SEA - NNE a E AS EERoA SR Ei das RSA ia Ee e ESminÃ, ; : PRE nESnds E a e; * iria ES IP ra Er ço x E ” Pa Ea SEE EEN es derem ar remtá do a PS ei E “ EE am, em Mr cad re in a rd esti má DE BENGUELLA ÁS RERRAS DE-IÁCCA *º! DE BENGUELLA | MAà ÁS TERRAS DE IÁCCA DESCRIPÇÃO DE UMA VIAGEM RERICA CENTRAL E OCCIDENTAL Comprehendendo narrações, aventuras e estudos importantes sobre as cabeceiras dos rios Cu-nene, Cu-bango, * Lu-ando, Cu-anza e Cu-ango, e de grande parte do curso dos dois ultimos ; alem da descoberta dos rios Hamba, Cauali, Sussa e Cu-gho, e larga noticia sobre as terras de Quiteca N'bungo, Sosso, Futa e Iácca POR H. CAPELLO E R. IVENS OFFICIAES DA ARMADA REAL EXPEDIÇÃO ORGANISADA NOS ANNOS DE 1877-1880 EDIÇÃO ILLUSTRADA VOLUME 11 LISBOA IMPRENSA NACIONAL 1881 “41 t+ RA - am 0) o, ) FERNANDES, Edit AVELIN EM HOMENAGEM A JOSE J. DE OLIVEIRA ANCHIETA INTELLIGENTE, TENAZ E MODESTO EXPLORADOR NATURALISTA A QUEM TANTO DEVEM A SCIENCIA E A HUMANIDADE DEDICAM AO SEU RETRATO UMA PAGINA ESPECIAL D'ESTE VOLUME OS EXPLORADORES s ' Wa eds “E À l ARDE : 4 A» ba si e catia Os d o PE SAE is . + ES PT ho Eom l E 4 " j à / “ va SA 2 ! ' 7 o Z INPICE nos CATITULOS XIV Ultima tarde na feira e derradeiras considerações sobre os velhos sycomoros — De- serções e despedidas ao abalarmos para oeste — Apercu geral do paiz, a temperatura e influencia da humidade — Um fundamento e um cemiterio — Rapida idéa sobre o modo dos auctores acamparem no mato — Cambollo o zagga — Etiquetas na banza — O chapéu do soba — Um boi por um cão. As margens do Lu-i e os primeiros bao-bas — Conselhos dos guias — Um momento de anciedade— A cobra de agua e feitiços preservativos — Duas sanguesugas e debandada vergonhosa— O jagga dos Bondos e quatro lagoas sal- gadas — Um palmipede preto victima da sciencia — Comitivas indigenas — Tendencia dos africanos para o negocio. Vantagens que d'ahi lhes provém —- A peste dos bosques e uma formiga sem igual — Tala-Mogongo. Seu aspecto e vegetação —Vingança dos au- RR er Sears is jo e analiso a boral Arho ad al ca XV Limite de Cassanje e uma lucta entre indigenas — Modo de pensar dos auctores sobre as dissensões africanas — A nascente do Cambo e a entomologia por estas terras — O er- guer do mato e scenas consequentes — Lembrança lamentavel do cozinheiro e as mara- vilhas naturaes do sertão dos Bondos — À lagoa Utumba e quéda desgraçada — Fructo inesperado — De como os auctores, de limpos que estavam, se transformaram em dois sordidos infelizes — Preambulos de fome — O Chiça e N'Dala Samba — Um almoço em companhia — José do Telhado e a mortalidade pelas terras de Africa — Cu-ango e Cu- anza. Linha divisoria de suas aguas — Cha-Landa e exigencias dos pequenos sobas — O ambaquista, traços distinctivos, seus habitos, importancia, perigosos protestos e recur- sos— O morro Bango e a ascensão d'este. Max Buchner, o explorador allemão — Uma celebridade ecclesiastica — O Lu-calla e a cataracta Lianzundo — Duque de Bragança . . XVI De novo para o sertão — As margens do Lu-calla e uma critica disputa — Um soba marceneiro — Cateco o caçador... de esposas — A Jinga, seus limites e importancia — O rei, titulos e residencia — Escalas hierarchicas — Modo original de distribuir a proprie- dade — O undamento, as ma-lunga e a quijinga. Os Muco-N'Gola ou Mona-N"Gola — Penteados notaveis e a algibeira inimitavel — À beira da Serra de Catanha. Philosophi- cas considerações dos auctores e notavel epilogo de uma scena amorosa — Penultima e ultima questão n'esse dia — As trompas de guerra e o somno dos auctores — Riqueza mi- neira da Jinga, os pannos e as habitações d'ali— Tempestade nos bosques e outra deser- ção de carregadores — Historias de Capulca e o covil de salteadores — Uma pagina do demo cunia vacea dura — Chegada a Cafuchila .. es crus ss wa span os mano anal dia 23 47 VIII INDICE DOS CAPITULOS XVII O Hungo e seus habitantes. Penteados e enfeites — O tabaco e seu emprego — Feal- dade das mulheres. Pouco interesse no fato — O amor ás vaccas e o desprezo pelas espo- sas — O monarcha do Congo — Aprestos de partida — Discussões com os naturaes — Ora- ção proferida pelos auctores, no intuito de commoverem os indigenas. Exigencias d'estes e encerramento tempestuoso de uma sessão — Senzaias abandonadas — Exploração cen- suravel — Tibre, a lagoa encantadora — Transe poetico e escandaloso procedimento do cozinheiro — A cozinha do campo e a gallinha do estylo— As maxillas em acção e a ses- ta interrompida — Novamente cercados — Fugida da caravana — Entre ladrões e modo de resolver litigios — Singular decisão — A noite e o fogo das florestas — Os bosques e a vegetação —Quadrumanos e reptis —Luctas e soffrimentos — Descoberta do Cu-gho —Va- riantes de arvoredo. As palmeiras — Passagem de um rio e traições indigenas — Ultimas pendencias— Abalada — A sós com a natureza » . . 1 - no RE XVIII Partida do Cu-gho — Lugubres presentimentos — Os mu-chitos e o deserto— À sós com a natureza — Uma tarde angustiosa com sêéde devoradora — Momentos supremos da existencia no mato — Um acaso providencial — Novos mu-chitos e trabalhos — Presos no bosque — Estado nervoso dos auctores e o receio de enlouquecer — Perdidos inteiramen- te — Pesquizas por caravanas organisadas em procura de caminho — Duas linhas do dia- rio — Uma noite sombria no meio de queimadas — Apparecimento de José. Sua missão — Encontro feliz — Dois caçadores furtivos — Promessas e abalada — Outra vez perdi- dos — Um tropel de palancas — Approxima-se a noite — Ultima decisão. . . ..... XIX Perigos do laconismo na descripção dos soffrimentos, e receios dos auctores sobre similhante assumpto— A noite de 27 de maio — Apprehensões — Pelo escuro da noite rondavam vultos —Visões e insomnias — Descoberta inesperada — As raparigas da cara- vana e um casamento no mato — Não ha fome que não dê em fartura — Satisfeito o cor- po, distrahiamos o espirito— A arvore perigosa — As ganas de maluvo e uma aprecia- ção espantosa — Quizengamo, o primeiro dos guilolos — Duas paginas do nosso diario — Insistencia dos guias em levar-nos ao Quianvo — A nossa opinião e uma manhã por aquel- las terras — O Cu-ango e as curvas caprichosas do seu leito — Medonhos efeitos da dy- senteria— A fermentação putrida e a falta de alimentos — Um baile nos ma-iácca — Aban- donados na floresta — Febres, ulceras e dysenteria — Ultimas exigencias do guia. Fugida d'este — No meio de miserias, a sós com os nossos recursos — O deserto — Fragmento do diario— A lua no minguante e uma confidenciaa medo — O Cu-gho. . +... 2.0... XX 91 IIÔ A fome, o estomago e uma opinião dos auctores — Succinta idéa sobre o rio Cu-ango . —No Cu-gho — Epocha feliz e epocha fatidica — O arraial transformado em matadouro — O maluvo e a sua colheita — O lago Aquilonda supprimido do mappa— A palmeira e as zonas climatologicas — Abalada das terras do norte — O Pussa e o Cauali— A vegetação — Catuma Cangando, o soba bordado — Consequencias da curiosidade — Uma copla gen- tilica — Ceremonia notavel entre os ma-hungo — Um enterro nos bosques — Danje, Lu- amba, Matamba e Pacaça Aquibonda — Os Caculo-Cabaça — Assassinato de um compa- nheiro—Valor da vida entre os negros —Vunda-ia-Ebo e a ultima sepultura — Os valles do Lu-calla e a historia de um crocodilo — Nova cosmogonia— A mesa, e satisfação es- pecial que aos auctores inspirava — Passagem do Lu-calla— Lista dos restantes no dia dO TEgTESSO.. arm. esedasa avi mena adia so a) ias faça 7 RED ES 139 INDICE DOS CAPITULOS XXI Duque de Bragança — Sua importancia e fertilidade — Mais um jantar com o chefe -— Coordenadas astronomicas e magneticas respectivas — Um soba compadre — As crean- ças africanas e duas considerações ácerca d'ellas — Os infantes e os adultos — Curiosida- | de bem comprehendida e resposta que a deve satisfazer — Como da fortuna se póde pas- sar à miseria — O dia 24 de julho e um capitão avesso ao raciocinio — O acampamento em chammas — Os papeis dos expedicionarios e as munições do armamento — Carrega- dores e ladrões — As cinzas brazeadas e felicidade providencial — Otubo e o ajudante ob- servador O bz-sonde e a ultima noite do mez de julho. . . sp. ccccctasos. XXI Definitiva partida do Duque de Bragança — Mestre José, o Lu-chilo e as patrulhas — O Ptyelus olivaceus e o capitão Silverio — Macaco agonisante e gato em liberdade — As- somlwoso protesto — Passaro original e novo tio do interprete — Samba-Cango, o Hango e o Lucalla — Breve noticia sobre o rio, terrenos e vegetações — Cariombo e o Porto Real — Canoas desconhecidas e novo systema de propulsão — Uma visita a Pamba, quatro con- siderações sobre ella e um elephante do reino vegetal — A caminho das Pedras Negras — Mestre Ze e os basaltos — Uma batota pregada à sciencia— A seda indigena — Pungo N'Dongo, seu aspecto e constituição — Notaveis pégadas impressas nos penedos — Factos dignos de menção — O porto Hunga e um bosque de laranjeiras — Philosophicas consi- derações dos auctores — Na terra dos olhos, quem tem um cego é rei! A cachoeira Ca- ballo— O Cu-anza, obstaculos, peixes, cataractas. Breves reflexões sobre estas — Malanje RS OND Dncos. = 20. Mas r e es ao 6 e DOS ala 2 em ahora a dO XXIII Novamente acampados — O pulex penetrans e um entozoario notavel —Variabilidade dos ventos em Pungo-N'Dongo — O bordão do expedicionario e a penna do escriptor — Ultimo adeus a Silverio — Cabeto e as moscas do Cu-anza — O pára-raios no mato — Ca- panda e a vegetação para oeste. Noticia sobre a sua ornithologia— O sangue e o Nhan- gue-ia-Pépe — Cataracta no Cu-anza — O soba Dumba — Cassoque —Von Mechow e o seu mau portuguez — O Bango e as variantes climatologicas — O Cu-anza e a cataracta Ca- bullo — Ultimo olhar para as terras do interior — O Dondo. Recepção e obsequios feitos aos auctores n'aquelle ponto —Viagem pelo rio — Luanda. Distincções, amigos ali resi- I A 61 dentes — Mossamedes — A caminho da patria. . . . 2... iiccsio ou a o wo» «209 CocausÕEo SEE E ES ES SADO va Re N/A DR PRN PENDENDE 21 EAD SEEN INDICE DAS GRAVURAS Ras sao despedir-se. o ss ate a va pe neta a 2 RETO ajudante observador &,- usasse a o aliada 3 Mansmmusção do quilombo. «Ju ciccsince essa de a opp: al 7 Eaalorngada linha avançámos:. «2d nao res GEE pEÃO) Eambollo, O jagga. . ce. RR a Rose ESA NO Le DAM A II Emsoliindo-nos no adusto capim:. .. o. iso se ae ara 18 Wapalho serpeia nos flancos da quebrada. . ... ci. ss id. I9 RE sata Vs jo ros oba DEE 21 Rana aralthamba: Ce e ssa so O A 27 +75 ruas colostacs RR RR A 31 c2000 Ce seo ti oc PR AR 35 Riaamelcino de Ambaca . «scenes ini ara Sa 39 MrEncordr Max Buchner. . ec siasene eae a Da) Sad 42 MRE an zando. . o. css, Sláia meiol dios 6 opp.a 44 Vosso do copas o RD EEN CURE 45 Riamiciorestiveram para.arriar .-. o ssa ay ara opp.a 48 RR se o Ss parei rir paia ds o ME a us pad Po Sya6 59 ama torrencial caiu. los secs inato et rã opp.a 62 REasio rio Múcuna .. ee aja ape japao as 5 No th EE DO + acata Gelo 2 RR RO RR Da 67 Shania solensis. à use are apareço er EaD o Tc 69 Senhoras do Hungo . +... REA EM RE RIU OR opp.a 73 MR ada ns Pe ea E Ea 79 CTÊT CTSQIoN Gu pe O er PRE UNR 81 ERR em pleno tribunal asc ars ça o Los aah 84 Eninaval emmaranhado macisso. . . us aesabis a pas mia cs opp.a S6 ce cics doMQuirio E a a RR 88 ee alusiporcariiss ES emo e pe o e o ja gs 90 À cpu=siniec, RPE qe ao DO o A DR O RE opp.a 92 Res nilonnima encosta a E a po traga Var od ga rn Ani ll A 96 Maradona Ze o at So ola Leppard 105 RR RE me SR a GDS ao ol ção SO ep a E 108 are spatulata. qo sapo ne Tae do Causina) Da De cc miapgão E RT XII INDICE DAS GRAVURAS Lemba, a mulher de Matu . . «vo, As duas fugitivas. . 0. seo 0 o E O Penteados láceaS. .» + cr eua é ol o O cu-ango emildcca 1 DE. E er er Dansas dos ma-iácca. ss aja mw ui o to ro e o Mulher do Congo. . .. RERRM ss sc iS Que ermos, que solidão sem Lise le E o et a Opa Qui-vuvi, a aranha da seda. . +. 00 o Era uma faina indescriptivel. . .. 1.0.0 0 o "5 so ab) = tQ (0,9) A curiosidade castigada. . . . 20. o o O A Imprevidencia dna Sd RR es TOS Cosmetornis vexillarius (OnimbambaDa RR so ls is Era um soba compadre... «se 2 soy epi gas cet o PR O perigo era immenso.". . = oco A a Seda lalnicanas DR ERR ss cá A patrulha de mba lanço. este caia oil o vio, No) Vo RR RE RD E um systema de helices parallelos . ... ... 1... o opp as Pedras de Pungo N'Dongo . . ... 0. tejo o o E Cachoeira Caballo .. «juestiianm ar topie ivo rasto qo op E Felphusa;Anchietae.. pele ce gera ro apa cubo) PDR DR Tielphusa. Bayonianna ja ns ses! iria 0 Borg of fo oi Pra O ND RR RR Euprepes Ivensi (especie nova) ./ 40 aba. 44%0)] jo 0 DR Chromis sparramanni ste, «resta Laio) ce qo for fis RR ERR Dembes Mormyrus Lhmish js «ira sec vi! feira Po Do RD Muaca; Hemicromis Angolensis «uv copio Devo jo) Ma E Ra Chromis Mossambicus set se sorte! es iithos joo So bD o po PR Rana/ornatissima. tá esa te conde Lá ca partie! Do o pro o SR Caranguejo do Gu-anza . ssa) esta tora jo) da crel pie ER O Empacaceiro da Quissama a martarsuito ahi a of fa E Às tipoias de Angola. o anamnese o aeiou cor (op PA A:scaminho do-oceano *. cassa ces a ae re De ro PER ES Garta de Malanje .. . cu cre co ce raç o Cof o o DR Cartardo Duqueide Bragança. ns o ee a PODRE ISO Fac-simile de uma folha do registo dE obseraBats meteorolo- eicasi Wi: e a o DO LN Carta de Pungo Demo! RR IRS RS o o GS Carta de soe nda ao soba Dimiba ARM RR O OT SS Curvas meteorologicaS, vi dente cui eo at Do fr RR RR Carta magnetica. | E Doo Carta do curso do Cu-anza, do Dondo ao o sédno Ho oe CAPIRULO XIV Ultima tarde na feira e derradeiras considerações sobre os velhos sy- comoros — Deserções e despedidas ao abalarmos para oeste — Apercu geral do paiz, temperatura e influencia da humidade — Um fun- damento e um cemiterio— Rapida idéa sobre o modo dos auctores acamparem no mato — Cambollo o jagga— Etiquetas na banza — O chapéu do soba—Um boi por um cão. As margens do Lu-i e os primeiros bao-babs — Conselhos dos guias— Um momento de ancie- dade —A cobra de agua e feitiços preservativos — Duas sanguesu- gas e debandada vergonhosa — O jagga dos Bondos e quatro lagoas salgadas — Um palmipede preto victima da sciencia—Comitivas in- digenas — Tendencia dos africanos para o negocio. Vantagens que d'ahi lhes provém — A peste dos bosques e uma formiga sem igual — Tala-Mogongo. Seu aspecto e vegetação — Vingança dos auctores, A vespera da partida de uma caravana para longa via- gem é sempre acontecimento notavel, a que o leitor po- deria assistir, se comnosco estivesse em Cassanje na tarde do dia 18 de fevereiro do anno da graça de 1879, no amplo terraço da nossa residencia, onde tal espectaculo se exhibia. De dentro dos armazens haviam saído os artigos de ba- gagem, que os rapazes azafamados puxavam em todos os sentidos. VOL. II 1 2 AFRICA CENTRAL [CAP. =——— ——— O trabalho começára com afan, acompanhando-o conver- sação calorosa, animada, jovial, que alguns mais matreiros sentados nas respectivas malas, excitavam com ditos facetos. Trocas de cargas, protestos contra o peso excessivo, sub- stituição de armas, furtos de cordas e correias, emfim a perda da chave de uma caixa importante, que se tornava necessario abrir, e que o cabeçudo portador, depois de insa- DOMINGOS AO DESPEDIR-SE nas pesquizas, subitamente inspirado, veiu correndo para nós a exclamar «talvez esteja dentro», foram os incidentes ge- raes. O sol, avançando, serviu de signal de remate, reunindo- se em pilha as cargas enumeradas. À Ao chegarmos aos fataes sycomoros sentâmo-nos. Cada um de nós accendeu o seu cachimbo, e dirigindo mutuamente enormes baforadas de fumo ao nariz, espeta- x1v] E OCCIDENTAL ) E E e vamos o queixo, conchegando o occiput á gola do casaco, depois de bem arqueadas as costas, posição procurada por quem tem para cadeira apenas uma pedra! * Quarenta dias aqui passámos, diziamos, olhando para a palhoça, e quarenta planos nos falharam. O homem põe e Deus dispõe, é um bem certo proverbio que em Cassanje teve constante comprovação. Encurralados n'esta misera cubata, onde os fardos e as caixas jaziam em semi-pittoresca desordem; presos umas ve- zes pela febre, outras sujeitos a ella, e alem d'isso em per- e = Pad lj gr Vê À gl) IN N | ho N TN = EE== CATRAIO, O AJUDANTE OBSERVADOR manente lucta com os ferozes ma-n'cuba (carrapatos) que comnosco viviam em commum, não houve contrariedade que nos não succedesse. À viagem para léste foi impedida pelos ban-gala, encar- regando-se a febre de frustrar a outra para o norte; a chuva impediu as divagações nos arredores; emfim, as entrevistas com os naturaes cansavam-nos a ponto de ultimamente nos aferrolharmos para não os receber, porque o orgulho atre- vido dos chefes se tornava Insupportavel. Cada dia é um aranzel, cada visita uma discussão! 4 AFRICA CENTRAL [CAP. —— a eee eim Por isso, apesar de Cassanje não reputar-se dos peiores logares em assumpto de recursos, foi justamente o sitio de que nos apartâmos sem saudades, votando- -o ao olvido, con- tentes com esta vingança. José, um precioso guia que engajámos nos ultimos dias, propunha-se levar-nos por differente caminho, através da Jinga, até encontrar de novo o Cu-ango. Muitos dos carregadores, porém, que não sentiam o me- nor interesse ou admiração por similhante arrojo, deserta- ram, e com elles os cabindas que nos serviam. O guia pôde, apesar d'isso, conseguir vinte e cinco novos portadores, que foram um proveitoso auxilio. Ao sol de 18 de fevereiro succedera-se a noite, a esta os primeiros alvores do decimo nono dia, quando uma voz amiga nos despertou. — Senhores, são cinco horas. Saltando ligeiros aprestâmo-nos todos, em seguida a suc- colenta refeição em casa do nosso bom amigo Narciso A. Paschoal, a quem aqui deiximos um voto de indelevel re- conhecimento, após muitos apertos de mão, recommenda- coes de prudencia e de sentidos adeuses a algumas deze- nas de jovens, que tristonhas viam com a partida dos seus esvair-se em fumo os dourados sonhos da vespera, dando logar a verdadeiros improvisos, como o seguinte: Umba-ri-amé muene n'dengue Jo-oendê. Umba-ri-amé muene n'dengue Jo-oende. Moi Nºjinji. Era a chorosa despedida que Domingos, carregador, di- rigia á sua diva Umba, e na qual m'dengue (o coração) en- trava com a maior parte, como o leitor poderá julgar pela seguinte traducção approximada: «Umba, senhora e coração meu, vou-me... eu N'Yinji.» Depois da vigesima fuga da esposa de Catraio (o ajudan- te observador), que, sentado no solo, de cachimbo em pu- nho, se não decidia a partir, soltou a caravana o seu ru- E — mim cet ca lan Ê x1v] E OCCIDENTAL ' 5 mo ao oeste, desfilando em longa linha, de cargas ás. cos- tas, apoiadas nas respectivas armas. Abandonemos pois Cassanje, e seguindo o tortuoso atalho que primeiro atravessa as ondulantes planicies até ás ser- ras do oeste, o qual, embrenhando-se nas vertentes d'aquel- las, se desenvolve na parte superior do vasto plan'alto, per- corramos as terras dos ban-gala e dos ban-bondo, no dis- tricto elevado, até ao concelho portuguez do Duque de Braganca. O corpo expedicionario cortava directamente para a quebrada de Tala-Mogongo, que dista cerca de sete jor- nadas do ponto em que nos achavamos. Atravessando perpendicularmente ao seu thalveg nume- rosos riachos, na maioria affluentes do Lu-1, uns de curso impetuoso, margens abruptas de rochas schistosas a des- coberto, e outros de leito plano alagado em muita extensão, occultos por capim resistente e cortante, fetos, Papyrus, Typhas, Nenuphares, Victorias, mariangas, povoados de rãs que faziam enorme ruido, á similhança do grasnar dos patos, e de sapos que produziam um tilintar, lembrando muitos guisos, achava-se a caravana n'uma das mais pitto- rescas regiões d'esta parte de Africa. Que pena, acrescentavamos mentalmente, que os nossos poetas e pintores, vendo tantas cousas com os olhos do es- pirito, não viessem aqui gosar realmente similhante pano- rama! Que recursos encontraria n'estas selvaticas scenas a ar- dente e insaciavel vontade do artista e do...; mas não sa- bendo de momento se o poeta é artista, suspendemos as philosophicas considerações, introduzindo-nos pelas estevas com paladinica resolução ! Sob esta latitude os mezes de fevereiro e março são os mais quentes do anno, chegando o thermometro a marcar 31º à sombra. O ar quente e cheio de humidade é então um verdadei- ro perigo. 6 AFRICA CENTRAL [CAP. No mais basto da floresta, o meio saturado de vapor torna-se quasi irrespiravel, e é preciso um verdadeiro esfor- ço para conseguir os movimentos normaes da caixa thora- cica. Sob a sua influencia até os proprios vegetaes sofirem, encontrando-se por toda a parte troncos de robustas ar- vores invadidos por cryptogamicas, em perfeito estado de podridão. Como consequencia disto os metaes oxydavam- se com uma rapidez que espantava, e os canos das armas, as facas, as agulhas das bussolas, em poucas horas estavam de todo enferrujados. O couro amollecia, a madeira dos instrumentos empena- va, O papel tornava-se pastoso, as fazendas escorriam agua, sendo necessario abrir e pôr ao sol os fardos de algodões e riscados, inteiramente cobertos de bolor. No homem este desequilibrio da natureza manifesta-se então pela dysenteria permanente. Às doze horas do dia 25 o caminho conduzia-nos á frente da banza do soba Cambollo, chefe de uma das familias a quem pertence o jaggado. Momentos antes passámos perto de gigantesco sycomoro, onde parecia estar funccionando um tribunal. - Era o fundamento. Julgava-se um assassino, para ser remido a dinheiro, in- demnisando a familia da victima. Choviam aqui um mu-ca- no, al um guituche, a proposito das causas do crime, e o accusado ía pagar irremediavelmente. Deixando a banza ao oeste, dirigimo-nos para uma emi- nencia, que, coroada por bouquet de elegantes arvores, se nos afigurou o sitio mais apropriado á construcção do gui- lombo. Começando porém os indigenas a gritar, soubemos en- tão que ali era o cemiterio, facto notavel mais de uma vez comnosco succedido e que nos levou de futuro a fugir dos logares pittorescos, vista a especial mania dos indigenas em os escolherem para dominio e residencia dos mortos. E A o bd rd é. MARA” q e DRA no ES le . E, | a o a l [e í h à t 4 4 3 É a PA “ É Z aa y GE ER un CA . pe diárr Ti tato idioma oh BE OTeno aistar o + [5 babar rua ves q; fodpm TA nes oiii á RE E 4 ) | esnterom z Olaarni vo Sem 20 nibpoznoo ssa 7) va a am 234 A nto llogra oo O | Se ps an ER A pe: í ). m E SS FiucE! É Hot E PR DE, t, Eis cf obtao: ELO a Pt E do cio ont EH HAS silo mi FLS: GI PU ft gsob: Era DO; VANS EM 6 o UN Pod id A E sb “BSmio OIHGONADS BOA . Db. A) 408 4 sb. Ori gomes ports eosmomoM Ru sora Ra a83es pi Dona ob no E AR f 08 AVAST id lote 116 á ee o stat mono . farto ebBlul » | tu ab aseinmob - rita US E l nu RARA E to ) ob. tbens eb. 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Era de toda a vantagem esta disposição, porque assim ficavamos relativamente independentes, e sobretudo livres da visita e incommodos provenientes da residencia nas li- batas dos sobas. | Entretanto mais de uma vez tivemos sérias questões com estes senhores para conseguir similhante resultado, ao cabo porém viam-se elles coagidos a ceder, em presença de tanta obstinação. | Nºesse intento, depois de percorrermos a libata, perto da qual era nosso desejo ficar, avançavamos cerca de meia milha, e, logo que obtinhamos agua, arriavam-se as cargas junto da arvore mais alta. Comecava então a faina, que se repetiu tantas vezes quantas as marchas que fizemos em Africa. A nossa gente, já habituada e dividida para esse fim, partia em varias direcções. Uns, em procura de adequadas arvores, cortavam-lhes os troncos, e, voltando com elles, construiam os esqueletos das cubatas, n'um logar previamente limpo. Outros, ageita- vam os ramos para a primeira cobertura, sendo coadju- vados por um grande numero, que já ao tempo havia reu- nido os feixes de capim, para revestimento exterior d'aquel- les. Quatro muleques entretinham-se no arranjo das camas, compostas de capim e folhas soltas, sobre que se assenta- vam duas pelles de panthera. Defronte das duas cubatas, Otubo dispunha sobre dois troncos de arvore, assentes parallelamente, todas as cargas, em seguida cobertas por encerados que para isso levava- mos. Terminado este trabalho tratavam todos da construcção dos proprios fundos, que eram dispostos n'uma circumfe- rencia de circulo, em derredor das cargas arriadas. Em duas horas estava tudo concluido. 8 AFRICA CENTRAL [CAP. Ao tempo já Capulca havia dado começo à installação ' da sua cozinha de campo, e cercando-se de dois ou tres pequenos muleques, no meio de panellas, cafeteiras, facas, pratos de ferro, chavenas, etc., procedia á sua limpeza. Nós, entretanto, determinavamos por diversas observa- cões as cordenadas geographicas, com suas variantes, fazia- mos o levantamento da região em' que nos achavamos e os registos e calculos meteorologicos. Passava-se tudo isto á carta até ás tres da tarde, hora geralmente escolhida por nós para a refeição mais importante do dia. | A pequena caixa que conduzia as chavenas e pratos ser- via alternadamente de mesa para comida e trabalho. Sobre esta eram então collocados dois pratos e dois talheres, e no chão, em derredor, uma grande travessa de ferro cheia de infundi, um prato com carne guisada, nos dias felizes, peixe do rio fumado, nos peenaE e cousa ne- nhuma nos aziagos. Meia duzia de pimentas do Chili, ida dispunham o paladar para similhantes manjares, tornando-o pela sua força indifferente à sensação. ? Uma chavena de café e um cachimbo cheio dava remate a esta scena diurna. Chegava então o momento das magnas considerações e do descanso. Um céu anilado, uma temperatura agradavel, a paiza- gem brilhante e o estomago repleto, convidava-nos a re- costar na fofa alfombra do capim que por toda a parte se nos offerecia, deixando ás auras galernas (na phrase do poeta) o cuidado de nos rociar as frontes! | Estirados, .com a face apoiada no braço, o cotovelo as- sente na terra, ora scismavamos, admirando o panorama que se nos offerecia, ora discutiamos, quando não nos do- minava o somno! Às duas horas da tarde fomos introduzidos na habitação do jagga Cambollo. ça Di ca a x1v] E OCCIDENTAL 9 Formosa residencia, pela maior parte construida de ma- rianga junta, perfeitamente entrelaçada de capim, tinha um cercado da mesma especie a resguardal-a. Os macotas, abrindo e fechando portas, foram successi- vamente introduzindo-nos. A medida que avançavamos, parecia que se complicava a questão, com uma etiqueta mais exagerada. Olhava-se para os cantos, diziam-se segrédos, affirmando- se com a cabeca, emfim nada se percebia. Mais dois compartimentos percorridos nos levaram á sala da recepção, ao meio da qual estava o velho chefe. Acocorados n'um pequeno banco, observámol-o, deixan- do proseguir o extenso jimbolamento com aquella paciencia evangelica de que tantas vezes temos fallado. O soba é grande, muito poderoso, tudo governa, só elle manda, póde matar e fazer a guerra, tem numerosos vas- sallos, e mil outras prerogativas que os panegyristas repetem para grande satisfação e gloria dos respectivos monarchas ! Cambollo é homem de idade avançada. Envolto n'um longo panno de riscadinho debruado de zuarte, manilhas nos pulsos e tornozelos, collar de mis- sanga e cabeça rapada, tinha um aspecto que não desagra- dava. | O enorme chapéu de soldado de infanteria portugueza do seculo xvir, mettido até ás orelhas, dava-lhe um ar bas- tante grutesco! Triste, segundo dizia, de nos não poder gratificar ampla- mente como desejava, fez-nos o pegueno presente de um enorme boi preto, que, mimoseado com uma bala, não se decidiu a succumbir, fugindo pelas campinas ad perpetuam rei memoriam. . Retribuido com uma dadiva de fazenda, e um pequeno cão filho de Cassai que nos acompanhava, o qual s. ex. o jagga manifestára desejos de possuir, abandonámos as ter- ras de Cambollo-Cangonga, proseguindo para oeste. Defronte estendia-se a azulada linha das terras alterosas, IO AFRICA CENTRAL [CAP- terminando ao norte pelo morro Bango e os cerros do N'guri, e perdendo-se ao sul nos extensos horisontes, aonde em Cajinga, Bumba, outro jagga, tem a sua residencia. Ao sueste divisava-se um elevado cabeço. Era o Cassalla, cuja ascensão só conhecem determinados indigenas, que encontrando agua na parte superior, d'elle têem feito em tempos de guerra um verdadeiro baluarte, considerado como posição inexpugnavel. Transposto o Lu-i, de margens cobertas pelas largas fitas de Arundo phragmites, de verdes fetos, de eschinomenes “sm nossa LINHA AVANÇÁMOS e de ederronas, continuámos as marchas por planicies ala- gadas, No perultimo dia do mez de fevereiro, ao noroeste da senzala Lu-argo, a expedição, acampada, bebia agua do riacho Muhamba, profunda ravina que as torrentes das serras conduzem ao Lu-i, saudando o apparecimento de nu- merosos bao-babs, os quaes desde Quillengues deixáramos de ver. A altitude era então de 1:012 metros. As avalanches de agua, despenhando-se, interrompiam todo o trabalho de campo. dis xIv] — E OCCIDENTAL II Depois de collocar os instrumentos meteorologicos, ba- rometros, thermometros ao ar livre, psychrometros para avaliar a humidade, observavamos do interior da palhoça o quadro que diante de nós se desenrolava. Acabrunhados de fadiga não tinhamos esperança de ver terminar as chuvas. Fervilhava-nos na mente a idéa de proseguir ainda a nor- CAMBOLLO, O JAGGA deste para ver se, illudindo os ban-gala, passariamos pelo Holo para o Cu-ango. Os guias, porém, não cessavam de protestar, asseverando que tal tentativa não podia ter resultado. — Em todo o Cassanje, diziam, se espalhou a noticia de que os povos do Cu-ango impedirão a passagem dos brancos. — Ha pouco um ?chindelle (e referiam-se a Otto Schutt) I2 AFRICA CENTRAL [CAP. esbarrou no longo com o Calandula do Ca-quilo e o banza Quitumba-Caquipungo:; vós, mais ao sul, estivestes presos pelo Banza-e-Lunda, em risco de perder os haveres; lan- car-vos, pois, outra vez entre esses selvagens, é vontade de tudo comprometter. | Isto, porém, em nada podia influir no momento em que um, ficando no campo, o outro buscasse perquirir as in- tenções dos indigenas. Organisado assim o projecto, tratava-se de o pôr em pratica. | No dia seguinte de manhã largava pois um na direcção dos morros do Nºguri, que ao norte se avistavam, e perto dos quaes o jagga dos Bondos tem a sua residencia. Transpondo o pequeno plateau do Lu-ango, comecámos a subir e a descer as terras accidentadas que se nos defron- tavam no meio das maiores difficuldades. As correntes que vinham da serra pelas brechas feitas na encosta, saltavam impetuosas aqui e acolá, ora produ- zindo riachos de leito profundo, ora alagando as planuras intercaladas e construindo verdadeiros pantanos, onde a agua nos chegava ás curvas. Saíndo de um vallado profundo, erguiamo-nos ao morro seguinte; breve, porém, nos engolfavamos no adusto ca- pim e Papyrus de terceiro, luctando assim com a floresta e baixa vegetação que tudo envolvia. Estas marchas em subidas e descidas tinham alem d'isso muito de insipidas e monotonas, porquanto as paredes das montanhas nos interceptavam completamente a vista, e só nas cumiadas descobriamos alguma cousa. Na margem direita do rio Bale, quando com agua pela cintura o atravessámos, um dos carregadores esteve a pon- to de perder-se. Foi um momento de cruel anciedade, a que só os nossos gritos e a energia dos companheiros pozeram termo. O infeliz, assentando o pé n'um poco circular e lodoso de terreno falso, muito frequente nos leitos dos rios panta- x1v] E OCCIDENTAL 13 nosos, enfiára por elle, immergindo até ao pescoço e ver- “gando ao peso da carga, via-se em risco de morrer asphy- xiado. Pouco depois, mais adiante, identico incidente se repro- duziu, sendo necessarias extremas precauções para avan- car um passo sem perigo de ser inhumado vivo. Os bosques que íamos atravessando eram desertos. Apenas se encontravam n'uma ou n'outra clareira vesti- gios de passagem de comitivas, pelos troncos carbonisados - e pedras calcinadas. | Como nos embrenhassemos por meio de uma mata, ver- dadeiro dedalo de cipós e ramos, onde todas as arvo- res assentavam os troncos em raizes descobertas, vimos com grande espanto os primeiros portadores da vanguarda, abandonando as suas cargas, partir a correr para junto de nós. —Uta-Uta, bradavam todos. Uma cobra, senhor, uma boa enorme! “ Querendo assegurar-nos do facto, avançámos na direcção indicada, torneando cautelosamente o tronco de uma colos- sal Herminiera E., que jazia em terra decomposto, junto da escarpa limitativa do riacho de corrente espumante. Pre- paravamo-nos para observar, quando de improviso saíu por entre o capim, n'uma ondulação, gigantesca cabeça, depois enorme corpo, e, revolvendo-se em duas voltas espiraes, metter-se pela agua. Isto produziu desagradavel effeito nos circumstantes, como sempre succede a quem vê proximo de si qualquer animal de terrivel aspecto. Era uma uta-sa-maza (cobra de agua), um Naja(?) talvez, a qual, saltando rapida, se abysmára no fluxo que cobria o lameiro. Mas agora ninguem ousava vadear o rio. Todos viam o monstro apparecer, de guela escancarada, prompto a feril-os. Para afastar o reptil, e destruir de alguma fórma as in- fluencias secretas e nefastas do repugnante bicho, asseveran- I4 AFRICA CENTRAL [car. do o successo da nossa passagem, mestre José (Zé assim lhe chamavamos), recolhendo-se para o bosque, permittiu- se obsequiar-nos, afastando o animal por um systema com- binado de feitiços, só d'elle conhecido. Ao termo de cinco minutos, volvendo da ceremonia, que terminára por dois estrondosos assobios, declarou poder- mos entrar n'agua. A meio caminho, porém, um movimento de refluxo se opera inopinadamente, dois gritos ferem os ares, todos debandam, e nós mesmos, aterrados, fugimos tambem. | Um dos homens gritava: — Estou perdido! estou... morto! * Mas ninguem queria acreditar que um morto estava de pé; e passado o panico, voltâmos envergonhados, fingindo-nos distrahidos, em vista do exemplar castigo que tivera a ridi- cula retirada. | Duas sanguesugas agarradas ao tornozelo do nosso he- roe haviam sido a causa da medonha confusão ! A 2 de março, passando na base da serra Catanha, um portador foi enviado acima, á senzala do jagga, com o presente do costume, seguindo nós para o nordeste, em di- recção ás terras do N'ganga N'Zumba. 4 Este soba não se achava ali, e as informações dos natu- raes abalaram logo as nossas phantasias, no sentido de pro- seguir a viagem pelo Cu-ango. «Os ban-gala não deixam passar», diziam todos; alem d'isso, o terreno é coberto de agua, onde serpeia o rio Lu- handa, e tem quatro lagoas salgadas, propriedade do al- ludido Nºganga, as quaes impedem a marcha, afiancando-se que d'ali para diante o trilho se tornava intransitavel, pois ao longo das escarpas da serra tudo era alagado. Na descida o portador, na companhia de um bondista, trouxe-nos uma quinda de fuba, com que nos mimoseavam, e enorme passaro (attento o nosso gosto pela ornithologia), dadiva aos museus da Europa, fazendo a interrogação: — No calunga conhecem este bicho ? x1v] E OCCIDENTAL 15 Era um grande palmipede preto, de immenso bico como os tucanos; os olhos lembrando os do camaleão, circulares, proeminentes e moveis; o corpo como o do pato, mas muito maior. Não sabendo se similhante creatura tinha relações natu- ralistas, suspendemos a replica. E como a duvida nos salteasse o espirito, não vimos me- lhor meio, para resolver o problema, do que torcer-lhe o pescoço em nome da sciencia, e substituindo-lhe as visceras por algodão em rama, aguardar tranquillos a resposta dos mestres. Conformando-nos pois, tomámos o expediente da prom- pta retirada, e rodando sobre os calcanhares, partimos por onde tinhamos vindo. O nosso organismo empobrecido comecou tambem a pro- testar. A 5 prostrava-nos a febre, manifestava-se a dysenteria, e a ulceração da parte inferior das pernas resistia a todo o tratamento, de fórma que as ultimas jornadas foram um mar-. tyrio. Às scenas precedentes repetiram- -se. Ao terceiro dia de viagem encontrámos uma comitiva de | ma-songo, que se dirigia para oeste com muitas cargas de borracha e cera, iiédas de Cassanje. Uma longa fila de homens e creanças, pela maior parte “com um singelo trapo suspenso de cordel que lhes cingia os rins, e no qual íam mettidos cachimbo, machado, faca, etc., avancava entoando tristonha cantiga. De ordinario os rapazes coadjuvam os mais velhos, e é notavel que, recebendo estes cargas de go libras, quasi sem- pre dividem metade com aquelles, chegando um pequeno a pegar ás vezes em 40 libras. Triste situação a do negociante por ali. Apenas acampados, choviam as bolas de borracha, sub- trahidas dos fardos pelos portadores, que tudo nos que- riam comprar. E 16 AFRICA CENTRAL [CAP. Ardiam em desejos de permutação, e como nada conse- guissem, dispersavam, indo fazer negocio pelas senzalas pro- ximas, onde logo surgiram muitas questões. Um, que quizera trocar uma espingarda sem fechos por outra nova, dando cera ou borracha, altercava com o com- prador; outro, pretendendo adquirir garapa, era victima dos companheiros que lhe bebiam metade, e fugia de cabaça em punho para não perder o resto; o borborinho dos poucos que, tendo comprado tabaco, não podiam dividil-o entre sl, € accusavam os vendEdures de capiangos (ladrões), in- vestindo, gritando, correndo, tudo com o fim de traficar, eis o que então se passou. O africano, na generalidade, mostra tendencia innata para negociar. Bin-bundo, ban-gala, ba-lunda, ban-bondo, todos são á porfia commerciantes, suppondo-se n'isto tanto mais perfeitos, quanto mais ladinos e ladrões, considerando-se indispensavel esta ultima qualidade. Vivendo pelo negocio e para o negocio, corre em todos os sentidos em procura de mercadorias, envolve-se nas mais complicadas controversias, em serios contratos, a que umas vezes falta, outras não Go prodigalisando dias e pa- lavras, com o que não se embaraça. As Ea ou mercados são os Importantes centros, em que elle desenvolve toda a sua presteza e eloquencia, e para onde se dirige em grandes expedições commerciaes. Pelo caminho porém vae sempre negociando. As mercadorias variam muito de preço e vendas, confor- me as terras a percorrer, sendo facil por este ou aquelle ar- tigo determinar approximadamente o sertão a que se des- tina qualquer comitiva. O indigena tem no negocio tudo a ganhar, e póde bem dizer-se que sem tal recurso nada seria. O commercio, obrigando-os a repetidas viagens, traz co- mo consequencia necessaria as relações e contratos com povos distantes. Forçados a procurar local onde lhes offerecam os generos XIV] E OCCIDENTAL 17 mais baratos, para maior proveito tirarem, resulta d'ahi o gosto pela especulação e o immediato conhecimento dos va- lores. A competencia dá-lhes a esperteza atrevida e a dissimu- lação ladina, que elles, principalmente com europeus, empre- gam sempre. E na verdade curioso observar a satisfação com que o preto entra em negocio à mais leve proposta. Um lenço ou panno por elle comprado, é logo cedido, se n'isso vir qual- quer lucro. No nosso acampamento tivemos occasião de ver, no curto espaco de vinte e quatro horas, 1 metro de baeta vermelha passar por seis possuidores successivos. Na Africa emfim, ao sul do equador, o commercio é todo feito às costas de homens, que juntos em numerosas comi- tivas denominadas mbacas no sul, gutbucas no norte, diri- gidos por um guissongo, marcham em linhas extensas pelos matos. Era uma destas comitivas que se achava ali, a qual breve partiu, deixando-nos a sós e livres de tanta inferneira. Construído o acampamento, o nosso primeiro cuidado foi accender fogo para enxugar o fato e prepararmos re- feições. 301 Ás tres horas, estando tudo concluido, comecaram a dis- por-se os instrumentos das observações diarias, thermome- tros normaes de maxima e minima, varometros, etc., quan- do Catraio (a ave agoureira da expedição e encarregado dos mesmos instrumentos), appareceu declarando que desde aquellãá data podiamos considerar-nos sem thermometro para a terra, porquanto lhe havia esquecido em Casssanje o tubo de ferro, assim como dois pares de botas! Attribuia a culpa á esposa, que lhe dera desgostos ao partir, e com este pretexto se desculpava. Parecia que todos os nossos artigos (para a terra), seriam condemnados á eliminação, se a infelicidade de Catraio continuasse. FOOL. II h9 18 AFRICA CENTRAL | [CAP. Substituindo a primeira perda com um thermometro para o ar, pensavamos em infligir correctivo ao leviano, se E —— — as ENGOLFANDO-NOS NO ADUSTO CAPIM não podessemos resolver o transtorno da segunda, quan- do vigoroso vespão, frequente nos bosques, cujas poderosas XIV] -— E OCCIDENTAR IÓ mandibulas causam terror aos indigenas, se lembrou de apparecer e dissuadir-nos do proposito em que estavamos de castigar o esquecido, picando o ajudante observador! E um pouco similhante á Capambo (Dasypogon Capam- bo?) mosca de boi, mas muito maior. = e TES (0) ATALHO SERPEIA NOS FLANCOS DA QUEBRADA As suas mordeduras, muito venenosas, succedem logo a inflammação e dores agudas, que incommodam seriamente. Chamam-lhe os naturalistas Synagris cormuta e nós fica- mol-a conhecendo por peste dos bosques! A 7 de março achavamo-nos reunidos nas margens do riaçho Gamba. 20 AFRICA CENTRAL [CAP. Um cheiro horrivel enchia o ar, levando-nos a suppor ser proveniente da carne em decomposição que já ha dias transportavamos. Interrogados, porém, mostraram-nos a causa. A infecção era devida à especie original de formigas pre- tas, de 1 centimetro de comprido, que por todo o acampa- mento pullulavam, exhalando horrivel fetido ao tocar-lhes. Ainda não de: pontava o dia quando partimos. Defrontavain-nos as vastas serras de Tala-Mogongo, que para a planicie lançam verdadeiros promontorios, cujas ra- vinadas espaldas, coloridas pelo oxydo de ferro, similhavam enormes paredes. Seguindo o ingreme e desigual atalho, serpeiando nos flancos da quebrada, ora seguros aum musgoso tronco, ora a ramos que se fendiam, conseguimos elevar o nosso redu- zido peso, através das asperezas que medeiavam entre o valle e as cumiadas superiores. No alto das serranias paravamos no intuito de gosar do esplendido panorama que diante se desenrolava. A inclinação da encosta era de 45º approximadamente. Espessa floresta, verde escura, vestia-a por modo que nem um palmo de terreno se descobria. Os proprios troncos dos tamarindos, acacias, mafumei- ras ou taculas eram invisiveis sob a cobertura da folhagem. A partir da base da montanha appareciam, tão longe quanto a vista podia attingir, as vastas planícies que em gradações parallelas passavam do verde ao azul, cobertas ao principio de um labyrintho de troncos, recortadas de riachos, pairando sobre ellas as ultimas manchas do cacim- bo, no momento de dissipar-se. | Alguns morros, como o Bango e as serras do longo, destacavam-se d'este meio, e o sol, elevando-se no azul, dourava tão estranha paizagem com as suas ondas lumi- nosas e transparentes. Durante meia hora contemplámos em profundo e me- lancolico silencio os longiquos horisontes. XIV] E OCCIDENTAL Pam Estavamos, graças ao delicioso panorama, em. suave e feliz disposição de espirito. O que havia pois a fazer era sustentar-nos quanto po- dessemos n'essa esphera de satisfação ideal e doce tranquil- lidade. Enchia-nos a alma um sentimento indefinivel, e não des- viavamos a vista das longiquas perspectivas, com receio de que alguma impressão inferior nol-a destruisse. Lá ao longe o Cu-ango, as terras do Shinge, os montes do Peinde, abundando em problemas curiosos e gentes des- conhecidas, eram por nós observados com saudade. Assim se passaram dois quartos de hora, que tanto du- rou a agradavel emoção, até se succederem as más dispo- sições, sempre nascidas de uma natureza revôlta. Ah! ban-gala, infames! Como se póde admittir que tantos milhares de individuos vivam e se conservem avessos a todo o principio civilisado ! Será forçoso acreditar que esta raça miseravel é insus- ceptivel de aperfeicoamento, e ficará eternamente condem- nada à miseria, à escravidão, a um meio deleterio e rebel- de, hostilisando todas as tentativas para civilisal-a? Quem poderá sabel-o? E erguendo nervosa a dextra, como quem declama, pro- ferimos do alto da serra uma feia apostrophe! BOCETA á » m E dr Avi : 14 . WA ; , | E rsstoninpu rd posiiiies PARES o 5 - | Ao o diria Td ad edad bi um ; | st | a P o tESuIs 1 fes 3 435 LM », LM Fur e : - | | | | ' EGOR R Jud 4 AN : l qa R A | o +, À | | | va Ds ds | | . dj vi | RR A | | Tea | r x | q / | | | A y | y É, Ç ; ' o , EP | | 4 F U veis 4 | - f db o ' sa Moda 5 4 | E ” E Ê il y Ci j a] | pe Ta Í = ! 1 1 x x h ' | hd R | y | | | f o 7 | t - ) * " 1 Ps ER EITULO: XV Limite de Cassanje e uma lucta entre indigenas— Modo de pensar dos auctores sobre as dissensões africanas — A nascente do Cambo e a entomologia por estas terras — O erguer do mato e scenas con- sequentes-— Lembrança lamentavel do cozinheiro e as maravilhas naturaes do sertão dos Bondos — À lagoa Utumba e quéda desgraça- da —Fructo inesperado — De como os auctores, de limpos que esta- vam, se transformaram em dois sordidos infelizes — Preambulos de fome — O Chiça e N'Dala Samba — Um almoço em companhia — Jo- sé do Telhado e a mortalidade pelas terras de Africa — Cu-ango e Cu-anza. Linha divisoria de suas aguas — Cha-Landa e exigen- cias dos pequenos sobas— O ambaquista, traços distinctivos, seus habitos, importancia, perigosos protestos e recursos—O morro Ban- go e a ascensão d'este. Max Buchner, o explorador allemão — Uma celebridade ecclesiastica— O Lu-calla e a cataracta Lianzundo — Duque de Bragança. Estavamos pois fóra do districto dos jaggas de Cassanje. Longe dos importunos ban-gala e do terrivel clima, por- quanto, se por estes parallelos a Africa não ganha pela sa- lubridade, a bacia do Cu-ango deve ser considerada como pestilencial, haviamos mudado de opinião, e, imaginando- nos resarcidos das fadigas, occorria-nos a idéa de retroceder. Breve, porém, renunciámos a similhante plano, convictos de que não era o momento para valentias, e voltando as costas proseguimos. 24. AFRICA CENTRAL [CAP. Todos exprimiam um vivo sentimento de satisfação ao verem-se livres d'aquelles cuja cobiça e crueldade os tinham embaraçado por longo tempo, e tremendo pelo regresso ca- minhavam ligeiros. «Vamos ás cabeceiras do Cambo», diziam; e Capulca na frente, nós na retaguarda, cortavamos pelos macissos de verdura. | A abundancia de planicies pantanosas e de grandes char- cos é a verdadeira calamidade d'este districto, cujo chefe principal se denomina NºDala Quissua. Ainda não tinhamos andado 3 milhas quando corremos pelo caminho, em consequencia de afflictivos gritos que cchoavam na floresta. | Cassai (cadella), adiantando-se ligeira, tomou por um ata- lho. Nós, seguindo-a, em poucos momentos encontrámos um quilombo, pela parte de fóra do qual se accumulava nume- roso gentio. Era uma qguibuca de funante, que não estava presente, segundo disseram. Inquirida a rasão dos gritos, soubemos, após algumas pa- lavras de preambulo, que os carregadores se divertiam a Infligir castigo a um desgraçado, por não poder pagar certa divida. | O mais interessante era não ter elle a culpa, pois nos constou, ao resgatal-o, que um parente ou habitante da sua senzala, passando pela do credor, havia comido e não sa- tisfizera a despeza. O infeliz tinha as costas em miseravel estado, mas ao ver- nos redobrou de furor, e, correndo para um d'elles de faca em punho, travou-se a lucta, ferindo-o seriamente. A final, apaziguado o motim separámo-nos, trazendo-o comnosco, como guia, para o ponto aonde nos destinava- mos, e que elle dizia não ser longe d'ali. Nota-se por muito raro ver-se entre os indigenas cicatri- zes que provem dissensões individuaes entre elles. 4? xv] E' OCCIDENTAL 25 Ao principio pareceu-nos este caso abonatorio do seu ca- racter, evidenciando-se a exigua tendencia para o crime. Mais tarde modificâmos similhante juizo, após estudo attento,. e convencemo-nos que é um signal da sua inferior situação. O indigena pouco pensa nos outros. O interesse pessoal é tudo, resolvido elle, por qualquer “meio, de nada mais se Importa. D'ahi a circumstancia de haver só rivalidades em casos muito especiaes. O estimulo da dignidade não existe. Os jogos, as luctas de destreza, que na Europa são causa de tanta querela, o prurido da distincção, a vaidade de ser admirado, tornam-se para elles questões à peu prês desco- nhecidas. D'esta fórma, achando-se estanques as principaes fontes d'onde sáem os grandes males que envenenam as paixões e originam crimes, as consequencias desapparecem. O preto pois, sentindo natural horror pelo sangue, qua- si nunca aggride o seu similhante, não só por falta de affe- ctos superiores, mas por medo e cobardia. Submettido porém ao contacto da civilisação, creados os interesses e estimulos, faz-se muitas vezes assassino peri- goso. E por isso que os grandes facinoras derivam principal mente das tribus, vivendo entre europeus e nos grandes cen- tros commerciaes. À uma hora e trinta minutos do dia 8 de março de 1879 chegavamos a um vasto juncal, indicado pelo guia como a nascente do rio que procuravamos. Installando o abba á beira do charco, dispozemos os ele- mentos para a longitude e variação, e rilhando uma raiz de mandioca (invariavelmente exclamavamos «muito se assi- milha á castanha»), escrevemos o seguinte em nosso diario. Nasce o Cambo na encosta da serra Catanha, n'uma planície encharcada que recolhe as aguas d'esta parte do 26 AFRICA CENTRAL [CAP. plan'alto superior, e cortando para o norte por entre as terras de Quifucussa e Catalla Canjinga, penetra na Jinga, indo a final precipitar-se no Cu-ango, na latitude de 7º 40', cerca de 7 milhas abaixo da grande cataracta de Suco-la- muquita ou Suco-ia-n'bundi!, nas terras do Tembo Aluma, e acima de duas outras que o mesmo rio possue. É o segundo affluente do Cu-ango depois do Lu-i, e que na velha carta está erradamente representado, correndo nas baixas planuras do Iongo e Holo com uma direcção média de nornordeste. Preparavamo-nos para fazer uma serie de observações magneticas no interesse da sciencia (que tanto exige hoje do viajante), quando a chuva nos demoveu do proposito, deixando sem muita pena esse cuidado a futuros explora- dores que por ali transitem e a quem desejamos melhor tem- po. Surprehendidos por uma medonha trovoada, seguida de chuva diluvial, conservámo-nos acampados, com grande sa- tisfação dos nossos, que, em meio de uma nuvem de espes- so fumo, enchendo completamente os fundos, passavam de bôca em bôca o cachimbo carregado de tabaco, muito abun- dante nas terras dos Bondos; substituindo-lhes pouco de- pois a mu-topa, em que se consome a fatal lzamba (Canna- bis sativa). Os fumantes sentam-se em derredor de um amplo bra- zeiro, d'onde tiram com pequenas tenazes os carvões para começar a operação. O primeiro que a conduz aos hits depois de ter quatro ou cinco vezes aspirado o precioso fumo, estendendo os bei- cos e chupando sofrego, desata n'um vivo accesso de tosse, o qual parece tanto mais satisfactorio quanto mais proximo esteve da suffocação. O cachimbo é logo entregue ao immediato, que continua o processo e fica estatelado, roncando de modo singular. 1 Suco-ia-n'bundi parece exprimir perturbação da vista. xv) E OCCIDENTAL 277 A agua dentro do chifre borbulha, deixando passar as bolhas de fumo, que produzem ruido especial. Em breve um vacarme de urros nada permitte ouvir-se. Os circumstantes, com a bôca cheia de saliva, que expel- lem a miudo, proseguem na faina, rindo, fallando, excitados pela acção perturbadora do canhamo. WW Si H ANTE DATE NA VA A] li ENNIO P a PAI e A RN tz Po) : AN Hi VS TOP) 1 8 y RNA pá EA Hd bi e o WO puto ' k € “. Ni NR vip. FUMANDO A FATAL LIAMBA Inspira na verdade dó ver similhante scena. Mas como impedil-a, se para elles é isto um dos maiores deleites em que podem empregar o tempo? Ao principio intentámol-o; mas infructifero esforço, por- que, fugindo para o mato, faziam-no clandestinamente! Um entomologista n'esta região teria farta colheita. 28 AFRICA CENTRAL [CAP. Ao terminar da chuva esvoaçavam milhares de maripo- sas, cujas azas multicores, desafiando a attenção, nos lem- braram quanto desejaria vel-as o illustre director do museu de Lisboa. ; Ah! se o dr. Bocage o soubesse, nunca nos perdoaria; e recostando-nos, diziamos: — A falta de alfinetes será a desculpa. De um para outro lado perseguiam-nos as ja alludidas Synagris cornuta, e os ma-cunhapamba ligeiros, Odonata (tira olhos). Pelos ramos verdes do capim os mu-curulumbia Mantis (louva a Deus), de mais de 1 decimetro de comprido, tre- pavam vagarosos em procura dos proprios ninhos, de en- volta com os quaes se viam os dos Capata-iéu (borbole- tas?), construidos de pequenos paus sobrepostos e juntos pelo animal n'uma bem entretecida teia, que, depois de quei- mados, apontam-se como bom remedio para os dentes, e isso mesmo se deduz do nome gentílico, pois réu significa dente. No terreno os gongôlo (Spirostreptus gongolo) arrasta- vam-se lentamente ao lado de Capricornios e diversos Sca- rabeos, entre os quaes viamos os ma-tutatimoi (Ateuchus africanus), que em laboriosa tarefa transportavam as enor- mes bolas feitas da materia dejectada pelos herbivoros, on- de guardam os ovos. As termites diligentes reconstruiam as habitações. Arachmdios exoticos como as aranhas de seda ma-yuvi (Nephita bragantina) balouçavam-se de ramo em ramo, li- gando com a fina teia amarella as extremidades superiores. Os activos e obscuros Xylophages minavam até ao ama- go os nodosos troncos de velhas arvores. Colossaes mbangarala (Cicadas), cigarras africanas, em movimento contínuo, atordoavam-nos os ouvidos com o seu susurro especial, interrompido de quando em quando pelos estridentes gritos do m'gumbe, passaro celebre que julgamos ser o mesmo Corythax paulina. xv] E OCCIDENTAL 20 Os originaes ma-ribundo ou ma-libundo (Pelopeus spiri- fexj, cujos ninhos de argilla se vêem por todas as traves de antigas e modernas casas, onde elles, depois de deposi- tarem um ovo e o respectivo fornecimento para o futuro animal, o fecham e abandonam, e que entre varias singula- ridades téem a de não se lhes conhecerem femeas, pois quantos se encontram são machos, viam-se esvoaçar por entre as abelhas ce umas pequenas moscas fabricadoras de mel, verdadeiro flagello dos acampamentos, as quaes acom- mettem o viajante suado, invadindo-o por toda a parte, de fórma que em pouco tempo o triste assoa-se e cospe mos- cas, tendo de fugir para não endoudecer no meio da perti- naz insistencia de similhantes bichos. Ás seis horas, desapparecendo o sol, a terra em que nos achavamos. immergia na sombra, os insectos retiraram-se e tudo entrou em silencio. Tratando de procurar um sitio enxuto dentro das cuba- tas, onde podessemos estender os membros fatigados, invo- câmos o divino Morpheu, solicitando-lhe tranquillo somno. Accommodados nas pelles que envolviam o capim, bar- rete até às orelhas, cerrando as palpebras, principiámos a invariavel cantata de roncos, diapasão pelo qual os nossos companheiros afinavam com decidido gosto, continuando noite adiante sem notavel desharmonia. Ao ruborisar dos céus, concluindo o innocente passatem- po, de olhos meio arregalados, démos ordem para erguer, e repetiram-se as scenas pittorescas da partida de uma co- mitiva, cheia de peripecias e mesmo de selvagens encantos para o viajante, que é d'elles parte integrante. Primeiro foram os espreguicamentos e os bocejos acom- panhados de dialogos e risadas a que se seguiu, acto con- tinuo, o aticar das fogueiras meio amortecidas, para aquecer refeição previamente preparada e o enrolar das esteiras-ca- mas, que com tiras de carne e saccos de fuba compunham a bagagem do carregador. O café dos chefes fervia. 30 AFRICA CENTRAL [CAP. As cargas, tiradas dos montes, eram conduzidas pelos respectivos donos, que tratavam de as ligar aos mangos, amarrando-lhes facas, panellas, etc. Todos trabalhavam então; susurro geral ouvia-se pelo vasto campo. Depois eram dois a discutir, mais um a participar qual- quer complicação, e emfim o guia, que, chegando-se para os chefes, vinha receber as ultimas ordens e dar as derradei- ras informações. Sobrevindo á ultima hora uma ou outra disputa, tinha de resolver-se. A claridade era já intensa. Milhares de aves enchiam os ares com os seus melodio- sos cantos. A cacimba que envolvêra o horisonte, agora em largos e estirados farrapos, começava pelos intervalios a deixar aper- ceber os contornos das terras distantes, detraz das quaes se viam os primeiros clarões do astro rei, que n'aquellas la- titudes, conforme ao norte ou sul do equador, são appro- ximadamente seis e dez ou seis menos dez minutos. Tudo estava prestes. Tomado o café e de estomago quente, nós, no meio do quilombo, apertavamos as correias da cinta, d'onde pendiam a cartucheira e a faca de mato. O cozinheiro entregava os ultimos artigos ao carregador respectivo, as raparigas curvadas, tendo no chão e defronte as enormes cestas que transportavam á cabeça, punham às costas os filhinhos, apertando-os com os pannos. O sol, galgando pelo cume das arvores proximas, enviava os primeiros raios, que subitamente illuminavam o acam- pamento e quanto nºelle se via. Destacavam-se já alguns vultos em movimento. Eram os primeiros carregadores que rompiam a marcha com o guia. Bem depressa outros se succederam; uns curiosos ainda esquadrinhavam o campo com receio de não esquecer ali xv] E OCCIDENTAL Sa algum artigo; e em poucos minutos, no local onde tanta gen- te se agitava, existiam apenas duas duzias de cubatas meio derrocadas e uns madeiros reduzidos a carvão, dos quaes se despedia fumo azulado. Embrenhando-nos nos bosques, refeitos de forças, devo- ravamos o caminho de cajado em punho, fazendo philoso- phicas considerações sobre as originalidades da creação, e ASSRRLNA ENS ts. AS LUGHIAS COLOSSAES as vantagens de um adhesivo inglez que possuiamos para os callos! Estes passeios matutinos por meio das gramineas carre- gadas de agua e do gottejar constante das folhas da vegeta- cão alta, que se transforma em verdadeira chuva quando ha vento, são pouco agradaveis. Continuámos porém, alimentando-nos a esperança de ver em breve tudo enxuto pelo sol, quando occorreu a Capulca 32 AFRICA CENTRAL [CAP. uma circumstancia digna da mais seria ponderação; isto é, que a respeito de jantar para esse dia, tinhamos a escolher, entre 1 libra de fuba para dois, ou quantas quizessemos do embalsamado ar que nos cercava! — Pois só agora te lembraste? dissemos. — Só agora! respondeu muito naturalmente. Que descoberta tão pungente, no meio da floresta, por um caminho tortuoso ! É a paizagem tornava-se subitamente bella. O capim desenvolvido, cobrindo o terreno, deixava ver, brotando do seu seio, os negros troncos das ultimas quei- madas, onde cousa alguma viamos que se ingerisse. As luginas colossaes, cujo saboroso fructo verde é muito apreciado, verdadeiro pára-sol, ao abrigo do qual se po- deriam recolher centenas de homens, ao lado da mu-angza (leguminosa), cuja casca serve para tingir o couro, mas não para comer, e de exoticas espinhosas à feição da esponjei- ra, accumuladas de flores, produziam um pittoresco effeito, furtando-nos ao menos com a sombra da sua desenvolvida folhagem à influencia directa dos raios solares. Pequenos lagos em sitios diversos, cobertos de convol- vulaceas, liliaceas e outras flores, acrescentavam encantes à formosura do paiz. Similhantes curiosidades, porém, já não entretinham. Todas estas maravilhas, mais vivazes, mais frescas que nunca, eram para nós indifferentes, absorvidos como esta- vamos na questão de satisfazer o estomago. Maldita lembranca a de Capulca, diziamos nós, em ar de conclusão; e emquanto os companheiros se occupavam. a encher os cachimbos, nós, abandonando a paizagem que deslumbrados admiravamos, tratâmos de estudar o meio de resolver o assumpto, comprimindo o cinturão que em consequencia do vazio ameaçava caír. O tempo corria a unha de cavallo; não havia que hesitar. O sol, avançando, dava-nos o exemplo. A caminho pois. xv] E OCCIDENTAL Do Em marcha os negros pensamentos dissiparam-se com a constante mudança de panorama, e illudindo a fome cami- nhavamos pelo trilho plano e horisontal ladeado de flores- tas, distrahidos, attendendo ora ao cachimbo, ora ás aspere- zas do terreno, onde uma topada era sempre presagio da banal exclamação. Que excellentes botas! Não duraram por muitas horas estes passatempos: suc- cesso inesperado nos apanhou de subito. Uma milha adiante encontrámos immensa campina en- charcada, verdadeiro lamacçal, que o guia disse chamar-se Utumba. Quando chegámos ali, um atascou-se até aos joelhos e o outro, falhando-lhe o pé, caíu estatelado, sujando a figura toda. Que desagradavel situação, caro leitor, é moldar a cara na lama! Narinas, bôca, tudo em misero estado! Soprando pelas ventas para sacudir o lodo, limpavamos a bôca litteralmente cheia, e abrindo um pouco os olhos, por onde descobriamos as risonhas caras dos companheiros, desesperâmos primeiro, suspirando depois por uma banheira no hotel Central! Emfim saita aqui, escorrega acolá, fomos proseguindo. Nada havia de comer, pois nem sequer encontravamos uma senzala. Ás quatro horas acampámos abatidos pelo cansaço. Apenas installados, Capulca (o homem das descobertas) dirigira-se meditativo para a margem do riacho proximo. Não tinham decorrido dez minutos quando o vimos vol- ver radiante de alegria. De nariz no ar, mostrava-nos alguma cousa, que a dis- tancia não permittia reconhecer. A final approximou-se, e arriando um volume deixou-nos ver no amplo bonet uns fructos amarellos, á similhança da nespera da Europa. VOL. II 3 34 AFRICA CENTRAL [caP. Maravilhas do acaso. Sem dizer sequer uma palavra, lançámo-nos a elles e de bôca cheia apontavamos para a arvore mãe, indicando aos muleques uma nova recolte, o que foi executado prom- ptamente. Estes, por cada tres que apanhavam, comiam dois, de fór- ma que, a meio caminho de encher o estomago, só encon- trámos os despidos galhos. Entretanto sobreveiu a noite, accenderam-se as fogueiras. Seriam oito horas, accommodámo-nos nas palhocas, para repousar, quando uns estranhos ruidos nos chegaram aos ouvidos. Eram ais afflictivos e suspiros como de quem faz um esforço, depois sons roucos, tumultuosos, originaes; dir- se-fa estarmos junto de vasos que se enchiam ou despeja- vam, emfim de cousas inexplicaveis. De pescoço espetado e ouvidos attentos, não podiamos atinar com a causa; mas levando as mãos ao ventre, soltá- mos dois enormes gritos, partindo quasi ao mesmo tempo pela cubata fóra. O escuro envolvia tudo. Proseguiamos desvairados na vertiginosa carreira quando tropeçâmos com dois vultos de cocoras. Nem tempo houve de exclamar «quem está ahi», e dando uma viravolta esten- demo-nos no chão! Um cheiro atroz enfrascava o ambiente; das nossas mãos, casacos, etc., exhalava-se inqualificavel fetido. Terrivel noite! Foi então que se nos aclarou o mysterio. O cozinheiro (um dos vultos com que esbarrarámos), os muleques e alguns dos carregadores, eram victimas da in- gestão excessiva do fructo descoberto, e em vasto circulo, em derredor do acampamento, viam-se obrigados a depor um alimento com que o tubo digestivo não sympathisava! Dºahi o côro de suspiros e ais, os rumores estranhos que tanto nos espantaram. xv] E OCCIDENTAL 55 D'ahi tambem esses desagradaveis odor e tombo, cujas consequencias, pouco aromaticas, por muitas horas se fize- ram resentir. Nefasto dia, que deviamos marcar com uma cruz preta, resultando augmento da fome, e vigilia durante a noite, na laboriosa tarefa de nos beneficiarmos. Uma corrida bastára para operar esse contratempo, e dos dois chefes, mediocremente limpos, fazer dois pobres diabos em lamentavel estado! E and ad ECA" CAMPO DE SEPULTURAS Repetindo as abluções até ao romper do dia, partimos estonteados de mão no nariz e outra no ventre, amaldi- coando a frondosa arvore, que, graciosamente debruçada sobre o curso de agua proximo, fôra causa de tanta desgraça, e depois de classificarmos sitio funesto o rio Cu-iji, desappa- recemos no espesso dos bosques. Agora, porém, decididos a encontrar pousada, apertava- mos a marcha, conformando-nos com as disposições do Al- tissimo. 30 AFRICA CENTRAL [CAP. José, cujo estomago, por necessidade ou sympathia, ron- cava como os nossos, afiançava-nos que n'essa tarde se en- contrariam os estabelecimentos de N'Dala Samba, onde elle tinha até um... tio, revelação extraordinaria com a qual nos redobrou as forças! | Effectivamente assim foi, e após 7!/2 milhas de marcha passámos no Chica, levantando a final o bivouac em NºDala Samba, junto de duas feitorias, e ahi se compraram logo mantimentos. | Tinhamos emfim de comer, a questão era preparal-o. Para mitigar o aborrecimento da espera, e bem dispor o appetite excitado pelo jejum das vinte e quatro horas an- tecedentes (se não fossem os fructos), sentámo-nos, cortando pausinhos emquanto o tio do nosso guia, a quem previamente fomos apresentados, nos contava umas historias semeadas de episodios da vida do mato, que por extremamente fres- cas não reproduzimos aqui. Depois Capulca soltou o brado «está prompto». Costas ao narrador, observámos attentos. Com que emoção nós viamos, no meio dos cachões da fervente agua em redemoinhos e voltas, duas brancas e bem depennadas gallinhas, apparecendo e mergulhando! Ah! estomago, estomago, quão exigente és! Mas como são grandes tambem as sensações que nos pro- porcionas, as quaes apesar de ligadas á materia, em nada cedem ás do espirito ! Em dez minutos tudo havia desapparecido, com grande espanto de José e seu respeitavel tio, que de olhos arre- galados, alongando o pescoço, olhava para o fundo da pa- nella, a qual maliciosamente lhe offerecemos vazia! No trajecto até o ultimo arraial encontrámos frequentes sepulturas de portuguezes e africanos, attestando por aqui evidente dificuldade de existir, não longe de uns poucos estabelecimentos, onde agentes das casas de Malanje se adiantam á porfia no caminho, com o fim de serem os pri- meiros encontrados pelas comitivas. xv] E OCCIDENTAL 37 No Chiça, em meio de uma pequena aldeiola, visitâmos o tumulo do notavel facinora portuguez José do Telhado, cuja reputação de valentia ainda hoje se conserva nos indi- genas. A sepultura, culdadosamente tratada pelos ultimos dos servos, achava-se cheia de flores e coberta de artigos diversos. A mortalidade n'esta quadra é espantosa. A influencia miasmatica não parece influir com a mesma intensidade em todas as epochas, e isso bem se compre- hende. No tempo das chuvas a temperatura elevada não só faz que as emanações do solo sejam maiores, mas transpira- se abundantemente, bebe-se mais e a absorpção é conside- ravel. Perturbado assim o organismo, manifesta-se a doen- ca mais energica e perigosa. Em Cassanje, durante a demora ali, vimos succumbir tres negociantes, dos quaes um europeu. Em Malanje, uma casa com delegação em Cassanje, que tinha sido fundada por tres associados, fechára pelo mo- tivo da morte de dois. E triste, mas convem dizel-o: as condições de habitabili- dade por aqui não satisfazem as exigencias européas. Estavamos nas linhas divisorias das bacias do Cu-ango e Cu-anza. Ao norte Camicungo despeja as aguas no Congo-Zaire, a léste o Camoaxi corre pelo Mucari para o Cu-anza. Fornecida a caravana, e depois de uma digressão feita ao Sanza, seguimos a sudoeste. Estavamos no concelho de Malanje, que queriamos atra- vessar para ir ao Duque de Bragança, d'onde tencionava- mos Internar-nos de novo nos sertões. Bosques totalmente fechados, appareciam a espaços, co- bertos de agua, com pequenas clareiras ás vezes alagadiças. Abundavam pistas de caça, mas não se via uma peça; as perdizes e rolas, comquanto frequentes, eram em extre- mo desconfiadas. 38 AFRICA CENTRAL [CAP. Os pequenos sobetos visitavam-nos aos milhares. Um d'elles, Cha-Landa, teve comnosco séria questão. Por mero capricho phantasiou este senhor possuir um casaco dos nossos, e em marchas e contra-marchas exigiu do interprete que lhe fizessemos a concessão. Irritado com a recusa, esbracejava no quilombo, sendo necessario pol-o fóra pouco airosamente. | Ninguem póde imaginar a serie de pequenas difficulda- des e exigencias com que o explorador tem de reagir por aqui. A vista das fazendas, despertando geral cobiça, dá livre curso a todo o genero de tentativas enganadoras. Mal surge a comitiva n'um ponto qualquer, apparecem logo sobetos, seculos, delegados destes, parentes d'aquelles, com dadivas insignificantes, como por exemplo dois ovos, pedindo pecas de fazenda. Muitas vezes o soba, que entra com uma farda de capi- tão do exercito, é um simples soldado com baixa da se- gunda linha que o governo de Portugal tem em Africa. Sem embargo apresenta-se vaidoso, possuindo-se do seu papel, cercado de grande caterva, e invariavelmente segui- do por uma especie de secretario ou rufião, ladino e esper- to, que sempre se escolhe entre ambaquistas. E agora que chegámos a este ponto, digamos duas pala- vras sobre esta notavel tribu, laia de bohemios de Africa, os quaes se encontram por todo o interior, continuando a caminho de Malanje. O ambaquista é a alma damnada do sertão. Um dos modos seguros para o conhecer consiste na tor- lette sempre extravagante; outro, nas marcas de bexigas que geralmente tem no rosto, as quaes então fazem d'elle ver- dadeira peste. Um ambaquista bexigoso é mais ladino que uma raposa. O que apresentâmos ao leitor é endinheirado, negociante, velhaco encanecido em batotas. Profundo conhecedor das tendencias do indigena, entra- xv] E OCCIDENTAL 39 lhe pela senzala, cria-se uma posição, capta as boas graças de todos e principalmente dos regulos, decide questões, sustenta o conceito de sabio que d'elle fazem, contando- lhes historias sobre os costumes e habitos dos europeus, dá- UM CAVALHEIRO DE AMBACA lhes uns lampejos sobre religião e manifestações externas do culto d'esta, e fazendo volver todas estas circumstancias em seu proveito, escreve-lhes cartas como complemento. O ambaquista escreve! 