sim f e sndors e ” agia H e“ unia: qiRts Meio o datar - ai od dad ho o A ; emma pers “espe restsriaRas icratuiado to; O e e ri : . «Bh or er toa o Meter Ag O nba fim gp das rá ape le aba? id im-gra epar má pros ars pari poe N mm AP GENRO “» ou laxa. Predomima no sul do Douro, nos arcaes maritimos. | o “sé “PRA ixo e A VESALROT E é + 4* Ê, ; ú É d Ea id À a Fa pué à 4 ai dy” ni » da "am + o, ') r o! Ed , nº PE (E VAR) (o e OST e (Vi ds E AY ney A RES r+, 4 Ed pel ER SNS ELE TO po 24 PE Pardo, a o! 1" ae Vert Ie Ro TS K k AS: AA) TAP RE q! e q av 2: PEA PANA 1» f , á a Yy* SOR Rae N FETA RA. O uia 2» E se dora ve K a ia HER ca f TP + À 7 E 4% SETA ve A A! A ç é FA Pty a Wu AM ) ) A YR Rd DE pe o , F o ! : ) . 4 h E y Ê ? ETs. bt | PT ] My E | Ure Er q 4 EA PANA SR DR STO (u DECR pá a n pato vio vi f A e BRENT DA A EN Ee Ae TUNA Rg Na E - c) Lamarckii, Rouy pro sp. Antirrhinum lusita- 2 nicum, Lamk.: Linaria lusitanica, Hoff. et, É Lk. im p. non Mill, — Caules robustos ou a delgados, menos densamente folhosos, com | folhas oblanceoladas ou ovaes, planas om quasi; inflorescencia densa ou laxa, Sul do -paiz, nos areaes maritimos. 7 de ho PANA, f ae RE q | PO a 54 “ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Esta planta dos nossos arcaes maritimos é extrema- mente polymorpha. Ao norte apresenta-se por vezes menos robusta e de folhas estreitamente lineares, mas modifica-se lentamente e por graus quasi insensiveis - comforme se estende para o sul, onde chega a adquirir | uma fórma extrema com as folhas curtas e muito mais largas. Na Soc. Broteriana foram distribuidos com a etiqueta de L. supina, var. maritina, Dub. exemplares da fórma decumbens colhidos em Leça de Palmeira em 1881 pelo snr. G. Mesnier, mas que se distinguem 1 imme- PRIç> DS) dus do Pd o ge a Ae EE af aed dã do diatamente de qualquer fórma da verdadeira L. supina pela inflor escencia glabra, 78. Gratiola meonantha, nob.; G. officinalis, Brot. im «Fl. lusit.» IL pag. 15; G. linifohia, Hof. et Link. in «Fl. port.» pag. 225 est. 31, non Vahl; G. ofi-. : cinalis var. a Lge.-p: p. m-cProd: A Hisp.» H pag. 556; G. officinalis + 6. lusitanica, Samp. m «An. Sc. Nat. VII pag. 9; non G. limifolia var. lusitanica, Amo, nec, G. e Lag. ex R. Mateos in «An. Soc. Hisp. Hist: Nat.»; G. officinalis « genuina exsicc. Soe. Broter. n.º 503." — Inteiramente glabra, com os caules muito accentuadamente tetragonaes em toda ow quasi toda a extensão, simples ou ramosos; folhas rentes, oppostas, não carnosas, mais ou menos distinctamente 3-5-nervadas, quast sempre remotamente denticulado-serreadas para cima do meio, mas ús-vezes inteiras ou quasi — as inferiores obtu- . sas, ovaes ou oblongas, todas ou em parte destruidas na Horação, as superiores lanceoladas, estreitas e agudas; flô- res axiulares, solitarias, com pedunculos finos que só ex- cepcionalmente atingem ou excedem o comprimento das fo- lhas axillantes; caliz S-fido, com os segmentos estreitos e longamente acuminados, egualados ow excedidos em com- primento pelas duas bracteolas lineares do epicalia; corolla mediocre, com 11-15 millimetros de longo, tendo o tubo estreito, um pouco curvo. anguloso, sulcado no dorso e nos . lados, glabro, amarello-esverdeado e o limbo branco, de lo- G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA E) bulos profundos e relativamente estreitos; estames 4, sendo 2 ferteis e 2 reduzidos a curtos filetes; mpi Godi -coni- cas, bastante mais compridas que o caliz, quando maduras. Floresce desde maio a setembro. Hab. nos terrenos hu- midos ou encharcados das margens dos rios: Valença! nas margens do rio Minho ; Amarante! nas margens do Tamega a montante da ponte: Gaya! nas margens do Douro perto d'Avintes; Aveiro, em Sarrazolla! nas mar- gens do Vouga, Differe da 6, officinalis pelo aspecto, pelos caules accentuadamente angulosos quasi desde a “ base, pelas folhas em geral mais estreitamente lanceola- das e agudas, ao menos as superiores, pelas corollas me- nores e muito mais estreitas, com os lobulos relativa- mente menos largos e mais profundos e pelas capsulas maduras não inclusas, mas antes excedendo muito o com- primento do caliv. Estes caracteres são constantes na nossa especie, que tem ao norte do paiz uma area de “ dispersão consideravel, estendendo-se tambem á Galiza, “Vonde possuo exemplares colhidos pelo meu amigo e il- lustre botanico Baltazar Merino. “Na sua «Flora lusitanica » Brotero considerou esta Graciosa como pertencendo á G. ofiicinalis, embora a não “pensasse incluida na forma genuina mas antes a julgas- se, então, uma variedade da especie, conforme o anota, “mais tarde na « Phytographia lusitaniae selectior. » Mas tendo sido uma forma desta mesma planta colhida nas margens do rio Douro pelos Conde de Hoffmannsegg e Link estes auctores reconheceram que ella se affastava consideravelmente da especie linneana e, como Vahl havia encontrado no nosso paiz uma (Graciosa nova que enumerara sob a designação de G. linifolia, coneluiram que a ella se deveria referir a forma achada por elles e realmente diversa da G. oficinalis. Daqui o facto de descreverem na sua « Flore portugaise» com a designa- “ção de G. linifolia uma forma da planta que Brotero havia: encorporado na G. officinalis, mas que nada tinha 56 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES nem com a especie de Linneu nem com a especie de Vahl, como depois tambem se verificou. À conclusão exacta de que a planta era, na verdade, differente da especie linneana foi abraçada seguidamente por Brotero—o qual abraçou tambem o falso conceito de que ella correspondia á verdadeira G.linifohia,- 028 equivoco perpetuou-se, generalisando-se a diversos au- ctores, até que Lange examinando a planta do herbario - vahliano constatou que esta pertencia a uma especie bem diversa, pela pubescencia e pelas folhas carnósas, | da planta olabra descripta e figurada por Hoff. et Lk. “Lange. que colheu perto de T uy a forma destes an-. e verificou ainda que ella se aproximava antes da officinalis pela glabrescencia e-pelas folhas não car- e com 3-5 nervuras. O que eile não conseguiu, porém, foi ter o exacto conceito do valor especifico . esta forma, não attendendo ao seu polymorphismo. nem percebendo os verdadeiros- limites que a definem como planta autonoma da especie de Linneu. Assim foi. que, ao apresentar o estudo das Graciosas hespanholas no « Prodromus florae Hispanicae, » conglobou no typo. da G. oficinalis as formas robustas, de folhas denticu- x lado-serreadas, mais largas, de pediculos excedidos pelo | comprimento das folhas axillantes ec bracteolas do epica- lx mais longas que as sepalas, ao passo o considerou. como variedade angustifolia da mesma G. G. officinalis as | formas mais proximas da descripta e figurada na « Flore portugaise » com folhas estreitas, pouco denticuladas ou inteiras, pedunculos egualando o comprimento das folhas axillantes é bracteolas do epicalix tão longas como as sepalas. Ora devo notar que esta extrema forma-can-. gustifoha» não tem permanencia alguma, constituindo apenas uma modalidade casual que passa por todos os. imtermedios para o typo normal ou especifico. Cumpre obser var ainda que na diagnose dada na + «Phytographia » Brotero adsereve á planta um caule CY lindraceo, mas este caracter é mal observado, porque ga Ds Rca de SON a 2 po Rr (Na gi ev ih as é o a a Be App RD a RIA QI? Cop 4 aber seg ca Cie o 18 4 ANDO ur A E ey E “* Fr Rr o qui! AL NES O PE AE DOR SIP o O RE +t apo) ER Espe E O elo Ty: na PAR PAES “dica esta Gracios: G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 57 e tanto nos exemplares das margens do rio Douro como nos do Vouga —localidades onde o nosso botanico in- os caules são sempre nitidamente quadrangulares em toda ou quasi toda a extensão, ou só mais ou menos roliços perto da base. 19. Gratiola genuflora, ipa m «An. Se. Nat.» VII pag. 8 (an. 1901); G. linifolia, Vahl? — Abundan- temente puberulo-glandulosa, pelo menos na parte superior, com os caules roliços, normalmente grossos na base, simples ow ramosos e quasi sempre avermelhados; folhas de um verde escuro, rentes, oppostas, estreitas, lanceoladas, intei- ras, puberulas, carnosas e sem nervuras vesiveis ou só com a-media um pouco perceptivel na pagina inferior; Ióres axvillares, solitarias, com pedunculos delgados, pube- “rulos e em geral não rtedenido o comprimento das folhas axillantes; calie S-fido, com as sepalas estreitas e longa- “mente e, sempre mais compridas que as duas bracteolas lineares a encalia; corolla com 15-18 millime- tros de longo -- 0 tubo comprido, abruptamente geniculado no cimo, anguloso, sulcado, puberilo -glanduloso, amarel- lado e apresentando nervuras longitudinaes vermelho- S acastanhadas, villoso por dentro — a fauce branca e pro- Dl ge a DT o CS DR VI A Cats N vida de pellos capitado-glandulosos — e o limbo roseo ou. sublilacineo, com £ lobulos curtos, largamente ovaes, aberto- campanulados ou quasi patentes, sendo o inferior bastante mais largo; estames 4, dos quaes 2 ferteis e 2 estereis; capsulas conicas, estreitas, muito apiculadas e não exce- — dendo o comprimento do calix. Wloresce desde junho a agosto. Habita nos terrenos humidos ou encharca- dos, nos pantanos dessecados, etc. — Amarante! mar- “ gens do rio Tamega a On Dos da ponte; Odemira! o E ribeira do Pego das Pias: Villa Nova de Mil- “Fontes! nos lagoachos das Rodas sobretudo no denominado Lagoa-Longa. — Differe Ar G. meonantha “por ser puberulo-glandulosa, pelos caules roliços, pelas folhas paroias inteiras e sem nervuras vesiveis, pelas sa por Adega 58 ANXAES DE SCIENCIAS NATURAES bracteolas do epicalix mais curtas que as sepalas, pelas corollas maiores, de tubo proporcionalmente mais alon- gado e lobulos curtos, mais largos, e pelas capsulas mais estreitas, não exclusas do calix. Da G. crassifolia, a-que se aproxima pela pubescencia e folhas carnudas, differe, segundo a extensa diagnose do sr. Rivas Mateos, pelos caules roliços e não quadrangulares, pelas folhas sempre inteiras, sem nervuras vesiveis, pelos pedunculos não - pitrossados tetragonaes em cima e pela forma das capsus las, que não são arredondadas mas antes estreitamente conicas e muito apiculadas. | Tendo Lange verificado no herbario do proprio Vahl que a planta que este auctor colhera em Portugal e que | catalogara com o nome de G. linifolia era densa e cur- a tamente puberula, vem naturalmente -ao espirito a sus- peita de que à especie vahliana possa corresponder esta G. genuftor a, não extremamente rara no nosso paiz e a que se ajustam bem aquelles caracteres. Da diagnose differencial estabelecida por Lange (") entre as G. ofici- cinalis e G. linifolia deprende-se, porem, que esta tem os caules finos e quadrangulares, como os d'aquella, de entrenós muito alongados, as folhas unimervadas e as corollas extremamente pequenas — caracteres que não quadram bem à especie deseripta por mim em 1901, Seria incorrecta a analyse de Lange « em relação á “: forma do caule, analyse feita sobre especimens seccos em que os caracteres se podem encontrar um pouco al- terados, ao mesmo tempo que representam individuos depauperados os exemplares do herbario Vahl? Não sei. | Comtudo resulta como positivo que a identidade entre as G. limifolia e G. genuflora não pode com rigor admit- tir-se em face da diagnose que este auctor apresenta da authentica planta vahliana. Mas ha mais, pois até parece que a referida diagnose. (1) « Prod. fl. Hisp.» II, pag. 556. w ! q a PES CT j a p + EMC e À edi SSB. ET A, CAME a AME E NS Rs G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 29 melhor se coaduna com os caracteres da especie que La- gasca designou com os binomes de G. Salmantica e G. crassifolia, Assim, o sr. Rivas Mateos, n'um trabalho mo- derno sobre as Gratiolas do reino visimho—trabalho feito sobre numerosos exemplares, entre os quaes alguns oriundos de Salamanca e os do proprio Lagasca deposi- tados no herbario do Jardim Botanico de Madrid — con- eloba todas as formas hespanholas pubescentes e de fo- lhas carnosas em uma unica especie que descreve ampla e minuciosamente sob a designação de G. crassifolia e a que indica caule quadrangular com folhas trinervadas ou excepcionalmente uninervadas. Note-se que estes ca- “racteres harmonisam-se com os dados por Lange para a especie vahliana, que'o sr. Rivas Mateos considera real- mente identica à G. crassifolia, Ora nada mais natural do que encontrar-se tambem no nosso paiz a planta de Lagasca, a que mais particularmente parece, portanto, referir-se o exemplar portuguez de Vahl. Seja, porém, como fôr, julgo preferivel manter por óra o binome de G. genuflora para a Graciosa descripta ha poucos annos por mim, visto que a sua identidade com a especie valliana me não. parece comprovada. Demais, esta ultima é amda hoje uma fórma ambigua, e o nome de G. linifolia tem sido tão diversamente em-' pregado pelos auctores que melhor seria pôPo definiti- vamente de lado para obstar a confusões. Como esclarecimento ultimo convém dizer ainda que a planta hespanhola que Amo na sua «Flóra faneroga- “-mica de la peninsula iberica» denominou Gr. limifolia “var. lusitanica não corresponde, como suppoz este illus- tre botanico, á G. linifolia de nais et Link. K' uma fórma puberula, de folhas carnosas, 3-nervadas e denti- culadas na parte superior, incluida pelo snr. Rivas Mateos no grupo especifico da (Gr. crassifolia — ao passo que- a especie da «Flore portugaise» corresponde, como se viu no numero precedente, 4 minha G. meonantha, que é uma planta glaberrima de folhas não carnosas. 60 ANNAES DE ECIENCIAS NATURAES 80. Mentha Requienii, Benth. — Esta planta, Ci- tada pelo sr. Rouy como encontrando-se sobre os muros do Porto, foi ha poucos annos descoberta por mim em S. Julião de Freixo (Ponte do Lima) sobre uma parede, na povoação. Ora no Porto a especie era provavelmente adventi- cia, pois não tenho conseguido encontral-a, e em É. Julião tambem não creio hoje que fosse mais do que subespontanea e fugida das culturas, visto ter verificado. que nas provincias do norte é algumas vezes cultivada nàs povoações ruraes, como planta ornamental, em pe- E quenos vasos. Em Chaves, onde a vi cultivada entre | outras plantas que adornavam uma varanda, dão-lhe o nome curioso de « Musgo do Bussaco ». . 81. Mentha citrata, Ebrh. E o aquatica >< vira dis) — Desde o Mimho até ao sul do paiz, nas hortas ou proximidades de povoações onde se cultivam os paes. Não me resta hoje a menor duvida de que a opinião do illustre menthologo sr. Malinvaud, que considera esta planta como um producto hybrido das M. aquatica e M. viridis, é exacta, pois que entre nós é ella bem refor- cada pelos 1 actos. | Em Portugal cultiva-se frequentemente nas hortas a M. viridis e RR a M. aquatica, como tenho verifica- do até em algumas regiões do Mmho onde não existe es- — pontanea esta ultima planta. Ora não é raro encontrar- se ao lado d'estas duas especies a M. citrata, que o povo não distingue da segunda. Acontece por vezes que o hy- brido, como tia bend nais robusto — facto fre- quente nos hybridos— se propaga melhor pelo enraiza- mento da parte inferior dos caules, permanecendo nas | culturas, ao passo que a M. aquatica desaparece. Junto das povoações podem-se encontrar pequenas colonias da M. citrata subespontanea, como acontece em Mattosinhos, nas relvagens humidas do Prado. À coloma da Boa-Nova, descoberta pelo sr. E. Johnston e situada G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 61 “* Jonge do povoado, n'uns arrelvados que se estendem por - entre os areaes maritimos, tem certamente a sua origem 5 E em antigas culturas, pois que não distante d'ella appare- E cem as ruinas de uma pequena habitação. E: 82. Calamintha ascendens, Jord.; CU. Nepeta, Hoff. E et Lmk. im «Fl. port.» pag. 141, non Savi. — Planta — frequente em todo o paiz, desde o Minho ao Algarve. 4 Esta especie é um pouco polymorpha, mas diftere - sempre da verdadeira C. Nepeta (L.) Sav. por caracte- = res constantes e salientes. Eu não conheço no nosso paiz / outra especie da secção « Bucalamintha ». 444 MEM ig 1 z 83. Nepeta multibracteata, Desf. in «Fl. Atl.» — pag. 11, tab. 123, non Brot. im « Phyt. lusit.» II pag. & Si tabo di l. Êo 5. lusitanica (Rouy pro sp.) — Differe apenas do typo pelas folhas não ou pouco cordadas na base. Regiões montanhosas do baixo- Alemtejo: Carregueiro, Odemira! 5. Luiz! % Esta planta encontra-se em diversas localidades do concelho de Odemira, onde a colhi. O caracter unico porque a posso separar do N. multibracteata, Dest. é O deduzido da base das folhas, que é inteira ou um pouco -* chanfrada, mas nunca tão cordada como é mdicado na - descripção e estampa dadas por Desfontaines. 4 S4. Galeopsis tetrahit, Lim: -— Esta especie, que já indiquei como nova para a flora portugueza segundo exemplares colhidos por mim em Paradella (Montale- gre), encontra-se tambem na Serra do Merouço, onde colhi especimens floridos junto da povoação de Mós, na borda do caminho. 62 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES 85. Teucrium Haenseleri, Bois. B. Luisieri, Samp. (pro sp.) in «An. Se. Nat.» VIH pag. 10. — Caracterisa-se principalmen- te pelas folhas sempre verticilladas por 3 e pelos capitulos floriferos globosos, mesmo em botão. Setubal, nos montes, serras da Rasca, d'Arrabida e de S. Luiz; Odemira! nas collinas, entre a villa e a charneca. Em fins de 1900 remetteu-me o sr. Alphonse Luisier esta planta, colhida por elle na Serra da Rasca, e no- tando-lhe eu varias differenças com o typo do 7. Haen- seleri considerei-a como especie autonoma, cuja dia- gnose se publicou. Verificando, porém, o sr. Luisier que nem todas as differenças apontadas se mantinham em outros exemplares dos arredores de Setubal enviou amostras da planta para o « Herbier Boisier » onde o sr. Beauverd os comparou com as fórmas d'aquella especie, conclumdo que a ella se deveriam referir, embora o fei- tio especial dos capitulos e disposição das folhas lhe pa- recessem permanentes nos arredores de Setubal. Ora taes caracteres não só se verificam sempre nos arredores d'aquella cidade, Serras da Rasca, de S. Luiz e d'Arrabida, segundo verificou o sr. Luisier em nume- rosos especimens, mas permanecem tambem sobre as difterentes fórmas que a planta apresenta nos montados de Odemira, onde não é rara e onde eu a examinei na primavera e verão do anno corrente. Vê-se, pois, que não constitue uma fórma meramente estacional ou local, mas sim uma variedade bem definida por caracteres constantes e por uma area geographica bastante extensa. 