicobertas pela terra da região. São aranhas causadoras de acidentes, com sintomas muito semelhan¬ tes aos provocados por Loxosceles, tendo sido, inclusive, usado o soro anti- loxoscelico para tratamento de um picado, com bons resultados. II — ARACHNIDA (ARANEAE, ORTHOGNATHA) Actinopus tarsalis Perty 1833 Actinopus tarsalis Perty, M., Arachinides brasiliensis. In : JB de Spix & F. P. Martius, Delectus Animalium Articulorum quae in itinere per Braziliam ann. 1817 et 1820 colligerunt. Monachii: 199, Fig. 6, Tab. 39. Localidade tipo; Piauí, Brasil. Material estudado: um exemplar macho; procedente de São Rai¬ mundo Nonato, Piauí; coletado por Célia Regina Russo. IB (Araneae, Orthognatha) — n.° 4407 — jan/fev/79. O colorido concorda com a descrição original de Perty. Os demais autores que redescreveram a espécie, ao que tudo indica, tiveram, à sua disposição, material de outras localidades ; C. L. Koch 5 descreve um macho de Montevidéu e Mello-Leitão 8 em 1923 descreve outro de São Paulo, Brasil. Bücherl 4 descreve e desenha o bulbo de Actinopus crassipes (Key- serling), 1891 afirmando que o de Actinopus tarsalis é idêntico, conside¬ rando a primeira como sinônima da espécie de Perty. Comparando-se o material examinado por Bücherl, procedente do sul do Brasil, verificamos 133 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS. S.; CIRELLI, A.: KNYSAK, I. & ZVEIBUL, L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mem. Inat. Butantan, 42/43. -127-138, 1978/79 que o exemplar recebido do Piauí é realmente diferente e consideramos que Actinopus crassipes (Keyserling), 1891 é espécie distinta de Actinopus tarsalis Perty, 1833. O bulbo do exemplar estudado está desenhado nas Figs. 3, 4, 5 e 6. Lasiodora klugii (Koch) 1842 Mygale klugii Koch, C. L., Die Arachníden. Nürnberg. v. 9:25 30, Fig. 708, pr.295. 1850 Lasiodora klugii Koch, C. L. Uebersicht des Arachnídensystems. Nürnberg. v.5:73. Localidade tipo: Bahia, Brasil. Material estudado : um exemplar macho ; procedente de Avelino Lo¬ pes, Piauí; coletado por Maria Cristina dos Santos; um exemplar macho; procedente de Landri Sales, Piauí; coletado por Maria do Carmo e Neuza; seis exemplares machos; procedentes de São Rai¬ mundo Nonato, Piauí; coletados pela Fundação Ruralista. O colorido concorda com a descrição original. Os pêlos do abdômen são fortemente urticantes. Todos estes exemplares estão sendo mantidos vivos em nossos labora¬ tórios para estudos. Acanthoscurria natalensis Chamberlin 1917 Acanthoscurria natalensis Chamberlin, R. V., Buli. Mus. Comp. Zool. Harvard, 61 (3) :64. Localidade tipo: Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Material estudado: dois exemplares fêmeas (um vivo e um morto) ; Procedentes de São Raimundo Nonato, Piauí; coletados pela Fun¬ dação Ruralista. IB (Araneae, Orthognatha) — n.° 4024 — mar/77. Exemplar vivo (Araneae, Orthognatha) — jan/fev/79. Medidas: em mm. Exemplares Cefalo- tórax compr./ Patela + Tíbia Patela ~b Tíbia Perna Perna Meta- tarso larg. I IV I IV IV Fêmea Viva 24x22 24,0 22,0 64,0 68,0 18,0 Fêmea Morta 22,5x20 22,0 20,0 56,5 58,0 16,0 O colorido concorda com a descrição original. O esterno é plano e o receptáculo seminal é como o desenho de Schiapelli, R. D. e Gerschman de Pikelin, B. S., 10, representado na prancha III, Fig. 1. 134 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.; CIKELLI, A.; KNYSAK, I. & ZVEIBIL, L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mcm. h>st. Bulantav, 1,2/ J, S:\21-\ZS, 1978/79 Acanthoscurria cursor Chamberlin 1917 Acanthoscurria cursor Chamberlin, R. V., Buli. Mus. Comp. Zool. Harvard. 61 (3) :65, pr.4. Fig. 10. Localidade tipo: Maranguape, Ceará, Brasil. Material estudado: dois exemplares machos (mortos) : procedentes de São Raimundo Nonato, Píaiu ; coletados pela Fundação Rura¬ lista. IB (Araneae, Orthognatha) Medidas : em mm. n.° 4024 A e B — nov/75. Cefalo- Patela Patela Perna Perna Meta- Exemplares tórax + + tarso eompr./ Tíbia Tíbia larg. I IV I IV IV IB 4024A 21x20 28,0 24,0 78,0 78,5 22,5 IB 4024B 21x20 28,0 24,0 77,5 78,0 23,0 O colorido concorda com a descrição original. O esterno é plano, sen¬ do o bulbo igual ao desenho de Schiapelli, R. D. e Gerschman de Pikelin, B.S., 10, representado na prancha II, Figs. 15 a 18. Provavelmente Acanthoscurria natalensis Chamberlin, 1917 e Acan¬ thoscurria cursor Chamberlin, 1917 são sinônimas, devendo prevalecer o nome da primeira espécie. O trabalho de revisão das espécies brasileiras do gênero está sendo realizado por Lucas. ISCHNOCOLINAE 1893 ISCHNOCOLEAE, Simon, E., Histoire Naturelle des Araignées. 10.° ed. Paris, Dureuy. v.l (1) :133. Material estudado: um exemplar macho; procedente de São Raimun¬ do Nonato, Piauí; coletado por Célia Regina Russo. IB (Araneae, Orthognatha) — n.° 4410 — jan/fev/79. O exemplar, em mau estado de conservação, apenas permitiu a clas¬ sificação à nível de família. Pamphobeteus Pocock 1901 Pamphobeteus Pocock, R. I., Ann. Mag. nat. Hist., 8(ser.7) :545. Material estudado : um exemplar, macho ; procedente de Avelino Lo¬ pes, Piauí; coletado por Maria Cristina dos Santos; um exemplar, macho; procedente de Santa Cruz do Piauí; coletado por Fábio Carlos Magnoli. IB (Araneae, Orthognatha) — n.° 4406 — jan/fev/79. Provavelmente, espécie nova. Aguardamos a coleta de fêmeas para melhor identificação. 135 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS. S.; CIRELLI, A.; KNYSAK. I. & ZVEIBIL. L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mevi. Inat. Dutantav, 42/43: 127-138, 1978/79 136 Fitf. 2 — Sicarius tropiens, palpo direito, face interna. cm 2 3 4 5 6 SClELO 1Q X1 12 13 14 15 LUCAS.. S.: C.IRELLI, A.; KN^SAK. I. & ZVEIB1L, L. — Aracnídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mem, lnst. Butantan, 42/48: 127-138, 1978/79 Fitf. 3 — Actinopds tarsalis, palpo direito, face interna. Figr. 4 — Actinopus tarsulis, palpo direito, face externa. Fig. 6 — Actinopus tarsalis, bulbo direito, face externa. riu', o — Actinopus tarsalis, bulbo direito, face interna. 137 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.: CIRELLI, A.: KNYSAK. 1. & ZVE1B1L, L. — Arnonídeos coletados no Piauí durante a realização do Projeto Rondon XII. Mvm, Inst. Butantan, 42/JfH: 127-138, 1978/79 II — ARACHNIDA (AMBLYPYGI) 1892 TARANTULINAE, Simon, E., Ann. Soc. ent. France, 61. 1841 Phrynus (part), Koch, C. L., Die Arachniden, Nürnberg. v.8:12-5. 1850 Admetus (part), Koch, C. L., Übersicht des Arachnídensystems. Nürnberg. v.5:81. Material estudado: um exemplar; procedente de Avelino Lopes, Piauí; coletado por Maria Cristina dos Santos, em jan/fev/79. O exemplar mantido vivo no laboratório para estudos, foi coletado nas paredes de um poço. AGRADECIMENTOS Agradecemos à Célia Regina Russo, Maria Cristina dos Santos e à Maria de Fátima Domingues, integrantes do Projeto Rondon XXII, a co¬ leta e remessa do material estudado. Ao Padre Manuel Lira Parente, da Fundação Ruralista de São Rai¬ mundo Nonato (PI), não só pela atenção dispensada aos elementos do Projeto Rondon XXII, como também pelo envio de material ao Instituto Butantan, em diversas oportunidades, nosso agradecimento muito especial. Agradecemos também à Sra. Delminda Vargas Travassos, pela con¬ fecção dos desenhos. ABSTRACT : Some spiders and scorpions, one centipede and one Amblypygi, collected by participants of the “Projeto Rondon XXII” in the State of Piaui, Brazil, are identified. UNITERMS: Spiders; scorpions; centipede and Amblypygi, collec¬ ted in Piaui, Brazil. Identification of species. ' BIBLIOGRAFIA 1. BROLEMANN, H.W. Catálogos da fauna brasileira. Os Miriapodos do Brazil. São Paulo, Typ. Cardozo Filho, 1902. v. 2. 2. BÜCHERL, W. Os Quilópodos do Brasil. Mem. Inst. Butantan, 13: 273-9, 1939. 3. BÜCHERL, W. Die Scolopendromorpha der neotropischen region. Symp. zool. Soc. LoncL, (32) :99-133, 1974. 4. BÜCHERL, W. Sobre a importância dos bulbos copuladores e das apófises tibiais dos machos na sistemática das aranhas caranguejeiras (ORTHOG- NATHA). Ann. Acad. bras. Sei., 29 : (3) :384-5, 1958. 5. KOCH, C.L. Die Arachniden. Nürnberg, 1842. v. 9. 6. LUCAS, S. u. BÜCHERL, W. Synonimie von Rhopalurus iglesiasi Werner 1927 u. R. i. dorsomaculatus (Prado) 1938 mit Rhopalurus boretli Pocock 1902. Stud. Neotrop. Fauna, 7:259-264, 1972. 7. MELLO-LEITÃO, C. DE Las Araiias de Córdoba, La Rioja, Catamarca, Tu- cuman, Salta y Jujuy. Rei’. Mus. La Plata — Tomo II, Seccion Zoology : 991-98 — La Plata, 1941. 8. MELLO-LEITÃO, C. DE Theraphosideas do Brasil, Rev. Mus. Paulista, 13: 27-9, 1923. 9. POCOCK, R.I. Stridulating organ in scorpions, Ann. Mag. vat. Hist., 131 ser. 7) : 61-2, 1904. 10. SCHIAPELLI, R.D. E GERSCHMAN, DE PIKELIN, B. S. El genero Acan- thoscurria Ausserer, 1871 ( ARANEAE, THERAPHOSIDAE) en la Argen¬ tina, Physis, tomo 24, (68) :408-14, 1964. 138 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mcm. Ivst. Dutantan 4^/45:139-144, 1978/79 UM NOVO ÁCARO DA FAMÍLIA HETEROZERCONIDAE COLETADO SOBRE SERPENTES BRASILEIRAS. DESCRIÇÃO DE HETEROZERCON ELEGANS SP. N. (ACARINA : MESOSTIGMATA) Nélida M. LIZASO* RESUMO : Do gênero Heterozercon Derlese, 1888 são conhecidas 6 espécies, 5 consideradas de vida livre e uma, Heterozercon oude- mansi Finnegan, 1931 considerado parasita de serpente. A distri¬ buição geográfica deste gênero é peculiar: Java, Sumatra, África Oriental, Brasil e Paraguay. No presente trabalho descrevo uma espécie nova: Heterozercon elegans sp. n. da região Centro-Sul do Brasil coletado sobre escamas de serpentes. UNITERMOS: Heterozercon Berlese, 1888 (Acarina: Heterozer- conidae) ; Heterozercon elegans sp. n. INTRODUÇÃO Ao coletar ácaros de serpentes que chegam ao Instituto Butantan, semanalmente, das mais diversas localidades do Brasil deparei com a presença de exemplares de Heterozercon sobre serpentes dos gêneros Waglerophis, Mastigodryas e Erythrolamprus. Ao rever a bibliografia pertinente verifiquei tratar-se de gênero interessante pois das 6 espécies descritas 5 são de vida livre, e uma Heterozercon oudemansi Finnegan, 1931 4 foi encontrada parasitando Epicrates cenchrict. As outras espécies foram encontradas em ninhos de Anoplotermites pacifici, sob casca de árvore ou “parasitando” Scolopen- dra. A distribuição geográfica deste gênero é peculiar: Java, Sumatra, África Oriental, Brasil, e Paraguay. Não posso afirmar que o material coletado por mim seja “parasita” pois o encontrei sobre as escamas das serpentes. Com o manuseio de uma serpente, dos três exemplares que estavam na região inferior da cabeça, um estava andando sobre a mão do técnico. Encontrei desde um a vários exemplares machos e fêmeas sobre a mesma serpente. Divisão de Biologia do Instituto Dutantan. Endereço para correspondência : CEP 05504 Caixa Postal 65 São Paulo Brasil. 139 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LIZASO, N.M. — Um novo ácaro da família Hcterozerconidae coletado sobre serpentes brasileiras. Descrição de Heterozercon elegans sp.v (Acarina: Mesostiprmata ) . Mem. Inst. fíulantan, M'4 S: 139-144, 1978/79. Trata-se de ácaros ágeis, que caminham rapidamente. Quando colo¬ cados em um tubo de vidro ou sobre uma folha de papel caminham durante bastante tempo. Dos dados existentes e da observação acima citada posso concluir que se trata de ácaros de vida livre que provavelmente utilizam as serpentes para locomoverem-se de um lugar para outro. Reafirma esta conclusão o fato da espécie tipo de gênero ter sido coletada sob casca de árvore. No presente trabalho descrevo uma espécie nova: Heterozercon elegans sp.n. HETEROZERCON ELEGANS, sp.n. Fêmea (fig. 1) Corpo oval. Dimensões: 1900;jl de comprimento, 1 148p. de largura. Face dorsal: escudo ocupando 2/3 do dorso, mede 1345p. de compri¬ mento e 207,u. de largura maior posterior à coxa IV, fortemente quitini- zado mais claro na região média e mais escuro na região posterior. Esta variação de cor está fundamentalmente relacionada com a variação do desenho pontilhado — pontos escuros — que é muito mais denso na região posterior. Região anterior fora do escudo: apresenta 2 pares de cerdas: 1 longo e 1 mais fino e mais curto. Face ventral: placa preesternal fundida com a jugular e com 1 par de cerdas. Placa esternal reduzida a 2 pequenos discos ao nível da coxa II, com 1 cerda cada um. Placa metapodial unida à peritrematal ao nível da coxa IV. Peritrema longo, reto, visível desde o nível do l.° par de pernas até a margem posterior da coxa III. Placas metaes- ternais, genital e anal fundidas, com extremidade anterior ao nível da coxa II. Abertura genital ao nível do intervalo das coxas II e III. Região ventro-látero-posterior, a partir da coxa III com fileira de espinhos curtos e arredondados. Região látero-ventral até o nível da abertura anal com grupos de espinhos cujo n.° é de 5 a 11. Região posterior do corpo com faixa quitinizada onde se implantam uma série de cerdas assimetricamente distribuídas, se observadas a partir do ponto médio posterior do corpo ; são cerdas mais ou menos longas, sendo o par central rombudo. Discos ou órgãos de aderência, fortemente musculosos e estriados, localizados lateralmente à abertura anal. Gnatosoma com 4 pares de cerdas na base, tritosterno pequeno, bífido e plumoso. Palpos com forte esporão no trocânter medindo em total 75n, projetado para além do fêmur chegando ao nível médio da patela. Trocânter com cerda de 54(j. na região ventral mediana. Fêmur com 6 cerdas mais ou menos todas de igual comprimento : 1 interna, 1 ventral, 2 laterais e 2 dorsais, todas plumosas. Patela com 5 cerdas: 1 látero-interna, 2 látero-externas e 2 dorsais. Tíbia com 6 cerdas. Tarso com 1 cerda longa em forquilha e mais 8 cerdas das quais 4 formam uma espécie de coroa, 2 situam-se na face dorsal e 2 na ventral. Hipostoma delicado, miúdo. 140 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 V, ku LIZASO, N.M. — Um novo ácaro da família Heterozerconidae coletado sobre serpentes brasileiras. Descrição de Heterozercon elegana sp.n (Acarina: Mesostigmata) . Mem. Inst. Butantan, h2/US: 139-144, 1978/79. PRANCHA I — Fig. 1. Heterozercon elegana sp.n. Fêmea: face ventral. 141 SciELO 10 11 12 13 LIZASO, N.M. — Um novo ácaro da família Heterozerconidae coletado sobre serpentes brasileiras. Descrição de Heterozercon elegam ep.n (Acarina: Mesostigmata) . Mcm. lmt. Butantan, 42/43: 139-144, 1978/79. Quelíceras: dedo fixo com fileira de delicados dentes, dedo móvel com delgada membrana; a extremidade distai é bífida. Pernas: primeiro par longo, delgado; os outros pares de pernas mais robustos e curtos, bastante semelhantes entre si. Quetotaxia das pernas : coxa : 2-2-2-1 ; trocânter : G-5-4-3 ; fêmur : 10-6-5-5 ; patela : 8-9-9-9; tíbia: 10-7-7-7; tarso: 29-13-15-14. Macho, (Figs. 2, 3) — Corpo mais arredondado que a fêmea com 1465jj. de comprimento e 990[a de largura. Face dorsal: escudo dorsal com 1148p. de comprimento e 792|j. de largura recobrindo a maior parte do dorso, de aspecto semelhante ao da fêmea, região anterior com 1 par de cerdas rombudas. Face ventral: placa preesternal fundida com a jugular, com 1 par de cerdas ; placa esternal reduzida a 2 pequenos discos situados próximos da placa metapodial o que o diferencia da fêmea e com 1 cerda cada um; (fig. 2) placa metapodial fundida com a peritrematal ao nível da coxa IV. Orifício genital no mesmo nível que a placa esternal, ao nível da coxa II. Outros detalhes da face ventral semelhante à fêmea. Gnatosoma (fig. 3) com 4 pares de cerdas na base, tritosterno pequeno, bífido e piloso. Palpos: ao contrário do que ocorre na fêmea o trocânter não apresenta esporão e em seu lugar apresenta 1 pequeno tubérculo onde se implanta 1 cerda robusta e plumosa. Quelíceras: dedo fixo retorcido sobre si mesmo em sua parte mediana, sofrendo depois um alargamento, em cuja extremidade livre vai desembocar o esperma- tóforo, que também corre retorcido na parte média acompanhando a torção do dedo fixo. Dedo móvel semelhante ao da fêmea. Hipostoma semelhante ao da fêmea. Pernas : proporcionalmente semelhante às da fêmea. Quetotaxia das pernas : coxa : 2-2-2-1 ; trocânter : 6-5-4-5 ; fêmur : 9-8-G-5 ; patela : 8-9-10-7; tíbia: 10-7-6-6; tarso: 27-14-14-13. Holótipo coletado sobre Waglerophis merremii procedente de Santa Fé do Sul, Estado de São Paulo em 24-XI-78, depositado sob o n.° 6.290 da coleção acarológica do Instituto Butantã. Parátipos: 2 á s e 1 9 coletados sobre Waglerophis merremii procedente de Dracena, Estado de São Paulo em 19-XII-77 e depositados na coleção acarológica do Instituto Butantã sob o n.° 6.186. 1 9 procedente de Tangará da Serra, Santa Catarina; 1 9 procedente de Belo Horizonte, Minas Gerais; sobre Mastigodryas bifossatus 2 i $ procedentes de Três Lagoas, Mato Grosso; sobre Emjthrolamprus aesculapii 1 9 procedente de Casa Branca, São Paulo. DISCUSSÃO TAXONÔMICA Ao comparar esta espécie com as demais, levei em consideração espe¬ cialmente as fêmeas, uma vez que utilizei dados encontrados nas descri¬ ções originais e nestas as fêmeas são melhor descritas que os machos. Entretanto, os caracteres que pude usar foram poucos porque as descrições geralmente são bastante sucintas. Heterozercon elegans parece ser bastante próximo de Heterozercon oudemansi por possuir escudo dorsal desenhado com pequenos espinhos 142 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LIZASO, N.M. — Um novo ácaro da família Heterozerconidae coletado sobre serpentes brasileiras. Descrição de Heterozercon elegam sp.n (Acarina: Mesostigmata) . Mem. In»t. Butantan, 42/43: 139-144, 1978/79. 143 cm 2 3 4 5 6 SClELO 10 2.1 12 13 14 15 LIZASO, N.M. — Um novo ácaro da família Heterozerconidae coletado sobre serpentes brasileiras. Descrição de Hctcrozercon elegans sp.n (Acarina: Mesostigrmata) . Mem. Inst. Butantan, 42/48: 139-144, 1978/79. e borda membranosa dos palpos com espinho ; diferenciam-se por elegans ter a placa preesternal fundida com a jugular e a esternal reduzida a dois pequenos discos, enquanto que oudemansi tem a placa esternal dividida: uma parte fundida com a jugular e outra fundida com a endopodial, além de outros caracteres. Das demais espécies elegans diferencia-se : de cautus por possuir esta espécie pequeno escudo na região ventro-lateral, e também escudo dorsal liso ; de degeneratus principalmente por não possuir esta espécie espinhos ventro-laterais. A comparação de elegans com audax e latus foi baseada nos exem¬ plares $ . Tanto elegans como audax possuem cerdas no escudo dorsal, diferenciam-se por audax ser destituído de espinhos na região posterior do corpo. Este mesmo caráter serve para distingüir elegans de latus, pois a primeira espécie possui um n.° de 25 enquanto que latus possui 6. ABSTRACT : Heterozercon Berlese, 1888 includes six species, one of them is considered as snakes parasite. The geographical distri- bution of this genus is very peculiar: Java, Sumatra, East África, Brasil and Paraguay. Heterozercon elegans is here described as new, it was collected on snake scales and is supposed to be free-living forms. BIBLIOGRAFIA 1 . BERLESE, A. Acari Austro-Americano quos collegit Aloysius Balzan. Boll Soc. Ent. Ital. Anno 20: 206-207, 1888. 2. BERLESE, A. Lista di nuovi specie e nuovi generi di Acari. Redia (Firenze) 5(2) :247,1910. 3. BERLESE, A. Centúria sesta di Acari nuovi. Redia (Firenze) 15( 1-21:251, 1923. 4. FINNEGAN, S. On a new species of mite of the Family Heterozerconidae parasitic on a snake. Proc. Zool. Soc. London, 2:1349-1357, 1931. 5. SILVESTRI, F. Descrizione di nuovi Termitofili e relazioni di essi con gli ospiti. VI. Acari. Mesostigmata. Boll. Mas. Zool. Anat. comp. Torino, 16(398):21, 1901. 6. SILVESTRI, F. Contribuzione alia conoscenza dei Termitidi e Termitofili deli’ America meridionale. Redia (Firenze) 1:172, 1903. 7. VITZTHUM, G.H. Fauna sumatrensis. Acarinae. Suppl. ent. Berl. 11: 37-44 1925. 8. VITZTHUM, G.H. Malayische Acari. Treubia. (Buitenzorg) S:106, 1926. 144 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan J>2/Ji2: 145-149, 1978/79 CATADISCUS R0CHA1 N. SP. (TREMATODA; PA RAM PH IS TOMIDAE ) , PARASITO DE DROMICUS TYPHLUS (L.) (OPHIDIA; COLUBRIDAE) Ana Adenice de Souza CORRÊA* Paulo de Toledo ARTIGAS** RESUMO: Este trabalho tem a finalidade de tornar pública a exis¬ tência de Catadiscus rochai, nova espécie de trematóide encontrado no intestino médio de Dromicus typhlus (L.), colubrídeo muito fre- qüente no Estado de São Paulo e ocorrendo em grande área do terri¬ tório nacional. Embora a descrição baseie-se em único exemplar, as características morfológicas presentes permitem afirmar, com segurança, ser o trematóide em apreço diferente das demais espécies de Catadiscus já referidas na literatura, tomidae; Serpentes. UNITERMOS: Catadiscus rochai n. sp.; Trematoda; Paramphis- tomidae; Serpentes. INTRODUÇÃO Efetuando-se necropsia (n.° 4.421) de Dromicus typhlus (L.) procedente do Estado de São Paulo e fornecido pelo Instituto Butantan, houve a oportunidade de serem encontrados diversos exemplares de Diplostomidae e um único exemplar de Paramphistomidae. O exame do exemplar de paranfistomídeo levou à conclusão de se tratar de um trematóide do gênero Catadiscus Cohn, 1904, que, por suas características deve ser espécie nova ; para esse trematóide é proposto o nome de Catadiscus rochai n.sp. MATERIAL E MÉTODO O trematóide foi fixado em formol acético Railliet & Henry, entre duas lâminas de vidro, presas por elástico e, por isso, sofrendo ligeira compressão dorso-ventral. Posteriormente foi corado com carmim clorídrico e diafanizado com creosoto de faia. Universidade do Amazonas (Manaus, AM). Universidade Estadual de Campinas. 145 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 CORRÊA. A.A.S. & ARTIGAS, P.T. — Catadiacus roehai n.sp. (Trematoda; Paramphistomidae) . para¬ sito de Dromicua typhlua (L.) ( Ophidia ; Colubridae) . Mem. Inat. Butantan, 1*2/ 1*3: -146-149, 1978/79. DESCRIÇÃO Trematóide de corpo regularmente espesso e de contorno piriforme; sua cutícula mostrou-se ligeiramente estriada no sentido transversal. Ventosa oral musculosa e provida de dois divertículos. Esôfago bastante longo e de diâmetro uniforme; apresenta, na sua junção com os cecos, um espessamento faringiano musculoso. Cecos de aspecto e situação simétricos e relativamente curtos, terminando na metade ante¬ rior do corpo, antes da zona equatorial. Genitália masculina constituída por um único testículo, de contorno liso e de forma globóide; o testículo situa-se na zona equatorial, imedia¬ tamente à direita do eixo longitudinal; a zona terminal dos cecos sobrepõe-se, em parte à zona testicular. Com relação à genitália feminina: observou-se o ovário, globóide e bem menor que o testículo; situa-se numa zona imediatamente pós- testicular e num campo quase totalmente coincidente com o testículo, em posição mais destro-lateral que o testículo. Não foi possível localizar a glândula de Mehlis. Vitelinos de situação dorsal, pós-cecais, em zonas bem separadas e em campo coincidente com o ovariano e, parcialmente, com o testicular ; os vitelinos são formados por folículos muito volumosos e em agrupamento compacto; notou-se que os folículos vitelínicos são em pequeno número. Útero dorsal com poucos e grandes ovos; estes dispõem-se desde uma pequena distância da região bifurcai dos cecos e podem ser vistos até a margem anterior do acetábulo. Observou-se a presença de um volumoso canal, com aparente septação, de situação transversal, atingindo de um e de outro lado, os aglomerados de folículos vitelínicos; esse canal está situado na zona imediatamente pós-ovariana ; observaram-se, ainda, dois vasos longitu¬ dinais que se estendem lateralmente desde a extremidade anterior até a região acetabular; provavelmente tais formações participam do complexo linfático do trematóide. Acetábulo terminal, muito desenvolvido e fortemente musculoso, com espessamento mediano transverso; no fundo do acetábulo há numerosas formações pequenas e curtas, como pontas de dedo, talvez participando da fixação do trematóide na parede do intestino do hospedeiro. Os ovos, muito grandes, aparecem em pequeno número; foram contados 25 ovos; mostram casca fina e lisa e seu opérculo não poude ser evidenciado. QUADRO DAS MEDIDAS Comprimento total do corpo Largura máxima do corpo Abertura da ventosa oral . . Divertículos orais . Comprimento do esôfago . . 1,85 mm. 0,75 mm 0,09 mm 0,18 x 0,27 mm 0,38 mm 0,17 x 0,22 mm 146 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 CORRÊA, A.A.S. & ARTIGAS, P.T. — Catadiscus rochax n.sp. (Trcmatoda; Paramphistomidae) , para- sito de Dromicus typhlua (L.) (Ophidia; Colubridae) . Mem. Inst. Butantan, 42/43: 145-149, 1978/79. Ovário . Acetábulo . Ovos (média de 8 ovos) . . . DISCUSSÃO Temos conhecimento das seguintes espécies de Catadiscus, relacio- nadas com seus hospedeiros e país em que se fez a observação : C. dolichocotyle (Cohn, 1908) Chironius fuscus (Brasil) C. cohni Travassos, 1926 Bufo marinus (Brasil) C. pigmaeus Lutz, 1928 Pseudis paradoxa (Venezuela) C. marinholutzi Freitas & Lent, 1939 Leptodactylus ocellatus (Brasil) Leptodactylus caliginosus (Brasil) C. uruguayensis Freitas & Lent, 1939 Leptodactylus ocellatus (Uruguai) C. inopinatus Freitas, 1941 Leptodactylus ocellatus (Brasil/Paraguai) C. mirandai Freitas, 1943 Hemipipa carvalhoi (Brasil) C. freitaslenti Ruiz, 1943 Liophys miliaris (Brasil) Xenodon merremü Lystrophis dorbingnyi Bothrops neuwiedi Bothrops alternatus (Argentina) Bufo paracnemis (Paraguai) Leptodactylus ocellatus (Paraguai) C. propinquus Freitas & Dobbin Jr., 1956 Rana paluiipes (Brasil) C. corderoi Mane-Garzon, Pseudis meridionalis 1958 (Uruguai) C. eldoradiensis Artigas Leptodactylus ocellatus e Perez, 1964 (Brasil) C. longicoecalis Poumarau, Bothrops neuwiedii 1965 Xenodon merremü Lystrophis dorbingnyi Philodryas olfersii (Argentina) 147 CORRÊA, A.A.S. & ARTIGAS, P.T. — Catadiscus rochai n.sp. (Trematoda; Paramphistomidae) , para¬ sito de Dromicua typhlua (L. ) (Ophidia; Coluhridae) . Nem. Ivst. Butantan, -42/4.9:145-149, 1978/79. 148 SciELO 10 11 12 13 CORRÊA, A.A.S. & ARTIGAS, P.T. — Catadiscus rochai n.sp. (Trematoda; Paramphistomidae) , para¬ sito de Dromicua typhlua (L.) (Ophidia; Colubridae) . Mcm. Inat. Butantan, 42/43: 145-149, 1978/79. De acordo com as atuais observações, parasitam exclusivamente ofídios C. dolichocotyle e C. longicoecalis; parasita ofídios e batráquios: C. freitaslenti; as demais espécies parasitam exclusivamente batráquios. Portanto, C. rochai é a quarta espécie do gênero encontrada em ofídio. C. rochai e C. dolichocotyle aproximam-se morfologicamente; não é possível, com segurança, fazer a análise diferencial entre as duas espécies, pois que esta está baseada apenas no exame da figura de Cohn, publicada em 1903. Não obstante, há um caráter importante que permite afirmar se tratar realmente de espécies diferentes: o tamanho dos ovos; estes em C. dolichocotyle medem 0, 073x0, 036mm e em C. rochai medem 0, 115x0, 052mm. Com relação a C. freitaslenti, as diferenças mais marcantes são: tamanho (C. freitaslenti é consideravelmente maior) ; o testículo de C. freitaslenti é muito menor que o de C. rochai; os vitelinos de C. freitas¬ lenti são constituídos por numerosos folículos, ao passo que em C. rochai, há poucos folículos; ovos, naquele, pequenos (0,070 a 0,084x0,033x0,053) e neste muito maiores. Comparando-se C. longicoecalis e C. rochai verifica-se: C. longicoe¬ calis tem os cecos longos, quase atingindo o acetábulo, ao passo que C. rochai os têm curtos, não atingindo a região média do corpo; os vitelinos (de acordo com a figura de Poumarau) são relativamente pequenos e numerosos ao passo que em C. rochai são volumosos e em pequeno número. Com relação às demais espécies de Catadiscus: C. inopinatus, diferencia-se pela disposição dos vitelinos, pelo grande número e tamanho dos ovos. C. marinholutzi, diferencia-se pela disposição dos vitelinos e pelo grande número de ovos. C. mirandai, diferencia-se pelo tamanho, pela característica dispo¬ sição, em dois grupos separados, de vitelinos. C. pigmaeus, diferencia-se por possuir ovos muito menores. C. propinquus, diferencia-se pela situação dos folículos vitelínicos. C. uruguayensis é, aparentemente, próxima de C. rochai; entretanto naquela espécie testículo e ovário ficam separados e os vitelinos são formados por folículos pequenos. C. eldoradiensis, diferencia-se por ser maior, por apresentar um único conglomerado de vitelinos e pelo tamanho dos ovos. SUMMARY : The aim of this work is to describe a new species of an intestinal parasite found in a Colubridae snake, Dromicus typhlus (L.). The description of the new species, named Catadiscus rochai, is based on the observation of a single trematode, as only one as been found. However its morphology is enough for a sure characterization. O exemplar tipo de C. rochai, utilizado no trabalho, encontra-se na coleção de trematóides do Departamento de Parasitologia do Insti¬ tuto de Ciências Biomédicas (USP); n.° 4421. 149 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 CORRÊA, A.A.S. & ARTIGAS, P.T. — Catadiscua rochai n.sp. (Trematoda; Paramphistomidae) , para¬ sito de Dromicus typhlua (L.) (Ophidia; Colubridae) . Mem. Inst. Butantan, Jtí/JtS: 145-149, 1978/79. A denominação específica deste novo trematóide, assunto deste tra¬ balho, é dada em homenagem ao Prof. Dr. URIEL FRANCO ROCHA. Agradece-se ao Sr. JOSÉ NAVAS, técnico do departamento, que realizou a necropsia do ofídio hospedeiro, colheu e corou o parasito; agradece-se a Sra. WILMA GARCIA DE SOUZA, pela execução da datilografia e ao Sr. CASSIANO PEREIRA NUNES, pela execução em nankin dos desenhos. BIBLIOGRAFIA ARTIGAS, P.T. & PEREZ, M.D. 1964 — Catadiscus eldoradiensis n. sp., Trematoda, Paramphistomata de Leptodactylus ocellatus. Mem. Inst. Butantan, 31 :5-8. FREITAS, J.F.T. & LENT, H. 1939 — Revisão do gênero Catadiscus Cohn, 1904 (Tre¬ matoda, Paramphistomoidea) . Boi. Biol., n. sp. U (2) :305-315. MANÉ-GARZÓN, F. & GORTARI, A.M. 1965 — Sobre algunos trematodos de ofídios dei Uruguay — Com. Zool. dei Museu de Hist. Nat. S(107):l-21. POUMARAU, E.M.C. 1965 — Catadiscus longicoecalis nueva espécie parasita de ofídios (Trematoda, Paramphistomidae) con una lista de espécies dei genero Catadiscus Cohn, 1904. Physis, 25(70) :277-282. RUIZ, J.M. 1943 — Catadiscus freitaslenti n. sp. (Trematoda, Paramphistomoidea) parasito de ofídio neotrópico; observação sobre a presença de dois canais eferentes no gênero Catadiscus Cohn, 1904. Mem. Inst. Butantan. 77:29-33. TRAVASSOS, L., FREITAS, J.F.T. & KOHN, A. 1969 — Trematódeos do Brasil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 67 (fase. único). 150 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan 42/4S: 151-158. 1978/79 DESCRIÇÃO DO MACHO DE ACANTHOSCURRIA JURU ENICOLA MELLO-LEITÃO, 1923 (ARANEAE THERAPHOSIDAE ) Sylvia Marlene LUCAS* Angelina CIRELLI** Irene KNYSAK** Livia P. ZVEIBIL** RESUMO: Foi descrito o macho de Acanthoscurria juruenicola Mello-Leitão, 1923, procedente de Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil, enviado pelo Zoológico de Alta Floresta. UNITERMOS: Acanthoscurria juruenicola. Descrição do macho. INTRODUÇÃO Em 1923, Mello-Leitão2 descreveu a fêmea de Acanthoscurria jurue¬ nicola, procedente do Rio Juruena, Mato Grosso, Brasil. Posteriormente J. Vellard, Schiapelli e Gerschman 4, em 1945, se referem a esta espécie, dando alguns dados sobre a biologia e medidas de dois machos e uma fêmea. Bücherl 1 descreveu o bulbo e as apófises tibiais, baseado em dez machos pertencentes à coleção do Instituto Butantan. Neste trabalho completamos a descrição do macho de Acanthoscurria juruenicola, dando ênfase ao bulbo copulador e à apófise tibial, os quais se acham desenhados em detalhe, permitindo uma identificação precisa. MATERIAL E MÉTODOS A descrição do macho de Acanthoscurria juruenicola foi baseada em 21 exemplares, todos capturados em Alta Floresta (56W e 10S), Mato Grosso, Brasil, mantidos vivos em nossos laboratórios para obser¬ vações e posteriormente anexados à coleção aracnológica do Instituto Butantan sob os seguintes números: 4.285 (3 machos) ; 4.304 (3 machos) ; 4.305 (3 machos) ; 4.396 (3 machos) ; 4.400 (3 machos) ; 4.401 (2 machos) ; 4.404 (2 machos) ; 4.422 (1 macho) ; 4.462 (1 macho). Pesquisadora científica — chefe da Seção de Artrópodes Peçonhentos do Instituto Butantan Bolsista estagiária E2 da CST da Secretaria da Saúde. Endereço para correspondência: CEP 05504 — Caixa Postal 65 — SP. Brasil. 151 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.M.; CIRELLI, A.; KNYSAK. I.; ZVEIBIL, L.F. — Descrição do macho de A.cfmtho8curri& juruenicola Mello-Leitão, 1923 ( Araneae-Theraphosidae) . Mem. Inst. Butantan, 42/45.151-168, 1978/79. Foram estudados os seguintes caracteres: colorido,_íorma e conve¬ xidade do esterno, dimensões, escópulas do metatarso I e IV, esporão tibial, aspecto do tubérculo e espinulação da tíbia do palpo e principal¬ mente o aspecto do bulbo copulador. Aspectos Morfológicos Externos O colorido concorda com a descrição dada por Mello-Leitão para a fêmea, com exceção das ancas dos palpos e do lábio, que ao invés de serem negros, como foi mencionado, são violáceos. O esterno é plano, pouco mais longo que largo, com sigilas poste¬ riores submarginais. O aparelho estridulante, na face externa do trocanter do palpo, é formado por cerdas fortes e distintas, que variam em número de 13 à 26, entremeadas de pelos moles acessórios. A apófise apical da tíbia I é robusta, com rasteio formado de mais ou menos 12 espinhos. A tíbia I apresenta apicalmente uma coroa de espinhos, que sai do lado da apófise e se dirige para a face ventral, em número que varia de 6 a 9 (Fig. 1). A tíbia do palpo é mais ou menos reta, apresentando um tubérculo lateral interno bem quitinizado, havendo cerca de 6 espinhos de dispo¬ sição constante. O aspecto do bulbo copulador está representado pelas figuras 1, 2, 3 e 4. Metatarso I totalmente escopulado e metatarso IV com escópula apenas apical. Observações Biológicas Os exemplares foram capturados na floresta, em torno da cidade de Alta Floresta, num raio de 80 Km. Os machos são mais freqüente- mente encontrados em dezembro e janeiro, e as fêmeas a partir de julho. Em cativeiro mostram-se muito agressivas, possuindo pelos de ação fortemente urticantes, que causam manifestações de fundo alérgico- cutâneo e respiratório. DISCUSSÃO O aspecto e implantação do tubérculo da tíbia do palpo, o esporão tibial e principalmente a forma do bulbo copulador, constituem carac¬ teres excelentes para a determinação da espécie, fato este já observado por Schiapelli e Gerschman 3. Por outro lado, o número de cerdas do aparelho estridulante demonstrou não ser um bom caráter, uma vez que a variação nos 21 exemplares estudados foi bastante grande. Da mesma forma, a correlação entre as diversas medidas, caráter empregado por Mello-Leitão para a distinção das espécies não pode ser levada em consideração, devido a sua inconstância, como podemos verificar através das tabelas 1 e 2. 152 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 TABELA 1 — MEDIDAS (Em mm) cm 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.M.; CIRELLI, A.; KNYSAK. I.; ZVEIBIL, L.F. — Descrição do macho de Acanthoaeurria jurucnicola Mello-Leitão, 1923 ( Araneae-Theraphosidae) . Mem. Inst. Butantan, ^2/^5:151-168, 1978/79. Fiff. 1 — Aeanthoaeurria juruenicola, palpo direito, face interna. Fijf. 2 — Acanthoscurria juruenicola, palpo direito, face externa. 155 cm 2 3 4 5 6 SClELO 10 2.1 12 13 14 15 LUCAS. S.M.; CIRELLI, A.; KNYSAK. I.; ZVEIBIL. L.F. — Descrição do macho de Acanthoscurria. jurucnicola Mello-Leitão, 1923 ( Araneae-TheraphoBidae) . Mcm. Inst. Dutantan, 151-158, 1978/79. Fiar. 3 — Acavthoacurria juruenieoUi, bulbo direito, face interna. — Acanthoacurri juruenicola, bulbo direito, face externa. cm 2 3 6 SciELO 10 n 12 13 14 15 LUCAS, S.M.: CIRELLI, A.; KNYSAK. I.; ZVEIBIL, L.F. — Descrição do macho de Acanthoacurria jurucnicola Mello-Leitão, 1923 ( Araneae-Theraphosidae) . Mem. Inst. Butantan, 42/43. ;151-158, 1978/79. Fig:. B — Acanthoacurria jurucnicola, apófise tibial 1 direita. CONCLUSÃO Além dos exemplares estudados concordarem com a descrição origi¬ nal, tivemos à disposição, da mesma procedência, várias fêmeas cujas espermatecas, caráter de grande valor específico, são idênticas à apre¬ sentada por Schiapelli e Gerschman 3, para o holótipo, concluindo-se portanto tratarem-se dos machos de Acanthoscurria jiimenicola Mello- Leitão, 1923. AGRADECIMENTOS Agradecemos aos Srs. Leopoldo Linhares, Eder Baldussi Fernandes e Amélio Pazin Filho, diretores do Zoológico de Alta Floresta, pelos inúmeros exemplares enviados ao Instituto Butantã em diversas oportunidades. Nossos agradecimentos também à Sr.a Delminda Vargas Travassos pela confecção dos desenhos. ABSTRACT: The male of Acanthoscurria juruenicôla Mello- Leitão, 1923 was described, proceeding of Alta Floresta, Mato Grosso, Brazil, sended by the Directors of the Zoological Garden. UNITERMS: Acanthoscurria jurucnicola. Description of the male. SciELO cm 10 11 12 13 14 15 LUCAS, S.M.; CIRELLI, A.; KNYSAK, I.; ZVEIBIL, L.F. — Descrição do macho de Acantho&carrta juruenicola Mello-Leitão, 1923 ( Araneae-Theraphosidae). Mem. Inat. Butantan, ÍÍ/ÍÍ.151-1B8, 1978/79. TABELA 2 — CORRELAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS Relação entre o comprimento do cefalotórax e: N.° de Coleção Sexo Largura Pat + Ti I Pat + Ti IV Met. IV Pat + Ti I e Pat + Ti IV Perna I e Perna IV < > > I > IV IV > I 4.305 3 > < < = I > IV IV > I s > < — > I > IV IV > I 4.422 s > = > > I > IV IV > I* 4.404 3 > < = > I > IV IV > I 3 > < < > I > IV IV > I 3 > = > > I > IV IV > I 4.304 3 > < > > I > IV IV > I 3 > < < I > IV IV > I 3 > < < > I > IV IV > I 4.400 3 > < < > I > IV IV > I 3 > < > > I > IV IV > I 3 > < > > I > IV IV > I 4.396 3 > < < > I > IV IV > I 3 > < < > I > IV IV > I 4.401 3 > < = > I > IV IV > I 3 > < =: > I > IV IV > I 3 > < > I > IV IV > I 4.285 3 > < = > I > IV IV > I 3 > < = > I > IV IV > I 4.462 3 > < = > I > IV IV > I — Segmento regenerado BIBLIOGRAFIA 1. BÜCHERL, W. Sôbre a importância dos bulbos copuladores e das apófises tibiais dos machos na sistemática das aranhas caranguejeiras (ORTHOG- NATHA). Ann. Acad. bras. Sei., 29( 3) :384-5, 1958. 2. MELLO-LEITÃO, C. DE Theraphosideas do Brasil. Rev. Mus. paulista, 13: 294-5 e 312, 1923. 3. SCHIAPELLI, R.D. & GERSCIIMAN, DE PIKELIN, B.S. El gênero Acanthos- curria Ausserer, 1871 (ARANEAE, THERAPHOSIDAE) en la Argentina. Physis, 24(68) :408-14, 1964. 4. VELLARD, J., SCHIAPELLI, R.D. & GERSCHMAN, DE PIKELIN, B.S. Aranãs Sudamericanas. THERAPHOSIDAE nuevas e poco conocidas. Acfo zool. Lilloana. 3:204-5, Pr. XX e XXI, 1945 158 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inat. Butantan *2/43: 159-169. 1978/79 CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SERPENTES DA ESPÉCIE BOTHROPS ATROX NASCIDAS EM CATIVEIRO (SERPENTES — VIPERIDAE — CROTALINAE) Pedro Antonio FEDERSONI JUNIOR* RESUMO: Estudo da fase adulta de serpentes do gênero Bothrops atrox, nascidas em cativeiro em 21-8-1974. A mudança das serpentes, de gaiolas antigas para ambientes novos, mostra-se satisfatória, quando se transporta para a gaiola nova, também as fezes e a urina coletadas do ambiente antigo, para o novo meio. Entre as serpentes irmãs da mesma ninhada, formaram-se casais para o estudo da reprodução. A partir desses casais, conseguiu-se três ninhadas, duas das quais com filhotes com problemas teratogênicos. A alimentação foi oferecida a cada 14 dias e em abundância, deixando a critério do apetite de cada serpente, a quantidade de alimento ingerido. O crescimento em comprimento e peso é maior nas fêmeas, chegando aos cinco anos de idade, a uma diferença de quatro vezes maior peso nas fêmeas. A mortalidade em biotério, neste caso, não pode ser extrapolada para a natureza, já que vários incidentes de cativeiro aconteceram, como : canibalismo e ataque físico por camundongos. É apresentada uma tabela com dados médios de peso, comprimento e alimentação a cada 14 dias, bem como a quantidade de mortes em cada período. UNITERMOS: Bothrops atrox (Linnaeus, 1758), crescimento; alimentação; hábitos; reprodução; teratogênese. INTRODUÇÃO Em continuação ao exposto em “Observações sobre uma ninhada de Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) 10, analisamos aqui o ocorrido com tais serpentes, a partir dos dois anos, como estava proposto em Materiais e Métodos daquela publicação, como segunda e terceira fases do trabalho iniciado em agosto de 1974, uma vez que aquele período anterior já foi discutido. Nesta fase de compilação de dados, descrevemos o ocorrido até os cinco anos de idade. MATERIAIS E MÉTODOS Houve continuidade no método de criação e de manutenção no que diz respeito à apresentação das gaiolas, intervalo entre refeições e Seção de Herpetoloifia, Instituto Butantan, São Paulo, Brasil. 159 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Dothropa atrox nascidas em cativeiro. Mcm. Inst. Butantan, ^2/1*8: 159-169, 1978/79. quantidade de água para beber, bem como a temperatura e umidade do ambiente. Duas modificações foram introduzidas. Uma, de acordo com o previamente planejado, quanto à tentativa de acasalamento; outra, no que diz respeito à alimentação. DISCUSSÃO Pela proporção de machos e de fêmeas sobreviventes até os dois anos e alguns meses de idade, época em que tivemos oportunidade de discutir o assunto com Leloup 13' 14’ 15 em nosso biotério e extrapolando dados de criação em cativeiro de Bothrops moojeni, por ele criados, para Bothrops atrox, resolvemos que, de acordo com descrição daquele autor, os animais por nós acompanhados, já teriam condições de parear-se e copular numa próxima época de cio. Fizemos a pareação dos casais para acasalamento, mas tivemos de deixar dez machos sem fêmeas. Tínhamos na época, seis fêmeas e dezesseis machos. Os casais formados na primeira escolha, foram constituídos da seguinte maneira, no dia 6 de outubro de 1976: Fêmeas Machos n.° 2 X n.° 22 n.° 4 X n.° 6 n.° 20 X n.° 14 n.° 24 X n.° 8 n.° 27 X n.° 13 n.° 33 X n.° 26 Depois da morte dos machos n.° 22 e 14, pareamos novamente as fêmeas: n.° 2 com o macho n.° 19 em 30/5/1978 e a n.° 20 com o macho n.