40 AFRICA CENTRAL [cap. É tal a mania pela leitura e escripta (resultado indubi- tavelmente de influencias missionarias), que em marcha leva sempre dentro da pequena mu-hamba um tinteiro, uma penna e duas ou tres folhas de papel, servindo-lhe isto no Interior para escrever a mu-canda (carta) a um soba, pela qual exige 2, 5 e 4 jardas, e junto das auctoridades para lavrar protestos e manifestações contra elles. Chega isto a extremos de verdadeiro furor. Seis ambaquistas, reunidos em conselho, fazem pelo me- nos um protesto cada semana. A proposito, ouvimos contar algures uma historia digna de mencionar-se. Cinco dºestes, havendo redigido extensa representação contra certa auctoridade, trataram de assignal-a. Suscitando-se grave debate, pois que nenhum queria ser o primeiro a firmar por seu punho tal documento, com re- ceio de ser preso como iniciador, pensaram elles no modo de resolver a intrincada questão por fórma que nenhum apparecesse em cabeca de rol. Reunidos pois, matutando, discutindo, entrechocando-se alvitres (porque ninguem como estes senhores tem mais facil loquela), estavam para annullar o protesto, pela difficuldade de encontrar o x do problema. Emfim, após maduras considerações, acharam solução satisfatoria: inscrever as assignaturas em circumferencia de circulo! Estamos juntos à villa de Malanje. Ao sul ficava-nos o morro Bango, perto do qual estabe- lecemos arraial, para gosarmos Ena tempo de descanso e fazer a ascensão do cerro, no intuito de operar um tour dhorison. - Como o denso mato da encosta impedia o transito, os dois primeiros dias foram destinados a abrir caminho para a parte superior, faina em que se empregou toda a nossa gente. Mais desembaraçados e tranquillos, preparâmos a baga- rm — == SPA DS Aisti) 1 AAA r4 [og 9 + a ESB FO SPHITIW SNIAI 3 RA or o NVAS OP (41 SOULINOTA ULE COLE Z op v) DIS | omiadvo enigpa ANY Ji ta Ea << SS | y ! o, Da PR E antiao GR ; S AR q 4 PO LUALA . és Rà bra DAS ri E Eno Hd FORMAVA EMMARANHADO MACISSO | la ii a Vir gl id REÉ ota ” na E) 1 te ç . w fi » ' ” xva) E OCCIDENTAL 87 n'esta quadra precisa o explorador revestir-se de toda a ener- gia, para com o exemplo não deixar desmoralisar aquelles que dirige. Luctando com charcos pestilenciaes ou embaraçosas bre- nhas, caíndo aqui, enterrando-se acolá, depondo mais longe o fardo para erguer o machado, succumbem ás vezes perante tão enorme fadiga, e, famintos, olham para os chefes, como se aguardassem d'elles a inspiração! No meio de tantos trabalhos um prazer se nos prepara- va, não isento de amargura, mas que de certa fórma com- pensou os males dos ultimos dias. A 23 de maio, marchando por suave encosta, divisámos ao fundo e em grande extensão macissos fechados pelas cam- pinas, que denotavam haver ali amplo rio. Assim era, e ao chegar abaixo vimos um vasto curso de agua que os indigenas da senzala proxima disseram cha- mar-se Cu-gho, affluente do Cu-ango, o qual foi immediata- mente marcado na carta, sendo-lhe mais tarde assignada a extensão de 100 milhas. Nasce ao noroeste, nas terras de Macume-N'jimbo, em es- pacosa lagoa, segundo nos informaram, descendo ao longo “delle um trilho que liga por Quizau Malunga o interior com a costa. Em frente de nós, ao nonoroeste, estendia-se o districto de Quicongo, aspero, accidentado, cheio de lagoas no fundo de grandes valles, que defronta pelo oesnoroeste com as ter- ras de Quiteca N'bungo; pelo norte dºestas as de Futa servem de abrigo ás tribus ba-congo. Que aspecto tão selvagem apresenta tudo! Posto que estivessemos já habituados á Africa interior, pa- recia-nos esta região diversa. A terra, o ar, os homens, tudo é differente. A vegetação, principalmente, imprime-lhe um caracter dis- tincto. Predominam as palmeiras; por exemplo, a Elais, a Hy- phone, os Borassus, uma especie de Chamorops (palmeira 88 AFRICA CENTRAL [CAP. leque), as ramalhudas Rapluas acaules, d'onde se extrahe o maluvo, de que breve fallaremos. Começam a apparecer especies linhosas em familias que são geralmente herbaceas proximo do tropico. Malvaceas, sobretudo, onde figuram os generos Adan- sonia e Eriodendron anf., e mesmo varias Rubiaceas, dão signaes desta transformação. OS PILOTOS DO CU-GHO As Nymphaceas contam por aqui especies numerosas, como tambem as Euphorbiaceas e as Acantaceas, precisa- mente ao contrario das Fugeras e Orchideas epidendres, que sendo raras por todo o continente, quasi desapparecem n'este sitio. A gigante Burseracea do balsamo Elemi, a que já temos alludido, designando-a por m'pafu ou m'bafu, é em extremo vulgar. xvi] E OCCIDENTAL 89 Ao longo dos enormes troncos escorre a branca resina, que, evaporando-se em parte, forma pingos á similhança dos das grandes tochas. A elles se ligam as colossaes Landolphias, que produzem a borracha, muito abundante no Hungo. Descansando no dia 23 de maio junto da libata Cambam- ba, pozémo-nos a caminho a 24 para Mangongo, a fim de operar a passagem do rio. Esta, porém, que constitue um dos mais difficeis proble- mas de Africa, quando o viajante tem de se servir das em- barcações do gentio, tornou-se para nós verdadeira lucta. Ao principio esconderam as canoas, depois recusaram as primeiras offertas, mais tarde puopesieeio que não passaria- mos, mas a final eder. Que martyrios sob o imperio da febre! Começou a passagem. Logo que os malvados apanharam metade da comitiva mudada para a outra margem, e portanto dividida em duas a expedição, collocando-se a meio do rio, suspenderam de vogar. — O que é? exclamámos. — Não passâmos mais. — Porque? — Por quatro peças é pouco. — Mas o contrato? — Pois sim, hão de dar mais duas, aliás ficam ahi. Presos de nervosa excitação, a primeira idéa foi, met- tendo armas á cara, varal-os a ambos. Isto, porém, teria sérias consequencias, a que não devia- mos entregar-nos. Recorreu-se, pois, á generosidade; mediante mais fazen- das, novas supplicas e tres horas de febril impaciencia, obti- vemos d'estes barbaros o serviço que tanto desejavamos, e ás quatro horas da tarde estava tudo concluido, ladroeiras inclusive, que fecharam com chave de oiro, roubando-nos na ultima barcada uma pobre cabra. (99) AFRICA: CENTRAL E OCCIDENTAL [CAP. XVII] Acabrunhados, abatidos, praguejando, fomos para o nor-. noroeste em procura de logar apto ao estabelecimento do arraial, o que só conseguimos no meio de uma brenha, onde trabalhámos até á noite. O cheiro almiscarado dos animaes silvestres enchia o ar. . Parecia estarmos n'um covil de leões ou n'um antro de pantheras, em que de resto pouco pensavamos. A força das inclemencias e privações quasi nos fazia con- siderar como feras, e mortos de fadiga adormecemos entre o mato. Chegáramos ao limite do Hungo. CYNOCEPHALUS PORCARIUS CAPITULO XVII Partida do Cu-gho — Lugubres presentimentos — Os mu-chitos e o de- serto— À sós com a natureza — Uma tarde angustiosa com sêde de- voradora — Momentos supremos da existencia no mato — Um acaso providencial — Novos mur-chitos e trabalhos — Presos no bosque — Estado nervoso dos auctores e o receio de enlouquecer — Perdi- dos inteiramente — Pesquizas por caravanas organisadas em pro- cura de caminho —Duas linhas do diario —Uma noite sombria no meio de queimadas — Apparecimento de José. Sua missão — Encon- tro feliz — Dois caçadores furtivos — Promessas e abalada — Outra vez perdidos — Um tropel de palancas — Approxima-se a noite -— Ul- tima decisão. Com a proximidade de lácca começou a quadra mais angustiosa de toda a exploração. Emquanto estivemos no Cu-gho notámos, e o guia nol-o affirmou, que os indigenas se interrogavam mutuamente com espanto sobre os caminhos que íamos seguir; pois, diziam elles, para aquelles lados ninguem existia, e só prolongan- do o rio se encontrava um trilho conhecido, o de Cha-Mas- sango. Mas habituados de ha muito a ouvir fallar em terras de- sertas, e ver por toda a parte povoações, não démos cre- dito, e firmando-nos na experiencia resolvemos continuar. 92 AFRICA CENTRAL [CAP. A 25 de maio, pois, erguidos pelo escuro, quando ainda echoavam nos bosques os lugubres gritos dos quadrumanos e os tristonhos lamentos dos chacaes, sentámo-nos junto do fogo, aguardando o dia, que um presentimento inexplicavel nos levava a antever como trabalhoso. Breve raiou a aurora, e com ella sobreveiu a energia que sempre acompanha quem se prepara para horas de lucta. «Arriba», foi a voz, e n'um momento os esguios vultos de dezenas de homens se ergueram das esteiras, accommo- dando os pannos nas cintas. Ninguem tugia ; nós mesmos calados esperavamos o ter- minar dos preparativos, no meio de um silencio que des- agradavelmente contrastava com a hilaridade habitual. Depois tratou-se de ver se proximo havia trilho, e como o guia encontrasse um atalho de cabras, seguimol-o ao ru- mo de nordeste. | Durante a primeira hora caminhámos por meio das fra- gas e penedias que formam a encosta agreste da margem esquerda do Cu-gho, prestando o ouvido ao menor rumor indicativo da existencia de gente. Nem um signal, porém, o attestava, e na encosta desnu- dada que desciamos, tendo ao fundo magras palmeiras, en- contrámos funda ravina, quasi occulta pela abundante vege- tação. | O trilho desapparecêra. Postados em derredor do novo obstaculo buscámos uma clareira, por onde nos mettemos meio curvados. Ao grés duro e resistente succedeu-se humus balofo, a este um lamaçal coberto de folhas, juncos e varas da Me- troxilon, entre os quaes se divisava a agua. Estavamos no alveo de pequeno rio. À radiante luz do sol substituíra-se uma penumbra, que nos impedia o reconhecimento; aos delgados ramos da ve- getação inferior, os grossos e altos troncos de especies enor- mes. A floresta, cada vez mais densa, tornou-se a final quasi at! f atá Ma dl Cu éra lá Or is O MU-CHITO f y o j À DOR da mM hR de o “ih 4 y cf [is % a xvil] E OCCIDENTAL 93 impenetravel, obrigando-nos a voltas e contravoltas cerca do mesmo terreno. As nove horas e trinta minutos, faltos de animo e receio- sos de ficarmos em similhante recinto, suspendemos a mar- cha, destacando homens em sentidos diversos, os quaes dariam gritos pelo caminho, para comnosco communicar, e escutámos. Breve uma serie de tiros dados ao norte preveniram-nos de occorrencia notavel, e torcendo aqui, destruindo acolá, furando mais adiante, saímos do labyrintho. Eram dez horas em ponto. O sol elevadissimo feria com deslumbrante irradiação a campina fronteira, coberta de um novo genero de capim rasteiro e amarellado, que nós sulca- vamos sem custo. Não tinhamos ainda tres quartos de hora de marcha, quando nos engolfámos em segundo e colossal mu-cluto, que abrangia n'umas poucas de leguas toda a bacia do largo rio denominado Cu-viji. É dificil imaginar-se os perigos que n'estes bosques en- contra o viajante. O solo negro e movediço, formado pelas accumulações dez vezes seculares dos detritos do mundo vegetal, a humidade inferior retida pela impermeabilidade de camada argillosa su- bjacente, os tepidos vapores do solo elevando-se como uma nuvem espessa por meio dos troncos, a agua gotejando das folhas superiores, a transpiração emfim que exsuda de todos os poros, constituem um meio tão extraordinario, que a pen- na mal póde descrever. Continuando pela sinistra floresta, foi a caravana arros- tando com muitas contrariedades, até que, como da primei- ra vez, conseguiu saír do escuro recinto. Alongava-se então perante nós uma accidentada região de morros circulares despidos e profundos vallados verde- jantes, que as florestas tornavam defezas. Nem sequer um trilho ou pégada marcava a passagem do homem por ali. 94 AFRICA CENTRAL [CAP.. >> = en Estavamos em pleno deserto. Arrastando-nos sob um sol ardente, dentro em pouco a séde começou a sentir-se. Em todos os valles procuravamos pressurosos a agua, que em parte alguma apparecia. Ás quatro horas e trinta minutos achavamo-nos sobre um elevado cabeço, olhando os horisontes que nos cerca- vam, vencidos pela fadiga, queimados pelo sol, arquejan- tes, sequiosos. Um magnifico panorama de collinas, cones e morros sem alinhamento se desenrolava á nossa vista. Esta disposição de terreno suppunhamos ser a causa de tantos soffrimentos. Não havendo leitos de rios, mas apenas valles afunila- dos, a agua das chuvas, accumulando-se em lagoas separa- das, depressa se evapora durante a estiagem, tornando a terra de todo secca. Uns dez homens dirigiram-se para varios pontos, em pro- cura do precioso liquido, mas voltaram passado tempo sem nada encontrarem. | Que fazer em tão critica posição, quando o sol se adian- tava rapidamente para o occaso? Ninguem sabia. — A sós com a natureza, confiâmo-nos à guarda da Provi- dencia, e de entranhas minadas pela sêde, resolvemos fazer a unica cousa possivel — caminhar. Dando o exemplo aos nossos, ja meio desmoralisados, abrimos a vanguarda e descemos sem demora o elevado cabeco. Comecava-nos então a germinar no espirito a idéa de existir fundamento nas declarações dos indigenas do Cu- gho, que afiançavam ser esta terra dêserta. A esperança, porém, ultimo e sempre excellente recurso, impellia-nos a avançar, embora conservassemos ainda um resto de duvida. Para cumulo da desgraça, dois dos carregadores, quebra- [nd XVII] E OCCIDENTAL | 9 dos de cansaço e afilictos pela sêde, arriaram cargas 2 mi- lhas adiante, incapazes de proseguir. Foi preciso sobrecarregar-nos com as proprias armas que os muleques transportavam, a fim de livres os poderem aju- dar. Eram cinco horas e trinta minutos da tarde. A inquietação chegara ao auge. Na frente alguns mais corajosos avançcavam com a ener- gia de que podiam dispor, no intuito de serem os primei- ros a saciar-se. | Puro engano! Montes, campinas, valles, mostravam pela esterilidade a ausencia da agua de que careciamos. O sol, envolvendo-se nas primeiras nuvens, manto que no occaso o espera, como para o livrar dos rigores da noite, imprimia em meias tintas um melancholico aspecto a esta arida terra. O dia estava a terminar; e então que seria de nós e da comitiva, depois de trinta horas de sêde? Certamente ninguem na manhã seguinte era capaz de dar um passo sob 7o libras de carga. A sêde naturalmente succeder-se-ía a fome, pois sem agua como preparar o infundi, e à fome... quem sabe? Ah! Bem pouco dignos são de tamanhos sacrifícios os habitadores da Africa central! Quanto sofire quem ali vae trabalhar em seu interesse e que n'elles só vê a ingratidão ! Chegára o momento supremo. Primeiro dois, seguidamente quatro, depois seis dos ra- pazes, depondo as cargas, atiraram-se para o chão, excla- mando : — Faltam-nos as forças, d'este modo é impossivel conti- nuar. Retrocedamos, para traz é o caminho. Só assim en- contraremos agua. De pé, exhortando-os, animavamol-os com argumentos, no intuito de conseguir mais uma ou duas milhas, quando 96 AFRICA CENTRAL subitamente se ouviram da vanguarda dois tiros, que echoa- ram pelas quebradas e foram morrer ao longe. Imagine-se o violento abalo produzido por esse inespe- rado estrondo ! Ao abatimento succedeu-se n'um relampago a excitação, ao medo a alegria, e abandonando tudo, armas e bagagens, partimos guiados pelos sons. ES ESB ERR EE DESCENDO UMA EN Ambos na retaguarda, suffocados pela poeira que todos levantavam na vertiginosa corrida, mais pesadamente ves- tidos, distanciavamo-nos a olhos vistos, não pensando na loucura de similhante carreira, com receio de ainda mais se aggravar o mal. Emfim, despenhando-nos á doida por uma encosta, aba- tidos, febris, saudámos com dois agudos gritos a feliz desço- berta. XVIII] E OCCIDENTAL 97 Era um vasto rio correndo a nossos pés, que Fortuna, um dos rapazes do sertão da Tunda e Celli, acabava de en- contrar. Lançando-nos a elle, bebiamos, sofregos, por cabaças ou pelas palmas das mãos, sem reflectir que nos haviam fica- do dispersas nos matos todas as cargas da expedição; de- cidindo acto contínuo marcar na carta o rio com o nome de Fortuna. Restabelecidos pouco a pouco, pensámos em arranjar acampamento, e volvendo á bagagem que abandonaramos, carregámos quasi meia tonelada de agua nas numerosas cabaças. Exhaustas as forças para construir fundos, decidiu-se dor- mir ao ar livre, cercando o recinto de fogueiras. Chegára a noite, apenas illuminada pelo minguado cres- cente e pela intensa scintillação das estrellas, e com ella viera o somno reparador. Às doze horas o vento sueste moderou, e a lua no occaso, banhando com uma suave claridade o nosso grupo, que en- volvido em pannos brancos dormia na planicie ao redor das fogueiras amortecidas, dava em pequeno quadro a idéa approximada de um campo de batalha, onde jaziam em des- ordem os malaventurados do dia. No fundo do valle corria sereno o Fortuna, por entre as massas verde-escuras que lhe orlavam as margens, d'onde por vezes saíam, interrompendo o silencio nocturno, rumo- res surdos, outras vezes gritos ferozes produzidos pelas vi- brações da cartilaginosa glotte dos quadrumanos, os quaes de ramo em ramo percorriam as florestas. A 26, ao alvorecer, bem providos de agua, e devorados uns restos de carne secca que possuiamos, partimos pela região elevada, cortando para léste, a fim de procurar de comer, convencidos que ao longo do rio encontrariamos fa- talmente o Cu-ango e as habitações que procuravamos, pois sem duvida aquelle era affluente deste. Infelizmente havia engano. VOL. II , 7 98 AFRICA CENTRAL [car. A 4 milhas do arraial appareceu-nos de subito sob os pés uma ravina, que logo descemos. Ao fundo comecava um denso arvoredo, e novo mu-chito se nos deparou, por onde nos embrenhámos, divagando duas horas inteiras para delle saír. Apertados entre o rio e uma elevada encosta pelo sul, continuâmos a marginal-a até um ponto em que, entrando noutro expesso bosque, nos vimos cercados de agua e plan- tas. Estavamos presos. D'entre o capim, alto e agreste, agitava-se a confusa ca- ravana, em busca de uma saída, que não conseguiu encon- trar. Em alguns sitios as gramineas acamadas parecia mostra- rem uma aberta, para onde nos dirigimos. Breve reconheciamos, pelas colossaes pegadas dos hyp- popotamos, que à paragem d'estes animaes era devido o rastro, tornando-se necessario todo o cuidado para não es- barrar com algum d'elles. Nem o menor ruido se ouvia! O rio, embrenhado pelas estevas e juncaes, afigurou-se- nos tomar varias direcções, ou dividir-se em grande numero de braços, pois que, correndo por um lado a léste, pelo ou-. tro parecia ir ao norte. Ao acercarmo-nos da margem faltou o terreno debaixo dos pés e enterrâmo-nos até ao joelho, sendo preciso mutuo auxilio para livrar os da vanguarda. Cansados e tristes, caíamos famintos sob o peso de ta- manhas difficuldades, não sabendo que fazer ou ordenar, e entregámo-nos ás considerações dos companheiros, cujos murmurios de protesto se ouviam claramente. — Onde é que vamos assim? — Quem póde andar por estas terras desertas sem ali- mento, falto de rumo no meio de bichos ? | Estas e outras considerações tendiam a provar-nos a lou- cura do emprehendimento. XVIU] ; E OCCIDENTAL 99 Voltar, eis o remedio. Mas então salteava-nos a idéa da perda dos nossos trabalhos, a consciencia do dever; e revol- tando-nos contra similhantes alvitres, irados, fulos, impo- tentes, erguiamo-nos como querendo derruir os gigantescos obstaculos. Faltando-nos porém as forças, rapidamente caíamos pros- trados de cansaço. A vida do mato, geralmente miseravel, é aggravada à medida que nos internâmos. Os grandes obstaculos e as privações enfraquecem e cau- sam no viajante, ao fim de muitos mezes de marcha, um estado de irritabilidade, de abalo nervoso, que à menor questão passa a extremos de quasi enlouquecer. ' A alteração profunda do caracter individual manifesta: se logo. Os gestos exagerados, a precipitação em todos os actos, as ordens terminantes, os receios sem fundamento e o de- sejo de caminhar rapidamente, tudo prova a alludida mu- dança, que é conhecida no grande continente pelo nome de bilis africana. As idéas que então se lhe suscitam, têem estreitas rela- coes com as materias da exploração. O plano que preconcebêra é um como centro rotatorio de todo o trabalho cerebral; o pobre explorador, durante o dia, á menor abstracção, pensa em rios de curso longo, lagos colossaes intercalados, caminhos novos, habitações diversas; . de noite sonha com a Africa, e milhares de scenas cheias “de peripecias lhe povoam a mente. Quantas vezes, pensando em proseguir, adormeciamos, ou em nossos sonhos nos apparecia frequentemente o Cu- ango, correndo n'uma vasta planicie e entrando a final no Congo-Zaire ! As bellezas d'essa região eram mais sombrias. Na mente escaldada creavamos e suppunhamos ver a immensa bacia do Congo-Zaire, plana chata, alagada, coberta de rachitica vegetação, pestilencial, sob um sol de escaldar. E 100 AFRICA CENTRAL [CAP. Numerosos rios affluiam para ali. O Cu-ango, o Lu-angue o Cassai, o Moaza-Nºgombe, to- dos lá convergiam, parecendo reunir as suas aguas. Phantasiavamos informações indigenas e concluiamos sce- nas extraordinarias, julgando ter d'ellas a comprehensão exa- cta. Acordando febris, luctavamos, querendo afastar de nós similhantes pensamentos, mas vão empenho! Tinhamos stereotypado no intellécto o mappa geogra- phico de Africa, e pelo escuro da barraca, arregalando os olhos, parecia-nos ver mappas por todos os lados. | Como remate surgia um dos mais serios receios que sal- teriam o homem chegado a esta situação: o endoudecer. A loucura, eis a idéa fixa que nos perseguia, povoando- nos sinistra a imaginação, a qual se aggravava quanto mais esgrimiamos. Dificilmente poderá a penna, embora manejada por tes- temunha presencial, dar a justa medida do que por ali se soffre. Aquelles mesmos que hoje vos narram, leitores, as gran- des difficuldades sofíridas, longe d'ellas descrevem-nas por fórma diversa. A fome, a sêde, as angustias consequentes, a febre, o ca- lor, a fraqueza, o quebramento, os desgostos, as apprehen- sões, n'uma palavra, esse milhar de miserias que de nós se apoderára, não se traduzem, experimentam-se! Emfim, o combate era improficuo. Não vendo meio algum de proseguir, pensámos em re- solver o que mais importava: procurar alimento. Abandonando a margem do rio, abrimos de machado em punho a floresta da ingreme encosta, e derruindo as plantas rasteiras, rasgâmos até á parte superior, no intuito de observar de alto as regiões suburbanas. Só então vimos a doudice do nosso emprehendimento, e tivemos a explicação dos braços imaginados do rio que seguiramos. XVIII) E OCCIDENTAL IolI Aquella floresta alongava-se até onde a vista podia al- cançar. Nas verdejantes planuras entrecaladas observáâmos nós distinctamente dois rios, um pelo norte e outro pelo sul do morro, os quaes correndo pacificos se encontravam no ver- tice. Era o Fortuna que se lançava no Cu-gho; estavamos pois no massango, ponto de confluencia dºelles. Não havia duvida que fatalmente tinhamos de retroceder, visto a impossibilidade de n'elles penetrar. Soaram tres horas da tarde, e ainda nós continuavamos observando. Longe, muito longe e para léste, via-se fumo; habitações nenhumas. A terra era deserta, e os nossos estomagos, em consequen- cia d'esta certeza, começaram os seus protestos com extrema energia. Reunindo o conselho, organisou-se rapidamente um plano para o caso. Fortuna o feliz (então já nós tinhamos destes prejuizos), acompanhado de mais dois, cortaria a léste, armado, para dar signal á menor descoberta e defender-se de qualquer ataque. Somma, um intelligente e atrevido mu-sumbi, com alguns companheiros, partiria ao sul, em busca de caça e do mais que houvesse. O guia José, para o norte, farejando habitações; nós em- fim, presos e afadigados, ficariamos no campo com as reser- vas, a esperar novidades. Havendo todos partido, démos começo á construcção do campo e fomos explorar raizes nos arredores. Por terem sido infructuosas as nossas pesquizas, conten- tâmo-nos com agua fresca, e invertendo como uma luva o sacco da farinha, aproveitámos pelas costuras o pó lá exis- tente; depois confiámo-nos ao acaso, escrevendo na pagina do diario as laconicas phrases que vos apresentâmos. 102 | AFRICA CENTRAL |. [CAP. Maio, 26 — 1879 Ancroide — 716,0 Temperatura —29,3 —mDia nefasto. Acampados n'um cerro na confluencia do Cu-gho e Fortuna, completamente faltos de mantimentos. Estamos tristes e aba- tidos. Terra deserta. Ninguem se encontra. Fome, febre, doença. —» Horario para a longitude: O js 9" =53,37. Heil,50".28º.30!, Azith. = 369,9 O mer, = 67,97 — Que acontecerá? Esperemos. Effectivamente esperavamos resignados, contando os mi- nutos e escutando os ruidos. Na immensa solidão reinava sepulchral silencio, que nós abatidos não ousavamos interromper. O sol, correndo imperturbavel, passára do amarello bri- lhante ao alaranjado, e approximando-se no horisonte, 1ri- sava a abobada de fachos multicores, n'um fundo de esme- ralda, até que, engolfando-se, despediu os derradeiros raios, desapparecendo com elle as ultimas esperanças. — Ninguem! diziamos tristemente. Nada encontraram, é certo, se não voltariam. E agoniados pelo infeliz presente e triste futuro, scisma- vamos. | A noite tornava ainda mais sombrios os nossos pensa- mentos, a que umas grandes queimadas a léste e o crescen- te da lua davam lugubre aspecto. Assim decorreram horas, quando uns tiros se ouviram proximos: era Somma que voltava; depois novo tiroteio annunciou a chegada de Fortuna. Nenhum dºelles fôra feliz na escuridão. Caminho, rastro, signal de habitadores, nada existia. Muitos bosques, diziam-nos, cercavam o sitio que escolhe- ramos, não havendo comtudo a menor indicação de uma. senda. EXPEDIÇÃO AFRICO-PORTUGUEZA ' Pa RE UA xvirt] E OCCIDENTAL 103 José era o unico que faltava e por quem esperavamos anciosos. A noite proseguiu sem que d'elle houvesse noticia. Às quatro horas precisas estavamos de atalaia; insomnia terrivel tinha impedido o descanso. Entretanto a brisa, fraco allivio para similhante situação, alentava-nos. Como saír, porém, se José não apparecia ? Emfim despontára a aurora, illuminou-se tudo, e um dia radioso veiu esclarecer as nossas miserias. Pallidos, transidos de fome, envoltos nos gabões, debaixo de um miseravel abrigo, apoiados ás malas abertas, dava- mos corda aos chronometros, e observando os thermome- tros cumpriamos para com a sciencia as nossas obrigações. Depois, erguendo-nos, miravamos tudo. | Era o espectaculo da vespera; os mesmos valles e flores- tas, identico silencio por toda a parte. Mas agora, presos ao acampamento, pois tinhamos cargas abandonadas, pertencentes áquelles que acompanharam o guia, nem d'elle podiamos saír! Como o tempo corresse, urgia tomar uma resolução, qual- quer partido, e não succumbir à fome de braços cruzados. Mas que fazer? cogitavamos nós. Voltar? Estavam longe as habitações; pelo mesmo ca- minho, necessitavamos dois dias, e este lapso de tempo, junto ao já decorrido com fome, era sufficiente para pôr termo á nossa pobre existencia. Proseguir? Mas por onde, se tudo nos embaraçava em redor! E José, abandonal-o-famos ? Não. Ficar, foi a idéa decisiva, e extrahindo forças da propria fraqueza, resolvemos, quer no rio, na pesca, quer nos arre- dores, na caca, buscar o alimento que precisavamos. Era em verdade curioso ver similhante alvitre tão bem recebido, e como n'um prompto nos dedicâmos à faina. Todos se preparavam; uns a dispor tarrafas para no rio 104, AFRICA CENTRAL [CAP. (nossa maior esperança) perseguir os bagres, outros fazen- do com chumbo cartuchos para matar as aves, alguns idean- do armadilhas para prender toupeiras e ratos. Organisaram-se, pois, as pequenas expedições, e dirigi- mo-nos para o rio no intuito de construir a primeira palis- sada, dando ordens á direita e esquerda, esquecendo a fome com o novo trabalho, quando da floresta ao noroeste retum- baram dois tiros! — Eil-os! José e os outros. E em tres saltos, adiantando-nos, vimos José e os compa- nheiros saírem da espessura do bosque, com o passo firme de quem traz estomago cheio, conduzindo volumes ás costas. Não póde descrever-se a alegria selvagem que de todos se apoderou ao enxergar, as cargas; saltavamos, corriamos, curiosos, cheios de esperança. — Traz de comer! E José, baixo, saracoteando-se, mostrava-nos n'um ca- jado uma enfiada de bagres, na algibeira uma raiz de man- dioca, aos hombros dos carregadores pequenos fardos en- volvidos em folhas. | Esbocemos em duas linhas a commissão de mestre Zé. Partindo na vespera, divagára elle pelos bosques proxi- mos, e avizinhando-se do rio muito a montante do ponto onde nos achavamos, percebeu que podia vadeal-o. Mãos e pés á obra; com pouco trabalho conseguiu o seu intento. | Nos bosques de lá, vendo um atalho, que parecia de ca- bras, enfiou por elle, e caminhando sem interrupção, ao cair da tarde foi o guia surprehendido pela presença de uma pa- lhoça isolada no meio dos capins. Acto contínuo, dirigindo-se a ella, encontrou dentro duas creaturas humanas. Eram dois caçadores furtivos, que sósinhos se occupa- vam pelos bosques em similhante mister. Intelligente e habil, formulou logo o seguinte interroga- torio : xvut] E OCCIDENTAL 105 — Ha de comer? — Estaes sós? — Ha povoação proximo? — E caminhos por aqui? — Que terras são estas? Um dos velhos (que elle afiançava ter duas linguas, isto é, ç PAS j ZU a / ER) bo uu). NM, VW Asa Uh) Ano ER i id 513) 1 4 //) CA 7, IR ir NZ / / | / / | 9) Ji | À d] “lia am E | o ANA Y ) Ii E , Hi ! 111) AS lj E | Y//| Vá uma z ) ) Pi - == 7 NR), 29, = |= 7; E ce vá ER DE A ema mt | my f 7 He VAR A SA ) IPS | ; NAS EE | lin Ea a; ) À = UR - Í A, lh Vest | g a Um Ram LS )) 1 [3 % pe IN Vs 5/6 om dh O SUE, CHEGADA DO GUIA ZÉ não repetir a mesma cousa), respondeu singelamente e por ordem: — Ha. — Sim. — Ha. — Sim. — Quicongo. A afirmativa primeira, tratou elle de replicar com uma peca de fazenda e um sacco de missanga, que abertos dei. 106 AFRICA CENTRAL [CAP. xaram admirados os dois forasteiros, comprando segui- damente quanto encontrou, a saber: trinta bagres, uma pe- quena carga de raizes de mandioca, 8 libras proximamente de farinha, duas bindas de maluvo; e dizendo-lhes que es- perassem por nós a fim de nos servirem de guias, dispu- nha-se a voltar pela noite. Como, porém, o avisassem de que por ali havia abun- dancia de animaes silvestres, mestre Zé, em sua alta sabe- doria, decidiu repousar e inquirir os dois desconhecidos a respeito das terras proximas. Emquanto o nosso heroe contava detidamente a histo- ria das suas aventuras, distribuiamos petit a petit os ar- tigos chegados, que, apesar de parcos, tocaram a todos, e rilhando uma raiz de mandioca, com uma fracção de ba- gre, preparámo-nos a marchar no sentido indicado, expri- mindo o reconhecimento ao esperto guia por uma promessa de fazenda na volta para a costa. | A pagina negra da nossa historia estava, comtudo, ainda em meio, e á passageira alegria de alguns momentos íam succeder-se novos trabalhos por estas regiões nefastas. Juntando a bagagem, levantâmos o campo. Noroeste era o caminho. Seguindo no encalço do guia, retrocedemos, e uma hora ininterrupta de marcha nos levou ao ponto onde o rio offe- recia vau. — Chama-se Unguiji, disse José; vem de longe e nasce n'uma lagoa. | Depois, subindo obliquamente uma serra ingreme, escor- rendo suor por todos os poros, pingando a caderneta nas haltes para as marcações, avistou a comitiva a pousada de que fallâmos, no fundo de um vallado, junto de pequeno riacho. Eram onze horas e trinta minutos do dia 27 de maio do anno de 1870. Ao approximarmo-nos do albergue, experimentámos logo a primeira decepcão. XVII] E OCCIDENTAL Hom Os caçadores, ao verem-nos reunidos, fugiram, internan- do-se no mato, e só á força de instancias conseguimos at- trahil-os. Seguidamente entrámos em negociações com elles, para nos apontarem um trilho que nos levasse a alguma habita- ção na margem do Cu-ango. Desconfiados, não queriam por férma alguma acceder, sendo necessario novas promessas para os demover do seu proposito. Emfim, decidiram-se a mostrar a senda que nos conduzi- ria ás terras dos povos ma-iácca, partindo na cabeça da ca- ravana. Sem o peso de mantimentos, percorriamos rapidamente a orla da floresta, e subindo uma encosta granitica escal- vada, descemos á pittoresca margem do rio Mapemba, onde se dispensaram dez minutos para refrescar. De novo em marcha, galgámos a encosta fronteira, en- contrando na parte superior vasta planura, destituida de vegetação arborea, por meio da qual serpenteava uma es- pecie de trilho, Aqui os guias declararam não continuar, pois que, proxi- mos do Cu-ango, era seguir pelo trilho indicado. Não nos agradava muito esta resolução; um presenti- mento dizia-nos mesmo que ainda não estavamos seguros; toda a cautela era pouca. : Quem podia, porém, contel-os, se já haviam recebido o pagamento do seu serviço?! Despedidos, pois, proseguimos, e ao cabo de uma hora de marcha, havendo desapparecido todo o indicio de cami- nho, perdemo-nos completamente no meio do alteroso capim. Algum leitor mais exigente dirá: —Mas no centro de uma planicie, tendo a bussola na mão, seria facil dirigir-se para um ponto determinado. Nós lhe responderemos (sem deixar de ter em muita con- ta a sua opinião), que é bastante difficil seguir uma linha re- cta, sem descortinar um ponto visivel ao longe, e nas cir- 108 AFRICA CENTRAL [CAP. cumstancias de: então era justamente o que não tinhamos, por nos occultarem as estevas e vegetação baixa. Ás apalpadellas fomos proseguindo em ziguezague, can- sados do calor, antevendo outra vez a fome, a sêde e os horrores que nos ultimos tempos nos flagellavam. Lesnordeste era a direcção em que necessariamente devia estar o Cu-ango. E IA / ES 1: SA DEAD SAN E AN) 2 a ESSE SSASSS me AZ — UA = Se 4 STO AA, Z24 GA = = ta AS PALANCAS Esforçâmo-nos pois por cortar para lá, e collocando na vanguarda tres dos mais robustos, a fim de desviarem ra- mos, capim, etc., arrastavamo-nos tristes e pezarosos. O acaso parecia propenso a contrariar-nos, e com ironia cruel precisamente nos feria quando mais socegados estava- mos. Como fossemos caminhando por meio d'essas terras de- sertas, um dos carregadores disse-nos ver para a nossa es- xvai] E OCCIDENTAL 109 querda, na planura, varios objectos escuros, que elle consi- derava palancas. — Vamos a elles! Immediatamente partimos no intuito de lhes atirar, aga- chados ou seguindo marcha vagarosa, para não attrahir a attenção dos presentidos animaes, que em poucos momentos avistámos, juntos no meio do capim, com as bellas cabeças de fóra. Eram antilopes grandes (femeas), de pescoço longo, fór- mas elegantes, o pello muito claro e lustroso, sem chifres, orelhas desenvolvidas, fazendo lembrar, á primeira vista, uma recua de jumentos. Quando nos approximámos, alguns separaram-se do ban- do, e, com as orelhas hirtas, começaram a farejar; depois, reparando attentos, fugiram. Dirigiram-se dois tiros ao mais perto, que por infelicida- de nossa não lhe acertaram, permanecendo embasbacados todos os da comitiva e conservando dos animaes apenas a triste recordação. Ainda tentámos ir-lhes no encalço, mas breve desappa- receram, e nós fracos, abatidos, desistimos de uma empreza cujo resultado sem duvida seria aggravar a já precaria situa- çao. Como tivessemos ensejo de observar bem o menos dis- tante, serviu-nos isso para fazer um croquis, soffrivelmente proximo da verdade; contentando-nos com tal, á falta de melhor recurso. Este ultimo facto ainda mais affectou a coragem de alguns dos nossos já desmoralisados. Tinham decorrido dez horas desde que partiramos do rio Fortuna, contadas como se fossem dez extensos mezes, cheias de angustias, e na frente nada divisavamos denotan- do habitação. Estava a final decidida a nossa sorte; mais um dia de de- mora, e a expedição perder-se-ía, desorganisando-se total- mente. IO AFRICA CENTRAL [CaP. Os proprios ban-sumbi, os mais robustos d'entre todos, vergavam ao rigor de tanta inclemencia, arriando em qual- quer parte as respectivas cargas. Os pequenos muleques fam arquejantes, as mulheres, na maioria sobrecarregadas com os filhinhos e escorrendo suor, detinham-se em todas as encostas, mais resolvidas a ficar do que a proseguir em busca do que já suppunham irreali- savel, Nós, embora livres de peso, não sofiriamos menos do que qualquer d'elles. Debilidade geral se apoderára de todo o organismo, fa- zendo com que mal nos podessemos suster na posição ver- tical, que fortes dores de rins e curvas agsravavam por fór- ma indescriptivel. | Nas subidas, principalmente, todas estas miserias recres- ciam por modo tal, que é difficil transmittir perfeita idéa. Podia considerar-se uma ascensão para successivos cal- varios, que concluia por nos prostrarmos, quasi sem con- sciencia, no meio do solo, sibilando ao respirar, impotentes, aniquilados. As fontes batiam-nos como enormes martellos, e a cir- culação, accelerada, em verdadeiras ondas, quasi nos sufio- cava. E | O sol inclinára rapidamente, o calor diminuíra, a sêde e a fome augmentavam, minando-nos as entranhas com atroz Iinsistencia, e quanto mais andavamos parecia que menos adiantados nos viamos. Sabendo, porém, pela dura experiencia nada haver peior do que parar, e não pensando sequer em retroceder, pro- seguimos como podémos, decidindo ir dia e noite em pro- cura de agua. Alongando-nos por uma suave encosta, investigando sem- pre, distribuindo gente a um e outro lado, comecámos a subir. Ao anoitecer chegou-se a uma ladeira abrupta e desnu- dada, que pelo oeste ladeava um grande rio, a 1 milha de distancia. XVII] E OCCIDENTAL E GR Ao fundo o extenso valle coberto de capim, aonde li- nhas de vegetação mais desenvolvida e escura sobresaíam, era indício do curso de pequenos ribeiros. — Aqui ficaremos! bradaram todos com ar resoluto. Não havia que protestar, chegaramos ao extremo; rumo- res especiaes denotayvam as más disposições de todos; accor- dando pois com a deliberação acampámos. Eram sete horas da noite. CORACIAS ESPATULATA Er j RR dr UNO , Na! ; 1 ki , ! 1 á j ho y 7% k F LM , | K i N 7 1 :, á 4 E 4 ] Ei ais : ) ú dr '5 c : ' x I E ; E ; E | q ] o Mi r | as da 2 + 5 ç a , : ; Ta ç À E JE tp ») º . ao - [4 ' ! x A , 7 ) a , E 5 j L a AA CAPITULO XIX Perigos do laconismo na descripção dos soffrimentos, e receios dos auctores sobre similhante assumpto — A noite de 27 de maio — Ap- prehensões — Pelo escuro da noite rondavam vultos — Visões e in- somnias — Descoberta inesperada — As raparigas da caravana e um casamento no mato— Não ha fome que não dê em fartura — Satis- feito o corpo, distrahiamos o espirito — À arvore perigosa — As gan- gas de maluvo e uma apreciação espantosa — Quizengamo, o primei- ro dos quilolos — Duas paginas do nosso diario — Insistencia dos guias em levar-nos ao Quianvo — À nossa opinião e uma manhã por aquellas terras —O Cu-ango e as curvas caprichosas do seu leito — Medonhos effeitos da dysenteria— A fermentação putrida e a falta de alimentos. — Um baile nos ma-iácca — Abandonados na flo- resta—Febres, ulceras e dysentria — Ultimas exigencias do guia. Fu- gida d'este-—No meio de miserias, a sós com os nossos recursos — O deserto—Fragmento do diario— A lua no minguante e uma confidencia a medo — O Cu-gho. Para o homem que nunca teve a desdita de passar com fome e séde dias Inteiros, á temperatura de 30º centigrados; para quem nunca experimentou as dolorosas sensações da febre intensa, aggravando-se pelas angustias da dysenteria e as pungentes dores da enchaqueca, emmolduradas na de- sesperante comichão do lichen, insupportavel com a roupa de flanella; para quantos emfim nunca sentiram os crucian- peaa a VOL. IL 8 II4 AFRICA CENTRAL [CaP. 7 RES tes padecimentos que originam as feridas escorbuticas pelas pernas e pés, tornando o calçado um martyrio, poderá afi- gurar-se-lhes exagerada a nossa insistencia em similhante materia. | Não é, porém, verdadeiro tal modo de ver, e jamais o via- jante será capaz de, por muito que faça em seu gabinete (quando de volta à Europa), precisar fielmente quanto sof- freu por aquellas inhospitas terras, dando a justa medida das tribulações physicas e moraes que lhe opprimiram a mi- sera existencia. ' | Conserva d'ellas a recordação, e cá, ao relatar, temendo fugir à verdade, suspende hesitante entre o diario e a con- sciencia. O primeiro, organisado quando menos se póde descre- ver, é laconico, deficiente, não diz nem refaz o que se sen- tiu, e o explorador, como que ofiendido, afasta-o. Pois que? tantos sofirimentos devem limitar-se á singela phrase do diario: «Dia angustioso»? Não, e a consciencia diz-lhe: soffreste, descreve. O balsamo para essa ferida está na apreciação que d'ella se faça. O explorador rabisca então com a esperança de approxi- mar os leitores pela phantasia de tudo o que elle experimen- tou. Quantas vezes quatro phrases escriptas debaixo das mais . duras impressões exprimem immenso, apesar de mal ava- liadas ! | O que não quereria dizer Stanley, o audaz viajante, quando a 10 de junho de 1877, em Zinga, escrevia: «Os detalhes dos tormentos por mim soffridos não podem descrever-se, mas existem indelevelmente gravados no fun- do de um coração que sente toda a amargura das dores que o compungem.» Immenso! Aquelle genio activo e infatigavel, só vergando ao peso da miseria se decidiria a exarar similhantes linhas. x1x] E OCCIDENTAL 115 Luctas, fomes, febres, perdas de companheiros, eis a origem. Laconico na occasião, a muitos passaria desapercebida n'esse singelo paragrapho a grandeza da idéa do nosso 1r- mão nos sofirimentos. Continuando, pois, n'este capitulo, a descripção precisa do que nos succedeu, levâmos um duplo fim: ser verdadeiros, e requerer, no dó que ella inspirar, a paga de preteritas vi- cissitudes. Na margem esquerda de certo rio, a 27 de maio achava-se a caravana, de que eramos chefes, sem abrigo, com fome, cheia de males, assente n'um cabeço desarborisado, posta- da em estreito circulo, ao meio do qual ardia uma debil fo- gueira. O dia de ámanhã era o pensamento de todos. Perdidos dez vezes por dia, andavamos em permanente perigo, que alguma vez seria fatal. E espreitando o horisonte, a nós mesmos perguntavamos: Continuará isto assim? Ao longe descobriamos, ajudados pela pardacenta clari- dade da lua, umas terras mais altas, no cimo das quaes se viam fogos. Eram talvez senzalas, ou seriam fogueiras occasionaes? Ninguem podia dizel-o. A verdade, porém, é que rumor algum denunciava a existencia de gente. Tudo jazia em socego profundo, apenas interrompido á meia noite por uma matilha de lobos que vieram caír sobre nós. No valle proximo rondavam tambem uns vultos negros, silenciosos, que não podémos conhecer, e para os quaes de prevenção se tinham voltado trinta bôcas de espingardas carregadas e sobre o gatilho. Minava-nos uma febre lenta, e a insomnia terrivel impe- dia a tranquilidade a ambos. | A imaginação exaltada andava-nos em panoramico mo- vimento. s I16 AFRICA CENTRAL [CaP. Milhares de scenas, de pensamentos, de idéas exoticas atropellando-se, nos passavam rapidas, fugazes, pelo espi- rito, ininterruptamente. Interrogando-nos por vezes, certificavamo-nos de recipro- cidade d'este phenomeno, e conchegando os gabões que a cacimba fria endurecêra, diligenciámos repousar. Baldado esforço; ás quatro horas e tres quartos da ma- nhã assistiamos contra vontade ao aclarar do céu na parte léste. Logo que a luz permittiu, começou tudo em observação, concluindo-se o seguinte. Estavamos na margem do Cu-ango, sobre um cerrado abrupto, que o ladeava pelo oeste. Ao fundo, em amplo lençol de agua, corria elle espelhan- do-se por meio da campina, e limitado marginalmente por massas verde-negras. Nas encostas de lá viam-se manchas esbranquiçadas que o binoculo afigurava habitações. Para o norte o terreno era cheio de accidentes. Uns fumos alvos elevavam-se por detraz. Cinco horas marcavam os relogios, quando se organisou a primeira escolta para ir ao rio buscar agua; depois outra para a jusante fazer um reconhecimento, e assim de seguida aguardavamos novidades. Apenas os nossos tinham partido, e sobre malas enceta- vamos o levantamento das terras em derredor, vimos na campina dois que regressavam e com gestos e gritos su- biam a ladeira. Eram muleques, dos quaes um, Lianda, ladino e esperto, na primeira pesquiza encontrára immenso arraial povoado por pescadores, onde a abundancia era tamanha que, para nos dar idéa della, dizia o garoto: — Téêem tantas cabaças de maluvo, que nós todos juntos somos menos ! Contar a sensação produzida por similhante noticia, seria repetir mais uma vez as impressões de 25, quando desco- x1x] | E OCCIDENTAL TR brimos o Fortuna (rio), de 26, quando n'elle nos perdemos, e a vespera do dia em que estavamos. | Restabelecidos do abalo causado pela novidade, partimos. Em tortuosa linha desciamos a escarpa, levando á frente as raparigas da caravana, as quaes, de filhinhos sobraçadas, entoavam uma tristonha mas poetica canção, como que em louvor á Providencia. Nos dias propícios eram as primeiras a acampar, e em córos enthusiasticos reinava com ellas a alegria no campo; LEMBA, A MULHER DE MUTU nos dias aziagos nem tinham uma queixa, e esperando an- ciosas, saudavam com a sua voz feminil qualquer circums- tancia feliz. Coitadas, justamente por serem mulheres, quantas vezes no meio de luctas, ao vel-as avançar com afan, nos serviu de estimulo o seu exemplo, recordando-nos que eramos ho- mens, devendo portanto ser os primeiros no trabalho! E os nossos, á vista de tal proceder, investiam tambem, habituando-se a pouco e pouco a ter por ellas um respeito ao principio deconhecido. 118 AFRICA CENTRAL [CAP. No campo expedicionario a mulher era acatada; as que- . relas e pequenas questões só por nós podiam ser decididas, e todo o marido que ousasse tocar na companheira ou rou- bar-lhe um panno para vender, sabia quanto lhe custava. Centenas de vezes o experimentou Capulca, que apesar das suas leviandades para com estranhas era um brutal Othello quando se tratava da sua Eva. E então por cada pancada sabia que tinha uma duzia a receber, porquanto, pagadores exactos, jámais ficavamos em divida. Os pannos e fatos eram-lhes distribuidos methodicamente, dos filhinhos tratavamos nós, e se por infelicidade, d'entre os homens que succumbiam, alguma ficava viuva, íamos logo separal-as com o maior desvelo, para de novo a casar- mos. Assim, quando no Quioco nos morreu Filippe, Lemba, a esposa, foi acto contínuo excluida do grupo, e ao dia se- guinte, formando todos os rapazes em linha, saíu ella com- nosco á frente, a fim de indicar a quem dava preferencia o seu coração. Despertava curiosidade vel-os, apesar de indigenas, segui- rem attentos esta scena para elles nova. Tão agradavel é ao homem, quando em competencia com muitos, ser o es- colhido da mulher ! No primeiro momento, sorrindo, parecia-lhes o caso brin- cadeira; como, porém, nos observassem serios, suspende- ram à espera da decisão. E ao erguer a rapariga o braço, e designar um que es- tava defronte, o sorriso sómente assomou aos labios do in- digitado. Saíndo então do grupo, acercou-se de nós para respon- der aos seguintes quesitos: -— Gostas d'esta mulher? — Sim. — Queres viver com ella? — (Quero. XIX] E OCCIDENTAL TIO -—Pois bem; ouve. De ora ávante será a tua compa- nheira. «Com ella viverás. | «Apartâmos-te do rancho para juntos cozinharem. «Ficas responsavel pelos seus actos, na certeza de que se immediatamente não deres parte da primeira leviandade por ella praticada, serás tu o castigado. «Tocar-lhe, nem com um dedo. «Vão em paz.» Assim foram casados Mutu e Lemba! O sol radioso surgíra à nossa frente, como para felici- tar-nos, e illuminando obliquamente a campina, adormecida nos vapores da manhã, dava-lhe um cunho de belleza juve- nil e uma serenidade que consolava. Rompendo pelo capim, transpozemos os pequenos bos- ques que em todas as direcções semeavam a planura, sur- dindo depois junto do arraial, segundo nos fôra indicado. Meia duzia de telheiros, perfeitamente construidos com meias cannas de uma especie de bambu, cercavam o re- cinto, onde varias fogueiras serviam para preparar enfiadas de peixe. De roda bindas de vinho de palma, rolos de mandioca, tiras de carne, estavam accommodadas nas habitações, e pelo meio d'estas uma porção de individuos se agitava. Perto e à direita procedia grande numero a uma opera- cão importante. . Tratava-se de esfolar um enorme bufalo, que por terra jazia, morto na vespera. Ao nosso apparecimento suspenderam-se todos os tra- balhos. Os indigenas fitavam-nos com espanto, emquanto nós, de olhos muito abertos, observavamos o colossal ruminante, ex- clamando : — Não ha fome que não dê em fartura! Cinco minutos após esta commovedora scena, achava- mo-nos acocorados, joelhos juntos ao corpo, á altura do I20 AFRICA CENTRAL [CAP. queixo, em pequeno circulo, no centro do qual José, de fa- zenda em punho, fazia compras, interrompendo-se por ve- zes para nos responder a diversas perguntas, como. — Quem são estes povos? — Ma-iácca. — Quem os governa? — O Quianvo ou Muene Puto 'Cassongo. — Onde habita? — Ali, e apontava para o norte. — É poderoso? — Sim. E mil outras que pausadamente escreviamos no diario, interrompendo-nos por vezes para gritar ao cozinheiro, que em multiplicadas conversas não fechava um momento a bôca: —Vae arranjando a cozinha. Duas horas levámos em trabalhos culinarios, ingerindo quanto estava prompto, esperando pelo resto em preparo, bebendo maluvo, até que, satisfeitos e repletos, démos a refeição por terminada. Convenientemente retiradas para os dominios da cozi- nha as marmitas e cassarolas, ordenámos a construcção do arraial. Depois, satisfeito o corpo, pensando em distrahir o es- pirito, a fim de dissipar as negras nuvens que ainda o po- voavam, fomos de passeio a uma aldeia proxima. Ao enfiarmos pelo bosque fronteiro, depararam-se-nos duas jovens, as quaes, em trajo primitivo, fugiram á nossa approximação, abandonando umas cestas que comsigo tra- ziam. O seu exquisito penteado, terminando por dois grandes bi- cos, saíndo do meio do capim, dava-lhes certo tom original, que nós (com o devido respeito) assimilhámos a um par de jumentos. Examinados os artigos contidos nas cestas, proseguia- mos, quando mestre Zé nos apontou com ar gaiato para a XIX] E OCCIDENTAL I21 celeberrima arvore, cujo effeito haviamos experimentado nos Bondos ! — Eil-a, é verdade! foi a exclamação. E elle, o ladino, virando-lhe as costas com uma panto- mima apropriada, levou as mãos ao abdomen. Continuando resolutos e esbaforidos, saímos para a cam- pina, onde o calor intenso seria capaz de fritar ovos, e ao cabo de alguns minutos abicavamos á senzala, architec- tada n'uma clareira. AS DUAS FUGITIVAS Muitos individuos entregavam-se no interior a copiosas li- bações, em roda de enormes gangas (cabaças), que elles ao ver-nos largaram attonitos. Accommodando-os com modo soberano, perguntámos- lhes o que estava nas bindas. — Maluvo, n'gana. (Vinho, senhor.) Tendo por ajuizada a idéa, acercâmo-nos, decididos a imital-os, emquanto elles, palestrando entre si, tratavam de algum assumpto que nós não comprehendiamos. Emfim, mestre Zé explicou tudo, 122 AFRICA CENTRAL [CAP. Versava o debate sobre a falsa informação que a um mais idoso tinham dado, ácerca do viver dos brancos. Di- zia O illustre velho: — Estes homens são... peixes! Vivem na agua; e quem vae perto do mar vê-os chegar nadando! Similhante apreciação, primeira no genero, deixou-nos boquiabertos. Como, porém, provar-lhes o contrario seria difficil, deixá- mos esse cuidado aos companheiros, e concluindo a con- versa por pouco instructiva, variámos para as terras em que nos achavamos, para a abundancia de comer e outros factos Importantes. lamos n'estas alturas, contando e ouvindo, quando pre- cipitadamente nos annunciaram que um soba importante acabava de chegar ao guilombo, no intuito de fazer uma vi- sita aos brancos. Suspendemos pois a sessão, terminando alguns negocios. Mediante missanga e algumas jardas de fazenda, comprá- mos uma colossal inhame, ovos e gallinhas; e feita a troca, com inteira satisfação das partes contratantes, partimos, a fim de encontrar o novo visitante. Quando regressâmos ao campo achavam-se os nossos companheiros postos em adoração ao redor de um grupo, cujo centro era occupado pelo chefe. Seria ousadia descrever ainda uma vez ao leitor esta sorte de recepções, sem o risco de o não enfadar. De penna a correr, pois, currente calamo, só lhe dire- mos que o visitante era um dos primeiros guilolos do Quian- vo, denominado Quizengamo, habitando na margem de lá, junto ao riacho Mussala. Envolvido n'uma esteira de ma- bella, tinha physionomia pouco sympathica; o penteado ridiculo para homem, assimilhava-se ao vulgarmente em uso pelas damas de idade avançada, a saber: era repuxa- do para o occiput e prendia-se ahi. De tudo quanto d'elle colhemos, n'uma memoravel sessão de tres horas e meia, vamos pôr ao corrente o leitor, trans- xx] E OCCIDENTAL 129 crevendo, ipsis verbis, as laudas do diario, para evitar maior incommodo. EXPEDIÇÃO AFRICO-PORTUGUEZA is (65 Maio, 238— 1879 MARGEM ESQUERDA DO RIO CU-ANGO. Aneroide —- 724,0 (não corr.) Temperatura — 000,0 Lat. 7º.20'.57 por O mer. = 67,75 Angulos azimuthaes (estação no acampamento) : 2º E. (senz. 0',5 — Cu-ango 0/,8). 52º, 5 (morro elevado a. 6',02). g1º,0 (morro d. 1',0). 107º,0 (morro c. 2/,1). 127 SP imonKo 2) 165º,0 (azimuth ret. do acampamento). 241º,0 (morro e. 1',6). Rio a montante, média, 109º,0; a jusante o. —» Primeiro o do Quianvo hoje em visita... —» Afiançaram-nos os interpretes serem os ma-iácca, pela maior parte, escravos da Lunda ali estabelecidos. —»A historia da sua ascendencia é similhante á dos ma-quico, com a differença de em logar de provirem de uma mulher parece que des- cendem de duas. —mDe resto estas historias são quasi sempre fabulosas, tornando-se necessaria toda a reserva. —»0O aspecto dos ma-iácca não é tão distincto como o dos povos do sul. —Na maioria pacificos, ao menos os de hoje, com quem entrámos em relações, mas muito selvagens, mostram extrema desconfiança. — Os seus penteados são originaes e diversissimos, cortando o ca- bello de fórma que lhes dá apparencia de bonet sem pala, outros se- guros ao occiput com tranças em roda; alguns rapam a cabeça ás ti- ras, da nuca para a testa; emfim variam-no por maneira que se não póde apresentar nenhum como especial. —» Andam quasi nus ou envolvidos em mabellas, visto a exiguidade das fazendas. —» Às suas habitações, geometricamente bem construidas, de ma- rianga entretecida com capim, têem de longe uma perspectiva Interes- sante. 124. AFRICA CENTRAL | [CAP. —» Agricultam pouco os terrenos, pescam em grande escala, e não propendem para pastores. —» Ouvimos contar a Quizengamo de um costume original, quando lhe fallámos em gado, pouco frequente pelo resto da Africa; isto é, que os ma-iácca não podem ser creadores de gado vaccum, e apenas de cabras, carneiros, etc. —mSó o regulo o possue e cria, e quem ousar infringir similhante lei perde irremissivelmente a cabeça, porque embora queira fugir, os feiticeiros o descobrirão. —» Por toda a terra que percorrermos, diz elle, na margem esquer- da do Cu-ango, não conseguiremos avistar um só boi! | —»mEste estranho uso, cuja causa intentámos inquirir, não tem expli- cação satisfactoria. —»A caça é tambem um dos seus empregos, perseguindo palancas, enormes antilopes de que nos mostraram os chifres, á feição dos haris- bruck, as gazellas, etc., abundantes em todo aquelle sítio. —»As terras de uma e outra margem do rio Cu-ango acham-se sub- divididas em muitos districtos, com nomes especiaes a que o viajante deve attender, para evitar confusão. —»mE assim que a oeste as terras de Quiteca-N'bungo, Macume- N'jimbo, Futa, das quaes já fallámos, são de ma-sosso, dando-lhes el- les nomes diversos, conforme os logares. — À éste as de Iácca acham-se no mesmo caso. —»O chefe principal dos ma-iácca é o Mequianvo, Quianvo ou Mue- ne Puto Cassongo. —»A sua habitação está sob o parallelo de 6º 30º, junto a um ria- cho chamado N'ganga, e approximadamente a quatro horas do Cu-an- go, onde fica o porto. —mAs historias que ali nos contaram dos quilolos eram tão diver- sas e contradictorias que, embora muito apuradas, subsistiram du- vidas. —» Diziam uns ser o Quianvo mais poderoso do que o Muata da Lunda, pois era elle quem concedia em ceremonia o estado ao succes- sor por morte do lanvo da Lunda. — Negavam outros, affirmando todavia que até aquelle era vassal- lo deste. —Emfim os interpretes reputavam tudo como falso, pois nem se conheciam. —»m Esta ultima asserção suppomol-a inexacta, porquanto parece que inclusivé se presenteiam. —»O Quianvo é homem de estatura regular e reforçado. —m Nos dias de recepção apresenta-se envolvido num panno, ornan- do-lhe a cabeça uma larga fita bordada a missanga, que elle amarra x1x] E OCCIDENTAL 125 por detraz, ao bordo superior da qual se vêem cosidas muitas pen- nas vermelhas de papagaio. —» Nos braços e pulsos usa manilhas. —»Bebe muito maluvo, só come caça miuda, gazellas, etc. —» Conserva relações commerciaes com a costa (Ambriz) por um caminho directo que prolonga o Loje (rio) por intermedio dos ma-sos- so, quando em procura de borracha e marfim atravessam as suas ter- ras para irem até a Muata Compana e Muene Congo Tubinge. —» Este ultimo soba parece ser importante. ; —» Tem a sua habitação na margem do Muluia e fronteira a um grande rio, que dizem denominar-se Baccari. A) ih A ; A Na 7 Í x Ro Se PENTEADOS IÁCCAS —mDefrontam os seus estados com a grande região dos ba-cundi ou ma-cundi, cannibaes ferozes, que se estendem pelo nordeste, segun- do nos apontaram, e de quem nos fallaram com terror. —» Têem, emfim, como o Cu-ango um grande rio que vae ao mar, sendo nós os primeiros brancos apparecidos nas terras do Muene Puto Cassongo, instando para irmos visital-o. —»Ão terminar a visita do Quizengamo appareceu-nos um natural do Sosso, que nos foi apresentado, o qual adiantou alguma cousa sobre as primitivas informações. —»m Diz residir no caminho de S. Salvador, conhecer o Congo-Zaire, Nºcusso, e estar perto das habitações do Mambo Assamba e Malungo Ateca, offerecendo-se-nos para guia. 126 AFRICA CENTRAL [CAP. —» Nas serras do Zombo estão as nascentes do Lu-quiche, ultimo afduente do Cu-ango, na margem esquerda. —s A montante obra de dois dias, numerosas pedras obstruem a passagem do rio n'um sitio que se denomina Quicunji, e mais acima está a embocadura do Cu-ilo Quiasosso. —» Continua sustentando que por cá não ha caminho ao longo do Cu-ango, pois é deserto, e afiança que este rio, mona-calunga, quer di- zer, vae ao mar. —»Falla da reunião do Cu-engo com o Cu-ango, e mais longe do Cassai e outros rios, com grande espanto, dizendo serem enormes e as terras alagadas. — mRelatou-nos que ha dois annos passou por lá (nos massango, ponto de confluencia, como elle diz) um mun-delle (branco), embarca- do n'um oato-iá-puto (canoa de europeus), que sem duvida era Stanley. —»Certifica a existencia de grande lago e a dos celebres anões. —» Conclue que para ir ao massango são precisos seis mezes de viagem! Inscripto isto na pagina 603 e seguintes do diario, fechá- mol-o, cansados como estavamos de accommodar tanta infor- mação, e escorrendo em suor fomos postar-nos em mangas de camisa sob um alpendre por nós construido, em presen- ca de cabaça cheia de maluvo, a fazer planos! Conforme a opinião dos selvagens, era necessario trans- por o rio para nos dirigirmos à residencia do Quianvo, unico caminho habitado e onde encontrariamos recursos. Sempre a mesma historia! Dirigir-se ao monarcha, é constante indicação. Nós, porém, de cargas já bastante leves, tremiamos com a idéa de passar para o outro lado, fazendo as seguintes considerações: «Teremos mais um ladrão? «Quem sabe se, depois de lá nos apanhar, será o primeiro a reter-nos com o fim de expoliar-nos ? « E emfim, de retirada impedida, sem canoas, como pode- riamos seguir a oeste? Appellámos portanto para a maior somma de bom senso possivel, e decidimos em nossa alta intelligencia continuar pela margem de cá, engajando o novo guia do Sosso. ” X1x] E OCCIDENTAL 27 «O nosso fim é o estudo do Cu-ango, e não visitar regu- los, diziamos. «Todas as relações com estes só terão em resultado de- morar-nos, e o nosso estado de saude pouco permitte já abusar.» E gastando o resto da tarde a reunir mantimentos, pas- sámos a noite em socego profundo. A 29 de maio, aos primeiros cantares do gallo, tudo se preparava no quilombo. Rompêra uma d'essas madrugadas de que os poetas em geral devem ter apenas vaga idéa, attenta a circumstancia da sua pouca ou nenhuma disposição para as viagens no grande continente. O denso véu de cacimba dissipado, com umas ligeiras aragens do sueste, percursoras do apparecimento do dia, carregadas de deliciosos perfumes, deixou-nos breve ver os morros dispersos, cobertos alguns de vegetação frondosa, produzindo effeitos magicos, coroados pelos primeiros raios do sol que nascia. As collinas, escuras até então, começavam de vestir-se com um verde de todos os matizes; as planuras interme- diarias similhavam lagos; as serras distantes pareciam re- flectir o azul dos céus. A natureza sorria; campos, firmamento, tudo se adorna- va, aquelles com flores, este com a radiante luz do astro rel. | Tenues e rosadas nuvens, fluctuando em volta do grande disco, emmolduravam o quadro superior, que cá em baixo se completava com o murmurar dos ribeiros, o cicio da aragem, o gorgeio das aves (que não eram a cotovia nem a calhandra madrugadora, então ausentes)! Uma suave emoção se apodéra sempre da testemunha destas scenas, que embora repetidas não cansam, tão bem sabe a natureza apresentar-lhes os cambiantes! O arduo trabalho em que íamos empenhados, afigurava- se-nos então mais facil, e promptos abrimos a marcha. 128 AFRICA CENTRAL [CAP. Preparavam-se-nos, porém, grandes privações, perante as quaes o nosso animo se havia de quebrantar, obrigando- nos na lucta pela existencia a esquecer quanto tinha de in- teresse para nós esta terra, como adiante veremos. Passando novamente em Cha-Cala, senzala onde já es- tiveramos no encalço do guia, cortámos para oesnoroeste, visto o Cu-ango ahi dar uma grande volta! Seguiam-nos al- guns indigenas. Caminhavamos em terreno agora duro, mas de certo la- macento na epocha das chuvas. Aqui e alem transpunhamos uma magra plantação, onde a rachitica mandioca mal nos chegava á cintura. Depois o rio, apertando de encontro a escarpa marginal, volvia ao norte, sendo a caravana obrigada a subir um in- greme cerro, e do alto d'este lhe levantâmos rapidamente o curso. As onze horas e trinta minutos estavamos em Mafungo, onde se operou uma sondagem em pequena canoa, obtendo S pés. O rio, voltando outra vez a oeste, alargava na campina, tendo o leito semeado de brancas ilhas de areia. | Ainda íamos ser obrigados a guindar-nos pela encosta, mas não podendo, acampámos n'uma senzala denominada Lu- benda, reservando para o dia seguinte a ascensão. O calor suffocava. Cansados, mal podiamos andar sobre 31º,5 de temperatura, sem uma aragem que nos refrigeras- se. A dysentria começou n'esta data com symptoma assus- tador, e a febre permanente opprimia-nos as entranhas. Realisando uma excursão à margem do rio, povoado por muitos hyppopotamos, fizemos os trabalhos necessarios por continuar o levantamento, volvendo ao arraial. Esperava-nos ali uma decepção. Como na vespera tivessemos adquirido bom numero de bagres frescos, tentámos com um pouco de vinagre de ma- luvo, depois de os fritar em azeite de palma, fazer escabe- che para conserval-os durante dias. O CU-ANGO EM IÁCCA XIX] E OCCIDENTAL I20 Qual não foi o nosso espanto, porém, quando no regres- so Capulca nos mostrou a panella em que o peixe estava litteralmente coberto de vermes! Em vinte e quatro horas tudo entrára em decomposição, e a propria carne de bufalo, distribuida aos nossos compa- nheiros, exhalava cheiro nauseabundo. Ficâmos assim privados de comer, e só a custo em Lu- h Di | ) DANSAS DOS MA-IÁCCA benda os naturaes nos venderam uma pequena gallinha para juntar a outra que possuiamos. Ao caír da tarde, assistindo á dansa dos naturaes, na cla- reira da campina caíu um de nós com febre, sendo o outro d'ali a pouco tambem presa della. No meio do terrivel vacarme, tivemos de retirar-nos, e pouco depois, forçados pela necessidade, rejeitavamos a ma- gra gallinha que no estomago estava em via de chimificação. VOL. II 9 150 AFRICA CENTRAL [CAP. Epreren sara aos: Ia a e mc rama ram O baile e o bambaré duraram ainda muito tempo. Os actores da scena tinham pela maior parte apparencia' feroz. Os homens, de pennas e chifres na cabeça, em volta dos tornozelos uns feixes de capim, agitavam as zagaias, sob a di- recção de uma especie de chefe, hercules de emmaranhada barba e de aspecto cannibalesco, formando semicirculo, que por outro lado se completava com o das mulheres. Estas, com as trunfas presas ao alto, retintas de verme- lho, e uma especie de meio saiote de palha, batiam palmas compassadas, fazendo movimentos grutescos e obscenos; quando a da frente apparecia junto do primeiro virava-lhe as costas, e em requebros eroticos e repugnantes dirigia-se para o centro. Aos dois immediatos chegava o seu turno, e assim ía o giro perfeito. Bumbos atroadores acompanhavam os gritos estridentes e desaccordes das mulheres, intercalados por vezes de sil- vos medonhos, que um dos assistentes extrahia do longo efnmies completando assim o quadro galante, cuja deneripcda por aqui rematâmos. A dysenteria não cessára. No dia seguinte encetâmos o supplicio de uma marcha forçada, doentes, sob um sol de chumbo. | A nossa idéa, um pouco modificada, era prolongar o Cu- ango ou attingir o porto do Quianvo.. Chegados ali, não desejando visital-o, cortariamos para o oeste, pelo caminho da terra do guia. A este, porém, parecia não agradar o plano, e quando nos dirigiamos para a encosta o patife abandonou-nos, fu- gindo por entre denso mu-chito, sendo necessario insolito trabalho para se conseguir encontral-o. Subindo fatigados a abrupta escarpa, sentámo-nos na parte superior, e uma hora se passou em promessas e in- stancias, para que o fugitivo voltasse. Emfim continuámos. x1x] E OCCIDENTAL 131 Estavamos à bout de paciencia e forças, e a desesperada lucta dos ultimos dias não podia sem perigo prolongar-se por muito tempo. Ao fundo, em pittoresca paizagem, rolava o nosso rio, por entre esguias ilhas de areia, em cima das quaes os hyppo- potamos se aqueciam aos beneficos raios do sol, Numerosos trilhos indicam por aqui a existencia de gran- des manadas de bufalos, de que o viajante deve precaver- se, para não ser victima de algum encontro funesto. Convinha alcançar n'esse dia o rio Macolo, unico em cuja margem existe uma pequena senzala, que nos poderia fornecer algum artigo. Caminhámos pois calados e sequiosos até ás quatro ho- ras da tarde, em que a comitiva chegou ao sobredito ponto. O nosso estado então era dos mais miseraveis. Febris, ulcerados, dysentericos, gastos, abatidos, não sa- biamos em que attentar. Ás cinco horas ainda a temperatura era de 30º. Escorrendo suor por todos os poros, ninguem pensava “em acampar e comer. A propria cadella, nossa companheira, estendida em terra, de lingua de fóra, accusava pelo arfar o cansaço e a angus- tia, Um bando de indigenas veiu ainda complicar esta de- ploravel situação, com exigencias e pedidos, sem compre- henderem que atural-os era para nós grande martyrio. Feitas as compras precisas, com bastante custo, vista a pobreza da terra, juntámos farinha, raizes de mandioca, boa porção de feijões, duas cabras rachiticas, algumas gallinhas, e a maior quantidade de peixe que encontrámos. - Depois suscitou-se discussão. O guia resolvêra não continuar, e instava para que passas- semos ali o rio, a fim de pela margem direita attingirmos o Quianvo. - —Para o norte não tem gente, dizia; por aqui é o cami- nho. Quem for adiante só longe encontrará trilho. 132 AFRICA CENTRAL | [CAP. — Pois bem, vamos a esse; não é o caminho da senzala grande que conduz á tua terra? — Sim; mas o pagamento é pouco, e só irei por mais uma peça; aliás volto. Que rufião ! Medindo-o com terriveis olhares, procellosi oculi, d'on- de chispavam faiscas odientas, cerravamos nervosos os pu- nhos, pensando em desafirontar-nos da tratantada com uma carga de pau! E depois? Conformando-nos, accedemos, na convicção de um pro- veito futuro, e a 4 de junho, ao alvorecer, marchámos á aventura, depois de nova altercação com o guia, que decla- rou não partir sem lhe darmos primeiro a peça! Dirigindo-nos para a terra elevada, em meia hora attin- gimos o cume. Quando o viajante escarpa a encosta, que ao longo da margem esquerda flanqueia o Cu-ango, avista da parte su- perior largos horisontes, apresentando aspecto uniforme na extensão de muitas milhas. As terras ondulosas d'onde se erguem nervuras, que se dirigem a rumos diversos, são destituidas de arvoredo nas posições altas. Cobre o fundo dos valles frondosa vegetação. Estas eminencias acham-se por tal fórma multiplicadas, que dão a toda a superficie um tom de aspereza aterradora. O leito do rio tornava-se sobremodo tortuoso. A distancia observámos o lencol de agua que, espelhan- do o sol, desenhava na planura, em argentea fita, as suas curvas caprichosas, chegando em pontos a correr para o nornordeste, e virar repentinamente ao sueste. Adiante as margens tornam-se accidentadas; morros e morros marginam o rio, apertando-o em estreito valle. Para lesnordeste a agulha foi-nos dando successivamente os pontos culminantes de azulados cerros, que viamos alon- gar-se na linha norte-sul. xIx] E OCCIDENTAL 139 As ondulações do terreno, do nosso lado perpendiculares á linha de marcha, tornavam esta por vezes tão penivel, que mal faziamos 1 milha por hora. O sol, aquecendo a rocha, elevava por tal fórma a tempe- ratura, que os homens não podiam, depois das onze horas, pôr os pés no solo. Ao longe mostrava-nos o guia a direc- cão da residencia do Quianvo, a qual marcámos ao nordeste. Mais ao norte projectava-se um morro esguio e arido, que nos foi indicado como o ponto da affluencia do Cu-ilo com o MULHER DO CONGO Cu-ango, entre terreno invadido de penedos. Ao noroeste triste e sombria estendia-se a região dos ba- congo. Era mister descansar, até que o calor abrandasse. No fundo de uma ravina entrámos em escuro bosque, para tal fim, visto termos encontrado agua n'uns lameiros. Ainda não tinham decorrido dez minutos após a installa- ção quando enorme arruaça se levantou entre os nossos. Mais um desengano acabava de ter logar. 