86, Teucrium Vicentinum, Rouy in cLe Natu- : raliste» (1882); 7. gnaphalodes, Ficalho im «Jorn, se. math, phy. nat.» V pag. 145, non Vahl. — Odemira: na beira-mar, abundante em varias localidades desde Mil- Fontes até perto do Almograve. k Tia ; - G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 63 ç Colhida pela primeira vez por Welwitsch, em junho — de 1847, no Convento da Serra no Cabo de S. Vicente, z esta especie parece que não tornou a ser encontrada em ã outras estações. Em abril do anno corrente descobria-a “um pouco ao sul de Mil-Fontes, nos areaes maritimos “d'Agoas da Moita, e verifiquei que a planta se estendia “pela costa até perto do Almograve, apresentando colo- nias consideraveis pela g evande abundancia dos exempla- “res, Às corollas são de um branco puro, mas quando “ murcham naturalmente sobre a planta viva tornam-se — negras ou quasi. = á : E, Js o fe. “Bd Plantago cynops, Lin. — Foz-Tua! na mar- gem do rio Douro, por entre os seixos. E' uma especie nova para a flora portugueza. Des- “cobri-a em Foz-Tua, onde colhi exemplares, em junho “Peste anno (1905). a | ss. Rumex intermedius, DC. — Villa Nova de - Mil-Fontes, na encosta da margem esquerda do rio, en- tre as Furnas e Villa-Formosa. Só era conhecido dos arredores de Tavira, onde foi descoberto por Welwitsch. Encontrei-o no logar acima - referido em abril de 1905, colhendo exemplares que fi- * cam depositados no y herbario da Academia Polytechnica “* do Porto. 89. NAC crispus, Lin. — Pertencem a esta es- — pecie os exemplares dos arredores do Porto que nos * «An, 8. Nat.» VII pag. 13 referi erroneamente ao f, * occidentalis, S. Wats. Deve-se riscar, portanto, esta ul- tima do catalogo da flora por tugueza. A 90. Polygonum dumetorum, Lin. — Planta fre- quente e bem representada em toda a provincia do Mi- “ nho e em parte do Douro littoral e de Traz-os-Montes: ã 64 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES f Montalegre. em Pitões!; Povoa de Lanhoso, em S. Grens! Rendufinho! etc.; Braga, em S. Jeronymol!; Ponte do . Lima, em Sá!; Famalicão! perto da villa; Amarante, em Candonil! | E Como era especie conhecida em poucas localidades deixo acima mencionadas todas as estações onde tenho colhido exemplares, 91. Callitriche hbamulita, Kutz. — Villa Nova de Gaya: Lavadores! nos tanques e poças. Eº uma especie nova para a nossa flora. 92. Calitriche truncata, Gusss C.sp.. ? Samp. m «Bol. Soc. Brot.» XVIII pas. 72, —Torrão, nos charcos deixados pelo Xarrama entre as pedras, Pertence sem duvida alguma a esta especie a planta do "Torrão, (Alcacer do Sal), de que possuo exemplares no meu herbario, dó. Callitriche pedunculata. DC. — Espalhada “desde o norte até ao sul do paiz, embora não muito fre- quente: Porto! nos charcos e lodos da margem do rio | Douro; Gaya, em Lavadores! nas marmitas de gigante do littoral; Odemira! nos pantanos desseccados da char- neca e nas marmitas de gigante dos rochedos do Pego das Pias. d4. Salix salviifolia x cinerea (byb. n.) — Arcos de Valle de Vez, perto do Carregadouro! nas margens. do rio Lima, entre os paes; Odemira, na ribeira da Ta- manqueira! perto dos paes. Os caracteres deste hybrido são bastante variaveis, apresentando-se intermedio aos paes ou mais proximo de um d'elles. Não pude observar ainda se é planta fe- cunda ou esteril, - e A Er PR e. RE. o E ia PE («= “G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 65 95. Platanus acerifolia, Willd. im, «Sp. plant. » IV pag. 474; P. Aybridus, Brot. in «Fl. lusit,» II pag. | 481; P. occidentalis, Mich. «Fl, bor. am.» II pag. 163 / non ESA — Planta cultivada como especie ornamental em todo o paiz. Aproxima-se particularmente do P. occidentalis, no qual tem sido filiado por alguns botanicos, pela casca, pelos rhytidomas grandes, pelas folhas chanfradas ou truncadas na base, pelo numero e tamanho dos amenti- lhos fructiferos, mas differe pelas folhas bastante profun- damente lobadas, embora com os lobulos mais largos e menos profundos que no 2. orientalis, do qual se affasta muito. E o Platano mais abundantemente espalhado - em Portugal, sendo frequente nas avenidas e passeios do Porto, onde só apparecem rarissimos exemplares do P, orentalis. 96. Quercus lusitanica, Lamk. 6. humilis, Lamk. (pro sp.)-— Desde as Beiras ao Algarve. Odemira! nos montados e bor- das dos caminhos. ” No seu magnifico trabalho sobre os «(Quercus de Portugal» publicado em 1888 no vol. VI do « Boletim da Sociedade Broteriana » o illustre professor Pereira “Coutinho escreve o seguinte: «O Q. humilis é especie «tão proxima do Q. lusitanica, que, a não ser pelo pórte, «a distinceção é ás vezes bem dificil; e, nem mesmo «o pórte é caracter muito seguro, porque no Q. lusita- «nica tambem existem formas hwumilis, como vimos. Os «melhores caracteres differenciaes são: a pequenez do «peciolo; a maior persistencia das folhas; o serem « d'ordinario menos conchegadas as escamas da cupula; «e a fórma destas escamas — ovadas ou ovado-lan- «ceodas, insensivelmente acuminadas, pouco gibbosas à) pre Sc. Nat, vol. X, 1906 Porto. 66 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES «no dorso — emquanto na (Q. lusitanica são ovado- «suborbiculares, acuminadas de repente e muito gibbo- «sas. Esta ultima distincção é sobretudo saliente nas « escamas da base da cupula.» E” certo que sempre que tenho procedido ao exame de exemplares seccos, as differenças apontadas pelo dis- tincto botanico nunca me permittiram grande embaraço na destrinça das formas entre o Q. lusitanica e o Q. humilis. No ultimo verão, porem, encontrando-me em Odemira, pude verificar após alguns dias de obser- vação sobre exemplares vivos d'estas duas plantas — ah abundantes — que na realidade ellas não passam de for-. mas de uma unica especie assombrosamente polymorfa, ligando-se entre si por numerosos Intermedios e —o que | é deveras interessante — algumas vezes sobre um mesmo individuo. Por mais imesperadas que sejam as minhas afirmações é certo que são absolutamente verdadeiras, pois assentam em exames numerosos e acurados, feitos sobre uma porção muito consideravel de exemplares. Os caracteres differenciaes apresentados pelo sr. Pe- reira Coutinho variam, como os outros, por graus Insen- siveis, de modo que o (). humilis não constitue mais que uma forma humilde com os peciolos muito curtos ou ás vezes quasi nullos. Mas não só as formas de passagem . se observam entre individuos differentes; encontram-se por vezes, como disse, sobre um mesmo exemplar, acon- tecendo que n'um (Q. lusitanica bem caracterisado appa- recem ramos inferiores ou rebentos da base, fructifica- dos, com os caracteres do (). humilis, tendo os peciolos quasi nullos. À forma, indumento e recorte das folhas, assim como os caracteres dedusidos das escamas das cu- pulas, variam semelhantemente em transições graduaes. Devo notar que o proprio povo da localidade tem a noção exacta de que as duas formas não são indepen- dentes. Mais de um homem do campo me asseverou que a «carvalhiça» —nome com que designam o (Q. humi- lis—não é mais que a «carvalheira» — nome do (Q. lu-- e, ão G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 67 sitanica — quando esta é cortada frequentemente perto do solo ou quando em certos terrenos não consegue des- envolver-se normalmente. Ora nas formas anãs verifiquei eu que aparecem exemplares do (. lusitanica, confor- me o define o sr. Pereira Coutinho, exemplares do (. humilis e exemplares intermedios; nas formas elevadas, - que pertencem ao (Q. lusitanica, constatei com toda a cer- teza que os ramos inferiores tendem frequentemente para o Q humilis e que os ramos produzidos na base do caule ou no colo da planta apresentam algumas vezes e com toda a exactidão os caracteres d'esta ultima pretendida especie, 9%. Veratrum album, Lin. — Caminha, nos bai- xos -da Serra d'Árga, junto da estrada de Paredes de Coura! | Brotero indicou esta especie na Serra da Estrella, onde não tem apparecido aos modernos collectores. Não ha duvida, porém, que a planta existe no nosso paiz, pois que em 1898 a descobri nos terrenos schistosos dos baixos da Serra d'Arga, perto da estrada entre Caminha e Paredes de Coura. Havia bastantes exemplares espa- “Jhados pelas encostas, mas nenhum d'elles se encontrava em flôr, 98. Allium moly, Lin, — Melgaço: Serra de * Castro-Laboreiro ! desde Alcobaça para cima, E' uma especie nova para Portugal, muito frequente nos prados da serra de Castro-Laboreiro, onde se apre- senta quasi sempre com a umbella total ou quasi total- mente bulbifera. Os exemplares floridos que se encon- tram no meu herbario colhi-os ha borda de um caminho, perto da pequena povoação de Alcobaça, 99. Allium gaditanum, P. Lara; A. involucra- tum, Welw. in herb. ex P. Cout. m «Bol. Soc. Brot.» 68 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES XHI pag. 98. — Foz-Tua! nos montes sobre o rio Tua; Moledo do Douro !muito frequente pelos terrenos incultos; Amarante! na Serra do Marão, em Anciães; Gaya! em Crestuma, nas margens do rio Douro. Parecendo-me que o 4. involucratum, Welw. apud. P. Cout. não differia sensivelmente do 4. gaditanum pedi exemplares authenticos d'esta especie ao illustre botanico hespanhol Perez Lara e por elles pude verificar a iden- tidade das duas plantas. Não querendo, porem, fiar-me simplesmente na minha observação remetti especimens portuguezes ao sr. Lara, que me escreveu seguidamente a dizer que os dous alhos pertenciam de facto à mesma especie, não lhes notando differenças sensiveis, Aceres- centava o distincto botanico que a estampa que dera do seu 4. gaditanum, estampa por onde foi decalcada a tab. 54 das «Il fl, hisp.» de Willkomm, representava um exemplar anormalmente robusto da especie, o pri- meiro que encontrara e sobre o qual foi feito o desenho original. “Devo dizer que em Crestuma colhi um especimen muito desenvolvido, com a umbella grande e as flôres lilacineas. Tambem os exemplares provenientes de Mo- ledo do Douro e cultivados no Jardim Botanico do Porto se tornaram extremamente fortes e elevados. 100. Alium transtaganum, Welw.; 4. massaessy- tum, Bet. et Trab. im «Bol, Soc. Brot. Fr.» (an. 1892); P. Cout. in « Bol, Soc. Brot.» XIII pag. 110. O binome de Welwitsch foi publicado pelo sr. Rouy em 1891 no « Bol. Soc. Brot. Fr.» isto é um anno antes de ser dado á planta o nome de 4. massaessylum na mesma publicação. Segundo o meu modo de ver e as normas usualmente seguidas na nomenclatura botanica tem, portanto, o direito de ser preferido para designar a especie, como mais anteriormente divulgado n'uma pu- | blicação impressa e largamente espalhada. a de Ten sia fi Ad G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 69 101. Scilla verna, Huds. — Ponte do Lima, nas “chãs da Serra d'Arga!:; Amarante, na Serra do Marão ! Vallongo, perto da Chã de Cavallo Morto! À forma typica desta especie é bastante rara no nos- so paiz, mas foi colhida por mim nas tres localidades acima indicadas. À var. Ramburei (Bois) é, pelo contra- rio, bastante frequente desde o norte ao sul, sobretudo na zona littoral. 102. Ornithogalum divergens, Bor. — Vallongo! nos campos perto do moinho d'Alfena, à margem do rio Leça. -* Esta planta é muito abundante no logar indicado, differindo sempre de todas as formas do O. umbellatam que se encontram em varias localidades dos arredores do Porto pelos bolbos produzindo os bolhilhos no inte- rior das capas e pelos pedunculos muito divergentes, em angulo recto ou quasi e por vezes um pouco reflectidos depois da floração. 103. Asphodelus cerasiferus, Gay — Entre a Barca d'Alva e o Escalhão! nos montes à margem da estrada. . Esta especie, de que colhi exemplares no logar indi- cado, apparta-se bem de todos os outros gamões portu- guezes pelas capsulas subglobulosos e grandes, com 15-22 millimetros de comprimento. 104. “Narthecium ossifragum (L.) Huds, — Montalegre: na Ponteira !; Melgaço: na Serra de Castro- Laboreiro! Aponto estas duas localidades novas para a planta, da qual tambem tenho colhido exemplares nas serras do Gerez e Suajo. Devo dizer que entre nós esta especie apresenta sempre a felpa dos filetes intensamente ama- rella, e não branca como dizem os auctores, Nos especi- + 70 ANNAES DE SCIENOIAS NATURAES ; mens seecos, porém, esse amarcllo vivo desapparece ao fim de mais ou menos Ns aparecendo os estames es- branquiçados, 105. Asparagus officina lis, Lin. —Odemira: Moi- nho d'Além, nas margens do rio Mira; hibeira do Tor- gal, nas bor das da ConrerdE: “A pparece espontaneo nos logares indicados, onde é abundante e onde colhi exemplares em agosto deste anno. Não é conhecido em cultura na região. 106, Narcisus cyclamineus, DOU. in Red, «Lil. » VIH (an. 1813) — Esta curiosa planta é uma especie distinctissima e não variedade do N. pseudo-narcisus, como erradamente se encontra em K. Richter « Plantae europeae» 1 pag. 238 e em outros auctores. O seu periantho, com tubo nullo ou apresentando apenas 1-3 millimetros de comprimento, basta para o distinguir de todas as suas congeneres e separa-o pro- tundamente da especie limneana, da qual se distingue ainda por um conjuncto de car acter es muito salientes e fixos, dedusidos da haste, das folhas e das flores. Da oe Joaquim Tavares, empregado do Jardim Botanico do Porto, quem descubriu esta especie em Portugal, colhendo nas margens do rio Ferreira, a 22 de fevereiro de 1882, alguns exemplares que se encon- tram depositados no herbario da Academia Polytechnica, TOS Narcissus reflexus, Brot. m «FI. lusit. E pag. 550, non Lois in «Fl, Gal.» 1 pag. 237, nec Rich. m «Pl, curop.» I pag. 239: N. triandrus, Lim, N. cala- thinus + N. triandrus, J. Henrq, m «Bol, Soc. Brot.» V pag. 164; DN, cernuus, Salisb + N. pallidulus, Grll.; N. gunc. add. fl. reflexo, Clus.; N. totus alb. reflexus, Swert.; N. augustif. alb. cal. obl. florque reflexo, G. Bauh.; N. gunc. omn. alb, cal. obl. J. Bauh. Na erronea identificação feita por alguns auctores OS End dg G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 1 francezes do N. calathinus, Lin, com o N. capax, Roem et Sch. das Ilhas Glénans (N. reflexus, Lois. non Brot.; N, calathinus, Red., Desch,, Gren. et God. non Lin. “nec Willd., Lamk., Rouy, etc.) e no conceito egualmente “ erroneo de que esta planta franceza era egual e não sim- plesmente affim do N. reflexus, Brot. está contida a rasão porque se chegou a referir a especie broteriana ao N. calathinus, Lim., que é planta muto diversa e constitue uma variedade ou especie proxima do N. tazetta, contor- me a nota do proprio Linneu: cSimillimus N. Tazattae sed petala paulo majora et acutiora., » A" planta portugueza, extremamente polymorpha pela robustez e altura da haste, pelas folhas, pelo numero das flores e pela proporção de comprimento entre a coroa e as lacineas do periantho, foi dado por Linneu o nome de N. triandrus, como se deduz seguramente tanto pela diagnose d'este auctor como pela symnonimia por elle apresentada; mas este nome não deve sustentar-se, porque é redondamente falso e improprio para uma planta que possue normalmente 6 estames, 3 dos quaes são por vezes muito pequenos e pouco visiveis. Porisso será mais justo adoptar-se a designação de N. reflexus, Brot. que sobre ser perfeitamente adquada a um dos | mais salientes caracteres da especie tem ainda a vanta- gem de se fundar em termos dos mais antigos tratadis- tas classicos. | O N. reflexus, Brot, está abundantemente represen- tado ao norte do paiz, do qual alcança tambem a região media, e foi dividido pelo sr. dr. J. Henriques em duas formas que considerou especificas, embora muito afins, definidas por caracteres deduzidos do numero das es- trias dorsaes das folhas, bem como da forma plana ou canaliculada que estas apresentam. Estes caracteres são, porém, extremamente variaveis, como tenho seguramente verificado nos arredores do Porto e em diversas locali- dades do Minho, de modo que os N. calathinus e N. trian- drus do illustre professor de Coimbra não constituem 72 ANNAES DE SCIENCIAS NATURÃES mais do que formas instaveis de um unico typico especi- fico, embora polymorpho, na qual apenas admitto a var. pulchellus (Salisb.) caracterisada pelas flores perfeita- mente amarellas, de forma um pouco mais elegante. Esta variedade tem uma area de dispersão bem definida e mantem-se pela cultura, como pude observar nos jar- dins do sr. Barão de Soutellinho, um botanico dos que mais tem contribuido para o estudo d'este genero em Portugal. O N. capaz, Roem et Sch. é sem duvida affim da nossa planta, mas diverge d'ella por caracteres fixos e bastante consideraveis para que possa ser olhado como especie autonoma, Possuo no meu herbario exemplares d'esta planta, que conheço egualmente em vivo nas cul- turas do sr. Barão de Soutellnho, provenientes de cebo- las vindas autenticamente das ilhas Glénans. 108. Narcissus silvestris, Lamk. 3. bicolor (Lin.) — Ponte do Lima: Sá, abundan- te nos campos, perto da Veiga. O binome de Narcissus pseudo-narcissus é evidente- mente disparatado e com toda a rasão deve ser substi- tuido pelo de Lamark, que sob a designação de N. sil- vestris conglobou as formas que pertencem evidentemente á mesma especie e que Linneu indevidamente considerou como especies autonomas, | A variedade bicolor só a tenho encontrado no logar indicado, onde é muito abundante e onde alguns raros exemplares parecem tender para a forma ty- pica da especie, que é frequente ao norte do paiz, sobre tudo no Minho e Douro littoral. 109. Dracunculus vulgaris, Schott.