° 18 em 21/3/1978. Foram eleitos os machos de maior desenvolvimento para serem pareados, uma vez que o desenvolvimento entre eles era muito desigual na época. Julgou-se o tamanho, não pelo fato de poder estar sexualmente mais apto, mas por terem maiores condições de sobrevida durante os períodos de cio e de inverno, épocas em que a alimentação passa a um segundo plano. Aqueles que apresentavam maiores quantidades de mate¬ riais de reserva, calculado segundo método de Leloup 15 foram os eleitos para acasalamento. Quanto às gaiolas, as diretrizes adotadas para criação, conti¬ nuaram inalteradas com os machos que se mantiveram isolados sem fêmeas. Quanto aos casais, foram mudados para gaiolas maiores, de 55cmx40cmx30cm, com as mesmas proporções de terra úmida e um local seco no fundo da gaiola. Foi adotado o método já descrito de se armazenar material fecal, urina e terra da gaiola original, antes 160 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothrop8 atrox nascidas cativeiro. Mcm. Inst. Butantan, 42/45.159-1G9, 1978/79. de transladar os animais para a gaiola de destino. Com isto, observou-se que realmente há uma delimitação de domínio entre os territórios ocupados por esses animais, e que essa delimitação é respeitada pelas serpentes com mais evidência do que se pensava 10. Quando passamos a armazenar fezes e urina, dois ou três meses antes da mudança dos animais, colocamos como receptáculo desse material, folhas de jornal no fundo da gaiola. Ao passar o papel impregnado para o novo ambiente, colocamos a folha suja correspon¬ dente à gaiola antiga do macho, para um canto da gaiola nova e o material da fêmea para o canto oposto, tendo o cuidado de não os misturar, nem tocar os papéis entre si. Para certeza da manobra, colocamos as serpentes em seu novo meio, mas em lados trocados em relação aos papéis. Nenhuma das doze serpentes implicadas nesse teste, sequer titubeou em ir se postar enrodilhada sobre a área do pedaço de papel impregnado com seu material fecal e urina; e, pareciam não se importar com a presença de sua irmã e companheira no mesmo ambiente. Não tivemos condições de observar seu comportamento noturno, mas pela manhã e durante todo o dia, quando as gaiolas eram exami¬ nadas, as serpentes estavam exatamente “sobre” seus territórios de papel. Essa segregação durou aproximadamente um mês, e pudemos obser¬ var que quanto à alimentação, as fêmeas que sempre se mostraram mais vorazes, comeram em todas as vezes que lhes foram oferecidos camun¬ dongos; os machos comeram também, se bem que muito menos, mas todos tiveram a mesma conduta: comeram em seus cantos, parecendo haver uma barreira entre eles. Mudamos a conduta quanto à alimentação, no sentido de não mais forçá-los a comer, mas que comessem o quanto achassem suficiente e quando achassem necessário. Foi assim que se evidenciaram ainda mais as discrepâncias de apetite entre os machos e as fêmeas; naturalmente, por conseqüência, a diferença de tamanhos ficou maior. (Vide gráfico I). Por motivos alheios à nossa vontade, a alimentação teve de ser variada. De uma dieta homogênea de camundongos (Afus musculus), tivemos de passar, na primavera de 1978 para ratos brancos ( Rattus norvegicus) e no início de 1979, para hamsters ( Mcsocricetus auratus), voltando em meados de 1979 para os ratos novamente. Isto provocou a recusa de alimentação, diminuindo em muito o peso e crescimento dos animais (Vide gráfico I). Acompanhamos os períodos de mudas de pele, mas não discutiremos aqui este pormenor, que merece um estudo mais apurado, uma vez que a diferença do ambiente entre machos isolados e os casais pode ter afetado nesse ponto e mesmo a ocorrência de coito ou abstinência sexual deve ter modificado os parâmetros estudados até a fase pré-adulta. Assim que tivermos concluído a tomada de dados a este respeito, publicaremos com resultados pormenorizados. A coloração da ponta da cauda, também, já discutida na primeira fase de observações, modificou nos representantes masculinos. 161 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothrop • atrox nascidas em cativeiro. Mem. Inet. Butantan , 4f/41.*169-169, 1978/79. GRÁFICO I ? ? / / í / / / / / / i i Gráfico I — Curvas com valores médios mensais para observação de peso e comprimento. 162 cm 2 3 4 5 6 SClELO 10 2.1 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothropa atrox nascidas em cativeiro. Aícm. Inst. Butantan, 42/43: 169-169, 1978/79. Tínhamos como ponto básico de distinção entre machos e fêmeas desta espécie, a coloração da ponta da cauda em tonalidades claras de amarelo e creme nos primeiros meses de vida dos machos e branca nas fases mais avançadas de idade para os mesmos, e, marrom ou preto entre as fêmeas; a coloração destas se manteve inalterável. Com o amadurecimento dos representantes machos, as caudas foram modificando sua coloração terminal e no inverno de 1977 passaram à coloração marrom em alguns casos e preta em outros, em todos os machos. Relacionamos isto ao amadurecimento sexual desses animais, uma vez que logo após, em meio à primavera, já nasciam os primeiros filhotes por eles gerados. Tudo nos leva a crer que esta característica não seja somente sexual, mas uma manobra da natureza, que torna o animal camuflado com um ponto de atração e curiosidade para outros que deles se aproximem, ima¬ ginando a ponta da cauda como um possível verme ou larva de algum animal; momento em que são abocanhados pelo portador da camuflagem. Em outros tipos de serpentes do gênero Bothrops e Agkistrodon, isto é muito comum. *• 5’ 10 Como em outras serpentes, em Bothrops atrox, ocorre um fenômeno que causa constantes problemas de manutenção. É o problema causado por camundongos e ratos oferecidos como alimentação; quando esses ani¬ mais passam um período de tempo, relativamente curto, em companhia das serpentes sem serem molestados por elas, passam a explorar a gaiola. Se continuam não molestados, passam a explorar o corpo da serpente em si, e esta, por algum motivo por nós ignorado não se move. Quando essa fase exploratória passa, inicia-se a fase de ataque por parte do roedor, que por instinto de defesa, por stress ou por outro motivo, passa a roer as escamas da serpente, indo ferir seu tecido cutâneo, subcutâneo, muscular e muitas vezes chegando a roer-lhes os ossos e órgãos internos, sem que a serpente ao menos tente picá-lo ou afugentá-lo. Por meio desse processo, cinco serpentes deste lote estudado, foram roídas com maior ou menor intensidade. A de n.° 5, teve a parte direita da cabeça comida e foi encontrada morta três horas após a colocação do rato na gaiola. As de n.° 16 e 17 tiveram ferimento profundo na região dorsal do médio corpo (local preferido pelos roedores) , tendo a de n.° 16 sobrevivido três meses e a de n.° 17, foi comida até os ossos e musculatura, tendo sobre¬ vivido por três dias. A serpente de n.° 23, sobreviveu até o momento, apesar de ter sido profundamente roída na coluna vertebral. A repre¬ sentante n.° 27, teve parte das costelas comprometidas por ferimento produzido por mordeduras no dorso. Teve de ser sacrificada por apre¬ sentar infecção e necrose em uma extensa área; foi tratada pelos meios normais mas não apresentou melhora. A par de toda essa problemática, houve ainda uma ocorrência curiosa com o casal constituído pelos números 20 (fêmea) e 14 (macho), quando em 10-1-1978, o macho picou um rato, matou-o e começou a ingeri-lo. Nesta altura, a fêmea também atacou o mesmo rato e passou a engoli-lo, sem que o macho o tivesse largado. Ao ouvirmos um barulho de luta na gaiola, presenciamos a fêmea engolindo o macho, já com meio corpo consumido. Com esforço e muita luta conseguiu se desvencilhar e sobre¬ viver a esse ataque. 163 SciELO 10 11 12 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothrop» atrox nascidas em cativeiro. Mem. Inat. Butantan, .42/45:159-169, 1978/79. Dois meses após esse fato, no dia 21-3-1978, data de alimentação desse lote de serpentes, ao abrir a gaiola para medir e pesar seus ocupan¬ tes, encontramos a fêmea com a boca fechada, porém, dela saindo a ponta da cauda do macho, já completamente engolido e sem possibilidade de ser resgatado ou vomitado. Tivemos, desta maneira, um caso de canibalismo 2 entre Bothrops atrox, fato que parece ser inédito nesses animais. REPRODUÇÃO Depois da formação de casais em 6 de outubro de 1976, houve um período de acomodação entre machos e fêmeas, até que, um ano depois, em 16-10-77, a fêmea de n.° 2, pariu um filhote morto, com aspecto de incompletamente formado. Apresentava uma coloração rósea, muito dis¬ tinta do tom escuro do recém-nascido normal. Pensamos que pudesse ser um aborto de fetos mais distais, por algum problema de esforço físico dentro da gaiola ou mesmo, luta corporal com o macho. Após treze dias, em 29-10-77, nasceram normalmente, 18 filhotes, sendo dois natimortos. A esse casal, designamos pela letra A e seus filhotes, pelo numeral alea¬ toriamente escolhido, seguido do índice A. A cópula desse casal não foi presenciada por nós. O macho que formava este par, o de n.° 22, apresentou severa infec¬ ção bucal e teve de ser sacrificado em 30-5-78, pois já não apresentava condições de sobrevida. Refez-se o par, acasalando a fêmea de n.° 2 com um macho até então mantido isolado, de n.° 19, no mesmo dia da morte do n.° 22 ; este casal passou a ser designado por W. Foi usada a mesma técnica de translado das fezes e uréia para a nova gaiola, com o intuito de ambientar o macho à nova morada. Este casal, ao menos aparentemente, não apresentou ânimo agressivo entre si, nem houve nada de anormal entre os dois, que fosse digno de nota. No dia 24-1-79, a fêmea de n.° 2, pariu 29 filhotes, todos vivos, sendo que um deles, o de n.° 29W, apresentou malformação teratogênica simples na parte posterior do corpo n. Um outro casal, designado por X, constituído pela fêmea n.° 20 e o macho n.° 18, teve cópula não presenciada por nós, e no dia 29-1-79, a fêmea pariu 15 filhotes, sendo 3 mortos e 3 apresentavam malformações teratogênicas na parte anterior do corpo e ausência de olhos u. O casal constituído pela fêmea n.° 33 e o macho n.° 26, copularam durante a manhã, tarde e noite do dia 30-3-78. Até o dia 23-8-79, data considerada final para a coleta de dados para esta publicação, não houve nascimentos. Houve sim, um aumento de peso e de tamanho da fêmea, desproporcional, inclusive ao crescimento das outras fêmeas consideradas. As demais fêmeas, mortas após a pareação em 1976, quando necrop- siadas, não apresentaram vestígios de embriões ou fetos. MORTALIDADE Após os dois anos de idade, aconteceram fatores não naturais, que produziram morte entre as serpentes. Foi o caso dos animais de n.° 5, 164 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR.. P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothropa atrox nascidas em cativeiro. Mcm. Inst. Butantan , 42/4tf-'159-169, 1978/79. 16, 17 (machos) e n.° 27 (fêmea) que foram roídos por camundongos e não se recuperaram do ferimento. Houve também, os casos dos números 10 e 22 (machos) ; o primeiro com deslocamento de vértebras da região nucal, provocado por um bote no momento da contenção para ser medida ; e, o segundo, com infecção bucal causada por ferimento provocado por bote na porta da gaiola onde vivia. A morte do macho de n.° 14, condi¬ cionada ao fenômeno de canibalismo, foi anteriormente discutida aqui. Num período que compreendeu o início de janeiro de 1977 a inicio de março do mesmo ano, ocorreram mortes semelhantes entre si, nos números 5, 6 e 8 (machos), mortos respectivamente em 1-3-77, 12-1-77 e 20-1-77 e nos números 4 e 24 (fêmeas), respectivamente em 4-1-77 e 12-2-77. Esses animais, num período muito curto de tempo, morreram apresentando como caráter post-mortem, um líquido esbranquiçado na boca e traquéia e pontos hemorrágicos no pulmão e saco aéreo. Fato curioso e notável é que todos os implicados eram componentes de casais. Em realidade, os únicos exemplares que morreram sem causa apa¬ rente, foram dois machos, numerados com 7 e 32, respectivamente mortos em 24-3-78 e 12-4-78. Essas duas serpentes deixaram de comer e defi¬ nharam até morrer. Durante esse período, não aceitaram sequer alimen¬ tação colocada em sua boca e vomitaram a alimentação forçada. Devido aos dados computados e às condições em que ocorreram as mortes, não podemos extrapolar os dados para a natureza. CONCLUSÕES Após cinco anos de observações, podemos concluir, que é perfeita¬ mente possível manter esses animais em cativeiro e criar condições para acasalamento e manutenção dos pares e seus filhotes. O intervalo adotado entre as refeições mostrou-se satisfatório em todos os casos. Deve-se ressaltar o fato de os filhotes não se alimentarem espontaneamente nos primeiros meses de vida, mas uma vez alcançados oito ou nove meses, a maioria passa a aceitar alimentação com maior facilidade, talvez porque o tamanho do camundongo já o permita se loco¬ mover ante a serpente, que desta maneira é alertada e motivada a atacar sua presa. 10 A mudança de alimentação de camundongo para rato, parece não ter sido tão sentida pelos animais, como quando mudamos deste para hamster, ocasião em que várias das serpentes deixaram de se alimentar, ou em muitos casos atacaram, picaram, mataram, mas não comeram o alimento oferecido. Nas eventuais mudanças de gaiolas, o processo de translado das fezes e urina da gaiola antiga para a nova é técnica garantida, não só para esta espécie, mas para todas as outras serpentes, como temos podido observar em nosso biotério. O tamanho das gaiolas empregadas para a manutenção desta espécie de serpentes, é satisfatório para animais isolados, mas para casais já adultos e na atual fase de desenvolvimento, é insuficiente o espaço, pois não permite locomoção que condiz com suas necessidades. 165 SciELO 10 11 12 13 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothropa atrox nascidas em cativeiro. Mcm. Inttt. Butantan, 4j?/4$:159-169, 1978/79. A maturidade sexual, nas condições criadas no laboratório, condi¬ cionadas a alimentação farta, condições relativamente constantes de temperatura e umidade e inexistência de fatores stressantes, ao menos aparentes, parece ser atingida aos dois anos e meio. Nessa época as fêmeas apresentam um peso, em média duas vezes maior que os machos e esses passam por uma transformação na ponta da cauda, no tocante à sua coloração, passando de branco para marrom escuro ou preto. A partir dessa fase, o peso corporal dos machos passa por uma fase de pouco acréscimo, ao passo que o das fêmeas passa a triplicar ou quadruplicar em relação a eles (Vide Tabela I). Esse acréscimo de peso, nem sempre é motivado por fecundação e aparecimento de fetos. Pudemos comprovar em fêmeas mortas, que o aumento de peso foi devido ao acúmulo de material de reserva. O fato de serpentes irmãs terem sido colocadas em contato e even¬ tualmente, algumas terem copulado, aparentemente contribuiu para o aparecimento de teratogenia e natimortos. 11 Não sabemos de quanto foi o tempo de prenhez em cada caso, uma vez que não presenciamos as cópulas. O fator muda de pele, será publicado quando maior quantidade de dados puderem ser compilados. Este pormenor está sendo estudado entre várias espécies de serpentes e oportunamente serão expostos os resultados. TABELA I Médias das tomadas de medidas de peso e comprimento das serpentes B. atrox, peso de alimentação e quantidades de exemplares examinados e alimentados nas respectivas datas. Data Peso em Gramas Comprimento em CM Alimentação em Gramas Quantidade Exemplares ô 9 6 9 ô 9 ô 9 76 31/8 184,87 231,16 90,12 100,83 24,96 27,16 16 6 14/9 181,25 264,66 92,06 102,66 27,53 37,66 16 6 28/9 187,28 300,83 92,81 103,5 25,56 34,5 16 6 12/10 190,9 285,00 94,87 105,75 30,46 48,41 16 6 26/10 200,43 303,33 96,25 108,16 31,68 45,91 16 6 9/11 208,53 312,08 97,65 109,75 41,75 80,41 16 6 22/11 217,59 347,16 98,43 110,83 29,9 99,83 16 6 7/12 220,84 383,83 99,84 112,75 32,25 116,0 16 6 76 22/12 226,06 412,5 100,73 114,25 20,0 99,5 16 6 77 4/1 230,5 430,66 101,18 115,66 13,5 84,66 16 6 18/1 227,5 514,6 101,36 119,4 19,06 56,4 15 5 1/2 221,0 504,5 101,64 120,7 6,17 138,8 14 5 15/2 216,64 449,2 101,96 123,0 0,0 101,5 13 4 1/3 209,71 597,5 102,28 124,8 4,92 149,75 13 4 15/3 210,15 639,0 102,5 125,6 27,80 74,25 13 4 29/3 216,46 666,0 102,9 126,6 22,03 96,12 13 4 12/4 214,30 717,25 103,0 127,0 24,69 82,5 13 4 166 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONT JR., P.A. cativeiro I JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothrops atrox nascidas i. Mem. Inat. Liutantav, hZ/k3:\ 59-169, 1978/79. TABELA 1 (continuação) Data Peso em Gramas Comprimento em Cm. Alimentação em Gramas Quantidade Exemplares ô $ 6 2 3 2 ô $ 26/4 224,61 770,75 103,46 128,0 11,61 74,75 13 4 10/5 227,69 733,5 103,5 129,0 14,42 10,10 13 4 24/5 230,60 779,5 103,6 129,0 10,0 93,75 13 4 8/6 231,23 808,25 103,9 130,5 14,30 103,75 13 4 21/6 232,69 823,37 104,38 131,75 29,46 122,75 13 4 6/7 242,96 881,75 104,54 131,75 19,56 65,25 13 4 21/7 243,69 864,0 105,29 132,25 24,38 69,0 13 4 4/8 242,84 900,75 105,62 132,75 11,46 76,5 13 4 S anos 28/8 243,76 957,5 105,83 134,50 37,46 28,5 13 4 6/9 247,69 927,75 106,29 135,50 18,61 102,75 13 4 20/9 258,25 961,75 107/10 137,00 51,0 36,5 12 4 4/10 274,0 960,25 108,0 138,0 22,23 107,5 12 4 18/10 277,16 985,0 108,5 139,25 30,25 61,5 12 4 1/11 280,41 926,5 108,91 140,12 52,6 86,75 12 4 6/11 297,0 919,75 110,13 141,75 43,25 73,50 12 4 29/11 311,16 974,0 111,13 142,75 44,08 169,75 12 4 13/12 326,25 1099,8 111,90 143,9 66,0 66,0 12 4 77 27/12 346,6 1006,25 112,29 144,62 33,04 86,25 12 4 78 10/1 336,8 1079,75 113,0 145,75 50,3 90,0 12 4 24/1 351,9 1083,25 113,58 147,5 24,75 102,25 12 4 10/2 361,6 1086,0 114,16 148,0 0,0 62,5 12 4 22/2 331,1 1113,25 114,50 149,25 25,6 156,5 12 4 7/3 340,41 1234,5 114,54 149,75 19,5 87,0 12 4 21/3 352,6 1197,75 115,68 150,5 19,63 98,0 11 4 4/4 354,2 1196,25 116,0 151,5 3,1 123,75 10 4 18/4 336,77 1299,0 116,33 152,0 0,0 65,5 9 4 2/5 324,7 1319,75 116,33 152,37 3,8 100,75 9 4 16/5 339,37 1357,5 117/37 153,0 4,12 93,25 8 4 30/5 331,0 1352,5 116,7 153,7 9,3 7,0 7 4 14/6 324,0 1258,75 116,85 154,12 5,28 49,25 7 4 28/6 319,4 1264,25 116,9 154,12 0,0 0,0 7 4 11/7 319,57 1286,7 116,9 154,12 4,42 39,0 7 4 27/7 311,8 1305,75 117,25 154,12 40,8 16,25 6 4 9/8 316,6 1263,0 117,25 154,3 19,6 46,5 6 4 4 anos 23/8 322,0 1228,75 117,3 154,6 17,8 35,25 6 4 6/9 321,5 1270,0 117,3 154,75 4,3 61,25 6 4 20/9 309,3 1271,5 117,3 154,87 26,0 13,0 6 4 5/10 325,3 1248,0 117,6 155,37 23,16 35,75 6 4 18/10 338,3 1283,7 117,9 155,37 19,3 44,0 6 4 167 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpenteB da espécie Bothrop » atrox nascidas em cativeiro. Mem. Inst. Butantan , 42/43. -159-169, 1978/79. TABELA 1 (Continuação) Data em Peso Gramas Comprimento em CM Alimentação em Gramas Quantidade Exemplares 6 9 ô 9 5 9 9 1/11 344,3 1266,25 118,1 155,37 65,0 71,25 6 4 16/11 368,0 1239,5 118,3 155,62 50,0 85,0 6 4 28/11 436,0 1263,0 118,6 155,62 40,5 111,5 6 4 13/12 393,3 1304,5 119,25 155,62 51,16 45,25 6 4 78 28/12 412,5 1347,25 119,6 155,6 83,3 72,5 6 4 79 9/1 441,91 1390,0 120,5 151,8 41,6 45,25 6 3 24/1 434,8 1173,0 121,3 152,0 30,16 24,0 6 3 6/2 438,3 817,5 121,9 152,3 25,8 20,6 6 3 20/2 444,0 1160,6 121,9 152,3 22,0 101,0 6 3 6/3 431,5 1220,0 122,1 152,3 25,16 94,6 6 3 20/3 423,8 1185,0 122,6 153,16 25,0 123,0 6 3 3/4 422,3 1251,3 122,9 153,8 0 80,3 6 3 17/4 409,5 1313,0 123,0 153,8 13,1 43,6 6 3 15/5 396,8 1289,0 123,1 153,8 41,0 85,0 6 3 30/5 392,6 1216,0 123,1 154,3 48,0 124,6 6 3 12/6 426,8 1072,0 123,1 154,3 0 72,0 6 3 27/6 401,6 1041,0 123,3 154,3 0 83,3 6 3 12/7 393,8 1172,3 123,3 154,6 9,5 89,3 6 3 5 anos 23/8 373,0 1267,3 123,8 156,3 16,6 0 6 3 ABSTRACT: A litter of Bothrops atrox born in 8-12-1974 were observed during five ears. Transport of live specimens from the old boxes to new ones is done without problems, if at the same time dregs and urine are also transported. Pairs of males and females were formed in order to observe the offsprings. Three litters were obtained. In two of them, toratogenic specimens were born. Food was given every fourteen days. Increase of lenght and weight was higher in females than in males. After five years, females are about five time heavier than males. Cannibalism prejudicated survival. Growth, weight, intake of food controled in intervals of fourteen days are showed in the graph. UNITERMS: Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) — development; feeding; habits; reproduction ; teratogeny. AGRADECIMENTOS Agradecemos à incansável ajuda do Sr. Joaquim Cavalheiro, na contenção dos animais e na coleta de dados aqui contidos. BIBLIOGRAFIA 1. ALLEN, E.R. Observations of the feeding habits of the juvenile Cantil. COPE1A, 1949(3) :225-226. 168 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Criação e manutenção de serpentes da espécie Bothrops atrox nascidas em cativeiro. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 159-169, 1978/79. 2. BARTON, A.J. Ophiophagy by a juvenil Copperhead. COPEIA, 1949(3) :232. 3. CARPENTER, C.C. Growth and maturity of the three species of Thamnophis in Michigan. COPEIA, 1952(4) :237-243. 4. GIBBONS, J.W. Reproduction, growth and sexual dimorphism in the canebrake rattlesnake ( Crotalus horridus atricaudatus) . COPEIA, 1972 (2) :222-226. 5. GREENE, H.W. Defensive tail display by snaks and amphisbaenians. J. Herp., 7:143-161, 1973. 6. GRIZZELI, R.A. The hibernation site of three snake and a salamander. COPEIA, 1949 (3) :231-232. 7. HAY, O.P. On the breeding habits, eggs and young of certain snakes. Proc. Ind. Acad. Sei., 1891: 106-122. 8. HAY, O.P. On the breeding habits, eggs and young of certain snakes. Proc. U.S. Nat. Mus., 15: 385-397, 1892. 9. HOGE, A.R. & ROMANO, S.A. Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. (Serpentes-Elapidae e Viperidae). Mem. Inst. Butantan, 36 .-109-208, 1972 10. HOGE, A.R. & FEDERSONI JR., P.A. Observações sobre uma ninhada de Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) — (Serpentes: Viperidae: Crotalinae). Mem. Inst. Butantan, 40/41: 19-36, 1976/77. 11. FEDERSONI JR., P.A. Casos de teratogenia em Bothrops atrox. (Serpentes: Viperidae: (Crotalinae). Mem. Inst. Butantan, 42/45:49-64, 1978/79. 12. KAUFMAN, G.A. & GIBBONS, W. Weight/Lenght relationships in thirteen species of snakes in Southern United States. Herpetologica, 31: 31-37, 1975. 13. LELOUP, P. Essais de rationalisation dans le mantien d’un serpentarium à but industriei. Acta Trop., 30:281-311, 1973. 14. LELOUP, P. Observations sur la reproduction de Bothrops moojeni Hoge en captivité. Acta Zool. Path. Antverpiens., 32:172-201, 1975. 15. LELOUP, P. Methode simple pour calculer approximativement et compa- rativement les matières de reserve des serpents vivants. Acta. Zool. Antverpiens., 64:91-93, 1976. 16. LINNAEUS, C. Systema Naturae. 10 ed. Holmiae, Impressii Direct: Lau- rentii Salvii, 1758, v. 1, 338p. 17. NAULLEAU, G. La biologie et le comportement predateur de Vipera aspis au laboratoire et dans la nture (Thèse). Buli. Biol. Fr. Belg., 99 ( 4):335-524, 1965. 18. STORER, T.I. & WILSON, B.M. Feeding habits and molt of Crotalus con¬ fluentes oreganus in captivity., COPEIA, 1932 (4) : 169-173. 19. VANZOLINI, P.E. Regressão do peso sobre o comprimento em Bothrops jararaca e sua variação sexual e estacionai. Pap. Avul. Dept. Zool., 7: 271-292, 1946. 169 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan 42/48: 171-174, 1978/79 NOVO ARTEFATO PARA A EXTRAÇÃO DE VENENOS DE SERPENTES DO GÊNERO MICRUPUS WAGLER Pedro Antonio FEDERSONI JUNIOR* RESUMO: Apresentação de novo método para extração de veneno de serpentes proteróglifas do gênero Micrurus, por intermédio de coletor tipo vidro de relógio, orlado por barreira de vidro que se encaixa anatomicamente à boca das serpentes. Há maior aprovei¬ tamento de veneno extraído, uma vez que não ocorre refluxo para a cavidade bucal. UNITERMOS: Proteróglifas, Micrurus Wagler; Extração de veneno, novo método. As serpentes do gênero Micrurus, por serem proteróglifas, são de di¬ fícil manuseio quando da extração de venenos, devido ao tamanho pe¬ queno da cabeça e pela disposição de suas presas inoculadoras. Tal extração é, comumente, feita com recipientes tipo vidro-de-relógio, que são introdu¬ zidos pelas bordas, na boca das serpentes a serem extraídas. Quando a introdução é completada, passa-se a comprimir com os dedos, as glândulas peçonhentas, fazendo-se assim a exteriorização do veneno, que flui em pe¬ quenas quantidades. Nas extrações normais, como a descrita, o veneno flui para o coletor, mas grande parte desse veneno sai pelas presas e vai forrar a cavidade bucal permitindo que grande quantidade desse líqüido passe para a parte inferior do vidro, provocando, assim, a perda de uma boa percentagem de sua quantidade total. Isto foi percebido várias vezes e nessas oportu¬ nidades houve necessidade de se usar alguns artifícios na secagem do veneno para que sua perda fosse a menor possível. O fato de o veneno se espalhar para a cavidade bucal foi comprovado quando da colheita por meio de uma pipeta “Pasteur”, por toda a região inferior da boca e, prin¬ cipalmente, foi encontrada grande parte na região inicial do esôfago da serpente extraída. Numa das extrações rotineiras de veneno, foi feita uma análise a res¬ peito e apresentou-se novo fato: o veneno, muito viscoso, escorria pelo recipiente de vidro até o ponto em que sua quantidade assim o permitia; porém quando as glândulas eram soltas de entre os dedos, o veneno, já colhido, sofria um refluxo, por efeito aspirativo, talvez para a cavidade bucal, talvez para a glândula. O fato é que, à primeira vista, a quantidade extraída aparentemente era uma e na realidade, no coletor somente res¬ tava um vestígio do veneno primitivamente notado. • Seção de Herpetologia do Instituto Butantan 171 SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR.. P.A. — Novo artefato para a extração de venenos de serpentes do gênero Micrurua Wagler. Mem. Inat. Jiutantan, 42/4S: 171-174, 1978/79. A partir dessa observação, foi experimentado novo processo com o mesmo vidro de relógio comum, ficando a cabeça da serpente mantida moderadamente apertada entre os dedos até a sua retirada do coletor. Isto mantinha o veneno sem refluxo; porém, foi notada, também, uma perda de veneno pela parte inferior externa do vidro, visto não haver um anteparo que retivesse a permanência do veneno somente no interior da parte côn¬ cava do coletor. Foi elaborado, então, um coletor para extrações, mais condizente com as disposições anatômicas bucais desse gênero de Elapídeos. O referido coletor é confeccionado em vidro neutro, coloração cristal, forma circular, como uma calota de 100 mm de diâmetro, 15 mm de pro¬ fundidade na parte central mais profunda da calota, em vidro de 2 mm de espessura (Figs. 1 e 2). Tal calota é circundada internamente por uma orla também de vidro, com uma largura de 3 mm e altura de 2 mm. Esta orla forma com o corpo do coletor, um encaixe em ângulo reto, na parte interna, como da figura 1. i«-- 3 mm - * Fig. 1 — Vista em corte transversal do coletor, mostrando o ângulo formado pela orla interna de vidro. Fig. 2 — Diâmetro* externo e interno do coletor. 172 2 3 4 5 6 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Novo artefato para a extração de venenos de serpentes do gênero Micrurua Wagler. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 171-174, 1978/79. A orla confeccionada, na parte externa, apresenta-se em ângulo agudo com canto rombo, para um perfeito encaixe da boca da serpente. Como esses ofídios são proteróglifos e suas presas imóveis, torna-se muito fácil e mais seguro prender a cabeça da serpente nesse recipiente, por força de sua própria mordida. Quando isto acontece, os ossos maxilar, palatino e pterigóide, juntamente com a mandíbula, são colocados em am¬ bos os lados, em posição tal, que permitem que toda essa região entre em contato com a orla de vidro, com exceção das presas fixas e caniculadas, que são maiores e ficam livres no interior do coletor. Com a própria mor¬ dida sobre o vidro o animal comprime com os ossos citados e sua muscula¬ tura, as glândulas de peçonha, que depois disto não necessitam muito mais que uma simples e leve compressão, para que a maior parte de seu veneno se escoe livremente pelas bordas em ângulo reto e daí para o fundo. A função do ângulo formado entre a orla de vidro e a calota propriamente dita, é de formar um conduto que, por capilaridade, promove a condução do veneno para a parte desejada. Este processo impede o refluxo do líqüido para a cavidade bucal da serpente e ainda mais, das centenas de vezes em que o novo método foi usado, em nenhum houve passagem de veneno para a parte inferior externa do coletor. Sondagens feitas com pipeta na cavidade bucal e entrada do esôfago, mostraram que o veneno não havia saído para a boca. Além dessas vantagens, ainda se nota que, quando da mordida do animal no vidro, os ossos e musculatura implicados no processo, projetam as duas glândulas do animal para fora e para cima, como nos casos nor¬ mais de sua alimentação, permitindo melhor compressão manual para a extração do veneno. É, portanto, esse processo, bem mais anatômico e ren¬ doso, como mostra a figura 3. Fig. 3 — Visão de como a presa se adapta ao ângulo formado pela orla de vidro. Note-se que há a impossibilidade de refluxo pelo interior da boca. 173 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 FEDERSONI JR., P.A. — Novo artefato para a extração de venenos de serpentes do gênero Micrurus Wagler. Mem. Inst. Butantan, W/ 4 5:171-17 4, 1978/79. AGRADECIMENTOS Agradeço a desinteressada colaboração da firma VIDROG — Indús¬ tria e Comércio de Vidros Ltda., que nas pessoas de seus diretores, dedi¬ cou precioso tempo à confecção da placa referida neste trabalho, em nobre gesto em favor do campo científico nacional. O nosso agradecimento, também, aos préstimos valiosos do Sr. Joa¬ quim Cavalheiro, pelos constantes esforços, junto conosco, ao experimentar a nova técnica. ABSTRACT: New method for extract poison from proterogliph snakes, Genus Micrurus. A glass-plate is anatomicaly ancased by mouth of the snakes. There is an advantage in this method, because there is no return of poison from the glass to the mouth. 174 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Mem. Inst. Butantan 4-2/4J.T75-178, 1978/79 NOTES ON SIBYNOMORPHUS MIKANII SCHLEGEL 1837 * A.R. HOGE** I.L. LAPORTA** S.A. ROMANO HOGE** ABSTRACT: The type specimens of Leptognathus andrei Sau- vage 1884; Dipsas mikanii Schlegel 1837; Sibynomorphus mikanü fasciatus Amaral 1930, are compareci with large series of the mikanii group. Sibynomorphus mikanii (Schlegel) and Sibyno¬ morphus neuwiedii are considered as distinct species. KEY WORDS: Sibynomorphus andrei; (Sauvage) Sibynomor¬ phus mikanii (Schlegel); Sibynomorphus neuwiedii von Ihering. INTRODUCTION Since Boulenger’s Catalogue, 3 :446-460 Leptognathus andrei Sauvage, 1884 was overlooked by the authors, except by Peters (114:148) who placed the species in “species inquerendae” Hoge and Romano-Hoge had the opportunity to examine the type specimens of Dipsas Mikanii Schlegel, Leptognathus andrei Sauvage and to compare them with the type speci¬ mens of Sibynomorphus mikanii fasciatus Amaral and a large series of specimen from the coastal region of São Paulo which correspond to the proposed name of Cochleophagus mikanii neuwiedii von Ilhering. Historical review : 1837 Schlegel describes Dipsas mikanii based on 2 specimens: 1 in the Leiden Museum collected by Natterer, and 1 collected by Menestrier, in the collection of the Paris Museum. 1868 Cope mentions Leptognathus mikanii based on a single specimen from Bahia, Brazil in the Museum Academy of Philadelphia. 1870 Jan Ico. Gen. Ophidiens Livraison 37 pl. VI fig. III Leptognathus mikanii based on a specimen from Brazil in the Milan Mus. 1884 Sauvage describes Leptognathus andrei based on a specimen in the M.N.H. Paris from “Nouvelle Grenade”. 1896 Boulenger synonymises all this species with Leptognathus mikanii (Schlegel) 1837, but distinguishes already 3 forms, A, B, and C * This work was supported in part by grant of CNPq, Brazil. and FINEP.SP.BR. ** Instituto Butantan, Divisão de Biologia, Seção de Herpetologia 05504 SP-BR. Cx. Postal 65 São Paulo, 176 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 IIOGE, A.R.; LAPORTA, I.L. & ROMANO HOGE, S.A. 1837. Mem. Inst. Butantan, 1,2/ 1,3: 175-178, 1978/79. Notes on Sibynomorphus mikanii Schlegrel (with a key), as a Leptognathus mikanii (Schlegel) and the form B as Leptognathus oreas Cope, the form B was not identified, although Leptognathus anãrei was mentioned in the synonymy. 1909 Werner follows Boulenger. 1910 Von Ihering proposed Cochliophagus mikanii neuiviedii based on several specimens probably from “Estados de São Paulo e Espírito Santo” (Brazil). 1930 Amaral overlooking von Ihering’s description, describes Sibyno- morphus Mikanii fasciatus from the Coastal region of Brazil. 1951 Schmidt and Inger identified a specimen from Paperi, RN as Sibynomorphus mikanii fasciatus. 1960 Peters considers this specimen as Sibynomorphus mikanii mikanii. Sibynoynorphus neuiviedii (Ihering) 1910 Cochleophagus neuwiedi (Ihering), Rev. Mus. Paulista S:33. 1930 Sibynomorphus mikanii fasciatus Amaral, Buli. Antivenin Inst. Amer., 4:28. Type locality : Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro and Porto Real, Brazil. 1951 Sibynomorphus mikanii fasciatus Schmidt and Inger, Fieldiana Zool., 31 :461. 1960 Sibynomorphus mikanii neuiviedii Peters Miscel.. Publ. Mus. Zool Univ. Michigan (114) :154. Redescription of type specimen: of L. andrei Holotype n.° 6.285 in the Museum d’Histoire Naturelle de Paris a female, collected by André, 1877 from “Nouvelle Grenade” obviously “in error”. Rostral deeper than broad, just visible from above; praefrontals broader than long; rostral slightly broader than long, as long as its dis- tance from tip of snout, much shorter than the parietais ; parietais nearly as broad as long; loreal entering the orbit; no praeoculars; 2 postoculars; 1 temporal; 7 upper labiais, 3th, 4th and 5th entering the orbit; the ante¬ rior ones very narrow; only one lower labial in contact with his fellow behind the symphysial; dorsais scales in 15 rows, vertebral 1 enlarged; ventrals 177; anal single; subcaudals 78/78; total length about 800 mm. brownish above with 25 brownish red crossbands, sometimes fused. This description shows the identity of L. andrei and L. mikani but gives a higher number of subcaudals as stated by Peters. The study of large series showed that this character is of no value for the distinction of mikani from neuwiedi. The best distinction is still the one given by Boulenger (:454) for form A (wich correspond to mikani and B (neuwiedi) . 176 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOC*. A.R.: LAPORTA, I.L. & ROMANO HOGE, S.A. — Notes on Sibynomorphus mikanii Schlegel 1837. Mem. Inst. Butantan, 42/43:1 75-178, 1978/79. As Peters already demonstrated (l.c. :154). Sibynomorphus mikani fnsciatus Amaral is a strict synonym of S. mikani neuwiedi Ihering. Since no intergrade are found till now we consider S. mikani and 5. neinuicdi as distinct species. Range: Sibynomorphus neuwiedi is found along the Coastal regions covered with forest. Sibynomorphus mikani (Schlegel) 1837 Dipsas mikani Schlegel. Essay Phision. Serpens 2: 277. 1843 Sibynomorphus mikani; Fitzinger Syst, Reptilium: 27. 1884 Leptognathus andrei Sauvage, Buli. Soc. Philorn. Paris, 8(7) : Type locality: — “Nouvelle Grenade”. 1887 Leptognathus garmani Cope, Proc. Am. Philos. Soc. 24:60. Type locality: São Paulo, Brazil (in error). 1910 [Cochleophagus mikani mikani ] ; Ihering by implication Rev. Mus. Paulista 8 :333. 1960 Sibynomorphus mikani mikani; Peters Miscel. pupl. Mus. Zool. Univ. Michigan (114) :148. Type locality: Brazil. Range: Internai drainaige of the southeastern areas of Southern Brazil as already stated by Peters (l.c. :148). RESUMO: Os tipos de Leptognathus andrei Sauvage 1884; Dipsas mikani Schlegel 1837; Sibynomorphus mikani fasciatus Amaral 1930 foram comparados com grandes séries do grupo mikani. Sibynomorphus mikani (Schlegel) e Sibynoynorphus neuwiedii são considerados como espécies. UNITERMOS: Sibynomorphus andrei (Sauvage), Sibynomorphus mikani (Schlegel); Sibynomorphus neuwiedi (Ihering). ACKNOWLEDGMENTS We are indebted to Dr. J. Guibé, Dr. Brygoo, and Dr. M. Roux-Estèves from the Musée National d’Histoire Naturelle de Paris, France and to Dr. Brongersma from the Rijksmuseum van Natuurlijke Historia Leyden, Holland. BIBLIOGRAPHY 1. AMARAL, A. do 94. Studies of Neotropical Ophidia — XVI Two new snakes from Central Colombia. Buli. of the Antivenin Institute of America, IV(2) : 27-28, 1930. 2. BOULENGER, G.A. Catalogue of the snakes in the British Museum (Natural Hictory), 3: 440-400, 1896. 3. COPE, E.D. Additional descriptions of Neotropical Raptilia and Batrachia not previously known. Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelpha, 1808: 119-140, 1868. 4. IHERING, R. von As cobras do Brasil. Rev. Mus. Paulista, 8:273-379, 1911. 6. JAN, G. Sl F. SORDELLI Iconographie générale des ophidiens 2, livr. 37 pl. 6. 177 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE. A.R.: LAPORTA, I.L. & ROMANO HOGE, S.A. 1837. Mem. Inat. Dutantan, 42/48: 175-178, 1978/79. Notes on Sibynomorphua mikanii Schletrel G. PETERS, J. The snakes of the family Dipsadinae. Misc. Publ. Mus. Zool. Univ. Michigan, 114:1-224, 1960. 7. SAUVAGE, H.E. Sur quelques reptiles de la collection du Muséum d’Histoire Naturelle. Buli. Soc. Philomat. Paris, 8 (7) : 142-1 47, 1884. 8. SCHLEGEL, H. Essai sur la physipnomie des serpens Vol. 2:606 4- XV pp., 1837. 9. SCHMIDT, K.P. & R.F. INGER Amphibians and reptiles of the Hopkins- Branner Expedition to Brazil. Fieldiana Zool. 31 (42) : 439-465, 1951. 10. WERNER, F. Über neue oder seltene Reptilien des Naturhistorischen Museums in Hamburg. I. Schlangen Mitt. Naturhist. Mus. Hamburg, 25: 205-247, 1909. 178 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 Afctw. Inst. Butantan \2/h3: 179-310, 1978/79 P0IS0N0US SNAKES OF THE WORLD 1 PART I CHECK LIST OF THE PIT VIPERS VIPEROIDEA, VIPERIDAE, CROTALINAE BY A.R. HOGE AND S.A.R.W.L. ROMANO-HOGE a Contents ABSTRACT . 181 INTRODUCTION AND PURPOSE . 181 MATERIAL AND METHODS . 183 Abbreviations used in the designation of museums . 183 CLASSIFICATION . 185 Superfamily Viperoidea . 185 Family Atractaspiidae . 185 Family Viperidae . 185 Subfamily Viperinae . 185 Subfamily Azemiopinae . 185 Subfamily Causinae . 185 Subfamily Crotalinae . 185 Tribe Agistrodontini . 185, 187, 188 Tribe Crotalini . 185, 187 ARTIFICIAL KEY TO THE FAMILIES, SUBFAMILIES AND TRIBES OF VIPEROIDEA . 186 GENE RA OF Agkistrodontini . 186, 187 Genus Agkistrodon . 188 (1) This work was supported in part by grant LM 00418 — LM 00698 from the National Library of Medicine, National Institutes of Health, U.S. Department of Health, Education and Welfare and CNPq Brasil. (2) Instituto Butantan, Divisão de Biologia, Seção de Herpetologia, 05504 — Cx. Postal 65 — São Paulo, BR. SciELO 15 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonu» snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inst. Butavtan, 42/4S 179-310, 1978/79. Genus Calloselasma . 188 Genus Deinagkistrodon . 188 Genus Gloydius nom. nov . 188 Genus Hypnale . 188 GENERA OF Crotalini: 199 Genus Bothrops . 200 Genus Crotalus . 221 Genus Lachesis . 245 Genus Ovophis . 246 Genus Sistrurus . 249 Genus Trímeresurus . 252 Genus Tropidolaemus . 264 CROSS INDEX OF THE TECHNICAL TO VERNACULAR (COMMON) NAMES Genus Agkistrodon . 267 Genus Calloselasma . 267 Genus Deinagkistrodon . 267 Genus Gloydius . 267 Genus Hypnale . 268 Genus Bothrops . 268 Genus Crotalus . 271 Genus Lachesis . 273 Genus Ovophis . 273 Genus Sistrurus . 274 Genus Trímeresurus . 274 Genus Tropidolaemus . 277 INDEX TO SCIENTIFICAL NAMES OF PIT VIPERS Aglcistrodon . ' . 277 Bothrops . 277 Calloselasma . 279 Crotalus . 279 Deinagkistrodon . 281 Gloydius . 281 Hypnale . 282 Lachesis . 282 Ovophis . 282 Sistrurus . 282 180 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, Í2/U 179-310, 1978/79. Trimeresurus . 282 Tropidolaemus . 283 GEOGRAPHICAL DISTRIBUTION OF PIT VIPERS . 285 A CRN O WLEDGMENTS . 309 ABSTRACT: An account on the Crotalid snakes with synonymy; type locality; range; vernacular name etc. The genus Agkistrodon “sensu auctores” is considered as formed by five genera: Agkis¬ trodon for the American species; Calloselasma for C. rhodostoma and C. annamensis; Deinagkistrodon for D. acutus; Gloydius nom. subst. for the Asiatic fornis except Deinagkistrodon, Calloselasma and Hypnale, for H. hypnale, H. nepa and H. walli. The solenoglyphous snakes are included in a superfamily, Vipe¬ roidea subdivided into two families: Atractaspiidae for the primi¬ tive colubrid-Iike Mole false vipers; Viperidae for the vipers with four subfamilies: Viperinae (true vipers; Azemiopinae (Mole Vipers); Causinae (Night adders) and Crotalinae (Pit Vipers). The Crotalinae are divided in two tribes; Agkistrodontini for the genera already mentioned and Crotalini for the genera; Crotalus and Sistrurus (Rattlesnakes) ; Bothrops (American Pit Vipers); Trimeresurus (Asiatic Pit Vipers); Tropidolaemus (Chin Keeled Pit Vipers) and Ovophis (The Mountain and Okinawan Pit Vipers). The subdivision of the genera Bothrops and Trimeresurus are awaiting for more observations. This paper is based on the study of several thousands of preserved and live specimens. INTRODUCTION AND PURPOSE The last complete revision of the pit vipers of the world is included in the 3th volume of Boulenger’s “Catalogue of the Snakes in the British Museum, published 83 years ago, and although not up to date it is still the only one. Additions to Boulenger’s Catalogue were published by Werner (1922-1923). Later Klemmer made the first attempt to elaborate a complete check list of the poisonous snakes of the world publishing his “Liste der rezenten Giftschlangen der Erde (1963). Klemmer called the attention to the fact that only a few revisions of isolated taxons of poisonous snakes were published in the last 50 (now already nearly 70 years) . Werner’s additions were intended only to complete Boulenger’s Catalogue. Klemmer’s list although chiefly based on bibligraphic compilations and criticai review of scientific names in accordance to the international rules of nomenclature is still useful for a quick glance at the recognised species without long and painful research. As already pointed out by Klemmer ( :256) the main purpose was to stimulate criticai reviews and contributions from the herpetologists. 181 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. 179-310, 1978/79. of the world. Part I — Mcm. Inat. Butantan, 42/43 With regard to the pit vipers, a few publications of special interest must be quoted : Klauber’s monumental work on the “Rattlesnakes” (1956 and 1972). Hoge’s “Preliminary account on neotropical Crotalinae” (1966). Hoge and Romano’s “Check list of neotropical pit vipers, coral snakes and sea snakes” 1971 and “Synopse das serpentes peçonhentas do Brasil (1973). Burger’s doctoral thesis “Genero of pit vipers” (1971). Altough our studies about the Bothrops — Trimeresurus — Tropidolaemus complex are not complete it is already evident that this complex needs to be split into several taxons. Some of this taxons were revalidated by Burger l.c. for the american pit vipers. To avoid useless changes in nomenclature we will wait to complete our studies before introducing some of this taxons, and maintain here a more conservative nomenclature. The publications of the “Vertebrates of the World”, (two editions) compiled by: Gainesville Field Station National Fish and Wildlife Service was only a simple list of specific names without any other indication. The sênior author contributed to the 2th edition of this list ( Vipe¬ ridae and criticai rewiew). Informed that at least for the moment this list will no more be continued and attending suggestions of several collegues we decided to publish, not a simple list of the poisonous snakes but a check list including scope of name; important synonymy; type locality, ranges; key to families and subfamilies, redefinition and discution of the actual status of some taxa. We submit the following check list with full understanding of its preliminary status in relation to the taxonimic position of the genera Bothrops and Trimeresurus “sensu auctores”. For the rattlesnakes we followed Klauber’s monumental work the “Rattlesnakes”, lth and 2th edition except for the durissus subspecies. Klauber opinated that the recognition of the several subspecies | revalidated or described by Hoge (1966), (two of them already predicted by Klauber) was premature. Altough there is still much to do in the durissus group the subspecies described by the sênior author are easely distinguished from each other (except in the northern parts of Venezuela where they are more related to the Central American subspecies). The rattlesnakes could have been ommited from this check list I and substituted by references to Klaubers, Hoge and a few other publi¬ cations, but in order to attend the completeness of this check list they[ are included. We believe that even with these shortcomings the time is ripe to publish a check list on Crotaline snakes and that its availibility will [ stimulate criticai reviews contributions and sugestion wich will be veryl useful for our monographic study on Crotaline snakes and check list of| Viperidae. 