134 AFRICA CENTRAL [cap. O guia, sem sabermos porque, pois momentos antes pa- recia estar de novo satisfeito, abalou de arma ao hombro, deixando-nos estupefactos. Não ousâmos, leitor, contar-vos detidamente os dissabores supportados pela misera caravana desde os dias 4 a 11 de junho, epocha em que outra vez tocámos a margem do Cu- sho ao noroeste. É um estendal de soffrimentos, de fomes, sêdes, calores e luctas, no meio d'essas despidas terras, de que a carta vos dará idéa. O que ella porém não póde reproduzir é o aspecto me- lancholico daquelle vasto tracto de terreno despovoado, d'onde o homem fugiu por muitas rasões, entre as quaes figura, talvez como a primeira, a falta de agua. Que ermos que solidões sem igual. Que profunda tristeza parecia ligar-se a tudo! Um socego tumular reina por aquelles cerros e vallados, cujo aspecto sombrio e nú, ferido pela deslumbrante luz do sol equatorial, tinha um não sabiamos quê de extraordina- rio, que a consciencia da solidão ainda tornára mais pavo- TOSO. O verde da paizagem, o céu com as suas nuvens, nada servia de allivio no meio d'este ermo, onde o silencio cam- peia, a immobilidade espanta, o calor suffoca; e só os echos do valle respondiam aos gritos de desalento dos nossos com- panheiros. À medida que avançavamos para o norte mais se aggra- vava esta situação estranha, para a qual não temos termo comparativo. A solidão crescente dava ao meio em que viviamos um cunho solemne e terrivel. Seria o dominio da morte, se ant- maes silvestres n'elle não existissem. Luctando com quanto deixâmos descripto, esgotámos em breve comida e forças. | A 9 de junho attingimos o ponto extremo, que no diario se acha assim: TVNDI Was Oyarios and 'sowaa and E E E ES — SSIS = = VERSA = PR É Ea dio 1 “Ri EEN : Sep eont An abrigo, a! A x[x] E OCCIDENTAL NS EXPEDIÇÃO AFRICO-PORTUGUEZA Ep Goa Junho, 8 — 1379 MARGEM ESQUERDA DO RIO CU-ANGO. Aneroide — 730,0 (não corr.) Temperatura — 30,0 —» Continúa o deserto. —» Ao meio dia sobre um cabeço. O mer. Gov ag! —»O caminho de hoje absolutamente similhante ao dos ultimos cinco dias. Despovoado. —m Desde o nascer do sol divagâmos à mercê da anotar do ter- reno. —m Não avançaremos mais. Hoje volvemos. Dez Ee anna — Trilho do guia não apparece. Agua pouca, os mantimentos vão terminar. Quianvo (senzala por 179º verdadeiro.) —m Vê-se o Cu-ango ao longe. Marcámos um notavel morro esguio por 335 verdadeiro nordeste, e imaginâmos ser o mesmo que se acha proximo do Cu-ilo. — Grandes queimadas ao noroeste. —» Calor immenso. Febre ao caír da tarde, dysenteria permanente. —» Malfadadas terras de Tácca! Volvendo para o sul, parte pelo mesmo trilho, continua- ram os trabalhos logo que nos afastámos. Basta o diario para dar idéa. EXPEDIÇÃO AFRICO-PORTUGUEZA Pag. 609 Junho, 10— 1879 JUNTO A IANGA GALAMO. Aneroide — 715 (corr.) Temperatura — 31º,65 --m(Que dia o de hoje! Maior marcha feita em Africa por nós. 25 milhas. —» Partidos do pé do Huamo, encontrámos ás dez horas e trinta mi- nutos umas lagoas, junto de morros colossaes. —» Como já hoje temos pouco que comer, decidimos continuar. —Infelizes, engolfámo-nos n'um deserto immenso, agreste, medo- nho, onde caminhámos para o oeste e sul. 136 AFRICA CENTRAL [CAP. —»Eram seis horas da tarde quando o acaso nos deparou uma lagoa. —»Esta terra só tem lagoas. Rios nada. —»Horrorosa dysenteria. Um de nós gravemente enfermo. —mO Cu-gho não apparece; está naturalmente muito longe. —m»O que nos succederá por aqui, se se acaba o resto da farinha? —» Que Africa esta! Ultimamente nem caça se vê. —»São nove horas e trinta minutos, e ainda o calor é grande. —»Fogueiras ao longe pelo norte. —»Lá ficou o Cu-ango por terminar O resto. —»0O que nos dirão depois ? —» [ão proximos a resolver o problema, e abandonal-o ! —» Paciencia. Adeus! Que venham outros. Assim estava a comitiva acampada á beira de uma lagoa quando acabámos estas linhas. Eram dez horas da noite. Na abobada escurecida scintillavam milhares de estrellas. A infallivel insomnia, companheira dos sofrimentos, do- minava-nos. Pensamentos atrozes nos assaltavam a mente, e encos- tados, um dentro gemendo com febre, outro fóra sentado, reflectiamos talvez em cousas bem differentes. À meia noite rompeu a lua, triste, como a do minguante; amarella em fundo escuro, como a tarja oiro-falso sobre o negro panno do caixão mortuario. Um sentimento penivel, inexplicavel, nos enchia a alma, o coração trasbordava, e sem querer rebentaram-nos as la- grimas! Momentos desconhecidos para aquelles que só viajam pela imaginação nos livros do seu gabinete. Pobre explorador! Elle, que, pelo simples interesse da sciencia, arrisca o socego, a familia, a saude e a vida em terras longiquas, é quem póde apreciar a estranha influencia exercida sobre o espirito por essa natureza tropical, bella e grandiosa, que para impor-se basta-lhe o silencio, e na Eu- ropa, ao escrever ingenuidades d'estas, aterra-o o receio de uma gargalhada sarcastica, o medo de não ser comprehen- dido. Detenhamo-nos, porém. XIX] E OCCIDENTAL (6)7) A 11 de junho proseguimos. Não marchavamos já, e arrumados aos bordões arrasta- vamo-nos penosamente. Este dia foi para nós verdadeiro seculo de angustias. Emfim serviu-se a Providencia lembrar-se d'aquelles que pareciam esquecidos, e momentos depois avistámos, da en- costa do cerro, algumas habitações junto do rio. Era o Cut: QUI-VUVI, A ARANHA DA SEDA a a a VR e y Th % y ! À j pi oripe rio A! o boy um pano Eid ÇA td en á Model eo nisto MA RES do; f j fo y pa EN Eai o) e k a ! . À j ê Povo ; ai : b Ç . a ) [A A MS St MD q Ru y MT - as Pe ” ; f E] tg a ; b j f Pa ] 1 A e Mr ; ) tt ! f Even Tot 1 í ] Nº í ' ] | O sntignlada UC ” Dra: ú E . p ad ny . bd Ra | E pipe 4 ] 4 vegas = TEM . à ' tir A ] E ci ix ty 2:41 4 RR us ROO É y . Ê SA o k i ; E ) E I t “! - â + 1 CATINULO XX A fome, o estomago e uma opinião dos auctores — Succinta idéa sobre o rio Cu-ango — No Cu-gho — Epocha feliz e epocha fatidica —O ar- raial transformado em matadouro — O maluvo e a sua colheita — O lago Aquilonda supprimido do mappa— À palmeira e as zonas cli- matologicas —- Abalada das terras do norte — O Pussa e o Cauali — A vegetação — Catuma Cangando, o soba bordado — Consequencias da curiosidade —Uma copla gentilica —Ceremonia notavel entre os ma-hungo — Um enterro nos bosques — Danje, Luamba, Matamba e Pacaça Aquibonda— Os Caculo-Cabaça — Assassinato de um com- panheiro—Valor da vida entre os negros — Vunda-ia-Ebo e a ulti- ma sepultura — Os valles do Lu-calla e a historia de um crocodilo — Nova cosmogonia —AÀ mesa, e satisfação especial que aos auctores “ inspirava — Passagem do Lu-calla— Lista dos restantes no dia do regresso. Entre os factos mais susceptíveis de originar grandes con- solações, n'este nosso pequeno planeta, figura de modo in- dubitavel um que, se na ordem de importancia ha quem o presuma secundario, deve todavia considerar-se como per- tencendo-lhe a primazia. Referimo-nos ao prazer experimentado por aquelle que, tendo o estomago vasio e sentindo durante horas as lentas agonias da fome, encontra' inesperadamente meio de en- chel-o, | | 140 k AFRICA CENTRAL - [CAP. Comquanto sejam muito suaves e poeticos os transes pelos quaes formos passando, por maiores que se afigurem as sen- sações transmittidas á alma mediante os olhos e ouvidos, nada nos demoverá, se não tratarmos das vias digestivas. A cavidade estomacal em vacuo, exigente inexoravel, não admitte considerações. Por isso, embora seja uma machina independente do es- pirito e da vontade, a inversa póde afiançar-se que não está no mesmo caso. As grandes idéas não nascem precisamente do estomago cheio, mas formam-se com elle repleto. E quando tal circumstancia deixe de acompanhal-as, fra- cas e rachiticas devem ser. Não cortaremos com o rigor do proverbio ou phrase la- tina Fruges consumere nati, mas sem comer é que o ho- mem nada faz. Assim foi que, luctando por mais de um mez com a difi- culdade de sustento regular e nos ultimos dias com ver- dadeiros preambulos de fome, havia-se operado uma mu- dança profunda nos dois chefes da expedição, a qual se tornava mui sensivel na falta de iniciativa. A ambos se quebrára a vontade, extinguíra a energia, des- norteavam as idéas n'um tumultuar confuso, d'onde surgia, espectral, a imagem da fome amarga e angustiosa. Não pensavamos, nem mesmo o podiamos fazer, e aban- donando as cousas ao seu curso occasional, viamos com ver- dadeira indifferença factos que mais tarde nos compungiram, pelos resultados que tiveram. Tudo mudava na caravana! Acabavamos de adquirir para a sciencia geographica mais um conhecimento, e provar que o Cu-ango é um rio, como muitos outros do grande continente, menos aproveitavel do que se suppunha, debaixo do ponto de vista da navigabili- dade. Do parallelo 11º 30' approximadamente, onde estão as nas- centes, até ao 5º 05!, na cachoeira Quicunji, tem o rio um cur= xx] E OCCIDENTAL I41 so desenvolvido de 580 milhas geographicas, sinuoso, acci- dentado, com um desnivelamento total entre os pontos ex- tremos de 1:150 metros, ou à peu prês 1”,98, como média por milha geographica. Pedras, cachoeiras, rapidos e cataractas, de que tenha- mos conhecimento ha n'este rio doze; a saber: 1.º, no paral- lEloRio 17"; a léste de Muene Songo; 2:º, em 10º 25", perto do riacho Camba; 3.º, em 10º 08', pedras Caxita; 4.º, em 10º 05!, quédas Luiza; 5.2, em 10º 08', cachoeira a montante SE porto Muhungo: 6.2, emo” 20”, Zamba; 7.º, em 9º” 19', Tuaza; 8.2, em 9º, cataracta Cunga-ria-Cunga; 9.º, em 7º 42!, Suco-la-muquita ou Suco-ia-n'bundi; 10.2, em 7º 38', a jusante do Cambo; 11.º, em 7º 35!, no meio de numerosas ilhas; 12.2, em 5º 05', a cachoeira Quicunji, que só poderá dar passagem na força das chuvas. A maior extensão navegavel é, pois, a que medeia entre a cataracta que se acha em 7º 35! e Quicunji, ou seja 190 milhas geographicas. O rio então é amplo, de largura variavel, nunca menor auelo metros, e fundo entre 5 e 20 pés. - À corrente perde um pouco do seu impeto no curso supe- rior, deslisando o rio na estiagem a 1,5 milha de veloci- dade. Emfim, terminaremos por dizer que sendo as nossas lon- gitudes rigorosas, pois o levantamento em parte chronome- trico foi referido á partida e chegada ao presídio portuguez “do Duque de Bragança, e este ultimo ao terminus na cos- ta; afigura-se-nos que o ponto de affluencia do Cu-ango (ou Ibari N'kutu), como se vê nas cartas a montante de Stanley Pool, está erradamente collocada a léste de mais. Dificilmente se concebe uma disposição de terreno em que dois cursos de agua, do valor do Cu-ango e Congo-Zai- re, correm quasi parallellos e em sentidos oppostos. Em breve, porém, teremos a resolução d'esta duvida pelas longitudes que á Europa ha de trazer o intelligente ex- plorador, mr. De Brazza. 142 AFRICA CENTRAL [CAP. Chegados á margem do rio que tempos antes haviamos transposto a jusante, começou uma nova e feliz epocha para nós, como fatidica fôra a da partida d'elle. No momento de assentarmos o arraial correram indige- nas de pontos diversos, que n'uma hora nos pozeram em circumstancias de retomar os respectivos logares. Era uma faina indescriptivel! Missangas e peças de fazen- da, permutaram-se por gallinhas, porcos, carneiros, farinha c um numero infinito de cabaças de maluvo. Gritos, gargalhadas e discussões, confundiam-se com os “grunhidos surdos de um porco que expirava, com os lamen- tos de um carneiro em via d'isso, com o piar de gallinhas agonisantes. Um perfeito matadouro! No meio, de pé, com o cozinheiro ao lado, procediamos a successivas arrematações, discutindo com este, argumen- tando com aquelle, e accedendo por fm a quanto queriam. E quando o sol do dia 11 nos fez as ultimas despedidas, já nos deixou satisfeitos, achando-o por isso mais bello do que na margem do Fortuna. Haviamos comido cada um por quatro, sendo necessa- rio reunir e guardar os mantimentos supplementares, a fm de que os estomagos não perdessem de todo o habito ao regimen da simples ração. Depois, como verdadeiras creanças, os nossos, esquecen- do as tristezas de horas antes, encetaram um famoso batu- que, que durou emquanto existiram as cabaças de maluro, e ao som do qual os chefes roncavam, como se estivessem no mais profundo dos ermos. Era a vespera do anniversario natalício de um de nós. A 12 de junho completava os seus vinte e nove annos, ufanando-se por se julgar o mais novo dos exploradores entrado para o sertão. Decidimos pois ficar no campo esse dia, e aproveital-o em visita e divagação pela margem do rio, onde abundavam crocodilos e hyppopotamos. xx] E OCCIDENTAL 143 Servir-nos-ha tambem esse repouso para aqui fallar sobre o celebre maluvo, ou vinho de palma, a que com frequencia temos alludido. O vinho de palma que se encontra n'esta região da Africa do parallelo 7º para o norte, e nunca ao sul, excepto perto da costa c em pequenas altitudes, é uma bebida agradavel, cujo sabor dá uns longes da essencia do moscatel, sendo, ao saír da planta, extremamente gazosa e aromatica. No fim de vinte e quatro horas comeca a fermentação acetica, e torna-se muito acre, acrescendo a circumstancia de embriagar com facilidade. É assim que os indigenas a apreciam. Extrahe-se de duas plantas diversas, a Elais Guineensis c Raphia, de que temos fallado, verdadeira palmeira acaule. No primeiro caso fazem os indigenas a ascensão da plan- ta, e cortando perto da base a haste que sustenta os novos fructos, collocam ahi uma cabaça, a fim de receber a seiva, a qual successivamente vão substituindo; no segundo, pro- ximo da nervura média das folhas (que constituem o apoio das tipoias da costa), praticam um córte, introduzindo n'elle cabaças proprias, terminadas em bico, onde se continua re- colhendo o succo. O liquido extrahido desta ultima é relativamente mais agradavel, aromatico e abundante do que da primeira. Nos grandes mu-cluto, por nós atravessados, encontrá- mol-a sempre profusa, constituindo verdadeiras regiões vi- nhateiras. Gentio algum ousa tocar nas alheias cabaças, e a infrac- cão ou quebra d'este respeito traria graves consequencias. A exploração da apreciada bebida é feita com certa re- gularidade, assim como o fraccionamento das florestas que a produzem. Seguem para recolhel-a um systema alternado de collocar as cabaças, Isto é, ao caír da tarde e ao romper do dia. De manha cedo pelos bosques observavámol-os fazendo a primeira recolte e perto do pôr do sol repetindo-a, a fim 144 AFRICA CENTRAL [CAP. de a ter fresca ou em determinado grau de fermento, con- forme o gosto dos consumidores. Emfim, a extracção deve ser de muitos milhares de litros por senzala, a julgar pelas quantidades que vimos consumir nos sitios onde estivemos. O rio Cu-gho descreve, do ponto em que nos achâmos, uma curva para léste com a configuração approximada da letra U. O seu leito é summamente tortuoso, as margens elevadas. Indicaram-nos grande numero de lagoas! em direcções di- versas, entre as quaes uma para o noroeste, nas terras de Macume N'jimbo, onde diziam ter o rio a sua origem. * Como imaginassemos ainda uma vez ser o celebre Aqui- londa, que desde a chegada a Iácca procuravamos, inquiri- mos da sua grandeza e posição, ficando desilludidos. É pois certo e terminante não existir tal lago, e nós, ao contrario de quasi todos os exploradores que ultimamente têem estado em Africa (os quaes se não descobriram em ri- gor lagos, pelo menos estudaram algum pouco conhecido, como por exemplo Stanley o Victoria, Cameron o Tanga- nika, Serpa o Carri-Carri), tivemos de eliminar um, que de resto nos ía endoidecendo emquanto por lá andámos. Os naturaes permaneciam boquiabertos quando lhes fal- lavamos no grande lago Aquilonda, e ainda mais assombra- dos a respeito do celebre rio Barbela, que lhe indiciavamos como canal de esgoto do mesmo lago. 1 Todas as lagoas por nós observadas n'estes parallelos, e mesmo as que indicámos por informações, não constituem, como á primeira vista possa imaginar-se, vastos charcos no meio de planuras extensas, o que levaria a suppor serem as dez referidas entre as bacias do Cu- ango e Cu-gho, talvez os derradeiros traços de um grande lago meio disseccado. Pelo contrario, são pequenas bacias de 2, 3 e 4 milhas de extensão, cercadas de morros altos, d'onde a agua, na força das chuvas, elevan- do-se, se escapa por pequenas ravinas, que breve seccam ao baixar do nivel. xx] E OCCIDENTAL 149 « Nada, não existe»; era a resposta. E nós, depois de muito matutar, chegámos á conclusão de ser a dita bacia apenas uma chimera creada na cabeça de algum dos missionarios (Capuchinhos?) que percorriam o Congo, a quem os naturaes do Zombo ou do Sosso, haven- do discursado ácerca do Cu-ango e grandes rios de léste, indicaram como ficando similhantes aguas para o lado da S RM NNE E N A . Tom ss ERA UMA FAINA INDESCRIPTIVEL Lunda; tal circumstancia deu logar a que suas reveren- dissimas, com uma noção vaga sobre as amplas bacias, as inscrevessem nos apergaminhados mappas com a designa- cão de Ague Lunda, latinada que de futuro deu natural- mente o Aquelunda e o Aquilonda. Dez milhas a montante do nosso campo recebe o Cu-gho um afluente pela margem direita, denominado Cauali, que nascendo no Danje tem um percurso não inferior a 100 mi- VOL. II 10 146 AFRICA CENTRAL [car. lhas de extensão, dando escoante ás aguas da vertente léste do plateau do Piras O Cu-gho, verdadeira barreira das terras desertas do norte, é povoado ao longo da margem direita por numero- sas senzalas de ma-hungo, de quem já fallámos, altamente supersticiosos e de todo ignorantes, que se entregam á pesca e ao exercicio venatorio nas terras vizinhas. A estas tribus pertenciam alguns dos caçadores que vi- mos pelas florestas. " Um facto digno de mencionar-se aqui é o da disposição es- pecial das zonas climatologicas relativamente á flora, onde a latitude e a altitude sobre esta têem a sua conhecida in- fluencia. Como o bao-bab, a palmeira conserva as suas regiões de- limitadas com perfeito methodo. Assim a Raplua, productora do maluvo, que no norte profusamente encontrámos, desapparece como por encanto ao sul de uma linha, que prolongando na direcção do oriente o curso do rio onde nos achâmos, corta depois para o sul do parallelo 8º, pela Africa dentro. Ao norte por toda a parte a Raphia, ao meio dia nem um só pé! É possivel que para o coração do continente isto varie, como por exemplo na Lunda, mas esse facto provém da menor altitude para esses sitios. Decorrido em socego o dia 12, alliviados do estado fe- bril que invariavelmente nos perseguia, distribuidos os me- dicamentos precisos, como o chlorato de potassa para dois escorbuticos, o nitrato de prata diluído para um ophtalmico; quina, camphora e adhesivo para quatorze feridos, e sul- phato de magnesia para vinte desejosos, encerrou-se tudo, proseguindo depois. Chegára o momento de nos despedirmos das terras do norte. Nem as forças nem os recursos permittiam aventurar-nos ainda uma vez por ali. xx] E OCCIDENTAL 147 Decidimos, pois, abandonando o projecto de cortar direi- tos ao Ambriz pelo Finde e Lu-oje, seguir ao susudoeste, e, determinado a bacia do Lu-calla, marchar depois para o Cu- anza, cujo curso estavamos dispostos a reconhecer. A 13, ao soar da alvorada no arraial, doentes e sãos, ac- commodando-se como podiam, ergueram as ossadas, e, re- tesando os musculos, avançaram com 60 libras ás costas. Primeiro o paiz é plano, mas adiante torna-se accidenta- do. Ao longe, no oesnorueste, apercebem-se estiradas maças de vegetação mais escura. Eram as margens do Cauali, que para o norte conduzia as suas aguas. Ao sueste uma densa barreira indicava tambem o curso de desenvolvido rio. Era o Sussa que, paralelamente dq leva as aguas de Matamba, por via do Cu-gho, até ao Cu-ango. Caminhavamos pois na linha divisoria das aguas dos dois rios, apenas guiados pela bussola. Numerosas lagoas, com disposição em tudo similhante ás por nós já indicadas, ladeiam o trilho por léste e oeste, onde sequiosos fomos buscar a agua necessaria. Estavamos em plena epocha do sueste. Nos pontos altos, rajadas de vento impetuoso fustigavam a caravana com uma energia espantosa. Brancos cumulos corriam velozes para o lado do oceano. O aspecto do céu era absolutamente o mesmo que no mar, na região geral. Dos affluentes do Sussa, no plateay elevado, passámos para os do Cauali, descendo sombria encosta, e então infi- nidade de pequenos riachos, sulcando em todas as direcções o terreno, marcavam de per si um accidente, que só a custo se vencia. Pequenas aldeiolas começam a povoar o caminho, d'onde Os indigenas, saíndo em tropel, nos seguem durante horas. A vegetação tem aspecto característico e differente dos pon- tos que observámos mais a léste. | 148 AFRICA CENTRAL [CAP. Arvores de esguios troncos lançam-se do fundo dos val- les em procura da luz que lhes falta, espalmando ao sol, como verdadeiras umbellas, os ramos superiores, onde as folhas lustrosas e originaes cobrem com a sua sombra o terreno. Entre ellas ergue-se uma de crescidas dimensões, elegante, coberta de brilhantes flores encarnadas, que por vezes con- stituem zonas da floresta, em tudo similhante á Spathodea campanulata. Pelo ar solto voam em todos os sentidos brancos penna- chos, tenues, de fios assetinados, que colossaes, Erioden- dron (?) despediam sob a acção do vento, formando no solo um verdadeiro tapete. Nas margens dos riachos proximos das habitações a can- na saccharina cresce extraordinariamente, chegando a ter o",07 e o",08 de diametro. O milho por estes logares produz sempre. Aqui um pé já formado, ali outro em via de crescimento, de fórma que se nos tornava facil obtel-o fresco, para assado nos fornecer o pão. | De tabaco viam-se plantações inteiras, assim como algo- dão em abundancia nas terras menos arborisadas e que pa- recia ser representado por mais de uma especie. Perto da aldeia Quimana encontrámos segunda vez o tri- lho que do Holo vae á costa, e se dirige ao grande pambo (encruzilhada) no sueste de Encoge (N'Hoje); ahi, subdivi- dindo-se, parte um directamente para o Ambriz, o outro para o Bembe, ao longo do Mºbriche (rio), até ao Ampbri- zette, onde este ultimo vae desaguar. Em Songanhe (aldeia) acampámos ao cabo de quatro dias, a fm de adquirir mantimentos e recebermos a visita do so- ba Catuma Cangando, que ficára atraz, velho de grandes barbas e feio aspecto, envolvido n'um immenso panno de riscas. Foi dia de balburdia, no qual os brancos estiveram em exposição mais de seis horas seguidas. Xx] E OCCIDENTAL 1409 Cousa alguma os fazia retirar do nosso acampamento, e as damas, por mais curiosas, postadas diante de nós, bo- quiabertas passavam horas, para de seguida se dirigirem ás ERES: | a Mu = LAMA All: ) | il! | | MI Va E AR 7 AU, NY TA. NS Ny fr EANES! Uj; NX h 10) 8): o) Va Ia drd AAA IR AMS IS A CURIOSIDADE CASTIGADA cargas a observarem, e logo depois á cozinha commentando. Estiveram a ponto de nos obrigar a despir, por teima- rem que tinhamos todo o corpo coberto de longos pellos; como os das barbas! Eras 150 AFRICA CENTRAL | [CAP. me o me - Breve lhes veiu porém o desengano. Como um de nós se retirasse para a respectiva cubata, já cansado da exposição, quiz aproveitar o ensejo e, acorti- nando o buraco que dava entrada à choça, procedia a ablu- ções, numa das banheiras de borracha que possuiamos. Não havia ainda cinco minutos que o triste (à feição de uma Venus) se espadanava contente nas pequenas ondas do oceano improvisado, quando umas poucas de bellas se lembraram de levantar a cortina. Com tão grande infelicidade porém o fizeram que, ao pu- xal-a, despregou-se, e então, oh céus! appareceu de chapa um Neptuno, cujos gritos desordenados pozeram tudo em alvoroço. Era uma scena indescriptivel o pavor da turba á appa- rição inesperada do que se lhes afigura um monstro. Mulheres e creanças berravam, corriam, como o podiam fazer à vista de qualquer crocodilo! | O proprio soba estivera quasi para fugir. Cousas humanas! Imagine-se que lisonjeira situação. Após uma longa e feliz carreira pelo velho mundo, mar- cada talvez pelo despertar de quatro paixões e cincoenta sympathias, ver-se um mortal subitamente inspirando sen- timentos de terror, à similhança de qualquer lobo ou urso desembrenhado; é triste. Restabelecidos d'este vexame, decidimos jantar para sa- tisfazer o appetite; passando o resto da tarde no convivio dos visitantes, a quem mostrámos armas, que descarregava- mos para explicar-lhes os phenomenos; depois encerrou-se a sessão, a fim de coagir as senhoras a tratarem da cozinha dos maridos, que em derredor as exhortavam com pala- vras e gestos de esfaimados, indicando-lhes o ventre, onde uma enorme depressão, tendo o umbigo por centro, era in- dicio do vacuo que lhe ía no interior. Ao raiar de 17 suspendemos e mareámos (na phrase de marinheiro), soltando o rumo ao susudoeste. xx] Ô E OCCIDENTAL 151 EE EE SEIS SD II A II TIC TE A pequena aldeiola abandonada retomou o seu ar melan- cholico, os homens retiraram-se, e as jovens, com um ul- timo olhar, despediam-se saudosas das riquezas que se lhes escapavam, e das quaes maior proveito podiam ter tirado. «Vamos para o calunga» (oceano), bradava a troupe con- tente, entoando em côro a seguinte copla, que nós (com a devida venia) ousadamente traduzimos : O Cu-ango atraz fica, Por traz d'estes matos; Os brancos não voltam, Vão ver os odtos!! Eh-Eh-é! Eh-Eh-é! Trepando uma elevada encosta entrámos nas terras do importante soba Catuma Caimba. Breve uma infinidade de aldeiolas nos appareciam por todos os lados. | Quitanguca, Cabenda-Candambo, Mucole-Maiale, Funda- Imbi, Petro e Quicanga foram outros tantos logares onde não faltaram conversas e cabacas de cerveja, com grande regosijo dos nossos, que pela bôca de Capulca o exprimiam dizendo: | « Assim é que se póde andar com o coração contente !» Modo errado (a nosso ver) de apreciar os factos, pois era ao estomago que elles deviam referir-se. Um costume original entre os povoadores desta terra, e que observámos em quasi todas as recepções, é o da lim- peza da guela do soba. Quando ao regulo, no meio da sua arenga, afflue a secre- cão da larynge em maior abundancia, acena a um sujeito que está perto, para servir de operante. Este, ajoelhando respeitoso em frente do chefe, abre as mãos, e juntando-as como se estivesse sustendo um livro, espera a dadiva que lhe destinam. 1 Odtos, barcos dos europeus. 152 AFRICA CENTRAL [CAP. Então s. ex.? ronca, puxa, accommoda com movimentos da lingua o liquido de encontro á parte interna dos incisi- vos, e despregando os augustos labios projecta-o de seguida nas palmas do individuo fronteiro, que leva as mãos ao cor- po e esfrega-se com o conteúdo, concluindo por uma untu- ra nos sovacos dos braços! Como fossemos caminhando no dia seguinte perto da senzala do regulo N'gana Nºzendo, surprehendeu-nos no mato uma enorme multidão de homens e mulheres, que em córos e palmas faziam arruaça espantosa. Approximando-nos, vimos a meio o cadaver de um velho, estendido no chão. | Um heroe de pennas na cabeça, sentado de moxo, dirigia a cadencia do canto, batendo palmas a compasso. Ao lado, azafamados, uns poucos abriam cova, emquan- to outros juntos de panellinhas preparavam, segundo pare- cia, um remedio (a não ser alimento para o morto). No acto de surprehendel-os ergueram-se todos, e abando- nando o defunto vieram admirar-nos; porém nós, não que- rendo interromper a ceremonia, partimos. Adiante, na senzala Munda, descemos uma elevada en- costa, ndo na bacia do rio Cauali, Guias nascentes em breve transpozemos. Estavamos nas terras do Danje. A oeste ficava-nos Luamba!, a léste Matamba e Pacacça Aquibonda. Perto, ao nordeste, estavam as origens do rio Sussa, a que já nos referimos, ao sul as do Lu-ando, a oeste as do Lu-calla, nas terras do Calunga-Canjimbo, limite dos esta-' dos do Mutemo Ambuilla (Dembo). 1 As terras de Luamba constituem um districto que hoje está quasi independente da Jinga. São governadas por um soba importante, Vun- da-ia-Vunda-N'gola (o maior dos Vundas de N'gola), geralmente co- nhecido por Calunga-Luamba, e que poucas relações tem com o rei da Jinga. xx] E OCCIDENTAL 99 pace Esta região, interessante debaixo do ponto de vista hy- drographico, foi por nós explorada tanto quanto possivel, a fim de estabelecer definitivamente a distribuição das aguas. Dos pontos mais altos avistavangos os montanhosos ter- ritorios dos celebres Dembos, cujos povoadores de léste são conhecidos pelos Caculo-Cabaça. Foi por aqui, e justamente ao passar o riacho Camáxe, iv Tu ra affluente do rio Danje, que um desagradavel facto nos deixou consternados. Descendo a eminencia que inclinava para o riacho em li- nha estendida, sentimos perto o estrondo de um tiro. Voltando-nos, vimos um dos homens que mais proximo ia, abandonando a carga, caír inopinadamente no chão. Espantados dirigimo-nos a elle, e uma poça de sangue, ao levantal-o, nos explicou tudo. 154 AFRICA CENTRAL [CAP. ESSE ENTAO e ira rir ras O infeliz fôra varado pela bala, de que escaparamos mi- lagrosamente, pois íamos na vanguarda delle. O incidente era devido á imprevidencia: embora constan- temente o recommendassemos, nunca conseguimos dos nos- sos rapazes que trouxessem em marcha as armas descar- regadas! Quissongo (o velho) n'esse dia, ou por que se dispozesse a caçar, ou a sua natural cobardia o induzisse a ter a arma em segurança, carregou-a escondido, e, quando passou junto de umas arvores que obstruiam o trilho, virou-se para accom- modar a carga; ao abaixar-se, porém, esbarrou com um ramo, que levantando o gatilho, desfechou a arma, e, como estivesse voltado para a retaguarda, o projectil partiu na nossa direcção. Uma pobre mulher, com um filhinho ás costas, achava- se por tal fórma collocada no alinhamento, que mal podé- mos comprehender como escapára. Vadeando o riacho, corremos pressurosos para a senzala fronteira do Vunda-ia-Buta, a fim de começar o indispensa- vel tratamento. O projectil entrára pela base da região abdominal, e, atravessando os intestinos, fóra alojar-se na nadega esquer- da, muito proximo da superficie. A primeira tentativa consistiu em operar uma incisão, e, depois da sondagem, ver se conseguiamos extrahir a bala. Infelizmente escapou-se para o interior quando a procura- vamos. Todos os esforços eram inuteis; o nosso companheiro estava irremediavelmente perdido. | Emfim, pensadas as duas feridas, esperâmos as conse- quencias. | O homem nem sequer soltava um queixume, e olhando para o assassino como para qualquer dos outros, perma- necia scismatico. Notavel coincidencia: este infeliz teve sempre o presenti- mento de que havia de morrer no mato! 1 xx] E OCCIDENTAL 155 No Cu-ango estivera á beira da sepultura com uma dy- senteria; escapára então para succumbir quasi no limite dos trabalhos. Coitado! Vêde agora, leitor, o que vale a vida em Africa. Emquanto concluiamos a operação enviámos José à al- deiola para comprimentar o soba, e levar-lhe um presente de 6 jardas de riscado, annunciando ao mesmo tempo a nos- sa chegada. Decorrida meia hora volveu com a resposta do regulo. É a seguinte: — O soba está satisfeito com o presente. «Tem muito gosto de ver os brancos em sua terra, e logo virá comprimental-os. «Falta, comtudo... — (O que? respondemos nós, antevendo alguma exigencia. — Falta, dizia José, meio enleado, que o soba diz terem os brancos commettido hoje um crime em sua terra; mata- ram esse homem e é preciso pagar; porque se elle fosse á terra dos brancos, e matasse alguem, a isso o obrigariam. Esta declaração, feita em alta voz diante do desgraçado, era por tal fórma brutal, que no primeiro momento a idéa foi, munindo-nos de um cacete, fazer sentir ao guia a obri- gação de ser mais humano, e não pôr-se defronte do fe- rido a dizer-lhe que estava morto. Mas as cacetadas em José reclamariam como corollario a respectiva correcção no Quissongo, que tudo occasioná- ra; por isso nós, attendendo á idade do ultimo, absolvemos ambos, e perguntámos ao interprete: — Quanto pretende o soba pelo crime? — Quer 4 jardas de algodão. Assombroso! 4 jardas pela vida de um homem! Mais caro levam por o inhumar, pois que adiante nos pe- diram 6 jardas por similhante serviço! A 26 de junho, ao rumo do sul, passavamos nas cabe- ceiras do Lu-ando, que deixâmos determinadas, e a 27 des- 156 AFRICA CENTRAL [CAP. cansou-se do Vunda-ia-Ebo, limite das terras do Vunda-ia- Cassanda, onde o rosso companheiro exhalou o ultimo alento, sendo ahi enterrado. Era o sexto individuo que nos morria, e a quinta sepul- tura que abriamos no mato, porquanto o primeiro perecê- ra em Benguella. Emfim, graças á Providencia, o mais difficil passára e nós ainda viviamos. Verdade é que o clima para o litoral come- cava a pelorar, mas após tantas vicissitudes não havia a infelicidade subir a ponto que succumbissemos quando já proximos estavamos do termo da missão; e n'estas philo- sophicas considerações, ao som das enxadas que perto ca- vavam, decorreu a tarde de 27. A 28, quando ainda pelas senzalas vizinhas se resonava, surdiamos das exiguas cubatas para pôr em marcha a co- mitiva pela quinquagesima vez, partindo ao longo da bacia do Lu-ando, que tinhamos vadeado da primeira com agua pelo pescoço. Adiante desenrolavam-se-nos os valles, onde corre o Lu- calla, verdejantes, animados com grupos de senzalas e nu- merosos rebanhos, pelo meio dos quaes íamos tranquillos, graves, reflectindo na possibilidade de os transformar em bifes. Tomando o atalho traçado pela passagem das caravanas, n'elle nos engolfámos, vendo em derredor sómente os ma- cissos. | Havia meia hora que nos envolveramos no trilho. . Ao lado de mestre Zé, alegre narrador, caminhavamos descuidosos, ouvindo a historia de um crocodilo do Cu- anza (que pessoalmente conhecêra), e assegurava ser tão ve- lho que, quando o víra, já elle tinha comido mais de cem pessoas. No lombo, dizia, enraizára uma pequena floresta, e na barriga, no acto de o matarem, entre varios pequenos artigos, como manilhas, enxadas, bancos, etc., encontraram um feitiço importante, ao qual o sobredito crocodilo devêra a indicação das victimas! 9 10 2 ESSES GAPELLO E IVENS Ea Ee scala d 870: a KILOMETROS Hit,l ao GRAU Ú MILHAS DE 1852 e IND-IA de SE ny Carvalho gr SUN Gio TUMUZUMO DUQUE DE BRAGANÇA * 5º Didi | sz Do Pie “ij mt ES VER ICASSUNGO agem ) Ola. CA EPal JCANDA- jp UTENE Rs RIA-LA-HE SG E Sriuntno, = N EIS Wiz Ms AU isa, pi E Cat kianzundo Ny Es | ; RV reit E tt ASS SS Ei a EN REY PIER VINDO NA SE a VE aU N E TAS DES Z A nm MN cars 25 CAN Se Ot HS cap. PE-1A- CR IM BUÁGE, ca A, y TES Gs RPA ESTAR Patu Cit eee “ASS RNA PITA ( granate. Lath ograph ia da Imprensa Nacional. ; tro É" Pa a APRE Resid *p A: a) LFI í RUN f MA x Lig CM tg a k Aa -, : vi É. a , . , " y À 1 y ; ' r ' a . ] a É E 3 ” j Er só á gor 7 Nes a x + R, : ti À y 4 j % f La ' , a o 1 [ . 1 ' xx] E OCCIDENTAL 197 Capulca, acercando-se, explicou um processo especial, ba- seado no emprego de certa herva, de que pequena porção, bem mastigada e lançada ao rio, era suficiente para afu- gentar todos os crocodilos do mundo, podendo assim evi- tar-se tanta desgraça; e passando de um ao outro polo com a sua natural volubilidade, encetava a exposição de uma es- tranha cosmogonia dizendo : —O céu é de pedra, e as estrellas são... de mica (d'esta pedra que luz, foi a phrase), quando subitamente nos dis- trahiu o apparecimento, no horisonte ao sudoeste, de bom numero de casas alinhadas. Era Duque de Braganza, d'onde partiramos alguns mezes antes. À medida que nos approximavamos, recapitulando os in- cidentes da nossa viagem e das luctas no norte, occorriam- nos elles á idéa com a mesma fidelidade como se nos tives- sem succedido na vespera. Os torridos calores de lá, as terras desertas que percorre- ramos, as pungentes angustias que as febres nos tinham feito experimentar, os incessantes receios de não poder proseguir, a resolução de voltar, a fome e sêéde emfim, tudo nos recor- dava, como se realmente ali estivessemos ainda. A presenca da fortaleza que nos defrontava era a causa originaria d'estas considerações, cuja preciso estudo com- parativo nos levou á seguinte philosophica conclusão, que não temos a vaidade de apresentar como nossa: «O mau e o bom são questões relativas.» E lembrando-nos as gallinhas e presuntos do nosso velho Silverio (ao que muitos dirão, «só pensavam na barriga», juizo que nem de leve contestaremos), partimos, redobrando a marcha! Devemos notar ainda aqui, e pela ultima vez (para intel- ligencia dos leitores), que sendo um dos maiores incommo- dos das grandes viagens em Africa comer mal, só o póde exceder a falta absoluta de comida; em nossa particular opi- nião, necessario se tornaria grande rudeza ou uma imper- 158 AFRICA CENTRAL [CAP. turbabilidade anglo-saxonia, para não experimentar verda- deiras comichões á idéa de nos installarmos perante uma bem servida mesa. E como não somos uma (modestia á parte) nem outra cousa, justamente nos deixavamos pos- suir d'esta alegria, que ás vezes quasi se traduzia na von- tade de, em agarotado transporte, dar dois pinotes no ca- minho! De resto, seria esta propensão infantil talvez resultado do viver do mato, e consequencia do contacto com o negro, cujo caracter tem esse facies especial. A verdade é que mais tarde, no Central, em Lisboa, ou no Grand Hotel, em París, prescrutando as nossas dispo- sições, nunca nos achâmos precisamente dispostos a dar os taes saltos, no momento de nos sentarmos á mesa! Digamos aqui entre parenthesis que estabelecido simi- lhante uso, que a hygiene de certa fórma auctorisaria pela circumstancia tão attendivel de tornar mais activas as func- ções vitaes, nós de fórma alguma o combateriamos, so- bretudo se ás gentis miss elle se tornasse extensivo, obri- gando-as a tal pratica antes de ingerirem a sopa. | Sigamos porém a nossa narrativa, interrompendo os de- vaneios facetos. Quanto mais se andava, menos proximo parecia o termo da jornada, tal era o desejo de chegar antes da tarde; e compellindo José e os companheiros, esbaforidos, suados, lenço na fronte ou no forro do capacete, suspiravamos, lembrando-nos o effeito que produziria por ali a voz de um, empregado do caminho de ferro, echoando pelas quebradas: « Vunda-ia-Cassanda, quinze minutos para almoçar.» Após pequena discussão entre ambos, relativamente ao local para o estabelecimento da estação, n'esta parte da imaginaria linha (facto em que não houve accordo pleno), chegámos á margem do Lu-calla. O velho Silverio esperava-nos já ali, e em breve fizemos n'uma velha canoa a passagem da nossa gente, que se com- punha então dos seguintes individuos : 159 xx] E OCCIDENTAL NOMES NATURALIDADES ME ie coziniteiro» = - 21 - o see ata Benguella. Matrsio ajudante observador. . ... 2... Benguella. ENE ereado* Susjesams pusI a QU nl. Benguella. Raiencado. 15) elis peer jrrrea sbinzo: Mulondo. ER asa screador MEM RSA so mo Peinde. RR O | 2 cu gro ee De E a el a Bié. DENTE cito veda a NA Luanda. “ce aliou RD E Luanda. Eiinordo! Quissongo .' .inshJtzs BeLoE ideas Biê. ME o tsc E perrenbara Disfa St Lunda. RE as SE as E Lunda. SEDE o rep e “Tunda e Celli. SDS ot cido acre Ada adiada ASS RR Tunda e Celli. MORRARDADIA CIO =) DST SS DI ER ço rE D AA TRADAT Tunda e Celli. ED ane a ad ET AR E ET SEDA, Tunda e Celli. inibindo, (pequeno). 1. 2 snsos egaseneo é Tunda e Celli. SEÇà o 6 AR ACD ARA DDT MRS RT RN Tunda e Celli. EM Store ad TR Tunda e Celli. ST EAEAEio o 400 edi PR Tunda e Celli. RR DES] DG GO tas rs, Tunda e Celli. Ra RE ms TB UA lo SH) AOL Vo) tha Tunda e Celli. RR SS sn ps ap dp Tunda e Celli. MERENDA Tunda e Celli. REBIO! sm a e eai o ca Du E Tunda e Celli. Mis indo EEE Tunda e Celli. BERRO RO estes nO lu tapasih, O 0); Tunda e Celli. ela pequeno) aa ams ferelecngtis) et do Tunda e Celli. ERR NO radio rica Tunda e Celli. vaniipente cs PR RP Tunda e Celli. STA eg UG nd pe Tunda e Celli. SUE Cabe dE Eta dd A Tunda e Celli. O ES E ST CTIS GNU fd lia L ho Tunda'e Celli. amido elho) la : arrimo Sa form tsToo vago dd e Tunda e Celli. DRE RO Sua ren era om val cool é Tunda e Celli. DERsandas O e o ao se Cassanje. ns Os (Cn ep Se E Da a Cassanje. Ens fa SN Ra in ind TA Rs Cassanje. aa RD Sp) grs sp tA TD ii SUS Cassanje. REnciso, (einen sor pb eres teima páreo Cassanje. “onto re Ne (oe pe PD TS RI PD Cassanje. 160 AFRICA CENTRAL E OCCIDENTAL [CAP. xx] NOMES Mangumbala (Chico). . . Antonio Joaquim . EnicostrhE testados Antonio (Undalla). . ... Quitumba (velho) . . Bembe:: Lemba. Re Mulher de Quissongo . Mulher de Capulca . Mulher de Catraio NATURALIDADES Cassanje. Cassanje. Cassangje. Cassanje. Cassanje. Caconda. Luanda. Bie. | Cassanje. Sambo. Dombe. Operado o trabalho, cortámos radiantes para o antigo acampamento, emquanto Silverio ordenava os preparativos do jantar. E A EE» E COSMETORNIS VEXILLARIUS (QUIMBAMBA) CRCITULO RI Duque de Bragança — Sua importancia e fertilidade — Mais um jantar com o chefe — Coordenadas astronomicas e magneticas respectivas — Um soba compadre —As creanças africanas e duas considerações ácerca d'ellas— Os infantes e os adultos — Curiosidade bem com- prehendida e resposta que a deve satisfazer — Como da fortuna se póde passar á miseria— O dia 24 de julho e um capitão avesso ao racioçinio— O acampamento em chammas — Os papeis dos expedi- cionarios e as munições do armamento — Carregadores e ladrões — Às cinzas brazeadas e felicidade providencial — Otubo e o ajudan- te observador — O bi-sonde e a ultima noite do-mez de julho. «Um, dois, tres... hora», gritou um de nós, emquanto no vasto circulo em derredor metade da população do Du- que observava o notavel phenomeno, commentando-o a seu modo. Era o horario para os estados, que um dos chefes da ex- pedição determinava pela altura do sol, tendo o abba em es- tação; ao mesmo tempo o outro explorador, acocorado jun- to da mala, ía contando no chronometro os segundos que se succediam. Depois ouviu-se com voz cadenciada o observador excla- mar: — Trinta e tres grados e quarenta e tres centesimos. VOL. II EE - 162 AFRICA CENTRAL [CAP. Ao que lhe responderam: — Tres horas, vinte e sete minutos, um segundo e nada de terceiros) E Este ainda teve como replica a seguinte resposta: — Azimuth trezentos cincoenta e nove e cinco decimos, norte por léste; dia 3o de junho de 1879. Recolhendo de seguida os instrumentos, dispersou-se a turba, postando-se de longe em pequenos grupos, a expli- car o facto conforme lhe parecia, expondo, por exemplo, as- serções d'esta bitola: — Estão a ver pelo canudo as terras por onde andaram! Após tantas vicissitudes, eis-nos n'uma terra hospitaleira á velocidade zero (pois que estamos parados), e tencionã- mos socegar algum tempo, entre os encantos do ocio e a mesa do amigo Silverio. Duque de Braganca é o presídio portuguez mais avançado no nordeste. N'uma posição geographica que as coordenadas seguin- tes determinam latitude sul 8º 57' 16", longitude éste de Greenwich 16º 10' 00", altitude 1060”,0, tem para cifras da declinação, inclinação e componente horisontal respectiva- mente os algaáismos TO) DoLIBAise Óes. Assente em plateau sem arvores, junto à margem direita do Lu-calla (rio), compõe-se a séde do concelho de ampla for- taleza feita de adobes, com setteiras, parapeitos e um fosso em mau estado; cercam-na duas duzias, quando muito, de habitações, entre as quaes figura como mais notavel a re- sidencia do chefe, que lhe fica ao oriente. O seu estabelecimento data do tempo em que o governo enviou para ali uma expedição no intuito de reprimir OS €X- cessos dos indigenas jingas, que nas suas incursões amea- cavam o districto de Ambaca. O moyimento commercial é Ea nullo. Apenas uns saccos de jinguba, algumas cabaças de azeite e feixes de tacula por ali se permutam; quanto a casas im- portantes de negocio nada observâmos por aquelles sitios. xx] E OCCIDENTAL 163 Póde, porém, avançar-se que com um pequeno esforco talvez se tornasse a dita terra n'um vasto districto agri- cola, pois por lá vimos o tabaco, o algodão, a ginguba, e mais ao norte, no Danje, a canna saccharina, colossal es- plendida, e outros artigos; deve comtudo attribuir-se o seu estado inculto á preponderancia militar. O concelho do Duque, longe do centro do governo, pos- suindo em média destacamentos de cincoenta e sessenta praças, quando não tem sido séde de operações, como re- centemente contra os Caculo-Cabacas, era considerado me- diocre campo de exploração, por aquelles chefes militares, que cubiçosos, esquecendo-se da dignidade da sua patente, commettiam as mais atrevidas extorsões, já na cobrança dos dizimos (hoje bem abolidos), já nas exigencias aos jingas vas- sallos. Ainda ha pouco tempo um, segundo nos contaram, ex- poliou de modo insolito o triste soba, a quem mandára por simples soldado (dos moveis) intimação para o pagamento de certa multa, mediante cabeças de gado. Como recebesse recusa, partiu com o destacamento sob o seu commando, depois de aggregar-lhe todos os voluntarios dos arredores, e num tour de maim roubou cento e oitenta rezes que o regulo possuia. A consequencia foi este retirar-se para a Jinga, como mui- tos outros anteriormente tinham feito, despovoando assim o concelho. Mas prosigamos no que importa, pois não queremos en- trar em similhante assumpto, o qual tem acarretado injus- tas e desagradaveis accusações ao governo portuguez, quan- do de resto se nos afigura que não ha motivo algum para culpal-o. As terras de que tratâmos são regularmente ferteis, o cli- ma apresenta-se de certo modo salubre, e se o não é mais deve-o à proximidade do rio, cujas margens alagadas cons- tituem focos de Infecção; tornando-se pouco vulgares os ca- sos de febres decisivas, como no litoral se conhecem. 164 AFRICA CENTRAL [CAP. Na epocha que vamos atravessando sopra sob um céu claro, de cumulus raros e brancos, o vento fresco do sues- te, o qual refrigera a temperatura durante as horas em que é mais elevada. Os povoadores são uma mistura de jingas, ambaquistas e alguns bondistas, que com os soldados de Luanda se têem entreligado, constituindo as familias existentes, as quaes se dedicam ao amanho de pequenos arimos, d'onde tiram o quotidiano sustento. Redigiamos apenas estas linhas n'uma pagina em bran- co do nosso diario (porque, graças a Deus, nunca o nosso papier tira à sa fin), quando fomos interrompidos por um mensageiro do chefe, com o seguinte recado: « Senhor diz que o jantar está na mesa.» Era uma faina ininterrupta em casa do bom Silverio, a quem a nossa fraqueza trazia preoccupado, obrigando-nos a bom numero de passeios por dia, para, mediante o es- tomago, refazer as forças perdidas. | Arrumando pois cautelosamente o (volumoso seria exage- ro) rabiscado livro no fundo da mala, aprestâmo-nos com- pondo a toilette, reconhecidos, como qualquer pobre diabo de viajante, a todos os beneficios a elle feitos pelo paiz que atravessa. A refeição passou como as demais. Cada um expedia os pitéus, com maior ou menor velo- cidade, descrevendo, contando devaneios comparativos de Iácca com o Duque, intercortados de exclamações provoca- doras da hilaridade, frescas, picantes, etc. «Nada peior que o mato», dizia um, que inspirando-se na gloriosa apparição de uma gallinha recheiada e fumegan- te, a par da enorme travessa de pirão, soltou a seguinte pre- tenciosa sentença, com ares de mestre: «Se o inventor do paraizo conhecia as miserias de simi- lhante viver, excelso mau gosto teve em collocar ali Adão.» Verdade em que todos concordaram, após dois minutos de recolhimento. xxI1] E OCCIDENTAL 165 —A fatal séde do desconhecido (e abria o ventre ao vola- til a fm de ver o que tinha dentro) leva-nos a abandonar patria e familia, a pôr em risco a saude, a vida mesmo, por esses matos virgens, onde o menor dos soffrimentos é a febre. Estavamos approximadamente por estas alturas, quando nos appareceu, como visão estranha, milagrosa, um vulto à - 1 lh Mm O | il DA a ERA UM SOBA COMPADRE escondido em amplo panno de riscado, cujas dobras lhe occultavam a figura, tendo, como cupula do grande edificio, uma enorme barretina de praça de pret, muito maior do que a por nós admirada na cabeça do augusto jagga Cam- bollo Cangonga. Ao velo suspendemos attonitos, esperando se decifras- se o enigma, quando o nosso amphytrião veiu aclaral-o. 106 AFRICA CENTRAL [CAP. — É o meu compadre, disse, a quem o baptisado de uma filha enlacou na familia. Continuando a inspecção do sujeito, soubemos estar den- tro do panno nada menos que um soba, cujo nome se pro- nunciava assim: Vunda-ia-[chirimbimbe, o qual com o mais prasenteiro semblante, arrancando da barretina, nos deu um-aperto de mão. Era um soba compadre, genero para nós inteiramente novo ! Observando de perto o homem, que nos saudava com um copo de vinho, calculavamos mentalmente a grande dif- ferença entre este hoje civilisado e os hirsutos selvagens e malcreados regulos do sertão, exclamando para Silverio : «A maneira de civilisar a Africa é fazer dos sobas com- padres!» Em volta delle pulavam duzia e meia de garotos, não sa- bemos se prole do respeitavel 1chirimbimbe, que satisfei- tos e contentes faziam em sessão tumultuosa uma berrata incomparavel, levando-nos n'esse dia, ao recolhermos, a és- crever no nosso diario pela primeira vez algumas considera- cões sobre os infantes africanos. O joven em Africa é sem comparação mais intelligente e agradavel que o adulto. Creanças de cinco annos praticam actos tão ajuizados, e téem raciocinio tão claro, que surprehendem todos. A alegria é innata n'elles, e n'isto em nada ficam atraz dos da Europa. Ao contrario das creanças orientaes, taciturnas, tristes, com o amarellado da côr da pelle que lhes da um aspecto sempre doentio, o pretinho, retinto, luzidio, de ventre de- senvolvido, corre, salta, grita, desde o nascer até ao pôr do sol. | Não sendo educadas no espirito religioso por algum as- ceta brutal, do que resulta o povoar-se a imaginação da creança de temores estupidos, o adolescente não conhece medo nem é supersticióso; mesmo da propria feiticeria pou- xx1) — E OCCIDENTAL 167 co mais sabe alem do pequenino chifre ou trapinho que a mãe lhe poz ao pescoço, para O livrar da morte. A medida, porém, que da infancia passa á adolescencia O ame estas circumstancias; perde a sinceridade, tor- na-se muito casmurro, desconfiado, cubicoso, e sobretudo estupido. Será porque n'essas epochas, pensando apenas na singela satisfação das necessidades materiaes, o preto não exercita a intelligencia, e d'esse estado apathico resulte quasi atro- phia ou embrutecimento, como acontece um pouco na Eu- ropa com esses abstractos, que pelas ruas, acaso sem re- flectir, architectam uma constante idéa, a maior parte das vezes irrealisavel? Não o sabemos. A verdade é ser o adulto relativamente mais estupido, perdendo-se de todo na velhice. O alcool e o canhamo devem sem duvida ter a sua acção no derradeiro caso. Com os mulatos o facto diverge um pouco. Os homens não se amil uabar por igual fórma, mas quando jovens assimilham-se aos orientaes. São, alem de tristes, menos perspicazes e espertos. Não se entregam aos jogos infantis dos pretos, e se por acaso n'uma multidão d'estes ultimos apparece um dos pri- meiros, anda sempre desviado e como que receioso d'aquel- les com quem brinca. Quando homens, se uma educação superior lhes não dis- sipa os fundos prejuizos, parecem vergar sempre ao peso de desgosto incuravel. A menor phrase ambigua afigura-se-lhes uma allusão, o mais singelo dito um epigramma. Consideram-se, sem causa plausivel, raça inferior. Suppõem-se desprezados, e n'este permanente despeito buscam os elementos do activo trabalho intellectual, que é talvez o motivo da conservação das suas faculdades men- taes. - 168 AFRICA CENTRAL [CAP. Voltando porém ao preto, podemos afiançar, resumindo, ser elle em pequeno feliz, folgasão e dado aos brinquedos. Não é no geral mau, e se ás vezes ha disposições para um caracter perverso ou vicioso, só as revela tarde, quan- do já bastante desenvolvido. Apresentando assim sobre o assumpto o nosso juizo, for- mulado durante a digestão do jantar do dia 30, juizo tal- vez contestavel, para muitos com mais experiencia que nós, principiámos a dispor as cousas a fm de em breve deixar- mos Duque de Bragança. Comtudo, como entre os nossos leitores póde haver algum que, por bem comprehendida curiosidade, se lembre de ex- clamar: «Mas estes homens, que tantas vezes apresentam, como rasão das separações e marchas especiaes, o interesse de alargar a area dos seus trabalhos, por que motivo volve- ram ao Duque, onde já tinham estado, e não procuraram outro caminho, muito embora quizessem attingir o Cu-anza?» Nós, com o maximo respeito, passaremos a esclarecel-o, “abrindo o seguinte paragrapho. Quando em março de 1879 chegámos ao concelho do Du- que, achavamo-nos alijados de uma boa parte dos nossos haveres, visto o calculo por nós feito em Cassanje para por léste do Cu-ango attingir o parallelo 5º, directamente ao norte, não ser applicavel ao caso de agora, em que, cor- rendo a oeste, nos achavamos quasi à mesma distancia 5º parallelo. Concluiu-se, pois, que urgia completar as fazendas com um numero talvez igual ao despendido na travessia do Cu- ango para o Duque. Requisitadas à auctoridade, aguardámos a chegada ali. Como não apparecessem, e a estação adiantasse, decidi- mos avançar sem ellas, a fim de não ficarmos no Duque eternamente, fazendo pelo caminho a possivel economia. Ao chegar porém ás terras de Iácca as nossas suspeitas começavam a confirmar-se, pois que apesar de umas dimi- xx 1] ? E OCCIDENTAL 169 nutas peças fornecidas pelo sr. Figueiredo, de quem já fal- lámos, unico possuidor de fazendas no concelho, vimos es- cassearem os recursos por fórma a preparar-se-nos para a volta a perspectiva de pobreza aggravada com a doença, decidindo portanto retroceder. Por isso deixámos de visitar o Muene Puto Cassongo, re- ceiosos de nada ter que dar-lhe em proporção das suas exi- gencias, e não proseguimos mais ao norte, até encontrar o caminho do Zombo, desconfiados de que era insufficiente a fazenda. Inevitavel se tornou volver ao Duque, onde sabiamos exis- tirem recursos; por consequencia o nosso itinerario para O sul, sendo ao longo do Cauali, ficou depois subordinado ao ponto onde nos achâmos, e que estas explicações devem ter definido. Atravessando desassombradamente o mez de julho, re- sarcidos de forças e de vontade, esperavamos só pelo dia 19, para estudar um eclipse parcial do sol, observação que era nosso desejo trazer à Europa. Recebida a fazenda, pagos e despedidos, por não nos se- rem já precisos, os carregadores do sertão, que no capitulo precedente se designam sob a palavra «Cassanje», tratámos de enfardar parte da mesma fazenda, a fim de breve seguir- mos nos trabalhos. O leitor vae ver agora como de momento para o outro cáem por terra os melhores planos, e n'um minuto, da gran- deza e da fortuna, se appella para o singelo pataco no bolso do collete! Corria formosa a tarde do dia 24 de julho, anniversario, na capital da nossa boa patria, do advento da liberdade. O sol, descendo para o poente, espargia no céu, desse lado, milhões de agulhas de oiro. Na fortaleza hasteada a bandeira nacional, na guarda os soldados de grande uniforme, davam ao pequeno recinto um aspecto de gala, lembrando que apesar de longe da me- tropole, distantes d'essa nação que cobriu com o seu glo- I7O AFRICA CENTRAL | [CAP. rioso estandarte milhões de milhas quadradas do globo, nas colonias os filhos compartilhavam da justa alegria de seus irmãos na Europa. Dentro em pouco o crepusculo invadiu tudo. Na fórma do costume achavamo-nos na residencia do che- fe, em derredor da mesa de jantar. Servia-se o café. Questionava-se calorosamente para encaixar na cabeca de um pseudo-capitão preto (dos moveis) a definição de pa- rallelo, a fiím do homem entender que, sem estar na embo- cadura do Zaire, haviamos aíttingido o parallelo da embo- cadura. O infeliz era d'aquelles que nem comprehendem o axio- matico principio: o todo é maior que qualquer das partes; . pela simples rasão de haver raposas gue têem o rabo maior que o corpo! | «Não é possivel, exclamava furioso, não podiam estar em tal sitio do Zaire; isso é engano !» E concluia com o seguinte raciocinio: «A mim já aconteceu seguir em direcção do sul (e apon- tava para léste) e achar-me ao fim de contas ao norte! Com os senhores passou-se naturalmente o mesmo, d'ahi provém o engano!» A isto com demasiada paciencia replicavamos que natu- ralmente não; até era pouco provavel succeder isso a qual- quer, quanto mais a homens do mar; e se s. s.? se fizesse n'essa occasião acompanhar de algum mortal que conhecesse os rumos da agulha, talvez conseguisse ver como da confusa noção dos pontos cardeaes provinha a causa natural d'essa phenomenosa viagem. É calculando, com toda a justica, que s. s.? era approxi- madamente tolo, íamos rematar similhante capitulo com um ponto final, quando os gritos de soccorro e o toque de fogo pelas cornetas do destacamento nos fizeram erguer espan- tados. «Fogo, fogo!» era o que se ouvia. Xx1] E OCCIDENTAL Lg! Massas confusas de povo corriam pela praca fronteira na direcção do nosso arraial, gritando como possessos. Não descobrindo a causa de similhante rumor olhavamos estu- pefactos ora para Silverio, ora para o capitão, quando al- guns carregadores esbaforidos chamaram por nós. Saíndo da residencia, eis o que vimos. O nosso acampamento ardia completamente. Vagas de fogo furiosas, diabolicas, partiam de todos os lados, acoutadas pelo sueste forte, devorando as barracas do capim resequido, com uma rapidez vertiginosa. Era um oceano de labaredas, que pelo escuro da noite tomava proporções phantasticas, para onde corriamos pres- surosos e arquejantes, vendo os nossos trabalhos perdidos. Cartas, mappas, diarios, tudo se nos afigurava presa das chammas. E doidos, sem saber o que decidir, corriamos direitos ao campo, bradando para quem encontravamos: — Salvem primeiro os livros. Como se poderá dizer em verdade o que n'esse momento experimentavamos! Como dar idéa do assombro e da affic- cão de dois pobres homens que viam n'alguns minutos des- feitos os sonhos e as esperanças de vinte e quatro mezes de esforços, e para quem a perspectiva sorridente do elogio dos seus trabalhos se convertia na calada desconfiança de sermos umas nullidades? ! Penetrámos porém no recinto esbrazeado, onde o calor suffocante e espantosa vibração do ar impedia quasi res- pirar-se. Em dois segundos parecia tambem que estavamos a ar- der, sendo preciso saír à pressa. Das duas barracas dos chefes erguiam-se apenas os es- queletos tisnados, onde ultimas linguas de fogo lambiam a casca resequida dos troncos. Em derredor continuava o igneo elemento a sua destrui- dora tarefa. A meia distancia do campo, malas, caixas, fardos a ar- 172 AFRICA CENTRAL [CAP. der, uns já destruidos outros em via d'isso, achavam-se dis- persos, sendo arrastados na precipitação. O perigo era immenso. De todos os pontos armas carregadas disparavam-se ao contacto da chamma, balas explosivas rebentavam junto de nós, e caixas de munições, voando em estilhaços, punham em perigo a vida de quantos ali se viam. Na medonha faina tratavamos os dois de safar as res- pectivas malas, que ao principio não encontrámos, e só mais tarde descobrimos uma d'ellas envolvida no brazeiro com parte do livros em ignição. Foi então que nos apercebemos, decorrido o primeiro mo- mento de pasmo, do estado real das cousas. Por entre as chammas agitavam-se uns vultos negros cor- rendo por um lado, surdindo pelo outro, que nós chama- vamos debalde, porque ao approximarmo-nos desappare- ciam pelo escuro para o mato. Capulca desvendou o mysterio, e mais um desengano nos convenceu de que não ha fiar nos homens do sertão. Era o caso que emquanto nós com meia duzia dos mais dedicados tratavamos de salvar os papeis e material scien- tifico da expedição, Otubo com uns poucos de companheiros ban-sumbi e alguma gente do sitio, por meio das cargas dispersas, que lhe cumpria guardar, arrancava peças, rou- bando quanto lhe vinha á mão, para de seguida esconder no mato, não tendo sequer vergonha de servir de exemplo a alheios. Não tentaremos descrever o desgosto que similhante in- famia em nós produziu. Indignando-nos tão condemnavel crime, corremos em pro- cura d'elle, para acto contínuo lhe applicar o merecido cas- tigo, quando fomos surprehendidos pelo encontro de um novo maraudeur, que nos deixou estupefactos! Era... o capitão dos pontos cardeaes, que surrateiramen- te em corridinhas (para o sul roubava uma peca, indo de seguida enterral-a ao norte), discutia com um soldado, o ti )) LS RR AN) i EC a á EEN |] K 4 E = e ESSA MMENSO O PERIGO ERA 1 xx1] E OCCIDENTAL 179 qual preso do sitio opposto de uma peça disputava a pro- priedade ao sobredito senhor! Que fazer? Só nos occorreu chibatal-o. O -ladino porém escapou-se ligeiro, deixando-nos cons- ternados. Dia angustioso, scena terrivel! Volvendo ao campo, continuámos a ordenar o transporte do pouco que nos restava para a residencia do chefe, o bom Silverio, que, soffrendo rheumatismo, não podéra coadju- var-nos. Eram onze horas quando terminou o incidente. O escuro envolvia tudo. A sós, de pé no meio do guilombo, scismavamos. O vasto campo era um montão de ruinas esbrazeadas, d'onde se erguiam sinistros os vultos das carcassas de al- gumas barracas, formadas de paus negros, em que havia scintillações das ultimas faiscas. Nºum e outro ponto esvoaçavam bocados de papel á mercê do vento, que nós suspeitavamos ser um mappa ou uma in- | formação preciosa. Só o dia nos podia desenganar; aguardavamol-o pois an- ciosos, e voltando á residencia fomos fazer o inventario. Por uma felicidade providencial, nós que tinhamos por costume após os trabalhos do dia reunir os papeis, e collo- cal-os sobre as malas para à noite continuar na tarefa, ha- viamos n'esse dia mettido boa parte para o interior. Não obstante esse cuidado, ficaram de fóra alguns de uso constante, como livro registo de observações meteorologi- cas, de que apresentâmos o fac-simile de uma das folhas ao leitor, albuns de desenho (pela maior parte bastante es- tragados), caderno de coordenadas, etc. Uma porção da fazenda que ultimamente adquiriramos tinha ardido nos fardos pelas extremidades, outra desap- parecêra. Missanga e contaria achava-se dispersa, armas carboni- sadas, roupa nossa queimada ao ponto de um ficar com as 174 AFRICA CENTRAL [CaP. simples calças que trazia, e o outro com um vetusto cha- péu roto na copa. N'ºesta toilette, de longas barbas, rosto e mãos tisnadas, os cabellos saíndo pelo buraco do chapéu, deviamos apre- sentar, ao romper da aurora, o aspecto approximado de um d'esses cavalheiros para quem o viajante aperra por cau- tela as pistolas, quando se lhe deparam n'uma estrada. Reentrando no arraial, foi então que apreciâmos com um olhar de tristeza o estado das cousas, avaliando bem o ca- taclysmo. Depois de à frente de todos applicarmos exemplar casti- go a Otubo, e conseguir d'elle a indicação dos logares onde tinha os artigos sonegados, que montavam á bagatella de vinte e tantas peças, afóra menus objectos, comecámos a exploração pelas cinzas, recolhendo todos os bocados de papel que na area de 1 milha se achavam dispersos. Que destrocos o fogo produzíra na sua medonha passa- sem! Do montão de residuos surdia um aneroide requeimado, de outro um relogio ennegrecido, entre traves o observato- rio meteorologico em ruinas, thermometros arrebentados, restos de polainas, tacões e solas de botas ardidos, cupu- las de capacetes despregadas, e inclusive uma pobre aguia que dentro de uma palhoca amarráramos, para apresentar na Europa, appareceu grelhada, junto do pau que lhe ser- via de prisão. Concluidas as pesquizas regressâmos, a fim de com os restos dos ultimos diarios reconstituir quanto fosse posst- vel, tratando de indagar a causa do fogo, que n'um mo- mento nos revelaram. Fôra o maldito ajudante observador! Catraio, havendo collocado o observatorio ao ar livre, pareceu-lhe, por um susurro especial que ouvíra dentro de uma das barracas e por duas ou tres ferroadas, que um bandão de formigas guerreiras atacára por aquelle lado o guilombo. o ed pes BEN E q E vê pedro AEE EAR ans” PP Ss aa Hier fm Ea 43 6 PER E duras + Entes Ed ee 45 2,5 E£o | A om leo de o 235 Tao. ) o DR ag Fora ei 28,9 25º 4a a e ETR od ES 210230 miguntão Res xx1] E OCCIDENTAL o) ===> o eee meme ima = qem — cr Preoccupando-se com este facto, lembrou-se de ir á lan- terna do observatorio, e saccando da véla que accendeu na cozinha proxima, poz-se em derredor do fundo a observar. — Efectivamente o bi-sonde lá estava, e os primeiros por elle pisados, mordendo, fizeram tombar o pateta para cima do fundo, de véla em punho. Foi o necessario para que o fogo pegasse e o vento, la- vrando, fizesse o desastre que acabámos de narrar. Durante o dia 25 estava a expedição em via de reorga- nisar-se. | Se minguados eram os nossos recursos antes do fogo, agora achavam-se sobremodo diminuídos, tornando-se pre- ciso partir sem demora, e abandonando a idéa de retroceder pelo Calunga-Luamba, ir às nascentes do Bengo, nas ter- ras do Calandula, para então ganhar Ambaca. Às cinco horas da tarde, reunido conselho, decidiu-se par- tir a 1 de agosto pelo caminho directo, levando em nossa companhia o velho Silverio, que havendo requerido a exo- neração do logar de chefe, e pela chegada do substituto, de- cidíra desormais estabelecer a sua residencia nas pedras de Pungo N'dongo, onde o esperava uma commoda casinha e a magra reforma de talvez 453000 réis. Promptos, pois, deixámos que pelo socego soassem as ul- timas badaladas das doze da noite, que terminando o mez de julho, foram echoar pelas encostas de envolta com o álerta das sentinellas da fortaleza, e após o somno ergue- mo-nos com a aurora. Ni sis Ze Hi-d , a dk Ee q E pr pa ; Ê É Uh aa fr at Rd ' + E sa a CERTO XI Definitiva partida do Duque de Bragança — Mestre José, o Lu-chilo e as patrulhas — O Ptyelus oliyaceus e o capitão Silverio — Macaco agonisante e gato em liberdade — Assombroso protesto — Passaro original e novo tio do interprete — Samba-Cango, o Hango e o Lu- calla-—Breve noticia sobre o rio, terrenos e vegetações — Cariom- bo e o Porto Real — Canoas desconhecidas e novo systema de pro- pulsão — Uma visita a Pamba, quatro considerações sobre ella e um elephante do reino vegetal — À caminho das Pedras Negras — Mestre Zé e os basaltos — Uma batota pregada á sciencia— A seda indigena — Pungo N'Dongo, seu aspecto e constituição — Notaveis pégadas impressas nos penedos —Factos dignos de menção — O por- to Hunga e um bosque de laranjeiras — Philosophicas considera- ções dos auctores -— Na terra dos olhos, quem tem um cego é rei! A cachoeira Caballo— O Cu-anza, obstaculos, peixes, cataractas. Breves reflexões sobre estas— Malanje Calundo, Pungo N'Dongo. Antes de deixarmos definitivamente o presídio, urgia pas- sar revista a todos esses fardos que constituem a bagagem do viajante em Africa, e sobretudo aos relativos a alimen- tos, cuja má organisação é causa, em caminho, das mais sé- rias desordens. Por isso, emquanto o velho capitão com uma paciencia de Job, e no interesse de effectuar a retirada, dava ordens e ralhava com os seus portadores, nós transpunhamos ob- VOL. II ; 12 178 AFRICA CENTRAL [CAP. jectos de um ponto para outro, substituindo portadores, e fechavamos caixas, completando por nossa parte a arruaça que ía pelo campo, o qual em breve abandonariamos. Depois um carneiro deu ensejo a discutir-se largo tempo para encontrar respectivo portador; em seguida as cortinas da tipoia do velho Silverio foram causa de ralhos e protes- tos com os encarregados d'ellas; o trem de cozinha que nunca cabia na qmu-hamba a elle destinado (simplesmente porque Capulca, querendo andar leve, para lá mettia as malditas botas e um attirail de bugigangas rejeitadas pelo carregador, o qual dizia não ter obrigação de as conduzir), originou insolita querela, de que proveiu o cozinheiro car- regar duas panellas; e emfim a divisão da pelle de um boi para alpercatas, concluiu com uma tourada a matinal scena! Estavam as cousas n'este ponto, quando resolvemos a marcha, ao grito de «leva arriba». Tomando o nosso posto na frente da caravana, por meio de plantações, deixâmos a encosta, ao fundo da qual ser- penteia o riacho Quimbaxe, para seguidamente fazermos a ascensão da collina que nos defrontava. O começo da viagem passou sem incidente digno de men- ção especial, a não ser o facto de meia duzia de cacetadas infligidas em Otubo, que á ultima hora apparecêra embria- gado, abandonando a carga e enfiando-se para uma cubata, onde duas donzellas pareciam dispostas a escondel-o. Bella manhã nos favorecia. O sol resplandecente dourava o extremo das arvores do bosque que íamos percorrendo, cujos ramos entrecruzados constituam uma abobada de verdura natural, onde milha- res de aves, gorgeando, fugiam ao approximarmo-nos. Mestre Zé, a nosso lado, conversava alegre e risonho, apontando-nos na frente duas sepulturas que indicavam o logar de duplo assassinio, commettido por um selvagem chefe, o qual parece tinha por costume desfazer-se de quan- tos lhe não eram sympathicos, no momento de os enviar ao córte da lenha, ordenando o seu fuzilamento; pelas descri- XXI] E OCCIDENTAL I79 pcões suppozemos ser o mesmo que praticára o escandalo- so roubo do gado! Bellezas da administração militar subalterna! Hora e meia de marcha levou-nos ao rio Lu-chilo, de agua crystallina, de que no presidio se servem, tendo na margem direita uma patrulha !, onde os caminhos se bifurcam. Tomando pelo sudoeste, pozémos a proa em Ambaca e assentâmos o primeiro arraial n'um sitio denominado Cas- sanje. Em descanso, à sombra de um sycomoro, d'onde o Ptye- lus Olivaceus gotejava incessantemente, assistiamos descui- dosos a uma faina do velho Silverio, que lhe absorvia to- dos os cuidados. Tratava de procurar um gato e pôr a salvo um macaco. - Silverio era extremoso pelos animaes; perseguia-o po- -rém infelicidade constante. E raro, dizia elle, transportava um bruto que lhe não succumbisse no caminho. D'esta vez parecia confirmar-se a sua asserção, pois que o macaco, victima de um coup de soleil e tendo caído à agua no ultimo riacho que transpozemos, achava-se pros- trado e agonisante, sendo infructuosos todos os recursos medicos. Quanto ao gato, accesso em felina ira por se ver immer- so nas profundezas de um sacco, cautelosamente amarrado pela bôca e que o carregador applicava de encontro a quan- tos troncos via pelos campos, mal se apanhou solto, fugiu pela floresta, ganhando a appetecida liberdade. O nosso bom companheiro, afílicto com a perda dos dois animalejos, permanecia inconsolavel, e apesar das nossas considerações, tendentes a mitigar-lhe a profunda magua, elle tremulo, raivoso, erguia-se, ameaçando os portadores, a quem indicava como culpados, querendo attingil-os. 1 As patrulhas são umas habitações que se acham espalhadas por parte da provincia, sob a guarda de dois ou tres soldados moveis, as quaes servem de pousada aos viajantes em transito. 