Expedição Scientifica Rosevelt-Rondon Annexo N. 2 BOTÂNICA Relatório apresentado ao Snr. Coronel de Engenharia Cândido Marianno da Silva Rondon, Chefe da Commissão Brasileira POR F. C. J1QEHNE Botânico da Expedição. Rio de Janeiro — Novembro de 1914. « r • EOTK©íD)Oe€A ^js Em Fevereiro de 1913, fomos nomeado para o cargo de Chefe do Gabinete de Botânica da Inspectoria de Pesca do Ministério da Agricultura, Industria e Commercio e, exercendo aquclle cargo, foi nos apresentado em Novembro do mesmo anno, o convite para acompanhar, como botânico, a Expedição Scientifica Roosev elt-Rondon; o qual no-, foi apresentado, por in- termédio do Tenente Dr. Jaguaribe de Mattos, pelo Coronel Cândido Maria no da Silva Kondon, chefe da Commissão de Linhas Telegraphicas Estra- tégicas do Matto Grosso ao Amazonas e escolhido pelo Governo, para dirigir a commissão, que sob o titulo acima, iria acompanhar o Coronel Theodoro Roosevelt, em sua viagem ao interior do nosso paiz. Sabendo que a referida Expedição demorar-se-ia algum tempo no Es- tado de Matto Grosso, antevimos, neste honroso convite, uma magnifica occa- sião para levarmos a ef feito alguns estudos sobre a flora aquática daquelle longínquo e, neste sentido, tão pouco explorado Estado. Compartilhando o director da Pesca, d'esta nossa ideia, resolvemos acceder ao convite, offici- ando o Sr. Alipio de Miranda Ribeiro, director da Pesca, ao Ministro da Agri- cultura neste sentido, designando-nos para aquella Commissão. Não era no em- tanto, só este, o fim, pelo qual accedemos ao convite com que fomos distin- guidos; estando desde 1908 occupados com estudos botânicos naquclle Esta- do, éra-nos muito bemvindo qualqu jo que til s para os continuar. Servindo como botânico na Co; Grosso, fizemos duas v; aquelle Estado, sendo a primeira de Junho de 1908 e estendendo se até Novembro de 1909 e a segunda de Dezembro de 1910 até Abril de 1912. Nestas viagens conseguimos reunir uma bella col- lecção de plantas, porém, a mesma, que se compõe de mais de 15c cies, contém apenas plantas superiores, principalmente phanerog; 1 dta- vam-nos portanto as plantas inferiores, estas microscópicas aquáticas com ultimamente mais nos oceupavamos no nosso Gabinete itro mo- tivo imperioso que nos não deixou vacillar um momento. Tendo accedido ao convite e chegando o Coronel Dr. Cândido Ma- riano da Silva Rondon a esta Capital, communicou-nos ellc que o Sr. Ali- pio de Miranda Ribeiro, que tinha sido convidado como zoologo para esta Expedição, não havia podido attender ao convite, e, afim de não fi'-ar total- mente perdido aquella parte do serviço, contratou os taxidermistas Arnaldo Bla- ke de Santanna e Henrique Reinisch, encarregando-nos da direcção da colhei- ta daquelle material, que depois ficaria aos cuidados do mesmo St. Miranda Ribeiro. Embora nos sentíssemos sobrecarregados e mesmo sem proficiência para esta incumbência, a acceitamos, attendendo ás circumstancias do momento e em attenção aos nossos mui estimados chefes, Coronel Rondon e Sr. Mi- randa Ribeiro, principaes interessados n'este serviço. Em 25 de Novembro, tudo tinha sido organizado, e, de malas promptas, tomámos passagem a bordo do «Amazon» da Mala Real Ingleza, transportan- do-nos para Montevideo, onde transbordamos para o «Vénus» do Lloyd Brasi- leiro, o qual nos levou até Angustura, na Republica do Paraguay, onde fomos obrigados, devido á falta de agua para navegarmos, a transbordar para o «Bra- sil Fluvial», também da mesma Empreza, com o qual chegamos, a 14 de Dezem- bro, em Corumbá. Foram nossos companheiros nesta viagem: o Dr. Fernan- do Soledade, Henrique Reinisch e Arnaldo Blake de Santanna, que também fa- ziam parte da mesma Expedição. Em Corumbá, fizemos a nossa primeira estação; é esta, uma bella cida- de que se acha situada á margem direita do rio Paraguay, em uma eminên- cia do terreno pouco abaixo do ponto em que a bahia de Cáceres desagua no mesmo rio, é o porto principal de todo o Estado e a cidade mais bella do mesmo, tem edifícios modernos e ruas bem delineadas, mais ou menos 10 a 12.000 habitantes, muito commercio e alguma industria. A população com- põe-se, na grande maioria, de estrangeiros, predominando Paraguay os, Argen- tinos, Allemães, Italianos, Inglezes e Árabes, em cujas mãos está, quasi todo o commercio. O clima de Corumbá, é excessivamente quente e secco, o que po- demos attribuir em grande parte ao terreno calcareo sobre o qual está edi- ficada. Em Corumbá nos demoramos alguns dias esperando conducção para S. Luiz de Cáceres; durante este prazo de tempo, fizemos pescas de plankton na grande lagoa de Cáceres e visitamos, em companhia do Dr. Euzebio de Oli- veira, geólogo da Expedição, a serra do Urucúm na fazenda do mesmo nome. No dia 23 de Dezembro deixamos Curumbá em demanda de S. Luiz de Cá- ceres, onde chegamos no dia 31 do mesmo mez. S. Luiz de Cáceres, antiga Villa Maria, talvez a terceira cidade do Es- tado, fica a margem esquerda do rio Paraguay, a uma légua da confluên- cia do rio Cabaçal e algumas acima da do rio Jaurú, é de clima mais ameno que Corumbá, porém mais alagadiça e plana, circumdada por cerrados e mat- tas que na estação das aguas são recortadas por grande numero de pequenos riachos e córregos temporários, que formam pequenos lagos e lagoas, que no inverno não apresentam vestígios de agua. Nesta cidade nos occupâmos com pescas de planktontes e colheitas de material até o dia 5 de Janeiro, em que chegaram ali os Coronéis Roosevelt e Rondon e demais membros da Expedi- ção, em companhia dos quaes, nos transportamos então para Porto do Campo, onde fizemos nossa terceira estação. Do Porto do Campo partimos, alguns di- as depois, para Tapirapoan, onde fizemos a quarta estação e de onde visi- tamos, em companhia do Dr. Euzebio de Oliveira, a chapada da serra do mesmo nome. De Tapirapoan fomos ainda, com destino rio Gy-Paraná, até Salto da Felicidade, de onde fomos obrigados a retroceder para Tapirapoan e de lá para esta Capital onde chegamos a 20 de de Fevereiro. * * * Devido á falta de litteratura necessária para a classificação do material microscópico, não nos é possivel apresentar todos os resultados obtidos nesta viagem, limitamo-nos a expo amente o material ma- croscópico, que, felizmente, conseguimos determinar ou approximar com o auxi- lio das «bras da bibliothei i da In ectoria d< Pi | i foi posta a nossa disposição pelo actual dire or da mesma, o Dr Carvalho de Mello, [>elo que, aqui deixamos os nossos sinceros agradecimento O material mii , d< que voltaremos a tratar em outro capi- tulo mais adeante, será publicado logo que nos >eja possivel a sua classifica- ção. Na distribuição systematica das espécies que colhemos, nos cin- gimos exclusivamente ao stema de Enj Prantl, que é hoje universalmente acceito. Com referencia á das divei "-cies que mais adiante enumeramos, cumpre-nos esclarecer, que as mesmas foram feitas, exclu •/ cripções expostas na Flora Bra de Mar- tius e outras obras que consultamos, não tivemo i de confrontar os nossos specimens com os de outros hei é portanto muito possivel, que uma ou outra espi i mal determinada, e, de nos declaramos gra- tos, pela indicação de erros, que n'este sentido te - ommettido. izx^xr: OBSERVAÇÕES PHYTOGEOGRAPH1CAS, PHYS10NOM1A E ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO Sendo a vegetação, que reveste a superfície da terra, influenciada no desenvolvimento c forma, por três factores prinripaes, que são: a temperam r.i, os hydrometéores e o solo, claro é, que ella variará de aspecto e physio- nomia de accordo com a influencia exercida por estes. Tomando por base i lei natural, o sábio professor Dr. Ad. Engler, director do Museu e Jardim Botânico de Dahlem-Steglitz em Berlim, organisou e publicou um pi ino ou systema para mappas phytogeographicos pelo qual é possível dar-se p"r i de cores e signaes convencionae^ a distribuição das diversas forma ege- tativas de uma qualquer região tropical ou subtropical do globo; co ipre- sentação deste systema, o sábio professor, tem em vista harmonizar os di sos trabalhos e mappas phytogeographicos das citadas regiões do globo, faci- litando desta forma a comparação entre as mesma- <• a organização de um map- pa geral. Claro é, que, para organizarmos um mappa desta natureza, deve- mos ter um mappa geographico muito fiel da região e além di^to conheci- mento profundo da vegetação da mesma, neste nosso caso, não temos nem um nem outro, o mappa de Matto (nosso, que está sendo feito pelo Coronel Rondon, ainda não está concuido e os nossos conhecimentos limil - inda a uma pequena parte do mesmo, sendo de acerescentar, '|ue ainda não temos classificado o material que obtivemos nas nossas primeiras viagens e que a nos- sa permanência em cada lugar, foi muito limitada, não tendo tempo bastante para observar nem para chegar a conclusões definitivas. Assim sendo, nos limitare- mos nestas nossas observações, exclusivamente a descripção, deixando o map- pa para mais tarde. Limitaremos estas nossas observaçõe mai ialmente a região que nesta excursão visitamos e na qual colhemos o material que em outro capitulo descrevemos e enumeramos. * * * Matto Grosso, que é o coração da America Meridional e um dos Es tados mais occidentaes do Brasil, 6, segundo os últimos cálculos, com 1.600,500 kilometros quadrados, o segundo Estado maior do mesmo: desta enorme superfície, poderíamos, sem grande diffículdade, recortar as superfi cies da Alleinanha, França e tt dia e ainda nos obrariam retalhos bastantes para — 10 — dois Portugaes e uma Hollanda, sem com isto deixarmos a população d'el- le, no resto que ainda ficava, mais agglomerada que a da Allemanha actual- mente. Si toda a população da China viesse estabellecer-se no Estado de Mat- to Grosso, não ficaria no mesmo tão agglomerada como a da Bél- gica actualmente. Este Estado, estende-se desde 7°3o'-24°3' latitude austral e 7°47'-22°io' longitude occidental do meridiano do Rio de Janeiro e o seu clima varia, não só nas suas diversas latitudes, más ainda nas diversas al- titudes, nas diversas estações do anno. Pretender-se dizer algo sobre a flo- ra ou phytogeographia desse Estado, depende, portanto, de muito tempo e estudo, porque para conhecer é preciso ver e para ver teremos que viajar mui- to não temos esta pretensão, desejamos antes apresentar neste capitulo al- guns dados que mais tarde possam servir para esse trabalho. * * * Como ficou exposto na introducção, visitamos nesta viagem, a região atravessada pelo rio Paraguav e seu tributário Sepotuba até ao primeiro salto deste ultimo, tendo occasião de estudar e de colleccionar exclusivamente nas margens ou lugares muito próximos ao curso dos mesmos, excepto nas nossas es- tações, onde nos estendemos mais um pouco em nossas excursões. São muito diversas as formas da vegetação com que se depara nesta região, porém, sem excepção, todas ellas são ou hydrophilas ou sub-xerophilas, sendo que, as pri meiras são mais geralmente mattas e as ultimas campos, ha entretanto também muitos campos ou prados hydrophilos e também mattas sub xerophilas, deno- minando-se os primeiros pantanaes e os últimos cerradões, os primeiros ap- parecem mais especialmente na região do Grande Pantanal c os ultimos ge- ralmente nos lugares mais elevados e não passam de uma formação de cer- rado mais desenvolvido. A vegetação de Matto Grosso, compõem-se pois, de for- mações hydrophilas e sub-xerophilas que variam em forma e côr de accordo com a influencia do solo, pois que o clima age de um modo mais geral e não contribue muito nas pequenas nuances que se distiguem na vegetação. As mattas como também os campos variam ainda muito entre si, não só quanto espécies que mais as caracterizam, como também quanto ao desenvolvi- mento. São muito características as diversas formações vegetativas que en- contramos no Planalto Central, as cabeceiras dos rios e todas as nascentes, são ali, circumdadas por urna matta muito frondosa que é circumdada por sua vez por uma faixa de campo paludoso completamente despido de arvores e ar- bustos, ostentando apenas, uma ou outra vez, alguns specimens de Buritys (Mauritia vinifera, M.) ou algumas touceiras de Burityrãna (Mauritia aculeata, H. B. K.) que ora apparecem isoladas ora em grupos: estes campos quesem- pre contém grande numero de plantas menores, principalmente Mayacaceas, Burmaniaceas, Gentianaceas, Utriculariaceas, Droseraceas, Eriocaulaceas, Cy- peraceas, Gramíneas Orchidaceas, Melastomaceas, Scrophtdariaéeas e Rubiaceas, se tornam, de fora para a matta, mais brejôsos e são circundados por sua vez pelo cerrado, que, como a matta d'outro lado, se levanta como uma parede. Xa citada matta, quasi nunca faltam Mauritia vinifera, Mart. a vegetar-ãn herbácea e sub-frutescente consiste geralmente de Rapateaccas, Commelinaceah Ritbia- ceas Bromeliaceas, Calatheas, Zingiberaceas, Begoniaceas e outras plan- tas próprias de terrenos húmidos e sombrios. Nas cabeceiras dos rios que correm para o norte e em algumas do sul. p Expediçfio Scientlflca Roosevelt — Rondon Phot. Hoehne 1 — Cocos comosas e outras plantas da chapada da serra de Tapirapoan. 1 IA ,"*- ': Phot. Hoehne 2 — Para - tudo e outras plantas arborescentcs do Chapadão. Cia. Lithographica Hartmann-Reithenbach ¥ k Expedição Scientifica Roosevell — Rondon Phot. Hoehne 1 Ilha de matta com fluassú (flttalea speciosa), no campo de Tapirapoan. Phot. Hoehne 2— Campo cerrado do chapadão da serra de Tapirapoan, vendo-se no primeiro plano uma Lixeira (Curatcllia americana) e mais no fundo uma Vochysea e outras plantas que caracterisam aquella formação vegetativa. ef=s§ Cia. Lithographíca Hartmann-Reichenbach — 11 — s3o muito frequento* a* S 'iras (Hcvras), Cajueiros {Atiacardíum (tirante- tim, H Sorveira (Broslmum galaciodendron, Don. ) que ai- t, devido ao látex potável que da casca segi- quando esta 6 fendida Nos ce chapad geralmente mais ou me- nos a* formas e Ha americana, Lii Vo- chysea spí , i rra (Qitt va,Mart. Qual. gran/fiflora, Qual, pilosa, Warm.), Par Pinha (Anonacea), a Ma- tayba Guíanensis, Radlk., a Myrcia ambígua, D. C. e --i1 de Pai nu ir plantas arbo faltam e nos indi- ca que em cerrado ou ; impôs que oceu; hiticas e e em mais de um me- umbeni isralaquea d i • Ivi- tes estend " I lan- " humi- íc, ]■'.'