— Esta espe- cie encontra-se naturalisada e abundante em Resende, pelas encostas frescas da margem do rio Douro. Póde, + E “porisso, ser definitivamente encorpor ada no catalogo da flora portugueza. Foi certamente por exemplares da cultura que a Planta se introduzin nesta região do mterior, EA Ee. | pe G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA to E ? E 110. Juncus obtusiflorus, lhrh. | 8. faretus, Samp. im Al. Luisier «Bol. Soc. Brot.» E XIX pag. 191 — Diftere do typo especifico | por ter o caule só com uma folha collocada : pouco abaixo da inflorescencia, pelas folhas | duras, rigidas, pungentes, massiças, despro- vidas A E de vestigios de nodulo- sidades, quasi sempre mesmo na dessiccação, e pelas capsulas prolongadas em bico muito mais comprido que o periantho. Setubal: Quinta da Commenda; Odemira: Villa Nova de Mil-Fontes, Almoo rave, etc. O primeiro exemplar que examinei desta variedade foi-me enviado pelo snr. Alphonse Luisier, de Setubal, e sobre elle fiz a diagnose tão completa quanto me foi - possivel então. No presente anno encontrei a planta no httoral de Odemira, onde é frequente desde Mil-Fontes ao Almograve, nos terrenos humidos dá beira-mar, con- * servando sempre os seus caracteres privativos. Nos | exemplares vivos não se descobrem os menores vestigios de nós folliares e só em secco é que estes ás vezes apa- recem. Ás folhas são providas de uma medula continua e dura, com tenues vestigios de septos, por corte lon- tunar mas nunca futulósas ou lacunosas; as flores — fructificam mal e só algumas d'ellas produzem capsulas que são longamente acuminadas e excedem muito o pe- - riantho na maturação, Julgo que este junco constitue uma boa raça do “, obtusiflorus, cuja forma typica me parece bem distincta k “mas que nunca vi em Portugal. 74 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES 111. Seirpus pseudosetaceus, Daveau in «Bol. Soc. Brot.» IX pag. 85. — Odemira, nos pantanos des- seccados da anne! Esta especie, que é muito distincta e absolutamente E inconfundível com os seus affins, não se encontra men- cionada no «Plantae europeae» de K. Richter. No abril do anno corrente colhi exemplares em Odemira, que fica sendo a segunda localidade conhecida para esta interes- santissima cyperacea, apenas encontrada anteriormente pelo snr. Daveau em Bellas, perto de Lisboa, no mez de junho de 1881. Tem o aspecto externo do 8. setaceus, mas é inteiramente differente d'esta especie pelos seus achenios agudamente trigonaes, de uma fórma bem di- versa. 112. Anthoxanthum amarum, Brot. im «Phyt. lusit.» fasc. 1.º, I pag. 11, tab. 4, (an. 1801); «Fl, Iusit.» I pag. 32 (an. 1804); 4. odoratum f, majus, Hack. E” uma especie tão distincta e inconfundivel que até | o povo das nossas aldeias a conhece, dando-lhe o nome de « Lestra» e separando-a muito bem do A. odoratum,- em que a auctoridade do sr. Hackel a collocou como simples variedade e sem ao menos lhe servir para desi- gnal-a o nome que lhe poz Brotero e com o qual pela primeira vez foi a planta dada a conhecer à sciencia. Diz o sr. Rouy que perante esta opinião de filiar a nossa planta na especie linneana o fallecido botanico E, Schmitz lhe escrevera dizendo que isso era « impossiwel ! » E' que Schmitz conhecia bem a planta do paiz onde viveu largos annos e nunca encontrou n'ella, com o seu admiravel espirito de observação, os exemplares de pas- sagem para o 4. odoratum que o sr. Hackel diz ter co- lhido num passeio pelos arredores do Porto, mas que nenhum botanico portuguez conseguiu ainda descobrir. Ora o 4. amarum, Brot, é tambem para mim uma es- p pecie muito bem definida, muito constante e caracteris- tica, differindo sempre de qualquer forma do 4, odora- G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 15 ii bolbilhos, pelo caltiio OE ERNIe EA “teso e geralmente elevado, pelas folhas largas, bastante “ asperas e longamente ciliadas, pelas espistétes grandes, “com 10-13 mil de comprimento e tendo as glumas mais “acuminadas, a interior alcançando approximadamente o — dobro do comprimento da flor, Além d'isto é geralmente * glauco e emitte sempre pela desseccação: um perfume — muito mais intenso que o da especie linneana; mas basta 4 a presença ou ausencia de bolbilhos no colté: ou na raiz — para sem a menor hesitação se fazer a destrinça das — duas especies, Em numerosissimos exemplares que tenho ã examinado sobre o terreno nunca vi que este caracter * fosse menos seguro ou permittisse qualquer contusão. ADITAMENTO 115, Conopodium Marizianum, nob. (sp. n.) FSES: Puberculo do tamanho medio de wma avelã; caule de 5-15 centimetros de altura, delgado, jfistuloso, erecto mas fle- aquoso na base, dividido ou algumas vezes simples, glabro em toda a extensão; folhas heteromorphas — as que nas- cem do tuberculo geralmente persistentes na floração, lon- gamente pecioladas, recompostas, com os foliolos largamente ovaes ou suborbiculares-reniformes, de dentes arredondados e mucronados, por vezes lobados ow fendidos, com o cimo dos peciolos ernliênto engrossado e sempre provido de. mu merosos peltos huyalinos e patentes, que se estendem sobre os rachis e ús vezes sobre as nervuras dos foliolos, sobre- tudo na pagina de baixo — as caulinares medias e superio- res muito mais pequenas, divididas em lacinias estreitas, lineares ow sublanceoladas, com o peciolo transformado em bainha curta e glabra. Umbellas de 5-10 raios e com invo- lucro monophyllo ow nullo; umbellulas com os involocrulos. de foliolos lineares, deseguaes mas todos mais curtos que os raios, normalmente 8-4 mas algumas vezes 1-2: calia de. limbo mullo ou quasi; petalas a principio roseo-arruivadas e por fem brancas, com uma risca carnea ao meio; fructos estreitos, oblongos, glabros, escuros, pouco lusidios, com es- Hjtoppdd relativamente grande, estyletes compridos, diver- gentes, e mericarpos profundamente sulcados na face ven- tral e apresentando no dorso costas filiformes mais ou me- nos distinctas. Floresce desde os fins de abril até junho, O TT Pa = tata di qué o a A de” AS cridAd., é ia o j , | E. 5, ns ss ç aço ESTAR É é PR ENO e 5 : E E Es = E G. SAMPAIO: FLORA PORTUGUEZA 1 Hab. principalmente nos rochedos e cortes rochosos das bor- das dos caminhos. Odemira: perto da Aldeia Nova!; en- tre o Sol Posto e o Pego das Pias!: S. Luiz! no alto da pyramide geodesica, entre as fendas das rochas. É uma especie muito distincta, que de modo algum se póde confundir com qualquer das suas congeneres portuguezas, das quaes se aparta nitidamente pelos ca- racteres das suas folhas radicaes. Estas folhas — que nas estações mais ingratas são pequenas mas que nos melho- res terrenos chegam a apresentar um limbo com 13 cen- timetros de comprimento — têm quasi sempre o peciolo notavelmente engrossado na parte superior, que é co- berta de abundantes pelos hirsutos e brancos. No ra- chis e suas divisões primarias apparecem tambem pellos semelhantes, mas mais raros, os quaes se estendem por vezes às nervuras das folhas, que apparecem então um pouco villosas. As bainhas das folhas caulinares são in- teiramente glabras, como o caule, A planta não é rara no concelho de Odemira, onde “a descobri em varias localidades, nos fins de nl do “-amno corrente. Estava então bem florida, mas os fruetos perfeitamente maduros só os pude colher em Julho, por occasião de uma segunda visita que fiz a esta região. alemtejana. Denominando a nova especie (., Marizianum presto homenagem aos grandes conhecimentos botanicos e no- - taveis qualidades de trabalho do meu amigo e illustre naturalista da Universidade de Coimbra dr. J oaquim de Mariz, a quem se devem numerosas e importantes mono- graphias sobre a flora phanerogamica do nosso paiz. Porto, dezembro de 1905. ERRATAS Pagina 6 linha 15, accrescentar: Foz-Tua! na margem do rio. . Pag. 10 linha 3, onde está « IV » deve ser «VI». Pag. 28 linha 6, onde está « dos fructos » deve ser « dos foliolos e dos fructos.» Pag. 37 linha 13, onde esta « consideravelmente pelo porte » deve ser « consideravelmente por ser perenne, pelo porte » Pag. 37 linha 20, onde está « Alfredo » deve ser « Augusto» | Pag. 48 linha 13, onde está « Antirrium» deve ser « Antirrhinum », À Encontram-se ainda outras incorrecções orthographicas que o leitor | facilmente corrigirá. Es aa m- 4 dead CGA piano re ecl NOTA SOBRE UM CASO DE TERATHOLOGIA dao DO É DORCADION BRANNANI, SCHAUF. A. F: DE SEABRA | Os casos terathologi- E RR FS) cos nos insectos são em A ps cria Re geral pouco conhecidos | pela dificuldade em | obter os especimens que só casualmente se en- contram. Assim, entre um numero não inferior | a dez ou doze mil Co- | leopteros que pudemos | colheir durante uns dois MR mezes de trabalhos de ; js ES a | - campo em varias regiões da Beira Alta e do Dou- “To, encontramos um unico desses casos digno de mensão -* e que pela sua singularidade vimos descrever. e A monstruosidade observa-se no Dorcadion branna- “ni, Schauf. insecto da familia Metalaucnemitee bastante — commum em quasi todas as serras do Paiz. Como se póde observar na figura junta, a anca “ intermedia direita apresenta um desenvolvimento exage- “ rado e dá inserção, pela parte anterior, a um femur per- - feito e normal, mas desprovido de trocanter, e pela parte * lateral externa e por intermedio de trocanter regular a | Ann, Sc. Nat, vol. X, 1906, Porto. caia A E A POA Do A err A ER e VT A Pê Fon Re a App Ae ) N 80 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES um outro femur notavelmente espesso, da extremidade do qual partem duas tibias terminando por tarsos nor- maes, dirigidas uma para a parte anterior outra para a posterior do corpo. O insecto apresenta assim cinco pa- tas do lado direito, conservando do lado esquerdo os membros regulares. Não pudemos fazer observações em vida sobre a. fórma como o insecto se utilisava das duas patas suple- mentares, porque só na occasião em que se preparava notamos a deformidade. Foi o nosso exemplar colligido na serra de (Goes proximo de um pequeno e interessante logar denominado Sandinha, da freguezia de Cadafaz. Museu Bocage, outubro de 1905. nat ie 4 À proposito de algumas especies de Microchiropteros d'Angola + POR A. F. DE SEABRA Deixamos por determinar alguns exemplares da sub “ordem microchiroptera enviados de Angola na primeira - remessa de Fr. Newton para o museu da Academia Po- Iytechnica do Porto, porque na realidade os seus cara- cteres especiaes não condiziam bem com as especies em “que por fim os devemos considerar. São estes uma Phyllorhyna de Novo Redondo, um - Vespertilio de Loanda, uma Kerivoula do concelho do - Cazengo e dois typos de Nyctinomus que por caracteres - particulares se nos afigurou pertencerem a especies diffe- rentes. A Phyllorhyna em questão lembra de facto por um grande numero de caracteres proprios a especie fuligi- nosa, vulgarissima segundo parece em muitas regiões da “Africa Occidental e de que o museu de Lisboa possue um numero consideravel de exemplares. Porem, como já * fizemos notar, a côr da pelagem d'este exemplar e algu- 14 Es | “mas das suas dimensões caracteristicas, discordam com o typo da especie. Segundo a opinião do Prof. Old. Thomas não póde comtudo haver duvida de que este nosso exemplar de * Novo Redondo pertence áquella especie e isto só vem * convencer-nos de que se trata de um destes typos que naturalmente pelo facto mesmo de ser extremamente commum, está sujeito a uma grande variabilidade. O Vespertilio, segundo confirmação do mesmo z00- logo do museu Britanico, é o Myotis Bocagei, Peters. 6 Ann. Sc. Nat., vol, X, 1906. Porto. ER 892 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES A Kerivoula pertence à especie brunea de que não era conhecida a proveniencia certa, tornando por conse- quencia interessante o novo Ex eimpldis Finalmente os dois Nyctonomus vistos tambem pelo Prof. Thomas, pertencem a uma unica especie Nict. bra- . chypterus, Pet. mas são o typo realmente de uma fórma . particular que o Prof. Thomas nos informa ter em tempo considerado tambem como pertencente a uma especie . nova, da qual desistiu reconhecendo a insuúficiencia dos . car acter es proprios. Museu Bocage, dezembro de 1905. (Nota appendice á primeira lista de mammiferos e aves da Era de Fr. Newton publicada no Jorn. de Sc. Math. Phys. e Nat. Lisboa). Ribeirinhas e Palmipedes das margens do Rio Cunene POR Adr Er SEABRA Prouxe-nos a ultima remessa de aves enviada por Francisco Newton para o Muzeu da Academia Poly- technica do Porto, uma curiosa collecção de aves das margens do Rio Cunene as quaes passamos a registar na seguinte lista como subsidio para o estudo da fauna particular d'aquella região. Ord. Gral 1. Squatarola helvetica, Hartl, S. helvetica, Hartl., Orn. West. Afr., p. 212. Barb. du Bocage. Orn. PAng. p. 429. sp. 403. José de Anchieta tinha já encontrado esta especie cosmopolita nas margens do Rio Coroca. Os dois exem- plares 4 e 2 enviadas do Cunene por Fr. Newton apre- sentam a plumagem de inverno. 2. Ardea cinerea, L. A. cinerea, Limm. Syst. Nat. ], p. 143. Barb. du Bocage, Orn. PAng. p. 439. sp. AA. Conhecida da Africa Occidental portugueza pelas explorações de J. de Anchieta que a encontrou no Ben- go, Duque de Bragança, Benguella, Rio Caroca, (uillen- gues e Humbe. O exemplar adquirido agora pelo Muzeu do Porto representa um magnifico macho adúlio. : Ann. Sc. Nat. vol. X, 1906. Porto. 84 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES 3. Botawrus pusillus, Reich. B. pusillus, Reichenow, Mittheill. Afrik. Gia Ê p. 1. — Barb. du Boec. Er d'Ang. p. 447. sp. 525. O Prof. Barbosa du Bocage cita exemplares das . margens do Rio Coroca e de Mossamedes provenientes das explorações de J. d'Anchieta; das margens do Rio Quango trazidas por Capello e Ivens; de Landana e Chiboango offerecidas por M. Bouvier e da exploração de Lucan e Petit, emfim de Malange citado por Reiche- now da exploração de O. Schiitt e finalmente de Ben- guella e do Congo das explorações de Monteiro e Falkenstein. Francisco Newton acaba de enviar do Cunene um macho adulto perfeitamente caracterisado. 4. Nycticorax griseus, (L.) Ardea grisea, Linn. Syst. Nat. 1, p. 239. Nye. gri- seus, Boc. Jorn. Sc. Math. Phys. e Nat. 1873. p. 288. Orn. d'Ang. p. 449. sp. 427. De Mossamedes, Rio Coroca e Humbe (Anchieta) Chinchonxo: Costa de Loango (Falkenstein) e Boma na margem direita do Zaire (Lucan e Petit) — seg. Barb. du Bocage. Além do exemplar das margens do Cunene Fr. Newton enviou outros de Cabo Negro e da Bahia dos “Tigres. 5. Numenius arquata, Hart. Scolopar arquata, Linn. Syst. Nat. I. p. 242. Nu- menius arquata, Hartl. Orn. West. Afr. p. 232. Nume- nius arquatas, Barb. du Boc. Om. d'Ang. p. 461. sp. 448. (Monteiro) seg. Barb. du Bocage, (Orn. p. 462). 2 4 das margens do Cunene, Fr. Newton. Do Rio Coroca, zona littoral (Anchieta) Ambriz - a ad = E a a á É à PÃES a e NR ENE E Rd Curia A É r e 4 + Ê A. F. DE SEABRA: RIBEIRINHAS E PALMIPEDES 85 DD 6. Totanus canescens, Fimsch. et Hart. Scolopasx canescens, Gm. Syst. Nat. 1, p. 668. Lata- nus canescens, Finsch. et Hort. Vôg. Ort. — Afr., p. 745. — Barb. du Boc. Orn. d'Ang. p. 464. sp. 443. Muito commum no littoral de Loango e d'Angola seg. Barb. du Bocage. Rio Quilo, Novo Redondo, Ben- guella, Rio Coroca, Humbe e Quillengues (Anchieta). Laudona e Chinchouxo (Lucan, Petit e Falkenstein) Fr. Newton enviou n'esta occasião 1 macho e duas femeas adultas, Tt. Totanus stagnalis, Bechst. T. Stagnalis, Bechst. Orn. Laschenh. II. 292. Barb. du Boc., Orn. d'Ang. p. 465. sp. 444. Esta especie tinha sido já descoberta sobre as mar- gens do Rio Cunene por J. d'Anchieta, Lucant et Petit, encontraram-na com frequencia nas costas de Loango (Landuna, Chinchonxo e Massabe. Além de uma femea adulta das margens do Cunene, Fr. Newton enviou n'esta occasião mais dois machos e uma femea do Coroca e Chacuto. 8. Totanus glareola, (Linn.) Tringa glareola, Linn. Fann. Suce., p. 65. 7. glareola, Hartl., Om. West — Afr., p. 234; Barb. du Boc. Orn. d'Ang. p. 467. sp. 446. Do Rio Coroca e Caconda (Anchieta). Commum nas costas de Loango e d' Angola, (Barb. du Boc.). Uma fe- mea adulta das margens do Rio Cunene Ee. Newton). 9. Recurvirostra avocetta, Linn. R. avoceita. Limn., Syst. Nat. I. p. 256; — Barb., du Boc. Orn. d'Ang. p. 469. sp. 448. Esta especie foi descoberta em Mossamedes em 1890. O exemplar enviado por Newton representa um macho perfeitamente adulto. 86 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES 2 a 10. Tringa subarquata, (Gildeust.) Scalopow subarquata, Guldeust., N. Comm. Potro E: x1x, p. 671, tah. 18. — Tringa sibaratiada Harils Om West. AR p. 237. Barb. du Boc. Orn. d'Ang. p. 472. - sp. 451. a “ Das costas de Loango, Chinchonxo (Falkenstem) e Banana, (Lucan et Petit) Boc., Orn. dAng. Benguella, (Anchieta). | Fr. Newton enviou nesta occasião tres machos e tres femeas adultas. 11. Lringa minuta, Leisl. E Tr. minuta, Leisl., Nachtr. Bechst. Nat., Dent., 1, =: p. 74. Barb. du Boe. Orn. d'Ang. p. 472. sp. 452, De Benguella (Anchieta) e Chinchonxo (Petit. e Falkenstein). Newton enviou das margens do Cunene tres machos adultos. 12. Calidris arenaria, (L.). | | J Tringa arenaria, Limn., Syst. Nat. 1. p. 255. A Calidris arenaria, Hartl. — Barb. du Boe. Orca d' Ang. p. 473. sp. 453 à ço A, ESER PLANA Esta especie é considerada por Andersson como ( RR. commum ao sul do Cunene. Segundo o Prof. Barbosa du Bocage visita no inverno as costas de Loango é o + httoral PAneala Das margens do Cunene enviou agora q Fr. Newton tres machos dutos Peas PEN Ea 13. Limnicorar niger, (Gm.) Rallus niger, Gm. Syst. Nat., I. p. 717 Limnicorar. niger, Boc. Jorn. Sc. Math. Phy. e Nat. 187 2, p. 70. Or. Z& UV Ang. p. 481. sp. 461. Das margens do Rio Quilo, e Coroca, Cp Adrgnd 8 Biballa, Quillengues e Humbe (Anchieta). Landana e Chinchonxo (Dr. Lucan e Falkenstein). Bengo e Quan- ria » e My el ais A. F. DE SEABRA! RIBEIRINHAS E PALMIPEDES 87 “za, (Welwitsch). Benguella (Monteiro) Malange (o Sehiitt). Ainda segundo indicações do Prof. Bocage esta especie é bastante commum e de um modo geral, ao norte e ao sul do Zaire. O exemplar de Fr. Newton é um Z ad. das margens do Cunene, 14. Gallinula chloropus, gola Fulica chloropus, Linn., Syst. Nat. 1. p. 258. Galli- “nula chloropus, Hartl., On. West. a » p. 244. —Barb. “du Boc. Orn. Ang. p: 482. sp. 463. Um grande numero de exemplares enviados ultima- “mente por Fr. Newton tanto das margens do Cunene "como d'outros pontos d' Africa Occidental, apresentam a plumagem acinzentada escura. José de Anchieta tinha já descoberto esta especie nas proximidades do Cunene assim como nas margens do Rio Coroca em Mossamedes e em Quillengues. Se- gundo as observações do Prof. Bocage, esta especie é commum em Angola sobretudo na região littoral de Benguella. Foi tambem encontrada em Bissáu, no Sene- gal e na ilha de S. Thomé.