182 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus ssnakes oí the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mrm. Inst. Iiutantan, bí/bS 179-310, 1978/79. MATERIAL AND METHODS This paper is not a simple check list but is based on the study of thousands of preserved and alive specimens, study wich included, besides the classical methods in systematical zoology, anatomical studies and electromicroscopy of the stratum corneum. We have examined all preserved, and alive specimens, in the following musems (With the abreviations used in this study). The examination and study of this specimens needed several trips extending over a period of more than ten years and some of this Museuns were visited several times. ■" ÁUSTRIA Naturhistorisches Museum, Wien. (N.H.M.W.) Naturhistorisches Museum, Wien. (N.H.M.W.) RELGIUM Institut Royal des Sciences Naturelles de Belgique, Bruxellas. (I.R.S.N.B.) BRAZIL Instituto Butantan, São Paulo. (I.B.) Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. (D.Z.) Museu Goeldi, Belém, Pará. (M.G.) Museu Nacional do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. (M.N.R.) FRANCE Museum National d’Histoire Naturelle, Paris. (M.N.H.N.P.) FRENCH GUYANA Instituto Pasteur de Cayenne. (C.I.P.) Musée de Cayenne. GERMANY Senckenberg Museum, Frankfurt a/m Ocidental Germany. (S.M.F. ) (”) Institutions not visited but material received as a loan. 183 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Fart I — Check list of the Tit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inst. Butantan, 42/43 179-310, 1978/79. GREAT BRITAIN British Museum Natural History, Londres. (B.M.) IRAN Institut de Sérum et Vaccins, Razi, Hessarak. (I.R.) JAPAN Japan Snake Institut, Yabuzuka, Guma. (J.S.I.) NETHERLAND Rijksmuseum van Natuurlijke Historia, Leyden. (R.M.N.H.L.) PORTUGAL Museu Bocage, Lisboa. (M.B.L.) SWEDEN Linnémuséet, Upsala. (L.M.) Naturhistoriska Riksmuseum, Stockholm. (N.R.S.) Univ. Upsala (U.U.) SURINAM Surinaam Stichtiílg Museum, Paramaribo. (S.S.M.) URUGUAY * Museo Nacional de História Natural de Montevideo. "• (C.M.N.H.N.) U.S.A. The Academy of Natural Sciences of Philadelphia, Philadelphia. (A.N.S.P.) The American Museum of Natural History, New York. (A.M.N.H.) Carnegie Museum, Pittsburgh. (C.M.) Duke University, Department of Zoology Durham, N.C. (D.Z.D.) (3) Institutions not visited but material received as a loan. 184 2 3 4 SciELO cm 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mevx. Inst. Butantan, 42/iS 179-310, 1978/79. Field Museum of Natural History, Chicago. (F.M.N.H.) Museum of Comparative Zoology at Harvard College, Cambridge. (M.C.Z.) Stanford University, Division of Systematic Biology Stanford. 3 (S.U.) State University of New York at Buffalo, Buffalo. (S.U.N.Y.B.) United States National Museum, Smithsonian Institution, Washington. (U.S.N.M.) University of Illinois Department of Zoology. Urbana Illinois. 3 (U.I.M.D.Z.) University of Michigan, Museum of Zoology Ann Arbor, Michigan. (U.M.M.Z.) University of Southern Califórnia, Allan Hancock Foundation 3 Department of Biological Sciences, Los Angeles. (U.S.C.) U.S.S.R. Zool. Inst. Lenningrad. (Z.I.L.) VENEZUELA Museu de Ciências Naturales de Caracas. (M.C.N. CARACAS). CLASSIFICATION Superfamily Viperoidea (Solenoglyphous Snakes) Family Atractaspiidae ( Atractaspiididae ) Cope 1860 (Mole False Vipers) Family Viperidae Laurenti, 1768 (Vipers) Subfamily Viperinae Laurenti, 1768 (True Vipers) Subfamily Azemiopinae Liem, Marx et Rabb, 1971 (Mole Vipers) Subfamily Causinae Cope 1860 (Night adders) Subfamily Crotalinae Oppel 1811 (Pit Vipers) Tribe Agkistrodontini (Copperheads, Moccasins and Mamushi) Tribe Crotalini Gray; 1825 Scale snout pit vipers Bushmasters and Rattlesnakes. (G) Institutions not visited but material received as a loan. 185 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Intt. Butantan, bl/W 179-310, 1978/79. ARTIFICIAL KEY TO THE FAMILIES, SUBFAMILIES AND TRIBES OF THE Viperoidea 1 (fig. 1 and 9) I — No postorbital; head covered with large symmetrical shields as in colubrine snakes eye very small, pupil round (fig. 11), mandibular teeth reduced in number, abscent on the anterior and posterior portions of mandibular (fig. 12) . Atractaspiidae (fig-. 2) II — Postorbital bone present; eye normal; mandibular teeth present on the anterior part of mandibular (fig. 13) . Viperidae Atractaspiidae Contains a single genus. ARTIFICIAL KEY TO THE Viperidae I — No loreal pit. A — Head covered with nine large symmetrical shields as in co- lubridae. (fig. 15 and 16) 1 — Nostril between several scales fig.; dorsais scales keeled and obliqúe on the sides; pupil round; apical pits present ; anterior ventrals in contact with posterior chin shields fangs not extending posteriorly beyond the eye, poison gland generally extending beyond the head (fig. 16) . Causinae 2 — Nostril into a single nasal ; pupil vertical ; no apical pits ; anterior ventrals not in contact with posterior chin shields ; fangs extending posteriorly beyond the eye (fig. 14) . Azemiopinac B — Some or all head-shilds broken up into seales or small shields . Viperinae II — Loreal pit present . Crotalinae ARTIFICIAL KEY TO THE TRIBES OF Crotalinae I — No rattle; large symmetrical shields as in colubridae on top of the head; praefrontals and internasals sometimes broken up in scales or scale-like (fig. 3) shields if broken up, dorsais in 17 rows fig. 6) . Agkistrodontini II — Rattle present, if absent no symmetrical shields as in colubridae (sometimes large shields, not of colubrine type present in Bothrops barbourí and T. macrolepis (fig. 4 and 5) . Crotalini GENERA OF Agkistrodontinii Agkistrodon “Sensu auctores” (*) (*) Hoge et Romano Hoge 1981, Mem. Inst. Butantan UliS: 386, 1978/79. 186 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonu* snakee of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, ±2/\3 179-310, 1978/79. Since Boulenger included in the same genus Ancistrodon the genera Hypnale Fitzinger, 1843, Halys Gray, 1849 ( non Fabricius, 1803) and Calloselasma Cope (nom. nov. pro Leiolepis Duméril, 1853) (non Cuvier, 1829), nearly no attempt was made for the revival of those genera, except by: 1957 Chernov who removed Calloselasma from the synonymy and gave additional reasons for the revival of the genus. Unfortunately he was not followed by the authors. 1971 Burger in his doctor thesis (l.c.) revived Calloselasma and Hyp¬ nale. Burger used Agkistrodon for the American species, Callose¬ lasma for the species rhodostoma and Acutus and Hypnale for the other Asiatic species. 1977 Gloyd revived Hypnale (without mention to BurgeFs thesis or to Dissertation Abstracts International 32 (10) 1972 but restricted to Hypnale only the species H. hypnale; H. nepa and a new species H. walli, giving a good diagnosis. 1978 Gloyd describes a new genus Deinagkistrodon for the single species acutus. It is already clear to us that Agistrodon “sensu auctores” is a com- plex of five genera easely separated either by externai or craneal cha- racters. Although several genera have to be recognized it is our opinion that their relationship warrant to recognise them all as belonging to a single tribe. TRIBE Agkistrodontini Rattleless pit vipers with large symmetrical shields on top of the head; sometimes the internasals and prefrontals broken up into scales or scale-like shields. (fig. 3 and 6). Contains five genera: Agkistrodon Beauvois, 1799; Calloselasma Cope 1859; Deinagkistro¬ don Gloyd 1978; Gloydius nom nov., and Hypnale Fitzinger, 1843. Range: Asia from the borders of Caspian Sea Eastwards to Japan and southwards to Sri-Lanka and Indonésia; North and Central America. Diagnoses of the genera: Agkistrodon A rattleless Pit Viper; nine large symmetrical shields on the upper surface of the head ; internasals and praefrontals well developed ; dorsais keeled; anterior subcaudals single; upper labiais usually forming the an¬ terior border of the loreal pit; snout not produced in a dermal appendage; 187 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.K. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus «nakes Check liit of the Pit Viper» Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. 179-310, 1978/79. the world. Part I — n. Inat. Butantan, 42/43 skull short and broad; supratemporal (tabular) extending beyond the braincase (fig. 17, 18). Skull very broad as broad or nearly as broad as the distance of praefrontals from posterior end of braincase (fig. 17-18) ; palatine; not deeply forked (fig. 29); ectopterygoid not hooked, broad and strongly curved, articulated with pterygoid on both internai and ex¬ ternai side (fig. 23 and 39). Contains : 3 species. Most closely related to Deinagkistrodon and Calloselasma. Calloselasma A rattleless Pit Viper related to Agistrodon but dorsal scales smooth; loreal pit separated from the labiais; subcaudals paired ; palatine with a long anterior process toothless or provided with a single tooth (fig. 33-34) ; ectopterygoid slender, hooked, and not strongly curved (fig. 42) ; supra- temporals not or only slightly extending beyond the braincase (fig. 21). Contains: Two species. Deinagkistrodon A rattleless Pit Viper related to both Agkistrodon and Calloselasma. Dorsal scales keeled ; snout with a distinct dermal appendage ; scales of the lowermost row near the tip of the tail distingtly higher than wide, (upper head shields finely granulated (fig. 7-8) ; loreal pit bordered by the second upper labial ; palatine with a dorsal process, deeply forked in front and provided by ± 5 teeth (fig. 32) ectopterygoid slender not hooked, even more strongly articulated with pterygoid than in Agkistrodon (fig. 27 and 41). Contains: One species. Gloydius nom subs. A rattleless pit viper different from, Agkistrodon, Calloselasma and Deinagkistrodon by cranium wich is long and narrow (fig. 19) scales of the lowermost row near the tip of the tail not distingtly higher than wide, from Calloselasma by the keeled dorsais and not hooked ectoptery¬ goid; (fig. 41), from Deinagkistrodon by the absence of produced dermal appendage on snouth ; from both Agkistrodon and Deinagkistrodon by very short supratemporals not extending posteriorly beyond the braincase (fig. 19). Hypnale Distinct from, Agkistrodon, Calloselasma, Deinagkistrodon and Gloy¬ dius by the praefrontals and internasals which are broken up in scales (fig. 3) by the dorsais which are in 17 rows; by the presence of a very short and strongly hooked ectopterygoid (only slightly hooked in rho- dostoma ) . Contains : Three species. 188 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — • Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inst. Butantan, Jt2/b3 179-310, 1978/79. A more complete description of the genera will be given in a forth- coming publication. It is interesting to remember that Keegan and al. (406TH. Medicai Laboratory special Report 1965) already mentioned “The failure of aeutus and lialys antivenins to neutralize rhodostoma is not surprising, particulary in view of the dissimular electrophoric patterns”. Since Calloselasma rhodostoma and Deinagkistrodon acutus are pro- bably both monotypic it should be interesting to study comparatively the species of the two other Asian genera Gloydius and Hypnale. (A. ha- Jys mentioned by Keegan l.c is actualy Gloydius blomhoffi blomhoffi. GENUS Agkistrodon Beauvois Copperheads and Moccasins 1799 Agkistrodon Beauvois, Amer. Phil. Soc. 4:381. 1802 Scytale Latreille (not of Menschen, 1778), Hist. Nat. Rept. ,7:158. Type species: mokasen. 1803 Cenchris Daudin, Buli. Soc. Phil. Paris, 5:188. Type species : mokasen. 1826 Tisiphone Fitzinger, Neue Class. Rept. : 34-63. Type species : cuprea. 1836 Acontias Troost (not of Cuvier, 1817). Ann. Lyc. Nat. Hist. N.Y. 5:190. Type species: leucostoma. 1836 Toxicophis Troost, Ann. Lyc. Nat. Hist. N.Y. 5:190 Type species: leucostoma. Type species: Agkistrodon mokasen Beauvois, 1799 Range: Northern America and Central America Southward to Nicaragua. Agkistrodon bilineatus büineatus Günther Mexican Moccasin or Cantil 1863 Ancistrodon bilineatus Günther, Ann Nat. Hist. London (3) 12: 364. 1896 Ancistrodon bilineatus; Boulenger (partim), Cat. Sn. brit. Mus., 5:521. 1951 Agkistrodon bilineatus bilineatus; Burger et Robertson, Univ. Kan- sas Sei. Buli., Lawrence, 54:214; pl. 25 Fig. 3. Type locality : Pacific coast of Guatemala. Range : Pacific Coastal region from Southern México to Nicaragua. 189 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of tht world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinac. Mcm. Inst. Dutantan, 42/13 179-310, 1978/79. Agkistrodon bilineatus taylori Burger et Robertson Taylor’s Moccasin or Taylor’s Cantil 1951 Agkistrodon bilineatus taylori Burger et Robertson, Univ. Kansas Sei. Buli., Lawrence, 34: 213; pl. 25, Fig. 1-2. Type locality: 21 km north of Villagrán (Tamaulipas, México). Range: Tamaulipas and Nuevo León (México). Agkistrodon bilineatus russeolus Gloyd Yucatecan Moccasin or Yucatecan Cantil 1972 Agkistrodon bilineatus russeolus Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington, 34 (40) :327-334. Type locality: 11,7 km. north of Pisté, Yucatan, México. Range: Yucatan península, States of Yucatan and Campeche (Mé¬ xico) southward into Carozal, northern Belize. Agkistrodon contortrix contortrix (Linnaeus) Southern Copperhead 1766 Boa contortrix Linnaeus, Syst. Nat. 12th ed. 1 :373. 1853 Agkistrodon contortrix; Baird et Girard (partim). 1896 Ancistrodon contortrix; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:522-523. 1943 Agkistrodon mokeson austrinus, new name yro Agkistrodon mo- keson mokeson Gloyd et Conant (1934:2) (partim). 1948 Agkistrodon contortrix contortrix; Klauber, Copeia, Ann Arbor, 1948:8. Type locality: Restricted by (Schmidt 1953 to Charleston, south Carolina, U.S.A.). Range : Lowlands areas of Atlantic coastal regions from Maryland to eastern Texas Southern Oklahoma, northwards into the Lowland areas of the Mississipi Valley; absent in península of Florida, (U.S.A.). Agkistrodon contortrix laticinctus Gloyd et Conant Broad-banded Copperhead 1934 Agkistrodon mokasen laticinctus Gloyd et Conant, Occ. Pap. Mus. Zool. Univ. Michigan, Ann Arbor, 283: 2; pl. 1.1-2. 190 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae. Crotalinae. Mcm. Inat. Dutantan, M/J+S: 179-310, 1978/79. 1948 Agkistrodon contortrix laticinctus; Klauber, Copeia, Ann Arbor, 1948:8. Type locality: Tvventy-six miles northwest of San Antonio, Bexar County, Texas, (U.S.A.). Range: Central and north-central Texas into central Oklahoma, northwards to Cowly County, Kansas, (U.S.A.). Agkistrodon contortrix mokeson (Daudin) Northern Copperhead 1803 Cenchris mokeson Daudin, Hist. Nat. Rept., 5:358; pl. 60:25, pl. 70:3-4. 1948 Agkistrodon contortrix mokeson ; Klauber, Ann. Arbor, 1948:8. Type locality: restricted: by (Gloyd et Conant 1943:150) to vi- cinity of Philadelphia, Pensylvania U.S. Range: Massachusetts, Connecticut, southeast New York, northern New Jersey, Pensylvania, Maryland, Delaware, Virgínia, North Carolina; eastwards to Indiana and Illinois, (U.S.A.). Agkistrodon contortrix phaeogaster Gloyd 1968 Agkistrodon contortrix phaeogaster Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 52:219-232, fig. Type locality: Mc South Jefferson County Kansas, U.S. A. Range : Known from type locality. Agkistrodon contortrix pictigaster Gloyd et Conant Trans-Pecos Copperhead 1943 Agkistrodon mokeson pictigaster Gloyd et Conant Buli. Chicago Acad. Sei., 7:156 ; Fig. 10. 1948 Agkistrodon contortrix pictigaster; Klauber, Copeia, Ann Arbor, 1948:8. Type locality: Maple Canyon, Chisos Mountains, elevation 5200 ft, Breroster County, Texas, U.S. Range: Trans-Pecos (Texas) ; (U.S. A.) Agkistrodon piscivorus piscivorus (Lacépède) Eastern Cottonmouth Moccasin 1789 Crotalus piscivorus Lacépède, Hist. Nat. Serp. : 130. 191 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — • Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inst. Butantan, 42/4$ 179-310, 1978/79. 1875 Ancistrodon piscivorus piscivorus; Cope, Buli. U.S. N. Mus., Washington, 1 :34. 1895 Agkistrodon piscivorus; Stejneger (partim) Ann. Rep. U.S.N.M., 1803 :406. 1896 Ancistrodon piscivorus; Boulenger (partim) Cat. sn. brit. Mus., 5:520. Type locality : Carolina. Range: Atlantic coastal plains from southeastern Virgínia to tip of Florida through North and South Carolina, Westwards to Escambia County, Florida and Baldwin County, Alabama, U.S. A. Agkistrodon piscivorus conanti Gloyd 1969 Agkistrodon piscivorus conanti Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington, 52:214-232, fig. Type locality: Gainesville, Alachua County Florida U.S. A. Agkistrodon piscivorus leucostoma (Troost) Western Cottonmouth Moccasin 1836 Acontias leucostoma Troost, Ann. Lyc. Nat. Hist. New York, 5:176; pl. 5, fig. 1-4 ( Toxicophis substituded for Acontias, ibid :190. 1853 Toxicophis pugnax Baird et Girard, Cat. N. Am. Rept. :20, fig. 13. 1943 Agkistrodon piscivorus leucostoma, Gloyd et Conant Buli. Chicago Acad. Sei., 7:164; Abb. 5, 13, 15. Type locality restricted: (Smith et Taylor 1945) : to 10 miles northeast of Bolivar, Hardeman County, Tennessee (U.S.A.) by designation of Neotype. Range: From Mexican border, Rio Grande Valley through eastern Oklahbma to central Missouri and south Illinois, western Kentucky, Tennessee to Mobil Bay, Alabama; U.S.A. GENUS Calloselasma Cope 1853 Leiolepis Duméril. Preocupied by Leiolepis (lizard) Cuvier 1829. Mem. Acad. Sei. France 23: 534. 1860 Calloselasma Cope ( nom . nov. pro Leiolepis Duméril l.c.), Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia 1860 (1859). 1896 Ancistrodon; ( partim ) Boulenger, 0 ,t. Sn. Brit. Mus., 5:519. 192 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inst. Butantan, h2/\S 179-310, 1978/79. 1957 Calloselasma; Chernov, Zool. J., 36 ( 5) :792. 1970 Calloselasyna rhodostoma; Campden-Main, Simon M. A field guide to the snakes of South Vietnam. Division of Reptiles and Amphi- bian, U.S. National Museum, Washington, D.C., :96 -f fig. Type species: Trigonocephalus rhodostoma Boie, 1827 = Calloselasma rhodostoma; (Cope, 1859). Contains: one species. Range: Same of the single species. Calloselasma annamensis (Angel) Annamenian Pit Viper 1933 Ancistrodon annamensis Angel, Buli. Mus. Nat. Hist., Paris (2) 5:277; fig. 1. Type locality: Vinh-Hoa, Southern Annam, Vietnam. Range: Known from Southern Vietnan and extreme south-eastern Cambodge. Calloselasma rhodostoma (Boie) Fig. 53 Malayan Pit Viper 1827 Trigonocephalus rhodostoma Boie, Isis, Oken, Jena, 20 :561. 1860 Calloselasma rhodostoma; Cope., Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia 1860 (1859). 1864 Calloselasma rhodostoma; Günther, Rept. Br. índia :391. 1892 Ancistrodon rhodostoma; Boettger, Ber. offenb. Ver. Naturk., Offenbach am Main, 29/32 :135. 1896 Ancistrodon rhodostoma; Boulenger, Cat. Snak. Brit. Mus., 5:527. 1929 Ancystrodon rhodostoma; Naiggolan, Trop. Nat., 81 :189. 1957 Calloselasma rhodostoma; Chernov. Zool. J. 36 (5) :792. Type locality: Java. Range: Thailand, Cambodia, Laos, Malaya and Indonésia (Sumatra, Java) . Deinagkistrodon Gloyd DIAGNOSE : a Crotalinae with nine symmetrical normal shields snout produced into a pointed dermal appendage directed forwards 193 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipera Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inat. Butantan, 42/43 179-310, 1978/79. (upwards in life) , dorsais strongly and tuberculy keeled ; anterior subcau- dals sometimes single; palatine forked anteriorly with four five teeth (fig. 32) ; maxilar with a small process on the lateral border (fig. 37). Ectopterygoid longer than the posterior portion of pterygoid (fig. 27) ; articulated with the pterygoid not only on the inner side but also strongly on the outher side (fig. 27). Ectopterygoid not hooked as in Hypnale or even in Calloselasma supratemporals extending backwards beyond the skull (fig. 21) skull short and large (fig. 21). Type species: Halys acutus Günther 1888. Contains: one species. Range: same as single species. Deinagkistrodon acutus (Günther) Snorkel Pit Viper or Hiyatsupoda 1888 Halys acutus Günther, Ann. Mag. Nat. Hist., London (6) 1:171; pl. 12. 1896 Ancistrodon acutus Boulenger, Cat. Snak. Brit. Mus., 3 :524. 1978 Deinagkistrodon acutus; Gloyd. Proc. Biol. Soc. Washington. 91 (4) :963. Type locality: designated (Pratt, 1892) Wusueh Hupeh, (China). Range: Sul da China, Tong-King, Taiwan. Gloydius Nom. nov. pro Halys Gray 1849 DIAGNOSE: a Crotalinae with nine symetrical normal shiçlds; supratemporals not extending backwards beyond the skull (fig. 19) ; snout never distinctly produced into a dermal appendage like in Deinagkistrodon acutus; palatine not deeply forked anteriorly (fig. 30) ; Ectopterygoid not hooked as in Hypnale or even as in Calloselasma (Fig. 40). Skull long and narrow (fig. 19) ; dorsais keeled; subcaudals all paired; loreal pit separated from the upper labiais. Gloydius nom nov. 4 1849 Halys Gray Cat. Snak. Brit. Mus., :14. Type species: Trigonocephalus halys; Boie preocupied by Halys Fabricius 1803. Type species: Trigonocephalus halys; Boie 1827 = Halys halys; Gray 1849 = Gloydius halys (Palias, 1776). Contains: seven species. Range: Eastern Europe, Continental Asia southwards to Indonésia and westwards to Japan. (4) Dedicated to the late Howard K. Gloyd, eminent american Herpetolojrist who contributed so much to the knowledjre of Crotalus, Sistrurca and Agkiatrodon. 194 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/43 179-310, 1978/79. Gloydius blomhoffii blomhoffii (Boie) Mamushi 1826 Trigonocephalus blomhoffii Boie, Isis, Oken, Jena, 1826:214. 1916 Ancistrodon halys blomhoffii, Nikolsy, Faune Russie, Rept., 2:284. 1972 Agkistrodon blomhoffii blomhoffii; Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 85 :560. Type locality : Japan. Range: Japan. Gloydius blomhoffii brevicaudus (Stejneger) Short-tailed Mamushi or Tairiku Mamushi 1907 Agkistrodon blomhoffii brevicaudus Stejneger, Buli. U.S. Nation. Mus., Washington, 58 :463. Type locality: Fusan (Korea). Range: Korea, Masan-Pusan area in the south and northward into South Manchuria (Yalu River). Gloydius blomhoffii dubitatus (Gloyd) Tung Ling Mamushi Agkistrodon blomhoffii dubitatus Gloyd, 1977 Proc. Biol. Soc. Washington 50:1007. Type locality: Hsinglungshan, Eastern Tombs Hopei Province, Chine. Range: Known only from the region of the type locality, Hsinglung in a mountain valley near the northern edge of the North Chinese plain. Gloydius blomhoffii siniticus (Gloyd). Yangtze Mamushi 1977 Agkistrodon blomhoffii siniticus, Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 50:1004. Type locality: Ningkwo, Anhwei Province, China. Range: The Yangtze Kiang basin from eastern Szechwan Province to the delta region on the East China Sea ; northward into Anhwei, Kiangsu possibly Shantung, and southward to northern Hunan and Kiangsi provinces. (China) Gloydius caliginosus (Gloyd) Fig. 57. Caliginous Mamushi 1972 Agkistrodon caliginosus Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington, 85 (49) :563, fig. 2. Type locality: Vicinity of Seoul, South Korea. 195 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonus snakes of the world. Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mtm. Inat. Butantnn, hi/kS 179-310, 1978/79. Range: Korea, from the Masan-Pusan area and Chejo-do (Quelpart Island) in the south to the extreme northeast of the península above Ch’ongjin, and South Manchuria (Yalu River and Imienpo, North Kirin). Gloydius halys halys (Palias) 1776 Coluber holys Palias Reise. 5:703. 1916 Ancistrodon halys halys, Nikolsky, Faune Russie, Rept., 2 :267 ; fig. Type locality: restricted by (Strauch 1873). Salt lakes near Lugaskoi Sawed, upper Ienissei USSR. Range: Southern Sibéria and Mongolia. Gloydius halys affinis (Gray) 1849 Trigonocephalus affinis Gray, Cat. Snak. Brit. Mus. : 14. 1933 Ancistrodon halys affinis, Rendahl, Ark. Zool., Stockholm, (A) 25 (8) :4. Type locality: Unknown. Range: Southern Riu-Kiu Islands (Yaeyama group). Gloydius halys caraganus (Eichwald) Trigonocephalus caraganus Eichwald, Zool. spec. Roas. Polon., 5:170. Agkistrodon halys caraganus, Gernov, CR. Acad. Sei. URSS, Leningrad, 1924 (1) :352. Type locality: Karagan (East of Caspian sea). Range: From Volga mouth to eastern Kazakstan USSR. Gloydius halys caucasicus (Nikolsky) Fig. 58. Caucasian Mamushi 1916 Ancistrodon halys caucasicus Nikolsky, Faune Russie, Repet., 2: 274. Type locality: Lenkcran. Range: Eastern Transcaucasien and adjacent northern Iran. Gloydius halys cognatas (Gloyd) Alashan Pit Viper (or Alashan Mamushi) 1977 Agkistrodon halys cognatus Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 90(4) :1002. Type locality: Choni (on Tao River), Kansu Province, China. Range: China; eastern Tsinghai Province (Lake Koko Nor), Sou¬ thern Kansu (Alashan desert, Choni, Lanchou), and possibly eastward into the province of Shansi. 1831 1934 196 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of thc Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/4.1: 179-310, 1978/79. Gloydius halys intermedius (Strauch) Siberian Mamushi 1868 Trigonocephalus intermedius Strauch, (partim Agkistrodon saxa¬ tilis)', Trud. 1. Sjezda rusk. Eastesrwa Zool. : 294. 1896 Ancistrodon intermedius, Boulenger, Cat. Snak. Brit. Mus., 5:525. 1916 Ancistrodon halys intermedius, Nikolsky, Faune Russie, Rept. 2:276; fig. 63-64. Type locality: Irkutsk (Sibiria) Range: Southern Sibéria Mongolia and eastern Turkestan. Gloydius halys ussuriensis (Emelianov) 1929 Ancistrodon blomhoffii ussuriensis Emelianov, Zap: Wladivvostok. RGO, 5:123; fig. 38-41. Type locality: Suchan River. Range: From Central and Northern China to the mouth of the Amur Basin. Gloydius himalayanus (Günther) Himalayan Mamushi 1864 Halys himalayanus Günther, Rept. brit. índia: 393; P1.24:AA. 1890 Ancistrodon himalayanus, Boulenger, Fauna brit. índia, Rept.: 424 ; fig. 1896 Ancistrodon himalayanus, Boulenger, Cat. Snak. brit. Mus., 5:526. Type locality: Garhval (Western Himalaya). Range: Western Pakistan, district of Chitral Kashmir, northern Punjab (índia) : Sikkim, Nepal. Gloydius monticola (Werner) Yunnan Mamushi 1922 Ancistrodon blomhoffii monticola Werner, Anz. Akad. Wiss. Wien,< math. naturw. KL., 59 :222. Type locality: Yao-Schan near Lidjiang, Yunnan, China. Range: Mountains of Yunnan (China). Gloydius saxatilis (Emelianov) Brown Mamushi 1937 Ancistrodon saxatilis Emelianov, Mem. Vladivostock Sec. Russien. Geog. Soc. 5(1) :26-30, figs. 1-4. 197 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 179-310, 1978/79. 1972 1912 1843 1862 1890 1935 1971 1820 1837 1842 1864 1871 1890 198 Aglcistrodon saxatilis; Gloyd, Proc. Buli. (Soc. Washington S5(49) : 569, figs. 3 e 4. Type locality: Vladisvostok, Voroshilovo (Ussriysk), and Suchan River. Range: Far East, Manchuria and Korea, from the Pacific Coast West to the Great Khingan Range, north to the lower Amur River, south to Port Arthur on the Liaotung Península. Gloydius strauchi (Bedriaga) Strauch’s Mamushi Ancistrodon strauchi Bedriaga, Wiss. Res. Przewalski Cent. Asien Reisen, Zool., 5(1) :728; pl. 10:1. Type locality: restricted : (Pope 1935) : Tungngolo (Hsikiang). Range: Hsikiang and Szechwan western China. GENUS Hypnale Fitzinger Hypnale Fitzinger, Syst. Rept. :28. Hypnale; Peters, Monatber. K. Akad. Wiss. Berlin, 1862:673. Ancistrodon; Boulenger [partim], Fauna Brit. índia :423. Agkistrodon; Pope [partim] Nat. Hist. Central Asia 10: 386. Hypnale; Burger [partim], Genera of pitviper microfilm of the (umpublished) thesis for Phd., Fac. grad School Un. Kansas. : 79. Hypnale; Burger [partim] Genera of Pitviper, [Dissertation abstract International 32, (10)] (no diagnosis). Hypnale; Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 90, (4) :1009. Type species: Trigonocephalus hypnale; Schlegel = Hypnale hypnale (Merrem, 1820). Contains: Three species. Range : Sri-Lanka and índia, Western Ghats as far north as 16.° L.N. Hypnale hypnale (Merrem) Merrem’ s Hump — nosed Pit Viper Cophias hypnale Merrem. Tentament Syst. Amphibiorum, :155. Trigonocephalus hypnale; Schlegel. Essai Sur Le Physionomie des Serpens 2:550, pl. 20. fig. 6, 7. Trimeresurus ceylonensis Gray, Zool. Miscell., :49. Hypnale nepa; Günther [partim]. Rept. of brit. índia. Hypnale affinis Anderson, J. A. S. Bengal 40, :2 and : 20. Ancistrodon hypnale; Boulenger [partim]. Fauna Brit. Ind. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, h~/hS: 179-310, 1978/79. 1921 Ancistrodon hypnale; Wall, Snakes of Ceylon; :549. 1950 Agkistrodon hypnale; Taylor. Univ. Kansas Sei. Buli., 33, pt. 2 (14), :596. 1971 H. [ ypnale ] hypnale; Burger, Genera of pitviper (microfilm of the umpublished) thesis for Phd., Fac. grad. School Univ. Kansas. : 99. 1977 Hypnale [ hypnale ] ; Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 90, (4) :1011. Type locality: ‘Arquipélago, Arabia, Aegypta.” restricted to Ceylon = Sri-Lanka (by implication) Schlegel 1837. Range: Sri-Lanka, índia, Western Ghats as far North as 16.° L.N. Hypnale nepa (Laurenti) Lorenz’s Hump-nosed Pit Viper Coluber nepa Laurenti. Syn. Rept., :97. Hypnale nepa; Günther, [partim]. Rept. Brit. Ind., :394. Ancistrodon hypnale; Boulenger [partim]. The Fauna of British índia including Ceylon and Burma, :424. Ancistrodon millardi; Wall (not millardi; Wall, 1908). Ophidia Taprobanica or the Snakes of Ceylon :554. Ancistrodon nepa; Smith, Journ. Bombay Nat. Hist. Soc., 53:730. Hypnale nepa; Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 90, (4) :1011. Type locality: Madagascar, in error, obviously Sri-Lanka. Range : Sri-Lanka. 1768 1864 1890 1921 1937 1977 1977 Hypnale walli Gloyd Wall’s Hump-nosed Pit Viper Hypnale ivalli Gloyd, Proc. Biol. Soc. Washington 90, (4) :1011. Type locality: Kanneliya Forest, Udugama Southern Province, Sri-Lanka ± 1,000 ft. Range : Sri-Lanka. GENERA OF Crotalini GENUS Bothrops Wagler 1824 Bothrops Wagler, in Spix, Sp. Nov. Serp. Bras. : 50. 1859 Bothriechis Peters, Monats. Akad. Wiss. Berlin, 1859 :278. Type species : Bothriechis nigroviridis Peters. 1860 Teleuraspis Cope, Proc. Nat. Sei. Phila., 1859: 338. Type species: Trigonocephalm schlegelii Berthold. 109 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO IIOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. lnat. BuLuntan, 42/43: 179-310, 1978/79. 1860 1861 1871 1881 1887 1889 Thamnocenchris Salvin, Proc. Zool. Soc. London, 1560:459. Type species : Thamnocenchris aurifer Salvin. Bothriopsis Peters, Monats. Akad. Wiss. Berlin, 1861 :359. Type species : Bothriopsis quadriscutatus Peters. Porthidium Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Phila., 1871 :207. Type species: Trigonocephalus lansbergii Schlegel. Rhinocerophis Garman, Buli. Mus. Comp. Zool. 5:85. Type species: Rhinocerophis nasus Garman. Ophryacus Cope, Buli. U.S. Nat. Mus., 52:88. Type species: Atro- pos undulatus Jan. Thanatophis Posada-Arango, Buli. Soc. Zool. France, 14: 343. Type species: Thanatophis torvus Posada-Arango. Type species: Coluber lanceolatus Lacépède, 1824. Contains : 61 species. Range : From México ; through Central America ; to Chubut in Ar¬ gentina, absent in Chile. 1824 Bothrops leucurus Wagler White tailed Pit Viper Bothrops leucurus Wagler, In Spix, Serp. Brasil., Sp. Nov. 57; Pl.XXII, fig. 2. Type locality: Provinde Bahia, Brazil. 1824 Bothrops megaera Wagler, [homonym of megaera Shaw = Both¬ rops lanceolatus (Lacépède)] In Spix Serp. Brazil., Sp. Nov. :50; Pl. XIX. Type locality: City of Bahia (Salvador), Brazil. 1966 Bothrops megaera ; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 52:110. Type locality: Bahia, actually Salvador, Brazil. Range: Known from the interior of State Bahia, Brazil. Bothrops albocarinatus Shreve White keeled Pit Viper 1934 Bothrops albocarinatus Shreve, Occ. Pap. Boston Sco. Nat. Hist., 5:130. Type locality : Pastaza River, between Canelos and Marahon River, Ecuador. Range: Pastaza River, drainage; Ecuador. Bothrops altematus Duméril, Bibron et Duméril Urutu 1854 Bothrops altematus Duméril, Bibron et Duméril, Exp. Gen., 7,(2) ; Atlas Pl. 82 bis, fig 1 and la. 1896 Lachesis altematus; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:543. 200 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of lhe world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inat. Iiutantan, 4 2/48 : 179-310, 1978/79. 1925 Lachesis inaequalis Magalhães, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 15(1) : 153; Pl. 7-12. Type locality : South America, Argentine, and Paraguay. Range : Argentine : provinces of Buenos Aires, Entre Rios, Cor- rientes, Missiones, Santa Fe, Cordoba, Santiago dei Estero, Chaco, Tucuman, San Luiz, La Pampa, Rio Negro. Uruguay. Brazil : State of Rio Grande do Sul, Santa Catarina (except Coastal region), Parana and São Paulo (except coastal regions), Minas Geraes (only in the broadleaved forest), Mato Grosso (only along the Paraná River and the extreme south-center of the state. Paraguay (Southern parts only). Bothrops alticolus Parker 1934 Bothrops alticola Parker, Ann. Mag. Nat. Hist, 14, (10) : 272. Type locality: Five kilometers east of Loja, 9,200 ft. Ecuador. Range: Known only from type locality. Bothrops ammodytoides Leybold Fig. 44 Patagonian Pit Viper 1873 Bothrops Ammodytoides Leybold, Excurs. Pamp. Argent., :80. 1881 Rhinocerophis nasus Garman, Buli. Mus. Comp. Zool. Harv., 5:85. 1884 Bothrops nasus Berg, Acta Acad. Cordoba, 5 :96. 1885 Bothrops patagonicus Müller, Verh. Nat. Ges. Basel,^7:697. 1895 Bothrops burmeisteri Koslowsky, Rev. Mus. La Plata, 6 :369 ; Pl. 4. 1896 Lachesis ammodytoides; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:543. Type locality: Northern Argentina. Range: Argentina: Province of Buenos Aires (Southern), Chubut, Cordoba, Mendoza, Neuquen, Rioja, San Juan, San Luiz, Santa Cruz, Tucuman (only in the moutains). Bothrops andianus Amaral Andian Pit Viper 1923 Bothrops andiana Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club, 5:103. Type locality : Machu Pichu, Department of Cuzco, 9,000-10,000 ft. Peru. Range: Known from Department of Cuzco, Peru. Bothrops asper (Garman) Barba Amarilla. Fer-de-lance Andian Pit Viper 1883 Trigonocephalus asper var, n.c. lanceolati Garman, Buli. Mus. Comp. Zool. Harv , 5:124. 201 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 179-310, 1978/79. 1896 Lachesis atrox; Boulenger ( partim ), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:537. 1918 Bothrops atrox asper; Morfin, Informe rendido por la Comission Geográfica exploradora de Quintana Roo al C. Secretário de Fo¬ mento: 1-57,1-10 (not seen). 1966 Bothrops asper; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 55:113; Pl. VI. Type locality: Obispo, Isthmus of Darien, Panama. Range: México, St. Campeche, Chiapas, Oaxaca, San Luiz Potosi, Tabasco, Vera Cruz and Yuacatán. In the low and moderate elevations of Guatemala, Costa Rica, Hon¬ duras and Panamá. In South America along the Pacific coast from Panamenian border through Colombia Southward to Guayaquil, Ecuador, and Gorgona Island. Bothrops atrox (Linnaeus) Fig. 45 Jararaca grão de arroz Terciopello, Mapepire balsin (balcin), Mapepire Valsin. 1758 Coluber atrox Linnaeus, Syst. Nat., 10th ed., 1 :222. 1824 Bothrops furia Wagler, In Spix, Serp. Brazil., Sp. Nov. : 52. 1824 Bothrops taeniatus Wagler, In Spix, Serp. Brazil., Sp. Nov: 55; Pl. XXL 1896 Lachesis atrox; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:537. 1966 Bothrops atrox; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 55:113; Pl. V, figs, 1, la, and lb. Type locality: Restricted to Surinam. Range: The equatorial forests of Colombia, Venezuela, the Guia- nas, Brazil, Peru, Ecuador, and Bolivia. Bothrops barbouri (Dunn) Barbous Pit Viper 1919 Lachesis barbouri Dunn, Proc. Biol. Sei. Wash., 55:213. 1930 Bothrops barbouri; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 4:232. 1938 Agkistrodon broivni Shreve, Copeia, (1) :9. Type locality: Omil- teme, Guerrero. Type locality: Omilteme, Guerrero, México. Range: Sierra Madre dei Sur, Guerrero, México. Bothrops barnetti Parker Barnetfs Pit Viper 1938 Bothrops barnetti Parker, Ann. Mag. Hist. Nat., 5, (11) :447. Type locality: Between Lobitos and Talara, northern Peru. Range: Northern Peru. 202 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 179-310, 1978/79. Bothrops bicolor Bocourt 1868 Bothrops bicolor Bocourt, Ann. Sei. Nat. Zool. Paleont., 10, ( 5) :202. 1878 Bothrops ( Bothriechis ) bernouilli Müller, Verh. Nat. Ges. Basel, 5:399. 1896 Lachesis bicolor; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 566. Type Locality: Saint Augustin de Sololá, Guatemala. Range: Pacific foothills of Guatemala and México (Chicharas and Mount Ovando in extreme south of Chiapas) . Bothrops bilineatus bilineatus (Wied) Surucucu de patioba 1821 Cophias bilineatus Wied, Reise Brazil, 2 :339. 1822 Trigonocephalus bilineatus; Schinz, Cuv. Thier., 77:143. 1824 Cophias bilineatus; Wied, Abbild. Naturg. Brazil, Pis. 5 and 6. 1824 Cophias bilineatus; Wied, In Isis v. Oken, :446. 1825 Cophias bilineatus; Wied, Beitr. Nat. Brazil, 1 :483. 1830 Bothrops . . . species . . . Cophias bilineatus Neuw., Wagler, Syst. Amph., :174. 1869 Trigonocephalus (Bothrops) arboreus Cope, Proc. Amer. Phil. Soc., 5:157. Type locality: near to Bahia, Brazil. 1896 Lachesis bilineatus; Boulenger ( partim ), Cat. Sn. Brit. Mus. 5:565. 1966 Bothrops bilineatus bilineatus; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32 :114 ; Pl.I, fig. 1. Type locality: “Villa Viçosa” on Peruhybe River (now Marobá State of Bahia, Brazil. Range: The equatorial forests of Venezuela and the Guianas. In Brazil Território Federal do Amapa, and an isolated population in the tropical forests of the Atlantic slope from the State of Bahia to Rio de Janeiro. Bothrops bilineatus smaragdinus Hoge Cobra papagaio or Emerald Pit Viper 1966 Bothrops bilineatus smaragdinus; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 114; Pl. I, Fig. 2a and 2b. Type locality: Upper Purús, State of Amazonas, Brazil. Range : Known from Ecuador, Peru, Bolívia, Brazil, and Colombia. Bothrops caribbaeus (Garman) 4 St. Lucia Pit Viper 1842 Bothrops sabinii Gray, Zool. Miscellany, :47. (*) (*) Non Ven. 203 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/4-1: 179-310, 1978/79. 1842 Bothrops cinereus Gray, Zool. Miscellany, :47. 1887 Trigonocephalus caribbaeus Garman, Proc. Amer. Phil. Soc., 2U: 285. 1896 Lachesis lanceolatus; Boulenger ( partim ), Cat. Sn. Brit. Mus., 3 :535. 1964 Bothrops caribbaeus; Lazell, Buli. Mus. Comp. Zool. Harv., 132, (3) :250. 1979 Bothrops lanceolatus ; Sandner Montilla ( partim St. Lucia) Mem. Cient. Ofidiologia (3) :4. Type locality: Restricted (Lazell l.c. :251) to Grande Anse, Sainte Lucia, accepting Lazzel’s restriction of the type locality of Trigono- cephalus caribbaeus Garman 1877. The authors had opportunity of comparing the types of Bothrops caribbaeus, Bothrops cinereus and Bothrops sabinii, and the valid name will be selected. Range: Coastal lowlands of northern part, except extreme north and Southern parts of Sainte Lucia Island. Bothrops brazili Hoge Brazil’s Pit Viper 1923 Bothrops neglecta Amaral, ( partim paratype), Proc. New Engl. Zool. Club, 5:99. 1953 Bothrops brazili Hoge, Mem. Inst. Butantan, 25: 15-21. 1966 Bothrops brazili; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 115. Type locality: Tome Assú on Acará Mirim River, State of Pará, Brazil. Range: The equatorial forest, known from Venezuela, the Guianas, Colombia and Brazil, States of Pará, Amazonas and extreme north Mato Grosso. Bothrops castelnaudi castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril Fig. 46 Castelnaud’s Pit Viper 1853 Bothrops castelnaudi Duméril, Mem. Acad. Sei., 23 ( :139 of reprint) (no description). 1854 Bothrops castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril, Erp. Gen., 7, (2) :1511. 1861 Bothropsis quadricarinatus ; Peters, Mber, Berlin Acad., :359. Type locality: Quito (in error fide Peters Rev. Equat. Ent. Parasit., 2, 1955:347). 1889 Thanatophis montanus Posada-Arango, Buli. Soc. Zool. France, 1889:244, Type locality: Mountains of Antioquia, Colombia 2.200 m. 1896 Lachesis castelnaudi; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3 :544. 204 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Riem. Inst. Butantan, J>2/JtS: 179-310, 1978/79. Type locality: Unknown (Guichenot in Castelnau gives “Province du Goyas”) now State of Goias, Brazil. Range: Equatorial forest of Brazil, Ecuador, Peru, Bolivia, Colombia and Venezuela. Bothrops castelnaudi lichenosus Roze Lichen-like Pit Viper 1958 Bothrops lichenosa Roze, Acta Biol. Venez., 2:308. Type locality: Chimanta-Tepui, Estado Bolivar, Venezuela. Range: Known only from type locality. Bothrops colombiensis (Hallowell) Fig. 47 Mapanare, Macagua, Colombian Pit Viper 1845 Trigonocephalus colombiensis Hallowell, Proc. Acad. Sei. Phil., 2:241 — 247. 1934 Bothrops neuwiedii Venezuelenzi Briceno Rossi, Boi. Min. Salubrid. Agrícola, 2(15) :46. 1933 Bothrops jararaca; Briceno Rossi, Boi. Min Salubrid. Agrícola, 2(15) :48. 1933 Bothrops amarali Briceno Rossi, Boi. Min. Salubrid. Agrícola, 2(15) :53. 1966 Bothrops colombiensis; Hoge, Mem. Inst. Butantã, 5.4:164. 1979 Bothrops lanceolatus; Sandner Montilla ( partim Venezuela), Men. Cient. Ofidiologia 3 :l-7. Type locality : “Republic of Colombia within 200 miles of Caracas”. Range: From northern and northwestern Venezueala to northeas- tern Colombia. Bothrops cotiara (Gomes) Cotiara 1913 Lachesis cotiara Gomes, Ann. Paul. Med. Cirurg. São Paulo, J, (3) :65. 1925 Bothrops cotiara Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2:53. Type locality : Marechal Mallet, Parana, Brazil. Range: The Araucaria forest of Argentina (Missiones) and Brazil (states of Rio Grande do Sul, Santa Catarina, and Parana, also known from two localities in southeastern São Paulo, near the border of Parana. Bothrops dunni (Hartweg and Oliver) Dunn’s Pit Viper 1938 Trimeresurus dunni Hartweg et Oliver, Occ. Pap. Mus. Zool. Univ. Mich., (390) :6. 205 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 179-310, 1978/79. 1945 Bothrops dunni Smith et Taylor, Buli. U.S. Nat. Mus., 187 \ 181. Type locality: Vicinity of Village of Tehuantepec, Oaxaca, México. Range : México, the Pacific slopes of the State of Oaxaca. Bothrops eneydae Sandner Montilla Meokarima 1976 Bothrops eneydae Montilla, Mem. Cien. de Ofidiologia (1) :l-4 -j- 1 fig., (contr. oc. Instituto Venezolano de ofidiologia) . Type locality: Arround the Franciscan Mission of Kavanayen, Edo. Bolivar Venezuela. Range: Known only from type locality. Bothrops erythromelas Amaral Red and Black Pit Viper 1923 Bothrops erythromelas Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club., 8 :96. Type locality: Near Joazeiro, State of Bahia, Brazil. Range: Known from Brazil (the caatinga vegeta tion of States Ceará, Piauí and Bahia), possibly also the other states with same vegetation. Bothrops fonsecai Hoge et Belluomini Fonseca’s Pit Viper 1959 Bothrops fonsecai Hoge et Bellumini, Mem. Inst. Butantan, 25:195. Type locality: Santo Antonio do Capivary, State of Rio de Janeiro, Brazil. Range: Northeast São Paulo, south of Rio de Janeiro, and extreme south of Minas Gerais, Brazil. Bothrops godmanni (Günther) Godmann’s Pit Viper 1863 Bothriechis godmanni, Günther Ann. Mag. Nat. Hist., 12, (3) :364. 1868 Bothrops brammianus Bocourt, Ann. Sei. Nat. Zool. Paleont., 10, (5) :201. 1878 Bothrops ( Bothriopsis ) godmanni; Müller, Verh. Nat. Ges. Basel., 6 :402. 1880 Bothriechis scutigera Fisher, Arch, Nat., :218. 1883 Bothriechis triangulif era Fisher, Oster. Prg. Gymm. Hamburg, :13. 1896 Lachesis godmanni; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:545. 1929 Bothrops godmanni; Barbour et Loveridge, Buli. Antivenin Inst. Amer., 3, (1) :3. 