■ Lin. ( "Utras arvo- rom ri e maior 1/711- 'tninosas rasteiras e algumas - ■ Cas mattas e n ;tos e arenó ora caracte- fruindo mais finos das arvoi is menos resistentes; o r< nto de cor- tiça : • n como stimento de pellos ou cerdas d ramo nvolvimento de ou rhizomas mu muitas i principalmi hi- uminoseas, Labiatas ido que os ramos que do Grande ! intermi mattas e ainda capões de cerradões e mattas isolada*. peque- —12 — nas differenças, apparecendo algumas espécies que são mais frequentes num ou noutro lugar. Na Chapada apparecem ainda outras formações vegetativas muito interessantes, são estas que se desenvolvem ás vezes nos pequenos bre- jos e nas várzeas húmidas e que poderiamos chamar formações de Comolia e de Macairea: para os lados de Juruena, já nas vertentes do norte, exis- tem formações de Cornélia Hoehnei, Cogn. e de Macairea retundifolia, Cogn. e Mac. Hoehnei, Cogn. que occupam, as vezes, quasi exclusivamente, grandes áreas destes citado terrenos, os transformando de Março a Maio em verdadei- ros jardins; ainda das Melastomaceas, apparecem também grandes grupos de Micrélicia humitis, Naud. e de Siphanthera ramo{sissima, Cogn. que vegetam nos lugares mais húmidos e alagados, entre as quaes encontramos muitas espécies de U tricularias e de Droseras. Todas as formações vegetativas que encontramos em Matto Grosso, po- dem ser consideradas primitivas ou naturaes, porque, si não quizermos con- siderar as influencias do fogo como uma intervenção do homem, todas ellas apresentam ainda o cunho que a natureza lhes emprestou desde o principio; fazem excepção desta regra, as capoeiras desenvolvidas nos lugares onde civilisados ou aborígenes destruíram as mattas existentes, para por alguns annos cultiva- rem o terreno com cereaes e plantas tuberigeras. As capoeiras distinguem-se das outras formações de mattas, principalmente pela maior densidade das ar- vores e pelo desenvolvimento das mesmas; grande parte das suas arvores, são de pouca duração, seccam depois de alguns annos e deixam desta forma mais espaço para outras mais resistentes, que, de desenvolvimento mais demorado, são a principio suffocadas pelas primeiras. Estas capo i ; encontramos, com fre- quência, na região habitada pelos indios Nambyquaras e também perto de to- das as povoações e cidades do Estado, porém, não em tal proporção como acon- tece nos outros Estados mais po(pulósos e agricultores. Nas formações pri- mitivas, podemos distinguir quatro typos definidos de formações vegetativa que são: as silvestres (mattas), campestres (campos), palustres fpantanaes) e as lacustres (aquáticas) que ainda por sua vez se subdividem em muitas for- mas e typos, variando de colorido de accordo com o terreno. Passemos pois a estudar estas diversas formações na região por nós atravessada nesta Expedi- ção, começando desde a bocca do rio Paraná, formado pela confluência do rio deste nome com o rio Paraguay. O rio Paraná, que desemboca, com o Uruguay, no grande estuário do Prata, atravessa na sua parte inferior, na Republica Argentina, uma gran- de planície de terrenos sedimentados, que, naturalmente, são o resultado da se- dimentação das pequenas partículas de rochas que no decorrer dos saculos as aguas foram transportando do Grande Planalto Central, onde a sua erosão for- mou as escavadas e interessantes anfractuosidades que caracterizam o contra- forte sul da serra, que sob diversos nomes, atravessa de leste a oeste, em graciosa curva cheia de flexões e de saliências e reentrâncias todo o estado de Matto Grosso e, do qual deixou ainda isolado ou agrupado uma ou outra montanha já destacada do systema geral; nas barrancas do rio, póde-se ver nitidamente a superposição das camadas que se foram sedimentando no decorrer dos sé- culos, as diversas camadas correm paralellas e são geralmente divididas ou limi- tadas por um traço mais escuro, sendo que, em geral, a primeira já é mais dura e apparece em muitos pontos como rocha mais ou menos compacta. Na direcção em que o rio atravessa esta planície existe um tahlweg •F^-í-g-' Expedição Scienlifka Roosevclt — Rondon " 1 Phol. Hoehne 1 — Restos de um carandasal (Copernicia cerifera), na Republica do Paraguay. 2 — Rocha calcarea das margens do rio Paraguay. abaixo da confluência do flpa. Cia. Lithographica H.irtmann-Reichenbach [ Expedição Scientilica Roosevelt - Rondon Phot. Hoehne 1 _ (jma ponte para atracação de vapores em Puerto Sastre, construída exclusivamente com estipes de Carandá (Copernicia cerifera ). Phot. Hoehne 2 — Puerto Sastre, grande uzina para a extracção do tanino (Quebracho) da madeira do Schinopsis balansae. Cia. Lithographica Hartmann-Retchenbach lo - muito largo, que é separado da ilanicie mais elevada, dos pampas, por uma barranca iii:m inos abrupta, varia de 15-20 metros; este tahl- weg forma assim um segundo plano, dentro do qual o rio ia ora para um ou outro lado, formando muitas ilhas pela sua repetida divisão e nova jutieção dos braços, approximando-se ora mais desta ora mais daquclJa barranca. A ição desta part< do rio é bastante monótona, a an riza é <> «Sauce colorado ou criollo Salix Humb Wild.), um chorão que em toda esta n lado ntão plantado :;urar e prender 0 terreno das barrancas do rio Nos lugares om nado salgueiro 1 < lo 1 ' de herva geiras que constituem os magnificos prado o gado vacum, cavallar e lani então é aproveitado pua o cu) cereaes c legumes, estendendo s cultu 1 Jfafa e milho as vi muitos I. tros ao longo rio, atti aos a fi do io e o labor do povo que habit le paiz. O são fo Gramíneas, Cypcrarcas, Compostas, Verb aceas, ■ hulariaceas, que, na m quasi sempre apro\ ues riqueza do paiz: < I ta, de accordo com a influ humidade sub-solar, desde o verde escuro até ao verde am mesma forma, também, o tes que os constituem se que o desenvolvimento das plantas c, geralmente, m igual, elevando- a uma altura uniforme. Este fundo verde, é, em div< de brilhantes c polychn imas 1 de entre as folh do aos campos um aspecto predominando ora as cores de Comente odemos ver as barrancas do tahl- e, onde o rio toca na b querda do mesmo, riotamo [u terrei já não é o mesmo e que a v te mudando meçam ap rochas de gra- nito e outras que ai 1 mudam, rendo o 1 cgitmino^cas arbon e Ai r ' as, que 1 te rr. rrnicia los de trigo c aliai . n linas, os primei: - e outras culturas de p] cardiaceas, e Palmeiras, \ Schinopsis Balansc Larenízii, Grieb. e a Copernicia cerifera, Ilil., são as plantas naturaes que mais ■■ trial, o «Quebracho colorado <■ o Cai in extractiva d'aquella região, a sua se prediz o próximo extermínio d. naúba ou Carnahiba do norte, émuiio frequente, os cj léguas de terreno e se extendem em grandes trei h guay; delle se aproveita tanto a folha da primeira tiram a cera e fazem abanicos e cobrem tamb sas, postes telegraph outras constru como as feitas com as nossas madeiras de lei, tivei construidas exclusivamente de estipes de «Carandás>; ao longo do rio Paraguay — 14 — existem muitos portos que se destinam exclusivamente á exportação destas es tipes. O «Quebracho colorado» que é aAnacardiacea que mais emprego tem encontrado, tem merecido tanta attenção por parte daquelles que o exploram in- dustrialmente, que não é sem razão que os scientistas têm clamado contra a de- vastação da mesma arvore; existem muitas grandes fabricas que se occupam ex- clusivamente com a extracção do tanino e da matéria corante da madeira, maté- rias estas que depois exportam para todas as partes do mundo; estas fabricas sa- crificam annualmente milhares de exemplares. Não é só isto, entretanto o que o Quebracho fornece, sendo a sua madeira uma das mais resistentes e durá- veis daquella região, tem sido aproveitada para construcções de toda espécie, e, ainda para calçamento de ruas, existindo em Buenos Ayres muitas, que são calçadas exclusivamente com tocos desta madeira. Quanto á terceira, o llex pa~ raguariensis, St. Hil., julgamos desnecessário descrever a sua utilidade, porque todos conhecem muito bem a importância desta planta, cujas folhas são ex- portadas para todas as partes do mundo. Pouco acima de Assumpção começam a apparecer, nas margens do rio, as Scitamitieas e as primeiras Gramíneas de grande porte; ellas dão á vege- tação um aspecto tropical que muito difiere daquelle da parle baixa do rio Paraná; as formações em que apparecern estas plantas, occupam os lugares mais húmi- dos entre os campos limpos e carandasaes, que continuam a oceupar os lugares mais seccos da planície; n'estas manchas apparecern além das cita- das plantas, muitas espécies de Leguminaseas, Sapindaceas, Rutaceas, Samida- ceas e outras plantas arborescentes que continuam a apparecer em todo o es- tado de Matto Grosso. Já nas proximidades do rio Apa, limite entre o Brasil e a Republica do Paraguay, surgem, pelo lado esquerdo do rio, as primeiras rochas calcareas da margem do rio, a vegetação n< inteiramente igual á das circumjacen- cias de Corumbá. Os carandasaes continuam a dominar, elles se estendem desde Corrientes até muito acima de Corumbá, apparecendo ora mais densos ora mais espaçados e ás vezes intermixtos com arvores e outras palmeiras, os espaços, existentes entre as estipes das mesmas, são gerali upa- dos por plantas herbáceas ou subarborescentes, que na grande maioria, são forrageiras; predominam algu. Scropl, '£ e de Com- postas, principalmente Mikanias e Sco parias, sendo m '.ente a Scoparia clliptica, Chamb. São também muito frequentes o Solamim platanifolium. Hook., Weddcllia modesta, Baker. Helioirapium jilijorme, H. B. KL, e outras herbáceas, que são frequentes nos campos cerrados que contornam o Grande Pantanal. Do Fecho dos Morros, começa a região comprehendida pelo Grande Pan- tanal, cujos limites septentrionaes ficam perto de S. Luiz de Cáceres e Cuyabá, toda esta grande região, era, segundo a affirmação de alguns, em tempos idos, oceupada por um grande lago ou lagos denominado dos Xaraes, nome este que outros autores dão á infinidade de pequenos lagos e bahias temporárias que resultam da inundação que temporariamente o rio faz naquella região. A vegetação desta região é, com excepção da dos morros e montanhas que se levantam no meio do Pantanal, de formação hydrophila e se divide em mattas, prados e formações intermediarias; das palmeiras predominam Bactris e Astrocaryum; o «Páo de Novato» Triplaris Surinamensis, Chamj e a «Um- baubeira (Cecropia, spc.J são as arvores que mais caracterizam as formações de mattas, estas mattas são geralmente tão fechadas e tramadas de Bactris e Desmfyicusi bem como de Cyperaceas e Synilacinas que, só com muita difficui- Expedição Scientifka Roosevelt — Rondon Phot. Hoehne 1 —Aspecto da bahia de Uberaba no Grande Pantanal. Phot. Hoehne 2 — Formações de Malvaceaes e Polygonaceas no Grande Pantanal. Cia. Lithographka Hartmann-Rekhenbach I jj=-F5g-=!FT=r Expedição Scienlit il Rondon 3--.' ? Phot. Hoehne 1 — Mattas do Grande Pantanal, em parte destruídas pelo fogo. Phot. Hoehne 2 — Mattas com Figueiras e (Jmbaubeiras no Grande Pantanal. S Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach — 15 — (Lide se cons remeiand existem forma- çõe sub-arborescentes de Maívacea lygonaceas, Lythraceas e Canvolvulaceas, das qu formações da Ipomea fistulósa, Mart. a qual, não ó o Pantanal, logo depois desta Convolvulacea, destacam- e, pela sua quanti AJgodi avonia, spc.?), o interessantes turiii de Bactris; as Lyíhraa • • Pofygonaceas (( uphea , Ldl.?) e {Poíigoruim acuminatum, H. B. K. ?) appai un- ir.is formações ou occupain p . lu- gares, são entretanto, mais poi Pontederiac, ma- iaceas, Nytnphaceas, Gramíneas e l mui- uantes, que ■ mente tod n mando nas flu- ctuantes; as espécies m. i chhornia , Solms., Eichh. subovata, Seub^ Pontederia o . .Mart.. Pont. lis, Mart., Hydromisti lonifera, I olffia ■ Azula uloides, i. e P* gonum, Spí estas fluctuantes catão também as folhas das Nymphaeas, Alismataceas, < le Gramíneas e outras pi. na. is que i ido. São muito frequen mi- icopicas, que 01 ri fixadas ás raizes das citadas plantas supe i plankto esmas, as Algas filamento «tem em alguns lugares em tal quantidade que cobrem com os seus tilam pequemos lagos i , ôç qui alli existem, as Desmideaceas são mais repre- id.i- por individuos de vida isolada, sendo muito frequentes as Micrasterias, Cosmariutns, CLosícrium's e Arthrodesmus. A Viciaria regia,h., a rainha plantas lacustres, apparece cm muitas lagoas temporárias e enche-as de Novem- bro a Fevereiro com as suas enormes folhas e níveas tlòres. Algumas léguas abaixo da confluência do rio Jaurú, mais ou menos onde está situado o Saladciro, as que margeiam o rio se tornam mais seccas e já não encontramos mais tanl as e bahias e as que existem li mais re i \ egetação toma outro pelo lado o terreno é ma. lo, a matta limita-se ás margens do rio e, ai i co- alo, que, interrompido unia ou outra vez por u formação h. l, onde com< hygrophila que contorna e fraldi n toda a sua maltas ribeirinha ra ainda continuem a apparecer as Cecropias e Trip que caracterizam as mattas daquelle ponto ; .<>, na região mais pantai do rio, as Leguminoseas, Combretaceas, Anacardiaceas, Bignonias, DiUsniacease Meliaceas já predominam, dando-lhes o aspecto das mattas tropicaes mais sec- cas. Esta forma de vegetação continua depois daquelle ponto a ser mais ou menos a mesma, com excepção da parte mais alta do rio, onde, como tam- bém no rio Scpotuba, predominam as ma recimento do «Auassú» {Attalea speciósa, Mart.J e do Burity [Mauritia rui era, Mart.). terreno is, onde está edificada a cidade de Corumbá, bem como em outros que se acham espalhados em torno e no meio do Gran- de Pantanal, que são semeados de rochas calcareas, a vegetação é de for- mação sub-xerophila e as vezes xerophila, predominam nestas formações as plantas suceulentas e armadas de espinl iculcos, c frequente a p de peilos e o revestimento de cera nas folhas i i i im- se ainda dilatações dos troncos e outros aprestes especiaes para a reserva — lo- do liquido que deve ser armazenado na época das chuvas para a da secca; as espécies que mais caracterizam estas formações, são: o «Barrigudo» (Bomba- cacea), Peireskia sacha-rosa, Griesb, os Cereus, Opuntias, Rhamnaceas, Ola- ceas, Rutaceas, Flacourtiaceas e Sapindaceas. A palmeira mais commum é a «Bacayuva» {Acrocomia sclerocarpa, Mart). que apparece em todos os luga- res seccos e elevados, não falta também a {Attalea phalerata, Mart.) que é a dominante das mattas mais húmidas, as Copernicias só se encontram muito afas- tadas, o «Burity», não encontramos nesta região, elle apparece mais para a ca- beceira dos rios. Nas immediações da cidade apparecem grupos de Opuntias e de Bromeliaceas, principalmente Dickia orobancoides, Mez e Ananaz sali- vas var. microstachys, entre as herbáceas rasteiras distinguem-se a Ruellia hy- grophila, Mart., que apparece nas mattas esparsas que circumdam a cidade, a / "orhdaca pilosa, Linn. e Petiveria alliacea, L. bem como a Boerhavia hirsu- ta (Willd. ), que apparecem nas ruas menos transitadas. Nas mattas não ha muita vegetação epiphyta, as plantas epiphytas mais frequentes, são: Cattleya nobilior, Reichb. f., Oncidium jonesianum, Reichb. f., Oncidium ceboleta, Schwartz., Cumpy;ocentrum micra iithum, Rolfe., Cyrtopodium punctatum. Lindl., Epidendrum oncidiuidcs, Lindl., Aechmea tinctoria, Mez., Bromeliaceas, Cereus Phyllocactus, Tilla/uisias, principalmente TUI. streptocarpa, Bak. e TUI. Regnel- li, Mez., e ainda muito raramente a TUI. usneoides, L. ; são muito raros as Ara- ceas e í ilicineas epiphytas, ellas são entretanto bem representadas entre a vegetação suffrutescente que cobre o solo entre as arvores'; encontram-se com frequência