ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL Nunquam aliud iiatura, alittd sapieulia dieií J. 14, 321 In silvis acadeini quoercre renmq Quamquam Socraticis madet sennonibus Ladisl. Netto, ex Ilor. Vol. XXXIII RIO DE JANEIRO 1931 = ARCHIVOS — - ■■■ DO - MUSEU NACIONAL :: RIO DE JANEIRO :: NOTA — Os Archivas do Museu Nacional são publicados sem da (a fíxa. O Boletim do Museu Nacional c regularmente publicado cm Março. Junho. Setembro c Dezembro. * SUMMARIO: País. Melio-Leitão Pedipalpos do Brasil e algumas notas sobre a ordem 7 Notas sobre os Bothriuridas Sul-Americanos. 73 Opiliões novos ou críticos. 115 A correspondência relativa ás publicações » do MUSEU NACIONAL deve ser diri— j gida ao Director do Museu, Professor E, s Roquette-Pinto — Quinta da Bôa Vista — í — — ■ —- Rio de Janeiro — Oá origiúãts. não publicados, não Serão restituídos. j I ímAZMbmu MELLO-LEITAO ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXXIII mo ui; jAXfiiHO é Dr. Mello-Leitão Prof, de Zoologia do Museu Nacional PEDIPALPOS DO BRASIL e algumas notas sobre a ordem A reunião das ordens de Arachnideos em superordens aparece primeiro em Pocock, demonstrando que a velha divisão da classe em Arthrogastros e Hologastros ou Spherogastros nada tem de cientifica, aproximando ordens muito afastadas (como as Aranhas e os Acarinos) e separando, ao contrario, ordens muito afins (os Opiliõss e os Acarinos), devendo ser inteiramente abandonada, pelo que tem de errônea e absurda, (i). Baseando-se sobre o aspecto do embrião e persistência de apendices abdominais no adulto, divide Pocock os Arachnideos em duas subclasses: Ctenophoros (= Cteidophoros de Bõrner), e Lipocte- nos. Na primeira subclasse o embrião possue seis pares de apendices abdominais, dos quais o segundo persiste no adulto (com a forma característica de pentes), e ha sempre quatro pares de pulmões. Per¬ tence a esta subclasse apenas a ordem dos Escorpiões, certamente a mais antiga. Nos Lipoctenos o embrião nunca possue mais de quatro pares de apendices abdominais, dos quais nenhum é conservado como orgão externo no adulto, e ha, no máximo, dois pares de pulmões. Subdivide Pocock esta subclasse em três superordens: Caulogastros, de cefaiotorax separado do abdômen por uma constrição profunda (Aranhas e Pedipalpos); Mycetophoros, de cefaiotorax dividido e com orgãos tácteis fungiformes nas pernas posteriores (Soüfagos); e Holo- somaticos de escudo cefalotoracico interno e sem orgãos tácteis especia- lisados nas pernas posteriores (Pseudoscorpiões, Opiliões, Acarinos). BÕrner ( 1902 ) modifica a designação Ctenophoros de Pocock em Cteidophoros, subdividindo os Caulogastros em Megoperculados, de operculo genital muito desenvolvido (Aranhas e Pedipalpos) e Crypto- perculados, sem grande operculo genital ( Meridogastros, não estuda- IO Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII dos por Pocock); reune, por outro lado, os Mycetophoros e Holoso- maticos em uma divisão de Holotracheados. Dois anos mais tarde dá Bõrner mais importância á presença ou ausência de patela. que á articulação do cefalotorax com o abdômen, e apresenta o seguinte esquema de classificação dos Arachnideos: II — Subclasse — Ctenophoros (revivendo a designação de Poco:k) — I Ordem — Escorpiões. II — Subclasse — Lipoctenos. II —Secção — Patelados, com pateias presentes em todos ou alguns pares de pernas. I — Subsecção — Megoperculados. II Ordem — ' Pedipalpos. III Ordem — Aranhas. II — Subsecção — Cryptoperculados. IV Ordem — Meridogastros. ; V Ordem — Anthracomartos (fóssil). VI Ordem — Opiliões. VII Ordem — Acarinos. II — Secção — Haplocnemios, sem pateias. VIII Ordem — Cheloneíhos. IX Ordem — Solijagos. Dahl, estudando a presença e situação das tricobotrias aproxi¬ ma os Pseudoscorpiões dos Escorpiões (com tricobotrias sómente nos palpos), formando mais tres divisões para os Solijagos, Aranhas e Pedipalpos, Opiliões e Acarinos. Lameere substitue a designação Lipoctenos de Pocock por Epectineos, dividindo estes últimos em duas secções: Puluonados (Pe¬ dipalpos e Aranhas) e Tracheados, esta por sua vez subdividida em Epàtellados (Chelonethos e Sol figos) e Patellados (Meridogastros e Holosomaticos ). Em todas essas classificações propostas não se fala nos Pal- pigrados, considerados por Borner como uma subordem dos Pedipalpos, Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil ii mas quasi universalmente tidos como ordem autonoma. Lendo-se, aliás, o esplendido estudo monográfico de Borner sobre a morfologia dos Pedipalpos, vê-se que os Palpigrados estão dêles nitidamente separados, diferindo pela segmentação das queliceras, numero e fôrma de ester- nitos cefalotoracicos, numero de segmentos abdominais e constituição do flagelo (exclusivamente formado pelo íelson). A’ luz das ulíimas pesquisas, parece-me que podemos dividir os Arachnideos do seguinte modo ( 2 ): I — Subclasse — Phaneroctenos (= Ctenophcros Pocock — Cieldo - phoros Borner) n. n. — Com 13 segmentos abdominais; per¬ nas sem patela; embrião com seis pares de apendices abdo¬ minais, dos quais o segundo persiste no adulto, com a fórma de pentes; quatro pares de pulmões; abdômen muito longo, com os últimos 5 segmentos estreitados, formando uma como cauda flexivel; telson presente, unisegmentado, com 2 glân¬ dulas de peçonha; palpos terminando em robustas quelas onde estão situadas as tricobotrias. — Viviparos. i ordem — escorpiões, com os caracteres da subclasse. II — Subclasse — Adeloctenos (== Upoctenus Pocock = Epectineos La - meere) n. n. — No máximo 12 segmentos abdominais. Em¬ brião provido, no máximo, de quatro pares de apendices abdo¬ minais, nenhum dos quais persiste no adulto como orgão externo. Dois pares de pulmões, um só ou nenhum. Telson ausente ou, quando presente, plurisegmentado e sem glandula de peçonha. Geralmente oviparos. II Legião — Haplocnemios Borner — Tcdas as pernas desprovi¬ das de patelas; respiração traqueal; queliceras de três segmen¬ tos. II Ordem — Solieugos Sundv. ( =Solpugidos Gervais). — Es¬ tigmas traqueais no cefalotorax (entre as pernas I e II) e no abdômen. Cefalotorax dividido. Pernas IV com orgãos tácteis especiais. III Ordem — Chelonethos Thor. (— Pseudoscorpiões) — Es¬ tigmas traqueais exclusivamente abdominais. Cefa¬ lotorax inteiro. Pernas IV sem orgãos tácteis espe¬ ciais. III Legião— Orthopneumones n. — Ao menos as pernas III e IV providas de patelas; um ou dois pares de pulmões; abdo- 12 Vol. XXXÍII Archívos do Museu Nacional — men separado do cefalotorax por uma constrição mais ou . menos profunda; quasi sempre grande opéreulo genital; queli- ceras bisegmentadas. IV Ordem — Pedipalpos Latr. — Abdômen nitidamente segmen¬ tado; queliceras sem glandula de peçonha. V Ordem — Aranhas Sundv. — Abdômen indiviso, só rara- mente (Liphi3tiiis) com placas dorsais metamericas. III—Legião —Arthrothoracicos n. — Cefalotorax dividido. Pate- las presentes nos últimos pares de pernas. Aparelho respira¬ tório ausente ou traqueal Telson presente, plurisegmentado.— Queliceras trisegmentadas. VI Ordem — pALPiQRADOs Thorell, (= M icroth dlph o n i dos Gr as- si). IV — Legião — Holosomaticos Poc. — Cefalotorax indiviso, e não raro soldado no todo ou em parte ao abdômen. Patelas ge¬ ralmente presentes. Respiração traqueal, com os estigmas to¬ rácicos ou abdominais. Telson sempre ausente. VII Ordem — Merídqoastros Thor. (=Podogonios Hansen & Soer.). Cefalotorax separado do abdômen; orgão copulador do macho nas pernas do 3° par; queiice- ras trisegmentadas. VIII Ordem — OpíliÕes Sundv. — Cefalotorax unido em parte ao abdômen. Queliceras trisegmentadas. IX Ordem — Acarínos Nitzsch. — Cefalotorax e abdômen in¬ teiramente fundidos. Queliceras unisegmentadas. Vê-se, portanto, do que acima ficou exposto que apresentam os Pedipalpos afinidades maiores com as Aranhas que com qualquer outra ordem. Apresentam eles o corpo nitidamente dividido em duas regiões, 'cefalotorax e abdômen ( 3 ). O cefalotorax é coberto por um grande escudo dorsal (pâl- tidlo de Bõrner), geralmente indiviso. Nos Tartarideos (rig. 1) esse escudo é dividido em uma grande placa anterior que cobre os quatro primeiros pares de apendiees (propeltidio), duas pequenas e estreitas placas triangulares, ao nivel das pernas III (mesopelíidio) e uma pos¬ terior, um pouco mais larga (metapeltidio), ás vezes com uma linha cie sutura mediana, nem sempre muito nitida. Forma o peltidio adiante Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 13 um rebordo, ora muito estreito, ora mais ou menos longo, e o cefa- lotorax ora é mais longo que largo (T ar tar ide os, Urotrichos), de bordas laterais paralelas, ora muito mais largo que longo (Ainblypygos) e de bordas laterais arredondadas, divergentes. Na face inferior obser¬ vam-se, entre as pernas, placas es temais distintas. Nos Schizopeltideos (*= Taríarüleos) (Fig. 2) e Urotrichos (Fig. 5) ha um presterno trian¬ gular, de base anterior, entre as ancas I e il, e de lados mais ou menos côncavos, um mesosierno muito pequenino, dificilmente visível e um metasterno igualmente triangular, de base posterior. Nos Ainblypygos (Fig. 6) o presterno é muito estreito, espiniforme, de ponta dirigida, para diante, entre as gnatobas.es dos palpas e ancas í, fundindo-se o meso e o metasterno, distinctos apenas pela presença de elevações medianas de forma variavel e de importância systematica. O abdômen é constituído por doze segmentos, cada qual, nos Ainblypygos, com seu tergiío e este mito. Nas outras duas subordens os três segmentos são muito mais estreitos, formando um prolongamento caudal, que se continua no telson segmentado (o flagello). O segundo segmento abdominal apresenta sempre um grande escerniío, o opér- culo genital (justificando a designação Megopercalados de Bõrner). Nele e quasi sempre no seguinte estão as fendas pulmonares, ern numero de um ou dois pares. Nos segmentos intermédios ha depressões pares, de inserções musculares. As queliceras são bisegmentadas (como nas Aranhas), apre¬ sentando o segmento basal robusta apófise apical inferior, denteada, formando com o segundo segmento uma quela mais ou menos nítida (corno se observa em algumas Aranhas), Ha nas queliceras tricobotrias e, não raro, um aparelho estridulanie. (Figs. 3, 4, 7 e 8). Os palpos são sempre robustos e formados dos seguintes segmentos anca, trochanier, femur ,tibia, basilarso e telotarso, este ul¬ timo em forma de garra e, ás vezes, dividido, apresentando um pro- tarso ponteagudo. Os cinco últimos artículos são sempre armados da apófises e espinho, não raro robustíssimos e de grande importância, sistemática. As pernas do primeiro par são muito diferentes das outros, só existindo pateta nos SchizopèUidios. Nos Urotrichos só os dois últimos segmentos são divididos, com um numero reduzido de artículos; nos Am- blypygos ao femur se segue um longo flagelo plurisegmeníado, de grande numero de artículos e no qual nem sempre é possível determinar o limite dos vários segmentos normaes da perna. Esses primeiro par de pernas é de função simplesmente senso ri al, caminhando os Pedipalpos com as seis pernas posteriores, que possuem 03 sete segmentos normais; anca, trocanter, femur, paiela, iibia, basilarso e tarso, a tibia e o tarso, espe¬ cialmente das pernas IV, quasi sempre divididos em 2 ou mais artículos* Apresentam os pedipalpos, quasi sempre, dois olhos medianos, situados em uni pequeno comoro anterior, semelhante ao dos Opiliões 14 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIíl e dois grupos de 3 ou 4 olhos laterais. No 12.° segmento do abdômen dos Nematopygos ha, não raro, duas pequenas manchas simétricas, de forma variavel com as especies, constituindo o que Laurie chamou o orgão caudal, e Kraepelin ommaiidias. Pouco se sabe da estrudura e função de tais orgãos, ora considerados como ocelas, (Kraepelin), ora como orgãos luminescentes (Hansen) ora como tácteis ou auditi¬ vos, e que por sua semelhança com um estema prefiro chamar omatoide, A anatomia interna foi muito bem estudada por Borner, a cuja monografia nada tenho a acrescentar. Estão os autores acordes em dividir os Pedipalpos em duas suborclens e três tribus; fazem excepção Borner, que estuda os Palpi- grados como sub-ordem dos Pedipalpos e O. F. Cook que os divide em quatro ordens (*): Microthelypkonidos (Papigrados), Colopygos (Tartarideos), Uropygos, Ainblipygcs, Pocock, tratando dos Pedi¬ palpos na «Biologia Central Americana» parece querer considerar aos Pedipalpos três sub-ordens quando diz que os generos da America Central pertencem a duas sub-ordens — UroirUha e Atnblypygi, — a primeira só com a familia dos Thelyphonidas, Mas, como bem pon¬ deram Hansen e Sõrensen, os Tartarideos são infimamente aliados aos Thelyphonidas, deles se distinguindo por caractéres de muito menor importância que os existentes entre ambos e os Amblypygos ( r> ). Seguindo, pois, a todos que se têm ocupado dessa Ordem, dividimos os Pedipalpos em duas sub-ordens, das quais a primeiraj subdividida em duas tribus, de acordo com a seguinte chave: A — Cefalotorax mais longo que largo, de lados quasi paralelos. Três últimos segmentos abdominais muito mais estreitos que os anteriores, Cilíndricos, ao ultimo dos quais se articula um íelson filiforme, geralmente píuri- segmentado. Só a porção tarsal das pernas I é pluriaríiculada. Ancas II e ÍÍI contíguas ou quasi contíguas ás do lado oposto. Queliceras formando, robustas pinças terminais — I Subordem — Uro¬ pygos Thorell. B — Escudo dorsal do cefalotorax dividido em uma grande placa anterior (propeltidio), duas intermediarias, triangu¬ lares, muito estreitas (mesopeltidios), e uma pos¬ terior transversa (metapeltidio). Olhos medianos au¬ sentes. Um só par de pulmões, situados no segmen¬ to genital. Telson curto, uni a quadrisegmentado— I Tribu — Schizopeltidios Borner. BB — Escudo dorsal do cefalotorax indiviso. Olhos médios presentes. Dois pares de pulmões situados no 2o (genital) e 3.° segmentos. Telson muito longo, píunsegmsntado — II Tribu — Urotrichos ( 6 ) Pocock. Mello-LeitÃo — Pedipalpos do Brasil 15 AA — Cefalotorax mais largo que longo, quasi semicircular ou renifor- me. Abdômen oval, regularmente arredondado atrás, de telson obsoleto. Pernas do primeiro par com os três últimos segmentos formando um longo flagelo pluriarticulado, muito maior que o corpo. Ancas II e IÍI largamente separadas do lado oposto. Que- ííeeras sem apófise digitiforme, não formando pin¬ ça — 11 Sub-ordem — Amblypygos Thorell. I sub-ordem — “Uropygos” Thorell I Tribu — “Schizopeltidlos” Borner (= Tartariòeos Cambrv = Colopygos F. O, Cook) Esta tribu não foi até o presente encontrada no Brasil, mas já foram varias especies descritas da zona Neoírópica (Venezuela, Ame¬ rica Central) e por isso vamos tratar dela resumidamente. Compre¬ ende uma unica familia, com os caractéres da tribu. I Faniüia — “Schizomidas” Hansen & Sccr. 1905 Cefalotorax dividido em seu escudo dorsal, conforme foi dito na chave acima. Olhos médios ausentes; quando multo um par de olhos laterais, geralmente apenas um par de manchas amareladas com sua superfície reticulada como a chi tina que as cerca ou mesmo sem vestígios de olhos. Prosterno de ângulos laterais pouco salientes, apenas alcançando a bórda interna das ancas II e de borda anterior direita ou levemente convexa no meio e arredondada dos lados. Primeiro ester- iiito abdominal fracamente chitinizado; esternito IV, pelo menos dos lados, algumas vezes mais longo que o esternito III e pouco mais curto que V. Flagelo abdominal curto, subciündrico e tri- ou quadri-articula- do na femea, espessado e simples no macho. Nunca ha omalóides. Segmento basal das queliceras espessando-se para o apice, jpouco piloso. Palpos dobrados verticalmente; a tibia sem apófise terminal; tarso, em sua porção basal, quasi da mesma espessura da tibia, conico, terminando por uma garra movei bem desenvolvida, não havendo qne¬ la terminal. Ancas I quasi no mesmo plano das outras, bem mais longas e quasi com a metade da largura das ancas II. ; xó Archevos do Museu Nacional — Vol. XXXÍÍI Tarso I de seis artículos, pouco mais longo que o imita rs o. Ancas lí com delgada apófise portuda no angulo apical interno. Basiíarso II, líi e IV quasi tão longo como a tibia e maior que o íelofarso. Um só par de pulmões, de estigmas situados dos lados do Isegmento genital. Kraepeun (1899) e Hansen consideram dois generos, que se distinguem apenas pela divisão ou não do metapeltidio. Em Scmízomus Cook o metapeltidio não apresenta sutura mediana (mas possue ás vezes uma linha esbranquiçada) sendo esta presente ou substituída por uma linha membranosa em Tríthyreus Kracp. Ora, o proprio Hansen diz que para ser observado esse caracter é preciso examinar-se o ann mal a seco e com grande aumento, devendo ele ser considerado quasi sem importância e Triihyreus ser conservado como subgenero ( 7 ), mas adiante da chaves distintas para as especies dos dois generos, ainda separados em seu ultimo trabalho (1926). Gravely, estudando os Pe- dipalpos coligidos por Buxton, salienta o pouco valor do elemento de separação entre os dois generos, fundindo-os em um só, mostrando, outrosim, que uma diagnóse valida só pode ser dada sobre os machos ( H ). Em 1922 R. Chamqerlín descreve um novo genero Stenochrus que se distingue de Schizomus peia ausência de mesopeltidios, caracter realmente de grande importância. i — Genero Schizoniíts Cook 1890 Typo: $. crassicaudafos Cambr Sin.: Nyciaíops Cambridge, 1872 — nec. Nycíalops Wagíer, 1832. Schizonoiiis Thoreil, 1888 — nec. Schizonotus. Schizonoius Kraepclín, 1899. Tripeltis Thoreil, 18S9 — ncc. Tnpelüs Cope 1886. Tnthyrem Kraepelin, 1899 — Typo: Trithyreus cambridgci Thoreil, 1889. Triplo mus Ccock, 1899 — N. n. para Tripettis Thor. Âriacarus Cook, 1899 — Tipo: À. liberiensis Cook (nornen nudum?). Thibbardia Cook, 1899 — Tipo: H. pentapcliis Cook. Na Revisão dos Tartandeos rei numero dobrou, apesar do que diz ess: Dou a segir a lista das especies até alfabética: ere Hansen 15 especies. Esse í mesmo autor em 1926 ( 9 ). agora conhecidas, em ordem Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil i 7 I— Schizomus africanus (Hansen), 1905. Trithyreus africanus Hansen, 1905 — Ark. f. zool. — p. 53. África Ocidental. 2 — Schizomus bagnallii (Jackson), 1903. Trithyreus bagnalli Jackson, 1903 — Trans. Nat. Hist. Soc. Newcastle, p. 49. Nas estufas do jardim de Kew. 3 --Schizomus buxtoni Gravely, 1915 — Rec. Indian Mus. Ceilão. 4 — Schizomus brevicauda (Hansen), 1921. Trithyreus brevicauda Hansen, 1921 — Studies on Àrthropods. África Ocidental. 5— Schizomus cambridoei (Thorell), 1889. Tripeltis cambridgei Thorell, 1889 — Ann. Mus. Gênova, VoL XXV. Burma, Ilhas de Bismark, índia. 6 — Schizomus cavernicola Gravely, 1912 — Rec. Ind. Mus., Vol. VIL Burma (em cavernas). 7 —Schizomus- clavioer (Hansen), 1905. Trithyreus claviger Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 65. Singapura. 8 —Schizomus crassicaudatus (Cambridge), 1872. Nyctalops crassicaudatus Cambridge, 1872 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4, Vol. 10. Nyctalops tenuicaudatus Cambridge, 1872 — Id. ibid. (A fe- mea de N. crassicaudatus) como demonstrou Pocock. Schizonoius crassicaudatus e tenuicaudatus Thorell, 1889. Schizonotus crassicaudatus Kraepelin, 1899. — Das Treirhick. Schizonotus tenuicaudatus, Id. ibid. Schizomus crassicaudatus Hansen, 1.905 — Ark. f. zool. Ceilão, índia, Sibéria. 9 —Schizomus díspar Hansen, 1905 — Ark. f. zool, p. 46. Martinica. 10 —Schizomus flavescens Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 44. Venezuela. II— Schizomus orassii (Thor.), 1889. Burma. Tripeltis grassii Thorell, 1889 — Ann. Mus. Civ. Gênova — Vol. VII, p. 554. Trithyreus grassii, 1905 — Ark. f. zool., p. 65. 12 — Schizomus guatemalensis Chamberlin, 1922 — Proc. Biol. Soc. Washington — p. 10. Guatemala. i8 Archsvos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 13 — Schizomus hanseni, n. n. para Trithyreus cavernicola Hansen, 1926 — Arch. Zool. Exp., nec Schizomus cavernicola Grave- ly, 1912. Zanzibar. 14 — Schizomus insionis Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 47. Maríinica. 15 — Schizomus kharagpuensis Graveíy, 1912 — Rac. Ind. Mus. índia. 16 — Schizomus latipes Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 69. Seychelles. 16— Schizomus lunatus Gravely, 1911 — Rec. Ind. Mus. índia. 18 —Schizomus luzonicus (Hansen), 1905. Trithyreus luzonicus Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 61. Phiiippinas. 19 —Schizomus modestus (Hansen), 1905. Trithyreus modestus Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 63. Nova Guiné. 20 — Schizomus montanus Hansen, 1910 — Kiíimandjaro Mern Expe- dition. Kiíimandjaro. 21— Schizomus parvus (Hansen), 1921. Trithyreus parvus Hansen, 1921 — Studies on Arthropods. África Ocidental. 22 — Schizomus pentapeltis (Cook), 1899. Hubhardia pentapeltis Cook, 1899 — Proc. Ent. Soc. Washing¬ ton, p. 253. Califórnia. 23 — Schizomus peradinyensis Gravely, 1911—Spoíia Zeylanica. Ceilão. 24 — Schizomus perplexus Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus. Ceilão. 25 — Schizomus procerus (Hansen), 1905. Trithyreus procerus Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 59. Singapura. 26 — Schizomus auteri Kraepelin, 1912 — Jahrb. wiss. Anst. Hamburg, Vol. XXVIII. Formosa. 27 — Schizomus siamensis (Hansen), 1905. Trithyreus siamensis Hansen, 1905 — Ark. f. zool., p. 57. Sião. 28 — Schizomus sijuensis Gravely, 1925 — Rec. Ind. Mus, Vol. XXVI, p. 61. índia (Montes Garo, em cavernas). Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 19 20 — Schizomus siMiLis Hirst, 1013 — Trans. Liiin. Soc. London, p. 31. África. 30 — Schizomus simonis Hansen, 1903 — Ark. f. zool., p. 42. (Fig. 10). Venezuela. 31— Schizomus suboculatus (Pocok), 1900. Trithyreus suboculatus Pocock, 1900 — The fauna of British i Indic, Arachnida, p. 121. Ceilão, índia, 32 — Schizomus vittatus Gravely, 1911 — Spolia Zeylanica, p. 138. Ceilão. 2 — Genero Stenochms R. Chamberlin, 1922 Typo: S. fortoricensis Ch, 33 — Stenochrus portoricensis Ralph Chamberlin, 1922 — Proc., Biol. Soc. Washington, Vol. 35, p. 11. II Tribu — “Urotrichos” Pocock (=Holopeiíiòios Bõrner =Uropygos Cook — Oxopoei Thorell) Cefalotorax com um escudo dorsal indiviso. Olhos bem desen¬ volvidos, sendo dois medianos frontais e, mais para trás, de cada lado, junto ás margens, um grupo de três olhos grandes e, geralmente* dois muito pequeninos. O prosternum de ângulos laterais prolongados em uma apófise estreita, atrás da inserção das ancas I e acima da porção distai das ancas II; sua borda anterior é saliente no meio e côncava dos lados^ Primeiro esternito abdominal muito chitinizado; sternito IV tão longo como o terceiro ou mais curto e muito mais curto que o quinto. Telson longo, filiforme, pluriarticulado, semelhante nos dois sexos; geralmente ha omatoides basais. Segmento basal das queliceras mais espesso na base e muito piloso. Palpos dobrados no plano horizontal; tibia com uma apófise cônica no angulo distai interno; tarso em forma de garra, mais estreito na base que a tibia e formando com a apófise apical da mesma uma quela. Ancas I em plano muito mais alto que as outras e que as ancas dos palpos; mais curtas e muito mais estreitas que as ancas II. Telotarsos I de sete artículos e quatro a sete vezes mais iongo que o basitarso. Ancas II sem vestígio de apófise apical interna. 20 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII Basitarsos II, III e IV muito curtos, muito mais curtos que; as tibias e menores que o primeiro articulo do telotarso. Dois pares de pulmões, nos segmentos II e III do abdômen, de estigmas não visiveis. Ha, igualmente, uma única familia, com os caracteres da tribu. II Familia — “Theüphonidas” Lucas, 1835 Esta familia, largamente representada em todas as regiões tropicais do Globo, divide-se em 11 generos. A chave que vai abaixq é combinada das de Kraepelin e Gravely e com inclusão do novo jgenero Amaur o mastigou. A — Quilha entre os olhos médios e laterais quasi sempre ausente, ou, quando presente, pouco nitida. B — Ultimo segmento abdominal (terceiro caudal) sem omatoides; apófise tibial do macho delgada e pouco diferente da da femea — Theliphonellus Pocok. BB—Ultimo segmento abdominal (terceiro caudal) com omatoides; apófise tibial do macho muito modificada: C — Esporões tibiais só nas patas posteriores — Labochirus Pocock. CC — Esporões tibiais nas patas III e IV — Hypoctonus ThorelL AA — Quilha entre os olhos médios e laterais sempre presente e muito nitida: B — Ultimo segmento abdominal (terceiro caudal) sem omatoides; C — Sternito abdominal do macho sem sulco mediano; margem posterior do sternito II sem tubérculo mediano —t Amauromastigon, g. n. CC — Sternito abdominal do macho com forte sulco mediano; mar¬ gem posterior do sternito II com tubérculo me¬ diano — Abalíela Strand. / BB — Ultimo segmento abdominal (terceiro caudal), com omatoides; C — Mão chata, duas vezes mais larga que o femur, longo e delii cado; dedo imóvel, fortemente curvo — Mimos- corpius Pocock. CC — Mão convexa, raramente mais larga que o femur, e de dedo imóvel direito D — Apófise tibial do macho fortemente modificada, cilíndrica ou carenada; telotarso I da femea modificado no pe¬ núltimo ou nos dois últimos segmentos — Typo- PELTIS PoCOk. Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil' 21 DD — Apófise tibial do macho não fortemente modificada, pon- teaguda; telotarso I da femea modificado no ante¬ penúltimo segmento (isolado ou com outros) : E — Síernito abdominal I do macho sem sulco mediano; mar¬ gem posterior do sternito genital sem tubérculo mediano: F — Apófise tibial do macho igual á da femea; gnatobase (anca) dos palpos sem dente na borda interna —» Mastigoproctus Pocock. FF — Apófise tibial do macho muito mais delgada que na femea; ancas dos palpos com um forte dente na borda interna,, dirigido para Identro— Uroproctus Pocock. EE — Sternito abdominal do macho com forte sulco mediano; margem posterior do sternito II com tubérculo me¬ diano: F — Ultimo segmento abdominal (3 o caudal) com um orna- toide de cada lado — Thelyphonus Latreille, FF — Ultimo segmento abdominal (3.° caudal) com dois orna- toides de cada lado — Tetrabalius Thorell. 3 — Genero Labochirus Pocock, 1894 Typo: L. firoboscideiis (Buther)’ Kraepelin cita apenas a especie tipo. Gravely (1916) refere? 10 especies, ás quais nenhuma outra se veio juntar até agora. São elas: v 34 — Labochirus africanus (Hentschel). 36 — Labochirus andersoni (Oates), 1800. Thelyphonus andersoni Oates, 1890 — J. Asiat, Soc. Belgal, p. 11, pr. 2, f. 12. Burma. 36 — Labochirus browni (Gravely), 1912. Hypodonus browni Gravely, 1912 — Rec. Ind. Mus. Burma. 37 — Labochirus cervinus Pocock, 1900 — The fauna of British índia. índia. 38 — Labochirus dawnae (Gravely), 1912. Hypoctonus dawnae Gravely, 1912 — Rec. Indian Mus. Burma. 39 — Labochirus ellisii (Gravely), 1912. Hypoctonus ellisii Gravely, 1912 — Rec. Ind. Mus. Burma. 22 Archivos do Museu Nacional — Vol, XXXIII 40 — Labochirus gastrostíctus (Kraepelin), 1899. Hypoctonus gastrostíctus Kraepelin, 1899 — Scorpiones und Pedipalpi, p. 230. Bornéo. 41 — Labochirus kraepelini (Simon), 1901. Hypoctonus kraepelini Simon, 1901 — Proc. Zool. Soc., 1901 — Vol. II. Jabor. 42 — Labochirus proboscideus Pocock, 1900 — The fauna of British índia. índia. 43 — Labochirus tauricornis Pocock, 1900 — Ann. Mag. Nat. Hisi., ser. 7, Vol. V. índia. 4 — Genero Hypoctonus Thorell, i8S8 Typo: H. formosas (Butlier) Algumas das especies descritas dêste genero, mesmo por au¬ tores modernos, pertencem ao genero Labochirus, como se acaba de ver. Gravely (1916) refere as 11 especies seguintes; 44 — Hypoctonus binghami (Oates), 1890. Thelyphonus binghami Oates, 1890 — J. Anat. Soc. Bengal, p. 15. Birmania. 45 — Hypoctonus birmanicus Hirst, 1911— Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 8 , Vol. VIII, p. 380. Birmania. 46 — Hypoctonus carmichaeli Gravely, 1916 — Rec. Indian Mus. Yunan. 47 — Hypoctonus formosus (Buther), 1872. Thelyphonus formosus Butler, 1872 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4, Vol. X, p. 201. Birmania. 48 — Hypoctonus granosus Pocock, 1900 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 7, Vol. V. Yunan. 49 — Hypoctonus oatesi Pocock, 1900 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 7, Vol. V. \ \ * • ( . Birmania. Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 23 50 — Hypoctonus rangunensis (Oates) 1890. Thelyphonus rangunensis Oates, 1890 — J. Anat. Soc. Ben-* gal, p. 18. Birmania. 51 — Hypoctonus saxatilis (Oates), 1890. Thelyphonus saxatilis Oates, 1890 — J. Asiat. Soc. Bengal, p. 17. Birmania. 52 — Hypoctonus silvaticus (Oates), 1890. Thelyphonus silvaticus Oates, 1890 — J. Asiat. Soc. Bengal, p. 18. Birmania. 53 — Hypoctonus stoliczkae Gravely, 1912 — Rec. Ind. Mus. Birmania. 54 — Hypoctonus woodmasoni (Oates), 1890. Thelyphonus wodmasoni Oates, 1890 — J. Asiat. Soc. Ben- gal, p. 12. 5 — Genero Theíiplionelliis Pocock, 1894 Cefalotorax sem quilha marginal entre os olhos laterais e os medianos. Omatoides ausentes. Olhos médios postos na superfide do cefalotorax, sem comoro de separação. Primeiro sternito abdominal sem sulco mediano. Apófise tibial dos paípos semelhante nos dois sexos, bem como os telotarsos. Uma só especie: 55 — Theliphonellus amazonicus (Butler), 1872. Theliphonus amazonicus Butler, 1872 — Ann. Mag. Nat. Hist, ser. 4, Vol. X, p. 201, pr. 13. f. 2. Kraepelin dá desta especie a seguinte descrição resumida: Corpo negro, pernas avermelhadas. Cefalotorax pouco rugo- so. Operculo genital sem sulco ou depressão, de borda posterior con¬ vexa, dilatada no meio, mais no macho que na femea. Palpos do macho alongados; trocanter com 5 pequenos dentes na bórda anterior de face dorsal lisa; femur, tibia e mão lisos, brilhantes; apófise tibial* de bórda posterior apenas denticulada. Comprimento até 25 mm. Hab.: Guiana Inglesa e Pará. 6 — Genero Amauromastígon g. n. Cefalotorax com quilha marginal pouco acentuada dos olhos,' médios aos laterais. Omatoides ausentes. Comoro ocular pouco nitido. Pri¬ meiro sternito abdominal sem sulco mediano. Apófise tibial e tarsos I semelhantes nos dois sexos. Uma só especie: 24 Archivos do Museu Nacional —> Vol. XXXIII 57 — Amauromastigon annectens (Werner), 1Q16. Masügoproctus annectens Werner, 1916 — Jahrb. Nassau Ver. Naturk, Vol. LXIX, p. 94. Corpo de 18 mm.; flagelo de 23. 1 Cefalotorax finamente granuloso, com duas elevações arredon¬ dadas, separadas por um sulco longitudinal mediano atrás dos olhos médios. Comoro ocular indistincto. Crista dos olhos médios aos late¬ rais pouco acentuada, mas bem nitida. Operculo genital com duas depressões laterais, liso. Trocanter dos palpos com 5 robustos espinhos superiores, sendo os do angulo anterior maiores; trochanter e femur granulosos, tibia e mão lisos, com depressõeszinhas esparsas. Apófise: tibial serrilhada em cima e com dois denticulos inferiores. Segmentos dos tarsos I sem diferenciação. Cauda sem omatoides, inteiramente; glabra, Tibias sem espinhos apicais. Dorso bruneo-fulvo escuro; tarsos vermelho-claros; prolongamento caudal amarelado. Hab.: Santa Catharina. 7 — Genero Abaliella Strand* 1928 Nome novo para Abalius Kraepelin, 1897 (nec Abalius Cabanis, 1861 ) Typo: A. rohdei (Krpln.) 1897 57 — Abaliella manilana (Kraepelin), 1901. Abalius manitanus Kraepelin, 1901 — Abh. Ver. Hamburg, Vol. XVI, Part. I, p. 4. Philippinas. 58 — Abaliella rohdei (Kraepelin), 1897. Abalius rohdei, 1897 — Abh. Ver. Hamburg., Vol. XV, p. 16. Nova Guiné. 59 — Abaliella samoana (Kraepelin), 1897. Abalius samoanus Kraepelin, 1897 — Abh. Ver. Hamburg, Vol. XV, p. 17. Samoa. 60 — Abaliella willeyi (Pocock), 1898. Abalius wilbeyi Pocock, 1898 — Zool. Results, Vol. í, p. ,98. Arquipélago de Bismark. 8 — Genero Mimoscorpius Pocock, 1894 Só se conhece o tipo: 61 — Mimoscorpius pugnator (Butler), 1872. Thelyphonus pugnator Butler, 1872 — Ann. Mag. Nat. Hist, ser. 4, Vol. X, p. 204. Philippinas. ' . / Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 25 9 — Genero Typopeltis Pocock, 1894 T amürensis (Farnesi) 1889 62 — Typopeltis amürensis (Tarmani), 1889. Thelyphonus amürensis Tarnani 1839 — Zool. Anz., Vol. XII, p. 119. Amur. China. 63 — Typopeltis dalyi Pocock, 1900 — Ann. Mag. Nat. Hisi., Ser. 7, Vol. V, p. 295. Sião. 64— Typopeltis harmandi Kraepelin, 1901 — Abh. Ver. Hamòurg, Vol. XVI, Parí I. Cochinchina. 65— Typopeltis kawahouii Tarnani, 1900 — Zool. Ang., Vol. XXÍIÍ, p. 481. Sibéria. 66 — Typopeltis nioer (Tarnani), 1894. Thelyphonus niger 1894 — Zool. Anz., Vol. XV 1 Í, p. 30. , China. 67— Typopeltis stimpsoni (Wood), 1862. Thelyphonus stimpsoni Wood, 1862 — Proc. Ac. Phiíad,, p. 312. Typopeltis crucifer Pocock, 1894 — Ann. Mag, Naí. Hisi, ser. 6 , Vol. XIV, p. 123. Typopeltis formosas Kraepelin, 1897 — Abh. Ver. Hamburg, Vol. XV, p. 14. Typopeltis crucifer kodü Schwangarth, 1905 — Zool. Anz., Vol. XXX, p. 332. China e Japão. 68 — Typopeltis tarnanii Pocock, 1902 — Ann. Mag. Nat. Hisi, Ser. 7, Vol. IX, p. 160. Sião. 10 — Genero Masíigoprocítis Pocock Typo: M. giganfeus (Cucas) Cefaíotorax com crista marginal dos olhos médios aos olhos laterais. Olhos médios em um comoro ocular. Terceiro segmento caudal com um omaíoide de cada lado. Apófise tibial do macho mais delgada que na femea. Tarsos I iguais nos dois sexos. Sternito abdominal I sem sulco mediano, com 2 depressões razas; sternito 11 sem crista ou espinho mediano. Neotropico. 