206 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonoua snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Alem. Inst. Butantan, 42/4-1: 179-310, 1978/79. Type locality: Duenas and other parts of tableland of Guatemala. Range: From México (Chiapas) along the moderate to high elevation to Panama. Known in México only from a few localities. Bothrops hesperis Campbell Western hognosed pit viper; colmillo de puerco 1976 Bothrops hesperis Campbell, J. Herpetology, 10, (3) :152, fig. 1 and 3. Type locality : West-facing slope in the foothills ca. 12 airline km. NE of Tecoman, Municipio de Ixlahuacan, Colima, México. Range: Known only from type locality. Bothrops hyoprorus Amaral Amazonian hognosed Pit Viper 1935 Bothrops hyoprora Amaral, Mem. Inst. Butantan, 9:222. Type locality: La Pedrera, Colombia. Range : Know from a few localities from the equatorial forests of Colombia, Ecuador, Peru, and western Brazil. Bothrops iglesiasi Amaral Iglesias’ Pit Viper 1923 Bothrops iglesiasi Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club, 8 :97. Type locality : Near Fazenda Grande on the Right riverside of the Gurgueia River, State of Piauí, Brazil. Range: Known only from northern Piauí, Brazil. Bothrops insularis Amaral Jararaca Ilhoa or Queimada Grande Pit Viper 1921 Lachesis insularis Amaral, Anex. Mem. Inst. Butantan, Sec. Ofiol., 1, (1):18. 1930 Bothrops insularis; Amaral, Mem. Inst. Butantan, .4:114. Type locality: Island “Queimada Grande” on the coast of the State of São Paulo, Brazil. Range: Known only from type locality. Bothrops isabelae Sandner Montilla Isabela’s Pit Viper 1979 Bothrops isabelae Sandner Montilla, Mem. Cient. de Ofiologia (4)3, + Fig. 207 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Buluntan, 42/43: 179-310, 1978/79. Type locality: 7 km Southeast of Guanare, Estado Portuguesa, alt. 182 m. Range : States of Tachira, western Apure, Barinas and Portuguesa (fide Sandner Montilla l.c.). Bothrops itapetiningae (Boulenger) Cotiarinha 1907 Lachesis itapetiningae Boulenger, Ann. Mag. Nat. Hist., 20, (7) :338. 1910 Lachesis neuwiedii itapetiningae; Ihering ( partim ) Rev. Mus. 5:360. 1930 Bothrops itapetiningae ; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 4 :235. Type locality: Itapetininga, State of São Paulo, Brazil. Range: Brazil, from northeastern Paraná, through the State of São Paulo and Minas Gerais, northward to Brasília, Distrito Fe¬ deral; also known from a single locality in State of Mato Grosso (there is a specimen from Rio Grande do Sul but this occurrence must be confirmed). Bothrops jararaca (Wied) Fig. 48 Jararaca 1824 Cophias jararaca Wied, abbild. Nat. Brazil, Lief. 7. (in text) Cophias atrox “ pullus ” (on plate) Non Cophias jararaca Merrem 1822 = nom. nov. pro Coluber jauanus Gmelin [iconotype in Seba I, Pl. LXX, 12] Type locality : Java “in error”. = Crotalus durissus subsp. (pos. C. d. cascavella Wagler 1824). 1824 Cophias atrox ... jararaca; Wied, In Isis v. Oken, H, (9) :987. 1824 Cophias jararaca; Wied, Abbild. Nat. Brazil, Lief, 8. 1824 Cophias jajaraca; (misspelling of jararaca) Wied, In Isis v. Oken, U, (10) :1103. 1825 Cophias jararaca; Wied, Beitr. Nat. Brazil, 7:470. 1830 Bothrops . . . species . . . Cophias jararaca Neuw., has syn. of Coluber Ambiguus Gmelin, Wagler, Syst. Amph., :174. 1896 Lachesis lanceolatus; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 53. Type locality: Espirito Santo, Brazil. Range: Northern Argentina (Missiones); Paraguay and Brazil, States of Rio Grande do Sul, Sta. Catarina, Paraná, São Paulo, extreme eastern Mato Grosso, Rio de Janeiro, Espirito Santo and Bouthern Bahia, also known from the broad-leaved forests of the State of Minas Gerais. Bothrops jararacussu Lacerda Jararacussu 1884 Bothrops jararacussu Lacerda, Lee. Ven. Serp. Brésil, :8. SciELO 10 11 12 13 HOGE, A.R. & ROMANO-HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonoua snakes of the world. — Part 1 — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Init. Butantan. M/iS; 179-310, 1978/79. 1896 Lachesis lanceolatus; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus. 3: 535. Type locality: Province of Rio de Janeiro, Brazil. Range: Northeastern Argentine, Brazil, states of Sta. Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Southern Minas Gerais, Rio de Janeiro, Esprito Santo and extreme Southern Bahia, Paraguay and extreme Southern Bolivia. Bothrops lanceolatus (Lacépède) Vipere Jaune, Fer de Lance, Triconocephale or Martinican Pit Viper 1768 Vipera coerulescens Laurenti, Syn Rept., :19. Type locality: Martinique. 1788 C (oluber) glaucus Gmelin, Caroli Linnei S. Nat., 13th ed., 1:1092 (based on Vipera coerulescens Laurenti). *1789 C (oluber) Lanceolatus La Cépède, Hist. Nat. Serp., 77:80 and 121, Pl. V, fig. 7. 1798 Coluber hastatus Suckow, Naturg. Thiere, 111:239 (based on La Cepede’s Lanceolatus). 1802 Coluber megaera Shaw, Gen. Zool., 3, (2) :406 (based on La Ce- pede’s Lanceolatus). 1811 Trigonocephalus lanceolatus; Oppel, Ord. Rept., :66. 1820 C. (ophias) lanceolatus; Merrem, Tent. Syst. Amph., :155. 1830 Bothrops lanceolatus; Wagler, Syst. Amph., :174. 1896 Lachesis lanceolatus; Boulenger ( partim ) Martinique. 1952 Bothrops lanceolatus; Hoge, Mem. Inst. Butantan, :231-236. 1964 Bothrops lanceolatus; Lazell, Buli. Mus. Comp. Zool. Harv., 132 (3) :254. Type locality: Martininque. Range : Island of Martinique, in the wet regions, two disconnected populastions, one in the highlands above Fort de France and northward in the mountains to the Mount Pelée massif and also along the Coastal wet regions; the other one is confined to the Southern highlands from Morne Serpent and Morne Vauclin to the hills between Trois-Ilets and Les-Anses D’Arlets. Bothrops lansbergii lansbergii Schlegel Mapanare rabo amarillo, or Lansberg’s Pit Viper. 1841 Trigonocephalus lansbergii Schlegel, Mag. Zool. Rept., (1-3). 1863 Bothrops lansbergii ; Jan, Elenco Sist. Ofid., :127. • Nom. ven. 209 SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipera Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, kl/ kl: 179-3X0, 1978/79. 1896 Lachesis lansberqii; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:546. Type locality: Turbaco, Colombia. Range: Colombia, the arid and semiarid region of the “Costa dei Caribe” and Baja Magdalena. Bothrops lansbergii annectens (Schmidt) 1936 Trimeresurus lansbergii annectens Schmidt, Proc. Biol. Soc. Wash., 9 :50. Type locality: Subirana-Tal, Yoro, Honduras. Range: Honduras. Bathrops lansbergii janisrozei Fig. 50 1959 1968 1863 1878 1896 1930 1966 210 Roze’s Pit Viper Bothrops lansbergii venezuelensis Roze, Amer. Mus. New York, (1934) :11. (Homonym of Bothrops venezuelensis Montilla, 1952). Bothrops lansbergii rozei Peters, ( nom . nov. pro Bothrops vene¬ zuelensis Roze), Proc. Biol. Soc. Washington, 51:320. Type locality: Caripito, Monagas, Venezuela. Range: Northern Venezuela, from State of Monaga to State of Zulia (Vide Roze). Bothrops lateralis (Peters) Yellow liped palm Viper Bothriechis lateralis Peters, Mn. Akad. Wiss. Berlin, :674. Bothrops ( Bothriechis ) lateralis; Müller, Verh. Nat. Ges. Basel, 5:401. Lachesis lateralis; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:566. Type locality: Veragua and Volcan Barbo, Costa Rica. Range: Costa Rica and Panama. Bothrops lo j anus Parker Lojan Pit Viper Bothrops lojana Parker, Ann. Mag. Nat. Hist., 5(10) :568. Type locality: Loja, Ecuador. Range: Only known from the vicinity of type locality. Bothrops marajoensis Hoge Marajoan Pit Viper Bothrops marajoensis Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 123. Type locality: Severino, Island of Marajó, State of Pará, Brazil. Range: The savannah of Marajó. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonoua snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, 179-310, 1978/79. Bothrops medusa (Sternfeld) Viejita 1920 Lachesis medusa Sternfeld, Senckenbergiana, 2:180. 1930 Bothrops medusa; Amaral, Mem. Inst. Butantan, -4(1929) :23b. Type locality: Caracas, Venezuela. Range: Central region of “Cordillera de la Costa” from Caracas to Valência l,400m-2,000m. Bothrops melanurus (Müller) Black-tailed Pit Viper 1924 Trimeresurus melanurus Müller, Mitt. Zool. Mus. Berlin, 11 :92. 1930 Bothrops melanura; Amaral, Mem. Inst. Butantan, U :236. 1940 Trimeresurus garciai Smith, Proc. Biol. Soc. Wash., 52:62. Type locality: México. Range: (México) Desert region of Southern Puebla and probably northern Oaxaca. Bothrops microphthalmus microphthalmus Cope Small eyed Pit Viper 1876 Bothrops microphthalmus Cope, Journ. Acad. Art. Sei. Phil., 8, (2) :182. 1896 Lachesis microphthalmus; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 2:540. 1912 Lachesis pleuroxanthus Boulenger, Am. Mag. Nat. Hist., 10, (8) : 423. 1960 Bothrops microphthalma microphthalma ; Peters, Buli. Mus. Comp. Zool. Harv., 122, (9) :510. Type locality: Between Balsas Puerto and Moyobamba, (Peru). Range: Amazonian equatorial forests of Ecuador, Peru, known from Bolivia by a single specimen and another in Brazil. Bothrops microphthalmus colombianus (Randhal and Vestergren) 1940 Bothrops microphthalmus colombianus Rendahl et Vestergren, Ark. Zool., 22A:15. Type locality: La Costa, Cauca, Colombia. Range: Colombia. Bothrops moojeni Hoge Caissaca 1966 Bothrops moojeni Hoge, Mem. Inst. Butantan, 82: 126, Pl. IV. 211 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. lnat. Butantan, ii/43: 179-310, 1978/79. Type locality: Brasília, Distrito Federal, Brazil. Range: The savannah of Central Brazil, southward to the State of Paraná. Bothrops nasutus Bocourt Horned Hog-nosed Pit Viper 1868 Bothrops nasutus Bocourt, Ann. Sei. Nat. Paris, 10, (5) :202. 1876 Bothriopsis proboscideus Cope, Journ. Acad. Nat. Sei. Phil., 8, (2) :150. 1896 Lachesis brachystoma; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:547. Type locality: Panzos, Rio Polochic, Guatemala. Range: México (Vera Cruz), southwards through Guatemala, Costa Rica, Panama, Colombia, and Ecuador. Bothrops neuwiedi neuwiedi Wagler Neuwied’s Pit Viper 1824 Bothrops neuwiedi Wagler, In Spix, Serp. Brazil, Sp. Nov., :56. 1896 Lachesis neuwiedi; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:542. 1925 Bothrops neuwiedii neuwiedii; Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 57. Type locality: Province of Bahia, Brazil. Range: Southern Bahia, Brazil. Bothrops neuwiedi bolivianus Amaral Bolivian Pit Viper 1927 Bothrops neuwiedii boliviana Amaral, Buli. Antivenin, Inst. Amer., 1 :6. Type locality : Buenavista, Provincie Sara, Departmento Santa Cruz de la Sierra, Bolivia. Range: Known from Bolivia, Department of Santa Cruz de la Sierra, provinces of Chiquitos, Ibahez, Ichilo, Velasco, Department of Cochabamba, Brazil: State of Mato Grosso, extreme west. Bothrops neuwiedi diporus Cope 1862 Bothrops diporus Cope, Proc. Ac. Nat. Sc. Philadelphia, 14:347. 1896 Lachesis neuwiedii; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:542. 1930 Bothrops neuwiedii meridionalis Amaral, Buli. Antiv. Inst. Amer., 455:66. Type locality: Rio Vermejo, Argentina, Paraguay, border line. Range: Argentina; Brazil-Paraguay border line. 212 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. lnat. Butantan, W/U8: 179-310. 1978/79. Bothrops neuwiedi goyazensis Amaral Goiaz Pit Viper 1925 Bothrops neuwiedi goyazensis; Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2:58; Table XIV :3; Table XV :3. Type locality: Ypamery, Goias, (Brazil). Range: State of Goias, (Brazil). Bothrops neuwiedi lutzi (Miranda-Ribeiro) Lutz’s Pit Viper 1915 Lachesis lutzi Miranda-Ribeiro, Arch, Mus. Nac. Rio de Janeiro, 17:4. 1925 Bothrops neuwiedii bahiensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2:57. 1930 Bothrops neuwiedii lutzi; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 4:238. Type locality: Sao Francisco River, Bahia, (Brazil). Range: Dry regions of the State of Bahia, Brazil. Bothrops neuwiedi mattogrossensis Amaral Matto Grosso Pit Viper 1925 Bothrops neuwiedii mattogrossensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2:60; Table 14:6; Table 16:6. Type locality : Miranda, State of Mato Grosso, Brazil. Range: Southern Mato Grosso, (Brazil). Bothrops neuwiedi meridionalis Müller Southern neuwied’s Pit Viper 1885 Bothrops atrox meridionalis Müller, Verh. Nat. Ges. Basel, 7 :699. 1896 Lachesis neuwiedii; Boulenger ( partim ) , Cat. Sn. Brit. Mus., 5:542. 1932 Bothrops neuwiedii fluminensis Amaral, Mem. Inst. Butantan, 7:97. 1966 Bothrops neuwiedi meridionalis; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 128. Type locality: Andaray, State of Rio de Janeiro (Brazil). Range: States of Rio de Janeiro and Espirito Santo (Brazil). Bothrops neuwiedi paranaensis Amaral Parana Pit Viper 1925 Bothrops neuwiedi paranaensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2:61; Pl. 14:7; Pl. 16:7. 213 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, !*%/■, S: 179-310, 1978/79. Type locality: Castro, Paraná, Brazil. Range: State of Paraná (Brazil). Bothrops neuwiedi paidoensis Amaral St. Paul Pit Viper 1925 Bothrops neuwiedii pauloensis; Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2:59. Type locality: Leme, São Paulo, Brazil. Range: Southern parts of State of São Paulo (Brazil). Bothrops neuwiedi piauhyensis Amaral Northern Pit Viper 1916 Bothrops neuwiedii piauhiense Gomes, In Neiva et Penna. . . (no diagnosis) 1925 Bothrops neuwiedii piauhyensis Amaral, Contr., Harv. Inst. Trop., Biol. Med., 2:58. Type locality: Regeneração, Piauí. Range: State of Piauhy, Pernambuco, Ceará, and Southern Maranhão (Brazil). Bothrops neuwiedi pubescens (Cope) 1869 Trigonocephalus ( Bothrops ) pubescens Cope, Amer. Phil. Soc. Phil., 1.1:57. 1896 Lachesis neuwiedii; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:542. 1925 Bothrops neuwiedii riograndensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2:61, pl. 14, Fig. 8, pl. 16, Fig. 8. 1959 Bothrops neuwiedi pubescens; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 25:84. Type locality: Rio Grande do Sul, Brazil. Range: State of Rio Grande do Sul (Brazil), and Uruguay. Bothrops neuwiedi urutu Lacerda Fig. 49 1884 Bothrops urutu; Lacerda, Leç. Ven. Serp. Brésil, (11). 1896 Lachesis neuwiedii; Boulenger ( partim ) Cat. Sn. Brit. Mus., 5:542. 1937 Bothrops neuwiedi urutu; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 10. Type locality: “Province de Minas Geraes”, now State of Minas Geraes. Range: Southern parts of Minas Geraes and northern State of São Paulo, (Brazil). 214 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inat. Butantan, 42/iS: 179-310, 1978/79. Bothrops nigroviridis nigroviridis (Peters) Black-spotted palm Viper 1859 Bothriechis nigroviridis Peters, Mber. Akad. Wiss. Berlin, :278. Fig. 4. 1878 Bothrops f Bothriechis] nigroviridis; F. Müller, Verh. Nat. Ges. Basel, 6:401. 1929 Lachesis nigroviridis nigroviridis; Barbour et Loveridge, Buli. Antivenin, Inst. Amer., 3(1) :1. Type locality: Vulcan Barbo, Costa Rica. Range: From Costa Rica to Panama. Bothrops nigroviridis aurifer (Salvin) 1860 Thamnocenchis aurifer Salvin, Proc. Zool. Soc. London, 1860: 459, Fig. 1. 1878 Bothrops aurifer; F. Müller, Verh, Nat. Ges. Basel, 6 :401. 1896 Lachesis aurifer; Boulenger, Cat. Snak. Brit. Mus., 3:568. 1929 Bothrops nigroviridis aurífera; Barbour and Loveridge, Buli. Antivenin, Inst. Amer., 3(1) :l-3. Type locality: Cobán, Alto Verapaz, Guatemala. Range: Moderate and intermediate elevations of the Caribbean versant from Chiapas, México throughout Guatemala. Bothrops nigroviridis macdougalli Smith and Moll 1969 Bothrops nigroviridis macdougalli Smith and Moll, J. Herpetology 1969, 3: 152-153. Type locality: Higher slopes of Cerro Azul of the Sierra Madre 5000ft, roughly 10 miles east (straight line) La Gloria, Oaxaca, (México). Range: Known only from type locality. Bothrops nigroviridis marchi Barbour and Loveridge 1929 Bothrops nigroviridis marchi Barbour and Loveridge, Buli. Anti¬ venin, Inst. Amer., 3(1) :1, fig. 1. Type locality: Gold mines near Quimistan, Santa Barbara, Honduras. Range: Honduras. Bothrops nigroviridis rowleyi Bogert 1968 Bothrops rowleyi Bogert, Am. Mus. Novitates (2341) :3, fig. 1, a, b, c, 2. 1969 Bohtrops nigroviridis rowleyi ; Smith and Moll. J. Herp. 1969, 3(34) :151-153. 215 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 IIOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonoua snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipera Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inst. Untnntan, 42/^S: 179-310, 1978/79. Type locality: On a ridge that extends northward from Rancho Vicente, Colonia Rodolfo Figueroa, approximately 5 miles west of Cerro Baúl. The site is at an elevation of approximately 1520 meters, on the headwaters of the Rio Grijalva, roughly 30 kilo- meters to the north and slightly to the east of San Pedro Tapá- natepec, in the Distrito de Juchitán, Oaxaca, México. Range: Oaxaca, (México). Bothrops nummifer nummifer (Rüppel) 1845 Atropos nummifer Rüppel, Ver. Mus. Senckenberg, 5:313. 1863 Bothrops nummifer; Jan, Elenco Syst., :126. 1896 Lachesis nummifer; Boulenger ( partim ), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:540. 1950 Bothrops nummifer veraecrucis Burger, Buli. Chicago Acad. Sei., 9, (3) :65. Type locality: Restricted (Burger 1950, l.c.) to: Teapa, Tabasco; México. Range: The dry tropical shrub vegetation on the southeastern edge of the Mexican plateau from São Luiz de Potosi, southward to Oaxaca, (México). Bothrops nummifer mexicanus (Duméril, Bribron et Duméril) 1854 Atropos mexicanus; Duméril, Bribron et Duméril, Erp. Gen., 7, (2) :1521, pl. 83 bis, Fig. 1, 2 and 3. 1880 Bothriechis nummifer var. notata Fischer, Arch. Nat., 46: 222, pl. 8, Fig. 10-12. 1882 Bothrops mexicanus; F. Müller, Verh. Nat. Ges. Basel, 7:154. 1896 Lachesis numiffer; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:544. 1952 Bothrops nummifer mexicanus; Mertens, Abh. Senckenb. Naturf. Ges., 487: 79. Type locality: Cobán (Alta) Verapaz, Guatemala. Range: The Caribbean Slopes (low to intermediate elevations) from extreme Southern México to Panama. Bothrops nummifer occiduus Hoge 1868 Bothrops affinis Bocourt, Ann. Sei. Nat., 10, (5) :10-201. (homo- nym of Bothrops affinis Gray 1849 r= Bothrops atrox Linnaeus, 1758). 1963 Bothrops nummifer affinis; Stuart, Misc. Publ. Mus. Zool. Univ. Midi., (122) :130. 1966 Bothrops nummifer occidduus; Hoge ( nomen novum pro Bothrops affinis Bocourt, 1868). Mem. Inst. Butantan, 32: 130. Type locality: San Augustin, on the west (south) slope of the mountains, Guatemala; 610m. 216 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonoua snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, 42/iX: 179-310. 1978/79. Range : The deciduous moist monsoon forest on the low to moderate elevations along the Pacific slopes in El Salvador (possible in Eastern Chiapas, México into El Salvador). Bothrops oligolepis (Werner) 1901 Lachesis bilineatus var. oligolepis Werner, Abh. Ber. Mus. Dresden, 9, (2) :13. 1912 Lachesis chloromelas Boulenger, Ann. Mag. Nat. Hist., 10, (8) :423. 1976 Bothrops chrysomelas; Amaral (error for chloromelas) Boulenger Ann, Carnegie Mus., 16:320. Type locality: Bolívia. Range: Peru and Bolivia. Bothrops ophryomegas Bocourt 1868 Bothrops ophryomegas; Bocourt, Ann. Sei. Nat. Zool. Paleont., 10, (5) :201. 1896 Lachesis lansbergi; Boulenger ( partim ) Cat. Sn. Brit. Mus., 3 :546. Type locality : Occidental slopes of Cordillera Escuintla, Guate¬ mala. Range : Pacific slope of Central America from western Guatemala to Panama. Bothrops peruvianus (Boulenger) Peruvian Pit Viper 1903 Lachesis peruvianus Boulenger, Ann. Mag. Nat. Hist, 12, (7) : 354. 1930 (1929) Bothrops peruvianus; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 1:240. Type locality: La Oroya, Carabaya, southeastern Peru. Range: Southeastern Peru. Bothrops picadoi (Dunn) Picado’s Pit Viper 1939 Trimeresurus nummifer picadoi Dunn, Proc. Biol. Soc. Wash., 52: 165. 1945 Bothrops picadoi; Smith et Taylor, Buli. U.S. Nat. Mus. Wash., 187: 183. Type locality: La Palma, Costa Rica, 4,500 ft. Range: Central plateau of Costa Rica and surrounding mountains. Bothrops pictus (Tschudi) 1845 L. [achesis ] picta Tschudi, Arch. F. Naturg., 11:166 and Faun. Per. Herp., :61, fig. 10. 217 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipera Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, 4t/+S: 179-310, 1978/79. 13G3 B. [ othrops ] pictus; Jan, Elenco Syst. Ofid., :126. 1896 Lachesis pictus; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:540. Type locality: The high mountains of Peru. Range: Coastal region of Peru. Bothrops pirajai Amaral Piraja’s Pit Viper — Jararacussu 1923 Bothrops pirajai Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club, 5 :99. 1923 Bothrops neglecta Amaral (partim) Proc. New Engl. Zool. Club, 5:100. 1966 Bothrops pirajai; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 54:132. Type locality: Ilheos, State of Bahia, Brazil. Range: Known only from Southern Bahia, (Brazil). 1948 1955 1966 1863 1896 1930 1896 1910 1923 1944 218 Bothrops pradoi (Hoge) Prado’s Pit Viper Trimeresurus pradoi Hoge, Mem. Inst. Butantan, 20:193-202; Fig. 1-6. Bothrops atrox; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 26:215-220. Bothrops pradoi; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 52:132. Type locality: Pau Gigante, State Espirito Santo, (Brazil). Range: Known from type locality northward to Southern Bahia, (Brazil). Bothrops pulcher (Peters) Trigonocephalus pulcher Peters, Mber. Dtsch. Akad. Wiss. Berlin, 27. 1862 (1863) :672. Lachesis pulcher; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:539. Bothrops pulchra; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 4:240. Type locality: Quito, Ecuador. Range: Equatorial forests of Ecuador and Peru. Bothrops punctatus (Garcia) Spotted Pit Viper Lachesis punctata Garcia, Los Ofid. Ven. dei Cauca, Cali Colombia, (31), Fig. 8. Lachesis Monticelli Peracca, An., Mus. Napoli, 5, (12) :l-3. Bothrops leptura Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club, 5:102. Bothrops punctatus; Dunn, Caldasia, 5, (12) :215. Type locality: “Las montanhas dei Dagua.” Colombia. Range: From Darien, Panama, Colombia, to Chocó, Equador. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Viper3 Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, 179-310, 1978/79. Bothrops roedingeri Mertens Roedinger’s Pit Viper 1942 Bothrops roedingeri Mertens, Beitr. Fauna, Perus, 11:284. Type locality: “Hacienda Huayri”, Southern Peru. Range: The desert region along the Pacific coast of Peru. Bothrops sanctaecrucis Hoge St.a Cruz Pit Viper 1966 Bothrops sanctaecrucis Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32:133; pl. 9. Type locality: Oromomo, Rio Secure, upper Beni, Bolivia. Range: Known from Bolivia. Bothrops schlegeli (Berthold) Fig. 51 Horned-palm Viper, or Pestanosa 1846 Trigonocephalus schlegelli Berthold, Nachr. Univ. Ges. Wiss. Gõt- tingen, :147. 1859 Lachesis nitidus Günther, Proc. Zool. Soc. London, 1359:414, pl. 20, fig. C. 1863 B. [ othrops ] Schlegeli; Jan, Elenco Sist. Ofidi:127. 1870 Bothrops (Teleuraspia) nigroadspersus Steindachner, Sitz. Math.- -Natur. Cl. Akad. Wiss. Wien, 52:348, pl. 8. 1889 Thanatophis torvus Posada Arango, Buli. Soc. Zool. France, 1889: 345. 1951 Bothrops schlegeli; Taylor, Univ. Kansas Sei. Buli., 34:173. 1966 Bothrops schlegelli; Hoge (in error for schlegelii Berthold), Mem. Inst. Butantan, 32 (1965) :134. Type locality: Popayon, restricted to Popayon, Colombia (Dunn et Stuart, 1954). Range: From Southern México to Ecuador and Venezuela. Bothrops sphenophrys Smith 1960 Bothrops sphenophrys Smith, Trans. Kansas Acad. Sei., 62: 267. Type locality : La Soledad, Oaxaca, México. Range: Known from South Oaxaca, México. Bothrops supraciliaris Taylor 1954 Bothrops schlegelii supraciliaris Taylor, Kansas, Univ. Sei. Buli., 36, (2-11) :791, Fig. 39. 1963 [ Bothrops supraciliaris ] ; Stuart, Misc. Publ. Mus. Zool. Univ. Michigan, (122) :131. 219 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Dutantan, 4S/43: 179-310, 1978/79. Type locality: Moutains near San Isidoro dei General, San José Province, Costa Rica. Range: Known only from type specimens and a specimen without locality (banana shipping) in MCZ. Bothrops undulatus (Jan) 1859 Trigonocephalus ( Atropos ) undulatus Jan, Rev. Mag. Zool., : 157, pl. E. 1895 Bothrops undulatus; Günther, Biol. Centr. Amer. Rept. Amph., :187. 1896 Lachesis undulatus ; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:565. Type locality: México. Range: High elevations of central Vera Cruz, southward through central Oaxaca, and northward in central Guerrero in the Sierra Madre dei Sur (known from Omilteme and Chilpaziungo Guerre¬ ro) ; Oaxaca, Oaxaca; Adopan and Orizaba; Vera Cruz, (México). Bothrops venezuelensis Sandner Montilla Fig. 52 Tigra Mariposa 1952 Bothrops venezuelensis Sandner Montilla, Mon. Cien. Inst. Ter. Exp. Lab. “Veros” Ltda., (21) :4 (not Bothrops neuwiedii vene- zuelenzi Rossi 1933 = Bothrops colombiensis) . 1961 Bothrops venezuelae sp. no. (sic) Sandner Montilla, Non. Cienc. Contr. Ocas. Mus. Nat. La Salle, Caracas, Zool., (30) :3. 1961 Bothrops pifanoi Sandner Montilla and Romer, 129:3, fig. 1-4. Type locality: “Boca de Tigre”, Serrania de El Avila, Distrito Federal al Norte de Caracas. Range: Northern and central part of Venezuela, Avila mountains, the western mountains of Los Tigres, the forests of Rancho Grande and Fila Miranda, from the State of Aragua and the forests of Gualapo (fide Sandner Montilla). Bothrops. xanthogrammus (Cope) 1868 T grigonocephalus xanthogrammus Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Phil., 1555:110. 1889 Bothrops quadris cutatus Posada Arango (preoccupied by quadris - cutatus Peters, 1861), Buli. Soc. Zool. France, 1555:345. 1896 Lachesis xantogrammus; Boulenger; Cat. Sn. Brit. Mus., 5:543. 1929 Bothrops xanthogramma ; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 4:241. Type locality: Pallatanga, Ecuador. Range: Apparently to be found in the highlands of Ecuador, Andes of Colombia? (fide Boulenger l.c.). 220 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Viper3 Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 179-310, 1978/79. Bothrops yucatannicus (Smith) Yucatan Pit Viper 1941 Trímeresurus yucatannicus Smith, Zoologica, 26: 62. 1944 Bothrops yucatannicus-, Smith, Carnegie Mus., 50:92. Type locality: Chichzen Itzá, Yucatan, México. Range: Northern and northeastern Yucatán Península, México, Known only by a few specimens from several localities in Yucatán. GENUS Crotalus Linnaeus 1758 Crotalus Linnaeus, Syst. Nat, ed. 10, :214. 1764 Crotalophorus Houttuyn, Natuur. Hist., 6, (1) :290. Type species horridus. 1768 Caudisona Laurenti, Synops. Rept., :92. Type species terrificus, by page priority. 1818 Crotalinus Rafinesque, Amer. Month. Mag. & Crit. Rev., 3, (6) : 416. Type species cyanurus— horridus. 1820 Crotalurus Rafinesque, Annals of Nature, (1) :5. Type species catenatus. 1830 Uropsoplms Wagler, Nat. Syst. Amph., :176. Type species trise- riatus. 1843 Urocrotalon Fitzinger, Syst. Rept., :29. Type species dUrissus. 1866 Aploapis Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Phila., 18, (4) :310. Type species lepida-lepidus. 1875 Aechmophrys Cohes, Rept. Explor. & Surv. W. of 100th Mer. (Wyeler), 5, chap. 5, :609. Type species cerastes. 1883 Haploapis Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Phila., 35, part 1, :13 (emen- dation of Aploaspis, Cope 1866). 1930 Paracrotalus Reuss, Glasnik Zem. Muz., Sarajevo, '42, :88. Type species terrificus. Type species: Crotalus horridus Linnaeus, 1758, confirmed by Opinion 92, Int. Comm. Zool. Nomen. See Also Direction 56, :356. 1956, and Direction 57, :374 Opinions and Orders, 1. Range: From Southern Canada to northern Argentina. Crotalus adamanteus Beauvois Eastern Diamondback Rattlesnake 1799 Crotalus adamanteus Beauvois, Trans. Amer. Soc., 4(42) : 368. 1802 Crotalus rhombifer Latreille, in Sonnini et Latreille, Hist. Nat. Rept., 5:197. 1805 Crotalus rhombiferus Brickell, (non Latreille 1802) Philadelphia Med. & Phys J., 2(1) sec. 3:164. 221 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous Bnakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inat. Dutantan, it/^3: 179-310, 1978/79. 1858 Crotalus adamanteus var adamanteus; Jan, Rev. Mag. Zoõl., (2) ; 10:153. 1895 Crotalus adamanteus; Stejneger, Rept. U.S. Nat. Mus. 1505:433. 1896 Crotalus durissus; Boulenger, (partim) Cat. Sn. brit. Mus. 5:578. Type locality: U.S. A. Restricted to Charleston S.C. (Schmidt, 1953:227). Type specimen: None designated. Range : U.S. A. the Coastal plains of : North Carolina south of Albemarle Sound; South Carolina; Geórgia; Florida and several of the adjacent Keys: Alabama; Mississipi; and extreme southeas- tern Louisiana. U.S.A. Crotalus aquilus Klauber Queretaran Blotched Rattlesnake 1952 Crotalus triseriatus aquilus Klauber (partim), Buli. Zool. Soc. San Diego, (26) :24. 1956 Crotalus triseriatus aquilus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :44. 1977 Crotalus aquilus; Harris et Simmons, Buli. Maryland Herp. Soc., U (3) :107. Type locality: Near Alvarez, San Luiz Potosí, México. Range: México, Southern San Luiz Potosí, Guanajuato, Northeast Michoacan, Queretaro and Hidalgo, probably in Northwestern Veracruz. Crotalus atrox Baird and Girard Western Diamondback Rattlesnake 1853 Crotalus atrox Baird and Girard, Cat. North. Amer. Rept., (1) :5. 1861 Caudisona atrox var. atrox; Kennicott, Proc. Acad. Nat. Sei. Phi- lad., 15:206. 1861 Caudisona atrox var sonoraensis Kennicott, Proc. Acad. Nat. Sei. Philad., 15:206. 1896 Crotalus confluentus; Boulenger (partim) Cat. Sn. Brit. Mus., 3:576. 1956 Crotalus atrox; Klauber, Rattlesnakes, 1 :29. Type locality: Indianola [Calhoun County], Texas, U.S.A. Range: From Arkansas and Oklahoma, U.S.A. South to México, Sonora, Chihuahua, Durango, Coahiula, Nuevo Leon, Tamaulipas, San Luiz de Potosí and Northern Veracruz, isolated colonies in Central Veracruz and Southern Oaxaca probably present in Nor¬ thern Zacatecas and possibly Hidalgo. Also Tiburón, Turna on San Pedro Matir Islands. Crotalus basüiscus basüiscus (Cope) Mexican West-coast Rattlesnake 1864 Caudisona basilisca Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia. 16 (3) :166. 222 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check líst of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 179-310, 1978/79 1875 Crotalus basiliscus Cope, in Yarrow, Surv. W. of. 100 Merid. (Whecler) 5 (4) :532. 1896 Crotalus terrificus; Boulenger (partim), Cat. Sn. Brit. Mus., 5:573. 1948 Crotalus basiliscus basiliscus; Gloyd, Nat. Hist. Misc., (17) :1. 1956 Crotalus basiliscus basiliscus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :30. Type locality: Near Colima, México restricted Smith et Taylor, 1950 to Colima, México. Range: México, from extreme Southern Sonora along Westcoast of México through Sinaloa, Jalisco, Colima and Western Michoa- cán, and Nayarit. Crotalus basiliscus oaxacus Gloyd Oaxacan Rattlesnake 1948 Crotalus basiliscus oaxacus Gloyd, Nat. Hist. Misch, (17) :1. 1956 Crotalus basiliscus oaxacus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :30. Type locality: Oaxaca, Oaxaca, México. Range: Known from type locality and Chilpanzingo Region. Crotalus catalinensis Cliff Santa Catalina Island Rattlesnake 1954 Crotalus catalinsis Cliff. Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 12 (5) :80. 1956 Crotalus catalinensis; Klauber, Rattlesnake, 1 :30. Type locality: Santa Catalina Island, Gulf of Califórnia, México. Range: Known only from type locality. Crotalus cerastes cerastes Hallowell Mojave Desert Sidewinder 1854 Crotalus cerastes Hallowell, Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia., 7,: 95. 1944 Crotalus cerastes cerastes Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 10 (8) :94 Type locality: Borders of the Mohave River, and in the desert of the Mohave Califórnia. Range: The desert regions of eastern (but not extreme southeas- tern) Califórnia, Southern Nevada, southwestern Utah, and north- western Arizona, including the following: extreme Southern Mono, Inyo, eastern Kern, northeastern Los Angeles, and San Bernardino counties in Califórnia; Southeastern Esmeralda, Southern Nye, extreme Southern Lincoln and Clark counties in Nevada; south¬ western and central Washington County, Utah ; and extreme north- western and west-central Mohave County, Arizona. 223 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — ' Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. Inst. Butantan, \2/k3: 179-310, 1978/79. 1953 1956 Crotalus cevastes cercobombus Savage and Cliff Sonoran Desert Sidewinder Crotalus cevastes cercobombus Savage and Cliff, Nat. Hist. Miscl., (119) :2. Crotalus cevastes cercobombus; Klauber, Rattlesnakes. 1 :31. Type locality: Near Gila Band, Maricopa, Arizona, U.S. Range: Eastern Yuma, Southern Maricopa western Pinai and western Pima counties, Arizona, U.S.A. and Northwestern Sonora (except parts of the State North and West of Bahia Adair) also Tiburón Island México. 1944 1956 1758 1802 1896 1936 1956 1966 Crotalus cevastes laterorepens Klauber Colorado Desert Sidewinder Crotalus cevastes laterorepens Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hits., 10 (8) :94. Crotalus cevastes laterorepens; Klauber, Rattlesnakes, 1:31. Type locality: The Narrows, San Diego County, Califórnia, U.S. Range: The desert areas of Central and Eastern Reverside, Nor- theastern San Diego and Imperial County in Califórnia, Western Yuma County, Arizona; Northeastern Baja Califórnia, USA and Sonora, México. Crotalus durissus durissus Linnaeus Central American Rattlesnake Crotalus durissus Linnaeus, Syst. Nat. 10th, ed., 1 :214. Crotalus simus Latreille in Sonnini and Latreille, Hist. Nat. Rept., 5:202, .4:323. Crotalus terrificus; Boulenger (partim) Cat. Sn. Brit. Mus., 5:573. Crotalus durissus durissus; Klauber (partim) Occ. Pap. San Diego Soc. Nat. Hist. (1). Crotalus durissus durissus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :31-32. Crotalus durissus durissus; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32:137. Type locality: America, restricted (Taylor and et Smith, 1950) to Jalapa, Veracruz, México. Range: México, Central Veracruz, Southeastern Oaxaca, Tabasco and Chiapas, Southwestern Nicaragua. Northwestern and Central Costa Rica. Crotalus durissus cascavella (Wagler, 1824) Northeastern Brazilian Rattlesnake 1824 Crotalus cascavella Wagler, in Spix, Serp. Bras. spec. nov. pl. 24. 60. 224 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 179-310, 1978/79. 1925 Crotalus terrificus var. collirhombeatus Amaral, Rev. Mus. Pau¬ lista, 15:90, pl. 1. 1966 Crotalus durissus cascavella; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32:139. 1972 Crotalus durissus terrificus; Klauber, Rattlesnakes (2.a) ed., 1 :35. 1972 Crotalus [ durissus ] cascavella; Harris et Simmons, Buli. Maryland, Herp. Soc., 8 (2) :34. Type locality: “In campis provinciae” (Caatinga of the interior of Bahia). Restricted by (Hoge 1966:139) to Mina Caraiba, State Bahia, Brazil. Range: The dry Caatinga regions of States Maranhão, Ceará, Piauhy, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte and Bahia, possible extreme North Eastern Minas Gerais, Brazil. Crotalus durissus collilineatus Amaral Central Brazilian Rattlesnake 1926 Crotalus terrificus var. collilineatus Amaral (partim), Rev. Mus. Paulista, 15: 90. 1956 Crotalus durissus terrificus; Klauber (partim), Rattlesnakes, 1 :33. 1966 Crotalus durissus collilineatus; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 22:139. 1972 Crotalus durissus terrificus ; Klauber, Rattlesnakes, (2.a) ed., 1 :35. 1972 Crotalus [ durissus ] collilineatus; Harris et Simmons, Buli. Mary¬ land, Herp. Soc., 8 (2) :35. Type locality: Central, Southeastern and Southern Brazil, Argen¬ tina, Paraguay and probably Bolivia. Restricted (Hoge, 1966) to the State of Mato Grosso, Brazil. Range: South Eastern State of Mato Grosso, State of Goias, Federal District; Minas Gerais and Northeastern São Paulo. Intergradation with terrificus, over a large area in the State of São Paulo. Crotalus durissus culminatus Klauber Northwestern Neotropical Rattlesnake 1952 Crotalus durissus culminatus Klauber, Buli. Zool. Soc. San Diego, 25:65. Type locality: Hacienda el Sabino, near Uruapan, Michoacan, Mexicb. Range’: Southwestern Michoacan, Southern and Morilos Guerrero and Southwestern Oaxaca, México. Possibly Western Puebla and Distrito Federal. Crotalus durissus cumanensis Humbold Fig. 55 Venezuelan Rattlesnake 1833 Crotalus cumanensis Humbold in Humbold et Bonpland, Receuil d’obs. Zool. Anat. Comp., 2:6. 225 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Chcck list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, W/bS: 179-310, 1978/79. 1833 Crotalus loeflingi Humbold in Humbold et Bonpland, Receuil d’obs. Zool. Anat. Comp., 2:6. 1896 Crotalus terrificus ; Boulenger (partim) Cat. Sn. Brit. Mus., 5:373. 1956 Crotalus durissus terrificus-, Klauber, (partim) Rattlesnakes, 1 :32. 1966 Crotalus durissus cumanensis ; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 52:142. 1972 Crotalus durissus terrificus-, Klauber Rattlesnakes (2.a) ed., 1:35. 1972 Crotalus [ durissus ] cumanensis; Harris et Simmons, Buli, Mary- land, Herp. Soc., 5(2) :35. Type locality: Cumaná, Venezuela. Range: Venezuela, except the high mountains, the savannah of Monagas and the equatorial forets of the Delta, Bolivar and Ama¬ zonas. Colombia in the extreme northeast. Crotalus durissus dryinus Linnaeus Guianian Rattlesnake 1758 Crotalus dryinus Linnaeus, Syst. Nat. 10th, ed., 1 :214. 1896 Crotalus terrificus-, Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 5:573. 1956 Crotalus dryinus-, Klauber (as sênior, but rejected synonym for the South American Rattler) 1966 Crotalus durissus dryinus-, Hoge, Mem. Inst. Butantan, 52:142, pl. XIV. 1972 Crotalus durissus terrificus-, Klauber Rattlesnakes. (2.a) ed., 1 :35. 1972 Crotalus [ durissus ] dryinus; Harris et Simmons Buli. Maryland Herp., Soc., 5(2) :35. Type locality: America, restricted: (Hoge 1966 to Paramaribo, Surinam.). Range: The Guianas. Crotalus durissus marajoensis Hoge Marajoan Rattlesnake 1966 Crotalus durissus marajoensis-, Hoge, Mem. Inst. Butantan., 52: 143, pl. XV. 1972 Crotalus durissus terrificus-, Klauber, Rattlesnakes (2.a) ed., 1 :35. 1972 Crotalus [ durissus ] marajoensis; Harris et Simmons, Buli. Maryland Herp. Soc., 5(2) :35. Type locality: Tuyuyu, Ilha de Marajó, State of Pará, Brazil. Range: The Savannah of Marajó, Brazil. Crotalus durissus ruruima Hoge Mt. Roraima Rattlesnake 1966 Crotalus durissus ruruima-, Hoge, Mem. Inst. Butantan, 52:145, pl. XVI. 226 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 179-310, 1978/79. Type locality: Paulo Camp, Mt. Roraima, Venezuela. Range: Known from Venezuelan slopes from Mt. Roraima, and Carinan, Peru, Amazonas, Brazil, a single specimen from Terri¬ tório Federal of Roraima. Crotalus durissus terrificus (Laurenti) Fig. 54 South American Rattlesnake 1768 Caudisona terrífica Laurenti, Syn. Rept., :93. 1896 Crotalus terrificus-, Boulenger (partim) Cat. Sn. Brit. Mus., 5:573. 1926 Crotalus terrificus collilineatus Amaral (partim) Rev. Mus. Paulista, 15:90. 1936 Crotalus durissus terrificus; Klauber (partim) Rattlesnakes, 1 :32. 1966 Crotalus durissus terrificus; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 54:147, pl. XVII. 1972 Crotalus [ durissus ] terrificus; Harris et Simmons, Buli. Maryland, Herp. Soc., 8 (2) :34. Type locality: Júlio de Castilho, Município Taquari, State of Rio Grande do Sul, Brazil (by indication of neotype Hoge, 1966). Range: Extreme Southern America, Southern Brazil, Uruguay, Argentina, Paraguay and Bolivia and possibly Peru. Crotalus durissus totonacus Gloyd and Kauffeld Totonacan Rattlesnake 1940 Crotalus totonacus Gloyd and Kauffeld, Buli. Chicago Acad. Sei., 5(2) :12. 1945 Crotalus durissus totonacus; Smith and Taylor, U.S. Mus. Buli., 187:190. Type locality: Panaco Island, about 75 miles South of Tampico, Veracruz, México, 12 miles inland from Cabo Rojo. Range: Southern Tamaulipas, Southeastern San Luiz Potosí, and Northern Veracruz. Crotalus durissus trigonicus Harris et Simmons Rupunini Savanna Rattlesnake 1977 Crotalus durissus trigonicus Harris et Simmons, Mem. Inst. Butantan., 40:306, 3 fig. Type locality: Rupununi Savanna of southwestern Guyana. Range: Known at present only from the type locality: the isolated Rupununi Savannas of southwestern Guyana and the Savannas of Tiriós Territory Amapa, Brazil. 227 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. lnat. liutantan, J,2/^S: 179-310, 1978/79. 1952 1887 1896 1940 1956 1966 1861 1875 1954 1956 1854 1956 Crotalus durissus tzabcan Klauber Yucatán Neotropical Rattlesnake Crotalus durissus tzabcan Klauber, Buli. Zool. Soc. San Diego, (26) :71. Typelocality : Kantunil, Yucatan, México. Range: From Yucatan South into Northern El Petén, Guatemala and Belize. Crotalus durissus unicolor Van Lidth de Geude Aruba Island Rattlesnake Crotalus horridus var. unicolor Van Lidth de Geude, Notes Leyden Mus., 2(8) :133. Crotalus terrificus; Boulenger (partim) Cat. Sn. Brit. Mus., 3 :573. Crotalus durissus unicolor; Brongersma, Studies of the Fauna of Curaçáo, Aruba, Bonaire and Venezuelan Islands. Crotalus unicolor; Klauber, Rattlesnakes, 1 :44. Crotalus durissus unicolor; Hoge, Mem. Inst. Butantan., 32: 148. Typelocality: Aruba Island, Netherlands West Indies. Range : Known from Aruba Island only. A specimen described as Crotalus pulvis by Ditmars from Manacos, Nicaragua is probably based on a specimen with erroneous locality. Crotalus enyo enyo (Cope) Lower Califórnia Rattlesnake Caudisona enyo Cope, Proc. Acad. Sei. Philadelphia., 15:208. Crotalus enyo; Cope, Buli. U. S. Mus., 1 :33. Crotalus enyo enyo; Lowe et Norris, Trans. San Diego, Soc. Nat. Hist., 12(4) :52. Crotalus enyo enyo; Klauber, Rattlesnakes, 1 :34. Type locality: Lower Califórnia. Range: México, Baja Califórnia, from the vicinity of El Marmol (lat. 30.° N) south to Cape San Lucas and the Islands Magdalena, Santa Margarida, Espirito Santo, Partida, San Francisco and Carmem. Crotalus enyo cerralvensis Cliff Cerralvo Island Rattlesnake Crotalus enyo cerralvensis Cliff, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 12(5) :82. Crotalus enyo cerralvensis; Klauber, Rattlesnakes, 1 :34. Type locality: México Ceralvo Island, Gulf of Califórnia. Range: Cerralvo Island. 228 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO IIOGE, S.A.R.W.L. — Poisonoua snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. Inet. Dutantan, 1,2/ 1,3: 179-310, 1978/79. 1883 1956 Crotalus enyo furvus Lowe et Norris Rosário Rattlesnake Crotalus enyo furvus Lowe et Norris, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 12 (4) :52. Crotalus enyo furvus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :34. Type locality: 10.9 mil. North of El Rosário, Baja Califórnia dei Norte, México. Range: México, Baja Califórnia dei Norte, on West Coast from San Teimo River to El Rosário. Crotalus exsul Garman Cedros Island Diamond Rattlesnake Crotalus exsul Garman, Mem. Mus. Comp. Zool., 8 (3) : 114. Crotalus exsul; Klauber, Rattlesnakes., 1 :34. Type locality: Cedros Island (or Cerros), Pacific Coast of Baja Califórnia, México. Range: México, Cedros (or Cerros) Island, Pacific Coast of Baja Califórnia. Crotalus horridus horridus Linnaeus 5 Timber Rattlesnake 1758 Crotalus horridus Linnaeus, Syst. Nat., ed. 10:214. 1818 Crotalinus cyanurus Rafinesque, Amer. Month. Mag. Mag. & Crit. Rev. 8, (6) :416 ; b (1) :41. 1859 Crotalus durissus var. concolor Jan, Rev. et Mag. Zool., ser. 2, 10, :153. 1873 Crotalus fasciatus Higgins, Ophidians, :81. 1935 Crotalus horridus horridus Gloyd, Copeia, (4) :176. Type locality: America restricted by (Schmidt 1953:227) to vici- nity of New York City, U.S. Range: The Niagara and Essex Península areas of the Lake Erie, Ontario, Canada (it may now be extinct). Northewestern and North central United States; including the Atlantic States from central Vermont to Virginia (except Delaware) ; West Virgínia, Ohio, Kentucky western North Carolina; northwestern South Ca- rolina; northwestern South Carolina, Northern Gecrgia Tennessee except western parts; extreme Northen Alabama; from central Indiana to Kentucky, all central south Illinois, except extreme Southern corner southwestern Wisconsin, southwards along Western and Southern Iowa; Missouri, Northwestern Arkansas; extreme southwestern Nebraska; western Kansas Central and western Oklahoma southwards into North eastern Texas, U.S. A. (8) Pisani, Collins and Edwards in Trans. Kansas Acad. Sei., 75(3)1972 (1973) :255 concludes that, on the basis of morpholoffical charactera no subspecies of C. horridu § can be recognised. 