Taccarum Weddcllianum, Brong. e Adiantam liuiulatum, Burm. A matta de Corumbá, que nas immediações é mais ou menos secca vae se tornando mais húmida e viçosa nos lugares mais baixos e afastados da cidade, de forma que na fazenda do Urucúm, que dista 20 kilometros d'ali, já ella é inteiramente diversa d'aquella; predomina nesta o «Auacury» (At- talea phalerata, Mart.); ella oceupa ali toda a planicie e a encosta da serra do mesmo nome. N'esta encosta ella é de formação hygro e hydrophila e muito íYondosa. A matta que assim fraldeja a serra do Urucúm, que é uma das mais importantes de todo o Estado, pela sua riqueza mineral, é limitada pelo lado de cima por um campo completamente despido de plantas frutescen- tes, o qual se estende desde o ponto em que as rochas compactas afloram á superfície, através de todo o espigão e ao londo d omesmo. Entre a mat- ta e o citado campo limpo, existe então uma formação vegetativa de transi- ção, a qual oceupa justamente a região em que afloram as rochas que con- têm o minério; nesta formação de transição encontramos quasi todas as plan- tas dos campos cerrados, predominando entre outras o «Cumaru» [Coutna- rona alata, Vog.), Curatella americana, L., e o Jacarandá» [Dalbergia cuya- bensis). Na matta propriamente dita existe uma vegetação suffrutescente her- bácea que oceupa as margens mais próximas do pequeno córrego que des- ce da serra, a qual se compõe de Filicineas, Araceas, Scitamineas, Rubiaceas e Gesneriaceas, entre as quaes se distinguem, não só pela quantidade mas também pela belleza, o Adianíum pectinatum, Kuntze, Ad. lunulatum, Burm, Blechnum brasiliensis, Desv., que vivem entre as pedras e o Asplenium pul- chellum, Raddi. que vive sobre as mesmas. Nos lugares mais seccos, um pouco afastado do córrego, encontramos muitas Marantaceas, Urticaceas, Ru- biaceas, Acanlhaceas e outras plantas herbáceas rasteiras e erectas, de en- tre as quaes predominam a Calathea praecox, Sp. M., Adiantam luniUatum, Burm., espécies de Dorstenias, Ruellias, Psychotrias; Araceas e Rutaceas sub- p? Ilçfio Scicnliíica Roosevelt - Rondon mu Phot. Hoehne 1 — flrea limpa do cerrado de S. Luiz de Cáceres, em que se formam as lagoas temporárias. -*#* ' ' •f'1 V.V-. Phot. Hoehne 2 — Lagoa temporária de maior duração, do cerrado de Cáceres, infestada pelas Pontederias e Eichhornias. ] Cid. Lithographka Hartrr.ann-Reichenbach Expedição Scientiíica Roosevell - Rondon Phot. Hoehne 1 — Mauritia vinifera, Cecropias e flttalea speciosa em um terreno mais baixo do rio Sepotuba. 1 Hoehne 2 — Grupo de Mauritia vinifera em um pequeno pântano no campo de Tapirapoan. : Cia. Lithographica Hartmann Rcichenbach — 17 — arborescentes. Nos lugares mais seccos ainda, existem formações de Rrnmclia- ccas, Cactaccas e outras plantas armadas c succulcntas. As formações lacustres e palu tre de Corumbá, impostas dos mesmos vcgetaes que encontramos em todas as formações d : tanal, destacam-se as formações de C ucttrbitaceas e de Ipomeas que occu- pam os terrenos encharcados e as . • , vi- vem nas lagoas e b ah ias ali exi enconti Uis- mafacras, Apocynaceas, Onagraceás, Legumirwseas e Euphorbia li itinguin- do-se a Jussieua pilosa, II. 'B. K., Juss. repei ! Sagittaria pugionif rmJs, Di- es., Limnocharis flava, Buch. e também mui como a Sphenorlca zeylanica, Gárt. e o Ceratopteris thallctroides, Brong. e entre as da segunda, destacam-se a Viciaria regia, I. , Nympfwea blanda, n espécies de Poniederia e de Eichhornia; abundam entre estas a Azolla jiliru- loides, Lam Hydromistria stolonifera, Mey. Polygonum acuminatum, <~~ attinge o seu . em que as aguas af fluem para a parte mais baixa do rio, as bahias esco escoamento arrastam comsigo toda a vegetação fluetuante que sobre ell esta vae se accumulando nas borras distas bahias de onde sahe em pequ- grupos, ilhas fluetuantes, para o rio e é arrastada por este para o tas ilhas fluetuantes que se compõem de todas as plantas fluetuantes qi: tramos nas bahias c lagoas do Pantanal, infestam nos mezes de Junho a tembro os rios Paraná e Paraguay e ontradas, já no alto o< muito antes de se entrar no Prata. S. Luiz de Cáceres, antiga Villa I! idade edificada em terreno plano e pouco elevado sobre o rio, está circumdada I fundos e lados por campos 1 errados e pelo lado do n em toda a extensão, desde o Saladeiro. ' dade, pertence ao typo commum dos do Estado, clle apresenta quasi todas as — 18 — formações e se estende desde a matta hydrophila do rio até á serra do Qui- lombo onde confina com os cerradões e as mattas que fraldejam a mesma. O terreno é, como já dissemos, plano, apresenta porém pequenas depressões em que na época das chuvas correm pequenos riachos e outras em que se for- mam pequenos lagos e poças de curta existência. Nestes lugares mais baixos e temporariamente regados por estes citados córregos, a formação do cerrado é do typo dos que o Professor Engler chama de «Parkartiege formati- on», isto é, em forma de parque ou jardim; os grupos de arvores ficam espa- lhados sem symetria sobre a relva que cobre o solo, tal como acontece com os grupos artificiaes que encontramos nos parques e jardins das nossas cidades. Estes grupos são geralmente formados de arvores aue também encon- tramos no cerrado ininterrupto, geralmente uma «Umbaubeira» (Cecropia spc), «Timbó» {Magnonia pubescens, St. Hil.), «Páo pombo» (Tapirira guia- nensis, Aubl.), «Sebipira» {Bowdichia virgilioides, H. B. K.), «Ingá» (Ingá fa- gilifúlia, Wdl.) «Lixeira» (Curafella americana, L.) ou então uma Tecoma, Anacafdtacea ou uma Vochisencea qualquer occupa o centro e em roda delia se aggregam então mais oul vores menores e arbustos, principalmente Myrcia ambígua, D. C, l.nseguea erecta, Muell. et Arg., Holosfvlis reni for- mes, Ducht. e Bauhinia cumanensis, H. B K, entremeiados de Ananaz salivas var. microsfachya que com as Gramíneas, Cissnmpelos e Passisifloraceas aca- bam de completar os mesmos. Nos gra mados que entremeiam estes grupos de arvores, encontram-se, além das Gramíneas, Juncaceas e Xiridaceas de que são formados, muitas plantinhas interessantes, predominando Xanthosoma platylo- bnm, Engl , Zigella Mooreana, Hoehne, algumas AmaryWdaceas e Eriocaulaceas. Os cerrados ininterruptos, que em regra occupam os terrenos mais seccos e arenosos, são formados das espécies que se encontram nos grupos que acima descrevemos, predominando sempre a «Lixeira' e o «Paos I (Qualeas) e (Oallisthene); além destas são muito frequentes a Tocoyena formosa, Schum., Chío.cocca brachíata, Ruiz. et Pav. espécies de Helicteris, Aívrcía, Bombaca- CBãSy Asdepiadareas, Apocynaceas, Sapindaceas e Ery(hroxila<-eas, apparecen- do também espécies de Flacoutiaceas e de Dioscoreas e Passifíoras. Nas mat- tas hydrophilas encontramos, além das espécies acima ci ! ls matta do S i- ladeiro, muitas espécies de Combretaeeas, Hippocrateaceas, Moraceas e Meliace- as. Nos cerradões predominam as Bignoniaceas arborescentes, principalmente as «Piuvas» e são também muito frequentes, unia e | de Cordia arborescente, e o «Cumaru», que também se estendem aos cerrados; a Acrocomia sclerocarpa, Mart. apparece muito pouco, sendo substituída pela «Guariróba» (Cocos comó- sa, Mart.). Em Porto do Campo, já estamos no começo da grande Matta da Toava; esta matta, que é a maior do Estado do lado sul da serra das Verten- tes, estende-se, com leves interrupções de campos limpos e cerrados pelo lado de baixo, por toda a encosta da serra dos 1 m , atravessando os rios Jaurú, Cabaçal, Sepotuba e o Paraguay na sua parte superior. Ella é afa- mada pela sua riqueza de Ipecacuanha que constitue uma das industrias ex- tractivas mais importantes do Estado ; a Urugoga ip nha, Bail. repre- senta nesta matta o que a Hevea brasiliensis, Muel, et Arg. e a Hev. guía- nensis, Muel. et Arg. representam nas mattas do norte: as suas raizes são exportadas em grandes fardos, attingindo a mesma exportação centenares de arrobas por anno. Em Porto do Campo, esta matta é ainda muito interrom- pida por campos cerrados e limpos, limitando-se mais para o rio; estes cer- rados são caracterizados pelas Qualeas e pelo «Piqui» (Caryocar brasiliensis. Expedição SclentKica Roosevelt — Rondon H >ehne 1 — Um trecho de matta do rio Sepotuba, onde apparecem as Cecropias. Phot. Hoehne 2 — Outro aspecto da mesma matta, em que predomina a flttalea speciosa Cia. Lithographica Hartmann-Rekhenbach -■ > 1 » I > 5 » 3 > ' 5 » 4 > > 8 » 1 > > 3 » 3 > > 7 » 1 > > 2 » 5 > > 12 » 2 > 7 x> 2 > > 3 » 5 > > 9 » 1 > > 2 » 4 > > 6 » Destas foram estudadas, e são apresentadas mais adeante, todas as Cor- mophytas e a Chara, única Thallophyta macroscópica. Não nos é possivel pre- cisar actualmente, o numero de espécies de Algas filamentosas e unicellu- lares que foram colhidas, sabemos porém, que ellas se elevam a centenares e que de Conjugatas devem ter muitas espécies novas e interessantes. Senti- mos muito não nos ter sido possivel apresentar todos os resultados obtidos, esperamos porém, conseguir a literatura, para poder também apresentar os re- sultados microscópicos, que são, aliás, os mais interessantes. lodo o material zoológico, foi de ordem do Coronel Rondon, entre- gue ao Dr. Alipio de Miranda Ribeiro, que, a respeito faxá os estudos. Systematica Thallophytas C liara ceae 1 (liara, spc. ? (Ex Set. Diplostephaniej. Nos. 5679- 5682 Colhida em uni córrego salobro perto de Corumbá, no lugar cha- mado Páo Secco. Infelizmente não encontramos exemplares que estivessem frutificando e, por este motivo, somos obrigados ;i deixal-os indeterminados. Ella vivia 1 agua corrente e os seus caules estavam prestados sobre o fundo pedregulh* do córrego, ostentando muitas Diatamaceas epiphytas, entre as quaes predomi- nam Terpsinoe spc, Navicularia viridis, outras Navicularias e também .' chias. Cormophytas Embryophytas-Asiphonogamaa Bryophytas Hookeriaceae Hookerla : Hookeria Martiana, Smith. (?) (Fl. Br. de Mart. vol. I, part. II, pag. 64). Nos. 5842 e 5843. Colhida em Urucúm, sobre pedras do córrego do mesmo nome. Não estando fructificando, nos é impossível identifical-a. E' uma plan- tinha muito bella, que reveste completamente as pedras banhadas do córre- go Urucúm, na matta que fraldeja a serra do mesmo nome. — 26 — Pteridophytas (Filicitwas) Polypodiaceae ASPLENIEA — ASPLEN1IN.J. AEplenlum : Asplenium pulchelluiu, Raddl (Fl. Br. de Mart. vol. I, part. II, pag. 441). Nos. 5752 e 5753. Colhida na matta que fraldeja a serra do Urucúm, perto de Corum- bá; fructificando em Dezembro. Espécie rupicola e epiplnta, de folhas em roseta, pinnadas e acumi- nadas para o ápice, formando, ás vezes, pequenos troncos com as raizes. Lowe, British and Exotic Ferns, vol. 5, tab. 31 A. ASPI.ENIE/E — BLECHN1X.K Blechnum : Bloohnnni brasiliensis, Desv. (Fl. Br. de Mart. vol. I, part. II, pag. 422). Nos. 5754 e 5755. Colhida na matta que fraldeja a serra do Urucúm, perto de Corum- bá, fructificando em Dezembro. Rupicola e terrestre. E', com o Adiantam pectiiiatum, Kuntze, o feto mais frequente naquella matta, quasi nunca forma tronco, as suas grandes fo- lhas pinnadas, de segmentos lineares curvos e muito compridos, têm ao longo da nervura central, no dorso, a theca dos esporos, a qual se estende desde a base até 1/4 ou 1/5 do ápice, irradiando desta as nervuras secundarias que vão ter, formando parallellos, á margem levemente serrilhada. PTERIDE.E CHEILAXTHIN.t Ctiellantl-ies : Cheilantes, spc. ? Nos. 5666, 5827 — 5829. Colhida no campo, entre Ananaz sativus, Schutz. var microstachys, Linn. na fazenda do Urucúm, não estando em fruetificação. — 27 — Esta bella espécie, que muito ta de todas as conhecidas do Bra- sil, têm foll fórm linadas; rhizoi ■ folhas ficam ma dobrarem todos os peq ra dentro; ba r i, porém, cahir a pri- meira chuva e . ido nesta occasião um cheiro muito agradável. Nã dido ob tora esporos ou /olvidos ou ainda, em via de '-nos impossível identificara es] com outn rial. FTEKIDE.E — ADIAN'TiX.1. Mdlantum : Adiantam Innulatum, Burm. (Fl. Br. de Mart. vol. J, part. II, pag. 361). >7Ó7 — 57 Colhida em I I fraldeja a serra do mesmo nome, frui l em Dezembro. A t. Fl. Br. de Mart., não está de accôrdo com deve ser da variedade di- por «Avenca»; nome este applicado a mui commum, o a outras, principalmente, pelas folha brotam gei unte no ápice e produzem assim novos exeu >or via indirecta ra 1, porque, geralmente, ella co- bre grau liolos têm forma triangular larga, quasi semi-orbi a parte superior, fundas incisões que formam os lóbulos muito irregulares. Adiantum lancea, Linn. (Fl. Br. de Mart. vol. I, part. II, pag. 573). Nro. 5766 — Estampa n°. r. Colhida na ma fraldeja a serra do Urucúm em Corumbá, fru- bro. iente pedun ' bipinnadas e ■ o;os e de ápice acu- do e mais para a parte i ior. a qual na par- ferior, . AXGIOSPERMAS MONfíCOTILEDONEAS Alísmatacea© Echlnodorui i Echinodorns tenellus, Buch. is Pflanzenreich, fase. pag. 27). {Alisma tenellum, Mart., na Fl. Br, de Mart. vol. III, part. I, pag. 105). Nos. 5743 e 5744. Colhida em Corumbá, florescendo em Dezembro, Plantinha de lugares muito húmidos e descobertos, de folhas lineares, de 5-7 cm. de comprimento e inflorescenc ia umbellada, mais comprida que as fo- lhas, com s-S flores alvas, — 31 — Sagittarla: Sagittaria pugioniformis, L. Die i i |, ig, Nos. 5844 e 5845. Colhida em S. Luiz de Cáceres, florescendo em Janeiro. De lagoas temporárias, dos campos de S. Luiz de Cáceres; infloresaen- cia muito comprida, com flores em verticillos, alvas e ephemeras. GramlneaaB ANDROl Andropogon 1 Andropogon ternatus, (Fl. Br. de Man. vol. II, part. III, pag. 287). Nro. 5777. Colhida em Tapirapoan, florescendo em Janeiro. Muito commum nos campos cerrados seccos. PANli Sstaria : Setaria glauca, Beauv. (Háckel. Engl Prantl. Pflanzf. vol. II, part. II, pag. 36); e (Panicum imberbe, Poiret. na Fl. Br. de Mart. vol. II, part. II, pag. 156). No. 5776. Colhida em S. Luiz de Cáceres, florescendo em Janeiro Talvez, devido á facilidade com que adherem os pellos cerdosos das se- mentes ao pello dos animaes, dispensa por todo o Brasil. Olyra : Olyra latifolia, L. vai glabrioscnla. Mart. vol. II, part. II. pag'. 31 X Colhida na l rra do ; tto de Corumbá; florescendo em Dezembro. — 32 — Folhas muito parecidas com as das Bambuseas, colmo curto, envolvi- do pelas vaginas das folhas, não ramificado; inflorescencia terminal, ramifica- da; flores masculinas na parte inferior, roxas; femininas nos extremos dos ra- minhos, muito maiores, duras e claras. Muito frequente nas mattas sombrias das encostas de serras. BAMBUSEiE Merostachys Merostachys fischeriana, Ruprecht. (Fl. Br. de Mart. vol. II, part. III, pag. 215). Nos. 5738 — 5740. Colhida nas mattas do rio Sepotuba, acima do Porto do Campo; flores- cendo em Janeiro. As folhas, dos specimens colhidos, são muito menores que as descri- ptas para a espécie, razão esta porque não podemos garantir a determinação. Cyperaceae SCIRPOIDE-E — SCIRPIN^ Heleocharis : Heleoeharis obtusetrigona, (Lind et N.) Fl. Br. de Mart. vol. II, part. I, pag. 100, sub Limrwchloa obtusetrigo- na, Lind. et N., e, no Engl. Prantl. Pflanzf. vol. II, part. 2, pag. 112). Nos. 5734 — 5737. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro, lanta annual, frequente nas lagoas temporárias dos campos de S. Luiz de Cáceres, sendo uma das primeiras a apparecer, infesta por completo as partes mais fundas das mesmas. Geralmente encontra-se muitas Desmidea- ceas entre esta Cyperacea, principalmente os Closteriums e as Micrasterias são frequentíssimas nos lagos onde ella predomina, apparecem também sobre eLU muitas Spirogyras e Diatomaceas. Araceae CALOCASIOID.E — CALOCASIE^E Xanthotomai Xanthosoma platylobum, Engl, (Fl. Br. de Mart. vol. III, part. II, pag. 196). No. 5778. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. As folhas desta Aracea são muito variáveis, no exemplar que colhe- mos ellas são sub-penta-partidas ou folioladas, tendo ainda no foliolo da base — 33 — uma orelha, um foliolo que nasce do outro, acima da base. Frequente nos campos temporariamente alagados. Caladlum : Caladinm striatipes, Schott. (?) (Fl. Br. de Mart. vol. III, part. II, pag. 179). Nos. 5863 e 5864. Colhida nos campos húmidos de S. Luiz de Cáceres; florescendo em Ja- neiro. Por não estarem ainda bastante desenvolvida ^ as flores, é-nos impos- sivel precisar a forma do- estigmas; as folhas não tem os auriculos de que falia Schott. E são, também, mais estreitas que as descriptas para a espécie. Planta com tubérculo subterrâneo de 2-3 cm. de diâmetro, amarello por dentro e muito lactifero; folhas longamente pecioladas, lineares, acumina- das no ápice e attenuadas para a base, de 30 cm. de comprimento e 2-3 cm. de largura, com uma nervura central, da qual nascem 4-5 nervuras secundarias que confluen próximo a margem e são ligada: por nervuras de terceira or- dem; peciolo fino e do mesmo comprimento do limbo, dilatado e invaginante e roliço superiormente; espatha floral cylindrica, dilatada na base e muito enrollada para o ápice; espiga floral, na base, até 1/5 da altura, com flores femininas; depois desta segue um trecho as superiores são munidas de um prolongamento peciolo da folha, que é macvlado irre- — 34 — gularmente de vermelho escuro, dando-nos a impressão de uma «jararaca» (serpente), e da grande folha multipartida e lobulada que coroa esta estipe; a inflorescencia, que é espig la é envolvida, quando nova, por uma grande espátula a qual mais tarde cahe para o lado. deixando-a livre. Geralmente co- nhecida por Milho de cobra», nome este que também dão a espécies de Lophophyíutn. Bromellaceae PCYE.E Dlckia : Diekia orobanchoides, Mez. (Fl. Br. de Mart. vol. III, part. III, pag. 475). No. 5796. Colhida, entre outras Bromeliaceas, em Corumbá ; florescendo em Dezem- bro. Esta planta, cuja? flores foram descripta? por Mez, do occidente do Brasil, sem outra indicação sobre a procedência; têm folha- muito compridas, acuminadas, esparsamente serrilhadas, armadas de pequenos espinhos e termi- nam em um aculeo bastante agudo. Formam grandes toceiras, que se asso- ciam geralmente a outras Bromeliaceaas, principalmente Ananaz sativus, var. rmcrosfachys e ás Opuntias e Cereus; resultando d' inção os tão te- midos grupos tii p] [ue abundam nas circumj - da --idade de Co- rumbá. Dioscoreaceae DIOSCOREE Oloscoroa : Dioscoroa diversiflora ?) (FL Br. de Man. vol. III, part. I, pag. 41). No. 5799. Colhida em Tapirapoan; florescendo em Janeiro. Colhemos apenas exemplares com flores masculin.is. Griesbach (Fl. Brasiliensis) não separa bem as Dioscoreas; desta espécie por exemplo, elle diz que pôde ser igual á D. sinuaía, Vell. e também a D brasiliensis, Willd, cujas descripções muito diíferem desta. A que nos colhemos, vivia em uma capoeira, em Tapirapoan: ella é completamente glabra, têm foi — 35 — cor! ovaes, muito largaSj cuja poma 6 abrupta e termina em um filamento de 5 mm. de compi 1 <• r uladas e mui o \ t as inflorescencias mas uliiias ram pro imo á base e os ra- mos são muito longos c floribundos; as flores tem perigono ovoidal com 6 estão inseridos os seis estames que salientam as antheras sobre as bordas do mesmo; no centro da flor existem rudimentos do pistillo tripartido. io dispostas cm ordem espiralada, isoladas, pou 1 1 duas e três. Iridaceae IRtnOIDE.K — MORACEE — MORICIN .¥. Cypella : Cypella lotea, Klatt. (Fl. Br. de Mart. vol. III, part. I, pag. 522). No. 5748 — Estampa n. 19. Colhida em Tapirapoan, florescendo em Janeiro. 1RIDOIDE.E — TIGRIDE.E — TIGRIDW.E Zygella : Zygella Mooreana, Ilochne. (Comm. de Linhas Teleg. Estr. de Matto Grosso ao Amazonas, Annexo no. 5, Botânica, Part. I, pag. 19). Nos. 5741 e 5742 — Estampa 20. Colhida em S. Luiz d res; florescendo em Janeiro. iimos, para confronto, ao Dr inda as . por 1 ando actualmente cultivando esta planta cm nosso jardim, esperamos ter .-.inda occasião para delia nos oceupar- mos. — 36 — Marantaceae PHRYNEiE Calathea : Calathea praecox, Spc. Mo ore. (The Phanerogamic Botany of Matto Grosso, Expidition, 1891-92, in the Trans. of the Lin. Soe. of London, vol. IV, pag. 4S8). Nos. 5745 e 5746. Colhida nas mattas do Urucúm, em Corumbá; florescendo em Dezem- bro. Planta quasi sempre acaule, de folhas ellipticas muito grandes, verde claras com um traço branco de cada lado, tal como o tem as Kaempferi- as. Uma das plantas mais communs daquella matta. Orchidaceae MONANDR.E — OPHRYDIN.E — HABENARIE.E Habenarla Habenaria regnellii, Cogn. (Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 60). No. 5601. Colhido nos campos de Tapirapoan; florescendo em Janeiro. Barbosa Rodrigues descreveu-a como Hab. pau ci flora e a reproduzio em aquarella, no seu trabalho inédito, «Iconographie des Orchideés du Brésil». O nome escolhido por Barbosa Rodrigues, ficaria muito bem para esta planta, cujas flores são muito esparsas e poucas; as suas folhas são pequenas e mais ou menos amplexicaules ; as flores bastante patulas, de côr verde amarellada até albicantes. Encontradas em campo secco, onde haviamos também colhi- do a Hab. ornithoides, Barb. Rodr. MONONDR.E — NEOTTIIN.E — VANILLE.E Epistephlum : Epistephiuni sclerophyllnm, Lindl. (Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 138). No. 5602. Colhida em campo secco, em Tapirapoan, rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. — 37 Cauli o com nervuras muito proeminentes, de inal; flores de um vermelho arroxeado ao roxo-pallklo, de segmentos patentes e largos. MONANDI mTIIN.i: — SpíRANTHEZE Spl ranthes : Spiranthes camposnovense, Hh. (Botânica, Ann. n. 5 do Rei. da Commissão de Lin. Tel. Estr. de Mat- to Grosso ao Ama , pa t. IV, pag. II, est. 68; 1912). No. 5603. Colhida nos campos de S. Luiz de Cáceres, florescendo em Janeiro. ., em 1912, na IV parte do nosso tra- balho sobre a flora do Matto Grosso: encontrada, pela primeira vez, nos campos da Serra do Norte, cm Campos Novos. MOXAVDR.I- — POLYSTACHYIN 1 Galeandra : Galeandra montana, Barb. Rodr. (Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. IV, pag. 305). No. 5604. Colhida na encosta da serra de Tapirapoan, no lugar do mesmo nome ; flo- rescendo em Janeiro. As folhas deste exemplar, estavam, como no primeiro que colhemos em Matto Grosso, completamente seccas; a inflorescencia ostentava cinco flores abertas. MONANDRiE -I.AEUIN.E — CATTLEYE/E Epidendrum : Epidendram nutans, Schwartz. var. dipus, L. (Flora Brasiliensis de Martius, vol. III, part. V, pag. 161). N°. 5605 — Estampa n°. 21. Colhida no salto da Felicidade do rio Sepotuba; florescendo em fins de Janeiro. A re peito <1 p Linn. de, entretanto, ser que se trate de facto de uma nova espécie, mas, como não temos material para fazer o confronto, pensamos ser sufficiente se- paral-a como uma variedade. Os ramos estendidos sobre o solo, lastram um pouco e apparecem as vezes tão aggregados, que chegam á cobrir completamente grandes pedaços do mesmo, matizando-os com os alvos grupos de espigas floraes, que emer- gem de entre as verdes folhas, ordenadas em pseudo-rosetas. Colhida em lugar húmido, em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Nyctaginaceae PISONIE.í Neea •. Neea hermaphrodita, Sp. Moore. (The Linn. Soe. of London, Botany vol. IV, pag. 442). Nos. 5718 — 5722. Colhida em Miguel Angelo, no rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. Liana sub-fruetescente, de folhas oppostas, pillósas na parte inferior e na nervura central da superior; inflorescencias terminaes ou auxiliares sub- terminaes, amplamente ramificadas; flores amarellas; fruetos envolvidos pelo calyce que depois se torna vermelho e carnoso. Aízoaceae MOLLUGIN01DE.E Mollugo : Mollugo verticillata, Linn. var. linearis, FenzI. (Fl. Br. de Mart. vol. XI, part. I, pag. 241, e Engl. Nat. Pflan- zenf. vol. III, part. I b. pag. 40). N°s. 5732 e 5733. Colhida em Corumbá; florescendo em Dezembro. Plantinha herbácea de folhas lineares, ordenadas em verticiilos: fli muito pequenas, alvas; fruetos transparentes, vendo-se as peq; lentes perfeitamente atravez da casca das capsulas. Muito dispersa em todo o Bra- sil, apparecendo sob grande numero de variedades. — 43 — Anonaceae UYARIE.K (?) Cardlopotalum : Aff. — Cardiopetelum calopliyllora, Schlecht. vel Duguetia Sp. ? Nos. 5675 — 5678. Colhida cm Tapirapoan ; florescendo em Janeiro. Exempalres com flores somente, que não nos foi possível identificar. Capparldaceae CAPPARID HDEF. — CAPPARI1 Crataeva : Crataeva tapia, Linn. (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. I, pag. 264). Nos. 5723 — 5725. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro, e em Urucúm, florescendo em Dezembro. LEGUMINOSA Mimosoideae MIMOSOIDE.í! — INGE.F. Plthocoloblum : Pithecolobium Samann, Benth. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. III, pag. 441). N. 5662. Colhida no Barranco 'v';:nelho, perto de S. Luiz de Cáceres; florescen- do em Dezembro. Arvore grande c copada, de folhas bipinnadas; pinnas 6-8-jugos, fo- liolos 3-6 jugos; umbellns floraes de pedúnculos muito longos, axillares, compostas de 10-15 "''' " " muito longos e numerosos; o pistilo ultrapa estaminaes. As folhas mais no ramos e o caly< e das parte 1 terna da 1 oroll 1 e o ovário, bastamente pillósos; pelios • A folhas e as flores são muito caducas quando deseccadas. 44 — Calllandra Calhandra (?) formosa, Benth. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. III, pag. 411). Nos. 5660 e 5661. Colhida no Urucúm, perto de Corumbá; florescendo em Dezembro. Arvore pequena de 2-3 metros de altura; foliolos geralmente 6-7-ju- gos; inflorescencias axillares em umbellas ou grupos esphericos, flores alvas. Segundo Hooker, (Bot. Journal, vol. 3, pag. 98), onde ella, segundo Bentham (Fl. Br. de Mart.) é citada como Call, viridi flora, Benth., os foliolos são maio- res do que os encontrados nos exemplares que apanhamos, razão esta, pela qual a deixamos em duvida. E', entretanto, muito provável que a differença existente, seja devido termos colhido somente ramos terminaes, cujas folhas na- turalmente devem ser menores que as inferiores. Corolla gamopetala, pro- fundamente penta-lobulada ; calyce de segmentos quasi livres até á base. Calliandra parviflora, Benth. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. III, pag. 427). N. 5659. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Dispersa por todo o Brasil, Bolivia e outras Republicas visinhas. Ar- vore pequena ou arbusto, de ramos flexuosos, muito divaricados; folhas bipin- nadas;pinnas 12-2 5 -jugos, com grandenumero de foliolos muito pequenos e bas- tante asymetricos; flores pequenas, vermelhas, em capítulos muito pequenos e esparsos, aggregadas em inflorescencias muito grandes e ramificadas, que nas- cem das axillas das ultimas folhas dos ramos e do ápice dos mesmos. MIMOSOIDE.E EUMIMOSE.E Mimosa : Mimosa subsericea. Benth. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. III, pag. 339). N°s. 5653 e 5654). Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Arbustinho de folhas bipinnadas; pinnas i-jugas, plurifoliosas; foliolos muito reduzidos, recobertos, nos ramos mais novos, na pagina inferior de longos pelos muito rijos, de base larga; capítulos ou globos floraes elli- pticos; flores côr de rosa Vive de preferencia nos lugares mais húmidos do campo, embellezando-os muito durante os mezes em que floresce. — 45 — Caesalpinioideae CAESALPlNIOIDEiE — CYNAMETRK.l. Copalfora ■ Copaifera Langsdorffii, Desv. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. II, pag. 242; N°\: 5647 e 5648. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Vulgarmente conhecida por xCopaibeira», «Óleo» ou «Óleo de Copaiba». \'ci . que .>ão applicados, á quasi todas as espécies deste género. Ar- vore geralmente muito alta e copada, principalmente quando vive na mat- t:i ; no carap não se desenvolve muito. As flores, que es >stas em inflorescencias axillares, bastante ramificadas, são alvas; os raminhos, de que se compõe a in florescência, ostentam geralmente 5-16 flores cada um; as folhas são em regra 4-jugos, tendo os feliolos a forma alongada sub-elli- ptica, nervura central pubescente, bem assim os ramos da inf lorescencia : as glândulas de óleo transparentes das folhas, são muito reduzidas e limitadas, entretant >, a presença destas, é o característico principal que a separa da Cop. elliptica, Man., com a qual tem sido confundida por mais de um especialista. CAESALPINIOIDE.E — BAUHIKIE.i: Bauhinla : liauhinia platypetala, Burch. M. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. II, pag. 199). N°5. 5656 e 5657. Colhida em Tapirapoan; florescendo em Janeiro. Arbusto de ramos flexuosos, decumbentes, armado de aculeos simpli folhas, com unu incisão no ápice, largamente bilóbuL extremos, de forma sub-orbicular, cordadas no ápice ena base: nervura central ter- minando em uma arista, lateraes 4-5 de cada lado, levemente curvas: fl muito grandes, alvas, de segmentos da corolla reticulados. Dispersa por qua- si toda a America Meridional e bastante commum em Matto Grosso. Bauliinia cnmanensis, II. B. K. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. II, pag. 212). Nos. 5652 — 5654. Colhida em Porto Tucano .- florescendo em Dezembl — 40 — Liana ou arbusto decumbente de folhas com âmbito de unha de vac- ca, profundamente bilobuladas; lóbulos de ápice arredondado. Flores em co- rymbos terminaes, alvas, riscadas de roxo ou com uma grande macula desta côr no petalo maior da corolla. Dispersa por todo o Estado, vivendo geralmente no cerrado mais sujo ou nas margens dos rios, variando muito na forma, apparece ora como arbusto erecto, ora como scandente que se levanta sobre outras arvores, que lhe ficam perto. CAESALPINIOIDE/E — CASSIEvE Cássia : Cássia sylvestris, Vell. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. II, pag. 125). No. 5655. Colhida em Porto do Campo; florescendo em Janeiro. Arbusto ou pequena arvore de 1-3 metros de altura; folhas compos- tas, pinnadas com 5-9 jugos de foliolos, recobertos de villosidades; flores em uma grande inflorescencia terminal, amarellas e muito esparsas; estames fér- teis 7, sendo três maiores e quatro menores, estaminoides três, muito pequenos; antheras, como em quasi todas as espécies deste género, abrindo-se por po- ros apicaes, muito rijas e de paredes quasi córneas. Arbusto muito ornamental, disperso por quasi tudo o Brasil e pelas Repu- blicas visinhas. Cássia rotundifolia, Pers. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. II, pag. 152). N. 5658. Colhida em Porto do Campo, no rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. Plantasinha rasteira, de folhas profundamente bilobuladas, as vezes bi- foliosas; de segmentos ob-ovaes ou ellipticos; flores nas axillas das folhas, soli- tárias, longamente pedunculadas, de côr amarella. Dispersa por toda a America tropical e subtropical. CAÉSALPINIOIDE^E — CASSIE* Sclerolobium : Sclerobinm aureum, Desv. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. II, pag. 50). Nos. 5649 e 5651 — Estampa n 5. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro, Arvore erecta de 5-10 metros de altura, de flores amarellas, bastameri- te pilosas, aggregadas ern espigas nas grandes iníiorescencias; estas axilla- 47 — res ou mais geralmente terminaes. I l ramos são geralmente ocos e habita- dos por formigas. As folhas que tem geralmente 5-7 foliolos tem 5- nos exemplares que colhemos. Dispersa por Minas, Goyaz, Bahia e Ma Gi Papilionatae PAPILIONAT.F. — GENISTEJE — CROTALARIN.i: C rotalarla : Orotalaria pterocaula, Dcsv. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. I, pag. 19). N°s. 5640 c 5641. Colhida cm Tapirapoan; florescendo em Janeiro. Plantinha herbácea sub-fruetescente, de folhas simples, munidas de es- tipulas decorrente-.; inflorescencia terminal, de flores esparsas, de côr ama- rella; capsula muito dilatada; sementes pequenas, castanho escuras. Nos exem- plares que colhemos as inflorescencias são mais compridas que as descriptas para a espécie. Dispersa por toda a America tropical e subtropical. PAPILIONAT.Ç — GALEGE.t Indlgofera Indigofera lespedozoides, H. B. K. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, pari. I. pag. 39). Nos. 5645 c 564(5. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Não sabemos, se esta espécie, contém tanta anilina como a Ind. tin etária, L, a qual é cultivada, para a extracção da rro ma matéria de :00o nn- sabc-se que cila já éra cultivada muito antes da éra Christã. por- que, já n'aquell< tempos, havia leis que prohibiam o corte da planta an- tes d'ella ter attingido o desenvolvimento porém, que ta a contém em boa porção, e que do firasil - oita em grande quantida de. Commum cm todo o Brasil e vive geralmente de preferer peras ou roças abandonadas, beira de estradas ou perto das povoações. — 46 — PAPILIONAM HEDYSARE.E — AESCHYNOMENINjE Poíretla : Poiretia psoraleoides, D. C. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. I, pag. 79). Nos. 5620 e 5637). Colhida em Tapirapoan; florescendo em Janeiro. Arbustinho, geralmente pouco ramificado; de folhas pari-pinnadas, com quatro foliolos; foliolos ellipticos; flores em pequenas espigas axillares, ama- relias e semeadas, como também as folhas e demais partes da planta, de pequenas glândulas de óleo transparentes, que, por muito tempo, nos fizeram, pensar nas Psoraleas. Determinada pelo Professor Dr. H. Harms de Berlim. PAPILIONATJE — HEDYSAREjE — STYLOSANTHIN£ Zornia : Zornia diphylla, Pers.var. vulgaris impunctata (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. I, pag. 82). N. 5639). Colhida na serra de Tapirapoan, no lugar do mesmo nome, florescendo cm Janeiro. Muito frequente em todo o Brasil, apparecendo com muitas variedades. Esta variedade é frequente na Chapada. Zornia virgata Moric var. major Hoehne. (var. nov. ) (Addicione-se a presente variedade á espécie, Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. I, pag. 83.) Caules erecti virgati, ultra 4 p edalis alti. Panicula erecto-virgata ul- tra 25 cm. longa, densissime bracteata. Bracteae base productae, rotunda- tae, 15-18 mm. longae et 8-10 mm. latae, densissime translucida-punctu- latae. Hab. Tapirapoan, floret. mensibus Januário. N. 5638 — Estampa n. 6. Esta variedade, que foi encontrada juntamente com a Zornia diphylla, i'ers. na serra da Chapada em Tapirapoan, distingue-se da espécie typica, não só por ser muito maior e por ter inflorescencias mais compridas, más tam- bém por ter maior numero de pontos translúcidos nas bracteas. — +9 — rAPIUONAT.f. — IIEDVn \ I E l DESMODITN E Desmodlum : Desmodiom leiocarpnm, Don. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. I, pag. 103). Nos. 5642 — 5644. Estampa rr». 7. Colhida em Tapirapoan; florescendo em Janeiro. Herbácea suffrutescente, de folhas tentadas, sendo o foliolo terminal sempre muito maior que os basaes, todos de forma oval alongada, ásperos e decrecentes para o ápice do caule, que ti 'mina com a longa inflorescencia bas- tante ramificada, recoberta de flôn os fruetos são articulados e adhc- rem facilmente ,i roupa ou ao pello. Muito 1 em todo o Estado. PAPILIONAT.E — PHASEOLE.t — GALACTIX.P. Galactla : (?) Galactia tenaiflora, Wigth. et Abu. (Fl. Br. de Mart. vol. XV, part. I, pag. 143). Nos. 5663 e 5664). Colhida em Porte) Murtinho i; florescendo em Dezembro. . o nos tendo sido possivel encontrar material com fruetos, foi-no possível idcniifi lhor a presente espe» Le Oxalidaceae Oxalls : Oxalis aff. calva. Prog. (Fl. Br. de Mart. vol. XII, part. II, pag. 486). Nos. 5830 e 5831. Colhida na úm, perto de Corumbá, florescendo cm De- zembro. Tem i lhas maiores e flores alvas. Trevosinho, de bulhos con e flores alvas, em pequenas utnbellas. — 50 — Malpighiaceae PYRAMIDOTOR.E — BAN1STERIE.E — BANISTERIIN.E Banisteria : (?) Banisteria campestris, Juss. (Fl. Br. de Mart. vol. XII, part. I, pag. 50). Nos. 5801 — 5803 — Estampa n.° 8. Colhida em Tapirapôan, na serra do mesmo nome; florescendo em Ja- neiro. Liana sub-arborescente, de caule, folhas e inflorescencia recobertas bas- tamente de lanugem; folhas coriaceas. inflorescencia axillar e terminal, en- tremeiada de pequenas folhas nas bifurcações dos ramos, rica em flores; flores umbelladas em grupos de quatro, côr de rosa, de pedicello sub-clavado, com pequena bractea na base. Planta muito frequente no chapadão deste Es- tado. PLANITOE.E — MALPIGHIE.E — BYRSONIMIN.E Byrsonlma : Byrsoniina indorum. Sp. Moore. (The Linn. Soe of London, Botany, vol. IV, pag. 323). N°. 5804. Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Arbusto de galhos tortuosos, folhas oppostas; inflorescencias termi- naes; flores em pequenos grupos sub-esphericos ou formando espigas, ao lon-< go da haste floral, amarellas. Rutaceae RUTOIDEE — CUSPARI.E — PILOCARPIN.E Metrodorea: Metrodorea aff. pubescens, St. Hil. et Tui. (Fl. Br. de Mart. vol. XII, part. II, pag. 149). Nos. 571 1 — 5713. Colhida em Tapirapôan, florescendo em Janeiro. Devido a falta de litteratura, somos obrigados a deixar esta determina- ção em duvida. Os exemplares que colhemos afastam-se da discripção de St. — 51 — Hil., tem, os peciolos da^ folhas, ti quanto os descriptos para a Met. nigra, St. Hil.. afastam-se entretanto daquella, não só pela côr amarella flores como ainda pelo diâmetro dos foliolos e pela presença dos que ristioo ados para a Met. pubescens, St. HU.: é muito pro- vável tratar-sc de uma outra espei ie não descripta na Flora Brasiliensis, por- que, i ' ita apenas 1 1 <■ e pecii . i indo Engler no Nat. Pflanzenfamilien diz existirem cinco i no Brasil, é mesmo possivel, tratar-se i pecie, porém, para apurar isto faltam I tos que infelizmente não foram encontrados. Da Met Selloana, Engl. d'aqui da Capital, cila não se afa muito nas formas, mas sim, bastante, nas dimensões. E' uma arvore muito va- riável, ora grande e mi » copada pouco ramigera; vulgarmente chamam-a de I ra do Matto . As folhas são op bi-folioladas; o peciolo das folhas tem 2-3 cm., de coi 1 e tem a parte inferior de margens dilatadas invagi as ramificações são trichotomas como também . que é, geralmente, tem muito rica em flore são pequenas c de • irellada, quasi alvas: o ovário é recoberto de peque- nas flores odoríferas. Meliaceae MELIOIDE.fc — TRI< Hil II '.». — GOARJIK t Guarea : Guarea rubricalix, Sp. Moore. Fl. Br. de Mart. vol. XI, part. I). (Sp. Moore, The Linn, Soe. of London, Botany, vol, IV, pag. 336). Nos. 5805 e 5812 — Estampa n. 9. ' olhida em Tapirapôan, florescendo em Janeiro. Nome vulgar: ãna». Desi 1 pta por Spencer Moore, das Três Bar- emplares colhidos por nós, as inflorescencias são muito maiores que as descri] bem a arvore é alta e 1 .'la, attingindo mesmo mais de 15 metros de altura; as foi : juga^ e os foliolos, ■ da folha, podem attingir 15-20 cm. de compri- mento. Trigoniaceae Trigona : I 1 ona bolh iana, Warm, ( ? (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. II, pag. 134). ■ J684. hida nafa cúm em Corumbá fl< 1 lo cm Dezembro. Devido a pi 1 porém, d'csta se afastam os iri '1 forma das infloi 52 cencias, numero de flores nos grupos (cincinios), presença de pellos na parte externa dos petalos, pistillo etc, que caracterisam a espécie pela qual a te- mos; a não ser esta, só poderia ser nova, cujo característico principal se- ria a lunagem, em lugar dos pellos que devem existir na citada. Vochyseaceae Qualsa ; Qualea grandiflora. Mart. (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. II, pag. 41). Nos. 5689 e 5690. Colhida em Porto do Campo e em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. » Arvore do campo cerrado, de 6-12 metros de altura; folhas grandes, coriaceas, oppostas, glabras por cima e as vezes levemente villósas na pagina dorsal; flores muito grandes, de côr variável, mais frequentemente amarel- las. Nome vulgar: «Uva-puva do campo; ou «Páo terra do campo». Quelea parviílora, Mart. '(Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. II, pag. 43). N°s. 5685 e 5688. Colhida em Porto do Campo, no rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. Inflorescencias axillares ou terminaes, sendo as primeiras mais frequen- tes. Planta cujos ramos novos e folhas, bem como as inflorescencias, são re- cobertas de villósidades alvas; flores roxas e pequenas. Vulgarmente conheci- da por «Páo terra merim». Qualea pilosa, Warm. (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. II, pag. 45). Nos. 5691 e 5692 — Estampa n°. 10. Colhida em Porto do Campo, no rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. Arvore do cerrado de folhas oppostas, ellipticas, verde escuras e le- vemente pillósas na pagina dorsal, principalmente nas nervuras, sendo as ve- zes também levemente pillósas na pagina superior; inflorescencias terminaes, — 53 — simples e muito ricas em flores; estas são amarellas riscadas de vermelho es- curo. Espe. que muito e approxima da Q. Jundiahy, Warm., varie- dade da Q. nuiltijlora, Mait Nome vulgar: «Páo terra». Polygalaceae POLYGALE-E Polygala -. (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, pari. III, pag. 14). N°. 5826. Colhida em rapirapôan; florescendo cm Janeiro. Plantinha herbácea, do campo, de folhas ovaes muito longas e estreitas, -lanceolareSj nargens levemente revoltas e puberulas, no ma por cima e levemente pubescentes nas nervuras na pagina inferior; inflo- rescencias supra-axillares e terminaes (mais compridas que as descriptas para a espécie) laxamente pluriflôres; flores pequenas, violáceas, pallidas; sementes alongadas e pilliKis, com o carunculo apical sem appendice e levemente pilloso. Euphorbiaceae PLATYI.OBE.1- — CROTOXOIDE.E — CROTON'E.E Croton : Croton (Sei. Eucroion, § Entropia) sepntnbensis, Spc. nov. Frutex crectus, ramosissimus, 1 1/2-2 mm. altis. Ramis ramulisque di- varicatis cum foliis inflorescentiaque dense stellato-hirsutis; pilis deplanato- flavicantibus. Fuliis oblongo acuminatis, penninerviis, ápice cuspidato- acutis, supra in costis dense pilosulis; limbo circiter 8-12 mm. longo, subtus ad basin costis centralis minutissime biglanduloso; petiolo limbo 9-12-pte bre- vioribus, 8-10 mm. longo. Stipulae minutissime, sub lineares, 1 1/2 mm. lon- gae. Inflorescentiae 2-3 peduneulatae, comppsitae, terminales; pedunculis sae- ime simplicis, spiciformibus, floribundis, interdumque ptope basin ramulis gerentibus, densissime stellato-pilosulis hirsutis. Bracteae imfimae flores feni. et masc. proferentes, supernis masculis. Floribus masculis pedunculatis, circiter 3-31/2 mm. diam., calyce extus dense stellato-pilosuli hirto, intus sub-villosu- li; lobulis ovatis 2 mm. longis; disco pentafido vel pentalobato glabro, pe- talis sub-spathulatis obstusiusculis omnibus dense longeque floccosn ' staminibus 17, glabriusculis; receptaculum longissime floccoso-lanatum. Flori- bus femineis sub-ovoideis, sessilibus, apetali extus d( Uato-pi- losuli, intus dense breviterqin villosuli puberulo, lobulis imbricatisve conni- — 54 — ventibus, obstusiusculis, 21/2 mm. longis; disco dissoluto penta-partito, sub- obsoleto; ovário cónico su-ovoide densiuscule villosulo; stylo ter dichotomo lobato, profunde 6-íido, 1 mm. longo. In sylvis ad iluminem Sepotuba, prope Salto da Felecidade. Floret Ja- nuário. Nos. 5615 — 5619 — Tabula n°. 23 Arbusto erecto, ramosissimo, de 1 1/2-2 m. de altura. Ramos e raminhos divaricados com as folhas e as inflorescencias revestidos bastante de pellos estrellados; pellos achatados, estrellados, amarellados. Folhas oblongamen- te acuminadas, penninervadas, de ápice longamente acuminado e agudo, supe- riormente, nas nervuras principaes, bastamente pilló-as, limbo de 8- 12 cm. de comprimento, inferiormente, nas margens da nervura central, tenuemente biglan- duligero; peciolo 9-12 vezes mais curto que o limbo com ,8-10 cm. de com- primento. Estipulas pequeninas, sub-lineares de 11/2 mm. de comprimento. Inflorescencia 2-3 pedunculadas, compostas, terminaes; pedúnculos geralmente simples, ou as vezes com um raminho perto da base, geralmente espigados e floribundos, completamente revestidos, como também o calyce, de pellos estrel- lados. As bracteas inferiores, sostem ao lado das flores masculinas as femininas e, as superiores, somente masculinas. Flores masculinas pedunculadas, com cer- ca de 3-31/2 mm. de diam., calyce externamente bastamente pilloso e áspero, internamente villoso liso. Lóbulos ovaes de 2 mm. de comprimento; disco penta- fido ou pentalobular, glabro; petalos sub-espatularcs obtusos, basta e longamen- te pilloso-floccoso-lanuginósas; estames 17, glabros; receptáculo longamente la- nuginoso-floccoso. Flores femininas de fornia sub-ovoidal, sesseis, apetalos; ca- lyce externamente bastamente revestido de pellos estrellados, internamente de- premidamente villoso puberulo, lóbulos imbricados e conniventes obstusos, de 21/2 mm. de comprimento; disco dessolvido penta-partido quasi invisivel; ovário cónico sub-ovoidal, bastamente villoso; stylo dividido em três e estes segmentos novamente dichotomos, fundamente divididos, 6-lobulado ou fisso de 1 mm. de comprimento. Colhido na matta do Salto da Felicidade, no rio Sepotuba, florescen- do em Janeiro. Existe em grande abundância nas margens da estrada que vae pela mat- ta ao Kilometro 50, onde a colhemos em fins de Janeiro de 19 1 4. Nos. 5615 — 5619. Est. n°. 