ARCHIVOS DO ^ V' MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO Nunquam alíud natura, aliud sapientia dicti. A. j. 14, 321 In silvis academi quesrere rerum, Quaaiquam Socraticis tnadel sermon&us, H. -^OX.XJJVTB RIO DE JANEIRO IMPRENSA NACIONAL • 9 2 5 ARCHIVOS MUSEU NACIONAL RIO DE JANEIRO A RC Hl VOS DO MUSEU NACIONAL COMMISSÂO DE REDACÇÀO Professor©© s ÂWlüt MEIVA MIRÁNDA«RIBEIRO ROQUETTE*PINTO VOLUME XXV SUMMARIO Pags. NOTAS ANTHROPOMETRICAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS — Roquette- PlNTO E A. CtílLDE.. 11 CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE (CYATHEACEAS) — A. J. de Sampaio. ,.. 35 NOVOS SUBSÍDIOS PARA O CONHECIMENTO DA FAMÍLIA PHORIDAE (DIPT) — Thomaz Borgmeir.. 85 INSGRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGYPCIOS, NS. 525, 525 E 532 —A. Childe .. . .. 287 ESTELA N 2.419 — A. Childe...... 329 A correspondência relativa aos deve ser dirigida ao director do Museu " ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL" - Quinta da Boa Vista — Rio de Janeiro. ERRATA A’ pag. 37, linha 36, onde se lê: quatro , leia-se: cinco. A’ pag. 68, onde se lê: Grupo armata (maxon). leia-se: Grupo Armata (Maxon). CONTRIBUIÇÃO ÁO ESTUDO ANTHROPOMETRICO DOS ÍNDIOS urupás PELOS Professores: E. Roquette-Pinto e A. Childe A tribu dos Urupás , como outras do médio valle do Gy-Paraná (rama-ramas, jarús), é hoje considerada grupamento ethnicp extincto. Á referida tribu foi já encontrada pela commíssfio de Linhas Telegraphicas de Matto Grosso ao Amazonas bastante dizimada e em contacto com os seringueiros. Habitava o valle . Jèrú pü Tramok, tendo vantes sua moradia no rio Urupá. Os craneos em questão foram encontrados na lapa da mon¬ tanha Arai, ha cabeceira do rio Cantario, segundo a infor- ~mação, que os acompanhava, constante do Catalogo da Secção. NOTAS ÂNTHROPOMETRICAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS POR ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE Os dentes faltam, a arcada alveolar tem sete dentes de cada lado: 21 + lC + 2m + 2M. Apophyses mastoideas pequenas, impressão digastrica profunda. Inion muito saliente. Mulher de 50 annos presumiveis. Peso (grammas).. 511,150 Capacidade.. l,358 cc ,10 Diâmetro antero-posterior.. 167 Diâmetro transverso. 137 Diâmetro basilo-bregmatico. 123,5 Diâmetro frontal minimo. 98,5 Diâmetro frontal máximo.. ... 100 Diâmetro bi-mastoideu. 123,5 Diâmetro bi-zygomatico. 139,5 Diâmetro naso-basilar. 98 Diâmetro alveolo-basilar. 92,5 Diâmetro naso-alveolar.68,5 Altura do nariz. 49 Largura. 25,5 Largura da orbita. 39 Altura. 35 Largura alveolar. 64 Altura alveolar. 47 Largura do buraco occipital. 30,5 Diâmetro antero-posterior. 33,0 Curva sagittal. 329 Curva bi-auricular. 313 Curva horizontal. 480 índice cephalico. 82,0 índice nasal.■. 52,0 índice de prognathismo. 72,0 Nota — As mensurações foram effeetuadas de conformidade com a "En tente internationale pour Punification des mesures craniométriques et céphalomó triques’ ' — (L'Anthropologie. T. XVII, 1906. P. 559 et Suiv.) 12 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Recorrendo-se ao methodo de Rertillon para a determinação da altura, em funcção do cumprimento do pé (O m ,20), encontra-se como producto deste numero pelo “coefficiente de reconstrucção” respectivo (7,170), uma altura de l m ,43, que não deve estar muito longe da realidade. A tribu vive hoje nas margens do alto Gi-Paraná, nas visinhanças do ponto onde este rio é cortado pela linha telegraphica' delineada e traçada pelo general ítondon. N. 16.296 Peso (processo de Manouvrier). Capacidade (processo de Broca). Diâmetro antero-posterior. Diâmetro transverso.... Diâmetro basiio-bregmatico.. Diâmetro frontal minimo. Diâmetro frontal máximo.’. Diâmetro bi-mastoideu . Diâmetro bi-z.ygomatico. Diâmetro naso-basilar. Diâmetro naso-alveolar. Diâmetro alveolo-basilar.. Altura do nariz. Largura do nariz... Largura da orbita ... Altura da orbita ... Largura alveolar. Altura alveolar.!. Largura do buraco occipital (muito irregular) Diâmetro antero-posterior do buraco occipital Curva sagittal (F. 114-P.219-OÍ u) 248-In. 302) Curva bi-auricular. Curva horizontal. índice eephalico.... índice nasal. índice de prognathismo (Processo Rivet)..... índice facial. Largura inter-orbitar. índice maxillo-alveplar. 1 Altura orbito -alveolar. 1.236 1.421 cc (chumbo, 1.265) 179 mm (ind. iniaco 171) 139 128 87.5 113 125 132 92 80.5 94 53 24.5 38 35 63- .■ 54 35 40 353 296 507 77 ,65 46,22 63° 60,98 22 inm 116 ,666 53“ m Umas pennas estavam grudadas sobre a calota craneana. (1) Existia, neste craneo um osso epactal— (ou incasieo).— F indica a curva do frontal. P a distancia do ponto de partida da medição até ao fim da sutura interparietal. I a distancia do mesmo ponto de partida até ao inion. ler Crâne Urupá, estudado pelo professor Roqiíette-Piiito. Pag. 12 — 1 — ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE — NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 13 Um maxillar inferior acompanha o craneo, com o qual não corresponde nem pelo aspecto, nem pela cor, nem pelas dimensões, que são as seguintes : Largura bi-condyliana... ... 110 mm Largura bi-goniaca.'. 93 mm Altura do ramo montante....,. 59 mm Largura (mínima).... 32 mm Altura symphysiana.. 31 rani Altura do corpo mandibular... 34,5 mm Angulo mandibular....... 52° Angulo symphysiano.. ...... 71° O diâmetro antero-posterior da abobada palatina é de 40 mm , tomado da linha posterior de implantação dos. incisivos até os ângulos posteriores da arcada. À distancia correspondente da mandíbula não é senão 83 mm e a ar¬ cada alveolar vem se inscrever concentricamente na do maxillar superior. G ultimo traz ainda tres dentes (1) , l os molares esquerdo e direito; 3 o molar esquerdo (com tres raizes). Pode-se. concluir pela presença dos alvéolos que a formula da arcada superior era 21, 1C, 2m, 2M. Àpezar do angulo achar-se quebrado de cada lado, eile não permitte a hypothese da existência de uma 3 a M. Ma mandíbula encontram-se oito dentes: um incisivo (2 o esquerdo), um canino (direito), um pequeno molar (I o esquerdo), 2 gr. M (direitos), 3 gr, M. (esquerdos) e o 3 o ainda contido no osso nunca afflorou. Elles são brancos, sãos, e o I o pequeno molar não apresenta a taboa característica dos dentes do maxillar superior. Ademais, os condylos afastados internamente de 72 mm ,5 se adaptam mal ás cavidades glenoideas do craneo, separadas entre si por úm espaço de 74 mm ,5. Uma nota que encontrei enrolada na cavidade craneana dizia: Fe¬ vereiro 1919. Craneos dos Capitães Tuquirame, Pimampé, e do Capitão grande Coianecômo, da extincta tribu dos Urupás — Lapa da montanha Arai — Cabeceira do Rio Cantário. OSSOS LONGOS Um humero direito — duas tibias (direita e esquerda) — um femur (esquerdo) — um fragmento (grande trpchanter) de um femur direito. (1) EUes são brancos e quebrados (provavelmente depois da morte. Teem uma taboa de desgasta- mento perfeitamente ciara). 14 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL “ VOL. XXV Húmero : A extremidade escapular desappareceu, separada exactamente na linha de divisão que a reune ao corpo do osso. A epiphyse da tuberosidade interna da epitrochlea tinha desappare- eido também. Esta epyphyse soldando-se ao corpo do osso de 16 para 17 annos, (1) e a epiphyse da extremidade superior não se soldando senão de 2,0 a 22 annos na mulher e dé 21 a 25 annos no homem (2) , parece que este humero não pertence a um adulto. Nestas condições, do condylo até a linha de soldadura de epiphyse superior, o humero media 260 mm . A cavidade olecraneana não está perfurada. A differença entre o vertice da troehlea e o do condylo humeral é aqui de 5 mm , Fêmur (esquerdo ): No femur, as epiphyses do.grande trochanter e da extremidade inferior, que não estavam ainda ligadas á diaphyse, perderam-se. A epiphyse da cabeça e do pequeno trochanter estão ainda nitidamente separadas pela linha de fusão, salvo em um ponto. O femur convexo para diante forma um arco cuja flecha mede no ponto mais elevado 43 mm ,5. (Esta medida não tem senão um valor secun¬ dário, por que a epiphyse inferior faltando, a corda formada pelo plano de apoio horizontal é diversa do que seria normalmente). índice da secção do femur no meio da diaphyse — (Largura 100) 107,6 (19,5 x 21). Comprimento máximo 378 mm (sem a epiphyse inferior). Comparando com um femur de 426 mm , onde a medida correspondente á epiphyse'dava 399 ram , obtive a proporção possivel de 403 ram ,Õ para o comprimento total máximo do femur em estudo. Quanto á epiphyse de trochanter, separada do osso, e que pertence claramente ao outro femur perdido, ella proemina de 16 mm somente acima do eollo, emquanto que a primeira proemina de 19 mm . Sua altura é de 33 mm ,5 — (a do trochanter ligado ao femur de comparação de 426 mm , é de 37 mm ), Sua largura é de 27 mm ,5 emquanto a do outro é de 31 mm ,5. Tíbias : ‘ I a esquerda — índice de platycnemia (Processo de Broca) 64,1 (17 x 26,5). Tíbia direita — Idem 65,3 (17 x 26). (O que dá uma media de 64,7). (1) Ph. C. Sappey — Traité cTAnatomie descriptive — Tom. 1, pag. 404 — (4 a edifc. — 1SSS). (2) Idem — pag. 405. ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 15 Na tibia como no femur, como no humero, as epiphyses se perderam, ou são nitidamente separadas ainda pelo sulco de fusão. Na extremidade superior ellas faltam em ambos as tibias. As dimen¬ sões obtidas são as seguintes: Comprimento máximo — Tibia esquerda — 326 mm ■— até a base do malleolo 318 mm . Tibia direita — 315 mm até a base do malleolo. (Este falta.) N. 16.297 Peso — (Manouvrier) grammas..... 1.093 Capacidade — (Broca).. 1.257cc Diâmetro antero-posterior.. 173 mm (o inion não existe, ind. iniaeo 147) Diâmetro transverso. ..... . 138 Diâmetro basilo-bregmatieo...:. 118 Diâmetro frontal mínimo. 92 Diâmetro frontal máximo. 110 Diâmetro bi-mastoideu . 113 Diâmetro bi-zygomatieo. 112 Diâmetro naso-basilar. 78 Diâmetro alveolo-basilar (a arcada alveolar está quebrada na altura dos 2 incisivos médios).... 74,5 Diâmetro naso-alveolar,.. 64 Altura do nariz. 40 Largura do nariz. 20 ,2 Largura da orbita ... 35 Altura da orbita . .................. 35 Largura alveolar... 59 Altura alveolar.. 34,5 Diâmetro antero-posterior do buraco occipital 36 Diâmetro transverso do buraco occipital . 30,5 . Curva sagittal (F 113, P 229— In. 310)... 354 Curva bi-auricular...... 276 Curva horizontal. 493 índice cephalico. 79 ,7 índice nasal... 50 ,5 índice prognathismo (Processo Rivet). 70° índice facial... 57 ,19 Largura inter-orbitar. 19 mm ,5 índice maxillo-alveolar. 171 Altura orbito-alveolar..... 30 mm Este craneo, de conformação particular, devia ser completamente decorado com um desenho de escamas imbricadas, lembrando as escamas riUfartaruga. muito nitido ainda no occipital e que foi executado com uma 1<5 ARCHIVGS DO MUSEU NACIONAL —• VOL. XXV tonalidade sépia, até mesmo nas azas do pterygoideu, na face interna da areada zygomatica. No logar do asteríon direito existe um buraco repre¬ sentando a falta de um osso wormio. O asterion esquerdo apresenta um osso wormio do mesmo desenho, E* muito característico que este craneo não apresente senão, rudimentos das apophyses mastoideas. A sutura spheno-basilar. está aberta. A formula dentaria do maxillar superior é in¬ decisa, pois que não se encontra nem incisivos nem caninos. A julgar-se pelos alvéolos, os dois incisivos internos deviam ter sido muito fortes, a ca¬ vidade alveolar tendo 8 mm de largura. Os 2 o8 incisivos eram muito pe¬ quenos, mormente o esquerdo. Pela sua situação anatômica, o 3° alvado de cada lado corresponde a um canino de dimensões medias, bem infe¬ riores ao primeiro incisivo. Nenhum destes dentes foi encontrado. Em seguida veem tres molares á esquerda, . dois á direita e um alvéolo vasio. Emfim dois alvéolos, um de cada lado, contendo cada \im, um molar que não chegou a afílorar. Estes alvéolos abertos posteríormente na tubero- vsidade do maxillar, teem somente um orifício de 2 mm (máximo) sobre o rebordo alveolar. Os mollares existentes são de formula: 1 m, 2 M. Os dois pequenos teem tres raizes. N. 16.238 Peso (Manouvrier) grammas. 1.081 Capacidade (Broca). 1.243*® (1.24392) Diâmetro antero-posterior. 172 mm (Tnd, iniaco 154 Diâmetro transverso. 135 Diâmetro basilo-bregmatico. 120 Diâmetro frontal minimo. 85 Diâmetro frontal máximo. 107 Diâmetro bi-mastoideu . 115 Diâmetro bi-zygomatico,... 124 Diâmetro naso-basilar. 86 Diâmetro alvéolo-basilar. 88 Diâmetro naso-alveolar. 67 * Altura do nariz.•.. .. 53 Largura do nariz........ 20 Largura da orbita - . . 36 Altura da orbita ... .....:. 35,5 Largura alveolar.:.. 61 Altura alveolar.. .. 44 Largura, do buraco occipital . 30 Diâmetro antero posterior do buraco occipital 34 Curva sagittal (F. 113 P. 228 I. 308). 344,5 Curva, bi-auricular (até ao Bregma pelo lado esquerdo, 131). 277 ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 17 Curva horizontal_ ... ... 490 índice eephalico......!. . . 78 .48 índice nasal.... 37,73 índice de prognathismo (Rivet).. 66° índice facial.,....... 54,03 Largura ínter-orbitar. 20 mm índice maxillo-alveolar... 138,63 Altura orbito -alveolar..... 38 ,5 mm A ; primeira vista a irregularidade do craneo é notável. Como no craneo anterior (N, 16.297), o occipital é achatado na região iniaea. As apophyses mastoideas são pouco salientes. Um pouco acima do ste- phanion, na sutura occipital, acha-se de cada lado um osso wormio. O osso incasico não existe. O temporal esquerdo se articula direita¬ mente com o frontal, afastando a aza sphenoidea do parietal, sobre um comprimento de 8 mm . Do lado direito, ao contrario, o parietal se articula com o esphenoide sobre um comprimento de 4 mm . Esta constatação é inte¬ ressante por coincidir com uma asymetria da caixa craneana, onde o maior desenvolvimento do parietal realizou-se do lado direito, permanecendo a sutura sagittal entretanto, no plano mediano antero-posterior do craneo. A aza esquerda do esphenoide está notavelmente menos desenvolvida do que a aza direita. A formula dentaria do maxillar superior é 21, 1C, 2m, 2 M. A tuberosidade do maxillar não fornece alvéolo algum para o terceiro Ossos longos : Com o craneo, acham-se 3 femurs (um par—e um femur direito menor), uma tibia direita e um humero esquerdo. A cavidade olecraneana não está perfurada, a lamina ossea entretanto está excessivamente delgada e transparente. Comprimento total 325 mra , até ao condylo 322,5 mm . Femur direito : A convexidade forma um arco cuja flecha nq ponto de altura maior mede 62 mm . índice de secção no meio da diaphyse: 124 (25x31). Comprimento ■ máximo, 465 mm . Comprimento trochanteriano, 440 ram . Comprimento em posição total, 463 mm . Comprimento em posição trochanteriana, 436, 5 mm . 2307-924 3 18 ARCHIVOS DO MUSEU. NACIONAL — VOL. XXV Femur esquerdo : Flecha da convexidade, 63,5“ m . índice de secção, 125 (24x30). Comprimento máximo total, 465 mm . Comprimento trochanteriano, 443 mm . Comprimento em posição total, 463 mm . Comprimento em posição trochanteriana, 434 mm . 0 terceiro femuf (direito), tem as seguintes dimensões, tomadas sobre a diaphyse exclusivamente, pois que todas as epiphyses desappare- ceram, separadas na linha de suturà. Da linha de sutura inferior á linha do grande trochanter, sobre a face anterior, 320 mm . Da linha-de sutura inferior á linha do pequeno trochanter, sobre a face posterior, 294 mm . A maior largura da linha de sutura inferior, 61 mm . Da linha de sutura da cabeça ao ponto o mais afastado da linha de sutura do grande trochanter, segundo o eixo do collo (sobre a face anterior), 51 mm . índice de secção 113,51 (21x18,5) Tíbia direita: índice de platycnemia (Broca) 50,72 (17,5x34, 5). Comprimento máximo, 384 mm . Comprimento á base do malleolo, 374 mm . N. 16.299 Peso (Manouvrier) grammas. Capacidade (Broca). Diâmetro antero-posterior.. Diâmetro transverso.. Diâmetro basilo -bregmatico. Diâmetro frontal minimo. Diâmetro frontal máximo. Diâmetro bi-mastoideu . Diametio bi-zygomatico. Diâmetro naso-basilar. Diâmetro alvéolo-basilar. Diâmetro naso-alveolar.. Altura do nariz. Largura do nariz.*. Largura da orbita. ...,,. Altura da orbita ... Largura alveoíar. 1.258 1 . 446 ^ 180 mm (iniac. 176) 144 125 93 114 133 141 94 88 76 55.5 23 40 37.5 65,5; Pag. IS — ROqUETTE-PINTO E A, CHILDE — NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÂS 19 Altura alveolar... .... . 47 Largura do buraco occipital. ....... 31 Diâmetro antero posterior do buraco occi¬ pital..... .... 37 Curva sagittal (F; 117 P. 239 I. 301). 357 Curva bi-auricular (Pelo lado esquerdo até ap Bregma 145) . 293 Curva horizontal. 515 índice cephalíco.. 80 índice nasal.... .. 41,44 índice de prognathismo (Bivet) . 69° índice facial.|L. 53,90 Largura inter-orbitar.. 18 mm índice maxillo-aJveolar.. .. 139,36 Altura orbito-alveolar.. 43 mm As apophyses mastoídeas são pouco desenvolvidas como nos craneos anteriores; é notável também a falta de profundidade da abobada palatina, À formula dentaria é: 21, 1C, lm, 2M. Os únicos dentes encontrados são os molares gastos em taboa, de modo característico. Às tuberosidades maxillares não parecem ter contido alvéolos para um terceiro molar. * Com este craneo acham-se cinco ossos pertencendo a um craneo de creança: um frontal, um occipital, os dois temporaes e uma mandíbula. Frontal — A fontanelia anterior acha-se ainda largamente aberta e os dois frontaes primitivos soldados, deixam perceber entretanto a linha mediana de sutura até um pouco além da glabella: a fusão se tendo pra¬ ticado, primeiro, no meio da linha. Diâmetro frontal mínimo — 71 mm Diâmetro frontal máximo —- 93 Curva saggital. — 105 Largura inter-orbitar — 15 Largura da orbita — 25 Occipital — A linha mediana de sutura do osso sus-occi pitai ainda está perceptível. A fontanelia posterior era fechada. Curva sagittal até ao inion 52 mm total 97 mm . Largura minima (na altura das fossas cerebellosas) 65 nim . Largura maxirna (na altura das fossas cerebraes) 73 nini . Temporal direito — A apophyse mastoidea apenas esboçada. Altura da fossa temporal até a borda da escama 48 mm . Largura horizontal no sentido da arcada zygom atiça 57 : . 20 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV Temporal esquerdo —■ A apophyse mastoidea apenas esboçada. Mesmas dimensões. Mandíbula — À mandíbula apresenta 12 alvéolos, dos quaes 10 têm os respectivos dentes. Os incisivos tinham affiorado no vivo, o lateral di¬ reito tendo nascido antes do esquerdo. Os outros dentes estavam contidos nos alvéolos, um canino de cada lado e dois molares, o ultimo alvéolo es¬ tando vasio. Largura bigoniaca 56 mm . O ramo ascendente quebrado de ambos os lados da mandibula. Largura mínima I7 mm . Altura da symphyse 17 mm . Altura do corpo mandibular (entre o I o e o 2 o molar) 14 nim ,5. Angulo mandibular 55°. Angulo symphysiano 82°. Ossos longos. Tibia direita — (fragmento) de 170 mm . índice de platycnemia (11,5x17) = 67, 6. A epiphyse superior não devia ser ainda consolidada e a diaphyse está quebrada á altura do terço inferior. Um pacote de cinco ossos de criança. Huméro esquerdo — Diaphyse somente. Comprimento 85 mm . O buraco nutritivo está a 42 mm ,5 da extremidade inferior. Um radio e um eubito direitos — Diaphyses somente. Cubito — Comprimento 76 mm . O radio levemente deteriorado, quebrado na extremidade superior. Comprimento 66 mm . Da extremidade inferior á tuberosidade bi- cipital 58 mm ,5. Uma tibia direita (diaphyse somente). Quebrada na extremidade inferior. Comprimento 83 mm . Do buraco nutritivo á linha superior de su¬ tura com a epiphyse 27 mm . índice de platycnemia (8,5x9) = 94,4. Um femur direito -— Diaphyse somente. Comprimento 102 mm , até a linha inferior da sutura de epiphyse do grande trochanter 83““.. Secção no meio da diaphyse — Largura 8 mm . Diâmetro antero pos¬ terior 6 mm ,5. ROQUE TTE-PINTO E A. CHILDE — NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 21 * Um cubito e um radio direitos: CuhitOy da margem superior do olecrano á extremidade da apophyse styloidea 280 mm ; da apophyse styloidea á cavidade sigmoidea, 245 mm . Radio — Comprimento 259 ram . Uma tibia esquerda : • Comprimento 380, ffim á base do maieolo 37l mm . índice do platycnemia (17x33) = 51,51. N. 16.300 Peso (Manouvrier) grammas . 1.208 Capacidade (Broca). 1.389cc Diâmetro antèro-posteríor. 176 (id. iniaco 170). Diâmetro transverso. 134 Diâmetro basilo-bregmatico . 132 Diâmetro frontal minimo. 95 Diâmetro frontal máximo... 112 Diâmetro bi-mastoideu. 128 Diâmetro bi-zygomatico (metade esq. 67,5).. 135 Diâmetro naso basilar. 99,5 Diâmetro alveolo-basilar. 98 Diâmetro naso-alvéolár. 70,5 Altura do nariz. 48 Largura do nariz (metade esq. 12). 24 Largura da orbita. 37 Altura da orbita. 33 Largura alveolar (metade esq. 31,2). 62,5 Altura alveolar (approximadamente). 52 Largura do buraco occipital. 31,5 Diâmetro antero posterior do buraco occipital 38 Curva saggital (F. 123, P. 224, I. 307). 352 Curva bi-auricular (metade esq. 151). 301 Curva horizontal. - 507 índice cephalico. 76,13 índice nasal.. 50 índice de prognathismo (Rivet). 70° índice facial. 52,22 Largura iníer-orbitar. 22 mra índice maxillo-alveolar. 120,19 Altura orbito-alveolar.. 44 mm O maxülar superior e o molar, direitos, faltam — donde resulta serem algumas medidas da face puramente approximativas, e tomadas como se 22 ' ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXY a symetria fosse perfeita — ainda que o lado direito dos craneos aqui es¬ tudados pareça estar frequentemente mais desenvolvido do que. o lado esquerdo. . , . ........ ,Qs arcos super pilhares, as .cristas tempôraes estão muito mais accen- tuadas aqui. . ; ; . * . . A sutura sagittal, e os dous ramos da sutura occipital, formando o lambda, soffreram, devido a edade, um processo de synostose completa. O osso maxillar esquerdo fornece a formula dentar 21, 1C. 2m, 3M. Um temporal direito, pertencendo a um craneo diferente: Ausência quasi completa de apophyse mastoidea. Dimensões: Da base da apophyse mastoidea sobre a impressão digastriea ao as- terion: 40 mm . Diâmetro longitudinal max., do asterion á sutura espheno-temporal: Diâmetro vertical, do buraco auditivo, (centro) á margem superior c escama do temporal: 49 mm . Distancia interna entre a arcada zygomatica e a sutura espheno-tem¬ poral: 13 mi \ N. 16.SOI Peso (Manouvrier) grammas . 0,990 Capacidade (Broca) .. 1.138cc Diâmetro antero-posterior .. 165 mm Diâmetro transverso (1/2 esq .-64). = 128 ? Diâmetro basilo-bregmatico.. 120 ,5 Diâmetro frontal mínimo...,. 86 Diâmetro frontal ma&imò.. : 107 Diâmetro bi-mastoideu (1/2 esq. - 48,5). = 97 ? Diâmetro bi-zygomatico. 100? Diâmetro fcaso-basilar. 86 ,5 Diâmetro alveolo-basilar. 79 Diâmetro naso-alveolar. 55 Altura do nariz. 38,5 Largura do nariz. 19 Largura da orbita. .. r . 33 Altura da orbita . 34 Largura alveolar. 53 ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE — NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 23 Altura alveqlar.. .... 33 Largura do buraco occipital. . . 27 Diâmetro antero-posterior do buraco occipital. 28 ? Curva sagitta! (F. 113, P. 223, X. 297).. 349 Curva bi-auricular... 286 Curva horizontal (1/2 esq. 233). = 466 ? índice cephalico..,... 77,57 índice nasal..*.49,35 índice de prognathismo (Rivet) (a variação pode oscillar entre I o a mais ou a menos) 77°30 índice facial....,... 55 Largura inter-orbitar. 16 mm índice maxillo-alveolar... 160,60 Altura orbito-alveolar. 26 mm Do bregma ao pterion esquerdo (arco da corda): 92 mm ,5: Do bregma ao pterion direito (arco da corda): 88 mm . A fontanella anterior completamente obliterada. O parietal êsquérdo ultrapassa um pouco da linha sagittal, de 2 mm ,5. No maxillar superior ires dentes existem ainda: o I o molar de cada i . lado, e o 2 o esquerdo. À formula é 2 I, 1 C —- 3M* Ausência de pequenos molares. Observa-se aqui, como no n. 16.297, dous alvéolos que não se abriram e tem uma janella de l mm ,5 sobre a tuberosidade. W patente do lado direito, e simplesmente provável do lado esquerdo, onde a tuberosidade está muito mais fracturada. Os dentes são pouco gastos. Maxillar inferior — A mandibula apresenta 14 alvéolos, dos quaes 5 munidos de dentes. Os incisivos (2) e os caninos (1) faltam. Do lado es¬ querdo, 3 molares (1 pequeno, 2 grandes), o ultimo alvéolo vasio; á direita 2 molares (1 pequeno, 1 grande), ou dous outros alvéolos vasios. Dentes pouco gastos. Os condylos faltam. Formula dentar: 2.1. 1 C, l m . 3 M. Largura bigoniaca...-.. ... 74 mm Largura mínima do ramo montante. 25 Altura symphysiana... 22,5 Altura .dõ corpo mandibulár.. - 21 Angulo mandibular, eptre . 46° e 49° Angulo symphysiano.. 70° - Uma segunda mandibula acompanha os ossos: 13 alvéolos (6 á esquerda, 7 á direita) perfeitamente nitidos ; — 9 dentes presentes, todos com o des- 24 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV gaetamento tabular typico: 3 incisivos presentes (2 á direita, o 2 o á esquerda) — os caninos faltam, 3 m (2 á direita, o I o á esquerda) 3 M (2 direitos, o I o esquerdo). Formula dentar: 1 Q direito 21, 1C, 2*, 2 M. 2* esquerda, 21, 1 C, 1 M. Largura bígordaca. >..---.- 92 Largura mínima do ramo montante.. 31,5 Altura symphysi&na.. ,.... . 38 Altura do corpo xnandibular.,.. 35 Angulo mahdibular.. ..... 56° Angulo symphysiano... .... 70° * Ossos largos: Dous FEMtTEBS (direito e esquerdo) Pertencem, evidentemente ao mesmo indivíduo; a direito, entretanto, está multo sensivelmente mais longo do qüe o esquerdo. WmMP dpêife: A fiexa do arco de convexidade mede........ 56*“ índice da secção no meio da diaphyse (24X 24) .. 100 Comprimento máximo.. *..._*....., *,... 1 430 mm Comprimento trochanteriano. 412 Comprimento em posição total. 425 Comprimento em posição trochanteriana. 401 Femur esquerdo : Flexa da convexidade. 56 mra índice da secção no meio da diaphyse.. . . (25,5X27,5). 107,86 Comprimento máximo. 420 mm Comprimento trochanteriano. 403 Comprimento em posição total. 415 Comprimento em posição trochanteriana. 393 Duas tíbias (direita e esquerda) Tibia. direita : índice de platycnemia (19x31). 61,29 Comprimento máximo. 376 mm Comprimento na base do malleolo. 364 Tibia esquerda : índice de platycnemia (20x33). 60,60 Comprimento máximo... 370 mm Comprimento na base do malleolo. 360 ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE — NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 25 Peroneo direito : Comprimento máximo. 364 ram ,5 Peroneo esquerdo : Comprimento máximo. 362 mm A gotteira do músculo peroneo lateral brevis, muito profunda sobre este ultimo peroneo. Iíumero direito : Comprimento total... ..'. 305 ,nm Comprimento até ao condylo. 301 Cavidade olecraniana não perfurada. Hurnero esquerdo : Comprimento total .. 305 mm Comprimento até ao condylo... 300 Cavidade olecraniana não perfurada. Cubito direito : Comprimento total. 271 mm ,5 Comprimento na base da apophyse styloidea 267 Altura do olecrano acima do interlinho ar¬ ticular. 28 Donde — do interlinho carpe ano á dobra do cotovello. 239 Radio direito : Comprimento total. 249 mm Comprimento até ao interlinho articular (base da apophyse styloidea). 242 No mesmo pacote outros ossos longos, que não pertencem ao mesmo indivíduo. As epiphyses superiores e inferiores faltam para todos. Um femur direito : a) Da linha de sutura da epiphyse inferior (sobre a face posterior) á parte inferior da sutura da epiphyse do grande trochanter — 158 mm . b) Da parte inferior da sutura da epiphyse do grande trochanter á linha de sutura da cabeça do femur, sobre a borda inferior do collo—28 mm . c) Comprimento máximo da diaphyse — 173 mm ,5. índice de secção 112,50 (12xl3 mm 5). 23G/-924 4 26 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXT Fêmur esquerdo : a) .. 157 mm ,5 ò)...;. 30,5 c) .... 175 índice de secção 121, 73 (11, 5x14). Estes dous femures são do mesmo indivíduo. Tibia esquerda : Comprimento máximo da diaphyse -— 160 mm . índice de platycnemia — 88 (13,2x15). / Peroneo esquerdo : A diaphyse está quebrada na extremidade inferior, um pouco acima da linha de sutura — obtem-se 159 mm . Dous humebos do mesmo indivíduo; Humero direito : Comprimento máximo. 163 mm ,5 Humero esquerdo : Comprimento máximo. 162 mm Cubito direito : Comprimento máximo.. 146 mm Comprimento, menos o olecrano. 133 Dous humebos do mesmo indivíduo: Humero direito (quebrado na epiphyse supe- Comprimento máximo. 139 mm Humero esquerdo (quebrado na epiphyse su¬ perior) Comprimento máximo... 141 mm N. 16.302 E J um craneo de criança, de desenvolvimento irregular — um sulco transverso, passando pelo bregma, parece denunciar um processo de com¬ pressão artificial. Peso (Manoüvrier). ..... 0,895* Capacidade (Broca).... 1,029^ Diâmetro antero-posterior...; 155 mm ,5 'ióâol ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE — NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 27 Diâmetro transverso.. Diâmetro basilo-bregmatico. ^ Diâmetro frontal minimo. ' " Diâmetro frontal máximo.. jStra*3 Diametro ******** . Diametro bi-zygornatieo (metacle direita) = 92? Diametro naso-basilar. Diametro alvéolo-basilar . Diametro naso-alveolar. ** Altura do nariz,. , jX.. largura do nariz.j. Largura da orbita . Altura da orbita .. Largura alveolar (metade direita) *=49?..... Altura alveolar... Largura do buraco occipital (metade direita) =24?.. Diametro antero posterior do buraco occi¬ pital . Curva sagittal (F. 105P. 209 In 292 ). Curva bi-auricular (Parietal m temporal es¬ querdo = 134). r ,..,,*. ,,.............. Curva horizontal......... índice cephaJico.., —*. . 1 . índice nasal.. índice de prognathismo (Rivet). índice facial. ! Largura inter-orbitar (metade direita) = 10?. . índice maxilto-alveolar.... j,..... Altura orbito-alveolar. —..... 129 115 79 ,5 101 84 46 80 (?) 73 (?) 50 34 19 ,5 29 30 24,5 30 12 29 ,7 328 452 82,95 57,35 79° 54 ,34 7 mm ,5 163,33 25 ,nm ,55 Os dous ossos maxillares superiores- estio separados; os dous buracos palatinos anteriores fundidos num só orifício, mediano. Os alvéolos muito irregulares estio em numero de 12, seis de cada lado, fornecendo a for¬ mula superior 21, IC, 3M. Destes dentes, um só ficou, o 2 o M di¬ reito. Os dentes incisivos de substituição estão incluidos no m&xülar. Os ossos do craneo estão excessivamente delgados e a falta de es¬ pessura em alguns pontos vae até á transparência, Doüs PARiETAES (direitos), um occipital e um temporal direito se articulando — uma mandíbula. 1° Parietal — Fornecendo uma saliência. sobre o plano sagittal de 69 mm ,5 (Diametro transverso presumivel 139 mm . Diametro frontal máximo presumivel 94 — a metade direita sendo de 47). Do bregma ao lambda em projecção plana 102 mm , em curva 113 mn \ 28 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL, XXV # Pwmíal — Saliência sobre o plano sagittal 58 ram (Diâmetro trans¬ verso presumível 116 001 ". Diâmetro frontal máximo presumível 76 mm — a metade direita sendo de 38). Do bregma ao lambda em projeeçâo plana lQl mm ,5, em curva 116““. Occipital — O occipital apresenta os caracteres encontrados sobre os outros cr aneos .desta serie. Achatamento notável da região- illiaca, devido provavelmente a uma compressão. Diâmetro máximo em plano 96 mra 55 mm Do lambda ao ínion — curva Um fragmento separado, o bordo esquerdo do buraof OCiíptãl per- mitte determinar approximadamente: (Diâmetro antero-posierior. [Diâmetro transverso. Do basion ao lambda . St**,5 22 (lado esquerdo = 11) 99 (f) Buraco occipital Mandihula —A mandibula parece pertencer ao' temporal, pois que o condylo direito se articula perfeitamente com a cavidade glenoidea. 96 mm (?) 79(?) Largura bicondyliana, . Largura bigoniaca...,. | Comprimento do ramo montante 44 27 22 23 Largura (miüima) Altura symphysiana Altura do corpo mandibular 55°(?) 76° Angulo mandibular.. Angulo symphysiano A mandibula apresenta sete alvéolos, dando a formula dentar commum a muitos craneos aqui estudados: 21, IC, 3M. Um ultimo al¬ véolo afastado de 35 mm do ultimo frio lar com um orifício de 6x2,5. Quatro dentes existem ainda os I o e 2° M, direitos e esquerdos. Não apresenta arrazamento da taboa; o 2 o M esquerdo, só, come¬ çava a se gastar. No mesmo pacote encontra-se um certo numero de ossos longos sem epiphyses; a maior parte delles estão quebrados e segundo as dimensões podem ser agrupados do modo seguinte: I o — Dous FEMijRS (direito e esquerdo). Femur direito : Comprimento máximo (diaphyse só) 216 mm . *OQUETTE-PINTO E A. CHILDE — NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS índice de secção (13x14) —92,85 a) Do ponto inferior de sutura da epiphyse do trochanter maior á linha de sutura da epiphyse inferior, sobre o eondylo int° — 181 mra . b) Do mesmo ponto, ao ponto correspondente ao bordo int° sobre a linha de sutura da epiphyse da cabeça —* 40 mm ,5. Femur eaquerao: Comprimento máximo (diaphyse só) 217 mm índice de secção (13x14) — 92,85. 182 mn ? 40 mm Estes dous femurs pertencem portanto ao mesmo índividuo. 2 o — Dous femurs (direito e esquerdo) quebrados cerca da metade da diaphyse. índice de secção (11,5x15)— 76,66. p emur esquerao : índice de secção (11,5x15) — 76,66. Estes dons femurs pertencem portanto ao mesmo indivíduo. Duas extremidades inferiores de femurs se encontram junto com os ossos citados aqui —a do femur direito concorda perfeitamente, apenas com falta de uma esquilha sobre a face anterior— o que permitte estabelecer o comprimento máximo de 226 mm . O outro femur (esquerdo) soffreu uma perda maior no meio da diaphyse — o que torna a medição total impos- 3 o — Femur. mreito — Quebrado na extremidade inferior, índice de secção (10x11,5) -—86,95. 28 mm ,5 Tres omoplatas (duas direitas e uma esquerda) I Omoplata direita — A epiphyse do acromion é a da apophyse cara- oidea faltam — o angulo inferior quebrado. 30 ÁRCHIYGS DO MUSEU NACIONAL YOL. XXV Do mesmo ponto 4 extremidade da espinha (sutura de epiphyse)— 67 mm ,5. Omoplata esquerda — Péssimo estado, O bordò axillar até ao ponto mais" saliente do angulo inferior — 68 mm . ■ As duas omoplatas são dó mesmo indivíduo. Omoplata direita — de um indivíduo um pouco menor. Cinco ossos ilíacos (ires direitos, dous esquerdos). 1° iliaco direito — Espinha ilíaca antero-superior um pouco destruída. a) Distancia da espinha iliaca antero-superior á espinha postero su¬ perior 81 mm a 81 mm ,5; 5) largura* da faceta auricular — da espinha postero-inferior ao ponto mais afastado sobre a linha innominada— 33 mm ; c) Deste ultimo ponto ao ponto mais alto da crista ilíaca — 37 mm ; I o iliaco esquerdo — Medições impossíveis. Á forma da faceta auri¬ cular Somente permitte prejulgar que pertence ao mesmo indivíduo do que o precedente. 2 o iliaco esquerdo — Espinha iliaca antero-superior destruída em parte. .... b) .... c) .... 2 o üiaco dir eito — Medições impossíveis. A forma da faceta" auricular faz crer que pertence ao mesmo individuo que o precedente. 3 o iliaco direito — Medições impossíveis: Cinco tíbias (duas direitas e tres esquerdas). I a iibia direita ■—-Quebrada á altura do terço superior, com o terço medio — índice de platycnemia (13,5x18)—75. I a tíbia esquerda — Nas ipesm&s condições. O buraco nutritivo está si¬ tuado sobre o lado interno da linha obliqua, que tem uma direcção ver¬ tical. índice de platycnemia (14x18) — 77,77. As duas tibias pertencem ao mesmo individuo. 2 a tibia direita — Quebrada perto do terço inferior, índice de platycnemia (11x12) — 71,66. 2 a tibia esquerda — O terço superior falta. ■índice de platycnemia (11x12) — 71,66. As duas tibias pertencem ao mesmo individuo. - 3 a tibia esquerda — As duas extremidades faltam, índice de platycnemia (12,5x16) -—78,12. Humero esquerdo — Terço superior somente. 81 mtn * 80(?) 36 mm 43 ram ROQUETTE-PINTO E A. CHILDE NOTAS SOBRE OS ÍNDIOS URUPÁS 31 Ao nível do colío a largura — 15““* O ■ diâmetro antero-posterior cerca de 12 mm . Outras medições impossíveis. , Cubüo esquerdo — Comprimento máximo — 149 nim (em 2 pedaços). Cubito direito A extremidade inferior falta* Os dons cubitos são do mesmo indivíduo. . , Dons outros cubitos ainda, um direito e um esquerdo, pertencendo aò mesmo individuo. - t _ 4 PjSEONEOs: 1° p eroneo esquerdo — Um pouco mais do terço superior. I o peroneo direito — Um pouco mais do terço inferior. Os dons são do mesmo individuo. 2 o peroneo direito — Diaphyse somente, faltam as duas extremidades. 1 T* 3° peroneo direito — O^dpíp’, terços superiores, menos a epipbyse.- Estes ossos, como os? dous v pfecèdeátes, pertencem â creanças. Grande irregularidade na situação do buraco nutritivo. õ Rádios: 1° radio direito — Comprimento máximo 133 mm ,5, sem as epiphyses). 1° radio esquerdo — Falta a extremidade inferior. Os dous rádios pertencem ao mesmo individuo. 2 o radio esquerdo (sem as epiphyses) Comprimeiito máximo 97 mm ,5. 3 o radio esquerdo — Falta a extremidade inferior. 4 o radio esquerdo — Falta a extremidade inferior. CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE O Gen. ALSOFH2Là R. Br. (1810) na flora brasileira (CYATHEACEAS ) POR IDE JS^IvIEA.IO CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BBASILIENSE O Gen. ALSOPHILA R. BR. (1810) na FLORA BRASILEIRA (CYATHEACEAS) POR A. J. de SAMPAIO Pròf. de Botanica do Museu Nacional (JULHO DE 1923) COM XX ESTAMPAS O gen, Alsophila (do gr. alsos: floresta e philos: amigo), creado por Brown em 1810, é constituído de feios arborescentes (1) caracterisados essencialmente, quanto á família, pela presença de um annel longitudinal completo no esporangio , pelo que pertence á familia das Cyatheaceas (sub- serie Eufilicineae, serie Filicales lepto-sporangiatae, classe Filicales, sub¬ grupo Pteridophytas, grupo Embryophyta Asiphonogama, no Syst. de Eíigler); .seu caracter generico é a ausência de indusia no soro (soro nú) 1 (2) . De um modo geral, as Cyatheaceas são fetos arborescentes peculiares ás regiões tropicaes e sub-tropicaes, frequentes principalmente “nas cla¬ reiras e nas margens das mattas”, na expressão de Engler (Die Pflanzenw. Afrikas I: Die Pteridoph., Gymnosp. u. monocot. Angiosp., em Die Ve- get. der Erde, parte IX, vol. 2, 1908). São hygrophytas, em maioria; ha, porém, especies xerophytas, campestres (A. arbuscula, elegans, radens,» etc.). Restricta a estas zonas, a familia das Cyatheaceas apresenta ainda a particularidade de permittir uma divisão phytogeographica das especies dos tres gen. da tribu Cyatheeae, divisão esta adoptada como secção pri¬ maria nas chaves analypticas: assim, seg. Diels (Cyatheac. em Engl. Pr. nat. Pflzf.): gen . Cyathea : I: especies Americanas, II: Esp. Africano-ma- (1) Excepto Alsophila blechnoides e A. quadripinnata (não arborescentes). (2) Vide J. A. de Sampaio — “ O valor taxinomico da indusia nas Cyatheaceas”, no “Boletim do Museu Nacional”, n. 1, 1923. 36 ARCHIVGS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV lagassianas, III: Esp. Indianas, malesianas e pacificas (do Pacifico); no gen. Hemitelia : I: Esp. Americanas e Esp. do Velho Mundo; no gen. Al - Sophila: I, esp. Americanas; II, esp. Africanas e malagassianas e III, esp. indianas, malesianas e. do Pacifico. As especies americanas do gen. Alsophila não são todas representadas na flora brasileira; entre ellas ha umas de larga dispersão (vagas) e outras de area restricta e até mesmo entre as especies brasileiras se observa o mesmo facto; Alsophila microdonta Desv. é um exemplo de esp. ameri¬ cana peculiar a toda a America tropical; A. atrovirens (Langsd. et Fisch.) Pr. tem sido encontrada do sul do Brasil ao Panamá; A. prócer a e A. arbuscula são peculiares ao Brasil e ao oeste do Perú; A. blechnoides, ■ que os autores citam para o Amazonas, para a Guyana, Panamá-Gua- temala e Trinidad, foi recentemente encontrada em Matto-Grosso pela Commissão Rondon, que também colligiu nesse Estado A. nigra, até então só registrada para o Alto Amazonas; em compensação, A. corco - vaâensis, feeana, elegans, r adens } leucolepsis e outras, têm sido apenas encontradas no Brasil; outras especies sul-americanas são peculiares aos paizes visinhos, assim: A. hipinnatifida Bak., da Guyana, A. phegopíe - roides Hk. do oeste do Perú, A. latemgam Bak., da Columbia, A, micro- phylla KL de Venezuela, A. conjugata Spruce, do Equador, A. tricho- phlebia Bak., do Paraguay, A. schiedeana Pr., de Guatemala e do sul do México, etc. São exemplos de endemismo. Attribuindo ao gen. Alsophila cerca de 112 especies, Diels (1. c.) con¬ sidera cerca de 50 esp. americanas, 12 africanas e cerca de 50 asiatiéo-ocea- nicas, discordando de C. Christensen (Index Filicum, 1906), que admitte 185 especies. Limitando nosso estudo ás especies de Alsophila até hoje encontradas no Brasil, vimos serial-as tanto quanto possivel. pelas suas affinidades, guiados principalmente por Diels (nat. Pflzf.) e C. Christensen (Ind. FiL), deixando de pé algumas duvidas taxinomicas, que só poderiamos elucidar á vista dos exemplares originaes das especies. De accôrdo com a òbra çlassica de C. Christensen, “Index Filicum, 1906”, e a litteratura posterior á monographia de Baker na Flora Brasi- liensis de Martius (1870), é de 37 o numero de especies brasileiras do gen. Alsophila. Faltam incluir novas especies de Rosenstock, v, gr., A. Jhe- rihgii, de que não temos á mão a litteratura respectiva. Cingindo-nos ao citado trabalho de C. Christensen quanto á nomen¬ clatura e á area geographica das especies, e obedecendo á monographia de Diels (Pflzf.) quanto aos caracteres mais apreciáveis no momento para as synopses, damos uma chave analyptica das especies brasileiras do gen. Alsophila, adoptando tudo quanto se refere a Alsophila indigenas na mo- A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 37 nographia de Diels, e acrcescentando os dados technicos não indicados nessa monographia e que pudemos apreciar. j Antes de passar ao desenvolvimento do assumpto, cumpre-nos re¬ gistar os nossos agradecimentos aos Srs. Dr. João Geraldo Kuhlmann, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e Drs. Augusto Barbosa da Silva, Theodoro Vaz e Carlos Yellozo, respectivamente director, professor e bibliothecario da Escola de Minas de Ouro Preto, pelo valioso auxilio que prestaram a este trabalho, com material de estudos e alguns dados bibliographicos. Gen. ALSOPHILA, R. Br. 1810 B Synonymia: Trichipteris Pr. 1822, em parte; Chnoophora Kfl. 1824, em p.; Gymnosphoera Bl. 1828, em- parte, applicado a esp, asiaticas oceanicas; Chnoophora Mart. 1834; Dicranophlebia Mart. 1834; Haplo- phlebia Mart. 1834; Amphidesmium Bchott e Trichopteris Schott, 1834, em parte; Metaxya Pr. 1836, em parte; Hymenostegia J. Sm. 1842, em parte; Trychostegia J. Sm. 1842; Dichorexia Pr. 1848, em parte, appli¬ cado a esp. asiatico-oceanicas; Lophosoria Pr. 1848, em parte; Tricho- sorus Liebm. 1849, em parte; Alsophilopsis Karst. 1858, em parte; Fo.ur- niera Romm., 1873, em parte, applicado a esp. asiatica-oceanicas, 1873. O gen. abrange algumas especies de Polypodium creadas por Linneu (1873) e outros autores, assim como as esp. de Cyathea, creadas por Swartz, em 1801; a especie-typo do gen. Alsophila, segundo C. Christensen, é a que Forster em 1876 chamou Polypodium extensum, hoje denominada Alsophila extensa (Forst.) Spr., da Polynesia, de Nova Guiné e de Celebes. Caract. genericos : Fetos em geral arborescentes, de estipe (caule se¬ melhante ao de palmeiras) erecta, raro decumbente (v. gr. A. blechnoides), podendo attingir quando erecta, até 15 m. de altura (A. armata, seg. Ma- xon), coroado, como o de palmeiras por um capitel de frondes (nome cor¬ rentemente dado ás folhas de Cyatheaceas e outros fetos), amplas. Frondes uniformes ou dimorphas quanto a seus segmentos (v.-gr. em A. procera), uni-, bi-, tri-, ou quadripinnadas, de nervação simples ou furcadas (bi ou trifurcadas) nos segmentos (pinnulas). Soros sem indusia (2) , axillares da bifurcação ou dorsal das* venulas,. em geral uniseriados; receptáculo globoso, em geral piloso (os pellos com a denominação especial de para- physes). São conhecidas 37 especies brasileiras que se distribuem em quatro sub-generos, conforme chave analyptica, a seguir. Estudando as especies brasileiras os autores verificaram a possibi¬ lidade de adoptar para ellas vários typos, uns sem semelhantes além do 38 ARCH1V0S DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV typo na nossa flora (À. bleehnoides) (3) , outros com varias especies a elles ligadas por evidentes affmidades, constituindo em conjuncto estes últimos typos com os seus affins o que os autores chamam grupos específicos. v. gr.: grupo procera (Die Procera-Gruppe) no qual Rosenstock (Beitraege zur Pteridophytenflora Südbrasiliensis, Hedwigia, vol. 43, 1904, pag. 213) approxima Alsophila arbuscula Prsl. e A. atrovirens L. et F. de A. procera Klfs:; o grupo armata que em trabalho recente W. Maxon estudou em relação ás especies norte-americanas (Contr. U. S. Nat. Herb. 1922, fase. n. 7) e que também poderemos admittir para especies brasileiras, etc., essa discriminação de grupos ou typos offerecendo grande interesse didactico, para as identificações e a organisação de material, assim como para a veri¬ ficação das affinidades especificas. Chave analyptica das especies brasileiras Do Gen. ALSOPHILA, R. Br. De accôrdo com o trabalho de Diels em Engler-Prantl-Die nat. Pflan- zenfamilien e com adaptações á distineção exclusiva das especies brasi¬ leiras, mas incluindo citações de especies das Guyanas, prováveis no norte do Brasil. I — Frondes simplesmente pinnadas: (unipinnadas) sub-gen. Metaxia (Pr.) Diels. 1) Pinnas integras, pelo menos na metade inferior do limbo: I. A. bleehnoides (3) (Rich.) Hk., Est. I. _ c _ 2) Pinnas pinnatifidas: A. hipinnatifida (Bak.) da Guyana. II — Frondes bipinnadas: 1) Pinnulas integras ou apenas crenadas ou dentadas; recep¬ táculo em geral densipiloso; fetos arborescentes: Sub-gen. Trichopteris (Pr.) Diels. A) Pinnulas de bordos Íntegros, pelo menos na metade inferior: 2. A corcovadensis (Raddi) C. Chr. Est. II e est. III, fíg. 1. B) Pinnulas crenadas ou dentadas até a base: a) Soros em linhas longitudinaes parallelas e próximas á nervura mediana (costa) da pinnula: (3) Que na fácies se approxima de A. Williamsii Maxon, do Panamá, distincta, no emtanto, pela nervação, etc. A, J, de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE %) Soros uniseriados: §) Raches das pinnulas com canal tomentoso: 3. A. decipiens Fée.; Est, III, íig. 2. §§) Raches das pinnulas sem canal tomentoso: 4. A. Feeana C. Chr.; Est. III, fig, 3. %%) Soros biseriados em cada lado da pinnula; limbo infrapilloso: 5, A, elegam Mart.; Est. III, fig. 4. b) Soros em Unha longitudinal marginal sinuosa: A, marginalis KL, da Guyana. c) Soros não em linha longitudinal parallela á costa ou á margem, mas sim dorsaes das venulas em cada segmento e sem o parallelismo supra indicado: %) Separados uns dos outros e em numero de tres a seis por se¬ gmento: ' 6. A. guimaraensis Fée; Est. III, fig, 5. %%) Conniventes em triângulos de apice voltado para a margem, em geral oito soros por segmento: 7. A. Uhi Christ. 2) Pinnulas mâis ou menos partidas: a) Venulas todas ou quasi todas (4) simples; soros dorsaes: sub. gen. Haplophlebia, Mart. %) Pinnulas no máximo partidas só até o meio: §) pinnulas inferiores mais curtas que as medianas: °) pinnulas obtusas ou curtamente apiculadas: . ”). lamina sub-glabra, sub-coriacea: 8. A. atrovirem Langsd. et.~F.) C. Chr, . ” ’*) lamina pilosa: £) lamina infra pilosa: 9. A. radens Klf.; Est. IV. ££) lamina infra esparsi e supra densi-hirsuto-pilosa: 10. A . piUgera Hieron,; Est. III, fig. 7. (f. exindusiada de Hemitelia Hostmanni Hk.?) 00 ) pinnulas evidentemente acuminadas ou caudadas: 11. A. Miersii (4) Hk.; Est, III ? fig. 8 e Est. VI. §§) pinnulas inferiores maiores que as demais: °) pagina inferior pauçipaleacea, sub-nua, com escamas esparsas: 12. A. procera (Willd.). Desv.; Est. V. °°) pagina inferior multipaleacea (com escamas numerosas): 13. A. arbuscula Pr. (4) Em A. Miersii, por exemplo, é frequente observarem-se venulas bi ou trifurcad&s e outras simples. 40 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV §§§) pinnulas inferiores approximadamente tão longas como as medianas: °) Soros isolados; peciolo com escamas bicolores: 14. A. dichromatolepis Fée. Est. III, fig. 6. °°) Soros confluentes enchendo pelo menos a metade da face inferior da lacinea: 15. A. leptocladia Fée Est. V. %%) Pinnulas partidas até além do meio ou quasi até a costa (nervura mediana): §) Soros medianos (collocados approximadamente a egual dis¬ tancia da margem e da‘nervura): °) Venulas tres a quatro por lacinea: A. oblonga KL, da .Guyana. (f. exindusiata de Hemitelia (2> multiflora R. Rr.) 00 ) Venulas seis a oito por lacinea: ") Pinnulas sesseis: £) coriaceas: A. pungem (Willd.) Klf., da Guyana. ££) hérbaceas: A. compta Mart., do Brasil, citada de novo adeante. ” ") Pinnulas pecioluladas: £) Pinnulas sem escamas e afastadas umas das outras, de raches 2 a 3-eanieulado, de venulas atro-purpureas: 16. A. àperta Fée. ££) Pinnulas infra escamosas na costa, e nas venulas. &) Pinnulas acuminadas em cauda: 17. A. Glaziovii Fée. Est. VII Sc Sc) Pinnulas agudas ou obtusas, não caudadas: 18. A. compta 7 Mart. Est. III, fig. 9. §§) Soros sub-marginaes: 19. A. praecincta Kze. Est. III, fig. 10 e Est. X. b) Venulas bi ou trifurcadas: Sub-gen. Dicranophlebia Mart. %) Soros isolados, axilares da bifurcação ou dorsaes das venulas: §) Segmentos até quatro vezes mais longos que largos: venulas seis a nove em cada lado do segmento: °) Fronde glabra ou sub-glabra, escamosa ou não: ”) de lamina coriacea ou sub-coriacea: £) Pinnula peciolulada: 8c) Receptáculo piloso; costula infra sem escamas: A. gibbosa Kl. da Guyana. Sc8c) Receptáculo nú: 20. A. aquilina Christ. ££) Pinnula sessil: 8c) Segmentos contiguos: ^) Raches rufescente: A. aspera R. Br., da Guyana. A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA ELORA BRASILIENSE 41 Raches não rufescente, densiaculeada (fide 1CJrban): 21. A. nitens J. Sm. Est. VIII. &&) Segmentos afsustados: 22. A. dorsalis Fée <5) Est. IX, fig. 1. Syn. de Hemitelia setosa ? ” ”) de lamina herbacea: £) Raches pardo claro; soros fixos cerca do meio da venula: Sc) Lamina infra esparsi-escamosa e pouco pilosa: 23. A. phaierata Mart. Est. IX, fig. 2 e Est. XI. Sc Sc) Lamina evidentemente densi-escamosa: 24. A. leucolepis Mart. Est. IX, fig. 3 e Est. XII. ££) Raches preto: 25. A. nigra Mart. Est. IX, fig. 4 e Est. XIII. °°) Fronde evidentemente pilosa, pelo menos na face inferior: ”) Peciolo muito fracamente muricado; pinnullas infra lanosas: 26. A. villosa Desv. Est. IX, fig. 5 e Est. XIV. ” ”) Peciolo evidentemente muricado; pinnulas não villosas: £) Segmentos inferiores da pinnula, não raro menores, co¬ brindo o raches: 27. A. plagiopteris Mart. Est. IX, fig, 6. ££) Segmentos inferiores cobrindo por vezes o raches, mas então eguaes ou maiores que os demais: A. contracta, cit. adiante: £££) Segmentos inferiores não cobrindo o raches ; pinnas alternas : Sc) Segmentos Íntegros ou anteriormente denticulados, de axilla aguda: = ) Venulas oito a 10: 28. A. paleolata Mart: Est. IX, fig. 7 e Est. XV. = =) Venulas cinco a seis: 29. A. Goyazensis Christ. ■ 8cSc) Segmentos dentados, de axilla curva ou recta: 30. *4. contracta Fée. Est. IX, fig. 8. § §) Segmentos quatro a seis vezes mais longos que largos; venulas no mínimo 10 de cada lado do Segmento; segmentos crenados: °) Ápice e limbo infra glabros ou paucipüosos: 31. A, microdonta Desv. Est, IX, fig. 9 e Est. XVI, 00 ) Ápice e limbo infra pilosos; ”) Fronde herbacea: 32. A. armata. Pr. Est. XVII, XVIII e XIX, fig. 1. ” ”) fronde rigida: £) Pinnulas obtusas, villosas: 33. A. Poeppign Hk. (5) No Herv. do Mus. Nac. eollocamos junto de outros exempl. de Hemitelia setosa, exémpl. iden¬ tificado como A. dorsalis Fée, muito provavelmente uma simples forma exmdusiada de H. setoas, synonymo seg. Baker. 2307-924 *■ 6 42 ARCHIV0S DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV ££) Pinnulas caudadas, glabras: 84. A. eímgata Hk. Est. XIX, fig. 1-2 e 11-d. (Â. tijucensis Fée). %%) Soros confluentes, enchendo %. ou % ou toda a face inferior do segmento. §) Segmento basilar da pinnula adherente á costa: 35. Â. impressa Fée. Est. XIX, fig. 1-3. § §) Segmento basilar da pinnula livre da costa. ü ) Glabra: A. aquilina Christpjá citada. °°) pilosa. ”) Segmento basilar cobrindo a costa: A. plagiopteris Mart., já citada. ” ”) segmento basilar não cobrindo a costa. £) Pinnula infra villosa: A. villosa, já citada. ££) Pinnula não villosa; A paleolata, já citada. III. Frondes tri ou quadripinnadas: Sub-gen. Multipinnula. A. Fronde infra albo-villosa ou sub-femiginea; segmentos terciários partidos ou pinnados; raches M ou trisulcada: 36. A. guadripinnata (Gmel.) C. Chr. Est. XIX, fig. 1-4 e Est. XX. B. Segmentos terciários apenas crenados; raches flexuoso, bisulcado: 87. A. flexmsa Fée. A presente chave é, como se vê, arbitraria, destinando-se principal- mènte a facilitar os trabalhos de identificação de material. As affinidades naturaes das especies, não podendo ser bem definidas senão mediante acurado estudo dos exemplares-originaes respectivos, o que nem mesmo aos especialistas melhor apparelhados foi dado reaiisar de modo indiscutível, não são por isso conhecidas de modo a nos permittir uma segura orientação no caso; seria absurdo argumentar simplesmente com diagnoses e iconographias, sabido como é que não basta actualmente a litteratura phytographica para aperfeiçoamento taxinomico. Para esclarecer o leitor nesse ponto, se neophyto no assumpto, vamos nos limitar a duas únicas citações: X a ) Em seu trabalho “Studies of tropical american ferns, n. 3” (Contr. U. S. Hat. Herbarium vol. 16, parte 2, Washington 1912) o illustre especialista Wüliam R, Maxon descreveu 21 efepecies norte-americanas do gen. Hemitelia, subrgen. Cnemidaria, esta¬ belecendo a respectiva chave analyptica; depois de se referir ás.diffieuldades que apresentam as Cyatheaceas pára uma satisfactoria delimitação das respectiva especies, declara que, A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 43 não obstante o abundante material accumulado em Washington e New York, foi-lhe impossiv.l a satisfactoria conclusão do referido trabalho sem a assistência dos especialistas europeus e consequentemente sem a consulta aos hervarios da Europa, pelo que recorreu aos hervarios do Jardim de Kew, do British Museum de Londres, do Botanisk Museum de Copenhague, do Jardim Botânico de Bruxellas, do Jardim e Museu Botânicos de Berlim, do Dr. Christ, de Basel e do Dr, Rosenstock, de Gotha. 2 a ) E. de Wildeman, iflustre direetor do Jardim Botânico de Bruxellas, em seu tra¬ balho “A propos de Phytographie”, publicado em 1914, no vol. 50 (Supplemento) de Engler Botanische Jahrbücher, referindo-se á importância e ás actuaes difficuldades da phytographia, diz textualmente: «Les botanistes anatomistes, physiologistes et biologistes sont portés à ne donner aucune valeur à 1'herbier. Pour les premíers, en général, les earactères anatomiques sont seuls capables de permettre des conclusions de haute Science; pour les seconds, la vie intime de Porganisme permet, mieux que tous les autres earactères, d^rriver à des conclusions sur la filiation dep étres. Pour le biologiste, enfin, la seule étude de valeur est 1’appréciation de la vie; car, en se basant bien entendu sur les données de 1’anatomie et de la physiologie, il con- sidère le travail du phytographe comme celui d’un simple manoeuvre destiné à comparer entre elles les plantes, et comme un colleetionneur de foin sèehe. Ils ne songent pas suffisamment que toutes leurs études sont vouées à la depreciation si elles ne portent sur des doeuments soigneusernent definis. Or, commeht pourraient-ils determiner leurs materiaux d ? études si des descriptions soigneuses n’ont pas été faites, et si lés doeuments authehtiques ne se trouvent conservés avec soin dans les herbiers ? Trop souvent, malheureusement, les études anatomiques et biologiques sont faites sans examen specifique préalable, et beaucoup dentre elles sont ainsi, dès la base enta- ehées d ? erreur. Mais, diront cértains botanistes, les flores sufíisent pour déterminer les espèces. CPest là ime appreciatiqn erronée. Tous ceux quí se sont occupés de la detehnination d^éehantillons ont pu se rendre compte très souvent qu J il est, dans bien des cas, difficile et même impossible de determiner, sans le moindre doute, un type végétal si 1'on n’a pu le comparer à un échantillon d 9 herbier type ou authentique. La deseripfeion, même minutieusemfent faite, peut induire un observateur en erreur, car elle est loin d'être capable, sauf si des earactères particulièrement saillants existent, de presenter une peinture complète d J un végétal. Tous les phytographes savent aussi que même des planches fort bien faites, ce qui est loin d’être commun, ne peuvent, dans la plupart des cas, remplacer un échantillon d J herbier, fuit-il même en mauvais ètat, pourvu qu’il ait été authentiqué par un bota- niste ayant fait se preuves. » Devo por isso definir o presente estudo como uma compilação dos actuaes conhecimentos phytographieos relativos ás especies brasileiras do gen. Alsophila, cuja necessidade se evidencia do simples facto de só se referir a monographia de Baker na Flora de Martius a 20 especies brasi¬ leiras, sendo como é hoje de 37 o numero das que admitte Christensen (Index' Filicum) para o Brasil. Eis um exemplo em abono dos esforços que é preciso desenvolver para 44 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV que venha a ser possível a revisão da Flora de Martius, hoje antiquada, revisão de que deve resultar a elaboração de uma nova “Flora Brasiliense”, em vernáculo, que remova tanto quanto possível as actuaes difíiculdades da phytographia e das identificações das plantas, para que a phytographia não continue a ser, maximé em nosso meio, um tão grande obstáculo ás •pesquizas botanicas, em especial da Biologia vegetal, cuja primeira etapa é o reconhecimento taxinomico das plantas em estudo. Em outros trabalhos a publicar nos “Ar chi vos” e no “Boletim” do Museu Nacional, proseguiremos na reunião de dados technicos que apro¬ veitem á revisão da “Flora Brasiliensis” de Martius. # Reservamos para uma segunda nota a discriminação dos grupos espe¬ cíficos que as affinidades de varias especies permittem verificar no genero Asophila e bem assim o estudo do polymorphismo foliar no genero. Conforme o trabalho que publicamos no “Boletim” do Museu Nacional — I, sob o titulo “O valor taxinomico da indusia nas Cyatheaceas”, devemos considerar precaria a situação das especies de Alsophila e desse genero mesmo, sujeito a desapparecer talvez, á vista das verificações feitas por vários autores quanto a indusias fugazes ou caducas nas Cyatheaceas- cyatheeae a que pertence o genero citado. Não será de admirar que venha a ser adoptada a proposição de Co- peland, que um dos trabalhos de Maxon nos fez conhecer, para que sejam fundidos em um unico genero os tres citados, da tribu cyatheeae: Cya- thea, Hemitelia e Alsophila. Os autores em geral manteem ainda hoje estes tres generos como distinctosj na falta de uma solução segura e natural para o caso; Diels, em Die nat. Pflzf., diz que a distineção entre estes tres generos é hoje mantida como recurso ou expediente de momento, e Maxon em uma de suas notas constantes de Contr. XI. S. Nat. Herbarium, referindo-se á proposição de Copeland, declara também que para o momento prefere admittir os tres generos. Vários teem sido os casos de especies do gen. Asophila transferidas hoje para os gen. Hemitelia ou mesmo Cyathea, sendo consideradas por isso como simples formas exindusiadas de especies destes dois últimos ge¬ neros algumas das especies deseriptas como Alsophila. O simples compulsar do Index Filicum de C. Christensen permittirá ao leitor a verificação da extensa synonymia. Na nossa citada nota sobre o valor taxinomico da indusia nas Cyatheaceas ventilamos o assumpto. Á' vista das difficuldades que offereee a solução deste problema taxi¬ nomico, deve-se deixar permanecer distinctos actualmente os tres generos, A. J. de SAMPAIO CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 45 continuando por- isso a ter personalidade taxinomica (se me permittem a expressão) o gen. Alsophila, como é admittido. Devo deixar em evidencia que no momento actual algumas especies brasileiras de Alsophila já são apontadas como prováveis formas exindusiadas de especies de Hemitelia; assim, Alsophila dorsalis (Fée), considerada por Baker como sendo prova¬ velmente Hemitelia setosa; a especie guyanense A. oblonga, considerada como provavelmente H. multiflora, de que, a nosso ver, muito se relaciona também A. piligera Hieron. Caracteres específicos e dos sub-generos em que se distribuem as especies brasileiras Observação — Por vezes as diagnoses de novas especies teem sido limitadas aos caracteres de um simples fragmento da fronde, razão porque são omissas; de um modo geral, cumpre completar as descripções dos fetos arborescentes brasileiros, o que é trabalho a realisar á vista do exemplar vivo e, se possivel, attendendo-se a questões ecológicas e a variações na producção dos soros, observando nos soros verdes a presença ou não de indusia, pois teem sido verificadas esp. sem indusia (á vista de exemplares de hervario) que, no em tanto, são providas de indusia tenue, frágil, caduca ou fugaz; d J ahi a razão pela qual algumas especies novas de Alsophila foram verificadas mais tarde como Hemitelia, etc, (2) Abreviaturas: alt. : altura; diam.: diâmetro; Esp.: especie; Farnkr.: H, Christ — “Die Farnkráuter der Erde; Ind. FU.: C. Christensen — “Index Filicum”; l. c.: obra citada; lg.: longo, a (com relação a compri¬ mento); alt: largo, a (com relação a largura); Pflzf.: Engler-Prantl-Die natürlichen Pflanzenfamilien. stjb-gen. I: Metaxia, (Pr.) Diels Frondes unipinnadas, Monotypo na flora brasileira: 1. Alsophila blechhoi3des (Rich.) Hook. Bp. Fil, I. 35. • Est. I. Synon.: Polypoâium hlechnoides L. Rich. Act. S. Hist. Nat. Paris I, 1792; Sw, 1806; P. rostratum H. B. Willd. (não Grev.), 1810; P. Parkeri Hk. et Grev. 1831. Aspidium rostratum HBK (não Wall.), 1815. Amphidesmium hlechnoides KL 1847, Alsophila rosírata Mart. Ic. Cr. Bras. 64. t. 39, 1834. Metaxya fostrata Pr. 1836. Rhizoma rasteiro. Frondes grupadas em cespedes sesseis, 1 a 1,20 m. alt., unipinnadas ; pinnas pecioluládas, lanceoladas, membranaeeo-papy- 46 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV raceas, glabras, inteiras, excepto no apice, que é dentado ou crenado e eau- diculado (rostro, donde o n. espeef. rostratum supra citado); venulas tenues, livres x parallelas, simples, ou raro bifurcadas, numerosissimas. Soros dorsaes das venulas, numerosos e em geral em duas series ou linhas irre¬ gulares longitudinaes, próximas á nervura mediana, mais nitida em geral a linha interna; esporangios entre longas paraphyses. A. geogr.: America tropical: índias Occidentaes, Perú, Guyanas, Brasil: Amazônia, nas mattas do rio Negro, seg. Mart.; o Herv. Mus. Nac. permitte-nos accrescentar: Matto-Grosso, S. Manoel. Fev. 1912, Hoehne 5.267 e 5.268, graças a material colligido pela Commissão Rondom A esp. não tem símile entre os representantes brasileiros do genero Alsophila; é em nossa flora o representante único do sub-gen,. Metaxya (Pr.) Diels; pela fácies approxmia-se de A. Williamsii Maxon, do Panamá, recem-descripta e de que diífere pela nervação e outros caracteres, pelo que A. Williamsii Maxon foi incluída pelo seu autor na sub-gen-Trichop- teris. (Vide W. R. Maxon “A Singular New Alsophila From Panamá”, em Contr. U. S. Nat. Herbarium, vol. 24-2, Washington, 1922.) Emquanto que A. Williamsii Maxon apresenta caule de 2 m. de altura ou mais, a especie brasileira A. blechnoides se distingue das demais no genero pela falta de tronco ereeto dos demais fetos arborescentes; Christ (Die Farnkrâuter der Erde, 1897) diz que A. blechnoides se destaca pela ausência de estipe e pela pinnação simples. sub-gen. II: Triehopteris, (Pr.) Diels * Bipinnadas; pinnulas integras ou apenas crenadas ou dentadas; receptáculo em geral densipiloso. 