26 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII Conhecem-se oito especies, para as quais organizei a seguinte chave; A — Garra das queliceras profundameníe entalhada em sua borda ex¬ terna. Ancas dos palpos com varias filas de pe¬ quenos dentes — M. proscorpio (Latr.). AA — Garra das queliceras apenas levemente côncava na bórda .ex¬ terna : B — Fêmur e iiòia dos palpos de face superior lisa e brilhante, com algumas pontuações esparsas: C — Esporões libiais presentes sómente nas pernas do ultimo par — Aí. tiockirus Poc. CC— Esporões fibiais presentes nas pernas III e IV; segundo segmento dos tarsos maior que o terceiro — Al. formidabilis Hirst. BB — Todos 06 segmentos dos palpos rugosos, com grânulos e pon¬ tuações densas: C — Esporões fibiais presentes nas tíbias II, III e IV; segunda segmento tarsal II nitidamente maior que o ter¬ ceiro : D —Omatoides eliticos — Aí. giganteus (Lucas). DD — Omatoides circulares — M. mínensis sp. n. CC — Esporões tibíais ausentes nas tibias do segundo par; D — Omatoides conspícuos ; E —Segundo segmento dos tarsos I maior que o terceiro ou igual; F —Segundo segmento dos tarsos I maior que o terceiro; G —Omatoides transversos, estreitos, eliticos — Aí. maximus Tarnani. FF — Segundo segmento dos tarsos I igual ao terceiro; oma¬ toides circulares — Aí. brasilianus (Koch). EE — Terceiro segmento do tarsos I maior que o segundo — Aí. perditiis sp. n. DD —Omatoides muito pequenos, punctiformes; segundo seg¬ mento dos tarsos I bem menor que o terceiro — AA. biitíen Poc. Também pelo tamanho podem ser separados os adultos destas especies: Mello-LeitÃo — Pedipalpos do Brasil 27 A —Especies de 55 mm. ou maiores (omatoides eliticos, transversos; segundo segmento dos tarsos I maior que o ter¬ ceiro) : B — Esporões tibiais nas pernas II, III e IV — Aí. giganteus. BB — Esporões tibiais só nas pernas III e IV ou só em IV: C—Mão estreita, quasi duas vezes mais longa que larga — Aí. jormidabllis. CC — Mão larga, menos de vez e meia mais longa que larga — Aí. maximus. AA — Especies de 45 mm. ou menores (omatoides circulares ou pun- ctiformes (?): B — Queliceras de forma característica — AL proscorpio . BB — Queliceras normais: C — Palpos lisos — AI. liochirus. CC — Palpos rugosus: D — Omatoides conspícuos, circulares: E — Dentes marginais do trocaníer dos palpos pequenos — M. brasiüanus. EE — Dentes marginais do trocanter dos palpos muito robus¬ tos — Aí. perdltus sp. n. DD — Omatoides punctiformes, quasi obsoletos — Aí. batleri. 69 — Mastigoproctus giganteus (Lucas), 1S35 (Fig. 11). Thelyphonus giganteus Lucas, 1835 — Mag. Zool., vol. V, pt VIII, pg. Thelyphonus rufus Butler, 1872 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4., vol. X, p. 205. Thelyphonus exubitor Girar, 1852 —- Nat. Hist. Red. River, p. 265, f. 17. Aí. g. Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 6, vol. XIV, p. 130. Aí. g. Kraepelin, 1899 — Das Thierreich, p. 221. A.í. g. Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 47, pr. X, fl. 1-4. Sul dos Estados Unidos e México. 70— Mastigoproctus giganteus mexicanus (Butíer), 1872. Thelyphonus mexicanus Butler, 1872 —- Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 6, vol. X, p. 201. Aí. g. m. Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 48. México. 28 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 71 — Mastígoproctus giqanteus scabrosus Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 48. * México. 72— Mastígoproctus brasilianus (C. L. Koch), 1843 (Fig. 12). Thelyphonus brasilianus C. L. Koch — Die Arachniden, vol. X, p. 24, f. 770. M. b, Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 225. Corpo até 46 mm. Flagelo caudal: 50 mm. Corpo pardo ou fulvo escuro, as pernas fulvas. Cefalotorax ranuloso e rugoso adiante, o comoro ocular muito pontilhado. Quilhas iterais não excedendo atrás os olhos laterais. Borda anterior granulosa, denticulada. Esternitos abdominais posteriores lisos. Omatoides grandes, arredondados. Anca dos palpos granulosa, a apófise interna com uma fila de denticulos; trocanter com 6 a 8 espinhos na bórda anterior (na femea o do angulo anterior é maior; no macho são todos quasi; iguais), de face superior finamente granulosa; femur da femea muito rugoso, no macho densamente granuloso; mão da femea com fossetas numerosas, no macho granuloso. Segundo segmento dos tarsos I quasi do mesmo comprimento que o terceiro, ambos 2 1/2 a 3 vezes mais longos que largos. Esporões tibiais só nas pernas posteriores ou, de um dos lados, também nas pernas III. Ha desta especie, no Museu Nacional, exemplares do Espirito Santo (Rio Doce) e do Pará. 73— Mastígoproctus butleri Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. ó, vol. XIV, p. 130, pr. II, ff. 5, 5-a. A descrição de Pocock é feita sobre um exemplar das cole¬ ções do Museu Britannico, determinada por Butler como sendo a es¬ pecie anterior. Kraepelin, sem razão, coloca esta especie na sinonimia de Mastigoproctus prescorpio (Latr.). Pocock declara ter examinado muitos exemplares da especie de Latreille, todos provenientes do Haiti, não sendo razoavel que assim se enganasse ( 10 ). Aliás, embora consi¬ derando M. butleri idêntico a Aí. proscorpio, Kraepeün refere como pa- tria exclusivamente as Antilhas e especialmente o Haiti ( u ). Dou como valida e boa a especie de Pocock, cuja descrição resumo: Corpo: 39 mm. Cefalotorax: 16 mm. Colorido vermelho enegrecido na face dorsal, mais pálido em baixo. Cefalotorax densamente granuloso, o comoro ocular completa e finameníe' serrilhado, a area abaixo dêle vertical, a extremídadé an¬ terior do cefalotorax também quasi vertical-; fovea toracica profunda, o sulco mediano conspicuo e liso anteriormente. Tergitos abdominais gra¬ nulosos, com uma serie conspícua de grânulos na bórda posterior. Mello'Leitão — Pedipalpos do Brasil 29 Operculo genital grande, liso, brilhante, fortemente deprimido acima do estigma e com um sulco mediano razo em sua metade posterior; terceiro sternito abdominal finamente granuloso, com uma crista baixa mediana; os outros sternitos inteiramente lisos. Palpos: anca lisa, de apófise dirigida para diante, paralela á do lado oposto. Trocanter rugoso, pouco granuloso, cóm 3 dentes rombos, tuberculiformes, na bórda interna e com um pequeno dente na base do grande dente angular do lado externo, a bórda inferior armada de forte espinho dentiforme. Fêmur cheio de pontuações, de face dorsal rugosa, armado adiante apenas de um pequeno tubérculo inferior; tibia também pontilhada, com um dente cilíndrico, conspícuo, na base da apófise, que é delgada, serrilhada adiante e.lisa atrás; mão como a tibia, finamente serrilhada internamente (a serrilhaçao passando ao dedo imóvel) e com o espinho anterior inferior. Tarsos I com o terceiro segmento maior que os outros, o 2.° e o 9.0 quasi iguais, diminuindo regularmente o tamanho do para o 8.0, todos cilíndricos. , Refere Pocock como caracteres que permitem imediatamente distinguir esta especie: a armadura do trocanter dos palpos, com um só grande espinho inferior, a ausência de espinhos no fêmur e a presença de um espinho nitido na base da apófise tibial. Hab.: Brasil (sem determinação de localidade). 74 — Mastigoproctus formidabilis Hirst, 1912 — Ann. Mag. Nat. Hist, Venezuela. 75 — Mastigoproctus liochirus Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 48, pr. X, f. 5 (Fig. 13). Guatemala. México (M. N.). 76 — Mastigoproctus minensis sp. n. (Fig. 13). Cf — 34 mm. Cefalotorax 12 mm:. 22 X 10 mm. Pernas: 112 mm. Femures: 9-7-8-Q mm. Pernas I: 9 4-12 11 -p 4-80 mm. Bórda anterior do cefalotorax muito estreita, de apófise frontal inteiramente visível do dorso, carenada. Cristas laterais formando um arco muito nitido, partindo do meio do comoro ocular e exíendendo-sé sobre os olhos laterais. Comoro ocular alto. Cefalotorax muito pouco granuloso, chagriné. Abdômen chagriné, com granulações esparsas mais numerosas nos quatro últimos segmentos, todos com uma fila posterior de granulações. Rebordo lateral e pleuras muito granulosas, de gr⬠nulos alongados, dispostos em series obliquas. Flagelo das pernas an- tariores: segmentos í e lí iguais, Iíí menor que o segundo, e depois, regularmente diminuído para o apical. Todas as tibias com dois e-spi- nnos. Omatoides muito grandes, circulares. Flagelo menor que o tronco. Palpos muito granulosos: Trocanter com 2 espinhos inferiores, o apicaL 30 Archivos do Museu Nacional — Voi. XXXIII duas vezes menor, e com 6 espinhos anteriores, o quarto (a partir de( cima) bem maior, diminuindo regularmente dos dois lados; femur de apófise mediana quasi obsoleta; tibia com apófise apical armada de 2 dentes inferiores e 8 superiores (sendo 4 maiores e 4 grânulos); mão de bórda interna denteada, o dedo livre com a borda interna den¬ teada; ancas com apófise apical mais larga que longa, curva, muito afastada da da anca oposta. Ventre liso. Colorido geral côr de mogno escuro. Hab.: Minas Gerais. Tipo: No Museu Paulista. 77 — Mastigoproctus maximus (Tarnani), 1889 (Fig. 14). Theliphoms maximus Tarnani, 18S9 — Zool, Anz., Vol. XII, p. 121. M. m. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 225. Corpo — 65 mm. Flagelo caudal 50 mm. Cefalotorax 28 mm. Corpo fulvo-escuro, com a face ventral um pouco mais clara, e as ancas das pernas e a parte media do esternito opercular tamberrí jlevemente mais claros. Palpos da côr do cefalotorax. Pernas mais avermelhadas, principalmente as do primeiro par. Queliceras normais. Cefalotorax densamente granuloso e rugoso adiante, com o sulco mediano profundo; o comoro ocular alto, pontudo, distante da bórda cerca de um diâmetro. Crista lateral, unindo o comoro ocular, aos olhos laterais, muito acentuada. Abdômen menos granuloso que o cefalotorax; o primeiro esternito com duas depressões muito razas la¬ terais e uma pequena depressão mediana junto á borda posterior; o segundo grosseirarnente granuloso, excepto em sua porção mediana. Os últimos esternitos lisos, com filas de pequeninos grânulos junto á bórda posterior. Omatoides mediocres, eliticos, transversais. Palpos muito granulosos: ancas com a gnatobase provida de duas filas de denticulos internos; trocanter com 6 espinhos superiores^ os três internos pequeninos, os três anteriores bem mais conspícuos; proximamente iguais e com dois espinhos pequenos na face ventral; femur pouco granuloso, com dois pequenos espinhos conicos no meio da face interna, obliquamente dirigidos para diante; apófise apical ro¬ busta, granulosa, semelhante nos dois sexos, o resto da tibia liso; mão densamente pontilhada. Terceiro segmento dos tarsos I duas e meia. vezes mais longo que largo, mais curto que o segundo, os cincoi segmentos apicais curtos e iguais, o primeiro segmento um nada maiór que o segundo. Esporões tibiais só presentes nas pernas IV (e, ás vezes, de um lado, nas pernas III). Hab.: Mato Grosso. Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 31 78 — Mastigoproctus perditus sp. n. (Fig. 15). Cefalotorax fulvo escuro, bem como o abdômen, este com faixas transversais mais claras, Pernas um pouco mais claras que o cefalotorax. Palpos cor de mogno claro, em frizante contraste com o corpo. Queliceras normais. Cefalotorax densamente granuloso, de sulco mediano razo. Co- moro dos olhos médios baixo, contíguo á borda anterior, que é vertical. Quilha lateral indo dos olhos médios ao meio dos grupos oculares la¬ terais, inteiramente expostos. Abdômen com as granulações em filas transversais regulares. Esíernito opercular com duas depressões laterais e uma mediana, os outros lisos. Omatoides circulares, conspícuos. Palpos pouco granulosos: ancas com a gnatobase com 2 filas de denticulos internos, um basal inferior e 2 apicais superiores; trocan- ter com 6 espinhos superiores muito robustos, mais do que em qualquer outra especie, e com 2 espinhos na face inferior, levemente excavada; femur quasi liso, com um pequeno espinho medio inferior; apófisq apical da tibia muito robusta, maior que o dedo livre da mão; mão larga, pouco mais longa que larga, com pequeno espinho na base do dedo movei. Esporões tibiais só nas pernas IV; segmento basal dos tarsos anteriores menor que o segundo e este menor que o terceiro, os outros bem mais curtos, iguais. Hab.: Mato Grosso. Tipo: No Museu Nacional. 79 — Mastigoproctus proscorfio (Latreille), 1806. Thelyphonus proscorpio Latreille, 1806 — Gen. Crust. Ins., T. I, p. 129. M. p. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 224. Haiti. ii — Genero Uroproctus Pocock, 1894 Só uma especie: 80 — Uroproctus assamensis (Stoíiczka), 1869. Thelyphonus assamensis Stoíiczka, 1869 — J. Asiat. Soc. Ben- gal, V. 38, p. 205. Thelyphonus psittacinus Butler, 1873 — Cistala entom., Vol. VI, p. 129. U. a . Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist, ser. 6 , Vol. XIV, p. 129. índia (varias localidades). 32 ÀRCHivos do Museu Nacional — Vol. XXXIlí 12 — Genero Theíyphonus Typo: T. caudatas (T.), 1758 Até a revisão de Pocock (1894) todos os Urotrichos eram des¬ critos como pertencendo a este genero. Dêle restam agora as 21 espé¬ cies seguintes, catalogadas por Gravely: 81 - - Tmelyphonus anthracinus (221) Pocock, 1894. Borneo. 82— Tmelyphonus asperatus (220) Thorell, 1888. Java. Amboina. 83 — Thelyphonus borneensis (217), Kraepelin, 1897. Borneo. 84 — Tmelyphonus burchardi Kraepelin, 1912 — Hamb. Jahrb. Wiss. Anst, Vol. XXVIII. S um atra. 85— Thelyphonus caudatus (217) (Linneu), 1758. java. 86 — Thelyphonus celebensis (218) Kraepelin, 1897. Celebes. 87 — Thelyphonus doriae (218) Thorell, 1888. Borneo. Singapura. 88 — Thelyphonus hanseni (220) Kraepelin, 1897. Mindanao. 89— Thelyphonus insulanus (232) Keyserling, 1884. Ilhas Viti. 90— Thelyphonus kluoi (217) Kraepelin, 1897, Sumatra. 91— Thelyphonus beucurus (221) Pocock, 1898. Ilhas Salomão. 92— Thelyphonus linganus (217) C. L. Koch, 1843. Sumatra. 93— Thelyphonus manilanus (222) C. L. Koch, 1843. Philippinas. Papuasia. 94 — Thelyphonus pococki Tarnani, 1901 — Zool. Anzeiger, Vol. XXIII, p. 481. Celebes. 95— Thelyphonus sehnehagení (222) Kraepelin, 1897. Ranguim. 96— Thelyphonus schimkewitschi (219) Tarnani, 1894. Sião. 97 — Thelyphonus semperi (219) Kraepelin, 1897. Mindanao. Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 33 98 — Thelyphonus sepiaris (223) Butler, 1873. Syn.: Thelyphonus cristatus Pocock, 1900 — The Fauna of British índia. Ceylão. índia. 99 —Thelyphonus sumatranus ( 221 ) Kraepelin, 1897. Sumatra. 100 — Thelyphonus sucki (219) Kraepelin, 1897. Borneo. 101— Thelyphonus wayi Pocock, 1900 — Ann. Mag, Nat. Hist., ser. 7, Vol. V, p. 306. Sião. 13 — Genero Tetrabalius Thorell, 1888 Typo: T reticau-da (Dol.) 102 — Tetrabalius nasutus (212) Thorell, 1889. Borneo. 103 —Tetrabalius reticauda (211) (Doleschall), 1857. Molucas. II Subordem — “Atnblypygos” Thorell Cefalotorax bem mais largo que longo, com o escudo dorsal indiviso, quasi semicircular ou reniforme. Olhos conspícuos (excepto no genero Paracharon) em tres grupos: um mediano frontal, de dois, e um de cada lado, de tres olhos noturnos, ora marginais ora mais ou menos afastados da margem. Prosterno muito estreito, espiniforme, entre as ancas dos palpos; os outros esternitos soldados, muito largos, separando largamente as ancas II e III das do lado oposto. i Piimeiro esternito abdominal muito chitinizado; esternitos post- genitais pouco diferentes, não formando prolongamento caudiforme; telson ausente. Queliceras mais semelhantes ás das aranhas, não formando pinça. Palpos dobrados no plano horizontal; trocanter com uma apó¬ fise mais ou menos notável; femur, tibia e tarso armados de rooustos e longos espinhos; o tarso nunca forma quela com a tibia. Ancas I em plano muito mais alto que as outras e que as ancas dos palpos; mais curtas e muito mais estreitas que as ancas II. Pernas I com a tibia e o tarso formando longo flagelo pluriarticulado. Ancas II com uma apófise apical interna variavel. 34 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXÍI Dois pares de pulmões, no segmento genital e no seguinte, de estigmas mais conspicuos que nos Urotrichos . NI Tribu — “Phrynoides” n. n, Com os caracteres da subordem. Kraepelin e Grvvely consi¬ deram igualmente aos Phrynoides uma única familia, dos Taraníulidas subdividida em tres subfamilias. Pocock, porém, eleva as subfamilias de Kraepelin ao grau de famílias. Parece-me que a razão está com Pocock. A presença de um pulvillo nos tarsos, de um lado, e a forma bem diversa do presterno do outro, justificam a divisão da tribu em tres famílias, todas representadas no Brasil, e que se podem facil¬ mente distinguir pelos caracteres abaixo: A — Pulvilo ausente; tibia no máximo com tres artículos e tarso com quatro: B — Mão só podendo dobrar-se sobre a tibia do palpo em angulo obtuso; prosterno dilatado atrás, de bórda posterior levemente côncava ou direita — Phrynichidas n. n. BB — Mão podendo dobrar-se sobre a tibia do palpo em anguloi reto; prosterno muito estreito — Phrynidas Latr. AA — Pulvilo presente; tibia quasi sempre de quatro artículos e tarso de cinco — Charontidas Pocock. III Familia — Plirymchidas n. n. (=| Phrynichiuae Simon, 1892; Kmepein, 1899; Gravely, 1915. — Tamníuliãae Pocock nec. Karscli) A restrição feita por Pocock á familia Taraníulidas de Karsch, fazendo-a corresponder ás Phrynichinas dos outros autores decorre da importância dada aos caracteres acima citados e da posição real do genero Tarantnla, ponto grandemente discutido e do qual dá êle his¬ tórico completo cm 1902. Trata-se de averiguar quais as especies tipos dos generos Tarantnla, Phrynus e Phrynicas, verificando-se qual o verdadeiro Pha - Aangium reniforme Linneu. Toda confusão provém de que Palias descreveu com 0 nome de Phalangium lunatum uma especie do Ceylão, que corresponde in¬ teiramente ao exemplar ainda hoje conservado no Museu de Stockolmo, e ao qual Linneu (que em 1758 extendera a designação P. reni forme a êle e á especie de Antigua, figurada na History of Jamaica dej Bourme) restringira a diagnose de seu P. reniforme . Pallas dá o nome 1 , Mello-Leitâo — Pedipalpos do Brasil 35 P. renijorme a uma especie da America do Sul, muito diferente. Em 1792 Fabricius, baseado na Spicilegia Zoologica, crêa o genero Ta¬ rem tuia para P. renijorme (Palias nec Linneu), P. caudatum e P. la - natum ((= renijorme L.). Em 1797 o P. reniformis Palias e Fabr. (nec Linneu) foi descrito por Herbert com o nome de P. palmatum . A designação Tarantula de Fabricius deve conservada? Seu tipo será Phalangium palmatum (= renijorme Fabr. nec L.), a pri¬ meira das especies referidas ou P. renijorme L. {—lunatum) por eli¬ minação? Quando Lamarck creou o genero Phrynus êle apenas substitue um nome a Tarantula, pois não é logico que êle aproximasse p. renijorme de P. caudatum num mesmo genero, deixando em outro P. lunatum . Em 1802 Latreille subdivide o genero Phrynus Lamarck em dois, formando para P. caudatum L. o genero Thelyphonus, e dando como tipo de Phrynus o P. renijormis Fabr. A duvida está, pois, nesse renijorme, citado pelos velhos autores, e aplicável a duas especies. A persistir o genero Tarantula, claro que êle devia ser aplicado ao reni¬ jorme (Lin. nec Pal.), mas já Karsch, em 1879, reconhecendo a grande dificuldade de solução desse problema propõe para o P. renijorme Lin. (=- lunatum Pal.) o genero Phrynicus e em 1902, revendo, a pedido de Kraepelin, o exemplar tipo do Mus. Lud. Uír., Lundboro declara que esse exemplar corresponde ao Phrynicus renijormis (L.), Karsch, Emquanto o genero Tarantula fica sem limites precisos e sem tipo bem definido Phrynus foi bem preciso por Latreille e deve ser conservado em logar do primeiro. Uma outra questão, embora atinente a outra famiíia, deve ser desde já elucidada: Admetus ou Meter o phrynus? O genero Admetus foi creado por Koch, tendo como tipo seu A. pumilio, e como outras especies T. palmata Herbert e seus Phrynus, juscimanus e P. margine maculatus. As três ultimas continuam no ge¬ nero Phrynus; resta, portanto o Admetus pumilio. Mas essa descrição foi feita sobre um exemplar muito jovem, cujos caraciéres não permitem hoje nenhuma identificação, ficando como nomen nudum. Prefiro, por isso, o genero Heterophrynus Pocock, bem definido, tendo-me conven¬ cido, da leitura da própria contestação de Kraepelin de que está a razão com o naturalista inglês ( 12 ). ' Conhecem-se três generos desta familia: A —Tibias IV indivisas; tarso dos palpos do adulto com o espinho, basal dorsal ausente ou rudimentar — Phrynichus K arsch. AA—Tibias IV bisegmentadas; tarso dos palpos do adulto com dois espinhos dorsais muito desenvolvidos: B — Segundo esternito abdominal com um par de apendices semilu¬ nares — Titanodamon Pocock. BB — Segundo esternito abdominal sem apendices — Damon Koch, 36 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXÍII 14 — Genero Phryrnchus Karocli, 1879 Typo: P. renifcrmis (L.) 175S Kraepelin reune como sinonimos de P. renijormis (L.), gran¬ de numero de especies que Gravely, estudando o abundante matéria! do Museu Indiano, verificou perfeitamente distintas, de modo que, em vez das duas referidas pelo primeiro, cita nada menos de 10 e duas subspecies. Observa Gravely que a descrição de Phalangiuni reniforme é antes generica que especifica, só podendo ser devidaménte deter¬ minada depois de uma redescriçao ( 13 ). 104 — Phrynicos bacillifer (Gerstaecker), 1873 (p. 237, de Kraepelin), Phrynus bacillifer Gerstaecker — in Decken — Rei ve O. Afr., Vol. III 2 , p. 472. África Ocidental. 105 — Phrynicus ceylonicus (Koch), 1843. Phrynus ceylonicus Koch — Die Arachn., Vol. X, p. 336, f. 776. Ceylao. 106 — Phrynicus ceylonicus gracilibrachiatus Gravely, 1916, Spolia Zey- lan, p. 136. Ceylao. 107 — Phrynicus ceylonicus pusillus (Pocock), 1894. Phrynicus pusillus Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., Serie 6, Vol. XIV, p. 295. Ceylao. 108 — Phrynicus deflersi Sirnon, 1887 — Buli. Soc. Zool. France, p. 454. Aden. 109 — Phrynicus granulosus Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus. Cochin. 110 — Phrynicus jayakari Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., Serie 6, Vol. XIV, p. 294. Muscat. 111 — Phrynicus nigrímanus (Koch), 1843. Phrynus nigrímanus Koch, 1843 — Die Arachniden, Vol, XV, p. 69, f. 1464. índia. 112 — Phrynicus phipsoni Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., Serie 6, Vol. XIV, p. 295. Bombaim. 113 — Phrynicus reniformis (Linneu), 1758, (Pag. 237 de Kraepelin). Phalanguirn reniforme Linneu, 1758 — Syst. Nat., p. 619. Ceylao. MelloLeitão — Pêdipalpos do Brasil 37 114—Phrynicus scaber (Gervais), 1847. Phrynus scaber Gervais, 1847 — In Walckenaer — Ins. Spt, Vol. III, p. 3. Mauricias. 115— Phrynicus scullyi, Pureell, 1902 — Ann. South-African Mus., Vol. XI, p. 178. África do Sul. 116 — Phrynicus telekii Simon, 1890 — Ann. Soc. Entom. France, p. 129. Madagascar. 15 — Genero Titanodamon Pocock, 1894 Typo* T johnstoni Poc., 1894 117— Titanodamon bassamensis (Lucas), 1858. Phrynus bassamensis Lucas, 1858 — Archives Ent,, Vol. II, p. 434. Senegal, Bassam. 118 — Titanodamon johnstoni Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., Ser, 6 , Vol. XIX, p. 291. Calabar. Fernando Pó. 119— Titanodamon medius (Herbert), 1797 (Kraepelin — pag. 238). Phalangium médium Herbst, 1797 — Natursyst. ungefl. Ins. Vol. I, p. 77. África Ocidental. 120 — Titanodamon tibialis (Simon), 1876. Phrynus tibialis Simon, 1876 — Buli. Soc. Zool. France, p. 12. Congo. 16 — Genero Damon C. G. Koch, 1 S 93 Typo: D. variegatus (Perty), 1834 Conhecem-se dêste genero duas especies, uma das quais des¬ crita por Perty do Amazonas, e muito comum na África Ocidental. Duvido muito de que a especie da Amazônia seja a mesma da África, só podendo ser resolvida a questão á vista do tipo de Perty. As duas especies distinguem-se perfeitamente pela chave dc Pocock, nào tendo razão Kraepelin que as reune em uma só. 38 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII A —Face externa do tarso dos palpos granulosa, como a tibia; írocan- ter com um grande espinho inferior; tubérculo ocular granuloso — D. varie gatas (Perty). AA — Face externa do tarso dos palpos lisa; trocanter com dois longos espinhos inferiores; tubérculo ocular liso — D. dia¬ dema (Simon). 121— Damon diadema (Simon), 1876. Phrynus diadema Simon, 1876 — Buil. Soc. Zool. France, 1876, p. 13, Nyassa. 122 — Damon variegatus (Perty), 1834 (18) (Fig. 17). Phrynus variegatus Pert}^, 1834 — Delectus Anim, Artic., p. 200, pr. XXXIV, f. 13. Damon annulatipes H. C. Wood, 1869 — Tr. Amer. phil- Soc., Vol. XIII, p. 441. ? Damon austraíis Simon, 1886 — Buli. Soc. Zool. France, Vol. XI, p. 575. Nano damon cinctipes Pocock, 1S94 — Ann. Mag. nat. Hist, ser. 6, vol. XIV, p. 293. Corpo: 18 mm. Palpos: fêmur de 9,5 mm.; tibia — 11 mm. Femures II a IV: 12-12-11,5 mm. Cefalotorax fusco, orlado de ferrugineo claro, de sulcos ra¬ diantes negros e com quatro manchas amarelas ou amarelo-averme- lhadas nas margens laterais. Abdômen fusco, com uma faixa mediana vermelho-amarelada, com uma orla marginal do mesmo colorido, e, de cada lado da faixa mediana ovais negros brilhantes. Palpos fuscos, de garra e pontas dos espinhos cor de ferrugem. Pernas flavo-ferrugi- neas, os femures nitidamente anelados de fusco. Cefalotorax densamente granuloso, vez e meia mais largo que longo, os grupos laterais separados cerca de meio diâmetro longitudinal do cefalotorax; comoro dos olhos médios muito granuloso, junto, á bórda anterior, a apófise frontal vertical, muito granulosa. Queliceras muito granulosas. Palpos: trocanter de face dorsal muito granulosa, de bórda anterior espinulosa e com um só espinho longo; femur com cinco espinhos dorsais internos, dos quais os dois primeiros muito pró¬ ximos, o 2°, 3° e 4« equidistantes e regularmente diminuindo de tama¬ nho do basal para o apical, e com 5 espinhos inferiores, o primeiro, no angulo, curto e os outros grandes, diminuindo gradativamente para o apice; tibia com dois longos espinhos distais e atrás deles ha um. outro espinho, de comprimento igual á metade do dos outros e, mais basalmente, um outro espinho, ainda menor e mais dois muito peque¬ ninos, e armada em sua bórda inferior, de um longo espinho distai e Mello-Leitão Pedipalpos do Brasil 39 dois mais curtos, atrás dêle, o resto da borda espinulosa, com espinulos numerosos; tarso com dois espinhos superiores, o basal curto e vertical, e com um inferior. Pernas muito granulosas ( li ). Hab.: Amazonas. Toda África Ocidental. Simon descreve seu Damon australis do Sul da Patagônia. íV Família — “Phrynidas” Laíresííe, 1804 ( — Tarantulinae Simon, 1892 ) A—Trocanter dos palpos sem apófise chiíinosa subcilindrica, dirigida para trás — Phryninas Pocock. AA —Trocanter dos palpos provido de uma apófise chitinosa subci¬ lindrica, dirigida para trás — Heterophryninas Pocock. I Subfamilia Phryninas Pocock, 1902 Compreende tres generos: A — Bórda anterior do cefalotorax armada de longa apófise espiniforme; basitarso dos palpos com um longo espinho supe¬ rior e outro inferior — Acanthophrynus Kraepe- lin. AA —Bórda anterior do cefalotorax quasi lisa ou com pequena apófise deniiculiforme; basitarso dos palpos, ao menos na face dorsal, com mais de um espinho longo: B — Tibia dos palpos com dois espinhos superiores longos entre os dois maiores, principais — Hemiphrynus Pocok. BB — Tibia dos palpos com um só espinho entre os dois maiores, principais — Phrynus Lamarck. 17 — Genero Phrynus Lamarck, 1801 Typo: P. palmaius (Herbet) Bórda anterior do cefalotorax, quando muito, levemente den- ticulada. Femur dos palpos com espinhos marginais dorsais e ventrais; tibia com 7 a 8 espinhos superiores, dois dos quais bem maiores que os outros e separados por um longo espinho, cerca dos 3/4 do compri- 40 Archívos do Museu Nacional — Vol. XXXIII mento deles; tarso com 2 ou 3 espinhos superiores e com 3 espinhos; inferiores: um longo entre dois pequenos. Segmento proximal do tarso, das pernas dividido em dois artículos. E’ muito difícil, sem o exame dos tipos, e pela simples compa¬ ração das descrições e dos desenhos resolver sobre o numero éxato das especies validas. Kraepelin tem uma grande tendencia, nos Pe- dipalpos, para reunir varias especies boas em uma só. Paginas atrás vimos o que Gravely diz a respeito de Phrynichus reniformis (L.). O mesmo póde ser aplicado a Phrynus palmatas (Herbest.) A chave que se segue, representa apenas em esboço sistemático, algumas das especies aí referidas, sendo, talvez, a reunir como subspeciés. E’ curioso, que Kraepelin nos proprios pedipaípos, ora considere como caractéres genericos a proporção dos espinhos (como em Charontidas), ora des¬ preza essa proporção até para separação dos especies, e reuna sofr uma mesma designação animais bem diferentes, de localidades muito remotas. A proporção dos palpos é, também, por ele desprezada, quando, num mesmo sexo, em animais adultos, é caracter dos mais importantes. A forma dos saccos de ovos e arrumação destes varia de uma a outra, especie, mas não pode ser aproveitado para a sistemática diferencial. Na presente chave consideramos, provisoriamente, 13 especies: A — O espinho da tibia dos palpos situado entre os dois principais é bem maior que os outros, havendo, pois, tres lon¬ gos e ao todo apenas sete espinhos tibiais; cefa- lotorax com 2 manchas amarelas junto aos olhos laterais — P. whitei (Gerv.). AA —O espinho da tibia dos palpos entre os dois principais (3° e 5°) pouco maior que os basais, havendo 4 ou 5 es¬ pinhos longos superiores na tibia : B — Os dois espinhos menores da borda inferior do tarso dos palpos relativamente longos: C — Pernas muito longas; femur e tibia III maiores que o duplo da largura do cefalotorax — P. longipes Poc. C — Pernas mais curtas; femur e tibia III bem menores que o duplo da largura do cefalotorax: D —Femur dos palpos armado de seis espinhos inferiores; — P. spinimana. DD — Femur dos palpos armado de 5 espinhos inferiores: E — Primeiros espinho basal do femur dos palpos maior que o segundo — P. pulchripes Poc. EE —Primeiro espinho basal superior do femur dos palpos^ bem menor que o segundo. F — Tibias dos palpos delgadas, mais estreitas que o com¬ primento de seus maiores espinhos — T. tho- rellil Poc. Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 4i FF — Tibias dos palpos mais robustas, mais largas que os maiores espinhos — P. santarensis Poc. B’B— Os pequenos espinhos inferiores (lo e 3 o) de tarso dos palpos muito pequeninos: C — Espinho basal superior do tarso dos palpos pequeno mas bem visível: D — Apófise frontal do cefalotorax proeminente, bem visivel pela face dorsal: E — Trocanter dos palpos com 4 espinhos — P. tesselaíus Poc. EE—Trocanter dos palpos com 5 espinhos — P. barbadensis,. Poc. 1 DD — Apófise frontal do cefalotorax invisível ou quasi da face dorsal. E—Trocanter dos palpos com 4 espinhos; grande operculo genital; colorido uniforme — P. operculatus Poc. ■ EE—Trocanter dos palpos com 5 espinhos; corpo e pernas manchados. F — Espaço entre os olhos laterais igual á metade do dia- metro longitudinal do cefalotorax — P. palma - ias Herbst. FF — Espaço entre os olhos laterais bem maior que a metade do diâmetro longitudinal do cefalotorax — P. ger- vaisi Poc. CC — Espinho basal superior do tarso dos palpos quasi obsoleto, tuberculiforme, coalescente com a base do espinho maior: D — Espaço entre os olhos laterais igual á metade do diâmetro longitudinal do cefalotorax; comoro dos olhos mé¬ dios muito proximo da margem anterior — P. par- valas Poc. DD — Espaço entre os olhos laterais maior que a metade do dia- metro longitudinal do cefalotorax; olhos médios muito separados da margem anterior — P. mar¬ gine macalatus Koch. 123 — Phrynus barbadensis (Pocock), 1893. Tarantala barbadensis Pocock, 1893 —■ Journ. Linn. Soc. Zool., vol. XXIV, p. 529, pr. XL, f. 1. P. b. Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 51, pr. X, f. 6. Panamá, Colombia. Venezuela. Trinidad. Barbados. 124— Phrynus glrvaisii (Pocock), 1894. Tarantala gervaisii Pocock, 1S94 — Ann. Mag. Nat. ídist., ser. 6 , Vol. XIV, p. 235, pr. Vil, f. 0 . Colombia. 42 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 125 — Phrynus longipes (Pocock), 1893. Tarantula Longipes Pocock, 1893 — Journ. Linn. Soc. Zool., vol. XXIV, p. 534. Haiti. 12ô — Phrynus marginemaculatus Koch, 1841 — Die Arachniden, Vol. VIII, p. 6, f. 597. - . Phrynus pallarsii Blanchard, 1851 — Org. Règne an., p. 170. Phrynus latifrons Pocock, 1893 — Journ. Linn. Soc. Zool., * ■ ■ Vol. XXXIV, p. 537. Prhynus keyserlingi Pocock, 1893 — Journ. Linn. Soc. Zool., Vol. XXXIV, p. 539. Antilhas. 127 —Phrynus operculatus Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 52, pr. X, f. 8. Guatemala. 1 128 — Phrynus palmatus (Herbst). 1797. Phalanguim reniformis Fabricius (nec Linneu). (Vêr comenta- ( rio paginas atrás). • Phalangium palmatus Herbst, 1797) — Natursyst. ungefl. Ins., Vol. I, p. 82. ; ■ Phrynus goesii Thorell, 1889 — Ann. Mus. Civ. Gênova, | Vol. XXVII, p. 531. Antilhas. Tamanho até 30 mm. Cefalotorax geralmente fulvo ou pardo escuro, com uma orla marginal de manchas mais claras marginais laterais. Abdômen verde- amarelado sujo ou alaranjado, manchado de claro e com as depressões musculares negras. Nota-se na linha mediana dos segmentos um con¬ traste nitido entre a metade anterior mais escura e a bórda posterior, mais clara, de modo que todo o abdômen apresenta um desenho em xadrez. PaJpos do mesmo colorido do cefalotorax. Femures das pernas anelados de fulvo escuro e amarelado. Cefalotorax cerca de duas vezes mais largo que longo, com a apófise frontal mais ou menos oculta. Comoro ocular afastado da bórda anterior mais ou menos o seu diâmetro. Palpos curtos, de femures sempre bem menores que a largura do cefalotorax; trocanter com cinco espinhos, proximamente iguais; femur muito granuloso, com cinco espinhos dorsais e cinco inferiores,, de disposição semelhante aos de P. santarensis Poc. Tibia com seis espinhos superiores, sendo dois longos distais e entre êles um muito, menor, e tres proximais, dos quais o mais longo é sempre mais longp que o intermediário aos dois maiores distais, o terceiro espinho distai e, ás vezes, também o quarto, partem de pequenas elevações; face inferior da tibia com 4 espinhos maiores e, entre êles um numera Mello-LeitÂo — Pedipalpos do Brasil 43 variavel de outros pequeninos, quasi setiformes. Tarso com um longo espinho superior entre dois muito menores, o distai seguido de uma serie de denticulos, e com tres espinhos inferiores, dos quais o médio grande, e o distai e o proximal muito pequeninos, principalmente o pro- ximal, reduzido, ás vezes, a um denticulo; o distai, seguido, como o superior, por uma serie de denticulos. Hab.: Antilhas. America Central. Guianas. Brasil, da Amazô¬ nia até as margens do S. Francisco. 129 — Phrynus parvulus Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 52. pr. X, f. 7. Guatemala. 139 — Phrynus pulchripes (Pocock), 1894. Tarantula pulchripes Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Iiist., ser. 6, Vol. XIV, p. 283. Colombia. 