23 PLATYLOBE.í — CROTONOIDE/E — ACALYPHE I CHROZOPHORIN^ Csperonia Caperonia stenophylla, Muell. et Arg. (Fl. Br. de Martius, vol. XI, part, II, pag. 326) N°. 5630. Colhida em S. Luiz de Cáceres, florescendo em Janeiro, E. Warming (Symb. Fl. Braz. Cent.), cita esta planta como paludico- la; de Lagoa Santa; diz, ser uma das que estabelecem a transição entre as — :o — terrestres e as limnophilas. Em S. Luiz de Cáceres, a encontramos frequcnte- mente nas margens do rio Paraguay e, assim também, de outros rios, bem como em lagoas e lagos tem] ira Os exemplares que possuímos, foram colhidos num lago temporário perto da cidade d< ( aceres, o qual secca poi completo no verão: nessa epocha a planta fica muito reduzida e as vezes de- sapparece por completo. (l caule di I ph< tem muito de commum com o de algumas Onagtaceas, que também ten o habitat, não é raro encontrar-se o mesmo dilatado e esponjoso, fazendo assim com que se man- tenha sempre na perpendicular e com mais facilidade á superfície da agua; elle ostenta, de espaço em espaço, folhas lineares lanceoladas que são espar- samente serrilhadas, as Inflorescei ■ terminaes e axillares, bisexuaes, isto é, ostentam, próximo .i sua base, geralmente uma, raramente 2-3, flores fe- mininas e, em todo o resto, flores masculinas ei le numero e muito me- nores que as primeiras; as femininas têm ipenas pistillo e as masculina; estames de antheras muito grande ementi ío incluídas em capsulas trilojadas munidas de pequenas elevações ásperas e são nitidamente desenha- das de pontos ou leves depre >ões orbiculare ACALPHIN.E Acalypha : Alcalypha communis, Muell. et Arg. var. intermédia Muell. et Arg. (Fl. Br. de Martius, vol. XI, part. II, pag. 450). N ■•*. 5631 e 5632. Colhida em Cáceres, no lugar denominado Barranco \'ermelho; florescen- do em Janeiro. Arbusto do campo cerrado mais sujo ou das margens da matta e as ve- zes nestas, prefere os lugares mais húmidos e sombrios, as sua- folhas, dispos- tas em ordem alternada no caule, são verde escuras, longamente pecioladas, ovaes acuminadas, de ápice agudo e serrilhadas nas suas margens, quando no- vas estão bastamente recobertas de pellos muito sedosos e finos, mais tarde ca- hem estes pellos e ficam somente as cicatrizes mais ou menos elevadas em forma de pequenas verrugas, o que dá as mesmas uma superfície áspera: as inflorescencias masculinas oceupam as axillas das folhas mais próximas do ápice dos ramos e as femininas as ultimas dos mesmos, geralmente as inflo- rescencias femininas ostentam em seu ápice algumas flores masculinas, são ge- ralmente solitárias uns ramos, ao passo que as mas. ulinas existem cm grande numero em cada um dos mesmos; as bracteas q ostei 1 flores feminil são multifissas, sub-digitada 1 dão ás inflorescencias uma forma especial, que muito as caracteriza, sendo assim fácil distinguil-as das masculinas, todas el são espigadas. — 56 - PI.UKENETIJN-E Dalecharmpia : Dalechampia cuyabensis, Muell. et Arg. (Fl. Br. de Martius, vol. XI, part. II, pag. 663). N°. 5633. Colhida em S. Luiz de Cáceres, florescendo em Janeiro. Liana de folhas alternas, cordiforme-ovaes, ápice levemente acumina- das; as bracteas ou segmentos do invólucro das flores são trilóbulados e tem os lóbulos desticulados, são vermelho pallidos ou arroxeados, involvendo junta- mente as flores masculinas e femininas. PLATYLOBE-E — CROTONOIDE.E — HIPPOMAN.E HIPPOMANIN* Sebastlanla : Sebastiania virgata, Muell. et. Arg. (Fl. Br. de Martius, vol. XI, part. II, pag. 564). N°. 5634. Colhida na chapada da serra de Tapirapôan; florescendo em Janeiro. Uma Euphorbiacea de folhas muito estreitas, de inflorescencias axil- lares ou terminaes e bisexuaes, ostentando geralmente 1-2 flores femini- nas na base e, em todo o resto das mesmas, masculinas. O caule é bastante fino, delgado e pouco ramificado, sendo os ramos geralmente curvos e rijos. PLATYLOBE.E — CROTONOIDE.Í — EUPHORBI-£ Euphorbia : Euphorbia serpens, H. B. K. (Fl. Br. de Martius, vol. XI, part. II, pag. 682). Nos. 5635 e 5636, Colhida no Urucúm, em Corumbá, florescendo em Dezembro. Plantasinha rasteira, de folhas muito pequenas, sub-orbiculares, flores abrigadas por pequenos invólucros axillares e solitários. Esta plantinha reves- te as vezes grandes áreas do solo, formando verdadeiros tapetes; prefere, ge- ralmentej terreno cultivado e mais despido de outros vegetaes. — 57 — AnacarcJiaceae SPONDIEiE Taptrlra : Tapirira guyanensis, Aubl. (?) var. elliptica, Engl. (Fl. Br. de Mart. vol. XII, part. II, pag. 377, e Aubl. FI. das Cuyanas vol. I, pag. 470, tab. 188, ainda sob Tapirirv Páo-pombo, L. March. em Warm. Synib. Fl. Br. Central, fase. XV, pag. 59). Nos. 5706 — 57 10 Colhida cm Porto do Campo, no rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. Na descripção feita no Symb. Fl. Br. Central., as folhas tem foliolos de margens inteiras. Na chave das espécies da FI. Br. de Mart. ella está (ir atribuída para as de foliolos serrilhados, entretanto, na dignose, da me ma, alli, nada consta a este respeito. Aublet, Fl. das Guyanas, diz também, que o mesmos são inteiros carece, portanto, rectificação a chave da Flora Brasilien- sis. Tendo colhido somente ramos com flores masculinas, não podemos garamir a determinação, porque as flores femininas são indispensáveis para isto. Sapindaceae THINONLt Paulllnla Pauliui.i elegans, Camb. (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. III, pag. 362). Nos. 5672 — 5674 Colhida nas margens do rio Sepotubi florescendo em Janeiro. Nos ramos colhidos, e.\i liolos com j los muito curtos. Trepadeira de folhas pinnadas; foli< rgens desde o meio ao ápice e inteiras d'alli para lmixo: inflorescencias axill simples, providas abaixo da espiga floral de duas gavil flô res em pequenos grupos, de pedicello articulado, alva . levemente amaj das; fruetos piriformes, vermelhos. — 58 — CUPANIEAE — NOTORRHIZiE Matayba : Matayba guianensis, Aubl. (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. III, pag. 620). N°. 5671 — Estampa n°. II. Colhida nos campos de Tapirapôan; florescendo em Janeiro. Exemplar sem fructos, talvez pertencente á variedade micrantha, Radlk. Existe muita litteratura, porém, temos apenas Aublet, Fl. das Guyanas e a Flora Brasiliensis e sendo as espécies muito próximas, devemos declarar, não ter plena certeza de se tratar realmente desta espécie. Arbusto ou ar- vore muito frequente nos campos de Matto Grosso, florescendo cedo. Vitaceae CISSU9 Cissus campestris, (Baker.) Planch. (Fl. Br. de Mart. vol. XIV, part. II, pag. 200). (Engi. Prantl. Pflf.) N°. 5848. Colhida em Tapirapôan, florescendo em Janeiro. Pedicellos das flores de 1/2-3/4 cm. de comprimento; caule, depois de secco, castanho amarellado; folhas profundamente denticuladas e as vezes le- vemente lobuladas; flores alvas. Do campo da chapada, lugares mais ou menos seccos, quasi nunca volúvel, geralmente arbustiva. Flora Brasiliensis como Vitis campestris, Baker. Cissus scabricaulis, (Baker) Planch. (FL Br. de Mart. vol. XII, part. II, pag. 213). (Engl. Prantl. Pflanzf.) Nos. 5849 — 5851 Colhida em Tapirapôan, florescendo em Janeiro. Menor que a descripta. Liana munida de gavinhas; de folhas trifolio- ladas, dos quaes o mediano é maior que os lateraes, este de forma sub-rhomboi- de ob-oval, todos ligeiramente serrilhados nas margens, por cima deprimida- mente pilluligeras e por baixo mais pillósas nas nervura-.; inflorescencias op- postas ás folhas, umbelladas, com flores albicantes muito pequenas. — 50 — Sterculiaceae Búttnerla ; Bi ttueria melastomifolia, St, Hil. (Fl. Br. de Mart. vol. XII, part III, pag. - No'. 5714 e 5715. Colhida cm Tapirapoan, florescendo em Janeiro. de folhas gro- 1 trinervuladas como as da ■ :.-, superi . Ho po ito ueçam as inflores fasci ulos de 3-5 n :illan ido !i melhada. Frequente no cai apparecendo nplares isolados, preferindo maií o baixos e húmidos. Turneraceae Pirlqueta : Piriqueta caroliniana, Urb. var. integrífolia. (Fl. Br. di . vol. XIII, part. III, pag. 103). \ 5821 e 5822. 1 olhida em S. Luiz de Cacerv . flori cendo em Janeiro. Arb a, sub-hi 1 ■ folhas lineai >u espa- thula erioi de pellos simples amarellos e na superior mesma o mj imbem n : '■, de pel o de distancia em distancia um ou outro tem um prolongamento central qi nu'. .1 aluíra varia entre 10-50 cm. ou raramente um pouco m As flores fii ai :, nas : ultimas foi na- rellas e ten internamente munido de uma corona, a qual também exis- te 111 corolla Lultipartida e fica abaixo da conflui dos lóbulos do mesmo; os fructos sã< de pellos simpli ap- sulares 1 arrebenl in d< madui ■ ovoii ■ linhas de di p orbiculai - I requente nos tado de Níatto Grosso — 60 — Passifloraceae PASSIFLOREÍ Passlflora Passiflora foetida, Linn. var. hastata (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. I, pag. 583). ■N°. 5800. Colhida em S. Luiz de Cáceres, florescendo em Janeiro. Interessante forma d'esta tão variável espécie; as folhas são de âmbito cordiforme, trilobuladas, hastadas; os lóbulos são abruptamente agudos e a base é cordiforme arredondada ; toda a planta é coberta bastamente de pellos glanduligeros; as bracteas são pinnatisectas terminando os segmentos em glân- dulas, estas bracteas são tão grandes que envolvem completamente o fructo; as estipulas são pequenas e também rriultipartidas. A espécie apparece, com di- versas formas em todo Estado. Cactaceae CEREOIDEiE — ECU INOCACTE« Coreus . Cereus triangular/is, Haw. (K. Schumann, Gesamtbeschreibung der Kakteen, pag. 157). Nos. 5716 e 5717. Colhida em mattas húmidas de S. Luiz de Cáceres; florescendo em Dezembro. Caule triangular sub-voluvel; areolos armados de 3-5 pequenos acu- leos cónicos; flores alvas de mais ou menos 25 cm. de comprimento; fruetos alongados, ellipsoides, vermelhos, de 10-15 cm. de comprimento e 6-8 cm. de diâmetro, muito saborosos. Trepadeira ou epiphyta, vivendo e cobrindo, as vezes, galhos de arvores muito elevadas, os fruetos são muito apreciados pelos macacos. — ól — Myrtaceae MYRTOIDt.K — MYRTE.E — MYRCIIN.K Myrcla : Blyrcia ambigna, D. C. (Fl. Br. de Mart. vol. XIV, part. I, pag. 180). Nos. 5813 — 5816 Colhida em Tapirapôan, florescendo em Janeiro. Arbustinho de [-2 metro de altura, com o caule, folhas, quando no- vas, bem com ertos bastamente de pellos deprimidos c lanuginó- mais tarde glabro; folhas levemente rostradas e atte- nuadas, semeadas de ténues ponto transparentes: Inflorescencias axillares e terminaes, ramificadas; ramos oppostos em 4-5 ordens; flores alvas, agrupadas de duas a duas a longo dos ramos e de três a três no ápice destes, sendo ei nediana geralmente sessil. As ti simultaneamente em quasj mens existentes em um campo, de forma que transformam da noite para o dia o colorido do cerrado em que vivem, exalando um perfume muito agradável; são, como em geral todas as Myrtaceas, muito nectariferas. Combretaceae Thlloa : Thiloa gracilis Eichl. var. nov.major, Hoehne (Para ser addicionada áespecie, Fl. Br. de Mart. vol. XI, part. I, pag. 105.) Folia 8-10 cm. longa et 3-5 cm., lata, ad basin sub-rotundata, ápice abrupta acuminata, obtusa: paniculo folio valde longiore et densissime fus- l»1o, lepidoto; calycibus densiter lepidotis. Arbor vel frutex subscan- dente. Nos. 5693 — 5695 — Estampa n°. 12 Colhida em Urttcúm, perto de Corumbá: florescendo em Dezembro. Esta nova \ tríedade, distingue-se da espécie typica, por ter as folhas e os paniculos floraes muito maiores e por ter as escamas no calyce e no ová- rio mais bastos. A forma das folhas também é mais elliptica c as flores /es reunidas de 3-4 em peudo fascículos e outras vezes isoladas. Arvore, flores em paniculos ram is folhas, de côr amarella, desprovidas de corolla, tendo inserido no perigono quatro es- tames e quatro estaminoides, os primeiros com grossa caruncula nas antheras e os últimos terminando no ápice em um pequeno appendice cordiforme, que pôde levar a crer tratar-se de uma corolla; as flores abrem-se su< ien- te da base ao ápice dos ramos das inflorescencias. Planta ornamental e muito interessante, frequente nos cerrados 1 is. — 62 — Melastomataceae MELASTO.M ATOIDE.E — TAMONE.í Tamonia ve] Mlconia: Tamonia stenostachia, (D. C.) (Em Êngl. Nat. Pflanzenf. e sob Mlconia stenostachia, D. C. na Fl. Br. de Mart. vol. XIV, part. IV, pag. 294). N°*. 5818 — 5820. Colhida nos campos húmidos de Porto do Campo, no rio Sepotuba; flo- rescendo em Janeiro. Arbustinho de folhas oppostas, verde escuras, brilhantes por cima e furfuraceas albicantes por baixo: inflorescencias terminaes, com flores seria- das sesseis nos ramos, sostidas por pequenas bracteas, de petalos alvos e es- tames amarellados; fruetos escuros quasi negros. Muito frequente nos campos mais húmidos de Matto Grosso e de Mi- nas Geraes. Onagraceae JUSSIEUEí Jussleua : Jussieua pilosa, H. B. K. var. glabra. (Fl. Br. de Mart. vol. XIII, part. II. pag. 164 N°. 575 1- Colhida no Porto do Tucano no rio Paraj 1 florescendo em Dezembro. Paludicola, muito frequente no grande pantanal do rio Paraguay e em outros terrenos mais ou menos alagadiços; pequena, de folhas muito miúdas, ovaes, esparsamente pillósas ou glabras; flores curtamente pedicelladas, ová- rio muito longo, 5-lójado; uma pilha de óvulos em cada loja; petalos amarel- los, pequenos, tão longos quanto os sepalos; ementei >ào circumdadas de uma massa segregada da parede do ovário que faz parte das mesmas, alteran- do-lhes a forma primitiva. Jussieua repens. Linn. var grandi flora (Fl. Br. de Mart. vol XIII. part. II, pag. 1671. Nos. 5-28 — 5730 Colhida 110 Porto do Tucano, no rio Paraguay; florescendo em Dezembro. Arbustiva aquática ou de lugares muito húmidos, de ramos mais ou me- nos divaricados, rasteiros, em logares mais seccos torna-se mais pillósa e 03 as folhas menores; flores grandes, nas axillas das folhas, amarellaa e curta- mente pedicelladas ; ovário 5-16jado óvulos em pilhas nos ângulos das lojas, pendentes, tolhas, caule e os sepalos sempre pillóso U mbellif erae HYDROCOTYLOIDE-E — HYDR< >COTYl E E — HYDROCOTY1 lS'A.t Hydrocotylo Hydrocotyle rannnculoides, Linn. (Fl. Br. de M.irt. vol XI, pari. I, pag. 283). No. 5 s 1 - Colhida em Corumbá; florescendo cm Dezembro. de cau] iro, paludicola ou aquática, de fo- lhai com pecciolos muito longos, orbiculo-remiformes, profundamente inci- quasi trilobulares, completamente glabras e brilhamos, sempre emergem inflorescencias axfllares muito 1 urtas, com mais ou menos 1 cm. de comprimen- to: flores 4-12 cm umbella de 4-5 mm. de diâmetro. Os exemplares foram co- lhidos entre Pontederiaceas e Marsilia poly carpa, Ilook et Grev. em um lago mais ou menos transformado em brejo, em Corumbá. Myrsinaceae MYRSINOIDE.i: — MYRSINE* Cyblanthus Cybianthns densifloros, Miq. í I Br. de Mart. vol X, part. 1, pag. 300 ). N°». 