2. Alsophila coroovadensis (Raddi, não Fée) C. Chr. Ind. Filicum 1906. Est. II e III, fig. 1. Bynon.: Polypodium corcovademe Raddi (não Fée) Byn. Fil. Bras. 1819 e Pl. Bras. I. 26. t. 40 f. IY-b e t.47-3, 1825; P. taenitis Roth. Nov. Sp. Plant. 1821. Trichipteris excelsa Pr. Del. Prag. 1822; Trichopteris denti- culattt Pr. Tent. 1836. Alsophila excelsa Mart. Ic. Orypt. Bras. 63, t. 27 e 29, fig. 1 e 2, t. 37, 1834; A . taenitis Hk. Sp. Fil. I. 35. 1844; Baker, Fl. Mart. I. 2, 319, t. XL, fig. IV b e LXVII, fig. 3; H. Christ. Farnkr. 1897 e Wettst. und Schiffn, Ergebn. boi. Exped. Südbras. I. 1908; etc. Arborescente, I, 50 a 6 m. alt. Frondes grandes, 1,20 a 2,50 lg., 60 a 90 cm. lt., bipinnadas , coriaceas; pinnulas pecioiuladas, 12-20-jugadas, sub- A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA PLORA BRASILIENSE 47 oppostas em geral, 7,5 a 10 cm. lg. lanceoladas ou lineares sub-integras, (1) 1,5 cm. lt.; soros uniseriados , em linha longitudinal parallela á nervura mediana (2) e equidistante (3) do bordo; venulas bi-ou trifurcadas; esporangios entre longas paraphyses. Pinnulas estereis mais largas e de apiculo mais curto, seg. Christ. Esp. prox. de A. elegans Mart. (sub-esp. de A. corcovadensis, seg. Christ-em-Wettst. und Schiffn.-Ergebn. p. 17), de que se distingue por ter esta (A. elegans) pinnulas menores, crenadas e soros pelo menos na base da pinnula biseriados. H. Christ,, em Westtst, und. Schiffn.-Ergebn. cit. admitte para as especies as seguintes variedades novas: var. laurifolia Christ, 1. c. p. 16, t. I, fig. I e t. VIII, f. 13 e 14. Pinnulas ferteis ovaes, 11 cm. lg., 2 a 9 cm. lt., inteiras. var. lobata Christ, 1. c. p. 16. Pinnulas crenadas, de crenação com 3 mm. de larg. e 2 mm. de profundidade; soros em linha longitudinal parallela á cre¬ nação, pelo que esta var. tem o fácies de A. Miersii Hk. seg. Christ. var. submarginalis Christ, 1. c. p. 37. Pinnulas ferteis 10 cm. lg., 1-2 cm. lt., denticuladas; soros a 1,5 mm. do bordo (isto é, mais proximos da margem, donde o nome da var.) A. geogr.: Sul do Brasil: Minas Geraes, Rio de Janeiro, S. Paulo, Santa Catharina, Rio Grande do Sul. No Herv. Mus. Nac.: S. Paulo; Santos, 10-12-1874, Mosen 3.100; Rio: Riedel s. n.; Minas Geraes, Fev. 1881, herv. Amélia; var. lobata : Minas Geraes, serra da Piedade, Damazio, 1.118. Seg, A. Christ, A. corcovadensis é typo de um grupo especifico a que pertencem A. Feeana C. Chr.: (A. Glaziovii Bak.) e A, elegans Mart., que considera aliãs como sub-esp. de A. corcovadensis (Raddi) C. Chr. (H. Christ- Wettst. und Schiffn.-Ergebn. cit. p. 17). Os caracteres distinctivos dessas especies constam da chave analyptica. 3. AlsophIla decipiens Fée, Cr. Vasc. Bresil 2.81, t. 103, f. I, 1872-73. Est. III, fig. 2. Arborescentes, 60 a 80 cm. alt. Frondes glabras, bipinnadas, de pecioló espinhoso, de espinhos inferiores uncinados e superiores rectos; raches das pinnulas largamente canalieulada, de canal densi-tomentoso; pinnas oblongas (1) Na var. lobata são crenadas. (2) Excepto na var. lobata. (3) Excepto na var. sub-marginoMs. 48 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV 30 cm. lg.; pinnulas laneéoladas, 17 a 19-jugadas, alternas, uniformemente cr e nadas, de base, cordato-truncada, 5 cm* lg., 1 cm. lt., de nervuras infe- ' A ... riormente escamosas, com escamas alvacentas túrgidas simulando espo- rangios ou indusias de Cyathea; soros uniseriados; esporangios grandes, ruivos, de annel 30 a 32-articulado. A. geogr.: E. do Rio: Serra do Itatiaia, seg, Fée 1. c. Observação —* O. Ohristensen, em Index Fílicum 1906, admitte com reserva esta esp. de Fée. 4. Alsophilà Feeanà C. Chr. Ind Fil. 42, 1905. Syn,: Alsophilà Glamomii Bak. (não Fée) FL Mart. 1-2. 592. 1870. Trzckoptens êemm Fée (não Pr.), Cr. Yasc. Br. 2. 83. 1872-73. Nota: Fie, em Cr. Yasc. Br. 1869 p. 175, considerou Tr, elegans Fée como synonymo de Alsophilà elegans Mart., porém na continuação desse seu trabalho (vol. II, 1873, p. 83) considerou-a differente de A. elegans Mart., dizendo: 0 especimen differe hgeiramente da estampa de Martius (lc. Crypt. Bras. p. 63 t, 38). As frondulas são um pouco obtusas e mais longamente pediculadas* Estas differenças, de resto, não são notáveis. • C. Christensen, concordando com Fée quanto a serem diferentes A. elegans Mart. e Tr. elegans Fée, creou o novo nome A. Feeana C. Chr. para esta especie a que Baker em 1870 chamara Á. Glaziovii, denominação que não podia ser conservada porque já outra especie do mesmo gen. t existia com esse mesmo nome (Á, Glaziovii Fée) creada por Fée. em 1869; esta esp. de Fée tinha direito á ^prioridade. Arborescente, Frondes bipinnadas, sub-coríaceas, glabras, 60 em. lt. de raches nua; pinnas oblongas laneéoladas, pecioladas, 30 a 3 cm. lg. ; * '10 a 12,5 cm. lt; peciolo 2,5 cm. lg.pinnulas afastadas, 12-15- jngadas, alternas ou sub-oppostas, linéar-liguladas, agudas, crenuladas e peciolu- .ladas; soros-pequenez, uniseriados, mais proximos da-nervura mediana; receptáculo globoso, densipilosd; paraphyses ferrugineas. A, geogr .: Brasil: Rio de‘Janeiro (Fl. Mart.); no herv. do Museu Na¬ cional: Paraná: Fernandes Pinheiro, in silva primaeva, 1-904, leg. et det. P. Dusen 3224. Beg. Rosenstock: Santa Catharina. Prox. de A. corcovadensis (Raddi) C. Ghr., de que se distingue, ség. Baker (FL Mart.), pela consistência menos coriaeea, pelo menor numero de pinnulas e por serem as suas pinnulas mais curtas e crenuladas e os soros maiores, mas em menor numero. Beg. Christ. (Geogr. d. Farne 1910, p. 312), é xerophyta, dos campos do sul do Brasil, como A. elegans e A. arbuseula. Nota : À pinnula fértil apresenta bordos revolutos. A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 49 5. Alsophila elegans Mart. Ic. Cr. Bras. t. 38, 1834. Synon.: Trichopteris elegans Pr., Tent. Pter. 59, 1836. e como var.: Alsophila crenata Kze. Bot. Zeitg. 1844 e Trichopteris QfendtaV ohl, Fée Cr. Yasc. Br. I. 175. 1869, syn. da var. crenata Bak. Muito próxima de A, corcovadensis (Raddi) C. Chr., de que H. Christ considera simples sub-especie (Christ em Wettst, und Schiffn.-Ergebn. cit.), distingue-se de A. corcovadensis (Raddi) C. Chr. por ter pinnulas menores e soros em duas Unhas irregulares, pelo menos na base da pinnula , as pinnulas de margem revoluto-integra (no typo) ou crenada (na var. crenada Bak.) var. crenata Bak. FL Mart, 1-2, 1870. (Synonymia já citada acima). Pinnulas mais ou menos crenadas. A, geogr.: Brasil: S. Paulo e Minas Geraes (esp. typo); para a var.: * Minas Geraes, seg. Fl. Mart.; o Herv. do Museu Nacional do Rio de Jan. permitte-nos acerescentar: E. do Rio: Serra do Itatiaia, V1-902, P. Dusen 453, det. Christ.; Paraná: S. Bento, Rincão das Pedras, Jan. 1880, Sch- wacke coll. 11-83, det. A. Samp.; quanto á var. : Minas Geraes (Caldas, Regnell 1-479 e Mosen 2.041): Ouro Preto, Damazio, 832 leg, et det.: S. Paulo: Serra da Bocaina, Set. 1879, Glaziou e Schwacke s.n., de t. A. Samp. Seg. H. Christ (Geogr. d. Farne 1910): faz parte do grupo de fetos arborescentes xerophilas, dos campos do sul do Brasil (vide A. Féeana C. Chr.) e também se encontra nas mattas frescas do iittoral, de permeio com A. quadripinnata, Féeana,' corcovadensis, phalerata e outras cya- theaceas; como caracteres xerophyticos, Christ. indica a textura coriacea e seu pequeno crescimento, caracteres estes também peculiares a A. ar- buscula, radens. Féeana. 6. Alsophila guimabaensis Fée et Glaz., Fée Cr. Vasc. Br. 2.81 t. 103 f. 2, 1872-73. Est. III, íig. 5. Especie admittida por Christensen (Ind. Fil. 1906), a qual apenas consta na obra de Fée. Frondes heteromorphas, bipinnadas, glabras, de peciolo escamoso; escamas ovoides, discolores, de margem fimbriada; pinnas pecioladas 30 cm. 1 g., 8 cm. lt,; pinnulas dimorphas, umas brevipecioladas, oblongas, agudas ou obtusiusculas, crenadas de bases sub-cordadas, 6 cm. lg. e 1 a 1,5 cm. lt. na base, outras ovoides, sub-sesseis, ou sesseis, de base arrendondada e margem integra ou sub-integra, 18 mm. lg. e 6 a 7 mm. lt.; raches alado e subtomentoso ; soros pequenos. 2307-924 7 50 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV A. geogr,: Brasil: Rio de Janeiro, seg. Fée lc. 7. Alsophila Ulei Christ. II. Christ-Filices Uleanae Amazonicao. Iledw. 44, 1905, p. 307. Arboreseente, 1 a 3 m. alt. Frondes amplas coriaceas, bipinnadas, gla- berrimas; pinnas 40 cm. ]g. 21 cm. lt., peciolidadas, de base não attenuada, oval-acummadas; pinnu.las distantes 1 a 3 cm. urnas das outras, brevi- pecioluladas, 21 -jligadas, de base larga truncada, lanccoladas, 9, o cm. lg., 2 cm. lt. acuminadas, não profundamente lobadas, de lobos com 2 mm. ]g. e 3 mm. lt. horizontal mente truncados, não emarginados, crenulados, brevipilosas, de nervação pi mm da ; venulas 4 de cada lado do lobulo, simples e supra amarellas; soros grandes, globosos, com mais de 1 mm. diam., cerca de 8 em cada segmento, connwentes em iriangulo que nu.o ai tingem á margem ; receptáculo elevado na face inferior e impresso na superior, albi-escamoso, de escamas pequeníssimas. A. geogr ,: seg. Christ. (1. c e Geogr. der Farne p. 303): America meri¬ dional; Peru e Brasil; Amazônia e Guvana. Xota: A esp. não foi ainda representada em iconogmphia; a julgar pela disposição dos soros em linha quebrada, em V invertido ou em tri¬ ângulo (como diz Christ. na diagnose), sobre pinnula coriacea, pode-se pensar em, algo de semelhante com A. Miersii e A. corcovadensis var. loba!a. com a immediata clifferença de lobos truncados, ã maneira de Xephrodium, de A. Ulei Christ. Especie insigne segundo Christ. sun-onx. III: Haplophlebia, Makt Nervuras em geral simples. 8. Alsophila atrovikens (Langsd. et Fiscli.) Pr. Tení. Pterid. 01, 1 Synon.: Pulypodium airovirens Langsd. et Fisch Ic. Fil. 12. t. 14. 1810. Alsophila //ookeriana Kl.I Hk.-Sp. Fil. I. 39. 1844. Arboreseente, 1. 20 a 1, 50 m. alt, Frondes bipinnadas, sub-coriaceas, sub-glabras, 1,20 a 1, 50 lg., 60 a 75 cm. lt.; pinnas oblongo-lanceoladas, 22 a 37,5 em. lg., 10 a 12,5 cm. lt., brevipecioluladas, de peciolulo articulado na base; pínnulas 15-25-jugadas, contíguas, sesseis, linear-liguladas, as medianas com 5 a 6,5 cm. lg., agudas ou sub-obtusas ou acuminadas, par¬ tidas até a quarta parte ou ao meio e de base asymctrico-sub-truncada: segmentos sub-reetos e sub-integros, obtusos, com 4 a 5 venulas em cada metade do limbo; venulas em geral simples; soros pequenos, 4 a 8 por la- cinea, medianos; receptáculo pequeno, globoso e piloso. A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 51 A. geogr Juan Fernandez, Panamá e Brasil meridional: Minas Geraes, E. do Rio, S. Paulo e Santa Catharina. Para o Paraguay H. Christ (Geogr. der Farne p. 308) cita úma var.: elongata. Rosenstock (Beitr. z. Pteridoph. II) indica as novas variedades acumi - nata , major , squamulosa, patula, subcordata, rígida, e furcaíivmia , do sul do Brasil: Rio Grande do. Sul, Santa Catharina, Paraná e S. Paulo — Yide addenda. Feto arborescente xerophila, fazendo parte, segundo Christ (Wettst. und Schiffner-Ergebn. cit. p. 17), do grupo especifico de Alsophila procera Klfs. a que pertencem : Á. arbuscula Pr., À. atrovirens, A. radens Mett., A. leptocladia Fée, do Brasil, e A. pycnocarpa Kze., do Perú, Fée (Cr. Vasc. Br. 1869, vol. I, p. 166) considera A. atrovirens como synonyma de Alsophila compta Mart., com o que não concorda Christensen em seu Index Filicum 1906; por sua vez Baker (Fl. Mart.) julga provável que A. radens Klf. seja uma simples var. de A. atrovirens. Pela chave ana- lytica se verifica que A. atrovirens se distingue de A. radens apenas por ser sub-glabra a primeira esp. e pilosa a segunda seg-Fl. Mart. W uma distincção sem duvida precaria, pois não são raras as especies com varie¬ dades ou formas, umas glabras, outras pilosas. Fée (1. c.) referindo-se a A. Hookeriana Kl. (syn. de A. procera seg. C. Christensen) considera-a como provável var. de A. procera. 9. Alsophila radens Klf. Enum. Fil. 248. 1824. (Vide addenda.) Arborescente, 90 cm. alt. Frondes bipinnadas, herbaceas, 1,20 a l,50m. lg., 60 a 90 cm. lt., de peciolo escamoso, de escamas ovaes acuminadas; pinnas lanceoladas, brevipecioladas, 30 a 45 cm. lg., 10 a 12,5 cm. lt, ; peciolulo de basé articulada; pinnulas 20 a 25-jugadas, contiguas, agudas, partidas até o terço ou o meio, sesseis, de base truncada, de segmentos rectos, obtusos; venulas em geral simples, 4 a 5 por metade de lacinea, todas por vezes soriferas; soros pequenos, medianos; receptáculo globoso densipiloso. A. geogr. : Brasil: Santa Catharina, seg. Fl. Mart. ;xerophyta dos campos do sul do Brasil, seg. Christ, Geogr. Farne. No herv. do Museu Nacional: Paraná: P. Dusen 4.439, que confere com a fig. LXIV de Lowe-Ferns br. V and. exot. vol. VIII. Segundo Baker (Fl. Mart.), esta espeeie é provavelmente uma var. de A. atrovirens (Langsd,. et. Fisch.) Pr.; Diels, em Engler-Prantl-nat- Pflzf., considera-a muito próxima desta espeeie, de que se distingue (vide chave analytica e a diagnose anterior) pela presença de pellos na face inferior. Christ (Ergebn. cit.) indica-a como muito próxima de A. arbuscula, de que se distingue por ter pinnulas basilares menores que as demais e 52 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV segmentos não muito paleaceos (ou escamosos) inferiormente. Pelas suas affinidades faz parte do grupo especifico de A. procera Klf, 10. Alsophila piligera Hieron., Pl. Stubelianae, Hedw. 45. 234, t. XIY-6, 1906. Arborescente? Frondes pinnadas no apice e na base e bipinnadas no meio, de apice pinnatifido-lobulado-acuminado; rhaehis de base aculeada, de aculeos lrnm. lg, esparsos, nigro-purpureos, supra denso-hirta e ínfra- pubescente, tenue alada no apice da fronde, aza com 0,5 a liam. lt.; pinnas medianas pinnadas, 22 cm. lg., 9 a 10 cm. lt., maiores que as basilares e as superiores; pinnulas (das pinnas medianas) sesseis, lobuladas até o meio, laneeoladas, oblongas, obtusas, membranaceas, esparsi-pilosas, as maiores com 5 cm. lg. e 1,5 em. lt., os lobulos terminaes semicirculares orbi- culares; venulas 5 a 7, bi ou trifurcadas nos lobos das pinnas inferiores e superiores e com soros axillares da. bifurcação; nas pinnulas das pinnas medianas as venulas são simples, 3-4-jugadas, e com soros dorsaes. Soros pequenos, com menos de 1 mm. de diam. A. geogr.: Brasil: Pará seg. Hierou. Creando essa nova esp., Hyeronymus indica-a como próxima de Al¬ sophila oblonga KL, de que a distingue pela textura membranacea, pela maiof largura das pinnulas e pelo rhaches alado da nova esp. Não obstante o citado autor indicar no mesmo trabalho PL Stube- lianae, a pags. 231, Hemitelia Hostmanni Hk., também para o Pará e mais para o Alto Amazonas, o que deve significar que o autor admitte como dif- ferentes estas duas especies, uma der gen, Alsophila ( e como tal: sem in- dusia) e outra do gen. Hemitelia (e como tal: indusiada), não podemos deixar de chamar a attenção para a grande semelhança entre as duas es¬ pecies, semelhança facil de verificar pelo confronto da estampa XYI, fig. 6, do cit. trabalho de Hieronymus e a estampa 646 de Hooker ícones Filícum (Hemitelia Hostmanni Hk,). Admittindo a possibilidade de ser Alsophila piligera Hieron, uma simples forma exindusiada de Hemitelia Hostmanni Hk. (Hemitelia multiflora (Sm.) Spr. var. Hostmanni seg. FL Mart.), como outras especies de Alsophila teem sido verificadas como formas exindusiadas de Hemitelia ou de Cyathea (Yide A. J. de Sampaio — “ O valor taxinomico da indusia nas Cyatheaceas”. BoL Mus. Nac. I), chamamos aqui para o caso a attenção do leitor, salientando que a affinidade que Hyeronymus reconhece para Alsophila piligera Hieron. em relação a A. oblonga Kl. ainda mais favorece essa supposição, pois esta ultima especie, da Guyana, foi considerada por Hooker como var. provável de Hemitelia multiflora (seg. Baker, FL Mart.) Na chave analytica, arbitraria, A. piligera Hieron, figura distante de A. oblonga KL, parque nessa chave vigora como caracter de primeiro plano A. J. »B SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 53 para a divisão do sub-gen. Haplophlebia, a segmentação ou lobulação das pinnulas até o meio ou além do meio do limbo. No estudo, porém, dos grupos específicos, ellas terão de figurar juntas, se mantidas no gen. Alsophila, pois bem pode vir a serem transferidas para o gen. Hemitelia. J. Huber (Materiaes para a Flora Amazônica — Boi. Museu Goeldi, do Pará, vol, III, 1902, p. 402) cita para a Amazônia Alsophila ferox Pr. e Hemitelia multiflora R. Br.; tal esp. de Hemitelia é pois peculiar á região e estende-se dahi á Guyana e á Oolumbia. 11. Alsophila Miersii Hk. Sp. Fil. 1. 38. 1844; Baker, Fée, Christ, Christensen, na litteratura citada. Est. VI. Synon.: A. acwninata J. Sm. Lond. Journ. of Bot. 1. 667, seg. C. Chr. Ind. Fil. A. unita Kze, seg. Bak. Fl. Mart. Arborescente. Fronde glabra, bipinnada, sub-coriacea, 1,50 a 1,80 m. lg., 90 cm. a 1,20 m. alt., nitida, luteo-brilhante na face superior; pinnas oblongo-lanceoladas, pecioluladas, de base articulada, 45 a 60 cm. lg. e 25 a 27,5 cm. lt. mediana; peciolulo 2,5 cm. lg.; pinnulas 15 a 18-jugadas, lineares, longi-acuminadUs (caudadas), pecioluladas (peciolulo 5 mm. lg.), as medianas pinnatifidas até o meio, de base desigual, 10,5 a 15 cm. lg., de segmentos obtusos, sub-rectos, sub-integros (algo denti- culado no apice), com 4 a 5 nervuras simples por metade de segmento (nos exempl. do Museu Nacional e do' Jardim Botânico observamos alguns segmentos com 6 a 9 venulas por metade de segmento e algumas venulas bifurcadas e outras trifurcadas); soros medianos, 4 a 5 pares por lacinea (até 8 pares e um soro no exempl. do Museu Nac. e do Jardim Bot.); receptáculo pequeno, punctiforme, piloso. Nota: Os exemplares que tivemos occasião de examinar no Museu Nacional e Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em ambos os hervarios já classificados como A. Miersii Hk., não obstante as differenças registradas acima quanto a caracteres não verificáveis na diagnose da Flora Brasi- liensis, são a nosso ver a referida especie, a julgar pela semelhança de fácies com Alsophila corcovadensis (Raddi C. Chr. (A. taenitis) var. lobata Christ. n. var. de que o Museu Nacional tem uma duplicata do exemplar- original da var., isto é, um exemplar de L. Damazio, 1.118, Minas Geraes: Serra da Piedade, authenticado por Leonidas Damazio. Este ponto de re¬ paro, para segurança da identificação do material a que me venho referindo, tem razão de ser, attendendo-se a que não existe iconographia desta especie, como assevera Fée (Cr. Vasc. Br.), as differenças verificadas quanto a nervação permittindo duvidas, pois se tivesse de prevalecer como predo¬ minante a nervação bi ou trifureada que em alguns segmentos pinnulares se verifica, então os exemplares citados seriam antes do sub-gen. Dicrano- 54 VOL. XXV V - ‘ ;V, T> / '* ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — phlebia Mart, e possivelmente outra especie, o que só a comparação de nosso material com o exemplar-original de A. Miersii nos perraittiria ve¬ rificar. Sem tal factor de contrôle, julgamos conveniente salientar um ca¬ racter interessante, não indicado na diagnose supra, isto é, a contiguidade dos soros em uma linha quebrada, continua da base ao apice da pinnula, em cada lado da pinnula, parallela á lobulação formando os soros em cada segmento da pinnula um V invertido, isto é, de apice voltado para a margem do segmento, mas sem attingir a margem, em uma disposição continua ou unida (razão de Alsophila unita Kze?) possivelmente comparável á que Christ. indica para os soros em Alsophila Ulei Ch. n. sp., o que não podemos affirmar com segurança porque não dispomos de exemplar authenticado dessa ultima especie. A’ vista do exemplar de A. corcovadensis var. lobata Ch. n. var. (Leonidas Damazio, 1.118), podemos accrescentar que nesta especie a linha quebrada formada pela contiguidade dos soros é muito menos pronunciada que nos exemplares que temos como . A. Miersii Hk. Damos uma estampa original do referido exemplar do Museu Nacional, para mais facil verificação do exposto, por parte dos especialistas que possuam exemplares originaes da especie ou authenticados por estes. A. geogr.i Yenezuela e Brasil: Estado-do Rio: Serra dos Órgãos; Rio: Tijuca; Santa Catharina.. Segundo H. Christ. (Geogr. der Farne), figura entre os fetos arborescentes peculiares ás mattas do sul do Brasil (A. cor¬ covadensis, Miersii, arbuscula, paleolata, microdonta, leucolepis e armata, esta ultima esp. com larga dispersão na America). Os exemplares do Museu Nacional procedem de : Rio, Tijuca, leg. et. det. Glaziou s. n.; E. do Rio: Serra dos Órgãos; Theresopolis,' 1868, leg. I. G. (Ildefonso Gomes?). 12. Alsophila procera (Willd.) Desv. Prodr. Foug. 319. 1827; f- Mart. Ic. Cr. Bras. Est. 40. Bak. Fl. Bras. Mart. S3 r non.: Polypoâium procerum Willd. Sp. Plant. Y. 206, 1810. A. arbuscula Klfs. Mart. H. Christ Farnkr. 1897, p. 324. A. armigera Kze. Linn. 9. 98. 1834 (Perú), vaíT? seg. Christensen. Arborespente, 1,80 a 3,60 m. alt. (4 m. Fée) Frondes escamosas (es¬ camas lineares acuminadas 2,5 cm. lg., castanhas, de margem por vezes parda) no raches, papyraceo-herbaceas, bipinnadas ou tripinnadas, 1,50 a 1,80 m. lg., 75 a 90 cm. lt., glabras, infra pouco escamosa; pinnas oblongo-lanceoladas, pecioluladas, as inferiores menores, 30 a 45 cm. lg., 15 a 17,5 cm. lt., de peciolo não articulado, 2,5 cm. lg.; pinnulas em geral 16 a 20-jugadas, contíguas, 7,5 a 8,5 cm. lg., partidas até o terço ou até A. J. dk SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 55 o meio, algumas pinnulas perfeitamente divididas inferiormente em pin¬ nulas de 2 a ordem, livres umas das outras e até pecioluladas (Mart. Cr. Vasc. Bras. Tab. 40); nas pinnas apenas partidas até o terço ou até o meio, os segmentos são sub-rectos, obtusos, sub-integros, com 5 a 8 nervuras em cada metade, todas ou quasi todas as venulas simples; nas pinnulas pin- nadas, os segmentos ou pinnulas de 2 a ordem são acuminados. Soros pe¬ quenos, de receptáculo piloso, medianos no segmento, ora em numero pequeno, até o meio, da lacinea, ora a linha de soro indo quasi até o apice do segmento. A . geogr . : Perú e Brasil; Pará, Minas Geraes, S. Paulo; E. do Rio: Serra dos Órgãos. Suas aíiinidades com outras especies permittiram aos autores crear em torno de À. procera um grupo especifico; assim Rosenstock (Hedw. 43, p, 213-1904) no seu trabalho: Beitráege zur Pteridophytenflora Süd- brasiliensis I, admitte o grupo especifico procera (Procera-Gruppe), composto de A. procera Klfs., A. arbuscula Pr. e A. atrovirens (Langsd. et F.), cuja distincção declara difficil. H. Christ (Wettst. und Schiffn. Ergebn. cit.) accrescenta mais tres especies a este grupo, uma do Perú, A. pycnocarpa Kze, e duas outras brasileiras: A. radens Mett. e A. leptocladia Fée, accrescentando que a estampa 55 de Fée Cr. Vasc. Br. concorda bem Com o exemplar colligido pela Expedição Wettst-Schiffner, com a differença apenas de maior ex¬ tensão do apice das pinnulas nestes exemplares. Assim sendo, quanto á estampa de Fée, podemos á vista delia ensaiar uma chave analytica das especies brasileiras do grupo Procera, baseado nos ensinamentos de Ro : senstock e de Christ. Grupo procera Rosenst. Caracter, ger.: (Seg. Rosenstock le.) Peciolo e raches em geral aculeados, excepto em A. atrovirens. Raches principal tenue-alado, em seguida a primeira ramificação. Raches das pinnulas .de I a e 2 a ordem, escamosas; escamas apiculadas. Pinnulas partidas até o meio ou pouco profundamente partidas, rela¬ tivamente curtas, linear-lanceoladas ou acima do meio algo alargadas, curti-acuminadas, de apice triangular mais ou menos integro. Segmentos largos, arredondados, ou agudos, Íntegros ou dentados; nervura mediana terminada por uma bifurçação em dois ramos terminaes eguaes; venulas pouco numerosas, em geral 3 a 4 em cada lado do segmento, das quaes uma ou duas' são bifurcadas, as outras simples. Pinnulas de 2 a ordem (di- morphismo foliar). Soros sub-medianos. Face inferior da fronde mais clara que a superior , ambas em geral glabras (caracter este de pouco valor e com excepções). 56 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Textura papyracea. Taes os caracteres essenciaes, colhidos entre os que cita Ro- senstock. Attendendo a que A. radens Mett., segundo Baker (Fl. Mart.) “proba- biliter est mera varietas A. atrovirentis ”, vamos ensaiar como se segue a chave analytica das especies brasileiras do grupo Procera: I. Aculeadas: (Rosenstock verificou especimen inerme de A. procera do Brasil). A. Soros infra ou supra medianos: a) Venulas em geral 5 de cada lado do segmento; soros supramedianos; textura flacida: I. A. procera (Willd.) Desv. b) Yenulas em geral 3 a 4; soros inframedianos; textura rigida: 2 , A. arbuscula Pr. Nota: Rosenstock refere-se á impossibilidade de authenticar dia¬ gnoses distinctas entre estas duas especies — procera e arbuscula — do grupo; tão semelhantes são, que levaram Hooker a fundil-as em uma só esp. procera , em Sp. Fil. 1. 38, B. Boros diffusos: 3. A. leptocladia Fée. II. Inermes : A. Limbo sub-glabro: 4. A. atrovirens (Langsd. et F.) B. Limbo infra evidentemente piloso: 5. A. radens Mett.: A. ver- ruculosa Rosenstock n. non, (Vide addenda ). Nota: Ao contrario de Baker (Fl. de Mart.), que descreve A. atro¬ virens como sub-glabra, Rosenstock (1. c.) dá como caracter desta esp. Laub unterseits behaart”, o que nos leva a pensar que admitte como synonymas estas duas especies. A } vista do exposto, não será de admirar que venhamos a ter futura¬ mente, em Phytographia, em vez das cinco especies citadas,, apenas tres, a saber: A, procera (Willd.) Desv., em cuja synonymia virá a figurar A, ar¬ buscula Pr., como entendiam Martius e Hooker; A. leptocladia Fée e A. atro¬ virens (Langsd. et F.), em cuja synonymia virá a figurar A. radens Mett., pelo menos como simples variedade, como julgou provável Baker. E ; de notar que na Flora Brasiliensis Martii este autor considerou como syno- nymo de A. atrovirens a designação A. radens Kaulfs., que Christensen considera synonyma de A. radens de Mettenius. Ha uma serie de proba¬ bilidades em favor dessa simplificação. - ' A. geogr .: (de A. procera Willd. Desv.): Perú e Brasil: Pará, Minas Geraes, S. Paulo e Estado do Rio: Serra dos Órgãos; Santa Catharina: S. José e Joinville (Rosenstock 1. c. sob numeros 21,22, 47/3 e 64/1; das mesmas localidades cita este autor exemplares de A. arbuscula, sob os A. JT. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE numeros 37, 47/5 e 64; merece reparo esse facto de se confundirem de tal forma os exemplares, a ponto de ser para elles necessária uma numeração supplementar: Rio Grande do Bul: Eio Grande (Christ). H, Christ (Die Farnkr. der Erde p. 324) considera Â. arbuscula Pr, bomo synonyma de A*' procera, mas em trabalho posterior (Wettst, und Bchiffner. Ergebn.), 1908, considerou de novo como distinctas estas duas especies. 13. AlsophiIíA àbbuscula Pr. Tent. Pterid. 62.1836, Baker Fl. Mart.,, Diels JPflzf.; Rosenstock, Christ, Christehsen, etc. Synon.: Polypodium arbmmla Beyríeh, seg. Bak. FL Mart. Âkophila procera Mart. et Hook., id., admittindo Mar- tius e Hooker como uma só especie Á. arbuscula e A. procera. Árborescente, 4 a 5 m. alt. Frondes herbaceas ou coríaceas (papyraceas t rígidas, seg. Rosenstock), bi ou tripinnadas, 1,20 a 1,50 lg., 60 a 90 cm. lt., , glabras ou sub-glabras (de raches e seus ramos supra pilosos), de nervuras providas de paleas alvacentas; peciolo aculeado e escamoso; pinnas sub- ^ sesseis, oblongo-lanceoladas, 30 a 45 cm. lg., 12,5 a 15 cm. lt,; pirmulas lineares sub-truncadas na base, acuminadas agudas ou obtusas, breví- •/ : peeioladasj segmentos.rectos, obtusos, de venulas em geral simples (vide T .grupo Procera), em geral 5 á 6 pòr lado de lacinea (3 a 4 seg. Rosenst.), k todas em geral soriferas. .Soros pequenos; receptáculo elevado, globoso, densi-feiTugineo-piloso. Habitus de A. elegans; pertence ao grupo Procera (vide A. procera); , vários autores consideram-na como devendo ser fundida com A. procera em uma especie única; H. Christ (em Die Farnkr. d. Erde 1897) considera fstas duas especies como uma unica^A. procera Klfs. Mart., mas em 1908, ' em Filicinae de Wettst. und Bchiffn. Ergebn. considerou de novo valida a .gsp. A. arbuscula Pr., distincta portanto de A. procera. . A. geogr.: Guyanas e Brasil: E. do Rio: Serra dos Órgãos; Rio de Ja¬ neiro: Tijuca, Santa Catharina, Minas Geraes, Paraná, S. Paulo. Xerophyta. 14. Alsophila dichromatolepis Fée, Cr. Vasc. Br. 1. 164. t. 57 f. 2. 1869. C. Christensen Ind. Fil. 1906. Est. III; fig. 6. Nota: O nome especifico significa: escamas bicolores. Árborescente ? Frondes longipecioladas, de peciolo glabro e aculeado, -carnoso, de escdmm bicolores (pãrdas ou purpureas no centro e alvas na margem); pinnas oblongas, 40 cm. lg., brevipecioladas; pinnulas afastadas, Lmceoladas, brevipecioladas, de base sub-cordiforme e apice integro, par- fidas até o terço superior e d’ahi em diante caudadas, 7 cm. lg., 12 a 13 mm. 2307-924 8 58 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV lt.; segmentos (ou laeineas) arredondados, curtos, de nervuras simples. Soros pequenos sub-marginaes. A. geogr.: Brasil: E. do Rio: Serra dos Órgãos. S. Paulo: Rio Grande. 15. ÁLSOPHILA leptocladia Fée, Cr. Vase. Br. 1. 161. t. 55 f. 1. 1869, C. Christensen Ind. Fil. 1906. Est. V, fig. (3) inferiores. Nota: N. esp. significa: Leptos tenue, gracil e claudios : ramos. Arborescente ? elegante, aculeada (vide grupo Procera, em À. procera). Frondes bipinnadas, de ráches com aculeos agudissimos e pellos curtos, densos, sub-tomentosa; pinnas 25 a 30 cm. lg., brevipecioladas, acuminadas; pinnulas iinear-laneeoladas, sesseis, infra alvipilosas, 5 cm. lg., 7 a 8 mm lt., longiacuminadas, de apice integro e bordo partido quasi até a nervura mediana em segmentos Íntegros, de bordo inferiormente curvo e superior¬ mente recto ou sub-rectof venulas simples, 5 a 6 em cada lado do segmento (conforme Est. de Fée); soros dorsaes, medianos, mas esporangios diffusos, marellados,' entremeiados de pellos brancos da face inferior da pirmula. Nota: Segundo H. Christ, pertence esta espeeie ao grupo Procera (vide A aprocera); pelos seus esporangios diffusos, occupando e enchendo quasi toda a face inferior do segmento fértil, A. leptocladia se approxima de' A. aquilina Christ, esta esp. porém muito differente. Não podemos verificar se pela forma do segmento, anteriormente recto e posteriormente curvo, A. leptocladia Fée offerece algo de approxi- mado com a forma do segmento de A . Ulei Christ, que H. Christ diz ser do typo Nephrodium. A. geogr.: Brasil: E. do Rio, seg. Fée; sul do Brasil, seg. Christ (Wettst.- Schiffn. Ergebn.). 16. Alsophila aperta Fée, Cr. Vasc. Br. 1. 158. t. 54 f. 2. 1869; C. Christensen Ind. Fil. 1906. O n. esp. decorre do facto de serem espaçada, as pinnulas. Arborescente? Frondes glabras bipinnadas; peciolo aculeado, robusto, estriado longitudinalmente na base, de aculeos longos, rectos, concolores, 7 a 8 mm. lg. e escamas alvacentas, tenues, longi-acuminadas; raches bas¬ tante delgada supra 2 a 3-canalicuiada; pinnas 36 a 40 cm. lg., oblongo- lanceoladas, longipecioladas, quasi todas pinnadas; pinnulas 8 cm. lg., 12 mm. lt., lanceoladas, afastadas umas das outras, pecioluladas, de base asymetrica, de apice caudado crenado, partidas até mais do meio em seg¬ mentos creniformes, de nervura mediana (costula) atro-purpurea e venulas 4 a 6 simples (vide Est. 54 de Fée); soros dorsaes, 4 a 6 por segmento. A. geogr.: Brasil: E. do Rio. 17. Alsophila Glaziovii Fée (não Bak.), Cr. Vasc. Br. 1. 160. t. 55 f. 2. 1869; C. Christensen Ind. Fil. 1906. Est. VII. A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 59 Synon.: A. eorcqvadensis Féé (não Raddi), Cr, Vaso. Br. 1. 163. t, 56 f. 2, 1869. Arborescente ? Frondes amplas, de peciolo inerme ou aculeado, com escamas na base, lúcidas, lanceoladas, aeuminadas, de margem tomentosa; pinnas pecioluladas, 32-46 cm. lg., lanceoladas, caudadas; pinnulas 7 a 8 cm. lg., 9 a 18 mm. lt., escamosas ou não na face inferior (costula), partidas as pinnulas quasi até a nervura mediana em segmentos curvos, oblongos; venulas 5 a 6, simples ou algumas bifurcadas. Soros pouco numerosos, 2 a 3 em cada lado do segmento; receptáculo punctíforme, piloso; esporan- gi.os grandes. A. geogr Brasil: E. do Rio: Corcovado e Serra do Couto. 18. Alsophila compta Mart., Ic. Cr. Bras. 1, 66. t. 41, 1834. Synon.: Cyathea compta Mart., Regefisb. Denkschr. 11. 546. t, 2 f. 1 e 2. 1822. Est. III, fig. 9. Arborescente, 2 a 4,5 m. alt. Frondes herbaceas, bipmnadas, 1,50 a 1,80 m. lg., 75 a 90 cm. lt.; pinnas oblongo-lanceòladas, brevipecioladas, 45 cm. lg., 7/5 a 9 cm. lt.; pinnulas contíguas, sesseis ou brevipecioladas, 20 a 25-jugadas, 6,5 a 7,5 em. lg., 16 a 23 mm. lt., partidas quasi até a ner¬ vura mediana em segmentos oblongo-lineares, subfalciformes, crenulados, de apice obliquamente sub-agudo; venulas 6 a 8 por lacinea, quasi todas simples, algumas bifurcadas. Soros 10 a 12 por lacinea, medianos; receptáculo globoso, piloso. A. geogr, : Mexico-Equador-Brasil: Amazonas e E. do Rio: Serra do Mar. Nota: Fée (Cr. Yasc. Br. 1.’ p. 166. 1869) considerou Ã. atrovírens (Langsd. et. F.) como synonyma de A. compta Mart.; C. Christensen, Ind. Fü. 1906, considera' como distinctas estas especies. Vide E. Rosenstock- “Beitf. z. Pteridoph-Süd bras, II", Hedw., vol. 46, 1907, p. 67. - 19. Alsophila praectncta Kze. Flora, Beibl. 53, 1. .1839; Baker, FL Mart. f. 42. Est. X. Especie distincta das demais,* segundo alguns autores, cuja disposição sub-marginal dos soros nos segmentos pinnulares recorda a que se verifica em A. corcovadmsis var. sub-marginalis e em A, marginalis da Guyana. Arborescente? Frondes sub- deltoides, 1,26 a 1,50 lg., 75 a 90 cm. lt., bipinnadas, papyraceo-herbaceas, glabras; pinnas oblongo-lanceoladas, pecioladas, 45 em, lg., 15 a 17,5 cm. lt., as inferiores com peciolo 2,5 cm. lg.; pinnulas não contiguas, 7,5 a 8,5 cm. lg., 18 a 22 mm. lt., sesseis, de base truncada, articulada e apice acuminado, partidas quasi até o meio em la- eineas sub-rectas, sub-obtusas, 4 a 5 mm. lg., as lacineas (ou segmentos) estereis inciso-erenadas; venulas 7 a 8 por lacinea, simples ou algumas bi- 60 0 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV furcadas no apice. Soros sub-marginàes, um em cada venula, donde 14 a ' 16 soros por lacinea; receptáculo globoso, glabro, negro. ■ A. geogr. : Brasil: Bahia: Ilhéos; no herv. Mus. Nac.: Pará, Ygarapéuna, 1879, Ferreira Penna s; n.; Matto Grosso: Herv. Smith n. 111. sub-gen. IV: Dicranophlebia, Mart. Bipinnadas. Venulas bi ou trifurcadas. 20. ÀLSOPHiLA aquilina Clirist, Engl.-bot. Jahrb. 24. 83. 1897 (Addit. ad. cogn. fl. Indiae occid. IV). Arborescente, 1,50 a 2 m. alt. Frondes glabras, coriaceas, espinhosas (aculeadas?), rigidas, bipinnadas; pinnas longipecioladas (até 50 cm.), 2,5 cm. lg., 8 cm. lt. deltoide-oblongas; pinnulas distantes, brevipecioluladas, partidas até a nervura mediana em cerca de 12 segmentos Íntegros, ovaes, obtusissimos, 5 mm. lg., 4 mm. lt., de margem infra revoluta; venulas furcadas; soros enchendo a face inferior do segmento; esporangios grandes, de receptáculo nú e pouco elevado. Tem, seg. Ohrist, a fácies de Pteridium aquilinum e é comparável a A. villosa, porém glaberrima. A. geogr. : Christ creou esta sua nova esp. á vista de exemplar-original colligido em Cuba, a 800 m. altitude, por Eggers; citada para o Brasil por C. Christensen (Ind. Fil.), está também indicada por E. Rosenstock (Hedw. 43) para o Brasil: Rio Grande do Sul: S. Cruz; S. Paulo: Toledo. 21. Alsophtla nitens J, Sm. Lond. Journ. of. Bot. 1. 667. 1842; Griseb. Fl. br. W. Ind. 705. 1864. Est. VIII. Synon.: A. nítida Kze. Ettingh. Famkr. 222. t. 154 f. 4 e 8,1.155 f. 1 e 7, 1865. A. aspera pt. HB. var. nitens Bak. de A. aspera R. Br. seg. Baker Fl. Mart. 1870; “rhachi densius aculeata non rufescente ab A. aspera R. Br. diversa ex. KV, seg. IJrban (em Engl.-bot. Jahrb. 24, p. 82), que admitte ainda como synonymos de A. nitens J. Sm.: Cyathed aspera Wiild. e C. muricata IIk., não citadas por C. Christensen no seu Ind, Fil. 1906. Arborescente, 1 m. alt,, 2 dm. diam, seg. Lindman (Ark. f. Bot. 1. 1904, p, 192). Frondes coriaceas ou sub-coriaceas, bipinnadas, glabras, nitidas, escamosas, com escamas alvas de margens escariosas (menos de 1 pollegada lg.) nas venulas e nos soros (onde simulam indusia ); pinnas oblongo-lanceoladas, pecioladas, as inferiores sub-eguaes ou pouco menores, 70 cm. a 1 m. lg.; pinnulas lineares sesseis, acuminadas, 11 a 13 cm. lg., 13 a 15 mm. lt., de base obliquamente truncada e apice inciso-serrado, partidas quasi até a costa (ou nervura mediana da pirmula) em segmentos A. J.. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE . 61 contíguos, obtusos, 2 a 3 mm. lt.; venulas 6 a 7 em cada metade de lacinea, em geral furcadas. Soros medianos 8 a 12 por lacinea, axillares; receptáculo piloso e escamoso. A. geogr.: índias Occidentaes-Panamá-Rrasil: Rio Grande do Sul, seg. Lindman. No Herv. Mus. Nac.: Paraná, Ypiranga 15-2-1904, in sub-palu- dosis P. Dusen3722 (Ha na coll. Duaen uma Dicksonia com o mesmo numero). 22. Alsophilà dorsalis (Fée) Christ, Bull.Herb. Boiss. 11, 2. 648.1902. Synon.: Lophosoria dorsalis Fée, Cr. Yasc. Br. 1. 173. t. 51 f. 3. 1869. Nota: O gen. Lophosoria Pr., creado segundo Fée, a custa de elementos dos gen. Cyathea e Áisophila, passou hoje a Alsophilà; taes especies são indicadas por Fée como fetos de largas frondes muito divididas, cobertas mais ou menos abundantemente de pellos cotonosos articulados e providos de esporangios e sóros grandes-. C. Christensen (Ind. FiL 1906) admitte tal esp., porém cita que Baker considerou-a synonyma de Hemitelia setosa ; ha no Herv. do Museu Nacional dois especimens, um determinado- como Hemitelia setosa, -outro como A. dorsalis (ambos dependentes de revisão), os quaes são perfeitamente eguaes quanto á fácies; a proposito do gen. Hemitelia, procuraremos elu¬ cidar a presente duvida. Arborescente ? Frondes amplas, rigidas, glabras, de peciolo áspero, breviespinhoso (ou breviaculeado ?),. bipinnadas; pinnas 45 a 50 cm. lg., discolores, lanceoladas, sesseis; pinnulas lanceoladas, sesseis, 20-jugadas, caudadas, partidas quasi até a nervura mediana em segmentos oblongos, crenados, falciformes; soros 12 a 14 por segmento, proximos da nervura mediana, confusos na senectude e revestindo a base do segmento. A . geogr.: Brasil: E. do Rio, Friburgo. 23, Alsophilà phalerata Mart. Ic. Crypt. Rras. 67. t. 30 f. 1 e t. 42. 1834; Bak. FL Mart. 1-2, t, 20 f. 9-11 e t. 58 f. 3. 1870. Synon.: Cyathea phalerata Mart. Regensb, Denkschr. II. 146. t. 2 f. 3: C. multiflora Bm. Alsophilà infesta Kze 1834; A. alutacea Kze 1844 (como var. alutacea Rosenstock (Beitr. z. Pteridoph. Sudbras. II) cita para Rio Grande do Sul, Santa Catharina e S. Paulo, A. alutacea Kze, var. de A. phalenta seg. C. Christensen Nod. Fil. Bak. in FL Mart.); A. crassa Karst. 1869; e outros seg. FL Mart. Est. IX, fig. 2 e Est. XI. 62 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Nota: A denominação esp. provém de gr. phaleros: alvo. esplendido; seg. Fée, o nome applica-se ao capucho que o anel forma no esporangio, Arborescente, espinosa 1,80 a 2,40 alt. Froiides herbaeeas ou sub-co- riaceas, bipinnadas, com escamas castanhas ovaes lanceoladas acuminadas e de margem fimbriado-serrulada no raches, 1,50 a 1,80 lg., 60 a 90 cm. lt.; piniias oblongo-lanceoladas, 45 cm. lg., 15 a 20-cm. lt., brevipecioladas; pinnulas acuminadas, 7,5 a 10 cm. lt., 14 a 17 mm. lt., partidas quasi até a nervura mediana (ou por sua vez pinnadas em pinnulas de 2 a ordem na base), em lacineas contiguas, curvas, sub-falciformes, obtusas, crenuladas, soriferas do meio para a base, 4 a 5,5 mm. lt.; venulas 7 a 8, em geral bi¬ furcadas. Quando ha tripinnação, as pinnulas de 2 a ordem são sesseis, afas¬ tadas uns dos outros, lanceoladas, crenadas, insertas sobre nervura tenue- alada. Boros medianos, 6 a 8 por lacinea e grupados proximo da nervura mediana; receptáculo piloso. A. geogr.: Amer. trop.: Antilhas, Columbia, Guyana e Brasil: Alto Amazonas, Bahia e Rio de Janeiro, seg. Fl. Mart.; no herv. Mus. Nac.: Matto Grosso; Herb. Smith s, n..; Paraná, Ypiranga, 15-2-1904, P, Dusen 3580. Fée (Cr. Yasc. Br. 1. p. 160) indica uma var.: var. squamuiosa Hk. citada para Ilhéos (Bahia). Seg. Rosenstock (Beitr. II): Santa Catharina. 24. Alsophila leucolbpis Mart. Ic. Crypt. Bras. 70. t. 46. 1834; Bak. Fl. Mart. Est. IX, fig. 3 e Est. XII. Synon.: Polypodium axillare Raddi. Phegoptens axillaris Fée, Gen. 243. 1850-53. Alsophila glumacea Fée, Cr. Yasc. Bras. 1. 170. t. 61. f. 2. 1869. A. Ludomciana Fée, 1. c. 1. 169. t. 60 f. 2. A. nigrescem Fée, 1. c. 1. 170. t. 54 f. I. A. peétinata Fée, 1. c. 1. 168. t. 60 f. 1. Nota: O nome esp. significa escamas brancas e refere-se ás escamas alvas peculiares á nervura das pinnulas. Pela forma, a que Fée denominou A. nigrescens Fée, approxima-se de A. nigra Mart. pela cor, distinguindo-se, porém, segundo Fée, pelos pellos das raches secundarias e das nervuras, que são hirsutos em A. nigra Mart, além de suãs . pinnulas sesseis, etc. Arborescente, 3 a 4 m. alt. Frondes de raches aculeada, parcialmente purpurea; pinnas 40 a 70 em. lg.; pinnulas acuminadas, lineares, crenado- dentadas, de nervuras supra hir tuias, profundamente partidas quasi até a nervura mediana em segmentos afastados,' linear-lanceolados sub-falci- formes sinuoso-dentados, de axilla curva, variaveis na forma. Soros 6 a 12 por segmento; receptáculo semi-globoso, piloso. 4. geogr.: Costa Rica e Brasil: Minas Geraes : Marianna; Rio: Tij uca; A. J. dl SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA líRASILIENSE 63 Sul do Brasil; no Herv. Mus. Nac.: Rio: Tijuca (Glaziou s. n.); S. Paulo, Santos (Mosen 3808). 25. Alsophila nigrá Mart. Ic. Crypt. Bras. 71. t. 30 f. 5. e 6 t. 47, 1834; Bak. Fl. Mart. 1-2. 1870. Est. IX, fig. 4 e Est. XIII. Esp. do Alto Amazonas e de Matto Grosso, que, seg. FL Mart. não se confunde com nenhuma outra especie. O n. esp. decorre da coloração purpureo-escura da raches e das nervuras. Hygrophyta. Arborescente 1,80 a 2,40 m. alt. Frondes de raches e nervuras ehenaceas (purpureo-escuras), papyraeeas, bipinnadas (sub-tripinnadas seg. Mart.) ou tripinnadas por dimorphismo, 1,50 a 1,80 m. lg., 60 a 90 cm. lt.; pinnas oblongo-1 anceoiadas, 30 a 45 cm. lg., 12,5 a 15 cm. lt., brevipecioladas; pinnulas 7 a 7,5 cm. lg., acuminado-caudadas, de apice crenado e da base até o acumen partida quasi até a nervura mediana em segmentos linear- oblongos 4 a 4,5 mm. lt., ligeiramente curvos, obtusos e insigne-crenulados, as pinnulas são pinnadas, porém, constam de pinnulas de 2 a ordem sesseis; elliptico-alongadas, crenuladas. Venulas ebenaceas, 7 a 8, em geral bifur¬ cadas e soriferas. Soros 8 a 10 por segmento em duas linhas regulares parallelas á nervura mediana; receptáculo piloso. A. geogr.: Brasil: Alto Amazonas; rio Japurá; no herv. Mus. Nac.: Matto Grosso, S. Manoel, Fev. 1912, Hoehne 5269-70 e Dez. 1908, n. 943. . 26. Alsophila villosa (H. B. in Willd) Desv. Prodr. 319. 1827; Bak. Fl. Bras. Mart. 1-2, p. 328. 1870. Est. IX, fig. 5 e ' -Est. XIV. Synon.: Cyathea villosa H. B. in Willd, 1810; Chnoophora Humboldtii Klf. 1824. Alsophila rigidula Mart. Cr. Bras. 74. t. 51. 1834; A. tomentosa Pr. 1836; A . humilis J. Sm. 1842; A. mol- lissima Kze. 1844; A. Humboldtii Kl. 1850. “Species eum nullâ aliâ confundenda”, diz Baker/ Fl. Mart. 1870; em 1897, porém, H. Christ descreveu no vol. 24 do periodico Engl.-bot. Jahrb. mna nova especie, de Cuba, posteriormente verificada no Brasil, A, aqui¬ lina Christ (vide esta), que disse comparável a A. villosa, mas diversa por ser glaberrima. Seg. Fée, é também próxima de A. Poeppigii Hk.; vide nota em A. elongata Fée. Arborescente, 1,80 a 2,40 m. alt. Frondes coriaceas, rígidas, mais ou menos flocculoso-villosas, bipinnadas, oval-rhomboideas, 90 cm. lg., 45 a 60 cm. lt., de peciolo anguloso, canaliculado, densi-escamoso; muricado (de saliências curtas, obtusas, cônicas), de escamas fermgineas subuladas 2,5 a 3 cm. lg.; raches primaria villosa; pinnas imbricadas, lanceoladas, brevipecioluladas, as medianas com 22 a 30 cm. lg., 10 a 12,5 cm. lt., as in- 64 ^'ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL—VOL. XXV feriores menores; pimmlas 5 a 7,5 cm. lg., 10 a 13 mm. lt., rigidas, sesseís, de apice sub-obtuso e base cuneiforme, partidas quasiaté a nervura mediana em segmentas oval-oblongos, obtusos, sub-integros, com 5 a 6 venulas bifurcadas. Soros grandes, 2 a 6 por lacinea (ou segmento), medianos; receptáculo piloso. A. geogr.: Ainer. austral: montanhas andinas do Chile e da Argentina; Paraguay-Brasil: S. Paulo, Minas Geraes, Rio de Janeiro. Xerophyta. No herv. do Museu Nacional: Rio de Janeiro (Riedel s. n.); Minas Geraes: Caldas (Mosen, 2045) ; Matto Grosso (Herbert Smith 109 e 117). Var. Dusenii Christ. Paraná: Serrinha (Dusen 3437 leg. et. det.). Uma das menores especies no gen. 27. Alsophila plagiofteris Mart. Ic. Crypt. Bras. 73. t. 50. 1834; Bak. Fl. Bras. Mart. 1-2, p. 329. Est. IX, fig. 6. N. esp.: do grego Plágios: obliquo e pteris: aza, alludindo ao segmento basilar, menor, da pinnula, obhquamente adnado á raches. Arborescente, 3 m. alt., aculeada. Frondes herbaceas ou sub-coriaceas, pilosas, 1,50 a 1,80 m ( lg., 90 cm. a 1,20 lt., bipinnadas ou sub-trípinnadas, com escamas lanceoladas na raches; pinnas oval-laneeoladas, sub-sesseis, 45 a 60 cm. lg., 15 a 17,5 cm. lt.; pimmlas insigni-acuminadas, 7,5 a 9 cm. lg., 14 a 17 mm. lt., sesseis e de base asymetrica, com segmentos basilares me¬ nores obliquamento adnados á raches , partidas quasi até a nervura mediana em segmentos falciformes, os medianos mais longos, de apice obliquamente obtuso, as pinnulas estereis denticuladas e as íerteis de margem reflexa; venulas 8 a 9, em geral profundamente bifurcadas e soriferas. Boros medianos, da base até o apice dos segmentos, quando todas as venulas são ferteis; receptáculo piloso. Tem como esp. prox, A. impressa Fée, por ter também esta esp. o segmento basilar da pinnula adherente á raches, o que também é indicado por Fée para A. Ludoviciana Fée (A. leucolepis Mart. seg.C. Chr.). A. geogr,: Equador-Brasil: S. Paulo, Rio de Janeiro; no herv. Mus. Nac.: E. do Rio, Angra dos Reis, Glaziou s. n. 28. Alsophila paleolata Mart. (não Meti.), Ic. Crypt. Bras. 68. t. 43. 1834: Baker Fl. Mart, 1870.- Est. IX, fig. 7 e Est. XV. Synon.: Polypodium alsophilum Link 1833. ? Cyathea Sellowiana Pr. 1836. Alsophila munita KauK. 1836; A. Gardneri Hk. 1844 ; A. eriocarpa Fée Cr. Vasc. Br. t. 56 f. 1; A. scrobiculata Fée 1. c. t. 53 f. I; A. Unguis caM Fée 1. c. t. 58 f. 2, 8691. ? Hemitelia Sellowiana Pr. 1848. N. esp.: do latim : palea : palha, com referencia ás escamas alvas, paleaceas das nervuras. A. J. de SAMPAIO— CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 65 Arborescente, 3 a 5 m, alt., ãculeada, de aculeos unciformes (d*onde A. Unguis Cati'Fée). Frondes herbaceas, bipinnadas, de pinnulás dimorphas, 1,50 a 1,80 lg., 90 a 1,20 lt., com escamas paleaceas alvas ovaes nas nervuras; pino as oblongo-lanceoladas, br evipecioladas, 45 a 60 cm. lg., 15 a 20 cm. lt.; pinnulás contíguas, sesseis ou sub-sesseis, 7,5 a 10 cm.l g., 14 a 17 mm. lt., alternas, partidas quasi até a nervura mediana em segmentos falci- formes, obtusos, mais ou menos denticulados, algumas pinnulás por vezes dimorphas; venulas 7 a 9 por .laeinea, em geral bifurcadas. Soros grandes, 6 a 8 por lacínea, proximos á nervura mediana da pinnula (isto é, as nervuras superiores ou extremas estereis, não havendo registro de indivíduos mais soriferos); receptáculo pequeno, densipiloso. ■ Var. nigrescens Hk. cit. por Baker (Fl. Mart.) como provavelmente uma espeeie distincta : lamina mais coriacea; raches ferrugineo-piloso; pinnulás mais estreitas 12 a 13 mm. lt.; segmentos 2,2 mm, lt., obtusos, quasi sem escamas paleaceas na face inferior. Yide também nov. var. sub-nuda Rosenst. em Hedw, 46, 1907, p. 68. villosa Rosenst,, em E. Rosenstock — “Neue Arten und Abarten brasi- lianischer Pteridophyten”, em Fedde-Repert. Nov. Bp. XX, 6-21, 1924. (Yide addenda.) A . geogr. : da esp.: Brasil: Bahia, Goyaz, Minas Géraes, B. Paulo, Rio . ■ * de janeiro, nas mattas primitivas. No herv. do Mus. Nac.: Matto Grosso; Herb. Smith, s. n.; Minas Geraes: serra de Ouro Preto, Damazio 833, Caldas, Mosen, 2046; Santa Catharina : Itajahy, Fr. Müller 162. Para a var.: Columbia e Brasil: Br. austral, Rio de Janeiro. Mesophyta. Tem como esp. prox. A. goyazensis Christ, cujos caracteres damos a seguir, se¬ gundo H. Christ em Schwacke PL Nov. Mineiras 2. 1900. 29. Alsophila goyazensis Chiist em Schwacke. Plantas Novas Mi¬ neiras 2. 33. 1900 e Buli. Herb. Boiss. II. 2. 646. 1902. Do porte de um grande exemplar de A. paleolata Mart., mais coriacea, e com soros de receptáculo piloso como esta espeeie, mas diversa pelos seguintes caracteres: segmentos ainda mais contíguos, imbricados, mais obtusos, Íntegros, de face superior inteiramente glabra luzidia e a face inferior com- pellos excessivamente pequenos e com escamas ovaes, muito pequenas nas venulas; venulas muito salientes, bifurcadas, 5 a 6. Soros pouco numerosos, 2 a 3 por segmento, proximos da nervura mediana; re¬ ceptáculo piloso. Frondes verde-escuras. (Seg. Christ. 1. c.) A. geogr.\ Brasil: Goyaz: Planalto Central. 30. Alsophila cgntkacta Fée (não Hieron.) Cr. Yasc. Br. 1. 167. t. 59. f. 2. 1869; C. Christensen Ind. Fil. 1906. Est. IX, fig. 8. Nota: Sob o mesmo nome A. contracta Hieron. n. sp., figura no tra- 2307-924 9 66 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV balho de G. Hieronymus “Plantae Stubelianae”— Pteridophyta, uma nova especie do Perú diversa da de Fée. Arborescente ? Frondes amplas, # bipinnadas, lanceoladas, longi-acumi- nadas, de peciolo glabro, aculeado e escamoso; pinnas 60 a 68 cm. lg., 20 a 24 cm. lt., oblongas, agudas, 36 a 40-jugadas, de raches espessa e tomentosa, canaliculada; pinnulas, lanceoladas, sesseis, acuminadas, alternas, aproxi¬ madas, partidas quasi até a nervura mediana em segmentos falciformes, den- ticulados, agudos crenados, algo estreitados na base, esparsipilosos, escamosos na nervura mediana, 2 a 2,5 cm. lt., 3 a 10 mm. lt.; venulas 6 a 8 por lacinea, furcadas; as escamas do peciolo são longi-acummadas, douradas. Soros 3 a 8 por lacinea, sobre as venulas mais próximas da nervura mediana. A. geogr Brasil: E. do Rio. Seg. Rosenst. (Beitr. II): Paraná. , 31. Alsophila. microdonta Desv. Prodr, fam. Foug., Mem. Soc. Linn. Paris, 6. 1827; C. Christensen Ind. Fil. 1906; Maxon Contr. U. S. Nat. Herb.; H. Christ Geogr., d. Erde, etc. Est. IX, fig. 9 e Est. XVI. Synon.: A. ferox Pr. 1836; A. armata Mart. (não Sw.) Ic. Cr. Bras. 72. t. 28 e 48 1834. A. aculeata J. Sm. 1842. Polypodiwn microdontum Desv. 1811; P. aciãeatum . Raddi 1819. Na esp.: do gr.: micros : pequeno e dontos (odontos): dentes, alludindo aos pequenos aculeos de que a planta é armada, d’onde também as deno¬ minações ferox, armata e iteuleata que figuram na synonymia. Uma das especies americanas de maior dispersão geographica, foi recen¬ temente estudada de novo por W. Maxon em seu trabalho “Studies of tropical American Ferns”, n. 7: The North American Species of Alsophila Grouped with A. Armata”, Contr. U. S. Nat. Herb. vol. 24-n°. 7, Was¬ hington, 1922, como uma das especies do grupo Armata, a que nos referimos a proposito desta ultima esp., cuja descripção perfunctoria é dada em nosso trabalho, sob o numero 32. Vamos por isso nos referir a A. mierodonta seg. Fl. de Mart. (A. ferox Pr.) e seg. Maxon 1. c. p. 36. Arborescente, 1 a 5 m. alt., aculeada, de aculeos pequenos até 5 mm. lg. na raches primaria e na secundaria. Frondes herbaceas, bipinnadas (quasi completamente tripinnadas), piiosas, 1,50 a 2, 50 m. lt., 90 cm. lt.; pinnas ovaes lanceoladas, acuminadas, brevipecioladas, 28 a 60 cm. lg., 10 a 25 cm. lt., pinnulas sesseis ou sub-sesseis, linear-oblongas ou oblongo-lanceoladas, 5 a 13 cm. lg., 1,5 a 3 cm. lt., partidas quasi até a nervura mediana (sub-tripinnadas) em segmentos falciformes, crenado-serrados ou obliqua¬ mente incisos, obscuramente dentados, venulas hispidas ou glabrescentes A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 67 (de pellos caducos), obliquas, furcadas. Soros pequenos, 6 a 11 pares por segmento; receptáculo mínimo, piloso, de paraphyses numerosas, monili- formes, pallidas, flaccidas, persistentes. A. geogr.: O feto arborescente de maior dispersão na America tropical, seg. Bommer e Christ-“Filices” em Primitiae Florae Costaricensis p. 11; seg. Maxon 1. c.: Antilhas, America Central, Trinidad, Perú e Brasil; seg. FL Mart. e outras publicações, inclusive Maxon 1. c., no Brasil;.Pará e Estados centraes e austraes (Fl/ Mart.), Rio de Janeiro (Maxon 1. c.); Christ-Geogr. d. Farne: um dos fetos arborescentes peculiares ás‘florestas do Rio de Janeiro; seg. Fée: Cresce em pleno sol, ao nivel do mar, sendo raramente encontrada além de 400 m. de altitude. Maxon, porém, cita-a para altitude de 500 m. em Costa Rica, em valle de Diquis, á margem do rio General. No herv. Mus, Nac.: Rio de Janeiro: Riedel s. n., Mosen 60; Mauá, 12-111-908, P. Dusen 1938; Pará: Ygarapé-una, 1877, Schwacke s. n.; Amazonas: Manáos, Schwacke 488. Mesophyta. Nome vulgar : na Amazônia, segundo J. Huber (Mat. FL Amazon): Avença grande. Nota: Faz parte do grupo especifico Armata, que vamos estudar a seguir. 32. Alsophila armata (Sw.) Pr. Tent. Pterid. 62. 1836; Bak. Fl. Mart. 1870; C. Christensen Tnd. Fil. 1906, etc. Maxon prefere, porém o synonymo A. Swartziana, que citamos a seguir. Synon.: Polipodium armatum Sw. 1788; P. axülare Raddi 1819. Cyathea hirsuta Pr. 1822; C. aculeata Willd. Klf. 1824. Alsophila hirta Klf. (com duvida seg. Maxon) 1824, admittida como synon, por Martius Ic. Cr. Bras. 1834. A. Swartziana Mart. 1. c. 73. t. 49. 1834, nome pelo qual Maxon admitte a esp., conforme veremos adiante. A. hirsuta Kunze 1834; A. Pohlii Pr. 1836; A. aculeata Kl. 1844; A . vestita J. Sm. 1842: A. molissima Moore 1857. Hemitelia aculeata Fée 1852. Est. XVII, XVIII e XIX, fig. 1-1. Seg. C. Christensen Ind. Fil. 1906, ha outros synon. não citados neste indice. Maxon, em seu estudo da esp., publicado em 1922, que citaremos dentro em pouco, admitte apenas os dois synonymos Polypodiwn armatum Sw. e Alsophila armata Pr., considerando a esp. como devendo ter a deno¬ minação A. Swartziana , dada por Martius em 1834, baseado no Codigo norte-americano de nomenclatura e emcontrario ao Codigode Vinane, 68 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV citando razões que não nos parecem bastantes para que perca a preferencia a denominação de (Sw.) Pr., accrescendo que a denominação armata tem valor mneumonico, pois lembra um caracter, o que reforça o seu direito, já garantido pela prioridade que, segundo o Codigo de Viennâ, lhe dá a ante¬ cedência chronologica da denominação de Swartz Polypodium armatum 1788), que Presl em 1836 modificou, por se tratar, no caso, de uma cya- theacea do gen. Alsophila. A denominação de Martius, datada de 1834, já encontrou a de Swartz; demais, accresce que á phytotechnia aproveitam mais as denominações que lembrem caracteres morphologicos, que qnaes- quer outras honorificas, não sendo por isso de admirar que este ramo da Bio- technia venha forçar á adopção generalisada das denominações especificas de algum valor immediato, para os trabalhos de identificação das plantas; cabe aqui accrescentar que tal ponto de vista virá modificar talvez profun¬ damente a actual nomenclatura das plantas e seus codigos; as sciencias tenderão, por fim, inevitavelmente para a simplificação. Alsophila armata (Sw.) Pr. é considerada um dos mais bellos fetos arborescentes da America tropical, sendo também uma das especies de Ah sophila de mais larga dispersão na America. Muito próxima de A. microdonta Desv., distingue-se desta, seg. H. Christ (Farnkr. p. 325) por apresentar: “Folhas maiores, mais fortes c densamente pilosas e os soros em toda a face inferior do segmento fértil”; este ultimo caracter não sendo eo^nstante, pois também se verifica pequeno numero de soros, como deixa ver a estampa de Maxon em Contr. U. S. Nat. Herb., toL 24, n. 7, fig. 16, publicado em 1022. For essa razão Â. microdonta, deve ser aqui estudada jiintapiente ou em confronto'com esta esp., servindo-nos para isso da guia o citado trabalho de Maxon “The Horth American Speeies of Alsophila grouped with A. ar¬ mata”, do referido boletim do Herbário Nacional de Washington, 1922. Grupo armata (maxon) na flora brasileira Das especies norte-americanas do grupo Armata, citadas por Maxon, apenas duas são representadas na flora brasileira: A. microdonta e À. ar¬ mata,-Seg. Maxon 1. e., estas duas esp. brasileiras podem ser differenciadas pela seguinte forma: I. Raches secundarias distinetamente aculeadas, hir tuias; paraphyses muito numerosas no soro, fl acidas, moniliformes, persistentes. 