131— Phrynus santarensis (Pocock), 1894 (19). Tarantula santarensis Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 6, Vol. XIV, p. 284. Corpo: 29 mm. Cefalotorax: 7 X 12 mm. Distancia entre os olhos médios 4 mm. Palpos: 22 mm.; femur 4,5; tibia 7,5 mm. Femures das pernas: 16-12,5-13,5-10,5 mm. Tibias II a IV —10,5-12-10,5 mm. Cefalotorax fulvo escuro, quasi negro, com manchas marginais claras, amareladas. Abdômen ferrugineo, com tres manchas fuscas em cada tergito. Pernas ferrugineas, manchadas de fusco. Cefalotorax de bórda anterior regularmente denteada, ocultando completamente a apófise mediana, que é invisivel, quando o animal é olhado pela face dorsal; espaço entre os olhos laterais quasi igual á metade do diâmetro longitudinal do cefalotorax; região frontal leve¬ mente inclinada para baixo e para diante, mais acentuadamente abaixa dos olhos laterais. Comoro dos olhos médios mais largo que longo, separado da bórda anterior menos de um diâmetro. Queliceras granulosas, com o tubérculo distai externo dilatado. Palpos robustos: femur muito granuloso, com cinco longos espinhos superiores, dos quais o primeiro basal é mais curto que o segundo, e com 6 inferiores, sendo os dois basais muito longos e o (apical) muito pequeno; tibia com 8 espinhos superiores e 5 inferio¬ res; tarso com 4 espinhos superiores, o terceiro quasi igual ao segundo, o quarto muito pequeno, e com tres inferiores, o 2« muito grande, o D e o 3o relativamente longos. Pernas: femur I um quarto maior que a largura do cefalotorax (16:12); femur II igual á largura do cefalotorax. Tibias II e III me¬ nores que os femures; tibia IV igual ao femur. Hab.: Pará. 44 Archívos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 132 — Phrynus spinímanu (Pocock), 1893. Tarantula spinimana Pocock, 1893 — J. Lirin. Soc. Zool., vol. XXIV, p. 531. Haiti. 133 — Phrynus tesselatus (Pocock), 1893. Tarantula tesselata Pocock, 1893 — Journ. Linn. Soc. Zool., vol. XXIV, p. 404. Antilhas. 134 — Phrynus thorellii (Pocock), 1894. Tarantula thorellii Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 6 , vol. XIV, p. 282, pr. VII f. 7. 135 — Phrynus whitei Gervais, 1844 — Journ. Inst. Soc. Phií. Paris, 1842 , p. 72 . P. w. Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 52, pr. XI, f. 1. Estados Unidos. México. America Central. 18 — Geuero HemiphrymíS Pocock, 1902 Typo: H. laevifrons (Poc.) Difere este genero de Phrynus por ter as tíbias dos palpos armadas de 9 espinhos superiores, os dois principais separados por dois pequenos. Não foi encontrado ainda no Brasil (talvez Ti. macro ps?), mas ocorrendo na America do Sul, dou a seguir a chave de Pocock* que procurei completar: A — Face inferior da tibia dos palpos regularmente arredondada, sem quilha de separação da face interna; 1 ° e 3? espi¬ nhos inferiores do tarso muito pequeninos: B — Espinho distai superior (3°) do tarso dos palpos maior que o basal (1°) — Ti. viridiceps (Poc.). BB —Espinho distai superior (3>) do tarso dos palpos menor que o basal ( 1 °) —• Ti. aztecus. AA — Face inferior da tibia dos palpos chata horizontal, separada da face interna por uma forte crista longitudinal; 1 ° e 3o espinhos inferiores do tarso alongados: B —Primeiro espinho superior do tarso dos palpos basal mais longo que o terceiro (distai); trocanter com 4 espinhos: C — Os dois primeiros espinhos basais superiores do femur dos palpos quasi iguais e bem maiores que o terceiro; cornoro dos olhos médios muito alto — Ti. ma¬ cro ps Poc. CC — O primeiro espinho basal superior do femur dos palpos me¬ nor que o segundo, este igual ao terceiro; comoro dos olhos médios baixo — Ti. fuscimanus (Koch). Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 45 BB — Primeiro espinho superior do tarso dos palpos (basal) menor que o terceiro (distai); trocanter com 5 espinhos — H. laevifrons Poc. 136 — Hemiphrynus aztecus (Pocock), 1894. Tarantula azteca Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist.,' ser. 6 , Vol. XIV, p. 280. H. a. Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 54, pr. XI, f. 2. México. 137 — Hemiphrynus fuscimanus (Koch), 1848. (Fig. 17). Phrynus fuscimanus Koch, 1848 — Die Arachniden, Vol. XV, p. 67, f. 1463. Phrynus mexicanus Billmek, 1867 — Verh. zooí. bot. Ges, Wien, Vol. XVIÍ, p. 231. ? Hemiphrynus raptator Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 54, pr. XI, f. 3. México. 138 —- Hemiphrynus laevifrons (Pocock), 1894. Tarantula laevifrons Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., 6 a ser., Vol. XIV, p. 279. H. I. Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 55, pr. XI, f. 4. Guatemala, Costa Rica, Panamá. 139 — Hemiphrynus macrops (Pocock), 1894. Tarantula macrops Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., 6 a ser., Vol. XIV, p. 287. America do Sul. Loc.? 140 — Hemiphrynus viridiceps (Pocock), 1893. Tarantula viridiceps Pocock, 1893 — Journ. Linn. Soc. ZooL, Vol. XXIV, p. 540. Bahamas. ig — Genero Acanthophrynus Kraepelin, iggg Typo: A. spinifrons Poc. Distingue-se dos dois generos anteriores pela presença dé longos espinhos na bórda anterior do cefalotorax; tarso dos palpos com um só espinho superior e outro inferior; femur dos palpos com dois espi¬ nhos suplementares. Duas especies: 141 —Acanthophrynus coronatus (Butler), 1813. Phrynus coronatus Butler, 1873 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4, Vol. XII, p. 124, Hab.:? 46 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 142 — Acanthophrynus spinifrons (Pocock), 1894. (Fig. 18). Phrynopsis spinifrons Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., | 6a ser., Vol. XIV, p. 286. A. s. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 241. A. s. Pocock, 1902 — Biol. Centr. Amer., p. 57, pr. XI, f. 5. i . t II Subfamilía Heterophryninas Pocock, 1902 20 — Genero Heterophrynus Pocock, 1894 Typo: H. chiracanthus (Gerv.) Já discutimos acima qual o nome a conservar, se Heterophry¬ nus Poc. ou Admetus Koch. Prefere Kraepelin o nome Admetus, com uma unica especie — Admetus pumilio Koch, em cuja sinonimia coloca todas as especies descritas. Tive um bom material de especiés brasileiras para examinar e acho que, no mesmo defeito de condensar demasiada- mente, reuniu Kraepelin grande numero de especies validas e dis¬ tintas, como fizera para Phrynicus reniformis. A especie A. pumilio cfe Koch é um nomen nadam, aplicando-se sua descrição a qualquer especie da família. Conhecem-se, com as 2 especies novas, 10 especies de Heterophrynus, para as quais organizei a seguinte chave: A —Fêmur dos palpos com 5 espinhos dorsais; tibia com 6 espinhos dorsais e cinco ventrais: B — Fêmur dos palpos com quatro espinhos ventrais: C —O ultimo espinho da face ventral do femur dos palpos no terço medio; ultimo espinho apical inferior da tibia dos palpos muito mais forte que o penúltimo — í H. cervinus (Poc.). CC — Ultimo espinho da face inferior do femur dos palpos sub- apical; os dois espinhos apicais inferiores da tibia dos palpos curtos, subigais — H. elaphus (Poc.). BB — Femur dos palpos com 5 espinhos ventrais: C — Femur dos palpos com um forte espinho basal acima dos dois longos espinhos normais; os dois espinhos infe¬ riores do tarso dos palpos proximamente iguais — H. alces (Poc.). CC — Femur dos palpos sem esse espinho robusto dorsal supple- mentar; espinho inferior distai do tarso dos palpos muito mais longo que o proximal — H. armiger (Poc.). AA —Femur dos palpos com 6 espinhos dorsais e 5 ventrais; tibia com 7 dorsais e 6 ventrais: Mello-LeitXo — Pedipalpos do Brasil 1 47 B — Palpos curtos; o femur igual ou pouco maior que a largura do cefalotorax (sempre menor que vez e meia essa largura; espinho proxímal inferior do tarso dos palpos muito menor que o distai: C — Femur dos palpos com o segundo espinho inferior basal maior t i que os dois contíguos — ti. gorgo (Wood). CC —Femur dos palpos com o segundo espinho inferior basal i menor que o primeiro e o terceiro: t D — Espinho apical inferior da tibia dos palpos maior que o precedente; tibia dos palpos maior que o femur — ti. longicornis (Butl.). DD — Espinho apical inferior,da tibia dos palpos menor que o precedente; tibia e femur dos palpos iguais —> ti. brevimanus sp. n. BB — Palpos muito longos, de femur cerca de duas vezes mais longo . que a largura do cefalotorax: C — Espinhos inferiores do tarso dos palpos aproximadamente iguais — H. vesanicus sp. n. CC — Espinho basal inferior do tarso dos palpos muito menor que o apical: D — Os tres espinhos basais do femur dos palpos aproximada¬ mente iguais — ti. chiracanthus (Gerv,). DD — Segundo espinho basal do femur dos palpos bem menor que o primeiro e o terceiro — ti. batesli (Butl.). 143 — Heterophrynus alces Pocock, 1902 — Ann. Mag. Nat. Hisst; ser. 7, vol. IX, p. 163. Surinam. 144 — Heterophrynus armiger Pocock, 1902 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 7, vol. IX, p. 162. Equador. 145 — Heterophrynus batesii (Butler), 1873. (Fig. 19). Phrynus batesii Butler, 1873 — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4, vol. XII, p. 120, pr. VI, f. 8, 9. Cefalotorax quasi negro, opaco, manchado de ferrugineo, gra¬ nuloso. Comoro dos olhos médios muito alto, obliquo para diante. Abdômen fusco, irregularmente granuloso dos lados e com series regu¬ lares de grânulos junto á bórda anterior dos tergitos, e com curtas cerdas esparsas. Pernas da cor do abdômen, tornando-se côr de ferrugem para o ápice, de femures muito granulosos e um pouco pilosos, tibias e tarsos revestidos de pêlos curtos; palpos negros, granulosos. Face ventral fusca. Palpos muito longos e delgados; trocanter com quatro espinhos desiguais, bem desenvolvidos, na bórda anterior, dos quais um muito 48 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII maior que os outros; femur cilíndrico, mais de duas vezes maior que a largura do cefalotorax, de face inferior achatada, com 6 espinhos su¬ periores, os tres basais maiores, e destes o medio muito menor que os dois outros, e com cinco espinhos inferiores menores; tibia não acha¬ tada internamente, de comprimento igual ao do tarso, não sensivel¬ mente dilatada para o apice e cilíndrica, com 7 espinhos dorsais, na metade apical, sendo tres pequenos, tres enormes e um muito menor apical, e com 6 espinhos inferiores, dos quais o 4 o quasi tão longo como os principais superiores; tarso com dois espinhos dorsais e dois ventrais, os distais muito maiores. Hab.: Amaoznia. 146 — Heterophrynus brevimanus sp. n. (Fig. 20). cf — 25 mm. Cefalotorax: 9X14 mm. Palpos: femur — 11 mm.; tibia — 9 mm. Femures: 26-16-18-18 mm. Cefalotorax pouco granuloso, de comoro ocular conico, erecto, bem afastado da margem; distancia entre os olhos laterais menor que a metade do diâmetro longitudinal, e 2 vezes mais afastados da mar¬ gem lateral que do comoro dos olhos médios. Abdômen pouco gra¬ nuloso. Palpos: trocanter com tres espinhos inferiores, o basal e o apical iguais, e o terceiro, subapical, duas vezes maior, numa linha; reta com a apófise; femur curto, bem menor que a largura do cefa¬ lotorax; com 6 espinhos superiores, sendo dois basais geminados iguais, diminuindo depois regularmente para o apice, quasi equidistantes, o sexto a igual distancia do apice do segmento e do penúltimo espinho, e com cinco espinhos inferiores, o segundo basal bem menor que o primeiro e o terceiro; tibia menor que o femur, dilatada na união do terço medio com o terço apical, armada de 7 espinhos superiores, senda dois subbasais pequenos, tres grandes proximamente iguais e dois apicais muito menores, iguais aos subbasais, e de 6 espinhos inferiores Equidistantes, o quarto bem maior, diminuindo para a base e para o apice, de modo que o apical é menor que o penúltimo; tarso com dois espinhos superiores e dois inferiores, os basais muito menores. Mesosterno com 2 pequenas saliências medianas arredondadas, em re¬ lação com as ancas II e III, a anterior maior, e metasterno com duas pequenas placas chitinosas alongadas. Esternito operncular regular¬ mente hexagonal. Colorido geral, fulvo escuro, uniforme. Hab.: Pará. Col,: E. May. Tipo: No Museu Nacional. Mello-Leitão —, Pedipalpos do Brasil* 49 147 — Heterophrynus cervinus Pocock, 1894 — Ann. Mag. Nat. Hist., , ser. 6, vol. XIV, p, 288, pr. VIII, f. 1. Colombia. 148 — Heterophrynus chiracanthus (Gervais), 1842. Phrynus chiracanthus Gervais, 1842 — Journ. Inst. Soc. Phil. I Paris, Vol. X, p. 72. í ■ 77. c. Pocock, 1902 — Biol. Cenír. Amer., p. 58, pr. XII, f. 1. Cf — 30 mm. Cefalotorax: 11X16,5 mm. Palpos: femur 39mm.; libia 42 mm. Femur I — 61 mm.; IV — 36 mm. Colorido geral bruneo-negro, as pernas mais vermelhas. Cefa- lotorax pouco granuloso, de bórda anterior denticulada. Comoro dos olhos médios alto, separado da margem cerca de um diâmetro; olhos laterais afastados um do outro bem menos da metade do diâmetro lon¬ gitudinal do cefalotorax, e a quasi igual distancia da bórda anterior e do comoro dos olhos médios. Palpos muito longos e delgados (como em H. batesii), muito granulosos, a tibia duas e meia vezes maior que a largura do cefalotorax; trocanter armado de 4 longos espinhos; femur com seis espinhos superiores e cinco inferiores, dos superiores o terceiro basal é o maior e dos inferiores o primeiro, estes bem maiores que a largura do segmento; tibia maior que o femur, com sete espinhos dorsais e seis inferiores, os dois distais pequenos e iguais; tarso com dois espinhos dorsais e dois ventrais, os basais muito me- jnores que os distais. Hab.: America Central. Guiana Inglêsa. Pará. 149 — Heterophrynus elaphus Pocock, 1903 — Ann. Mag. Nat. Hist., Perú. 150 — Heterophrynus goroo (Wood), 1869. Phrynus gorgo Wood, 1869 — Trans. Amer. Phil. Soc., Vol. XIII, p. 440. 151— Heterophrynus longicornis (Butíer), 1873. (Fig. 21). Phrynus longicornis Butler, 1873 — Ann. Mag. Nat. Hist., : • ser. 4, vol. XII, p. 123, pr. VII, ff. 6, 7. H. I. Pocock, 1894 — Id., ser. 6, vol. XIV, p. 287. 9 — 35 mm. Cefalotorax 12X18 mm. Palpos: femur: 19 mm.; tibia 22 mm. Femures: 55-32-32-35 mm. Colorido geral fulvo negro uniforme ou pardo escuro. Cefalotorax muito granuloso, de grossas granulações irregu¬ larmente esparsas e muito conspícuas, com rebordo lateral revirado, muito nitido. Comoro ocular oval transverso, muito elevado, afastado da bórda anterior menos de um diâmetro. Grupos dos olhos laterais 50 Archívos do Museu Nacíonal — Vol. XXXíII afastados um do outro menos de metade do diâmetro longitudinal do cefalotorax e tanto quanto da margem lateral. Abdômen muito gra¬ nuloso, com um rebordo dorsal muito niiido. Pernas de femures gros¬ seiramente granulosos, com um robusto dente conico apical interno; segmentos apicais finamente granulosos, pilosos, mais claros. Palpos: trocanter com quatro ou cinco pequenos espinhos in¬ ternos, que não estão em linha reta com a apófise basal; íemur com 6 espinhos dorsais, os quatro primeiros proximamente iguais e mais proximos que dos dois últimos, estes quasi duas vezes mais separados, muito menores, e com 5 espinhos inferiores, o segundo basal bem menor, que o primeiro e o terceiro; tibia com sete espinhos dorsais, sendo dois pequenos na porção distai do terço basal, ires muito grandes, pa¬ ralelos, bem maiores que a largura do segmento, e dois pequenos apicais, iguais, e com 6 espinhos inferiores, o apical maior que o penúltimo; tarso longo, liso, com dois espinhos superiores e dois inferiores, os distais duas vezes maiores que os basais e curvos. Hab.: Pará. 152 — Heterophrynus vesanícus sp. n. (Fig. 22). cT — 28 mm. Cefalotorax: 8x14 mm. Abdômen 20x11 mm. Palpos: íe¬ mur — 26 mm.; tibia — 28 mm.; comprimento total — 65 mm. Pernas: 203-75-77-72 mm. Femures: 45-26-26-22 mm. 9 — 22,5 mm. Abdômen: 16X8 mm. Cefalotorax: 6,5X12 mm. Palpos: femur — 21 mm.; tibia — 21 mm.; comprimento total — 48 mm. Pernas: 180-65-68-63 mm. Femures: 40-22-22-20 mm. Colorido geral fulvo escuro, o abdômen com uma bela orla negra muito nitida, e com estreita faixa negra na bórda anterior de cada tergito abdominal. As pernas com a base dos femures enegrecida. Cefalotorax muito granuloso. Comoro dos olhos médios có¬ nico; comoros dos olhos laterais granulosos, a igual distancia da bórda e do comoro dos olhos médios. Abdômen muito menos granuloso. Prosíerno bifido; mesosterno com duas elevações medianas, deprimi¬ do dos lados e com profunda cavidade entre as ancas IÍ-IÍI e ííl-lV. Ancas I visíveis pela face ventral. Metasterno biíohado, de lobos late¬ rais bem separados por um sulco mediano. Primeiro esternito abdo¬ minal com uma depressão mediana anterior e duas posteriores, alon¬ gadas, sinuosas, estreitando-se anteriormente; esternito II estreito, arre¬ dondado, de bórdas paralelas e pequena saliência mediana; esternito ÍII muito estreito: Abdômen com 3 dobras laterais longitudinais. Ancas I com uma apófise arredondada, maior do lado es¬ querdo. Palpos: trocanter com um espinho basal interno inferior, um interno e apical, urn subapical muito maior e um apical no meio da Mello-Leitao PcDipalpos do Brasil 5i face interna, e com uma fila de dentes marginais superiores; femur granuloso, quasi direito, delgado, o femur cerca de duas vezes maior que a largura do cefaíotorax, com 6 espinhos superiores, os dois basais unidos e iguais, o terceiro maior, os ires outros pequenos, muito se¬ parados e com 5 espinhos inferiores, o primeiro basal muito maior; tibia com 7 espinhos superiores, na metade apical, sendo dois pequenos, curvos, tres enormes, direitos, e dois pequenos, sendo o apical duas vezes maior que o precedente, dirigido para diante, e com 6 espinhos inferiores, os quatro primeiros quasi equidistantes, augmentando regu¬ larmente do basal para o IV, os dois últimos mais separados que os superiores, o apical menor que o penúltimo e igual ao apical superior. Tarso com dois espinhos superiores e dois inferiores, os quatro espi¬ nhos proximamente iguais. Tibia IV de tres segmentos; o protarso IV com um espinho apical. Todos os tarsos de 4 segmentos. Hab.: Mato Grosso (em cavernas). Col.: Prof. Alipio de Miranda Ribeiro. Tipos: No Museu Nacional. V Família — “Charoníidas” Pocock ( — Charontinae Simon, Kraepelin, etc.) Tibias IV de dois a quatro segmentos e tarso de quatro ou cinco. Tarsos com pulvilo. Espinho do prosterno dilatado na base mas sem formar placa. Meso e metasterno de largura e comprimento iguais. "Tarso dos palpos podendo dobrar-se em langulo reto sobre a tibia, cujos espinhos terminais são dirigidos para o lado. Nove generos, que se podem distinguir pela seguinte chave: A--Tibias IV de dois segmentos; olhos ausentes; peça labial ausente — Paracharon Hansen. AA — Tibias IV de tres ou quatro segmentos; olhos e peça labial sempre. presentes. B—Tarsos posteriores de quatro segmentos e a tibia de tres; penúl¬ timo espinho dorsal da tibia dos palpos é o maior; espinho distai superior do tarso dos palpos maior que o proximal: C — Bórda do cefaíotorax denteada, contigua aos olhos laterais — Phrynichosarax Gravely. CC — Bórda do cefaíotorax inteira, separada dos olhos laterais — Charinides Gravely. BB—Tarsos posteriores de cinco segmentos: C — Tarso dos palpos com um só espinho longo de cada lado, seguido de 2 a 4 pequeninos espinhos distais: 52 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXíII D — Garra do tarso dos palpos segmentada; tibia dos palpos com tres espinhos dorsais maiores — Stygophrynus Kraep. DD —Garra do tarso dos palpos não segmentada; tibia dos palpos com dois espinhos dorsais — Charon Karsch. CC—Tarso dos palpos com 2 espinhos de cada lado: D—Tibias posteriores de tres segmentos; espinho basal dorsal do tarso dos palpos maior que o distai — Cata- geus Thorell. DD—Tibias posteriores de quatro segmentos; espinho basal dor¬ sal do tarso dos palpos bem menor que o apical, garra dos palpos bisegmentada: E — Bórda do cefalotorax sem rebordo nitido, esternito do segmento post opercular arredondado, face ventral do abdômen lisa — Charinus Simon. EE — Borda do cefalotorax comum, rebordo nitido abaixo dos olhos laterais: t F —Bórda anterior do cefalotorax lisa; esternito postoper- cular direito; face ventral granulosa — Sarax Simon. FF — Borda anterior do cefalotorax espinulosa; esternito post- opercular curvo; face ventral lisa — Enantiosarax g. n. 2i — Genero Charon Karoch Typo: C. grayi (Gerv.) 153 — Charon annulipes Lauierer, 1895 — Rep. Austr.Ars., p. 413. Australia. 154 — Charon grayi (Gervais), 1844. Phrynus grayi Gervais, 1844 — íns. Ap., Vol. III, p. 4. Para a sinonimia ver Kraepelin — Das Tiereich, 1899, p. 247. Philippinas, Java, Nova Guiné, Ilhas Salomão e Bismark. 22 — Genero Phrynicosarax Gravely, 1915 Typo: P. cochinensis Grav. 155 — Phrynicosarax buxtoni Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus., p. 439. Peninsula Malaia. 156 — Phrynicosarax cochinensis Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus., p. 438. Cochin. Mello-Leuão — Pedipalpos do Brasil 53 157 — Phrynicosarax javensis Gravely, — 1915 — Rec. Ind. Mus., p. 439. Java. 158 — Phrynicosarax ramosüs (Simon), 1901, Catageus ramosas Simon, 1901 — Proc. Zool. Soc. London, , Vol. II, p. 47. P. r . Gravely, 1915 — Rec, Ind. Mus., 1915, p. 440. Kelantan (Península Malaia). 159 — Phrynicosarax singapurae (Gravely), 1911. Sarax sarawakensls singapurae Gravely — Rec. Ind. Mus., 1911, Vol. 6, p. 37. P. s, Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus., 1915, p. 440. 5 Singapura. 23 — Genero Charinides Gravely, 1911 Typo: P. bengalensis 160 — Charinides bengalensis Gravely, 1911 — Rec. Ind. Mus., Vol. VI, p. 35. Bengala, 24 — Genero Paracharon Hansen, 1921 Typo: P. caecus 161 —Paracharon caecus Hansen, 1921 — Studies on Aríhropods, p. 11, pr. I. Ilhas da África Ocidental. 25 — Genero Stygophrynus Kraepelin 1899 Typo: S. cavernicola (Thor.) 162 — Stygophrynus berkeleyi Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus., Vol. XI, p. 445. Perak. 163 — Stygophrynus cavernicola (Thorell), 1889. Charon cavernicola Thorell, 1899 — Ann. Mus. Génova, Vol. - ' XXVII, p. 538. .. .... 54 Vo:.. XXXílí Archívos do Museu Nacional — St. c. Kraepelin, 1895 — Abh. Ver. Geb. Hamburg, Vol. XIII, p. 44. Birmania. 164 — Stygophrynus cerberus Simon, 1901 — Proc. Zool. Soc. London, Vol. II, p. 48. 5. c. Gravely, 1916 — Rec. índ. Mus., Vol. 11, p. 446. Península Malaia. 165 — Stygophrynus dammermani Roewer, 1928 — Treubia, Vol, X, p. 15. java. 166 — Stygophrynus longispínus Gravely, 1915 — Rec. índ. Mus., Vol. XI, p. 445. Península Malaia. 167 — Stygophrynus moultoni Gravely, 1915 — Rec. índ. Mus., Vol. Xí, p. 443. Bornéo. 26 — Genero Catageus Thorell, 1889 168 — Catageus pusillus Thorell, 1889 — Ann. Mus. XXVíí, p. 531. Birmania. 27 — Genero Charinus Simon, 1892 Typo: Ch. austrcdiaus (Kock) 169 — Charinus afrícanus Hansen, 1921 — Siudies on Arthropods, Vol. í, p. 7. Ilhas da África •Ocidental. 170 — Charinus australianus (L. Koch), 1867. Phrynus australianus L. Koch, 1867 — Ver. zool. bot. Ges. Wien, Vol. XVII, p. 231. C. a. Simon, 1892 — Ann. Soc. Eniom. France, p. 43. Samoa. 171— Charinus ínsularis Banks, 1902 — Proc. Wash. Acad. Sciences, Vol. IV, p. 80. Galapagos. 172 — Charinus neocaledonicus Simon, 1895 — Abh. Ver. Hamburg, Vol. XIII, p. 47. Nova Caledónia. 173 — Charinus seychellarum Kraepelin, 189S — Mit. Mus. Hamb., Vol. XV, p. 41. Seychelles. Gênova, Vol. Mello-Leitão — Pedipalpos do Bragi 55 28 — Genero Sara:: Sinion, 1892 Typo: S. brachyáaclylus (Sim.) 17 -i — Saí brachydàctylus Shnon, 1892 — Anu. Soc. Entom. Fr atice, p. 43. Philippmas. 175 — Sen \X SARAVAKENSIS (Thorell), 1888. Chorou saravaken sis Thorell, 1888 — Ann. Mus. Gênova, Vol. 170 XXVI, p. 534. S. 5 . Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 251. 5. 5 . Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus,* Vol. 11, p. 441. Borneo, Nova Guiné. íax wiLLEYí Gravely, 1915 — Rec. Ind. Mus., Vol. XI, Ilhas Narcondam. p. 441. 29 — Genero Enantiosarax ST- n. Tarso dos palpos de garra bi-articulada. Tarso dos palpos com dois espinhos superiores basais, sendo o proximal muito menor, e com um pequeno espinho apical inferior. Tibia dos palpos achatada, com seis espinhos superiores, que aumentam regularmente do proximal para o penúltimo distai, o ultimo muito menor que esse. Tihias posteriores de 4 artículos e tarsos de cinco, com o pulviío bem desenvolvido; Bórda anterior do cefalotorax finamente espinulosa; bordas laterais reviradas para cima, adiante dos olhos laterais. Esterniío do segmento post-opercular arredondado, todos os esternitos lisos. Especie uni ca: 177 — Enantiosarax schirchii sp. n. (Fig. 23). 9 —10 mm. Cefalotorax — 4x5 mm. Pernas: 24-15-17-15 mm. Femu- res: 9-5,5-6-5 mm. Fcmur dos palpos: 4 mm.; tibia — 3,5 mm. Cefalotorax cordiíorme, finamente granuloso, chagriné, pouco mais largo que longo, de bórda anterior regularmente arredondada, com uma fila de seis pequeninos espinhos; bórda lateral nitidamente revirada para cima, formando um ourélo que começa pouco adiante dos olhos laterais, alargando-se um pouco para trás, formando urn angulo arredondado atrás das ancas IV; região dorsal pouco convexa,, com uma fosseta transversal no terço posterior, da qual partem duas depressões curvas, paralelas á bórda posterior e uma depressão lon¬ gitudinal mediana. Dorso do abdômen finamente granuloso, chagriné. Prosternum formando uma apófise espiniforme mediana, trisegmenta- Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 56 da, excedendo a porção paralela dos maxilares, com um espinho de cada lado da porção apical de cada articulo, meso- e metasterno pro¬ vidos de pequena saliência retangular, armada de um espinho apical em cada angulo, 0 metasterno separando as ancas posteriores, convexo. Ancas IV mais próximas que ÍI e III, todas triangulares; ancas 111 e IV com leve quilha mediana. Tarsos II a IV com pulvilo, duas unhas e forte saliência mediana dorsal, os tarsos II e III de 4 artículos, tarsos IV de cinco, o articulo basal pouco maior que os outros reunidos e o apical igual aos intermediários reunidos; nos tarsos IV o segundo- articulo é igual ao terceiro e quartos reunidos. Flagelo das pernas an¬ teriores de 23 artículos, menor que o dobro do femur. Palpos: trocanter granuloso, armado de uma grande apófise apical externa, inferior, ponteaguda, granulosa, dirigida para diante e com pequeno espinho interno mediano, dois pequenos dentes anteriores e 4 internos; femur com cinco espinhos inferiores, sendo dois basais contíguos, 0 basal muito maior, os outros regularmente separados, di¬ minuindo da base para o ápice, e com cinco espinhos superiores me¬ nores, havendo junto ao basal um denticulo com dois pequeninos espi¬ nhos apicais, iguais aos da borda anterior do cefalotorax; tibia com seis espinhos superiores, cada vez mais oblíquos para diante, aumen¬ tando sensivelmente do basal para o quinto, o ultimo muito menor, de tamanho intermediário entre 0 3^ e o 4° basais, e com tres espi¬ nhos inferiores, muito menores, na metade apical; tarso com dois espi¬ nhos sub-basais superiores, o proximal muito menor, e com um inferior apical, menor que o menor superior. Olhos laterais (em numero de tres em cada grupo) separados da borda cerca de quatro diâmetros de um olho. Colorido geral, uniforme. ‘ Hab.: Therezopolis. Col.: P. Schirch, a quém dedico a especie. Tipos: 3 9 , com sacos ovigeros e filhotes, no Museu Nacional. No filhote (fig. 25), apenas saído do ovo, os palpos lembram, por seu aspecto, os dos Uropygos. Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 57 BIBLIOGRAPHIA A Bibliografia sobre a sistemática dos Pedipalpos não é das mais numerosas, sendo ela, como já ponderava Karsch, das mais di¬ fíceis. Deixo de juntar a bibliografia medica, aliás pouco extensa, por estar hoje bem averiguado que são estes arachnideos inteiramente ino- cuos. As idéas a respeito da peçonha dos Uropygos vinham de sua semelhança, embora grosseira, com os escorpiões e de seu forte cheiro acido, muito desagradavel (donde as designações vinaigrier, vinegarone f escorpião vinagre). 1688 — Blankaart — Schouburg der Ruosen, Wormen, Maden en Vlic- gende Dierkens Amsterdam — BI. 131-32, Pr. XVII, f. B. (Tarantula palmata?). 1702 — Petiver — Pterigraphia americana — Pr. XX, f. 12. (Cancellus barbddensis aranoides). 1736 — Albin — Natural History of Spiders, p. 55, Pr. XXXVi, N .178. 1756 — Broson —Civil and nat. History of Jamaica, p. 419, pr. XLI, H f. 3. 1758 — Linneu — Systema naturae, Ed. X, p. 619. 1764 — Linneu —Museum Ludovicae Ulricae, p. 427. — Gronovius — Zoophylacium, Fase. Ií, p. 216. 1765— Seba — Locupletissimi rerum natur. thesauri descriptis, Vol. IV, p. 100, pr. XCIX, f. 13. 1769 — Houtlryn — Natuurlijkae Historiae volgen het samenstel van Linnaeus, Pr. I, f. 1. 1772 — Pallas— Spicilegia zoologica, Fase. IX. 1788-93 — Linneu — Systema naturae, Ed. XIII. 1793 — Fabricius — Entomologia systematica, II. 1797 — Herbst — Natursystem der ungelflügelten Inseeten, Heft. I. 1801 — Lamark — Systema animalium. 1802 — Latrejlle — Histoire naturelle des Crustaccs et des Insectes, Vol. III. 1804 — Latreille — Ibidem, Vol. VII. — Hernann — Mémoire apterologique. 1805 — Palisot de Beauvois — Insectes recueillis en Afrique et en A:ne- rique. 1806 — Latreille — Genera Crustaceorum et Insectorum — Vol. I. 1318 — Latreille — Crustacés, Arachnide et Insectes in Tableaux ency- clop. et method. des trois règnes de Ia Nature. 1322 — Duméril — Considérations génerales sur la Classe des Insectes. 1829 — Cuvier —Le Règne Animal, Vol. IV. 58 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 1834 — Perty — Delectus animalium artic., quae in itinere per Brasilian anno 1817-20, coll. Spix et Martius. 1835 — Lucas — Essai sur une Monographie du genre Thelvphone — Mag. de Zool, CL VIII, pr. VIII a X. 1842 — Gervais —Sur le genre Phrynus et Solpuga — Eutr. verh. Soc. Philom. — van der Hoeven — Bij dragen tot de Kennis van het Geslacht Phrynus Oliv. — Tijdschrift vor Natuurlijke Gesch. en Phys., Vol. IX, pp. 63-93, pr. I e II. 1841-1848 — Koch —Die Arachniden - Vols. VIII, X e XV. 1843 — van der Hoeven — Jets. over Phrynus variegatus — Tijds. Natuurl., vol. X, p. 94. 1844 — Gervais — Histoire Naturelle des insectes Aptères (in Walckc- naer), Vol. III e IV. — Ramon de la Saora — Historia fisica, política y natural de la isla de Cuba. 1850— Koch —Uebersicht des Arachnidensystems, Heft. V. 1852 — Blanchard — L’Organisation du régne animal. 1853 — Girard— Natur History of the Red River of Louisiana. 1857 — Doleschall — Bydr. tot de Kennis d. Arachniden von den In- dis chen Archipel—Act. soc. scient. Indo Neerl., vol V. 1858 — Lucas — Arachnides Gabon —Arch. Entom, Vol. II. 1859 — Doleschall — Twed Bydr. tot de Kennis d. Arach. von den. Ind. Archipel — Ach. soc. scient. Indo-Neerl. vol V. 1862— Wood — Description of a new species of the genus Thelyphonus — Proc. Acad. Natur. Sc. Philadelphia. — Wood —On the Pedipalpi of North America —Journ. Acad. Sei. Philadelphia, Vol. V. 1864 — Wood — Description of new species of North American Pedipalpi- Pro c. Acad. Nat. Sc. Philadelphia. 1867 —L. Koch — Berchriebung neuer Arachniden und Myriopoden — Verh. zool. bot. ges. Wien, Vol. XVII. Bilimek — Fauna der Jrotte Cacahuarilpa in México—Verh. zool bot. Ges. Wien, Vol. XVII. 1869 — Ltolicza — Contribution to oua Knowledge of Indian Arachnoi- dea — Journ. Asiat. Soc. Bengal, Vol. XXXVIII, pp. 201-251. 1872 — Butler — A monograph. of the genus Thelyphonus — Ann. Mag. Nat. Hist, 4^ serie, Vol. X, pp. 200-206, pr. I. Cambridoe —On a new Family and genus and two new species of Thelephonidea — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4, Vol. X, p. 126-143. 1873 — Butler — Description of severa! new species of Thelyphonus — Cistula entomol,, Vol. VI, pp. 129-132. — Butler — A monographic Revision of the genus Phrynus — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4, Vol. XII, pp. 117-125. Mello-LeitÃo — Pedipalpos do Brasil 59 — Gerstaecker— C. v. d. Deckens Reisen in Ostafrika — Vol. III. — Stoliczka — Notes on the Indian Species of Thelyphonus — Journ. Asiat Soc. Bengal., Vol. XIII, p. II, p. 126-143. — Butler — Annver to Dr. Stolica's Notes on the Indian Species of Thelyphonus — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 4, Vol. XII, p. 114-116. — Gravere — Mededeeling over Thelyphonus proscorpio Latr., ge- vonder in the residentic Madioen — Naturk Tijdschr. Nederl. Ind., Vol. XXXIII. 1876 — Simon — ETudes sur les Arachnides du Congo — Buli. Soc. Zool. France, Vol. I, pp. 12-15. 1877 — Simon — Arachnides recueilíis aux lies Philippiaes par ü. U, Baer et Laglaise — Ann. Soc. entom. France, Vol. VII, pp. 53-96. 1879 — Karsch — Ueber eine neue Einteilung der Taraníuliden — Arch. f. Noturg., Vol. XLV, pp. 189-197. — Butler — Respecíing a nevv distinction between the Species of the genus Phrynus of Authors. — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 5, Vol. IV, pp. 313-316. 1880 — Karsch —Zur Kenntnis der Tarantuliden —Arch. f. Naturg. Vol. XLVI pp. 244-249. 1881 — Butler — On Dr. KarscíVs subdivision on the Phrinidia — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 5, vol. VII, pp. 69-70. 1884 — Roscherbrune — Diagnose d J Arthropodes nouveaux de la Séné- gambie, Buli. Soc. Philom., Vol. VIII, p. 28. 1885 — Keyserling —Arachniden Australiens von L. Koch —Vol. II. 1886 — Marx — Notes on Thelvphonus Latr — Entomologica Amer. Vol. II. Bruce — Observations on the nervous System of Insects and Spi- ders — Johns Hopkins Univ. Circular, VI, N. 54. — Simon — Arachnides recueilíis dans la Patagonie merid.— Buli. Soc. Zool. France, Vol. XI. — Thorell — Dercrizione dei aluni aracnidi enferiori delLAreipe- lago malese — Ann. Mus. civ. Gênova, Vol. XVIII. p. 35. 1887 — Simon — Etude sur les Arachnides de PAsie mérid.— Journ. Asiat. Soc. Bengal. Vol. LVI. — Simon — Arachnides recueilíis à Obok — Buli. Soc. Zool. France, Vol XII. 1888 — Thorell — Pedipalpi e scorpioni Malesi — Ann. Mus. civ. Gê¬ nova, Vol. VI, pp. 327-428. — Marx —Notes on Phrynus Oliv. — Proc. Ent. Soc. Washington, Vol I. 1889 — Tarnani — Sur les Collections des Theliphonides de qualques Mu- sées Runes Zool Ary, N. 301-122. — Oates — On the species of Thelyphonus inhabiting continental 6o ÁRCHIV03 do Museu Nacional — Vol. XXXIÍI índia, Burma and the Maíayan Penisula — Journ Asiat. Soc. Bengal Vol. LVIII, pp. 414. — Thorell — Aracnidi Arthrogastri Birmani — Ann. Mus. civ. Gê¬ nova, Vol. VIÍ, p. 521-729. 1SQ0 — Simon — Arachnides de BAfrique orientais équatoriale — Ann. Soc. Entom France, pp. 125-136. •— Tarnani —Ueber die Theliphoniden aus den Sammlunger einiger Russischer Museen — Horae Soc. Entom. Ross. pp. 511-539. 1892 — Simon — Aracnides des lies Philippines. Remarque sur la dassifi- cation des Pedipalpes — Ann. Soc. Entom., France, Vol. LXI, pp. 35-52. 1893 — Hansen — Organs and Characters in diíferent. Orders of Ara- chmids — Entom. Meddelelser — p. 137-251 —Pr. II-V. — Pocock — Contributions to our Knouwledge of the Arthrop. Fau¬ na of the West Indies — Journ. Linn. Soc. London, Vol: XXÍV, p. 374-40S. — Pocock — Idem Ibidem — pp. 473-544. 