5791 — 5795- Colhida em Porto do Campo, do rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. Ramos colhidos de uma arvore da matta, onde vivia perfeitamen- te abrigada pelas outras arvoro, tendo 3 metros de altura, ostentava fo- lhas de 10-15 cm. de comprimento por 3-5 de largura de forma elliptica, acu- minadas na base e no ápice ou arrendondadas uma ou outra vez. verde escura- por cima e mais pallidas por baixo: as inflorescencias têm as flores muito aggregadas, são bastas e ramificadas, os ramos são geralmente curtos, a inflo- rescencia inteira attinge de 2-7 cm. de comprimento e é de forma cónica; as flores são muito odoriferas e nectariferas, sendo muito visitadas pelos hy- menopteros. S. Miquel, distingue esta espécie de C. myrianthos, Miq. pelas folhas e inflorescei lenores, dizendo que es^as ultimas attingem de 2-3 polle- gadas de comprimento. — 64 — Apocynaceae PLUMIEROIDE/E — ARDUINE.E — LAND0LPH1IN.E AUamanda : Allamanda, aff. puberula, D. C. var. Garneri, D. C. N°. 5839 Colhida em Tapirapôan; florescendo em Janeiro. Arbusto de folhas (superiores) alternas, em ordem espiralada, attenua- das na parte inferior e arredondadas na superior, curtamente pecioladas e, como o caule, bastamente puberulas, tendo na base do peciolo e nas axillas, pe- quenos grupos de glândulas aciculares vermelhas: flores terminaes, compara- tivamente grandes e de fauce muito dilatado, amarellas. As folhas e a dis- posição das mesmas, differem de todas as descriptas na Flora Brasiliensis ; len- do, porém, outros autores, verificámos que as regras estabelecidas para a dif- ferenciação das espécies por Muell. et Arg. não merecem a confiança devida e que não podem ser consideradas tão constantes como são appresentadas pelo mesmo. K. Schumann, no Engl. Nat. Pflanzenf., diz, que, por melhor vontade que elle tenha, não consegue descobrir as razões porque Muell. et Arg. fize- ram tantas espécies, e mais, que, todasestas espécies, com a excepção de al- gumas, e da Ali. theveíiaefolia, Nob.. que elle considera bem distinctas, pode- riam ser fundidas ou consideradas variedades da AU. cntliartica, L., da qual elle não as pôde distinguir ou separar por característicos especiaes; elle funde também a AU. Martii e a polyantha de Muell. et Arg. em uma só espécie. Por esta exposição de Schumann, podemos calcular a semelhança das espécies des- te género. Segundo esta classificação de Schumann, a planta por nós co- lhida, deveria ser considerada variedade da Ali. cathartica, L., da qual se distinguiria principalmente pelas dimensões menores do calyce e da corolla e pela presença das pequenas glândulas aciculares no interior deste ultimo; o calyce tem de 5-6 mm. de comprimento e a corolla de 50-52 mm. por egual largura transversal na fauce, quando bem aberta. Este pequeno arbusto não é tão frequente em Matto Grosso e, á não ser em alguns lugares do rio Cuya- bá e em Corumbá, onde o colhemos esta vez, não ha lembrança de o termos visto senão muito poucas vezes. PLUMIEROIDE.E— PLUMIERE.E — CERBERIK.P Thevetiâ Thevetia neriifolía, Juss, (K. Schumann, Engí & Prantl,, Nat. Pflanzenfamilien, voí. IV", part 2, pag. 159). N°s. 5786 — 5788 Colhida em Porto do Campo, do rio Sepotuba; florescendo em Janeiro. Segundo K. Schumann, dispersa desde o México e Antilhas até ao sul do Brasil, cultivada ainda em muitos lugares do Brasil e da Europa. Arvore — 65 — de 5-6 metros de altura, de folhas uminadas, dispostas em ordem espiralada nos ramos, muito caducas no material deseccadu, verde escuras e brilhantes quando oova is flores são iggri fadas is axillas das ultimas fo- lhas no ápice dos ra io amarellas e muito ornamentaes. Dos fruetos ou capsulas seccas, desta planta, que segundo Barb. Rodr. chamam vulgarmente de Chapéu de Napoleão , os indigina; do Brasil fabricam os seus colares e outros artefactos para o seu uso. ECHITOIDB/E — ECI1ITH Rhodocallx Rhodocalix rotnndifolins, Muell. et Arg. (Fl. Br. de M.irt. vol. VI, part. I, pag. 135). N°. 5838 Colhida em S. Luiz de ' ace e flore cendo em Janeiro. Arbustinho, muito commum nos cerrado- de todo o Estado e frequen- tíssimo S. Luiz de Cáceres onde vive geralmi ssociado com uma pequena Anonacea do género Anona muito parecida com a Anona pygmaea, Warm., de folhas grandes e coriaceas. As folhas são grandes e largamente ovaes, quasi orbiculares, bastamente recobertas de pequenos pellos muito de- primidos, a base é geralmente cordiforme c o ápice abruptamente acumii agudo: inflorescencia terminal, simples, longa e recoberta de pellos como as folhas: flores vermelhas, sostidas por grandes braetcas da mesma côr; o 1- lyce é sempre de segmentos livres e mais persistente que a corolla, que é tu- bular, dividida apenas no ápice em cinco pequenos lóbulos, no angulo quaes estão inseridos os estames, de base pillósa. Asclepiadaceae CVNANCHOIDEíE — ASCLEPIADE.E — GLOSSONOMATIN.S A raujla i Araujia plnmosa, Schlechter. (Segundo Malme, no «Araujia und .Morrenia pag. 19, tab. 3, fig. 6; ex Arkiv for Botanik, Band 8, n: o 1., do Sv. Vet. Akad. de Stockholm, des- cripta no Oesterr. Bot. Zeitschrieft de 1895, pag. 449 e também citada como de Matto Grosso, pelo citado autor no \! ei do em Dezembro Segundo a descripção, esta espécie se distingue da Araujia sericifera, Brotero, que v muito commum em Mi S. Paulo e Rio de Janeiro, principalmente pelas dimensões das flores, que attingem pouc mai da me- — 66 — tade do comprimento e diâmetro das daquella; as suas folhas são mais ou menos eguaes ás da citada espécie, sendo depremidamente tomentosas na parte dorsal c levemente pillósas na superior. Schumann, não logrou distinguir bem este género de Schubertia, pois que, elle diz, na sua chave de géneros, no Engl. und Prantl, Nat. Pflanzf. vol. IV, part. 2, pag. 226, que este tem as folhas gla- bras ou enfarinhadas e aquelle pillósas,; não é entretanto isto que se dá, as Araujias tem a pagina superior do limbo das folhas, geralmente, revesti- do esparsamente de pellos muito deprimidos e crespos e o verso do mesmo bastamente lanuginoso e, as Schubertias são munidas de longos pellos, não só em ambas as paginas das folhas, como ainda nos caules, peciolos e quasi to- das as demais partes da planta, e, ostentam, ao contrario daquellas, geralmente flores muito grandes e ornamentaes. Schubertia . Schnbertia grandiflora, Mart. et Zucc. (Mart. et Zucc, Nova Genera et Species Plantariam, vol. I, pag. 57) Nos. 1850 e 1851. Estampa n.° 24 Colhida em Corumbá; florescendo em Dezembro. Uma das Asclepiadaceas mais bellas que se conhece, e que, desde 1820, tem sido cultivada nas estufas na Europa. Parei e-nos que Schnbertia gro.- veolens Lindl. descripta em 1846 no Bot. Reg. vol. do mesmo anno, sob es- tampa n. 21 e também mencionada e estampada no flor. des Serres et Jar- dins d'Europe, vol 2, pag. 169, e, que. ainda, é muitas vezes incluída nos ca- talagos de plantas, por diversos autores, não se afasta muito desta espécie: pois que, segundo o mesmo autor, ella não se afasta desta, senão pela ausência dos pellos na parte interna do periantho e pela forma das folhas, sendo de notar ainda que E. Fournier (PI. Br. de Mart. vol. VI, pag. 296 ) põe em duvida a primeira destas e que a segunda é de tão pequena importância que nem me- rece menção. Encontramos em 1911 um specimen nas margens do rio Cuyabá, em Melgaço, cujas folhas são ob-ovaes-ellipticas, nitidamente corda- das na base e terminam abruptamente em uma ponta bastante longa e cujas flores são muito menores que as destes exemplares procedentes de Co- rumbá, entretanto, temos a plena certeza, que se trata de uma e a mesma espécie e que estas pequenas differenças, podem ser attribuidas exclusivamente ao habitat dos referidos exemplares de uma mesma espécie. CYNANCHOIDE.í — ASCLEPIADEjE— ASCLEP1AED1X E Ascleplas : Asclepias nervosa, Dn. Fl. Br. de Mart. vol. VI, part. IV, pag. 202 N°. 5747 Colhida em Porto Murtinho, rio Paraguay; florescendo em Dezembro. Plantinha de folhas estreitas, lineares acuminadas e agudas, quasi ses- seis; umbella de flores terminaes, composta de 8-14 flores alvas levemente 67 — esverdeadas. Parecida, na forma, com o nosso Offt ial de sala i \ '-pias 1 assavica da qual Lngue principalmente pela côi da flores e foi folhas c segmentos das primeiras Blepharoaon : Blepharondon reflexas, Malme. (Malme, Die Asclepiadaceen d - Regnell 'schen Herbars pag. 90, ex K. Sv. Vkademiens Eiandlingar, Band 34, n: o 7). No , 5881 e 5882 E stampa No. 25 Colhida em S, Luiz de Cáceres; florescendo em Jan< d ripta em 1900, por Malme, nu trabalho acima ci é muito variável tanto na forma e dim das tolha-, como tam 1 flores, .1- primeiras são mai [mente ovaeí alongadas e munida- no a] de um prolongamen dar, podem, porém, também, ser ovaes ellip 1 também quasi orb 1 1 iriando desde 3-8 cm. de comprimento e 1-5 rm. de largura: as flores tem forma de alvas, tendo os se- gmentos do periantho ora patulos ora mais reflexos, geralmente quasi ho- rizontae . Pelo que, tivemos occasião de verificar, em exemplares que colhemos 1 no os folliculos ío maior» • qui os descriptos, em ah exemplares elles tem mais de .c! cm. de comprimento, são grossos na parte in- ferior e depois, mais ou meno abruptamente cuspidados para o ápice em toda a parte superior to primeiro terço da base. Esta planta, descripta por exemplares colhidos em Coxipó da P01 da Chapada e também em de ( ',■ ibá equen tod o Estado, nós a encontram só naqu itados lug muitos outros, até no Juruena e é muito provável que a de dis] to >e extenda até ao Pará e 1 o Borraginaceae [OTROPIOU Hetlotroplum Eeliotropiuni filiforme, II B K. Fl. Br. de Mart. vol. \ III. part. I. \i e em I intl, Nat. Pflanzf vol. IV, ] N05. 5703 - I impa N i.í. Colhida 1 bro. ;, 1 1 .' cot stido d< pell nuito finos •- - cias filiformes, termi- — 68 — naes ou, raramente, axillares, de apiceenrolado e escorpioide; flores pequenas e alvas. Frequentíssima em todos os campos arenosos do Estado, preferindo sempre os lugares mais ou menos húmidos. Verbena ceae YEKBENOIDE.E — LANTANE.E Lippla : Lippia stachioides, Cham. (Fl. Br. de Mart. vol. IX, part. I, pag. 230). N°. 5696. Colhida em Tapirapôan; florescendo em Janeiro. Frequente nos campos seccos e cerrados. Revestida de pellos muito cur- tos e deprimidos; inflorescencias axillares, numerosas; flores róseas com o centro da corolla amarello. VERBENOIDE.E — PR1YA.1 Priva : Priva echinata, Juss. (Fl. Br. de Mart. vol. IX, part. I, pag. 179). Nos. 5697 — 5701 Colhida em Tapirapôan; florescendo em Janeiro. Arbustinho herbáceo, recoberto de pellos viscosos muito adherentes; ca- lyce persistente, envolvendo o fructo, armado externamente de pellos pegajo- sos que facilmente adherem aos pellos e vestes e graças aos quaes está, tal- vez, tão dispersa. Vegeta geralmente nas taperas, roças ou hortas. V1TIC0IDE.E — CALLICARPE.E Aegiphila : Aegiphila cuspidata, Mart. (Fl. Br. de Mart. vol. IX, pag. 287). N°. 5702. Colhida em Tapirapôan; florescendo em Janeiro. Arbusto flexuoso, de folhas oppostas; inflorescencia paniculada, termi- nal; flores amarelladas, depois de seccas avermelhadas. — 69 — Solanaceae SOLANE/E— SOLANINií Soltnum : Sola n u m platanííoliam, Hook. i I. Br. de M.in. vol \ I. part. III, pag. 58). . 5S40 e 5841. Colhida em Corumbá; endo cm Dezembro. Arbusto da altur 1 ilgo maior, com folhas irregu- larmente pentalobai orno em baixo, nas nervuras, alguns com mais de ií! mm. de com- nento, intermixto :,o menores e pellos deprimidos muito stendem sobre todas is la planta, in- ; mesmo sobre <> 1 I mele de vez quando encontramos um ou outro lóbulos do m/esmo; os pellos pparecem também na parte uja parte superior é amarella e muito acuminada; as fo- lhas, nos exemplares que i-olhemns, são sempre gémeas, sendo uma maior e outra menor: as inflorcscencias estão inseridos acima da axilla, entre os nós, mais ou menos 110 meio do entrenó, são dispostas em pequenas umbellas ci- 1- e (N côr roxa, tendo de 23-24 mm. de diâmetro quando bem abertas. Parece que esta espécie da preferencia aos carandasaes ícarnaubaes do nor- te pois que apparece, nos mesmos, não só no sul de Matto Grosso, mas tam- bém no Piauhy e outros do norte; os aculeos das colhidas nos es- tados do norte, são mais delgados que os daquellas colhidas no sul de Matto Grosso. Scrophularlaceae RIIIXANTMOIDE.E — DIGITAI Scoparla : Scoparia elliptica 'liam, et Schlecht. (Fl. Br. de Alan. vol VIII, part. I, pag. 265). Nos. 5797 e 5798 tolhida em Porto Murtinho, rio Paraguay; florescendo em Dezembro. Plantinha muito rija, de mais ou menos 10-20 cm. de aluíra, muito 1 dispo verticilios pequen 1 longamente pedicelladas e de segmentos mu entes. Frequentíssima 1 do sul do Estado. — 70 — Lentibulariaceae UTR1CULARI.E Utricularla : Utricularia obtusa, Schwartz. (?) (Fl. Br. de Mart. vol X, pag. 239 e no De Candolle Pr. Syst. Nat. vol. 8, pag. [O . V-. 5832 — 5837. Estampa N. 14 Colhida em S. Luiz de Cacere- florescendo em Janeiro. As descripções das espécies de Utriculariaceas, exposl is na Fio Bra siliensis e mesmo no De Candolle (que sérvio di nori tara a primeii a são tão deficientes e inspiram tão pouca confiança, que, por melhor vontade que tenhamos, não nos podemos conformai com a endo, entretan- to, a única litteratura de que dispomos, pensámos que o melhor seria não tro- tarmos a classificação e, por esta razão, nos limitamos á aproximar a <• -pi- temos, entretanto, quasi certeza de que a diagnose apresentada para esta, pode perfeitamente servir para mais de uma espécie bem definida, porque ella destaca uns tantos caracteres que, na verdade não são, ou por otura, não podem ser considerados caracteres especiaes, pois que são communs á mais de uma espécie; na descripção da presente espécie nada se encontra que diga respeito á forma dos utriculos, entretanto, imo também já chegou a ser de- monstrado pelo Dr. Luetzelburg, que a fornia dos utriculo importante para a identificação das espécies, que, só com ella, poderíamos chegar a iden- tificar muitas d'ellas. E já que tamo tratando das discripções das Utri- cularias da Flora Brasiliensis, de Martius, vamos approveitar a oc< isião, para chamar a attenção do leitor para outro ponto muito importante da mesma; entre as descripções, encontramos diversas, em que se falia de plantas aphyl- las e que foram moldadas, naturalmente, sobre material incompleto e, que, en- tretanto, apresentam folhas tanto antes como na occasião da florescência; estas folhas, ás vezes, são tão pequenas e outras tão caducas que, facilmente es- capam á vista ou se perdem, razão esta porque o material vem aos herba- rios sem as mesmas e é descripto como não as possuindo. Os exemplares que trouxemos foram apanhados em um pequeno lago perto de S. Luiz de Cáceres: são fluetuantes, apresentam folhas multisectas, muito verdes e pseudo- folhas mais escuras, também multisectas, munidas de utriculos; vive com- pletamente immersa, emergindo somente a inflorescencia, que tem mais ou menos 8- 1 2 cm. de comprimento, ostentando, no ápice ou parte superior, £-10 flores amarellas, de calyce bilóbado-obtuso. — n — Bignoniaceae BIGNi >Ntí ' ArraBIclaea Axrabidaea fagoides, Bur. (Fl. Br. de Vfart. vol VIII, part. II. pag. 26). No». 