1. Á. microdonta Desv. II. Raches secundaria sem aculeos, lisa ou apenas muricada: 2. /I. armata (Sw.) Pr. A. J- uís SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 69 Os caracteres de A. armata (Sw.) Pr., segundo Fl. de Mart, e Maxon 1. c., são em resumo os seguintes: Arborescente, aculeada, 8 a 15 m, alt. Frondes 1,50 a 3 m. lg., deli- cadamente herbaceas, bipinnadas (sub-tripinnadas), de pecíolo e raches primaria hirsutos e aeuleados e raches secundaria também hirsuta, mas inerme, ovaes, aeuminadas, 2 a 2,5b m, lg\, cerca de 1,20 lt.; pinnas op^ postas, sesseis, lanceolar-oblongas, aeuminadas, 30 a 65 cm. lg., 12 a 24 cm. lt.; pinnulas sesseis, hirsutas, verdes sub-glaucas, 6 a 12 cm. lg., 1 a 2,2 em, lt,, oblongos ou lanceolados, partidos quasi até a nervura mediana em seg¬ mentos lineares de base dilatada, obtusos, falciformes, 6 a 12 mm, lg., 2 a 3 mm, lt. crenado-serrados, de margem revoluta e lobos- bidentados; nervuras hirsutas; venulas 9 a 12 pares por segmento, furcadas. Boros 8 a 10 pares, confluentes, inframedianos; receptáculo globular piloso. A. geocjr ,: America tropical: México, Antilhas e Amer. meridional: Perú, Bolívia (seg. Hieron. Hedw. 45 p. 236) e Brasil: Estados centraes e meri- dionaes: (Santa Catharina seg. Christ (Geogr. d, Farne). Um dos mais bellos fetos arborescentes e mais communs, seg. Christ (Farnkr. d. Erde). No herv. Mus. Nac.; Rio de Janeiro, 26-VI-1889, Schwacke s. n.; Corcovado, 1876, Schwacke; E. do Rio: Theresopolis, na Serra do Órgãos, 1868, I. G. s, n. - Seg. Sçhenck: Santa Catharina: Blumenau; Rio de Janeiro: Corcovado; E. do Rio: Serra dos Órgãos. Seg. Rosenst. (Beitr. II): Santa Catha¬ rina e S. Paulo. 33. Alsophila poeppigii Hk. S. Fil. I. 43. 1844: Diels Pflzf.; C. Christensen Ind. Fil. 1906, citada por Fée (Cr. Vas. Br. 1 p. 158) eomo bra¬ sileira (no que tem duvida Christensen); de Marianna (E. de Minas ?), Próxima de A. villosa Desv., seg, Fée, distingue-se desta esp. no parecer deste autor, por ter: raches primaria glabra e o resto da planta villosa, tomentosa na pag. inferior da frònde; pinnulas sesseis, de apice abrupto integro; soros com longos pellos que occultam os esporangios, caracter este peculiar também á especie seguinte: A. elongata (A. tijueensis Fée). , Poderia ser por isso admittido um grupo Villosa, de que fariam parte: A. villosa, A. Poeppigii, A, elongata (villosas) e A. aquilina (glabra), como teremos occasião de indicar logo após A. elongata. Não temos elementos para saber se tal hypothese pode ser admittida ou não. Vide nota , em A. elongata. A. geogr A Perú e ? Brasil: Marianna. 34. Alsophila elongata Hk. Sp. Fil, 1. 43, 1844; Diels em Pflzf.; C. Christensen Ind. Fil. 1906. Est. XIX, figs. 1-2. Synon: A. iumacemis J. Sm.. 1842; A. tijueensis Fée, Cr. Vasc. Br. 1. 171. t. 63. f. 1. 1869. 70 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VQL. XXV Obs. Caract. seg. Diels (Pflzf.), Fée, Christ, etc.) não m a diagn. de Hk. Arborescente c,) . Frondes glabras na face superior e vilosissimas no receptáculo do soro nas pinnulas ferteis, rigidas, coriaceas, brilhantes, bi- pinnadas (sub-tripinnadas), de raches primaria acúleada, trisulcada; es¬ camas lanceoladas, longiacuminadas, 2 cm. lg., amarellas, de base escura; 'pinnas oblongo-alongadas, brevipecioladas, de raches ruiva, 42 a 45 cm. lg.; pinnulas lanceoladas, sesseis, longicaudadas, de cauda (apice), tenue, ligeiramente crenada, partidas as pinnulas quasi ou mesmo até á nervura mediana em segmentos oblongos, curvos, íntegros, apenas crenados no apice, agudos; venulas 8 a 9 pares por segmento, fureadas, soriferas as basilares até o meio do segmento; receptáculo vilosissimo, com paraphyses intestiniformes, entre os esporangios. Fácies de À. plagiopteris. A. geogr.: America Central-Columbia-Brasil: Rio de Janeiro, Tijuca (Fée: A. tijucensis). H. Christ (Geogr. der Farne) cita-a em Costa Rica e na Columbia, não a indicando para o Brasil; Bommer e 'Christ (Prim. FL Costaric.) indicam-na apenas para a Columbia e a America Central. Considerando, porém, C. Christensen (Ind. Fil. 1906) A. tijucensis Fée como synonima de A. elongata Hk., citamos aqui como também peculiar ao Brasil tal especie que, segundo Christ e Bommer 1. c,, se caracterisa peb seu tecido coriaceo brilhante e suas pinnulas longamente caudado-acuminadas. Nota: Fée na diagnose de A. tijucensis (syn. de A. elongata Hk. seg. C. Chr.) diz: \ “Cette espèce est caraterisée par Vabsence de poils, par son opacité, sa rigidité et par la nature de ses ecailles ; elle est três elastique et très ferme; le receptacle est chargé de poils intestiniformes , dans lesquels les sporanges sont comme plongées”. (O grypho é nosso.) A pilosidade densa do receptáculo de A. tijucensis Fée (A. elongata Hk. seg. C. Chr.) lembra a do receptáculo de A. Poeppigii Hk., especie esta que Diels (Pflzf. 134) cita juntamente com A. elongata Hk., com as seguintes indicações: “Starreres Laub (em relação a A. armata), (unten noch dichter behaart , besitzen. A. elongata Hook. A. Poeppigii Hock. in Ostperu”. E’ natural, portanto, a duvida que passamos a indicar. Be a A. elongata Hk. é densi-pilosa como A. Poeppiggii Hk. seg. Diels, e tem como synonymo A. ti¬ jucensis Fée, que Fe descreveu como glaberrima, tenho duvida se os pellos a que se refere Diels são exactamente as abundantes paraphyses dos re¬ ceptáculos. A indicação de Christ e Bommer, de que A. elongata se cara¬ cterisa pelo seu tecido coriaceo brilhante, leva-nos a crer que de facto o (1) Servindo a estipe em Costa Rica, seg. Christ— Geogr. d. Farne,—como material de construcção A. J. de SAMPAIO — CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRASILIENSE 71 limbo da fronde nesta especie é glabro ; a densa pilosidade a que se refere Diels deve ser, assim, a que decorre das paraphyses dos soros, mas, em tal caso, apenas evidente ou presente nos segmentos ferteis. W o que se verifica em a estampa de A. tijucensis Fée (Cr. Vasc. Br. 63, fig. 1), o que a deve distinguir de A. Poeppigii Hk,, que é villosa ou mesmo tomentosa na face inferior da fronde, seg. Fée. Temos assim: A. villosa Desv. com evidentes relações com A. Poep¬ pigii Hk. seg. Fée, 1. c., p. 158. 2) A. Poeppigii Hk. e A. elongata Hk. (de que A. tijucensis Fée é ê considerada synonima seg. C. Christensen), citadas por Diels (Pflzf.) como caracterisadas ambas por espessa pilosidade na face inferior da folha. 3) A. aquilina Christ, citada por H. Christ como próxima de A. vil¬ losa, porém glaberrima. Deixamos aqui presente aos especialistas estas indicações dós autores, na espèrança de que, tomando-as em consideração, elucidem se no caso se trata de um outro grupo especifico Villosa , á semelhança dos grupos Prócer a e Armata, acima citados. 35. Alsophila impressa Fée Cr. Vasc. Br. 1. 165, t. 58 f. 1. 1869, C. Christensen Ind. Fil. 1906. Nome espec. em virtude das fossetas da pag. superior, correspondentes aos receptáculos da pag. inferior. Est. XIX, fig. 1-3. Prox. de A, plagiopteris Mart., sendo porém esta aculeada e verde, ao passo que A. impressa Fée é inerme e ruiva, seg. Fée, 1. c. Arboreseente ? Frondes inermes, flacidas, bipinnadas (sub-tripinnadas) de peciolo supra bicanaliculado e raches ruiva; pinnas pecioluladas 42 a 44. cm. lg., lanceoladas, curvas, agudas; pinnulas 8 cm. ig., 5 mm. lt., sesseis, alternas, lanceoladas, acuminadas, de apice denticulado, partidas, quasi até a nervura mediana em segmentos oblongos, curvos, obtusos, de apice dentado; venulas furcadas (seg. Est. de Fée); soros confluentes, 8 .a 10 por segmento; receptáculo impresso em fosseta. Como A. plagiopteris, os seus segmentos basilares últimos se apoiam sobre a raches, facto pelo qual também se approxima de A. plagiopteris a outra esp. de Fée: A. Ludoviciana, considerada synon. de A. leucolepis Mart. por C. Christensen. Por este motivo, parece-nos provável um grupo Plagiopteris , constituido de A. plagiopteris Mart. A. impressa Fée e A. leucolepis Mart. A. geogr.: Brasil: E. do Rio. suB-GEN. 5: Multípirmula: Frondes tri, quadri ou pluripinnadas. 36. Alsophila quadripinnata (Gmel.) C. Chr. Ind. Fil. 1905. ■ ÀW* i. ■ , i <■ >r>. Ví n j _■ < A • • • * * Synon.: Polypodium glaucum Sw.- 1788, não. aproveitado por : .v^ ! C. Chr. para novo nome da esp., porque idêntica dei j m nominação de Kze serviu a C. Christensen para o -> novo nome P. glauço-pruinatum C. Chr., polypodia- \7 ] cea das Philiphmas, P. quadripinnatufn Gmel, 1791; P. pruinaíum Sw. 1801; P, dnerium Cav. 18.02; P. grisseúm Schkuhr 1806. Cyathea dtscolof Bory 1828. AlsopMlpi monticolã Mart. 1834, Ic. Crypt. Bras.; A. pruinata Klf. 1834; Baker FL Bras, Mart. p. 332 t. 69 f. 2; A. Deckeriana Kl. 1850. Lophosoria pruinata , discolor, affinis e polypodioides ‘ : ‘ Pr. 1848; L, acaulis , caesia e prostrata Fée Cr. Vasc. V , :7 \>'h Br. com est. CIV'. 1869; L . glauca Kuhn 1897. Tnchosgrm glaucescens } âensus e frigidus Liebm. 1849. y ^v ^ " C. Christensen Ind. FiL 1906. - ^ -r. & ^ Caule em geral deeumbente 1,80 a 2,40 lg., elevando-se no Chile a cerca de 4 m. (Fée 1. c. 1 p. 172: Lophosoria pruinata Pr.). Frondes discò- lores infra alvo-pilosas ou não, quadripirmadas, coriaceas, e brilhantes na face superior; raches pardo-ferrugineo-densi-lanosas; nervuras ferrugineo- villosas; pinnas 45 a 60 cm. lg., 15 a 25 cm. !t., oval-lanceoladas, peciolu- ladãs, de peciolo 2,5 a 7,5 lg.; pinnulas lanceoladas, 10 a 14,5 cm, lg., pin- nadas, excepto no apice, em pinnulas de 2 a ordem lanceoladas, brevipe- cioladas, profundamente partidas por sua vez em segmentos agudos, de venulas pinnadas nos lobos inferiores e bifurcadas nos superiores: Soros 1, raro 2 a 3 por lobulo ou 10 a 12 por segmento, próximas da nervura: espo- rangios poucos; receptáculo deprimido ; paraphyses longas, ferrugineas. ** Especie variavel quanto á segmentação das pinnulas e o revestimento piloso, A Flora de Martius admitte a var.: concolor Bak. (Syn. A, mon- ticola Mart. ê Cyathea monticolã Pr.) S *. A. geogr.: México, índias Occidentaes, Juan Fernandez, Amer. Trop. áté a Patagônia; no Brasil: Minas Geraes, E. do Rio: Serra dos Órgãos e Rio de Janeiro; Rio Grande (Sul do Brasil) seg. Christ em Wettst.-Schiffn Ergebn. No herv. Mus. Nac.: Minas Geraes: Caldas, 1-9-1873, Mosen 2047 ; Serra do Picú, Abr. 1879, Netto-Glaz.-Schw. e Rangel. Seg. Rosenst. (Beitr. II): Rio Grande do Sul e S. Paulo. ■+. b A 1 37. Alsophilá flexuosa Fée Cr. Yas. Br. 1. 159. 1869; C. Chr. Ind. Fil. 1906. 'jhi*** 'i -tm, , A^ Àrboreseente, vigorosa, de raches flexuosa (donde o n. esp.) e sul¬ cada. f A. J. db SAMPAIO—CONTRIBUIÇÕES PARA A NOVA FLORA BRÁSILIENSE 73 Frondes coriaceas, glaberrimas, pluripinnadas; peciolulos de base espessa e negra; pinnulas 24 a 28 cm, lg.; segmentos terciários linear-ian- ceolados, rígidos, espessos, estreitos, sesseis, acuminados, crenados, 3 em. lg., 5 a 6 mm, lt. Soros diítusos; esporangios grandes, esparsos. Nota: A descripção de Fée é pouco minuciosa; não dispondo nòs do exemplar-original ou pelo menos de exémplar rigorosamente authenticãdo, não nos é possivel mais extensa diagnose, A esp. não está figurada no tra¬ balho de Fêe. A. geogr Brasil, S. Paulo. Observações: ♦ H. Christ, á pag. 303 de sua Geographie der Farne, 1910, cita para a flora amazônica Alsophila pilosa, esp. não indicada em nosso presente tra¬ balho, não citada na flora de Martius, nem no Index Filieum, 1906, de C, Christensen, a que subordinamos o nosso estudo. No vol. 44 (1905) de Hedwigia, pag. 368, H, Christ cita A, pilosa Bak. (Syn. Fil Ed. 11. 32) no seu trabalho “Filices Uleanae Amazonieae, com as seguintes indicações únicas: “Hab. Filix arbórea, trunco humiH tenui, 1-3 m. Cerro de Escaler 1300. m. Março, 1903. 6902. A cl Baker e Perú et Columbia citata. Trata-se ahi de planta peruana (Cerro de Escaler) possivel na Amazônia, mas por emquanto extra-brasiliense, pelo que não a inchamos desde logo. C. Christensen (Ind. Fil.) cita também com duvida A. dispersa Klf.; assim A. brevis J. Bmith e A. speciosa (Meyer) Pr. Terminando esta primeira parte do nosso estudo referente ás especies brasileiras do gen. Alsophila, vamos indicar o assumpto de um trabalho futuro com o qual desejamos proseguir esta monographia. Como já indicamos anteriormente, varias especies de Alsophila do Brasil formam, pelas suas aflinidades, grupos específicos a que já teem allu- dido os autores; apontámos o grupo Procera a que se referem Rosenstock e Christ e citámos os dois grupos Armata e Villosa. Em trabalho seguinte, se possivel, estudaremos mais minuciosamente taes grupos, na esperança de, por este modo conseguir uma chave ana- lyptica natural. Yeremos então que o sub, gen. 1: Metaxia, monotypico na flora brasileira, onde se representa unicamente por A. blechnoides, não tem por isso especie próxima; no sub-gen. Triehopteris, porém, teremos de con¬ siderar um typo corcovadensis, de que se approximam A. Feeana e elegans; 2307-924 10 74 ARCH1VOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV nos sub-gens. Haplophlebia e Dicranophlebia, além dos grupos Prõcera, Armata e Villosa, teremos de considerar os typos A. aspem, de que se appro- xima A. nitens.; o typo oblonga, de que se approxima A. piligera; o typo Marginalis, de que se approximam, pela disposição dos soros, A, praecincta e corvovadensis var. sub-marginalis; o typo Miersii, de que, pelos soros em linha quebrada, se approximam A. Ulei e A. corcovadensis var. iobata; o typo plagiopteris (A. plagiopteris e A. elongata); o typo paleolata e as esp. prox. A. goyazensis e villosa; e por fim, no ultimo sub-gem, as relações entre A. quadripinnata e A. flexuosa. Falta-nos para isso completar o material de hervario de que dispomos. Museu Nacional do Rio cie Janeiro, 16 de Julho de 1923. A. J. de Sampaio. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Estampa XII Pig. 1 : Alsophila corcovadensis (seg. Mart.) e var. laurifolia (seg. Chrisl.); 2. A. decipiens (seg. Fés); 3. A. Fccana C. Chr , seg. Chríst (A, Glaziovli Balí.) ; 4, Pinnas esteril e fértil de A. elegans ; 5. .1. guimarac.nsis (seg. Fée); 6. A. dichromalalepis (seg. Fée); 7. A', piligera (seg. Hieron.); 8. A. Miersii (original); 9. A. compia (seg. Mart.); 10. Fragmento dc pinnula de A. praecincta (seg. Bak). VOL. XXV Estampa IV Alsophüa ráãens Mett. Alsophila verrucidosa Rosenst. o. nom. (Vide adãenda). ■e-- ARCHíVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Estampa V s£j n , \ ■j ç) o n iif s r/t / Alsopkhila proeera (Willd.) Desv. seg. Martius, e Aísophila leptodadia Fée, seg. Fée. * {As tres figuras superiores são de A. proeera e as tres inferiores, de A. leptodadia). Alsophila Clasiovi Fée (nào Bak.) Estampa VII CIOXAL — \ OL. XX\ Estampa IX Gev. Alscphila subgen. Dicranopmebia 2. .1. phalerala (seg. Mart.); 3. A. lencólepis (seg. Fée e Mart.) 4. A. nígra (seg. Mart.); 5. A ; . Mart.); 7. A. paleolala seg. Mart. 8. A. contracto (seg. Fée); 9. .1, micrcdonla Pr. (scg. Mart.) Fig. 1. viUosa (j ; bifurcação muitas vezes de angulo muito agudo. Quarta nervura longi-. tudinal ou recta (abbremata), ou com concavidade anterior (chlarogastra), ou mais OU meno viadas, fÉtingiodo bem a orla da aza. genero: D. dohmi Dâhl. Na accepção desSí e Lundbeck. Brues nesse genero as seguinte autumnalis , bispinosa, pubericorms, imispinosa. Dahl na creação do genero frisou muito a probos- • cida comprida da femea como caracter específico* Entretanto, como m (1) Tijsdchr. v. Eníom., LXII (1919), pp. 196-201. 2307-924 12 90 ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL — YOL, XXV verificou mais tarde, esse caracter é de somenos importância. O typo dohrni possue muitos outros caracteres também partilhados por todo um grupo de especies do genero Phora (sensu Meigen, etc.), que por occasião da divisão do genero Phora (1) conforme as leis de prioridade, recebeu o nome de Dohrniphora. Para facilmente distinguir as especies de Dohrniphora , convém attender aos tres seguintes caracteres primeiro notados por Schmitz (1920, p. 98), que são de grande valor especifico: 1) numero e formação das placas ter- gifcaes no abdômen das femeas; 2) armação das tibias posteriores; 3) for¬ mação . da quarta nervura longitudinal. 1) O numero dos tergitos abdominaes da fernea varia entre 3 e 6. Em impressa Borgm. (2) o terceiro tergito é fracamente chitinisado e de bordas indistinctas. Seis placas tergitaes verifiquei nas seguintes especies brasi¬ leiras : brasiliensis m. C3) , intrusa m., fuscieoxa m., anterospinalis m. 1 2 3 (4) e opposita n. sp. 2) Nas tibias posteriores cumpre distinguir ; a) as fileiras dorsaes de peitos de paliçada , que se exfendem desde a base até a extremidade distai; de especies brasileiras que possuem duas fileiras de pellos, só conheço impressa m. e aurihalterata m, (L c. p. 337); todas as demais especies co¬ nhecidas só têm urna fileira; 6) os cilios posterodorsaes, que geralmente são fracos e densamente agrupados e não têm grande valor para a dis- tincção das especies brasileiras; c) as eerdas isoladas, que podem ser anterodorsaes, anteroventraes ou posterodorsaes; ha só eerdas antero-* dorsaes em conspicua m., bisetalis m., longirostrata End. e ronchii m,, ha só eerdas anteroventraes em anterospinalis m.; ha eerdas anterodorsaes e anteroventraes em gigantea End., rubriventris m. e adusta n. sp. Todas as demais especies brasileiras têm as tibias posteriores desprovidas de eerdas isoladas. Cerdas posterodorsaes até hoje só foram observadas em dudai Schm. 3) Da quarta nervura longitudinal se podem distinguir tres typos (cfr, a diagnose generica). Quasi todas as especies brasileiras pertencem ao typo de chlorogastra ; sómente impressa m. e aurihalterata m. têm a quarta nervura longitudinal na extremidade distai um pouco recurvada no sentido da orla anterior da aza, como em flórea; o typo de abbreviata até hoje não foi observado no Brasil. Do genero Dohrniphora se conheciam até agora 17 especies brasileiras, (1) Malloch, Glasgow Naiuralist, vol. I (1909), p. 24. (2) Arch. Mus. Nac. Rio, vol. XXII (1923), p. 334. (3) Boi. Soc. Ent. Bras 1922, n. 1-3, p. 14. (4) Arch. Mus. Nac. Rio, 1. c. pp. 321, 327, 329. família phoridae (dipt.) 91 ás quaes posso accreseentar no seguinte cinco espeoies novas. W possível que as especies paraguayana Brtjes e meridionaUs Brxjes ;i) do Paraguay, também se encontrem no Brasil e talvez sejam até idênticas com uma ou outra das especies indicadas na seguinte chave; as descripções originaes são insufíieientes para resolver esta questão. D. fuscohaUerata End. é uma BecJcenrm (cfr. p. 128). Possúo na minha collecção um grande numero de machos de diversas especies, os quaes deixo porém indeseriptos por não A biologia de muitas especies 4 termitophila. As femeas penetram nas casas dos cupins, onde parecem depositar os ovos. De especies brasileiras terriaitophílas conheço as seguintes: brasiliensis m., compicua m. ; curvispi- nosa m., intrusa m., hsptacantha m. ; fmcicoxa m. f anterospinalis m. ? lutei- frons m., opposita n. sp. Especies termitophilas de Bohrniphora também se conhecem da índia e da África * (2) . Ultimamente Schmitz e Mjõberg descreveram uma nova especie da Australia (rkinotermitis) (3) , Chave das especies brasileiras 1. Tibias posteriores com cerdas isoladas.. — Tibias posteriores sem. cordas isoladas..... 2 , Tibias posteriores com cerdas anterodorsaes e antero- 2 9 ventraes....... — Tibias posteriores com cerdas anterodorsaes ou antero- ventraes............... 3. Tíbia media além das 2 cordas perto da base com 1 cerda anterodorsal na extremidade do primeiro 1. adusta n. sp. terço...... — Tibia media sem essa cerda... 4. Femea com cinco placas tergitaes amarelo-vermelhas. . 2. gigantea End. — Macho (talvez da especie precedente) -com o abdômen 3. rubriventris Borgm. côr de tijolo 5. Tibia posterior só com cerdas antero ventraes. . 4. anterospinalis Borgm. — Tibia- posterior só com cerdas anterodorsaes.* ■ —.. - 6 „ 6. Tibia posterior com 1 cerda anterodorsal— 7. *— Tibia posterior com mais cerdas anterodorsaes... 8. 7. Tromba alcançando a extremidade do abdômen—.... 5 . longirostrata End — Tromba não aicançando a extremidade do abdômen... 6. ronchii Borgm. 8. Tibia posterior com 2 cerdas anterodorsaes..>•>. 7 . Usetális Borgm — Tibia posterior com-5 cerdas anterodorsaes.... 8. mmpicm Borgm 9. Tibia posterior com 2 fileiras de pellos; 4. nervura re¬ curvada na extremidade distai....... 10. (lj A.nn. Mus. WaL Htmgarwi, vol. 5 (1907), p, 400, fig.; vol. 9 (1911), p. 437. (2) Mm. Mm. Paulista, vol. XIII (1923), p, 1.216. (3) Arkiv fõr Zoólogi, vol. 16,1924, n. 9. pp. 4-6 (Separ.). 92 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV 10 . 11 . 12 . 13. 14. i5 ; 16. 17. 18. 19. 20 . 21 . Tíbia posterior com 1 fileira de pellos; 4. nervura com concavidade anterior... Balancins pretos; quarta nervura nascendo na bifur- Balancins amarellos; quarta nervura nascendo deante da bifurcação..... Tibia anterior com 2 espinhos curvados caracterís¬ ticos.... Tibia anterior sem esses espinhos curvados. Balancins pretos; femea com 5 tergitos abdominaes.... Balancins amarellos..... Quadris médios pretos ou pardos. Quadris médios amarellos. Quadris médios pretos; femea com 4 tergitos abdo¬ minaes. Quadris médios pardos... .Femea com 6 tergitos abdominaes; ventre amarello.... Fèrnea-com 5 tergitos abdominaes; ventre escuro. Tíbias mediâs quasi inteiramente pretas; femea com 4 placas tergitaes... Tibias medias mais ou menos, amarellas... Fronte amarella, particularmente no macho; femea com 5 placas tergitaes... Fronte escurecida. Só as femeas conhecidas. Só os machos conhecidos. Tibias anteriores geralmentè com. 7 cerdas isoladas; femea com 5 tergitos abdominaes. Tibias anteriores geralmente com 4-6 cerdas isoladas.. Abdômen com 6 placas tergitaes.. Abdômen com 4 placas tergitaes. Terceiro articulo antennal fortemente engrossado; me- tatarso anterior um pouco mais curto do que artí¬ culos 2-4; a fileira dorsal de pellos da tíbia media al¬ cançando o meio da tibia. Terceiro articulo antennal de tamanho normal; meta- tarso anterior ao menos = artículos 2-4; a fileira dorsal de pellos da tibia media não alcançando o meio da tíbia........ ... 11 . 9. impressa Borgm. 10. aurihalterata Borgm. 11. curvispinosa Borgm. . 12 . 12. intrusa Borgm. . 13. ...... 14. ...... 16 . 13 . monUcola , n. sp. . 15. 14. fusdcoxa Borgm. 15. obscuriventns, n. sp. 16 . VMcidipes, n. sp. .!. 17. 17. hdeifrons Borgm. . 18. . 19. . 21 . 18. heptacantha Borgm. . 20 . 19. brasiliensis Borgm. 20. opposita, n. sp. 21. dispar EncL 22. schroederi Schmitz DOHRNIPHORA ADUSTA, n. sp. & Esta nova especie possúe cerdas isoladas nas faces anterodorsál e anteroventral das tibias posteriores, differe porém de gigantea End. ç e rubriventris Borgm. cf pela cerda anterodorsal na extremidade do pri¬ meiro terço da tibia media. Fronte mais lárga do que comprida nos lados, anteriormente sô pouco prolongada, pardo-ennegrecida, sómente ao redór dos pontos de inserção das cerdas postantennaes um tanto amarellada, lígeiramente brilhante, família phoridae (dipt.) 93 com pubescencia esparsa, sem sulco frontal. Primeira fileira de cerdas aproximadamente recta; as cerdas interiores distam 1 bá vezes mais entre si do que das exteriores. Segunda fileira ligeiramente côncava para deante. As cerdas verticaes exteriores distam duas vezes mais das interiores do que essas entre si. Triângulo ocellar de angulo obtuso. Bochechas (malae) com duas cerdas, e uma cerda genal pequena. Foveas antennaes pardo- escuras, no meio com mancha mais clara. Terceiro articulo antennal um pouco engrossado, vermelho-pardacento, com o terço apical escurecido. Arista dorsal, distincl amente pubescente. Palpos amarello-vermelhos, acha¬ tados no sentido dorsoventral, no quarto distai com 4 cerdas moderada¬ mente compridas, margem lateral com alguns pellinhos, face inferior des¬ nudada. Tromba não mais comprida do que os palpos. Thorax quasi mate, pardo-escuro, nas bordas lateraes por cima das raizes das azas amarellado; esternopleuras côr de castanha; 2 cerdas dor- socentraes. Escutello com 4 cerdas, as anteriores consideravelmente mais fracas do que as posteriores. Propleuras mais ou menos no meio da.borda posterior com 1 cerda dirigida para cima, que é menos comprida do que as cerdas frontaes. Mesopleuras pubescentes no terço superior. Abdômen com o ventre amarello e 6 placas tergitaes. Primeiro tergito mais ou menos vermelho-pardo, os demais tergitos preto-mates, não abre¬ viados nos lados. Tergitos 1-5 posteriormente com tarja amarella extre¬ mamente fina, geralmente só visivel na região dorsal e apagada nos lados. Pubescencia escassa. Hypopygidio retraindo no exemplar typico. Segmento anal em forma de bainha, de côr vermelho-amarella, coberto de pellos. Patas amarello-ferruginosas, quadris médios côr de castanha, femures posteriores com a borda dorsal e a extremidade distai escurecidas. Tibia anterior na face dorsal com 4-5 cerdas isoladas nos 3 últimos quartos da tibia; a ultima cerda é subapical. Metatarso anterior um pouco mais com¬ prido do que os dois seguintes artículos tarsaes juntos. Tibia media com fi¬ leira dorsal de pellos, que se extende desde a base até a extremidade do 2. terço da tibia. Além disso 1 par de cerdas perto da base, 1 cerda antero- dorsal bastante forte na extremidade do 1. terço e 1 cerdinha subapical na face anterior. Femures posteriores na face posterior perto da base com um grupo de agulhetas muito curtas (cercade 15) que acompanham a borda ventral; perto desse grupo, no lado distai, uma excavação pe¬ quena quasi circular em forma de tigela, primeiramente descripta por Schmitz em D. díspar End. (1) Tibias posteriores com uma fileira dorsal completa de pellos de paliçada e uma serie posterodorsal de cilios finos; (1) Jaarb. Naiuurhisior. Genootsch. Limburg 1920-23, p. 50. 94 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV além disso 1 cerdinha anteroventral mais ou menos no meio da tíbia (essa cerdinha falta no exemplar typico na tibia direita) e 5 cerdas anterodor¬ saes, cujos pontos de inserção variam: a superior fica mais ou menos na extremidade do 1. quarto da tibia, a segunda no meio da tibia ou um pouco acima do meio, 3-5 se inserem na metade distai e estão densamente agru¬ padas; a terceira e quinta são um pouco mais fracas do que as demais cerdas.' Azas distinctamente tingidas de amarello-pardo, nervação pardo- escura, borda anterior, a partir da extremidade costal, escurecida. Nervura costa! — a metade do comprimento da aza ou um pouco menos comprida, estando as divisões costaes mais ou menos em proporção de 23;5:1J4> (mensuração feita in situ !). Cilios costaes finos. Nervura medíastinal rudimentar, nervura humeral-transversal distincta. Bifurcação de angulo muito agudo. Quarta nervura longitudinal do typo de chíorogastra , na sua totalidade ligeiramente côncava para deante. Nervuras 6 e 7 não at- tingindo a orla da aza. Sétima nervura mais fraca do que 4-6. Em lugar da" alula 1 pello ciliado. Balancins amarellos. Comprimento total 2,6-2,7 mm. Holotypo 1 d* de Rio Negro (Paraná), o autor leg. 19.1. 1924. DOHRNIPHORA GIGANTEA, Enderlein 9 1912, Enderlein, Stett. Ent. Zeit, p. 18 ( Phora). 1923, Schmitz, Jaai*b. Nat. Genootschap Limburg 1920-23, p. 54. Esta especie, que não conheco ex visu, possúe cerdas anterodorsaes e anteroventraes nas tibias posteriores. O holotypo no Museu de Stettin está em máu estado de conservação, faltando a cabeça. Dou em seguida uma enumeração dos principaes caracteres segundo Enderlein e Schmitz. Thorax de cor preta brilhante. Escutello provavelmente com 4 cerdas, sendo as anteriores mais fracas do que as posteriores. Abdômen vermelho segundo Schmitz (Enderlein diz amarello-fer- ruginòso, pelo que supponho que não seja côr de tijolo como em rubri- ventris m.), com 5 placas tergitaes vermelhas. Patas anteriores e medias inclusive dos quadris amarello-pallidas, fe- mures médios pardos; patas posteriores claras amarello-ferruginosas, quadris e femures pretos. Tibias posteriores com 1 completa fileira dorsal de pellos de paliçada, 3 cerdas fortes anterodorsaes mais ou menos na extre¬ midade dos 1., 2. e 3. quartos da tibia e 2 cerdas anteroventraes na extremidade dos 1. e 2. quintos. Além disso uma serie de cilios postero- dorsaes compridos, mas finos. família fhobidae (dipt.) 95 Azas com matizes amareUo-ocmceos* neívação parda. Quarta nervura do typo de cMorogmtra. Primeira divisão costal aproximadamente tres W&ê mais comprida do tpe 2+3, muito Bgeiramente engrossada. Quarta nervura nascendo um pouco atraz da bifurcação. Cílios costaes muito curtos» Comprimento total da aza 3,8 mm. Comprimento Mal do insecto (sem cabeça) 2,8 mm, . 0 holotype é proveniente de Hammonia (Santa Catharina), Lueder- waldt leg. Veja-se a Nota $ na pag. 12. DOHRNIPHORA RUBRIVENTRIS, Bohgmeier tf 1923, Vozes dc Petropolis, vol. XVII (1), p. 480. Esta especie possúe, como gigantea Ene ,, cerdas anterodorsaes e antero- ventraes nas tibias posteriores, 1» diagnose original contém alguns erros. Dou em seguida uma de- seripção emendada dos typos. Fronte preta, um pouco brilhante, anteriormente um pouco prolon¬ gada, um pouco menos larga do que comprida no meio (13:16), sem sulco frontal, com pubeseeneia esparsa e duas cerdas pGstantennaes,. Primeira fileira de cerdas frontaes quasi recta; as interiores distam 1 vezes mais entre si do que das exteriores. Segunda fileira côncava. Ás cerdas vertieaes exteriores distam 1 vezes mais das interiores do que essas entre si. Triân¬ gulo ocellar de angulo obtuso. Terceiro articulo antennal côr de laranja; arista dorsal, bastante comprida, distmetamente pubescente, Palpos da côr das antennas, achatados no sentido dorsoventral, anteriormente com tres cerdas dirigidas para cima e duas dirigidas para baixo; borda lateral com alguns pellinhos, 2 cerdas que se inserem nas bochechas, e 1 cerda genal. Tkorax preto, ligeiramente brilhante; a pubeseencia se torna um pouco mais comprida deante do escutello. Ha 2 cerdas dorsocentraes, Escutello com 2 cerdas compridas, além disso 1 pello de cada lado, Propléuras mais ou menos no meio da margem posterior com 1 cerda dirigida para cima, que é um pouco menos comprida do que as cerdas frontaes, Mesopleuras com pellos no terço superior. Abdômen mais ou menos côr de tijolo, também o ventre; sómente o primeiro tergito ennegrecido, com tarja vermelha. Hypopygidio na região dorsal amarello-femiginoso, peças lateraes bem como o ventrito pardo- ennegrecidos. Segmento anal amarello-vermelho, tubiforme, moderadamente comprido. 96 AjRCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Patas bastante escurecidas; as anteriores amar ell o-ferr a gin osas, com a extremidade basal e face dorsal dos femures um pouco escurecidas; patas medias e posteriores com os quadris e os femures mais ou menos pardo-ennegreeidos, no mais amarello-ferruginosas. Tibia anterior na face dorsal com 4 cerdas quasi equidistantes; a primeira se insere mais ou menos na extremidade do !. quarto da tibia, a segunda no meio. Tibia media na face dorsal com 1 fileira de pellos de paliçada, que se extende mais ou menos ■ até a extremidade do 1, quarto da tibia; além disso 2 cerdas perto da base, 1 esporão terminal comprido na face ventral, 1 cerda anterior subapical e 1 cerdinha subapical na face anteroventral. Femures posteriores na face posterior perto da base com cerca de 23 agulhetas muito curtas e obtusas, ás quaes se segue uma excavação em forma de tigela na borda ventral. Tibia posterior (fig, 1 no texto) com 1 com¬ pleta fileira de pellos na face dorsal, 2-4 cerdas antero- ventraes na metade basal, e 3-4 cerdas na face anterodorsal; além disso uma serie de 12 cilios finos mas compridos. Aza (Est. I, fig. 1) com fortes matizes amarello-parda- centos, nervaçao parda. Nervura costal = 0,53 do compri¬ mento da aza, sendo a proporção das divisões costaes mais ou menos = 29:6J4:2 Bifurcação de angulo agudo, ramo posterior com a extremidade distai um pouco engros¬ sada em forma de botão. Quarta nervura nascendo na bi¬ furcação, no principio ligeiramente côncava, no mais quasi recta. Nervuras 4-5 attingindo indistinctamente a orla da aza, 6-7 na extremidade distai apagadas. Sétima nervura pouco accusada. No lugar da alula 1 pello ciliado. Balandns amarellos. Os typos são provenientes de Petropolis. Nota 1) As mensurações micrometricas da aza desta rubriveatris, borgm. V ez foram feitas num preparado de balsamo. tf, tibia posterior. t _ Nota 2 ) Como eu tinha duvidas sobre si rubnventns Bobgm. não era o macho de gigantea Enderl,, pedi ao Padre Schmitz, de confrontar os typos das duas especies. O Padre Schmitz me communicou então o resultado de sua comparação (carta de 15VI1924): Tch habe die .Type vOn Dohrniphora gigantea 9 mit der von Ihnen erhaltenen rubri- veniristf verglichen und finde folgendes, Wie Sie wissen, hat Enderlein ein kopfloses Tier besehrieben, also über den Kopf kann ich nichts sagen. Der Thorax und die Pleuren stimmen in Farbung, Behaarung und Bebors- tung überein, ebenso das Schildchen; letzteres hat bei beiden denselben grauen Seidenschimmer und jederseits 1 Haar vor der Borste. Abdômen gigantea 1. Tergit dunkelbraun, die Seiten bauchwãrts umgeschlagen und família phoridae (dift.) 97 heller, zwischen Dorsalflãche und Pleuralflãçhe eine soharfe Kante, die bei rubrivmtrü fehlt. Âuch das Tergit 2 ist an den Seiten mit scharfer Kante umgesehlagep (Beitenteil des 1. Tergits mehr viereckig, des 2* Ter- gíts mehr dreieckig). Es sind 5 Tergitplatten vorhaüden, die 3.-5. sind nicht nach der Seite umgesehlagen; alie Tergite rotgelb, aucli das Übríge Àbdomên íst oben und unten rot. An den Vorderbeinen. kann ich nur den einen Untersehied sehen, dass die feine posterodorsale oder posteriore Wim- pernserie bei rubriventris aus 8, bei gigantea aus 11 Whnpern besteht; das ist wohl von geringer Bedeutung. An den Mittelbeinen kein Untersehied; es ist aber an der gigantea-Tyiie 1 Bein ganz, das andere vom Sehiene- nende an abgebrochen, atich alie Bporne und Endstifte der Tibie sind abgebrochen. Der Best stiinmt mit mbrwmtris, Die Hinterbeíne scheinen mir bis in die feinsten Einzelheiten zii stimmen,. nur fehlt gigantea, ç na- ttirlieb das badale ventrale Organ des am Fêmur. Plügêl béi beidén Arten ganz gieieh,” E* portanto bem passível que as duas especies sejãm idênticas. No entanto, conhecendo-se de rubrwmkris apenas o macho e de gigantea sómente a femea, acho melhor esperar até a descoberta da femea de ruhrwmtris, . para decidir positivamente a qüestão. DOHRNIPHORA BISETALIS, Borgmeier & 9 1923, Vozes cie Petro polis, vol. XVII (1), p. 629. Desta especie, que possúe duas eerdas an terodorsaes características nas tíbias posteriores, também se conhece agora a femea. Dou primeiro uma descripçâo emendada do macho. Macho — Fronte só um pouco menos larga do que comprida no meio, (9:10), de côr ocraceo-amarella, região ocellar pardo-ennegrecida, com pubesceneia muito escassa, sem sulco frontal. Ha duas eerdas postan- tennaes reclinadas e divergentes. 'Primeira fileira de eerdas frontaes côn¬ cava; ar eerdas anteriores distam aproximadamente 3 vezes mais entre si do que das exteriores. Segunda fileira também côncava. Às eerdas verticaes exteriores distam 1 }á vezes mais das interiores do que essas entre si. Terceiro articulo antennal pardo-ferruginoso; arista dorsal, dis- tinctamente pubescente. Palpos não grandes, achatados no sentido dorso- ventral, com cerca de 5 eerdas; face inferior e borda lateral com pellos. Thorax amarello-femiginoso, pleuras côr de palha; a pubescencia se torna um pouco mais comprida deante do escutello. Ha 2 eerdas dor- socentraes. Escutello com 2 eerdas, deante das quaes de cada lado 1 pello, Propleuras com 1 cerda dirigida para cima, que é menos comprida do que 2307-924 13 98 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL - VOL. XXV as cerdas frontaes. Mesopleuras còm alguns pellinhos immediatamente atraz do estigma prothoracico. Abdômen amarello, na região dorsal amarello-vermelho, 1. tergito pardo-ocraceo, tergitos 2-5 lateralmente pardo-ennegrecidos. Hypopy- gidio na região dorsal amarello-vermelho, no mais pardo. Segmento anal amarello, em forma de bainha. Patas, côr de palha, femures posteriores com a borda dorsal e a ex¬ tremidade apical escurecidas. Tibia anterior na face dorsal com 3 cerdas isoladas e na face posterior com 1 cerdinha terminal. Tarso anterior um pouco dilatado, particularmente o metartaso, que é distinctamente mais comprido do que os dois seguintes articulos tarsaes juntos. Tibia media fóra do par de cerdas perto da base, com 1 fi¬ leira dorsal de pellinhos de paliçada que termina na região subapical da tibia. A fileira de peilos é de trajecto cur- vilineo. Além disso 5-6 pentes transversaes na face an- terodorsal, 1 esporão terminal comprido na face ventral e de cada lado desse ultimo 1 cerdinha terminal. Tibia pos¬ terior (fig. 2 no texto) com 1 fileira completa de peilos na face dorsal, e 10 fracos cílios posterodorsaes; na face anterodorsal se inserem 2. cerdas, das quaes a superior se acha mais ou menos na extremidade do 1. quinto da tibia, ficando a segunda um pouco em baixo do meio; ha um esporão terminal na face dorsal e outro na face ventral; além disso 1 cerdinha terminal anteroventral e algumas agulhetas terminaes. Aza (Est. I, fig. 5) com matizes amarellos, nervação pardacenta. Nervura costal = 0,51-0,52 do comprimento da aza, com cilios curtos; as divisões costaes estão mais ou menos em proporção de 41: 13: 5. Quarta nervura Fig. 2 — Dohraiphora. 1 ^ . " . - . , , bisetaiis, borcm., ti- com ligeira concavidade anterior, quinta recta, sétima indistincta; nervuras 6-7 não attingindo a orla da aza. No lugar da alula 1 pello ciliado. Balancins amarellos. Comprimento total cerca de 2,2 mm. Femea — (ainda não descripta) Semelhante ao macho. Fronte amarello-ferruginosa ou ocraceo-amarella, sem sulco frontal. A primeira fileira transversal de cerdas frontaes parece variar; em um dos exem¬ plares femeos (proveniente de Petropolis) ella é concãva como no macho, mas um pouco torcida; nos outors dois exemplares ella é mais ou menos recta. Segunda fileira côncava para deante. Terceiro articulo antennal globular, pardo-vermelho (no exemplar proveniente de Rio Negro ver- família phoridae (dipt.) 99 melho-amarello). Tromba não geniculada, bastante carnuda; seu compri¬ mento é mais ou menos igual á altura da fronte no meio. Abdômen com a metade basal do ventre amarello, no mais pardo-escuro, com.5 placas •tergitaes, cuja coloração varia, 1. tergito mais ou menos escuro, sómente nos lados vermelho-amarello. Tergitos 2-5 em um exemplar (proveniente de Petropolis) inteiramente amarello-vermelhos; num outro exemplar (também de Petropolis) tergitos 2-3 amarello-vermelhos, no meio com estria longitudinal escura, o segundo lateralmente com uma mancha preta; tergitos 4-5 escuros, 4 vermelho-pardo, 5 pardo-escuro; no terceiro exemplar (proveniente de Rio Negro) todos os tergitos escuros, sómente o primeiro laterahnente avermelhado. Segmentos terminaes membranosos, Ápophyses genitaes indistinctamente destacadas. Tarso anterior não dilatado. Os demais caracteres como no macho. O holotypo do macho é proveniente de Petropolis, Além disso 2ç ç de Petropolis, 5.IL1923 (Konchi) e 2.V,1924 (Prade); lç de Rio Nègro (Paraná), 23. í. 1924 (Borgmeier). DOHRNIPHORA CONSPÍCUA, Borgmeier d 9 1923, Vozes de Petropolis, vol. XVII. (l), p. 628. Esta bella' especie, que parece ser termitophila, possue cerdas antero- dorsaes nas tibias posteriores. Recebi mais material de Petropolis e Passa Quatro (Minas), que permitte emendar a diagnose original. Macho — Fronte distinctamente mais larga do que comprida nos lados, anteriormente prolongada, ligeiramente brilhante, amarello-par- dacenta, borda anterior e margens lateraes mais claras, região ocellar ;escurecida, com pellos esparsos, sem sulco frontal. Ha 2 cerdas postan- tennaes reclinadas. Primeira fileira; de cerdas frontaes lígeiramehte con¬ vexa para deante; as interiores distam 2 vezes mais entre si do que das exteriores. Segunda fileira ligeiramente côncava. As cerdas exteriores da fileira vertical distam 1 y% vezes mais das interiores do que essas entre si. Terceiro articulo antennal amarello-vermelho, com a metade apical es¬ curecida; arista dorsal, distinctamente pubescente. Palpos amarello-ver- melhos, anteriormente com 5 cerdas, borda lateral e em parte também a face inferior com pellos. Thorax pardo-ferruginoso, pleuras amarellas; a pubescehcia se torna um pouco mais comprida deante do eseutello. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escútello com 2 cerdas, deante das quaes de cada lado 1 pello. Propleuras cobertas de pellos, no meio da margem posterior com 1 cerda dirigida para cima, do comprimento das cerdas frontaes. Mesopleuras pubescentes no teço..superior. . ’ 100 AHCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Abdômen com o ventre amarello. 1. tergito pardo-ocraeeo, tergitos 2-6 pretos, no meio com estria longitudinal amarella, todos os tergitos com tarja amarella na borda posterior, o 2. tergito também com largo chanframento amarello na borda anterior, Pubescencia escassa, absfcra- hindo do 6. tergito. Hypopygidio pardo; segmento anal pardo-vermelho, em forma de bainha, com muitos pellos. Patas amarellas, somente os femures posteriores com a borda dorsal e a ponta apical escurecidas. Tibia anterior na face dorsal com 4 cerdas isoladas mais ou menos equidistantes, e 1 cerda terminal na face posterior. Tibia media com 1 completa fileira de pellos de trajeeto curvilineo; perto da base 1 par de cerdas, das quaes a posterodorsal se insere um pouco mais para cima do que a anterodorsal; 1 comprido esporão terminal na face ventral, de cada lado 1 cerdinha terminal; além disso 1 cerda subapical na face anterior, e 1 cerdinha anterodorsal ao lado dos 6 pentes trans- versaes. Femures posteriores fortemente dilatados, na face posterior perto da base e perto da borda ventral com 2 agulhetas obtusas. Tibia posterior na face dorsal com 1 fileira de pellos e 10-11 cilios posterodorsaes; na face anterodorsal se inserem 5 cerdas, das quaes as 3 superiores ficam na metade basal da tibia; um esporão terminal na face dorsal, e outro na face ventral, de cada lado desse ultimo 1 cerda terminal. Aza (Est. I, fig. 2) com matizes amarellos, orla anterior (a partir da extremidade costal) e ponta escurecidas; nervação pardacenta. Nervura mediastinal rudimentar. Nervura costal = 0,535 do comprimento da aza (mensuração feita num preparado de balsamo), com cilios curtos; as divisões costaes estão mais ou menos em proporção de 25: 9 34' 2. Bifurcação de angulo agudo. Quarta nervura longitudinal nascendo na bifurcação, com concavidade anterior. Nervuras 6 e 7 não attingindo a orla da aza; 7 indistincta. No lugar da alula 1 pello ciliado. Balancins amarellos. Comprimento total — 3-3,5 mm. Femea — Fronte mais clara do que no macho, vermelho-amarella. Terceiro articulo antennal relativamente pequeno. Clypeo proeminente. Palpos menos pubescentes do que no macho. Tromba prolongada e ligeira¬ mente curvada, mais ou menos tão comprida como o quadril anterior. Abdômen com 4 placas tergitaes mais ou menos pretas, as bordas poste¬ riores dos tergitos com fina tarja axmrella. Tergitos 2-3 no meio com estria longitudinal amarello-vermelhap^2 com chanframento amarello- vermelho na margem anterior. Terceiro tergito trapeziforme, estreitado para traz. Quarto tergito pequeno, um pouco mais largo do que comprido. Sexto ventrito com 4 cerdas fortes na margem posterior. Apophyses genitaes pequenas. Tibia media com 9-10 pentes transversaes na face família phoridae (dipt.) 101 anterodorsal. Os demais caracteres como no macho. Comprimento total 3,5 mm. Fóra dos exemplares typicos recebi ainda hrniphoka Bvmmm z / 1923, Rev. -Mus, Paulista, vol. XIII, pp', 1,213-1.219, fig* Esta espeeie terimtophila é fácil de se conhecerá nos dois espinhos ; curvados, caraoteristieos, das tibias anteriores. Em casos de aberração também pMe haver 8 espinhos curvados. Dou uma photomicrographia da tibia do typo (Est. XII, fig, 58). Outros caracteres importantes são: Balaneins pretos. Tibia posterior, sem cerdas isoladas. Abdômen com 4 placas tergitaes. Nervura costal = 0,1? do comprimento da aza; as divisões costaes estão em proporção de Í 2 : 4: 1 . Quaita nervura longitudinal do typo de chlorogastra. HãMtút: Fóra dos exemplares typicos possúo 299 de Petropolis, B. Ronchi leg. 4.-5. XI. 1923 num ninho de Eutmnes sp. Além disso recebi 2 $ 9 de Blumenau (Santa Catharina), M. Witte leg. 24. IY. 1922 com Eutermes sp.; e I 9 de Minas Geraes (sem indicação de localidade), E, Luja leg. num.ninho de Atta bidens, caso que esta nota seja exacta. O exemplar de Minas me foi cedido amavelmente pelo prof. dr. Augusto Reichensperger (Friburgo-Suissa.) - DOHRNIPHORA MONTICOLA, n. sp. 9 Esta especie pessúe, como confiem : mu f 4 tergitos abdominaes, difc fere porém ddto pela coloração e pelas Mm posteriores desprovida de cerdas isoladm . • •• • • • Fronte distinc unente mais larga do que omprida nos lados, an- >reta. com matizes pardacentos, sem serdas postantennaes reclinadas. ite convexa para deante; nte 2 H vezes mais entre si do que das exteriores.’ Segunda fileira muito ligeiramente côncava para deante, quasi recta, suas cerdas mais ou menos equidistantes. As cerdas verticaes exteriores distam um pouco menos do que 2 vezes mais.das in-> teriores do que essas entre si. Triângulo ócetLar de angulo obtuso, Foveas antennaes pardo-louras, região genal com estria amareUa/ Ha 2 cerdas nas bochechas (malae) articulo não grande; arista dorsal, comprida,' Palpos pardo-ferrugínp fortes na metade distai, das qpass (a e I são dirij 104 ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV baixo; a quarta é mais comprida do que as outras, Proboscída escura, ‘vermelho-pardacenta, brilhante, carnuda, não geniculada. Thorax mais ou menos preto, também as pleuras escuras, com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 4 cerdas, das quaes as anteriores são muito finas e não attingem a metade do comprimento das posteriores, de maneira que quasi merecem o nome de pellos. Propleuras com 1 cerda dirigida para cima na margem posterior, em baixo do estigma prothoracico, a qual é menos comprida do que as cerdas frontaes. Mesopleuras com alguns pel- linhos immediatamen te atraz do estigma prothoracico. Abdômen mate, preto, também o ventre, com 4 placas tergitaes. Segundo tergito alongado. Terceiro tergito trapeziforme; devido ao abdômen corrugado dos typos é diffieil dizer-se qual seja a forma do quarto tergito; pôde ser que seja também trapeziforme. Pubescencia escassa. Yentre na margem posterior do 5. segmento com 2 pellos compridos e hirtos; taes pellos também se inserem na borda posterior do 6. segmento, em numero de 4. Cerd indistinctamente destacados. Patas amarello-pardacentas, quadris anteriores na base, e quadris posteriores escurecidos, quadris médios pretos; femures posteriores na borda dorsal e no quarto distai ennegreeidos. Tibia anterior com 4-5 cerdas isoladas, 1 (ou 2) na metade basal e 3 na metade distai. Tibia media com 1 par de cerdas perto da base, 1 fileira dorsal de pellos de paliçada que se extende mais ou menos até a extremidade do 2. terço da tibia, e cerca de 7 pentes transversaes na face anterodorsal; além disso 1 comprido esporão ventral e 1 cerda subapical na face anterior. Femures posteriores mode¬ radamente dilatados. Tibia posterior com 1 completa fileira de pellos na face dorsal e uma serie de chios posterodorsaes; 1 esporão dorsal e 2 esporões terminaes desiguaes na face ventral. Aza com matizes amarello-pardacentos, orla anterior (a partir da ex¬ tremidade costal) escurecida, nervação pardo-escura. Nervura humeral- transversal fina, nervura mediastinal rudimentar. Nervura costal com cílios curtos, mais ou menos = 0,56 do comprimento da aza, estando as divisões costaes em proporção de 36:10:2 Bifurcação de angulo agudo. Quarta nervura longitudinal com concavidade anterior ; quinta nervura quasi recta, attingindo a orla da aza ; nervuras 6-7 não alcançando a orla da aza. No lugar da alula I pello. Baíancins amarellos, côr de ouro. Comprimento total 2,5-3,2 mm. Typos 3 9 9 de Petropolis, 1S.X.1922 (Borgmeier) ; 12. e 28.IV. 1923 (Ronchi). família phoridae (dipt.) 105 DOHRNIPHORA OBSCURIVENTRIS, n. sp. ? Bsta nova especie possúe cinco placas tergitaes no abdômen; differe dê heptaccmiha pelo numero das cerdas nas tíbias anteriores, de kdetfmm pela fronte escura, e de ambas pelos quadris médios escuros. Fronte só pouco menos larga do que comprida no meio, anteriormente prolongada, mate, pardo-ennegrecida, margem anterior mais clara, com poucos pellos finos, sem sulco frontal. Primeira fileira de cerdas frontaes aproximadamente recta. Segunda fileira muito ligeiramente côncava para :! .. _ * deante. Triângulo ocellar de angulo obtUSfe Ha duas cerdas nas bochechas (malae) e uma cerda genal. Terceiro írtbulo antennal pardcnvermelho, ás vezes mais escuro; arista dorsal, distinctamente pubescente. Palpos .amarello-vermelhos, com cinco cerdas. Tkoraa: vermelho-pardacento, ás vezes pardo-ennegrecido, também as mesopleuras escuras, mas as esternopleuras amarello-ferruginosas ou pardo- ferruginosas. Duas cerdas dorsocentraes. Escutello com quatro cerdas, exce¬ dendo as anteriores um pouco a metade do comprimento das posteriores. Pro- pleuras atraz com uma cerda dirigida para cima lo comprimento das cerdas. frontaes. Mesopleuras com poucos pellinhos atraz do estigma prothoracico. Abdômen preto; também geralmente o ventre, só ás vezes um pouco pardacento. Ha cinco placas tergitaes. Primeiro tergito vermelho-pardacento, n®s lados ennegrecido. Tergitos 3-5 Ugçuamente trapeziforme% progrea- sivamente estreitados para traz. Patas amarello-ferruginosas, quadris médios pardo-escuros, femures pos¬ teriores na borda dorsal e na extremidade distai escurecidos. Tibia anterior com quatro cerdas, das quaes a primeira se insere mais ou menos na extre¬ midade do primeiro quarto, a segunda no meio da tibia. Metatarso ante¬ rior um pouco mais comprido do que m dois seguinte artículos tarsaes juntos. Tibia media, com um par de cerdas perto da base, uma fileira dorsal de pellos que se extende até um pouco mais além do meio da tibia, e cerca de oito pentes transversaes na face anterodorsal; além disso uma cerdinha sub- apical na face anterior e um comprido esporão ventral. Tibia posterior com uma completa fileira dorsal de pellos e uma serie de cilios posterodorsaes, sem cerdas isoladas. Metatarso posterior um pouco dilatado. Aza (Est. I, fig. 3). com ligeiros matizes amarellos, nervação claro- parda. Nervura mediastinal rudimentar, Cilios costas curtos. Nervura costal =' 0,539 de comprimento da aza, sendo a proporção das divisões eostaês = 26:7 3^:3, Betima nervura Indístíncta, não attingmdo a orla da aza. No lugar da aluía um pello. B cUancim amar ellos . Comprimento total, 2,5-2,7 mm. 2307-921 1 í 106 ABCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV A descripção se baseia sobre 11 99 , das quaes a maioria foram apa¬ nhadas, por mim em Novembro de 1922 num ninho de Eutermes sp. Trata-se portanto de uma especie termitophila. DOHRNIPHORA MACULIPES, n. sp. 9 Esta especie é visinha de monticola , n. sp., mas differe delia pela coloração las pleuras, tibias e quadris médios, como também pela nervação das azas. Fronte distinctamente mais larga do que comprida nos lados, anteri¬ ormente prolongada, formando um pentágono distincto, pardo-ennegrecida, ligeiramente brilhante, sem sulco frontal, com pubescencia esparsa. Pri¬ meira fileira de cerdas frontaes ligeiramente convexa para deante; as cerdas interiores distam duas vezes mais entre si do que das exteriores. Segunda fileira ligeiramente côncava para deante; a distancia mutua das cerdas interiores é só pouco menor do que a entre as interiores e exteriores. As cerdas verticaes exteriores distam aproximadamente duas vezes mais das interiores do que essas entre si. Triângulo ocellar de angulo obtuso. Região genal com mancha amarella, epistoma cor de castanha. Ha duas cerdas nas bochechas e uma cerda genal. Primeiro articulo antennal amarellado; terceiro articulo antennal vermelho-pardacento, relativamente pequeno; arista dorsal, comprida, distinctamente pubeseente. Palpos verinelho- amarellos, achatados no sentido dorsoventral, com cinco cerdas fortes aa metade distai, dispostas como em monticola ; borda lateral e face inferior com poucos pellos finos. Tromba vermelho-amarella, parte basal não prolongada, portanto não geniculada, na base bastante larga, progressi¬ vamente estreitada para a extremidade apical. Thorax ligeiramente brilhante, pardo-ennegrecido, margens latêraes como as propleuras mais claras, esternopleuras e metapleuras amarello-fer- ru gin os as; mesopleuras na metade superior pardo-escuras. A pubescencia não se torna distinctamente mais comprida deante do escutello. Ha duas cerdas dorsocentraes. Escutello largo, com as margens anterior e posterior quasi paraHelas, pardo-escuro, mate, nas bordas lateraes amarellado, coberto (como parece) de pubescencia microscopicamente pequena; com duas cerdas, deante das quaes de cada lado um pelio. Propleuras no meio da margem posterior com uma cerda dirigida para cima, que é menos comprida do que as cerdas frontaes. Mesopleuras com poucos pellinhos immediatamente atraz do estigma prothoracico. Abdômen mate, preto, também o ventre escuro, com quatro placas tergitaes. Primeiro tergito com matizes vermelho-pardacentos. Segundo tergito um pouco alongado, terceiro trapeziforme, quarto subquadran¬ gular. Pubescencia na região dorsal extremamente escassa, sómente o sexto FAMÍLIA PHORIDAE (dJPT.) 107 segmento m região dorsal e ventral com pilim compridos lm margem posterior; também o ventre com pubescencia esparsa. Cerci indistineta- mente destacados. imfrm dos quadris, sômente os médios nas faces anterior e posterior pardo-enmegreeidos, tarsos escurecidos; fémures posteriores pardacentos, particularmente na borda dorsal; tíbia media quaei inteiramente preta, na regifto basal mais pardacenta; também tíbia posterior na metade distai mais ou menos preta, no mais pardo-fer¬ ruginosa. Tibia anterior na face dorsal com quatro eerdaa isoladas; a pri¬ meira se infere mais ou menos na extremidade do primeiro quarto da tibia, a segunda no meio ou pouco acima do meio, a- ultima é subapieai; na íaee anterior se acha uma serie de 10 cilios - ou cerdinhas. Metatarso anterior um pouco mais comprido do que os dois seguintes artículos tar&aes juntos. Tibia media com um par de cerdas perto da base; a fileira dorsal de pllos se extende mais ou menos até a extremidade do segundo terço; a face ante- rodorsal apresenta mais ou menos seis pntes transversaes. Femures poste¬ riores moderadamente dilatadas. Tibia posterior com uma completa fileira dorsal de pellos e uma serie posterodorsal de cilios. Metatarso posterior um pouco dilatado, mais ou menos = % do comprimento dá tibia posterior. Aza fortemente tingida de amarello-pardo, nervação pardo-escura. Nervura humeral-transversal distincta; nervura mediastinal rudimentar, muito curta e aproximada de Rl. Nervura costal com cilios curtos, mais ou menos = 0,58 do comprimento da aza (in situl), as divisões eostaes em pro- prçâo de 37:10:3. Primeira nervura longitudinal um puco curvada no meio, com a metade distai um puco engrossada. Bifurcaçlo de angulo agudo, ramo anterior delgado. Quarta nervura nascendo na bifurcação, com ligeira concavidade anterior, não (ou sô indistinctamente) attingiiido a orla da aza. Sétima nervura distincta, mas mais fraca do que 4-6, não attingindo a orla da aza. No lugar da aluía um pilo ciiiadc Balancins vermell Comprimento total Holotypo. 1 ? de PetropoHs, o autor leg. II. X. 192$. DOHRNIPHORA OPPOSITA, n. sp. 9 Esta nova especie é visinha de brasiliensis m., mas differe delia pelo numero dos tergitos abdominaes. - Fronte aproximadamente tão larga como comprida no meio, anterior¬ mente prolongada, um pouco abahulada em sentido transversal, mate, pardo-ennegrecida, na margem anterior ás vezes mais clara, sem sulco 108 AKCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV frontal, com pubescencia escassa. Primeira fileira de cerdas frontaes com ligeira convexidade anterior; as cerdas interiores distam quasi duas vezes mais entre si do que das exteriores, e as exteriores distam tanto da margem ocular como das interiores. Segunda fileira recta; as cerdas exteriores distam um pouco mais das interiores do que essas entre si. As cerdas verticaes ex¬ teriores distam aproximadamente duas vezes mais das interiores do que essas entre si. Triângulo ocellar de angulo agudo. Região genal com mancha amarella. Ha duas cerdas nas bochechas, e uma cerda genal. Terceiro ar¬ ticulo antennal pardo-escuro ; arista dorsal, comprida, distinetaménte pubes- cente. Palpos vermelho-amarellos, achatados no sentido dorso-ventral, com cinco cerdas. Proboscida vermelho-ferruginosa, não geniculada. Thorax na região dorsal pardo-escuro, também as propleuras e a metade superior das mesopleuras; mas as estérnopleuras amarellas. Ha duas cerdas dorsoeentraes. Escutéllo com duas cerdas, deante das quaes dè cada lado , um pello fraco. Propleuras na margem posterior com uma cerda dirigida para cima do comprimento das cerdas frontaes. Mesopleuras com pelios no terço superior. ' , Abdômen preto ou pardo ennegrecido, ás vezes vermelho-pardo, mate, com quatro placas tergitaes. Primeiro tergito vermelho-pardo, lateral- mente com mancha preta; tergitos 2-4 pretos. Segundo tergito alongado, terceiro aproximadamente quatro vezes mais largo do que comprido, quarto mais comprido dõ que o terceiro, atraz um pouco menos largo do que anfe- riormente, mas mais largo do que comprido no meio. Pubescencia escassa. Lamellas genitaes ( cerci ) pouco distinctas. Patas amarello-ferruginosas, inclusive dos quadris; borda dorsal dos femures posteriores (mas não a extremidade distai) ennegrecida. Tibia anterior com 4-6 cerdas isoladas; caso que haja seis, as duas superiores se inserem na metade basal, as demais na metade distai. Tibia media com um par de cerdas perto da base e uma cerda subapical na face anterior; além disso uma fileira dorsal de pelios de paliçada que se extende sómente até a extremidade do primeiro terço, e cerca de oito pentes *transversaes na face anterodorsal. Tibia posterior com uma completa fileira dorsal de pelios e uma serie posterodorsal de cilios. Metatarso posterior um pouco dilatado. Aza (Est. II, fig. 1) com matizes amarellos, nervação parda. Nervura mediastinal rudimentar. Nervura costal - 0,51 do comprimento da aza, divisões .costaes mais' ou menos = 25:6:2, Ramo anterior da forquilha delgado. Quarta nervura nascendo na bifurcação, com concavidade anterior, não (ou só indistinctamente) attingindo a orla da aza. Sétima nervura muito fraca, quasi apagada. No lugar da alula um pello ciliado. Balancins amarellos. Comprimento total, 2,38-2,63 mm. FAMÍLIA PH01UDAE (dIPT.) 109 Typos 17 9 9 (preparadas a secco) de Petropolis, capturadas nos annos de .1922 e 1923 por Borgmeier e Ronchi. Um dos exemplares typicos foi apanhado pelo autor num ninho de Eutermes sp. (4. X. 1922). Parece, portanto, que se trata de uma especie termitophila. DOHRMIPHOR DISPAH, Endeblein d* 1912, Endeelein, Stett. Rn. Zeit. p. 20 ( Phora ;), 3923, Sghmitz, Ja&rb. Nat. Genootsch. Limburg 1920-23, pp. 65-56. Esta especie é característica por causa do terceiro articulo antennal, o qual é muito grande. Possúo 1 & de Petropolis (Ronchi leg. 26. IV. 1923), que concorda em todos os pontos com a nova deseripção que Sciimitz deu dos typos do museu de Stettin (1) . Transcrevo no seguinte a excellente deseripção de Schmitz, Fronte distinefamente mais larga do qué comprida (6: 5 ou 5:4)/es¬ curecida, fileira media de cerdas frontaes côncava para deante, no meio da borda anterior com duas fortes cerdas postantennaes, moderadamente protrahida. Bochechas e regiões genaes avermelhadas, muito estreitas. Terceiro articulo antennal muito grande, oval, vermelho, um pouco escure¬ cido na extremidade apical, com arista dorsal* distinctamente pubescente. P aipos amarellõs, bordas lateral parallelas; anteriormente arredondados ; a^ oinõo cerdas moderadamente fortes se limitam ao quarto distai. Thorax interramente vermelho, na região dorsal ás 'vezes escurecido, escutello com quatro cerdas desiguaes, das quaes as anteriores talvez sejam sómente pellos. Abdômen : primeiro tergito abdominal avermelhado, tergitos 2-6 pretos com tarjas posteriores vermelho-amarellas, que se notam também nas margens lateraes dobradas para a região ventral. Na região dorsal desap--. parece, a coloração preta com excepçã-o de mancha lateraes indistinetamente limitadas, porque a margem anterior dos diversos tergitos está na sua quasi totalidade occupada pela base de uma mancha triangular, que se confunde posteriormente com a tarja posterior. Ventre vermelho. Hypopygidio em quanto visivel amarello-avermelhado. Tubo anal duas vezes mais comprido do que largo. Patas inclusive os quadris vermelho-amarellas; tibias anteriores na face dorsal com uma serie de 4-5 cerdinhas que começa na extremidade do se¬ gundo quinto, na face posterodorsal ou posterior com uma serie completa de 10 cilios finos. Tarsos anteriores um pouco mais compridos do que as tibias, metatarso um .pouco menos comprido do que os tres seguintes ar- (1) UI timamente Schmitz confrontou o meu exemplar com os typos de Bnderlein e poude con¬ firmar a minha classificação. 