180 AFRICA CENTRAL [CAP. Rheumatico, porém, nada conseguia, porque aquelles ao vel-o safavam-se como gazellas. Sentando-se então cansado, vomitou o seguinte juramento solemne, para allivio do que lhe ía na alma e exemplo dos vindouros com iguaes disposições. «Juro que nunca mais tomarei affeição a bichos. Ter ami- sade a animaes é completa tolice!» Comprehende-se de certa fórma (por este vehemente pro- testo) que transe passava o velho capitão, e facil será apre- ciar quanto é natural ao homem encanecido na vida dos matos, aborrecido dos perfidos manejos dos indigenas, a inclinação para os irracionaes, na esperança de encontrar o reconhecimento e a fidelidade que entre homens baldada- mente procurou. A tarde d'este nefasto dia foi empregada n'uma tentativa venatoria, no intuito de conseguir o exemplar de um noi- tibó que ao primeiro crepusculo apparece esvoacando por toda a parte, e á qual uma longa penna na extremidade de cada aza dá aspecto original. - É conhecido na sciencia pela designação de Cosmetor- nis vexillarius, e dos indigenas d'ali por quimbamba. Alguns dizem que as pennas têem, como a cauda das Viduas paradiseas, uma epocha de apparecimento, após a qual cáem; outros negam este facto. A familia Caprimulgidae tem aqui mais representantes, como a Flucumbamba, Caprimulgos Shelley1 e outros. Como anoitecesse, tornou-se impossivel colhel-as, de fór- ma que volvemos á patrulha, nada tendo conseguido, e agru- pando-nos em volta de uma véla, passámos duas horas a ouvir historias ao capitão, até nos separarmos, aguardando com Morpheu que a terra em sua rotação diurna se dignas- se trazer approximadamente ao plano do nosso horisonte o deslumbrante astro do dia. Logo que os primeiros clarões nol-o annunciaram, poze- mo-nos de caminho, pela fresca madrugada, consolados e contentes. xxI1] E OCCIDENTAL 181 José acabava de nos dizer que em Ambaca tinha outro... tio! Subita revelação que nos levou a inquirir: —Tens então uma familia immensa? — Immensa, E n'uma hora completa contou-nos, sempre a caminho, minuciosamente a historia dºella, que nós distrahidos (mas A PATRULHA DE SAMBA CANGO fingindo attender), não ouvimos, pelo simples e attendivel facto de que mediocre importancia podia ter para a ethno- graphia africana a reconstrucção das raizes aos ramos da gigantesca arvore genealogica do nosso illustre guia. A segunda pousada foi na patrulha de Samba Cango, onde nos entretivemos com a leitura de um edital do com- mandante da divisão (assim se chamam, não sabemos a causa, os subalternos dos chefes), affixado na parede, cuja 182 AFRICA CENTRAL [CAP. orthographia e construcção era tal que em cada letra tinha uma asneira; exemplo: 7 acim ficdra atendido, etc. Seguindo a oessudoeste pousámos no Hango, ladeando as serras de Pápa. À medida que nos approximavamos de Ambaca o Lu- calla crescia em leito e volume de aguas. Já não era o riacho proximo das terras do Vunda-ia-Ebo, mas sim um curso de agua accentuado entre os terrenos desiguaes por onde serpenteia. Successão contínua de valles, uns desnudados, outros ves- tidos de verdura, dispostos na perpendicular á linha que se- guiamos, contrasta com as formações da margem opposta, onde se via a elevada serra Vunji. O curso sinuoso é semeado de pedras, pequenas ca- choeiras e outros embaraços que lhe tiram todo o valor. Parando no caminho apenas meia hora, fizemos n'este dia umas boas 12 milhas, indo estabelecer o bivouac em Bulo Jango. Ao noroeste uma extensa serra nos encobriu o horisonte. A oeste observavam-se por toda a parte morros azulados. A vegetação tende a desapparecer. O grés vermelho compõe os terrenos escabrosos dos cam- pos suburbanos, onde nem uma senzala se avista. Bondo-ia-Quilesso ficava em caminho, onde nos começa- ram a apparecer com profusão esses elephantes do reino vegetal (bao-babs), em Angola conhecidos pelo nome de ambundeiros, cujas fórmas grotescas não téem similhantes na flora africana. A marcha então tornou-se rude e incommoda. As collinas escarpadas, estevas e rastolhos seguiam-se flancos abruptos, que nós subiamos e desciamos já com bastante difficuldade. Adiante transpozemos a custo o rio Cariombo, que se divide no ponto da passagem em tres troncos distinctos, indo caír sobre o Lu-calla justamente onde este rio volta ao sul. | xx] E OCCIDENTAL 183 A 8 de agosto chegavamos a Porto Real, pomposo nome a que não corresponde o logar assim designado, pois nem uma canoa encontrámos. Mas tivemos de admirar mais um especimen do engenho indigena, nas exoticas embarcações ali em uso. Como não possuem madeira para a construcção de am- plas canoas, visto as campinas de Ambaca serem nuas (chegando os povos a cozinhar com capim), resolveram elles o problema pelo modo seguinte: Cortando feixes de mabu, despojados da cabelleira su- perior, seccam-nos por uma exposição prolongada ao sol, reunindo-os depois de maneira que a pilha tem a fórma de um triangulo isorceles, fazendo lembrar as canoas de m ba- dji, observadas por Schweinfurth entre os Bornus. Seguidamente collocadas na agua, não usam para as mo- ver pás nem remos, e apenas no lado opposto ao angulo agudo dois muleques com os ventres assentes sobre o bor- do, nadando com as pernas, fazem de propulsores. É um completo systema de helices parallelos, que ao tra- balharem juntos seguem linha recta; guinando para um ou outro lado, conforme o da direita ou esquerda suspende os movimentos. A longa pratica tem-lhes adquirido notavel experiencia, fazendo que não haja occasião de engano. Após o transporte da gente ainda nos detivemos um pouco, a fim de os ver sem cargas fazendo evoluções no meio do rio, com presteza notavel; e sendo este por aqui povoado de crocodilos, não tem havido exemplo de ser de- vorado alguns dos helices (graças talvez aos feitiços), que em geral se compõem de uma semente ao pescoço, um chifre ou outro qualquer artigo! Notando similhante processo como digno de ser aprovei- tado no mato, promettemo-nos empregal-o em futuras ex- plorações que fizessemos no interior, e deixando o porto partimos para a Praca Velha, logar onde outr'ora estava estabelecida a residencia do chefe, que por mais bem si- 184 AFRICA CENTRAL [CAP. tuada que a de hoje foi justamente posta de parte para não abrir uma excepção ao velho e useiro costume portuguez de installar sempre nos peiores logares. Somos assim. A hesitar entre Cintra ou a Trafraria para estabelecer a sua residencia, qualquer bom lusitano optaria pela ultima, allegando que... está mais á mão, ou é... menos incom- modo, etc. | No dia seguinte, transpondo novamente o Lu-calla, deci- dimos fazer uma visita á Pamba (séde do concelho), que para oeste nos demorava a 5 milhas de distancia. A caminho muito cedo, quando a Scops leucotis e a Athe- ne perlata (especie de corujas), por aqui abundantes, pia- vam agoureiras, empoleiradas em velhas arvores, fomo-nos mettendo ao atalho, a fim de pela fresca fazer os necessa- rios trabalhos sobre o rio, e dirigirmo-nos depois para o nos- so posto objectivo. Não se imagina a decepção que experimentámos á vista da aldeiola, que na sua maior simplicidade se reduz a uma rua com tres casas (se tanto se lhe póde chamar) e duzia e meia de palhoças. | Por meio de uma campina desnudada entra-se para o re- cinto, tropeçando n'uns grupos de pretos que acocorados. expõem ao sol e ás moscas dois quartos de boi, algumas batatas e farinhas, denominando-o pomposamente «o sitio de mercado». Rachitica e tristonha, a misera aldeia, assente no grés e nos gretados schistos que lhe servem de apoio, carran- cuda e como suspeitosa dos proprios que a povoam, é la- deada de uns pés de ginguba e de tabaco, os quaes dis- persos n'uma encosta que para o norte se inclina, vão en- contrar em estreito valle o riacho Pamba. Em derredor, como sentinellas gigantes, dezenas de mor- ros erguem-se dos plainos, de escalvados granitos, produ- zindo febre ao comtemplal-os. Um sol de rachar completa a original impressão, re- Laul, ice» Ta E UM SYSTEMA DE HELICES PARALLELOS EINED A ; OA RPA St Soa a ça Bu US xxIr] E OCCIDENTAL 185 quintada á vista de seis europeus de lenço na cabeça, per- nas ulcerosas e aspecto cadaverico. Aterra ali a lembrança da morte, que um lucto perma- nente ainda mais desperta, visto em Ambaca andar tudo vestido de preto. Como todos sabem, Ambaca é a patria d'esses heroes que nós respeitosamente apresentámos sobre a designação de ambaquistas. Claro é que em ponto algum da provincia se poderia ser mais facilmente enganado como n'aquella santa terra, com- quanto deixasse de nos succeder isso na occasião, pois já íamos precavidos, mas havendo tantas vezes sido victimas, ao fallar em ambaquistas acode-nos sempre á idéa prevenir que se abotoem. Dizem que Ambaca foi outr'ora muito povoada; tinha opulencia, trabalhava, mexia-se. Seguidas perseguições e violencias da auctoridade (opinião d'elles) fizeram com que os habitantes se dispersassem, in- vadindo as terras proximas, em procura de trabalho. Será isso verdade, e é incontestavel que desde tempos remotos esse então districto se considerava como o mais rendoso para quem o administrar é um meio de conseguir determinado fim —locupletar-se, disputando-o por isso os chefes com similhante manha. Hoje mudaram as scenas, e a nossa opinião (que por muito simples antevemos já ser condemnada) resume-se no seguinte: Ambaca nada vale, porque lhe roubaram quanto tinha. Que importancia póde ter uma terra com falta de povoa- dores, e onde os poucos existentes são systematicamente ex- poliados? Exhausta, embora o terreno tenha aptidão para certas producções, nada apresenta por falta de amanho. A ginguba e o tabaco, principaes culturas no districto, acham-se em plantações tão rareadas, que difficilmente se comprehende resulte d'ahi a riqueza, de fórma que é facil 186 AFRICA CENTRAL [CAP. prever o completo abandono d'aquellas elevadas terras, se alguma circumstancia imprevista não vier modificar a situa- ção presente. Mas como não aspirâmos a expor aqui um plano econo- mico-administrativo para reorganisar os concelhos da pro- vincja portugueza do oeste, continuemos na missão que nos é especial, deixando a quem competir tão ardua tarefa. Depois de divagar pelos suburbios o tempo necessario . para estabelecer tres estações do abba, reunir os elementos precisos ao levantamento rapido da terra em questão, e de visar o terminus d'essa linha ferrea, denominada caminho de ferro de Ambaca (por ora existindo apenas na imagi- nação ardente dos agricultores e negociantes africanos, e em compridas folhas que os archivos especiaes escondem a olhos profanos), voltâmos á residencia do official que substi- tuia o chefe, a fim de ahi restabelecer as abatidas forças pelo conhecido processo da carne e do pão. Depois do almoço apartámo-nos, desejando aos habitan- tes de Ambaca mais saude e menos calor, e comanda a léste dirigimo-nos para o acampamento. Antes de ali chegar encontrámos uma d'essas monstruo- sidades, citadas já n'este capítulo, a qual indubitavelmente a natureza produziu em dia de má disposição. Referimo-nos a um imbundeiro, cujo tronco estupendo se erguia no nosso caminho, e que pachorrentos ousámos cir- cum-percorrer no intuito de avaliar a sua circumferencia. Media o Goliath 15 bracas completas, e as raizes atira- va-as a trinta passos de distancia, sendo precisa uma via- gem a fim de ir ás extremidades! De novo nos dirigimos para o rio, que atravessámos n'uma jangada, pousando na outra margem, a fim de fazer o croquis que apresentâmos, lamentando a ausencia de um paizagista mais habil do que nós, para da scena tirar todo o partido. A 8 de agosto continuavamos na peregrina a cami- nho das Pedras Negras. xxn1] E OCCIDENTAL 187 Subindo e descendo morros e ravinas, fomos caminhando entre bosques, pela fresca madrugada, guiados por mestre Zé, que de nariz para o chão, assim como nós, procurava basaltos! Era agora a nossa mania, em vista de nos terem decla- rado que na serra Hengue havia uma rangée basaltica, encontrar um bocado, onde quer que fosse, a fm de á von- tade podermos recorrer a vulcanicas acções para a explica- ção dos penedos de Pungo N'Dongo, que de resto ainda á data não conheciamos. Considerando infructuosas as pesquizas geologicas, e por- que já mestre Zé, pela vigesima vez, nos mostrasse pene- dos, exclamando «é isto», decidimos abandonal-as e admi- rar a natureza, a qual ali desenrolava um magestoso pano- rama que o dr. Livingstones havia primeiro apreciado. A immensa ramagem era ao mesmo tempo abobada e séde de uma orchestra, onde passarinhos de todo o tama- nho gorgeavam. Symphonia original echoava pelas solidões; uma emoção indescriptivel nos enchia o espirito, encantados por tão poe- tico transe. | N'um momento veiu-nos á idéa uma incursão nos domi- nios da rede, e chamando sorrateiramente os carregadores, depois de metter para a algibeira a fatal caderneta e o la- pis, enfiâmos para a tipoia, recostando-nos. Foi uma verdadeira desgraça, porque instantes depois, imaginando viajar em sonho, permittimo-nos cerrar um pouco as palpebras, a fim de que a illusão fosse mais com- pleta, resultando sem querer um somno prolongado. Ás duas horas despertámos. Olhos semi-abertos, a bôca resequida como uma sola, reuniamos idéas. Estavamos n'uma campina desarborisada, que o sol feria de chapa. Passaros, arvores, frescura, basaltos, tudo desapparecêra agora! 188 AFRICA CENTRAL [CAP. Da linda paizagem só conservavamos a memoria fugaz; da topographia das terras nem uma palavra. — O lá, bradámos, pára, pára. E apeando-nos, para descargo de consciencia, démos uma descompostura áquelles que nos carregavam! — Barbaros, deixaram-nos assim dormir. — Vamos, quantos rios passámos, montes, etc.? E de album sobre o joelho, ouvindo e escrevendo, pre- gámos à sciencia uma batota, inventando as curvas da ter- ra percorrida. Achavamo-nos nas margens do rio Heleji, onde se bifur- cam os caminhos de Pungo N'Dongo pelo Lungue, e de Ma- lange por Calundo. Tomando pelo da direita, breve encontrámos uma pa- trulha, onde noite de repouso nos dispoz a continuar pelo fresco amanhecer a nossa jornada para o sul. Entravamos justamente no limite interior da região mon- tanhosa. De todos os lados, em redor das nossas pessoas, viamos serras, picos, morros, cordilheiras, que, projectando uns so- bre os outros, pareciam encadear-se sem descontinuidade, alongando-se até onde os olhos podiam ver. O caminho torna-se de mais a mais solitario, sendo muito raro encontrar uma habitação por ali. A caça do ar frequentemente apparece. De quando em quando uma rola ou perdiz, cruzando os ares, atravessava rapida o nosso caminho, sem o mais leve incommodo, pois a abundancia agora fazia-nos esquecer que a caça tambem se come. Pela primeira vez vimos uns casulos notaveis, cuja fórma se approxima da do sector tirado a um queijo, tendo dentro (facto curioso) mais de uma chrysalida, o que facilmente se percebia pelo ruido ao chocalhar. As paredes bem entretecidas são feitas de uma substancia em tudo analoga á seda, talvez muito aproveitavel, e se- guramente não conhecida na Europa, como é a da aranha xx] " E OCCIDENTAL 189 qui-vuvi, à qual já nos referimos, e que encontrámos em toda a parte. Torneando com o trilho em estreitas voltas pelos exten- sos bosques, entrando com elle ora n'um riacho de fundo arenoso, ora por uma garganta entre encostas a prumo, flanqueando as serras Catenda, Cachinje, Quilulo, desem- bocámos para a planicie longa e desembaraçada, onde um E — PEDRAS DE PUNGO N DONGO panorama original nos aguardava. O quadro que tinhamos sob os olhos abrangia a extensão de algumas leguas. Em terreno pouco alto, coberto a espaços pelos ma- tutinos vapores, viam-se erguer grupados, sem ordem, enor- mes penedos de fórmas diversas, desde a columna até á esphera, projectando-se uns sobre outros, e alongando-se para léste, perder-se nos horisontes d'esse lado. Igo - AFRICA CENTRAL [CAP. Affectando estranhas configurações, as penedias vistas de longe pelo caminho que trilhavamos, afiguram-se a um cas- tello colossal, com suas ameias e torreões, obra que só a gigantes seria dado architectar. Eram as pedras de Pungo-N'Dongo (vulgarmente conhe- cidas pelas Pedras Negras), onde o governo de Portugal estabeleceu a séde de um concelho. À medida que nos approximavamos variava o aspecto d'esses rochedos, que a diminuição da distancia fazia mais grandiosos e soberbos, por os augmentar rapidamente aos nossos olhos. Altivos, no meio da planicie a que alludimos, parece de- fenderem o vasto recinto por elles cercado, dos olhares in- discretos e da vegetação que por toda a parte os rodeia, contentando-se em levar para lá fresca agua, a qual borbu- lhando-lhe nos flancos, se precipita por varios regatos para os terrenos mais baixos. Emfim, passado tempo avizinhâmo-nos da entrada do nornoroeste, embrenhando-nos por um carreiro estreito, entre as espaldas d'esses colossos. Da analyse que fizemos concluimos que são as penedias de Pungo N'Dongo, exclusivamente constituídas por um conglomerado duro e resistente, em que figuram schistos argilosos, de envolta com o gneiss, porphyros, alguma mica e a alludida especie de basalto, para o qual porém deve haver toda a reserva, pela duvida em que estamos. Dispostos justamente sobre a latitude de 9º 40', alongam- se ellas para léste sob o nome de Guingas na extensão de 25 milhas até ás pedras de Quitoche, perto do ponto de affluencia do rio Lombe. A primeira idéa suscitada a quem faz a ascensão de qualquer dos penedos (porquanto quasi todos são accessi- veis), é que, reconhecendo a sua disposição, tenta explicar, pela existencia em todo o conglomerado de calhaus perfei- tamente roliços, a acção indubitavel da agua, é que ou- trora o leito do rio Cu-anza deslisava pelas pedras, XxII] E OCCIDENTAL I9I um effeito vulcanico, elevando-as, deslocou o curso do mes- mo rio umas poucas de milhas para o sul. Uma circumstancia que ainda veiu arreigar mais em nosso espirito esta suspeita foi a existencia, na rocha proxima da encosta de um dos penedos, de pégadas humanas á mistura com as de quadrupede, certamente cão, que nós vimos e desenhámos por serem authenticas. N'uma dºellas, bastante longa, reconhece-se perfeitamente, pela melhor accentuação dos dedos, que o auctor, trans- portando-se por terreno humido e pastoso, escorregára ao assentar o pé em terra, resultando d'esse facto o com- primento excessivo. Outras mais pequenas e proximas pareciam ser de mu- lher ou de adolescente, todas bem distinctas e sobre que nenhuma duvida póde subsistir. — Que pena, diziamos, não podermos carregar com este penedo para a Europa! — Que mina! E como por muita parte se encontram em cerros e pe- nedos pégadas de felizes, que abalando para o céu (facto de resto supinamente material, e se nos afigura uma verdadeira profanação «atirar para o céu o que pertence á terra»), nol-as deixaram cá como memoria; a exemplo de Bhrama em Ceilão, de Mahomet no Sinai (que d'isso encarregou o camello), lamentámos o acaso não ter proporcionado a uti- lidade de similhantes marcas, no interesse de qualquer cren- ca, que tanto aproveitaria da sua exposição methodica e bem remunerada. No interior, pelos espaços livres entre os enormes roche- dos, acha-se construida a villa em ruas tortuosas ao capri- cho da disposição das terras, tendo pelos sulcos, onde se deposita o humus, laranjeiras e outras arvores de fructo, possuindo entre varias originalidades a de ter um dia me- nor que nas terras fóra das pedras, pois para ella raia a au- rora mais tarde e anoitece mais cedo, em vista .da altura desmesurada dos penedos. 192 — AFRICA CENTRAL [CAP. Regatos deslisam pelo interior agua fria e limpida, natu- ralmente accumulada durante as chuvas em cavidades da rocha, e que ouvimos accusar de provocadora do escorbu- to, asserção que não garantimos, nem nos merece credito. N'ºuma das viellas encontrámos perto de um cercado enor- me bao-bab, ao qual se ligam numerosas tradições, visto sobre elle se reunirem em outro tempo os conselhos da côr- te da Jinga, na epocha em que a celebrada rainha ali habi- tava. Para o lado do oeste indicaram-nos umas ruinas, como sen- do a antiga residencia do ministro portuguez José de Sea- bra da Silva, a quem os azares da politica atiraram, no tempo de Sebastião José de Carvalho e Mello, da amarro- quinada poltrona de direita espalda para as esteiras e ma- bellas de uma cama de mato! Emfim, feita a ascensão de um dos rochedos, divagámos pela villa, depois de jantar com algum dos amigos, rece- bendo pela primeira vez a noticia do que o nosso compa- nheiro Serpa Pinto chegára no principio do anno são e salvo a Durban, e decidindo, em nosso alto saber, dissipar na patria os exagerados prejuizos que sobre as Pedras Ne- gras têem os nossos compatriotas (a quem recommendâmos Pungo NºDongo como um dos pontos mais salubres da provincia) dispozemo-nos, sem perda de tempo, a proseguir nos trabalhos, fazendo o reconhecimento ao Cu-anza. A 27 de agosto, deixando com as pedras os ocios de dias, démos as costas ao arraial e cortámos ao rumo de S. 4 SE., a caminho de porto Hunga. Já não eram, porém, as marchas certeiras de outr'ora que se operavam. A alimentação, as aguardentes, e as numerosas comiti- vas transitando para a costa, distrahiam todos em conver- sas e novidades, tornando-os avessos ao trabalho. O calunga, o calunga, eis em que todos pensavam, e vo- tando o Cu-anza ao desprezo, chegaram a achal-o o mais mesquinho dos rios. xxI1) E OCCIDENTAL 195 Mestre Zé, receioso da nossa insaciavel e exigente curiosi- dade, taxava tudo de pouco importante, convicto de que se nos mostrasse uma cataracta nós desejariamos logo ver duas, e bamboleando-se com donaire, parava cincoenta vezes para conversar pelo caminho. Pelas quatro horas da tarde surgiamos no porto Hunga, aonde nos esperava uma elegante casa de campo, circum- dada de aprasivel laranjal, coberto de dourados fructos. Recebida a visita do velho soba, a quem um monstruoso feitiço que lhe haviam feito (na sua propria opinião) o tinha cegado de repente, descansámos o dia seguinte no centro do expesso bosquesinho, pensando em muitas cousas. Breve estaria terminada a nossa tarefa. Iamo-nos approximando do mundo civilisado, e essa cir- cumstancia, embora agradavel, tinha um quer que fosse de amarga. Tristeza inexplicavel se apoderava de nós ao reflectir no antigo modo de vida. Não obstante cheio de perigos e sofirimentos, tinhamo- nos affeiçoado. O seu cunho primitivo e singelo captivára-nos. A barraca do dia, os murmurios do mato, as vozes dos nossos, a independencia completa, tudo nos perpassava pela mente, impressionando-nos. ' Sentiamos saudades, e olhando para os companheiros de annos exclamavamos 17 mente: — « Breve desapparecerão para sempre!» Não se vive impunemente, durante mezes, de fórma qual- quer, sem nos habituarmos, e ha immensa verdade n'esse velho proverbio «o habito é uma segunda natureza». Custa o que se soffre no meio dos matos adustos de Afri- ca, mas no regresso poucos haverá que não tenham experi- mentado um sentimento doloroso, ao dar esse golpe que, separando-nos de uma vida repleta de movimento e novi- dades, atira de novo comnosco para a rotineira existencia dos mac-adams da Europa. VOL. II 43 I94 AFRICA CENTRAL [CAP. Que fazer em similhante conjunctura ? Erguendo a mão para a laranjeira proxima, esgalhando um ramo (com grande desagrado do hortelão), afogámos os poeticos sentimentos, que nos íam n'alma, no sumo de duas enormes laranjas. Depois, propondo ao velho Silverio, que de barrete na cabeça e de ventre para o ar parecia abysma- . do nas profundas considerações que sempre suggere a idéa d'esse circulo (que tem o centro em toda a parte e a circum-. ferencia em parte nenhuma) a que nós chamâmos infinito; fizemos a ingestão de terceira, distrahindo-nos com uma par- tida á chineza, isto é, apontando a posse de cada laranja para quem adivinhasse o numero de gomos, algarismo par ou impar. Silverio, infeliz em todos os jogos, não atinou uma unica ez! A 29, pelas onze horas, achava-se a expedição a jusante dos grandes rapidos de Mutula, perto da residencia do soba N'ºgola Quituche, seguindo sempre a margem do Cu-anza, onde encontrámos outro regulo sem vista, que apresentou, quando inquirido do modo como a perdêra, uma rasão em tudo identica à primeira; a saber: Feitiço que lhe pregaram tinha-o cegado de um olho; dias depois, outro originou igual desgraça! E como só os sobas fossem cegos por esta região, afi- gurou-se-nos que por aqui se podia paraphrasear a antiga sentença nossa conhecida; assim: Na terra dos olhos, quem tem um cego é rei! Volvendo na perpendicular ao caminho, pois que o rio, obrigado pelas penedias, corta directamente ao sul, espada- nando por entre os penedos, sentámo-nos à beira dos ra- pidos, considerando N'aquelle engano d'alma ledo e cego, Que as... moscas não deixaram durar muito ! Effectivamente assim foi. Este logar estava infestado de ninhos das pequenas moscas que, como já dissemos, fazem FS OTIVEVO VULIOHIVO | | | | , | | - XXI1] E OCCIDENTAL 199 mel como a abelha, as quaes, ao presentirem-nos, saíram em turbilhão, dirigindo o ataque. Parece que em especial lhes agradava o suor dos bran- cos (talvez por menos odorifero e mais salgadico), e avan- cando sobre nós e Silverio, enraivecidas, cobriram-nos com- pletamente. De cada palmada san navamos dezenas; uma cen- tena, porém, logo apparecia para as substituir, cemále Inef- ficaz o trabalho de as arredar. Partindo a fugir, ao longo do rio, caminháâmos pelo es- paço de uma hora em desordem, entestando seguidamente com a senzala Candumbo, onde se encontra o trilho dire- cto de Pungo N'dongo para Malanje. A léste, n'uma curva desenvolvida e atormentada, alarga- va-se o rio, na mais galante das cachoeiras que víramos em- toda a exploração. Denomina-se Caballo. O seu aspecto é formidavel. Linhas parallelas de rochedos espaçados igualmente entre si, é n'um desnivelamento gradual, constituem uma extensa escada a toda a largura do leito, determinando tantas pe- quenas cascatas quantos saltos successivos, que observando- se a distancia formam enorme lençol de redemoinhos espu- mantes. A montante tem elle duas ilhas cobertas de arvoredos, a que os indigenas chamam gui-colo (Quiangolo) e gui-colo (Ca- quilla). Defronte d'ellas acampámos, desbastando as vastissimas gramineas, em partes trilhadas pelos hyppopotamos que de noite invadem as margens baixas; e, depois de completar o croquis da cachoeira, passámos a escrever no diario o que vamos referindo. O rio Cu-anza, por todo o trajecto feito, não passa de curso de agua sem valor, cheio de obstaculos, onde mesmo a transposição de uma margem para a outra é difficil. Do porto Hunga até onde nos achâmos tem seis cachoeiras e 196 AFRICA CENTRAL [CAP. rapidos, d'aqui a montante muitas mais e de maior impor- tancia. De 40 metros como média de largo, desenvolve-se na di- o ri o NES Sa ma E | TELPHUSA ANCHIETÃAE, RIO CU-ANZA Phot. do natural recção de oeste ao longo de uma alta serra, denominada Quiambella, que o margina pelo sul. so TELPHUSA BAYONIANNA, RIO CU-ANZA Phot. do natural “Ao saír das planícies do Songo, monotonas, immensas, o rio volta quasi perpendicularmente para as terras accidenta- das, onde de salto em salto opera a descida até ao mar. xxIT] E OCCIDENTAL 197 O morro Catenha e ao nornoroeste os Quitoeto são as duas grandes balizas que as aguas do plateau torneiam pelo Lu- EUPREPES IVENSI (ESPECIE NOVA) RIO CU-ANZA Phot. do natural culla e Cu-anza para ganhar o leito medio de esgoto, mar- cado pelo curso do ultimo. CHROMIS SPARRAMANNI (SMITH) RIO CU-ANZA Phot. do natural Extremamente fertil em peixe, crustaceos e reptis, d'elles apresentâmos alguns exemplares colhidos mais a montante, I9ô AFRICA CENTRAL [cap. entre os quaes figura o muntalandonga, Euprepes Ivensi (especie nova), que, encontrando-se no rio Lu-ando, habita tambem o Cu-anza. Um exemplar de rã, alguns de caranguejos por ali fre- quentes, e de reptis, não menos encontrados; peixes va- rios, etc., nadam pelo rio satisfeitos, fazendo nós a apanha que apresentimos n'este capitulo, reproducção photogra- phica feita na Europa dos especimens trazidos e conserva- dos em alcool. Bagres enormes são colhidos no Cu-anza e lagos margi- naes, onde depois de seccos ou expostos ao fumo se en- viam para o Songo e outros districtos, constituindo um ne- gocio indigena de alguma monta. Fallaram-nos por lá no celebre peixe-mulher (Manatus senegalensis), como sendo visto a miude para alem dos ra- pidos. Nós porém nunca tivemos ensejo, em ponto algum, de observar senão a pelle de similhantes animaes, sobre cujos habitos os Indigenas contam historias pouco dignas de cre- dito. Veem-se por toda a beira do rio hyppopotamos, bufan- do contentes, de envolta com crocodilos, que pelas ilhas de areia aquecem ao sol os couraçcados dorsos, fugindo ao menor rumor. As faunas ornithologica e entomologica dão margem para largo estudo, o qual um naturalista chegado ali recentemen- te aproveitaria com vantagem, mas que nós, cansados, tive- mos de pôr de parte, por impossibilidade de nos dedicarmos então a taes trabalhos. Assim acabam sempre estas viagens. O explorador, no principio febril, impaciente, tudo quer ver e registar, e da geographia para a meteorologia, d'esta para as sciencias naturaes, anda em constantes divagações, extenuado, esbaforido, entre o theodolito, o escalpello, as prensas para plantas e o papel para cartas. Mais tarde começa a reducção. E N ES No q N N NG KILOMETROS lil! AO GRAU Na H AN 4 IA Ulm ii iiA, A “UG Ss, N N N) ss S GUS E) MIA A AQUITOC S70:B7O 6 E a à A N S U 4 Rss - ly RBUBEO as 41:09, MILHAS DE 1852.7* N N Escala de CAPELLO E IVENS PUNG: QUITUCHE M$ Ao NY NAAS NOS, ln rn / Ns NS E 1%, Pa TT ANOS NU NL ay BAN ANDA AO N IN ASAS =s as” CERA E xxI1] E OCCIDENTAL 199. Primeiro são os insectos, depois as aves, seguidamente as plantas, de fórma que, quando perto da costa, quasi se limita a geographar. Durante dois dias continuámos ainda a nossa peregrina- cão ao longo do rio, assentando a 31 de agosto, pelas onze horas e trinta minutos, o arraial em Quibinda, a fim de ahi proceder aos trabalhos necessarios. D'esse ponto, a montante obra de 7 milhas, tem o rio uma cachoeira denominada Quitaxe, e 8 milhas mais acima des- penha-se no Condo, cataracta importante, assás conhecida dos nossos negociantes, que de Malanje ali vão como re- creio. Aqui julgâmos a proposito um parenthesis para a seguinte e singela consideração: o facto de citarmos as diversões dos nossos compatriotas residentes em Malanje, propõe-se a ad- vertir quem ignorar o caso, que as cataractas do rio Cu-anza têem por sina ser descobertas por quantos exploradores es- trangeiros se approximam d'ellas. Foi assim que o dr. Livingstone, na sua curiosa traves- sta, achou por melhor, abalando do Cabo da Boa Esperan- ca, pelo Alto Zambeze até ao Dondo, descobrir ahi, como por encanto, a cataracta Cabullo, que estava a dois passos de Cambambe, a qual nós conheciamos de tempos imme- moriaes; e ainda ha poucos dias um outro viajante chega- do ao Condo (miupa do) inesperadamente annunciou á Eu- ropa que a presenteava com uma novidade hasta entonces desconocida! Ora, a simples inspecção do mappa de Angola, denomi- nado do marquez de Sá da Bandeira, bastará para mostrar quanto essas allegações desauctorisam os alludidos geogra- phos, provando o seu desconhecimento das cartas geogra- phicas existentes; e sobretudo o ultimo caso é facto de tal ordem, que não admitte commentarios. Nós, elucidando o leitor, abandonaremos as cataractas do Cu-anza (que não descobrimos) para proseguir em nossa viagem. 200 AFRICA CENTRAL [CAP. Saudada a aurora do dia 1 de setembro com os primeiros gorgeios das aves, deslisámos por uma fresca manhã, ao rumo de nornordeste, pelo trilho que se dirige a Malanje, DEMBE (MORMYRUS LHUYSI, STEIND) RIO CU-ANZA Phot. do natural a fim de ligar os nossos trabalhos com os operados junto dºaquelle sitio antes de partirmos para as terras do norte. MUACA (HEMICHROMIS ANGOLENSIS, STEIND) RIO CU-ANZA Phot. do natural Comprehender-se-ha que tal ligação tinha toda a impor- tancia, porquanto agora, após mezes, íamos volver a um CHROMIS MOSSAMBICUS (PETERS) RIO GU-ANZA Phot. do natural ponto onde o chronometro determinára uma longitude, e portanto fazendo segunda observação obteriamos a média das marchas com extremo rigor, e o absoluto local de toda |, XXII] E OCCIDENTAL O a região levantada relativamente a Malanje, a qual por sua vez seria corrigida quando estivessemos na costa. Cumpre-nos dizer, para honra do seu constructor, o sr. Dent (de Londres), que o chronometro (dos melhores en- contrados por nós), chegou ahi com uma variante de 2,5 milhas. Uma circumstancia de toda a vantagem, é que no traje- cto estudavamos constantemente as marchas, pois de tem- pos em tempos, parando durante dois, tres ou quatro dias, RANA ORNATISSIMA, RIO CU-ANZA Phot. do natural com alturas no primeiro e ultimo, obtinhamos aquellas em todo o rigor. Nunca achámos differenças, diga-se a verdade, e o chro- nometro, entrando em Benguella com 4º. 30! depois de uma verdadeira acclimação, assentou em 7º.30!, e assim mar- chava ao attingirmos a costa. Facilmente se deve avaliar quanto um instrumento dºesta ordem no mato é auxilio precioso, sobretudo se notarmos que o maior curso de agua por nós determinado (o Cu- ango) corria na linha norte sul, e que uma grande parte da 202 AFRICA CENTRAL [CAP. sua projecção foi feito a chronometro, pois que á plancheta ou theodolito se tornava impossivel levantar setecentas mi- lhas seguidas por entre bosques, morros, regos e campinas. O processo geral por nós desenvolvido para o tracado das cartas teve sempre por base a determinação constante das coordenadas geographicas, para o maior numero de esta- cões possiveis, d'onde então, por successivos tours d'hori- Zon, conseguiamos por cruzamentos abranger uma zona de caminho de 20, 30 e mais milhas. Aproveitando os tres grandes recursos da navegação, la- titude, longitude e azimuth, empregámol-os sempre como primeiro elemento de todos os trabalhos, e assim os com- pletâmos depois, quer por theodolito, quer por pm nas regiões restrictas e de mór importancia. O chronometro, portanto, era um dos mais valiosos ins- trumentos, porque tinhamos todas as cautelas, o que se nôs afigura absolutamente necessario no mato, quando possa ser combinado com os satellites de Jupiter para grandes ar- cos de longitude. Ai porém do explorador que determinar estados seguida- mente por satellites d'aqueile astro! Em pouco os erros para um e outro lado suscitar-lhe-hão confusões, de que difficil será livrar-se, podendo só evital- as pondo o relogio de parte. Um chronometro pelo menos torna-se indispensavel, quem à Africa for sem elle, ver-se-ha na impossibilidade de trabalhar, ou restringir-se a pequenas porções de terreno, de que poderá trazer cartas precisas, com perfis correctos, curvas de nivel, mas das quaes a geographia africana de hoje pouco aproveitará. Passado o resto do dia no Lombe em Caballa, receben- do visitas, dando presentes, ouvindo historias, fechámos o diario sem noticia de vulto, e dormimos de um somno as nove horas que se succederam. A 2 de setembro estavamos perto de Malanje, no Lombe do Motta, no intuito de ir a Cacol-Calombo visitar umas XXI] E OCCIDENTAL 203 grutas, mas que a febre nos impediu, e no dia seguinte íamos a caminho de Pungo NºDongo pelo trilho de Calun- do, anciosos de concluir a viagem, visto a gente estar ex- hausta de forças e com pouca disposição para obedecer ás nossas ordens. Muitas comitivas se cruzavam, que nós constantemente tinhamos de attender. A 8 de setembro chegámos ao campo, terminando a via- sem sem incidente importante. CARANGUEJO DO RIO CU-ANZA CP IND ULLO OG Novamente acampados— O pulex penetrans e um entozoario notavel — Variabilidade dos ventos em Pungo-N'Dongo — O bordão do expe- dicionario e a penna do escriptor —Ultimo adeus a Silverio —Cabeto e as moscas do Cu-anza — O pára-raios do mato— Capanda e a ve- getação para oeste. Notícia sobre a sua ornithologia— O sangue e o Nhangue-ia-Pêpe — Cataracta no Cu-anza —O soba Dumba —Cas- soque—Von Mechow e o seu mau portuguez—O Bango e as va- riantes climatologicas— O Cu-anza e a cataracta Cabullo—Ultimo olhar para as terras do interior —O Dondo. Recepção e obsequios feitos aos auctores n'aquelle ponto — Viagem pelo rio—Luanda. Dis- tincções, amigos ali residentes — Mossamedes — A caminho da pa- tria. De volta a Pungo NºDongo tornámos a installar-nos no antigo arraial, a ffm de durante alguns dias conceder á ca- ravana o repouso necessario para proseguir no trabalho do rio e depois caminhar em direcção á costa. Dos concelhos mais importantes do interior haviamos já visitado Malange, Duque de Bragança, Ambaca, Pungo N'Dongo; faltava-nos, pois, Cazengo, Golungo, Icollo ou Zenza, e Dondo. Como, porém, este ultimo nos ficasse sobre a margem do rio, decidimos seguil-o directamente, marginando o Cu- 206 AFRICA CENTRAL [CAP. anza, e então observar os outros, se as forças nol-o permit- tissem. Passáâmos, pois, os ultimos dias em pleno socego, comen- do, conversando, uns em passeios, outros em visitas, alguns fugindo ás garras de Satanaz, e pondo-se, por meio do ba- ptismo, sob a salvaguarda do Omnipotente, sobretudo ra- parigas (ao que nós de prompto accedemos), e emfim, muitos a tratar as doencas que ainda os.minavam e outras recen- temente apparecidas. Desde a partida do Duque de Bragança nos atacára um novo flagello, pertinaz, insistente, desconhecido no sertão, para concluir de certo modo a historia das miserias que o clima, as formigas e os mosquitos tão brilhantemente co- meçaram. Era a infernal pulga do Brazil (Pulex penetrans), que em abundancia povoa toda esta terra, e introduzindo-se nas feridas, nos dedos dos pés e das mãos, ahi provoca ver- dadeiras inffammações, às quaes se precisa acudir de prom- pto, para muito especialmente algum descuidoso negro evi- tar o perigo de perder qualquer membro. São vulgares os casos de pernas amputadas a pretos que se deixam invadir pelo vil insecto, não se lembrando de extrahil-o, e em quem mais tarde, por litteralmente cheios, O tratamento se torna impossivel. Atacados sobretudo nos pés, andavam elles pelo quilom- bo meios coxos, cambaleantes, sendo urgente soccorrel-os, a fm de que podessem breve, em retirada, carregar os res- pectivos fardos. Um outro immundo animalejo (especie de entozoario) appareceu tambem por este tempo, não menos pernicioso que o primeiro, comquanto mais raro. Introduzindo-se nos musculos das pernas (como no caso visto por nós) põe no interior ovos, donde sae um verme curto e rolico, absolutamente à feição d'aquelles que se en- contram na fructa, o qual, abandonado á sua tarefa, opera ravages espantosas. XXIII] E OCCIDENTAL . 207 Multiplicando-se com grande facilidade, como succede em todas as degradadas especies do reino animal, é bem de suppor que no fim de um praso mais ou menos longo a victima tenha o orgão ferido em grave risco. Nos quadrupedes não ouvimos que o encontrassem; a pul- ga ataca os porcos e os cães, sendo um dos acommettidos a nossa cadella, á qual era preciso dispensar assiduo des- velo, em vista do deploravel estado em que tinha as patas. Parece que as cabras são dos pequenos quadrupedes os unicos livres d'estes incommodos visitantes, pois todos nos afiançavam não haver exemplo de se encontrar uma inva- dida. A temperatura nos ultimos dias elevára-se bastante, com especialidade nos frequentes intervallos de calma que ha em Pungo N'Dongo. As pedras estão collocadas n'uma zona em que os ven- tos têem variações multiplices. A regularidade do sueste e noroeste do interior, conforme as epochas, não se nota aqui, assim como as certeiras vira- ções da costa. O vento, rondando constantemente do sueste ao sudoes- te, por vezes ao noroeste, produz nos embates, alem da cal- ma, um calor insupportavel, que prostra quem está sob a sua acção. Nºestas circumstancias veiu encontrar-nos a tarde de 13 de setembro, sentados á porta do nosso pequeno tembé, mes- tre Zé á direita cosendo um fardo, em frente os rapazes en- tregues à faina de organisar as cargas respectivas, e á es- querda Capulca dando os ultimos retoques culinarios n'uma perna de carneiro assada, para cuja ingestão nos prepara- vamos. | Restava um ultimo passo, e estariamos com o oceano, nosso elemento, onde desde jovens passámos as melhores horas da existencia. Mais umas poucas de milhas, e capacete e polainas não teriam rasão de ser. 208 “AFRICA CENTRAL [CAP. O comprido cajado a que habitualmente nos arrimava- mos, seria substituido pela ferrea penna; ás conversas de mestre Zé, pôr-se-ía termo com as rabiscas, que, transmit- tidas ao publico, lhe traduziriam as nossas impressões de viagem. Ponderando este ultimo trabalho, estremeciamos. Nós, que jamais cuidaramos em soltar pelo mundo o nos- so pensamento typographado n'uma folha ou folhas de pa- pel, julgavamos ser trabalho superior ás proprias forças re- digir de novo as observações e pol-as ao corrente da scien- cia sob uma formula acceitavel, e que fatalmente iriamos échouer! Hoje apenas somos d'essa opinião quanto á formula ac- ceitavel, a qual o leitor resolverá, consentindo que prosiga- mos. | A azafama da tarde seguiu-se o socego da noite e a elle os bulicios da aurora. Ao oeste das Pedras Negras o trilho corta directamente para o mar por Capanda. Como, porém, urgisse ligar os nossos trabalhos de agora com os já feitos no Cu-anza, decidimos partir de novo ao sul, a fim de encontrar o rio. A 14 de setembro, pois, ao nascer do dia aprestava-se tudo. Dentro da residencia de Silverio davamos-lhe o ultimo abraço, tristes e saudosos, porquanto a convivencia de me- zes estreitára entre nós e o bom velho laços de verdadeira amizade. «Vão, vão! exclamava; a Europa os espera para grattfi- cal-os de tanto sofirimento e apreciar os seus serviços. «Chega agora a occasião do descanso, é aproveitar. «Quanto a mim, estou velho, nunca mais voltarei a vel-os; o sepulchro breve me recolherá os ossos.» Bom amigo, recebe daqui uma saudade. Praza a Deus que taes presentimentos fossem errados e que na tua es- treita vivenda, junto da esposa e da innocente filhinha, en- XXIII] EF OCCIDENTAL 200 contres agora o descanso necessario, depois de tão laborio- sa vida. Segundo dizia mestre Zé, as nossas divagações em nada seriam perturbadas. Poderiamos fazer em socego o reconhecimento do rio, contando estar a 2) ou 24 de setembro no Dondo, guiados por elle, muito conhecedor de quantos trilhos havia. Em linha, pois, desfilámos, pela esquerda das pedras, passando uma hora em Caughi, especie de villa fortificada, propriedade de um antigo senhor, que por aqui tem nota- mel influencia. Hoje em abandono, por causa das dissensões entre filhos, está approximadamente reduzida a um montão de ruinas. Percorrendo o atalho que continha serpeando por meio de tristonhas florestas, acampámos ás doze horas na mar- gem do Cu-anza, em frente do sitio denominado Cabeto, junto a uma pequena cachoeira. Apenas ahi, fomos combatidos em fórma. Nunca tão pertinaz assalto nos fôra dirigido pelas cele- bres moscas, de que fallámos, como n'este dia fatal. Era impossivel socegar, escrever ou propor-se a qual- quer trabalho ! ; A correr de um lado para o outro, a cabeça envolvida n'um lenço, longo panno na mão, pretendiamos enxotar os teimosos insectos, que provocados redobravam de furor. Era uma balburdia extraordinaria, de que nem barracas nem fumo tiravam partido, e só o declinar do sol e a noite poderam desembaraçar-nos, proporcionando algumas horas de descanso. No dia seguinte partimos com as ultimas sombras. As montanhas afastam-se do rio; o solo e o valle, alargando n'este ponto, deixam ver parte do curso, que espraia para de novo se embrenhar entre os accidentes de um terreno convulsionado. Sanza Manda ficava-nos adiante, onde enormes barcões derrocados indicam o logar em que outr'ora as levas de es- VOL. II 14 210 AFRICA CENTRAL [CAP. cravos vindos de alem rio eram recebidas, para seguidamen- te as enviarem onde convinha. Por aqui notâmos pela primeira vez no tecto das casas os ramos da n'dut, conhecida na sciencia por Decamera-to- nantis, e que os Indigenas lá collocam no intuito de pre- servar as habitações das faiscas electricas. Afigurou-se-nos nada aproveitavel o pau para similhante destino, porque embora muito resistente e talvez bom con- ductor, não terminava em ponta; pelo contrario, bifurcava- se quasi sempre, não estando alem d'isso regularmente liga- do á cupula do edificio. Parece, pois, servir antes de feitiço do que de preserva- tivo, assim como as garrafas que adiante encontrámos im- plantadas em todos os tectos. Volvendo por Capanda, visto junto á margem do rio tor- nar-se a passagem quasi impraticavel, seguimos através d'es- sas esplendidas cordilheiras de granito, entre as quaes se falla da existencia de trachytes ou rochas vulcanicas, que evidenciadas seriam do maior interesse para a sciencia. O terreno vae baixando gradualmente, a vegetação é me- nos basta, o capim abundante, do meio do qual emergem exemplares de imbundeiros, fazendo lembrar gigantes gar- rafas de Champagne, palmeiras exoticas e colossaes Erio- dendron, de tronco rectilineo, em parte coberto pelos ramos da w'burututo (Cochlospermum angolensis) de flores amarel- las, Erithrinas de cachos encarnados, e outras plantas; onde saltam numerosas aves, que cobrem algumas arvores com os seus ninhos suspensos, chegando n'uma d'ellas a contar- mos quarenta e sete. D'entre as mais dignas de menção figura o n gunguachi- to, especie de tucano, conhecido por Bucorax caffer (Boc.), denominado o perá do mato, mais corpulento do que os vis- tos na Europa, longo bico, pescoço pela parte anterior vermelho, cauda extensa, o qual em bandos, pousando nas arvores elevadas, povoam estes bosques, cada um com a res- pectiva femea, justamente como os pombos. XXIII] E OCCIDENTAL 211 A sua caça torna-se dificil pela altura a que sempre se acham pousados e porque, postado um de sentinella, ao mais leve rumor nas proximidades solta o grito de alarme, cô-cô, partindo todos a voar. Outro é o Scopus umbretta (Gmelin), a que chamam «furta ninhos», à feição do cuco. Interessante passaro, tem por costume, segundo nos con- taram, nunca fazer o proprio ninho, e passa o tempo a es- preitar a construcção de qualquer, que depois de completo furta, introduzindo-se n'elle. Emfim, encontra-se tambem a conhecida Buphaga ery- throrrhyncha (Stanley) ou Tanagra erythrorrhyncha, no- tavel animal, que se alimenta das carraças, percorrendo o corpo dos bois em procura d'ellas e formando os ninhos com os pellos arrancados ao gado. Bigodes, freiras, viuvas, maracachões, esvoacam conten- tes por toda a parte, sendo um negocio importante apa- nhal-as, para as vendas na costa. É extraordinario o movimento ininterrupto de comitivas subindo e descendo pelo trilho que seguiamos. Raro decorria uma hora que dezenas de negros, com cargas ás costas, não cruzassem comnosco, prolongando pela mesma fórma o caminho. O azeite era o artigo que com mais frequencia transpor- tavam; sem embargo via-se a borracha, algum marfim, gin- guba em saccaria, etc. - São em verdade notaveis as longas marchas dos pretos no interior, sobretudo em serviço de correio. Espingarda ás costas e mucanda n'um pau, avançam em passo largo, chegando a fazer 40 milhas por dia. Um portador (especie de empacaceiro) nos afiançaram haver feito viagem, em caso especial, do Pungo N'Dongo a Luanda, na bagatella de tres dias, volvendo ao ponto de partida justamente no mesmo tempo. E já que se falla em empacaceiro, apresentando ao leitor o retrato de um da Quissama, digamos, para dissipar a idéa 212 AFRICA CENTRAL [CAP. original que destes homens se tem feito na Europa, duas palavras apenas. Chegou-se a suppor e a escrever algures que os empaca- ceiros constitulam outr'ora uma especie de associação secre- ta, organisada contra o cannibalismo. Nunca, propondo similhante questão, ouvimos na pro- Ra EMPACACEIRO DA QUISSAMA vincia de Angola quem a corroborasse. Elles proprios não têem d'isso a menor idéa. Desde o seu principio parece ha- verem sido caçadores de m'pacaça (bufalo), e por este ge- nero de vida mais atrevido tornaram-se auxilio poderoso nas viagens para o interior. Por isso eram empregados no serviço de correios, em acompanhar comitivas, etc., do que xx] E OCCIDENTAL 213 resultou o governo portuguez agremiar grande numero d'el- les n'uma especie de corpo, destinado em parte aos misteres já alludidos. Ultimamente dispersaram-se, e é por exemplo na Quissa- ma, onde em muitos casos o cannibalismo se exerce ainda, que existem empacaceiros. Na longa arma lazzarina vêem-se os anneis feitos de pelles dos animaes mortos por elles. Envolvidos n'um sordido panno, trazem comsigo todos os artigos necessarios para o mato, terminando em geral por enfeites de pennas ou chifres na cabeça, para lhes dar um tom mais arrogante. Assim marchavam estes sujeitos a sós por entre florestas e campinas, com uma singela zagaia ás vezes na mão, ali- mentando-se de raizes, dormindo nas arvores, combatendo as bestas de presa, que frequentemente de sentinella os obrigavam a passar, durante dias, empoleirados em cima de qualquer bao-bab. Entre as comitivas a que alludimos, figurava uma de ban- gala, d'aquelles cujos parentes nós haviamos recebido a dis- tincta hospitalidade a que dedicâmos algumas paginas do volume primeiro, e de quem conservâmos a mais grata re- cordação. - Acampados junto de nós, entabolámos sem demora re- lações. - Agora, mansos como cordeiros, fingiam elles não ter o menor conhecimento de quanto ali se passára. Chegavam, segundo diziam, do sertão de Lubuco (Luba), d'onde lhe pedimos esclarecimentos. Bem podiamos, porém, interrogal-os, que nada se conse- guiria. Sempre o mutismo ou o systema da affirmativa. O que de preferencia nos interessava saber era se exis- tia na realidade o grande lago Quifanjimbo, se tinham ali canoas e em redor os povoadores pertenciam á raça de anões. 214 AFRICA CENTRAL [cAP. remeter me pio ra ri mm e o mto comia ae mem A tudo nos respondiam que sim, emquanto desenhava- mos o retrato de um, a fim de pelo menos aproveitar dºel- les o elemento para os darmos à estampa. Convencidos ficâmos mais uma vez de não comprehen- derem os negros que cousa seja o desenho, e a perspectiva então desconhecerem-a em absoluto! Parece ignorarem por onde devem começar, não fixam, nem se orientam, e por mais que se lhes queira pôr o de- senho na devida posição, elles ou o inclinam ou curvam a cabeça, sendo-lhe impossivel aperceber as imagens. N'este caso, por exemplo, que era um busto, o observa- dor deitou-o, não distinguindo sequer ser retrato de homem o que tinha na mão. Talvez chegasse a convencer-se disto se o desenhasse- mos de tamanho natural! De resto é facil prever-se quanta dificuldade ha de expe- rimentar o homem em conceber uma idéa para que o seu espirito está pouco desenvolvido. O notavel porém é elles executarem algumas obras de arte, nas quaes se revela certo estudo e reflexão. Gravam nas armas e em muitos instrumentos figuras de animaes e de homens, chegando até n'estes ultimos a dis- tinguir-se com precisão os caracteriscos da raça preta; con- seguintemente, em varios casos, o observador fica sem per- ceber por que rasão elle, que confeccionou um boneco para lhe servir de feitiço, não comprehende depois o mesmo bo- neco feito por mãos mais habeis e proximo da verdade. No meio das comitivas, em marcha no mato, ha sempre uma infinidade de objectos curiosos, dignos de exame, so- bretudo aquelles que se referem á ornamentação. Todos os negros desejam ornar-se desde a cabeça, e os ban-gala são loucos. | Trancças, rabichos, entrelaçavam-se com buzios, contaria, chapas de metal, etc, a fim de architectar os exquisitos pen- teados que, em tiras raspadas nos intervallos, levam ás ve- zes semanas a fazer. xxn1] | E OCCIDENTAL PEÇA Verdade é que depois resistem mezes, sob o Inducto re- petido de azeite de palma. As pennas e pelles são artigos indispensaveis com que elles se enfeitam, conseguindo sempre um aspecto ainda mais selvagem. A materia para esses adornos, pouco lhes importa. Pedras, conchas, cobre e ferro empregam-se indistincta- mente. Apreciam muitas vezes tanto o fio de cobre como o den- te humano. O corpo soffre tambem. N'um a orelha furada, n'outro a membrana do nariz, fo- ram victimas da ponta do ferro, para ahi introduzir um toro de madeira, que os impede no ultimo caso de proceder á limpeza necessaria, e mesmo a respirar bem. | Agora a gravura á faca no corpo vae-se vulgarisando, devido sem duvida ás viagens para o Luba, e mais ao nor- deste, onde similhante gosto é commum. — Imaginem-se os soffrimentos d'estes selvagens, para con- seguir a formosura a seu modo! É um permanente cortar em toda a musculatura! Se começarmos pela circumcisão, usual entre ban-gala e praticada muitas vezes quando adultos, vemol-os mais tarde limar os incisivos superiores, que partem; fazer furos nas orelhas, rasgar o nariz, golpeiando por meio do ferro o qua- dril, enfeitar o peito, etc., não incluindo as brutaes ope- rações dos bin-banda (curandeiros), cujo systema de ventosas (a cutello e a chifre de boi) basta para incutir medo. Breve, terminadas estas considerações, retiraram-se os “Indigenas pelo bosque fronteiro, onde estava construido o respectivo quilombo, passando o resto da tarde e a noite, de cachimbo na bôca, em volta das fogueiras. Comer não vimos nem um. E notavel como estes homens, em viagens de longa du- ração, supportam as fadigas de extensas marchas, sob pesa- dos fardos, sem se alimentarem! 216 AFRICA CENTRAL [CAP. Com descuido sem igual, andam dezenas de leguas, com uma raiz de mandioca á cinta, outras vezes sem cousa algu- ma, bebendo agua aqui, fumando acolá, e á espreita, resi- gnados, de um punhado de farinha. Que misera existencia arrasta o Indigena n'estas viagens perigosas, onde muitas vezes o abandonam sem a minima caridade! Na comitiva de que fallimos, por exemplo, dera-se um frisante facto. Dois irmãos haviam partido em companhia para o Luba; um d'elles porém, ulceroso e dysenterico, vira-se forçado no caminho a largar a carga que o outro tomára e dividíra pelos amigos, desamparando o infeliz, que preso pelos po- voadores foi sem duvida feito escravo. A 15 pousavamos no Sengue, onde o Cu-anza tem duas cachoeiras, Quissaquina Caboco e mupa Palanca, no meio de terrenos escalvados, cujo aspecto fazia calor; a 16 em Muta, chegando a 17 por meio de cabecos e cerros ao Nhangue-ia-Pêpe, no qual acampámos, perto de uma sen- zala cercada de macisso de euphorbias, a fim de no dia 18 visitar a cataracta proxima, o que se effectuou. Immensos cajueiros cobriam o terreno em que nos acha- vamos. Os desfiladeiros, através dos quaes se precipita o Cu- anza, apertam-se por maneira que o rio terá ahi, quando muito, jo metros de largo. Saltando n'uma catadupa de 8 a 10 metros, continúa entre pedras o seu sulco sinuoso para o oeste, desviando-se aqui de um cerro, introduzindo-se mais alem por uma gar- ganta, de que a serra Cassasio, no districto dos N'hongos, constitue grande obstaculo. Junto da cataracta observámol-o da elevada escarpa da margem direita, cuja altura era tal, que difficil nos foi dis- tinguir um pescador que em baixo divagava pela margem. Escusado será dizer-se que em similhantes circumstan- cias não é navegavel, e d'ahi até ao Dondo não o póde Da ese a SS nd ma ri q NS PR uid TANIA NÚ À 9 ZA meSBl IT SVHTW oz or NvYY9 OW (HH! SOULINOTIA 254 | e N Nm, ih M 40) 7 A q q AU NI N IN ZAN = A EG) ; A ij) E Na vá fiz y bra Los Ee se EN E NZ AUS “nt MAÇA ( “im iii uiitti, VONTuva: VoNE al A Mu NO AS AM qt: STRESS O NY ES NE N Na 4. é YAN NES ! a | ty T=— frio. AN ARS « ID N AT q Nu N co O Hi N A VEN ) A Z) Z 4 | NINO Y JS ” ANY NR SU A (E ear | o a (ii MES CNN REZA aa ERRADO ti xx] E OCCIDENTAL 207 tambem ser por fórma alguma, attento o seu leito peri- gosissimo. | Feito o levantamento e mais trabalhos consequentes, vol- tâmos ao campo minados pela febre. O nosso estado de fraqueza approximava-se do limite. Nos ultimos dias pouco comiamos, e como geralmente após a refeição das tres horas sobrevinha a febre, os pou- cos alimentos eram rejeitados, de modo que passando dias inteiros sem refazer-nos, enfraquecidos sob a doença, tudo nos obrigava a concluir uma empreza com que as nossas forças já não podiam. A caminho, em 19, dirigimo-nos para as terras do soba Dumba, potentado importante de outr'ora, com quem o governo teve estreitas relações, e que hoje parece decaído de importancia, pois nem sequer pensámos em visital-o. Aqui apresentou-se-nos o mais serio embaraço que em todo o trajecto entre Pungo N'Dongo e o Dondo se encon- tra, o qual de futuro, na construcção de uma estrada, deve dar aos engenheiros immenso trabalho. São umas elevadas serras que na perpendicular ao ca- minho o barram completamente de norte ao sul. O proprio engenheiro preto, que tão bem traça os seus atalhos, pois jamais se atira a rampas forçadas, foi aqui impellido a cruzar os montes em sentido directo para ga- nhar a vertente oeste. Chegados a Danje-ia-Menha, acampámos. A febre recrudescêra, impedindo-nos todo o labor. As feridas escorbuticas tinham-se aggravado tanto, que na marcha nos impunham dolorosos soffrimentos. As gengivas, inflammadas, sangravam a intermittencias; um sentimento penivel de cansaço apoderára-se de nós, e quasi não podiamos com o magro corpo, agora isento de muitos pares de libras de peso. Tornava-se tambem manifesto um enfraquecimento men- tal, por isso o calculo da mais singela latitude bastava para nos preparar horas de enxaqueca. 218 AFRICA CENTRAL [CAP. Emfim era a anemia, com essa infinidade de symptomas hoje mais ou menos conhecidos e que bem pouco agrada- veis são de experimentar. Consagrado o resto do dia a tratamentos, repousâmos; erguendo-nos com o louro Phebo a 20 de setembro, e arri- mados ao bordão, proseguimos. Como acabassemos de transpor pequenos riachos e uns estabelecimentos que se denominam Cassoqui, saíu-nos à frente numerosa comitiva, a qual pelas cargas especiaes, onde se viam caixas selladas, malas novas, etc., nos fez antever a presença de algum europeu. | Inquiridos os portadores, confirmaram-nos a suspeita, e em poucos Instantes vimos surdir n'uma curva do caminho dois brancos, adiantando-se para nós o da frente, que pelo porte parecia o chefe. Era homem de estatura regular, vigorosa, tez rosada, barba loura, envergando casaco de cotim e cobrindo-lhe a cabeça um amplo chapéu. Inspirando-nos confiança o seu modo prasenteiro, decidi- mo-nos quebrar o silencio que guardavamos (suspeitando al- gum pouco expansivo filho da Gran-Bretanha), e dirigir-lhe o comprimento de estylo entre nós: «Bons dias, cavalheiro.» A sua resposta logo percebemos que a nossa lingua lhe cera pouco familiar; entretanto devagar e com pausa conse- guimos fazer-nos comprehender. Após dez minutos de conversação, tinhamo-nos apresen- tado mutuamente. Von Mechow, pois era elle, explorador allemão, vinha de Luanda e dirigia-se para Malanje, onde tencionava organi- sar comitiva, para com um bote proprio que possuia fazer por agua a descida e reconhecimento completo do Cu-ango até ao Zaire. O transporte de cargas e embarcação haviam dado ao ilustre viajante bastante trabalho, pela falta de portadores aptos e de homens que o ajudassem. XXIII] E OCCIDENTAL 210 A sua boa vontade, porém, a tudo fazia face, e contente dispunha-se a tentar fortuna. Expostas algumas das difficuldades por ali encontradas, as quaes Von Mechow parecia pouco perceber, e que ver- savam principalmente sobre a Jinga, seus habitadores, e emfim sobre a febre e sofirimentos do sertão, íamos se- parar-nos, quando elle, cortando o fio do extenso discur- so, Nos interrompeu: « Signhor, disse em mau portuguez que nos fez sorrir, estar muito coitada!» Presumindo ser uma apreciação relativa ao nosso lasti- moso physico, apropriavamos um ar compungido, quando elle erguendo a zagaia que trazia enfeitada com o pennacho da cauda de um boi, tendo na ponta uma raiz de mandioca, exclamou para a arma: «Estar muito coitada tambem !» Desconcertados e meios confusos, conhecendo que a ex- clamação não mirava o intuito que suppunhamos, mas sim “ir tudo conforme (por não vermos a zagaia precisamente anemica como nós), demos remate à entrevista, dizendo: «Estar tudo coitada» (tudo vae bem). Com um aperto de mão apartámo-nos, reflexionando en- tre ambos: « Elle entra, nós saímos. Deus o fade bem!» De Cassoque acampámos no Bungo, passando ainda esta noite com febre. Achavamos-nos então a 279 metros; breve estariamos ao nivel do mar. Que diferença na temperatura, na pressão e no meio em que viviamos agora! O fresco sueste das altas planuras fôra-se. A atmosphera, pesada e sombria, annunciava-nos a pro- ximidade do oceano, pela accumulação de vapores que a vi- ração reunia sobre as extensas terras litoraes. Entretanto sobreveiu a noite; os montes que nos cer- cavam, variando de tinta, passaram successivamente do azul 220 AFRICA CENTRAL [CAP. ao branco brilhante, iluminados pela lua quasi em quarto crescente. Desde a vespera que por assim dizer não comiamos. O estado do estomago e da bôca, de envolta com as fe- bres, não o permittia. Era esta a ultima vez que envolvidos nas pelles dormi- riamos nos fundos à moda do mato, para depois transpor ALR Ta JEM inda E PERA PIU = Ze QE by AS TIPOIAS EM ANGOLA os limites da civilisação, onde os nossos trabalhos pouco ti- nham a analysar. Dissipadas as trevas da noite pozémo-nos a caminho, ne- cessitando então recorrer à tipoia. O atalho flanqueava a vertente sul da serra Luena, por cima de terrenos accidentados, interrompidos pelas ravinas; ahi pequenos cursos de agua murmurando íam encontrar não longe o curso do Cu-anza, o qual entre serras se despe- XXIII] E OCCIDENTAL 221 nha em Cambambe na cataracta Caballo, ultimo obstaculo que no seu longo percurso encontra para alcançar o oceano. Repousando alguns minutos sob um dos bao-babs, lançá- mos o derradeiro olhar para as terras que ao oriente nos ficavam, e despedindo-nos partimos. Eram dez horas e trinta minutos. Ao saír do bosque divisámos um, adiante dois, seguida- mente muitos postes telegraphicos, symbolos do progresso, que nos trouxeram á realidade. Eis a obra dos brancos! Passando os Pambos, encruzilhada onde numeroso gen- tio reunido estava em quitanda (feira) permanente, avistá- mos ás onze horas e trinta minutos a argentea fita que nas extensas planícies marcava, dardejada pelo sol, a agua do Cu-anza. Era o mesmo rio que nós conheceramos tão perto da nas- cente, estreito, socegado, de margens areosas, e que engros- sando pouco a pouco se nos apresentava agora magestoso e amplo. Por meio das quebradas observámos a tristonha villa do Dondo, no centro de bouqguets de palmeiras e coqueiros esguios. Findára a nossa missão. Os atavios do mato e artigos de uso para transportar “cargas ali, requeriam ser uns substituidos, outros abando- nados. Emfim ao meio dia, na encosta de um cerro, fizemos alto para abraçar e receber o europeu que nos surprehendêra. Duarte Silva, official do exercito de Portugal, um dos dis- tinctos e infatigaveis trabalhadores da grande commissão que o governo portuguez mandára á Africa para especiaes trabalhos de obras publicas, apercebendo-nos do seu cam- po, abalára pela encosta, a fim de felicitar-nos. Labor omma vincit. Breve a noticia da nossa chegada correu entre os acam. pamentos limitrophes da expedição, donde outros amigos e 79.0) AFRICA CENTRAL [CAP. companheiros nos enviaram felicitações e convites, com os quaes passámos horas agradaveis. Em seguida foi-nos offerecido pela bizarra corporação | commercial do Dondo um banquete, onde tivemos o prazer de ser pessoalmente apresentados aos cavalheiros que a compõem, os quaes com inimitavel delicadeza nos dispensa- ram'os maiores favores e elogios. Aprestando a partida pensavamos ainda, abandonando o curso do Cu-anza, seguir para o norte pelo valle do Bengo e alcançar assim por terra a capital da provincia. Os conselhos de alguns dissuadiram-nos d'esse proposito, dizendo que as nossas exhaustas forças estavam pouco para eommettimentos. Preferimos a vinda pelo mar*. 1 Durante a viagem observámos o que podémos sobre o rio. A bacia do Cu-anza é uma immensa planicie de solo balofo, lama- cento, formado pela acção das aguas, extremamente fertil, que apenas teria limite no amplo producto da canna, na mão de obra disponi- vel, mas cujo cultivo um clima pestilencial impede. Toda esta região é cortada por sulcos de agua, e cheia de lagoas, que por pouco inclinadas inhibem o esgoto necessario, formando per- manentes pantanos. | Assim, percorrendo as margens, vê o viajante, após esforços de an- nos, uma unica plantação no sitio do Bom Jesus, e duas duzias de mesquinhas senzalas, onde os indigenas mal resistem á influencia do clima. Estrada importante do interior, o Cu-anza não deve por fórma al- guma ser abandonado, pois se nos afigurou que com exiguos recur- sos e um attento estudo do regimen das aguas, poderia ser em todas as epochas perfeitamente navegavel por vapores do porte de Silva Americano. | Em quatro ou cinco pontos acha-se elle hoje mais ou menos em- baraçado, mas se dissermos que n'esses logares os indigenas, saltando á agua com ella pelas curvas, desencalham os barcos, bem se com- prehende que o trabalho de dragagem é dos mais simples, porque de per si só o braço do homem e a pá removem em grande parte similhan- tes difficuldades. Emfim, a barra carece de estudos especiaes, que seria vantajoso attender já, a fim de que, por causa do esquecimento prolongado, não venha no futuro a obstruir-se de todo. XxIIT] “E OCCIDENTAL 223 A 11 de outubro embarcámos no vapor Silva Americano, para nos conduzir até ao Cunga, e a cujo commandante, o sr. Antonio de Sousa, agradecidos aqui deixâmos um teste- munho da nossa recordação. Do Cunga, um outro de maior porte nos levou a Luanda!, onde démos entrada a 13 de outubro do anno de 1879, en- contrando em s. ex.? o conselheiro Vasco Guedes de Car- valho e Menezes, então governador geral, o mais dedicado auxilio e a mais affectuosa recepção. Havia setecentos e vinte e nove dias que largáramos da capital em viagem para o sul. Ahi fomos recebidos com toda a comitiva em casa do sr. Manuel Raphael Gorjão, intendente geral das obras publi- cas de Angola, para quem os maiores elogios são poucos; cavalheiro a cujo esforço e Intelligente actividade se devem todos esses melhoramentos de que hoje gosa a provincia, os quaes bem revelam a alta maneira de ver d'esse ho- mem superior, que avaliando com justo senso as necessi- dades dali, trabalhou por fórma a dotar a citada provincia, no curto espaço de tres annos, com uma extensa linha te- legraphica, ampla officina perfeitamente montada, hospital, postos meteorologicos, escola profissional, o estudo defini- tivo de uma linha ferrea na extensão de 250 kilometros, 1 A cidade de S. Paulo da Assumpção de Loanda, disposta na ver- tente norte das terras alterosas que terminam no mar pelo morro de S. Miguel, compõe-se de uma parte elevada e outra rasa, respectiva- mente denominadas cidade alta e baixa. Em derredor tem os bairros indigenas, como o de Sanga-n'dombe e N'gombota, e numerosas casas de campo, que se designam musseques. A cifra da população interior não excederá a 9:000 habitantes, sendo homens 3:500, mulheres 3:000, creanças do sexo masculino 1:200 e do feminino 1:300. Os povoadores europeus sobem quando muito a 1:100, de que duas terças partes são degredados. Os musseques contam 2:000 habitantes, e os suburbios e ilha 2:35o, de fórma que a população englobulada representa o algarismo 13:35o, approximadamente. 224 AFRICA CENTRAL [CAP. rasgando para o interior um sem numero de estradas, como a do Cacuaco, a do Dondo para Caculo, obra de arte sur- prehendente, a do Biballa, etc., etc. Ahi passámos agradaveis dias no mais íntimo e alegre convivio. A associação commercial de Luanda distinguiu-nos poucos dias depois n'um banquete, a que assistiu s. ex.? o gover-. nador e todo o corpo commercial, e onde nós ainda recebe- mos outra recompensa dos nossos trabalhos e fadigas. Emfim veiu o tour dos bons amigos que para ali tinha- mos: José Bernardino, então secretario geral, Joaquim Sal- les Ferreira, Francisco Salles Ferreira, Guilherme Gomes Coelho, Miguel Tobin, delicado representante do banco Ul- tramarino, José Maria do Prado, I. Newton, dr. Oliveira, dr. Lopes, Miranda Henriques, Urbano de Castro, e tantos outros, são pessoas que jamais esqueceremos. Decidida a nossa viagem para Mossamedes, onde um clima mais benigno nos facilitaria o trabalho de recapitular todas as notas e reconstituir o enfraquecido corpo, partimos sem demora a bordo do vapor Zaire, do commando de Pedro de Almeida Tito, que ainda d'esta vez nos recebeu com a maior affabilidade. Justamente na noite da partida appareceu-nos, como por encanto, Avelino Fernandes, um antigo amigo, com quem Stanley, Serpa Pinto e nós conviveramos antes de encetar a nossa viagem, activo, intelligente e alegre moço, muito in- clinado aos trabalhos de exploração, e que jamais nos olvi- dára durante os nossos labores. Pesquizando, informando-se aqui e acolá, Avelino Fer- nandes espreitava o momento de nos poder salvar de em- baraços, e na costa, ao ouvir que no interior nos achavamos em difficuldades e com exiguos recursos, o audaz mancebo havia decidido ir em nosso auxilio, quando melhores noti- cias o dissuadiram. Acabava n'esse momento de chegar de Vivi, onde esti- vera com Stanley, admirando a herculea obra a que esse xxIII] E OCCIDENTAL 05) homem de rija tempera mette hoje hombros, e ao presentir- nos correu a abraçar-nos. -* Em Mossamedes passámos dois mezes com esses intelli- gentes mancebos que então occupavam os logares impor- tantes das obras publicas, e de quem recebemos tantas pro- vas de afieição, que impossivel seria agradecel-as. Começavamos a respirar mais livremente. O esplendido clima de Mossamedes, a alimentação suc- culenta e á moda européa, breve nos reconstituiram as for- ças, que um trabalho moderado ajudava. Pensámos, pois, que era tempo de volver á patria, e pe- los fins de janeiro, com os ultimos adeuses, apartámo-nos a bordo do vapor Benguella, do commando do capitão José Roberto Franco, nosso estimavel amigo. Aqui tendes, leitor, como se passaram em Africa todos os factos durante essa campanha de dois annos, que nós tivemos a honra de dirigir e a ousadia de vos apresentar sob a exagerada fórma de dois volumes em oitavo. Esperando agora da vossa benevolencia a desculpa de mais um abuso, pedir-vos-hemos o favor de ouvirdes ainda duas palavras em conclusão. A CAMINHO DO OCEANO VOL. II 15 x | » Ee Eu CONCIUSÃO Chegando ao termo dºeste trabalho, entendemos conve- niente apresentar em verdadeira synthese as soluções mais importantes do nosso estudo, a fm de que, engloboladas, possam avalial-as mais completamente aquelles a quem in- teressarem. Os limites impostos a esta obra, e um justo receio de nos tornarmos enfadonhos, não permittem prolixidades. Tocaremos pois ao de leve os topicos principaes, expon- do os factos que lhes são relativos; n'uma palavra, enca- deando a substancia dos dois livros, pela formula mais sin- gela que podérmos. Comecaremos por um aperçu geologico. A disposição da terra no continente africano, e com es- pecialidade ao sul do equador, já todos hoje conhecem. Uma bacia central deprimida, cercada por um vasto cir- culo de terras altas, que gradualmente descem para o mar, e por onde em profundas ravinas saltam espumantes os grandes cursos de agua, de origem interior, até se espraia- rem na região baixa e alagadica que defronta com o oceano, é tudo quanto se póde dizer. 