1894 — Pocock —Notes on the Pedipalpi of the Family Tarantulidae contained in the Collection of the British Museum— Ann. Mag. Nat. Hist. ser ô vol. XIV, p. 273-298. — Pocock — Notes on the Theliphnidae contaid in the Collection of the British Museum — Ann. Mag. Nat. Hist. serô, vol. XIV, pp. 120-134. í — Tarnani — Quelques nouvelles especies de Thelyphonidés — Zool. Ary pp. 31-32. 1895 — Kraepelin — Revision der Tarantuliden Fabr. (Phryniden Lati) 1 — Abh. Geb. Naturw. Hamburg, Vol. XIII,p.l-52 — Spix. 1897 — Kraepelin — Revision der Uropygi Thor (Thelyphonidae auct) — Abr. Geb. Naturw. Hamb. Vol. XV, pp. 1-58 —Prs MI. 1895 — Tarnani — Quelques nouvelles especies de Thélyphonides — ZooL Any. Vol. XVII, pp. 30-32. — Tarnani —Ueber die Thelyphoniden aus den Samm lungen ci- niger russischer Museen — Hor. Soc. ent. Ros. Vol. XXIX pp. 111-121. — Laurie — On the morphology of the Pedipalpi —J. Linn. Soc, vol. XXV pp. 20-43. — Ademamer — Die Coxaldrue von Thetyphonus caudatas — Zool. Any.Vol XVIII. 1896— Tarnani— Zur Morphologie dei Thetyphonus — Zool — Any. Vol. XIX pp. 115-116. 1897 — Pocock — Report upon the Scorpiones and Pedipalpi obtained on the Lower Amazons by Messrs. E. E. Austens f. Pickard Cam- bridge — Ann. Mag. Nat. Hist. ser. 6. Vol. XIX, pp. 357-368. — Lõnnberg — Skorpioner ock Padipalpernas geografiska Ubredning — Entom Tydskr Vol. XVIII, pp. 175-192. MeLLO-LeITÃO — PcDIPALPOS DO BRASIL 6i — Lõnnberq — Om Skorpioíiermas ock Pedipalpernas geografiska Utbredning — Ení. Tijask. pp. 193-211. — Pereyaslawzeiva — Les premiers síades du developpement des Pédipalpes — C. R. Acad. Sd, vol CXXV, pp. 319-321. — Pereyaslawzeiva — Les derniers stades du développement des Pé¬ dipalpes— Id. Hrd. pp. 377-380. — Fenizia — Um novo Phrynus Assabese—Boll. Scienf., Vol. XIX, pp. 63-64. — Simon — Recherches zoologiques dans les serres du Muse um de Paris— Feuille natural. Vol. XXVI, pp. 92193. — Kraepelin — Skorpiones und Theliphoniden — Abh. Senckenb. Ges. Vol. XXIII p. 537. 1898 — Lõnnberg — A revision of the Linnean Type specimens of scor- pions and Pedipalps in the Zoological Museum of the Royal University of Upsala — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 7, Vol. I, pp. 82-89. 1899 — Pocock — Diagnoses of some New Indian Arachnida — J. Bom- bay Soc. Vol. XII, pp. 744-753. — Pocock—O n the scorpions, Pedipalps and spiders from Tropical West. África sepresented in the collection of the Bristish Mu¬ seum—Proc. Zool. Soc. London, 1899, pp. 833-885. — Pocock — Scorpions, Pedipalps and Spiders colíected by Dr. Wil- ley in New Britain, Saíomon Islands, etc. — Willey's Zool. Res — Part. I pp. 95-120. — Pocock — The geographical disíribution of the Arachnida of Or- ders Pedipalpi and Solipigas Nat. Sei. Vol. XIV pp. 213-231. — Cook — Hubbardia, a new genus of Pedipalps — Pros. ent. Soc. Washington — IV, pp. 249-261. — Berg —Sobre el Thelyphonus máximos Tarmani — Cornm. Mus. Buenos Aires —Vol. I, pp. 55-56. 1899 — Kraepelin — Skorpiones und Pedipalpi — Das Thierreich. 1900 — Pocock — Some new or littíe known TheKphonidae and Soliíu- gae — Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 7, Vol. V, pp. 294-306. — Tarnani — Deux nouveíles espèces de Pheliphonides — Zool. Anz., Vol. XXVII, pp. 481-2. — Pocock — Arachnida in Fauna of British índia. 1901 — Flower — Notes on the Millipedes, etc., of the Malay Península and Siam — J. Straits Asiat. Soc., N. 36, pp. 1-48. — Kraepelin — Catalogue des Pedipalpes des collections du Mus. d*Histoire Nat. de Paris — Buli. Mus. Paris, pp. 263-265. — Kraepelin — Pedipalpi — Zur Nomenclatur — Abh. Ver. Ham- burg, Vol. XVI, Part I, N. 4. — Pereyaslanzewa — Developpement embryonaire des Phrynes — Ann. Sei. Nat., Vol. XIII, pp. 117-304 prs. II-IX. — Purcell — On some South African Arachnida belonging to the 62 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII orders Scorpiones, Pedipalpi and Solifugae — Ann, S. Afr. Mus. — Vol. II, pp. 137-225. — Simon — On the Arachnida collected during ths « Skeat Expe¬ di tio n », to the Malay Península — Proc. Zool. Soe. London, Vol. II, pp. 45-84. — Tarnani — Ueber die Theliphoniden aus den Sammblungen einí- ger Russischer Museen — Ann. Mus. St. Petersb. — Vol. VI, pp. 207-219, pr. IX. 1902 — Gough — The development of Admetus pumilio — Quart. Journ. Microsc. Sc., Vol. XIV, pp. 595-630. — Pocock — On some points in the anatomy of the allimentary and nervous System of the Arachnidan Suborder Pedipalpi — Proc. Zool. Soc. London, 1902, Vol. II, pp. 167-188. — Pocock — Studies on Arachnid entosternite — Quart. Journ. Micr. Sei., Vol. XLVI„ pp. 225-262. — Pocock — Scorpiones and Pedipalpi — Biol. Centr. Amer. — Pocock — A contribution to the systematies of Pedipalpi — Ann. Mag. Nat Hisl, ser. 7, Vol. IX, pp. 157-165. — Bõrner — Arachnologische . Studien — Zool. Anz., Vol. XXV, pp. 433-466. — BÕrner — Arachnologische Studien — Zool. Anz., Vol., XXVI, pp. 81-92. — Bõrner — Koenenia mirabilis und andere Pedipalpen — Verh. Deuts. zool. Gesells., pp. 214-215. — Banks — Entomological Results (6) Arachnida — Proc. Wash. Acad., Vol. IV, pp. 49-86. — Schimkewitscm — Ueber die Entwicklung von Thelyphonus cau- datus (L.) — Zool. Anz., Vol. XXVI, pp. 665-685. 1904 — Kraepelin — Zur Nomenklatur der Skorpione und Pedipalpen, — Zool. Anz., Vol. XXVIII, pp. 195-204. — Simon — ETudes sur les Arachnides recueillis au cours de la Mission du Bourg de Bojan en Afrique — Buli. Mus. Paris, pp. 442-448. — Bõrner — Ein Beitrag zur Kenntnis der Pedipalpen — Zoologica — Heft. 42, und 42 II. — Hansen & Sõrensen — The Tartarides, a Tribe of the Order Pe¬ dipalpi — Ark. f. Zool., Vol. II. — Schwangart — Ueber zwei Formen der Pedipalpengattung Ty- popeltis Poc. vor Formosa — Zool. Anz., Vol. XXX, pp. 331- 337. 1908 — Kraepelin — Die sekundáren Geschlechts charaktere der Skor¬ pione, Pedipalpen und Solifugen — Hamb. Jahrb. wiss. Anst., 1909, Vol. XXV, pp. 181-225. — Arldt — Die Ausbriertung einiger Arachnidenordnungen — Arch. Naturg., Vol. 74, pp. 389-458. Mello-Leitão — Pedípalpos do Brasil' 63 —Jackson — On some rare Arachnids capíured during, 1907 — Trans. Nat. Hist. Soc. Newcastle, pp. 49-78, — Iwakawa — Or the specific. identity of the scorpion-spider of the Loochoos and Formosa — Annot. Zool. Jap., pp. 287-291. 19Z10 — Gravely — Pedipalpi of Ceylon — Spolia Zeylas, pp. 43-47. — Hansen — Tartarides in Sjõstedt Kilimandjaru — Mesu Exp, pp. 83-85. / 1911— Hirst — On a new Pedipalp of Burma — Ann. Mag. Nat. Hist* ser. 8, Vol. VIII, p. 381. — Hirst — On a coílection of Arachnida made in Rhodesia — . Manchester Mem. Lit. Phil. Soc. N. 2. ti — Gravely — Notes 011 Pedipalpi in the coll. of the Indian Mus. — Rec. Ind. Mus., Vol. VI, pp. 33-38. — Gravely — The Species of Ceylon Pedipalpi — Spolia Zeylas — pp. 135-140. — Werner — Scorpions and allied annulated Spiders of the Anglo- Egyptian Sudan — Rep. Wellcome Trop. Res. Labor, pp. 179- 189. | 1912— Gravely — Notes on Pedipalpi — Rec. Ind. Mus., Vol. VII, pp. 101-110. — Hirst — Descriptions of new Arachnids of the orders Solifugae and Pedipalps — Ann. Mag. Nat. Hist, ser. 8, Vol. IX, pp. 229-237. — Kraepelin — Neue Beitráge zur Systematik der Gliederspinnen — Hamb. Jahrb. wiessensch. Anst, Vol. XXVIII, pp. 59-107. 1913 — Gravely — Zoological results of the Abor Expedition -- Rec. Ind. Mus, Vol. VIII, pp. 127-128. — Hirst — The Percy Sladen-trust Expedition, Scorpions, Pedi¬ palpi — Trans. Linn. Soc. Zool, pp. 31-37. — Annandale & Gravely — The limestone caves of Burma and Malay Península — Journ. Asiat. Soc. Bengaí, pp. 403-423. 1914 — Kraepelin — Neue Beitráge zur Systematik der Gliederspinnen — Hamb. Jahrb. wiessensch. Anst, Vol. XXX, pp. 123-196. — Kraepelin — Beitráge zur Kenntnis der Skorpione — Mém. Soc. Sei. Nat. Neuchatel. — Kraepelin — Die Skorpione und Pedipalpen von Neu Calc- donien — in Sarain & Roux — pp. 327-337. 1915 — Gravely — Notes on Pedipalpi — Rec. Ind. Mus, Vol. XI, pp. 383-386. — Gravely — A revision of the Oriental subfamilies of Tarantuli- dae — Rec. Ind. Mus, Vol. XI, pp. 433-455. — Gravely — Notes on the habits of Indian Insects, Myriapods and Arachnids — Rec. Ind. Mus, Vol. XI, pp. 883-539. — Lessert — Arachnides de 1’Ouganda — Rev. Suisse Zool, pp. 1-89. 64 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 1916 —Gravely — The evolution and distribution of the Indo-Austra- lian Thelyphonidae — Rec. Ind. Mus., Vol. XII, pp. 59-85. 1917 — Werner — Another record of a small whip-scorpion in Cali- fornia — journ. Entom. Soct. Claremont, 1920 — Strand — Arachniden aus Belgisch Congo — Arch. Naturg. A Vol. LXXXV, Heft, 12, pp. 98-113. 1921— Hansen — Studies on Arthropoda. 1922 — Chamberlin — Two new American Arachnids of the order Pe- dipalpi — Proc. Biol. Soc. Washington, pp. 11-12. 1924 — Gravely — Tartarides from the Syve Cave, Garo Hills — Rec. Ind. Mus., Vol. XXVI. 1926 — Hansen — Trithyreus cavernicola n. s., a new form of the tribe Tartarides from tropical East África and Zanzibar — Arch. Zool. Paris, Vol. 65, pp. 11-166. 6 — Strubell — Thelyphonus caudatus, Eine biologische Skizze — Verh. Nat. Ver. Bonn. — V. 1928 — Strand — Miscellanea nomenclatorica zoologica — Arch. Naturg., Vol. XCIÍ(A) Heft VIII, pp. 32-75. — Roewer — Eine javanische Charontinae — Treubia, Vol. X, pp. 15-21. 1) Ray Lankester considerava Limulas como arachnideo e dividia a classe em duas subclasses: Delobranchios, compreendendo os Xiphosuros e Eurypterideos e Embolobranchios para os Arachnideos terrestres. Estudando o aparelho circulatório dos arthropodes e segmen¬ tação do corpo dos mesmos mostrou Petrunkevitch que a velha idea de Lankester deve ser abandonada, sendo muito remoto o parentesco existente entre os Xiphosuros e os Arachnideos. Sendo oje a ten¬ dência geral para dividir os Myriapodes em duas classes, com bent melhor razão devemos separar os Xiphosuros dos Arachnideos e con¬ siderar para os Quelicerados tres classes: Pantopodes, Merostomados e Arachnideos. 2) Para as subclasses e legiões de arachnideos proponhos tres nomes novos, e dou uma divisão um pouco diferente, que passo, a justificar: 1 2 Os Ctenophoros de Pocoek subtiíui pela designação Phanero - ctenos (de pentes expostos), porque o termo Ctenophoros foi empre¬ gado muito antes por Eschscholtz para um outro grupo de animaes' e é largamcnte conhecido, parecendo-me de bom aviso evitar duplo sentido. Segundo a norma já usada em outros grupos, aos Phanero- MelloLeitão — Pedipalpos do Brasil 65 cienos opponho os Ádeloctenos (de pentes ausentes) em véz dos Lipo- ctenos f cuja etymologia não exprime bem o facto. Aos Palmonados de Lameere chamei Orthoprneamon.es , para evitar igualmente duplo emprego com a designação já consagrada para uma ordem de Gasíropodes. Criei para os Palpigrados a legião dos Árthrothoracicos, entre os Haplocnemios e os Oríhopneumones, por me parecer que a posição justa dessa ordem está entre os Solifugos (dos quais possue o cefalo- torax dividido, as queliceras trisegmentadas, a ausência total de pul¬ mões) e os Pedipalpos. A’ legião dos Holosomaticos (traqueados e de ceíalotorax in¬ teiro) acrescentei os Meridogastros, com grandes afinidades com os OpiüÕes. 3) A divisão do corpo dos Arachnideos em prosoma, meso- soma e metasoma, conforme propoz Lankester e é aceita por Bõrner apresenta-se, segundo as pesquisas de Petrunkevitch, errônea, e deve ser abandonada. Preferimos, portanto continuar com a divisão classica em ceíalotorax e abdômen. O termo post-abdomen, empregado para os Escorpiões, Palpigrados e alguns Pedipalpos deve ser inteiramente pres¬ crita, por ser o post-abdomen de cada qual dessas ordens morfologica¬ mente muito diverso do das outras. e) Ao trabalho de Cl. F. Cook fazem Hansen e Sõrensen a se¬ guinte critica: « Scarcely any Zoologist who is well or only moderately acquainted with the structure of the orders of Arachnida, will adopt this classificaíion.» E linhas adiante: «Finally Cook ? s paper gives a tabular view of the « subclasses » and orders of the Arachnida (Acari excepted) but its qualiíy is so poor that it scarcely deserves any mention at all. We can not refríain from producing the remark that rather frequently papers are published attempting to revolutionize the classifi- cation of an order or a class, but showing two rnuch lack of reaí knowledge of Hterature or nature, two much want of circumspection or real account of the numerous structural features which ought to : be taken into consideration.». 5) «The Tartarides are so closely allied to Oxopoei that only, few more momentous differences can be pointed out between them, while the Amblypygí are far more distant, differing from the Oxopoei and Tartarides in a considerable number of weighty structural features.» 6 ) Preferi a designação de Urótrichos de Pocock a liolopel- tidios de Bõrner por ser anterior a esta e por melhor caracterizar ,a tribu, com sua cauda filiforme. Holopeliidios (de escudo inteiro) saa também os Amblypygos. 7) «The difference in the structure of the second thoracic tergite must be considered rather unimportant, and for these reasons the value of the genus Trithyreas is slight, but it may be maintained as a subgenus.)). 66 Archivos do Museu Nacional' — Vol. XXXIII 8 ) «The chief points of interest brought out by Mr. BuxtorTs, collections of Tartarides are (I) the unsatisfactory nature of the dis- tinction involving the separation into different subgenera of such obvi- ously alüed species as crassicaadatus and perplexas; and (2) the increasing number of Oriental species whose females closely resemble the Papuan modestas Hansen. 9) Comete Hansen dois enganos graves em seu ultimo tra¬ balho: referindo o numero de especies descritas de 1905 a essa parte) como de meia duzia (halfa score), e dando sua especie Trithyreus cavernicola como o primeiro Uropyggo cavernicola descrito. Antes dele Gravely descrevera duas outras especies, com igual habitaia uma das quais chamou Schyzomus cavernicola . 10) Diz Pocock: I provisionally refer to this genus Th . pros- corpio of Latreille, of which the Museum has a considerable number from Haiti.» E em nota de pá de pagina: «Latreille expressely stated that the species he named proscorpio was an inhabitant of the West Indies. I consequentely adopt this specific name for the form that Koch subsequently described as antillanus .» 11) «west-índien, namentlich Haiti.» 12) Kraepelin em 1903, contestando a Pocock apenas diz que Ádmetus pamilio não lhe parece joven e termina: « Den Namen Hetero- phrynas Poc. kann ich aus den angeführten Gründen eine Berechtigung von Admetus C. Koch nicht zugestehen. 13) «The rich material in the índian Museum collection shows, however, that several of the names regarded by Kraepelin as synony-: mous vvith Phrynus reniformis wiíl have to be revised, and that even these will not coverall species to which the name P. reniformis may conceivably belong. The description of P. reniformis is generic rather than specific and the identily of the species must, I am afraid, remain a matter doubt until the type is redescribed.» 14) Descrição original de Perty; «Ferrugineus, fusco variega- tus; palpus prismaticus, dentatus, articulo secundo et tertio fere aequali- bus. Long. corporis unici exempli 5 l/2”\ Lg, palpi 7”\ Habitat ad Amazonum flurnen, Ph. palmato paene minor, ideoque mínima hujus generis species hucusque cognita. Chelicornua ferruginea. Palpi ferru- ginei, fere eodem modo constructi, sicuti Ph. medio Herbstii, articulo, secundo brevi denticulato, tertio elongato subprismatico, dentato, quarto praecedenti vix breviore anguloso, ad apicem spinis tribus elongatis acutissimis munito, quinto unguiformi, trifido. Óculos tantum sex cons- picio: duos antice in tubérculo medio sitos, et duos in utroque latere valde approximatos: Cephalothorax obcordatus, fere latior quan lon- gus, ferrugineus, fusco-varius, impressionibus aliquot decussatis, forsan ex insertione musculorum pedes moventium ortis. Abdômen ferrugineo- ochraceum, obsolete fusco-varium. Subtus ferrugineo-ochraceus. Anten- Mello-LeítÃo — Pedipalpos do Brasil í 67 nipedes (cirri Herbsí) pedibus longiores, ferruginei. Pedes férruginéo- ochracei, femoribus fusco-annulatis.» 15) Fotografia de um exemplar femea, ainda joven, das co¬ leções do Museu Nacional, que viera com a etiqueta de Thelyphomis caudatas , EXPLICAÇÃO DAS FIGURAS Fig, 1— Cefalotorax de Schizopeltidio (Schizomas cambridgei) mostran¬ do a divisão do escudo dorsal (segundo Bõrner). Est. 1 a 6 — Appendices. Urt. Tergito abdominal. //g/.-flagelo. Ops. — Últimos segmentos abdominais (seg. Bõrner). Fig. 2 — Face ventral de Schizopeltidio. Urst — esternitos abdominais, III-IV — presterno, V — Mesosterno, VI — Metasterno. Fig. 3 — Quelicera de Urotricho (Theliphonus caudatus) em corte lon¬ gitudinal do cefalotorax. Fig. 4 — Idem idem de um Amblypygo (Phrynichus badllifer). Fig. 5 — Face ventral de Urotricho, mostrando o esterno (seg. Bõrner). Letras como nas figs. 1 e 2. Fig. 6 — Face ventral de Amblypygo, mostrando o esterno (seg. Bõr- , ner). Letras como nas figs. 1 e 2, lgp — estigmas pul¬ monares. Fig. 7 — Quelicera de Schizopeltidio. Fig. 8— Quelicera de Koenia mirabilis (para comparação). Fig. 10 — Schizomus simonis Iiansen. Schizomida Sul-Americano. Seg. Hansen & Sõrensen). Fig. 11— - Mastigo proctus giganteus (Lucas). Fotografia do desenho ori¬ ginal de Lucas. Fig. 12 — Mastigo proctus brasilianas (Koch) — Foto de um exemplar das coleções do Museu Nacional. Fig. 13 — Masügoproctas liochirtis Poc. — Foto de um joven, das co¬ leções do Museu Nacional (Augm. 3 vgs.) ( 15 ). Fig. 14 — Mastigo proctus maximus Tarnani — Foto de um exemplar do Museu Nacional (Tamanho natural). Fig. 15— Mastigo proctus perditus sp. ,n. Foto do typo (Augm. 3 vezes. 68 Archivos do Museu Nacional’ — Vol. XXXIII Fig. 16 — Damon varie gaias Perty— Foto do Nanodamon D. cincüpes Poc. Fig. 17 — Hemiphrynas fuscimanus (Koch). Fig. 18 — Ãícanthophrynus spinifrom Poc.. Fig. 19 — Heürophrynus batesii (Butler) —. Fig. 20 — Heterophrynas hrevimanus sp. n. — Foto do íypo (Tamanho natural). Fig. 21— Heterophrynas longicornis (Butler ) — Foto de um exemplar das coleções do Museu Nacional (Tamanho natural). Fig. 22 — Heterophrynas vesanicus sp. n. Foto da femea, em tamanho'; natural. Fig. 23 — Enantios&rax. schirchii g. n. sp. n. — Foto do typo, augmen- tado 2 1/2 veezs. i Fig. 24— ■Enantiosamx schirchii (Foto de um joven, apenas sabido do ovo, augmentado cerca de 10 vezes). Fig. 25 — Mastigoproctus minensis sp. n. As a result of the very careful mvestigatíons effected by Pe- trunkevich, we have laid aside Lankesters concept as regards the Arachnidae, and only consider as belonging to this class the land chelP cerids (which correspond to Lankesters and Shiplys Embolobranchiata).* We partly accept Pococks division, modified by Bõrner with some ah terations which appear to us more in accordance with acíual hnowledgej and present the following scheme. (*) For order Pedipalpi we accept the general division into UroP, pygi and Amblipygi, the former subdivided into 2 tribes, — Schizopel- tidia Bõrn and Urotrichi Poc. — each containing a single family. With; Gravely we consider to the Schizomidae a single genus Schizomus Cook) and for Trithyreus cavernicola Hansen 1926 (nec Schizomus cavem nicola Gravely, 1912) propose Schizomus hanseni n. n. ( íi ) See the scheme in the oíher page. J f 7T ARCHIVOS DO MUSEU NACiONAL Vol. XXXIII — 1931 — RIO DE JANEIRO MeixO-IvEITÃO — Pcdipalftos do Brasil - = CS DO MUSEU NACIONAL : — *,93! - RIO DE JANEIRO Mku<0-T«KITÃ0 — / d di puf fios' do fhrixil Fig. 13 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Vo!. XXXIII — 1931 — RIO DE JANtIRO Fig. 11 Mello-Leitão — Pedtpalpos do % Brasil ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Vol. XXXIII — 1931 — RIO DE JANEIRO Meixo-L,EITÃo — Pedifialfios do Brasil Fig. 24 ARCHIVOS DO MUSEU-NACIONAL Vol. XXXMI — 1931 — RIO DE JANEIRO Meij,o-LeitÃo — Pediftalpos do Brasil Fig. 16 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Vol. XXXIII — 1931 — RIO DE JANEIRO Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil Flg. 18 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Vol. XXXII! — 1931 — RIO DE JANEIRO Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil Fig. 25 Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil 69 PHANEROCTEWA — Possess 13 abdominal segments; legs wit- hout patella a pair of abdomi nal appendices of comb shape; abdômen very long- with last five segments narrowed; telson present, globose with poíson glands; maxillar palps robust; tridfobothria only on the pal- pi; 4 pairs of lungs. Scarpionidea With the cha- racteristics of the subclass. Hapíocnemia Borner — Legs IV without patellas; tracheal respiration ; chelicera of 3 segments. CheLONETiii Thor. — Tracheal stigmae only on abdômen. Cephalothorax entire. Legs IV without racquet-shaped organs. Salifugae Lundv — Tracheal stigmae on cephalothorax and abdômen. Cephalothorax segmented. Legs IV with racquet shaped organs. Ârthrothoracica n. — Cepha¬ lothorax divided. Patellae present in legs IV. Tracheal respiration. Telson present, plurisegmented. Chelicera tri- segmented. Palpigradi Thoz. — With the characteristics of the Legioii. ADELOCTENA — At the most 12 abdominal segments. Abdô¬ men without appendices. Lungs, at the most, two pairs. Orthopneumona n. — Legs (at least III and IV) witli pa¬ tella. One or two pairs of lungs ; abdômen separated from cephalothorax by a deep constriction. Chelicera bi-se- gmented. Pedipalpi Latr. — Abdômen clearly segmented; chelicera without poison glands. Araneae Lundv. — Abdômen undivided, only rarely with dorsal metameric plates; che¬ licera with poison glands. Holosomatica Poc. — Cepha¬ lothorax undivided Patellae generally present; tracheal respiration, with other tho- racíc or abdominal stigmae. Meridogastra Th os, — Cepha- thorax separate from abdô¬ men; copulatory organs of male on legs III. Chelicera trisegmented. Opiliones Sundv. — Cephalo¬ thorax coalescing to part of abdômen. Chelicera triseg¬ mented. Acarina Nitzch — Cephalotho¬ rax entirely and broadly fused with the abdômen. Chelicera unisegmented. P Mello-Leitão — Pedipalpos do Brasil' 71 In the Thelyphonidae we have creaíed a genus Âmauro mas* tigon for Mastigoproctus annectens Werner, 1916, characterised as fol- lows: — Amauromastigon g. n. — Cephalothorax with a marginal ridge, fromi íhe middle (eyes) to the lateral eyes. Ommatidiae presént. Ocular turret not clearly defined. First abdominal sternitq without median cleft. Tibial processes of the palpi and tarsus I similar in both sexes. In the genus Mastigo proctus we discovered a new species: Mastigoproctus perditus sp. n. (Fig. 16) Body 30 mm. Trunk dark fulvous, granulated. Palpi light maliogany colour, Coxa of palpi a good deal shorter than the width of the cephalotoírax upper spines. Third segment of tarsus I larger than the se- cond. Ommatidia circular. Far the Amblypygi we followed the division in íamilies proposed by Pocock in 1902, and give Keys for the separation of genera, as well as the species of Damon, Phrynus, He mi- phrynus and Heterophrynus. Of this last genus two new spe¬ cies are described: Heterophrynus brevimanus sp. n. (Fig. 21). It is distinguished from H . longicornis (Butler), to wich it is nearest, in having the lower apical spine of the tibia of the palpi smaller than the preceding; tibia and femur of palpi equal. Femur of the. palpi a good deal shorter than the width of the cephalothorax (just larger than its lenght) and much smaller than thq femura of the legs (less than half of femur I, and nearly half that of femura of II and IV). Pará. Heterophrynus vesanicus sp. n. (Fig. 23). Of the group, of HeterophrT ni with very long femur of the palpi (nearly double jthe| width of the cephalothorax), being distinguished from the other species of the group in having the spines of the tarsus of the palpi aproximately egual in size. Matto Grosso. A new genus was discovered in the family Charonti- dae, the first in the neotropical region, between Charenius and Sarax, for a new species from Therezopolis. Enantiosarax g. n. — Tarsus of the palpi with bi-articulated daw. Tarsus of the palpi with two Upper basal spines, the proxP mal much smaller, and a smaller lower, apical spine. Tibia of the palpi flattened, with 6 upper spines, the apical one) much smaller than the previous. Tibia IV with four segments 72 Archivos do Museu Nacional' — Vol. XXXIII and tarsus with five; the pulvillus well developed. The ante¬ rior border of cephalothorax is spinulose Lateral borders with an indentation. Sternites smooth. Type: — Enantíosarax schirchii sp. n. — (Figs. 24-25)'. Troehanier of the palpi with a granulose externai apical apophysis, 2 front and 4 inner teeth; fêmur with lower spines, the basal one much larger, and five smaller ones on the upper; tibia with six upper spines, increasingly obliqúe, the last three directed; nearly straight forward, and three lower spines. Uniform; dark brown. Hab.: Therezopolis. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAD VOU. XXXIII mo oss jAivsrao DR. Mello-Leitâo Prof, de Zoologia do Museu Nacional A família Bothriuridas foi creada por Simon em 1880 pará receber os Telegonidas de Thorell (= Telegonini Peters e seus gê¬ neros Thestylus e Timo genes, desaparecendo o nome Telegonas C. L. Koch, 1836, por já preocupado para Lepidopteros por Húbner em 1816. Os caractéres da familia são bem determinados por Pocock em 1893 do seguinte modo; «Escorpiões de tamanho medio ou pequeno. «Carapaça (= cefalotorax) com os olhos médios situados no meio ou pouco adiante; 3 olhos laterais. Esterno reduzido a um esclerito transverso, convexo ou an¬ guloso adiante e concavo atrás, sulcado transversalmente (e mui leve¬ mente no sentido longitudinal), dobrado entre o opereulo genital q as ancas IV. < Opereulo genital grande. Pentes grandes ou medíocres, de fulcros bem definidos, bem como as laminas intermediarias. Apendices — O penúltimo dente do dedo movei das queli- ceras muito curto; dedos das quelas sem lobo angular; denticulos dis-i postos em tres series — uma externa e outra interna, formadas de dentes maiores, separados, e uma mediana, formada por uma serie simples ou dupla raramente (Cercophonius) múltipla dc dentes me- pores. Patas com duas apófises pedais (raramente a posterior obso-t leia, Phoniocerctis); face inferior provida de espinhos laterais e de uma serie mediana de pelos ou espiculos. . Cauda quasi sempre robusta, de cristas em grande parte obso¬ letas, isem espinhos sob o aculeo, çf (? em todos os generos) com um dente na face interna dá mão; dedos não lobados. : O com opereulo genital fendido.» Kraepelin (1899) dá o esterno como formado por duas es¬ treitas placas transversais, ás vezes dificilmente visíveis e as laminas medias dos pentes como perliformes, arredondadas, ás vezes em va- irias filas. 76 ArchíVos do Museu Nacional — Vou vXXííI Ha ainda a acrescentar á diagnose de Pocock que os Bo- thriuridas atingem, ás vezes, grande pórte (9 e 10 dente da que!a do macho é simples caracter especifico. Incluía Pocock nos Bothriuridas os seguintes cms.) e que generos : o 1 —Botkriuras Peters, 1861. 2 — Cercophonius Peters, 1861. 3 — Maecocentrus Karsch 1880. 4 — Thestylus Simon, 1880. 5 — Timogene s Simon, 1880. 6 — Brachistostenuis Pocock, 1893. 7 — Vrophovius Pocock, 1893. 8 — Pkomocercus Pocock, 1893. Em 1894 descrevia Kraepelin um novo genero — Centro machas, nome já preocupado por Th ore 11 desde 1885 para um escorpião fóssil que Lõnnberg substitue por. 9 — Centre machetes Lõnnberg, 1897. o 3 Em 1899 Kraepelin considera Maecocentrus como synonymo de Thestylus e dá como mal definido o genero Timo genes, de modo que ficam os Bothriuridas com 7 generos. Muito mais tarde Penther (1913) descobre um novo genero — lophoras na Republica Argentina, o que eleva esse numero a oito. Tendo tido a oportunidade de examinar especies dos generos fío- t/iriurus, 'Thestylus Brachistostermis, Urophonim, Phoniocercas e Io- phorus, assim como quasi todas (excepto apenas D. coriaceus Krplri) as especies de Bolhriurus argentinos, resolvi escrever algumas ligeiras notas sobre esta família. Sua area geográfica é das mais interessantes, comprehendendo parte do Brasil, Uruguay, Argentina, Chile, Boiivia, Peru, Austrália e Sumatra (?), representada na America por 7 de seus generos. Os ge-» nexos cie Àusíralia e de Sumatra são monotypicos, bem como os generos Centro machetes, Piionwcercas e Thestylus. Considerando, com Petrun* KEviTCH o esterno pentagonal como primitivo, vemos que os Bothriuridas devem ser considerados como os escorpiões mais recentes. Consti¬ tuem eles mais de 80 °/o da fauna escorpionica da Republica Argen¬ tina que contribue, aliás, com 70 «/o das especies conhecidas de Bo¬ thriuridas. Aproveitando, em parte, a chave de Kraepelin, podemos re¬ conhecer os diversos generos de Bothriuridas peia seguinte chave; Tcjotarsos. IV com uma fila mecha de dentes ou pequenos espinhos, sem espinhos ou cerdas laterais, e com longas cerdas curvas dorsais; espinho tareai muito conspícuo; laminas medias do pente em duas filas — Brachistosternus. # o MelloLeitao - Sobre os Bothriukidàs Sul-Americanos 77 2 ( 1 )- T 3 ( 0 ) — 4 ( 5 )- 5 ( 4 ) - 0 ( 3 ) - 7 ( 14 )- 8 ( 11 )- 9 ( 10 )- 10 ( 9 ) - 11 ( 8 )- 12 ( 13 ) 13 ( 12 ) 14 ( 7 ) - 13 ( 16 ) 16 ( 15 ) elotarsos IV com espinhos ou cerdas espiniformes infe.iores, dispostas aos pares e com ou sém fila mediana de pelos c de dorso geralmente sem grandes cerdas curvas seriadas; es¬ pinho tarsal curto; laminas medias do pente em uma só fila ou em duas na base, não raro angulosas — 3. > Telõtarsos IIi e IV com 6 a 7 pares de espinhos na face infe¬ rior — 4. Declos da quela dos palpos com uma uai ca fila mediana de deiiticulos; telotarsos IV quasi giabros, apenas com uma ou duas cerdas superiores, em pequena apófise apical. Comoro dos olhos médios sem sulco mediano. - Thestylus. Dedos da quela dos palpos com duas filas medianas de den- ticulos; telotarsos IV com quatro cerdas longas no 15 apical. Comoro ocular com sulco mediano. — Urophonius. Telotaarsos III e IV com 2 a 4 pares de espinhos inferiores (ás vezes em IV um quinto espinho inteo-extern o) ou de cerdas espiniformes — 7. -Dedos da quela dos palpos com uma fila mediana de denti- culos (ao menos nos dois terços apicais, podendo o terço basal apresentar esboço de duas filas) — 8. -Telotarsos 111 e IV com dois ou tres pares de espinhos, se¬ parados por uma fila mediana de cerdas; olhos medianos no meio do cefalotorax, de comoro ocular geralmente não sul¬ cado; cefaloíorax de borda anterior direita — 9. -Todos os segmentos caudais sem quilhas ventrais, apenas V com uma crista transversal — Timogenes. -Ao menos o segmento caudal V com quilhas ventral nitida — Bothriurus. -Telotarsos ííí e IV com quatro pares de espinhos ou cerdas inferiores; comoro dos olhos médios com um sulco mediano; borda anterior do cefalotorax mais ou menos excavnda; — 12. — Telotarsos IV com 4-5 espinhos inferiores e III com 4-4, se¬ parados por uma fila mediana de longas cerdas — Iophorus. — Telotarsos 111 e IV com 3 ou 4 pares de cerdas inferiores, sem fila mediana de pelos — Phoniocercus. — Dedos da quela dos palpos com duas filas completas de den- ticulos ou com tres ou mais, de denticulos irregularmento dispostos — 15. — Telotarsos ííí e IV com dois espinhos infero-externos e um interno e com uma fila mediana de pelos; dedos da quela com quatro filas irregulares de denticulos; estigmas ovais; es- ternito V liso — Cercophonius. — Telotarsos III e IV com 3 pares de espinhos inferiores e sem íiia mediana de pelos; dedos da quela com 2 ou 3 filas 78 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII de grânulos; estigmas circulares, muito pequenos; esternito V com 4 cristas — Centromachetes. Genero Bofhriurus Peters, 1 S 61 Monber . Ah Berlrn, p. 510 Kraepelin (1899) assim resume os caratéres do genero: «La¬ minas medias dos pentes em uma fila (ou só na base em duas),, perliformes. Telotarsos com uma fila mediana de pelos e 2 ou 3 pares de espinhos na face inferior; esporão tarsal pequeno. Dedos da quela com uma só fila de grânulos quasi em linha reta. Macho com upx esporão na face interna !da mão ou com pequena fosseta. Tronco liso, opaco ou granuloso. Vesícula geralmente com uma pequena fosseta dorsal.» As vistas de Kraepelin sobre a sinonimía das especies de Bothriurus foram, por ele proprio, muito modificadas posteriormente e em 1912 apresenta uma chave) para onze especies. Como ele acen¬ tua já 1899, pela simples descrição, não é possível separar nitidamentd o genero Timo genes Simon de Bothriurus Peters, diferindo apenas pela ausência de cristas inferiores no segmentos caudal V. A pequena apófise espiniforme da mão do macho falta em! algumas especies. Completando a chave de Kraepelin com as especies keyserlingi e asper de Pocock, ahi não incluídas e B, tampei Werner, 1916, B. doellojurddoi B. pringlosianus, B. elegans, B. dispar e B. filienico la spp. n. temos: 1 (14) — Segmento caudal V sem quilhas laterais, inferiores, sómentej com uma fila de granulações, de cada lado da porção poste¬ rior, que se dirige para a parte mediana, em linha curva ou| obliqua, limitando uma area terminal mais ou menos ní¬ tida — (*) 2. 2(7) — Esternito V e face ventral do segmento caudal I sem vestígio, de cristas longitudinais, inteiramente lisos e regularmente, arredondados. Colorido sempre fusco ou negro — 3. 3(6)—Pente com 12 a 20 dentes (na femea) ou 19 a 22 (no macho); borda posterior dos tergitos não mais fortemente granulosa) que a superfície caudal. Comoro ocular com sulco mediano? _ 4 4(5) — Cauda, patas e palpos de colorido uniforme, bem como o tronco; vesícula do macho com uma fosseta, não raro do colorido. (*) Em B. alicnicola a area terminal é nítida mas não se notam as linhas obliquas limitantes. Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 79 ' fulvo ou amarelado; grânulos que limitam a area posterior do segmento caudal V em linha curva completa — B. bonari- ensis bonariensis Koch. 5(4)—Cauda manchada, com faixas e manchas amarelas, bem como as pernas e os palpos; tronco com uma faixa fulva mediana;, linhas obliquas de grânulos do segmentos caudal V não coales- centes no meio; vesícula do macho achatada no dorso mas sem fosseta — B. bonariensis asper (Poc.). 6(3)—Pente com dez dentes. Borda posterior dos térgitos abdominais com granulações grossas, o resto liso ou finamente granuloso. Comoro ocular sem sulco; cauda manchada — B. bonariensis maculatus (Krpln). 7(2)—Quinto esternito e face ventral do primeiro segmento caudaf com quilhas longitudinais medianas mais ou menos nitidas — 8. 