110 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV ticulos tarsaes juntos, quinto articulo distinctamente mais comprido e mais largo do que o quarto, com polvilhos bem desenvolvidos, escurecido. Tibia media com um par de cerdas na extremidade do primeiro sexto, a cerda subapical fraca. A única fileira dorsal de pellos se extende desde a base até o meio. Quinto articulo tarsal para uma Dohrniphora bem desenvolvido, não mais comprido, mas um pouquinho mais largo do que o quarto. Femures posteriores dilatados, a face posterior immediatamente na base, ao longo da borda ventrai, com um grupo de cerdinhas pretas, erectas, semelhantes a agulhetas (cerca de30), no lado distai desse grupo, também na borda ventrai, com uma excavação quasi circular, em forma de tigela. Tibia posterior sem cerdas, com uma fileira dorsal de pellos, cilios posterodorsaes fracos, ao lado delles na metade superior da tibia 2-3 fileiras de pellos pretos adjacentes, que são um pouco mais grossos do que a demais pubescencia, da qual constituem um typo particular. Quinto articulo tarsal normal, pretarso pequeno. ' Aza do typo de chlorogastra , nervura costal mais ou menos » a me¬ tade do' comprimento da aza, primeira divisão costal aproximadamente 3 Y vezes mais comprida do que 2+3, cellula da forquilha não mais larga do que R3, nervura axillar mais pallida do que nervuras longitudinaes 4-6, não alcançando a orla da aza. Balancins amarellos. Typos 2 cfo* no museu de Stettin, provenientes de Hammonia (Santa Catharina). DOHRNIPHORA SCHROEDERI, Schmitz & 1923, Jaarb. Nat. Genootschap Limburg 1920-23, p. 56. Não conheço esta especie ex natura. Dou no seguinte a traducção da diagnose original de Schmitz. Muito semelhante á especie precedente, com as differenças seguintes: Fronte mais larga do que comprida nos lados, anteriormente no meio um pouco mais protrahida. Terceiro articulo antennal vermelho, de tamanho normal. Palpos um pouco mais curtos. Na região superior do abdômen a co¬ loração vermelha menos extensa. Metatarso das patas anteriores ao menos tão comprido como os tres seguintes artículos tarsaes juntos, todos os tarsos anteriores não mais compridos do que as tíbias, sendo o quinto artículo mais engrossado do que em dispar , duas vezes mais comprido e mais largo do que 0 articulo precedente, com polvilhos, cujo tamanho é igual ao ta¬ manho do quinto articulo. Fileira dorsal de pellos da tibia media muito mais curta; ultimo articulo tarsal quasi tanto engrossado como nas patas anteriores, em compensação o pretarso das patas posteriores é muito di¬ minuto. Femüres posteriores na base extrema com uma mancha circular de família phoridae (dipt.) 111 agulhetas ou cerdinhas, á qual se segue apôs pequeno intervallo um grupo de cerdinhas que tambern se acha em dispar, mas uma exeavação circular não existe (1) . Comprimento total cerca de 2,2 mm. Typos: 2 d”d” na col- lecção do museu de Stettin. Lugar de procedência: Sul do Brasil, Santa Catharina, Luederwaldt leg. Genero HYPOCERA, Lioy 1903, Be xnm, Trans. A mm Eat. Soc. voL XXIX, p 1906/Brxies, ,, fase. 44, p. 6. 1918, . , Genootsebap Limbiirg 1917, p, 112. 1022, Lendbeoe, Bipt. Danica, Parfc VI, p. 161. Cameterm genericos : Fronte com tres fileiras transversaes de 4, 4, 4 cerdas, Cerdas pastantennaes geralmente ausentes, e, quando presente, reclinadas. No vertia de algumas especies se acha um botão elevado de formação variada, até hoje não observado em especies brasileiras; também a margem vertical é ás vezes elevado em forma de arco. Terceiro artículo antennal geralr Thorax com di^.e^dmdQraQ® com êym ou quatro,ferdas, no ultimo casols- ãntiiMte tó . ■ . * ‘ Sutura dorsopleural anteriormente em geral apagada Hypopygidio pequeno, caracteristico, não proeminente livremente entre as peças lateral, mas perfurando o tergito num orifício circular; segmento anal papilliforme, não proeminente em forma de tubo ou bainha. Patas geralmente robustas, com os femüres posteriores dilatados, todas as tíbias com eerdas isoladas, às medias e posteriores com duas (ou, tres) fileiras de pellos de paliçada na face dorsal, arranjadas como .em Dohrniphora. tinhas e polvilhos pe- 4 .» a * 1 t " m . -s .: 1 * S ÍH&L temente coberta de pellos finos, não forquilhada (sômente em agilis Mo. e 'irregulaftiê Wood o ramo anterior é ligeiramente aceusado). Typo do genero: B. mordellaria Fallen. A respeito do mero Sçhmitz faz as seguintes observações: “O ge¬ nero possúe ÜM ns earacteei arohaiças, p. ex. a pubescencia da terceira nervura longitudinal, o desenvolvimento menos rudimentar das maxillas (1) Sobre os femures de D. dispar e schroederi Scbmitz acaba de commuiúc^r-rDe ainda o seguinte CU. DE. 1924): “Die Lüeke bei 'sdmwâm lf| wahrscheínlieh hõÈadtag mít dem Nâpfeben von dispar; der ist bei schroederi undeutlieh ausgebildet; 2) hinter dem Nãpfchen (distai von ihm) befindet sieh eia BanlM voa âbalicbea Stiftchen wie proximal von ihm, wàbrend bei dispar nur 1 eteterer vorbanden ist. Die Lüoke ist eo Mt verstehen, dass die Stiftchen sich an der áussersten Vèntralkante ununterbrochen foriasetKeny' -Jr-t 112 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV (cfr. Schmitz, H. em: Verslag Zommerverg. Ned. Ent. Ver. 1916, em: Tijdschr. v. Ent. Vol. 59, 1916 p. LVJII). Por outro lado, porém, também é muito espeeialisado, o que se nota principalmente na formação do thorax, das azas, do hypopygidio e das tibias posteriores. No thorax desappareceu em parte a sutura dorsopleural, confundindo-se a região dorsal com as me- sopleuras, as quaes portanto na sua região superior apresentam uma pubes- cencia semelhante á do thorax. Isto faz lembrar, de certa forma, a sub- familia Platyphorinae , a qual, como mencionei alhures, supponho descender phylogeneticamente de uma forma primitiva modificada semelhante a Hy- pocera. A cerda na margem posterior das mesopleuras, característica para os platyphorineos, só se encontra em fíypocera mordellaria , mas a pubes- cencia da terceira nervura longitudinal é muito commum. Também a cir- cumstancia de que algumas especies de Hypocera (p. ex. vitriprennis entre as européas) vivem em symbiose parasitica com hymenopteros sociaes, indica que existe uma relação entre os platyphorineos myrxnecophilos e este genero V (1918, pp. 112-113). Do genero Hypocera até hoje só se conhecem duas especies brasileiras; certamente o seu numero cfeve ser muito maior. Sobre Hypocera angusti- frons End. {1> Schmitz creou o seu genero Trineurocephala (S) , Para Hypocera semifurcata m. 1 2 (3) creei o genero Chaetocnemistoptera (4) 5 . E ? possível que H, insperata Brues (5) do Paraguay seja mais tarde encontrada no Sul do Brasil. HYPOCERA PACHYCOSTALIS, Bokgmeier 9 1923, Boi. Mus. Nac. Rio, vol. I, pp. 54-56, %. 5. A formação da fronte (fig. 3 no texto) desta especie é muito semelhante á de H. flavimana Mg. A aza é summamente característica; na fig. 5 que N acompanha a diagnose original, a pubescencia da terceira nervura apparece desenhada um pouco comprida demais; os pellos são extremamente finos e curtos. Os seguintes pontos devem ser acerescentados ou corrigidos' na diagnose original: Fronte um pouco mais larga do que comprida no meio, finamente pon¬ teada. Em baixo do meio da fronte se acha na linha mediana uma pequena excavação, em cujo fundo se nota um pequeno rudimento de sulco frontal. (1) Steit. Ent. Zeit. (1912), p. 43. (2) Jaarb. Nat . Genootschap Limburg (1920-23), p. 57. (3) Vozes de PelropoUs, vol. XVII, 1, p. 629. (4) Vozes de Pèlropolis, vol. XVII 2, p. 657; Boi. Mus. Nac. Rio , v. 1, p. 52. (5) " Ann. Mm. Nat. Hungarid, vol. 9 (1911), p. 459. FAMFLIA PHOEIDAK (dIPT.) 113 Segunda fileira de eerdas frontaes inteiramente recta. Os ocellos lateraes ficam mais ou menos no meio entre o ocello anterior e a margem ocular. Os palpos são de côr pardo-clara, um pouco curvados para cima, na metade distai com oito eerdas fortes; a pubescencia é esparsa (não densa); também metade anterior da face dorsal pubescente. Escutello com duas eerdas, deante das quaes de cada lado um pello. Primeiro ter- gito abdominal lateralmente com alguns pellos compridos. Segmentos terminaes vermelho-amarellos. O cf é desconhecido. Esta es- pecie até hoje só foi encontrada em -p , i" Fig. 3 — Hypocera pachycostalis, Borgm, Ç, disposição ireri opons. das eerdas frontaes. HYPOCERA CURVILINEATA, n. sp. cf Esta nova especie é pela formação da região ocellar e do vertice visinha de imperata Bbues (1. c.), johmoni Brtjeb Ci> , ocellata Schmitz <2) ,, coro- nata Beckeb/ 1 2 3) , mas differe de todas essas especies pelo terceiro- articulo antennal não alongado e pelo vertice só pouco elevado em forma de arco. Fronte (fig. 4 no texto) um pouco abahulada em sentido antera-posterior, no meio um pouco mais comprida do que larga, preta, brilhante, com ponteação grossa; borda anterior um pouco convexa, margem vertical aguçada, um pouco ele¬ vada em forma de arco; região ocellar um pouco deprimida ou exeavada, separada da fronte anterior por uma linha tres vezes arqueada, os tres arcos de tamanho - çiwwfôífeata* n. sp. d\ dispo- igugi no arco medio fica o ocello anterior, sição das eerdas frontaes, ° Triângulo ocellar de angulo muito obtuso, occupando quasi toda a largüra frontal; os ocellos pequenos. Cerdas postan- . tennaes faltam. Ha tres fileiras de 4, 4, 4 eerdas frontaes. Primeira fileira (1) Trans. Ent. Soc., vol. XXIX (1604), p. 352. (2) Jaarb. Nat. Genootschap Limbutg (1917), p 115. (3) Abh. zoül.-boi. Ges. Wien, vol. 1, p. 41, 2307-924 15 114 ARCHrVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV convexa para deante; as cerdas interiores distam um pouco menos entre si do que das exteriores. Segunda fileira um pouco côncava para deante, suas cerdas mais ou menos equidistantes. As cerdas vertieaes interiores se inserem entre os ocellos lateraes e distam mais entre si do que as .exteriores. Ha uma cerda forte nas bochechas (malae). Terceiro articulo antermal não alongado, de tamanho normal, um pouco oval, pardo-claro, (ou vermelho-pardo), polvilhado de branco; arista dorsal, seu comprimento excede a altúra da cabeça, distinctamente pubescente. Palpos modera¬ damente pequenos, amarello-ferruginosos, com uma cerda mais comprida e cerca de cinco cerdas mais curtas. Tromba amarello-ferruginosa. Thorax preto, ligeiramente brilhante; a pubescencia se torna distine- tamente mais comprida deante do escutello. Ha duas cerdas dorsocentraes (quebradas no exemplar typico). Escutello com duas cerdas (quebradas!), deante das quaes de cada lado um pello, o qual é relativamente mais forte do que o respectivo pello de pachycostalis , pelo que se pôde talvez falar em quatro cerdas eseutellares, sendo as anteriores consideravelmente mais fracas do que as posteriores. Mesopleuras pubescentes no terço superior. Ahdomen preto, ligeiramente brilhante, com pubescencia esparsa e curta, que se torna mais densa e comprida nos lados; 2. tergito só com poucos pellos muito curtos perto da margem posterior. Tergitos 2 e 6 um pouco alongados, 3-5 aproximadamente de comprimento igual. Hypopygidio na região dorsal fortemente polida; a formação não poude ser estudada no exemplar unico. Segmento anal papilliforme, perfurando o tergito do hypopygidio num orifício circular. Patas robustas, pretas, as anteriores amarello-pardas, mas os quadris anteriores pretos, com pellos compridos, também os femures anteriores na região basal escurecidos, articulações das patas medias e posteriores amarello- pardas, tarsos e quadris posteriores pardo-ermegrecidos; femures poste- - riores dilatados e um pouco engrossados. Tibia anterior na face dorsal com uma cerda na extremidade do primeiro terço e cerca de nove cerdinhas curtas, das quaes as duas superiores se inserem em cima da cerda isolada, as demais na metade distai da tibia. Metatarso anterior mais ou menos tão comprido como os dois seguintes articulos tarsaes juntos; empodio uma cerda. Tibia media segundo parece só com uma fileira completa de pellos de paliçada na face dorsal; além disso um par de cerdas mais ou menos na extremidade do primeiro terço e uma cerda subapical na face anterior; ha um esporão terminal na face ventral. Femures posteriores na borda dorsal guarnecidos de pellos eriçados. Tibias posteriores com duas fileiras de pellos de paliçada, que encerram um sulco em cujo meio também se acha uma serie de pellinhos curtos; ha uma cerda anterodorsal na extremidade do primeiro 115 terço e uma cerdasubapical, também anterodorsal; além disso dois ventraes e iim esporão na face dorsal. , _ . . 1 i Aza (Est. 11,% 10) com ligeiros matizes amarello-acmzeátãdos. Ner¬ vura mediastinal ausente. Nervura costa! = a metade do comprimento da azai as divisões òostaes emptoporção de 31:26; cilios costaes moderada- mente compridos. Terceira nervura longitudinal nos dois terços basaes com * . -» pellos finos, os quaes são porém mais compridos do que os respectivas pellos de pachycostalis. Quarta nervura longitudinal obliterada na base, no principio pouco cunhada, no mais quasi recta. Betima nervura còmpletamente apa¬ gada. No lugar da aluía ha quatro pellos ciliados, , Bakmoins pretos. Comprimento total 1,7-1,8 mm. ' ■' Wy ■ - •• Holotypo 1 d 1 de Curityba (Paraná), primeiro conservado em álcool e depois seccado, Frei' Ahacleto WUtusehüick leg. 20.11.1924. ' Genero HYPOCERIDES, Schmitz 1915, Schmitz, Deutsch. Ent. Zeitschr. p. 496.. 1915, Schmitz, Wien. Ent. Zeit.. vol. XXXIV, p! 329. 1918, Schmitz, Jaarb. Nat. Gen. Limburg. 1917, p. 113. .-S »* * Caracteres genericos: Fronte com duas cerdas postantennaes reclinadas e tres fileiras transversaes de 4, 4, 4 cerdas. As cerdas exteriores da pri¬ meira fileira faltam na especie brasileira anheuseri m. Arista das antennas dorsal. Thorax com duas cerdas dorsocentraes. Escutello com quatro cerdas. Hypopygidio como em Hypocera. Segmento anal papilliforme. Patas del¬ gadas. Tibias medias com um par de cerdas perto da base. Tibias ante¬ riores e posteriores sem cerdas isoladas, as posteriores com fileira dorsal de pellos de paliçada e uma serie de cilios posterodorsaes. Terceira nervura longitudinal não forquilhada. Nervura costa! com uma dilatação chitinosa em forma de pterostigma entre a embocadura da 1. e 3. nervura longi¬ tudinal. Typo do genero : H. difformis Brues {Hypocera), Deste genero, o qual é visinho de Hypocera, até hoje só foram descriptas tres especies: difformis Brtjes (1) , pterostigma Schmitz (2) e anheuseri m.; a primeira é proveniente da Nova Guinéa, a segunda de Madagascar, e a ultima do Brasil. * (1) Ann. Mus . Nat. Hungarici, vol. 3 (1905), p. 543 {Hypocera). (2) Deutsch. Ent. Zeitschr. (1915). p. 496. ' ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV HYPOCERIDES ANHEUSERI, Borgmeier tf 'i ■ - * 1923, Vozes de Petropolis, vol. XVII 1, p. 581. Cabeça com. a face occipital um pouco convexa. Fronte preta, ligeira¬ mente brilhante, um pouco abahulada, só um pouco mais larga do que comprida no meio (16:15), margem anterior um pouco convexa, borda occipital não aguçada, com poucos pellos esparsos e 12 cerdás fracas: duas divergentes postantennaes reclinadas e tres fileiras de 2, 4, 4 cerdas, As cerdas exteriores da primeira fileira faltam. Segunda fileira um pouco côncava, quasi recta, suas cerdas equidistantes. (À cerda exterior do lado . direito se insere no exemplar typico perto da borda occipital, o que con¬ sidero como aberração). As cerdas verticaes exteriores distam aproximada 1 mente tres-vezes mais das interiores do que as interiores entre si. Ha uma cerda nas bochechas (malae). Terceiro articulo antennal como os palpos de . côr pardo-escura; arista dorsal, comprida, praticamente desnudada. Palpos não grandes, delgados, anteriormente com quatro cerdas. Tkorax ligeiramente brilhante, preto, pleuras pardacentas. Ha duas cerdas dorsocentraes. Escutello com quatro cerdas, as. anteriores mais ou menos = % do comprimento das posteriores. Pronoto com uma cerda diri¬ gida lateralmente e ao mesmo tempo para traz. Propleuras com,poucos pellos finos e com duas cerdas superiormente na margem posterior, im- mediatamente deante do estigma prothoracico. Abdômen preto-mate, tirando para pardo, com seis placas tergitaes de formação normal. Sexto tergito alongado, tergitos 3-5 aproximadamente do mesmo comprimento. Todos os tergitos desnudados, sómente o sexto com alguns pellinhos na margem posterior. Hypopygidio com grande placa ventral, de côr pardo-clara. Segmento anal papilliforme, não proeminente. Patas delgadas, pardo-ennegrecidas, articulações mais claras, quadris médios e posteriores bem como os femures posteriores escurecidos. Tibia anterior na face dorsal com uma serie de cerca de 11 cilios finos. Tibia media com duas cerdas finas perto da base, das quaes a posterodorsal se insere um pouco mais para cima do que a anterodorsal; além disso uma cerdinha subapical na face anterior, mais ou menos 14 pentes transversaes na face anterodorsal, um esporão terminal na face ventral, e tres cerdinhas termi- naes. Tibia posterior com uma fileira completa de pellinhos de paliçada na face dorsal, uma serie posterodorsal de cilios finos, um esporão terminal na face ventral e algumas agulhetas terminaes. Azas hyalinas, nervuras da borda anterior amarello-pardacentas, com¬ primento = 1,462 mm., maior largura = 0,714 mm. .(m situí). Nervura mediastinal rudimentar. Nervura costal distinctamente mais curta do que família phoridae (dipt.) 117 - a metade da aza, = -0,38 do seu comprimento, com cerca de 15 pares de cilios; entre a embocadura da 1. e 3. nervura longitudinal se acha uma dilatação, chitinosa em forma de pterostigma. Primeira nervura longitudinal recta, só na extremidade distai recurvada para a nervura costal e aqui um pouco engrossada. Terceira nervura longitudinal um pouco mais grossa do que a nervura costal, quarta recta, sétima pouco accusada. No lugar da alula quatro pellos. Balancins pardo-escuros. Comprimento total mais ou menos = 1,7 mm. O holotypo desta especie interessante é proveniente de Pesqueira (Es¬ tado de Pernambuco), Frei Clemente Ánheuser leg. 21.X. 1922. Genero TRINEUROCEPHALA, SCHMITZ 1923, Schmitz, Jaarb. Nat. Genootschap Limburg 1920-23, p. 57. 1923, Borgmeier et Schmitz, Deutsch. Ver. f. Wiss. u. Kunst S. Paulo, 3. Jg. 1922, p. 127. Caracteres genericos: Fronte no macho só representada por uma faixa muito estreita, na femea consideravelmente mais comprida do que larga ; sem sulco frontal completo ; sem cerdas postantennaes, com tres fileiras de 4, 4, 4 cerdas frontaes; primeira fileira mais ou menos convexa para déante, segunda fileira com enorme concavidade anterior, fileira vertical normal. Olhos principaes grandes, pubescentes. Terceiro articulo antennal as vezes muito pequeno, arista subapical, foveas antennaes na femea confundindo-se no meio, no macho as antennas se inserem numa pequena excavaçEo ovah Terceira nervura longitudinal coberta de pellos finos, não forquilhada. Todas as tibias com cerdas. Typo do genero : T. angustifrons Enderlein ( Hypocera ). Deste genero creado por Schmitz sobre Hypocera angustifrons End., até hoje só se conhecem duas especies, ambas provenientes do Brasil. W de notar que neste genero o dimorphismo sexual se extende a cara¬ cteres, que em geral por elle não são modificados (p. ex. a pubescencia da arista). TRINEUROCEPHALA ANGUSTIFRONS, Enderlein d 1912, Enderlein, Stett. Ent. Zeít. p. 43 (Hypocera). 1923, Schmitz, Jaarb. Nat. Gen. Limburg 1920-23, p. 57. 1923, Borgmeier et Schmitz, D, Ver. Wiss. Kunst S. Paulo 3. Jhg. 1922, p. 129. O typo desta especie é proveniente de Hammonia (Santa Catharina). Por occasião de uma excursão a Paraná capturei mais 2 c"d* em Rio .118 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Negro (23.1.1924), que por Schmitz foram comparados com o typo do museu de Stettin. Fronte aproximadamente oito vezes mais comprida do que larga atraz, % anteriormente um pouco mais larga do que posteriormente (1J^ vezes), preta, ligeiramente brilhante, pubescente, sulco frontal em pequeno trecho ligeiramente aceusado deante do ocello anterior, com tres fileiras de 4, 4, 4 cerdas reclinadas, Primeira fileira fortemente convexa para deante, as cerdas exteriores se inserem verticalmente em cima das interiores, mais ou menos na extremidade, do quarto anterior da fronte. Segunda fileira extremamente côncava para deante; as cerdas exteriores ficam um pouco em baixo do meio da fronte, as interiores se inserem mais ou menos na extremidade do terceiro quarto da fronte. Além disso quatro cerdas verticaes, cujos pontos de inserção quasi se tocam; as exteriores são um pouco mais fracas do que as interiores. Triângulo ocellar de angulo agudo. As antennas se implantam numa pequena excavação oval distinctamente delimitada. Terceiro articulo antennal pequeno, amarello-vermelho; arista subapical, na base amarellada, no mais pardo-escura, praticamente desnudada. Palpos compridos e del¬ gados, amarello-vermelhos, com 5-6 cerdas fortes na metade distai. Nas bochechas (malae) ha uma cerda dirigida para baixo. Thomx preto, ligeiramente brilhante, com duas cerdas dorsocentraes, que distam distinctamente mais entre si do que as duas cerdas escutellares; deante dessas se acha de cada lado um pello. Prothorax em baixo do estigma com duas cerdas dirigidas para cima, uma em cima da outra. Mesopleuras com poucos pellinhos immediatamente atraz do estigma prothoracico. Abdômen achatado, preto, ventre pubescente, Primeiro tergito mais claro, com reflexos azulados, tarja posterior esbranquiçada e alguns pellos compridos nos lados, particularmente na margem posterior. 2. tergito alongado, tergitos 3-6 progressivamente estreitados para traz. Pubescencia na região dorsal escassa, nos lados mais comprida; 2. tergito só com poucos pellos finos perto da borda posterior. Hypopygidio não grande, de cada lado com tres pellos compridos. Segmento anal curto, amarello, pubescente; os síyli faltam. Patas na maior parte amarello-ferruginosas, também os quadris ante¬ riores e posteriores; quadris médios só na extremidade amarellos, no mais pretos, femures posteriores na extremidade distai com mancha preta, tibias e tarsos posteriores pardo-ennegrecidos. Tibia anterior com uma cerda anterior (ou anterodorsal?) na extremidade do 1. terço da tibia e uma serie de seis pequenas cerdinhas no ultimo terço; além disso uma cerda subapical na face anterodorsal e um esporão terminal na face posterior. Tarso anterior mais comprido do que a tibia, 4. articulo tarsal mais ou menos em forma de triângulo equilateral, 5. articulo engrossado, família phoridae (dipt.) 119 nas bordas com pellos compridos, sem unhas, mas com polvilhos enormes, sendo cada um delles mais ou menos do mesmo tamanho do articulo. Tibia media com um par de cerdas na extremidade do 1. terço e uma cerda sub- apical na face anterior; a fileira dorsal de pellinhos é completa, em baixo do par de cerdas um pouco curvada para o lado pôsterodorsal; na face ventral existe um esporão terminal Femures posteriores dilatados, na borda dorsal com uma tarja de pellos eriçados. Tibia posterior na face .dorsal com duas fileiras completas de pellos de paliçada, que encerram um sulco em cujo meio também ha uma fileira de pellinhos; na face anterodorsal existem duas cerdas, uma na extremidade do 1. terço e outra subapical; além disso ha um esporão dorsal e tres esporões ventraes. Pretarso pequeno. Azas notavelmente tingidas de pardo, raiz da aza amarellada, nervação pardo-clara, extremidade distai da aza estreitada. Nervura costal com . cilios curtos, = 0,48-0,49 do comprimento da aza, divisões costaes = 11:7. Terceira nervura longitudinal com poucos pellinhos microscopicamente pe¬ quenos, na metade distai um pouco curvada em forma de S. Quarta nervura longitudinal na base fortemente curvada como em Hypocera incrassata Meig. ou um pouco mais fortemente ainda; no mais ligeiramente curvada no * sentido da orla anterior da aza. Quinta nervura quasi inteiramente recta. Sétima nervura mais fraca do que 4-6. Balandns pretos com o pedunculo amarello. Comprimento total mais ou menos 3,3 mm. • TRINEUROCEPHALA PUBESCENS, Borgmeier et Schmitz d 9 1923, D. Ver. Wiss. u. Kunst S. Paulo, 3. Jahrg. 1922, p. 128 Ç. Esta especie é muito parecida com angustifrons, mas differe pela colo¬ ração das tibias posteriores, fronte mais estreita (cf) e tamanho total menor. As differenças notadas por Borgmeier e Schmitz (p. 129-130) são na sua maioria differenças sexuaes, o que se explica, porque de angustifrons só conheciam o macho, e de pubescens só a femea. Macho (ainda não descripto) — Fronte mais ou menos como em angus¬ tifrons, mas ainda um pouco mais estreita; a cerda exterior da 3. fileira frontal fortemente côncava se insere relativamente um pouco mais para cima; a sua distancia da cerda interior da 1. fileira é em angus¬ tifrons distinctamente menor do que a distancia da borda occipital, em pubescens porém aproximadamente a mesma. Terceiro articulo antennal pequeno, pardo-claro, mais escuro do que em angustifrons ; arista desnudada. Mesopleuras na metade superior quasi até a margem posterior com pel¬ linhos esparsos relativamente compridos. Escutello com duas cerdas, deante 120 ABCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV das quaes de cada lado um pello tres vezes menor. Patas amarello-ferru- ginosas, as posteriores inclusive dos quadris fortemente escurecidas, quadris médios pretos, tibia posterior pardo-ennegrecida; numero e disposição das cerdas isoladas como em angustifrons, mas os femures posteriores um pouco menos dilatados. Aza (Est. II, fig. 8) notavelmente menos tingida do que em angustifrons. Oilios costaes curtos, a primeira divisão costal mais com¬ prida do que a segunda divisão. Terceira nervura longitudinal com finos pellinhos pretos muito curtos. No lugar da alula cerca de oito pellos com¬ pridos ciiiados. ■ Comprimento total 2,3 mm. Os demais caracteres como em angus¬ tifrons. Femea — Fronte (fig. 5 no texto) preta, com brilho forte, abahulada, estreitada para traz, anteriormente 1 Y vezes mais larga do que posterior mente, oceupando na região mediana mais , ou menos um terço da largura da cabeça. Primeira fileira de cerdas convexa para deante. Segunda fileira com enorme concavidade anterior; as cerdas exteriores se inserem num nivel muito mais baixo do que as interiores, que se implantam perto do ocello anterior; as interiores distam um pouco mais entre si do que da margem ocular; as exteriores se inserem perto da margem ocular' e distam aproximadamente tanto da margem frontal anterior como da borda occipital. Cerdas da fileira vertical di¬ vergentes entre si. Terceiro articulo antennal ng. s - Trineuroctphuía pub.sc.rs, Bo-c pequeno ; arista distincta-mas não densamente MEIER et ScKMiTZ 9 , disposição das cerdas pubescente. Articules tarsaes anteriores 1-3 frontâ6s> um pouco dilatados, quinto articulo e pretarso não muito grandes. Quadris médios pretos. Femures posteriores dilatados, escuros, com uma estria longitudinal amarei] o-parda, partieularmente distincta na face anterior. Também femures médios um pouco escurecidos., Divisões da nervura costal de comprimento egual. Os demais caracteres como no macho. Comprimento total 2,3 mm. O holotypo desta especie (ç) se acha na collecção de Schmitz. Na minha collecção possúo 5 e 9^, todos capturados em Petropolis. Nota : Schmitz teve a bondade de submetter ã um novo exame o typo de Tr. angustifrons & e exemplares de pubescens cf, e acaba de me com- municar o seguinte (15.VI. 1924): “Die Unterschiede, auf die wir un&bei der Ausfstellung von pubescens V i família phoridae (dipt.) 121 stützten, sind sicher ziun Teil nur sexuell. Trotzdem sind die Arten sicher verschieden. I. Sexuelle Unterschiede : Sexuell ist, dass die Fülherborste des c f fast nackt ist; die paar Hárchen, die pubescens tf auf der 2. Hãlfte in weiten Ab- stánden hat, kommen auch bei der Type von augmtifrons End, vor. Sexuell ist auch die schwache Behaarung der 3. Làngsader beimcf. Auch bei pubes¬ cens ist diese vereinzelt und verkümmert; einige wenige Bõrstchen nirnmt man auch bei augmtifrons tf End. (Type) wahr. Sexuell ist auch, dassbeim Mànnchen der erste Costalabschnitt grõsser ist ais der zweite (beim 9 = dem zweiten). Sexuell ist die Stirnbreite, wie schon vermutet. Sexuell ist ferner, dass die Behaarung (in der vorderen , oberen Ecke) der Mesopleuren- Stigmagegend beim tf schwâcher ist ais beim 9. Sexuell ist schliesslich, dass die Endglieder des Vordertarsus beim tf verbreitert sind. II. Unterschiede . die nach Abzug der sexudien noch bleiben zuríschen angusiifrons Type und pubescens tf; a) Grosse: angustifrons ist grosser. b) Farbe: die Hinterschienen sind bei angustifrons gelb, bèi pubescens tf'y ' stark verdunkelt. c ) Plastische Unterschiede: angustifrons tf 1) Stirn schmal 2) Mesopleuren mit kaum einzelnen bemerkbaren Hárchen 3) 3. Làngsader vor dem Ende deut- lich hin- u. hergebogen 4) Hinterschenkel vielleicht stárker verbreitert 5) Vordertarsus 1 etwas lánger ais 2+3 pubescens tf noch etwas schmáler Hãrchen deutlicher kaum bemerkbar vielleicht etwas weniger nicht lànger ais 2+3 N, B. 1) Die hellgelbe Farbe der VordeiTandadern von 'pubescens 9 wird vom Al- kohol herstammen, 2) Interessant ist, dass das 1. Hinterleibstergit bei dieser Gattung dreiteilig ist, be- stehend aus 1 Dorsalplatte und je 1 Pleuralplatte, welche durch haiitígen Bezirk gesondert sind (tf Ç). Das 9 hat schwach chitinisierte. nmzelige Hinterleibsdecke. Genero CONICEROMYIA, Borgmeier 1923, Arch. Mus. Nac. Rio, voL XXIV, p. 338. Caracteres genericos : Fronte com tres fileiras de 4, 4, 4 cerdas e 2 post~ antennaes fracas e reclinadas. Terceiro articulo antennal no macho muito alongado como em Conicera , na femea de tamanho normal, globular; arista 2307-924 16 122 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXY apical. Terceira nervura longitudinal não forquilhada. Nervura costal ge¬ ralmente um pouco engrossada. As tibias anteriores no macho de formação singular, comum grosso espinho na extremidade do. 1. terço; na femea de formação normal. Todas as tibias com cerdas isoladas, mas desprovidas de peHhihos de paliçada. Esporões terminaes fortes. Hypopygidio como em Conicera. Segmento anal papilhforme, não proeminente. Typo do genero: C. epicantha Borgmeier. Para esse genero, o qual é evidentemente visinho de Conicera Meig., é caracteristico o dimorphismb sexual na formação das tibias anteriores e do terceiro articulo antennal, A ? unica especie até agora conhecida posso açcrescentar. no seguinte duas especies novas. CONICEROMYIA EPICANTHA, Borgmeier tf? 1923, Arch. Mus. Nac. Rio, vol. XXIV, p. 338. Mg. Desta especie recebi mais e lç de Petropolis (C. Prade leg.). A’ diagnose original accrescento as seguintes notas: Segundo a nova especie anacieti abaixo de- scripta deixa conhecer, é melhor considerar a su¬ perior das duas cerdas que na descripção original foram attribuidas ás bochechas, como cerda genal. O abdômen é quasi inteiramente desnudado. A chanfradura vermelho-pardacenta dos tergiíos abdominaes do macho não se encontra na borda Fig. 6 - r Coniceromyia epicantha, anterior, ui as posterior j ha individuos em que os E5CHWM. d\ hyp°p y fíi dio ’H S t° d a es- tergitos 2-5 do macho são amarello-vermelhos na - região dorsal e pretos sómente nos lados. A tarja amarella do 6. tergito é geralmente mais larga do que nos demais ter- Tive occasião de estudar mais minuciosamente o hypopygidio (fig. 6 no texto). E ! de cor amarello-vermelha, relativamente grande, peça lateral esquerda prolongada para traz, posteriormente arredondada, revestida de alguns pellos curtos na borda superior; peça ventral grande, abahulada; peça lateral direita não prolongada para traz. Segmento anal papillíforme, perfurando o tergito do hypopygidio num orifício mais ou menos circular, coberto de alguns pellos curtos. Os femures posteriores (fig. 7 no texto) do macho são cobertos na face posteroventral, ao longo da borda ventral, por muitas agulhetas extrema¬ mente curtas e densamente agrupadas, que formam uma faixa que se extende desde a base até um pouco além do meio do fêmur. Semelhantes FAMÍLIA FHOKIDAE (uiPT.) 123 agulhetas foram deseriptas em Dohrniphora, mas mais grossas e nunca em tal extensão, limitando-se á uma pequena area perto da base do femur. A arista do terceiro articulo antennal da femea é apical (não dorsal, Fig. Couiceromyia epicantha, Borgm, O* 1 , fuce po¬ sterior do femur posterior. como disse erradamente na descri pção original). E’ verdade, que este qaracter é difficil de se verificar em exemplares seccados. CONCEROMYIA ANACLETI, n. sp. u amarello-pardacenta, bü margem anterior mais clara, sem sulco frontal, com 4 cerdas postantennaes, recli¬ nadas; as inferiores se inserem muito juntas no meio da borda anterior e divergem entre si; as superiores também se implantam na margem anterior, aproxiçnadamente no meio entre ás inferiores e a margem ocular, igual- mente divergindo entre si, mas menos do que as inferiores (1) . Pubescencia frontal esparsa* atras das cerdas postantennaes ha alguns pellos inclinados para a linha mediana (“Kreuzborsten”). Primeira fileira de cerdas frontaes forte- mente convexa; as interiores se inserem perto das cerdas postantennaes Fig. 9 — Btekerine. irregular is > n. sp. tf f fronte. (1) A posição anormal das cerdas postantennaes posteriores o Padre Scfmitz, que viu um dos exemplares typieos, explica bem da seguinte fôrma (carta de 27. VL1923) : “ Já no genotypo B. umhrimargo e também em outrate especies se notam na borda frontal anterior algumas cerdinhas dirigidas para os lados. Imagínando-se agora que a ultima dessas cerdinhas se torne muitd forte e as demais enfraqueçam ou desappareçam por completo, e suppondo-se que a primeira fileira frontal se torne muito convexa, resulta exaetamente a ehaetotaxe da presente especie.” 2307-924 17- ISO ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV' posteriores, mas distam menos entre si. Segunda fileira muito pouco convexa, suas cerdas mais ou menos equidistantes. Ha 3 cerdas fortes nas bochechas (malae). Terceiro articulo antennal globular, alaranjado; arista mais escura, dorsal, distinctamente pubescente, de comprimento normal. Palpos amarellos, com 7 cerdas curtas. Thorax amarello-férruginoso, pleuras mais claras, com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello pardacento na margem posterior, com 4 cerdas, as exteriores só pouco mais compridas do que as interiores. Mesopleuras desnudadas. Abdômen com o ventre amarello, Os 6 tergitos são pretos, no meio com estria longitudinal vermelho-parda, nas bordas posteriores com larga tarja amarella (a tarja do 5. tergito indistincta), deante das quaes se acha uma estria transversal preta; 1. tergito com a metade basal amarella. Sexto tergito alongado. Pubescencia curta e esparsa. Hypopygidio ama¬ rello, com a borda da peça ventral pardacenta; as peças lateraes atraz com 1 processo digitiforme, sendo a da direita maior do que a da es¬ querda; as peças lateraes inclusive dos processos digitiformes com pellos moderadamente compridos mas densamente agrupados. Segmento anal amarello, papilliforme, pubescente. Patas amareJlas, tarsos médios bem como tibias e tarso posteriores um pouco escurecidos, femures posteriores com mancha apical parda. Tarso anterior engrossado. Tibias médias e posteriores com 1 fileira com¬ pleta de pellos de paliçada, mas desprovidas de cilios posterodorsaes. Existem esporões terminaes. Aza (Est. II, fig. 7) com matizes pardacentos, nervação pardo- escura. Nervura costal com cilios curtos densamente agrupados, = 0,52 do comprimento da aza, divisões costaes mais ou menos em proporção de 42:21:11. Nervuras humeral-transversal e mediastinal distinctas. Bifurcação da terceira nervura de angulo agudo. Quarta nervura longi¬ tudinal nascendo longe atraz da bifurcação. Sétima nervura um pouco mais fraca do que 4-6. No lugar da alula 4 pellos. Balancins amarello-oeraceos. Comprimento total 2,3-2,5 mm. Femea — Parecida com o macho. Terceiro articulo antennal üm pouco menor. Abdômen na região domai mais ou menos vermelho-pardo, lateral¬ mente preto. Segmentos terminaes amarellos. Lamellas genitaes (cerci) pequenas, mas distinctamente destacadas. Os demais caracteres como no macho. - Typos de Petropohs: 4^0* (8.X. e 19.X.1922, 25.Y.1923) 3ç? (19,X*1922 e l.II. 1923), Frei Benedicto Ronchi leg. família phoíudae (dipt.) 131 BECKERINA LUCIFRONS, n. sp. :6. Nervação como na photamierographia. No lugar da aluía ha quatro pellos. Balancim pardo-ennegrecidos. Comprimento Mal, 1,8,-2,4 mm, Typos 4 9 9 de Petropolis, B* RonchI leg. Maio de 1923. APHIOCHÃETA PIUPBEURA, n, sp. f Esta especie nova pertence ao grupo I de Lunubbçe e è visinhã de htí 0 izono,j mas differe pela ausência das cerdas nas mesopleuras, pela formação e coloração das placas tergitaes do abdômen, como por outros caracteres. ‘ / Fronte mais larga do que comprida nos lados, amarello-escura, com pubescencia esparsa e sulco frontal distincto. Ha quatro cerdas postan- tennaes proclinadas ; as inferiores, distam quasi tanto entre si corno as superiores, mas são consideravelmente mais fracas, não attingmdo a me¬ tade do comprimento das superiores. Primeira fileira de cerdas frontaes ligeiramente convexa para deante; as interiores se inserem um,pouco em •baixo do nível das postantennaes superiores, das quaes distam mais ou menos tanto como das exteriores. Segunda fileira recta, suas cerdas equi¬ distantes. Ás cerdas vértieaes exteriores distam aproximadamente duas vezes mais das interiores do que essas entre si. Triângulo ocellar de angulo obtuso. Ha duas cerdas nas bochechas (mala©) e cerca de sei® cerdas ge- naes finas. Terceiro articulo antennal não grande, globular, de coloração amarella, com a metade superior um pouco pardacenta ; arista -dorsal, comprida, pardo-clara, distinctãmerite pubeseente. Palpos amarelloâ, eom' mais ou menos 6-7 cerdas moderadamente fortes na metade anterior. Thorax vermelho-amarello, eom duas cerdas dorsocentraes. EscuteUò com quatro cerdas de comprimento igual, Mesopleuras em cima perto' da borda posterior com poucos pellos finos. Abdômen com. o ventre amarello ou vermelho-amarello, e seis placas tergitaes. Tergitos 1-2 não abreviados nos lados, pretos ou pardo-enne- greeidos, 2 lateralmente com* seis cerdas e alguns pellos. Tergitos 3-4 inteiramente amarellos ou vermelho-amarellos, pouco chitinisados, ambos com poucos pellinhos extremamehte curtos; 3. tergito só pouco menos comprido que largo, subquadranguiar f 4. tergito menos comprido mas 148 ARCHrVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV consideravelmente mais largo do que 3. Tergitos 5-6 pardo-ennegrecidos; também as regiões lateraes e em parte as ventraes dos segmentos 5-6 par¬ dacentas; 5. tergito com os ângulos anteriores arredondados; 6. tergito' subquadrangular ou ligeiramente trapeziforme, ambos cobertos com pellos curtos; os pellos na borda posterior do 6. tergito mais compridos; late¬ ralmente dos tergitos 5-6 se inserem muitos pellos compridos mas finos, densamente 'agrupados. Segmentos terminaes não examinados nos seus detalhes. Patas de um sujo amarello, tibias e tarsos médios e posteriores um pouco pardacentos. Metatarso anterior só pouco mais comprido do que os dois seguintes articulos tarsaes juntos. Os cilios posterodorsaes das tibias posteriores só no 2. terço ou nos 2.-3. quartos de certo modo bem desenvolvidos. Femures posteriores no terço basal da borda ventral com alguns pellos moderadamente compridos. Aza (Est. IV, fig. 18) com fortes matizes amarello-pardos, borda an¬ terior (a partir da extremidade costal), cellula da forquilha e ás vezes o angulo formado pelas nervuras R 2+3 e R 4 pardacentos; nervação distinctamente parda. Cilios costaes curtos. Nervura costal = 0,6 do comprimento da aza, divisões costaes =20:15:4. Quarta nervura na base ligeiramente recurvada, no mais côncava. No lugar da alula cerca de sete pellos ciliados. Balancins pardo-escuros. Comprimento total , 2-3,2 mm. Typos 14 v 9 de Petropolis, B. Ronchi e o autor leg. APHIOCHAETA VESICULATA,* d. sp. 9 Esta especie interessante que pertence ao grupo I de Lundbeck, se distingue, como as duas especies seguintes, por uma formação vesicular na base da 6. nervura longitudinal. Podia-se pensar que se tratasse de um caracter generico, entretanto segundo me informou o Padre Schmitz, que viu um dos exemplares typicos, verificou-se no genero europeu Ulomyia (Psychodidae) , que pode haver especies sem e com vesicula alar no mesmo genero. Não é impossível que se trate no caso presente de um bom genero novo, prefiro porém descrever a especie como forma aberrante de Aphio - chaeta . A cerda intraalar é indicada como em A. ruficornis, mas .não é evidente que a especie presente seja visinha do grupo de ruficornis. Os segmentos abdominaes 3-5 são inteiramente membr anosos. Fronte um pouco mais larga do que comprida, amarella, triângulo oeellar pardacento, com sulco frontal. As cerdas postantennaes inferiores são reduzidas a pellos e só um pouco mais compridas do que a pubescencia família phokidal (dipt.) 149 frontal; ellas distam um pouco menos entre si do que as cerdas postan- tennaes superiores. Primeira fileira de cerdas frontaes convexa para deante; as interiores são inclinadas para a linha mediana e se inserem aproximada¬ mente no nivel das postantennaes superiores, das quaes distam mais ou menos tanto como das exteriores. Segunda fileira ligeiramente convexa, quasi recta, suas cerdas equidistantes. As cerdas verticaes exteriores distam aproximadamente 2 34-3 vezes mais das interiores do que essas entre si. Triângulo ocellar de angulo obtuso. Ha duas cerdas divergentes nas bo¬ chechas (malae) e cerca de seis cerdas genaes finas densamente agrupadas. Terceirp articulo antennal amareilo, relativamente pequeno, globular ; arista dorsal, comprida, distinctamente pubescente. Palpos não grandes, achatados no sentido dorsoventral, amarellos, com cerca de sete cerdas moderadamente compridas. Tromba vermelho-amarella, larga. Thorax na região dorsal vermelho-amarello, pleuras côr de palha. Ha duas cerdas dorsocentraes. Cerda intraalar curta. Escutello com quatro cerdas, sendo as anteriores muito fracas. Mesopleuras desnudadas. Abdômen amarelloravermelhado, comtres placas tergitaes nos 1., 2. e 6. segmentos. Segundo tergito trapeziforme, abreviado nos lados, só na borda posterior com alguns pellinhos. Segmento 3-5 vermelho-amarellos, inteiramente membranosos, com segmentação indistincta. Sexto segmento atraz com uma pequena placa tergital, pardo-escura na metade anterior, mais larga do que comprida, apresentando alguns pellos na borda posterior; lateralmente faltam os tufos de pellos compridos que se encontram na especie seguinte {membr anosa ) . A membrana intersegmental do 6. segmento ê pardo-ennegrecida nas regiões dorsal e ventral. Segmentos terminaes 8-10 vermelho-amarellos; sua formação é parecida com membr anosa, mas os “lobos lateraes” do 10. ventrito são maiores, em forma de colher. La- mellas genitaes pequenas. Patas amarellas, femures posteriores com mancha parda na extremi¬ dade apical. Tibia anterior na face dorsal com uma serie quasi completa de 15 cerdinhas. Tarsos anteriores um pouco dilatados, particularmente o metatarso, o qual é aproximadamente do comprimento dos tres seguintes articulos tarsaes juntos. Tibia media com uma fileira dorsal de pellos que se extende mais ou menos até a extremidade do 3. quarto; além disso, nove cilios anterodorsaes e uma serie quasi completa de cilios posterodorsaes; os anterodorsaes ainda são mais fracos do que os posterodorsaes. Femures posteriores na metade basal da borda ventral com alguns pellos modera¬ damente compridos. Tibia posterior com uma fileira completa de pellos na face dorsal, e cerca de 12 cilios posterodorsaes fracos; na face postero- ventral ou posterior se encontra mais ou menos na extremidade do 1. terço uma fileira curta de cerca de sete pellinhos curtos eriçados, densamente 150 ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XNY agrupados, que se destacam distinctamente da demais pubescencia da tibia. Aza (Est. V, fig. 24) comprida, fortemente tingida de amarello, ponta distai um pouco pardacenta, nervuras da orla anterior amarello-averme- Ihadas, mas ramo anterior da forquilha e extremidade da nervura costal pardacentos. Nervuras 4-7' pardas. Nervura mediastinal distincta, mas incompleta. Cilios costaes muito curtos. Nervura costal = 0,64-0,65 do comprimento da aza, divisões costaes aproximadamente = 51:45:7. Quarta nervura longitudinal obliterada na base. Quinta nervura em forma de S. Na base da 6 . nervura se encontra uma grande “vesícula” pardacenta. No lugar da alula ha 6-7 pellos. % Balancins amarellos. Comprimento total , 3-3,3 mm. Typos 2 9 ç de Petropolis, 29.IV. 1923, B. Bonclii leg.; um dos exemplares typicos está conservado em álcool. APHIOCHAETA MEMBRANOSA ; n. sp. 9 Esta especie nova também pertencente ao grupo I de Lundbeck é muito visinha de vesiculata, mas differe pela nervação das azas, vesícula alar menor, etc. Fronte no meio um pouco mais comprida do que larga. Disposição e numero das cerdas frontaes como em vesiculata . Abdômen só com duas placas tergitaes nos 1 .- 2 . segmentos, formadas como em vesiculata (fig. 12 no texto). Segmentos 3-6 inteiramente mem- branosos, de .côr vermelha ou vermelho-ama- rellada, sómente o 6 . segmento posteriormente na região dorsal com mancha preta trape¬ zoidal ; também o 2 . segmento lateralmente do tergito e atraz da borda posterior pardo-enne- grecido. O 5. segmento apresenta de vez em quando em exemplares seccados uma crosta esbranquiçada. A região lateral do 4. se- Fig. 12 — Âphiochaeía membr anosa, n. sp, 9 , 1 ° e 2 o tergitos abdominaes. gmento ó de coloração pardacenta em ma¬ terial de álcool. Sétimo segmento (Est, XI, fig. 51) de côr preta, na região dorsal com estria longitudinal chitinosa, lateralmente na região basal com tufinhos de pellos curtos densamente agrupados, na margem posterior com pellos compridos. Segmentos 8-10 um pouco chitinisados. O 10 . segmento é representado na região dorsal por uma plaquinha chitinosa alongada; o ventrito apresenta posteriormente no meio uma incisão, formando dois “lóbos lateraes” posteriormente arredondados, família phoridae (dipt.) 151 cujas margens são revestidas de pellos. Lamellas genitaes distinctamente destacadas. Patas: Tarso anterior (Est. XII, íig. 56) formado como em vesi- culata. A tibia posterior apresenta também na face anterodorsal alguns cilios fracos, que se destacam distinctamente da pubescencia e que não se encontram em vesiculata. A fileira curta de pellinhos eriçados na face posteroventral (ou posterior) da tibia posterior também se encontra nesta especie, como em vesiculata. Aza (Est. V, fig. 24) colorida como em vesiculata . Nervura eostal = 0,63 do comprimento da aza, divisões costaes =55:49:7. Quarta nervura muito iigeiramente recurvada na base. Quinta nervura distinctamente recurvada na base. Vesicula alar na base da 6. nervura consideravelmente menor do que em vesiculata. No lugar da alula ha sete pellos. Comprimento total , 2,5-3, 4 mm.; um exemplar só mede 1,7 mm.! Os demais caracteres como em vesiculata. A descripção se baseia sobre 799 de Petropolis, Ronchi, Borgmeier e Prade leg. APHIOCHAETA PARVITERGATA, n. sp. 9 Pertencente ao grupo I de Litndbeck e visinha de membranosa, da qüal differe pelo numero das placas tergitaes do abdômen como por -outros caracteres.. Fronte aproximadamente tão comprida como larga, amarella ou amarello-avermelhada; triângulo ocellar, e ás vezes metade superior do sulco frontal distincto, escurecidos; pubescente, com quatro cerdas post- antennaes, sendo as inferiores mais ou menos = % do comprimento das superiores; as superiores distam um pouco menos entre si do que as cerdas interiores da segunda fileira. Primeira fileira de cerdas frontaes um pouco convexa para deante; as cerdas interiores são inclinadas para a linha mediana e se inserem um pouco em baixo do nivel das cerdas postantennaes superiores, das quaes distam aproximadamente tanto como das cerdas exteriores. Segunda fileira muito ligeiramente convexa, quasi recta. Tri¬ ângulo ocellar de angulo obtuso. Ha duas cerdas nas bochechas e cerca de quatro cerdas genaes finas. Terceiro articulo antennal amarello com a me¬ tade anterior ás vezes escurecida; arista dorsal, distinctamente pubescente. Palpos amarellos, com cerca de seis cerdas moderadamente compridas na metade anterior, ■* ■ Thorax ocraceo-amarello, pleuras eôr de palha. Ha duas cerdas dorso- cCntraes. Escutello com quatro cerdas, sendo as anteriores mais ou menos = % do comprimento das posteriores’ Mesopleuras desnudadas. 152 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Abdômen com o ventre amarello e distinctamente pubescente, e cinco placas tergitaes. Segmentos 1-2 na região dorsal e lateral pretos ou pardo- ennegrecidos. Segundo tergito não abreviado nos lados, lateralmente com tres cerdas moderadamente compridas. Segmentos 3-5 vermelho-amarellos ou amarellos, na região dorsal ás vezes com crosta esbranquiçada. Terceiro segmento membranoso. Quarto segmento, segundo parece (certeza sô se podia obter em material de álcool, de que infelizmente não disponho), atraz com uma plaquinha chitinosa extremamente curta, apresentando na borda posterior alguns pellinhos miúdos. Também o 5. tergito é muito pequeno, mais comprido, mas menos largo do que 4., com a borda anterior arredondada. Sexto tergito ligeiramente trapeziforme, pubescente. Patas côr de palha, femures posteriores na extremidade distai ligeira¬ mente enfuscados. Metatarso anterior mais comprido do que os dois se¬ guintes artículos tarsaes juntos, quasi = artículos 2-4. Tibia média com uma fileira dorsal de pellos que se extende mais ou menos até a extremidade do 3. quarto ou 4, quinto da tibia. Femures posteriores na metade basal da borda ventral com alguns pellos moderadamente compridos. Tibia posterior com uma fileira completa de pellos de paliçada na face dorsal e cerca de 14 cilios posterodorsaes. Aza (Est. V, fig. 25) com matizes amarello-pardacentos, nervação parda. Cilios costaes curtos, nervura eostal aproximadamente = 0,57-0,58 do comprimento da aza, divisões costaes =37:29:4. Nervura mediastinal distincta, mas incompleta. Forquilha de angulo agudo, com o ramo anterior delgado. Nervuras 4-7 como na photomicrographia. No lugar da alula ha cinco pellos ciliados. Balancins amarello-pardos. Comprimento total, 1 , 2 - 1 ,4 mm. Typos 9 9 9 de Petropolis, Borgmeier, Ronchi e Prade leg. 1923-1924. APHIOCHÀETÀ SULPHURIVENTRIS, Borgmeier-Schmitz 1923, Deutsch. Ver. Wiss. Kunst S. Paulo, vol. 3 (1922), p. 130, fig. Pertencente ao grupo I de Lundbeck e visinha de ruficornis Meig. ; abdômen com tres placas tergitaes nos 1 ., 2 . e 6 . segmentos. Fronte amarella, posteriormente ás vezes escurecida, particularmente na região oeellar; quasi tão comprida como larga. Ha dois pares de cerdas postantennaes proclinadas, sendo as inferiores um pouco mais fracas e distando um pouco menos entre si do que as superiores; as superiores distam menos entre si do que as cerdas interiores da segunda fileira transversal. Sulco frontal distincto. Ha duas cerdas nas bochechas e 4-5 cerdas genaes família phortdae (dipt.) 153 mais fracas. Terceiro articulo àntennal amarello, ás vezes escurecido nà extremidade apical; ar is ta muito distinetamente pubeseente. Palpos ama- rellos, pequenos e delgados, na borda anterior com sete cerdas, das quaes tres são dirigidas para cima e quatro para baixo. Tromba pardo-ferruginosa, brilhante. Thorax amarello-vermelho, no meio do dorso ás vezes mais escuro, com duas estrias longitudinaes mais claras. A pubescencia é densamente agru¬ pada, tornando-se mais comprida para traz. Ha duas cerdas dorsocentraes, entre as quaes se acham algumas cerdas menores. A cerda intraalar, carac¬ terística para o grupo ruficornis , também se encontra nesta espeeie. Eseutello amarello, 2 vezes mais comprido do que largo, com quatro cerdas de comprimento igual. Mesopleuras côr de palha, desnudadas, Abdômen sômente com tres placas tergitaes desenvolvidas nos 1., 2. e 6. segmentos. Primeiro tergito amarello, atraz com uma fina estria pardo- ennegrecida, estreitando-se no meio, e com uma tarja amarella, muito fina. Segundo tergito lateralmente com peilos compridos eriçados, de côr pardo- escura, com uma tarja fina amarella nas bordas anterior e posterior, a ultima com uma fileira de pellinhos finos. Tergitos 3-5 totalmente desnu¬ dados, em exemplares seccados frequentemente como que cobertos por uma crosta amarello-esbranquiçada. Sexto tergito curto, com pubescencia normal. Lado ventral do abdômen amarello-ocraceo; 5. ventrito com dois peilos fortes no meio da borda posterior, de cada lado desses ainda 2-3 mais * fracos que se inserem um pouco para a região basal. Segmentos terminaes retrácteis, com pubescencia comprida. Lamellas genitaes distinetamente destacadas. Patas côr de palha. Tibia média com uma fileira completa de peilos de paliçada e duas series incompletas de cilios (mais ou menos 12 cada uma) que se extendem até a extremidade do 5. sexto da tibia. Tibia posterior um pouco encurvada, com uma fileira completa de peilos na face dorsal e 10-11 cilios posterodorsaes fortes. Aza fortemente tingida de pardo-amareilo, nervuras (inclusive 4-7) pardacentas. Nervura costal consideravelmente .mais comprida do que a metade da aza, divisões costaes mais ou menos = 14J^:9}^:2. Cilios costaes muito curtos. Nervuras humeral-transversai e mediastinal dis- tinctas. Nervuras RI e R 2+3 moderadamente grossas, RI no meio um pouco mais fina. Bifurcação distincta, ramo posterior um pouco encurvado. Quarta nervura nascendo atraz da bifurcação, na base obliterada, no prin¬ cipio ligeíramente em forma de S, no mais côncava para deante (a diag¬ nose original diz erradamente convexa). Quinta nervura na sua totalidade curvada em forma de S. Sétima nervura fortemente obliterada no principio. No lugar da alula ha seis peilos compridos. 2307-924 20 154 ARCHIVOS DO MtJSEU NACIONAL — VOL. XXV Balancins pardo-ennegrecidos, o pedúnculo um pouco mais claro. Comprimento total, 3-3,4 mm. Os typos desta bella especie são provenientes de Petropolis, onde não é rara e encontrada principalmente em carne pôdre. Além dos exemplares typicos, capturei mais 20 ç 9 . APHIOCHAETA XANTHINA, Speiser d" 9 1907, Speiser, Berl. Ent. Zeitschr., vol. 52, p. 148. 1911, De Meijere, Tijdschr. v. Ent., vol. 54, p. 348, fig. (circumsetosa) . 1912, Rrtjnetti, Records Ind. Mus., v. 7, p. 83; 507, fig. ( ferruginea ). -1914, Grandi, Boll. Zool. gen. e agr. Portiei, v. 8, pp. 242-63 - (biologia). 1915, Sckmitz, Jaarb. Nat. Gen. Limburg 1914, p. 108, fig. ( repicta ). 1916, Beues, Itep. of íirst Exped. to South America, Âpp. XX, Cambridge (ferruginea) 1916, Sçhmitz, Wien. Ent. Zeit., vol. 35, pp. 228-230. Macho — Fronte aproximadamente tão comprida como larga, parda com matizes amarellos, pubescente, sulco frontàl distincto. Ha quatro cerdas postantennaes proclinadas quasi de comprimento igual; a distancia mutua das inferiores é = das superiores; as superiores distam um pouco mais entre si do que as cerdas inferiores da segunda fileira. Primeira fileira fortemente convexa para deante; as interiores se inserem no nivel das post¬ antennaes superiores, que distam um pouco mais da linha mediana do que das cerdas interiores da primeira fileira. Segunda fileira aproxima¬ damente recta, suas cerdas equidisfantes. Ha duas cerdas nas bochechas e cerca de tres cerdas genaes. Terceiro articulo antennal pardo-amarello, globular; arista comprida, distinctamente pubescente. Palpos amarellos, moderadamente largos, com 5-6 cerdas na metade apical. Thorqx pardacento, pleuras amarello-ferruginosas. Ha duas cerdas dorsqcentraes. Escutello com quatro cerdas; 0 comprimento das exteriores varia, sendo ellas geralmente menos compridas do que as interiores, mas ás vezes reduzidas a pellps. Mesopleuras desnudadas. Abdômen com o ventre amarello, na região dorsal de coloração preta, mas 0 2. tergito no terço basal amarello-vermelho e tergitos 3-5 anterior¬ mente no meio com mancha amarello-vermelha. Pubescencia curta, sô nos lados do 2. tergito e na margem posterior do 6. tergito mais comprida. Hypopygidio preto, parte superior de cada lado com um pello comprido, a demais pubescencia curta. Segmento anal amarello, em forma de bainha, os styli compridos. Patas amar ellas, femures posteriores com mancha apical preta. Tibia anterior na face anterodorsal (Beijes diz erradamente “posterodorsal”) família phobidae (dipt.) 155 com uma serie completa de aproximadamente 10 cerdiiihas finas. Me- tatarso anterior e os dois seguintes artículos um pouco engrossados. Tibia media com uma fileira dorsal de pellinhos de paliçada que se extènde mais ou menos até a extremidade do 4. quinto, e uma serie incompleta de cilios posterodorsaes; ás vezes estão também desenvolvidos alguns cílios anterodorsaes. Tibia posterior com uma fileira completa de pellos na face dorsal e uma serie de 8-10 cilios posterodorsaes; cilios anterodorsaes não existem. Aza (Est. V, fig. 21) com ligeiros matizes amarellados, nervação parda. Nervura costal = 0,56 do comprimento da aza, divisões costaes aproximadamente = 35:27:4. Cilios costaes moderadamente curtos. O comprimento da 3. divisão costal varia, sendo ás vezes muito pequena, de maneira que os ramos anterior e posterior da forquilha quasi se tocam. Sétima nervura mais fraca do que 4-6. No lugar da alula ha cinco pellos. Balancins amarellos, com pequena mancha parda na extremidade apical. Comprimento total , 1,6-2 mm. Femea — Parecida com o macho, mas fronte muito mais clara, ama- rella ou vermelho-amarella. Terceiro articulo antennal menor. Cerdas anteriores do escutello geralmente mais fortes do que no macho. Abdômen com seis placas tergitaes de coloração preta; tergitos 1-2 posteriormente com tarja amarella. Segundo tergito um pouco alongado, no meio com uma grande região amarella, cuja borda posterior é mais ou menos semicir¬ cular, terminando nos ângulos anteriores. Tergitos 3-4 aproximadamente do mesmo comprimento. Quinto tergito fortemente alongado. Sexto tergito não abreviado nos lados, mas dobrado para baixo. Tergitos 5-6 na borda posterior com alguns pellos compridos; também nos lados dos 2. tergito se inserem alguns pellos moderadamente compridos. A demais pubescencia escassa e curta. Lamellas genitaes distinctamente destacadas, com pellos compridos. Comprimento total 2-2,5 mm. Esta especie, que talvez é idêntica com scalaris Loew, segundo opina Schmitz (1916), e que se encontra em todos os paizes tropicaes, também é muito commum no Brasil. Na minha collecção possuo exemplares de Pesqueira (Pernambuco), Bahia, Petropolis, Curytiba, Rio Negro (Paraná), Blumenau, Florianopoiis. Segundo me communicou o Padre Schmitz, a especie também se encontra na Argentina. De Blumenau recebi centenas de exemplares (cf?) tirados das flores de AristolocMa elegans. Os puparios criei de. caracoes mortos (estádio pupal 2.-16,111.1924). As larvas e pupas foram descriptas por Grandi (1914). 