5859 5861 Colhida em Corumbá, na fazenda do Urucum; florescendo em Dezem- bro. Descripta o Linn. Soe of London, Botany, vol. I\ , pag. 414 por Spemvr Moore, sob, Bignonia grewioides, por exemplares que havia colhido r.o Ladario em < orumbá. Scandente, desprovida rn . ai umi- nadas 1 de ponta geralmente prolongada ■ ondada inflorescencias na axillas das ultimas folha d ios ramo que ornam o caule, curtas e muito flori bundas; flores pequenas, de 10-12 min. de comprimento, ligi netricas na corolla; corolla alva ligeiramente arroxeada, recober- ta externamente, bem como no calyce, folhas e ramos mais novos, de pequi escarnirias lenticullares, brilhantes II' uma liana sub-a bon ti que e er- gue apoiando-se sobre os ramos de plantas. Cly«tostoma Clytostoma decoram, Sp Moore ^ Burm. e< K Schun Fl. Br. de M 1 1 1 vol. III. part II, >paegma dt- iOrum, Spc. Moore, no Linn. So< ol I o w vol. IV, pag. j . \ 5856 — 5858 Tolhida em Corumbá; florescendo em Dezembro Spencer Moore, descreveu esta planta do mesmo lugar, ["repadeira de folha» =imple? ou - inflorescencias terminaes, sub-umbelladas umhel- las em 5-8 pedúnculos; pedúnculos com 1-4 flfl ralmente, um n • ramificado, com ramos oppi - cruz, que estotenta de 5-10 flores; flfl res s ■ idas ou maculadas de roxo Na base do .-tem grandes pseudo-estipula- orbiculares ou lub-cordiformes que tem aspecto de tolhas e são, com oestas, munidas de nervuras. — - 72 — Paragonia : Paragonia pyramidata, Bur. (Fl. Br. de Mart. vol. VIII, part. II, pag. 182). Nos. 5854-5855 Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Planta trepadeira do cerrado, (exemplares colhidos, sem gavinhas); fo- lhas oppostas, com um jugo de foliolos, flores em grandes racimos terminaes, bastante ramificados, alvas ou levemente amarelladas por dentro, grandes e muito ornamentaes. Segundo K. Schumann esta planta tem sido descrípta por diversos autores sob mais de 15 nomes diversos; distingue-se entretanto facil- mente das demais espécies, pela presença dos pellos pluricellulares que reco- brem a parte externa da corolla e pela côr das folhas, que, quando seccas; são castanho escuras na pagina superior e amarellas, reticuladas, na inferior; po- rém mesmo assim, devemos confessar que a grande literatura existente para a mesma, não nos deixou com muita certeza; e não tendo encontrado as es- tipulas falsas, de que faliam alguns autores, confessamos que estamos em du- vida á respeito da determinação. Tynnanthus Tynnanthus Lindmannii, K. Schumann. (Fl. Br. de Mart. vol. VIII, part. II, pag. 409). Nos. 5852— 5S53 Colhida em Tapirapôan; florescendo em Janeiro. Trepadeira, de folhas com dois foliolos; foliolos ovaes, muito asyme- trico^ e de ápice obtuso; inflorescencias axillares e terminaes, mais compri- das que as folhas; flores muito pequenas de 6-7 mm. de comprimento de corolla asymetrica, bilabiada, por fora deprimidamente pillósa, alva; estames glabros com a base pillósa na parte interna: entre as duas thécas da anthera existe um prolongamento ligular e as thécas são superpostas e sinuosas. Fre- quente nas mattas de Tapirapôan. Memora : Memora' sp. ? No. 5862 Colhida em Tapirapôan, na serra do mesmo nome; florescendo em Ja- neiro. Esta espécie se approxima muito da M. axillaris, Bur. et K. Schum. da qual differe, especialmente, por ter as folhas bipinnadas, isto é, o primeiro — 75 — par de Fo las folha queno pedu tem três foliolo,. Arbusto muito no cha da citada serra, de tlòio amarellts, cm inflore minaes e axillan Acanthaceae ACANTHOIDE I Ruellia : Ruellia hygrophila, M w>l, IX. part I. p Nos. 5N4S 1 , Colhida nos cerrados 1 ittas de Corumbá; florescendo em Dezem- bro. Sendo, a descripçào muito resumida 1 endo muita seg nos deixamos .1 determinação em duvida pensamos entre- tanto, iratar-se da referida espécie, que foi descripta d ' u tbá, dos campos cerrados: razão está, talvez, porque as folhai são muito menores que .1- do, exemplares por nós colhidos em lugar mais abrigado, d. Corumbá. 1 plantinha . de rhizoma subterrâneo muito escammoso e carnoso, de fo- prostradas no solo, abertas em uma grande n>e: . emer- gem, das axillas, as longas <■ muito ramifi nflorescencias, que ostentam flores de corolla roxa. l>ii plantinha é tão commum em Corumbá, qu< á o- grandes áreas do terreno atapetando- p completo, matisand mbro á Dezembro com ás bella flores Ruellia glabra Nees. ah Es.) var. longipetiolatum, Hohene. Folioium petioli longiusculi, lamina ;/4 aequantibus; lamina oval-rorun- data, obtusa, asperula; corolla violácea. Colhida em Corumbá: florescendo eu Ditfere, da espécie tvpi ipalmei mui- to mais compridas e pela forma E* ui folhas oppo muito I cencias terminai frequente em Cor ta — 74 — Rutolaceae CÍXCHOIDEJE — GARDENINiE — GARDENIE.F. Tocoyena : Tocoyena formoza, K. Schumann. (Fl. Br. de Martius, vol. VI, part. VI, pag. 347). Nos. 5621 — 5623. Estampa N°. 17 Colhida em S. Luiz de Cáceres; florescendo em Janeiro. Arvore pequena ou arbusto, que se acha disperso por toda a America Meridional tropical e subtropical, e, que se caracterisa, pelo revestimento das folhas e dos ramos, de um indumento lanuginoso alvo. As flores são, quasi sempre, terminaes, têm o tubo da corolla muito comprido, penta ou tetralo- bulado, no ápice. COFFEOIDEE — GUETTAKDIN.t — CHtOCOU i 3 Chlococca Chiococca brachiata, Ruiz et Pav. vai. acuminata, (?) Muell et Arg. (Fl. Br. de Martius, vol. VI, part. V. pag. 53}. Nos. 5624 e 5025 Colhida em S. Luiz de Cáceres, florescendo em Janeiro. Arbusto, de folhas oppostas, glabras, com estipulas inter-peciolares sim- ples, de base larga e de ápice abruptamente acuminado; Lnflorescencias axilia- res, muito mais curtas que as folhas: flores alvas, distinctamente pedicelladas; pedicellos, ovários e partes externas da corolla pilli 1 aos exemplares que trouxemos e que examinam^., em ontramo- diversas flores com dois pistillos. COFFEOIDE.E — PsYCHOTKIIN.E — PSYCHOTR1E.E Palicourea Palioourea rígida, H. B. K. (Engl. Prantl Nat. Pflanz. vol. IV, pari. IV. pag. r 1 5 et sub Psyehotria rí- gida, Willd. in Fl. Br. de Martius, vol VI, part. V, pag. 230). N°. 5626. Colhida em Tapirapôan: florescendo em Janeiro. Ao exemplar, que colhemos na matta em Tapirapôan, falta jo brilho amarello dourado das folhas, que esta planta sempre possue, quando vive no — 75 campo. Graças ás suas propriedades mediciri grande emprego na medicina popular, , orno ícbrili: é vulgarmente conhecida por Douradinha, Gr ■ H„. dão nos diversos Estados do em quasí todos os cam- pos do Brasil. Uragoga Uragoga ipecaenanha, Bail. K Schumann, Engl. Pflanzenf. vol. IV, part. IV, pag. 120I Nos 5627 1 5628. (Sem flores Estampa n. t6. Colhida em Tapirapôan; flori cendo em Janeiro. Esta planta, que oceupa um lugar de destaque na industria exu do M ntra- em toda a da ' mbóra, ella a do Brasil, faz-se aind 1 hoje .1 maior < de tone], ul 1 1 produz o melhor produ 1 dicinal e as raizes que vêm do ]'■, mais procui >s mercados da Europa. Assim, como já se inti o cultivo das tieveas nas collonias Inglezas, na índia, também, têm se tenta- do cultivar alli a porém as experiências, levadas a effeito, graças ás ins- tigações de BaJfour, não produziram o resultado desejado. EOIDE.J — PSVCHOTKI1N.K — SPERMACOCEiE Borrerla Borreria tenella, Chamb. et Shlecht. (Fl. Br. de Martins, vol. VI, part. VI, pag. 55). No. 5629. Colhida em Tapirapôan; florescendo em Jan< •cie muito variável da i c ui 1 ai' le ser simples, com] lani • 1 ppostas e mui) i voh istid por quatro folhas ten ran- do muitas flores as f] lbenii' vestido de pellos alvos, dep — 76 — Compósitas VERNONIE/E — VERNOXIN.E Verr.onla Vernonia grandiflora, Less. (Flora Brasiliensis de Martius, vol. VI, part. II, pag. 45). No. 5609 Colhida em Tapirapoan, na serra do mesmo nome; florescendo em Ja- neiro. Planta herbácea, do campo, de capítulos iloraes terminaes e longamente pedunculados, grandes, roxo-escuros até roxo tverj Miados; folha lineares, agudas e limitadas á parte inferior do caule. Vulgarmente con] da por «Saudades do campo». EUPATOUE.E — AGF.KATIN.i; Eupatorlum: Eupatoriuni macrophyllum, Linn. (Flora Brasiliensis de Mart ius, vol, VI, pari. VI, pag. 345) No. 5610. Colhida na chapada da serra de Tapirapoan, em Tapirapoan; florescen- do em Janeiro. Esta planta, c ainda citada, por D. Candolle, Podr. Syst. nat. vol. V, pag. 136, e por Hoffmann, Engl. Prantl. Pflanzenf. vol. IV, part. 5, pag. 140; segundo o que se lê, nestas d< ,, as folhas mais velhas devem ser glabras. O exemplar que colhemos, têm as folhas bastamente pillósas e o caule áspero. Mlkanla Mikania psilostachia, D. C. var. scabra, Baker. (Flora Brasiliensis de Martius, vol. VI, part. II, pag. 265 e D. Candolle, Podr. Syst. nat. vol. V, pag. 190). Nos. 561 1 — 5613. Estampa n. 18. Colhida em Tapirapoan; florescendo em Janeiro. Os papus das flores são roxeados ou, como acontece com os exem- plares que colhemos, alvos; as folhas são bastamente pillósas, e não só nas nervuras, como diz D. Candolle. As folhas, nestes exemplares, são bastante me- - ti imo também á presi j en0 impestre que vivia i ompleta- [NIM.E Woddella; Weddelia mod< -(' Bal Flora . vol. VI, p .185). X". 5614 hida em Porto Murtinho, rio raguay; florescendo em Dezembro. nplares que colhe- trada, onde não , ■ folh rilhadas, áspera 1 es ou 1 -, em capítulos helianthoides, amarellos. Explicações dias estampas Reprodução de alguns exemj d com< preparadas, reduzida ade do diâmetro, como ur pela escala junta. N '. iy Cypella lutou Klatt. Fig. i — Pistillo, estames e antheras, augm. » 2 — Esta me com anthera, augm. » 3 — Um terço do pistillo, augm. » 4 — Segmento interno do periantho, visl o por dentro, augm. » 5 — Segmento interno do periantho, visto de lado, augm. 6 — Segmento interno iantho, em secção longitudinal, augm. » 7 — Segmento externo do periantho, visto por fora, augm. 20 Zygella Mooreana, Hoefa Fig. I — Planta inteira, em tamanho nau,' » 2 — Um ramo do pistillo e um gma e em (Anti e a sua 3 — Segmento externo -1" periant 4 — Um pedaço muito ampliado do riantho, mostrando a o ornam 1 5 — A mesma glandul 1 -Segmento interno do periantho, » r - Segmento inti ii. glandul » 9 — Parte superior d< » • lo- — 80 — Fig. 10 — Anthera ampliada, mostrando em (z) a pequena membrana com que se affixa á pequena elevação do braço do pistillo próximo ao estigma. » 1 1 — Pollen ampliado, visto de frente e de lado. » 12 — Corte transversal do ovário, augm. » 13 — Uma parte do ramo do pistillo, mostrando em (y) o estigma e em (xj a pequena elevação onde se affixa a pequena membrana que se encontra no ápice da anthera. » 14 — Um corte transversal da folha muito augmentado. N.° 21 Epidendrum nntans, Schwartz, var. dipus L. Fig. 1 — Parte superior de um caule, tendo a in florescência apenas algumas flores ainda. » 2 — Aspecto da planta inteira, muito rçduzida. » 3 — Columna e labello, estendido e ampliado. » 4 — Columna e labello em po ição narui d vistos de lado. » 5 — Petalo, augm. » 6 — Sepalo dorsal, augm. » 7 — Sepalo lateral, augm. N.° 22 Çatasetum trulla, Lindl. var. vinaceura, Hoehne. Fig. I — Planta inteira, inflorescencia cortada em (x), flores ainda meio aber- tas. » 2 — Flor inteira vista de frente e em tamanho natural. » 3 — 1 ibello visto por dentro, em tamanho natural. » 4 — ' Columna vista de frente em tamanho natural. N.° 23 Croton sepotubensis Hoehne. » 2 — Flor masculina, inteira e vista cie íado, augm » 3 — Flor masculina sem o periantho, vista de lado, augm. » 4 — Flor masculina vista de baixo, augm. to 5 — Flor masculina vista por dentro sem os estames, augm. 6 — Flor feminina já fecundada e vista de lado, augm. » 7 — Flor feminina já fecundada em corte longitudinal, augrrs. » 8 — Estames com respectivas antheras, augm. .» 9f — Petalo da flor masculina visto por dentro, augm. » 10 — Sepalo visto por dentro, mostrando em (gl), a glândula, augm., e também em corte longitudinal e transversal. » 11 — 1 Semente vista de frente e costas, augm. » 12 — 'Um dos pellos estrellados do caule, augm. 100 vezes. — 51 — N.° 24 Schubertia granfiflora, Mart, ei Zuc< Fig. 1 — l 111 pedaço <1>> caule com inl • cia imp< Lado e em tamanha d. » 3 — Flor em botão, si os mes- com iuco augm. » 4— Gynostegio, com algumas pollim m. 5— Um segmenti 1 augm., visto de cos ate (i e de lado » 6 — Scpalo irai. 7 — Glândulas 1 augm. ^pice do gynostegi pri » 9 — Par de pollineas a 10 — Alguns pell paio e parte do 1 i i 111 pequeno frag glar muito augmentado. 25 Blepharodoii reflexu ne. Fig. 1 — Unia parte do caule com inflo 2 — Flor vista por dentro, augm. 3 — ' visto por dentr 4- . augm. 5 - o da coroi m. m. 8 — i gm. 9 — i'oii 10 — Córi' l do u. EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT ROtSDON Cia. Lithographka Hartmann Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT ROMDON Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICft ROOSEVELT RONDON 1 Vv - 3 £ rs 4 RLTERNflNTHERfl PMRONYCHIOIDES, var. FLORIBCJNDM Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELTRONDON Citi. I ithographica Hartrnann-Reichcnbach EXPEDIÇÃO SClENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICM ROOSEVELT-RONDON Cia. Lilhographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON éo^s M:1 8 '' a. BftNISTERIM CflMPESTRIS 3 4 Cia. Lithographica Hartmann-Reichcnbach EXPEDIÇÃO SCIEMTIFICR ROOSEVELT-RONDON N." 9 - tmoM GUAREft RUBRICMLIX -.«o Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON Cia. Lithographka Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON Cia. Lithographica Hartmann Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON HELIOTROPIUM FILIFORME N. 13 EXPEDIÇÃO SCIfUTinCA ROOSEVEJJ-RONOON i»i)-<01- H—t i-pr Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIEINTIFICfl ROOSEVELT-ROMDON N.' 14 CJTRICULARIfl OBTUSA .'EDIÇÃO SCIENTifICA ROOStVflT-ROSOON - 0^ St ((uc&nJ: JU fa* Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIEINTIFICfl ROOSEVELT-RONDON ,fà \ N. 16 URMGOGA IPECACUANHA 'hographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICft ROOSEVELT-RONDON N.1 17 TOCOYENA FORMOZfl thographica Hartmann-Reichenbach EXPEDIÇÃO SCIENTIFICfl ROOSEVELT-RONDON ^%*>* N. 18 MIKMNIR PSILOSTACHYfl, var. SCflBRfl Cia. Lithographica Hartmann-Reichenbach Do nat. por F. C. Hoehne N.o 19 CYPELLA LUTE Do nat. Dor F. C. Ho^hn^. N.o 20 7vr;ci i a MnnorAMA ESC.4 5 Do nat. por F. C. Hoehne N.o 21 EPIDENDRUM NUTANS var DIPUS ,\ ~* esc. y5 Do nat. por F. C. Hoehne N.o 22 CATASETUM TRULLA, var VINACEUM Do nat. por F. C. Hoehne N.« CROTON SEPOTUBENSIS Do nat por F. C. Hoehne N.o 24 SCHUBERTIA GRANDIFLORA Do nat por F. C. Hoehne N.o 25 BLEPHARODON REFLEXUS QK263.H6 '*" ger 1 Hoehne, F C Bo1 iniea. Relatório aprese 3 5185 00102 6861