8(9)—Faee ventral do quinto segmento caudal com uma area densa e regularmente granulosa, cujas granulações vão diminuindo proximalmente, de modo que não ha linhas obliquas ou curvas de delimitação, não existindo, igualmente, cristas laterais infe¬ riores; dedo movei da quela maior que a mão; cristas laterais dorsais da cauda quasi obsoletas, de grânulos pequenos; tí¬ bia dos palpos sem quilhas nitidas. — B. alienicola sp; n.. 9(8)—Face ventral do quinto segmento caudal com um V de vertice anterior ou uma linha curva de granulações pontudas, limi- tanto uma ai^ea posterior de granulaçães mais ou menos nP tida — 10. 10(11) — Dedo movei da quela dos palpos maior que a mão. Vesí¬ cula do macho achatada dorsalmente mas sem depressão. Quilhas dorsais dos segmentos caudais denteadas, de dentes ponteagudos, em toda extensão; tibia dos palpos com quilhas nitidas e tres tricobotrias. Superfice intercarenal do esternito V lisa. Tronco escuro, com uma faixa mediana e aneis claros. Cauda bruneo escura ou fulvescente e com manchas alon¬ gadas na face inferior. Quelas dos palpos fulvas — Bsignatus Poc. 11(10)—Dedo da quela dos palpos menór que a mão. Vesicula do macho com pequena fosseta dorsal. Cristas dorsais dos seg¬ mentos caudais arredondadas, apenas com 2 ou 3 dentes api¬ cais. Tibia dos palpos arredondada, com duas trichobothrias — 12 . 12(13)—Tronco amarelo tijolo, mais ou menos manchado de escuro; a cauda com duas ou tres faixas isoladas. Vesicula da femea de face dorsal convexa — B . flavidus Krpln. 13(12) —Tronco pardo escuro, com faixas transversais negras nas bordas posteriores dos térgitos, cauda pardo escura, reticulada de 8o Archívos do Museu Nacional — Vol. XXXíII negro, com ires faixas negras ventrais. Vesícula da femea de face dorsal sulcada — B. pringlosianas sp. n.. 14(1) — Segmento caudal V com quilhas laterais inferiores presentes em toda extensão do segmento e paralelas — 15. 15(18) — Segmento caudal V com uma crista granulosa transversal, no meio da face inferior, limitando urna area posterior quasi retangular; segmento I de face inferior arredondada, sem quilhas; mào do macho sem espinho na base dos dedos — 16. 16(17) — Cefalotorax e tergitos densamente granulosos, o tergito VI com um V mediano posterior de granulações pontudas; VII com quatro quilhas do robustos grânulos; colorido geral oli- vaceo e fusco, com patas amarelo-claras — B. elegans sp. n. 17(16)— Cefalotorax e tergitos pouco granulosos, sem V no sexto ter¬ gito e sem as fortes cristas em Vlí; colorido geral (corpo e patas) amarelo tijolo — B. iVorbignyi (Quer.). 18(15)—Segmento caudal V sem crista transversal inferior — 19. 19(20)—Mão do macho sem apófise junto aos dedos; segmento caudal í de face inferior lisa, sem quilhas longitudinais, bem como o ultimo estérnito abdominal; tronco amarelo com uma larga faixa mais clara; granulações das cristas caudais negras — B . tampei Werner. 20(19)—Mão do macho com robusta apófise inferior, junto aos dedos; segmento caudal I geralmente com quilhas longitudinais — 21 21(26)—Quilhas laterais superiores dos segmentos caudais ÍII e IV granulosas só nas extremidades anterior e posterior, au¬ sentes ou com granulações pouco nítidas em sua porção me¬ diana; cristas laterais inferiores do segmentos V só desenvol¬ vidas, ás vezes, nos dois terços apicais — 22. 22(25) — Esíernitos I a V lisos, o ultimo com 4 ou 5 cristas. Tronca e cauda escuros ou negros, uniformes — 23. 23(24)—Cristas laterais inferiores cio quinto segmento caudal ocu-C pando apenas a metade apical — B. chilensis (Molina). 24(23)—Cristas laterais inferiores do quinto segmento caudal exten- dendo-se até o'terço anterior — B. keyserlingi Poc. 25(22)—Esternitos Iíí e IV de metade posterior granulosa; estérnito, V todo granuloso; cristas laterais inferiores do quinto seg¬ mento caudal indo até quasi a base do segmento. Tronco de tergitos negros com as bordas posteriores fulvas; cauda fer- rüginea, com faixas longitudinais e manchas transversais ne¬ gras na face inferior — B. coriaceas Poc. 26(21)—Cristas laterais superiores dos tres primeiros segmentos caudais muito nítidas, granulosas em toda sua extensão; cristas la- Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos Si terais inferiores do segmentos V visiveis em toda extensão do segmento — 2ó. 27(28)—Segmentos caudais í a IV sem vestígios de quilhas infe¬ riores (medianas e laterais), de face ventral regularmente íarredondada — B. burmeistsri Krpln. : 128(27)—Segmentos caudais I e II com cristas laterais inferiores, ás vezes igualmente presentes no segmento III — 29. 29(32)—Pente com 7 a 9 dentes. Comoro ocular sem sulco mediano; tronco de colorido castanho uniforme — 30. 30(31)—Pente de 8 a 9 dentes. Ultimo segmento caudal com uma* area semicircular posterior na face inferior, adiante da qual ha uma curta linha curva de granulações, que não alcança a linha mediana, continuando-se de um e outro lado, paralela á crista mediana; essa crista mediana e as laterais inferiores são formadas, em seu terço posterior por grossas granulações; apcndices do mesmo colorido castanho escuro do tronco — B. bocki Krpln. 31(30)—Ultimo segmento caudal de face ventral densamente granu¬ losa, todas as granulações fortes e pontudas, sendo as quilhas medianas e laterais inferiores um pouco sinuosas, pouco di¬ ferenciadas do resto da face ventral. Pente de 7 dentes (mes¬ mo no macho); toda a face dorsal densamente granulosa; patas pardo amareladas; só as queliceras e palpos do mesmo colorido fulvo negro do tronco — B. díspar sp. n. 32(29)— Pente com 15 a 24 dentes. Comoro ocular com um sulco 1 mediano — 33. j 33(34)—Face inferior do segmento caudal V com duas linhas obliquas, nos dois quintos posteriores, que se dirigem para a linha me¬ diana e seguem, embora irregularmente, paralelas á crista mediana até a extremidade anterior; lados do segmento V e vesícula densamente granulosos; pente muito piloso com lon¬ gos pelos fulvos, e 20-21 dentes; cristas laterais superiores do segmento IV ocupam só o terço posterior; tronco negro, com duas filas de machas pardas arredondadas; cauda mar- morada de negro e pardo olivaceo; pernas fuscas, com o fêmur provido de pequena mancha amarela apical; palpos negros irregularmente manchados — B. doellojuradoi sp. n. 43(33)—Face inferior do segmento caudal V sem linhas granulosas obliquas; vesícula e lados do segmento V pouco granulosos; pente sem longos pelos; tronco amarelo-avermelhado, as vezes com faixas escuras; apendices amarelos, ás vezes manchado de escuro; cristas laterais superiores do segmento caudal IV completas — 35. 35(36) — Quilhas laterais inferiores ausentes nos segmentos caudais ÍII e IV; pente com 15 dentes (O) ou 20 (qf). Esternito abdominal 82 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII V granuloso, bem como a crista mediana ventral do primeiro' segmento caudal, Tronco amarelo-avermelhado com as bordas posteriores dos tergitos claras; cauda com faixas longitudinais — B. alticola Poc, 36(35) — Cristas laterais inferiores dos segmentos caudais III e IV pre¬ sentes; Pente com 20 a 24 dentes; crista mediana inferior do primeiro segmento caudal ausente ou pouco nítida; tronco claro com duas faixas longitudinais escuras — 37. 37(38)—Esternito V e face inferior dos quatro primeiros segmentos caudais lisos na femea e levemente granulosos no macho; ve¬ sícula do macho com fosseta dorsal; dedo movei do macho dobrado no terço basal e menór que a mão; tronco opaco; face dorsal da cauda amarela — B. curvidigitus Krpln. 38(37) — Esternito V granuloso; face inferior dos segmentos caudais' I a III enrugada e granulosa; vesícula do macho chata, sem' fosseta dorsal; dedo movei não dobrado; cauda com manchas negras dorsais — B. paessleri Krpln. 1— Bothriurus bonariensis (C. L. Koch), 1842. 1— Br o te as bon C. L. Koch, 1842 — Die arachniden, VoL 10» p. 12, f. 762 cf. i 2— Broteaseryihrodactylus C. L. Koch. 1842 — Ibid, p. 16, f. 764 Ç. 3 —Scovpio gervaisi Guérin, 1843 — Iconogi Régne Anirn. Arachn. p. 10. ! 4 — Scorpio vittatas Gervais, 1844 (nec Guérin 1830) — Is. Ap. Vol III, p. 58. 5 — Telegonus vittatas Gervais, 1874 — Arch. Mus., Vol. 14, p. 227, p. 11, f. 30, 6 — B. vittatas Thorell, 1877 — Act. Soc. Ital. Sc. Nat. Mi lano, Vol. 19, p. 168. I — B. b. Pocock, 1893 — Ann. Mag. Nat. Hist. Ser. 6, Vol, 12, p. 24. 8 —B. vittatas Kraepelin, 1894 — Mit. Mus Hamburg, Vol. 11, p. 228. 9 —j B. vittatas Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 196 (in part.)| . 10 — /?. vittatas Lõnnberg, 1902 — Enton. Tydsher, Vol 22, p. 256. j II ~B. vittatas Borelli, 1899 — Boi. Mus Zool. Anat. Comp. Torino, Vol. 19, N. 336, p. 5. 12 — B, b. Kraepelin, 1910 — Mit. Mus Hamburg, Vol 28, p. 91. 13—/?. vittatas Penther, 1912 — Ann. K. K. Naturh. Hofm. Vol. 27, p. 251. MelloLeitÃo — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 83 14 — B . b % Campos Melo, 1922 — Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Vol. 17, p. 295. 15 — B. vittatus Thorell, 1878 — Boi. Acad. Cienc. Cordoba 16 — B. vittatus Holmberg, 1881 — Inforne Oficial Expe- dition al Rio Negro (Patagônia), p. 162. Brasil (Desde Joazeiro, no Ceará, seguindo Penther, até q Rio Grande do Sul). Paraguay (11 13), Bolivia (19 11), Uruguay. (1 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,); Republica Argentina (11 — Paraná: 7 — Corrientes; 15 — Cordoba; 16 — Patagônia). Perú (7). Nota — Essa especie é muito comum no Rio Grande do Sul; Uruguay e Republica Argentina (Prov. de Buenos Aires). O Brothriu - rus bonariensis não é absolutamente synonymo de Scorpio vittatus Gué- rin, 1820 descrito na viagem de La Boniie, e toda a confusão proyeio de ter Gervais considerado como uma só especie 5. vittatus e S. gér - vaisij o primeiro do Chile 1 , e o outro de Monntevideo. 5. gervaisi é certa¬ mente idêntico a B. bonariensis, mas muito distinto de S. vittatus. Gervais viu sómente a especie do Prata e a descreve sob o nome da especré chilena, levando a erro Thorell que, aliás, declara:»... inter exempla sat multa (ex Montevideo et Brasília, cet.) a me examinata nullurn est quod, ut varietas a Guérin descripta, vil tas transversas in abdomine habeat, nec pedes jaune sale, tégêrement variés de bniiiálre », sed nigros vel piceos, interdum (in Q) apice pallidos.» E ? hoje dificil saber a que. especie corresponde 0 S. vittatus Guérin parecendo-nos talvez identi¬ ficável ao B. coriaceas Poc. Não é igualmente possível, pela simples descrição, resolve^ se a B. vittatus rtigosas Thor., 1877, é uma variedade de B. bonariensis ou uma especie distinta, e não conseguimos localizal-a na chave acima. 1— Bothriurus bonariensis asper (Poc.), 1893. \ 1— B. a. Kraepelin, 1910 — Mag. Nat. Hisl Ser. 6, Vol. 12, p. 96. 2 — B. b, a. Kraepelinn, 1910 — Mitt. Mus. Hamb., Vol. 28, p. 92. 3 — B. b. a. Campos Melo, 1922 — Mém. Inst Oswaldo Cruz, Vol. 17, p. 294. Pernambuco (1, 2, 3). No Museu Bernardino Rivadavia ha texemplares de Tandil (Prov. de Buenos Aires (N. 17602). l b — Bothriurus bonariensis maculatus Kraepelin, 1910. B. b. m. Kraepelin, Mitt. Mus Hamb., Vol. 28, p. 94 Argentina, 84 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 2 — Bothriurus alienicola sp. n. (Figs. 8 e 9). Ç — 48 mm. Tronco: — 10 mm. Cauda: —2—2,5—3—4—5,5 mm. Quela: 6 mm. Dedo movei: 3,5 mm. Dorso quasi negro, levemente marmorado de pardo no cefa- lotorax e nos térgitos. Esternitos pardos. Cauda parda, reticulada de fusco, sendo a face ventral parda, com tres faixas longitudinais negras. Pernas com o femur e tibia castanhos, com pequenas manchas subcircu- lares amarelas, dispostas em fila longitudinal; os protarsos amarelo- uniformes bem como os tarsos; palpos fuscos, marmorados de pardo c úz dedos fulvescentes. 1 Comoro ocular sem sulco longitudinal. Cefalotorax liso, apenas levemente chagriné. Térgitos I a IV lisos, os outros (V a VII) finamente! granulosos em sua porção posterior. A borda posterior de todos os térgitos mui levemente recortada, de um modo embora indeciso, muito caraterístico porque não aparece nas outras espedes que observei. Sternitos finamente chagrinés; o ultimo (V) com duas quilhas medianas e duas laterais bem apreciáveis mas sem granulações. Seg¬ mentos caudais com as cristas dorsais pouco nitidas, formadas por pe¬ quenas granulações muito pouco acentuadas e ocupando apenas as porções posteriores dos segmentos; face ventral dos segmentos I e II com duas quilhas medianas nitidas mas lisas, que não se continuam no terceiro segmento; a face ventral do ultimo (V) com um aspéto muito caraterístico ; não ha quilhas longitudinais nem linhas curvas ou obliguas mas a area granulosa ocupa os tres quintos do segmento, sendo as gra¬ nulações densas e maiores na porção apical que na basal, de modo que a area se vae aos poucos desfazendo em um segmento de elipse) Vesícula granulosa. Palpos lisos, sem quilhas nitidas; a tibia levemente íexcavada em sua face intérna, com duas tricobotrias; quela mais larga que a tibia, de dedos curvos; o dedo movei pouco maior que a mão com 6 dentes externos e quatro internos. Pente com 13 dentes. Hab.: Província de Buenos Aires (La Ferréra). Typo: N. 14.462 do Museu Bernardino Rivadavia. 3 — Bothriurus signatus Pocock, 1893. B. s . Pocock, 1893 — Ann. Mag. Nat. Hist. Ser. 6, Vol. 12, p. 97, Pr. 5, f. 11. B. chilensis Kraepelin, 1899 — Das Tierreich. p. 197 (pari), B, s, Pocock, 1900 — Ann. Mag. Nat. Hist. Ser. 7, Vol. 5, p. 478. B. s. Kraepelin, 1910 — Mit. Mus. Mus. Hamb. Vol. 28, p. 92. B. s. Campos Melo, 1922 —Mem. Imt. Oswaldo Cruz, Vol. XVII, p. 294. Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 85 Nota — Pocock (1893) descreve esta especie de Therézopolis (Rio de Janeiro). No Museu Bernardino Rivadavia (Buenos Aires) en¬ contrei exemplaares de Caleras. Prov. de Entre Rios (N.° 20.626) e ide Itaguasi, Prov. de Cordoba (N.° 11.809). 4 — BothriuriM flavidus Kraepelin, 1Q10. B. f, Kraepelin, 1910 — Mit. Mus Hamb. Vol. 28, p. 9ó. Nota— Kraepelin descreve 0 tipo de Baía Blanca. No Museu Bernardino Rivadavia (Buenos Aires) ha um macho colhido em Oua- Jegauychú — Entre Rios — (N. 25.048). 5 — Bothriurus prinolosianus sp. n. (Fig. 1). Cf — 29 mm. Tronco — 12,5 mm; Cauda — 10.5 mm; seg- ímento 1 — 2 mm; II — 2,5 mm; 111 — 2,5 mm; IV — 2,5 mm; V — 4 mm. Quela — 5 mm; mão 2,8X2,5 mm;; dedo movei 2,2 mm. 9 — 30 mm. Cefalotorax: — 3 mm. Tronco: -- 14 mm. Cauda 16 mm; segmento I — 2 mm; II — 2 mm; UI — 2,5 mm; IV — 3 mm; V — 4 mm. Largura da cauda 2,5 mm. Largura da vesícula: 1,8 mm. Quela: 4,5 mm. Mão 2,5X2 mm; dedo movei — 2 mm. Cefalotorax pardo com um desenho irregular castanho es¬ curo ou fusco, havendo uma pequena mancha no meio de sua borda anterior, outra, alongada, no comoro ocular, e algumas outras, irre¬ gulares. Tergitos pardos, com estreita orla marginal bem mais escura, que é interrompida em dois ou mais pontos tanto da borda anterior como da posterior de cada tergito. Esternitos pardos, mais claros que o dorso, sem manchas. Cauda parda, lavada e reticulada de fusco em sua face dorsal, a face ventral com tres faixas longitudinais fuscas a media muito mais estreita que as laterais. Vesícula com a face dorsal fulves- cente, lados e face ventral quasi inteiramente fuscos, apenas com uma estreita faixa parda de cada lado e duas, da mesma largura, paralelas, medianas, ventrais; garra fulva, mais escura em seus tres quartos apicais. Patas pardo-claras em sua face ventral; femures e tibias com duas faixas longitudinais fuscas, dorso laterais e pequenas manchas fulvas articulares. Espinhos da face inferior dos tarsos fulvos. Palpos mogno-claro em sua face inferior; femur e tíbia muito lavados de fusco no dojso e na. face externa; pinça com tres linhas e ligeiro retículo fuscos. Dedos fulvos. A femea é de igual colorido e desenho, porém mais escuro que o macho. Comoro ocular com um sulco mediano, mais acentuado no macho. Cefalotorax e tergitos I a VI lisos: o ultimo tergito (VII) com duas pequenas cristas em seu terço posterior, de tres a quatro pequenos, 86 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIíí grânulos e com algumas granulações esparsas. Esternitos I a IV lisos, de estigmaas pulmonares pequenos, díticos ; ultimo esternito (V) com 4 cristas em sua metade posterior, sendo duas obliquas laterais # e dua^ medianas longitudinais, paralelas, todas formadas por pequenas gra¬ nulações. Cauda . Face ventrai do segmento I com quatro cristas gra¬ nulosas, paralelas, continuando as do ultimo esternito. Estas cristas do ultimo esternito e do primeiro segmento caudal do macho são lisas, com as granulações muito menos nitidas que na femea. Nos segmentos íí a IV ha apenas as cristas laterais ventrais, pouco acentuadas, lisás, e no segmento íí uma area granulosa mediana; na face ventral do segmento V ha urna area posterior, semielítica, limitada por duas cris¬ tas curvas granulosas; essa area é granulosa no centro e se continuai adiante, em um esboço de duas cristas medianas ventrais de dois ou, tres grânulos. As cristas medianas dorsais dos segmentos I a IV são arre¬ dondadas, apenas com 2 ou 3 pequenos grânulos apicais; as cristas laterais dorsais são lisas, mais acentuadas no segmento IV e as únicas presentes no segmento V. Vesícula do macho com pequena fosseta dorsal; a da femea levemente sulcada no dorso, de faces ventral e la¬ terais muito granulosas, regularmente afilando-se para a garra e com 'poucos pelos. Queliceras com dentes muito agudos. Palpos lisos, de cristas pouco nitidas na femea, e com algun§ grânulos seriados no macho. Tibia fusiforme e a mão, bem mais larga, apresenta, no macho, pequeno espinho e fosseta na face inferior na^ base dos dedos. Tibia com dus tricobotrias. Pente de 12 a 13 dentes em ambos os sexos, a lamina media plurisegmentada, em rosário. Hab.: Pringlos (Republica Argentina). Típo:N. 26.651 do Museu Bernardino Rivadavia (Buenos Aires). 5 — Bothriurus d^orbignyi (Guérin), 1843. 1 —Scorpio ddOrbignyi Guérin-Méneville, 1843 — Iconogr. Régne Anim. Arachn., p. 12. .2 — 5. (Telegotuis) D y O Gervais, 1844 — Rém.sur, la fam. Scorp. Ann. Mus. Vol. 4, p. 229. 2-a—5. cl, O. Gervais, 1844 — Walckenaer, Ins. Apt. Vol. 3, p. 58. 3 — B. cPO. Thorell, 1877 — Atti.Soc. Ital., Vol. 19, p. 170. 4 — 5. cPO. Kraepelin, 1894 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 11, p. 224. 5—5. d . Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 196. 6 — 5. cPO. Borelli, 1899 — Boll. Mus Zool. Anat. Comp. Torino, Vol. 19, N. 336, p. 5. Mello-LeitÃo — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 7 — B. D .. Lõnnberg, 1902 — Entom. Tidakr., Vol. 23, p. 255. S — B. d . Kraepelin, 1910 — Mitt. Mus, Hamburg, Vol. 28, p. 93. 9 — B. D. Penther, 1913 — Ann. K. K. Vaturhisl Hofm. Vol 27, p. 251. Bolívia (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,) Argentina (3, 4, 5; 6; 7; 9;) Para- guay (6). Nota —Na Republica Argentina esta especie foi encontrada em Cordoba (3,9), San Luiz (3) Paraná (6,9) Jujuy (7) Salta (9), Mendoza (9) je no Museu Bernardino Rivadavia ha exemplares de Aviateria (Cha¬ co — N. 25.198) Concepcion (Tucuman — N. 20.561) e La Rioja (N, 24.665), Pocock (1893) diz: «I am no confident that GuérhFs d^OfbL gnyi is the same as TorelFs». Lendo as duas .descrições nada se pode! concluir, diferindo, porém, o colorido dado por Guérin-Méneville (jaune pále) do referido por Thorell (testaceo-fuscus vel ferrugineus) e as di¬ mensões, (50 a 57 mm. (Guérin) e 86 mm (Thorell) O numero de dentes do pente é de 26 (Guérin), 18 a 22 (9) ou 23-27 ((f) Thorell.); Os exemplares colhidos por Borelli mediam 60 mm. e tinham no pente 14-20 dentes (9) ou 21-25 (çf) excepto um macho de Salta, com 75 mm e 28 dentes. Lõnnberg observou 2 exemplares, colhidos em Agua Blanca por Nordenskjõld ,com 106 mm. Penther viu uma femea de Santo Augustin (Prov. Salta) com 14 dentes no pente e uma outra de Mendoza, de colorido bem diverso, talvez uma variedade, e que eie descreve: «Die Rückenplatten sind Olivbraun, desgleichen die Bauchplat- ten; Cephalothorax, Maxillarpalpus und Cauda stark netzartig braun gezeichnet; ebenso Fêmur und Tíbia der Beine, jedoch bedeutend scb- wàcher, zumal die vorderen. Alie Kiele sehr dunkel. Kammzâhne 26.» Este ultimo exemplar visto por Penther, a meu ver, é a femea da mesma especie que obtive de La Rioja e cuja descrição vae em seguida: j 7 — Bothriurus elegans sp. n. (Figs. 10 e 11). Cf —- 73 mm. Tronco 33 mm. Cauda: 5-5,5-6-7-8,5 mm. Lar¬ gura do segmento I — 5,5; dos outros 5 mm. Quela: 11,5 mm; dedo, movei: 6,5 mm. Cefaloítorax pardo-olivaceo, com borda anterior enegrecida; ter- gitos fuscos, com uma orla posterior olivacea; esternitos fuscos, uni¬ formes; cauda olivacea ,de face dorsal reticulada e face ventral lavada de fusco; patas amarelo-claras unniformes, com pequenas manchas quasi circulares fulvas no apice dos femures e das tibias; queliceras e palpos lolivaceos, levemente reticulados e estriados de fusco. Comoro dos olhos médios sem sulco mediano. Cefalotorax e ter- gitos granulosos, de granulações pequenas e densas; no penúltimo ter- 88 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII gito (VI) ha um V mediano anterior, muito conspícuo, de granulações maiores; ultimo tergito (VII) com quatro quilhas muito acentuadas, formadas por fortes granulações pontudas. Esternitos lisos; o ultimo (V) sem quilhas inferiores, mas com duas fortes quilhas laterais, con¬ vergentes adiante. Cauda: face ventral dos segmentos I a IV arredondada, lisa, sem quilhas medianas, apenas com pequenas quilhas laterais denteadas na metade apical; face ventral do ultimo segmento (V) muito granulosa# com as filas laterais completas e apresentando uma fila transversal de grânulos ponteagudos, levemente curva, muito semelhante á que se vê em B. íVOrbignyl, sendo que a area posterior é finamente granulosa e possue um grupo mediano de granulações maiores .Face superior de todos os segmentos com as cristas superiores, tanto medianas como laterais, completas, com fortes granulações pontudas, sendo o espaço entre as cristas medias e laterais, nos dois primeiros segmentos, granu¬ loso. Vesicula muito granulosa sem fosseta dorsal, com um profundo sulco de cada lado. Queliceras robustas; o dedo movei com quatro dentes (o e 4o bem maiores). ; Palpos :femur prismático, de face interna granulosa e as outras lisas; tibias lisas, de cristas nitidas, e face interna um pouco excavada, com duas tricobótrias; mão achatada, duas vezes mais larga que a tibia, de dedos levemente curvos, o dedo movei com 5-7 déntes maiores. Pente com 26 dentes; as placas da fila intermediaria circulares. Hab.: La Rioja Tipo: N. 24.667 do Museo Bcrnardino Rivadavia. 8 — Bothriurus lampéi Werner, 1916. B. C. Werner, 1916 — Jahrb. Nassau Ver. Natiuk, Vol. 69, Peru. p. 92. 9 — Bothriurus chilensis (Molina), 1782. Í—Scorpio c. Molina, 1782 — Stor. nat. Chile, íns. apt, p. 347. 1 2 — Cercophonius c. Karrcli, 1879 — Mitt. Münch. ent. Ver. Vol. 3, p. 136. 3 — B. c. Kraepelin, 1894 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol 11, p. 232. 2 — Cercophonius c. Karsch, 1879 — Mitt. Münch. ent. Ver. 5 —B, c. Borelli, 1899 — Boll. Mus. Zool. Anat. Comp. To- rino, Vol. 19, N. 336, p. 6. 6 — B.c. Kraepelin, 1910 — Mitt. Mus Hamburg, Vol. 28, p. 92. 7 —B, c, Penther, 1913 — Ann. K, K. Naturhist. Hofm. Vol. 27, p. 252. Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos Bg Chile (1, 2, 3, 4), Argentina (4, 5, 7), Perú (4) Equador! (7), Rio Grande do Sul e Santa Catharina (7). Nota — As referencias de Kraepelin, Borelli e Penther rela¬ tivas á Argentina e Sul do Brasil, são provavelmente referentes ao B . signaíus Poc., 1893, posto pelo primeiro desses autores na sínoní- mia de B. chiíensis, sínonímia que é aceita pelos dois outros. 10 — Bothriurus keyserlingi Pocock, 1893. 1 — B, k. Pocock, 1893 — Ann. Mag. Nat. Hist Ser. 6, Vol, 12, p. 96, p. 5, f. 9. 2 — B. vitlatus k. Kraepelin, — 1894 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol 11, p. 232. 3 — B. vittatas k. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 197. 4 — B. v. k, Penther, 1913 — Ann. K. K. Naturch. Hotm., Vol 27, p. 251. Chile ou Peru (1). Rio Grande do Sul (2, 3, 4). Argentina, Prov. Salta — (4). Nota — Kraepelin (e com ele Penther) cosidera esta especie. como variedade de B . bonaneasis, não sem ponderar (3): «Vielleicht bastard zwischen B. vittatas und B. chiíensis.'» Más Pocock já acen¬ tuara, caraterizando sua especie. «Most nearly related to B. coriaceus } which it resembles in the strueture of the fifth caudal segment,» o que a separa desde logo de B . bonanensis. Tenho duvidas sobre a identidadé das especies de Pocock e Penther. 1 1—Bothriurus coriaceus Pocock, 1893. \—B. c. Pocock, 1893 — Ann. Mag. Nat. Hist., Ser. 6, Vol. 12, p. 95. Pr. 5, f. 12. 2 — B. c. Kraepelin, 1910 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 28, p. 93. Chile (1). Angentina — Prov. Cordoba (2). 12 — Bothriurus burmeisteri Kraepelin, 1894. 1 —B. b, Kraepelin, 1894 — Mitt. Mus Hamburg, Vol. 11, p. 217. 2 — B. b. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, 1899, p. 196. 3 — B. b. Kraepelin, 1910 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 28, p. 93. Argentina: Mendoza. Nas coleções do Museu Bernardino Ri- vadavia (Buenos Aires) ha um exemplar de Tucumán. 90 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 13 — Bothriurus bocki Kraepelin, 1910. B. b. Kraepôlin, 1910 — Mitt. Mus Hambiirg, Vol. 28. p. 96*; f. 6. Sorata. 14 — Bothriurus díspar sp. n. (Figs. 12 e 13). cf — 3,5 mm. Tronco 16 mm. Cauda: 2-3-3-3,54,5 mm. Quela: 6 mm.; dedo movei: 3 mm, Cefalotorax fulvo-negro uniforme, bem como os tergitos. Cau¬ da um pouco mais clara; ôsternitos pardo- castanhos; patas pardo-ama- reladas; queliceras e palpos do mesmo colorido do tronco. Cefalotorax; e tergitos mui densamente granulosos, de granulações mais grosseiras que nas outras especies, o tergito VII sem quilhas longitudinais. Es- termtos I a IV lisos; o ultimo esternito granuloso, com duas cristas longitudinais medianas muito nitidas. Cauda: todos os segmentos corrí cristas medianas e laterais dorsais completas, e o espaço entre as cristas muito g'ranuIoso, de granulações grosseiras; face ventral dos segmentos I a III com quilhas medianas nitidas; em todos os segmentos essa tace é muito granulosa, de granulações pontudas, conspícuas, entre as quais são poucos apreciáveis as cristas longitudinais do ultimo segmentos. Vesícula grasseiramente granulosa, com fosseta dorsal cons¬ pícua. Palpos muito granulosos, sobretudo a face interna do temur; quela muito dilatada, com apófise ;na face interna, na base dos dedos^ Dedo movei com 64 dentes. Pente apenas com 7 dentés grossos, cont qm pequeno espaço edentulo basal. Hab.: La Ferreía. Tipo: N. 14.462 do Museo Bernardino Rivadavia. 15 — Bothriurus doello-juradoi sp. n. (Figs. 2 e 3) ; Cf — 50 mm. Ceft: 6 mm. Tronco 20 mm. Cauda: 30 mm. Segm I — 3,5 mm; II — 4 mm; III — 4,5 mm; IV — 5 mm; V — 7 mm; vesicula 6 mm. Largura I a III — 4,5 mm; de IV — 4,2 mm; de V — 4 mm. da vesicula — 3,5 mm. Palpos: temur — 4x2 mm; tibia 4,5x2 mm. Quela: 9,5 mm; mão 5X3 mm; dedo movei — 4,5 mm. Cefalotorax pardo, intensamente lavado de negro, pnncipaimente na região dos olhos médios, sendo o negro ahi muito mais abundante do que pardo. Tronco negro, com duas filas irregulares de pequenas manchas pardas arredondadas. Os tres primeiros esternitos amarelo- pardacentos; o quarto de margens laterais e posterior enegrecidas e o quinto quasi inteiramente negro. Cauda pardo olivacea, reticulada de negro, com todas as cristas negras, e. a tace interior bem mais escura* 9i Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos fulvescente. Vesicula com a face dorsal amarelada, toda a porção coiN vexa fulvo-escura, quasi negra ,com duas faixas longitudanais inferio¬ res mais claras, que se extendem da base ao acuíeo e sieparadas por uma faixa negra da mesma largura, e outra de cada lado, 'quasi conti-, gua ao dorso; aculeo fulvo, de ponta negra. Pernas pardo enegre¬ cidas ,com uma pequena mancha apical, amarelo-sulturcea, quasi regu¬ larmente circular, no apice de todos os femures; tarsos mais claros. Ancas amarelo pardacentas, bem como os trochanteres 1; os outros trochanteres reticulados de escuro, todos com uma mancha apical sul¬ fúrea, semelhante á dos femures; face inferior dos tarsos amarelo- palidaSj com os espinhos fulvos. Trochanter, femur e tibia dos palpos negros, irregularmente manchados de fulvo escuro; quela fulvo-escu¬ ra, com linhas enegrecidas e base dos dedos enegrecida. Opérculo ge¬ nital pardo-amareiado. Pentes amarelo esbranquiçados. Cefaloiorax áspero, opaco, apenas com filas de grânulos mui¬ to pequeninos junto á borda posterior. Comoro ocular alongado, com um sulco mediano. Tsrgitos I e II com estreitas areas posteriores; granulosas, areas que ocupam quasi a metade posterior dos tergitos 1 IH a V, os dois terços de VI e quasi todo o ultimo tergito; já em VI os grânulos posteriores são maiores e em VíI são muito conspícuos; formando um festão posterior, com 4 dentes e mais uma tila posterior, de grânulos. Todos os térgitos apresentam uma crista transversal jan- terior, com pequena alça procurva mediana. Stenútos brilhates, as- peros, o ultimo quasi inteiramente granuloso, com grossas granulações, regularmente arredondado. Cauda — Segmentos I a IIP com cristas laterais interiores, bem marcadas por filas de grânulos, ocupando a metade apical nos dois- primeiros e o terço em III; segmento IV irregularmente granuloso 1 dus lados; V mui densamente granuloso, de grossas granulações pon¬ tudas, irregularmente dispostas, mas formando uma crista mediana que vae de um a outro extremo do segmento, e duas linhas medianas e depois seguem, bem mais irregulares, paralelas á crista mediana; além disso apresenta ainda esse segmento duas cristas laterais inferiores completas, mais robustas, de dentes ponteagudos em sua porção pos¬ terior, que sc continuam com a fila de dentes semelhantes cia borda posterior. Na face dorsal os segmentos I a III apresentam cristas, medianas e laterais, paralelas, com o espaço entre as cristas medianas muito exeavado liso, e o que separa as cristas medianas das laterais superiores granuloso, de granulações grosseiras; em ÍV as cristas late¬ rais superiores ocupam apenas o terço posterior, são muito obliquas c se fundem adiante com as medianas; em V iião ha cristas laterais; superiores, sendo esse segmento quasi vertical junto ás cristas me¬ dianas e muito granuloso. Vesicula. de face dorsal (no macho) com uma fosseta lisa; o resto da vesicula muito granuloso, sendo as granu-í lações basais bem maiores, e com um sulco liso de cada íacio. Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXíII 92 Palpos : Fêmur com a face interna muito granulosa e as outras quasi lisas; tíbia prismática, com duas cristas dorsais e duas ventralisi prredondadas; mão duas vezes mais larga que a tibia, lisa, com cmci cristas arredondadas e robusto espinho inferior junto á fosseta da base dos dedos; dedo movei com uma crista nítida, quasi igual á mão, com 5 grânulos de cada lado da linha mediana. Telotarsos III e IV com duas filas inferiores de 3 espinhos» na metade apical, separadas por uma fila mediana de cerdas; I e II com 2-2 espinhos inferiores. Basitarsos I e II com 1-1 espinhos dorsais robustos. Qperculo genital com suas duas placas triangulares, de pontas .separadas. Pentes muito pilosos, providos de longos pelos fulvos e com 20-21 dentes. Queliceras com o dedo movei armado de 5 dentes, os dois pubapicais pequeninos, geminados. Hab.: San Fernando (Prov. Buenos Aires). Tipo: N. 24.723 do Museu Bernardino Rivadavia (Buenos Aires). 16— Bothriurus alticola Pocock, 1900. B. a. Pocock, 1900 — In. Fitzgerald — The Highet. Andes. B. u. Kraepeliu, 1910 — Mitt Mus. Hamburg, Vol. 28, p. 93. Chile. 17 - Bothriurus curvidigjtus Kraepelin, 1910. B. c. Kraepelin, 1910 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 28, p. 97. Peru. 18 — Bothriurus paessleri Kraepelin, 1910. B. p. Kraepelin, 1910 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 28, p. 9G. Perú. 19 — Bothriurus vittatus (Guérin), 1830. Buthus vittatus Guérin, 1830 — Voy. Coquille, Zool, Vol. 11, p. 50. Scorpio gervaisi Nicolet, 1849 (nec 5. gervaisi Guérin) — Hist. Fis. Pol. Chile, Vol. 4, p. 9, pn. 1, f. 12. Chiíe. Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 93 Genero Brachistosternus Pocock, 1893 Journ. Linn. Soc., vol. XXIV, p. 403 TeleqOSius Koch. 1867 — Verh. Z 00 L Bot. Ges. Wien (P. pa¬ litas). Telegonus Thorell, 1877 — Atti. Soc. Ital. Sc. Biol (T. weycn- bei-ghi, T. ferrugineas). Mecocentrus Simon, 1880 — Ann. Soc. Entom. Fr. (M. ehren¬ bergi). Carateriza-se o igenero Brachistosternus por ter as laminas medias dos pentes em duas filas e perlifornes; telotarsos sem espinhos inferiores apenas com uma fila mediana de denticulos, e com uma füa de longas cerdas dorsais, tomando todo o segmento ou quasi. Dedo movei dos palpos com uma só fila mediana de grânulos, quasi direita. Ocupa este genero 0 Perii, Chile e Republica Argentina, Pa- raguay e Bolívia. Conhecem-se cinco ou seis especies deste genero, todas muito próximas e, talvez, simples variedades de uma unica es- pecie, como, alias, já sugere Lõnnberg em 1902. Em todas o dorso é mais ou menos densamente granuloso no macho e liso ou quasi liso na femea. O numero de dentes do pente parece variar muito na mesma especie (21 a 42 em B. weijemberghi, segundo Kraepelin). Isso di¬ ficulta muito a diagnose segura, e a presente chave deve ser tomada como um simples ensaio ,que não significa termos por bem separadas todas as especies Penther augmenta a confusão, referindo um macha sem apófise na queLa dos palpos em B. weijemberghi e que deve ser considerado (se ele viu bem o sexo) como espécie nova. Kraepelin, tendo examinado os tipos de C. L. Koch põe Telegonus politus rua sínonímia de B. ehrenbergi (Guér). Na chave abaixo aproveitamos em parte a divisão de Kraepelin, embora o numero de especies se ténha ielevado do triplo. 1(2)—Primeiro segmento caudal nitidamente mais longo que largo; ultimo com uma quilha inferior mediana granulosa, nitida face inferior da tibia dos palpos chata, e de borda interna com 6 a 7 tricobotrias fracas; metade inferior da crista ex- ternaa de mão com uma fila de tres tricobotrias muito pequenas; denticulos laterais da boorda cortante dos dedos quasi na mesma fila dos medianos — B. ehrenbergi (Gerv.). 2(1) _ Primeiro segmjento caudal de comprimento e largura proxima¬ mente iguais; — 3. 