156 AJRCH1V0S DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV APHIOCHAETA RUBRIVENTRIS, n. sp. ? Pertencente ao grupo I de Lxjndbeck e visinha de sulpburiveniris Borgm.-Schmitz, mas differindo delia pelo numero das placas tergitaes do abdômen. Fronte aproximadamente tão comprida como larga, amarella, um pouco pardacenta, ao redor dos ocellos pardo-escura, pubescente, com sulco frontal. Cerdas postantennaes inferiores mais ou menos = do compri¬ mento das superiores. Primeira fileira transversal convexa para deante; as cerdas interiores distam um pouco menos das postáíitennaes superiores do que das cerdas exteriores. Segunda fileira mais ou menos recta, suas cerdas equidistantes. Ha duas cerdas nas bochechas e 3-4 cerdas genaes finas. Terceiro articulo antennal amarello, arista parda, dorsal, distin- ctamente pubescente. Palpos amarellos, com cerca de sete cerdas. Thorax vermelho-amarello; a pubescencia se tortia mais comprida deante do escutello. Ha duas cerdas dorsoeentraes. Escutello com quatro cerdas de comprimento igual. A cerda intraalar também se encontra nesta especie. * - Abdômen vermelho, côr de tijolo, inclusive as seis placas tergitaes. Tergitos 1-3 não abreviados nos lados; 2 lateralmente com alguns pellos compridos, no mais quasi desnudado. Tergitos 3-5 abreviados nos lados, pouco chitimisados; sua existência é comprovada pelos poucos pellinhos extremamente curtos na borda posterior. Tergito seis mais comprido do que largo, estreitado para traz, pubescente. Também o ventre é pubescente particularmefite no 6.- ventrito, em cuja margem posterior se inserem alguns pellos compridos. Patas inteiramente amarellas, os femures posteriores sem mancha apical. Metatarso anterior aproximadamente tão comprido como os tres seguintes articulos tarsaes juntos. Tibia média com uma fileira incompleta de pellos na face dorsal e duas series incompletas de cibos. Tibia posterior com uma completa fileira dorsal de péllos e cerca de 12 cilios posterodorsaes moderadamente fortes. Femures posteriores na metade basal da borda ventral com alguns pellos moderadamente compridos. Aza (Est. 'V, fig. 22) fortemente tingida de amarello-pardo, nervação parda, cellula da forquilha escurecida. Nervura costal = 0,6 do compri- * mento da aza, divisões costaes aproximadamente = 53:37:7. Cilios costaes muito curtos. Nervação como na photomicrographia, No lugar da alu a ' ha sete pellos. Balandns pardo-ennegrecidos. Comprimento total , 2,5-3 mm, Typos 2 ç ç de Petropolis, preparados a secco, B. Ronchileg. 17.X.1922. família phoridae (dipt.) 157 APHIOCHAETA APPRETIATA, Schmitz 9 1923, Ent. Ber., Deel VI, p. 190-192. Esta especie ecitophila pertence ao grupo II de Lundbeck. Dou em seguida a traducção da descripção original de Schmitz. Fronte mais larga do que comprida (5:4), par do-ennegrecida, um pouco polvilhada de cinzento, com eerdas fortes. Sulco frontal entre as cerdas postantennaes proclinadas um pouco dilatado e excavado. Segunda fileira transversal de cerdas recta. As cerdas interiores da primeira fileira são inclinadas para a linha mediana e distam quasi tanto das exteriores como das cerdas postantennaes superiores, inserindo-se aproximadamente no mesmo nivel de ambas. Cerdas postantennaes fortes, as superiores sô muito pouco mais fortes do que as inferiores, mas distando um pouco mais entre si do que ellas. Terceiro articulo antennal um pouco comprimido em sentido lateral (ligeiramente lentiforme), vermelho-amarello, metade inferior da face exterior com mancha escura. Arista não mais comprida do que o sulco frontal, distinctamente pubescente. Clypeo engrossado e proeminente; tromba volumosa, do Comprimento e grossura dos quadris anteriores por entre os quaes se prolonga, chitinisada, com o labro grande, periforme, amarello-vermelho. Palpos amarellos, na extremidade apical um pouco escurecidos, com cerdas fortes. Thorax largo, pardacento, sem brilho. Eseutello com duas cerdas e dois pellos um pouco fortes. Mesopleuras de coloração escura como as pleuras em geral, com pellos e uma cerda forte de comprimento extraor¬ dinário. Abdômen muito largo; os tergitos aproximadamente do mesmo com¬ primento, posteriormente com tarja estreita clara, no mais ennegrecidos com fartes cambiantes amarello-acinzentados. Fóra da pubescencia esparsa e curta, a qual, exceptuançlo os dois últimos tergitos, é muito escassa, ha ainda nos ângulos exteriores dos tergitos 2-5 uma Gerda isolada; essa é curta no 2. tergito, em cada tergito seguinte mais comprida do que no prece¬ dente, e alcança no 5. tergito o comprimento das cerdas frontaes. A borda posterior do 6. segmento é revestida por uma corôa de cerdas semelhantes (pelo menos 8). Os segmentos terminaes constituem um ovipositor delgado- em forma de estilete, do qual sobresáe na extremidade uma ponta fina; parece que é mais curto do que o 6. tergito, pelo menos não é mais protra¬ indo no exemplar typico; quanto á formação, é semelhante a Plastôphora beirne , . Patas : coloração dominante amarello-parda, a qual, porém, é enne- grecida em todos os quadris, na face anterior das tíbias médias e posteriores, 158 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV e em gráo menor também nos femures. Extremidade dos femures anteriores bem como as tibias anteriores ciar o-amarello-par das. Femures posteriores um pouco dilatados, os pellos na metade apical da borda ventral semel¬ hantes a cerdas ; tibias posteriores fortemente comprimidas em sentido lateral, portanto altas, com 12-13 cilios posterodorsaes, os quaes na metade basal são curtos e dénsamente agrupados, na metade distai mais fortes e menos densamente agrupados. Aza em geral de coloração amarello-acinzentada, cellula da forquilha, bem como a região posterior da cellula R com matizes pardacentos, ner¬ vuras da borda anterior amarellas. Nervura costal provavelmente (pois as pontas das azas estão quebradas) menor do que a metade do comprimento da aza, com cilios muito curtos. Divisões costaes = 8^:4:1, Nervura me~ diastinal fortemente rudimentar, muito aproximada da 1. nervura longitu- dinal e só representada por uma dobra inteiramente recta e terminando livremente na cella sub-costal. Bifurcação de angulo um pouco agudo. Quarta nervura nascendo perto da bifurcação, emquanto visivel côncava para deante. 7. nervura longitudinal alcançando a orla da aza. Balancins amarello-pardacentos, com mancha mais escura na face superior. Comprimento total , 2 mm. Habitat: com Eciton burchelli . APHIOCHAETA SPINIVENTRIS, n. sp. ? Esta especie nova pertence ao grupo II de Lxjndbeck e é vi- sinha de appretiata Schmitz, mas differe delia pelo numero das cerdas postantennaes, nervação das azas e outros caracteres. Fronte amarella, mate, anteriormente um pouco dilatada, no meio t aproximadamente tão comprida como larga posteriormente, com a borda anterior mais ou menos convexa, pubescencia escassa. O sulco frontal é um pouco dilatado e excavado por entre as cerdas postantennaes, mas só ligeiramente accusado immediatamente deante dos ocellos. Triângulo ocellar um pouco saliente. As duas cerdas postantennaes distam só pouco menos entre si do que as cerdas interiores da segunda fileira transversal; ellas são compridas, ligeiramente curvadas em sua totalidade e menos procli- nadas do que nas especies typicas de Aphiochaeta , constituindo um meio termo entre cerdas proclinadas e erectas. Às cerdas frontaes propriamente ditas são extremamente compridas e na maioria no meio um pouco do¬ bradas. Primeira fileira transversal pouco convexa para deante, quasi recta; as cerdas interiores se inserem um pouco em baixo do nivel das post¬ antennaes; ellas são um. poueo^ menos compridas do que as demais cerdas FAMÍLIA PHORIDAE (ijIPT.) 159 . frontaes, sô ligeiramente curvadas para a linha mediana e distam apro¬ ximadamente tanto das postantennaes como das cerdas exteriores, as quaes se inserem exaetamente no nível das postantennaes. Segunda fileira distinctámentè convexa para deante, suas cerdas equidistantes. As cerdas ^^4 ^. ie^eriores distam aproximadamente 1J4 vezes mais das in¬ teriores àcvque* essas entre sL Triângulo dcellar de angulo obtuso. Cilios oculares fortes. Ha duas cerdas fortes nas bochechas e uma eerda genal mais fraca. Terceiro articulo antennal globular, pardo, na extremidade apical um pouco ennegrecido; arista domai, comprida, finamente pubes- eente. Palpos amarello-elaros, com cinco cerdas no terço apical. Thorm pardo-ferruginoso, também as pleuras, exceptuando as pro- pleuras e a metade anterior das mesopleuras, que são mais claras. Ha duas cerdas dorsocentraes. Escutello com duas cerdas, deante das quaes de cada lado um pello fino. Propleuras immediatamente em baixo do estigma prothoracico com uma eerda curta dirigida para trai e alguns pellos.- Mesopleuras em cima perto da margem posterior com poucos peUSnhos e uma eerda comprida, a qual, porém, não. alcança o comprimento das cerdas frontaes. Abdômen mate, escuro, ventre até O 5, segmento amarellado, mas late¬ ralmente escuro, com seis placas tergitaes. Os tergitos são mais ou menos pardo-ennegrecidos, 2-4 no meio da metade^ basal com mancha pardo- avermelhada, 1-4 posteriormente com fem tarja pardo-vermelha pouco distincta. Tergitos 2-5 lateralmente com tufos de. cerdas muito compridas; taes cerdas se encontram também em numero de oito na margem posterior do 6. segmento, sendo as laferaes ainda mMs compridas do que as dos tergitos 2-5. A pubescencía do dorso é escassa e se limita quasi ãs bordas posteriores dos tergitos. Ventre nas bordas posteriores dos segmentos 3-6 com fileira transversal de eerda§, singulares, sendo as do 3. ventrito ainda relativamente curtas, as dos Tergitos 4-6' extrefimmente compridas e densamente agrupadas. Ovipositor um poue© ehitinlsado, não muito modificado, pardo-ennegrecido. Patãs de üm sujo amarello, quadris médios e posteriores pardacentos, femures posteriores na extremidade distai um pouco ennegrecidos. Tibia anterior na .face posterior com uma serie completa de cerca de 10 cilios finos, que se^mserem num sulco desnudado. Metãtarso anterior aproxi- ^madamente tão comprido como os tres articulos tarsaes seguintes, juntos; o comprimento dos articulos 2-4 dlminue progp"essivament©; o 5. articulo é um pouco mais comprido e mais largo do què4. Unhas e polvilhos normaes, empodio uma eerda. Femures médios na metade distai da face antèro- ventral com pellos compridos. Tibias medias na face dorsal com uma fileira de pellos que se extende mais ou menos até & extremidade do 4. quinto, e 160 ARCHIVOS DO MXrSEU NACIONAL — VOL. XXV uma serie de cilios posterodorsaes finos; os cilios anterodorsaes quasi não se distinguem da demais pubeseencia. Femures posteriores no terço distai da face anteroventral com pellos compridos; também no terço basal da borda ventral ha 3-4 pellos moderadamente compridos. Tibias posteriores na face dorsal com uma fileira completa ligeiramente curvada de pellos; os cilios posterodorsaes da metade basal são muito finos; também os da metade distai pouco desenvolvidos, mas um cilio que fica. em baixo do meio, mais comprido do que os outros. Aza comprida (comprimento = 1,989 mm., maior largura — 0,758 mm.), de coloração acinzentada com finos matizes amarellos; a coloração cinzenta é causada pelos microtrichos densamente agrupados, os quaes são muito compridos na orla da aza (exeeptuando a nervura costal), de maneira que parece como que guarnecida por uma franja de pellos finos; nervação de um sujo amareilo. Nervura costal = 0,48-0,49 do comprimento da aza (in situ!) } divisões costaes = 14:9:2 Cilios costaes compridos, muito .finos, semelhantes a pellos. -Nervuras humeral-transversal e me- diastinal distinctas. Terceira nervura quasi inteiramente recta, forquilha de angulo agudo. Quarta nervura ligeiramente côncava para deante, na extremidade apical muito pouco recurvada no sentido da orla anterior da aza. Quinta nervura ligeiramente curvada na sua totalidade. Sexta nervura ligeiramente em forma de S. No lugar da alula ha cerca de seis pellos. Balancins amarellos. Comprimento totoX, 1,7-1,8 mm. Holotypo 1 ç de Petropolis, B. Ronchi leg. 24.IV. 1923. APHIOCHÁETA COMMUTATA, n. sp. ? Pertencente ao grupo II de Lundbeck e visinha de spiniventris , mas differindo delia pelas cerdas frontaes menos compridas, nervação das azás e outros caracteres. Fronte anteriormente um pouco dilatada, distinctamente mais larga do que comprida nos lados, amarello-ferruginosa; triângulo ocellar pardo. Sulco frontal entre as duas cerdas postantennaes excavado, formando uma cova. Cerdas postantennaes ligeiramente curvadas em sua totalidade-e só pouco proclinadas como em spiniventris . Pubeseencia frontal escassa. As cerdas frontaes são fortes, mas menos compridas do que em spiniventris. Primeira fileira transversal quasi recta; as cerdas interiores são ligeiramenfe inclinadas para a linha mediana e distam um pouco mais das postantennaes do que das exteriores. As cerdas postantennaes se acham no nivel das cerdas interiores da primeira fileira e distam aproximadamente tanto entre si FAMÍLIA PHORIDAE (dIPT.) 161 como as cerdas interiores da segunda fileira, de maneira que os quatro pontos de inserção formam quasi um quadrado. Segunda fileira ligeira- mènte convexa para deante; suas cerdas equidistantes. Ha duas cerdas nas bochechas e uma cerda genal. Terceiro articulo antennal globular, pardo, com a metade superior escurecida; arista dorsal, um pouco menos comprida do que em spiniventris, muito finamente pubescente. Palpos amarellos, com cinco cerdas fortes na metade anterior. Thorax escuro, pardo-ferruginoso, inclusive as pleuras. Ha duas cerdas dorsocentraes. Escutello com duas cerdas e de cada lado um pello. Mesopleuras posteriormente pubescentes e com uma cerda dirigida para traz. Abdômen mate, ennegrecido, com matizes pardacentos, também o ventre escuro. Tergitos 1-5 posteriormente com fina tarja amarello-parda. Tergítos 2-6 lateralmente perto da margem posterior com uma cerda característica; as dos tergitos 2-5 aproximadamente do mesmo compri¬ mento, as do 6. tergito. mais compridas; deante dessas cerdas se inserem alguns pellos moderadamente compridos. Sexto tergito também na região dorsal com pellos compridos esparsos. Ventre com cerdas semelhantes ás de spiniventris , particularmente nas bordas posteriores dos ventritos 4-6. Ovipositor chinitisado, formado mais ou menos como em appretiata Schmitz. Patas amarello-pardas, sendo as anteriores um pouco mais claras do que as outras; quadris médios e posteriores pardo-ferruginosos, femures posteriores na extremidade distai escurecidos. Tibia anterior com cilios na face posterior. Metatarso anterior um pouco menos comprido do que os tres seguintes articulos tarsaes juntos, mas mais comprido do que os artieulos 2-]-3; quinto articulo tarsal não engrossado. Femures e tibias medias como em spiniventris , mas cilios anterodorsaes não existem. Fe¬ mures posteriores no terço basal da borda ventral e na metade distai da face anteroventral com pellos compridos. Dos cilios posterodorsaes das tibias posteriores dois, que ficam mais ou menos no meio, são um pouco mais fortes do que os demais, que ; são finos. Aza (Est. 'VI, fig, 30) com finos matizes amarello-acinzentados, ner- vaçao amarellada. Nervura costal = 0,52 do comprimento da aza, divisões costaes = 31:19:4, Cilios costaes compridos. Nervura mediastinal um pouco rudimentar. Quarta nervura na base obliterada. Nervuras 5-6 como em spiniventris. Sétima nervura mais fraca do que 4-6. No lugar da alula ha oito pellos ciliados. Balancins amarello-ferruginosos. Comprimento total, em posição curvada 1,7 mm. Holotypo 1 ç de Petropolis, B. Ronchi leg. 2.VI. 1923. 2307-924 21 162 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV APHIOCHAETA ARMIGERA, n. sp. IPT.) 1G5 dinal nascendo na bifurcação. Sétima nervura ainda mais fraca do que 4-6. No lugar da alula ha dois. pellos. Balancins pardo-escuros . Comprimento total, 0,9-1,27 mm. Typos 6 dV de Petropolis, Ronchi, Prade e Borgmeier leg. APHIOCHAETA LUTEIFASCIATA, n. B p. 9 Esta espeeie nova pertence ao grupo VI de Lünbbeck. iFronte aproximadamente tão larga corno comprida mos lados, ama- relia, mate, pubescente, com sulco frontal distincto. Ha quatro cerdas postantennaes proclinadas,* sendo as inferiores muito finas e distando só um pouco menos entre si do que ás superiores; as superiores distam um pouco menos entre si do que as cerdas interiores da segunda fileira, Primeira fileira convexa para deante; as cerdas interiores se inserem um pouco'em baixo do nivel das postantennaes superiores, das quaes distam um pouco menos do que das exteriores. Segunda fileira mpito ligeiramente convexa para deante, quasí recta. Ha duas cerdas nas bochechas (malae) e cerca de cinco cerdas genaes finas. Terceiro articulo antennal não grande, globular, vermelho-amarello, ás vezes um pouco pardacento; arista dorsal, distinetamente pubescente. Palpos anmrellos, com cerca de sete cerdas curtas. Thorax vermelho-amarello. Ha duas cerdas dorsocentraes, Escutello com duas cerdas e de cada lado um pello fino. Mesopleuras desnudadas. Abdômen com o ventre amarello e seis placas tergitaes. Tergitos 1-2 na metade basal amarello-vermelhos, no mais pardo-ennegrecidos; 2. tergito lateralmente com 4-5 cerdas. Segmentos 3 e 5-6 na região dorsal ê lateral pardos, mas 4 '{inclusive" a plaquinha tergital) amarello ou vermelho-amarello. Tergitos 3-4 muito reduzidos; ambos só pouco mais largos do r que compridos, mas menos largos do que 5; o 4. tergito é diffieil de se perceber em exemplares seceados. §< tergito quasi duas vezes mais largo do que comprido; 6, tergito alongado, quasi tão largo como 5, ambos com pubescencia esparsa. Também o ventre com grupos de pellos curtos. Os pellos na borda posterior do 6, segmento são moderadamente compridos. Lamellas genitáés pequenas, mas distinetamente destacadas. Patas amarellaè, inclusive os quadris, femures posteriores com mancha distai pretp-, também as tibias posteriores na extremidade distai um pouco pardacentas e tarsos posteriores escurecidos. Mètatarso anterior aproxi¬ madamente = artículos 2-4. Tibia media com uma fileira dorsal de pellos que se-extende mais oú menos até a extremidade do 3, quarto; cílios pos- fracos. Tíbia posterior com uma comiáfba fiteis de pellos ra 166 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV face dorsal e 12 cilios posterodorsaes, sendo os quatro superiores muito finos, os seguintes mais fortes. Aza (Est. VI, fig. 29) com matizes amarello-pardacentos, nervação parda. Nervura costal aproximadamente — 0,5 do comprimento da aza, divisões costaes = 15:11:2 34* Cilios costaes mais compridos do que a nervura humeral-transversal. Quarta nervura na base distinctamente recurvada. No lugar da alula cerca de cinco pellos. Balancins amarello-avermelhados. Comprimento total , 1,7-2,7 mm. Typos 7 Ç 9 de Petropolis, Borgmeier, Ronchi e Prade leg.; 1 9 de Lages (Santa Catharina), Frei L. Fresmann leg. 24.IX.1922. AFHIO CHAETA EMOLLITA, n. sp. 9 Esta especie pertence ao grupo VI de Lundbeck e é muito visinha de luteifasâata, mas differe delia pela ausência dos tergitos abdominaes 3-4 e pela proporção das divisões costaes. Cabeça e thorax exactamente como em luteífasdata . Abdômen com 0 ventre amarello. Primeiro tergito na metade basal pardo-escuro, no mais amarello-vermelho. Segundo tergito pardo-ennegre- cido, anteriormente no meio com larga mancha vermelha, que ás vezes oc- cupa toda a borda anterior na face dorsal. Segmentos 3-4 amarellos, mem- branosos. Quinto tergito preto, curto e largo, ligeiramente trapeziforme. Sexto tergito preto, alongado, menos largo, mas duas vezes mais comprido do que 5. Ventre no 4. segmento pubescente; também na margem posterior do 6 . ventrito alguns pellos isolados. Segmentos terminaes escuros. Patas como em lutdfasoiata . Aza (Est. VII, fig. 34) também muito parecida com luteifasciata } com matizes amarello-pardacentos, nervação parda. Nervura costal = 0,49 do comprimento da aza, as divisões costaes em proporção de 23:17:5. Quarta nervura na base um pouco recurvada. No lugar da alula ha cinco pellos. Balancins amarellos ou vermelho-amarellos. Comprimento total , 1,7-2 ,2 mm. Typos 18 9 9 de Petropolis, Ronchi e Prade leg. APHIOCHÀETA TÚRGIDA, n. sp. d* 9 Esta especie pertence áo grupo VI de Lundbeck e é provavelmente visinha de A. femoralis End., de que differe pela nervura costal engrossada. Macho — Fronte mais larga do que comprida, de côr preta carregada, muito brilhante, polida, com sulco frontal e pubescencia escassa. Ha quatro cerdas postantennaes proclinadas, sendo as inferiores muito finas. As cerdas família phoridae (dipt.) 167 da primeira fileira frontal se inserem muito juntas nos ângulos anteriores da fronte; as cerdas interiores distam aproximadamente 2-3 vezes mais das postantennaes superiores do que das exteriores. Segunda fileira ligeiramente convexa para deante. Ha duas cerdas nas bochechas. Terceiro articulo antennal globular, preto ou pardo-ennegrecido ; arista dorsal comprida, distinctamente pubescente. Palpos pardo-escuros ou pardo-ennegreeidos, com seis cerdas na metade anterior. Thorax preto com matizes pardo-escuros. Ha duas cerdas dorsocentraes. Escutello com duas cerdas e de cada lado um pello fino. Mesopleuras des¬ nudadas. Abdômen preto-mate, também o ventre, com seis placas tergitaes de formação normal. Pubescencia curta e esparsa. Hypopygidio pardacento. Segmento anal curto, amarellado. Patas amaréllas, inclusive os quadris, femures posteriores pardos, na base mais claros, tibias e tarsos posteriores pardacentos. Metatarso ante¬ rior um pouco mais comprido do que os dois seguintes articulos tarsaes juntos. À fileira dorsal de pellos das tibias medias se extende quasi até a extremidade do 3. quarto. Aza (Est. VII, fig. 33) com matizes pardo-acinzentados, particular¬ mente no meio, bordas anterior e posterior mais claras, nervação parda. Nervura costal um pouco engrossada no 2. terço (no exemplar representado na photomicrographia um pouco extendida e dilatada pela pressão da laminula), aproximadamente = 0,5 do comprimento da aza, as divisões costaes mais ou menos em proporção de 17:17:54. Quarta nervura na base distinctamente recurvada. Quinta nervura na base só muito pouco recurvada. No lugar da alula dois pellos. Balancim pretos ou pardo-ennegrecidos. Femea — Parecida com o macho. Tergitos abdominaes 3-5 aproxi¬ madamente do mesmo comprimento. Comprimento total, 1,1-1,7 mm. Typos 4 tf tf e lç de Petropolis, B. Ronchi e C. Práde leg. APHIOCHAETA RÜFIPES, Meigef tf? 1804, Meigen, Klass. eur. zweifl. Ins., I, 313, 3, fig. ( Trineura ). 1901, Becker, Abh. Zool. bot. Ges. Wien, vol. I, pp. 59, 52 (Phord). 1915, Brxjes, Buli. Wisc. Nat. Hist. Soc., vol. XII, p. 130. 1922, Lundbeck, Dipt. Danica, Part VI, p. 375. . Especie pertencente ao grupo VI de Lundbeck. Lundbeck dá como zona de distribuição desta especie toda a Europa, Madeira, Canarías, e America do Norte. Entretanto, já em 1916 ella foi ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL, XXV 168; mencionada do Chile por Silva Figuekoa (Boi. Mus. Nac. Chile, vol. IX, p. 9). Ultimamente recebi também muitos exemplares de Curityba (Paraná), colleccionados por Frei Anacleto Wiltuschnig* que concordam perfeitamente com matérial europeu que me foi enviado pelo Padre Schmitz. Em Petropolis até hoje não encontrei esta especie, que, sem du¬ vida, foi importada da Europa ou da America do Norte. Dou em seguida uma traducção da descripção de Ltjndbeck:. Macho — Fronte consideravelmente mais larga do que alta, aproxi¬ madamente 2 vezes mais larga, -Jigeiramente acinzentada, mate; cerdsa fortes, cerdas interiores da primeira fileira no mesmo ou quasi no mesmo nivel como as exteriores e um pouco mais perto delias do que das postan- tennaes superiores; cerdas postantennaes de comprimento igual, as supe¬ riores mais aproximadas do que as interiores da segunda fileira, as inferiores um pouco mais aproximadas do que as superiores e inserindo-se perto delias. Antenna de tamanho normal, preta, arista comprida, distinctamente pubescente. Palpos amarellos, de tamanho normal, com cerdas bem desen¬ volvidas. Thorax preto, ligeiramente brilhante, ás vezes com ligeiros matizes pardacentos, com pubescencia curta pardacenta ou pardo-ennegrecida. Mesopleuras desnudadas. Abdômen um pouco comprido e relativamente estreito, preto-acinzeri- tado, mate; a pubescencia é bem visivel e muito pouco mais comprida nas margens posteriores dos segmentos; os lados do abdômen são revestidos por pellos curiosos, compridos, ou cerdas que são embotadas ou têm as pontas obtusas; ellas faltam no meio do dorso e são curtas nos lados do primeiro segmento. 0 hypopygidio é pequeno, mais alto do que comprido e prolon¬ gado em baixo ou para traz num processo curto; quando completamente extrahido, apresenta nos lados em baixo certo numero de pellos semelhantes aos do abdômen, mas mais curtos, e além disso existem pellos muito pequenos nos processos apicaes; mas geralmente o hypopygidio é retrahido, de ma¬ neira que os pellos não são percebidos; em baixo se encontra uma placa ventral com a extremidade arredondada, de tamanho medio, ligeiramente quadratica; segmento anal de tamanho medio, amarellado ou escuro. Patas amarrello-pardacentas a vermelho-pardo-escuras, femures pos¬ teriores ás vezes um pouco escurecidos na extremidade; os pellos em baixo da metade basal dos femures posteriores um pouco compridos; tibias pos¬ teriores com cilios distinctos, mas pequenos e semelhantes a pellos. Azas (Est. VII, fig, 35) tingidas de amarello ou amarrello-pardacento, ás vezes mais claras; nervuras pardas ou pardo-escuras, fortes; nervura costal alcançando o meio ou mais curta (até 0,46), 1. divisão costal apro¬ ximadamente 2 vezes mais comprida do que. 2 e distinctamente mais com- família phoridae (dipt.) 169 prida do que 2+3; cílios costaes muito qpmpridos; forquilha não larga; quarta nervura nascendo atraz da bifurcação, distinetamente, mas não muito curvada na parte basal, no mais quasi recta. Balancins amarellos. Fbmeá— Parecida, mas abdômen sem pellos compridos; pellos em baixo dos femures posteriores mais ou menos como no macho ou um pouco mais curtos; forquilha de angulo geralmente mais agudo. Comprimento , 2-3 mm.; este é o comprimento commum, havendo porém indivíduos, especialmente machos, que são muito menores, até 1,5 mm. ÂPHIOCHAETA STEPHÂNOIDEA, n. sp. ? Esta especie nova pertence ao grupo VI de Litndbeck e apresenta uma corôa curiosa de cerdas na borda posterior do 6. tergito abdominal. Fronte um pouco mais larga do que comprida nos lados, amarello-par- dacenta, metade superior ennegrecida, pubescente, com sulco frontal distincto. Ha 4 cerdas postantennaes proclinadas, sendo as inferiores aproxi¬ madamente = (ou pouco mais) do comprimento das superiores. Primeira fileira transversal fortemente convexa para deante; as cerdas interiores distam aproximadamente 2 vezes mais das postantennaes superiores do que das cerdas exteriores. Segunda fileira muito pouco convexa para deante, suas cerdas equidistantes. Ha 2 cerdas nas bochechas e cerca de 4 cerdas genaes. Terceiro articulo antennal pardo, globular; arista dorsal, comprida e distinctamente pubescente. Palpos amarellos, com 5 cerdas moderada¬ mente fortes na metade anterior. Thorax amarello-pardo, com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas e de cada lado 1 pello muito fino. Mesopleuras desnudadas. Abdômen largo, com o ventre de um sujo amarello e pubescente, e 6 placas tergitaes largas. 1. tergito amarello-vermelho, tergitos 2-5 ligeiramente brilhantes, pardo-ennegrecidos, sómente 2 na margem anterior, amarello- vermelho. Tergitos 2 e 3 alongados, 3 aproximadamente = % do compri¬ mento de 2; 4. tergito extremamente curto, em forma de faixa muito estreita; pubescencia dos tergitos 2-5 esparsa, mais densa nas bordas posteriores, principalmente do 5. tergito, 6. tergito vermelho-claro, muito largo e appro- ximadamente tão comprido como o 2. tergito, completamente desnudado, sómente na borda posterior com uma corôa semicircular de cerca de 24 cerdas características, ligeiramente curvadas e densamente agrupadas; as cerdas são um pouco engrossadas na metade distai e comprimidas (achatadas) em sentido transversal, mas têm a ponta aguda. Segmentos terminaes largos e pouco compridos; 7. segmento na região dorsal com 1 plaquinha chiti- nosa, que apresenta posteriormente 4 cerdas. Também o 8. segmento parece 2307-924 22 170 AECHIVOS DO MUSEU NACIONAL YOL. XXV possuir na região dorsal uma pl^quinha chitinosa, como indicam as cerdas proeminentes debaixo da margem posterior do 7, segmento; lateralmente se nota ainda 1 cerda mais forte, que provavelmente também pertence ao 8. segmento. Lamellas genitaes pequenas, mas distinctamente destacadas. Patas amarellas, as posteriores com matizes pardacentos. Metatarso anterior aproximadamente tão comprido como os tres (2-4) seguintes artículos tarsaes juntos. A fileira dorsal de pellos da tibia media sô se extende até o meio da tibia. Tibia posterior com 1 completa fileira dorsal de pellos; os cilios posterodorsaes são finos e densamente agrupados. Me¬ tatarso posterior um pouco mais comprido do que os dois seguintes artí¬ culos tarsaes juntos. Azas com matizes pardacentos, nervação parda. Nervura costal = = 0,52 do comprimento da aza (m situ!), divisões costaes mais ou menos = 17:8:3 Cilios costaes compridos. Nervura mediastinal distincta. Quarta nervura na base um pouco obliterada. No lugar da alula 3 pellos ciliados. Balancins amarei los,. Comprimento total, 2,1 mm. Holotypo I 9 de Petropolis, B. Ronchi leg. 7.II.1923. APHIOCHAETA CÔNCAVA, n. sp. 9 Esta especie nova pertence ao grupo VI de Lundbeck; a quarta ner¬ vura é fortemente concáva e termina muito deante da ponta da aza; na base da sexta nervura se acha uma pequena vesícula alar. . Fronte um pouco mais larga do que comprida nos lados, mate, pardo- escura, pubescente, com sulco frontal. Ha 4 cerdas postantennaes, as infe¬ riores mais ou menos = Y 2 do comprimento das superiores; as superiores distam mais ou menos tanto entre si como as cerdas inferiores da segunda fileira. Primeira fileira convexa para deante, as cerdas interiores se inserem um pouco acima do nivel das postantennaes superiores, das quaes distam tanto como das exteriores. Segunda fileira mais ou menos recta. Ha 2'cerdas nas bochechas. Terceiro articulo antennal pardo-escuro, globular; arista dorsal, distinctamente pubescente. Palpos amarellos, ás vezes pardacentos, com 6 cerdas na metade anterior. Thorax pardo-ferruginoso, esternopleuras um pouco mais claras. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas, que não são dirigidas para traz, mas fortemente curvadas para a linha mediana, de maneira que estão quasi parallelas á borda posterior do escutello; deante das cerdas de cada lado 1 pello também inclinado para a linha mediana. Mesopleuras desnudadas. família phoridae (dipt.) 171 Abdômen pardo-ennegrecido, também o ventre, com 6 placas tergitaes. Tergitos 2 e 6 um pouco alongados, 3-5 do mesmo comprimento, tergitos 2-5 posteriormente com fina tarja amarella pallida. Pubescencia curta e esparsa; tairibem o ventre pubescente. Sexto segmento na margem posterior com pellos compridos. Também os segmentos terminaes com pellos com¬ pridos. Lamellas genitaes distinctamente destacadas. Patas amarello-ferruginosas, inclusive os quadris. Metatarso anterior aproximadamente tão comprido como os tres seguintes articulos tarsaes juntos. Tibia media com 1 fileira de pellos que se extende mais ou menos até a extremidade do 2. terço. Femures posteriores na metade basal da borda ventral com alguns pellos compridos. Azas (Est. VII, fig. 32) com matizes amarello-pardacentos, nervação pardo-clara. Nervura costal = 0,5 do comprimento da aza, divisões costaes aproximadamente = 14:7:1 Cilios costaes compridos. Nervura mediastinal fina, incompleta. Terceira nervura ligeiramente curvada na sua totalidade. Forquilha de angulo agudo, a cella pequena. Quarta nervura nascendo muito deante da bifurcação, fortemente côncava, terminando na orla anterior. Quinta nervura distinctamente em forma de S. Na base da sexta nervura ha uma pequena “vesicula” pardacenta. Sétima nervura mais fraca do que 4-6. No lugar da aluía ha 3 pellos. Balancins pardos. Comprimento total, 1,2-1,7 mm. Typos 13 9 9 de Petropolis, Ronchi e Prade leg. Genero PHALACROTOPHORA, Enderlein 1912, Enderlein, Stett. Ent. Zeit., p. 21. 1912, Brues, Psyche, vol. 19, p. 135. 1912, Málloch, Proc. U. S. Nat. Mus., vol. 43, p. 518. 1914, Malloch, Trans. Amer. Ent. Soc., vol. 40, p. 27 (. Paraphiockaeta , part) 1920, Schmitz, Jaarb. Nat. Gen. Limburg, 1919, p. 125. 1922, Lundbeck, Dipt. Danica, Part VI, p. 419. 1922, Schmitz, Tijdschr. v. Ent., vol, LXV, p. 226._ ' # 1924, Borgmeier, Soc. eiitomol., vol. 39, p. 13. Caracteres genericos : Fronte abahulada em sentido longitudinal, sempre um pouco, muitas vezes consideravelmente mais comprida do que larga, geralmente muito brilhante, ponteada ou lisa, com sulco frontal fino que ás vezes falta por completo. Cerdas postantennaes proelinadas, fracas, em nu¬ mero de 2 ou 4. Ha 4 fileiras de 2, 2, 4, 4 cerdas frontaes. Terceiro articulo anteimai globular ou oval, arista dorsal. Thorax com 2 cerdas dorsocen- traes. Escutello com 2-4 cerdas. Mesopleuras glabras ou pubescentes, ás 172 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV vezes com 1-2 cerdas compridas (epeirae Brues, bispinosan. sp , } petropolitana n. sp.) Hypopygidio geralmente pequeno, tubo anal comprido. Segmentos terminaes da femea geralmente extrahidos eüm pouco chitinisados, lembrando um ovipositor. Tibias posteriores com 1 fileira dorsal de pellós e 2 series de cilios. Azas como em Aphiochaeta. Typo do genero: P. bruesiana Enderlein. Este genero é muito visinho de Aphiochaeta , mas differe pelos carac¬ teres da fronte em união com as 2 series de cilios das tibias posteriores. Com Schmitz, eu considero as cerdas frontaes como dispostas em 4 fileiras transversaes de 2, 2, 4, 4 cerdas. Às cerdas da 1. fileira geralmente não são inclinadas para a linha mediana, como se dá em Aphiochaeta , mas reclinadas e parallelas entre si. A opinião de Lündbeck (p.423), que todas as especies possuíssem um abdômen muito modificado como berolinensis Schmitz, não foi confirmada. Do genero Phalacrotophora até hoje foram descriptas 4 especies bra¬ sileiras, ás quaes aecrescento no seguinte 2 especies novas. Chave das especies brasileiras 1 . 2 . 3. 4. 5. MesopJeuras desnudadas.. Mesopleuras pubescentes. Balancins amarellos. Balancins pardoennegrecidos. Sem sulco frontal; pleuras amarello-ferruginosas..... Com sulco frontal; mesopleuras atraz com mancha pardo-escura . „ . Mesopleuras sem cerdas. Mesopleuras com cerdas.. Mesopleuras com 1 eerda comprida; ponta das azas pardacenta . Mesopleuras com 2 cerdas compridas; ponta das azas não pardacenta . . 2 . . 3. . 4. 1. appendicigera Borgm. 2. neotropiea Borgm. 3. pleuromaculata Borgm. 4. bruesiana Enderl. . 5. 5. petropolitanan . sp. 6. bispinosa n. sp. PHALACROTOPHORA APPENDICIGERA, Borgmeier 9 1924, Societas entomologica, vol. 39, pp. 13-15. Esta especie é particularmente interessante devido a um orgão curioso, que se acha na base do 7 o segmento abdominal. E ; possivel que se trate de um orgão odorífero que serve para attrahir os machos. Fronte muito brilhante, amarello-ocraeea, sem sulco frontal, borda an¬ terior convexa, comprimento no meio e largura em proporção de 35: 21, com poucos pellinhos finos perto das bordas lateraes, 2 cerdas postantennaes pro- PAMILIA PHORIDAE (üIPT.) 173 clinadas fracas e 4 fileiras de 2, 2, 4, 4 cerdas. As cerdas da primeira fileira são mais compridas do que as demais cerdas frontaes (seu comprimento excede um pouco a metade da altura frontal) e se inserem immediatamente perto da borda frontal anterior; ellas distam um pouco mais da margem ocular do que das cerdas frontaes. As cerdas da segunda fileira são implan¬ tadas perto da margem ocular, um pouco em baixo do meio da fronte. Ter¬ ceira fileira côncava para deante; as cerdas interiores são muito pequenas e se inserem mais ou menos no nivel do ocello anterior ; ellas distam apro¬ ximadamente tanto entre si como os ocellos posteriores; também as cerdas exteriores são um pouco enfraquecidas e menos compridas do que as cerdas da segunda fileira. As cerdas verticaes exteriores distam aproximadamente 2 vezes mais das interiores do que essas entre si. Triângulo ocellar de, an¬ gulo obtuso. Olhos grandes, ciliados. Ha 1 cerda nas bochechas e uma serie de 8-10 cerdas genaes densamente agrupadas. Terceiro articulo antennal pequeno, amarello-esbranquiçado; arista dorsal, ultrapassando um pouco a borda occi¬ pital, parda, na base amarello-esbranquiçada, dis- tinctamente pubescente. Palpos amarellos, curtos e largos, achatados em sentido dorsoventral, anterior- mente com cerca de 4 cerdinhas curtas. Tromba amarella, curta. Thorax amarello-ferruginoso, pleuras amarello- claras. A pubescencia se torna distinctamente mais comprida deante do escutello. Ha 2 cerdas dorso- centraes, que distam mais ou menos tanto entre si como as cerdas escutellares anteriores. Escutello pos¬ teriormente com tarja amarello-clara, no meio mais escuro, com 4 cerdas, sendo as anteriores mais ou Fis * 14— phaiacmtophora *p- pendfcigera, Bqrgm. Y , menos = J4 do comprimento das posteriores. Meso- segmentos abdommaes i-e. pleuras desnudadas. Abdômen com o ventre amarello e 6 placas tergitaes (fig. 14 no texto) Primeiro tergito pardo-ennegrecido. Segundo tergito alongado. Tergitos 2-4 na região dorsal quasi inteiramente vermelho-amarellos, nos lados pardo- ennegrecidos. Tergitos 3 e 4 posterior mente no meio com pequena mancha rectangular pardo-escura. Quinto tergito atraz com chanframento semi¬ circular, a que se segue uma região membranosa densamente revestida por microtrichos. Sexto tergito pardo, fortemente brilhante (os demais tergitos mates) ; o mesmo é anteriormente alongado (indicado na fig. 14 por pon¬ tinhos) e fica coberto pela região membranosa e uma parte do 5 o tergito; onde as duas placas tergitaes se sobrepõem, fica de cada lado uma mancha pardo-ennegrecida; a borda anterior do 6 o tergito apresenta no meio um 174 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL, XXV pequeno chanframento. Na margem posterior apresenta o 6 o tergito uma pequena região branca, anterior e lateralmente chanfrada, a qual é des¬ nudada e também desprovida de microtrichos. Segue-se a membrana inter- segmental de coloração pardo-escuça. À região incolor na margem pos¬ terior do 6 o tergito não é de natureza puramente membranosa, mas ligeiramente chitinisada, e talvez esteja em relação funccional com o orgão característico na base do 7 o segmento. Este orgão que, quando extrahido, é de cor amarello-esbranquiçada, attrahiu primeiro a minha attenção num exemplar capturado por B. Ronohi (25, ¥.23); em breve o orgão começou a corrugar-se visivelmente. Mais tarde consegui capturar mais tres exemplares da mesma especie, nos quaes porém o orgão estava retrahido e não' visivel de fóra. Um desses exemplares foi cozinhado numa forte solução de potassa caustica e depois transferido para agua, a Tjue se seguiu um entumescimento do abdomem inteiro. Em seguida os segmentos terminaes foram cortados e postos novamente em agua. Finalmente consegui com alguma difficuldade extrahir o orgão (fig. 15 no texto), o qual é ligado á base do 7 o segmento. Consiste principalmente de um sacco membranoso collocado li¬ vremente em baixo da epiderme abdominal, do qual se salienta anteriormente um processo digiti- forme, revestido densamente por pellos compridos e finos. , Esse processo póde ser retrahido em Fig. 15 — Phalacrotophora uppendicigera, Borgm. 9 , segmentos terminaes, vista lateral, com o "orgão odorífero” na base do 7» segmento. sua totalidade para dentro do sacco e o orifício póde ser fechado por uma peça superior em forma de labio. Quando extrahido no insecto vivo, o processo digitiforme é dirigido obliquamente para cima e para traz; a tampa labiforme se lhe acha immediatamente em baixo, também visivel de fóra; ambos portanto descrevem mais ou menos um semicirculo, para, na posição normal no interior do corpo, alcançar a posição indicada.  significação physiologica desse orgão é por em quanto um enigma. Talvez se trate, como já ficou dito, de um apparelho odorifero, que serve para attrahir os machos. A figura 16 (no texto) representa os segmentos terminaes em vista dorsal. No preparado representado nesta figura o “orgão odorifero” é dirigido para baixo, sendo anteriormente só visivel uma parte da tampa labiforme. 0 processo digitiforme transparece pela epiderme do sacco e é indicado por pontinhos. Sétimo segmento chitinisado na metade anterior, amarello-aver- FAMÍLIA PHORIDAE (diPT.) 175 melhado, com alguns pellos na margem posterior da parte chitinisada. Oitavo segmento na metade posterior com uma placa chitinosa mais óu menos rectangular, que apresenta de cada lado 2 pellos de comprimento diverso; a metade anterior é membranosa, mas lateral¬ mente se extende uma faixa chitinosa para o dorso. Nono segmento na região domai com uma placa chitinosa mais ou menos pentagonal, a qual apresenta também de cada lado 2 pellos; o pello posterior é muito miudinho. 010° seg¬ mento é representado na região dorsal por uma plaquinha chitinosa semicircular microscopicamente pequena, reves¬ tida de 6 pellos. Lamellas genitaes pequenas e delgadas. As regiões lateraes do 8° segmento e em parte também do 9 o segmento são revestidas por estrias longitudinaes forte¬ mente chitinisadas, as quaes se extendem em parte á região ventral. No meio do* 8. ventrito se notam 2 estrias longitudinaes chitinosas, finas, em cuja extremidade distai se acha o orifício genital, o qual é rodeado por alguns *"■«. i* — Phfílacroto- ,, phora appcndici- pellmhos. gera< Bokgm . v. Paias amarelías. Tibia anterior ha face dorsal com 1 serie completa de 12 cerdas curtas, para o lado postero- dorsal ainda 4 mais isoladas. Na face posterior se acham na extremidade apical cerca de 6 cerdas terminaes curtas semelhantes a agulhetas. Tarso anterior abreviado. Tibia média com 1 fileira completa de pellos na face dorsal, 8 cilios anterodorsaes nos 1,-3. quartos, e 7 cilios postèrodorsaes, dos quaes o 6 o se insere um pouco em baixo do meio, sendo o 7 o subapical; além disso, um esporão ventral comprido e de cada lado 1 cerda terminal curta. Metatarso medio (fig. 17 no texto) alongado, 2. arti¬ culo tarsal fortemente abreviado, artículos 2-5 na face pos¬ terior (na diagnose original disse erradamente “ventral”) com uma serie de finos pellos sensorios densamente agru¬ pados. Femures posteriores com 1 completa fileira de pellos na face dorsal, 9 cilios anterodorsaes e 9 postero- dorsaes; além disso, 1 esporão ventral e algumas cerdas terminaes. Azas (Est. VII, fig. 31) com ligeiros matizes ama- ger*, borgm. 9 , rello-pardacentos, borda anterior (a partir da extremi- dade costal) um pouco escurecida, nervação pardacenta. Nervura costal comprida, = 0,61 do comprimento da aza, com cilios ' curtos; as divisões costaes estão mais ou menos em proporção de 24 17:7. Nervura mediastinal falta. Quarta nervura longitudinal ;'s Fig. Vt — Ph ai acro to phora appendici 176 AECHIYOS DO MUSEU NACIONAL — VQL. XXV na base um pouco obliterada, nascendo na bifurcação. No lugar da alula 6 pellos. Balancins pardo-ennegrecidos. Comprimento total , mais ou menos 3 mm. Os typos desta especie são provenientes de Petropolis. PHALACROTOPHORA NEOTROPICA, Bobgmeiêr ? 1923, Boi. Mus. Nac. Rio, vol. I, p. 56. Esta bella especie até hoje não foi reencontrada. O holotypo é prove¬ niente de Petropolis. A’ diagnose original devem ser acerescentados os dados seguintes: Tarso anterior muito abreviado, um pouco menos comprido do que a tibia, a qual também é relativamente curta. Balancins amarellos. Outros caracteres importantes são: Fronte vermelho-amarella, com 2 cerdas postantennaes, sem sulco frontal. Thorax amarello-fermginoso. Es- cutello com 4 cerdas. Mesopleuras desnudadas. Quinto tergito abdominal alongado, trapeziforme, muito brilhante, Tibia media com 2 series de ci- lios nos 1.-2. terços. Nervura costal= 0,54 do comprimento da aza, divisões costaes mais ou menos = 15:9:2 há- Comprimento total mais ou menos 4 mm. PHALACROTOPHORA PLEUROMACULATA, Borgmeier Ç 1923, Vozes de Petropolis, vol. XVII 2, p. 795. Também esta especie, que é visinha de neotropica } até hoje não foi re¬ encontrada. Fronte aproximadamente 2 vezes mais comprida no meio do que larga anteriormente, amarella, brilhante, com poucos pellos finos, sulco frontal ligeiramente accusado, 2 cerdas postantennaes proclinadas e 4 fileiras trans- versaes de 2, 2, 4, 4 cerdas. As cerdas da primeira fileira se inserem perto da borda anterior, no meio entre a linha mediana e a margem ocular; ellas distam tanto das cerdas da segunda fileira, implantadas perto da margem ocular, como essas das cerdas exteriores da terceira fileira, que é côncava, sendo as suas cerdas interiores fracas. Os ocellos formam um angulo obtuso. Ha 1 cerda nas bochechas (malae) e 10 eerdinhas genaes. Terceiro articulo antennal pequeno, amarello-esbranquiçado; arista dorsal, fina¬ mente pubescente. Palpos pequenos, anteriormente com 4 cerdas curtas. Thorax amarello-ferruginoso na metade anterior, pardo-ennegrecido na metade posterior, também as mesopleuras atraz nos dois terços supe- família phoridae (dipt.) 177 riores com grande mancha pardo-ennegrecida irregular e anteriormente chanfrada, a qual se extende ás metapleuras. Propleuras com 1 cerda di¬ rigida para traz deante dq estigma prothoracico; mesopleuras desnudadas. Escutello amarello, anteriormente escurecido, com 4 cerdas de comprimento igual Abdômen com o ventre amarello (abstrahindo-se do 6. ventrito, o qual é mais escuro) e 6 placas tergitaes mais ou menos brilhantes. Tergitos 2-3 lateralmente e atraz pardo ennegrecidos, anteriormente ccm gande chan- framento amarello, 4 preto nos lados, no mais amarello, 5 inteiramente ama¬ rello, só perto da borda posterior com fina estria preta, 6 prolongado, pardo ennegrecido, fortemente brilhante; todos os tergitos posteriormente com fina tarja amarella.” Pubescencia escassa. Segmentos terminaes escuros, chitinisados, dando o’aspecto de um ovipositor; 7. segmento na região dorsal coberto de pellos. Lamellas genitaes pequenas, mas distinctamente desta¬ cadas. Patas amarellas, femures posteriormente com o quarto apical pardo- escuro. Tibia anterior na face dorsal com uma serie completa de 10 cerdinhas curtas, na face posterior ha 6 pequenas agulhetas terminaes; tarso ante¬ rior abreviado.Tibia media com 1 fileira completa de pellos na face dorsal, 4-7 cilios anterodorsaes e 5 posterodorsaes, dos quaes o ultimo se insere mais ou menos na extremidade do 2. terço. Tibia posterior com 1 fileira dorsal de pellos, 8 cilios anterodorsaes e 8 posterodorsaes. Azas com a ponta bastante escurecida, nervação parda. Nervura costal um pouco mais comprida do que a metade da aza, com cilios muito finos e densamente agrupados; divisões costaes em proporção de 20:13:4. Quarta nervura longitudinal nascendo deante da bifurcação, na extremidade distai com ligeira tendencia de se curvar no sentido da orla anterior. No lugar da àlula ha 7 pellos ciliados. Balancins amarello-claros. Comprimento total, mais ou menos 3,2 mm. . O holotypo é proveniente de Petropolis. PHALACROTOPHORA BRUESIANA, Enderlein ? 1912, Enderlein, Stett. Ent. Zeit., p. 21. 1920, Schmitz. , Jaarb. Nat. Gen. Limburg 1919, p. 126. 1923, Schmitz., íbid. 1920-23, p. 50. Esta especie é o typo do genero. A descripção de Enderlein é muito deficiente, pelo que dou no seguinte a nova descripção de Schmitz, que viu o typo do Museu de Stettin. 2307-924 23 17$ ABCHIYOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Fronte occupando mais ou menos 5 /i 2 da maior largura da cabeça, consideravelmente mais comprida do que larga (7 5), com sulco frontal distincto, brilhante, de côr preta carregada, só na borda anterior de cada lado com mancha amarello-parda, pubescénte e ponteada. Ha 4 fileiras transversaes de 2, 2, 4, 4 cerdas. As cerdas das 1, e 2. fileiras se inserem perto da margem ocular e distam tanto entre si como as cerdas da segunda fi¬ leira das cerdas exteriores da terceira fileira. Ha 2 pares de cerdas postan- tennaes-proclinadas de comprimento igual; as inferiores se inserem muito juntas e as superiores distam um pouco ‘mais entre si. Olhos principaes pubescentes, grandes, i. é occupando inteiramente as regiões lateraes da cabeca, de maneira que não fica espaço livre para as bochechas e as genae; comtudo ha mais ou menos 7 cerdas nas bochechas e nas regiões genaes. Terceiro articulo antennal vermelho, pequeno, com ponta apical distincta è arista dorsal praticamente desnudada, de comprimento normal. Palpos amarellos, com cerca de 5 cerdas moderadamente compridas. Tromba normal, Thorax preto, os hombros pardacentos e atraz das raizes ‘das azas com margem lateral amarella, também o escutello preto, cuja pubescencia af- firmada por Enderlein não posso perceber, na base com a borda amarella. Cerdas escutellares quebradas no typo, provavelmente só em numero de 2. Pleuras pretas, terço superior das mesopleuras pubescente. Abdômen amarello-vermelho, tergitos 1 e 2 com faixa transversal es¬ cura, que deixa livres as bordas anterior e posterior e não alcança a margem lateral; também o 3, tergito com uma região escura, a qual, porém, pode provir do transparecer de um apparelho chitinoso situado em baixo da epiderme. Terceiro tergito mais largo do que os outros; parece que não existe uma papilla pubescente como em Ph. fasciaia (Fallen). 4. tergito consideravelmente menos largo do que 3, rectangular, com a margem lateral esbranquiçada. 5. segmento o mais comprido de todos, mas muito mais estreito e cylindrico, região dorsal mal conservada, região ventral com uma ■ macula preta de cada lado. 6. segmento também cylindrico e ainda mais estreito. Segmentos terminaes retrahidos. Patas inteiramente amarellas, também os quadris anteriores. Femures posteriores na extremidade apical de nenhuma maneira escurecidos, na base da face ventral sem pellos característicos. Tibias medias e posteriores com fileira dorsal de pellos e 2 series de cilios; nas tibias medias se extende a serie dos 7 cilios pôsterodorsaes até a extremidade do 2. terço da tibia, a fileira dorsal termina com 1 cilio dorsal na região sub apical, os cilios anterodorsaes são fracos. Nas tibias posteriores existe uma série completa de 8 cilios posterodorsaes muito fortes e compridos; a serie dos 8 cilios anterodorsaes é mais fraca e não inteiramente completà. Metatarso posterior normal. FAMÍLIA PHOÍtIDAE (üIPT.) 179 Azas muito compridas e com fortes matizes amarellos. Nervura costal com. ciliôs curtos, muito comprida, 1. divisão costalmais ou menos = 2, angulo da bifurcação moderadamente grande. Balandns amarellos com mancha preta na ponta do capitulo. Comprimento total (segundo Enderlein), 2,9 mm. O holotypo é proveniente de Hammonia (Santa Catharina). PHALACROTOPHORA PETROPOLITANA, n. sp. 66. Esta especie nova é visinha de lanceatus, mas differe pela formação do ovipositor e outros caracteres. Fronte aproximadamente tão comprida no meio como larga atraz, preta, polvilhada de cinzento, pubescente, com sulco frontal distincto, sem cerdas postantennaes. Disposição das cerdas frontaes mais ou menos como em lanceatus, mas as cerdas da segunda fileira parecem distar um pouco menos das da primeira fileira do que naquella especie; terceira fileira apro¬ ximadamente recta, distando as cerdas interiores um pouco mais entre si do que das exteriores. Tubérculo ocellar um pouco saliente. Facetas dos (1) Proc. XI. 8. Nat. Mus., vol. 43 (1912), pp. 443-444. família phoridae (dipt.) 197 olhos principaes de tamanho differente, como em lanceatus. Ha duas cerdas nas bochechas e uma cerda genal. Terceiro articulo antennal oval, amarello- pardacento, metade apical escurecida; arista parda, apical ou muito pouco sub-apical, não comprida, finamente pubescente. Palpos amarellos, del¬ gados, com cerdas curtas na metade anterior. Thorax amarello-ferruginoso, com duas cerdas dorsocentraes. Es- cutello com quatro cerdas, sendo as anteriores mais ou menos = % do comprimento das posteriores. Mesopleuras desnudadas. Abdômen com o ventre amarello e seis placas tergitaes. I o tergito vermelho-amarello, com fina estria preta perto da borda posterior, inter¬ rompida no meio. Tergitos 2-6 pretos, 2-5 no meio com estria longitudinal vermelho-amareHa e na borda posterior com tarja ‘vermelho-amarella, 2 com o terço basal vermelho-amarello; tergito 2 lateralmente e 5-6 na borda posterior com pellos compridos. Sexto segmento com uma placa ventral chitinosa subquadrangular. Ovipositor (fig. 26 no texto) preto, tubiforme, curvado para baixo em forma de gancho, na ex¬ tremidade apical com dois pequenos denticulos, lateralmente no meio com 1-2 pequenos pellos. Patas mais ou menos amarellas, femures pos¬ teriores sem mancha apical escura. Tibias poste¬ riores com 11 cilios posterodorsaes, dos quaes aquelle que se insere um pouco em baixo do meio é um pouco mais forte do que os outros; na face posterior ha quatro pentes transversaes Fis - 26 — Apoceph*iu* cumponou, n. , , . sp. V, ovipositor e 6" segmento abdo- na extremidade distai, que também se encontram m i« a i, V i S t a iaterai (da esquerda), em lanceatus. Azas com matizes amarellos, nervação distinctamente parda. Nervura costal um pouco menos comprida do que a metade da aza (= 0,47), di¬ visões costaes mais ou menos = 15:7:3. Quarta nervura longitudinal nascendo longe atraz da bifurcação da terceira. No lugar da alula ha tres pellos. Balancins com grande mancha apical pardo-ennegrecida, no mais amarellos. Comprimento total , aproximadamente 2,7 mm. Typos de Rio Negro (Paraná). Os primeiros exemplares (3 ??) foram apanhados por Frei Chrysostomo Adams num ninho de Camponoius ru- fipes F. (3.II. 1923). Durante a minha estadia em Rio Negro em janeiro de 1924 apanhei ainda com a mesma formiga mais de 60 99 , junta¬ mente com Apocephalus lanceatus no mesmo formigueiro (24.1.1924). As observações biológicas referidas para lanceatus valem também para esta especie. 198 ABCH1V0S DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV APOCEPHALUS ACULEATUS, n. sp. <2 Fig. 27 — ApocephalvtsaculentuS} í, sp. Ç' ( placa chitinosa na base do 6“ ventrito abdominal. Fronte aproximadamente tão comprida no meio como larga atraz, anteriormente estreitada, preta, um pouco polvilhada de cinzento, pubes- cente, com sulco frontal distincto. As cerdas postantennaes são reduzidas a pellos, ao lado dos quaes se inserem as cerdas da primeira fileira, que distam distinctamente menos da linha mediana do que da margem ocular. As cerdas da segunda fileira se implantam perto da margem ocular e distam mais ou menos tanto das cerdas da primeira fileira como das. cerdas exteriores da terceira fileira. Terceira fi¬ leira recta; suas cerdas interiores distam mais entre si do que das exteriores. Facetas dos olhos de tamanho diverso como em lancecitus, de um modo semelhante como em Auxanommatidia variegata , mas menos dis¬ tinctamente. Ha duas cerdas divergentes nas bo¬ chechas e uma cerda genal. Terceiro articulo antènnal amarello, com a ponta apical um pouco pardacenta ; arista subpical, parda, finamente pubescente, mal alcançando a borda occipital. Palpos amarellos, com cerdas curtas. Thorax amarello, com duas cerdas dorsocentraes. Escutello com duas cerdas e de cada lado um pello. Mesopleuras desnu¬ dadas. Abdômen com o ventre amarello e seis placas ter- gitaes. I o tergito pardacento. Tergitos 2-5 vermelho- amareílos, lateralmente pardo-ennegrecidos, tergitos 2-3 também no meio da metade distai com duas manchas pardo-ennegrecidas. Tergitos 2-5 posteriormente com tarja amarella distincta e lateralmente com tufos de pellos compridos (cerdas) eriçados; também ventritos 4-5 com forte pubescencia. 6 o tergito um pouco alon¬ gado, pardo-ennegrecido, com a base amarella, com pellos compridos particularmente nos lados. Por de¬ baixo da margem posterior do 5 o ventrito se salienta uma grossa placa chitinosa característica pardo-enne- grecida (fig. 27 no texto), que cobre o terço basal do 6 o ventrito e apresenta dois processos ponteagudos diri¬ gidos para traz; a significação biologica desta placa é por emquanto um enigma; talvez ella desempenhe um papel na postura dos ovos. 6 o ventrito com placa chitinosa normal pardo-ennegreeida, que apresenta nos ângulos posteriores um pello comprido característico dirigido para baixo. Ovipositor (fig. 28 no texto) pardo-ennegrecido, espatulado. 28 —Apocephalus acu- leatus, n. sp. 9 , ovipositor e 6° segmento abdominal, vista dorsal. família phoridae (mpt.) 199 Patas, inclusive os quadris, amarellas, tarsos médios e posteriores um pouco escurecidos. Metatarso anterior aproximadamente tão comprido como os tres seguintes articulos tarsaes juntos. Tibia posterior com uma completa fileira de pellos na face dorsal e uma serie completa de cilios posterodorsaes (cerca de 13). Metatarso posterior mais ou menos = ar¬ ticulos tarsaes 2+3. Azas com matizes amarellos. Nervura costal com cilios finos, mais ou menos — a metade da aza (0,49-0,5 in-situl), divisões costaes aproxima¬ damente = 15J^:8:3. Ramo posterior da forquilha um pouco curvado. Quarta nervura longitudinal nascendo distinctamente atraz da bifurcação, côncava para deante. Nervuras 4-7 alcançando a orla da aza. No lugar da alula 3-4 pellos. Balancins amarellos, na extremidade apical com mancha pardo- escura. Comprimento total, 2,5 mm. Holotypo 1 9 de Petropolis, Borgmeier leg. 3.II. 1923. APOCEPHALUS MARGINATUS, n. sp. tf Fronte mais larga do que comprida nos lados, anteriormente no meio protrahida, preta, um pouco polvilhada de cinzento, distinctamente pu- bqscente, com sulco frontal distineto, sem cerdas postantennaes. Ha quatro fileiras de 2, 2, 4, 4 cerdas frontaes. Às cerdas da primeira fileira divergem entre si e se inserem na borda frontal anterior muito perto da linha mediana. As cerdas da segunda fileira são implantadas perto dos ângulos anteriores da fronte. Terceira fileira aproximadamente recta; as cerdas interiores distam um pouco mais entre si do que das exteriores. Ha duas cerdas di¬ vergentes nas bochechas e uma cerda genal mais fraca. Terceiro articulo antennal um pouco grande, oval, amarello-ocraceo, metade superior es¬ curecida; arista subapical, curta, distinctamente pubeseente. Palpos amarellos, com seis cerdas curtas, das quaes aqueila que se insere na ponta apical é a mais comprida. Thorax pardo-escuro, pleuras um pouco mais claras. Pubescencia dorsal densamente agrupada. Ha duas cerdas dorsocentraes. Escutello com quatro cerdas, sendo as anteriores mais ou menos = do com¬ primento das posteriores. Mesopleuras desnudadas. Abdômen com o ventre escuro e seis placas tergitaes pardo-ennegre- cídas de formação normal. 1 . tergito abreviado, no meio um pouco mais claro. Tergitos 1-5 posteriormente com tarja amarellada indistincta, 2-6 lateralmente com alguns pellos compridos eriçados. 