228 | CONCLUSÃO Sob um ponto de vista geologico muito generico, podem definir-se essas regiões distinctas do litoral para o interior pela seguinte fórma: a do calcario, a do grés e a do granito. Se porém quizermos entrar mais detidamente no assum- pto, veremos não serem rigorosas estas distincções, que as terras em parte se confundem ou alternam, e faltam emfim as precisas linhas de demarcação. A natureza geologica da costa de oeste, nos pontos por nós observados de Luanda a Mossamedes, e mesmo mais para o norte, mostra em geral perto do mar uma zona de depositos terciarios, farta em massas de sulphato de cal e standstones, de que as separam por camadas de cré bran- co, alternando com as rochas primarias pela maior parte gneiss, abundante em quartzo; pela mica o hornblende, o granito e o porphyro granulado. Para o sul apparecem grandes tractos feldspathicos. Em Mossamedes o sulphato de cal compõe montes intei- ros, e o carbonato de cal accumulado em conchas é muito frequente. Entre as camadas em stratificação encontra-se o sal gem- ma, assim como o nitrato de potassa, que avulta. Ao longo da serra de Mocambe, parece, conforme nos informaram, existir uma linha basaltica de grande compri- mento. D'ahi coméçam os terrenos movediços, extremamente fer- teis em areia, constituindo verdadeiros saharas, como no parallelo da bahia dos Tigres. Na transição da zona baixa para o interior, por exemplo no Dondo, vastos tractos de rochas schistosas, em perfeita folha, compõem o solo; o grés e o standstone, avermelhados pelo oxydo de ferro, vêem-se por toda a parte. Mais para o interior, em plena região montanhosa, o ter- reno é constituido por uma rocha granito-quartzosa, muito dura e compacta, por toda a zona atravessada até Pungo N'Dongo, tendo para a encobrir terras provenientes da des- ageregação do mesmo granito. CONCLUSÃO 220 Estes caracteres geologicos devem naturalmente succe- der-se ao sul e ao norte por identicas regiões parallelas, com variantes para o plan'alto, onde se viam ás vezes o grés vermelho duro e resistente, e as rochas feldspathicas, como na bacia do Lu-calla, etc. As indicações sobre minas variam. Na primeira parte do nosso trabalho fallámos dºellas, quando no Dombe. Para o sul, em Mossamedes, nota-se o carbonato e sul- phato de cobre em pequena quantidade, nas camadas de gesso que elle córa de verde. Existe tambem ahi o asphalto, segundo suppomos, e no Dondo e em Oeiras, ao norte, o carvão mineral. D'este porém não garantimos o indicio, por ser facil con- fundir-se com qualquer betume. De metaes preciosos pouco se póde dizer. A mica tem no interior iludido muitos que julgavam possuir o segredo de uma mina de prata. Ainda assim fallaram-nos da existente na margem esquer- da do Lu-calla, perto do Banza Dalango, cuja visita já tem sido tentada de Malanje. A jinga parece abundar. Para Cambambe dizem tambem existir signaes della; nunca, porém, tivemos ensejo de obter a necessaria com- provação. . ' A verdade é que ha ferro e cobre por todo o continente, o primeiro de boa qualidade e o segundo não inferior ao americano, que os indigenas aproveitam, e do qual apontam como os maiores jazigos a Catanga e Garanganja. Desarborisadas de modo desigual, as tres zonas de que vamos fallando podem classificar-se relativamente á flora pela seguinte designação: do mangue, do bao-bab e da aca- cia, sendo esta a interior, em geral considerada mais salu- bre, onde a influencia paludosa menos se sente e o europeu emfim póde com facilidade resistir. Quasi todos os viajantes apresentam a este respeito uma 230 CONCLUSÃO noticia favoravel, sobretudo na transição para a zona monta- nhosa. | Os grandes cursos de agua que a sulcam, destacando-se rapidos das nascentes, a fm de se precipitarem para as regiões baixas, não alagam ou se espraiam pelas terras proximas, fazendo que em muitas partes sejam então raros os pantanos. A meio d'este vasto tracto de terreno acha-se o solo elevado sob o parallelo 11º, baixando gradualmente para o norte ou sul. | Verdadeira nervura que o continente atravessa de léste a oeste e constitue a linha divisoria das aguas dois grandes rios Zambeze e Congo-Zaire, é quanto a nós a mais apro- priada para residir ao sul do equador, entre o tropico e elle, parecendo estar subordinada não só à distribuição das plan- tas, mas de certa fórma influir sobre os povoadores cen-: traes. Um facto digno de especialisar-se, é que debaixo do ponto de vista, quer physico, quer intellectual, as tribus acham-se dispostas a partir d'essa região elevada, em escalas descen- dentes para o norte, sul e oeste, descendo à costa. Se tomarmos os ganguelles e ma-quioco para termo d'este simile, veremos nos povos que se approximam do mar, como ba-cuisso, ba-cuando, typos relativamente inferiores aos da região elevada. Se ao contrario caminharmos em direcção do norte, obser- varemos no jinga, ma-hungo e ma-iácca a mesma sensivel differença. Para o sul dá-se a mesma circumstancia, se attendermos a que os povos hottentote e betjuana são considerados os typos mais envilecidos da raca negra. A explicação de similhante phenomeno não se nos afi- gura facil. E natural que a altitude e a natureza do solo concorram para isso, mas sem duvida a especial influencia consiste em acharem-se elles distantes dos centros commer-. ciaes, sendo portanto obrigados a viagens. CONCLUSÃO 231 As tribus que hoje habitam as terras percorridas por nós no grande continente, parece terem tido pela maior parte origem em pontos remotos e proveniencias diversas, accen- tuando-se mais tarde os typos por acções perfeitamente locaes. Se pozermos por agora de banda os povos do litoral, po- deremos ver no homem do interior, bicno, gangucella, quioco, etc., uns traços geraes que pouco se afastam dos que va- mos expor. Esqueleto desenvolvido, ossos proeminentes, musculos fortes, sobretudo da parte superior do tronco, curvatura pronunciada da columna vertebral, logo acima da bacia, craneo dolichocéphalo, chato dos lados, arqueando-se no frontal, dentes obliquos, excedendo os superiores, a cór da pelle variando do preto ao bronzeado escuro. Para o norte o typo pareceu-nos diflerir muito do que fi- ca exposto. Pelo maior numero de côr retinta, o indigena d'ali, e o jinga em especial, não tem o desenvolvimento physico das tribus de léste, é mais franzino, e exceptua-se apenas pelo prognathismo subnasal, talvez menos pronunciado ou um angulo facial mais proximo 75º. Pouco activos e investigadores, os jingas, por haverem habitado perto do mar, que sem trabalho lhes satisfazia grande parte das necessidades, parece resentirem-se d'isso, não tendo disposição para as largas viagens e grandes ne- Socios. Attentas as circumstancias exaradas, e o facto dos de sueste principalmente se referirem em: suas lendas a uma vinda do norte, forcoso se torna admittir que em epochas remotas o sertão africano foi theatro de uma grande evolu- cão, resultando serem invadidas as terras de que estamos a tratar. Como porém (e já o citâmos) á chegada dos povos de Cassanje os jingas estivessem estabelecidos no litoral, in- fere-se logo que estes (Muco-Nºgola ou Mona-N'gola) inva- 232 CONCLUSÃO diram Angola, fixando a séde do respectivo governo em Luanda! muito antes dos Tembos pensarem em se dirigi- rem para ali. A este facto porém acresse um outro notavel. Os jingas afiançam ter avassallado o Congo quando se es- tabeleceram. | | Existia pois já o reino do Congo organisado?. 1 Lu-anda significa sem duvida parte baixa, adoptando-se esta de- signação por estar ao principio a côrte de Angola (N'gola) em Quias- samba, na ilha arenosa que defronta a terra alta onde hoje existe a cidade de S. Paulo. A sua longa configuração poderia talvez ter dado origem ao nome Dongo (embarcação gentilica), o que depois os monarchas de N'gola conservaram para o districto em que quasi sempre residem. Por isso se encontra nas Pedras Negras esse termo designativo dos regios domicilios, e hoje na Jinga o sitio occupado pelo rei é ainda o districto do Dongo. 2 Bastian diz-nos que «antes da formação do reino do Congo po- voavam as margens do Zaire tribus independentes dos ba-t'cheno (?) ou ma-t'cheno (?) conquistadas e reunidas por um chefe denominado Nimia Luco-em (?) primeiro rei d'aquella terra, que elevou a Banza- ia-Congo» (Ambassi), errada designação, como muito bem diz o esti- mavel secretario da sociedade de geographia e distincto publicista, o sr. Luciano Cordeiro, na sua Hydrographia de Africa, e que vem de m'baje-ia-mucanu. Seriam pois os ma-t'cheno os authoctonas d'ali? Eis o que se não sabe. A palavra Luco-em é tambem original, e decomposta a primeira parte parece caber sempre a creaturas especiaes; assim temos na Lun- da a celebre mulher de quem fallámos, conhecida por Luco-quessa, os mascaras do mato, Luco-iche, que escrevemos Luguiche, e outros. São de toda a conveniencia as constantes comparações destes ter- mos peculiares, a fim de ver se se consegue o fio que nos guiará em tal labyrintho. N'ºesse caso seria Luco-em o primeiro que se intitulou Muene Congo, que por corrupção deu Mani-Congo mais tarde. E se Congo na lingua de Angola significa devedor ou tributario, e iche ou xi exprime propriedade, poderá ver-se n'isso a confirmação de que os congos eram tributarios de Angola, porquanto ainda hoje o mo- narcha d'esta ultima terra se designa muen'iche (dono da terra). CONCLUSÃO 233 D'esta fórma assentariamos em tres invasões distinctas, : podendo denominar-se a dos Congos, a dos Bondos (os que fallam a lingua bunda), vindos talvez de Iácca ou mais de léste, e a dos Tembos, que comprehenderia ban-gala, ma- quioco, ma-songo, talvez bin-bundo, oriundos da região dos lagos, os quaes no litoral se designam por Nano; e assignan- do a esta ultima o seculo xvr, as outras seriam anteriores. Estabelecidos os bondos como deixámos dito, é natural que perto do oceano, dedicando-se á pesca, se estenderam pelo litoral, ao longo de Benguella e de Mossamedes, a fim de alargar a area das suas excursões piscatorias. Mas então, nas tribus hoje por ahi reunidas, novas va- riantes apparecem, que lançam o observador em sérias dif- ficuldades. Os ba-cuisso, os ba-cuando, os ba-ximba, têem um aspe- cto differente, que os approxima do typo hottentote. A conformação trapezoidal do rosto, a proeminencia das arcadas zygomaticas, as fórmas angulosas, etc., tudo mos- tra a influencia d'esses povos do sul nos habitadores d'aqui, levando a crer que elles são mixto de bondos e gente do sul. Teriamos assim em resumo, para as numerosos tribus hoje comprehendidas sob a designação (pouco propria) de Negricias, do Senegal para o sul, as seguintes divisões: Para o norte as gentes da bacia do Ogowai, os ba-congo, de cujo estabelecimento pouco podemos dizer e que talvez tenham relações com os povos da bacia do Niger. Depois os ban-bondo, que occuparam o reino de Angola, vindos do nornordeste, provavelmente do alto Zaire, onde hoje se encontram ma-iácca, ma-cundi!, etc. 1 Não nos parece que os ma-iácca fossem de todo desconhecidos na Europa. Na Relacão annual dos Jesuitas (Guiné) de 1602-1605, diz-se: « os invasores que na primeira metade do seculo xvir infestaram as terras do oeste denominavam-se no Congo láccas, em Angola Jingas, na Ethiopia Gallas, na Guiné Sumbas». 254 CONCLUSÃO Seguidamente as tribus do ma-quioco, ban-gala, ma-son- go, ganguella talvez, que comprehenderemos sob o nome de ba-lunda, visto dizerem-se d'ali oriundas (conhecidas como dissemos por ba-nano), e residindo nas terras já por nós Indicadas. Emfim para o sul, sudoeste e parte do litoral, todas essas tribus que incluímos sob a designação de nhembas, ban- cumbi, ban-ximba, ba-cuisso, ba-cuando !, etc. Eis o nosso parecer sobre o assumpto, que não tem a menor pretensão a base de relações ethnologicas das tribus da Africa central e do oeste; e registado sem a minima vai- dade ahi fica para quem quizer modifical-o com fundamen- tos mais seguros do que os expostos. Encaradas assim as tribus dºesta parte da Africa, entre- mos agora n'um pequeno devaneio em trato mais intimo com elles, a fim de nos approximarmos do seu exacto modo delsern A vida do africano é singela e primitiva, a sua condição social grosseira. D'aqui logo se infere que dos habitantes de Jácca já havia uma no- ção, e por consequencia a nossa jidéa de os suppor antecessores dos Bondos ou Bundas, isto é, que empregavam a lingua bunda, qui-n'bunda ou lu-n'bunda, designação pela qual se deve a final abranger todos os dialectos das terras de Angola e de certa fórma ligal-os com os Accas, tem os seus visos de rasoavel. Seguindo attentos o estudo de Schwein- furt (verdadeiro mestre em similhante materia) temos sido fatalmente levados a assimilhar os ban-bondo aos Niam-Niam, na conformação e disposição physica, côr, etc. chegando quasi a convencer-nos das rela- ções de parentesco d'estes povos tão distinctos. 1 Os ba-nhaneca e os ban-cumbi occupam approximadamente a região comprehendida entre o rio Cu-nene e as vertentes do plateau ao oeste. Pelo sul limita os ban-ximba, a léste os ban-cutuba (povos n'hem- bas), ao oeste ba-cuisso (errantes) e ba-cubale, ao norte tudo quanto indicâmos por ba-nano. Cutuba parece referir-se á especial disposição do panno que lhes pende da cinta. - CONCLUSÃO 259 N'um milhar de senzalas por nós visitadas, encontrámos sempre com poucas variantes identica disposicão nas ha- bitações, a mesma maneira de estabelecel-as, cobril-as e gru- pal-as. | Estacas ao alto, ou cannas firmes no solo, entretecidas de capim ou cobertas de argilla, sobrepujadas de um tecido de colmo, com duas ou tres divisões internas, figurando umas a fórma conica, outras a pyramide de quadrado re- gular, algumas o ellipsoide longo, eis tudo quanto obser- vamos. A casa em geral é propriedade de um só. Quasi sempre o chefe reune em derredor do proprio do- micilio as palhocas de todos os habitantes, que fecha com uma palissada, deixando-as outras vezes completamente abertas. Não longe estabelecem as suas lavras ou plantações, d'onde tiram o sustento quotidiano, encontrando-se certas especies de vegetaes em roda da dita palissada, como ba- naneiras, o stramonium, etc. As suas leis e a organisação dos seus estados constituem sempre um problema difficil de estudar, que nós tocaremos de leve. Sendo constante a emigração, as luctas e a instabilidade no viver, a ordem social varia conforme as circumstancias; relações de um dia modificam-se no seguinte, o chefe de hontem é substituido pelo conquistador de hoje, de fórma que muitas vezes se nos afigurou para um mesmo povo haver principios organicos diversos. De resto, os elementos da sua legislação (se assim deve- mos denominal-a, parece não terem sido baseados no prin- cipio organico da familia, ou por outra, cremos não se ada- ptarem propriamente a esta isolada, mas sim ao agrupamento de muitas. Não foi o patriarcha que, prescrevendo regras aos filhos, creou o primeiro elemento de lei, mas: o chefe, que dispon- do para a defeza ou conquistando, estabeleceu as primei- 236 CONCLUSÃO ras praxes, as quaes impoz a quem considerava seus vas- sallos. Por isso nos estados do oeste de Africa impera como su- premo principio creador da lei a vontade do chefe, sendo portanto a lei tão variavel como ella. Infere-se d'aqui ser a liberdade pessoal verdadeiramente problematica por ali; ninguem ha menos livre que o selva- gem, cujo viver quotidiano se pauta por exoticas disposi- ções e privilegios que o chefe dicta, impõe e não discute. No regulo ou no chefe da aldeia reside a lei absoluta e suprema. Assim, o poder judicial e administrativo, que elle modi- fica a bel-prazer, ouvindo quando muito a opinião de alguns vassallos (macotas) mais considerados, que geralmente tra- tam de conhecer as disposições do monarcha para as apolar. Assim ainda, as querelas ou divisões de terras (origem da primitiva legislação entre nós para a garantia da proprieda- de), são tudo attribuições d'elle, de fórma que a jurispruden- cia se reduz a isto: palavra do chefe e obediencia passiva. A ordem social e a observancia dos determinados precei- tos dependem tanto da vontade do chefe, que a desorgani- cão é quasi sempre inevitavel á morte d'este. Desde que um districto perde a auctoridade, os povoado- res, á solta, infringem as velhas disposições. Controversias, tumulto insolito, eis o resultado de simi- lhante situação, que a consciencia de uma liberdade ines- perada ainda mais augmenta. Os fortes opprimem os fracos, commettem extorsões, ata- cam a propriedade, roubam; é anarchia completa, a qual elles se esforçam por prolongar, e a que só a imposição de um muito atrevido e ambicioso dá remate, obrigando-os sob a sua vontade a entrar na antiga ordem de cousas. Nunca encontrámos a mais singela lei concernente ás pre- rogativas politicas, a mais elementar noção de assembléa; o proprio direito electivo (mesmo quando o regulo morto) não é perfeitamente regulado e está sujeito a factos como CONCLUSÃO Dog aquelle que dissemos haver succedido entre os ban-gala, onde hoje não podem eleger o jagga, porquanto um dos pretendentes subtrahiu a caixa das insignias do mando. Certo numero de regras e praxes observam-se, é verdade, mas facto notavel, em logar de respeitarem ao interesse particular de cada individuo, ou ao bem commum, tendem pela maior parte a praticas de ceremonial, estulticia in- qualificavel, a que elles se entregam com uma completa seriedade. As saudações, as ceremonias de recepção, as visitas ao chefe, parece exclusivamente occupal-os, e para ellas têem normas especiaes. Pelo contrario, a herança do filho, o direito de legar o que lhe pertence, a posse da esposa, são assumptos que se regem por si, estando á mercê da primeira vicissitude. As proprias relações com estranhos dictam-se conforme as circumstancias, e só em casos extraordinarios se póde suspeitar a lei (mas que lei!), como por exemplo: um branco entra n'uma terra, comeu e não pagou ou retribuiu pouco; o primeiro que passar, embora innocente, pagará por elle! Regulando-se os costumes pelo consuetudinarismo (ao qual o tempo dá toda a força) entre africanos !, alguns rudimen- tos de lei se haverão engendrado, mas é indubitavelmente um facto que o seu progresso tem sido nullo, e nisto sem duvida influe a imperfeita ou desconhecida organisação da familia. Em materia religiosa, já no quarto capitulo d'esta obra dissemos à peu prês o que entendiamos sobre o modo de ver dos selvagens do grande continente, ácerca dos feiti- cos envolvendo terrores, das falsas noções sobre a divin- dade, etc: Resumir-nos-hemos ao seguinte: Não considerando o fetichismo como uma fórma de reli- gião, a que nem mesmo cabe o nome de culto de sub- 1 Referimo-nos sempre áquelles com quem tratámos. 238 CONCLUSÃO stancias materiaes, persistimos em sustentar que o negro nenhuma possue. | Não se julgue comtudo que contestamos a existencia de uma religião entre os indigenas africanos, só pelo simples facto de se não assimilhar quanto ali vimos ao por nós sa- bido a tal respeito; mas porque nem uma só manifestação ou modo de proceder nos mostrou em ponto algum pro- pender-se para tal fim. Se, entretanto, para constituir uma theogonia basta o mais singelo sentimento de temor (implicando de certa maneira a consciencia que o homem nutre de cousas superiores a elle), n'esse caso parece-nos ter religião toda a humanidade. Não é porém isto verdadeiro, como diz sir John Lub- bock: «pois não póde olhar-se como a prova da existencia de uma religião, o receio da creança pelas trevas», ao que nós acrescentaremos, o terror do homem quando se appro- xima, pelo escuro da noite, dos sepulchros dos seus simi- lhantes. Adquirindo um feitiço, o negro suppõe representar elle um recurso, mas a que não liga conceito preciso e ao qual, quando muito, consagra a satisfação da posse de um obje- cto com influencia preservativa contra os malefícios a advir. D'esta fórma o sobredito objecto não implica a idéa de relacionação com um principio superior, para quem o feitiço tivesse o poder de attrahir as boas gracas, mas simplesmente meio material, revestido por formulas mais ou menos ma- gicas, de contrabalancar acções, na lucta com as quaes elle por si só se acha impotente. E a magia requintada, completa negativa da religião. E não existindo esta, chegámos a convencer-nos de se- rem raros os sentimentos que a sua influencia desperta e fortifica. Não é ella (4 parte o facto de pôr o homem em relação com a divindade), a verdadeira lei da moral que a creou e fortaleceu no espirito, o ponto cardeal por onde comeca a reger-se a consciencia através os trilhos do bem e do mal, CONCLUSÃO ; 239 perfeita escala em que se foram afirmando os sentimentos crescentes, na justa medida do proprio progresso d'ella? Indubitavelmente. Não cabem pois esses devaneios originaes de muitos via- jantes que, como Livingstone, Imaginaram sentimentos en- tre indigenas, encontrando uma quu-rolze (rapariga) recu- sando em casamento o homem que não amava? Acaso a preta ama ou póde amar no sentido elevado d'esta palavra? Se ella amasse, se tivesse a consciencia desse sublime sentimento, que nos abre na terra as portas do céu, mani- festava-o em seus transportes, chegando mesmo a possuir uma crença, uma religião, pois ao descortinar a felicidade comprchenderi a que alguma cousa de mais puro póde haver acima da material aus terrena. Mas quem conseguirá inspirar-lhe similhante sentimento no estado embrutecedor de escravidão em que se acha? O esposo? De nenhuma fórma. Esse cerca-a de um fer- reo cinto de obrigações e trabalhos despreziveis, obriga-a a viver entre as urduras, trabalhando em seu proveito; e esta não pensa sequer em tocar-lhe, ou mesmo olhal-o, não po- dendo comer na mesma mesa e muito menos no mesmo prato, nem emfim acceitar da mão d'elle bebidas. N'uma palavra, a misera esposa afastar-se-ha do domicilio conju- gal em epochas determinadas de cada mez; e nos momen- tos mais sublimes da sua existencia, isto é, quando vae jus- tamente tornar-se mãe, precisa fugir, indo ter o fructo das suas entranhas longe d'esse, em quem os peripateticos que- rem achar um marido sentimentalista como os da Europa. Presa por esse cordão umbilical que a liga á materia, co- mo guindar-se às transcendentes regiões do idealismo? De maneira alguma. A final, em o verdade, o selvagem não faz precisa- mente idyllio, mas cecemmne por elle muitos dos que o observam. Postas estas considerações, continuaremos convictos pela 240 CONCLUSÃO mesma fórma, que toda a idéa de lhe attribuir uma noção sobre o Creador, faconné um pouco á maneira da nossa, é illusoria. O negro não tem similhante noção. Esses mesmos monos por elles feitos, em que muita gen- te quer ver um idolo, que modificado e desenvolvido signi- ficaria a idéa do Supremo, não passam de feitiços, os quaes não convem confundir, porquanto o idolo adora-se, perso- nifica, por assim dizer, um principio, e tem (se se póde avançar) acção directa que se implora, quando aliás o feitiço não a possue ou pelo menos deve esta considerar-se pas- siva. Muitos auctores porém o sustentam, e entre elles o nosso illustre compatriota o sr. A. F. Nogueira (na sua bella obra intitulada A raça negra), diz que os ba-nhaneca e os ban- cumbi designam com o nome de Huco ou Suco, conforme os dialectos, um Deus invisivel, que vê, ouve e sabe quanto pensâmos e dizemos. Respeitando a auctorisada opinião de s. ex.?, seja-nos li- cito obtemperar que ainda continuâmos a suppor ser devida ao contacto civilisador tal idéa, de certa fórma demonstra- da no seguinte periodo: «Não lhe prestam culto ou adoração alguma, mas...» Se admittirmos, como muito bem diz sir John Lubbock, que o fetichismo não comporta templos, idolos, etc., nem cultos, segundo nosso humilde parecer, examine-se o pri- meiro passo dado no caminho da religiosidade e veremos no totémismo o começo de adoração, que o shamanismo desenvolve por extases e a idolatria completa por um culto. D'aqui por diante todos os progressos religiosos até ás formulas superiores têem inherentes essas manifestações. Como pois podem os ban-cumbi (tendo da divindade uma tão transcendente idéa, de resto, ao que parece, absoluta- mente formulada como a nossa, caso extraordinario que só os ban-cumbi conseguiram no meio da humanidade exi- mir-se á trabalhadora tarefa de elaboração e successivo aper- CONCLUSÃO | 241 feicoamento das concepções religiosas), deixar de prestar- lhe culto, quando attingiram tão alto grau de perfectibili- dade sobre a idéa do sobrenatural? Por um simples motivo: porque similhante idéa lhes não pertence, porque essa noção foi plagiada e trazida para um meio pouco preparado, tendo pois valor de todo nullo. Ouviram fallar de uma cousa que lhes custava a compre- hender e deram-lhe um nome, perfeitamente como ao mar —calunga ou lunga, cuja latitude não percebem, assim como os ma-quioco possuiam lá o seu Ngana N'zambi!, de que nada sabiam tambem. O preto conserva-se muito distante d'esse estado supe- rior, e difficil será desligar-se das brutaes superstições que em geral o atormentam e uma circumstancia qualquer ag- grava, por exemplo a noite, quando a imaginação, mais ac- cessivel a terrores, lhe amplia as idéas do dia. Sobre a Creação e preces é inteiramente alheio; o proprio principio do bem e do mal ainda exige entre muitas tribus um attento estudo, para conseguirmos definitivamente esta- belecel-o. — E pouco admire a asserção, porque o seu conhecimento envolve as noções do justo e do injusto, e portanto da con- sciencia, E a respeito d'esta ultima, nós estamos (não inteira, mas proximamente) com Burton, que, fallando da Africa orien- tal, diz: «A consciencia não existe, e o unico arrependimento que o indigena póde sentir é a pena de lhe haver fugido o en- sejo de perpetrar um crime. O roubo distingue um homem; o assassinio sobretudo, se for acompanhado de incidentes atrozes, faz delle um heroe.» l Deve notar-se sempre que N'rambi ou N'zamba em lun-bundo significa elephante, e portanto essa designação tem por fim traduzir uma idéa de grandeza, de que lhes fallaram e elles exprimem pelo termo apropriado áquelle animal, o maior conhecido. VOL. II 16 242 CONCLUSÃO Este facto está longe de considerar-se na costa de oeste rigorosamente verdadeiro, nem mesmo queremos avançar que o africano tenha decidida propensão para o crime, como notâmos na pagina 25 d'este volume; mas commettendo-o não experimenta o que nós chamâmos arrependimento, por- que ignora, segundo parece, ser iniquo o que fez. O sentimento moral acha-se embryonario entre os indi- genas. | O exemplo vê-se na façilidade com que tratam por paga- mento de remir um crime. Entre quasi todas as tribus que conhecemos, o assassino, possuindo bens, póde livrar-se indemnisando a familia da vi- ctima com uma determinada quantia; depois fica livre para proseguir na mesma senda criminosa. Ainda uma circumstancia comprovativa da inconsciencia do mal feito, é o desembaraço com que elles, mandados, se prestam a delinquir. Assim vemos qualquer preto, induzido por um chefe, praticar um, dois ou tres assassinios, por exemplo o muene cutapa na Lunda, com a maior naturalidade, sem indicios de remorso. Atfaire de educação. Presumimos do nosso gabinete que estas linhas irão caír como uma bomba sobre as convicções de muitos notaveis pensadores na materia sujeita. | E triste. - Lamentâmos que similhante facto se dê, e respeitando opiniões alheias, entendemos cumprir um dever, expondo aqui o resultado da nossa propria observação, o qual de resto podem muitos reputar falso. Cumpre advertir sempre por conveniente que as nossas considerações versam sobre os povos do interior, longe do contacto europeu, ou não o conhecendo, como ma-coco, ma- iácca, ma-hungo, e nunca das tribus litoraes, d'onde se nos afigura terem os viajantes trazido à Europa algumas noticias inexactas, CONCLUSÃO 243 A questão da linguistica apresenta-se agora vaga, escura, nem sabemos por que maneira penetrar n'ella. A ethnologia como a linguistica de Africa constituem es- tudos, por assim dizer, desconhecidos, e emittir sobre elles qualquer opinião terá o perigo de começar por um erro. N'um esboceto, sem o intuito de aterrorisarmos os lei- tores, mas para lhes offerecer a justa medida do receio que inspira uma incursão em taes dominios, enumeraremos de relance (obtida a devida licença), algumas das linguas falla- das no grande continente ao sul do equador. Principiemos pelo norte do Zaire. Existem o aschanti, o dahomé, o ioruba, o benga, o ueta, o onfué, o onglo, o fanti, o insubu, o dualla, o diquelé, o nupé, o ibo, o efique, o maxi, o evé, o otji, o acra, o baza, o cru, o crebo, o vel, susu e o mandé dos ma-n'dinga, o timné, etc., etc. No territorio do Gabão ha o m'pongué e o ocandé, bem como o fiote ao sul, no Luango e Cacongo. Nas margens do Zaire o lu-congo. | Para o sul o lu-n'bundo ou qui-n'bundo, o lu-herero, o qui-cobale, o lu-camba, o lun-cumbi, o lu-nhaneca, o lun- gambué, fallados na margem do Cu-nene, Ovampo, etc.; de- pois, costa de oeste abaixo, o nama e o córa (dialectos hot- tentotes), a lingua dos bosjeman, que por léste se trans- forma no osu, no tonga, no zulu, no tebele, no batsoleta, no sechuana, com os seus dialectos serolong, sesuto e sech- lapi, os quaes seguidamente cedem o logar ao tequeza e ao cafre entre a Zululandia e o Zambeze, e emfim ao ma-cua, e linguas de Tete e Senna. Ao norte do Nyassa vem o conhecido qui-suahéli, qui- niamézi, qui-nica, e os qui-camba, qui-ião, qui-cuio, e mui- tas outras. Por esta assombrosa enumeração, claro está quanto o pro- blema é grave, e não podemos nós, com um limitado conhe- cimento, lançar sobre elle a precisa luz, Sem embargo, permittam-se-nos duas considerações. 244 CONCLUSÃO A circumstancia que mais deve facilitar a variabilidade de uma lingua consiste sem duvida em não ser escripta. A minima modulagem ou variante no entoado póde operar profundas modificações na palavra e favorecer a sua conse- quente corrupção. A mudanca de habitos n'uma tribu basta, segundo pen- simos, para introduzil-as. O transporte de um paiz plano para a montanha, por exemplo, incitará os individuos que até ali no valle nada observavam a distancia, e não tinham portanto de gritar, a prolongarem com o decurso do tempo o som de deter- minadas syllabas, cantando por assim dizer a phrase, a fim de se ouvirem de uma a outra serra, sem o trabalho de a descerem. | A permanencia junto de grandes cursos de agua, cata- ractas, etc., produz resultados identicos, de fórma que uma lingua abundante em certa região nas terminações esdru- xulas, poderá passar n'outra a tel-as carregadas no final. N'esse caso estão as linguas da Africa equatorial, e ahi nos parece se encontra a origem d'essa infinidade de dia- lectos que as tribus do sul fallam. Na abalisada opinião de R. Hartmann afigura-se incontes- tavel a existencia de um laço intimo entre todas as linguas africanas. A coberto do parecer do illustre philologo, ousâmos tam-. bem declarar fóra de duvida (quanto ás que conhecemos), si- milhante relação, e que o lu-lundo, lun-n'bundo, lun-cumbi, lu-nhaneca, tebele e cafre, representam dialectos de uma mesma lingua mãe, cuja prova breve se mostrará pelo estu» do dos vocabularios. Basta o simples exame da numeração, entre os diversos povos de Africa do sul, para que este rapprochement nos salteie a mente. O leitor póde certificar-se, observando os vocabularios que adiante lhe apresentâmos, se os comparar com os de Serpa Pinto, Cameron, etc. CONCLUSÃO 245 a oe ee ae e em N'este ultimo, por exemplo, verá que o dialecto de Rua!, embora á primeira vista muito differente, tem o algarismo 4 expresso pelo termo tuâna, que os ban-cumbi dizem cudna, os bin-bundo uána, os ban-bondo bicudna; que o 5 é ali tutano, os segundos dizem táno, os terceiros exprimem da mesma fórma, e os quartos traduzem bitáno. O algarismo 10 possue em todos uma similhanca extra- ordinaria; assim, em qui-rua é di-cumi, em lun-cumbi ecuma, em quin-bundo [:-cumi, em lun-bondo cum, etc. Por esta rapida analyse póde apreciar-se a verdade da nossa affirmativa, que a comparação dos termos mais evi- dente tornará. As linguas africanas são em geral pobres, imperfeitas, complicadas de variadissimos signaes, que por si comple- tam phrases, pelo simples motivo de não existirem idéas correlativas. Por isso faltam áquelles que as fallam muitos termos ge- nericos, como para arvores (que elles dizem paus); alem d'is- so não conhecem o modo de exprimir algumas qualidades. Um exemplo démos n'este volume, em que o interprete não sabendo dizer leaes, traduziu por gordos! As dicções como as idéas abstractas, braço, animaes, se- xo, côr, são raras, e gencralisam-nas por meio dos infinitos: Ron er, Correr, etc. Sobretudo para os sexos acrescentam ao qualitativo o vo- cabulo homem ou mulher; assim, gallo e gallinha em quin- bundo exprimem-se respectivamente por ossanja-olume e ossanja-occai, gallinha homem, gallinha mulher. D'aqui nasciam as extensas orações que tanto nos incom- modavam, e a complicada demora em satisfazerem á mais simples pergunta. Um facto notavel é terem os selvagens pouca ou nenhu- ma tendencia para contradictar. 1 Qui-Rua denominado, sendo qui o prefixo, que, anteposto ao nome da terra, se refere á lingua fallada ali. 246 CONCLUSÃO Talvez que entre elles, nos seus fundamentos, se contra- digam, mas comnosco succedia o contrario. Invariavelmente tinham o sim para tudo, e este defeito aggravava-se á medica que os apoquentavamos em nossas investigações. Era assim que, após uma hora de inquirição, elles, como aborrecidos, chegavam a desmoronar todo o edificio por nós architectado, respondendo sim a perguntas oppostas às pri- meiras. Como os interrogatorios nada os interessassem, cansa- vam-se, conforme se nos afigurava, se não era o proprio espirito que lhes repellia um trabalho exagerado. As idéas de tempo, de distancia, de numero e de quanti- dade são entre elles confusas, e ás vezes avaliadas por uma fórma que deixa o europeu perplexo. . Exemplo : — Quanto tempo levariamos d'aqui ao ponto onde o Cu-ango entra no Zaire? Depois de extenso preambulo, eis a resposta: — Precisa gastar dois pares de alpercatas ! Nos negocios era absolutamente a mesma confusão. As- sim, ao comprar certa vez uma cabeça de gado por 54 jar- das de fazenda, realisavamos o pagamento com pecas d'esta maneira. ricompletaldeR ra sa 18 mencetada idem o 15 encetadalden Sa jo porta ara a 16 Nhaisto jardas e 5 . Somamal Li 54 Elles, porém, não entendendo, exigiam que se rasgasse. tudo em lotes de q jardas (meias pecas), pela fórma se- guinte : Completa.... o+ 9 Encetada .... g+ 643 Encetada.... 9o+- 7+2 27+22 + 5 = 54 CONCLUSÃO 247 Como já apoóntámos nos dialectos por nós conhecidos, formam-se os singulares e pluraes com prefixos proprios, que para a raca humana são antepostos ao nome da terra, mu ou mun no singular, ba, bin ou ban, sendo substituido por gui ou t'chi no singular, ma ou man quando se refiram a qualificativos. O prefixo t'chi póde empregar-se fazendo o plural em bi, se se trata de appellativos; assim, vemos dizer : folha, t'chi-sapa — folhas, bi-sapa branco, t'chin-delle — brancos, bin-delle Na lingua da Lunda formam muitos appellativos, o sin- gular com mu e o plural com a; exemplo: mulher, mu-caje — mulheres, a-caje e ainda no lu-lunda se encontram as respectivas formações com ee ma; a saber: amigo, e-camnba — amigos, ma-camba Entre muitos substantivos téem ainda os dialectos lu- nano outro modo de formar pluraes, como os que seguem: lobo, m'bungo — lobos, djin-bungo crocodilo, 11 gando — crocodilos, djin-gando porco, w'gulo — porcos, djin-gulo abelha, nm higue — abelhas, dji-nhigue Emfim, no é radical de gente, ba o seu designativo; lu exprime lingua, tu carne. O prefixo ca, muitas vezes encontrado, parece usar-se no sentido de deprimir ou tornar inferior; é por isso que 0% ban-gala, querendo aviltar-nos, dizem em logar de muene: puto, caputo; e o Muata-lanvo, fallando de qualquer tribu * lunda sua avassallada, dirá ca-lunda. 248 CONCLUSÃO Ae aeee e me mes É isto o que approximadamente podemos adiantar nos limites d'esta obra sobre linguas, cujo estado ainda em atrazo carece de persistente trabalho, o qual servirá de guia ao leitor attento para ter ingresso n'esse difficil laby- rintho. Eis, num rapido aperçu sobre as tribus africanas, a re- senha da sua distribuição nas terras por nós percorridas, do modo como se estabeleceram, das suas leis, maneira de ser em materia religiosa, e emfim da sua linguagem, a que juntaremos duas palavras ácerca de alimentação. Póde em absoluto affirmar-se que o principal alimento ou a base d'elle nas ditas terras constitue-se pelos quatro artigos seguintes, os quaes variam conforme as regiões: a mandioca (Manthot aip:), mais conhecida por Jatropha ma- nihot; a massambala, variedades do Sorghum; o massango, scientificamente chamado Penisetum ty phoideum (hoje per- tencente ao genero Penicillaria), de que existem duas varie- dades, o liso e o barbado (sem duvida devidos à cultura): e o milho (Zea mais), que tambem ali se vê com profusão. Todos estes artigos formam o pão, depois de reduzidos a farinha. Infelizmente ao indigena falta o moinho, de fórma que precisa valer-se do singelo processo do pilão, unico d'elle sabido para obter aquelle resultado. Este meio tem quasi sempre por base a infusão mais ou menos prolongada da raiz ou do tuberculo a pulverisar, com exposições ao sol. Claro está, pois, que sobrevindo fermento e com elle as necessarias variantes, todas as farinhas africanas são pesa- das, indigestas, desagradaveis no primeiro tempo ao paladar europeu, e incapazes de levedo para com ellas se obter pão soffrivel. A isto junta o indigena, como conducto, tudo quanto lhe apparece, carne, peixe, vegetaes, e d'estes ultimos basta pequenissima quantidade para provocar a ingestão de umas poucas de libras de pão. CONCLUSÃO 249 A ginguba é tambem para elles de grande valor e de que tribus inteiras se alimentam. Os jinga, os ma-hungo e os ma-iácca comem porções phenomenaes, sem mesmo a levarem ao fogo, e conforme a tiram da terra. Depois seguem-se fructas indigenas e exoticas, que seria longo enumerar, desde a Vitis heraclifolia até à bananeira, bem como as variedades de inhames, de tuberculos da hel- mia, de batatas, de raizes pouco vulgares, que elles devo- ram sofregos. Emfim, um toro de canna saccharina, uma cabaça de leite azedo ou de hydromel, completam a serie dos generos consumidos. | A alimentação vegetal está quasi exclusivamente espalha- da por todo o continente. Só em casos extraordinarios se abate uma rez para con- sumir, e então ao derredor da victima o indigena, em geral pueril, entrega-se aos mais estupendos transportes de ale- gria. | Quantas vezes os observâmos em nosso campo, após a morte de um boi, lançarem-se sobre elle e espatifal-o, no meio de saltos e gritos, não abandonando sequer o conteú- do dos intestinos ! Então seguiam-se cousas singulares em volta das panellas fumegantes, a que geralmente dava remate um batuque des- ordenado, cheio de scenas divertidas e patheticas. Supportando longo tempo a fome, o indigena contenta-se com quatro grãos de Arachis; mas, ao chegar o momento de satisfazer-se-lhe o appetite, nada o sacia. Ingere libras successivas de farinha, de maneira que se lhe desenvolve o abdomen a ponto de, luzidio, parecer pres- tes a estalar. Nos velhos sobretudo é este facto mais saliente. À medida que se lhes forma o vasio no ventre, enruga-se- lhes a pelle abdominal, falta de elasticidade, dando-lhes um aspecto repellente e desagradavel. 350". CONCLUSÃO Em aire rm ir PS e rar pipe me pra e io pm e re a ee Me a A e ra O africano em geral (cumpre dizel-o) tem propensão deci- dida para ebrio. | É Seja que na escassez de liquidos fortes resida a causa de similhante exagero quando se alcançam, ou no abuso d'ellas encontre o preto distracção para a sua monotona e misera- vel vida, não póde contestar-se que raro vimos quem, se lh'a cedessem, não bebesse até caír. Comquanto as poções que fabricam possam embriagal- os (claro é precisarem de grandes quantidades), preferem a aguardente da Europa para tal fm, achando nos effeitos uma differença que vamos explicar. À primeira vista parecerá natural a preferencia do alcool por mais energico e produzir efeito com menos trabalho; não o entendem porém assim, e dizem ser alegre a bebe- deira da aguardente, emquanto que a do hydromel é triste. Ora, efectivamente, em Quioco, tivemos a propria ex- periencia n'uma senzala, não por uma bebedeira redonda, mas porque indo visitar um soba pela manhã, ainda em jejum, e sendo obrigados a beber em demasia, na volta para o quilombo fomos presa dos primeiros fumos da em- briaguez, um pouco differente da fórma como na Europa se manifestam as primeiras acções do alcool. Sentiamo-nos mais leves, procurando com confusão as posições de equilibrio; todavia, no meio de tudo isto so- brevinha uma angustia, um constante bater nos parietaes, dores de cabeca, necessidade de vomitar, assimilhando-se tal estado antes ao envenenamento pelo tabaco do que á perturbação cerebral produzida pelo alcool. D'este modo nada tem de estranha a especial distincção assente entre elles para as bebidas europêas, as quaes se- gundo parece lhes facultam sensações diversas das que pro- porciona o hydromel e outras. Emfim, os homens da Africa não comem precisamente por deleite, mas para viver. Todos os seus alimentos são semsabores, proprios de um paladar não habituado, e lon- ge de comparar-se ao que nós sabemos a esse respeito. CONCLUSÃO 251 a tea a eee mi aa e eee em Não os espanta a putrefacção. Os nossos aromas principalmente affectam-lhes o syste- ma nervoso com sensações desagradaveis, a julgar pelas ca- retas que acompanham as experiencias. Um fructo qualquer muito doce, em tendo sabor terebin- thinoso, será dºelles recebido com preferencia ao de um aro- ma particular e que nos agrade. Alguns ali muito apreciados chegam a tornar-se repugnan- tes, como por exemplo uma variedade de Carica papaya, cujo cheiro lembra o exhalado pelos residuos fecaes da raça canina! | Outros são insipidos e inodoros; sem embargo chupam- os gostosamente, com identica satisfação áquella que mani- festaria qualquer de nós perante uma charlotte russe. Apresentado o indigena africano sob estes pontos de vis- ta, miremol-o agora por outro mais geral e philosophico. O preto: que tem elle feito, para que ha de servir? A historia d'elle é tão antiga como a do branco. Por toda a parte onde este precisa luctar com os rigores de uma temperatura elevada e de um sol dardejante, aquel- le lá se encontra ao seu lado, entregue aos mais arduos tra- balhos, vivendo no meio de miserias e constituindo uma individualidade que, sendo justamente o producto de cir- cumstancias muito diversas, se apresenta tão variavel como ellas e de accentuação dificil. O seu valor physico e moral depende da direcção im- primida pelos que o dominam. Formal-o n'uma escala re- lativa de vicio ou de virtude, modificar as propensões inhe- rentes à sua natureza pertence aos individuos com quem vive. Como todavia o intuito foi sempre exploral-o, o negro, á mercê da vontade do possuinte, só movido por similhante fim, sem opinião, sem criterio, sem familia, sem lar, sem interesses, havia de tornar-se infallivelmente presa de todas as ignobeis paixões, de que uma natureza baixa e não coa- djuvada póde ser susceptivel. 252 CONCLUSÃO Desde os mais tenros annos comecçou-lhe a nascer o odio pelos que o escravisavam, a inveja das felicidades alheias, a fatal e consequente sêde de vingança; n'estas circumstancias, pois, converteu-se n'uma creatura anomala, sem sentimen- tos nem qualidades definidas, muito menos coordenadas, cujo estudo aterra, Não é certamente elle o culpado, mas sim quem o do- mina. Negociantes, mercadores, quaesquer que fossem, explo- rando o pobre sem nunca lhes vir á mente recompensal-o, desde o primeiro dia que encontraram o negro incapaz de luctar com elles intellectualmente, votaram-o ao ostracismo, eximindo-se a consideral-o seu irmão. Nem duvidâmos afiançar perante o mundo, e baseados nos conhecimentos ácerca do modo de ser do negro, que aq esclavismo, mas sobretudo ao desprezo nutrido pelo ho- mem civilisado de raça branca, deve o infeliz a sua precaria situação moral. Campeando sempre entre os dois o fatal odio de raça, somos nós os primeiros a deprimil-os e desprezal-os. Esses mesmos negrophilos que pullulam pela Europa, se comnosco entrassem no antro descortinariam os dentes á fera, vendo que portuguezes, inglezes, francezes, hollan- dezes e individuos de outras nacionalidades, ali, ao contacto do desgraçado, modificam inteiramente esses preconisados sentimentos de piedade, dedicação e amor; e que quanto mais do norte são as raças, tanto mais ferozes se manifes- tam os seus odios. Speke, no seu livro Sources of the Nile, diz: «Não julgo o preto em Africa capaz de se tirar da inferioridade em que vive.» Que rasões se podem pois adduzir em favor de tal as- serção? O facto d'essa relativa inferioridade social? Mas como conseguiria o indigena saír della, perseguido por toda a parte pelo branco? CONCLUSÃO 253 Desde tempos immemoriaes o Esypto tem sido o ponto por onde todas as miserias entram no sertão. O preto, fu- gindo temorento, foi pouco a pouco cercado, restando-lhe apenas um recurso: evitar o mundo em via de civilisar-se. Quem nos diz se as grandes invasões mui falladas no in- terior, todas procedentes do norte, Djaggas, Bondos, Tem- bos, seriam a justa consequencia d'essa perseguição, e que immensas tribus, vendo-se batidas por aquelle lado, não abalaram para o sul? | Assim escorraçado, deprimido, o negro internou-se em terras bravias, não lhe sobrando tempo para luctar com a barbara e hirsuta natureza, em prejuizo de uma organisa- ção mais completa da sua sociedade. Assim, o que ha feito elle? Fugir ao constante acossamento, e trabalhando para isso já não conseguiu pouco. Que piedade inspira a miseravel situação do preto escra- visado! Basta pensar nas devastações, assassinios e scenas de requintada crueldade a que o trafico dá logar, para facil- mente nos convencermos ser tal conjunctura sufficiente a cohibir qualquer tendencia de um povo para a vereda do progresso. | Hoje as cousas vão mudando de fórma sensivel. Depois de proscripto officialmente o trafico por todas as nações civilisadas, o africano acha-se a caminho de uma pro- funda modificação. Verdade é que para o centro e no nordeste a escravatu- ra existe ainda, apontando os viajantes as victimas por mi- lhares, n'essas malfadadas terras; a origem está porém na nefasta influencia da raça arabe, verdadeira peste de Africa, contra a qual nos deviamos na Europa colligar em perma- nente cruzada. O estado do negro nas colonias portuguezas (as que me- lhor conhecemos em Africa, após o grande e generoso acto da emancipação dos escravos, que alterou muito o modo de - 254 CONCLUSÃO ser da vida social), e as condições do trabalho, apresentam- se com certeza outros. A moral ganhou immenso; a equidade e a justiça, poden- do actuar desassombradamente, os maus instinctos de per- versas naturezas são constrangidos, perante o protesto do aifranchi, a reprimir-se pelo receio do castigo. Ali, onde existia o negro rude, preso ás cadeias da von- tade do colono ignaro, encontra-se já um homem, em quem a primeira noção do trabalho livre e o consequente lucro foi o germen das idéas honestas, fazendo antever futuro mais feliz. Elle, outr'ora oscillante entre o azorrague e a forquilha, desamparado, vendo nos chefes ou senhores só creaturas odientas, que o esmagavam e nutriam a infernal sêde de vingança, acha-se hoje liberto pelo menos da acção d'este baixo sentimento, constituindo assim já um grande passo na senda da moralidade e do bem. Não comprehende por emquanto o africano a fatal e in- fallivel transformação que n'elle se está passando, nem mes- mo a comprehendemos nós, pois que de tempos immemo- riaes subsiste o preto escravisado, sem ensejo de provar que é susceptivel de tornar-se homem livre, chefe de fa- milia e trabalhador honesto, mas brevemente ver-se-ha sob um justo e meditado impulso caminhar (mais depressa tal- vez do que se presume) pelo trilho conducente à perfecti- bilidade. Convem entretanto, como diz Cameron, não esquecer que o nosso estado de adiantamento é o fructo de seculos de tra- balho, e querer que o africano ahi chegue em duas decadas importa um absurdo. A educação do indigena deve operar-se por graduações successivas; seria grave erro impor-lhes os nossos costumes de hoje, sem para isso os preparar. | Suppor um preto igual ao branco, ou insinuar-lh'o, é um crime, como judiciosamente diz Serpa Pinto a pag. 265 do vol. 1 da sua obra, nos paragraphos que transcrevemos : CONCLUSÃO 255 «Os missionarios que têem pouco saber e intelligencia co- mecam por gritar-lhe a cada hora, a cada momento, no pul- pito sagrado (que só deve ouvir a linguagem da verdade), que elles são iguaes ao branco, são iguaes ao homem civi- lisado; quando lhes deveriam dizer o contrario, quando só lhes deveriam dizer: «Entre ti e o europeu ha uma differença enorme, e eu venho ensinar-te a vencel-a.» «Regenera-te, deixa os habitos indolentes e trabalha; dei- xa o crime e pratíca a virtude; aprende e deixa a ignoran- cia, e só então poderás alcancar um logar junto do branco, poderás ser seu igual. -«Dizer ao selvagem ignaro, que elle é igual ao homem civilisado, é mentir, é commetter um crime, é faltar a todos, etc.» Obrigar na verdade o preto a conformar-se com os ha- bitos e modo de viver do europeu, forçando-o n'um dia a similhante conversão, afigura-se-nos seguramente erro. É porém lamentavel que a crescente industria de muitas nações não permitta a subordinação a este plano, e que tra- tando de introduzir-se em Africa sob o pretexto de praticar o bem em favor do indigena, apenas levem em mira o lucro do individuo e a procura de mercados onde possam diffun- dir quanto produzem, coagindo o preto, que hontem andava de pannos e pennas na cabeça, a trazer um chapéu alto e envergar uma ridicula casaca. Em materia de religião todo o cuidado é pouco; interes- ses especiaes já hoje começam a manifestar-se no religioso fervor com que as missões invadem a Africa. Do nosso gabinete antevemos, e ousâmos apontar aos governos, que uma situação embaraçosa para o civilisador progresso do Indigena principia a crear-se no grande conti- nente. De toda a parte as nacionalidades da Europa despejam missões que no interior ensaiam a catechese. Por seu lado 256 CONCLUSÃO os arabes de Koran em punho intentam a conversão, com apreciaveis resultados já. Cada seita, cada culto, apresentando-se como os verda- deiros, à exclusão dos outros, o pobre preto, oppresso pelos chefes, impressionado pelas derradeiras recordações do fetichismo dos paes, convertido pelos missionarios, que o carregam de Biblias e de Korans, sentindo-se guindado de teque enrabichado ao anderbello (na phrase maritima), não saberá breve onde o querem conduzir. Se da livre America os Mormons se lembrarem um dia de ir a Africa, o cahos então será tal, que teremos um es- pectaculo similhante ao dado junto aos muros de Babel, se- gundo a historia diz. Assim pois afigura-se-nos, para remediar tamanho in- conveniente, que é necessario o estabelecimento de uma as- sociação catholica internacional, a fim de, em plano geral com bases identicas, administrar pela terra negra o pão es- piritual ao indigena. Sabemos que a todos salteará a idéa dos obstaculos a sobrevir na unidade religiosa, entre nações onde as formu- las variam. Esse assumpto, que nem pensâmos resolver, será o pri- meiro cuidado da associação a formar-se. Um facto de tal ordem, reconhecido por todas as nações que na Africa se encarregam de tão nobilissimo fim, teria d'elles toda a assistencia e decidido apoio, contra qualquer seita em via de tentativa, e principalmente contra os secta- rios do propheta de Yatrib. O primeiro encargo que lhe constituiriam devêra ser O estudo dos dialectos, e a traducção de Biblias e livros de orações n'esses mesmos dialectos. Começar as conversões por ensinar hollandez ou allemão a um indigena, é tão extraordinario, que suppomos esforço perdido. Nada contrista tanto um povo como abandonar a lingua dos avós, e hoje que o arabe tende a generalisar-se, simi- CONCLUSÃO 257 lhante meio daria em consequencia o surprehender-lhe os progressos ali. | Depois seguir-se-ía o esboço de um plano generico de organisação social, tendo por base a familia, o mutuo auxi- lio, o trabalho remunerado. Ensinar de seguida o indigena a fazer a charrua, a ex- trahir o ferro pelo modo mais aproveitavel, a combinal-o com o carbone para produzir o aço, levar-lhe a primeira no- ção do moinho, revelando-lhe o modo de aproveitar a força das aguas e as vantagens do amanho da terra, etc., é em duas palavras o debute serio das missões n'aquellas para- gens. O negro, desde o primeiro dia que avistar o missionario deve ver n'elle, não o n ganga (feiticeiro) revestido da preta sotaina (absolutamente dispensavel), e de formulas mais ou menos mysteriosas, mas um guia superior, carinhoso, juiz recto, de cuja acção só resulte para elle o bem e a felici- dade. | Nºesse dia ha de infallivelmente encontrar um mestre (não disposto a indicar-lhe com alambicado mysticismo o cami- nho do céu), mas a pôl-o á altura de satisfazer os manejos de uma primeira industria. Educar pois missionarios, nos meios praticos e utilistas das artes applicadas, reduzindo, por uma devida propor- cão, os apocalyticos e enfadonhos estudos theologicos, é o immediato. O commercio então desenvolver-se-ha gradualmente, na medida das necessidades; o trabalho, tornado em habito, terá a sua influencia moralisadora; dos sacrifícios n'elle fei- tos virá o conhecimento do valor e da economia, assim como a convicção de que com elle se adquire o bem estar, que breve deseja augmentar-se. Depois surgirão esses resultados bem visiveis, com o in- tuito de possuir, de enriquecer, de deixar aos seus aquillo que reuniu, de preparar-lhes uma felicidade, cujo preço se avalia, VOL. II 417 258 CONCLUSÃO Nºestas circumstancias que póde um negro vir a ser? Um homem como qualquer de nós. Volvamos de novo á Africa, para rematar pelo estabele- cimento do europeu ali. O futuro do grande continente, dependendo de muitos ge- neros de explorações, em que de certo haverá mais retentis- sement nas mineiras (sirva de exemplo a America, a qual como nenhuma rapidamente chamou a colonisação), ha de ter sem duvida como objectivo constante a agricultura. As ricas e variadas producções indigenas do reino vegetal, a facilidade em aclimar as exoticas, convidarão com certe- za o colonisador a apropriar-se d'ellas, e ligando-se à terra exigir d'esta os Inextinguiveis thesouros. É com effeito para maravilhar a accumulação e variedade de artigos, principalmente vegetaes, d'aquelles ferteis ter- renos. - Cansa-se a imaginação de admirar os bosques de arvores gigantes, e os multiplos arbustos e plantas desconhecidas. Enumerar detidamente as riquezas de tão espantoso solo occuparia muitas folhas. Se deixarmos por agora o negocio do marfim, que de cer- ta fórma tende a decaír, comquanto seja dos mais ricos, e que para a colonia portugueza é em especial explorado pe- los caminhos sobre que fica Cassanje para a Lunda, o Bié para a Catanga e Lua, e ao longo do Cu-bango para o Bu- cusso, veremos na nossa ligeira narrativa quanto interesse deve merecer a exploração methodica dos largos sertões do negro continente. | A partir do litoral, no reino vegetal, temos a canna sac- charina, que nasce nos valles dos grandes rios, como Cu- anza, Cu-vo, Lu-oje, etc., e anda em pontos mais elevados, onde a agua seja abundante, por exemplo Dombe, etc. Produz já hoje a aguardente em quantidade para supprir parte das necessidades do preto, e poderia, com largo des- envolvimento, dar o assucar para os mercados da Europa. A broca, e ultimamente um outro verme não menos peri- CONCLUSÃO 259 ema o e ce me ——— eme goso, têem atacado as plantações, destruindo grande parte da canna. Um estudo attento, porém, traria como consequencia a descoberta de qualquer processo, tendente a impedir a ac- ção destruidora de taes animalculos. Ao lado temos as palmeiras notaveis como a Elais gui- nensis, cuja polpa do fructo dá, em prolongada lexivia, um azeite espesso e vermelho, de gosto supportavel antes de rançar, denominado de palma, e cujo caroço submettido á acção do fogo produz o oleo empyreumatico, de coconote, “já hoje recebido em toda a Europa. E vemos mais: As hyphone e os borassus, com folhas que se empregam no fabrico de chapéus e outros artigos. As adansonias, cujas fibras do entrecasco constituem o licomte, hoje explorado em grande escala para a confecção de fazendas e papeis. O palma christi, aproveitavel para fins medicinaes. O aloés, espargido com profusão. O tabaco, crescendo em toda a parte, e sendo de nota- vel aroma o de Ambaca. O canhamo, não menos frequente. O algodão, abundante e de qualidades diversas pela com- pleta extensão da provincia. O café, Já hoje apreciado nos nossos mercados, vingando em toda a região montanhosa, sendo o de Dre nãe o me- lhor a A ginguba, produzindo muito oral parece inexgotavel no plan'alto de Ambaca e terras de léste. As pimentas, encontrados em toda a parte. O arroz, que no Bié observámos, e para que deverão destinar-se grandes tractos das terras altas. O milho, muito fertil, quer em Quillengues, Caconda ou Duque de Bragança. O sorgho, espalhado no interior, constituindo no geral a alimentação do indigena, 260 CONCLUSÃO O massango, de que os ganguellas e ma-quioco se nu- trem invariavelmente. O balsamo elemi, n'uma quantidade assombrosa. A gomma copal, cujas arvores se acham na costa e no interior e de que existem jazigos notaveis. A borracha, que umas colossaes trepadeiras produzem e o Indigena derriba para extrahir-lhe a seiva. O sangue de drago, cuja exploração já se tentou. - A tacula, em permanente apanha na Jinga, e muitas ou- tras que seria extenso enumerar. Do reino animal nota-se: O marfim, a que n'outro logar alludimos, representado pelo dente do elephante ou cavallo-marinho, e em constante busca em todo o continente. O unicornio, de que o rhinoceronte é o productor. A cera, da qual os ganguellas são os maiores possuidores. À seda, tanto da aranha como dos casulos n'esta obra des- criptos. As pennas de marabu e abestruz, que em muitos merca- dos apparecem. As pelles de boi, ou de animaes silvestres, como leopar- do, panthera, leão, etc., e um numero de outros ainda de pouca procura, Emfim, os minerios (que os leitores já conhecem), entre os quaes figura o ferro sob a fórma especular ou na de hematite. O enxofre, nos gessos. O cobre, em toda as terras das montanhas e no interior, apparecendo fundido com o feitio de uma cruz. O carvão, de que existem indicações. O ouro, no Lombije e outros pontos. A prata, na Jinga (Dallango), Cambambe, etc. O sal gemma, em extracção em muitas terras. ' Esta simples resenha basta para dar a idéa da riqueza de vasto continente de que temos tratado, o qual deve es- perar dos nossos esforços um futuro de prosperidade, em nada cedendo á fertil America. CONCLUSÃO 261 A colonisação, porém, é o problema mais grave e de sé- rio estudo. A vida do europeu na Africa tropical, se não impossivel por agora, é pelo menos cheia de perigos e difficuldades ; portanto modificar as circumstancias em que ella ahi se acha, dispor centros populosos, constituir os meios necessarios para a existencia, sanear n'uma palavra o sertão africano, eis o que primeiro deve ter-se em vista. Os meios immediatos que se apresentam são dois: ligar por estradas, convenientemente dispostas, os pontos inte- riores com o litoral, por ser aquelle o mais salubre; e diri- gir as aguas dos grandes rios, por fórma que seccando o pantano e subtrahindo a agua ás terras baixas, se modifi- que com essa falta a forca vegetativa, origem de toda a in- salubridade, em proveito das regiões elevadas, cuja vegeta- cao n'esse caso se desenvolverá. As numerosas cataractas dos rios de Africa, se por um lado constituem obstaculo á navegação em muitas partes, por outro facilitam a distribuição das aguas. Conduzir estas das nascentes dos rios, por systema com- binado de irrigações aos sítios eminentes e salubres, apro- veitando-as como elemento de vida para o reino vegetal e como poderosa força motora em milhares de industrias; es- gotal-as sem custo, não consentindo estagnações; em sum- ma, dominar e dirigir as aguas do continente, é o que pri- meiro convem fazer, para o aproveitamento d'aquellas fe- racissimas terras nos locaes mais elevados. Dir-nos-hão que esse vasto problema só póde resolver- se no decurso de milhares de annos, e que o melhor é con- tentarmo-nos com o que está. | As nossas singelas considerações não miram a resolução immediata. Representam comtudo indicações proveitosas desde já, não só no facto da direcção a dar os trabalhos, como tam- bem na disposição das estradas e linha de conducta para estabelecimento successivo de colonias. 262 CONCLUSÃO Nas eminencias é que se vive melhor em Africa. Aonde o europeu podér estar collocado a 1:000 metros não deve restringir-se a 100. Tem-se por incontestavel serem as altas regiões relativa- mente desnudadas; mas havendo lá os grandes rios como acabimos de citar, para beneficial-as, todo o receio de es- forcos e capital arriscado sem proveito desapparecerá. A Africa, pela sua estructura orographica especial, pelas suas circumstancias climatericas, etc., tem que proceder muito ao inverso dos grandes continentes do hemispherio norte. As suas grandes cidades, os seus vastos mercados, os seus emporios commerciaes, hão de infallivelmente estabe- lecer-se no Interior, e tanto mais quanto mais proximos da região equatorial. Nas planuras do Quioco, nas montanhas de Quillengues, no plateau da Huilla, notavel pela sua salubridade, é que veremos estabelecer-se successivamente as colonias recem- chegadas, se quizerem viver e progredir sob a influencia do clima do grande continente. | Na costa existirá sempre o Comptoir triste, isolado no meio das terras aridas, sob a direcção de qualquer natural, ou de um europeu adoentado, simples logar de permuta- ção e de deposito de generos para embarque. Das escalvadas barreiras pouco poderá o activo traba- lhador colher, embora atrevido e tenaz. Residindo ahi, preso das febres, abatido e fraco, dará à. terra os magros despojos, antes que possa conseguir resul- tados. | Para o plan'alto é pois o caminho. | Ahi sopram os ventos frescos, respira-se desasombrada- mente, vive-se n'um meio em que a estabilidade das tem- peraturas:médias espanta. As tabellas que seguem, resultado de uma serie de ob- servações feitas com o thermometro á profundidade de 0,5 durante alguns mezes, corroborarão a nossa affirmativa. CONCLUSÃO | 263 Janeiro Ievereiro “5 Eus , E u) Es n E 218 SE E E E EE E E ERP SO É Sds E o O dl ! Qd O) O O I di ae da ce 13.44 15.02 1642 20,4 2 — — = = 13.44 15.02 1642 20,2 é) — — — — 13.44 15.02 1642 20,0 4 — = = = 13.44 15.02 1642 20,9 5 — — = = 13.44 15.02 1642 21,2 6 — = = = 13.44 15.02 1042 2157 7 — — — — 13.44 15.02 1642 21,2 “2 13.44 15.02 1642 20,5 13.44 15.02 1642 27 Qd) = 13.44 15.02 1642 20,7 13.44 15.02 1642 21,7 IO 13.44 15.02 1642 20,7 13.44 15.02 1642 HD.) II 13.44 HO? 1642 20,7 13.44 15.02 1642 22,2 I2 13.44 15.02 1042 20,5 13.44 15.02 1642 — 13 13.44 15.02 1642 20,7 ! 13.44 15.02 1642 — IR IS As 15.02 1642 20,7 sia 15.18 1572 22,6 a 19,44 15.02 1642 20,5 13.40 ISEZI 1630 22,6 16 13.44 15.02 1642 20,4 13.39 15.24 | ISSA, Dido BZ 13,44 15:02 1642 20,2 Doo] 15.26 171 21,4 TZ 15.02 1042 20,2 Noob) I5ESZ 1611 224 19 | 13.44 15.02 1042 20,7 13.29 15.38 1590 Di 20 | 13.44 15.02 1042 20,2 425) 15.43 1572 — 21 13:44 15.02 1642 20,2 13.21 15.49 1570 il) DO ISSA: 15.02 1642 20,2 13.19 15.54 1627 = 2 13:44 15.02 1642 20,4 13.15 15.59 1684 20,2 24 | 13.44 15.02 1642 20,7 13.08 16.03 I7IO 20,7 o 13-44 15.02 1642 20,9 13.02 16.08 1655 20,7 26 13.44 15502 1642 20,7 12.58 16.13 1627 2152 27 13.44 15.02 1642 HOT) Dede) 16.20 1697 22 28 13.44 15.02 1642 — 12059 16.20 1697 Dia) 29 13.44 25.02 1642 20,2 — — — — do | 13.44 15.02 1042 20,2 — — — — SE 13.44 15.02 1642 20,2 — — — — (1) Em Caconda. (2) Em viagem. 264 CONCLUSÃO RENA o OM Abril E ——————— o o Ss ta EE E É E EE ê do o É à | Se OR O df O O df I 12.48 16.2 I7IO 20,7 pan22 16.50 1573 — 2 12.44 16.31 1659 20,2 2022 16.50 1579 20,7 3 12.39 16.34 1645 — 12:22 16.50 1573 20,9 4 12.97 16.37 1624 20,7 12122 16.50 157 DIGO 5 12.31 16.41 1613 20,7 12/29 16.50 1573 DIZ 6 12.28 16.43 1649 20,5 12522 16.50 Togo 21,7 7 12.26 16.43 1649 — 2: 10.50 1573 21,5 g 12029 10.50 LST) — Topo 16.50 1573 22,0 9 12/22 16.50 1573 20,0 12:92 16.50 1575 2259 moR BB 222 16.50 1573 20,4 2) 16.50 TágA, 2205 II 299 16.50 1573 20,4 112/8229 16.50 1573 DNA 12 DEP 16.50 ESTO) 20,4 2022 16.50 1573 2247 IS) MZ, 22 16.50 1573 20,4 12/2020 16.50 1573 22,7 I4 12.22 10.50 1573 20,5 2729 16.50 1573 22,7 5 2 2 10.50 1573 — 12822 16.50 1575 22,7 TOM] Biro 22 16.50 1572 21,0 12.22 16.50 1573 224) KZ NEÇDO 16.50 1573 Diho 12529 16.50 é — IS 12.22 16.50 157 21,4 DDD 16.50 1573 23,2 Ion 222 16.50 1573 aim 12/99 16.50 1575 23,0 pon iron 16.50 1575 21,9 222 16.50 Tá 22,5 21 2:22 10.50 IS7á ais 12820 10.50 1573 22,4 29 LDO 16.50 1573 21,7 T25D9 16.50 1573 22,0 SB o Veio 16.50 1573 22,0 Do) 61.50 578) 22,0 24 Jo 92 16.50 ESG Ê 22,0 12329 16.50 1573 Dio DS 10.50 1573 Di 12.22 16.50 1573 22,0 o6ulirada 16.50 1573 Dio USD 16.50 1575 2252 Dai po DEDO 16.50 1573 20,7 ED 16.50 1573 — PS | rato 10.50 1579 20,7 1229 16.50 1573 22,0 20 E ZRoo 10.50 TE) Di) I2r2o 16.50 1573 — 30 12522 10.50 1573 21,0 12.22 16.50 1573 21,9 Sa ironDo 10.50 578 21,0 — — — =: (1) Em viagem. CONCLUSÃO 265 E PEDE a RE Ê REC ME É a / / O ad End E) 12-22 16.50 1573 22,0 ti veb 17.38 1149 19,9 DWIP 12.22 10.50 1573 2DAS HLoÕo) 17-38 1149 19,2 BM 12.22 16.50 1573 2215 TIROS, GEO 1149 19,5 AR 12:22 16.50 1573 — ROS, 17-58 1149 19,5 API 12:22 16.50 1573 22,0 Dia) 17-58 1149 19,0 GRI 12:22 16.50 1573 Ditea) a 49 io 1140 19,2 RAE 12.22 16.50 TA, 21,4 11.45 17.45 1188 19,0 ERR 12:22 16.50 1579 So] 11.46 17:51 1124 19,2 OH 12:22 16.50 LSTO 22,2 11.43 17-53 1075 20,0 Jos) 12.22 16.50 TOO 29:92 11.41 17-58 1078 20,0 II 19h 29 16.50 1573 — II.4I 17.58 1078 20,0 ERP 12:22 16.50 1573 22,4 II.41 17.58 1078 19,2 RE 12.22 16.50 1573 22,9 II.4I 17-58 1078 19,5 TAN 12.22 16.50 STE) 21,8 0 006)7] 18.00 IIIO 19,5 mn 12:22 16.50 1573 2 is 33 18.06 III2 19,0 6 12.22 16.50 1573 — ULAdE 18.06 III2 19,2 I7 12.18 17.02 1464 — DL aS) 18.06 III2 19,2 18 | 12.18 17.02 1464 20,5 add 18.06 TinI2 19,5 10) 12.18 502 1404 20,5 11.33 18.00 III2 19, SP 12.19 17.02 1464 19,2 MESA 18.06 112 19,2 21 12.18 17.02 1404 20,2 os) 18.06 III2 19,2 22 | 12.18 17.02 1464 19,2 ETTA çE) 18.06 III2 19,5 25M|P 12-18 17.02 1404 19,0 RSS 18.00 III2 19,2 2H 12.14 17.07 1345 — LS 18.06 II2 19,0 250 12.00 17.14 1280 19,0 LSD) 18.06 112 19,5 26 | 12.04 17.22 1370 19,0 Ino) 18.06 III2 19,5 “7 uteis, 17-50 1228 19,2 Nr 33 SAS 1189 19,0 58 LI-99 ás REIS) 1149 19,2 Ni oo) 18.15 1189 19,2 ) 2oM 193 17.38 1149 19,0 Tso) 18.15 1189 TO) So | 17.53 17.38 1149 19,0 TIRO 18.15 1189 20,0 31 UE) 17.38 | 1149 19,9 — — — = (1) Em viagem. (2) No Cu-anza. (3) Mongôa. (4) Cha-N'ganji. 2606 CONCLUSÃO Julho Agosto Al E 8 = E E E E e É ES < 5 E ES = õ E = E | E m E Em | OR Dies vera Do ç R I TUR 18.15 1189 19,2 11.05 18.59 1340 21,0 2 1d) 18.15 1189 19,2 11.05 18.59 1340 210.5 3 SS) 18.15 1189 19,0 11.05 18.59 1340 21,0 06-27) 18.22 — 18,5 11.05 18.59 1340 21,0 5 05) 18.31 IIZO 18,7 11.05 18.59 1540 249 6 Tn 25 18.31 II7O o) 11.05 18.59 1340 26,2 7% 11.24 18.29 1242 17,0 HO) 18.59 1340 21,2 8 TiND22 18.46 1295 ÇÃO II.05 18.59 1340 21,3 IL$22 18.46 1295 18,5 11.05 18.59 1340 2H) ) o 11.21 18.50 1300 18,5 “a fo(o) I9.01 1192 21,5 1 11.21 18.50 1300 18,0 10.54 19.02 — = Te 18.50 1200 18,5 10.50 19.05 1164 = 13 mori 18.50 1300 18,5 10.46 19.06 1104 SS I4 HIST 18.50 1200 19,0 a 40 19.08 1226 2) (015) TE 2 18.50 1300 19;0 10.46 19.08 1226 EN) 16 ie e 18.50 1300 19,0 10.46 19.08 1226 22,0 E po e 18.50 1300 19,5 10.46 19.08 1226 22,0 I8 TAIT 18.50 1300 19,5 10.46 19.08 1226 22,0 Ig Tc DE 18.50 1300 19,0 10.46 19.08 1226 22,0 200 LI al 18.50 1300 20,0 10.46 19.08 1226 22,2 21 TIS2 18.50 1300 20,0 10.40 19.08 1226 22,0 do TIS 18.52 1340 — 10.46 19.08 1226 22,2 28 RIO 18.52 1338 — 10.40 19.08 1226 21,8 24 II.IO 18.54 1340 — 10.46 19.08 1226 22,0 BE 11.05 18.59 1340 20,0 DO 19.08 1226 22,0 26 | 11:05 18.59 1340 20,5 10.40 |. 19.07 1199 22,2 27 ROD 18.59 1340 20,5 oo 19.06 1158 2% 28) BE UTHOS 18.59 1340 20,5 10.34 19.00 1180 225 on RIOS 18.59 1340 20,5 10.34 19.06 1180 == 30 TOS 18.59 1340 2160 10.34 19.06 1180 22,0 31 11.05 18.59 1340 21,0 10.34 19.06 1180 — (1) Em viagem. .(2) N'Dumba Tembo. (3) Mughande. (4) Catuchi. (5) Muene T'chiquilla. ] CONCLUSÃO 267 Os grandes e rapidos meios de communicação tornam-se portanto inevitaveis. Ninguem precisará mais da linha ferrea do que o colono africano, porque ninguem como elle terá mais horror à passagem maritima. Da região litoral, repetimos,.ha de fugir, e, se ahi tentar viver, succumbirá fatalmente, condemnando por esse facto o grande continente á immobilidade em que hoje o vemos. — A emigração, pois, das nações civilisadas da Europa só póde ser chamada a colonisar a Africa quando esta lhe of- ferecer a principal das garantias: o meio de transporte para os logares salubres. Toda a tentativa n'este sentido acreditará a sobredita colonisação. ? Conduzir o colono para a terra baixa, obrigal-o a viver trabalhando nos valles, aonde enormes rios serpenteiam e vastos pantanos são permanentes, comporta seguramente matal-o. Ganhar pois o interior o mais rapidamente possivel; esta- belecer o europeu com a maior somma de commodidades ; destruir, por uma administração bem dirigida, a relativa re- pugnancia do preto ao trabalho, fazendo este obrigatorio, e remunerando-o; crear vastos centros de população, entre- ligados pelas navegações regulares dos extensos cursos de agua do interior, ou por estradas bem dispostas; evitar a influencia fatal do pantano afogando-o, isto é, dirigindo sobre este os cursos de agua proximos: eis o modo de resolver o grande problema, que hoje tanto Interessa a Europa. Aproveitemos os rios viaveis para o interior; e dos pon- tos extremos da navegação, por linhas ferreas, liguemos o sertão com a costa debaixo do duplo ponto de vista de eco- nomia e de rapidez. A linha ferrea, esse preciosissimo recurso da civilisação moderna, poderoso instrumento de todo o progresso, rija alavanca movida pelo braço potente do vapor, compete a maior parte na gigantesca obra. 268 CONCLUSÃO A locomotiva, sibilando atravez das vastas florestas afri- canas, operará sem duvida os seus magicos prodigios. Transpondo distancias com a velocidade que lhe é conhe- cida, levará incessantemente os recursos, a vida, o trabalho, ahi onde existe apenas a natureza brava; transformando os sertões adustos em sitios habitaveis, os pantanos em par- ques e jardins, n'uma palavra, collocará a Africa á altura do resto dos continentes, remindo a humanidade de uma das maiores vergonhas, qual é a de ter parte dos seus mem- bros ainda em perfeito estado de selvageria. Ficam expostos os factos, depois d'isto resta-nos apenas dizer com o fabulista: Nisi utile est quod facimus, stulta est gloria. TABELLA DETERMINAÇÕES GEOGRAPHICAS EXPEDIÇÃO DE 1877-1880 | COORDENADAS Datas 1877 Outubro .. Novembro 8 25 14 Dezembro. ( |. IO 1878 4 Janeirol 6 30 II I4 17 oi Fevereiro. 