229 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. hmt. Butantan, 42/1,3: 179-310, 1978/79. Crotalus hórridas atricaudatus Latreille Canebrake Rattlesnake 1790 Crotalus hórridas (part) Bonnaterre, Encycl. Meth. ; Ophiolo- gie, : 1. 1802 Crotalus atricaudatus Latreille, in Sonnini and Latreille, Hist. Nat. Rept., 3, : 209. 1805 Crotalus zetazomae Brickell, Philadelphia. Med. & Phys. Jour., 2, part. 1, sec. 3 :164. 1820 Crotalus catesbaei Hemprich. Grund. Natur., : 387. 1859 Crotalus durissus var. melanurus Jan, Rev. et Mag. Zool., ser. 2, 10: 153. 1863 Crotalus durissus var. mexicana Jan, Elenco Syst. Ofidi, : 123. 1935 Crotalus horridus atricaudatus Gloyd, Copeia, (4) :176. Type locality: Restricted by (Schmidt 1953:228) to Charleston, SC, USA. Range : From southeastern Virgínia through the lowlands of North Carolina; South Carolina; Geórgia, Northern Florida; Alabama except extreme North; Mississippi; extreme western Tennessee; extreme western Kentucky ; extreme Southern corner of Illinois ; extreme southeastern Missouri ; eastern and Southern Arkansas ; Lousiana and southwestern Texas. 1946 1952 1956 Crotalus intermedius intermedius Troschel Totalcan Small-Headed Rattlesnake Crotalus intermedius, Troschel, in Müller. Reisen in den Verei- nigten Staaten, Canadá und México, 3 :613. Crotalus triseriatus; Boulenger (partim) Cat. Sn. Brit. Mus., 5:581. Crotalus triseriatus anahuacus, Gloyd (partim) Chicago Sei. Soc. Publ. (4) :91. Crotalus triseriatus gloydi Taylor, Univ. Kansas Sei. Buli., 27(1) :130. Crotalus gloydi; Smith, Univ. Kansas Sei. Buli., 51(1) :73. Crotalus intermedius intermedius; Klauber, Buli. Zool. Sec. San Diego, (26) :9. Crotalus intermedius intermedius; Klauber, Rattlesnakes, 1 :36. Type locality: México. Range: Imperfectly known from Michoacan, Northeastern Pue- bla, west central Vera Cruz, and central Oaxaca. 1941 Crotalus intermedius gloydi Taylor Oaxacan Small-Headed Rattlesnake Crotalus triseriatus gloydi Taylor, Univ. Kansas. Sei. Buli., 27, part 1, (7) :130. 230 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I Check list of the Pit Vipers Viperoidea. Viperidae, Crotalinae. Mim. Inst. Butantan, iS/í.t- 179-310, 1978/79. 194G 1952 1957 1895 1896 1938 1952 1956 1966 1861 1883 1887 1936 1956 Crotalus gloydi gloydi Smith, Univ. Kansas. Sei. Buli., 31, part 1 (3) :78. Crotalus intermedius intermedivs (partim) Klauber, Buli. Zool. Soc. San Diego, (26) :9. Crotalus intermedius gloydi Davis and Dixon, Sw. Nat., 2(1) :25. Type locality: Cerro San Felipe, elevation ,10,000 feet, near (15 km. northeast of) Oaxaca da Juárez, Oaxaca, México. Range: Mountain areas of central Oaxaca and Michoacán. Crotalus intermedius omiltemanus Günther Omilteman Small-Headet Rattlesnake Crotalus omiltemanus Günther, Biol. Centr. Amer. Rept Ratr • 192. Crotalus triseriatus; Boulenger (partim) 2:381. Cat. Sn. Brit. Mus., Crotalus triseriatus omilteynanus ; Klauber, Copeia, (4) :196. Crotalus intermedius omiltemanus; Klauber, Buli. Zool. Soi. San Diego, (26) :14. Crotalus intermedius omiltemanus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :36. Type locality : Omilteme Guerero, México. Range: México, Central Guerero. Crotalus lannomi Tanner Autlán Rattlesnake Crotalus lannomi Tanner, Herpetologica, 22(4) :298. Type locality: 1,8 miles vvest of the pass, Puerto Los Mazos or 22 miles west by road from Tuxcacuisco, a branch of the Rio Armen- ria on Mexican Highway n. 80, Jalisco, México. Range: Known from type locality only. Crotalus lepidus lepidus (Kennicott) Mottled Rock Rattlesnake Caudisona lépida Kennicott, Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia., 13: 206. Crotalus lepidus; Cope (partim) Proc. Acad. Sei. Philadelphia., 25:13. Crotalus (tigris) palmeri Garman, Buli. Essex Inst., 19: 124. Crotalus lepidus lepidus; Gloyd, Occ. Papers Mus. Zool. Univ. Mich., (337) :2. Crotalus lepidus lepidus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :37. Type locality: Presidio dei Norte and Eagle Pass, Texas, Res- tricted (Smith et Taylor, 1950) : Presidio dei Norte, Presidio Coun- ty, U.S.A. 231 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mcm. lnst . Uutantan, 42/43-' 179-310. 1978/79. Range : Southeastern New México, Southwestern Texas, and Northeastern México, Coahuila, western Nuevo León, western San Luiz Potosí and Southeastern Zacatecas (integradation with Klau- beri), U.S.A. Crotalus lepidus klauberi Gloyd Banded Rock Rattlesnake 1936 Crotalus lepidus klauberi Gloyd, Occ. Papers Mus. Zool. Univ. Mich., (337) :2. 1944 Crotalus semicornutus Taylor, Univ. Kansas Sei. Buli., 30 part 1(4) :52. 1956 Crotalus lepidus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :37. Type locality: Carr. Canyon, Huachuca Mountains, Cochise Coun- ty, Arizona, U.S.A. Range: Southeastern Arizona, Southwestern New México, the El Paso area in Texas and north-central México, including the Santa Rita, Huachuca, Dragoon Dos Cabezas and Chiricahua Mountains of southeastern Arizona; México (montains areas northeastern Sonora, southeastern Sinaloa, Chihuahua, Durango, Nayarit (in this area although in the territory of Crotalus lepidus klauberi they are different and may justify the recognition of another subspecies (fide Klauber 1956), U.S.A. Crotalus lepidus maculosus Tanner, Dixon et Harris Durango Rock Rattlesnake 1972 Crotalus lepidus maculossus Tanner, Dixon et Plarris, Great Basin Nat., 32(1) :16. (Fig. 1-3) Type locality: 15 mlies west of La Ciudad, near Highway 40, Du¬ rango, México. Range: Known from type locality and a narrow area along the high mountain Pacific slopes Durango-Sinaloa, Nayarit region and perhaps as far south as adjacent Jalisco. Crotalus lepidus morulus Klauber Tamaulipan Rock Rattlesnake 1952 Crotalus lepidus morulus Klauber, Buli. Soc. San Diego, (26) :52. 1956 Crotalus lepidus morulus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :37. Type locality: 10 m. northwest of Gómez Farias on the trail to la Joya de Salas, Tamaulipas, México. Range : México, Mountains northwest of Gómez Farias, and near Chinas, Tamaulipas, México. Crotalus mitchellii mitchellii (Cope) San Lucas Speckled Rattesnake 1861 Caudisoma mitchellii Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia., 13: 293. 232 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Aí em. Inst. Butantan, 4J/Í3 179-310, 1978/79. 1875 Crotalus mitchellii; Cope in Yarrow, Surv. W of 100 th Merid. (Wheeler) 5(4) :535. 1895 Crotalus mitchellii mitchellii; Stejneger (partim) Rept. U.S. Nat. Mus., 1893:454. 1936 Crotalus mitchellii mitchellii; Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist, 5(19) :154. 1956 Crotalus mitchellii mitchellii; Klauber, Rattlesnakes, 7 :38. Type locality: Cape San Lucas, Baja Califórnia, México. Range: Distrito dei Sur of Baja Califórnia, also the islands of Cerralvo, Espiritu Santo, San José, Santa Cruz, and Carmen (Gulf coast) and Santa Margarita (Pacific coast). Intergrades with pyrrhus, México. Crotalus mitchellii angelensis Klauber Angel de la Guarda Island Speckled Rattlesnake 1963 Crotalus mitchellii angelicus Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist, 75(5) :73-80. Type locality: Isla Angel de la Guardia, México. Range: Isla Angel de la Guardia, México. Crotalus mitchellii muertensis Klauber El Muerto Island Speckled Rattlesnake 1949 Crotalus mitchellii muertensis Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 77(6) :97. 1952 Crotalus mitchellii muertensis; Klauber, Buli. Zool. Ser. San Diego, (26) : 123. Typelocality : El Muerto Island, San Luis group, Gulf of Cali¬ fórnia, coast of Baja Califórnia, México. Range: Known only from type locality. Crotalus mitchellii pyrrhus Cope Southwestern Speckled Rattlesnake 1866 Caudisona pyrrhas Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia., 75:308. 1875 Crotalus pyrrhus; Cope, In Yarrow, Surv. W. of 100 at Merd. (Wheeler) 5(5) :535. 1895 Crotalus mitchellii pyrrhus; Stejneger (partim) Rept. U. S. Nat. Mus., 1893:456. 1922 Crotalus godmani; Schmidt, Buli. Amer. Mus. Nat. Hist., JÍ6 (11) :701. 1936 Crotalus mitchelli pyrrhus ; Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 5(19) : 157. 233 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO IIOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakea of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. lnat. Butantan, 1,2/ 1,3: 179-310, 1978/79. 1956 Crotalus mitchellii pyrrhus; Klauber, Rattlesnakes. Type locality: “Not stated” [stated by Klauber 1956] as a "Canyon Prieto, Yavapac County, Arizona”, U.S.A. Range: Southern Califórnia, Southern Nevada, Western Arizona, Northwestern Sonora, México, Northern Baja Califórnia, U.S.A. Crotalus mitchellii stephensi Klauber Panamint Rattlesnake 1930 Crotalus confluentus stephensi Klauber, Trans, San Diego Soc. Nat. Hist., 6(3) :108. 1936 Crotalus mitchellii stephensi Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 6(19) :162. Type locality: 2 miles west of Jackass Springs, Panamint Moun- tains, altitude 6, 200 ft., Inyo County, Califórnia. U.S.A. Range : The rocky mountain desert areas of Southwestern Nevada and east central Califórnia, U.S.A. Crotalus molossus molossus Baird and Girard Northern Black-Tailed Rattlesnake 1853 Crotalus molossus Baird and Girard, Cat. Sn. Amer. Rept., (1) :10. 1854 Crotalus ornatus Hallowell, Proc. Acad. Nat. Sei. Philadelphia., 7:192. 1936 Crotalus molossus molossus; Gloyd, Occ. Papers Mus. Zool. Univ. Midi., (325) :2. 1956 Crotalus molossus molossus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :39. Type locality: Fort Webster, Santa Rita dei Cobre, Grand County, New México, U.S.A. Range: From Central Texas to Western Arizona, U.S.A., México, Northern México. Crotalus molossus estebanensis Klauber San Esteban Island Rattlesnake 1949 Crotalus molossus estebanensis Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 11(6) :104. Type locality: San Esteban Island, Gulf of Califórnia, México. Range: Only on San Esteban Island, Gulf of Califórnia, México. Crotalus molossus nigrescens Gloyd Mexican Black-Tailed Rattlesnake 1936 Crotalus molossus nigrescens Gloyd, Occ. Papers Mus. Zool. Un Midi., (325) :2. 1956 Crotalus molossus nigrescens; Klauber, Rattlesnakes, 1 : 39-40. cm SciELO 10 11 12 13 14 15 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vipers Viperoidea, Viperidae. Crotalinae. Mem. Inat. Butantan, Ui/hS: 179-310, 1978/79. Type locality: 4 mil, West of La Colorada, Zacatecas, México. Range: Tableland from Southern Sonora, Southwestern Chihua- hua and Southern Coahiula to Oaxaca and Veracruz. Probably also in Eastern Jalisco, Aguas Calientes and Morelos, México. Crotalus polystictus Cope Mexican Lance-Headed Rattlesnake 1865 Caudisona polysticta Cope, Proc. Ac. Nat. Hist. Philadelphia., 17: 191. 1875 Crotalus polystictus; Cope, in Yarrow, Surv. W. of. 100th Mer. (Wheeler) 5(4) :533. 1877 Crotalus jimenezii Dugés, La Naturaleza, 4 :23. 1956 Crotalus polystictus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :40. Type locality: Restricted [Taylor et Smith 1950] Tupátaro, Guanaputo, México. Range : Tableland of Central México from Southern Zacatecas to Central Veracruz including Eastern Jalisco, Guanajuato, Michoa- can, Distrito Federal Morelos and east-Central Veracruz. Probably also in State Aguas Calientes, Gueretaro, Hidalgo, México, Tlaxcala, Puebla and Oaxaca, México. Crotalus pricei pricei Van Denburgh Western Twin-Spotted Rattlesnake 1895 Crotalus pricei Van Denburgh, Proc, Calif. Ac. Sei., 5 (2) :856. 1931 Crotalus triseriatus pricei; Klauber, in Githens and George, Buli. Ant. Inst. Amer., 5(2) :33. 1946 Crotalus pricei pricei; Smith, Univ. Kansas Sei. Buli, 31 part 1(3) :79. 1956 Crotalus pricei pricei ; Klauber, Rattlesnake, 1 :40. Type locality: Huachuca Mountain, Cochise County, Arizona, U.S.A. Range : Southeastern Mountain of Arizona, México, Northwestern Mountains. Including the Pinaleo, Santa Rita, Huachuca and Chiricahua Mountains in Arizona, and the Sierra Tarahumare and Sierra Madre in Eastern Sonora, Western Chihuahua and Durango, probably also in the mountains of Eastern Sinaloa and Northern Nayarit, U.S.A. Crotalus pricei miquihuanus Gloyd Eastern Twin-Spotted Rattlesnake 1936 Crotalus triseriatus triseriatus; Klauber (partim) Trans. San Diego Sei. Hist. Nat., 8(20) :248. 1940 Crotalus triseriatus miquihuanus Gloyd, Chicago Acad. Sei. Spe. Publ., (4) :102. 235 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE S.A.R.W.L. — Poisonous snakes of the world. — Part I — Check list of the Pit Vjpers Viperoidea, Viperidae, Crotalinae. Mem. lnt. Butantun, b2/b3: 179-310, 1978/79. 23G 1946 1956 1952 1956 1892 1949 1956 1922 1978 1975 Crotalus pricei miquihuanus; Smith, Univ. Kansas Sei. Buli., 31 part 1(3) :79. Crotalus pricei miquihuanus ; Klauber, Rattlesnake, 1 :41. Type locality : Cerro Potosi, near Galeana, Nuevo León, México. Range: Southeastern Nuevo León and Southwestern Tamaulipas, and extreme Southeastern Coahuila México. Crotalus pusillus Klauber Tancitaran Dusky Rattlesnake Crotalus pusillus Klauber, Buli. Zool. Soc. San Diego Soc. Nat. Hist, S (20) :247. Crotalus pusillus; Klauber, Rattlesnakes, 1 :41. Type locality : Tancitaro Michoacan, alt. 5000 ft., México. Range: Mountains of Western Michoacan and Southern Jalisco, México. Crotalus ruber ruber Cope Red Diamond Rattlesnake Crotalus adamanteus ruber Cope, Proc. U.S. Mus., 14:690. Crotalus ruber ruber, Klauber, Trans. San Diego Soc. Nat. Hist., 11 (5) :59. Crotalus ruber ruber; Klauber, partim Rattlesnakes, 1 :41. Type locality : Not designated. Restricted [Smith et Taylor 1959] to Dulzura, San Diego County, Califórnia, U.S. A. Range: USA Southwest Califórnia to México, Northern Baja Califórnia. Crotalus ruber elegans Schmidt Ángel de la Guarda Red Diamond Rattlesnake Crotalus atrox elegans Schmidt, Buli. Amer. Mus. Nat. Hist., 4 CQ o rf 'co w w \ o O O CM Dl Tf 00 (M Tf o 00 CD CD CD CD CD o LO 00 w\ w CM o o o o o Q rH t> CD CD CD CD | c n 05 LO O O O CD ’ cS g CD cS Jh bc oT Tf CD CD CD CD CD \ww O O O Tf Tf bO bO d. á. O tf- tf m Sh c- t- £ t— Tf CD CD CD CD CD CM CM w g r -rí ti* Om CM s o Tf O O O CO CO II II CD LO CD CD CD CD CD jZ X CQ Qí M O Tf CO O O O tH rH Tf 00 CM Tf Q 00 oí CO CO CD CP CP O LO -1 (M O O O O O O rH oT LO to to to to 1 ww O O O CD 1 a s CD CS Jh bo o t> CD CD CD CD CD bc bí o 05' Tf w \w O O O Tf Tf =L á. 00 00 s-< LO LO c ü t> Tf CD CD CD CD CD Tf Tf g \ww O O O O O O O Tf 00 t- O H CO CD 15. 2 . Antivenenos botrópicos Utilizamos os antivenenos de B. jararaca, B. moojeni e B. neuwiedi, monovalentes, fornecidos pelo Instituto Butantan e apresentando os títulos 10,0 mg/ml, 4,0 mg/ml e 2,0 mg/ml, respectivamente. 3. Animais utilizados e vias de inoculação Utilizamos camundongos adultos jovens, de 18 a 22 g, sem distinção de sexo, nos quais as inoculações eram realizadas por via intraperitoneal ; o período de observação foi de 48 horas. 338 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARROEL, M.: ROI.IM ROSA, R.: ZELANTE, F. & GUIDOLIN, R. — Evideneiação em camunilonRos da soroneutralização paraespeeUiea entre venenos e antivenenos botrópicos. Mem. Inst. UiUantan, 4Í/44.-337-344, 1978/79. 4. Neutralização cruzada dos antivenenos botrópicos Devido à sensibilidade dos animais ao fenol (agente preservativo), todos os antivenenos foram diluídos a 1/2. Para a realização das reações, tanto as específicas como as cruzadas, foi mantido constante o volume dos antivenenos (0,5 ml), sendo a eles adicionadas doses variadas do veneno e completado o volume para 1,0 ml, com a adição de solução salina (solução de cloreto de sódio a 0,85%). A mistura era, então, incubada a 37°C durante 30 minutos e integralmente inoculada. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os três antivenenos botrópicos monovalentes foram titulados, através de reações específicas e paraespecíficas, frente aos sete venenos utilizados. Os resultados constam das tabelas 1 a 10. TABELA 1 Doseamento do antiveneno de B. jararaca (0,5 ml), colocado frente ao veneno de B. jararaca (DL50 = 44,58 /rg) e inoculado, por via intraperitoneal (1,0 ml), em camundongos de 18 a 22 g. Veneno de D. jararaca Sol. salina ml Incubação Tempos dc observação mg ml 24 h 48 h 2,50 0,250 0,250 37°C O/G 0/6 2,75 0,275 0,225 0/6 0/6 3,00 0,300 0,200 X 0/6 0/8* 3,25 0,325 0,175 0/G 5/0 3,50 0,350 0,150 30 min. 4/6 6/6 * Título: 1 ml de antiveneno dc B. jararaca neutraliza 12 mg de veneno específico. TABELA 2 Doseamento do antiveneno de B. jararaca (0,5 ml), colocado frente ao veneno de B. alternatua (DL50 — 64,14 fj,g ) e inoculado, por via intraperitoneal (1,0 ml), cm camundongos de 18 a 22 g. Veneno de B. alternatus Sol. salina ml Incubação Tempos de observação mg ml 24 h 48 h 1,50 0,150 0,350 37°C 0/6 0/6 1,75 0,175 0,325 0/G 0/6* 2,00 0,200 0,300 X 0/6 1/S 2,25 0,225 0,275 2/G 3/6 2,50 0,250 0,250 30 min. 3/G 6/6 * Título: 1 ml de antiveneno de B. jararaca neutraliza 7 mg de veneno de B . altcrnatus. 339 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARIÍOEL, M.; ROLIM ROSA, R.; ZELANTE, F. & GUIDOLIN, R. — Evidenciação em camundongos da soroneutralização paraespecífica entre venenos e antivenenos botrópicos. Mem. Inat. Butantan, W/iS: 337-344, 1978/79. TABELA 3 Doseamento do antiveneno de B. jararaca (0,5 ml), colocado frente ao veneno de B. cotiara (DL50 = 100,86 fj,g ) e inoculado, por via intraperitoneal (1,0 ml), cm camundongos dc 18 a 22 g Veneno de B. cotiara Sol. salina ml Incubação Tempos de observação mg ml 24 h 48 h 1,00 0,100 0,400 37°C 0/6 0/6 1,25 0,125 0,375 0/6 0/6 1,50 0,150 0,350 X 0/6 0/6* 1,75 0,175 0,325 1/6 2/6 2,00 0,200 0,300 30 min. 3/6 6/6 * Título: 1 ml de antiveneno de B. jararaca neutraliza 6 mg de veneno de B. cotiara. TABELA 4 Doseamento do antiveneno de B. jararaca (0,5 ml), colocado frente ao veneno de B. neuwiedi (DL50 = 54,17 fig) e inoculado, por via intraperitoneal (1,0 ml), em camundongos de 18 a 22 g. Veneno de B. neuwiedi Sol. salina ml Incubação Tempos de observação mg ml 24 h 48 h 0,75 0,075 0,425 37°C 0/6 0/6* 1,00 0,100 0,400 0/6 2/6 1,25 0,125 0,375 X 1/0 3/6 1,50 0,150 0,350 2/6 4/6 1,75 0,175 0,325 30 min. 4/6 6/6 Título: 1 ml de antiveneno de B. jararaca neutraliza 3 mg de veneno de B. neuwiedi. TABELA 5 Doseamento do antiveneno de B. jararaca (0,5 ml), colocado frente ao veneno de B. pradoi (DL50 = 95,41 fig) e inoculado, por via intraperitoneal (1,0 ml), em camundongos de 18 a 22 g. Veneno d d B. pradoi Sol. salina ml Incubação Tempos de observação mg ml 24 h 48 h 0,50 0,050 0,450 37°C 0/6 0/6 0,75 0,075 0,425 0/6 0/6* 1,00 0,100 0,400 X 2/6 3/6 1,25 0,125 0,375 3/6 4/6 1,50 0,150 0,350 30 min. 6/6 — * Título: 1 ml de antiveneno de B. jararaca neutraliza 3 mg de veneno de B . pradoi. 340 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARROEL, M.; ROLIM ROSA, R.: ZELANTE, F. & GUIDOLIN, R. — Evidendação em camundonpos da soroneutralização paraespecífica entre venenos e antivenenos botrópicos. A/em. Inat. Butantan, 42/42:337-344, 1978/79. TABELA 6 Doseamento do antiveneno de B. jararaca (0,5 ml), colocado frente ao veneno de B. jararacussu (DL50 = 103 79 fxg) e inoculado, por via intraperitoneal (1,0 ml), em camundongos de 18 a 22 g. Veneno de 3. jararacussu Sol. salina ml Incubação Tempos de observação mg ml 24 h 48 h 0,50 0,050 0,450 37°C 0/C 0/C 0,75 0,075 0,425 0/C 0 10 1,00 0,100 0,400 X 0/C 0/C* 1,25 0,125 0,375 5/G 5/G 1,50 0,150 0,350 30 min. G/C — * Título: 1 ml de antiveneno de B. jararaca neutraliza 4 mg de veneno de B. jararacussu. TABELA 7 Doseamento do antiveneno de B. jararaca (0,5 ml), colocado frente ao veneno de B. moojeni (DL50 = 105,50 fx g) e inoculado, por via intraperitoneal (1,0 ml), em camundongos de 18 a 22 g. Veneno de B. moojeni Sol. salina ml Incubação Tempos de observação mg ml 24 h 48 h 0,75 0,075 0,425 37°C 0/6 0/6 1,00 0,100 0,400 0/G 0/6 1,25 0,125 0,375 X 0/6 0/6* 1,60 0,150 0,350 1/C 1/6 1,75 0,175 0,325 30 min. 6/G 5/6 * Título: 1 ml de antiveneno de B. jararaca neutraliza 5 mg de veneno de B. moojeni. Visando propiciar uma análise global, incluímos a tabela 8, que sumariza todos os resultados das reações de neutralização realizadas entre o antiveneno de B. jararaca e os sete venenos. TABELA 8 Títulos apresentados pelo antiveneno de B. jararaca quando colocado frente aos sete venenos botrópicos; o poder neutralizante está expresso em mg/ml e em DL50/ml. Venenos Títulos do antiveneno de B. jararaca mg/ml DL50/ml B. jararaca 12,0 269,18 B. alternatus 7,0 109,14 B. cotiara G,0 66,15 B. ncuwiedi 3,0 55,38 B. pradoi 3,0 31,44 B. jararacussu 4,0 38,54 B. moojeni 5,0 47,39 341 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 SII ES VILLARROEL, M.; ROLIM ROSA, R.; ZELANTE, F. & GUIDOLIN, R. — Evidenciação cm camundongos da soroneutralização paraespecífica entre venenos e antivenenos botrópicos. Mem. Inst. Butantan, 4-V-4S.-337-344, 1978/79. A análise dos dados expostos permite constatar que, quando da reação específica, 1 ml do antiveneno de B. jararaca neutraliza 12,0 mg ou 209,18 DL50 do veneno e quantidades variáveis das demais peçonhas, conforme o número de componentes imunogênicos comuns. Assim, as quantidades de veneno de B. alternatus e B. cotiara neutralizadas (7,0 mg/ml e 6,0 mg/ml, respectivamente) demonstram que estes venenos poderiam ser considerados antigenicamente próximos ao veneno de B. jararaca. Aliás, este fato já tinha sido por nós anteriormente demonstrado, através de técnicas imunoquímicas 13. As tabelas 9 e 10 expressam os resultados observados quando dos testes de soroneutralização entre os antivenenos específicos de B. moojeni e B. neuwiedi frente aos venenos estudados. TABELA 9 Títulos apresentados pelo antiveneno de B. moojeni quando colocado frente aos sete venenos botrópicos; o poder neutralizante está expresso em mg/ml e em DL50/ml. Venenos Títulos do antiveneno de B. moojeni mg/ml DL50/ml B. moojeni 5,0 47,39 B. jararaca 5,0 112,10 B. alternatus 5,0 77,95 B. cotiara 3,0 28,07 B, neuwiedi 3,0 55,38 B. pradoi 3,0 31,44 B. jararacussu 3,0 28,90 A atividade do antiveneno de B. moojeni é a mesma para os venenos de B. moojeni, de B. jararaca e de B. alternatus, quando expressas em mg de veneno neutralizado. Todavia, quando comparadas as atividades em DL50 neutralizadas, o antiveneno de B. moojeni, é mais ativo para os venenos de B. jararaca, de B. alternatus e de B. neuwiedi, que para o veneno específico. TABELA 10 Títulos apresentados pelo antiveneno de B. neuwiedi quando colocado frente aos sete venenos botrópicos; o poder neutralizante está expresso em mg/ml e em DL50/ml. Venenos Títulos do antiveneno de B. neuwiedi mg/ml DL50/ml B. neuwiedi 3,0 65,38 B. jararaca 2,0 44,86 B. alternatus 1,0 15,59 B. cotiara 1,0 9,36 B. pradoi 3,0 31,44 B. jararacu88u 2,0 19,27 B. moojeni 2,4 22,75 342 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARROEL, M.; ROLIM ROSA. R.; ZELANTE, F. & GUIDOLIN, R. — Evidenciação em camundongos da soroneutralização paraespecífica entre venenos e antivenenos botrópicos. Mrm. Intt. Butantan, Kt/kS: 337-344, 1978/79. Quanto ao antiveneno de B. neuwiedi, verificamos igual eficiência de neutralização cruzada para o veneno da espécie B. pradoi, seguida pelas espécies B. moojeni, B. jararaca e B. jararacussu, quando analisados em termos de mg de veneno neutralizados por ml. Assim, além de demonstrar, satisfatoriamente, a ocorrência de rea¬ ções cruzadas entre os vários venenos e antivenenos botrópicos, através de inoculação intraperitoneal em camundongos, confirmamos, também, a conveniência de que a titulação dessas substâncias biológicas se relacione à soroneutralização dos componentes tóxicos desses venenos. Os nossos resultados não podem ser cotejados com os de outros auto¬ res, que utilizaram critérios diferentes quanto aos animais de experimen¬ tação e às vias de inoculação. Como exemplos, Brazil e Rangel Pestana 3 (1909) e Vellard 16 (1930) usaram pombos, enquanto que Césari e Boquet4 (1937) empregaram coelhos; por outro lado, Schõttler 10' u, empregou as vias intravenosa e subcutânea de camundongos. No entanto, nossos resul¬ tados permitiram o estabelecimento de um modelo experimental que se presta, satisfatoriamente, para as finalidades às quais nos propusemos. A demonstração da importância da quantificação dos componentes tóxicos, ao invés dos coagulantes, quando da titulação de venenos e antivenenos botrópicos e a comprovação da existência de neutralização cruzada, quer nos parecer terem aberto novas perspectivas para o estudo do ofidismo, permitindo-nos recomendar este método como o mais condizente com as propriedades farmacológicas desses venenos. CONCLUSÕES 3. 4. O emprego da via intraperitoneal de camundongos nos possibilitou demonstrar, satisfatoriamente, a soroneutralização paraespecífica, com a utilização dos antivenenos de B. jararaca, B. moojeni e B. neuwiedi, colocados frente aos venenos botrópicos estudados; o antiveneno de B. jararaca neutraliza, com maior eficiência o veneno específico, seguindo-se dos venenos das espécies B. alternatus e B. cotiara; o antiveneno de B. moojeni neutraliza, com igual eficiência, os vene¬ nos das espécies B. jararaca, B. alternatus e o específico; o antiveneno de B. neuwiedi neutraliza, com igual eficiência, os vene¬ nos das espécies B. pradoi e B. neuwiedi, seguindo-se dos venenos de B. moojeni, B. jararaca e B. jararacussu. ABSTRACT: The authors demonstrate that the intraperitoneal inoculation in mice is also appropriate to evidence the reactions of paraspecific neutralization between sera of bothropic venoms and antivenins. The antivenins of B. jararaca, B. moojeni, and B. neu¬ wiedi were studied in relation to the venoms from the species B. ja¬ raraca, B. alternatus, B. cotiara, B. neuwiedi, B. pradoi, B. jara¬ racussu and B. moojeni. According to the obtained results, and confirmed by prior studies, it is proven that in measuring the activity of the toxic instead of the coagulant components would be more adequate for the study of bothropic venoms, since this proce- dure facilitates the adoption of a highly reproductive quantification of the factors responsible for the more serious consequences inherent to ophidic accidents. 343 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARROEL, M.; ROLIM ROSA, R.; ZELANTE, F. & GUIDOLIN, R. — Evidenciação em camundongos da soroneutralização paraespecífica entre venenos e antivenenos botrópicos. Mem. Inst. Butantan, ií/iS: 337-344, 1978/79. KEYWORDS: paraspecific serum neutralization of bothropic venoms; cross reaction between bothropic venoms and antivenins; utilization of mice in cross neutralization of bothropic venom sera. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BOLANOS, R.; CERDAS, L. & TAYLOR, R. The production and characte- ristics of a coral snake (Micrurus mipartitus Hertwigi) antivenin. Toxicon, 13: 139-42, 1975. 2. BRAZIL, V. Dosagem do valor antitóxico dos seruns antipeçonhentos. Rev. méd. São Paulo, 10: 457-C2, 1907. 3. BRAZIL, V. & RANGEL PESTANA, B. Nova contribuição ao estudo do envenenamento ophidico. Rev. méd. São Paulo, 12: 415-25, 1909. 4. CÉSARI, E. & BOQUET, P. Recherches sur les antigènes des venins et les anticorps des sérums antivenimeux. Ann. Inst. Pasteur, 58: 6-25, 1937. 5. CHRISTENSEN, P.A. Venom and antivenom potency estimation. Mem. Inst. Butantan, 33: 305-26, 1966. 6. FARMACOPEIA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. 2.a ed. São Paulo, Gráfica Siqueira, 1959. p. 1034-5. 7. PURANANANDA, C.; LAUHATIRANANDA, P. & GANTHAVORN, S. Cross immunological reactions in snake- venoms. Mem. Inst. Butantan, 33: 327-30, 1966. 8. ROSENFELD, G.; KELEN, E.M.A. & NUDEL, F. Neutralização cruzada do poder coagulante de venenos ofídicos com soros antivenenos. Ciên. Cult., 14: 254-5, 1962. 9. ROSENFELD, G. & KELEN, E.M.A. Cross neutralization of the coagulant activity of some snake venoms by antivenins. Toxicon, 4: 7-15, 1966. 10. SCHÕTTLER, W.H.A. Antigen-antibody relations in the present antivenin production of Brazil. Amer. J. trop. Med., 31 : 500-9, 1951. 11. SCHÕTTLER, W.H.A. Serological analysis of venoms and antivenins. Buli. Wld. Hlth. Org., 12: 877-903, 1955. 12. SILES VILLARROEL, M. Contribuição ao estudo de venenos e antivenenos botrópicos. São Paulo, 1977. /Tese — Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo/. 13. SILES VILLARROEL, M.; FURLANETTO, R.S.; ZELANTE, F. & ROLIM ROSA, R. Contribuição ao estudo imunoquímico de venenos botrópicos. III. Análise dos componentes antigênicos comuns através da dupla difusão em gel de ágar. Mem. Inst. Butantan, 40/41 :241-50, 1976/77. 14. SILES VILLARROEL, M.; ZELANTE, F.; ROLIM ROSA, R. & FURLA¬ NETTO, R.S. Padronização da titulação da atividade tóxica de venenos botrópicos, em camundongos. Mem. Inst. Butantan, 42/45:311-23, 1978/79. 15. SILES VILLARROEL, M.; ROLIM ROSA, R.; ZELANTE, F. & FURLA¬ NETTO, R.S. Padronização da avaliação da potência de antivenenos botró¬ picos, em camundongos. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 325-36, 1978/79. 16. VELLARD, J. Spécificité des sérums anti-ophidiques. Ann. Inst. Pasteur 44:148-70, 1930. 344 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Mem. In»t. Butantan 4f/4J:346-355. 1978/79 PADRONIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE NECROSANTE DE VENENOS BOTRÓPICOS E DA POTÊNCIA ANTINECROSANTE DO ANTIVENENO DE B. JARARACA Medardo SILES VILLARROEL* Flávio ZELANTE** Raymundo ROLIM ROSA*** Reynaldo Schwindt FURLANETTO**** RESUMO: Após a comprovação de que a cobaia ( Cavia porcellus) , dentre os animais usuais de laboratório, é o que apresenta maior sensibilidade local aos venenos botrópicos em estudo, os autores verificaram a atividade necrosante local dos venenos de B. jararaca, B. alternatus, B. cotiara, B. neuwiedi, B. pradoi, B. jararacussu e B. moojeni, padronizando-a em termos de Dose Mínima Necrosante (DMN) ou Unidade Necrosante (UN). Constataram que o veneno da espécie B. moojeni é o que apresenta maior atividade local, ao passo que os venenos de B. alternatus e B. jararacussu demonstraram ser menos ativos. Foi possível o estabelecimento do conceito de Unidade Antinecrosante (UAN) do antiveneno de B. jararaca, em relação ao veneno específico. Constataram, também, que o efeito neutralizante de uma UAN do antiveneno de B. jararaca somente exerce plena atividade quando administrada por via intravenosa, imediatamente após a inoculação de uma DMN do veneno específico. UNITERMOS: Ação local dos venenos botrópicos; quantificação da atividade necrosante de venenos botrópicos; quantificação da ati¬ vidade antinecrosante do antiveneno de B. jararaca. INTRODUÇÃO As observações de Brazil e Rangel Pestana 3 (1909) e de outros pesquisadores que os seguiram *• *■ *• 7> 8- n, comprovaram que os venenos botrópicos' possuem, além de suas atividades tóxica e coagulante, uma ação • Professor Livre Docente do Departamento de Microbiologia e Imunologia do Instituto d« Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. •• Professor Adjunto do Departamento de Microbiologia e Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. ••• Diretor do Serviço de Imunologia do Instituto Butantan e Professor Assistente Doutor do Departamento de Microbiologia e Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Univer¬ sidade de São Paulo. •••• Professor Catedrático do Departamento de Microbiologia e Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (“in memoriam’*). Endereço para correspondência: Caixa Postal 4365 — São Paulo — Brasil. 345 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARROEL, M.; ZELANTE, F.; ROLIM ROSA, R. & FURLANETTO, R.S. — Padronização da avaliação da atividade necrosante de venenos botrópicos e da potência antinecrosante do anti- veneno de B. Jararaca, Mem. Inat. Butantan, W/íS: 345-356, 1978/79. local responsável pela necrose do tecido afetado, cuja intensidade é variável de acordo com a espécie de serpente e com a dose de veneno inoculada. Esta atividade, responsável pelas seqüelas dos acidentes botrópicos, não tem merecido a devida atenção dos pesquisadores, sendo poucos os trabalhos experimentais em que é analisada. Eichbaum4 (1947) verificou que a inoculação intravenosa de anti- venenos botrópicos mono e polivalentes, após a administração do veneno de B. jararaca por via intradérmica em cães e em coelhos, não impedia a ação necrosante do veneno, mesmo quando o imunessoro era inoculado em altas doses. Schõttler 10 (1955/56), através de inoculações subcutâneas em camun¬ dongos, verificou que a severidade das reações locais dependia da dose do veneno botrópico inoculado e não da sua real toxicidade. Estes efeitos eram neutralizados, até determinado grau, pelos antivenenos específicos, mesmo quando aplicados em doses adequadas. Araújo e Belluomini 2 (1960/62) verificaram, em várias espécies de animais domésticos e de laboratório, a sensibilidade local a venenos de serpentes do gênero Bothrops. A cobaia demonstrou ser mais sensível principalmente aos venenos das espécies B. neuvnedi, B. jararaca, B. atrox e B. jararacussu. Homma e Tu* (1970), estudando a ação de antivenenos sobre o efeito local conseqüente à inoculação de venenos de serpentes do sudeste da Ásia, demonstraram, em camundongos, que o antiveneno, inoculado por via intravenosa, exerce atividade neutralizadora, principalmente quando administrado imediatamente após a inoculação do veneno. Quando ino¬ culado 10 a 30 minutos após, o antiveneno tem sua atividade neutraliza¬ dora diminuída em relação ao efeito local. Por outro lado, quando inocu¬ lado por via intramuscular, deixa de exercer qualquer efeito protetor. Baseados nessas considerações, nos propusemos a quantificar a ação local de sete venenos botrópicos mais comuns e a verificar a quantidade do antiveneno específico necessário para impedir essa ação local, quando inoculado imediatamente e quando inoculado em tempos variados, após a aplicação do veneno necrosante. MATERIAL E MÉTODOS 1 . Venenos utilizados Utilizamos venenos das espécies B. jararaca, B. alternatus, B. cotiara, B. neuwiedi, B. pradoi, B. jararacussu e B. moojeni, obtidos, processados e conservados de acordo com o descrito em trabalhos anteriores 12’ 13 2 . Animais utilizados Baseados nos resultados de testes preliminares realizados em camun¬ dongos, hamsters, cobaias e coelhos, padronizamos o emprego de cobaia branca ( Cavia porcellus) de 300 a 350 g de peso. sem distinção de sexo, 346 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARROEL, M.; ZELANTE, F.; ROLIM ROSA. R. & FURLANETTO. R.S. — Padronização da avaliação da atividade necrosante de venenos botrópicos e da potência antinecrosante do anti- veneno de B. Jararaca, Afem. Inat. Butantan, 42/-4J.-345-355. 1978/79. por ter este animal apresentado maior sensibilidade local aos venenos em estudo. 3. Determinação da Dose Mínima Necrosante (DMN) ou Unidade Necrosante (UN) de venenos botrópicos Convencionamos como Dlv N ou UN a menor quantidade de veneno botrópico, contido num volume de 0,1 ml, necessária para provocar uma área de necrose de 6 a 8 mm2, íum período de observação de 72 horas, quando inoculada por via intradérmica no abdômen depilado de cobaias de 300 a 350 g de peso. Eram inoculadas doses correspondentes a 40, 80, 160 e 320 [ig de cada um dos venenos, em quatro pontos eqüidistan- tes da região ventral depilada da cobaia, segundo um escantilhão previa¬ mente determinado. O veneno de B. jararaca foi considerado como padrão. 4. Antiveneno botrópico empregado Utilizamos o antiveneno de B. jararaca, fornecido pelo Instituto Butantan e por nós titulado em camundongos (lml neutralizava 12 mg de veneno específico). 5. Atividade neutralizante do antiveneno de B. jararaca para uma DMN do veneno específico Imediatamente após a inoculação de uma DMN do veneno de B. jara¬ raca, eram administradas, por via intravenosa (veia digital de uma das patas), quantidades variáveis do antiveneno. A leitura, baseada no desen¬ volvimento de lesões na área inoculada, era realizada até 72 horas após. Complementando esta verificação, outras cobaias inoculadas com a mesma quantidade de veneno, receberam o antiveneno em tempos diferentes (15 minutos, 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 4 horas e 8 horas) , a fim de se verificar até quanto tempo a inoculação do antiveneno específico poderia interferir na ação de uma DMN do veneno. RESULTADOS E DISCUSSÃO A cobaia, demonstrando ser o animal mais sensível, prestou-se satis¬ fatoriamente para a quantificação de atividade necrosante dos venenos botrópicos. Esta verificação vem de encontro às observações de Araújo e Belluomini 2 (1960/62). A quantificação em termos de Dose Mínima Necrosante (DMN) ou Unidade Necrosante (UN) por nós estabelecida, teve a finalidade de aferir a atividade local dos venenos botrópicos e de servir, também, de base para a aferição do título antinecrosante dos antivenenos específicos. Nossa conduta se baseou nas observações de Furlanetto 5 (1961) relativas aos venenos aranêicos do gênero Loxosceles. A tabela 1 apresenta os resultados dos testes para a determinação da Dose Mínima Necrosante (DMN) dos sete venenos ensaiados. 347 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 * SILES VILLARROEL, M.; ZELANTE, F.; ROLIM ROSA, R. & FURLANETTO, R.S. — Padronização da avaliação da atividade necrosante de venenos botrópicos e da potência antinecrosante do anti- veneno de B. Jararaca, Mcm. /nai. Butantan, Í2/ÍS: 346-365, 1978/79. E Oí G a > £ 03 O E U Oí T3 ca u < W PQ ◄ ca O "O r2 3 O O G Xíl O O • |H Oi vO Jh H-> o eO m o O Oí O Oí > ca oí a H-> »e-» aí ca ca pÕ aí S 'V £ § Q G ca ca o ÍH o aí £ ca s *G S aí ca O Q ca "O o «ca o ca G s >H aí 4-> aí Q 348 iO O o q rH Tf O 00 o Tf o 00 o Tf O cq o O 1 X X X | | X X i | X X 1 X X X t> o Oi o Tf rH t> O o tH O o rH iO © oq O CO rH w 1 1 1 1 1 1 1 1 i I 1 1 1 i 1 1 CM t- 1 1 1 1 1 1 1 1 i 1 1 1 1 i 1 1 Eq 1 + + + 1 1 + + i 1 + + 1 i + + W 1 + + + 1 1 + + i 1 + + 1 + + + £ 1 + + + 1 1 + + i 1 + + 1 + + + K 1 1 1 1 1 1 1 1 i 1 1 1 1 i 1 1 m rfl 1 1 1 1 1 1 1 1 i 1 1 1 1 i 1 I W o o 00 Tf Eq 1 + + + 1 1 + + i 1 + + + + + + 1 + + + 1 1 + + i 1 + + + + + + m PQ £ 1 + + + 1 1 + + i 1 + + 1 + + + O W 1 1 1 + 1 1 1 + i 1 + + 1 i + + X Tf 1 1 1 + 1 1 1 + i 1 + + 1 i + + O ti o ti O tí O ti -si so O 03 ti ti so O &3 £ ti SO **»o ti r« r< HO O CQ tí • HO O ti £*» HO O cq 1 ti SciELO 10 11 12 13 14 15 16 cm SILES VILLARROEL, M.; ZELANTE, F.; ROLIM ROSA, R. & FURLANETTO, R.S — Padronização da avahaçao da atividade nocrosante de venenos botrópicos e da potência antinecrosante do anti- veneno de B. Jararaca, Mem. Inst. Butantan, 1*2/1**: 345-355, 1978/79. m c3 u o rp 00 Tf CO P u *53 s Qi CO 03 P O > cS Q) P O -4-> +-> P P P c 0) (D -*-> -4-> -*_» g tí tí P a; 0) aS SO p bo o3 O S T3 O* <1> V Q) Q) *4-4 rp P H w fa CU £ 349 * SciELO LO 11 12 13 14 15 16 cm SILES V1LLARR0EL. M.; ZELANTE, F.: KOLIM ROSA, R. & FURLANETTO, R.S. — Padronização da avaliação da atividade neerosante de venenos botrópicos e da potência antinecrosante do anti- veneno de li. Jararaca, Mcw. Inat. llutantav, 4~/4-?.'345-355, 1978/79. Verificamos que a DMN dos venenos de B. jararaca, B. cotiara, B. nemviedi e B. pradoi, está ao redor de 160 ixg; para os venenos de B. alternatus e de B. jararacussu está na ordem de 320 |ig e, finalmente, para o veneno de B. moojeni está compreendida entre 80 e 160 y.g. Baseados nestes resultados e em nossas condições experimentais, ressal¬ tamos que o veneno de B. moojeni induziu a uma ação necrótica mais intensa do que a apresentada pelos outros seis venenos. Por outro lado, os venenos de B. alternatus e de B. jararacussu mostraram-se menos ativos quanto a este aspecto. Assim, considerando-se cada um dos venenos isoladamente, o seu efeito local é proporcional à dose inoculada intrader- micamente. De uma forma constante, até duas horas após a inoculação, os primeiros sinais caracterizaram-se pelo aparecimento de edema e de equimose; 24 horas após, seguiam-se flictena e hemorragia, principal¬ mente nos animais que receberam 160 a 320 i xg do veneno e, para a maioria das peçonhas, a necrose tornou-se evidente a partir de 80 ^.g. Em 48 horas já não eram constatados flictena e hemorragia; porém, o edema e a equimose persistiram, embora em fase de regressão. Obvia¬ mente, a necrose tornou-se mais evidente nos animais que receberam maiores doses de veneno, sendo melhor caracterizada na leitura de 72 horas. A determinação da DMN dos venenos estudados, nos permitiu verifi¬ car a quantidade do antiveneno de B. jararaca capaz de impedir, completa¬ mente, a atividade neerosante do veneno específico. Inicialmente, inocula¬ mos intradermicamente uma DMN (160 p.g) do veneno de B. jararaca no abdômen depilado de cobaias. Imediatamente após, era inoculado, por via intravenosa, 1 ml de cada diluição do antiveneno específico (1/10, 1/20, 1/40, 1/80 e 1/160), cujo título antitóxico, por nós determinado, neutra¬ lizava 12 mg/ ml. As leituras eram realizadas até um período máximo de 72 horas. A tabela 2 sumariza os resultados obtidos. Os dados expostos na tabela 2 demonstraram que uma DMN do veneno de B. jararaca, em nossas condições experimentais, foi neutrali¬ zada, completamente, por 1 ml de antiveneno específico diluído a 1/10. Um mililitro da diluição a 1/20 reduziu consideravelmente a necrose provocada por uma DMN do veneno. Por outro lado, os animais controles, inoculados só com o veneno, apresentaram, em média, uma necrose de 6,3 mm2. Quando comparados com este valor, os resultados da proteção parcial de 1 ml do antiveneno diluído a 1/20, 1/40 e 1/80, apresentaram as seguintes áreas de necrose: 0,9, 3,0 e 4,8 mm-, respectivamente. No entanto, 1 ml do antiveneno diluído a 1/160, não revelou nenhuma ação protetora, pois a necrose era praticamente igual ao controle. Estas consta¬ tações nos possibilitaram estabelecer a unidade de medida antinecrosante. Assim, conceituamos Unidade Antinecrosante (UAN) como a menor quantidade de antiveneno que, imediatamente após a aplicação do veneno, é inoculada intravenosamente em cobaia de 300 a 350 g, é capaz de neutralizar integralmente o efeito local de uma DMN, administrada por via intradérmica. No caso presente, o título do antiveneno de B. jararaca corresponde a 10 UAN/ml, apresentando, por outro lado, um título antitóxico correspondente a 12 mg/ml. Uma vez determinadas a DMN e a UAN, restaria saber até quanto tempo após a inoculação do veneno, o antiveneno teria capacidade de impedir ou diminuir a necrose. Partindo desta premissa, realizamos nossas 350 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SILES VILLARROEL, M.; ZELANTE, F.; ROLIM ROSA. R. & FURLANETTO. R.S. — Tadronização da avaliação da atividade necrosante de venenos botrópicos e da potência antinecrosante do anli- veneno de B. Jararaca, Mcm. Inst. fíutantan, ‘345-355, 1978/79. m-* a c r-| $3 a o 0) a; d) 0 *-£ 05 *rí c/2 T T T 7 C/3 c/2 O d) S-< ' ' s""’ a + « CD D e o a'0 2 £ so Cq 02 T3 O g 02 G Cfl 02 cu > 'G n g co < W PQ <3 O T3 G G 02 o u o 02 .s Vj G <3 0) T3 G *G G s a; T3 ü g g s E& o'0 .2 g ÍH 02 -£ -4— 1 G G ,r- * c3 G G . CS3 *3 *H +-> G O) G Sh O d a£ 02 VrH O — * 02 03 rv g & G ^ 02 > G Sh .2 o a •Th 02 0) V-> G G O ro o >G Ch G O Ü G 02 'O a G 02 G Sh o ,G s 0) o »G o» G > Sh 02 02 rQ O w ÊH cr w w co Tf « cr W W £ ffi cr W W g o T3 02 Sh G -M G a) 02 O O G a 02 a g 01 > o .5 r2 ^ tí 33 3 O 3 O <03 « tf J-i 3 01 o ti ° 3 3 00 O cT o o o o cd X X X X X X X co ço r> 00 03 00 o o o o o cT o I + + + + + + + + + + + + + + + + + ! + + + + + + I + + + + + + I + + + + + + <111111 I I I I I I I I + + + + + + + + + + + + + 3 3 co O 02 O G G a s s «2 G Sh O rG 02 G Sh O X 02 g Sh O aG m o co (M Tf oo + + + o G 02 G 02 > O T3 O -+-> G O O o o o O > > > > 4-> 4-> 4-> G G G G bo bn bC bc 02 0) 02 02 3 3 G 3 I I 1 1 1 1 1 1 O O O o > > > > U-J 4-> 4-> 02 02 02 02 O O O O p. p. a a /-““V + + + + cO S 02 T3 02 02 02 O £ G O cr G 02 <+H G G 02 br) 02 02 G u o G co Tf 02 G .Sh *02 a 'u a 02 G G O *-£ g bQ 02 G ws G « O S O 02 !Tj d • 02 02 02 O 02 a £ a ^ x +® w oT r- 03 a a 02 O G G 02 04 02 t> 02 P.B 02 O bo G Sh Sh O e 02 02 O Sh — _ CJ ^ 02 Q2 H W fc K 15 353 SciELO LO 11 12 13 14 15 16 cm S1LES VILLARROEL, M.; ZELANTE, F.; ROLIM ROSA, R. & FURLANETTO, R.S. — Padronização 3 ' '3 » 3 ’ r'=h,^-oh R'=H, J3-OH R'=H,^-OAc R'=0 R -H,J3-0C0-y y-Br Acetylation of the methyl ester 2 produced a secondary acetate 2a, mp 215-220.