6 . tergito na metade basal com reflexos prateados. Hypopygidio pardo-ennegrecido, peça la- 200 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL, XXV teral esquerda atraz com pequeno processo dentiforme, perto do qual ha um tufo de pellos compridos. Segmento anal tubiforme. Patas sujo-amarellas, também os quadris, femures posteriores com a extremidade distai escurecida, tibias e tarsos posteriores um pouco escure¬ cidos. Metatarso anterior mais comprido.do que os dois seguintes arti-^ culos tarsaes juntos. À fileira dorsal de pellos da tibia media se extende até a extremidade do 3. quarto da tibia; cilios posterodorsaes muito fracos. Azas (Est. IX, fig. 45) com matizes amarello-acinzentados, nervação distinctamente parda. Nervura costal mais ou menos = a metade da aza, divisões costaes 5%: 3:1. No lugar da alula ha quatro pellos. Balancins pardo-ennégrecidos. Comprimento total, aproximadamente 2 mm. Typos 3 cPc? de Petropolis, B. Ronehi leg. 21.V., 10.VI., 11.VII.1923. Nota: O nome especifico marginatus se refere á tarja prateada na metade basal do 6. tergito abdominal. Genêro CREMERSIA, SCHMITZ 1924, Natuiirhist. Maandbl, 13. Jaarg., pp. 32-34, fig. ■ Caracteres genericos : Fronte com sulco frontal e quatro fileiras de 2, 2, 4, 4 cerdas. Gerdas postantennaes ausentes; seu lugar é occupado pelas cerdas da primeira fileira. Ha tres ocellos. Terceiro articulo antennal òval, aristá distinctamente dorsal. Palpos delgados, com cerdas fracas. Thorax com duas cerdas dorsocentraes; mesopleuras desnudadas. Es- cutello-eom duas cerdas. Abdómen delgado, 6. tergito na borda posterior com cerdas fortes; 6. ventrito ás vezes com pequena placa chitinosa pubes- cente. Hypopygidio asymetrico, de formação variada, ás vezes com cerdas muito compridas, geralmente com ganchos chitinosos. Tubo anal ausente. Ovipositor chitinoso, ponteagudo. Patas delgadas, femures posteriores com pellos compridos na borda ventral. Todas as tibias desprovidas de cerdas isoladas, tibias , posteriores com uma fileira dorsal de pellos de paliçada e uma serie de cilios posterodorsaes. Azas com a terceira nervura longitudinal forquilhada. Nervura costal menos comprida do que a metade da aza, com cilios compridos. Quarta nervura pouco curvada, terminando na ponta da aza, de maneira que a cella superior é muito espaçosa, a cella seguinte, porém, muito estreita, particularmente na parte basal. Sétima nervura presente. Alula pelo menos com tres pellos. Typo do genero: C. zikani Schmitz. família phokidae (dipt.) 201 Deste genero possuo na minha collecção exemplares da Argentina e dos Estados do Brasil Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco. Do estudo desse material resultou que alguns dós caracteres indicados por Schmitz como genericos não têm senão valor especifico. Como mostra a nova especie pernambucana , as cerdas da segunda fileira frontal nem sefnpre ; são im¬ plantadas perto da margem ocular, sendo ás. vezes consideravelmente aproximadas da linha mediana; tal também se dá em especies dé Apoce- phalus } p. e. icheeleri Botes. As cerdas na margem posterior do 6 . segmento nem sempre são muito compridas. O hypopygidio é ás vezes desprovido por completo de cerdas compridas ( costalis ), mas parece geralmente apre¬ sentar ganchos ehitinosos. Os pellos compridos na borda ventral dos femures posteriores se inserem ás vezes na metade distai. O tarso anterior nem- sempre é abreviado como em zikani , mas ás vezes normal. A julgar por 2 99 da Argentina, capturadas num bando de Eaíton hetschkoi (Dr. C. Bruch leg.), as quaes, segundo a minha opinião, pertencem a este genero, parece também' dar-se o caso de que as cerdas postantennaes estejam desenvolvidas. Nesta hypothese as palavras “cerdas postantennaes ausentes” deviam ser riscadas da diagnose generica. No emtanto, isto é ainda cousa a ave¬ riguar-se. •• Não obstante essas observações, estou convencido de que Cremersia é um bom genero. Os caracteres principaes que justificam a sua separação de Apocephalus são: a inserção distinctamente dorsal da arista e a formação curiosa do hypopygidio, a par da ausência completa do tubo anal comprido tão caracteristico para as especies genuinas de Apocèphalus . "Também a nervação das azas é característica. Segundo observa Schmitz, também Apocephalus spinicosta Malloch pertence a este genero. - • Chave das especies brasileiras ( hypopygidio. vista lateral (da direita); b) tarso anterior (segundo cutellares muito compridas. Pleuras Schmitz). amarelladas. Abdômen na região dorsal vermelho-pardo, ventre amarello. Tergitos 1-5 na borda posterior com tarja clara relativamente larga. Pubescencia bas¬ tante cómprida, particularmente nas margens posteriores e lateraes dos tergitos. 6. tergito mais escuro, na margem posterior com 10 cerdas fortes (fig. 29 a), das quaes 2, que estão no meio, são tão compridas como o ter¬ gito, as outras são 2 vezes mais compridas. Hypopygidio grande: região 204 ARCHIVOS DQ MUSEU NACIONAL — VOL. XXV dorsal mais comprida do que o 6. tergito, preto ou côr de castanha, bri¬ lhante, atraz com cerdas compridas. . Patas., inclusive os quadris, amarellas. Patas anteriores: 1. articulo tarsal pelo menos = articulos tarsaes 2-4 juntos (fig. 29 b), 5. articulo tarsal dilatado de um modo característico, com a face dorsal arqueada; partes do pretarso pequenas. Tarsos médios e posteriores compridos e delgados. Femures posteriores (fig. 30 no texto) ligeiramente escurecidos na extremidade distai, na metade basal da face ventral com dupla pubescencia. Azas ligeiramente tingidas de ama- relló, com nervação pardo-escura. Nervura costal curta (0,35-0,36), relativamente forte, comcilios compridos, divisões costaes = 17:8:3 3^. Nervura medastinal fraca, perdendo-se na cellula; forquilha da ter¬ ceira nervura de angulo agudo, ramo anterior fino, ramo posterior um pouco anguloso, quarta nervura nascendo na bifurcação, só ligeiramente curvada em- forma de S e no mesmo sentido como a Fíg. 30 —Cremersia zik.Rni f Schmitz, O , fêmur e tibia posteriores. quinta nervura que lhe é aproximada, >• terminando na ponta da aza. Balancins com o capitulo preto e o pedunculo amarello. Comprimento total , aproximadamente 2 mm. Notas:- 4) Esta espeóie é ecitophila; os typos foram capturados num bandó de Eciion coecum. 2) 'Ultimamente (1) Schmitz deu uma descripção mais munuciosa do hypopygidio, das patas é das azas. 'CREMERSIA SPINOSISSIMA, n. sp. tf Pfonte pardo-escura, ligeiramente brilhante, com sulco frontal distincto e pubescencia escassa. As cerdas da primeira fileira occupam o lugar das postantennaes. As cerdas da segunda fileira se inserem perto da margem ocular e da margem frontal anterior. Terceira fileira aproximadamente recta. Terceiro articulo antennai pardo; arista curta e forte, de côr escura, distinctamente dorsal, mui finamente pubescente. Palpos amarellados, curtos, ■ sômente na extremidade com cerdas pequenas. Thorax pardo-ferruginoso, pleuras e hombros amarellados. Ha 2 cerdas (I) Phorideos ecitophüos de Minas Geraes. Mus. Nac. IUo, 1924, Publicação N . 4. família phortdae (dipt.) 205 dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas e de cada lado 1 pellinho. Mesopleuras desnudadas. Abdômen vermelho-pardo, ventre: um pouco mais claro. Todos os ter- gitos na borda posterior com tarja amarello- pallida; pubeseencia comprida, particularmente nas margens posteriores e lateraes. Na' borda posterior do 6 . tergito se inserem 10 cerdas muito compridas, sendo as lateraes um. pouco menos compridas do que as 4 que estão no meio. 6 . .ventrito atraz com uma pequena placa ehi- tinosa de .formação irregular, que apresenta na borda posterior e na borda lateral direita mais ou menos 7. cerdas fortes curvadas (ou espinhos).. Hypopygidio (fig, 31 no texto) grande, côr de castanha, com 3 espinhos chiti- nosos caraeteristieos na extremidade e algumas cerdas. . Patas .inteiramente amarellas,. delgadas. Tarso, anterior (fig. 32 no texto) abreviado, metatarso anterior mais ou menos = articules tarsaes 2-4 juntos f 5. articulo tarsal formado mais ou menos como em Fig. 31— Cremersia splaosissimm, n. sp. Cf, hypopygidio a d® tergito abdominal, vista dorsal. zikcmi , mas menos-dilatado. A fileira dorsal de pellos da tibia media se extende mais ou menos até a ex¬ tremidade do 4. quinto da tibia. Tibia posterior com uma fileira completa de pellos na face dorsal e cerca de 15 eilios posterodorsaes finos. Femures poste¬ riores delgados, no terço distai da boi*da ventral com aproximadamente cinco pellos moderadamente eom- Azas (Est. IX, fig, 41) com ligeiros matizes cin¬ zentos,, nervaçao pardo-clara. Nervura eostal = 0,31 do comprimento da aza, divisões costaes = 19:5:1. Cilios costaes muito- compridos. Cella da forquilha muito estreita. Nervuras como na photomicrographia. Fig, 32 — cremersia spinosis-, No lugar da alula ha tres pellos. tórior’ SP ’ ^ 1 pata an " Babndns pardo-escudos. . . , Comprimento total } 1,6 mm. Typos 2 cfd* de Petropolis, B. ítonehi kg. 23 IV., 23.V.1923. Um dos exemplares typicos é cqnservado em álcool. . 206 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV CREMERSIA COSTALIS, n. sp. d Fronte anteriormente um pouco estreitada, aproximadamente tão comprida nos lados como larga no meio, ennegrecida, pubescente, com sulco frontal distineto e quatro fileiras de 2, 2, 4, 4 cerdas. As cerdas da primeira fileira occupam o lugar das postantennaes. As cerdas da segunda fileira se inserem perto da margem ocular e da margem frontal anterior. erceira fileira convexa para deante. O ocello anterior um pouco maior do que os ocellos lateraes. Terceiro articulo antennal amarello, um pouco comprimido em sentido lateral; arista menos comprida do que a fronte, quasi desnudada, distinctamente dorsal. Palpos não grandes, com cerdas fracas na metade anterior. Thorax vermelho-pardo, pleuras amareUadas. Ha duas cerdas dorso- centraes. Escutello com duas cerdas e de cada lado um pello pequeno. Mesopleuras desnudadas. Abdômen mais ou menos escuro vermelho-pardo, ventre amarello. Os tergitos na borda poste¬ rior sem tarja amarella, mas com pellos compri¬ dos ; na borda posterior do 6. tergito se inserem 11-12, que são aproxima¬ damente tão compridos como o 6. tergito. Demais Fig. 33 — Cremcrsia. costalis, n. sp. u , hypopygidio e 6 o segmento abdominal . (extrahido) vista lateral, da direita. pubeSCencia CSparSa. -N a à) peça direita do hypopygidio. n b) peça esquerda do hypopygidio. ICgiaO Ventral O O. Se~ gmento apresenta ante¬ riormente uma pequena plaquinha chitinosa cordiforme de côr vermelho- parda, em cuja borda posterior se inserem cerca de sete pellos compridos. Hypopygidio (fig. 33 no texto) pardo-escuro, grande, comprimido em sen¬ tido lateral, asymetrico, compondo-se de uma peça direita larga e uma peça esquerda estreita, as quaes se ligam ao sexto segmento por meio de estrias longitudinaes chitinosas; a peça direita, que também se extende para o dorso e para a região ventral, é apontada para traz e na extremidade apical curvada para a linha mediana do corpo; na extremidade apical se in¬ serem duas cerdinhas, das quçies a inferior é mais forte e um pouco curvada; no mais o hypopygidio é quasi completamente desnudado; na peça direita se notam em baixo dois pellinhos muito curtos. Patas , inclusive os quadris, amarellas, femures posteriores com mancha apical escura. Tarso anterior não dilatado, consideravelmente mais comprido do que a tibia; metatarso anterior um pouco mais comprido do que os dois família phoridae (dipt.) 207 seguintes artículos tarsaes juntos (proporção dos artículos 1-3 = 11:5:4). A fileira dorsal de pellos da tíbia media termina na região siibapical. Tibia posterior com uma fileira completa de pellos na face dorsal e cerca de 15 cilios posterodorsaes finos. Esporões terminaes das tibias medias e posteriores não compridos. Femures posteriores na metade distai da borda ventral com cerca de seis pellos moderadamente compridos. Metatarso posterior um pouco menos comprido do que os dois seguintes artículos tarsaes juntos. Azas (Est. IX, fig. 42) com finos matizes amarellos acinzentados, nervação pardo-clara. Nervura costal engrossada, muito curta = 0,31 do comprimento da aza, com duas series de cilios de comprimento diverso, sendo os que se acham na borda exterior mais compridos. Nervuras humeral- transversai e mediastinal rudimentares. Terceira nervura longitudinal com a extremidade distai engrossada em forma de botão. Cella da forquilha muito pequena. No lugar da alula ha tres pellos. Balancins mais ou menos pardo-escuros. Comprimento total , 2,1-2,2 mm. Typos 25 dV (conservados em álcool) de Fio Negro (Paraná), tirados de um ninho de Eaton ( Acamatus ) legionis Sm., Frei Miguel Witte leg. 22.XI.1923. Genero AUXANOMMATIDIA, Borgmeier 1924, Boi. Mus. Nac. Rio, Vol. I, p. 175, fig. Caracteres genericos: Fronte mais ou menos estreitada anteriormente na femea, com sulco frontal, duas cerdas postantennaes proclinadas e tres fileiras de 4, 4, 4 cerdas; as cerdas interiores da primeira fileira são incli¬ nadas para a linha mediana. Olhos grandes, na femea mais ou menos apro¬ ximadas na face inferior; as facetas (cf?) crescem progressivamente em tamanho de detraz em cima para deante em baixo. Terceiro articulo-antennal mais ou menos oval; comprimido em sentido lateral, arista dorsal ou sub- apical. Femea com ovipositor chitinisado. Segmento anal do macho em forma de bainha; hypopygidio como em Aphiochaeta. Patas desprovidas de cerdas isoladas. Tibias posteriores com uma fileira completa de pellos de paliçada na face dorsal e uma serie de cilios posterodorsaes. Terceira nervura longitudinal forquilhada. Nervura mediastinal presente. Typo do genero : A . variegata Borgmeier, Chave das especies 1. Segunda fileira de cerdas frontaes fortemente côncava para deante.... 1. variegata Borgm. — Segunda fileira de cerdas frontaes pouco côncava para deante 2. 208 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL YOL. XXV 2. Femures posteriores na metade basal da borda ventral com alguns pellos compridos.2. pilifemur n. sp. — Femures posteriores na borda ventral sem pellos compridos...... 3. 3. Terceiro articulo antennal. amarello-pardacento; comprimento total 2,2 mm.. ... 3. myrmecophila n. sp. — Terceiro articulo antennal esbranquiçado; com¬ primento total 1, 2 mm. 4. haráicki n. sp. AUXANOMMATIDIA VARIEGATA, BorgmeieiTo* 9 1924, Boi. Mus. Na». Rio, vol. I, p. 175, fig. Desta especie C. Prade conseguiu apanhar mais 1 femea (30. IV. 1924). Em exemplares recem-capturados os olhos são de côr escarlate-escura, to¬ mando mais tarde uma coloração ennegrecida. O numero dos pellos senso- rios do metatarso medio varia; no exemplar capturado por Prade estão em numero de 9. As peças lateraes do ovipositor estão em posição natural diri¬ gidas obliquamente para baixo, em forma de telhado; o ‘‘canal chitínoso” na extremidade apical referido na deseripção original (p. 179) não e outra cousa senão o ferrão, o qual no exemplar capturado por Prade é completa¬ mente retrahido. Dou uma photomicrographia da aza (Est. X, fig. 49). Pellos sensorios (Spürhaare) nos tarsos de dipteros foram primeiro observados em 1899 por Mik <1} nas familias Leptidae (Leptis scolapacea e immaculata) e Tabanidae. Schmitz os menciona de Odontoxenia breviros- tris (Termitoxeniidae ) m , dizendo que em phorideos hão tinham sido ob¬ servados. Portanto,, Aüxanomatidia variegata seria a primeira especie de phorideos em que foi verificada a existência de taes pellos sensorios; eíles também existem no tarso medio de Phalacrotophora appendidgera Borgm. (cfr. p. 175), sendo porém nesta especie muito menos compridos e mais densamente agrupados. Quanto á significação e funcção desses pellos, trans¬ crevo a seguinte nota de Mik (citada por Schmitz) : “An den Vorder und Mittelíüssen sieht man... 1 auf der Unterseite der Tarsen einzelne sehütter angeordnete, senkreeht abstehende, bleiche, feine Haare, welehe an ihrer Spitze gewõhniich etwas hakig gekrtimmt sind. An den Yorderfüssen tiber- ragen alie diese Haare die übrige Bekleidung und finden sich an allen Gliedern, am zahlreichsten jedoch am Metatarsus, welcher auch die meisten Staehelborstèn trãgt. Diese eben geschilderten feinen, bleichen, lãngeren Haare halte ich für Tasthaare, für die ich den Namen Spürhaare (pili ves- tigantes) vorschlage ... Dass diese auffallend gebildeten Haare nicht (1) Wien. Ent. Zeit vol. 18, pp. 230-234. (2) Zool. Jahrb. AU. Syst., vol. 39, p. 239, nota 1. FAMÍLIA PHORIDAE (JDIPT.) 209 ais mechanische Mittel zum Anháufen von Fremdkõrpern gegen den Kopf der FHege hin dienen. mõgen, lásst ihre schüttere Anordnung erkennen; gewiss wâre ihre Anordnung . , . (sonst) eine bürstenartige ...” Em Pha- lacrotophora appendicigera esses pellos têm realmente mais o aspecto de uma escova; comtudo creio, que sejam homologos aos de Auxanommatidia va- * riegata. AUXANOMMATIDIA PILIFEMUR, n. sp. tf 1 Esta espeeie nova 4 visinha de mríeg(Éa } mas differe pela disposição das ciadas frontes, coloração do abdômen, etc. Fronte aproximadamente tio comprida no meíb como larga, anterior- mente não estreitada, pardo-mate, com sulco frontal distincto e pubescencia escassa. Ha 2 cerdas postantennaes proclinadas e 3 fileiras de 4, 4, 4 cerdas. As cerdas postantennaes se inserem quasi no meio mtre a linha mediana e a margem ocular. As cerdas interiores da primeira fileira são inclinadas para a linha mediana e se inserem verticalmente em baixo das exteriores, um pouco em baixo do nivel das postantennaes; os pontos de inserção das cerdas interior^ e exteriores formam com ô ponto de luserçlo das postan¬ tennaes mm ou menos um triângulo equilátero; as cerdas exteriores distam mais otumenos tanto das interiores como das exteriores da segunda fileira. Segunda.fileirá mui ligeiramente côncava, quasi recta; suas cerdas interiores distam distinct&mente mais entre si do que das exteriores. Triângulo ocellar pouco saliente, pardo-ennegrecido, de angulo obtuso. As facetas dos olhos compostos crescem um pouco em tamanho de detraz em cima, para deante em baixo. Ha 2 cerdas divergentes nas bochechas e 1 cerda genal. Terceiro artieulí antennal tamanho normal, amarello-esbranquiçado, comprimido em sentido lateral; arista pardo-escura, mais ou menos tão comprida como a fronte, muito finamente pubescente. Palpos amarellos, curtos e delgados, com 1 cerda na extremidade apical e 4 menos compridas na metade anterior, Thorax claro ocraceo-amarello, região dorsal com 1 mancha pardo-escura alongada de cada lado, também os angulei humeraes mais ou menos pardo* escuros; pleuras amarellas, mas no meio (em cima dâi esternopleuras) com larga estria longitudinal parda, que se extende desde as propleuras até as' metapleuras. Ha 2 cerdas dorsoeentraes. Eseutello no meio vermelho*pardo,' lateralmente amarello, provavelmente com 2 cerdas (quebradas no tfpo) e de cada, lado 1 pello. AJ. lome com o ventre amarello e 6 placas tergitaes. Tergitos 1-4 mais ou menos pardo-escuros, no meio do domo com estria longitudinal amarella; tergitos 1-2 com a metade basal amarella, 5-6 ínteiramente amarellos; todos os tergitos com tarja amarella- na borda posterior. Pubescencia es¬ parsa, 2. terglto latersimente com aiguns pelios compridos. Hypopygidio 27 * 210 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV pardo-escuro, mate, finamente pubescente; segmento anal amarello, em forma de bainha. Patas amarellas, femures e tibias posteriores na extremidade distai pardo-escuros, tarso posterior escurecido. Tibia media com fileira dorsal de pellos que se extende até a extremidade do 3. quarto; 1 esporão ventral comprido. Tibia posterior com 1 fileira completa de pellos na face dorsal e uma serie de finos cilios postero- dorsaes; 1 curto esporão, ventral e 1 cerdinha subapical na face dorsal. Fémures posteriores (fig. 34 no texto) na metade basal da borda ventral com 7-8 pellos compridos. Azas com ligeiros matizes amarellos, nervação pardo-clara. Nervura costal com cilios finos, mais ou menos tão comprida como a metade da aza, divisões costaes aproximadamente = 23:17:5 (in situ!). For- Flg. 34 — Aux&nomm&tidia. quilha de angulo agudo, ramo anterior delgado, ramo piiifcmur, n. sp . d\ femur p OS terior um pouco curvado. Quarta nervura longitu- postenor.. x v ° dinal nascendo um pouco atraz da bifurcação, ligeira¬ mente curvada na metade basal, no mais aproximadamente recta. No lugar da alula ha 3 pellos. Balancins amarello-esbranquiçados. Comprimento total, mais ou menos 1,6 mm. Holotypo lcf de Petropolis, B. Ronchi leg. 7JV.1923. AUXANOMMATIDIA MYRMECOPHILA, n. sp. ç Esta especie nova differe de variegaia pela formação do ovipositor, au¬ sência dos pellos sensorios nos tarsos médios e outros caracteres. Fronte posteriormente um pouco mais. larga do que comprida no meio (5:4), só pouco estreitada para deante, pardo-escura, polvilhada de cinzento, pubescencia escassa, com 2 cerdas postantennaes proclinadas, ligeiramente curvadas em sua totalidade, que distam um pouco menos da linha mediana do que da margem ocular, e 3 fileiras de 4, 4, 4 cerdas. Ás cerdas interiores da primeira fileira transversal são inclinadas para a linha mediana e se in¬ serem verticalmente em baixo das exteriores um pouco em baixo do nivel das postantennaes, perto da margem ocular; as exteriores distam aproxi-> madamente 2 vezes mais das exteriores da segunda fileira do que das in¬ teriores da primeira fileira. Segunda fileira um pouco côncava para deante; as cerdas interiores se inserem um pouco embaixo do nivel do ocello anterior e distam mais ou menos tanto entre si como as postantennaes. Triângulo ocellar saliente. . Olhos. grandes, ligeiramente vermelho-escuros, aproxi- família phoeidae (dipt.) 211 mados um do outro na face inferior, mas menos do que em variegata ; as facetas crescem progressivamente em tamanho de detraz em cima, para deante em baixo. Ha 2 cerdas nas bochechas e 1 pequena cerda genal. Terceiro articulo antennal oval, amarello- pardacento, na base mais claro ; arista subapical, aproximadamente tão comprida como a fronte, finamente pubescente. Palpos não grandes, amarello-ferruginosos, anteriormente com 4 cerdas. Tromba curta. Thorax mate com reflexos pardacentos em di¬ versos cambiantes, escuro pardo-ferruginoso, nos ângulos humeraes mais claro, deante do escutello um pouco avermelhado, no meio do dorso com estria longitudinal escura indistincta; escutello pardo-escuro, lateralmente mais claro; esterno- pleuras um pouco brihantes. Pubescencia densa e relativamente comprida, tornando-se mais comprida deante do escutello. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas e de cada lado 1 pello. Mesopleuras desnudadas. Abdômen pardo-ennegrecido, inclusive o ventre, na região dorsal polvilhado de amarello-cinzento, Fig 35 ” iManomm n aí, ' d “ w- mecophila, n. sp. V , ovipositor, particular mente perto das bordas posteriores dos vista domi. diversos tergitos. Tergitos 3-5 com fina tarja ama- rella na borda posterior. 2. tergito lateralmente com tufo de pellos com¬ pridos. Pubescencia esparsa, nos lados e na borda posterior do 6. tergito mais comprida. Ovipositor (figs. 35 e 36 no texto) pardo-escuro, na região dorsal com sulco profundo longitudinal, de cada lado com uma peça chitinosa dirigida obliqua¬ mente para baixo e ligeiramente abahulada, na margem posterior logo em baixo da extremidade distai com chanframento pro¬ fundo. Fig. 36 — Auxanommattâiã T myrmecophila, n. sp. V , ovipositor, vista lateral da esquerda. Patas delgadas, amarello-claras, quinto distai dos femures. e tibias posteriores pardo-ennegrecidos, tarso posterior escurecido. A fileira dorsal de pellos da tibia media se extende mais ou menos até a extremidade do 3. quinto da tibia, cilios posterodorsaes (cerca de 10) fracos; 1 esporão ventral com¬ prido. Tibia posterior com 1 fileira completa de pellos na face dorsal e uma serie de cilios posterodorsaes, sendo os que se inserem na metade distai um pouco mais fortes do que os da metade basal da tibia; 1 curto esporão ventral e 1 cerdinha curta subapical na face dorsal. Metatarso 212 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV posterior menos comprido do que os dois seguintes articulos tarsaes juntos. Azas com matizes amarellados muito finos, nervação pardo-clara. Cilios costaes finos. Nervura costal = 0,45 do comprimento da aza, divisões costaes aproximadamente = 21:17:4. Nervuras humeral-transversal e me-, diastinal distinctas. Terceira nervura longitudinal um pouco mais grossa do que a nervura costal, com a extremidade apical um pouco engrossada em forma de botão; forquilha de angulo agudo. Quarta nervura nascendo mais ou menos na bifurcação, no principio um pouco obliterada, no terço basal ligeiramente curvada, no mais aproximadamente recta. No lugar da alula se inserem 3 pellos. Balancins amarello-claros. Comprimento total, mais ou menos' 2,2 mm. Typos 2 9 ç de Rio Negro (Paraná), Borgmeier ieg. 24.1.1924 num ninho de Camponotus rufipes F., na mesma occasião em que foram apanhados *as typos de Apocephalus lanceatus e camponoti. (Çfr.. p, 196). Um dos. exemplares tvpicos é eonservado em álcool. ' ' r v >;*' ; AUXANOMMÂTIDIA HARDICKI, n. sp. d Esta especie nova ê visinha de pilifemur, mas differe pela disposição das cerdas frontaes, coloração do abdômen, ausência dos pellos compridos na borda ventral dos femures posteriores, etc. Fronte (corrugada no exemplar typico) um pouco mais larga do que comprida, pardo-acinzentada, com pubescencia escassa e sulco frontal dis- tincto. As 2 cerdas postantennaes se inserem distinctamente mais perto da linha mediana do que da margem ocular. As cerdas interiores da primeira fileira se inserem verticalmente em baixo das exteriores perto da margem ocular; as exteriores distam aproximadamente 2 vezes mais das exteriores da segunda fileira do que das interiores da primeira fileira. Segunda fileira ligeiramente côncava para deante; as cerdas exteriores distam distinctamente mais das interiores do que as interiores entre si. Facetas dos olhos compostos como em pilifemur . Ha 2 cerdas fracas nas bochechas e 1 cerda genal pe¬ quena. Terceiro articulo antennal amarello-esbranquiçado, relativamente grande; arista subapical, pardo-clara, distinctamente pubescente, um pouco mais comprida do que a fronte. Olhos na face inferior só pouco aproximados um do outro. Palpos amarellos, curtos, com cerdinhas curtas. Thorax pardo-claro, com algumas manchas escuras, pleuras um pouco mais escuras, sutura pro-mesothoracica arnarellada. Ha 2 cerdas dorso- centraes. Escutello pardo-escuro, lateralmente mais claro, com 2 cerdas e de cada lado 1 pello. Mesopleuras desnudadas. família phoridae (dipt.) 213 Abdômen com 6 placas tergitaes pardo-escuras, metade distai dos diversos tergitos com reflexos cinzentos. Pubeseencia escassa. 2. tergito lateralmente com alguns pellos compridos. Patas amarello-elaras, femures posteriores com mancha apical pardo- escura, tibia posterior no ultimo quinto ennegrecida, tarso posterior um pouco escurecido. A fileira dorsal de pellos da tibia media se extende mais ou menos até a extremidade do 4. quinto da tibia; ha 1 esporão ventral comprido. Tibia posterior com 1 fileira completa de pellos na face dorsal; cilios posterodorsaes insignificantes; 2 esporões ventraes desiguaes e 1 cerdinha subapical na face dorsal. Azas com finos matizes amarellos, nervação amarella. Nervura costal = 0,42 do comprimento da aza (insitul), divisões costaes aproximadamente = 18:13:5. Nervuras humeral-transversal e mediastinal distinctas. Quarta nervura longitudinal, nascendo atraz da bifurcação, ligeiramente côncava para deante. No lugar da alula ha 3 pellos. Balancins amarello-esbranquiçados. Comprimento total , 1,27 mm. Holotypo ld 1 de Petropolis, Frei Tito Hardick leg. 7. IV. 1922. Nota: Dedico esta especie ao descobridor. Genero NEOjDOHRNIPHORÃ, Malloch 1914, Trans. Amer. Ent. Soe., vol. XL, p. 24. Caracteres genericos : Fronte mais, comprida do que larga, com sulco frontal, sem cerdas postantennaes, com 3 fileiras de 4, 4, 4 cerdas; primeira fileira convexa para deante, as cerdas interiores divergent entre si e occupam o lugar das antennas. Terceiro articulo antennal engrossado, oval ou subconico, arista apical ou subapical. Palpos não grandes, com cerdas fiacas. Escutello pequeno, com 2 Cerdas. Hypopygidio grande, formado mais ou menos como em Dohrniphora; segmento anal em forma de bainha, os pellos na extremidade apical do ventrito (styli) muito compridos. Femea com ovipositor chitinisado de formação complicada. Patas delgadas. Todas as tibias sem cerdas isoladas; tibias posteriores com 1 fileira de pellos de paliçada na face dorsal e uma serie de cilios posterodorsaes finos; esporões apicaes presentes. Nervação das azas mais ou menos como em Dohrni¬ phora. Especies provavelmente myrmecophilas. Typo do genero: N. calverti Malloch Malloch diz: “the anal protuberance very long, papilla like”. Aqui ha manifestaraente uma contradicção. Supponho que se trate de um erro typo- graphico; Malloch certamente escreveu “not papilla like”. A descripção que Malloch dá do genotypo, é muito summaria. Creio que Apocephalus 214 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV eurwmrvis Mall. (1914) pertence a este genero, Provavelmente trata-se de uma espécie visinha de declinata n. sp., que differe porém pela ner- » vação das azas Chave das especies brasileiras 1 . Quarta nervura longitudinal na extremidade distai recurvada no sentido da orla da aza. 1 . declinata n. sp. 9 — Quarta nervura longitudinal na extremidade distai não recurvada ... 2 . 2 . Terceiro articulo antennal engrossado.. 3. — Terceiro articulo antennal não engrossado; compri¬ mento total 3,4 mm.:. 2. aaromyrmeds n. sp. 9 3. Primeira divisão costal igual á segunda; compri¬ mento total 1,7 mm... 3. montana n. sp. tf — Primeira divisão costal maior do que a segunda ; com¬ primento total 2,7 mm.....!. . 4. robusta n. sp. d” NEODOHRNIPHORA DECLINATA, n. sp. 9 Fronte distinctamente mais comprida do que larga, com brilho ligeiro, quasi mate, distinctamente pubescente, sulco frontal distincto, sem cerdas postantennaes, com 3 fileiras transversaes de 4, 4, 4 cerdas. Primeira fiteira com forte convexidade anterior; as cerdas interiores divergem entre si e se inserem perto da linha mediana na margem frontal anterior; as cerdas exteriores são implantadas perto da margem ocular e distam quasi 2 vezes mai$ das interiores do que essas entre si.‘ Segunda fileira côncava para deante; as cerdas interiores se inserem de cada lado do ocello anterior e distam um pouco mais entre si do que as cerdas interiores da primeira fileira; as cerdas exteriores (da segunda fileira) distam um pouco menos das interiores do que das exteriores da primeira fileira. Triângulo ocellar ligeira- mente saliente, de- angulo obtuso, Olhos grandes, occupando as regiões lateraes da cabeça, de maneira que as regiões genaes são reduzidas a uma faixa muito estreita; o tamanho das facetas augmenta um pouco progressi¬ vamente de detraz em cima, para deante em baixo. Ha 2 cerdas divergentes nas bochechas e 1 cerda genal. Terceiro articulo antennal amareilo-ferrugi- noso, um pouco alongado e laterabnente comprimido, visto do lado mais ou menos periforme; arista apical, pardo-escura, exeeptuando a base, menos comprida do que a fronte alta, praticamente desnudada. Palpos muito curtos, amarello-esbranquiçados, anteriormente com 4 cerdinhas curtas, das quaes aquella que se insere na extremidade apical é a mais comprida. Tromba curta. Thorax fortemente abahulado, amarello-ferruginoso, o dorso na metade posterior (inclusive 0 escutello) emxegrecido, pleuras amarellas. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas, deante das, quaes de cada lado 1 pellinho; Propleuras desnudadas, mas na borda inferior com 1 cerda dirigida para baixo. Também as mesopleuras glabras. família fhoridae (dipt.) 215 Abdômen comprido e relativamente delgado> com os lados quasi pa- rallelos. Ventre amarello. As 6 placas tergitaes são de coloração vermelho- amarella, mas tergitos 1-5 lateralmente pretos e tergitos 2-4 no meio com estria longitudinal escura; 6. tergito na metade basal pardo-ennegrecido; ter¬ gitos 1-5 na borda posterior com tarja vermelho-amarella. Tergito 2 alonga¬ do, tergitos 3-5 aproximadamente do mesmo compiúmento, tergito 5 com os ângulos posteriores arredondados; 6. tergito fortemente alongado, no exemplar typieo anteriormente em parte coberto pelo 5. tergito e corrugado de maneira que não se distinguem bem os contornos. Pubescencia extrema¬ mente escassa e fina. O grande ovipositor consiste de uma capsula chiti- nosa cylindrica de coloração brilhante pardo-ennegrecida; seu comprimento é aproximadamente igual ao dos tergitos 5+6; uma deseripção exacta não é possivel, porque a extremidade abdominal é corrugada no exemplar ty¬ pieo; exteriormente se notam de cada lado dois pequenos processos chitino- sos: 1 processo superior obtuso revestido de alguns pellinhos curtos, e 1 processo inferior pontagudo com 2 pellinhos na extremidade apical. Patas delgadas (como geralmente em Neodohrniphora ), de cor amarella, tarsbs médios e posteriores escurecidos. Todas as tibias (inclusive as ante¬ riores!) na face dorsal .com uma fileira completa de pellinhos de paliçada. Cilios posterodorsaes muito fracos; também na face anterodorsal se en¬ contra uma fileira de pellos, os quaes porém só constituem outro typo da demais pubescencia. Femures posteriores no terço basal da borda ventral com 4-5 pellos compridos. Azas com matizes amarellos, borda anterior (a partir da extremidade costal) pardacenta, nervação distinctamente pardo-escura. Nervura costal curta, = 0,39-0,4 do comprimentQ da aza (m situ /), as divisões costaes aproximadamente em proporção de 7:2^: 1, Cilios costaes curtos. Ner¬ vura humeral transversal distincta, nervura mediastmal presente, mas fina. Primeira nervura longitudinal na extremidade apical um pouco en¬ grossada. Forquilha de angulo agudo, ramo posterior ligeiramente curvado com a extremidade apical um pouco engrossada em forma de botão. Quarta nervura longitudinal nascendo atraz (1) da bifurcação, ligeiramente côn¬ cava para deante, mas na extremidade distinctamente {1 > recurvada no sen¬ tido da orla anterior da aza, terminando um pouco em cima da ponta da aza. Nervuras 4-7 alcançando distinctamente a orla da aza. No lugar da aluía ha 7 pellos. Balandns pretos, com o pedunculo amarello. Comprimento total , aproximadamente 2,5 mm. Holotypo 1 9 de Petropolis, C. Prade leg. ,8.11.1924. (1) Mais distinctamente do que em cmvinervis Mall. 216. ARCmVOS DO MUSEU NACIONAJL — YOL. -XXV NEODOHRNIPHORA ACROMYRMEC IS, n, sp. Ç Esta especie nova differe de ãeclinata Bqrgm. pela nervação das azas e pela formação do ovipositor. Cabeça grande. Fronte preta, distinctamente mais comprida do que r larga, anteriormente um pouco estreitada, com pubeseencia densamente' agrupada, sulco, frontal distincto e tres fileiras de 4, 4, 4 cerdas. Primeira fileira fortemente convexa para deante; as cerdas interiores divergem entre si e occupam o lugar das cerdas postantennaes que faltam; sua distancia mutua é aproximadamente = % da largura frontal anterior; as cerdas ex¬ teriores se inserem immediatamente perto da margem ocular e distam quasi 2 vezes mais das interiores do que essas entre si. Segunda fileira côncava para deante; as cerdas interiores se inserem quasi no nivel do ocello anterior e distam um pouco mais entre si do que das exteriores. Triângulo ocellar ligerramente saliente, de angulo obtuso. Olhos grandes, occupando as regiões lateraes da cabeça, com cilios distinctos; as facetas augmentam ligeiramente em tamanho progressivamente de detraz em cima para deante em baixo. Ha 1 pequena cerda genal e 4 cerdas que se inserem nas bochechas, sendo as duas superioras mais fracas do que as inferiores. Terceiro articulo antennal amarello-ferruginoso ou amarello-pardo, não grande, oviforme, lateralmente um pouco comprimido; arista escura, subapical, distinctamente menos com¬ prida do que a fronte, com pubeseencia extremamente fina, praticamente desnudada. Palpos amarello-claros, muito curtos, anteriormente com 3 cerdas pequenas de comprimento diverso. Tromba amarello-clara, curta e larga. Thorax fortemente abahulado, amarello-ferruginoso, pleuras mais claras; o dorso pardacento na metade posterior, mas no meio com estria longitudinal mais clara. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escutello escurecido na borda anterior, com 2 cerdas, deante das quaes de cada lado 1 pellinho pequeno. Mesopleuras desnudadas; também as propleuras glabras, mas na borda inferior com 1 cerda dirigida para baixo. Abdômen comprido, com o ventre amarello ou vermelho-amarello. Ha 6 placas tergitaes de coloração pardo-ennegrecida ou vermelho-parda, as quaes no meio do dorso são um pouco mais claras; tergitos 1-5 na margem posterior com tarja amarella. 2° tergito nos ângulos anteriores com mancha amarella. 1° tergito muito abreviado, 2 o tergito alon¬ gado, tergitos 3-5 aproximadamente do mesmo comprimento, estreitados um pouco progressivamente para traz; 6 o tergito amarello-pardo, mais ou menos trapeziforme, com as margens lateraes chanfradas em forma de S, anteriormente mais largo do que atraz, mas distinctamente menos largo do que o 5 o tergito. Pubeseencia muito fina, limitando-se á borda pos¬ terior. Nas regiões lateraes do 5 o segmento se encontra na borda posterior família phoridae (dipt.) 217 de cada lado um tufo de 5-7 pellos extremamente compridos. 6° segmento muito alongado, alargado para traz, com os dois terços distaes de coloração pardo-escura e ligeiramente chitinisados, distinctamente putescentes na região dorsal, e na região ventral revestidos de muitas eerdas singulares obtusas. Pela epiderme do 6 o segmento transparece o grande ovipositor, do qual se nota exteriormente uma placa, dorsal chitínosa abahulada de coloração escura, que apresenta de cada lado uma fileira.longitudinal de cerca de 7 eerdas ligeiramente erectas e um pouco dirigidas para os lados; posteriormente se encontra uma incisão profunda no meio, e na extremidade distai se acha de cada lado um pequeno espinho ou gancho chitinoso di¬ rigido para baixo, o qual não é homologo ás demais eerdas. Por debaixo da placa dorsal se nota um ferrão forte, preto, ligeiramente curvado para baixo. Patas delgadas, amarellas. Femnres posteriores no terço basal da borda ventral com 4-5 pellos compridos. Tibias medias e posteriores na face dorsal com 1 fileira completa de pellos de paliçada; cilios posterodorsaes fracos. Azas com matizes amarello-pardacentos, nervação parda. Nervura costal = 0,41 do comprimento da aza (in situ !), divisões aproximadamente «f 18:10:3. Cilios costaes curtos. Nervura mediastinal presente. Forquilha de angulo agudo. Quarta nervura longitudinal nascendo um pouco atraz da bifurcação, com -excepção da base inteiramente recta. Nervuras 4-7 al¬ cançando a orla da aza, 7 um pouco mais fraca do que 4-6, No lugar da alula ha 5 pellos. Balancins pardo-ennegrecidos, peduneulo amarello. Comprimento total, aproximadamente 3,4 mm. Typçs 2ç ç de Rio Negro (Paraná), W. Frey leg, sobre um ninho de Awomynmm sp., 28.11.1924. NEODOHRNIPHORA MONTANA, n. sp. & Esta especie nova differe do genotypo calveríi pela arista distinctamente menos comprida do que a fronte, pela coloração do abdômen e da mem¬ brana das azas. Fronte mais comprida do que larga posteriormente (17:13), pardo-en- negrecida, distinctamente pubescente, com sulco frontal, ligeiramente brilhante, sem eerdas postantennaes, com 3 fileiras de 4, 4, 4 eerdas. Pri¬ meira fileira convexa para deante; as eerdas interiores se inserem na borda anterior, divergem entre si e distam só um pouco menos da linha mediana do que da margem ocular; as exteriores distam um pouco mais das interiores do que as interiores entre si. Segunda fileira côncava para deante; suas '2307-924 ' 28 218 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL YOL. XXV cerdas interiores se inserem quasi no nivel do ocello anterior e distam quasi tanto èntre si como as cerdas interiores da primeira fileira. Triângulo ocellaí um pouco saliente, dé angulo obtuso. Ha 2-3 cerdas nas bochechas e 1 cerda genal muito fraca. -Terceiro articulo antennal moderadamente grande, oval, amarello-ferruginoso; arista apical, muito finamente pubes- cènte, nãò alcançando a borda occipital. Palpos curtos, com 2 cerdas des- iguáes na extremidade apical e alguns pellinhos. Tromba curta. - '•■Thorax amarello-ferruginoso, pleuras mais claras, as mesopleuras atraz com mancha vermelho-parda. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escutello pequeno, com 2 cerdas e de cada lado 1 pellinho. Sutura dorso-pleural in- distineta; mesopleuras desnudadas. Abdômen com o ventre amarello-ferruginoso e 6 placas tergitaes, cuja coloração varia; geralmente metade basal do 2 o tergito e tergitos 5-6 mais ou menos vermelho-pardos, o resto pardo-ennegreeido; ás vezes tergitos 3~6 intei¬ ramente escuros; 5. tergito com tarja amarella na borda posterior, também nos outros tergitos se percebe de vez em quando uma fina tarja amarella. Pubescencia escassa e esparsa. Hypo- pygidio (fig. 37 no texto e Est. XIII, fig. 60) grande, pardo-escuro, mate, com pubescencia piuito fina, de cada lado em cima com um processo mais ou menos digitiforme; na base do processo da di¬ reita ha 1 cerda, também na extremi- Fig 37 — NeorfoArmp^ra^on^ a< n. s P . d\ hy- (j ac [ e apical do processo da esquerda ha 1 cerda moderadamente comprida; borda posterior com pellos finos. Segmento anal amarello, comprido, em fórma de bainha, os pellos na extremidade do ventrito (styli) muito com¬ pridos. Patas amarellas. Quadris anterioi^es na extremidade apical com 3 cerdas. Femures posteriores na metade basal da borda ventral com 2 cerdas compridas. Tibias posteriores e medias com fileira completa de pellinhos na face dorsal; cilios posterodorsaes muito fracos, também nas tibias pos¬ teriores. Tibia média com 1 esporão ventral comprido. Tibia posterior com 1 esporão apical na face dorsal e outro na face ventral. Azas (Est. IX, fig. 44) com matizes amarello-cinzentos, nervação parda, comprimento total 1,5 mm. Nervura costal com cilios curtos, = 0,43 do comprimento da aza, divisões costaes aproximadamente = 10:5:2 Nervura mediastinal fina. Primeira nervura longitudinal um pouco engros¬ sada na extremidade apical. Angulo da forquilha agudo. Quarta nervura 1 nascendo atraz da bifurcação, na base ligeiramente curvada, no mais. quasi recta. No lugar da alula 4 pellòs. família phoridae (dipt.) 219 Balancins pardo-ennegrecidos, pedunculo amarello. Comprimento total, aproximadamente 1,7 mm. Typos 5 (f cf de Petropolis, 12;XI.1923 (Borgmeier), 2G.XIT923 (Ronchi). NEODOHRNIPHOKA ROBUSTA, n. sp. & Esta especie nova é muito parecida com montana, mas differe pela ner- vação das azas e comprimento total maior. Fronte (fig. 38 no texto) preta, distinctamente mais ■ comprida do que larga (24:17). Disposição das cerdas frontaes como em montana. Terceiro articulo antennal pardo-ferruginoso, engrossado; aristadistincta¬ mente menos comprida que a fronte. Thorax como em montana. Abdômen : tergi-tos 2-4 pretos, no meio com estria vermelho-escura indistincta, 2 no meio mais claro, lateralmente na metade basal com mancha amarella. 4 o tergito com tarja amarella na borda posterior, 5 o tergito ama- rello-vermelho, lateralmente com mancha preta, 6. tergito na metade basal amarelló-vermelho, na metade distai preto. Hypopygidio muito parecido - com o de montana, não examinado em seus de¬ talhes, porque só tem 1 exemplar. Azas ■ (Est. XI, fig. 43) parecidas com as de Wiontana, comprimento total 2 mm. Nervura costal = 0,42 do comprimento da aza, divisões costaes — 14:6:2 y 2 , portanto a I a divisão costal re- 38 "TTTTolZ lativamente mais comprida do que em montana. Nervura mediastinal um pouco menos distineta do que em montana. Quarta nervura longitudinal na base' obliterada, quasi recta. No lugar da aluía 4 pellos. . Balancins pardo-ennegrecidos, pedunculo amarello. Comprimento total, 2,7 mm. Holotypo 2 dV de Petropolis, B. Ronchi leg. 17.IV. 1923; 24.XI. 1924. Generq PHEIDOLOMYIA, SCHMITZ 1915, Deutsch. Entom. Zeitschr., p. 495, Taf. XI, figs. 23, 24. Esse genero interessante foi creado por Schmitz em-1915 e baseado sobre um uníco exemplar fortemente lesado (sem cabeça!) * existente. na collecção de Wasmann e descoberto por A. Gõldi ha 25 armos atraz (1899) 220 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV em Theresopolis (E. do Rio), num ninho de PheÂdole emeryi Mayr. Exami¬ nando uma eolonia de Pheidole crassipes Mayr installada num toco de bambú, meu amigo Frei Cajetano Frade conseguiu apanhar mais um exem¬ plar desse diptero curioso. Esse exemplar é illeso e foi collocado em álcool. As cerdas thoracicas são as mesmas que Schmitz indica na sua descripção e representa na sua figura. As azas chama Schmitz “um pouco abreviadas” ( “etwas verkürzt”) e julga que as metades apicaes quebraram. A J primeira vista essa observação parece ser exacta. Entretanto os contornos das azas do meu exemplar concordam perfeitamente com a photomicrographia de Schmitz, de maneira que devem ser consideradas como degeneradas e ru¬ dimentares, constituindo um caso muito interessante de reducção alar em consequência de vida symbiotica com as formigas. Si as azas no momento da eclosão da pupa estão ainda intactas e completas, como foi observado em alguns outros dipteros, não se póde dizer per emquanto. O contrario me parece mais provável. Dou no seguinte os principaes caracteres genericos e accrescento uma nova descripção da especie unica, visto a descripção de __ * Schmitz se basear sobre um exemplar seccado fortemente lesado e apre¬ sentar por este motivo diversas lacunas. Caracteres genericos : Fronte mais larga do que comprida, com 4 cerdas postantennaes proclinadas e tres fileiras de 2, 4, 4 cerdas; as cerdas da pri¬ meira fileira são inclinadas para a linha mediana. Ha 3 ocellos. Olhos um pouco reduzidos, pubescentes. Terceiro articulo antennal globular, arista dorsal. Palpos bem desenvolvidos, com cerdas. Bochechas com cerdas. Thorax mais largo do que comprido, com muitas cerdas compridas. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Mesopieuras desnudadas. Escutello presente, com cerdas. Abdômen oviforme, com 6 placas tergitaes progressivamente estrei¬ tadas para traz. Segmentos terminaes membranosos. Patas relativamente compridas, sem cerdas isoladas, tibias médias e posteriores com fileira dorsal de pellos de paliçada. Azas rudimentares, consistindo das nervuras engros¬ sadas da borda anterior e da metade basal da membrana; nervura costal com cerdas muito compridas; terceira nervura longitudinal forquilhada ; tegula com 1 cerda muito comprida. Balancins presentes, de formação normal. Typo do genero: Ph. alpina Schmitz y. PHEIDOLGMYIA ALPINA, Schmitz Ç Est. XVII, fig. 68. 1915, Deutsch. Entom. Zeítschr., p. 495. Cabeça achatada, tão larga como o thorax. Fronte pardo-ennegrecida, abahulada em sentido longitudinal e transversal, com sulco frontal que se dilata entre as cerdas postantennaes formando uma cova, pubescente, com família fhoridae (dipt.) 221 4 cerdas postantennaes proclinadas e tres fileiras de 2, 4, 4 cerdas. As cerdas postantennaes superiores distam aproximadamente 2 vezes mais entre si do que as inferiores. As cerdas da primeira fileira são inclinadas para a linha mediana; ellas se inserem perto da margem ocular interior, na margem su¬ perior das foveas antennaes, e distam aproximadamente tanto das cerdas postantennaes superiores como essas da linha mediana. As cerdas interiores da segunda fileira se inserem um pouco em baixo do nivel do ocello anterior e distam distinctamente menos entre si do que as cerdas postantennaes su¬ periores ; as cerdas exteriores da segunda fileira se inserem perto da margem ocular superior, no mesmo nivel que as 4 cerdas verticaes; ellas são (como as demais cerdas frontaes) distinctamente menos compridas do. que as 4 cerdas verticaes prolongadas, mas um pouco mais compridas do que as cerdas interiores da segunda fileira, e dirigidas ligeiramente para os lados. As cerdas verticaes exteriores distam aproximadamente 2 vezes mais das interiores do que essas entre si; as interiores se inserem entre os ocellos pos¬ teriores. Olhos reduzidos, pubescentes e ciliados. A margem ocular anterior (inferior) é acompanhada por uma fileira de 5 cerdas. Terceiro articulo antenna! pardo-ferruginoso, globular, não grande; arista dorsal, comprida, distinctamente pubescente. Palpos pardo-ferruginosos, comprido's e del¬ gados, com 6-7 cerdas na metade anterior. Thorax * castanho-escuro, ligeiramente brilhante, mais largo do que comprido, arredondado, ligeiramente estreitado para traz, com 1 cerda comprida de cada lado nos ângulos humeraes, immediatamente em cima do estigma prothoracico, è uma fileira recta transversal de 6 cerdas compridas um pouco deante do meio, das quaes a exterior se insere na margem lateral, muito perto da cerda humeral. Além disso, ha uma fileira transversal de 4 cerdas compridas, das quaes as exteriores se inserem na margem thoracica posterior, as interiores, porém, perto delia; as interiores distam mais entre si do que as interiores da primeira fileira transversal e podem, como essas, ser consideradas como cerdas dorsocentraes, que estariam, portanto, em numero de 4. As cerdas das duas fileiras transversaes, bem como as cerdas humeraes, são mais compridas do que o thorax + o escutello. Existe ainda de cada lado 1 pequena cerdinha na raiz das azas. Escutello elliptico, distinctamente destacado, com 2 cerdas pouco compridas. Suturas pleuraes distinctas. Mesopleuras desnudadas. Abdômen côr de chocolate, ventre e regiões lateraes dos segmentos 1-5 amarellas. 1. tergito um pouco abreviado; tergitos 2-5 aproximadamente do mesmo comprimento, progressivamente estreitados para traz, apresen¬ tando 1 pello comprido de cada lado nos ângulos posteriores; a demais pubesceneia fina e esparsa; também q ventre e as regiões lateraes do abdômen * com pubesceneia esparsa. 6. segmento fortemente escurecido para traz, com 222 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV pubescencia mais densa, ligeiramente chitinisado, segundo indica o brilho fraco; entretanto a 6 , placa tergital é distinctamente destacada, : muito alongada e de formação singular (fig. 39 no texto). Segmentos terminaes membr anosos, retrahidos no exemplar examinado, de côr amarello-parda- eenta. Cerci presentes, mas indis tinetamente destacados. Patas compridas e fortes, pardo-ferruginosas, com as articulações mais claras; a pubescencía é geralmente comprida © não densamente agrupada. Metatarso anterior ligeiramente engrossado, um pouco menos comprido do que os dois seguintes articules tarsaes juntos. Femures relativamente del¬ gados, Tibias médias e posteriores na face dorsal com 1 fileira completa de pellos e uma serie de cilios posterodorsaes. Metatarso posterior fortemente dilatado (a extremidade basal é tão larga como a extremidade distai da tibia), com 8-9 pentes transversaes. Azas rudimentares, mais compridas do que o thorax; membrana pardacenta, nervuras da borda anterior côr de chocolate, acompanhadas interiormente por uma tarja pardo-ennegrecida. Nervura costal no terço basal ligeira¬ mente engrossada, os dois terços distaes mais claros, com cerca de 10 . cerdas muito compridas e alguns pellos; das cerdas, 8 se inserem na borda exterior, 2 porém (1 com¬ prida e 1 menos comprida) fóra da fileira mais para a borda interior perto da membrana, na extremidade do 1 . terço costal. Terceira nervura longitudinal com grande forquilha, dismembrando-se R 2 de R3 num lugar que fica em frente da emboccadura da primeira nervura longitudinal. Segunda di¬ visão costal um pouco menos comprida do que a terceira. No ramo pos¬ terior da forquilha se notam 4 pontos circulares claros, que talvez sejam os pontos de inserção de pellos ou cerdinhas quebradas. Além disso, ha 4 nervuras pallidas. No lugar da aluía não ha pellos, Tegula era fôrma de botão, com 1 cerda comprida. Balandns pardo-ennegrecidos, Comprimento total , aproximadamente 1,6 mm, O typo dessa especie é proveniente de Colonia Alpina (Theresopolis, E. do Rio), Á. Gõldi leg. 1899 num ninho de Phddole emeryi Mayr. Além disso 1 9 de Petropolis, Frei Cajetano Pr ade leg. 3. VIII. 1924, num ninho de Phddole crassipes Mayr. Fig. 39 — Pheidolom yia alpina, Schmitz, 9 , placa ehítmosa do d» tergito abdominal. FAMÍLIA PHORIDAE (dIPT.) 223 Genero melaloncha, Brues 1903, Brues, Trans. Amer. Ent. Soc«, vol. XXIX, p. 374. 1906, Brues, Genera Ins., fase. 44, p. 8. 1912, Malloch, Proe. U. S. Nat. Mus., vol. 43, p. 500. 1912, Endeelein, Stett. Ent. Zeit., p. 41 ( Udamochíras ) 1912, Brues, Psyclie, vol. 19, p. 136. Caracteres genericos : Cabeça hemispherica, fronte mais comprida do que larga, sulco frontal presente ou ausente, sem eerdas postantennaes, com 4 fileiras de 2, 2, 4, 4 eerdas; eerdas interiores da terceira fileira enfraquecidas ou ausentes. Ocellos presentes. Terceiro articulo antennal de forma oval alongada, arista apical. Palpos pequenos, com eerdas extremamente curtas. Abdômen da femea delgado e apontado, ovipositor chitinisado. Tibias me¬ dias e posteriores com fileira dorsal de pellos que se dissolve ás vezes em series de 3-4 fileiras pequenas, e 2 series de cilios. Polvilhos e empodio bem desenvolvidos. Azas compridas e delgadas, com a terceira nervura não forquilhada. Hypopygidio como em Dohrniphora; segmento anal digitiforme. Typo do genero: M. pulchella Brues (Bolivia) Lundbeck diz erradamente (Dipt. Dan, VI, p. 80) que neste genero não existem ocellos em ambos os sexos. Este erro já foi rectificado por Schmitz (Tijdschr. v. Ent. LXV, 1922, p. 223). Segundo afíirma Brues (An. Mus. Nat. Hungar,, vol. IX, 1911, p. 440), pulchella também foi en¬ contrada no Paraguay, MELALONCHA COLOSSIA, Endeelein & 1912, Endeelein, Stett. Ent. Zeit., p. 42, fig. (Udamochíras). 1912, Brues, Psyche, vol. 19, p. 136. 1923, Schmitz, Jaarb. Nat.. Gen. Limburg, 1920-23, p. 51. 1924, Borgmeier, Societas entomologica, vol. 39, p. 18. Não conheço esta especie ex natura. Em 1923 Schmitz deu uma des- cripção melhorada desta especie no seu trabalho “Typenstudien an Pho- riden”. Mais tarde Schmitz teve a bondade de confrontar o typo de rubri- cornis m. com o typo de colossia; o resultado desta comparação me foi communicado por carta (14.IX. 1923) que publiquei no meu trabalho “Drei neue Phoriden aus Brasilien” (1924). Dou no seguinte um resumo dos caracteres que devem ser accrescen- tados á descripção de Enderlein. Fronte muito comprida, excedendo o seu comprimento o duplo da lar¬ gura (8 : 3), com sulco frontal distincto e 4 fileiras de 2, 2, 2, 4 eerdas muito 224 ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV compridas; as cerdas interiores da fileira ocellar, bem como as cerdas pos- tantennaes, faltam. Não é exacta a affirmação de Enderlein que a fronte seja completamente sem pubescencia; não ha phorideo sem alguma pubes- cencia frontal. Terceiro articulo antennal quasi de eôr branca, ligeiramente curvado, alongado, excedendo o seu comprimento o dulpo da largura; arista apical, excedendo o seu comprimento o duplo do comprimento do 3. articulo antennal. Thorax com a margem lateral vermelho-parda. Escutello com 4 cerdas, sendo as anteriores mais ou menos enfraquecidas. Abdômen nas regiões lateraes com reflexos prateados. O hypopygidio é parecido com Dohrniphora. Tubo anal digitiforme, aproximadamente tão comprido como os tergitos 5-6. Patas: Tarso anterior mais ou menos = 3 /s do comprimento da tibia, sómente o metatarso mais comprido do que largo, artículos 3-4 pouco, 5 fortemente dilatados, 5 em cima na borda posterior com 9 pellos compridos eriçados, mas sem unhas. Polvilhos muito grandes, quasi do tamanho do 5. articulo (também os polvilhos dos tarsos médios excedem o tamanho normal); metatarso anterior tão comprido como os dois seguintes artículos tarsaes juntos. Femures posteriores com uma serie incompleta de pellos eriçados na borda dorsal. Tibias medias e posteriores com 2 series de cilios, como em Phalacrotophora ; os cilios posterodorsaes das tíbias posteriores se compõem de 3 curtos e 7 compridos. Tibias posteriores na face dorsal com 3-4 series de fileiras de pellos, curtas, obliquas, juxtapostas (1) . Azas tingidas de amarello entre as nervuras da borda anterior, no mais ligeiramente amarello-acinzentadas. Comprimento total (em posição curvada), 3 mm. O typo é proveniente de Hammonia (Santa Catharina). MELALONCHA RUBRICORNIS, Borgmeier tf 1924, Societas entomologica, vol. 39, p. 17. Esta especie é muito visinha de colossia, mas differe pela ausência do sulco frontal, coloração do terceiro articulo antennal, arista menos com¬ prida, e outros caracteres. Fronte brilhante, vermelho-amarella, triângulo ocellar preto, comprida é ■ e estreita, occupando um pouco menos do que da largura da cabeça, (1) A respeito da çerda subapical nos femures anteriores, que Brues enumera entre os caracteres ge¬ néricos, e a qual também se encontra em rubricomis Borgm., pedi informações ao Padre Schmitz, que me comrnunicou o seguinte: “Das Bõrstchen an der Hinterseite des Fêmur I fehlt tatsãchJich bei colossia , es ist an beiden Schenkeln dort nur ein Grübchen zu sehen, ohne Ánzeicben, dass dort èine Borste ges- tanden hàtte’\ família phoridae (dipt.) 225 sem sulco frontal, com 4 fileiras de 2, 2, 4, 4 cerdas. As cerdas da primeira .fileira distam um pouco menos entre si do que as cerdas da segunda fileira. As cerdas da segunda fileira distam um' pouco mais das da primeira fileira do que das exteriores da terceira fileira; elias são ligeiramente do¬ bradas um pouco em cima do meio. Terceira fileira fortemente côncava; as cerdas interiores. são muito fracas e se inserem lateralmente do ocello anterior. Cilios oculares brancos, densamente agrupados, curtos. Ha 2 cerdas de comprimento diverso nas bochechas. Terceiro articulo antemial vermelho, de forma cônica alongada; arista apical, não alcançando o duplo do comprimento do 3. articulo antennal, de coloração parda, na base mais clara, praticamente desnudada. Palpos curtos, vermelhos, na extremidade apical com 1 cerdinha preta, na face inferior algumas agulhetas brancas (Stifte). Thorax preto, ligeiramente brilhante; a pubescencia se torna um pouco mais comprida deante do escutello. Mesopleu.ras désnudadas, posterior¬ mente com mancha amarello-esbranquiçada. Escutello comprido, com 2 cerdas compridas e de cada lado 1 pello. Abdômen preto. Tergitos 2-5 aproximadamente ’ do mesmo compri¬ mento, 6 alongado, 2-6 lateralmente com 1 cerda comprida rodéada por alguns pellos compridos. Yentre, nas regiões lateraes, com manchas de re¬ flexos prateados. Hypopygidio pardo-ennegrecido, as peças lateraes arre¬ dondadas e finameiite pubescentes. Segmento anal amarello, digitiforme. Patas amarello-pardacentas, femures posteriores com mancha apical, preta, tíbias posteriores no terço distai (partieularmente-na face posterior) fortemente ennegrecidas. Femures anteriores com 1 cerda subapical na face posterior. Metatarso anterior distinctamente menos comprido do que os dois seguintes artículos tarsaes juntos; 5. artículo tarsãl dilatado, com pèllos compridos, polvilhos enormes. Tibias medias com fileira dorsál de péllos que no terço basal se dissolve em 2-3 filéiras; ha '5 cilios anterodorsáes fracos na metade basal, e 7 cilios posterodorsaes, inserindo-se o’6. na ex¬ tremidade do 2. terço e sendo o 7. subapical; além disso, 1 esporão ventral comprido e 1 cerda subapical na face anterior. Femures posteriores na borda dorsal com uma serie incompleta de pellos eriçados; também na borda ventral ha alguns pellos compridos na metade distál. Tibias pos¬ teriores com 6 cilios anterodorsaes curtos e 10 posterodorsaes:'3 curtos e 7 fortes semelhantes a cerdas. Fileiras obliquas de pellos existem na metade basal em numero de 4; a partir do 7. cilio posterodorsál, porém, ha sômente 2 fileiras rectas que encerram um sulco desnudado; além disso, ha 2 esporões terminaes iguaes na face ventral. Azas com ligeiros matizes paído-cinzentos, borda anterior . (a partir da extremidade costal) escurecida. A nervação não apresenta difíerença 2307-924 29 226 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV essencial da de colossia (cfr. a figura de Enderlein em Stett. Ent. Zeit. 1912). Nervuras 4 e 5 na base um pouco obliteradas. No lugar da alula se inserem alguns pellos finos, cujo numere exacto não poude ser verificado no typo. Balanains amarello-esbranquiçados. - Comprimento total , 2,7 mm., em posição curvada. 0 holotypo é proveniente de Petropolis, B. Ronchi leg. 22.11,1923. Genero SYNEURA, Brues 1903, Brues, Trans. Amer. Ent. Soc., vol. XXIX, p. 383. 19.06, Brues, Genera Ins., facs. 44. p. 12. 