22 25 26 26 Março a K 30 Ao Rego RO Mario! cid. 6 Luanda (1) Luanda . Benguella. Dombe . Dombe . ... Dombe . Dombe (2) Estações ele, lo) jo bio, ie vo; alado 0) co MJ aB jo. dof: ol píoi) JO) vi (oN ceilamio, aún! Jiu 07) OM 19º Lrjorbiziois do Vavo co iaaaa do: te e; Ear Cortrettio: joi,| Joluitor fia Torino: dio a Diogo) rot! Pol Mol normra. o foA fiel e Quillenguess o RS go Quillengu Elio 06 OD e Fe Voir OdDA BA io! Rala o riA red Ted E rol ia) Dia Aga) Era io (Cacondal(B) Rea pos RM Lagoa T'chicondi Cu-nene Cu-nene .. Cu-nene Cu-bango Cu-bango Belmonte Belmonte Quilombo Best) E di Cogire jo: op fogo “o dr Prot] homo vos Treero: oo líoiho quiP io: ta el fo mipsaao! | row Moi] 0)» Fogiior toy Furo is v) Ja) 6/8. (0) Foi!) Joipndo) Fat roi Na, tief ita egg 00 doi vom ce! vo) Ljgi los Dias cia 9 0) Civis: ho, To) Jal b joio! do lb Rel, ju oil Gov Preliaio? Disjurio Wi(o do ni) or Maria mi des [regue isi Go sit ini Malla To)» Nois emilio: | Vogmgio 400 Hoi (oii fofa to/fiNro | fole Alturas meridianas mer. () 106,85 e 98,40 E 102,40 » 100,45 » 100,04 mer. () 91,63 > 91,54 > 80.17.40 > 91,40 2 91,99 2 alt. mer. (| ror.T8.io mer. (). 96,54 men (E 83,19 mer. () 94,91 mer. (6) Horas isa oo TDBNTS DO 3.26.47.00 1.51.34.00 8.25.38.00 6.08.08.30 7.08.14.30 4:41 .00.00 20.50.21.00 : 59.00 12.50 “q AO) td 26.00 6.03.08.00 5.16.36.00 10.59.57.30 30 30 EAST AM 22.30.20. «00 20.32.10. 3.31. 98 (0/0) (0/0) (1) O erro do abba era então de 2,2 sub. As alturas expressas em decimaes e fracções representam ceiros do sextante, ou do primeiro instrumento já reduzido. — (2) O erro do abba eva de 2,18 sub, ) —2"',— (5) Passagem de Mercurio sobre o disco do sol. GEOGRAPHICAS Estados Sub. 5 Sub, I > o. Sub. (o) = 3. Add. 3 > 3 Sub. o > o. > o. — O. Sub. o >» o. >» O. >» o » (0) > (0) > O. >» O. . 10.35 EN iba) fé 19. 08% 19.99 TONS «00 30 - 00 os Alturas a. m. 147,20 fo) 147.20 p.m. 147,84 IO) 7] O 58,85 a. m. 75,95 p.m 87,88 a. m. 50,90 o) 53.18.08 p.m SEITA 2 alt. (7 92.03.40 atatia(o 59.36.50 O 15,58 alt (o 79,71 a. m. 92,62 2 alt. () I01.15.20 a. m. 76.17.24 > 47:57:40 > 46.30.50 | O 19,89 | Azimuth Latitude Longitude 42.30 «46.37 grados em que é dividido o instrumento de mr. d' Abbadie, as outras são graus, minutos, segundos e ter- — (3) O erro do abba era de 0.06 sub., reduzindo-se a zero para diante. — (4) O erro do sextante era de 272 COORDENADAS Datas Estações 220 Queques (1 2d OU que RE SE qe q da Da anjo ma Maio: sx =. ou ineo Sos 261 MCalongot. pu e E oGnnCalonson Mn 14 CCnanzani dos E RE saio ja Me ra Ton [CG AMIZANDE si ape oque e 2 Guanaes E Us AnZaS ale nome Me RR o AR ate 6) Cusanza) ds Me Ro o enio s 7 | Bandua. +... DR Re o, ria as on Ruanda E ton EChalCalimbor oe SE ton NC ha Calumbo TE nO Monson T60 Mongol (mn) PE 19 iigasõe () SARL TRA É a A Mon goar o | Mao uaie oro o a e que o IV ionSO are REL oi cu OL IMC, sans o vaias de 6 oe de 25 | CloraNPeema a oo co o oa due 9) (Cleef o 4 0 soe mn ouoa de | Cientes ssa 8 0 0 0a jo So HCna Nicanor e 20 E ChaNtcanti 30 Cha Ntsani(n 5 Mata Ca o PRC O ug o oa Julho Ta Neba Cassinso (o E tra Gangombel CRS nn To Neres QOmban SR 178 Gan some RE o (1) Satellite de Jupiter. — (2) Erro do abba 0,005 sub. Alturas meridianas mer. () mera mer. () » 55.2 OS 100,7 62,536 56:55:89 Horas “1 Sal oo Ros m (o) Õ “1 DA] (o) A%] RES ST) (o) 8.52.39.30 o RR Rr SO) 8.44.46.30 8.21.28.30 20.24.38.30 e SST OD 8.49.30.30 19.41.25.30 3.47. 19.00 9.25.11.00 8.05.50.00 GEOGRAPHICAS 2 Estados Alturas Azimuth Latitude Longitude Sub. 0.18.24.00 — — - E E > 0.18.06.09 IO) 38,47 73.10 — — » 0.18. 16.00 — — — ne = > 0.18.22.00 IO) 186,21 — 12.08.30 17.16.10 = — > 86,52 — 12.08.30 17.06.10 Sub. 0.18.55.40 > 38,37 Tha) 11.54.50 17.34.30 » 0.18.55.40 > 38,67 71.00 — 17: DADO » 0.18.58.00 E = — — 17.34.30 » O. 19.17.41 a. m 35,79 71,40 — 17.34.30 5 0. 19.23.08 IO) 34,22 sa EE 17.34.30 » 0.19.28.41 > 56,79 51,80 11.47.30 17.46.30 » O. 19.53.00 = — = — 17.46.30 » 0. 19.46.00 cor. O TORA — — 18.00.35 » 0.20.03.10 a. m 38,85 76,8 11.41.14 18.00.35 > 0.20.20.30 O 166,55 — 11.34.05 18.00.30 > 0.20.23.00 = — — — 18.08.30 » 0.20.27.00 = = = 11.34.02 18.08.30 > 0.20.46.30 IO) 40,01 76,2 = 18.09.00 > 0.20.51.30 » 49,41 64,5 — 18.09.00 > 0.20.57.00 » 44,35 71,5 = 18.09.00 > 0.21.02.30 » 39,63 77,0 = 18.09.00 — — = — — IG 92049 — > 0-21.12:30 a. m 36.10.10 — — 18.23.00 » 0.21.20.44 O 33,51 80,8 = 18.23.00 » D:25-29-90 > 45,19 697 - — 18.23.00 > 0.21.34.30 > 30,84 82,5 — 18.23.00 > 0.21.13.00 = — — = + > 0.21.48.00 — — — T-30-/12 18.20.16 > 0.21.57.00 IO 16,03 — VIG29- 50 18.38.10 » 0.22.15.00 > 43.04.08 — 11.20.51 18.50.00 — — - — — 11.27.00 Ig. 11.30 Sub. — IO) 37,04 | 81,0 — 18.50.00 VOL. II 18 274. Datas [DO Julho” 25 I 30 2 | Agosto 12 Novembro m Oo Dezembro. 1879 Fevereiro .( 25 NanconrE (1) Os elementos do calculo de 25 de julho a 18 de novembro, principalmente longitudes, foram perdi ; COORDENADAS Estações 04 MODO us: * rar rod Joy jo) dio) io dO, vis) Cangombe igor er! SemiMev ara “91 Muene Coje (1) Cantam a o eso db MD Muene Chicanji 6) o Phi) “vs or) Mel OL (0 Jo Numb Mushande Cha-Calumbo Cu-ango O) doma(s) Joy of jo) - (6 “0) moi vo: Jo) jo Fumbejo 0: úsbclio Dio) of no! Sol fo; mai lj) | io) 150 Cassanza Cassanje Catuelai e o E N'Dumba T'chiquilla Cassanje ev jo eua! | foi) 19d JJmiisor, Totalroniio: one e: Fomidoi) No; Joy a; (0; ol epst Co jo) o. Cassanje o) golfo) Je) Jeyntoi lis! Moro is (6: “s Cassanje Cassanje O) ion Coy io: em (ol | Coj!) el Pjoidl o: ion jo Cassanje 8; Nie plo (er. ,0) jo! coro POL er! hoziiro Banza e Lunda os Deli io! ap om jontro «e! jo Cassanje Rio Lu-i NaDala!S ambas e NHDala Samba) a o Calandula as ss es ad Quiesso 4 ano caso eira a Alturas meridianas mer. () 59.05.09 > 60.22.35 > Or 252rs 2 alt. mer. () 60.52.30 mer. () 01.45.13 » 62.03.40 » 62.45.30 » 65.07.24 » 64.05.35 » 64.44.22 » 65.05.41 » 65.48.21 » 66.34.50 > 67:25:06 » 68.03.58 » 68.14.05 > TORNZAOS » 82.24.13 mer. () 84,40 á 99,42 » Told ei » 73.48.54 mer O) 93,35 — 91,9) Horas TATI DO 27.46.00 -18.39.00 | 40.30.30 “TS, 12.90 -49-49-30 + GEOGRAPHICAS 275 Estados Alturas Azimuth | Latitude Longitude Es = IO) 32,05 8757 — 18.50.00 pé: as E — = 11.00.40 18.55.30 é: e ds — — 10.52.04 18.39.59 Ei 3 pe — — 10.34.23 18.37.05 q ja es — RR MOO? 18.56.30 ás Aa E = — 10.30.00 18.39.51 E A =. = — 10.27.22 18.38.38 =) E: Es = — 10.18.03 18.32.38 = as = a — 10.12.50 18.34.05 ais E É = = 10.06.14 18.43.30 A = — — — 10.03.05 18.43.05 = Es E = = 09.59.56 18.45.42 ais a dr E = 09.54. 19 18.35.39 a Lo = - — 09.45.48 16: 29552 o ps = d 09.38.08 |: 18.10.39 pa m e a = 09.35.06 17.54.30 E = — — — 10.46.30 19.04.30 = — — | — — 10.34.30 19.04.00 = — — — — 09.35.20 17.56.30 E. = - — — 09.35.20 17.56.30 Sub. OH57- 99-30 O pm. 66,83 291,5 09.35.20 17.56.00 ne + > 50,02 — 09.35.20 17.56.00 é: é » 45,42 295,0 09.35.20 17.56.00 as E IO) 52,29 — 09,30 .30 18.17.00 ak = Op.m. 50,28 — — = A — — — — 09.22.19 17.16.30 = — — — — 08.59.00 TZRZÃO, = — — — — 09.27.34 16.50.30 = — Qam. 59,39 117,8 09.27.34 10.50.30 Sub. 0.48.53.10 O pm. 69,66 509,7 09.27.43 16.22.50 > 0.49-09.19 (O) 64,50 334,6 09.25.30 16.23.00 dos no fogo do Duque de Bragança. »76 COORDENADAS Datas Estações Alturas meridianas eta 251 Banzaihanso e mer. (9). 82.08.34 200 BanzalOuiluançe » 87,60 SR ADuguelde Bracançal > 81,82 NEAR oDuqueide Braganca » 84,36 Don DugueldeBrasancal = — 29 | Dumba-ia-Fumanesso . ..... mer. () 73,84 2 | Canda-ia-Massango . «2.14... > 8,00 SU Quimbaxe, q a k tis > e On (Quiimbaxe; ad us o o a » | 72,06 IoH INHBondo;NiGiumzal > 71,03 120 ENHBondo:NHGimnzal(mn — — Maron 198] Calunga:NiGanga lc: mer. () 70,34 Tonin Canuchilas e sa » 69,75 Dra Quipanzo Sem » 68,72 2)0): 0 FUN LACE pn py fo E opa EN arq Sb US SR » 67,97 So PRC D ENO Vero aaa a ol a DNS cada e = = 2 Sp IMafundo: dE qm PR sr mer. (). 67,75 o RNiussen gue > 60.21.04 AM ANTacolon o a ur E O » 66,9 OB ESenzalalabandonadar > 60.30.35 La) AC ONO) dra Pose n e day po O Re Ro » 65,88 ga: 148) iMupanga e REA » 65,45 TOR San ganhe Meia O e » 65,1 Sb EMEA polo (aa Mer Pa Da e qua » 64.73 29 al tscalal eps tita o esti copnR ra rat a > 64,58 274 MundadaEbor da » pera con DuqueldelBragançal(o) PR — — Ta ( 19 | Duque de Bragança . .. ..... mto (O) 66,55 | Sn DuquetdeBracancal > = SNIS ampasCangso kn oi au o > 70,13 Agosto ...+ 5 | Bondo-ia-Quilesso. . .. .«.. > 70,55 O oracarVielha > 70,79 op oI 21 [o] [e] (1) Satellite de Jupiter. — (2) Marcha do chronometro, de 25 de abril a 30 de junho, 7,5. 02.56.30 29.56.30 «44.59.00 «47.98.00 59.15.00 .28.10.00 22.52.00 — «19.31.00 Sia 2790 «01.40.00 50.28.30 58.08.30 FIM BD OO .00.53.00 :53:28.30 «30.09.00 . 50.29.00 .01.30.30 .50.28.00 «27.01.00 14.25.00 «01.42.00 28.07.00 «04.56.00 Estados 0.50.15.30 OS TATO 0.53.54.39 0.54.48.45 GEOGRAPHICAS Alturas Azimuth Q am. 81,42 To O pm. 87,00 348,3 Om; 61,67 95,4 O pm. 55,07 360,4 O p.m. 40,00 352,2 > 32,81 349,1 Qam. 63,03 262,5 O p.m. 60,66 376,4 > 49,65 = Oam. 45,07 — O p.m. poli 369,9 > 24,17 o Op: mi nl 370,4 Qam. 55,05 163,5 am. 5207 = » 58,01 Do) O pm. Sol SITE] O pm. 51,21 374,5 O am. 49,82 2057 O pm. SEJA) 359,5 QOam. 63,69 244,9 O pm. 56,20 363,0 O am. 59,12 69,35 Op.m. 56,91 369,3 Latitude E Longitude 16.07.30 16.00.40 16.00.40 16.10.00 16.10.00 16.16.33 16.51.00 15.26.13 278 | COORDENADAS Datas | Estações Alturas meridianas Horas q Nie Ga fe PRM Nr DT mer. () E 22.33.29.00 9" PM Catombe ln > 71,46 = rom PRungo NiDongor » T99m 22.14. 16.00 Tom PBungo ND oncor Rr > ET] 2.05558.90 Agosto . al 27" RRortoPMuncaleil e > 7750 21.58.50.30 280 PN GolalQuiche o » 78,02 = Pequi ra » 78,44 2.35.40.00 Son PPombeidoBiresr » 78,87 = 917 HOnbinda MR a > Edo 21.44.59.00 ALONE quo o Ja rod ria fado > 79581 = on ELombeldoiMotta > 80,33 2.38.41.00 SM Pingo N'Dongo .| «Mi. > = | 225810500 67 | Bungo!NHDongo (8) E > = — 127 pPBungso;NiDongor o » - 20.56.04.00 Setembro Mem E Cuianza > 84,98 = 167 RCachonsua RR RR > 85,95 4.26.02.00 17 | NEGO q ars o 50 0 evo pre o » 86,38 — 29 | Dondo a E, o ESA E Da da e LM > 91,6 — Dom Dondo Rs Er pa puto Frodo > 92,01 — 9 MEDondo E O a » — 22.34.45.00 Lot | Dondo Bs s MUM ! m Çà E, » — 2.45.50.00 Outubro Pbmanda chegada a > — 2.30.44.30 1a Baundalchezadas a > — 2.32.04.30 (1) Erro do abba 0,001. — (2) Erro do abba 0,003. — (3) Satellite de Jupiter. — (4) Erro do abba 0,02.— = 11,15'.24!! a longitude 13º.07/.30/!. GEOGRAPHICAS 21719 Estados Alturas Azimuth Latitude Longitude Sub. 1.06.40.00 Qam. 60,45 69,25 Qro 15.19.48 — — — — — 9-30.30 pen ÃO Sub. 1.07.15.46 O amido 55,01 78,7 9-39.52 15.42.16 > 1.07.40.00 O p.m. 53,78 360,1 9.39.52 15.42.16 > 1.09.08.48 O am. SSB) 89,9 9.50.01 15.46. 10 — — — — — 9:47.55 1557220 Sub. 1.09.23.36 O p.m. 59,2 350,1 9-40.29 16.03.30 — — — — — 9-44.40 16.07.30 Sub. 1.09.38.24 Qam. 55,89 91,4 9.43.16 16.20.18 — ue, = = = 9:35.19 16.10.30 Sub. 1.09.54.00 O p.m. | 52,91 — 9.28.58 16.12.58 = | — >» Se 35052 9-40.30 15.42.16 Sub. 1.10.30.05 — — — 9-40.30 15.42.16 > I.11.10.00 Qam. “45,20 106,4 9-40.30 15.42.16 — e = == = 9-460.35 — Sub. TEORIAS: 12 O pm. 26,36 331,8 9-40-06 15.20.05 — — — — — 9:40.24 15. LE.90 = — — — — 9:39.52 14.31.54 E =: = — = 9-41.00 14.31.54 Sub. TIO. IA, O am. 71,81 90,4 9-41.00 14.31.54 > 1.15.00.10 (ep: im 55,13 324,6 9-41.00 14.31.00 > 1:15.14-00 > 60,70 319,75 8.47.56 13.07.30 > TE B55 24.00) > 60,33 319,8 8.47.56 13.07.30 (5) Em Luanda a 26 de outubro, pelo balão do observatorio, obteve-se o estado para o chronometro EM = Aa é ad Ta . e 5 ALTITUDES ACIMA DO NIVEL DO MAR DAS POSIÇÕES MAIS IMPORTANTES CALCULADAS NO OBSERVATORIO DO INFANTE D, LUIZ As medidas são indicadas em metros. O ponto de ebullição e a temperatura são expressos em graus do thermometro centigrado. Pontos de ebullição E õ Localidades RES. Media 5 Ê NE? T08 N-“rog INE rrojIN.* TI2 5 E Wuillengues. « o os | OGIA ogia | ogro | 97,17) | om 140] a5 ron | Sbo 94,73 | 9475 | 94573 | 9477 | 949745 | 25,0 | ESB od a | 94,83 | 94,86 | 94,83 | 94,88 | 94,850 | 24,5 pes 94,70 | 9478 | 94,75 | 9483 | 945729 | 24,0 ienimbiioca. « «cs | 94,068 | 94,70 | 94,65 | 94,73 | 94,690 | 18,0 | 1697,3 94,85 | 94,88 | 94,86 | 94,93 | 94,880 | 20,5 TS. & E | 94,79 | 94,84 | 94581 | 94,88 | 94,830 | 24,€ )1572,7 94,94 | 94,97 | 94,94 | 95501 | 94,965 | 16,0 Mango a. os es 96,50 | 96,54 | 96,51 | 96,55 | 96,525 | 26,0 | LLIZO han cam - vs. 90,2 96,30 | 96,28 | 96,35 | 96,300 | 27,5 |1188,7 N'Dumba Mughande. . . .|-95,81 | 95:86 | 95,82 | 95,88 | 95,842 | 27,2 |1340,1 Cn no ss 96,17 | 96,23 | 96,20 | 96,26 | 96,215 | 29,0 |1226,2 chiquilla. . . o... 96,25 | 96,31 | 96,28 | 96,35 | 96,297 | 29,0 | 1180,3 96,89 | 96,91 | 96,89 — 96,896 | 26,0 Dassdi (E | 96,90 | 96,95 | 96,92 | 96,97 | 96,935 | 24,0 > 9453 97,00 | 975/03 | 97;/00 | 97,07 | 97,100 | 23,0 ConEsstu dA RR | 96,57 = 96,55 | 96,04 | 90,586 | 25,0 | 10406 Duque de Bragança . .. | O ep do 1060,1 96,55 | 96,60 | 96,55 | 96,62 | 96,580 | 23,0 Nleuna Vinda. . o cw 98,31 | 98,35 | 98,12 | 98,65 | 98,375 | 28,0 | 499,0 Rn Caho lo sa an 98,39 | 98,53 | 98,39 | 98,42 | 98,430 | 31,0 | 497,5 Dúnco N'Dongo. . 96,70 | 96,71 | 96,74 | 96,80 | 96,74 | 26,0 | 1020,5 Nhangies 2» san oro Ro ma | ogso |PorSa | 97570 op ol | COLA Donde 99,69 | 99,70 | 99,72 | 99,72 | 99,707 | 24,5 93,7 Nossaniedes «qi a 99:95 | 99,97 | 99,97 | 99,97 | 99,965 | 27,0 em CORRECÇÕES NO OBSERVATORIO DO INFANTE D. LUIZ na O peencios o N.º 108 N.º 109 INEO nro NºS o iAmtes da partida. » » mo ao + 0,34 + 0,34 + 0,31 + 0,34 Depois da chegada. . .... + 0,35 + 0,31 + 0,27 + 0,32 é = a | + e , Ê H p j ) f F E DAR PIPERAO A Pipa SENNA. a e. a ve r LTrE XE Pos PARAR o MPE || 2 TA E Fá a Ph y Etc Bila do é | ; , , Bad o ER ê Spto É À o [ 8 Ná a en A E E a) ca E! d dA E A mA My VT ts + E nadá ei ii EE: o. : Á ; ; E a o! = iu a ' dk x Ê a a PR dh q H j : À Es E, É: - , Rs e E AMA) e 54 Jo Murad ri tt: À q y E é pe s - T x É ; i Ea) [a - ] I A á = a = | ; = a, + N à ad AR , ba o à 7 2 ba > = + A ; M ”. E j E et: 1º ” +49 E EE E 4 1 É 2 - ) 4 4 A oi 1 z x . o) ú k ; N + 1 E : . asda f [] à p sa Fo q | o scE É E j + E 1 ! F P N A r Ê k | “ - à N : À + t 3 A - , ba ) + [CRS ” ' — j ' t í + 4 | E = Tt d po ; Jg ado | mu É sr ! EM A ES Dis EN . o M a k Z | h t Á a ] o a s -— -+s » f =. 3 . NOTA EXPLICATIVA DOS METHODOS EMPREGADOS NAS OBSERVAÇÕES METEOROLOGICAS E MAGNETICAS O instrumento padrão para as observações barometricas foi sempre o hypsometro (pela média de 5). Compararam-se estes no observatorio do Infante D. Luiz, antes da partida e depois da chegada; attendeu-se ás differenças de gravidade, devidas á latitude e altitude do observatorio. Durante a exploração fizeram-se muitas observações hypsometricas, e, depois de corrigir as pressões absolutas das alludidas differenças, os estudos comparativos com as dadas pelos aneroides, a ffm de as re- ctificar diariamente. Por consequencia, a pressão pelo aneroide deve considerar-se como se fosse por barometros de mercurio e reduzida a zero de temperatura. Observou-se tambem com o barometro Mackneill até ao fim do mez de março de 1878, epocha em que se inutilisou. Os trabalhos de meteorologia effectuaram-se até março de 1878, só- mente ás 7".35! do meridiano de Washington, seguindo o plano do ge- neral Albert Myer, observações simultaneas que correspondiam á 1! para as 2» (p. m.) conforme a longitude. Desde abril do mesmo anno, aquelles eram feitos tres vezes por dia— 6» da manhã, á 1" para as 2! e 8 (p. m.), obtendo-se durante a exploração o seguinte: Hypsometros (média de 4 a Ginstrumentos)l. +... 32 E anometroMaclkneill., sa scg (A o DE RA OT Amro OLE ERA E RE CID RD A 1 emperatura do arg. ad dd Vos ans dé pa o a DS TAS Poccinirone o MODs RR OR CDE CA o SRA RS (6 10) Miermometro-de maxima, se Rs emo ap eia VASO nermometro deiminimal ces ss td) a ASS Mhcsmometro de profundidade Cs ni São Digceciore forcado vento) (055). p= sao, TAS EstadoldoFecnieimugens: ad ba sonda TAS Desde maio até setembro o vento sopra geralmente dos rumos de sueste e sul, com o céu sereno e bom tempo: chama-se então o de cacimbo. Na outra parte do anno, de setembro a março ou abril, o vento é do quadrante norueste, com fortes trovoadas e aguaceiros: de- nomina-se epocha das chuvas. 1 Perderam-se algumas observações no fogo do acampamento no Duque de Bragança. 284 NOTA EXPLICATIVA Na quadra do bom tempo, pela noite e manhã, ha quasi sempre ne- voeiros intensos. Os ventos de rumos oppostos, n'estas duas epochas, combinam com a situação das regiões aquecidas pelo sol. Quando este declina norte, a corrente do ar deve vir do sueste e sul para a região quente ao norte do equador. A outra, procedendo do sul e sueste, é o alisado do oceano Indico, que, depois de atravessar a Africa meridio- nal, se torna secco. Se o sol tem a declinação sul, o fluxo do ar do mar a oeste para as regiões de sueste produz uma monção norueste de vento humido, que, passando pelas montanhas e o plateau elevado de 1:000 a 2:000 metros, dá aguas abundantes e trovoadas. As temperaturas ma- ximas são maiores durante o tempo do cacimbo que no das chuvas; as minimas, pelo contrario, muito mais fracas. Ha pois grandes variações diurnas e muitas vezes enormes na esta- ção do bom tempo, em consequencia da serenidade do céu no plateau de Africa. As temperaturas maximas não excederam em geral a 31º, sendo a superior de 33º,5. Das minimas a mais fraca foi de 1º e 1 centigrado nos dias 7 e 8 de julho de 1378. Todavia, com uma tão baixa tempe- ratura não houve geada (gélée blanche). A humidade observou-se só- mente durante as horas de calma (1t para as 2* p. m.). E precisamente na estação do bom tempo (cacimbo) que as differen- ças dos thermometros secco e molhado se apresentam maiores; nas horas mais quentes do dia o grau de humidade é pequeno, podendo mesmo dizer-se que ha grande secca, porém baixando muito a tempe- ratura de noite, o ar vem muitas vezes á saturação, apesar da pouca quantidade de vapor. Os nevoeiros são a consequencia de taes resfriamentos nocturnos. Assim, de manhã o tempo é frio e muito humido, depois do meio dia a temperatura torna-se bastante elevada e o ar sequissimo. As alter- nativas de humidade e secca e as grandes variações diurnas do calor en- volvem perigo para a saude dos europeus. Às chuvas, que de ordina- rio se limitam a fortes aguaceiros durante as trovoadas e acompanham estas com regularidade (vide a planche), não foram por nós registadas, á falta de udometro, marcando apenas a sua duração. De abril a julho de 1878 não se notou uma só hora de chuva, nem trovoadas ou relam- pagos. Quanto ao céu, na estação do bom tempo, é em geral limpido, e no decurso do mez de junho nunca se observou uma nuvem entre a Bee toti(po mad) Com relação ás observações magneticas, determinadas em trinta e quatro estações, acrescentaremos duas palavras. A componente horisontal obteve-se pelo conhecido methodo das os- cillações. NOTA EXPLICATIVA 285 O apparelho constava de uma caixa cylindrica de madeira de buxo, tendo na base interior circulo de marfim graduado e thermometro cur- vo em fórma circular. Eleva-se do centro d'esta um tubo de vidro, montada na parte superior por uma roldana aonde se enrola fio de seda, para a suspensão da barra magnetica. A barra é cylindrica, de or,073 de comprimento e o",004 de diametro, terminando por dois cones. Um estribo de latão, com pequeno gancho, serve para à suspender no fio. O coefficiente de temperatura d'aquella determinou-se no observa- torio do Infante D. Luiz, em junho de 1877, achando-se q == — 0,001 entre as temperaturas de 10º a 30º centigrados. Obteve-se tambem, por grande numero de series de ,L, = 35,833; isto é, a duração média de uma oscillação á temperatura de 25º, e em Luba foi de 35,833 sendo 4,930 (unidade ingleza) o valor da compo- nente horisontal. As formulas empregadas foram Em março de 1880, regresso a Lisboa, de novo se determinou o tempo de uma oscillação, e achou-se 51, = 3,913, sendo 4,965 o valor da componente horisontal. A perda, pois, do magnetismo da barra, durante dois annos e nove mezes, á mesma temperatura de 25º, foi de 0%,0447, o que corresponde a 0,00135 por mez, suppondo-a proporcional ao tempo decorrido. Esta correcção da perda de magnetismo fez-se a cada dado de per si. A amplitude das oscillações no principio manteve-se entre 25º a 30º, e para a medida do tempo empregou-se um bom chronometro, cuja marcha foi sempre inferior a 7º. Os resultados da componente horisontal obtiveram-se segundo os methodos dos menores quadrados, e são os seguintes : As linhas de igual componente seguem proximamente os parallelos de latitude; o angulo formado com os meridianos é de 89º, 7! noroeste. O valor de 5,9 (unidade ingleza) está por 6º, 4! sul, e o de 5,0 por 14º 20! sul, correspondendo assim uma diminuição de 0,1 por 49',5 em latitude. Para inclinação usou-se o inclinometro construido por John Do- ver. O apparelho é de madeira de buxo, o circulo vertical de marfim e os pés e os parafusos de ébonite. O circulo azimuthal tem o”,085 de diametro e é quadrado em graus; o vertical acha-se graduado em meios graus e possue o diametro de om,065. A agulha mede de com- primento om,064, sendo o seu eixo assente em duas falcas de agatha, e esta parte do instrumento é protegida por uma caixa circular com 286 | NOTA EXPLICATIVA dois vidros parallelos para se fazerem as leituras; notou-se porém n'um dos eixos uma pequena falha, a qual tornava difficil a observação. O instrumento tinha pouca estabilidade, por causa da leveza da ma- teria de que a construiram, sendo os movimentos duros; e como os es- tudos se realisavam em abrigos defeituosos, para obter uma média de confiança era preciso fazerem-se muitas leituras nas differentes post- ções da agulha, a qual se magnetisava em sentido opposto a cada in- versão, mediante um forte magnete. Em consequencia da difficuldade das leituras dos extremos da agu- lha, achou-se, por um certo numero de observações feitas em Lisboa, que o erro provavel seria de + 12', devendo talvez apresentar-se maior no campo e sobretudo no ponto explorado, em que a declinação é de 30º a 40º. Desprezaram-se algumas por estarem influenciadas pelas acções magneticas locaes: como minas de ferro e até ferro magneti- sado. Os seguintes resultados deduziram-se dos elementos pelo methodo dos menores quadrados. A inclinação augmenta 1º 24' por cada grau de latitude; as linhas isoclinicas são obliguas aos parallelos por um angulo de 17º 19 su- doeste. No intervallo de 7º de latitude nota-se 10º de differença de in- clinação. As declinações não foram observadas por um instrumento especial ou declinometro; empregámos o bem conhecido alto-azimuth de mr. d'Abbadie, o mesmo que este explorador usou na campanha scientifi-' ca da Abyssinia. Obtivemol-as pela comparação dos azimuths do sol, calculados pe- las alturas d'este, sendo todas submettidas ao methodo referido, pro- duzindo o seguinte: As linhas isogonas fazem com os meridianos angulos de 34º 56! no- roeste. A declinação noroeste decresce para éste 1º por 109! sobre os parallelos e augmenta 1º para o sul por 152' sobre os meridianos. A força total, cujas linhas isodynamicas estão traçadas na carta, foi deduzida da combinação dos valores da componente horisontal e da inclinação. A terra explorada, comprehendida entre os parallelos de 6º e 15º sul e os meridianos de 13º e 20º éste de Greenwich, é muito interes- sante relativamente ao magnetismo terrestre. Esta região faz parte de uma zona em que a intensidade consiste na minima do globo. As primeiras observações da força total em Africa, dignas de con- fiança, foram publicadas pelo general Sabine em 1837, em cartas que mostram uma zona de fórma triangular, com a maior dimensão dispos- ta éste-oeste, entre os parallelos 10º e 30º sul e os meridianos 23º e 43º oeste de Greenwich, sendo a dita força inferior a 6º 1! (unidade ingleza). NOTA EXPLICATIVA 287 Em 1840 a carta magnetica de Gauss e Weber apresenta uma su- perficie oblonga disposta do mesmo modo, um pouco deslocada para oeste, em que a força é inferior a 6,8, com uma minima (6,1) perto da ilha de Santa Helena. Este ultimo valor foi confirmado pelos trabalhos mais exactos do observatorio magnetico de Santa Helena (1840-1842). A convexidade para éste das nossas curvas isodynamicas, e os va- lores de 6,7 a 6,8 na costa e augmentando para éste, indicam uma dis- posição similhante d'esta região de minima, ainda que se tenha des- locado mais para oeste. À intensidade magnetica augmenta 0,1 (unidade ingleza) para éste por 2º 10' em longitude no 13º sul; mas mais para o norte, por 8º sul, cresce vagarosamente, 0,1 por 2º 40. INSTRUMENTOS EMPREGADOS Correcções Antes da partida | Depois da chegada Junho, 1877 Marco, 1880 Ameroideside Cazelle 2182 e 2183. . 2. +. = = Hanametro:Macneill 2.) seje cas essi a | — = Hypsometros de Baudin DE ALO Rir pego | -+ 0,28 €. (1) — Hypsometros de Baudin n.º 108 . .... a] + 0,34 ar 0525 “Hypsometros de Baudin n.º 109 ...... | + 0,34 =p 0,9 Hypsometros de Baudin n.º 110 . ..... + o;31 + 0,27 Hypsometros de Baudin n.º 112 ....... - 0,34 + 0,32 SECRI eo 2 els no cs oo SUN qa E — 0,27 C. — 0,2 Serssglor ADA MENA dO pr RE SR DR TR = (0,22 — 0,30 EisSeleriága 1 veces 4 ca fais tears do cd e (0) PÔ (1) Fá Psychronometro Geisseler Res nato Pi ço & molhado — 0,2 = EMO MELLO, ni: 2h+g o ergeneiten a! eo aurvio = (Oui E Thermometro de Funda. . .... RAEM: — 0,6 (1) T Thermometro de Funda . | amido 12 dona ques 7 ( Baudin n.º 2 6625 + 0,4 (1) Thermometro maximo . Res ra df a | E Baudin n.º 2 6623 ar Dó - Thermometro minimo . qRac PoREASRO neon E q Baudin n.º 2 6621 + 0,1 (2) — Thermometro minimo Secretan . ..... 0,0 (1) = (1) Partiu-se durante a viagem. — (2) Partiu-se no fogo. ABREVIATURAS DAS OBSERVAÇÕES METEOROLOGICAS a. antes do meio dia ag.s aguaceiros app. apparencias ont: bom tempo C. cumulos C. (na casa do vento) calma (or claros no céu cac. cacimba chuv. chuvoso Ci. — cirrus cor. correndo duv. duvidoso Ecl. eclipse for. forte ça fresco gro. grossas int. intenso Trico regular lev. levantaram-se m. bt. muito bom tempo Do noite nes nevoa =! nevoa intensa Ni. nimbos nu. nuvens p. depois do meio dia ra). rajadas ref. refrescou reg. irrregular som sombra, sombrio Sto stratos ap tempo th. thermometro told. toldado troy trovoada v vento IG trovões « relampagos aguaceiros AN arco iris —y vento forte IO atmosphera nublada [o atmosphera limpa OBSERVAÇÕES METEOROLOGICAS FEITAS PELA EXPEDIÇÃO AO INTERIOR DE AFRICA NOS ANNOS DE 1877-1880 SOB A DIRECÇÃO DE E CAPELEO,=R. IVENS VOL. I 49 200 OBSERVAÇÕES ADVERTEN Nas tres primeiras columnas da direita de cada mappa, sob a epigraphe Notas. se os signaes adoptados ultimamente pelos meteorologistas. Quando ahi não se Para determinar a pressão atmospherica servimo-nos, até ao fim de março de ter-se fracturado o tubo do dito barometro. Estes instrumentos compararam-sc As observações foram corrigidas no observatorio meteorologico do Infante D As temperaturas maximas e minimas inscriptas n'estes mappas notam-se de viagem desde esse mesmo tempo até ás seis da manhã immediata, em que se levar O meridiano de referencia é o de Greenwich. As altitudes estão expressas em As observações das seis horas da manhã, quando em viagem, correspondem 4 DEZEMBR( VS E Pressão é Clos : a | E ve | 8 | atmospherica Temperatura RE Direcção e força do vento Ciefosals esa la pe siele ris oa mn |80 O q42|/% [O RE|O |ElE) a ga Wash. 13 os LOS 869) — [691,4] — | — |26,1] — |26,5/22,7|21,5| 86 — —| NE. |3 — | 14] 14.03/14.05| 869 | — [691,7] — | — |26,9] — |27,3/22;8/ 22,4] 86 — —| NE. |2 = ME] 15/14.03/14.05| 869 | — [689,4] — | — |26,6] — |28,0]21,2]21,2] 82 — =| N I — 16/14.03/14.05| 869] — |690,3] — | — |25,9| — |27;5| 21,0] 20,8] 84 - = E I — 17/14.03/14.05| 869 | — [689,8] — | — |26,9] — |27,8| 21,2/20;4] 77 — —| € [o — 18/14.03/14.05| 869 | — [691,3] — | — |23,9| — |27,2/ 21,5] 18,8] 85 — — (e o — 19) 14.03] 14.05] 869 | — |688,8] — | — |26,9| — |27,5/22,3)21,3| 80 — =| N I — 20/14.03/14.05| 869] — [690,3] —. | — |23,4] — |28,0/ 21,2] 18,2] 85 — —| NE. |2 — 21/14.03/14.05] 869 | — [089,8] — | — |27,9| — |28,0/21,3/ 19,1] 68 — —| SW. Ii — 22/14.03/14.05] 869] — [690,3] — | — [28,7] — |20,5/20,2/22,1| 76 — -—| NW. |1 - 23/14.03/14.05| 869| — [689,8] — | — [28,6] — |30,3]21,3/23,1| 80 — -| NW. |1 — 24/14.03/14.05 869 | — [690,3] — | — [28,7] — |30,0]21,5/21,5| 73 — -—| NW. |1 — 25/14.03/14.05] 869 | — [689,8] — | — |30,2) — |30,5/ 20,7] 22,3] 69 — — | WNW.|1 — — | 26/14.03/14.05] 869 | — [690,3] — | — |27;4] — |30,5]22,3]22,4] 82 — —| NNW. |1 — a] 27/14.03/14.05] 869 | — [091,8] — | — [27,4] — | 27,8 21,2] 19,1] 69 — -|N. I — | 28/14.03/14.05] 869) — [691,3] — | — |28,1] — |28,;7/21,3/ 17,3] 60 — —| NNW. |1 — q 29/14.03/14.05]869 | — [690,8] — | — |29,;2) — |29,8/21;8] 20,9] 69 — = Novo — =|| 30/14.03/14.05]869| — [689,8] — | — [29,4] — |30,5/21,5/22;8] 74 — —| NNE. |1 — ã 31/14.03/14.05] 869] — [690,8] — | — |28,5] — |30;7/21,2/22;4| 77 -— |-| DN. I — |— (1) Quillengues. METEOROLOGICAS 201 (o) MEPPBRENVIA omprehendem-se todas as indicações relativas ao estado do tempo, empregando- nenciona a hora precisa de qualquer phenomeno, deduz-se que foi a da observação. 878, do barometro de Mackneill, fazendo depois uso dos aneroides respectivos, visto empre com a média da fervura de cinco hypsometros. Miz é expurgadas dos erros instrumentaes e varias difierenças. ora da observação (7h 35m de Washington) até igual hora do dia seguinte, e em ava O acampamento. etros. ititude, longitude e altitude do dia anterior. Os rumos são os verdadeiros. E 1877 Quantidade e qualidade de nuvens Notas ————————— ii o EE ——— | Chuva-horas 6h a. 7» 35 Wash. 8h p. Gt a. qb 35m Wash. 8! p. — — IO Ni. = — I — IS deito — — — 10] Told. — — 6 — KaNE.; 5-7 p.; Qn. — — — RE Ni.;c: | — — 2 — K de NE. 5 p.; &) até 7 — = — rom NE, c |- — 4 — & n.; 2)! 8 a.; X de E. — — — ROB Ni., c. |— — I — Q6-7a. — — — 10) Told. — — 3 = 4-7 a. — — — 5 Ni.,c. |a — ) — &) 3-6 a.; tres 7 conc. — — — 10) Told. — -— 2 — 9-6 a. — r- = 5 E — — [o — Bo to — — — 2 E: — — [o — Bot: — — — 2 E. | — o — puto — = — 5 E; — — [o — Bart — L = MI E. Ci. |- — o — te = - — 5 e - I — QDu4a.; B.t. — — — 7 E; — — [o — Bt — — — o E. - — o - Bits aPE-6=7/p: — - — 2 G: — — 3 — B. t.; th. ao sol 33,5; — — — 2 E: — — I — g a E e — IX do NE. 12 p.; B)! - — 2 E: — — [ — Bt Ie a NE. 3=p.; — K' do N.6-10p.; Ra OBSERVAÇÕES 2090 METEOROLOGICAS 201 ADVERTEN | CIA PREVIA Nas tres primeiras columnas da direita de cada etanonetat, sob a epig aphe Notas, comprehendem-se todas as indicações relativas ao estado do tempo, empregando- se os signaes adoptados ultimamente pelos meteorologistas. Quando ahi não se menciona a hora precisa de qualquer phenomeno, deduz-se que foi a da observação. Para determinar a pressão atmospherica servimo-nos, até ao fim de março de 1878, do barometro de Mackneill, fazendo depois uso dos aneroides respectivos, visto ter-se fracturado o tubo do dito barometro. Estes instrumentos compararam-se | sempre com a média da fervura de cinco hypsometros. As observações foram corrigidas no observatorio meteorologico do Infante D, | Luiz e expurgadas dos erros instrumentaes e varias differenças. As temperaturas maximas € minimas inscriptas mestes mappas notam-se da | hora da observação (7! 35% de Washington) até igual hora do dia seguinte, e em viagem desde esse mesmo tempo até ás seis da manha immediata, em que se leyan | faya o acampamento. O meridiano de referencia é o de Greenwich. As altitudes estão expressas em | metros. As observações das seis horas da manhã, quando em viagem, correspondem á | latitude, longitude e altitude do dia anterior. Os rumos são os verdadeiros. EC E EEE E Ts DEZEMBRO | DE 1877 ) 4 Ratos Temperatura Direcção e força do vento Quantidade e qualidade de nuvens É Notas Ea & | atmospherica | Ê EEE á E EE Ea yash. | SUP: Gta, |735m Wash. Sp. JE) Ga 735 Wash. St p. [É] Ez ; a E a Ec TS 869) — [691,4] — | = 26,1) — |26,5]22,7)21,5] 86 Ga =| NE. |3 == o) Is — 10 Ni = = I = EK de NE; O Er, 14)14.03/ 14.05] 809 | — 6917) — | — |26,9] — 27,3) 22,8/ 22,4) 86 — E NE - |-||l- 3 E E 6 ne KaNE:;059p; On. E 15/14.03/14:05] 869] — [089,4] — | = |26,6] — 28,0/ 21,2] 21,2] 82 e JEI OM K| = E = = Ea E E [de NE. 5 py QDaté7 E 16/14:03]14.05] 869) — [090,3] = | — [25,9] = 27,5] 21,0] 20,8] 84 = [=| Es Ria — Es a 4 & On: 9'$a.; K de E. = 17] 14:03]14.05) 869) — [68,8] = | = |26,9) = |278/21220,4) 77 | = 7 Co) = RR = o as : E B6-7a. 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E = o E =6a;B.t E (1) Em viagem.— (2) Caconda. 294 OBSERVAÇÕES FEVEREIR O (ss Pressao a SS : Ea v2| 8 | atmospherica Temperatura sEIB E Direcção e força do vento à ioj<|e pelo o pelo (é [E SR CRM Pi3.dalrsooião] = 631,8) — | = ]25,4) = |26,5/15,2/15,3]/60. | RAD 2 /13.44/15.02/1642] — |632,3] — | — [24,4] — |26,8] 16,0] 17,4] 76 — —| SW. li =— + 3/13.44/15.02/1642] — [650,8] — | — [25,2] — |25,7/ 15,5] 13,5] 55 — —| SSW. |1 = s 4 |13.44/15.02/1642] — [630,8] — | — [25,9] — |26,0/ 16,3] 14,9| 59 — —| WSW.|1 — — 5 13.44/15.02/1642] — 631,8] — | — 125,6] — |26,7/ 15,7] 14,0] 55 — =| SESI — - 6 /13.44/85.02]1642] — [632,3] — | — |24,4] — |26,8/ 17,3] 15,0] 64 = (SS «7 |13.44/15.02/1642] — 631,8] — | — |24,9] — [25,7] 16,7 14,7] 61 — =| WSW. |2 — - 8 |13.44/15.02/1642] — [630,0] — | — |26,7] — |26,8] 15,8] 13,0] 47 — — WSW.|3 — - 9 |13.44/15.02/1642] — 629,5] — | — |24,4] — |26,5] 15,5] 11,2] 47 — -| SW. |s — - 10/13.44/15.02/1642] — |630,0) — | — |24,4] — [25,5] 17,2/ 12,7] 53 -— -|WSW.|2| — - 11/13.44/15.02/1642] — |650,0) — | — |25,4] — |25,5] 17,0] 15,3] 62 — =[1W. |2 = - 12/13.44/15.02/1642] — [631,0] — | — [254] — | — | — [12,9] 5o — -| WSW.li1 = - 13/13.44/15.02/1642] — [632,0] — | — |294] — | — | — | 6,8| 18 — =| SW. |1 — - 13.41/15.18/1572] — |635,5) — | — |29,9] — [30,2] 10,7] 6,9] 18 — | "SW E — - 15/13.40/15.21/1030] — [633,0] — | — |29,4] — |30,3] 9,0/ 10,3] 30 E —| SW. |1 — - 16/13.39/15.24/1553] — 636,5] — | — |29,9) — | — | — [16,2] 50 — —| € o — - 17/13.37/15.26/1611] — 632,0] — | — [28,9] — |29,8] 13,5] 15,0| 48 — —| SW. lr = - 18/13.33]15.32/1611] — |636,5) — | — [29,4] — |29;7| 14,2| 10,1] 29 — -| SW. li — |- 19/13.29/15.38/1590] — 032,0] — | — [24,4] — |29,5] 16,3] 15,8] 68 — =| NNE | 2 — - 20/13.25/15.43|1572] — |632,5] — | — [25,4] — |25,6] 17,2] 17,7] 72 — —| SW. |1 — - 21/13.21/15.49|1570] — 634,8] — | — |26,9] — |27,8/13,3] — | — — —| W 2 — - 22/13.19/15.54/1627] — [630,0] — | — |27,2] — |28,7] 17,2] 14,4] 52 — —| E E) — - 23/13.15/15.59/1684] — [626,0] — | — |24,4] — |27,7] 16,3] 15,2] 64 = SS PANE I E ! 24/13.08/16.03|1710| — 624,5] — | — |23,4] — |25,8] 13,7| 19,6] 91 = =| SEM! o — - 25/13.02/16.08/1655| — 627,0] — | — [24,4] — |24,7| 16,8] 15,8| 68 — -| N o — - 26/12.58/16.13/1627] — 629,0] — | — |25,4] — |25,8/ 16,7] 15.3] 62 — — | MISES dr — - 27/12.53/16,20/1697] — [626,0] — | — |23,9] — |25,7/15,5/ 16,0] 72 — “ti SSB — - 28/12.53/16.20/1697] — [628,3] — | — [19,4] — |24;8/ 16,8] 15,7] 93 — —| C [o — - (1) Caconda.— (2) Em viagem. E 1878 METEOROLOGICAS —— EE q — Quantidade e qualidade de nuvens gh a. q" 357 Wash. To) EO) Told., c. old, c. Told. Limpo Told. G: Told., Ni. Told, Ni. olda, Ni. CNI. CNA. Told. Told. | Sh p. Notas Eee a —————— 6h a. | qb 35m Wash. Ro Brit: = a to E MED: — M. b. t.; th. ao sol 31,5 — B. t.; IX do NE. 12 a.; — &' n.; NNW. fr. às 8; B.t. = Ea (tp ne B; ti E Bt — T. duv.; Qº 2 p. — Ro (eli = Bit — Bite per 1Ba (to — Bot. — B. t.;-th. ao sol 34,4 — dRo (eli: — 9-I2 p. — Q'1-3n.;M)4-6a. — Told. até 10 a.; depois cl. — B. t.; X do NE. 4 p.; & — Ds Clhno | EB IX do NE. n.: 0º — KaNE.; Q'ate as 6 = To duy.: 5 po; K do SE. — & do N.; &) do SE. 6-7 p. — O) do SE.: 4-6 p.; Ka SE. — IX do NE. 1-3n:6)': IX do N. 6 p.:; &) 8-12 p. — Q -11a.; QD) Qh p. 204 * OBSERVAÇÕES FEVEREIRO | | 1878 METEOROLOGICAS 295 Dal ds F emas nica “Vemperatura Direcção e força do vento , Quantidade e qualidade de nuvens. É ; Notas & EE als RE sie = á É | dia, |7135m Wash) hp. É Gta, 71 35M Wash, Sp. epi EnohiGzal us — | — |254] — |26,5) 15,2) 15,3] 62 -— |-| ESE. |1| — |- “| - 5 (e; - — ) = Bit. u 2 |13.44/15.02/1642] — — | — |244) — |26,8/16,0/17,4] 70) — |=| SW. Ju) — Io = = 5 C. = = o - B. t. = = 650,8) — | — |25,2] — = |=| SSW 1) 28 - — (o €. = = o) = M, b. t. - + ente = Es e = — | WSW: | Es E Em E 5 C., Ni. |- — o = M, b. t.; tl, ao sol 31,5 =, = 6ars) — | 05,6] — = =| Bio | = da - - 5 (C — — I - B.t.; IX do NE. 12 4.:O — — |6323] — | — |244] — — —| SW. |2 = — — — 7 (Cc -— — o = O' n.; NNW. fr. às 8; B.t, = — |631,8) — | — |24,9] — = |=|WSW.|2]2 = 13 - - a (er - = o = B.t. e — |630,0]) — | — |26,7] — |26,8] 15,8] 13,0] 47 — — WSW.|3 — = - — 2 G: — — o) — B.t. = 47 = =|| NM]? Da |= 53 SEN =| EE ; c |- - o = Bt. & 12 | I fa = 10) Told, c |— — o — T. duvs Oº2p. = — |630,0) — | — |254] — 62 = (=| Wo 2 — |- - — 10) Told, c. |- — o — “E, duv. — — 6310] — | — |254] = | — | — |12,9| 5o = -| WSW.|1 — = - — Ho) Told, — — o — B. t. = — |6320) — | — [294] — | — | — | 6,8] 18 — |=| SW. |1 = |- = — o Limpo |— — o — B. t. = — |635,5| — | — |29,9] — 30,2) 10.7) 6,9) 18 = SAVES | = |- 5 = 7 Cc — = [o — B.t = — 16330] — | — [29,4] — |30,3] 9,0/ 10,3] 30 — —| SW. |1 — — - — 2 C — - o — B.t a — 1636,5] — | — [29,9] — | — | — |16,2] 50 — -—| € o) -— |- - — o (Gs — — o — B. t.; th, ao sol 34,4 — — |632,0] — | — |289] — |29,8/ 13,5) 15,0] 48 = J-| SW. |1 — — - — o) Told. - — o — “T. duv. — — 16265] — | — [29,4] — |29,7) 14,2] 10,1) 29 = JEI So Ini = |=|0|- — 5 (E - — 3 — O9-12p. = — [632,0] — | — |244] — |29.6] 16,3] 15,8] 68 = =| NNE. |2 — = =| — to/ Told., Ni. |— — 5 — B'1-3n:;O4-0a. — — — | — |25,4| — |25.6/ 17,2] 17,7] 72 = —| SW. |1 = = ND— — 2 (o - — o — Told. até 104.3 depois cl. — = ole = |) = opere | SE ae Jul = a is - 5 (1, = = o = B. ty IX do NE. 4 p:; O = Es — 7 CNI | — 2 — T. duv: Ma E. 3p; — : | [E do NE. n.; ( z! — 19) Told, Ni. |— — E) — KaNE; O"atéas 6 — EA = to) Told, Ni. |— — o 24/13,08/16.03/1710] — 624,5] — | — [23,4] — [25,8] 13,7/ 10,6] 91 — — Sa || E || Ei 25/13,02/16.08/1055] — 627,0] — | — [24,4] — |24,7] 16,8) 15,8] 68 E =| Mi a) = = |SNEI= — PRICEN — 2 — = 26/12.58/16.13/1027] — 629,0] — | — [25,4] — |25,8/ 16,7) 15,3] 62 | 9% yr E o | = qo CoNi | = 2 = Ps E E 10 “Told. — — 6 27/12.53/16,20/1007] — 626,0) — | — |23,9) — |25,7) 15,5] 16,0] 72 — =| SSB; | = 16.20 (1) Caconda,— (2) Em viagem. 296 OBSERVAÇÕES MARÇO . j Pressão = E VN e e cel z E o PN & | atmospherica Temperatura pao E E Direcção e força do vento = RO el SE » IE E E Ses E So ES o = Il= e lo E co | q [RS E É ; ash. ; m SO E ES > = RSI (AD Ron Ra on 1/12.48/16.27/I710] — |623,8] — | — [23,4] — |24,0] 16,7] 16,3] 75 — —| NNW. |2 — — | o) o) — | o) | o] (No) E Q DA! (o) E DAI a | Sd) | o) [o] 'o | I td O) nx | | | E o oo oo =] I I Z, les) [o] | | 22/12.22]16.50/1573] — [|631,8] — | — |23,4] — |23,8] 17,3] 15,5] 71 — =| = SE E) — — 23/12.22]16.50/1573] — |631,3] — | — |23,4] — | 24,7] 19,0] 19,4] 90 — —| NNW. |3 - — 24/12.22/16.50/1573] — [630,3] — | — |23,1] — |23,5] 18,1| 18,4] 87 — —| 1 SSE. |1 — — 25/12.22/16.50/1573] — [631,8] — | — [22,9] — |23,5/ 17,1] 14,9] 70 -— |-| SSE. |2 -— |- 26/12.22]16.50/1573] — [631,3] — | — |20,9] — |23,0] 17,6] 16,0] 87 — —| SE. |4 — — 27/12.22/16.50/1573] — [632,8] — | — |20,7] — [21,8] 17,1| 15,0] 82 - —| SE. 4 - — 28/12.22]16.50/1573] — [632,3] — | — [22,1] — |22,3/16,6/ 15,3] 76 — —| SE. |3 - — 29/12.22/16.50/1573] — |632,3] — | — |22,4] — |22,5] 18,6] 15,9] 78 - -—| SSE. |2 - — 30/12.22/16.50/1573] — |632,8] — | — |23,2] — |23,5] 15,1] 14,8] 68 = 1 SE |2 — — 31/12.22/16.50/1573] — |632,8] — | — |23,1] — |23,8/ 16,3 14,0] 64 — |-| SE. |2 — — ===> a e— ee (1) Em viagem.— (2) No Biê. Ás 6? 34” (p. m.) um grande bolide, caminhando de O. a E. perfeitamente h melha; luz branca durante o trajecto. E 1878 METEOROLOGICAS 297 Quantidade e qualidade de nuvens E Notas ia ta ———— E ————T E e — 6! a. 7» 35m Wash. 8" p É 6h a. qb 35m Wash. 8h p. RR | iris siSs pc prelisao - — 10| Told., Ni. — 5 — T. som.; 0)º7-12 — - — 19) €C.; Ni. — 8 — MD 1-8 a.; t. som.; 0) 7-9 p. — - — aj” C:, Ni. — 2 — W'2-4a.; t. duv. — - — MAC. Ni. — 2 — K a NE.; [X do NW. — 6-8 p.; D)!. - — To PZ CC. Ni. — I — K doSW.3-4p.; = a — e CNI — I — KasS.; IX! do NE. — 11 0.; 0)! E es E — — 5) — KWo-2a. — - — 5 E. — o) — T. duv.; X do N. 2-4 p.; — 7 Pp. - — rop» Fold, — I — T. duv.; O) 5 p. — - — To|pG., Ni., c — 2 — Dº; OW 5-7 p. — - — Tae... Ni, c. — 2 — T. som.; |X do NE. 4 p.; = (6 =77 [eg IES colo ENNICS - — Si €.,Ni. — I — som padenVe ipa: — - — mm CNI. — 3 — — - — 16) AC. Ni. — 4 — de NW.; KX a NE. — - — — — — (0) — — — - — IO Ni. — lo — K do SW. 11 a.; O)! — - — Toe... NL, c — [o — KaSW.4-5 p.; Dº -. - — 10) Told. — 2 — do NW.; IX do NE. 2p. — - — 7 E. — 4 — B. t.; IX do SW. 5=7 ps; — depois do NE.; - — q. CoaNi — 2 — T. duv.; &) do N. 4 p.; — K ' do NE.; 0)! - — To Fold., c. — 4 — T. duv.; O) do SE. 7 p. — - - 5 (g) — 5) — B. t. KX do NW. n.; 0) 9 p. — - — BVC Ni. — 3 — Seiva do SE pe — - — 15po C.; Ni. — 2 — OM do N. 3 p.; O) — - — 5 C. -— [o — T. duv. — - — 10) Told. — 6 — do SE. — - — 10) Told. — 4 — tv. fr.4-8a.; 0) do SE. — - — 10) Told. — [o — T. duv. — 5 = 5 €. — o — Boite — s =s 2 CE: — (o) — Bo — - - T9j” C., Ni. — — T. duv.; O) 7-9 p. — t» sontal, altura de 10 a 12º durante 7//, appareceu a NNO. e caminhou 50º, desfazendo-se depois com iuz ver- 296 » OBSERVAÇÕES MARÇO | DE 1878 METEOROLOGICAS 297 ES A 3 Es ERRA Temperatura EE Direcção e força do vento Quantidade e qualidade de nuvens E Notas lt ashib.gligio) — [6238] — | — |2354) — |24,0/16,7/16,3] 75 | — |=| NNW. |2) = |- - = 10 Told., Ni. |— - 5 - T. som.; O?7-12 E 2 [12.44/16.31/1659) — [626,8] — | — |21,4] — |2458 16,3] 14,2] 7 — -| W. |2 | = — 10) C.Ni. |- — 8 — Or-8a.;t.som.;07-9p. = 3/12.30/16.34/1645] — [627,8] — | — [24,9] — |24,9/15,7] — | — — —| WSW.|1 Ss a = 7 GNi |- = õ E 0'2-4:;t. duv. 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Ea Pressão e Elo : ' a ve | $ | atmospherica Vemperatura EIS E Direcção e força do vento o | | simple ae se Ee: qh 35m S|*|e GE|o joão [ES Cem o NR NR Ra Pp soro po neloen laio =. az = o ss E T6.50/11573] = 16328) — | = 2x9) =" 2r,o| 15; 1440) — -—| ENE. |2 = —| 16.50/1573]. — |633,3]) — | — |22,4] — |22,5| 16,6] 14,4] 70 — — E. 2 = di 16.50/1573]) — [632,8] — | — 123,4] — |23,5| 16,8] 16,3] 55 — |-| ESE. |2 — — 16.50/1573] — [632,8] — | — |23,2]) — [23,5] 16,1] 15,7] 58 — |-| ESE. |2 — — 16.50/1573] — [632,3] — | — 123,4] — |23,5/ 14,3] 13,2] 59 = — Es I — — 16.50/1573] — 16323] — | — |24,4] — |24,5/ 15,1] 15,0] 64 — |-| ESE. |2 -— |— 16.50/1573] — [632,3] — | — |24,6] — |24,8/ 15,6] 12,6] 52 — =| ESSES do — — 16.50/1573] — [632,3] — | — |24,9| — |25,0] 14,6/ 14,0] 58 — —| ESE. |2 — — 16.50/1573] — [633,8] — | — |23,4] — [24,8] 15,6] 11,7] 52 — —| ESEld a = — 16.50/1573] — [632,3] - | — |24,2] — [24,3] 13,6] 12,8] 54 — =. 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E Gar 7» 350 Wash. St jo = = Es Es E e a Ee ES a . — MNE Ni. - |— = o — B. t. = — — Lo Roldo Cc. je = o — T. duv. = - = ERR E Ni. Ê — o) — Bits refios pelas 45p; — E 5 E. - — o — Bat nefora pelasBip: Es = = 5 E. — — o — Bt: ref oy. pelas Z/p: ni = se 5 EG: — — o — Bot meto v pelas 47p: Ro — — 2 (E — — o = B.t. EE E = 19 (e o pm o es B. t — - = 5 (ON = ad o = E dia — - E oe impo |— — o — Boi = - = ORI St. |— — 0 — B.t — = = Tot Ce — o — loretuç Es - E 5 (a — — o) — Bo tiiiao sol E — = o| Limpo |- — o — B. t Es E = De Ni — — o — duo Es = — 7 (OE — = o — B.t ae = = 2 E: — — o — Bo tt Eu = = 9876. ESt. |= — o — IB is EE - — o| Limpo |- — o) — Brito Es = — o| Limpo |- — o — B. t.; ref. ow: pelas 4 p. Es = — [o ta — — o — Bat: Em = — [o St. — — o — Brute | Es e = o| Limpo |- — o | — Eute Ei = — o| Limpo |- — | o — Ba és = — o| Limpo |- — | [o — Bot E s ho a Es Ned = o Er e E = — o| Limpo |- — [o — pt — - — 5 e: — — o — Dai = = — 2 (E - — o — at — ! E 298 + OBSERVAÇÕES ABRIL | DE 1878 METEOROLOGICAS 200 a EE É aaa Temperatura e EE Direcção e força do vento | Quantidade e uelidgde de nuvens E Notas I SosEsia | = & [é [É | DES Sd aci, (o Ola 7435 Wash | Sup. É Gta. 7" 35" Nash. Si p, . o t a 16 gol1573 E pede F | | E E Re pe | E = = = = — 5) = 2 q a |12.22/16.50/1573] — [032,8] — =| 21,0 15,1) Lb0) 70) = Ss io=" |= - - RG Niro | Er 5) E: EEE N 3 /12,22/16.50/1573] — [033,3] — — |22,5] 16,6] 14,4) 70 Pre AI o E 2) “Soda = Er 10) Told.,e. |— Es o - T. duv. 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E - || 14/12:22]16.50/1573] — [0331] — | = |2551] — 25,2) 16,1] 13,9] 57 = |=| SEM = e É (e, — — o - B, t.; 1h. ao sol 379.4 - 15/12,29)16,50/1573) — [038,0] == | — |25,2) — |25,4 13,8/09,4] 36 — |=| ESE j4) = = = o| Limpo |- = o = Bt. = 16/12.22/16.50/ 1572] — [632,6] — | — |25,4] — 25,6] 12,3) 11,0] 43 =| ines ao — — G| CNI |— = fa = T. duv. = 17) 12:22) 1650/1573] — 632,1) — | — |25,2] — |2553 15,6/ 13,8] 56 — =| SEMR|B as — = 7 (o E 3 o ds ; B.t. | = 18/12:22/16.50/1573] — [032,0] — | — |23,7] — [25,9] 15,1 11,6] 51 E patos | = = — 2 te = Es o E B.t. — 10/12:22]16.50/1573] — ]033,0) = | — 92,6) — [23,6] 13,1] 10,1] 40 — | —| ESSA RR — DIGA (GS | E 7 2 B.t. = s0/12:22/16.50)1573) — [633,0] — | — |231] — |23,2/11,6/08,4] 36 | = |= ESSE: | ds = o| Limpo |- - o - Bt, = 91/12,22/16,50/1573] — [632,0] — | — [23,49] — |25,6/ 11,1 07,0) 31 ED | NI op = — o| Limpo |— E o = B. t.; ref. o v. pelas 4 p. — sp) 12.22)16,50/1573] — [632,6] — | — |23,7] —"|23,8) 10,0]09,1 38 — -—| SE. II a — o St = = o = B.t. . - o9/19,22) 16.50) 1572] — [632,6] — | — [24,3] — |242/ 10,6/09,3] 37 | — |= Ec = o St = = o - Bt. = : 24) 12.22/16,50/1573] — [632,8] — | — [28,5] — |23,6/09,8/0958| 42 E o quilo = o| Limpo |- = o = B. t. - n5/12,22/16.50/1573] — |631,2] — | — [22,5] — |24,0/10,5/19,6] 65 | — |= ESE: |2 : = o| Limpo |- = o = But a of 16.50/1573 631,7 op,5 a3,5/11,0/11,6] 55 | — |=| E | = o) Limpo |— = o E nto F “» 12.22/ 16.50 | = 12.22) 10.50) 157 “À “= - Limpo 12.22/ 16.50 30/12,22/ 16.50 (1) Bie. 300 Dias Latitude S. 31 deL Longitude E. Greenwich Tião 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.50 16.56 17502 17.02 17502 17.02 17.02 17.02 OBSERVAÇÕES Pressão Eras S atmospherica Temperatura E Es ES é | E Ee o as o RE 1573] — |633,3] — | — |23,5] — |25,0] 9,0 1578) — [6878] — | = |bío) — 54 5/00 1573] — [633,3] — | — |230] — |24,0] 9,0 1572) — |> | > |[=|[ =| > [=| — 1573] — |633,3] — | — |23,5] — |24,5| 8,55 1573/634.6/633,1/633,6 1573/634,6/632,6/633,6 1573/633,6/032,1/632,6 1573/633,1/631,6/632,6 1573]634,0/633,1/634,1 1573 /635,6]634,1/634,6 1573 /636,2/034,2]635,2 1573/635,7/633,7/634,2 1573]635,7/633,2/634,2 1573/634,7/632,8/633,2 1573/6034,2] — | — 1464/635,7/038,7] — 1464/038,7/038,7] — 1464/639,2]039,2/640,2 1464/641,2]039,7/640,7 1464/641,7/041,2/642,2 1464/643,2]641,2/642,2 1464/643,2/642,2]642,7 1345]642,7/649,2/650,2 1280/651,2/653,7/055,2 1370/655,2]647,2/648,2 1228]648,2/057,7/058,7 1149/660,2/664,7/665,7 — |666,7] — | — — |665,2/662,7/663,7 — |664,2]662,2/663,2 10,9] 23,4] 16,7| 24,8] 10,8 8,4/23,1| 16,6/23,7] 8,2 9,2] 22,4/ 15,1]22,0| 8,4 OA = liso 10,4/22,9] — | — |-— 10,6/25,4] — |25,6] 9,6 10,4] 25,4| 14,4] 26,6] 10,2 9,9| 24,2] 15,4| 26,0] 0,1 9,9| 24,4| 13,2] 25,0| 9,6 7,9 24,1] 14,9] 24,2) 7,6 6,9 24,4] 13,9] 24,5] 6,8 9,9|22,9/ 12,2] — | — 5,9/ 23,9] 12,9|24,0] 5,1 7,4] 22,7/ 14,4] 24,6] 6,6 11,7/21,9] 13,9/ 23,0] 10,6 11,4] 24,9] 14,4] 25,0] 10,6 50) — | — | — | — A DS DA DIA O) 6,9/ 24,4] 13,4] 25,0] 6,3 Humidade 7h 350 Wash. 30 MAIO Direcção e força do vento WNW. (O rare e a (o) ESE, 13 [| [0] 8 p S. I o SSW. |1 SSW. |1 S. 2 G do OSE., el S. I SSE. pl SSE. ul SW. [1 (o GC. .ilto €. ho W. Hd SW. ul SW. |1 SW. tu C. ho G.. Jo EC. ho CC Tio (1) Bie.— (2) Em viagem. As observações em viagem das 6» da manhã correspondem à lat., long. e alt. DE 1878 METEOROLOGICAS 301 Notas E ————TTE E e Quantidade e qualidade de nuvens —————— ia Chuva-horas 6h a. 7h 350 Wash. 8 p. 6h a. RE NAS E 8 p. — — 10) Told. — — [o — IB di = = = IO Told. = = o Es B.t dai — — o| Limpo |— — o) — B.t = = si Es E = a o es = pao — — o| Limpo |—- — [o — Bo dio — [o Eimpo o Limpo “fo Limpo” o Et Bot: Bt o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o Bot Bat. Bat; o| Límpo |o| Limpo [|o| Limpo |o Bat: B. t. Bits o] Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o Bot: ts BS t q Empo' |o|' Limpo |o| Limpo |o Bot But Bit. o| Limpo |2 C. o| Limpo |o Bot: Bo dE B.t 2 C-St. 21H €,, C-St. jo C. [o Bit. Bote Bit o Eimpo” o] Limpo |o| Limpo |o Be: Bt Bot o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o IB (E Bits B5t o] Limpo |o| Limpo -|o| Limpo |o Bat [Bi flo B.1. o| Limpo |- = — — o Bo ii — — oi TE-St. 2 C. — — o) Etr Da — o| Limpo |o| Limpo |- — o IB di Bat — o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o Bot Bat: Bt o| Limpo |o| Limpo [|o| Limpo |o Bot Bit: Bot o| Limpo [10] Told. o| Limpo |o B. t. at Bat, tg) “Fold. op Limpo” o) Limpo |o Bot mt Bote o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o Bad Et B.t o -Eimpo |o|] Limpo |o| Limpo Jl|o 1, (to Bo li IB fia o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo lo Bi; Do la o fa aeismpo '|o| Limpo |o| Limpo |o Bot. Bait. Bt o| Limpo |o C. o| Limpo |o Bot Bat Bt e timpo | |oj Limpo [|o| Limpo: |o Bot Do (io Bite o| Limpo |- — o| Limpo |o Bot. — — o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo lo B.t Bs io Bot o timpo'| jo|' Limpo |o| Limpo |o Be é Bot Brit do dia anterior. — (3) Quiteque.— (4) No Cu-anza. E pn à ee , Pad Ran em e OBSERVAÇÕES Maio | pe 1878 METEOROLOGICAS 3o1 o Hg g a a Temperatura Direcção e força do vento Quantidade e qualidade de nuvens E NET E! EO “le RE|S E Gnias ash. | ip, 6a. 7» 35m Wash. 8h p. Ê Ga, q! 35m Wash 8! p. EE — ME | = (Wlta.2a)16.50)1573] — [53353] — 90/1288) 57) — [=] NE |2) — [5 | = he ato ED E o E, Bt E 2/12.22/16.50/1573] — [631,8] — 10,0] 13,0] 57 — |-| ENE. |2) = | = 1) Told. |- — o E Bit, = 3/12,22/16.50/1573) — |63353] — 90) 99] 44 | — |=| ESE.|4] = 5 | = o| Limpo |- - o - B.t - EL TAaA 16/50/1974 | Bei Rd | = = = = - |) = 4 l ar, E = = = o = + = 512.22) 16.50/1573] — [633,3] — | — |23,5] = |24,5] 8,5] 9,0] 38 - |-| SE |2) = 5) = o| Limpo |- — o — B.t. - 6/12,22/16.50/1573]034.6]033,1]633,6] 10,2] 23,6] 15,7] 24,5] 858] 13,7] 58 CG. o) SEA 2) RS | jLjniio o| Limpo [o] Limpo |o B.t, B.t B.t 7 |12.22] 16.50/1573]634,6/632,0/033,6] 0,7] 2450] 1754/2433] 8,8] 1055] 45 | C. Jo) SE, 1 Go Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o B.t. B.t B.t 812,22] 16.50/1573]633,6/632,1/632,6] 9,9] 24,4] 18,4] 2458| 9,8] 12,7] 53 | SSW. |1] SE. |2 SSW. |t) | Limpo |o| Limpo [o] Limpo |o B.t. B.t B.t 9/12.22/16.50/1573]633,1]631,6/632,6] 11,1 25,2) 17,9/ 25,3] 11,0) 8,1] 30 C. l|o| ESE. |2| SSW.]|1 Limpo |o| Limpo [|o| Limpo |o B.t. 10/12.22]16.50/1573]634,0]633,1]634,1] 12,9] 25,4] 18,4 25,6] 12,1) 9,0] 33 | WNW.| 1 E. |2) 8. 14 Limpo |0| Limpo |o Limpo |o By; 11/12.22]16.50/1573]635,6/034,1/034,6] 12,9] 25,4] 19,1/25,7] 11,0) 9,3] 35 | NNW. | 1) ENE. |3 G; o) Limpo |2 (0); o| Limpo |o BIS 12/12,22/16.50/1573]636,2]634,2]635,2] 12,4] 2457] 19,4/25,4] 12,2) 1151] 46 | O Jo) E |3 SSE, |U. C-St. 2| C., C-St. fio (5a o B.t. 13/12:22/16.5015731635,7633,7/634,2| 10,9] 23,4) 16,7 24,8) 10,8) 9,7] 41 | SSW: |1| SE. |2| Sid 1 Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o B. t, 14/12.22/16.50/1573]635,7]633,2/634,2] 8,4]23,1] 16,6/23,7] 8,2] 7,8] 32 | SSW. | 1] ESE. |4 SSE. |1| | Limpo |o| Limpo [|o| Limpo jo B. t. 15/12:22] 16.50] 1573]034,7]532,8/633,2] 9,2] 22,4) 15,1]22,9) 8,4] 8,7] 40 | WSW. | 1| ENE. | 1] SSE: Limpo |o| Limpo |o| Limpo Jo B.t. 10 12.20/16.56/1573]6034,2) — | — | gg] = |=|-=|=|— | — W. |2 EPE = Limpo |- = = — o B. t. a 12,18/17.02/1464/035,7/038,7] — |10,4/22,9) — | — | — |10,1] 40) W. |1] SE |2) = E: - — o B. t, 18/12,18/17.02/1404/038,7]038,7] — | 10,6]25,4] — |25,6] 9,6] 8,9] 34 | SW. |1] €C. jo = Limpo |- — o B. t. E 19/12.18/17.02]1464]039,2/039,2/640,2] 10,4] 25,4] 14,4] 20,6] 10,2] 8,9] 34 (7 0) (Guel o) ROME | Limpo |o| Limpo |o B.t. 20/12:18017.02/1464]641,2]639,7640,7| 9,9/24,2/ 15,4/26,0) 9,1] 74] 29 | CG Jo) SE |2| & Limpo [0] Limpo jo B.t. Bat 21/12.18/17.02]1464]641,7/041,2/642,2] 9,9] 24,4) 13,2] 25,0] 9,6] 6,0] 22 c. lo| ssE. |2) E Told. lo| Limpo |o B.t. Bt. 22/12.18/17.02]1464/043,2]541,2/642,2] 7,9] 24,1] 14,9/2452| 7,0] 5,6] 20 | WNW.| 1] ESE: |3 Cc. | Limpo |o| Limpo [o B.t. Date a 12.18) 17.02) 1464/543,2/642:2/642,7] 6,9] 2454) 1359/2455] 658] 5,8) 21 | O. Jo) S |2 Wi Limpo |o| Limpo |o B. t. B.t. 2412-14/17.07]1345/642,7]049,2/650,2] 9,9]22,9]12,2] — | — | 7,2]31] S. Ir 3| SW. Limpo l|o| Limpo jo) Bt B.t. 25) 1200 17.14/1280/651,2/053,7]555,2] 5,9] 23,9/12,9]24,0] 5,1) 72] 29 | CG. Jo) & Limpo |o| Limpo Jo| Bt so 26/12.04)17:22)1370/055,21647,21048,2] 7,4) 22,7] 1444/2466] 6,6] 1250] 57 | Cu |o| SSW: Limpo [o Limpo jo/ Bt a Fl 11,58117.30/1228/648,2/657,7/658,7] 11,7) 21,9/ 13,9] 23,6] 10,6] 9,6] 46 C. |o| SSW. c. o| Limpo |o B.t. E 28 11.53117.38]rr4g]660,21664,71665,7] 11,4] 24,9] 14,4/25,0] 10,6] 8,9] 35 | GC. Jo) & Limpo o) Limpo [o) Bt j o sara = Bco = =| sgl= [== || =| =| lo — o| Limpo [o) Bt as dolr1.58)17.38) — |665,2 002,7/663,7) 5,4/25,4] 13,4) 25,5] 5,0) 7,7] 29 Cc. l|o| SSW. Limpo [o| Limpo |o B.t. E E PMjun:S9/17.38] — |9662/662,2/063,2) 6,9]24,4] 13,4/25,0] 6,3] 9,3] 38 | CG. Jo| & Limpo |o| Limpo jo/ Bt to Pis) Em viagem. As observações em viagem das 6% da manhã correspondem é lat 502 OBSERVAÇÕES JUNHO RS Pressao Digi Ea E BUS D [92] 8 | atmospherica Temperatura EIS E Direcção e força do vento 7 (5) > IS SS Ss 4 , , S “e B É E GDE NDA A an dar RE 2 Se ——— mm «co apsespla po Repor aR=lalpalako;Rs 135 Cie lésalSfeejgIsBeáta Eron a RE = S(9 o) ds E so Dl=5|5S - 2! Eh Te Y ash. ra ES >. Y E = a TES TS (oo Ee e 5 E 11.53/17.38/1149/665,2]664,2/664,7] 5,7 |25,4/13,4|25,4| 5,0 | 8,4] 32 € o Ss 2/ SSE. | 11.59/17.38|1149/666,2/664;2/665,2 6,4 |24,9/11,7/25,6| 6,4 | 7,3] 28'| SE SSB Com 11.53/17.38/1149/666,2]664,2/665,2] 5,9 |25,4/12,9/25,8] 5,1 | 7,5 | 28 SE S Tp SE I 11.53/17.38/1149/6606,2/063,7/665,2] 7,1 |24,9/12,4/25,0| 6,8 | 7,3| 28 | SE I S) 3 E [o 11.49/17.42/1140/666,2) — 1665,2] 5.924,59 |11,4] — | — | — | — SE I — — Ss: I 11.45] 17.45/1188/665,7/661,2/062,2] 3,4/23,4/15,4/25,0] 9,3 | 6,2] 25 C o! TESE 2 E o 11.46/17.51]1124/662,2]666,2]667,2] 7,4 [24,4 |18,4/24,6| 71 | 6,9] 2 Op 0) SE Sr I| 7 11.43/17.53/1075]608,2670,2/671,7/10,4 [25,4] 13,9/25,5] 71 | 6,2] 23 | WNW.|2 10/11.41|17.59/1078/672,2]070,7/671,7] 6,4/25,4/12,4/25,6] 6,1 | 7,0] 26 | WNW.|1| ESE. |1 E o II) 11.41) 17.58/ 1078/072,2]071,2/072,2] 4,7 |27,2/15,7 27,4] 41 | 6,0] 22 C. o SE 1] SSW. |1 2/11.41|17.58/1078]674,2]071,7/672,7| 5,9 2751 |15,4/27,2] 550 | 5,9] 19 E o| ESEME S. I 15 11.41] 17.58] 1078/074,2/072,2/672,7| 0,9 26,2 [15,1 |27,0| 6,1 |15,8| 20 € 0] SES TARA E: [o E 11.37/18.00/1110/674,2/072,2/672,7| 6,4 |26,4/13,4[26,8| 6,1 | 5,0] 17 (O o! RESET (e: o E 11.33/18.06/1112/071,0/071,2/072,2] 4,9/25,7 |14,9 |25,8| 4,0 | 7,5 | 28 S) n | PESE (O o 216 8,0) 759 270] SIE 15] 19 go Go DN = = A 19 e] (9 8) E EsE|3iNE! ESE. I JB I ' 8146/53/18] € [o] ssw. |3) ESÉ. [1h E > DA! (en) tm (0,0) td (o) [e] w e) m 6 19/11.33/18.06/1112]672,2/070,2/670,7| 4,9 |20,4 [13,4 |26,6| 4,6 | 6,3] 22 Culto 6 coil o ESE. |1| ESE. |7 (Co o C. o| [eo] QD mm To] e) t3 sado = = 27/11.33/18.15/1188/671,2] — [666,7] 3,4] — [164) — | = | = | — o: o 28/11.33/18.15/1188/667 tj [98] les) +) tea) (02) les) t3 9/11.33]18.15]1188]666,2/665,2/666,2| 5,4 /28,1/12,4/28,5/ 5,1 | 5,5] 16 | ESE. |3 UN A les) 19 td (08) o + 30/11.33/18.15/1188/666,8]665,4/667,4] 5,7 |28,9 [17,2 28,0) 91 | 9,9 167 ESSO (1) Cu-anza. — (2) Em viagem. — (3) Acampados. — (4) Mongõa. — (5) Cha-N'Ganji. a 0 ta ar rm 9 E 1878 METEOROLOGICAS do Notas TT a —— Quantidade e qualidade de nuvens O dd ooo E — Ghia. 7» 35m Wash. | 8! p. | Chuva-horas 6! a. 7! 35m Wash. 8! p. | Limpo |0| Limpo |o Limpo [o B. t. B.t B.t | Limpo |0| Limpo |o| Limpo |o Bits Bot It 7) Eimpo | |/0| Limpo |o| Limpo lo B. t IB BRE 2| Limpo |0| Limpo [o Limpo o Be tz Be (to B. t. q) Eimpo | |0|' Limpo |o| Limpo. |o B.t Bi | B.t. 3! Limpo. |— — o) Limpo o Brit — Bi dmimpo à |O) Limpo |o| Limpo Jjo|- B.t. Bat. But. »| Limpo |0| Limpo |o| Limpo |o Bot. nte Bot. 3 limpo | |0|. Limpo |o|, Limpo lo Dat: But Bait | Limpo |0| Limpo |o| Limpo |o Bot Bt Bon: | Limpo |o| Limpo [|o| Limpo |o| B; B.t. B. t. 3] Limpo (|o| Limpo |o| Limpo |o 1 to Do lts B. t. 2 | Limpo o| Limpo |o Limpo (o Baita 1 fo B. t. nn Eimpo | |0|» Limpo |jo| Limpo. |o B- t B.t B. t Ni tipo Jo) Limpo |o| Limpo |o B.t B.t nt: 3) Limpo, |o| Limpo |o| Limpo |o Bot: Bat: Bot: )| Limpo |o| Limpo |o| Limpo [lo Brit; Et Bj ti | Limpo |o| Limpo [|o| Limpo |o Bit; Bit eidelna B. t. | Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o Bt Bit: 15 do 3 | Limpo o| Limpo o| Limpo [o Bo (E Bit baimalde== ams Benta dl limpo | jo) - Limpo |o| Limpo lo B5t Bite: paid W. B.t | Limpo o| Limpo o| Limpo [o Bo (E Brito Ei as 6 a. IB, fo ZE Címpo | |o|] Limpo |o| Limpo lo Bo B. t.; barra de==aW. Bio YE Limpo , |of €. o| Limpo |o Bot: Bit: Ra B. t. NE limpo | |0|' Limpo |o| Limpo |o B. t. Bot RR Bot )| Limpo [o Limpo o Eimpo Fio B. t. Botas aa cac Bit. ao pôr do sol X limpo |- — o| Limpo |o Bolt; - B.t. WE Bimpo | |o|. Limpo [|o| Limpo |o| B.t.;ne. BotisicaciaWiateiS ip, Bit SE, fr. 10-12 p. WE Bimpo | |o| .Limpo |o| Limpo |o| B.t.; ne Biticac a SE; Bite di timpo: |o| Limpo lo) Limpo |o/. B.t.;ne. | Bo é B.t SOL OBSERVAÇÕES JUNHO E 1878 METEOROLOGICAS 309 ; u 3 unos nica “Vemperatura Direcção e força do vento Quantidade e qualidade de nuvens Notas ARE 2 |— —— — — || ———-= —— o So — — — ê E & E Ola, Ci 8! p | Ga, qu 35m Wash. 8! p. Ê Alva cl 35m Va a E õ ash. Pp. 7 k E 6a, 7" 35M Wash, 8! p, io E x : 1149/005,2/004,2/604,7 32 o Sº 2| SSE, o| Limpo |0) Limpo |o| Limpo |o B.t. B.t. Bt. 3| 11449 060,2 /00/4,2/605,2 28 SE 2 2 (o o| Limpo |0| Limpo [0] Limpo Jo B, t. B. t. Bot, 3|1149666,2/004,2/665,2 28 | SI 2 S; 1| SE o| Limpo |0) Limpo [o] Limpo Jo B. t. B. t. B. t. 3|1149/006,2/003,7/605,2 Bo ESBh Ss 3 (o o| Limpo |0| Limpo [o| Limpo [o Bt. B, t, Bt; 3/11:49/066,2/00.4,2/664,7] 0,2/24,1/12,6/24,6] 0,7 | 6,4] 25 1| SE 2| SE o| Limpo |o0| Limpo |o| Limpo |o B. t. B.t. | B.t 2/1140/006,2] — [665,2] S.g|2g5/1mr,4) — | — | — | — I — — Ss. o) Limpo |=— — o Limpo o B. t. — B. ti. 45) 1188]665,7/001,2/662,2] 3,4/23,4/15,4]25,0] 3,3 | 6,2] 25 (7 (0) PESTE o (Cj o| Limpo o Limpo o Limpo o B.t. B.t. B.t. 1124)662,2/600,2 607,2] 7,4 [2444 [18,4/24,0| 751 | 6.9] 27 Es pop Sitio (e o| Limpo |0| Limpo |o| Limpo Jo Bt. B. t. Bt 3/1075]608,2/670,2/6 6,2) 23 |WNW.|2 SI I WE. o| Limpo o Limpo (o) Limpo o Boto B. t. pat 1078)072,2/070,7 (071,7 7,0] 26 | WNW.|1| ESE. |1| € o| Limpo |0) Limpo |o| Limpo Jo B. t. B. t. Ie 55) 1078/06 22 (Cc; o| SE. |1| SSW. o| Limpo |0| Limpo [o] Limpo |o B. t. B.t B.t. . 58/ 1078/06 19 (o! o| ESE. |1 Ss. o| Limpo |o| Limpo [o] Limpo [o B. t, let fio Bt. 10786 20 (c, 0) SB, |2/ HG: o| Limpo |o| Limpo [o) Limpo [o B: t. B.t. B. t. IITOJO 17 (6; 0 EST o o) Limpo |o| Limpo [o] Limpo Jo B: t. B, t. B.t. 15/11.33/ 18.06) 1112]6 28 Ss T| ESE. |1 Cc. o| Limpo o| Limpo |o| Limpo |o B. t, B.t. B.t. 10/11,33/18.06|1112]672,2 27 Sis | SR (e o| Limpo |o| Limpo [|o| Limpo [o B. t. B.t, Ea 17/ 11.33] 18.06] t112]675 26 | SE. |r| SE, |1| SE o| Limpo |o) Limpo |o| Limpo Jo B.t. B.t. B.t. 18/11.33/18.06|1112/6 0 | ESE. |r| ESE, 3) NE o) Limpo |o| Limpo [o) Limpo |o B.t. B. t.; v. de raj. Bt. 19/11.33/18.06] 1112]6 22 (€ o | PESE | E o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo jo Bt. B, t. B.t 20) 11,28) 18,06 1112] 18 o| Ssw. |3| ES. o) Limpo |o| Limpo |o| Limpo [o| Bt Di eat de= Bt 21/11.33/18.06| L112]6 16 ESB. ro o | HG o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo [o B. t. Bt eee B.t. 22/ 11.331 18,06] 1712/671,2/669,2/670,2 o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo [o Bat. B. t.; caco, aW. às 6a, Bt. 23/11.33)18,06|1112]671,2/609,2 670,2 o] Limpo |o| Limpo [o] Limpo |o nt B. t.; daria =aW. tt E 24/11.33] 18.06 [112/071,2]669,2/670,2 o) Limpo ol E: o) Limpo o B. t. Hour Bngrde aW. B. t. 25)11.38) 18.06] 112! 671,7)669,7671,2 o) Limpo |o Limpo |o| Limpo jo 1 ho VELA bonde a t as 11.33] 18.06) 1112/671,2]069,2/670,2 o) Limpo |o| Limpo |o| Limpo [o B.t. B. Dc ud Bt. 27/11.33)18.15]1188]671,2) — 006,7 o) Limpo |- E o) Limpo. |o Bit. E B.t 28/11.33/18.15| 1188/007,2/665,2 666,2 o| Limpo |o| Limpo |o) Limpo [o] B.t.;ne. B. top e. NV. até 8 p.; Bat 29/11.33]18,15] 1188/606,2/665,21666,2 o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo [o| B.t;ne B. t. caci Eu 30/11.33/18.15) 1188]066,8/665,4 607,4 o| Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o) B.t;ne B.t. B. te Mess LC SOS SEA ' 304 OBSERVAÇÕES JULE n Is g a Temperatura .Õ s Direcção e força do vento áfoj= [5 Réjo | RBjo E JE Pap de fam. | Sp 1/11.33/18.151189]668,8]666,9667,9| 5,4/28,9 1714 [29,0] 4,6 [1,1] 13 | ENE. [1] ESE. |3| ESE. | 2 11.33/18.15]1189/668,9/066,8/667,8| 6,9/28,4/15,9/29,2| 6,6] 6,8] 20 | E. |1|] ESE. |3| ESE. |: : 11.33/18.15]1189]669,3/667,4/668,1] 3,9/27,4/16,4/29,0] 3,8] 4,6] 13 | E. |2| ESE. |3] ESE. | 4/11.27/18.22]1187/669,4] — | — [49] — |— |— | = | — | — | ESE. |1 — — = - 5 |11.25/18.31|1170/670,8/667,M668,3] 1,7/25,4/12,9/26,0] 1,6| 6,3] 23 | ESE. |1] E Db ES 6 /11.25/18.31/1185/668,9/666,9/667,9| 2,4 |24,9[12,6/25,5| 2,1 | 5,5] 20 E. | 1) ESELPoaes | UR 7 |11.24/18.39/1242]668,8]661,3/662,3| 1,4 24,9/12,4/25,0] 1,1| 5,9] 22 | ESE. | 1] ESE. |2| ESE. Ji 8 |11.22/18.46/1295]663,9/657,4/058,4] 1,4/25,9/12,9|26,0| 1,1] — | — G. |o] ESEC 9 [11.22 18.46] 1295/659,3/657,3/058,3] 4,4 25,4 [12,9]26,0| 4,1] 5,5] 20 C. o] ESET: a o 11.21/18.50/1300/659,9/056,4/057,4] 3,4/27,4/15,4/27,6] 3,1] — | — C. nojo 0) 1€. JE 11/11.21/18.50/1300/659,3/656,9/057,8| 3,4]24,9/13,9/25,2| 2,6] 5,1] 18 C. (jo) SEj|rhoe HE 12/11.21/18.50/1300/658,4/056,8/658,4| 3,9 |25,9/14,4/26,4| 3,1| 4,9] 16 C. oltaRE 2 C: JE 13/11.21/18.50/1300]658,8]656,9/058,3] 3,4/26,9/15,4/27,0] 3,3] 4,3] 13 C. to) SEMBBINES AM I4/11.21/18.50/1300/658,9/056,8/657,9| 5,4/28,0[15,4/28,4] 4,7] 41] 11 C. |jo| ESE|2|2SE.-a 15/11.21/18.50/1300/658,8]656,9]057,8| 6,4]27,4 [15,9|29,0] 5,9] 5,3] 16 GC. “jo NNE c 16/11.21/18.50/1300/6509,1]057,6/058,0] 4,9/26,4/10,4|29,2] 4,8| 6,1] 21 C. |o/“NNERM Bm C 17/11.21/18.50/1300/658,5/656,5/657,6| 8,4/27,4/17,9|28,4| 8,1 |10,3] 35 C. |o| ENEM RINRE e 18/11.21/18.50/1300/658,6/656,6/057,0] 10,4 |28,4 17,9 |28,4/10,1 [10,1] 32 C. jo) ENE 2RNE a 19/11.21/18.50/1300/658,0/656,5/057;1] 9,9 |31,7/18,4/31,7] 9,0] 7,5] 18 C. | 0) NNEDHBlHe o 20/11.21/18.50/1300/657,6]656,6/057,9/13,8|29,9 |17,9/31,5/12,1| 8,8] 25 N. | 7) NNES] 2) ec o 21/11.21/18.50/1300/659,0] — | — [10,4] — |— | = |— |— | — C. lo) = |=[0= da 11.15/18.52/1300/660,1] — [656,0/10,4] — [189] — | — |[— | — C. o — —| CC. Id 23/11.15/18.52/1340/656,5/654,5/055,;1] 9,4/27,9/17,4] — | — | 3,7] 9 C. on NEGADO C. Ç 24)11.10/18.54]1338]655,6/656,1/656,5] 8,6/28,4/13,4/28,6| 81] — | — | C. [o] SE. |r| €. c 5 11.05/18.59/1340/657,5/654,5/056,1| 7,9 |27,4]17,4|28,0|] 7,6 | 6,6] 21 €. |o| ESERIBI TE. c 26/11.05/18.59/1340/656,6/655,0/656,5]14,4|28,4 [17,4 28,5 [14,1 | 2,4] 6 C. io) (SERIO C. 27/11.05/18.59/1340/657,1/654,6/056,0/14,9|28,4/17,1]28,6/14,3] 2,4] 6 | SE. |1| ESE. |4]) €. Ja 28/11.05/18.59|1340/656,5/654,1/654,5] 14,1 |26,9/18,4/28,4/13,6| 5,8] 19 | ESE. |2] SE. |2 E: o 29/11.05/18.59/1340/655,0/653,5]654,6/15,4/28,1/18,4/28,2/14,6|] 5,0] 17 | ESE. |1| ESE. |2|] €C. 0 30/11.05/18.59/1340/056,1/654,1|054,5/12,2|26,9 [17,9 |28,2/11,6 [12,0] 43 G: [o C. [o C. 0 31 [no pé-do 1340/656,0/054,5/055,1/13,4 |27,9 |19,4/28,0 13,1 [10,7) 36 C; of NWir q C. 0 (1) Cha-N'ganji.— (2) Ás 64 rom brilhante aerolitho de SSE. para NNW., meio da curva NW., arco de 30 E 1878 METEOROLOGICAS 305 Quantidade e qualidade-de nuvens Ê Notas 7" 359 Wash. E Guia 7h 35m Wash. 8! p. sd RE Limpo o) NCac> ana »- B.t.;ne. deN. Cac. aW. Limpo o |Cac. int. a W. Bit ca avo Cac. aW. Limpo o |Cac. int. a W. B. t.; v. de raj. Cac, a W. = o |Cac. int. a W. — = Limpo o| Cac.a W. Bitr ne, m. Bit Limpo [o Cac. Boto nem Bit. C: [o Cac. Bit; Bt: C. o Cac. Bt: Bat; Limpo o Cac. Bt. Bat Limpo [o Cac Bit Boat: Limpo o Cac Bot. Bt. Limpo [o Cac Bot Bt: GC. [o Bot B.t Cac Cs [o B. t T. som B t Limpo o B. t. Nei Cac: Limpo o Cac. B.t;=='a E. Bot E: o Care: Ertsine. Caes C. o Cac. Be tine. B: t- C. o Bt. Ne.; th. ao sol 33,0 B. it C, o Car. Bate Bot, - [o Gac: — Ee — o B. t. — Bot: Limpo o Bat: Bot Bi Ci.-C o Caes Bo ie Bit, - o Bot Bit vo de ransine ars EA Bt Limpo o Bt Bi tv dera: ne: alSt E) Bt Limpo [o Bt: Bote inr: Et Limpo o B. t. lit Bit: Limpo o Bt B.t Bit (es o B.t B. t.; ne Brit (OA o Cac. Di Bit. ra 35º, dividiu-se em dois. — (3) Em viagem. — (4) N'Dumba Tembo. — (5) N'Dumba Mughande. == JD" so VOL. II 20 is 304 OBSERVAÇÕES JULHO| DE 1878 METEOROLOGICAS 305 Pressão : É EE á Es ER EE Direcção e força do vento | Quantidade e qualidade-de nuvens i Ê cs Notas Ê ã Ee als E 5 É É Ea ta | | ep |] Gra |7h3smwash.| sup. É Gta, 135 Wash. gp. . E 11.59 18.15 1189/668,8/666,9/667,9| 5,4/28,9]17,4/29,0] 440] 11,7] 13 | ENE. | 1) ESE. [3] ESE. |1 Limpo |o| Limpo [o| Limpo |0| Cac. aW. B.t.;ne. de N. Cac. aW. 2 11.33/18.15]1189/668,9/666,8/667,8] 6,9/28,4|15,9]29,2] 6,6] 6,8] 20 E, 1| ESE. |3| ESE. |» Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o/Cac.intiaW. B, t.; cac. aW. Cac, aW. 3 11.33/18.15]1189/669,3/667,4/608,1] 3,9/27,4 [16,4]29,0] 3,8] 4,0) 13 E, 2| ESE, |3| ESE. |1 Limpo |o| Limpo [o] Limpo [o/jCac. int.a W. B.t.; v. de raj. Cac, aW. 5 11.27/18.22/1187]669,4] — | — [49 = |- |— |- |- | = | ESE. |1 = |-=| — |- Limpo |- — = — o |Cac. int, a W. — = 5 [11.25] 18.31] 1170/070,8/667,8068,3] 1,7/25,4/12,9/26,0] 1,6] 6,3] 23 | ESE, |1) E. |2) E Ir Limpo |o| Limpo [o| Limpo [o] Cac.aW. B. t.; ne. m, B.t, 6/11.25/18.317/1185/668,9/666,9]667,9| 2,4 24,9/12,6/25,5] 2,1] 5,5] 20 E, Ud RES BAR | 2 C. lo Limpo |o Limpo |o| Limpo |o Cac. B. t.; ne, m. Bt. 7 |11.24/18.30/1242/668,8]661,3/662,3] 1,4/24,0)12,4/25,0] 1,1] 5,9] 22 | PESE. | 1] ESE. |2) ESE. |1 Limpo |5 Cc. o| Limpo |o Cac, B.t. B.t. 8 |11,22/18.40/1295]663,9/657,4/058,4) 1,4/25,0/12,9]26,0) 1,1] — | — o| ESE. |1 Gi to (08 o Cc. o| Limpo |o Cac. B. t. B.t. 9 11.22/18.40)1295]059,3/057,3/058,3] 454 /25,4/12,9/26,0] 451) 5,5] 20 0) ESE. |r| Ca Limpo [o] Limpo |o| Limpo |o (Ee Bt B.t To t1.21/18.50/ 1300) 659,9/056,4/057,4] 3,4 27,4/15,4]27,6] 3,1] — | — o Cc. o Cc. o Limpo o Limpo o Limpo |o Cac. B. t. B. t. LI/11.21] 18.50) 1300/659,3]656,9/657,8] 3,4/24,9]13,9/25,2] 2,6] 5,1) 18 o| SE. |1] CG lo C-st. |o| Limpo |o| Limpo |o Cac. B.t. B.t. 12)11,21/18.50/1300/658,4/056,8/058,4] 3,9 25,9] 14,4/26,4) 3,1] 459] 16 0 Ei CO Limpo |o| Limpo [o| Limpo |o Cac, B.t. B. t. 13/11.21/18.50/1300/658,8/656,9/058,3] 3,4 26,9/15,4]27,0] 3,3] 4,3] 13 o SD E) C. lo = B 14) 11.21/18.50/1300/658,9/056,8/057,9| 5,4/28,0/15,4]28,4) 4,7] 451] 11 o| ESE. |2| SE. |1 Told. o| NNE. |2) C. lo Limpo 15/11,21/18.50/1300/658,8 056,9/057,8] 6,4 27,4/15,9/29,0] 5,9] 5,3] 16 SCE EMoNo onare erarero a aa (o) 16]11.21/18.50/1300/659,1/657,6/058,0] 4,9/26,4]16,4/29,2] 4,8] 6,1] 21 o| NNE. |2]| CG lo Limpo |o| Limpo |o| Limpo lo Cac, B. t;='2E. Bt 17/11.21] 18.50) 1300]658,5/656,5/057,0] 8,4/27,4]17:9|28,4] 8,1/10,3] 35 ENE; |2] CG lo Limpo |3 (6) o| Limpo |o Cac, B. t.; ne. Cac. 18/11,21] 18.50/1300/658,6/656,6/057,0] 10,4 |28,4]17,9|28,4) 10,1 [10,1] 32 o| ENE. |2| NE. |1 Limpo |3 (e, o| Limpo |o Cac, B, t.; ne, Bt. 19)11.21/18.50/1300/658,0/656,5]057,1] 9,9/31,7/18,4/31,7| 9,6] 7,5] 18 o| NNE, |2) C lo St. 2 C, o| Limpo |o Bt. Ne.; th. ao sol 33,0 Bt. 20)11.21/18.50/1300/657,6/056,6/057,5] 13,8 [29,9] 17,9|31,5/12,1 | 8,8) 25 1| NNE. |2) C. |0 C. 5 c o| Limpo |o Cac. Bt. B.t. 211,21 18.50/1300/659,0] — = ho = po pa hope = o =, o; ES À — — > — o Cac, = po 11.15/18.52]1300]660,1) — |656,0/10,4] — [189] — | = [= | — o) = =| REG Limpo |- E o| Limpo |o B.t Z pro 23/11,15/18.52/1340/656,5]654,5/055,1] 9,4/27,9/17,4] — | — 37] 9 oi INES || RO Limpo |o| Limpo |o| Limpo [o B. t. Bt. Bt. e T1.10/18.54/1338/655,6]656,1]056,5] 8,6/28,4/13,4/28,6] 8,1] = | — 0) SEM ||| EGO Cc. o| Ci-C. |o| Limpo |o Cac. nie: B. t. 25) 11.05/18.59/1340/657,5]654,5]056,1] 7,9 [27,4 17,4 |28,0 7,6| 6,6) 21 o) “ESB ||3)] Cc, 7 = o| Limpo [jo B.t. B. t.; v.deraj.;ne. a S, E. B.t. 26/11.05]18.59/1340/656,6/655,0/656,5)14,428,4]17,428,5 14,1] 2,4] 6 go a (o | Ci-C. |o| Limpo |o| Limpo [o B. t. B.t.;v. de rajy ne. a S. E. B.t. 27/11.05/18.59/1340/657,1]054,6/656,0/14,9]28,4/17,1]28,6/14,3] 2,4] 6 | SE. |1] ESE. |4| CC [9 Limpo |o| Limpo |o| Limpo [o) Bit. B. tg ve dir. ai 281 11.05/18.59]1340/656,5]654,1]054,5/ 14,1 |26,9]18,4/28,4/13,6] 5,8] 19 | ESE. |2) SE. |2| CG [9] Limpo |o| Limpo [o| Limpo |o B.t Bt. Bit. 29) 11.05) 18.59] 1340/655,0/653,5/654,6]15,4 [28,1 [18,4]28,2/14,6| 5,9] 17 | ESE. |1| ESE. |2) CG |º Cc. o| Limpo |o| Limpo |o B. t. B. t. B.t. J0)11.05)18.59/1340/656,1/654,1]654,5]12,2 |26,9)17,9]28,2)11,6]12,0] 43 | Cc. [o] GC lo) GG [9] c. o Cc. l|o| Limpo jo) Bt B. t; ne. Bt. j 31/11.05]18.59]1340]656,0/654,5/655,1]13,4]27,919,4/28,0 131/10,7] 36| C |o| NW. |1) G ]9 | Limpo |2 Cc, o| Limpo [o Cac. B. t altura 35º, dividiu-se em dois. — (3) Em viagem. — (4) N'Dumba Tembo. — (5) NiDuimba Mugliinde, 306 OBSERVAÇÕES pa: “ AGOS PCT CD TS TT õgç 1” DLL A TIO TON OTTO STO ESTICAR Pressão Ss ; r ! ES lora ao E O & | atmospherica Temperatura o ElSE Direcção e força do vento galo ISEL E 2E|SE E er 5 de s — E Ss a = Ee E E Pa Es 2 IE a E Ê : gas E Al E DolS | S log) 2) Da) ISIS Sala ohija 7h 35m gh SE SS) so as re nl IE = SS [E [een à Wash. Ps + Eva Ss] a E MS) Ts (Djo |! o, / 1 |11.05/18.59/1340/655,6/653,0/654,6/15,2 |27,2 2 |11.05/18.59/1340/654,5/653,5]655,5/12,9 |27,9 3 /11.05/18.59/1340/655,6/655,1]656,6]17,4 |28,4 4 |11.05/18.59/1340/055,5/654,5]656,0] 16,9 |26,4 5 |11.05/18.59/1340/657.0/653,6/654,6]10,1 |24,9 6 7 8 11.05/18.59/1340/655,5/653,5/054,5/14,2 |27,8 11.05/18.59/1340/056,6/054,6/055,6/11,1 |27,9 11.05/18.59/1340/656,5/655,5/056,0/14,9 |27,9 [19,9 |28,2/14,6| 4,8] 14 SE, dat S 2)hunSE. 