°, lit. 244.° :t and Jones oxidation a keto compound 2b, mp 193-196.°, lit. 192.° Bromobenzoylation in turn furnished the p-bromobenzoate 2c, mp 238-242.°. Although the physical constants of the methyl ester 2 and its keto derivative 2b were in agreement with the published figures of the corresponding derivatives of ursolic acid, the melting point of the acetate 2a pointed out a striking difference. However the spectroscopic data of all the derivatives were in concordance with those reported in the litterature. The structure of compound 1 and its identity with ursolic acid was then established by direct comparison (IR) with an authentic sample.. The structure and stereochemistry of the acid 1 was also and independently settled by a single crystal X-Ray diffraction analysis of the bromobenzoate of methyl ursolate 2c ’4. Oleanolic, ursolic and related triterpenic acids have been found in va- rious members of the Labiatae family 2‘ 3> 5’ 6‘ 15, n. In the case of Peltoclon radicayis the physical data of the acid 1 and its acetyl methyl ester 2a were in discord with those disclosed in the litterature. Such discrepancies have been reported and quoted to be due to persistent traces of a 71-amyrin contaminant. 1K. Mention should also be made of the two crystalline forms of methyl ursolate 2 as already observed by other authors I2, 13' 1H. Ursolic acid appears to be the major triterpenic 358 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 cm ZELNIK, R. MATIDA, A.K. & PANIZZA, S. — Chemistry of the Brazilian labiatae. Th" occurrencc of ursolic acid in Pcltodon radicans Pohl. — Mem. Inst. Butantan, 42/45:357-361, 1978/79. component of the leaves of Peltodon radicans. Two other more polar constituents were also detected by TLC but were not further studied. The effect of ursolic acid on the electrolyte excretion of adrena- lectomized rats 19 and on the decrease of blood cholesterol, lipoproteins and phospholipids in rabbits with experimental atherosclerosis 13 may account for the therapeutic value attributed by folk medicine to Labiatae which contain this acid11. EXPERIMENTAL Mps are uncorrected. IR spectra were recorded using KBr pellets. NMR spectra were recorded on a Varian 100 MHz spectrometer and are from Mr. S. Silber, University of Illinois at Urbana-Champaign. MS are from Mr. Koichi Mizuta, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo, operating on a RMU-7 Hitachi instrument. Elementaí analysis are from Dr. Riva Moscovici, Institute of Chemistry, University of São Paulo. Isolation procedure: The botanical material was collected in the vicinlty of São Paulo (Cotia) in October 1978. The ground dried leaves of P. radicans (1 Kg) were extracted with acetone and concentrated under reduced pressure to yield a viscous mass (15 g) which was chromatographed over silica gel. Benzene fractions gave /3-sitosterol (452 mg), mp 132 - 135.° (MeOH). Further elutions with benzene - CHC1.-. (1:1) furnished ursolic acid 1 (1.2 g), mp 250-260.° (MeOH), lit. 284.° 3. Methyl ursolate 2. To a suspension of 1 (400 mg) in CHCL (10 ml) an excess of diazomethane was added whereupon the product solubilized. After the usual work-up the residue (316 mg) was chromatographed on neutral alumina. Fractions from benzene yielded the methyl ester 2, mp 105-1 10.°/158-160.° (EtOH-U>0), lit. 109/166.° 1B. NMR (CDCla,8) : 0.74, 0.78, 0.83, 0.88, 0.92, 0.98, 1.09 (7 CH3) 1; 3.21 (dd, 8 and 4 Hz, CHOH) ; 3.58 (s, COOCtf3) I 5.24 (t, 4 and 2 Hz, H- 12). MS: m/e 470 (M+) , 455, 410, 262 (100%), 249, 203, 189, 175, 161, 147, 133. (Found: C 78.74, H 10.69; C31H50O3 requires: C 79.09, H 10.70%). Methyl ursolate 3 f3-acetate 2a. 80 mg of the methyl ester 2 were acetylated in the usual manner. Recrystallization from MeOH gave 75 mg of the acetate 2a, mp 215-220.°. IR: 1730 cm-1 (ester). NMR (8) : 2.02 (s, OCOCtf3), 4.5 (dd, 8 and 4 Hz, Ctf-OAc). (Found: C 77.37, H. 10.32; C33H52 04 requires : C 77.30, H 10.22%). Oxidation of methyl ursolate. To an ice-cooled solution of the methyl ester 2 (50 mg) in acetone (5 ml) Jone’s reagent (0.2 ml) was added and the mixture stirred for 10 min. After the usual work-up the precipitate was recrystallized in acetone to yield methyl ursonate 2b, mp 193-196.°. IR: 1725 (ester), 1700 cm-1 (C=0). MS: m/e 468 (M+), 453, 408, 262 (100%), 249, 233, 203, 189, 147, 133. (Found : C 79.08, H 10.02; C31H4S03 requires : C 79.43, H 10.32%). The doublets due to the two secondary methyl groups at C-29 and C-30 are not discernible [ 8 ] and assiífnment of all the methyle resonances in the 12-ursene group has been recently achieved by the use of lanthanide induced shift [ 16 ]. 359 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 ZELNIK, R. MATIDA, A.K. & PANIZZA. S. — Chemistry of the Brazilian labiatae. The occurrcncc of ursolic acid in Pcltodon radicans Pohl. — Mcm. Inst. Iiutantan, 42/43: 357-361, 1978/79. Methyl ursolate 3 p-bromobenzoate 2c. 200 mg of the methyl ester 2 and 200 mg of freshly distilled p-bromobenzoyl chloride in pyridine solution (3 ml) were left overnight at rt. After the usual treatment the precipitate was chromatographed over silica gel. Hexane-benzene fractions yielded the bromobenzoate 2c (270 mg), mp 238-242.° (acetone). MS: 654-652 (M+). (Found: C 69.92, H 8.13; CssHosCRBr requires: C 69.81, H 8.17%). ACKNOWLEDGEMENTS We thank Prof. C. H. Brieskorn who kindly provided us with a sample of ursolic acid, Prof. R. Braz Filho for helpful discussions and the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico c Tecnológico-CNPq for continuous financial support. The technical assistance of Messrs. Sebastião Ribeiro and Jovelino F. Da Silva is appreciated. RESUMO: O extrato acetònico de folhas da planta medicinal bra¬ sileira, Peltodon radicans Pohl (Labiada), contém sitosterol e ácido ursólico. A distribuição deste ácido e de triterpenos correlatos em Labiadas assim como suas ações farmacológicas são discutidas. REFERENCES 1. ANGELY, J. Flora Analítica e Fito geográfica do Estado de São Paulo, São Paulo, Phyton, 1970. v. 4, p. 848. 2. BERMEJO, J.; BRETON, J.L.; FUENTE, G. DE LA & GONZALEZ, A.G. Terpenoids of the Micromerias. I. Two New Triterpenic Acids Isolated from Micromeria benthami Webb et Berth. Tctrahedron Letters, :4649, 1967. 1'. BRIESKORN, C.H. & EBERHARDT, K.H. Die Oxytriterpensaüren der Salbeis. Arch. Pharm., 286: 124, 1953. 4. BRIESKORN, C.H. & SCHLUMPRECHT, L. Uber das Vorkommen von Ur- solsaüre im Salbei. Arch. Pharm., 28U: 239, 1951. õ. BRIESKORN, C.H. & ZWEYROHN, G. Zum Vorkommen von Drei Weiteren Triterpensaüren im Blatt von Rosmarinus officinalis L. Die Pharmazie, 25:488, 1970. 6. BRIESKORN, C.H. & RIEDEL, W. Die Triterpensaüren aus Coleus amboinicus Loureiro. Arch. Pharm., 810: 910, 1977. 7. BUDZIKIEWICZ, H.; WILSON, J.M. &. DJERASSI, C. Mass Spectrometry in Structural and Stereochemical Problems. XXXII. Pentacyclic Triterpenes. J. Am. Chem. Soc., 55:3688, 1963. 8. CHEUNG, T. & WILLIAMSON, D.G. NMR Signals of Methyl Groups of Triterpenes with Oxygen Functions at Positions 2, 3 and 23. Tetrahcdron, 25: 119, 1969. 9. FREISE, F.W. Plantas Medicinaes Brasileiras. Secretaria da Agricultura, In¬ dústria e Comércio do Estado de São Paulo. São Paulo, 1934. p. 178. 10. HUNECK, S. & SNATZKE, G. Uber die Triterpene aus der Rinde von Sam- bucus nigra L. und die Darstellung von 3-epi-Ursolsaüre. Chem.Bcr., .95:120, 1965. 11. MEZZETTI, T.; ORZALESI, G. & BELLAVITA, V. Chemistry of Ursolic Acid. Planta Médica, 20: 244, 1971. 12. MILLS, J.S. & WERNER, A.E.A. The Chemistry of Dammar Resin. J. Chem. Soc. :3132, 1955. 360 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 ZELNIK, R. MATIDA, A.K. & PANIZZA, S. — Chemistry of the Brazilian labiat ae. Th? occurrenco of ursolic acid in Peltodon radicava Pohl. — Mcm. Ivst. fíutantav, 4*//, 3:357-361, 1978/79. 13. PARFENT’EVA, E.P. Effect of Ursolic Acid and its Derivatives on Lipid Metabolism in Experimental Atherosclerosis. Khim. Farm. Zh., 13: 10, 1979; Chem. Abstr., 91:49279, 1979. 14. PATON, W.F. & PAUL, I.C. Methyl Ursolate 3-p-Bromobenzoate, C^HsaO.Br . Cryst. Struct. Comm., 8:201, 1979. 15. PETIT, G.R., KLINGER, H.; JORGENSEN, N.O.N. & OCCOLOWITZ, J. Steroids and Related Natural Products. XXVII. Salvia Apiana. Phytoehe- mistry, 5:301, 1966. 16. ROMEO, G.; GIANNETTO, P. & AVERSA, M.C. Constituents of Satureia calamintha. Application of Eu(fod)3 to the Assignments of the Methyl Reso- nances of Triterpenes Related to 12-Ursene. Org. Magn. Reson., 9:29, 1977. 17. SHAMSUDINOV, S.; DZHUMYRKO, S.F. & SIMONYAN, A.V. Polyphenols and Triterpenes from Salvia limbata. Khim. Prir. Soedin ( 1 ) : 95, 1979; Chem. Abstr., 91: 35706, 1979. 18. STOUT, G.H. & STEVENS, K.L. Yerba Buena. II. The Identification of Mi- cromerol as Ursolic Acid. J. org. Chem., 28: 1259, 1963. 19. WENZEL, D.G. & KOFF, G.Y. The Effect of Triterpenes on the Excretion of Sodium and Potassium by Rats. J. Am. Pharm. Assoe., 45: 372, 1956. 20. ZELNIK, R.; RABENHORST, E.; MATIDA, A.K.; GOTTLIEB, H.E.; LAVIE, D. & PANIZZA, S. Ibozol, a new Diterpenoid from Iboza riparia. Phyto- chemistry, 17:1795, 1978. 361 1, I SciELO Mem. Inst. Butantan 42/43, 363-365, 1978/79 CONTRIBUIÇÃO À TÉCNICA OPERATÓRIA DE SERPENTES VIII. TIMECTOMIA EM SERPENTES * F. G. LANGLADA” * L. DENARO*** M. C. A. REIS**** RESUMO : Os autores descrevem uma técnica operatória de reti¬ rada do timo em serpentes. Esta técnica foi realizada em serpentes recém-nascidas do gênero Bothrops, com a finalidade, de anular a defesa imunológica celular desses animais. Resultados pós-operatórios de seguimento, são consignados. UNITERMOS : Timectomia em serpentes. INTRODUÇÃO Nos vertebrados superiores, o timo é o órgão linfóide capacitado para a produção e diferenciação dos linfócitos T, responsáveis pela imunidade celular. Nesses animais, sua ablação neonatal acarreta sérios distúrbios imunológicos e tal recurso tem sido usado para esses estudos. Em serpentes, no entanto, os relatos a esse respeito são inexistentes e, dessa forma, o desenvolvimento de uma técnica operatória, para poder¬ mos dar seguimento aos nossos trabalhos sobre a imunologia desses animais, se fez necessário. MATERIAL De uma ninhada de serpentes Bothrops jararaca recém-nascidas, constituída por 10 filhotes, a retirada cirúrgica do timo foi realizada em 5 deles, restando os demais cinco filhotes como grupo controle para o estudo do pós-operatório e evolução posterior. Consideramos, como pós-operatório, o tempo transcorrido entre o ato cirúrgico e a cicatrização da ferida cirúrgica. Ambos os grupos (controle e experimental), foram mantidos em idênticas condições de laboratório : variação climática do ambiente, higiene e alimentação. Os timos retirados cirurgicamente, foram enviados à verificação histológica para comprovação e estudo desse órgão. Trabalho realizado com o auxilio do FEDIB e CNPq. Chefe da Seção de Anatomia Patológica do Instituto Butantan. Laboratório de Citopatologia da Div. de Patologia do Instituto Butantan. Bolsista da CST. 363 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 LANGLADA, F.G.; DENARO L. & REIS, M.C.A. — Contribuição a técnica operatória de serpentes VIII. Timeciomia em serpentes. Mcm. Inat. liutantav, 4-/ -4^:303-365, 1978/79. TÉCNICA CIRÚRGICA A contenção da serpente é feita manualmente, por um auxiliar que fixa a cabeça do animal por sua porção cervical, utilizando os dedos polegar e indicador de uma das mãos enquanto que a outra, sustenta o corpo do réptil sobre a mesa, em decúbito dorsal. Como assepsia usa-se água e sabão neutro e, a seguir, um antisséptico de contato do tipo Mertiolate ou Espadol, que se ministra em toda a circunferência do animal, numa faixa de 6 a 8 cm a partir da cabeça, em direção à cauda. Como via de acesso, foi realizada uma incisão mediana das escamas ventrais e da pele, iniciando-se na 60.a escama e concluindo-se na 75.a escama ventral, o que permite uma ferida cirúrgica de aproximadamente 15 mm. Afastando-se as bordas da incisão apresentam-se os gomos do timo, situados acima da glândula tireóide, um de cada lado da linha mediana. No filhote de serpente, o timo é um órgão par constituído por dois lobos, de formato semelhante a um grão de arroz, com aproximadamente 5 mm de comprimento e 1 mm de diâmetro. Apresenta cor amarelo palha, com aspecto de tecido adiposo, porém de consistência mais sólida, sempre revestido por uma capsula lisa brilhante e vascularizada. Os gomos do timo são retirados com pinça, sendo necessária apenas uma pequena tração da mesma para que o lobo tímico se desprenda, deixando feita a hemostasia dos vasos que o irrigam, pela própria tração. Nenhuma outra providência que um manuseio rápido e pouco trau¬ mático, é necessária. A sutura da pele é feita em pontos separados com cat-gut cromado 000 e agulha atraumática. Nenhum curativo sobre a ferida cirúrgica e nenhuma providência profilática pós-operatória são necessários. A cicatrização se dá entre 10 e 12 dias; os pontos são eliminados espontaneamente. Pós-Operatório : Não há alterações aparentes na conduta das serpentes timectomi- zadas, em relação ao grupo controle. Não perdem a agressividade, loco¬ movem-se e repousam normalmente. As mudas de pele são normais e a pele se descarta inteira, úmida e flexível. No grupo de serpentes timectomizadas, houve uma morte com 14 dias de pós-operatório. Na necropsia, não foram encontrados sinais de hemorragia, edema ou outro, atribuíveis ao ato cirúrgico. A cicatrização da pele era perfeita (causa mortis: caquexia). As demais serpentes do mesmo grupo, vivas até o presente momento, sobrepassam 150 dias de sobrevida, após o ato cirúrgico. 3G4 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Mcm. Inat. Dutantan 4*/4.?;367-371, 1978/79 NOTA PRÉVIA: SOBRE A POSSIBILIDADE DE UM ACÚMULO LINFÓIDE, ENCONTRADO EM ANTRO CLOACAL DE SERPENTES, CORRESPONDER À BURSA DE FABRICIUS DAS AVES *. F. G. de LANGLADA 1 R. L. MORAES Jr. 2 3 L. DENARO J. C. MACHADO4 UNITERMOS: Acúmulos linfóides em cloaca de serpentes. Bursa de Fabricius equivalente. Dentro da escala zoológica, são hoje bem conhecidos os sistemas linfohematopoiéticos e imunológicos, em sua morfologia e fisiologia, nas Classes de Aves e Mamíferos. A melhor definição é encontrada nas aves, que nitidamente possuem dois sítios bem definidos de produção de linfócitos : o timo, responsável pela produção de linfócitos T, e a Bursa de Fabricius, responsável pela produção de linfócitos B. Já, nos mamíferos, este último sítio até agora não foi encontrado. Alguns autores admitem a hipótese de que tais linfócitos sejam produzidos nas placas de Peyer; outros, por sua vez, admitem que a própria medula óssea, seja o sítio responsável por tal processo. Dentre os Répteis, Classe de Vertebrados imediatamente inferior às Aves, Sidky & Auerbach (1968), descrevem alguns agregados linfóides na região cloacal de crocodilos e Borysenko & Cooper (1971), os descre¬ vem em quêlonios. No entanto, em serpentes, esses acúmulos nunca foram observados. Por outro lado, se atentarmos para o aspecto das serpentes, ocorre- nos imediatamente a questão da necessidade de haver outros sítios produ¬ tores de linfócitos que não a medula óssea, uma vez que esta, pela própria conformação do esqueleto desses animais, é quase negligenciável. O objetivo de nosso trabalho, foi então procurar caracterizar, anatô¬ mica e histologicamente, por analogia a outros Vertebrados, se possível, os sítios mais provavelmente responsáveis pela produção de linfócitos para, posteriormente, caracterizar as funções imunológicas desses sítios. Num minucioso estudo anatômico e histológico da região cloacal de serpentes cascavéis ( Crotalus durissus), dentre a variedade de estruturas identificadas (Esquema 1), pudemos determinar, histologicamente, uma 1 — Chefe da Seção de Anatomia Patológica do Instituto Butantan. 2 — Seção de Anatomia Patológica do Instituto Butantan. 3 — Laboratório de Citopatologia. Div. de Patologia do Instituto Butantan. 4 — Diretor da Divisão de Patologia do Instituto Butantan. • Trabalho realizado com auxílio do FEDIB e CNPq. 367 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 LANGLADA, F.G.; MORAES JR.. R.L.; DENARO, L. & MACHADO, J.C. - Sobre a possibilidade de um acumulo linfoide, encontrado em antro cloacal de serpentes, corresponder à Bur !■ abncius das aves. Mcm. Inst. Butantan, W/bS: 367-371, 1978/79. ursa de 368 £ a; jo a. — « - 8 H ’b# -aJ 2 3 ° 3 «333 oc I II I I I l W * 2 3 4 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 cm I. ANGLADA, F.G.; MORAES JR., R.L.; DENARO, L. & MACHADO, J.C. — Sobre a possibilidade Z'J£ FOTO 3: Folículo linfóide primário, em forma de ‘‘dedo de luva”, ocasionando protusão da mucosa do antro cloacal (32 x). Tais acúmulos linfóides, pela sua localização e analogia, devem segu¬ ramente corresponder ao que nas Aves e conhecido como Bursa de Fabricius. Se, hipoteticamente, imaginarmos a ligeira elevação da porção caudal da coluna vertebral nas aves, em contraste com a linearidade da coluna vertebral das serpentes, o sítio de localização de tais acúmulos é análogo. O que se deve salientar, no entanto, é que nas aves a Bursa de Fabricius corresponde a um órgão verdadeiro, enquanto que nas serpentes, trata-se de um tecido embutido na estrutura da parede do antro cloacal, devendo ter a evolução se ocupado de especializá-lo e evidenciá-lo como um órgão. Uma das etapas posteriores deste nosso achado, implica na determi¬ nação fisio-imunológica desses linfócitos, ou seja, se correspondem tam¬ bém, como nas aves, à um sítio produtor de linfócitos B. Convém também salientar que nessas nossas buscas exaustivas de tecidos e órgãos produtores de linfócitos, para darmos seguimento aos nossos estudos da imunologia das serpentes, foram encontrados, ao longo do intestino grosso, acúmulos linfóides que sugerem uma analogia com as placas de Peyer encontradas nos mamíferos (Foto 4). 370 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 LANGLADA, F.G.; MORAES JR., R.L.; DENARO, L. & MACHADO, J.C. — Sobre a possibilidade de um acúmulo linfóide, encontrado em antro cloacal de serpentes, corresponder à Bursa de Fabricius das aves. A/em. Inat. Iiutantan, 42/43: 367-371, 1978/79. m FOTO 4: Acúmulo linfóide entre o epitélio e a muscular da mucosa de segmento do intestino gToaso, à semelhança das placas de Peyer (32 x). UNITERMS: Lymphoid aggregation in cloaca of snakes. Bursa of Fabricius, cquivalent. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORYSENKO, M. & COOPER, E.L. A histological study of lymphoid tissuc in the snapping turtle, Chelydra serpen¬ tina. 1971 SIDKY, Y. A. & AUERBACH, R. Tissue culture analysis of immunological capacity of snapping turtles. J. Exp. Zoology, 167: 187-196, 1968. 371 cm 2 3 4 SciELO LO 11 12 13 14 15 16 Mrm. Inst. Butantan 4^5:373-496, 1978/79 SINOPSE DAS SERPENTES PEÇONHENTAS DO BRASIL (2.2/h$: 373-496, 1978/79. SUBFAMÍLIA Pythoninac Supra-orbital presente (Fig. 14a) processo interno do palatino longo; processo maxilar mediano largo bem separado do pterigóide; foramen palatino completamente fechado; prefrontais não em contato (Fig. 14b) premaxilar provido de dentes (Fig. 14c) (salvo em Chondropython eAspi- dites; músculo levator-anguli-oris ausente. SUBFAMÍLIA Erycinae Similar aos Boinae: prefrontal confinado à parte lateral do crânio; premaxilar bem em frente dos maxilares ao invés de situada entre os maxilares; vértebras caudais posteriores com epífises neurais divididas e processo acessório lateral ; pulmão traqueal ausente. Esta subfamília é representada por formas fossoriais ou habitantes de cupins. Na Ásia e Polinésia. SUPERFAMÍLIA Bolyerioidea Hipapófises posteriores presente; maxilar dividido, (Fig. 18) ; sem vestígios de cintura pélvica ; pulmão traqueal ausente. Os representantes dessa família são formas semi-fossoriais, restritas a Ilha de Madagascar e Mauritius. FAMÍLIA Bolyeriidae Diagnose como da superfamília Bolyerioidea. SUPERFAMÍLIA Tropidophioidea Externamente próxima às Boinae das quais se distingue por : rim liso, um só pulmão além do traqueal. Esta subfamília apresenta muitos caracteres que a aproxima dos Colubrideos. Os membros da subfamília dos Tropidophídae são serpentes de pequeno porte, muito raras, conhecidas no Brasil apenas por uma espécie, Tropi- ãophis paucisquamis, da Serra do Mar. FAMÍLIA Tropidophiidae Diagnose como da superfamília Tropidophioidea. 381 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Drasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 42/-4$;373-496, 1978/79. SUPERFAMÍLIA Acrochordoidea Coronóide ausente; postorbital expandido para frente em cima da órbita. Um processo lateral do frontal se expande lateralmente e para baixo formando uma crista orbital anterior; prefrontal muito pequeno; supratemporal e quadrato firmemente unidos. Foramen óptico no parietal ; hipapófises presentes em toda extensão do corpo ; cauda curta e acha¬ tada ; músculo-levator-angidi-oris ausente. Asiáticas, aquáticas. FAMÍLIA Acrochordidae Diagnose como da superfamília Acrochordoidea. INFRAORDEM CAENOPHIDIA Coronóide ausente ; foramen óptico geralmente entre frontal-parietal e parasfenóide ; vértebras com epífises neurais; somente carótida comum esquerda; o postorbial não alcança nem o maxiliar, nem o ectopterigóide ; parietal e frontal não se encontram por baixo do foramen óptico ; prema- xilar edentado; pulmão esquerdo vestigial ou ausente; pulmão traqueal presente ou ausente, quando presente não como em Acrochordoidea (vide Brongersma, 1957). SUPERFAMÍLIA Colubroidea Esta superfamília contém a maioria dos gêneros de serpentes conhe¬ cidas. É, sem dúvida, a família mais heterogênea, incluindo inúmeros gêneros. Muitas tentativas foram feitas para subdividi-la, mas, até o momento, salvo para algumas subfamílias, nenhuma das tentativas pode ser considerada como plenamente satisfatória. FAMÍLIA Colubridae Diagnose como da Superfamília Colubroidea. SUBFAMÍLIA Colubrinae Colubridae pouco especializados ; o supratemporal frouxamente arti¬ culado com o crânio. É a subfamília que inclui a maioria de serpentes conhecidas. Seus representantes adaptaram-se aos hábitos mais diversos: aquᬠticos, arborícolas, terrestres e subterrâneos. São praticamente inofensivas (salvo algumas opistóglifas) e de porte pequeno ou médio. Não há vestí¬ gios de membros posteriores; o pulmão esquerdo desapareceu por com¬ pleto. Geralmente têm dentes nos maxilares, pterigóides, palatinos e mandíbulas, mas nunca no intermaxilar. Podem ser áglifas ou opistó- 382 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 42/.45:373-496, 1978/79. glifas. Como é de esperar numa família abrangendo tão elevado número de espécies, também seus hábitos alimentares variam enormemente, e incluem: vermes, lesmas, artrópodes, roedores e outros mamíferos, aves, peixes, anfíbios e ovos. Algumas são ofiófagas (mussurana, papa-pinto, etc.). São ovovi ví paras, ovíparas ou vivíparas. SUBFAMÍLIA Calamarinae Foramen óptico entre frontal e parasfenóide; supratemporal muito reduzido ; quadrato articulado com os ossos óticos ; hipapófises posteriores ausentes; processo ascendente do septomaxilar alcança as nasais (Fig. 24). Formas Asiáticas. SUBFAMÍLIA Dasxjpeltinae As hipapófises da região nucal atravessam a parede do esôfago (Fig. 19), dentes muito pequenos. Supratemporal e quadrato solidamente unidos; o complexo rostral firmemente associado com o crânio. Esta subfamília contém gêneros que são todos ovífagos. Como as hipapófises atravessam o esôfago, a casca do ovo é facilmente quebrada por contração dos músculos. São formas Asiáticas e Africanas. SUBFAMÍLIA Dipsadinae Próxima à Pareatinae mas, maxilar com 10 ou mais dentes (Fig. 23) ; ectopterigóide fortemente bifurcado; sulco mentual presente no dental. Músculo levator anguli oris não envolve a glândula supralabial. Formas do Novo Mundo paralelas com as Pareinae do continente asiático. À subfamília dos dipsadíneos pertencem três gêneros brasileiros de dormideiras ou jararacas-preguiçosas: Dipsas, Sibynomorphus e Sibon. Os representantes desta subfamília alimentam-se de lesmas. SUBFAMÍLIA Homalopsinae Colubrídeos opistóglifos ; foramen óptico pequeno; hipapófises poste¬ riores presentes; processo maxilar do palatino ausente; hemipênis divi¬ dido ; fossetas apicais ausentes ; tubérculos no crânio e ventre. Formas aquáticas (água doce e estuárias) ; alimentam-se geralmente de peixes. Restritas à região das índias Orientais. 383 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Jnat. Butantan, -42/43:373-496, 1978/79. SUBFAMÍLIA Pareatinae Supratemporal muito pequeno ; quadrato desenvolvido, articulado com ossos óticos; hipapófises posteriores ausentes; maxilar edentado ante¬ riormente (menos de 6 dentes maxilares, Fig. 22) ; ectopterigóide não bifurcado. Dental sem sulco mental; músculo levator anguli oris envol¬ vendo a glândula supralabial ; sulco mentual ausente. Formas asiáticas. Alimentam-se de lesmas. SUBFAMÍLIA Sibynophinae Dental livre ; hipapófises posteriores presentes ; dentição peculiar com dentes pequenos, fortes e achatados lateralmente (Fig. 25). Asiáticas e central Americanas. SUBFAMÍLIA Xenoderminatinae Vértebras com uma expansão lateral das epífises neurais (Fig. 21). Formas orientais aquáticas: duas formas no Novo Mundo. Uma, Xenopholis ocorre no Brasil sendo extremamente rara nas coleções (há dúvida quanto a posição sistemática exata deste gênero). SUPERFAMÍLIA Elapoidea Proteróglifas (Fig. 28). FAMÍLIA Elapidae Aspecto geral de Colubrideo (salvo em certas formas Australianas) mas proteróglifos. Maxilar bastante reduzido ; presas fortemente sulcadas ou canaliculadas (Fig. 30); sulcos espermáticos bifurcados; fossetas apicilares ausentes. SUBFAMÍLIA Elapinae Maxilar curto e sem processo posterior ; dental sem presa anterior aumentada ; cauda normal ; formas terrestres ou de água doce ; cauda roliça (Fig. 32). A esta subfamília pertencem as Naja, Kraits, Taipan, etc. Nas Américas está representada pelas cobras corais verdadeiras. Ásia, África, Austrália e Américas. 3 Nesta família sáo reconhecidas além da Subfamília Elapinae as Subfamílias Bungarinae, Maticorinae e (Jxyuraninac, todas Asiáticas e Australianas. Alguns autores consideram as Elapinae das Américas como uma subfamília separada ( Micrurinae) . 384 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inat. Butantan. *2/43: 373-496, 1978/79. FAMÍLIA Dendroaspiidae Difere bastante dos Elapinae pela presença de um processo posterior no maxilar Fig. 31 ; maxilar longo, apesar de ter somente a presa ; maxi¬ lar bastante móvel. (Fig. 31) Forma estritamente Africana. São as famigeradas pentes ágeis e extremamente agressivas. ‘Mambas”, ser- FAMÍLIA Hydrophiidae Proteróglifas ; diferem das Elapidae por terem a parte posterior do corpo e a cauda achatada lateralmente Fig. 33 ; narinas situadas na parte superior da cabeça ^(Fig. 36) ; maxilar curto não ultrapassando o pala¬ tino. (Fig. 34). Diferem dos Laticaudidae entre outros caracteres por não terem palatino verticalmente erectil. Formas marinhas (às vezes encontradas à grande distância das cos¬ tas). Regiões tropicais do Oceano Pacífico. Não encontradas até o mo¬ mento no Oceano Atlântico (salvo o extremo sul da Costa Africana). SUBFAMÍLIA Hydrophiinae Vértebras caudais com uma carena mediana na hepapófise (fraca em Hydrophis shistonus) ; coração no meio do terço anterior do corpo; coração e fígado sobrepostos ou separados apenas por um intervalo menor do que o comprimento do coração ; as vértebras caudais com os processos neurais e hemais fortemente desenvolvidos, suportando a cauda (Fig. 35) ; ventrais mais numerosas do que as vértebras, pelo menos na parte pos¬ terior do corpo; anal dividida em três ou mais escamas. SUBFAMÍLIA Ephalophiinae Vértebras caudais com hemapofises em pares envolvendo os vasos sangüíneos; ventrais correspondendo ao número de vértebras; anal divi¬ dido em duas placas; coração no terço anterior do corpo; espaço entre o coração e fígado sempre maior que o comprimento do coração. FAMÍLIA Laticaudidae Maxilar projetando-se para frente, além do palatino; palatino verti¬ calmente erectil ; narinas situadas lateralmente como nas cobras terres¬ tres, do qual aliás é derivada diretamente; cauda achatada formada por dobras cutâneas sem suporte ósseo, os processos dorsais e ventrais das vértebras caudais não são aumentadas, ao contrário do que se observa na família Hydrophiidae. 385 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HÜCIE, A.R. & ROMANO HOOE, S.A.R.VV.L. - Sinopse tias serpentes peçonhentas do Hrasil. 2 a ed Mem. Inst. Hutantav. \?/\ J:373-49G. 197K/79. Viperoidea Superf. nov. DIAGNOSES : Solenóglifa: contém as famílias Viperidae Laurenti, 1768 e Atrac- taspiidae Cope, 1860. Mc.Dowell, Smith e col. incluiram as serpentes solenóglifas do gênero Atractaspis na família Colubridae como uma subfamília Atractaspinac. Embora filogeneticamente mais próximas dos Colubridae do que dos Vipe¬ ridae os Atractaspis possuem um aparelho inoculador eficiente do tipo solenóglifa. A inclusão destas serpentes altamente perigosas numa família essen¬ cialmente não peçonhenta iria ocasionar confusões perigosas, não para sistematas mas sim para o corpo médico, paramédico e Forças Armadas, por essa razão achamos conveniente erigir a superfamília Viperoidea para agrupar todas as serpentes solenóglifas inclusive forma primitiva mais relacionada com os Colubridae do que com os Viperidae “sensu auctores” contendo às serpentes do gênero Atractaspis para as quais revalidamos a família Atractaspiidae erigida por Cope (1860). FAMÍLIA Atractaspidae Foramem óptico entre frontal e parietal (Fig. 38b) ; maxilar não esca¬ vado (Fig. 38) palatino com processo coanal e maxilar; músculo levator anqidi oris ausente ; pulmão traqueal ausente ; placas cefálicas do tipo Colubrideo presente (Fig. 39) pupila redonda. Outros caracteres, além dos acima mencionados sugerem, como já foi mencionado por Mc Dowell, a sua relação estreita com a família Colubridae, todavia pelas razões acima citadas, principalmente por ordem práticas incluímos essa família na superfamilia Viperoidea. África e Oriente Médio, até Israel. Hábitos subterrâneos. FAMÍLIA Viperidae Solenóglifas; maxilar muito curto, verticalmente eréctil com uma única presa (e as de substituição) ; foramem óptico não situado entre frontal e parietal somente; hipapófises presentes em todo o corpo. Europa, Ásia, índias Ocidentais, África e Américas. SUBFAMÍLIA Viperinac Placas cefálicas do tipo Colubrinae ausentes; fosseta loreal ausente; maxilar não escavado; foramen óptico formado pelo frontal, parietal e parasfenóide. Palatino sem processo coanal ou maxilar; ectopterigóide sem processo lateral ; músculo levator anguli oris presente (Fig. 41) narina não situada dentro da nasal posterior; pulmão traqueal presente. A esta subfamília pertencem as víboras. Europa, Ásia e África. 386 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Mem. ln*t. fíutavtav, AX/13: 373-496. 1978/79. SUBFAMÍLIA Azcmiopinae Placas cefálicas do tipo Colubrinae presentes; maxilar não escavado; ectopterigoide sem processo lateral; loreal presente; pupila elíptica; dor¬ sais em 17 séries longitudinais; narinas não situadas dentro do nasal pos¬ terior; glândula venenífera normal; músculo levator-anguli-oris ausente (Fig. 40). SUBFAMÍLIA Causinae Placas cefálicas do tipo Colubrinae presentes (Fig. 42, 43) ; loreal presente; pupila redonda; narina dentro do nasal posterior; ectopteri- góide com processo lateral; glândula venenífera geralmente ultrapassando a cabeça (Fig. 43). SUBFAMÍLIA Crotalinae Fosseta loreal presente; maxilar escavado. Subfamília distribuída na Ásia, índias Orientais e América, até a Argentina. TRIBO Agkistrodontinii (Hoge e Romano-Hoge, 1979:185). Chocalho ausente; placas cefálicas grandes do tipo Colubrideo; pre- frontais e internasais às vezes subdivididas em escamas (se subdivididas, as dorsais em 17 séries longitudinais) . TRIBO Crotalinii (Hoge e Romano Hoge, 1979:185). Chocalho presente, se ausente nunca placas cefálicas como a usual nos Colubrideos ; às vezes grandes placas cefálicas mas não do tipo Colu¬ brideo encontradas em (Trimeresurua imtcrolepis o Bothrops barbouri) . SERPENTES DO MUNDO Atualmente são reconhecidas cerca de 2.400 espécies distribuídas da seguinte maneira (adaptando uma classificação bastante conservadora; “sensu auctores”). ORDEM SERPENTES FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES 1. Aniliidae 3 11 2. Anomalepidae 4 21 3. Boidae 24 82 4. Colubridae 303 1.585 5. Elapidae 50 202 6. Hydrophiidae 1G 53 7. Leptotyphlopidae 2 64 8. Typhlopidae 2 147 9. Uropeltidae 8 44 10. Viperidae 17 202 11. Xenopeltidae 1 1 TOTAL 430 2.412 387 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butavtan, 1*2/ 1*3: 373-496. 1978/79. As 256 espécies maneira : SERPENTES DO BRASIL registradas para o Brasil se distribuem da seguinte FAMÍLIAS GÊNEROS ESPÉCIES 1. Aniliidae 1 1 2. Anomalcpididae 2 5 3. Boidae 6 10 4. Colubridae 58 189 5. Elapidae 1 18 6. Leptotyphlopidae 1 9 7. Tropidophiidae 1 1 8. Typhlopidae 1 1 9. Viperidae 4 22 TOTAL 75 256 CHAVE ARTIFICIAL PARA FAMÍLIAS E SUBFAMÍLIAS DAS SERPENTES PEÇONHENTAS DAS AMÉRICAS I — Cauda achatada lateralmente (fig. 33) A) Narinas na parte superior da cabeça (fig. 36) Hydrophiidae a) Corpo com faixas longitudinais . Hydrophinae B) Narinas situadas lateralmente (fig. 37) . Laticaudidae a) Corpo com anéis . Laticaudinae II — Cauda roliça (fig. 32) A) Sem fosseta loreal (proteróglifas) (fig. 28) Elapidac, Elapinac B) Com fosseta loreal presente (fig. 44) Viperidae, Crotalinae CHAVE ARTIFICIAL PARA OS Hydrophiidae e Elapidac DAS AMÉRICAS Para identificação dos Hydrophiidae e Laticaudidae a chave dada para a identificação das subfamílias é suficiente para identificação do gênero e espécie, pois só existe uma espécie de Hydrophiidae e uma de Laticaudidae nas Américas. Pelamis platurus ( Hydrophiidae ) que vem desde o México até as Costas do Peru e Laticauda colubrina (Laticaudi¬ dae) assinalada (mas necessita confirmação), para a Costa Pacífica da América Central. 388 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a -ed. Mem. lnat. Butantan, kt/kS: 373-496, 1978/79. Elapidae Boie I — Maxilar provido de uma presa anterior sem outros dentes (fig. 28) . Micrurus* 4 5 II — Maxilar provido de dentes além da presa anterior... Micruroides CHAVE ARTIFICIAL PARA OS GÊNEROS DE SERPENTES PEÇONHENTAS DO BRASIL I — Fosseta loreal presente (fig. 51) = peçonhenta. 1. Chocalho presente (fig. 46) — . Crotalus 2. Chocalho ausente (fig. 47) a) ponta da cauda com 4 séries de escamas eriçadas (fi. 47b) — . Lachesis b) ponta da cauda normal (fig. 47a) = . Bothrops II — Fosseta loreal ausente (fig. 28) 1 Escamas dorsais em 15 fileiras a) sem presas anteriores (fig. 26) = Cobra não peçonhenta. b) com presas anteriores (fig. 28) = . Micrurus 3 CHAVE ARTIFICIAL PARA AS ESPÉCIES DE Micrurus NO BRASIL 1 — Anéis pretos não dispostos em tríadas. a) Cabeça preta, incluindo parte ou todas as parietais, sem colar branco transversal passando nas parietais ou imediatamente atrás (figs. 61, 63, 65, 67, 78 e 84). Sinfisial não em contato com as mentuais anteriores. 1 . Anéis vermelhos muito mais largos do que os pretos. a) Anéis vermelhos extremamente longos, o primeiro ocupando mais do que 23 escamas vertebrais; sem anel negro atrás das parietais (fig. 63) . averyi b) Não como em (fig. 65) . corallinus 2. Anéis vermelhos iguais ou menores do que os pretos (às vezes quase indistintos). a) Cabeça com algumas manchas claras nas escamas supra- cefálicas; 32-67 anéis pretos nos machos, 35-79 nas fêmeas (fig. 78) . langsdorffi Ocorrem no Brasil. 4 Dowlins: considera os Elapídcos Americanos como pertencentes n uma subfamília distinta: Micrurinae. 5 Veja: 425 389 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. b) Cabeça de um modo geral inteiramente preta; mais do que 74 anéis pretos nos machos e mais do que 84 nas fêmeas, fig. 61 . albicinctus c) Cabeça quase toda negra com uma faixa branca (as vezes interrompida nas parietais; 13 a 16 anéis pretos no corpo, ventrais 190-206 (fig. 84 e 85) . . paraensis Anéis vermelhos ausentes; vestígios dos anéis vermelhos somente no ventre, corpo inteiramente preto (fig. 67) . donosoi II B) Cabeça preta, com colar nucal branco transversal na cabeça, ocupando pelo menos parte das parietais ou imediatamente atrás (fig. 62 e 83). 1 . Sinfisial largamente em contato com as mentuais anterio¬ res; anéis vermelhos geralmente ausentes, quando presentes estreitos dorsalmente. a) Colar nucal branco atravessando as parietais ai) Mais do que 230 ventrais (fig. 83) .... narduccii a2) Menos do que 225 ventrais . karlschimidti b) Colar nucal branco situado atrás das parietais (fig. 64) . collaris 2 . Sinfisial separada das mentuais anteriores ; anéis presentes, os espaços vermelhos mais largos do que 20 anéis pretos no corpo, orlados de branco (fig. 62) . annelatvs Com tríadas de anéis pretos (às vezes fundidas formando grupos de 5 anéis pretos), separados por vermelho no corpo. A) Anal inteira hemprichii B) Anal dividida 1. Primeira tríada representada por dois anéis (Fig. 86). a) Menos do que 10 tríadas no corpo; primeiras subcaudais inteiras; temporais 1-f 1 ; faixa internasal branca ausente (Fig. 86) . spixii b) Mais do que 9 tríadas no corpo; primeiras subcaudais divididas; temporal 0+1; faixa internasal branca pre¬ sente (Fig. 66) . decoratus 2. Primeira tríada completa (Fig. 68 a 74, 77, 80, 81, 89 e 90). a) Escamas cefálicas todas vermelhas com bordas pretas; frontal muito estreita, mais estreita do que as supra-oculares ; 6-9 tríadas no corpo (Fig. 89 e 90) . surinamensis 390 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 110CIE, A.R. & ROMANO IIOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 42/4J.-373-496, 1978/79. b) várias das placas cefálicas pretas, não orladas de preto; frontal mais larga do que as supra-oculares. bi) Mais do que 270 ventrais; 14-20 tríadas no corpo (Fig. 68 e 69) . filiformis bj) Focinho preto; faixa internasal branca geralmente bem delineada ; as primeiras dorsais vermelhas com ápices pretos, apenas perceptíveis ou ausentes. Menos do que 269 ventrais, menos do que 28 subcau- dais; geralmente menos do que 25; 7-9 tríadas nos machos e 7-10 nas fêmeas (Fig. 77) . . ibiboboca Subcaudais mais do que 27, geralmente mais do que 30 (excepcionalmente) (Fig. 80 e 81) . . lemniscatus b:1) Geralmente algumas manchas brancas no focinho; faixa internasal branca ausente; se presente, irre¬ gular e estreita, manchada de preto e cobrindo parte da pré-frontal ; todas ou pelo menos a parte poste¬ rior das parietais pretas. Primeiras dorsais vermelhas com ápices pretos bem delineados. 7. — Primeira tríada separada das parietais por menos do que cinco escamas; vertebrais ver¬ melhos, mais do que 9 tríadas no corpo, fig. 70; anéis claros amarelos e não brancos . frontalis f3 — Primeira tríada separada das parietais por 7 a 9 escamas, vertebrais vermelhas fig. 74 ; menos do que 9 tríadas no corpo, anel claro branco e não amarelo . pyrrhocryptus Micrurus Wagler 1824 Micrurus Wagler, in Spix, Sp. Nov. Serp. Bras. :48 Espécie tipo: Micrurus spixii Wagler. Distribuição: Desde o Sul dos Estados Unidos através da região neotropical até o Norte da Argentina. Micrurus albicinctus Amaral (Fig. 61) 1926 Micrurus albicinctus Amaral, Comm. Linh. Telegr. Mato Grosso, Publ. 84 Annex 5 :26, figs. 7-10 1938 Micrurus waehnerorum Meise, Zool. Anz., 123: 20 1971 Micrurus albicinctus ; Hoge et Romano, Ven. Anim. and their Venoms, 2: 213. Localidade tipo: Não mencionada; como o tipo foi coletado durante a instalação telegráfica da iinha do Mato Grosso, é provável que o espécimen provém das matas Amazônicas, do extremo noroeste do Mato Grosso ou Rondônia. Distribuição: Vertentes Amazônicas dos Andes, do Equador até Olivença, Amazonas, Brasil. 391 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOOE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 4iV-4í.'373-496, 1978/79. Micrurus annellatus (Peters) 1871 Elaps annellatus Peters, Monat, Akad. Wiss. Berlin 1871: 402. 1929 Micrurus annellatus; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 4: 228. Localidade tipo: Pozuzu, Peru. Distribuição: Vertentes Amazônicas dos Andes, do Equadro até Amazônia, Brasil. Quatro subsp. das quais uma registrada para o Brasil. CHAVE PARA AS SUBESPÉCIES A) Machos com menos do que 41 anéis pretos no corpo; fêmeas com menos do que 49. 1. Uma postocular; anéis pretos ocupando de 4-5 ventrais balzani 2. Duas postoculares ; a) faixa branca cobrindo menos do que 50% das parietais; temporais geralmente 1-2; anéis pretos ocupando 2-3 ventrais . bolivianus b) faixa branca cobrindo mais do que 50% das parietais; temporais geralmente 1-1 . montanus B) Machos com 41-61 anéis pretos no corpo; fêmeas com 49-83 . annellatus Micrurus annellatus bolivianus Roze (Fig. 62) 1967 Micrurus annellatus bolivianus Roze, Amer. Mus. Novitates, 2287 :7. 1969 Micrurus annellatus bolivianus ; Hoge et Romano, Ciência e Cultura 21, (2) :454 Localidade tipo: Rio Charobambo, 50 km ao nordeste de Zudanez, Chuquisaca, Bolivia. Distribuição: Bolivia ocidental e Amazonas, Brasil. Micrurus averyi Schmidt (Fig. 63) 1939 Micrurus averyi Schmidt, Zool. Ser. Field. Mus. Nat. Hist., 24; (6) : 45, fig. 5. Localidade tipo: Cabeceiras do Itabu, Distrito de Couratyne, Guyana, 2.000 pés alt. (perto da fronteira do Brasil). Distribuição: conhecida da localidade tipo e região de Manaus, Amazonas, Brasil . Micrurus collaris (Schlegel) (Fig. 64) 1837 Elaps collaris Schlegel, Essai Physion. Serpens, 2:448. 1854 Elaps gastrodelus Duméril, Bibron et Duméril Erp. Gén., 7 : 1212. 392 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 IlO(iK. A.R. & ROMANO HOGE. S. A.R.W.L. — Sinopse 2/ W:\\ 73-41*6, 1978/79. Micrurus füiformis (Günther) 1859 Elaps füiformis Günther, Proc. Zool. London, 1859: 86, pr. 18. 1925 Micrurus füiformis; Amaral, Proc. U. S. Nat. Mus., 67 (24) : 19. Localidade tipo: Pará, Brasil. Distribuição: Região Amazônica, extremo sul da Colômbia e norte do Peru. Duas subsp., ambas registradas para o Brasil. CHAVE PARA AS SUBESPÉCIES A) Duas postoculares ; ventrais 274-279 nos machos . subtüis B) Geralmente uma postocular; ventrais 283-309 nos machos füiformis Micrurus filiformis füiformis Günter (Fig. 68) 1967 Micrurus filiformis filiformis; Roze. Amer. Mus. Novit, 2287 :22 Distribuição: Região Amazônica, Brasil, sul da Colômbia até norte do Peru. Micrurus füiformis subtilis Roze (Fig. 69) 1967 Micrurus filiformis subtilis Roze, Amer. Mus. Novit., 2287 : 22, fig. 8. Localidade tipo: Caruru, Rio Vaupés, fronteira Brasil-Colômbia, Distribuição : Colômbia, Províncias de Vaupés e Amazonas; Brasil, Uapés, Amazonas. Micrurus frontalis (Duméril, Bibron et Duméril). 1854 Elaps frontalis Duméril, Bibron et Duméril, Erp. Gén., 7 (2) : 1223 1925 Micrurus frontalis; Amaral, Proc. U. S. Nat. Mus., 67 (24) : 19 Localidade tipo: Corrientes e Missiones, Argentina. Distribuição: América do Sul, a leste dos Andes entre os P. 10° e 35° S Cinco subespécies: das quais quatro, registradas para o Brasil. CHAVE PARA AS SUBESPÉCIES I — Subcaudais 16-18 nas fêmeas, ventrais 223-242 nos machos ; inter- nasais e pré-frontais claras; anéis amarelos separando os pretos Fig. 73 . brasiliensis II — Subcaudais mais do que 18 nas fêmeas; geralmente; menos do que 223 ventrais nos machos; internasais e pré-frontais escuras. 