1924, Borgmeier, Societas entomologica, vol. 39, p. 18. Caracteres genericos: Fronte geralmente mais comprida do que larga, com sulco frontal, 2-4 cerdas postantennaes proclinadas e 3 fileiras de 4, 4, 4 cerdas; as cerdas interiores da primeira fileira faltam ás vezes ( digitalis ). Terceiro articulo antennal oval, arista dorsal ou subapical. Thorax largo, com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas. Abdômen geralmente pequeno. Hypopygidio do macho pequeno. Femea geralmente com o 6. tergito abdominal reduzido a uma fina estria chitinosa na base do 6, seg¬ mento; segmentos terminaes moHes e carnudos. Patas robustas, principal¬ mente as posteriores; femures posteriores engrossadas e dilatadas; tibias posteriores com 1 fileira dorsal de pellos e uma serie de cilios postero- dorsaes; esporões apicaes compridos, além disso, cerdas terminaes. Empo- dio e polvilhos pequenos, mas distinctos. Azas com a nervura costal muito abreviada e as nervuras 1 e 3 notavelmente aproximadas, terceira nervura não forquilhada, sómente em furcellata e luaíola o ramo anterior ligei¬ ramente. accusado. Nervura mediastinal geralmente indistincta. Typo do genero: S. coccíphila Coquillet ( Phora ). Este genero foi creado em 1903 por Beijes para Phora cocciphila Coquillet a> . Em 1907 De Meijere descreveu uma especie orientaMs de Java 1 (2) , que elle collocou com reserva no genero Syneura . Schmitz, que viu o typo, a collocou primeiro no genero Hypocera (3) 4 , e ultimamente no genero Gymnoptera í4) . Do Brasil foram descriptas até hoje 4 especies, ás quaes posso accrescentar no seguinte 2 especies novas. Todas essas especies combinam bem com os caracteres do genero, exceptuando apenas diver- (1) Canad. Entom., vol. 27, p. 106 (1895). (2) Tijdsehr. v. Ent., vol. 50 (1907), p. 383. (3) Wien. Ent. Zeit., vol. XXXV (1916), p. 230, (4) Nat. Maandbl. XIII (1924), p. 149. ^■0 família phoridae (dipt.) 227 sicolor m, e zermüophiía m., que discordam em alguns pontos; deixo-os porém por emquanto permanecer neste genero. O facto de em furcellata m. e luciola n. sp. o ramo anterior da forquilha ser ligeiramente accusado, a meu vêr é de sómenos importância; pois concordam perfeitamente em todo o habitus com o genotypo; considero isto como um caso analogo a Hypocera agüis Meigen e irregularis Woon. Chave das especies brasileiras 1. 2 . 3. 4. 5. Mesopleuras pubescentes. Mesopleuras desnudadas_ Terceira nervura forquilhada .... Terceira nervura não forquilhada Com 4 cerdas postantennaes.... Com 2 cerdas postantennaes.... Coloração amarella. Coloração preta. Com 2, 4, 4 cerdas frontaes. Com 4, 4, 4 cerdas frontaes. 1 . infraposita Borgm. — Schmitz. . 2 . . 3. . 4. 2 . furcellata Borgm. 3. luciola n. sp. 4. diversicolor Borgm. . 5. 5. digitalis n. sp. 6 . termitophila Borgm. SYNEURA INFRAPOSITA, Borgmeier-Schmits d* 9 1923, Deutsch. Yer. f. Wiss. u. Kunst i. S. Paulo, 3. Jhg. 1922, p. 133. Desta especie também se conhece agora a femea. Macho — Fronte ligeiramente brilhante, mais comprida do que larga, ponteada. Ha 4 cerdas postantennaes proclinadas do mesmo comprimento; as superiores distam 2 vezes mais entre si do que as inferiores e se inserem mais ou menos no meio entre a linha mediana e a margem ocular. As cerdas interiores da primeira fileira são aproximadas da margem ocular, inserin¬ do-se quasi verticalmente em baixo das exteriores, as quaes distam aproxi¬ madamente tanto das interiores da primeira fileira como das exteriores da segunda fileira. Terceiro articulo antennal engrossado, metade inferior jgJFji vermelha, metade superior preta. Arista menos comprida do que a fronte. ^ Palpos curtos, com cerdas curtas, de coloração amarello-vermelha. Ha 1 cerda nas bochechas e uma serie de cerdas genaes densamente agrupadas. Thorax mate. Escutello com 2 cerdas. Mesopleuras pubescentes. Abdômen preto-mate, curto e largo. Hypopygidio pequeno e retrahido. Ventre preto. Patas anteriores, inclusive os quadris, amarelio-pardas. Femures pos¬ teriores, èxceptuàndo a base, pardo-ennegrecidos, muito dilatados. Tibias posteriores dilatadas e fortemente comprimidas em sentido lateral, com fi¬ leira dorsal de pellínhos e aproximadamente 8 ciiios posterodorsaes. que 228: ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV principiam, porém, um pouco em cima do meio da tibia; o 2. é mais comprido do que os outros. Tarsos posteriores formados como nas especies de Co- nicem . Também nas tibias medias se encontram cilios posterodorsaes, mas fracos, em serie completa. Azas como em cocdphila Coqtjillet, mas a quarta nervura longitudinal quasi inteiramente recta. Balancins amarello-esbranquiçados. Comprimento total , 1,4 mm. Femea (ainda não defecripta) — Parecida com o macho. Terceiro arti¬ culo antennal um pouco menor do que no macho. Abdômen na região dorsal brilhante, com 5 placas tergitaes desenvolvidas; tergitos 2-5 quasi do mesmo comprimento. Parece que também na base do 6. segmento se encontra uma fina faixa chitinosa, a qual é, porém, geralmente coberta pela margem pos¬ terior do 5. tergito. Segmentos terminaes molles. A descripção da femea se baseia sobre 1 exemplar secco de Petropolis, B. Ronchi leg. 6.1,1923. Fora do exemplar typico possúo ainda 3 cf & capturados por mim em outubro de 1923. SYNEURA FURCELLATA, Borgmeier d" 9 1924, Societas entomologica, vol. 39, N. 5, p. 19, fig. ' Nesta especie existem 4 cerdas postantennaes, sendo as inferiores que¬ bradas nos exemplares typieos; provavelmente as inferiores são do mesmo comprimento das superiores. . Macho —- Fronte preta, ligeiramente brilhante, mais comprida do que larga, com pubescencia densa mais fina, e sulco frontal. As cerdas postam tenhaes supériores distam menos da linha mediana do que da margem ocular; sua distancia mutua é aproximadamente 2 vezes maior do que a das inferiores. Primeira fileira frontal um pouco convexa para deante; as cerdas intériorès se inserem perto das postantennaes superiores, quasi no mesmo niveL Segunda fileira recta, suas cerdas equidistantes. Todas as cerdas frontaes mais fortes do que as de injranpodta. Terceiro articulo antennal um pouco oval, de tamanho normal, metade inferior vermelha, metade su¬ perior preta; aiista dorsal, tão comprida como a fronte nos lados, prati- caménte desnudada. .Palpos vermelhos, curtos, achatados em sentido dorsoventral, com 6 cerdas na borda lateral. Ha 2 cerdas nas bochechas e uma serie de cerdas genaes densamente agrupadas. : Thorax preto-mate, ligeiramente brilhante, com pubescencia muito fina e 2 cerdas dorsoeentraes. Eseutello com 2 cerdas. Mesopleuras desnu¬ dadas. família piiorldae (dipt.) 229 Abdômen preto-mate, inclusive o ventre; com pubescencia extrema¬ mente fina e esparsa. Hypopygidio atraz á esquerda com processo pequeno digitiforme, curvado. Segmento anal curto. Patas anteriores amarello-pardas, inclusive os quadris, tarso escure¬ cido. Patas medias mais escuras do que as anteriores, com quadris pretos.' Patas posteriores pardo-ennegrecidos, somente os femures, fortemente di¬ latados, na metade basal mais claros. Tarsos anteriores um pouco dilatados, articulos 2-5 abreviados. Tibias posteriores com 1 fileira de pellos na face dorsal e uma serie de cilios posterodorsaes: 4 fracos e 8 mais fortes. Cilios posterodorsaes das tibias medias fracos. Tibias medias com 1 esporão apical comprido, Tibias posteriores com 2 esporões terminaes desiguaes. Azas quasi hyalinas, nervuras da borda anterior amarello-pardas. Nervura costa! = 0,34 do comprimento da aza; os cilios costaes da metade distai são um pouco mais compridos do que os da metade basal. Ramo anterior da forquilha muito ligeiramente accusado. Terceira nervura longi¬ tudinal com 1 eerdinha na base. Nervuras 4-7 pallidas, 4 muito ligeira¬ mente côncava para deante. No lugar da alula 2 pellos. BalanHns amarellos. Comprimento total, 1,44 mm. Femea — Muito parecida com o macho. Abdômen mate, com 5 placas tergitaes visiveis. Parece que também na base do 6. segmento se encontra um tergito muito curto, escondido debaixo da margem posterior do 5. tergito. Comprimento total , 1,7 mm. Os typos são provenientes de Petropolis. SYNEURA LUCIOLA, n. sp, 2 Esta especie, já mencionada no meu trabalho íf Drei neue Phoriden aus Brasilien 7 ’ (1924), é visinha de furcellata Borgm., mas differe distinctamente pelo numero das cerdas postantennaes, fronte ponteada e fortemente bri¬ lhante, coloração do terceiro articulo antennal, arista menos comprida, tergitos abdominaes brilhantes, nervação das azas mais distincta, etc. Fronte distinctamente mais comprida do que larga, preta, fortemente brilhante, ponteada, com sulco frontal, 2 cerdas postantennaes proelinadas e 3 fileiras de 4, 4, 4 cerdas. As cerdas postantennaes distam distinctamente menos da linha mediana do que da margem ocular. Primeira fileira forte¬ mente convexa; suas cerdas interiores se inserem na borda frontal anterior e distam um pouco mais da margem ocular do que das cerdas postantennaes; as cerdas exteriores se inserem quasi no meio da fronte, perto da margem ocular. Segunda fileira aproximadamente recta, implantada immediata- mente deante do ocello anterior; suas cerdas equidistantes. Ha 1 cerda nas 230 ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV bochechas e 4 cerdas genaes. Terceiro articulo an termal oval, inteiramente vermelho; arista dorsal, parda, distínctamente menos comprida do que a fronte, praticamente desnudada. PaJpos amarello-vermelhos, curtos, com cerdas curtas. J Thorax preto com matizes pardacentos, ligeiramente. brilhante/ com pubescencia fina e densamente agrupada e 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas fortes e de cada lado 1 pellinho pequeno. Mesopleuras desnu¬ dadas. Abdômen preto, inclusive o ventre, com 5 placas tergitaes desenvolvi¬ das brilhantes, com pubescencia escassa nas regiões lateraes. Tergito 2-5 aproximadamente do mesmo comprimento. Também na base do 6 . segmento parece haver uma faixa chitinosa, a qual porém é quasi inteiramente co¬ berta pela margem posterior do 5. tergito. Segmentos terminaes molles, pardo-escuros. Patas anteriores amarello-ferruginosas, patas medias e posteriores pardo-ennegreeidas. Metatarso anterior mais comprido do que os dois seguintes artículos tarsaes juntos, artículos 2-5 um pouco abreviados. Tibias medias e posteriores com 1 completa fileira dorsal de pellos e uma serie de cilios posterodorsaes; o cibo pcsterodorsal da tibia posterior que se in¬ sere mais ou menos no meio da tibia, é mais forte do que os outros. Esporões terminaes como em furcellata. Azas (Est. X, fig. 48) com matizes amarello-pardos, nervação (in¬ clusive nervuras 4-7) pardacenta; nervura costal e 3. nervura na extre¬ midade ligeiramente engrossadas e escurecidas. Comprimento da aza = 1,7 mm., maior largura — 0,68 mm. Nervura costal = 0,35 do compri¬ mento da aza, divisões eostaès aproximadamente = 21 : 4: 3. Cilios costaes relativamente compridos. Nervura mediastinal ausente. Terceira nervura longitudinal forquilhada, sendo o ramo anterior ligeiramente accusado e geralmente interrompido na base. No lugar da alula ha 2 pellos (quebrados no preparado de balsamo, representado na photomicrographia). Balancins amarellos. Comprimento total , aproximadamente 1,44 mm. Typos 4 ç 9 de Petropolis, 6.VII.1923 (Ronchi), 4.IL, 11.III.1924 (Prade). SYNEURA DIVERSICOLOR, Borgmeier cf 1923, Yozes de Petropolis, vol. XVII 2, p. 796. Esta especie differe em alguns pontos das especies typicas de Syneura: coloração amareila, fronte não consideravelmente alongada, nervura me- diastinal distinctá; no mais a aza combina bem com o genero (veja-se a pho- família phoridae (dipt.) 231 tomicrographia). 0 typo é proveniente de Petropolis (B. ítonchi leg, 8. X. 1922). Até hoje a especie não foi reencontrada. A diagnose original contém algumas incorrecções, pelo que dou no seguinte uma nova descripção do typo. Fronte não consideravelmente alongada, anteriormente quasi tão larga como comprida no meio, amarello-ferruginosa, mate, distinctamente pube- scente, com sulco frontal, 4 cerdas postantennaes e 3 fileiras transversaes de 4, 4, 4 cerdas. As cerdas' postantennaes superiores são um pouco mais com¬ pridas do que as inferiores e distam muito entre si; ellas se inserem um pouco mais perto da margem ocular interior do que da linha mediana e distam um pouco mais entre si do que as cerdas interiores da segunda fileira. As cerdas interiores da primeira fileira se inserem quasi verticalmente, em baixo das exteriores perto da^ margem ocular interior ; as c^rdasmxteriores-Aistam um pouco, menos das interiores dò que das exteriores da segunda fileira. As cerdas interiores da segunda fileira distam distinctamente mais entre si do. que dás exteriores. Olhos pubescentes e ciliados. Ha 2 cerdas nas bo¬ chechas e 3-4 cerdas genaes. Terceiro articulo antennal amarello-fermgi- noso, de comprimento normal, globular ou só ligeiramente oval; arista dorsal, pardacenta, alcançando a borda occipital, distinctamente pubescente. Palpos amareilos, curtos, com cerca de 6 cerdinhas nas bordas anteriores e lateral. Thorax mate, amarello-ferruginoso, pleuras mais claras. Ha 2 cerdas dorso-centraes. Escutello com 2 cerdas e de cada lado 1 pello. Mesopleuras desnudadas. Abdômen desnudado, com o ventre amarello e 6 placas tergitaes de coloração. pardo-ocracea. Tergitos 1-5 com fina tarja amarella na borda posterior. Hypopygidio pequeno, retrahido. Segmento anal papilljforme. Patas de um sujo amarello, femures posteriores dilatados, com a ex¬ tremidade jipical escurecida. Tarso anterior um pouco dilatado. Tibias pos¬ teriores com 1 fileira completa de pellos na face dorsal e aproximadamente 14 cilios posterodorsaes. Os 7 cilios pôsterodorsaes das tibias medias são mais fracos e só se extendem até um pouco além do meio da tibia. Tibias —medias e posteriores com esporãõ terminar comprido na face ventral. Azas (Est. X, fig. 47) com matizes amarello-pardacentos, nervação parda; maior comprimento = 1,513 mm., maior largura = 0,595 mm. Nervura costal = 0,33 do comprimento da aza, divisões costaes = 17: 8. Nervura mediastinal muito distincta, recta, muito aproximada da 1. ner¬ vura, incompleta, terminando livremente na cella subcostal. Quarta nervura longitudinal na extremidade apical ligeiramente recurvada no sentido da orla anterior da aza. No lugar da alula ha 2 pellos. Balandns pardos. Comprimento total , aproximadamente 1,3 mm. Holotypo na minha coHecção. 232 ARCHIVOS D.O MUSEU NACIONAL — VOL. XXV SYNEURA DIGITALLS,n. sp. tf 9 Esta especie é particularmente interessante devido ao facto de possuir um “orgão odorífero” no dorso do 6. segmento abdominal. Ella differe de infraposita Borgm.-Schmitz pelo numero das cerdas frontaes, mesopleuras desnudadas etc.; de luciola Borgm. pela terceira nervura não forquilhada; de cocciphüa Coquíllet pela coloração do 3. articulo antennal, proporção das divisões costaes e disposição das cerdas frontaes. Macho — Fronte distinctamente mais comprida do que larga, preta, brilhante, ponteada, com pubescencia comprida, sulco frontal, 4 cerdas postantennaes e 3 fileiras de 2, 4,4 cerdas. As cerdas da primeira fileira são ligeiramente inclinadas para a linha mediana e se inserem perto da margem ocular interior; cerdas exteriores da primeira fileira ausentes; ellas parecem ser reduzidas a pellos; em todo o caso cerdas propriamente ditas èm nenhum dos 6 exemplares typicos foram observadas. Segunda fileira recta; suas cerdas são muito fracas (principalmente as interiores) e se inserem no nível do ocello anterior; as exteriores são implantadas immediatamente diante das cerdas verticaes exteriores. Ha 1 cerda nas bochechas e 4 cerdas genaes. Terceiro articulo antennal oval, sujo-vermelho, arista ligeiramente subapical, mas distinctamente não apical, muito curta (aproximadamente = da altura da fronte), praticamente desnudada. Palpos amarello-ver¬ melhos, pequenos, com cerdas curtas. Thorax pardo-escuro, com 2 cerdas dorsoscentraes. Escutello com 2 cerdas. Mesopleuras desnudadas. Abdômen com 6 placas tergitaes pardo-ennegrecidas, brilhantes. 6. ter- gito um pouco alongado, tergitos 2-5 aproximadamente do mesmo compri¬ mento. Pubescencia muito fina e escassa. Hypopygidio pequeno, retrahido. Patas anteriores e medias amarello-pardas, patas posteriores excep- tuando a base pardo-ennegrecidas. Tibias medias e posteriores com 1 fi¬ leira completa de pellos na face dorsal. Tibias posteriores com cerca de 11 cilíos posterodorsaes; os cilios posterodorsaes das tibias medias são mais fracos (mais ou menos 8). O que é curioso é que nas tibias medias se encontram na metade distai 4 cerdinhas (cilios) muito pequenas antero- ventraes , que só com boa illuminação e posição obliqua do-insecto se tornam bem visiveis, mas se distinguem perfeitamente da pubescencia. Ha 1 esporão ventral comprido no apice das tibias medias, e 2 esporões terminaes desiguaes nas tibias posteriores. Azas (Est. X, fíg. 46) com matizes amarello-pardos, nervação amarello- parda, nervura costal no terço distai escurecida, também borda anterior (a partir da extremidade costal) um pouco escurecida. À nervação é muito família phoridae (dipt.) 233 parecida com a de cocciphila. Comprimento total = 1,445 mm. maior lar-' gura — 0.612 mm. Nervura costal = 0,34 do comprimento da aza, divisões costaes = 8 (em. cocciphila segundo Brues = 4:1). Quarta nervura longitudinal quasi recta. Nervura mediastinãl ausente. No lugar da alulà 2-3 pellos. •• •• • ' Balancins amarello-esbranquiçados. Comprimeno total , 1,2-1,3 mm. • * ' Femea — Em geral parecida com o macho. Terceiro articulo antennal menor do que no macho; arista com pu- bescencia muito fina. Patas medias e poste¬ riores ás vezes mais claras do que no macho. Abdômen pardo-ennegrecido, com 5 placas tergitaes • desenvolvidas pardo-ennegrecidas, ligeiramente brilhantes; pubescencia escassa/ particularmente presente nas bordas poste¬ riores e nas regiões lateraes. O 6. tergito é reduzido a uma faixa ehitinosa muito fina (fig. 40 no texto). Sexto segmento na base no meio do dorso (atraz do 6. tergito) com um pequeno “orifício glandular” semicircular. e 60 s ^ ementos aMominaes (vista uterao, x com o ‘orgão odorífero”. Mais ou menos no meio da região dorsal do 6. segmento se encontra um processo comprido digitiforme, pardo-escuro (fig. 40 no texto), o qual representa um sacco alongado completamente fechado por fora e póde ser retrahido para o interior do abdômen; talvez se trate de um orgão semelhante ao de Phalacrotophora appendicigera m., que sirva para attrahir os machos. Comprimento total } 1,2-1,3 mm. Typos 3tftf e3?? de Petropolis, B. Ronchi e C. Prade leg. 1923 e 1924; um dos exemplares femeos é conservado em álcool. SYNEURÁ TERMITOPHILA, Borgmeier tf? 1923, Boi. Mus. Nac.. Rio, vol. I, 57, fig. Só com certa reserva colloquei esta especie no genero Syneura, porque d scorda em alguns pontos importantes das especies typicas do genero. A diagnose original contém algumas incorrecções, pelo que dou .no. seguinte uma descripção melhorada. Na figura da aza que acompanha .a diagnose, original, falta a nervura mediastinal; dou no presente trabalho uma phq- tomicrographia da aza. . . Macho — Fronte quasi tão larga como comprida no meio, ligeiramente 2307*924 30 234 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV brilhante, com pubescencia densa, sulco frontal fino e anteriormente in- distineto, 4 cerdas postantennaes proclinadas de comprimento igual e 3 fileiras de 4,4,4 cerdas. As cerdas postantennaes superiores se inserem dis- tinctamente mais perto da linha mediana do que da margem ocular; sua distancia mutua é aproximadamente = 1 34 da largura frontal e quasi 3 vezes maior do que a das postantennaes inferiores. As cerdas interiores da primeira fileira são fortemente inclinadas para a linha mediana e se inserem quasi verticalmente em baixo das exteriores; as exteriores distam menos das interiores do que das exteriores da segunda fileira. Segunda fileira quasi recta; as cerdas interiores distam um pouco menos entre si do que das exteriores. Terceiro articulo antennal oval, engrossado, pardo-ennegrecido, arista mais ou menos tão comprida como a fronte, subapical, finamente pubescente. Palpos amarello-vermelhos, curtos, com 3-4 cerdas na ponta apical. Ha 1 cerda nas bochechas e uma serie de cerdas genaes densamente agrupadas. Thorax preto, com matizes pardacentos, com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 4 cerdas, sendo as anteriores = do comprimento das pos¬ teriores e ás vezes reduzidas a pellos, Propleuras com 2 cerdas deante do estigma prothoracico, mesopleuras desnudadas. Abdômen preto, tergitos 5-6 ligeiramente brilhantes, 1-4 quasi mates. Hypopygidio pequeno. Segmento anal curto, amareUo-ferruginoso. Patas anteriores amareilo-pardacentas, as medias e posteriores mais ou menos pardo-ennegrecidas. Tibias posteriores com uma.fileira completa de pellos na face dorsal e uma serie de cilios posterodorsaes (cerca de 17); os cilios posterodorsaes das tibias medias são mais fracos. Azas (Est. XI, fig. 53) com ligeiros matizes cinzentos. Nervura me- d astinal indistineta. Nervura costal = 0,41 do comprimento da aza, com cilios curtos; divisões costaes = 15:7. Sétima nervura menos distincta do que 4-6. No lugar da alula ha 6 pellos. Femea — Parecida com o macho. Terceiro articulo antennal menor. Abdômen preto, com 6 placas tergitaes desenvolvidas, mais ou menos brilhantes. Sexto tergito distinctamente pubescente, com algumas cerdas compridas na margem posterior. Sétimo segmento ligeiramente chiti- nisado. Comprimento total, 2,2-2, 7 mm. Além dos exemplares typicos possúo 6 exemplares de Rio Negro- Paraná (5 ç?á* 1?) e 4 de Petropolis. A femea de Rio Negro foi apa¬ nhada por mim no mesmo ninho de Camponotus rufipes F., em que foram apanhados os typos de Apocephaím lanceatus, A. camponoti e Auxanom- mãtidia myrmecophüa. família phortdae (dipt.) 235 Genero PSEUDÂCTEON, Coquillet 1907, CoauiLLET, C&nad. Entom., vol. 3% p. 208. - 1907, Bettes, Entom. News, vol. 18, p. 430 (Plmiophora). 1912, Malloch, Proc. U. S. Hat. Mus., vol- 43, p. 551 (Plastophora). 1914, Schmitz, ZoóI> Jahrb. Abt. Bjst., vol. 37, p, 523 ( Plastophora ). 1915, Schmitz, Zool. Mededeel. s Rijks Mus. Leiden, vol 2. p. 30. 1918, Schmitz, Jaarb. Nat. Gea. Limbmrg 1917, p. 124. 1921, Boromeiee, Deutsch. Ver. Wiss. Kunst S. Paulo, % Jbg., p. 238. 1922, Lijndbeck, Dipt. Damea, Part ¥1, p. 425. õmacteres gemricos : Fronte geralmente um pouco mais larga do que comprida, com sulco frontal, 2 eerdas postantennaes proclinadas e 4 fi¬ leiras transversaes de 2,4,4,4 eerdas; as eerdas da primeira fileira são incli ¬ nadas para a linha mediana e se inserem perto da margem ocular; as eerdas interiores da primeira fileira faltam; também as eerdas interiores da se¬ gunda fileira faltam em diversas especies (solenopsidis, curvatus } pradm , lêoralis, obtusus), de maneira que a formula das eerdas frontaes é neste caso 2,2,4,4. Terceiro articulo antennal ovai ou eonico; arista apical, curta ou cómpletamente ausente (rmMcúrms, pmdei, (mIMIoMis, comaíué). Ha geralmente 2 eerdas nas bochechas. Thorax com 2 eerdas dorsocentraes. EsçuteHo coin 2-,4 eerdas. Mesopleuras denudadas. Abdômen curto no macho, com os tergitos 2 e 6 um pouco alongados; hypopygidio pequeno, segmento anal comprido. O 6° segmento da-femea possfie na região ventral uma placa chitinosa, que apresenta pellos compridos ou curtos. Os segmentos terminaes da femea formam um ovipositor forte mente chitinisado de for¬ mação variada, achatado em sentido dorsoventral, cuja base é orlada na região dorsal por uma tarja membranosa esbranquiçada. Abdômen com pubeseeneia esparsa. Patas moderadamente robustas, sem eerdas isoladas; tíbias posteriores com I fileira completa de pellos de paliçada na face dorsal e uma serie de finos cilios posterodorsaes; a fileira dorsal de pellos das tíbias medias sé se extende até um pouco além do meio da tibia. Azas geralmente hyalinas ou quasi hyalinas; nervura costal curta (mais ou menos = 0,4 do comprimento da aza); nervura mediastinal incompleta. Cilios costaes curtos ou moderadamente cúrtos. Terceira nervura longitudinal um pouco engros¬ sada na extremidade apical, com pequena intumescência na base da quarta nervura. Todas as especies slo pequenas e myrmecophilas. Typo do genero: P. crawfordi Coam Chave das espedes sul-americanas ( 9 ) 1. Fronte com 2,4,4,4 eerdas.. 2. — Fronte com 2,2,4,4 eerdas. 7. 236 ARCH1V0S -DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV 2 . 3 . 4 . 5 . 6. 7, 8 . 9 . 10 . 11 . Escutello com 4 cerdas.... Escutello com 2 cerdas... Sexto ventrito com 6 pellos muito compridos, cur¬ vados na extremidade apical ..... Sexto ventrito com 10 pellos moderadamente com pridos, não curvados na extremidade apica .1.... Arista presente. Arista ausente.... Balancins amarello-esbranquiçados. Balancins pardo-escuros .. Sexto ventrito no meio com 4 pellos em posição de trapézio.. i.... Sexto ventrito perto da borda posterior com 12 pellos em fileira transversal. Arista presente. Arista ausente.. Balancins amarello-esbranquiçados ou amarellos.... Balancins pardo-ferruginosos .. Arista menos comprida do que o terceiro artículo antennal....,... Arista aproximadamente tão comprida como o ter¬ ceiro articulo antennal.,. Ovipositor com lóbos lateraes. Ovipositor sem lóbos lateraes. Qvipositor entre os lóbos lateraes com lóbo central Ovipositor entre, os lóbos lateraes com chanfran- mento: semicir cular.... .' 3. . 4. 1. wasmanni Schmitz 2. tricuspis n. sp. 3. borgmeieri Schmitz . 5. 4. cultellatus n. sp. . 6 . 5. nudicornis n. sp. 6. comatus n. sp. ..r.. 8. 7. prad&i n. sp. . 9. 8. cuivatus n. sp. 9. litoralis n. sp. . 10. .... 11 . 10. solenopsidis Schmitz. 11. obtusus n. sp. 12. cauãalis Borgm. Nota : Poss.úo na minha colleeção muitos machos de diversas proce¬ dências, alguns dos quaes completamente sem arista; não podendo porém indicar com certeza as respectivas femeas ás quaes pertencem, os deixo por emquanto indeseriptos. PSEUDACTEON WASMANNI, Schmitz 9 19Í4, Zool, Jahrb. Abt. Syst., vol. 37, p. 528, figs. (Plastophora) Fronte . ( fig. 41 no texto) pardo ènnegrecida, pubescente, com sulco frontal muito distincto, 2 cerdas postantennaes proclinadas e 4 fileiras de 2,4,4,4 cerdas. As cerdas da primeira fileira são inclinadas para a linha me¬ diana. Segunda e terceira fileiras aproximadamente rectas. Triângulo ocellar um pouco saliente. Ha 2 cerdas divergentes nas bochechas. Terceiro articulo antennal escuro pardo-ferruginoso, engrossado, conico; arista apical, aproximadamente do comprimento do 3. articulo antennal. Palpos arnarèl- lados, pequenos, com cerdas curtas. FAMÍLIA PHORIDAE (dIPT.) 237 Tkorax mate, pardo-ferruginoso, com 2 cardas dorsocentraes ; lateral- mente das-■ dorsocentraes 1 cerda marginal notável. Eseutello com. 4 cordas, sendo as posteriores quasi 2 vezes mais compridas do que as anteriores. Abdômen escuro, ventre mais claro, com 6 placas tergitaes. Quinto tergito estreitado, posteriormente um pouco chanfrado; sexto tergito ainda menos largo, no meio da borda posterior com pequena incisão, perto da qual se inserem de cada lado 3 peüinhos, dos quaes o lateral é o mais comprido. Sexto ventrito com uma grande placa chitinosa abahulada, que apresenta dois grupos distinctamente separados de 3 pellos muito compridos curvados no apice. O ovipositor (fig. 42 no texto) se compõe de tres segmentos com scleritos de formação variada. A placa dorsal do I o segmento é de forma oval alongada e aprélenta anteriormente no meio uma ponta em forma de espinho. “O 2 o segmento con¬ siste de uma placa chitinosa ventral e 2 placas dorsolateraès, cujas bordas superiores são aproxi¬ madas na base e divergem muito para traz. Nesta, abertura triangular se encaixa a placa dorsal do segmento terminal do ovipositor, cuja forma summamente característica se torna evidente da figura. Ella é achatada, pubescente na região dorsal (pubes- cencia não indicada na figura !) e possúe 2 lobos lateraes muito escurecidos na extremidade distai. O esternitò desse segmento é representado por uma escama chitinosa impar. Entre o esternitò e o tergito se salienta um tubo membranoso, do qual sobresáe um ferrão chitmoso” (Schmitz, p. 530). (I> Putas pardacentas, femures posteriores na metade distai da face anterior com alguns pellinlios moderada¬ mente compridos. Metatarso anterior um pouco menos comprido do que os dois seguintes artículos tarsaes juntos. Tibias medias com fileira dorsal de pellos que se extende um pouco além do meio da tibia; Fig. 41 — Pseudactcon wasmanni, Schmitz, V, fronte (segundo Schmitz) Fig. 42 —Psetxdacteoa was- manni, Schmitz, 9 , ovi- positor. (segundo Schmitz) 1 ésporão ventral comprido, o qual é só poüco menos comprido do que o me¬ tatarso medio. Tibias posteriores com 1 fileira completa de pellos na face dorsal, e com 2 esporões termmaes de comprimento igual; metatarso posterior exaetamente tão comprido como os dois seguintes artículos tarsaes juntos. - {X)  terminologia empregada aqui na deseripção do ovipositor não é esacta, como se vê de um trabalho recente de Schmit,. (Natuürhist. MaandbL, vol. 13,1924, ps. 139-142). Assim, por exemplo, o il I o segmento” é a capsula basal, as placas dorsol&teraes constituem o 8 o tergito, os ióbos lateraes rspre- sentam o 7 o tergito, ete. 238 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Azas hyalinas; comprimento total 1,19 mm., maior largura 0,578 mm. Nervura costal = 0,4 do comprimento da aza, divisões costaes = 15:7. Nervura mediastinal distincta, mas incompleta. No lugar da alula ha 3 pellos. Balandns esbranquiçados. Comprimento total , aproximadamente 1,5 mm. Habitat: com Solenopsis saevissima Sm. Os typos são provenientes de Joinville (Santa Catharina). Possúo exemplares de Petropolis, Passa Quatro (Minas Geraes, Zikán leg.) e Rio Negro (Paraná), todos captu¬ rados com Solenopsis saevissima. PSEUDACTEON TRICUSPIS, n. sp. 9 Esta especie nova é visinha de wasmanni Schmitz. Fronte pardo-escura, pubeseente, com sulco frontal distincto, 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras de 2,4,4,4 cerdas. As cerdas da primeira fileira são inclinadas para a linha mediana e distam aproximadamente 1 J^-2 vezes mais das postantennaes do que das cerdas exteriores da segunda fi leira. Segunda fileira fortemente côncava para deante; as cerdas interiores são menos compridas do que as outras cerdas frontaes e distam quasi 2 vezes mais entre si do que das exteriores; elias se inserem aproximadamente no meio entre o ocello anterior e as cerdas postantennaes. Terceira fileira aproximadamente recta, implantada um pouco e.m baixo do nivel do ocello anterior; as cerdas interiores distam quasi tanto entre si como as cerdas interiores da segunda fileira. As cerdas verticaes exteriores distam aproximadamente 4-5 vezes mais das interiores do que essas entre si. Triângulo ocellar ligeiramente saliente. Ha 2 cerdas fracas nas bochechas. Terceiro articulo antennal claro-ferruginoso, oval, com pubescencia muito fina; arista escura, tão comprida como o 3. articulo antennal, praticamente desnudada. Palpos amarellados, com 4 cerdinhas curtas na extremidade apical. Thorax pardo-ferruginoso, pleuras um pouco mais claras, esternopleuras amarelladas. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 4 cerdas, sendo as anteriores mais ou menos — % do comprimento das posteriores. Me- sopleuras desnudadas. Abdômen (fig. 43 no texto) pardo, ventre amarello-ferruginoso, com 6 placas tergitaes. 1. tergito muito abreviado; 2. tergito alongado; tergitos 3-5 no meio aproximadamente do mesmo comprimento; 6. tergito alongado, com a borda anterior muito convexa, no meio da borda posterior com pequeno chanframento, na margem posterior com alguns pellos compridos, família phoridae (dift.) 239 dos quaes o lateral é o mais comprido. 6 . ventrito com uma placa chitinosa, - que apresenta 2 grupos de 5 pellos meio compridos, finos, eriçados, não curvados na extremidade apical. Ao 6 . tergito se segue uma tarja membra- nosa esbranquiçada, que orla a base do ovipositor. Ovipòsitor (fig. 43) largo e achatado, tridenteo, com a peça central (1) 2 lanceolada e obliquamente di¬ rigida para baixo; os lobos lateraes í2> apresentam na margem interior uma pequenae levação papiilar, na qual se insere de cada lado 1 processo vermi- forme ligeiramente curvado no ápice; no angulo formado pelos lobos lateraes e na peça central se encontram alguns pel- linhos (não representados na figura). Patas amarellas, quadris médios pardo- ferruginosos. Metatarso anterior mais ou menos tão comprido como os dois seguintes artículos tarsaes juntos. A fileira dorsal de pellos das tibias medias se extende aproxi¬ madamente até a extremidade do 2 . terço da tibia; ha 1 esporão ventral moderada¬ mente comprido. Femures posteriores na metade distai da borda ventral com alguns pellos compridos. Tibias posteriores com 1 fileira completa de pellos na face dorsal e uma serie de cílios posterodorsaes finos; ha 2 esporões ventraes. Azas quasi hyalinas, nervuras da borda anterior pardo-claras, nervuras 4-7 pallidas; comprimento total = 1,19mm., maior lar¬ gura = 0,612 mm. Nervura costal = 0,4 do comprimento da aza, divisões costaes = 2:1. Nervura mediastinal distincta, in- "*■ 43 “ P ’ eu ÍZTr£ttí' !P ' 91 “ b ' completa, muito aproximada da 1 . nervura longitudinal. Cilios costaes finos e den&amente agrupados. Betima nervura muito indistincta. No lugar da alula 4 pellos. Balancins amarello-esbranquiçados. Comprimento total 1,4-1,5 mm. Á descripção se baseia sobre 4 exemplares (conservados em álcool) de La Plata, Dr. C. Bruch leg. 15.VII. 1923 com Solenopsis saevissima var. richteri . Além disso possuo 1 v de Petropolis (paratypo), C. Prade leg. 3.IV. 1924 com Solenopsis saevissima Sm. var. (1) = 8° esternito. (2) = 7° tergito. 240 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL - VOL. XXV PSEUDACTEON BORGMEIERI, Schmitz 9 1923, Schmitz, Deutseh. Ver.. Wiss. Kunst S. Paulo, 3. Jhg. 1922, p. 149. 1923, Schmitz, Yozes de Petropolis, vol. XYII 2, p.,714. Esta especie é pela formação do ovipositor muito visinha de solenop¬ sidis • Schmitz. Fronte pardo-ennegrecida, mate, com pubescencia escassa, sulco frontal distincto, 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras de 2,4,4,4 cerdas. As cerdas interiores das fileiras 2 e 3 distam mais entre si do que. das. cerdas exteriores. Tubérculo ocellar ligeiramente saliente. Olhos - ciliados. e pu- bescentes. Ha 2 pequenas cerdas nas bochechas. Terceiro. articulo antennal pardo-escuro, conico, engrossado; arista apical,, mais ou . menos do cqmpri-' mento do 3. articulo antennal, distinctamerite menos comprida do que a fronte. ' Thorax pardo-ferruginoso, esternopleuras amarelladas, com pubescencia dourada densamente agrupada é 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas e "de cada lado 1 pello. Mesopleuras desnudadas. Abdômen pardo-escuro, ventre mais claro. 1. tergito abreviado; 2. ter- gito alongado; 5. tergito posteriormente com chanframento semicircular a que se adapta a margem anterior do 6. tergito, o qual é muito abreviado, de fórma semilunar, com 6-8 pellos compridos na borda posterior (esses pellos faltam em solenopsidis, teste Schmitz) . Placa ventral do 6. segmento subquadrangular, fortemente abahulada, apresentando perto da linha me¬ diana 2 grupos de 3 pellos eriçados, hirtos e fortes, curvados no apicè e bastante compridos (0>17 mm.) que se inserem muito juntos, de maneira que seus pontos de inserção quasi se tocam. Ovipositor como em solenopsidis , faltando porém os dois appendices vermiformes na extremidade apical (cfr. a fig. 52 no texto, p. 249). Patas de um sujo amarello. A fileira dorsal de pellos das tibias médias se extende mais ou menos até a extremidade do 2. terço da tibia; 1 esporão ventral comprido na extremidade apical. Azas (Est. X, fig. 50) com finos matizes. amareHo-çihzentos, nervação distinetamente parda. Comprimento total = 1,258 mm., maior largura = 0,646 mm. Nervura costal = 0,4 do comprimento da aza, divisões costaes = 2:1. Cilios costaes curtos. Nervura mediastinal distincta, mas abre- viada. No lugar da alula ha 4 pellos (um delles quebrado no preparado representado na photomicrographía!) Balancins claro-amarellos. Comprimento total, aproximadamente 1,1 mm. família phoridae (dipt.) 241 Possuo exemplares de Petropolis, Curityba (Frei Eusebio Paulús leg.) e Rio Negro (Borgmeier leg.); todos apanhados sobre ninhos de Solenospsis saevissima Sm. PSEUDACTEON CULTELLATUS, n. sp. ç Nessa especie nova falta a arista por completo. O ovipositor lembra o de pradei n. sp. Fronte pardo-escura, com pubescencia escassa, sulco frontal distincto, 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras de 2,4,4,4 cerdas. Segunda fileira ligei¬ ramente convexa para deante, quasi recta; suas cerdas exteriores distam aproximadamente tanto das cerdas da primeira fileira como das cerdas exteriores da terceira fileira; as cerdas interiores são um pouco mais fracas do que as demais cerdas frontaes. Terceira fileira recta. Tubérculo ocellar ligeiramente saliente. Ha 2 cerdas fracas nas bochechas. Palpos curtos, amarellados, com 1 cerda curta no apice, no mais pubescentes. Terceiro arti¬ culo antennal escuro pardo-ferruginoso, conico, alongado, distinctamente pubes- cente, mais ou menos como em nudi- cornis n. sp. (cfr. fig. 45 no texto); arista ausente. Thorax pardo-ferruginoso, com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas e de cada lado 1 pello. Meso- pleuras desnudadas. Abdômen pardo-ferruginoso, com 6 placas tergitaes. 6. tergito pouco alon¬ gado, com a borda posterior ligeira- . i r i ~ ■ Fig. 44 — Pseud&cteon cultellatus, n. sp. V, ovipo- mente chanfrada, sem incisão no meio. sit0 r. a) f err ao. w esternito do s° segmento. 6. ventrito com placa chitinosa, que apresenta no meio (entre a borda basal e a borda posterior) 2 pellos com¬ pridos eriçados separados por um intervallo; de cada lado desses pellos se encontra ainda um grupo de 3-4 pellos menos compridos. Ovipositor dirigido para baixo; visto por detraz parece triangular ou ter a forma de telhado, borda posterior de cada lado chanfrada, lóbos lateraes arre¬ dondados ; a peça central se compõe de esternito e tergito, entre os quaes se salienta o ferrão (fig. 44 a, no texto), que tem a forma de uma penna de escrever; o esternito é representado por uma placa acha¬ tada em forma de cálice, com a borda posterior fortemente chitinisada (fig. 44 b). 2307-924 31 242 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Patas mais ou menos amarello-pardacentas, as anteriores mais claras, quadris médios pardacentos. Metatarso anterior menos comprido do que os dois seguintes articules tarsaes juntos. A fileira dorsal de pellos das tíbias medias não alcança o meio da tibia; 1 esporão terminal comprido. Fêmures posteriores na metade basal da borda ventral com 3-4 pellos mo- deimdamente compridos. Azas com ligeiros matizes amarello-cinzentos, nervação pardacenta, nervuras 4-7 dis tine tas. Comprimento total = 0,85 mm., maior largura = 0,408 mm. Nervura costal = 0,38 do comprimento da aza, divisões costaes = 9:5. Nervura mediastinal distincta mas abreviada. Sétima nervura menos distincta do que 4-0. No lugar da alula ha aproximadamente 3 pellos, Balandns amarello-esbranquiç ados. Comprimento total , 0,93 mm. Typos 3 ? ? (conservados em álcool) de Rio Negro (Paraná), Borg- meier leg. sobre um ninho de Solenopsis saevissima Sm, var. PSEUDACTEON NUDICORNIS, n. sp. conieo e alongado, com pubescencia relativa¬ mente comprida particularmente na metade distai; arista completamente ausente. Palpos amarello-esbranquiçados, muito curtos, com 1 eerda na ex¬ tremidade apical que é mais. comprida do que o palpo. Thorax escuro pardo-ferruginoso inclusive as pleuras, com 2 cerdas dorsoeentraes. Escutello com 2 cerdas; as cerdas an¬ teriores são . reduzidas a pellos, que são aproximada¬ mente = 3^2 do comprimento das cerdas. Mesopleuras desnudadas. Abdomm pardo-escuro, ventre escuro, com 6 placas tergitaes. 1 , tergito abreviado, 2. tergito alongado. 6 . ter- gito (fig. 48 no texto) no meio da borda posterior com chaníramento semicircular; os pellos da borda posterior relativamente curtos. 6 . ventrito com. placa chitinosa que apresenta no meio uma fileira transversal de pellos com¬ pridos não curvados no apice: 3 de cada lado, das quaes os dois interiores são mais compridos; lateralmente um pouco para a região basal ha ainda 1 pello, fóra da fileira transversal. O ovipositor é representado na (fig. 48 no texto); os lóbos la- teraes (1) são pequenos e inclinados um pouco para baixo; a peça central (2) em forma de cálice é muito protrahída e dirigida para traz, elevando-se sobre o nivel dos lóbos lateraes. Na base da peça central se salienta entre o tergito e esternito um tubo membranoso do qual sobresáe o ferrão (efr. Est. XIV, fig. 62). ’ Patas mais ou menos amarello-pardacentas, as anteriores mais claras, quadris médios pardo-escuros. A fileira dorsal de pellos das tíbias medias se extende mais ou menos até o meio da tibia. Azas com matizes amarello-cinzentos, nervação pardo-clara inclusive as nervuras 4-7. Comprimento total = 0,901 mm,, maior largura = 0,408 mm. (1) = 7° tergito. (2) = 8 o esternito. 246 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Nervura c os tal — 0>37 do comprimento da aza, divisões costaes aproxi¬ madamente = 11:6. No lugar da alula ha 3 pellos. Balandm pardo-escuros. Comprimento total, 1-1,5 mm. Typos 11 9 9 (conservados em álcool) de Petropolis, Frei Cajetano Prade leg. 3.IV. e 10.IV.1924 sobre um ninho de Solenopsis saevissima Sm. var. Também recebi numerosos exemplares de Rio Negro (Paraná). Nota: Dedico esta especie interessante ao descobridor, a quem devo muitos exemplares da minha collecção. PSEUDACTEON CURVATUS, n. sp. Ç Dst. XIV; fig. 63.' Fronte escura pardo-ferruginosa, com pubescencia escassa, sulco frontal distincto, 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras de 2,2,4,4 cerdas. Ás cerdas da primeira fileira são (como sempre) inclinadas para a linha mediana e distam quasi 3 vezes mais das cerdas postantennaes do que das cerdas da segunda fileira, que se inserem immediatamente em cima da primeira fileira; cerdas interiores da segunda fileira ausentes ou reduzidas a pellos. As cerdas da segunda fileira distam aproximadamente tanto das exteriores da terceira fileira como as cerdas da primeira fileira das postantennaes. Ás cerdas verticaes exteriores distam aproximadamente 5 vezes mais das exteriores do que essas entre si. Terceira fileira aproximadamente recta. Triângulo oeellar pouco saliente formando um angulo recto. Ha 2 pequenas cerdas nas bochechas. Terceiro articulo antennal pardo-ferru¬ ginoso, conico, finamente pubescente; arista apical, apro¬ ximadamente tão comprido como o 3. articulo antennal. Palpos amarellp-esbranquiçados, com pellos finos e 1 cerda na extremidade apical. Fig. 49 — Pseuâ&cteon cur- m ' v&tus, n. sp. 9. piaca Thorax pardo-ferruginoso, pleuras um pouco mais Sdombai d ° ventnt ° claras, com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 4 cerdas, excedendo as anteriores um pouco a metade do comprimento das posteriores. - Mesopleuras desnudadas. Abdômen pardo com o ventre mais claro. 1. tergito muito abreviado, 2. tergito alongado, tergitos 3-5 aproximadamente do mesmo comprimento; 5. tergito chanfrado posteriormente; 6. tergito anteriormente no meio com um processo ponteagudo que se extende por debaixo da borda posterior do 5. tergito; borda posterior do 6. tergitq de cada lado com 3 pellos mode¬ radamente compridos, sendo o lateral o mais comprido. 6. ventrito com JFÀMILIA PHORIDA33 (diPT.) 247 placa ehitinosa soldada ao ovipositor (figs. 49 e 50 no texto), anteriormente arredondada e muito abahulada, apresentando perto da linha mediana 3 pares de cerdinhas: as anteriores são muito curtas e grossas; as posteriores são as mais compridas e distam üm pouco mais entre si do que os dois pares anteriores. O ovipositor (fig. 50 no texto) tem a fórma de um gancho cur¬ vado para baixo, que se compõe de um tergito e um esternito ehitinoso, ligados lateralmente por uma membrana; nesta bainha se encontra o ferrão; na base da região ventral existe um denticulo fortemente ehitinoso. Patas pardacentas, as anteriores mais claras. Metatarso anterior menos comprido do que òs dois seguintes artículos tarsaes juntos. À fileira dorsal das tibias medias se extende mais ou menos até o meio da tibia; ha 1 esporão ventral no apice, moderadamente comprido. Tibias pos¬ teriores com 2 esporões terminaes desíguaes. Azas quasi hyalmas, nervuras da borda an¬ terior claro-pardas,, nervuras 4-7 pallidas. Com- fi s . m — Pscuãacteoa cu r ratas, a, sp, primento total =■ 0,867 mm., maior largura = 0,408 mm. Nervura costal — 0,356 do compri¬ mento da aza, divisões costaes = 9:4. Nervura mediastinal fraca e abreviada. Sétima nervura ainda mais fraca do que 4-6. No lugar da alula ha 3 pellos. Balancins pardo-ferruginosos. Ç , ovipositor, vista lateral da esquerda, v = plàca ehitinosa do 6 a ventrito. Comprimento total , aproximadamente 1,1 mm. Typos 5 ç ^ (conservados em álcool) de La Plata, Dr. C. Bmch leg. 15. VII. 1923, sobre um ninho de Solenopsis saevissima Sm. var. richteri Por'. Também possúo vários exemplares (paratypos) do Bio Negro (Paraná). PSEUDACTEON LITORAL1S, n. sp. 9 Esta especie nova é muito parecida com tncmpis } mas differe pelo numero das cerdas frontaes e pela formação do ovipositor. Fronte pardo-ermegrecida, um pouco mais larga do que comprida, pubes- cente, com sulco frontal distincto, 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras de 2,2,4,4 cerdas. As cerdas da primeira fileira distam aproximadamente 1vezes mais das postantennaes do que das cerdas da segunda fileira; cerdas interiores da segunda fileira ausentes. Terceira fileira aproximadamente recta. Ha 3 pequenas cerdas nas bochechas. Terceiro articulo antennal claro-ferruginoso, finamente pubescente, periforme, alongado; arista apical, distinctamente menos comprida do que o 3. articulo antennal, praticamente desnudada. Thorax pardo ferruginoso, com as margens mais claras, esternopleuras mais ou menos amarello-pardacentas. Ha 2 cerdas dorsocentraes. Escutello 248 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV com 4 cerdas, sendo as anteriores mais ou menos = do comprimento das posteriores. Mesopleuras desnudadas. Abdômen pardo-escuro, ventre mais ou menos amarello-ferruginoso, com 6 placas tergitaes, mais ou menos formadas como em tricuspis. Borda posterior do 6. tergito não chanfrada no meio, com pellos moderadamente compridos. 6. ventrito com placa chitinosa, que apresenta na ba,se, no meio um grupo de aproximadamente 6 pellos meio compridos; esse grupo é continuado de cada lado para traz por uma fileira obliqua de 3 pellos meio compridos, curvados no apice para a linha mediana do corpo. Ovipositor (fig. 51 no texto) achatado, com os lobos lateraes um pouco arredondados ; a parte central apresenta na região ventral uma elevação longitudinal aguçada em forma de quilha, em cuja ex¬ tremidade apical se salienta o ferrão, o qual é curvado ligeiramente para deante ; no angulo formado pelos lóbos lateraes e a peça central se inserem alguns pellos ama* rellados moderadamente compridos; appendices vermi- formes como em tricuspis não existem. Patas amarelladas, quadris médios pardos, metade distai dos femures posteriores pardacenta. A fileira F!g. si — Pseudacteon uto- dorsal de pellos das tibias medias se extende mais ou e 6° segmento 'abdominal, menos até a extermidade do 2. terço da tibia. Femures posteriores na metade distai da borda ventral com al¬ guns pellos moderadamente compridos. Azas hyalinas, nervuras da borda anterior amarelladas, nervuras 4-7 indistinctas. Comprimento total = 1,462 mm. (in situ!), maior largura = 0,714 mm. Nervura costal aproximadamente = 0,38 do comprimento da aza, divisões costaes = 2:1. Cilios costaes finos e densamente agrupados. No lugar da alula ha 4 pellos. Balancins amarello-esbranquiçados. Comprimento total, 1,44 mm. Holotypo 1 ç (conservado em álcool) de La Plata, Dr. C. Bruch leg. 15.VII. 1923, sobre um ninho de Solenopsis saevissima Sm. var. richteri For. PSEUDACTEON SOLENOPSIDIS, Schmitz Ç 1914, Schmitz, Zool. Jahrb. Àbt. Syst., vol 37, p. 531, figs. 1923, Schmitz, Deutsch. Yer, Wiss. Kunst, S. Paulo 3. Jhg. 1922, p. 149. Não conheço esta especie ex naiura. Dou uma combinação dos prin- cipaes caracteres segundo Schmitz. Coloração mais ou menos como em wasmanni. Fronte com 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras de 2,2,4,4 cerdas. Es- família phoridae (dipt.) 249 cutello com 4 cerdas, sendo as anteriores um pouco (mas não muito) mais fracas do que as posteriores. 6. ventrito de cada lado com 1 grupo de 2 pellos moderadamente compridos. “ O ovipositor (fig. 52 no texto) é formado de varias peças chitinosas; exteriormente se salientam: um aplaca dorsal com¬ prida, fortemente estreitada para traz, pubescente, e 2 plaquinhas lateral delgadas, dobradas para cima. Na extremidade sobresáe uma fina lamella chitinosa impar, e dó interior se extendem 2 ap- pendices incolores, filiou vermiformes” (loc. cit. p. 531). Patas como em wasmanni. Azas claras, comprimento e largura em pro¬ porção de 2:5. Nèrvura costal = 0,4 do compri¬ mento da aza, 1. divisão costal = 1M vezes maior do que a 2. divisão. Sétima nervura notavelmente mais fraca do que 4-6. No lugar da alula ha 4 pellos. Fig ' 52 “ Ps c e ' ldacteon *ounopsidh, , _ Schmitz, T, ovipositor, vista lateral Comprimento total , aproximadamente 1,6 mm. da direita (segundo schmito. Habitat: com Solenopsis geminata. 0s typos são provenientes de Porto Alegre, P. A. Sehupp leg. 5.VI. 1892. A especie até hoje não foi reencontrada.. PSEUDACTEON OBTUSUS, n. sp. ? Esta especie nova é visinha de tricuspis e litoralis, mas diífere pela for¬ mação do ovipositor. Fronte pardo-ennegrecida, um pouco mais larga do que comprida, pubescente, com sulco frontal distineto, 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras de 2,2,4,4 cerdas. As cerdas da primeira fileira distam um pouco mais das cerdas postantennaes do que essas entre si. As cerdas da segunda fileira são implantadas perto da margem ocular e distam aproximadamente 2 vezes mais das cerdas exteriores da terceira fileira do que das cerdas da pri¬ meira fileira. Terceira fileira aproximadamente recta; as cerdas interiores distam aproximadamente 2 vezes mais entre si do que das exteriores. As cerdas verticaes exteriores distam 4-5 vezes mais das interiores do que essas entre si. Ha 2 cerdas nas bochechas. Terceiro articulo antennal pardo- ferruginoso, pubescente, conico, alongado; arista apical, finamente pubes¬ cente, mais ou menos tão comprido como o 3. articulo antennal. Palpos amarellos,' pequenos, com 1 cerda muito curta no apice. Thorax pardo-ferruginoso, èsternopleuras um pouco mais claras, com 2 cerdas dorsocentraes. EscuteUo com 4 cerdas, sendo as anteriores mais ou menos = % do comprimento das posteriores. Mesopleuras desnudadas. 2307-924 32 250 AXCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Abdômen pardo-escuro, com 6 placas tergitaes, 1. tergito abreviado, 2. tergito alongado, tèrgitos 3-5 no meio aproximadamente do mesmo com¬ primento. 6. tergito com a borda anterior fortemente convexa (como em .tricuspis ), no meio da borda posterior com uma incisão, de cada lado da qual ha 3 peilos moderadamente compridos; lateralmente do 6. tergito aindá se encontra uma faixa chitinosa delgada, que se extende quasi até a placa ventral do 6. segmento. 6. ventrito fortemente abahulado, mais largo do que comprido, mais ou menos no meio com uma fileira transversal (lateralmente um pouco curvada para traz) de 10 peilos compridos eriçados (de cada lado 5) e posteriormente ainda de cada lado mais ou menos 4 peilos curtos esparsos. O ovipositor (fig. 53 no texto) é achatado, com os lóbos lateraes arredondados; a parte central (1) 2 tem a extremidade apical apontada e curvada para deante (por isso o apice não apparece na figura!) A borda interior dos lóbos lateraes í2) apresenta de cada lado uma membrana esbranquiçada, adelgaçada e ligeiramente recurvada no apice, que certamente é homologa aos appendices vermi- formes de tricuspis. Patas mais ou menos amareHas, quadris meios parda- fí «. 58 — pseudãcteon centos. A fileira dorsal de peilos das tibias médias se ex- ovipositor, vista^donLí tende mais ou menos até a extremidade do 2. terço. Femures posteriores na metade distai da borda ventral com alguns peilos moderadamente compridos. Azas quasi hyalinas, nervação pardo-clara. Comprimento total = 1,156 mm., maior largura = 0 , 578 . mm. Nervura costal = 0,41 do com¬ primento ' da aza, divisões costaes = 15 : 8 . Nervura mediastinal distincta, mas abreviada. Sétima ainda mais indistincta do que 4 - 6 . No lugar da alula ha 4 peilos. Balandns amarello-esbranquiçados. üomprimeMo total, aproximadamente 1,3 mm. Typos 2 9 9 (conservados em álcool) de La Plata, Dr. C. Bruch leg. 15,VIL 1923, sobre um ninho de Solenopsis saevissima Sm. var. richteri For. PSEUDÃCTEON CAUDAL IS, Borgmeier 9 1923, Vozes de Petropolis, vol. XVII 2, p. 848. Fronte um pouco mais larga do que comprida (7:9), pardo-acinzen- tada, mate, com sulca frontal dísrncto, 2 cerdas postantennaes e 4 fileiras (1) = 8° esternito. (2) - = 7 Ü tergito. família phoridae (dipt.) 251 de 2,2,4,4 cerdas. Cerdas interiores da segunda fileira reduzidas a pellos. Terceira fileira recta. Terceiro articulo antennal oval, pubescente; arista apical, curta. Thorax pardo, as pleuras mais claras; com pubescencia amarello-fer- ruginosa relativamente comprida e 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 4 cerdas, sendo as anteriores mais ou menos = % do comprimento das posteriores. Abdômen com 5 placas tergitaes pardo-escuras. 1. tergito um pouco mais claro e muito abreviado, 5. tergito chanfrado na borda posterior; 6. tergito alongado, com pubescencia escassa e na borda posterior de cada lado com 3 pellos compridos, dos quaes o exterior é o mais comprido e cur¬ vado para.a linha mediana do corpo. 6. ventrito com uma placa chitinosa, que apresenta (fôra de outros pellos me¬ nores) 4 pellos eriçados muito compridos, não curvados na extremidade apical, cujos pontos de inserção formam um trapézio. Ovipositor (fig. 54 no texto) muito grande e largo (largura maxirna = 0,3 mm.!), preto, fortemente brilhante, falsiforme, com os lóbos lateraes arredon- Fig * 54 — pseudãcie ™ c&udaUs, Bqrgm. t > dados e dirigidos para baixo; na face ventral se encontra ovipositor, vista dorsal, na linha mediana um fino canal chitinoso, que termina no meio do chanframento semicircular posterior, onde se acham alguns pellinhos muito curtos; um pouco mais para cima se insere ainda de cada lado 1 pello mais comprido. Patas de um sujo amarello. Metatarso anterior um pouco mais com¬ prido do que o segundo articulo tarsal. Azas hyalinas. Nervura mfdiastinal abreviada. Nervura costal = 0,4 do comprimento da aza (in situí). No lugar da aluía ha 3 pellos Balancins amarello-esbranquiç ados. O holotypo é proveniente de Pe&queira (Pernambuco), Frei Clemente Anheuser leg. 6. IX. 1922. Genero ECITOPTEBA, Borgmeíer-Schmitz 1923, Borgmeier-Schmitz, Rev. Mus. La Plata, vol. XXVII, p. 212, figs. 1923, Borgmeier, Arch. Mus. Nac. Rio, vol. XXIV, p. 343. 1924, Borgmeier, Boi. Mus. Nac. Rio, vol. I, p. 188. 1924, ScHMiTz, Mus. Nac. Rio, Publ. Nr. 4, p. 8. Caracteres genericos : Fronte ligeiramente abahulada, curta e larga, com 4 cerdas postantennaes mais ou menos erectas e geralmente com 3 fileiras de 2,4,4 cerdas frontaes; as cerdas da primeira fileira e as interiores da segunda fileira são inclinadas para a linha mediana; segunda fileira, ás 252 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV vezes, muito coiícava para deante. Foveas antennaes bastante excavadas e largas. Olhos pubeseentes, ocellos presentes. Thorax com 2 cerdas dorso- centraes e algumas cerdas marginaes, Escutello com 2 cerdas. Abdômen oviforme, com segmentação distincta e geralmente com 5 placas tergitaes nos segmentos 1-5, das quaes sômente a do 2, segmento é relativamente bem desenvolvida, sendo as outras rudimentares; o 5. tergito falta ás. vezes por completo ( concomitans ). Quinto segmento com orifício glandular. Patas sem cerdas isoladas, tibias posteriores sem fileira dorsal de pellinhos de paliçada e sem cilios posterodorsaes. Azas abreviadas e estreitadas, geralmente cuneiformes; nervüra mediastinal ausente; terceira nervura longi¬ tudinal não forquilhada; sexta nervura longitudinal rudimentar ou ausente. Typo do genero: E.- concomitans Borgmeier-Schmitz D esse genero interessante, que é visinho de Bolsiusia Schmitz (1913) e cujo typo é proveniente da Argentina, foram descriptas até hoje 6 especies ás quaes accrescento no seguinte mais uma especie nova da Argentina. Quanto á maneira de contar as cerdas frontaes, Schmitz deu boas razões (1924), que parecem justificar a formula 2,4,4. Fóra das cerdas frontaes propriamente ditas ha ainda 2 pequenas cerdas occipitaes incli¬ nadas para a linha mediana. Chave das especies 1. Sexta nervura longitudinal ausente. 2. — Sexta nervura longitudinal presente. 3. 2. Quinta nervura longitudinal recta, obliterada na base 1. proboscidalis Borgm, — Quinta nervura longitudinal em forma de S, não obliterada na base.*. ^... 2. maior Schmitz 3. Segundo tergito abdominal trapeziforme ou sub- quadrangular. 4. — Segundo tergito abdominal chanfrado nas bordas later^s em fôrma de S. 3. ciliata Borgm. ( l ) 4. Com pequena placa chitinosa atraz do orifício glan¬ dular . 5. — Sem placa chitinosa atraz do orifício glandular... 4. concomitans Borgm.— Schmitz. 5 . Segundo tergito abdominal posteriormente mais largo do que anteriormente. 5. corãobensis n. sp. — Segundo tergito abdominal anteriormente mais largo do que posteriormente. 6. 6. Quarta nervura longitudinal inteiramente recta.... 6. maculifrons Borgm. — Quarta nervura longitudinal ligeiramente côncava.. 7. schmiizi Borgm. (l) Está especie foi indicada na minha “Lista dos Phorideos do Brasil até hoje conhecidos” como E. longicüiaia Borgmder et Schmitz i. litt. (nornen nudumi). (Rev. Mus. Paulista, vol. XIII, 1923, p. 1223) família phoridae (dipt.) 253 ECITOPTERA CORDOBENSIS, n. sp. 9 Esta. especie é visinha da especie typica concomitans , mas differe pela nervação das azas, balancins mais compridos e outros caracteres. Fronte na borda occipital aproximadamente 2 vezes mais larga do que • comprida no meio, escurecida, pardo-vermelha, ao redor das cerdas postan- tennaes um pouco mais clara, com pubescencia esparsa. As 4 cerdas post- antennaes formam um trapézio. Cerdas frontaes propriamente ditas só encontrei 6, a saber: 4 cerdas verticaes e de cada lado 1 cerda inclinada para a linha mediana na margem superior das foveas antennaes, que distam distinctamente mais das postantennaes superiores do que da margem ocular. Pôde ser que as cerdas da segunda fileira quebraram nos exemplares typicos, mas o certo é que nem com forte augmento pude verificar a existência de pontos de inserção, que em geral se -destacam nitidamente. * As cerdas verticaes exteriores distam aproximadamente 3-4 vezes mais das interiores do que essas entre si. Perto das cerdas verticaes exteriores ha ainda de cada lado (mais para a linha mediana) 1 pequena cerda inclinada para a linha mediana. Tubérculo ocellar ligeiramente saliente. Olhos relativamente grandes, occupando quasi inteiramente as regiões lateraes da cabeça, de fôrma oval alongada, com pubescencia microscópica. Foveas antennaes largas, attin- gindo a margem ocular interior. Terceiro articulo antennal subglobular, amarello, menor do que os olhos; arista apical, comprida, finamente pubescente. Thorax amarello-ocraceo, bordas lateraes mais claras, deante do escutello com mancha alongada pardacenta, também o escutello escurecido, particularmente na borda posterior. Ha 2 cerdas dorsocentraes e de cada lado aproximadamente 4 cerdas marginaes de comprimento diverso. Escutello com 2 cerdas e de cada lado 1 pello mieroscopico, que forma com as cerdas uma linha recta. Mesopleuras desnudadas* Abdômen amarello, com 5 plaquinhas tergitaes vermelho-pardas nos segmentos 1-5. Os contornos dos tergitos 1-4 são representados na figura 55 (no texto); o 2. tergito é ligeiramente trapeziforme, anteriormente mais largo do que comprido no meio, posteriormente um pouco mais largo do que anteriormente. Tergitos 3-4 um pouco menos rudimentares do que em concomitans. Atraz do orificio glandular do 5. segmento existe ainda uma pequena plaquinha chitinosa falciforme, que apresenta 6 pel- linhos. Fig. 55 — Ecitoptera cordobensis, n. sp. Y , placas chi- tinosas dos tergitos abdominaes 1-4. 254 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL— VOL. XXV Patas amarellas. Metatarso anterior mais ou menos tão comprido como os dois seguintes articulos tarsaes juntos. Metatarso posterior ligeiramente dilatado, com 6 pentes transversaes. Tibias medias e posteriores com es¬ porão terminal. Azas (Est. XI, fig. 54): Comprimento total = 0,833 mm., maior lar¬ gura = 0,289 mm., nervura costal = 0,51 mm., portanto = 0,61 do com¬ primento da aza, divisões costaes = 10:19. Cilios costaes muito finos. Nervuras da borda anterior distinetamente pardacentas, nervura humeral- transversal fraca. Quarta nervura recta; quinta curvada deante do meio, no mais recta; sexta mais fraca do que 4-5, mas alcançando a orla da aza. Balancins pardo-vermelhos, delgados, aproximadamente 2 vezes mais compridos do que os de concomitans . Comprimento total, 1,3 mm. Typos 2 9 9 de La Granja, Alta Graeia (Cordoba), Argentina, num bando de Eciton hetschhoi, Dr. C. Bruch leg. 26.1.1924, Genero ACONTISTOPTERA, Brues 1902, Brues, Amer. Natural., vol. 36, p. 373. 