9 |11.05/18.59]1340/656,6]655,0/056,0]17,4 |28,9/21,9|28,09/17,3| 2,7] 9 C. o) | SEG) | nimSE. 15,4/29,1 1451] — || — | ESEJpnP SEG oSaSE: 1,4) - |— |— | - | ESE. |1 — —| ENE. 18,7) — | — |6,5 | 19 C. o| ESE. |1 fE; € I0[11.00/19.01/1192/057,0/065,5/607,5]14,7 |28,9 11/10.54/19.02] — [667,5] — 669,5] 5,4] — 12/10.50/19.05/1164/670,0/607,0/669,0] 4,4 |28,9 13/ 10.46] 19.06/1164/670,5]607,0]668,5] 7,4 |29,9|19,4]30,1| 751 | 5,0] 14 21,7 /30,6|.751 | 3,9] 12 | ESE pn] PSESR Paes 21,9 /30,3 [14,1 | 5,8] 15 C. 0) TESE. | MbmSE: 21,9/30,5 [14,8| 4,6 | I4 Se 21.1 SEST| 2hdESES 14/10.40/19.08/1226/670,0/603,0/664,5] 7,4 |30,4 15| 10.46] 19.08/1226/665,5/602,8/664,5]14,4 |29,7 16/ 10.46] 19.08/1226/665,5]663,5]064,5]15,4 |30,4 I7| 10.46] 19.08/1226/665,5/663,5/064,5/15,4 |29,4 18/ 10.46] 19.08/1226/665,0/663,5]664,5] 14,4 |30,4 |: 19/10.46] 19.08/1226/664,5/661,8/063,0]13,9 |29,7 20/10.46/19.08/1226/663.5/060,7]662,0/12,6 |30,1 21/10.46] 19.08/1226/663,5/661,5/663,5]14,9 |29,4 22/ 10.46] 19.08/1226/665,5/663,5/604,5]17,7 |27,2 23/10.46/19.08/1226/064,5/662,0/663,5/16,1 |28,6 24/10.46|19.08/1226/663,5/660,5/661,5/16,4 |29,9 25/10.46|19.08/1226/663,5/661,0/662,5/16,2 |3 E 10.40] 19.07/1199/062,5/665,5/667,0/15,9 |31,1 7/10.36/19.06/1158/668,5/668,5/669,5/14,9 |31,9 (4) 28/10.34/19.06/1180/671,0/666,5] — |11,7/31,9 +) (O) 9 = t) 29/10.34/19.06/1180] — |666,0/667,5] — |30,9/18,4] — | — | 3,9] 11 E. o) NES: [| NNES 30/10.34/19.06/1180/669,0/660,5]667,0] 8,2 |28,7 31/10.34/19.06/1180/669,0] — | — | 9,4] — SS (1) N'Dumba Mughande. — (2) Em viagem. — (3) Em Catuchi. — (4) Muene T'chiquilla. f METEOROLOGICAS MG To, 7h 35m Wash. Quantidade e qualidade de nuvens 6h a. | (o) (o) (o) (o) Limpo Limpo Limpo CG: Ni. EC: Ni. 6. Limpo “Limpo Limpo Limpo “Lim po Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo Limpo a (a | Chuva-horas t3 Gta. Bt Bo B. t.; v. de ra). T. duv. T. som. B.t: B. t; Bit; B. t. Bit: B.t. Cac Cac Cac. B.t B. t: B.t: B. ts Bs B.t: B.t: T. duv. B.t B..t: EA Bd B. te Bt; B. t B.t Notas 7» 35m Wash. B. t.; ne. BE B. t.; 6-10 a. v. fr. T. duv.; SE. Bº K do SW. “e ns B.t. B.t. Bt. BS te Bite B. t. B. t.; ne. [E Bi B.t.; v. NW. for. 3-4 n. T. duv. T. duv. Ka SE.; nu. cor. de SE. para NW. T. duv.; nu. cor. par“ NW. T. duv. Ni. de E. para W t. t. t. A: D'; Za NV. VOLVER er e e dA TRT + OBSERVAÇÕES AGOSTO DE 1878 to (e) (en) . METEOROLOGICAS 307 E 7 Es E) Era aca Temperatura Direcção e força do vento Quantidade e qualidade de nuvens E Notas 5 |56|< E | Mas É de 35 Nash. sh p. o) Ros 18.59 1340/655,6]653,6/054,6/ 15,2 |27,2/18,7]27,8|I4,1) 9,2] 32 | WNW.|3) C. lo) G lollyl sc. o| Limpo |o| Limpo |o Bt E o 2 [11.05] 18.59) 1340/654,5]653,5 12,6] 5,2] 15 (6; o| ESE. |1 (0) 9) jo] Limpo |o| Limpo lo0| Limpo lo B. t. a B. t. 3/11.05] 18.59) 1340/055,6]055,1]656 16,0] 6,8] 21 | ESE, |3 E 2 Cc oj| |5 (cr o] Limpo o] Limpo [o|B.t.;v. deraj.| B. t.; 6-10 a. v. fr, SE. B. t. 4 [11.05] 18.59) 1340]055,5]054,5]65 168 4rb 34 | ESE. da bo Si DMA CO] |) Coifa) o Nios jo) Mduyo | Dodo; egos BU; Gan 5 |11.05/18.59/1340/057.0/653,6]65 15,0/13,9) 58 C. |o| SSE. |2) € Jlolllo Ni. 7) CNi lr Told. lo) “Tsom, “z a ori 6/11.05/18.59/1340/655,5]653,5]65 13,6] 7,2] 22 Cc. o) SE. |2] SSW. |1|l|5 CG; 5] (Ci, o| Limpo lo B.t. Bt. B.t, 7|11.05/18.59/1340]656,6/054,6]65 10,9] 6,4] 20 | NW. |1| ENE. |1] C. Jolllo| Limpo |o| Limpo lo Limpo |o B.t. B.t. B.t, 8/11.05/18.59/1340/656,5]655,5]6 14,6] 4,8) 14] SE. |1 Ss. 2) SE. |í1lljo| Limpo |o| Limpo lo Limpo lo B. t. B.t. B.t 9/11.05) 18.59/1340/656,6/655,0]65 17,3] 27] 0 (0; o] SE. |1) SE. |2lllo) Limpo lo Limpo |o| Limpo |o Bt. B.t. B.t, o 11.00) 19.01/1192/657,0/665,5]66 IgI] = | — | ESE. |1| SE. [2] SE. [íllo| Limpo |o| Limpo |o Limpo o B.t. B.t, Bt. 11/10.54/19.02) — 667,5] — — | — | =| ESE, | = |=| ENE. |2| o] Limpo |- — o) Limpo lo B.t. — Bt. 12/10.50/ 19.05) 1164]070,0/667,0 — |6,5| 19 G o) ESE. |1/ 1 C ol lo) Told. o| Limpo |o| Limpo lo Cac, B. t. B, t. 13/10.46/19.06/1164]670,5/667,0/66 71 | 5,6] 14 Cc 0) SE; |2 (0; ol liol Told. o) Limpo |o| Limpo |o Cac. B. t; ne. B. t. Dm 10,46/19.08/1226]670,0/663,0/66 mi | 39/12] ESE. |1] SE. |2) ESE. 2 lo] Limpo |o) Limpo |o| Limpo Jo Cae, Bot, Bt 15/10.46/ 19.08] 1226/665,5]662,8]6 14,1] 5,8] 15 (o) o| ESE. [3] SE. |rflo| Limpo |o) Limpo |o| Limpo lo Bt. B. t. Bt. 16/ 10.46] 19.08] 1226]665,5]663,5 14,8] 4,6] 14 Ss 2) SE. | 2) ESESBIR C-St. o| Limpo |o| Limpo Jo B.t. B.t. B.t. 17/10.46/ 19.08) 1226/665,5]663,5]664,5]15,4 |29,4/22,0/30,2]14,4] 5,6] 14 | SSE. |1 Sh 2 S. |í]|o) Limpo lo Limpo |o| Limpo lo B.t, B, t. B.t. 18/ 10,46] 19.08/1226]665,0/663,5]664,5/14,4|30,4/21,4/30,5/13,8| 3,9] 12 | SSW. |1 S; I Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o B. t, B. t. B.t. | 19] 10.46] 19.08) 1226]664,5/661,8]663,0/13,9 29,7 22,2 |30,2/13,6] 7,0| 21 | SSW. |1] SSW. |1 Limpo |o| Limpo |o) Limpo |o B.t, B.t. Hebos, | 20/1046] 19.08/1226/663.5]660,7/662,0/12,6 |30,1|24,4] — [10,6] 7,3] 20 C. |o/WNW.|1 Limpo |o| Limpo |o| Limpo |o Bt, B. t.; v. NW. for. 3-4 n. B.t. 21/10:46/19.08/1226/603,5]661,5]663,5/ 14,9 |29,4/24,9/30,6/13,6| 8,4] 24 C; o| NW. |1 C; 7 (cy, 10) Told. o B. t. “P. duv. B. t, 22/10.46]19.08/1226]665,5/663,5/664,5/17,7 |27,2|22,6 |29,3 |15,6/10,3] 36 | NNW. |2] N. 10) Told. Jo) T.duy. T. duy. 23/10.46] 19.08] 1226]664,5/662,0/663,5]16,1 |28,6/22,4/28,8/15,6] 9,8] 31 | WNW.| 1] NNE, 5 Ni. (o) B.t. Ka NE de SE. 24) 10.46] 19.08) 1226)663,5]660,5/661,5/16,4]29,9]23,4/29,9/16,1] 8,1] 23 | ESE. |1) ESE. o|' Limpo Jo Bit. T. duv.; nu. cor. par? NW. 25/ 10.46] 19.08] 1226]663,5]661,0/662,5] 16,2 /30,2/24,4/30,2]15,6] 8,1] 23 | SE. [1] NNE. 10) Told. Jo Bt, T. duv, Ni, de E, para W E 10,40] 19.07/1199/662,5]665,5]667,0]15,9 31,1 |23,4/31,2 |15,6) 10,0] 27 GU NE o) Limpo jo B.t. Bit. 27/10.3619.06]1158/668,5]668,5]669,5] 14,9 |31,9/20,7|32,0/13,6/10,1| 26 | NE. [1]. N. o| Limpo jo B.t. B.t. 8 10.34) 19.06] 1180/671,0/666,5] — [11,7/31,9) — |32,0/10,8/10,8] 28 | ESE. |1 C. = = o; Bt. B. t 29/10.34/19.06| 1180) — |666,0/667,5] — [30,9/184] - | - | 39/11 | € lo| NE: o| Limpo Jo = Eu 30] 10:34) 19.06] 1180]669,0/660,51667,0] 8,2 |28,7]18,4]30,8| 7,1 | 6,0] 17 C. lo) N. Lp Mer istos oi B.t. B,t. fo 310.34 19.06]1180/6690) — | — [94] =| =| -|-|-|— epa e - — (o) Bt - (1) N'Dumba Mughande, — (2) Em viagem, — (3) Em Catuchi. — (4) Muene T'chiquilla. a É (1)] O I 2 3 4 5 6 7 8 9 IO II I2 Pressao atmospherica Latitude S. Longitude E. Greenwich Altitudes ! 10.34 aos 1180/669,2]666,8/607,8 10.34/19.06/ 1180] — 10.34] 19.06]1180/608,8/666,7/607,7 10.34/19.06/1180/669,2 10.34/19.06| 1180] — [666,2/667,2 10.34) 19.06/1180/068,3/666,2/667,8 665,3/666,7 665,2/666,8 10.34| 19.06] L180 Ela 667,7 10.34] 19.06/1180/608,2/666,0/666,8 10.34/19.06/1180/607,8/665,7/667,2 10.34/19.06/1180/667,7/065,8/667,3 10.34/19.06/1180/667,7 10.34] 19.06|1180/667,8 'b 13] 10.34] 19.06/1180/068,8]666,2]666,7 14/10.34]19.06/1180/608,7/665,8/667,3 15| 10.34] 19.06| 1180 16/10.34/19.06| 1180 17/10.34]19.06| 1180 18/10.34]19.06| 1180 19] 10.34/19.06/ 1180 20/10.34/19.06/ 1180 21/10.34/19.06| 1180 22/10.34|19.06/ 1180 23/10.34/19.06] 1180 668,3/665,7/667,7 669,7/666,8/667,8 668,8/665,7/067,2 668,2/665,3/666,8 667,8/664,8/665,9 667,7/665,2/606,8 668,3/666,3/667,7 668,7/066,7/667,8 668,3/665,8/667,0 24/10.34/19.06/ 1180 ,667,9/065,0]666,7 25/10.34/19.06/ 1180 667,8/665,0/666,3 26/10.34/19.00| 1180 27/10.34]19.00] 1180 667,7/064,7/6066,7 667,31665,0]666,3 28/10.34/19.06/ 1180 666,7/005,0/666,2 29/10.34/19.06/ 1180 666,8/606,3/667,3 30/10.34/19.06] 1180 667,2 | | | | | | OBSERVAÇÕES Temperatura 13,7| 27,0 1359] — — |28,4 13,9| 28,2 17,2] 25,4 16,6] 28,4 15,4] 28,4 10,4 10,4 9,9 10,4 12,9] 28,2 15,4] 30,9 13,9/ 30,5 11,2] 29,9 9,4] 31,4 11,4 30,8 11,4] 29,4 27,4 26,2 16,9 15,4 13,9] 27,9 27,9 28,4 15,4 13,4 15,4] 26,9 17,9| 28,9 14;4| 29,4 16,4] 30,2 666,2] 12,9] — 7| 19,4 21,7/28,8| 12,1 21,9 20,0] 11,6 23,4/28,5| 11,6 13,9/ 29,6] 13,3 29,0] 16,1 28,6) 16,1 17,4| 29,0, 11,9 30,0, 8;4 30,2] 9,6 18,1/30,5 20,4 21,4] 30,4 20,4/30,2 21,4/30,9 19,9/31,0 18,4/31,0 19,1]31,9 20,4 Si) 21,9/31,6 20,6 20,8| 15,1 20,6 28,4/ 14,9 21,7/28,0 13,6 20,2 I8,1 28,0 28,6 I4,1 12,8 27:4/20,9 1971 22,4/ 29,0, 17,4 21,6/29,6, 13,1 30,3 17,9 15 21,4] — Humidade 71350 Wash. SETEMBF Direcção e força do vento . e e gh 35m 6a Wash. Sp. C. JojrSWi2 C, NNE. |1) SSWi.!|2 | NNE. E. ja — — — — =| €. lo C. C. io C. o| TSE. C. vo |INMEI Is E. C. jo] NNE) | 244006. C. vo FSEMNZISE: €. mol f SESTIS G. C. | 0] INNEJI 2 E. C. vó TESE | SAO: C. (o) SEM. C. C. |o| NW. |1| NNE. C. |o| ESE. |3| WNW C. lol ESSES Cc. C. vjol| SEJ) | 2) VESES NW .w| 1] | SES [3 SSWE NE. |1| ESB | 2)mESE C. l|6| SEN IB | RESE: C. Jo) yNWk | 2a: o| €C. |o /WNW C. Jo) PNY! 2] ENE: SSW. |1) NW. |1| W. C. jo |) NY | u ENEO C. (o): NWi! | 2/)eNNE: C. =yo)) Mo a mes C. jo | NE 0] 25 NES C. Juopy INE 1| WNW G. ho — —| NNE. (1) N'Dumba T'chiquilla.— (2) Nu. de SE. para NW. 1878 METEOROLOGICAS 309 Quantidade e qualidade de nuvens E Notas tee ————— 0 | ——————TTT eee + Te E tar 7» 35m Wash. 8! p. E ias 7º 35m Wash. 8 p. O |——————————— ILE >>SWT > =D] Limpo [|ro| Told. |10] Told cID'5a.; IX do B.t ES a E E — — o — — = E 5 G o| Limpo |o B.t T. duv B.t Cc — — o| Limpo |o T. duv — E: Es BG -Ni. 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É Gba, 7" 35m Wash, 8h p. a 1004 10:06 1180 28,8, 12,1) 8,6] 27 C. lo Limpo |roj Told. jr Told l|olBº5a.: K do B.t 2 /10.34/19,06| 1180] — =p p= p= SS pe = = = fa = = fd o SW: = 3 |10.34/19.06]1180)668,8)666,7/667,7] 13,7] 27,6] 21,9 29,0] 11,6] 11,0] 38 | NNE. |1 c. 5 (aj o| Limpo |o B.t T. duv. Ra 4/10.34/19.06/1180/669,2] — | — |139) = | = |=- | -|=|- GC o c. um = o] Limpo |o T. duv, o A 5 |10.34]19.06 1180] — |666,2]667,2] — |28,423,4/28,5] 11,6] 10,3] 33 = iz) - 5) C. Ni. |10) Told Jo — T. duv.; Ni. de NE. T. duv. 6/10.34/19.06| 1180 /668,31666,2]667,8] 13,9] 28,2] 13,9] 29,6] 13,3] 12,0] 41 (e; o Cc 10] C. Ni lo Ni. 3 Tdiv. T. duv.; [2a NW.; O: KaNW. 7 [10.34] 19.06] 1180 /667,71665,3]666,7] 17,2] 25,4] 22,4] 29,0] 16,1] 15,1] 62 C o Told. 5] C. Ni. |1o| Told. 2 =! 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Cac, 15) 10.34/19.06/1180/668,3]665,7]667,7 15,4] 30,9] 21,4]30,9) 13,8] 7,5] 20 (6, o Limpo |5 Cc, o) Limpo jo B.t. B.t.;ov. ref. das 1-1 a. B.t. 16) 10.34] 19.06] 1180 [669,7]666,8/667,8] 13,9] 30,5] 19.9/31,0/ 13,1) 7,0] 18 | GC lo c. 2 (e o| Limpo [o B. t, B. t;o v. ref. das 11-1 a. B.t. 17/10.34]19.06] 1180/668,81665,7]667,2] 11,2] 29,9) 18,4]31,0/10,6] 7,3] 20 | CG lo G: o) Limpo [o] Limpo |o B.t. B.t. Bt. 18) 10.34] 19.06/1180/608,2/665,3/666,8 9,4) 31,4] 19,1/31,5] 7,6] 5.7] 13 | NW. |1 E; o) Limpo [o| Limpo [o B. t. B.t. Bt. 19]10.34)19.06/ 1180 067,8]664,8]665,9] 11,4] 30,8] 20,4/31,2 II,I) 7,5] 20] NE. |1 Limpo |5 (E o| Limpo jo B.t, Bt, Bits 20/10.34/19.06] 1180/667,7]665,2/666,8] 11,4 29,4/21,9/31,6 11,1) 8,3] 24 (Cr Jo (o) 5 Gi: 5 (o; o B. t. B.t. B.t. 21/10.34]19.06 Ec 606,3/667,7] 16,9] 27,4) 20,6/ 29,8) 15,1] 14,0| 50 E cio Told. |7] Cni lo Ni A Bt T Cade NV vt KaNW. 22/10.34/19.06|1180/668,7/666,7 067,8] 15,4] 26,2] 20,6/ 28,4] 14,9] 15,1 59 (Cu O Cc. | ANIS | 5) SEO | (| NE GISEO para NR T. de trov. k 23/10.34/19.06/ 1180 668,3]665,8/667,0] 13,9] 27,9] 21,7/28,0 13,6] 13,4] 46 C. lo c. 7) C;Nii [5] C. Ni [o] T.som. Gts AS 3r45 B. t; 4 a NE, 24/10:34119.06] 1180 667,9/665,0/666,7] 15,4) 27,9] 20,2] 28,0: 14,1] 10,3] 35 | SSW. |1 C., Ni |5) C.Ni. |o| Limpo |2) T.duv. | T. ERuist Jetas ão 3 Ps; Eno 25) 10.34) 19.06] 1180 667,81665,0]666,3] 13,4 28,4) 18,1/28,6 12,8] 11,8] 39 o Limpo |5| C.Ni |5 Ni. 2 B.t, 6 a ER T. duv. 26/10.34]19.06] 1180 667,7/664,7/666,7] 15,4/26,9/21,4/20,5 15,1 13,5] 49 o Limpo [|r| C.Ni. |ro| Told Jo) T.reg. JE para NW. T. duv. 27/10.34)19.06] 1180 667,3]665,0/666,3] 17,9] 28,9) 22,4 29,9, 17,4) 13,1] 43 o [on 7| CG, Ni [o] Limpo |oj T.som, T. 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Humidade 7h35m Wash. 22,0 20,9] 25,9 20,4) 25,4 19,4 20,9 21,4 19,9 20,4 23,9 25,4 25,7 19,9] 25,1 19,9] 22,9 19,9| 25,7 19.9| 24,4 18,9] 23,6 18,9] 26,4 20,2| 24,4 19,9| 25,7 19,2 20,4 20,4 20,4 20,4 18,7 25,4 24,9 23,9 23,9 21,4 23,4 19,9 22,4) 27,4 20,0 26,0 254 26,0 26,4 26,4 24,2 25,6 25,6 25,0 25,0 2569. 26,2 26,5 26,0 25,8 26,4 24,6 26,6 26,5 25,8 26,0 E) 21,9/ 25,9 23,4] 24,5 19,0] 25,2 20,9] 23,5 18,7 19,6] 19,9 18,9 24,8 18,7 15,7 17,4] 25,4] 20,4] 25,6] 17,1 17,0| NOVEMBR( Direcção e força do vento —— o qn 35m gia. ada 8h p. € lo — —| ENE. |3 WNW.|1| ESE. |2|] ESE. |1 C. to) Cada) JM ESE. |2)) SWiM|4| [ESE. [E €. - [0)/WNW.|2/ “SE . |R NNE. |2| NExgr) SW. C. lajr Code) mm RO o) C. 76 — — C. lo WNWãe -— |- C. l|o/WNW.|2 — |= — —|WNW.|2/| WNW.|1 WNW.| 1) WNW.|2] WNW.|1 WNW.|2/ WNW.|3] .N. |t C. l|o|WNW.|3| WNW.|2 WNW.|2) NW. |2) NW. |2 C. |o0| SSW:|3]ENW. |B C. |o|WNW.|2|] SSW.|1 SSW. [3] NNE. |3 =>" ta C. o Cont] o C: [o (5: o| ESESUS| JESE. 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DE 1878 METEOROLOGICAS 313 A $ Er $ amepherica cas É EE Direcção e força do vento | Quantidade e qualidade de nuvens Notas Al E 69 /E | a ás) é [a lpz)s | E] Es a EE DESSE ES 5 jsoj<|o EE ado EEld E É EE Gta. oa | ED Gba. 71350 Wash. | lp. Gia. 7h 35m Wash, gh p. (D| o!) 0.1 = 1| 9.35 [17.57] 945 |683,3] — |683,3]22,9] — [19,9] — | = | — | — C. lo = —| ENE. |3) lo) CNi. |- = 1] CNi lo o K de E Za E ; E 17.57) 945 |682,3]080,6]682,8| 20,9] 25,9] 22,4] 27,4] 19,1) 16,7] 67 | WNW. | |» ESE. |2| ESE. |1)t lro (ex 7| Ni,C. lio Ni. 2 B.t. O de É BE a 9:35 [17.57] 945 |683,3/082,3/683,3] 20,4) 23,4] 21,2] 26,0] 19,6 17,8] 83 (G,; o Cc. o) W. 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Aitura do vertice 25º a 30º, Nu. de Magalhães Tail gem.— (5) Banza e Lunda. — (6) Dia 31. Temperatura ao sol 34º.5 à 12 p. 11878 METEOROLOGICAS Sn5 Quantidade e qualidade de nuvens Ê Notas DD ——— ————e— o |O) 1 —— o TTT— ES 6t a q" 35 Wash. 8! p. É 6! a. 7º 35M Wash. Sh ps Do carr mc a ac SC EE E a E ES 1 ro PE, Ni.,c. |.5 (a T. duv. Dº; O de NW. 4-6 p. T. chuv. | Told. IO NI. 5 C. 9! T. de trov. de Es: K 'de SW. Tol. MR Rs o lo) Toldo jo/ Bt. E B. t. | Told. RG. Ni. “2 GC; o Ne: Bo cn: Bet. | Told. 7 C. 5 C.-St. 2 7 B. t.; O a por vezes Bt. | Told. Gar. Ni. 4% C.-St. I T. chuv. &O de NE. 2-3 n.; b. t. T. duv: GSE S €: 7 e: o Bo lis Enitr BRA | Told. Re (St. ro). Ni. fo Bt Bit: B.it | Told. 7 C. — — I IB so do-Ni furia! bote — - 5 E: — — 1 — Bat — | Told. 5 C ro/p 4 Rola: o Ne. B: t;; ne: a, Brt RCESE, EM Ap E. Ni. |2 GC: o T. duv. 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[|o/|>SWidiz C 21| 9.28 |16.26/1041/674,3]673,3 674,5] 17,4] 25,9] 20,1] 26,0] 17,1] 20,2] 80 C. |0] WMA r SW o 9.24 |16.18/1116]674,3/670,8/672,3| 19,4] 25,9] 19,2] 26,0] 18,1] 15,3] 60 C. |o|WNW.|2 NW. 23| 9.23 |16.14/1110/673,3]671,3] — |18,7]24,4] — | 24,4] 18,1] 15,8] 68 C. |o|WNW.|2z — 24| 9.22 |16.08|1077/672,3/673,8/074,3| 17,9| 26,2] 20,4] 26,8] 17,6] 13,3] 50 C. lo| ESE. |2| WSW. 25| 9.22 |16.08/1077/675,3]674,0/674,6| 18,9| 20,9| 19,4] 26,2| 18.6] 16,8| 91 LO o SEO S 26| 9.12 |16.01/1029]674,3/677,1|677,8| 16.4] 25,4] 19,4] 25,6 15,6 16,6| 76 S: I N 2 E 27| 9.06 [15.58] 932 |678,3/684,3/683.3| 17,9] 20,9| 20,4] 26,0] 16,3] 17,6] 95 C. o| NNE. |1|] NNE Ea E (90) Er 1%) -A Ê z 28| 9.06 |16.06| 972 |684,3/081,3/682,3| 16,1] 25,9] 20,4] 26,2] 15,1| 20,2] 80 29] 9.06 | 16.06] 972 |682,3/680,8/683,3] 17.4] 24,6] 19,4] 25,4] 14,8] 19.0] 82 W. |4| ESES 1] SSW 30| 9.06 [16.06] 972 |683,3/682,8]683,5] 17,4| 22,4] 20,6] 25,0/ 16,8] 17,1] 84 | W. 31] 8.58 [16.05] 1061/683,3]674,0/674,3| 17.7] 23,9] 19.4] 24,5] 16,8] 18,9] 85 E. la? gy H Do tw (pj tea! (1) Em viagem.— (2) NºDala Samba.— (3) Quêsso. mm Dn ço 1879 METEOROLOGICAS 521 MM TD FE s Quantidade e qualidade de nuvens S Notas . EM 4 DT TT————— TT—— 6h a. 7º 357 Wash. 8! p. E oa 7º 35m Wash, 8! p. Es Told. mao Ny, CG. |5 G T. duv. T. chuv.; IX de NE. 4 asw. Told. DNC, Ni. l|ro| Told: T. chuv. T. chuv. T. chuv. Ni. Ro CS Ni. | — T. chuv. T. chuv, — Told. maCs Ni |= — T. chuv. T. chuyv. = Told 7 e: 5 C. o Bot Bit; Bits Told 5 E o| Limpo lo Bit Bit Bo de. Told 5 (E — — o) B. t. Bit; = Told mo Ci Ni — - 3 Ne. T. duv.; 0) 8-11 p.; ne. n. — Told. 5 C — — o Bit: « B.t. — Told 19)" E. Ni 5 C o) Bt: KaNE. Bit Told Sp CC, Ni 2 C o Ne. T. duv.; ne, e v. fr. n. GG uE es, Told. IO Ni 5 5 = T. chuv.;=='a.; W. fr. n. T. chuv. Told MN Na. ro) GC Ni 2 Ne. T. duv.; ne. a.; X de NE. | KX do NE.; PRE el So lol Be Bia e Told 7 6 5 1 Co Ni o) Ne. Bit 4 ao N. Told 7 E 2 C o Ne. Be Bit C. q E. Nº. 7 (6; I T. duy. IM ais: T. de trov. 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Ship, | ora; q! 35M Wash, 8!p. É Ga. qu 35 Wash. Sh p. ?9a9 17,99 832 1698,8/691,8]691,8] 19,4] 28,6/23;4] — | 18,8/18,7] 63 | ESE. |1| C. lo] €. 9 Ho Told. |7) Ni,G |5 Cc. v| T. duv. T. chuv.; IX de NE. 4 asw. 2| 9.15 |16.55/1184/693,3/665,3/664,8| 21,4] 24,9] 20,4] 27,8] 20,2] 21,7] 92 (e; o) WNW.|1| C. | ro) Told. lr) C., Ni. lr] Told: lo JUL Pl ehuy: dna a 9.24 | 16.53] 1226/665,3]662,3] — |18,4/25,4] — |25,5] 17,0] 17,8] 72 (6; o| WNW.|2 — -| ro Ni. w| C;Ni |- Ea 2) T,chuy. T. chuv, = 4| 9.28 ]16.55)1196/664,8/663,8] — | 19,1]24,4] — | 25,0] 18,1] 17,4] 76 C. |o|WNW.|2 — | to (INT Ea 9) T.chuy. T. chuv. = | E 9.28 [16.55] 1196/664,8/663,8/663,8] 18,4] 24,7] 20,4] 25,2] 18,1] 16,4 (o) k Cos (Cs, a Bt. Fepiso B.t. | 6] 9:29/16.50/1170/665,3/666,2]605,8| 18.4] 25,2] 20,4] 25,3] 17,8| 17,0 (o) (o) o| Limpo lo Bt, B.t, B.t. | 7 | 9:20 [16.48/ 1168/667,8/666,8] — |17,4]24,9] — |25,0] 15,1] 17,1 (E, — — o Bebo, B, t. — | 8 | 9:29 /16.40/1116/667,3/670,3] — |17,9]26,4] — |26,6] 17,1| 19,0) C, Ni. |- — 3 Ne. T. duv.; O 8-11 p.; ne; n. — Ih 9 | 9:29) 16.40/1116/671,8/670,3] — |18,9]23,4] — | 27,0] 18,1] 19,6 Cc. = - o B.t. » Bt. Sa | 10/ 9:28 /16.31] 1170/671,8/666,0]667,3] 17,4/ 25,1] 19.4) 25,5] 16,1] 16,7 C;Ni |5 (c; o B. t. KaNE. B.t | 11] 9.28 | 16.32) 1116/667,8/670,8/671,3] 16,9] 26,7] 20,6] 27,0] 16,1] 16,2 GRNT | (€; [o Ne. T. duv.; ne. e v. fr. mn. 4ar.es. 9:28 /16,32)1116/672,3/672,3]671,8] 17,9] 29,1] 17,4/ 26,2] 17,1) 15,4 Ni 5 c 5 = T. chuv; == "a; W.fr.n) T.chuv. 139.28 ]16.26/ 1041/675.8/674,8]675,8] 17,4] 244) 19,7] 26,0] 16,5] 15,8 CH Ni |ro) CNi |a Ne. T. duv.; nua de NE. | X do NE.; O 14) 9:28 16.26) 1041/676,3]675,1) — [17,4]24,4] — | 24,5] 16,1/15,8 (C,, — — e) B, t. = 15] 9.28 | 16.26) 1041/675,8/674,8/675,3] 15,4) 25,4] 10,4) 25,5] 15,1] 15,3 (3 5) C,Ni. lo Ne. Bt. 4 a0N. 16] 9.28 | 16.26] 1047/675,8]675,3/674,8] 15,4] 24.0] 20,4) 25,0] 15,0] 19,7 (E; 2 (o) o Ne. Bt. Bt. 17] 9:28 |16.26/ 1041 675,3]674,3/674,8] 19.7) 25,4) 18,6] 25,8] 18,0] 15,3 C, Ni |7 c 1) T.duv. Kasw:;O T. de troy. 18] 9:28 16.26) 1041/674,3/073,8] — |18,4]24,6] — |26,0] 18,1) 17,6 CÊNIS — 4) T.chuv. |T. duv.; K de NW. 5-6 p. = 19] 9:28 116.26) 1041/675,3]673,8/675,8] 18,1] 26,2] 21,7] 26,4] 17,6/ 18,6 c ro) Told. |1 Bt. Bt; O top. Es 20) 9:28 | 16.26) 1041/675,8/675,3]675,3| 19,4] 23,6] 20,4] 26,0] 18,6] 19,0 C., Ni. lr) Told. |3) T.duv. Ka SW.; O por vezes E. chuy. e 9:28 116.26] 1041/674,3]673,31674,5] 17,4| 25,9] 20,1] 26,0] 17,1] 20,2 CoNi |2 (6 o ==! 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Tee a | *9/ 9:99 [19:06] 972 [082,3 080,8 /083,3] 17.4] 24,0] 19,4] 25,4] 14,8] 19.0] 82 | W. cmi lol ci |6| T.detrov. | de SW.n; K de SE | Ide SW. do! 9.06 | 16.06] 072 |683,3]682,8/683,5] 17,4) 22,4] 20,6] 25,0] 16,8 17,1] 84 Bo de Jal npania j di de r osf 1061 683,3 E: B.t;ne SS [740/87453[ 17.7] 23,9] 19.4) 24,5] 16,8] 18,9 B. t.; ne. 522 OBSERVAÇÕES ABRI i 0 EE 2 Neem Temperatura É CE Direcção e força do vento | álão|*|e RES jo kejô [4 |EpRRS e & 855 a 1060/676,3/672,3/674,3| 19,4] 25,4] 20,4] 25,8] 16,1] 15,9] 65 | ESE. |1 2| 8.55 /16.11/1060 674,3/671,8/673,8] 17,0] 21,4] 18,9| 26,4 17,3] 16,5] 87 CG: io 3/8.55 [16.11 es 671,5/672,3] 17,4| 24,9] 19,6] 25,2] 17,3] 14,8] 62 E. 2 4 | 8.55 |16.11/1060/673,3/672,1] — [19,4/23,4] — |24,6/ 17,8] 12,5] 58 : [o 5 | 8.55 |16.11/1060/674,3/672,3]674,0] 17,4] 22,9] 19,4] 24,3] 17,1] 18,1] 88 C, [o 6:| 8.55 |16.11/1060/673,8/6071,8] — |18,4/23,9| — |24,2] 16,6/ 16,7| 75 C. [o 7 |8.55 |16.11/1060/673,3]672,0] — [17,9]24,4] — |25,0] 17,0] 16,0] 69 E. o 8 | 8.55 [16.11] 1060,672,8/671,6/673,3] 17,7|24,4]20;4] — | — | 18,2] 80 Cs o 9 | 8.55 [16.11] 1060/675,0/672,5/693,3| 19,9| 23,6] 21,2] 25,4] 18,1| 18,0] 83 CI lo 10] 8.55 [16.11] 10601673,8/672,8 674,3| 10,4| 25,9] 20,9] 26,4] 16,1] 17,4] 69 Cl go 11] 8.55 |16.11/1060/674,3]672,3/674,1| 18,6] 26,9] 21,4] 27,5] 18,1] 19,5] 73 E: o) 12] 8.55 [16.11] 1060/673,3/672,3/673,5] 18,9| 26,7| 22,4] 27,0] 18,0] 16,9) 65 E o 13| 8.55 |16.11/1060/674,3/672,0]674,3] 19,4] 23,4| 21,1] 26,6] 19,2] 19,1] 89 E: I 14] 8.55 |16.11/1006/674,3]673,0/674,8] 19,4| 27,4] 22,4] 27,5| 19,1 18,3] 66 C. [o 15| 8.55 |16.11/1060/674,3/672,6]674,6] 18,4] 27,4] 22,7] 27,5] 18,2 17,7 64 C. [o 16] 8.55 |16.11/1060/674,3/672,0]674,3] 18,9] 27,4] 21,1| 27,5] 18,0] 19,6] 71 Cito 17/ 8.55 [16.11] 1060/674,3/6073,3] — |18,4/24,6] — |27,5] 1758 17,2] 74 E ulo 18| 8.55 |16.11/1060/674,3|672,8]673,8] 18,7] 25,2| 21,1/ 25,5] 18,1] 19,8] 83 C. [o 19] 8.55 |16.11/1060/675,3/674,3] — |18,4/25,8] — |26,3/18,1/18,3] 73 E: [o 20] 8.55 [16.11] 1060/674,3/673,3/673,3/ 18,6/ 25,4] 22,2] 26,5] 16,6] 18,5] 70 Ce to 21| 8.55 |16.11/1060/674,3]672,3/674,0] 18,4] 27,0] 20,0] 27,8] 17,0] 16,8] 60 | ESE. |1 22) 8.55 |16.11/1060/674,3]672,8/6074;3| 18,2] 24,4] 20,4] 28,0] 18,1] 17,3] 76 | ESE. |1 23| 8.55 |16.11/1060/674,3]673,3/673,3| 17,0] 24,4] 21,4] 25,2] 17,6] 15,7] 68 E: [o 24| 8.55 |16.11/1060/674,3/673,3]6074,3| 19,4] 25,4] 22,4] 25,8] 18,8] 17,9] 74 | SE. [1 25) 8.55 |16.11/1060/674,3/672,8]673,3| 17,9| 20,7| 21,9] 27,0] 17,1] 17,9] 68 Gg: [o 26| 8.55 |16.11/1060/673,8/672,3]674,1] 18,4] 27,1| 22,4] 27,4] 18,3) 15,9] 58 C. [o 27] 8.55 [16.11] 1060/674,1/673,3/674,3] 19,4| 23,7] 20,7| 27,3| 19,1] 17,3] 79 C. o 28/8.52 116.15] — |67453] — | — |18,9) — | — |— | — | — | — GC; [o — — — A 29| 8.51 |16.20]1073/672,3/672,3/672,5] 14,4] 25,4] 19,4] — | — [18,5] 76 C.' jo SESR C. 30| 8.50 |16.23/1099/673,3/669,8]070,8]| 15,9] 25,9| 19,4) 26,6] 15,1] 16,0) 64 C. |+| 0) SER) RES (1) Duque de Bragança. 1879 METEOROLOGICAS SER Quantidade e qualidade de nuvens 5 Notas | O ie ST i TT EE A cm 6! a 8 p 5 Gta 7» 35m Wash. 8h =e o cias (ro a PRO TD EP A 1 Told. Limpo lo Ne. Bit re: (al á nos eia E HE eNN Gs; Ni: CE NM T. chuv. K de SW.; 0! MRE da Told. C. o 70 B.t;&O'a «aWw. Cs Nã: — 3 Bla (elo T. chuv.; 7) do SE. — Told. Told 5 T. chuv. T. chuv. “ 4 a NE. Told. — 3 ==! IK de SE. e NE.; 7); ne. a. — Told. — 4 Ne. E. chúv.: IX de NE: n:; = mesa, C. CNT! s T. duv. T. chuv.; IX de E. &«aN Ni. Limpo | = E clinico ne; al B.t Told. ( 2 = IK e SiBis ; Re, a. ; IX de NE.|4 a NE. eSE 9 p. IS a NE (CA Ni. 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Aemperatura RÉ SE Direcção e força do vento | Quantidade e qualidade de nuvens E Notas ã EU E ENE SS Ga, Vash. 84 p. | Ga, a 35m Wash. 8 p, É Ga, 74 35 Wash. 8! p, 16.11] 1060 676,3/672,3/674,3] 19,4) 25,4 15,9) 65 | ESE. |1 dBçdo | 16, d ho Told. 5 c. o| Limpo lo Ne B. t.; ne. a. « nos Car 1060 674,3/071,8/673,8/ 17,0] 21,4 7,3/ 10,5] 87 (e, o| SW. |2| ESE. |: | jo) CG. Ni. li) C. Ni. l|ro) C.Ni |3] T.chuv. K de SW; O! Ne E E 3 673,3/671,5/672,3] 17,4) 24,9 14,8] 62 15; 2) E. |2/WNW. My to) Told. 7 (Cc: 2 (C; o [o Bita: 4aw. 4 673,3/672,1] — | 19;4/23,4 12,5] 58 (a o| ESE. |1 — -| ep Consho 5) don 5 = 3] T.chuv. T. chuv.; O do SE. — 5) 674,3/672,3]674,0] 17,4] 22,9 18,1] 88 C. jo) E 2| WNW, 1) Told. |5| Ni.,C.. lto] Told, 5) T.chuv. T. chuv. EINE 6] 8. b 673,8/071,8] — |18,4]23.9) 16,7] 75 CG; CID hu — to) Told. 6) C.Ni |- = 3 E K de SE. eNE.; O; ne, a. -— 7 673,3/072/0) — [179] 24,4 160] 69) C |o| ESE. |1) — o) Sigbbo 5d (po JA = da Ne. 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Io a. o — Bits Ea 241 7.. | 41 7:39 [17.09] 447 | — Limpo |- = o - B.t. = | 25 par 17.09] 452 Bt ed || 26] 7.27 |17.12] 495 B.t. = B.t. à B.t;0º8-9a. 326 OBSERVAÇÕES | (99) Es n RESDO. “Vemperatura õ als Da + atmospherica Pp é sm psi E Es EE cs s |I2L> perereca: EP pa E Ea = HEX | 7:20 [27-10] 40 | = Go SD a 54] So | Edo 2 | 7.617. | 905 | = 7805] =P Sr A E || 2) 7:13 |17.05] 404 | — = Roi = = do | 4| 7.06 [17.04] 381 | — = [29 12 | Hg 517.06 | 17.5 |381 | — = SUA O | SIGO || 617.06 | 17.5 |381| — = Soda) == |N| PIO 7 | 7.09 [16.55] 487 | — ONA = Re | Ao || 8| 7.12 [16.52]487 | — ER e | RO od RS 9|7-15 |16.54/612 | — = [29,7] = [E= | HG 10] 7.23 [16.47] 486 | — EO) = (= | ES | 11| 7.23 [16.47] 486 | — o [SN ti Ready Read E 12| 7.20 [16.45 463 | — = PoS hs re | 13| 7.32 [16.42] 562 | — — IoSiG) = No pos || 14] 7.34 | 16.40] 550 | — = POA =| — JS | 15] 7.34 |16.35] 575 | — — [29,2] = | — | — 116,6 16| 7.38 /16.28/631 | — — |28,1) — | — | — [15,1 17| 7.42 [16.25] 751 | — — |26,2) — | — | — |16,6 18| 7.44 | 16.19] 898 | — — |26,6|) — | — | — [16,1 || 19] 7:50 |16.18| 990 | — — [254] — | — | — [12,2 20/ 7.56 |16.16] 952 | — — [26,7] — | — | — 113,6 278.026 Tg] mod] — = oa Am ENE || 22] 8.08 [16.16] 1045] — - a A RR || 23] 8.11 |16.20/1115|] — — a) =| — [= |t1,0 24| 8.11 |16.20|I115] — =" 105.0) 0) — | Pg || 25] 8.20 | 16.13! 1098] — | 26] 8.20 16. 12/1218] — 27| 8.29 |16.12/1218] — || 28/ 8.38 |16.15/1165| — || 29] 8.45 |16.15] — | — + ata) = SET II,O do 8.55 |16. 111060] — Hnmidade 71357 Wash. JU NE Wash. 8! p SEG ce SEN 28 ESB. dn) += 8 SE 3 — | E. 2 — | ESE. 13 DÊ RR ro Lol) li nl (90) [€3) ef I | honra E —. se. |3)-- ESE. |1| — JR ESE.;|1)-— MR ESSES |T — ESB] -— RR ESE. |2) =-"4 | E (1) Em viagem. As observações das 6" da manhã e 8! da noite perderam-se no fogo do acampamento do Di | de Bragança. (2) Duque de Bragança. a | =] a | £o) PAR Q e Mon Limpo Chuva-horas METEOROLOGICAS Notas B. B; t.: [x de SW. 6=7p: B. ES el e SS o (ea VERDE =y t. I. t. (=) er. [e (7 . . . Do e e e | | 16.20] tr15 Bt. E B.t. 16.20/1115 | 16.13) 1098 326 OBSERVAÇÕES METEOROLOGICAS ==> & [65] & | asiática | temporawa | Gg E E 5 So alo 2: % |O Es % E E SR) Ga, ARO 7" 35M Wash. 8! p. 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SSW. |2 Ss. I S. I C. lol SSW. |2 SSW. | SsWw. a (1) Duque de Bragança. As observações das 6! da manhã e 8º da noite perderam-se no fogo do acampamen em diante, por se terem perdido os thermometros no mesmo fogo. 1879 METEOROLOGICAS Quantidade e qualidade de nuvens É Notas 6 a 7" 35m Wash. Sp SIS cua 7h 35m Wash. É E EE E E — o| Limpo |- — [o — But — o| Limpo |- — [o = But — o| Limpo |- — o) = 18 (ir a 7 G: — — [o — Bt: — o| Limpo |- — [o = Bots vridelra) — o| Limpo |- — o = Bit — o| Limpo |- — o = Bm - 2 G; — o = Bit — o| Limpo |—- — [o = Bit — o| Limpo |— — [o — B.'t.: velde ra) — 2 E: - — [o — Bit — [o E: — — o = B.t — 10) Told. — — [o = Bt — 2 C. — — o = Btaveldernay — o| Limpo |— — [o — Bt — o| Limpo |- — o = Bit; — o| Limpo |- — o — Bt — 7) C. — — [o — B.t — to” “Told, — — (o — B. t. — o| Limpo |- — o — Bite a — -s Es = o = = — Io, Told. — — [o — B.t — 2 E: — — [o — Bote mena: — IO Told. - — [o Bot Told. [o C. o| Limpo |o Ne. 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EU SiSS) Ro ialicão| = 6saj8 = | = [ago =u) =| | apa | = [ese (2) RARE E sl rimço = = B.t = 2/8.55 [16.11 = [6723] — | — |26,9! = |27,0/ 12,1] 9,6] 34 — [=| ESE; |2) “= JS = o| Limpo = o) = B.t. a 3/8.55 [16.11 — |6738] — | — |23,2) — |26,8/13,6/13,2] 61 | — [|-| ESE. |21 — (-M- E o| Limpo - o = Bt. = 4/ 8.55 [16.11 — [6733] — | — |25,6, — |25,8/ 13,6] 12,2] 48 = |=| ESE. | = JEmI— = 7 c. — o — B. t. = 58.55 |16.11 — [0743] — | — |26,4] — |26,5/13,1] 8,0] 29 — |-| ESE. |4! — |-/|- - o| Limpo — o) = B. t.; v. de raj. = 6) 8.55 16.11)1060] — |674,0) — | — 124,7] — |27,0/ 13,2] 7,4) 29 = =) ESE: |3/) k: o| Limpo = o — B. t. — 78:55 |r6.11)Io60) — 16738] — | — [24,4] — |25,5/ 1444] 9,1] 38 | — |=| ESE. |1| — — - o| Limpo = o = Bt. - 8/8.55 |16.11)1060] — |673,8) — | — 23,9) — |24,8/ 13,1] 12,8] 57 = =, E E 2 (c er o = B.t. = 9/8.55 |16.11]1060) — [674,6] — | — |22,9) — 25,0) 10,1] 11,0] 52 e el A pr o| Limpo Es o = B.t. — 10] 8.55 [16.11 x Es o| Limpo = o = B, t.; v. de raj. = IÓ.11 her = 9 (e E o s B. t. = 12) 8.55 |16.11 E EE o (os = o = Bt, E 13) 8.55 |16.11 | 1060 = = 10) Told; 48 o = B. t. = 14) 8.55 |16.11 | 1060 EM + 2 fo Es o = B. t,; v. de ra). = 15] 8.55 |16.11| 1060 e ss o| Limpo = o = B.t. — 16) 8.55 |16.11/1060 Ea E o| Limpo e o — B.t. 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B.t;ne a. ) 330 OBSERVAÇÕES AGosr k E EE 3 Estica Temperatura sBf Direcção e força do vento 1 Alé Esfels esse Gslale E Es E] j 5 ã6/*/» Re» |º Rejo [SE [EFE Ce) ram | 8 Pa a So dir — |673;8] — [671,8] 14,8] — | 17,8 Ed ço (E: o) — — 2 | 9:04 |15.49/1037/673,3/674,8/076,3/ 14,3] 26,3] 19,3] — | — | 8,9) 34 E. vo) PSES Ro 3 | 9.04 |15.49/1037/676,8/674,8/075,8] 14,8] 25,8| 17,1] — | — | 8,7] 33 (Gg: o;| JESEL | 2 4 | 9:09 [15.39] 882 |676,3/686,8/089,0] 14,3/ 26,5] 16,60] — | — | 8,0] 30 C. “sol ESNVa Rs 5 | 9.13 |15.30] 731 |689,8/699,3]701,3/ 15,3 26,8/15,3] — | — | 8,1] 30 (: o:| SS 2 6 | 9.15 [15.22] 648 |701,3/705,8/708,8/ 15,3] 27,3] 17,3] — | — [12,1] 43 CE. "jo SSMENo 29:15 115,22] 648 |708,8] «> [708/8163] — [18,3] =-| = | [O Pos 8 | 9.23 |15.33] 732 |710,0/698,8/698,8| 16,0] 26,8/18,0] — | — [12,4] 46 | SSE. |1] SSW. |2 9 | 9.30 |15.37] 854 [699,3 /689,3 090,8] 16,3] 28,3] 18,1) — | — l12,5| 42 C. o NNE o 9.39 |15.44]1020/691,3/677,8| — 14,6/26,3] — | — | — | 83/31 |WNW.|2 E. I L1| 9.39 |15.44] 1020/678,3 076,3 077,0] 13,5] 26,8] 15,3] — | — | 8,0] 28 C. o) NM 12] 9.39 |15.44]1020/678,11675,8/077,8] 13,3] 26,8] 15,3] — | — | 11,7] 43 W. |2) NW. |1 13| 9.39 | 15.44] 1020/678,3]675,9/077,8| 14,0] 27,3] 17,0] — | — | 8,4] 29 | NW. |1] SSW. |2] WNW.il 14] 9.39 |15.44/1020/677,3/675,8) — [13,3/29,3]) — | — | — | 6,7] 19 |WNW.|1|] E. ,|3 — 15] 9.39 |15.44/1020/677,8/675,3 076,5] 13,8] 29,3] 16,3] — | — | 5,9/ 17 | NW. |2] ESE. [3] NW. 16] 9:39 |15.44/ 1020/677,3]674,8/676,6/ 15,3 28,3] 16,8) — | — | 7,9] 25 GC. o ESSES 2) NNvo 17] 9.39 |15.44/1020/077,8] — |677,3/15,3] — |17o) — | — | — | — dio — —| WNW 18| 9.39 |15.44/1020/678,0/076,3 078,3] 14,3] 25,8] 17,3] — | — [11,6] 45 | WNW.|1 C. |o|WNW. 19| 9:39 |15.44/1020/677;8] — | — |150) = [— | — | — | =| =| NW. |1 — — — 20| 9:39 |15.44/1020 678,1/076,3/676,8/ 14,1| 23,3] 16,8] — | — | 13,6] 63 C. |o|/WNW.|2| W. 21| 9:39 |15.44/1020/677,8|675,8/677,3] 15,3/28,3] 17,8] — | — [11,6] 39 C. |o| NE. |2] WNWM 22| 9.39 [15.44] 1020 677,3/675,3] — [|14,3/29,8] — | — | — | 11,6] 35 G. 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METEOROLOGICAS | Quantidade e qualidade de nuvens E Notas —- mm É|———— S pra. 7» 35m Wash. 8! p. É Gra. q» 35m Wash. 8! p. | Told. — — — — [o Ne. — — DIR GC. 1 |5 G: = = o Bit Bit a o E 7 C — — o B. t. Bat — || Limpo |o| Limpo |— — o B.t B. t.; th. ao sol 36,3 — o C. to) C. — — o Bot. Bt: — Told. na AS NE. |= — o Bt: Dºa. = o C. — — — — o Bot — — o C 5 C — — o B.t. Bt — o cm |=| 0 = loj. Bi $-10 a. e o Told. 5 E - — [o BB. t- Bate — E 1879 Quantidade e qualidade de nuvens | É Notas 6h a. Rs ash. 8" p. E ora, qa 35m Wash. 8! p. 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E 6h a. q 35m Wash. 8" p. ; E 4 4 q E ; 5 F [' E. Es = = ag o & = + — 10] Told — — o — Et: — — 5 C - — [o — o Bo tz — E 7 6 — — o — Bait — — o| Limpo É — o — B.t — = 2 E. E — o — B. t. — | Eme o | E B.t. - | — 10] Told. — — o — Bo É — | Be || cl e B. t. E Rm || |? T E Tm | — 2 C: — — [o — Bat: — | — D) €: = — fo) — Bit = | — 2 G — — o — Bite — | — o E: = — o — Bt: — | q 5 an E: o Ê: B.t * om 5 G: = — o — B. t. 7 | — 5 €. — — [o — Bit — | — IO ê8 = — o — Bit = RR A le E | — 7 C. — — I — &) n — | ME || -olo 4 B.t É | - 2 E: — — o = Bot — — 5 C. RR 2 — QD 5-6a.; 1o-II a. — | Em 2 E: E ae o é Bits = — to) Told. — — I — 8-ga. — «og 10) Told. = — o = B;t. — Ee ds = E fi o É = E — 7 E: — — [o — Bit: — — [o 6; — — [o — Bs ft: — | : a a (0) by pi = | o) h9 336 OBSERVAÇÕES de 1879 METEOROLOGICAS 337 v) Es õ eia Temperatura Se sz Direcção e força do ve Quantidade e qualidade de nuvens E NGS ê E E cá n&| é Ê Ê Ea Ea | h35m E “É — T=E——oo— A 5 = Ele eita h A o a > a (So REjé [é [É | SIS Ei ash. 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LN nuvens secco e molhado Variações diurnas Temp eraturra Altitudes SO bo duo jo 2 VPVONOA ) 2P SOUI SVO 4 va ni) SitoanA opoappun o 099098 Reta sop fa Sop 273017 Carvalho gr: Lith agraphia dalmprensaNacional. EXPEDIÇÃO EM AFRICA por CAPELLO E IVENS CURVAS METE DROLOGICAS 9 CREME CESECLCESE 1877 187 ENÇRE Dias de Es = E Chuva Y/Á Vir trovoadas e J Nuvens Diffidos t Cr. relampagos horas secco e molhado Ea / VAN x a AS e Pd e | AA SIS ES PASSES a Ped Sob dio ja 2 vpvonos) 2p SOMA SVO opowpuno 09098] van) SHPAnNT uso sop fia SDHLHIP S9D2VILO A E! ' ar “ee a 4 | amido dr É ra a A o mar do NES UNA, Pu Dra À DP di pie ent forme i Eu ha = ho 5; ú te d x ue) o : 4 E Ê vi AM “ À = 1 el ANE A Tm sa “ ”, é , dl | SA | PR bo í E à ALA k e, y ddr j , À ' ve i + + ( 2h a q : a AEE 1! ai. a ha k / E E á “ Pra A cia ud dA a Ng" “edi S has Em 1 : as o É) 1 n ma * ' Z E Ea - o E E - Bo o) | ; G Podase R » ! "Pé « : rea sa n am sã d a A E ' 7 ! a E E rã 4 cdbuas aa a RL E » ca 5 A Lb ” “ kd b = ns e “ig hino , d O RR o a RS ay Ada y ATA ; did toa = g j ; : ] : N E " * dd E Ri j À E há 4 & : E Ups * Jo A o h + > * nd ud ue Ê as ! - hi E : " ' + e A y =: e es ç I o b Em A “bh E N E EE v aa Va , dd 5 5 em “ T em á E “ - q É Pe So o “ id ] Ê : x x 1 = 1 de qe qm K b k z p - X ç a te y E E ' wo a SE o , pá - Ni ii | W á lá É; , AR ' d RR j á o O LA A í F EA, E PA e. a á cs. E a ç ) ã - - . q + . no] [4 Ep! . x »] y ” á a É ==. 5 5 . a N 4 e . a s I di ig v E 3 K ' A 5 ' Ê = á - | - = bi 4 a de | é A j ' ] | 4 . ; y 1 " dt - a E p b Nose 3 = 000 see OA dt Algie qçã ” - 4 A, . no í Fe ua . OBSERVAÇÕES MAGNETICAS 3 [6 DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X BENGUELLA Dia 27 de oútubro de 1877 IRS 120,34/.17/!. Lon. E. Gr. 13025/:75//] Lat. S. 129.55/.12//, Lon. E. Gr. 13º.07/.45 Alt. 6 metros. Temp. 28º,0 DOMBE Dia 18 de novembro de 1877 Alt. g8 metros. Temp. 29º,0 Tempo p-lo chronometro Numero * - Direcção de oscillações | uma oscillação om bot! 3 LI 3 13 1 CC qn ITS Tempo Numero Duração pelo de de chronometro | oscillações |uma oscillação ms Bk o) Eno) 1.34.05, IO 3,90 1.34.44,5 20 3,70 195 2E,5 30 3,80 H:99:90;9 40 3,89 1.36.38.,0 50 3,80 1.37.16,0 Go 3,80 1.37.54,0 7o ES) RÉ re SSE RO) Pao) 3,70 1.39.08,5 go ENTE 1.39.46,0 100 Media .. 3,786 e Sao BENGUELLA Tempo Numero pelo de chronometro | oscillações h ms 0.48.33,5 o 0.49.11,0 IO 0.49.49,0 20 0.50.27,0 5o 0.51.04,9 40 0.51.43,0 50 0.52.21,0 6o G:52:57,5 70 0.53.30,0 80 0.54.14,0 go 0.54.51,9 100 Dia 6 de novembro de 1877 BS 2º Sul 15/1, Lon. E. Gr. 13º,25/.05/ Alt. 6 metros. Temp. 28º,0 Duração de uma oscillação oe & 0 1 coca DO AU (ay (SP ON Un (O) (OF WU fo) US o WS OS LS 6) EN CS BS US =] “1 ON h ms ms 1.35.49.5 o 3,90 1.36.28,5 IO 3,80 1.37.06,5 20 duTo. 1.37.44,0 30 3,85 96,225 40 3,70 1.38.59,5 5o 3,80 1:90:97, 5 6o 3,85 1.40.16,0 7o 3,70 1.40.53,0 8o Á o 1.41.30,5 go 3,70 1.42.07,2 100 Media .. 3,780 TE E — NES BIDA QUILLENGUES Dia 22 de dezembro de 1877 LatS: 140031 Bon- E Gr: rA%oolko5/ Alt. 869 metros. Temp. 28º,5 Tempo Numero Duração pelo de de chronometro | osciilações |uma oscillação h ms ms 2.44.38,0 o So) DADO IO 3,65 DMD IO. 20 3,70 2.40.29,0 30 3,60 2.47.05,0 40 3,70 2.47.48,0 5o 3,70 2.48.19,0 6o 3,60 2.48.55,0 7o 3,70 2.49.32,0 80 3,65 2.50.08,5 go 3,65 2.50.45,0 100 tedia .. 3,670 340 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X QUILLENGUES Dia 23 de dezembro de 1877 Lat. S. 14º.00!.03/!, Lon. E. Gr. 14º.00/.05// || Lat Alt. 869 metros. Temp. 28º,5 CACONDA Dia 25 de janeiro de 1878 .S. 13º,44/.53/1. Lon. E. Gr. 15º02/085 Alt. 1642 metros. Temp. 26º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação || chronometro | oscillações | uma oscillação h ms ms h ms ms 3.34.48,9 [o SEO) 3.29.10,0 I 3,60 3:35:25,5 IO 3,70 3.29.46,0 IO 3,70 3.36.02,5 20 3,65 3:30:28,0 20 Bs) 3.36.39,0 30 SAT] 3.30.58,5 30 3,65 SLSquEO,S 40 3,60 3-9 1.95,0 40 3599 Sr SOD, O 5o 3,70 SED OLD) 5o 3,00 3.38.29,5 6o 5555 3.32.46,5 6o 3,60 3.39.05,0 To 3,65 RODES) 7 3,60 5. SQL 80 3,65 3.99,06,9 80 3,959 3.40.18,0 go 3,60 3.34.34,0 go 3.50 3.40.54,0 100 Media .. 3,655 3.35.09,5 100 Media .. 3,595 > ———— ooo X 5,486 X=5,664 CACONDA T'CHIMBUIOCA Dia 17 de janeiro de 1878 Lat S: 13044053! Don AGR: 58/02/35) Alt. 1642 metros. Temp. 25º,0 Dia 28 de fevereiro de 1878 Lat. S. 12º.53/.00//. Lon. E. Gr. 16% 27/00 Alt, 1697 metros. Temp. 21º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de. des pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação h ms ms ms ms 3.00.10,0 I 3,50 3.26.30,5 I 3,70 3.00.45,0 o) 3,70 5. 278075 IO 3,70 3.01.22,0 20 3,70 3.27.44,9 20 3,85 3.01.59,0 30 3,544 3.28.33,0 30 3,70 Sopa 40 3,60 3.29.60,0 40 3:75 3.03.10,0 50 3,50 3:20 .0759 50 STA 3.03.45,0 6o ni 3.30.15,0 6o 3,70 3.04.22,0 7o 3,50 9.90, 99:0 7o 3,80 3.04.57,0 So 3,60 3.31.30,0 80 3,65 2 0)099,0 go 3,50 3.32.06,5 go 3,80 3.06.05,0 100 Media .. 3,58c 3 SDrAA 100 Media .. 3,740 Dm —— [oo X=5,704 X=5215 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS 54 DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X BIE QUITEQUE Dia 30 de março de 1878 Dia 23 de maio de 1878 Lat, S. 12º.22/.10/). Lon, E, Gr. 16º,50/.00//| Lat. S. 12º.17'.04//. Lon.. E. Gr. 17º.02!.10// Alt. 1573 metros. Temp. 25º,0 Alt. 1464 metros. Temp. 25º,0 Tempo Numero. Duraaão Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação Nim s ms ho imbas ms 4.58.45,0 [o SET 514125 ,0 [o 3,70 4.59.22,5 IO Sr) 3.15.00,0 IO 3,80 5.00.00,0 20 3,80 Dot SIeO) 20 3,70 5.00.38,0 30 3,80 3.16.15,0 30 So) 5.01.16,0 40 3,70 SLONIDrS 40 ÓNT, SONO) 50 3,80 ooo) 5o 3,65 Siad O bo STO: 3.18.06,5 6o ST) 5.03.08,5 7o 3,70 3.18.44,0 7 SUTIS) 5.03.45,5 So 3,80 ORLA So É) 5.04.23,5 go 3,70 SHLO56,9 go 3,70 S.05,00;5 100 | Media O oO 20 9959 100 Media .. 3,725 DD D6== 5 Dim] === 5, Of) BIE CU-ANZA Dia 18 de abril de 1878 Lat. S. 12º.22/.10/!. Lon. E. Gr. 16º.50/.00!/ Alt. 1573 metros. Temp. 23º,5 Dia 1 de junho de 1878 Lat Sa mo 5S/ 29 Lom- BG SAS Ator 20 emp 2505 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação him? s ms hiimias ms 3.38.06,0 o 3,80 Dono) [o 3,80 3.38.44,0 IO 3,80 DEMO 225) IO TE) 3.39.22,0 20 STO, 3.17.10,0 20 3,65 3.39.59,0 30 3,80 3.17.46,5 30 3,80 3.40.37,0 40 TO 3.18.24,5 40 3,70 3.41.14,5 “5 3,70 3.19.01,5 50 NT SPAMS, 5 6o 3,80 3.19.39,0 60 NO 3.42.20,5 To 3,80 3.20.16,5 To 3,65 3.43.07,5 80 Media .. 3,769] 3.20.53,0 80 UT) SHoNDÃO, 5 go 3,70 Dr 22- 075 100 Mediatitó so 342 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X CHA-CALUMBO CHA-N'GANJI Dia 13 de junho de 1878 Dia 1 de julho de 1878 Lat. S.11º.41/.22//: Lon. E. Gr. 170.58/.36/]] Lat, S. 179,32/.45/1. Lon. EC ra Alt. 1078 metros. Temp.-26º,5 Alt. 1189 metros. Temp. 28º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | osciilações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação h ms ms h ms ms 2.47.05,0 o ST 3.08.48,0 o Sais 2.47.42,5 IO 3,80 3.09.25,5 IO 3,70 2.48.20,5 20 SOS) 3, 10.02,5 20 Sao 2.48.57,0 30 3,80 3.10.40,0 30 Sujo 2.49:35,0 40 3,70 SBILUST/) 40 3,70 DONO 5o 3,70 SEMSA) jo 3,70 2.50.49.0 Go 3,80 SORO 6o 3,70 DMD O To 3,60 3.13.08,5 To 3,70 2.52.03,0 So STA 3:19:45, So 3,70 2.52.40,5 go STO SADO, go 3,70 REBIO) 100 Media 75725] S14.50,9 100 Media .. 3,715 = e EE o — == SD) RE Sm MONGÔA N'DUMBA TEMBO Dia 18 de junho de 1878 Dia 9 de julho de 1878 Lat. S. 11º.34./06/!. Lon. E. Gr. 18º.051.59//|| Lat. S. 11º.20/.51//. Lon. E. Gr. 18º.50/.00/ Alt. 1106 metros. Temp. 26º.0 Alt. 1300 metros. Temp. 26º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillaçãe|| chronometro | osciilações | uma oscillação h ms ms his ms 3.00.51,5 o 3,80 3,255 41,9 fojo 3,70 DOTE IO 3,05 3.26.18,5 10 3,70 3.08.00,0 20 STO) SEA) 20 SAS 32.08.49, 30 STS) ERP O) 30 3,70 3.09.21,0 40 3,05 3.28.10,0 40 3,75 9.00-97h 9 50 3,70 3.28.47,5 5o 3,70 3.10.34,9 Go 3,70 DEPIO)-Ai) 6o 3579 Sta UIço 7º 3,70 3.30.02,0 7o 3,75 O NTRASOO So TO 3.30.39,5 80 3,70 9,12025,5 go 3,60 SEONEO O go 3.70 Tor ONO 190 Mecdialis7o|| Sonoro 100 Media .. 3,720 SS “Ta O XE 500 = 550 343 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X CATUCHI N'DUMBA MUGHANDE Dia 25 de agosto de 1878 Lat. S. 10º.46/.00!/. Lon. E. Gr. 19º.08/.00'/ Alt. 1226 metros. Temp, 29º,5 Dia 27 de julho de 1878 Lat 9. 11º.05/.00//. Lon. E. Gr. 182.55/.00/ Alt. 1340 metros. Temp. 26º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo Ge de chronometro | oscillações | uma osciilação|| chronometro | oscillações |uma oscillação h ms ms h ms ms 3.41.15,0 o 3,70 4:13.38,0 [o 3.80 SS, O IO 3,80 4.14.16,0 IO To 3.42.30,0 20 BATO) 4.14.59,5 20 3,70 3.43.07,0 30 3,80 AL ES90,9 30 3,65 3.43.45,0 40 3,70 4.16.07,0 40 STO 3.44.22,0 5o 3,70 4.16.44,0 50 3,80 3.44.59,0 Go 3,70 ANIME O Go 3,60 Ea) | E — Dm o o X=5,451 X=5,494 TACISDEQUUINL IDA SOBA CAMBOLLO Dia 22 de setembro de 1878 Lat. S. 10º.33/.10//. Lon. E. Gr. 19º.06!.00!! Alt. 1180 metros. Temp. 26,5 -— Dia 14 de outubro de 1878 Lat. S. 19º.53/.00/!. Lon. E. Gr, 18226804 Alt. 951 metros. Temp. 24,5 Tempo Numero Duração pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação h ms ms DN NO o 3,60 po) IO 3,70 De DO) 20 3,70 2.53.09,0 30 3,60 2.53.45,0 40 3,80 Dolo DOHÃO) 50 Siu5)5) 2.54.58,9 60 3,70 DISSO 7o 3,65 2.56.12,0 80 3,60 2.56.48,0 go Sri) geo) 100 Media .. 3,665 Tempo Numero Duração pelo de ce chronometro | oscillações | uma oscillação h ms ms Der D O) [o 3,60 2.59.01,0 IO 3,80 2.59.39,0 20 3,65 3.00.15,5 30 3,65 3.00.52,0 40 3,70 3.01.20,0 50 3,60 3.02.05,0 6o 3,70 3.02.42.0 7 3,60 3.03.18,0 80 3,65 SIDI go * “3,70 3.04.31,5 100 Media .. 3,665 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS 345 DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X CASSANJE Dia 23 de outubro de 1878 CASSANJE Dia 19 de novembro de 1878 EatiS 9".35//06/. Lon: E. Gr. 17º.57/.00//] Lat. S. 9º.35/.06/). Lon. E. Gr. 17º.57/.00/) Alt. 945 metros. Temp. 28º,0 Alt. 945 metros. Temp. 27º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de e pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações ea oscillação h ms ms h ms ms 0.41.38,0 [o 3,60 3.01.36,0 o 3,60 0.42.14,0 IO 3,60 3.02.12,0 IO 3,70 0.42.50,0 20 3,70 3.02.49,0 20 3,70 0.43.27,0 30 3,60 3.03.26,0 30 3,60 0.44.03,0 40 3,60 3.04.02,0 40 To) 0.44.39,0 50 3,00 3.04.39,5 50 3,60 0.45.15,0 6o SE ENO SBNO 60 3,65 0.45.50,5 7o 3,65 2, 09592,0 7o 3,70 0.40.27,0 80 3,50 3.06.29,0 80 SAGE) 0.42.02,0 go 3,65 DROGHOSD O go 3,65 0.47.38,9 100 Media .. 3,605] 3.07.42,0 100 Media” 9,06 CASSANJE Dia 27 de outubro de 1878 Lat. S. 9º.35/.06/!. Lon. E. Gr. 17º.57/.00/! Alt. 945 metros. Temp. 26º,0 FUCHILIA-CACALLA Dia 25 de dezembro de 1878 Lat. S: 9232/00! Lon. E. (Gr 18913/00/ Alt. 892 metros. Temp. 23º,5 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação h ms ms lh Mal E ms 0.24.49,0 o SIT é ABA (O) o ST 0/25:27,0 IO 3,60 3.27.40,5 IO SUIT) 0.26.03,0 20 SP) 3:28.17,9 20 3,00 0.26.40,5 30 3,70 3.28.53,9 30 3,70 à 22/7/.gAd] 40 3,65 3.29.30,5 40 3,60 0.27.54,0 50 3,70 3.30.06,5 50 3,60 0.28.31,0 60 3,60 3.30.42,5 6o 3,70 0.29.07,0 7o 3,70 BEM Eov E) 7o SUE 0.20.44,0 80 3,65 EMO 80 3,70 0.30.20,5 go 3,60 3.32.32,0 go 3,60 0.30.56,5 100 Media .. 3,665|| | 3.33.08,0 100 Media 3.65 > —— E || Toe o — Do DO OT) QI 6 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X CASSANJE CALANDULA Dia 5 de fevereiro de 1879 Dia 12 de março de 1879 Lat. S. 99,28/34!!. Lon. E. Gr; 162,55/.30//]| Lat; S. 9º.27:/57h4 Loni E GR oe a AJtirrgó metros. Temp25%% Alt. 1116 metros. Temp. 20º,5 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscilações | uma oscillação | piRinds ms p ms ms 3.10.43,0 (o) 3,80 3.06.44,0 (o) oiro) Dei DO) o) 3,60 SU OGRDiR O IO 6g Sta SITIO 20 3,80 3.07.58,0 20 Sama e ie HO) 30 DID) OS) 30 3.70 SLUÍLLO 9 40 3,65 SO 2) 40 3,05 3.13.47,0 5o 3,80 3.09.49,0 50 E Rg 3.14.25,0 6o 3,60 STO 5 Go 3,00 3.15.01,0 7o 3,60 SN IRODS io) alto DS TÃO) So 3,65 5. ILHO,O 80 TO) SONS, 5 go 3,65 3. 12417,0 90 3,60 3.16.50,0 100 Media ... 3,67 3-12:09,0 100 Media ... 3,69 ME SIND RS AO 5 A NDALA SAMBA QUIMOCO Dia 5 de março de 1879 Dia 25 de março de 1879 Lat; S. 9º:28/.94/! Lon. E. Gr. 16255/.30M ||Lat.S. 9º22//00H Loni ENGrAores ok Alt. rI9gÓó metros. Temp. 25º,0 Alt. To77 metros: Miemps 225 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de | de. chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação | PR, ms po my S ms | DE O DE A [o 3,60 3.08.99,0 (o) 3,60 3.00.10,5 IO 3,05 3.09.09,0 IO SI OO) : 3.00.47,0 v 120 SEIO 3.09.45,5 20 3,70 3.01.24,5 30 3,60 So MOR22ho 30 3,55 3.02.00,5 40 SÃO 3.10.58,0 40 3,70 91025975) 50 3,05 5.11.99,0 5o 3,65 3.03.14,0 6o 3,65 So POA O Go 3,60 3.03.50,5 7o 3,70 SL2RAO 7o 3,05 3.04.27,5 PaO) 3,60 32134240 So Bd 2:/05.03,9 go EMOS Dio!) go 3,65 3.05.40,0 100 Media .. 3,665 3.14.36,0 100 Media ... 3,64 [o ——— UU || o DC =) SO X— 5,615 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS 547 DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X DUQUE DE BRAGANÇA Dia 11 de abril de 1879 CAFUCHILA Dia 17 de maio de 1879 ES 855/6268 Boni E) Gr. 16% 17/00] Lat; S-7º:53/140M) Lon. E, Gr 169:57/,28/ Alt. 1060 metros. Temp. 26º,0 Alt. 657 metros. Temp. 29º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma osciilação|| chronometro | oscillações |uma oscillação him ms nas, ms 3.14.59,0 o ES) 3.09.16,5 o 3,60 3415:80,9 10 3,65 3.09.52,5 Io 3,65 3. 16,15,0 20 3,60 3.10.29,0 20 3,55 3.16.49,0 30 ST) 3.11.04,9 30 3,65 Sr D7b20,5 40 pd) 9 DIA O 40 3,65 3.18.02,0 5o 3,05 DZ TS) 5o 3,60 3.18.38,5 Go 3,70 SNTDNO O 6o 3,60 SE TOUID,5 To 3,60 3.13.29,5 To DO) o Po pro IR So 3,65 3.14.05,0 So 3,65 3.20.28,0 go Sho 3.14.41,9 go 3,60 210959 100 Media .. 3,645 SuDDoLTo 100 | Media SO Dm Dm O — = a 6) == O) DUQUE DE BRAGANÇA CU-ANGO Dia 24 de abril de 1879 Lat. S. 8º.55/.36/!. Lon. E. Gr. 16º.11/.00// Alt. 1060 metros. Temp. 26º,5 Dia 29 de maio de 1879 Lat 57205 7h Bon) ENG pira Alt. 390 metros. Temp. 31º,5 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação || chronometro | oscillações | uma oscillação Bl miis ms in MS ms 3.05.14,5 o 3,65 2. UNI O o 3,60 3.05.51,0 IO Eri) 2. 55070 o 3,65 3.06.28,5 20 3,60 2. 990499 20 3,60 3.07.04,5 30 3,70 2.56.19,5 30 3,60 3.07.41,5 40 3,70 2: 50h99 40 * 3,60 3.08.18,5 50 3,60 DEMO O 5o 3,60 3.08.54,5 6o So DONO 6o 3,60 9.09.91,9 To 3,60 2.58.43,5 7o 3,60 3.10.07,5 80 3,65 2.59.19,9 80 Se) 3.10.44,0 go 3,70 2.5 0199.,0 go 3,65 3.10.21,0 100 Media .. 3,665]| - 3.00.31,5 100 Media .. 3,605 [mm e— X=5,569 OBSERVAÇÕES MAGNETICAS DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X CU-ANGO Dia 6 de junho de 1879 Alt. 381 metros. Temp. 30º,5 SAMBA CAMBO Dia 3 de agosto de 1879 Lat. S. 7º.06!.00!!. Lon. E. Gr. 17º.05/.00!! Lat. S. 9º.03/.39//, Lon. E. Gr. 15º.49/.30// Alt. 1037 metros. Temp. 24º,5 Numero de Duração de oscillações | uma oscillação ms 3,70 3,65 3,70 3,70 Sb a 3,70 3,70 3,60 3,70 3,70 Media .. 3,675 Da e o PUNGO N'DONGO Tempo Numero Duração Tempo pelo de de pelo chronometro | oscillações | uma oscillação chronometro h ms ms hisimiis 2.46.14,5 o DESA, SPO) Eno 2.40.50,0 IO SAD) 3.01.58,5 DATADO” 20 3,50 3.02.35,0 2.48.00,5 30 28) 3.03.12,0 2.48.36,0 40 3,50 3.03.49,0 2.40.11,0 50 3,50 3.04.25,0 2.49.46,0 60 55) 3.05.02,0 2:50:21,5 7o 3,95 3.05.39,0 2.50.56,5 80 3595 3.06.15,0 2.51.32,0 go S.5o 3.06.52,0 2 DOU 100 Media ... 5,53] 3.07.29,0 > TO — X =6,038 RIO CUGHO Dia 11 de jnnho de 1879 Alt. 486 metros. Temp. 30º,0 Dia 18 de agosto de 1879 Lat. S. 7º.22/.49!!. Lon. E. Gr. 16º.47/.02!|Lat. S. 9º.39/.52!/. Lon. E. Gr. 15º.44/.16/! Alt. 1020 metros. Temp. 27º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo de de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação h ms ms ins ms 2.54.30,5 [o) 3,50 o SEAT o 3,80 DSI) IO 3,50 2-5: H0, 9 IO 3,60 DIE AO, 20 3,70 2 DARDO, 20 3275 2: SONS 30 3,50 2.55.03,0 30 3,70 2.56.52,0 40 5165 2.55.40,0 40 3,65 2.57.29,0 50 3,50 2.56.16,5 5o 375 2.58.04,0 6o 3,60 2.56.54,0 6o 3,00 2.58.40,0 7 3,60 2.57-30,0 7o 3,75 2.59.16,0 80 3,50 >: 5BLomo 80 3,70 2.50.91,0 go 3,60 2.58.44,0 go 3,60 3.00.27,0 100 Media .. 3,565 2.59.20,5 > De — Oo — RES oiê OBSERVAÇÕES MAGNETICAS | 349 DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORISONTAL X N'HANGUE LUANDA Dia 17 de setembro de 1879 Dia 8 de novembro de 1879 Eat S: 9"-99/:24/7. Lon E. Gr. 15º.12/.00/:] Lat. S. 8º.48/415'!. Lon. E. Gr. 13º:07/.30!/ Alt. 685 metros. Temp. 26º,5 Alt. 40 metros. Temp. 28º,0 Tempo Numero Duração Tempo Numero Duração pelo des de pelo de de chronometro | oscillações | uma oscillação|| chronometro | oscillações | uma oscillação ni mo 's ms h ms ms 2.38.20,3 o 37 3.26.29,0 o 3,60 2.38.58,0 IO 3,85 3.27.05,0 10 3,70 2.39.36,5 20 3,70 3.27.42,0 0 3,70 9 AQUA, 30 3,85 3.28.19,0 30 3,50 2.40.52,0 40 3,80 3.28.54,0 40 SETE) 2.41.30,0 5o 3,70 OSS) 5o 3,60 2.42.07,0 60 3,80 3.30.07,5 6o 3,65 2.42.49,0 7o ST) 3.30,44,0 7O 3,09 DADO 80 SET) ROO) So Sob) 2.44.00,0 go STO 3.31.56,0 go 3,70 2.44.37,5 100 Media 3577 3920 99,0 100 Media SA > — ma SU “DE ii EE K =5,200 X=5,704 DONDO OBSERVAÇÕES Dia 30 de setembro de 1879 Lat. S. 9º.40/.30!/. Lon. E. Gr. 14º.30'.00'! Alt. 94 metros. Temp. 25º,0 Foram desprezadas algumas observa- ções, por terem sido feitas em logares aonde abundavam minas de ferro, e es- tarem influenciadas por importantes ac- Tempo Numero Duração é pelo de de ções locaes. chronometro oscillações uma oscillação Em Lisboa, junho de 1877 (X=4,930 unidade ingleza) a duração de uma oscil- h ms ms lação a 25,0 C 35,833. Coofficiente de tem- 2.55.17,0 O 3,65 peratura q=-— 0,001. 2.55.53,5 Io 3,75 X é o valor da componente horisontal, 2.54.31,0 20 3,75 correcta da perda do magnetismo da bar- 2.55.08,5 30 3,65 ra, em consequencia das novas observa- 2.55.45,0 40 3,70 ções feitas com a mesma barra à chega- 2.56.22,0 50 3,70 da a Lisboa. 2.56.59,0 6o 3,70 2.57.36,0 70 3,65 2.58.12,5 80 Er) 2.58.50,0 go 3,60 2.59.26,0 100 Media... 3,6 > RETO ———— ii== 5 Sep] + [ % h] , E : r$ Ed R Hr K x a a) : e * f . ; s F . Sb! + RESUMO DAS OBSERVAÇÕES MAGNETICAS (1) | Localidades E SE E Ee E Se A & eae = ea 5) = Ss E SE 5 SR BEnneMa cama so sai e dl, aos 6. e 39 26 Sh iId» | GÓIO (ouiiDo Sa OR T25 55 | ISOS fo) 21.44 | 39.44 | 5,124 | 6,663 unllengues (3) secam so seo 14:03 | 14.05 So) |Parian | 40.970 54650 mitos Cacondal(o) ecos ra do 19-44 LS QU ira 2058) | Most [ES 64 NiaÃo ienimbuioca ...c:.c.c.c: 2 SBN 105220 | r6or — S9555) | 5275) |[N6709 BE en unidos SARA 19/0290 650) | ço" |r9r5S: | 20-00] | 5789 Go CUSTO, oa RIR 120 TSM ÃO Prada | Drs 20 9.52 | 5200 |N6:905 Cnsgç az vei E SOM SO | nr4O, | 18-25) | 99.00) [05,200 | 6807 IBeimoltkio pita Seo RE RE RA TA AAA tes | ES SÃO — = = SinEi (Celio san oro RS NIE An ISO rorS) | TS 22039-590 |MES SA |O g2A Nona Dan asim nr SoM |PxS- 075 mira Sido! | 30:54 15 396 Rosa NaN amo... 02.000. da nor | nro | S06 — — — | N'Dumba Tembo ......... on ES Son ãoo Ei IS) | Sor ao) NS don Gio | N'Dumba Mughande ...... LIROS) | 9:00) | 1340 — 39-05) | 5.335 | 6,879 (DELES NL o SRA REA 10.46 | 19.08 | 1226 = 39.14 | 5,432 | 7,015 TEC puto (uol je ve RP 10.34 | 19.06 | 1180 — 38.58 | 5,384 | 6,916 Rio Sansuengne .......... 10.24 | 19.00 | 1194 — 37.46 | 5,494 | 6,949 || Soba Cambollo (3) ........ gnoS) | mS 27 6x — 38522 1) 555080 || 971029 | AS AMeR Ao tals. sentados GSE | iTioóm | axis — Sp 16 SS NOS | Emehria-Cacalia ... sos. np | it es = 35-99 [5 567 Roso | ED altarSamba) mi. eta O:208 MOBSs | uT2O — 9599 | SAO |O Stu) Mataneula Se. sato: ae orosA | rOs2on E riroo) | To 040] 35706) ES Zmon iG or | Cut ari cio E 9.20 | 16.00 | 1100 — S SPA SOON |O STA Banza Quiluange.......... quien o on roZol prósão — — — Duque de Bragança ....... SLoo a NnOroZ! E robo) | 17-35 E35i 00! |iSFSos NG Sm Canda-Ria-Massango ...... S:4m [6.2 No RR e) — — — Roi uibaxe . 4. assentes 8250 [tOno 817 17.56 — — — Calunga N'ganga ......... 8.04 | 16.48 | 659 18.06 — — — Catulo: cs esse Glad || Moo (Gs — 33.18 | 5,759 | 6,890 INEGuUenguei nesses le a TAN: 495 17.27 — — — WC canso. srs ampara Sr SUE Te SP || GO. — 33.20) | 57021) 6954 Anemia o da TE 71-09 |. OA E Sos 17.44 — — — (CuangO Mm pda a nie é dio 706 | 17.04) 381 — 33.03 | 6,038 | 7,204 ipi Cçho. 2a secas ars m2m | 16,50! |. 465 — 32.16 | 5,918 | 6,999 O 2 RESUMO DAS OBSERVAÇÕES MAGNETICAS =s Epa o — E E ao a Ss A Ss E E E -õ Sa S S> E a o Localidades S EB É E Es E 52 = RE Es = p= O ES Er ERC NE & 2| 6 | : Qd 2d ON = 4 Songanhes-p. e ad | 16.17) | :896 17.28 — — — SambalCango: Rr 9:04 | 15.49 | 1037 .| 17.47 | 35.24 | Sb nba Bondo-ia-Quilesso......... Done eo || Ed: 18.42 — — — Abacate: she ot ren e Dedo | nÁscO = 18.19 — — — PingoNEDongo. = 09-40 | 15.42 | 1020 | 18.50 | 35:50 | 555250 | OE Caballo.ae Sd ne E RR 9.46 | 15.59 — 18.04 — E = Quibinda e 9.43 | 16.18 = 18.30 — — — Nan) re 0:40) | 15.120) “692 — 35.15 | 5,296 | 6,486 DondoRo Sar rc ato 9-40 | 14.30 93 19-12 | 36.00) 5,525 |Gidoo Piranda: Mera eo 8.48 | 13.10 50 19-18 | 33.24 | 5,704 | 6,833 (1) Os elementos expostos são resultante das observações directas ou a média d'es- tas, quando para a mesma localidade havia mais de um elemento observado. (2) No regresso da expedição a Lisboa, determinaram-se no observatorio do Infante D. Luiz algumas declinações magneticas com o instrumento que para este fim tinha servido durante a viagem, e pelo confronto d'estas com as determinadas pelos instru- mentos do observatorio, se achou a correcção a fazer aos resultados então obtidos; correcção esta que, tendo-se agora devidamente applicado, dá origem ás differenças encontradas entre as declinações magneticas incluidas n'este mappa e as que foram publicadas antes. Este erro instrumental póde attribuir-se à falta de concordancia da linha de fé da rosa com o eixo optico do oculo, à impossibilidade de inverter a agulha magnetica, aos attri- ctos d'esta sobre o seu pião, etc., etc. (3) Vendo-se que este producto divergia consideravelmente das médias obtidas por um primeiro reconhecimento feito às observações, talvez por causas locaes que não se podem bem precisar, resolveu-se não o incluir no trabalho da reducção geral das obser- vações pelo methodo dos menores quadrados. A carta magnetica adjunta representa o resultado d'esta reducção, sendo porém as curvas da força total deduzidas dos valores da inclinação e força horisontal, já regulari- sadas pelo methodo supra. GCAPELLO E IVENS CARTA MABENETICA o 15. 16. 17. 18º & Declinacão, Ínelinacão, componente horisontal Cu nid “ing lexa) CG Inelin acã o e componera te horisontal. + Declinacão. SUBSIDIOS PARA A FAUNA E FLORA DA ERICA CENTRAL E OCCIDENTAL FAUNA DE BENGUELLA AO BIE-DO BIE A CASSANJE! MAMIFEROS 1. SOREX, sp.(?) Colhido nas proximidades do rio Cu-bango. N. vulgar Onhunga. 2. H'ELIOPHOBIUS ARGENTEO-CINEREUS, Peters. Dois exemplares, um de Caconda, outro do Biê. Os indigenas d'aquella localidade chamam-lhe Oneta, e os d'esta Oguim. Vive debaixo da terra, onde se alimenta das raizes das arvores; os indigenas comem-o. 3. Garaco MonrteEri, Bartlet; Proc. Z. S., London, 1868, Dad pl: 26: Na collecção remettida pelos nossos exploradores Capello e Ivens encontrâmos um exemplar d'esta especie, que já se acha- va representada no Museu de Lisboa por diversos specimens provenientes de outros pontos do sertão de Angola. Nem todos concordam exactamente nas côres com o exemplar typo, que o sr. Monteiro remettêra vivo para Londres em 1803 e ali fôra descripto pelo sr. Bartlet: dois exemplares de Caconda, que de- vemos ao sr. Anchieta, têem o pello de um cinzento mais puro; os outros são mais tintos de fulvo, por ser esta côr a extremi- dade dos pellos. Os indigenas de Caconda dão a esta especie o nome de Bobo, segundo nos diz o sr. Anchieta; na etiqueta do exemplar remettido pelos srs. Capello e Ivens vem indicado o nome indigena Tchicafo. 1 Extracto do Jornal de sciencias mathematicas, physicas e naturaes, num. xxvr, Lisboa, 1879. Os productos zoologicos aqui descriptos foram classificados pelo ex.”º sr. dr. Barbosa du Bocage, illustre director do Museu de Lisboa. A primeira remessa foi colligida até ao Bie, e a segunda do Bié até Cassanje. VOL. II 23 4 FAUNA (GGALAGO SENEGALENSIS, Geoff. Saint-Hillaire. Um exemplar macho. O seu nome indigena é Catoto. Esta e a precedente são os unicos Lemurideos que até ao pre- sente temos recebido de Angola. Os outros exemplares que já tinhamos de G. senegalensis são todos de Caconda, onde lhe dão o nome de Nôno. VESPERUS MINUTUS, Temm. (?) Um exemplar em alcool, e em mau estado de conservação, KERIVOULA ARGENTATA, Lomes; Proc. 4. S., London, 1861, pa 32: Uma femea, cujos caracteres parecem concordar com os que o sr. Tomes attribue a esta especie, salvas as dimensões, que são inferiores ás mencionadas por este auctor. No seu excellente catalogo dos Chiropteros do Museu Britannico o sr. Dobson in- clina-se a que a K. argentata possa ser unicamente um individuo muito adulto ou uma raça local de maior estatura da K. lanosa, que vive na costa sueste da Africa, do Zambeze ao Cabo. O seu - nome indigena no sertão de Angola é Cafuenfuco. H'ERPESTES MELANURUS, Fraser. (?) H. Jfulvescente-rufus nigro punctulatus, capite supra, dorso me- dio caudaque rubiginosis, abdomine et artubus unicoloribus ochra- ceo-rufis; cauda fere corporis longitudinem aequante, apice late nigro. L. t. 530 m.; corporis cum capite 280 m.; caudae 250 m. Assimilha-se na conformação geral, e algum tanto nas côres, ao Cynictis melanura, Martin, representado na estampa 9.? da Zoologia typica de Fraser, que é hoje considerado como um verdadeiro Herpestes com cinco dedos nos membros anteriores e posteriores; porém faltando-nos exemplar authentico desta es- pecie com que possamos comparar o nosso, não podemos affir- mar que lhe seja identico. Nºeste a parte superior da cabeça, o dorso e a cauda, mórmente do meio para a extremidade até á porção terminal negra, são de um ruivo ardente, avermelhado, que não vejo indicado nas descripções que pude consultar do HH. melanurus, e de que não dá a menor idéa a estampa citada de Fraser. Já ha annos nos tinha mandado do rio Chimba, no ser- tão de Mossamedes, o sr. Anchieta outro exemplar de Hlerpestes, que tambem nos parece proximo do HH. melanurus e do presen- te exemplar; mas differe de ambos por ter a cauda sensivelmente mais comprida do que o corpo (tronco e cabeça reunidos) e pela FAUNA 395 muito maior extensão da côr negra na extremidade da cauda; além d'isso a sua côr é de um ruivo mais baço e pardacento, e n'este particular concorda melhor com a figura publicada por Fraser do FI. melanurus. 8. Myoxus (GRAPHIURUS) MURINUS, Desm. Um só exemplar identico a outros que já tinhamos do Duque de Bragança e Caconda, determinados pelo professor Peters de Berlim. V. Jorn. Acad. Sc. Lisboa, num. x, 1870, p. 126. Dizem-nos os srs. Capello e Ivens que esta especie se encon- tra nas cavidades das arvores velhas, e é conhecida dos indige- nas pelo nome de Cajuenho. AVES 1. Scops CAPENSIS, Smith. «Nome indigena Cáculo. Olhos amarellos. Come ratos e outros animaes pequenos.» Concorda perfeitamente nos caracteres com os exemplares que temos de outras localidades de Angola. V. Orn. de Angola, p. do. 2. PronIAS FuscicoLLIS, Kuhl. «Nome indigena T'chiguangue. Olhos amarellos. Come semen- tes.» D'esta especie, encontrada por Andersson ao norte da terra “dos Damaras, temos exemplares obtidos pelo sr. Anchieta em Quillengues e no Humbe. 3. Prontas MeveriI, Riúpp. «Nome indigena Cuique.» Dos dois exemplares que recebemos, um vem marcado como do Cassanje. Parece ser esta a localidade de Africa occidental mais proxima do equador, onde até ao presente esta especie tem sido observada. 4. DENDROBATES NAMAQUIS, Licht. «Nome indigena Mangula. Olhos vermelhos.» Os exemplares d'esta especie que o sr. Anchieta nos tem man- dado de outros pontos do sertão de Angola trazem nas etique: tas um nome indigena um pouco differente, Bangula em vez de Mangula, o qual é indistinctamente applicado a outras especies de pica-paus. 356 FAUNA 5. MEROPS HIRUNDINACEUS, Vieill. «Nome indigena Mutico. Olhos vermelhos. Vive perto dos rios, e alimenta-se de insectos e outros animaes inferiores.» Esta especie, que Monteiro encontrára em Benguella, foi obser- vada no Humbe pelo sr. Anchieta, 6. CENTROPUS MONACHUS, Riúpp. «Nome indigena Mucouco.» - CaprIMULGUS SHELLEYI, Bocage. «Nome indigena Huicumbamba. Olhos pretos. Come insectos.» Contém um só exemplar d'esta especie interessante a collec- ção dos srs. Capello e Ivens. Comquanto deixe a desejar o seu estado de conservação, não nos resta a menor duvida ácerca da sua identidade com os exemplares de Caconda, que considerá- mos representantes de uma especie inedita. V. Jorn. Acad. Se. Lisboa, num. xxIv, 1878, p. 266. hn | 8, BRADYORNYS MURINUS, Hartl. «Nome indigena Césso. Olhos pretos.» 9. BRADYORNIS DIABOLICUS, Sharpe. «Nome indigena Mungange» 10. DiICRURUS DIVARICATUS. «Nome indigena Mungange. Olhos castanho-claros.» 11. Fiscus CAPELII, nov. Sp. F. collari simillimus, vix minor, spatio ante-oculari albo. L. t, 220 m.; alae 92 m.; caudae 118 m.; rostri 16 m.; tarsi 25 m. Vieram apenas dois exemplares d'esta especie, um adulto com a cauda incompleta, reduzida ás duas pennas intermediarias, e outro completo sem indicação de sexo como o primeiro, em plu- magem de joven. N'este, em logar da malha branca entre a base do bico e o olho, de cada lado da cabeça, vê-se já bem distincta uma malha de um cinzento amarellado. Dedicâmos esta especie a um dos intrepidos exploradores a que devemos esta valiosa remessa, o sr. Hermenegildo Capello. Estes dois exemplares foram colhidos em Cassanje e trazem nomes differentes, o novo Quiguecuria, o adulto Quimbimbe. 12. Prronops ReTzir, Wahlb. «Nome indigena Ceella. Olhos côr de canario.» FAUNA SJ 13. MERISTES OLIVACEUS, Vieill. «Nome indigena Muango. Olhos amarellos. » I4. PrexonoTUS TricOLOR, Hart]. «Nome indigena Tumba-cambungo.» 15. CraTEROPUS HaRTIAUBI, Bocage. «Nome indigena Ceque. Olhos vermelhos.» 16. TURDUS STREPITANS, Smith. (?) «Nome indigena Quissocola-lôa. Olhos castanhos. Come inse- ctos. Veiu um exemplar adulto. Comparado com outros spcimens do T. strepitans de diversas procedencias, notámos-lhe as se- guintes differenças: é sensivelmente mais pequeno; as regiões inferiores são de um branco puro sem a menor tinta de ruivo ou de fulvo; as malhas que lhe cobrem o pescoço, peito e parte do abdomen, são maiores do que as do 7. strepitans, mais con- fluentes e estendem-se mais pela parte inferior do abdomen. 17. TuRDUS LYBONIANUS, Smith. «Nome indigena Quissomda. Olhos pretos.» 18. Moxricora BREVIPES, Waterh. «Nome indigena Tchicamba. Olhos castanhos. Come fructos e insectos.» 19. MyRrMECOCICHLA NIGRA, Vieill. Dois exemplares, macho e femea; esta côr de café e sem dra- gonas brancas. «Nome indigena Munhamba.» 20. PHoLIDAUGES VERREAUXI, Bocage. «Nome indigena Quicê.» 21. [LLAMPROCOLIUS ACUTICAUDUS, Bocage. «Nome indigena Gonve. Olhos vermelhos. Come íructos.» 22. PassER DIFFUSUS, Smith. «Nome indigena Mussuesso.» 358 FAUNA 23. TRERON CALVA, Lemm. «Nome indigena Bungzo. Olhos cinzentos. Come fructos.» 24. FRaNcoLINUS ScHLEGELI, Heugl. «Nome indigena Cambango. Olhos castanhos. Vive no mato.» E a primeira vez que recebemos esta especie, ainda hoje rara nas collecções da Europa; é tambem o primeiro exemplo da sua captura em tanta proximidade da costa occidental. Era con- siderada até aqui como propria de uma região assás limitada da Africa central, onde a descobriu o celebre naturalista Von Heuglin. A primeira descripção d'ella foi publicada por este au- ctor em 1863 no Jornal de Cabanis. (V. Jorn. f. Ornith., 1863, p. 275; e Heuel., Orn. N. O. Afr., p. 896, tablas) 25. ÁRDEA RUFIVENTRIS, Sundev. «Nome indigena Bouda. Iris com dois circulos concentricos, um interno amarello, outro externo vermelho. Vive nos rios e alimenta-se de peixe.» 26. ÁRDEOLA MINUTA. - «Nome indigena Cassoucua. Iris côr de canario.» 27. FOBIVANELLUS LATERALIS, Smith. «Nome Indigena Maco. Iris amarello claro, palpebras côr de canario, a membrana que está por diante dos olhos no terço su- perior vermelha e no resto amarella. Encontra-se nos logares pantanosos e vive dos animaes que encontra ali.» REPTIS E AMPHIBIOS 1. CHameLEO DILEPIS, Hall. Um exemplar de Caconda, onde é vulgar. 2. ÁAGAMA ARMATA, Peters. Dois exemplares tambem de Caconda. 3. AGAMA PIANICEPS, Peters. Um exemplar das proximidades do rio Calae. 4. EUMECES RETICULATUS, Peters. Um exemplar sem indicação de procedencia. FAUNA 359 - 5. EuPREPES BINOTATUS, Bocage. Um exemplar de grandes dimensões de Caconda. 6. BogDoN QUADRILINEATUM, Dum. & Ribr. Colhido no Biê. 7. Naja ÂNCHIETAE, NOV. Sp. ? Naja haje, L. var. viridis, Poters, Monatsb. k. Akad. Berlin, mai 1875, p: 411, tab: £ fig. 1. Tête courte; rostrale triangulaire fortement rabatue sur le de- vant du museau et séparant presque entitrement les naso-fron- tales; un cercle complet autour de Iceil formé par une sus-or- bitaire, une pré-orbitaire, deux post-orbitaires et trois ou quatre sous-orbitaires; sept labiales supéricures, dont la troisiême s'arti- cule par son bord supérieur à la pré-orbitaire; temporales 1-+2. Dix-sept rangées d'écailles lisses sur le milieu du tronc. Plaques abdominales cent quatre-vingt-onze; anale simple; cinquante- quatre paires de souscaudales. Dimensions. Longueur totale 80 centimêtres; queue 14 centi- metres. Coloration. En dessus d'une teinte brun-olivátre, plus foncée sur les bords des écailles; en dessous jaunátre, varié de taches brunes. Un large collier noir ou brun-foncé sur le cou à une petite distance de la tête. M. Anchieta nous envoya de Caconda, il y a quelque temps, deux individus de cette curieuse espêce, qui nous semble bien distincte de la Naja haje d'aprês Vécaillure de la tête. Les in- digênes de Caconda V'appelent Turulangila. S. ECHIDNA ARIETANS, Merr. Dois exemplares, um do rio Calae, outro colhido n'uma ilhota do rio Cabindango. Chamam-lhe os indigenas Buta. 9. Moxrror saurus, Laurenti. «Nome indigena Sangoé, rio Lu-ando.» 10. STELLIO ATRICOLLIS, Smith. «Nome indigena T"chico. Vive nas arvores. Come insectos.» 11. EUPREPES IVENSI, NOV. sp. Corps à forme cyclotetragone, allongé; membres relativement courts; queue três longue. Tête petite, à museau court et coni- 360 * FAUNA | que. Nasales en contact, triangulaires, la narine Souyrant prês de 'angle supérieur; supéro-nasales étroites, également en con- tact et s'articulant par l'extrémité opposée à une freno-nasale, qui vient s'appuyer sur la premiêre labiale; deux frénales, V'an- térieure carrée, la postérieure pentagonale et plus grande; in- ternasale triangulaire à bord antérieure arrondi, en contact par ses bords postérieurs avec les freno-nasales; celles-ci de forme pentagonale et s'articulant à la frontale, qui est de forme hexa- gonale et bien développée; deux fronto-parietales distinctes, à peu prês de la forme et de la grandeur des fronto-nasales; inter- parietale en forme de fer de lance, séparant complêtement les deux parietales. Rostrale emboitant Vextrémité du museau et présentant en dessus deux bords concaves qui recoiyent les na- sales; sep habiales supérieures, les quatre premiêres quadrangu- laires, la cinquiême située au dessous de Vceil, plus haute et plus allongée que les précédentes et superposée à la quatriême par un court prolongement de son bord antérieur, les sixiéme et septitme de forme plus irréguliêre. Ouverture auriculaire gar- nie à son bord antériecur de trois lobules pointus. Paupiêre infé- rieure écailleuse, présentant au centre un petit disque trasparent. Scutelles digitales carénées, les écailles des paumes et des plan- tes des pides légêrement tuberculeuses. Trente-deux rangs d'écailles sur le tronc; celles du dos à trois carênes três distin- ctes et rapprochées, celles des flancs lisses. Dimensions. Le plus grand de nos individus porte une queue de nouvelle formation assez court; deux autres plus jeunes Pont, au contraire, assez longue. Voici les dimensions d'un de ces in- dividus: | Longueur totale 290 millim.; queue 200 m.; tête 15 m.; memb. ant. 21 m.; memb. post. 30 m. Coloration. En dessus et sur les côtés d'un noir-olivátre, mar=, qué de cing raies longitudinales jaunes; Vune plus large, occu- pant le milieu du dos, de la nugue à la base de la quene, et deux de chaque côté, dont la supérieure suit la ligne qui sépare le dos des flancs, et Vinférieure s'étend de Pouverture auriculaire au tiers postérieur de la queue, En dessous d'un bleu clair uni- forme. | Habitat. Nos trois individus nous ont été envoyés du Biê, dans Vintéricur de Benguella par MM. Capello et Ivens pendant le cours de leur voyage d'exploration du Cu-ango. D'aprês nos har- dis voyageurs, espece y est connue sous le nom de Muntam- bandonga. FAUNA 361 I2. TH, 14. E; O: E 18. 19. 