3(4)—Segundo segmento caudal bem mais longo que largo; ultimo segmento com uma crista nitida; denticulos laterais do gume dos dedos quasi na mesma fila dos medianos; tibia dos palpos 94 Archívos do Mus eu Nacional — Vol. XXXÍII com ires irichobotrias e iibia com cinco ou seis — B . inter¬ medias Lõnn.), 4(3)— Segundo segmento caudal pouco mais longo que largo; ultimo segmento caudal sem crista mediana (Q) ou com alguma^ filas de granulações (rf), formando uma crista muito pouco nítida; grânulos laterais do gume dos dedos bem separados dos medianos — 5. 5(6) —Tibia dos palpos com oito tricobotrias, em duas filas cie quatro e mão com uma fila de 8 a dez; quilhas dorsais e laterais superiores dos dois primeiros segmentos granulosas; quilhas laterais inferiores do ultimo segmento formadas por granulações conspícuas — B. andinas Chamb. 6(5)—Tibia dos palpos apenas com tres tricobotrias e mão com 6 a sete — 7. 7(8) — Quela dos palpos do macho sem apófise na base cios dedos' — B. ,pentheri sp .n. (?). 8(7)—Quela dos palpos do macho com uma apófise comca na base dos dedos — 9. 9(10)—Corpo de colorido uniforme, de grande porte (11 cm.); e muito granuloso — B. holmbergi Carb. B1G(9)—Corpo manchado (ao menos as patas e palpos), de meclio ou pequeno pórte e menos graanuloso — 11. \ 11(12)— Cefalotorax e tergitos I a VI lisos e brilhantes, bem como os segmentos audais I a V — B. reimoseri Penther. 12(11)—Cefalotorax e tergitos finamente granuiosos; cauda levementé granulosa — B. weijenberghi (Thor.). 20 — Rrachistosternus ehrenbergi (Gerv.), 1841. Scorpio ehrenbergi Gervais, 1841 — Voy. Bomíe, Apt. Vol. I, ff. 18-22. Scorpio glaber Gervais, 1841 — Ibid. ff. 28-32. Scorpio ehrenbergi Gervais, 1844 — Ins. Apt. Vol. 3, p. 59. Scorpio glaber Gervais, 1844 — íbid., p. 59. Telegonus politus L. Koch, 1867 — Verh. Zooí. bot. Ges. Wien, Vol. 17, p. 234. Mecocentrus e. Simon, 1880 — Ann. Soc. Entom. France, p. 397. B. e. Pocock, 1893 — Journ. Lim. Soc. Vol. 24, p. 403. B. e. Kraaepelin, 1894 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 11, p. 216. B. e. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p, 192. Chile. Perú. 21 — Brachistosternus alienus Lõnnbcrg, 1898, p. 3. B, a . Lõnnberg, 1898 — Exp. Magellansl. Vol. 2, N.° Chile. 3. Mello-Leitao — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 95 22 — Brachistosternus intermedius (Lõnnberg), 1902. B. wei/enberghi (Thor.) forma intermedia Lõnnberg, 1902 — ■ Entom Tidshr. Vol. 23, p. 255. Argentina (Prov. Salta). 23 — Brachistosternus andinus Chamberlin, 1916. B a. Chamberlin, 1916 — Buli. Mus. Comp. Zool., Vol 60, p. 179. Perú. 24— Brachistosternus pentheri sp. n. ? B. wei/enberghi Penther, 1913 — Ann. K. K. Naturhist. Mofilus. Vol. 27, p. 247 (In pari). Nota _ A. designação acima c proposta para o macho descrito de Arist Villanueva, com 35 dentes pectineos, sem apófise na mão do: palpo do macho, cie mão lisa, e de face ventral do 5> segmento caudali muito granulosa. 25 — Brachistosternus holmberoi CarbonelI, 1923. B. h. Carbonnell, 1923 — Phyns, Vol. 6. p. 96. Argentina (Prov. Jujury). 26 — Brachistosternus reimoseri (Penther), 1913. B. wei/enberghi reimoseri Penther, 1913 — Ann. K. K. Natur¬ hist. Hofm., Vol. 27, p. 247. Argentina (Prov. Mendoza). 27 — Brachistosternus weijenberghi (Thor.), 1877. Telegoims w. Thorell, 1877 — Atti. Soc. Ttal. Sei. Nat., Vol 19, p. 174. T. fernigineas Thorell, 1877 — Ibicl., p. 176. B. w. Kraepelin, 1896 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 13, p. 144. B. w. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 192. B. w. Borelli, 1899 — Boll. Mus. Zool. Anat. Comp. Tormo, Vol. 14. N. 336, p. 6. B. ir. Penther, 1913 — Ann. K. K. Nafurh. Hofm., Vol. 27* p. (part.). Argentina (Cordoba e Salta). Paraguay. No Mu se o Ber- ínardino Rivadavia ha exemplares de Cordoba e de Santiago dei Es tiro (N,° 22.823), 96 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII Genero Thestylus 3 imo.ii, iSSo Anu. Soe. Eu tom Franco, ser. V, vol. X, p. 394 Svn: Cercophonius Bcrtkau, 1880 — Mém. Acad. Belgique, Vol. 43, p. 10. Kraepelin põe na sínonímia deste genero, com duvida, Meco- centrus Karsch, mas, perdido o tipo de Telegonus versicolar Koch, não é possível resolver se esta especie é ou não a mesma de Bértkau e r conseguintemente, o nome Maecocentras Karsch ficou nomen nadam. SiMON (1880) em nota diz: «Les observations suivantes nous ont étó suggérées par Pétude des types d’um certain nombre d^espèces de Forclre des Scorpiones. Quelques-uns de ces types appartiénnént au Muséum. lo Scorpio Ehrenbergi Gerv. et 3. Gervaisi Nicolet appar- tiennent au genre Mecocentrus Karsch, sensu stricto ». Ora, a primeira! especie é um Brachistosternus com suas duas filas de laminas inter¬ mediarias e ,a ioutra, que identifiquei ,com duvidas, a 3. vittaíus (Guér)' nec S. vittatus (Gerv.) é um Bothriurus, com uma só fila ,muito bém Resenhada no Atlas. Tomando a chave de Simon no sentido estrito nunca po;de- riamos considerar Mecocentrus como correspondendo a Thestylus e sim a Brachistosternus, por isso que, tanto nela como na de Thorell (pg. 83, para Telegonus) são dados como caraterísticas as duas filas de laminas intermediarias. Para fazer entrar, porém, Brachystosternus na sínoní¬ mia de Mecocentrus seria preciso o exame do tipo (T. vérsicolar) e verificar não só a presença da dupla fila de laminas intermediarias, como os outros caratéres dados por Pocock. Os caratéres de Thestylus são: Laminas intermediarias dos pentes em uma só fila; teíotarsus III e IV com 6 ou 7 pares de es¬ pinhos inferiores sem fila intermedia de pelos; espinhos apicais dos basitarsos muito pequenos; gume dos dedos com uma só fila de gr⬠nulos e com seis denticulos de cada lado. Mão do macho sem espinhos na base dos 'dedos. Uma especie e duas variedades: 1(4)—Comoro ocular sem sulco mediano; ultimo térgito sem cristas ou denticulos apicais, laminas medias dos pentes 5 a sete — 2. 2(3)—Colorido geral tirante ao negro, sem larga faixa mediana clara nos tergitos; 'carenas ventrais dos segmentos caudais I e II bem acentuadas; vesícula finamente granulosa — T. glasioui (Bertk.). 3(2)—Colorido geral amarelo ochraceo ,com larga faixa mediana clara nos térgitos; carenas ventrais dos segmentos caudais i e II pouco nítidas; vesícula com grânulos esparsos — T. glasioui Une atas Giltay. Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 97 4(1)—Conioro ocular com sulco mediano; ultimo térgito com duas cristas granulosas obliquas e quatro denticuíos apicais, nove laminas intermedias nos pentes; colorido geral negro, com man¬ chas triangulares fulvas, medianas, nos térgitos — T. glasioui sig natas subp. n. 28— Thestylus glasioui (Bertkau), 1880. Cercophonius glasioui Bertkau, 1.880 — Verz. der. Bras. Sn.. p. 10. T. g. Simon, 1880 — Ann. Soc. Entom. Fraance, Ser. 5, Vol. 10, p. 394. T. g. Kraepelin, 1894 — Mitt. Mus. Hamburg, Vol. 11, p. 270. T. g. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p. 193. T. g. Campos Mello, 1922 — Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Vol. 17, p. 292. Santa Catharina, S. Paulo, Rio, Minas, Espirito Santo 28 a — Thestylus glasioui lineatus Giltay, 1928. T. g. I. Giltay, 1928 — Buli. Ann. Soc. entom. Belg. Vol. Ó8, p. 81. T. g. /. Giltay, 1930 — Une Mission Biol. Belge au Brésil, Vol. 2, p. 3. Espirito Santo. 28 b — Thestylus glasioui sionatus subsp. n. Q — 38 mm. Tronco 17 mm. Segmento caudal l — 2X3 mm. V — 5,2 mm. Largura da vesicía 2 mm. Palpos: Tíbia — 4,5 X 1,8; Quela: Mão 2,7 X 1,7 mm. Dedo movei — 3,8 mm. Cefaíotorax castanho-negro, com algumas manchas irregulares, fulvas. Térgitos abdominais com estreita mancha longitudinal, marginal, anterior e uma grande mancha mediana fulva, triangular, de base anterior. Nos seis primeiros térgitos ha, nessa mancha uma outra^ elítico-transversa, anterior, castanho escura, com um ponto central fulvo. Estcrnitos de colordio uniforme, pardo amarelado. Cauda amarelada,. reticulada de negro; o ultimo segmento e a vesícula fulvescentes,' sendo que, na face inferior da cauda, predomina o negro. Patas castanho- escuras, com poucas manchas claras, os tarsos amarelados. Palpos cas¬ tanho-escuros, marmorados de fulvo; as quelas cór de mogno ,com faixas longitudinais fuscas e dedos de colorido uniforme. Cefaíotorax de borda anterior direita e com alguns pelos, e de dorso percorrido por um sulco longitudinal mediano que vae de 9S Akchivos do Museu Nacional — Vol. XXXI í uma fosseta, junto á borda anterior, até a borda posterior, formando uma goteira no comoro dos olhos médios. Tergitos lisos: os seis primeiros com uma leve crista transversal perto da borda anterior; o ultimo sem essa crista mas com uma fila posterior de granulações, obliqua e leve¬ mente curva para fora. Esternitos lisos, com alguns pelos; o ultimo com duas cristas longitudinais. Pente com 12 dentes longos, curvos e uma só fila de D laminas intermedias, as tres basais maiores, ovais (a mais interna levcmenté dilatada) e as seis outras regularmente perli formes. Segmento 'caudal I vez e meia mais largo que longo; II e III pouco mais largos que longos; V maiór que III e IV reunidos. Cristas dorsais granulosas, pouco nitidas em 1 e II, completas em IÍI e IV, ausentes em V. Cristas laterais superiores representadas nos três pri¬ meiros segmentos apenas por um forte dente apical,- em IV por uma fila de pequeninos grânulos, ocupando o quinto posterior. Cristas, ventrais dos segmentos 1 e II formando uma alça em U, de ramos divergindo adiante. Face ventral de todos os segmentos lisa, apenas' em V alguns grânulos setiferos .Vesícula com um sulco dorsal e uma faixa lisa ventral, o resto áspero, finamente granuloso. Telotarsos I e II com uma fila media de pelos e um (í) ou 2 (II) pares de espinhos; telotarsos III e IV com 6 pares de espinhos inferiores, sem fila de pelos medianos e com tres longas cerdas dorsais. Palpos lisos, sem cristas; tíbia fusiforma; queía de mão mais estreita que a iibia (1,7: 1,8); dedo movei quasi vez e meia maiór que a mão, com uma fila sinuosa de grânulos no gume. Hab.: Rodeio (Rio de Janeiro). Coll. F. Sales. Tipo: Na coleção do Prof. Cezar Pinto, que muito gentilmente me permitiu o exame de sua coleção de escorpiões. Gcnero Urophonius Pocock 1S93 Ann. Mag. XaL llisf .. ser. 6, vol. XII, p. 101 Laminas medias dos pentes em uma só fila. Telotarsos III c IV com 5 a 7 pares de espinhos inferiores e uma fila média de- longos pelos. Gume dos dedos com os grânulos em duas filas irregulares completas e cinco a seis denticulos de cada lado. Comoro ocular com um sulco mediano Macho com uma apófise na base dos dedos da quela dos palpos e uma fosseta dorsal na vesícula. Com quatro especies e uma variedade. 1(8) -.Primeiro segmento caudal com uma fila transversal de gr⬠nulos 110 meio da face inferior; quinto segmento caudal com as quilhas laterais inferiores ,quando presentes, ocupando ape- MelloLeitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 99 nas o terço apical; quilhas dorsais arredondadas, irregular¬ mente granulosas ou lisas, quasi obsoletas — 2. 2(7)—Face inferior do quinto segmento caudal com tres filas longi¬ tudinais de granulações, representando as cristas laterais in¬ feriores ,presentes em seu térço apical, c a crista mediana ventral, completa, sem area posterior granulosa; ultimo tér- gito abdominal com quatro cristas curtas ,obliquas, distintas corpo manchado de negro; vesícula lisa: esternitos lisos — 3. 3(4)— Todos os esternitos lisos; carenas laterais inferiores dos seg¬ mentos caudais I e lí menos acentuadas que nos segmentos IIIÍ e IV; face inferior dos quatro primeiros segmentos caudais igualmente granulosa; pente com 10 dentes nos dois sexos — U. iheringi Poc. 4(3)—Ultimo esiérnito granuloso em sua metade posterior; carenas laterais inferiores mais conspícuas nos segmentos caudais I e II que nos segmentos III e IV; face inferior dos segmentos III e IV quasi lisa; pente com 14 (9) a 18 (çf) dentes. — 5. 5(6)—Tronco com quatro filas de manchas negras dorsais; cristas dorsais do terceiro segmento caudal lisas — U. brachycentnis (iípicus) (Thor.). 6(5)—Tronco com duas largas faixas longitudinais negras; terceiro segmento caudal com as cristas dorsais granulosas, como I e II — U. brachycentnis bhnttalus (Thor.). 7(2)—Face inferior do quinto segmento caudal sem cristas ou filas paralelas longitudinais de grânulos, mas com uma area den¬ samente granulosa no terço apical; ultimo térgito abdomi¬ nal sem cristas mas com duas areas granulosas simétricas; ultimo estérnito com a metade apical grosseiramente gra¬ nulosa; tronco com tres faixas amarelas e marmorado de pardo; vesícula granulosa; estérnitos com depressões pun- tiformes pe li fera, abundantes — Ü. cordcroi — sp. n.. 8(1)—Primeiro segmento caudal com quatro filas longitudinais de den- ticulos; cristas dorsais c laterais superiores dos tres primeiros segmentos caudais acentuadas, granulosas; quinto segmento caudal com as cristas laterais inferiores muito acentuadas e completas, como a mediana; vesícula granulosa; estérnitos abdominais com depressões puntiformes densas — U. grana- tatus Poc. 29 — Urophoníus iheringi Pocock, 1893. U, i. Pocock, 1893 — Ann. Nat. Fíist. Ser. 6, Vol, 12, p.<99. Uruguay. Rio Grande do Sul. Nota — Kraepelin põe a presente especie na sínonímia de U\ brachycenírus Thor., considerando-a apenas como a femea desta ul- IOO Archivos do Museu Nacional — Vol, XXXíII tina. Não podemos concordar, por isso que ha, na coleção do Museu Nacional um macho, coligido pelo Proí. Ergasto Cordero no Uruguay, que corresponde inteiramente á descrição dé Pocock, inclusive o numero de dentes no pente; apenas possue a apófise da base dos dedos na quela dos palpos, a fosse ta vesicular e os dedos mais curtos que a mão (mais larga que a tíbia). A proximidade do habitat (o tipo da Pocock fora colhido por von Ihering no Rio Grande do Sul) e a fixidez dos caratéres levam-nos a considerar V. iheringi como bôa especie. Aliás já Pocock, que vira exemplares de U, brachycenírus, a distingue Exa¬ minei também exemplares de U. brachycentras argentinos, nitidamente distintos cios uruguayos, e estou convicto da distinção das duas espe- icies. 30 — Urophonrjs brachycentrus (Thorell), 1877. 1 — Cercopkonius b. Thorell, 1877 — Atti. Soc ítal. Ser. Nat. Vol. 19, p. 180. 2 — Ccrcophonlm brachycentnis Holmberg, 1881, p. 162. 3 — U. b. Pocock, 1893 — Ann. Mag. Nat- Hist Ser. 6, Vol 12, p. 101. 4 — U.b. Kraepelin, 1894 — Mitt. Mus. Hamb, Vol 11, p. 221. 5 —U. b. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, 1899. Argentina S. Ju.m, Co rd o ba, Coquimbo; Patagônia Me¬ ridional e Rio Colorado (2). No Museo Bernardino Rivadavia ha exemplares de La Rioja (N. 21665). 30 a — Urophoníus bracmygentrus bivittatus (Thorell), 1877. Cercophonius b. b. Thorell, 1877 — Atti. Soc. Uai Sei, Nat. Vol 19, p. 183. Argentina ($, Juan). 31 -- Urophoníus cokderoi sp, n. (Figs. 4 e 5). Ç — 30 mm. Ceft. — 2,5 mm. Tronco — 12 mm. Cauda 18 mm. Segmentos I - 1,8; U 2,2; líí - 2,S; IV ^ 3 mm; V — 4,2 mrn. Largura da cauda — 2 mm; no ápice do segmento V — 1,6 mm. Palpos: femur — 2,5 mm; tibía — 2,5X 2.2 mm; quela 6 mm; mão. 2,8 X 2,2 mm; dedo movei — 3,2 mm. Cefalotorax pardo-amarelado, marmorado dc castanho. Térgitos castanhos com estreita faixa mediana amarela e outra. do mesmo colo.ido, junto ás bordas laterais; no fundo escuro ha manchas claras irregulares ás vezes fundidas, em VV eleita dos (X) de ângulos internos. Cau¬ da parda, irregubirmente manchada dc castanho. Vesícula fulvo-clara, de garra negra, c face interior levemente sombreada. Patas amarelo- MelloLeitao — Sobre os Bothrujridas Sul-Americanos claras; os fcmures com manchas apicais e pequenas faixas laterais castanhas; as íibias irregularmente manchadas; os protarsos e tarsos uniformes. Palpos amarelo-pardacentos, manchados de castanho, com os dedos ful\e_tente , u iformes. Queliceras como os palpos. Esternitos amarelos. levemente infuscados. Pente com 14 dentes e fila intermedia tendo 9 ou 10 laminas perliformes. Tetotersos í e II com dois pares, ÍII e IV com 6 pai-es de espinhos inferiores e uma fila media de pelo: mais longos que os espinhos. Gume dos dedos com duas filas sinuosas de pequenos grânu¬ los e seis denticuios de cada lado, sendo os externos contíguos aos grânulos. Cejatotorax de borda anterior levemente excavada e borda posterior convexa, mui fina e densamente granuloso, brilhante, com um sulco mediano muito acentuado, que lhe torna a porção posterior nitidamente bilobada. Comoro dos olhos medianos dividido por esse, sulco. Térgitos finamente granulosos e brilhantes, o ultimo (VÍI) apre¬ sentando duas areas posteriores, simétricas, de granulações grosseiras. Esternitos com abundante pontilhado, formado por pequeninas de¬ pressões. puntiformes ,como pontas de alfinete, seuferas; o ultimo estér- rrito (V) grosseiramente granuloso em sua metade posterior. Cauda. Segmento I mais largo que longo; os outros mais longos que largos, o segmento I com uma cristas transversal gra¬ nulosa, procurva, que divide ao meio a face inferior. Cristas dorsais medianas presentes apenas nos dois primeiros segmentos caudais, sendo mais nítidas em I; cristas laterais superiores presentes nos quatro pri¬ meiros segmentos. Face inferior dos ires primeiros segmentos densa grosseiramente granulosa; a face inferior dos segmentos IV apresenta granulações pouco numerosas e muito pequenas; segmento V sem cristas laterais inferiores ou mediana inferior mas com uma area densamente granulosa no terço posterior, e com a borda posterior denteada. Ve¬ sícula achatada dorsalmente, finamente granulosa na face inferior, onde ha duas pequennas cristas denteadas basais; a garra continua insensivel¬ mente a vesícula. Queliceras — Dedo imóvel com um dente bifido basal e um outro, ponteagudo; dedo movei com cinco dentes, dos quais o segundo basal e o apical bem maiores. Palpos lisos, sem cristas; tibia fuúforme, com duas trichobo- trias; a quela de mão da largura da tibia; dedo movei pouco maiór que a mão. Hab.: Argentina (Paso de Mendoza). Tipo: No Museu Bernardino RIvadavia (Buenos Aires). T02 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXíII /Vo tá : Dedicado ao Prof. Ergasto Cordero, da Universidade de Montevideo ,a quem deve o Museu Macional sua coleção de escor¬ piões Uruguayos. 32 — Urophonius qranulatus Pocock, 1898. U. g. Pocock, 1898 — Ann. Mag. Nat. Hist. Ser, 7, Vol. I, p. 329. U. g. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich. p. 194. Chile. Argentina (Chubut). Geuero lophorus Penther, 1913 Ann. KK. Naturh. Hofin., vol. XXVII, p. 248 Laminas medias dos pentes em uma só fila, perliformes. Te- lotarsos III com 4 pares de espinhos inferiores; IV com 5 pares de espinhos ou com 5 externos e 4 internos; em ambos uma fila me¬ diana ventral de longos pelos, e ires a quatro longas cerdas seria-» das dorsais. Gume dos dedos com uma só fila de grânulos e seis den- ticulos de cada lado. Comoro ocular sulcado. Macho com uma apófise (arredondada na base da inserção do dedo movei, e com fosseta dorsal na vesícula caudal. Este genero foi creado por Penther para uma femeaj de Mendoza. No material que me foi enviado pelo Museo Bernardino Rivadavia, para estudo, encontrei uma femea da especie de Penther e um macho de outra especie, o que me permite conchuir a caraterD zaçao do genero. As duas especies conhecidas podem ser, portanto, separadas pelos caratéres da chave abaixo: 1 ( 2 )—Esternitos abdominais ornados de duas faixas longitudinais es¬ curas, submedianas, bem acentuadas nos quatro primeiros, segmentos caudais II a IV com dorso manchado; cefalotorax granuloso, bem como os térgitos, sendo que o ultimo (VII) apresenta 2 cristas obliquas de granulações maiores; tresí placas acessórias na fila de placas medias do pente; segmento 1 caudal V sem cristas laterais inferiores, com crista mediana' serrilhada e alguns grânulos espersos posteriores; tarsos IV com 5 pares de espinhos inferiores e fimbria mediana mais curta que os espinhos — /. eugenicus sp. n. 2(1)—Esternitos abdominais de colorido uniforme bem como a face dorsal dos segmentos caudais; cefalotorax e térgitos lisos, o ultimo (VII) sem cristas granulosas; pente sem placas acessórias; segmento caudal V com cristas laterais granulosas, Mello-Leitão — Sobre os Bothrrjridas Sul-Americanos 103 de quilha mediana obsoleta e um espaço triangular posterior granuloso; tarsos IV com 5 espinhos externos e 4 internos e comi a fímbria mediana duas vezes mais longa que os es¬ pinhos — I. excchus Penther, 33 — lOPHORUS EUGENICU5 sp. n. (Figs. 6 e 7). ■ Cf — 35 mm. Tronco — 13 mm. Cauda: I — 2X2,5 III — V3X2,5 IV — 3,5 X 2,5 V — 5,5 X 2,5 Vesícula 6 ;< 2,5 P aipos : 3 — 3,5X >< 1,577. Mão: 3,5X2,5. Dedo movei 3,5. Cefalotorax pardo-claro marmorado de castanho. Abdômen com uma faixa submarginal castanha, estreita, denteada interiormente, es¬ tendendo-se até a extremidade poslerior do ultimo térgito; nos seis primeiros térgitos um par mediano de manchas triangulares castanhas; de base posterior, unindo-se pelas bases nos térgitos III a V. Fora das faixas marginais ha uma fila de quatro pequenas manchas obliquas; nos térgitos III a IV, junto ás pleuras. Os esternitos abdominais, apresentam duas estreitas faixas longitudinais escuras > submedianas, que se esbatem e terminam no esternito V. Cauda amarela, com pequena mancha castanha mediana nos segmentos II, III e IV. Lados e face vcníral intensamente marmorados de castanho, com duas faixas late¬ rais mais ou menos nítidas. Patas e paipos amarelos, marmorados de castanho na face dorsal. Cefalotorax finamente granuloso, com granulações mais gros¬ seiras n,as bordas do sulco do tubérculo ocular. Térgitos densa e fi¬ namente granulosos, havendo no ultimo térgito duas cristas laterais* de granulações pontudas. Estérnitos lisos,brilhantes, exceto o IV e, sobre¬ tudo o V que são granulosos em sua porção posterior. Pente de 15 dentes curvos. Uma fila de laminas intermediarias que, cm sua porção basal se torna dupla ,pela presença da tres placas lacessorias. Cristas dorsais medianas inteiras, granulosas, nos segmentos í a IV. Cristas laterais superiores e inferiores completas e presentes em todos os segmentos, sendo que no segmento V são constituídas dq fortes grânulos ponteagudos. Espaços entre as cristas dorsais mediai nas e laterais superiores granulosas, nos segmentos I e II,. Face ventral muito granulosa nos segmentos í e II, lisa em 11í e IV, e apresentandoi em V alérn de algumas granulações pontudas esparsas, uma crista me¬ diana, levemente serrilhada. Vesícula finamente granulosa em sua porção, convexa c com uma fosse ta dorsal (semelhante á de Boíhríanis bonari - ensis). A cauda é baixa e paralela, pouco exeavada dorsalmente. Os tarsos IV apresentam 5 pares de espinhos inferiores (ern vez de 5-1 como em I. exoenus). e uma fímbria de pelos medianos mais 104 Archívos do Museu Nacional — Vol, XXXIíI curtos que os espinhos (em /. exochiis são 2 vezes maais longos); tarsos III com 4 pares de espinhos e uma fímbria mediana semelhante^ Palpos de femur estreito, prismático ,levemente sinuoso, com! cristas granulosas e uma grande tricobotria interna; mão mais larga que a tíbia, com 6 cristas, arredondadas, e uma apófise interna, arre¬ dondada, na base da inserção cios dedos. Gume dos dedos como em /. i exochas. A presente especie permite retificar e completar os carateres do genero Iophorus Penther, dando para os tarsos IV cinco pares de espinhos infeiiores, com uma fimbria maior ou menor que eles; ma¬ cho com tubérculo na base dos dedos do palpos e a vesícula com umai fosseta dorsal. Hab.: Punta Foca. Tipo: N.o 13.072 do Museu Bernardino Rivadavia. 34 — Iophorus exochus Penther, 1913. I. e. Penther, 1913 — Ann. K. K. Naturh. Hoifm., Vol. 17, p. 249, figs, 8 a 11. Nota — Penther descreveu a especie sobre uma femea, que Reimoser colheu em Mendoza. Na coleção do Museu Bernardino Ri- vadavia (Buenos Aires) encontrei uma outra femea, correspondendo^ em seus minimos detalhes á descrição de Penther, apanhada em Nue- quen — Loncohve Vites, com o n.° 20.652. Genero Phoniocercüs Pocock, 1893 Ann, M&g, 17 /st. ser. AT, vol. XII. p. 99 Laminas medias dos pentes em uma só fila, perliformes. Te- lotarsos III e IV com tres pares de cerdas inferiores e sem fila média- 11 a de pelos. Gume dos dedos com uma fila irregular de granulações, ás vezes dupla na base, e com 4 a 5 denticulos internos. Também só se conhece a femea. Uma especie. 31 — Phoniocercus pictus Pocock, 1893. P, p. Pocock, 1893 — Ann. Mag. Hist. Ser. 6, Vol. 12, p. 99 # P. p. Kraepelin, 1894 — Mitt. Mus Hamburg, Vol. 11, p. 234. P. p. Kraepelin, 1899 — Das Tierreich, p.- 198. Chile. Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 105 Genero Ceníromacheíes Lômberg, 1897 Fmíohl Tidsler vol. XVIII, p. 200 Laminas medias dos pentes apenas 2 011 3 ; levemente arre¬ dondadas. Telotarsos III e IV com tres pares inferiores de robustas cerdas espiniformes e uma fila mediana de espinhos. Gume dos dedos com duas a tres filas irregulares de grânulos. Uma especie, da qual só se conhece a femea. j 32 — Centromachltes pococki (Kraepelin), 1894. Cené/omachus p. Kraepelin, 1894 — Mitt. Mus. Hamb., Vol. 11, p. 238. C. p. Lõnnberg, 1897 — Entom. Tidskr., Vol. 18, p. 200 . Chile, RESUME A key is given in the present paper to tlie nine vaíid genera of Bothiuridae and -a catalogue of the known american species to the* uumber of 31 with some variations. A key is given to the genus Bothriurus coverng 15 species and two varieties. Five new species of Bothriurus are described. Bothriurus prlinqlosianus n. sp. C f — 29 mm. Q — 30 mm. Carapace: brown with an irregular dark brown or fuscous marking, therebeing a small spot in the middle of the front rnargin, another elongated spot on the ocular tuberde and some further irre¬ gular rnarkings. Tergites: brown with narrow marginal border which is interrupted at two or more points on the anterior and posterior mar- gins. Sternites of a lighter and more uniform brown than the back. Tail brown washed. and reticulated in fuscous on the dorsal surface, io6 Arciíjvos do Museu Nacional — Vol. XXXI íl thc ventrai side with threc longitudinal fuscous síripes, the median much narrower than the lateral. Vesicle: with fulvescent dorsal sur- facc, the sicles and ventral surface a Imo st entirely fuscous, with only a narrow brown stripe on each side and two ventral of the same width parallel and median; stmg fuivous, darker three quaters apically. Manus light brown ou the ventral surface, femur and tibia with longitudinal fuscous stiipes dorso-lateraUy, and smail articular fuivous spots. Spimes of the underside of the tarsus fuivous, Chelicers light mahogany on the under surface; femur and tibia mitchly washed with fuscous above and outside; Cheia with three stripes and slíghtly fuscous reticule. Digits fuivous. The femaíe is darker than tle male. Ocular tubercle with a median groove more accentuatcd iu the male. Carapace and tergites I to VIí smooth; tergite VII with smail keels of 3 to 4 granules and some sparce granulation. Sternites. í to IV smooth with smail ellipfical pulmonary síigmata; sternitc V with 4 keels on its posterior half, the two lateral obliqúe, the two median parallel of smail granules. Tail; ventral surface of segment I with 4 parallel granular keels continued up to sternite V. These keels on ster- nite V and tail segment í are in the male ncarlv smooth. On segment íí to IV íhere are only the lateral ventral keels of s light acceníiiatiom and smooth, and on segrnent íl a granular median area; on the ventral surface of segment V there is a posterior semi-elliptical area, limited by two curved granulated keels; this area granular in the center and continous forward in the semblauce of two ventral median keels of 2 or 3 granules. The dorso-median keels of scgments 1 to IV are roun- ded, with only two or three apical granules; the dorso-lateral keels on segment IV are smooth but accentuate and are the only ones pre- scnt on segment V. The vesicle of the male is excavated dorsalíy, ihat of, the female slighthy sulcate, sides and ventral surface very granular narrowing evenly towareis thc claw with few hairs. Chelicera with very sharp teeth .Palpi smooth with barely defined keels in the female. In the male they present a few seried granules. The tibia is fusiform and the manus, much wider, present a smail spine and pit elose iofhe base of the digits iníernally. > Tibia with 2 trichobothrias. Middle lamellae of the combs plu¬ ral ly segmented and beadlike. Comb. 12 to 13 teeth. BOTHRIURUS DOELLOJURADGÍ H. Sp. cf — 50 mm. Carapace: brown, denseíy washed with bíack, prmcipalíy in the region of the median eyes, the black being very much more èxteu- sive thajt the brown. Trunk black with two irregular rows of smail Mello-Leitão — Sobre os Bothriuridas Sul-Americanos 107 browii subdrcular blotches. The three first sternites fiavous brown, the. fourth with blackened lateral and posterior margins and the fifth ne- arly entirely black. Tail violet brown, reticulated in black, ali the crests black, the lower surface a good deal darker, fulvescent. Vesiele with yellowish upper surface, all the convex part dark fulvo us nearly black, with two longitudinal lower stripes which extend from the base to the sting, separated by a black stripe of the same width and another at each side, alrnost contiguous to the black; sting fulvous with a smalB apical spot, sulphurous yellow, nearly regularly circular at the <) internally convex. Tail: brown irregularly marked with chestnut. Vesicle light fulvous with black sting. Legs light yellow; femurae with apical chestnut marks, the tibiae blotched, the protarsi and tarsi uniform light yellow. Palpi brow- ITT Mello-Leitao — Sobre os Rothriuridàs Sul-Americanos nish yellô.w marbled with cliestiiut, the digits uníform, cheiícera like the palps. Sternites yeliow highly clouded with brown. Combs with Q to 10 lamellae in the intermediary row, perlifor /72 with 14 teeth. Telo- tarsus I and ÍI with two pai rs, Iíí and IV with ó pairs of lower' and a row of long hairs. Edge of digits with two ro.ws of smali granules and 6 denticules on eaeh side ; the externai contíguous to thé granules. Carapaee-trapezoidal with inside margin lightly excavated and posterior margin convex, very fineiy granular, shiny with a median g roo ve. Tubercle of the median eyes grooved, the posterior part of lhe cephalothorax bi-lobetl. Tergites fineiy granular and shiny, the last with two symmetrical posterior arches, roughly granular. Sternites I to IV smooth and shiny, V with the posterior haíf densely granular and keels-less. Tail. segment í wider tha.n long, the rem-ainder th t < revcrse; dorso-median keels only prescnt 011 ségments 1 to IV. Ventral surface of segmente 1 to III densely granular, on IV the granules are íew and very smali, in V there is a posterior area, granular on its, apical third and the posterior rim denticulate. Vesicle: dorsally flattened, fineiy granular on its ventral side with two short denticulate basal crists; the stiiig proceeds indistin- •guishably from the vesicle. Chelicera: fixed digit with a bifid basal and a sharp median tooth; movable digit with five teeth, of which the second basal and the apical are much the largest. 1 Palpi smooth, without keels; tibia fusiform with two tricho-t bothriae; cheia of same width as tibia and movable digit larger than the iuanus. 'The genus íophorus is emended and rnale S ex caracterised (as Penther knews only the female sex) as follows: upper surface of the tail vesicle excavated, presenting a shallow ellyptic pit; cheia with a blunt inner process at base of fingers; tarsi IV with five paird of ventral spines. A new species is described; from south Argentina. ÍOPHORUS EUGENICUS Sp. n.. ■ cf — 35 mm. Carapace light brown ? marbled in chestnut. Trunk with a lon¬ gitudinal undermarginal chestnut stripe, innerly indented, reaching the last tergite; at six first tergites a median pair of triangular chestnut spots. Outside the lateral stripes they are row of 4 little obliqúe chestnut spots, on tergites III to Ví. Sternites with two narrow longitudinal stripes* Tail yeliow, with a little median chestnut bíoich on dorsal surface of segments II, III and IV. Sides and ventral face densely marbled in 112 Archivos do íMuseu Nacional — Vol. XXXIII chestnut, with two lateral longitudinal bands. Legs and palps yellow, marbled in chestnut upwards. Carapace finely granulated, with rougher granules at borders of ocular groove. Tergites densely granulous ; the last with two indented crest. Sternites shiny, smooth, excepüng IV and V wieh are granulate at posterior half. Combs with 15 curve d teech. One file of intermediate lamellae which is double at its basal portion by presence of three accessory la¬ mellae. Median dorsal crests entire, granulate on segments I to IV. Upper and under lateral crests entire and present at all segments, th o se' of segment V with sharp-pointed high granules. Upper crests irítera paces granulous on segments I and II, Venfral face densely granulate on segments I and II, smooth on III and IV and presenting a median. longitudinal row on V. Vesicle finely granulous at its convexe portion; and presenting a dorsal pit (as in Bothriurus bonariensis). Tarsi IV with pairs of ventral spines and a median row of hairs ■shorter than spines. Femur of the pedipaíps narrow, with granulous crests and a íorig basal trichobothria; tibia little convex, smooth, with 3 inner trichobothriae; hand wider than tibia, with 6 rounded crests and an ynner process at base of digits. Hab.: Punta Foca. Type; N.° 13.Q72 (Musco Bernardino Riva- davia). Mello-Leitào — Sobre os Bothriurídas Sul-Americanós 113 EXPLICAÇÃO DAS FIGURAS 1 -- Bothriurus pringlosianus. 2 — Bothriurus doellojuradoi (dorso). 3 —Bothriurus doellojuradoi (face ventral). 4 — Urophonius corderoi (dorso). 6 — Urophonius corderoi (face ventral), 6 — Iophorus eugenicus (dorso). 7 — Iophorus eugenicus (face ventral). 8 — B. alicnicola (dorso). 0 — B. alienicola (f. ventral). 10 —B. elegans (dorso). 11 — B. 'elegans (f. ventral). 12 —B. dispar (dorso). 13 —B. dispar (f. ventral). ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Mêelo-^EITÃO —Nota sobre os Vol. XXXll! — 1931 — RIO DE J/fNElRO *Bothtmridas Sul-Americanos * « • Fig- 4 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Vol. XXXIII — 1931 — RIO DE JANEIRO Mei,lO-LeitÃo —■ Nota sobre os Bothrmridas Sul-A mericanos Fig. 13 AKCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Vol. XXXIII — 1931 — RIO DE JANEIRO MKtLO-JLiUTAo — No/a sobre os Êothrmridas Sul-A m ericemos. Fig. IIVIEIIJLO- LEITÃO /-N A' r T T - A ri o V-V U. tiJ u Ò ARcrnvos do museu nacional voe. xxxii r BS 1 ’ £ BUO Dr. Mello-Leitão Prof. ds Zoologia do Museu Nacional liOVOS Oll Em fins do ano passado (1931) recebi de meu amigo, o ilustre Dipterologo Fr. Thomaz Borgme^yer, uma interessantíssima c oleção. de aranhas mirrnecoides e mirmecofilas e alguns opilioes, Das ara¬ nhas falarei em outra nota. Agora vou tratar dos opilioes, bem como de alguns outros desses araenidios, coligidos em Therezopolis pela Snr. Victor Miranda Ribeiro, no Rio (Jacarépagná) pelo Snr. Her- bert Bería, em Santa Cathariua pelo Snr. Daíibur Hansel e em Itatíayaj por D. Risoleta da Silva. Todos esses araenidios estão hoge incor¬ porados á coleção do Museu Nacional. Havia um numero bastante- elevado de novas formas de Laniatores que passo a descrever. Família PH A Là N GO D I D  E Subfamilia PH ALA N GO Dl NA E Genero HETEROMELOLEPTES g. n Comoro ocular oval transverso, quasi circular, no terço anterior do ce- ialoiorax, com pequeno cone mediano. Àrea I sem sulco mediano; os sulcos transversos paralelos. Areas I a IV e tergit.es livres inermes ( Ç ) ou as areas III e IV com dois tubérculos baixos. Tarsos c °m 4-6-S-5 segmentos. Fêmu¬ res IV do macho muito alongados. Tipo: Ocular turret almost circular, 011 anterior th ir d of carapace, with a little median cone. Area I w ithout median longitudinal groove; transverse gro- oves parallel. Areas I to V and free tergites unarmed ( 2 ) or areas III and IV wíth two low tubercles { $ ). Tarsi with 4-G-5-5 segments. Fe mura IV (in £ ) very elongated. Type: Heíeromeloíeptes padbergi sp= n. | —* 4. Pernas ■— 7-18-18-18 mm. 2 — 4. Pernas — 5-7-5,5-7,5 mm. Borda anterior do cefalotorax iner¬ me e lisa. Comoro ocular liso, com pe¬ queno espinho mediano rombo Cefalo- torax liso. Areas I a IV com granula- $ — 4 mm. Legs, —- 7-18-18 mm. 2 — 4 mm. Legs. — 5-7-5,5-7,5 mm. : Anterior border oll cefalotorax sinooth and unarmecl. Qcular turret with a little median blunt spine, Cara- n8 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII ftões muito pequenas pouco numerosas; as areas III e IV do macho apresentam dois tubérculos hemisféricos baixos,me¬ nos conspícuos que as granulações gros¬ seiras da area V. Areas laterais lisas; area V e tergitos livres com uma fila de grossas granulaçõee pontudas. Es- ternitos com uma fila de grânulos. Oper- eulo anal granuloso. Segmento estigma- tico liso. Estigmas ocultos pelas ancas IV; todas as ancas granulosas. Palpos: trocanter, femur e patela inermes; tí¬ bias com 3 espinhos internos e 5 ex¬ ternos; tarsos com 4 internos e 3 exter¬ nos. Femures II e III curvos; I e IV direitos no macho e curvos na femea. Corpo quasi negro, com duas gran¬ des manchas laterais, castanhas, ocupan¬ do o cefalotorax e as areas I e II, e es¬ treitando-se bruscamente em III. Tro¬ ca n teres e femures de todas as pernas castanhos; o resto negro. Palpos e que- li ceras negros, reticulados de pardo. paee smooth. Areas I to IV vith very minute granules; areas III and IV (in $) vith two low hemispherical tuber- cles, less conspieuous than the coarse granulations from area V. Marginal areas smooth; area V and free tergites vith a file of coarse pointed granula- tions. Sternites vith a file of granules. Anal o perde granulous. Stigmatic area smooth; the tracheal stigmata hidcleii by eoxae IV. A1I coxae granulous. Pe- dípalps; trochanter, femur and patela unarmed; tíbia vith 3 inner and 5 ou- ter spines.: tarsi vith 4 inner and 3 outer. Femura II and III curved; I and IV straight C£') or curved (Ç). Body almost black, vith two lar¬ ge lateral blotches chestnut, occupying the carapace and areas I and II and abruptly narrowed on the area III. All trochanters and femura chestnut; the other segments black. Pedipalps and chelae black, reticulated in brown, Hab.: Itatiaia. Col.: Dr. Drenkpol Padberg, Família GONYLEPTIDÂE Subfamilia CRANAINAE Genero RHOPALOCRANOIDES g. K. Comoro o c ular com 2 espinhos. Areas I e III com dois espinhos; areas II e IV inermes. Tergitos livres, com 2 espinhos. Femur dos palpos inerme. Tar¬ sos I de seis segmentos; II a IV de mais de seis; tarsos I do macho com os dois segmentos basais muito dilatados. Ocular turrai vith two spines. Areas I and III vith two spines; areas II and IV unarmed. Free tergites vith 2 spines. Pedipalps femur unarmed. Tarsi I vith 6 segments; II to IV vith more than six; tarsi I of male vith two basal segments very inflated. Esta genero é muito proximo de Rhbpalocranaus, do qu«a.l apenas se distingue por ter o térgito livre 1 comi 2 espinhos, como,, os tergitos ÍI e III, em vez de tubérculos. Tipo; Rhopalocranoides armulaíus jtp. n. $ — 6 mm. Pernas — 12-22-16- 21 mm. Femures — 3-6,5-4,5-5,5 mm. Borda anterior do cefalotorax iner¬ me e lisa. Comoro ocular com dois es- £ — 6 mm. Legs. — 12-22-16- 21 mm. Femura — 3-6,5-4,5-5,5 mm. Anterior border of carapace smooth, unarmed. Ocular turret vith Mello-Leitao — OpiuÕes NOVOS OU CRÍTICOS 119 pinhos afastados. Cefalotorax liso, Area I com 2 espinhos e uma granulação de cada lado; area II com uma fila de gr⬠nulos; area III com dois espinhos maio¬ res e duas granulações de cada lado, for¬ mando um retângulo. Areas laterais e area IV lisas. Tergitos livres com uma fila de grânulos e dois espinhos media¬ nos. Placas anais granulosas. Esterni- tos com uma fila de grânulos. Ancas e area estigmatica com pequenas granu¬ lações. Palpos: trocanter com uma ele¬ vação ventral; femur com um espinho basal ventral; patela inerme; tibia com 4 espinhos externos e 5 internos e tar¬ sos com 4 externos e 2 internos. Se¬ gmento basal das queliceras com 2 es¬ pinhos basais e dois apicais dorsais. To¬ dos os trocanter es com dois espinhos posteriores; em III o espinho basal hem mais robusto. Ancas IV granulosas, com um espinho apical externo; femur pou¬ co granuloso. Artículos I e II dos tarsos I muito dilatados, o primeiro 2 vezes maior que o segundo. Corpo negro. Trocanteres pardos. Protarsos anelados de pardo. Palpos e queliceras c astanhos, reticulados de ne¬ gro . Hab.: Pará. Col.: E. May. Tipo: N. 11388 (um £). Remetido por Fr. Themaz Borgmeyer. two videly dístant spines. Carapace smooth. Area I with two spines and one granule near the lateral groove; area II with a file oi granules; area III with tv.no stronger spines and four granules, formiug a roetangle. Areas IV and mar¬ ginal smooth. Free tergites with a file of granu¬ les and two median spines. Anal oper- ele gramilous. Sternites with a file of granules. Coxa© and stigmatic area with little granules. Pedipalps: tro- clumter with a ventral elevation; fe¬ mur with an inferior basal spine; pa¬ tela unarmed; tibia with 4 outer and õ imier spines; tarsi with 4 outer and 2 inner ones. Basal segment of chelicers with two basal and two apical dorsal spines. All trochanter with two pos¬ terior spines; at III tlie basal one very stronger. Coxae IV granulous, with an outer apical spine; femur little granu¬ lous. Segments I and II of tarsi I very iniiated, the first one twice long as tbe second. Body blaclí. Trochanters brown. Protarsi ringed in brown. Pedipalps and chelicers chestnut, reticulated in blaclt. Hab.: Pará. Type.: N. 11388, Subfamiiia PACHYLINAE Oexf.ro GOYAZETXA g. n. Comoro ocular com dois espinhos. Areas I a V e tergitos livres inermes. Tarsos I de G segmentos, os outros de mais de 6 . Femur dos palpos sem espi¬ nho apical interno; face ventral arma¬ da. Ocular turret with 2 spines. Areas I to V and free tergites unarmed. Tarsi I of 6 segments; II to IV of more than six. Pedipalps femur without inner api¬ cal spine; ventral face spined. Este genero entra 110 grupo dos generos de escudo c tergitos inermes, distinguindo-se de Pachyloídes e Liogymhilus que, como ele, têm os tarsos I dc seis segmentos e os outros de mais por ter o como¬ ro ocular com dois espinhos (inerme em Liogyndiilus) e o femur dos palpos inerme (com um espinho apical em Pachyloídes). De ambos pela forma geral do corpo. Tipo: 120 Arcihvos do Museu Nacional Vou. XXXIII Goyazelía armai atas: 9 - 16 - 13 - 10,5 mm. Borda anterior com uma elevação mediana e dois robustos espinhos, cur¬ tos, dirigidos para diante. Comoro ocu¬ lar com dois espinhos muito baixos. Ce- falotorax liso. Areas I a IV com granu¬ lações muito pequenas, irregularmente esparsas. Areas laterais com uma fila de pequenas granulações. Area V e ter- gitos livres com uma fila de granula¬ ções maiores. Opérculo anal granuloso. Esternitos com uma fila de grânulos. Ancas IV rugosas; III com 2 filas de dentes; I e II granulosas. Tarsos com G-9-7-7 segmentos. Palpos: troeanter com um espinho ventral; fêmur com cinco espinhos ventrais mas sem espi¬ nho apical interno; tibia e tarso com 4 espinhos de cada lado.Femures curvos em S. Colorido geral castanho queima¬ do. Hab.: Veadeiros (Estado de Solaz). CoU: Blaser. Tipo; N. 11373, ft sp. u (Fig. i,l Ç - — Legs: 9-16-12-16.3 mm. Anterior border oí carapace with a median elevai ion and two strong shori spines, inclined forwards. Ocular tnrret with two very low spines. Cara¬ pace smooth. Areas I to IV with very minute, irregularly sparse granules. Marginal areas with a file of little gra- nuL-Uous. Area V and free tergites with n file uf n\t>re vonspicuous granules. Anui opercle granulous. Sternites with a file of granules. Coxae IV rugous; III with two ruws of teeth; I and II granulous. Tarai with fi-9-7-7 segments. Pedipal- ps: trochanter with a ventral spine; fê¬ mur with 5 ventral spines but with ou t apical inner spine; tibia and iarstis with 4 spines at each ventral side. All femura S — curved. Body and legs burnt chestnut, uniform, Gknero EUSARCUS PlvRTY, 1832 Eusarcus pusiflus sp. n. (Fíg. 2) 5 — 4 mm. Patas: 7-12-9,5-12 rn m. Borda anterior com um espinho ho¬ rizontal entre as queliceras. Cefalotorax liso, com dois tubérculos atraí do como¬ ro ocular que apresenta também 2 tu¬ bérculos pequenos. Areas I a IV com poucas granulações pequenas e irregu¬ larmente esparsas, a area III com alto espinho mediano obliquo. Areas laterais com 2 filas de grânulos; area V e ter- gitos e esternitos livres com uma fila. Ancas fina e densamente granulosas. Palpos: troeanter com um pequeno espi¬ nho ventral; fêmur comum espinho ba¬ sal ventral e outro maior apical inter¬ no; tibia com tres espinhos de cada la¬ do e tarso com dois, todos os espinhos postos em tubérculos mamilares, arre¬ dondados, Femures curvos; I e II iner- $ — 4 mm. Legs: 7-12-9,5-12 mm. Anterior borcler of carapace with a horizontal spine between the ehelieers. Carapace smooth, with two tubéreles be- híiul the ocular turret wieh presents also two little tubereles. Areas I to IV with a few little granules, irregularly sparse; the area ITI with an high oblí- que rnedian spine. Marginal areas with two files of granules; area V and fre tergites. and sternites with only one,Co¬ xae densely and minufceíy granulous. Palps: trochanter with a little ventral spine; fêmur with a. basal ventral spi¬ ne and a stronger inner apical one; tibia with threô pairs of ventral spines and tarsi with two, all spines on mamelo- nar tubereles. Femura I and II unar- mod; III with an apical spine and IV 121 Mello-Leitão — OpiliÕes novos ou críticos mes, III com um espinho apical e IV com dois. Tarsos de G-9-6-G segmentos. Patas IV do macho: anca com uma apó¬ fise apical externa robusta, muito obli¬ qua para traz, curva para baixo, romba; trocanter mais longo que largo, com uma apófise apical externa dirigida. muito obliquamente para traz e para fóra, e uma. outra apófise subbasal, dorsal ex¬ terna, muito mais robusta, cônica; fê¬ mur curvo, com filas longitudinais de granulações e com dois robustos espi¬ nhos apicais; patela e tibia granulosas. Colorido geral uniforme, mogno claro. Hab,: Rodeio (Santa Catharina). Tipo: N. 11376. with two. Tarsi with 6-9-G-6 segmente. Legs IV of male: coxa with an outer blunt strong apical process, very incli- ned backwards and curved downwards; trochauter longer than wider, with an outer apical process oblicjuely directed hackwards and outwards, and with ano- ther upper subbasal much stronger conic process; fêmur incurved, with longitudinal rows of granules and two big apical spines; patela and tibia gra- nulous. Light mahogany uniformely coloured. Grnf.ro METAGYNDOIDES g. n. Comoro ocular com um espinho mediano. Areas I, II, IV o V, tergíto livre I e operculo anal inermes; area III com 2 tubérculos (ou espinhos); ter¬ gitos livres II e III com um forte espi¬ nho ou cone mediano. Femur dos palpos inerme. Tarsos I de 5 artículos, II de mais de 6, III e IV de seis. Areas la¬ terais com um espinho marginal. Tipo: Ocular turrei with a mediam spine. Afeâe I, II, IV and V, free tergite I and anal opercle unarmed; area III with 2 tubercles (or spines); free ter¬ gites II and III with a strong mediam spine (or cone). Pedipalps femur unar¬ med. Tarsi I with 5 segments; II with more than G; III and IV with six. La¬ teral areas with a marginal spine, Type: Metagyncíoidcs granuíatus sp- n. (Fig\ 14) $ — 6 mm. Pernas: 7-11-9-11 mm. Borda anterior do cefalotorax com pequena area granulosa mediana. Como¬ ro ocular liso, com alto espinho media - no, curvo para diante. Cefalotorax gra¬ nuloso atras do comoro ocular. Areas I e II do escudo abdominal inermes, ir¬ regularmente granulosas; area III tam¬ bém granulosa, com 2 tubérculos me¬ dianos. Areas laterais com 3 filas de gr⬠nulos e um espinho marginal perto da area III. Areas IV e V, tergitos e es- 1;emitas livres com uma fila de grânu¬ los, os tergitos II e III com um alto e robustíssimo espinho mediano. Opércu- lo anal quasi liso. Ancas IV muito gra¬ nulosas; ancas I a III apenas chagri- # >— G mm. Legs.: 7-11-9-11 mm. Anterior margin of carapace with a liítle meclian graiuilous area. Ocular . rrret with an higk. mediam spine, cur- v; d for w ar d,s. Cephalotorax granulous behind ocular turret. Areas I and II of abdominal shield unarmed, irregularly granulous; area III a.lso granulous, with two mediam tubercles. Lateral areas with tnree rows of granules and a marginal spine near area III. Areas IV and V, free tergites and sternites with a row of granulations; tergites II and III with an high, very strong me- dian process. Anal opercle almost smo- oth. Coxa© IV densely granulous; coxae I to III only chagriné. Pedipalps: tro- ehanter, femur and patela unarmed; ti- 122 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII uéâiS, Palpos; trocanter, fêmur e pate¬ ia inermes; tibia com 4 espinhos in¬ ternos e 3 externos; tarsos com 6 in¬ ternos e 4 externos. Tarsos I com os dois segmentos basais muito espessa¬ dos. Femures II e III com robusto es¬ pinho apical posterior. Pernas IV: anca com uma apófise apical externa recurva para cima, quasi paralela ao corpo; tro¬ canter mais largo que longo, com uma apófise basal dorsal, curva para diante e para c ima, entre a apófise da anca e o espinho da area lateral; fêmur cur¬ to, direito com altos tubérculos e uma apófise no terço apical interno; patela e tibia com filas de espinhos. Corpo e pernas fulvo queimados, uniformes; palpos e queliceras amare¬ lo sulfureos, pouco manchados de pre¬ to . Hab.: Itatiaia (2100 ms.), Col.: D. Risoleta da Silva. Tipo: N. 18209 do Museu Nacio¬ nal (1 f)-. Ha v.ith I iv.r.er and 3 ou ter spir.es; tarsi with 6 inner and 4 ou ter ones. Tarsi I with two proximal segments very thiekened. Femures II and III with a stroug apical lünder spine. Legs. IV: coxae with an outer apical process, cur- ved upwards. almost parallel to body; trochauter wider than longer; with a basal dorsal process, curved forwards and upwards, between the process of coxa and the spine of lateral area; fê¬ mur siiort, right, with high tubercles and a process at the apical inner third; patela and tibia with rows of spines. Body and legs roast fulvo us; pulps and chelicers sulfur-yellow, scarcely spotted in black. Nota — O genero Metagy adoides é muito proximo do genero Meíagyndes Rwr, da Patagônia e do Chile, distinguindo-se por ter as areas do escudo dorsal muito granulosas, um espinho nas areas laterais : e mais de seis segmentos nos tarsos II. Genero THORELRIDIA o, n. Em 1877 publicou Thorell no Periodico Zoologico Argentino, Vol. II p. I, a descrição de seu Oslrachlium períyi. Essa revista, hoje muito rara, não foi encontrada peío prof. Roewer, que, fazendo a re¬ visão dos opiliões cita a especie no genero .Ostracidiwn, com duvida. Graças á gentileza de meu amigo e colega Snr. José Canais, de Buenos Aires, obtive urna copia da completíssima e exhaustiva descrição de Thorell e verifiquei tratar-se de um genero novo, assim caraterizado. Comoro ocular com dois espinhos. Area I a V do escudo dorsal, tergitos livres e operculo anal inermes. Fêmur dos palpos com um espinho apical in¬ terno. Tarsos I e II de cinco segmen¬ tos; II de mais de seis, IV de seis. Ocular turret with two spines. Areas I to V of dorsal shield, free ter- gites and anal opercle unarmed. Pedi- pulps íemur with an inner apical spine. Tarsi I and III of six segments; II of more than six and IV with six. O genero Thorellidia pertence Parabalia Rwr, Pachyloides Holmb.. e ao mesmo grupo Planiphangodus dos generos Rwr, de es^ MelloLeitão — Opiliões novos ou críticos 123 cu d o e tergitos inermes, dois espinhos 110 comoro ocular e um espinho no apice dos femures, distinguindo-se estes quatro generos pela for¬ mula de segmentação dos tarços, como se segue: Thorellidia — 5 — mais de seis — 5 — 6. Parabalta — 6 — mais de seis — 6 — 6. Pachyloides — 6 — mais de seis. Plíiniphalan godas — mais de seis em todos. A descrição completa da especie de Thorell será dada cm outra publicação, aqui vamos, porém, dar 0 seu resumo: Thorellidia pertyi (Thorell), 1877. Corpo: 5,5 mm. Pernas: 8,5 — 15 — 11 — 15 mm. Borda anterior do cefalotorax com uma elevação mediana con¬ vexa, arredondada. Comoro ocular com dois pequenos espinhos. Cefalo¬ torax granuloso. Areas laterais irregularmente granulosas. Areas I a IV inermes, com grossas granulações esparsas. Area IV, tergitos e es- ternitos livres com uma fila de granulações. Opérculo anal dorsal co'm tres filas e ventral com duas. Palpos: thochanter granuloso, com um tubérculo inferior, fêmur com uma fila dorsal de grânulos e outra ventral, um espinho basal inferior e um apical interno. Ancas I e II com um espinho reto; femures granulosos. Tarsos com 5-7 a 3-5-6 segmentos. Fêmur IV com 3 espinhos basais dorsais. Corpo ferrugineo ou fulvo-testaceo; palpos e pernas ferrugineo-tcstacecs, os tarsos amarelos, Tres íemeas de Cordoba (Republica Argentina.). Subfamiüa GONYLEPT! NAS Gkxkro CRYPTUROCVTIA Mkllo-Ukitão, 1930 Crypturocytia crypturocvtia Mell.-Leit. 1931. Recebeu o Museu Nacional, colhido em Itatiaya (2100 ms.) pela Sara. D. Risoleta Silva, um macho desta especie, de 10 mm., de corpo negro no dorso e castanho escuro na face ventral, com as pernas negras sendo as tibias e patelas III e IV fulvas e os protarsos I ama¬ relo fulvos. NA 18.202. Gkxkro STEPHAXOCRÂXION g. x. Comoro ocular com dois tubércu¬ los. Areas R II e IV, tergitos livres e opérculo anal inermes; area III com dois espinhos. Fêmur dos palpos com um espinho apical interno. Tarsos I de seis segmentos, os outros de mais de seis. Typo: Ocular turret with two tubercles. Areas L II and IV, free tergites and anal opercle unarmed; area III with two spines. Pedipalps ternura with an apical iniier spine. Tarsi I with 6 se- gments, II to IV with more than six, Type: 124 Archivos do Museu Naciqnu. — Vol. XXXÍIÍ Sttphanocranion bimacuiatus sp. n. li. A 2 —■ 11 mm. Pernas: 18-40-30-40 mm. Borda anterior do cefalotorax com lima fila dorsal de grânulos e elevação mediana baixa, apresentando uma co¬ nda circular de grânulos. Cefalotorax liso. Comoro ocular liso, com 2 tubér¬ culos. Escudo dorsal finamente chagri- né, com dois espinhos rombos na area IIX Áreas laterais com uma fila da pou¬ cos grânulos» Tergitos livres chagri- ncs. Ancas I granulosas; II com uma fila de grânulos; III com duas filas de dentes, IV chagrinés. Femures direi¬ tos. Palpos: trocanter inerme; femur apenas com robusto espinho apical in¬ terno; tíbia com 4 espinhos de cada la¬ do e tarsos com 5. Tarsos de 6-11-8-7 segmentos. Corpo negro; cefalotroax com uma grande mancha amarela de cada lapo. Areas I e II com pequenas manchas cir¬ culares amarelo queimadas, espalhadas irregularmente; area III com manchas semelhantes, só dos lados. Pernas par¬ das . Ventre pardo queimado. Hab.: Rio de Janeira (Jacarépa- g-Uií) . Tipo: N. 11384. Nota - O gencro Stephanocrunion, está no mesmo grupo de Luan% Huasampilla , HmáquinaPonckia é Progonyleptokies, que tém só a area III armada de dois espinhos; dos primeiros difere pela segmentação dos tarsos I e por ter o femur dos palpos armado (este ultimo caracter o distingue igualmente de Progonyleptoides t que tem a mesma segmentação dos tarsos). O gencro de que mais se aproxima é de Fonckia, do qual apenas se distingue por ter dois tubérculos no comoro ocular (em vez de espinhos) c seis segmentos no; tarsos I : (em vez de 5). 2 — 11 mm. Lcg- 18- 10-30-40 mm. Anterior border of carapace with a dorsal row of granule- and a low mediou clevatiou. preseuLiug a circular Crown of granules . Carapace smoolfi . Ocular turrei sniooth, with two tuber- cles. Dorsal shield finely roughly sha- greened, willi two bluiu spine ou area III. Marginal areas with a row of a fow granules. Free tergites sliagreened. Coxae I sparscly graiuilous; II with a maclian row of granules; III with two rtjws oi teeth: IV sliagreened, wilhout granule . Femur a straight. Pedipalps: trochauter uuarmed; femur with only an imier stroug apical spine; tíbia with 4 paírs of ventral spines and tarsi with 6 paira. Tarsi with 6-11-8-8 segmenta. Body black; carapace with a largo yeüo v bloteii at each sido. Areas I and II with lHtle circular burnt yellow blo- íches sparsely strewn, are III with so¬ me similar blotches at each side. Lega brovü. Underside burnt brown. Gkxero GONIOSOMA Perty, i.; N. Comoro ocular com dois espi¬ nhos. Areas I e II com dois tubércu¬ los circulares, III com 4 tubérculos ovais. Area IV, tergitos livres e oper- cnlo anal inermes. Femur dos palpos inerme. Tarsos I de seis segmentos, os outros de mais de seis. Ocular turret with two spines, Areas I and II with two circular tu¬ bercles; III with four ellyptical ones. Area IV, free tergites and anal oper¬ cle unarmed. Femur of pedipalps, unar¬ med. Tarsi I with 6 segments; II to IV with more than six. Este genero é muito afim a Weyhia, do qual apenas se distingue pela armadura muito curiosa da area IIí (quatro tubérculos díticos em vez de dois circulares). Tipo; 128 Akchivos do Museu Nacional — Vol. XXXIlí Geraecormobieíía convexa sp. n. (Fíg, m) Borda anterior do cefalotorax com dois espinhos dorsais medianos e doia anteriores de cada lado. Comoro ocular com algumas granulações e dois altos espinhos. Cefalotorax com as areas la¬ terais granulosas e dois grânulos atras do comoro ocular. Areas I e II do escu¬ do dorsal com poucos grânulos e dois tubérculos hemisféricos. Area III com quatro tubérculos eliticos medianos, que ocupam todo o diâmetro menor da area, e de cada lado um grupo de pe¬ quenas granulações. Area IV, tergitos e esternitos livres com uma fila de gr⬠nulos. Opérculo anal granuloso. Areas laterais irregulamente granulosas, com 2 grandes tubérculos junto á area IV. Ancas e segmento estigmatico muito granulosos. Fenuires curvos; tarsos de 6-11-7-7 segmentos. Palpos: trocanter, femur e patela inermes; tíbia com 5 es¬ pinhos externos e 4 internos; tarsos com dois de cada lado. Pernas IV: an¬ ca granulosa, com curta apófise apical externa, transversa e romba; trocanter mais largo que longo, com uma apófise externa e dois pequenos espinhos inter¬ nos; femur curvo em S com uma apó¬ fise dorsal basal virguliforme e dois es¬ pinhos no terço medio, a face interna com uma fila de tubérculos e 1 robus¬ to espinho no terço medio; patela e ti- bia graunlosas. Colorido geral castanho negro uniforme. Hab.j Itatiaia (2100 ms.). Col.: D. Risoleta da Silva. Tipo: N. 1S203 (4 machos e 2 fe- meas). $ — 8 mm. Leg: 13-22-17-29 mm. Anterior border of carapaee wíth tv?o dorsal median spines and two an¬ terior at each comer. Ocular turret with some granules and two high spi- nes. Carapaee wíth gramüous margi¬ nal areas and two granules behind ocu¬ lar turret. Áreas I and II of dorsal shi- eld wíth íew granules and two hemis- pherir tubereles. Area III with four el- lyptic tubereles as long as the short diameter of the area; at every side so¬ me little granules. Area IV, free ter- gites and sternites with a row of gra¬ nules. Anal opercle granulous. Lateral areas irregularly granulous, with two large tubereles near area IV. Coxae and stigmatic area densely granulous. Fernura curved; tarsi with 6-11-7-7 se- gments. Pedipalps: trochanter, femur and patela unarmed; tibia with tive cuter and four inner spines; tarsi with two at every border. Legs IV: coxa gra¬ nulous, with an outer short, t rans ver¬ se, blunt apical process; trochanter wi- der than longer, with an outer process and two little inner spines; femur S — curved, with a basal dorsal coma- shaped process and two spines at me- dian third; inner face with a row of tubereles and a strong spine at the me¬ dian third; patela and tibia granulous. Body and appendages uniformely bla- ckish ehestnut. Gkxkro MOREIRANUIvA Roewkr, 1930 O genero Morehanula foí creado para Gonylepioides mo- reirac Mel.-Leit. de que era conhecido apenas o macho. Cojigiu D. Risoleta da Silpa vários exemplares dos dois sexos de uma oíutra especie do mesmo genero: enquanto os machos repetem rigoro¬ samente os caratéres do tipo, as femeas apresentam um pequeno tu¬ bérculo mediano nos térgitos lí e III, Essa nova especie é; Mello-Leitão — Optliões novos ou críticos 129 Moreiranula melanostotna sp. n. 17) $ - — fi mm. Pernas: 16-33-22-31 mm. 9 —-8 mm. Pernas 15-30-21-30 tíi m. Borda anterior com dois espinhos dorsais medianos e tres denticnlos an¬ teriores de cada lado. Comoro ocular com dois altos espinhos. Cefalotorax granuloo. Areas I a III do escudo dor¬ sal com grossas granulações esparsas e dois tubérculos; area III muito conve¬ xa, com uma ligeira depressão media¬ na e os tubérculos maiores que os de I e II. Areas laterais com duas filas de grânulos; area IV, tergitos e esterni- tos livres com uma (na femea os ter- grtos II e III apresentam um pequeno tubérculo mediano). Ancas muito gra¬ nulosas, com abundantes pêlos curtos. Paipos: trocanter com um tubérculo in¬ ferior; fémur e patela inermes, leve- mente granulosos; tibia com 4-4 espi¬ nhos e tarsos com 5-5. Tarsos com 7- 13-8-9 segmentos. Pernas IV: anca granulosa, com pequena apófise apical interna, curta e pontuda ( 9 ) ou muito obliqua com pequeno ramo posterior (X); trocanter mais longo que largo, com dois pequenos tubérculos internos e um maior externo ($}; fêmur direi¬ to, com pequena apófise dorsal basal (simples na 9 , bifida no $) e filas longitudinais de dentes, os da face in¬ terna muito maiores no macho. Queli- ceras lisas. Corpo amarelo queimado, com os tubérculos fulvos; queliceras e palpos nigerrimos; pernas fulvas, de tarsos ne¬ gros . ITab.: Itatiaia (2100 ms.). Col.: D. Risoleta da Silva. Tipo: N. 1S211 (7 exemplares). Anterior border with two median dorsal spines and three little teeth at eaeh corner. Ocular turret wiçh two high spines. Carapace gvanulated. Areas I to III of dorsal shield with lar¬ ge sparse granules and two tubercles; area III ver; convex, with a slight me- dían fnrrow and tubercles larger than those of I and II. Lateral areas with two rows of granules; area IV, free ter- giíes and sternites with one (in fema- le tergiíes II and III present a little median tubercle). Coxae very granula- ted, With abundant short hairs. Pedi- paips: trochanter with an under tuber¬ cle; fêmur and patela slightly grann- 1 ate th unarmed; tibia with 4-4 spines and tarsí with 5-5. Tarsi with 7-13-8-9 segments. Legs IV: coxa granulous with an outer apical process (short, sharppointed in fernale and transverse, very ohliquous with a rounded posteri¬ or branch in male) ; trochanter larger than wider, with two little inner tu¬ bercles and an outer larger one ($); fêmur straight, with a little basal dor¬ sal process (single in 9 , bifid in and longitudinal rows of teeth (those of inner face very stvonger in male). CXieers smooth . P.ody roast-yellow r with fulvous tu¬ bercles: chelicers and palps very black; lec-s fulvous with black tarsi. Gexhro CALDASIELEA g. x. Comoro ocular com dois tubércu¬ los. Fêmur dos palpos com um espinho apical interno. Areas I a III do escudo dorsal com 2 tubérculos; IV, tergito I e opérculo anal inermes; tergitos II e III com forte espinho mediano. Tarsos I de seis segmentos, os outros de mais. Ocular turret witíi two tubercles. Fêmur of pedi palps with a 11 inner api¬ cal spine. Areas I to III of dorsal shi¬ eld with 2 tubercles; IV, tergite I and anal opercie nnarmed; tergites II and III with strong median spine. Tarsi I with 6 segments, II to IV with more than six. Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII 130 Este genero é muito afim de Calchsius Rwr. do qual apenas se distingue por ter o comoro ocular com dois tubérculos, (em vez de um espinho mediano) e de Ny golepies, que dele se distingué péla falta Ide espinho no femur dos palpos, Tipo; Caldasieüa nlgra sp. n, $ : — 8 mm. Pernas: 13-3 0-21-30 mm. Borda anterior cio cefalotorax com 2 espinhos dorsais medianos. Comoro ocular liso,, com dois tubérculos. Cefa¬ lotorax granuloso, com dois peciuenos tubérculos atraz do comoro ocular. Areas I a III do escudo dorsal com grossas granulações e dois tubérculos medianos. Areas laterais com duas fi¬ las de grânulos; area IV, tergitos e es- temitos livres com uma, os tergitos II e III com robustissima apófise media¬ na. Area estigmatica com poucas gra¬ nulações. Ancas IV muito granulosas; I a III com duas filas de grânulos. Todos os femures direitos; tarsos de 6 - 12-9-9 segmentos. Palpos: trocanter inerme; femur com um espinho apical interno; tibia com 4-4 espinhos; tarso com 5 espinhos internos e 6 externos. Pernas IV: anca granulosa, com peque¬ no espinho apical externo; trocanter mais longo que largo, com tres espi¬ nhos internos; femur com filas longi¬ tudinais de dentes ponteagudos; pate- la e tibia granulosas. A.s outras per¬ nas granulosas. Colorido geral negro uniforme. Hab.: Itatiaia (2100 ms.). Col.: D. Hisoleta da Silva. Tipo: N. 1S205 (1 $ ) . Anterior border of carapace with Avo media n dorsal spines. Ocular tur- ret sinoth, with tw 0 tubercles. Carapa- ce granulated. with two little tubercles Lvhind ocular turret. Areas I to III of dorsal shield vvitli median tubercles. Lateral areas with two rows of granu¬ les; area IV, free tergites and sterni- tes with one, tergites II and III pre- senting a very strong median process. Stigmatie area with íow granules. Co- xae IV densely granulated; I to III with two rows of granules. AU lemu- ra stiaíght; tarsi with 6-12-9-9 se- gments. Pedipalps: trochanter uuar- m ed ; femur with au iuner apical spi- pctcla unavmed; tibia with 4-4 spi¬ nes; tarstis with 5 inner and 6 outer spfnes. Legs IV: coxa granulated with a little apical outer spine; trochanter largcr than wider, with three inner spines; femur with longitudinal rows òf sliarppointed teeth; patella e tibia granulous. Olhei' legs granulated. Body and appendages uniformly black. Gkxkro NVGOGEPTES cl x. Comoro ocular com dois tubércu¬ los. Areas I, II e III com dois tubércu¬ los; area IV, tergito livre I e opérculo anal inermes; tergitos II e III com um tubérculo mediano ( $ ) ou espinho ( 9 ). Femur dos palpos inerme. Tar¬ sos I de seis segmentos, os outros de mais de seis; porção basal do tarsos I do macho dilatada. Ocular turret with two tubercles. Areas I, II and III with two tubercles; area IV, free tergite I and anal oper- cle uuarmed; free tergites II and III with a median tuberele (<í 1 or spine ( 9 ). Pedipalp femura uuarmed. Tarsi I with 6 segments, the other with more than six; the basal portiou of tarsi I Mello-Leitão — Opiliões novos ou críticos 131 O presente genero é muito proximo de Culdasius Rwr apresen¬ tando como ele rica ornamentação dorsal, e distinguindo-se apenas por ter no comoro ocular dois tubérculos (em vez de uma elevação mediana) e o femur dos palpos inerme (com um espinho apical interno em Caldiidus). Tipo; Nygoíepíes ornatus sp. 11 - (Fig. 5 ) ^ ■—■ S mm. Largura (nas ancas IV) — 16.5 mm. Pernas: 16-37-27-40 mm. Borda anterior do cefalotorax iner¬ me e lisa. Comoro ocular alto, com dois tubérculos e dois grânulos atraz dos tu¬ bérculos. Cefalotorax liso. Areas I a III i r r e gu 1 armente granulosas, com granu¬ lações esparsas, pouco numerosas, cada qual com dois tubérculos medianos. Areas laterais com duas filas de grânu¬ los em seus dois terços anteriores e ir- regularmente granulosa no terço pos- .tmior. Area IV e tergitos livres com uma fila de grânulos; os tergitos II e III com um tubérculo coníco mediano. Operculo anal dorsal com seis granu¬ lações em 2 filas. Esternitos com uma fila de grânulos. Operculo anal ventral e area estigmatica lisos. Ancas muito grauuloeas. Palpos: Trocanter com pe¬ quena elevação inferior; femur e pate- la inermes; tibia com 4 espinhos de ca¬ da lado e tarsos com seis. Tarsos com 6-14-5,0-12 segmentos; nos tarsos ante¬ riores o l.