1906, Brues, Genera Ins., Fase. 44, p. 15. 1912, Málloch, Proe. U. 8. Nat. Mus., vol 43, p. 509. 1914, Schmitz, Zool. Jahrb. Abt. Syst., vol, 37, p. 526. 1923, Brues, Psyche,- vol. 30, p. 21. 1924, Borgmeier, Boi. Nus. Nac. Rio, vol. I, p. 195. 1924, Schmitz, Mus. Nac. Rio, Publ. Nr. 4, p. 16. Caracteres generícos: Cabeça mais larga do que o thorax. Fronte com 6 cerdas postantennaes erectas e geralmente com 3 fileiras de 4,4,4 cerdas; as cerdas interiores das duas fileiras anteriores são inclinadas para a linha mediana. Além, disso ha na margem superior das foveas antennaes de cada lado uma serie de 6-9 cerdas finas. Ocellos faltam. Olhos pequenos. Terceiro articulo antemial globular, arista apical. Thorax muito estreitado ■para traz, pleuras visiveis de cima, com cerdas dorsocentraes. Escutello pequeno, com 2 cerdas. Abdômen oviforme, membranoso; ás vezes ha pequenas placas chítinosas nos 2. e 5. segmentos. Quinto segmento com orificio glandular. Rudimento da aza baculiforme, com pequenas cerdinhas no primeiro terço e com cerdas extremamente compridas nos dois terços distaes. Tibias sem cerdas isoladas. Typo do genero: A. melanderi Brues. família phoridae (dipt.) 255 ACONTISTOPTERA HIRSUTA, n. sp. V Est. XV, fig. 67. Esta especie nova differe das demais especies do genero, á primeira vista, pela pubescencia muito comprida do abdômen. Também a disposição das cerdas é dififerente. Fronte e face occipital pardo-vermelhas, deante das cerdas verticaes interiores, ás vezes, com grande mancha mais clara, borda frontal anterior, aguçada e ennegrecida, epistoma amarello com a borda anterior escura. Fronte immediatamente na borda anterior de cada lado com 9 cerdinhas fracas, atraz das quaes se inserem de cada lado 3 cerdas postantennaes. As cerdas frontaes propriamente ditas são arranjadas em 3 fileiras de 4,4,4 cerdas. As cerdas interiores das duas fileiras anteriores são inclinadas para a linha mediana; as cerdas exteriores porém são dirigidas para os lados e se inserem perto da margem ocular interior; as cerdas exteriores da primeira fileira, que se implantam na margem superior das foveas antennaes são notavelmente mais curtas do que as cerdas exteriores da segunda fileira. As cerdas interiores da segunda fileira distam aproximadamente tanto das cerdas interiores da primeira fileira como das ceídas verticaes exteriores. Além disso ha ainda atraz dos olhos de cada lado 3 cer¬ das dirigidas para deante, as .. . .. . , .. „ Q quaes são consideravelmente mais comprida» do que as respectivas cerdas de ecitonis ; a superior dessas cerdas é um pouco mais comprida do que a exterior da segunda fileira. A margem inferior lateral das foveas antennaes apresenta de cada lado aproximadamente 5 cerdas. Bochechas com pubescencia comprida. Antennas como em ecitonis ; palpos mais fortes e mais largos, com cerdas fortes. Thorax (fig. 56 no texto) anteriormente aproximadamente tão largo como comprido no meio (inclusive o escutello), mais ou menos vermelho- pardo, pleuras mais claras; com 1 cerda comprida ligeiramente curvada nos ângulos humeraes, 1 cerda marginal um pouco menos comprida, 2 cerdas fracas dirigidas para traz, que se inserem quasi na borda anterior e 2 cerdas dorsocentraes, as quaes são quasi tão compridas como as 2 cerdas escutellares. 256 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Abdômen oviforme, amarellado, com segmentação mais ou menos dis- tincta, na região dorsal com muitos pellos compridos dispostos em fileiras transversaes irregulares; a pubescencia se torna mais densa para traz; ventre com pubescencia curta. Segundo segmento com uma placa chitinosa ver¬ melho-parda de forma alongada, estreitada atraz, cujo comprimento é aproximadamente 3 vezes maior do que a largura anterior. Deante do ori¬ fício glandular do quinto segmento se acha também uma pequena placa chitinosa vermelho-parda, semilunar, cujo comprimento é mais ou menos = do comprimento do tergito do 2 . segmento. Patas amarellas, sem caracteres especiaes. Cilios dorsaes das tibias posteriores distinctos. Metatarso posterior dilatado, com 7 pentes trans¬ versaes. Rudimento da aza um pouco mais comprido do que o thorax, baculi- forme, achatado, com 16-17 cerdas muito compridas nos dois terços distaes. Comprimento total , 1,6 mm. Typos 2 ç 9 de La Granja, Alta Gracia (Cor doba), Argentina, Dr. C. Bruch leg. num bando de Ecüon raptam , 26. I. 1924. Genero ECITOCANTHA, Borgmeier 1924, Boi. Mus. Nac. Rio, vol. I, p. 287. Caracteres genericos : Macho — Fronte curta e larga, com 2 cerdas postantennaes mais ou menos erectas e divergentes e 3 fileiras de 2,4,4 cerdas. Foveas antennaes largas; terceiro articulo antennal globular, arista apical. Palpos compridos, com cerdas bem desenvolvidas. Thorax com 2 cerdas dorsocentraes. Escutello com 2 cerdas. Hypopygidio mais ou menos formado como em Ecitophora . Tibias sem cerdas isoladas e sem fileira dorsal de-pellos de paliçada. Azas grandes; nervação mais ou menos como em Puliciphora , mas sem nervura mediastinal. No lugar da alula não ha pellos. Femea Cabeça um pouco mais larga do que o thorax. Fronte aba- hulada, com 4 cerdas postantennaes erectas e 3 fileiras de 4,4,4 cerdas. As cerdas interiores das duas fileiras anteriores são inclinadas para a hnha mediana. Olhos pequenos. Ocellos ausentes. Terceiro articulo antennal mais ou menos globular, arista apical. Palpos compridos e delgados, com cerdas bem desenvolvidas. Thorax estreitado para traz, com cerdas marginaes e 2 cerdas dorso-centraes. Escutello com 2 cerdas finas. Abdômen oviforme, com segmentação indistincta, inteiramente membranoso; somente o se¬ gundo segmento, ás vezes, com rudimentos de uma piaca tergital, região dorsal com um numero variavel de fileiras transversaes regulares de cerdas compridas, cujos pontos de inserção são chitinisados e se destacam nitida- família phoridae (dipt.) 257 mente. Quinto segmento com um orifício glandular muito pequeno, semi¬ lunar. Segmentos terminaes membranosos. Todas as tibias com 1 cerda anterodorsal immediatamente perto da base; a cerda das tibias anteriores é muito fraca, a das posteriores mais compridas do que a das tibias medias. Tibias posteriores sem fileira dorsal de pellos de paliçada. Rudimentos de aza baculiformes, um pouco achatados, com cerdas extremamente com¬ pridas como em Acontistoptera Brues e Schmitzia Borgmeier. Balancins presentes, mas pequenos. Typo do genero: E. hruchi Borgmeier. À femea deste genero differe de Acontistoptera Brites e Schmitzia m. (1) pelas cerdas isoladas das tibias, e de Termitophorides m. pela formação dos rudimentos dã aza. O macho é muito parecido com o de Puliciphora Dahl, mas differe pelo numero das cerdas postantennaes e pela ausência da nervura mediastinal. Já publiquei uma nota prévia sobre o genotypo. Dou no seguinte uma descripção mais detalhada. ECITOCÁNTHA BRUCHI, Borgmeier & 9 1924, Boi. Mus. Nac. Rio, vol. I, p. 287. Macho — Fronte escura pardo-vermelha, distinctamenté mais larga do que comprida, com pubescencia escassa, sem sulco frontal. Ha 2 cerdas postantennaes compridas, erectas e divergentes e, 3 fileiras de 2,4,4 cerdas frontaes (fig. 57 no texto). As cerdas da primeira fileira são um pouco inclinadas para a linha mediana e se inserem quasi verticalmente em baixo das exteriores da segunda fileira á margem superior das foveas antennaes. Segunda fileira recta, implantada quasi no nivel do ocello anterior; suas cerdas interiores distam pelo menos 3 vezes mais entre si do que das exteriores. Os 3 ocellos de tamanho igual. Olhos pubescentes. Terceiro Fig * w—Ecitocantha^ruchiBoncu. /' \ > X ' *. f ' i ' , r ' ’ ' ■ «'t -sJ teív V Vl* V; t" I| i . 1 ■ •! 1 • • 1 f 1 miiMHt Os typos desta interessante especie termitophila são provenientes de Passa Quatro (Minas Geraes) e foram encontrados, num ninho de Corni- termes sp. A mesma especie também occorre aqui em Petropolis, onde encontrei numerosos individuos em cadaveres de Eutermes sp. São insectos muito ageis, e logo que notaram a minha presença, deitaram a fugir, de maneira que só me foi possivel apanhar 3 exemplares (l.V. 1923). Becebi também 1 ? fie Campo Bello (E. Bio) (Zikán leg. II, 1924), tirada de um ninho de Cor- nitermes sp. Parece-me que pertencem também a esta especie 3 exemplares; que foram capturados num ninho de Eciton quadriglume em Bio Negro-Paraná (M. Witte leg. 30. X. 1923.); são um pouco maiores do que os exemplares typicos, mas não pude até agora verifibar uma differença definitiva. Dou, no seguinte, uma figura (62 no texto) e uma descripção melhorada da especie. Cabeça amarello-ocracea, sô muito' pouco mais larga do que o thorax. Fronte postériormente quasi 2 vezes ínais larga do que comprida no meio (7:4), abahulada, com a borda vertical aguçada. As 4 cerdas postantennaes dirigidas para a frente são de com¬ primento igual e seus pontos de inserção formam um trapézio. Fóra disso ha 10 pequenas cerdas frontaes, dispostas em 3 fileiras transversaes de ■ 2,4,4 cerdas. As cerdas da primeira fileira são inclinadas para a linha mediana; ellas distam um pouco menos das cerdas post¬ antennaes superiores do que da margem ocular. Segunda fileira côncava para deante; as cerdas exteriores se inserem um pouco acima do nivel das cerdas da primeira fileira e são mais fracas do que as demais cerdas fronfaes; sua distancia da margem ocular varia; geralmente distam menos da margem ocular do que das cerdas da primeira fileira; as cerdas interiores Fig. 62 —Lepidophoromsíã zi¬ kani, Borgm. 9, 262 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV (da segunda fileira) são inclinadas para a linha mediana;, ellas se inserem um pouco em baixo do nivel do ocello anterior, do qual distam aproxi¬ madamente tanto como das cerdas da primeira fileira. As cerdas vertieaes formam uma linha recta; as interiores são implantadas entre os ocellos posteriores; as exteriores se inserem perto da margem ocular superior; entre as exteriores e as interiores ha ainda de cada lado (perto das exteriores) 1 pe¬ quena cerda occipital inclinada para a linha mediana. Ocellos pequenos, mas distinctosj Olhos ellipticos, grandes, deixando para as têmporas só uma faixa estreita; o diâmetro longitudinal do olho é aproximadamente 3 vezes maior do que o diâmetro transversal do 3 articulo antennal. Ha 2 cerdas genaes dirigidas para deante. Bochechas pubescentes; também a fronte com pubes- ceneia distincta. Terceiro articulo antennal globular, com arista comprida, apical, pubescente. Palpos compridos e delgados, ligeiramente curvados, com 5 cerdas compridas na margem lateral, e 3-4 cerdas menores na ponta e na borda interior. Tromba aproximadamente tão comprida como a cabeça alta. . Thorax quasi tão largo como a cabeça, amarello-ocraceo, um pouco mais claro do que a cabeça, face anterior adjacente á face occipital mais es¬ cura; o comprimento e a largura estão em proporção de 5:8 Ha 3 cerdas de cada lado: 2 cerdas marginaes das quaes a anterior é muito pequena, e atraz 1 cerda, que póde ser considerada como cerda dórso central. Escutello fusiforme, indistinctamente destacado, com 2 cerdas e 2 pellos equidistantes em linha recta, h^esopleuras desnudadas. Abdômen grande, oviforme, de côr amarella, com 5 placas tergitaes. Primeiro tergito muito curto; segundo tergito grande, amareilo-vermelho ou pardo-vermelho, mais ou menos trapeziforme com os ângulos ante¬ riores e posteriores arredondados, mais largo do que comprido (8 4), com pubescencia densa; tergitos 3-4 rudimentares, amarello-ocraceos, apro¬ ximadamente do mesmo comprimento, mas 4 um pouco menos largo; ambos são pubescentes. Orifício glandular grande, formado mais ou menos como em Ecitomyia ; o anel chitinoso é dilatado posteriormento formando uma pla- quinha chitinosa falciforme, pubescente. Segmentos 3-6 na região basal com estria cinzenta transversal -irregular, que em parte, também, se extende para o ventre, mas é interromprida no meio do dorso e nas regiões lateraes. Fóra das placas tergitaes os segmentos 1-5 são completamente desnudados; o 6 o porém apresenta alguns pellinhos na região dorsal e na borda poste¬ rior. Os segmentos 9-10 são representados na região dorsal por uma pequena plaquinha chitinosa; na plaquinha do 10° segmento se inserem 2 pellos hirtos. Cerci distinctamente destacados, pubescentes. Patas de um sujo amarello, tibias medias e posteriores com 1 pequeno esporão terminal, mas sem fileira dorsal de pellos e sem cilios. Metatarso posterior dilatado, com 5 pentes transversaes. família phoridae (dipt.) 263 Rudimento de aza escamiforme, de côr amarello-vermelha, 2 vezes mais comprido do que largo (comprimento = 0,17 mm., largura = 0,085 mm.). Fóra da nervura costal nenhuma nervura é accusada. Borda costal com 2 series de 8-9 cilios curtos. Balancins faltam. Comprimento total , 1,3-1,5 mm. Genero ECITUNCÜLA, SCHMITZ 1923, Schmitz, Tijdschr. V. Ent., vol. 66, p. LXXIX. 1924, Schmitz, Mus. Nac. Rio. Publicação N. 4, p. 26, fig. Caracteres genericos (segundo Schmitz): Pertencente á subfamilia dos Phorinae , femea sem ocellòs, sem aza e sem balancins. Cabeça formada de um modo parecido com Puliciphora 9 , fronte não separando as foveas antennaes, com 2 pares de cerdas postantennaes e outras cerdas. Olhos prin- cipaes pubescentes. Arista apical. Tromba carnuda, não prolongada. Tho- rax fortemente reduzido, com uma fileira transversal de cerdas atraz do meio. Não ha papilia alar com cerda, nem escutello. Abdômen na maior parte membranoso, sem segmentação distincta, com 0 2 . tergito abdominal tra- peziforme e um pequeno oroficio glandular elliptico (5. tergito). Segmentos terminaes membranosos, retrácteis. Cerci presentes. Patas sem caracteres especiaes, tibias posteriores sem fileira dorsal de pellos e sem cilios desen¬ volvidos. Especies muito pequenas. Typo do genero: E. aptera Schmitz ?. Este genero é visinho de Puliciphora Dahl, mas differe pela ausência dos ocellos e da papilia alar, bem como pela formação differente do abdômen. O typo é proveniente de Passa Quatro (Minas Geraes). Descrevo no se¬ guinte 2 especies novas,, sendo portanto 3 0 total das especies conhecidas. ECITUNCULA APTERA, Schmitz 9 1924, Mus. Nac. Rio. Publ. N. 4, p. 26. Desta especie possúo numerosos exemplares de Rio Negro (Paraná), que foram encontrados em ninhos e bandos dè Eciton quadriglume (Witte e Borgmeier leg.), e que pude comparar com um dos exemplares typicos de Schmitz. ECITUNCULA TARSALIS, n. sp. 9 Essa especie nova é muito parecida com aptera Schmitz, mas differe pela formação dos tarsos. Coloração : Cabeça, thorax e patas amarello-pardas, mais escuras do que em aptera . Abdômen escurecido, amarello-sujo. 264 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Fronte fortemente abahulada em sentido transversal e longitudinal, numero e disposição das cerdas exactamente como em aptera, portanto 2 pares de cerdas postantennaes dirigidas para deante e 2 fileiras de 2, 4 cerdas. As cerdas da primeira fileira se inserem perto da margem superior das fo- veas antennaes e da margem interior superior dos olhos; as cerdas verticaes exteriores se inserem perto da margem supero-posterior dos olhos e são um pouco mais fortes do que as interiores. Ocellos faltam. Terceiro articulo an- tennal ligeiramente conico, arista apical, comprida e distinçtamente pu- bescente. Palpos com 5 cerdas. Regiões genaes com í eerda. Thorax distinçtamente mais largo do que comprido, ligeiramente estreitado para traz, com 6 cerdas exacta- mente como em aptera : 1 fraca nos ângulos humeraes e uma fileira transversal de 4 cerdas atraz do meio; as cerdas exteriores da fileira transversal são dirigidas para os lados e um pouco mais compridas do que as interiores, que pódem ser consideradas como cerdas dorsocentraes. Abdômen oviforme, I o tergito sem placa chitinosa, 2 o tergito com pequena placa chitinosa vermelho-parda, trapeziforme, com a margem anterior e as margens la- teraes ás vezes chanfradas. O resto como em aptera } sómente a corôa de cerdinhas ou pellos grossos é menos distincta; também em aptera a corôa é lateralmente encer¬ rada por uma fileira obliqua de 5 cerdinhas ou agulhetas, que, em tarsalis , são muito fracas. Patas : Tarso anterior (fig. 63 no texto) sô pouco mais comprido do que a tibia, dilatado, principalmente articulos 1-4; metatarso anterior distinçtamente menos comprido do que os dois seguintes articulos tarsaes juntos, comprimento e largura, em proporção de 53^:3; articulos 2 e 3 quasi tão largos como compridos, articulos 2-4 quasi ZVsTT^Z d° mesmo comprimento, 5 um pouco mais comprido mas anterior (muito am- menos largo. Metatarso medio também um pouco dilatado, pliado). x 7 aproximadamente tão comprido como os dois seguintes articulos tarsaes juntos. Metatarso posterior muito dilatado (largura mais ou menos = ^ do comprimento), distinçtamente mais comprido do que os dois seguintes articulos tarsaes juntos, com 3 pentes transversaes; também o 2 o articulo é ligeiramente dilatado. Comprimento total , 1-1,2 mm. Typos 3 9 ç de Blumenau, capturadas com Eciton burchelli, Witte leg. 3. VlIL 1922. família phoridae (dipt.) 265 ECITUNCULA LONGIPILOSA, n. sp. 9 Esta especie nova differe de apíera e tarsalis pelos pellos extremamente compridos nas regiões lateraes e ventraes do abdômen. Coloração : Cabeça e thorax escuros vermelho-pardos, fronte com 3 manchas circulares mais claras: 1 ao redor das cerdas verticaes interiores, e de cada lado 1 no meio da fronte, perto da linha mediana. Thorax com 2 manchas grandes pardo-ennegrecidas ovaes, na face anterior, adjacente á face occipital. Abdômen escurecido, sujo-amarello. . Fronte occupando 4 / s da largura da cabeça, muito mais larga do que comprida no meio (3: 5); as cerdas frontaes quebraram na maior parte no exemplar unico, mas os pontos de inserção são distinctos; parece haver o mesmo numero e a mesma disposição como em aptera. As cerdas postantennaes superiores distam 2 vezes mais entre si do que as inferiores. As cerdas da primeira fileira se inserem na margem superior das foveas antennaes e distam distinctamente mais das cerdas postantennaes superiores do que da margem ocular. Cerdas ver¬ ticaes como em aptera. Cerdas oceipi- taes reduzidas a pellos. Olhos pequenos, um pouco maiores do que o 3 o arti¬ culo antennal, deixando as têmporas desoccupadas e attingindo a margem das foveas antennaes. Bochechas lar¬ gas, pubescentes. Ha 1 cerda genal. 3 o articulo antennal amarello-pardo, Fig - 64 ~ n - sp * ^ abdome11 ’ ' vista lateral da direita. ligeiramente conico; arista apical, ama- rella, comprida, finamente pubescente. Palpos amarellos, com 4-5 cerdas. Thorax formado como em aptera, com 1 cerda muito fraca atraz dos ângulos humeraes e uma fileira ligeiramente côncava para deante de 4 cerdas atraz do meio .(cerdas exteriores quebradas no typo). Abdômen (fig. 64 no texto) oviforme, com segmentação indistincta. I o tergito membranoso. 2 o tergito com uma placa chitinosa escura pardo- vermelha, a qual é anteriormente aproximadamente tão larga como com¬ prida no meio, posteriormente um pouco alargada, sendo os ângulos ligeiramente arredondados e protrahidos para os lados. Orifício glandular do 5 o do segmento como em aptera, guarnecido de um annel pardo- ennegrecido. Dorso do abdômen bem como a metade posterior do ventre com pubescencia esparsa. Borda posterior do 2 o segmento lateralmente com uma fileira recta de pellos finos extremamente compridos, que se inserem em manchas ovaes pardas chitinisadas; a extremidade apical dos pellos 2307-924 34 266 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV attinge quasi a borda posterior do 4 o segmento. Também o 3 o ventrito apresenta perto da borda anterior de cada lado uma fileira transversal de 4 pellos compridos (mas menos compridos do que os pellos lateraes) ligei¬ ramente curvados para a linha mediana do corpo; os pontos de inserção são circulares, pardo-escuros e chitinisados. Patas amarello-pardas. Todos os tarsos mais compridos do que largos. Metatarso anterior menos comprido do que os dois seguintes articulos tarsaes juntos. Femures posteriores não sensivelmente dilatados. Metatarso pos¬ terior fortemente dilatado, um pouco mais comprido do que os dois se¬ guintes articulos tarsaes juntos, com 5 pentes transversaes. Unhas normaes. Comprimento total, 0,97 mm. Holotypo 1 9 de Alta Gracia (Cordoba), Argentina, encontrada num bando de Eciton raptans Fok., Dr. C. Bruch leg. 26.1.1924. APPENDICE Genero peocliniella, nov. gen. 9 Este genero novo é visinho de Pseudoplastophora Schmitz (Wien. Ent. Zeit., vol. XXXIV, 1915, p. 327), mas differe pela chaetotaxe frontal e outros caracteres. Caracteres genericos : Fronte mais larga do que comprida, com sulco frontal, 6 cerdas postantennaes proclinadas e 3 fileiras de 2, 4, 4 cerdas. As cerdas postantennaes superiores distam muito entre si. Terceiro articulo antennal conico, arista apical. Palpos achatados em sentido dorso-ventral, com cerdas bem desenvolvidas. Thorax com 2 cerdas dorcentraes. Es- çutello com 2 cerdas. Mesopleuras desnudadas. Segmentos terminaes chitmisados, formando um ovipositor semelhante a um ferrão. Sexto ventrito com uma plaquinha chitinosa comprida e muito delgada. Patas sem cerdas isoladas, tibias posteriores como em Pseudacteon. Azas com a terceira nervura longitudinal bifurcada. Nervura costal menos comprida do que a metade da aza. — Especies myrmecophilas. Typo do genero : P. hosiilis n. sp. 9 PROCLINIELLA HOSTILIS, n. sp. V 0) Fronte pardo-escura, ligeiramente brilhante, pubescente, mais larga do que comprida no meio (aproximadamente 18:11), margem anterior convexa e arredondada, com 6 cerdas postantennaes e 3 fileiras de 2, 4, 4 cerdas. As cerdas postantennaes inferiores são mais fracas do que as medias e superiores; as medias distam aproximadamente duas vezes mais entre si do que as inferiores; as cerdas postantennaes superiores distam muito entre si: ellas se inserem perto das cerdas da primeira fileira, no mesmo nivei, e formam com as postantennaes medias uma fileira distin- ctamente convexa; ellas distam das postantennaes medias um pouco mais do que as medias entre si. As cerdas da primeira fileira se inserem perto da margem ocular e distam distinctamente menos das cerdas postantennaes medias do que das cerdas exteriores da segunda fileira. Essa é ligeiramente (1) Figuras da fronte e da aza serão publicadas num outro trabalho. 268 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL— VOL. XXV convexa para cleante; suas cerdas interiores se inserem um pouco em baixo do nivel do ocello anterior e distam duas vezes mais das exteriores do que entre si. A distancia entre as cerdas verticaes exteriores e interiores é aproximadamente 4 vezes maior do que a das interiores entre si. Triângulo ocellar um pouco saliente, rectangular. Olhos pubescentes e ciliados, attingindo as margens das foveas antennaes. Ha 2 cerdas nas bochechas e 1 pequena cerda genal. Terceiro articulo antennal pardo- escuro, conico, de tamanho "normal ; arista apical, menos comprida do que a largura da fronte, com pubeseencia densa e distincta. Palpos pardo- ferruginosos, moderadamente compridos, achatados em sentido dorso- ventral, em forma de colher, com 6 cerdas compridas e algumas curtas. Tromba curta. Clypeo não muito proeminente. Thorax pardo-escuro, ligeiramente brilhante, com 2 cerdas dorso- centraes. Cerda prothoraeica fraca. Escutello com 2 cerdas, deante das quaes de cada lado 1 pello curto. Mesopleuras desnudadas. Abdômen ■ mate com 6 placas tergitaes pardo-ennegrecidas. Segundo tergito alongado, 4 menos comprido do que 3, e 5 menos eomprido do que 4. Quinto tergito posteriormente um pouco chanfrado ; sexto tergito muito alongado, um pouco, mais comprido do que o segundo, estreitado para traz, portanto mais ou menos trapeziforme. Pubeseencia muito escassa e curta, sómente nas margens lateraes e na margem posterior do 6. tergito mais distincta. O sexto ventrito apresenta no meio uma delgada faixa chitinosa longitudinal, cujo comprimento exacto e formação basal não pude veri¬ ficar, visto me faltar material de álcool; é de notar que a plaquinha é atraz proeminente sobre a margem do ventrito, estando talvez presa sómente na base; a plaquinha apresenta 3 pares de pellos eriçados e um pouco divergentes : 2 na extremidade distai, 2 no meio, e 2 na região basal ;.os pellos que se inserem na extremidade apical são um pouco mais compridos do que os outros. Ovipositor chitinisado, formando um ferrão delgado e compondo-se de um ventrito e um tergito; a extremidade apical do ventrito é um pouco curvada para baixo, formando um pequeno dentieulo no apiee. Patas amarello-pardacentas. Tibia anterior na face dorsal com cerca de 6 cilios finos. Tarso anterior abreviado, só pouco mais comprido do que a tibia, a qual é curta ; metatarso anterior aproximadamente = articulos tarsaes 2-3 (ou ainda um pouco mais curto) ; articulos tarsaes 2-4 forte¬ mente abreviados, de comprimento igual, articulo 5 u'm pouco mais com¬ prido. Tibia media com fileira dorsal de pellinhòs, que se extende mais ou menos até a extremidade do 2. terço ; cilios posterodorsaes muito finos. T bia posterior com completa fileira dorsal de pellos e uma serie de cilios posterodorsaes finos. Metatarso posterior um pouco dilatado, aproxima¬ damente tão comprido como os dois seguintes articulos tarsaes juntos. família phoridae (dipt.) 269 Azas com fortes matizes amareilo-pardos, nervação distinctamente parda. Comprimento 0,918 mm., maior largura 0,476 mm. Nervura costal = 0,46 do comprimento da aza, divisões costaes = 19:6:3 (nesta mensuração a primeira divisão costal é calculada desde o primeiro cilio costal, porque a nervura humeral-transversal é indistincta). Cilios costaes finos. Nervura mediastinal distincta, mas incompleta. Terceira nervura recta até a bifurcação. Ramo posterior da forquilha um pouco curvado e engrossado. À sétima nervura não alcança a orla da aza. Em lugar da alula 1 pello. Balancins pardo-ennegrecidos. Comprimento total, 0,83-0,935 mm. Typos 2 de Petropolis, 14.XII. 1924, B. Ronchi leg. na entrada de um ninho de Acromyrmex muticinoda Forel. Segundo a observação do eolleccionador, as moscas estavam pairando em cima das formigas. Parece pois fóra de duvida que se trata de* uma especie myrmecaphila. _ 5EL NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Familia Phoridae (Dipt.) — Estampa I Fig. 3 Dohrniphoru obscurivcntris Borgm. V Fig. 4 Dohrniphora ronchii Borgm. V MUSEU XACIONAL — VOL. XXV T. Borcmeier: Famiiia Phoridae (Dipt.) — Estampa II Fig. 7 Beckerina irregularis Borgm. 9 Fig. 10 llypocera curvilineata Borgm - Ç? MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Família Phoridae (Dipt.) — Estampa III ! Fie. 12 Beckeritm ch difera Borgm. Ò* Re. is Beckerína nigricornis Borgm- 0" Beckerína Fig. 14 hteifrons Borgm. O* Fig. 15 Beckerína nudipleum Borgm. Ò* MUSEU NACIONAL — VOL. XXV f. Borcmeier : Familia Phoridae (Dipt.) — ■ Estampa IV Fig. 16 Aphiochaeta mucronata Borgm. 9 Flgi i< Aphiochaeta penicillata Borgm. 9 Fig. 18 Aphiochaeta pilipleura Borgm. 9 Fig. 19 Aphiochaeta luteizona. Borgm. 9 MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Familia Phoridae (Dipt.) — Estampa VI \ / / Fig. 28 Aphiochaeta íissimilatíi Borgm. cf Fig. 27 Aphiochaeta armigera Borgm. Ò* Fig. 30 Aphiochaeta commutata Borgm, 9 MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Família Phoridae (Dipt.) — Estampa VII * Phalacrotophora appendícigera Borgm. 9 r ■ A / \ / / Fig. ü Aphiochaeta titTftida Borgm. Cf* Fig. 34 * Aphiochaeta emoliita Borgm. 9 Fig. 32 Aphiochaeta concara Borgm 9 Fig. 3 Aphiochaeta rtifipes Mg. cf MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Familia Phoridae (Dipt.) —■ Estampa VIII Apocephalus pcniculatus Borgm. V Fig. 39 Apocephalus pilhentrís Borgm. Ç F!g. 40 Apocephalus lanccatus Borgm. V MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Família Phoridae (Dípt.) — Estampa IX Fig. 42 Cremersia costalis Borgm. C? Fig. 43 Neodohrniphora rubusta Borgm. Ò* Fig. 41 Cremersia spinosissima Borgm. O* Fig. 45 Apocephalus marginatus Borgm. Ò* Fig. 44 Neodohrniphora montana Borgm. Ò" MUSEU NACIONAL — VOL. XXV F. Borgmeier: Família Phoridae (Dipt.) — Estampa X Fig. 46 Synetira digital is Borgm. ü* Fig, 48 Syneura lúciola Borgm- 9 Fig. 49 Atíxanommatidm variegata Borgm. Ç Fig. 47 Syneura diversicolor Borgm. Ò* Fig. 60 Pseudacteon horgzneieri Schmiiz. 9 MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Família Phoridae (Dipt.) — Estampa XI Fig. 53 Sytieura termitophila Borgm. O* Fig. 51 Aphiochaetn memhrnnosa Borgm. 'í? '} . - : ( * . . . . Fig. 64 Ecitoptera cordobensis Borgm. V Fig. 52 Conicerotnyia epicantha Borgm. çf Fig. 55 Ecitocantha bruchi Borgm. Ò ’ 1 MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Família Phoridae (Dipt.) — Estampa XII Kg. 59 Aphioch&eta membranosa Borgm. 9 Kg. 57 Johowia rotichü Borgm. T?ig. 58 Dohrniphora curvispinosa Borgm. 9 MUSEU NACIONAL — VOL. XXV T. Borgmeier: Família Phoridae (Dipt.) — Estampa XIII Fig. 59 Apocephalas obscvrus Borgm. cT Fig. 60 Neodohmiphors montatia Borgm. O* Fig. 61 Apocephalus grandipalpis Borgm. cf MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Fig. 62 Pscudacteon pradei Tc ' ■ V T. Borgmeier: Familia Phoridae (Dipt.) — Estampa XIV ■i i í : i Fig. 63 Pseudacteon curvatu s Borgm. ^ Fig. 64 Pseudactcon comatus BorGM. Ç v T. Borgmeier: Família Phoridac (Dipt.) — Estampa XV * Fig. 65 Pseudacteon nudicornis Bokgm. V . í f MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Fig. 66 Apocephalas camponoti Borgm. 9 T. BoRGMErER; Família Phoridae (Dipt.) — Estampa XVI Fig. 67 Acontistoptera hirsuta Borgm. 9 * MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Estampa XVII Fig. 68 rheidolomyia alpina ScHMiTZ Ç T, Borgmeier: Família Phoridoe (Dipt.) índice dos generos e das especies (Os synonymos estão em grypho. Os generos e especies só mencionadas no texto, sem descripção, trazem o numero da pagina em grypho) Pag. Acontistoptera Brues. 254 hirsuta n, sp. 255 melanderi Brues. 254 Aphiochaeta Brues. 137 appretiata Schmitz. 157 armigera n. sp. 162 assimilata n. sp. 163 brunneipcnnis Costa. 138 circumsetosa De Meijere. 154 commutata n. sp. , . 160 côncava n. sp. 170 emollita n. sp. 166 femoralis End. 166 jerruginea Brunetti. 154 flavicoxa Zett. 137 longipalpis Wood. 164 luteicauda n. sp. 145 luteifasciata n. sp. 165 luteizona n. sp. 142 membranosa n. sp. 150 mucronata n. sp. 140 necrophaga Enderl. 85 nigriceps Locw.,,.. 138 nudipes Bccker. 129 parvitergata n. sp.... ,. 151 penicillata n. sp. 146 pilipleura n. sp. 147 platypalpis n. sp. 164 pteryacantha n. sp..... 144 repicta Schmitz. 154 rctroversa Wood. 137 rubriventris n. sp. 156 ruficornis Meig. 152 rufipes Meig. 167 scalaris Lcew. 155 spiniventris n. sp. 158 stephanoidea n. sp. 169 sulphuriventris Borgm.-Schm. 152 túrgida n. sp. 166 vesiculata n. sp. 148 Pag. xanthina Speiser.. . . . Apocephalus Coquillet. • • (Ksikfclfctts a. sp,.,,i 5 ... 198 brasiliensis Enderl . 1S6 camponoti n. sp . 195 grandipalpis n. sp. 190 lanceatus n. sp. .7 ...... . !95 luteihalteratus Borgm. 191 marginatus n. sp. 199 obscurus Borgm. 194 parvifurcatus Enderl. 186 peniculatus n. sp . 193 pergandei Coqu. 185 piliventris n. sp. 186 schmitzi Menozzi . 186 trichoeoxa n. sp. . . 189 vicinus n. sp. 188 wheeleri Brues. 201 Auxanommatidia Borgm. 207 hardicki n. sp . 212 myrmecophila n. sp. 210 üilifemur n. sp. 209 variegata Borgm. 208 Beckerina Malloch. 126 chelifera Borgm. 134 flaveola Mall. 127 fuscohaltcrata Enderl. 128 irregularis n. sp . 129 lucifrons n. sp. . . 131 luteihalterala n. sp. 132 luteola Mall , . . . 127 neotropica Brues. 128 nigricornis n. sp. 136 nudipleura n. sp. 133 orphnephiloides Mall t , umbrimargo Beckcr. 127 Chaetocnemistoptera Borgm. 112 semifurcata Borgm . 112 Coniceromyia Borgm. 121 anacleti n. sp. 123 272 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXY epicantha Borgm. 122 fusca n. sp.. • 125 Crepidopachys Enderl. 101 Cremersia Schmitz..;. 200 costalis n. sp. 206 pernambucana n. sp. 202 spinosissima n. sp. 204 zikani Schmitz. 203 Dohrmphora Dahl. S 8 abbreviata v. Ros. 89 adusta n. sp. 92 anterospinalis Borgm. 90 aurihalterata Borgm.. = 90 bisetalis Borgm... 97 brasiliensis Borgm.. 90 chlorogastra Becker. 89, 90 conspícua Borgm.i.. 99 curvispinosa Borgm. 103 díspar Enderl.:.. 109 dohrniphoroidea Assm. 89 dudai Schmitz. 90 flórea Fabr. 89, 90 fuscicoxa Borgm. 90 gigantea Enderl. 94 impressa Borgm. 90 intrusa Borgm.... .. 90 longirostrata Enderl... 101 lutéifróns Borgm. 91 maculipes n; sp. 106 meridionalis Brues....;. 91 monticola n. sp. 103 obscuriventris n. sp. 105 opposita n. sp. 107 paraguayana Brues.. 91 rhinotermitis Schm. — Mj 5b. 91 ronchii Borgm. 102 rubriventris Borgm. 95 schroederi Schmitz. 110 Ecitocantha Borgm. 256 bruchi Borgm.:. 257 Edtoptera Borgm .-Schmitz. 251 ciliata Borgm. . ■. 252 concomítans Borgm.-Schmitz. 252 cordobensis n. sp. 253 maeulifrons Borgm. 252 maior Schmitz. 252 proboscidalis Borgm. 252 sehmitzi Borgm. 252 Ediimcula Schmitz. 263 aptera Schmitz. 263 longipilosa n, sp. 265 tarsalis n. sp. 263 Gymnoptera Lioy. . 226 orientalis De Meijere,. 226 Homalophora Borgm. 86 Hypocera Lioy. m agilis Meig. uj coronata Becker. 113 curvilineata n. sp. 113 flavímana Meig,. 112 insperata Brues. 112, 113 írregularis Wood... ... 111 johnsoni Brues. 113 mordellaria Fali... 111 , 112 ocellata Schmitz. 113 pachycostalis Borgm. 112 vitripennis Becker.. - 112 Hypocerides Schmitz . , ..... 115 anheuseri Borgm.. 116 difformis Brues... 115 pterostigma Schmitz. .:. 115 Johowia Silva.;. 182 chilensis Silva... 182 ~ ronchii Borgm. 182 Lepidomyia. Borgm. 260 Lepidophoromyia Borgm. 260 zikani Borgm.'. 261 Megasella Rondani. 138 Melaloncha Brues. ' 223 colossia Enderl... 223 pulchelía Brues. 223 rubricornis Borgm. 224 Neodohmiphora Malloch. 213 acromyrmecis n, sp.. 216 calverti Mall. 213 curvinervis Mall. 214 declinatá n. sp. 214 montana n. sp. 217 robusta n. sp. 219 Neoplatyphora Borgm. 86 Paraphiocheta Malloch. 171 Parastenophora Malloch. 89 aptina Schin. 89 autumnalis Bedrer. 89 bispinosa Mall. 89 forcipata Strobl..,. 89 hiemalis Dahl. 89 nudipalpis Becker... 89 pubericornis Mall... 89 unispinosa Zett. 89 Phalacrotophora Enderl. 171 appendicigera Borgm. 172 berolinensis Schmitz.. 172 bispinosa n. sp. 180 bruesiana Enderl... 177 epei^rae Brues. 172 neotropica Borgm... 176 petropolitana n. sp. 179 pleuromaculata Borgm... .•. 176 família phoridae (dipt.) 273 Pheádolomyia, Schmitz. alpina Schmitz.. Phora Latr. À... Plastopkora Brues. 157, beirne Brues. Proclíniella n. g... *.. hostilis n. sp.. Pseudaeteon Coquillet___ ....__.... borgmeieri Schmitz.« caudalis Borgm.. ; i t- comatus n. sp... ... cultellatus n. sp. curvatus n. sp. Ktoralis n. sp. nudicornis n. sp. obtusus n. sp. pradei n. sp. solenopsidis Schmitz. tricuspis n. sp.. 219 220 90 235 157 267 267 235 240 250 243 241 246 247 242 249 244 248 238 wasmanní Schmitz. 236 Pseudohypocera Malloch. 183 clypeata Mall. 183 nigrofascipes Borgm.-Sehmitz. 183 Sehmitzia Borgm. 257 Syneura Brues.,..... ■ 226 coccíphila Coqu... 226 digitalis n. sp. ,,..... . . . ... r . 232 di versicolor Bórgm. !. *.,.*• . 230 furceüata Borgm. 228 infraposita Borgm.-Sehmitz. 227 ludola n. sp. 229 termitophila Borgm. 233 Tennitophorides Borgm... 257 Trineurocephala Schmitz. 117 angustiírons Enderl..,. 117 pubescens Borgm.-Sehmitz. 119 Udamochiras Enderl. 223 2307-924 35 BIBLIOGRAPHIA Assmuth (J.), 1919j Eine nem Hypocera (Dipt.) vom Bismarck-Arcliípel. “Tijdsehr. v. 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Numeramo-los segundo o schema seguinte: a 1 7 g b 2 8 h c 3 9 i d 4 10 j e 5 11 k f 6 12 1 1 Nephthys — Inscripção n. 6: Q 2 Inscripção n. 7: . % INSCBIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGTPCIOS 3 Isis Inscripção n. 8: Q j^_ — Inscripção n. 9: ^ ^ 111 jJ o 0 Inscripção n. 10: £ 6 Anubis e Neith—Inscripção n. 11: [J □ ^ o~^ ^ L Inscripção n. 12: Q [1 í 8 Inscripção n. 13 : ^ C—. \ d Q 0 9 Neith — Inscripção n. 14 : 10 Neith e Osiris—Inscripção n. 15 : g a fit 11 Inscripção n. 16: 12 Isis e Anubis.— Inscripção n, 17 = StL t. V ÜJLJ A D zn /ff 3/ |e=>(l ^ a Inscripção n. 18 : , — CK, LN » n, 19: =0» 1 n 293 294 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV c Inscripção n. 20: ê d » n. 21 : s} ]} < 3 >> !in / » n. 22 g » h )) » n. 23: k n. 28: /— I INSCRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS ■ EGYPCIOS 295 A beira da tampa, do cotovello aos pés, está acompanhada por uma linha de inscripções de cada lado, interrompida na divisão dos quadros contíguos, a, ò, c, etc. por tiras de inscripções vertieaes. Numeramos a linha horizontal por seus segmentos: a 1 até a 8 , (ao lado direito do defuncto, começando abaixo -do cotovello) — e a 9 até a 16 (ao lado esquerdo). As inscripções vertieaes, interrompendo as precedentes são designadas: A a G (lado direito) e H a N (lado esquerdo). a 1 Inscripção’ n. 80 : a 2 » n. 81 : a 4 - » . n. 83 c í\ r l t » l*| r i a 5 » n. 84 : q~£ lí 1 Q i a 6 )), n. 85 : a‘ » 296 ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV a 10 Inscripção n. 39: —O ™ « » n. 41 : q y /7 ^ 1NSCRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGYPCIOS 297 F » n. 51 : 2307-924 298 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV H » n. 53 : ã a o INSCRIPÇÕES DOS SAUCOPHAGOS EGYPCIOS I Inscripção n. 54: J }) n. 55 : K » ARCHIVOS PO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV 300 M Inscripção n. N //,. 59 : Sobre o dorso do pó, uma inscripção cm 3 columiias : íh O Inscripção n. S r^i I o fZJ o UI óvu ^ r £ í f 8_, ri Ô o /I . € D d d // O íf L -A ZY Dl $ L o □ o n zv L Debaixo do pé da tampa: Nephtys no meio, em pé, com o hieroglypho do seu nome -na cabeça. ‘ 1NSCRIPÇÕES 1K>S SARCOPHAGOS EGYPCIOS 301 Metade es¬ querda, 5 columnas verticaes de inseri- pções: 1“ í a D 1 1 ! í s " 1 'W—— - 1 Inscripyão n. 67 : Metade di¬ reita, 5 columnas verticaes de inscri- pções: o o O JJ Inscripção n. 62: o /i * o 0 O'- 302 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV Na beira da tampa, chanfrada, em redor dos pés, começando na linha mediana e cahindo de cada lado: Lado direito—Ihfccripção n. 68 : duas inscripções INSCRIPÇÕES DOS SARCOPHÀGOS EGTPCIOS 303 Lado esquerdo — Inscripção n . 64 • il „ç> O I 304 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV N. 526 — CUBA DO SARCOPHAGO I o Exterior Beira superior, começando no meio da cabeceira para o lado esquerdo do defuncto: Inseripção n. 65: líl T I O í * =3 o 3 f tüüf] ,m| Tõf n i o Áj 9 A a a Para o lado direito do defuncto: Inseripção n. 66: O ) Cj II INSCRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGYPCIOS 305 Continuação da Inscripção n. 66 os w tzzz VO ® At? lá Q * LiJP=l 'O 7 m /Vw^wv\ O £Z r $// [\ t±±±±a * *u n j i ii' ij Cj .oi f I c-= s> C . a I V/ ") O I A^lfí í & ^ Ü Q D q \\ “ 1] zm o -- r ~~"-~^' ^ E*3 ^ _s â ,-\ Sl/ fuZ- fe - . " I) • ca mrmw ^ r n n q * £. a líüül 3 . , , Vnt^c £lo j\JÍ. Na cabeceira, deusa alada, ajoélhada sobre o hieroglypho bnu com o disco e 2 uraei, na cabeça. ^ ü Inscripção n. 67 : n os , o—A — . □ £> Os £3s O Cs D 0 ' o %, 2307-9’ t 39 306 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV Debaixo das azas, de cada lado uiri Anpu, com os nomes: í\ vA-AJVA. Inscripção n. 68: XZy ^y 1 t B Seguindo o lado direito do defuncto: Uma linha vertical de hieroglyphos: Segue um quadro com o defuncto em pé, perante o deus Osiris, senhor da vida, sentado em seu tlirono. Por traz deste uma mulher em pé. INSCKIPÇÕES DOS SAKCOPHAGOS EGYPCIOS 307 Duas linhas verticaes de hieroglyphos: Inscripçào n. 71 : 3 4 // o U- C3 o I 4 S' V ;n ^ / T~p' -o o- 0 II! O í cr> i O Um quadro onde Thoth em pé está deante da Rã sentada n’üm throno'. Inscripçãu n. 72 : :m ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL, XXV O 3°‘quadro, contíguo ao precedente, está destruído. Apenas subsiste a figura de Horus em pé, deante de Rã. Fragmento de inseripção: Inseripção n. 73 : u ^ w - Ü 1] Q tf. q I í o — L O Duas linhas verticaes, cuja parte superior está destruída: Inseripção n. Segue o defuncto em adoração, , em frente de uma mesa com flores e fruetos. INSCKIPÇÕES DOS SÁRCOPHÀGOS EGYFCIOS 309 Cinco linhas verticaes: Inscripção n. 76: Segue quadro representando uma cobra em cima de degraus. Nas suas costas Horus, e Thoth, deante de Osiris. sentado, que seguem Isis e Nephthys, Por traz d'estas ultimas uma personagem com a cabeça levando o hieroglypho. Inscripção n. 77: 1 Por baixo dos degraus represen¬ tando o interior de uma pyra mide, o defuncto em Osiris, guar¬ dado por 2 cobras, e por 2 mulheres, de joelhos, se lamentando. Inscri- pçáo n. 78 : jyrq a boa residência. D'um lado dos degraus o Utchat e uma deusa v com cabeça de cobra, em pé, sobre o I o degrau. Do outro lado um carneiro. Em cima — Inscripção n . o 310 ARCH1VGS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV A’ esquerda da cabeça da cobra — Inscripção n. 80 : 0 no A’ direita, debaixo dos pés da personagem: IHOf c Inscripção n. 81 ? II tíegue um quadro do defuncto offerecendo flores de lotus, fructos, etc. deante de uma mesinha carregada também dos mesmos; 2 linhas verticaes de hieroglyphos formam moldura, uma de cada lado. INSCRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGYPCIOS 311 Um quadro vem depois, representando o Ceu por cima da terra, e 2 carneiros sustentando os cotovellos de uma personagem, com a penna Shu sobre o Klaft, em postura de adoração. De cada lado, Horus; á direita sem inscripção, á esquerda: Inscripção n. 83 : 1 O QJU De cada lado da cabeça do adorante: A’ esquerda — Inscripção n. 84 : A’ direita — Inscripção n. 85: q ~ ■■ Z1 Fóra dos cotovellos, em cima dos 2 J carneiros: A' esquerda — Inscripção n. 86 : íiA A } direita — Inscripção n. 87 : De cada lado do corpo: A’ esquerda —Inscripção n. 88: a A’ direita — Inscripção n. 89: De cada lado da terra: A ? esquerda—Inscripção n, 90: 6 A í D 1 A 1 -o 3 * 312 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV A’ direita — Inscripção n. 91 : <—> O ■VH Segue em quadro: o defuncto em pé, com sua .alma, ave com cabeça humana perante a deusa da vida no persea. Este, deixa correr a agua de um vaso, que bebe a alma. Por traz da arvore, sobre um pedestal, deante da pyramide Anpu, a vacca divina e o Uraeus. Sobre a pyramide do mastaba, num quadradinho, em tinta preta, a Em cima, á direita da arvore —- Inscripção n. 93 : Mais á direita, perto de Anpu — Inscripção n. 94 : A ? direita do Anpu — Inscripção n. 95 : A’ esquerda do persea — Inscripção n. 96 : Q d Em cima do defuncto : Inscripção n. 97 , -<2^ continuando-se com a linha vertical separando á esquerda este ? quadro do precedente. INSCRIPÇÕES DOS SARCO PH AG O S EGYPCIOS o ■ ° 313 Inscripção n. 98 : n i Ti 1 1 i 1 i | | j / Q 0 o cru i o T 4 Ao pé do sarcophago Isis de joelho em terra, entre 2 Tat e 2 nós de Isis eom braços segurando o Tat. o o O ^ o n Inscripção n. 99 Ò 0-^A L c c -r^ Lado esquerdo da cuba, dos pés para a cabeceira: Quadro da psychostasia. * A’ esquerda da balança: Inscripção n. 100 : O rs o A } direita da balança — Inscripção I ' f ^Sf O 0 0 a 7~&\ y n v * £5 0 =o> í 1 QÕ Ò I" \//& 2307-924 40 314 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV Sob a balança, perto da Anpu — Inscripção n. 102 \ tfo? vü O P—0—0 t a Sob a balança, á direita, debaixo da figura sentada — Inscripção n. 103 : D Sob Th o th, acima do monstro — Inscripção n. 104 Osiris está sentado á direita debaixo de um docel. Segue um quadro representando Knum e 2 linhas verticaes de hiero- glyphos o separam do defuncto em adoração no quadro vizinho. v o a < - - - a o Z3 \\ JJ.A \àj 11 Ê III l —:— Inscripção n. 105 : O & i e>. <>4^ <3 O O 0 o o a O <=> O Cf o ■t Q O Depois vem um quadro do defuncto em adoração, destruído terças partes. Inscripção n. 118: o> r n —C- subsistem. 3= T u i nas duas INSCBIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGYPCIOS 317 Depois de um grande espaço destruído, acha-se em parte um quadro representando Ra, sentado debaixo de um docel. Em frente delle Thoth em pé, com quatro figuras osirianas em pé sobre uma flor de lotus. Inscripção n. 115 : Seguem duas columnas de inscripções — Inscripção n. 116 : Um quadro apresenta Osiris sentado com uma mulher em pé. O de- functo offerece quatro vasos sobre uma bandeja—deante delle uma mesinha. 318 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV Inscripção n. 117 : Uma linha vertical de hieroglyphos—Inscripção n. 118 : Linha horizontal de hieroglyphos, em baixo dos quadros, sobre o lado esquerdo do defuncto, começando pela cabeceiraj Inscripção n. 119 : INSCRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EQYPCIOS 319 Continuação da Inscripção n. 119 o <3 6 O A. 0 Q Cvr=* f 5> o A 0-M.^uSja d*> jU,. í O ^37 ' Linha horizontal continuando no pé da cuba até ao meio: fInscripção. n. í$Oi Linha horizontal, sobre o lado direito do defuncto, começando pela cabeceira: Inscripção n. 121: o n n o o w ■A—" 4) 0 * 320 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL— VOL. XXV Continuação da Inscripção n. 121 O. .A Linha horizontal continuando no pé da cuba até ao meio: Inscripção n. 122: 2 o Interior da cuba Na cabeceira ; o escaravelho com os dous Udjas. Em cima, acompa¬ nhando a beira da cuba: I o , da cabeceira aos pés, pelo lado esquerdo do defuncto. Inscripção n. 128 : 0 ^ 9^00 2 o , da cabeceira aos pés, pelo lado direito do defuncto. Inscripção ri 124 : 5 Y o I c£ = <=&= INSCRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGYPCIOS 321 Continuação da Inscripção n. 124 Sobre o lado esquerdo do defuncto está pintado um quadro represen¬ tando Anpu, perto da cama funeraria. Sobre o fundo pardo, uma inscripção de um branco passado. Inscripção n. 125 : ?a n tífcfcé* I -VWwM M O T f I I o Uma inscripção pintada separa este quadro do seguinte. 2307-924 41 322 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — yOL. XXV Seguem os gênios funerários Ànpu e Horas, com as inscripções: 127 Horas: i A i n. 128 Anpu: ^ n. 129: EL. A o 0 ^ 5 J j è * n Depois os 2 gênios da Amenti com cabeça de homem e de cyno- cephalo: n. 136 Amset: ^ n. 137 Cynocephalo: ^ ^ □ o C~3 324 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL, XXV n. 138 : Por baixo uma inscripção sobre fundo claro separa a scena prece¬ dente da figura de Isis em pé. O ti 1 0 õ 8 Inscripção n. 139 : Ag* j a \ i? 'éf í oj Em redor da cabeça da deusa Isis. Inscripção n. 140: i ■* CZZ3 Taboas do fundo da cuba: Debaixo da cabeça a barca solar com a inscripção hieratica: Inscripção n. 141 : e sobre 0 supporte da barca. INSCRIPÇÕES DOS SARCOPHAGOS EGYPCIOS 325 n » ^ 9 Inscripção n. 1/+2: \2U f í H tf)Çf-ss l Begue uma figura de mulher. 326 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL VOL. XXV E aos pés da figura: dois Osiris. á direita do defuncto Inscripção n . 14o : ao lado esquerdo a taboa está destruida. Ha ainda algumas inscripções claras sobre o fundo pardo, illegiveis, que foram gastas pelo tempo. ESTELA N. 2.419 A esteia n. 2.419 foi photographada, como as demais da collecção egyptologica do nosso Museu, e as photographias, mandadas pelos cuidados do Conde de Arco Vallé ao Professor Erman, de Berlim, foram resumi¬ damente traduzidas pelo Sr. H. von Grapow, em 1910. Era natural que trabalhando sobre photographias, ainda que cuida¬ dosas, a leitura de alguns signos hieroglyphicos se tornasse bastante du¬ vidosa. Bevisamos directamente sobre a peça, o texto da esteia aqui estudada, completando a traducção do Sr. H. von Grapow, ás vezes differindo da leitura por elle aceita. Seguimos para a translitteração phonetica as indicações preciosas for¬ necidas pelo inolvidável G. Maspero, na sua ultima obra (1) 2 , infelizmente in errompida pela morte do Mestre. # # # No tympano superior está o prenome real do Pharaoh Usertesen III o (o Lakharès dos Gregos): O DEUS BOM (Kha-Kau-Biyá). A’ mão direita: Amado de Asare (Osiris) Khent-Amantit (chefe do Occidente), Dem grande , senhor de Abdu (Abydos) — Lhe sejam dadas a vida , a estabilidade e toda a felicidade, A } mão esquerda: Amado de Ap-Heru {2) (o guia dos caminhos da Amantit) í3) , Senhor da necropole — Lhe sejam dadas a vida, a estabilidade e toda a felicidade eternamente . Segue o corpo da inscripção em quatro linhas horizontaes: 1 — O Vivos sobre a terra [que] se dirigirem elles, para o tumulo este, do Intendente C4) do palacio IU-NAFA, (1) Introduction à 1’Êtude de la Phonétique Bgyptienne —* H. Champion — Paris — 1917. (2) Áp-Heru (Ap Uat — dos textos das Pyramidas), um dos dous chacal prepostos á religião fimeraria. (S) À Amantit é o Hadès egypcio. 330 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV 2 — Todo officiante (5) , todo propheta, todo sacerdote, iodo escriba , iodos [vos] homens, [que] desejaes de Ap-heru, o vosso Deus, [serem] ternamente amados m , dizei : 3 — Offerta real de milhares de pães, de bois, de gansos, de roupas, de perfumes, de oleos, para o duplo do Intendente do Palacio de Usertesen IU- NAFA | nascido de AS-USER, senhora r!) venerável 4 —- [Se] desejaes mmr- mbre a terra, mm vossas funcções (dignidades) que [sito] perto do Rei m , trazei [as offertas] á necropole sobre a mesa de libações do chefe do OccÍdenie t para que elle não esteja surdo para vós (9) que vos apprommam. # # % Abaixo cT estas linhas, á esquerda, está o defunto sentado em frente de uma mesa com todas as provisões offerecidas, Entre os seus pés e a mesa uma breve inscripção: Abais Anem (ou Abais Schent) (10) , nascido de li. Do lado opposto da mesa em linha vertical: O Intendente do Palacio. Ai nascido de sua mãe im . (5) /(er-hêb Mestre de cerimonias, ehorkta sacro. (6) O Sr. H. von Grapow traduziu: “weun ihr den Up-uaut, euren innig geliebton Gott liebt” -— Se vos amais Up-uaut, a vosso Deus intimamente amado — Considero que ha aqui ellipsc do verbo “ser” (7) Geralmente o termo “nascido de” está seguido do nome da mãe — aqui o nome As-User (Isis victoriosa) é evidentemente um nome de mulher; nós o encontraremos no registo que segue, com a figura de uma mulher, e a indicação do gráo de parentesco — “sua mãe”. Entretanto, duas vezes, nesta esteia, o nome está seguido da epitheta “senhor venerável” sem indicação do feminino, o que explica a traducção de V. Grapow “Ist-User der Herr der Ehrwurdigkeit (senhor de veneração). Creio que a menção do nome materno, que assignalei, justifica a traducção feminina, e que O gravador deixou duas vezes de marcar o genero depois de^7“neb”, por “nebit”. (8) O texto diz sómente: £ ^^(em casa do Rei > ou P^rto do Rei). V. Grapow traduziu: “que o rei vos attribuiu, e deixou de traduzir o resto da invocação. (9) Os últimos signos por falta de espaço estão muito perto uns dos outros, o que explica a abreviação c — ° por c —"S ou tzAl (vos), tanto mais que o verbo b —“se approximar”, tem a marca do plural. O x • • l ~wv\ (10) Como a generalidade dos nomes egypcios, este nome proprio tem significação “Abais”, isto é “capucho” e “Anem” pelie —■ o que vem a ser “capucho de couro”. Pode-se ler “ Abais-Schent” também; Schent ó cabellos — seria portanto “capucho de cabellos” (ou cabei loira). Von Grapow tomou o 2 o nome por um determinativo; “Ate” porém, como capucho, tem geralmente um capucho como determinativo. Encontra-se em Beni Hassan o nome proprio tj £ TflffT Àbaishâi, nome de um chefe Cananeu, que se approxima âm hebraicos * s abishi, i ^ & abschei, e do nosso ■' ■ • Maspéro,ob. cit, p. 114) (10 a ) Estas duas inscripções, de caracteres hieroglyphicos muito menos cuidado® do que o resto, e estreitamente alojadas no unico logar achado vago, foram certamente gravadas depois das duas ultimas linhas da pedra. ESTELA N. 2.419 331 No lado direito do mesmo registo, uma mulher, sentada em frente de uma mesa, respira uma flor de lótus e a inscripção em cima de sua cabeça nos fornece a sua identidade: Sua mãe (de IU-NAFA) (11) As-User, nascida de ‘Chuit (12) . 0 registo que segue representa seis pessoas sentadas (quatro homens e duas mulheres) e mais uma mulher sentada em frente de uma mesa. Os nomes indicam quaes elles são. Lemos da direita para a esquerda: 1) — Seu irmão Hatpu-ur, nascido de ‘Chuit. 2) — Seu irmão, como um filho para o seu coração iVÒ} Uku (li] , nascido de Ausen. 3) — Seu irmão Usertesen, nascido As-User. 4) — Seu irmão H atpu-S heriu (10) , nascido de sua mãe. 5) — Sua irmã Ausen, nascida de sua mãe. 6) — Sua mãe ‘Chuit, nascida de sua mãe. A inscripção gravada acima da senhora sentada em frente da mesa nos dá: Serni-tut, nascida de ‘Chuit, seu filho (uv> Usertesen, nascido de As- User] ella faz as litanias todas. Segue uma linha de oito pessoas sentadas, com os nomes: 1) — 0 intendente da casa Renef-Aan c ch, nascido de Amam. 2) — Seu pae Kabaises, nascido de sua mãe. 3) — 0 chefe da casa ‘Chetâa-Kaf {l7) , nascido de Kaki. (11) Eu presença aqui do nome As-User, que nos permitte relevar o erro da graphia assignalado na nota 7. (12) Eu indico ‘eh com o espirito ruclo, a pronuncia da j espanhola, que tem a letra 0em egypcio, no Medio Império. (13) Von Grapow não traduziu este trecho cia inscripção. li- Woill (La Il> et la 111° clynasties, 1* Partie — P. 36), apresenta uma inscripção:^* 'JJS ^ que traduz “seu filho primogênito”. Como “Khent”, significa lambem: “ir na frente, chefe” seria possível ler “filho primogênito”; a designação de irmão, porem, que precede, só permittiria ler aqui, “seu irmão sênior”; o determinativo de “sênior” não figura todavia. (14) Grapow, leu Ideem, entretanto na pedra os clous signos são semelhantes (15) Von Grapow leu Hotep-Ur. —• Leio, segundo Pierret (Voc. hieroglyph.) o Sherau — pequeno (o filho da paz), que se vocalisa Sheriu, segundo as regras do Maspéro. (1(5) Pelo contexto, podemos comprehender que Serni-tut, como filha de ‘Chuit, deve ser a tia de IU- NAFA, e que “seu filho Usertesen”, como filho de As-User, na realidade é “sobrinho”. O final, um pouco escuro, foi attribuido por V. Grapow ã representação do quadro superior, sem razão julgamos. Ellc leu “ Sat-Renutct” o nome desta mulher. (17) E interessante que a palavra casa “hait” tenha sido gravada in extenso. O nome proprio era diílicil a ler na photographia, c não foi traduzido por Von Grapow. 332 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — VOL. XXV 4) — 0 chefe dè Tum (Heliopolis ?) (íg) *Ches-h(Épu m , nascido de Haíhar- As. 5) — . .. nkhu (20) Usertesen, nascido de Baibu. 6) — 0 escriba da mesa. Usertesen, nascido de Hãtpuit. 7) — O intendente dos apartamentos do harém, Thuti-hatpu, nascido' de Nem-ti . 8) — Geb-géb~kem m) , nascido de Àui V£6} . Em baixo.deste registo, a esteia acaba com duas linhas horizontaes de nomes, que lidos, da direita á esquerda, rezam: 1) — Seu filho Senbai, nascido de Debaisüt. ' 2) —- Seu filho Nafa-Kem-Riyâ, nascido de sua mãe. 3) — Seu filho Mwm ! ' m Çou Khamt-nu), nascido de Hathar-As. 4) — Seu amigo querido, chefe dos archeiros, Amani, nas¬ cido de ........ (M) 2 a linha: 5) — O guarda do palacio Kechi {25) , nascido de Khent-m-Ka m) . 6) — O guarda das sandalias reaes, Sanni, nascido de Kkent- rn-Ka. 7) — O guarda de honra {27) Sa’ch, nascido de Athi. (18) Ou ò mestre do naos? (“tum” significando também a eapella funerária). (19) Talvez por seria “ u Chons-hatpu”. (20) O primeiro signo esta illegivel. Vou Grapow traduziu '‘der Stellvertreter” — o logar-tenente, lendo sem duvida “ uahmu”. Os signos entretanto aqui gravados não permittem esta leitura. (21) “Geb-geb”—reduplicação cie “geb”— lagrima—parece indicar um afflieto ao extremo ou um chefe de carpideiras. Pierret (voe. hierog) cita também designando duas dansarinas. E pos¬ sível que geb-geb ou gebui designa um dansarino ou mimo funerário. Grapow, que ligou o nome Kem Tido por alie w am”) ao titulo, ficou tombem na incerteza da interpretação. (22) Imai? (Grapow). (23) V. Grapow leu Sennu, a photographia não deixando bem perceber o d° traço horizontal, que pode formar a leítoaj^-^ mu, ou khemt. (24) A pedra aqui está quebrada. (25) Na palavra “palacio, casa” o signo do t, no nome (Kechi lemas um q e não um t. Vou Grapow leu “Chet (26) V. Grapow leu Chentiu-ka, é a letra m, e não u que segue na pedra o signo Khent. (27) Á identificação, do I o signo é muito difficil — leio ^ et)—donde ‘Kheti,— “aquelle que acompanha”. V. Grapow não conseguiu lêr na photographia. ESTELA N. 2 .419 333 8) — 0 guarda do palacio Murri (2S) , nascido de Sakari. 9) ■— Do nome seguinte apenas se lê Mes-ni. . . # # % Em redor da esteia, uma bordura de inscripção, começando no meio, em cima, e descendo de cada lado. Restabelece-se facilmente o começo, destruído por uma lasca da pedra. I o — Lado direito: Offeria real â Ap Hem, smbor da neeropole , para que elle dê uma sepultura boa na montanha do Occidente e um acolhimento tal como convem a um deus grande m , para o duplo de Usertesen m (sic) IU-NAFA, nascido de As-User, senhora venerável (31) . 2 o — Lado esquerdo: Of feria real á A’s-Are (Osiris) Khent Amaniit (Chefe do Occidente), deus grande , Senhor de Abdu (Abydos) para que elle dê a of feria funeraria em milhares de pães e (vasos) de cerveja, bois, gansos, de roupas, de incensos, de oleos e que lhe deu m) Ap-Heru, Senhor da Vida, Chefe do Occidente, para o duplo de IU-NAFA. # # # Pelo prenome “Kha-Kau-Riyá” — do Pharoah Usertesen III e pelo estyio da baixo-relevo, devemos classificar a esteia com pertencendo ao Império Medio (de 2.600 a 2.220) Usertesen III, reinando cerca de 2.333 (Budge). ^ # # Dos nomes aqui encontrados, podemos tentar estabelecer os graus de parentesco entre o intendente do Palacio de Usertesen e algumas das pessoas aqui citadas. Da especificação do grau de parentesco, convem relevar que a familia está representada nos dous registos superiores e na penúltima linha, e que (28) V. Grapow leu “ Merri”. (29) A pedra tem “Neter hud'\ Deve-se lêr entr do lado esquerdo, depois do oome de Osiris, e no (30) Houve evidentemente, aqui, erro do gravador, o nome do defunto segue o do rei, que aqui não se justifica. (31) . Vide nota (7). (32) O perfecto, justificado pela forma “nf”—mostra aqui uma verdadeira gerarchia entre Osiris e Ap-Heru. , ► > 334 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL — YOL. XXV a filiação toda, aqui como para os amigos e pessòas gradas, é sómente fe¬ minina, matrilineal, os nomes dos paes não figurando. Podemos assim estabelecer a seguinte genealogia: c CHUIT $ £ - =■ ~ - í> ? AS-USER (sua mas) - 1 --- 1 HATPU-UR £ SEKNITUT AUSEN * i UKU HATPU-SKERIU ITJ-NAPA ' USERTESEN p £ (casou com 3 mulheres$> I DEBAISUT £ HATHAR-AS$ I SE NB AI i . MUNU 7í í NÂFÂ-KEM-RIYÁ Sua irmã Ausen e seu irmão Haptu-Sheriu talvez sejam filhos de outra mulher do pae de IU-NAFA, de.condição humilde, ou possivel¬ mente de duas mulheres. UKU, filho dé Ausen, é um jovem sobrinho que IU-NAFA educava provavelmente ou adoptou, d ; ahi a explicação da phrase — seu irmão “como um filho para seu coração”, o que permitte afastar õ exemplo de Pierret—“filho primogênito” citado na nota íl3) . Quanto á sentença duvidosa (vide nota 16) •— vemos que Usertesen, irmão de IU-NAFA, figura aqui uma segunda vez. Pelo que precede, podemos ver que não ha nome particular para os sobrinhos, que são ora chamados irmãos (Uku), ora chamados filhos (User¬ tesen'pela tia Sernitut). O tio, irmão da mãe (Hatpu-ur), também é cha¬ mado “irmão”. ITJ-NAFA tem tres filhos de tres mulheres, das.quaes uma não tem na esteia as honras do nome, por ser de extraeção commum, sem duvida. E’ notável, porém, que as duas mulheres, Senbai e Hathar-As, não figurem na pedra, entre os offertantes. ausen pelo possessivo feminino, no enunciado do parentesco = sua irma pareceria irma da mãe de HATPü-SHfíuiu e portanto tia d’este ultimo. CHurr por sua ves. tem possessivo feminino, e parece portanto, sua mãe, se referir á ausen, que acaba de ser designada. chüit, n’este caso seria mãe de ausen, e ausen seria tia de iu-nafa, como hatpu-sheriu passaria á ser primo do mesmo. A não ser assim, haveria. 2 erros do gravador — e o parentesco permaneceria tal como o indicamos na arvore genealógica acima. Museu Nacional, 18 de setembro de 1924.— A. Childe. 2307-924 — Rio de Janeiro — Imprensa Nacional — 1925