220) Pot 22, EvuprepEs Bayonir, Bocage. «Sertão de Cassanje.» OnycHocEPHALUS ANGOLENSIS, Bocage. «Nome indigena Chico-chico. Sertão de Cassanje. Vive na ter- Ta.» LimnopHIs BiCOLOR, Giinther. «Nome indigena Muguzo. Rio Lu-ando.» LepTODIRA RUFESCENS, Giinther. «Nome indigena Quintadagila. Sertão de Cassanje.» RHAGERRHIS TRITAENIATOS, Giinther. «Nome indigena Calombolo. Dizem que é venenosa.» PHiLoTHAMNUS HETEROLEPIDOTA, Giinther. «Nome indigena Calumberembe.» BucepHaLus TYpus. Smith. Var. D. Smith, H. S. Af. Zool., repíiles, tab) xi: «Nome indigena Quilengo-lengo. Tida por venenosa.» Cavusus RHOMBEATUS, Dum. & Ribr. «Nome indigena Quibolo-bolo. Venenosa.» DacryLETHRA MuLLERI, Peters. «Nome indigena T'chiula.» DacryreTHRA MuLLERI, Peters. Um exemplar do Dombe. Nome indigena Chimboto. RANA ORNATISSIMA, Bocage, nov. sp. De la grandeur à peu-prês de notre R. temporaria d'Europe, Tête aussi longue que largue, à museau légérement prominent; langue large, éctancrée en arriêre; deux groups de dents vomé- riennes situés à 'angle interne des ouvertures postérieures des narines et séparés par un intervalle; narines à égale distance de Vextrémité du museau et de Vocil; tympan distinct, inférieur en diamêtre à "ouverture oculaire; pas de parotides ni de plis glan- duleux sur le dos; peau finement granuleuse en dessus et en Do 24. FAUNA dessous; membres postérieurs et orteils modérément longs, ceux- ci reunis à la base par une petite palmure; le quatriême orteil beaucoup plus long que le troisiême et le cinquiêéme, qui sont égaux; un tubercule saillant et aplati au bord interne du méta- tarse. Dimensions. Longueur de la tête 23 millim.; du tronc 45 m.; du memb. ant. 33 m.; du memb. post. 98 m. Coloration. Il est difficile ds bien faire saisir, autrement que par une figure, le systêéme de coloration, assez compliqué, de cette belle espêce. Sur la tête, le dos, la partie moyenne des flancs et la face supérieure des jambes rêgne une teinte d'un vert-clair que le séjour dans Valcool tend à changer en gris de plomb; les flancs, une partie de la face latérale de la tête et le bord externe des extrémités sont d'un rose-lilas; les régions in- féricures sont d'un jaune-verdátre, qui prend sur Ianus, la face postérieure des cuisses et la face interne des jambes un ton plus vif et ocracé. Des taches nombreuses, variées et symétriques, d'un noir profond se montrent sur le dos et les flancs, à la face dorsale des membres et sur la gorge; telles sont: une large ban- de partant de Vextrémité du museau, traversant Poeil et termi- nant sur Vangle de la machoire aprês avoir contourné le tympan, qui est aussi noir: deux taches allongées formant chêvron sur le milieu du dos derriêre la tête, suivies plus en arritre d'une autre paire de taches allonguées:; des taches variées sur les flancs; des taches et des bandes transversales sur les membres; enfin sur la gorge une tache allongée, au centre, et deux de chaque côté forment un dessin três caractéristique. Les paumes et les plan- tes des pieds noirâtres. Habitat. L'individu unique que nous possédons de cette espêce a été recueilli au Biê par MM. Capello et Ivens. PrynoBATRACHUS NATALENSIS, Smith. Dois exemplares do Bie. HyreroLius crrriNus, Giinther. Do Biê. 25. HyperoLius HumLensis, Bocage. 26. Do Biê. Buro GvuinEENsis, Schleg. (?) Um exemplar novo do Biê. FAUNA 363 PEIXES 1 Fam. LABYRINTHICI — Genus Ctenopoma, Peters. 1. CrENOPOMA MULTISPINIS, Peters; Gthr., Cat. Fishes Brit. Vais. vol mm p. 975; Peters, Mossamb. Flussfiche, p: To Gula Ame Mae. Nat. list, VOl. XX Po LO: Dois specimens: a. Comprimento total 100 millim.; b. Com- primento total 78 millim. Fam. CHROMIDA, — Genus Chromis, Cuv. 2. Cromis Mossameicus, Peters; Gthr., Cat. Fishes Brit. Mus., vol. Iv, p. 268. Dois specimens: a. Comprimento total 80 millim.; b. Com- primento total 88 millim. 3. Cwromis SparrmanNI, Smith; Gthr., Cat. Fishes Brit. wss vol; 175; p. 269: Concordancia completa com a descripção do dr. Gunther, ex- cepto no numero de espinhos dorsaes, que n'este specimen é rem" yez deirSfourra, Um specimen, comprimento total 88 millim. Genus Hemichromis, Peters. 4. Hemicronis roBUSTUS, Gthr.; Proc. Z. S., London, 1864, pe Sa. Um specimen, comprimento total 82 millim. 5. Hemicromis AncoLENsis, Steind.; Mem. Ac. Sc. Lisbon, 1865. Um specimen, comprimento total go millim. Habitat. Rio Cu-anza. Nome vulgar, Moaca. ! Extracto do Jornal de sciencias mathematicas, physicas e naturaes, num, xxx, Lisboa, 1881. Foram classificados no Museu de Lisboa pelo ex.Mº sr, Antonio Roberto Pereira Guima- rães, naturalista adjunto. 364 FAUNA Fam. SILURIDAE — Genus Clarias, Gronov. 6. CrariA ANGUILLARIS, Linn.; Gthr., Cat. Fishes Brit. Mus., AO LE DE A Dois specimens: a. Comprimento total 20 cent.; b. Compri- mento total 12,5 cent. Habitat. Rio Cuito. Nome vulgar Ebande. Fam. MORMYRIDE — Mormyrus, Gthr. 7. Mormyrus LuHvuysr, Steind.; Steindachner, SB. Ak Wzen 1870, ExI, ip: 559, tab. 2, Mig. 35 SencoalB O specimen unico que temos á vista assimilha-se muito ao Mormyrus Lhuysi, Steind., não só na fórma geral do corpo e suas dimensões relativas, mas tambem no systema de coloração ; differe porém no numero de espinhos e de escamas. Assim, o dr. Steindachner num specimen do Senegal achou os seguintes numeros: P— 14, D—20, A— 28, L. lat. 48 emquanto que a formula do exemplar depositado no Museu de Lisboa é: PESO DE 5 A SS bos Um specimen, comprimento total 85 millim. Habitat. Rio Lu-ando — Nome vulgar Dembe. Fam. CYPRINIDE — Genus Barbus, Gthr. S. BarBus KEsstErI, Steind.; Gthr., Cat. Fishes Brit. Mus., NO ati (De Og Um specimen, comprimento até á origem da cauda 97 millim. Ainda nos restam quatro specimens por descrever, um do genero Ctenopoma e tres do genero Barbus, mas faltam os elementos de com- paração para o seu estudo. FAUNA 365 INSECTOS! HYMENOPTEROS APIDAE 1, Apis ADANSONI, Latr. Apis Adansonii, Latr., Ann. du Mus. d'hist. nat., v, p. 172, nrld Apis scutellata, Lep., Hist: nat. d. Hym., 1, p. 404. Apis mellifica, var, Gerst., Inseht, v. Mossamb, p. 439. a—c, %. ÁNTHOPHORA FLAVICOLLIS, (Grerst. Anthophora flavicollis, Gerst., Insekt. v. Mossamb, p. 445, pl, Pope unas do a. 9. long, corp, 15 millim, 3. ANTROPHORA ATROCINCTA, Lep. Anthophora atrocincta, Lep., Hist. nat. d. Hlym., 1, p. 35. a. 4. XYLOCOPA NIGRITA, Fab. Xylocopa nigrita, Lep., Hist. nat. d. Hym., 11, p. 179; (9) Gerst., Reis. in Ost-Afr., p. 314. - DR, 5. XyrocorA coMBUSTA, Smith. Xylocopa combusta, Smith., Cat. Hym. Ins., p. 350, a. 6. XyLOCOPA INCONSTANS, Smith. Referimos a esta especie um exemplar colhido pelos srs. Ca- pello e Ivens, porque, apesar de não conhecermos a descripção, comparámol-o com outro mandado para o Museu de Lisboa pelo sr. Anchieta, e classificado com este nome, e vimos que diffe- ria unicamente em ter pellos amarellos na parte posterior e nos lados do thorax, bem como no primeiro segmento abdominal; emquanto que no exemplar do sr. Anchieta estes mesmos pel- los são brancos. a. 2. long. corp. 33 millim. 1 O trabalho que apresentâmos sobre insectos d:vemol-o ao ex.”º sr. Alberto Girard, na- turalista adjunto do Museu de Lisboa. 366 FAUNA 7. XYLOCOPA CALENS, Lep. Xylocopa calens, Lep., Hist. nat. d. Hlym., u, p. 196.9 a. 9 VESPIDA 8. EUMENES TINCTOR, Christ. Eumenes Savignyi, Guérin, Icon. rég. anim. Ins., pl. 72, fig. 4, Eumenes tinctor, Gerst., Reis. im Ost-Afr.; p. 321. a, 9. BELONOGASTER, Sp. (?) a. CRABRONID & 10. HEmiPEPSIS VINDEX, Smith. Mignimia vindex, Smith, Cat. Hym. Ins., ur, p. 186. (9) Hemipepsis vindex, Gerst., Reis. in. Ost-Afr., p. 327. a. 9 long. corp. 37 millim, 11. PRIOCNEMIS, Sp. (?) a = 12. ÁAMMOPHILA FERRUGINEIPES, Lep. Ammophila ferrugineipes, Lep., Hist, nat. d. Hlym.,u1, p. 383.(9) a. (9) 13. SCoLIA CYANEA, Lep. Scolia cyanea, Lep., Hist. nat. d. Hym., mm, p. 525 (d); Gerst., Imsekt. v. Mossamb., p. 494. al FORMICID 48 14. PALTOTHYREUS PESTILENTIA, Smith. de. 15. PonERA, sp. (?) a. 16. Formica MACULATA, Fabr. Formica macutaALep., Hist. nai. d. Hym., pa 2 15 GERE Insekt. v. Mossamb., p. 509. a. FAUNA 367 CHRYSIDIDA 17. STILBUM SPLENDIDUM, Fab. Stilbum splendidum, Lep., Hist. nat. d. Hym., 1v, p. 15; Gerst., Insekt. v. Mossamb., p. 519. a.—9. Long. corp. 11 millim. DIPTEROS TABANIDA I. TABANUS EXCLAMATIONIS, NOV. Sp. Muito proximo do Tabanus longitudinalis, Lew. (Insekt, », Mossamb., p. 2). Cabeça branca, olhos bronzeados com facetas muito pequenas, intervallo entre elles largo, com duas callosi- dades vermelhas dispostas em (!) face guarnecida de pellos bran- cos inferiormente, tromba de um pardo escuro, palpos brancos, antenas rosadas, primeiro e segundo artículo guarnecidos de pel- los brancos e alongando-se para cima n'uma ponta negra (o ter- ceiro falta em todos os exemplares), thorax rosado por cima, sendo quatro riscas pretas muito approximadas, fazendo quasi desapparecer o fundo por baixo de uma côr azulada; abdo- men conico, começando a estreitar no terceiro segmento, tão comprido como a cabeça e o thorax reunidos, amarello, sem pellos, tendo uma linha dorsal castanha, occupando um terço da largura, tendo no meio e a cada segmento um signal triangular branco, com um angulo voltado para a base, guarnecido de preto no segundo segmento, e não existindo no primeiro e no ultimo e tendo (o abdomen) uma risca lateral estreita da mesma côr que a dorsal começando no segundo ou terceiro segmento. De- ve-se notar que emquanto a côr do fundo se torna mais clara para a extremidade do abdomen, as riscas escurecem, o que faz com que o ultimo segmento seja quasi preto; ventre amarello, com as margens lateraes esbranquiçadas, meio dos dois ultimos se- gmentos preto; coxas cinzentas com alguns pellos brancos, abun- dantes na base; tibias vermelhas; tarsos negros por cima, ver- melhos por baixo; azas transparentes; nervura costal preta, as outras castanhas. Long. corp. 16 a 17 millim, Exp. al. 34 millim. a. —c. 9 368 FAUNA Julgámos ao principio que os nossos exemplares se referiam ao T. longitudinalis, Loew; mas lendo attentamente a descri- pção, parece-nos, se a comprehendemos bem, que o desenho do thorax e do abdomen é completamente differente, assim como a côr geral, o que julgâmos bastante para separar as duas es- pecies. Os Lépidopteros acham-se representados por alguns «four- reaure» de Leyortas, da familia Psychide. São formados por uma reunião de ramos seccos e delgados, dispostos longitudi- nalmente e que cobrem e protegem um casulo de seda em que se acha a lagarta. Monteiro na sua obra sobre Angola dá d'es- tes casulos uma figura exacta (V. Angola and the river Congo by J. J. Monteiro, London, 1875, vol. 1, p. 295, pl. xvi, fig. da es- querda). NEVROPTEROS MYRMÉLÉONIDA 1. PALPARES CAFFER (?), Burm. Um unico exemplar estragado. ORTHOPTEROS O sr. D. Ignacio Bolivar publicou ha pouco um trabalho nota- vel sobre os Orthopteros de Angola que se acham no Museu de Lisboa, e estudou ao mesmo tempo os exemplares dos srs. Ca- pello e Ivens. É este trabalho que transcrevemos aqui, não entrando em nada, como se vê, o nosso estudo. 1. CAMOENSIA INSIGNIS, Bolivar., nov. sp. Jorn,-Se. math.-phys. nat., NUM xxx, pa ui nadas Cu-ango (Capello e Ivens). 2. ÁCRIDIUM TARTARICUM, Lin. Acridium tartaricum, Bolivar, loc. cit., p. 112, n.º 22. Cu-ango (Capello e Ivens). Veja-se Jornal das sciencias mathematicas, physicas e naturaes, num. xxx, p. I07. 7] a FAUNA HEMIPTEROS HÉTÉROPTERA SPHEROCORIS PAcILUS, Dallas. 369 Spherocoris pecilus, Dallas, List. of Hemip. insect. in the coll. of the Brat. Mus. 1; ps 0. a. b. CanomorPHA NERVOSA, Dallas. Coenomorpha nervosa, Dallas, loc. cit., 1, p. 192. au d: PHiLLOCEPHALA PLICATA, Reiche et Fairm. Phillocephala plicata, Reiche et Fairm., Voy. en Abyss., Im, p. num At Zool:., pl. 29, fig. 2. a.—O PerTascELIS, sp. (?) a—S Micris HETEROPUS, Latr. Mictis heteropus, Schaum., Insekt. v. Mossamb., p. 41. a—sS Bro PLATIMERIS GUTTATIPENNIS, Stal. Platimeris guttatipenis, Stal. Ofvers. Velensk Akad. Fiirrha- nell, xvi, p. 188. a. - ÁCANTASPIS, Sp. (?) a Go. APPASUS, Sp. (?) ar LaccorrEPHES crossus, Fab. Nepa grossa, Amyot. et Serv., Hist. nat. d. Hém., p. 440. a VOL. II 24 370 FAUNA 10. LLACCOTREPHES BRACHIALIS, (serst. Laccotrephes brachialis, Gerst., Reis. in Ost-Afr., p. 422. Fu 0 11. BELOSTOMA ÁALGERIENSE, Duf. Belostoma Algeriense, Duf., Mém. soc. roy. d. sc. de Liege, v, po 166, pill a. Hydrocyrius herculeus, Gerst., Reis. in. Ost-Afr., p. 425. a.—c. Long. total. 65 millim. Larg. 27 millim. HOMOPTERA 1. PLATYPLEURA CaPENSIS, Lin. Platypleura Capensis, Amyot. et Serv., Hist. nat. d. Hém., p. 460, n.º'2.º Walker. List. of FHlomopt. Ins. Brit. Vais aaa a—S biSo 2. PLATYPLEURA, Sp. (?) a—c. d do FLORA Os srs. Capello e Ivens reuniram na sua viagem um certo nume- ro de plantas, que, enviadas para a secção botanica do Museu Na- cional, foram encorporadas nos herbarios. Provém todas estas plan- tas, com excepção de um pequeno numero colligido nas terras baixas , do Dombe, da região elevada do plan'alto da Africa austral, de Cacon- da, Biê e do caminho entre estes dois pontos. O dr. Welwitsch havia já penetrado n'essa região e explorado uma parte do plan'alto da Huilla, e de sua detida investigação feita com um fim exclusivamente botanico resultou o reunir uma magnifica collec- ção de exemplares que hoje se acham pela maior parte estudados e determinados. Os dois recentes exploradores não podiam dedicar to- dos os seus cuidados á botanica; occupados de muitos e importantes assumptos, só incidentemente colligiram algumas plantas. É no emtan- to muito interessante a collecção que formaram. Penetrando na ele- vada região central, mais ao norte e muito mais profundamente do que havia feito Welwitsch, tiveram occasião de visitar terrenos cuja flora era até hoje absolutamente desconhecida. FLORA dg Se a esta collecção juntarmos importantes remessas que de Cacon- da tem enviado o sr. Anchieta, o qual, já conhecido como admiravel collector zoologico, se mostra agora collector botanico não menos zeloso e intelligente, e alguns exemplares reunidos pelo sr. Serpa Pin- to nas margens do rio Ninda, veremos que as recentes viagens feitas pelos portuguezes, tão importantes sob outros pontos de vista, for- necem tambem um contingente valioso para o conhecimento da vege- tação africana. Todas estas plantas serão successivamente estudadas e descriptas em memorias especiaes, tendo eu tido a subida vantagem de collabo- rar n'este trabalho com o sr. W. P. Hiern, botanico notavel e particu- larmente versado na flora tropical africana. O exame definitivo d'estas plantas é necessariamente demorado, sendo necessario comparal-as com os specimens conservados em va- rios museus da Europa, e por isso só posso dar agora algumas notas, resultado de uma primeira revisão feita pelo sr. Hiern e por mim, e destinadas a dar apenas uma idéa da importancia da collecção reuni- da pelos srs. Capello e Ivens. Contém esta collecção proximamente cento e quarenta especies di- versas, representadas na maior parte por exemplares que as tornam susceptiveis de rigorosa determinação, e que, á parte algumas correc- ções que um exame mais detido levará a fazer, se distribuem pelas fa- milias naturaes do modo seguinte: RANUNCULACEAE.— Algumas especies do genero Clematis, uma das quaes é porventura nova. MENISPERMACEAE.— Uma especie do genero Stephania. NimpHAEACEAE.— Uma especie do genero Nymphaea, proveniente do Cubango. CApPARIDACEAE.— Uma especie de Cleome. PoLycaLEAE.— Especies do genero Poly gala, e uma do genero Se- curidaca. MaLvacEAE.— Especies dos generos Sida e Hlibiscus. As grandes malvaceas, como, por exemplo, o imbondeiro, não existem a grandes altitudes. De Quilengues para cima é muito raro, é a1:000 metros des- apparece completamente, segundo uma nota dos exploradores. Tiriacese.— Uma especie de Triumfetta. MaLPIGHIACEAE.— Uma especie de Sphedamnocarpus. Ocunacese.— Uma especie de Ochna, talvez inedita. MeLiacEAE.— Uma especie de Ekebergia. AmpELIDEAE.— Especies de Vitis. Uma d'estas que se encontra com frequencia, e a que os indigenas dão o nome de Quinjuanjua, produz um fructo comestivel e que serve á preparação de uma bebida fermen- tada. 72 FLORA ANACARDIACEAE.— Uma especie de Rhus. Lecuminosar.— Especies dos generos Crotalaria, Indigofera, Te- phrosia, Sesbania, Herminiera, Eschynomene, Erythrina, Eriosema, Swarizia, Cassia, Bauhinia, Brachystegia, e Acacia. As especies de Brachystegia provém do Dombe, e formam ahi a base das florestas atravessadas pelos exploradores. A Ferminiera foi colhida na mesma região, e sem duvida nas margens de algum rio. RosaceaE.— Uma especie de Parinarium. MELASTOMACEAE.— Especies dos generos “Dissotis e Antherotoma. SAMYDEAE.— Uma especie, que provavelmente pertence ao genero Homalium. PassirrLoOREAE.— Uma especie de Paropsia, provavelmente nova. CocureITACEAE.— Uma especie, que provavelmente é do genero Ze- hneria. Exemplar muito imperfeito. UmBeLLIFERAE.— Exemplares pouco completos, parecendo perten- cer aos generos Foeniculum e Carum. RusiacesE.— Especies dos generos Mussaenda, Oxyanthus, Trycaly- sia, Vangueria, Fadogia, Ancylanthos, Grumilea e Spermacoce, sendo algumas d'estas especies muito interessantes e sem duvida novas.+ Composirar.— Especies dos generos Vernonia, Conyza, Helichry- sum, Aspilia, Coreopsis, Bidens, Emilia, Berkheya, Pleiotaxis, e Dico- ma, algumas das quaes são ineditas. EpENAcEAE.— Uma especie de “Diospyros, e uma de Euclea. AscLEPIADEAE.— Especies do genero Asclepias. GENTIANEAE.— Uma especie do genero Chironia. SOLANACEAE. — Uma especie de Daiura. SCROPHULARINEAE. — Especies que parecem pertencer aos generos Striga e Sopubia. PrDALINEAE.— Uma especie de Sesamothamnus. AcAaNTHACEAE.— Especies de Barleria. VERBENACEAE.— Especies dos generos Lantana, Vitex e Clerodendron. LagistAE.— Uma especie de Tinnea. PoLyconacesE.— Uma especie de Poly gonum. ProTEAcEsE.— Exemplares imperfeitos, parecendo pertencer a esta familia. TuymaeLEACESE.— Especie de Gnidia e Lasiosiphon, que é provavel- mente nova. EupHoRBIACEAE. — Especies de Bridelia, Phyllanthus, Manihot, Aca- Iypha e Ricinus. OrcHiDEAE.— Uma especie provavelmente do genero Habenaria. IrmesE.— Especies de Gladiolus e de Moraea, algumas das quaes são provavelmente novas. SMILACEAE. — Uma especie de Smilax. FLORA STO LrLiacesr.— Especies de Asparagus e de Bulbine.. CypERACESE.— Especies de Cyperus. GRAMINEAE.— Especies, entre outros, dos generos Panicum, Andropo- gon e Eleusine. Ficices.— Especies em pequeno numero, quatro apenas. Esta lista, resultado de uma primeira e muito rapida revisão, está sujeita a varias correcções e alterações; póde no emtanto dar idéa do valor e interesse da collecção. No trabalho definitivo serão aproveita- das as notas, sobre nomes vulgares e usos de algumas d'estas plantas, que acompanhavam os exemplares e muito interessam a sciencia. Lisboa, junho de 1881.=- Conde de Ficalho. E: E E e — | — BULINAWD-DAA|**"*****---Troopng — A = — — — WoUeQ-LI[-SWNSSEW |" "+++ gu-ruro|cuenbia-eya-r7oso|" ** euenr-eury Sojua00 ent) EE Ee = — O Opppeq-RIp-otnNSSE |" **-- meje-rweo|- meq-eyra-eyyoo| ** opeyr-emey|--- SOJUIZIIT a Es = e Sfpqea-eIj-otunsseW |" ***-+ Ifen-BWLD|* LIvAIq-eNq-enTo|* + Tper-eueg)---- sojuaznd "BD, T| "ONO — — * SUMssBUI-BIf-9TINSSEN|' eee e= => empo|= === rygoso( eee pmmRpE| ecc ce wo) E E -onbou-sunopyy É: ) vovenco nr a as o su opjrIva IK ecos o. . eugu-M e... 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DIALECTOS DIVERSOS “eurno US pii pata) OR Oh =) bjo EA Sud) DT) DODOOCO CO DOOU NDO "WSULg Podia ini IN 2 po do ovo do muiiionta, coca. vuenmo DONO HONENUATO) ROTA O So) e RR ERRO er] e ENE COVEV TD (O) [pe RC NTE junera|o o amos FELÁUES pe cb 5) di ESTO 7 o ed oi TS La ... LORETO) DONO J00 0 God] “IU9OJN]|* **** ouro) Ra RT 1) A "ojog 2200000 0000000 nha) 220 Ooo prudo areas nd) TENIS | DO 0 E oo ao pinça jo ERCFO O LO DO D.A SOU |* . . . . . . . “e -Trenj * ISSOg Tquuino un epunT 0900) vlucgurivr) ozoIeg no 1(ual (q vpurqeo opungq-un] no arg epung N ZINÍM OA e a E e E O SONVOTIHYV SOLOJTIVIQ SNNDIV Ha ONNSHY HAHU Ed ESSES ESTE O e RO] “q QN DIALECTOS DIVERSOS PRONOMES EM SEIS DIALECTOS AFRICANOS 2 E ara a Cabinda Re Garanganja | Quioco & CIA Õ Eu |Emé|jAmê....... Mino ro Nai us Oanê ...|Jamê. .|Menê Rare be a Teen att od Gena ...|Guiobe..|Baia ..|Oêne Elleslana Be a 2. Ntamiednts al henaiae so — - fe Nós eua Bea ro Ber E Lo Runa ...|Vona-lua/Anasso| - Vós |Enu |Ené........ Behenm.'.::.. Quimina - — — Elles | Ené|Obo, Bi-ossi/Báo, Ba-bonse/Quibona |Obone. (oa DECLINAÇÃO DOS PRONOMES DA LINGUA N'BUNDA ! SINGULAR PLURAL. Nom. — emê. Nom.— êtu. Primeira |Gen. —ia-mê. Gen. — i-étu. pessoa |Dat. — cu-mê. Dat. —cu-êtu. Abl. — mê. Abl. —eêtu. Nom. -—ejê. Nom. — ênu. Gen. —i-ê ou ri-ê. Gen. —1-ênu. Segunda 'par, — gu-l-ê. Dat. —cu-ênp. E Ni Voc. — enuê! Abi. —ê, ie. Abl. — ênu. (Nom. —enê ou munêe Nom. — êne. Terceira)Gen. --oê ou iê Gen. — iêne. pessoa |Dat. —-cu-êne ou cu-muêne Dat. — cu-êne. Abi. oe ou iê Abl. —êne. CONJUNCÇÕES E —Né. Que—Na. Tambem-— Oé. INTERIEIÇÕES Derdori -Ail De dor, espanto, etc... - Mamé! De admiração-Ao-ah! É-o-ah! O-ah! | De silencio. .......... -T'chibia! De afllicção..-Ai-o-é! Para applandirs Des —- Qui-o-ah! De espanto. .-He! Pararchamar:. ca — Che! 1 A maior parte dos eiementos que constituem o vocabulario da lingua n bunda foram-nos prestados pelo nosso distincto e intelligente amigo o sr. A. Urbano Monteiro de Castro. VOCABULARIO N'BUNDA A Abaixar, cu-butalala, cu-butama. Abalar, cu-cumuna. Abalroar, cu-balacanha. Abanar, cu-buguirila. Abcesso, qui-jimbo. Abelha, n'hique. “Abelhas, ji-nhique. Abobora, ri-nhangol. Aborrecer, cu-zemba. Abortar, cu-secula. Abraçar, cu-ribubala. Abraço, n'dando. Acabar, cu-azuba, cu-assuca, cu-bua. Acabou-se, iabo (quando o sujeito é masculino ou feminino), cu-abo (quando é neutro); bu-abo, signi- fica acabou-se aqui, mu-abo quan- do se trata de cousa contida em um vaso. Accender, cu-bia, cu-uica. Achar, cu-aquimona, cu-sanja. Acompanhar, cu-batessa. Acordar, cu-toma. “ Acostumar-se, cu-irila. Adiantar-se, cu-rianga. Adivinhar, cu-suma. Adoecer, cu-cata. Afastar, cu-songoloca. Afogar-se, cu-fua-mu-menha. Agradecer, cu-tondela. Agua, menha. Agua doce, menha-matome. Agua salgada, menha-malula. ! Ri ou Ji indistinctamente pronunciado. Aguia, nYinji. Ajudar, cu-cuatessa. Ajuntar, cu-cula, cu-bongolola. Alegre, lela. Aleijado de nascença, n'gonga. | Aleijado por molestia, n'mana. Aleijão, qui-nema. Algodão, mujinha. Aloês, quicalango. Altercar, cu-richinga. Alto, leba, zangura. Alumiar, cu-muica. Amadurecer, cu-bia. Amamentar, cu-amuissa. Amanhecer, cu-cuaque, Amante, n'bassa. Amargo, lula. Amigo, ri-camba. Ancião, qui-culacaje. Andar, cu-enda. Andar depressa, cu-longa. Andar devagar, cu-riomba. Andorinha, piápia. Animal, qui-ama. Anno, muvo (?) Anoitecer, cu-lembeca. Apagar, cu-jima. Apalpar, cu-babata. Apanhar, cu-bonga. Apertado, colo. Apertar, cu-colessa. Apontar, cu-riquiza. Approximar-se, cu-sueta é cu-zu- cama. Aprender, cu-rilonga. Aquecer, cu-temessa. Ar, mulenghe. Aranha, qui-jandanda. Arco-iris, congolo. 378 VOCABULARIO Arder, cu-t'chichima. Areia, qui-sequele. Arma, uta. Arrancar, cu-catula. Arrecadar, cu-luca. Arregaçar, cu-zacula. Arriar, cu-tuluca. Arvore, mu-lemba (?) Aspirar, cu-fenta. Assar, cu-ribia, cu-zuza, Assentar-se, cu-t'chicama. Assoar-se, cu-bemba. Assustar, cu-atucumuca. Atar, cu-cuta. Atirar, cu-tacula. Atmosphera, cu-cama (?) Atravessar, cu-cangalala. Atrazar-se, cu-n'guénica. Atrever-se, cu-buma. Atrevido, mucu-an'ganje. Atrevimento, n'ganje. Aturar, cu-amburila. Aurora, cú-guia. Avarento, ca-cória. Ave, n'ila. Avistar, cu-amutala. Avô ou avó, cuco. Aza, ri-zaza. Azas, ma-zaza. Azedo, n'gangama. Azeite, maji. à Azeite de dendem, maji-ma-dendé. Azeite doce, maji-ia-puto. Azeite de ricino, maji-ma-mono. B Baba, zeza. Babar, cu-riuzila. Bacia, ri-longa. Baço, candjila. Baile, n'goma. Baixa ou varzea, honga. Baixo (adjectivo), abuto. Banana, ri-conjo. Bananeira, ma-conjo (?) Banhar-se, cu-rissulula. Banquete de carne humana, ri- congo ou di-congo. Bao-bab, imbondo. Barba, muezo ou olonjeri (?) Barrete, cajinga. Barriga, ri-vumo. Barroca, ri-cungo. Basso, mu-toto. Bastão, m'bassa ou m'bassi. Bater, cu-bunda. Bebado, cólua. Beber, cu-nua. Beiço, mu-zumbo. Beliscão, qui-nYonjo. Beliscar, cu-jangona. Bello, euába, uába. Bexiga, qui-sut'chino. Bexigas (variola), quin'gongo.. Bezerro, mona-ia-n'sombe. Bico, mu-sungo. Boba, qui-tanga. Boca, ri-cano. Boçal, mu-zenza. Bofes, n'zalazala. Bofetão, hutche. Bofetões, ji-hutche. Boi, n'gombe. Bom, m'bote. Borboleta, qui-m biámbia. Borbula, bulo. Borrifar, cu-sassa. Bosque, mu-chito. Bracelete, ma-lunga. Braço, qui-cuaco. Branco (adjectivo), izela. Branco (homem), mu-n'dele. Branco (plebeu), ca-n'gundo. Brando, lenduca. Bravo, tema. N'BUNDA Braza, ri-cala, ri-tubia. Brazas, ma-cala, ma-tubia. Brigar, cu-zoca. Brincar, cu-toneca. Brinco (adorno). qui-n'guerenguéle. Buraco, ri-zungo. Buscar, cu-tocana, como synonymo de trazer; cu-sóta, como synony- mo de procurar. C Cabaça, ca-binda. Cabeça, mú-tue. Cabello, n'demba. Cabo, m'binhe. Cabra, n'combo. Caça, n'hanga. Caçador, ri-nhangá, ri-congo. Caçar, cu-losa, cu-nhanga. Cadeado, ri-cumba. Cadeia ou corrente, ri-bambo. Cadeira, qui-alo. Cadeira de bambu, n'benza. Caír, cu-ribala, cu-nóca. Calar a bôca, cu-richiba. ' Calcar, cu-bata, cu-banda. Calcular, cu-ricanda. Caldo, mu-zongué. Calor, n'tema. Calva, ri-bala. Cama, ri-londe. Camaleão, ri-muguena. Caminho, njila, coca. Campo, ri-canga. Canhamo, ri-amba ou li-amba. Canoa grande, dongo. Canoa pequena, qui-m'bola. Cansado, n'buila. Cansar-se, cu-buila. Cantar, cu-imba. Cantiga, mu-imbo. Cão, imboa. Capim, tango. Capinar, cu-combela. Capital, n'banza. Cara, n'polo. Caranguejo, qui-ala. Carabana, qui-buca. Careca, ri-bala. Carga, m'bamba. Carne teto: Carneiro, m'buri. Caroço, n'tendo. Carrapato, ri-bata. Carregar, cu-ambata, cu-loga, cu- tuta. Carvão, ri-cala, Casa de palha, cubata. Casa de pedra, lumbo. Casar, cu-socana (?) Este verbo tam- bem significa trabalhar, mas só- mente trabalhos domesticos, de mulher casada. Casca de arvore, qui-bato. Casca de fructo, qui-ango. Caspa, qui-biache. Castigar, cu-beta, cu-muba. Cauda, mu-quila. Cavacos, jibato. Cavar, cu-canda. Caximbo, m'peiche. Cego de nascença, qui-lembo. Cego por molestia, qui-fofo. Ceremonia, n'sonhe. Certo, teno. Cesto, qui-nda. euro: Chamar, cu-ambela, cu-cola. Chamma, qui-lecuca. Chegar, cubichila, cu-zucama. Chegar (na accepção de ser bastan- te), cu-atena. Chegar-se, cu-suela. | Cheia, izala: 380 VOCABULARIO Cheirar, cu-fenha. Cheiro, ri-zumba. Chibo (cabrito), n'combo. Chifre, n'guela. Chorar, cu-rila. (Este verbo expri- me tambem o grito de todos os animaes.) Chover, cu-noca. Choviscar, cu-sucomuca. Chovisco, suco-suco. Chuço, mu-songo. Chupar, cu-t'chiba. Chuva, nula. Cigarra, m'bangarala. Cinto, n'ponda. Cintura, canhonga $ Cinza, otucua. Circumcisão, saia. Circumcisar, cu-sáia. Ciume, ri-fuba. Clarear, cu-n'zela. Claro, n'zela. Cobra, nhoca. Cobre, londo. Cobrir, cu-futa. Coçar, cu-asa. Cocega, hugota. Cola (fructo), ri-queso. Colher, n'guto. Começar, cu-mateca. Começou o luar, m'begeia tetama. Comer, cu-ria. Comilão, qui-riacaje. Commercio, uendji. Compatriota, mu-cuache. Compor-se, cu-ricoteca (fallando de toilette). Comprar, cu-sumba, cu-senga. Comprido, seba. Comprimentar, cu-menequena. Comprimento (medida), cu-leba. Concha, qui-quesse. Concha (moeda do Congo), n”imbo. Conhecer, cu-ijia. Conselheiro, n'punga. Consentir, cu-amburila. Consorte (feminino), mu-caje. Consorte (masculino), mu-lume. Contar, cu-tanga. (Este verbo. si- gnifica tambem narrar e enume- rar.) Capado, n'zanda. Coração, n'zundo. Corda, mu-cólo. / Cordão, qui-bo. Applica-se igualmente ao cordão umbilical. Coroa, qui-landa. Corpo, mu-cuto. Correr, cu-lenga, cu-songuela. Cortar, cu-batula. Coruja, ca-coco. Corvo, qui-lombe-lombe. Coser (a costura), cu-tunga. Costas, ri-cunda. Costellas, m'banje. Costume, quifa. Cotovello, qui-pomuna. Couro, qui-ba. Cousa, qui-ma. Cova, ri-cungo. Coxa, ri-catacata. Coxear, cu-tengunha. Coxo, qui-nema. Cozinhar, cu-ulamba. Creança, n'dengué. Crear, cu-sassa. Creoulo, buchilo. Crepusculo, n'guióche. Crer, cu-t'chicana. Crescer, cu-cula. Crime, qui-tuche. Crista, qui-coacoa. Criticar, cu-longolola. Crocodilo, n'gando. Cuidar, cu-fica. NºBUNDA 381 Cultivar, cu-rima. Despedir-se, cu-t'chalessa. Cunhado, n'uere. Despejar, cu-lundulula. Cunhados, ji-uere. Desperto, chiche. - Curandeiro, qui-n'banda. Desprender-se, cu-sutumuca. : Curar, cu-vissaca. Destinar, cut'chinda. Curral, qui-banga. Destruir, cu-jimonuna. Curto, buto. Deus, n'zambi. Curvar-se, cu-bolama. Devastar, cu-bunda. Cuspir, cu-tamate. Dever, cu-levala. Dia, qui-zãa. Diarrhea, mala-manhinga. Dinheiro, qui-tare. Dinheiro de conchas, njimbo. Direcção, muchinda. Direito, lulama. Distrahir-se, cu-laleca. Diurno, ia-luanha. Dividir, cu-uana. Dizer, cu-amba. Dobrar, cu-bunjica. Doce, tola, toalela. Docil, lenduca. Doença, cu-cata. Doende, cu-zumbi. Doente, ache, ucate. Doer, cu-cata. Dono, mu-áre. Dor, n'gongo. Dormir, cu-zeca, cu-lambarala. Duro, colo, colocota. Duvida, pata. Duvidar, cu-cachicana. Dysenteria, mala. me. D Dansa, qui-na. Dansar, cu-quina, cu-belela. Dansar (batuque), cu-semba. Dar, cu-ubana. Dar nó, cuta-ribumbo. Dedo, mu-lembo. Deitar-se, cu-zeca, cu-zendalala. Deixar, cu-ambula, cu-rechissa. Deixar passar, cu-bitessa. Dente, ri-jo. Dentes, ma-jo. Depositar, cu-tula. Derradeiro, sugquinina. Desagradar, cu-ibila. Desatar, cu-jituna. Desbocado, qui-sebuisso. Descansar, cu-nhocça. Descansar a carga, cu-tula. Descarregar, cu-longorola, cu-tu- turula. Descascar, cu-tela. Descer, cu-tuluca. Descobrir, cu-rifolumuna. Desdobrar, cu-futumuna. Desfazer, cu-sangumuna. Desgostar, cu-zemba. Desgraça, cu-t'chichima, lamba. “Desmanchar, cu-bula, cu-sangumu- na. Despedir, cu-zula. E Echo, cu-dumina. Elephante, n'zamba. Elogiar, cu-chimana. Embora, maie, mê. Emprenhar (verbo neutro), cu-emi- ta. mera ms mam >> 382 “VOCABULARIO Emprenhar (verbo activo), cu-eme- tina. Empurrar, cu-t'chinguice. Encalhar, cu-cuáca. Encantamento, qui-buisa. Encher, cu-izalessa. Encolher, cu-riconha, cu-coteca, cu- cunana. Encontrar, cu-tacana. Encontrar-se, cu-t'chamenena. Endireitar, cu-rinica. Enfeitado, quembo. Enfeitar, cuquemba. Enfeite, cu-quemba. Enganar, cu-fumba. Engasgar-se, cu-vimenha. Engordar, cu-netessa. Engulir, cu-minha. Enrolar, cu-burica. Ensinar, cu-longa. Entender, cu-irua. Enterrar, cu-funda. Entornar, cu-t'chamuna. Entrar, cu-bocola. Envenenar, cu-loa. Enxada, ri-temo. Enxadas, ma-temo. Enxugar, cu-cuta. Errar, cu-tundala. Escama, qui-beretete. "Escamar o peixe, cu-banga-m'biji. Escapar, cu-laia. Escapar-se, cu-sentemuca. Escarnecer, cu-seba, cu-muelela. Escolher, cu-nona, cu-sola. Esconder, cu-suana. Escorregadiço, t'chanana. Escorregar, cut'chanana. Escorrer, cu-sonsumuna. Escravo, m'bica. Escrever, cu-soneca. (Este verbo significa propriamente espetar, cravar.) Escripto, mu-canda. Escuridão, cumuda. Escuro, n'vundo. Escutar, cu-bulacana, cu-ivirila. Esfolar, cu-tala. Esfregar, cu-t'chissa. Esfriar, cu-talala. Esmagar, cu-bonda. Esmigalhar, cu-tutula. Espaço, bulubo. Espada, mu-cuáli. Espalhar, cu-muanga. Espancar, cu-beta, cu-muba. Espantar, cu-atucumuca. Esperar, cu-quinga. Espernear, cu-ribonda. Esperteza, qui-muca. Esperto, muca. Espetar, cu-sona, cu-soneca. Espinheiro, mu-banga. Espinho, manha. Espirrar, cu-gachacha. Esposa, mu-caje. Esposo, mu-lume. Espraiada, quin'zenza. Espreguiçar-se, cu-visonuna. Espremer, cu-t'china. Espuma, quifulo. Esquecer, cu-jamba. Esquentar, cu-temessa. Esquerdo, quiasso. Estaca, ri-taca. Estar, cu-a, cu-ala, cu-cala. Esteira, ri-chissa, luando, gando. Estender, cu-sonuna. Estender 'a seccar, cu-aneca. Esteril, m'baco, cavale. Esticar, cu-nana.. Estimar, cu-sola. Estomago, mu-t'chima. Estourar, cu-baza. Estrada, n'ila. Estranho (forasteiro), qui-n'guanyji. N'BUNDA 583 Estreito, sossa. Estrella, tetémboa. Estremecer, cu-tequéta. Estupido, t'chimba. Excellente, poena. Expulsar, cu-lundumuna. Extinguir, cu-ljimonuna. F Faca, n'poco. Fado (sorte), mut'chinda. Faisca, sosso. Falcão, olococo. Falhar, cu-burica. Fallador, asueri. Fallar, cu-zuela. Fallar em segredo, cu-feta. Faltar (não apparecer), cu-moneque. Faltar (ter falta de qualquer cousa), cu-camba. Fardo, ri-cuba. Farinha, fuba. Farrapos, ma-nhango. Fatigar-se, cu-builla. Fazer, cu-banga. Fazer queixa, cu-funda. e Fazer-se tolo, cu-ritobessa. Fealdade, cu-iba. Fechar, cu-jica. Feio, iba. Feiticeiro, mu-roje. Feitiço, uanga, izango. Feixe, qui-ta. Feliz, zelúa. Femea, mu-hato. Ferir, cu-tua, cu-cuama. Fermentar, cu-bóta. Ferro, itari. Ficar, cu-it'chala, cu-cala. Figado, izavo. Filho, mo-na. Filho ultimo, ca-súla. Filhos, a-ana. Fino, atolo (º) Flexivel, lenduca. Fogão, ri-jico. Fogo, túbia. Folhas, ma-fo. Fome, n'zála. Fomentar, cu-jola. Força, n'guzo. Formiga, qui-t'chiquinha. Formiga branca, ri-talamena. Formiga grande, qui-sonde. Formiga preta, findja-songo. Fortaleza, qui-m baca. Forte, colo-suina. Fraco, berequete. Frente, pólo. Fresco, talala. Frigir, cu-canga, cu-canghela. Frio (adjectivo), talala. Frio (substantivo), n'bambe. Frondoso, n'zanda. Froxo, n'zoza. Fugir, cu-alenga, cu-toleca. Fumar, cu-nua. Fumo, ri-t'chi. Funeral, itame. Furar, cu-tubula. Furo, ri-zungo. Furtar, cu-nhana. Furunculo, cazangambo. Fuso, n'zelele. G Gabar, cu-t'chimana. Gafanhoto, qui-nongo. Gallinha, sanji. Gallo, corombolo. Ganhar, cu-vua. Ganho, n'gamba. Garbo, tolomba. Garça, n'dele. 384 Garganta, qui-quelengo, mu-ino. Gargantas, mino. Gato do mato, t'chimba. Gemer, cu-quema. Gemeo, n'gongo. Gemeo que nasce primeiro, ca-culo. Gemeo que nasce em segundo lo- gar, ca-baça. Gengiva, cufufunha. Genro, olome. Gente, mun-tu. Giboia, mu-ma. Gomma, oasso. Gordo, neta. Gostar, cu-nabela. Governar, cu-tumina. Grande, onêne. Grandeza, mutala. Grelo, ri-esso. Grelos, m'esso. Grelo de abobora, mu-engueleca. Grelo de mandioca, qui-zaca. Grilo, ri-zenze. Gritar, cu-ricóla. Grosso, njimba. Guardar, cu-lunda. Guela, qui-quelengo. Guerra, n'jita. Guloso, benga, laluve. H Habilidade, n'dungue. Habitar, cu-cala. Habituar-se, cu-jírila. Herva, m'boa. Hervas, ji-m'boa. Hiena, qui-malanca. Hippopotamo, n'guvo. Hombro, qui-suche. Homem, ri-ala. Hospede, mu-sonhe. VOCABULARIO Idolo, qui-teque. Igual, suquela. Igualar, cu-suquela. Ilha, qui-sanga. Ilharga, miocoto. Immundicie, cut'chila. Impertinente, temanana. Incendiar, cu-bambuca. Inchado, njimba. Inchar, cu-jimba. Inclinar-se, cu-betama. Incommodar, cu-temanana. Infeliz, mundama. b) Ze Ingrato, n'gulá. Inhame, qui-ringo, quiá, n'zamba. sy : Inimigo, n'guma. Insultar, com palavras, cu-rit'chin- Sd. Inteiro, n'vimba. Inveja, lungué. Ir, cu-enda, cu-á. | Ir-se, cu-iamage-ia-mé. Ir-se para sempre, cu-endezela. Ira, njenda. Iras, ji-nenda. Irmão, à, pangué. Isca (engodo), qui-t'chica. Isolado, ubeca. d] Jangada, m'bimba. Joelho, qui-pomuna. Jogo, m'bamba. Joven, n'zanga, n'zangala. Juramento, loca. Jurar, cu-ricuba, cu-loca. (Este verbo sómente se applica aos ju- ramentos feitos ante os n'gangas). Justo (certo), tena, suquela. N'BUNDA 385 K Kagado, m'bache. E Labic, mu-zumbo. Labios, ri-zumbo. Laço, ri-bumbo. Lacraia, n'gueinga. Lado, m'banyji. Ladrão, mu-ije. Ladrar, cu-boza. Lagarta, m'bamba. Lagartixa, ri-tende. Lagarto, sengué. Lago, ri-zanga. Lagosta, qui-ala. Lagrima, ri-soche. Lama, ri-cúa. Largar, cu-ambula. Largo, sancomuca. Largura, cu-sanzamuca. Lavar, cu-sucula. Leão, hoje. Lebre, cabúlo. Lembrar, cu-t'chinguenca. Lenha, ji-ninhe. Levantar, cu-balumuca, cu-betula. Levantar-se, Cusfuiiit doca, Levar, cu-beca. Leve (ligeiro), lenguluca. Limpar, cu-conda, cu-sucula. Limpo, n'zela, n'conda. Lingua, ri-mi. Linguas, ma-rimi. Lobo, qui-n'bungo. Lodo, ri-lua. Lombriga, ri-buca. Louco, lage. Louva-adeus, capopolo, mucondo. YOL. II. Louvar, cu-t'chimana. Lua, ri-ége. Lua (A) mostra-se sem nuvens, ri- ege iato. Luz, luanha. Maca, oanda. Macaco, ima. Machado, n'guimbo, guit*chalo. Macho, ri-ala. Macio, lenducatete. Madrugar, cu-rimeneca. Maduro, iabi. Mãe, máma. Magia, qui-lemba. Magro, n'bela. Maior (em idade), ri-cota. Mal, iba. Maldizer, cu-longolóla. Mamar, cu-ámoa. Mandar, cu-tuma, cu-zuela. Mandioca, qui-ringo. Manhã, qui-menemene. Manilhas, malunga. Mão, maco. Mão direita, maco-mu-cúria. Mão esquerda, maco-ma-quiasso. Mar, lunga. Marca, m'bica. Maré, n'vula. Maré cheia, n'vula iata. Maré vasia, n'vula iabo. Marrar, cu-luica. Mastigar, cu-janguta. Matar, cu-jiba. Mato, mu-chito. Mau, tema. Medir, cu-zonga. Medo, uóma. Meio, uachache. Mel, uique. 386 Menina, ca-quiáto. Menino, ca-iala. Mentir, cu-tamacuto. Mentira, macuto. Mercado, qui-tanda. Mergulhar, cu-ta-m'fimba. Mergulho, m'fimba. Mestre, messéne. Metade, cachache. Metter, cu-ta. Mez, m'beje. Miar, cu-rila. Mijar, cu-sassa. Mijo, masso. Milho, ri-sa. Milhos, ma-sa. Milho miudo, massa-m'bala. Miolos, hongo. Misturar, cu-funga. Mó, mu-isso. Moeda, m'bongo. Moedas, jim-bongo. Moer, cu-nocona. - Moita, ri-vunda. Molhado, n'zula. Molhar, cu-zula. Molle, nengana. Mondar, cu-sonzuela. Monte, mu-lundo. Monturo, ri-chita. Morar, cu-cala. Morcego, qui-m'biambire. Morder, cu-lumata. Morno, lubuca. Morrer, cu-fua. Morte, cúfua. Morto, (feminino), iafo. Morto (masculino), uafo. Mosca, n'e. Moscas. jin-je. Mostrar, cu-riquiza. Mover, cu-tengueita. Mudo, ri-bubú. VOCABULÁRIO Mugir, cu-zila. Muito, dumba. Mulher, mu-hato, n'cási. Mulher casada, mu-hato. Mulher que trabalha, mu-ocana. Multidão, qui-puche. Mundo, mugongo. Muro, lumbo. N Nadar, cu-coqueá. Nadega, ri-taco. Nadegas, ma-taco. Namorar, cu-ta-ribassa. Namoro, ri-bassa. Nariz, ri-suno. ' Nascer a planta, cu-sabuca. Nascer o homem, cu-rivala. Negar, cu-rituna. Negocio, uenje. Negro (adjectivo), itchi-querela. Negro (substantivo), m'bundo. Nevoa, ri-mume. Ninho, qui-anzo. Nó, ri-bumbo. Noite, o-suco. Nome, ri-jina. Nora, bal'acaje. Novo, iobe. Nú, uazula. Nua, iazula. Nuca, ri-cuche. Numeroso, dumba. Nuvem, ri-tula. O Obrigado, saquirila. Obscenidade, n'daca. Obscenidades, jin-daca. Obsceno, n'daca. Observar, cu-tongueinica. NºBUNDA 587 Offensa, malebo. Officio, mufumo. Officios, mifumo (?) Oiro, ulo. Olhar, cu-tala, cu-tongueinina. Olho, n'isso. Olho'do pé, quinama. Olhos, ma-isso. (Pronuncia-se més- SO.) Onça, hingo. (Designa-se em geral a panthera ou leopardo). Orelha, ri-tue. Usso, qui-fuba. Outono, cu-samano. Ouvir, cu-ivua. Ovo, ri-caque. Ovos, má-iague. P Pae, tata. Pagar, cu-futa. Paiz, coche. Palavra, mu-longa. Palha, t'chita. Palma, mu-soco. Palma da mão, ri-cunda-ria-macu. Palmas, mi-soco. Palmeira, dende, rié. Panella, imbia. Panno, mulele. Panno tecido de vegetaes, mabella. Pão, m'bolo. Papagaio, n'cusso. Papo, ri-colocumba. Papyro, mabú. Parar, cu-imana. Parasita, lua. Parir, cu-avala. Partir (ausentar-se), cu-catuca. Partir (dividir) cu-uana. Partir de noite, cu-lembeca. Passar, cu-bila. Patria, coche. Pau, mu-chi. Paus, mi-che. Pé, qui-nama. Pedaço, qui-chinhe. Pedir, cu-binga, cu-bomba. Pedra, ri-tave. Pegada, ri-canda, Pegar, cu-cuata. Peito, n'tulo, Peito (seio de mulher), ri-éle. erre inibe, Peixe fresco, m'bije-ia-lelo. Peixe mulher (Manatus), qui-anda. Pellado, cunuca. Pelle, qui-conda. Pendurar, cu-nhingue éneca. Peneira, qui-sessalo. Peneirar, cu-sessa. Penna, qui-sala. Pensar, cu-banza, cu-fica. Pequeno, ofele, tete. Perder, cu-jimberila, cu-fula. Perdiz, n'guáre. Perguntar, cu-ibula. Perna, qui-nama. Persevejo, qui-isso. Pesado, eneme. Pesar, cu-eneme. Pescar com anzol, cu-lõa. Pescar com rede, cu-tamba. Pescoço, ri-t'chingo. Pessoa, mun-tu. Pessoas, a-to ou ban-tu. Pezar, mahulo. Pilão, qui-no. Pimenta, n'dungo. Pingar, cu-buba. Pintar, cu-t'chissa. Piolho, ina. Pisar com o pé, cu-riata. Plantar, cu-cuna. Pobre, ri-ama. 388 VOCABULÁRIO Poço, i-t'chima. Póde ser (talvez), tchila, cu-cala n'gó. Poder, cu-atena. Podre, n'bolo. Polvora, fundanga. Pomba, ri-embe. Ponta, ri-sunga. Pôr, cuta, cutula-cu-ata. Pôr de parte, cu-mughenga. Pôr fóra, cu-teche. Porco, n'gulo. Porco espinho, qui-saca. Porco montez, ianvo. Porrinho, n'ghimbo. Porta, ri-bito. Portas, ma-bito. Possuir, cu-ava. Posta de peixe, tumba. Pote, ri-sanga. | Pouso (de viagem), fundo. Povo, mun-tu. Povoação, sanza; quando capital de soba, banza. Prato, ri-longa. Preceder, cu-rianga. Precipitar (depositar), cu-quenzama. Precisar, cu-messena. Preguiça, usuri. Preguiçoso, suri. Prender, cu-cuica. Prensa, calaquelle. Preparar, cu-banga. Presença, polo. Presença (Na) de alguem, mu-polo- ia-muntu. Preso, cuica. Pretender, cu-acana. Primavera, cu-tano. Primeiro, ri-anga. Primo, panghé. Principe, mani, muene. Principiar, cu-mateca. Privação, obunga. Privado, quibunji. Procurar, cu-sota. Produzir, cu-ima. Prompto, longo. Provar, cu-lóla. Proximo, zucama. Publicar, cu-fumanena. Pular, cu-tumbuca, cu-subuca. Pulga, ina-ia-imboa. (Do mesmo mo- do piolho de cão.) Puro, cucuto. Puxar, cu-sunga, cu-mana. Q Quarto, inzo, monzo. Quarto de dormir, monzo-ia-quilo. Quebrar, cu-burica, cu-bula, cu-tu- lola, Quéda, cu-ribala. Queimar, cu-bia, cu-sumica. Queixada, n'gandelo. Queixo, mu-ezo. Quente, temo. Querer, cu-andala, cu-t'chicana, cu- messena. Quiabo, qui-n'gombo. Quitandeira, mu-bare. Quitandeiras, a-bare. R Rã, qui-n'gololo. Rachar, cu-bassa. Raia (peixe), papa. Raio, n'zaje. | Raiva, njenda. Raivas, ji-n'jenda. Raiz, n'danje. Ralhar, cu-basela. Ramo, n'tango. Rapariga, qui-luemba. Rapaz, n'zanga, n'zangala. Rapido, mulengo. Raposa, m'bulo. Rasgar, cu-tandula. Raspar, cu-colola. Rato grande, ri-bengo. Rato pequeno, mun-dongo, ca-mun- dongo. Rato do mato, n'puco. Rato de palmeira chit'-n'janghele. Rebentar, cu -basa. Receber, cu-tambulula. Recontar, cu-tangulula: Recostar-se, cu-sendalala. Rede (maca), oanda. Relampago, cuteluca. Remedio, milongo. Remela, qui-póta. Repugnancia, n'ghenghe. Resina, cocoto. Respirar, cu-buima. Responder, cu-cumbulula. Revirar, cu-bilula. “Revistar, cu-ongola. Ribombar, cu-cumina. Ribombo, cumina. Rico, n'vama. Rio, mu-guije. Riqueza, cu-vúa. Rir, cu-elela. Riscar, cu-canda. Risco, mu-canda. Risonho, mu-ema. Rivaes, a-cajina. Rival, mu-cajina. Roca, qui-fuco. Roçar mato, cu-sola. Roças, a-rimo. Roda, conda. Roer, cu-cunha. Rogar, cu-bomba. N'BUNDA 389 Rola, ri-embe. Rolar, cu-cundumuna. Roncar, cu-cona, cu-mucona. Rua, n'zunga. Rugir (o leão) cu-rila. » Saber, cu-ijia. Sacerdote, n'ganga. Sacudir, cu-cumuna. Saír, cu-tunda. Sal, múngua. Saltar, cu-tumbuca, cu-somboca. Sangue, manhinga. Sanguesuga, ri-zaie. Sanguesugas, ma-zaie. Sapo, ri-sundo. Sarampo, cafife. Sarna, cáhana, ji-cáhana. Saudar, cu-menequena. Seccar, cu-cucuta. Secco, cucuta. Sêde, rinhota. Segredar, cu-cufeta. Segredo, feta. Segurar, cu-cuata. Semente, m'buto. Sementes, ji-m'buto. Senhor, n'gana, fumo, muave. Senhora, n'ga-muáto. Sentar-se, cu-t'chicama. Sentar-se de pernas cruzadas, cu- t'chicama ma-cáta. Sentir, cu-riusa. Separar, cu-mughenga. Sepultar, cu-funda. Sequestrar, cu-bunda. Sertanejo, mucu-ia-tunda. Sertão, tunda. Silencio, rit'chibiena. Sino, n'gunga. Soberbo, ri-tula. 390 VOCABULARIO Sobrar, cu-subuca. Sobrinho, muebo. Socar, pilar, cu-sula. Soffrer, cu-n'gonga. Sofrimento, n'gongo. Sogro, ocué. Sol, ricumbe. Sol (O) poz-se, ricumbe-riafo. Soltar, cu-ituna. Solteiro, ri-cure. Soluçar, cu-t'chucomuca. Soluço, qui-t'chuco-t'chuco. Sombra, qui-lumbequeta. Somno, quilo. Sonhar, cu-anda-n'zoje. Sonho, n'zoje. Soprar, cu-bussa. Sorte, muchinda. Sovaco, mu-cábia. Subir, cu-banda. Suja, iat'chire. Sujar, cu-chirissa. Sujo, uat'chire. Sumir-se, cu-jiquinina. Surdo, mu-chilo. Surra, muchinga. Surrar, cu-chinga. Suspender, cu-betula. Susto, uóma. a Tabaco, macanha. Taboleiro, qui-tanda. Tábua, ri-baia. Tamarindeiro, mu-tamba. Tamarindo, ri-tamba. Tambor, n'goma. Tanque, it'chima. Tapar, cu-futa. Tartaruga, qui-covo. Tecer, cu-leca. Tecto, hongo, ianzo. Teimar, cu-n'jiza. Teimoso, nisa. Tempo, ri-cumbe. Tenda ou barraca, casassamba. “Fenro; n'zeta, 'tete: Ter, sê, saia, cu-cala, cu-ala. Terminar, cu-assuca. Terra, mapo, dunda. Tigela, ri-tamina. Tingir, cu-teca. Tão, tia, século. Tirar, cu-catula. Tirar do sol, cu-lola. Tocar, cu-t'chica. Tolice, cutoba. Tolo, toba. Tomar, cu-tambula, cu-zama. Tomar sentido, cu-aluca. Tomate, mate. Tomates, ji-mate. Tornozelo, risso-ria. “Torrar, cu-canda. Torto, n'hunga. Tossir, cu-cocôna. Tosse, quichinda. Trabalhar, cu-calacala, cu-socana. (Este verbo significa tambem os trabalhos domesticos da mulher casada.) Trapo, n'bomba. Trapo de toilette, n'zumbi. Travesseiro, n'peto. Trazer, cu-beca, cu-tama. Tremer, cu-tequéta. Trilho, pambo? Tripa, mu-ria. Tripas, mi-ria. Tronco, muche. Tropeçar, cu-ribucana. Trovão, n'vula. Trovejar, cu-tonóca. Tubarão, mu-ando. Tumulo, qui-bila. em et ir mem im em im mm N'BUNDA U Ubre (de vacca), qui-ele. Ultimo, suquinina, quinguinina. = , Umbigo, n'gombo. Unha, qui-ala. Universo, mugongo. Untar, cu-t'chissa. Utero, qui-saje. v Vaccinar, cuta qui-n'gongo. Vadiar, cu-laleca. Vadio, qui-lalo. Vagaroso, qui-muanho. Vallado, n'bamba. Valente, qui-n'danda. Vara, ri-bamba. Variola, qui-n'gongo. Varrer, cu-comba. Vasar, cu-baba. Vasio, cucuto. Vassoura, qui-ezo. Veia, mu-t'chiba. Velho (adjectivo), ocúlo. |. Velho (substantivo), qui-culacaje. Vender, cu-sumbissa. Veneno, oanga. Vento, qui-tembo. Ventosa, n'zungo. Ventre, ri-vumo. Ver, cu-mona, cu-tanghilila. Verdade, quiri. Verde, uisso, acansa. Vergonha, sonhe, ri-jino. Verme, m'bamba. Verruga, t'chimbolocoto. Vestir, cu-zuata. Vida, muenho. Vinho de milho, u-ala. Vinho de palmeira, maruvo. Vingar-se, cu-rifuta. Vir, cu-iza. Virar, cu-biluca. Viscosidade, n'zeza. Visitar, cu-acumunequena. Viuvo, mu-ture. Viuvos, a-ture. Viver, cu-muenha. Voar, cu-luca, cu-nhunga. Voltar, cu-vutuca. Vomitar, cu-lussa. Vou por terra, n'ghia-cu-tunda. Voz, ri-zue. A PE A «RM UM. AE Ah ot Alega = 4 DRA ou ERR fo E ie RA E UNLA ERES ap Rd e vtd, Fe é? SPF NPR ci . a N E yo Ena geraria Dados Em dade le u Co Ro. : : Mg e E w- a , à + ” E) A K id pn x | , " , po Ãg Eita q A Ê : ( F. 4 J DP i dá 1 NRP j y ! par + Br o Ee N fo it = i 4 ; R S " < * A, A VOCABULÁRIO N'JENJT' Apodrecer, cu-poriré. Fugir, cu-saba. Apparecer, cu-tâmobona. Fumar, cu-zuba. Aprender, cu-liluta. Arder, cu-t'chiza. Areia, messeque. H Arimbo (lavra), mu-zimo. Arma, toboro. Haver, cu-tabona. Arma de carregar pela culatra, to- boro-iá-cutoani. I Arvore, (pau) cóta. Assar, cu-bessa. Assentar, cu-na. Atar, cu-tama. Avarento, afani. P Azeite, mafura. Ir ou andar, cu-zamaia. B Parar, cu-luquema. Beber, cu-nôa. ' Querer, cu-abata. Comer, cu-t'chia. Correr, cu-titima. S D Saltar, cu-tura. Dormir, cu-lubala. V E Ver, cu-bona. Elephante, li-tou. Vestir, cu-apára. * Os dialectos N'jenji e Ca-luiana, são os fallados, ao que julgâmos, na grande região do Barôze, sendo o ultimo talvez usado pelos antigos ma-cololo. no é ne Hp re k | :: ) are EN CE Tai od E (E N 7 a [cd H h o as ? 1 ; MN - E fe a u é ES R ” a ; Mis = o e So Aa, é s f nr 1 ad h e. - ru + CANSA E SAS! Es PAR F. CÊ + nd z E Ee ) ' = , F) E my “ “ À. ne E h) r . , = z Ega r X E. = ir y Rio ; 1 k 4 ; El, o as l AS h Ey A Ê PE 2: q vá a E E RS Pa E 1 EX a ] + both E, É F Z od 181 4 A 2 AR f q + R , . ) E % - a E r E x Í q Z À - ta Ya a " a f É e r = q ) | . ER K ' 1 x . » + * ES a VOCABULÁRIO GARANGANJA | A Alegre, liatóca. Algodão, mu-lecana. Alma (mortos), va-mufo. Alto, cu-leha. Alumiar, cu-minica. Amanhecer, uaquerélõa. Amante, mu-cut'chia. Amargo, ussoca. Amarrar, cu-uba. Amigo (meu), muno-oamé. Andorinha, cafifia. Anno, muaca. Anoitecer, lili-cu-fucula. Apagar, cu-zima. Apanhar, cu-tola. Apartar, ulaja-niculitulila. Apertado, liacossa. Apodrecer, cu-iabóra. Apontar, cu-inica. Apparecer, cu-mobona. Aprender, cu-libula. Aquecer, cu-tumessa. Arco (setta), lu-cassa. Arder, cu-ratema. Areia, masseque. Arimbo (lavra), mu-rimi. Arma, tobola. Arranhar, cu-suenha. Arremessar, cu-ela. Arrependido, nalipupa. Arvore (pau), qui-ti. Assar, cu-sóca. Assentar, cu-icara. Atirar, cu-era. Avarento, u-latana. Azas, ma-cara. Azeite, mafuto. B Beber, cu-toma. C Comer, cu-viriõa. D Despir, cu-rula. Dormir, cu-lala. F Fugir, cu-fiuca. Fumar, cu-péha. H I Ir ou andar, cu-jia. S Haver, cu-lobassi. Saltar, cu-zomboca: v Ver, cu-lola. Vestir, cu-apára. O] jo * EAD tm « s é ' ] y y ” e Y o ro 8 - ' “a E és n a . s , : t ' É - p À á i 4º É . , po [ ' 1 s= ue ld Ni Ny coa À E 117; TARA RN Yb o. Ê Lots é WRP aaa n5 í morid AS | ai ] AP f ) AVE Fã * Ea A ' ) = ed j E Map da Sl mt E 4 E y , : — j Res Ê Era ' t ] ] ; AN x 4 | RO 1 i ai K jo: 1 fee R ta nú s , s + ee 4 RN e, v Me Í 5) - f 4 at yw , Pá “ Y Bns o ' E f , Ed Em Há Ê He A y Vi ( TR fu, Es E IM VOCABULARIO QUIOCO A Abelhas, ma-puca. Agua, meia Alma, uafa. Arco-iris, congólo. Arma, uta. Arvore, (paus) mi-tondo. Assentar, cu-tuama. Avô, caca. Avó, cuco-mama. B Banco, mu. Barbas, uenvo. Barriga, d'jimo. Beber, cu-nôa. Beiços, ni-vumbo. Bôca, canôa. Boi, n'gombe. Bonito, m'pema. Branco (côr), t'chitoma. Branco (homem), djungo. Braços, móce. C Cabeça, mutoê. Cabellos, n'cambo. Cabra, m'pembé. Cachimbo, m'peixe. Cadella, boloa-cáôa. Calor, matocota. Cama, mu-ghela. Cão, cáôa. Capim, muhambo. Cara, maquille. Carneiro, m'panga. Casas, mu-n'zão. Cavallo (marinho), n'guvo. Chapéu de sol, cafuanda. Chuva, n'vula. Cobra, lulóca. Comer, cu-ria. Coração, bunguê. D Deus, n'zambi? Dentes, ma-se. Dia, tangua. Doente, canaíndje. Dormir, cu-pomba. E Elephante, n'djamba. Estrellas, tugonoche. F Farinha, lupa. Feio, mupi. Filha, cuemba. Filho, camiqueê. Fogo, caghia. Formiga, tunguenha-guenha. Frio, t'chica. Fumar, cu-ma. G Gallinha, cassumbi. Gallo, demba-cassumbi. 398 VOCABULARIO QUIOCO H Homem, sunga. Ir ou andar, cu-enda. Irmã, dum-boame. Irmão, ouêto. L Lado direito, cut'chi-zumé. Lado esquerdo, cut'chi-meso. Leão, tamboé ou temboé. Lua, cacuje. Luz, deia: M Mãe, mã-ma. Mandioca, mucamba. Mão direita, zumé. Mão esquerda, messi. Mãos, minue. Mar, calunga. Meio dia, nonga-eimoala. Mel, uit'chi. Mulher, pó. N Nariz, n'zulo. O Olhos, messo. Orelhas, má-t'chi. Pae, tala. Peito, pambo. Pernas, mólo. Pés, mi-uoé. Pescoço, côta. q RR Rio, n'guije. Rôla, catelia. S Sal, múngua. Sangue, manhenga. “Soba, muene-n'gana. Sol, muálua. Sul, culuanda. JU Tabaco, macanha. Terra, mutifut'chi. Tia, tata-pó. Tio, mat'cho. Tipoia, uanda. Trovão, djoji. Trovoada, fundji. U Unhas, djala. v Vacca, n'bôlo. Veias, ma-chahá. Verdade (E), t'chaquêne. VOCABULARIO LUNDA Agua, meme. Agulha, câtumo. Amanhã, diamachica. Amante, mu-caje; plural, a-caje. Amigo (meu), mu-run'ame. Amigo (teu), mu-run'ei. Amigos (meus), arun'ame. Amigos (teus), a-run'ei. Anoitecer, cu-t'chuco. Arco (seta), djiriau. (Setas?) Arma, uta; plural, muta. Arvore, mu-tondo, (pau) mi-tondo. B Boi, n'gombe. Boi, (silvestre), m'bau. Branco (homem), mona-cu-meme (filho da agua). C Cabellos, d'ji-n'suque. Cabra, m'pembé. Caça (em postas), dji-riama. Caça, nama. Caças, a-nama. Cama, ulálo. Camas, ma-lálo. Caneca, lu-passa. Canecas, dji-en'passa. Canoas, ma-oato. Cão, cabo; plural, a-tubua. Capim, massuco. Carneiro, mu-cóco. Carneiros, ama-coco. Carregador (tipoias), t'chimangata, Casa, t'ch”cumbo. Casas, i-cumbo. Cavallo (marinho) n'guvo. Copo, lu-sumo. Copos, dYi-sumo. Corça, n'cai. Corpo, mu-djumba. Coser (com agulha), cu-t'chima. Cosido (Está) uássuca. Cozinhar, cu-suca. D Dia, dichuco. Dias, ma-chuco. Dormir, cu-langala. IS, Elephantes, n'zovo. Enxada, lu-casso. Enxadas, djin'casso. Jo» Faca, n'passa. Facas, djin'passa. Fazendas, ma-suma. Feijão n'zengo. Feiticeiro, mu-ladji. Fogo, n'casso. Folhas, ma-iji. Fumo, cunanga. 400 G Gallinhas, a-n'zollo. H Homem, icunguê. Homens, ama-cunguê. Hontem, n'galoche. I Infundi, ruco. L Lenha, n'cunhe. Longe (E), palepe. M Machado, ca-sau. Machados, tu-sau. (?) Mandioca, candinga. Mão, t'chi-cassa. Mãos, ma-cassa. Mulher, mi-n'banda. “Mulheres, n'banda. N Nuima (oryx), m'chilla. VOCABULARIO LUNDA Nuimas, ama'chilla. Nuima garella, m'ceifo. Nuimas, ama'ceifo. 10) Olho, di-ce. Olhos, mê-ce. Orelha, di-to. Orelhas, ma-to. P Palanca antilope, t'chi-fembe. Palancas, i-fembe. Pé, mu-nto. Pés, mi-ento. Rio, u-ita. Rios, ma-uita. Setas, dji-ineu. Sim senhor, muán-ini. Sol, mutenhe. T Tabaco, ruanda. Terra, divo. Tipoia, moa. VOCABULARIO CA-LUIANA C Cavallo (marinho), n'gufo. D Dormir, cu-langana. E Feio, oatama. Feiticeiro, urot'chi. Feitiço, n'ganga. Feixe, icundi. Femea, m'banda. Filho, moana. Flor, li-cumbi. Flores, mia-cumbi. Fogo, quesse. Folha, li-fo. Folhas, ma-fo. Folles, miniba. Fome, n'dala. ? Força, n'gofo. Formiga, tumôe-môe. Fraco, gufone. Fresco, t'chassosoma. Frio, t'chissica. Fugir, cu-temoca. Fumar, cu-féba. Fumo, t'chisse. Furar, cu-furula. Furtar, cu-combe. Fuzo, t'chitina. b) VOL. II G Gafanhoto, bimba. Gallinha, n'zolo. Gallo, li-corombollo. Gallos, ma-corombollo. Gato do mato, caonzo. | Gemeos (o que nasce primeiro), nhana-ca-cu-sema; (o que nasce segundo), nhana-ca-cu-atama. Gemer, cu-ima. Gengiva, caluvira. Giboia, boma. Gordo, oanuna. Grande, oénene. Grilo, canzenzi. | Gritar, cu-moanga. Grosso, chacatambi. | Guardar, cu-sueca. | Guella, caraca. Guloso, oassupa. Guerra, n'ita. H | | Herva, tíchicoco. | Hombro, t'chi-péoca. | Homem, n'jára. | Hyena, n'ganga. I | ha, li-seque-iatunda. | Ilhas, ma-seque-iatunda. | Inchado, t'chanana. | Infeliz, oabindamoa. 28 402 VOCABULÁRIO CA-LUIANA Inimigo, oatama. Inveja, ulinoa-ca-noquenje. Ir ou andar, cu-enda. Irmã, mana-oaiala. Irmão, mana-cueto. Joelho, mendo. Labio, cano. Laço, luobi. Lácraia, carique. Lado direito, sinarui. Lado esquerdo, cambau. Ladrão, u-combe. Lagartas, ma-cubi. Lagarto, cambo. Lago, cana-ca-calunga. Lagrimas, ma-zossi. Lama, iloba. Largo, clucatambe. Lavar, cu-cussa. Leão, mu-nhime. Lebre, calumba. Leite, maiére. Lenha, itiabo. Leve, t'chapepera. Limpar, cu-combora. Lingua, Jilaca. Lobo, quimbo. Lodo, iloba. Lombriga, caboba. Louco, oassaluca-coloba. Lua, n'zoro. Luz, moera-cuessi. M Macaco, buia. Machado, sirepes Macho, iára. Macio, t'chassenena. Maduro, cuiá. Mãe, ma-mãe. Magro, oago-cama. Maior, t'chicatampe. Mamar, cu-atama. Mandioca, macamba. Manhã, tete-mena. Manilha, m'buro. Mão direita, t'chaculida. Mão esquerda, quimosso. Mãos, ma-cassa. Mar, calunga-munêne. Massar, cu-cassa. Mastigar, cu-polocota. Matar, cu-t'cha. Mato, micula. Medir, cu-esseca. Medo, uoma. Mel, ut'chi. Menino, cauzi. Mentira, oalimba. Mestre, gangura. Metade, cat'chibele. Mez, n'zolo. Milho, cabaça. Miolos, quipuyi. Molhado, chazula. Monte, pide. Morcego, capapa. Morto, mufo. Mosca, cadeane. Mosquito, camama. Querer, cu-t'chinga. V Ver, cu-bona. NERD Abba, alto-azimuth, 25. Acampamento, abalada do, 30. Acampamentos, modo por que eram construidos, 7. Acantaceas, em Quicongo, 88. Adansonia, genero, 88. Africa, considerações sobre a escra- “vatura, 54 e 55; observações geo- graphicas, magneticas, meteoro- logicas, etc., de, 269 a 352; subsi- dios para a fauna e flora de, 353 a 373; dialectos em, 375 a 399. Alimentação, considerações sobre, To E 158: Ba-congo, tribus dos, 87. Bale, riacho do, 12; perigo das mar- gens do, 15. Ban-bondo, terras dos, 5. Ban-gala, embaraços dos, 3; terras dos, 5; tentativa para os illudir, II. Ambaca, morros de, 41; Lu-calla em, 132; producções em, 185. Ambaquistas, considerações sobre os, 38 a 40. Aquilonda (lago), 144; considera- ções sobre, 145. Arachnidios, 28. Arundo phragmites, no Su-i, 10. Ateuchus africanus, 2.8. Athene perlata, 184. Auctores, sua alimentação, 8; dis- curso feito aos ma-hunga, 76. Avelino Fernandes, 224. Aves, no Nºguri, 15. + | Bango, morros de Cassanje, 10; de Malanje, 40; sua ascensão, 41. Ban-sumbi, seus sofrimentos, 110. Banza-e-Lunda, em Cassanje, 12. Bao-babs, em Cassanje, 10; em Am- baca, 186. Basaltos, na scrra Hengue, 187. 404 Bembe, caminho de Encoge, 148. Binda, 106. Boceta;'27. Bondo-ia-Quilesso, sitio de, 182; 1m- bundeiros em, 182. Bondos, bao! nos, 26; entomolo- gia dos, 28; arvore perigosa dos, Tojodelieir Caballo, cachoeira de, 195. Cabenda-Candambo, 151. Cabeto, sitio de, 209. Cabullo, cataracta de, 199. Caçadores, furtivos, 104; fugida dos, 107. Cachinge, serras de, 189. Cacol-Calombo, grutas em, 203. Caculo-Cabaça, 153; guerras com, 163. Cafuchila, primeiro soba do Hungo, 68; confusões sobre, 69; questão com o guia em, 75. Cajinga, districto de, 10. Calamus florus, 86. Calandula, do Ca-quilo, 12. Calundo, trilho de, 203. Crane esmero, soba, 152. Calunga-N'bondo, presente força- do, 66 e 67. Cas ga (N'Dombo Eicdam Bo); rei de ne Si Camaxe, rio, 153; : imprevidencia fu- nesta, “5a, Camba, rio, 141. Cambamba, libata de, 89. Cambaxe, soba, 63. Cambo, rio de, 24: suas origens, 25; seu percurso, 26; partida de, 29; Tio AE INDICE Borassus, 87. Buccorax caffer (?) no N'guri, 15 e 210. Bulo Jango, sitio de, 182; vegetação e terras JE 182. Bumba, sos de Cassanje, 10. Buphaga erythrorrhyncha, 211. Burseraceas, em Quicongo, 88. C ' Cambollo (Cangonga), jagga, 6; banza do, 6; descripção da ha- bitação, 9; idéa sobre O jagga, 9; presentes. Camicungo, TIO de, Erê Camoaxi, rio de, o arado 49. Canda-ria-Massango, na Jinga, 57. Candas, na Jinga, 52. Canda-ia-Canzella, questão em, 57 es: Candumbo, senzala de, 195. Canna, no Danje, 148. Cannabis sativa, 26; ge Canoas, em Porto Real, m'badj1i, 183. Capambo (Tabanus), 19. Capanda, trilho por, 208. Capata-ieu, ninhos dos, 28 Capelles, na Jinga, 52. Capiangos, 16. Capricornios, 28. Caprimolgddas familia, 180. Caprimulgos Shelley i, 180. Capuchinhos, 145. Capulca, seus afazeres no campo, 7; proezas de, 55 e 56. Caquilla, ilha de, 195. Cariombo, rio, de 182. seus effeitos, TS) de INDICE Carregadores, fuga de, 61; morte de um, 154; numero dos mortos em viagem, 156; enumeração dos, 195 e 160. Cassai, filho da, q. Cassaí, rio, 100. Cassalla, morro de, 10. Cassanje, ultimo dia de residencia em, 1; carrapatos em, 3; atalho de oeste, vegetação, quadro pit- toresco em, 5; insalubridade de, 6; clima de, 23. Cassasio, serra de, 216. Cassoqui, estabelecimentos em, 218. Catalla Canjinga, 26. Catanha, terra de, 14; ao longo de, to . Cateco, o guia, 49; sua exposição, 50; na Jinga, 52; questões com, 57. Catenda, serras de, 189. Catenha, morro de, 197. Catraio, o ajudante observador, 4; vigesima fuga da esposa, 4; seu esquecimento, 17: descuidos de, EA CUI75: Catuma Caimbo, soba, 151. Catuma Cangando, soba, 148; re- cepção e um incidente curioso, 140. Cauali, rio, 145. a Canda-ia-Lumbombo, na Jinga, 60. Caughi, logar de, 209. Caxita, pedras de, 141. Celli, sertão do, 97. Cemiterios, em Cassanje, 6. Cha-cala, senzala de, 128. Cha-Landa, soba, 38. Cha-Massango, trilho por, gr. Chameerops, 87. Chiça, 36; tumulos no, 37. Chili, pimenta do, 8. Chromis mossambicus, 200. Chromis Sparmanni, 197. 405 Chronometros, considerações sobre, dO eo Cicadas, 28. Climatologia, da flora, 146. Cobras, encontro de, 13; susto pro- vocado por, 14. Cochlospermum angolensis, 210. Comitivas, modo por que marcham, 15; quibucas e m'bacas, 17 e 213; encontro de, 214. Concelhos da provincia, 205. Conclusão, 227 a 268. Condo, cataracta do, 199; conside- rações sobre, 199. Copla gentilica, 151. Coracias espatulata, 11. Corythaix paulina, 28. Cosmetornis vexillarius, 160 e 180. Cosmogonia gentilica, 157. Costume curioso entre ma-hungo, E52, Creanças, considerações sobre os infantes africanos, 166 e 167. Crocodilos, historia de um, 156. Cryptogamicas, em Cassanje, 6. Cu-ango, cataractas do, 26; perdi- dos na margem do, 111 a 116; far- tura de mantimentos em, 119; hyppopotamos, fermentação pu- trida ali, 128; em lácca, 141. Cu-anza, considerações sobre, 195; fauna do, 196 a 198; duas palavras Sobre, 222. Cu-gho, descoberta do, 87; affluen- cia do Fortuna, 101; chegada a, 137; origens do, 144. | Cu-iji, rio de, 35. Cu-ilo, rio, 68; ponto de entrada no Cu-ango, 133. Cunga, viagem para, 223. Cunga-ria-Cunga, cachoeirade, 141. Cu-viji, rio, 93. Cynocephalus porcarius, 86. 406 INDICE D Danje, districto de, 145; canna e Dondo, chegada a, 221 e 222. tabaco do, 148; nascentes do cau- | Dongo, subdivisão de Jinga, 50; che - ali, do Sussa e do Luando no, 152; subdivisão de Jinga, 50. Danje-ia-menha, sítio de, 217. Decamera-tonantis, 210. Dembe (Mormyrus Lhuisi), 200. Dembo (Naboangongo), 82. Dembos, terras dos, 153. Diario, extracto do, 64, 65, 102, 123 a 20 ISbie ndo, Domingos (carregador, NYinji), 4; chorosa despedida de, 4. Edemonas, no Lu-i, 10. Elais, 87. Elemi, 86. . Empacaceiros, 211 e 212. Encoge, pambo de, 148. | Entozoarios, notavel exemplar, 206. Eriodendron anf., em Quicongo, 88, 148 € 210. Faba, rapidos de, 44. Fauna, subsidios para a fauna afri- cana, 353 a 370. Fetos, no Lu-i, 10. Figueiredo (Antonio de), 57. Finde, plateau do, 146; caminho do, 147. Flora, zonas climatologicas no Hun- go, 146; subsídios para a flora afri- cana. 370 à 352, Formigas, especie ma! cheirosa, 20. sada a, 227 ielazpr Dumba (soba), terra do, 217. Duque de Bragança, concelho de, 5; chegada a, 44; partida de, 47, posição do, 162; seu estabeleci- mento, 163; fertilidade e clima, 164; povoadores, 164; volta ao, 168; explicações sobre, 169; fogo no acampamento do, 171 a 174; partida do, 178; insectos em, 206. Dembei, na Jinga, 52. Iê, Erithrinas, 210. Eschinomenes, no Lu-i, 10. Euphorbiaceas, em Quicongo, 88. Euprepes Ivensi, 197. Extractos do diario, emBo Em ee maio, 64 e 65; em 26 de maio, 102; em 28 ide maio 288: em 8 e 10 de junho, 135 e 136. lg) Fortuna, mu-sumbi, 97. Fortuna, rio, 96; descoberta do, 97; perdidos nas margens do, 98. Fructos indigenas, 33; perigos dos, 34. Fugeras, em Quicongo, 88. Funante, 24. Funda-Imbi, senzala de, 151. Fundamento, em Cassanje, 6. Fundos, sua disposição, 7. ruta, terras de, 87. INDICE 407 G Gamba, rio, 19. Guingas, pedras de, 190; limite léste Gongôlo, 28. de Pungo N'dongo, 191. H Hango, terreiro do, 182. Hunga, porto de, 192. | Heleji, rio, 188; bifurcação dos ca- | Hungo, terras do, 71; seus habitado- minhos, 188. | res, côres, penteados, uso do ta- Hemichromis angolensis, 200. baco, processo para favorecer o Hengue, basaltos em, 187. inhalamento, 72; as mulheres, 73; Herminiera E., 13. desprezo pelo vestuario, habita- Holo, trilho do, 82 e 148. ções, 74; vegetação ali, 89; limite Horarios, no Duque, 161. do, 90; flora no, 148; porto do, Huicumbamba (Caprimulgo Shel- 192; distracções em, 194. leyi), 180. Hlyphoene, 87. I lácca, g1; informações ácerca d'este | Imbundeiro, notavel em Pungo povo, seus usos e originalidade | N'Dongo, 192; no trilho do Don- dos penteados, 123 a 126; 0 rom- | do, 210. per do dia ali, 127. Indigenas, considerações sobre, 214 Ibari NºKutu, 141. E Dito Teú, 28. longo, districto de, 12. J Jagga, Cambollo, 6, 8e 9; Bumba, | Jingas, algibeira dos, 53; sua desi- 10; dos Bondos, 12; presente do, gnação, 53; pannos dos, 59; habi- I4. tação dos, 60. Jimbolamento, no Cambollo, q. José de Seabra da Silva, 192. Jindungo, pimentas, 8. José, o guia, 4; novo processo de Jinga, projecto de atravessar a, 4:;a afastar as cobras, 14; um tio de, caminho da, 48; descripção da, 50; 36; descobertas importantes, ale- população, monarcha, aristocra- | gria que produziu o aparecimento cia, 51 € 52; chuvas na, 61. dejaro guetos: 408 | INDICE Landolphias, em Quicongo, 89. Lemba (a mulher de Mutu), 117 e 110. Liamba, 26. Lianzundo, cataracta de, 44. Livingstone, curiosa descoberta, 190. Lombe, rio, 190; ponto de afiluen- cia no Cu-anza, 190; em Caballa, 202: do Motta, 202. Lu-amba, terras de, 152. Luanda, noticia sobre, 223; chegada a, 224; recepções e distincções ali recebidas /224/e/225: Luango (senzala), 10. Lu-angue, rio, 100. Lubenda, senzala de, 129; dansas em, 129. Lu-calla, rio, 44; margens do, 48; origem do, 152; valles e campos marginaes do, 156. Lucta, entre indigenas, 24: conside- rações sobre, 25. Lidena serraldelzão; Lughias, 32. Lu-handa, rio, lagoas salgadas, 14. Lui-i, rio em Cassanje, 5: suas mar- gens e vegetação, IO. Luiza, quédas, 141. Lungue, divisão do, 188. Lu-oje, rio, 147. M Macacos, no Hungo, 86. Macolo, rio, 131. Macume-N'imbo, terras de,87 e 144; nascente do Cu-gho, 87. Ma-cunhapamba, 28. Mafungo, senzala de, 128. Mahabo, senzala de, 66. Ma-hungo; 72: discurso dos, 76; cer- cados por, S0; exigencia dos, 82; discussões com, 83. Malanje, concelho de, 37: chegada a, 40. Ma-libundo, 29. Ma-lunga, na Jinga, 52. Maluvo, brindes de, 106; processo para extrahil-o, 143. Malvaceas, no Quicongo, 88. Manatus senegalensis, 198. Ma-n'cuba, 3. Mandioca, gosto da, 25. Mangongo, libata de, 39. Mantis, 28. Mapemba, rio, 107. Marchas, modificações nas, 192 e 195. Mariangas, em Cassanje, 5; na li- bata de Cambollo, o. Ma-songo, comitivas de, 15; discus- sões com, 16. Matamba, subdivisão da Jinga, 5o; districto de, 147 € 152) Ma-tomugzumos, na Jinga, 52. Ma-tutatimoi (Ateuchus africanus), 2: Ma-vuvi, 28. M'bacas, em Africa, 17. M'bangarala (Cicadas), 28. M'briche, rio, 148. Metroxilon, varas da, 92. Moaza-N'gombe, rio, 100. INDICE em Mocambe, ao longo da serra de, 228. Mona-N'Gola, denominação dos jin- gas, 53. Mormyrus Lhuisi, 200. Mortalidade em Malanje e Cassan- js: Mosca, do boi, 19. M'pafu, 86. M'pembas, na Jinga, 52. Muaca (Hemichromis angolensis), 200. Mu-angza, 32. Mu-canda, dos ambaquitas, 40. Mu-cano, 6. Mucari, rio, 37. Mu-chito, no Hungo, 86; em Qui- corigo, 92. Muco N'Gola, denominação dos jin- gas, 53. 409 Mucole-Maiale, senzala de, 151. Mucole-Quipanzo, senzala de, 86. Mucuna, rio, 66; perdidos em, 66. Mu-curulumbia, 28. Muene Puto Cassongo (Quianvo), 120. Muen'iche, na Jinga, 52. Mu-hamba, de ambaquista, 40. Muhambo, rio, 10; chuva em, 10. Muhunzo, serra, 41. Munda, senzala de, 152. Muntalandonga (Euprepes Ivensi), 198. Mussalla, rio, 122. Muta, sitio de, 216. Mutemo-Ambuilla, 152. Mu-topa, 26. Mutu, 119. Mutula, rapidos de, 194. N Naga (68) 113% Nºburututo, 210. N'cusso, 125. Nº'Dala Quissua, jagga dos Bondos, 24. N'Dala Samba, 36; linha divisoriá de aguas, 37. N'dengue, 4. N'dui (Decamera-tonantis), empre- go que lhe dão os indigenas, 210. Negocio, tendencia dos indigenas para o, 16. Nenuphares, em Cassanje, 5. Nephila bragantina, 28. N'gana N'zendo, soba, 152: obito Sm, 152: N'ganga-ia-puto, 43; considerações sobre, 43. N'ganga N'zumba, soba, 14. N'ganga, riacho, 124. N'gola-n'bóles, na Jinga, 56. N'gola Quituche, soba, 194. N'golas (Quilluanjes Quiassambas), Shi N'gumbe, 28. N'gunguachito, 210. N'guri, districto do, 10; viagem para o, 12; difficuldades do caminho, Ti Nhangue-ia-Pépe, cabeços e cerros demoro: N'hongos. districto dos, 216. Niger, bacia do, 233. Nimia Luco-em (?), 232. Noitibós, 180. Nota explicativa dos methodos em- pregados nas observacões, 283 a 287. Nymphaceas, em Quicongo, espe- cies numerosas de, 88. 410 INDICE 0) Observações meteorologicas, 290 a | 337; magneticas, 339 a 349. Odonata, 28. Pacaça Aquibonda, divisão da Jin- ga, 50; districto de, 152. Palanca, pedras de, 216. Palancas, em Quicongo, 109. Pamba, visita a, 184; descripção e considerações sobre, 185 e 186. Pambo, 60. Pambo, de Encoge, 148. Pambos, no Dondo, 221. Pápa, serras de, 182. Papyrus, em Cassanje, 5. Paschoal (Narciso Antonio), 4. Pedras Negras, a caminho de, 186. Peinde, terras do, 21. Peixe mulher (Manatus senegalen- SIS), 198. Orchideas epidendres, 88. Otubo, encargo especial, 7: roubos de; 'r72: Pelopeus spirifex, 29; noticia so- bre;2o: Penteados, em lácea, 12mhelnaa Petro; semzala sis Porto Real, 183; novo genero de canoas, 183 Praça velha, 183. Processos, systema seguido em Afri- ca Soleiig Ptyelus olivaceus, 179. Pulex penetrans, 206. Pungo N'Dongo, pedras de, 189, constituição geologica, 190; con- siderações sobre, 190; notaveis pégadas em, 191; villa de, 192; ventos em, 207: partida de, 208. Q Queimadas, no Hungo, 85. Quiangolo, ilha de, 195. Quianvo (Muene Puto Cassongo), 120; residencia do, 133. Quibinda, logar de, 199. Quibucas, em Africa, 17: luctas, 24. Quicanga, senzala de, 151. Qui-colos, 195. Quicongo, districto de, 87; aspecto e vegetação, 88; perdidos em, 92; desertos de, 94; sofrimentos ali experimentados, 95; novamente perdidos em, 102; rapida fermen- tação em, 129; soffrimentos em, 130; luctas com o guia, 131. Quicunji, cachoeira do Cu-ango, 140 € I4I. Quifucussa, soba, 26. Qui-jinga, na Jinga, 52. Quilluanjes, na Jinga, 52. Quilulo, serras de, 189. Quimana, aldeia de, 148. Quimbamba (Cosmetornis vexilla- rius), 180. INDICE 411 Quimbaxe, rio, 64 e 178. Quinbungo Quiássama, 50. Quissaquina Caboco, cachoeira de, 216. Quissongo, velho do Biê, 155. Quitanguca, aldeia de, 151. Quitaxe, cachoeira de, 199. Quiteca-N'bungo, terras de, 87. Quitoche, pedras, de 190. Rana ornatissima, 201. Raparigas, da caravana, 117; con- siderações sobre, 118; casamen- tos, IIO. Raphael Gorjão (Manuel), 223. Raphias, no Hungo, 86; em Quicon- go, 88; zonas onde existe, 146. Sá da Bandeira, mappa de, 199. Samba Cango, 181; notavel edital, I81. Sanza Manda, sitio de, 209. Sapos, ruido dos, 5. Scarabeus, 28. Schutt (Otto), II. Sciencias naturaes, resumo dos tra- talhos, 353 e 370. Scops leucotis, 184. Scopus umbretta, 211. Seda, em Africa, 188. Sengue, sítio de, 216. Serpa Pinto, primeira noticia sobre, 192. Shinge (Xinge?), terras do, 21. Silva Americano, vapor, 223. Silverio (A.), 44; sua residencia, 45; chefe do Daque de Bragança, 158; Quitoeto, morros de, 197. Quituche, 6. Quitumba-caquipungo, banza de Cassanje, 12. Qui-vuvi, 137. Quizau Malunga, senzala de, 87. Quizengamo, quilolo do Quianvo, 122; primeira vizita na margem do Cu-ango, 123. R Ras, ruido especial das, 5. Resumo das observações magneti- cas nel Mo! Rios, difficuldade da sua passagem, 89; no Cu-gho, 89. Roberto Franco (José), 225. Rubiaceas, em Quicongo, 88. jantar com, 164; animaes de, 179; despedida, 208 e 209. Sobas, um compadre, 165; cegos, 194. Sobetas, questões com, 38. Songanhe, aldeia de, 148. Songo, planicies do, 196. Sosso, naturaes do, 145. Sousa (Antonio de), 223. Spathodea campanulata, 148. Spirostreptus gongôlo, 28. Suco-ia-muquita, cataracta do Cu- ango, 126. I41. Suco-ia-n'bundi, cataractas do Cu- ango, 26. Sussa, TIO, 147. Sycomoros, em Cassanje, 2. Synagris cornuta, as suas mordedu- ras, 19 € 28. 412 “INDICE Eh Tabellas, de temperaturas e profun- didades, 263 a 266; de determina- ções geographicas, 270 a 279; de altitudes, 281; de instrumentos em- pregados, 287: de observações magneticas, 339 a 349; de obser- vações meteorologicas, 390 a 397. Tacula, na Jinga, 58; emprego da, 59. Tala-Mogongo, quebrada de, 5: ata- lho em, 20; sua vegetação, 20. Tanagra erythrorrhyncha, 210. Telphusa Anchiete, 196. Umba (namorada de Domingos), 4. | Uta-ia-maza, 13; processo feiticeiro Undado, na Jinga, 52. Unguiji, rio, 106. Eita as: Vasco Guedes de Carvalho e Me- nEzes 225; Viagens, em Africa, 114; soffrimen- tos experimentados nas, 144; con- siderações sobre as, 115; Viajantes, modificação de caracte- Tes, 99; considerações, 100. Victorias, em Cassanje, 5. Viduas paradiseas, 180. Vocabularios, de n'bunda, 377 a 391; de differentes dialectos, 392 a 399. Von Mechow, encontro com, 218; dialogo estabelecido, 219; despe- dida, 219. Telphusa Bayoniana, 196. Tembo Aluma, soba, 5o. Thalweg, dos riachos de Cassanje, E: Thyphos, em Cassanje, 5. Tibre, lagõa do Hungo, 78; consi- derações á beira de, 79; perse- guidos por ladrões, 80. Tipoias, perigos das, 187. Tira-olhos, 28. Tito (Pedro de Almeida), 224. Tuaza, cachoeira de, 141. Tunda, sertão da, o7. U para a afastar, 14. Utumba, immenso charco, 33; qué- da no, 35. Vunda-ia-Buta, na Jinga, 63; soba, 153; valor da vida de um homem alias so | Vunda-ia-Cassanda, 156. Vunda-ia-Ebo, enterro em 156. Vunda-ia-Miquenha, na Jinga, 63. Vunda-ia-Navuia, na Jinga, 63. Vunda-ia-N'gola-Quilluanje, na Jin- ga, 63. Vunda-ia-T'chirimbimbe, 166. Vunda-ia- Vunda-N'gola, soba im- portante, 152. 'undas, na Jinga, 51. Vunji, serra de, 182. Do INDICE ATO Xilophages, 28. | Xinge (Shinge), terras de, 21. Z Zamba, cataracta, 141. Zundo-ia-Faco, 48; aptidões marce- Zombo, naturaes do, 145. neiras, 49. Zundo-ia-Cassungo, na Jinga, 60. Zundos, na Jinga, 52. y E min GO ER Vga 4 r s ) E A 4 +, £ ) ) E y 7 ) * ! às E - do ' f v ” Pupo qt EA Va TR ad in u Pr RODE qd EA e ok í . r ç ds g aro 6) Med EM e” e 0 i E [ x po, o ] ao] o) - a . f > =, b PAG. Ig 285 286 286 LIN. 4 13 12 38 ERRATAS ERROS (Dasypogon Capambo ?) Luba declinação intensidade consiste na minima do globo CORRECÇÕES (Tabanus Capambo) Lisboa inclinação intensidade é minima no globo Ea de 1 | ru