- Os ultimos exemplares enviados por Fr. Newton das margens do Cunene são quatro machos, dois adultos e dois jovens com a plumagem completamente cinzenta. 15. Porphyrio smaragnotus, Pemm. P. smaragnotus, Temm. Orn. IJ, p. 700. P. mada- gascariensis, Boc, Jorn. Se. Math. Phy. Nat. n.º 1v. 1867. -p. 329. — (Smaragnotus) Boc. Orn. d'Ang. p. 484, sp. RAGD. : Conhecida pelas explorações de J. d'Anchieta de “ Mossamedes e Rio Coroca. O exemplar enviado por Fr. - Newton das margens do Cunene apresenta o peito e ventre cinzentos e vem com indicação de g. 88 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Anseres 16. Chenoloper egyptiacus, (Linn). Anas cgyptiaca, Linn., Syst. Nat. 1, p. 197. Chenoloper cogyptiacus, Loyard. B. Sul- Afr. , P. 347. Barb. du Boc. Orn. d'Ang. p. 497. sp. 4TA4. Rio Coroca e Humbe. Littoral ao Sul de Mossame- des (Anchieta). Além do exemplar enviado por Fr. New- ton com'indicação especial das margens de Cunene vem outros de Pinda e da Lagoa de Chacuto. 17. Querquedula capensis, Gm. Anas capensis, Gm. Syst. Nat. 1, p. 527. Querque-. dula larvata, Boc., Jorn. Sc. Math. Phy. e Nat: desa: p. 278. Or. d'Ang. ». 502 sp. 480. Descoberta em Angola por J. Anchieta (Mossamedes e Rio Coroca) mais rara ao Sul do Cunene no littoral seg. Andersson. Fr. Newton enviou n'esta remessa qua- tro machos todos das margens do Rio Cunene. 18. Querquedula hottentota, Smith, (). hottentota Smith, S. Afr. Zool. Aves p. 105. Barb. du Boc. Orn. d' Ang. p. 503. sp. 481. Os exemplares ultimamente enviadas por Fr. New- ton são tres machos adultos. Anchieta encontrou esta | especie em Mossamedes e Rio Coroca, onde é abundan- te. O Prof. Bocage faz notar que é raro no Paiz das | Damaras e dos Grandes Namaquas, mais vulgar no in- terior em Omanbonde, na região dos Lagos e final-. mente o facto de não ter sido encontrada ao Norte do (Quanza. ta dei : E k ae) kg as EA ay E a o SPO TD SR A RP x, A. F. DE SEABRA: RIBEIRINHAS DE LAMPIDES 89 19. Spatula capensis, (Smith). Ehyncaspis capensis, Smith., Il. S. Afr. Zo0l., Aves, pl. 98. Spatula capensis, Gun 1 m And. Boc. Orn. a Ang. p. 904, sp. 383. Os exemplares d'esta especie obtidos por Anchieta são provenientes das margens do Coroca. O exemplar enviado por Fr. Newton representa uma femea adulta, 20. Aythia capensis, (Cuv.) Anas capensis, Cuv. Aythia capensis, Gurney im Anderss., B. Damara, p. 342. Boc. Orn. d'Ang. p. 505. sp. 484. E' duvidosa a citação que fazemos desta especie como fazendo parte da pequena fauna regional de que vimos tratando. A indicação de Fr. Newton é pouco clara. Anchieta “enviou exemplares de Mossamedes, Rio Coroca e Humbe. Gavise “21. Larus phaeocephalus, Hartl. ; L. poiocephalus, Birds W. Afr., II p. 245, pl. 29. L. phaecephalus, Hartl., Orn. West. — Afr., p. 252. Boc. Orn. Ang. p. 507. sp. 486. Do Humbe, Anchieta. Newton enviou tres machos adultos. 22. Rhyncops flavirostris, Vieill. R. Havirostris, Vieill., N.-Dict. H. Nat. IL. p. 35 Barb. du Boc. Om. Ane. p. 515. sp. 494. Descoberta nas margens do Cunene já por José “Anchieta assim como no Humbe. O exemplar de Fr. “Newton é um Z adulto. ; 90 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES ease eba ue Pygopedes 23. Podiceps minor, Lath. P. minor, Lath., Ind. Orn. Il, p. 784. Barb. du Boc. Orn. d'Ang. p. 529 sp. 905. Sobre o littoral de Angola, ao Sul do Quanza, (Boc.) Benguella e Mossamedes (Anchieta). O exemplar de Francisco Newton representa um macho adulto. As localidades que indicamos extrahidas da Orn. d' Angola do Prof. Bocage tem em vista mostrar a distri- buição conhecida d'estas differentes especies nas outras regiões de Africa Occidental. Museu Bocage (S. Z. M. L.), Fevereiro de 1906. 4 PN AIÃO PE E aa E A ah mw ua RE E shui ud MOLLUSONES ET BRACHOPODES OU BORTUA PAR AUGUSTO NOBRE snes HEEDE= — — — — E PÉLÉCIPODES É. Ordre des TETRABRANCHIA Soussordre II. 9STRAÇCER Fam. OSTREIDA Ostrea, Linné Ostrea edulis, Linné - FOstrea edulis, Lin. — Lamk, An. sans vert., v. VII, Eai, ar cd, Desh. (1836) — Mac. Andrew, On the nas E P E DT], 304 (1850) — Jeffrey s, Brit. Einals Ep. do, v. vp. 165, pl. xxr, f. 1 (1865- Roc Nobre Moll. sudouest, p. 14 (1884), Mol N. O. p. 23 (1884), “Faune Page et Sado, p. 23 (1836), Faune Conchyl., po 44 (Justituto 1886) — san Dautz. et Dollfus, Moll. E houss, y- m, p. 2; pl. 1, £ 1-4 (1887) Nobre; Moil, E Algarve, p. 14% (1887); Nelas mulac: Iv, p. 137 (1888) -— Kobelt, Prod. Mol!. europ., p. 547. (1886- 87) — Carus, ; Prod. Tu. médit., v. 11, p. 62 (1889-93) — Nobre, Dist. = géogr- des Eluitres e fes côtes du Portugal p. 14 (1896). — - Hab.: Côte occ. et méridi. — eg Aveiro vers le ? “sud. Lisbonne, Faro (Mac-Andrew), Lagos (A. Girard.) Fa, Lagos, Praia dos ERR amigos, Villa Real de Santo “ Antonio (Moller, Nobre), O ascaes (G. Dollfus). Cette pespece; qui parait avoir été abondante à d'autres époques “sur tontes les cótes portugaises d'Aveiro vers le sud. a Ann. Sc, Nal. vol, X, 1906. Porto. E VR E E A TS UR O Oo far AR A A a ; ad à Ri ET UT 4 92 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES disparu peu à peu, à tel point, que ses centres d'élevage se limitent à des endroits peu nombreux. (Quand, en 1884, je visita Vétang, d'Aveiro, je remarquai une abondance extraordinaire de valves isolées, qui se ren- contraient répandues dans les fonds pres de Pembou- chure de Vétang, preuve évidente que, dans ce leu, il existait jadis quelque banc important — ce qui était , ruiné par la pêche intensive ou par une autre cause quelconque, par exemple le dessé- chement de Vétang et le rétrécissement de "embouchure, et, par conséquent la diminution du degré de salure de Peau, en raison de ce que dans cette baie se déversent les eaux du fleuve Vouga et du fleuve Antuan, en outre de nombreuses rivitres (!). Ce banc a disparu presque completement; 1] aurat disparu entitrement, si le chef de la section forestitre d'Aveiro n'en avait pris un soin particulier en faisant des tentatives diverses de repeu- plement dans ces dernitres années. Récemment on a découvert un nouveau banc d'huitres de petite mmpor- tance, qui a été entitrement détruit en quelques jours par la péche intensive qui y a été faite. Au sud d' Aveiro, les points oú J'ai constaté existence de cette espece sont Buarcos, Figueira da Foz, Tejo sur la rive gauche, Vétang d'Albufeira, Setubal et tout VAlgarve. J'ai pu également observer un fait assez intéressant dans la lagune d'Albufeira, petit étang situé sur le littoral entre Setubal et le cap Espichel et peu connu à cause de son acces difhcile. Chargé oficiellement de Pétude de cette | legune, qui appartient à la Maison royale, j'ai pu remarquer que les deux espéces, POstrea edulis et P Os- trea angulata vivent dans le même lieu et la premitre de ces especes en plus grande abondance que la secon- de, à Vencontre de ce qui a généralement beu. Ces deux (1) Pendent quelques bivers, les crues du Vouga et de deux autres cours d'eau, qui se jettent dans Jétang, ont été si grandes que la quan- tité d'eau douce a causé la mort de nombreux polvos (Octopus) et chocos | (Sepia), qui vivent dans cette baie. A NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 93 e é ee eine ——-——e especes se trouvent surtout sur la rive droite du petit bras d'eau, qui se forme du bord du côté nord, pres de “Pouverture indiquée sur la carte de 1849. 1 doom tion des sables dans ce lieu laisse à peine-un canal “étroit, recourbé, et de peu de profondeur, oú les deux especes, représentées Pune et Pautre par des individus vigoureusx, vivaient en quantité assez abondante. Sur les rives de la lagune, il y avait aussi des valves dhui- tre edulis: celles-ci se rencontraient en plus grand nom- bre. C'est cependant sur la côte "méridionale du pays, dans PAlgarve, que Vhuitre edulis se rencontre en plus “grande abondance, quoiqu'elle soit limitée à de petits centres d'élevage peu nombreux. Un d'eux est dans le o fleuve d'Alvor qui, pres de son embouchure, forme un petit étang, situé entre la baie de Lagos et Portimão, ou Vespéce existe également. Profitant des avantages de cette situation, on y a établi un parc à huitres, dans lequel il y avait déjà, en aoút 1895, quelques milliers de tuiles placées dans les eanx de la baie pour Vexploi- tation ostréicole. L'huitre edulis se rencontre aussi à Setubal, au cap de Santa Maria et à Faro, ainsi que sur toute la côte jus- qua Villa Real de Santo Antonio, frontitre portugaise. Les filets de traíne, que les pécheurs de Monte Gordo, ' petit village curieux par le type de ses habitations, em- “ ploient pour la pêche, entrainent de nombreux spécimens de cette espêce. Les spécimens trouvés au large des côtes présentent généralement plus de développement; ils cons- tituent la variété hippopus, caractérisée surtout par Vépaisseur des valves. Cette espêce est connue vulgaire- ment sous le nom d'ostras. A Villa Real de Santo Anto- nio, on Vappelle aussi ostra femea parce qu'on suppose que c'est la femelle de Phuitre angulata. Ostrea stentina, Payraudeau Ostrea stentina, Payraudeau, Moll. de Corse, p. 81, pl. ur, f. 3 (1826) — Lamk., An. sans vert. V. VIII, 94 ANNAES DE SCIENCÍAS NATURAES p. 236, 2.º éd. Desh (1836) — Bucq. Dautz. et Dollf., Moll. Pouss, v. 1, p. 19, pl. vi, f. 1-9 (1887) — Kobelt, Prod, Moll. europ, p. 448 (1886-89) -—— Carus, Prod. “Faun. medit., v. 11, p. (1889-935). — Nobre, Dist. géo des Hluitres sur les côtes du Portugal p. 16 (1896). Ostrea plicatula, (Gmelin) — Philippi, Lmn. Moll., Sicil., v. 1, p. 89; v. 11, p. 63 (1886-44), Ostrea cristata, Hidalgo (non Born, nec Auct). Moll. mar., pl. 19 f. 1-2 (1870) Sy n. — Ostrea curvata, Risso; O. plicata, Chemnitz; O. pauciplicata, Desh.; O. obesa, Sow. Hab.: Côt oce. y mérid. Cette espece vit sur toute la côte, à partir de Buar- cos. J'en possede des échantillons de Setubal, du cap Saint-Vincent, et de Tavira. Ostrea cochlear, Poli Ostra cochlear, Poh; Test, Sicil., pa as pl. 28, fi 28 (1795) —- Philippi, nd Moll. Sicil., v. 1, p. 89 (1836) — Lamarck., An. sans vert., v. VHL, p. 137 po SD Desh. (1836) — datos, Mol. mar., pl. 78, £. 3 (1870). — Jefireys, Light. and Porcup., p. 555 (1879) -— Nobre, Faune. Tage et Sado, p. 83 (1886) — Kobelt, Prod. Moll. euwrop., p. 449 (1886-89) — Carus, Prod. Faun. Medit., v. 11, p. 64 (1889-958) — Nobre, Sur. la dist. gtog., p. 16 (1896). Hab. — Côte occ. et mérid., Baie de Setubal et au large du cap. Sagres (Porcupine, Exp. 1870) — Povoa . de Varzim, Setubal (A. Nobre). C'est Funique espêce qui se rencontre au nord du Portugal, adhérente aux coraux recueilhs dans la région fréquentée par les pêcheurs de Merlan (Merlucius vulga- ris). Ele doit vivre aussi sur toute la côte portugaise parce qu'elle est répandue dans la Méditerranée et au sud de PEspagne. dia Ar ad SR a A NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 95 Ostrea angulata, Lamarck Ostrea angulata, Lamarck, An. sans vert., v. VII, p. 217 2.º éd. Desh. (1836) — Hidalgo. Mol. mar., pl 76, f. 1-4; pl. 17, f. 3 (1870) — Nobre, Moll. su- dovest, p. 14 (1884) — Faune conchyl., p. 444 (Insti- tuto, 1886) — Faune Page et Sado, p. 33 (1830) — Moll. mar. do Algarve, p. 147 (1887) — Kobelt, Prod. Moll. “europ., p. 446 (1886-89) -— Nobre, Sur. la dist. géog., Pp. P | ge0g p. 16 (1896)., — Hab.: Côte occ. et mérid. — Aveiro, Figueira (À. Nobre) Cascaes (G. Dollfus); Lisbonne, Etang d'Albu- feira, Baie de Setubal (A. Nobre); Setubal (Gabriel de Carvalho; Algarve (A. Nobre). L'habitat de cette espece est à peu prês le même que celui de Vedulis; mais elle est abondante au "Page, surtout à Montijo, sur la rive gauche du fleuve et prês de Lisbonne, oú elle est parquée. Dans PAlgarve, elle se rencontre à Alvor, oú les gros types sont connus sous le nom d'ostras et les petits sous celui de maranha- ques, ainsi qu'à Faro, ou on lui donne le nom de carca- nholas, et à Villa Real de Santo Antonio, ou elle est connue-sous la dénomination de marinhaques, cascabulhos et ostras machos. Fam. ANOMIIDAS, Anomia, Linné Anomia ephippium, Linné E Ss Ras: SSI, 6) Anomia ephippium, Linné, — Jeffreys, Br. Conch., v.M, p.30 plai, f 4;v. v, p. 165, pl xx, f. 1 (1863-69); Light. and Porcupine exp., p. 554 (1879) — Hidalgo, Mo- luscos marinos, pl. 66, £. 1-6; pl. 67, f=4 (187 0) — Sars. Moil. Norveg., p. 15 (1878) — Nobre, Moll. N. O., p. 22 (1884), Faune Tage et Sado, p. 53 (1836) — Moll. “Algarve p, 147 (1887); Notas malac., p. 136, 199 (1888) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 445 (1886-87) — Bucg. Dautz. et Dollfus, Moll. Roussillon, v, 11, Pp, 20, pl. vm, 96 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES f. 1-6 (1886) — Carus, Prod. Faun. medit., v, , P- 65 (1889-93). Hab.: Côte occ. — Sud du cap. Mondego, 994, 740, 1095, 795 f.; sud, du cap. Espichel, 292 f, (Porcupine exp. 1870). Sur toute la côte occidentale, surtout à Lei- xões, Tage et Setubal oú nous avons trouvé la var. electrica, Lin. Côte merid. Sud du cap Sagres, 364, 322, 304, 286, f. (Porcupine exp. 1880). Commune dans tout PAlgorve. Nom vulg. Madreperola, corninho. Anomia patelliformis, Linné Annomia patelliformis, Linné — Jeffreys, Brit. Conch., v. 11, p. 999 vo Ny po 465, pl. xx, E 2(186500): Light. and Pope E exp., p. 5a5 (1879) Sars. Moll. Norveg., p. 15 (1978) — Nobre, Moll, N. O., p. 23 (1884) — Ko- belt, Prod. Moll. europ., p. 466 (1887) — Bucqg. Dautz. et Dolffus, Moll. du PRE ve 11 po dd pi; f. 10-13 (1888) — Carus, Prod. Faun medit., v. 11, p. 65 (1889-935) — Locard. Exp. du Trav. et du Talism., v. 1, p. 427 (1898). Hab.: Cóte occ. — Au sud-ouest du Portugal, 460 m. (Expl. du Travailleur, 1882). Leça da Palmeira, Povoa de Varzim (A. Nobre). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 227 f. (Porcupine exp., 1870). Anomia aculeata, Muller Anomia aculeata, Miller — Sowerby, Mil. Ind. Br. Shells, pl. vi, f. 20 (1859) — Sars, Moll. Norveg., p. 15, pl. 19, f£ 1 a-d (1978) — Kobelt, Prod. Moll, europ., p. 346 (1886-87) — Carus, Prod. Prado Medit., VT, p= 69 (1889- -98). | Hab.: Côte occ. — Leça da Palmeira, Foz do Douro (A. Nobre). Assez rare, fixée sur les a o LO É A. NOBRE: MOLLUSQUES ET RRACHIOPODES DU PORTUGAL 97 Fam. SPONDYLIDA spondylis, (Lang. 1722), Linné, 1758 Spondylus Gussoni, O. G. Costa Spondylus Gussoni, Costa — Philppi, En. Moll. Si- cil., v. 1. p. 87, pl. v. f. 16 (1836) — Hidalgo, Mol. mar., “pl 5,f 1-3 (1870). —Jefireys, Light. and Porcup. exp., p. “556 (1879)—Kobelt. Prod. Moll. europ., p. 445 (188) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 1, p. 67(1889-93)—Lo- card. Bapl. Trav. et Talism., v. 11, p. 420 (1898). Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 994 f,, au sud du cap Espichel, 292, 374 f. (Porcup. exp. 18T0). “A Pouest du Portugal, 1:068 m., 870 m. (Expl. du Travailleur, 1881, 1882). | Fam. LIMID A Lima, Bruguiêre Lima squamoesa, Lamk. Ostrea lima, Lin., Syst. Nat., éd. xr, p. 1147 (1766). Lima squamosa, Lamk., An. sans vert, 2.º éd. Desh., v. vir, p. 115 (1836) — Philippi. En. Moll. Sicil., 1. p. 17 (1836) — Hidalgo. Mol. mar., pl. Lv, B, f. 8 (1870) — Reeve, Conch. icon., (Lima), pl. 1x, f. 10 (1872) — Ko- belt, Prod. Moll. europ., p. 444 (1887) — Carus, Prod. Faun. v. 11, p. 67 (1889-995). Radula lima, Lim. sp. (Ostrea), Bucg. Dautz. et. Dollfus, Moll. du Rouwss., 1. p. 51, pl. xr, f. 1-3 (1888). Hab.: Cóte occ. — Simes, valves dépareillées (A, Nobre). 7 Côte mérid. — Lagos (A. Nobre). Sud du Portugal (Paulino d'Oliveira). 7 Ann. Sc. Nat., vol. X, 1906. Porto, 98 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Lima inflata, (Chem.) Lima inflata, Chem. — Phibippi, En. Mol. Sicil. v. 1º Pad A Sd6) and An. sans vert; 2-ced Desh; vo vi, p. 115 (1836) — Hidalgo, Mol. mar., pl. Lv B,. f. 9 (1870) — Nobre, Moll. Algarve, 149 (1887) — Ko. belt, Prod. moll. europ., p. 442 (1887) — Carus, Prod, . “Faun. medit, v. 1, f. 68 (1889-995). Lima ventricosa, Sowerby — Reeve, Conch. icon, (Lima) pl. 111, f. 11 (1872). E Radula oo Chem. sp. (Pecten) — Bueg. Dautz. et Dollfus, .Moil. fouss., v. 15 Pp. do,- plo x 4406 (1888). e Hab.: Cõte mérid. — Etang de Faro (Moller, Nobre). Embouchure du Guadiana, Plage dos tres amigos, pr. Pavira (Moller). Sud du Portugal (Paulino VOliveira). Lima hians, (Gmelin) Lima hians, Gmelin — Jeffreys, Brit. Conch., v. 1H, - p. 87; v. v. p. 170, pl. xxv, £ 5 (1863-69): Laght. and. Porcup. exp. p. 564 (1879) — Hidalgo, Mol. mar. pl. . Lv, B. f. 11-13 (1870)— Sars. Moll. Norveg. p. 23. (1878). — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 442 (188) —. Carus, Prod. Faun. medit, v. n, p. 68 (1889-938) — Locard, Bapl. Travaileur et Talisman, v. 11, p. 4181 (1898). Lima tenera, Philippi (non Chem.) Em. Mol, | Sicil., v. 1. p. TT (1836). | | Lima lingulata, Lamarek — An. sans vert., 2.º éd.. Desh., v. vu, p. 118 (1836). 7 e Radula hians, Gmelin, sp. (Ostrea).— Bucg. Dautz et | Dollfus, Moll Fouss., v. 1. p. 56, pl. xr, £ 7-11 (1888). . Hab.: Côte occ. — Au sud-ouest du Portugal, 450 . m. (Expl. du Travailleur, 1882). Sines, Villa Nova de Milfontes (A. Nobre). 