394 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOCíE, A.R. & ROMANO HO(JE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. /nat. Bntanlav, 42/43:3 73-496, 1978/79. A) 192-216 ventrais nos machos; parte anterior das parietais com uma mancha clara irregular; cabeça escura por baixo; anéis amarelos separando os pretos Fig. 71 . altirostris B) Geralmente mais do que 215 ventrais nos machos; parietais inteiramente pretas ou com faixa branca transversal estreitas ; cabeça com somente algumas manchas pretas por baixo. b,) Ventrais 215-222 nas fêmeas, anel preto mediano muito mais largo do que os externos; cabeça com faixa trans¬ versal branca estreita; anéis amarelos separando os pre¬ tos Fig. 72 . baliocoryphus bo) Ventrais 222-242 nas fêmeas; anel preto mediano igual ou apenas ligeiramente maior do que os externos; cabeça inteiramente ou quase inteiramente preta ; anéis amarelos separando os pretos Fig. 70 . frontális Micrurus frontális frontális (Duméril, Bibron et Duméril) (Fig. 70) 1854 Elaps frontális Duméril, Bibron et Duméril, Erp. Gén., 7, (2) : 1223 1896 Elaps frontális; Boulenger, [partim]. Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 427 1925 Micrurus frontális; Amaral, Proc. U. S. Nat. Mus., 67, (24) : 19 1936 Micrurus frontális frontális; Schmidt, Zool. Ser. Field Mus. Nat. Hist, 20: 199 1944 Micrurus lemniscatus frontális Amaral, Pap. Avul. Dept.0 Zool. São Paulo, 5: (11) : 92 1967 Micrurus frontális frontális; Roze, Amer. Mus. Novit., n.° 2287: 24 Localidade tipo: Corrientes e Missiones, Argentina. Distribuição: Sul do Brasil, Sul do Paraguai e regiões limítrofes da Argentina. Micrurus frontális altirostris (Cope) (Fig. 71) 1860 Elaps altirostris Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Phil., 185!) : 345 1887 Elaps heterochilus Mocquard, Buli. Soc. Philom., Ser. 7,11:39 1896 Elaps frontális; Boidenger; [partim] Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 427 1936 Micrurus frontális altirostris; Schmidt, Zool. Ser. Field Mus. Nat. Hits., 20: 199 1944 Micrurus lemniscatus multicinctus Amaral, Pap. Avul. Dept.0 Zool. São Paulo, 5 : 91 1967 Micrurus frontális altirostris; Roze Amer. Mus. Novit., n.° 2287:25 Localidade tipo: América do Sul. Distribuição : Argentina, Nordeste da Província de Missiones, Uru¬ guai e Sul do Brasil. 395 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 SciELCVo 2 3 5 6 11 12 13 14 15 16 L. cm HOGE, A.R. & ROMANO HO(iE, S.A.R.W.L. — Sinopse dns serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. A/cm. Inst. Butantan, \2/hS: 373-496, 1978/79. 1972 Micrurus hemprichii hemprichii; Hoge et Romano, Mem. Inst. Butantan, 35: 108 (1971, distr. Mar. 1972) Localidade tipo: Colômbia Distribuição: Colômbia oriental, sul da Venezuela, as Guianas e Brasil (Conhecida do Pará e Amazonas, Manaus) Micrurus hemprichii ortoni (Schmidt) (Fig. 76) 1953 Micrurus hemprichii ortoni Schmidt, Fieldiana, Zool., 3b, n.° 30: 166 1972 Micrurus hemprichii ortoni; Hoge et Romano, Mem. Inst. Butantan, 35: 108 (1971, distr. Mar. 1972) Localidade tipo: Pebas, Peru. Distribuição: Vertentes Amazônicas da Colômbia, Equador e Peru; Brasil (Alto Amazonas). Micrurus ibiboboca (Merrem) (Fig. 77) 1820 Elaps ibiboboca Merrem, Tent. Syst. Amph. : 142 1820 Elaps marcgravii Wied, Nova Act. Acad. Leop. Carol., 10: 109 1896 Elaps marcgravii; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 428 1926 Micrurus ibiboboca; Amaral, Rev. Mus. Paul., 15:7 e 29 Localidade tipo: Brasil Distribuição: Nordeste do Brasil Micrurus karlschmidti Romano 1966 Leptomicrus schmidti Hoge et Romano (error typographicus pro Leptomicrurus Schmidt) — Mem. Inst. Butantan, 32: 1-9, pr. 2, fig. 2 ; pr. 3, fig. 2a ; pr. 4, fig. 2b. 1972 Micrurus karlschmidti Romano (nom. nov.) Mem. Inst. Butantan, 35: 111-115, (1971, distr. mar. 1972) Localidade tipo: Tapurucuara, Amazonas, Brasil. Distribuição: Conhecido somente da região do Rio Negro. Micrurus langsdorffi Wagler 1824 Micrurus Langsdorffi Wagler, in Spix, Sp. Nov. Serp. Bras. : 10, 10, pr. II, fig. 1. Localidade tipo: Rio Japurá; Amazonas-Brasil 397 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 IIOCIE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Mem. Inst. Butantav, 1*2/43: 373-496, 1978/79. Distribuição: Cabeceiras da Bacia Amazônica, do sul da Colômbia até o norte do Peru, regiões adjacentes do Equador e Amazônia ocidental. Duas subsp. : uma registrada para o Brasil. CHAVES PARA AS SUBESPÉCIES A — Mais do que 40 anéis pretos no corpo . ornatissimus * B — Menos do que 36 anéis pretos no corpo . langsdorffi Micrurus langsdorfii langsdorffi Wagler (Fig. 78) 1824 Micrurus Langsdorffi Wagler, In Spix, Sp. Nov. Ser. Bras. ; 10; pr. II, fig. 1. 1868 Elaps batesi, Günther, Ann. Mag. Nat. Hist., Ser. 4, 1 : 428 ; pr. 17-D 1869 Elaps inperator Cope, Proc. Acad. Nat. Sei. Phil., 1868: 110 1896 Elaps langsdorffi; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 416 1935 Micrurus mimosus Amaral, Mem. Inst. Butantan, 9: 22; fig. 6 1936 Micrurus langsdorffi; Schmidt [partim], Zool. Ser. Field Mus. Nat. Hist., 20: 191 1955 Micrurus ornatissimus; (non Jan.) Schmidt, Fieldiana, Zool., 34: 345 1960 Micrurus langsdorffi; Peters; J. [partim], Buli. Mus. Comp. Zool. Harv., 122,: 531 1967 Micrurus layigsdorffi langsdorffi; Roze, Amer. Mus. Novit., n.° 2287: 30 Localidade tipo: Rio Japurá, Amazonas, Brasil. Distribuição: Cabeceiras do Amazonas, da Colômbia ao norte do Peru e nordeste do Brasil. Micrurus lemniscatus (Linnaeus) 1758 Elaps lemniscatus (Linnaeus), Syst. Nat. ed. 10: 224. 1919 Micrurus lemniscatus ; Beebe, Zoologica, 2: 216 Localidade tipo: Ásia (in error) : restrita a Belém, Pará, Brasil. (Schmidt et Walker 1943). Roze 1967 considerou inválida a restrição por Schmidt e Walker por estar a localidade escolhida fora da área de distribuição de Micrurus lemniscatus lemniscatus. Distribuição Trinidad, Venezuela oriental, Guianas e bacia Amazônica. Cinco subespécies: três registradas para o Brasil. 398 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. CHAVES PARA AS SUBESPÉCIES A — Menos do que 226 ventrais nos machos ; geralmente menos do que 243 nas fêmeas 1 — Praticamente todas as infralabiais brancas; 30-34 subcaudais nas fêmeas . frontifasciatus “ 2 — Somente algumas infralabiais pretas; subcaudais 32-41 . . diutius B — Mais do que 226 ventrais nos machos e mais do que 243 nas fêmeas 1 — Subcaudais 27-33 nas fêmeas; escamas vermelhas com poucas manchas pretas irregulares ou ápices pretos ; faixas brancas estreitas (1-2 escamas) . carvalhoi 2 — Geralmente mais do que 33 subcaudais nas fêmeas ; escamas vermelhas sem manchas pretas ou somente com ápices pretos irregulares; faixas brancas, geralmente mais do que 4 escamas de largura a — 9-11 tríadas no corpo . helleri b — 11-14 tríadas no corpo . lemniscatus Micrurus lemniscatus lemniscatus (Linnaeus) 1758 Elaps lemniscatus Linnaeus 1919 Micrurus lemniscatus ; Beebe Zoologica, 2 (7) :216. 1943 Micrurus lemniscatus Schmidt et Walker, Zool. Ser. Field. Mus. Nat. Hist. 2U'. 294. 1955 [ Micrurus ] lemniscatus lemniscatus; Burger, Boi. Mus. Cien. Nat. Caracas, 1 :40. 1978 Micrurus lemniscatus lemniscatus; Cunha et Nascimento, Ofídios da Amazônia, Publ. Avulsas 31: 162. Localidade tipo: Ásia, restrita a Belém do Pará por Schmidt e Walker l.c. ; restrição considerada inválida por Roze Am. Mus. Novit. 2287: 32, 1967. Mas Cunha e Nascimento não concordam com Roze. Distribuição : Guyana, Surinam, Guiana Francesa e Brasil, Amapá e Pará. Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze (Fig. 80) 1967 Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze, Amer. Mus Novit n 0 2287: 33; fig. 11 Localidade tipo: Catanduva, São Paulo, Brasil. Distribuição: Brasil; Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Micrurus lemniscatus helleri Schmidt el Echmidt (Fig. 81) (B) Extraterritorial 399 í, | SciELO HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2." ed. Mem. Inst. Butantan, h2/J,3: 373-496. 1978/79. 1925 Micrurus helleri Schmidt et Schmidt, Zool. Ser. Field Mus. Nat. Hist, 12: 129 1967 Micrurus lemniscatus helleri; Roze, Amer. Mus. Novit., n.° 2287 :35 Localidade tipo : Pozuzu, Huanuco, Peru. Distribuição : Regiões Amazônicas do Brasil; Sul da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Micrurus narducci (Jan.) (Figs. 82 e 83) 1863 Elaps narducci Jan, Arch. Zool. Anat. Fisiol., 2: 222 1869 Elaps scutiventris Cope, Proc. Am. Phil. Soc., 11: 156 1881 Elaps melanotus Peters; Sitzb. Ges. Naturf Freunde Berlin, 1881: 51 1937 Leptomicrurus narducci; Schmidt, Zool. Ser. Field Mus. Nat. Hist., 20: 363 1972 Micrurus narducci; Romano, Mem. Inst. Butantan, 35: 112; (1971, distr. Mar. 1972), figs. 1 e 2 Localidade tipo: Bolívia. Distribuição: Vertentes Amazônicas; dos Andes do Sul da Colômbia, Equador, Peru e Bolívia ; Estado do Acre, Brasil. Micrurus paraensis Cunha et Nascimento (Fig. 84 e 85) 1973 Micrurus psyches paraensis Cunha et Nascimento Mus. Goeldi no ano do sesquicentenário Publ. Avulsas 20: 276. Localidade tipo: Icoaraci, Belém Est. Pará, Brasil. Distribuição: Extremo Norte e Nordeste do Estado do Pará, Brasil. 1863 1902 1936 1944 1953 1956 1960 1697 Micrurus pyrrhocryptus (Cope) (Fig. 74) Elaps pyrrhocryptus Cope Proc. Acad. Nat. Sei. Phil., 1862: 347 Elaps Simcnsii Boulenger Ann. Mag. Nat. Hist., Ser. 7, !): 338 Micrurus pyrrhocryptus; Schmidt Zool. Ser. Field Mus Nat Hist 20 (27) : 199 Micrurus lemniscatus frontalis; Amaral, [partim] Pap Avul. Dept.ü Zool. São Paulo, 5 (11) : 92 Micrurus frotalis pyrrhocryptus; Shreve, Breviora, n.° 16: 5 Micrurus tricolor Hoge, Mem. Inst. Butantan, 27: 67, figs. 1-6 Micrurus pyrrhocryptus; Hoge et Lancini, Mem. Inst. Butantan (1959) 29: 12 Micrurus frontalis pyrrhocryptus; Roze, Amer. Mus Novit n° 2287: 26 ' Localidade tipo: Rio Vermelho, Argentina (Chocó Argentino, se¬ gundo Roze) 400 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inat. Butantan, l*2/Jt3:'à 73-496, 1978/79. Distribuição: Brasil, sudoeste do Mato Grosso; Bolívia, oeste e sudoeste; regiões adjacentes do Paraguai, ao sul até Mendoza e Santa Fé, Argentina. Micrurus spixii Wagler 1824 Micrurus spixii Wagler, in Spix, sp. nov. Serp. Bras. : 48, pr. 18. Localidade tipo: Rio Solimões, Brasil. Distribuição: Bacia Amazônica e sul da Venezuela. Quatro subsj}. : três registradas para o Brasil. CHAVE PARA AS SUBESPÉCIES A) Primeiro anel preto aumentado e projetado para a frente, cobrindo 8 ou mais fileiras vertebrais . obscurus B) Primeiro anel preto não projetado para a frente, cobrindo menos do que 8 vertebrais: 1. Cabeça com manchas claras, grandes; às vezes cobrindo todas as parietais, geralmente 2/3 -f- tríadas no corpo . . princeps fi 2. Cabeça totalmente preta ou com alguns pontos brancos; parietais pretas a) 2/3 -f 4-6 tríadas no corpo; ventrais 212-224 nas fêmeas . spixii b) 2/3 + 6 tríadas no corpo; ventrais 218-226 nas fêmeas . martiusi Micrurus spixii spixii Wagler (Fig. 86) 1824 Micrurus spixii Wagler, in Spix, Ser. Brasil, 48 ; pr. 18 1896 Elaps spixii; Boulenger [partim], Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 427 1926 Elaps ehrardti Müller, Zool. Anz., 7/8:198 1943 [Micrurus] spixii spixii-, Schmidt et Walker, Field Mus. Nat. Hist. Zool., 24, n.° 26 : 294 Localidade tipo: Rio Solimões, Brasil. Distribuição: Médio Amazonas, Brasil. Micrurus spixii inartiusi Schmidt (Fig. 87) 1953 Micrurus spixii martiusi Schmidt, Fieldiana, Zool., 34 ; n.° 14 : 175 ; figs. 33 e 34b Localidade tipo: Santarém, Pará, Brasil. Distribuição: Baixo Amazonas até o Mato Grosso, Brasil. (°) Extraterritorial 401 1, | SciELO 15 HOf.E, A.R. & ROMANO HOOE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil 2.a ed Mern. Inat. Butantan, ^.?/^J;373-496, 1978/79. Micrurus spixii obscurus (Jan) (Fig. 88) 1872 Elaps corallinus var. obscura Jan, in Jan et Sordelli, Icon. Gén. Ophid., 3: liv. 41 pr. 6, fig. 3 1881 Elaps heterozonus Peters, W., Sitzber. Ges. Naturf. Freunde Berlim, 1881 pr: 52 1896 Elaps heterozonus; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 417 1943 Micrurus spixii obscura; Schmidt et Walker, Zool. Ser. Field Mus. Nat. Hist., 24:294 1953 Micrurus spixii obscurus : Schmidt, Fieldianaft 175 Localidade tipo: Lima (in error) — restrita a Peru Oriental (Schmidt et Walker, l.c. : 294) re-restrita a: Iquitos, Peru (Schmidt l.c. : 175) . Distribuição: Sul da Venezuela e Sul da Colômbia até o Sul do Peru ; Brasil, (conhecido por um exemplar procedente de Dom Bosco, lauareté, Mun. Uaupés, Estado do Amazonas). Micrurtis surinamensis (Cuvier) 1817 Elaps surinamensis Cuvier, Le Règne Animal, Paris, l.a Ed., 2:84 1919 Micrurus surinamensis; Beebe, Zoologica 2: 216 Localidade tipo: Surinam. Distribuição: Sudeste da Venezuela, Guianas, regiões Amazônicas da Colômbia, Equador, Peru, Brasil e Bolívia. CHAVE PARA AS SUBSPÉCIES A) Placas cefálicas, todas distintamente orladas de preto; ventrais 162-174 nos machos e 173-187 nas fêmeas . surinamensis B) Placas cefálicas com orlas pretas incompletas; ventrais 180-193 nos machos e 197-206 nas fêmeas . nattereri Micrurus surinamensis surinamensis (Cuvier) (Fig. 89) 1817 Elaps surinamensis Cuvier, Règne Anim. l.a ed., 2:84 1896 Elaps surinamensis; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 414 1919 Micrurus surinamensis; Beebe, Zoologica, 2: 216 1952 Micrurus surinamensis surinamensis; Schmidt, Fieldiana, Zool., 3U, (4):29; fig. 4 (Apud Jan. Icon. Gén.). Localidade tipo : Surinam. Distribuição: Guaianas; Brasil, Ter. Fed. Amapá, Est. Pará, Est. Amazonas e regiões Amazônicas da Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. 402 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Alem. Inat. Butantan, 45/45:373-496, 1978/79. Micrunis surinamensis nattereri Schmidt (Fig. 90) 1952 Micrurus surinameyisis nattereri Schmidt, Fieldiana, Zool., SU, (4) : 27 Localidade tipo: Entre Guaramoca e San Fernando; corrigida (Hoge e Lancini 1962) para “Entre Guaramaco e San Fernando de Atabapo, Venezuela”. Distribuição: Conhecida da localidade tipo, sudeste da Venezuela e noroeste do Estado do Amazonas, Brasil. CHAVE ARTIFICIAL PARA OS BOTHROPS I — Focinho levantado (fig. 52, 119) . hyoprorus II — Focinho não levantado; (fig. 50 a 60 salvo 52) cauda preênsil ou muito longa (mais do que 70 subcaudais). A) Cor geral verde; 55-71 subcaudais, todas ou quase todas divididas . bilineatus B) Cor geral cinzenta; 71-83 subcaudais na sua maioria inteiras 1. Ventre preto; marcas na cageça em forma de . castehiaudi III — Focinho não levantado; cauda não preênsil A) Bordo anterior da fosseta loreal separado da 2.a supralabial ; (fig. 93) carena longa e baixa. 1. Ventre preto; marcas na cabeça e mforma de la. Marca na cabeça sem barra transversal; faixa pos- tocular reta (Fig. 57, 58 e 109 . cotiara lb. Marcas na cabeça com barra transversal; faixa posto- cular em forma de gancho (Fig. 116, 117) fonsecai 2. Ventre e marcas na cabeça não como em 1. 2a. Manchas do dorso em forma de meia lua (fig. 92) fundidas ou não com as manchas paraventrais, com o centro claro em forma de cruz ; cabeça negra com linhas brancas; dorsais 25-37; ventrais 155-190; sub¬ caudais 30-48 . alternatus 2b. Manchas do dorso e cabeça não como em 2.a; dorsais 21-27, ventrais 166-185 2b’. 3.a e 4.a supralabiais mais longas; subocular sepa¬ rada das supralabiais por 2-3 séries de escamas, (fig. 147) colorido do dorso variável com manchas escuras orladas de claro, em formas de triângulos ou trapé¬ zios; uma série de manchas paraventrais nos flancos . neuwiedi 2b”. 4.a supralabial mais longa; subocular separada das supralabial mais longa; subocular separada das dorso pardo com manchas escuras formando faixas transversais largas; uma mancha na cabeça (Fig. 121 a 123) iglesiasi 403 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMaNO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.® ed. Mcm. Inst. Butantan, ^2/^8: 373-496, 1978/79. 2c. Manchas do dorso e cabeça não como em 2.a; dorsais 19-21; ventrais 144-155. 2c’. Dorsais em 25-27 séries; (fig. 129 a 131) . . itapetiningae 2c”. Dorsais em 19-21 séries (fig. 111 a 113) . . erythromelas B) Bordo anterior da fosseta loreal não separado da 2.a supra- labial (fig. 134). I — Ventre xadrezado: supralabiais geralmente 7; focinho pontudo projetado para a frente. 1 . Marcas dorsais indistintas com tendência a formar faixas transversais ; manchas dorsais suplementares ausentes ou pouco aparentes; carena alta e curta; supralabiais escuras (Fig. 95) . atrox 2. Marcas dorsais distintas sem tendência a formar faixas transversais. 2a. Supralabiais escuras, região mentual escura, manchas suplementares distintas, faixa postocular nítida (Fig. 153) . pradoi 2b. Supralabiais claras não marginadas de preto, região men¬ tual clara; (Fig. 139) . leucurus 2c. Supralabiais claras; manchas dorsais suplementares indis¬ tintas ; manchas dorsais com os bordos quase paralelos ; ventre xadrezado de amarelo e preto . marajoensis II — Ventre claro ou salpicado de escuro, nunca xadrezado; marcas dorsais distintas. 1 . Cantais aumentadas ; supralabiais 8 a 9 la. Faixa postocular ausente ou indistintas; ventrais 159-176 ; subcaudais 48-64 (Fig. 101) . brazili lb. Faixa postocular presente ; ventrais 155-164 ; subcaudais 43-53; marcas no corpo (Fig. 149) . pirajai lc. Faixa postocular presente; ventrais 170-186; subcaudais 60-66; marcas no corpo e cabeça (Fig. 136) . jararacussu 2. Cantais não aumentadas 2a. Supralabiais geralmente 7 ; duas estrias claras na nuca marcas na cabeça ausentes ou indistintas; aspecto geral aveludado (Fig. 140) . moojeni 2b. Supralabiais geralmente 8 a 9 ; marcas na cabeça e no corpo ; cor geralmente marrom esverdeado (Fig. 132) jararaca 2c. Supralabiais geralmente 8-9 ; marcas indistintas na cabeça e colorido geral amarelado (Fig. 124) . insularis Bothrops Wagler 1824 Bothrops Wagler, in Spix, sp. nov. Serp. Bras. Espécie tipo: Bothrops megaera Wagler = Bothrops leucurus Wagler 404 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2-a ed. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. Bothrops alternatus Duméril, Bibron et Duméril (Fig. 91) 1854 ' Bothrops alternatus Duméril, Bibron et Duméril Erp. Gén; 7 (2). Atlas pr. 82, bis, fig. la. 1896 Lachesis alternatus; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 543. 1925 Lachesis inaequalis Magalhães, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 18 (1) : 153. pr. 7-12. Localidade tipo: América do Sul, Argentina e Paraguai. Distribuição: (Argentina (norte) ; Uruguai; Paraguai; Brasil, Es¬ tados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Fig. 181. Bothrops atro. x Linnaeus (Fig. 95) 1758 Coluber atrox Linnaeus, Syst. Nat., 10 ed., 1 : 222. 1824 Bothrops fúria Wagler, in Spix, sp nov. Serp. Brasil. : 52. 1824 Bothrops taeniatus Wagler, in Spix, sp. nov. Serp. Brasil. : 55 pr. XXL 1966 Bothrops atrox: Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32; pr. V, figs. 1, la e lb. Localidade tipo: restrita a “Surinam” (Hoge l.c.). Distribuição: Florestas equatoriais da Colômbia, Venezuela, Guia- nas, Brasil, Peru, Equador e Bolívia, Fig. 182. Bothrops bilineatus büineatus Wied (Fig. 96 a 98) 1821 Cophias bilineatus Wied, Reise Brasil, 2: 339. 1922 Trigonocephalus bilineatus: Schinz I, Cuv. Thier; 2: 143. 1824 Cophias bilineatus: Wied, Abbid. Naturg. Brasil, pr. 5 e 6. 1825 Cophias büineatus: Wied, Beitr. Nat. Brasil, 1 : 483. 1830 Bothrops . . . spécies . . . Cophias bilineatus Neuw. ; Wagler, Syst. Amph., 174. 1869 Trigonocephalus [Bothrops] arboreus Cope, Proc. Amer. Phil. Soc., 9: 157. 1966 Bothrops bilineatus bilineatus; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 114; pr. 1, fig. 1. Localidade tipo: “Vila Viçosa” (atualmente Marobá) no Rio Pe- ruhybe, Estado da Bahia, Brasil. Distribuição: Florestas equatoriais da Venezuela; Guianas e Brasil, Território Federal Amapá, Estado do Maranhão, e uma população isolada na vertente Atlântica do Rio de Janeiro e Bahia. Bothrops bilineatus smaragadinus Hoge (Fig. 99 e 100) 1966 Bothrops bilineatus smaragdinus Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 1955 114; pr. I, fig. 2a e 2b. Localidade tipo: Alto Rio Purus, Estado do Amazonas, Brasil. Distribuição: Florestas equatoriais do Equador, Peru, Colômbia, Brasil, médio Amazonas e Bolívia. 405 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed Mem. lnat. Dutantan, 42/4S:373-496, 1978/79. Bothrops castelnaudi castelnaiuli Duméril, Bibron et Duméril (Fig. 105) 1853 1854 18G0 1861 1889 1896 Bothrops Castelnaudii Duméril, Mém. Acad. Sei., 23: 139. Bothrops castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril, Erp. Gén., 7, (2) : 1511. Bothriechis castelnaui; Cope (error, pro castelnaudi ) Proc. Acad. Nat. Sc. Philadelphia : 345. Bothriopsis quadriscutatus Peters, Mber, Berlin Akad., 1861 : 359. Thanatophis montanus Posada-Arango, Buli. Soc. Zool. France : 244 Lachesis castelnaudi; Boulenger; Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 544. Localidade tipo: não indicada (Guichenot in Castelnau 1855 indica “Province du Goyaz”). Distribuição: Conhecida por alguns exemplares da Colômbia; Equa¬ dor; Peru e Brasil (um exemplar é conhecido d® fronteira Brasil — Venezuela). Bothrops brazili Hoge (Fig. 101) 1923 Bothrops neglecta Amaral [partim : paratipo Bothrops neglecta ] Proc. New Engl. Zool. Club, 8: 99. 1953 Bothrops brazili; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 25 : 15-21. Localidade tipo: Tomé Assú no Rio Acará-Mirim, Estado do Pará, Brasil. Distribuição: Florestas equatoriais da Venezuela; Guianas; Brasil, Território Federal Amapá, Estado do Pará, Amazonas e Norte do Estado de Mato Grosso; Bolívia; Peru e Colômbia (Fig. 183). Bothrops cotiara (Gomes) (Fig. 109) 1913 Lachesis cotiara Gomes, Ann. Paul. Med. Cirurg. São Paulo, 1 n.° (3) : 65. 1925 Bothrops cotiara; Amaral, Contr. Inst. Trop. Biol. Med., 2:53. Localidade tipo: Núcleo Colonial Cruz Machado, Marechal Mallet, Estado do Paraná, Brasil. Distribuição : Florestas de Araucaria na Argentina (Missiones) e Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no Sudeste de São Paulo). Mapa 4 Bothrops erythromelas Amaral (Fig. 110) 1923 Bothrops erythromelas Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club., 8:96. Localidade tipo: Perto de Joazeiro, Estado da Bahia, Brasil. Distribuição: Regiões secas do Nordeste (conhecida do Estado do Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Paraíba). Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas. (Fig. 185) 406 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO IIOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. lnat. Butantan, 42/48: 373-496, 1978/79. Bothrops fonsecai Hoge et Belluomini (Fig. 114) 1959 Bothrops fonsecai Hoge et Belluomini, Mem. Inst. Butantan, 28: 195. Localidade tipo: Santo Antonio do Capivari, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Distribuição: Brasil, Nordeste de São Paulo, sul do- Rio de Janeiro e extremo sul de Minas Gerais; Fig. 186. Bothrops hyoprorus Amaral (Fig. 118) 1935 Bothrops hyoprora Amaral, Mem. Inst. Butanta, 9 : 222. Localidade .tipo: La Pedrera, Colômbia. Distribuição: Florestas equatoriais da Colômbia; Equador; Peru e Brasil, Amazonas ocidental e Rondônia ; Fig. 187. Botrops iglesiasi Amaral (Fig. 121 a 123) 1923 Bothrops iglesiasi Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club, 8 :97. Localidade tipo: Perto da Fazenda Grande, margem direita do Rio Gurgueia, Estado do Piauí, Brasil. Distribuição: Conhecido somente no norte do Piauí; (Fig. 188). Bothrops insularis (Amaral) Fig. 124 1921 Lachesis insularis Amaral, Anex. Mem. Inst, Butantan, Sec. Ofiol., 1, n.° (1) :18. 1930 Bothrops insularis; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 5:114. Localidade tipo: Ilha da Queimada Grande, na Costa de São Paulo, Brasil. Distribuição: Ilha da Queimada Grande. Bothrops itapetiningae (Boulenger) (Fig. 128) 1907 Lachesis Itapetiningae Boulenger, Ann. Mag. Nat. Hist., 20, (7) :338. 1910 Lachesis neuwiedii itapetiningae; Ihering [partim], Rev. Mus. Paul., 8: 360. 1930 Bothrops itapetiningae; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 1929 J: 235. Localidade tipo: Itapetininga, Estado de São Paulo, Brasil. Distribuição: Nos campos do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais até Distrito Federal (conhecido por um exemplar do Rio Grande do Sul, cuja procedência tem que ser confirmada). Fig. 189. Bothrops jararaca (Wied) (Fig. 132) 1824 Cophias jararaca (no texto) Cophias atrox “pullus” (na prancha) ; Wied Abbild. Nat. Brasil, Lief, 8, non Cophias jararaca 407 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inat. Butantan. 4f/4J:373-496, 1978/79. Merrem 1822 nom. nov. pro coluber jauanus Gmelin iconotypo em Seba I. pr. XIX, 12 localidade tipo: Java “in error” Crotalus durissus susp. (pos. C.d. cascavella Wagler 1824), Wied, Abbild. Nat. Brasil, Lief. 7. 1824 Cophias atrox . . . jararaca; Wied 1824, In Isis v. Oken, 14, (9) : 987. 1824 Cophias jajaraca; (erro tipográfico pro jararaca) Wied In Isis v. Oken, 14 (10) : 1103. 1825 Cophias jararaca ; Wied Beitr. Nat. Brasil, 1 : 470. 1830 Bothrops jararaca ; Wagler, Nat. Syst. Amph: 174. 1896 Lachesis lanceolatus; Boulenger [partim], Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 535. Localidade tipo: Espírito Santo, Brasil. Distribuição: Argentina, Missiones; Paraguai; Brasil, Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia (sul) e Minas Gerais, Fig. 190. Bothrops jararacussu Lacerda (Fig. 136) 1884 Bothrops jararacussu Lacerda, Lee. Ven. Serp. Brézil, n.° 8 1896 Lachesis lanceolatus; Boulenger [partim], Cat. Sn. Brit. Mus., 3:535. Localidade tipo: Província do Rio de Janeiro, Brasil. Distribuição : Argentina (nordeste) ; Brasil, Estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sul da Bahia; Paraguai e Bolívia. Bothrops leucurus Wagler (Fig. 139) 1824 Bothrops megaera Wagler (homônimo de Megaera Shaw = Bothrops lanceolatus (Lacépède), In Spix Serp. Bras; Sp. Nov., p. 50; pr. XIX — localidade tipo: Bahia (Salvador) Brasil. 1824 Bothrops leucurus Wagler, In Spix, Serp Brasil; Sp. Nov. p. 57; pr. XXII, fig. 2. 1966 Bothrops megaera; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32:110. Localidade tipo: Província da Bahia, Brasil. Distribuição: Conhecido por alguns exemplares da Bahia. Bothrops marajoensis Hoge 1966 Bothrops marajoensis Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 123. Localidade tipo: Severino, Ilha Marajó, Estado do Pará, Brasil. Distribuição: Ilha Marajó e ao longo da costa até regiões equa¬ toriais do Maranhão, Brasil. 408 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOOE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.* ed. Mem. Inst. Butantan, M/13: 373-496, 1978/79. Bothrops moojeni Hoge (Fig. 140) 1966 Bothrops moojeni Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 126; pr. IV. Localidade tipo: Brasília, Distrito Federal, Brasil. Distribuição: Brasil, Estado do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Maranhão. Bothrops neuwiedi neuwiedi Wagler 1824 Bothrops neuwiedi Wagler, in Spix, Serp. Brasil, Sp. Nov. : 56. 1896 Lachesis neuwiedi; Boulenger [partim], Cat. Sn. Brit. Mus., 5:542. 1925 Bothrops neuwiedi neuwiedi; Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 57. Localidade tipo: Província da Bahia, Brasil. Distribuição : Brasil, Estado da Bahia. (Vide distribuição da espé¬ cie fig. 191) Bothrops neuwiedi bolivianus Amaral 1927 Bothrops neuwiedii bolivianus Amaral, Buli. Antivenin, Inst. Amer., 1 : 6. Localidade tipo: Buenavista, Prov. Sara, Departamento de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. Distribuição: Bolivia, Brasil extremo oeste do Estado de Mato Grosso. Bothrops neuwiedi diporus Cope (Fig. 145) 1862 Bothrops diporus Cope, Proc. Ac. Nat. Sc. Philadelphia, 1U: 347. 1896 Lachesis neuwiedii; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus. 5:542. 1930 Bothrops neuwiedii meridionalis Amaral, Buli. Antiv. Inst. Amer 455:66 fig. 1. Localidade tipo: Rio Vermejo, fronteira Argentina-Paraguai. Distribuição: Argentina; Paraguai; Brasil, regiões limítrofes com Paraguai. Bothrops neuwiedi goyazensis Amaral 1925 Bothrops neuwiedi goyazensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 58; XIV :5; XV :5 Localidade tipo: Ypameri, Goiás, Brasil. Distribuição: Brasil, Estado de Goiás. Bothrops neuwiedi lutzi (Miranda — Ribeiro) 1915 Lachesis lutzi Miranda-Ribeiro, Arch. Mus. Nac. Rio de Janeiro, 17: 4 409 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 42/45:373-496. 1978/79. 1925 Bothrops newwiedi bahiensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 57. 1930 Bothrops neuwiedii latzi; Amaral, Mem. Inst. Butantan; 4: (1929) 238. Localidade tipo: Rio São Francisco, Estado da Bahia, Brasil. Distribuição: Brasil, interior do Estado da Bahia. Bothrops neuwiedi mattogrossensis Amaral 1925 Bothrops neuwiedi matogrossensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 60; pr, 14:6; pr. 16:60. Localidade tipo: Miranda, Estado de Mato Grosso, Brasil. Distribuição: Brasil, Sul de Mato Grosso. Bothrops neuwiedi meridionalis Müller 1885 Bothrops atrox meridionalis Müller, Vehr. Nat. Ges. Basel, 7:699 1896 Lachesis neuwiedii; Boulenger [partim], Cat. Sn. Brit. Mus., 3 :542. 1932 Bothrops neuwiedi fluminensis Amaral, Mem. Inst. Butantan, 7: 97. 1966 Bothrops neuwiedi meridionalis; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 128 (1965). Localidade tipo: Andarai, Estado do Rio de Janeiro. Distribuição: Brasil, Estados de Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Bothrops neuwiedi paranaensis Amaral 1925 Bothrops neuwiedi paranaensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 61; pr. 14:7; pr. 16: 7. Localidade tipo: Castro, Estado do Paraná, Brasil. Distribuição: Estado do Paraná. Bothrops neuwiedi paidoensis Amaral 1925 Bothrops neuwiedi paidoensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 59. Localidade tipo: Leme, Estado de São Paulo, Brasil. Distribuição: Estado de São Paulo. Bothrops neuxoiedi piazthyensis Amaral 1916 Bothrops neuwiedii piauhiense; Gomes, In Neiva et Penna... (n. nud.), Mem. Inst. Oswaldo Cruz 8: (3): 101. 1925 Bothrops neuwiedii piauhyensis; Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 58. Localidade tipo: Regeneração, Estado do Piauí, Brasil. Distribuição: Brasil, Estados do Piauí, Pernambuco, Ceará, Sul do Maranhão. 410 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a cd. Mem. Inst. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. Bothrops neuwiedi pubescens (Cope) 1870 Trigonocephalus [ Bothrops ] pubescens Cope, Amer. Phil. Soc. Phil, 11 (1869) : 57. 1896 Lachesis neuwiedii : Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3 : 542. 1925 Bothrops neuwiedii riograndensis Amaral, Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Med., 2: 61. 1959 Bothrops neuwiedi pubescens; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 28: 84. Localidade tipo: Rio Grande do Sul, Brasil Distribuição: Estado do Rio Grande do Sul. Bothrops neuwiedi urutu Lacerda 1884 Bothrops urutu Lacerda, Leç. Ven. Serp. Brézil, :11 1896 Lachesis neuwiedii; Boulenger, [partim], Cat. Sn. Brit. Mus, 3: 542 1937 Bothrops neuwiedi urutu; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 10: (1936) : 160. Localidade tipo: Província de Minas Gerais, atual Estado do Brasil. Distribuição: Brasil, Norte do Estado de São Paulo e Sudeste de Minas Gerais. (Esta forma poderá ser reconhecida como espécie) . Bothrops pirajai Amaral (Fig. 149) 1923 Bothrops pirajai Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club, 8: 99. 1923 Botrops neglecta Amaral, Proc. New Engl. Zool. Club, 8: 100. 1966 Bothrops pirajai; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 132 (1965) Localidade tipo: Ilhéus, Estados da Bahia, Brasil. Distribuição: Sul do Estado da Bahia e Nordeste de Minas Gerais. Bothrops pradoi (Hoge) (Fig. 153) 1948 Trimeresurus pradoi Hoge, Mem. Inst. Butantan, 20: 1947. 193-202. 1955 Bothrops atrox; Amaral, Mem. Inst. Butantan, 26: 215-220. 1966 Bothrops pradoi; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 132 (1965) Localidade tipo: Pau Gigante, Estado de Espírito Santo, Brasil. Distribuição: Espírito Santo e Sul da Bahia. 411 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.* ed. Mem. Inat. Butantan, 42/-4.J.-373-496, 1978/79. CHAVE ARTIFICIAL PARA AS SUBESPÉCIES DE Crotalus durissus DO BRASIL I — Parte interna das manchas dorsais apenas mais claras do que os bordos (Figs. 170 a 173) . terrificus II — Parte interna das manchas dorsais distintamente mais claras do que os bordos. A — Uma marca triangular branca nas supra-oculares ... trigonicus B — Sem marca triangular branca nas supra-renais. 1 — Estrias paravertebrais largas com o centro mais claro do que. os bordos e marginadas por uma série de escamas brancas (Figs. 167 a 169) . ruruima 2 — Estrias paravertebrais não como em A a — Estrias paravertebrais curtas menores do que o comprimento da cabeça (Figs. 156 a 159) . cascavella b — Estrias paravertebrais longas, maiores do que o comprimento da cabeça. bi — Estrias paravertebrais sobre uma série de pintas escuras (Figs. 165 e 166) . marajoensis b^ — Estrias paravertebrais sobre estrias con¬ tínuas (Figs. 160 a 164 .... collilineatus Crotalus Linnaeus 1758 Crotalus Linnaeus, Systema Naturae, Ed. 10:214. Espécie tipo: Crotalus horridus Linnaeus, confirmado por Opinion 92, Int. Comm. Zool. Nomen. Distribuição de Crotalus durissus (Fig. 192) Crotalus [ Crotalus ] durissus cascavella (Wagler, 1824) (Fig. 156) 1824 Crotalus cascavella Wagler, In Spix. Brasil, Sp. Nov., : 60 1925 Crotalus terrificus var. collirhombeatus Amaral, Rev. Mus. Paul., 15: 90. 1966 Crotalus [ Crotalus ] durissus cascavella; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 139, pr. 12 Localidade tipo designada: Minas de Caraíba, Estado da Bahia, Brasil. Distribuição: Regiões secas do Maranhão, Ceará, Piauí, Pernam¬ buco, Alagoas, Rio Grande do Norte e extremo Nordeste de Minas Gerais. 412 * SciELO 10 11 12 13 14 15 16 cm HOGE, A.R Mem. Inst. í ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil 2 a ed . Butantan, 373-496, 1978/79. ' ' Crotalus [ Crotalus ] durissiis collilineatus Amaral (Fig. 160) 1926 Crotalus terrificus collilineatus Amaral 1926 [partim], Rev. Mus. Paulista 15: 90. 1956 Crotalus durissus terrificus; Klauber [partim], Rattlesnakes 1: 33. 1966 Crotalus [ Crotalus ] durissus collilineatus; Hoge, Mem. Inst. Butantan 32: 139-142. Localidade tipo: (Restrita, Hoge 1966) ao Estado de Mato Grosso, Brasil. Distribuição: Mato Grosso Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo ; no Sul, até a Argentina. Crotalus [ Crotalus ] durissus marajoensis Hoge (Figs. 165 e 166) 1966 Crotalus \ Crotalus ] durissus marajoensis Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 143; pr. XV. Localidade tipo: Tuyuyu, Ilha Marajó, Estado do Paraná, Brasil. Distribuição: Campos da Ilha Marajó, Brasil. Crotalus [ Crotalus ] durissus ruruima Hoge (Fig. 167) 1966 Crotalus [ Crotalus ] durissus ruruima Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 145; pr. XVI Localidade tipo: Paulo Camp. Monte Roraima, Venezuela. Distribuição: Conhecida das vertentes do Monte Roraima e Cariman-Peru na Venezuela. No Brasil um único exemplar do Território Federal de Roraima. Crotalus [ Crotalus ] durissus terrificus (Laurenti) (Fig. 170) 1768 Caudisona terrífica Laurenti Syn. Rept., 93. 1896 Crotalus terrificus; Boulenger [partim], Cat. Sn. Brit. Mus., 3: 573. 1926 Crotalus terrificus collilineatus Amaral [partim], Rev. Mus. Paul , 15: 90. 1936 Crotalus durissus terrificus; Klauber [partim], Rattlesnakes 1 : 32. 1966 Crotalus \_Crotalus~\ durissus terrificus; Hoge, Mem. Inst. Butantan. 32: 147 ; pr. XVII. Localidade tipo: Júlio de Castilho, Município de Taquari, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (por designação Hoge 1966 l.c.). Distribuição: Argentina; Uruguai; Paraguai; Bolívia; Sul do Brasil, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Populações isoladas na Amazônia e Pará (Campos de Humaitá, Serra do Cachimbo e Santarém). 413 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.* ed. Mem. Inat. Butantan, b2/ :373-496, 1978/79. Crotalus durissus trigonicus Harris et Simmons 1978 Crotalus durissus trigonicus Harris et Simmons, Mem. Inst. Bu¬ tantan, U0:U1: 306, fig. 1 e 2. Localidade tipo: Savanna de Rupunini no Sudoeste de Guãana. Distribuição: Conhecido somente da localidade tipo, a Savanna isolada de Rupunini, mas possivelmente também nos campos ou cerrados adjacentes do Brasil. Localidade tipo: Savanna de Rupunini no Sudoeste de Guiana. Lachesis Daudin 1803 Lachesis Daudin, Hist. Nat. Rept., 5 :349. Espécie tipo: Lachesis muta (Linnaeus, 1766). Contém : Uma espécie. Distribuição: A mesma que a única espécie conhecida. Lachesis muta muta (Linnaeus) (Fig. 174 a 176) 1766 Crotalus mutus Linnaeus, Syst. Nat. 12. a ed., :373. 1803 Lachesis mutus; Daudin, Hist. Nat. Rept., 5:351. 1896 Lachesi muta; Boulenger, Cat. Sn. Brit. Mus., 3:534. 1951 Lachesis muta muta; Taylor, Kansas Univ. Sei. Buli., 3U (1) :184. 1966 Lachesis muta muta; Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 161. Localidade tipo: Surinam. Distribuição: Florestas equatoriais do Brasil; Guianas; Venezuela; Trinidad; Bolívia; Perú ; Equador e Colômbia. (Fig. 193 M) Lachesis muta rhombeata Wied (Fig. 177) 1825 Lachesis rhombeata Wied, Abb zur Naturgeschichte von Brazilien. 1825 Lachesis rhombeata Wied, Beitr. Nat. Braz., 1 :449. 1872 Trigonocephalus ( Lachoesis ) brasiliensis Liais. Climats, Géol., Faune et Géor. Botan. du Brésil: 306. Localidade tipo não indicado provavelmente Rio Doce, Minas Gerais, Brasil. 1966 Lachesis muta noctívaga Hoge, Mem. Inst. Butantan, 32: 162, pl. 20 (1965). 1976/77 Lachesis muta rhombeata (Hoge), Mem. Inst. Butantan, U0JU1: 54. Localidade tipo: Brasil. Desde que Wied e Liais não indicaram localidades exatas restringe “hoc loco”, a Vitória, Espírito Santo, Brasil. (Fig. 193 R) CHAVE DAS SUBSPÉCIES DE Lachesis muta I — Grandes manchas no topo da cabeça ; faixa postocular larga não distintamente marginada de claro e cor geral averme¬ lhada . rhombeata II — O contrário do acima mencionado . muta 414 1, | SciELO 1 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do | Mem. Inst. Bntantan, 42/43: 373-496. 1978/79. Hrasil. 2.a ed. ELAPIDAE ELAPINAE Micrurus albicinctus Amaral . . ... 391 Micrurus annellatus bolivianus Roze . . ... 392 Micrurus averyi (Schmidt) . . ... 392 Micrurus collaris (Schlegel) . . ... 392 Micrurus corallinus (Merrem) . . ... 393 Micrurus decoratus (Jau) . . ... 393 Micrurus donosoi Hoge, Cordeiro et Romano . . ... 393 Micrurus filiformis (Günther) . 1 Micrurus filiformis filiformis (Günther) . . ... 394 Micrurus filiformis subtilis Roze . Micrurus frontalis (Duméril, Bibron et Duméril) . . ... 394 Micrurus frontalis frontalis (Duméril, Bibron et Duméril) . . . . 395 Micrurus frontalis altirostris (Cope) . Micrurus frontalis baliocoryphus (Cope) . Micrurus frontalis brasiliensis Roze . Micrurus pyrrhocryptus (Cope) . Micrurus hemprichii hemprichii (Jan) . . . . 396 Micrurus hemprichii ortoni Schmidt . Micrurus ibiboboca (Merrem) . Micrurus karlschimidti Romano . Micrurus langsdorffi lanqsdorffi Wagler . Micrurus lemniscatus lemniscatus (Linnaeus) 1 . Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze . ... 399 Micrurus lemniscatus helleri Schmidt et Schmidt . ... 399 Micrurus narduccii (Jan) . ... 400 Micrurus paraensis Cunha et Nascimento 1 . . Micrurus spixii spixii Wagler . Micrurus spixii martiusi Schmidt . Micrurus spixii obscurus (Jan) . Micrurus surinamensis surinamensis (Cuvier) . .... 402 I Micrurus surinamensis nattereri Schmidt . 1 Veja: 425. 415 1 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Hrasil. Mem. lnst. fíutantan, -4-2/-4í:373-496, 1978/79. ed. VIPERIDAE CROTALINAE Bothrops alternatus Duméril et Duméril . 405 Bothrops atrox (Linnaeus) . 405 Bothrops bilineatus bilineatus (Wied) . 405 Bothrops bilineatus smaragdinus Hoge . . . . . 405 Bothrops brazili Hoge . 406 Bothrops castelnaudi, castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril . . . 406 Bothrops cotiara (Gomes) . 406 Bothrops erythromelas Amaral . 406 Bothrops fonsecai Hoge et Belluomini . 407 Bothrops hyoprorus Amaral . 407 Bothrops iglesiasi Amaral . 407 Bothrops insularis (Amaral) . 407 Bothrops itapetiningae (Boulenger) . 407 Bothrops jararaca (Wied) . 407 Bothrops jararacussu Lacerda . 408 Bothrops leucurus Wagler . 408 Bothrops marajoensis Hoge . 408 Bothrops moojeni Hoge . 409 Bothrops neuwiedi neuwiedi Wagler . 409 Bothrops neuioiedi neuwied bolivianus Amaral . 409 Bothrops neuwiedi diporus Cope . 409 Bothrops neuwiedi goyasensis Amaral . 409 Bothrops neuwiedi lutzi (Miranda-Ribeiro) . 409 Bothrops neuioiedi mattogrossensis Amaral . 410 Bothrops neuwiedi meridionalis Müller . 410 Bothrops neuwiedi paranaensis Amaral . 410 Bothrops neivuiedi pauloensis Amaral . 410 Bothrops neuwiedi piauhyensis Amaral . 410 Bothrops neuwiedi pubescens (Cope) . 411 416 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SciELCVo 2 3 5 6 11 12 13 14 15 16 z cm HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. Sinopse ilns serpentes peçonhentas Brasil. 2. 3 ed. Mcm. Inst.. liutanlan, K ^/4.?.'373-496, 1978/79. Crotalus durissus (subespécie) Lachesis muta muta (Linnaeus) Micrurus lemniscatus lemniscatus (Linnaeus) Micrurus lemniscatus helleri Schmidt e Schmidt Micrurus surinamensis surinamensis (Cuvier) AMAZONAS Bothrops atrox (Linnaeus) Bothrops bilineatus smaragdinus Hoge Bothrops brazili Hoge Bothrops castelnaudi castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril Bothrops hyoprorus Amaral Bothrops neuwiedi neuwiedi Wagler CrotoÃus durissus terrificus (Laurenti) Lachesis muta muta (Linnaeus) Micrurus albicinctus Amaral Micrurus ayinelatus bolivia.mis Roze Micrurus averyi (Schmidt) Micrurus filiformis filiformis (Günther) Micrurus filiformis subtilis Roze Micrurus hemprichii hemprichii (Jan) Micrurus hemprichii ortoni Schmidt Micrurus karlchmidti Romano Micrurus langsdorffi langsdorffi Wagler Micrurus lemniscatus helleri Schmidt et Schmidt Micrurus spixii spixii Wagler Micrurus spixii obscurus (Jan) Micrurus surinamensis nattereri Schmidt Micrurus surinamensis surinamensis (Cuvier) BAHIA Bothrops bilineatus bilineatus (Wied) Bethrops erythromelas Amaral Bothrops jararaca (Wied) Bothrops jararacussu Lacerda Bothrops leucurus Wagler 418 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SciELCVo 2 3 5 6 11 12 13 14 15 16 z cm HOGE, A.It. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. Mem. Inst. Butantan, AS/iS: 373-496, 1978/79. 2.a ed. MARANHÃO Bothrops atrox (Linnaeus) Bothrops bilmeatus bilineatus (Wied) Bothrops castelnaudi castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril Bothrops erythromelas Amaral Bothrops moojeni Hoge Bothrops neuwiedi piauhyensis Amaral Crotalvs durissus cascaveüa Wagler Lachesis muta muta (Linnaeus) Micrurus ibiboboca (Merrem) Micrurus spixii martiusi Schmidt MATO GROSSO (incluindo Mato Grosso do Sul) Bothrops alternatus Duméril et Duméril Bothrops bilineatus smaragdinus Hoge Bothrops brazili Hoge Bothrops castelnaudi castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril Bothrops hyoprorus Amaral Bothrops itapetiningae (Boulenger) Bothrops jararaca (Wied) Bothrops jararacussu Lacerda Bothrops moojeni Hoge Bothrops neuwiedi bolivianus Amaral Bothrops neuwiedi diporus Cope Bothrops neuiviedi mattogrossensis Amaral Crotálus durissus collilineatus Amaral Crotálus durissus terrificus (Laurenti) Lachesis muta muta (Linnaeus) Micrurus albicinctus Amaral Micrurus corallinus (Merrem) Micrurus donosi Hoge, Cordeiro e Romano Micrurus frontalis frontalis (Duméril, Bibron et Duméril) Micrurus frontalis pyrrhocryptus (Cope) Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze Micrurus spixii martiusi Schmidt 420 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a Mem. Iiiêt. Butantan, U2/ h J:373-496, 1978/79. MINAS GERAIS Bothrops alternatus Duméril et Duméril Bothrops erythromelas Amaral Bothrops fonsecai Hoge et Belluomini Bothrops itapetiningae (Boulenger) Bothrops jararaca (Wied) Bothrops jararacussu Lacerda Bothrops neuwiedi urutu Lacerda Crotalus durissus cascavella Wagler Crotalus durissus collilineatus Amaral Crotalus durissus terrificus (Laurenti) Lachesis muta rhombeata (Wied) Micrurus frontalis brasiliensis Roze Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze PARÁ Bothrops atrox (Linnaeus) Bothrops brazili Hoge Bothrops castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril Bothrops marajoensis Hoge Bothrops bilineatus bilineatus (Wied) Crotalus durissus marajoensis (Ilha de Marajó) Hoge Crotalus durissus (subspécie) Lachesis muta muta (Linnaeus) Micrurus collaris (Schlegel) Micrurus filiformis filiformis (Günther) Micrurus hemprichii hemprichii (Jan) Micrurus lemniscatus helleri Schmidt et Schmidt Micrurus lemniscatus lemniscatus (Linnaeus) Micrurus paraensis Cunha et Nascimento Micrurus spixii martiusi Schmidt Micrurus surinamensis surinamensis (Cuvier) PARAÍBA Bothrops erythromelas Amaral Crotalus durissus cascavella Wagler Lachesis muta rhombeata (Wied) Micrurus ibiboboca (Merrem) 421 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HÜGE, A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. - Sinopse das serpentes peçonhenta» do Rrasil. 