° e segundo segmentos, prin¬ cipalmente o basal muito dilatados. Pa¬ tas IV do macho; anca granulosa, com robusta apófise apical externa, quasi transversal e provida de uma pequena granulação posterior basal e de uni tu¬ bérculo subapical; trocanter mais largo que longo, com robusta apófise cônica, basal, dorsal e dois denticulos inter¬ nos; femur sinuoso, com uma apófise ineudiforme basal, uma fila de robus¬ tíssimos espinhos internos (sobretudo os dois do terço medio, quasi tres ve¬ zes maiores que os outros) e outra de espinhos externos, curvos, iguais, na metade apical; patela granulosa; tibia com duas filas de espinhos mais ou me¬ nos esjpat ii lados, Femur es I a III direi¬ tos. • $ — 8 mm. Wide (at coxae IV) — 16,5 mm. Legs: 16-3 7-2 7-4 0 mm. ‘ ''' ‘'V - *í Anterior borcler of carapace unar- med, smooíh. Ocular turret high, with two tubercles and two granules behind tubercles, Carapace smooth. Areas I to III irrsgnlarly granulous, with a few sparse granules, each one with two me¬ dicai tubercles. Lateral areas with two rows of granules at anterior two thirds and irregularly granulous at the poste¬ rior third. Area IV and free tergites with a row of granules; tergites II and III with a conical medi&n tubercle. Dor¬ sal anal opercle with 6 granules in two rows. Sternites with a row of granules, Ventral anal opercle and stigmatic sur- face smooth. Coxae densely granulous. Podipalps: trochanter with. a little lo- wer elevation; femur and patela uhftr- med; tibia with four pairs of lower spi- nes and tarei with six. Tarsi with 6-14- 10-12 segmente; tarsi I with two ba¬ sal segments, noticeably the first müch infiated. Legs. IV in male: coxa granu¬ lous, with apical almost transverse pro- cess, wich presents a little basal pos¬ terior granule and a subapical tuber¬ cle; trochanter wider th.au louger, with a sírong conical basal dorsal tubercle and two little inner teeíh; femur si- nuous, with a basal anvillike process, a row of very stout inner spines (noticea¬ bly two at the median third whicü aro three times longer than tlie other) and anotlier ou ter row of curvecl spines at the apical half; patella granulous; tibia with two rows of spines more or iess separated. Femura I to III strai- ght. Upper surface dark burnt chest- mit, almost black, with two rows of four light yelíow slightly greenish blo- 132 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXI II Dorso castanho queimado escuro, q ii a si negro, com duas filas medianas de quatro manchas amarelo claras, le- v em ente esverdeada.Em cada fila a an¬ terior é oval e ocupa o cefalotorax; duas arredondadas na area I e na area III e a quarta, muito menor, na area II, Nas areas I e III as manchas en¬ volvem os tubérculos e na area II es¬ tão situadas fóra deles. Face inferior amarelo queimada. Palpos e queli ceras oiivaceos, reticulados de negro. I-Inln: Alto da Serra (S. Paulo). Coh: Spitz. Tipo: N. 113SG (um macho). tches:at each rov the anterior hlotch is oval and rcsfs on earapace; the nexf tv.'o are rour.d: on areas I and III and the fourth. much smaller. ou area II At areas I and III the hlotches en- close median tuLc-rdes, and at II are outsídc thein. Ventrai surface hurnt yoliow. Palps and A licers olivaceous, rc tic ulated iu black : Geniíro SOERKNSENIA Mkllo-Leítão, 1925 Soerensenia transfasciata sp. 11. 9 — S mm. Patas: 11-21-16-22 mm. Borda anterior do cefalotorax com dois espinhos medianos e tres de cada lado. Cômoro ocular com duas granu¬ lações adiante dos espinhos. Cefaloto¬ rax. granuloso, com dois pequenos tu¬ bérculos a traz do comoro ocular. Arcas I a III íiTcgularmente granulosas, com dois pequenos tubérculos. Areas late¬ rais com duas filas de grânulos, os marginais couicos, pontudos. Area IV, tergitos e esternitos livres com uma fi¬ la de grânulos; os tergitos com um es¬ pinho mediano. Segmento estigma tico e ancas granulosas. Palpos: trocanter com um espinho inferior; fêmur com uma fila inferior de 4 espinhos na me¬ tade basal e outro apical externo; pa- tcla inerme; tibia com 4 espinhos de cada lado e tarsos com 3 externos e 4 internos. Femures I, II e IV curvos em S; II direitos. Tarsos de 6-,l 0-8-9 se¬ gmentos, Pardo, com as granulações negras e uma larga faixa transversal, amarelo clara, na area IV c nos tergi¬ tos livres. Palpos amarelos com filas longitudinais de pontos negros. Hab,: Itatiaia. Col.: Dr. Padberg. Tipo: N. 11385 (Uma femea). o — 8 mm. Lcg.s: 11-21-1G-22 mm. Anterior bortler.oí earapace with two median «pines and three others at Uio corners. Ocular turrot with two granules before the spines. Carapace granulo us with two little tubercles be- hin-d ocular turret. Areas I to III irre- gulariy granuious, with two little tu- bereles. Lateral areas with two rowa of granules, the marginal Sharp cônica 1. Area TV and free tergües and sterüiteâ with a row of granules; tergues with a median spine. Anal operele lous . SUgmatíc jagmeiit av/. coxae gra- uulous. Pedjpalps: trochanter wiiU a ventrai «pine; fêmur with a ventrai rov, of -í spines, at basal haU, and an iiuier, apical one; patela unarmed; ti¬ bia with four pairs of ventrai spines and tarai with 3 outer and 4 iimer oues. Fernura I, 111 and IV S —- curved; II straighfc. Tarsi with 6-10-5-9 segmenta. Brown. with bluek granules and a transversal iighi y«." ? band on arca IV and íree bergitea. Palp yellow with longitudinal rows of biack points. Mello-Leitão — Opilioes novos ou críticos *33 Gsnero GONYLEPTES Kirby, i8x8 Gonyíapíes brienl (Giltay), iy28 O tipo foi descrito de Itatiaya. O Snr. Olegario de Oliveira coli¬ giu um macho em Guapira (3. Paulo), que está hoje na coleção do. Museu com o numero 11.381 e da Sara, Risoleta da Silva recebemos; outro macho do Itatiaya (Nx 18.201). Gonyíeptes eriôüdoü sp. n. '(Pig, 6) '$ — 11 mm. Largura nas ancas IV — 20 mm. Patas: 21-42-31-50 mm. 9 — 10 mm. Patas: 15-32-24-32 mm. Borda anterior com um ciente me¬ diano o quatro de cada lado, a eleva¬ rão mediana com dois espinhos iguais aos do comovo crular. Cefalotorax den¬ sa mente granuloso, com dois pequenos tubérculos a traz do comoro ocular, Igualmente graunloso e com dois espi¬ nhos. Areas I a III densamente granu¬ losas, com dois tubérculos baixos em I o II e pequenos cones pontudos em III. Areas laterais densamente granulosas, formando mais de tres filas, os grânu¬ los marginais da fémea pontudos. Área IV e tergitoa livres com duas filas de grânulos; os esternítos livres com uma fila. Ancas II com duas filas de dentes e ancas I e II com uma fila media de grânulos. Todos os fe mures direitos. Tarsos de G-l0-7-7 segmentos. Paipos maxilares: trocanter inferiormente gra¬ nuloso; fêmur coni uma fila ventral de granulações e robusto espinho apical Interno; tíbias com 4 espinhos internos (1 e 3!) e cinco externos (1, 3 e 5!); tarsos com 7 espinhos internos (1 e 3!) e S externos. Pernas IV do macho: Anca pouco granulosa, com robusta apófise apical externa quasi transver¬ sal, ponteaguda, com pequeno ramo posterior; trocanter mais largo que lon¬ go, com pequeno espinho apical exter¬ no e outro menor interno; femur di¬ reito, com filas dorsais de tubérculos pontudos e tres fortes espinhos no ter¬ ço apical, cios quais o segundo duas ve¬ zes maior; face externa com 7 espinhos á — 11 mm. Wkleness at coxae IV — 20 mm, Legs: 21-42-31-50 mm. o — 10 mm. Legs: 15-32-24-32 mm. q Anterior border wíth a mediam toofli and foitr teeth at corners; me¬ dia n elovation with two spines as long¬ as those of the ocular turret. Carapace dem-dy granulous, with two little tu¬ bercles behind ocular turret, also gra¬ nulous and with two spines. Areas I to III densoly and irregularly granu¬ lous, with two low tubercles on I and II and two sharp cones on III. Lateral areas densely granulous, the granules, torming more than 3 rows and tho marginal ones (in 9) sharppoínted. Area IV and free tergites with two rows of granules; free sternites with one. Coxae III with two files of teeth and coxae I and II with a median row of granules. All femura straight. Tar- si with 6-10-7-7 segments. Pedipalps: trochanter ventrally granulous; femur with a ventral row of granules and a strong inner apical spine; tíbia with 4 (.1 and 3!) inner and 5 (1, 3 and 5!) outer spines; tarsi with 7 (1 and 3!) inner and 8 outer spines. Legs IV í in $ ) : Coxae little granulous, with a large outer api c al, almost transverse process, with a minute hinder branch; trochanter wider than iong, with a little inner apical and a larger outer apical spine; femur straight, with dorsal rows of conieal tubercles and three strong spines (the median twice the largest) at the apical third; outer fa¬ ce with 7 spines at apical third; pntela 134 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII no terço apical; patela com 2 espinho:-* inferiores externos e um interno; tibia com duas filas apicais inferiores de deutieuios. Pernas IV da femea: anca com pequeno espinho apical externo e outro interno; trocanter com pequeno dente apical interno, fftmur com filas de tubérculos e pequenos espinhos cor¬ respondendo aos do macho; patela e tí¬ bia inermes, quasi lisas. Bruneo negro, uniforme. TTa,b.: Pinheiro (Estado do Rio). Tipo: N, 113.7;) (1 £ e 1 g). with two outer and 1 inner v entrai spine; tíbia with two apical ventral rows oí‘ denti c les. Legs IV (in $): coxa with little outer and inner apical spines; trochanter with a minute inner apical tooth; femur with files of tu- bercles and little spines corresponding to those in $; patela and tíbia miar- med, almost smooth. Blackísh brown, uniformly co- loured. Gf.nkro ACROGONYGEPTOIDBS g. n. Comoro ocular com altíssimo espi¬ nho mediano. Areas I e II com dois tubérculos; Hl com alta elevação media¬ na bífida; IV e tergito livre I inermes; II “e Hl com um espinho mediano. Fe¬ mur dos palpos muito delgado (ex- cepção na subfamilia), inerme. Tarsos I de 5 segmentos, os outros de mais de seis. Ocular turret with very high me- dian spine. Areas I and II with two tu- bercles; III with a high bifid median elevation; IV and free tergite I unar- med; tergites II and III with a median spine. Palp: femura very thiii (ex- ceptionally so in the sub-family), unar- mecl. Tarsi I with 5 segments; II to IV with more than six. Este genero é muito proximo de Âcrogonyleptes, Rwr, 191 á do qual apenas se distingue pela armação do comoro ocular (um alto' espinho madiano em vez de dois) e segmentação dos tarsos I (cinco segmentos ern vez de seis). Tipo; Ãerogonyíeploídes 'exochus sp. n. (Fig. 7) '$ ■— 7 mm. Pernas: 9-21-15-21 mm. Borda anterior com dois altos es¬ pinhos medianos geminados e dois de cada lado, junto aos ângulos. Comoro ocular granuloso, com altíssimo espi¬ nho mediano. Cefalotorax e escudo dor¬ sal mui densamente granulosos; areas I e II com dois tubérculos, os da area II maiores que os da area I; area III com uma alta elevação mediana, bífida, com dois espinhos apicais rombos. Areas laterais muito granulosas, com um espinho marginal rombo ao nivel da area III. Area IV e tergito livre I com duas filas de pequenas granulações e '$ — 7 mm. Legs; 9-21-15-21 mm. Anterior border of earapace with two high twin spines and two other at corners. Ocular turret with a median very high spine, Carapace and dorsal shield very densely granulated; areas I and II with 2 tubércles, those of II mo¬ re conspicuous; area III with a high median bifid process, with two apical blunt spines. Lateral areas very granu- lous, with a marginal blunt spine at Lhe levei of area III. Area IV and free tergite I with two rows of minute and another of much larger granules; free uUis-a lí anel Iií irregularly gr anu- Mello-Leitão — OpiliÕes novos ou críticos 135 outra de grânulos bem maiores; tergi- tos II e III irregularmente granulosos e com um espinho mediano. Operculo anal granuloso. Esternitos com uma fi¬ la cie grânulos. Segmento estigmatieo e ancas muito granulosos.Femures I e II direitos; III e IV curvos em S. Tarsos de 5-9-S-9 segmentos. Palpos maxila¬ res; trocanter com pequeno espinho ventral; femur delgado, apenas com um pequenino espinho basal ventral; ti- bia muito mais espessa que o femur, com 3 espinhos de cada lado e tarso com dois. Pernas IV (no macho) : anca granulosa com pequena apófise apical interna e robusta apófise apical exter¬ na, obliqua para traz, bifida, com um ramo pontudo e outro arredondado; trocanter mais largo que longo, com um tubérculo basal e um espinho api¬ cal interno; femur sinuoso, com robus¬ ta apófise dorsal no terço basal, ineu- di forme; patela e tíbia granulosas. Corpo castanho queimado, lavado de negro na area II e na apófise das ancas IV. Palpos olivaceos. Hab.: Rio Negro (Paraná). Ded.: Fr. Borgmeyer. Tipo; N, 113 91. lous and with a median spine. Anal operei 6 granuloiis. Sternites with a row of granules. Stigmatid surface and coxae very granulous. Femura I and II straight; III and IV S — cur- ved. Tarsx with 5-9-S-9 segments. Pedi- palps; trochanter with a little ventral spine; femur thin with only a minute basal ventral spine; tíbia mucli stouter than femur, with 3 pairs o£ ventral spi- nes and tarai with 2 pairs, Legs IV (in $) : coxa granulous with a short api¬ cal inner and a big apical outer pro- c ess, the last inclined outwards and backwards, bifid (with a sharp and a blunt brandi); trochanter wider than longer, with a basal tubercle and an apical inner spine; femur sinuous, with strong upper basal anvil like process; patela and tibia granulous. Body burnt chestnut, washecl in blac-k at area III and process of coxae TV also olive-brown. (tKnkro COSTAUMAIKLLA g. x. Comoro ocular com dois espinhos. Areas I e II do escudo dorsal com 2 tu¬ bérculos; area III com 2 espinhos e IV inerme. Tergitos livres com alto espi¬ nho mediano. Opérculo anal inerme. Femur dos palpos com um espinho api¬ cal interno. Tarsos 1 de 6 segmentos: os outros de mais de seis. Escudo abdo¬ minal hexagonal, com um espinho late¬ ral. Ocular turret with two spines. Area I and II of dorsal shield with two tubercles; III with two spines and IV unarmed. Free tergites with high median spine. Anal opercle unarmed. Femur of palps with an apical inner spine, Tarsi I with 6 segments; the other with more than six. Dorsal shi- ekl hexagonal, with a lateral spine. Este getiero, que dedico a meu amigo, o ilustre entomólogq brasileiro Costa Lima, é muito afim a Metagonyleptes Rwr., de que se distingue por ter um espinho apical interno 110 femur dos palposy e a Leptogonys Mello-Leitão, de que se distingue pela segméntação dos tarsos I (seis segmentos em vez de cinco). De todos os outros generos de Gonyleptinas facilmente se distingue pela forma do escudo abdominal. Tipo; - . - — - 136 Archívos do Museu Nacional — Vol, XXXIII Costalínialellíi conspícna sp. ’ n . «I-:.;. :3) 9 — 10 mm. Pernas: 15-3 2-25- 35 mm. Borda anterior do cefalotorax com dois altíssimos espinhos dorsais media¬ nos e tres dentes anteriores de cada lado. Comoro ocular com dois espinhos muito reparados. Cefalotorax chagriné. Areas I a III do escudo dorsal com pou¬ cas granulações; I e II com dois tubér¬ culos medianos e III com 2 espinhos. Áreas laterais com duas filas de gr⬠nulos, a fila marginal atingindo adian¬ te a abertura da glandula do cefaloto¬ rax, e com um espinho no angulo la¬ teral do hexágono do escudo. Tergítos e esternitos livres com uma íila de gr⬠nulos, os tergitos com um cone media¬ no, robusto, especialmente o ultimo. Pernas granulosas, de íemures direitos e tarsos com 6-11-7-8 segmentos. An¬ cas IV e segmento estigmatico com al¬ guns grânulos; ancas III com 3 filas, II e I com uma. Palpos: trocanter com um tubérculo inferior; femur granulo¬ so; com fraco espinho apical interno; patela inerme; tíbia com 4 espinhos in¬ ternos e 5 externos e tarsos com S de cada lado. Pernas IV: anca granulosa, com um espinho apical de cada lado; trocanter com 3 espinhos internos; fe¬ mur com filas longitudinais de granu¬ lações pontudas, sendo os 4 basais dor¬ sais e os do terço medio da face inter¬ na bem maiores. Corpo amarelo queimado, lavado de fusco; a porção posterior do escudo dorsal enegrecida; as apófises dos ter¬ gitos muito negras; pernas, palpos e queliceras levemente fuscas. Hab.: Itatiaia (2100 ms.). Gol.: D. Risoleta da Silva. Tipo: R 1S210 (Uma 9 ). Anterior border of carapaee with two very high median dorsal spines and fcbree anterior teeth at o very cornei- . Ocular turrei v.hh two wide a par te d spines. Carapaee chagreened. Areas I to III of dorsal shield wítli few granules; I and lí with two m-edían tiihe reles ; and v.iih two spines. Lateral areas vim two rmva of granules, the marginal o.n* attalnigu befor© the glands of cara- pae *. 01 d ppesenting a spine at lateral corner nt the shield hexagon. Pree ter- gites and sternítes with a row of gra¬ nules; tergites with a strong median conus, espeeially tergite III. Legs gra- milated with straight femura and tarsi with 6-11-7-8 segmenta. Coxae IV and * stigmatic area with some granules; ^ coxae III with 3 rows; II and I wir.h ■ one. Palps: trochauter with an under tuberale; femur granulous with a fee- bl-e apical spine: patela unaraeâ; tí¬ bia with 4 inner and 5 ou ter spines; tarsi v. Uh G ar. every border. Legs IV: coxa granulous, with an apical spine at. every side; trochanter with 3 inner spi¬ nes; femur with longitudinal rows of sharppomted granules: the dorsal ba¬ sal four and the median inner four the strongest. Body roast-yellow, waslied in piceous; hinder portion of dorsal shield blackish; process of tergites very bla c k; legs, palps and chelicers slightly iufus- cate. . * Grnero SADOCUS Sokrknsbk, 1902 Sadoctis aquifugus sp, n. (Fig. S) $ — 8 mm. Pernas: 13-2 6-20-25 mm. O — 7,5 a 9 mm. Pernas: 11-19- •14-18 mm. Borda anterior do cefalotorax lisa e inerme. Comoro ocular liso, com dois S — S mm. Legs: 13-26-20-25- mm. 9 — 7,5 to 9 mm. Legs: 11-19- 14-18 mm. Antorior border of carapaee emoo- th, unarmed. Ocular turret smooth. Mellg-LeitÃo — Opilioes novos ou CRÍTICOS 137 altíssimos espinhos. Cefalotorax com algumas granulações esparsas. Áreas muito granulosas; I com dois pequeni¬ nos tubérculos; II com uma fila trans¬ versal cie grandes granulações, iguais cm tamanho aos tubérculos médios; area III com dois espinhos ou tubér¬ culos conicos altos. Áreas laterais com duas filas de grânulos g algumas gra¬ nulações esparsas no terço posterior . Arcas IV e torgitos livres com uma fi¬ la cie granulações e dois tubérculos (£ ) ou espinhos £•$>), Opérculo anal granuloso. Esternitos com uma fila de granulações. Ancas muito granulosas. Tarsos de 6-9-7-7 segmentos. Palpos: trocauter com um espinho inferior; fê¬ mur convexo com um espinho basal vontral, tres ventrais medianos e um apical interno; tíbia com tres espinhos de cada lado e tarsos com 3 internos e quatro externos. Pernas IV (do ma¬ cho) : anca granulosa com uma apófi¬ se apical externa curva em S; trocan- ter liais longo que largo, com grande apófise cônica dorsal basal, outra me¬ nor apical e uma terceira enorme, cur¬ va cm foice, apical interna; fenmr cur¬ vo um S, com filas de tubérculogvn r- dea dentes veutrnm e um espinho apical dorsal; patela com dois espinhos infe¬ riores apicais; tihia com dois espinhos interiores apicais; tíbia com tres espi¬ nhos internos e um externo. Pernas IV da femea: anca com dois curtos espi¬ nhos apicais; trocauter granuloso, com pequeno espinho apical inferior; femur com filas de pequenos espinobs equi¬ distantes; patela granulosa; tihia com espinhos muito pequeninos. Femures I e II direitos; III e IV curvos em S; fe¬ mures III com um espinho apical. Co¬ lorido gerai negro uniforme. Haln: Santa Catarina. Col. : Dalibur Hansel (depois dc uma enxurrada. Tipo: N. 113 9 0 (3 6 $ e 2 jovens) . with two very high spines. Carapace sc arcei y granulated. Dorsal arcas very granulous; 1 with two minute tuber¬ cles; II wit.h a transversal row of gra¬ nules as large as median tubercles; III with two spines ( $) or high conical tubercles ( 0 f )■ Lateral areas with two row 3 of granules and sparsely granula- ted at the posterior third. Area IV and free tergites with a row of grânu¬ los and two median tubercles ($) or spines (o). Anal opercle granulate. Sternites with a row of granules: Co¬ xa ô very granulous. Tarsi with 6-9-7- 7 seginents. Pedipalps: trochanter with a ventral spine; femur eonvex with a basal and three median ventral spines and an inner apical one; tibia with 3 ventral pairs and tarsi with 3 inner and 4 ouier spines. Legs IV (iu £} coxa granulous, with an outer apical S — curve d process; trochanter longer than wider, with a hig conicel basal and a sliorter apical process and with a very large, sickle-shaped inner api¬ cal process; femur S — curved, with rovs of tubercles, siout ventral teeth and a dorsal apical spine; patella with two ventral apical spines; tibia with three inner and one outer spines. Legs IV í Lu $ ): coxa witli two short apical spines; trochanter granulous, with a short ventral apical spine; femur with rows of short equulistaut spines; pate¬ la gruauiüus; tibia with minute spines. Femura I and II straight; III and IV S — curvei; femura III with an apical spine. üniformely blaclv. Gkxjiuo CRYPTO.uELOLEPTES g. n Comoro ocular com dois eepinhos. Area; I a III com dois tubérculos bai¬ xos e aivr 1 •' • • m •; espinhos media¬ nos. Tergilo livro I com dois espinhos Ocular turret with two spines. Areas I to III with two median íow tubercles and area IV with three me¬ tí ian spines. Free tergites I with three Archivos do Museu Nacional — Vol, XXXIII 138 medianos e tergitos II e III com tres. Opérculo anal inerme. Escudo dorsal duas vezes mais largo que 0 cefaloto¬ rax, regularmente arredondado, ocul¬ tando inteiramente as ancas IV. Fê¬ mur dos palpos inerme. Tarsos I de 6 segmentos, os outros de mais. Unhas lisas. Ancas IV muito mais robustas que III. median spines. Anal operole uanrmed. Dorsal shield twiee wider than carapa- ce, evenly round-nl. completely hiding coxae IV. Pedipalps femur unarmed- Tarsi I with 5 segments, II to IV with more than six, Claws smooth; coxae IV far stouter than III. Este genero se distingue de todas as outras Gonyleptinas por ter o escudo dorsal ocultando completamente as ancas IV como nas Cra~ minas, das quais, entretanto, nitidamente se separa por ter o escudo dorsal muito mais largo que o cefalotorax, dando o mesmo aspeto que nas Gonyleptinas, de que tem igualmente as ancas, e pela ausência de espinhos ou apófises 11 a face externa dos palpos. Talvez pudése este genero ser considerado 0 tipo de uma nova subfamüía — Cryptomelole- PtinaSv A especie tipo deste interessante genero é: Cryptomeloleptes spinosus sp. 11 . (f%, 9 ) $ — 0 mm. Pernas: 9.5-1S-13-17 mm. Largura do cefalotorax 2,5; do es¬ cudo dorsal (ao uivei da area III) —- 5,5 mm. Borda anterior do cefalotorax com dois espinhos medianos e um lateral dorsais e um lateral anterior. Comoro ocular granuloso,, com dois altos espi¬ nhos. Cefalotorax com algumas peque¬ nas granulações esparsas e dois peque¬ ninos tubérculos atraz do comoro ocu¬ lar. Áreas I a III esparsamente granu¬ losas, de granulações mais numerosas em III, e com dois tubérculos. Areas la¬ terais com tres filas de grânulos, as marginais muito maiores. Area IV, ter¬ gitos e esternitos livres com uma fila de grânulos; area IV e tergitos livres II e III com tres espinhos medianos; tergito livre I com dois espinhos maio¬ res. Segmento estigmatico e ancas mui¬ to densamente granulosos. Femures to¬ dos curvos em S. Tarsos de 6-11-7-7 se¬ gmentos. Palpos: trocanter com peque¬ no espinho inferior; femur e patela inermes e lisos; tibia com 2 espinhos externos e tres internos fracos; tarso com sete cerdas espiniformes externas e dois espinhos internos, 9 ----- 6 mm. Legs: 9,5-18-13-,17 mm. VVidth: oí c ai ’aP a ce — 2,5 mm,; dorsal shield (at area III) — 5,5 mm. : • • Ai Anterior border of carapace with tvo median, a lateral dorsal and a late¬ ral anterior spine. Ocular turret granu- lous, with tvo tall spines. Carapace with some sparse granules and tvo mi¬ nute tuhercles beliind ocular turret. Areas I to III, sparsely granulated, with tvo tu herdes, the granules more abunda ui on lU. Lateral areas with three rovs ot granules, the marginal ones lar the largest, Area IV. free ter- giíes and sternites with a row of gra¬ nules; area IV and free tergites II and III with three spines; free tergice I with tvo longer spines. Stigmatic area and coxae very densely granulated. A11 femura S — curved. Tarsí with 6 - 11-7-7 segments. Pedipalps: trochau- ter with a minute ventral spiue; femur and patella smooth, unarmed; tihia with two outer and three inner feehle spi¬ nes; tarsi with seven outer spinelike hristlts and tvo inner spines, MeLLOLeITÃO — OpILIÕES NOVOS OU CRÍTICOS I3Q Cefalotorax quasi negro; escudo dorsal pardo-olivaceo; trocanteres I a III amarelos; trocanteres IV e todas as patas fuscos; queliceras e palpos fulvo- claros, sem manchas. Ventre fusco, de colorido uniforme. Hab.: Rio (Jacarépáguá). Col.: Herbert Berla, Tipo; N. 11392. Carapace blaekish; dorsal shield olive-brown; troclianters I to III yel- low; trochanters IV and all legs fus- cous; chelae and palps Iight fulvous, uniformely c oloured. Ventral face fus- cous, uniform. Subfamilía CAELOPYGINAE Soer. Genero EXOCHOBUNUS g. n. Comoro ocular com dois tubércu¬ los. Arcas I e II com dois tubérculos; III com dois altos espinhos; tergitos li¬ vres inermes. Placa anal dorsal com um espinho conico. Palpos do compri¬ mento do corpo, com o femur inerme. Todos os tarsos de mais de seis segmen¬ tos; porção terminal dos tarsos II de tf es. Ocular turret with two tubercles. Areas I and II with two tubercles; III with two tall spines; IV and free ter- gite unarmed. Dorsal anal opercle with a conical spine. Pedipalps as large as body, with unarmed femur. All tarsi with more than six segments; apical portion of tarsi II with three. O genero Exochobunas distongue-se, imediatamente de todosj os outros generos de Coetepiginas péla presença de um espinho na placa anal dorsal, aproximado-se mais de Coelopygutus, Rwr do qual se distingue, além da armadura do opérculo anal, por ter tubérculos em vez de espinhos no comoro ocular. Tipo: Exochobunus pulcherrimus sp. n. (Fig. io) $ — 7 mm. Pernas; 25-43-29-3 9 mm. Borda anterior do cefalotorax lisa e com dois pequenos espinhos dorsais medianos. Comoro ocular com dois pe¬ quenos tubérculos muito afastados. Ce- falotorax liso, com tres pequenos tu¬ bérculos de cada lado e dois maiores, a traz do comoro ocular. Area I com dois tubérculos e um granulo de cada lado, fóra dos tubérculos, II com dois tubérculos e dois grânulos de cada la¬ do; III com dois altos espinhos rom¬ bos, granulosos e com duas filas de grossas granulações que formam uma figura orbicular. Areas laterais com uma fila de 10 granulações, das quais Ç — 7 mm. Legs; 15-43-29-39 mm. Anterior border of carapace smooth, with two minute median dorsal spi¬ nes. Ocular turret with two little, far separated tubercles. Carapace smooth, with three minute tubercles at every si- de, and two larger ones behind the ocu¬ lar turret. Area I with two tubercles and a granule outside them; II with two tuber c les and two outer granules; III with two tall, granulous, blunt spi¬ nes and with two rows of large granu¬ les whicli make an orbicular figure. Lateral areas with a row of 10 granu¬ les, the first three of whicli near the lateral three minute tubercles. of cara- 140 Archivos do Museu Nacional — Vol. XXXIII tres perto cios tres tubérculos laterais do cefalotorax. Area IV e tergitos li¬ vres lisos. Opérculo anal dorsal liso, com um espinho conico mediano rom¬ bo. Esternitos livres com uma fila de grânulos muito pequenos. Ancas. IV com grossas granulações esparsas; III a I irregularmente granulosas; III com duas filas de dentes e IV inteiramente inermes. Palpos: trocanter com peque¬ no granulo set ifero inferior; fêmur del¬ gado. com uma fila inferior de granu¬ lações setiferas; tibia com tres espi¬ nhos externos (1 e 2!) e quatro inter¬ nos (1 e 3!); tarso com dois espinhos e uma fila de cerdas de cada lado. Per¬ nas delgadas, de f ©mures direitos. Unhas denteadas. Cefalotorax pardo claro na meta¬ de anterior e amarelo sulfureo, na pos¬ terior, com larga faixa negra mediana atraz do compro ocular. Areas I e II amarelas, com larguíssima faixa negra mediana. Area IV e tergitos livres ne¬ gros; opérculo anal dorsal com duas manchas quasi circulares esbranquiça¬ das. As partes negras e pardo-queima¬ das apresentam uma poeira branca. Todas as granulações, tubérculos e es¬ pinhos negros, excepto os pequenos es¬ pinhos da borda anterior. Esternitos li¬ vres, ancas I a III e opérculo genital castanho-claros; ancas IV e area es- tigmatica amarelo sulfureas. Pernas castanho-claras. Palpos e queliceras olívaceos. Na area III, entro as zonas negra e amarela, duas manchas esbran¬ quiçadas. Hab.: Alto da Serra. Col.: Spitz. Ded.: Fr. Tliomaz Borgmeyer. Tipo: N. 11396. paee. Area IV and free tergites smooth . Aanl dorsal opercle smooth, with a me- dian blimt conical spine. Free sternit.es with a rov of very minute granules . Coxae IV witli hig sparsely placed, gra¬ nules; III to I unevenly granulous; III With tvo rows of teeth; IV unarmed. Pedipalps; troehauter with a minute setiferous ventral granule; fêmur thin, with a ventral row of setiferous gra¬ nules; tibia with tlvree (1 and 2!) ou- ter and four (1 and 3!) inner spines; tarei with two pair3 of spines und se- veral paira of bristies at the ventral face. Legs thin, with straight femura and toothed claws. Carapace light brown at the ante¬ rior and sulfur yellow at the posterior half, with a wide median black band behind ocular turret. Lateral areas sul- fur yellow; areas I and II yellow, with a very wide median hlack band. Arca IV and free tergites bla c k; dorsal anal opercle black with two rounded whi- tish spots. The burnt brown and black portions are powdered in white. ATI granules, tubercles and spines are black, excepting the minute spines of anterior border. Free sternites coxae I to III and genital opercle light chest- nut; coxae IV and stigmatic area sul* fur-yellow. Legs light chestnut. Pedi¬ palps and clielae olive-browm. On area III, between black and yellow zones, two whitish spots. SubFamilia MITOBATINAE Sim, Genero BATOMITES g, k. Comoro ocular com dois espinohs. Areas I e II e tergitos livres inermes; areas III e IV com dois espinhos. Fê¬ mur dos palpos com um espinho api¬ cal interno. Tarsos I de seis segmentos; os outros de mais. Ocular turret wií two spines, Areas I and II and free tergites unarmed; areas III and IV with two spines. Pe- dipalp femura with an inner apical spi- ne. Tarsi I with 6 segments; II to IV with more than six. Mello-LeítÃo — Opiliões novos ou críticos 141 O genero Batomites é intermediário entre os generos Promiío > bales Rwr. e Promltobatoides MeL-Leit., dos quais apresenta a arma-f dura dorsal; distingue-se do primeiro por ter os tarsos 1 de seis segmen¬ tas c do outro por ter um espinho apical interno no femur dos° tarsos. Duas especies: . i A — Borda anterior de cefalotorax com uma tila de grânulos 1 dorsais e sem grânulos anteriores; area I sem fila posterior de grânulos; ; II e ÍIÍ com uma fila, além das da area mediana; tarso-s dos pálpos com 4 espinhos de cada lado; colorido geral negro. B. difficifis sp. n.. AÁ — Borda anterior do cefalotorax sem fila de granulo*;' dorsais mas com uma fila de denticulos anteriores; area I com uma fila posterior de grânulos; li com duas e ÍÍI sem fila, além da area, me¬ diana; tarso dos palpos com 3 espinhos de cada lado; colorido geral pardo olivaceo — B. splizi sp. n. Batomites dífficiíis sp. n. (Fig, 11) $ — 7 mm. Pernas: 20-3 3-20-33 mm. Fornires: G-S,5-G-9 mm. $ — 5 mm. Pernas: 17-40-3 0 - 6 S m Tii . Femures: 5-11-9-2 2 mm. Borda anterior tio cefalotorax com uma fila de granulações dorsais. Como- ro ocular com dois altos espinhos di¬ vergentes. Cefalotorax liso, com algu¬ mas granulações, a traz do cornoro ocu¬ lar. Area I inerme com algumas granu¬ lações medianas, formando uma area trapezoide; area II inerme, com granula¬ ções mais numerosas,em uma area que continua a da area I e uma fila trans¬ versa junto ao seu sulco posterior; area III com dois altos espinhos, dois grânulos adiante deles e uma fila de grânulos junto de seu sulco posterior. Areas laterais com uma fila de gr⬠nulos e tres pequenos tubérculos coni- cos marginais ao nivel da area III. Area IV com dois espinhos , (quasi obsole¬ tos no macho, na femea pouco meno¬ res que os de III e com uma fila de grânulos. Tergitos e estcrnitos livres com uma fila de grânulos. Ancas I a IV granulosas. Palpos: trocanter com um espinho apical ventral; femur com um espinho basal ventral e um apical in- £ — 7 mm. Legs: 20-3 3-20-33 mm. Fe mura: G-S,5-6-9 mm. $ — 5 mm. Legs: 17-40-30-GS mm. Femura: 5-11-9-22 mm. Anterior border of carapace with a row of dorsal granules. Ocular tur- ret with two tall divergent spines. Ca¬ rapace smooth, witli some granules be- hind ocular turret. Area I unarmed, with some median granules, forming a trapezoid figure; area II unarmed, with more numerous granules, on a space following the trapeze of area I and with a transverse row near its back gr 00 ve; area III with two tall spines, two granules before them and a row near its posterior groove. Late¬ ral areas with a row of granules and three minute conic marginal tuber- cles near area II i. Area IV with two median spines (almost obsolete in $ , and a little less strong than those of area III in 2 ) and with a row of gra¬ nules. Free tergites and sternites with a row of granules. Coxae I to IV gra- nulous. Pedipalps: trochanter with a ventral apical spine; femur with a ba¬ sal ventral and an inner apical spine; tihia and t ar sus with four palrs of ven- 142 Archivos do Museu Nacional — Vol. XX?'III terno; tibia com 4 espinhos de cada la¬ do e tarso com quatro. Tarsos com 6- 14-7-7 segmentos. Pernas IV da femea Areas com um espinho apical externo; trocanter granuloso, com pequeno espi¬ nho apical interno; femur granuloso. No macho: anca com uma apófise api¬ cal externa, recurva, inclinada para traz, alcançando o apice do trochanter; este com dois espinhos dorsais. Coi-po negro. Porção mediana do comoro ocular, granulações do cefalo- torax, e do escudo dorsal, espinhos do comoro ocular e da area IV amarelo sulfureos; espinhos da area III ne¬ gros. Palpos olivaceos, reticulados de negro. Face ventral densamente man¬ chada de castanho queimado. Hab.: Santa Catarina. CoL: Dalibur Hansel. Tipo: N. 11395 (Um $, 8 $ e 1 pullus). $ — G mm. Pernas: 15-3 6-25-39 mm. Borda anterior do cefalotorax com uma fila anterior de granulações côni¬ cas pontudas. Comoro ocular granulo¬ so, com 2 espinhos. Cefalotorax com uma area granlosa atraz do comoro ocular. Area I do escudo dorsal com uma faixa mediana longitudinal gra¬ nulosa e uma fila junto ao sulco II; area II granulosa nos tres quintos mé¬ dios e com duas filas junto ao sulco UI; area III com dois altos espinhos divergentes e um espaço granuloso en¬ tre eles; area IV com dois espinhos, uma fila posterior de granulações e mais alguns grânulos esparos entre os espinhos. Areas laterais, tergitos e es- ternifos livres com uma fila de grânu¬ los. Ancas e segmento estigmatico granulosos. Palpos: trocanter com ro¬ busto espinho inferior; femur com um espinho basal e um mediano inferiores e com um apical interno; patela iner¬ me; tibia com 4 espinhos de cada lado e tarsos com tres. Tarsos de 6-14-8-9 segmentos. Pardo olivaceo. Comoro ocular amarelo claro no meio e com espinhos trai spines. Tarsi with 6-10-7-7 se- gments. Legs IV