4) O Ed EVA q ” N 4 ER a E O Ri go ) RICE E VR 4 E Raid Du Raça TI; ATI A. NOBRE. MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 99 ————— e | Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 72-128 f (Porcupine exp. 1870). Au sud du Portugal, 560 m. (Exp. du Travailleur, 1882). Algarve, (A, Nobre). Sud du Portugal (Paulino VOliveira). | Lima subauriculata, (Montagu) Lima subauriculata, Montagu—Jetireys, Brit. Conch, Ve TE, p. 82: v. vp. 169, pl. ns p. à (1863-69): Light. and Doro. exp., 564 (18 ars, Moll. Norveg., p. “26 (1878) — Kobelt, Prod. Mo curop., p. 444 (1887) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 17, p. 69 (1889-93).— Hidal- go, Mol. mar. pl. 57 B, f. 10 (STO). | Hab.: Côte occ. — À Pouest du Portugal, 552 m. (Expl. da Travailleur, (1882). Côte mérid. — Au large du cap Sagres, 45-58 f, au sud du cap Sagres, 364-386, 72-128 f. (Porcupine exp., 1870). Lima Marioni, P. Fischer Lima Marioni, P. Fischer, im Jour, de Conch., v. xxx. p. 52 (1382). | Lima lata, Smith, Challenger, p. 287, pl. xxIv, f. 3 (1885)— Kobelt, Prod, Moll, europ ,p. 443 (1887).——Dau- tzenberg et H. Fischer, im Mem, Soc. Zool. de France, v. x. p. 186 (1897). — Lima Marioni, P. Fischer, Exp. du Trav. et ÇA ET absm, x. 1 p- 410, pl xv, to 15-19 (1898). Hab.: Côte occ. — A Pouest du Portugal, 1068 m, de prof. (Exp. du Travailleur, 1881). " Lima Sarsii, Lovéu Lima Sarsii Lovén — Jeffreys, Brit. Conch., v. 1, p-. 18; v. v. p. 169, pl. xxy, f. 1 (18-18); Light. and 100 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Porcup. exp., p. 562 (1879)—Kobelt. Prod. moll, europ., p. 444 (1887) — Carus, Prod. moll. europ., v. 1. p. TO (1889-939). Hab.: Côte oce. — Au sud du cap Espichel, 292 f. (Porcupine exp. 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 364, 386 f. (Porcupine exp., 1870). Lima elliptica, Jeffreys Lima elliptica, Jeffreys, Brit. Conch., v. II, p. 81, v. v, p. 169, pl. xxv, f. 2 (1863-1869); Light and Porcu- pine exp., p. 563 (1879) — Sars, Mol!. Norveg., p. 25 (1878) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 441, (188T) — Carus, Prod. Faun. medit., v. nu, p. 69 (1889-939), "Hab.: Côte mérid. — Au large du cap Sagres, 45-58 f.; au sud du cap Sagres, 322, 304, 286, 72-128 /Porcu- pine exp., 1870). | Lima excavata, Fabricius. Lima excavata, Fabr. — Sars, Moll. Norveg., p. 24, pl. 3,f. 1 ad (1878) — Jefireys, Light. and Porcupime. exp., p. 964 (1879). Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 441. (1887). Hab.: Côte oce.— À Youest du cap Espichel 718 f.; au sud du cap Espichel, 292, 374 f. (Porcupine exp. (1870). ; Lima Loscombii, G. B. Sowerby Lima Loscombii, Sowerby — Sars. Moll. Norveg., p. 24 (1878)--Jeffreys, Br. Conch. v. 11, p. 89, pl. di,f.2, 2a; v.v, p. 178, pl. xxv, f. 4 (1863-1869): Laght. and Porcup. exp., p. 564 (1879) — Nobre. Haune Tage et Sado, p. 37 (1886). — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 443 (1887) — Carus, Prod. Faun. medit., v. n, p. 69 (1889-983). A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 101 Hab.: Côte occ. — Setubal (Coll. Musée de Porto). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 4771-414 f. (Porcupine exp. 1870). | Fam. PECTINIDAE Hinnites, Defrance Hinnites sinuosus, (Gmelim) | FHlinnites sinuosus, Gmel. — Ann. sans vert., v. Yu, p. 149. “Pecten pusio, (Lin)—Philippi, Conch. icon. (Pecten. pl xxxm, f. 157 (1855) — Jeffreys, Brit. Conch., v. n, ano pl ssa, dl Ge ie dao Mol. mar., p. 121, pl. 324, f. 3-5 (1870) — Nobre, Moll. N. O, p-:22 (1884) — Faune Tage et Sado, p. 35 (1886) — Kobelt. Prod. moll. europ., p. 437 (1887) — Carus, Prod. Fawun. médit., v. u. p. 76 (1889-938). Hab.: Côte oce. et mérid. — Peu commum partout. Les valves isolées sont abondantes sur quelques plages sablonneuses du nord du pays. Amussium, Klein Amvssium fenestratum, Forbes Amussium jonestratum, Forbes — Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 561 (1879) — Kobelt., Prod. moll. europ., p. 439 (1887) — Locard, Exp. du Trav. et du Talism,, v. 1, p. 405 (1898). Pecten fenestratus, Forbes — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. (7 (1889-993). Hab.: Cóte oce. — Au sud du cap Espichel, 292 f. (Porcupine exp., 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 322, 304, 286, 12-128 f. (Porcupine exp., 1870). Au sud du Portugal, 592 m. (Exp. du Pravailleur, 1881). 1092 ANNÃES DE SCIENCIAS NATURAES Amussium Hoskynsi, (Forbes) Pecten Hoskynsi, Forb. — Sars, Moll. Norv., p. 20, pl. 2, f. a-e (1878) — Carus, Prod. Faun. medit., v. IL, p. 77 (1889-983). | | Pecten fimbriatus, Philippi, Em. Moll. Sicil., v. 1, - p. 61, pl. 16, f. 6 (1844), Amussium Hoskynsi, Forbes — Jeffreys, Light. and . Porcup. exp. p. 562 (1879) — Locard, Eap. du Trav. et du Talism., v. 11, p. 405 (1898). Pecten (Amussium) Hoskynsi, Forbes— Kobelt, Prod. moll. europ., p. 440 (1887). : | Hab.: Côte oce. — Au sud-ouest du Portugal, 460 . m. (Exp. du Travailleur, 1882). Cóte mérid. — Au sud du Portugal, entre 292 et 986 -f. (Porcupine, exp. 1870). | a Amussium lucidum, Jeffreys Amussium lucidum, Jefireys — Wywille-Phompson, Les abímes de la mer (trad, Lortet), p. 393, £. 78 (1875) — Smith, Challenger exp., p. 917, pl. xxrv, £ 2 (1885) — Jeffreys, Light. and Porcup. exp. p. 562 (1879) — + Kobelt, Prod. moll. europ., p. 440 (1877). | Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 994, 740- 1095, 195 f. (Porcupine exp. 1870). Côte mérid. — Au sud du Portugal, 2100 m. (Exp. du Pravailleur, 1881). Pet, Belon Pecten Jacobeus, (Linné) Pecten Jacobeus, Lamk. — An. sans vert., v. VII P.. 130, 2.º éd. Deshayes (1836) — Reeve, Conch. icon. (Gr. Pecten) pl. x, £. 39º 39.» (1852) — Hidalgo, Mol. mar., RT A TINTAS A a o) 1 ne A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 103 o dg fd: pl. 22 Ee ply 59 [1-2 (1870) — Ko- belt, Prod: moll. Curop., D- 438 (1887) Carus, Prod. É Pu. medit., v. 17, p. 10 (1889-93) — Bucqg. Dautz et - Dollfus, Moll. du BRouwss., v. 11, p. 62, pl. xrr, £. 1-2: pl. x, f. 1-7 (1889). “Hab.: Côte mérid. — Lagos (A. Nobre). Je n'ai - recueilli qu'un seul exemplaire. Sud du Portugal (Pau- lino Oliveira). Pecten maximus, (Linné) Pecten maximus, L. — Lamk.,; An sans vert., v. VII, p. 129, 2.º éd. Desh. (1836) — Mac-Andrew, On the dist,, p. p. 269, 271 (1850)-Jefireys Brit. Conch., v. 11, p. 72, pl. 24 (1863)-—Reeve. Conch. icon (G. Pecten) pl. Ix, f.. 38 (1852) — Hidalgo, Mol. mar., pl. 33, £ 1; pl. 34, f. 1 (1870) — Nobre, Moll N. O., p. 21 (1884); Faune malac., p. 34 (1886); Moll. Algarve, p. 14% (1877); Notas malac. Iv p.1ô8 (1888) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 435 (1887) — Carus, Prod. Faun. medat., v. IL, p. TO (1889- 95) — Bueq. Dautz. et Dollf., Moll. Ra v. II, pl. xIv, f. 1-2 (1889). Hab.: Côte occ. — Vianna do Castello, Espozende, Povoa E Varzim, Villa do Conde, Leça, Mattosinhos, “Foz do Douro, Espinho, Lisbonne, Baie de Setubal. Si- - nes (A, Nobre); Buarcos (A. Moller) Malha da Costa (Tourette). Côte mérid. — Cap de Santa Maria, Faro (Mac- Andrew). Faro (A. Nobre, A. Moller). Lagos, Embou- “chure du Guadiana, Praia dos tres amigos (A. Moller). Cette espece est assez commune dans les lieux de péche; elle est recueille dans les filets des pêcheurs. N. v. Leques, Pentes (Povoa de Varzim). Edule. Pecten varius, (Linné) Pecten varius, Lin. — Lamarck. An. sans vert., V. VII, p. 147,2.º éd., Desh., (1836)—Reeve. Conch, icon., ( Pe- 104 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES cten) pl. xxv, f. 102 a, b (1858) — Jeffreys, Br. Conch,, v. Ii, p. 95; v. v, p. 166, pl. xx, f. 2 (1863-69) — Hi- dalgo, Mol. mar., pl. 35, £. 1-5; pl 30 A, f. 1-2 (1870) —Nobre. Moll. N. Up: 29 (1884); Faune Mage et Sado, p. 34 (1886). Mol. Algarve, p. 148 (1887): Notas malac., p. 158 (1888). Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 459 (1887) — Bueq. Dautz. et Dollfus, Moll. Roussillon, v. 11, p. 99, pl. xv, f. 1-8 (1889) — Carus, Prod. Ri medit., v. , Pp. Td A Rand Eap. du Trav. et du Ta- lisman, v. 11, p. 375 (1898). Hab.: Côte occ. — Lisbonne (Mac-Andrew. Á Vouest du Portugal, 1350 m. (Exp. du Travailleur, 1882). Cas- caes (G. Dollfus). Commum, roulé sur toutes les plages. | Vit à quelque profondité. Je Vai trouvé aussi dans la zone des Laminaires accroché aux racines de ces algues. “Côte mérid. Faro (Mac-Andrew, Moller. Nobre). Cap de Santa Maria, Etang de Faro, Praia dos tres amigos, embouchure du Guadiana (Moller) Lagos (A. Nobre). N.v. Leques. | Pecten opercularis, (Linné) Pecten opercularis, Lim. ——Lamk., An. sans vert., v. VII, p. 142; 2.º éd. Deshayes (1836) — Philippi, En. Moll. Sicil., vw. 1, p. 82, pl. vi, f. 2 a-cv. Tm, p. 57 (1836-44) — Mac- Andrew, On the dist., p. p. 269, 304 (1850). Jefireys; Drs Concls Vo IE po 99, pois o p. 166, pl. xxrr, f. 3, 3 a (1863-1869) — Hidalgo, Mol. mar., pl. 35 4, f. 8-4: pl. 36, f. 1-5 (1870) — Nobre, Moll. N. O., p. 22 (1884); Faune malac., p. 35 (1886); Moll. Algarve, p. 148 (1887) —Kobelt. Prod. moll. europ., p. 435 (1887) — Carus. Prod. Faun. medit., v. 1, p. 72 (1889-93) — Bucg. Dautz. et Dollfus, Moll. Rowss., v. 1, p. 72, pl. xvm, f. 1-5; pl. xvmr, f. 4-6 (1889). Hab.: Côte occ. — Lisbonne (Mac-Andrew) Baie de Setubal, 64 f. (Porcupine exp. 1870): Povoa de Varzim, A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 105 Villa do Conde, Leça, 1 oz, Espinho, Buarcos, Lisbonne, Baie de Setubal, Simes (A. Nobre). Troia (G. de Car- valho). Côte mérid. — Cap de Santa Maria (Mac-Andrew), Sud du cap Sagres, 364, 72, 128 f. (Porcupine exp. ISTO). Cap de Santa Maria, Lagos, Faro (A. Nobre). Praia dos tres amigos (A. Moller). N. v. Leques, Pentes, Vici- ras, à Povoa, oú il est recueill dans les filets de péche. Pecten glaber, (Linné) Pecten sulcatus, Lamk., An. sans vert., v. VI, p. 337, 2.º éd. Desh. (1856) — Jeffreys, Light. and Porcup. exp, p. 557 (1879). Pecten glaber, Lin. —Reeve. Conch. icon.; (G. Pecten,), pl. x1v, f. 53 A-p (1853) — Hidalgo. Mol. mar., pl. 32 4, f. 7,6; pl. 33, f. 2-5: pl. 34 f. 2 (1870) — Jefireys, Laght. and Porcupine exp., p. 559 (1879)—Nobre. Faune malac., p. 35 (1886) — Nobre. XMoll, Algarve, p. 148 (1887); Notas malac., p. 138 (1888) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 452 (1887) — Carus, Prod. Faun, medit., v. 1, p. 73 (1889-93) — Bucq. Dautz. et Dollfus, Moll. du Fouss., v. 11, p; 40, pl. x1x, f. 1-6; pl. xx, £ 2-3 (7629). Syn. Pecten virgo, Lamk.; ?. griseus, Lamk.; P. dis- tans, Lamk.; P. aniso pleurus, Locard, etc. Hab.:- Côte occ. — Tage (A. Nobre). Baie de Setubal (A. Girard). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres 292-386 f. (Porcupine, exp., 1870). Praia dos tres amigos, Monte Gordo. (A. Moller) — Sud du Portugal (Paulino d'Oh- veira). Notre exemplaire, recueill sur les plages du age, se rapporte aux figs. 1-2 de la pl. x1x et celui de Setu- 106 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES sea a o TT a A a a a Dt es tis tis mad e mas fi RPA bal aux fig. 7, 4-5 de la pl. xx de Vexcellent ouvrage de M. M. Bucquoy, Dautzenberg et Dollus). Var. distans, Lamarck Pecten distans, Lamk. — An. sans vert., 2º éd. Des- hayes v. vir, p. 139 (1836). | | Pecten glaber. var. distans, Lamk. — Bucq. Dautz. et Dollf., Mol. du Fouss., NV Sp. 90, plexo Do Do (1889). | - Pecten distans, Lamk. — Locard, Expl. du Trav. et du Palism., 11, p. 976, pl. xvi, £. 6-4 (1888). Hab.: Cóte oce. — Au sud-ouest du Portugal, 1550 m, (Exp. du Travailleur, 1882), Pecten clavatus, (Poli) Pecten injlexus, Lamk,, An. sans vert., v. vII, p. 444 (1836) — Hidalgo, Mol. mar., pl. 36, f. 4-6 (1870) — Nobre, Moll. N. O., p. 22 (1884) — Kobelt, Prod. moll, curop., p. 434 (1887) — Carus, Prod. Faun, medit., v. 1, p. 75 (1889-993). Pecten septen-radiatus, Jefireys, Br. Conch., v. II, Pp. 62, v. v, p. 666, pl. xxIi, f. 4, 6 a (1865-1869), Pecten peslutrae, Lin. — Jeffreys, Light. and Porcup. exp p. 09441879). | Pecten clavatus, Poli — Reeve, Conch icon., (Pecten), pl iv, f£ 18 (1853) — Bucqg. Dautz. et Dollfus, Mol. E Fouss., v. 11, p. 68, pl. xvi, f. 10-17( 1889) — Locard, Lap. du Trav. et du Talism., v. II, p. 991 (1898). Hab.: Côte oce. — Sud du cap Mondego, 220, 994, - 740, 1095 f. (Porcupine exp. 1870). "A Pouest du Portu- gal, 627, 550 m. (Exp. du Travailleur, 1882). Povoa de Varzim (A. Nobre). Nous avons confirmé la presence de cette espece sur nos côtes par la trouvaille, à Povoa | E * A. NOBRE: MOLLUQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 107 de Varzim, d'un autre exemplaire parfaitement conservé et recueilli dans les filets de péche. Cóte mérid. — Sud du cap Sagres, 364, 386 f, (Porcupine exp., 1870). Pecten flexuosus, (Poli) — Pecten polymorphus, Bronn— Philippi, Bm. Moll. Sicil., W 1, p. 49, pl-v, f. 18-21, v. 11, p. 5 (1836-44) — Mac. — Andrew, On the dist., p. 269, 304 (1890). Nobre. Moll. N. O., p. 22 (1884). | Pecten flexuosus, Poli — Lamk., An. sans vert., v. VII, p. 144, 2.º éd, Desh. (1836) — Reeve. Conch. icon., (Gr. Pecten) pl. xvt, f. 61 (1853) — Hidalgo, Mol. mar., pl. 92, É d-T; pl. 354, f. 5-6 (1870); Jeffreys, Light and Porcup. exp., p. 559 (1879) — Nobre. Moll. N. O,, p. 22 (1884; Faune Tage et Sado, p. 35 (1886) — Moll. Al. garve, p. 148 (1887) — Kobelt Prod. Moll. europ., p. 452 (1887) — Bucq. Dautz. et Dollf., Mol. Roussillon, V., p. 91, pl. xxr, f. 1-10 (1889) Carus, Prod. Faun. médit, v. 11, p. T4 (1889-938). Syn. — P. isabella, Lamk,; P. fagellatus, Lamk.; P, plicatulus, Risso; P. undulatus, Sowerby. | Hab.: Cóte occ. — Povoa de Varzim, três rare. (A. Nobre). Lisbonne (Mace.-Andrew, Nobre, Girard); Baie de Setubal (A. Nobre, Carvalho). Villa Nova de Mil Fontes (Nobre). Assez commun dans les bassms du Tage et du Sado. Tres rare dans le nord. Côte mérid. — Sud du cap Sagres, 227 f. (Porcupine exp. 1879). Cap de Santa Maria, Lagos (A. Nobre). Etang de Faro, Praia dos tres amigos (A. Moller). Fecten similis, Laskey Pecten sumailis, Laskey — Jefireys, Brit. Conch., v. II, p. 71; v.v, p. 168, pl. xxxur, f. 5 (1863-1869); Light. 1087: ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES DD and Porcup. exp. p. 560 (1879) Hidalgo, Moll. mar., pl. 81, £ 11-12 (1870) — Sars, Moll. Norveg., p. 22 (1870) — Nobre, Faun. Tage et Sado, p. 36 (1886) — Kobelt, Prod. Moll. ewrop., p. 437 (1887) — Carus, Prod Faun. medit., v. Ir. p. 15 (1889-938), Hab. Cote oce., Au sud du cap Mondego, 994, 795 f., Baie de Setubal (Porcupine exp., 1870). Jote mérid. — Au large du cap Sagres, 27-30 f. Porcupine exp., (1870), Pecten vitreus, Chemnitz Pecten vitreus, Chemnitz—Jeffreys, Br. Conch., v. v, p. 168, pl. xcix, f. 6 (1863-1869); Sars. Moll. Norveg., predapi ac 5a 6 Iê 818); Light. and Porcupine exp., p. 561 (1879) — Nobre, HFaune Tage et Sado, p. 36 (1886) — Kobelt, Prod. Moll, europ. 439 (1887) — Ca- rus, Prod. Faun. medit., v. II, p. 76 1889-1893). Hab.: Cóte occ. Au sud du cap Mondego 994, 740- 1095 f, Au large du cap Espichel 740 f. Au sud du cap Espichel, 292 f. Porcupine exp., (1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 364, 322, 304, 286, 4717-414 f. (Porcupine exp, 1870). Fecten abyssorum, Lovén Pecten abyssorum, Lovén — Sars, Moll. Norveg., p. 22, pl. wu, f. 6 [1887 — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 430 1887) — Carus, Prod, fe edit Vet: pr oD (89-1893) Locard. Exp. das Trav, et du Talionis Fios p. 308 (1898). Hab.: Cóte occe. -—- "A Pouest du Portugal, 1367 m. Au sud-ouest du Portugal, 2.000 m. [Exp. du Travai- peur, 1882). A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 109 Pecten incomparabilis, Risso Pecten Teste, Bivona-—Philippi, En. Moll. Sicil., v 1 p. 81, pl v, f 17, 17, v. nm, p. 57 (1836-44) — Jetireys, Brit. Conch., v. II, p. si pl. xxum, f. 3 (1863- 69) — Hidalgo, Mol. mar. >pl3 5 A. f. 8-10 (1870) — Sars. Moll. Norveg., p. 19 (1878) E Prod. Moll. europ., p. 430 (1887) Carus, Prod. Fani Medit., v. H, p. 75 (1889-93), | Pecten incomparabilis, Risso; Bucq. Dautz et Dolffus, Moll. du fiouss., v. IH p. XVI, f. 18-19 (1889) = Locard, Exp. du Trav. et Talisman, v. 11, p. 994 (1898). Hab.: Cóte occ., — Au sud-ouest du Portugal, 2.000 m. de profondeur (Exp. du Travailleur, 1882). Portusal (Paulino d'Oliveira). Pecten tigrinus, Muller Pecten tigrinus, Muller—Jeffreys, Brit. Conch, v. 11, p. 65, v.v. p. 167,pl., xxrr, f.2, 2.º (1863-1869); Light. and Porcupine exp., p. 559 (1879) —Sars Moll. Norveg,. p. 18 (1878) Nobre Moll. N. O., p. 22 (1884); Faune Tage et Sado, p. 36 (1836) — Kobelt, Eid: Moll. europ.; p. 438 A 887). Hab: Côte occ. — Povoa de Varzim dE Nobre). Baie de Setubal /Porcupine exp. 1870). L'exemplaire que nous avons recueilli à Povoa de Varzim provenait, sans doute, des filets des bateaux de pêéche du large. Nous avons aussi trouvé des valves isolées. Pecten fragilis, Jeffreys Pecten fragilis, Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 561, pl. xLv, f. 1 (1878) — Kobelt, Prod. Moll. europ.. -p. 492 (1887). 110 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Hab.: Côte occ Au sud du cap Mondego, (fra- gments), 994, 740 — 1095 f. (Porcupine exp., 1870), Pecten Philippi, Récluz Pecten Philippi, Récluz, im Jowrn. de Conch, v. Iv. p: 52, pl. 11, £ 15, 16 (1859). Jeilreys, Light. and Por cupine exp., p. 551 (1879) — Kobelt., Prod Moll. europ., p. 436 (1887). Hab.: Côte occ. — Baie de Setubal Up emp ah. 1870). | Cóte mérid. — Cap Sagres; Sud du cap Sagres 364, 12-128 f. (Porcupine exp. ISTO). ; Fam. AVICULIDZAE Avicula Klein Avicula Tarentina, Lamarck Avicula Parentina, Lamareck — An. sans vert., v VH, p. 99 2.º éd. Desh. (1839). Avicula hirundo, Lin. — Jeffveys Brit. on No; p. 99; v. v, p. 170, pl. xxv, f. 6 (1863-1869), Light. and Porcup. exp. p. 565 (1879) — Hidalgo, Mol. mar, pi. 26 L9 (1870), Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 430 (1887) — Carus, Prod. Dsupo Medit., v. 11, p. 78 (1889- 3). Locard, Exp. Trav, et du Talism., v. 1, p. 966 é 898). | Hab.: Côte occ.. Au nord-ouest du Portugal, 450 m. (Exp. du Travailleur 1889); Au nord-ouest du Portu- gal, 103 m. (Exp. du Talisman 1805) Povoa de Var- zm, Mattosinhos, Setubal. Dans les filets des ba- teaux de péche. Commun. Côte mérid.—Au large du cap Sagres, 45-58. f.; au sud du cap Sagres, 3925. 