2.a ed. A/em. Inat. fíutantan, 44/44:373-496, 197S/79. PARANÁ Bothrops alternatus Duméril et Duméril Bothrops cotiara (Gomes) Bothrops itapetiningae (Boulenger) Bothrops jararaca (Wied) Bothrops jararacussu Lacerda Bothrops 7noojeni Hoje Bothrops neuwiedi diporus Cope Bothrops neuwiedi paranaensis Amaral Crotalus durissus terrificus (Laurenti) Micrurus corallinus (Merrem) Micrurus decoratus (Jan) Micrurus frontalis altirostris (Cope) Micrurus frontalis frontalis (Duméril, Bibron et Duméril) Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze PERNAMBUCO Bothrops erythromelas Amaral Bothrops neuwiedi piauhyjensis Amaral Crotalus durissus cascavella Wagler Lachesi muta rhombeata (Wied) Micrurus ibiboboca (Merrem) Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze PIAUÍ Bothrops erythromelas Amaral Bothrops iglesiasi Amaral Bothrops nemviedii piauhyensis Amaral Crotalus durissus cascavella Wagler Lachesis muta rhombeata (Wied) Micrurus ibiboboca (Merrem) 422 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. Mem. lnst. Iiutantan, 42/45:373-496, 1978/79. RIO DE JANEIRO Bothrops bilineatus bilineatus (Wied) Bothrops fonsecai Hoge et Belluomini Bothrops jararaca (Wied) Bothrops jararacussu Lacerda Bothrops neuwiedi meridionalis Müller Lachesis muta rhombeata (Wied) Micrurus corallinus (Merrem) Micrurus decoratus (Jan) RIO GRANDE DO NORTE Bothrops erythromelas Amaral Crotalus durissus cascavella Wagler Lachesis muta rhombeata (Wied) Micrurus ibiboboca (Merrem) Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze RIO GRANDE DO SUL Bothrops alternatus Duméril et Bibron Bothrops cotiara (Gomes) Bothrops jararaca (Wied) Bothrops neuwiedi pubescens (Cope) Crotalus durissus terrificus (Laurenti) Micrurus decoratus? (Jan) Micrurus frontalis altirostris (Cope) Micrurus frontalis pyrrhocryptus (Cope) TERRITÓRIO DE RONDÔNIA Bothrops atrox (Linnaeus) Bothrops bilineatus smaragdinus Hoge Bothrops brazili Hoge Bothrops castelnaudi castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril Bothrops hyvrorus Amaral !.a ed. 423 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Mem. Inat. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. Crotalus durissus terrificus (Laurenti) Lachesis muta muta (Linnaeus) Micrurus spixii martiusi Schmidt Micrurus spixii spixii Wagler TERRITÓRIO DE RORAIMA Bothrops atrox (Linnaeus) Bothrops bilineatus smaragdinus Hoge Bothrops castelnaudi castelnaudi Duméril, Bibron et Duméril Crotalus durissus ruruima Hoge Crotalus durissus sp. Lachesis muta muta (Linnaeus) Micrurus lemniscatus helleri Roze Micrurus surinamensis nattereri Schmidt SANTA CATARINA Bothrops alternatus Duméril et Duméril Bothrops jararaca (Wied) Bothrops jararacussu Lacerda Crotalus durissus terrificus (Laurenti) Micrurus corallinus (Merrem) Micrurus decoratus (Jan) Micrurus frontalis frontalis (Duméril, Bibron et Duméril) Micrurus frontalis altirostris (Cope) Micrurus frontalis baliocorynphus (Cope) SÃO PAULO Bothrops alternatus Duméril et Duméril Bothrops cotiara (Gomes) Bothrops fonsecai Hoge et Belluomini Bothrops insularis (Amaral) (Ilha de Queimada Grande) Bothrops itapetiningae (Boulenger) Bothrops jararaca (Wied) Bothrops jararacussu Lacerda Bothrops moojeni Hoge 424 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HO(iE, A.R. & ROMANO S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.® ed. Mem. Inat. Butantan, 42 .í£:373-496. 1978 79 Bothrops neuwiedi pauloensis Amaral Bothrops neuwiedi urutu Lacerda Crotalus durissus collilineatus Amaral Crotalus durissus terrificus (Laurenti) Micrurus corallinus (Merrem) Micrurus decoratus (Jan) Micrurus frontalis altirostris (Cope) Micrurus lemniscatus carvalhoi Roze SERGIPE Bothrops erythromelas Amaral Bothrops leucurus Wagler Crotalus durissus cascavellu Wagler Lachesis muta rhombeata (Wied) Micrurus ibiboboca (Merrem) OBSERVAÇÃO: incluir nas páginas: 400 e 424 Micrurus lemniscatus diutius Burger 1955 Micrurus lemniscatus diutius Burger, Boi. Mus. Cienc. Nat. Cara¬ cas, 1 (1) :8. Localidade tipo: Tunapuna, Trinidad. Distribuição: Tanapuna, Trinidad e costa adjacente de Venezuela e Guyana até o Território de Roraima no Brasil através das Guyanas e Surinan. 400 e 418 Micrurus putumayensis Lancini 1962 Micrurus schmidti Lancini (pré-ocupado por Micrurus schmidti Dunn 1940). Publ. Ocas. Mus. Cienc. Nat. Caracas, Zool., 2:1, fig. 1. 1962 Micrurus putumayensis Lancini ( Nom . nov. pro. M. schmidti Lancini, 1962). Publ. Ocas. Mus. Cienc. Nat. Caracas, Zool., 3:1. Localidade tipo: Puerto Socorro, Rio Putumayo, Depto. Loreto, Peru. Distribuição: Conhecido do Nordeste do Peru e do Brasil fide Thales de Lema) de Benjamin Constant Est. Amazonas, Brasil. 425 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Aí era. lnat. Butantan, 42/48: 373-496, 1978/79. TX, Fig. 1 — Vestígios de membros posteriores, vestígios representados externamente sob forma de esporões, ou internamente por restos da cintura pélvica. Fig. 2 — Typhlopa: esquema parcial do crânio mostrando maxilar móvel, provido de dentes e situado transversalmente e foramen optico no frontal. Fig. 3 — Liotyphlopa: esquema parcial do crânio; ectoterigoide e ossos circum-orbitais (a). Fig. 4 — Leptotyphlopa: esquema parcial do crânio; dental provido de dentes; supratemporal vestigial associada ao quadrato e ausência de pós-orbital (seg. Boulenger). Fig. 5 — Crânio de boideo: mostrando vista lateral. Fig. 6 — Mandíbula mostrando coronóide. Fig. 7 — Foramen óptico situado entre o frontal e parietal. Fig. 8 — Uropeltidae Premaxilar suturado com maxilar, supraocular ausente, supratemporal pratica¬ mente ausente redesenhado apud Boulenger: 138. Fig. 9 — Uropeltia: Vista dorsal da cauda. Fig. 9a — Uropeltidae: mostrando ocular fundida com as escamas adjacentes. 426 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil 2 a ed Mem. Inat. Rutantan, 1,2/ 1,3: 373-496, 1978/79. 10 11 12 14 Fig. 10 — Premaxilar (desdentado) em contato com Fig. 11 — Mandíbula mostrando coronóide (dividido) Fig. 12 — Crânio de boídeo: mostrando vista dorsal. Fig. 13 — Foramen óptico: completamente fechado. Fig. 14 — Supraorbital presente; prefrontais não em contato Lig. 15 — Supraorbital ausente e premaxilar desdentado. maxilares. dental frouxamente articulado. e premaxilar provido de dentes. 427 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 IIOGK. A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. - Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a *d. Mem. Inat. Hutantav, 42/4 J.373-496, 1978/79. 25 Fig. 16 — Similar aos boinaes: prefrontal confinado à parte lateral do crânio; premaxilar bem em frente dos maxilares ao invés de situada entre os maxilares. Fig. 17 — Hipapófises presentes. Fig. 18 — Bolyeria: crânio mostrando o maxilar duplo (seg. Antony e Guibé). Fig. 19 — Hipapófises da região nucal atravessando a parede do esôfago. Fig. 20 — Foramen óptico situado dentro do parietal. Fig. 21 — Vista dorsal mostrando a expansão lateral das epífises neurais. Fig. 22 — Ossos do crânio: Pareotinae mostrando parte anterior do maxilar desdentado. Fig. 23 — Ossos do crânio: Dipaadinae, mostrando parte anterior do maxilar provido de dentes e supratemporal reduzido. Fig. 24 — Foramen óptico entre frontal e parasfenóide. Fig. 25 — Sibynophinae: mandíbula mostrando os dentes pequenos, fortes e achatados lateralments (seg. Taylor e Smith). 428 cm SciELO IIOGE. A.R. &. ROMANO HOOE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Mem. Inst. Butantan, ki/kS: 373-496, 1978/79. 29 Fig. 26 — Tipo de dentição áglifa. Fig. 27 — Tipo de dentição opistóglifa. Fig. 28 — Tipo de dentição proteróglifa. Fig. 29 — Tipo de dentição aolenóglifa e fosseta loreal. 429 2 3 4 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Mem. Inst. Hutantan, 4f/4J:373-496, 1978/79. mostrando foramen óptico entre frontal e parietal, maxilar móvel nào Fig. 38 — Atractaspiidae: escavado. Fig. 39 _ Atractaspis: Vista dorsal da cabeça mostrando as placas simétricas do tipo colubríneo. Fig. 40 _ Azemiops: mostrando ausência do músculo levator angvlioris (seg. Liem, Marx, modif.). Fig. 41 _ Vípera: mostrando presença do músculo levator anguli oris. Fig. 42 Causinae: vista dorsal da cabeça mostrando as placas simétricas e pupila redonda. Fig. 43 Causinae: vista dorsal da cabeça, cortada para mostrar a extensão da glândula de veneno. Fig. 44 — FosBeta lo real presente. Fig. 46 — Viperidae: maxilar escavado. 431 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 ÍIOGE, A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inat. Hutantan, 1,2/iS: 373-496, 1978/78. rf/i t. 51 Hg zir/y .5 2 5 4 s$m 5 5 ' 5 5 'stmk 57 5 8 5^ ^'":^r; Fig. 46 Fig. 47 Fig. 47a Fig. 48 Fig. 49 Fig. 50 Fig. 51 Fig. 62 Fig. 63 - Fig. 54 Fig. 55 Fig. 56 Fig. 57 - Fig. 58 Fig; 59 Chocalho presente. — Chocalho ausente, cauda normal. — Chocalho ausente, Lacheaia cauda modificada. — Crotdlu a sem escudos simétricos na cabeça. — Siatrurua, escudos simétrico» na cabeça. — Agkiatrodon: escudos simétricos na cabeça. — Fosseta loreal presente. — Cauda preensil ( apud jan ) . — Focinho não levantado. — Focinho levantado. — Bothropa fonsecai mostrando faixa postocular em forma de gancho. — Bothropa fonaecai marca da cabeça com faixa transversal. — Bothropa cotiara mostrando faixa postocular reta. — Bothropa cotiara mostrando marca da cabeça sem faixa transversal, e 60 — Bothropa altomatua. 432 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. Mcm. Inet. Butantan. 42/43: 373-496, 1978/79. 2 a ed. 433 SciELO HOGE, A.R. & ROMANO IIOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, l*2/hS: 373-496, 1978/70. 4:54 SciELO '10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, Í2/J,S: 373-496, 1978/79. 436 'LO 11 12 13 14 15 16 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.R ed. Mem. Inst. Butantan, 42//,3: 373-496, 1978/79. 437 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil Mcm. Inst. Butantan, U2/ U3: 373-496, 1978/79. 438 2 3 4 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 Fig. 86 — Micrurus spixii spixii Fig. 87 — Micrurus spixii martiusi Fig. 88 — Micrurus spixii obscurus Fig. 89 — - Micrurus surinamcnsis surinamensis Fig. 90 — Micrurus surinamensis nattereri 'LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.* ed. Mem. lnst. Butantan, 42/.4S.-373-496, 1978/79. 439 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. Mem. Inat. Buiantan, *2/43: 373-496, 1978/79. rig*. 92, 93, 94 — Bothrops alternatua Fig. 95 — Bothropa atrox 440 SciELO HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. lnat. Butantan, 42/45:373-496, 1978/79. Figs. 96, 97, 98 — Bothropa bilineatua bilineatua 441 1, | SciELO HOGE, A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inet. Butantan, 42/45:373-496, 1978/79. Fíks. 99, 100 — Bothrops bilincatua amaraodinua (Foto Lancini) 442 2 3 4 5 6 SCÍELO10 2.1 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOOE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. Fig. 101 — Bothrop» brazüi Figs. 102, 103 e 104 — Bothropa brazili juvenil 443 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. In8t. Butantan, 42/ -45:373-496, 1978/79. Fig. 105 — BoLhrops castelnaudi Figs. 10G, 107 e 10S — Bothrops casstdnaudu castelnaudii 444 '10 11 12 13 14 15 16 IIOGE A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. -- Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mim. In st. liutantan, Jt2/k3\ - , 19 <8/ 19. Figs. 111, 112 e 113 — Bothrops crythromclaa 447 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Imt. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. 114 HOCíE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.VV.L. — Sinopse tias serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Aí em. Inat. Dutantan, 42/4S: 373-496, 1978/79. Uothrope njlesiaa » FUrs. 121. 122, 123 451 1 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a od. Mem. In8t. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. Fig. 124 — Bothropa insularia 452 1, | SciELO HOGE AR & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan. J,2/i3: 373-496, 1978/79. Figs. 125, 126, 127 — Bothropa insularia 453 1, | SciELO HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Mcm. Inst. Butantav, 42/43: 373-496, 1978/79. Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2. 8 ed. 454 SciELO HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mern. Inat. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. Figs. 129, 130, 131 — Bothropa itapetiningae 455 1, | SciELO HOGE. A. II. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inat. Butantan, 42/4S;373-49G, 1978/79. 133 1 34 Fig9. 133, 134, 135 — Bothropa jararaca 457 1, | SciELO HOGE, A.R. & ROMANO IIOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a od. Mcm. Inst. Butantav, Jt2/ Jt 8 1978/79. Fig. 13G — Bothropa jararacuaau 458 cm HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inat. Butantan, 42/45;373-496, 1978/79. 137 Figs. 137, 138 — Bothrops jararacuasn 459 1, | SciELO 15 '10 11 12 13 14 15 16 IIOGE, A.R. & ROMANO IIOOE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, 42/43:Z~ 3-49G, 1978/79. 460 Fit?. 139 — Bothrops leucurua IIOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inat. Dutantan, 42/45:373-496, 1978/79. Figs. 141, 142, 143 — Duthropa moojeni 462 SciELO HOr.E. A.R & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed Mcm. Inst. Butantan, 42/4S:373-49G, 1978/79. Fig. 144 — Bothropa ncuwicdi 463 2 3 4 5 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 14 4 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed Mem. In8t. Butantan, 42/43.’373-496, 1978/79. Fig. 145 — Bothrop8 neuwiedi diporua 464 1, | SciELO 1 4 5 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, 42/45:373-496, 1978/79. 147 Figs. 146, 147, 148 — Bothrops nemvicdi diporua 148 465 l I SciELO 15 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse cias serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed Mcrn. Inst. Butantan, ^2/^3: 373-496, 1978/79. 466 SciELO Fig. 119 — Bothrops pirajai HOGE, A.Ii. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, Í2/43: 373-49G, 1978/79. Fies. 150, 151 e 152 — Bothrops pirajai 4G7 1 50 1 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inat. Butantan, 42/43:373-496, 1978/79. 468 1, | SciELO Fig. 163 — Bothropa pradoi HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inat. ISutantan, 49/.(.Ç.'373-496, 1978/79. 470 '10 11 12 13 14 15 16 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. A/em. Inat. Butantan, 4~V-45.'373-496, 1978/79. 157 Figs. 157, 158 o 159 — Crotalus duriaaua caacavclla 159 'LO 11 12 13 14 15 16 IIOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. Mcm. Inst. Butantan, ^2/43: 373-49G, 1978/79. ed. 472 '10 11 12 13 14 15 16 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inat. Butantan, ^^5.373-496, 1978/79. 16 5 16 6 Figs. 1G1, 102, 163 e 1G4 — Crotalua durissus collilincatua Fies. 105, 106 — Crotalua duriasua marajoensia 473 SciELO HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, ^2/^3: 373-49G, 1978/79. 474 ], | SciELO Fig. 1G7 — Crotalu8 durissus ruruima HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, 42/4.?:373-496, 1978/79. Figs. 1G8, 1G9 — Crotalus d/irmsíis riinuma 475 2 3 4 5 6 SCÍELOlo h i2 13 14 15 16 IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, Jt2/lf3: 373-49G, 1978/79. 476 SciELO EiOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Jnat. Butantan, 42/43: 373-49G, 1978/79. 173 1 75 176 Figs. 171, 172, 173 — Crotalu8 ànrissua tcrrificua Figs. 174, 176 e 17G — Lacheais muta muta 477 SciELO HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Drasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, W/JtS: 373-496, 1978/79. 478 SciELO Fig. 177 — Lacheais muta rhombcata IIOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inst. Butantan, 42/4S:373-49G, 1978/79. F ígs. 1<8, 179 180 — Lachc8i3 muta rhombeata 479 SciELO cm LO 11 12 13 14 15 16 riOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 42/-4$.‘373-496, 1978/79. 70° 65° 60° 55° 50° 45° 40° 35° F\g. 181 — DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE Bothropa çiltcrnatua 480 ], | SciELO SciELCy0 2 3 5 6 11 12 13 14 15 16 Z cm HOGE, A.R. & ROMANO IIOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mcm. Inat. Butantan, 42/43: 373-496, 1978/79. 70° 65° 60° 55° 50° 45° 40° 35° Fig. 185 — DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE Bothrops crythromclas 484 HOGE AR.* ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Mem. Intt. Butantan, W/i!:3 73-496, 1978/79. 70° 65° 60° 55° 5 0° 45° 40° 35° 1 I I I I I T Fig. 188 — DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE Bothrop a iplesiaei 487 HOGE. A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2 a ed. Mem. Inat. Butanian, Ai/43: 373-496, 1978/79. 70° 65° 60° 55° 50° 45° 40° 35° Filf. VJl — DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE Hothro, ,» «ruuíciii 490 HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Rrasil. 2 a ed. Mem. lnêt. Butantan, ki/K3: 373-496, 1978/79. 1 92 Fiir. 192 — DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE Crotalua durisauu 491 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 SciELCy0 2 3 5 6 11 12 13 14 15 16 L cm HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.® ed. Mem. Inst. Bntantan, 42/45:373-496, 1978/79. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 3. 4. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. AMARAL, A. do Contribuição para o conhecimento dos ofídeos do Brasil. IV — Lachesis insularis sp. n. Annexos Mem. Inst. Butantan, Seção de Ofiologia, 1(1): 18-59, 191. New Genera and Species of Snakes. Proc. New Engl. zoll. Club., 8: 85-105, 1923. - A general consideration of snake poisoning and observations on Neotropical Pit-Vipers. Contr. Harv. Inst. Trop. Biol. Mem., 2:1-64, pr. I-XVI, 1925. South American Snakes in the Collection of the United States National Museum. Proc. Us. Nat. Mi 2596. - Com. Linhas Telegr. Mato Grosso, Publ. S4: 1-29, 1926. Annexo 5: 26, figs. 7-10 Hist. Nat. Zool. Ophidios do Mato Grosso Contribuição II para o conhecimento dos ophidios do Brasil : 1-43, c/pr. l.a Nota de Ofiologia. Sobre a invalidez de um gênero e algumas espécies de ophidios sul americanos. Rev. Mus. Paulista, 14:32, 1926. - Albinismo em “cobra coral”. Rev. Mus. Paulista, 15: 1-9, pr. I, 1927. - Studies on Neotropical Ophidia — A new form of Crotalidae from Bolivia. Buli. Antivenin Inst. Amer., 1 :5-6, 1927. - Studies of Neotropical Ophidia — Additional notes on Colombian Snakes. Buli. Antivenin Inst. Amer., 4: 85-94, 1931. Contribuição ao conhecimento dos ophidios do Brasil — Lista remissiva dos ophidios do Brasil. Mem. Inst. Butantan, 4: 71-114, 1929. Estudo sobre os ophidios neotrópicos — Lista remissiva dos ophi¬ dios da Região Neotrópica, 4: 129-271, 1929. Contribuição ao conhecimento dos ophidios do Brasil. Uma nova raça de Bothrops neuwiedii. Mem. Inst. Butantan, 7: 97-98, 1932. Estudos sobre Ophidios neotrópicos — Novas espécies de ophidios da Colombia. Mem. Inst. Butantan. 9: 219-224, 1935. - Contribuição ao conhecimento dos ophidios do Brasil — Lista remissiva dos ophidios do Brasil 2.a ed. Mem. Inst. Butantan, 10: 87-162, 1935 — 1936. Notas sobre a Ofiolotria Neotrópica e Brasílica. Pap. Avul. Depto. Zool. São Paulo, 5(1): 1-5, 1944 Notas sobre a Ofiologia Neotrópica e Brasílica. Subespécies de Micrurus lemniscatus (L.) e suas afinidades com M. frontalis (Dm & Bibr.) — Op. cit., 5(11): 83-94, 1944. Contribuição ao conhecimento dos ophidios do Brasil. Situação taxonômica de algumas formas de Crotalidae — Lachesinae recentemente descritas. Mem. Inst. Butantan, 26': 215-220, 1954. BEEBE, W. Higher vertebrates of British Guiana vvith special reference to the Fauna of Bartica District. Zoologica, N. Y. Zoological Society, 11(1) : 205-227, 1919. BOULENGER, G. A. Cat. Sn. Brit. Mus., 3: I-IV-:l-727, pr. I-XXV, 1896. Description of a new pit-viper from Brazil. Ann. Mag. Nat. Nat. Hist., 20(7) :338, 1907. 21. BURGER, W.L. and NATSUNO, T. A new genus for the Arafura smooth seasnake and redefinitions of the other seasnake genera. The Snake, 6: 61-75, 1974. 22. COPE, E.D. Catalogue of the venomous serpents in the Museum of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, with notes on the families, genera and species. Proc. Acad. Nat. Soc. Philadelphia, 1859: 332-347, 1860. 493 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 * HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. A/em. Innt. Butantan, 42/43:'iTA-í96, 1978/79. 23. 24. 25. 20. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 30. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 494 - Description of new American Squamata in the Mus. of the Smithso- nian Institution, Washington. Proc. Acad. Nat. Soc. Philadelphia, 1863: 100-100, 1803. - - Scventh Contribution to the Herpetology of Tropical America. Proc. Amer. Phil. Soc., !) : 147-109, 1809. Eighth Contribution to the Herpetology of Tropical America. Proc. Amer. Philo. Soc.. XI: 490-498, 1870. CUNHA, O. A., NASCIMENTO, F.P. Ofídios da Amazônia IV. As cobras corais (Gênero Micrurus) — Nota preliminar. Publ. Avulsas do Museu Goeldi (Sesquicentenário) , 20: 273-280, 1973. CUVIER, G. Le règne animal distribuí- d'après son organisation, II con- tenant les Reptiles, les Poissons, les Mollusqucs et les Annelidés: XVIII — 532, 1817, Paris Detcrvillc. DAUDIN, F.M. Hist. Nat. Rept., 5 (1 e 2 1 : 1-305, 1803. DOWLING, H.G. Hemipenis and other characters in colubrid classification. Herpetologica, '23( 2>: 138-142, 1907. Relation of some African colubrid snakes. Copeia, 1909 (2) : 234-242, figs. 1 e 2. - — A provisional classification of snakes. Yearbook of Herpetology, 1 (1974): 107-170, 1975a. The neartic snake fauna. Yarbook of Herpetology, 1(1974): 190-202, ill. 1975b. - - — and DUELLMAN, W.E. Sistematic herpetology: a synopsis of families and higher categories. Hiss. Publ. Herpetol., (7) : 1-240, 1974. DUMÉRIL, M. Prodome de la classification des Reptiles Ophidiens Mem. Acad. Sei., 23: 3-139, pr. 1 e 2, fig. 1 a 15, 1853. - A.M.C., BIBRON, G. et DUMERIL, A. Erpétologie Genérale ou Histoire Naturelle complète des Reptiles, 7(2): I-XII : 781-1530, Atlas pr. 1-108, fig. la. GOMES, F. Uma nova cobra venenosa do Brasil. Ann. Paul. Med. Cirurg. São Paulo, 1(3): 05, 1913. - in NEIVA, e PENHA... (n. nud.) — Viagem Científica pelo Norte da Bahia, Sudoeste de Pernambuco, Sul do Piauí e de Norte a Sul de Goiás. Ofídios. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, S(3): 101-103, 1910. GÜNTHER, A. List of the cold-blooded Vertebrate collected by Mr Fraser in the Andes of Western Ecuador. Proc. Zool. Soc. London, 1859: 86, pr 18, 1859. - Sixth account of new species of snakes in the eollection of the British Museum. Ann. Mag. Nat. Hist., 1(4): 413-429, pr. 17 D, 1808. HARRIS, H.S. JR and SIMMONS, R.S. A new subspecies of Crotalus durissus (Serpentes: Crotalidae ) from the Rupuni Savana of southweastern Guyana. Mem. Inst. Butantan 40/41: 305-311, figs. 1 e 2. HOGE, A.R. Uma nova espécie de Trimercsurus. Mem. Inst. Butantan, 20: 193-202, 1947, distr. 1948. A new Bothrops from Brazil, Bothrops brazili, sp. nov. Mem. Inst. Butantan, 25: 15-22, 1953. Uma nova espécie de Micrurus (Serpente: Elapidae ) do Brasil. Mem. Inst. Butantan, 27: 07-72, 1955/50. e BELLUOMINI, H.E. Uma nova espécie de Bothrops do Brasil (Serpentes). Mem. Inst. Butantan, 2S : 195-200 1957/58) distr. 1959. Note sur la position systematique de Trigonocephalus ( Bothrops ) pubescens Cope 1809. Mem. Inst. Butantan, 28: 83-84, 1957/58 distr. 1959. SciELO 10 11 12 13 14 15 16 cm HOGE, A.R. & ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. Mem. Innt. Bvtavtav, W/45:873-496. 1978/79. 46. 47. 63. 64. HOGE, A.R., BELLUOMINI, H.E.. SCHREIBER, G. e PENHA, A.M. Sexual abnormalities in Bothropx insnlaris (Amaral) 1021. Mcm. Inst. Butantan, 29: 17-88, 1959 distr. 1960. - e LANCINI, R.A. Nota sobre Micrurus surinamensis nattereri Micrurus pyrrhocryptHS Cope. Mcm. Inst. Butantan (1959) 53. 54. Schmidt 29: 9-13 distr. 1960. - e ROMANO, S.A.R.W.D.L. Leptomicrurus in Brasil (Serpentes Elapidacl . Mcm. Inst. Butantan, '12: 1-8, 1965 distr. 1966. - Preliminary Account on Neotropical Crotalinae (Serpcntes-Vipe- ridae). Mcm. Inst. Butantan, ,12: 109-184, 1965 distr. 1966. - e ROMANO. S.A.R.D.L. Espécies registradas para o Brasil (Ser¬ pentes), Ciência e Cultura, 21 ( 2) :454, 1969. - e ROMANO, S.A.R.W.D.L. Neotropical Pit Vipers, Sea Snakes and Coral Snakes Venomous Animais and their Venoms. Vol. 2 Aeademic Press, Inc New York, 1971: 211-293. - e ROMANO, S.A.R.W.D.L. Sinopse das Serpentes Peçonhentas do Brasil. (Serpentes, Elapidae e Viperidae). Mem. Inst. Butantan, 3fí: 109-208, 1972. - , CORDEIRO, C.L.S. e ROMANO, S.A.R.W.D.L. A new species of Micrurus from Brazil (Serpentes Elapidae ) Ciência e Cultura (suple¬ mento) 28: 417-418, 1976. e ROMANO, S.A.R.W.D.L. Luchesis mata rhombeata (Serpentes: Viperidae, Crotalinae) Mem. Inst. Butantan, 40/41: 53-54, 1976/77 distr. 1978. - , CORDEIRO. C.L.S. e ROMANO. S.A.R.W.D.L. Redescription of Micrurus donosoi (Serpentes: Elapinae) Mem. Inst. Butantan, 40/41: 71-73, 1976/77 distr. 1978. IHERING, R. von As cobras do Brazil. l.a parte Rev. Mus. Paulista, 8: 273-379, 1911. JAN, G. Plan d’une iconographie descriptive des ophidiens et description sommaire de nouvelles espèces de serpents. Rev. Mag. Zool. (Paris), 40(2) :514-526, 1858. - - - Enumerazione sistemática degli ofidi appartenenti al gruppo Co ronellidac. Arch. Zool. Anat. Fisiol., 2(2): 213-330, 1863. - & SORDELLI Iconographie générale des ophidiens 3 Livr. 41 pr. 6, fig. 3, 1872. KLAUBER, L.M. Rattlesnakes, 1: 1-708 Zool. Soc. of San Diego Univ. of Califórnia Press, 1972. - op. cit., 2: 741-1533. Zool. Soc. of San Diego Univ. of Califórnia Press, 1972. LACERDA, J.B. Leçons sur le venin des serpents du Brésil et sur la methode de traitement des morsures venimer.ses par le permanganate de potasse. Leçons Ven. Serp Brézil, ed 2: 1-194, pr. I-II, 1884. LAURENTI, J.N. Specimen medicum exhibens synopsis Reptilium emendatum rimentis circa ver.ena et antidota reptilium austriacorum. Sys. cum experimentis Rept., 1-215, pr. I-V-Viena, 1768. LIAIS. E. Climats, Géo. Faune et Geogr. Botan. du Brésil: 1-640; I-VIII, Paris Garnier Frères, 1872. LINNAEUS, C. Syst. Nat., 10a. ed. 1: 1-824, pr I — II, 1758. - op. cit. 12. a ed., 1: , 1766. LUTZ, A. e MELLO, O Elaps Ezequieli e Rhinostoma bimaculatum cobras novas do Estado de Minas Gerais. Mem. Inst. Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro), 15: 235-239. <±95 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 HOGE, A. II. & ROMANO HOGE. S.A.R.W.L. — Sinopse das serpentes peçonhentas do lirasil. 2.a ed Mcm. Inst. Butantan, 4~/4S.'373-496, 1978/79. 68. MAGALHÃES. O. Contribuição para o estudo dos ophidios brasileiros (1) Mcm. Inst. Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro) 15(1)151-155, pr. 7-12, 1925. 69. McDOWELL, S.R. Osteology of tlie Typhlopidac and Leptotyphlopidae: a criticai review. Copeia, 1567 a(3): 686-692, 1967. 70. - Aspidomorphiis, a genus of New Guinea snakes of the favnily Elapidae, with notes on related genera. J. Zool. London, 151 : 497-543, 1967b. 71 . - Affinities of the snakes usually called EUtps larclits and E. dorsalis. Zool. J. Linn. Soc. London, 47: 561-578, figs. 1-4, 1968. 72. - Notes on the Australian sea-snake fíphvlophis greyi M. Smith (Serpentes: Elapidae, Hydrophiinae) and the origin and classification of sea-snakes. Zool. J. Linn. Soc. London 48: 333-349, fig. 1, 1969a. 73. - - • Toxicocalamus, a New Guinea genus of snakes of the faniily Elapidae. J. Zool. J. Linn. Soc. London, 15'J: 443-511,' 1969b. 74. - On the status and relationship of the Solomon Island elapid snakes. J. Zool. J. Linn. Soc. London, 161 : 146--190, figs. 1-7, 1970. 75. - The genera of the sea-snakes of the Hjfdrophis group. Trans. Zool. Soc. London, 52(3): 189-247, fig. 1, 1972a. 76. - The evolution of the tongue of snakes and its bearing on snake origins. Evol. BioL, 6:191-273, figs. 1 24, 1972 b (New York Appleton Century Crafts: Dobzansky, T.M.K., Hecht, W. Speere, eds.). 77. - A catalogue of the snakes of New Guinea and the Solo- mons, with special reference to those in the Bernice P. Bishops Museum. Part. 1. Scolecophidia J. Herp. S (1): 1-57, 1974a. 78. - Additional notes on the rare and primitive sea-snake Ephalophis greyi. J. Herp. 5(2): 123-128, 174 b. 79. - A catalogue of the snakes of Ntw Guinea and the Solomons, with special reference to those in the Bernice P. Bishop Museum. Part. II. Anilioidea and Pythoninac J. Herp. fl(l): 1-79, 1975. 80. MERREM, B. Versuch eines Systems der Amphibien. Marburg: Johann Christian Krieger. I — XV: 1-191, 1820. 81. MIRANDA-RIBEIRO, A. Lachesis lutzi. Uma variedade de L. pictus Tschudi. Arch. Mus. Nac. Rio de Janeiro, 17: 3-4, 1915. 82. MOCQUARD, F. Sur une nouvelle espécie d' Elaps, E. heterochüus. Buli. Soc. Philorn. Paris, 7(11): 39-41, 1887. 83. MÜLLER, F. Vierter Nachtrag zum Katalog der herptologischen Sammlung des Basler Museums. Verh. Nat. Ges. Basel, 7: 668-717, 1885. 84. PETERS, J.A. The snakes of Ecuador. Buli. Mus. Comp. Zool. Harvard, 722(9) :491-541, 1960. 85. PETERS, W. Über die von Hrn Dr. Hoffmann in Costa Rica gesammclten und an das Kiinigl zoologische Museum gesan dten Schlangen. Monatsber. Akad. Wiss. Berlin, 1859: 275-278, pl. 86. - Über eine von Dnr. Robert Abendroth in dem Hochlande von Peru gemachte Sammlung von Amphibien, welche derselbe dem Kiinigl. zoologischen Museum geschenkt hat. Monatsber. Akad. Wiss. Berlin, 1871: 397-404. 87. - Vorkommen schildformiger Verbreiterungen der Dornfortsatze bei Schlangen und über neue oder weniger bekannte Arten dieser Abtheilung der Reptilien. Sitzungsber. Ges. Naturf. Fr. Berlin, 1880:49-52. 88. POSADA-ARANGO, A. Note sur quelques solénoglyphes de Colombie. Buli. Soc. Zool. France, 74:343-345, 1889. 89. RADDI, G. Di alcune specie nuovi di rettili e piante brasiliane. Atti. Soc. Italiana Sei. Modena, 78:1-39, 1820. 90. ROMANO, S.A.R.W.D.L. — Notes on Leptomicrurus Schmidt (Serpentes Ela¬ pidae). Mem. Inst. Butantan, 35: 112-115 (1971)1972. 496 ], | SciELO 1 1 1)( i !■'. A.K. ifc ROMANO HOCIE, S.A.II. W.I.. — Sinup.se das serpentes peçonhentas do Brasil. 2.a ed. ■Uem. hist. llutantan, JfJ/ :fS: 373-496, 197S Ty. 'J1 . 03. 101. ior> 100. ROM ER, A.S. Osteology of tiie reptiles Chicago University of Chicago Press, VII-XX1 : 1-772, H)50. ROZE, J. A check fist of the New World \ enomous coral snakes (Elapidae) , with descriptions ol' new íorms. Amcr. Mus. Novitates, 2257:1-60, 19G7. SCHINZ, H.R. Das Thierreich eingetheilt nach dem Bati der Tiere ais Grundltíge ihrer Naturgeschichte und der vergleichenden Anatomie von dem Herrn Ritter von Cuvicr. Stuttgart und Tübingcn J. G. Cotta 2:1-180, 1822. SCHLEGEL, H. Essai sur la physionomie des serpens. Les serpens non venimeux. 2:1-160, 1837. SCHMIDT, K.P. and SCIIMIDT, F.J.W. New coral snakes from Peru. Reports on results of the Captain Marshall Ficld Expeditions. Publ. Field Mus. Nat. Hist. (Zool. Ser.) 12(10) :129-134, pr. 11-12, 1925. - The history of Ela ps collaris Schlegel. 1837-1937. Publ. Field Mus. Nat. Hist. (Zool. Ser.) 20:361-304, 1937. - A new coral snake from British Guiana. Publ. Field Mus. Nat. Hist. (Zool. Ser) 24:45-47, 1939. et WALKER, W.F. Peruvian snakes from the University of Arequipa. Publ. Field Mus. Nat. Hist. (Zool. Ser.) 24 (26) :279-19G, 1943. The Amazonian coral snake. Micrtirus spijei Fieldiana Zool, 34(14) : 1 7 1- 1 80, figs. 33 e 34b. SMITH, H.M., SM1TH, R.B. e SAVIN, H.L. A summary of snake classifica- tion (Reptilia, Serpentes), Journal of Herpetology 11(21:115-121, 1977. SCHREVE, B. Notes on the races of Micrurits froxtalis (Duméril, Duméril and Bibron). Breviora, 16:1-0, 1953. TAYLOR, E.H. A brief review of the snakes of Costa Rica. Univ. Kansas Sei. Buli, 34(1) : 3-188, 1951. UNDERWOOD, G. A contribution to the classification of snakes. Trustees of the British Museuin (Natural History) England, Staples Printers Limited, V-X: 1-179. WAGLER, J. Serpentum brasiliensium species novae ou Histoire naturelle des espèces nouvelles de serpens, recueillies et observées pendant le voyage dans 1'intérieur du Brésil dans les années 1817, 1818, 1819, 1820, exécuté par ordre de Sa Majesté le Roi de Bavére, publiée par Jean de Spix-..., écrite d’aprés les notes du voyageur par jean Wagler. viii ■ 75 pp. 26 platcs. Monachii: Franc. Seraph. Hübschmann. - Natürliches System der Amphibien, mit vorangehender Classifi¬ cation der Saugthiere und Vogei, vi + 354 pp., 9 pis. München, Stuttgart und Tübingen: J. G. Cotta, 1830. WIED-NEUWIED, MAX1MILIAN, PRINZ ZU — Ueber dic Cobra Coral oder Cobra Corães der brasilianer. Nova Acta Acad. Leop. Carol. 10(1) : 105-110, 1 pl., 1820. - Reise nach Brasilicn in den Jahren 1815 bis 1817. 2 volumes. Frankfurt a.M. Henrich Bronncr (1820-1821) 2, xviii:345, 1821. - Abbildungen zur Naturgeschichte Brasiliens. Weimar (1822-1831) in Isis von Oken, 1,7(7) cols. : 724 - 725, pr. 6, 1823. - op. cit. in Isis von Okcn, 14 (9) :987-988, pl. 3. - oi), cit. in Isis von Oken, 14(101:1103, 1824. Verzeichniss der auf einer Reise zwischen dem 13ten und 23sten Grade südlicher Breite im ostlichen Brasilicn beobacteten Amphibien, Saugethiere und Vügel. Beitrage zur Naturgeschichte von Brasilien, Wei¬ mar, 1825, 1, v-xxii : 1-614, pl. I — III. 497 cm SciELO L0 11 12 13 14 15 16 Mem. Inst. Butantan 42/45:498-499, 1978/79 ÍNDICE DE AUTOR AUTHOR INDEX ABRÃO, A. 71 ARTIGAS, P.T. 145 CAMPOS, M.N.M. 41 CAMPOS, S.M. 41 CAPELLANO, R.S.L. 71 CARDOSO, J.L.C. 21 CARNEIRO, S.M. 27 CHAVES, P.H.F. 33 CIRELLI, A. 127, 151 CORRÊA, A.A.S. 145 COSTA, J.R.V. 33, 41 DENARO, L. 71, 363, 367 DONOSO, N. 21 EICKSTEDT, V.R.D. von 95 ESTEVES, M.I. 71 FAVARETTO, A.L.V. 33 FEDERSONI JR„ P.A. 49, 159, 171 FURLANETTO, R.S. 311, 325, 345 FURTADO, M.F.D. 87 GIANNOTTI F.°, 0. 65 GUIDOLIN, R. 337 HIGASHI, H.G. 77 IIOGE, A.R. 87, 175, 179, 373 IIZUKA, H. 77 KNYSAK, I. 127, 151 LANGLADA, F.G. 71, 363, 367 LAPORTA, I.L. 175 LIZASO, N. 139 498 . . . . . . . Ó77£'fn . . . . . . . . . . cm 2 3 4 5 6 10 11 12 13 14 15 16 1 ÍNDICE DE AUTOR/AUTOR INDEX LOPES, R.A. 33, 41 LUCAS, S.M. 127, 151 MACHADO, J.C. 21, 27, 65, 71, 367 MATIDA, A.K. 357 MORAES JR., R.L. 367 OLIVEIRA, E.P.T. 77 PANIZZA, S. 357 PETENUSCI, S.O. 33 REIS, M.C.A. 363 ROLIM ROSA, R. 311, 325, 337, 345 ROMANO HOGE, S.A.R.W.L. 175, 179, 373 RUSSO, C.R. 87 SANTOS, M.C. 87 SILES VILLARROEL, M. 311, 325, 337, 345 SILVA, M.A. 77 SOERENSEN, B. 1, 11 VIANNA, S.R. 27 ZELANTE, F. 311, 325, 337, 345 ZELNIK, R. 357 ZVEIBIL, L. 127, 151 499 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 Mcm. In8t. Butantan 42/4S: 500-503, 1978/79 ÍNDICE DE ASSUNTOS Acanthoscurria juruenícola descrição do macho : 151 Acarina: Heterozerconidae : 139 Ácaros, sistemática : 139 Ácido ursólico em Labiatae; Peltodon radicans (Pohl) : 357 Acúmulos linfóides em cloaca de serpentes : 367 A.denopatia angio-imunoblástica : 65 Afecções congênitas : 27 Agkistrodontini : 373 Amblipígeo, Piauí, Brasil identificação da espécie : 127 Amphisbaena alba glândulas salivares : 33 histologia : 33 histoquímica : 33 Antiveneno B. jararaca atividade antinccrosante, quantificação : 345 botrópico doseamento : 325 potência, avaliação : 325 Araneismo : 95 Aranhas : 95, 127 Acanthoscurria juruenícola : 151 Phoneutria : 95 sistemática : 95 Aranhas, Piauí, Brasil identificação das espécies : 127 Boidae. : 87 Bothrops : 373 antiveneno : 325, 345 atrox (Linnaeus, 1758) : 49, 159 alimentação : 159 500 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 p índice de assuntos comportamento crescimento reprodução teratogênese : 159 159 49, 159 : 49, 159 41 jararaca antiveneno atividade antinecrosante, quantificação glândulas acessória : 41 veneno : 41 histoquímica de proteínas venenos : 311, 337 Botulismo : 77 Bursa de Fabricius equivalente : 367 Catadiscus rochai n. sp. : 145 Citogenética : 71 Clostridium botulinum tipo B : 77 Colubridae : 87 Crotalinae : 179, 373 Crotalini : 373 Crotalus : 373 Elapidae : 87, 373 Elapoidea : 373 Escorpiões, Piauí, Brasil identificação das espécies • 127 Glândulas acessória, Bothrops jararaca salivares, Amphisbaeva alba sudoríparas humanas, lesões por loxocelismo veneno, Bothrops jararaca : 41 Heterozercon Berlese, 1888 : 139 Heterozercon elegans sp. n. : 139 Intoxicação alimentar : 77 Labiatae; Peltodon radicans (Pobl) ácido ursólico : 357 sitosterol : 357 triterpenoides : 357 Lachesis : 373 Linfoadenopatia imunoblástica : 65 Linfomas : 27, 65, 71 malignos : 65 moléstia de Hodgkin : 27 não-Hodgkin : 71 Loxoscelismo humano acidental : 21 Micrurinae : 373 Micrurus : 373 345 41 33 21 501 SciELO LO 11 12 13 14 15 16 cm ÍNDICE de assuntos Moléstia de Hodgkin : 27 Parasitas, sistemática : 145 Pele, lesões por acidente loxoscélico : 21 Phoneutria : 95 Plantas medicinais brasileiras Labiatae; Peltodon radicans (Pohl) : 357 Proteróglifas. Micrurus Wagler extração de veneno, novo método : 171 Quilópodo, Piauí, Brasil identificação da espécie : 127 Serpentes acúmulos linfóides, em cloaca : 367 parasitas : 145 peçonhentas : 373 brasileiras : 373 crotalineas, do mundo : 179 sistemática : 87, 175, 179, 373 timectomia : 363 Serpentes, Piauí, Brasil : 87 Sibynomorphux : 175 Sistemática ácaros Acarina Heterozerconidae Heterozercon Berlese, 1888 : 139 Heterozercon elegans sp.n. : 139 aranhas Acanthoscurria juruenícola : 151 Phoneutria fera (Perty, 1883) : 95 holmbergi (Bücherl, 1968) : 95 keyserlingi (Pickard-Cambridge, 1897) luederwaldti ( Mello- Leitão, 1927) : 95 nigriventer (Keiserling, 1891) : 95 n igriventroides (Strand, 1907) : 95 paca ( Mello- Leitão, 1922) : 95 rufichelis (Mello- Leitão, 1917) : 95 parasitas Trematoda ; Paramphistomidae Catadiscus rochai n.sp. : 145 serpentes Agkiitrodonthii : 179, 373 95 Boidae Bothrops Colubridae Crotalinae Cro talini ('rotalux 87 373 : 87 : 179, 373 373 373 502 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 ÍNDICE DE ASSUNTOS Elapidae Elapoidea Lachesis M i cr urina e Micrurus : 87, 373 : 373 : 373 : 373 : 373 : 357 77 Sibynomorphus andrei (Sauvage) : 175 mikanii (Schlegel) : 175 neuwiedii (von Ilhering) : 17, c Viperidae : 87, 179 Viperoidea : 179, 373 Sitosterol em Labiatae; Peltodon radican (Pohl) Soro antibotulínico, preparação : 77 Timectomia em serpentes : 363 Toxina, anatoxina e toxoide botulínico tipo B Transformação blástica : 71 Trematoda; Paramphistomidae : 145 Triterpenoides em Labiatae; Peltodon radicans (Pohl) : 357 Varíola, erradicação ; 11 Venenos botrópicos ação local : 345 atividade necrosante, quantificação : 345 DL 50, determinação : 311 reações cruzadas, com antivenenos botrópicos soroneutralização cruzada, emprego de camundongos : 337 paraespecífica : 337 toxicidade, titulação : 311 extração, novo método : 171 loxoscélico, acidente humano ; 21 337 Viperidae Viperoidea 87, 179 : 179, 373 503 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 Mcm. In8t. Butantan 42/4-?: 504-508, 1978/79 SUBJECT INDEX Acanthoscurria juruenícola description of the male : 151 Acarid, systematic : 139 Acarina: Heterozerconidae : 139 Agkistrodontini : 179, 373 Amblypygi, Piauí, Brasil identification of specie : 127 Amnhisbaena alba salivary glands : 33 histochemistry : 33 histology : 33 Angio-immunoblastic adenopathy : 65 Antivenin D. jararaca antinecrotizing activity, quantification bothropic dosage : 325 potency, evaluation : 325 Araneism : 95 Blastic transformation : 71 Boidae : 87 Bothrops : 373 antivenin : 325, 345 atrox (Linnaeus, 1758) : 49, 159 development : 159 feeding : 159 habits : 159 reproduction : 49, 159 teratogeny : 49, 159 jararaca antivenin necrotizing activity, quantification glands accesory : 41 venom : 41 histochemistry of proteins : 41 venoms : 311, 337 Botulinus antitoxin, preparation : 77 345 345 504 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SUBJECT INDEX Botulism : 77 Bursa of Fabrícius, equivalent : 367 Catadiscus rochai n.sp. : 145 Centipede, Piauí, Brasil identification of specie : 127 Clostridium botulinum type B : 77 Colubridae : 87 Congenital affections : 27 Crotalinae : 179, 373 Crotalini : 373 Crotalus : 373 Cytogenetics : 71 Elapidae : 87, 373 Elapoidea : 373 Food poisoning : 77 Glands accesory, Bothrops jararacu : 41 human sudoriparous, lesions : 21 salivary, Amphisbaena albu : 33 venom, Bothrops jararaca : 41 Heterozercon Berlese, 1888 : 139 Heterozercon elegavs sp.n. : 139 Hodgkin’s disease : 27 ImmunoblasticHymphoadenopathy : 65 Labiatae; Peltodon radicavs (Pohl) sitosterol : 357 triterpenoids : 357 ursolic acid : 357 Lachesis : 373 Loxoscelism, human accident : 21 Lymphoid aggregation in cloaca of snakes : 367 Lymphomas : 27, 65, 71 Hodgkin’s disease : 27 malignant : 65 non-Hodgkin : 71 Medicinal plants, brasilian Labiatae; Peltodon radicavs (Pohl) ; 357 Micrurinae : 373 Micrurus : 373 Parasites, systematic : 145 Phoneutria : 95 Proteróglifas, Micrurus Wagler venon extraction, new method : 171 Scorpions, Piauí, Brasil identification of species : 127 Sibynomorphus : 175 505 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 SUBJECT INDEX Si toste rol in Labiatae; Peltodon rudicavs (Pohl) Skin, lesion by loxoscelic accident : 21 Smallpox, erradication : 11 Snakes lymphoid aggregation in cloaca : 367 parasites : 145 poisonous brasilians : 373 pit vipers, of the world : 179 systematic : 87, 175, 179, 373 thymectomy : 363 Snakes, Piauí, Brasil : 87 Spiders : 95, 127 Acavthoacurriu juruewícolu : 151 Phoveutria : 95 systematic : 95 Spiders, Piauí, Brasil Identification of species : 127 Systematic acarid Acarina: Heterozerconidae ffeterozereon Berlese, 1888 : 11 Heterozerco v elegans sp.n. : lí parasites Trematoda ; Paramphistomidae Catadiscus rochai n.sp. : 145 snakes 179, 373 357 Agkistrodontini Boidae : 87 Bothrops : 373 Colubridae : 87 Crotalinae : 179 Crotalivi : 373 Crotalus : 373 Elapidae : 87 Elapoideu : 373 Lachesie : 373 Micrurhiae : 373 Micrurus : 373 Sibynomorphus avdrei (Sawage) : 175 mikanii (Schlegel) : 175 neuwiedn (von Ihering) : 175 Viperidae ■ 87, 179 Viperoidea : 179, 373 spiders Acavtkoscurria juruenicola : 151 Ph oneutria fera (Perty, 1883) : 95 506 cm SciELO 10 11 12 13 14 15 16 SUIUECT INDEX hohnbergi (Bücherl, 1968) : 95 keyserlingi (Pickard-Cambridgc, 1897) : 95 hiederwaldti (Mello-Leitão, 1927) : 95 nigriventer (Keyserling, 1891) : 95 nigriventroides (Strand, 1907) : 95 paca (Mello-Leitão, 1922) : 95 rufichelis (Mello-Leitão, 1917) : 95 Toxin, toxoid and type B botulin toxoid : 77 Trematoda; Paramphistomidae : 145 Triterpenoids in Labiatae; Peltodon radicans (Pohl) : 357 Thymectomy in snakes : 363 Ursolic acid in Labiatae; Peltodon radicavs (Pohl) : 357 Venoms bothropic cross reaction, with bothropic antivenins : 337 LD 50 determination : 311 local action : 345 necrotizing activity, quantification : 345 serum neutralization cross, utilization of mice : 337 paraespecific : 337 toxicity, titration ; 311 extraction, new method ; 171 loxoscelic, human accident ; 21 Vipcridae : 87, 179 Viperoidea : 179, 373 507 cm SciELO LO 11 12 13 14 15 16 IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S/A SÃO PAULO - BRASIL 1981 IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S A SAO PAULO ■ BRASIL 1981 SciELO