3804 f. (Porcupine, exp.; Ed Rh Udo Bico di RO ADO rig a q E d. ND Vi ART Eat a leur, 1882), Ez A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 111 PE eres mi + — 1879) Au sud-ouest du Portugal 370 m. (Exp. du Pravail- Pina, Linné Pinna pectinata, Linné Pinna pectinata, L. — Lamk., An. sans vert., v. vi, p. 64 2.º éd. Desh. (1836) — Mac. - Andrew, Notes on dist., p. 271 (1850). | Pinna truncata, Phml., En Mol!. Si-cil., v. 11, Pp. 4, pl xvr, f. 1 (1844). — Pinna rudis, Lin. —Jeffreys, Brit. Conch., v. W, p. api BEL Levy, po FO pl xxvi (1865-1869): Light and Por cup. exp.. p. 565 (1879). Pinna pectinata, L. — Reeve, Conch. icon (G. a pl. 22, f. 42 (1858) — Hidalgo, Mol. mar. “ph 94 fa: pl 85, fa (1870) — Nobre, Moll, N. 0. Pp. (1 884). Faune malac., p. 31 (1836); Nobre, Moll. Algarve, p. 149 (1887) ad Prod, Moll. europ., p. 420 (1887). — Bucq. Dautz. et Dollf. Moll. fouss., v. 11, p. 118, pl. xxnr, É 1 — 3 (1890) —Carus Prod. Faun. medit., v. II. p. 80 (1889-535). Hab.: Cóte. oce., — Au large E cap Sagres, 45-58 f. (Porcupine exp.» 1870). Espozende, Povoa, Vilia do Conde, Foz do Douro, Setubal (A. Nobre )Três abon- dante à Povoa dans les filêts rasqueiras. Côte mérid., Faro (Mac-Andrew). Lagos (À. Moller) Cette -espece est recueilhe avec fréquence dans les filets des pêcheurs. N. v. Funis, Conchilhões (Povoa). Fam. MYTILIDA Mytilos, binné Mytilus edulis, Linné Mutilus edulis, L. = Lamarek. An sans vert., v. vII, p- 47, 2.º éd. Deshayes, (1836) — Jefireys. Br. Conch., E dE ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES v. 1, p. 104, pl. xvir, Hidalgo, Mol. mar., pl. 25, £. 3, pl. 2,8 f 2-3 (1870) — Nobre, Moll. N. O., p. 20 (1884): Faune malac., p. 27 (1886) — Kobelt, Prod, Moll. europ., p. 421 (1887) — Nobre, Moll. Algarve, p. 149, (1887) Bucg. Dautz. et Dollf., Moil. du Rouss,, v. 1, p. 136, pl xxvr, f. 1-4 (1890) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 81 (1988-939). Hab. Côte occ.; Vit sur la côte oceidentale, mais il est surtout abondant sur les rochers du littoral du nord- ouest. Cote mérid. — Etang de Faro, cap E Vicente, Sa- gres, Lagos (A. M oller). N. v. Mezxilhão. Edule. Mytilus galloprovincialis, Lamark Mytilus galloprovincialis Lamark, An. sans vert., v. vir, p. 48. 2.º ed. Deshayes (1836) — Philippi. En Moll. Sicil., v. 1 p. 72, pl v, f. 12-13 (1836) — Hidalgo, Mol. mar., pl. 25 f. si 1-5 (1870) — Nobre, Moll. N. O,, pozl (1884); Faun. mala, p. 37 (1886) — Nobre, Mol. Algarve, p. 149 (1887) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 421 (1887) — Bucq. Dautz, et Dollf., Moll. Rouss., v. 11, | p. 133, pl xxv, £ 1-13 (1890). idas edulis, L, var Galloprovincialis, Lamark, -— Carus, Prod, Faun. medit., v. 11, p. 81 (1889-983), Hab.: Côte occ. et mérid., Cette espece est moins'abon-. dante sur la côte du nor d-ouest que Vespêce précêdente. Á Vianna do Castello jai recueilli de beaux exemplaires. Cascaes (G. Dollfus). Cóte mérid. — Assez commun dans PAlgarve: Faro, (Mac. Andrew.), Lagos, (Moller). N. v. Mexilhão Edule. A. NOBRE: MOLLUSQUES ET RRACHIOPODES DU PORTUGAL 113 Mytilus pictus, Born E Mytilus afer, Gmelin — Lamarck, An. sans vert., RO vis -p. 44 (1836) — Reeve, Conch. icon., (Mytilus) E II, EE (1858) Mytilus pictus, Born -— Hidalgo, Mol. mar. E p. 128, pl, 26, £ 1;264, £,1 (1870) — Kobelt, Prod. — moll. europ., p. 421 (1887) — Caras, Prod. Faun. medit., x. n,f 81 (1889-983). Ê Hab.: Cóte occ. — Aljezur., au nord du cap S. Vi- — cente (A, Moller). Les exemplaires recueilhs par M. Moller sont d'un — grand développement, et semblables à ceux qui existent - au Musée de Zoologie de "Académie Polytechnique de — Porto, provenants de PAfrique occidentale, d'Angola, Mytilus minimus, Poli Mitilus minimus, Poli — Philippi, En Mol. Sicil., v. 1, p. 15, v. 16, p. do (1856-44) — Hidalgo, Mol. mar., pl. 26, f. 4-5 (1870) — Nobre, Moll. N. O., p. 21. (1884); En Tage ct Sado, p. 38 (1886); Moll. Algarve, p. 150 (1887) Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 422 (1886-87) — “Bueq. Dautz et Dollus, Moll. ao v. Ir, p. 146, PE xxx. £ 7-10 (1890) — Carus, Prod. Faun, medit,, Vo Ep: 81: (1889-989). Sym. Mytilus cylindraceus, Req. Hab.: Cote occe.—Leça da Palmeira, Fôz do Douro (A. Nobre) Ássez rare. Cote mérid., Faro (Mac- Andrew). Modiola, Lamk. Modiola adriatica, Lamurck Modiola radiata, Hanley — Sowerby, 1). Br. Shells, pl. vn, f. 8 (1858). Modiola adriatica, Lamarck — Jeftreys, Brit. Conch. 8 Ann, Sc. Nat., vol. X, 1908. Porto, DL CRLO a pi TA ad 114 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAE S mma a tsgum v, 11, p. 219, 1. xxvir, pl. 4 (1863-69) — Hidalgo, Mol. mar SL To, f 1-9 (1870) — Nobre, Faune Tage ct atos p.38 (1 886); Mol. “Algarve, p. 150 (1887), Kobelt, Prod. moll. europ.; p. 423 (1886- 87) — Bueq. Dautz. et Dol£, Moll. Rouss., 1 po 100, pLoxEvi 1 Deda (1890) — — Carus, Prod. Fun. medit., v. 11, p. 83 (1889-993), Hab.: Côte occ. — Tage (A. Nobre), baie de Setubal (G. Carvalho, A. Nobre); Sines, Milfontes (A. Nobre). Commune dans la baie de Setubal. Cóte mérid. — Faro (Mac-Andrew). Praia dos tres amigos (Moller); Lagos, aro, cap Santa Maria (A. No- br e). Modiola ata Linué Modiola barbata, Linné — Sowerby. Jll. Br. Shells, pl. vn, f. 9 (1759) — Jefireys, Brit. Conv: Tp sa Ps 4D 174 fl. xxvir, f. à (1863-69) — Hidalgo, Mol. mar, Bh TD, 1 (1870) — Nlnio N. O., p. 20 (1884). Faune Tage et Sado, p. 38 (1886); Moll. Algarve, p. 150 (1887), Kobelt, Prod. moll. europ., p. 423 (1886-871) — Bucq. Dautz. et Dollf., Moll. Rpatd; SL E ho o CTT xxvir, f. 1-9 (1890) — E Prod. o médit., V. II, p. 82 (1889-938). Hab.: Côte occ. — Commune dans tout le nord. Vit sur les racines des laminaires et sur-les rochers décou- verts ge les plus basses mers. Buarcos (A. Moller), Cascaes (G. Dollfus), Tage (A. Nobre), Setubal, Sines, Mion tes( ( e Nobre). Côte mérid. — Faro (Mac-Andrew), Lagos, cap Santa Maria (A. Nobre). Modiola phaseolina, Philippi Modiola phaseolina, Philippi; En. Moll. Sicil, v.1, DOE NEY, dE 14 (1833) — Sowerby, Zll. Jud. Br. Shells, E vIL, 5. (1859). A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPÓDES DU PORTUGAL 115 Mytilus phaseolinus, Phihppi — Jeffreys, Brit. Conch., ts po LhS,-v: vo p. 1Ct, pl. xxvo,£.5 (18693-69); — Light. and Porcup. exp., p. 557 (1879) — Sars. Moll. — Norveg., p. 28 (1878). | Modiola phaseotina, Plhibppi — Kobelt, Prod. Mo!l. curop., p. 425 (1987) — Carus, Prod. Faun. médit., v. II, p. 82 (1889-993). Hab.: Cóte occ. — Au sud du cap Espichel, 374 f. (Porcupine exp., 1870). Côte mérid. — Au large du cap Sagres, 45-48 f,; au sud du cap Sagres, 364, 386 f. (Porcupine exp. 1870). Modiola modiolus, (Linné) Mytilus modiolus, Lin. — Jeffreys, Brit. Conch., v, po tri; *vo vo po LTL, plo Exy, d 2 (1969-1869); Light. and Porcup. ex., p. 567 (1878) — Sars, Moll. Nor- veg., p. 27 (1878). Modiola modiolus, Lin. — Kobelt, Prod. moll. ewrop., p. 423 (1887). Hab.: Côte occ. — Base de Setubal, 64 f. Un fra-. oment peut-être fossile (Porcupine exp. 1870). | das, Jefíreys Idas argenteus, Jeffreys Idas argenteus, Jefiveys, Light. and Porcupine exp., p. 570, pl. xy, f. 3 (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 429 (1887). Hab.: Cote oce. — Au sud du cap Mondego, 994 f. (Porcupine exp., 1870). 116 ANNAES DE SCIRNCIAS NATURAES Dacrydium, Torell Dacrydium vitreum (Holkbóll) Môller Dacrydium vitreum, Mol. — Sars, Moll. Norv., p. 28, pls. fo 2 adpddos 8) — Jeffreys, Lig and Procup: Do cido ficado exp., p. 569 (1879) — Kobelt. Prod Moll. europ., 428 (1887) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 85 1889- 93). | Hab.: Côte occ -— Au sud du cap Mondego, 994, 140-1095, 795. f. A” Ponest du cap Espichel, 718 f. (Porcupine exp. 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 386 f, (Porcu- pine exp, f. 70). Modiolaria, (Beck) Lovén Modiolaria marmorata, (Forbes) Modiolaria marmorata, Forbes — Jeffreys, Brit. Con- ch., v. 1. p. 112, v.v, 171, plxxvig. f. 1 (1863-69) — Hi- dalgo, Mol. mar., pl. 75, E 1 (1870) — Nobre, Moll. N. O., p. 20 (1884): Fauré: Po age et Sado, p: 38 (1886) — Mol. Algarve p. 150 (1884) — Kobelt. Prod. Moll. europ., p E (1887) -— Bueg. Dautz.. et Dollfus, Moll. Rouss., » Pp. 163, pl. xxrx, f. 15-20 (1890), — Canis Prod. Seo medit., v. II, p- 86 (1889-938). Hab: Côte cce. — Três - abondante dans tout le nord, sur les lamimaires et les rochers découverts pen- dant les basses mers, Baie de Setubal, Sines, (A. Nobre). Cóte mérid, — Faro (Mac-Andrew), Lagos (A. Nobre). Modiolaria e (Risso) | Modiolaria costulata, Biaso sé DRA En. Mol. Se: Cbr Ad ON EV; f=0/1 1844), Crenella costulata, Risso — Sowerby, Ji. Br. Ri | pl. vir, f 15 (1859). dd Si A PAR RE da E O A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 117 Modiolaria costulata, — Jeffreys, Brit. Conch., v. II Rp-425, vv Lil, Pl. xxvitr, f. 2 (1863) — Hidalgo, Mol. “mar. “pl. to, £ 2 (18 STO) ce-Nohre, Moll. mar. N. O. Por- al p. 20 1884; Fuune Tage ct Sado, p. 38 (1886) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 425 1886-8 88). — Buca. Dautz. et Dollf., Moll. du Iouwss. v, Im p. 168, pl. xxIx, E SGA S (1890), Carus, Prod. aii ra Vet pa SO (1489-935), Hab.: Côte oce. — Leça da Palmeira, Foz do Douro, Villa Nova de Milfontes (A. Nobre). Fam ARCIDAE Arca, Linné Arca tetragona, Poli Arca tetragona, Poli — Lamarck, An. sans vert. v. vi, p. 462, 2.º ed. Desh. (1835) — Sor erby. Jll. Ind. e She pr vur,-+ 10 (1859)— Jefrreys, Brit. Conch., Pp. 180; e pe to, pl xxx, 1.6 (1865 69) Hidalgo Mol. a p. 132, DE Ed ho do (1870) — Nobre, Moll. N. O.,p. 10 (1884; Moll. Algarve, p. 151 (SST) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 411 (1888) — Bueqg. Dautz. et Dollfus, Moll. Itoussillon, v. It. p. 177%, pl. xxxr, f. 1-12 (1891) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 87 (1869- 1893). Hab.: Côte occ. — Vianna do Castello, Povoa de Varzim, Leça da Palmeira, Foz do Douro, cap Mon- dego, Setubal, Villa Nova de Milfontes (Nobre) Peu commune. Côte mérid. — Au sud die cap Sagres, 564 f. (Exp. du Porcupine, 1887) cap. de Santa Maria, Faro (Mac- Andrew). Lagos (A. Nobre). Sud du Poe! (Paulino VOliveira). I, 118 | ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Arca lactea, Linné Arca lactea, Linné — Lamarck, An. sans vert., v. VIH, p. 469. 2.º ed. Desh. (1835) — Sowerby, Jll. Br. Shells, pl. vm, f. 8-9 (1859) — Jeffreys, Br. Conch., v. 1. d. lit, v. v, p. 175, pl. xxx, f. 5 (1863-69) — Hidalgo, Mol. mar., p. 133, pl. 69, f. 6-7 (1870) — Jeffreys, Light. and. Porcup. exp. p. 570 (1870) — Nobre, Mull. N. 0. p. 19 (1884): Faune Tage et Sado, p. 39 (1886) — Kobelt, Prod. Mull. Europ., p. 412 (1886-88) — Bucq. Dautz et Dollf., Moll. Rouss., v. 11, p. 185, pl. xxvn, f. 1-6 (1891). — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 87 (1889-93). Hab.: Côte occ. et mérid. — Assez commune partout. Vit sous les pierres découvertes pendant la basse mer. Cap de Santa Maria, Faro (Mac-Andrew). Arca nodulosa, Miiller Arca nodulosa, Miiller —Jeffreys, Brit. Conch. v. 1, p. 180, v. v. p. 176, pl. c. f. 2 (1863-69)-— Sars, Moll. Norveg., p. 42, pl. 4, f. 3 a-c (1878)-—Jeffreys, Laght. and Porcup., p. 413 (1886-88) — Carus, Prod, Fuun. medit. v. p. 89 (1889-983). | Hab.: Côte oce. — Au sud du cap Mondego, 994-795. f.; au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 364, 229 f. (Exp. du Porcupine, 18TO). Arca diluvii, Lamarck Arca diluvii, Lamarck, An sans vert, 2.º ed. Deshayes, vi, p. 476, 2.º ed. Desh. (1835) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 412 (1886-88) — Bucq.- Dautz, et Dollf., Moll. Rouss., v. 1, p. 191, pl. xxxr, £ 13-17 (1891) — Carus, Prod. Fawun. medit., v. 11, p. 88 (1889-983). A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 119 Arca antiquata, Linné cupine exp., p. 561 (1870). Hab.: Cóte occ —Baie de Setubal, 64 f,: à Pouest Jeftreys, Light. and Por- “du cap Espichel, 718 f. (Exp. du Porcupine, ISTO). Côte mérid.— Cap Sagres, au sud du cap Sagres, 964 f., 386, 72-128 f. (Exp. du Porcupine 18TO). Arca obliqua, Philippi Arca obliqua, Philippi, En Mol. Sicil., v. 11, p. 48, pl. xv, f. 2 (1844) — Jeffreys, Brit Conch., v. 11, p. 175, v. v.p. 175, pl. xxx, f. 4 (1863-69); Light. and Porcup. * exp, p. 572 (1879) — Kobelt, Prod. Mull. europ., p. 413 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. Medit., v. 11, p. 90 (1889-93) Hab.: Cóte occ. — Au sud du cap Espichel, 292, ST4 f. (Exp. du Porcupine, 18TO). Côte mérid. — Cap Sagres, au sud du cap Sagres, 3964-386 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Arca pectunculoides, Scacchi Arca pectunculoides, Scacchi — Jeffreys, Brit. Conch., v. IL, p. 171, pl.xxx,f. 3 (1867-69) — Sars, Moll. Norveg., p. 43, pl. 4, f. 2, a-c (1878) — Jeffreys, Light. and Por- | cup. exp. p. 512 (1879) — Kobelt, Prod. Moll. europ., E p. 414 (1886-88) — Carus, Prod. Faun: medit., v. IL, P. d0 (1889-93). — Hab.: Côte occ.— Au sud du cap Mondego, 220, 469 f., Baie de Setubal; au sud du cap Espichel 292 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid — Au sud du cap Sagres, 414 f. (Exp. du Porcupine, 1870). pectunculus,- Lamk. Pectunculus glycimeris, (Linné) Pectunculus glycimeris, Linné — Reeve, Conch. Icon, — (Pectunculus) pl. mm, f. 12 4, 12 p, (1843)— Sowerby, “VV di e , = E) 1. ' 120 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES temiam JW. Br. Shells, pl. vm, £ 12 (1859) — Jefiveys, Brit. Conch., vw. 1, p. 166; v. v, p. 175, pl. xãx, f. 2 (1863-69) — Hidalgo,. Mull. mar., p. 133, pl. 62, £ 8 (1870)-= Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 584 (1879) — Nobre, Moll. N. O.. p. 18 (1884); Faune Tage et Sado, p. 39 (1886). Mol. Algarve, p. 151 (1887) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 415 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit,, v. 11, p. 90 (1889-935) — Bueg. Dautz. et Dollfus, Moll. du Rouss. v. 11, p. 195, pl, xxxrv, f. 1-6 (1891). Hab.: Cóte oce. ENA sur les fonds, au large de toute la côte et est recueill dans les filêts de péche. Tres commun á Povoa de Varzim et dans les autres ports de pêéche. Baie de Setubal. 64 f. (Exp. du Porcup. 1870, Girard, Nobre). Commenda (Tourette). Au sud du cap. Sagres, 364 ft. (Exp. du Porcupine, 18%0), Côte mérid — Cap de Santa Maria, Faro (Mac- An- drew), au sud du cap Sagres, 72-] 128 É (Exp. “du Por- cupine, 180). ' Pectunculus pilosus, (Linné) Pectunculus asa (Lan. )— Reeve, Conch. icon. (Dectunienlis),: pl nro] 13 (1843) — Hidalgo. Mol. near: Lo DT (1870 — Dautz. et Ee Moll. 5 | 1. 1 ) Bouss.; V. A, p. +29, pl: xxx, fd (type) 2-0 varie (1891). | Pectunculus glycimeris, Linné |... Mol. europ, p. 415 (1886-88)-— Carus, Prod. Faun, médit,, v. IL p. 90 (1889-93). Hab.: Portugal (Paulino VOliveira). Dans tous les - exemplaires que ) ai examinés, du genre Pectunculus, re- cueills en Portugal, je n'ai pu trouver les caracteres attribués à cette espece, par quelques auteurs considérée sa Lá Pá 4 sq comme une variété de la précédente espêce. Pectunculus stellatus, (Gmelin) Pectunculus stellatus, Lamk. — An sans vert., v. vi E: A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 121 p. 491, 2.º éd. Desh. (1835) — Hidalgo, Mol. mar., p. 134 (1870). Pectunculus insubricus, Brocehi, var. — Pectunculus stellatus, Lamk. — Kobelt. Prod. Moll. ewrop., p. 416 (1886-88). Pectunculus insubricus, Sandri — Carus, Prod. Faun, medit., v. IL, p. 91 (1889-938). Hab.: Les côtes du Portugal (Lamarck), Lisbonne, (Hidalgo). Pectunculus bimaculatus, (Poli) - Pectunculus siculus, Reeve, Conch. Icon. (G. Pectun- culus), pl. vir, f. 41 (1843). Pectunculus bimaculatus, Pol — Hidalgo, Mol. mar.. p. 133, pl. 73, f. 5-6 (1870) — Nobre, Moll. Algarve, p. 151 (1887), Notas malac., 1v, p. 139(1888) —Kobelt, Prod. Moll. europ. p. 415 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. me- dit., vw. 11, p. 91 (1889-983) — Bucq. Dautz. et Dollfus, Mol. du Roúss., v. 11, p. 202, pl. xxxv, 1. 1, 2(1891). Hab.: Côte mérid.— Villa Real de Santo Antonio, embouchure du Guadiana Plage dos tres amigos (À. Moller); Plage de Monte Gordo, prês Villa Real de Santo Antonio (Nobre). Cette espece est recueille dans. les filets des pêcheurs. Fectunculus vio!ascens, Lamarck Pectunculus vivlascens, Lamarck — Payraudeau, Moll. Curse, p. 63, pl 1, f. 1 (1826) — Lamarck, An. sans vert., v. vi, p. 492, 2.º éd. Deshayes, (1835) — Nobre, “Moll. Algarve, p. 151 (Instituto, 1888) — Bucqg. Dautz. et Dollfus, Moll. Rouss., v. 11. p. 205, pl. xxxvr, f. 1-7 (1891) p. 134, pl. 73, f. 2,3 (1870). Pectunculus insubricus, Kobelt, Prcd. moll. europ., p. “416 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medat., v. 11, p. 91 (1889-93). 9 ! Ann. Sc. Nat., vol. X, 1906. Porto. 129 ANNVAES D& SCIENCIAS NATURAES Pectunculus nummarius, Linné — Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 584 (1879). Hab.: Côte mérid. —Villa Real de Santo Antonio, Tavira, (A. Moller). Cap Santa Maria, Albufeira (A. Nobre). Portugal (Coll. Musée de Coimbra). Limopsis, Sassi Limopsis cristata, Jeffreys Limopsis cristata, Jeffreys, Light. and Porcupine exp., p. 585, pl. xuvi, f. 8 (1879) — Kobelt. Prod. Moll. europ., p. 418 (1886-88) —Locard, Ep. du Trav. et du Talis- man, v. 1. p. 350 (1898). Hab.: Côte oce.— Au sud du cap Mondego 740- 1095 f.; à Vouest du cap Espichel, 740, 718 f.; au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Pira 1870) — Au sud-ouest du Portugal, 460 m. de prof. (Exp. du Tra- vaileur, 1881). Limopsis aurita, Brocchi . Limopsis aurita, Brocchi — Jeffreys, Brit. Conch., v H, Pp. 161, phav;f.-Ssv.v,p. 14 pl Kãs Bs 69); Light, and Porcup. exp., p. 585 A Prod. Mull. di p. 417 (1886-89) — Carus Prod. Faun. medit., v. 11, p. 92 (1889-938) — Locard.. Lap. du Trav. et du ie v. it, p. 324 (1898). : Hab. : Cóte occ. — Au sud du cap Mondego, 220 f.; au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Porcupine, 1870). A: Vouest: du Portugal; 627,-550/1350, 050645 prof.; au sud ouest du Portugal, 440 m. de pr DE Eres e du aco 1882). e. Côte mérid. — Cap Sagres, 45-58 f.; au sud du cap Sagres, 364-366, 72-128 f. (Exp. du Porcupine, 18T0). Au sue da Portucal 1:205 m. de prof. (Exp. du Tra- vailleur, 1881). | se. A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 123 Limopsis minuta, ([hilippi) Pectunculus minutus, Phihppi, En. Moll. Sicil., v. 1, p: 69, pl, v;do9,9 a, by. H, p. 45. (1896-44). Limopsis borealis, Wood. — Jeffreys, Brit. Conch., v Hm, p. 164; v. v, p. 174, pl. c, f. 3 (1863-69). Eimopsis minuta, Philippi — Sars. Moll. Norveg., p. 44, pl. 3, f. 5, a-c (1878)— Jeffreys, Light. and Pp exp. p. 585, pl. xLvr, f. 9 (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 417 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit. v. 1, p. 92 (1889-983) —Locard, Exp. du Travailleur et du Talisman, v. 1, p. 328, pl. xrv. 30-32 (1898). “— Hab.: Côte occe. — Au sud du cap Mondego, 220, 795 f., sud du cap. Espichel, 292 f.; var. angusta, au sud du cap Espichel, 374 f. (Expl. du Porcupine, 1870), "A VPouest du Portugal, 550, 350 m. prof. (Exp. du Tra- vmilleur, 1882) JN an du Portugal, 1:350 m. prof. (Exp. du Talisman, 1881). Côte O cap Sagres, 414 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Fam. NUCULIDZE Nut, Lamarck Nucula, nucleus, (Linné). Nucula-nucleus, Linné— Jeffreys, Brit. Conch., v. 1, pridssv vp, pl. xxIx, f. 2 (1863-69) — Hidalgo, Mobómar.,; plot? £ 5 (1870) — Sars, Moll. Norveg., p. 32 (1878) — Nobre, Moll. Noroeste, p. 19 (1884); Faune Tage et Sado, p. 40 (1886) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 399 (1886-388) — Carus, Prod. Faun. medit., v. IL, p. 93 (1889-91) — Bucg. A et Dollfus, Moll. doi a y v. 1, p. 210, pl. xxxvir, f. 15-21 (1891). Syn. — Area nucleus, Lin. Arca margaritacea, Bru- guitre; Nucula margaritacea, nn: Hab.: Côte occ. — Povoa de Varzim, Leça da Pal- 124 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES meira, Matozinhos, Foz do Douro (A. Nobre). Lisbonne (Mac-Andrew). Tage (A. Nobre). Cascaes (G. Dollfus). Baie de Setubal, Sines, Milfontes (A, Nobre). Cette espêce est três rare, sur les côtes du nord du Portugal Dans | le Tage et principalement dans la baie de Setubal, elle est três commune. | Côte mérid. — Lagos, cap Santa Maria, Faro, Al- bufeira (A, Nobre). Var. radiata, Forbes et Hanley Nucula radiata, Forbes et Hanley — Mac-Andrew, On the dist., p. 269 (1850). — Nobre, Faune Tage et Sado, p. 40 (1886) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 400 (1886- 88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11 p. 94 (1889-983). Nucula nucleus, L., var. radiata, Fet H. — Jeffreys, Brit. Conch., v. 11, p. 144; v. v, pl. xxIv, f. 2 a (1863-693 — Bucqg. Dantz. et Dollfus, Moll. du Rouss., v. 11, p. 213, pl. xxxvir, f. 22-25 (1891). Hab.: Côte mérid.— Cap de Santa Maria (Mac-An- drew). Nucula nitida, Sowerby Nucula nitida, Sowerby, Mac-Andrew, On the dist. pp. 269, 304 (1850) — Hidalgo, Mol. mar., pl. 72, f. 1-3 (1870) — Nobre, Faune Tage et Sado, p. 40 (1886) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 400 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 94 (1889-93). Hab.: Côte occ, — Lisbonne (Mac-Andrew). Côte mérid-—Cap de Santa Maria (Mac-Andrew). Sud du Portugal (Paulino d'Oliveira). Nucula corbuloides, Seguenza Nucula corbulvides, Seguenza — Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 582 (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 402 (1886-828) — Carus, Prod. Faun. medit. v. IL, Pp. 94 (1889-938). do dd adia Pa SEDE TR [ Í ] 4 A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPIDES DU PORTUGAL 195 Hab.: Côte occe.— Au sud du cap Mondego, 994, 1740-1095, 795 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Nucula, tumidula, Ma'm Nucula tumidula, Malm — Sars, Moll. Norveg., p. 39, pl. 4, f. 5, a-c (1878) —Jefireys, Light. and Porcup. exp., p. 582 (1879) — Kobelt. Prod. moll. europ. p. 409 (1886-89) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 93 (1889- — 98)—Locard, Exp. du Trav. et du Talism., v. 1, p. 331 (1898). Hab.: Côte occ.— Au sud du cap Mondego, 994, 740-1095 f., à Pouest du cap Espichel, 718 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Au nord-ouest du Portugal, 460 m. prof. (Bxp. du Travailleur, 1882). Nucula striatissima, Seguenza Nucula striatissima, Seguenza —- Jeffreys, Light. and Porcupine exp., p. 583 (1879) — Kobelt, Prod. Moll. eu- rop. p. 40 (1886-89) — Carus, Prod. Faun. medit., v. n. p. 94 (1889-983). Hab.: Côte occ.— Au sud du cap Mondego, 740- 1:095 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Nucula sulcata, Bronn - Nucula sulcata, Bronn — Jeffreys, Brit. Conch., v. IL. p. 141; v. v, p. 172, pl. xxx, f. 1,1 a (1863-69) — Hi- dalgo, Mol. mar., pl. 72, f. 4 (1870) — Jeffreys, Light. “and Porcup. exp., p. 583 (1879) — Kobelt, Prod. Moll, europ., p. 399 (1886-89) — Carus, Prod. Faun. medat., v. 11, p. 92 (1889-983) —Locard, exp. du Trav. et du Talism., v. 11, p. 334 (1898).º Hab.: Côte oce. — Au sud du cap Mondego, 220 f.; Baie de Setubal, 64 f.; à Vouest du cap Espichel, 718 f.; au sud du cap Espichel, 374 f. (Exp. du Porcupine, 1870) —'A Pouest du Portugal, 550, 627, 1:350 m.; au 126 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES | sud-ouest du Portugal, 370, 460 m. prof. (Travailleur, 1882). ; Côte mérid.— Cap Sagres, 45-58 f.; au sud du cap SULA Rita Sagres, 364-386, 7172-128 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Au sud du Portugal, 1865 m. prof. Travailleur 1881. — Entre le Portugal et le Maroc (Lxp. du Travailleur, 1882). Nucula aegeensis, Forbes Nucula aegeensis, Forbes — Jeffreys, Light. and Por- cup. exp., p. 581 (1879) — Carus, Prod. Moll. europ., p. 401 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. mn, p. 94 (1889-93). Locard, Exp. du Trav. et du Tahsm., v. 1, p. 338 (1898). Hab.: Cóte occ. — Au sud du cap Mondego, 795 f. (Exp. du Porcupine, 1870). "A Pouest du Portugal, 550 m. prof. (Exp. du Travailleur, 1882). Cóte mérid. — Au sud du cap Sagres, 364-4]4, T2- 128 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Nucula tenuis (Montagu) Nucula tenuis, Montagu — Jeffreys, Brit. Conch., v.u, p. 151; v. v, p. 172, pl. xxIx, f. 4 (1863-69) Sars, Moll. Norveg., p. 33, pl. 4, f. 6, a-b (1878) — Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 581 (1879) —Kobelt, Prod. moll. europ., p. 401 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. «medit., p. 94 (1889-993). Hab.: Cóte occ— Au sud du cap Mondego, 220, 294 f.; au sud du cap Espichel, 292 f., cap Sagres 45- 58 f. (Exp. du Porcupine, 1870;. Leda, Schumacher Leda fragilis, Cheninitz Leda fragilis, Chemnitz — Jeffreys, Light. and Por- cup. exp., p. 575 (1879) — Bueg. Dautz et Dollfus, Mol. du Rouss., v. u, p. 215, pl. xxxvu, f. 26-31 (1891). La “A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 127 Leda commutata, Pmlippi—Kobelt, Prod. moll. eu- - rop., p. 403 (1886-88) —Carus, Prod. Faun. medit., v. II, p. 95 (1889-93) Locard, Lxp. du Trav. et du Talism., v. 1, p. 341 (1898). Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 220 f.; Baie de Setubal, 64 f. (Exp. du Porcupine, 1870) "A VPouest du Portugal, 550, 627%, 1350 m.; au sud'ouest du “Portugal, 460 m. prof. (exp. du Travailleur 1882). Leda minina, Seguenza Leda minima, Seguenza—Jefireys, Light, and Por- cup. exp., p. 581 (1879) — Carus, Prod. Faun. medit. v. 1, p. 97 (1889-993). Leda subrotunda, Jeffreys—Kobelt, Prod. moll. eu- — rop. p. 409 (1886-88). Hab.: Cóte occ. — Au sud du cap Mondego, 220, 1740-1095, 795; au sud du cap Espichel, 292-s (Exp. du Porcupine, 1870). Leda pusilla, Jeffreys - Leda pusilla, Jeffreys, Light. and Porcup. exp.; p. 580, pl. xLvr, f. 6 (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 409 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., p. MT (1889-93). Hab.: Cóte ccc. — Au sud du cap Mondego 795 f. au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Porcupine, 1870). | Leda insculpta, Jeffreys Leda insculpta, Jeffreys — Light. and Porcupine exp., p. 580, pl. xLvr, f. 5 (1879) —Kobelt, Prod. moll. europ., p. 409 (1886-88). Hab.: Côte occ.—Au sud du cap Mondego 994, 740- 1095, 795 f. (Exp. du Porcupine, 1870). 128 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAÃES Leda subxquilatera, Jeffreys Leda subcequilatera, Jeffreys, Light. and Porcup. exp., a 579, pl. xLyvi, f. 3 (1879) —Kobelt, Prod. moll. europ., . 408 (1886- 88). Hab Côte occ. — Au sud du cap Mondego, T40- 1095, 795 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Leda JeJreysi, Hidalgo Leda Jefivreysi, Hidalgo, Moll. mar. dEspagne et des Baléares, p. 136 (1877) —- Jeffreys, Light. and Porcup. exp. p. 579, pl. xLvi, f. 2 (1879) —Kobelt. Prod. moll. europ, p. 408 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. IH, Pp. 97 (1889-983) Locard. Exp. du Trav. et du Ta- lism., v. II, p. 353 (1898). ci Côte occ. “Ames da cap Mondego, 994, 1740-1095, 795 f. (Exp. du Porcupine, 1870). "A Vouest du Portugal, 3307 m. (Exp. du Travailleur, 1881). Leda pusio, (Philippi) Nucula pusio, Philippi, En. Moll. Sicil., v. 11, p. 47, pl. xv, f. à (1886). Leda pusio, Philippi — Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 578 (1879) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 407 (1886- -88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 1, p. M (1889-938). na Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego 994, 795 f., cap Espichel, 740 f., à Vouest du cap Espichel “18 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Var. semistriata, Jefireys, loc. cit. p. 549. Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 740- 1095 f; au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Porcu- pine, 1879). Côte mérid, — Au sud du cap Sagres, 364- 286 É, Rs du Porcupine, 1870), | ”,. A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 1] 99 Var. Salicensis, Seguenza - Leda salicensis, Seguenza—Locard, Kxp. du Trav. et du Talism., v. u, p. 349, pl. x1v, f. 22-25 (1898). Hab.: À Fouest du Portugal; profondeur 1224m,, — 1367 m. (Exp. du Travaiileur, 1881). Leda lucida, Lovén Leda lucida, Lovén — Jeffreys, Brit. Conch., pe lh, p. 155; v. v,p. 173, pl. c. f. 1 (1863-699) — Light. and -Porcup. exp., p. 578 (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 407 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. II, Pp. “96 (1889-983). Portlandia lucida, Lovén — Sars. Moll. Norveg. p. 37, pl 4,£ 8, a-b (1878) - Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 220, 994, 1740-1095 f., var. declivis, Jeffreys, 195 f., var. truncata, Jeffreys, 785 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Leda intermedia, (M. Sars) Leda intermedia, M. Sars—Jeffreys, Light. and Porcupine exp., p. 578 (1879) — Kobelt, Prod. moll. eu- rop. p. 406 (1886- 88). Portlandia intermedia, M. Sars. — G. Sars, Moll. — Norveg., p. 38, pl. 4, f. 9, a-p (1878). Hab. : Côte oce.— Au sud du cap Mondego, 994 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Leda striolata, Brugnone Leda striolata, Brugnone — Jeffreys, Light. and Porcupine exp., p. 578 (1879) — Kobelt, Prod. moll. eu- rop. p. 406 (1886- -88) — Carus, Prod. Faun. medait., v. m, p. 96 (1889-983). Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 994, 740-1095, 795 f.; Cap Espichel, 740, à Pouest du. cap mn 130 ANNAES DE SCIKNCIAS NATURAES Espichel, 718 f.; au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 477, 414 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Leda lenticula, Môiler Leda lenticula, Moller —Jefireys, Light. and Por- cupine exp., p. 5TT (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 406 (1886-88). | Portlandia lenticula, Môoller — Mars Moll. Norveg. p. 39 pl. 4, f. 10, a-B (1878). | Hab.: Cóte occ.— Au sud du cap Espichel 292 (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 322, 304, 386 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Leda tenuis (Philippi) Nucula tenuis, Philippi, En, Moll. Sicil., v. 1, p. 65, pl v. £ 9 (1836-44). Leda pygmoea, Philippi — Jeffreys, Brit. Conch. v.m, p. 154, v. v, p: 173, pl. xxix, f. 5 (1863-69). Leda tenuis, Philippi. — Jeffreys, Light. and Porcu- pine exp. p. 577 (1879). — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 406 (1886-88) — Carus, Prod. as medit., V. II, p. 96 (1889-93). Portlandia tenuis, Phil. — Sars, Moll. “Norveg., p. e (1878). Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 220 f.; à Ponest du cap Espichel, 718 f.; au sud du cap Espi- chel, 292 f, (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid.-— Cap Sagres, 45-58 f., au sud du cap Sagres. 9364-414 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Leda frigida, Torell Leda frigida, Torell — Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. 576 (1879).— Kobelt, Prod. moll. europ., p. 405 A. NOBRE: MOLLUSQUES ET RRACHIOPODES DU PORTUGAL 131 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v, 1, p. 96 (1889-93). Portlandia frigida, Torell — Sars, Moll. Norveg., p. 39, pl. 4, £ 11, A-p. (1878). Hal: Côte occ.— Au sud du cap Mondego, 994 f.; à Pouest du cap Espichel, 718 f.; au sud du cap Espi- chel 292 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Cote mérid. — Au sud du cap Sagres, 364-414 f, (Exp. du Porcupine, 1870). Leda pustulosa, Jeffreys Leda pustulosa, Jeffreys, Light. and Porcupine exp., p. 576 (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 405 sigam -88). — Hab.: Côte occ.— Au sud du cap RENA RO; Td. (Exp. du Por "cupine, 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 322, 386 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Leda Messanensis, Seguenza Leda acuminata, Jeffreys, Light. and Porcup. exp. p. 576, (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 405, (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., p. 96 (1889-983) — Locard, ua du Trav. et du Talism., v. 11, p. 343 (1898). | Hab.: Côte occ. —'A Vouest du cap Espichel, 718 f.; au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Porcup., 1870), 'A Pouest du Portugal, 1350, 1465 m. (Hp. du Travailleur, 1881). -— Côte mérid.—Cap Sagres, 45, 58 f.; au sud du cap Sagres, 374, 414, 72-128 É (Exp. du Porcupine, 1870). Malletia, O. des Moullins Malletia cuneata, Jeffreys Malletia cuneata, Jeffreys, Lightning and Porcup. exp., p. 586, pl. xLvi, f. 10 (1879) —Kobelt, Prod. moll. 132 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES De e a e 0 ue ne e e europ., p. 410 (1885-88) —Carus, Prod. Faun. medit,, Vo TE poda (1889- d3) — Locard, Exp. Trav. et du Ta- lism., V. IL, p. 323 (1898), Hab. Cóte ocê. — Atend du cap Mondego, 994, 1740-1095, 735 f., à Pouest du cap Espichel, 740, 718 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Cóte mérid. — Au sud du Portugal 1205 m. de prof. (Exp. du Travailleur, 1881). Malletia obtusa, M. Sars Malletia hua M. Sars— G. Sars, Moll. Norveg., - “(p. 41,pl. 19,£ 3 ab (1878)—Jeffreys. Light. and Por- cup. exp., p. 586 (1879) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 410 (1886-89) — Carus Prod Faun, medit., v 11, 98 (1889-93). Hab.: Cóte occ.—'A Vouest du cap. api 140 f. (Exp. du Porcupine 1870). Fam. CARDITIDZ Cardita (Bruguiêre, 1789), Lamarck 1794 Cardita trapesia, (Linné) Cardita trapesia, Linnê — Lamarck, An. sans vert., v. vir, p. 427, éd. Desh., (1835) — Philippi, Bm. Moll. Sicil., 2.º 1, p. 54; v. 11, p. 41 (1836-44) — Mac-Andrew. Note on the dist., p. 269 (1850). — Hidalgo, Mol. mar., p. 141, pl. 574, f. 7 (1870) — Nobre, Moll. Algarve, p: 201. (1878) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 388 [1886-88).— Carus, Prod. Faun. medit., v. mn, p. 99 (1889- 93)— Bucq. Dautz. et Dollf., Moil. dy FRouss., v. 1, p. 221, pl. xxxxrr, f. 21-25 (1592). Syn. Cardita squamosa Lamk.; €. muricata, Poli. . Hab. Portugal (Coll. Musée de Coimbra). Côte mérid. —-Cap de Santa Maria (Mac-Andrew). A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL Es Cardita calyculata, (Linné) Cardita calyculata, Linné — Philhppi, En. Moll. Sicil., v. 1; p. 54; v. 11; p. 41 (1836-44) — Hidalgo, Mol. mar., p. 141, pl. 57 a f. 4,5 (1887.) —Nobre, Faune Tage et du Sado, p. 40 (1886) — Notas malac., Instituto, v. xxxvir p. 99 (1889)— Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 389 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 100 (1889-93)— Bucq. Dautz. et Dollf., Moll. Rouss., v. II, p. 224, pl. xxxvii f. 10-20 (1892). Cardita sinuata, Lamk., An. sans vert., V. VI, Pp. 433, éd. Deshayes [1835). Hab.: Côte occ. — Rive gauche du Tage, pres Caci- lhas, sur les rochers, à basse mer. Baie de Setubal, Sines, Milfontes (A. Nobre); Setubal (Hidalgo). Côte mérid. — Cap de Santa Maria, Faro (A, No- bre); Lagos (A. Moller, A. Nobre). Cette espêce n'est pas rare sur les plages du sud du pays. Ê Cardita corbis, Philippi Cardita corbis, Plhhppi, En. Moll. Sicil; v. 1, p. 55, pl. iv, f. 19 (1857)-Jeffreys, Light. and Porcup. exp. p. 705 (1881) — Kobelt, Prod. moll. europ., p. 389 (1886-88)— Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 100 (1889-938). | Hab.: Côte mérid.— Au sud du cap Sagres, 364 f, (Exp. du Porcupine, 1870). Cardita aculeata, (Poli) Cardita aculeata, Poli — Philippi. Bn, Moll. Sicil., v. 1, p. 04, pl. Iv f. (1837)-—Reeve, Conch. Icon (G. Car- dita) f. 17 — Hidalgo, mar., pl. 57 a f. 6 (1870) — Jef- freys, Light. and Porcup. exp., p. 705 (1881) — Kobelt Prod. moll. europ., 389 (1886-88)—Carus, Prod. Faun. medit.. v. 11, p. 100 (1889-983). Hab.: Cóte mérid. — Cap Sagres (Exp. du Por- cupine, 1870). 134 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Fam. ASTARTIDA Astarte, d. Sowerby Astarte sulcata, da ae Astarte sulcata, da Costa — Jeffreys, Brit. Comil VE Do. Sb ph a; dm NV, po 1157 Ph 00d AR 2 (1863-69) — Hidalgo, Moll. E p. 140, pl: iss fe (1870) — Sars, Moll. Norveg., p. 52 (1878) — Jeffreys, Light. and Porcup. exp., p. TI1 (1881) —Nobre, Faun. Tage et Sado, p. 40 (1886) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 302 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 1, p. 101 (1889-93) —Locard. Eap. du Travailleur et du Ta- lisman, v. 11, p. 256 (1898). Hab.: Côte occ.— Au sud du cap. Mondego, 220 f; à Vouest du cap Espichel, 711 f; au sud du cap Espichel, 292 f., Baie de Setubal, 64 f. (Porcupine exp. 1870). Rives du Tage (A, Nobre); Baie de Setubal(A. Nobre, A. Girard). “A Pouest du Portugal, 627, 550, 1350, 440 m. de prof. (Exp. du Pravailleur, 1898. Côte mérid.—Uap Sagres, 374-— 316 f. (Porcupine 1870). Astarte triangularis (Montagu) Astarte triangularis, (Montagu) — Sowerby, Vl. Br. shells, pl. Lv, f. 17 (1859) — Jeffreys. Brit. Conch., v.al, p.SLts v. Vo p. 189 ph exe do o (doa O Ti and, o exp: “po: TA (1881)--Carus, Prod. moll. europ., v. 11, p. 101 (1889-93). Hab.: Cóte mérid. — Au sud du cap Sagres, 364 f. - (Porcupine, 1870). Astarte pusilla, Forbes Astarte pusilla, Forbes — Jeffreys, Light. and Por- cup. EXP po 413 plata dO pa a Prod, Faun. médit. v. 11, p: 102 1889-938. Hab.: Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 364 E (Porcupine, 1870). DO RM DYNPRA VA E A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 135 Astarte Banksii, Leach Astarte compressa, (Montagu) — Jeffreys, Brit. Eh Vo di epo SLOs VV p. 400, pl. XXSNH Tt dA (1863-69); Light. and Porcup. exp., p. 12 (1888). Nicania Banksii, Leach— Sars. Moll. Norveg., p. 51 (1878). Astarte Banksii, Leach — Kobelt, Prod. Moll. eu- rop., p. 395 (1886-89.. Hab.: Cóte mérid.— Cap Sagres (Porcupine 1870), Astarte bipartita, Philippi Astarte bipartita, Philippi, En Mull. Sicil., x. 1, p. 32: pl. mr, f. 21 (1836] — Jeffreys, Light and Porcup, exp., p. 713 (1888) -— Kobelt. Prod. moll. europ., p. 396 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 102 (1888-93). Hab.: Cóte mérid. — Cap Sagres (Exp. du Porcu- pine 1870). Woodia Deshayes Woodia digitaria, Linné Woodia digitaria, (Linné) — Jeffreys, Brit. Conch., v. 1, p. 281; v. V, p. 179, pl. c. f. 6 (1863-69)-— Nobre, Moll. Algarve, p. 201 (1888) —Kobelt, Prod. moll, europ., p. 373 (1886-88) —Carus, Prod. Faun. médit. v. 1, p. 1)2 (1889-93). Lucina digitalis, Lamk.— Philhippi, En. moll. Sicil., Y. 1, p. 33, pl. im, f. 19 (1836) — Mac-Andrew, On the dist., p. 269 (1850). - | Astarte digitaria, Linné — Jeffreys, Light. and Por- cup. exp., t. “13 (1888). Hab.: Côte occ.—'A Yonest du cap Espichel, 711 f. (Porcupine 1870). “Côte mérid. — Cap de Santa Maria (Mac-Andrew). Au sud du cap Sagres, 364-216 (Porcupine 1870) Sud du Portugal (Paulino d'Oliveira). | ia 136 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Fam. ERYCINIDAL Kellyia, Turton, em 1822 (Kellia) Kellyia suborbicularis, (Montagu) Kellia suborbicularis, Montagu — Mac-Andrew, Notes On the dist., p. 270 (1350). Sowerby, Ill. Br. shells, pl. V, £. 5 (1859) — Jeffreys, Brit. Conch., v. 1, p. 225, pl. V, f 3 v. V,p. 179, pl. xxx, f. 2 (1863-69)— Hidalgo. Mol mar. pl. 11, f. 9-(1870). — Sars, Moll. Norveg., p. 67, pl. 19, f. 14, a-b (1873) Jeffreys, Light. and Porcu- pwme exp. p. 100 (1888)-—Nobre, Moll. noroeste, p. 11 (1884); Faune Tage et Sado, p. 41 (1886)—Kobelt, Prod. moll. europ., p. 378 (1886-87)—Carus, Prod. Faun. mé- dat., v. 11, p. 104 (1889-939). | Hab.: Cóte occ. — Vianna do Castello, Povoa de . Varzim, Vila do Conde, Leça da Palmeira, Foz do Douro, Baie de Setubal (A. Nobre). Cóte mírid. Faro (Mac-Andrew) Au sud du Cap Sagres, 364 f. Exp. du Porcupine. (1870). Sud du Por- tugal (Paulino d'Oliveira). Kellya Geofiroy, (Payr.) Erycina Geufiroy, Payraudeau, Moll. de Cerse, p. 3, pl. 1, £. 3-5 (1826). Kellya Geofiroy, Payr.— Kobelt, Prod, Moll. europ., p. 379 (1886-88) — Carus, Trod. Faun. médit., v. 1, p. 104. Hab.: Sud du Portugal (Paulino d'Oliveira). Kellyia cycladea, S. Wood Axinus cycladius, (S. Wood)—Jeffreys, Brit. Conch.: v. IL, p. 22Db, vo V.;p. 1879, pl. xxxm, fd (1863-603, Light and Percupine exp., p. TO4 (1881). Kellia cycladia, S. Wood — Kobelt, Trod. Faun. 4 A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 137 medit., p. 979 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medat., v. 1, 104 (1889-93). Hab.: Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 386 f. (Exp. du Porcupine, 1870). S. g. Pseudopythina, Fischer Pseudopythina setosa, (Dunker) Kellia Mac-Andrew, P. Fischer, in Journal de Conch., v. xv, p. 194, pl. 1x, £ 1 (1867) —? Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 104 (1889-985). Scintilla Pocotedads P. Fischer —Folim, Les fonds de la mer, v. IL, p. 49, pl. HI, É. 3. (1873). Pseudopythina setbsa, Dunker — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 387 (1886-88) Locard, Exp. du Travailleur et | du Talisman, v. 11, p. 303 (1898). Hab.: 'A Pouest du Portugal, 550 m. de prof. (Exp. du Travailleur, 1882). Montacuta, Turtomn Montacuta ovata, Jeffreys — Montacuta ovata, Jeffreys, Light. and Porcup., p. 698, pl. 1x, f. 4 (1881) —Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 382 (1886- OR Chun, Prod. Faun. medit.. v. IL. P. 106 (1889-93.) Hab.: Cote occ. — Au sud du cap Espichel, 292 1, (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 522, 986 1, (Exp. du Porcupine, 1870). Montacuta bidentata, (Montagu) Montacuta bidentata, Montagu — Sowerby, Jll. Br. Shells, pl. v1, f. 2 (1859) — Jeffreys, Brit. Conch,, v. 1, p. 208, v. V, p. 177, pl. xxxr, f. 8 (1863-609) — Sars, Moll. Norveg., p. 69, pl. 19,f. 17, a-b (1878)—Jeffreys, 10 Ann. Sc. Nat., vol, X, 1906, Porto. 138 ANNSES DE SCIENCIAS NATURAES pe pita = Light. and Porcup. exp., p. 698 (1881) — Kobelt, Prod. . Moll. europ., p. 381 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. me- dit., x. 11, pag. 105 (1889-938). ' Rr ca NA AH A. Wei ja PÇS VR STO SMT Montaqguia bidentata, Montagu — Bueg. Dautz. et - Dollf., Moll. du Rouss., v. 11, p. 237, pl. xxxtx, f. 3,4 | (1892). Hab.: Cóte occe. — Au sud du cap Mondego, 220, I94 LADA. (xp. du Porcupine, ISTO). 7 Côte mérid. —'A Pouest du cap Sagres, 45-48 f.; au sud du cap Sagres, 364, 386 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Montacuta ferruginosa, (Montagu) Montacuta ferruginosa, Montagu—Sowerby, Jl. Br. Shells, pl. v. f. 1 (1859)--Jeffreys. Brit. Conch. v. IL. p. 210; v. V, p. 178, pl. xxxr, f. 9 (1863-69) —: Light. and: Porcup. evp., p. 696 (1881) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 382 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 106 (1889-93). | Tellimya ferruginosa, Mont, — Sars, Moll, Norveg., TO DIDO a-c (1878). Hab.: Cóte oce,—"A Touest du cap Espichel, 740 f. (Exp. da Porcupine, 1870). Côte mérid. --'A Pouest du cap Sagres, 45-58 f. E (Exp. du Porcupine, 1870.) Montacuta Voringii, Friele Montacuta Voringi, Friele— Jeffreys, Light. and - Porcup. exp., p. 697 (1881). Montacuta voeringi, Friele— Kobelt. Prod. Moll. europ., p. 382 (1886- -88). Montacuta voeringii, Friele, Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 106 (1889-995). Hab : Cô te occ.— Au sud du cap Espichel, 292 É ã (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid. — Au sud du cap Sagres, 364 £. (Exp. É du Porcupine, 1870). A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 139 Lasga, Leach Lasxa rubra, (Montagu) Kellia rubra, Mont. — Sowerby, Il. Br. Shells, pl. ENT tod, 8 (1359). Lasea rubra, Mont. —Jefireys, Brit. Conch., v. 11, praldv. Vy p. 179, pl. xxx, f. 1 (1865-69). Light and Porcup. exp., p. 699 (1881) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 385 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 107 (1889-93) — Bucq. Dautz, et Dollfus, Moll, du Rouss., v. 1, p. 240, pl. xxix, f. 5-6 (1892) — Nobre, Contr. malac. portugueza, in Ann. Sc. Nat., v. 1, p. 136 (1894). | | Hab.: Cóte occ. — Molêdo do Minho, Leça da Pal- meira, Matozinhos, Foz do Douro, Milfontes (A. Nobre). Três abondante sur les Lichinia pygmea, algue qui vit sur les rochers de la zone subterrestre. Lasxa pumila, S. V. Wood Lascea pumila, S. V. Wood -—Jeffreys, Light. and Porcup. exp.. p' 699 (1881) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 386 (1886-8388) — Carus, Prod. Faun. medit., v. II, p. 107 (1889-93). | | Hab.: Côte occ. — Sud du cap Mondego, 220, 795 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Côte mérid. —- Au sud du cap Sagres, 322, 304, 386 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Fam. GALEOMMIDA Galcomma, Turton Galeomma Turtoni, Sowerby -- Philippi, Bm. Moll. Sicil, t. 11, p. 18, pl xIv, f. 4 (1844) — Sowerby, JUL. Brit. Shells, pl. vi, f. 14-15 (1859) — Jeffreys, Brit. Conch., v. u, p. 188, v. V, p. 176, pl. xxx1, f. 1, 1-A (1863, 1869) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 387 (1886- 140 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES 88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 109 (1889-93) — Bucq. Dautz. et Dollfus, Moll. Rouss., v. 11, p. 247, pl. xxx1x, f. 10-13 (1892). Hab.: Portugal (Paulino d'Oliveira), Fam. CARDID 5 Cardium, Linné Cardium erinaceum, Lamarck Cardium erinaceum, Lamarck. — An sans vert., v. vi, p. 397, éd. Desh., (1855) — Hidalgo, Moll. mar., p. 169, pl. 41, f. 1 (1870) —Jeffreys, Light. and. Porcup. exp., Pp. 707 (1881) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 369 (1886- -88)— Carus, Prod. Faun. médit., v. 11, p. 110 (1889-93) — Bueq. Dautz, et Dollff,, Moil. Rouss., V. , p. 271, pl. xuim, f. 1-5 (1892). Hab.: Côte mérid.-—Cap. Sagres (Porcupine, 1870), Paulino d'Oliveira, Cardium aculeatum, Linné Curdium aculeatum, Linné — Mac-Andrew, On the dist., p. 269 (1850) — Jeffreys, Brit. Conch., v. 1, P. 268, v. V, p. 180, pl. xxxrv, f. 1, 1-a (1863-69)— Hi- dalgo, Mol. mar., p. 149. pl. 39 f. 1 (1870) — Jeffreys, Light. and Porcupine exp., p. 106 (1881)— Nobre, Faun, malac. Tage et Sado, p. 43 (1886); Moll. Algarve, p. 253 (1888) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 363 (1886- 88)— Carus, Prod. Pour medit., v. 11, p. 110 (1889-935) — Bucqg. Dautz. et Dollf, Moll. Fouss., v. 11, p. 251, pl. XL Luli (LB, Hab.: Côte occ. — Au sud du cap Mondego, 740- 1095 f. (Porcupine, 1870) Cascaes (Mac-Andrew, Doll- . fus). Plages de Lisbonne (A, Nobre). Baie de Setubal (A, Moller, A. Nobre). Cezimbra (A. Girard). Côte mérid. TE de Santa Maria (A. Nobre). Faro 7a : p sap! e ra À pr PERDA q de AR ARO MS RN A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 141 (A. Moller, A. Nobre) Lagos (A. Nobre) Assez commun dans le bassin du Tage. Cardium echinatum, Linné Cardium echinatum, Linné — Jeffreys, Brit. Conch., o v.m, p. 270;v. V, p. 181, pl. xxxrv, f. 2 (1863-69)— - Hidalgo, Mol. mar., p. 149, pl. 37, f. 1 (1870) — Sazs, Moll. Norveg., p. 46 (1878) — Jeffreys, Light. and Por- cupine exp., p. 706 (1881)— Nobre, Moll. N. O. p. 16 (1884); Faune Tage et Sado, p. 42 (1886); Moll. Algar- ve, p. 253 (1888) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 363 (1886-88)— Carus, Prod. Faun. medit., v. n, p. 111 (1887-935) — Bucq. Dautz. et Dollf., Moll. Rouss., v. 11, “p. 261, pl. xui, f. 1-5 [1892). Syn. €. mucronatum, Poh. “ Hab.: Côte occ.— Caminha, Espozende, Povoa de Varzim, Leça da Palmeira, Matozinhos, Foz, Espinho, Figueira da Foz, Lisbonne (À. Nobre). Setubal (A. Mol- ler, A. Nobre). Sines (A. Nobre). Côte mérid.— Cap Santa Maria (A, Nobre), Villa Real de Santo Antonio (A. Moller), Lagos (A. Nobre). Assez commun dans le nord, oú il est recuelli dans les: filets de péche. Vit dans les fonds, au large. Cardium paucicostatum, G. B. Sorverby Cardium paucicostatum, Sow. — Hidalgo, Moll. — mar., p. 150, pl. 37.f. 4 (1870) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 364 (1886-88) — Carus, Prod, Faun. Medit,, v. 11, p. 111 (1889-935) — Bucq. Dautz. et Dollf,, Moll. FRouss., v. 11, p. 268, pl. xLiv, f, 1-8 (1892). Cardium cilivre, Jeffreys, non Linné — Light. and “ Porcup. exp., p. 706 (1881), Hab.: Côte occ. — Lisbonne (Mac-Andrew, fide Jef- freys, Hidalgo), 142 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Cardium tuberculatum, Linné Cardium tuberculatum, Linné — Mac-Andrew, On the dist., p. 270 (1850): Jeffreys, Brith. Conch., v. 1, p. 273, v. V, p. 181, pl. xxx1v, f. 3 (1863-69) —Hidalgo, Mol. mar., p. 150, pl. 38, f. 1-5 (1870) —Nobre, Moll. Algarve, p. 253 (1870) — Jeffreys, Light. and Porcup., exp., p. 707 (1881) —Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 364 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 112 (1889-935) — Bucg. Dautz. et Dollf., Moll. du Fouss., v. II, p. 256, pl. xL1, f. 1-7 (1893) Côte occ. — Lisbonne, Baie de Setubal (A. Nobre), Malha da Costa [A. Girard). Hab.: Côte merid, — Faro (Mac-Andrew). Cette es- ptce est fréquente au marché de Lisbonne Hdule. Cardium edule, Linné Cardium edule, Linné — Mac-Andrew, On the dist., p.p. 269, 270 (1850)— Jeffreys, Brit. Conch., v. 1, p. 286; v. V, p. 182, pl. xxxv, f. 5 (1863-69) — Hidalgo, | Mol. mar., p. 150, pl. 39, f, 2-5 (1870) —Sars, Moll. Nor- veg., p. 45 (1878) — Nobre, Moll. N. O., p. 16 (1884); Faune Tage et Sado, p. 43 (1886); Moll. Algarve, p. 254 (1888) — Kobelt, Prod. Moil. europ., p. 394 (1886-88)— Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 112 (1889-953) — Bucqg. Dautz. et Dollfus, Moll. du Rouss., v. 11, f. p. 284, q pl. xLvr, f. 1-10, pl. xcvir, f. 1-17 (1892). Hab.: Côte occ. — Caminha, Vianna, Espozende, Villa do Conde, Mattozmhos, Foz do Douro, Aveiro, Figueira da Foz, E'tangs d'Obidos et d'Ervedeira (A. Nobre). Cascaes (G. Dollfus). Tage (A, Nobre). E'tang d'Albufeira (A. Nobre). Baie de Setubal (A. Nobre, À.. Girard). Côte mérid. — Faro et cap de Santa Maria (Mac- Andrew), Villa Real de Santo Antonio (A. Moller, À. Nobre); Tavira (A. Moller, A. Nobre); Olhão (A. Nobre); | Faro (A, Moller, A. Nobre). Cap de Santa Maria, Porti- mão, E'tang d'Alvor (A. Nobre). Cette espêce et três com- yº póntr am de OR do O a «viés a . . o q + A " É . po at a de , TS mes Md a ns E / Pe ) Em ESA Do DES Pat RO DA TR 1 DECENTE SS o PAR DD 7) CIR MPR TR O a * el) ado ” 1 ae F. > » nd A PPA f : y A é E a “x à Pati Cs NM Cá 1a er Ss A. NOBRE: MOLLUSQUES ET BRACHIOPODES DU PORTUGAL 143 mune, avec la var, rustica, dans toutes les eaux saumã- tres. N. V. Amejoa, Brebigão. Cardium papillosum, Poli Cardium papiilosum, Poli — Mae-Andrew, On the dist., p. 269 (1850) — Jeffreys, Brit. Conch., v. 11, p. 215; v. V,p. 181, pl. xxxv, f. 1 (1863-69) — Hidalgo, Mol. mar., p. 151, pl. 40-A,f. 1 (1870) — Jeffreys, Light. and Porcup. exp. p. TO7 (1881) — Nobre, Moll. N. O., - p. 16 (1884) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 365 [1886- 88) — Carus, Prod. Faun. medit.,'v. 11, p. 113 (1889-983) — Bucq. Dautz. et Dollf., Moll. Rouss., v. 1, p. 273, pl. xL1v, É. 9-15 (1899), Hab.: Cote occ. — Baie de Setubal, 64 f.; à Vouest du cap Espichel, 718, au sud du cap Espichel, 292 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Cardium exiguum, Gmelin Cardium exiguum, Gmelin — Jeffreys, Brit. Conch., v. 11, p. 278; v. V, p. 181, pl. xxxv, f. 2 (1863-69). — Hidalgo, Mol. mar., p. 151, pl. 40 4, f. 2-4 (1870) — Sars, Moll. Norveg., p. 47 (1878) — Nobre, Moll. N. O., p. 16 (1889); Faune Tage et Sado, p. 43 (1886) — Ko- belt, Prod. Moll. europ., p. 365 (1886-88). Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 113 (1889-93)] — Bucq. Dautz. et Dollf., Moll. Ross., v. 11, p. 277, pl. xLv, f. 1-22 (1892). Cardium pygmaeum, Donov. — Sowerby, Ill. Brit. Sh., pl. v. f. 4 (1859). Syn, — €. stellatum, Reev.; C. subangulatum, Scac- chi; C, siculum, Sow. ; Hab.: Côte occ. — Lagoa (?) d'apres M, Hidalgo; Tage (A. Nobre); fleuve de Coina, Barreiro (A, Moller); Baie de Setubal (A. Nobre); Cezimbra (A. Girard). Cóte mérid.—Faro (A. Nobre). 144 ANNAES DE SCIENCIAS NATURAES Cardium minimum, Philippi Cardium minimum, Philippi — En. Moll. Sicil., v.1, p. 5l; v. 1, p. 398, pl xrv, f. 18 (1836-44) — Jeffreys, Brit. Conths, V. It ps 2925; V; po 162 pE xxspoa (1863-69) — Sars. Moll. Norveg., p. 48 (1878) — Jef- freys, Light. and Porcupine exp., p. 709 (1881) — No- bre, Faune Tage et Sado, p. 43 (1886) — Kobelt, Prod. Moll. europ., p. 368 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 114 (1889-993). Hab.: Cóte occ. — Au sud du cap Mondego, 220, 94, 7140-1095, 795 f., Baie de Setubal. Au sud du cap Espichel, 292, 374 f. (Exp. du Porcupine, 1870). Cas- caes (G. Dollfus). | Côte mérid, — Au sud du cap Sagres, 364-266 (Exp. du Porcupine, 1870). Cardium fasciatum, Montagu Cardium fasciatum, Montagu — Mac-Andrew, On the dist., p. 269 (1850) — Jeffreys, Brit-Conch., v. II, p. 281; v. V, p. 181, pl. xxxv, f. 3 (1863-69) — Hidalgo, Mol. mar., p. 151 (1870) — Sars, Moll. Norveg., p. 48 (1878) — Kobelt, Prod. Moll. euwrop., p. 360 (1886-88) — Carus, Prod. Faun. medit., v. 11, p. 114 (1889-938). Hab.: Cóte mérid.— Cap de Santa Maria (Mac- Andrew). | (à suivre), EIN ID LÇÃES Notas criticas sobre a flora portugueza, por Gonçalo Sam- CU on dane DD a E O SUAR 1 Notas sobre um caso de terathologia do Dorcadion Brannani, PA PRO GEADA Es So e mp see LE ST A proposito d'algumas especies de Microchiropteros d'Angola, por A. Fi de Seabra. cs ES De Ribeirinhas e Palmipedes das margens do Rio Couene; por A. F, de Seabra , Mollusques et Brachiopodes du Por Ens por Re Nobre 83 91 PST DRT id Po Aa ak A ORM Do! TM A PATROA ) RI: Rr Ba ho O O | x ANA | To À 1) 4 j K Ny o 3 2044 093 338 192 some Eni agbat Tr ULIqre ças 2 sá near VOS A ISSA Ed é RÃ q DM + Tay RD gl ag do =: ER tm (Cy + DA e DR RS $ Ed ç no até at ENC ty EA DA ne A 4 VA F “E nt p v p F : e Es o NR ad NR a ne RA » | RR PARDO NNE SMB rAAy PRM SRA dich MANN Ber tita MENDES EA ERNANI i RR DA DD NR Era ESPREFEOL + h MN NM RAM nt: PR vs no Rara paia é 8 MN APPA E dt ER NUA: AA DMD DD DEN , Ra () rLENRS A SELIAERE RUNAS PROD R D % e e EN RN E ETERR É nas prosa ee era E 0) st SASPANSESRESEE nivado F. DR PR E vt" Na RMC MANMENNO Ars ERELAL Ma & y EE ur A RA & 1 * RAR É E Ev EMA ERR RED RUN NAM DUNN AAARA ANTA E DONOS NE Na SOPRA ArS ) Ro Es + REVER A AREA RM, PEN do A. RA PA E NENE ENN ENA N N OMAN BID PM RA Na 08,24% E) sis ease o! AM ts n NAN RENAN EREE e ua a pe SALSA RASA E MOI NIRIO DO RIDER DR E gi sets tanea aee asc rtasa sa a a e e eg CNE DEDO RANEEKKNN A o] Ata RAD 14 net at, o A 100.4 RALADO io E 4 f Ga o 48 al P q is fada tás Ê “e A A A a fs E 8" CXMENKNNE 4 ESA a tas ret | (144,08 OESTE. A w RN ENNIO nos! A A CRM RSA ESA PR MNNWN AA 1,4, 444 0,4.6 ANAC A RR RA AS A, E! x SA É no A ú AMARO DER AAA SEA A SA 0 00 PIO DD PD mai